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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL SUPERINTENDÊNCIA ADMINISTRATIVA DIRETORIA DE PATRIMÔNIO 1 APOSTILA BENS IMÓVEIS Belo Horizonte 2016

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APOSTILA

BENS IMÓVEIS

Belo Horizonte 2016

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................3

FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO ESTADUAL..................................4 TERRAS DEVOLUTAS.........................................................................................6

CONFRONTAÇÕES COM PROPRIEDADE ESTADUAL..........................................9 RETIFICAÇÃO DE ÁREA DE IMÓVEL ESTADUAL...............................................10

REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEL EM NOME DO ESTADO DE MINAS GERAIS......11

VINCULAÇÃO E RESPONSABILIDADE DO IMÓVEL...........................................16

APROPRIAÇÕES INDEVIDAS DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO..........................19

DOAÇÃO DE IMÓVEL.......................................................................................21 REVERSÃO DE IMÓVEL....................................................................................26 PERMUTA DE IMÓVEIS....................................................................................29

CESSÃO / PERMISSÃO / AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMÓVEL..........................33

SITUAÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO DE IMÓVEIS ESTADUAIS.....................43

TOMBAMENTO................................................................................................47 CANTINA..........................................................................................................48 PROPAGANDA NAS ESCOLAS...........................................................................49

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INTRODUÇÃO

O objetivo desta apostila é possibilitar ao leitor, numa consulta rápida, sem prejuízo do entendimento do todo, ler apenas o item que lhe interesse naquele momento. Por isso, alguns conceitos e recomendações repetir-se-ão ao longo deste trabalho. No entanto, recomenda-se que, num primeiro contato com este material, seja feita a sua leitura integral.

Por fim, deve-se esclarecer que a presente apostila tem neste escrito a forma atual dos procedimentos tratados. As alterações necessárias e atualizações dos procedimentos serão repassadas a todas as Regionais por e-mail ou disponibilizadas na página da DPAT.

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FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO ESTADUAL

A aquisição de imóvel pelo Estado de Minas Gerais poderá ser onerosa (desapropriação ou compra autorizada por lei) ou sem ônus (demais modalidades).

a) Desapropriação: modalidade adotada pela SEE para a aquisição onerosa de um imóvel pelo Estado após a instrução de processo específico e a publicação de Decreto declarando o imóvel de utilidade pública, para fins de desapropriação, a qual poderá ocorrer de forma amigável ou judicial. Somente será concluído quando a escritura for lavrada em nome do Estado de Minas Gerais.

No caso de desapropriação judicial o Estado poderá ser imitido na posse do

imóvel até que se conclua o processo na justiça.

Preliminarmente à propositura de desapropriação de um imóvel a SRE deve verificar a existência de imóvel de propriedade Estadual ou Municipal, que possa ser cedido ou transferido ao Estado, visando atender a demanda da unidade educacional.

b) Compra: a aquisição de um imóvel por meio de compra pela Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Estado deverá ser precedida de autorização legislativa, mediante interesse público justificado, observados os procedimentos licitatórios nos casos aplicáveis.

c) Doação: pode ser proveniente de Órgãos Públicos, Pessoa Física ou Jurídica. d) Usucapião: caberá ao órgão interessado no imóvel a ser adquirido comprovar a posse do bem, apresentar demais elementos necessários à instrução do procedimento, conforme requisitos definidos na Lei Federal n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).

e) Dação em Pagamento: é o recebimento pelo Estado de um imóvel como pagamento de uma dívida.

f) Adjudicação: é a aquisição que se opera pela obtenção judicial da posse e domínio de um bem em pagamento de dívida, em que o credor tem o direito de preferência, 24 horas antes de ser colocado em hasta pública.

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g) Arrecadação de terras pela Fundação Rural Mineira – RURALMINAS: nos termos da Lei n° 21.082, de 27 de dezembro de 2013, compete à Fundação promover a arrecadação de terra devoluta rural e urbana do Estado.

Algumas formas de aquisição são menos frequentes devido à complexidade na

instrução do processo. E uma vez que a SEE apenas opina sobre a necessidade ou não do imóvel, a SRE, quando solicitada, deverá enviar Parecer quanto à sua adequação às necessidades de determinada escola, para que se possa dar andamento ao processo junto à SEPLAG.

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TERRAS DEVOLUTAS

São terrenos públicos, ou seja, propriedades públicas que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupadas. Diferenciam-se destes por não estarem sendo aplicadas a algum uso público federal, estadual ou municipal, que não hajam sido legitimamente incorporadas ao domínio privado (Art 5° do Decreto-Lei n° 9.760/46) enquanto que as terras públicas pertencentes ao patrimônio fundiário público são aquelas inscritas e reservadas para um determinado fim.

O termo "devolutas" relaciona-se com a decisão de devolução dessas terras para

o domínio público ou não, dependendo de ações judiciais denominadas discriminatórias.

Com a descoberta do Brasil, todo o território passou a integrar o domínio da

Coroa Portuguesa. Destas terras, largos tratos foram trespassados aos colonizadores, mediante as chamadas concessões de sesmarias e cartas de data, com a obrigação, aos donatários, de medi-las, demarcá-las e cultivá-las, sob pena de comisso (reversão das terras à Coroa).

As terras que não foram trespassadas, assim como as que caíram em comisso,

constituem as terras devolutas.

Com a independência do Brasil, passaram a integrar o domínio imobiliário do Estado brasileiro, englobando todas essas terras que não ingressaram no domínio privado por título legítimo ou não receberam destinação pública.

A Constituição Brasileira de 1988 cita no seu artigo 20, II, as terras devolutas

como sendo bens da União, desde que sejam indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação, e à preservação ambiental, definidas em lei.

Já o art. 26, IV, determina que as demais pertencem ao Estado, desde que não sejam compreendidas entre as da União. De acordo com os termos do Decreto-Lei n° 2.375/87, a "União transferirá, a título gratuito, ao respectivo Estado ou território, terras públicas não devolutas que, nas faixas mencionadas no caput do art. 1°, lhe pertençam, condicionada a doação, a que seu benefício vincule o uso daquelas áreas aos objetivos do Estatuto da Terra e legislação conexa".

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O art. 225, que trata do meio ambiente, determina em seu § 5° que as terras devolutas necessárias à proteção dos ecossistemas naturais (assim como as arrecadadas pelos Estados por ações discriminatórias) são indisponíveis.

Segundo Dirley da Silva Júnior, Juiz Federal, “terras devolutas são terras públicas

lato sensu, indeterminadas ou determináveis, sem nenhuma utilização pública específica e que não se encontram, por qualquer título, integradas ao domínio privado. Quando determinadas via ação discriminatória, passam a ser terras públicas stricto sensu.

As terras devolutas pertencem, em regra, desde a Constituição de 1891 (art. 64), aos Estados-membros, excetuando-se aquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, que são de propriedade da União (CF/88, art. 20, II).

O só fato de inexistir o registro da terra não caracteriza a existência de terras devolutas, devendo o poder público provar sua existência e propriedade”.

RESERVA DE TERRAS DEVOLUTAS DO ESTADO

A) PARA TERCEIROS

As prefeituras municipais, igrejas, fundações e quaisquer outras entidades com interesses sociais poderão requerer terras urbanas ou rurais devolutas do Estado, desde que essas sejam destinadas exclusivamente ao atendimento de necessidades da população (fins sociais). Por meio de um Decreto de Autorização, o Estado irá legitimar o uso da terra às entidades. No entanto, a área requerida não se tornará patrimônio das entidades e/ou do município. Terras devolutas são aquelas que não foram desmembradas do patrimônio público, pertencendo, portanto, ao Estado.

Para solicitar a reserva de uma área devoluta, prefeituras, igrejas, fundações e

quaisquer outras entidades com interesses sociais deverão elaborar um ofício solicitando ao governador do Estado de Minas Gerais um decreto de autorização da área a ser legitimada. Será necessário especificar os motivos da requisição e a destinação a ser dada à área.

A reserva de áreas devolutas se dá por meio de convênio entre as prefeituras e a

RURALMINAS e a solicitação deverá ser encaminhada diretamente a esse órgão.

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B) PARA USO PRÓPRIO

Se o Estado pretende utilizar ou já utiliza determinada área identificada como terra devoluta para o funcionamento de unidade estadual, é necessária a publicação de decreto estadual de reserva de área atribuindo-lhe uma destinação específica.

Os procedimentos junto à RURALMINAS serão adotados pela Diretoria Central

de Gestão de Imóveis (DCGIM) da SEPLAG e os documentos a serem providenciados pela SRE são:

a) Certidão negativa de registro do imóvel. b) Memorial descritivo da área de interesse. c) Planta ou croqui de situação do terreno e de locação da construção, se for o caso.

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CONFRONTAÇÕES COM PROPRIEDADE ESTADUAL

Quando a SRE for contatada sobre ações que envolvam imóveis confrontantes com propriedade estadual, observar os seguintes trâmites:

A) Ações judiciais de usucapião ou retificação de área de imóvel:

A Advocacia-Geral do Estado (AGE) deverá consultar diretamente a SEPLAG

solicitando-lhes manifestação quanto à afetação da área do Estado pela referida ação. Caso a SEPLAG não possua elementos suficientes para manifestar-se, enviará expediente à DPAT solicitando providências.

