Apostila Cartografia Nilson

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GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 1 CARTOGRAFIA COMPUTACIONAL Prof. M.Sc. Nilson Clementino Ferreira GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 2 SUMRIO 1.Introduo................................................................................................................................ 4 1.1Definies........................................................................................................................ 4 2.Generalidades sobre Cartas. .................................................................................................... 4 2.1Caractersticas das Cartas................................................................................................ 6 2.2Classificao.................................................................................................................... 6 2.2.1Quanto a finalidade (ABNT*)................................................................................. 6 2.2.2Classificao segundo a Diretoria do Servio Geogrfico do Exrcito (DSG)....... 7 3.Processo Cartogrfico ............................................................................................................. 8 3.5. Aquisio de Mapas ............................................................................................................... 54 4.Superfcies de referncia usadas em cartografia. .................................................................. 58 4.1Superfcie de referncia geoidal .................................................................................... 58 4.2Superfcie de referncia esfrica ................................................................................... 58 4.3Superfcie de referncia elipsoidal ................................................................................ 59 4.4O relacionamento entre as superfcies fsica, geoidal e elipsoidal. ............................... 60 5.Geometria do Elipside. ........................................................................................................ 61 5.1Raios de curvatura do elipside de revoluo. .............................................................. 62 5.2Comprimento de um arco de meridiano (S) .................................................................. 63 5.3rea de um setor elipsidico (A) .................................................................................. 63 5.4rea de um quadriltero elipsidico (T) ....................................................................... 64 5.5Aproximao esfrica.................................................................................................... 65 6.Sistemas de Referncia.......................................................................................................... 66 6.1Sistemas de Coordenadas Geogrficas e Geodsicas.................................................... 66 6.2Latitudes Geocntrica e Reduzida................................................................................. 67 GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 36.3Sistemas de Coordenadas Cartesianas Tridimensionais................................................ 68 7.Datum. ................................................................................................................................... 69 7.1Mudana de Datum. ...................................................................................................... 70 8.Projees Cartogrficas......................................................................................................... 72 8.1Introduo...................................................................................................................... 72 8.2Superfcies de projeo ................................................................................................. 73 8.3Introduo ao conceito de distoro.............................................................................. 74 8.3.1Escalas particulares ............................................................................................... 76 8.3.2Elipse das distores ou Indicatriz de Tissot ........................................................ 79 8.3.3Propriedades especiais das projees.................................................................... 83 8.4Projees Azimutais...................................................................................................... 85 8.5Projees cnicas .......................................................................................................... 85 8.6Projees Cilindricas..................................................................................................... 86 9.Anlise de uma projeo sob a tica da teoria das distores............................................... 90 10.Sistemas de Coordenadas Planas (quadriculado e reticulado) ........................................ 101 11.A Projeo Universal Transversa de Mercator (UTM) ................................................... 102 11.1As projees TM......................................................................................................... 102 11.2Transformao de coordenadas Geogrficas para TM................................................ 103 11.3Transformao de coordenadas TM para Geogrficas................................................ 105 11.4Modificao das coordenadas TM em UTM, RTM e LTM........................................ 107 11.5O Sistema UTM ( Universal Transversa de Mercator) ............................................... 108 12.Utilizao de Cartas Topogrficas .................................................................................. 110 12.1Articulao das folhas ................................................................................................. 110 Referncias Bibliogrficas .......................................................................................................... 117

GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 4CARTOGRAFIA1.Introduo 1.1 Definies Cartografia: Arte de levantamento, construo e edio de cartas de qualquer natureza, e a cincia na qual repousa. ou Produtodoconhecimentoobtidonoestudodemapasgeogrficos,dosmtodosparasua produo e reproduo, e de seu uso. Nestas definies aparecem duas palavras que tem o mesmo significado: Carta e Mapa. A palavra carta vem do latim charta que significa papel e a palavra mapa vem de mappa que significa pano. Observa-se ento que a diferena vem da origem do material com que eram produzidos. NoBrasilcostuma-sediferenciarmapadecartaemfunooudaescalaouda fidedignidade das informaes. No tocante a escala costuma-se chamar de carta quando a escala maior do que 1/5.000.000 e de mapa quando a escala menor que este valor. Com respeito confiabilidadedasinformaescostuma-sechamardecartaosprodutoselaboradoscomrigor geomtrico e de mapa aqueles que funcionam apenas como ilustrao. De qualquer forma esta diferena no tem muita importncia. 2.Generalidades sobre Cartas. Carta :Representaovisual,codificada,geralmentebidimensional,totalouparcial,dasuperfcieda Terra ou de outro objeto. Afinalidadebsicadeumacartatransmitirinformaesespecficasarespeitodarea cartografada para o usurio. INFORMAO MAPA USURIOGEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 5Estas informaes podem ser qualitativas e/ou quantitativas. natureza Qualitativas:formafeies distribuio posies geogrficas altitudes Quantitativas:distncias direes reas, volumes As feies representadas podem ser : visveis : mares, rios, lagos, montanhas, desertos, florestas naturais invisveis : climas, correntes, campos (magntico, gravitacional, etc.) da superfcie terrestre artificiais cidades, estradas, ferrovias, canais, plantaes, aeroportos, barragens, portos esfera celeste : estrelas e planetas Lua : crateras, mares... corpos celestesSol : manchas solares ... Planetas : montanhas, formao de nuvens rgos do corpo humano de outros objetos prdios histricos ... GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 6 2.1Caractersticas das Cartas Permitem a coleta das informaes em gabinete; Apresentam informaes no visveis no terreno: toponmia, fronteiras indefinidas; Codificam informaes atravs de smbolos; Exigem uma atualizao permanente certas feies variam em funo do tempo; Representamummododearmazenamentodeinformaesconvenienteao manuseio; Sonecessriasvisualizaoecompreensodefenmenosespaciaisedesua distribuio e relacionamento; Constituemumdoselementosbsicosdoplanejamentodasatividadesscio-econmicas das comunidades humanas. 2.2 Classificao 2.2.1Quanto a finalidade (ABNT*) Topogrficas Geogrficas : Planimtricas Cadastrais, plantas Aeronuticas Navegao Nuticas Especiais : geolgicas, geomorfolgicas, meteorolgicas, de solos, de vegetao, de uso da terra, geofsicas, globos. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 72.2.2Classificao segundo a Diretoria do Servio Geogrfico do Exrcito (DSG) topogrficas - satisfazem as normas tcnicas em vigor; - obtidas por mtodos de levantamentos regulares. quanto a preciso preliminares - obtidas por mtodos de levantamento menos precisos que os regulares gerais : - com informaes genricas, de uso particularizado. especiais: - com informaes especficas, destinadas em particular a uma nica classe de usurios. quanto ao carter informativo temticas: - com uma ou mais assuntos especficos, servindo apenas para situar o tema. Cartas de compilao- obtidas pela reduo de folhas em escalas maiores; - obtidas pela reunio e consolidao de diversos documentos cartogrficos. no-controlados : fotosmontadassemapoioempontos de coordenadas conhecidas Controlados : fotosmontadascomapoioempontos de coordenadas conhecidas Fotocartas : mosaico(controladoouno)com quadriculado, moldura, nomenclatura mosaicos foto-ndice : reduofotogrficadamontagemdas faixas de um bloco aerofotogrfico Outros documentos cartogrficos folha-modelo: Representamoaspectodeumafolha(nomenclatura, Quadriculado, legendas, etc) GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 83.Processo Cartogrfico Entende-sepormapeamentoaaplicaodoprocessocartogrficosobreumacoleode dadosouinformaes,comvistasobtenodeumarepresentaogrficadarealidade perceptvel,comunicadaapartirdaassociaodesmboloseoutrosrecursosgrficosque caracterizam a linguagem cartogrfica. Oplanejamentodequalqueratividadequedealgumaformaserelacionacomoespao fsico que habitamos requer, inicialmente, o conhecimento deste espao. Neste contexto, passa a sernecessriaalgumaformadevisualizaodaregiodasuperfciefsicadoplaneta,onde desejamosdesenvolvernossaatividade.Paraalcanaresteobjetivo,lanamosmodoprocesso cartogrfico. Pode-se dividir, no processo cartogrfico em trs fases distintas: a concepo, a produo e a interpretao ou utilizao. As trs fases admitem uma s origem, os levantamentos dos dados necessrios descrio de uma realidade a ser comunicada atravs da representao cartogrfica. 3.1. Concepo Quando se chega deciso pela elaborao de um documento cartogrfico, seja uma carta, ummapaouumatlas,porqueaobraaindanoexiste,ouexisteeseencontraesgotadaou desatualizada. Para se elaborar um documento dessa natureza, imprescindvel uma anlise meticulosa de todas as caractersticas que definiro a materializao do projeto. 3.1.1.Finalidade A identificao do tipo de usurio que ir utilizar um determinado documento cartogrfico a ser elaborado, ou que tipo de documento dever ser produzido para atender a determinado uso que vai determinar se este ser geral, especial ou temtico, assim como a definio do sistema de projeo e da escala adequada. 3.1.2.Planejamento Cartogrfico oconjuntodeoperaesvoltadasdefiniodeprocedimentos,materiaise equipamentos, simbologia e cores a serem empregados na fase de elaborao, seja convencional ou digital, de cartas e mapas gerais, temticos ou especiais. Oplanejamentocartogrficopressupe,almdadefiniodosprocedimentos,materiais, equipamentoseconvenescartogrficas,oinventriodedocumentosinformativose cartogrficos que possam vir a facilitar a elaborao dos originais cartogrficos definitivos. Apsadecisodanecessidadedaelaboraodeummapa,deve-seinventariaramelhor documentao existente, sobre a rea a ser cartografada. Nocasodecartabsica,recorre-secoletadedadosemcampo(reambulao), principalmenteparalevantaradenominao(toponmia)dosacidentesvisandoa complementao dos trabalhos executados no campo. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 9No caso do mapa compilado a documentao coletada ter vital importncia na atualizao da base cartogrfica compilada. 3.2. Produo Aestoincludastodasasfasesquecompemosdiferentesmtodosdeproduo.A elaborao da carta ou mapa planejado ter incio com a execuo das mesmas. 3.2.1 Mtodos 3.2.1.1 Aerofotogrametria Afotogrametriaacinciaquepermiteexecutarmediesprecisasutilizandose fotografiasmtricas.Emboraapresenteumasriedeaplicaesnosmaisdiferentescampose ramosdacincia,comonatopografia,astronomia,medicina,meteorologiaetantosoutros,tem sua maior aplicao no mapeamento topogrfico. Temporfinalidadedeterminaraforma,dimenseseposiodosobjetoscontidosnuma fotografia, atravs de medidas efetuadas sobre a mesma. Inicialmente a fotografia tinha a nica finalidade de determinar a posio dos objetos, pelo mtododasintersees,semobservaroumedirorelevo,muitoemboradesde1732se conhecessemosprincpiosdaestereoscopia;oempregodestatornoupossvelapenasobservar (sem medir), o relevo do solo contido nas fotografias analisadas estereoscopicamente. Em1901,oalemoPulfrich,apoiando-seemprincpiosestabelecidosporStolze, introduziu na Fotogrametria o chamado ndice mvel ou marca estereoscpica. Ento, no s foi possvel observar o relevo, como medir as variaes de nvel do terreno. Pulfrichconstruiuumprimeiroaparelhoquedenominou"estereocomparador",ecomele iniciouostrabalhosdosprimeiroslevantamentoscombasenaobservaoestereoscpicade pares de fotografias utilizados em fotogrametria terrestre. Apartirdeentoumasriedeoutrosaparelhosfoiconstrudaenovosprincpiosforam estabelecidos,porm,paratomadadefotografiaseranecessrioqueospontosdeestaoque referenciavam o terreno continuassem no solo, com todos os seus inconvenientes. Ocorreu elevar ao mximo o ponto de estao, sendo utilizados bales, bales cativos e at "papagaios". Durante a guerra de 1914 - 1918 tornou-se imperioso um maior aproveitamento da fotogrametria, usando-se, para tomada de fotografias, pontos de estao sempre mais altos. Comoadventodaaviaodesenvolveram-secmarasespeciaisparaafotografiaarea, substituindoquasequeinteiramenteafotogrametriaterrestre,aqualficourestritaapenasa algumas regies. Quando so utilizadas fotografias areas, tem-se a aerofotogrametria. Assim,aerofotogrametriadefinidacomoacinciadaelaboraodecartasmediante fotografiasareastomadascomcmaraaerotransportadas(eixoticoposicionadonavertical), utilizando-se aparelhos e mtodos estereoscpicos. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 103.2.1.1.1Vo Fotogramtrico realizadoapsumcompletoplanejamentodaoperao,queresultantedeumestudo detalhado com todas as especificaes sobre o tipo de cobertura a ser executado. Atomadadasfotografiasareasobedeceaumplanejamentometiculosoeumasriede medidas adotada para que se possa realizar um vo de boa qualidade. necessrio consultar o mapaclimatolgicoparaconhecimentodomsediasfavorveisrealizaodovo fotogramtrico. Umprojetoderecobrimentoumestudodetalhado,comtodasasespecificaessobreo tipo de cobertura, por exemplo: Condies naturais da regio: - Local a ser fotografado - rea a fotografar - Dimenses da rea - Relevo - Regime de ventos - Altitude mdia do terreno - Variao de altura do terreno - Ms para execuo do vo - N de dias favorveis ao vo Apoio logstico: - Transporte - Hospitais - Alimentao Condies tcnicas (base e aeronave): - Base de operao - Alternativa de pouso - Recursos na base - Modelo da aeronave - Autonomia - Teto de servio operacional - Velocidade mdia de cruzeiro - Tripulao Condies tcnicas (plano de vo): - Altura de vo - Altitude de vo - Escala das fotografias - Superposio longitudinal GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 11- Superposio lateral - Cmara area - Tipo e quantidade de filme empregado - Rumo das faixas - N de faixas e n de fotos - Velocidade mxima (arrastamento) - Tempo de exposio ideal - Intervalo de exposio - Distncia entre faixas - Base das fotos OBS: As fotografias areas devem ser tomadas sempre com elevao do sol superior a 30, emdiasclaros,nosquaisascondiesclimticassejamtaisquepermitamfazer-senegativos fotogrficos claros e bem definidos, isto , bem contrastados. 3.2.1.1.2Fotograma afotografiaobtidaatravsdecmarasespeciais,cujascaractersticasticase geomtricaspermitemaretrataoacuradadosdadosdoterreno,deformaqueospormenores topogrficos e planimtricos possam ser identificados e projetados na carta, bem como forneam elementos para a medio das relaes entre as imagens e suas posies reais, tais como existiam nomomentodaexposio.Otermoempregadogenericamente,tantoparaosnegativos originais, como para as cpias e diapositivos. Por extenso pode tambm ser aplicado traduo fotogrficadosdadosobtidosporoutrossensoresremotosquenoacmarafotogrfica.O formato mais usual o de 23 x 23 cm. Umacartatopogrficaumdesenhodoterreno,emqueosacidentesedetalhesso representadosporsmbolosconvencionais.Umafotografiaareaumretratodasuperfcieda terra,emqueessesacidentesedetalhesaparecemcomosovistosdaaeronave.Asduas maneiras, embora diferentes, representam a mesma coisa. Classificao das imagens; a) Quanto estao de tomada das fotos Fotografias areas: So tomadas a partir de aeronaves Fotografiasouimagensorbitais:Sotomadasemplataformasanvelorbital.Por exemplo,pelosatliteLandsat,utilizadasparafotointerpretaoefinsmilitaresesatlites orbitaiscomumagrandevariedadedesensores(faixadovisvel,infravermelho,microondas, etc.). Fotografiasterrestres:Sotomadasapartirdeestaessobreosolo.Utilizadaspara recuperaodeobrasarquitetnicaselevantamentodefeiesparticularesdoterreno,como pedreiras, encostas, etc. b) Quanto orientao do eixo da cmara/sensor GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 12Fotografiaareaouimagemvertical:Soassimdenominadasaquelascujoeixo principalperpendicularaosolo.Naprticatalcondionorigorosamenteatingidaem conseqnciadasinclinaesdaaeronaveduranteovo.Estanodeveexcedera3%,limite geralmente aceito para classificar-se uma fotografia como vertical. Fotografiaareaouimagemoblqua: Sotomadascomoeixoprincipalinclinado.Seu uso restringe-se mais a fotointerpretao e a estudos especiais em reas urbanas. Subdividem-se em baixa oblqua e alta oblqua. Fotografia terrestre horizontal: aquela cujo eixo principal horizontal. Fotografia terrestre oblqua: quando o eixo principal inclinado. c) Quanto caracterstica do filme/sensor Imagenspancromticas:Soasdeusomaisdifundido,prestando-setantopara mapeamento quanto para fotointerpretao. Imagensinfravermelhas:Indicadasparamapeamentoemreascobertaspordensa vegetao, ressaltando as guas e, devido a isso, diferenciando reas secas e midas. Imagens coloridas ou multiespectrais: Alm da cartografia se aplica a estudos de uso da terra, estudos sobre recursos naturais, meio ambiente, etc. As fotografias areas tm como aplicao principal, em cartografia, o mapeamento atravs da restituio fotogramtrica, sendo utilizadas tambm em fotointerpretao. Fotointerpretao:atcnicadeanalisarimagensfotogrficascomafinalidadede identificar e classificar os elementos naturais e artificiais e determinar o seu significado. Existemdiferentestiposdeimagem,sendoafotografiaareaapenasumdosvriostipos resultantesdosensoriamentoremoto,oqualincluitambmimagemderadar(microondas)e imagens orbitais (pancromticas, coloridas, termais e infravermelhas). 3.2.1.1.2.1Cmaras Fotogramtricas Ascmarasaerofotogramtricassubdividem-seemdoisgrandesgrupos,classificados quanto ao seu uso e objetivos, a saber: a) Cmaras terrestres b) Cmaras areas Ambosostiposexecutamamesmafunofundamentalmente;entretanto,possuem diferenas acentuadas, dentre as quais as mais importantes so: 1)Acmaraterrestre,permanecendoestacionriaduranteaexposio,nonecessitade grandevelocidadenatomadadafotografia,assimsendo,noprecisadeumsistemaobturador muito sofisticado. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 132) A cmara area, ao contrrio, se desloca durante a exposio, necessitando de objetivas adequadas,obturadoresdealtavelocidadeefilmesdeemulsoultra-rpida,reduzindoaum mnimo o tempo de exposio, sem prejudicar a qualidade da imagem. Classifica-seaindaascmarasareasdeacordocomonguloqueabrangeadiagonaldo formato, ngulo este que define a cobertura proporcionada pela cmara: - ngulo normal: at 75 - Para abranger uma rea a uma determinada altura de vo. - Grande angular: de 75 at 100 - A altura de vo ser menor, com menor distncia focal (f). -Supergrandeangular:maiorque100-Aalturadevoeadistnciafocalseroainda menores. Tambm so classificadas pela distncia focal da objetiva: - Curta: at 150 mm - Normal: de 150 a 300 mm - Longa: acima de 300 mm 3.2.1.1.2.2Escala Fotogrfica A escala fotogrfica definida como sendo a relao entre um comprimento de uma linha na fotografia e a sua correspondente no terreno. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 14 Geometria bsica de uma fotografia area Fonte: IBGE Considerandoafiguraanterior,nota-sequeosraiosdeluzrefletidosdoterrenopassam pelo eixo tico da lente. O eixo tico e o plano do negativo so perpendiculares, assim como o eixoticoeoplanodoterreno.Destaforma,opontoprincipaldafotografiaeopontoNadir representam o mesmo ponto. Pode-se afirmar que os tringulos NOA e noa so semelhantes, assim, pode-se calcular a escala da fotografia usando essa semelhana de tringulos. Existem trs elementos: a medida na foto, a medida no terreno e a escala conhecida ou a determinar. A escala mantm a seguinte relao com os tringulos semelhantes:

