Apostila - Atualidades - Ph

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    MEIO AMBIENTEAquecimento GlobalEntenda o Aquecimento Global, Efeito Estufa, conseqncias,aumento da temperatura mundial, degelo das calotaspolares, gases poluentes, Protocolo de Quioto, furaces,ciclones, desertos, clima.

    Poluio atmosfrica: principal causa do aquecimento globalDerretimento de gelo nas calotas polares: uma das consequncias doaquecimento global.

    IntroduoTodos os dias acompanhamos na televiso, nos jornais erevistas as catstrofes climticas e as mudanas que estoocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viumudanas to rpidas e com efeitos devastadores como temocorrido nos ltimos anos.A Europa tem sido castigada por ondas de calor de at 40graus centgrados, ciclones atingem o Brasil (principalmentea costa sul e sudeste), o nmero de desertos aumenta acada dia, fortes furaces causam mortes e destruio emvrias regies do planeta e as calotas polares estoderretendo (fator que pode ocasionar o avano dos oceanossobre cidades litorneas). O que pode estar provocando tudoisso? Os cientistas so unnimes em afirmar que oaquecimento global est relacionado a todos estesacontecimentos.

    Pesquisadores do clima mundial afirmam que esteaquecimento global est ocorrendo em funo do aumentoda emisso de gases poluentes, principalmente, derivadosda queima de combustveis fsseis (gasolina,diesel, etc), naatmosfera. Estes gases (Dixido de Carbono,Metano, CFCs,Oxido Nitrognio, Dixido de Nitrognio, Dixido de Enxofre)

    formam uma camada de poluentes, de difcil disperso,causando o famoso efeito estufa. Este fenmeno ocorre,pois, estes gases absorvem grande parte da radiaoinfravermelha emitida pela Terra, dificultando a disperso docalor.

    Odesmatamento e a queimada de florestas e matas tambmcolabora para este processo. Os raios doSol atingem o soloe irradiam calor na atmosfera. Como esta camada depoluentes dificulta a disperso do calor, o resultado oaumento da temperatura global. Embora este fenmenoocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, j severifica suas conseqncias em nvel global.

    Protocolos e tratadosNa dcada de 1960 comeou a preocupao com asquestes ambientais e sociais.1972 Conferncia de Estocolmo(Sucia): o primeirogrande evento da ONU para discutir questes ambientais.Realizado no perodo da Guerra Fria, o encontro no chega adefinir polticas efetivas por causa das divergncias entrepases dos blocos capitalistas e comunistas. Um dos poucosresultados foi a criao do Programa das Naes Unidas parao Meio Ambiente(Pnuma).1977 Conferncia Mundial sobre a Desertificao(Qunia): Os cientistas mostraram que o principal fator paraa expanso das regies ridas no globo a ao do homem,por meio do desmatamento, da agropecuria predatria e decertos tipos de minerao. Essas atividades levam reduoda cobertura vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, perda de gua do subsolo e eroso elica.

    Quando o solo se desertifica, a populao busca outrasterras, nas quais, com frequncia, provoca os mesmosdanos. Cria-se, ento, um crculo vicioso. Em longo prazo, adesertificao pode causar uma reduo drstica nas terrasfrteis. Atualmente, ela ameaa mais de 110 pases e

    afeta a vida de mais de 250 milhes de pessoas. Um bilhodelas vivem em regies de risco e podem ser prejudicadasnos prximos anos. Para deter a expanso da desertificao,adota-se reflorestamento, rotao de culturas e tcnicas decontrole do movimento das dunas de areia. Em 1994 foicriada a Comisso da ONU contra a Desertificao que contacom a adeso de 191 pases. O Brasil assinou em 1995, e, apartir de 2000 entrou em vigor, o Plano de Ao de Combate Desertificao. No Brasil, os exemplos mais srios dedesertificao so os pampas gachos, o cerrado doTocantins, o norte do Mato Grosso e o Polgono das Secas,que abrange a regio do semirido nordestino e o norte deMinas Gerais.1987 Protocolo de Montreal: A urgncia de proteger a

    camada de Oznio fez 24 pases desenvolvidos a assinar umacordo para erradicar o uso de substncias nocivas camada de oznio, entre elas osCFCs(hidroclorofluorcarbonos/HCFCs, e o brometo de metilausado como solventes.Hoje so 191 pases que assinaramesse tratado.

    http://www.suapesquisa.com/geografia/furacao.htmhttp://www.suapesquisa.com/climahttp://www.todabiologia.com/ecologia/aquecimento_global.htmhttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/gases_poluentes.htmhttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/gasolina.htmhttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/dioxido_de_carbono.htmhttp://www.suapesquisa.com/efeitoestufahttp://www.suapesquisa.com/desmatamentohttp://www.suapesquisa.com/solhttp://www.suapesquisa.com/solhttp://www.suapesquisa.com/desmatamentohttp://www.suapesquisa.com/efeitoestufahttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/dioxido_de_carbono.htmhttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/gasolina.htmhttp://www.suapesquisa.com/o_que_e/gases_poluentes.htmhttp://www.todabiologia.com/ecologia/aquecimento_global.htmhttp://www.suapesquisa.com/climahttp://www.suapesquisa.com/geografia/furacao.htm
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    1992Rio-92 ou Eco-92: Considerada a maior confernciamundial sobre meio ambiente, instituiu a Conveno sobreMudanas Climticas e iniciou a discusso sobre como barraro aumento das emisses de gases do efeito estufa.

    1997 - Protocolo de Kyoto -Este protocolo um acordointernacional que visa a reduo da emisso dos poluentesque aumentam o efeito estufa(GEEs) no planeta. Entrou emvigor em 16 de fevereiro de 2005. O principal objetivo queocorra a diminuio da temperatura global nos prximosanos. Infelizmente os Estados Unidos, um dos maiorespoluentes do mundo, no aceitou o acordo, pois afirmou queele prejudicaria o desenvolvimento industrial do pas.O Protocolo de Quioto consequncia de uma srie deeventos iniciada com aToronto Conference on the Changing

    Atmosphere, no Canad (outubro de 1987), seguida peloIPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Sucia(agosto de1990)e que culminou com aConveno-Quadrodas Naes Unidas sobre a Mudana Climtica(CQNUMC, ouUNFCCC em ingls) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil(junho de1992). Tambm refora sees da CQNUMC.Constitui-se no protocolo de um tratado internacional comcompromissos mais rgidos para a reduo da emisso dos

    gases que provocam oefeito estufa,considerados, de acordocom a maioria das investigaes cientficas, como causa doaquecimento global.Discutido e negociado em Quioto no Japo em 1997, foiaberto para assinaturas em 16 de maro de 1998 eratificado em 15 de maro de 1999. Sendo que para esteentrar em vigor precisou que 55% dos pases, que juntos,produzem 55% das emisses, o ratificassem, assim entrouem vigor em16 de fevereiro de2005,depois que a Rssia oratificou em Novembro de 2004 e a Austrlia em 2007. OProtocolo de Quioto estabelece metas de reduo dasemisses de gases do efeito estufa para os pases maisindustrializados. Aqueles que no conseguirem atingir essesobjetivos podem compensar o dficit nas metas comprando

    crditos de carbono gerados em projetos de pases emdesenvolvimento. Em 2008, o mercado de crdito decarbono movimentou cerca de US$ 118 bilhes, e, para2009, a estimativa que crea entre 30% e 100%,dependendo do contexto mundial.Por ele se prope um calendrio pelo qual os pasesdesenvolvidos tm que reduzir a emisso degases do efeitoestufa at 2012, tambm chamado de primeiro perodo decompromisso.A reduo das emisses dever acontecer em vriasatividades econmicas. O protocolo estimula os pasessignatrios a cooperarem entre si, atravs de algumas aesbsicas: Reformar os setores de energia e transportes;

    Promover o uso de fontes energticas renovveis, como olcool e o biodiesel ; Eliminar mecanismos financeiros e de mercado

    inapropriados aos fins da Conveno; Limitar as emisses de metano no gerenciamento de

    resduos e dos sistemas energticos;

    Proteger florestas e outros sumidouros decarbono.Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso,estima-se que deva reduzir atemperatura global entre 1,4Ce 5,8C at 2100, entretanto, isto depender muito dasnegociaes ps perodo 2009/2012, pois h comunidadescientficas que afirmam categoricamente que a meta dereduo de 25% em relao aos nveis de 1990 insuficiente para a mitigao do aquecimento global.A primeira etapa do Protocolo de Quioto ser encerrada nofinal de 2012, mas os pases envolvidos comearo a sereunir j em 2009 para definir as medidas que passaro a

    valer em 2013. O novo tratado deve ser negociado, redigidoe aprovado at a realizao da conferncia da ONU previstapara ocorrer no final de 2009, em Copenhague, naDinamarca. Entre as princiais ideias em debate est oestabelecimento de metas de reduo de emisso decarbono ara todos os pases, no apenas os desenvolvidos.Aquecimento globalA locuo aquecimento global refere-se ao aumento datemperatura mdia dos oceanos e do ar perto da superfciedaTerra que se tem verificado nas dcadas mais recentes e possibilidade da sua continuao durante o correntesculo.Se este aumento se deve a causas naturais ouantropognicas (provocadas pelo homem) ainda objeto de

    muitos debates entre os cientistas, embora muitosmeteorologistas e climatlogos tenham recentementeafirmado publicamente que consideram provado que a aohumana realmente est influenciando na ocorrncia dofenmeno. O Painel Intergovernamental sobre MudanasClimticas (IPCC), estabelecido pelasNaes Unidas e pelaOrganizao Meteorolgica Mundial em 1988, no seurelatrio mais recente diz que grande parte do aquecimentoobservado durante os ltimos 50 anos se deve muitoprovavelmente a um aumento doefeito estufa,causado peloaumento nas concentraes de gases estufa(GEEs) deorigem antropognica (incluindo, para alm do aumento degases estufa, outras alteraes como, por exemplo, asdevidas a um maior uso de guas subterrneas e de solopara a agricultura industrial e a um maior consumoenergtico epoluio).Fenmenos naturais tais como variao solar combinadoscom vulces provavelmente levaram a um leve efeito deaquecimento de pocas pr-industriais at 1950, mas umefeito de resfriamento a partir dessa data. Essas conclusesbsicas foram endorsadas por pelo menos 30 sociedades ecomunidades cientficas, incluindo todas as academiascientficas nacionais dosprincipais pases industrializados.AAssociao Americana de Geologistas de Petrleo, e algunspoucos cientistas individuais no concordam em partes.

    2007 - Relatrio do IPCC (Painel Intergovernamental deMudanas Climticas)

    Registro da seca na Amaznia em 2005.

