173
1 Profº Evanilde Drehmer Carminati [email protected] CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Cascavel, fevereiro de 2009 .

apostila contabilidade tributaria 2009

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: apostila contabilidade tributaria  2009

1

Profº Evanilde Drehmer Carminati [email protected]

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Cascavel, fevereiro de 2009.

Page 2: apostila contabilidade tributaria  2009

1

SUMÁRIO PLANO DE ENSINO ...................................................................................................................... 2 1-INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................. 5

1.1 Conceito de Tributo ............................................................................................................... 5 1.2 PrincÍpios Constitucionais Tributários.................................................................................. 6 1.3 Elementos Fundamentais Do Tributo .................................................................................... 8

2. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL........................................................................ 11 2.1 Legislação Tributária ........................................................................................................... 11 2.2 Tributos, conceitos e espécies .............................................................................................. 12 2.3 Classificação dos Tributos ................................................................................................... 14

3. TRIBUTOS SOBRE O VALOR AGREGADO ........................................................... 22 3.1 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.................................................................... 22 3.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. .................................... 25

4. TRIBUTOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO................................................. 48 4.1 Contribuições ao INSS ........................................................................................................ 48 4.2 Contribuições ao FGTS ...................................................................................................... 50 4.3 IRRF sobre Rendimentos do Trabalho ............................................................................... 51

5 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O FATURAMENTO ....................................................... 60 5.1 Imposto Sobre Serviços – ISS ............................................................................................. 60 5.2 Programa de Integração Social – PIS ............................................................................ 61 5.3 COFINS............................................................................................................................... 66

6 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O RESULTADO .......................................... 75 6.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas ............................................................................. 75 6.2 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL .......................................................... 76

7 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO FEDERAL .............................................................. 78 7.1 Lucro Presumido.................................................................................................................. 78 7.2 Lucro Arbitrado ............................................................................................................. 90 7.3 Lucro Real ..................................................................................................................... 96

RECEITA OPERACIONAL BRUTA.............................................................................................. 110 7.4 Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno .............................................................................................................. 120 Tabela - Partilha do Simples Nacional – Comércio ................................................................. 124 TABELA - Partilha do Simples Nacional – Indústria ............................................................. 125 Tabela - Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de Bens Móveis ...................... 126

8. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS EMPRESAS ........................................... 130 8.1 ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO....................................................................................... 131 8.2 Remuneração a Sócios....................................................................................................... 132 8.3 Ganhos de Capital.............................................................................................................. 132 8.4 Retenção na Fonte do IRPJ CSLL, PIS e COFINS ........................................................... 133 8.5 Contratos de Longo Prazo ................................................................................................. 134 8.6 Faturamento para Entrega Futura ...................................................................................... 134 8.7 Depreciação ....................................................................................................................... 135

9 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO....................................................................................... 135 9.1 Fato Gerador ...................................................................................................................... 136

10. APÊNDICE...................................................................................Erro! Indicador não definido.

Page 3: apostila contabilidade tributaria  2009

2

PLANO DE ENSINO 1 – IDENTIFICAÇÃO

Colegiado de Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS Ano Letivo: 2009 Área de Ensino: Ciências Sociais Aplicadas Habilitação: Bacharel em Ciências Contábeis

Nome da Disciplina: CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Regime: Anual Carga horária: 132 Série: 3º A e B Cód. Disc: Professor: Evanilde Drehmer Carminati

2 – EMENTA

Introdução ao Direito Tributário. Impostos do sistema tributário nacional: tributos da União, Estados, DF. e Municípios. Planejamento tributário, Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Ajustes e apuração do resultado fiscal e contábil. Encerramento do exercício.

3 – OBJETIVOS DA DISCIPLINA

3.1 – Gerais Proporcionar ao acadêmico o conhecimento dos procedimentos contábeis

pertinentes à aplicação da legislação tributária, assim como as técnicas de planejamento tributário e sua influência no resultado da empresa. 3.2 – Específicos

Mostrar ao aluno a importância do planejamento tributário das empresas, conduzindo-o ao conhecimento do Sistema Tributário Nacional e dos diversos regimes tributários federais e estaduais.

Conceder ao aluno subsídios para o seu desenvolvimento acadêmico e profissional na área tributária.

Permitir ao acadêmico a análise e comparação dos regimes de tributação em vigor, para auxiliar na tomada de decisão do futuro profissional.

4 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Bimestre Conteúdo

Primeiro

1- Introdução ao Direito Tributário 1.1- Espécies de Tributos 1.2- Principios Constitucionais Tributários 1.3- Elementos Fundamentais do Tributo. 2- Sistema Tributário Nacional 2.1 Legislação 2.2 Tributos, conceitos e espécies 3. Tributos sobre o valor agregado 3.1 IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados 3.2 ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 4. Tributos sobre a Folha de Pagamento 4.1 Contribuições ao INSS 4.2 Contribuições ao FGTS 4.3 IRRF sobre Rendimentos do Trabalho

Page 4: apostila contabilidade tributaria  2009

3

Segundo

5. Tributos Incidentes sobre o Faturamento 5.1 ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 5.2 PIS - Programa de Integração Social 5.2.1 PIS Cumulativo 5.2.2 PIS Não Cumulativo 5.3 COFINS - Contribuição para Financiamento Seguridade Social 5.3.1 COFINS Cumulativa 5.3.2 COFINS Não Cumulativa 6. Tributos Incidentes sobre o Resultado 6.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas 6.2 CSLL _ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 7. Regimes de Tributação Federal 7.1 Lucro Presumido 7.2 Lucro Arbitrado

Terceiro

7. Regimes de Tributação Federal 7.3 Lucro Real 7.3.1 Lucro Real Trimestral 7.3.2 Lucro Real Anual 7.4 Sistema Integrado de Pagamentos de Impostos r Contribuições das microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES

Quarto

8. Planejamento Tributário das Empresas 8.1 Elisão, Evasão e Elusão 8.2 Remuneração a Sócios 8.3 Ganhos de Capital 8.4 Retenção na Fonte do IRPJ,CSLL, PIS e COFINS 8.5 Contratos de Longo Prazo 8.6 Faturamento Antecipado e Venda para Entrega Futura 8.7 Depreciação 9 Regimes de Tributação 9.1 Lucro Real versus Lucro Presumido/Arbitrado/SIMPLES.

5 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A disciplina será desenvolvida através de aulas expositivas, aulas participativas,

debates, trabalhos em equipe e individual, resolução de exercícios práticos e de estudos de caso. 6 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Análise e síntese de textos com apresentações e desenvolvimentos em sala de aula. O aluno que participar de todos os trabalhos garantirá 10% na composição do conceito bimestral.

Trabalho a ser desenvolvido individualmente ou em grupo, em assunto e tema escolhidos posteriormente, correspondendo a 20% da nota bimestral.

Avaliação bimestral: provas dissertativas, objetivas ou práticas, abrangendo todo o conteúdo exposto durante o bimestre. A prova será individual, com interpretação e resolução, representando 70% da nota bimestral.

Page 5: apostila contabilidade tributaria  2009

4

7 – BIBLIOGRAFIA INDICADA

7.1 – BÁSICA FABRETTI, Láudio Camargo. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA.6ª ed. São Paulo: Atlas. 2000. OLIVEIRA, Luis Martins de et al. MANUAL DE CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 7.2 – COMPLEMENTAR BORGES, Humberto Bonavides. GERÊNCIA DE IMPOSTOS, IPI, ICMS, ISS. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. HIGUCHI, Hiromi et al. IMPOSTO DE RENDA DAS EMPRESAS. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Page 6: apostila contabilidade tributaria  2009

5

1-INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO

Segundo Oliveira et al (2003), o Direito e a Contabilidade são ciências que se complementam e

caminham juntas há muito tempo, acompanhando a evolução natural da sociedade. O Direito é a

ciência que disciplina as relações humanas através das normas obrigatórias, dentre elas as normas

gerais do direito tributário. A contabilidade estuda, orienta, controla e registra os atos e fatos

econômicos, sendo uma ferramenta para gerenciar o patrimônio de uma entidade, prestar contas entre

os sócios e outros usuários, entre os quais se encontram as autoridades arrecadadoras de tributos.

No exercício de sua função, além dos princípios fundamentais de contabilidade, as normas

brasileiras de contabilidade, o contador precisa obedecer a legislação tributária para a apuração correta,

o registro e a arrecadação dos tributos nas diversas fases das atividades empresariais.

1.1 Conceito de Tributo

Segundo o Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda

ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e

cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (Oliveira et al, 2003).

- prestação pecuniária: o pagamento do tributo deverá ser efetuado em unidades de moeda

corrente, inexistindo o pagamento in natura ou in labore, ou seja, o que é pago em bens ou em

trabalho ou prestação de serviço;

- compulsória: obrigação independente da vontade do contribuinte;

- em moeda ou cujo valor se possa exprimir: os tributos são expressos em moeda corrente

nacional (reais) ou por meio de indexadores (ORTN,OTN,BTN,Ufir)

- que não constitua sanção de ato ilícito: multas ou penalidades pecuniárias não se incluem no

conceito de tributo, não ocorrendo o pagamento deste de infração de determinada norma ou

descumprimento da lei;

- instituída em lei: só existe a obrigação de pagar o tributo se existir uma norma jurídica com

força de lei que estabeleça esta obrigação;

- cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade não possui

liberdade para escolher a melhor oportunidade de cobrar o tributo; a lei já estabelece todos os

passos a serem seguidos. (CTN), (Oliveira et al, 2003).

Page 7: apostila contabilidade tributaria  2009

6

1.2 PrincÍpios Constitucionais Tributários

(art.150, CF)

§ Princípio da Legalidade: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios:

“I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça (...). O tributo não pode ser criado ou

aumentado sem que seja amparado por lei.

§ Princípio da Isonomia ou igualdade tributária:

II- instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,

proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,

independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos (Princípio da

isonomia tributária);

O princípio deriva do princípio republicano que proíbe qualquer distinção entre as pessoas,

considerando que todas são iguais perante a lei. A igualdade tributária garante o tratamento tributário

igual entre os contribuintes que se encontrem em situação igual e diferenciada para aqueles que

estiverem em situação desigual, na medida de suas desigualdades. Assim, uma pessoa que recebe um

salário mínimo num mês será tratada em matéria tributária de forma diferente daquela outra que recebe

vinte salários mínimos mensais. (Oliveira, 2005).

§ Princípio da irretroatividade :

III- Cobrar tributos:

a- em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver

instituído ou aumentado;(...) Este princípio afasta a incidência tributária sobre fatos geradores

passados em relação à lei que apareceu depois.

§ Princípio da anterioridade simples: (art.150 da CF, III)

III – cobrar tributos: (...)

b- no mesmo exercício financeiro que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.”

Esse principio veda a Administração de exigir tributos no mesmo ano da publicação da lei que

instituiu ou aumentou o tributo em questão, garantindo ao contribuinte um certo período de

tempo para se adaptar, postergando para o primeiro dia do ano seguinte da publicação da lei o

início de sua cobrança.

Page 8: apostila contabilidade tributaria  2009

7

§ Princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena: (art. 150 da CF)

III - cobrar tributos: (...)

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou

aumentou (...). Dessa forma, combinando com o princípio da anterioridade simples, a cobrança de

um tributo só produzirá efeito 90 dias da data da publicação da lei que o houver criado ou

majorado, bem como no ano seguinte ao da referida publicação.

§ Princípio da competência : a União, o Estado ou o Município exercitarão as competências

tributárias, não lhes sendo permitida, porém, qualquer delegação ou prorrogação desta

competência para outro ente que não seja aquele expressamente previsto na Constituição.

§ Princípio da não-discriminação tributária: visando a procedência e ao destino dos bens, o art

152 da Constituição Federal proíbe a manipulação de alíquotas, bases de cálculo ou qualquer

outra fórmula tributária em benefício ou prejuízo da economia da União, dos Estados ou dos

Municípios.

§ Princípio da capacidade contributiva: o art 145 par.1º estabelece que haja a possibilidade

econômica do contribuinte pagar o tributo, sendo subjetiva quando se refere à condição pessoal

do contribuinte (capacidade econômica real) e objetiva quando leva em conta manifestações

objetivas da riqueza do contribuinte (bens imóveis, títulos, etc., sinais de capacidade tributária

ou riqueza).

§ Princípio da vedação de tributo confiscatório (art 150 da CF):

Fica vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)

IV – utilizar tributo com efeito de confisco; (...)

Esse princípio rege que o tributo será instituído em um nível racional, sendo uma forma mínima de

preservar a propriedade do indivíduo. Caso contrário, seria irracional aplicar tributos que

precisariam destituir o contribuinte de todos os seus bens para o pagamento do tributo.

§ Princípio da liberdade de tráfego: (art. 150, V, da CF)

É vedado à União. Estados, Distrito Federal e Municípios: (...)

Page 9: apostila contabilidade tributaria  2009

8

V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou

intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder

Público; (...)

A liberdade de locomoção é parte integrante dos direitos fundamentais do indivíduo. Em matéria

tributária, essa liberdade proíbe a limitação da locomoção de pessoas ou bens dento do território

nacional por meio do estabelecimento de barreiras fiscais na forma de tributos interestaduais e

intermunicipais.

1.3 Elementos Fundamentais Do Tributo

São três os elementos básicos da obrigação tributária:

a- A LEI :é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de

sua cobrança. São fontes consideradas como primárias do direito tributário (Oliveira et al 2003):

§ Constituição Federal: estabelece as competências e os princípios tributários. Cabe ao ente

político (união, Estado,Distrito Federal ou Municípios) instituir os tributos de sua competência,

observando os limites representados pelos princípios e imunidades constitucionais (Oliveira,

2005).

§ Tratados e Convenções Internacionais: uma vez aprovados por decreto legislativo do

Congresso Nacional, revogam ou modificam a legislação tributária interna, e as leis posteriores

a tais tratados ou convenções deverão se adaptar a eles (Oliveira, 2005)

§ Lei Complementar: estabelece as normas gerais em matéria tributária, que são as normas

básicas reguladoras da competência tributária disposta na Constituição e estabelecedoras de

regras gerais aplicáveis a todos os tributos, com as funções de dispor sobre conflitos de

competência (Oliveira,2005).

§ Lei Ordinária: tem a função de instituir tributos, embora haja alguns que, por força da

Constituição, precisem ser constituídos por lei complementar (Oliveira, 2005).

§ Leis Delegadas: elaboradas pelo Presidente da República sobre matéria específicas, desde que

não se trate de matéria objeto de Lei Complementar (Oliveira,2005)

§ Mediadas Provisórias: Normas de iniciativa do Poder Executivo que possuem força de lei, mas

dependem de sua conversão em lei no prazo de 60 dias, vedada a reedição após este prazo. São

admitidas para instituir tributos, desde que esses não sejam objeto de lei complementar

(Oliveira, 2005).

Page 10: apostila contabilidade tributaria  2009

9

§ Decretos Legislativos: emanados pelo Congresso Nacional que disciplinam matérias privativas

da Casa, como a ratificação dos Tratados e Convenções Internacionais celebrados pelo Poder

Executivo, aprovando-os (Oliveira,2005).

§ Resoluções do Senado Federal: são utilizadas para resolver assuntos de sua competência, não

necessitando da sanção do Presidente da República, tal como: fixação das alíquotas máximas e

mínimas do ICMS nas operações internas ou, também, para fixar as alíquotas desse imposto nas

operações interestaduais e de exportação.

As fontes consideradas como secundárias do Direito Tributário (Oliveira, 2005):

§ Decretos: Normas expedidas pelo Chefe do Poder Executivo que regulamentam as leis, não

inovando na ordem jurídica, objetivando apenas dar fiel cumprimento aos ditames legais.

§ Normas Complementares: apenas esclarecem as fontes anteriores, mão inovando na ordem

jurídica.

b- O OBJETO: representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir.

Basicamente, as prestações consistem em: pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo

devido ou à multa imposta por não atendimento à determinação legal (obrigação principal) ou o

cumprimento de formalidades complementares, destinadas a comprovar a existência e os limites

da operação tributária e a exata observância da legislação aplicável (obrigação acessória), como

por exemplo, a escrituração de livros fiscais, a apresentação de declarações de rendimentos, o

preenchimento de formulários, a abstenção da prática de certos atos etc. Uma vez constituído o

crédito tributário, este deve ser satisfeito pelo devedor por meio do pagamento ou da

compensação (Oliveira et al, 2003).

c- O FATO GERADOR: é a situação definida em lei como necessária e suficiente para a sua

ocorrência. Conceitua-se como “o fato” que gera a obrigação de pagar o tributo. O fato gerador

da obrigação fiscal com o Imposto de Renda é a obtenção da renda e proventos de qualquer

natureza por pessoas jurídicas ou físicas. O fato gerador do ICMS é a venda de produtos ou

mercadorias ou a prestação de serviços de transporte, etc. O fato gerador da obrigação acessória

é qualquer situação que impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure a principal

(Oliveira et al, 2003)

1.3.1 Sujeito Ativo e Sujeito Passivo

Page 11: apostila contabilidade tributaria  2009

10

• Sujeito Ativo: Segundo o art 119 da CF, “Sujeito Ativo da obrigação é a pessoa jurídica de

direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.” (Oliveira, 2005)

• Sujeito Passivo: é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo, considerada como

contribuinte ou responsável (Oliveira, 2005).

1.3.2 Contribuinte ou responsável

As partes da obrigação tributária são, de um lado, o sujeito ativo, e de outro lado, o sujeito

passivo. O sujeito ativo da obrigação tributária é o ente público (União, Estado ou Município), criador

do tributo. O Código Tributário prevê duas espécies de sujeito passivo: a) o contribuinte, que tem

relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador; e b) o responsável, que é aquele

que não pratica o fato que causa o fato gerador mas se vê na obrigação de pagar o tributo por força de

dispositivo legal (Oliveira, et al, 2003).

1.3.3 Base de Cálculo

É o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) a fim de apurar o valor a ser

recolhido. A base de cálculo deve ser definida em lei complementar estando sujeita aos princípios

constitucionais da legalidade (mudança somente por outra lei), da anterioridade (a lei deve estar em

vigência antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da irretroatividade (a norma não pode atingir

fatos passados) (Oliveira et al, 2003).

1.3.4 Alíquota

É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do

tributo a ser recolhido, estando também sujeita aos princípios constitucionais da legalidade,

anterioridade e da irretroatividade (Oliveira et al, 2003).

1.3.5 Imunidade e Isenção Tributária.

• As imunidades são privilégios dados a alguém para que se livre ou se isente de certas

imposições legais em virtude de que não é obrigado a cumprir certo encargo de obrigação de

caráter legal: imunidade diplomática; imunidade judicial; imunidade parlamentar; imunidade

tributária (vedação de entes estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a renda ou os

serviços, uns dos outros; a vedação entre estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a

renda e os serviços, das entidades mantenedoras de templos de qualquer culto; vedação entre

Page 12: apostila contabilidade tributaria  2009

11

estatais instituírem impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços dos partidos políticos,

sindicatos de trabalhadores, instituições de educação e de assistência sem fins lucrativos;

vedação de entes estatais instituírem impostos sobre livros, jornais, periódicos e papel destinado

à impressão destes.

• Isenção é concedida por lei e é a dispensa, a imunidade, a concessão atribuída a alguma coisa

ou alguma pessoa, para que se possa livrar, esquivar ou desobrigar de algum encargo estipulado

para todos, ou para que se livre de qualquer obrigação (Oliveira et al, 2003).

1.3.6 Regulamento do Imposto de Renda

Para Oliveira et al (2003} o RIR é a consolidação das Leis e Disposições que regulamentam e

normatizam o IR das Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas, sendo organizado por assunto, separando os

contribuintes Pessoas Físicas das Pessoas Jurídicas. O RIR em vigor foi instituído pelo Decreto nº

3.000, de 26 de março de 1999.

Além do RIR, faz-se necessário conhecer o Regulamento do IPI (DECRETO Nº 4.544, de 26 de

Dezembro de 2002 - DOU de 27/12/2002), Regulamento do ICMS (Decreto 1980 de 21/12/2007),

Regulamento do PIS e COFINS (decreto nº 4.524, de 17 de dezembro de 2002.), Regulamento do INSS

(Decreto 3048/99).

2. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Sistema Tributário nacional é o conjunto de princípios e de normas unificados em torno da idéia

de tributo. As disposições sobre o Sistema Tributário Nacional estão contidas nos artigos 145 a 162 da

Constituição Federal, constantes sob este título, não obstante existirem outros comandos

constitucionais referentes a tributos (art. 195). Tais disposições tratam dos aspectos estruturais básicos

do nosso ordenamento jurídico-tributário, contendo regras que devem ser seguidas pelos legisladores

infraconstitucionais, bem como por parte da administração tributária e do Poder Judiciário no exercício

de suas respectivas funções.

2.1 Legislação Tributária

Segundo o art. 96 da Lei 5.172 de 25/10/1966: “A expressão legislação tributária compreende

as leis, os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem,

no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes”.

Page 13: apostila contabilidade tributaria  2009

12

2.2 Tributos, conceitos e espécies

No art 145 da Constituição Federal, foram definidas as espécies de tributos (Oliveira, 2005):

2.2.1 Impostos: situação geradora independente de qualquer contraprestação do Estado em favor do

contribuinte (ICMS, Imposto de Renda, IPI)

São Impostos de competência da União:

- Importação de produtos estrangeiros;

- Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

- Rendas e proventos de qualquer natureza;

- Produtos industrializados;

- Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

- Propriedade territorial rural;

- Grandes fortunas.

Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre :

- Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos (ITBI, ou ITCMD), 4%);

- Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e prestações se iniciem

no exterior;

- Propriedade de veículos automotores (IPVA).

Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

- Propriedade predial e territorial urbana(IPTU);

- Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis,

ressalvadas as exceções legais (ITBI ou ISTBI, 2%);

- Serviços de qualquer natureza (ISSQN).

2.2.2 Taxas : vinculadas à utilização efetiva do contribuinte, de serviços públicos específicos e

divisíveis (Taxa de coleta de lixo, taxa de iluminação pública)

Taxas cobradas pela prestação de serviços pelo Estado:

§ Coleta de lixo,

§ iluminação pública,

§ licença para funcionamento e alvará municipal

§ de Combate a Incêndios

Page 14: apostila contabilidade tributaria  2009

13

§ conservação e Limpeza Pública

§ emissão de documentos (a nível federal, estadual e municipal)

§ de registro do comércio (juntas Comerciais)

§ água e esgoto

§ taxas de expediente

Taxas cobradas pelo exercício do poder de polícia pelo Estado

§ Taxa de fiscalização de estabelecimentos

§ Taxa de controle e fiscalização ambiental

§ Taxa de fiscalização de anúncios

§ Taxa de fiscalização de vigilância Sanitária

Taxa de fiscalização de localização, instalação e funcionamento

2.2.3 Contribuições de melhoria: cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes por obras

públicas (calçamento ou asfaltamento de ruas, etc) e fazem face ao custo das obras de que decorram

valorização direta ou indireta de um imóvel. O CTN impo limites para a cobrança desse tributo, sendo

o limite total o que corresponde à despesa total pela realização da obra pública e o limite individual

pelo acréscimo do valor do imóvel que foi beneficiado com a obra (Oliveira, 2005).

2.2.4 Contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias

profissionais ou econômicas (Oliveira, 2005): são tributos instituídos para o financiamento dos

Sistemas Oficiais de Previdência e Assistência Social (contribuições sociais), e para financiar as

entidades representativas de classe ou profissional. Devem ser instituídas por lei ordinária, respeitando

as normas gerais previstas em lei complementar e só podem ser exigidas 90 dias após a publicação da

lei instituidora ou majoradora. São contribuições sociais:

§ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

§ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS

§ Programa de Integração Social – PIS

§ Contribuição para o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS

§ Contribuição para o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

As contribuições interventoras servem de instrumento para custear o Estado e visam o controle da

produção em um mercado específico, como a produção do açúcar, por exemplo, ou a importação e

comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível,

Page 15: apostila contabilidade tributaria  2009

14

denominado de CIDE - combustíveis. As contribuições interventoras não incidem sobre as receitas

decorrentes de exportação

2.2.5 Empréstimos compulsórios: são instituídos pela União, mediante lei complementar nos casos de

guerra ou sua iminência, calamidade pública. Em ambos os casos não há a necessidade de respeitar os

princípios da anterioridade ou da noventena e em caso de investimento público de caráter urgente e

relevante interesse nacional respeitando o princípio da anterioridade e da noventena. É uma receita

tributária que deve ser restituída dentro de determinado prazo de tempo. (Oliveira, 2005).

2.3 Classificação dos Tributos

A classificação dos tributos em diretos e indiretos é mais econômica do que jurídica mas de

muita importância para o estudo e avaliação que os tributos causam ao patrimônio e nas etapas

econômicas da produção, circulação e consumo.

São considerados indiretos aqueles que a cada etapa econômica são repassados para o preço do

produto/mercadoria/serviço: IPI, ISS, ICMS, PIS s/Fat, COFINS.

São tributos diretos o IR, a CSLL, o IPVA, ITR, IPTU.

Os tributos podem incidir sobre o valor agregado, sobre o faturamento, sob re a folha de

pagamento ou sobre o resultado. (Oliveira, et al, 2003)

EXERCICIOS

(Baseados no Livro de Exercícios do Manual de Contabilidade Tributária (Oliveira et al, 2003)

1- As normas gerais de Direito Tributário, definidoras dos tributos e suas espécies, são criadas

pela seguinte proposição legislativa:

a- lei delegada

a- lei ordinária

b- lei complementar

c- decreto legislativo

d- resolução legislativa

2- Das alternativas abaixo, a que não se refere a tributo do Sistema Tributário Nacional é:

a- taxa

Page 16: apostila contabilidade tributaria  2009

15

b- imposto

c- preço público

d- contribuição social

e- empréstimo compulsório

3- São princípios constitucionais do Sistema Tributário Nacional

a- isonomia, imunidade, hierarquia

b- anterioridade, legalidade. isononomia

c- isonomia, reserva legal, hierarquia

d- imunidade, legalidade, anterioridade

e- hierarquia, reserva nacional, imunidade

4- Um dispositivo que define nova hipótese de incidência tributária do imposto sobre a renda

entra em vigor no seguinte momento:

a- no mesmo dia de sua publicação

b- trinta dias após a respectiva assinatura

c- no primeiro dia útil seguinte ao de sua edição

d- quarenta e cinco dias após lhe ser dado publicidade

f- no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação

5- Assinale a opção que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas:

§ prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não

constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa

plenamente vinculada.

§ Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica,

relativa ao contribuinte.

§ Tem por fato gerador e a prestação de limpeza pública urbana.

a- preço público, tributo, taxa

b- imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público

c- tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal

d- tributo, imposto, taxa

e- contribuição de melhoria, imposto, preço público

Page 17: apostila contabilidade tributaria  2009

16

6- Assinale a alternativa que completa os espaços em branco no texto a seguir:

O Código Tributário Nacional chama de ___________ quem tenha relação pessoal e direta com a

situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principaL, e de _______

quem, sem revestir aquela condição, tenha obrigação decorrente de disposição expressa em lei. Em

ambos os casos, recebe o nome de ____________ da obrigação tributária principal.

a- obrigado, contribuinte legal e coobrigado

b- sujeito passivo, devedor solidário, sub-rogado

c- sujeito passivo, responsável ex lege, devedor

d- contribuinte, responsável, sujeito passivo

sujeito passivo, responsável, contribuinte.

