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 A A P P O O S S T T I I L L A A  C C O O M M P P L L E E T T A A  O O A A B B  - -  1 1 ª ª  F F A A S S E E  Conteúdo: Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Empresarial, Direito do Consumidor, Direito Internacional, Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Direito Ambiental, Estatuto da Criança e do Adolescente e Ética e Estatuto da OAB.  

Apostila Completa - Curso Renato Saraiva OAB

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  • AAPPOOSSTTIILLAA CCOOMMPPLLEETTAA OOAABB -- 11 FFAASSEE

    Contedo:

    Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributrio, Direito Empresarial, Direito do Consumidor, Direito Internacional, Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Direito Ambiental, Estatuto da Criana e do Adolescente e tica e Estatuto da OAB.

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    DDIIRREEIITTOO CCIIVVIILL I - PERSONALIDADE DA PESSOAL JURDICA (art. 1 CC). Conceito: o atributo da pessoa para ser titular de direitos e deveres na ordem civil. Toda pessoa tem personalidade jurdica e tem que ser tratada como sujeito de direito. Coisas no tm personalidade jurdica Os animais / semoventes so objetos de proteo dentro do nosso ordenamento jurdico Obs: Teoria Natalista (art. 2 CC) a) Capacidade a medida da personalidade a.1) Capacidade de Direito (de gozo) Titular de direitos no pode sofrer limitao. o exerccio mnimo da personalidade jurdica. Toda pessoa tem. NO existe incapaz de direito. Obs: Existe somente incapacidade de fato. a.2) Capacidade de Fato (de exerccio/ao) Exerccio de direitos pode sofrer limitao o exerccio mximo da personalidade jurdica. Essa capacidade vem do discernimento. A maioridade apenas uma presuno legal relativa. Quem tem as duas capacidades plenamente capaz. Quem sofre limitao absoluta da capacidade de fato conhecido como absolutamente incapaz. Quem tem limitao relativa capacidade de fato conhecido como relativamente incapaz. b) Legitimao Idoneidade para o exerccio de certos direitos. c) Incio da Personalidade (art. 2, primeira parte, CC) Se d com o nascimento com vida da pessoa natural (a lei pe a salvo os direitos do nascituro).

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    d) Nascituro (art. 2, segunda parte, CC) Direitos daquele que j foi concebido, mas ainda se encontra no entre materno * Teorias * d.1) Natalista art. 2 CC (adotada pela OAB). d.2) Conceptualista Capacidade de direito / gozo: o exerccio mnimo da personalidade jurdica, toda pessoa tem e no existe incapaz de direito. Ex: Existe apenas somente incapaz de fato Capacidade de fato / exerccio / ao: o exerccio mximo da personalidade jurdica, essa capacidade vem do discernimento e a maioridade apenas uma presuno legal relativa. e) Absolutamente Incapaz (art.3, CC) Proibio total para o exerccio dos direitos. Deve ser representado, caso contrrio seus atos sero nulos. f) Relativamente incapaz (art. 4, CC) Proibio parcial para exerccio dos direitos. Existem alguns atos que podem ser feitos sem ser assistido. Os atos em que deveria ser assistido so anulveis. g) Cessao da incapacidade Quando cessarem os motivos que lhe deram origem. h) Emancipao Ela pode ser Voluntria; Judicial e Legal. h.1) Voluntria Realizada pelos pais por instrumento pblico que independe de homologao judicial. (art. 5, I, 1 Parte, CC) h.2) Judicial realizada pelo juiz, que profere sentena judicial aps a oitiva do tutor. (art. 5, I, 2 Parte, CC) h.3) Legal Hipteses previstas nos incisos II, III, IV, V (art. 5, CC). Casamento, Pelo exerccio de emprego pblico efetivo, no importando a idade mnima, Pela colao de grau em curso de ensino superior, no se exigindo idade mnima, Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de

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    relao de emprego: em qualquer uma das hipteses o menor deve ter pelo menos 16 anos completos e deve ter economia prpria. i) Extino da Personalidade Extingue-se com a morte, j que o ordenamento no prev a perda da personalidade de pessoa viva. A extino da personalidade pode ser: i.1) Real i.2) Presumida

    i.2.1) Por justificao i.2.2) Por Ausncia i.2.2.1) Ausncia Presumida = Curadoria Provisria

    OBS: Passado um ano da arrecadao dos bens do desaparecido o juiz pode declarar sua ausncia. A sentena que declara a ausncia s produz efeitos aps 6 meses de sua publicao.

    i.2.2.2) Ausncia Declarada = Sucesso Provisria

    OBS: Passados 10 anos da abertura da sucesso provisria o juiz pode declarar a morte presumida do ausente.

    i.2.3) Morte Presumida = Sucesso Definitiva

    OBS: Pode ser declarada a morte presumida do ausente. 1) Se estiver com 80 anos ou mais na data do pedido e 2) Estiver desaparecido h no mnimo 5 anos. j) Interdio O procedimento de interdio feito atravs de uma percia mdica no interditando. S a idade avanada no motivo para interdio. O juiz ao verificar a interdio proferir uma sentena que ser absolutamente incapaz ou relativamente incapaz, e nomear curador para representear ou assistir A sentena de interdio declaratria no reconhecimento da incapacidade, mas constitutiva nos seus efeitos. Eventualmente poder ser anulado ou declarado nulo negcio realizado antes da interdio IPC: Os requisitos so: Deve ser provocado que a poca dos fatos a incapacidade era manifestada Que o negcio resultou em prejuzo para o incapaz

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    2. Direitos da Personalidade a) Direitos Fsicos b) Direitos Psquicos c) Direitos Morais * Caractersticas * - Ilimitados - Indisponveis - Imprescritveis - Impenhorveis - Inalienveis 3. Pessoa Jurdica (art. 40, CC) a) Direito Pblico a.1) Interno (art. 41, CC). Unio, estados, DF e municpios. a.2) Externo (art. 42, CC). Estados estrangeiros e demais pessoas sujeitas ao DIP. b) Direito Privado (art. 44, CC) b.1) Associaes, sociedades, fundaes, organizaes religiosas, partidos polticos. b.2) Sociedades: Possuem fim econmico, objetiva o lucro. * Caractersticas * - So administradas pelos prprios scios ou associados. - Seus objetivos so definidos pelos scios - Seu Patrimnio disponvel - Fundaes: No possuem fim econmico, tem fim social, fiscalizada pelo Ministrio Pblico (art. 66, CC). No existe fundao sem patrimnio. Pode ser instituda por testamento. b.3) Associaes: No possuem fim econmico (ex: clube), visa proveito dos prprios associados. * Caractersticas * - No so necessariamente administradas pelo instituidor (ex: Testamento) - O Instituidor que fixa os objetivos, - A fiscalizao do MP obrigatria. - Patrimnio em regra indisponvel, os bens podem ser vendidos somente mediante autorizao judicial, existindo sempre a sub-rogao, devendo o valor da venda ser empregado em outro bem.

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    b.4) Estes dois tipos societrios, no dependem de patrimnio, pois trata-se de uma associao de pessoas, conhecidas tambm como corporaes - Partidos Polticos - Organizao Religiosa OBS: A personalidade da pessoa jurdica inicia-se com o registro (art. 45, CC) 4. Fatos Jurdicos Conceito: um acontecimento que pode ocorrer a qualquer instante, que produz efeitos jurdicos. todo evento que tenha importncia para o direito. Estamos tratando Fato Jurdico em lato sensu (sentido amplo) a) Fatos Jurdicos Naturais ou Estrito Sensu Eventos da natureza que tenham importncia para o direito. Pode ser Ordinrio ou Extraordinrio. a.1) Ordinrios: Fatos comuns. So eventos comuns da natureza provocados pelo simples decurso do tempo. Ex: Nascimento de uma pessoa (art. 2 CC), morte de fato, prescrio, decadncia, etc. OBS: A concepo j gera direito. a.2) Extraordinrios: So os fatos do acaso. Ex: Caso Fortuito e Fora Maior. A diferena entre eles quase no existe. Por isso bom tratar os dois como a mesma coisa. a.2.1) Caso Fortuito: o evento imprevisvel; a.2.2) Fora Maior: o evento previsvel porem inevitvel. OBS: Os dois so excludentes de responsabilidade civil, excludente de nexo causal. b) Fatos Jurdicos de Ao Humana A conduta humana classificada pela ilicitude. Vejamos os atos: b.1) Ato Jurdico Lato Sensu ou Stricto Sensu: toda manifestao de vontade que produz efeitos impostos por lei (sua eficcia ex lege) Ex: Reconhecimento de filho, Fixao de domiclio. Porm no possvel estabelecer seus efeitos, pois tem forma pr-determinada em lei. b.2) Negcios Jurdicos: toda manifestao de vontade que produz efeitos desejados pelas partes e permitidos por lei. Sua eficcia ex voluntate pois tudo determinado pela autonomia privada (autonomia da vontade). Ex: Todo contrato tem sua autonomia de vontade pois um negcio jurdico. possvel regular os efeitos do negcio, no tem forma especfica em lei, desde que o objeto seja lcito.

