64
alculo II Beto Rober Bautista Saavedra Juazeiro, 02/03/2009

Apostila Calculo 2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Técnicas de integração. Há apostilas melhores, mas preciso baixar um livro. vlw, kkk

Citation preview

Page 1: Apostila Calculo 2

Calculo II

Beto Rober Bautista Saavedra

Juazeiro, 02/03/2009

Page 2: Apostila Calculo 2

1

.

0. Metodos de Integracao

.

• Metodo das Fracoes Parciais.

• Metodo da Substituicao Trigonometrica.

Metodo das Fracoes Parciais.

Esta tecnica nos ensina como integrar func~oes racionais proprias . Ela e baseada

na idea de decompor uma func~ao racional em uma soma de func~oes racionais

mais simples, que possam ser integrados pelos metodos ja estudados, como

descreveremos a seguir :

• Seja a func~ao racional propriaf(x)

g(x). Isto e, o grau do polinomio com coeficientes

reais f(x) e menor que o grau do polinomio com coeficientes reais g(x).

• Escrevemos g(x) como um produto de fatores reais lineares e fatores reais quadraticos.Na

teoria geral da Algebra, isto sempre e possivel. Na pratica, pode ser difıcil

encontrar esses fatores.

• Seja px−q um fator linear de g(x). Suponha que (px−q)m seja a maior potencia

de px − q que divide g(x). Ent~ao , atribua a esse fator a soma de m frac~oes

parciais:A1

px − q+

A2

(px − q)2+ · · · + A2

(px − q)m.

Faca isso para cada fator linear distinto de g(x).

• Seja px2 + qx+ r um fator quadratico de g(x). Suponha que (px2 + qx+ r)n seja a

maior potencia desse fator que divide g(x). Ent~ao atribua a esse fator a soma

de n frac~oes parciais:

B1x + C1

(px2 + qx + r)+

B2x + C2

(px2 + qx + r)2+ · · · + Bnx + Cn

(px2 + qx + r)n

Faca isso para cada fator quadratico distinto de g(x) que n~ao pode ser decomposto

como produto de fatores lineares com coeficientes reais.

Page 3: Apostila Calculo 2

2

• Iguale a frac~ao originalf(x)

g(x)a soma de todas essas frac~oes parciais.E, multiplique

a ambos os lados da equac~ao por g(x). Logo, organize os termos, de um lado da

equac~ao resultante, em potencias decrescentes de x.

• Iguale os coeficientes das potencias correspondentes de x e resolva o sistema

de equac~oes obtido desse modo para encontrar os coeficientes indeterminados.

Assim, nosso problema de integrar frac~oes parciais proprias se reduz principalmente

a encontrar os coeficientes Ai, Bj , Ck, que a priori sabemos existem.

Page 4: Apostila Calculo 2

3

.

0.1 Exercıcios.

• Decomponha os quocientes dos exercıcios 1-8 em frac~oes parciais.

1.5x − 13

(x − 3)(x − 2)2.

5x − 7

x2 − 3x + 23.

x + 4

(x + 1)24.

2x + 2

x2 − 2x + 15.

z + 1

z2(z − 1)

6.z

z3 − z2 − 6z7.

t2 + 8

t2 − 5t + 68.

t4 + 9

t4 + 9t2

• Calcule as integrais dos exercıcios 9-27

9.

∫dx

1 − x210.

∫dx

x2 + 2x11.

∫dt

t3 + t2 − 2t12.

∫ 1

12

y + 4

y2 + ydy

13.

∫ 1

0

x3dx

x2 + 2x + 114.

∫ 0

−1

x3dx

x2 − 2x + 115.

∫dt

(t2 − 1)216.

∫x2dx

(x − 1)(x2 + 2x + 1)

17.

∫ 1

0

dx

(x + 1)(x2 + 1)18.

∫ √3

1

3t2 + t + 4

t3 + tdt 19.

∫8x2 + 8x + 2

(4x2 + 1)2dx 20.

∫s4 + 81

s(s2 + 9)

21.

∫2x3 − 2x2 + 1

x2 − xdx 22.

∫9t3 − 3t + 1

t3 − t2dt 23.

∫x4

x2 − 1dx 24.

∫s4 + s2 − 1

s3 + s

25.

∫etdt

e2t + 3et + 226.

∫senθdθ

cos2θ + 3cosθ − 227.

∫(x + 1)2arctg(3x) + 9x3 + x

(9x2 + 1)(x + 1)2dx

.

28.

∫(x − 1)4

x2 + 129.

∫x2(x − 1)4

x2 + 130.

∫x4(x − 1)4

x2 + 1

.

• A aproximac~ao 227 ≈ π e razoavel ? Descubra isso expressando ( 22

7 − π) como

porcentagem de π. Ver o exercıcio 30.

Page 5: Apostila Calculo 2

4

Metodo da Substituicao Trigonometrica.

Na tabela a seguir listamos substituicoes trigonometricas que sao posivelmente eficazes, para as

expressoes radicais que envolvem√

a2 − x2,√

a2 + x2,√

x2 − a2, por causa de certas identidades

trigonometricas. Em cada caso a restricao de θ e imposta para assegurar que a funcao que define

a substituicao seja um a um.

.

Tabela de Substituicoes Trigonometricas

.

Express~ao Substituic~ao Identidade

√a2 − x2 x = a.sen θ, −π

2 ≤ θ ≤ π2 1 − sen2 θ = cosθ

√a2 + x2 x = a.tgθ, −π

2 ≤ θ ≤ π2 1 + tg2 θ = sec2θ

√x2 − a2 x = a.sec θ, 0 ≤ θ ≤ π

2 ou π ≤ θ < 3π2 1 + tg2 θ = sec2 θ

Page 6: Apostila Calculo 2

5

.

0.2 Exercıcios

1. Calcule a primitiva de

∫ √9 − x2

x2dx

2. Encontre a area limitada pela elipsex2

a2+

y2

b2

3. Calcule a primitiva de

a)

∫1

x2√

x2 − 9dx b)

x3√

9 − x2dx c)

∫ 2√

3

0

x3

√16 − x2

dx d)

∫x

(x2 + 4)52

dx

e)

∫√

1 − 4x2dx f)

x√

25 + x2dx g)

∫ 3

0

x√

9 − x2dx h)

x2√

4x − x2dx

i)

et√

e2t − 9dt j)

∫√

e2t − 9dt

4. A substituicao z = tg( z2 ) reduz o problema de integrar uma expressao racional de

sen(x) e cos(x) ao problema de integrar uma funcao racional de z :

(a) Provar que tg(x2 ) = sen(x)

1+cos(x) , cos(x) = 1−z2

1+z2 , sen(x) = 2z1+z2 e dx = 2dz

1+z2 .

(b) Calcular∫

dx1+sen(x)+cos(x)

(c) Calcular∫ 2π

2

cos(θ)dθ

sen(θ)cos(θ)+sen(θ)

(c) Calcular∫

sec(x)dx

(d) Calcular∫

cosec(θ)dθ.

.

Page 7: Apostila Calculo 2

6

.

1. Integrais Improprias

• Limites Infinitos de Integracao .

• A Integral

∫ ∞

1

1

xpdx.

• Integrandos com Descontinuidades Infinitas.

• Testes para Convergencia e Divergencia.

Na definicao da integral definida∫ b

af(x)dx trabalhamos com uma funcao contınua f definida num

intervalo limitado [a, b]. Neste capıtulo estendemos o conceito de integral definida para o caso onde o

intervalo e infinito e tambem para o caso onde f tem um numero finito de descontinuidades.

Limites Infinitos de Integracao .

.

1.1 Definicao . Integrais Improprias com Limites de Integracao Infi-

nitos

Integrais com limites infinitos de integracao sao Integrais Improprias.

1. Se f(x) e contınua em [a,+∞), entao

∫ +∞

a

f(x)dx = limt→+∞

∫ t

a

f(x)dx.

2. Se f(x) e contınua em (−∞, b], entao

∫ b

−∞

f(x)dx = limt→−∞

∫ b

t

f(x)dx.

3. Se f(x) e contınua em (−∞,+∞), , entao definimos

∫ +∞

−∞

f(x)dx =

∫ a

−∞

f(x)dx +

∫ +∞

a

f(x)dx

onde a e qualquer numero real.

.

Page 8: Apostila Calculo 2

7

z Nas partes 1 e 2, se o limite for finito, a integral impropria converge e o limite e o valor da integral

impropria. Se o limite nao existe, a integral impropria diverge. Na parte 3, a integral do lado

esquerdo da equacao converge se as duas integrais do lado direito tambem sao convergentes; se

nao , a integral diverge.

z Qualquer uma das integrais improprias anteriores pode ser interpretado como uma area, desde que

f seja uma funcao positiva.

.

1.2 Exercıcio.

Encontre os valores de p para os quais a integral abaixo converge e calcule a integral para

esses valores de p.

.∫ 1

0

xpln(x)dx

A Integral

∫+∞

1

1

xpdx.

A funcao y = 1x

e a fronteira entre as integrais convergentes e divergentes improprias com

integrandos da forma y = 1xp . O seguinte teorema explica.

.

1.3 Teorema. A integral

∫ +∞

1

1

xpdx =

1

p − 1, se p > 1 ;

+∞, se p ≤ 1 .

.

Page 9: Apostila Calculo 2

8

Integrandos com Descontinuidades Infinitas.

Outro tipo de integral impropria aparece quando o integrando tem uma assıntota vertical

- Descontinuidade Infinita - em um limite da integracao ou em algum ponto entre os limites da

integracao .