7- A natureza jurídica de um tributo é determinada:

a- em função de sua denominação jurídica

b- em razão das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação;

c- pelo fato gerador da respectiva obrigação tributária

d- pela destinação legal do produto de sua arrecadação;

8- Os tributos classificam-se em:

a- impostos, taxas e contribuições previdenciárias

b- impostos, taxas e contribuições de melhoria

c- imposto de renda e contribuição social

d- imposto de renda, contribuição social, PIS e COFINS

9- Qual o tributo cuja imposição decorre da realização de obras públicas?

a- contribuição de intervenção no domínio econômico

b-contribuição de melhoria

c-taxa de serviços públicos

d- imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana

10- O tributo, cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer

atividade estatal específica relativa ao contribuinte, tem natureza jurídica específica de:

a- taxa

Page 18: apostila contabilidade tributaria  2009

17

b- impostos

c- preço público

d- contribuição parafiscal

e- contribuição de melhoria

f- contribuição provisória

11- Sendo:

imposto de importação

imposto sobre transmissão causa mortis

imposto sobre transmissão de imóveis intervivos

Os impostos acima competem respectivamente:

a- União, Municípios e aos Estados

b- Municípios, Estados, União

c- Estados, União, Municípios

d- Estados, Municípios, União

e- União, Estados, Municípios.

12- De acordo com os principios que emanam da Constituição da República e do Código

Tributário Nacional, em relação ao Imposto de Renda retido na fonte dos servidores do Estado

do Piauí, no que concerne aos vencimentos destes:

quem tem a competência para estabelecer-lhe a alíquota?

A quem pertence o Produto da arrecadação deste imposto retido pelo estado do Piauí?

Quem é o sujeito passivo da obrigação principal?

Qual é o ente responsável pela fiscalização do contribuinte, relativamente à declaração desses

vencimentos?

a- o Estado, o Estado, o servidor, o Estado

b- a União, o Estado, o servidor, a União

c- a União, a empresa fornecedora do serviço, p empregado desta, o Esrado

d- o estado, a empresa fornecedora do serviço, o empregado desta, a União

e- a empresa fornecedora do serviço, essa mesma empresa, o empregado dela, a União.

13- A competência para instituir e arrecadar o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é:

a- dos Estados e Distrito Federal

Page 19: apostila contabilidade tributaria  2009

18

b- dos Municípios

c- da União

d- da União e dos Estados

14- Assinale a alternativa que combina, respectivamente,as quatro afirmações a seguir (1,2,3,e4)

com os respectivos princípios tributários constitucionais relacionados (w,x,y e z)

1. é proibido exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

2. é vedado instituir tratamento desigual entre os contribuintes que estejam em situação equivalente

3. é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei;

4- é vedado cobrar tributo no mesmo exercício em que se tenha publicado a lei que instituiu ou

aumentou.

Sendo: w: anterioridade - x isonomia tributaria – y: Legalidade – z: irretroatividade

Alternativas:

a- w x y z

b- x y z w

c- y x z w

d- y w x z

e- w y x z

15- Cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os

instituiu ou aumentou fere o princípio da:

a- uniformidade tributária

b- imunidade tributária

c- anterioridade

d- tutela jurídica

16- A ocorrência do fato gerador de um tributo:

a- determina o nascimento da obrigação tributária acessória

b- impede o pagamento do crédito tributário

c- suspende a exigibilidade da obrigação tributária principal

d- causa o surgimento da obrigação tributária principal

e- exclui o nascimento do crédito tributário

Page 20: apostila contabilidade tributaria  2009

19

17-Assinale a alternativa que responda, na seqüência, às seguintes perguntas:

Segundo o Código Tributário Nacional, a isenção e anistia requerem interpretação literal?

A isenção dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo

crédito seja excluído?

Uma isenção de tributos por dez anos, dadas às indústrias que se instalarem em certo pólo de

informática, aplica-se às taxas criadas no segundo ano após a concessão?

a) sim, sim, sim

b) não, não, não

c) sim, não, não

d) sim, sim, não

e) não, não, sim

18- Assinale as alternativas corretas:

a) Fato gerador da obrigação principal não é a situação definida em lei como necessária e suficiente a

sua ocorrência.

b) Nasce uma Obrigação quando por meio de uma relação jurídica determinada pessoa (credor) pode

exigir de outra (devedor) uma prestação (objeto), em razão de prévia determinação legal ou de

manifestação de vontade.

c) Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota também não está sujeita aos princípios

constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.

d) De acordo com o principio da legalidade, é vedado instituir o tratamento desigual entre contribuintes

que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação

profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,

títulos ou direitos.

e) Os impostos estão vinculados à utilização efetiva ou potencial por parte do contribuinte, de serviços

públicos específicos e divisíveis.

Page 21: apostila contabilidade tributaria  2009

20

f) De acordo com o Código Tributário Nacional, não há necessidade de lei para estabelecer a instituição

de tributos ou a sua extinção.

g) De acordo com o art. 96 da Lei nº 5.172/66 de 25/10/1966, a expressão legislação Tributária

compreende as leis, os tratados e convenções internacionais, os decretos, e as normas complementares

que versem no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

h) A base de cálculo, conforme a Constituição Federal, deve ser definida em lei complementar, estando

sua alteração sujeita aos princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.

i) O Direito é a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade,

existindo para isso as diversas jurisprudências. É o conjunto das normas jurídicas vigentes num país.

j) Os princípios constitucionais tributários prevalecem sobre todas as demais normas jurídicas, as quais

só têm validade se editadas em rigorosa consonância com eles.

k) As taxas decorrem de situação geradora independente de qualquer contraprestação do Estado em

favor do contribuinte.

l) O Regulamento do Imposto de Renda é a consolidação das Leis e Dispositivos que regulamentam e

normatizam o Imposto de Rendas das Pessoas Físicas e Jurídicas.

m) O Código Tributário Nacional conceitua tributo como sendo toda prestação pecuniária compulsória,

em moeda corrente ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,

instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

n) O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou da

penalidade pecuniária.

o) A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro dos

atos e fatos de uma administração econômica. Não serve como ferramenta para o gerenciamento da

evolução do patrimônio de uma entidade.

Page 22: apostila contabilidade tributaria  2009

21

p) As contribuições de melhoria são cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes por obras

públicas.

q) De acordo com o princípio da irretroatividade tributária, é permitida a cobrança de tributos em

relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou

aumentado.

19- Questões Teóricas

1 Por que o contabilista precisa conhecer, além das normas e dos princípios fundamentais de

contabilidade, também os aspectos da legislação tributária?

2 Na empresa em que você presta serviços, quais são os tributos que incidem nas diversas fases da

atividade da empresa?

3 Qual o conceito dado pelo Código Tributário Nacional à legislação tributária, conforme o art. 96 da

Lei 5172/66 de 25/10/1966?

4 Quais são normas complementares das leis, tratados e das convenções internacionais e dos decretos?

5 Qual é o conceito de tributo, de acordo com o Código Tributário Nacional?

6 Comente sobre as espécies de tributos.

7 Quais s/ao os principais tributos de competência da União?

8 Quais são os principais tributos de competência dos Estados e do Distrito Federal?

9 Quais são os principais tributos de competência dos Municípios?

10 Quais são os princípios constitucionais tributários? Comente sobre cada um deles.e dê um exemplo

de uma situação hipotética que os contraria.

11Comente sobre a obrigação tributária, destacando os aspectos de como ela nasce

Page 23: apostila contabilidade tributaria  2009

22

12 Quais são os elementos fundamentais da obrigação tributária?

13.O que é fato gerador da obrigação principal? Exemplifique.

14. Quem é o sujeito ativo da obrigação tributária? Quem são os sujeitos passivos, de acordo com o

código tributário?

15. Comente sobre a base de cálculo e sobre a alíquota.

16. Na linguagem jurídica, qual é o entendimento para isenção? Quais são as entidades que gozam

dessa prerrogativa constitucional?

17. O que é o Regulamento do Imposto de Renda? Qual a sua importância para os trabalhos co

contabilista?

3. TRIBUTOS SOBRE O VALOR AGREGADO

Os tributos incidentes sobre o valor agregado são aqueles que recaem sobre o valor adicionado

de uma empresa, ou seja, representam quanto esta agrega aos insumos que adquire em um período.

(Oliveira, 2005)

3.1 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

(RI , Decreto 4.544 de 26/12/2002 e TIPI (disponível em: www.receita.fazenda.gov.br/legislacao)

O IPI é de competência da União e incide sobre os produtos industrializados nacionais e

estrangeiros, e não está sujeito ao princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual suas

alíquotas podem ser alteradas durante o exercício financeiro.

Esse tributo deve atender ao princípio da seletividade, o que significa taxar o produto

proporcionalmente a sua essencialidade. Assim, os chamados produtos supérfluos, tais como perfumes,

bebidas finas etc., ou até os nocivos à saúde, como cigarros, recebem elevada taxação, enquanto os

essenciais recebem taxação mais baixos. Carros e barcos de alta potência, de luxo, sofisticados, etc. são

taxados por altas alíquotas, enquanto carros populares, veículos de transportes coletivos são taxados

por alíquotas menores.

A taxação varia de acordo com a política governamental de apoio e subsídios a determinados

setores. As máquinas agrícolas poderão ter suas alíquotas reduzidas quando o governo quer subsidiar a

Page 24: apostila contabilidade tributaria  2009

23

agricultura a fim de baratear os alimentos, ou isentar o setor de produção de bens de capital para

fortalecer determinado setor industrial.

O IPI segue o princípio da não cumulatividade, conforme o art 153, § 3º, inciso II da

Constituição Federal.

3.1.1 Fatos Geradores

§ Saídas, de produtos industrializados, dos estabelecimentos industriais ou equiparados a

industriais, e:

§ O desembaraço aduaneiro de produtos importados.

3.1.2 Contribuintes

§ Estabelecimento industrial, que é todo aquele que executar qualquer operação de

industrialização;

§ Equiparados à industria: estabelecimentos que, apesar de não realizarem operações de

industrialização, são equiparados a tal:

a) Importadores, inclusive filiais que exerçam o comércio de produtos importados, salvo se

operarem exclusivamente a varejo;

b) Filiais de estabelecimento industrial, na venda de seus produtos;

c) Comerciantes de bens de produção, que têm caráter facultativo à equiparação industrial.

3.1.3 Definição legal de industrialização

Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida como industrialização,

mesmo incompleta, parcial ou intermediária. A industrialização modifica a natureza, o funcionamento,

o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoa para o consumo.

a) Transformação: é aquela exercida sobre a matéria-prima ou produtos industrializados e que

origina uma nova espécie de produto;

b) Beneficiamento: modifica, aperfeiçoa ou, de qualquer forma, altera o funcionamento, a

utilização, o acabamento ou a aparência do produto;

c) Montagem: consiste na reunião de produtos, peças ou partes que resulte em novo produto ou

unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal;

d) Acondicionamento ou recondicionamento: altera a apresentação do produto pela colocação de

embalagem que se destine a dar nova configuração e não para transportar os produtos;

Page 25: apostila contabilidade tributaria  2009

24

e) Renovação ou restauração: exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto

deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure para nova utilização, exceto se o serviço for

executado por conta e ordem de terceiros.

3.1.4 Base de Cálculo

§ Produto nacional: o preço da operação, na saída da mercadoria;

§ Produto importado: a base de cálculo dos impostos aduaneiros, acrescidos desses

tributos e dos encargos cambiais pagos pelo importador.

3.1.5 Alíquotas do IPI

As alíquotas variam de 0 a 330% e seguem a classificação dos produtos da tabela de incidência

do IPI (Tipi) disponivel em: htpp:www.receita.fazenda.gov.br

3.1.6 Prazo de recolhimento e período de apuração

A apuração e o recolhimento do IPI está vinculado à classificação fiscal do produto industrializado.

3.1.7 Recuperação do IPI pago nas compras de matérias -primas, materiais de embalagens e

outras mercadorias para utilização no processo de industrialização

Para que as inbdustrias possam se creditar do IPI é necessário preencher as seguintes condições:

§ Que o IPI esteja destacado em documento fiscal hábil, atendendo todas as exigências da

legislação vigente;

§ Que o documento seja emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco, ou seja,

esteja inscrito na repartição competente, encontre-se em atividade no local indicado e possibilite

a comprovação dos demais dados cadastrais impressos no documento fiscal;

§ Que o documento fiscal hábil seja escriturado no respectivo livro Registro de Entradas, modelo

1.

§ O direito ao crédito do IPI extinguir-se-á no prazo de cinco anos, a partir da data da emissão

pelo fornecedor do documento fiscal hábil.

§ Os estelecimentos industriais podem, ainda, creditar-se do imposto relativo a mátérias-primas,

produtos intermediários e material de embalagem adquiridos de comerciante atacadista não-

contribuinte do IPI, calculados pelo adquirente, mediante a aplicação da alíquota a que estiver

sujeito o produto, sobre 50% do seu valor, constante da respectiva nota-fiscal (art.148 do

Regulamento do IPI)

Page 26: apostila contabilidade tributaria  2009

25

3.1.8 Contabilização das Compras e vendas de uma indústria

a- Pela compra a prazo ou a vista de matérias-primas

Débito: Compras de matéria-prima (Custos)

Débito: IPI a recuperar (Ativo circulante)

Crédito: Fornecedores (Passivo Circulante) ou

Crédito: Caixa (Ativo Circulante)

b- Pela venda a prazo ou a vista de produtos

Débito: Duplicatas a receber ou Clientes (ativo circulante) ou

Débito: Caixa (ativo circulante)

Crédito: Vendas de produtos industrializados (receita bruta)

Crédito: IPI a recolher (passivo circulante)

c- Pela apuração do saldo credor a recolher ou recuperar

Débito: IPI a recolher (passivo circulante)

Crédito: IPI a recuperar (ativo circulante)

d- Pelo pagamento do IPI

Débito: IPI a recolher (passivo circulante)

Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante)

3.2 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços .

O ICMS é de competência dos Estados e do Distrito Federal e, entre os princípios

constitucionais que regem o ICMS, destacam-se a não cumulatividade e seletividade. Para que as

empresas possam controlar o ICMS incidente nas diversas compras e nas diversas vendas, a legislação

estabeleceu a obrigatoriedade da escrituração dos livros fiscais, com a estrita observância das normas

específicas independentemente da obrigatoriedade da escrituração dos livros e documentos contábeis.

3.2.1 Fato gerador

§ Saídas de mercadorias a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, comercial,

industrial ou produtor, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;

§ Prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicações e

telecomunicações;

§ Entradas de mercadorias importadas no estabelecimento de contribuintes, comercial, industrial

ou produtor, e ainda que se trate de mercadorias para consumo ou bem do ativo imobilizado;

Page 27: apostila contabilidade tributaria  2009

26

§ Fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em restaurantes, bares, cafés e

estabelecimentos similares. (Art 5º Decreto 1980/2007)

3.2.2 Contribuintes

No art 16 do Decreto 1980/2007 encontra-se que “Contribuinte do Imposto é qualquer pessoa,

física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que carcaterize intuito comercial,

operações de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.”

O parágrafo único do art 16, Decreto 1980/2007 identifica também como contribuinte a pessoa

física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

a) importe do exterior mercadoria ou bem, qualquer que seja a sua finalidade;

b) seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;

c) adquira em licitação merdaoria ou bem apreendidos ou abandonados;

d) adquira petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, ou

energia elétrica, oriundos de outra unidade federada, quando não destinados à industrialização ou à

comercialização.

3.2.3 Base de cálculo

A base de cálculo de modo geral é o valor da operação com mercadorias, incluindo

importâncias acessórias, tais como seguros e fretes pagos pelo comprador, excluídos os descontos

incondicionais. O art 6º, § 2º do Decreto 1980/2007 determina que: Não integra a base de cálculo do

imposto o montante:

a) do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuimtes e

relativa ao produto destinado à industrialização ou à comercialização, confirgurar fato gerador de

ambos os impostos.

3.2.4 Alíquotas

Operações Internas

7%: Operações com alimentos quando destinados à merenda escolar, nas vendas a órgãos da

adminmistração federal, estadual ou municipal;

12%: prestações de serviço de transporte intermunicipal e nas operações com os seguintes bens e

mercadorias: canestas, lápis,colas, borrachas de apagar, material escolar em geral; animais vivos,

Page 28: apostila contabilidade tributaria  2009

27

hortifrutigranjeiros e agropecuários em estado natural; alimentos, sucos de frutas e água de coco; agua

mineral; rações, farinhas, farelos, tortas e resíduos destinados à alimentação animal ou utilizadas em

sua fabricação; refeições industriais e demais refeições, quando destinadas a vendas diretas a empresas;

fármacos, medicamentos, drogas, soros e vacinas; de higiene pessoal e limpeza; calçados, tecidos,

artigos de cama, mesa e banho, artigos do vestuário; sacolas ecológicas; artigos de uso doméstico de

plástico, madeira, porcelana , cerâmica e vidro, fogões, refrigeradores, máquinas de lavar, máqujnas de

costura etc; destinados à construção civil; madeiras e suas obras; plástico e suas obras; combustíveis

(gasolina de aviação, óleo diesel, gás liquefeito de pretróleo, gás natural, biodiesel); máquinas e

implementos, tratores etc; veículos automotores novos e peças para veículos automotores quando a

operação seja realizada sob o regime de substituição tributária; da indústria de automação e eletrônica;

25%: armas e munições; balões e dirigíveis, embarcações de esporte e recreiro; energia elétrica

destinada à eletrificação rural; peleteria e suas obras; perfumes e cosméticos;

28%: gasolina, exceto de avião; álcool anidro p/fins combustíveis;

29%: prestação de serviços de comunicação; energia elétrica exceto à destinada à eletrificação rural;

fumo e sucedâneos; bebidas alcoólicas;

18%: nas operações com os demais bens e mercadorias.

OBS: as alíquotas internas também se aplicam à entrada de mercadorias ou bens importados do

exterior; se o destinatário da mercadoria ou serviço for consumidor final localizado em outra unidade

federada desde que não contribuinte do imposto.

Operações e prestações interestaduais

12%: saídas de bens, mercadorias ou serviços para contribuintes estabelecidos nos estados de Minas

Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo;

7%: para as saídas de mercadorias, bens ou serviços a contribuintes estabelecidos no Distrito Federal e

nos demais Estados não relacionados no item anterior;

4%: nas prestações de serviço de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal.

3.2.5 Substituição Tributária

Segundo o art. 432 do Decreto 5.141 de 12.12.2001 algumas mercadorias estão sujeitas à

retenção e ao recolhimento do ICMS na forma de substituição tributária em relação às operações

subsequentes, ou seja, o imposto é pago apenas na produção e na comercialização final não há

incidência. Há, porém, o direito ao crédito, se o produto for utilizado pelo estabelecimento adquirente

Page 29: apostila contabilidade tributaria  2009

28

na transformação ou fabricação de um novo produto. São alguns produtos e operações sujeitas à

substituição tributária:

§ Cerveja e refrigerante

§ Cigarros e outros produtos derivados do fumo;

§ Cimento;

§ Veículos;

§ Saídas de combustíveis, derivados ou não de petróleo, para comerciantes atacadistas ou

varejistas estabelecidos no território paranaense;

§ Operações interestaduais com combustíveis e derivados em que o imposto tenha sido retido

anteriormente;

§ Operações com sorvetes e acessórios destinados a revendedores situados no território

paranaense;

§ Pneumáticos, câmaras de ar e protetores;

§ Tintas, vernizes, ceras, massas para polir, impermeabilizantes, aguarrás e outras mercadorias da

indústria quimica;

§ Operações com mercadorias destinadas a revendedores parea venda porta-a-porta;

§ Operações com energia elétrica (art.524 do Decreto 1980/07;

§ Filmes fotográficos, cinematográficos e slides;

§ Discos fonográficos, fita virgem ou gravada

§ Lâminas de barbear, aparelhos de barbear descartáveis e isqueiros; Lâmpadas elétricas; Pilhas e

baterias elétricas;

§ Veículos novos por meio de faturamento direto ao consumidor;

§ Operações com aparelhos celulares;

§ Operações com rações para animais domésticos;

§ Operações com suportes elásticos para camas, colchões, box, travesseiros e pillow.

§ Operações com cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e toucador;

§ Operações com auto-peças.

3.2.6 Isenções – art.3º do Regulamento do ICMS

O imposto não incide sobre:

• operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;

• exportação de mercadorias e serviços;

Page 30: apostila contabilidade tributaria  2009

29

• operações interestaduais com energia elétrica e petróleo quando destinados à industrialização ou

comercialização;

• operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;

• transferência de propriedade de estabelecimento industrial ou comercial;

• operações com arrendamento mercantil; transferência de bens salvados em sinistro para

companhias seguradoras;

• saídas de impressos de estabelecimento gráfico desde que não participem de alguma forma de

comercialização ou circulanção;

• serviços prestados pelo rádio e pela televisão;

• saídas de bens do permanente, entre outras.

3.2.7 Diferimento do Imposto – art. 94 a 109 do Regulamento do ICMS

• saídas internas entre contribuintes e nas operações de importação, por contribuinte, na

proporção de 33,33% do valor da operação tributada em 18%.

• Hortigranjeiros e demais produtos cfe art. 95 do Decreto 1980/2007;

• Operações com café cru, em coco ou em grão até que ocorra uma das seguintes hipóteses:

saída para o exterior; saída para outro estado; saída de café torrado ou moído, de café solúvel,

entre outros, para indústria que o receba como matéria-prima; saída para consumidor final ; saída

para estabelecimento de empresa enquadrada so Simples Nacional e nas saídas para vendedor

ambulante não vinculado a estabelecimento fixo.

3.2.8 Suspensão do Imposto – art 93 do Regulamento do ICMS

• nas saídas de mercadorias remetidas por cooperativa a estabelecimento da própria cooperativa

dentro do estado do Paraná;

• importação de matéria-prima, material intermediário, secundário e de embalagem a ser utilizado

no processo produtivo da importadora, e de bens para integrar o ativo permanente, quando a

importação ocorrer através dos portos de Paranaguá e Antonina (Lei 14985)

• nas operações com arroz entre outras.

3.2.9 Obrigatoriedade do ECF – revenda de mercadorias ou bens ou prestação de serviços em que o

adquirente ou tomador seja pessoa física ou pessoa jurídica não contribuinte do ICMS, com receita

bruta anual superior a R$ 360.000,00. (art.349, § 1º Decreto 1980/2007).

Page 31: apostila contabilidade tributaria  2009

30

3.2.10 Prazo de recolhimento e período de apuração

A apuração do ICMS é mensal e o recolhimento de acordo com o final da inscrição estadual, como

veremos a seguir:

1- até o dia 11 – finais 1 e 2

2- até o dia 12 – finais 3 e 4

3- até o dia 13 – finais 5 e 6

4- até o dia 14 – finais 7 e 8

5- até o dia 15 – finais 9 e 0

2.2.11 Códigos fiscais de operações e Prestações

Os CFOP são números criados com a finalidade de descrever o tipo/natureza da operação ou

prestação que está sendo realizada. Este número é utilizado na Nota Fiscal e também nos Livros Fiscais

de Entradas, Saídas, Apuração do ICMS e Apuração do IPI. Os principaís códigos em relação à

entrada, e à saída de mercadorias, bens ou prestação de serviços estão agrupados conforme o critério a

seguir , sendo que:

• Grupo 1: compreende as operações em que o estabelecimento remetente está localiazo no mesmo

Estado;

• Grupo 2: operações em que o estabelecimento reemetente está localizado em outro estado;

• Grupo 3: operações em que o estabelecimento remetente está localizado em outro país.

• Grupo 5: Operações ou prestações realizadas em que o estabelecimento destinatário estiver

localizado no mesmo Estado;

• Grupo 6: Operações ou prestações realizadas em que o destinatário estiver localizado em outro

Estado;

• Grupo 7: Operações ou prestações em que o destinatário estiver localizado em outro país.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO OU PRESTAÇÃO

1.101 2.101 3.101 Compra p/industrialização ou produção rural

1.102 2.102 3.102 Compra p/comercialização

1.126 2.126 3.126 Compra p/utilização na prestação de serviço

1.151 2.151 Transferência p/industrialização ou produção rural

1.152 2.152 Transferência para comercialização

1.201 2.201 3.201 Devolução de venda de produção do estabelecimento

Page 32: apostila contabilidade tributaria  2009

31

1.202 2.202 3.202 Devolução de venda de mercadoria adquirida/rec de terceiros

1.251 2.251 3.251 Compra de energia elétrica p/distribuição ou comercialização

1.252 2.252 Compra de energia elétrica por estabelecimento industrial

1.253 2.253 Compra de energia elétrica por estabelecimento comercial

1.352 2.352 3.352 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento industrial

1.353 2.353 3.353 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento comercial

1.401 2.401 Compra p/industrialização ou produção rural em operação com

mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

1.403 2.403 Compra p/comercialização em operação com mercadoria sujeita ao

regime de substituição tributária

1.551 2.551 3.551 Compra para o ativo imobilizado

1.556 2.556 3.556 Compras de material para uso ou consumo

1.910 2.910 Entrada de bonificação, doação ou brinde

1.911 2.911 Entrada de amostra grátis

Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO OU PRESTAÇÃO

5.101 6.101 7.101 Venda de produção do estabelecimento

5.102 6.102 7.102 Vendas de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros

6.107 Venda de produçao do estabelecimento, destinada a não

contribuinte

6.108 Venda de mercadoria aquirida ou recebida de terceiros, destinada a

não contribuinte

5.116 6.116 Venda de produção do estabelecimento originada de encomenda

para entrega futura

5.117 6.117 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, originada

de encomenda para entrega futura

5.151 6.151 Transferência de produção do estabelecimento

5.152 6.152 Transferência de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros

5.201 6.201 7.201 Devolução de compra para industrialização ou produção rural

5.202 6.202 7.202 Devolução de compra para comercialização

5.401 6.401 Venda de produção do estabelecimento em operação com produto

sujeito ao regime de substituição tributária, na condição de

contribuite substituto

Page 33: apostila contabilidade tributaria  2009

32

contribuite substituto

5.402 6.402 Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao

regime de substituição tributária, em operações entre contribuintes

substitutos do mesmo produto

5.403 6.403 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em

operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição

tributária, na condição de contribuinte substituto

6.404 Venda de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária,

cujo imposto já tenha sido retido anteriormente

5.405 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em

operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição

tributária, na condição de contribuinte substituído

5.551 6.551 7.551 Venda de bem do ativo imobilizado

5.553 6.553 7.553 Devolução de compra de bem para o ativo imobilizado

5.556 6.556 7.556 Devolução de material de consumo

5.910 6.910 Remessa em bonificação, doação ou brinde

5.911 5.911 Remessa de amostra grátis

5.922 6.922 Lançamento efetuado a título de simples faturamento decorrente de

venda para entrega futura

Fonte: Anexo IV - Lei 1980/2007

3.2.13 CÓDIGO DA SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA – CST

O Código de Situação Tributária deve ser utilizado na emissão das notas fiscais modelo 1 e 1-A,

e o não cumprimento desta determinação ou incorreção sujeitará a penalidades.