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    b.2.1) Unilateral Uma nica vontade (ex: testamento e promessa de recompensa) b.2.2) Bilateral no mnimo duas vontades (ex: contratos) b.3) Ato Jurdicos Humanos Ilcitos: Toda conduta humana contrria ao ordenamento jurdico, a mesma coisa em dizer que ela abrangente, pois abrange de lei, moral, ordem pblica e bons costumes. Aes Humanas se distinguem dos demais pois gera dano a algum, a outrem, gerando responsabilidade civil. b.4) Ato Jurdico Humano Lcito: aquele que esta de acordo com o ordenamento jurdico ou Lato Sensu, pois tem a manifestao de vontade tanto como a ilicitude OBS: O Stricto Sensu esta no art. 185 CC que remete ao art. 104 tambm do CC. 5. Teoria Geral do Negcio Jurdico * Podemos ter como exemplo de Negcio Jurdico um Contrato. Ele pode ser dividido em: a) Plano de Existncia; b) Plano de Validade; e, c) Plano de Eficcia. O Plano de Existncia e o Plano de Validade so elementos essenciais para fazer o Negcio Jurdico, pois nenhum negcio pode sobreviver sem eles. J o Plano de Validade ficam para os elementos acidentais. Pode acontecer ou no acontecer. PARTES-------------------------------CAPAZES----------------------------LEGITIMADAS * (capacidade civil) (capacidade especfica) OBJETO--------------------------LCITO/POSSVEL----------------------DETERMINADO (fsica e jurdica) (ou determinvel) ** VONTADE --------------------------------------------------------------------------LIVRE*** FORMA------------------------------------------------PRESCRITA OU NO LIVRE **** (DEFESA EM LEI) * Analisa as partes e objeto. Ex: Se a pessoa casada e quer vender tudo sozinho. ** Tem a noo do objeto individualizado e a quantidade Ex: Vendo esta caneta azul ou vendo uma caneta azul. *** aquela que no esta sob qualquer forma de ameaa presso ou coao. **** Exceo: Art. 108 CC

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    OBS: A regra no Direito Civil livre ou solene? Em regra livre (art. 107 CC) O negcio Jurdico que existe vlido e eficaz, tem eficcia imediata. Excepcionalmente poder ser inserida uma clusula no contrato que ira alterar a sua eficcia / natural. Ele tem trs clusulas: 1 Clusula de Condio a 2 Clusula de Termo b 3 Clusula de Modo ou Encargo c c.1) a clusula que subordina a eficcia do negcio jurdico a um evento futuro e incerto. c.1.1) Condio Suspensiva: aquela que suspende os efeitos do negcio at o implemento da condio. aquela que quando verificada da incio aos efeitos do negcio. Ex: Compra e venda de um guarda chuva. O contrato vlido mas a condio dele ser feito que tem que chover. c.1.2) Condio Resolutiva: aquela quando verificada Poe fim aos efeitos do negcio. Ex: Mesmo exemplo acima mas s ser vlido e eficaz se o negcio acontecer. IPC: Venda a Contento (satisfao). Condio suspensiva ou resolutiva? Condio suspensiva. 6. Os Defeitos do Negcio Jurdico: Conceito: Defeito um vcio de vontade, ou seja, uma distoro ou falha na declarao realizada pelo sujeito que pratica o negcio. Este defeito classificado na doutrina. 7. Classificao dos vcios: a) Vcios de Consentimento (vcios da vontade): As pessoas que praticam o negcio sofrero o prejuzo. O declarante sofre o prejuzo na declarao de vontade na manifestao. Os vcios tornam os atos ANULVEIS e NO nulos. Em regra o prazo para anular um ato de 4 anos contados do momento da prtica do ato ou do momento em que cessar a coao. Exceo: Casamento por erro so trs anos contados da celebrao. Cuidado: Consentimento a aceitao e no manifestao da vontade. Ex: Vontade Declarada = SIM Vontade Real = o que voc realmente deseja. a.1) Erro ou Ignorncia;

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    a.2) Dolo; a.3) Coao; a.4) Estado de Perigo* a.5) Leso* * Estudar. a.1) Erro ou Ignorncia: Ningum fora e ningum te engana, a pessoa se engana sozinha, ou seja, um equvoco. Conceito: uma distoro de vontade. A distoro decorre de um ato do prprio declarante. uma falsa noo da realidade, ou seja, a pessoa que pratica o ato no sabe o que esta fazendo. Temos duas vontades. A vontade interna onde resulta a vontade externa, tambm chamada de vontade externalizada. Se essas vontades so diferentes decorridas de uma falha de percepo do declarante, teremos o erro. * Requisitos para a anulao: 1 O erro tem que ser escusvel, ou seja, desculpvel. Quem realiza essa distoro o prprio declarante. Ele manifesta, ele erra e mesmo assim o negocio jurdico pode ser invalidado. 2 O erro substancial ou erro essencial anula o ato, o erro que no anula o ato jurdico o acidental. O erro do objeto tem princpio do ato jurdico. 3 O erro real, onde o juiz tem que verificar que o erro trouxe prejuzo. O efeito do erro a anulao do negcio jurdico. OBS1: Somente o erro substancial pode ser anulado (art. 139, CC). Erros Perifricos no autorizam este efeito (art. 143, CC). PEGADINHA: Erro de direito. A falha de vontade incide sobre a prpria lei. OBS2: O Erro de Direito previsto expressamente no CC, porm sua aplicao residual, pois o art. 3 da LICC impede a alegao de ignorncia para escusa de um dispositivo normativo. a.2) Dolo: A pessoa tem malcia, enganada, um verdadeiro golpe, Conceito: Trata-se de uma conduta maliciosa e intencional de outrem para prejudicar e distorcer a vontade do declarante. Pode ser substancial ou acidental. O segundo no anula o negcio jurdico apenas o dolo substancial que anula.

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    Ex: Quem levado a erro, sofre uma conduta dolosa. da declarao de vontade que vem a manifestao (falha / viciada). Da falha gera a causa decorrente de uma percepo (erro), da viciada gera a causa de uma induo maliciosa de outrem (dolo).

    a.2.2) Principais Aspectos do Dolo: Efeitos: O dolo essencial gera anulao do negcio jurdico, mas o dolo

    acidental autoriza apenas a obrigao de indenizar (art. 146,CC). O silncio intencional constitui omisso dolosa (art. 147, CC). O dolo de terceiro tambm autoriza a anulao do negcio jurdico. (quando induzem outrem a fazer algo). O dolo recproco no autoriza nem a anulao, nem indenizao (art. 150, CC). OBS: O dolo tambm pode ser positivo ou negativo. Ambos anulam o ato mais o positivo decorre de uma ao e o negativo de uma omisso. - Dolus Bnus No tem a inteno - Dolus Malus Tem a inteno a.3) Coao: O que caracteriza a violncia moral, pois na coao a pessoa forada a fazer algo. Conceito: Se caracteriza por uma presso fsica ou psquica exercida sobre o declarante para a prtica negocial. A Coao deve levar em considerao as condies pessoais do declarante (art. 152,CC). Conceito2: o uso da violncia. Pode ser fsica ou moral. - Fsica: No vcio do consentimento pois no torna o ato anulvel. vis absoluta ato inexistente. - Moral: Ocorre o ato anulvel. vis compulsiva. OBS1: No qualquer violncia moral que vai anular o negcio jurdico e sim uma violncia irresistvel. O juiz tem que ver se o temor tem fundamento pois e for infundado o juiz no anula o ato. OBS2: Outro temor que no anula o ato jurdico o temos reverencial, que o respeito excessivo que as pessoas tm pelos pais, pelos superiores hierrquicos e pelos mestres e professores. Efeito: Anulao do negcio jurdico

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    a.4) Estado de Perigo: Eu, algum da minha famlia ou um amigo intimo esto em perigo e/ou para salvar voc comete algo para salvar. Conceito (art. 156, CC) Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando algum, premido da necessidade de salvar-se. *ncleo do vcio, ou a pessoa de sua famlia, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigao excessivamente onerosa. Pargrafo nico. Tratando-se de pessoa no pertencente famlia do declarante, o juiz decidir segundo as circunstncias. * O estado de perigo, nasce em razo disso. Ex: Estado de sobrevivncia. Faz qualquer coisa para sobreviver. Efeito: Anulao do negcio. OBS: Salvar de risco conhecido pela outra parte (dolo de aproveitamento). Assume uma prestao excessivamente onerosa. IPC: Efeito anulao o ncleo do vcio e o estado de perigo. a.5) Leso: Conceito (art. 157, CC) Art. 157. Ocorre a leso quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperincia, se obriga a prestao manifestamente desproporcional ao valor da prestao oposta *ncleo do vcio. Prejuzo patrimonial do declarante. 1o Aprecia-se a desproporo das prestaes segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negcio jurdico. Efeito: Anulao do Negcio Jurdico e Reviso do Valor do negcio. (2, art. 157, CC). 2o No se decretar a anulao do negcio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a reduo do proveito. - Inexperincia ou tem uma premente necessidade; - Assume uma prestao manifestamente desproporcional prestao oposta; e - No necessrio provar a cincia da outra parte. b) Vcios Sociais: O prejuzo no ocorre para a declarao. A parte prejudicada um terceiro (sociedade). Os Vcios Sociais so divididos em dois: b.1) Fraude Contra Credores.

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    Conceito: Trata-se de um negcio praticado pelo devedor insolvente e, cujo objetivo evitar ou dificultar a satisfao do crdito. Este vcio discutido por meio de Ao Pauliana ou Revocatria, que tem natureza anulatria para um negcio com um terceiro. Se o devedor no pagar a dvida, ela recai sobre o patrimnio do devedor. Ele neste caso faz um desvio patrimonial para terceiro. Com o objetivo de inibir ou evitar a satisfao do crdito.

    b.1.1) Requisitos de Caracterizao da Fraude: 1 Conduta danosa ao crdito. 2 Conluio fraudulento a participao do terceiro para prejudicar o

    crdito. Efeito: Anulao do negcio jurdico atravs de Ao Pauliana.

    - O ato anulvel. Prazo de 4 anos contados do ato. - Vontade declarada = Vontade Real. O vcio esta na atitude de prejudicar o 3. Ex: Venda de imvel pega o seu dinheiro e some. O credor nunca mais acha. - Art. 158 CC. Ocorre quando ele vende ou doa. um negcio gratuito; art. 159 CC (negcio oneroso) b.2) Simulao Conceito: Entende-se por negcio simulado aquele praticado falsamente, ou seja, trata-se de um negcio de aparncia, pois nunca existiu.

    b.2.2) Espcies de Simulao: - Absoluta: Ocorre com a prtica de um negcio falso, o qual declarado NULO. No existe alterao na situao anterior. - Relativa: Ocorre com a prtica de 2 negcios. O negcio externo, ou seja, aquele conhecido pelas partes o negcio falso (simulado). O negcio interno o verdadeiramente desejado (dissimulado). Neste caso o negcio simulado ser declarado nulo, mas o dissimulado persiste. (art. 167, CC). Existe alterao na situao anterior mais no na forma que esta aparente. Ex: Negcio Aparente um negcio externo. Os negcios internos e externos geram uma simulao relativa. o simulado, pois s acontece na simulao relativa o ato nulo. Negcio Real um negcio interno tambm chamado de dissimulado, ele pode ser vlido. - No torna o ato anulvel. O ato nulo. O ato nulo no corre prescrio na decadncia. - Existe um negcio jurdico aparente que no corresponde realidade.