.

1.4 Definicao . Integrais Improprias com Descontinuidades Infinitas

1. Se f(x) e contınua em (a, b], e tem uma assıntota vertical em x = a, entao

∫ b

a

f(x)dx = limt→a+

∫ b

t

f(x)dx.

2. Se f(x) e contınua em [a, b), e tem uma assıntota vertical em x = b, entao

∫ b

a

f(x)dx = limt→b−

∫ t

a

f(x)dx.

3. Se f e contınua em [a, b] − {c}, onde a < c < b, e tem assıntota em x = c, entao

∫ b

a

f(x)dx =

∫ c

a

f(x)dx +

∫ b

c

f(x)dx

.

z Nas partes 1 e 2, se o limite for finito, a integral impropria converge e o limite e o valor da integral

impropria. Se o limite nao existe, a integral impropria diverge. Na parte 3, a integral do lado

esquerdo da equacao converge se as duas integrais do lado direito tambem sao convergentes; se

nao , a integral diverge.

Testes para Convergencia e Divergencia.

Algumas vezes e imposıvel encontrar o valor exato de uma integral impropria, mas ainda assim e

importante saber se ela e convergente ou divergente. Se a integral diverge, acabou a historia. Se ela

converge, podemos entao utilizar metodos numericos para ter seu valor aproximado. Os principais testes

para convergencia ou divergencia sao o Teste de Comparacao e o Teste de Comparacao no Limite.

Page 10: Apostila Calculo 2

9

.

1.5 Teorema. Teste de Comparacao

a. Sejam f e g contınuas em [a,+∞) com 0 ≤ f(x) ≤ g(x) para qualquer x ≥ a. Entao

1.

∫ +∞

a

f(x)dx converge se

∫ +∞

a

g(x)dx converge

2.

∫ +∞

a

g(x)dx diverge se

∫ +∞

a

f(x)dx diverge

b. Sejam f e g contınuas em (−∞, b] com 0 ≤ f(x) ≤ g(x) para qualquer x ≤ b. Entao

1.

∫ b

−∞

f(x)dx converge se

∫ b

−∞

g(x)dx converge

2.

∫ b

−∞

g(x)dx diverge se

∫ b

−∞

f(x)dx diverge

c. Sejam f e g contınuas em (a, b] que tem assıntota em x = a tal que 0 ≤ f(x) ≤g(x) para qualquer a < x ≤ b. Entao

1.

∫ b

a

f(x)dx converge se

∫ b

a

g(x)dx converge

2.

∫ b

a

g(x)dx diverge se

∫ b

a

f(x)dx diverge

d. Sejam f e g contınuas em [a, b) que tem assıntota em x = b tal que 0 ≤ f(x) ≤g(x) para qualquer a ≤ x < b. Entao

1.

∫ b

a

f(x)dx converge se

∫ b

a

g(x)dx converge

2.

∫ b

a

g(x)dx diverge se

∫ b

a

f(x)dx diverge

.

Page 11: Apostila Calculo 2

10

.

1.6 Teorema. Teste de Comparacao no Limite

a. Se as funcoes positivas f e g sao contınuas em [a,+∞) e se

limx→+∞

f(x)

g(x)= L, 0 < L < ∞,

entao∫ +∞

a

f(x)dx e

∫ +∞

a

g(x)dx

sao ambas convergentes ou ambas divergentes.

b. Se as funcoes positivas f e g sao contınuas em (−∞, b] e se

limx→−∞

f(x)

g(x)= L, 0 < L < ∞,

entao∫ b

−∞

f(x)dx e

∫ b

−∞

g(x)dx

sao ambas convergentes ou ambas divergentes.

c. Se as funcoes positivas f e g sao contınuas em (a, b] e se

limx→a+

f(x)

g(x)= L, 0 < L < ∞,

entao∫ b

a

f(x)dx e

∫ b

a

g(x)dx

sao ambas convergentes ou ambas divergentes.

d. Se as funcoes positivas f e g sao contınuas em [a, b) e se

limx→b−

f(x)

g(x)= L, 0 < L < ∞,

entao∫ b

a

f(x)dx e

∫ b

a

g(x)dx

sao ambas convergentes ou ambas divergentes.

.

Page 12: Apostila Calculo 2

11

.

1.7 Exercıcios.

1. Explique porque cada uma das seguintes integrais e impropria.

a)

∫ +∞

1

x4e−x4

dx b)

∫ π

2

0

sec(x)dx c)

∫ 2

0

x

x2 − 5x + 6

2. Quais das seguintes integrais e impropria ? Porque ?

a)

∫ 2

1

1

2x − 1dx b)

∫ 1

0

1

2x − 1dx c)

∫ +∞

−∞

sen(x)

1 + x2dx

3. Determine se cada integral e convergente ou divergente. Avalie aquelas que sao conver-

gentes.

a)

∫ +∞

1

1

(3x + 1)2dx b)

∫ 0

−∞

1

2x − 5dx c)

∫ +∞

−∞

x3dx

d)

∫ +∞

0

e−xdx e)

∫ −1

−∞

e−2tdx f)

∫ +∞

−∞

x2e−x3

dx

4. Esboce a regiao e encontre sua area ( se a area e finita).

a. R = {(x, y)/x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ ex}

b. R = {(x, y)/x ≥ −2, 0 ≤ y ≤ ex2}

c. R = {(x, y)/x ≥ 0, 0 ≤ y ≤ 1√x+1

}

5. Use o teorema da Comparacao para determinar se a integral e convergente ou divergente.

a.

∫ ∞

1

cos2(x)

1 + x2b.

∫ +∞

t

1√x3 + 1

c.

∫ ∞

1

dx

x + e2x

d.

∫ +∞

1

1 +√

x√x

e.

∫ 1

0

e−x

√x

f.

∫ π

2

0

dx

xsen(x)

6. A integral∫ ∞

0

1√x(1 + x)

e impropria por duas razoes: o intervalo [0,+∞) e infinito, e o integrando tem des-

continuidade em 0. Avalie-a expressando-a como a seguir

∫ ∞

0

1√x(1 + x)

=

∫ 1

0

1√x(1 + x)

+

∫ +∞

1

1√x(1 + x)

.

Page 13: Apostila Calculo 2

12

.

2 Aplicacoes da Integral Definida

.

• Volumes por Fatiamento.

• Solidos de Revolucao : Seccoes Transversais Circulares.

• Formula da Casca para Revolucao em torno de uma Reta Vertical.

• Areas de Superfıcies de Revolucao .

• Comprimento de Curvas Planas.

.

Figura 2A

Volumes por Fatiamento.

Seja o solido S como o da figura 2A. A seccao transversal do solido em cada ponto x no

intervalo [a, b] e uma regiao R(x) de area A(x). Se A for uma funcao contınua de x, poderemos

usa-la para definir e calcular o volume do solido como uma integral, da maneira a seguir.

Page 14: Apostila Calculo 2

13

.

2.1 Definicao . Volume de um solido

O volume de um solido compreendido entre os planos x = a e x = b e cuja area da seccao

transversal por x e uma funcao integravel de a a b de A,

V =

∫ b

a

A(x)dx

Para aplicarmos essa formula, procedemos da maneira a seguir.

.

2.2 Como Calcular o Volume pelo Metodo do Fatiamento

Passo 1. Esboce o solido e uma seccao tranversal tıpica.

Passo 2. Encontre uma formula para A(x).

Passo 3. Encontre os limites de integracao .

Passo 4. Integre A(x) para determinar o volume.

.

2.3 Exercıcios.

1. Uma piramide com 3 m. de altura tem uma base quadrada com 3 m. de lado. A

seccao tansversal da piramide, perpendicular a altura x m abaixo do vertice, e um

quadrado com x m. de lado. Determine o volume da piramide.

2. Uma cunha foi obtida por meio do corte de um cilindro de raio 3 por dois planos. Um

deles e perpendicular ao eixo do cilindro. O segundo cruza o primeiro formando um

angulo de 450 no centro do cilindro. Determine o volume da cunha.

.

Page 15: Apostila Calculo 2

14

Solidos de Revolucao : Seccoes Transversais Circulares.

.

2.4 Teorema. Um Solido de Revolucao ( Rotacao em torno do Eixo X )

Seja S o solido gerado pela rotacao da regiao entre a curva y = f(x), a ≤ x ≤ b, e o eixo X em

torno do eixo X. O volume de S e dado pela formula

V =

∫ b

a

π[f(x)]2dx

.

2.5 Teorema. Um Solido de Revolucao ( Rotacao em torno da reta y = c )

Seja S o solido gerado pela rotacao da regiao entre a curva y = f(x), a ≤ x ≤ b, e o eixo

y = c em torno do eixo y = c. O volume de S e dado pela formula

V =

∫ b

a

π[f(x) − c]2dx

.

2.6 Teorema. Um Solido de Revolucao ( Rotacao em torno do Eixo Y )

Seja S o solido gerado pela rotacao da regiao da curva x = f(y), a ≤ y ≤ b, e o eixo Y em

torno do eixo Y. O volume de S e dado pela formula

V =

∫ b

a

π[f(y)]2dy

.

2.7 Teorema. Um Solido de Revolucao ( Rotacao em torno do Eixo x = c )

Seja S o solido gerado pela rotacao da regiao entre a curva x = f(y), a ≤ y ≤ b, e o eixo

x = c em torno do eixo x = c. O volume de S e dado pela formula

V =

∫ b

a

π[f(y) − c]2dy

Page 16: Apostila Calculo 2

15

.