A DPAT enviará expediente à SRE solicitando as informações que serão

repassadas à SEPLAG para resposta à AGE. Caso a AGE consulte diretamente à SEE, a DPAT providenciará a consulta à

Regional e responderá à Assessoria Jurídica da SEE para retorno à consulente. B) Ações extrajudiciais de retificação de área de imóvel:

O interessado deverá encaminhar os originais da documentação (normalmente

memorial descritivo e planta) para a SEPLAG, visando à assinatura do representante legal do Estado.

Caso essa documentação original chegue à DPAT, por outras fontes, deverá ser

remetida à SEPLAG para providências. Após as devidas assinaturas, a SEPLAG entrará em contato com o interessado

para a devolução da documentação ou solicitará à DPAT que o faça, via SRE.

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RETIFICAÇÃO DE ÁREA DE IMÓVEL ESTADUAL

A) Quando a área registrada da propriedade estadual for menor que a metragem real do imóvel, deverão ser adotadas as seguintes medidas: O Engenheiro da SRE deverá providenciar um relatório técnico de vistoria do

imóvel e 3 (três) vias do memorial descritivo com descrição perimétrica e da planta, todos contendo a metragem real do imóvel estadual e os campos para assinatura dos confrontantes, devidamente identificados.

Apresentar essa documentação aos confrontantes informando-lhes que se trata

de uma retificação de área da propriedade estadual e que se a divisa com seu(s) terreno(s) estiver(em) preservada(s), deverá assinar os campos reservados com reconhecimento de firma em cartório.

De posse da documentação assinada, encaminhar para a DPAT adotar as demais

providências junto à SEPLAG visando à retificação da área com averbação junto à matrícula do imóvel.

Caso não seja possível a adoção das medidas descritas nos primeiro e segundo

itens, encaminhar à DPAT apenas um relato técnico solicitando uma vistoria no imóvel para apuração da real metragem e análise pela SEPLAG quanto à necessidade de providências junto ao cartório.

Se a diferença entre a área registrada e a medida in loco não ultrapassar o limite

de 5% em relação às dimensões originais, como previsto no art. 500, § 1º do Código Civil, não será necessária a retificação da área em cartório.

B) Quando a área registrada da propriedade estadual for maior que a metragem real do imóvel, deverá ser apurada a situação e verificada a possibilidade de invasão no imóvel do Estado.

Somente caberá uma ação judicial para retificação de área do imóvel estadual se

algum confrontante não concordar com o procedimento consensual.

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REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEL EM NOME DO ESTADO DE MINAS GERAIS

BASE LEGAL

Lei Federal n° 6.015 de 31/12/73 dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências.

Lei Federal n° 10.406 de 10/01/02 institui o Código Civil.

Lei Estadual n° 15.424 de 30/12/04 dispõe sobre a fixação, contagem, a cobrança e o pagamento de emulentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro, o recolhimento da taxa de fiscalização judiciária e a compensação dos atos sujeitos à gratuidade estabelecida em Lei Federal e dá outras providências.

Decreto Estadual n° 44.154 de 17/11/05 delega competência ao Secretário de Estado de Planejamento e Gestão para a assinatura de escrituras nas hipóteses de aquisição e alienação de bens imóveis.

Lei Federal n° 12.693 de 24/07/12 altera a Lei n° 6.015, de 31 de dezembro de 1973 e outras leis.

A) IMÓVEL SEM REGISTRO (ENVOLVE AÇÃO JUDICIAL)

Primeiramente a SRE deverá realizar uma busca abrangente aos cartórios da

região para verificar se existe algum proprietário do imóvel.

Tal busca deverá ser efetuada pelo endereço do imóvel e considerando-se as possíveis mudanças de denominação do logradouro, bem como informações de moradores da localidade sobre as confrontações existentes à época da ocupação do imóvel, que também possam ter sofrido alterações.

A SRE poderá ainda solicitar o auxílio da Prefeitura na tentativa de localizar algum documento ou informação relevante sobre a propriedade do imóvel à época do início da ocupação pelo Estado.

Uma vez constatado não se tratar de propriedade alheia, a SRE deverá solicitar ao cartório a emissão de certidão negativa de registro do imóvel em nome do Estado de Minas Gerais e encaminhá-la à DPAT juntamente com cópia dos documentos abaixo relacionados, se for o caso, visando subsidiar a SEPLAG e a AGE na ação de regularização da titularidade.

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São exemplos de documentos, dentre outros, que podem compor o processo:

a) Relatório histórico de funcionamento da unidade escolar, contendo o tempo de utilização do imóvel, a metragem da área ocupada desde então, as reformas pelas quais tenha passado durante todo esse período, as possíveis mudanças de nomenclatura dos logradouros, e demais informações que julgarem convenientes relativas ao imóvel. Esse relatório deverá ser produzido pela Escola ou pela SRE, compilando todos os dados encontrados na documentação anexada ao processo. b) Ato de criação da escola (publicação no MG). c) Atas de reuniões realizadas na escola no início de seu funcionamento. d) Fotos do imóvel e da placa inaugural, quando houver. e) Documentos antigos emitidos pela escola em que conste seu endereço. f) Leis; Decretos; portarias e/ou resoluções da SEE em que conste a escola e seu endereço etc. g) Planta baixa, se houver. h) Planta ou croqui de situação do terreno e de locação da construção. i) Memorial descritivo da área ocupada pelo Estado com descrição perimétrica.

A lista acima disposta é apenas exemplificativa, de modo que outros

documentos, a depender do caso, poderão ser solicitados posteriormente.

A ação judicial a ser proposta pela Advocacia-Geral do Estado ficará condicionada à especificidade de cada imóvel objeto do processo de regularização de titularidade.

B) IMÓVEL EM NOME DA CAIXA ESCOLAR

Se o imóvel já estiver em nome da Caixa Escolar é adequado que seja transferido ao Patrimônio Estadual por meio de uma doação com toda a documentação necessária, uma vez que a Caixa Escolar tem personalidade de direito privado, sob a forma sociedade civil, modalidade associação, e, portanto, não é órgão do Estado, nem sequer figura como entidade da administração indireta, tendo sido criada no âmbito das escolas estaduais para envolver a comunidade, professores, e pais de alunos no aperfeiçoamento da atuação estatal no âmbito da educação.

Deve-se apenas verificar a forma de aquisição desse imóvel pela entidade, se foi

doado à entidade pode-se dar andamento à doação ao Estado. Porém, se foi comprado, deve-se primeiro verificar a origem desses recursos, já que a Caixa Escolar

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recebe repasses financeiros da SEE/MG destinados a um fim específico, e tal aquisição pode ter sido irregular.

DOCUMENTAÇÃO I – Do Imóvel:

a) Certidão de Registro de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida há no máximo 30 (trinta) dias.

b) Certidão de ações reais e pessoais reipersecutórias, e a de ônus reais, expedidas há no máximo 30 (trinta) dias.

c) Certidão negativa de débitos de IPTU ou ITR, se o imóvel for rural. d) Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; Número de Inscrição

Rural na Receita Federal – NIRF e georreferenciamento, se for imóvel rural.

e) Planta baixa, se houver. f) Planta ou croqui de situação do terreno e de locação da construção, se

for o caso. g) Memorial Descritivo do imóvel. h) Laudo de avaliação do imóvel, elaborado de acordo com as normas da

ABNT, para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

i) Fotos do imóvel. II – Do doador, sendo este pessoa jurídica de direito privado (Caixa Escolar):

a) Documentos de identificação e dados pessoais (RG e CPF) do representante do doador ou de seu procurador, se for o caso.

b) Procuração lavrada por instrumento público, em caso da pessoa jurídica ser representada por procurador.

c) Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado da documentação de eleição dos seus administradores.

d) Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de comprovante de diretoria em exercício.

e) Certidão de inteiro teor expedida pelo Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, em caso de pessoa jurídica de direito privado.

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f) Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ.

g) Comprovante de regularidade perante o Instituto nacional do Seguro Social – INSS.

h) Comprovante de regularidade perante o Fundo de garantia do tempo de Serviço – FGTS.

i) Comprovante de regularidade de tributos federais e ausência de inscrição em dívida ativa da União.

j) Comprovante de regularidade perante a Fazenda Estadual de Minas Gerais.

k) Certidão negativa de feitos expedida pela Justiça Estadual Cível, Federal Cível, e do Trabalho.

III – Da SRE:

a) Parecer Técnico elaborado por profissional habilitado com registro no respectivo conselho profissional.

b) Parecer conclusivo da SRE assinado por seu Diretor.

Os documentos mencionados nas letras a) e b) do item I – Do Imóvel poderão ser obtidos pela própria SRE junto ao cartório onde o imóvel se encontra registrado por se tratar de interesse do Estado de Minas Gerais, utilizando-se para isso o formulário “Modelo Requerimento Registro” (disponível na página da DPAT).

C) IMÓVEL DOADO ÀS UNIDADES DA SEE

Quando a doação de imóvel para o funcionamento de escola foi efetivada por meio de escritura onde não conste como donatário o Estado de Minas Gerais, mas sim a SEE ou qualquer uma de suas unidades, será necessária a rerratificação da escritura ou a lavratura de uma nova, dependendo de cada caso.

No caso de rerratificação, a SEPLAG levará o documento no mesmo cartório

onde foi lavrado, contendo os dados de seu representante legal, conforme delegação nos termos das resoluções mencionadas e com o CNPJ correto, de acordo com o descrito abaixo, e providenciará as devidas assinaturas.