E = na = oa=noNA OANOOnde: AN = distncia real an = distncia na fotografia NO = altura de vo = H no = distncia focal = f Assim,aescaladafotografiapodeserdeterminadaconhecendo-seadistnciafocalea altura de vo. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 15 E= no= f NO H Ou ainda atravs de uma distncia na fotografia entre dois pontos a e b quaisquer e a sua respectiva medida no terreno. E = ab AB Exemplo: Em um recobrimento areo, a uma altura de vo igual a 6.000 m, utilizando-se uma cmara com distncia focal de 100 mm, a escala da fotografia ser: E=f =100 mm= 1 H6.000.000mm60.000 3.2.1.1.3Cobertura Fotogrfica arepresentaodoterrenoatravsdefotografiasareas,asquaissoexpostas sucessivamente, ao longo de uma direo de vo. Essa sucesso feita em intervalo de tempo tal que, entre duas fotografias haja uma superposio longitudinal de cerca de 60%, formando uma faixa. Nas faixas expostas, paralelamente, para compor a cobertura de uma rea mantida uma distnciaentreoseixosdevodeformaquehajaumasuperposiolateralde30%entreas faixasadjacentes.Algunspontosdoterreno,dentrodazonaderecobrimento,sofotografados vrias vezes em ambas as faixas.