2.8 Exercıcios.

1. Determine o volume do solido com a rotacao , em torno da reta y = 1, da regiao definida

por y =√

x e pelas retas y = 1 e x = 4.

2. Determine o volume do solido obtido com a rotacao , em torno da reta x = 3, da regiao

compreendida entre a parabola x = y2 + 1 e a reta x = 3.

.

Formulas da Casca para Revolucao em torno de uma Reta Vertical.

Ha uma outra maneira de determinar o volume dos solidos de revolucao , que pode ser util

quando o eixo de revolucao e perpendicular ao eixo que contem o intervalo natural de integracao .

Esta maneira e o Metodo das Cascas Cilındricas que nos mune da seguintes formulas.

.

2.9 Teorema. Um Solido de Revolucao ( Rotacao em torno do Eixo x = c )

Seja S o solido gerado pela rotacao da regiao entre a curva y = f(x), a ≤ x ≤ b, e o eixo X em

torno do eixo x = c. O volume de S e dado pela formula

V =

∫ b

a

2π(x − c)[f(x)]dx

.

2.10 Teorema. Um Solido de Revolucao ( Rotacao em torno do Eixo

y = c )

Seja S o solido gerado pela rotacao da regiao entre a curva x = f(y), a ≤ x ≤ b, e o eixo X em

torno do eixo y = c. O volume de S e dado pela formula

V =

∫ b

a

2π(y − c)[f(y)]dy

Page 17: Apostila Calculo 2

16

.

2.11 Exercıcios.

1. Provar o teorema 2.9.

2. Provar o teorema 2.10.

3. A regiao compreendida pelo eixo x e pela parabola y = f(x) = 3x − x2 gira em torno da

reta x = −1 para gerar o formato de um solido S.

a. Tente deteminar o volume de S sem usar uma formula da casca cilındrica.

b. Deteminar o volume de S usando o teorema 2.9.

4. Um frasco cilındrico de raio r e altura L e parcialmente cheio com um lıquido de volume

V. Se o frasco e girado ao redor do seu eixo de simetria com uma velocidade angular ω, constante,

entao o frasco induzira um movimento rotacional do liquido ao redor do mesmo eixo. Eventual-

mente, o lıquido se tornara concava para cima, como indicado na figura 2.B, porque a forca

centrıfuga nas partıculas do lıquido aumenta com a distancia do eixo do frasco. Pode-se mostrar

que a superfıcie do lıquido e um paraboloide de revolucao gerado pela rotacao da parabola

y = h +ω.x2

2g

ao redor do eixo y, onde g e a aceleracao da gravidade. Determine h como uma funcao

de ω.

L

Figura 2B

Page 18: Apostila Calculo 2

17

Comprimento de Curvas Planas.

.

2.12 Teorema. Formula do Comprimento de um Arco de uma Curva Lisa

Se f : [a, b] → R for uma funcao com derivada contınua, entao o comprimento da curva y =

f(x), de a a b, e o numero

L =

∫ b

a

1 + (f ’(x))2dx (I)

.

.

2.13 Teorema. Formula Parametrica para o Comprimento de um Arco

Se uma curva C for descrita por equacoes parametricas x = f(t), y = g(t), α ≤ t ≤ β, onde

f ’ e g’ sao contınuas e nao simultaneamente nulas em [α, β], e se C for percorrida exatamente

uma vez, quando t vai de α a β, entao o comprimento de C sera

L =

∫ β

α

[f ’(t)]2 + [g’(t)]2dt (II)

.

Page 19: Apostila Calculo 2

18

z Se houver duas parametrizacoes diferentes para uma curva, cujo comprimento desejamos deter-

minar, importa qual delas vamos usar ? A resposta (do calculo avanzado) e nao , desde que a

parametrizacao escolhida se adapte as condicoes que precedem a equacao (II).

.

2.14 Exercıcios.

1. Seja a curva y = (x2 )

23 de x = 0 a x = 2.

a. Verificar que nao pode determinar o comprimento da curva usando a formula do teorema

2.12 se y esta em funcao de x.

b. Tentar determinar o comprimento da curva usando a formula do teorema 2.12 se x esta

em funcao de y.

2. Determine o comprimento da curva

x = cos(t), y = t + sen(t), 0 ≤ t ≤ π.

Page 20: Apostila Calculo 2

19

Areas de Superfıcies de Revolucao .

.

2.15 Teorema. Seja C uma curva da equacao y = f(x), onde f e f′

sao funcoes contınuas

em [a, b] e f(x) ≥ 0, ∀x ∈ [a, b]. A area da superfıcie de revolucao S, gerada pela rotacao da

curva C ao redor do eixo dos x, e dada pela formula

A = 2π

∫ b

a

f(x)√

1 + [f ′(x)]2dx

.

2.16 Exercıcios.

1. Calcular a area da superfıcie gerada pela rotacao do arco de curva dado, em torno do eixo

indicado.

a. y = x2, 0 ≤ x ≤ 2; eixo dos x.

b. x =√

y, 1 ≤ y ≤ 4; eixo dos y.

c. y =√

4 − x2, 0 ≤ x ≤ 1; eixo dos x.

d. y =√

16 − x2, −3 ≤ x ≤ 3; eixo dos x.

2. Calcular a area da superfıcie obtida pela revolucao do arco da parabola y2 = 8x, 1 ≤ x ≤12, ao redor do eixo dos x.

3. Mostre que a area da superfıcie obtida pela rotacao da circunferencia

x2 + y2 = r2 ao redor da reta y = r e dada por 4π2r2.

Page 21: Apostila Calculo 2

20

.

3 Funcoes de Varias Variaveis

• Funcoes de Duas Variaveis.

• Tipos de Regioes no Plano.

• Graficos e Curvas de Nıvel de Funcoes de Duas Variaveis.

• Curvas de Contorno.

• Funcoes de Tres ou Mais Variaveis.

• Superfıcies de Nıvel de Funcoes de Tres Variaveis.

.

Funcoes de Duas Variaveis.

.

3.1 Definicoes . Seja o subconjunto D ⊂ R2.

1. Uma Funcao Real f : D → R de duas variaveis em D e uma regra que associa um

unico numero real w = f(x, y) a cada par ordenado (x, y) ∈ D.

2. O conjunto D e o domınio de f, e o conjunto de valores de w assumidos por f e a

sua imagem.

3. As variaveis independentes x e y sao as variaveis de entrada da funcao , e a variavel

dependente w e a variavel de saıda da funcao .

.

Page 22: Apostila Calculo 2

21

.

3.2 Exemplos.

1. Funcao Distancia da Origem a um Ponto no Plano

A distancia de um ponto (x, y) a origem e dada pela funcao

dist(x, y) =√

x2 + y2.

O valor de dist no ponto (3, 4) e dist(3, 4) =√

32 + 42 =√

25 = 5.

2. Funcao Volume de um Cilindro Circular Reto

A funcao V = π.r2.h calcula o volume de um cilindro circular reto a partir do seu

raio e altura.

.

Tipos de Regioes no Plano .

.

3.3 Definicoes .

1. Um ponto (x0, y0) em uma regiao (conjunto) R no plano xy e um ponto interior de R

se e o centro de um disco que esta inteiramente em R ( Ver figura 1 ).

2. Um ponto (x0, y0) em uma regiao (conjunto) R no plano xy e um ponto fronteira de

R se todo disco centrado em (x0, y0) contem ao mesmo tempo pontos que estao em R e do

lado de fora de R. O ponto de fronteira propriamente dito nao precisa pertenecer a R ( ver

figura 2 ).

.

Page 23: Apostila Calculo 2

22

R

X Y0( )0 ,

Figura 1: Ponto Interior

R

X Y0( )0 ,

Figura 2: Ponto de Fronteira

.

3.4 Definicoes .

1. O interior de uma regiao R no plano e o conjunto formado por todos os pontos

interiores da regiao . Denotamos este conjunto por◦

R .

2. A fronteira de uma regiao no plano e o conjunto formado por todos os pontos de

fronteira da regiao .Denotamos este conjunto por Fr[R].

3. Uma regiao R no plano e aberta se R =◦

R .

4. Uma regiao R no plano e fechada se R ⊇ Fr[R].

5. Uma regiao R no plano e limitada se esta dentro de um disco de raio fixo. Caso

contrario e nao limitada.

.

Page 24: Apostila Calculo 2

23

.

3.5 Exercicios.

1. Seja a regiao no plano R = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y2 < 1}.

• A regiao R e aberta ?

• Encontrar a fronteira de R

• A regiao R e limitada ?

2. Seja a regiao no plano R = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y2 ≤ 1}.

• A regiao R e aberta ?

• Encontrar a fronteira de R

• A regiao R e limitada ?

3. Descreva o domınio da funcao f(x, y) =√

y − x2. Este domınio e limitado ?

4. Dar exemplos de regioes que nao sao abertas nem fechadas ?

.

Graficos e Curvas de Nıvel de Funcoes de Duas Variaveis.

Uma maneira-padrao de visualizar os valores de uma funcao f(x, y) e identificar e desenhar

curvas no domınio nas quais f tem um valor constante. Logo, usando estas informacoes , esbocar

a superfıcie z = f(x, y) no espaco.

.

3.6 Definicoes .

1. O conjunto de pontos no plano onde uma funcao f(x, y) tem um valor constante f(x, y) =

c e chamado de Curva de Nıvel de f.

2. O conjunto de todos os pontos (x, y, f(x, y)) no espaco, para (x, y) no domınio de f, e

chamado de Grafico de f.

3. O grafico de f tambem e chamado de Superfıcie z = f(x, y).

.