Quanto à nomeação do representante legal do Estado para a prática de tal ato,

informamos que a competência está expressa na legislação estadual mencionada no corpo da nota lavrada em cartório que trata de transferência de titularidade envolvendo o Patrimônio Público Estadual, com os seguintes dizeres:

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"...e, de outro lado, como OUTORGADO DONATÁRIO, o ESTADO DE MINAS

GERAIS, com sede na Rodovia Papa João Paulo II, n° 4.001, Bairro Serra Verde, Edifício Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, CNPJ n° 05.461.142.0001-70, neste ato representado pela Subsecretária do Centro de Serviços Compartilhados, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, DAGMAR MARIA PEREIRA SOARES DUTRA, brasileira, casada, advogada e administradora, portadora da Carteira de Identidade - n.º 16.553- CRA/MG, e do CPF/MF nº.686.906.146-72, residente e domiciliada na Rua Flor de Jequitibá, nº 130/ Apto 101, Bairro União, Belo Horizonte, MG, nos termos das Resoluções SEPLAG n.º 59, de 06/08/2012, modificada pelas Resoluções nº 75, de 02/10/2014 e nº 26, de 22/05/2015 e autorizado pelo Decreto de nº 44.154, de 17/11/2005...”.

Em alguns casos o Estado pode ter sido representado por outro servidor público

que não o representante legal da SEPLAG. Sendo assim, deve-se observar a data de lavratura do documento, pois a competência para a prática de tal ato passou a ser do Procurador Geral do Estado a partir de 1989 e do Secretário de Estado de Planejamento e Gestão a partir de 2005.

A SRE deverá encaminhar o documento à DPAT para análise que, se for o caso, o

remeterá à SEPLAG para orientações quanto ao procedimento adequado a cada situação.

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VINCULAÇÃO E RESPONSABILIDADE DO IMÓVEL BASE LEGAL

Decreto Estadual n° 46.467 de 28/03/14 dispõe sobre a gestão de imóveis patrimoniais no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional.

VINCULAÇÃO

Após a incorporação do imóvel ao Patrimônio Estadual pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, é emitido o Termo de Vinculação e Responsabilidade por meio do qual o bem é vinculado à SEE para uso das unidades escolares.

De acordo com o disposto no Decreto Estadual n°. 46.467/2014, o titular de órgão ou entidade da Administração Estadual será responsável pela guarda, zelo e manutenção dos imóveis.

A SEPLAG encaminha à SEE o Termo de Vinculação e Responsabilidade do imóvel. Para sua assinatura a DPAT solicita à SRE, via e-mail, a confirmação dos dados constantes no documento, exceto nos casos de aquisição recente, pois já constam nos arquivos da Diretoria informações atualizadas sobre o bem em questão. A resposta deverá ser providenciada pela SRE para que se possa definir sobre a assinatura ou a devolução do termo à SEPLAG.

Ressalta-se que na impossibilidade da SRE certificar-se quanto à área do imóvel, esta deverá informar imediatamente à DPAT, justificando a ausência da informação, para que se possa buscar uma solução visando à obtenção dessa metragem.

Após a assinatura do TVR, o Diretor da Superintendência Administrativa fica responsável pela guarda e zelo do imóvel não significando, com isto, a exclusão da responsabilidade dos Diretores das Unidades Escolares de comunicar imediatamente à SRE, e esta à SEE, qualquer ameaça de invasão ou invasão já consolidada, ou qualquer outra irregularidade ocorrida no imóvel.

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Cabe ainda à SRE encaminhar cópia do Termo de Vinculação à Direção da Escola, informando-lhe da responsabilidade pela guarda e conservação do imóvel, bem como dos cuidados para preservar o documento.

Ações que auxiliam a Direção Escolar a promover a guarda e proteção do Patrimônio determinada pelo Decreto:

Solicitar à SRE cópia da escritura e do registro do imóvel que, caso não possua em arquivo, poderá solicitá-la à DPAT. Na impossibilidade de obtê-la junto ao Órgão Central, a SRE poderá, na figura de seu dirigente, solicitar a emissão da certidão de registro diretamente aos cartórios (Lei Estadual n° 15.424 de 30/12/04). Solicitar, de posse da documentação, a correta demarcação e vedação da área estadual destinada ao funcionamento da Escola. Comunicar imediatamente à SRE, por meio de relatório circunstanciado, a suspeita ou a ocorrência de invasão da propriedade estadual. Providenciar junto à Prefeitura a limpeza de lotes vagos ao redor da Escola. Providenciar junto ao órgão responsável pelo fornecimento de energia elétrica a iluminação adequada para a área escolar. Solicitar junto aos órgãos de segurança pública o policiamento para a área externa da Escola. Conscientizar a comunidade quanto à necessidade de preservação do Patrimônio Público.

DOCUMENTAÇÃO TVR – Termo de Vinculação e Responsabilidade emitido pela SEPLAG/MG

DESVINCULAÇÃO

Considerando-se que os imóveis estaduais ociosos deverão ter uma destinação para que atenda a uma finalidade pública, e estando uma propriedade estadual vinculada à SEE, caberá à SRE responsável após a identificação de propriedade estadual ociosa, avaliar a necessidade do imóvel para atendimento à demanda escolar da região ou a existência de previsão para tal, ou ainda verificar o interesse de terceiros (municípios, entidades, entre outros) na sua utilização para a mesma finalidade.

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Uma vez constatado o interesse na utilização da propriedade estadual para fins educacionais, deverá ser providenciado o devido instrumento jurídico.

Caso o imóvel venha a ser utilizado em atividades diversas ou, ainda, se não houver nenhuma previsão de utilização para o bem, a SRE deverá encaminhar à DPAT a documentação abaixo relacionada para encaminhamento à SEPLAG, a quem competem as demais providências.

a) Parecer quanto à desvinculação do imóvel da SEE. b) Requerimento do interessado, no caso de haver solicitação de terceiros para

utilização do imóvel. c) Comprovante de pagamento de taxas da Prefeitura. d) Comprovante de pagamento das tarifas ou certidão negativa de débitos, junto

às concessionárias de água e energia elétrica. e) Comprovante de encerramento dos serviços de fornecimento de energia

elétrica, água e outros, se for o caso.

DEVOLUÇÃO DE CHAVES

Em caso da desocupação de imóveis de propriedade estadual pela desativação de escolas, por exemplo, a guarda das chaves ficará a cargo das Regionais.

Se constatado se tratar de imóvel de propriedade de terceiros, as chaves deverão ser devolvidas ao proprietário por meio do registro dessa devolução na SRE (preenchimento de um recibo de chaves).

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APROPRIAÇÕES INDEVIDAS DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO

O ato de apropriação indevida geralmente ocorre quando o imóvel não se encontra resguardado por medidas que caracterizem a posse, ou seja, protegido por muro ou cerca. BASE LEGAL

Constituição Estadual - artigo 18 § 2° inciso II – dispõe sobre o uso especial de bem patrimonial do Estado por terceiro.

Parecer da PGE de 10/10/94 trata da irregularidade do empréstimo dos bens públicos a funcionários, servidores ou estranhos com finalidades afastadas da lei ou do interesse público.

Decreto Estadual n° 46.467 de 28/03/14 dispõe sobre a gestão de imóveis patrimoniais no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional.

A) INVASÃO DE PRÓPRIO ESTADUAL POR TERCEIROS

Em caso de suspeita de invasão o responsável pelo imóvel deverá relatar a

situação oficialmente à SRE, que deverá realizar vistoria in-loco para emissão de laudo técnico e croqui.

Uma vez constatada a invasão, enviar à DPAT expediente solicitando providências, acompanhado dos seguintes documentos:

a) Certidão de registro do imóvel, atualizada, comprovando a propriedade em nome do Estado de Minas Gerais.

b) Laudo Técnico de vistoria assinado por profissional habilitado. c) Planta ou croqui da área total do imóvel destacando-se a área invadida. d) Memorial descritivo da área total do imóvel e da área invadida. e) Fotos do local invadido. f) Data provável da ocorrência de invasão. g) Notificação ao invasor, se possível (modelo na página da DPAT). h) Cópia dos documentos pessoais do invasor e do cônjuge, quando houver (CPF e

Carteira de Identidade). Se pessoa jurídica, informar a razão social com endereço e CNPJ, bem como os documentos pessoais do representante legal.

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B) OCUPAÇÃO IRREGULAR DE DEPENDÊNCIAS DO IMÓVEL ESTADUAL

Basicamente os mesmos procedimentos do item anterior, acrescentando-se apenas cópia de documentação que tenha autorizado a ocupação, caso exista (exemplo: Contrato de Comodato).

Ressalta-se que tais ocupações são irregulares, com base no disposto no Parecer da Procuradoria-Geral do Estado, datado de 10 de outubro de 1994 (disponível na página da DPAT).

C) INVASÃO DE ÁREA DE TERCEIROS PELO ESTADO

A invasão deverá ser denunciada pelo proprietário citando o Estado como invasor, por meio de uma petição.

A SRE, depois de questionada formalmente, deverá enviar relatório circunstanciado à DPAT, se possível acompanhado de planta e memorial descritivo da área invadida, solicitando as providências cabíveis.

A SEPLAG será acionada para a confirmação da invasão pelo Estado, e, em caso positivo, a documentação será enviada à Advocacia-Geral do Estado para providências quanto à reintegração de posse do imóvel ao seu proprietário.

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DOAÇÃO DE IMÓVEL BASE LEGAL

Lei Federal n° 8.666 de 21/06/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da administração pública e dá outras providências.

Lei Estadual n° 14.969 de 12/01/04 autoriza a doação dos imóveis em decorrência da municipalização do ensino.

Decreto Estadual n° 43.789 de 20/04/04 regulamenta a Lei n° 14.969/04.