A) Origem da Mercadorias

Código Origem

0 Nacional

1 Estrangeira – Importação Direta

2 Estrangeira – Adquirida no Mercado Interno

Fonte: Anexo IV – Lei 1980/2007

B) Tributação pelo ICMS

Page 34: apostila contabilidade tributaria  2009

33

Código Tratamento Tributário

00 Tributada integralmente

10 Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária

20 Com redução da base de cálculo

30 Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária

40 Isenta

41 Não Tributada

50 Suspensão

51 Diferimento

60 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária

70 Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição

tributária

90 Outras

Nota Explicativa: O Código de Situação Tributária será composto de três digitos na forma ABB, onde o

primeiro digíto indicará a origem da mercadoria, com base na tabela A, e os segundo e terceiro digítos

a tributação pelo ICMS, com base na tabela B.

Fonte: Anexo IV – Lei 1980/2007

3.2.14 Recuperação do ICMS nas compras de mercadorias para revendas

As empresas que adquirirem mercadorias para revender ou para industrializar, ou ainda para

integrar seu ativo imobilizado tem direito ao crédito do imposto por ocasião da entrada desses itens em

seus estabelecimentos. Quando as empresas efetuarem as saídas das mercadorias ou produtos de seus

estoques, o imposto será cobrado do novo adquirente. De acordo com a legislação tributária, para se

creditar do ICMS, é necessário preencher as seguintes condições:

§ que o ICMS esteja corretamente destacado em documento fiscal hábil, com o atendimento de

todas as exigências da legislação pertinente;

§ que o documento fiscal seja emitido por contribuinte em situação regular perante o fisco, ou

seja, esteja inscrito na repartição competente, encontre-se em atividade no local indicado e

possibilite a comprovação dos demais dados cadastrais impressos no documento;

§ que o documento fiscal hábil seja escriturado no respectivo livro Registro de Entradas, modelo

1 ou 1A.

Page 35: apostila contabilidade tributaria  2009

34

3.2.15 Vendas a Não Contribuintes dentro e fora do Estado

O § 2º do art 6º do Decreto 1980/2007 determina que o IPI não integra a base de cálculo do

ICMS quando a operação for realizada entre contribuintes e o produto for destinado a industrialização

ou à comercialização e configurar fato gerador de ambos os produtos.

Portanto, na venda a não contribuinte do ICMS ou a contribuinte para uso e consumo próprio, o

IPI integra a base de cálculo do ICMS.

3.2.16 Contabilização das compras e vendas de mercadorias/produtos tributação normal

1- Pela compra de matéria-prima pelo estabelecimento industrial, ou mercadorias pelo

estabelecimento comercial:

Débito: Compras de matéria-prima (custo) ou Compras de mercadorias (custo)

Débito: ICMS a recuperar (ativo circulante)

Crédito: Caixa/Bancos c/movimento ( ativo circulante) se for à vista

Crédito: Fornecedores (passivo circulante) se for a prazo

2- Pela venda de produtos/mercadorias pelo estabelecimento industrial ou comercial:

Débito: Caixa/Bancos c/movimento (ativo circulante) se for a vista

Débito: Duplicatas a receber (ativo circulante) se for a prazo

Crédito: Vendas de produtos/Vendas de mercadorias (Receita bruta)

3- Pelo ICMS gerado pela venda:

Débito: (-) ICMS (impostos incidentes sobre as vendas)

Crédito: ICMS a recolher

4- Pelo saldo devedor apurado no período, quando o ICMS

Débito: ICMS a recolher

Crédito: ICMS a recuperar

3.2.17 Contabilização do ICMS da industria ou comercio quando optante do SIMPLES estadual:

1- Pelo ICMS calculado sobre a venda de produtos/mercadorias

D: ICMS (impostos incidentes)

C: ICMS a recolher

3.2.18 Regime Fiscal das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte

Page 36: apostila contabilidade tributaria  2009

35

DECRETO Nº 1190 - 19/07/2007 Publicado no Diário Oficial Nº 7517 de 19/07/2007: O

GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V,

da Constituição Estadual, e considerando o disposto na Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de

2006, que institui o Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e estabelece

normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e

empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios; considerando o disposto na Lei n. 15.562, de 4 de julho de 2007, que estabelece normas

sobre a aplicação, no Estado do Paraná, do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte - Simples Nacional,

relativamente ao ICMS; considerando o art. 13 da Resolução CGSN n. 005, de 30 de maio de 2007, do

Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - CGSN, o qual determina

a forma de cálculo da parcela relativa ao ICMS a ser recolhida pelos contribuintes enquadrados no

Simples Nacional, no caso de concessão de isenção ou de redução pela unidade federada; DECRETA:

Art. 1° Ficam isentas do pagamento do ICMS as microempresas e empresas de pequeno porte

estabelecidas neste Estado e enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições - Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006,

cuja receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração não ultrapasse R$

360.000,00 - trezentos e sessenta mil reais - (art. 2º da Lei n. 15.562/2007).

Art. 2º. A base de cálculo do imposto será apurada considerando os seguintes percentuais de redução

aplicados sobre a receita bruta do período de apuração, e o imposto devido mensalmente será determinado

mediante a aplicação da alíquota do ICMS prevista nos Anexos I e II da Lei Complementar n. 123/2006

(art. 3º da Lei n. 15.562/2007):

eceita Bruta em Percentual de redução da BC a ser considerado

Até 360.000,00 isenta

De 360.000,01 a 480.000,00 73,96%

De 480.000,01 a 600.000,00 58,66%

De 600.000,01 a 720.000,00 52,72%

De 720.000,01 a 840.000,00 46,34%

De 840.000,01 a 960.000,00 36,12%

De 960.000,01 a 1.080,000,00 32,44%

De 1.080.000,01 a 1.200,000,00 26,88%

De 1.200.000.01 a 1.320.000,00 28,28%

Page 37: apostila contabilidade tributaria  2009

36

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 25,06%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 22,71%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 20,63%

De 1.680.000.01 a 1.800.000,00 18,96%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 23,65%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 20,55%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,91%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 15,65%

De 2 280.000,01 a 2.400.000,00 13,92%

3.3 EXERCICIOS

1 – No que diz respeito ao Imposto sobre Produtos Industrializados, nasce a obrigação tributária:

a- com a constituição do crédito tributário

b- com a previsão da hipótese de incidência NO Código Tributário

c- com o lançamento, por declaração, do crédito tributário

d- com a ocorrência do fato gerador

e- com a autorização prevista no inciso V do art 21 da Constituição Federal

2- A seletividade das alíquotas do IPI tem como critério:

a- a compensação entre crédito (compras) e débitos( vendas)

b-a uniformidade das alíquotas

c- a essencialidade dos produtos

d- a não-incidência na exportação dos produtos exportados para o exterior

e- alíquotas mais elevadas na importação de produtos estrangeiros

4- Entre os estabelecimentos a seguir enumerados, assinale aquele caracterizado no RIPI como

equiparado a estabelecimento industrial:

a- filial atacadista de estabelecimento exportador

b- importador de produtos de procedência estrangeira, a que der saída;

c- industrializador de bebidas alcoólicas

d- recondicionador de objetos usados, para revenda a terceiros;

e- estabelecimento comercial varejista de produtos importados, adquiridos de terceiros no mercado

interno

Page 38: apostila contabilidade tributaria  2009

37

5-De acordo com o critério da essencialidade:

a – a alíquota do IPI de um produto varia em proporção direta a sua necessidade, ou seja, quanto maior

a necessidade e grau de essencialidade, maior será a alíquota do IPI

b- a alíquota do IPI de um produto independe da sua necessidade

c- a alíquota do IPI de um produto varia em proporção inversa a sua necessidade

d- os produtos não essenciais são tributados com alíquotas menos elevadas de IPI

6- Assinale a(s) alternativa(s) correta(s). Pode haver mais de uma:

a- nas empresas industriais, os tributos indiretos – IPI e ICMS – pagos pela empresa compradora em

decorrência da aquisição de matérias-primas, materiais de embalagem e demais mercadorias utilizadas

na produção representam, de acordo com a legislação pertinente, créditos da empresa compradora junto

ao governo;

b- os valores dos impostos recuperáveis pagos na aquisição das matérias-primas e demais materiais

utilizados na produção devem compor o custo de aquisição que será incorporado aos estoques desses

materiais;

c- uma empresa industrial adquiriu 3.000 quilos de matérias-primas para uso na industrialização,

pagando ao fornecedor o total de R$ 201.219,51, incluindo 18% de ICMS e R$ 18.292,68 de IPI. Com

base nessas informações, o estoque de matérias-primas deve registrar como custo unitário de compras o

valor de R$ 50,00

d- nas vendas de ativo imobilizado para uma empresa comercial, o valor do IPI deve integrar a base de

cálculo do ICMS;

e- nas vendas de materiais de consumo para uma empresa industrial, o valor do IPI não deve integrar a

base de cálculo do ICMS.

7- Assinale a alternativa correta:

a- caracteriza-se como industrialização o beneficiamento que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de

qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto.

b- não se constituem fato gerador do ICM as entradas de mercadorias importadas no estabelecimento

de contribuinte comercial, industrial ou produtor.

c- para que uma empresa comercial se credite do IPI, há a necessidade de que o IPI seja destacado em

documento fiscal emitido pelo fornecedor.

Page 39: apostila contabilidade tributaria  2009

38

d- são contribuinte do IPI todas as pessoas jurídicas que praticam operações concernentes à circulação

de mercadorias.

8- Assinale a alternativa correta:

a- o fato gerador do ICMS corresponde à circulação de mercadorias ou à prestação de serviços

constantes da lista – ou relação – anexa à Lei Complementar

b- são equiparadas à industria os estabelecimentos importadores, inclusive suas filiais, que exerçam o

comércio de produtos importador, salvo se operarem exclusivamente no varejo

c- não se caracteriza como industrialização o processo de montagem que consiste na reunião de

produtos, peças e partes que resultem em novo produto.

d- o direito ao crédito do IPI extinguir-se-á no prazo de quatro anos, a partir da emissão pelo

fornecedor do documento fiscal hábil;

g- as industrias não podem se creditar do ICMS pago nas contas de energia elétrica utilizada pela

fábrica.

9- Com relação à legislação do IPI, podemos afirmar:

a- não são equiparadas à industria as filiais dos estabelecimentos industriais, na venda de seus produtos

b- não se constitui como um dos fatos geradores do IPI o desembaraço aduaneiro de produtos

importados

c- caracteriza-se como industrialização o acondicionamento ou recondicionamento que importe alterar

a apresentação do produto, pela colocação de embalagem que se destine a dar nova configuração

d- em todos os meses em que uma empresa INDUSTRIAL gastar mais na compra de matérias-primas

do que receber pelas vendas dos produtos acabados, ela terá, no final do mês, saldo a recolher de IPI.

10- Com relação à legislação do ICM e do IPI, podemos afirmar:

a- a simples circulação de mercadorias entre filiais de uma mesma empresa industrial não se caracteriza

como fato gerador do ICMS

b- o fato gerador do ICMS se restringe à circulação de produtos industriais e ao desembaraço de

produtos importados

c- a base de cálculo do ICMS é o valor da operação com mercadorias, não incluindo as importâncias

acessórias, tais como seguros e fretes pagos pelo comprador

Page 40: apostila contabilidade tributaria  2009

39

d- são contribuintes do IPI todas as pessoas jurídicas que praticam operações que envolvam a

circulação de mercadorias

e- a base de cálculo do IPI dos produtos importados inclui os tributos e os encargos cambiais pagos

pelo importador.

11- Considere as três assertativas a seguir:

- não se considera estabelecimento industrial o que executa operações de que resulte produto

tributado, quando a alíquota for zero

- não se equiparam a estabelecimento industrial os estabelecimentos importadores de produtos de

procedência estrangeira, que dêem saída a esses produtos, se não realizarem qualquer operação que

modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto,

ou o aperfeiçoe para o consumo

- não se considera industrialização o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em

embalagem de apresentação.

a- as três assertativas são falsas

b- é falsa apenas a primeira assertativa

c- é falsa apenas a segunda assertativa

d- é verdadeira apenas a última assertativa

e- são verdadeiras as duas últimas assertativas

12- Não se considera industrialização a operação:

a- definida como tal, mas que esteja incompleta, ou seja, parcial ou intermediária

b- que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova

c- que apenas modifique, aperfeiçoe ou altere o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a

aparência do produto

d- que altere a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, quando esta se destine ao

transporte da mercadoria

e- que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade

autônoma, som a mesma classificação fiscal.

13- Na escrituração contábil de uma empresa comercial, foi efetuado o seguinte lançamento de

registro de mercadorias para revenda:

Page 41: apostila contabilidade tributaria  2009

40

Mercadorias 800.000,00

A Caixa 800.000,00

Sabendo que o registro se refere a uma nota fiscal com as seguintes características:

Aquisição de 6.400 unidades de mercadorias a R$ 125 cada R$ 800.000,00

IPI destacado na Nota fiscal do fornecedor R$ 120.000,00

Total da nota fiscal do fornecedor R$ 920.000,00

Sabendo ainda que a mercadoria sujeita ao ICMS de 12% e que a empresa comercial não é

equiparada a industrial para efeito do IPI, pode -se afirmar que o lançamento contábil:

a- está correto, apesar de não registrar o destaque do ICMS

b- não está correto porque não contabilizou o ICMS e o IPI como impostos a recuperar

c- não está correto, porque não registrou o destaque do ICMS a recuperar, sendo que o IPI deve ser

contabilizado como custo das mercadorias

d- está correto, a pesar de não registrar o destaque do IPI

e- Não está correto, porque não registrou o destaque do IPI a recuperar, sendo que o ICMS deve ser

contabilizado como custo das mercadorias

14- Em 25 de março, a firma Mento Ltda pagou o total de R$ 210,00 na aquisição de 4 mesas,

com a finalidade de revede -las. Esse valor contém o preço das mesas com incidência de R$ 34,00

de ICM e de R$ 10,00 de IPI. Após contabilizar essa aquisição de mercadorias, a empresa deverá

registrar nos controles de estoques de mesas para revendas o valor unitário de:

a- R$ 44,00

b-R$ 50,00

c- R$ 46,50

d- R$ 52,50

e- R$ 41,50

15- Uma empresa contribuinte do ICMS, mas não contribuinte do IPI, deve registrar como custo

das mercadorias adquiridas para revenda, quando cobrados esses dois impostos:

a- incluindo o IPI, excluindo o ICMS

b- incluindo o ICMS e excluindo o IPI

c- incluindo o ICMS e o IPI

d- excluindo o ICMS e o IPI

e- excluindo o ICMS e o IPI, mas incluindo o ICMS relativo à revenda

Page 42: apostila contabilidade tributaria  2009

41

16- A Companhia Alfa adquiriu matérias-primas para serem utilizadas na produção. A nota

fiscal do fornecedor continha os seguintes dados:

- valor das matérias-primas R$ 1.000,00

- IPI R$ 200,00

- Valor total da nota fiscal R$ 1.200,00

- ICMS destacado na nota fiscal R$ 170,00

Sabendo que o IPI e o ICMS são impostos recuperáveis para a empresa, assinale a alternativa que

contém o valor que poderá ser computado no custo das matérias-primas:

a- R$ 630,00

b- R$ 830,00

c- R$ 1.030,00

d- R$ 1.170,00

e - R$ 1.200,00

17- Uma empresa comercial adquiriu em abril mercadorias para comercialização, como segue:

- Valor das mercadorias, incluindo o ICMS R$ 2.000.000

- Fretes pagos ao fornecedor R$ 20.000

- IPI= 10%

- ICMS destacado na Nota= 18%

No mês de abril, a empresa vendeu 40% dessas mercadorias. Com base nessas informações,

assinale a alternativa correspondente ao saldo em 30 de abril dos estoques de mercadorias para

comercialização, supondo que não havia saldo anterior em estoques:

a- R$ 1.200.000

b- R$ 742.560

c- R$ 993.840

d- R$ 1.113.840

e- R$ 1.856.400

18- Com base nas informações a seguir, assinale a alternativa correspondente ao custo unitário

de aquisição da matéria-prima que será registrado no estoque.

A Industria de Autopeças Gavião Ltda. adquiriu em dezembro 1.900 quilos de matéria-prima Y, de um

fornecedor localizado no interior do estado. O preço de venda do fornecedor é de R$ 130,00 por quilo,

Page 43: apostila contabilidade tributaria  2009

42

mais 20% de IPI. O comprador pagou mais R$ 8.700,00 de frete intermunicipal. O ICMS corresponde

a 18%:

a- R$ 100,00

b-R$ 130,00

c-R$ 136,35

d-R$ 106,60

e-R$ 110,36

19- A Industria de Autopeças Gavião Ltda, citada anteriormente adquiriu em dezembro 9.000

caixa de papelão para embalagem das peças fabricadas e vendidas. Pagou ao fornecedor o total

de R$ 33.000,00, incluindo R$ 3.000,00 de IPI. Contratou a Transporte Irmãos Tartaruga para o

transporte desse material do fornecedor até a fábrica, tendo gasto R$ 1.300,00 com o frete. Com

base nas informações, assinale a alternativa correspondente ao custo de aquisição de cada caixa

de papelão, sabendo que o ICMS corresponde a 18%:

a- R$ 2,60

b-R$ 2,85

c-R$ 3,66

d-R$ 3,21

e-R$ 3,48

20- Uma empresa industrial adquire matéria-prima por R$ 50.000,00, obtendo um desconto

comercial de 10%. A nota fiscal inclui ICMS de R$ 6.000,00 e IPI R$ 5.000,00. Cons iderando que

a empresa é contribuinte do ICMS e do IPI, a matéria-prima ser´pa debitada por:

a- R$ 34.000,00

b-R$ 35.000,00

c- R$ 39.000,00

d- R$ 45.000,00

e- E$ 50.000,00

21 – O ICMS é um imposto que incide, segundo a Constituição Federal:

a- exclusivamente nas operações de circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação

b- realizadas por comerciantes, produtores e industriais

Page 44: apostila contabilidade tributaria  2009

43

c- realizadas exclusivamente por comerciante e independente

d- exclusivamente nas operações realizadas por produtores e industriais

e- nas saídas de mercadorias, desde que um dos participantes seja produtor

22- O saldo da conta ICMS a Recuperar representa:

a- débito da empresa com o governo

b- crédito da empresa com clientes

c- crédito da empresa com fornecedores

d- crédito da empresa com o governo

e- débito da empresa com fornecedores

23- Um lançamento feito corretamente a débito da conta ICMS a Recuperar pode registrar a

apropriação de ICMS incidente sobre mercadorias:

a- vendidas a revendedor

b- recebidas em consignação

c- adquiridas para revenda

d- adquiridas para consumo

e- vendidas diretamente ao consumidor

24- No final do exercício, os registros contábeis de uma empresa comercial de revenda de

mercadorias apresentaram um saldo na conta ICMS a Recuperar maior que o ICMS a Recolher.

Tal situação pode ter sido conseqüência, no período, do seguinte fato:

a- o volume de compras foi maior que o de vendas

b- o volume de vendas foi maior que o de compras

c- a margem de contribuição foi menor do que 50%

d- o custo das mercadorias vendidas foi elevado, acarretando um lucro bruto reduzido

e- o método de contabilização de estoques utilizado foi o de inventário Permanente

25- A empresa Ex-Pedra Ltda, com atividade mista de industria de móveis apresentou em

31/12/2008 o seu BP:

Page 45: apostila contabilidade tributaria  2009

44

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO 2008

ATIVO PASSIVO Disponível

Caixa Bancos c/Movimento Duplicatas a receber Cartões de Crédito a Receber Estoques

Estoque de Mercadorias

52.800,00 48.700,00 86.100,00 48.200,00

240.000,00

Circulante Fornecedores Financiamento

168.500,00 172.500,00

Soma do circulante 475.800,00 Soma do circulante 341.000,00

Exigível a longo prazo

Financiamentos

50.000,00 Permanente

Imobilizado Instalações Comerciais (balcões,vitrines) Imóveis e Benfeitorias Móveis e Utensílios Equipamentos de informática Veículos (-) Depreciações acumuladas Instalações comerciais Móveis e Utensílios Equipamentos informática Veículos

85.000,00 432.000,00 26.000,00 48.000,00 68.000,00

2.833,33

866,67 3.200,00 4.533,33

Patrimônio Líquido

Capital Social Lucros acumulados

700.000,00 32.366,67

Soma do permanente 647.566,67 Soma do PL 732.366,67 Total do ativo 1.123.366,67 Total do Passivo 1.123.366,67

No mês de janeiro/2009 teve o seguinte movimento fiscal:

Pede-se: Completar as notas fiscais, efetuar a escrituração fiscal e contábil, apurar o IPI e o ICMS a

recolher ou recuperar no periodo e apresentar as Demonstrações contábeis.

Industria A Barateira Ltda

Rua das Perobas sn Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Industria Paradão Ltda Rua João da Silva São Paulo SP

NF nº Saída entrada

Natureza da operação

CFOP 5.101

CNPJ: Inscrição Estadual

Natureza da operação CFOP 6.101

CNPJ: Inscrição Estadual

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:

Destinatário: Ex-Pedra Ltda, Endereço:

Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant .unit total % IPI Descrição unid quant .unit total % IPI

compensado chap 500 20,00

10 MDF chap 100 42,00 8

Cálculo ICMS Cálculo ICMS

Base de cálculo

ICMS Total produtos Base de cálculo

ICMS Total produtos

seguro Frete Total IPI Total NF seguro Frete 260,0

Total IPI

Total NF

Page 46: apostila contabilidade tributaria  2009

45

ValeTudo Ltda São Paulo SP

NF nº Saída entrada

João e Filho Ltda

Curitiba PR

NF nº Saída entrada

Natureza da operação

CFOP 6.102

CNPJ: Inscrição Estadual

Natureza da operação CFOP 5.101

CNPJ: Inscrição Estadual

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:

Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI

Cola branca kg 100 55,00

0 lixa folh 100 50,00

Cálculo ICMS Cálculo ICMS

Base de cálculo

ICMS Total produtos Base de cálculo

ICMS Total produtos

seguro Frete 120,00

Total IPI Total NF seguro Frete 240,0

Total IPI

Total NF

ValeTudo Ltda

São Paulo SP

NF nº Saída entrada

Industria A Barateira Ltda

Rua das Perobas sn Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Natureza da operação

CFOP 6.910

CNPJ: Inscrição Estadual

Natureza da operação CFOP 5.910

CNPJ: Inscrição Estadual

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:

Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI

Cola branca kg 1 55,00

0 compenaso

chap 10 20,00

Cálculo ICMS Cálculo ICMS

Base de cálculo

ICMS Total produtos Base de cálculo

ICMS Total produtos

seguro Frete

Total IPI Total NF seguro Frete

Total IPI

Total NF

O Atacadão Ltda

O atacado da industria moveleira

Londrina PR

NF nº Saída entrada

O Varejo da Industria Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Natureza da operação

CFOP 5.102

CNPJ: Inscrição Estadual

Natureza da operação CFOP 5.102

CNPJ: Inscrição Estadual

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Endereço:

Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI

compensado desconto 5%

chp 100 25,00 MDF chp 2 45,00

Cálculo ICMS Cálculo ICMS

Base de cálculo

ICMS Total produtos Base de cálculo

ICMS Total produtos

seguro Frete 60,00

Total IPI Total NF seguro Frete Total IPI

Total NF

Page 47: apostila contabilidade tributaria  2009

46

Ex-Pedra Ltda Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Ex-Pedra Ltda Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Natureza da operação

CFOP 6.101

CNPJ: Inscrição Estadual

Natureza da operação CFOP 6.107

CNPJ/CPF: Inscrição Estadual

Destinatário: Comercio de Moveis Criciúma Ltda Endereço: Criciúma SC

Destinatário: Julio da Silva Endereço: São Paulo

Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI

Camas

unid 100 300,00 8 camas unid 10 300,00 8

Cálculo ICMS Cálculo ICMS

Base de cálculo

ICMS Total produtos Base de cálculo

ICMS Total produtos

seguro Frete 5.000,0

Total IPI Total NF seguro Frete 200,0

Total IPI

Total NF

Ex-Pedra Ltda Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Ex-Pedra Ltda Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Natureza da operação

CFOP 5.101

CNPJ: Inscrição Estadual

Natureza da operação CFOP 5.107

CNPJ/CPF Inscrição Estadual

Destinatário: Comercio de Móveis Cascavel Ltda Endereço: Cascavel PR

Destinatário: Pedro dos Santos Endereço: Curitiba PR

Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI

camas unid 50 310,00 8 camas unid 3 350,00 8 Cálculo ICMS Cálculo ICMS

Base de cálculo

ICMS Total produtos Base de cálculo

ICMS Total produtos

seguro Frete

Total IPI Total NF seguro Frete 120,0

Total IPI

Total NF

Ex-Pedra Ltda Cascavel PR

NF nº Saída entrada

Comercio d Moveis Criciúma Ltda Criciúma SC

NF nº Saída entrada

Natureza da operação

CFOP 6.201

CNPJ: Inscrição Estadual

Natureza da operação CFOP 6.202

CNPJ/CPF Inscrição Estadual

Destinatário: Industria Paradão Ltda Rua João da Silva São Paulo SP

Destinatário: Ex-Pedra Ltda Cascavel PR

Dados do produto Dados do produto Descrição unid quant unit total % IPI Descrição unid quant unit total % IPI

MDF chap 10 42,00 8 camas unid 10 300,00 8 Cálculo ICMS Cálculo ICMS

Base de cálculo

ICMS Total produtos Base de cálculo

ICMS Total produtos

seguro Frete

Total IPI Total NF seguro Frete

Total IPI

Total NF

Page 48: apostila contabilidade tributaria  2009

47

26 -A empresa Paradão Ltda. estabelecida como ramo de comércio de Móveis teve o seguinte

movimento econômico no mês de janeiro/2007:

2.1 Compra a prazo de 200 armários para revenda a R$ 400,00 cada, oriundas do estado de Santa

Catarina, com IPI de 4%.

2.2 Venda de 190 armários a vista para consumidores diversos a R$ 600,00 cada, no estado do Paraná.

2.3 compra de 120 mesas a R$ 50,00 cada, adquiridas de um comércio atacadista do estado do Paraná.

2.4 Venda de 120 mesas a R$ 80,00 cada uma para um estabelecimento varejista estabelecido no estado

do Paraná

Pede-se determinar o estoque de mercadorias através da MPM e fazer a apuração do IPI e do

ICMS a recolher ou a recuperar.

27- Determine o SIMPLES estadual (ICMS) a recolher nas seguintes situações:

Receita Bruta R$

Receita bruta acumulada últimos 12 meses

Percentual de redução

Base de cálculo Alíquota R$ ICMS Simples

20.000,00 270.000,00

32.000,00 362.000,00

67.000,00 492.000,00

72.000,00 826.000,00

120.000,00 1.318.000,00

167.000,00 1.445.000,00

180.000,00 1.829.000,00

220.000,00 2.085.000,00

268.000,00 2.162.000,00

315.000,00 2.316.000,00

28- Responda as seguintes questões:

a- Destaque os principios constitucionais que regem o ICMS e transcreva o seu entendimento quanto a

esses princípios.

b- Qual é o fato gerador do ICMS o que compreende?

c- Quais são os contribuintes do ICMS?