Page 25: Apostila Calculo 2

24

.

3.7 Exercıcios.

1. Seja a funcao f(x, y) = x2 + y2. Determine o domınio e a imagem da funcao . Usando

as curvas de nıvel, esboce o grafico.

2. Seja a funcao f(x, y) = 4 + x2 + y2. Determine o domınio e a imagem da funcao .

Usando as curvas de nıvel, esboce o grafico.

3. Seja a funcao f(x, y) = 100 − x2 − y2. Determine o domınio e a imagem da funcao .

Usando as curvas de nıvel, esboce o grafico.

4. Seja a funcao f(x, y) = x2 − y2. Determine o domınio e a imagem da funcao . Usando

as curvas de nıvel, esboce o grafico.

5. Determine o domınio e a imagem da funcao f(x, y) = x. Esboce o grafico.

6. Determine o domınio e a imagem da funcao f(x, y) = y. Esboce o grafico.

7. Determine o domınio e a imagem da funcao f(x, y) = 5. Esboce o grafico.

.

Curvas de Contorno. A curva no espaco na qual o plano z = c corta uma superfıcie

z = f(x, y) consiste em todos os pontos (x, y, f(x, y) = c). Ela e chamada de Curva de Contorno

f(x, y) = c para distingui-la da curva de nıvel f(x, y) = c no domınio de f.

Contudo, nem todo mundo faz essa distincao , e voce pode preferir chamar ambos os tipos de

curvas por um unico nome e se basear no contexto para especificar qual tem em mente.

Page 26: Apostila Calculo 2

25

Funcoes de Tres Variaveis..

3.8 Definicoes . Seja o subconjunto D ⊂ R3 = R × R × R.

1. Uma Funcao Real f : D → R de Tres variaveis em D e uma regra que associa um

unico numero real w = f(x, y, z) a cada terna ordenada (x, y, z) ∈ D.

2. O conjunto D e o domınio de f, e o conjunto de valores de w assumidos por f e a

sua imagem.

3. As variaveis independentes x, y e z sao as variaveis de entrada da funcao , e a variavel

dependente w e a variavel de saıda da funcao .

.

.

3.9 Exercıcios. Encontrar o Domınio e a Imagem das seguintes funcoes :

1. dist(x, y, z) =√

x2 + y2 + z2. Esta funcao fornece a distancia da origem ao ponto

(x, y, z) no espaco em coordenadas Cartesianas.

2. w =1

x2 + y2 + z2.

3. w = x.y.ln(z + 1).

.

Superfıcies de Nıvel de Funcoes de Tres Variaveis ..

3.10 Definicao . O conjunto de pontos (x, y, z) no espaco onde uma funcao de tres

variaveis independentes tem um valor constantes f(x, y, z) = c e chamado de Superfıcie de

Nıvel de f.

.

.

3.11 Observacao . Os graficos de funcoes de tres variaveis consistem em pontos

(x, y, z, f(x, y, z)) em um espaco quadridimensional nao podemos graficar-los de maneira

eficaz. Mas, podemos ver como a funcao se comporta analisando suas superfıcies de nıvel

tridimensionais.

Page 27: Apostila Calculo 2

26

.

3.12 Exercıcio. Descreva as superfıcies de nıvel da funcao

f(x, y, z) =√

x2 + y2 + z2.

.

z As definicoes de interior, fronteira, aberto, fechado, limitado e ilimitado para regioes no espaco sao

similares aquelas para regioes no plano. A unica diferenca e o uso de esferas solidas em vez de

discos.

z z Para o estudo de Funcoes de Mais de Tres Variaveis, precisamos metodos matematicos mais

poderosos que os estudados em Calculo II. Mas, as definicoes dadas aqui ate o momento sao

similares : Domınio , Imagem, interior, fronteira, etc.

Page 28: Apostila Calculo 2

27

.

4 Limites e Continuidade em Dimensoes Maiores.

• Limite de uma Funcao de Duas Variaveis.

• Continuidade de uma Fumcao de Duas Variaveis.

• Funcoes de Mais de Duas Variaveis.

• Valores Extremos de Funcoes Contınuas em Conjuntos Fechados e Limita-

dos.

.

Limite de uma Funcao de Duas Variaveis.

.

4.1 Definicao . Limite de uma Funcao de Duas Variaveis Independentes

A func~ao f tem limite L quando (x, y) se aproxima de (x0, y0) se, dado qualquer numero

positivo ε, existe um numero positivo δ tal que, para todo (x, y) no domınio de f,

0 <√

(x − x0)2 + (y − y0)2 < δ ⇒ | f(x, y) − L |< ε.

Escrevemos

lim(x,y)→(x0,y0)

f(x, y) = L.

.

z A definicao de limite aplica-se tanto a pontos fronteiras como a pontos interiores do domınio de

f. A unica exigencia e que o ponto (x, y) permaneca no domınio todo o tempo.

Page 29: Apostila Calculo 2

28

.

4.2 Teorema. Propriedades dos Limites de Funcoes de Duas

Variaveis As regras a seguir sao verdadeiras se L,M e k sao numeros reais e

lim(x,y)→(x0,y0)

f(x, y) = L e lim(x,y)→(x0,y0)

g(x, y) = M

1. Regra da Soma: lim(x,y)→(x0,y0)[f(x, y) + g(x, y)] = L + M

2. Regra da Diferenca: lim(x,y)→(x0,y0)[f(x, y) − g(x, y)] = L − M

3. Regra do Produto: lim(x,y)→(x0,y0)[f(x, y) . g(x, y)] = L .M

4. Regra da Multiplic~ao por Constante:

lim(x,y)→(x0,y0)

k.f(x, y) = k . L (para todo numero k)

5. Regra do Quociente: lim(x,y)→(x0,y0)

f(x, y)

g(x, y)=

L

Mse M 6= 0.

6. Regra da Potencia: Se m e n 6= 0 forem inteiros, entao

lim(x,y)→(x0,y0)

[f(x, y)]m

n = Lm

n ,

desde que Lm

n seja um numero real.

.

z Quando aplicamos este Teorema a polinomios e funcoes racionais, obtemos o resultado util de

que os limites dessas funcoes quando (x, y) → (x0, y0) podem ser calculados determinando-

se a funcoes em (x0, y0). A unica exigencia e que as funcoes racionais sejam definidas em

(x0, y0).

.

4.3 Exercıcios. Encontre

1. lim(x,y)→(0,1)x − xy + 3

x2y + 5xy − y3

2. lim(x,y)→(0,1)

x2 + y2

3. lim(x,y)→(0,1)x2 − xy√x −√

y

.

Page 30: Apostila Calculo 2

29

Continuidade de uma Funcao de Duas Variaveis

.

4.4 Definicoes . Uma funcao f(x, y) e contınua no ponto (x0, y0) se

1. f for definida em (x0, y0);

2. lim(x,y)→(x0,y0) f(x, y) existe;

3. lim(x,y)→(x0,y0) f(x, y) = f(x0, y0).

Uma funcao e contınua quando e contınua em todos os pontos de seu domınio.

.

z Somas, diferencas, produtos, multiplicacao por constantes, quocientes e potencias de funcoes

contınuas sao contınuas onde sao definidas.

z Em especial, polinomios e funcoes racionais de duas variaveis sao contınuas em todo ponto onde

sao definidas.

z Se z = f(x, y) e uma funcao contınua de x e y e w = g(z) e uma funcao contınua de z, entao

a composta w = g(f(x, y)) e contınua. Deste modo,

ex−y, cos(xy

x2 + 1), ln(1 + x2y2)

sao contınuas em todo ponto (x, y).

.

4.5 Teorema. Teste dos Dois Caminhos para a Nao -Existencia de um

Limite Se f(x, y) tem limites diferentes ao longo de dois caminhos diferentes quando (x, y) se

aproxima de (x0, y0), entao lim(x,y)→(x0,y0) f(x, y) nao existe.

.

Page 31: Apostila Calculo 2

30

.

4.6 Exercıcios.

1. Mostre que

f(x, y) =

2xy

x2 + y2, (x, y) 6= 0;

0, (x, y) = 0 .

e contınua em todo ponto exceto a origem.

2. Mostre que a funcao

f(x, y) =2x2y

x4 + y2

nao tem limite quando (x, y) se aproxima de (0, 0).

.

Funcoes de Mais de Duas Variaveis

As definic~oes de limite e continuidade para func~oes de duas variaveis e as conclus~oes

sobre limites e continuidade para somas, produtos, quocien- tes, potencias e composic~oes

estendem-se a func~oes de tres variaveis ou mais. Func~oes como

ln(x + y + z) eysen(z)

x − 1

s~ao contınuas nos seus domınios. Porque ?

Limites como

limp→(1,0,−1)

ex+z

z2 + cos(√

xy)=

1

2,

onde P indica o ponto (x, y, z), podem ser encontrados por meio de substituic~ao direta.

Page 32: Apostila Calculo 2

31

Valores Extremos de Funcoes Contınuas em Conjuntos Fechados e Limita-

dos Sabemos que uma func~ao de uma variavel que e contınua em um intervalo fechado

e limitado [a, b] assume um valor maximo absoluto e um valor mınimo absoluto pelo menos

uma vez em [a, b]. O mesmo vale para uma func~ao z = f(x, y) que e contınua em um conjunto

R fechado e limitado no plano ( como um segmento de reta, um disco ou um triangulo

cheio ). A func~ao assume um valor maximo aboluto em algum ponto em R e um valor

mınimo aboluto em algum ponto em R.