Decreto Estadual n° 44.154 de 17/11/05 delega competência ao Secretário de Estado de Planejamento e Gestão para a assinatura de escrituras nas hipóteses de aquisição e alienação de bens imóveis.

Decreto Estadual n° 44.423 de 16/02/06 prorroga o prazo previsto no art. 1º do Decreto n° 43.789 de 20/04/04.

Lei Estadual n° 18.580 de 14/12/09 altera a destinação dos imóveis de que trata a Lei n° 14.969, de 12/01/04, que autoriza o poder executivo a doar aos municípios os imóveis cedidos em decorrência da municipalização do ensino.

Decreto Estadual n° 46.467 de 28/03/14 dispõe sobre a gestão de imóveis patrimoniais no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional.

Lei Estadual específica para autorizar cada doação de imóvel de propriedade do Estado.

A) DO ESTADO PARA ENTIDADE DE DIREITO PÚBLICO

Surgida tal demanda, a SRE deverá enviar à DPAT a documentação abaixo relacionada para que a SEE instrua o processo e o encaminhe à SEPLAG para elaboração do projeto de lei específico. O projeto de lei é analisado pelas comissões da Assembleia Legislativa e submetido à votação em plenário. Se aprovado, é sancionada a lei de doação.

A partir desta etapa competem à SEPLAG as demais providências para a lavratura da devida escritura em cartório.

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DOCUMENTAÇÃO

a) Solicitação do interessado dirigida ao Diretor da SRE, devidamente justificada. b) Parecer da SRE devidamente assinado por seu Diretor. c) Cópia da certidão de registro do imóvel. d) Laudo de avaliação de todo o imóvel e da parte a ser doada, separadamente, quando se tratar de parte do imóvel, elaborado de acordo com as normas da ABNT para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

Quando se tratar de parte do imóvel estadual, anexar ainda:

e) Croqui da área total de propriedade estadual, destacando-se a área a ser doada. f) Memorial descritivo da área a ser doada.

B) DO ESTADO PARA ENTIDADE DE DIREITO PRIVADO

A Assessoria Jurídica da SEPLAG entende que, com a suspensão da eficácia da

alínea ‘b’ do inc. I do artigo 17, da Lei Federal n° 8.666 de 1993, por meio da decisão proferida pelo STF em sede de cautelar na ADI 927-3, há autorização ao Estado de Minas Gerais em processar a doação de bens imóveis públicos para entidades privadas, desde que observada a normatização de tais procedimentos na legislação de cada ente, e as normas de caráter geral trazidas pelos caputs do artigo 17 e seu inciso I da mencionada lei federal.

Ressalte-se, todavia, ser a doação de bens públicos medida excepcional,

devendo ser utilizada somente quando o interesse público indicar ser essa a modalidade mais vantajosa, razão pela qual a Assessoria Jurídica recomenda que a Administração sempre verifique a possibilidade de utilização de outros instrumentos jurídicos antes de recorrer à doação do bem público ao particular, a exemplo da concessão de direito real de uso.

C) DE TERCEIROS PARA O ESTADO

A SRE deverá encaminhar à DPAT a documentação relacionada abaixo, de

acordo com a origem do imóvel a ser doado ao Estado.

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DOCUMENTAÇÃO I – Do imóvel:

a) Certidão de Registro de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida há no máximo 30 (trinta) dias.

b) Certidão de ações reais e pessoais reipersecutórias, e a de ônus reais, expedidas há no máximo 30 (trinta) dias.

c) Certidão negativa de débitos de IPTU ou ITR, se o imóvel for rural, quando o doador for sujeito ao pagamento de tais tributos.

d) Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; Número de Inscrição Rural na Receita Federal – NIRF e georreferenciamento, se for imóvel rural.

e) Planta baixa, se houver. f) Planta ou croqui de situação do terreno e de locação da construção, se

for o caso. g) Memorial Descritivo do imóvel. h) Laudo de avaliação do imóvel, elaborado de acordo com as normas da

ABNT, para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

i) Fotos do imóvel. II – Do doador, quando este for pessoa física:

a) Documentos de identificação e dados pessoais (RG e CPF) do doador ou de seu procurador, se for o caso.

b) Comprovante de endereço. c) Certidão de casamento expedida há no máximo 90 (noventa) dias, se for

casado. d) Certidão de nascimento, expedida há no máximo 90 (noventa) dias, se for

solteiro. e) Declaração de inexistência de união estável. f) Procuração lavrada por instrumento público, em caso da pessoa física ser

representada por procurador. g) Certidão negativa de feitos expedida pela Justiça Estadual Cível, Federal

Cível, e do Trabalho. h) Certidão negativa expedida pela Receita Federal. i) Certidão negativa de débitos trabalhistas, expedida por meio do sítio

eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho – TST.

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j) Comprovante de regularidade perante o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ou declaração de que não é empregador.

II – Do doador, quando este for pessoa jurídica de direito público ou privado, conforme o caso:

a) Lei autorizativa para a alienação do imóvel, quando se tratar de pessoa jurídica de direito público.

b) Termo de posse do prefeito municipal, ou de quem seja competente para alienar imóvel pertencente ao patrimônio do doador, quando se tratar de pessoa jurídica de direito público.

c) Documentos de identificação e dados pessoais (RG e CPF) do representante do doador ou de seu procurador, se for o caso.

d) Procuração lavrada por instrumento público, em caso da pessoa jurídica ser representada por procurador.

e) Registro comercial, no caso de empresa individual. f) Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente

registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado da documentação de eleição dos seus administradores.

g) Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de comprovante de diretoria em exercício.

h) Certidão simplificada expedida pela Junta Comercial, em caso de pessoa jurídica de direito privado registrada nesse órgão.

i) Certidão de inteiro teor expedida pelo Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, em caso de pessoa jurídica de direito privado.

j) Decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no país, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

k) Registro ou certificado de fins filantrópicos e/ou ato de declaração de utilidade pública.

l) Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ.

m) Comprovante de regularidade perante o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

n) Comprovante de regularidade perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.

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o) Comprovante de regularidade de tributos federais e ausência de inscrição em dívida ativa da União.

p) Comprovante de regularidade perante a Fazenda Estadual de Minas Gerais.

q) Certidão negativa de feitos expedida pela Justiça Estadual Cível, Federal Cível, e do Trabalho.

r) Certidão negativa de débitos trabalhistas, expedida por meio do sítio eletrônico do Tribunal Superior do trabalho – TST.

III – Da SRE:

a) Parecer Técnico elaborado por profissional habilitado com registro no respectivo conselho profissional.

b) Parecer conclusivo da SRE assinado por seu Diretor.

Os documentos mencionados nas letras a) e b) do item I – Do imóvel poderão ser obtidos pela própria SRE junto ao cartório onde o imóvel se encontra registrado por se tratar de interesse do Estado de Minas Gerais, utilizando-se para isso o formulário “Modelo Requerimento Registro” (disponível na página da DPAT).

ALGUMAS OBSERVAÇÕES

1) Quando se tratar de doação de parte de imóvel e o registro ainda for da área total, a SRE deverá solicitar ao doador que faça o desmembramento da área em cartório para posterior doação ao Estado. Nesse caso, o cartório deverá exigir do doador que providencie "memorial descritivo" e "planta" ou outro documento técnico para averbar ou registrar a área a ser doada ao Estado, portanto, cópias desses mesmos documentos poderão compor o processo de doação.

2) A "Certidão de Registro de inteiro teor" poderá ser o Título de Propriedade do Imóvel (matrícula original) contendo a averbação do desmembramento da área ou a Certidão de Registro da área sob nova matrícula, a critério do cartório.

3) Verificar se o endereço e a área do imóvel estão em conformidade em todos os documentos do processo, principalmente na lei autorizativa e no registro. Em caso de divergência, solicitar a correção do documento, ou não sendo possível a correção, encaminhar documentação do doador justificando a divergência (exemplo: a rua constante no registro teve sua nomenclatura alterada na época da edição da lei municipal, etc).

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REVERSÃO DE IMÓVEL

A inclusão de cláusula de reversão constante nos textos das leis autorizativas de doação cumpre exigência estabelecida na Lei Federal n° 8.666/93. Contudo, ela não confere ao antigo proprietário a reversão automática por descumprimento de dispositivo legal ou cessação de finalidade, sendo necessário para tanto, instruir o devido processo visando à elaboração de projeto de lei específico. BASE LEGAL

Lei Federal n° 8.666 de 21/06/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da administração pública e dá outras providências.

Lei Estadual n° 14.969 de 12/01/04 autoriza a doação dos imóveis em decorrência da municipalização do ensino.

Decreto Estadual n° 43.789 de 20/04/04 regulamenta a Lei n° 14.969/04.

Decreto Estadual n° 44.154 de 17/11/05 delega competência ao Secretário de Estado de Planejamento e Gestão para a assinatura de escrituras nas hipóteses de aquisição e alienação de bens imóveis.

Lei Estadual n° 18.580 de 14/12/09 altera a destinação dos imóveis de que trata a Lei n° 14.969, de 12/01/04, que autoriza o Poder Executivo a doar aos municípios os imóveis cedidos em decorrência da municipalização do ensino.

Decreto Estadual n° 46.467 de 28/03/14 dispõe sobre a gestão de imóveis patrimoniais no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional.

Lei Estadual específica para autorizar a reversão de imóvel de propriedade do Estado.