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    II - OBRIGAES NO CDIGO CIVIL: Essas Obrigaes so divididas em quatro grupos. Modalidades Transmisso Adimplemento (pagamento) Inadimplemento (este direcionado responsabilidade civil) A Obrigao vem a ser uma relao jurdica. Essa relao jurdica tem como trao marcante a transitoriedade (ela comea e necessariamente vai acabar). Conceito de pagamento: Trata-se do mecanismo de extino obrigacional, pelo qual o devedor, cumpre a prestao, satisfazendo os interesses do credor. Toda relao obrigacional, em geral nasce de um contrato. Porem quando se fala em pagamento, imaginando previamente o pagamento, surgindo assim responsabilidade obrigacional. O pagamento deve ser entendido sobre diferentes prismas: 1. Quem deve pagar (interessado) 1.1. Devedor: Porque ele o titular do dbito. Ele efetua o pagamento extino regular (art. 304 CC). 1.2. Terceiro interessado: aquele que possui vnculo com a relao obrigacional. Ex: fiador, avalista. Obs1: Quando o terceiro interessado efetua o pagamento, tem como efeito a sub-rogao da dvida. Ex: Locao. Obs2: Na cesso a transmisso o efeito primrio, na sub-rogao a transmisso efeito secundrio. A sub-rogao tem 2 efeitos: a) Extino da dvida principal b) Transmisso do crdito CESSO DE CRDITO SUB-ROGAO

    Efeito: Transmitir o crdito Efeitos: Primeiro extingue e depois transmite

    Obs: Na cesso a transmisso o efeito primrio, j na sub-rogao o efeito secundrio. 1.3 Terceiro no interessado. O efeito o reembolso da quantia paga. Ele no pode sub-rogar. Simplesmente uma devoluo da quantia paga. No reembolso s pode ser cobrado o valor da atualizao monetria.

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    2. Quem deve receber - Credor. O ato praticado pelo credor a quitao e funciona como prova de pagamento. 3. Momento do pagamento Como regra as obrigaes devem ser adimplidas a vista. Porem, a lei pode autorizar o pagamento parcelado, bem como o negcio entabulado entre as partes. 4.Onde deve ocorrer o pagamento (duas situaes) Domiclio do credor: dvida portvel. Domiclio do devedor: dvida quesvel. Obs: Regra dvida quesvel. 5. Objeto do pagamento: a prpria prestao. Cumpriu a prestao acaba o objeto obrigacional. Obs: O pagamento realizado da forma convencionada entre as partes chamado de pagamento direto. Porem, como as relaes obrigacionais so transitrias, a lei permite a extino das obrigaes por meio de mecanismos alternativos (pagamento indireto). Modalidades de pagamento indireto. a) Consignao em pagamento. Hiptese: Ocorre quando o devedor fora o adimplemento da obrigao diante de um obstculo criado pelo credor. IPC: O devedor quer pagar e o credor esta fazendo uma barreira uma consignao. Obs: A consignao se caracteriza via de regra a uma recusa injusta de pagamento imputvel ao credor. (art. 335, CC) CUIDADO COM O INCISO III !!!! a.1) Formas de Consignao: a.1.1) Judicial: Dvidas de coisa ou dvidas de valores. a.1.2) Extrajudicial: Somente deve ser utilizada para as dvidas de valor. Obs: A consignao s pode ser utilizada para as obrigaes de dar e nunca para as obrigaes de fazer. b) Dao em pagamento: Hiptese: Ocorre quando o credor aceita o objeto da prestao distinto do originariamente pactuado. O credor no obrigado a aceitar outra prestao. Ex: compra um determinado produto e acaba levando outro.

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    Obs: O texto do art. 356, CC foi redigido de forma equivocada, contudo, se o examinador cobrar a dao com cpia literal do dispositivo, mesmo com erro a questo estar correta. c) Sub-rogao: Ocorre quando o pagamento feito pelo terceiro interessado. d) Imputao ao pagamento: Hiptese: Ocorre quando entre o mesmo credor e o mesmo devedor existem diversas dvidas todas vencidas e fungveis entre si. (mesma natureza). Como regra a imputao realizada pelo devedor. e) Compensao: Hiptese: Ocorre quando dois indivduos so credores e devedores recprocos em obrigaes distintas, mas da mesma natureza. Neste caso as dvidas se extinguem mutuamente at o montante da quantia. f) Confuso: Hiptese Ocorre quando um mesmo indivduo em razo de fato superveniente a relao obrigacional passa a titularizar o crdito e o dbito. Mistura dois plos obrigacionais. Ex: Incorporao Societria. g) Novao de dvida: Hiptese: Ocorre quando para extinguir uma dvida anterior surge uma nova relao obrigacional. Nova + ao (prestao). a extino de uma dvida pelo surgimento de uma nova. Temos uma relao de causa e efeito. Ex: A dvida a a causa da b. Desaparece a dvida a. Na novao a dvida extinta pelo surgimento de outra dvida. g.1) Espcies de novao. g.1.1) Novao Objetiva: Ocorre a alterao do contedo da prestao. g.1.2)Novao Subjetiva: Ocorre quando h alterao do sujeito. g.1.2.1) Credor (ativa) g.1.2.2) Devedor (passiva) g.1.3) Novao Mista : Ocorre quando h alterao do contedo da dvida, bem como do sujeito. h)Remisso de dvida (remitir). Hipteses: Vem a ser remitir (perdo obrigacional). O devedor ser perdoado. Trata-se de ato bilateral, depende da anuncia do devedor. III OBRIGAO:

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    A obrigao a relao jurdica pessoal e transitria que confere ao credor o direito de exigir do devedor o cumprimento de determinada prestao. Pode ser dividida em: 1. Obrigao Civil: aquela que pode ser cobrada em juzo. Ela forma um duplo vnculo entre credor e devedor. a) Dbito o dever jurdico de cumprir espontaneamente uma prestao. O dbito como se fosse o 1 momento da prestao. b) Responsabilidade Civil tem como conseqncia jurdica e patrimonial do descumprimento do dbito. o 2 momento da obrigao. 2. Obrigao Natural: aquela que no pode ser cobrada em juzo, pois a obrigao natural gera somente dbito no gerando responsabilidade civil. Ex: Dvida de jogo, agiota, dvida prescrita. IPC: Se voc pagar por livre e espontnea vontade para reaver este dinheiro pago tem que entrar com ao de repetio de indbito. 3. Obrigao Moral: aquela fruto de nossa conscincia. No gera dbito nem responsabilidade civil. Ex: Ser educado, etc. 4. Classificao das Obrigaes: a) Prestao: a.1) Obrigao de dar: aquela que tem por objeto a entrega de uma coisa. A obrigao de dar se subdivide em 2 formas.

    a.1.2) Coisa Certa: aquela que o objeto esta determinado, isto , absolutamente individualizado. - Existem trs regras da obrigao de dar coisa certa: 1 O credor no pode ser forado a receber a coisa diversa ainda que muito valiosa. 2 O acessrio segue o principal. Ex: Princpio da Acessoriedade ou Gravitao Jurdica. 3 Se o devedor no entregar o objeto o credor poder cobr-lo em juzo atravs de exceo especfica sobre pena de multa diria. a.1.3) Coisa Incerta: aquela em que o objeto determinvel. Para que o objeto seja determinvel precisa de 2 requisitos. 1 Indicao de Gnero; 2 Indicao de Quantidade. Obs: No silencio do contrato a escolha do objeto (concentrao compete ao devedor)

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    IPC: No Princpio do Meio Termo ou da Quantidade Mdia o devedor esta proibido de entregar o objeto da pior qualidade mais no esta obrigado a entregar o da melhor qualidade. a.2) Obrigao de fazer: aquela que consiste em uma prestao positiva que no seja a entrega de um objeto. Pode ser de dois tipos. a.2.1) Fungvel: aquela substituvel (atividade simples) a.2.2) Infungvel: aquela que personalssima, ou intuitu persona. Ex: Artista. Obs: As duas obrigaes (dar / fazer) so positivas, pois consiste em uma ao. a.3) Obrigao de no fazer: aquela que consiste no dever de absteno. a nica espcie que tem o dever de omisso. Tem a obrigao de no acusar dano a outrem (art. 189 CC) Ex: Clusula de exclusividade / clusula de no concorrncia. a.4) Obrigao de acordo com seus elementos: A obrigao pode ser de 2 tipos: a.4.1) Simples ou Mnima: aquela em que todos os elementos da obrigao esto no singular. Quer dizer que tem um credor, um devedor e uma prestao. a.4.2) Composta ou Completa: aquela que apresenta pelo menos um de seus elementos no plural. Pode ser Objetiva e Subjetiva. a.4.2.1) Obrigao Composta Objetiva: Tem mais de uma prestao. Ela pode ser de trs tipos.

    1 Obrigao Cumulativa ou Conjuntiva: aquela em que ambas as prestao so devidas e ambas devem ser cumpridas. IPC: Prestar ateno se vai ter a letra e dividindo entre dois. 2 Obrigao Alternativa ou Disjuntiva: aquela em que ambas as prestao so devidas mais apenas uma delas deve ser cumprida. IPC: Vai ter a letra ou. 3 Obrigao Facultativa ou Facultativa Alternativa: aquela em que apenas uma das prestaes devida e pode ser cobrada pelo credor. A outra prestao facultativa e nunca pode ser cobrada pelo credor.

    a.4.2.2) Obrigao Composta Subjetiva: Esta obrigao regra. Tem enquadramento jurdico no art. 265 CC. Essas obrigaes so fracionrias ou no solidrias. Deve ser observado se a prestao divisvel ou indivisvel. - A divisvel onde posso fracionar. A conseqncia da prestao divisvel. O credor / devedor somente poder cobrar / ser cobrado de sua quota parte. - Se a prestao for indivisvel, cada credor / devedor poder cobrar / ser cobrado sozinho da totalidade da prestao. Ex: Touro reprodutor.

