Apostila Completa Contabilidade Basica (2)

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Contabilidade Bsica Profa. Vanda Cristina ([email protected])

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APOSTILA CONTABILIDADE GERAL

PROFA. VANDA CRISTINA

Contabilidade Bsica Profa. Vanda Cristina ([email protected])

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Bacharel em Cincias contbeis, especialista Gesto em Negcios, professora nvel Universitrio e Tcnico nas matrias de Contabilidade Geral, Comercial, Gerencial, tica Profissional e Administrao de Condomnios (Tem outras matrias: Teoria da Contabilidade, Clculos Trabalhistas, Auditoria, Tributria). Contadora, Analista Administrativa e Financeira em empresas de mdio porte.

A proposta deste trabalho oferecer um conhecimento especialmente voltado aos que iniciam no estudo de Contabilidade Geral. O aluno encontrar uma linguagem simples que o levar a um melhor desempenho e compreenso da matria. Assim Contabilidade Geral fica mais fcil.

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SUMRIO

CAPTULO 01 - INTRODUO A CONTABILIDADE. 1.1 Introduo..............................................................................................................................................01 1.2 A Contabilidade No Brasil.....................................................................................................................04 1.3 Conceitos E Finalidade..........................................................................................................................06 1.4 Aplicao E Funo...............................................................................................................................06 1.5 Tcnicas Contbeis ...............................................................................................................................07 1.6 Usurios Da Informao Contbil.........................................................................................................08 1.7 reas De Atuao Em Geral.................................................................................................................09 CAPTULO 02 PATRIMNIO 2.1 Introduo..............................................................................................................................................11 2.2 Bens, Direitos E Obrigaes..................................................................................................................12 2.3 Ativo......................................................................................................................................................12 2.3.1 Bens .................................................................................................................................................13 2.3.2 Direito..............................................................................................................................................16 2.4 Passivo...................................................................................................................................................19 2.4.1 Obrigaes.......................................................................................................................................19 2.5 Abordagem Conceitual Do Patrimnio..................................................................................................21 2.5.1 Aspecto Quantitativo.......................................................................................................................21 2.5.3 Aspecto Qualitativo........................................................................................................................22 2.6 Representao Grfica Do Patrimnio..................................................................................................22 CAPTULO 03 - PATRIMNIO LQUIDO 3.1 Introduo..............................................................................................................................................23 3.2 Formao Do Patrimnio Lquido ........................................................................................................23 3.2.1 Capital..............................................................................................................................................24 3.3 A Representao Algbrica Do Patrimnio...........................................................................................25 3.4 Situao Lquida Patrimonial.................................................................................................................25 CAPTULO 04 - BALANO PATRIMONIAL 4.1 Introduo..............................................................................................................................................27 4.2 Ativo......................................................................................................................................................28 4.2.1 Ativo Circulante.................................................................................................................................28 4.2.2 Ativo No Circulante..........................................................................................................................29 4.3 Passivo...................................................................................................................................................30 4.3.1 Passivo Circulante...............................................................................................................................30

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4.3.2 Passivo No Circulante.......................................................................................................................30 4.4 Patrimnio Lquido................................................................................................................................31 4.5 Atos E Fatos Administrativos................................................................................................................32 CAPTULO 05 - DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO 5.1 Introduo..............................................................................................................................................33 5.2 Contas De Resultado..............................................................................................................................33 5.2.1 Receitas...............................................................................................................................................33 5.3 Dedues: Descontos Concedidos E Devolues E Impostos...............................................................33 5.3.1 Devolues..........................................................................................................................................33 5.3.2 Dedues.............................................................................................................................................35 5.3.3 Impostos Incidentes Sobre Vendas.....................................................................................................35 5.4 Custo Dos Produtos Vendidos E Dos Servios Prestados.....................................................................35 5.5 Despesas.................................................................................................................................................36 5.5.1 Despesas Operacionais........................................................................................................................36 5.6 Estrutura Do DRE....................................................................................................................................38 CAPTULO 06 - BALANCETE DE VERIFICAO 6.1 ntroduo...............................................................................................................................................40 6.2 Balancete De Vrias Colunas................................................................................................................41 CAPTULO 07 - PLANO DE CONTAS 7.1 Introduo..............................................................................................................................................42 7.2 Estrutura De Um Plano De Contas........................................................................................................43 7.3 Elaborao De Um Plano De Contas.....................................................................................................43 CAPTULO 08 - CONTABILIZAO DAS CONTAS 8.1 Introduo..............................................................................................................................................44 8.2 Representao Grfica Das Contas.......................................................................................................44 8.3 Mtodo De Escriturao........................................................................................................................44 8.4 Lanamentos A Dbito E A Crdito Das Contas..................................................................................45 8.5 Frmulas De Lanamentos....................................................................................................................46

REFERNCIA BIBLIOGRFICA.................................................................................47

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INTRODUO A CONTABILIDADE

Objetivos: Ao final deste captulo, o aluno ter condies de: Conhecer os objetivos e as funes da contabilidade; Entender seu objetivo e aplicabilidade; Reconhecer os principais usurios da contabilidade; Entender a importncia da contabilidade.

1. INTRODUO

A Contabilidade um dos mais antigos ramos do conhecimento. Existe desde o inicio da civilizao e no surgiu em funo de qualquer tipo de legislao fiscal ou societria; surgiu da necessidade do homem em controlar seu patrimnio, antes mesmo que este soubesse escrever, utilizavam desenhos, figuras, imagem para identificar o que obtinham. J foram encontrados em vrios stios arqueolgicos, vestgios como pequenos artefatos de barros, chamados de fichas datados de 8000 a 3000 a.C., segundo Santos [et al] (2003: p.17), as fichas de barros (de diferentes formatos), foram usadas como forma de representao de mercadoria. Aps essa data, elas passaram a ser preservadas em envelopes de barro, sendo que cada ficha representava uma unidade de mercadoria, bem como uma dvida de uma pessoa com outra. Neste contexto pode-se notar que j se contabilizava o ativo e o direito de contas a receber. 1

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Um grande passo para humanidade foi a inveno, pelos fencios em 1100 a.C., da escrita alfabtica, base do conhecimento que hoje temos. Por volta do sculo II foram encontrados registros contbeis, onde se nota que os agricultores pagavam aos coletores de impostos com cereais e linhaa, pela utilizao da gua para irrigao, a eles eram dados recibos que eram emitidos pelos coletores, por meio de desenho, nas paredes de suas casas, de recipientes de cereais. Em 431 d.C, Bagd, tornou-se o centro do conhecimento. Nessa poca, surgiu o conceito de zero, e junto com ele o sistema numrico existente atualmente, descoberto na escola de astrologia de Bagd pelo maior matemtico rabe Musa Al-Khawarizmi, bibliotecrio do califa Al-Mansur. No final do sculo XI, o comrcio foi impulsionado principalmente entre as cidades italianas e o Oriente. A negociao individual foi sendo substituda por meio de representantes. Surgiu nesta fase uma sociedade denominada commenda. Esse fato foi marcante para histria da Contabilidade, surgia o postulado da entidade, separando a pessoa jurdica da fsica, uma vez que essa relao exigia uma prestao de contas ao final da viagem para que se dividisse o lucro obtido. A evoluo contbil acompanhada de perto pelo crescimento econmico. Isso fica ntido pelo histrico da revoluo comercial ocorrida aps o sculo VII, o mercantilismo e o surgimento da burguesia, como exemplo. Ningum sabe ao certo quando foi introduzida a utilizao do sistema das partidas dobradas; mas uma das primeiras manifestaes foi por volta de 1340, na cidade de Gnova, Um outro manuscrito foi encontrado em Florena. Mas foi em 1494 na cidade Veneza o centro do comrcio mundial da poca e com as principais tipografias que foi impresso a primeira obra de mtodo de registro contbil de Partidas Dobradas pelo Frei Luca Pacioli.. Mas foi na Itlia com a obra La contabilit, de Francesco Villa que a contabilidade foi 2

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reconhecida oficialmente. Vrias escolas e correntes de pensamentos se estabeleceram, para melhor estudar o verdadeiro objeto da Contabilidade e seus aspectos predominantes. E conforme S (2002: p.33) Inicia-se, ai, ento, outro perodo marcante da histria da cincia contbil e que o das doutrinas. As correntes doutrinarias seriam muitas e receberiam como denominao o que imaginavam ser matria e o objetivo predominante de estudos da contabilidade. Que a contabilidade evoluiu com a humanidade h um consenso entre os autores, mas o mesmo no acontece quanto natureza terica e doutrinaria da Contabilidade. Alguns pensadores contbeis defendem a Contabilidade como tcnica ou arte, outros como cincia, conforme Franco (1997: p.19):A contabilidade, desde seu aparecimento, como conjunto ordenado de conhecimentos, com objeto e finalidades definidas, tem sido considerada como arte, como tcnica ou como cincia de acordo com a orientao seguida pelos doutrinadores ao enquadra-la no elenco das espcies do saber humano.