A) DOADO AO ESTADO POR MUNICÍPIO

Não existe um procedimento padrão. Cada caso é específico e deverá ser

analisado primeiramente pela SRE para se verificar a possibilidade de reversão do imóvel.

Deverá ser analisada a Escritura de Doação ao Estado, pois caso conste cláusula

de reversão o processo é passível de ser instruído nesses termos. Caso contrário, deverá ser instruído um processo simples de doação do Estado ao antigo doador.

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Em qualquer um dos casos, a SRE deverá encaminhar à DPAT os documentos abaixo relacionados para que o processo seja remetido à SEPLAG visando à elaboração de projeto de lei específico, pois toda alienação de imóvel estadual depende de autorização legislativa.

a) Solicitação do interessado dirigida ao Diretor da SRE, devidamente justificada. b) Parecer da SRE devidamente assinado por seu Diretor. c) Cópia da certidão de registro do imóvel. d) Laudo de avaliação de todo o imóvel, elaborado de acordo com as normas da ABNT para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

B) DOADO AO ESTADO POR PARTICULAR (PESSOA FÍSICA)

O procedimento a ser adotado nesses casos será submeter cada situação em

particular à análise da SEPLAG. Para isso o processo deverá ser instruído com os seguintes documentos:

a) Solicitação do interessado dirigida ao Diretor da SRE, devidamente justificada. b) Parecer da SRE devidamente assinado por seu Diretor. c) Cópia da certidão de registro do imóvel. d) Laudo de avaliação de todo o imóvel, elaborado de acordo com as normas da ABNT para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

C) DOADO AO MUNICÍPIO PELO DECRETO N° 43.789/2004

Em decorrência da publicação da Lei Estadual n° 18.580, de 14/12/09, os

imóveis doados aos Municípios em virtude da municipalização do ensino, nos termos do Decreto Estadual n° 43.789, de 30/04/04, poderão ter outra destinação que atenda ao interesse público. Sendo assim, as atividades a serem implantadas / desenvolvidas nos imóveis doados deverão ser voltadas à comunidade e terão prazo de cinco anos para o seu cumprimento.

Dessa forma, deverão reverter ao Estado de Minas Gerais apenas os imóveis doados com base no Decreto supracitado para os quais não tiver sido dada uma destinação de interesse público no prazo de 5 (cinco) anos a contar da publicação da nova lei, ou seja, se a partir de 2014 existirem imóveis doados que se encontrarem

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ociosos ou atendendo a interesses particulares, esses deverão ser identificados, notificando-se o município do inadimplemento e da retomada do bem por descumprimento de cláusula legal.

Competirá, portanto, às Regionais monitorar a situação de cada imóvel doado aos municípios em virtude da municipalização, para que ao final do prazo concedido, avaliem a necessidade ou não de se buscar a reversão da propriedade ao Patrimônio Público Estadual.

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PERMUTA DE IMÓVEIS

É a transferência recíproca de domínio entre um imóvel de propriedade do Estado e outro de propriedade de terceiros.

A permuta de imóvel próprio estadual deverá ser precedida de autorização legislativa, avaliação prévia e interesse público justificado.

A avaliação de ambos os imóveis deverá ser feita concomitantemente,

adotando-se os mesmos critérios técnicos na elaboração dos laudos de avaliação. Trata-se de um só processo que deve ser instruído pela SRE com os documentos

abaixo relacionados. BASE LEGAL

Lei Federal n° 8.666 de 21/06/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da administração pública e dá outras providências.

Decreto Estadual n° 44.154 de 17/11/05 delega competência ao Secretário de Estado de Planejamento e Gestão para a assinatura de escrituras nas hipóteses de aquisição e alienação de bens imóveis.

Decreto Estadual n° 46.467 de 28/03/14 dispõe sobre a gestão de imóveis patrimoniais no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional.

Lei Estadual específica para autorizar cada permuta de imóvel de propriedade do Estado com imóvel de terceiro.

DOCUMENTAÇÃO I – Do imóvel estadual:

a) Certidão de Registro de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida há no máximo 30 (trinta) dias.

b) Laudo de avaliação de todo o imóvel e da parte a ser permutada, separadamente, quando se tratar de parte do imóvel, elaborado de acordo com as normas da ABNT para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

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Quando se tratar de parte do imóvel estadual, anexar ainda:

c) Planta ou Croqui da área total de propriedade estadual, destacando-se a área a ser permutada.

d) Memorial Descritivo do imóvel.

II) Do imóvel de terceiros:

a) Certidão de Registro de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida há no máximo 30 (trinta) dias.

b) Certidão de ações reais e pessoais reipersecutórias, e a de ônus reais, expedidas há no máximo 30 (trinta) dias.

c) Certidão negativa de débitos de IPTU ou ITR, se o imóvel for rural, quando o proprietário for sujeito ao pagamento de tais tributos.

d) Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; Número de Inscrição Rural na Receita Federal – NIRF e georreferenciamento, se for imóvel rural.

e) Planta baixa, se houver. f) Planta ou croqui de situação do terreno e de locação da construção, se

for o caso. g) Memorial Descritivo do imóvel. h) Laudo de Avaliação do imóvel, elaborado de acordo com as normas da

ABNT para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

i) Fotos do imóvel. III – Do terceiro, quando este for pessoa física:

a) Solicitação do interessado dirigida ao Diretor da SRE, devidamente justificada

b) Documentos de identificação e dados pessoais (RG e CPF) do permutante ou de seu procurador, se for o caso.

c) Comprovante de endereço. d) Certidão de casamento expedida há no máximo 90 (noventa) dias, se for

casado. e) Certidão de nascimento, expedida há no máximo 90 (noventa) dias, se for

solteiro. f) Declaração de inexistência de união estável. g) Procuração lavrada por instrumento público, em caso da pessoa física ser

representada por procurador.

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h) Certidão negativa de feitos expedida pela Justiça Estadual Cível, Federal Cível, e do Trabalho.

i) Certidão negativa expedida pela Receita Federal. j) Certidão negativa de débitos trabalhistas, expedida por meio do sítio

eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho – TST. k) Comprovante de regularidade perante o Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS ou declaração de que não é empregador. IV – Do terceiro, quando este for pessoa jurídica de direito público ou privado, conforme o caso:

a) Lei autorizativa para a alienação do imóvel, quando se tratar de pessoa jurídica de direito público.

b) Termo de posse do prefeito municipal, ou de quem seja competente para alienar imóvel pertencente ao patrimônio do permutante, quando se tratar de pessoa jurídica de direito público.

c) Documentos de identificação e dados pessoais (RG e CPF) do representante do permutante ou de seu procurador, se for o caso.

d) Procuração lavrada por instrumento público, em caso da pessoa jurídica ser representada por procurador.

e) Registro comercial, no caso de empresa individual. f) Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente

registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado da documentação de eleição dos seus administradores.

g) Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de comprovante de diretoria em exercício.

h) Certidão simplificada expedida pela Junta Comercial, em caso de pessoa jurídica de direito privado registrada nesse órgão.

i) Certidão de inteiro teor expedida pelo Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, em caso de pessoa jurídica de direito privado.

j) Decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no país, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir.

k) Registro ou certificado de fins filantrópicos e/ou ato de declaração de utilidade pública.

l) Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ.

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m) Comprovante de regularidade perante o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

n) Comprovante de regularidade perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.

o) Comprovante de regularidade de tributos federais e ausência de inscrição em dívida ativa da União.

p) Comprovante de regularidade perante a Fazenda Estadual de Minas Gerais.

q) Certidão negativa de feitos expedida pela Justiça Estadual Cível, Federal Cível, e do Trabalho.

r) Certidão negativa de débitos trabalhistas, expedida por meio do sítio eletrônico do Tribunal Superior do trabalho – TST.

V – Da SRE:

a) Parecer Técnico elaborado por profissional habilitado com registro no respectivo conselho profissional.

b) Parecer conclusivo da SRE assinado por seu Diretor.

O Parecer da SRE deverá ser especificamente sobre a permuta dos imóveis, demonstrando claramente a conveniência e a vantagem econômica do negócio em questão, visto que este somente se efetivará mediante autorização legislativa estadual e avaliação comprobatória da utilidade e moralidade do ato.

Os documentos mencionados na letra a) do item I – Do imóvel estadual e nas letras a) e b) do item II – Do imóvel de terceiros poderão ser obtidos pela própria SRE junto ao cartório onde o imóvel se encontra registrado por se tratar de interesse do Estado de Minas Gerais, utilizando-se para isso o formulário “Modelo Requerimento Registro” (disponível na página da DPAT).

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CESSÃO / PERMISSÃO / AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMÓVEL

A) DO ESTADO PARA TERCEIROS

São instrumentos jurídicos que formalizam a utilização de imóvel do Estado por terceiros.

O Termo de Cessão de Uso poderá ser firmado com entidades de Direito Público: órgão ou entidade da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional, ou entre integrantes dos outros poderes e do Ministério Público.

O Termo de Permissão de Uso (sem preceder de licitação) poderá ser firmado com entidades de Direito Privado sem fins lucrativos.

O Termo de Autorização de Uso poderá ser firmado com o particular para utilização do bem público a título precário (aqui se enquadram os casos de utilização de parte de próprio estadual para instalação de equipamentos diversos como: torre de telefonia, estação de monitoramento de ar, etc.). BASE LEGAL

Constituição Estadual – artigo 18 § 2° – dispõe sobre o uso especial de bem patrimonial do Estado por terceiro.

Lei Federal n° 8.666 de 21/06/93 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da administração pública e dá outras providências.