    O Painel Intergovernamental de Mudanas Climticas (IPPC) o rgo das Naes Unidas responsvel por produzirinformaes cientficas em trs relatrios que so divulgados

    periodicamente desde 1988. Os relatrios so baseados nareviso de pesquisas de 3700 cientistas que representam130 pases.Em 2007, um novo documento foi divulgado. O relatrio considerado um marco ao afirmar, com 90% de certeza, queos homens so os responsveis por desregular aquecimentoglobal, e as seqncias do aquecimento planeta podem se

    http://www.suapesquisa.com/geografia/protocolo_kyoto.htmhttp://www.suapesquisa.com/paises/euahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Torontohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Torontohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Canad%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/1988http://pt.wikipedia.org/wiki/Sundsvallhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A9ciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1990http://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o-Quadro_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_a_Mudan%C3%A7a_Clim%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o-Quadro_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_a_Mudan%C3%A7a_Clim%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o-Quadro_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_a_Mudan%C3%A7a_Clim%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o-Quadro_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_a_Mudan%C3%A7a_Clim%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1992http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_globalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1997http://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_mar%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1998http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_mar%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1999http://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_fevereirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2005http://pt.wikipedia.org/wiki/Novembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2004http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/2012http://pt.wikipedia.org/wiki/Metanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carbonohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Celsiushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oceanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Terrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Antropog%C3%A9nicohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorologistahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Climat%C3%B3logohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_Intergovernamental_sobre_Mudan%C3%A7as_Clim%C3%A1ticashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_Intergovernamental_sobre_Mudan%C3%A7as_Clim%C3%A1ticashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Meteorol%C3%B3gica_Mundialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1988http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Agriculturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/G8http://pt.wikipedia.org/wiki/G8http://pt.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Agriculturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1988http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Meteorol%C3%B3gica_Mundialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_Intergovernamental_sobre_Mudan%C3%A7as_Clim%C3%A1ticashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_Intergovernamental_sobre_Mudan%C3%A7as_Clim%C3%A1ticashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Climat%C3%B3logohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorologistahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Antropog%C3%A9nicohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Terrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oceanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Celsiushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Temperaturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carbonohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2012http://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2004http://pt.wikipedia.org/wiki/Novembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2005http://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_fevereirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1999http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_mar%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1998http://pt.wikipedia.org/wiki/16_de_mar%C3%A7ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1997http://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_globalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tratadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1992http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttp://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92http://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o-Quadro_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_a_Mudan%C3%A7a_Clim%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o-Quadro_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_sobre_a_Mudan%C3%A7a_Clim%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1990http://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A9ciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sundsvallhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1988http://pt.wikipedia.org/wiki/Canad%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Torontohttp://www.suapesquisa.com/paises/euahttp://www.suapesquisa.com/geografia/protocolo_kyoto.htm
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    traduzir em eventos climticos extremos como secas naAmaznia ou furaces em reas tidas como fora de risco,como o Catarina que passou pelo sul do Brasil.O ltimo relatrio do Painel Intergovernamental deMudanas Climticas(IPCC), da Organizao das NaesUnidas(ONU), no deixa dvida: o homem desequilibrou oplaneta e sofrer nas prximas dcadas efeitos cada vezmais nefastos das mudanas climticas. O documento maisamplo e completo j elaborado sobre o tema classifica oaquecimento global como um fenmeno inequvoco. O queate ento soava como discurso de ambientalistas radicais

    ganhou comprovao da cincia e se tornou umapreocupao mundial, passando a compor em carteremergencial a agenda oficial das naes.Modelos climticos referenciados pelo IPCC projetam que astemperaturas globais de superfcie provavelmenteaumentaro no intervalo entre 1,1C e 6,4C entre 1990 e2100. A variao dos valores reflete no uso de diferentescenrios de futura emisso de gases estufa e resultados demodelos com diferenas na sensibilidade climtica. Apesarde que a maioria dos estudos tem seu foco no perodo de ato ano 2100, espera-se que o aquecimento e o aumento nonvel do mar continuem por mais de um milnio, mesmo queos nveis de gases estufa se estabilizem. Isso reflete nagrande capacidade calorfica dos oceanos.

    Um aumento nas temperaturas globais pode, emcontrapartida, causar outras alteraes, incluindo aumentono nvel do mar e em padres deprecipitao resultando emenchentes e secas. Podem tambm haver alteraes nasfreqncias e intensidades de eventos de temperaturasextremas, apesar de ser difcil de relacionar eventosespecficos ao aquecimento global. Outros eventos podemincluir alteraes na disponibilidade agrcola, recuo glacial,vazo reduzida em rios durante o vero, extino deespcies e aumento em vetores de doenas.Incertezas cientficas restantes incluem o exato grau daalterao climtica prevista para o futuro, e como essasalteraes iro variar de regio em regio ao redor do globo.Existe um debate poltico e pblico para se decidir que aose deve tomar para reduzir ou reverter aquecimento futuro

    ou para adaptar s suas conseqncias esperadas.A maioriados governos nacionais assinou e ratificou o Protocolo deQuioto,que visa o combate emisso de gases estufa.Conseqncias do aquecimento global

    Aumento do nvel dos oceanos: com o aumento datemperatura no mundo, est em curso o derretimentodas calotas polares. Ao aumentar o nvel das guas dosoceanos, pode ocorrer, futuramente, a submerso demuitas cidades litorneas e a destruio de manguezais.Nesse caso, haveria mais doenas endmicas,decorrentes das inundaes e das secas posteriores,como a clera e diarreia;

    Cidades costeiras em risco(Rio de Janeiro, Xangai, Recifee outras);

    Pases em risco(Bangladesh) e ilhas(Papua Nova Guin,Tuvalu e as Maldivas);

    O aumento do nvel do mar provoca suaacidificao(provocada pela dissoluo do carbono nagua) e seu aquecimento devem afetar os corais e,consequentimente, a produo de peixes em regies daAustrlia, do leste da frica e da sia.

    Crescimento e surgimento de desertos: o aumento datemperatura provoca a morte de vrias espcies animais

    e vegetais, desequilibrando vrios ecossistemas. Somadoao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente emflorestas de pases tropicais (Brasil, ndia, pasesafricanos), a tendncia aumentar cada vez mais asregies desrticas doplaneta Terra, levando ao xodo refugiados do clima e os problemas sociais;

    O aquecimento afetar os pases mais pobres da sia,frica e Amrica, com menor tecnologia e capacidade deadaptao sero os mais atingidos(fome, secas emisria);

    As previses indicam a falta de gua potvel, ediminuio da produo de alimentos e crescimento dapobreza;

    Na sia, estima-se que o derretimento do Himalaiaaumente as inundaes e avalanches de pedra e afete osrecursos hdricos nas prximas duas ou trs dcadas.Depois, poderia haver uma diminuio de gua, em razoda reduo no fluxo dos rios, o que pode prejudicar maisde 1 bilho de pessoas;

    Aumento de furaces, tufes e ciclones: o aumento datemperatura faz com que ocorra maior evaporao dasguas dos oceanos, potencializando estes tipos decatstrofes climticas, como o Katrina, que devastouNova Orleans em agosto de 2005;

    Ondas de calor: regies de temperaturas amenas tmsofrido com as ondas de calor. No vero europeu, porexemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor,provocando at mesmo mortes de idosos e crianas.

    At meados do sculo XXI, projeta-se que os aumentosde temperatura e a reduo na disponibilidade de guapossam substituir gradualmente parte da floresta tropicalpor savanas no leste da Amaznia, a extino deespcies e o desaparecimento do lenol fretico doNordeste brasileiro;

    Veja os principais pontos do relatrio do IPCCEmisses* A emisso de gases nocivos ao meio ambiente aumentou

    70% entre 1970 e 2004, chegando a 49 bilhes detoneladas por ano de dixido de carbono.

    * Entre 1990 e 2004, o aumento foi de 28%.* A oferta de energia aumentou 145% entre 1970 e 2004.* A eficincia energtica no acompanhou o aumento da

    renda mundial e da populao do planeta.

    * Emisses podem aumentar entre 25% e 90% at 2030,em comparao com os nveis de 2000.* Entre 66% e 75% deste aumento deve acontecer em

    pases em desenvolvimento. A emisso per capita, noentanto, deve se manter abaixo do nvel dos pases ricos.

    * Em 2004, pases industrializados representavam 20% dapopulao global e 46% das emisses.

    Custos* Quanto maiores e mais rpidos forem os cortes nas

    emisses, maiores sero os custos.* Mas as medidas podem ser relativamente modestas e as

    tecnologias existentes podem ser usadas. O custo de seagir agora ainda pode ser menor do que o custo caso no

    haja ao do homem.* O IPCC trabalha com diferentes cenrios:Estabilizar as emisses em 445-535 partes por milho (ppm)

    de dixido de carbono limitaria o aquecimento global a2/2,8C. O impacto disso na economia mundial seria deat 3% do PIB mundial at 2030. No mesmo perodo, o

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Precipita%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enchentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Secahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_pa%C3%ADses_membros_do_Protocolo_de_Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_pa%C3%ADses_membros_do_Protocolo_de_Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quiotohttp://www.suapesquisa.com/paises/brasilhttp://www.suapesquisa.com/africhttp://www.suapesquisa.com/geografia/planeta_terra.htmhttp://www.suapesquisa.com/geografia/planeta_terra.htmhttp://www.suapesquisa.com/africhttp://www.suapesquisa.com/paises/brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_pa%C3%ADses_membros_do_Protocolo_de_Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_pa%C3%ADses_membros_do_Protocolo_de_Quiotohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Secahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Enchentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Precipita%C3%A7%C3%A3o
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    impacto no crescimento projetado da economia seria de0,12%.

    Estabilizar as emisses em 535-590 ppm limitaria oaquecimento global a 2,8/3,2C, com reduo de 0,1% docrescimento do PIB mundial at 2030. Entre 590-710 ppm, oaquecimento global seria de 3,2/4C, com reduo de0,06% do crescimento do PIB at 2030.Opes* O relatrio prope repassar o "preo do carbono" aos

    consumidores e produtores, ou seja, que os preos naeconomia levem em conta o dano ambiental causado pela

    queima de combustveis, para estimular a eficinciaenergtica.* Outras possibilidades so novas leis, impostos e

    mercados de troca de permisses de emisso de carbono.Acordos voluntrios entre governo e indstria so"atraente politicamente", mas "no tm atingidoresultados satisfatrios de reduo de emisses".

    * Taxar as emisses de carbono seria eficiente no setorenergtico. Um preo de US$ 20 a US$ 50 por toneladade dixido de carbono transformaria o setor energtico,aumentando a participao das fontes renovveis namatriz energtica para 35% at 2030 (quase o dobro dafatia registrada em 2005).

    * Fontes de energia renovveis como elica, solar e

    geotrmica deveriam ser estimuladas, com subsdios,tarifas preferenciais e compra obrigatria.* Mais eficincia energtica, com mudana nos padres de

    construo, economia obrigatria de combustveis,mistura de biocombustveis e investimento em melhoresservios de transporte pblico.

    * Medidas de seqestro de carbono "tm potencial para daruma importante contribuio" na mitigao das emissesat 2030.

    * Energia nuclear, que representou 16% da matrizenergtica mundial em 2005, pode chegar a 18% at2030, com o aumento do preo do dixido de carbono deat US$ 50 por tonelada, "mas questes de segurana,proliferao de armas e lixo continuam sendopreocupantes.

    NOVO - Relatrio do IPCC, da ONU(18/11/2011),indica que clima ser mais extremoUm aumento nas ondas de calor, chuvas mais intensas,enchentes e ciclones mais fortes, alm de deslizamentos deterra e secas mais severas, devem ocorrer neste sculo nomundo todo, em decorrncia do aquecimento do clima naTerra, disseram em Uganda cientistas da ONU nesta sexta-feira(18/11/2011).O IPCC (Painel Intergovernamental sobre MudanasClimticas), da ONU, pediu com urgncia aos pases queelaborem planos para uma reao a desastres, visando adaptao ao crescente risco de eventos climticos extremosligados s mudanas climticas provocadas pelo serhumano.