Logo, S (2002: p.23), identifica a causa de encontrarmos pessoas que entendem a Contabilidade como uma Cincia exata. Na antiguidade, o conhecimento contbil estava limitado ao do registro e suas normas, mas j era aprimorado e tambm ensinado nas escolas, juntamente com os clculos matemticos; Todavia Iudicibus (2000: p.35) j esclarece esta dvida, afirmando: A contabilidade no uma cincia exata. Ela uma Cincia social, pois a ao humana que gera e modifica o fenmeno patrimonial; embora se utilize mtodo quantitativo em suas vrias ramificaes. A Contabilidade ainda est em evoluo, assim como a humanidade, e precisa como cincia, acompanhar os avanos tecnolgicos inserindo novos dimensionamentos para atender plenamente sua finalidade bsica: informaes de carter scio-econmicas e decisrias.

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1.2 A CONTABILIDADE NO BRASIL A Contabilidade formata-se em concordncia com o ambiente no qual opera. Como as naes tm histrias, valores, e sistemas polticos diferentes, elas tambm tm padres diferentes de desenvolvimento financeiro-contbil. A Contabilidade no Brasil no

integralmente, como a de outros pases. De fato, o que se observa a diversidade, pois os sistemas e mtodos contbeis diferem muito em cada pas, devido principalmente a sua cultura e ao seu desenvolvimento econmico. O desenvolvimento de cada cincia est intimamente ligado ao desenvolvimento econmico de uma nao. Esta diversidade uma pequena parte da variedade de ambientes empresariais ao redor do mundo e a Contabilidade tem se mostrado sensitiva e relevante, tambm sob esse foco. interessante notar que quando o ambiente empresarial dos pases similar, seus sistemas financeiro-contbeis tambm tendem a ser similares. A Contabilidade no Brasil teve seu incio formal no Imprio com a edio do cdigo comercial brasileiro, sancionado pelo imperador D. Pedro II em 1850. O Brasil foi um dos primeiros pases a ter um estabelecimento de Ensino Superior de Contabilidade, a Escola de Comrcio lvares Penteado, criada em 1902, a primeira escola especializada no ensino da Contabilidade denominado Escola Prtica de Comrcio. O Brasil sofreu forte influncia da corrente italiana primeiramente, at a antiga lei das sociedades Annimas, sem perder os traos de uma escola verdadeiramente brasileira. Por volta de 1920 a 1940 cada empresa comercial ou industrial (naquele tempo no se falava "empresa", dizia-se "firma") tinha o seu "guarda-livros", geralmente um homem bem intencionado, mas de pouca formao tcnica, sem haver freqentado escolas ou cursos de especialidade, aprendera pela prtica ou pelo empirismo. O guarda-livros fazia tudo: a Contabilidade da firma, a sua escriturao, a sua correspondncia, os seus contratos e distrato, 4

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preenchiam os cheques, fazia pagamentos e recebimentos, em fim era o "facttum". Era o tempo em que se predominavam as prticas. Os guarda-livros prestaram muitos servios dentro de suas limitadas possibilidades. Foi com a instalao do curso de Cincias Contbeis e Atuariais pela Faculdade da USP em 1946, que o Brasil ganhou seu primeiro ncleo efetivo, embora modesto, de pesquisa contbil nos modelos norte-americanos, ou seja, com professores em regime de servio integral, dedicando-se ao ensino e a pesquisa, produzindo trabalhos especficos de carter cientfico, portanto de grande importncia para a contabilidade. Entre os grandes mestres da cincia brasileira, podemos citar Francisco D'Auria e Frederico Hermann Jr., que embora tambm causasse grandes efeitos, como o caso do primeiro deles, considerado "mais brasileiro" entre os mais ilustres da poca, suas obras se perdiam em qualidade por serem por demais longas e poucos conclusivas. Em 1972 o Brasil teve um grande avano com a Resoluo n 220 e da circular 179 do Banco Central, que instituiu os Princpios de Contabilidade Geralmente Aceitos. O CFC emitiu em 1981 a Resoluo n. 530/51, cuja NBC-T-1, formulando os princpios fundamentais de contabilidade, tendo em vista, segundo Santos [et al] (2003: p.34), a necessidade de fixar os princpios de contabilidade vigentes no Brasil. Essa instruo declarou no haver uniformidade em relao aos princpios contbeis. O termo Fundamental foi escolhido por acerto semntico e, secundariamente, por haver encontrado acolhido por muitos paises e entidades de relevo. Em razo dessa resoluo os princpios passaram a ser, compulsoriamente, denominados Princpios Fundamentais de Contabilidade. Segundo o CFC, os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam o ncleo central da prpria Contabilidade, em sua condio de cincia factual social, sendo a ela inerentes. Os princpios constituem sempre os alicerces de uma cincia, revestindo-se dos atributos de universalidade e veracidade, conservando validade em qualquer circunstncia. 5

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1.3 CONCEITOS E FINALIDADE

Contabilidade a cincia social que tem por objeto o patrimnio das entidades e por objetivo o controle desse patrimnio, com finalidade de fornecer informaes a seus usurios. CONTABILIDADE Objetivo controlar do patrimnio objeto patrimnio finalidade fornecer informaes

A finalidade da contabilidade, que tambm pode ser entendida como o seu principal objetivo, fornecer informaes s pessoas ou entidades interessadas na situao patrimonial e econmica da entidade, bem como aferio de sua capacidade produtiva. Quando falamos em situao patrimonial de uma entidade, estamos nos referindo aos seus BENS, DIREITOS E OBRIGAES. Quando falamos em situao econmica, estamos nos referindo ao seu resultado, isto , no seu LUCRO ou PREJUZO.

1.4 APLICAO E FUNO

O campo aplicao da Contabilidade se estende a todas as entidades que possuam patrimnio, sejam pessoas fsicas ou jurdicas, de fins lucrativos ou no. Tais entidades so unidades econmicoadministrativas, cujos objetivos podem ser sociais ou econmicos. Dentro desta viso, estudamos duas pessoas de direito ou entidade que determinam a melhor origem do estudo entre elas: Pessoa fsica = individuo comum: a pessoa natural; todo individuo, desde o nascimento at a morte; a personalidade civil da pessoa que comea no nascimento. Para exercer atividade econmica, a pessoa fsica pode atuar como autnoma ou como scia da empresa. 6

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Pessoa jurdica = entidade empresarial: a entidade abstrata com existncia e responsabilidade jurdica, como uma associao, empresa ou companhia, legalmente autorizada. Pode ser de direito pblico (Unio, Autarquias) ou de direito privado (empresas, associaes). De acordo com a Deliberao da Comisso de Valores Mobilirios (CVM) n.29, a contabilidade e deve ser um instrumento gerencial de tomada de deciso. Na verdade, ela coleta e registra todos os dados econmicos mensurados monetariamente que so transformados em relatrios. A contabilidade tem duas funes: Funo Administrativa controlar o patrimnio da entidade, tanto sob o aspecto esttico (controlar sua posio em dado momentofazer o balano), quanto dinmico (controlar suas mudanas quantitativas e qualitativas). Funo Econmica - apurar o resultado (lucro ou prejuzo) da entidade. Para executar tais funes a contabilidade utiliza de: Coleta de dados levantamentos que ocorrem dentro da empresa. Registro dos dados registro dos fatos contbeis. Esse registro feito em ordem cronolgica, o que d contabilidade caracterstica de verdade histria do patrimnio. Relatrios com base nos registros realizados, expomos periodicamente, por meio de demonstrativos, a situao econmica, financeira e patrimonial.

1.5 TCNICAS CONTBEIS

Escriturao visa ao registro de todos os fatos contbeis, ou seja, fatos que afetam o patrimnio da entidade, sendo tais fatos registrados em livros prprios (livros de escriturao).

Demonstraes Contbeis (Ou Demonstraes Financeiras) constituem quadros tcnicos que evidenciam a situao patrimonial, econmica ou financeira da entidade.

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Auditoria visa verificao da fidelidade das informaes contbeis, detectando erros ou fraudes e, por fim, emitindo um parecer ou relatrios sobre as informaes fornecidas pelo sistema contbil e controles internos da entidade auditada.

Analise Das Demonstraes Contbeis visa interpretao da situao econmica e financeira da entidade, bem como do seu desempenho operacional, atravs da anlise e interpretao das demonstraes contbeis. Obs: de acordo com o artigo da Lei 6.404/76, as demonstraes contbeis so elaboradas ao fim do exerccio social, com base na escriturao mercantil da empresa. De acordo com o artigo 175, o EXERCCIO SOCIAL, o perodo que tem a durao de 1 ano e a data do termino ser fixada no estatuo da companhia. Normalmente, tal perodo coincide com o ano-calendrio. Assim, na maioria dos casos, as demonstraes contbeis das empresas se referem data de 31 de dezembro.