Lei Estadual n° 11.942 de 16/10/95 assegura às entidades sem fins lucrativos o direito à utilização do espaço físico das unidades de ensino estaduais e dá outras providências.

Lei Estadual n° 12.171 de 31/05/96 proíbe a venda de cigarro e bebida alcoólica nas escolas públicas de 1º e 2º graus da rede estadual de ensino e nas conveniadas.

Lei Estadual n° 14.184 de 31/01/02 dispõe sobre o processo administrativo no âmbito da administração pública estadual.

Os Diretores das Unidades Escolares não têm competência legal para ceder ou permitir o uso por terceiros de imóveis estaduais, salvo nos casos expressos em

lei.

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Lei Estadual n° 15.427 de 31/01/05 altera o art. 1º da Lei n° 12.171, de 31/05/96, que proíbe a venda de cigarro e bebida alcoólica nas escolas públicas de 1º e 2º graus da rede estadual de ensino e nas conveniadas.

Lei Estadual n° 20.369 de 08/08/12 altera a Lei n° 11.942, de 16/10/95, que assegura às entidades que menciona o direito à utilização do espaço físico das unidades estaduais e dá outras providências.

Lei Estadual n° 20.829 de 01/08/13 altera a Lei n° 11.942, de 16/10/95, que assegura às entidades que menciona o direito à utilização do espaço físico das unidades estaduais e dá outras providências.

Decreto Estadual n° 46.467 de 28/03/14 dispõe sobre a gestão de imóveis patrimoniais no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional.

DOCUMENTAÇÃO

A) Termo de Cessão de Uso de Imóvel:

1. Solicitação do interessado, descrevendo o objeto da cessão de uso (todo o imóvel, parte do imóvel ou salas de um imóvel), finalidade, prazo da cessão, e ainda informações quanto à responsabilidade pelo pagamento de taxas e tarifas que incidam sobre o imóvel, uma vez que na minuta padrão dos termos de cessão consta cláusula onde o cessionário fica obrigado a arcar com tais despesas em sua totalidade e a comprovar, trimestralmente, esse pagamento mediante o envio de cópias dos recibos à SEPLAG.

2. Cópia da Carteira de Identidade e CPF do representante do cessionário, legível. 3. Ata de Posse do representante do cessionário. 4. Certidão negativa da Receita Federal, atualizada. 5. Certidão negativa de débito de FGTS. 6. Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ. 7. Comprovante de aplicação, pelo Município, dos mínimos constitucionais nas áreas

de saúde e educação (certidão emitida pelo Tribunal de Contas do Estado – TCE).

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8. Laudo de avaliação de todo o imóvel, elaborado de acordo com as normas da ABNT para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

9. Laudo de vistoria do imóvel devidamente assinado por profissional habilitado, nos

moldes do modelo disponível na página da DPAT. 10. Planta ou croqui do imóvel, de acordo com o que se pretende destacar.

a. Se for cessão de parte do imóvel deve ser destacada a área a ser cedida na planta ou croqui de situação.

b. Se for cessão de salas e demais dependências devem ser destacadas as áreas que serão cedidas na planta baixa.

11. Certidão de registro do imóvel, atualizada, comprovando a propriedade estadual. 12. Parecer da SRE, devidamente assinado por seu Diretor, descrevendo o objeto da

cessão de uso (todo o imóvel, parte do imóvel ou salas de um imóvel), finalidade, prazo da cessão, e ainda informações quanto à responsabilidade pelo pagamento de taxas e tarifas que incidam sobre o imóvel.

a. Para a cessão de parte de imóvel composto por apenas um registro deve ser informada a área a ser cedida.

b. Para a cessão de parte de imóvel composto por mais de um registro deve ser informada a área a ser cedida e de qual registro será desmembrada.

c. Para a cessão de salas e demais dependências devem ser informadas a quantidade e a metragem das mesmas.

B) Termo de Permissão de Uso de Imóvel:

1. Solicitação do interessado, descrevendo o objeto da permissão de uso (todo o imóvel, parte do imóvel ou salas de um imóvel), finalidade, prazo da permissão, e ainda informações quanto à responsabilidade pelo pagamento de taxas e tarifas que incidam sobre o imóvel, uma vez que na minuta padrão dos termos de permissão consta cláusula onde o permissionário fica obrigado a arcar com tais despesas em sua totalidade e a comprovar, trimestralmente, esse pagamento mediante o envio de cópias dos recibos à SEPLAG.

2. Estatuto ou contrato social da entidade e suas alterações. 3. Cópia da Carteira de Identidade e CPF do representante do permissionário.

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4. Ata de Posse da atual diretoria. 5. Certidão negativa da Receita Federal, atualizada. 6. Certidão negativa de débito de FGTS. 7. Certidão negativa de débito de Tributos Federais. 8. Certidão negativa de débito de Tributos Estaduais. 9. Certidão negativa de débito de Tributos Municipais. 10. Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ. 11. Registro ou certificado de fins filantrópicos e/ou ato de declaração de utilidade

pública. 12. Certidão de funcionamento expedida pelo Ministério Público, se fundação, ou

Atestado de funcionamento, se entidade de outra natureza jurídica. 13. Laudo avaliação de todo o imóvel, elaborado de acordo com as normas da ABNT

para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

14. Laudo de vistoria do imóvel devidamente assinado por profissional habilitado, nos

moldes do modelo disponível na página da DPAT 15. Planta ou croqui do imóvel, de acordo com o que se pretende destacar.

a. Se for permissão de uso de parte do imóvel deve ser destacada a área a ser utilizada na planta ou croqui de situação.

b. Se for permissão de uso de salas e demais dependências devem ser destacadas as áreas que serão utilizadas na planta baixa.

16. Certidão de registro do imóvel, atualizada, comprovando a propriedade estadual. 17. Parecer da SRE, devidamente assinado por seu Diretor, descrevendo o objeto da

permissão de uso (todo o imóvel, parte do imóvel ou salas de um imóvel), finalidade, prazo da permissão, e ainda informações quanto à responsabilidade pelo pagamento de taxas e tarifas que incidam sobre o imóvel.

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a. Para a permissão de uso de parte de imóvel composto por apenas um registro deve ser informada a área a ser utilizada.

b. Para a permissão de uso de parte de imóvel composto por mais de um registro deve ser informada a área a ser utilizada e de qual registro será desmembrada.

c. Para a permissão de uso de salas e demais dependências devem ser informadas a quantidade e a metragem das mesmas.

C) Termo de Autorização Especial de Uso de Imóvel:

1. Solicitação do interessado, descrevendo o objeto da autorização especial de uso, finalidade, prazo da autorização, e ainda informações quanto à responsabilidade pelo pagamento de taxas e tarifas que incidam sobre o imóvel, uma vez que na minuta padrão dos termos de autorização consta cláusula onde o autorizado fica obrigado a arcar com tais despesas em sua totalidade e a comprovar, trimestralmente, esse pagamento mediante o envio de cópias dos recibos à SEPLAG.

2. Estatuto ou contrato social da entidade e suas alterações. 3. Cópia da Carteira de Identidade e CPF do representante do autorizado. 4. Ata de Posse da atual diretoria. 5. Certidão negativa de Débito de FGTS. 6. Certidão negativa de Débito de Tributos Federais. 7. Certidão negativa de Débito de Tributos Estaduais. 8. Certidão negativa de Débito de Tributos Municipais. 9. Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ. 10. Registro ou certificado de fins filantrópicos e/ou ato de declaração de utilidade

pública, se for o caso. 11. Certidão de funcionamento expedida pelo Ministério Público, se fundação, ou

Atestado de funcionamento, se entidade de outra natureza jurídica.

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12. Laudo de avaliação de todo o imóvel, elaborado de acordo com as normas da ABNT para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

13. Laudo de vistoria do imóvel devidamente assinado por profissional habilitado, nos

moldes do modelo disponível na página da DPAT. 14. Planta ou croqui de situação do imóvel destacando-se a área a ser utilizada. 15. Certidão de registro do imóvel, atualizada, comprovando a propriedade estadual. 16. Parecer da SRE, devidamente assinado por seu Diretor, descrevendo o objeto da

autorização especial de uso, finalidade, prazo da autorização, e ainda informações quanto à responsabilidade pelo pagamento de taxas e tarifas que incidam sobre o imóvel.

a. Para a autorização de uso de parte de imóvel composto por apenas um registro deve ser informada a área a ser utilizada.

b. Para a autorização de uso de parte de imóvel composto por mais de um registro deve ser informada a área a ser utilizada e de qual registro será desmembrada

ALGUMAS OBSERVAÇÕES

1) A SRE deverá emitir Parecer Conclusivo quanto à solicitação de utilização da propriedade estadual, uma vez que sua finalidade é demonstrar de forma clara e consistente a motivação da transferência do bem. O parecer deverá ainda estar em consonância com a documentação apresentada, principalmente no que tange ao objeto, à finalidade e ao prazo da cessão/permissão/autorização de uso. Deste modo, tem-se que:

Se cessão/permissão/autorização de uso de todo o imóvel ou parte dele (área): deverá conter a informação de que não utiliza o bem, nem tem previsão de utilizá-lo para atendimento a demanda da rede estadual de ensino.

Se cessão/permissão de uso de dependências do imóvel (salas): deverá conter além da informação do item anterior aplicada ao objeto específico, o número de salas do imóvel e o número de alunos atendidos na escola, por turno, bem como se a escola que cederá suas dependências funciona em mais de um endereço.