Page 49: apostila contabilidade tributaria  2009

48

d- Comente a figura do substituto tributário. Qual foi a intenção da legislação ao criar o substituto

tributário?

e- Qual é a base de cálculo do ICMS? Em que circunstâncias o IPI deve ser incluído na base de

cálculo?

f- De acordo com a legislação tributária, quais são as condições que devem ser atendidas para que o

contribuinte possa se creditar do ICMS pago nas compras?

g- Destaque os princípios constitucionais tributários que regem o IPI e transcreva o seu entendimento

quanto a eles.

h- Quais são os fatos geradores do IPI?

i- Quais são os contribuintes do IPI?

j- Qual é a definição legal de industrialização?

k- Qual é a base de cálculo do IPI?

l- De acordo com a legislação tributária, quais são as condições que devem ser atendidas para que o

contribuinte possa se creditar do IPI pago nas compras?

4. TRIBUTOS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO

4.1 Contribuições ao INSS

A contribuição para o INSS a cargo da empresa, sobre o total das remunerações pagas, devidas

ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregado e trabalhador avulso,

bem como ao contribuinte individual, além das contribuições previstas do RPS, é de 20%.

A Contribuição para terceiros varia de acordo com a atividade da empresa, a qual é distinguida

pelo código FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) sendo:

§ 507 – Indústria, transporte ferroviário e de cargas urbano, etc

Page 50: apostila contabilidade tributaria  2009

49

§ 515 – Comércio atacadista, comércio varejista, etc.

4.1.1 Contribuição para terceiros segundo o FPAS:

FPAS S.Educ Incra Senai Sesi Sebrae Senac Sesc TOTAL

507 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6 5,8

515 2,5 0,2 0,6 1,0 1,5 5,8

4.1.2 Contribuição para o RAT – Risco Ambiental do Trabalho

§ risco leve: 1%

§ risco médio: 2%

§ risco grave: 3%

4.1.3 Tabela de Contribuição dos Segurados Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso, para Pagamento de Remuneração a Partir de 1º de Janeiro de 2008

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA % 8,00 9.00 11,00

4.1.4 Contabilização da Folha de pagamento e das obrigações para com o INSS

1- Pela Folha de pagamento – salario bruto, horas extras, adicionais, salário familia e desconto do

INSS

Débito: Ordenados e Salários (Custo ou Despesas com pessoal) – sem descontos

Débito: INSS a recolher ( passivo circulante) - pelo salário familia a pagar

Crédito: Salários a pagar (passivo circulante) – pelo líquido a pagar ao empregado

Crédito: INSS a recolher (passivo circulante) – pelo desconto feito sobre a folha

2- Pelos encargos da empresa, parte empresa, terceiros e RAT (20% + 5,8+ 1,2 ou 3%)

Débito: INSS (Custo ou Despesas com pessoal)

Crédito INSS a recolher (passivo circulante)

3. Provisão para Férias e 13º Salário

D: Férias (Custo ou despesas com pessoal

C: Provisão p/férias a pagar (Passivo circulante)

D: 13º salário (Custo ou despesas com pessoal)

Page 51: apostila contabilidade tributaria  2009

50

C: Provisão p/13º salário (Passivo Circulante)

4.2 Contribuições ao FGTS

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi instituido em 1966 e regido, atualmente pela

Lei 8.036 de 1990, representa uma reserva constituida por depósitos realizados pelo empregador com

base na remuneração do empregado, a ser utilizado por esse nos seguintes casos:

§ Demissão do trabalhador sem justa causa

§ Termino do contrato por prazo determinado

§ Aposentadoria

§ Suspensão do trabalho avulso

§ Falecimento do trabalhador

§ Quando o trabalhador ou quelquer de seus dependentes for portador do vírus HIB

§ Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplastia maligna

(câncer)

§ Permanência da conta sem depósito por três anos ininterruptos, para os contratos rescindidos até

13/07/1990 e para os demais; permanência do trabalhador por igual período fora do regime do

FGTS;

§ Recisão do contrato por culpa recíproca ou força maio

§ Recisão do contrato por extinção total ou parcial da empresa

§ Ocorrência de calamidade pública que tenha afetado a residência do trabalhador, devidamente

reconhecida pelo governo federl e observadas as demais exigências da lei

§ Compra da casa própria

§ Pagamento de parte do saldo devedor das prestações de finanaciamento do SFH

§ Amortização e/ou liquidação de saldo devedor de financiamento do SFH

§ Aplicação em FMP/FGTS, quando da venda de empresas públicas.

A empresa deve recolher ao FGTS 8% da remuneração mensal do empregado, em conta deste,

na Caixa Econômica Federal. No caso de despedida sem justa causa, o empregador pagará uma multa

de 40% sobre o saldo da conta vinculada do trabalhador na Caixa Econômica Federal, que deverá

fornecer o respectivo extrato a tempo para a homologação da recisão do contrato de trabalho.

Juntamente com a multa, deverá ser recolhida a contribuição de 10%, sobre o monatnte dos depósitos

da conta do empregado

Page 52: apostila contabilidade tributaria  2009

51

4.2.1 Contabilização do FGTS

1- Pelos encargos mensais

Débito: FGTS (Despesas com pessoal)

Crédito: FGTS a recolher (ativo circulante)

2- Pelo recolhimento

Débito: FGTS a recolher (passivo circulante)

Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante)

4.3 IRRF sobre Rendimentos do Trabalho

De acordo com o RIR, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre os rendimentos

do trabalho tem como fato gerador o pagamento de salário, inclusive adiantamento de salário a

qualquer título, indenização sujeita à tributação, ordenado, vencimento, provento de aposentadoria,

reserva ou reforma, pensão civil ou militar, soldo, pró-labore, comissão, benefício da previdência

Social ou privada, remuneração de conselheiro fiscal e de administrador, diretor e administrador de

pessoa jurídica, titular de empresa individual, gratificação e participação dos dirigentes nos lucros,

participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e demais remunerações decorrentes

de vículo empregaticio, recebido por pessoas físicas residentes no Brasil (Oliveira, 2005).

O imsposto é calculado mediante a utilização da tabela progressiva mensal, divulgada no site da

SRF (www.receita.fazenda.gov.br):

Tabela Progressiva mensal a partir de janeiro 2009:

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota (%) Parcela a deduzir do imposto em R$

Até 1.434,59

De 1.434,60 a 2.866,70

Acima de 2.866,70

-

15,0

27,5

-

215,19

573,52

Dedução por dependente R$ 144,20.

Para fins de apuração da base de cálculo a ser tributada, poderão ser deduzidas do rendimento

bruto, além dos dependentes:

§ As importâncias pagas a título de pensão alimentícia quando em cumprimento de decisão

judicial ou acordo homologado judicialmente.

Page 53: apostila contabilidade tributaria  2009

52

§ As contribuições para a previdência social da União, Estados, Distrito Federal e dos

Municípios, as contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil

(Oliveira, 2005)

EXERCICIOS

1- Preencha a tabela a seguir, anotando alguns dos encargos sociais sobre a folha: Encargos sobre a folha %

Contribuição ao INSS – parte empresa Contribuição para terceiros Seguro de acidente do trabalho – risco grave Fundo de garantia por Tempo de Serviço 2- A empresa elaborou a folha de pagamento de pessoal da área administrativa com salários no

montante de R$ 30.000,00. É de 39,8% a alíquota total da Previdência, sendo 11% da parte dos

empregados e 28,8% da parte patronal. A contabilização dos encargos da empresa com a

Previdência é:

a) Despesas com salários

a Contribuições a Recolher R$ 3.300,00

b) Despesas com Previdência

a Contribuições a Recolher R$ 8.640,00

c) Despesas Com previdência

a Contribuições a Recolher R$ 11.940,00

d) Despesas com Salários

a Contribuições a Recolher R$ 30.000,00

3- O contador da Empresa Gama, quando estava encerrando as demonstrações contábeis do

exercício de 2006, recebeu do Departamento Pessoal uma relação contendo os valores que deveria

provisionar sobre férias dos empregados. Notou, então, que alguns funcionários não constavam

da lista. Consultando o Depto. Pessoal, recebu a informação de que esses funcionários haviam

tido um númeron excessivo de faltas, e que, por isso, não tinham direito a férias. A resposta do

Depto. Pessoal está correta?

a- Sim, pois as faltas injustificada afetam a gradação alusiva ao período das férias

b- Sim, pois as faltas injustificadas ao trabalho devem ser descontadas do período das férias

c- Sim, pois se as faltas injustificadas ao trabalho não tiverem sido descontadas no salário, refletirão

nas perdas das férias

Page 54: apostila contabilidade tributaria  2009

53

d- Não, pois as flatsa injustificadas ao trabalho são irrevelantes para efeito de férias

e- Não, pois as flatsa injustificadas ap trabalho devem ser apenas descontadas no salário do empregado,

não repercutindo nas férias

4- Determinada empresa costuma contabilizar as férias de seus funcionários somente no período

de seu efetivo pagamento, com base na seguinte justificativa: Em realidade, só há o surgimento

da obrigação, a partir do mês do efetivo usufruto das férias por parte do funcionário.” Essa

afirmação:

a- está correta, pois observa o Princípio da Prudência

b- está incorreta, pois observa inobserva, entre outros, o Princípio da Competência no que diz respeito à

inclusão na apuração do resultado do período da ocorrência

c- está correta, pois observa, entre outros, o Princípio da Oportunidade

d- está incorreta, pois inobserva o Princípio da Prudência, que deterrmina, sempre que surge um

passivo, a adoção do maior valor para o registro

5- Assinale a alternativa correta:

a- O Imposto de Renda retido na fonte dos funcionários da produção deve ser contabilizado como custo

de produção no mês de competência

b- O fundo de garantia do tempo de serviço dos funcionários administrativos não deve ser

contabilizado como despesas da empresa, visto que o valor depositado será revertido para os

trabalhadores, quando de sua demissão

c- O Imposto de Renda retido na Fonte dos funcionários da administração deve ser contabilizado como

despesa, no mês em que os salários forem pagos

d- As empresas devem recolher a contribuição social para a previdência descontada dos funcionários,

assim como a contribuição social para a previdência social devida pelo empregador

e- Uma empresa que tenha iniciado suas atividades em 20 de fevereiro de 2006 não precisará constituir

a provisão para férias em 31 de dezembro de 2006, data do encerramento das demonstrações contábeis,

visto que não terá nenhim empregado com férias vencidas e não pagas

6- A folha de pagamentos de uma empresa resume os valores financeiros de todos os empregados,

especificando as parcelas de salários, descontos relativos aos encargos sociais, imposto de renda,

adiantamentos e outros. A contabilização da folha de pagamentos segue as mesmas normas

Page 55: apostila contabilidade tributaria  2009

54

básicas aplicáveis aos fatos contábeis em geral. Relativamente a esse assunto, julgue os itens a

seguir e assinale as alternativas corretas:

a- as despesas/custos de salários de uma empresa são representados pelos valores líquidos

desembolsados, ou seja, depois de deduzidos os encargos sociais, impostos e demais descontos

incidentes sobre os proventos dos empregados

b- as contribuições previdenciárias a recolher compreendem as parcelas da empresa e dos empregados

c- o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do pessoal que desenvolve tarefas na área de

administração geral deve ser contabilizado como despesa operacional

d- das contribuições previdenciárias a recolher e o FGTS a recolher são parcelas que, devidas e não

pagas, devem ser demonstradas no passivo circulante como saldo devedor

e- o desembolso com adiantamento a empregado implica um registro a débito da conta de

adiantamentos a empregados e a crédito de uma das contas das disponibilidades

7- Assinale as alternativas corretas:

a- uma empresa que apurar prejuízo em determinado período contábil não poderá constituir a provisão

para férias e 13º salário

b- o valor das contribuições para a previdência social descontadas dos funcionários da fábrica deve ser

contabilizado como custo da produção

c- a legislação tributária aceita como dedutível o provisionamento dos encargos sociais, devido pelas

empresas, incidentes sobre as férias dos funcionários

d- o IBRACON considera correto o procedimento de reconhecer contabilmente os custos e as despesas

com as férias e 13º salário somente por ocasião do pagamento desses benefíc ios aos funcionários

a provisão para férias deve ser classificada no Passivo Circulante

8- Calcule os encargos sociais e trabalhistas de uma industria sobre uma folha de pagamento de

R$ 8.200,00 mensais. Faça os lançamentos correspondentes.

Salário 13º salário 1/12 Férias 1/12 + 1/3 INSS FGTS total

9. Calcular os encargos sociais e trabalhistas o salário de um empregado R$ 1.200,00 e foram

realizadas 15 horas extras diurnas. Fazer os lançamentos correspondentes

salário H extras DSR 13º salário Férias INSS FGTS Total

1.200,00

Page 56: apostila contabilidade tributaria  2009

55

220 horas mensais 44 horas semanais

OBS: Oras extras diurnas com 50% de acréscimo

DSR : HE/25 x 5

10- Calcular os encargos sociais e trabalhistas do período sendo o salário mensal de 6.600,00 e o

pro labore R$ 2.000,00

Remuneração 13º salário Férias INSS FGTS Total

11. Elabore a folha de pagamento da Empresa ExPedra Ltda., calcule os encargos trabalhistas e

sociais, e faça os respectivos lançamentos , sabendos-e que o grau de risco da empresa é grave e

que seu quadro de funcionários é composto de:

Produção: Empregado Dependentes

IR Dependentes

Sal.familia Salário adicional Horas

extras faltas Vale

transporte A 3 2 900,00 Insalub 20% 8 1 dia sim

B 2 1 960,00 periculosid 9 2 dias sim C 4 3 580,00 ----- 5 sim

Administração: Empregado Dependentes

IR Dependentes

Sal.familia Salário adicional Horas

extras faltas Vale

transporte D 840,00 4 sim

E 2 1 1.480,00 5 não F 1 1.600,00 8 não

Direção: Diretor Dependentes

IR Dependentes

Sal.familia Salário adicional Horas

extras faltas Vale

transporte G 2 1 3.000,00

H 1 3.000,00 OBS: insalubridade: 10, 20 ou 40% sobre o salário mínimo regional Periculosidade: 30% sobre o salário do empregado Adicional noturno: 20% s/ hora diurna

Page 57: apostila contabilidade tributaria  2009

56

PRODUÇÃO Empregado Salário H E adicional DSR Faltas Subtotal Sal família IRRF INSS Vale transp Líquido receb Somas ADMINISTRAÇÃO Empregado Salário HE adicional DSR Faltas Subtotal Sal família IRRF INSS Vale transp Líquido receb Somas DIREÇÃO Diretor Salário H E adicional DSR Faltas Subtotal Sal família IRRF INSS Vale transp Líquido receb Somas TOTAIS Encargos trabalhistas e sociais Produção

13º Salário Férias INSS FGTS Parte empresa RAT Terceiros

administração

13º Salário Férias INSS FGTS Parte empresa RAT Terceiros

Direção

13º Salário Férias INSS FGTS Parte empresa RAT Terceiros

Page 58: apostila contabilidade tributaria  2009

57

LIVRO RAZÃO Nº Conta Débito Crédito

Page 59: apostila contabilidade tributaria  2009

58

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO

RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas produtos no mercado interno Vendas produtos no mercado externo

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Vendas Canceladas Descontos Incondicionais vendas mercado interno ICMS ISS PIS s/Fat COFINS

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Compras Matéria prima Compras Matéria Secundaria Compras de Material de Consumo Ordenados e Salários INSS FGTS 13º Salário Férias

(=) LUCRO BRUTO OPERACIONAL (-) DESPESAS OPERACIONAIS (-)Despesas Administrativas Ordenados e Salários Honorários profissionais Pró-labore INSS FGTS

(+) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Descontos Recebidos Bonificações Recebidas

(=) LUCRO OPERACIONAL RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS (+)Ganhos de Capital (-) Perdas de Capital

(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IRPJ E CSLL (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/IRPJ

(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Page 60: apostila contabilidade tributaria  2009

59

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO Disponível

Caixa Bancos c/Movimento Duplicatas a receber Cartões de Crédito a Receber Estoques

Estoque de Mercadorias

Circulante Fornecedores Financiamento

Soma do circulante Soma do circulante

Exigível a longo prazo

Financiamentos

Soma ELP

Permanente

Imobilizado Instalações Comerciais Imóveis e Benfeitorias Móveis e Utensílios Equipamentos de informática Veículos (-) Depreciações acumuladas Instalações comerciais Móveis e Utensílios Equipamentos informática Veículos

Patrimônio Líquido

Capital Social Lucros acumulados

Soma do permanente Soma do PL Total do ativo Total do Passivo

Page 61: apostila contabilidade tributaria  2009

60

5 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O FATURAMENTO

5.1 Imposto Sobre Serviços – ISS

O ISS é de competência dos municípios e incide sobre os serviços prestados pelas empresas –

pessoas jurídicas – ou pelo profissionais autônomos, desde que o fato gerador do serviço já não seja de

competência tributária do Estado ou da União. É o caso da prestação de serviços de telecomunicação,

geração e fornecimento de energia elétrica, transportes, etc. que não são tributados pelo ISS pelo fato

de já serem tributados pelo Estado ou pela União (Oliveira et al, 2003).

Elementos essenciais para a ocorrência do fato gerador do ISS:

§ Efetividade e habitualidade do serviço prestado;

§ Autonomia do serviço prestado, devedndo ser a realização deste em nome próprio;

§ Fianalidade lucrativa da atividade prestada.

5.1.1 Fato gerador

Corresponde à prestação dos serviços constantes da lista - ou relação – anexa à Lei

Complementar, mesmo que a prestação de tais serviços envolva também o fornecimento de

mercadorias (Oliveira et al, 2003). A Lei complementar do ISS de Cascavel encontra-se disponível no

site WWW.cascavel.pr.gov.br, em arquivo de leis, NA 13/2003.

5.1.2 Contribuintes e responsáveis

Os contribuintes desse imposto são os prestadores de serviços, pessoas jurídicas ou físicas, com ou

sem estabelecimento fixo, dos serviços prestados na tabela de cada município. Não são, porém,

considerados contribuintes do ISS:

§ Quem presta serviços com vínculo empregatício;

§ Os trabalhadores avulsos; e

§ Os diretores membros dos conselhos consultivo e fiscal.

A figura do responsável, sujeito passivo indireto obrigado a cumprir o pagamento do tributo em

nome do contribuinte também existe no ISS, porque a legislação municipal pode eleger a pessoa

responsável pelo pagamento do imposto. O município de Cascavel, na NA 13/2003, art 198 exige que o

tomador do serviços retenha e recolha o imposto quando o prestador for de outro município, entre

outros Oliveira et al, 2003).

Page 62: apostila contabilidade tributaria  2009

61

5.1.3 Base de cálculo

A base de cálculo é o preço do serviço, considerada a receita bruta sem nenhuma deduçãi,

excetuando os descontos ou abatimentos concedidos indepentemente de qualquer condição.

No caso de obras civis, alguns municípios admitem deduzir do preço dos serviços o valor:

§ Dos materiais adquiridos de terceiros e aplicados na obra;

§ Das faturas de subempreiteiras, já tributadas anteriormente pelo ISS (Oliveira et al, 2003).

5.1.4 Alíquotas

A fixação da alíquota do ISS é atribuição de cada município. Em Cascavel existem três

alíquotas: 2%, 3% e 5%, de acordo com a tabela da NA 13/2003.

5.1.5 Prazo de recolhimento e período de apuração

Depende da regulamentação de cada município. Em Cascavel o prazo de recolhimento é até o

dia 15 do mês subsequente ao fato gerador e apuração é mensal (Oliveira, et al, 2003).

5.1.6Contabilização do ISS

1- Pela prestação do serviço

Débito: ISS (deduções da receita bruta)

Crédito: ISS a recolher (passivo circulante

2- Pelo pagamento do ISS

Débito: ISS a recolher (passivo circulante)

Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante).

5.2 Programa de Integração Social – PIS

a) Contribuintes

São contribuintes com base no faturamento mensal as pessoas jurídicas com fins lucrativos

(Oliveira et al, 2003).

b) Base de cálculo

A base de cálculo é a receita bruta de bens e serviços com as seguintes exclusões:

§ as vendas canceladas

§ os descontos incondicionais

Page 63: apostila contabilidade tributaria  2009

62

§ o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

§ o ICMS quando destacado em Nota Fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou serviços

prestados na condição de substituto tributário (automóveis e refrigerantes)

§ as reversões de provisões

§ as recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores efetivamente baixados,

que não representem ingresso de novas receitas

§ as receitas decorrentes das vendas de bens do ativo permanente

§ dos resultados positivos – lucro – obtidos em decorrência de avaliação de investimentos em

participações societárias pelo método da equivalência patrimonial

§ dos lucros e dividendos recebidos ou a receber em decorrência de investimentos em

participações societárias.

c) A contribuição para o PIS não incide sobre:

§ exportação de mercadorias para o exterior

§ prestação de serviços para pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em

moeda conversível

§ vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.

5.2.1 PIS CUMULATIVO

O PIS cumulativo não permite nenhuma dedução a título de crédito do valor a recolher e

permanecem sujeitas às normas do regime da cumulatividade :

§ as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou

arbitrado;

§ as pessoas jurídicas optantes SIMPLES;

§ as pessoas jurídicas imunes a impostos;

§ os órgãos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais e as fundações

cuja criação tenha sido autorizada por lei (Lei 9.718 de 27/11/1998).

§ bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,

sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,

sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento

mercantil e cooperativas de crédito, empresas de seguros privados, entidades de previdência

privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização, pessoas jurídicas que tenham por objeto

Page 64: apostila contabilidade tributaria  2009

63

a securitização de créditos imobiliários e financeiros e as operadoras de planos de assistência à

saúde;

§ as sociedades cooperativas;

§ receitas decorrentes da prestação de serviços de telecomunicações;

§ receitas decorrentes de prestação de serviços de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora

e de sons e imagens;

§ receitas de empresas integrantes do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE),

§ receitas decorrentes da prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,

ferroviário e aquaviário de passageiros;

§ receitas decorrentes do serviço prestado por hospital, pronto-socorro, casa de saúde e de

recuperação sob orientação médica e por banco de sangue;

§ as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e

médio e de educação superior.

5.2.1.1 Alíquota - 0,65%

5.2.2 PIS NÃO CUMULATIVO (Lei 10.637 de 30/12/2002)

O total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta

própria ou alheia e todas as demais receitas da pessoa jurídica, exceto:

§ receitas não operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;

§ venda de derivados de petróleo e gás natural, medicamentos e produtos de perfumaria,

máquinas, tratores e veículos, etc., operações de empresas de transporte aéreo ou quaisquer

outras submetidas à incidência monofásica da contribuição;

§ venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem como dos recebidos como parte do

preço da venda de veículos novos ou usados, nas pessoas juríd icas cujo objeto seja a compra e

venda de veículos automotores;

§ preparação composta para bebidas alcoólicas, refrigerantes e cervejas, e embalagens de

alumínio e PET;

§ vendas canceladas e descontos incondicionais;

§ reversão de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem o

ingresso de novas receitas;

§ o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido;

Page 65: apostila contabilidade tributaria  2009

64

§ lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham

sido computados como receita.

5.2.2.1 Alíquota: 1,65%

5.2.2.2 Crédito do PIS Não Cumulativo

As Pessoas Jurídicas que recolher o PIS pelo Regime Mão Cumulativo podem creditar-se do

valor resultado da aplicação da mesma alíquota (1,65% sobre:

§ bens adquiridos para revenda, exceto aqueles que tenham sido adquiridos de pessoa jurídica na

condição monofásica e aqueles submetidos à incidência monofásica da contribuição:

§ bens e serviços utilizados para o insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação

de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;

§ energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

§ aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados na atividade

da empresa;

§ despesas financeiras decorrentes de empréstimos, financiamentos e o valor das contraprestações

de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica , exceto de optante pelo Sistema

Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Micro Empresas e das Empresas de

Pequeno Porte – SIMPLES;

§ máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para

utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços; (a ser utilizado

em 24 parcelas mensais).

§ edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da

empresa;

§ bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou do

mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;

§ armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo

vendedor;

5.2.2.3 Receitas Financeiras – Não incidência

As empresas que recolherem o PIS pelo Regime não cumulativo não tributarão suas receitas

financeiras.

Page 66: apostila contabilidade tributaria  2009

65

5.2.3 PIS sobre Folha de pagamento (Lei 9.718/1998)

5.2.3.1.Contribuintes A contribuição ao PIS, calculada sobre a folha de pagamento mensal, é devida pelas entidades sem

fins lucrativos, inclusive as fundações definidas como empregadoras pela legislação trabalhista, tais

como:

§ templos de qualquer natureza;

§ partidos políticos;

§ entidades de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações que preencham

as condições e requisitos legais;

§ condomínios de proprietários de imóveis residenciais e comerciais que possuam empregados;

§ Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as organizações estaduais de ccoperativas,

em relação às operações praticadas com cooperados;

§ instituições de educação e de assistência social que não realizem, habitualmente, venda de bens

e serviços e que preencham as condições e requisitos legais;

§ sindicatos, federações e confederações;

§ serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;

§ conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;

§ fundações de direito privado.

Alíquotas do PIS/Faturamento e sobre a Folha de Pagamento

1- Regime Cumulativo: 0,65%

2- Regime não Cumulativo: 1,65%

3- Folha de Pagamento: 1%

5.2.3.2.Prazo de recolhimento

Até o último dia útil à quinzena subsequente ao fato gerador.

5.2.4 Contabilização do PIS Cumulativo

1- Pela receita bruta gerada no período

Débito: PIS s/Fat (Impostos incidentes s/vendas)

Crédito: PIS s/Fat a recolher (passivo circulante)

2- Pelo recolhimento do tributo

Débito: PIS s/Fat a recolher

Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)

Contabilização do PIS não Cumulativo

Page 67: apostila contabilidade tributaria  2009

66

1- Pelo crédito gerado pelas compras/alugueis, etc

Débito: PIS s/Fat a recuperar (ativo circulante)

Crédito: PIS s/Fat sobre Compras (resultado)

2- Pelo débito originado pelo faturamento do mês

Débito: PIS s/Fat (impostos incidentes sobre as vendas)

Crédito: PIS s/Fat a recolher (passivo circulante)

3- Pelo saldo devedor a recolher

Débito: PIS s/ Fat a recolher (Passivo circulante)

Crédito: Pis s/Fat a recuperar (ativo circulante)

4- Pelo recolhimento do tributo

Débito: PIS s/Fat a recolher (passivo circulante)

Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante

Contabilização do PIS sobre a folha de pagamento – alíquota de 1%

1- Pelo valor a recolher originado no período

Débito: PIS s/Folha de Pagamento (Despesas operacionais)

Crédito: PIS s/Folha de pgto a recolher (passivo circulante)

2- Pelo recolhimento do tributo

Débito: PIS s/Folha de pgto a recolher (passivo circulante)

Crédito; Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)

5.3 COFINS

A COFINS foi instituída para assegurar os direitos relativos à saúde (Lei 1.940 de 25/05/1982),

à previdência e à assistência social e incide sobre o faturamento mensal das pessoas jurídicas, sendo

este entendido como a receita bruta, excluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais, o IPI

e o ICMS quando cobrado pelo vendedor dos bens ou serviços na condição de substituto tributário.

5.3.1 Alíquotas

§ Regime Cumulativo: 3%

§ Regime não Cumulativo: 7,6%

5.3.2 Contribuintes

Page 68: apostila contabilidade tributaria  2009

67

São as pessoas jurídicas em geral e aquelas equiparadas segundo a legislação do Imposto de

Renda, incluindo as instituições financeiras, construtoras e incorporadoras de imóveis.