    Mudana do clima provocar chuvas mais intensas; na foto, menino em reaalagada em Bangcoc, na Tailndia

    O relatrio apresenta probabilidades diferentes para eventosclimticos extremos com base nos cenrios das futurasemisses de carbono, mas a questo principal que o climaextremo deve aumentar." praticamente certo que aumentos na frequncia e namagnitude de temperaturas dirias quentes (...) ocorrerono sculo 21 em escala global", cita o IPCC. " muitoprovvel que a durao, frequncia e/ou intensidade dasfases quentes, ou ondas de calor, aumentem."Representantes de quase 200 pases se reuniro na frica doSul(COP-17) no prximo dia 28 para conversar sobre o

    clima, tendo como provvel resultado um passo apenasmodesto rumo a um acordo mais amplo para o corte deemisses de gases de efeito estufa para combater asmudanas climticas.A ONU e a AIE (Agncia Internacional de Energia) e outrasentidades dizem que as promessas globais para cortar asemisses de CO2 e outros gases de efeito estufa no sosuficientes para impedir um aumento na temperatura doplaneta em at 2 graus Celsius. Segundo cientistas,ultrapassar esse limite geraria riscos de um clima instvelem que os extremos climticos podem se tornar maiscomuns e a produo de alimentos mais difcil.As emisses mundiais de carbono subiram para umaquantidade recorde em 2010, seguindo a recesso

    econmica. De acordo com o relatrio do IPCC, o aumentonos nveis dos mares uma preocupao para pequenasilhas-Estado, disse o relatrio. A previso era de que secas,provavelmente a maior preocupao do mundo --considerando o aumento na populao que precisar seralimentada-- vo aumentar. "Existe uma confiana mdia deque as secas iro se intensificar no sculo 21 (...) devido menor precipitao e/ou um aumento naevapotranspirao". As regies listadas so o sul da Europae a regio do Mediterrneo, na Europa central, a regiocentral da Amrica do Norte, a Amrica Central e o Mxico, oNordeste brasileiro e o sul da frica.Conferncia de BaliRealizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilhade Bali (Indonsia), a Conferncia da ONU sobre Mudana

    Climtica terminou com um avano positivo. Aps 11 dias dedebates e negociaes. Os Estados Unidos concordaram coma posio defendida pelos pases mais pobres. Foiestabelecido um cronograma de negociaes e acordos paratroca de informaes sobre as mudanas climticas, entre os190 pases participantes. As bases definidas substituiro oProtocolo de Kyoto, que vence em 2012.Veja a cronologia de conferncias do clima pr-Copenhague(COP-15)1972:Estocolmo (Sucia), PNUMAConhecida como a Primeira Conferncia da ONU(Organizao das Naes Unidas) sobre o Meio Ambiente [ouAmbiente Humano], elaborou 26 princpios "para guiar ospovos do mundo na preservao e melhoria do meio

    ambiente". o marco para o incio das discusses em nvelmundial sobre questes ambientais. No mesmo ano, foicriado o Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente(PNUMA), que tem sede no Qunia.1988:Toronto (Canad), IPCCPrimeira Conferncia Mundial sobre o Clima, que reuniucientistas e alertou para a necessidade de reduzir os gasesdo efeito estufa. A ONU cria o Painel Intergovernamentalsobre Mudanas Climticas (IPCC), para avaliar o risco damudana climtica devido atividade humana.1990:Genebra (Sua), 1 relatrio do IPCCEstabeleceu a necessidade de um tal tratado internacionalclimtico, que acabaria sendo produzido em 1992. Asnegociaes para ele comearam no mesmo ano, com a

    criao de um comit para produzi-lo: o ComitIntergovernamental de Negociao para uma Conveno-Quadro sobre Mudanas Climticas.O IPCC divulga seu primeiro relatrio de avaliao, quemostrava que a temperatura do planeta estaria aumentando.A projeo era de cerca de 0,15 C e 0,3 C para a dcadaseguinte.

    http://www.suapesquisa.com/geografia/onu.htmhttp://www.suapesquisa.com/geografia/onu.htm
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    1992:Rio de Janeiro (Brasil), Eco-92 e criao da UNFCCA Conferncia das Naes Unidas Unidas para o MeioAmbiente e o Desenvolvimento (CNUMAD ou Rio-92) resultanos tratados internacionais Agenda 21, Conveno daBiodiversidade e Conveno-Quadro das Naes Unidassobre Mudanas do Clima (UNFCC, na sigla em ingls). Oobjetivo da UNFCC de estabilizar a concentrao de gasesdo efeito estufa na atmosfera.1995:Berlim (Alemanha), COP-1.Na primeira Conferncia das Partes (COP-1), foram definidosos compromissos legais de reduo de emisses, que fariam

    parte do Protocolo de Kyoto. No mesmo ano, divulgado osegundo relatrio do IPCC.1996:Genebra (Sua)Na COP-2, fica definido que os relatrios do IPCC nortearoas decises futuras.1997:Kyoto (Japo), Protocolo de KyotoA COP-3 passa para a histria como a conveno em que acomunidade internacional firmou um amplo acordo decarter ambiental, apesar das divergncias entre EstadosUnidos e Unio Europeia: o Protocolo de Kyoto.Ele um instrumento legal que sugere a reduo deemisses de gases do efeito estufa nos pases signatrios e,no caso dos grandes poluidores do mundo desenvolvido,impe metas variadas de reduo, sendo 5,2% em mdia,

    tomando como parmetro as emisses de 1990. Para quetivesse efeito, teria que ser ratificado pelos pasesdesenvolvidos, cuja soma de emisses de CO2 representava55% do total. So criados o MDL (Mecanismo deDesenvolvimento Limpo), a partir de uma propostabrasileira, e os certificados de carbono.1998:Buenos Aires (Argentina)Na COP-4, comeam as discusses sobre um cronogramapara implementar o Protocolo de Kyoto.No ano seguinte,durante a COP-5, em Bonn (Alemanha), as discusses deimplementao continuam.2000:Haia (Blgica), EUA abandonam KyotoA tenso entre a Unio Europeia e o grupo liderado pelosEstados Unidos aumenta na COP-6, levando ao impasse asnegociaes. No ano seguinte, o presidente George W. Bush

    declara que os Estados Unidos no ratificaro o Protocolo deKyoto, um entrave para a continuidade das negociaes.Com a sada do maior poluidor do mundo, o protocolo correo risco de perder seu efeito.2001:Bonn (Alemanha) e Marrakesh (Marrocos)O IPCC convoca uma COP extraordinria para divulgar oterceiro relatrio, em que fica cada vez mais evidente ainterferncia do homem nas mudanas climticas. A tensoentre os pases industrializados diminui na COP-7, emMarrakesh.2002:Nova Dli (ndia)A COP-8 pede aes mais objetivas para a reduo dasemisses. Os pases entram em acordo sobre as regras doMDL. A questo do desenvolvimento sustentvel entra em

    foco.2003:Milo (Itlia)Na COP-9, aprofundam-se as diferenas entre os pasesindustrializados e o resto do mundo. Fica clara a falta delideranas comprometidas para costurar acordos, o que cobrado por ONGs. O assunto "florestas" entra em pauta.2004:Buenos Aires (Argentina)Iniciam-se, durante a COP-10, discusses informais sobrenovos compromissos de longo prazo a partir de 2012,quando vence o primeiro perodo do Protocolo de Kyoto.2005:Montreal (Canad)Fica clara a necessidade de um amplo acordo internacional,ajustado nova realidade mundial: Brasil, China e ndiatornaram-se emissores importantes. Na COP-11, proposta

    pelo Brasil a negociao em dois trilhos: o ps-Kyoto e outraparalela entre os grandes emissores, o que inclui os EstadosUnidos.2006:Nairbi (Qunia), ReddNa COP-12, a vulnerabilidade dos pases mais pobres ficaevidente. Ainda repercute o Relatrio Stern, lanado naInglaterra no mesmo ano e considerado o estudo econmico

    mais complexo e abrangente sobre os prejuzos doaquecimento global. Em Nairbi, o Brasil apresenta aproposta de um mecanismo de incentivos financeiros para amanuteno das florestas, o Redd (Reduo de Emisses porDesmatamento e Degradao).2007:Bali (Indonsia), Mapa do Caminho criado o Mapa do Caminho, com cinco pilares de discussopara facilitar a assinatura de um compromisso internacionalem Copenhague: viso compartilhada, mitigao, adaptao,transferncia de tecnologia e suporte financeiro.Na COP-13 ficou acertado que seriam criados um fundo de

    recursos para os pases em desenvolvimento e as Namas(Aes de Mitigao Nacionalmente Adequadas), modeloideal para os pases em desenvolvimento que, mesmo semobrigao legal, concordem em diminuir suas emisses.2008:Poznan (Polnia), COP-14Continuam as costuras para um acordo amplo emCompenhague, sem muitos avanos. O Brasil lana o PlanoNacional sobre Mudana do Clima (PNMC), incluindo metaspara a reduo do desmatamento. Apresenta ainda o FundoAmaznia, iniciativa para captar recursos para projetos decombate ao desmatamento e de promoo da conservao euso sustentvel na regio.2009: Copenhague (Dinamarca), COP-15Em dezembro de 2009, realizou-se a Conferncia do Clima a

    COP-15, em Copenhague, reunindo representantes de 193naes. Das negociaes e impasses, surge um acordo, semfora de lei, firmado por Brasil, Estados Unidos, China, ndia,e frica do Sul. Com os seguintes tpicos:Devem ser criados incentivos financeiros para projetos deREED (Reduo de Emisso por Desmatamento eDegradao), tem que haver cortes profundos nas emissesde CO2, e os pases devem fornecer informaes sobre aimplementao de suas aes (relatrios), e que atemperatura global no pode aumentar de 2o C acima dosnveis pr-industriais.2010: Cancn (Mxico), COP-16Aps se reunirem em Cancn, no Mxico, de 29 denovembro a 10 de dezembro de 2010, os representantes dos194 pases e territrios presentes 16 Conferncia das

    Partes da Conveno sobre Mudana do Clima das NaesUnidas anunciaram um conjunto de medidas: Dentre asmedidas esto, a criao de Fundo Verde, com recursos dospases desenvolvidos (inicialmente de 30 bilhes de dlares,at 2012, chegando soma de 100 bilhes at 2020. EsteFundo ser administrado por um conselho de 24 pases, e aconferncia indicou que, nos primeiros trs anos, tenhacomo tesoureiro o Banco Mundial), para financiar aes eprogramas dos pases em desenvolvimento de adoo deenergias limpas e que visem diminuiras emisses de gasesque agravem o efeito estufa.2011: Durban (frica do Sul), COP-17Na mais longa reunio sobre o meio ambiente, a COP-17,no houve um consenso sobre o seu principal objetivo que

    sequncia dar ao Protocolo de Kyoto, cuja primeira fasevence em 2012. Mas os representantes de 194 naesconcordaram em lanar um documento-base (batizado dePlataforma de Durban) que fixou:- Uma agenda para criao de novos instrumentos queobrigue o cumprimento de metas de reduo de CO, at2015.- Que ter de ser seguida a partir de 2020.- Foi discutido tambm a viabilidade do Fundo VerdeClimtico, criado na COP-16Obs. A prxima conferncia ser em Doha no Catar em2012, COP-18.Governo veta 12 pontos e faz 32 modificaes noCdigo Florestal.