Vo fotogramtrico Fonte: IBGE GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 16 Recobrimento lateral Fonte: IBGE GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 17 Perspectiva de 04 faixas de vo Fonte: IBGE Orecobrimentode60%temcomoobjetivoevitaraocorrnciade"buracos"(reasem fotografar)nacobertura.Estespodemocorrerprincipalmentedevidososcilaesdaalturade vo e da ao do vento. Recobrimento com a ocorrncia de deriva e desvio Fonte: IBGE GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 18 Efeitos da deriva e desvio Fonte: IBGE 3.2.1.1.4Planejamento e Organizao Fotogramtrica oconjuntodeoperaescujafinalidadecoletar,avaliar,analisareorganizartodaa documentaoexistenteparaprojetosdemapeamentotopogrfico,apartirdeinsumos aerofotogramtricos. -Inicialmentefaz-seoplanejamentoeorganizaodomaterialfotogramtrico(vo, fotondice,fotografiasareasediafilmes)dareaasermapeada,separando-setrscoleesde fotografias e uma de diafilmes, com a seguinte finalidade: . Uma coleo de fotografias para o apoio de campo. . Uma coleo de fotografias para a reambulao (levantamentos em campo da toponmia dos acidentes). . Uma coleo de fotografias e diafilmes para o apoio fotogramtrico. Atravsdofotondicevisualiza-seadireodevo,identificando-seasfotose procedendo-se a anlise das superposies longitudinal e lateral. Coleta-seadocumentaoexistenteparaopreparodapastadeinformaescartogrficas (PIC),queconterlistagensdecidadesevilas,reasespeciais,minas,usinas,portos,faris, aerdromos, mapas do sistema virio, mapas municipais, reservas, parques nacionais e outros. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 19EsquemadeApoiodeCampoeReambulao:Emumabasepreestabelecida (normalmenteemescala4vezesmenorqueaescaladafoto),construdoumesquema indicandoaposiorelativadasfotografiasdistribuindo-seasfotosmparesdecadafaixae desenhando-seosprincipaisacidentes,visandofacilitaraorientaonostrabalhosdecampo. Indica tambm a posio relativa dos pontos a serem determinados no campo. -Nopreparoparareambulao,sodelimitadasestereoscopicamente,nasfotografias,as reas a serem reambuladas. -Opreparoparaoapoiosuplementarconsisteemdistribuiroapoiohorizontal(H)e vertical (V). O horizontal materializado nas fotos na periferia do bloco, buscando-se locais que permitamacessoparaasmediesdecampo.Overtical,nasreasdesuperposiolateraldas faixas. Nas fotografias so definidas reas dentro das quais ser escolhido o ponto para o apoio de campo. EsquemadeApoioFotogramtrico:Servirdeorientaoparaasatividadesde aerotriangulao.Esseesquemafeitotomando-seporbaseoapoiodecampo.Noso representadososcamposdasfotos,limitando-seaapresentaropontocentraldasmesmasea linha de vo de cada faixa. - No preparo para o apoio fotogramtrico, delimitada a rea til para escolha dos pontos deapoio:deapoiosuplementareperfuraodospontos,nosdiafilmes,visandoauxiliaros trabalhos de aerotriangulao e restituio. Concludasestasoperaes,omaterialdeapoiosuplementarereambulao encaminhado para os trabalhos de campo. O material de apoio fotogramtrico (fotos e diafilmes) so enviados para a aerotriangulao. 3.2.1.1.5Apoio Suplementar oconjuntodepontosaserdeterminadonocampo,definidoporsuascoordenadas planimtricasealtimtricas.Estespontos,comafinalidadedefornecersubsdiosaostrabalhos deaerotriangulaoerestituiofotogramtricatmrespectivasidentificaesnasfotoseso dimensionadospreviamenteemgabineteatravsdefrmulasmatemticas,queestabelecemas distncias dos pontos de apoio a serem determinados em campo. Oapoiosuplementarrealizadoutilizando-seastronomiadeposio,geodsiae topografia e mais recentemente receptores geodsicos e topogrficos. Por exemplo, considerando umaregioondenosetenhanenhumpontocomcoordenadasconhecidasdealtapreciso, quandonodedispunhadereceptoresGPS,utilizava-sedeterminaesastronmicaspara determinar,compreciso,ascoordenadasdealgunspontosqueserviriamdeapoioparao levantamento geodsico, que se iniciava logo em seguida. Aps o levantamento geodsico, caso fossenecessrio,iniciava-seadeterminaodecoordenadasdepontos,atravsdatopografia. Atualmente,oapoiosuplementarpodeserrealizadoutilizando-sereceptoresGPSgeodsicose topogrficos,estaprticadiminuiuconsideravelmenteotrabalhoenvolvidoduranteoapoio suplementar.Emalgunscasos,receptoresGPSsoinstaladosnaAeronaveondeseencontraa cmera fotogramtrica, para se determinar as coordenadas do centro principal da fotografia area automaticamente. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 20 Apoio suplementar 3.2.1.1.6Reambulao otrabalhorealizadoemcampo,combaseemfotografiasareas,destinada identificao,localizao,denominaoeesclarecimentosdeacidentesgeogrficosnaturaise artificiaisexistentesnareadafotografia,mesmoquenela,noapareamporqualquermotivo (nuvens, sombra, vegetao, existncia mais recente, etc.) A reambulao uma fase da elaborao cartogrfica, na qual so levantadas em campo as denominaesdosacidentesnaturaiseartificiaisquecomplementaroascartasaserem impressas. A quantidade de elementos a serem colhidos no campo, est relacionada diretamente com a escalaeafinalidadedacartaoumapa.Noentanto,emregiescompoucadensidadede elementos todos devem der reambulados, independentes da escala. 3.2.1.1.7Aerotriangulao o mtodo fotogramtrico utilizado para determinao de pontos fotogramtricos, visando estabelecercontrolehorizontaleverticalatravsdasrelaesgeomtricasentrefotografias adjacentes a partir de uma quantidade reduzida de pontos determinados pelo apoio suplementar, com a finalidade de densificar o apoio necessrio aos trabalhos de restituio, aps ajustamento. Ospontosfotogramtricosforamplanejados,perfurados,codificados,masnopossuem coordenadas, e os pontos de apoio de campo foram planejados, codificados e medidos no campo, possuindocoordenadasreferidasaosistematerrestre.Naseqncia,todosospontosdeapoio fotogramtricoedecamporeceberocoordenadosinstrumentais(x,y,z),deformaquetodoo conjunto esteja referido a um sistema instrumental. Para gerar essas coordenadas so realizadas as orientaes interior e exterior relativa. Ajustamento: Utilizando-se um programa de clculo e ajustamento que recebe como dados de entrada as coordenadas instrumentais, obtm-se as coordenadas ajustadas para todos os pontos dobloco,referidasaosistematerrestre.Oprogramarealizaumatransformaodesistemasde formaqueospontosdegabinete(apoiofotogramtrico)quepossuiamsomentecoordenadas GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 21instrumentaispassematertambmcoordenadadosistemadeprojeoadotadoparaacarta UTM. Plotagem: Com esse conjunto de coordenadas UTM procede-se ento a plotagem de todos os pontos em material plstico estvel, na escala desejada. Esse plstico conter ainda "cruzetas" referenciais das coordenadas geogrficas e das coordenadas UTM. O nome dado a esse plstico estereominuta ou minuta de restituio. 3.2.1.1.8Restituio aelaboraodeumnovomapaoucarta,oupartedele,apartirdefotografiasarease levantamentosdecontrole,pormeiodeinstrumentosdenominadosrestituidores,ouseja,a transferncia dos elementos da imagem fotogrfica para a minuta ou original de restituio, sob a forma de traos. AtravsdeumconjuntodeoperaesdenominadoORIENTAO,reconstitui-se,no aparelhorestituidor,ascondiesgeomtricasdoinstantedatomadadasfotografiasareas, formando-seummodelotridimensionaldoterreno,niveladoeemescala-modelo estereoscpico. - Orientao interior: a reconstituio da posio da foto em relao ao feixe perspectivo ( a colocaododiafilmenaposiocorreta,independentedecoordenadas),apartirdo conhecimentodadistnciafocal(f)edascoordenadasdopontoprincipal. -Orientaoexterior:Dependedoreferencialexternoerealizadaemduasetapas. -Relativa:Orientaodofeixeperspectivoemrelaoaoseuhomlogo,atravsdecinco parmetros de orientao. Fonte: IBGE K - ngulo em torno do eixo z (desvio da rota) j - ngulo em torno do eixo y (inclinao do nariz) w - ngulo em torno do eixo x (inclinao da asa) Dz - diferena de altura de vo Dy - deslocamento lateral Dx - no calculado, a distncia entre as estaes (bx) GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 22- Absoluta: Consiste no posicionamento do conjunto de feixes perspectivos formados durante a orientao relativa, de maneira a estabelecer a posio correta do modelo em relao ao terreno, bem como no dimensionamento correto de sua escala. -Colocaremescala:Atravsdepontosnoterrenocomcoordenadasplani-altimtricas conhecidas e identificadas nas fotos. -Nivelar:Atravsde3pontosnivelados,focadoseemescala,todososoutrospontostambm estaro.recomendvel,entretanto,utilizar-se4ou5pontos,pormedidadesegurana. Apsaorientao,verifica-seoresultadoobtido,deacordocomtolernciasestabelecidase procede-se ento a operao de restituio. Fases da restituio (confeco da minuta): a) Hidrografia:rios permanentes e intermitentes, massa d gua (audes, represas, lagos, lagoas, etc.) b) Planimetria: edificaes,sistema virio, vias de transmisso e comunicao, pontes, escolas, igrejas, cemitrios, etc.c) Altimetria: cotas de altitude, curvas de nvel, curvas batimtricas, etc. Restituidor: o nome dado tanto ao instrumento que se destina a realizar a restituio como ao seu operador.