Teoremas similares a esses e outros teoremas desta sec~ao s~ao verdadeiros

para func~oes de tres ou mais variaveis. Uma func~ao contınua w = f(x, y, z),

por exemplo, deve assumir valores maximo e mınimo absolutos em qualquer

conjunto fechado e limitado ( esfera solida ou cubo, casca esferica, solido

retangular ) no qual e definida.

Posteriormente, aprenderemos como encontrar esses valoresextremos !!

Page 33: Apostila Calculo 2

32

.

5 Derivadas Parciais

.

.

• Derivadas Parciais de uma Funcao de Duas Variaveis

• Funcoes de Mais de Duas Variaveis

• Derivadas Parciais e Continuidade

• Diferenciabilidade

• Derivadas Parciais de Segunda Ordem

• Derivadas Parciais de Ordem Superior

Derivadas Parciais de uma Funcao de Duas Variaveis

.

5.1 Definicoes . Derivadas Parciais em Relacao a x e em Relacao a

y

• A derivada parcial de f(x, y) em relacao x no ponto (xo, yo) e

∂f

∂x|(xo,yo) =

d

dxf(x, yo)|x=xo

= limh→0

f(xo + h, yo) − f(xo, yo)

h

• A derivada parcial de f(x, y) em relacao y no ponto (xo, yo) e

∂f

∂y|(xo,yo) =

d

dxf(xo, y)|y=yo

= limh→0

f(xo, yo + h) − f(xo, yo)

h

.

Page 34: Apostila Calculo 2

33

.

5.2 Observacoes .

1. O sımbolo ∂ ( chamado de del ) e apenas um outro tipo de d. E conveniente ter

essa maneira distinta de estender a notacao diferencial de Leibniz para um contexto

de varias variaveis.

2. O coeficiente angular da curva z = f(x, yo) no ponto P (xo, yo, f(xo, yo)) no plano

y = yo e o valor da derivada parcial de f em relacao x em (xo, yo).

3. O coeficiente angular da curva z = f(xo, y) no ponto P (xo, yo, f(xo, yo)) no plano

x = xo e o valor da derivada parcial de f em relacao x em (xo, yo).

4. A reta tangente L1 a curva z = f(x, yo) em P no plano y = yo e a reta que passa

por P com o coeficiente angular ∂f∂x

|(xo,yo).

5. A reta tangente L2 a curva z = f(x, yo) em P no plano x = xo e a reta que passa

por P com o coeficiente angular ∂f∂y

|(xo,yo).

6. A derivada parcial ∂f∂x

em (xo, yo) fornece a taxa de variacao de f em relacao a

x quando y e mantido fixo no valor yo. Essa e taxa de variacao de f na direcao de

i = (1, 0) em (xo, yo).

7. A derivada parcial ∂f∂y

em (xo, yo) fornece a taxa de variacao de f em relacao a

y quando x e mantido fixo no valor xo. Essa e taxa de variacao de f na direcao de

j = (0, 1) em (xo, yo).

8. Posteriormente, veremos em que condicoes as retas L1, L2 determinam um plano

tangente a superfıcie z = f(x, y) no ponto P (xo, yo, f(xo, yo)).

.

Page 35: Apostila Calculo 2

34

.

5.3 Notacoes . A notacao para uma derivada parcial depende do que queremos enfatizar:

∂f

∂x(xo, yo), ou fx(xo, yo)

Derivada parcial de f em relac~ao a

x em (xo, yo) ou fx em (xo, yo). Conveni-

ente paa enfatizar o ponto (xo, yo).

∂f

∂y(xo, yo), ou fy(xo, yo)

Derivada parcial de f em relac~ao a

y em (xo, yo) ou fy em (xo, yo). Conveni-

ente paa enfatizar o ponto (xo, yo).

∂z

∂y

∣∣∣∣(xo,yo)

ou∂z

∂x

∣∣∣∣(xo,yo)

Derivada parcial de z em relac~ao

a x, ou em relac~ao a y, em

(xo, yo). Comum em ciencias e engenha-

ria quando se lida com as variaveis e nao se

menciona a funcao explicitamente.

fx, fy,∂f

∂x,

∂f

∂y, zx, zy,

∂z

∂x,

∂z

∂y

Derivada parcial de f (ou z ) em

relac~ao a x (ou em relac~ao a y). Con-

veniente quando se considera a derivada par-

cial como uma funcao .

.

Page 36: Apostila Calculo 2

35

.

5.4 Exercıcios.

1. Ilustrar por meio de um grafico as definicoes anteriores relacionadas a derivadas par-

ciais.

2. Encontre os valores de ∂f∂x

e ∂f∂y

no ponto (4,−5) se f(x, y) = x2 + 3xy + y − 1.

3. Encontre a funcao ∂f∂y

se f(x, y) = ysen(xy).

4. Encontre∂z

∂xse a equacao

yz − ln(z) = x + y

definir z como uma funcao de duas variaveis independentes x e y e a derivada parcial

existir.

5. O plano x = 1 apresenta interseccao com o paraboloide z = x2+y2 em uma parabola.

Encontre o coeficiente angular da tangente a parabola em (1, 2, 5).

.

Funcoes de Mais de Duas Variaveis

As definic~oes de derivadas parciais de func~oes de mais de duas variaveis independentes

s~ao parecidas com as definic~oes para func~oes de duas variaveis. Elas s~ao derivadas

comuns em relac~ao a uma variavel, tomadas enquanto as outras variaveis independentes

s~ao mantidas constantes.

.

5.5 Exercıcios.

1. Uma Funcao de Tres Variaveis. Se f(x, y, z) entao calcular ∂f∂z

.

2. Resistores em Paralelo. Se resistores eletricos de R1, R2, R3 ohms sao conectados

em paralelo para formar um resistor de R ohms, o valor de R pode ser encontrado a

partir da equacao1

R=

1

R1+

1

R2+

1

R3

Encontre o valor de ∂R∂R2

quando R1 = 30, R2 = 45 e R3 = 90 ohms.

.

Page 37: Apostila Calculo 2

36

Derivadas Parciais e Continuidade

Uma func~ao f(x, y) pode ter derivadas parciais em relac~ao a x e y em um ponto

sem ser contınua nesse ponto. Isso e diferente de uma func~ao de uma unica variavel,

onde a existencia da derivada implica continui- dade. Contudo, se as derivadas

parciais de f(x, y) existirem e forem contınuas em um disco centrado em

(xo, yo), ent~ao f sera contınua, como veremos depois.

.

5.6 Exercıcio. Seja a funcao

f(x, y) =

0, se xy 6= 0;

1, se xy = 0.

a. Fazer um esboco do grafico de f

b. Encontre o limite de f quando (x, y) se aproxima de (0, 0) ao longo da reta y = x.

c. Prove que f nao e contınua na origem.

d. Mostre que ambas as derivadas parciais∂f

∂xe

∂f

∂yexistem na origem.

e. esbocar os graficos de∂f

∂xe

∂f

∂y.

.

Page 38: Apostila Calculo 2

37

DiferenciabilidadeAgora veremos que a diferenciabilidade implica continuidade

.

5.7 Teorema. Teorema do Incremento para Funcoes de Duas

Variaveis

Suponha que as derivadas parciais de primeira ordem de f(x, y) sejam definidas em uma

regiao aberta R que contenha o ponto (xo, yo) e que fx e fy sejam contınuas em

(xo, yo). Entao a variacao

4z = f(xo + 4x, yo + 4y) − f(xo, yo)

no valor de f que resulta do movimento de (xo, yo) para um outro ponto (xo + 4x, yo +

4y) em R satisfaz uma equacao da forma

4z = fx(xo, yo)4x + fy(xo, yo)4y + ε14x + ε24y,

na qual ε1, ε2 → 0 quando 4x,4y → 0.

.

.

5.8 Definicao . Diferenciabilidade de uma Funcao de Duas Variaveis

A funcao z = f(x, y) e diferenciavel em (xo, yo) se fx(xo, yo) e fy(xo, yo) existem e

4z satisfaz uma equacao da forma

4z = fx(xo, yo)4x + fy(xo, yo)4y + ε14x + ε24y,

na qual ε1, ε2 → 0 quando 4x,4y → 0. Dizemos que f e diferenciavel se ela e

diferenciavel em todos os pontos de seu domınio.

.

Page 39: Apostila Calculo 2

38

.

5.9 Corolario.Continuidade de Derivadas Parciais

Implica Diferenciabilidade

• Se as derivadas parciais fx e fy de uma funcao f(x, y) sao contınuas em (xo, yo), entao f

e diferenciavel em (xo, yo). Logo

• Se as derivadas parciais fx e fy de uma funcao f(x, y) sao contınuas ao longo de uma regiao

aberta R, entao f e diferenciavel em todos os pontos de R.

.

.

5.10 Teorema. Diferenciabilidade Implica Continuidade

Se uma funcao f(x, y) e diferenciavel em (xo, yo) entao ela e contınua em (xo, yo).

.

.

5.11 Observacao . Como podemos ver nos teoremas 5.9 e 5.10, uma funcao f(x, y) e contınua

em (xo, yo) se fx e fy sao contınuas em (xo, yo). Lembre-se, como vimos anteriormente,

que n~ao e suficiente que existam derivadas parciais fx e fy em (xo, yo).

.