    A presidente Dilma Rousseff vetou, no dia25/05/2012, 12 pontos do projeto do novo Cdigo Florestalaprovado pelo Congresso. As alteraes foram apresentadasno Palcio do Planalto. Destacou os vetos aos artigos 1 e61, alm dos vetos, foram promovidas 32 modificaes.Destas, 14 recuperam o texto aprovado no Senado, cinco

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    correspondem a dispositivos e 13 trata-se de ajustes ouadequaes de contedo ao projeto de lei.

    As alteraes pretendidas pelo governo seroeditadas atravs de Medida Provisria, que dever serpublicada, juntamente com os vetos, no "DO". Naapresentao, o governo buscou recompor o texto doSenado, preservar acordos, respeitar o Congresso, noanistiar os desmatadores, preservar os pequenosproprietrios, responsabilizar todos pela recuperaoambiental, manter os estatutos de APP e de Reserva Legal.O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, tentou evitar que

    as decises sejam consideradas como pr-ambientalistas oucomo pr-ruralistas.

    Tabela com o tamanho das reas que devem ser recompostanas margens de rio; Exemplo: em uma propriedade de doismdulos fiscais, a margem de um rio de at dez metros delargura deve ter oito metros de sua margem recomposta,desde que esteja dentro do limite de 10% do tamanho dapropriedade.Pequenos produtores

    Em relao aos pequenos produtores, o governooptou por acrescentar MP a chamada "escadinha", ou seja,

    um escalonamento das faixas de recuperao de florestas deacordo com o tamanho da propriedade. Todos tero quecontribuir para recomposio das APPs (reas depreservao permanente). Mas a recomposio vai levar emconsiderao proporcionalmente o tamanho da propriedadede cada produtor. Quem tem menos rea de terra, vairecompor menos APP. Quem tem mais, vai recompor mais.

    Prevaleceu no governo a posio que defendia o textodo Senado como o melhor acordo possvel para conciliarproduo agrcola e conservao. No entanto, justoreconhecer que houve, sim, uma inflexo a favor dosambientalistas no modo de pensar e agir da presidente. H ocontexto da Rio+20 a estimular essa nova cor verde e algoesquerdista. A presidente tambm procurou fazer vetos que

    possam se sustentar politicamente no Congresso. Ou seja,evitar que sejam derrubados.Os ruralistas vo chiar. O texto aprovado do Senado,

    que ganhou tonalidade conservadora ao ser votado naCmara, tambm sofreu desidratao, de acordo comauxiliares da presidente. Basicamente, Dilma cumpre ocompromisso de no dar anistia aos desmatadores. Ogoverno espera que o veto seja bem aceito pela opiniopblica nacional e internacional. Com isso, avalia que podercriar uma clima mais positivo para vender o Brasil como umpas em desenvolvimento que se preocupa com o meioambiente e encontra um discurso para a Rio+20.Para a WWF Brasil, o pas corre o risco de sofrer umretrocesso legislativo pelo fato da presidente Dilma Rousseffno ter vetado o texto integralmente. J o coordenador decampanhas do Greenpeace, Mrcio Astrini, criticou a falta dedetalhamento dos vetos e modificaes do Cdigo Florestal.Segundo eles, as mudanas feitas pelo governo no sosatisfatrias para a recuperao das matas ciliares.

    Pontos Importantes:Aquecimento global:Elevao anormal da temperatura da Terra causada,sobretudo por atividades humanas aps a RevoluoIndustrial, como a queima de combustveis fsseis,desmatamento e pecuria, que emitem grandes quantidadesde gases-estufa. O fenmeno tambm conhecido comomudana climtica.rtico e Antrtida:O derretimento do gelo nos plos da Terra so uma dasmaneiras de se verificar o aquecimento global. A extenso

    de gelo no rtico diminuiu de 7,8 milhes de km em 1980para 4,2 milhes em 2007, o recorde inferior.Biodiversidade:Conjunto de espcies da fauna e flora de uma regio. OBrasil possui a maior biodiversidade do mundo, mas oaquecimento global deve causar sua diminuio em todo omundo. Certas espcies so muito sensveis a mudanas nohabitat onde vivem, como anfbios em florestas tropicais, esua possvel extino acaba gerando um efeito prejudicialem cadeia para outras espcies que dependem delas.Bioma:Conjunto de diferentes ecossistemas terrestres --cominteraes de flora e fauna-- caracterizados por tipossemelhantes de vegetao, em determinada regio

    geogrfica. O Brasil possui sete biomas: amaznia, cerrado,caatinga, mata atlntica, pampa, pantanal e zona costeira."Cap-and-trade":Algo como "limite e comercialize", em ingls; sistema peloqual o governo distribui metas de reduo de emisses e asempresas trocam entre si certificados de poluio, vendendoe comprando crditos de carbono.Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre aMudana do Clima (CQNUMC):Tratado internacional realizado no Rio de Janeiro, em 1992,e firmado por quase todos os pases do mundo, com oobjetivo de estabilizar a concentrao de gases do efeitoestufa na atmosfera. Sem limites obrigatrios a princpio,deixou tais regras para protocolos posteriores, como o deKyoto.

    Corrente do Golfo:Corrente marinha que desloca gua do Golfo do Mxico at aEuropa. Parte de um sistema de circulao do oceano noAtlntico Norte, banha o oeste da Europa com guasquentes, especialmente no inverno, e mantm astemperaturas mais altas do que em outros pontos da mesmalatitude. Cientistas do IPCC preveem o colapso da Correntedo Golfo por conta do aquecimento global. Como resultado,boa parte da Europa vai esfriar.Crdito de carbono, ou "offset":Certificado em papel que d ao seu comprador o direito deemitir uma quantidade X de gs carbnico. O expedidor docertificado precisa, para isso, ter reduzido as prpriasemisses, ou evitado emisses para a atmosfera. Por

    exemplo, uma empresa num pas desenvolvido que tenhauma meta de reduo de 50 toneladas de carbono impostapelo governo e consiga reduzir 60 toneladas poder venderas 10 toneladas extra no mercado de carbono a uma outraempresa que no consiga cumprir a mesma meta.COP:Conferncia das Partes da Conveno-Quadro das NaesUnidas sobre Mudana Climtica, ou Conveno do Clima.Desmatamento:Tambm chamado desflorestamento, a operao queelimina a vegetao nativa de certa rea para sua utilizao,via corte ou queimada. No Brasil, o desmatamento aprincipal fonte de emisses de gases do efeito estufa,principalmente para a transformao do terreno em pasto

    para a pecuria.Efeito estufa:Nome dado ao aprisionamento do calor que chega Terrapor uma camada de gases na atmosfera, entre os quais odixido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o vapor d'gua.Trata-se de um efeito natural, sem o qual a vida no planeta

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    no seria possvel, pois todo o calor seria perdido no espao,transformando a Terra em uma bola de gelo.Emisses per capita:Maneira de se medir a emisso de gases do efeito estufaconsiderando a contribuio dos pases por habitantes que lvivem. Assim, apesar de a China ser a maior poluente emtermos absolutos, polui pouco por habitante. Fatosemelhante acontece com o Brasil, quinto maior emissor emtermos absolutos, mas que polui muito pouco por habitante.FAO:Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e

    Alimentao. A FAO j disse que a mudana climtica podeconstituir uma sria ameaa para a segurana alimentarmundial. Um relatrio da organizao informa que a pecuria responsvel por 18% das emisses de gases do efeitoestufa em mbito mundial, enquanto o desmatamento responsvel por 18% das emisses de dixido de carbono. Ainstituio tambm alertou que as florestas da zona saarianadesaparecem num ritmo preocupante de dois milhes dehectares por ano, e que o aquecimento do planeta acentuaro fenmeno.Gases-estufa (GEEs):Compostos qumicos que tm a propriedade de bloquear aradiao infravermelha (calor), impedindo que ela sepropague. Os principais deles so o vapor d'gua, o dixido

    de carbono e o metano. Alm destes dois ltimos, soregulamentados pelo Protocolo de Kyoto o hexafluoreto deenxofre (SF6), os perfluorocarbonos (PFCs), o xido nitroso(N2O) e os hidrofluorocarbonos (HFCs)G77 + China:Bloco de negociao formado pelas naes emdesenvolvimento, inclusive o Brasil. Estabelecido em 1964,com 77 pases-membros, hoje na verdade j cresceu para133, mantendo o nome para registro histrico.IPCC:Painel Intergovernamental sobre Mudanas Climticas, nasigla em ingls. um rgo cientfico estabelecido em 1988pela ONU para avaliar o risco da mudana climtica causadapela atividade humana. No entanto, o IPCC no realizapesquisas prprias ou faz monitoramento direto, somente

    consulta materiais cientficos j publicados. Uma atividadeimportante do rgo lanar relatrios relevantes para aimplementao da Conveno-Quadro das Naes Unidassobre a Mudana do Clima, tratado internacional que buscacontrolar as emisses de gases-estufa. O IPCC ganhou oprmio Nobel da Paz em 2007, junto com o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore.LULUCF:Sigla para uso da terra, mudanas no uso da terra eflorestas. Indica aes para evitar emisses de gs-estufapelo desmatamento, pelo reflorestamento ou manejo deflorestas, ou outras, como controle da agropecuria ousequestro de carbono.MDL:

    Sigla para Mecanismo de Desenvolvimento Limpo;dispositivo do Protocolo de Kyoto pelo qual aes que evitememisses em pases em desenvolvimento podem gerarcrditos a serem vendidos a naes desenvolvidas, commetas a cumprir.MRV:Sigla para Aes Mensurveis, Reportveis e Verificveis;aes de pases em desenvolvimento que no so metasobrigatrias --como o caso dos pases ricos, sob oProtocolo de Kyoto--, mas que esto abertas verificaointernacional.Namas:Sigla em ingls para Aes Nacionalmente Apropriadas deMitigao, nome dado aos compromissos dos pases em

    desenvolvimento.Nvel do mar:O nvel mdio do mar, para comparao com a reaterrestre. Um dos efeitos do aquecimento global oaumento deste nvel, que pode ser perigoso para populaesque vivem em pases-ilhas. Este aumento obtido ao se

    somar a expanso trmica da gua e a causada peloderretimento do gelo dos polos.Organizao Meteorolgica Mundial (OMM):Agncia especializada da ONU fundada em 1950, com sedeem Genebra, na Sua, autoridade designada a discutirsobre o comportamento e estado da atmosfera da Terra, suainterao com os oceanos, o clima produzido, e os recursoshdricos assim produzidos. sucessora da OrganizaoMeteorolgica Internacional, criada em 1873 para buscarunificar o sistema de pesquisas da rea entre os diversospases.