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Se cessão para Educação Infantil em regime de coabitação com outro nível de ensino, informar além do disposto acima, se o mobiliário da unidade estadual, cujo imóvel se pretende a cessão, atende as necessidades desse público.

2) A solicitação de cessão/permissão/autorização de uso de imóvel cujo prazo seja

superior a 5 (cinco) anos deverá vir acompanhada de documentação que justifique a necessidade do prazo diferenciado.

3) Não poderão ser formalizados termos de cessão ou permissão de uso de imóvel

de propriedade estadual para o funcionamento ou exploração de qualquer tipo de atividade, mesmo que de caráter educacional, que não sejam realizadas por entidades públicas. O Parecer n° 15.129, expedido pela Advocacia-Geral do Estado em 30/11/2011, orienta:

“...pela realização de licitação antes da cessão de uso de imóvel estadual a terceiros quando da ausente hipótese de inexigibilidade, dispensa ou licitação dispensada, presente interesse possível de outras pessoas na fruição do bem público, ao que se acresce a inadmissibilidade de transferir o uso em favor de um Município para imediato mero repasse a instituição privada, sem o cumprimento das exigências constitucionais...”.

4) Quanto à elaboração dos laudos de avaliação e de vistoria, temos a esclarecer:

Preferencialmente por profissional habilitado da SRE. No caso de impossibilidade de deslocamento desse servidor ou

inexistindo o profissional no quadro da Regional, os laudos poderão ser providenciados por profissional contratado pelo interessado.

A Diretoria de Patrimônio submeterá os processos à análise da Assessoria

Jurídica da SEE e, em caso de aprovação, à consideração superior do dirigente desta Pasta.

Caso necessário, os processos serão devolvidos em diligência às Regionais para correção ou ajustes.

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B) DE TERCEIROS PARA O ESTADO

No caso do proprietário ser uma entidade de direito público, a exemplo Prefeituras, União etc., deverá ser elaborado um termo de cessão de uso de imóvel nos moldes da minuta aprovada pela Assessoria Jurídica da SEE.

Em se tratando de entidade de direito privado ou pessoa física caberá a elaboração de outro instrumento jurídico adequado a cada caso, a exemplo, contrato de comodato etc., atendendo às determinações jurídicas internas do cedente, caso existam. ORIENTAÇÕES E DOCUMENTAÇÃO

A SRE encaminha a documentação que será analisada pela DPAT de acordo com as orientações da Assessoria Jurídica da SEE:

a) Termo elaborado em 3 (três) vias originais e em papel com o timbre do

cedente, observando-se a minuta padrão aprovada pela AJ (disponível na página da DPAT).

b) Parecer da SRE que deverá conter os dados abaixo discriminados, além de

apresentar de forma clara “... o motivo para a prática do ato administrativo. Deve conter o conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a administração a praticar o ato”, ou seja, “a necessidade do presente termo de cessão em relação ao imóvel em questão”.

I. Instrumento jurídico a ser firmado (ex: cessão; permissão, comodato etc.).

II. Partes envolvidas (ex: Município e Estado, Fundação Helena Antipoff e Estado etc.).

III. Objeto (identificação completa do imóvel com endereço e metragem). IV. Finalidade (ex: destinado ao funcionamento da E.E. XXX). V. Público beneficiado (quantidade de alunos).

VI. Vigência (XX anos a contar da assinatura pelas partes). VII. Justificativa (observar a orientação da AJ no item 2).

VIII. Parecer Técnico (posição da SRE).

c) Laudo de vistoria devidamente assinado por profissional habilitado, nos moldes do modelo (disponível na página da DPAT), atestando as condições estruturais em que o imóvel será cedido ao Estado de Minas Gerais.

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d) Laudo de avaliação que deverá ser elaborado de acordo com as normas da ABNT, para que atenda ao disposto no Decreto n° 46.467, de 28 de março de 2014, especialmente nos artigos 10, 11, 12 e 14.

e) Cópia da Carteira de Identidade e CPF do representante do

cedente/permitente/comodante.

f) Cópia da ata de posse do representante legal, ou outro documento que comprove a sua investidura no cargo.

g) Cópia do registro e/ou escritura registrada do imóvel, atualizados.

ALGUMAS OBSERVAÇÕES

1) Toda a documentação deverá constar que o imóvel é “destinado ao funcionamento da Escola Estadual XXXX".

2) A formalização de termo aditivo somente é possível dentro da vigência do

contrato que se pretende aditar. Quando o documento perder a validade será necessária a formalização de novo contrato entre as partes.

3) Quando for necessária a convalidação dos atos praticados, tal dispositivo não

deverá constar do novo contrato que se pretende firmar entre as partes. Segundo sugestão do Jurídico, a DPAT providenciará a publicação de um ato convalidando os atos praticados no período que vai desde a data do vencimento do contrato anterior até a data da assinatura do novo ajuste.

4) Observar a cláusula décima do termo: se for entre Entes Federativos (Estado e

Municípios) utilizar a minuta padrão (que traz o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais) como competente para dirimir eventuais conflitos; se for entre Estado e outros (empresa, entidade, particular etc.) substituir por "ao foro da Comarca de Belo Horizonte competirá...".

C) RESCISÃO E DISTRATO

Segundo definição do jurídico:

Distrato – instrumento jurídico a ser utilizado quando a interrupção do contrato

ocorrer de forma amigável, ou seja, de comum acordo entre as partes.

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Rescisão – instrumento jurídico a ser utilizado quando a interrupção ocorrer unilateralmente por descumprimento de cláusulas contratuais.

A SRE deverá providenciar a seguinte documentação para instrução do processo: I) Se imóvel do Estado:

a) Cópia da Carteira de Identidade e CPF do representante do cessionário. b) Ata de Posse do representante do cessionário. c) Laudo de Vistoria atestando as condições atuais do imóvel. d) Parecer da SRE. e) Documento comprobatório da desoneração do cessionário quanto às despesas

de taxas e tarifas incidentes sobre o imóvel. f) Documento do cessionário informando que não utilizará mais o imóvel (para os

casos de Distrato apenas). g) Cópia do termo original e seu extrato no MG.

II) Se imóvel de terceiros:

a) Cópia da Carteira de Identidade e CPF do representante do cedente/comodante. b) Ata de Posse do representante do cedente/comodante. c) Laudo de Vistoria atestando as condições atuais do imóvel. d) Parecer da SRE. e) Cópia do recibo das chaves. f) Cópia do termo original e seu extrato no MG. g) Solicitação de exclusão de contas de água, energia elétrica, IPTU, e mudança de

responsabilidade, caso estejam em nome do Estado de Minas Gerais (pelo e-mail [email protected]).

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SITUAÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO DE IMÓVEIS ESTADUAIS

A) CESSÃO DE DEPENDÊNCIAS DE PRÓPRIOS ESTADUAIS PARA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS

Esse tipo de cessão está prevista na Lei Estadual n° 11.942, de 16/10/95,

alterada pelas Leis Estaduais n° 20.369/2012, de 8/8/12, e n° 20.829 de 1/8/13.

A cessão poderá ocorrer em casos de eventos previamente programados e de curta duração, e a solicitação de utilização deverá ser encaminhada diretamente ao Diretor da unidade escolar, que fará a análise do pedido com respaldo do colegiado e da legislação vigente, sendo vedada a cobrança de taxas pelo uso.

Os Diretores poderão negar a autorização para realização de eventos que não se

enquadrem nas situações previstas na lei. Tal recusa deverá ser justificada e encaminhada por escrito ao Colegiado, garantindo à entidade interessada o direito de recurso para revisão da decisão.

Conforme o disposto na mencionada legislação, os espaços das unidades

escolares só podem ser cedidos às entidades sem fins lucrativos e legalmente constituídas e para a realização de eventos tais como reuniões, amostras, seminários, cursos, debates, comemorações, e competições esportivas, sendo vedada a utilização para atividades que interfiram nas atividades regulares da escola; que tenham objeto ilícito; e que tenham caráter político-partidário.

Os espaços possíveis de cessão compreendem salas de aulas, auditórios, quadras poliesportivas, salas de reuniões, pátios e demais dependências adequadas ao evento a ser realizado, sendo proibido ceder biblioteca escolar, os laboratórios, as dependências reservadas à diretoria, à secretaria, à despensa, e à guarda e conservação de equipamentos, tais como aparelhos de áudio, de vídeo e de som em geral, copiadoras e outros, classificados como de uso restrito às atividades didático-pedagógicas.

As entidades são responsáveis pelas despesas com limpeza e segurança, bem

como pelo bom uso do patrimônio da unidade de ensino, sob pena de ressarcimento dos danos causados, devendo entregar o espaço e o mobiliário nas mesmas condições em que os mesmos forem entregues pela direção da escola.

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Para aplicação da referida legislação foi estabelecido pela SEE o limite de 90 (noventa) dias corridos. Em situações cuja utilização ultrapasse esse período torna-se necessária a elaboração de um instrumento jurídico adequado a ser formalizado entre o Estado de Minas Gerais, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação, representada pela dirigente da Pasta, e a entidade requerente, desde que preencha os requisitos legais para a contratação com o Poder Público Estadual, ou o Município, caso este se interesse pela cessão com a finalidade de realização das atividades da entidade.

B) CESSÃO DE QUADRA DE ESCOLA PARA REALIZAÇÃO DE FESTAS

Os pedidos de cessão de quadra poliesportiva das escolas para a realização de eventos sociais como casamentos, aniversários, batizados etc. não poderão ser atendidos uma vez que não há interesse público em tais eventos e ainda pelo fato de que em alguns desses eventos há o consumo de bebida alcoólica, o que é proibido pela Lei n° 12.171 de 31/05/96.