São isentas da COFINS (Lei 9.718/1998):

§ as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), que optarem pelo sistema

integrado de pagamento de impostos e contribuições (SIMPLES), no período em que ficarem

submetidas a este regime, pois a COFINS está incluída no pagamento do imposto simplificado;

§ as sociedade cooperativas quanto aos atos cooperativos próprios de suas finalidades;

§ as sociedades civis de profissão regulamentada;

§ as entidades beneficientes de assistência social que atendam as exigências estabelecidas em lei,

como os asilos, orfanatos, santas casas de misericórdia etc.

5.3.3 Base de cálculo

A receita bruta é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independente da

atividade exercida ou da classificação contábil. São permitidas as seguintes exclusões (Lei 9.718/98):

§ as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e

sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações

(ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de

substituto tributário;

§ as reversões de provisões operacionais e recuperação de créditos baixados como perda, que não

representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo

valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo

custo de aquisição, que tenham sido computados como receita;

§ as receitas decorrentes da venda de bens do permanente.

5.3.4 Não Incidências da COFINS

§ venda de mercadorias para o exterior (exportação);

§ prestação de serviços para a pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento

em moeda conversível;

§ venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.

5.3.5 COFINS Cumulativa

Page 69: apostila contabilidade tributaria  2009

68

A COFINS cumulativa é aplicada às empresa tributadas pelo Lucro Presumido, Lucro Arbitrado

e as demais situações listadas abaixo, e não permite nenhum desconto a título de crédito.

§ as pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Presumido ou Arbitrado;

§ as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;

§ as pessoas jurídicas imunes a impostos;

§ bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,

sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,

sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento

mercantil e cooperativas de crédito, empresas de seguros privados, entidades de previdência

privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização, pessoas jurídicas que tenham por objeto

a securitização de créditos imobiliários e financeiros e as operadoras de planos de assistência à

saúde;

§ os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e municipais;

§ as sociedades cooperativas;

§ receitas decorrentes da prestação de serviços de telecomunicações;

§ receitas decorrentes de prestação de serviços de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora

e de sons e imagens;

§ receitas de empresas integrantes do Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE),

§ receitas decorrentes da prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,

ferroviário e aquaviário de passageiros;

§ receitas decorrentes do serviço prestado por hospital, pronto-socorro, casa de saúde e de

recuperação sob orientação médica e por banco de sangue;

§ as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e

médio e de educação superior.

5.3.5.1 Alíquota da COFINS Cumulativa: 3 %

5.3.6 COFINS não cumulativa

A LEI nº 10.833 de 29 de dezembro de 2.003, alterou a Legislação Tributária: Art. 1º: “A

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência não cumulativa,

tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa

jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.”

Page 70: apostila contabilidade tributaria  2009

69

Portanto, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações

em conta própria ou alheia e todas as demais receitas da pessoa jurídica, exceto:

§ receitas não operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente;

§ venda de derivados de petróleo e gás natural, medicamentos e produtos de perfumaria,

máquinas, tratores e veículos, etc., operações de empresas de transporte aéreo ou quaisquer

outras submetidas à incidência monofásica da contribuição;

§ venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem como dos recebidos como parte do

preço da venda de veículos novos ou usados, nas pessoas jurídicas cujo objeto seja a compra e

venda de veículos automotores;

§ preparação composta para bebidas alcoólicas, refrigerantes e cervejas, e embalagens de

alumínio e PET;

§ vendas canceladas e descontos incondicionais;

§ reversão de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem o

ingresso de novas receitas;

§ o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido;

§ lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham

sido computados como receita.

5.3.6.1 Alíquota da COFINS Não Cumulativa

O Art.2º da Lei nº 10.833 determina que: “Para determinação da COFINS aplicar-se-á, sobre a base

de cálculo apurada conforme o disposto no Art.1º, a alíquota de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por

cento.”

5.3.6.2 Créditos da COFINS Não Cumulativa

A alíquota de 7,6% (sete inteiros e seis décimos) da COFINS será aplicada sobre a base de cálculo

apurada. Do valor apurado a pessoa jurídica poderá descontar os seguintes créditos, desde que

adquiridos ou pagos a pessoa jurídica domiciliada no País:

§ bens adquiridos para revenda, exceto aqueles que tenham sido adquiridos de pessoa jurídica na

condição monofásica e aqueles submetidos à incidência monofásica da contribuição:

§ bens e serviços utilizados para o insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação

de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes;

§ energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

Page 71: apostila contabilidade tributaria  2009

70

§ aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados na atividade

da empresa;

§ despesas financeiras decorrentes de empréstimos, financiamentos e o valor das contraprestações

de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica , exceto de optante pelo Sistema

Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Micro Empresas e das Empresas de

Pequeno Porte – SIMPLES;

§ máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para

utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços; (a ser utilizado

em 24 parcelas mensais).

§ edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da

empresa;

§ bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou do

mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;

§ armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo

vendedor;

5.3.7 Receitas Financeiras - Não Incidência da COFINS Cumulativa

As empresas que recolherem a COFINS pelo Regime não cumulativo não tributarão suas

receitas financeiras.

5.3.8 Contabilização da COFINS Cumulativa - alíquota de 3% sobre a receita bruta

1- Pelo faturamento do mês

Débito: COFINS (Impostos incidentes sobre as vendas)

Crédito: COFINS a recolher (passivo circulante)

2- Pelo recolhimento do tributo

Débito: COFINS a recolher (passivo circulante)

Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)

5.3.9 Contabilização da COFINS não Cumulativa – alíquota de 7,6%

1- Pelo crédito originado pelas compras de produtos/mercadorias/alugueis, etc.

Débito: COFINS a recuperar (Ativo circulante)

Page 72: apostila contabilidade tributaria  2009

71

Crédito: COFINS s/compras

- Pelo débito originado pelo faturamento do mês

Débito: COFINS (impostos incidentes sobre as vendas)

Crédito: COFINS a recolher (Passivo circulante)

3- Pelo saldo devedor a recolher

Débito: COFINS a recolher (passivo circulante)

Crédito: COFINS a recuperar (ativo circulante)

4- Pelo recolhimento do tributo

Débito: COFINS a recolher (passivo circulante)

Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)

5.4 EXERCICIOS

1- Assinale a(s) alternativa(s) correspondente(s) à(s) entidade(s) desobrigada(s) do recolhimento

da COFINS

a- as instituições financeiras

b- as entidades beneficentes de assistência social que cumprem os quesitos estabelecidos em Lei para o

enquadramento como entidades filantrópicas

c- as construtoras

d- as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) que optarem pelo sistema integrado

de pagamento de impostos e contribuições (SIMPLES), ni período em que ficarem submetidas ao

regime simplificado

e- as entidades beneficentes de assistência social, mesmo que não cumpram os quesitos estabelecidos

em Lei para o enquadramento como entidade filantrópica

f- as sociedades cooperativas de consumo, com observância do disposto na legislação própria, cujo

objetivo é a compra e o fornecimento de bens aos consumidores

2- Pode -se afirmar em relação à base de cálculo da COFINS (pode haver mais de uma

alternativa):

a- pode ser excluído o ICMS quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na

condição de substituto tributário

Page 73: apostila contabilidade tributaria  2009

72

b-não pode ser excluído o IPI nas empresas contribuintes desse imposto, quando destacado em

separado no documento fiscal

c- fazem parte da base de cálculo os lucros e dividendos recebidos ou a receber em decorrência de

investimentos em participações societárias avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido

contabilizados como receitas

d- não integram a base de cálculo as receitas com a exportação de mercadorias para o exterior

e- a base de cálculo da contribuição é o faturamento mensal, assim considerada a receita bruta de

vendas de mercadorias e serviços de qualquer natureza, sendo irrelevante a atividade e a classificação

contábil das receitas

3- Assinale a alternativa incorreta:

a- nas transações de câmbio, será considerada receita bruta: a diferença bruta positiva entre o preço de

venda e o de compra da moeda estrangeira

b- nas revendas de automóveis, a base de cálculo da COFINS é a diferença entre o preço pelo veículo e

o de venda ao consumidor final

c- os resultados positivos dos ajustes diários ocorridos no mês nas operações no mercado futuro não

integram a base de cálculo da COFINS

d-uma construtora de obras civis que faturou um serviço em janeiro de 2006, mas recebeu em maio,

passa a ser devedora da COFINS em maio

e- as receitas financeiras integram a base de cálculo da COFINS

4- Assinale a(s) alteenativa(s) correta(s):

a- o fato gerador do PIS/PASEP é a obtenção de receita pela pessoa jurídica de direito privado e a folha

de salários das entidades sem fins lucrativos;

b- as pessoas jurídicas optantes pelo regime de tributação do Imposto de Renda com base no lucro

presumido não poderão adotar o regime de caixa para fins da incidência do PIS/PASEP;

c-na base de cálculo doPIS/PASEP das organizações com fins lucrativos, compreende-se como receita

a totalidade das receitas auferidas, independentemente da atividade exercida pela pessoa jurídica e da

classificação contábil adotada para a sua escrituração

d- para efeito de apuração da base de cálculo do PIS/PASEP sobre o faturamento, não podem ser

excluídos ou deduzidos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores das vendas canceladas,

dos descontos incondicionais concedidos e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

Page 74: apostila contabilidade tributaria  2009

73

5- Assinale a alternativa correta:

a- as entidades sem fins lucrativos que não tiverem empregados estão obrigadas ao recolhimento da

contribuição ao PIS/PASEP

b- as gratificações, prêmios, ajudas de custo, comissões, qüinqüênios, 13º salário, férias, etc pagos aos

funcionários de um sindicato não integram a base de cálculo do PIS sobre a folha de pagamento

c- em uma instituição de assistência social que não realiza, habitualmente, venda de bens e serviços, o

cálculo da contribuição para o PIS/PASEP será feito mediante a aplicação do percentual de 1% sobre o

total da folha de pagamento mensal de seus empregados, assim entendidos os rendimentos do trabalho

assalariado de qualquer natureza, tais como salários, gratificações, prêmios, ajudas de custo, comissões,

qüinqüênios, 13º salário, férias etc.

d- nenhuma das anteriores

6- Com base nas informações disponíveis, calcule e contabilize a provisão para a COFINS e para

o PIS, cumulativos e não cumulativos da empresa JJ Ltda em março de 2009

RECEITAS BRUTAS

Vendas de mercadorias para o mercado nacional 110.000,00

Receitas com prestação de serviços – clientes nacionais 30.000,00

Receitas com prestação de serviços – clientes no exterior 10.000,00

Total das receitas bruta 150.000,00

DEDUÇÕES DAS RECEITAS BRUTA

Vendas canceladas 3.000,00

Descontos incondicionais 1.000,00

Imposto sobre produtos industrializados 20.000,00

Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços 15.000,00

Imposto sobre serviços 900,00

Total das deduções da receita bruta 39.900,00

TOTAL DAS RECEITAS LIQUIDAS 110.100,00

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Compras de mercadorias 30.000,00

Receitas Financeiras 2.000,00

Receitas operacionais decorrentes de ganho de equivalência patrimonial na avaliação de

investimentos em participações societária controladas

7.000,00

Receitas não operacionais decorrentes da venda de ativos imobilizados 40.000,00

Page 75: apostila contabilidade tributaria  2009

74

PIS/FAT COFINS

Base cálculo Cumulativo Não Cumulativo Base cálculo Cumulativo Não Cumulativo

débito

crédito

A recol

A Recu

7- O Município, em relação ao ISS é:

a- contribuinte

b- responsável

c- sujeito ativo

d- sujeito passivo

e- solidariamente obrigado

8- Assinale a situação que poderia constituir fato gerador do Imposto sobre Serviços de Qualquer

Natureza (ISS):

a- venda de gêneros alimentícios pelos supermercados

b-venda de combustíveis por postos revendedores aqui instalados

c-prestação de serviços sob relação de emprego

d- venda de eletrodomésticos pelas lojas de departamentos

e- exibição de filmes pelos cinemas localizados no Município

9- Assinale a alternativa correta:

a- São considerados contribuintes do ISS quem presta serviços como trabalhador avulso, bem como os

diretores e membros dos conselhos consultivos fiscais

b- O ISS incide sobre os serviços relacionados na legislação básica, incluindo a prestação de serviços

de telecomunicações

c- O ISS incide sobre os serviços relacionados na legislação básica. A prestação de qualquer serviço

que esteja expressamente consignado na lista não faz nascer a obrigação de pagar o imposto.

d- O fato gerador do ISS corresponde à prestação de serviços relacionados na lista – ou relação – anexa

à Lei Complementar e à legislação básica dos Municípios, mesmo que a prestação de tais serviços

envolva também o fornecimento de mercadorias

Page 76: apostila contabilidade tributaria  2009

75

10. Responda as questões abaixo:

a) Quais são os elementos essenciais para a ocorrência do fato gerador do ISS?

b) Comente a base legal para a incidência do ISS.

c) Qual é o fato gerador do ISS e quem são os contribuintes desse imposto?

d) Comente a figura do responsável (ou sujeito passivo indireto) pelo pagamento do ISS.

e) Destaque os principais aspectos relacionados com a base de cálculo do ISS.

f) O que você entende por “local da prestação do serviço”?

g) Todas as empresas prestadoras de serviços estão obrigadas a recolher o ISS para o Município onde

estão estabelecidas? Comente possíveis exceções.

6 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O RESULTADO

6.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas

O imposto de renda é devido pelas pessoas jurídicas estabelecidas no país e incidirá sobre o

lucro obtido no período. A base de cálculo pode ser o lucro real, presumido ou arbitrado (RIR).

6.1.1 Contribuintes

§ As pessoas jurídicas;

§ As empresas individuais

6.1.2 Imunidades, Isenções e não indidências

§ Templos de qualquer culto

§ Partidos políticos e entidades sindicais dos trabalhadores

§ Instituições de Educação e de Assistência Social

§ Entidades de Previdência Privada

§ Sociedades Beneficientes, Fundações e associações

Page 77: apostila contabilidade tributaria  2009

76

§ Empresas estrangeiras de transportes quando as brasileiras gozarem da mesma prerrogativa;

§ Associações de poupança e empréstimo autorizadas pelo órgão competente, sob a forma de

sociedade civil;

§ Sociedades de investimento com participação de capital estrangeiro

§ A entidade binacional ITAIPU

§ O Fundo Garantidor de Crédito – FGC

§ As sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica, quando não

visarem lucro, observando o art 182 do Decreto 3000 de 26/03/1999.

6.1.3.Alíquota

A alíquota para a pessoa jurídica é de 15% sobre a base de cálculo, ou seja, o lucro da

empresa, podendo ser lucro real, presumido ou arbitrado. A parcela que exceder, mensalmente, a R$

20.000,00 fica sujeita à incidência de adicional de 10%.

6.1.3 Contabilização do Imposto e Renda

1- Pelo geração do Imposto

Débito: Provisão p/Imposto de Renda Contas de resultado)

Crédito: Provisão p/ Imposto de Renda a recolher (passivo circulante)

2- Pelo recolhimento do tributo

Débito: Provisão p/Imposto de renda a recolher (passivo circulante)

Crédito: Caixa ou Bancos c/Movimento (ativo circulante)

6.2 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL

6.2.1 Contribuintes

Estão obrigadas a recolher a CSLL todas as pessoas jurídicas domiciliadas no país e aquelas que

lhe são equiparadas pela legislação tributária, com exceção das entidades isentas, as mesmas isentadas

pelo Imposto de Renda. (Lei 7.689 de 15/12/1988)

6.2.2 Alíquota

Page 78: apostila contabilidade tributaria  2009

77

A alíquota da CSLLaté 30 de abril de2008 é de 9% sobre o lucro da pessoa jurídica, podendo

este lucro ser real, presumido ou arbitrado. A partir de 01/05/2008, passará a ser 15% sobre o resultado

da PJ. (art 17 da MP 413).

6.2.3 Bônus de Adimplência

A partir do ano calendário de 2003 as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real ou presumido,

adimplentes com os tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF) poderão

beneficiar-se do bônus de adimplência instituído pelo art 38 da Lei 10.637/2002.

É considerada adimplente, para efeito de utilização do bônus, a pessoa jurídica, que nos últimos

cinco anos-calendário, NÃO se enquadre em qualquer das hipóteses, em relação a tributos e

contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal:

• lançamento de ofício;

• débitos com exigibilidade suspensa;

• inscrição em dívida ativa;

• recolhimentos ou pagamentos em atraso;

• falta ou atraso no cumprimento de obrigação acessória.

6.2.3.1 Cálculo do Bônus

O bônus de adimplência será calculado aplicando-se o percentual de l% sobre a base de cálculo

da CSLL, relativamente ao ano-calendário em for permitido o seu aproveitamento.Na hipótese de

período de apuração trimestral, o bônus será calculado em relação aos quatro trimestres do ano-

calendário e poderá ser deduzido da CSLL devida correspondente ao último trimestre.

Utilização do Bônus

O bônus será utilizado no último trimestre do ano-calendário, se PJ optante do lucro real

trimestral ou lucro presumido ou no ajuste anual, no caso de PJ tributada com base no lucro anual.

Bônus excedente

A parcela do bônus que não puder ser aproveitada no período de apuração, poderá ser deduzida

nos anos-calendário subseqüentes, da seguinte forma:

a. em cada trimestre, no caso de PJ tributada com base no lucro real trimestral ou presumido;

b. no ajuste anual, no caso de PJ tributada com base no lucro real anual.

6.2.4 Contabilização da CSLL

Page 79: apostila contabilidade tributaria  2009

78

1- Pela geração do tributo

Débito: Provisão p/CSLL (Despesas)

Crédito: Provisão p/CSLL a recolher (passivo circulante)

2- Pelo pagamento do Tributo

Débito: Provisão p/CSLL a recolher

Crédito: Caixa ou Bancos c/movimento (ativo circulante

7 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO FEDERAL

7.1 Lucro Presumido

Segundo Fabretti ( 2000, pg.217): “O Lucro Presumido é uma alternativa para as pequenas

empresas, até o limite da receita bruta total estabelecido em lei. Estas, em vez da apuração pelo lucro

real, ou seja, de escrituração contábil, podem presumir esse lucro.”

A opção pelo Lucro Presumido é exercida com o pagamento da primeira ou única quota do

imposto devido correspondente ao primeiro trimestre do ano-calendário e é definitiva para todo o ano.

7.1.1 Algumas empresas são impedidas de optar pelo Lucro Presumido (RIR, Decreto 3000 de

26/06/1999):

• cuja receita total no ano-calendário anterior tenha sido superior ao limite de R$ 48.000.000,00 ou

de R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses;

• cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,

caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito

imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos

e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de

seguros privados e de capitalização de previdência privada aberta;

• que auferirem lucros, rendimentos ou ganhos de capital no exterior;

• que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir benefícios fiscais relativos à isenção ou

redução do Imposto de Renda;

• que no decorrer do ano-calendário tenham efetuado pagamento mensal do imposto pelo regime de

estimativa, na forma do art.° da Lei n° 9.430/96;

Page 80: apostila contabilidade tributaria  2009

79

• que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de assessoria creditícia,

mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,

compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços

(factorig).

• que exerceram atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis,

enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado.

As empresas tributadas pelo Lucro Presumido são obrigadas a apurar as bases de cálculo do

Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no encerramento de

cada trimestre do ano-calendário.

TABELA 02 – PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO DO LUCRO ATIVIDADE %

Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural

1,6

Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativo ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, prestação de serviços em geral

32

Intermediação de negócios (inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de Seguros, imóveis e outros)

32

Administração, locação ou cessão de bens e imóveis (exceto a receita de aluguéis, Quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de locação de imóveis)

32

Administração de consórcios de bens duráveis 32 Cessão de direitos de qualquer natureza 32 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra

32

Serviços de transporte, exceto de carga 16 Revenda de mercadorias, vendas de produtos de fabricação própria 8 Industrialização por encomenda (material fornecido pela encomendante) 8 Atividade rural 8 Representação comercial por conta própria 8 Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda execução de obras de construção civil com emprego de materiais

8

Prestação de serviços hospitalares 8 Transporte de cargas 8 Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços 8 OBS: Prestação de serviços receita bruta anual até R$ 120.000,00 – base de cálculo reduzida em

50% = 16%.

O Imposto de Renda é calculado à alíquota de 15% sobre o total da base de cálculo. Para a

parcela do lucro presumido que exceder o limite de R$ 60.000,00 no trimestre, aplicar-se-á a alíquota

Page 81: apostila contabilidade tributaria  2009

80

adicional de 10%. No caso do trimestre incompleto o limite corresponderá ao resultado da

multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.

7.1.2 A base de cálculo da CSLL no Lucro Presumido

§ 12% - venda de mercadorias ou produtos.

§ 32% a) prestação de serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte;

b) intermediação de negócios; administração, locação ou cessão de imóveis, móveis e

direitos de qualquer natureza.

EXERCÍCIOS

1- O Imposto de Renda tem como fato gerador a aquisião de disponibilidade econômica ou

jurídica:

a- de renda produzida pelo trabalho intelectual

b- de renda produzida pelo trabalho braçal

c- de renda produzida pelo capital

d- de renda produzida pela aplicação no mercado de capitais

e- todas estão corretas

2- Os contribuintes do Imposto de Renda têm a obrigação de preparar e entregar, à Receita

Federal, a declaração anual de rendimentos. Esse dever jurídico é definido como:

a- obrigação principal

b- crédito tributário

c-obrigação acessória

d- fato gerador

e- auto-lançamento tributário

3- Assinale as alternativas incorretas:

a- o fato gerador do Imposto de Renda restringe-se à obtenção de renda em decorrência da aplicação de

capitais

b- entende-se por disponibilidade econômica ou jurídica, de maneira resumida, a obtenção de um

conjunto de bens, valores e/ou títulos por uma pessoa física ou jurídica, passíveis a serem

transformados ou convertido de imediato em numerário

Page 82: apostila contabilidade tributaria  2009

81

c- o Imposto de Renda é um tributo direto, de competência da União

d- em relação às pessoas jurídicas, a ocorrência do fato gerador se dá pela obtenção de resultados

positivos (lucros) em suas operações industriais, mercantis, comerciais e de prestação de serviços, além

dos acréscimos patrimoniais decorrentes de ganhos de capital e outras receitas não operacionais

e- para estar sujeito à tributação pelo Imposto de Renda, a disponibilidade não precisa se caracterizar

como efetivamente adquirida, cogitando-se sua incidência se houver apenas a potencialidade de se

adquirir tais disponibilidades

4- Assinale a alternativa incorreta, em relação ao lucro presumido:

a- a empresa optante pela tributação pelo lucro presumido pode estar recolhendo desnecessariamente

mais tributos, visto que, se fosse efetuada a escrituração contábil, esta poderia demonstrar uma situação

de prejuízo real, ou seja, não haveria lucro real para servir como fato gerador dos tributos;

b- optando pelo lucro presumido, a base de cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social é o

faturamento da pessoa jurídica, o que facilita a apuração dos tributos e representa, sempre, a opção

mais vantajosa para o contribuinte;

c- a introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a apuração da base de cálculo,

para algumas empresas, para a apuração e recolhimento do Imposto de Renda e da Contribuição Social;

d- as pessoas jurídicas que podem se utilizar dessa opção para a tributação estariam dispensadas, para

efeitos somente de apuração do valor do Imposto de Renda e da Contribuição Social, da

obrigatoriedade da escrituração contábil e levantamento periódico das demonstrações contábeis.

5- Não podem optar pelo lucro presumido ( pode haver mais de uma alternativa):

a- todas as pessoas jurídicas cuja receita bruta, no ano-calendário anterior, tenha sido inferior a R$

48.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 meses;

b- as empresas cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;

c- as construtoras de imóveis que operam em mais de um estado;

d- as empresa que obtiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior

e- as empresas que exerçam as atividades de factoring

6 - Lucro Presumido - Empresa comercial, com atividade de Supermercado, que tenha manifestado

sua opção pelo Lucro Presumido, apresentou no primeiro trimestre de 2009, as seguintes receitas:

Page 83: apostila contabilidade tributaria  2009

82

RECEITAS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO TOTAL

Vendas a Vista 145.000,00 166.500,00 278.800,00

Vendas a prazo 110.200,00 95.200,00 55.600,00

Subtotal 1

Descontos Incondicionais 1.800,00 2.600,00

Devoluções de vendas 7.300,00

Subtotal 2

Receitas Financeiras 32.000,00 -o- 16.000,00

Total

CALCULAR E DEMONSTRAR: PIS e COFINS

Período Receita bruta PIS/ Fat COFINS

Jan:

Fev:

Mar:

IRPJ – LUCRO PRESUMIDO

Cálculos Receita Bruta Lucro Presumido

1. Receitas Operacionais

2. Receitas não Operacionais

IRPJ

3. Total

15% 10%

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL

1. Receitas Operacionais

2. Receitas não Operacionais

Lucro Presumido

(-) PIS

(-) COFINS

(-) IRPJ

(-) CSLL

Valor do lucro a ser distribuído no trimestre

Page 84: apostila contabilidade tributaria  2009

83

7- Lucro Presumido

Empresa de Prestação de serviços com atividade de Oficina Mecânica, que tenha manifestado sua

opção pelo Lucro Presumido, apresentou no segundo trimestre de 2009, as seguintes receitas:

RECEITAS Abril maio junho TOTAL

Serviços a Vista 54.450,00 245.540,00 372.230,00

Serviços a prazo 150.240,00 44.720,00 62.170,00

Subtotal 1

Descontos Concedidos 7.260,00

Serviços Cancelados 4.800,00

Subtotal 2

Receitas Financeiras 20.240,00 15.180,00 12.000,00

Vendas do Imobilizado 42.152,00

Total

Período PIS/ Fat COFINS ISS

IRPJ – LUCRO PRESUMIDO

Cálculos Receita Bruta Lucro Presumido

1. Receitas Operacionais

2. Receitas não Operacionais

IRPJ

3. Total

15% 10%

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL

1. Receitas Operacionais

2. Receitas não Operacionais

Page 85: apostila contabilidade tributaria  2009

84

DISTRIBUIÃO DE LUCROS

Lucro Presumido

(-) PIS

(-) COFINS

(-) IRPJ

(-) CSLL

Valor do lucro a ser distribuído no trimestre

8- LUCRO PRESUMIDO

Empresa com atividade de revenda e manutenção de computadores, que tenha manifestado dus opção

pelo Lucro Presumido, apresentou no 1º trimestre de 2009 as seguintes receitas:

RECEITAS abril maio junho TOTAL

Vendas de mercadorias consumidor final 66.320,00 55,670,00 72.120,00

Vendas de serviços 32.110,00 45.360,00 65.140,00

SUBTOTAL 1

Devolução de vendas 1.600,00

Descontos incondicionais vendas 1.420,00

Serviços Cancelados 600,00 2.300,00

Descontos Incondicionais Serviços 800,00

Subtotal 2

Compras mercadorias 26.860,00 35.400,00 58.600,00

Subtotal 3

Receitas de Aluguéis 7.200,00 10.000,00 12.000,00

Vendas do Imobilizado 5.200,00 4.600,00

Total

Período PIS/ Fat COFINS ISS ICMS

Page 86: apostila contabilidade tributaria  2009

85

IRPJ – LUCRO PRESUMIDO

Cálculos Receita Bruta Lucro Presumido

1. Receitas Operacionais

2. Receitas não Operacionais

IRPJ

3. Total

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL

1. Receitas Operacionais -----------------------------

2. Receitas não Operacionais -----------------------------

3. Total

DISTRIBUIÃO DE LUCROS

Lucro Presumido

(-) PIS

(-) COFINS

(-) IRPJ

(-) CSLL

Valor do lucro a ser distribuído no trimestre

9- A Empresa Industria, Comércio e Assistência Técnica de Aparelhos Náuticos Ltda apura seus

tributos federais pelo Lucro Presumido e obteve no 1º trimestre de 2007 o seguinte resultado:

RECEITA BRUTA Venda Mercadorias mercado interno 280.000,00 Venda Mercadorias Mercado Externo 89.200,00

Serviços Prestados no Mercado Interno 50.000,00 Serviços Prestados no Mercado Externo 38.600,00

Page 87: apostila contabilidade tributaria  2009

86

(-) Deduções e Abatimentos Vendas Canceladas mercado externo 1.900,00 Devoluções vendas mercado interno 5.800,00 Descontos incondicionais mercado interno 3.000,00 Descontos Incondicionais Serviços Mercado Externo 980,00 Serviços Cancelados mercado interno (-) ICMS (-) ISS (-) PIS FAT (-) COFINS

1.300,00

(=) Receita Líquida (-) Compras de Mercadorias 129.480,00 (=) Lucro Bruto Operacional (-) Despesas Operacionais Despesas de Vendas Despesas administrativas Despesas Financeiras Descontos concedidos Juros Passivos (+) Receitas Financeiras Receitas de Aplicações Financeiras Descontos Recebidos Rendimentos auferidos em operações de mútuo com coligadas (-) Despesas Tributárias PIS Fat s/outras receitas COFINS s/outras receitas

12.800,00 35.600,00

1.480,00 2.280,00

2.980,00 1.620,00 5.200,00

(=) Lucro Operacional (+) Receitas Não Operacionais Lucro na venda de ativo imobilizado Receita com locação de imóvel

15.000,00

3.000,00 (=) Lucro antes do IR e CSLL (-) IR (-) CSLL

(=) Lucro Líquido do exercício 10. Empresa com atividade mista de comércio e prestação de serviços, considerando:

a) Compras são efetuadas em estabelecimentos industriais do Estado do Paraná, São Paulo, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul, sem substituição tributária.

b) Vendas para o mercado interno destinam-se a comerciantes varejistas do Paraná, São Paulo,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

c) Alíquota do ISS: 3%

d) Risco Ambiental do Trabalho: leve.