1.6 USURIOS DA INFORMAO CONTBIL

Os usurios so as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situao da empresa e buscam nos instrumentos contbeis as suas respostas. Gerentes: para a tomada de decises; Funcionrios: com interesse em pleitear melhorias; Diretoria: para a execuo de planejamentos organizacionais. Bancos: interessados nas demonstraes financeiras a fim de analisar a concesso de financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital emprestado; Governo: que necessita obter informaes sobre as receitas e as despesas para poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributao; Fornecedores: interessados em conhecer a situao da entidade para poder continuar ou no as transaes comerciais com a entidade, alm de medir a garantia de recebimento futuro;

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1.7 REAS DE ATUAO EM GERAL

Diante de uma grande gama de atuaes diferenciadas no mercado de trabalho, podemos afirmar que a funo primordial do contador produzir e gerenciar informaes aos seus usurios de forma clara e objetiva, auxiliando-o nas tomadas de decises. Porm no Brasil, a imagem do contador, principalmente para as pequenas empresas, ainda esta voltada excessivamente a atender o fisco. Quanto categoria, ainda temos no Brasil a figura do Tcnico em contabilidade (para os formandos at 2003), que aquele que cursou a Contabilidade em nvel Tcnico. Esses podem legalmente ser responsveis pela Contabilidade das empresas, com algumas restries legais. Porm o aluno que opta em cursar o nvel universitrio de Cincias Contbeis tem inmeras alternativas: Conforme Iudicibus (2000: p.44-46): O Contador o profissional que exerce as funes contbeis e poder se especializar em Contabilidade Financeira, Custos ou Gerencial; Auditor Que executa a verificao da exatido dos procedimentos contbeis, podendo ser auditor independente ou auditor interno. Analista financeiro Analisa a situao econmico-financeira da empresa por meio de relatrios fornecidos pela Contabilidade. Perito Contbil A percia judicial motivada por uma questo judicial, solicitada pela justia. Consultor Contbil A consultoria, em franco desenvolvimento em nosso pas, no se restringe especificamente parte contbil e financeira, mas tambm e aqui houve um 9

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grande avano a profisso consultoria fiscal, na rea do comrcio exterior, etc. Professor de Contabilidade Exerce o magistrio de 2.grau ou de faculdade (neste caso h necessidade no mnimo de ps-graduao), no s na rea Contbil, como tambm em cursos de Cincias Econmicas, de Administrao, etc. Pesquisador Contbil Para aqueles que optaram pela carreira universitria, e que normalmente dedicam um perodo maior universidade, h um campo pouco explorado no Brasil, ou seja, a investigao cientfica na Contabilidade. Cargos Pblicos Em muitos concursos, tais como para Fiscal de Renda, tanto na rea Federal como na Estadual e na Municipal. Cargos Administrativos O Contador um profissional gabaritado para tais cargos, pois, no exerccio de sua atividade, entra em contato com todos os setores da empresa. H ainda outras reas ainda ocupadas pelo Contador: Investigador de Fraude, Escritor, Parecerista, Avaliador de Empresas, Conselho Fiscal, Mediao e Arbitragem etc. Em 1946 pelo Decreto-Lei n.9.295, foi criado com a finalidade de fiscalizao do exerccio da profisso de contabilista, o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade e foram definidos tambm as atribuies e prerrogativas da profisso em cada categoria, formalizada atravs da Resoluo do C.F.C de n.560/83.

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PATRIMNIO

Objetivos: Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de: Entender o que Patrimnio; Definir componentes do patrimnio; Conceituar ativo, passivo e patrimnio liquido;

2.1 INTRODUO

Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de pessoa fsica ou jurdica avaliveis em moeda. Para facilitar o entendimento sobre o que patrimnio, responda quanto valeria sua empresa nas seguintes condies: 1) Se sua empresa tivesse apenas dinheiro no valor de R$15.000,00; 2) Se tivesse alm do dinheiro, contas a receber no valor de R$10.000,00, seu valor seria de R$ 25.000,00 (soma do dinheiro com a contas a receber); e 3) Finalmente houvesse, alem do dinheiro e contas a receber, uma dvida com um fornecedor no valor de R$ 5.000,00, ento R$ 20.000,00 seria seu valor final. Agora separamos os itens que so da empresa (dinheiro) e os que ela tem a receber dos valor que tem a pagar, e a diferena ser o quanto realmente vale a sua empresa, assim: DINHEIRO CONTAS A RECEBER FORNECEDORES DIFERENA 11 15.000,00 10.000,00 (5.000,00) 20.000,00

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Podemos observar que a riqueza liquida de uma empresa ou pessoa fsica, calculada pela somatria dos valores positivos (bens e direitos) menos os valores negativos (obrigaes). Dessa forma, podemos definir que tudo que a empresa possui faz parte de seu patrimnio.

2.2 BENS, DIREITOS E OBRIGAES

O patrimnio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominados ativo, e de uma parte com valor negativo denominada passivo. O ativo formado pelos bens e direitos e o passivo pelas obrigaes. O excesso do ativo sobre o passivo o capital, conhecido como patrimnio lquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo, resultando na equao patrimonial.

2.3 ATIVO Representa a parte dos valores positivos do patrimnio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade. Os elementos que compe o ativo so revestidos de algumas caractersticas especiais, tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefcios econmicos para a entidade, devem ser um recurso econmico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma entidade contbil e devem ser mensurveis monetariamente. Assim, todo o elemento ativo que no seja mais til entidade e, portanto tenha perdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa, no deve ser classificado como um elemento ativo. Existem entidades que apresentam de 10 a 15% do seu ativo totalmente obsoleto, no tendo nenhuma utilidade, devendo ser excludo do patrimnio.

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2.3.1

BEM

qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliado economicamente. Os bens so divididos em: tangveis que representam os bens materiais (tm forma fsica e so palpveis) e intangveis que tm como principal caracterstica inexistncia como coisa e seu valor vinculado a um bem tangvel ou a uma determinada situao da empresa (so incorpreos e no palpveis). Ex: bens tangveis: destinados instalao (prdios, terrenos, mveis e utenslios), destinados produo (mquinas, equipamentos, instrumentos e acessrios), destinados transformao (matria-prima, material secundrio e material para embalagem), destinados ao consumo (material de escritrio, material de limpeza e selos postais), destinados circulao (dinheiro, dinheiro em bancos e aplicaes financeiras) e destinados venda (mercadorias e produtos comprados para revenda). Ex: bens intangveis: marcas de comrcio e patentes de inveno. O Cdigo Civil Brasileiro distingue os bens em: mveis que so os que podem ser movidos por si prprios ou por outras pessoas, tais como: animais, mquinas, equipamentos, estoques de mercadoria, entre outros, e bens imveis que so os vinculados ao solo e que no podem ser retirados sem destruio ou danos, tais como: edifcios, rvores, entre outros. BENS NUMERRIOS (ou disponibilidade) Caixa

Banco conta movimento Aplicaes de Liquidez imediata Numerrios em transito

Todos os nomes que representam elementos patrimoniais (bens, direito ou obrigaes) so chamados de contas. As DISPONIBILIDADES representam dinheiro em espcie ou equivalente.

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A conta CAIXA representa o dinheiro existente no cofre da empresa, no s em espcie, mas tambm de terceiros no depositados no banco, vale-refeio, valetransporte.

A conta BCM (Banco conta movimento) representa o dinheiro da empresa ou cheques de terceiros depositados no banco. A conta APLICAES DE LIQUIDEZ IMEDIATA representa o dinheiro aplicado no mercado financeiro em curtssimo prazo, sendo a diferena entre o valor aplicado e o valor resgatado RECEITA FINANCEIRA.

A conta NUMERRIO EM TRANSITO pode representar, por exemplo, dinheiro remetido para filiais em espcie, em cheques, em ordens de pagamentos, etc. BENS DE VENDA Mercadoria (estoque) Matrias-primas Produtos em Fabricao Produtos prontos empresa industrial empresa comercial

H estoques que no constituem, como por exemplo, estoque de MATERIAIS DE EXPEDIENTE. Tais bens no sero vendidos e sim consumidos. Um vez consumos, sero considerados DESPESAS. Caso a empresa trabalhe com pouca quantidade desses materiais, mesmo que no sejam de imediato consumidos, podero ser considerados como despesas e no como estoques.

A diferena entre MERCADORIA e PRODUTOS PRONTO que a primeira adquirida de um fornecedor para posterior revenda, e o segundo fabricado a partir das matrias-primas para posterior venda. Desta forma, uma empresa comercial vende MERCADORIAS e uma empresa industrial vende PRODUTOS.

As MATRIAS-PRIMAS so consideradas bens de venda, no porque sero vendidas, mas sim porque sero transformados em produtos prontos, os quais sero vendidos.