Page 40: Apostila Calculo 2

39

Derivadas Parciais de Segunda Ordem

Quando derivamos uma funcao f(x, y) duas vezes, produzimos suas derivadas de segunda

ordem. Essas derivadas sao em geral denotadas por

∂2f

∂x2del dois f del x dois ou fxx

∂2f

∂y2del dois f del y dois ou fyy

∂2f

∂x∂ydel dois f del x del y ou fyx

∂2f

∂y∂xdel dois f del y del x ou fxy

As equacoes de definicao sao

∂2f

∂x2= fxx =

∂x

(∂f

∂x

)

,∂2f

∂x∂y= fxy =

∂x

(∂f

∂y

)

,

e assim por diante. Observe a ordem na qual as derivadas sao tomadas:

.∂2f

∂x∂y, Derive primeiro em relacao a y, depois em relacao a x.

.

5.12 Exercıcio. Se f(x, y) = xcos(y) + y ex, encontre

∂2f

∂x2,

∂2f

∂y2,

∂2f

∂x∂y, fx,

e verifique∂2f

∂x∂y=

∂2f

∂y∂x

.

Page 41: Apostila Calculo 2

40

.

5.13 Teorema. Teorema das Derivadas Mistas

Se f(x, y) e suas derivadas parciais fx, fy, fxy, fyx, forem definidas em uma regiao aberta

contendo um ponto (a, b) e todas forem contınuas em (a, b) entao

fx,y(a, b) = fy,x(a, b).

.

Derivadas Parciais de Ordem Superior

Apesar de lidarmos na maioria das vezes com derivadas parciais de primeira e

segunda ordens, porque elas aparecem com mais frequencia em aplicac~oes , n~ao existe

limite teorico pra o numero de vezes que podemos diferenciar uma func~ao desde que as

derivadas envolvidas existam. Assim, obtemos derivadas parciais de terceira e quarta

ordens que denotamos por sımbolos como

∂3f

∂x∂y2= fyyx,

∂4f

∂2x∂y2= fyyxx,

e assim por diante. Como acontece com derivadas de segunda ordem, a ordem de diferenciac~ao

e irrelevante desde que as derivadas na ordem em quest~ao sejam contınuas.

Page 42: Apostila Calculo 2

41

.

6 A Regra da Cadeia.

• Funcoes Compostas em Dimensoes Maiores.

• Diferenciacao Implıcita Revista.

Funcoes Compostas em Dimensoes Maiores.

Podemos formar func~oes compostas de varias variaveis em domınios apropriados da mesma

maneira que criamos func~oes compostas de uma variavel. Aqui como usar a Regra da Cadeia

para encontrar derivadas parciais de

func~oes compostas de varias variaveis.

.

6.1 Teorema.Regra da Cadeia para Uma Variavel Independente e

Duas Variaveis Intermediarias

Se w = f(x, y) for diferenciavel e x e y forem funcoes diferenciaveis de t, entao w sera

uma funcao diferenciavel de t e

dw

dt=

∂f

∂x

∂x

∂t+

∂f

∂y

∂y

∂t.

.

6.2 Teorema.Regra da Cadeia para Uma Variavel Independente e

Tres Variaveis Intermediarias

Se w = f(x, y, z) for diferenciavel e x, y e z forem funcoes diferenciaveis de t, entao w

sera uma funcao diferenciavel de t e

dw

dt=

∂f

∂x

∂x

∂t+

∂f

∂y

∂y

∂t+

∂f

∂z

∂z

∂t.

Page 43: Apostila Calculo 2

42

.

6.3 Teorema.Regra da Cadeia para Duas Variaveis Independentes

e Duas Variaveis Intermediarias

Se w = f(x, y) for diferenciavel e x = g(r, s), e y = h(r, s) forem funcoes diferenciaveis de

r, s entao w tera derivadas parciais em relacao a r e s, dadas pelas formulas

dw

dr=

∂f

∂x

∂x

∂r+

∂f

∂y

∂y

∂r.

dw

ds=

∂f

∂x

∂x

∂s+

∂f

∂y

∂y

∂s.

.

6.4 Teorema.Regra da Cadeia para Duas Variaveis Independentes

e Tres Variaveis Intermediarias

Se w = f(x, y, z) for diferenciavel e x = g(r, s), y = h(r, s) e z = k(r, s) forem funcoes

diferenciaveis de r, s entao w tera derivadas parciais em relacao a r e s, dadas pelas

formulas

dw

dr=

∂f

∂x

∂x

∂r+

∂f

∂y

∂y

∂r+

∂f

∂z

∂z

∂r.

dw

ds=

∂f

∂x

∂x

∂s+

∂f

∂y

∂y

∂s+

∂f

∂z

∂z

∂s.

Vimos varias formas diferentes Regra da Cadeia, mas voce n~ao tem que memorizar todas

elas se as vir como casos especiais da mesma formula geral que apresentaremos a seguir

.

6.5 Teorema. Formula Geral da Regra da Cadeia

Suponha que w = f(x, y, z, . . . , v) seja uma funcao diferenciavel das variaveis

x, y, z, . . . , v (um conjunto finito de variaveis ) e x, y, z, . . . , v forem funcoes diferenciaveis

de p, q, . . . , t (outro conjunto finito). Entao w sera uma funcao diferenciavel das

variaveis p, q, . . . , t e as derivadas parciais em relacao a essas variaveis serao dadas dadas

pelas formulas

dw

dp=

∂f

∂x

∂x

∂p+

∂f

∂y

∂y

∂p+

∂f

∂z

∂z

∂p+ · · · + ∂f

∂v

∂v

∂p.

As outras equacoes sao obtidas trocando-se por q, r, . . . , t uma de cada vez.

.

Page 44: Apostila Calculo 2

43

z Uma maneira de lembrar dessa equacao e pensar no lado direito como o produto escalar de dois

vetores componentes

(∂w

∂x,

∂w

∂y, . . . ,

∂w

∂v

)

︸ ︷︷ ︸

Derivadas de w em relacao as variaveis intermediarias

e(

∂x

∂p,

∂y

∂p, . . . ,

∂v

∂p

)

︸ ︷︷ ︸

Derivadas de w em relacao as variaveis independentes seleccionadas

.

6.6 Exercıcios.

1. Use a Regra da Cadeia para encontrar a derivada de w = xy em relacao a t ao longo

do caminho x = cos(t), y = sen(t). Qual e o valor da derivada em t = π2 .

2. Grafique o caminho x = cos(t), y = sen(t), z = t. Encontredw

dtse w = xy + z.

3. Expresse∂w

∂re

∂w

∂sse

w = x2 + y2, x = r − s, y = r + s.

.

Diferenciacao Implıcita Revista

A regra da Cadeia do Teorema .1 leva a uma formula que simplifica muito a diferenciacao

implıcita.

.

6.7 Teorema. Uma Formula de Diferenciacao Implıcita

Suponha que F (x, y) seja diferenciavel e que a equacao F (x, y) = 0 defina y como

uma funcao diferenciavel de x. Entao em qualquer ponto onde Fy 6= 0,

dy

dx= −Fx

Fy

.

Page 45: Apostila Calculo 2

44

.

6.8 Exercıcios.

1. Provar o teorema 6.7

2. Encontrardy

dxse y2 + x2 − sen(xy) = 0

.

Page 46: Apostila Calculo 2

45

.

7 Derivadas Direcionais, Vetor Gradiente e PlanoTangente

.

• Derivadas Direcionais no Plano.

• Interpretacao da Derivada Direcional.

• Propriedades da Derivada Direcional.

• Vetor Gradiente e Reta Tangente a uma Curva de Nıvel.

• Propriedades Algebricas do Vetor Gradiente.

• Funcoes de Tres Variaveis.

• Planos Tangentes e Retas Normais.

Derivadas Direcionais no Plano.

Denotamos os vetores i = (1, 0) e j = (0, 1). Assim qualquer vetor a = (a1, a2)

pode ser escrito como

a = a1i + a2j

Um vetor u = (u1, u2) de comprimento 1 e chamado de vetor unitario ou versor,

isto e√

u21 + u2

2 = 1

A seguir, daremos a definicao de Derivada Direcional.

.

7.1 Definicao . Derivada Direcional

A derivada de f em Po(xo, yo) na direcao do vetor unitario (versor)

u = u1i + u2j e o numero

(df

ds

)

u,Po

= lims→0

f(xo + su1, yo + su2) − f(xo, yo)

s,

desde que o limite exista.

.

Page 47: Apostila Calculo 2

46

z A derivada direcional e denotada tambem por

(Duf)Po

, A derivada de f em Po de u

Interpretacao da Derivada Direcional

Suponha que a funcao f(x, y) seja definida em uma regiao R no plano XY, que Po(xo, yo)

seja um ponto em R e que u = u1i + u2j seja um versor. Entao as equacoes

x = xo + su1, y = yo + su2

parametrizam a reta que passa por Po paralelamente a u ( Ver figura .1)

Direção do Aumentode s

u = u I + u j

P ( x , y )

Reta x = x + su , y = + suy

Figura .1: A reta que passa por Po paralelamente a u

A equac~ao z = f(x, y) representa uma superfıcie S no espaco. Se zo = f(xo, yo),

entao o ponto P = (xo, yo, zo) estara em S.

O plano vertical que passa por P e Po(xo, yo) e e paralelo a u apresenta interseccao

com S em uma curva C ( Figura .2 ).

Ent~ao , como observamos graficamente, a Derivada de f em Po(xo, yo) na direc~ao

u,(

dfds

)

u,Po

, e

Page 48: Apostila Calculo 2

47

.

A Taxa de Variacao de f na direcao de u e o Coeficiente

Angular da Tangente a curva C em P.

Superfície

Reta Tangente

Curva

Figura .2: A Reta Tangente a curva C

.