Page 88: apostila contabilidade tributaria  2009

87

OBSERVAÇÃO: Desprezar os centavos.

JAN/09 FEV/09 MAR/09 TOTAIS RECEITA BRUTA

Vendas de mercadorias no mercado interno Exportações de mercadorias Serviços Prestados no Mercado Interno (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas no mercado interno Desconto incondicionais nas vendas internas ICMS PIS COFINS ISS

620.000,00 68.000,00 36.000,00

3.000,00 2.000,00

392.000,00 80.000,00 46.000,00

1.800,00

13.600,00

460.000,00 96.000,00 67.000,00

7.600,00

13.700,00

(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA (-) Custo das Mercadorias vendidas Estoque Inicial Compras de Mercadorias (-) ICMS s/ compras (-) PIS Fat s/ compras (-) COFINS s/compras (-) Estoque Final

__________ 480.000,00 460.000,00

556.000,00

_________ 480.000,00 290.000,00

380.000,00

_________ 480.000,00 730.000,00

520.000,00

(-) Custo dos Serviços Prestados Ordenados e Salários INSS FGTS Provisão p/ férias Provisão p/13º Salário

__________ 12.000,00

1.333,00 1.000,00

_________ 18.000,00

2.000,00 1.500,00

_________ 16.000,00

4.333,00 2.500,00

(=) LUCRO BRUTO PERACIONAL (-) Despesas com vendas Ordenados, Salários e Comissões s/Vendas INSS FGTS Provisão p/ Férias Provisão p/ 13º Salário Provisão p/devedores Duvidosos Fretes s/Entregas das vendas Seguros de bens do Dpto.Comercial Manutenção de bens do Dpto. Comercial Propaganda e Publicidade pagos no exercício Brindes

_________ 32.000,00

6.200,00 6.000,00 8.600,00 2.800,00 3.460,00 4.600,00

_________ 34.000,00

4.200,00 5.000,00 8.400,00 3.280,00 5.240,00 2.300,00

_________ 36.000,00

9.720,00 9.230,00 6.820,00 4.260,00 5.600,00 4.200,00

(-) Despesas administrativas Pró-Labore Ordenados e Salários Honorários Profissionais INSS FGTS Provisão p/13º salário Provisão p/ Férias

________ 8.000,00

14.800,00 5.900,00

_________ 9.000,00

12.000,00 6.000,00

________ 10.000,00 16.200,00

6.500,00

Page 89: apostila contabilidade tributaria  2009

88

Material de Expediente e Escritório Viagens e Estadas da administração Gratificação a dirigentes

2.800,00 5.400,00

10.000,00

3.200,00 9.300,00

10.000,00

6.260,00 8.800,00

12.000,00 (-) Despesas Financeiras Juros Passivos Descontos Concedidos

__________ 2.300,00 4.800,00

_________ 2.400,00 3.960,00

_________ 9.300,00 3.700,00

(+) Receitas Financeiras Juros Recebidos Descontos recebidos Rendimentos s/ Aplicações Financeiras

_________ 6.700,00 6.900,00

14.900,00

__________

2.400,00 1.200,00 8.300,00

_________ 2.600,00 5.200,00 6.300,00

(+) Outras Receitas Receitas de Alugueis

__________ 12.000,00

_________ 8.000,00

_________ 12.000,00

(-) Despesas Tributárias Impostos e taxas Municipais PIS Fat s/outras receitas COFINS s/outras receitas Multas de trânsito Multas por infração fiscal Multas por atraso no pagamentos tributos

________ 4.200,00

2.300,00 4.600,00 3.900,00

_________ 2.600,00

1.400,00 1.200,00 1.370,00

_________ 2.200,00

1.200,00 2.200,00 1.600,00

(=) LUCRO OPERACIONAL LIQUIDO (+) Receitas Não Operacionais Dividendos Recebidos Lucro na venda de bens do permanente

_________ 12.000,00 15.000,00

_________ 0,00 0,00

_________ 0,00

12.400,00

(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IR (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/Imposto de Renda

(=) LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO

Page 90: apostila contabilidade tributaria  2009

89

Data Conta Débito Crédito

Page 91: apostila contabilidade tributaria  2009

90

7.2 Lucro Arbitrado

De acordo com o RIR, Lei 3.000/99 O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de

cálculo do Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte, se conhecida a

receita bruta. A pessoa jurídica, inclusive a empresa individual equiparada, terá o seu lucro arbitrado,

quando ocorrerem as situações a seguir (Fabretti, 2000) :

§ falta de escrituração: quando o contribuinte, por algum motivo, deixar de escriturar os livris

exigidos pela legislação, perder e ou destruir os mesmos, ou deixar de elaborar as

demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, poderá ter o lucro arbitrado pela

autoridade tributária;

§ escrituração com falhas : quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar

evidentes indícios de fraude ou com vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para

identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária, ou determinar o lucro real;

§ recusa na apresentação de livros ou documentos: quando a pessoa jurídica tributada pelo

lucro presumido deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da

escrituração comercial e fiscal, ou o licro Caixa, nos quais deverá ser escriturada toda a

moviumentação financeira, inclusive a bancária;

§ opção indevida pelo lucro presumido: o contribuinte que optar indevidamente pelo lucro

presumido estará sujeito a ter o seu lucro arbitrado;

§ representante de pessoa jurídica estrangeira : o comissário ou representante da pessoa

jurídica estrangeira deve escriturar os seus livros comerciais, de modo a demonstrar, além dos

próprios rendimentos, o lucro real apurado nas operações de conta alheia, em cada ano. Se o

mesmo não cumprir esta exigência, estará obrigado a pagar o Imposto de Renda com base no

lucro arbitrado;

§ Livro Razão: As empresas tributadas pelo lucro real estão obrigadas a manter, em boa ordem e

segundo as normas contábeis recomendadas, o livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e

totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário. Caso não atendam a esse

requisito, poderão ter seu lucro arbitrado.

7.2.1 Aplicação do Arbitramento

Regra geral, a iniciativa do arbitramento do lucro compete à autoridade fiscal. No entanto, o

contribuinte poderá antecipar-se à ação do Fisco, procedendo ao auto-arbitramento do lucro, desde que

a receita bruta seja conhecida e esteja enquadrado em quaisquer das hipóteses citadas no item anterior.

Page 92: apostila contabilidade tributaria  2009

91

7.2.2 Período de Apuração

O Imposto de Renda com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, sendo devido

trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e

31 de dezembro, assegurada ainda a tributação com base no lucro real ou presumido relativa aos

trimestres não submetidos ao arbitramento, se a empresa:

a. Dispuser de escrituração comercial e fiscalque demonstre o lucro real dos períodos não

abrangidos pelo arbritramento;

b. Puder optar pelo lucro presumido;

No caso do lucro real, a pessoa jurídica poderá apurar o lucro trimestralmente, ou anualmente com

pagamentos por estimativa, sem considerar os períodos em que se sujeitou ao lucro arbitrado.

O IRPJ e a CSLL pagos sob a forma de arbitramento serão definitivos, não podendo o contribuinte,

em qualquer hipótese, compensá-los com recolhimentos futuros.

7.2.3 Determinação do Lucro Arbitrado

Ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbritramento, o lucro arbitrado será determinado, em

cada trimestre, segundo uma das formas abaixo:

§ Receita bruta conhecida (arbitramento pelo fisco ou pelo contribuinte): quando a receita bruta

da pessoa jurídica for conhecida a base de cálculo do IRPJ corresponderá, em casa trimestre, à

soma das seguintes parcelas:

a- o valor resultante da aplicação dos percentuais fixados no art 15 da Lei 9.249/95, acrescidos

de 20%;

b- o valor resultante da aplicação dos percentuais mencionados na letra “a”, sobre a parcela das

receitas auferidas em cada atividade, no respectivo período de apuração, nas exportações a

pessoas jurídicas vinculadas domiciliadas no exterior ou aos países com tributação

favorecida, determinada de acordo com a sistemática de preços de referência, que exceder

ao valor já aplicado na escrituração da empresa;

c- os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras,

as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de recitas não abrangidas nas letras

“a” e “b” auferidos no respectivo período de apuração.

7.2.4 Receita Bruta não Conhecida (Arbitramento Pelo Fisco)

Page 93: apostila contabilidade tributaria  2009

92

O lucro arbitrado, quando não conhecida a receita bruta, será determinado através de procedimento

de ofício e correspoderá à soma das seguintes parcelas:

a. o valor resultante da utilização de uma das alternativas de cálculo previstas no art 51 da Lei

8.981/95;

b. os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as

demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas na letra “a”

auferidos no respectivo período apurado.

Quando a receita bruta da pessoa jurídica for desconhecida, a autoridade lançadora poderá, de

acordo com a natureza do negócio, arbitrar o lucro mediante a utilização das seguintes alternativas

de cálculo:

a. 1,5 do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração

de acordo com as leis comerciais e fiscais. Quando o lucro for decorrente de período de

apuração anual ou mensal, o valor que servirá como base ao arbitramento será proporcional

ao número de meses do período considerado;

b. 0,12 as soma dos valores do Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo e Ativo

Permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido:

c. 0,21 do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como Reserva de

Capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de

constituição ou alteração da sociedade;

d. 0,15 do valor do Patrimônio Líquido, constante do último balanço patrimonial conhecido;

e. 0,4 do valor das compras de mercadorias efetuadas no trimestre;

f. 0,4 da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das

compras de matéria-prima, produtos intermediários e materiais de embalagem;

g. 0,8 da soma dos valores devidos no trimestre a empregados;

h. 0,9 do valor do aluguel devido no trimestre.

As alternativas previstas nas letras “e”, “f” e “g” acima, a critério da autoridade lançadora,

poderão ter sua aplicação limitada, respectivamente, às atividades comerciais, industriais e de prestação

de serviços e, no caso de empresas com atividade mista, ser adotados isoladamente em cada atividade.

7.2.5 Cálculo com Receita Bruta Conhecida

Inicialmente deve ser determinada a parcela resultante da aplicação do percentual

correspondente sobre a receita da atividade da empresa auferida no trimestre.

Page 94: apostila contabilidade tributaria  2009

93

PERCENTUAIS APLICÁVEIS – alíquotas do lucro presumido + 20%

ATIVIDADE % Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural

1,9

Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativo ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, prestação de serviços em geral

38,4

Intermediação de negócios (inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de Seguros, imóveis e outros)

38,4

Administração, locação ou cessão de bens e imóveis (exceto a receita de aluguéis, Quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de locação de imóveis)

38,4

Administração de consórcios de bens duráveis 38,4 Cessão de direitos de qualquer natureza 38,4 Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra

38,4

Serviços de transporte, exceto de carga 19,2 Revenda de mercadorias, vendas de produtos de fabricação própria 9,6 Industrialização por encomenda (material fornecido pela encomendante) 9,6 Atividade rural 9,6 Representação comercial por conta própria 9,6 Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda execução de obras de construção civil com emprego de materiais

9,6

Prestação de serviços hospitalares 9,6 Transporte de cargas 9,6 Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços 9,6

Instituições financeiras e empresas equiparadas 45,0

EXERCICIOS

1- Lucro Arbitrado

Empresa comercial no ramo de calçados e confecções, optante do lucro presumido, decidiu por

conveniência administrativa efetuar o recolhimento dos impostos do 2º trimestre de 2008 com base no

LUCRO ARBITRADO. No referido período teve o seguinte faturamento:

FATURAMENTO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL

Vendas 1.032.000,00

Receitas.Financeiras. 22.000,00 15.000,00 13.000,00 50.000,00

SOMAS 242.000,00 400.000,00 440.000,00 1.082.000,00

Page 95: apostila contabilidade tributaria  2009

94

RECEITAS abril maio junho TOTAL

Vendas de mercadorias consumidor final 220.000,00 385.000,00 427.000,00

Vendas de mercadoiras a comerciante 30.110,00 25.360,00 35.140,00

SUBTOTAL 1

Devolução de vendas 2.600,00

Vendas Canceladas a Consumidor 1.480,00

Descontos Incond vendas a consumidor 4.800,00

SUBTOTAL 2

Compras mercadorias 126.860,00 235.400,00 58.600,00

Subtotal 3

Receitas de aplicações Financeiras 2.500,00 2.800,00 3.150,00

Juros Recebidos 1.500,00 2.890,00 5.640,00

Total

Período PIS/ Fat COFINS ICMS

IRPJ – LUCRO ARBITRADO

Cálculos Receita Bruta Lucro Arbitrado

1. Receitas Operacionais

2. Receitas não Operacionais

IRPJ

3. Total

CSLL – LUCRO ARBITRADO

Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL

1. Receitas Operacionais -----------------------------

2. Receitas não Operacionais -----------------------------

3. Total

Page 96: apostila contabilidade tributaria  2009

95

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

Lucro arbitrado

(-) PIS

(-) COFINS

(-) IRPJ

(-) CSLL

Valor do lucro a ser distribuído no trimestre

2 – Lucro arbitrado

Empresa com atividade mista: Comércio e prestação de serviços, utilizando-se do Lucro Arbitrado,

obteve no 2º trimestre do ano de 2008 a seguinte receita bruta:

FATURAMENTO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL

Vendas mercado interno 400.152,00 600.565,00 650.245,00

Vendas mercado externo 225.000,00 110.110,00 126.240,00

Serviços mercado interno 55.655,00 125.825,00 122.300,00

(-) Descontos vendas mercado interno 4.300,00 5.800,00 8.700,00

(-) Serviços Cancelados mercado interno

Receitas financeiras 22.500,00 13.340,00

Alugueis Recebidos 5.000,00 5.000,00 6.000,00

Período PIS/ Fat COFINS ISS

IRPJ – LUCRO ARBITRADO

Cálculos Receita Bruta Lucro Arbitrado

1. Receitas Operacionais

2. Receitas não Operacionais

IRPJ

3. Total

Page 97: apostila contabilidade tributaria  2009

96

CSLL – LUCRO ARBITRADO

Receitas Receita Bruta Base de Cálculo CSLL

1. Receitas Operacionais -----------------------------

2. Receitas não Operacionais -----------------------------

3. Total

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

Lucro arbitrado

(-) PIS

(-) COFINS

(-) IRPJ

(-) CSLL

Valor do lucro a ser distribuído no trimestre

7.3 Lucro Real

Lucro Real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou compensações

prescritas ou autorizadas pela legislação tributária (art. 6°, Decreto-Lei n° 1598 de 26 de dezembro de

1977). O art. 7° da mesma lei determina que “o lucro real será determinado com base na escrituração

que o contribuinte deve manter, com observância das leis comerciais e fiscais”.

O Decreto-Lei n° 1598 determina ainda em seu art. 8° que: “O contribuinte deverá escriturar,

além dos demais registros requeridos pelas leis comerciais e pela legislação tributária, os seguintes

livros:

I – Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)

II – Razão Auxiliar em ORTN.”

Com a extinção da correção monetária o Razão Auxiliar em ORTN caiu em desuso, porém o

LALUR ainda é obrigatório.

Segundo Harres (2001, pg.49) “No Lucro Real a empresa paga o Imposto de Renda e a

Contribuição Social efetivamente devidos, uma vez que as respectivas bases de cálculo são apuradas

em Balanços Patrimoniais que refletem a realidade econômica e financeira das empresas, no período

específico.”

Page 98: apostila contabilidade tributaria  2009

97

Para que a empresa possa optar pelo Lucro Real deve observar as normas das legislações

fiscais e comerciais, mantendo sua escrituração contábil em perfeita ordem e dentro dos Princípios

Contábeis.

Os livros exigidos pela Receita Federal são citados nos artigos 258, 259, 260 e 262 do Decreto

n° 3.000 de 26/03/1999 e são os seguintes:

- Livro Diário; Livro Razão; Livro de Registro de Inventário; Livro de Registro de Entradas;

- Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).

A elaboração das Demonstrações Contábeis através da escrituração contábil, que constarão no

Livro Diário da Empresa, servirão para comprovar os valores devidos ao Imposto de Renda e à

Contribuição Social sobre o lucro líquido.

7.3.1 LUCRO REAL TRIMESTRAL (Decreto 3.000/1999)

No Lucro Real Trimestral os prejuízos de trimestres anteriores só poderão ser compensados até o

limite de 30% do lucro do trimestre atual, podendo ficar sujeito ao pagamento do IR e da CSLL em

determinado trimestre, mesmo havendo prejuízos a compensar em trimestres anteriores. A cada

trimestre existe a obrigação de encerrar o balanço, e os recolhimentos do IRPJ e da CSLL são

considerados definitivos. A opção pelo lucro real trimestral é exercida pelo pagamento da primeira

quota, ou quota única relativa ao primeiro trimestre do ano-calendário

7.3.2 LUCRO REAL ANUAL (Decreto 3.000/1999)

Os pagamentos mensais do IRPJ e da CSLL são calculados por estimativa mensal. Os balancetes

intermediários serão levantados mensalmente a fim de suspender ou reduzir o pagamento mensal do

imposto calculado com base na receita bruta e acréscimos. A opção é manifestada pelo pagamento do

imposto relativo ao mês de janeiro ou ao mês de início das atividades e pela transcrição no Diário do

balanço/balancete, e no LALUR da Demonstração do Lucro ou Prejuízo do período em curso. A base

de cálculo do Imposto de Renda a ser pago mensalmente é o resultado do somatório de um percentual

aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescido de ganhos de capital, demais receitas e resultados

positivos, excetuados os rendimentos ou ganhos tributados como de aplicações financeiras. Os

percentuais aplicáveis sobre a receita bruta variam de acordo com a atividade da pessoa jurídica e

constam do art. 15 da Lei n° 9.249/96:

Page 99: apostila contabilidade tributaria  2009

98

PERCENTUAIS DE ESTIMATIVA APLICÁVEIS SOBRE RECEITA BRUTA - IRPJ ATIVIDADE %

Revenda de mercadorias e produtos; industrialização por encomenda (material fornecido pelo encomendante); prestação de serviços de transporte de carga; prestação de serviços hospitalares; atividade rural; representação comercial por conta própria; loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda; execução de obras da construção civil com emprego de materiais; outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços

8

Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural

1,6

Prestação de serviços de transporte, exceto de carga; Instituições financeiras e equiparadas; prestação de serviços em geral pelas pessoas jurídicas com receita bruta anual até R$ 120.000, exceto serviços hospitalares, de transporte e profissões regulamentadas, escolas, creches

16 Prestação de serviços em geral; prestação de serviços, pelas sociedades civis, , relativos ao exercício de profissões regulamentas; intermediação de negócios (inclusive representação comercial por conta de terceiros e corretagem de seguros, imóveis e outros; administração, locação ou cessão de bens imóveis (exceto a receita de aluguéis, Quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de locação de imóveis; administração de consórcios de qualquer natureza; cessão de direitos de qualquer natureza; construção por administração ou empreitada unicamente de mão de obra; factorig

32

FONTE: ART 223 DECRETO N° 3.000 DE 26/03/1999

O Cálculo do Imposto de Renda é feito à alíquota de 15% sobre a base de cálculo, ou seja, o

lucro real apurado trimestralmente, ou a estimativa. Para o lucro que exceder o limite de R$ 20.000,00

mensais, ou R$ 240.000,00 anuais, calcula-se um adicional de 10%.

O Lucro Real é o Lucro Contábil + Adições – Exclusões/Compensações.

O Lucro Contábil é apurado considerando-se a receita bruta das vendas e serviços, diminuindo-

se as vendas canceladas, os descontos incondicionais e os impostos incidentes sobre as vendas,

chegando-se assim à receita líquida.

Deduzem-se, em seguida, o custo das mercadorias vendidas, dos produtos vendidos, ou dos

serviços prestados, as despesas operacionais (vendas, administrativas, financeiras). Acrescentam-se as

receitas não operacionais e deduzem-se as despesas não operacionais, chegando-se, assim, ao Lucro

Líquido ou Lucro Contábil.

7.3.3 DIFERENÇAS ENTRE O LUCRO REAL TRIMESTRAL E O ANUAL

TRIMESTRAL ANUAL Apuração trimestral Apuração anual Pagamento trimestral do IRPJ e da CSLL Pagamento mensal do IRPJ e da CSLL, por

estimativa ou através do balancete de suspensão/redução.

Encerramento do balanço trimestralmente Balancetes intermediários mensais para suspensão ou redução do imposto

Compensação dos prejuízos limitados a 30% do lucro real de períodos subseqüentes.

Prejuízos são automaticamente absorvidos pelos lucros de outros períodos do mesmo ano-calendário.

Page 100: apostila contabilidade tributaria  2009

99

Prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores – limite de 30% do lucro real do período.

Adicional de 10% sobre a parcela que exceder a R$ 60.000,00

Nos balanços de suspensão/redução e/ou balanço anual não haja incidência do adicional, por ser apurado prejuízo fiscal ou lucro real inferior a R$ 20.000,00 multiplicado pelo número de meses do respectivo período de apuração.

Opção é exercida com o pagamento da primeira quota ou quota única

Opção é manifestada pelo pagamento do imposto relativo ao mês de janeiro e transcrição no Diário e no LALUR do Balanço/balancete e da Demonstração do prejuízo Fiscal relativos ao mês de janeiro do ano-calendário.

LALUR – parte A preenchidos trimestralmente – parte B quando houver prejuízo

LALUR – no mês em que recolhe o Imposto por estimativa não preenche LALUR; No mês em que foi levantado balancete de suspensão/redução preenche a parte A mesmo se não houver Imposto a pagar; No mês em houver prejuízo preenche também a parte B.

7.3.4 ADIÇÕES AO LUCRO LÍQUIDO

- a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;

- multas por autos de infração ou por lançamento de ofício;

- retiradas de dirigentes e de membros do conselho fiscal e de administração que não correspondam a

remuneração mensal e fixa por prestação de serviços;

- remuneração indireta a administradores, quando os beneficiários não forem identificados ou

identificados e não individualizados;

- participações atribuídas a dirigentes;

- participações atribuídas a técnicos estrangeiros;

- excesso de depreciação, amortização ou exaustão;

- despesas não relacionadas com a produção ou comercialização;

- contribuições não compulsórias;

- doações feitas a fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos

das Criança e do Adolescente;

- doações ou patrocínios relativos a projetos aprovados nos termos do art. 18 da Lei 8.313/91, com as

alterações da Lei 9.874/1999.

Page 101: apostila contabilidade tributaria  2009

100

- gastos com alimentação de administradores;

- gastos com alimentação de empregados, cujo fornecimento não seja efetuado indistintamente;

- despesas com brindes;

- provisões, exceto as provisões para férias, para décimo terceiro salário, as provisões técnicas das

companhias de seguros e de capitalização, e as provisões das Entidades de Previdência Privada,

cuja constituição é exigida por lei;

7.3.5 EXCLUSÕES DO LUCRO LÍQUIDO

- resultados não tributáveis de sociedades cooperativas;

- lucros e dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição;

- ganho na avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial

- ganho de capital nas vendas a prazo de bens (reconhece-se apenas a parcela do preço recebido em

cada período de apuração);

- depreciação acelerada incentivada;

- outras exclusões e exclusões não realizadas em exercícios anteriores.

7.3.6 LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL - LALUR

(COAD, Suplemento Estecial – IRPJ 2003)

O Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR tem por finalidade demonstrar os ajustes do

resultado do período através das adições, exclusões ou compensações autorizadas, que servirão para

apuração do Lucro Real.

A determinação da base de cálculo do IRPJ é feita através da escrituração do LALUR, sendo

ele, portanto, peça fundamental para a apuração do Lucro Real. Estão obrigadas a escriturar o LALUR

todas as pessoas jurídicas submetidas ao Lucro Real, ainda que por opção.

O LALUR divide-se em duas partes (Parte A e Parte B) e pode ser utilizado em forma de livro

encadernado ou sistema eletrônico de processamento de dados. Na primeira e na última páginas do

livro devem constar, respectivamente os termos de abertura e de encerramento, que identificam o

contribuinte, especificando a razão social; o número e a data do arquivamento dos atos na Junta

Comercial ou no Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas; o número de registro no Cadastro

das Pessoas Jurídicas (CNPJ). Os termos de Abertura e Encerramento devem ser datados e assinados

pelo diretor, gerente ou titular da pessoa jurídica e por contabilista legalmente habilitado.

Page 102: apostila contabilidade tributaria  2009

101

A legislação tributária admite a escrituração do LALUR mediante a utilização de sistema

eletrônico de processamento de dados, desde que observadas as normas baixadas pela SRF. A exemplo

dos demais livros, os formulários contínuos, após escriturados, devem ser encadernados em forma de

livro, contendo Termo de Abertura e de Encerramento.

O Livro de Apuração do Lucro Real não está sujeito a autenticação ou registro em órgão oficial.

Caso a utilização de uma das partes do LALUR se complete antes do término da outras, as

páginas em branco devem ser canceladas, prosseguindo-se a escrituração, integralmente, no livro

subseqüente.

7.3.6.1 Escrituração da Parte A A parte A destina-se aos lançamentos de Ajuste do Resultado do Período e à transcrição do

Lucro Real, que devem ser realizados, obrigatoriamente, a cada encerramento de período trimestral ou

anual, bem como por ocasião dos balanços/balancetes de redução/suspensão.