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Os PRODUTOS EM FABRICAO( ou Produtos em Elaborao ou Produtos em Processos) so considerados bens de venda de uma empresa industrial, pois, aps acabados, sero vendidos. BENS DE USO Imveis Terrenos Moveis e Utenslios Veculos Maquinas e Equipamentos Computadores e Terminais Instalao Marcas e Patentes Fundo de Comrcio Luvas Concesses Obtidas, Etc. Bens Intangveis (Bens Imateriais). Bens Tangiveis (bens Materais)

Bens TANGVEIS so aqueles que tem existncia concreta (material), ao passo que bens INTANGVEIS so aqueles que tem existncia abstrata (material). Assim, por exemplo, um txi (automvel) um bem tangvel; porem a licena do taxista um bem intagivel.

A PATENTE decorrente de alguma inveno. O valor da patente igual ao somatrio dos gastos com seu registro e as despesas de pesquisas na sua obteno. O FUNDO DE COMERCIO o ponto comercial. Ao se apurar, por exemplo, o valor pelo qual uma loja deva ser vendida, no basta somarmos todos os bens materiais ali existentes. Deve-se levar tambm em considerao, entre outros fatores que possam existir, entre outros fatores que possam existir, a clientela, a localizao, a fama e o tempo de existncia. Assim, o valor considerado alem da matria dever ser o valor do fundo de comercio. Se, por hiptese, a soma dos valores dos bens materiais ali existentes fosse de $40.000 e a loja fosse vendida por $50.000, os diferena constituiriam o valor do ponto comercial. $10.000 de

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2.3.2 DIREITO Ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou servio em troca do pagamento no imediato, originando um direito correspondente. Portanto representa os bens da empresa que esto em mos de terceiros, como os crditos a receber de terceiros.

Duplicatas a Receber (ou clientes) Promissrias a receber Contas a receber Adiantamentos a fornecedores Adiantamentos a empregados Impostos a recuperar Emprstimos a coligadas Emprstimos a controladas. Etc. A DUPLICATA um titulo de credito comercial, uso em vendas a prazo. Recebe este nome por possuir os mesmos dados principais da FATURA (nmero de notas fiscais, valores das vendas e vencimentos dos pagamentos).

A FATURA um documento comercial que comprova a venda a prazo efeutada ao mesmo cliente, o qual pode englobar uma ou mais NOTAS FISCAIS. Sua principal finalidade informar ao cliente a relao das notas fiscais, para que o mesmo confira suas compras a prazo, e a(s) data(s) em que o mesmo deve efetuar o pagamento parcelado ou em quota nica.

A NOTA FISCAL FATURA pode ser usada quando se deseja evitar o trabalho do faturamento aps a emisso das notas fiscais. Tal documento ao mesmo tempo, uma nota fiscal e uma fatura. o A lei permite que sejam emitidas varias duplicadas para a mesma fatura. Porem, no permitida a emisso de uma duplicata para vrias faturas.

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o A duplicata emitida pelo fornecedor (aquele que vende a mercadoria ou servio a prazo) e deve receber o ACEITE do cliente (assinatura do cliente na duplicata). o Com o aceite, o sacador(credor) ter a garantia do sacado(devedor) do recebimento da duplicata. o O vendedor (fornecedor ou sacador ou credor) tem o prazo de 30 dias, para remeter a duplicata ao comprador (cliente ou sacado ou devedor) para aceite. o O sacado deve devolver a duplicata assinada no Maximo em 10 dias da data de sua apresentao, ou declarar por escrito as razes da recusa do aceite (avaria, defeitos, no-recebimento, diferenas na qualidade ou na quantidade, divergncias nos prazos ou preos ajustados, vcios). o adquirida a emisso de uma segunda via da duplicata, a qual chamamos de TRIPLICATA, em caso de extravio ou reteno por parte do sacado o O VENCIMENTO da duplicata por ser a dia certo (data determinada) ou vista (na apresentao). A NOTA PROMISSRIA recebe este nome por ser um titulo de credito representativo de uma promessa de pagamento, ou seja, o devedor (emitente do titulo) se compromete a pagar oo credor (favorecido ou beneficirio do titulo) determinada quantia. o Ao contrrio da duplicata, no ttulo comercial e sim titulo financeiro, usado, normalmente em emprstimos e financiamentos como por exemplo: o Na venda ou compra de imveis a prazo; o Quando um particular compra veiculo de outro particular; o Na obteno de dinheiro emprestado de bancos ou financeiras, podendo o beneficirio (banco ou financeira) exigir que o devedor tenha um avalista (quem pagara a promissria, caso o devedor no pague). o Enquanto a duplicata emitida pelo CREDOR, a promissria emitida pelo DEVEDOR. o Tambm, ao contrrio da duplicata, na promissria: o No existem as figuras do sacador e do sacado e sim a do emitente (devedor) e a do beneficirio (credor); o No emitida segunda via; 17

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o No usada em operaes comerciais. o O VENCIMENTO pode ser, vista (na apresentao, a dia certo (data determinada) e a tempo certo da data (n. de dias a contar da data de emisso.) CONTAS A RECEBER conta representativa de valores a receber de terceiros, os quais no se encontram em ttulos de credito, isto , no se encontram em duplicatas e promissrias. ADIANTAMENTO A FORNECEDORES conta representativa de um credito do cliente contra o fornecedor, tendo em vista o pagamento antecipado para o recebimento futuro de bens. ADIANTAMENTO A EMPREGADOS tal como representa um direito da empresa em relao ao empregado. freqente o fato de uma empresa que pague salrios no dia 05 de cada ms conceder um adiantamento no dia 20. Tal adiantamento ser descontado do salrio bruto ao final do ms que foi concedido. Assim, se no final de um determinado ms o valor bruto da folha de salrios fosse de $30.000, ou seja, Salrios a Pagar = $30.000, e se no dia 20 do mesmo ms houvesse um adiantamento de $8.000, os Salrios a Pagar, sem considerar outros descontos, cairiam para $22.000, ficando a conta Adiantamento a empregados, ao fim do ms, com saldo zero. IMPOSTOS A RECUPERAR dado o principio constitucional da no cumulatividade, alguns impostos (atualmente o ICMS e o IPI) sero compensados em cada operao com o montante cobrado nas anteriores. Assim, caso uma empresa comercial, ao vender mercadorias num determinado ms, tenha cobrado de seus clientes $2.400 de ICMS (ICMS a recolher=$2.400)e, no mesmo ms, ao adquirir mercadorias para revenda de seus fornecedores, tenha pago $3.000-$2.400, isto , $600 (credito da empresa contra o Estado). No ms seguinte, a empresa ter o direito de compensar os $600 com seus prximos dbitos com o Estado. Caso prevalecesse o ICMS a recolher (=a Pagar), no ms seguinte a empresa teria de pagar ao Estado. DIVIDENDOS A RECEBER conta representativa do direito de a empresa investidora receber parte dos lucros distribudos das investidas (coligadas. Controladas, etc.) EMPRESAS COLIGADAS so aquelas em que uma participa em 10% ou mais do capital da outra, sem controlar. Assim, se a Cia X possui 13% das aes da Cia Y, a Cia X a coligada investidores e a Cia Y a coligada investida. 18

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EMPRESA CONTROLADAS quando a investidora, direta ou indiretamente possui mais de 50% do capital votante da investida, a investidora considerada controlada e a investida, controlada;

2.4 PASSIVO Representa todas as obrigaes financeiras que uma empresa tem para com terceiros, provenientes de transaes passadas, realizadas a prazo, com data de vencimento e beneficirio certo e conhecido. Todas as contas do passivo representam os valores negativos do patrimnio. Neste grupo est includo por fora de lei o capital prprio, apesar de no ser uma obrigao do patrimnio. A classificao do capital prprio no grupo do passivo uma mera questo para atender necessidade da Contabilidade para garantir a igualdade entre os dois grupos (ativo e passivo). O passivo abrange ento o capital de terceiros (obrigaes) e o capital prprio e suas variaes.