Restituidor Fotogramtrico Diapositivo/Diafilme: a cpia em vidro ou filme transparente do fotograma, que se destina ao uso nas operaes de restituio e aerotriangulao.Estereoscopia:areproduoartificialdavisobinocularnatural.aobservaoem 3dimensodeobjetosfotografadosemngulosdistintos(vistodecentrosperspectivos diferentes),porintermdiodeinstrumentosticosdotadosdelentesespeciaiscomo,por exemplo, o estereoscpio. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 23Estereoscpio: Instrumento tico capaz de permitir artificialmente a observao em 3 dimenso das imagens que diante das lentes parecem estar situadas no infinito. Dessa forma, o observador recebe duas imagens homlogas de um mesmo objeto, um em cada olho, e o crebro as funde em uma nica imagem, estereoscopicamente. Modeloestereoscpico:omodelotridimensionalemescala.doterreno,obtidopela superposioticaparcialdedoisfotogramastomadosdedoiscentrosperspectivosdistintos,e umavezrestauradasasposiesrelativasdeambosquandodastomadasdasfotografias. Minuta ou estereominuta (original de restituio): Em fotogrametria, denomina-se minuta (ou estereominuta) o traado, executado em instrumento fotogramtrico conhecido como restituidor, resultantedasfotografiasareasorientadasnoinstrumento,medianteospontosnelamarcados atravsdaaerotriangulao.Essetraadoexecutadosobreumabaseestvel. Soproduzidastambmoutrasfolhasemmaterialtransparentequevoconstarnomenclatura, vegetao e vias. 3.2.1.2 Compilao o processo de elaborao de um novo e atualizado original cartogrfico, tendo por base a anlise de documentao existente, e segundo a qual um ou vrios mapas e cartas, fotografias areas,levantamentos,etc.,soadaptadosecompilados,embasecommaterialestvel,epara escala e projeo nicas. 3.2.1.2.1Planejamento aoperaovoltadaaoinventriodedocumentao,planificaodopreparodebasee elaboraodapastadeinformaescartogrficas(PIC),formandoumconjuntodedocumentos cartogrficos, informaes bsicas e complementares, destinadas confeco de cartas e mapas atravs da compilao. 3.2.1.2.1.1Inventrio da Documentao Os dados cartogrficos so analisados conforme as caractersticas das informaes apresentadas. a) Documentao Bsica - utilizada diretamente na elaborao da base cartogrfica: - Cartas Topogrficas - Recobrimento Topogrfico Local - Recobrimento Aerofotogramtrico - Cartas Nuticas e Aeronuticas - Arquivo Grfico Municipal (AGM) - Arquivo Grfico de reas Especiais (AGAE) - Cartas Planimtricas RADAMBRASIL - Mapas Municipais - Imagens Orbitais b) Documentao Informativa - utilizada com a finalidade de identificar, complementar e atualizar a documentao bsica. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 24 - Mapas Rodovirios (DNER/DER) - Guias Rodovirios (Quatro Rodas) - Guia de Ferrovias - Atlas Fsico - Cadastro de Cidades e Vilas - Cadastro de Faris, Minas, Aerdromos e Portos. 3.2.1.2.1.2Planejamento do Preparo De Base Apsanliseeseleodoconjuntodedadosdisponveis,inicia-seumaseqnciade procedimentos na qual destacam-se as seguintes etapas: a)ClassificaodaDocumentao-aanlisedetodaadocumentaocartogrfica encontrada, separando-se a bsica da informativa. b) Definio do Mtodo de Compilao - Classificados os documentos cartogrficos, define-se o mtodo de compilao a ser utilizado na elaborao da base: - Mtodo de Compilao Direta - Mtodo de Compilao com Reduo Fotogrfica 3.2.1.2.1.3Pasta de Informaes Cartogrficas (PIC) Rene toda a documentao relativa ao planejamento e elaborao da carta ou mapa. So informaesreferentessatividadeseprocedimentosadotadosdurantetodasasfasesdo trabalho, tais como: relatrios, formulrios, quadros demonstrativos, notas, etc. 3.2.1.2.2Critrios para Elaborao da Base Cartogrfica 3.2.1.2.2.1Seleo Cartogrfica a simplificao dos elementos topogrficos extrados da documentao bsica visando aescalafinaldotrabalho.Aseleodeveserequilibradaeadensidadedoselementos topogrficos a serem representados deve refletir as caractersticas bsicas da regio, mantendo as feies do terreno. A representao deve incluir todos os elementos significativos para a escala final do trabalho, sem comprometer a legibilidade da carta. a)Hidrografia-Incluitodososdetalhesnaturaise/ouartificiais,tendoaguacomoprincipal componente. b)Planimetria-Aseleodoselementosplanimtricosdevesercriteriosa,considerando-se: -Localidades:obrigatriaarepresentaodetodasascidadesevilasnocampodafolha. Conformearegiogeogrfica,podemserselecionadosospovoados,lugarejos,ncleose propriedades rurais. -SistemaVirio:Asrodoviaseferroviassoselecionadasconsiderando-seainterligaodas localidades selecionadas GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 25OBS:Nestafasedeseleosoincludosospontoscotadosqueseroselecionados,visandoa representao da malha de pontos que representaro a variao de altitude. c)Altimetria - Representa o relevo atravs de convenes cartogrficas na forma de curvasde nvel, escarpas, etc. -Generalizao:asimplificaodaformageomtrica dosacidentes,semdescaracteriz-los, possibilitando sua representao numa escala menor ao do documento origem. - Interpolao: a insero de curvas de nvel de cota definida e diferente da eqidistncia das curvas da documentao bsica, visando a composio do modelado terrestre. d)Vegetao-feitaseparadamenteapartirdadocumentaotopogrficabsicaembasede polister,considerando-secomoelementosdeseleoasmatas,florestas,reflorestamentos, culturas temporrias e permanentes, campos e mangues. 3.2.1.2.2.2Processos de Compilao a)CompilaoDireta-Processoutilizadoquandoadocumentaobsicacompostadecartas cuja escala a mesma da base final. Assim, a compilao feita diretamente sobre as cartas, sem necessidade de seleo e reduo. b)CompilaocomReduoFotogrfica-Esteprocessoutilizadoquandoadocumentao bsicacompostadecartascujaescalamaiorqueaescaladabasefinal. -ComReduoDireta:Adocumentaobsicareduzidadiretamenteparaaescaladabase finaldotrabalho.Asreduessomontadasnoversodaplotagemdaprojeoeento,so selecionados os elementos topogrficos. Neste processo o compilador executa simultaneamente a seleoecompilao - Com Seleo: Os elementos so selecionados sobre uma base em polister e depois reduzidos fotograficamente para a escala final de trabalho. As redues so fixadas no verso da plotagem da projeo e executa-se a compilao. OBS: 1) Recomenda-se a utilizao destes processos quando a regio mapeada apresentar baixa densidade de detalhes. 2)Emcasodereduofotogrfica,nodeveserultrapassadoolimitedecincovezes. -AjusteCartogrfico:necessrionaelaboraodebasesporcompilao,emfunodas diferenasapresentadaspelasreduesdosoriginaiscartogrficosemrelaoplotagemda projeo.Estasdiferenasgeralmentesoresultantesdomaterialusadoparaseleo(folhas impressas),dasdiversasprojeesutilizadase/oumeridianoscentraisdiferentesdos referenciadosparaclculodasprojees.Nestescasos,adivergnciaapresentadadeverestar dentrodopadrodeexatidoparaaescaladetrabalho.Atendendoaestacondio,acada quadrculaajusta-seareduo,deformaqueadiferenasejadistribudadentrodamesmae, conseqentemente, dentro de toda a folha. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 26-Atualizaodabase:Nafasedeplanejamento,devemsercoletadostodososdocumentos existentesnareaasertrabalhada,comoimagensorbitais,cadastrodecidadesevilas,etc..As imagens orbitais so importantes ferramentas para a atualizao, em funo da periodicidade da sua tomada. 3.2.1.2.3Atualizao Cartogrfica A carncia de mapeamento no Brasil, principalmente em escalas grandes, agravada pelo fato de grande parte encontrar-se desatualizado, fazendo com que a sua utilizao no alcance os objetivos para os quais foram elaborados. Os mtodos para produo de mapas, assim como para atualizao cartogrfica evoluram gradativamentecomoadventodenovosprocessostecnolgicos,principalmentenareada informticacomomapeamentodigital,asutilizaesdeSistemasdePosicionamentoGlobal (GPS), tratamento digital de imagens e Sistemas de Informao Geogrfica (SIGs). indiscutvelaimportnciadosensoriamentoremotoparaacartografia.Aagilidadeea reduo de custos obtidos atravs da utilizao de imagens orbitais para atualizao cartogrfica vem acompanhadas de uma qualidade cada vez maior no que diz respeito resoluo espacial e espectral,atendendoaosrequisitosdeprecisoplanimtricasexigidosparaasescalasdo mapeamento sistemtico. Deve-se ressaltar o menor custo aquisio de imagens se comparado a realizao de novo recobrimento areo. 3.2.1.2.3.1Alguns Mtodos para Atualizao Cartogrfica Osprincipaismtodosdeatualizaodecartasutilizamdocumentaocartogrfica existentecomo:fotografiasareaseimagensorbitais,sendoqueotrabalhodecampocontinua sendo necessrio tanto para identificao de elementos nas reas acrescidas (reambulao) como parasoluodeproblemasdeinterpretao.OutromtodopormeiodedeterminaesGPS (utilizado pelo Mxico na atualizao da base territorial e agora pelo IBGE, no Censo 2000) 3.2.1.2.3.1.1Atravs de Fotografias Areas a)Atravsdeinstrumentoscomo"aerosketchmaster"einterpretoscpio,porexemplo,pode-se atualizarpequenasreasondeovolumedenovosdadospequenoemrelaoaovolumede informaes contidas no mapa a ser atualizado. O primeiro possibilita a transferncia de detalhes da foto atual para o mapa. O segundo pode ser utilizado para o caso da foto atual estar em escala diferente da foto ou carta a atualizar. b) Os restituidores so utilizados principalmente na atualizao onde o fator preciso requerido e onde grandes reas so envolvidas. c)Emfunodeseusrecursosdeampliaoereduo,aortofotoummeioutilizadona atualizao planimtrica, pois podem ser produzidas na mesma escala do mapa a ser atualizado. d)Osrecursosdainformticaestopresentesatualmenteemtodasasetapasdacartografia.Na atualizaodigital,numdosprocedimentos,afotoatualeomapaaseratualizadoso transformadosemarquivosdigitaisesuperpondo-seasimagens,pode-sedetectaras modificaes ocorridas e efetuar-se as alteraes. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 273.2.1.2.3.1.2Atravs de Documentao Cartogrfica Omtodoutilizadoparaatualizaoapartirdedocumentaocartogrficaexistentee denominadocompilaovisaessencialmenteanalisarosdocumentoscartogrficosjexistentes em outros rgos que trabalham na produo de cartas e mapas. Os mtodos que envolvem a atualizao cartogrfica atravs de documentao j existente, vodesdeoschamadosmtodosconvencionaisatosmodernosqueseutilizamdacartografia digital. - Cartas j existentes a) Se a escala da carta se aproxima do produto final, basta selecionar os elementos cartogrficos, reduziregerarumafolhaoriginal para orientar o preparo para impresso, o qual vai utilizar os fotoplsticos j existentes. b)Sea escalaformuitogrande(semicadastro),deve ser levada primeiramente para uma escala intermediria. Ex: Escala de 1:10.000 para 1:250.000, a escala intermediria ser de 1:100.000. 3.2.1.2.3.1.3Atravs de Imagens Orbitais a) Imagens Analgicas PoucodepoisdolanamentodoprimeirosatliteLANDSAT,em1972,jsebuscava avaliarapossibilidadedeatualizaodecartasemapasatravsdeimagenspelosensorMSS (pixel/resoluoespacialde80m).Estudosnadcadade80,levaramaconstataoda viabilidade do uso de Imagem MSS para mapeamento na escala 1:250.000. PorocasiodosurgimentodosensorTMabordodosatliteLANDSAT-5,com pixel/resoluoespacialde30m,realizaram-sediversasavaliaesdesuasimagens,mostrando que so viveis para mapeamento nas escalas 1:100.000 ou menores. Atualmente,dispe-sedesensoresorbitaiscapazesdegerarimagensorbitaiscom resoluo espacial de at 60 cm, neste caso, possvel utilizar tais imagens para mapeamento at na escala 1:2000, se a imagem sofrer as correes geomtricas adequadas. b) Imagens Digitais Asmetodologiasparaatualizaocartogrficanoformatodigitalencontram-seem constante desenvolvimento compreendendo as seguintes fases bsicas: - Correo geomtrica e georreferenciamento. - Ajuste de contraste das imagens que compem uma carta e mosaicagem. - Recorte segundo o contorno da carta. - Atualizao dos elementos cartogrficos da carta digital com base na interpretao da imagem resultante da etapa anterior, atravs de superposio com a carta. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 283.2.1.2.3.2Compilao da Base Alinhadeobtenodebasescartogrficasporcompilaonica,embora,emfunoda apresentaofinaldotrabalho,existaumaorientaodiferenciadanasuaelaborao. Principais segmentos de representao de bases cartogrficas: (a) Bases Para Impresso Off-set - So elaboradas considerando-se a separao dos elementos topogrficos em suas cores caractersticas, representando-os conforme a impresso. AcompilaodabaseserexecutadasobreumapranchaplotadacomaprojeoUTM,em materialestvel,ajustando-senoversoasreduesouelementosbsicosnaescala. b)BasesparaConversoparaAmbienteDigital(DigitalizaoAutomatizada)-Soobtidas pelos mesmos procedimentos necessrios elaborao de bases para impresso, ou seja, seleo ereduofotogrficadascartastopogrficasemescalamaiorecompilaodoselementos topogrficos.Asbasessoelaboradasemcomputador,apartirdemapasecartasdigitalizadas (mapasconvertidosatravsdesistemaCADgerandoarquivosmagnticos)ecompilados utilizando-seaplicativosapoiadosporcomputador.Osoriginaisdecompilaodevemser preparados separando-se os grupos de representao em categorias de informao, armazenadas por nveis, quando do processo de digitalizao. - Nvel 1: hidrografia - Nvel 2: planimetria - Nvel 3: vias - Nvel 4: altimetria - Nvel 5: vegetao c)BasesParaDesenhoFinal-Sobasesplanimtricascompiladasemmaterialestvel utilizando-se somente a cor preta. Os procedimentos necessrios elaborao destas bases so os mesmosqueparaimpresso,ouseja,seleoereduofotogramtricadascartastopogrficas em escala maior. 3.2.1.2.4Organizao da Base e Apresentao Final 3.2.1.2.4.1Organizao da Base Compilada Consiste do conjunto de folhas onde constaro as informaes que sero utilizadas na fase de separao de cores e toponmia visando a impresso off-set. - Folha de nomenclatura- Folha de classificao de vias - Folha de vegetao e massa dgua - Lista de Nomenclatura 3.2.1.2.4.2Desenho GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 29Comafinalidadedeatenderaprojetosespeciais,ondesoassentadostemasespecficos sobreasbasescartogrficaselaboradasporprocessosdecompilao,elabora-seooriginalde desenhodandoumtratamentodiferenciado,tantopelomaterialutilizado(normgrafo,plstico UC4, tinta, etc.), como a forma de apresentao e identificao dos elementos. Fases do desenho - Nesta fase, todo o trabalho j estar planejado, e definidos os critrios deseleo,compilaoeaPIC,comaprojeocartogrficaplotada.Nestasbases,noestaro representados os elementos altimtricos. Representam-se: - Hidrografia - Planimetria:. Localidades . Sistema Virio . Construes, Obras Pblicas e Industriais . Limites 3.2.2. Preparo para Impresso aetapadaproduocartogrficaconvencionalondeosoriginaisquereproduzemtodos oselementosconstantesnasfotografiasareas(restituio)eoriundosdeoutrosdocumentos cartogrficos (compilao), so tratados e disponibilizados para a impresso. 3.2.2.1Laboratrio Fotocartogrfico Um rgo cartogrfico que precise dispor de uma estrutura independente para a produo dos seus originais, necessita de um laboratrio fotocartogrfico. No laboratriofotografa-seooriginal cartogrfico (original de restituio ou compilao) nas suas exatas dimenses para a obteno inicial de um negativo. Atravs do negativo, transporta-se por meio fotoqumico a imagem do original cartogrfico para o fotoplstico (plstico estvel que possui uma face brilhante e a outra recoberta com uma fina e uniforme camada de tinta fosca). 3.2.2.2 Gravao/Separao de Cores dos Elementos Na face fosca do fotoplstico, isto , a que recebeu uma camada apropriada, os elementos do original cartogrfico transportados so abertos ou gravados atravs dos carrinhos de gravao. Retiradaessacamada,oselementosgravadospermitiroapassagemdeluz,funcionandocomo um negativo. Para as folhas topogrficas so produzidos trs fotoplsticos, um para cada tipo de representao correspondentes s cores: a) Azul - elementos hidrogrficos b) Preto - moldura, quadriculados, sistemas virio, limites, etc. c) Spia - curvas de nvel GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 30Nofotoplstico(scribe-coat)soexecutadasasrepresentaescomtrao,isto,somente linhassogravadas.Pararepresentaodereasusadoumoutrotipodeplsticoestvelno qual se acha aderida uma leve pelcula opaca, facilmente removvel, conhecido como peel-coat. A pelcula, ao redor dos elementos, cortada e levantada, ficando transparente. a) Azul - para representar as massas d'gua b) Vermelho - para representar estradas e reas edificadas c) Verde - Para representar a vegetao Comosfotoplsticos(scribe-coats)epeel-coatsgeradaemlaboratrio,achamada primeira prova qumica, que reproduz todos os elementos j em sua cor definitiva.3.2.2.3 Colagem (Fixao de Topnimos) a aplicao de todos os nomes que vo constar na carta ou mapa e parte da simbologia e convenes,tendocomobaseooriginalcartogrficoeasdemaisfolhas(nomenclatura, vegetao e sistema virio). Os nomes so confeccionados com tipos e corpos apropriados que variam de acordo com a escala, em um finssimo plstico transparente recebendo no verso, uma camada de adesivo. Esses nomes so retirados e "colados" em uma folha estvel, de maneira a identificar/denominar todos os elementos naturais e artificiais. Apsacolagemsoproduzidosemlaboratrio,trsnegativos,paraosnomesquesairo nas cores azul, preto e spia, para o caso das folhas topogrficas. No geral, produzem-setantas negativas quantas forem as cores utilizadas.Para algumas escalas produzida tambm uma folha de colagem para o verso da carta e conseqentemente, mais um negativo. 3.2.2.4Seleo de Cores da Toponmia e Gerao de Positivos para Impresso OFF-SET Nosnegativosconstarotodososnomesqueforamcolados,sendonecessrioselecionar-se, com tinta apropriada, os nomes referentes a cada cor. A seguir produz-se uma 2 prova qumica, que consiste em todos os elementos constantes na 1 s que com o acrscimo de toda a nomenclatura. Apsumarevisoecorreosogeradosento,atravsdosfotoplsticos,peel-coatse negativos, os positivos litho, chamados de fotolitos. produzidoumpositivoparacadacor,quedepoisdesubmetidosumcontrolede qualidadesofinalmenteliberadosparaaimpressogrficaobtendo-seassimoprodutofinal cartogrfico, ou seja, as cartas ou mapas. 