Os lançamentos de ajuste devem ser realizados com individualização e clareza, utilizando-se as colunas

a seguir descriminadas:

§ COLUNA DATA: anotar a data dos lançamentos de ajuste ao lucro líquido.

§ COLUNA HISTÓRICO: Descrever os fatos determinantes dos ajustes, indicando a conta ou

sub-conta em que os valores foram registrados e a data em que os lançamentos foram efetuados

nos livros exigidos pela Legislação Comercial. Se o ajuste não for contabilizado na escrituração

comercial, alem de registrar a natureza do mesmo, devem ser indicados os valores sobre os

quais a inclusão ou exclusão foram calculados. A coluna auxiliar é utilizada para o registro de

eventuais parcela integrantes de um mesmo lançamento, cuja soma deve ser transportada para a

coluna de adição ou exclusão.

§ COLUNA ADIÇÕES: utilizada para registro dos valores que devam ser adicionados ao lucro

líquido, para a determinação do Lucro Real. O total lançado nesta coluna, no final de cada

período de apuração, deve coincidir com as adições discriminadas na Demonstração do Lucro

Real.

§ COLUNA EXCLUSÕES: utilizada para registro dos valores permitidos pela legislação

tributária como exclusão do lucro liquido para apuração do Lucro Real. A soma deste coluna,

ao final de cada período de apuração, deve coincidir com o total das exclusões do lucro líquido,

discriminadas na Demonstração do Lucro Real.

Page 103: apostila contabilidade tributaria  2009

102

7.3.6.2 Escrituração Parte B Na parte B do LALUR são controlados os valores que influenciarão na determinação do Lucro

Real de períodos futuros. A escrituração deve ser feita através da utilização de uma folha para cada

conta ou fato que exija controle individualizado, na forma a seguir:

§ COLUNA (1) : anotar a data da efetivação do registro

§ COLUNA (2): descrever os fatos determinantes do ajuste, com todos os elementos

indispensáveis para o controle de cada valor sujeito à apropriação do Lucro Real nos períodos

subseqüentes, de forma a permitir, a qualquer momento, a verificação da exatidão do respectivo

saldo, assim como dos valores debitados ou creditados em cada período de apuração.

§ COLUNAS (3), (4), (5): Utilizadas, até 31.12.1995, para calcular a correção monetária dos

valores que devam ser computados na determinação do Lucro Real de períodos futuros.

§ COLUNA (6): Registrar os débitos dos valores que constituirão adições ao lucro líquido de

períodos futuros, para a determinação do Lucro Real respectivamente. Também é utilizada para

baixa dos saldos credores transportados de períodos anteriores.

§ COLUNA (7): registrar os créditos que constituirão exclusões nos períodos futuros, sendo

também utilizada para baixa dos saldos devedores transportados de ano ou trimestre anterior.

§ COLUNA (8): registrar o saldo das operações de débito e crédito, que representará o valor das

adições ou exclusões, que deverão ajustar o lucro líquido de períodos subseqüentes.

§ COLUNA (9): Indicar por letra maiúscula Devedora (D) ou Credora ©, do saldo constante da

Coluna 8. Desta forma, os saldos que devam ser adicionados ao lucro líquido de períodos

futuros são indicados pela letra “D” e os que devam ser excluídos são indicados pela letra “C”.

7.3.6.3 Valores que devem ser controlados no LALUR

Os valores passiveis de controle devem ser agrupados em folhas distintas na Parte B, segundo a

sua natureza. Dentre outras, devem ser controladas as seguintes contas:

§ Lucro inflacionário diferido até 31.12.95

§ Lucro não realizado decorrente de contrato a longo prazo com empresas públicas

§ Ganhos de capital na participação societária extinta em fusão, incorporação ou cisão

§ Lucro não realizado referente a vendas a longo prazo de bens do Ativo Permanente

§ Prejuízos fiscais operacionais e não operacionais a compensar

7.3.7 Base de Cálculo Negativa da CSLL

Page 104: apostila contabilidade tributaria  2009

103

A base de cálculo negativa da CSLL pode ser compensada com a base de cálculo positiva

apurada em períodos de apuração subseqüentes de tributação com base no Lucro Real trimestral,

limitada a compensação a 30% do resultado do período de apuração subseqüente, ajustado pelas

adições e exclusões. Ficam, porém, impedidas de compensar a base de cálculo0 da CSLL quando:

- Se entre a data da apuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de

seu controle societário e do ramo de atividade;

- Na sucessão por fusão, cisão ou incorporação. Na hipótese de cisão parcial, a PJ cindida poderá

compensar a base de cálculo negativa da CSLL proporcionalmente à parcela remanescente do

patrimônio líquido.

7.3.8 Compensação dos valores pagos por estimativa

Os valores da CSLL pagos durante o ano-calendário com base na receita bruta e acréscimos ou

balanços/balancetes de redução, são considerados antecipações da CSLL efetivamente devida, apurada

no balanço anual em 31 de dezembro. A compensação deverá ser realizada com base nos valores

originalmente pagos.

7.3.9 Deduções da CSLL devida

Para efeito de pagamento, a PJ poderá deduzir da CSLL apurada no trimestre ou ano:

- A CSLL retida por órgão federal, quando do pagamento de valores relativos ao fornecimento de

bens ou serviços

- O valor retido por PJ quando do pagamento de valores correspondentes ao fornecimento de bens ou

serviços

7.3.10 Adições à Base de cálculo da CSLL

As principais adições da CSLL:

§ Despesas não relacionadas com a produção ou comercialização

§ Contribuições não compulsórias , exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde e

benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor de

empregados e dirigentes da PJ

§ Doações feitas aos Fundos controlados pelos Conselhos Municipais. Estaduais e Nacional dos

Direitos da Criança e do Adolescente; bolsas de estudo caracterizadas como doações etc.

§ Gastos com alimentos de sócios, acionistas e administradores;

Page 105: apostila contabilidade tributaria  2009

104

§ Gastos com alimentação de empregados, inclusive cestas básicas, cujo fornecimento não seja

efetuado indistintamente a todos os empregados

§ Despesas com brindes

§ Provisões, exceto as provisões para férias, 13º salário, provisões técnicas das companhias de

seguros e de capitalização.

Exclusões da Base de Cálculo da CSLL

- Lucros e dividendos de investimentos recebidos de outra PJ.

- Resultados não tributáveis de sociedade cooperativas

- Ajuste por aumento no valor de investimentos avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial.

7.3.11 Controle das adições e Exclusões

Na determinação do valor da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de cada período de

apuração9 a PJ utilizará memória de cálculo a ser mantida à disposição do Fisco enquanto não

decorrido o prazo decadencial, podendo utilizar-se, por opção do LALUR.

7.3.12 Compensação de Prejuízos (Revista COAD Suplemento Especial IRPJ 2003)

A soma dos prejuízos fiscais operacionais não poderá exceder o limite de 30% do lucro líquido

do período da compensação, ajustado pelas adições e exclusões.

O valor do prejuízo não operacional a ser compensado em cada período de apuração também

não poderá exceder 30% do lucro líquido somado aos prejuízos de outras atividades, apurado no

período a compensaer.

No período de apuração em que for verificado resultado não operacional positivo, todo o seu

valor poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais não operacionais de períodos anteriores,

ainda que a parcela do lucro real admitida para compensação não seja suficiente ou tenha sido apurado

prejuízo fiscal. Neste caso, quando a parcela dos prejuizos fiscais não operacionais não puder ser

compensada com o lucro real, seja em virtude da limitação de 30% do lucro líquido ajustado ou ter sido

apurado prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo fiscal das demais atividades,

devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte “B” do LALUR.

EXERCÍCIOS

Page 106: apostila contabilidade tributaria  2009

105

1- Com relação à Contribuição Social sobre o Lucro das pessoas jurídicas, pode-se afirmar:

a- o fato gerador é a venda de mercadorias e a prestação de serviços

b- as empresas obrigadas à tributação pelo lucro real não podem recolher a contribuição social com

base em estimativas

c- os lucros, rendimentos e ganhos de capital não estão sujeitos à incidência da contribuição social

d- as pessoas jurídicas com base no lucro real deverão calcular a contribuição social sobre o lucro

contábil antes da provisão para o Imposto de Renda e da Provisão para a Contribuição Social,

ajustados pelas inclusões e exclusões previstas em lei

2- Assinale a alternativa correspondente ao conceito de lucro real:

a- é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos com o Imposto de Renda e

Contribuição Social, restritas aos contribuintes que estão obrigados ao regime de apuração de

tributação com base no estimado;

b- é um recurso utilizado pelas autoridades fiscais, quase sempre como última alternativa, que só deve

ser aplicado quando houver ausência absoluta de confiança na escrituração contábil do contribuinte;

c-é uma opção do contribuinte, quando há falta ou insuficiência de elementos concretos que permitam a

identificação ou verificação da base de cálculo utilizada na tributação pelo lucro presumido;

d- é o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, denominado lucro contábil, ajustado

pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pelas legislação do Imposto de Renda.

3- Assinale a alternativa incorreta, com relação ao conceito de lucro real:

a- a palavra real é usada pelo Código Tributário Nacional em oposição aos termos presumido e

arbitrado, com o principal objetivo de exprimir o que existe de fato, verdadeiro, ou seja, o que não é

presumido ou arbitrado;

b-contabilmente falando, pode-se concluir que o lucro real é aquele realmente apurado pela

contabilidade, com base na completa escrituração contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância

dos princípios fundamentais de contabilidade e demais normas fiscais e comerciais;

c- a legislação, ao introduzir a figura do lucro real, que é uma alternativa de tributação opcional para

algumas pessoas jurídicas, visou facilitar as rotinas burocráticas e administrativas de algumas

organizações, geralmente algumas empresas de menor porte e menor nível de estutura;

d- a apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das rotinas contábeis e tributárias,

para a completa escrituração das atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo

Page 107: apostila contabilidade tributaria  2009

106

dos tributos com o Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro das empresas que não podem

optar pelo lucro presumido;

e-o lucro real é apurado com base na escrituração mercantil das organizações, o que compreende a

adoção de um conjunto de procedimentos corriqueiros no ambiente profissional do contabilista.

4- Pode -se afirmar em relação à tributação pelo lucro real trimestral (pode haver mais de uma

alternativa):

a- as empresas devem basear-se na apuração do estimado sobre as receitas, para o cálculo e pagamento

dos tributos do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o lucro;

b- se a opção for pela apuração do lucro real trimestral, este deve ser determinado em períodos de

apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no

resultado líquido de cada trimestre;

c- não há a necessidade de levantamento das Demonstrações Contábeis, com observância das normas

estabelecidas na legislação comercial e fiscal;

d- o Imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre a

totalidade da base de cálculo, ou seja, 15% do lucro real e mais uma alíquota adicional de 10% sobre a

parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00 – limite trimestral;

e- no caso de início de atividades, o limire trimestral não será propoecional ao número de meses.

5- Assinale a alternativa correta:

a- não poderão ser deduzidos do valor do Imposto de Renda trimestral os incentivos fiscais, dentro dos

limites e condições fixados pela legislação;

b- as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem optar pela apuração do lucro real anual,

alternativamente à apuração em cada trimestre. No entanto, os recolhimentos dos tributos devem ser

efetuados uma vez por trimestre;

c- na opção pelo lucro real, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real devem efetuar os

recolhimentos mensais com base em estimativa. A partir dessa opção, a empresa está obrigasa à

apuração do lucro real anual, não podendo mudar a base de tributação pelo lucro presumido;

d- o Imposto de Renda pago mensalmente pelo critério de estimativa deverá ser calculado so9bre a

receita bruta do contribuinte, que é o somatório dos montantes das vendas de mercadorias ou produtos

e dos serviços prestados, não devendo ser acrescidos os ganhos de capital, demais receitas e resultados

positivos.

Page 108: apostila contabilidade tributaria  2009

107

6- Pode -se afirmar em relação à compensação de prejuízos fiscais ( pode haver mais de uma

alternativa):

a- o montante do prejuízo fiscal que pode ser objeto de compensação com o lucro real anual é aquele

apurado e controladp no Livro de Apuração do Lucro Real;

b- no caso de apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social pelo lucro real trimestral, cada

trimestre é considerado um período dr apuração distinto, sendo que o lucro tributável apurado num

trimestre poderá ser compensado com prejuízos fiscais ou bases negativas de contribuição social sobre

o lucro de trimestres subseqüentes;

c-a compensação está limitada ao máximo de 25% do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões

previstas em lei;

d- conforme o art 35 da Instrução Normativa nº 11/96, não existe prazo de orescrição para a

compensação.

7- Assinale as alternativas corretas:

a- exercicio social é determinado espeço de tempo no final do qual os contribuintes pessoas jurídicas

são obrigados a apurar seus resultados e preparar as demonstrações contábeis, para efeitos comercias,

tributários e societários. O exercício social deve ter a duração de um trimestre, com exceção do

primeiro ano de existência da empresa;

b- a data do término do exercício social deve ser fixada no estatuto ou contrato social da pessoa

jurídica;

c- ano-calendário é o período de 12 meses consecutivos compreendidos de 1º de janeiro a 31 de

dezembro, sendo que a legislação do Imposto de Renda utiliza tal expressão para identificar o ano de

ocorrência do fato gerador da obrigação tributária;

d- período-base trata-se de um conceito utilizado no passado, válido para os contribuintes pessoas

físicas, para se referir ao período anual de 1º de janeiro a 31 de dezembro de obtenção e formação da

renda tributária e dos demais proventos e valores que compunham a declaração de rendimentos. Na

atualidade, foi substituída pela expressão ano-calendário;

e. período-base é a expressão que designa o período de incidência do Imposto de Renda das pessoas

jurídicas, ou seja, o período de apuração da base de cálculo. O período de apuração definitiva do

Imposto de Renda das pessoas jurídicas pode ser:

§ Trimestral, com base lucro real, presumido ou arbitrado;

Page 109: apostila contabilidade tributaria  2009

108

§ Anual, com base no lucro real, no caso de opção pelos pagamentos mensais por estimativas, ou

ainda;

§ Em ocasiões específicas, nos casos de reestruturações societárias - incorporação, fusão ou cisão

de empresas – início ou encerramento de atividades.

8- (I) Quando o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, a que

estiver obrigado, e deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, será

ele tributado obrigatoriamente pelo lucro _____________;

(II) Quando conhecida a receita bruta e desde que ocorridas as hipóteses previstas para o cálculo do

tributo pela modalidade prevista em lei para as hipóteses do enundiado (I), somente

_________________________ poderá calcular o imposto com base naquela modalidade.

As lacunas acima são corretamente preenchidas, respectivamente, com as seguintes expressões:

a- real – o fisco

b- arbitrado – o fisco ou o próprio contribuinte

c- presumido – o próprio contribuinte

d- apurado – o fisco

e- real – o próprio contribuinte

9- Com relação à contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, pode-se afirmar:

a- o fato gerador é a venda de mercadorias e a prestação de serviços;

b- as empresas obrigadas à tributação pelo lucro real não podem recolher a contribuição social com

base em estimativas;

c- os lucros, rendimentos e ganhos de capital não estão sujeitos à incidência da contribuição social;

d- as pessoas jurídicas com base no lucro real deverão calcular a contribuição social sobre o lucro

contábil antes da provisão para o imposto de renda e da provisão para a contribuição social, ajustados

pelas inclusões e exclusões previstas em lei.

10 – Assinale as alternativas corretas, com relação às inclusões e exclusões ao lucro contábil para

a determinação da base de cálculo da contribuição social pelo lucro real:

a- deve ser somado ao lucro contábil o resultado positivo da avaliação de investimentos em

participações societárias avaliadas pela equivalência patrimonial;

Page 110: apostila contabilidade tributaria  2009

109

b- deve ser diminuido do lucro contábil o valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro

real;

c- deve ser diminuído do lucro contábil o valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro

real adicionadas no exercício anterior, que tenham sido baixadas no curso do período-base;

d- deve ser diminuído do lucro contábil o valor dos lucros distribuídos disfarçadamente;

e- devem ser diminuídos do lucro contábil os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados

pelo custo de aquisição que tenham sido registrados como receitas.

11- Assinale as alternativas corretas, com relação ao cálculo da contribuição social:

a- a porcentagem a ser aplicada sobre a receita bruta é de 9%;

b- na apuração da base de cálculo, devem ser adicionados os ganhos de capital, os rendimentos e

ganhos de aplicações financeiras;

c- tantop o ICMS como o ISS podem ser deduzidos das receitas brutas para a obtenção da base de

cálculo;

d- os recolhimentos mensais são antecipações do recolhimento para os cofres públicos, por conta do

total a ser a apurado pela Contabilidade, no encerramento do exercício;

e- as receitas com a prestação de serviços não entram na apuração da base de cálculo.

12- Assinale as alternativas corretas, com relação à compensação da base de cálculo negativa da

contribuição social sobre o lucro:

a- o prejuízo não operacional de um trimestre somente poderá ser compensado, nos trimestres

seguintes, com lucros da mesma natureza;

b- a compensação está limitada ao máximo de 25% do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões

previstas em lei;

c- não existe prazo de prescrição para a compensação;

d- o lucro tributável, depois de ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela

legislação tributária, poderá ser reduzido pela compensação de base de cálculo negativa;

e- para a compensação de base de cálculo negativa de CSLL apurada no mesmo ano-calendário, é

oportuno ressaltar que, no caso de apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social pelo lucro real

trimestral, casa trimestre é considerado um período de apuração distinto, sendo que o lucro tributável,

apurado num trimestre não poderá ser compensado com base de cálculo negativa de contribuição social

Page 111: apostila contabilidade tributaria  2009

110

sobre o lucro de trimestres subseqüentes, com exceção das empresas rurais ou titulares de Programa

Especial de Exportação.

13– Lucro real trimestral

Com base na DRE – Demonstração do Resultado do Exercício do 1º trimestre de 2009, escriturar o

LALUR, calcular os Tributos e apurar o Resultado:

RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de mercadorias no mercado interno Exportações de mercadorias Serviços Prestados no Mercado Interno (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas no mercado interno Desconto incondicionais nas vendas internas ICMs PIS COFINS ISS

320.000,00 38.000,00 56.000,00

5.000,00 7.000,00

(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA (-) Custo das Mercadorias vendidas Estoque Inicial Compras de Mercadorias (-) ICMS s/ compras (-) PIS Fat s/ compras (-) COFINS s/compras (-) Estoque Final

___________ 480.000,00 260.000,00

496.000,00 (-) Custo dos Serviços Prestados Ordenados e Salários INSS FGTS Provisão p/ férias Provisão p/13º Salário

__________ 14.000,00

(=) LUCRO BRUTO PERACIONAL (-) Despesas com vendas Ordenados, Salários e Comissões s/Vendas INSS FGTS Provisão p/ Férias Provisão p/ 13º Salário Provisão p/devedores Duvidosos Fretes s/Entregas das vendas Seguros de bens do Dpto.Comercial Manutenção de bens do Dpto. Comercial Propaganda e Publicidade pagos no exercício Brindes Cesta básica a todos os funcionários

_________ 12.000,00

6.200,00 6.000,00 8.600,00 2.800,00 3.460,00 4.600,00

(-) Despesas administrativas ________

Page 112: apostila contabilidade tributaria  2009

111

Pró-Labore Ordenados e Salários Honorários Profissionais INSS FGTS Provisão p/13º salário Provisão p/ Férias Material de Expediente e Escritório Viagens e Estadas da administração Gratificação a dirigentes

8.400,00 10.800,00

4.900,00

2.800,00 5.400,00

10.000,00 (-) Despesas Financeiras Juros Passivos Descontos Concedidos

__________ 2.300,00 4.800,00

(+) Receitas Financeiras Juros Recebidos Descontos recebidos Rendimentos s/ Aplicações Financeiras

_________ 6.700,00 6.900,00

14.900,00 (+) Outras Receitas Receitas de Alugueis

__________ 12.000,00

(-) Despesas Tributárias Impostos e taxas Municipais Multas de trânsito Multas por infração fiscal Multas por atraso no pagamentos tributos

________ 4.200,00 2.300,00 4.600,00 3.900,00

(=) RESULTADO OPERACIONAL LIQUIDO (+) Receitas Não Operacionais Dividendos Recebidos Lucro na venda de bens do permanente

_________ 12.000,00 35.000,00

(=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DO IR (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/Imposto de Renda

(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO

Informações relevantes:

1. Prejuízo fiscal escriturado na parte B do LALUR rf 2008 R$ 220.000,00

Page 113: apostila contabilidade tributaria  2009

112

14– Lucro real trimestral

A empresa RODA & CIA LTDA, encerrou o 2º trimestre de de 2008, apresentando os seguintes dados

relevantes:

RECEITA BRUTA 424.374,00

(-) Deduções e Abatimentos 15.800,00

(=) Receita Líquida 408.574,00

(-) Custo Mercadorias vendidas 229.800,00

(=) Lucro Bruto Operacional 178.774,00

(-) Despesas Operacionais 217.548,00

(=) Prejuizo Operacional 38.774,00

(+) Receitas Não Operacionais 10.000.00

(=) Prejuizo antes do IR e da CSLL 28.774,00

Informações relevantes

1- Saldo Prejuízo fiscal apurado até o 1º trim 2008 – cfe parte B do LALUR ........... R$ 148.000,00

2- Multas por infrações de trânsito lançadas na fl 28 Livro diário nº 3 R$ 48.155,00

3- Gratificações aos dirigentes lançadas na fl 58 Livro diário nº 3 R$ 92.101,00

4- Despesas com brindes ao clientes lançadas na fl 59 Livro diário nº 3 R$ 36.317,00

5- Perda na avaliação de investimentos na empresa B lançadas na fl 68 Livro diário nº 3 R$ 63.785,00

Pede-se:

Escritutar o LALUR do periodo.

Page 114: apostila contabilidade tributaria  2009

113

15 – Lucro Real Trimestral (continuação do anterior)

Escriturar o LALUR e determinar o LUCRO REAL e calcular o IR e a CSLL da empresa RODA &

CIA LTDA, tomando-se por base os seguintes dados:

Lucro líquido do 3º trimestre de 2008 R$ 204.544,00

Saldo de prejuízos fiscais do 2º trim 2009, cfe folha 30 da parte B do LALUR

Multas por infrações fiscais – fl. 115 livro diário nº 3 R$ 14.327,00

Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial fl.120 livro 3 R$ 20.424,00

Gratificações aos diretores – fl 145 Livro 3 R$ 14.888,00

Manutenção e reparo de bens imóveis, não destinados a manutenção

das atividades da empresa – fl 150 Livro Diário nº 3

R$ 4.678,00

16– Lucro Real Trimestral

Escriturar o LALUR e determinar o LUCRO REAL e calcular o IR e a CSLL da empresa RODA &

CIA LTDA, tomando-se por base os seguintes dados:

Lucro líquido do 4º trimestre de 2008 R$ 544.544,00

Saldo de prejuízos fiscais do 3º trim 200, cfe folha 30 da parte B do LALUR

multa de trânsito R$ 4.680,00

multa p/infração fiscal R$ 17.887,00

Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência Patrimonial – com base no

patrimônio líquido (Empresa A) .

R$ 54.424,00

Gratificação aos diretores R$ 22.464,00

Perdas na avaliação de investimento por equivalência patrimonial R$ 66.318,00

Page 115: apostila contabilidade tributaria  2009

114

17- Lucro Real anual - Empresa Comercial Ltda. tributada pelo Lucro Real anual obteve no 1º

trimestre de 2009 os seguintes resultados:

Contas de resultado janeiro fevereiro março 1 -Receitas Operacionais 191.100,00 213.150,00 271.950,00 2- (-)custos e despesas operacionais 213.150,00 145.600,00 235.200,00 3- (=) Resultado (22.050,00) 67.550,00 36.750,00 Ajustes para determinação do Lucro Real: 1- ADIÇÕES Gratificações aos dirigentes em janeiro R$ 9.217,60 2- EXCLUSÕES Ganhos na avaliação de investimentos R$ 10.752,00 1- Cálculos com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA Mês/Ano Receita bruta Base cálculo

IRPJ IRPJ Base cálculo

CSLL CSLL

Janeiro Fevereiro março total 2- Cálculos com base nos balanços mensais IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA

janeiro Fevereiro Março Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – CSLL Janeiro Fevereiro Março

Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real CSLL (-) antecipação (=) a recolher 3- COMPARAÇÃO DOS VALORES ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL TOTAIS

Page 116: apostila contabilidade tributaria  2009

115

18 - Empresa com atividade industrial , tributada pelo LUCRO REAL anual, obteve no 1º

trimestre de 2009 os seguintes resultados:

Contas de resultado janeiro fevereiro Março 1 -Receitas Operacionais 250.000,00 320.000,00 300.000,00 2- (-)custos e despesas operacionais 120.000,00 310.000,00 260.000,00 3- (=) Resultado 130.000,00 10.000,00 40.000,00 Ajustes para determinação do Lucro Real: 1- ADIÇÕES Brindes distribuídos aos clientes em março R$ 10.000,00 2- EXCLUSÕES Ganhos na avaliação de investimentos no mês de fevereiro R$ 30.000,00 1- Cálculos com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA Mês/Ano Receita bruta Base cálculo

IRPJ IRPJ Base cálculo

CSLL CSLL

Janeiro Fevereiro Março Total 2- Cálculos com base nos BALANÇOS MENSAIS

IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA Janeiro fevereiro Março

Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) valor a recolher

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – CSLL Janeiro fevereiro Março

Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real CSLL (-) antecipação (=) a recolher

3-COMPARAÇÃO DOS VALORES ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL TOTAIS

Page 117: apostila contabilidade tributaria  2009

116

19- Empresa do ramo industrial e comercial, optante do LUCRO REAL anual, obteve os

seguintes resultados no 2º trimestre/2009:

Contas de resultado Até Março abril maio junho

1 -Receitas Operacionais 222.000,00 187.000,00 158.780,00

2- (-)custos e despesas operacionais 223.120,00 178.150,00 139.630,00

3- (=) Resultado 42.600,00

Imposto de renda recolhido até 31/03/2009: CSLL recolhida até 31/03/2009:

Ajustes para determinação do Lucro Real:

1- ADIÇÕES 2- EXCLUSÕES

Multas de transito pagas em fevereiro R$ 7.228,00 Ganhos na avaliação de investimentos em janeiro

R$ 20.500,00

1- Cálculos com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA

Mês/Ano Receita bruta Base cálculo

IRPJ

IRPJ Base cálculo

CSLL

CSLL

abril

maio

junho

total 2- Cálculos com base nos balanços mensais

IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA Meses abril maio junho

Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO – CSLL MESES abril maio junho

Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real CSLL (-) antecipação (=) a recolher

Page 118: apostila contabilidade tributaria  2009

117

3-COMPARAÇÃO DOS VALORES ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL TOTAIS

20. Empresa Comercial Ltda. tributada pelo Lucro Real anual obteve no ano-calendário de 2008

o seguinte resultado:

Contas de resultado janeiro fevereiro Março 1 -Receitas Operacionais 191.100,00 213.150,00 271.950,00 2- (-)custos e despesas operacionais 213.150,00 145.600,00 235.200,00 3- (=) Resultado (22.050,00) 67.550,00 36.750,00 Contas de resultado abril Maio Junho 1 -Receitas Operacionais 250.000,00 320.000,00 300.000,00 2- (-)custos e despesas operacionais 120.000,00 310.000,00 260.000,00 3- (=) Resultado 130.000,00 10.000,00 40.000,00 Contas de resultado julho Agosto Setembro 1 -Receitas Operacionais 222.000,00 187.000,00 158.780,00 2- (-)custos e despesas operacionais 223.120,00 178.150,00 139.630,00 3- (=) Resultado (1.120,00) 8.850,00 19.150,00 Contas de resultado outubro novembro Dezembro 1 -Receitas Operacionais 195.800,00 242.200,00 168.870,00 2- (-)custos e despesas operacionais 184.300,00 212.000,00 170.420,00 3- (=) Resultado 11.500,00 30.200,00 (1.550,00) Ajustes para determinação do Lucro Real: 1- ADIÇÕES: Gratificações aos dirigentes em janeiro .................... 9.217,60 Brindes no mês de março .......................................... 10.000,00 Multas de trânsito em outubro .................................. 7.228,00 2- EXCLUSÕES Ganhos na avaliação de investimentos em janeiro .. 10.752,00 Ganhos na avaliação de investimentos em junho... 20.800,00

Page 119: apostila contabilidade tributaria  2009

118

1- Cálculo com base na Receita Operacional - ESTIMATIVA Mês/Ano Receita bruta Base cálculo IRPJ IRPJ Base cálculo CSLL CSLL Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Totais 2- Cálculos Com Base Dos Balanços Mensais De Suspensão/Redução - Imposto De Renda – Pessoa Jurídica

Meses janeiro fevereiro Março Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher

Meses abril maio junho Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher

Meses julho agosto Setembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher

Meses outubro novembro Dezembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) Lucro Real IRPJ (-) antecipação (=) a recolher

Page 120: apostila contabilidade tributaria  2009

119

3.Cálculos Com Base Dos Balanços Mensais de Suspensão/Redução - CSLL Meses janeiro fevereiro Março

Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher

Meses abril maio Junho Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher

Meses julho agosto setembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher

Meses Outubro novembro dezembro Resultado consolidado (+) adições (-) Exclusões (=) base de cálculo CSLL (-) antecipação (=) a recolher 4- Comparação Dos Valores A Recolher

RECEITA BRUTA BALANÇOS MENSAIS Meses IRPJ CSLL IRPJ CSLL Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAIS

Page 121: apostila contabilidade tributaria  2009

120

7.4 Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e

Empresas de Pequeno

Considera-se Microempresa a pessoa jurídica cuja receita bruta, no ano-calendário, for igual ou

inferior a R$ 240.000,00 e a Empresa de Pequeno Porte aquela cuja receita bruta for superior a R$

240.000,00 e inferior a R$ 2.400.000,00 (Projeto de Lei Complementar 123).