2.4.1

OBRIGAES

Constitui-se em ato da pessoa ou empresa dispor de algum bem ou servio e que em troca destes originam um compromisso futuro de pagamento, representado por um documento, como as duplicatas a pagar. Exemplos: Duplicatas a pagar (ou fornecedores) Promissrias a pagar Contas a pagar Impostos a recolher (= a pagar) 19

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Adiantamentos de clientes Dividendos a pagar Salrios a pagar Financiamentos Emprstimos bancrios IRRF a recolher Encargos sociais a recolher Proviso p/13.salrio Proviso p/frias Proviso p/Imposto de renda Etc. CONTAS A PAGAR conta representativa de obrigaes com terceiros, que no se encontram representados por ttulos de credito, isto , no se encontram, por exemplo, em duplicatas ou promissrias. As PROVISES DO PASSIVO so obrigaes de carter duvidoso, pois so determinados por estimativas. Assim, quando se calcula o Imposto de Renda sobre o lucro, dada a complexidade do seu fator gerador, no se hpa certeza da exatido do seu valor. Da, no usamos a conta Imposto de Renda a pagar, e sim conta Proviso para Imposto de Renda. H tambm PROVISES DO ATIVO, porm, tais provises so obrigaes, e sim contas redutoras (ou retificadoras). Exemplo Duplicatas a receber Proviso p/devedores duvidosos 20.000 (600) 19.400

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2.5 ABORDAGEM CONCEITUAL DO PATRIMNIO

o conjunto de bens, direitos e obrigaes vinculados a uma pessoa fsica ou jurdica, com finalidade definida e mensurvel economicamente. Tem-se do lado esquerdo o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigaes a serem pagas por essa pessoa ou essa empresa. Patrimnio de Pessoa Fsica ou Jurdica Bens Direitos (a receber) Obrigaes (a serem pagas)

2.5.1 ASPECTO QUALITATIVO A contabilidade deve especificar cada item do patrimnio utilizando nomeclatura, assim qualificando-os como por exemplo: bens numerrios (caixa e bancos), bens de venda (mercadorias, produtos acabados e matria-prima), bens de renda (veculos para alugar e imveis para alugar) e bens de uso (mquinas e equipamentos, materiais teis e ferramentas). BENS+DIREITOS Bens Dinheiro Estoque de Mercadoria Veculos Imveis Direitos Depsito em bancos Aluguis a Receber Duplicatas a Receber OBRIGAES Obrigaes Duplicatas a pagar Salrios a pagar Impostos a Recolher

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2.5.2 ASPECTO QUANTITATIVO a valorizao dos componentes patrimoniais ou seja, devem ser expressos em valores monetrios. BENS+DIREITOS Bens Dinheiro Estoque de Mercadoria Veculos Imveis Direitos Depsito em bancos Aluguis a Receber Duplicatas a Receber OBRIGAES Obrigaes Duplicatas a pagar Salrios a pagar Impostos a Recolher

50,00 150,00 200,00 500,00 100,00 10,00 40,00

200,00 80,00 100,00

2.6 REPRESENTAO GRFICA DO PATRIMNIO O grfico do patrimnio representado pelo Balano Patrimonial, no qual do lado esquerdo encontram-se os valores ativos/positivos (bens e direitos) e do lado direito os valores passivos / negativos (obrigaes), como mostra o exemplo abaixo: ATIVO Bens Veculos Mveis e Utenslios Marcas e Patentes Mquinas e Equipamentos Direitos Aluguis a Receber Duplicatas a Receber PATRIMNIO LQUIDO Capital Social Lucros Acumulados 22 PASSIVO Obrigaes Fornecedores Aluguis a Pagar Salrios a Pagar Impostos a Recolher

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PATRIMNIO LQUIDO

Objetivos: Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de: Entender o que Patrimnio Lquido; Definir a formao do patrimnio; Conceituar a situao lquida patrimnio liquido;

3.1 INTRODUO

Patrimnio Lquido a diferena entre os valores positivos do ativo (bens e direitos) e os valores negativos do passivo (obrigaes) de uma entidade em um determinado momento. parte do balano que representa o capital investido pelos scios e est conforme determinao da Lei das Sociedades Annimas, graficamente localizado no seu lado direito. Obs. - Sendo o patrimnio lquido a diferena algbrica entre o ativo e o passivo, no tem sentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim conclumos que a entidade ter sempre A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero. Se a entidade possuir ativos e/ou passivos, ela os ter positivamente, ou no os ter.

3.2 FORMAO DO PATRIMNIO LQUIDO

O patrimnio liquido de uma entidade reflete em nmeros a riqueza liquida de seus scios. Um entidade empresarial tem sua constituio a partir da entrada de valores de seus scios ou acionistas, e o valor colocado disposio da entidade recebe a denominao de capital. 23

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Alm do capital, o patrimnio liquido engloba, em seu total, os valores correspondentes a lucros ou prejuzos acumulados pela entidade e a conta de reservas. Capital: representa a entrada de valores da entidade, o que pode ocorrer por intermdio de seus investidores ou de terceiros. Lucro ou prejuzo: lucro o objetivo das entidades. Ao terminar um exerccio social, a empresa dever apurar ou determinar seu resultado, se positivo (lucro) ou se negativo (prejuizo). No caso de lucro, o valor apurado ser repartido para pagamento de tributos ao governo, distribuio ao scios e colaboradores, e at mesmo para o aumento do capital da prpria entidade, por meio de reservas. Reservas: parte do lucro guardada com objetivos especficos, como a reserva para investimento, que utilizada para a ampliao da prpria entidade.

3.2.1 CAPITAL

De forma geral, o capital representa os recursos que entram em uma entidade para que ela exera sua atividade. Esses recursos podem vir de seus proprietrios (capital prprio) ou de outras pessoas fsicas ou jurdicas que colocam seus recursos na empresa (capital de terceiros). Capital subscrito: corresponde aos valores que os proprietrios (scios ou acionistas) comprometem- se a investir na entidade. Esse valor consta em contrato social de constituio da empresa assinado pelos scios. Subscrito = assinado. Capital social realizado ou integralizado: corresponde ao valor efetivamente entregue entidade pelo proprietrio que o subscreveu conforme o contrato social. Essa integralizao pode ser total ou parcial em relao ao valor assumido pelo contrato social. A efetiva entrega pode ocorrer sob a forma de moeda (dinheiro) ou por qualquer outro bem que seja quantificado em moeda, por exemplo, um veiculo. Capital a realizar ou a integralizar: compreende os valores subscritos no contrato social, porem ainda no disponibilizados ou entregues para a entidade.

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3.3 A REPRESENTAO ALGBRICA DO PATRIMNIO Sendo o patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes esta constituda por capital de terceiros e capital prprio, a equao fundamental do patrimnio assim definida: PATRIMNIO LQUIDO = BENS + DIREITOS OBRIGAES COM TERCEIROS Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigaes com terceiros por passivo, e capital prprio por patrimnio lquido, podermos afirmar que: P.L. = A - P Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e pague todas as suas obrigaes com terceiros, a sobra ou situao lquida denominado pela Contabilidade de patrimnio lquido, onde encontramos a riqueza lquida da empresa.

3.4 SITUAO LQUIDA PATRIMONIAL

O Patrimnio Lquido ou situao lquida patrimonial obtida pela equao da contabilidade pode apresentar os seguintes resultados: a) Situao lquida patrimonial positiva: Quando o ativo maior que o passivo, teremos patrimnio lquido maior que zero, o que revela a existncia de riqueza patrimonial. A = P + PL ATIVO Bens Direitos Total do ativo 25 150.000,00 150.000,00 300.000,00 Obrigaes Patrimnio Lquido Total do passivo PASSIVO 190.000,00 110.000,00 300.000,00

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b) Situao lquida patrimonial nula: Quando o ativo igual ao passivo, teremos patrimnio lquido igual a zero, revelando inexistncia de riqueza prpria. A = P ATIVO Bens Direitos Total do ativo 150.000,00 150.000,00 300.000,00 Obrigaes Patrimnio Lquido Total do passivo PASSIVO 300.000,00 0,00 300.000,00

c) Situao lquida patrimonial negativa: Quando o passivo maior do que o ativo, teremos patrimnio lquido menor que zero, revelando m situao financeira denominado de passivo a descoberto. A + PL = P ATIVO Bens Direitos Total do ativo 150.000,00 150.000,00 300.000,00 Obrigaes Patrimnio Lquido Total do passivo PASSIVO 390.000,00 (90.000,00) 300.000,00

BALANO PATRIMONIAL 26

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Objetivos: Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de: Conhecer a estrutura do balano patrimonial; Reconhecer os grupos de contas; Entender a importncia deste demonstrativo financeiro;

4.1 INTRODUO

Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade T-3.2 do CFC o Balano Patrimonial a demonstrao contbil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da entidade. O Balano Patrimonial o principal demonstrativo contbil ou financeiro como conhecido atualmente, este demonstrativo reflete a posio financeira da entidade de um determinado perodo normalmente efetuado no final do ano, assim o Balano Patrimonial demonstra informaes que permitem aos interessados conhecer a situao patrimonial da entidade e as variaes ocorridas fornecendo dados para o planejamento e controle da administrao. constitudo de duas colunas: a coluna do lado direito denominado PASSIVO e PATRIMONIO LQUIDO. A coluna do lado esquerdo denominada ATIVO. As contas que compe o Patrimnio Lquido so conhecidas como CONTAS PATRIMONIAIS.