    Plano de Ao de Bali (BAP):Documento que guia as negociaes do acordo deCopenhague. Adotado em Bali, Indonsia, em 2007, prevao em quatro eixos principais:- Mitigao: Como reduzir as emisses de gases de efeitoestufa. Pases em desenvolvimento e os EUA devem adotaraes para reduzir a trajetria de crescimento de suasemisses. Pases desenvolvidos devem ampliar suas metasno Protocolo de Kyoto.- Adaptao: Como preparar os pases, especialmente osmais pobres, para os efeitos da mudana climtica que jesto acontecendo ou que no podero ser evitados ao longodeste sculo.- Financiamento: Como os pases ricos ajudaro as aes de

    mitigao nos pases pobres.- Tecnologia: Como garantir a ampla adoo de tecnologiasde energia limpa, transferindo-as a baixo custo entre ospases.Princpio da Precauo (PP):Envolve aes que devem ser antecipadas para proteger asade das pessoas e dos ecossistemas. Determina que,quando h razes para se suspeitar de ameaas diversidade ou sade, a falta de evidncias cientficas nopode ser usada como razo para adiar a tomada de medidaspreventivas.Redd, Redd Plus:Reduo de Emisses por Desmatamento e DegradaoFlorestal, e o papel da Conservao, do Manejo Sustentvelde Florestas e a Ampliao dos Estoques de Carbono em

    Florestas. um mecanismo pelo qual pases que reduzemseu desmatamento podem receber compensao financeira,seja em forma de fundos voluntrios, seja gerando crditosde carbono. O desmatamento emite cerca de 5,8 bilhes detoneladas de gs carbnico por ano no mundo inteiro, e oRedd considerado uma das formas mais imediatas ebaratas de cortar emisses. Por isso deve entrar no novoacordo.Responsabilidades comuns, mas diferenciadas:Princpio segundo o qual todas as naes devem ser parte dasoluo da crise climtica, mas as naes ricas devem lideraro esforo para solucion-lo, j que contriburam mais paracausar o problema.Sustentabilidade:

    Garantia de que um processo possa se manter,frequentemente associado a alguma atividade econmica dasociedade humana, gerando a expresso desenvolvimentosustentvel. Guarda o princpio de prover o melhor para asnecessidades humanas sem utilizar exageradamente osrecursos disponveis, para que permaneam no futuro.Tratado internacional:Um acordo formal entre pessoas jurdicas de direitointernacional pblico Estados ou OrganizaesInternacionais Intergovernamentais que firmam umcompromisso por escrito. Este compromisso ter efeitos

    jurdicos nas relaes internacionais. Existem vriasdesignaes para os tratados, como carta, para constituiruma organizao internacional intergovernamental, como a

    Carta das Naes Unidas (1945); conveno, em geral semfins polticos, como a Conveno-Quadro das Naes Unidassobre a Mudana do Clima (1992); declarao, paraprincpios, como a Declarao do Rio de Janeiro sobre MeioAmbiente e Desenvolvimento (1992); e protocolo, umtratado acessrio, como o Protocolo de Kyoto (1997), que um acrscimo Conveno de Mudana do Clima de 1992.

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    Veranico:Ondas de calor em plena estao fria. O fenmenometeorolgico inclui, em um perodo de pelo menos quatrodias, estiagem, calor intenso, insolao e baixa umidaderelativa do ar. um possvel impacto do aquecimento globalno Centro-Oeste brasileiro, com consequncias para asade, agricultura e gerao de energia hidreltrica.

    Desmatamento de FlorestasO desrespeito e a depredao da natureza provocamconsequncias desastrosas. A destruio de florestas e o

    aquecimento global propiciam a propagao de doenastransmitidas por mosquitos, como a dengue e a malria. Aoinvadir florestas o homem entrou em contato com vrus queno conhecia, como o HIV da AIDS, que espalhou-se pelomundo a partir da caa de chimpanzs na selva africana. NaEuropa, EUA e em vrias partes do mundo, florestas foramdevastadas em nome do prprio progresso, para dar lugar aplantaes, pastos, cidades, indstrias, usinas, estradas, etc.Campeo absoluto de biodiversidade terrestre, o Brasilrene quase 12% de toda a vida natural do planeta.Concentra 55 mil espcies de plantas superiores (22% detodas as que existem no mundo), muitas delas endmicas(s existem no pas e em nenhum outro lugar); 524 espciesde mamferos; mais de 3 mil espcies de peixes de gua

    doce; entre 10 e 15 milhes de insetos (a grande maioriaainda por ser descrita); e mais de 70 espciesde psitacdeos: araras, papagaios e periquitos.Quatro dos biomas mais ricos do planeta esto no Brasil:Mata Atlntica, Cerrado, Amaznia e Pantanal. Infelizmente,correm srios riscos. A Mata Atlntica se desenvolve aolongo da costa brasileira, do Rio Grande do Sul ao RioGrande do Norte. Ela guarda cerca de 7% de sua extensooriginal e o Cerrado possui apenas 20% de sua rea aindaintocados. Estas duas reas so consideradas hotspots, isto, reas prioritrias para conservao, de rica biodiversidadee ameaada no mais alto grau. A implantao de corredoresde biodiversidade a principal estratgia empregada pelaONG CI-Brasil para direcionar as aes de conservao nosHotspots e nas Grandes Regies Naturais.

    Nascentes de guas que abastecem vrios estadosbrasileiros esto na Mata Atlntica.O Cerrado abriga a mais rica savana do mundo, com grandebiodiversidade, e recursos hdricos valiosos para o Brasil.Nas suas chapadas esto as nascentes dos principais riosdas bacias Amaznica, do Prata e do So Francisco. O Brasilabriga os biomas (comunidades biolgicas) Amaznia,Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlntica, Pampas(Campos Sulinos) e Costeiros, 49 ecorregies, jclassificadas, e incalculveis ecossistemas.No mundo inteiro, cerca de 13 milhes de hectares deflorestas so perdidos todos os anos, principalmente naAmrica do Sul e frica. O Brasil foi o pas onde mais sedevastaram florestas entre 2000 e 2005. (FAO)

    A Amaznia : a maior floresta tropical do planeta.Estende-se por uma rea de 6,4 milhes de quilmetros

    quadrados na Amrica do Sul.63% no Brasil e o restante esto distribudos no Peru,

    Colmbia, Bolvia, Venezuela, Guiana, Suriname, Equadore Guiana Francesa.

    Abrange os estados do Acre, Amap, Amazonas, MatoGrosso, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins e grande partedo Maranho.

    A Amaznia Legal correspondente a cerca de 61% doterritrio brasileiro (5.217.423 km2).

    Tem 20 milhes de habitantes (IBGE, 2000) e baixadensidade demogrfica.Guarda cerca de um quinto das reservas de gua doce domundo.

    O Rio Amazonas o maior do mundo em volume de gua.Megabiodiversidade: rica em espcies vegetais e animais.A floresta absorve carbono diminuindo as consequncias

    das mudanas climticas globais.

    Enorme potencial de plantas a serem descobertas para usofarmacutico, cosmtico, qumico, alimentar, etc.

    Ameaas:Grilagem (posse ilegal de terras mediante documentosfalsos), desmatamentos, queimadas, madeireiraspredatrias, expanso da fronteira pecuria e agrcola (sojaprincipalmente no Mato Grosso), fiscalizao insuficiente,impunidade, caa e pesca sem controle, contrabando deanimais. A floresta vulnervel aos efeitos do aquecimentoglobal.Segundo o IBAMA, a fertilidade natural dos solos baixa. A

    floresta Amaznica um ecossistema auto-sustentvel. Elase mantm com seus prprios nutrientes num ciclopermanente. Existe um delicado equilbrio nas relaes daspopulaes biolgicas que so sensveis a interfernciasantrpicas. A Amaznia apresenta uma grande variedade deecossistemas, dentre os quais se destacam: matas de terrafirme, florestas inundadas, vrzeas, igaps, campos abertose cerrados. Conseqentemente, a Amaznia abriga umainfinidade de espcies vegetais e animais: 1,5 milhes deespcies vegetais catalogadas; trs mil espcies de peixes;950 tipos de pssaros; e ainda insetos, rpteis, anfbios emamferos...A destruio de florestas tropicais, alm de reduzir abiodiversidade do planeta, causa eroso dos solos, degrada

    reas de bacias hidrogrficas, libera gs carbnico para aatmosfera, causa desequilbrio social e ambiental. A reduoda umidade na Amaznia faz reduzir as chuvas na regiocentro-sul brasileira.Em 2004, o setor madeireiro extraiu o equivalente a 6,2milhes de rvores. Aps o processamento principalmenteno Par, Mato Grosso e Rondnia, a madeira amaznica foidestinada tanto para o mercado domstico (64%) como parao externo (36%). O Par o principal produtor de madeiraamaznica, representando 45% do total produzido econcentra 51% das empresas madeireiras.A industrializao ocorre ao longo dos principais eixos detransporte da Amaznia. Alguns dos graves problemas so ocarter migratrio da indstria madeireira e o baixo ndicede manejo florestal. Madeireiros tm construdo milhares de

    quilmetros de estradas no-oficiais em terras pblicasfacilitando agrilagem.A mdia de cobrana e pagamento efetivos das multasambientais baixssima em toda a Amaznia.Entre 1990 e 2003 a taxa de crescimento da pecuria naAmaznia Legal cresceu 140%, passando de 26,6 cabeasde gado para 64 milhes de cabeas. A taxa mdia decrescimento foi 10 vezes maior do que no restante do pas,respondendo por 33% do rebanho nacional. O Mato Grosso,Par e Rondnia foram os principais produtores no perodo.Em 2000 a maior parte da carne produzida pelos frigorficosda Amaznia foi para o mercado nacional, principalmenteNordeste e Sudeste. O aumento da demanda de exportao crescente.Segundo o Ministrio do Meio Ambiente (2007),

    75% da rea desmatada na Amaznia ocupada pelapecuria. So 70 milhes de bovinos, e um tero est noMato Grosso. A ocupao de quase uma cabea de gadopor hectare.O Brasil o maior exportador mundial e o segundo maiorconsumidor de carne bovina. Pastagens degradadas tem sidoconvertidas em cultivos agrcolas. O pecuarista vende opasto para o cultivo da soja e continua a desmatar. Asbacias hidrogrficas de Mato Grosso j perderam de 32% a43% de sua cobertura vegetal original (IMAZON).Os focos de queimadas:Resumos das ltimas queimadas detectadas nas imagensmais recentes dos satlites so atualizados vrias vezes pordia. No Brasil, a quase totalidade das queimadas causada

    pelo Homem, por razes muito variadas: limpeza de pastos,preparo de plantios, desmatamentos, disputas fundirias,vandalismo, colheita manual de cana-de-aucar (necessitamecanizao para evitar a queima), etc.No desmatamento ilegal, a queima descontrolada (sembarreiras que impedem a propagao do fogo) propiciacondies para incndios florestais. Outras prticas

    http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=169&id_pagina=1http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/ecoregioes.htmhttp://www.amazonia.org.br/noticias/print.cfm?id=228427http://www.amazonia.org.br/noticias/print.cfm?id=228427http://www.amazonia.org.br/noticias/print.cfm?id=228427http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1327197-3586,00.htmlhttp://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1327197-3586,00.htmlhttp://www.amazonia.org.br/noticias/print.cfm?id=228427http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/ecoregioes.htmhttp://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=169&id_pagina=1
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    irresponsveis: soltar bales, acender velas prximas avegetao, jogar pontas de cigarros acesas nas margens dasestradas, no apagar restos de fogueiras e a falta de cuidadoao lidar com fogo.A fumaa gerada pelas queimadas responsvel pormilhares de internaes.O Departamento de Cincias Atmosfricas da USP constatouque a fuligem das queimadas na Amaznia levada pelovento para o Centro-Sul do Pas e para o Oceano Atlntico.A diminuio dos ndices de desmatamento entre 2004 e2008 foi reflexo dos esforos oficiais (como a criao de

    unidades de conservao e aumento da fiscalizao) e darecesso vivida pelo agronegcio no perodo. O Brasilreduziu o desmatamento da floresta amaznica em 19.000km em 2005 e em um pouco mais de 13.000 km2 em2008, segundo o INPE - Instituto Nacional de PesquisasEspaciais. A floresta j perdeu quase 20% do seu tamanhooriginal - 700 mil quilmetros quadrados foram derrubados.(Imazon, 2008).Buscando reduzir os conflitos por terras e o desmatamentoilegal da Amaznia, o governo do Par criou sete unidadesde conservao da floresta que formam uma das maioresreas de proteo ambiental do mundo com cerca de 15milhes de hectares. Os respectivos decretos foramassinados em 04.12.2006.