C) UTILIZAÇÃO DE PRÓPRIO ESTADUAL PARA PROGRAMAS E PROJETOS

Com referência à utilização de dependências das escolas estaduais para aulas de programas de iniciativa do Governo Federal em parceria com Estados e Municípios temos a informar que caberá nesse caso apenas o devido registro dessa utilização junto à SRE, de forma que envolva a Direção da Escola e o Colegiado Escolar (nos moldes do que ocorre com a aplicação da Lei n° 11.942/95).

Tal registro deverá ser feito com todos os dados referentes à utilização (dependências, horários, prazo, objetivo etc.), os responsáveis e as condições especiais, caso existam. Tal procedimento visa resguardar a SEE na figura da Regional quanto a possíveis demandas oriundas da má utilização do próprio estadual.

Ficará a cargo da Direção da Escola a avaliação dessa utilização, devendo-se para isso observar a natureza do evento; a existência de espaço físico adequado, sem prejuízo da dinâmica escolar; a disponibilidade de pessoal para monitorar essa utilização sem alteração do horário de trabalho dos servidores estaduais; bem como a possibilidade de riscos ao patrimônio da unidade escolar.

D) EMPRÉSTIMOS DE SALAS EM PRÉDIOS ESCOLARES PARA A REALIZAÇÃO DE CONCURSOS OU PROVAS (INCLUSIVE ENEM)

A autorização para a realização de concursos ou provas ficará a cargo da Direção

da Escola, devendo-se observar que tal utilização não poderá causar prejuízo à

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dinâmica escolar, ficando restrita apenas ao espaço físico, não podendo comprometer o horário de trabalho de seus servidores, nem causar danos ao patrimônio da unidade escolar, quer seja ao prédio, ao mobiliário, ou mesmo aos equipamentos.

Por se tratar, geralmente, de finais de semana, não caberá o registro da utilização.

Os concursos públicos, como o próprio nome diz, somente são realizados para o ingresso de pessoas nos quadros dos órgãos públicos, e o repasse de recursos ocorre entre esses órgãos e as empresas que organizam a realização do concurso. Nesse sentido, o “empréstimo” será para o órgão público e não para a empresa contratada.

E) UTILIZAÇÃO DE PRÓPRIO ESTADUAL PARA PROJETOS DE VOLUNTARIADO

Não existe legislação específica que preveja tal utilização, portanto, entende-se que por analogia poderemos proceder da mesma maneira que a descrita no item C na página anterior, ou seja, fazendo apenas um registro dessa utilização, envolvendo a SRE, Direção Escolar, Colegiado e o representante do projeto na região, visto que seu objetivo é contribuir para o fortalecimento da educação e da escola pública de educação básica.

F) UTILIZAÇÃO DE PARTE DE IMÓVEL PARA PERFURAÇÃO DE POÇO ARTESIANO

Se for por meio de convênio envolvendo entes federativos não é necessária a instrução de processo de cessão de uso de imóvel, nem de outra modalidade de outorga de direitos. A SRE deverá encaminhar a seguinte documentação:

a) Requerimento do interessado na utilização do imóvel (geralmente a Prefeitura ou algum órgão a ela vinculado) identificando a metragem da área necessária. b) Croqui e memorial descritivo da área pleiteada. c) Cópia da certidão de registro que comprove a propriedade estadual. d) Parecer da SRE contendo a sua manifestação quanto à disponibilidade da área para o fim proposto.

A DPAT enviará a documentação para a SEPLAG que expedirá declaração

pertinente autorizando a intervenção na propriedade estadual.

Se for pedido da Prefeitura ou outra autarquia pertencente à estrutura municipal deverá ser instruído o devido instrumento jurídico.

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G) UTILIZAÇÃO DE PARTE DE IMÓVEL PARA CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA (CONCESSÃO DE SERVIDÃO)

Compete à SEPLAG autorizar a instituição de servidão em imóvel de

propriedade do Estado, devendo o órgão ou instituição que detém o vínculo, cessão, permissão, autorização ou concessão de uso do imóvel se manifestar no prazo de até trinta dias após notificação.

A solicitação de instituição de servidão sobre imóvel do Estado deverá ser

encaminhada à SEPLAG, acompanhada dos seguintes documentos a serem providenciados pelo interessado:

a. Certidão de registro do imóvel emitida no prazo máximo de 90 (noventa)

dias. b. Croqui e memorial descritivo do imóvel e da área serviente. c. Decreto de utilidade ou necessidade pública para a instituição de

servidão, se houver.

À SRE compete apenas a emissão de parecer sobre a disponibilidade da área para tal utilização e o encaminhamento do expediente à DPAT para envio àquele órgão que adotará as demais providências.

H) UTILIZAÇÃO DE PARTE DE IMÓVEL PELA COPASA (PASSAGEM DE REDE INTERCEPTORA, PROTEÇÃO DE POÇO ARTESIANO, ETC)

A COPASA é uma entidade da administração indireta do Estado e o

procedimento correto para utilização de terreno público estadual é a cessão de uso, conforme entendimento jurídico da SEPLAG.

Se a solicitação for apenas para procedimentos relativos à prospecção/pesquisa de águas subterrâneas, caberá apenas uma autorização emitida pela SEPLAG. Nesse caso, a SRE deverá encaminhar o pleito da interessada para análise da DPAT e demais providências.

Na hipótese de a prospecção/pesquisa apresentar resultado satisfatório, a interessada se obriga a antes de dar início às obras necessárias, apresentar à SEPLAG projeto de implantação e utilização do poço artesiano, para que nos termos da legislação vigente, se possa avaliar a possibilidade de autorização e regularização da área necessária para o aproveitamento do equipamento.

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TOMBAMENTO

As notificações de tombamento de imóveis de propriedade estadual deverão ser encaminhadas pelos conselhos municipais diretamente à Advocacia-Geral do Estado (AGE) que adotará as medidas necessárias junto ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), se for o caso.

Segundo promoção da Procuradoria do Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (PPI): ...”cumpre registrar que a orientação jurídica do Sr. Advogado-Geral do Estado é no sentido de que todos os atos de tombamento de prédios estaduais levados a efeito por municípios deverão ser impugnados, administrativa ou judicialmente, tendo em vista que o tombamento constitui manifesta limitação ao direito de propriedade”.

Após a definição da AGE de impugnação de todos os atos de tombamento de origem municipal, compete à SEE apenas encaminhar os expedientes relativos ao assunto para apreciação daquele órgão. Portanto, no caso da SRE receber alguma notificação sobre o Patrimônio Estadual, deverá encaminhá-lo à DPAT para as demais providências.

Não é necessária a emissão de Parecer sobre o assunto, mas se a SRE julgar conveniente poderá fornecer informações e dados relativos ao imóvel a ser tombado que possam subsidiar a análise do IEPHA.

Se o tombamento for efetivado, depois de esgotadas as instâncias administrativas e judiciais, o imóvel deverá atender as limitações decorrentes do ato, especialmente a sua preservação. Daí a importância da SRE exercer um controle específico sobre esse tipo de patrimônio.

A cessão e a permissão de uso de bens públicos obedecem aos pressupostos que a legislação estabelece para bens de tal natureza. O fato de o imóvel encontrar-se tombado não impede, por si só, a sua cessão ou permissão, desde que obedecidos os requisitos legais, com a advertência que o cessionário ou permissionário deverá obedecer às restrições impostas pelo tombamento.

A autorização para a realização de benfeitorias nesses imóveis compete à SEPLAG e ao órgão responsável pelo patrimônio cultural em nível municipal. Vale registrar que o instrumento contratual deverá conter cláusula que estabeleça a incorporação das benfeitorias ao Patrimônio Estadual, sem direito à indenização ou retenção ao cessionário/permissionário.

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CANTINA

Após a publicação do Decreto Estadual n° 45.085, de 8/4/9; da Resolução SEE n° 2245, de 28/12/12, que regulamenta as Caixas Escolares; da Resolução SEE n° 1.511, de 26/2/10, que trata da merenda escolar; e do Decreto Estadual n° 45.902, de 27/1/12, a orientação repassada pela área financeira da SEE em conjunto com a Subsecretaria de Administração do Sistema Educacional é de que as escolas se adequem à legislação que inviabiliza a exploração de comércio nas escolas estaduais.

Nos casos em que o responsável pelo comércio se recusar a desocupar o imóvel, a SRE deverá instruir um processo de ocupação irregular adotando os procedimentos descritos no item B do tópico APROPRIAÇÕES INDEVIDAS DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO.

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PROPAGANDA NAS ESCOLAS

Segundo entendimento da Secretaria de Estado de Educação, os gestores não devem permitir a instalação de materiais de propaganda como outdoors, ou a exploração do espaço público para fins publicitários nos muros das escolas estaduais, uma vez que a legislação vigente veda à Caixa Escolar alugar dependências físicas da unidade de ensino, e ainda que compete à SEPLAG formalizar ou autorizar a formalização da cessão, permissão ou autorização onerosa de uso ou outras modalidades de outorga de direito, previstas em lei, sobre imóveis do Estado, e que a SEE, nem qualquer uma de suas unidades, possui competência legal para permitir intervenções em propriedades estaduais que alterem a sua destinação, sem a anuência daquele Órgão.

Nos casos em que o responsável pela propaganda se recusar a retirar o material publicitário das dependências da escola, essa SRE deverá comunicar o fato à DPAT para orientações quanto aos procedimentos cabíveis.