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    a.5) Obrigao solidria: Solidrio uma caracterstica dos sujeitos da relao obrigacional. A solidariedade se caracteriza quando existe uma pluralidade de sujeitos ativos / passivos num mesmo vnculo, os quais podem exigir o cumprimento integral da prestao ou tem o dever total sobre ela. Essa obrigao a exceo pois s poder vir da lei ou do contrato. Qualquer um doa credores / devedores poder cobrar / ser cobrado sozinho da totalidade da prestao no importando se a prestao divisvel ou no. IPC: Ela no se presuma ou ta na lei ou no existe solidariedade. a.6) Obrigao alternativa a.7) Obrigao divisvel e indivisvel (prestao)

    a.7.1) Divisvel: A obrigao pode ser fracionada sem prejuzo. a.7.2) Indivisvel: A obrigao no pode ser fracionada, pode ser

    convertida em perdas e danos, e torna-se uma obrigao divisvel. b) Transmisso das obrigaes: b.1) Cesso de crdito: Transmisso do direito de crdito. O devedor apenas cientificado. b.2) Assuno de dvida: Transmisso do dbito. Depende da anuncia do credor c) Relao Obrigacional (Cumprimento de um dever jurdico). Inadimplemento o no cumprimento do Dever (prestao). A lei estabelece duas formas. c.1) Absoluto / b) Relativo Conseqncias do inadimplemento na relao obrigacional. c.1.2) Juros c.1.3) Atualizao Monetria c.1.4) Perdas e Danos: Responsabilidade civil, ou seja, responsabilidade e inadimplemento so temas vinculados. A responsabilidade um desdobramento obrigacional. IV - RESPONSABILIDADE CIVIL Origem: Violao de um dever jurdico. O dever violado vai apresentar elementos estruturais da responsabilidade. Sem eles a responsabilidade no ocorre. Fica dividido em dois grupos. 1. Elementos Estruturais:

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    a) Essenciais (obrigatrios): * Conduta do Agente * Nexo Causal * Dano * Culpa * Risco Obs: So cumulativos, so somados. 1.1 Conduta do Agente: Ao ou omisso voluntria e consciente. Regra: Responsabilidade por ato prprio. Questo: O incapaz responde por ato prprio? Sim, pois ele possui uma responsabilidade subsidiria Art. 928, CC Ex: O motorista de uma empresa, no ato de suas atribuies bate com o carro havendo uma vitima por dano. Qual foi a conduta que causou o sano? O ato de dirigir a responsabilidade do motorista, ou seja, responsabilidade por ato prprio. A empresa tem responsabilidade? Sim, pois uma imputao normativa por ato de terceiro. A responsabilidade da empresa decorre da prpria lei (art 932). 1.1.1. Responsabilidade Civil subsidiria (art. 932 / 933 CC). Respondero por ato de terceiro independente de ser responsvel pelo ato. Nesses casos, o agente da conduta e o terceiro respondero. O agente por ato prprio e o terceiro em decorrncia da lei. O Agente possui responsabilidade subjetiva e o terceiro tem responsabilidade objetiva. Ambos respondem de forma solidria. A Responsabilidade Por Conduta Alheia ou Por Ato de Terceiro permite a imputao do dever de indenizar a uma pessoa que no praticou a conduta danosa mais esta ligado juridicamente ao ofensor. A Responsabilidade por ato de terceiro estabelece entre o agente e o terceiro uma obrigao de indenizar solidria. importante notar ainda que o 3 possui responsabilidade objetiva (art. 933 CC). 1.1.2.Responsabilidade pelo fato da coisa (art. 936, 937 e 938 CC). - Uma coisa no te conduta. Art. 936 Dano provocado por animal. Responsveis: Dono / Detentor Ex: cachorro que morde pedestre. A responsabilidade do dono, responsvel pelo fato da coisa. Art. 937 Dano decorrente de runa de edifcio, por falta de reparos. Responsveis:

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    Dono do edifcio / Responsvel ela construo. Obs: A doutrina estende esta responsabilidade ao comodatrio e locatrio. - A runa somente gera o dever de indenizar se provier de falta de reparos. Art. 938 Dano decorrente de objetos que caem ou so lanados de edifcio. Responsveis: Do habitante do edifcio (ex: proprietrio, locatrio etc.). No condomnio edifcio, o condomnio todo responsvel se no for identificada de qual unidade caiu o objeto. Pegadinha: Se o objeto for lanado de um condomnio de prdios, eu no sei quem mandou. Responde o prdio inteiro. A responsabilidade de todo o condomnio. 2. Nexo Causal (Nexo de causalidade) Relao: Entre conduta imputvel do agente e o dano experimentado pela vtima. Busca-se uma ralao lgica. a relao dinmica entre a causa e o efeito do dano, ou seja, busca-se a percepo. O Nexo Causal resulta de uma anlise lgico racional para imputao de responsabilidade. O direito civil no pretende identificar a causa do dano mais uma pessoa para ser responsabilizado por ele. 2.1 Teorias sobre nexo causal. a) Teoria das condies equivalentes (generalizante): Todas as causas que proporcionam o evento danoso permitem imputao de responsabilidade ao seu causador. Todas essas causas geram dano. uma teoria generalizante, acaba ficando sem o critrio. b) Teoria da causa adequada: O magistrado atravs de um processo valorativo imputa responsabilidade do agente, analisando todas as causas, seleciona uma causa para determinar o nexo causal. (juzo de valor). A crtica que se faz desta teoria o seu excesso subjetivo. Ex: acidente da TAM. O dano foi causado pela somatria das causas. O magistrado analisa as causas e acha uma responsvel, mesmo que h outras causadoras. Ele caracteriza a mais responsvel para caracterizar o nexo causal. mais analtica e profunda. Depende somente do magistrado. c) Teoria do dano direto imediato / causa direta e imediata (teoria adotada pelo STF) : uma relao lgica. O magistrado analisa causa a causa, qual tem maior pertinncia ao caso de forma que qual foi causa que teve maior relevncia para que ocorresse o dano. Essa teoria busca-se a condio causal diretamente ligado ao dano (anlise lgica).

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    Ex: Vtima que teve como dano moral a morte. Ela estava dentro do carro dirigindo e acabou capotando. Duas condutas (dirigir e capotar). O hospital interna e faz uma cirurgia no paciente. Em razo do capotamento sanado com cirurgia tem o resultado morte. A morte no o dano? Sim. Qual a causa da morte? Capotamento ou cirurgia? Depende do que esta no laudo. Chegar a uma coisa lgica. 3. Dano (prejuzo/leso) um prejuzo ou uma leso sofrida pela vtima. O dano para ser indenizvel deve ser concreto e imediato (teoria do CC) Concreto = abalo estrutural. Sempre que houver prejuzo patrimonial ou extra patrimonial. 4 - Subjetiva: - Pessoa precisa provar o fato, dano e nexo causal. - necessrio a prova da culpa (lato senso) 5- Objetiva: - Basta a prova do fato, dano e o nexo causal. Obs: A responsabilidade civil tem como regra a responsabilidade subjetiva, logo a objetiva a exceo. IPC: No CDC o inverso. Objetiva a regra e Subjetiva a exceo. 6- Espcies de Dano a) Dano Material: toda e qualquer forma de prejuzo patrimonial. Ele pode ser de dois tipos. a1) Emergente: tudo que a pessoa perder / gastou. a diminuio do patrimnio da vtima. a projeo do passado para presente (o que tinha x o que perdi) Ex: Batida de Carro. a2) Lucro Cessante: tudo que a pessoa razoavelmente deixou de ganhar. o que deixou de acrescer ao patrimnio da vtima. a projeo do presente para o futuro (no tinha o patrimnio e deixou de ganhar. Art. 402 CC). Ex1: Batida em carro de taxista. Cobra os dois. Lucro cessante e dano emergente. O juiz fixa no critrio da razoabilidade. Ex2: A penso fixada em juzo tambm uma indenizao por lucro cessante. b) Dano Moral: toda e qualquer ofensa a um direito da personalidade. a dignidade da pessoa humana (no pode ser objeto de ressarcimento), tem como objeto a compensao. O cdigo civil no traz critrios objetivos de indenizao por dano moral. O STJ utiliza como critrio a extenso do dano, as condies da vtima, as condies do ofensor, o nvel de reprovabilidade da conduta, etc.

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    - Dor, tristeza, angstia, depresso, etc. So meras conseqncias do dano moral. - O dano moral uma violao ao direito extra patrimonial. - Pessoa jurdica pode sofrer dano moral, existe uma smula 27 STJ que trata deste assunto. Podem ser de dois tipos: b1) Honra Subjetiva: o que o sujeito pensa de si mesmo. b2) Honra Objetiva: o que as outras pessoas pensam de um determinado sujeito, ou seja, qual a imagem que a sociedade me enxerga. Obs: Pessoa jurdica s pode ser sofrer dano moral contra a honra objetiva. O morto tambm pode processar por dano moral. Atravs do dano moral reflexo ou em ricochete. A ofensa em si era dirigida pelo morto mas os reflexos so para os vivos. Ex: Filhos, na hora do enterro, vm, algum e julga o morto. Art 12 CC. b3) Dano Moral Direto: o verdadeiro dano moral. Temos a ofensa, uma leso a um direito extra patrimonial, direto da personalidade. b4) Dano Moral Indireto: Leso a um direito patrimonial com grande valor afetivo. Ex: Meu cachorro de estimao morto por uma pessoa. c) Dano Esttico: Toda e qualquer ofensa a beleza externa do ser. Qualquer pessoa pode sofrer esse dano. No importa o local do dano. Qualquer leso dano moral esttico. Ex: Corte, cicatriz, aleijo, queimadura, amputao, etc. IPC: Podemos ter uma leso de dano material, moral e esttico. 7- Perda da Chance - Pode ser material ou moral. No se tem a certeza do ganho. A nica certeza de que a pessoa perdeu a chance de ganhar. A Teoria da Perda da Chance estende-se uma forma de projeo por dano moral. Neste caso indeniza-se uma expectativa concreta de uma condio pessoal de um indivduo. Ex1: Show do Milho. ltima pergunta no tinha resposta (material). Ex2: Perda da chance moral. Mdico que no fez o exame correto e a pessoa com o passar do tempo no tem mais cura (moral). 8- Culpa - A culpa somente analisada em uma das hipteses de responsabilidade civil. Obs: Culpa presumida (fato, nexo causal, dano + culpa). - A culpa no existe na responsabilidade objetiva. Trabalha-se com a responsabilidade subjetiva, que a culpa genrica ou lato senso. a culpa em sentido amplo.