    llccoooollbbrraassiilleeiirrooppooddeesseerraalltteerrnnaattiivvaaeenneerrggttiiccaammuunnddiiaall..A ltima edio da revista Science tem como destaque umdossi sobre sustentabilidade e energia. O consumoenergtico global considerado pela revista como "o maiordesafio para um futuro sustentvel".Os editores da publicao norte-americana ressaltam adependncia mundial dos combustveis fsseis no-renovveis que foram e continuaro a ser a principal causada poluio e das mudanas climticas. "Esses problemas ea crescente escassez das reservas de petrleo tornam cadavez mais urgente a viabilizao de energias alternativas",afirmam.A edio enfoca alguns dos desafios e esforos necessrios"para que a energia sustentvel seja mais efetiva em escalasuficiente para fazer diferena". Segundo o editorial, vrias

    das questes fundamentais ligadas ao tema "requeremgrandes esforos de pesquisa em reas que ainda tm poucoinvestimento".Os 22 artigos da seo especial da edio tratam de avanoscientficos e de perspectivas em tpicos como energia solar,biocombustveis, clulas de hidrognio, energia fotovoltaica,sequestro de carbono e produo de combustveis a partir demicrorganismos.Em um dos textos, Nathan Lewis, da Diviso de Qumica doInstituto de Tecnologia da Califrnia, nos Estados Unidos,afirma que a converso direta da luz do sol, com clulas deenergia solar, em eletricidade ou hidrognio esbarra nosaltos custos, independentemente de sua eficincia intrnseca.Mike Himmel, do Departamento de Bioqumica da

    Universidade do Estado do Colorado, explica como a UnioEuropia planeja produzir um quarto de seus combustveis apartir de biomassa at 2030. Em outro artigo, JanezPotocnik, diretor de Cincia e Pesquisa da ComissoEuropia, discute como os europeus esto estabelecendometas e alocando recursos para energias alternativas.Brasil em primeiro plano:Um dos destaques do dossi o artigo Etanol para umfuturo de energia sustentvel, de Jos Goldemberg,secretrio do Meio Ambiente do Estado de So Paulo. Ocombustvel comum nos postos brasileiros apontado pelarevista em editorial como a "principal alternativa energticavivel em curto prazo".Para o fsico Goldemberg, tambm professor do Instituto de

    Eletrotcnica e Engenharia da Universidade de So Paulo(USP), o destaque para o Brasil na edio da Science mostraque a comunidade cientfica norte-americana percebeu asvantagens do etanol baseado em cana-de-acar em relaoao combustvel produzido a partir do milho. A Science publicada pela Sociedade Norte-Americana para o Avano daCincia (AAAS, na sigla em ingls).

    "Eu no submeti o artigo apreciao dos editores. Elesentraram em contato e solicitaram a contribuio, o que raro nesse tipo de publicao. Isso mostra que os norte-americanos se conscientizaram de que o etanol de cana-de-acar um caminho promissor", disse Goldemberg Agncia FAPESP.Goldemberg defende que o programa brasileiro, iniciado nadcada de 1970, seja replicado em outros lugares domundo. Ele explica que o etanol de cana-de-acar sustentvel por consumir, em sua produo, muito menoscombustvel fssil que o de milho.

    "Alm disso, o milho cria uma competio direta entre o usopara alimento e para combustvel, o que um efeitoperverso. Com a produo atual de etanol, o preo do milho

    j subiu, encarecendo o produto inclusive no Mxico, onde a base da alimentao", disse.Combustvel para exportao:Segundo Goldemberg, se o modelo brasileiro for replicadoem outros pases, o Brasil poder tirar proveito daexportao do produto. "O etanol no contribui para o efeitoestufa, por isso os pases europeus e o Japo, por exemplo,teriam interesse em importar do Brasil para reduzir suasemisses. No momento h muitas barreiras alfandegrias,mas a necessidade de combater o efeito estufa deverbaix-las", disse.

    Em seu artigo, Goldemberg aponta que a produo de etanolde cana-de-acar no Brasil de 16 bilhes de litros porano, o que requer cerca de 3 milhes de hectares de terra. Acompetio pelo uso da terra para produo de comida ecombustvel no tem sido substancial: a cana cobre 10% dototal de terras cultivadas e 1% das terras disponveis paraagricultura no pas. A rea total de plantaes (para acar eetanol) corresponde a 5,6 milhes de hectares.O cientista afirma que a produo de etanol a partir da cana-de-acar pode ser replicada em outros pases sem grandesprejuzos para os ecossistemas naturais. Em todo o mundo,cerca de 20 milhes de hectares so usados para plantio decana-de-acar, na maior parte para produo aucareira.A expanso da produo nos moldes do programa brasileirode etanol, com um acrscimo de 30 milhes de hectares no

    Brasil e em outros pases, seria suficiente para que o etanolsubstitusse 10% da gasolina usada no mundo. A reacorresponde a uma pequena frao dos 2 bilhes dehectares de reas cultivadas em todo o mundo.Importncia ambientalA expanso do uso do etanol no dever pressionar o meioambiente. Existem amplas possibilidades de expandir semprecisar usar reas que envolvam degradao. Em SoPaulo, a produo de cana-de-acar ocorre em reas jdegradadas e ainda h espao para duplicar ou triplicar aproduo usando s essas reas.O biodiesel, de acordo com o professor, representa perigoambiental iminente. "O problema que ele est sendoproduzido a partir da soja. preciso procurar outras

    culturas, como dend ou pinho-bravo. A soja, ao contrrioda cana-de-acar, cultivvel na Amaznia. Permitir que oprograma seja dependente da soja um grande perigo".Em seu artigo, Goldemberg destaca que mais de 80% dototal da energia utilizada do mundo proveniente decombustveis fsseis, que pouco mais de 6% correspondem energia nuclear e que apenas cerca de 13% vm deenergias renovveis. "Mas boa parte dessa biomassa usadade maneira no renovvel. A grande oportunidade quetemos modernizar o uso de biomassa, e isso o que estsendo feito com o etanol e o biodiesel".Vantagens do BiodieselCada vez mais o preo da gasolina, diesel e derivados depetrleo tendem a subir. A cada ano o consumo aumenta e

    as reservas diminuem. Alm do problema fsico, h oproblema poltico: a cada ameaa de guerra ou criseinternacional, o preo do barril de petrleo dispara.O efeito estufa, que deixa nosso planeta mais quente, devidoao aumento de dixido de carbono na atmosfera (para cada3,8 litros de gasolina que um automvel queima, soliberados 10 kg de CO2 na atmosfera). A queima de

    http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1375008-3586,00.htmlhttp://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1375008-3586,00.html
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    derivados de petrleo contribui para o aquecimento do climaglobal por elevar os nveis de CO2 na atmosfera.Vantagens na utilizao do Biodiesel energia renovvel. No Brasil h muitas terras

    cultivveis que podem produzir uma enorme variedadede oleaginosas, principalmente nos solos menosprodutivos, com um baixo custo de produo como noNordeste brasileiro(mamona).

    O biodiesel um timo lubrificante e pode aumentar avida til do motor.

    O biodiesel tem risco de exploso baixo. Ele precisa deuma fonte de calor acima de 150 graus Celsius paraexplodir.

    Tem fcil transporte e fcil armazenamento, devido aoseu menor risco de exploso.

    O uso como combustvel proporciona ganho ambientalpara todo o planeta, pois colabora para diminuir apoluio e o efeito estufa.

    A viabilidade do uso direto foi comprovada na avaliaodos componentes do motor, que no apresentou qualquertipo de resduo que comprometesse o desempenho.

    Para a utilizao do biocombustvel, no precisa denenhuma adaptao em caminhes, tratores oumquinas.

    O biodiesel uma fonte limpa e renovvel de energia quevai gerar emprego e renda para o campo, pois o pasabriga o maior territrio tropical do planeta, com solos dealta qualidade que permitem uma agricultura auto-sustentvel do plantio direto; topografia favorvel mecanizao e a nao mais rica em gua doce domundo, com clima e tecnologia que permitem a produode duas safras ao ano.

    Por outro lado, o diesel do petrleo um combustvelno-renovvel. O petrleo leva milhes de anos para seformar.

    Substitui o diesel nos motores sem necessidade deajustes.

    O produtor rural estar produzindo seu combustvel. Diminuio da poluio atmosfrica. Reduo de custos na propriedade. No caso do biodiesel Eco leo o produtor no compra o

    biodiesel, a comercializao ser por meio de permuta,ou seja: troca de mercadorias como, por exemplo, oprodutor entrega o girassol e recebe o Eco leo. Ser ouso cativo.

    O produtor estar fazendo rotao de culturas em suapropriedade, incorporando nutrientes na sua lavoura.

    O biodiesel usado puro nos motores, porm aceitaqualquer percentual de mistura com o diesel, pois umproduto miscvel.

    Outra grande vantagem que, na formao dassementes, o gs carbnico do ar absorvido pela planta.

    O calor produzido por litro quase igual ao do diesel. Pouca emisso de partculas de carvo. O biodiesel um

    ster e, por isso, j tem dois tomos de oxignio namolcula.

    Na queima do biodiesel, ocorre a combusto completa. necessria uma quantidade de oxignio menor que a do

    diesel. uma fonte de energtica renovvel, a exemplo de todos

    os produtos originrios do ciclo produtivo daagroindstria. Nesse ciclo, a energia que estarmazenada nos vegetais, no caso o gro da soja, transformada em combustvel e depois da combustouma parte destina-se operao de um sistema como

    um motor, e outra retorna para a nova plantao naforma de CO2, o CO2 combinado com a energia solarrealimenta o ciclo.

    No so necessrias alteraes na tecnologia (peas ecomponentes) e de regulagem. Apenas preciso que obiodiesel tenha uma qualidade definida. Por ser umproduto natural e biodegradvel, surgem problemas de

    degradao natural. Ao utilizar biodiesel voc estarutilizando qualidade.