ATIVO BENS Disponibilidades 27 50.0000,00 OBRIGAES

PASSIVO Dvidas Operacionais 30.000,00

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De vendas DIREITOS Decorrentes das operaes Outros Valores

50.0000,00 30.000,00 20.000,00

Dvidas financeiras PATRIMNIO LQUIDO Capital Social

20.000,00

100.0000,00

Total do ativo

150.0000,00

Total do passivo

150.000,00

4.2 ATIVO

De acordo com a Lei n 6.404/76 que regulamenta as sociedades por aes (S.As.), as contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de pagamento). No Ativo esto as contas que representam Bens e Direitos, ou seja, as aplicaes de recursos de uma entidade e esto devidamente classificadas em dois grupos conforme a Lei 11.638/2007 e Medida Provisria 449/2208, convertida na Lei 11.941/2009: Ativo Circulante; Ativo No Circulante

4.2.1 ATIVO CIRCULANTE Composto pelos bens e direitos que esto em freqente movimento e iro ser convertidos em dinheiro, no prazo de at 12 (doze) meses. Disponvel: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa, bancos conta movimento, cheques para cobrana e aplicaes financeiras de resgate imediato. Ex: caixa, bancos e fundo de aplicao financeira. Estoques: representam os bens destinados venda e que variam de acordo com a atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaborao, matrias-primas e mercadorias. 28

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Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que sero consideradas como custos ou despesas no decorrer do exerccio seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

4.2.2 ATIVO NO CIRCULANTE Este grupo composto pelos direitos realizveis a longo prazo, bem como bens de uso e bens imateriais que sero recebidos aps o trmino do exerccio seguinte, isto , aps 12 (doze) meses. Ex: duplicatas a receber a longo prazo. Independente do prazo, sero classificadas neste grupo, as seguintes contas: adiantamentos a scios, adiantamentos acionistas, emprstimos coligadas, emprstimos controladas. Investimentos: so todas as aplicaes de recursos que no tem por finalidade o objetivo principal da entidade. Ex: imveis para aluguel, terrenos para expanso, aes em outras empresas, participao em empresas coligadas, participao em empresas controladas e obras de arte. Imobilizado: representam as aplicaes de recursos em bens instrumentais que servem de meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciao, os bens imateriais sofrem amortizao e os terrenos sofrem exausto. Ex: veculos, mquinas e equipamentos, imveis, embarcaes, marcas e patentes e direitos autorais. Intangveis: representas os direitos que tenham objetivo bens imateriais ou incorpreos destinados manuteno da entidade. Ex. Marcas e Patentes

4.3 PASSIVO

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De acordo com a Lei n 6.404/76 que regulamenta as sociedades por aes (S.As.), as contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades. No Passivo esto as contas que representam obrigaes, ou seja, as origens (fontes) de recursos que entraram na entidade, que podem ser origens e terceiros e ou prprio (tambm conhecido como capital de terceiro e capital prprio) e esto devidamente classificadas em trs grupos conforme a Lei 11.638/2007 e Medida Provisria 449/2208, convertida na Lei 11.941/2009: Passivo Circulante; Passivo No Circulante;

4.3.1 PASSIVO CIRCULANTE Composto por todas as obrigaes com prazo de vencimento em at 12 (doze) meses. Ex. fornecedores, duplicatas a pagar, salrios a pagar, proviso para frias, proviso para imposto de renda e emprstimos bancrios.

4.3.2 PASSIVO NO CIRCULANTE Representa as obrigaes com prazo de vencimento aps 12 (doze) meses. Ex: emprstimos bancrios e financiamentos. Neste grupo tambm so classificadas as seguintes contas: adiantamentos de scios, adiantamentos de acionistas, emprstimos de coligadas e emprstimos de controladas. 4.4 PATRIMNIO LQUIDO

De acordo com a Lei n 6.404/76 que regulamenta as sociedades por aes (S.As.), o Patrimnio Lquido dever estar do lado do PASSIVO. O Patrimnio Lquido, representa o capital investido pelos proprietrios, ou seja, capital prprio. Ex: capital social, reservas de capital, reservas de reavaliao, reservas de 30

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lucros (legal, estatutria, contingncia, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuzos acumulados. Capital Social Ajuste de Avaliao Patrimonial

Discrimina o valor subscrito e o valor que ainda ser realizado pelos scios ou acionistas. Ajustes de Avaliao Patrimonial, Desta forma, segundo o 3 do art. 182 da lei 6.404/76 alterada, sero classificadas como ajustes de avaliao patrimonial, enquanto no computadas no resultado do exerccio em obedincia ao regime de competncia, as contrapartidas de aumentos ou diminuies de valor servir essencialmente para abrigar a contrapartida de determinadas avaliaes de ativos a preo de mercado, especialmente a avaliao de determinados instrumentos financeiros e, ainda, os ajustes de converso em funo da variao cambial de investimentos societrios no exterior. Esses ltimos ajustes esto previsto no pronunciamento CPC 02. Reservas de Capital So contribuies recebidas dos proprietrios e de terceiros que no representam receitas ou ganhos e que, portanto, no devem transitar por conta de resultado. Reservas de Lucros Limite das reservas de lucros So as contas formadas pela apropriao de lucro da empresa. At 2007 apenas a reserva legal possua limite, agora esta reserva permanece com limite individual, que de 20% do capital social, ou se somar o saldo da reserva legal com montante das reservas de capital, no pode exceder de 30% do capital social. A partir de 2008 alm de observar este limite, o saldo das reservas de lucros, exceto o de trs reservas de lucros, que no devero ser consideradas nesse limite, que so as reservas para contingncias, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, no poder ultrapassar o capital social. Todas as reservas de lucros, exceto essas trs devem ser somadas, para serem comparadas com a conta capital social e se atingir esse limite, a assemblia deliberar sobre aplicao do excesso no aumento do capital social ou na distribuio de dividendos. Possivelmente as empresas iro optar por incorporar o excedente ao capital social. 31 Lucros ou Prejuzos Acumulados

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Registra os resultados acumulados pela entidade, quando ainda no distribudos aos scios, ao titular ou ao acionista. BALANO PATRIMONIAL ATIVO Ativo Circulante Caixa Banco Estoques Duplicatas a receber Ativo no Circulante Realizvel a longo prazo Investimento Imobilizado Intangvel PASSIVO____________________ Passivo Circulante Fornecedores Salrios a pagar Impostos a recolher Passivo no Circulante Financiamentos a longo prazo PATRIMNIO LQUIDO Capital Social Reservas de Capital Lucros ou Prejuzos Acumulados

4.5 ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS O conjunto de acontecimentos que constituem a dinmica patrimonial proveniente dos atos e fatos administrativos. Atos Administrativos: so as ocorrncias que no alteram diretamente o patrimnio. Ex. Admisso e demisso de funcionrios e solicitao de mercadoria. Fatos Administrativos: so todas as ocorrncias que alteram o patrimnio permutando os seus valores ou modificando o patrimnio lquido. A Contabilidade tem como contedo o estudo e o registro contbil dos fatos administrativos e atravs dos demonstrativos contbeis pode conhecer seus efeitos sobre o patrimnio. Os fatos administrativos podem ser: permutativos e modificativos. DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO Objetivos: Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de:

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Compreender a necessidade da elaborao da demonstrao do resultado do exerccio (DRE); Entender a correlao entre balano patrimonial e DRE; Elaborar a DRE de forma estruturada.

5.1 INTRODUO

O Resultado obtido pela DRE de uma entidade, num determinado perodo poder ser LUCRO ou PREJUZO, ser LUCRO, se o total de receitas for maior que o total de despesa. Ser PREJUZO, caso contrrio, isto , se as despesas ultrapassarem as receitas As contas podem ser classificadas de acordo com vrios critrios. Entretanto, aquele que nos interessa o que as classifica em dois grupos a) Contas Patrimoniais CONTAS DO ATIVO / CONTAS DO PASSIVO E CONTAS DO PATRIMNIO LIQUIDO b) Contas de Resultado CONTAS DE DESPESA E CONTAS DE RECEITAS O regime contbil adotado para a elaborao da DRE o de competncia: receitas e despesas so apropriados ao perodo de apurao, em funo de sua ocorrncia (fato gerador) e independentemente de seu reflexo financeiro, ou sejam se foram recebidas (receitas) ou pagas (despesas) dentro do perodo de apurao.

5.2 CONTAS DE RESULTADO As contas de resultado dividem-se em Conta de Despesas e Conta de Receitas. Aparecem durante o exerccio sociais, encerrando-se no final do mesmo. No fazem parte do Balano Patrimonial, mas permitem apurar o resultado do exerccio. 33

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5.2.1 RECEITAS As receitas so provenientes das vendas efetuadas pela empresa em determinado espao de tempo. Essa receita pode ter sido recebida vista ou ter prazo futuro de recebimento. Pelo regime de competncia dos exerccios, a empresa reconhece a receita independentemente do prazo de recebimento. Isso significa que a realizao da venda ser contabilmente registrada no momento de sua gerao e no do efetivo recebimento.