3.2.3Cartografia Temtica GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 31Osprodutosdacartografiatemticasoascartas,mapasouplantasemqualquerescala, destinadasaumtemaespecfico.Arepresentaotemtica,distintamentedageral,exprime conhecimentosparticularesespecficosdeumtema(geologia,solos,vegetao,etc.)parauso geral. A cartografia temtica ilustra o fato de que no se pode expressar todos os fenmenos num mesmo mapa e que a soluo , portanto, multiplic-los, diversificando-os. O objetivo dos mapas temticosodefornecer,comoauxliodesmbolosqualitativose/ouquantitativosdispostos sobreumabasedereferncia,geralmenteextradadosmapasecartastopogrficas,as informaesreferentesaumdeterminadotemaoufenmenoqueestpresenteouageno territrio mapeado. Osmapasecartasgeolgicas,geomorfolgicas,deusodaterraeoutras,constituem exemplos de representao temtica em que a linguagem cartogrfica privilegia a forma e a cor dos smbolos como expresso qualitativa. Adescrioqualitativaaquelaquedenotaqualidade,ouseja,cadaumadas circunstnciasoucaractersticasdosfenmenos(aspectosnominaisdofenmeno)so classificadas segundo um determinado padro.Os mapas de densidade da populao, de precipitao pluviomtrica, de produo agrcola, defluxosdemercadorias,constituemexemplosemquepontos,dimensesdossmbolos, isartmas,corpletas,diagramaseoutrosrecursosgrficossoutilizadospararepresentaras formas de expresso quantitativa. Adescrioquantitativa,mensuraofenmenoatravsdeumaunidadedemedidaou atravs de um percentual. (aspecto ordinal do fenmeno). 3.2.3.1Caractersticas Temticas Naelaboraodeummapatemticosoestabelecidoslimitesapartirdosdadosquelhe sopertinentes,noimportandoaformapelasquaisforamobtidos,nemcomoforam consagradososelementosquesoconcernentescinciaoutcnicaespecficadotemaem estudo. pertinente Cartografia Temtica, a caracterstica dos dados a serem representados, se sofsicose/ouestatsticoseaformacomoestesdevemsergraficamenterepresentadose relacionados com a superfcie da Terra. Como exemplos podemos citar no ser uma preocupao da Cartografia Temtica, como a geologiaestabeleceadataodasrochas,aexistnciadefalhasedesdobramentos,oucomoa demografia estabelece suas variveis quanto as aglomeraes urbanas. O objetivo da Cartografia Temtica como melhor proceder para que o mapa expresse os fatos e fenmenos, objeto do estudo relacionado ao tema. A cincia pertinente a um determinado temavisaoconhecimentodaverdadedessesfatosefenmenoseCartografiaTemticacabe demonstr-lo graficamente, sendo, portanto um meio auxiliar dessa cincia ,tais como: geologia, geomorfologia, metereologia, geografia, demografia entre tantas outras GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 32 Potencialidade agrcola dos solos Fonte: IBGE GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 33 Densidade da populao Fonte: IBGE 3.3Interpretao e Utilizao Aexistnciadosmaisdiversostiposdecartasemapaspermiteaosusuriosdasmais variadasformaesprofissionais,atravsdautilizaodessesdocumentoscartogrficos, desenvolverestudos,anlisesepesquisasrelativossuareadeatuao.Sotambm fundamentaiscomoinstrumentodeauxlioaoplanejamento,organizaoeadministraodos governos. AplicabilidadedealgunsdosprincipaisprodutoscartogrficoselaboradosnaDiretoriade Geocincias do IBGE. 1)MapeamentoTopogrficoSistemtico:Congregaoconjuntodeprocedimentosquetmpor finalidadearepresentaodoespaoterritorialbrasileiro,deformasistemtica,pormeiode sries de cartas gerais, contnuas, homogneas e articuladas. So folhas das cartas topogrficas nas escalas 1:25.000, 1:50.000, 1:100.000, e 1:250.000, e geogrfica na escala 1:1.000.000. Compem a Mapoteca Topogrfica Digital - MTD (Base de dados cartogrficos em meio digital). GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 34Aplicabilidade:- Suporte ao mapeamento temtico e especial. - Suporte ao mapeamento nutico, aeronutico, rodovirio e ferrovirio. - Suporte ao planejamento em diversos nveis. - Suporte ao mapeamento de unidades territoriais (Estado, Municpios e outros). - Legislao de estruturas territoriais, regional e setoriais. - Base para anteprojetos de engenharia e ambientais. - Subsdios para identificao das divisas internacionais - Monitoramento ambiental. - Estudos e projetos governamentais - Cadastros e anteprojetos de linhas de transmisso. - Posicionamento e orientao geogrfica. - Identificao e classificao dos estados, territrios e municpios beneficiados com "royalties" de petrleo, na faixa de fronteira situados na Zona Costeira. - Previso de safras agrcolas. - Outros. 2) Mapeamento Temtico: Objetiva produzir documentos cartogrficos, em escalas compatveis comoslevantamentosdosaspectosfsicoseculturais,quantoocorrnciaedistribuio espacial. Sobasescartogrficasemdiversasescalasparasubsidiarvriasatividadesdeprojetos, taiscomo:mapandice,planejamentocartogrficoepreparoparaimpresso,visandoos seguintes produtos: Mapas temticos, Mapas Murais, Atlas e Cartas especiais. Aplicabilidade: - Subsidiar estudos e projetos em reas especficas como: - Recursos naturais e meio ambiente - Populao - Comrcio e servios - Outros - Suporte didtico-pedaggico. 3)MapeamentodasUnidadesTerritoriais:ObjetivaarepresentaocartogrficadoTerritrio Nacional, enfatizando a diviso poltico-administrativa. SomapasecartogramaspolticosNacional,Regionais,EstaduaiseMunicipais.Mapas municipais, mapas para fins estatsticos e bases cartogrficas em diversas escalas. Aplicabilidade: - Estudos e Projetos Governamentais - Referenciamento e dimensionamento de obras pblicas e privadas - Estudos de evoluo de surtos e endemias - Comunicaes hidro-rodo ferrovirias - Defesa Civil - Finalidades cientficas e didticas GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 35- Pesquisas de opinio e de mercado - Mapeamento Temtico. 4) Atlas: Apresentam, atravs de snteses temticas, uma viso geogrfica do territrio, nos seus aspectos fsicos, polticos, sociais e econmicos. Produtos: Atlas Nacional, Atlas Regional e Estadual, Atlas Geogrfico Escolar. Aplicabilidade: - Conhecimento da realidade, tendncias e transformaes do espao brasileiro - Instrumentalizar o sistema de planejamento na gesto territorial; - Material didtico; - Intercmbio internacional; - Fonte de referncia para estudos e pesquisas. 3.4Elementos de Representao Sendoumacartaoumapaarepresentao,numasimplesfolhadepapel,dasuperfcie terrestre,emdimensesreduzidas,precisoassociaroselementosrepresentveissmbolose convenes. As convenes cartogrficas abrangem smbolos que, atendendo s exigncias da tcnica, dodesenhoedareproduofotogrfica,representam,demodomaisexpressivo,osdiversos acidentes do terreno e objetos topogrficos em geral. Elas permitem ressaltar esses acidentes do terreno,demaneiraproporcionalsuaimportncia,principalmentesobopontodevistadas aplicaes da carta. Outro aspecto importante que, se o smbolo indispensvel determinada em qualquer tipoderepresentaocartogrfica,asuavariedadeouasuaquantidadeacha-se,sempre,em funo da escala do mapa. necessrio observar, com o mximo rigor, as dimenses e a forma caracterstica de cada smbolo,afimdesemanter,sobretudo,ahomogeneidadequedevepredominaremtodosos trabalhos da mesma categoria. Quandoaescaladacartapermitir,osacidentestopogrficossorepresentadosdeacordo comagrandezarealeasparticularidadesdesuasnaturezas.Osmbolo,ordinariamente,a representao mnima desses acidentes. Anoserocasodasplantasemescalamuitogrande,emquesuasdimensesreaisso reduzidas escala (diminuindo e tornando mais simples a simbologia), proporo que a escala diminui aumenta a quantidade de smbolos. Ento,seumacartaoumapaarepresentaodosaspectosnaturaiseartificiaisda superfcie da Terra, toda essa representao s pode ser convencional, isto , atravs de pontos, crculos, traos, polgonos, cores, etc. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 36Deve-seconsiderartambmumoutrofator,decarterassociativo,ouseja,relacionaros elementos a smbolos que sugiram a aparncia do assunto como este visto pelo observador, no terreno. Aposiodeumalegendaescolhidademodoanocausardvidasquantoaoobjetoa queserefere.Tratando-sedelocalidades,regies,construes,obraspblicaseobjetos congneres,bemcomoacidentesorogrficosisolados,onomedeveserlanado,semcobrir outrosdetalhesimportantes.Asinscriesmarginaissolanadasparalelamentebordasulda moldura da folha, exceto as sadas de estradas laterais. A carta ou mapa tem por objetivo a representao de duas dimenses, a primeira referente aoplanoeasegundaaltitude.Destaforma,ossmbolosecoresconvencionaissodeduas ordens: planimtricos e altimtricos. 3.4.1Planimetria Arepresentaoplanimtricapodeserdivididaemduaspartes,deacordocomos elementos que cobrem a superfcie do solo, ou sejam, fsicos ou naturais e culturais ou artificiais. Osprimeiroscorrepondemprincipalmentehidrografiaevegetao,ossegundos decorremdaocupaohumana,sistemavirio,construes,limitespolticoouadministrativos etc. 3.4.1.1 Hidrografia A representao dos elementos hidrogrficos feita, sempre que possvel, associando-se esses elementos a smbolos que caracterizem a gua, tendo sido o azul a cor escolhida para representar a hidrografia, alagados (mangue, brejo e rea sujeita a inundao), etc. Elementos hidrogrficos (Carta topogrfica esc. 1:100.000) Fonte: IBGE 3.4.1.2Vegetao Comonopoderiadeixardeser,acorverdeuniversalmenteusadapararepresentara coberturavegetaldosolo.Nafolha1:50.000porexemplo,asmataseflorestasso representadaspeloverdeclaro.Ocerradoecaatinga,overdereticulado,easculturas permanentes e temporrias, outro tipo de simbologia, com toque Figura tivo (Figura 3.2) GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 37 Elementos de vegetao (Carta topogrfica esc. 1:100.000) Fonte: IBGE 3.4.1.3 Unidades Poltico-AdministrativasO territrio brasileiro subdividido em Unidades Poltico-Administrativas abrangendo os diversosnveisdeadministrao:Federal,EstadualeMunicipal.Aestadivisodenomina-se Diviso Poltico- Administrativa - DPA. Essasunidadessocriadasatravsdelegislaoprpria(leifederais,estaduaise municipais),naqualestodiscriminadassuadenominaoeinformaesquedefinemo permetro da unidade. ADivisoPoltica-Administrativarepresentadanascartasemapaspormeiodelinhas convencionais (limites) correspondentes situao das Unidades da Federao e Municpios no anodaediododocumentocartogrfico.Constanorodapdascartastopogrficasareferida diviso, em representao esquemtica. Fonte: IBGE Nas escalas pequenas, para a representao de reas poltico-administrativas, ou reas com limitesfsicos(bacias)eoperacionais(setorescensitrios,bairros,etc.),aformausadapara realar e diferenciar essas divises a impresso sob diversas cores. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 38Nos mapas estaduais, por exemplo, divididos em municpios, a utilizao de cores auxilia a identificao, a forma e a extenso das reas municipais. Pode-se utilizar tambm estreitas tarjas, igualmente em cores, a partir da linha limite de cada rea, tornando mais leve a apresentao. - Grandes Regies - Conjunto de Unidades da Federao com a finalidade bsica de viabilizar a preparao e a divulgao de dados estatsticos. A ltima diviso regional, elaborada em 1970 e vigente at o momento atual, constituda pelas regies: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. -UnidadesdaFederao:Estados,TerritrioseDistritoFederal.SoasUnidadesdemaior hierarquiadentrodaorganizaopoltico-administrativanoBrasil,criadasatravsdeleis emanadas no Congresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da Repblica. -Municpios:Soasunidadesdemenorhierarquiadentrodaorganizaopoltico-administrativa do Brasil, criadas atravs de leis ordinrias das Assemblias Legislativas de cada UnidadedaFederaoesancionadaspeloGovernador.Nocasodosterritrios,acriaodos municpios se d atravs de lei da Presidncia da Repblica. -Distritos:Soasunidadesadministrativasdosmunicpios.Tmsuacriaonorteadaspelas Leis Orgnicas dos Municpios. -RegiesAdministrativas;SubdistritoseZonas:Sounidadesadministrativasmunicipais, normalmenteestabelecidasnasgrandescidades,citadasatravsdeleisordinriasdasCmaras Municipais e sancionadas pelo Prefeito. -reaUrbana:reainternaaopermetrourbanodeumacidadeouvila,definidaporlei municipal. - rea Rural: rea de um municpio externa ao permetro urbano. -reaUrbanaIsolada:readefinidaperleimunicipaleseparadadasedemunicipalou distrital por rea rural ou por um outro limite legal. - Setor Censitrio: a unidade territorial de coleta, formada por rea contnua, situada em um nicoQuadroUrbanoouRural,comdimensesenmerodedomicliooudeestabelecimentos quepermitamolevantamentodasinformaesporumnicoagentecredenciado.Seuslimites devemrespeitaroslimitesterritoriaislegalmentedefinidoseosestabelecidospeloIBGEpara fins estatsticos. AatividadedeatualizaraDPAemvigorconsisteemtranscrev-laparaomapeamento topogrficoecensitrio.ParadocumentaraDPAseconstituiuoArquivoGrficoMunicipal- AGM,quecompostopelascartas,emescalatopogrfica,ondesolanados/representadosos limites segundo as leis de criao ou de alterao das Unidades Poltico Administrativas. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 39 Grandes Regies do Brasil- Fonte : IBGE Diviso Poltico-Administrativa Fonte: IBGE 3.4.1.4 Localidades Localidade conceituada como sendo todo lugar do territrio nacional onde exista um aglomerado permanente de habitantes. Classificao e definio de tipos de Localidades: 1 - Capital Federal - Localidade onde se situa a sede do Governo Federal com os seus poderes executivo, legislativo e judicirio. 2 - Capital - Localidade onde se situa a sede do Governo de Unidade Poltica da Federao, excludo o Distrito Federal. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 403-Cidade-LocalidadecomomesmonomedoMunicpioaquepertence(sede municipal)eondeestsediadaarespectivaprefeitura,excludososmunicpiosdas capitais. 4-Vila-LocalidadecomomesmonomedoDistritoaquepertence(sededistrital)e onde est sediada a autoridade distrital, excludos os distritos das sedes municipais. 5-AglomeradoRural-Localidadesituadaemreanodefinidalegalmentecomo urbanaecaracterizadaporumconjuntodeedificaespermanenteseadjacentes, formando rea continuamente construda, com arruamentos reconhecveis e dispostos ao longo de uma via de comunicao. -AglomeradoRuraldeextensourbana-Localidadequetemascaractersticas definidoras de Aglomerado Rural e est localizada a menos de 1 Km de distncia da rea urbanadeumaCidadeouVila.Constituisimplesextensodareaurbanalegalmente definida. 5.2 - Aglomerado Rural isolado - Localidade que tem as caractersticas definidoras de AglomeradoRuraleestlocalizadaaumadistnciaigualousuperiora1Kmdarea urbana de uma Cidade, Vila ou de um Aglomerado Rural j definido como de extenso urbana. 5.2.1-Povoado- Localidade que tem a caracterstica definidora de Aglomerado Rural Isoladoepossuipelomenos1(um)estabelecimentocomercialdebensdeconsumo freqente e 2 (dois) dos seguintes servios ou equipamentos: 1 (um) estabelecimento de ensinode1grauemfuncionamentoregular,1(um)postodesadecomatendimento regular e 1 (um) templo religioso de qualquer credo. Corresponde a um aglomerado sem carterprivadoouempresarialouquenoestvinculadoaumnicoproprietriodo solo,cujosmoradoresexercematividadeseconmicasquerprimrias,terciriasou, mesmo secundrias, na prpria localidade ou fora dela. - Ncleo - Localidade que tem a caracterstica definidora de Aglomerado Rural Isolado epossuicarterprivadoouempresarial,estandovinculadoaumnicoproprietriodo solo (empresas agrcolas, indstrias, usinas, etc.). 5.2.3-Lugarejo-Localidadesemcarterprivadoouempresarialquepossui caractersticadefinidoradeAglomeradoRuralIsoladoenodispe,notodoouem parte, dos servios ou equipamentos enunciados para povoado. 6-PropriedadeRural-Todolugaremqueseencontreasededepropriedaderural, excludas as j classificadas como Ncleo. 7-Local-Todolugarquenoseenquadreemnenhumdostiposreferidos anteriormente e que possua nome pelo qual seja conhecido. 8 - Aldeia - Localidade habitada por indgenas. So representadas, conforme a quantidade de habitantes em n absolutos pelo seguinte esquema: GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 41 Localidades (Carta topogrfica esc. 1:250.000) Fonte: IBGE Variandodeacordocomarea,ocentrourbanorepresentadopelaformageneralizada dos quarteires, que compem a rea urbanizada construda. A rea edificada, que representada nacartatopogrficapelacorrosa,dlugar,foradareaedificada,apequenossmbolos quadradosempreto,representandoocasario.Narealidade,umsmbolotantopoderepresentar uma casa como um grupo de casas, conforme a escala. Nacartatopogrfica,dentrodareaedificada,representadotodoedifciodenotvel significao local como prefeitura, escolas, igrejas, hospitais, etc., independentemente da escala. Conforme a escala, representa-se a rea edificada por simbologia correspondente. Outrasconstruescomobarragem,ponte,aeroporto,farol,etc.,tmsmbolosespeciais quase sempre associativo. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 42 Uma mesma localidade representada em vrias escalas Fonte: IBGE 3.4.1.5 reas Especiaisreaespecialarealegalmentedefinidasubordinadaaumrgopblicoouprivado, responsvel pela sua manuteno, onde se objetiva a conservao ou preservao da fauna, flora oudemonumentosculturais,apreservaodomeioambienteedascomunidadesindgenas. Principais tipos de reas Especiais: - Parques Nacional, Estadual e Municipal - Reservas Ecolgicas e Biolgicas - Estaes Ecolgicas - Reservas Florestais ou Reservas de Recursos - reas de Relevante Interesse Ecolgico - reas de Proteo Ambiental - reas de Preservao Permanente - Monumentos Naturais e Culturais - reas, Colnias, Reservas, Parques e Terras Indgenas 3.4.1.6 Sistema Virio Nocasoparticulardasrodovias,suarepresentaoemcartanotraduzsualargurareal uma vez que a mesma rodovia dever ser representada em todas as cartas topogrficas desde a escala 1:250.000 at 1:25.000 com a utilizao de uma conveno. Assim sendo, a rodovia ser GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 43representadaporsmbolosquetraduzemoseutipo,independentedesualargurafsica.As rodovias so representadas por traos e/ou cores e so classificadas de acordo com o trfego e a pavimentao.EssaclassificaofornecidapeloDNEReDERs,seguindooPlanoNacional de Viao (PNV). Umaferroviadefinidacomosendoqualquertipodeestradapermanente,providade trilhos,destinadaaotransportedepassageirosoucarga.Devemserrepresentadastantas informaes ferrovirias quanto o permita a escala do mapa, devendo ser classificadas todas as linhas frreas principais. So representadas na cor preta e a distino entre elas feita quanto bitola. So representados ainda, os caminhos e trilhas. As rodovias e ferrovias so classificadas da seguinte forma: Vias de Circulao (Carta topogrfica esc. 1:100.000) Fonte: IBGE 3.4.1.7Linhas de Comunicao e Outros Elementos Planimtricos As linhas de comunicao resumem-se linha telegrfica ou telefnica e s linhas de energia eltrica (de alta ou baixa tenso). No rodap das cartas topogrficas constam ainda outros elementos: Linhas de comunicao e outros elementos planimtricos(Carta topogrfica esc. 1:100.000) Fonte: IBGE 3.4.1.8Linhas de LimiteEmumacartatopogrficadegrandenecessidadearepresentaodasdivisas interestaduais e intermunicipais, uma vez que so cartas de grande utilidade principalmente para GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 44usorural.Nacartaem1:25.000possvelarepresentaodedivisasdistritais,oqueno acontece nas demais escalas topogrficas. Numacartageogrfica,aCIM,porexemplo,shpossibilidadedotraadodoslimites internacionais e interestaduais.Conformeasreas,sorepresentadascertasunidadesdeexpressoadministrativa, cultural, etc., como reservas indgenas, parque nacionais e outros. Linhas de Limites (Carta topogrfica esc. 1:250.000) Fonte: IBGE 3.4.2Altimetria 3.4.2.1Aspecto do Relevo Acordarepresentaodaaltimetriadoterrenonacarta,emgeral,ospia.Aprpria simbologiaquerepresentaomodeladoterrestre(ascurvasdenvel)impressanessacor.Os areais representados por meio de um pontilhado irregular tambm impresso, em geral, na cor spia. medida que a escala diminui, acontece o mesmo com os detalhes, mas a correspondente simbologia tende a ser tornar mais complexa. Por exemplo, na Carta Internacional do Mundo ao Milionsimo (CIM), o relevo, alm das curvas de nvel, representado por cores hipsomtricas, as quais caracterizam as diversas faixas de altitudes. Tambmosoceanosalmdascotasecurvasbatimtricas,tmasuaprofundidade representada por faixas de cores batimtricas. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 45 Escala de cores Hipsomtrica e Batimtrica Fonte: IBGE Arepresentaodasmontanhassempreconstituiuumsrioproblemacartogrfico,ao contrrio da relativa facilidade do delineamento dos detalhes horizontais do terreno. O relevo de uma determinada rea pode ser representado das seguintes maneiras: curvas de nvel, perfis topogrficos, relevo sombreado, cores hipsomtricas, etc. As cartas topogrficas apresentam pontos de controle vertical e pontos de controle vertical e horizontal, cota comprovada e cota no comprovada, entre outros. Elementos altimtricos (Carta topogrfica esc. 1:100.000) Fonte: IBGE PontoTrigonomtrico-VrticedeFiguracujaposiodeterminadacomolevantamento geodsico. Referncia de nvel - Ponto de controle vertical, estabelecido num marco de carter permanente, cuja altitude foi determinada em relao a um DATUM vertical . em geral constitudo com o nome, o n da RN, a altitude e o nome do rgo responsvel. PontoAstronmico-Oquetemdeterminadasaslatitudes,longitudeseoazimutedeuma direo e que poder ser de 1, 2 ou 3 ordens. Ponto Baromtrico - Tem a altitude determinada atravs do uso de altmetro. Cota no Comprovada - Determinada por mtodos de levantamento terrestre no comprovados. igualmente uma altitude determinada por leitura fotogramtrica repetida. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 46CotaComprovada-Altitudeestabelecidanocampo,atravsdenivelamentogeomtricode preciso, ou qualquer mtodo que assegure a preciso obtida. 3.4.2.2Curvas de Nvel Omtodo,porexcelncia,pararepresentarorelevoterrestre,odascurvasdenvel, permitindo ao usurio, ter um valor aproximado da altitude em qualquer parte da carta. Acurvadenvelconstituiumalinhaimaginriadoterreno,emquetodosospontosde referidalinhatmamesmaaltitude,acimaouabaixodeumadeterminadasuperfcieda referncia, geralmente o nvel mdio do mar. Com a finalidade de ter a leitura facilitada, adota-se o sistema de apresentar dentro de um mesmo intervalo altimtrico, determinadas curvas, mediante um trao mais grosso. Tais curvas so chamadas "mestras", assim como as outras, denominam-se "intermedirias". Existem ainda as curvas "auxiliares". Curvas de Nvel Fonte: IBGE 3.4.2.2.1Principais Caractersticas a) As curvas de nvel tendem a ser quase que paralelas entre si. b) Todos os pontos de uma curva de nvel se encontram na mesma elevao. c) Cada curva de nvel fecha-se sempre sobre si mesma. d) As curvas de nvel nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'gua ou despenhadeiros. e)Emregrageral,ascurvasdenvelcruzam oscursosd'guaemformade"V",comovrtice apontando para a nascente. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 47Fonte: IBGE 3.4.2.2.2Formas Topogrficas A natureza da topografia do terreno determina as formas das curvas de nvel. Assim, estas devem expressar com toda fidelidade o tipo do terreno ser representado. As curvas de nvel vo indicar se o terreno plano, ondulado, montanhoso ou se o mesmo liso, ngreme ou de declive suave. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 48 Formao escarpada e suave ` Fonte: IBGE GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 49 Fonte: IBGE 3.4.2.2.3Rede de Drenagem A rede de drenagem controla a forma geral da topografia do terreno e serve de base para o traadodascurvasdenvel.Dessemodo,antesdeseefetuarotraadodessascurvas,deve-se desenhar todo o sistema de drenagem da regio, para que possa representar as mesmas. -Rio:Cursodguanaturalquedesaguaemoutrorio,lagooumar.Osrioslevamasguas superficiais,realizandoumafunodedrenagem,ouseja,escoamentodasguas.Seuscursos estendem-se do ponto mais alto (nascente ou montante) at o ponto mais baixo (foz ou jusante), que pode corresponder ao nvel do mar, de um lago ou de outro rio do qual afluente. Deacordocomahierarquiaeoregionalismo,oscursosdguarecebemdiferentesnomes genricos: ribeiro, lajeado, crrego, sanga, arroio, igarap, etc. - Talvegue: Canal de maior profundidade ao longo de um curso dgua. - Vale: Forma topogrfica constituda e drenada por um curso dgua principal e suas vertentes. - Bacia Hidrogrfica: "Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes". resultantedareuniodedoisoumaisvales,formandoumadepressonoterreno,rodeada geralmente por elevaes. Uma bacia se limita com outra pelo divisor de guas. Caberessaltarqueesseslimitesnosofixos,deslocando-seemconseqnciadasmutaes sofridas pelo relevo. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 50- Divisor de guas: Materializa-se no terreno pela linha que passa pelos pontos mais elevados doterrenoeaolongodoperfilmaisaltoentreeles,dividindoasguasdeumeoutrocurso dgua. definido pela linha de cumeeira que separa as bacias. -Lago:Depressodorelevocobertadegua,geralmentealimentadaporcursosdguae mananciais que variam em nmero, extenso e profundidade. - Morro: Elevao natural do terreno com altura de at 300 m aproximadamente. - Montanha: Grande elevao natural do terreno, com altura superior a 300 m, constituda por uma ou mais elevaes. -Serra:Cadeiademontanhas.Muitasvezespossuiumnomegeralparatodooconjuntoe nomes locais para alguns trechos. - Encosta ou vertente: Declividade apresentada pelo morro, montanha ou serra. - Pico: Ponto mais elevado de um morro, montanha ou serra. 3.4.2.3Eqidistncia Narepresentaocartogrfica,sistematicamente,aeqidistnciaentreumadeterminada curva e outra tem que ser constante. Eqidistncia o espaamento, ou seja, a distncia vertical entre as curvas de nvel. Essa eqidistnciavariadeacordocomaescaladacartacomorelevoecomaprecisodo levantamento. S deve haver numa mesma escala, duas alteraes quanto eqidistncia. A primeira quando,numareapredominantementeplana,porexemploaAmaznia,precisa-seressaltar pequenasaltitudes,quealisodegrandeimportncia.Estassoascurvasauxiliares.No segundo caso, quando o detalhe muito escarpado, deixa-se de representar uma curva ou outra porque alm de sobrecarregar a rea dificulta a leitura. Imprescindvel na representao altimtrica em curvas de nvel a colocao dos valores quantitativos das curvas mestras. ESCALAEQIDISTNCIACURVAS MESTRAS 1: 25.000 10 m50 m 1: 50.00020 m100 m 1: 100.00050 m250 m 1: 250.000100 m500 m 1: 1.000.000100 m500 m GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 51 1) A curva mestra a quinta (5) curva dentro da eqidistncia normal. 2) Eqidistncia no significa a distncia de uma curva em relao outra, e sim a altitude entre elas, ou seja, o desnvel entre as curvas. Identificao das Curvas mestras Fonte: IBGE 3.4.2.4Cores Hipsomtricas Nosmapasemescalaspequenas,almdascurvasdenvel,adotam-separafacilitaro conhecimentogeraldorelevo,faixasdedeterminadasaltitudesemdiferentescores,comoo verde, amarelo, laranja, spia, rosa e branco. Paraascoresbatimtricasusa-seoazul,cujastonalidadescrescemnosentidoda profundidade. 3.4.2.5Relevo Sombreado O sombreado executado diretamente em funo das curvas de nvel uma modalidade de representao do relevo. executada, geralmente, pistola e nanquim e constituda de sombras contnuas sobre certas vertentes dando a impresso de salincias iluminadas e reentrncias no iluminadas. Para executar-se o relevo sombreado, imagina-se uma fonte luminosa a noroeste, fazendo umngulode45comoplanodacarta,deformaqueassombrassobreasvertentesfiquem voltadas para sudeste. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 52 Figura 3.17 - Representao do Relevo Sombreado Fonte: IBGE 3.4.2.6Perfil Topogrfico Perfilarepresentaocartogrficadeumaseoverticaldasuperfcieterrestre. Inicialmente precisa-se conhecer as altitudes de um determinado n de pontos e a distncia entre eles. Oprimeiropasso,paraodesenhodeumperfiltraarumalinhadecorte,nadireo ondesedesejarepresenta-lo.Emseguida,marcam-setodasasinterseesdascurvasdenvel com a linha bsica, as cotas de altitude, os rios, picos e outros pontos definidos. 3.4.2.6.1 - EscalasTanto a escala horizontal como a vertical sero escolhidas em funo do uso que se far do perfil e da possibilidade de represent-lo (tamanho do papel disponvel). Aescalaverticaldeversermuitomaiorqueahorizontal,docontrrio,asvariaesao longodoperfildificilmenteseroperceptveis,poroutrolado,sendoaescalaverticalmuito grandeorelevoficariademasiadamenteexagerado,descaracterizando-o.Arelaoentreas escalas horizontal e vertical conhecida como exagero vertical. Para uma boa representao do perfil, pode-se adotar para a escala vertical um n 5 a 10 vezes maior que a escala horizontal. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 53Assim, se H = 50.000 e V = 10.000, o exagero vertical ser igual a 5. 3.4.2.6.2 Desenho do Perfil Topogrfico Em um papel milimetrado traa-se uma linha bsica e transfere-se com preciso os sinais para essa linha. Levantam-se perpendiculares no princpio e no fim dessa linha e determina-se uma escala vertical. Querseguindo-seaslinhasverticaisdomilimetrado,levantando-seperpendicularesdos sinaisdalinha-base,marca-seaposiodecadapontocorrespondentenaescalavertical.Em seguida, todos os pontos sero unidos com uma linha, evitando-se traos retos. Alguns cuidados devem ser tomados na representao do perfil: - Iniciar e terminar com altitude exata. - Distinguir entre subida e descida quando existir duas curvas de igual valor. - Desenhar cuidadosamente o contorno dos picos, se achatados ou pontiagudos. Perfil topogrfico Fonte: IBGE GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 543.5. Aquisio de Mapas Devidosuasdimensesterritoriais,oBrasilaindanoesttotalmentemapeadonaescala 1:250.000.Nocasodeescalasmaiores,esteproblemaaumentaproporcionalmentedevidoao detalhamento e, portanto aos custos necessrios para este mapeamento. Contudo, ultimamente o acessoaoacervodemapasdisponveis,produzidospeloIBGE,estcadavezmaisfacilitado, graas a Internet. Para se adquirir mapas em papel (formato analgico), basta visitar alguma loja do IBGE e adquirirumacpiadomapa.Seautilizaododocumentofordiretamentesobreopapel,o problemadousurioestresolvido.Porm,seousuriodesejarutilizaromapaemambiente computacional, ser necessrio digitalizar o mesmo, isto pode ser feito utilizando-se scanners ou mesasdigitalizadoras,esteprocessogeralmentelentoeonerosodevidoasetapasde vetorizaoeedio.Pararesolveresteproblema,atualmenteoIBGEvemdisponibilizando mapas em formato digital gratuitamente na Internet. Paraadquirirgratuitamenteos mapas digitais disponibilizados pelo IBGE, o usuriodeve acessar o site do IBGE atravs do seguinte endereo http://www.ibge.gov.br/home/, em seguida necessrio clicar em Geocincias/Cartografia. Adquirindo mapas digitais pela Internet Passo 1 GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 55Apsisso,ousuriodeveacessarolinkProdutossobaopoMapeamento Topogrfico, conforme pode-se observar na figura seguinte: Adquirindo mapas digitais pela Internet Passo 2 Opassoseguinteacessaroconededownload,naformadeumdisquete,localizado logoafrentedeCartasTopogrficasVetoriaisdoMapeamentoSistemtico.Aoclicar sobreodisquete,abertaoutratelaparaqueousurioforneaseue-mail(Passo4),casoo usurionoestejacadastradonositedoIBGE,omesmodeverfazerseucadastro,paraento conseguir acessar os mapas (Passo 5). Parapreencherocadastroousuriodeverpossuirumendereodee-maileento preencherpelomenostodososcamposassinaladoscomumasteriscovermelho.Depoisde cumpridaestaetapa,ousuriopoderealizaraaquisiogratuitadequalquermapa,nasescalas 1:25.000, at 1:250.000. Cada carta acessada pelo nome da regio mapeada e ento um arquivo compactado (ZIP) acessado para aquisio. Aps isso, o usurio deve descompactar o arquivo e ento utilizar os arquivos da carta em um programa de computao grfica, tal como ArcView, Spring, Microstation, Geomedia, Bentley View, etc. GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 56 Adquirindo mapas digitais pela Internet Passo 3 Fornecendo e-mail ou iniciando o cadastro Passo 4 GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 57 Preenchimento do cadastro Passo 5 GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 584.Superfcies de referncia usadas em cartografia. ParasemapearasuperfciedaTerra,antesnecessrioconhecerasuaformae dimenses.Sabe-sequeaTerraumcorpoesfricoirregularequenopossuiumadescrio geomtrica. Ento necessria a utilizao de modelos adequados para sua descrio de acordo com os objetivos pretendidos nos levantamentos e mapeamentos. 4.1Superfcie de referncia geoidal Ogeidedefinidocomoumasuperfcieequipotencial(potencialgravitacional constante)materializadapelonvelmdiodosmares.Aforadagravidadequegeraessa superfcieequipotencialresultantedeumainteraoentremassas.Sabe-sequeexisteuma relaodiretaentreamassaeadensidadedeumcorpo,equeexisteumagrandevariaona constituio densimtrica dos materiais que constituem a parte interna do globo terrestre.Deste modo,essasuperfcieequipontecialnoapresentaumaformaregular.Haindaquese considerar, a questo dos corpos celestes que interagem com o campo gravitacional, provocando variaes constantes nesta superfcie.Algunsautoresdefinemcomosendoaformadogeideaquecorrespondeaformada Terra real.Contudo, como essa superfcie no tem uma definio geomtrica, este postulado no temmuitosentido,quandooobjetivo,estanabuscadeummodeloparaomapeamento.No obstante, esta superfcie extremamente importante no estabelecimento das altitudes. 4.2 Superfcie de referncia esfrica Se a rea a ser mapeada for extensa mostrando continentes ou a superfcie total da Terra, adota-se o modelo esfrico para a superfcie da Terra. Esta modelo implica em: Levantamento :Geodsia Clculos:Trigonometria esfrica Uso:mapas de formato pequeno mostrando grandes pores da superfcie terrestre Escala :escalas pequenas no maiores que 1:5.000.000 Mapas:Utilizao de projees cartogrficas Monte EveresteFossa das Marianasnvel mdiodos maresTerra esfrica Modelo reduzido 9 Km 11 Km6 cm0,2 mm6.378 kmGEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 594.3 Superfcie de referncia elipsoidal Se a rea a ser levantada e mapeada no for pequena e nem muito extensa, o modelo que melhorrepresentaasuperfciedaTerra o elipsidederevoluo,quepossuiumaformulao matemticarazoavelmentesimples.Nestemodelamentoleva-seemcontaoachatamentodos plos. O elipside de revoluo definido pelos seus semi-eixo maior (a) e menor (b) ou pelo semi-eixo maior e o achatamento (f). Por exemplo :a=6.378 km b=6.356 km f=1/298,25 onde : ab af= Este modelo implica em: Levantamento :Geodsia Clculos:GeodsicosMedidas:Reduzidas ao elipside de revoluo Uso:cartas topogrficas (mapeamento sistemtico), nuticas, aeronuticas. Escala :mdias (1:1.000.000 a 1:5.000) Mapas:Utilizao de projees cartogrficas Independentementedomodeloadotado,tantooesfricocomooelipsidicopossuem vrias propostas para os seus parmetros definidores (raio e semi-eixos maior e menor). aabGEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 604.4O relacionamento entre as superfcies fsica, geoidal e elipsoidal. EmboraseutilizemmodelosgeomtricosparadescreverasuperfciefsicadaTerrana tarefademapeamento,asmediessoexecutadasnasuperfcietopogrfica,ousimplesmente fsica. importante ento, definir-se alguns elementos deste relacionamento. Na figura aparecem as superfcies fsica (SF), elipsoidal (SE) e geoidal (SG). A separao entre as superfcies elipsoidal e geoidal recebe o nome de ondulao do geide e representado pela letra N. ImaginemosumpontoPnasuperfciefsicasendoprojetadosegundoadireoda vertical(linhadeprumo)edadireodanormal(retaortogonal asuperfciedoelipside).As duasprojeesgeramospontosPeP.Aosegmento ' PPcorrespondeaaltitudeortomtrica (H), e ao segmento " PP corresponde a altitude geomtrica ou elipsoidal (h). O ngulo formado entreaverticaleanormaldefinidocomodesviodavertical(i).Estengulodaordemdo segundo e deste modo possvel se fazeruma relao entre as superfcies sem incorrer em erro significativo. N H h + = S.F.S.E.S.G.v nHhiPPPNGEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 615.Geometria do Elipside. O elipside de revoluo a forma geomtrica obtida pela rotao de uma semi-elpse ao redordeseueixomenor.Porserumadasformasgeomtricasutilizadasnasoperaesde mapeamento, o estudo da sua geometria extremamente importante. Umelipsideficaperfeitamentedefinidopelosseussemi-eixosmaior(a)emenor(b). Entretanto em geodsia comum se estabelecer a definio pelo semi-eixo maior (a) associado aoachatamento(f).Arelaomatemticaqueestabeleceovnculoentreestasgrandezasesta explicitada na seguinte equao.