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    8.1) Espcies: - Dolo: Conduta intencional - Culpa: Strito sensu: Impercia: Falta de capacitao Imprudncia: Falta de cuidado (ao / conduta comissiva) Negligencia: Falta de cuidado (omisso / conduta omissiva) 8.2) Graus de Culpa: Culpa lata, leve e levssima 8.2.1) Lata = Leve 8.2.2) Leve = Mdia 8.2.3) Levssima = Quase sem culpa Art 944 caput: Princpio da reparao integral dos danos. Ele encontra uma exceo no prprio artigo bem no . b) Elemento Essencial Perifrico (podem aparecer mais no obrigatoriamente): Culpa: essencial para responsabilidade subjetiva. Ato ilcito: Regra para a caracterizao de Responsabilidade Civil Pegadinha da OAB! A responsabilidade Civil nasce de um caso ilcito mais a exceo de ato lcito. O ato licito, ele regra para a caracterizao da responsabilidade civil. Exceo: existe responsabilidade civil por ato lcito. Ex: Desapropriao, Passagem forada. c) Excludentes de Responsabilidade Civil. So mecanismos jurdicos que inibem o dever de indenizar. Podem ser de: c1) Fora Maior: Trata-se de um evento inevitvel que prejudica nexo de causalidade. c2) Caso Fortuito: um evento imprevisvel que tambm prejudica o nexo causal. Ao contrrio da fora maior o fortuito uma excludente relativa. c3) Culpa Exclusiva da Vtima: Neste caso o dano tem como causa uma conduta da vtima e no do ofensor. Surge por tanto uma inverso do nexo causal, quando a culpa for concorrente entre a vtima e o ofensor no temos uma excludente, porm esta situao permite a reduo do valor da indenizao. V ELEMENTOS ACIDENTAIS 1 Condio: Evento futuro e incerto. - Condio Suspensiva: A condio suspensiva suspende o exerccio e a aquisio do direito, portando gera apenas expectativa de direito. 2 Termo: Evento futuro e certo Ex: Data futura.

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    - O termo pode ser dividido em termo suspensivo e termo resolutivo a) Termo Suspensivo: a mesma coisa que termo inicia / dies a quo. aquele que quando verificado da incio aos efeitos do negcio. O termo suspensivo suspende o exerccio mais no aquisio do direito, portanto gera direito adquirido. b) Termo Resolutivo: a mesma coisa que o termo final ou dies a quem. aquele que quando verificado Poe fim aos efeitos do negcio. Ex: Contrato de locao. 3 Modo ou Encargo: Prtica de uma liberalidade subordinada a um nus. - Algum pratica um ato liberal mais o nus, isso uma doao onerosa como exemplo. Doao onerosa a mesma coisa que doao modal Obs: Se o nus no for cumprido parte que realizou a liberalidade poder exigir a sua revogao. VI - CONTRATOS 1. Classificao dos Contratos a) Contratos Unilaterais: Aquele que trs obrigaes para apenas uma das partes. Ex: Doao pura. b) Contratos Bilaterais (Sinalagmtico): Traz obrigaes a todas as partes. Ex: Compra e venda. c) Contratos Consensuais: Aperfeioam-se pelo consenso. d) Contratos Formais: Aperfeioam-se pela forma da lei. Ex: Pacto antenupcial, pois tem forma prescrita em lei, necessita de escritura pblica de pacto antenupcial. e) Contratos Reais: Aperfeioam-se pela entrega da coisa em garantia. Regra: Contratos so consensuais. Para ser vlido tem que ter um consenso, um acordo de vontades. Exceo: Alguns contratos exigem a forma prescrita na lei. Compra e venda de bem imvel com valor superior a 30 salrios mnimos uma forma prescrita na lei. Ex: Mtuo, Comodato ou Depsito. S vai ser vlido com a entrega da coisa. O contrato de emprstimo bancrio, ele s vai existir quando o dinheiro estiver na conta. f) Contrato de Execuo Imediata: O contrato executado no momento da sua celebrao.

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    g) Contrato de Execuo Diferida: O contrato a prazo, um contrato de parcelas. Pagando todas as parcelas, no momento que cumpre a obrigao ela encerrada. h) Contrato de Execuo Continuada: executado continuamente. um contrato que sucessivamente vou continuar pagando. Ex: seguro de sade, TV por assinatura. 2. Formao dos Contratos a) Negociaes Preliminares: A regra que no tem vnculo. Se houver dano haver responsabilidade extracontratual (art. 927, CC). b) Aceitao Responsabilidade Contratual: Temos responsabilidade contratual, ou seja, se a pessoa no cumprir o que foi acordado poder ser acionada judicialmente (art. 389, CC). c) Proposta: Regra: proposta vincula o proponente. Exceo: Salvo se o contraio no resultar da natureza do negcio ou das circunstancias do caso (art 427 CC). A proposta pode ser feita a pessoa presente ou pode ser feita a pessoa ausente.

    c.1) Pessoa Presente: Com Prazo (a resposta tem que ser dada no prazo) Sem Prazo ( resposta imediata art. 428, I, 1 parte

    CC). c.2) Pessoa Ausente: Com Prazo (comea no envio e termina no envio da

    resposta). Teoria da expedio. Sem Prazo (Resposta em tempo suficiente para a

    cincia). Artigo 428, II, CC. Obs: Quem a pessoa presente? MSN, Skype, Telefone. Essas podem ser uma pessoa presente, pois a resposta pode ser dada na hora. Ex: Envia com A. o dia do envio o prazo. 3. Vcios Redibitrios Conceito: Vcios ou defeitos ocultos na coisa que a tornam imprpria para os fins a que se destinam ou que diminuam o seu valor. CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC) DEFEITO VCIO CAUSA PROBLEMA DE SADE RELACIONADO QUANTIDADE CAUSA PROBLEMA DE SEGURANA RALACIONADO QUANTIDADE

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    a) Tornou a coisa imprpria: Desfazer o negcio com a devoluo com juros, se o negcio no puder ser desfeito, entra com uma ao redibitria. Se quem vendeu o bem no sabia do vcio, devolve o dinheiro corrigido. Se quem vendeu estava agindo de m-f, devolve o dinheiro corrigido e paga perdas e danos. b) Diminui o valor da coisa: Abatimento no preo. Se no tiver acordado com uma ao quanti minoris (quanto a menos vou pagar) ou ao estimatria. Ex: casa em cima de lenol fretico. Obs: No confundir vcio redibitrio com cumprimento da obrigao. Compra um imvel na planta dizendo que tem 120m e na hora voc descobre que s tem 100m. c) Prazos Decadenciais (art. 445, CC) c.1) Mveis = 30 dias c.2) Imveis = 1 ano Prazos estes contados da efetiva entrega da coisa. Se o adquirente j estiver na posse do bem, o prazo ser reduzido pela metade. * Vcio por sua natureza s pode ser conhecido mais tarde. c.3) Mveis = 180 dias c.4) Imveis = 1 ano Contados da cincia do vcio. (art. 445 1, CC). 4. Evico (art 447 CC) Conceito: a perda da coisa por fora de deciso judicial. O bem pode ser reavido por meio de uma ao reivindicatria. uma garantia legal que o alienante da coisa vendida, responde pelo adquirente. 5. Extino do Contrato Os contratos podem ser feito de trs formas: a) Resoluo: O contrato extinto sem culpa de nenhuma das partes.

    a.1) Sem Culpa - Caso Fortuito - Fora Maior Obs: res pertit domino A coisa perece para o seu dono.

    a.2) Por onerosidade excessiva (art. 478, CC): - Nos contratos de execuo diferida ou continuada. - No cabe nos contratos de execuo imediata. - Acontecimentos extraordinrios ou imprevisveis (teoria da impreviso)

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    - Obrigao fica excessivamente onerosa para um com vantagem exagerada para outro (resoluo). Ex: A pessoa pega emprstimo para obra de seu mercado. Vem um terremoto e destri tudo que voc reformou / construiu. Como a pessoa vai pagar o emprstimo se o terremoto acabou com tudo. Obs: O Juiz no obrigado a extinguir o contrato, ele adota o princpio da preservao do contrato. b) Resciso: O contrato extinto com culpa de uma das partes. Existem trs hipteses: b.1) Inadimplemento absoluto. Ex: Banda de festa que no vai. No da para cumprir o contrato se ela no aparece na festa. b.2) Inadimplemento relativo ou moral. Banda que chega atrasada. Verifica-se se ainda da para cumprir o contrato. b.3) Contrato Nulo ou anulado (tendo culpa ou no). O culpado responder: - Juros - Correo - Perdas e Danos - Honorrios c) Resilio: Ocorre o desinteresse no contrato, ou seja, das partes ou de apenas uma delas. Pode ser:

    c.1) Bilateral (distrato). Ex: Acordo de vontades. c.2) Unilateral (exceo). Em alguns contratos o legislador permite a

    quebra do contrato por uma das partes. Ex: TV a cabo, telefonia, seguro, etc. VII - Contratos em Espcie 1. Compra e venda (art 481) Conceito: Contrato pelo qual algum (vendedor) se obriga a transmitir a propriedade de coisa certa a outrem (comprador) mediante o pagamento do preo em dinheiro. Obs.: No Brasil o contrato no transmite a propriedade, mas sim a tradio. a) Elementos

    a.1) Partes: Comprador e Vendedor a.2) Coisa: Determinada e Determinvel a.3) Preo: Dinheiro (em regra em moeda corrente nacional, em

    contratos internacionais pode ser fixado em moeda estrangeira). b) Clusulas acessrias da compra e venda.