7.2 Exercıcio.

Usando a definicao , encontre a derivada de

. f(x, y) = x2 + xy

em Po(1, 2) na direcao do versor u = 1√2i + 1√

2j

Page 49: Apostila Calculo 2

48

Propriedades da Derivada Direcional

.

7.3 Definicao . Vetor Gradiente ou Gradiente

O vetor gradiente ( gradiente) de f(x, y) no ponto Po(xo, yo) e o vetor

∇f =∂f

∂xi +

∂f

∂yj

obtido por meio do calculo das derivadas parciais de f em P0.

.

7.4 Notacao .

A notacao ∇f e lida tanto como grad f quanto como gradiente de f . O sımbolo

∇ isolado e lido como nabla. Uma outra notacao para o gradiente e grad f, lida da maneira

como esta escrita.

Agora vejamos sua relacao com as Derivadas Direcionais.

.

7.5 Teorema. A Derivada Direcional e um Produto Escalar

Se f(x, y) for diferenciavel em Po(xo, yo), entao

(df

ds

)

u,Po

.u,

o produto escalar do gradiente de f em Po e u.

.

7.6 Exercıcios.

1. Demonstrar o Teorema 7.5

2. Encontre a derivada de f(x, y) = xey + cos(xy) no ponto (2, 0) na direcao de

v = 3i − 4j.

Page 50: Apostila Calculo 2

49

.

7.7 Teorema Propriedades da Derivada Direcional Duf = ∇f.u =

|∇f |cosθ

1. A funcao f aumenta mais rapidamente quando cos(θ) = 1 ou quando u e o versor

de ∇f. Isto e, a cada ponto P no seu domınio, f cresce mais rapidamente na

direcao e no sentido do vetor gradiente ∇f em P. A derivada nessa direcao e

Duf = |∇f |cos(0) = |∇f |.

2. De maneira similar, f decresce mais rapidamente na direcao e no sentido de −∇f. A

derivada nessa direcao e

Duf = |∇f |cos(π) = −|∇f |.

3. Qualquer direcao u ortogonal ao gradiente e uma direcao de variacao zero em

f porque θ = π2 e

Duf = |∇f |cos(π

2) = 0.

.

7.8 Exercıcio. Encontre as direcoes nas quais f(x, y) = ( x2

2 ) + ( y2

2 ).

a. Cresce mais rapidamente no ponto (1, 1);

b. Decresce mais rapidamente no ponto (1, 1);

c. Quais sao as direcoes de variacao zero de f em (1, 1).

Page 51: Apostila Calculo 2

50

Vetor Gradiente e Reta Tangente a uma Curva de Nıvel

.

7.9 Teorema.

Em todo ponto (xo, yo) no domınio de f(x, y), o gradiente de f e normal ( ou

perpendicular ) a curva de nıvel por (xo, yo), isto e, perpendicular a reta tangente a curva

de nıvel que passa pelo ponto (xo, yo) (Ver Figura .3).

Reta Tangente

Figura .3: O gradiente de uma funcao diferenciavel de duas variaveis em um ponto e sempre

normal a curva de nıvel da funcao naquele ponto.

.

7.10 Exercıcios.

1. Provar o Teorema 7.9

2. Encontre uma equacao para a tangente da elipse

x2

4+ y2 = 2

no ponto (−2, 1).

Page 52: Apostila Calculo 2

51

.

7.11 Teorema Propriedades Algebricas do Vetor Gradiente.

1. Multiplicac~ao por Constante: ∇(kf) = k∇f para qualquer numero k.

2. Regra da Soma: ∇(f + g) = ∇f + ∇g

3. Regra da Diferenca: ∇(f − g) = ∇f −∇g

4. Regra do Produto: ∇(fg) = f∇g − g∇f

5. Regra do Quociente: ∇(

f

g

)

=g∇f − f∇g

g2

.

7.12 Exercıcios

a. Provar o Teorema 7.11

b. Sejam as funcoes

f(x, y) = x − y g(x, y) = 3y,

calcular

1. ∇(2f)

2. ∇(f + g)

3. ∇(f − g)

4. ∇(fg)

5. ∇(

fg

)

6. Estimar quanto o valor de

f(x, y) = xey

variara se o ponto P (x, y) se mover 0, 1 unidades de Po(2, 0) em direcao a P1(4, 1).

.

Page 53: Apostila Calculo 2

52

Funcoes de Tres Variaveis

Neste caso, daremos as seguintes notac~oes :

i = (1, 0, 0); j = (0, 1, 0)); k = (0, 0, 1)

Obtemos formulas para func~ao de tres variaveis adicionando os termos em

z as formulas para func~ao de duas variaveis. Para uma func~ao diferenciavel

f(x, y, z) e um versor u = u1i + u2j + u3k no espaco, temos

∇f =∂f

∂xi +

∂f

∂yj +

∂f

∂zk

e

Du = ∇f.u =∂f

∂xu1 +

∂f

∂yu2 +

∂f

∂zu3

A derivada direcional pode ser escrita novamente na forma

Duf = ∇f.u = |∇f ||u|cos(θ) = |∇f |cos(θ),

Assim as propriedades relacionadas anteriormente para funcoes de duas variaveis con-

tinuam valendo. Em qualquer ponto dado, f aumenta mais rapidamente na direc~ao

de ∇f e decresce mais rapidamente na direc~ao de −∇f. Em qualquer direc~ao ortogonal

a ∇f, a derivada e zero.

.

7.13 Exercıcio.

a. Encontre a derivada de f(x, y, z) = x3−xy2−z em Po(1, 1, 0) na direcao de v = 2i−3j+6k.

b. Em que direcoes f varia mais rapidamente em Po e quais sao as taxas de varicao nessas

direcoes ?

.

Page 54: Apostila Calculo 2

53

Planos Tangentes e Retas Normais Da mesma maneira para os gradientes

de duas variaveis, em todo ponto Po no domınio de f(x, y, z) o gradiente

∇f e normal a superfıcie de nıvel em Po. Essa observac~ao nos leva

as definic~oes a seguir.

.

7.14 Definicoes Plano Tangente e Reta Normal

O Plano Tangente no ponto Po(xo, yo, zo) na superfıcie de nıvel f(x, y, z) = c e o plano

que passa por Po e e normal a ∇f |Po.

A reta normal a suprfıcie em Po e a reta que passa por Po e e paralela a ∇f |Po.

.

.

7.15 Exercıcio

Encontre o plano tangente e a reta normal a superfıcie

f(x, y, z) = x2 + y2 + z − 9 = 0

no ponto Po(1, 2, 4).

.

z Observamos que a equac~ao z = f(x, y) e equivalente a f(x, y) − z =

0. A superfıcie z = f(x, y) e, portanto, de nıvel zero da func~ao

F (x, y, z) = f(x, y) − z.

Desta observacao temos o seguinte teorema:

.

7.16 Teorema Plano Tangente a uma Superfıcie z = f(x, y) em

(xo, yo, f(xo, yo))

O plano tangente a superfıcie z = f(x, y) no ponto Po(xo, yo, zo) = (xo, yo, f(xo, yo)) e

fx(xo, yo)(x − xo) + fy(xo, yo)(y − yo) − (z − zo) = 0

.

Page 55: Apostila Calculo 2

54

.

7.17 Exercıcios

a. Provar o teorema 7.16

b. Encontre o plano tangente a superfıcie z = xcos(y) − yex em (0, 0, 0).

.

Page 56: Apostila Calculo 2

55

.

8 Valores Extremos e Pontos de Sela

.

• Maximo Local e Mınimo Local

• Maximos e Mınimo Absolutos em Regioes Fechadas e Limitadas

• Limitacoes do Teste da Derivada de Primeira Ordem.

.

Maximo Local e Mınimo Local

.

8.1 Definicoes . Maximo Local e Mınimo Local

Seja f(x, y) definida em uma regiao R que contem o ponto (a, b). Entao

1. f(a, b) e um valor maximo local de f se f(a, b) ≥ f(x, y) para todos os pontos do

domınio (x, y) em um disco aberto centrado em (a, b).

2. f(a, b) e um valor mınimo local de f se f(a, b) ≤ f(x, y) para todos os pontos do

domınio (x, y) em um disco aberto centrado em (a, b).

.

8.2 Definicoes . Ponto Crıtico e Ponto Sela

1. Um ponto interior do domınio de uma funcao f(x, y) onde tanto fx como fy sejam zero

ou onde fx ou fy ou ambas nao existam e um ponto crıtico de f.

2. Uma funcao diferenciavel f(x, y) tem um ponto de sela em ponto crıtico (a, b) se em todo

disco aberto centrado em (a, b) existem pontos do domınio (x, y) onde f(x, y) > f(a, b) e

pontos do domınio (x, y) onde f(x, y) < f(a, b). O ponto correspondente (a, b, f(a, b)) na

superfıcie z = f(x, y) e chamado de ponto de sela da superfıcie

Page 57: Apostila Calculo 2

56

.

8.3 Teorema. Teste da Derivada de Primeira Ordem para Valores Ex-

tremos Locais

Se f(x, y) tiver um valor de maximo ou mınimo local em um ponto interior (a, b) do seu

domınio e se as derivadas parciais de primeira ordem existirem la, entao fx(a, b) = 0 e fy(a, b) =

0.

z O Teorema 8.3 diz que os unicos lugares onde uma func~ao f(x, y) pode ter um valor

extremo s~ao

1. Pontos interiores onde fx = fy = 0;

2. Pontos interiores onde fx ou fy ou ambas n~ao existam;

3. Pontos de fronteira do domınio da func~ao .

.