    Os leos vegetais usados na produo do biodieselpodem ser obtidos do girassol, nabo forrageiro, algodo,mamona, soja, canola, mamona, babau e restos degordura e qualquer oleaginosa.

    constitudo de carbono neutro. As plantas capturamtodo o CO2 emitido pela queima do biodiesel e separam oCO2 em Carbono e Oxignio, neutralizando suasemisses.

    Contribui ainda para a gerao de empregos no setorprimrio, que no Brasil de suma importncia para odesenvolvimento social e prioridade de nosso atualgoverno. Com isso, segura o trabalhador no campo,reduzindo o inchao das grandes cidades e favorecendo ociclo da economia auto-sustentvel essencial para aautonomia do pas.

    Muito dinheiro gasto para a pesquisa e prospeco dopetrleo. O capital pode ter um fim social melhor para opas, visto que o biodiesel no requer esse tipo deinvestimento.

    Podemos prever claramente os efeitos positivos dobiodiesel, analisando os benefcios da adio do etanol nagasolina. O etanol vem da indstria do lcool, umaindstria forte e que faz circular um grande volume decapital, gera empregos e ainda gera dinheiro para ogoverno atravs dos impostos, ajudando a reduzir odficit publico.

    A maior parte dos veculos da indstria de transporte eda agricultura usa atualmente o diesel. O biodiesel umaalternativa econmica, tendo a vantagem de serconfivel, renovvel e fortalecer a economia do pasgerando mais empregos.

    Como combustvel j uma realidade em expanso. Beneficia os agricultores e contribui para o crescimento

    econmico dos municpios, pois reduz a exportao dedivisas e permite a reduo de custo desse insumo.

    Preservar o interesse nacional; Promover o desenvolvimento, ampliar o mercado detrabalho e valorizar os recursos energticos; Proteger os interesses do consumidor quanto a preo,

    qualidade e oferta dos produtos; Proteger o meio ambiente e promover a conservao de

    energia; Utilizar fontes alternativas de energia, mediante o

    aproveitamento econmico dos insumos disponveis e dastecnologias aplicveis

    Reduo da emisso de poluentes locais com melhoriasna qualidade de vida e da sade pblica

    Possibilidade de utilizao dos crditos de carbonovinculados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpodecorrentes do Protocolo de Kioto.

    Sedimentao da tecnologia de produo agrcola eindustrial

    Lubricidade otimizada Nmero de cetano mnimo 51 Sem a presena de aromticos (benzeno) Estvel e com boa atividade Ajuda na eficincia de catalisadores Tecnologia atual permite aos veculos Diesel atender a

    norma EURO III, dispositivos de reteno de particulados- filtros regenerativos (com B100 podero operar melhorpela ausncia de enxofre e material particulado)

    Perspectiva de exportao de Biodiesel como aditivo debaixo contedo de enxofre, especialmente para a Unio

    Europia onde o teor de enxofre est sendo reduzidopaulatinamente de 2000 ppm em 1996, para 350 ppmem 2002, e 50 ppm em 2005.

    Melhora o nmero de cetano (melhoria no desempenhoda ignio) e lubricidade (reduo de desgaste,especialmente do sistema de ignio).

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    Ampliao da vida til do catalisador do sistema deescapamento de automveis.

    O biodiesel uma alternativa tecnicamente vivel para odiesel mineral, mas seu custo hoje, de 1,5 a 3 vezesmaior, o torna no competitivo, se externalidadespositivas, como meio ambiente local, clima global,gerao e manuteno de emprego, balano depagamentos no forem consideradas. Esses custos jconsideram todos os crditos por subprodutos (uso datorta residual; glicerina). No so previstas possibilidadesde redues significativas no custo de produo, para os

    leos vegetais usados na Europa para biodiesel. Trata-sede processos agrcolas e industriais muito conhecidos,

    maduros e eficientes. O custo de referncia, de dieselmineral, sem impostos, utilizado nesta anlise de US$0.22/ litro;

    Desvantagens: Os grandes volumes de glicerina previstos (subproduto)

    s podero ter mercado a preos muito inferiores aosatuais; todo o mercado de leos-qumicos poder serafetado. No h uma viso clara sobre os possveisimpactos potenciais desta oferta de glicerina.

    No Brasil e na sia, lavouras de soja e dend, cujos leosso fontes potencialmente importantes de biodiesel,esto invadindo florestas tropicais, importantes bolses

    de biodiversidade. Embora, aqui no Brasil, essas lavourasno tenham o objetivo de serem usadas para biodiesel,essa preocupao deve ser considerada.

    GLOBALIZAONo sculo XX, foi visto um extenso avano tecnolgico, arobotizao e automao da produo cresceramrapidamente, junta a elas, a terceirizao tambm tevegrande impulso. Isso tudo acabou contribuindo para umamaior eficincia do processo industrial, contudo aincorporao dessas novas tecnologias exigiu das indstriasinvestimentos cada vez maiores, j que as mquinas eequipamentos se tornavam obsoletos mais rapidamente como passar dos anos. Com isso, logo se deu incio a um

    processo de circulao de dinheiro para alm das fronteirasnacionais, os investidores buscavam agora melhorescondies e maiores mercados em qualquer parte do mundo,para injetar suas riquezas visando um lucro maior. Nessecontexto histrico e econmico, as grandes corporaesinternacionais tiveram um forte crescimento e passaram aliderar essa nova fase de integrao dos mercados mundiais:

    A Globalizao da Economia- A Globalizao um processode aprofundamento da integrao econmica, social, polticae cultural das Naes, que visa principalmente maioresganhos para as empresas com a facilitao da transiodessas em novos mercados. O resultado desse processo deglobalizao a homogeneizao dos centros urbanos, aexpanso das corporaes para regies fora de seus ncleosgeopolticos, revoluo tecnolgicas nas comunicaes e naeletrnica e o a criao de uma cultura universal.

    No fim dos anos 80, ocorreu o fim da URSS, uma novaordem econmica foi estruturada e os Estados Unidos, a

    Europa e o Japo se tornaram os principais centroseconmicos. Com isso o capitalismo e o processo deglobalizao se aprofundaram e a necessidade de expandirseus mercados levou as naes a se juntarem formando osBlocos Econmicos. importante ressaltar que os blocoseconmicos j tinham surgido antes dos anos 90, massomente com a decada da URSS essa tendncia se tornouforte em todo o mundo.Os Blocos Econmicos so associaes de pases queestabelecem relaes econmicas privilegiadas entre si eque tendem adotar uma soberania comum. Os blocos podem

    ser classificados em:I. Zona de Livre Comrcio - nessa fase os pases queconstituem o bloco reduzem ou eliminam as barreirasalfandegrias, tarifrias e no-tarifrias, que incidemsobre a troca de mercadoria dentro do bloco Ex:Nafta e a Unasul.

    II. Unio Aduaneira - momento onde os pases do blocoregulamentam o seu comrcio de bens com naesexternas adotando uma Tarifa Externa Comum Ex:Mercosul.

    III. Mercado Comum - no qual h livre circulao depessoas, bens, servios e capitais entres os pasesmembros Ex: UE.

    IV. Unio Econmica e Monetria - basicamente consiste naconstituio de uma moeda nica e um frum polticopara o bloco Ex: UE. Aps 01/01/2202.

    BLOCOS ECONOMICOS:A origem da Unio Europia (UE) confunde-se com a origemdos Blocos Econmicos. Para entender a origem dos atuaisblocos econmicos, nome geral para definir as associaeseconmicas entre naes de uma mesma rea geogrfica necessrio compreender primeiro a reorganizao do mundocapitalista ps-Segunda Guerra Mundial e a estrutura dopoder geopoltico nessa poca.Europa ps GuerraEm 1945, com a Europa arrasada pela guerra, o panoramainternacional apresentava apenas duas grandessuperpotncias: Estados Unidos da Amrica (EUA),representando o capitalismo e a Unio das Repblicas

    Socialistas Soviticas (URSS), representando o socialismo.Era o incio de um mundo bipolar.Quarenta e cinco anos depois - Fatos como o fim dosregimes comunistas na Europa oriental e a queda do Murode Berlim (1989) marcaram o fim da Guerra Fria e anunciouo esfacelamento da Unio Sovitica que, em 1991, perdeuLitunia, Letnia e Estnia, responsveis por 70% de suapopulao total. As repblicas que formavam a ex-UnioSovitica, junto com a atual Federao Russa, transformam-se na Comunidade dos Estados Independentes (CEI).Restou apenas uma nica superpotncia, os Estados Unidosda Amrica(EUA).O fim da Geopoltica da bipolaridade - Foi o fim da divisogeopoltica num mundo bipolar, cuja consequncia foi a

    regionalizao da economia e o a formao dos blocoseconmicos, pois a disputa pela hegemonia passadiretamente concorrncia comercial e d incio chamadaNova Ordem Mundial, onde o poder est multipolarizadoentre os vrios blocos.Da Bipolarizao para a Multipolarizao - Da antigabipolarizao, o mundo passa para uma nova ordem, amultipolarizao, onde o poder blico agora foi substitudoentre os megablocos econmicos.

    NOME DO BLOCO ANO DECRIAO

    OBJETIVOS DOBLOCO

    PASES OUTERRITRIOS-MEMBROS

    UE(Unio Europeia)EU(European Union) 1993

    Unio econmicae monetria

    27 pases daEuropa ocidental(incluindo duas

    Ilhas) excetoa Sua.

    MCCA(MercadoComum Centro-Americano)

    1960Unio econmica emonetria

    Costa Rica, ElSalvador,Guatemala,Honduras,Nicargua.

    ASEAN(Associao de Mercado comum Brunei, Camboja,

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    Naes do SudesteAsitico)

    1967 Indonsia, Laos,Malsia, Miamar,Filipinas,Cingapura,Tailndia eVietin.

    CAN(ComunidadeAndina)

    1969 Mercado comum Bolvia,Colmbia,Equador, Peru eVenezuela.

    CARICOM(Mercadocomum eComunidade doCaribe)

    1973Mercado comum eunio e econmica

    Pases daAmrica Central

    ALADI (AssociaoLatino-americana deIntegrao)

    1980 Mercado comum Argentina,Bolvia, BRASIL,Chile, Colmbia,Cuba, Equador,Mxico, Paraguai,Peru, Uruguai, eVenezuela.

    NAFTA( NorthAmerican Free TradeAgreement)

    1994 rea de livrecomrcio(zona)

    Canad, EstadosUnidos e Mxico.

    MERCOSUL(MercadoComum do Sul)

    1991 Argentina, BRASIL,Uruguai, eParaguai(Venezuelaem Processo deadeso)

    SADC(Comunidadeda frica Meridionalpara oDesenvolvimento)

    1992Mercado comum Pases africanos

    APEC( CooperaoEconmica sia e doPacfico)

    1989rea de livre

    comrcioPases da sia

    Comunidade Britnica 1931 Integrao ecolaboraoeconmica

    Pases daAmrica Central,frica, sia eCanad, Austrliae o Reino Unido

    I - UNIO EUROPEIA

    Depois de terminada a Segunda Guerra Mundial aEuropa se encontrava praticamente devastada, ento algunspases como Pases Baixos (Holanda), Blgica, Luxemburgo,devido s condies econmicas fragilizadas provenientes daguerra e diante da impossibilidade de reconstruo

    independente, resolveram se agrupar para se fortalecer eretomar o crescimento novamente.