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    b.1) Retrovenda (art. 505, CC): Somente pode ser inserida em contrato de compra e venda de bens imveis. Deve estar registrada no cartrio de registro de imveis. Prazo mximo de at 3 anos. * No se trata de uma nova compra, mas sim desfazimento do negcio, retroagindo a situao anterior. - Se dentro do prazo, o vendedor devolver o dinheiro corrigido e indenizar os custos e as benfeitorias necessrias - A Venda retroage a situao anterior.

    b.2) Preferncia/Preempo (art. 513, CC): Clusula acessria do contrato de compra e venda. Mveis e Imveis. uma nova compra. Se quando, pelo preo. Prazos: Bens mveis: 180 dias Bens Imveis: 2 anos IX - DIREITOS REAIS OU DAS COISAS Posse: o exerccio aparente de um dos direitos da propriedade. Propriedade: direitos inerentes - usar, gozar, dispor. IX.1 - POSSE Posse o exerccio aparente de um dos direitos da propriedade, ou seja, toda vez que observar uma pessoa que tem uma posse em seu bem, ele pode ser considerado o dono, que tem a posse. No confundir com o direito de propriedade, onde ele usa, goza e dispe. A posse existe no mundo da aparncia e a propriedade existe na realidade. 1. Teorias Explicativas sobre a posse: a) Teoria Objetiva: Foi desenvolvida por Hiering. Segundo ele esta teoria a posse corpus, ou seja, a visibilidade / exteriorizao de um dos direitos da propriedade. A teoria objetiva regra. b) Teoria Subjetiva: Desenvolvida por Savigny. No basta o corpus, a posse a soma do corpus mais o animus domini, ou seja, no basta se comportar como dono, ele tem que ter a inteno de ser dano do bem. Obs1: A teoria objetiva Hiering X Corpus. Obs2: A teoria Subjetiva Savigny. IPC: A usucapio trabalhada como teoria subjetiva ao usucapionem. 2. Fundamento da Posse:

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    a) Ad Possidendi ou Ius possidendi: o direito posse. Alem de deter a posse, tem a propriedade. a posse com fundamento no direito de posse e na propriedade. Ex: Locador. b) Ius possessionis: o direito de posse. a posse com fundamento no simples fato da posse. Ex: Locatrio. 3- Classificao da Posse: a) Boa-f e m-f: Art. 1.201, CC/02, estabelece que o possuidor de boa-f aquele que ignora os vcios sobre a posse. J o possuidor de m-f o que tem conhecimento sobre os mesmos. b) Posse Direta: Conhecida tambm como imediata aquela exercida por quem esta utilizando o bem, utilizando a coisa, ou seja, a pessoa tem o contato fsico com a coisa. Art. 1197 A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, no anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o possuidor indireto. (A proteo possessria poder ser exercida contra terceiros e entre si). c) Posse Indireta ou Mediata: aquela exercida a distancia por quem cedeu o uso do bem. Possuidor indireto. Ex: Locador e Comodante. Obs: Proteo possessria pode ser contra terceiro ou entre sim 4- Noo de Posse: a) Posse Justa: aquela que no injusta. b) Posse Injusta: aquela que obtida de forma violenta, clandestina ou precria.

    b1) Posse Violenta: aquela obtida mediante o uso ou ameaa de uso da fora. Esta adquirida de forma aparente (como se fosse crime de roubo do Direito Penal)

    b2) Posse Clandestina: aquela obtida de forma oculta / escondida (Como se fosse crime de furto no Direito Penal).

    b3) Posse Precria: aquela obtida mediante abuso de confiana. comum quando temos um detentor quando resolve abusar da posse do possuidor.

    Ex: aquela que toma conta da posse de outrem (Caseiro / Motorista).

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    5- Remdios / Aes /Interditos possessrios (gnero): So as medidas que o possuidor pode se valer para defender a sua posse (espcies). a) Interdito Proibitrio: Quando o possuidor estiver em uma situao de mera ameaa. Ex: Estado de Stio. Se houver ameaa de invaso. b) Reintegrao de Posse: Quando o possuidor estiver em uma situao de esbulho. O possuidor est fora da posse e deseja ser reintegrado. c) Manuteno de posse: Quando o possuidor estiver em uma situao de turbao. O possuidor est sendo perturbado, esto entrando e saindo da posse dele. 6- Questes Envolvendo Ao Possessria a) Liminar: Pode ter a Posse Nova ( aquela que tem menos de 01 ano e um dia), ou a Posse Velha ( aquela que tem pelo menos um ano e um dia), no tem direito a liminar, mas poder requerer a tutela antecipada se preencher os requisitos necessrios do art. 273, CPC. b) Natureza Dplice das Aes Possessrias: Em regra dispensa a propositura da reconveno, no possvel se for tratar assunto de posse. O simples fato de Contestar a ao possessria j estar se discutindo posse. c) Natureza Fungvel: As aes possessrias possuem a caracterstica de fungibilidade, ou seja, se foi requerido ao juiz o interdito proibitrio e era situao de reintegrao de posse o juiz dar o remdio correto de acordo com o caso concreto. Pode ser substitudo. d) Direito Astreintes: Multa diria, mesma coisa que preceito cominatrio. Obs: O autor da ao possessria poder pleitear de forma cumulada o pedido de Reparao e perdas e danos. X - PROPRIEDADE: 1- Direitos da Propriedade: a soma dos seus atributos (GRUD). a) Gozar ou Fruir: o direito de retirar os frutos. Se eu sou dono do principal, tenho direito de retirar os frutos (fruto natural; fruto civil). aquele que

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    decorre da explorao econmica do bem. Ex. Aluguel, dividendos, juros; Frutos industriais so aqueles produzidos pela pessoa, pelo homem. Ex: caneta. b) Reaver a Coisa / Buscar: o direito de reaver a coisa onde quer que ela esteja e com quem ela esteja. Este direito exercido por meio da Ao Reivindicatria. c) Usar / Utilizar: Consiste no direito de se servir das utilidades da coisa. Usar como lhe convm (funo social da propriedade). O direito de propriedade deve ser exercido de forma que atenda aos interesses particulares, mas que no prejudique interesses com metas individuais ou direitos relativos a dignidade da pessoa humana. (so os direitos difusos e coletivos). Ex: direito ao meio ambiente saudvel, direito de vizinhana, lei de zoneamento, estatuto da cidade (sofrem limitaes). d) Dispor / Alienar: Pode ser exercido inter vivos (contrato) ou causa mortis (sucesso). A soma destes atributos constitui a propriedade plena. Gozar Reaver Usar Dispor Obs: Tem a propriedade plena sobre o bem. Se faltar um bem a propriedade limitada. 2. Direitos Reais de Garantia: - Extino entre direitos reais e direitos pessoais. Obs: Direito Real a mesma coisa no Direito Civil. a) Direito Real: A garantia realizada por um determinado bem. Neste caso o Credor tem preferncia. Se o bem for insuficiente para a garantia da dvida o devedor responder com o restante do patrimnio. Ex: Hipoteca, penhor. b) Direito Pessoal: garantia realizada por um patrimnio. Na fiana o credor no tem preferncia. DIREITOS REAIS DIREITOS PESSOAIS Titular Sujeito Ativo (credor) Coisa Sujeito Ativo (devedor) * Poder que o titular exerce sobre a coisa

    * Direito de o credor exigir uma prestao do devedor

    Sequela

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    Eficcia erga omnes Eficcia inter partes S entre as partes

    REAL: Coisa (bem mvel ou imvel) / GARANTIA \ PESSOAL: Pessoa (fiana / fidejussria) c) Pacto Comissrio: Em nosso pas no admitida clusula no contrato de hipoteca ou penhor que permita o credor ficar com o bem no caso de inadimplemento da obrigao, mas no proibido que o devedor oferea o bem em pagamento da dvida. - Art. 1228 CC (Usar, Gozar, Dispor e Reaver a Coisa). Usar: utilizar da coisa; Gozar: perceber os frutos Dispor: o direito de dispor da coisa o direito de se desfazer da coisa. (vender, doar, abandonar, dar em garantia, dar em pagamento). Reaver: a coisa das mos de quem quer injustamente a possua ou a detenha. IPC: O direito de dispor a mesma coisa que seqela onde a eficcia erga omnes (vale contra todos). Obs: S de direito real sobre o bem imvel se estiver registrado no cartrio de registro de imveis. Ex: Art. 1228 CC Proprietrio pode usar, gozar, dispor e reaver. A propriedade pode ser plena ou pode ser limitada. Ela plena quando o proprietrio concentra todos os poderes em suas mos (usar, gozar e dispor). Na propriedade limitada o proprietrio no concentra mais os poderes em suas mos. ATENO: Numa ao de despejo onde o proprietrio um menor (recebeu o imvel por herana dos avs), quem tem o direito de propor a ao? Os pais pois eles so usufruturios, o menor o N-Proprietrio. IPC: O usufruturio sempre quem aluga. O artigo 1225 do CC traz um rol taxativo em relao aos Direitos Reais. Vejamos inciso por inciso I Propriedade; II Superfcie; III Servides; IV Usufruto; V Uso; VI Habitao; VII Direito do Promitente comprador do Imvel;

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    VIII Penhor; IX Hipoteca X Anticrese XI Concesso de uso especial para fim de moradia; XII Concesso de uso. - Inciso I o direito real sob coisa prpria (o proprietrio exerce poderes sob uma coisa que pertence a ele mesmo); - Do inciso II ao VII relata sobre direito real sob coisa alheia. Pertence a uma outra pessoa. Ex: Direito de passagem (servido) em propriedade alheia. Obs: Vai do maior nmero direto sob a coisa alheira e vai ate o menor nmero de direito sob a coisa alheia. Podemos ter como exemplo os incisos IV, V e VI onde a diferena do usufruto para o uso que o usufruto pode usar e perceber os frutos, j no uso ele s pode usar. - O inciso VI o direito de usar o imvel como moradia do titular e de sua famlia. Ela tem menos direito. Ex: Art. 1831 em caso de contrair novo casamento mesmo por separao obrigatria (direito de uso). - Do inciso VIII ao X trs direitos reais de garantia Diferena entre Hipoteca x Penhor X Anticrese: 2.1 Hipoteca: somente pode ser constituda sobre bem imvel e sobre navios e aeronaves. No transfere a posse do bem. Permite a penhora do bem e a sua futura execuo. 2.2 Penhor: somente se constitui sobre bem mvel. Em regra transfere a posse ao credor, mas deve-se ressaltar as excees. Ex. penhor agrcola, industrial, mercantil. Permite a penhora do bem e a sua futura execuo. 2.3 Anticrese: Se constitui sobre bem imvel, no permite a penhora nem a execuo do bem. O devedor transfere ao credor a posse do bem e o autor permite ao credor usufruir o bem. O credor ir abater da dvida os frutos percebidos. XI - DIREITO DE FAMLIA 1. Casamento: a unio civil entre homem e mulher de conformidade com a lei. A fim de estabelecerem plena comunho de vida. - Casamento gratuito: A Celebrao. - Habilitao, Registro e a 1 certido devem ser pagos. Salvo se a pessoa se declarar pobre, e ento ter a gratuidade total.