5.3 DEDUES: DESCONTOS CONCEDIDOS E DEVOLUES E IMPOSTOS As dedues sobre as vendas representam retificaes na Receita Bruta, ou seja, ajustes efetuados na receita bruta e no em despesas sobre elas. Para efeito de anlise de balanos, extremamente importante essa segregao, pois as contas retratam de certa maneira, o grau de eficincia da empresa ou sua poltica de descontos e abatimentos em determinados perodos. As dedues sobre a receita bruta de vendas apresentadas na Demonstrao do Resultado do Exerccio so classificada em duas categorias a saber:

5.3.1 DEVOLUES Representam as vendas que foram canceladas pelos clientes, por motivo de desacordo com o pedido, divergncia em quantidades contratadas, preos etc. Esses valores comporo as dedues na DRE, diminuindo a Receita Bruta do Perodo. 5.3.2 DEDUES Descontos Concedidos: so compostos por duas categorias bsicas: descontos concedidos e abatimentos sobre vendas. Normalmente a empresa adota prtica de vendas para atrair mais clientes ou alavancar vendas, podendo esporadicamente 34

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trabalhar com descontos nas vendas dos produtos, ou seja, no momento da venda o valor da transao j realizado pelo lquido da transao, resultando em um mero desconto comercial, no cabendo nesse caso, registro contbil. Abatimentos: outra categoria de descontos o que chamamos de abatimentos sobre venda. Por vrios motivos, por exemplo, produto fora do padro, desacordo com pedido etc a empresa vendedora poder conceder descontos (abatimentos) sobre as vendas j realizadas. Esse desconto concedido aps a venda ser contabilizado como uma deduo da receita bruta do perodo.

5.3.3 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS Representam os valores que a empresa dever recolher ao rgo competente de fiscalizao e que foram gerados em funo da receita do perodo. Dentre eles, apresentam-se: Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre Servios (ISS); Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Programa de Integrao Social (PIS/Faturamento); Imposto sobre Exportao.

5.4 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E DOS SERVIOS PRESTADOS Os custos dos produtos vendidos representam todos os custos incorridos pela empresa para se ter fabricado um produto no caso da indstria. Representam os custos das mercadorias que esto sendo vendidas no caso do comrcio e na prestao de servios representam os custos envolvidos no processo da efetiva prestao do servio a qual a atividade desempenha. CMV = EI + C EF

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No final de novembro ser apurado o estoque fsico e atribudo o valor desse estoque sendo ento calculado o custo da mercadoria vendida nesse perodo. O clculo fica da seguinte forma: Exemplo CONTROLE DE ESTOQUE INVENTRIO PERIDICO CMV = $2.000 + $1.320 $105 CMV = $3.215 Ou seja: EI = $2000 (valor do incio do perodo) C = compras do perodo = $900 + $420 = $1320 EF = estoque final

5.5 DESPESAS Despesas so sacrifcios que a empresa incorre para poder obter receita no futuro. So desembolsos necessrios que contribuiro para a apurao da receita. Sem a ocorrncia de determinadas despesas, seria muito difcil vender produtos ou prestar servios.

5.5.1 DESPESAS OPERACIONAIS As que participam efetivamente da operao da empresa, contribuindo para a manuteno da atividade operacional a qual se prope a desempenhar. A classificao na DRE apresenta-se da seguinte forma: Despesas de Vendas

As despesas de vendas representam os desembolsos efetuados ou comprometidos pela empresa para colocar seu produto at ao consumidor final ou lhe prestar um servio. As contas mais comuns so: despesas com pessoal de vendas, comisses sobre as vendas realizadas, propaganda e publicidade, proviso para devedores duvidosos etc.

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Despesas Administrativas

So as despesas provenientes da gerncia efetiva do negcio. As contas mais comuns so: despesas com pessoal administrativo, despesas com aluguel do escritrio, seguros, depreciao de equipamentos de informtica e mveis da administrao etc. Despesas Financeiras Lquidas

A conta de despesas financeiras lquidas representa, num primeiro momento, as despesas financeiras provenientes do custo da captao de terceiros. As contas representativas so: juros pagos, comisses bancrias, descontos concedidos a terceiros etc. Num segundo momento, representam as receitas financeiras que por sua vez devero ser compensadas para efeito de demonstrao do resultado. Devido a essa compensao, a conta chama-se despesas financeiras lquidas. As receitas financeiras so provenientes de: aplicaes financeiras, descontos obtidos, juros recebidos etc. Outras Despesas Operacionais

So despesas que esto no contexto operacional, mas que no se enquadram em contas especificadas anteriormente. So exemplos de outras despesas operacionais as despesas tributrias que no se relacionam com as receitas de vendas, prejuzos provenientes de participaes em outras empresas etc. Outras Receitas Operacionais

Representam receitas que esto no contexto operacional, mas que igualmente a outras despesas operacionais, no esto diretamente relacionadas com contas especificadas anteriormente. So exemplos: receitas eventuais provenientes de vendas de sucatas, lucro auferido na participao em outras empresas etc. Demais contas da DRE Aps a contabilizao de todas as despesas operacionais, apura-se o lucro operacional. O lucro operacional o resultado proveniente da confrontao entre as receitas totais do perodo menos os custos e despesas operacionais desse mesmo perodo. Aps o reconhecimento das receitas, custos e despesas do perodo, ainda falta provisionar o que ser

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destinado para pagamento de Imposto de Renda, de acordo com a legislao vigente e o que ser destinado a ttulo de participaes e contribuies. O Lucro Lquido do Exerccio auferido pela empresa no perodo ser transportado para conta de Lucros Acumulados no Balano Patrimonial

5.6 ESTRUTURA DO DRE Demonstrao do resultado do exerccio Empresa XXX Exerccio financeiro de 200X 31/12/200X RECEITA OPERACIONAL BRUTA (-) Dedues da receita bruta Devoluo de vendas Abatimentos Impostos sobre vendas = Receita Operacionais Lquidas (-) Custo das mercadorias vendidas (CMV) / Custo dos servios prestados (CSP) / Custo do produtos vendidos (CPV) = Lucro Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais Despesas com vendas Despesas Administrativas (-/+)Despesas financeiras (deduzidas as receitas financeiras) (+) outras receitas operacional = Lucro Operacional Lquido (-/+) Resultado no-operacional + Receitas no operacionais (-) Despesas no operacionais =Lucro Antes Do Imposto De Renda (LAIR) (-) Proviso para imposto de renda pessoa jurdica (IRPJ) (-) Proviso para contribuio social s/lucro liquido (CSLL) =Lucro depois do IRPJ E CSLL (-) Participaes (-) Contribuies = Lucro Ou Prejuzo Do Exerccio (Resultado Lquido) 38

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BALANO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO

PATRIMNIO LQUIDO Capital Lucro do Perodo Lucros AcumuladosA DRE explica a conta lucro do perodo com detalhes DRE

BALANCETE DE VERIFICAO Objetivos Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de: Entender a real necessidade do balancete de verificao e sua funo na contabilidade; Definir os elementos que compem a estrutura do balancete de verificao; Elaborar um balancete de verificao pelo mtodos simplificados e completo.

6.1 INTRODUO

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Balancete de Verificao um resumo ordenado de todas as contas utilizadas pela contabilidade quantitativamente, ou seja, do que o controle de saldos das contas movimentadas pela empresa em determinado perodo. O Balancete o primeiro passo para a elaborao das Demonstraes Contbeis. Pode ser encontrado em diversas formas, em duas, quatro e at seis colunas. Por meio do balancete de verificao, podemos verificar a evoluo das contas de receitas e despesas, a movimentao das contas de ativo e passivo, sem a necessidade de levantarmos o balano patrimonial, que obrigatrio somente no final do exerccio financeiro. O balancete de verificao poder ser efetuada de forma diria, semanal, mensal ou no momento da necessidade da empresa. As contas de Ativo tem os saldos finais devedor e as contas de passivo tem o saldo dedues e custo tem os saldos credores. CONTAS Caixa Capital Mveis e Utens. Estoques TOTAL Saldo Devedor 700.000 300.000 500.000 1.500.000 Saldo Credor 1.500.000 1.500.000 final

credor, j as contas de Receita tem como saldo final credor e as contas de despesas

6.2 BALANCETE DE VRIAS COLUNAS Balancete de vrias colunas consiste em colocarmos os saldos iniciais (saldo este que foram encerrados no perodo anterior) vale lembrar que os saldos a ser transportados so somente do balano patrimonial que acumulativo, j as contas de resultado so encerradas dentro do perodo e depois a movimentao ocorrida na empresa e somente depois apurar o saldo atual dos fatos ocorridos na entidade dentro do perodo.

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FORMAS

Sim p

Duas

Seis

PLANO DE CONTAS

Objetivos

Discrim o ina das Contas

Saldo Sald m a s

Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de: 41 Elaborar um plano de contas;

Devedor

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Entender a classificao das contas pelo grau como sintticas ou analticas; Conhecer os grupos de contas.