ab af=Umoutroelementoimportantenoestudodoelipsideaexcentricidade,que pode ser dividida em primeira e segunda. Estes valores so calculados pelas seguintes equaes: 22 22ab ae=ou 2 22 f f e =(primeira excentricidade) ; e

22 22'bb ae= (segunda excentricidade). Analogamenteexcentricidadepodeseestabelecerosegundoachatamentoque definido pela seguinte equao: bb af= 'Existem outras relaes que devem ser conhecidas. Na figura ao lado, observa-se um ponto P na superfcie doelipside.Porestepontopassaaretanormal (ortogonal ao plano tangente em P) que cruza o eixo de rotaonopontoO.EstamesmaretageraopontoQ quando cruza o plano do equador, formando um ngulo (latitude) com este. Ao segmentoOPda-se o nome de grandenormalereferencia-sepelaletraN;eao segmentoQP da-seonomedepequenanormale representa-se pelo smbolo N. PPNPSEquadorNormalNN'oQGEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 62O clculo destas quantidades feito pelas seguintes equaes: 2 21 sen eaN= e ( )21 ' e N N = 5.1 Raios de curvatura do elipside de revoluo. Ao contrrio da esfera que possui apenas um raio de curvatura, o elipside de revoluo por possuir semi-eixos maior e menor, tem a sua curvatura variando entre os valores mximo (a) emnimo(b).Portantonecessrioqueseconheaaformulaomatemticaquepermitao clculo destes raios de curvatura para qualquer ponto da superfcie elipsidica. Existem infinitos planos que contm a reta normal. Cada um deles, ao cruzar o elipside de revoluo, gera o que se denomina seo normal. A cada uma destas sees, corresponde um raio de curvatura diferente. Entretanto, apenas dois so de especial interesse, o raio de curvatura daseo1verticaleoraiodaseomeridiana.Aoprimeirocorrespondeoraiomximoeao segundo o raio mnimo. Numericamenteoraiodaseo1verticalequivalenteaovalordagrandenormale utilizaamesmaformulaoparaoseuclculo.Noentantooraiodecurvaturadaseo meridiana calculado pela equao: ( )32 221) 1 ( sen ee aM= A juno destes dois valores nos permite calcular o raio mdio de curvatura. M N R =0 e atravs do teorema de Euler, o raio de curvatura de uma seo normal qualquer