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    a) Habilitao: o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar a regularidade de um casamento pretendido realizado no Cartrio de Registro Civil das pessoas naturais no domiclio de qualquer um dos nubentes. 1 Os nubentes assinam um requerimento e juntam documentos (RG e Certido de Nascimento). 2 O oficial publica os editais Proclamas que sero fixados pelo prazo de 15 dias na porta do cartrio do domiclio dos nubentes. 3 emitida uma certido de habilitao, esta ter um prazo de 90 dias, o qual absolutamente improrrogvel. Obs.: A celebrao poder ser realizada em qualquer lugar do pas, desde que respeitada autoridade local. Objetivo da Habilitao: verificar a capacidade matrimonial dos nubentes (idade). A idade nbil ocorre a partir dos 16 anos de idade para o homem e para a mulher.

    a1) Capacidade matrimonial - Idade para se casar

    - 18 anos ou mais: no necessrio autorizao. - 16 ou 17 anos: a capacidade matrimonial limitada, pois a pessoa precisa de autorizao dos pais. Se houver divergncia ou recusa injusta por parte dos pais, o menor poder requerer ao juiz o suprimento judicial da vontade dos pais. - Menor de 16 anos: Excepcionalmente poder se casar. Hipteses: 1 Gravidez, 2 Evitar o cumprimento de pena Art. 1520, CC/02.

    Crimes contra os costumes: Ao Penal Privada Permite o Perdo expresso / tcito, o qual extingue a punibilidade. Sendo permitido o casamento. No caso de Ao de natureza penal pblica o perdo no extingue a punibilidade.

    a2) Inexistncia de Impedimentos: Art. 1521, CC/02 Probem a celebrao do casamento: - Resultante de parentesco: incisos I ao V - Resultante de vnculo: - Resultante de crime: inciso VII Ocorrendo o casamento com a violao de qualquer das hipteses do art. 1521, ser considerado um casamento nulo.

    a3) Inexistncia de causas suspensivas Art. 1523, CC/02. No geram a nulidade nem a anulabilidade, visam apenas coibi-lo impondo uma sano de carter patrimonial a imposio do regime da separao obrigatria de bens. - Objetiva evitar a confuso patrimonial ( I, III, e IV) ou sangnea (inciso II)

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    Pater is est: Essa presuno refere-se a todo filho de mulher casada tem como pai presumido o marido desta mulher. Ateno: Em todas as hipteses de causas suspensivas as partes podero requerer ao juiz que deixe de aplicar a sano provando inexistncia ou impossibilidade de confuso patrimonial ou de sangue. 3.2. Separao: Faz cessar o direito de famlia. Ela pode ser litigiosa ou amigvel A separao pode ser litigiosa ou amigvel. a) Separao Litigiosa: Somente possvel atravs de procedimento judicial. Ela dividida em trs modalidades. a1) Separao Sano: aquela em que um dos cnjuges acusa o outro de grave violao dos deveres conjugais tornando-se insuportvel a vida em comum. nessa separao que os bons querem provar a culpa. atualmente a entendimento de que os juzes no esto obrigados a declarar quem foi culpado pela separao. No se aponta o responsvel. Toda modalidade de separao tem um prazo especfico. IPC: A separao sanso a nica espcie que no h prazo mnimo para pedir a separao. a2) Separao Remdio (art. 1572 2 CC): aquela que feita por causa de alguma doena, ou seja, aquela em que um cnjuge acusa o outro de estar acometido de grave doena mental e de cura improvvel. prazo mnimo de 2 anos para requerer a separao. o cnjuge que pedir a separao remdio, perde todas as vantagens patrimoniais havidas com o casamento (3). Obs: O CC/02 revogou a clusula de dureza que existia no CC/16 a3) Separao Falncia (art. 1574 CC): aquela que decorre da separao de fato do casal h pelo menos 1 ano. b) Separao amigvel ou consensual: Quando casal quer se separar por qualquer motivo. Existem dois requisitos. A Separao consensual (acordo) ou temporal. Para requerer a separao consensual o casal tem que ter pelo menos um ano de casamento. a separao amigvel pode ser prejudicial ou extrajudicial. o procedimento judicial obrigatrio quando o casal tem filhos menores e incapazes. a obrigao sobre a guarda e a visita dos incapazes.

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    o procedimento extrajudicial nunca ser obrigatrio. Ele realizado no cartrio de notas onde lavrada a escritura pblica que tem os mesmos efeitos da separao judicial. Obs: No cabe execuo com pena de priso no procedimento extrajudicial. S cabe execuo de penhora. 3.3) Divrcio: O divrcio Poe fim ao vnculo matrimonial, permitindo novo casamento. Obs: Nunca se discute culpa no divrcio. O requisito para o divrcio em todas as suas modalidades to somente temporal. Espcies de Divrcio: a) Divrcio Direto: aquele que independe de prvia separao. O requisito apenas o prazo de 2 anos separado de fato. b) Divrcio Indireto ou Converso: aquele que tenta converter a separao em divrcio com isso acontece 3 hipteses b1) Aps 1 ano do transito em julgado da sentena de separao judicial; b2) Aps 1 ano da escritura pblica de separao; e, b3) Aps 1 ano da liminar de separao de corpus (da data de efetivao da medida liminar) Linha do Tempo 30 dias 4 anos 5 anos 1 2 3 4 Liminar TJ 1- Medida cautelar de separao de corpus; 2- Ao principal. Separao Sano. 3- Sentena 4- Acordo IPC: A petio de divrcio indireto uma petio simples logo aps o deferimento da liminar, provando que tem mais de um ano da separao e pede o divrcio, tornando assim o processo mais clere no demorando tanto tempo quanto poderia terminar extinguindo o processo pela perda superveniente do processo. 5. Regime de Bens (Art. 1639 CC) o estatuto que regula as relaes patrimoniais entre pessoas casadas ou que vivem em unio estvel. Existem trs aspectos:

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    1 Meao = Regime de Bens Direito de Famlia 2 Herana = sucesso Direito das Sucesses a) Escolha do Regime de Bens: feita atravs de casamento e unio estvel. a1) Casamento: Acontece o Pacto Antenupcial feito atravs de Escritura Pblica. O requisito de validade a Escritura Pblica. Quando no se segue a solenidade o Negcio Jurdico nulo, sua Eficcia inter partis tem como requisito a celebrao do casamento. Na eficcia erga omnes tem que registrar no cartrio de Registro de Imveis. a2) Unio Estvel: feita atravs de Contrato de Convivncia. o contrato para escolher o regime de bens na unio estvel. Ele tem forma livre, feito da forma que as partes querem. Sua eficcia erga omnes, tendo que ser registrado no cartrio de ttulos e documentos. Obs: No deve ser confundido com Contrato de Namoro que tem por objetivo afastar o reconhecimento da unio estvel (o contrato de namoro nulo). b) Omisso no Regime de Bens: Seja no casamento ou na unio estvel, ser aplicado o regime legal (comunho parcial de bens) c) Alterao do Regime de Bens: A regra para este tipo de regime a multabilidade. c1) No Casamento no se pode fazer um novo pacto e sim uma Ao Judicial de jurisdio voluntria, ou seja, o processo no tem lide e sim ter um absoluto consenso entre os cnjuges ou justo motivo ou inexistncia de prejuzo de terceiro. c2) Na Unio Estvel a alterao do regime de bens se da atravs de um novo contrato de convivncia. Para ter eficcia perante terceiro tem que ser registrado. 6. Notas Explicativas dos Regimes de Bens: a) Regime da Comunho Parcial: Regime obrigatrio - Neste regime os Bens Aquestos (so os bens adquiridos na constncia do casamento) se comunicam. Ex: Casado h 7 anos e antes de casar tinha um casa. Na constncia do casamento adquire um apartamento. Em caso de separao o apartamento dividido. - No entram na comunho os bens adquiridos antes do casamento. - Os bens adquiridos por herana no entram na comunho.

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    - Os bens adquiridos por doao no entram na comunho. Sub-rogao art 1659, I CC (Substituio) - A sub-rogao pode ser real ou parcial. Substituio sinnimo de sub-rogao. * Real - Coisa * Pessoal - Pessoa Ex1: Num contrato de locao o locatrio morre. A esposa substitui o locatrio. Ex2: Substituindo um bem particular no entra na comunho, se for bem comum ele entra na comunho. Obs 1 .: Na dvida o bem comunica. Obs 2 .: Os frutos dos bens comuns e dos bens particulares entram na comunho parcial. Obs 3.: O financiamento se foi feito antes do casamento as parcelas pagas anteriormente no se comunicam. Proventos - Provento do trabalho pessoal o salrios, pr-labore, honorrios, distribuio de lucros; - Provento enquanto provento no se comunica, se ele transformarem em bens estes se comunicam. Ateno: Os bens adquiridos por fato eventual entram na comunho. Ex. Loteria. b) Regime da Comunho Universal (Em regra se comunica) - Entram na comunho os bens adquiridos antes e depois do casamento. Ex: Herana, Doaes, bens aquestos e dos adquiridos antes do casamento. ATENO: Os bens no se comunicaro somente se no forem gravados com clausula de incomunicabilidade. Existem trs clusulas em que os bens no se comunicam: b1) Incomunicabilidade: Os bens no se comunicaro. b2) Impenhorabilidade: o bem comunica, mas no poder ser objeto de penhora. b3) Inalienabilidade: no pode vender doar, hipotecar Somente usar e gozar. (implica em Incomunicabilidade e Impenhorabilidade). c) Regime da Separao Total: Estes so escolhidos por um contrato c1) Convencional: Vem de conveno, um acordo c2) Obrigatria: obrigado por lei (art 1641, I, II e III CC). - 1 Nas Causas Suspensivas; 2 Pessoas maiores de 60 anos; d) Participao Final nos Aquestos: Solene sob condio (pacto antenupcial)