    Essa unio foi iniciada em 1944, mas consolidouefetivamente no ano de 1948, com o nome de Benelux, essadenominao proveniente dos trs pases que compe essaunio (Blgica, Holanda e Luxemburgo).A unio tinha como objetivo criar incentivos tributrios e

    aduaneiros entre os componentes do grupo, eposteriormente um incremento nas relaes comerciais.Em 1950 foi elaborado o Plano Schuman com objetivo decriar um mercado comum, no primeiro momento o plano selimitou homogeneizao da produo de ao e carvo naAlemanha e Frana, com possibilidades de abranger, dentrodesse processo, outros pases do continente europeu.

    Para instaurar a unio na produo da indstria de base naEuropa, no ano de 1951, foi criada a CECA (ComunidadeEuropia do Carvo e do Ao), essa instituio foiproveniente do Tratado de Paris, os pases que faziam parteeram Alemanha, Frana, Itlia, Blgica, Holanda eLuxemburgo.

    O sucesso concreto do Benelux e da CECA deuorigem ao Mercado Comum Europeu chamado tambm deComunidade Econmica Europia, por meio do Tratado deRoma em 1957, nesse perodo ingressou Frana, Alemanha eItlia para estabelecer uma flexibilidade na livre circulaode mercadorias entre membros. Outro motivo da criao erao anseio de superar a hegemonia norte-americana esovitica, que representava as maiores potencias da poca.

    Mais tarde, em 1991, foi assinado o Tratado deMaastricht, no entanto, s teve incio realmente em 1993,agora com um novo nome: Unio Europia (UE). Dessaforma os pases que compe o bloco econmico so:Alemanha, ustria, Blgica, Dinamarca, Holanda, Frana,Itlia, Reino Unido, Irlanda, Luxemburgo, Espanha, Grcia,Portugal, Sucia e Finlndia.

    A efetivao da UE estabeleceu tambm a circulaode uma moeda nica(Euro) nos pases que compe o bloco.Que entrou em vigor em 1 de janeiro de 2002 criando aEurozona(ou Zona do Euro), Irlanda (Punt); Blgica(Franco); Espanha (Peseta); Portugal (Escudo); Frana(Franco); Itlia (Lira); Grcia (Dracma); ustria (Schilling);Luxemburgo (Franco belga); Alemanha (Marco alemo);Holanda (Guilder); Finlndia (Markka) passaram a empregaro Euro () nas transaes comerciais, alm da implantaode taxas de juros e carga tributria comum a todosintegrantes. Foi a primeira vez na histria que naes

    abriram mo de emitir sua prpria moeda. Em 1 de janeirode 2007 a Eslovnia foi o primeiro pas ex-comunista aadotar o Euro e em 2008 foi a vez de Chipre e Malta, em2011 a Estnia aderiu ao Euro, passando a zona do euro acontar com 17 pases.Nem todos os participantes do bloco aceitaram substituirsuas moedas nacionais pelo Euro, como Reino Unido, Suciae Dinamarca. O processo para conceber uma moeda nicano bloco, foi impulsionado pela criao do Banco CentralEuropeu com a inteno de coibir a inflao e administrar area econmica dos pases membros. Um dos principaisobjetivos da nova moeda(Euro) conquistar mercadosinternacionais, dominados pelo dlar americano.Na UE existem organismos supranacionais que desenvolvem

    em medidas diferentes seguimentos entre eles meio-ambiente, desenvolvimento industrial, infra-estrutura,transporte e telecomunicao. Alm da liberdade nacirculao de mercadorias, bens, servios, capitais epessoas. A uniformidade das taxas de juros, tributos ecirculao de mercadorias facilitaram o crescimentoeconmico desse importante bloco.

    Devido solidez alcanada pela UE, houve umacordo assinado na Grcia ampliando o bloco da at 2004para 25 pases. Assim no dia 1 de maio de 2004, mais 10pases passam a fazer parte da Unio Europia junto com osatuais 15 membros. Pela importncia demogrfica so eles:Eslovquia, Litunia, Polnia, Repblica Checa, Hungria,Eslovnia, Letnia, Estnia, Chipre e Malta. Porm para queum pas seja aceito na UE preciso que atinja os pr-

    requisitos estabelecidos pelo bloco no campo poltico,econmico e social.

    Em 1 de janeiro de 2007 a UE passa a ter 27integrantes com a entrada da Romnia e Bulgria.A partir desta data a Unio Europia torna-se um gigantecom 27 pases, governado por um colegiado, o Conselho daUnio Europia, ocupando uma rea prximo de 4 milhesde quilmetros quadrados, quase 500 milhes de habitantes,terceira em populao no mundo, perdendo apenas paraChina e ndia e o segundo maior PIB do mundo, de U$ 9,2trilhes.

    O bloco enfrenta uma crise a partir de 2005, quandoreferendos realizados na Frana e na Holanda rejeitam aproposta de Constituio da EU. Para entrar em vigor, o

    texto precisaria ser aprovado por todos os pases-membros.O Tratado de Lisboa, aprovado pelas lideranas da EU em2007, surgiu para resolver o impasse, mas foi rejeitado emreferendo na Irlanda, em junho de 2008.

    Este um processo de integrao econmica, que aindaesta longe de terminar tendo entre seus objetivos construiruma contraposio a hegemonia poltica e econmica dosEstados Unidos da Amrica.

    Objetivos da Unio Europia: Promover a unidade poltica e econmica daEuropa; Melhorar as condies de vida e de trabalho dos cidados

    europeus; Melhorar as condies de livre comrcio entre os pases

    membros; Reduzir as desigualdades sociais e econmicas entre as

    regies; Fomentar o desenvolvimento econmico dos pases em

    fase de crescimento;

    http://www.suapesquisa.com/geografia/europa.htmhttp://www.suapesquisa.com/geografia/europa.htm
  • 5/26/2018 Apostila - Atualidades - Ph

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    Proporcionar um ambiente de paz, harmonia e equilbriona Europa.

    Problemas da Unio Europeia

    Crise na EuropaA Europa, sempre lembrada como uma regio de

    altssimo desenvolvimento econmico e bem-estar socialagora tm sua imagem associada a turbulncias demercado. Entenda como o descontrole das contas pblicas eas particularidades polticas do continente conduziram azona do euro a uma crise financeira que levar anos para ser

    totalmente superada.Por que a Europa passa por uma crise?

    A formao de uma crise financeira na zona do eurodeu-se, fundamentalmente, por problemas fiscais. Algunspases, como a Grcia, gastaram mais dinheiro doconseguiram arrecadar por meio de impostos nos ltimosanos. Para se financiar, passaram a acumular dvidas. Assim,a relao do endividamento sobre PIB de muitas naes docontinente ultrapassou significativamente o limite de 60%estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou azona do euro. No caso da economia grega, exemplo maisgrave de descontrole das contas pblicas, a razo dvida/PIB mais que o dobro deste limite. A desconfiana de que osgovernos da regio teriam dificuldade para honrar suas

    dvidas fez com que os investidores passassem a temerpossuir aes, bem como ttulos pblicos e privadoseuropeus.

    Os primeiros temores dos investidoresOs primeiros temores remontam 2007 quando

    existiam suspeitas de que o mercado imobilirio dos EstadosUnidos vivia uma bolha. Temia-se que bancos americanos etambm europeus possuam ativos altamente arriscados,lastreados em hipotecas de baixa qualidade. A crise de 2008confirmou as suspeitas e levou os governos a injetaremtrilhes de dlares nas economias dos pases mais afetados.No caso da Europa, a iniciativa agravou os dficits nacionais,

    j muito elevados. Em fevereiro de 2010, uma reportagem

    do The New York Times revelou que a Grcia teria fechadoacordos com o banco Goldman Sachs com o objetivo deesconder parte de sua dvida pblica. A notcia levou aComisso Europia a investigar o assunto e desencadeouuma onda de desconfiana nos mercados. O clima depessimismo foi agravado em abril pelo rebaixamento, porparte das agncias de classificao de risco, das notas dosttulos soberanos de Grcia, Espanha e Portugal.Quais pases esto em crise?

    Portugal, Irlanda, Itlia, Grcia e Espanha - queformam o chamado grupo dos PIIGS - so os que seencontram em posio mais delicada dentro da zona doeuro, pois foram os que atuaram de forma maisindisciplinada nos gastos pblicos e se endividaramexcessivamente. Alm de possurem elevada relao

    dvida/PIB, estes pases possuem pesados dficitsoramentrios ante o tamanho de suas economias. Comono possuem sobras de recursos (supervit), entraram noradar da desconfiana dos investidores. Para este ano, asprojees da Economist Intelligence Unit apontam

    dficits/PIB de 8,5% para Portugal, 19,4% para Irlanda,5,3% para Itlia, 9,4% para Grcia e 11,5% para Espanha.Por que o bloco no consegue regular sua polticafiscal?

    Apesar de ter um rgo responsvel pela polticamonetria, o Banco Central Europeu (BCE), que estabelecemetas de inflao e controla a emisso de euros, a UnioEuropia no dispe de uma instituio nica que monitora eregula os gastos pblicos dos 17 pases-membro. Dessamaneira, demora a descobrir os desleixos governamentais e,quando isso acontece, inexistem mecanismos austeros de

    punio. Em 1999, os pases da regio encerraram um ciclode discusses chamado Pacto de Estabilidade e Crescimento.Em resumo, as naes comprometeram-se com a questo doequilbrio fiscal. quelas altamente endividadas ficou aimposio de apresentar planos de convergncia parapatamares de dvida mais aceitveis. As sanes seriamrecolhimentos compulsrios e multas. Contudo, suaaplicao no seria automtica, ficando na dependncia deuma avaliao pelo Conselho Europeu. A poltica mostrou-seinsuficiente para controlar os gastos pblicos dos PIIGS.A crise pode afetar a economia real da Europa?

    A desconfiana em relao Europa podedisseminar pnico no mercado e fazer com que bancosfiquem excessivamente cautelosos ou at parem de liberar

    crdito para empresas e clientes. Os investidores, aovenderem aes e ttulos europeus, provocam fuga decapitais da regio. Sem poder provocar umamaxidesvalorizao do euro, haja vista que isso prejudicariaaqueles pases que tm as contas controladas, a opo impor sacrifcios populao, como corte de salrios econgelamento de benefcios sociais. Tudo isso implica menosdinheiro para fazer a economia girar - justo num momentoem que a zona do euro precisa crescer e aumentar suaarrecadao para diminuir o endividamento. O risco acriao de um crculo vicioso, em que uma estagnao ou,at mesmo, uma recesso, prejudique os esforos de ajustefiscal - o que levaria a medidas de austeridade ainda maisseveras, mais recesso, e assim por diante. Num segundomomento, a Europa, como um dos maiores mercados

    consumidores do mundo, diminuiria o ritmo de importaode bens e servios e prejudicaria a dinmica econmicaglobal.Por que o euro se desvaloriza?

    A possibilidade de que governos e empresas daregio tornem-se insolventes faz com boa parte dosinvestidores simplesmente no queira ficar exposta ao riscode aes e ttulos europeus. Na primeira metade do ano, oque se viu foi um movimento de venda destes papis e fugapara ativos considerados seguros, como os ttulos doTesouro norte-americano. Tal movimento, de procura pordlares e abandono do euro, fez com que a cotao damoeda europia atingis