NsenM R 2 2cos 1+ = onde : azimute da seo meridiana GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 63Noelipsidederevoluoosparalelossocircunfernciaseoraiocalculadopela equao: cos N r =

Almdestesvalores,pode-senecessitarconhecerocomprimentodeumarcode meridiano, a rea de um setor elptico ou a de um quadriltero elptico. Pela constante variao da curvatura, a determinao das frmulas no trivial, e exige a adoo de desenvolvimento em srie.5.2Comprimento de um arco de meridiano (S) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ] 10 sen 10 sen1018 sen 8 sen816 sen 6 sen614 sen 4 sen412 sen 2 sen21) ( [ ) 1 (1 2 1 2 1 21 2 1 2 1 22L + + = F E DC B A e a S onde : L6553643659

1638411025

256175

6445 43110 8 6 4 2+ + + + + + = e e e e e AL6553672765 20482205 512525

1615

43 10 8 6 4 2+ + + + + = e e e e e BL1638410395 40962205 256105

6415

10 8 6 4+ + + + = e e e e CL13107231185 2048315

51235

10 8 6+ + + = e e e DL655363465

16384315

10 8+ + = e e EL131072693 10+ = e F5.3rea de um setor elipsidico (A) PPNPSEquadorNormaloNrGEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 64 | | L + =m m mC B A A 5 cos 5 sen ' 3 cos 3 sen ' cos sen ' b 4221 onde : 21 2 = e 21 2 +=m L25663

2835

165

83 231 '10 8 6 4 2+ + + + + + = e e e e e AL25645 19235 163

163

61'10 8 6 4 2+ + + + + = e e e e e BL51245 645 161

803 '10 8 6 4+ + + + = e e e e C 5.4rea de um quadriltero elipsidico (T) ( ) L + + =m m mC B A b T 5 cos 5 sen ' 3 cos 3 sen ' cos sen ' 22 onde :

21 2 = PNPSEquador12APNPSEquador12T 2 1GEORREFERENCIAMENTO DE IMVEIS RURAIS Cartografia Geral 655.5Aproximao esfrica. Em alguns problemas o clculo atravs de uma aproximao esfri