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    - Bens adquiridos onerosamente na constncia do casamento. Ele um regime misto. - Enquanto casados como se fosse a Separao Total - No momento da Separao / Divrcio como se fosse a Comunho parcial No final da sociedade conjugal os cnjuges devem ter a mesma participao nos bens aquestos Hoje no nosso ordenamento jurdico, podemos fazer um regime misto, ou seja, voc pode escolher um bem que se comunica na meao. Ex: Se quiser casar com trs regimes, se faz por contrato solene, chamado pacto antenupcial. S valido se for celebrado antes do casamento. IPC: Depois de casado no se pode mudar o regime de bem por contrato. CUIDADO: Para alterar o regime de bens s ser possvel por alterao judicial, em pedido motivado de ambos os cnjuges, o juiz vai apurar a procedncia da razo ressalvado o direito de terceiro. admissvel a alterao do regime de bens Art. 1.639, 2, CC/02 Requisitos: - Mediante autorizao judicial - Com pedido motivado de ambos os cnjuges - Ressalvado interesse de terceiro - Apurao das razes invocadas 7. Pacto Antenupcial um contrato solene sob condio, realizado por uma escritura pblica. O solene quer dizer que tem forma prescrita em lei (escritura pblica de pacto antenupcial). Para fazer esse contrato solene tem que passar por trs tipo de cartrios diferentes: a) Tabelionato / cartrio de Notas: Onde lavra qualquer escritura pblica, inclusive o Pacto Antenupcial. b) Para produzir efeitos com relao aos cnjuges, registra o pacto no cartrio de registro civil de pessoas naturais. c) Para produzir efeitos a terceiros, o pacto deve ser registrado no cartrio de registro de imveis do 1 domiclio dos cnjuges. Obs: O Pacto Antenupcial esta condicionado ao casamento, ele uma condio suspensiva. ATENO: O pacto antenupcial ser nulo se no for feito por escritura pblica, e ineficaz se no lhe seguir o casamento.

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    Notas Explicativas: Condio Suspensiva: Direito suspenso esperando acontecer evento futuro incerto. Condio Resolutiva: Tem o direito mais se ocorrer o evento futuro incerto. 8. Bens a) Bens Comuns: so aqueles que entram na comunho, ou seja, integram o patrimnio comum de ambos os cnjuges. b) Bens Particulares: so aqueles que no entram na comunho. Integra o patrimnio individual de cada um dos cnjuges. c) Bens Aquestos: so os bens adquiridos onerosamente na constncia do casamento. 9. Alimentos So prestaes devidas a uma pessoa que no consegue se manter com os seus bens ou com o fruto do seu trabalho. As partes presentes so as quem pede os alimentos e as quem paga nessa relao jurdica verifica a necessidade e possibilidade do quem paga o alimentante e que pede o alimentado. No existe uma regra de uma porcentagem fixa e determinada para pagar alimentos. Sua origem pode ser no casamento / unio estvel: possvel que um companheiro pague ao outro mais em regra esses alimentos so civis ou cngruos (aquele que tem por objetivo a manuteno do padro de vida anterior), ou seja, tem como objetivo o status quo ante. Sua exceo pode ser alimentos mnimos, necessrios ou indispensveis (so pedidos pelo cnjuge culpado). Para garantir a vida digna do cnjuge culpado (alimentao / moradia / sade / vesturio). Os alimentos devidos em razo de parentesco existe uma ordem a ser seguida ascendestes (pais, avs, bisavs); descendentes (filhos, netos, bisnetos); colaterais at o 2 grau, vai somente aos irmos e no mais aos tios. XII - SUCESSO (art. 1784 CC) - um mecanismo de transmisso de direitos / bens / deveres. - Existe uma causa especfica para o direito de sucesso, esta causa o momento da abertura da sucesso que se d no momento da morte. 1- Regimes Sucessrios - Conseqncia da capacidade para suceder se verifica no momento da abertura da sucesso. Os herdeiros podem ser legtimos e testamentrios.

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    a) Sucesso (herdeiro) Legtima (art. 1829 CC): aquele institudo por lei. aquele que est vivo ou j concebido no momento da morte do autor da herana (de cujus). Todos os mecanismos de transmisso decorrem de lei. Os herdeiros legtimos esto divididos em dois tipos: Necessrios e Facultativos. a1) Herdeiros Necessrios (art. 1845 CC): So os descendentes, ascendentes e o cnjuge. Obs: A doutrina inclui o companheiro na condio de herdeiro necessrio por uma interpretao sistemtica do art. 1790 e 1845 CC. Contudo o companheiro no foi contemplado expressamente nesta categoria do Cdigo Civil. a2) Herdeiros Facultativos: So os colaterais (irmos, tios e sobrinhos, primos e tio av / sobrinho neto). Os herdeiros legtimos herdam apenas as pessoas j nascidas ou j concebidas ao tempo da abertura da sucesso. b) Sucesso (herdeiro) Testamentria (art. 1857 CC): aquele institudo por testamento. o regime de transmisso que aceita a vontade do de cujos (testamento) natureza negocial. Os herdeiros testamentrios so as pessoas que vo ser indicadas pela vontade do de cujos. Ele pode herdar a ttulo universal ou a ttulo singular (legatrio). IPC: Para ostentar a posio de herdeiro testamentrio podem ser as pessoas naturais, parentes ou no, pessoas jurdicas, pblicas ou privadas e a prole eventual (tem que ser concebida em um prazo mximo de 2 anos). Caso a prole no seja concebida, sua parcela na herana acrescer aos herdeiros necessrios ou testador pode estabelecer uma regra de substituio Obs1: O cdigo civil permite a criao de uma fundao por meio de um testamento, neste caso a entidade ser constituda em razo deste ato. Obs: O sistema testamentrio muito rgido, por isso no muito utilizado no Brasil. 2- Disposies Gerais a) O Cdigo Civil adotou o princpio de Saisine para o direito sucessrio. A conseqncia deste princpio a transmisso automtica da propriedade e da posse dos bens do de cujos aos herdeiros, ou seja, a posse e a propriedade dos bens do falecido se transmitem aos seus herdeiros no momento da abertura da sucesso. b) Caractersticas da Herana: 1- Trata-se de um condomnio indivisvel at a partilha (cada herdeiro tem sua quota total);

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    2- A herana um imvel por equiparao (art. 80 CC). A idia de tratar todos os bens como um nico bem. Ex: Faleceu deixando 4 veculos (representam um nico imvel) 3- A herana uma universalidade de direitos (direitos/deveres/bens). O esplio uma somatrio de relaes jurdicas. c) Cesso do Quinho Hereditrio: Objeto: Quota patrimonial do herdeiro. 1 Forma: Sempre ser feita por instrumento pblico (ainda que o acerto seja composto de imveis). Se o Instrumento Pblico no for atendido ocorre nulidade. 2 Preferncia dos demais herdeiros para aquisio da quota. Obs: A cesso no atinge a condio de herdeiro, pois trata-se de um direito personalssimo e indisponvel. IPC: Numa eventual sobre partilha os direitos patrimoniais sero titularizados pelo herdeiro cedente e no pelo cessionrio. d) Aceitao e Renuncia da Herana: - So atos irrevogveis. Esta aceitao um ato puro. No admitido termo, condio ou parcialidade. Sua vontade capaz de produzi-lo e no se pode desfazer. IPC: Diante de uma m formao da vontade possvel o ato ser anulvel, ou seja, muito embora a aceitao e a renncia sejam atos irrevogveis podero ser anulados nas hipteses legais a exemplo dos vcios de vontade. A aceitao composta de vrias formas: d1) Aceitao Expressa: Tem que ser realizada por escrito (no depende de forma tanto para instrumento pblico quanto por instrumento particular); d2) Aceitao Tcita: comportamental. o comportamento do herdeiro que permite concluir que ele aceitou. Ex: Abertura de Inventrio. d3) Aceitao Presumida (art. 1807 CC): aquela que advm do silencio do herdeiro. O sistema prioriza a aceitao. Obs1: Tanto a Aceitao Expressa, quanto a Aceitao Tcita esto no art. 1805 CC. Obs2: A aceitao da herana, quando expressa, faz-se por declarao escrita; quando tcita, h de resultar to somente de atos prprios da qualidade de herdeiro. O 1 traz funeral do finado; atos meramente conservatrios e administrativo e guarda provisria (so de aceitao expressa). 3- Ordem da Vocao Hereditria

  • ESTUDO PARA A 1 FASE DA OAB

    Este material composto por diversos estudos elaborados por outros alunos durante a

    preparao para a prova da OAB e, por esse motivo, tem finalidade exclusivamente didtica. A utilizao com fins comerciais terminantemente proibida.

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    So as regras de transferncia da sucesso legtima Os herdeiros necessrios so: descendentes (1 grau) e ascendentes (2 grau). Os herdeiros facultativos so: irmos (1 grau), sobrinhos (2 grau), tios (3 grau) e primos (4 grau). 3.1 Sucesso no Cdigo Civil/16 1 Descendentes herdeiros necessrios 2 Ascendentes no poderiam ser afastados 3 Cnjuge 4 Colaterais de at 4 grau. 3.2 Sucesso no Cdigo Civil/02 1 Descendentes + Cnjuge 2 Herdeiros necessrios 3 Ascendentes + Cnjuge no podem ser afastados (no tendo nenhum dos acima o cnjuge receber sozinho). 4 Colaterais de at 4 grau. Obs1: O descendente e o ascendente concorrem junto com os cnjuges. Obs2: Sem saber a meao no tem como saber quem o herdeiro necessrio. Obs3: O cnjuge concorre com os necessrios e o companheiro concorre com todos. A regra de vocao dos companheiros esta no artigo 1790 CC. A regra de vocao dos cnjuges esta no artigo 1829 CC. Ex: Marcus, casado com Jane tem dois filhos (Pedro Henrique e Ana Luisa) pela comunho universal. Jane tem direito a meao pois na comunho universal tudo se comunica REGRA - Art. 1.829, I - aos descendentes, em concorrncia com o cnjuge sobrevivente. Exceo: ser ca