7.1 INTRODUO

Conta, para a Contabilidade, a denominao tcnica dada aos elementos patrimoniais representados pelos bens, direitos e obrigaes, e aos elementos de resultado representados pelas receitas e despesas. O plano de contas por sua vez um elenco de todas as contas previstas como necessrias aos registros contbeis de uma entidade, oferecendo uniformizao das contas utilizadas em cada registro. Os principais objetivos de um plano de contas esto ligadas importncia da uniformizao dos relatrios contbeis e flexibilidade que cada entidade tem em estruturar seu plano de contas de acordo com seu porte e com atividade que desenvolve. O plano completo deve apresentar o ttulo das contas, a classificao, a funo, explicar o funcionamento, apontar a relao entre os grupos ou mesmo entre as contas, regular o registro das contas, estabelecer a anlise e os cdigos das contas e prever as derivaes das contas.

7.2 ESTRUTURA DE UM PLANO DE CONTAS

No plano de contas, alm da classificao das contas patrimoniais e de resultado, temos tambm a classificao quanto ao seu grau de especificao: Contas sintticas: no recebem lanamentos e tem seu saldo a partir dos lanamentos em contas analticas, ou seja, so contas que totalizam os saldos das contas analticas.

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Contas analticas: efetivamente recebem os lanamentos a dbito e a crdito, ou seja, so as contas movimentadas pela escriturao dos fatos contbeis. Ex: 1. Ativo - sinttica 1.1 Ativo Circulante - analtica 7.3 ELABORAO DE UM PLANO DE CONTAS A seguir apresentamos um exemplo de plano de contas:1. ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.01 Caixa 1.1.02 Banco 1.1.03 Clientes ou Dupl. a Receber 1.1.04 Estoques 1.2 ATIVO NO CIRCULANTE 1.2.01 Duplicatas a Receber longo prazo 1.2.02 Computadores 1.2.03 Mveis e Utenslios 1.2.04 Veculos CONTAS PATRIMONIAIS 2. PASSIVO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.01 Fornecedores 2.1.02 Duplicatas a pagar 2.1.03 Salrios a pagar 2.1.04 Impostos a pagar 2.2 PASSIVO NO CIRCULANTE 2.2.01 Emprstimos a longo prazo 2.2.02 Promissrias a pagar a longo prazo 2.3 PATRIMNIO LQUIDO 2.3.01 Capital 2.3.02 Reservas 2.3.03 Lucros ou prejuzo acumulados CONTAS DE RESULTADO 4. RECEITAS 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS 3.1.01 Vendas ou Servios 3.1.02 Aluguis recebidos 3.1.03 Descontos obtidos 3.1.04 Juros recebidos

3. DESPESAS 3.1 DESPESAS OPERACIONAIS 3.1.01 gua e esgoto 3.1.02 Aluguis pagos 3.1.03 Energia Eltrica 3.1.04 Telefone

CONTABILIZAO DAS CONTAS Objetivos Ao final deste capitulo, o aluno ter condies de: Compreender a tcnica de registro dos fatos contbeis; Registrar os fatos contbeis; Elaboras as demonstraes contbeis.

8.1 INTRODUO

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a tcnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordem cronolgica todos os fatos administrativos que ocorrem no patrimnio das entidades, para fornecer informaes sobre a composio do patrimnio e as variaes nele ocorridas em determinado perodo. o registro dos fatos contbeis, segundo os princpios e normas tcnico-contbeis, tendo em vista demonstrar a situao econmico-patrimonial da entidade e os resultados econmicos por ela obtidos em um exerccio. (Hilrio Franco)

8.2 REPRESENTAO GRFICA DAS CONTAS

A conta a representao grfica da relao dbito e crdito de um determinado fato administrativo. Graficamente, represent-la na forma da letra T, a qual chamamos de Razonete. Sua utilizao de grande importncia pois, apuramos no final do perodo o valor final de cada conta atravs do mesmo. Nome Dbito da | Conta Crdito

8.3 MTODO DE ESCRITURAO Muitas tentativas de escriturao foram sendo elaboradas, ao longo dos sculos, para registrar os fatos contbeis at que, em 1949, em Veneza, atravs da publicao da obra Tratatus Particularis de Computis et Scripturis (Tratado Particular de Conta e Escriturao), o frei e matemtico Luca Paccioli, divulgou o mtodo das Partidas Dobradas, que se mostrou o mais adequado, produzindo informaes teis e capazes de atender a todas as necessidades dos usurios para gerir o patrimnio, tornando-se um marco na evoluo contbil. O mtodo das Partidas Dobradas consiste no princpio no qual para todo dbito em uma conta, existe simultaneamente um crdito, da mesma maneira que a soma do dbito ser

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igual a soma do crdito, assim como a soma dos saldos devedores ser igual a soma dos saldos credores. A diferena entre o dbito e o crdito denominada de saldo. Se o valor dos dbitos for superior ao valor dos crditos, a conta ter um saldo devedor. Se ocorrer o contrrio, a conta ter um saldo credor.

8.4 LANAMENTOS A DBITO E A CRDITO DAS CONTAS o registro dos fatos contbeis realizado atravs do mtodo das partidas dobradas, sendo a partida devedora representada pela aplicao do recurso e a partida credora sendo representada pela origem do recurso. D: Aplicao de recursos C: Origem de recursos As contas do ativo so debitadas quando bens ou direitos entram no patrimnio e creditadas quando saem. As contas passivas so creditadas quando o patrimnio assume obrigaes e debitada quando as liquida. O patrimnio lquido, como complemento do passivo para igualar ao ativo, obedece ao mesmo mecanismo das demais contas passivas, ou seja, suas contas so creditadas quando h aumento de patrimnio, e debitadas quando h reduo. ATIVO Toda entrada DEBITA Toda sada CREDITA PASSIVO Toda entrada CREDITA Toda sada DEBITA

Todas contas de despesas so debitadas, pois representam Aplicao do patrimnio lquido, enquanto as contas de receitas so creditadas, pois representam Origem de recurso do patrimnio lquido.

8.5 FRMULAS DE LANAMENTOS

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H 04 (quatro) frmulas para registrar os fatos contbeis, de acordo com o nmero de contas debitadas e creditadas. No esquecendo que a soma dos dbitos devem ser iguais a soma dos crditos e vice-versa. Apresentaremos aqui as mais utilizadas. 1 Frmula: uma conta debitada e outra creditada; Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 2.000,00 D: Caixa C: Duplicatas a Receber 2.000,00 2.000,00

2 Frmula: uma conta debita e mais de uma conta creditada. Ex: Compra de mercadoria no valor de R$ 4.000,00 sendo R$ 2.000,00 a vista e R$2.000,00 a prazo D: Estoque de Mercadorias C: Caixa C: Fornecedores 4.000,00 2.000,00 2.000,00

3 Frmula: mais de uma conta debitada e uma conta creditada. Ex: Venda de uma mquina de calcular pelo valor de R$1.200,00, sendo R$ 200,00 a vista e R$1.000,00 a prazo D: Caixa D: Duplicatas a Receber C: Mveis e utensliosREFERNCIA BIBLIOGRFICA

200,00 1.000,00 1.200,00

ARAJO, INALDO P.SANTOS Introduo Contabilidade. 3. Ed. So Paulo: Saraiva,2009. EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. Contabilidade introdutria. So Paulo: Atlas, 1998. FRANCO, HILRIO. Contabilidade Geral. 23 Ed. So Paulo: Atlas, 1999. IUDICIBUS, SERGIO & MARION, JOS C CARLOS Curso de contabilidade para no contadores. So Paulo: Atlas, 1997. IUDICIBUS, SERGIO & MARION, JOS CARLOS Contabilidade Empresarial. So Paulo: Atlas, 1997. 46

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IUDICBUS, SERGIO, Introduo Teoria da Contabilidade, 6. Ed. So Paulo: Atlas, 2000. MARION, JOS CARLOS, Contabilidade Bsica, 7. Ed. So Paulo: Atlas,2004. MARION, JOS CARLOS. Contabilidade empresarial. So Paulo: Atlas, 1997. MARION, JOS CARLOS, O Ensino da Contabilidade, 2. Ed. So Paulo: Atlas,2001. PADOVEZE, CLVIS LUS Manual de Contabilidade Bsica. 6. Ed. So Paulo: Atlas, 2008. RIBEIRO, OSNI RAMOS Contabilidade Bsica Fcil. 27. Ed. So Paulo: Saraiva, 2010. SANTOS, JOSE LUIZ DOS. (ET AL) Introduo contabilidade, 1. Ed. So Paulo: Atlas, 2003. SILVA, ANTONIO CARLOS RIBEIRO da Metodologia da Pesquisa Aplicada Contabilidade, 1. Ed. So Paulo: Atlas, 2003.

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