8.4 Exercıcios.

1. Encontre os valores extremos locais de f(x, y) = x2 + y2.

2. Encontre os valores extremos locais ( se existirem ) de f(x, y) = y2 − x2.

.

z O fato de que fx = fy = 0 em um ponto interior (a, b) da regi~ao R n~ao garante

que f tenha um valor extremo local la. Se f e suas derivadas de primeira

e segunda ordem forem contınuas em R, contudo, podemos aprender mais a partir

do teorema a seguir.

Page 58: Apostila Calculo 2

57

.

8.5 Teorema. Teste da Derivada de Segunda Ordem para Valores Ex-

tremos Locais

Suponha que f(x, y) e suas derivadas parciais de primeira e segunda ordem sejam contınuas em

um disco centrado em (a, b) e que fx(a, b) = fy(a, b) = 0. Entao

i. f tem um maximo local em (a, b) se fxx < 0 e fxxfyy − f2xy > 0 em (a, b).

ii. f tem um mınimo local em (a, b) se fxx > 0 e fxxfyy − f2xy > 0 em (a, b).

iii. f tem um ponto de sela em (a, b) se fxxfyy − f2xy < 0 em (a, b).

iv. O Teste e inconclusivo em (a, b) se fxxfyy − f2xy = 0 em (a, b).

Nesse caso, devemos encontrar uma outra maneira de determinar o comportamento de f

em (a, b).

.

.

8.6 Exercıcios.

1. Encontre os valores extremos locais da funcao

f(x, y) = xy − x2 − y2 − 2x − 2y + 4

2. Encontre os valores extremos locais de f(x, y) = xy.

.

Page 59: Apostila Calculo 2

58

Maximos e Mınimos Absolutos em Regioes Fechadas e Limitadas

Organizamos a procura por extremos absolutos de uma func~ao contınua f(x, y)

em uma regi~ao fechada e limitada R em tres passos.

Passo 1: Relacione os pontos interiores de R onde f possa ter maximo e mınimo locais

e calcule f nesses pontos. Esses sao os pontos nos quais fx = fy = 0 ou onde uma ou

ambas as derivadas parciais fx e fy deixam de existir (pontos crıticos de f ).

Passo 2: Relacione os pontos da fronteira de R onde f tem maximos e mınimos locais

e calcule f nesses pontos.

Passo 3: Procure na Relac~ao pelos valores maximo e mınimo de f. Estes serao os valores

maximos e mınimos absolutos ( ou globais ) de f em R.

.

.

8.7 Exercıcios.

1. Encontre o maximo e o mınimo global de

f(x, y) = 2 + 2x + 2y − x2 − y2

na regiao triangular no primeiro quadrante limitada pelas retas x = 0, y = 0, y = 9 − x.

2. Uma empresa de entrega aceita apenas caixas retangulares cuja soma dos perımetros das

secoes transversas nao ultrapassem 108 pol. Encontre as dimensoes de uma caixa aceitavel

de maior volume possıvel.

.

Page 60: Apostila Calculo 2

59

Limitacoes do Teste da Derivada Primeira. A pesar do Teorema 8.3, insistimos

na importancia de lembrar de suas limitacoes . Ele nao se aplica a pontos de fronteira no domınio

de uma funcao , onde e possıvel que a funcao tenha valores extremos com derivadas diferentes de

zero. Tambem nao se aplica a pontos onde fx ou fy nao existem.

.

Lembrar: Os valores extremos de f(x, y) podem ocorrer apenas em

i. pontos de fronteira do domınio de f ;

ii. pontos crıticos ( pontos interiores onde fx = fy = 0 ou pontos onde fx ou fy nao

existem ).

Page 61: Apostila Calculo 2

60

.

9 Multiplicadores de Lagrange

.

Introducao . Nesta secao apresentaremos o metodo de Lagrange para maximizar ou

minimizar uma funcao generica diferenciavel f(x, y, z) ( ou f(x, y) ) sujeita a uma

restricao (ou condicao ) da forma g(x, y, z) = k (ou g(x, y) = k ).

Em termos geometricos, o metodo maximiza ou minimiza uma funcao generica f sobre a

superficie de nıvel dada por g(x, y, z) = k ( ou sobre a curva de nıvel dada por g(x, y) = k ).

A seguir, explicaremos a base geometrica do metodo de Lagrange para funcoes

de tres variaveis. Suponha que uma funcao diferenciavel f tenha um valor extremo no

ponto P (xo, yo, zo) sobre a superfıcie de nıvel S e seja C a curva com equacao vetorial

−→r (t) = (x(t), y(t), z(t)) que esta incluida em S e passe pelo ponto P. Se to e o valor

do parametro correspondente ao ponto P, entao −→r (to) = (xo, yo, zo). A funcao composta

h(t) = f(x(t), y(t), z(t)) fornece os valores de f sobre C. Como f tem um valor extremo

em (xo, yo, zo), segue que h tem um valor extremo em to, e portanto h′

(to) = 0. Usando

a Regra da Cadeia podemos escrever

0 = h′

(to) = ∇f(xo, yo, zo).−→r ′

(to)

Isso mostra que o vetor gradiente ∇f(xo, yo, zo) e ortogonal ao vetor tangente −→r ′

(to) de

toda curva C que passa pelo ponto P (xo, yo, zo). Isto e, o vetor gradiente ∇f(xo, yo, zo) e

ortogonal ao plano tangente de S no ponto P. Por outro lado, sabemos que ∇g(xo, yo, zo)

e ortogonal ao vetor tangente −→r ′

(to) de toda curva C que passa pelo ponto P (xo, yo, zo).

Isto e, o vetor gradiente ∇g(xo, yo, zo) e ortogonal ao plano tangente de S no ponto P.

Isso significa que os vetores ∇g(xo, yo, zo) e ∇f(xo, yo, zo) sao paralelos. Portanto, se

∇g(xo, yo, zo) 6= 0, existe um numero λ tal que

∇f(xo, yo, zo) = λ∇g(xo, yo, zo) (1)

Page 62: Apostila Calculo 2

61

.

Exercıcios Complementarios.

1. Dar exemplos de uma funcao real de duas variaveis e de tres variaveis.

2. Dar um exemplos de equacoes de uma curva no plano e no espaco.

3. Explicar o que e uma curva de nıvel e o que e uma superfıcie de nıvel.

4. Determine o valor maximo da funcao f(x, y) = x2 + y2 na elipse x2

4 + y2

9 = 1.

5. Explicar a base geometrica do metodo de Lagrange para funcoes reais de duas variaveis.

.

O numero λ na equacao (1) e chamado o multiplicador de Lagrange. O procedimento

baseado na equacao (1) e o seguinte

.

Metodo dos Multiplicadores de Lagrange. Para determinar os valores maximo

e mınimo de f(x, y, z) sujeita a restricao g(x, y, z) = k ( supondo que esses valores extremos

existam e ∇g(x, y, z) 6= 0 em toda a restricao g(x, y, z) = k ):

(a) Determine todos os valores de x, y, z e λ tal que

∇f(x, y, z) = λ∇g(x, y, z)

g(x, y, z) = k.

(b) Calcule f em todos os pontos (x, y, z) que resultaram do passo (a). O maior desses

valores sera o valor maximo de f, e o menor sera o valor mınimo de f.

Page 63: Apostila Calculo 2

62

.

Lembrete.

• Teorema do Valor Extremo para Funcoes de Duas Variaveis. Se f for

contınua em um conjunto fechado e limitado B, entao f atinge um valor maximo

absoluto f(x1, y1) e um valor mınimo absoluto f(x2, y2) para alguns pontos (x1, y1) e

(x2, y2), respetivamente, em B.

• Para determinar um maximo ou um mınimo absoluto de uma funcao contınua f em

um disco fechado D :

1. Determine os valores de f nos pontos crıticos de f no interior de D.

2. Determine os valores extremos de f na fronteira de D.

3. O maior dos valores dos passos 1 e 2 e o valor maximo absoluto; o menor desses

valores e o valor mınimo absoluto.

.

9.1 Exercıcios.

1. Uma caixa retangular sem tampa e feita de 12m2 de papelao . Determine o volume

maximo dessa caixa.

2. Determine os valores extremos da funcao f(x, y) = x2 + 2y2 no circulo x2 + y2 = 1.

3. Determine os valores extremos de f(x, y) = x2 + 2y2 no disco x2 + y2 ≤ 1.

Page 64: Apostila Calculo 2

63

.

Metodo dos Multiplicadores de Lagrange com duas restricoes . Para

determinar os valores maximo e mınimo de f(x, y, z) sujeita a duas restricoes g(x, y, z) = k

e h(x, y, z) = c ( supondo que esses valores extremos existam e os vetores gradientes−→0 6= ∇h,

−→0 6= ∇g sao nao paralelos, em toda a intersecao das restricoes .):

(a) Determine todos os valores de x, y, z e λ, µ tal que

∇f(x, y, z) = λ∇g(x, y, z) + µ∇h(x, y, z)

g(x, y, z) = k

h(x, y, z) = c

(b) Calcule f em todos os pontos (x, y, z) que resultaram do passo (a). O maior desses

valores sera o valor maximo de f, e o menor sera o valor mınimo de f.

9.2 Exercıcios.

1. Explicar de forma precisa a base geometrica do metodo de Lagrange para funcoes de

tres variaveis com duas restricoes .

2. Determine o valor maximo da funcao f(x, y, z) = x+2y +3z na curva da interseccao

do plano x − y + z = 1 com o cilindro x2 + y2 = 1.