7.4.1 Unificação dos Tributos

- Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ;

- Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidos

Público - PIS/PASEP;

- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;

- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

- Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI;

- Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica (parte empresa do INSS,

contribuição para terceiros, seguro de acidente de trabalho);

- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS;

- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza -ISS

7.4.2 Tributos Excluídos do SIMPLES:

- Imposto sobre Operações de Crédito, Cambio e Seguro, ou relativas a Títulos e Valores

Mobiliários – IOF;

- Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros - II;

- Imposto sobre Exportação de Produtos Nacionais ou Nacionalizados – IIE;

- Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa pessoas físicas –

IRRF;

- Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras

de renda fixa ou variável;

- Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo

permanente;

- Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR;

- Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira – CPMF;

- Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS;

Page 122: apostila contabilidade tributaria  2009

121

- Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresario, na qualidade de

contribuinte individual, carcaterizado como microempresa (INSS),

- Contribuição para o PIS/Pasep, COFINS e IPI incidentes na importação de bens e serviços;

- ICMS devido:

a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;

b) na entrada do território do estado ou Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e

combustiveis liquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinadaos

à comercialização ou industrialização;

c) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

d) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal

f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal entre outras.

§ ISS devido:

a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte;

b) na importação de servisços;

§ Contribuição sindical patronaç

§ As ME e EPP ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União.

7.4.3 Vedações ao SIMPLES

§ na condição de Microempresa, se a receita bruta for superior a R$ 240.000,00 anuais;

§ na condição de Empresa de Pequeno Porte, se a receita bruta for superior a R$ 2.400.000,00;

§ constituída sob a forma de sociedade por ações;

§ banco comercial, de investimento, desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de crédito,

financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, sociedade corretora de títulos,

valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresa de

arrendamento mercantil, cooperativa de crédito, empresas de seguros privados e de

capitalização e entidades de previdência privada aberta;

§ que explore atividade de prestação cumulativa e continua de prestação de serviços de assessoria

creditícia, gestão de crédito, (factoring);

§ de cujo capital participe outra pessoa juridica;

§ que tenha sócio domiciliado no exterior;

§ filial, sucursal, agência de representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior;

§ de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual

ou municipal;

Page 123: apostila contabilidade tributaria  2009

122

§ que preste serviço de comunicação;

§ que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ou com as Fazendas

Públicas Federal, Estaadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

§ que que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;

§ que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadaora de energia elétrica;

§ que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;

§ que exerça atividade de importação de combustiveis;

§ que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas,

bem como de outro produtos tributados pelo IPI com alíquota superior a 20%;

§ que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes de exercicio de atividade

intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua

profissão regulamentada ou não, bem com o preste serviços de instrutor, de corretor, de

despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios;

§ que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

§ que realize atividade de consultoria;

§ que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;

§ de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra

empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta lei complementar, desde

que a receita bruta global ultrapasse o limite estipulado

§ cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada por

esta lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite;

§ cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado, de outra pessoa jurídica com fins

lucratiuvos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite;

§ constituídas sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

§ resultante ou remanscente de cisão ou qualquer forma de desmembramento de pessoa jurídica

que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores;

7.4.4 Atividades enquadradas no SIMPLES

I. creche, pré-escola e estabelecimento de enssino fundamental;

II. agencia terceurizada de correios;

III. agência de viagem e turismo;

IV. centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de

passageiros e de carga;

Page 124: apostila contabilidade tributaria  2009

123

V. agencia lotérica;

VI. serviços de manutenção e reparação de automóveis, vaminhões, ônibus, veículos pesados,

tartores, máquinas, equipamentos agrícolas;

VII. serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores;

VIII. serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas;

IX. serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e informática;

X. serviços de reparos hidráulicos. Elétricos, pintura e carpintaria em residências ou

estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e reparação de aparelhos

eletrodomésticos;

XI. serviços de instalação e manutenção de aparelhos de ar condicionado, refrigeração,

ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados;

XII. veículos de comunicação, de radiodifusãoi sonora e de sons e imagens, e mídea externa;

XIII. que se dedique à construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma

de empreitada;

XIV. operadores autônomos de transporte de passageiros;

XV. empresas montadoras de stands para feiras;

XVI. escolas livres, de linguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais;

XVII. produção cultural e artistica;

XVIII. produção cinematográfica e de artes cênicas;

XIX. cunulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;

XX. academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;

XXI. academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;

XXII. decoração e paisagismo;

XXIII. elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que

desenvolvidos em estabelecimento do optante;

XXIV. licenciamento ou sessão de direito de uso de programa de computação;

XXV. planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que

realizaados em estabelecimento do optante;

XXVI. escritórios de serviços contábeis;

XXVII. serviços de vigilância, limpesa e conservação.

Page 125: apostila contabilidade tributaria  2009

124

Tabela - Partilha do Simples Nacional – Comércio

Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS ICMS ICMS Até 120.000,00 2,75% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 0,00% 0,00% 0,00% De 120.000,01 a 240.000,00 3,61% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 0,00% 0,00% 0,00% De 240.000,01 a 360.000,00 4,51% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 0,00% 0,00% 0,00% De 360.000,01 a 480.000,00 5,65% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 0,67% 73,96% 2,56% De 480.000,01 a 600.000,00 6,09% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 1,07% 58,66% 2,58% De 600.000,01 a 720.000,00 6,79% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 1,33% 52,72% 2,82% De 720.000,01 a 840.000,00 7,04% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 1,52% 46,34% 2,84% De 840.000,01 a 960.000,00 7,41% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 1,83% 36,12% 2,87% De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 2,07% 32,44% 3,07% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 8,29% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 2,27% 26,88% 3,10% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 8,99% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 2,42% 28,28% 3,38% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 9,19% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 2,56% 25,06% 3,41% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 9,35% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 2,67% 22,71% 3,45% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 9,51% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 2,76% 20,63% 3,48% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 9,65% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 2,84% 18,96% 3,51% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 10,33% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 2,92% 23,65% 3,82% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 10,53% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,06% 20,55% 3,85% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 10,73% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,19% 17,91% 3,88% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 10,90% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,30% 15,65% 3,91% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,06% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,40% 13,92% 3,95%

Page 126: apostila contabilidade tributaria  2009

125

TABELA - Partilha do Simples Nacional – Indústria

Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS IPI ICMS PERC.REDU ICMS Até 120.000,00 3,25% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 0,50% 0,00% 0,00% 0,00% De 120.000,01 a 240.000,00 4,11% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 0,50% 0,00% 0,00% 0,00% De 240.000,01 a 360.000,00 5,01% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 0,50% 0,00% 0,00% 0,00% De 360.000,01 a 480.000,00 6,15% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 0,50% 0,67% 73,96% 2,56% De 480.000,01 a 600.000,00 6,59% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 0,50% 1,07% 58,66% 2,58% De 600.000,01 a 720.000,00 7,29% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 0,50% 1,33% 52,72% 2,82% De 720.000,01 a 840.000,00 7,54% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 0,50% 1,52% 46,34% 2,84% De 840.000,01 a 960.000,00 7,91% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 0,50% 1,83% 36,12% 2,87% De 960.000,01 a 1.080.000,00 8,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 0,50% 2,07% 32,44% 3,07% De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 8,79% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 0,50% 2,27% 26,88% 3,10% De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,49% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 0,50% 2,42% 28,28% 3,38% De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 9,69% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 0,50% 2,56% 25,06% 3,41% De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 9,85% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 0,50% 2,67% 22,71% 3,45% De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,01% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 0,50% 2,76% 20,63% 3,48% De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,15% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 0,50% 2,84% 18,96% 3,51% De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 10,83% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 0,50% 2,92% 23,65% 3,82% De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,03% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 0,50% 3,06% 20,55% 3,85% De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,23% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 0,50% 3,19% 17,91% 3,88% De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,40% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 0,50% 3,30% 15,65% 3,91% De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,56% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 0,50% 3,40% 13,92% 3,95%

Page 127: apostila contabilidade tributaria  2009

126

Tabela - Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de Bens Móveis

Seção II – Receitas decorrentes da prestação dos serviços previstos nos incisos I a XII do § 3º do art. 12 da Resolução CGSN no 4, de 30 de maio de 2007

Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS ISS

Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00%

De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79%

De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

Page 128: apostila contabilidade tributaria  2009

127

EXERCICIOS

01 SIMPLES - Empresa JJ E CIA LTDA. optante do SIMPLES, obteve o seguinte faturamento no mês de

Janeiro/2009:

a) Vendas de produtos R$ 15.200,00

b) Vendas de mercadorias R$ 32.000,00 R$ 47.200,00

Receita bruta acumulada de janeiro/2008 a dezembro/2008 R$ 492.860,00

CALCULAR O VALOR DO SIMPLES A RECOLHER, BEM COMO EFETUAR A DISTRIBUIÇÃO DOS

VALORES POR TRIBUTOS :

TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO

IRPJ

CSLL

P I S

COFINS

INSS

I P I

ICMS

TOTAL

002 – SIMPLES A empresa Boa Sorte Nunca é Demais Ltda, no mês de agosto/2009 estava com o faturamento

acumulado (últimos 12 meses) em R$ 852.315,00, No mês de Setembro faturou apenas:

a) Vendas de mercadorias mercado interno R$ 42,413,00

b) Vendas a mercadorias mercado externo R$ 32.320,00 R$ 74.733,00

CALCULAR O VALOR DO SIMPLES A RECOLHER, BEM COMO EFETUAR A DISTRIBUIÇÃO DOS

VALORES POR TRIBUTOS:

TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO

IRPJ

CSLL

P I S

COFINS

INSS

I P I

ICMS

TOTAL

Page 129: apostila contabilidade tributaria  2009

128

03 – SIMPLES

Empresa industrial, contribuinte do IPI, optante do SIMPLES na categoria de EPP, obteve em

setembro/2009 o seguinte faturamento:

a) Vendas produtos industrializados mercado interno R$ 142.422,00

b) Vendas de produtos industrializados mercado externo R$ 32.223,00 R$ 174.645,00

Receita Bruta acumulada de setembro/2008 a agosto/2009: R$ 1.836.000,00

CALCULAR O VALOR DO SIMPLES A RECOLHER, BEM COMO EFETUAR A DISTRIBUIÇÃO DOS

VALORES POR TRIBUTOS E FAZER O LANÇAMENTO CONTÁBIL

TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO

IRPJ

CSLL

P I S

COFINS

INSS

I P I

ICMS

TOTAL

04 – SIMPLES Empresa industrial e de serviços, contribuinte do IPI, optante do SIMPLES na categoria de EPP,

obteve em JULHO/2009 o seguinte faturamento:

a) Vendas de produtos industrializados R$ 66.444,00

b) Prestação de serviços R$ 44.160,00

c) Lucro na venda de Imobilizado R$ 22.222,00

TOTAL DO FATURAMENTO DE JULHO R$ 132.826,00

Page 130: apostila contabilidade tributaria  2009

129

Calcular o valor do simples a recolher, bem como efetuar a distribuição dos valores por tributos,

considerado que a receita bruta acumulada de Julho/2008 a junho/2009 foi de R$ 820.340,00

TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO

IRPJ

CSLL

P I S

COFINS

INSS

I P I

ICMS

ISS

TOTAL

05. SIMPLES Empresa industrial, comercial e prestadora de serviços, contribuinte do IPI, optante do SIMPLES ,

obteve em JULHO/2008 o seguinte faturamento:

a) Vendas de produtos industrializados R$ 56.444,00

b) venda de mercadorias R$ 18.200,00

b) Prestação de serviços R$ 24.160,00

c) Lucro na venda de Imobilizado R$ 38.200,00

TOTAL DO FATURAMENTO DE JULHO R$

Calcular o valor do simples a recolher, bem como efetuar a distribuição dos valores por tributos,

considerado que a receita bruta acumulada de Julho/2007 a junho/2008 foi de R$ 820.340,00

Page 131: apostila contabilidade tributaria  2009

130

TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO

IRPJ

CSLL

P I S

COFINS

INSS

I P I

ICMS

ISS

TOTAL

8. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO DAS EMPRESAS

CONCEITO

Planejamento trinutário é o processo de escolha de ação ou omissão lícita, não simulada,

anterior à ocorrência do fato gerador, que vise, direta ou indiretamente, economia de tributos (Cândido

H.Campos, 1985, pág.19).

FUNDAMENTAÇÃO

O planejamento tributário é um processo de escolha porque pressupõe necessariamente a

existência e a análise dos efeitos fiscais de duas ou mais alterantivas possíveis. Todavia, sempre se

materializa através de uma ação ou omissão do sujeito passivo da obrigação tributária, que impede ou

retarda a ocorrência futura do fato gerador, ou reduz os seus efeitos econômicos. Tal ação ou omissão

tem, obrigatoriamente, que ser lícita, ou seja, prevista ou não proibida por lei, e não simulada, ou seja,

em que forma jurídica adotada corresponda à efetiva intenção das partes. No Brasil, não é considerado

ilícito um ato jurídico praticado unicamente com fins de economia tributária.

Page 132: apostila contabilidade tributaria  2009

131

É fundamental que a ação ou omissão de Planejamento Tributário seja praticado e formalizado

ANTES DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR, pois toda ação ou omissão praticada e

formalizada DEPOIS da ocorrência do FATO GERADOR, que objetive impedir ou retardar a

ocorrência do fato gerador, ou reduzir os seus efeitos econômicos, é considerada fraude, por implicar

sonegação fiscal.

8.1 ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO

8.1.1 ELISÃO FISCAL (Oliveira, 2005)

A elisão fiscal visa uma economia de tributos de forma lícita e é desenvolvida pelo

planejamento tributário, executando-o em conformidade com os sistemas legais que possibilitam a

redução de tributos ou alíquotas.

A elisão fiscal, ou planejamento tributário, é todo procedimento lícito realizado pelo

contribuinte antes da ocorrência do fato gerador com o objetivo de eliminar ou postergar a obrigação

tributária ou reduzir o montante devido.

Portanto, a elisão fiscal representa um conjunto de sistemas legais com o objetivo de reduzir,

postergar ou até mesmo eliminar o recolhimento de tributos, pois o contribuinte tem o direito de

estruturar seu negócio da melhor maneira, procurando reduzir seus custos empresariais. Se a forma

adotada é licita, cabe à fazenda pública respeita-la.

8.1.2 ELUSÃO TRIBUTÁRIA (Oliveira, 2005)

É o fenômeno pelo qual o contribuinte, mediante a organização planejada de atos lícitos, mas

simulados ou com fraude à lei, tenta evitar a incidência tributária, ou enquadrar-se em regime fiscal

mais favorável ou obter alguma vantagem fiscal específica.

Na elusão, o contribuinte procura evitar a ocorrência do fato gerador ou colocá-lo de forma

menos onerosa, assumindo o risco pelo resultado e usando meios atípicos.

8.1.3 EVASÃO FISCAL (Oliveira, 2005)

A evasão fiscal é toda e qualquer ação ou omissão para reduzir ou retardar o cumprimento da

obrigação tributária. É a fuga do cumprimento da obrigação tributária já existente, a tentativa de sua

eliminação por forma ilícita.

A evasão ocorre quando o contribuinte não transfere ou deixa de pagar integralmente ao Fisco

uma parcela a título de tributo, considerada devida por força ou determinação legal.

Page 133: apostila contabilidade tributaria  2009

132

8.2 Remuneração a Sócios

8.2.1 Distribuição de Lucros

A empresa poderá distribuir lucros sem tributação, desde que obedeça ao limite de isenção, ou

seja, a parcela dos lucros que excederem o valor da base de cálculo do imposto com base no lucro

presumido ou arbitrado, diminuída de todos os impostos e contribuições federais (IRPJ, CSLL, PIS e

COFINS) a que a pessoa jurídica estiver sujeita (Oliveira, 2005)

Contudo, o RIR permite que os lucros apurados contabilmente a partir de1º de janeiro de 1996 e

distribuído aos sócios ou acionistas, por empresas tributadas pelo Lucro Real, presumido ou arbitrado,

não estarão sujeitas à incidência do IRRF (Oliveira, 2005).

Portanto, a escrituração contábil justifica o procedimento pela economia obtida do IRRF aos

sócios. No entanto, se o lucro líquido apurado for inferior ao valor determinado, prevalecerá a isenção

sobre a distribuição do lucro presumido líquido do imposto e das contribuições devidas.

8.2.2 Juros sobre Capital Próprio

O RIR/99 instituiu os juros sobre o capital próprio: “ Art 347. A Pessoa Jurídica poderá deduzir,

para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular,

sócio ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas co

patrimônio líquido e limitados à variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP.”

“Art 347 do RIR/99, Par. 1º: O efetivo pagamento ou crédito de juros fica condicionado à

existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de

lucros. O limite dos juros para fins de dedutibilidade do IRPJ e da CSLL será de 50% do lucro líquido

correspondente ao período-base de seu pagamento ou crédito, antes da dedução da provisão para o

imposto de renda e da dedução dos próprios juros ou dos saldos de lucros acumulados de períodos

anteriores – o que for maior.”

O valor dos juros pagos ou creditados, a título de remuneração do capital próprio, sofrerá a

retenção do IRRF à alíquota de 15% sobre o valor respectivo na data do pagamento ou crédito.

A reserva de reavaliação não deve compor a base de cálculo enquanto não for realizada, ou seja,

enquanto não for adicionada na determinação do lucro real e da contribuição social.

8.3 Ganhos de Capital

“A diferença entre o valor de venda de bens do Ativo Permanente e seu respectivo custo

contábil corresponde ao ganho de capital, que deverá ser apurado pela empresa, independente de seu

regime de tributação (Real, Presumido, Arbitrado ou SIMPLES”. (Oliveira.2005, pg. 197)

Page 134: apostila contabilidade tributaria  2009

133

Nas vendas do Ativo Permanente para receber o preço, no todo ou em parte, o contribuinte

poderá , para determinar o Lucro Real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida

em cada período de apuração, após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação (art.421 do

RIR).

Caso o contribuinte tenha reconhecido o lucro na escrituração comercial no período de apuração

em que ocorreu a venda, os ajustes e o controle do lucro na proporção da parcela do preço recebida em

cada período de apuração serão registrados no LALUR.

8.4 Retenção na Fonte do IRPJ CSLL, PIS e COFINS

Para Oliveira (2005), os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoa jurídicas de

direito privado estão sujeitos à retenção na fonte da CSLL, COFINS e PIS, pela prestação dos seguintes

serviços:

§ Limpeza, conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de

mão-de-obra, que já se sujeitavam à retenção do IRRF à alíquota de 1,0% antes de 01/02/2004

§ Assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de

contas a pagar e a receber, que a partir de 01/02/2004 estão sujeitos à retenção do IRRF à

alíquota de 1,5%;

§ Remuneração de serviços caracterizadamente de natureza profissional que já se sujeitavam à

retenção de IRRF à alíquota de 1,5% antes de 01/01/2004 (parágrafo 1º do art 647 IRI/2004).

Os pagamentos efetuados pela prestação dos serviços acima estão sujeitos à retenção na fonte

de 4,65%, correspondente à soma das seguintes alíquotas:

§ 1,0 % CSLL

§ 3,0% COFINS

§ 0,65% PIS

Os serviços abaixo, além da retenção na fonte da CSLL, COFINS e PIS também estão sujeitos

ao desconto do IRRF à alíquota de 1,5%:

§ medicina prestados por ambulatório, banco de sangue, casa e clínica de saúde, casa de

recuperação e repouso sob orientação médica, hospitalar e pronto-socorro;

§ engenharia de construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas e

§ publicidade e propaganda.

Além das pessoas jurídicas que efetuarem pagamentos ou créditos a outras pessoas jurídicas, a

retenção é aplicada inclusive aos pagamentos efetuados por:

Page 135: apostila contabilidade tributaria  2009

134

§ associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e

serviços sociais autônomos;

§ sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas

§ fundações de direito privado e

§ condomínios de moradores

Para efeito de planejamento tributário, os valores retidos do IR, da CSLL. COFINS e PIS serão

considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, podendo ser

compensados com o imposto e as contribuições da mesma espécie.

As pessoas jurídicas optantes do SIMPLES não sofrerão nem estão obrigadas a efetuar a

retenção das contribuições. Também estão dispensadas de retenção as PJ que efetuarem o pagamento

de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00. Contudo, se estiver registrado no mesmo mês mais de um

pagamento a uma mesma pessoa jurídica, a cada pagamento deverá ser efetuada a soma de todos os

valores já pagãos naquele mês para determinar a dispensa da retenção (Oliveira, 2005).

8.5 Contratos de Longo Prazo

De acordo com o art 407 do RIR/2004, na apuração do resultado de contratos, com prazo

superior a um ano, de construção por empreitada ou por fornecimento, a preço predeterminado, de bens

ou serviços a serem produzidos, serão computados em cada período de apuração (Oliveira, 2005):

1. Custo de construção ou de produção dos bens ou serviços incorridos durante o período de

apuração;

2. parte do preço total da empreitada, ou dos bens ou serviços a serem fornecidos, determinada

mediante aplicação, sobre o preço total da porcentagem do contrato ou da produção executada

no período de apuração.

Portanto, poderá ser excluída do lucro do período de apuração. Para efeito de determinar o lucro

real, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento computado no resultado do período de apuração,

proporcionalmente à receita dessas operações consideradas nesse resultado e não recebida até a data do

balanço de encerramento do período. A parcela excluída deverá ser computada na determinação do

lucro real do período de apuração em que a receita for recebida (Oliveira, 2005).

8.6 Faturamento para Entrega Futura

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real devem apurar o seu resultado no período

mediante o regime de competência, segundo o qual as receitas serão computadas independentemente de

Page 136: apostila contabilidade tributaria  2009

135

sua realização em moeda e os custos e despesas, pagos ou incorridos, no mesmo período em que

corresponderem essas receitas. Assim, as receitas provenientes da venda a prazo de mercadorias,

produtos ou serviços serão reconhecidas no momento de sua realização, independentemente do efetivo

pagamento (Oliveira, 2005).

No caso de venda para entrega futura, o reconhecimento da receita da venda e de seu respectivo

custo será no momento da entrega do bem, e não enquanto este permanecer em poder da empresa ou

estiver sendo produzido.

8.7 Depreciação

A maioria das empresas brasileiras adota como taxas anuais de depreciação de seu imobilizado

aquelas admitidas pelo Regulamento do Imposto de Renda, como de uso normal em um turno de oito

horas diárias (Oliveira, 2005).

Entretanto, para itens do imobilizado com excessivo desgaste ou rápida obsolência, o

contribuinte pode solicitar ao Instituto Nacional de Tecnologia (INT), ou outra entidade oficial

especializada, o laudo para adoção de taxas de depreciação, adequadas às condições de utilização dos

bens, diferentes das divulgadas pela SRF. As máquinas e equipamentos são depreciados à taxa de 10%

anuais, entretanto, se tiverem vida útil de cinco anos, segundo o laudo do ITN, a taxa dobrará para 20%

anuais, permitindo uma redução tributária pela maior contabilização das despesas de depreciação às

empresas optantes pelo Lucro Real (Oliveira, 2005).

Além da utilização de laudos, o RIR permite que se contabilize os efeitos de turnos superiores

ao normal na vida útil dos bens móveis (depreciação acelerada). Por esse critério, tais bens serão

depreciados em função do número de horas diárias de operação, empregado-se os coeficientes:

§ um turno de oito horas 1,0;

§ dois turnos de oito horas 1,5;

§ três turnos de oito horas 2,0.

9 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO

A cada ano, surge uma importante questão: a empresa que não tenha nenhum impedimento

para optar por um regime de tributação (Lucro Presumido, Real ou Arbitrado) deve defini-lo para fins

de recolhimento do IRPJ e da CSLL. Normalmente, a preferência é pelo lucro presumido, pela

Page 137: apostila contabilidade tributaria  2009

136

facilidade de cálculo do IRPJ e da CSLL, além de reduzir os serviços em escritórios de contabilidade,

pois a legislação exige apenas a escrituração do Livro Caixa (Oliveira, 2005).

A decisão por um ou outro regime de tributação deve estar baseada na margem de lucro da

empresa, antes do IRPJ e da CSLL, obtida nas demonstrações contábeis do período anterior e em sua

projeção até o final do ano (Oliveira, 2005).

9.1 Fato Gerador

O fato gerador ou hipótese de incidência dos Tributos Federais, tais como IRPJ e CSLL, devido

pelas Pessoas Jurídicas é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de RENDA, assim

entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, e de proventos de qualquer

natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não comprendidos no conceito de renda. É

importante frisar que nem toda a aquisição de disponibiliadade econômica ou jurídica de renda é

considerada FATO GERADOR dos tributos ora estudados. Os lucros auferido em empresas coligadas

ou controladas, avaliados pelo método da Equivalência Patrimonial, não são considerados aquisição de

disponibilidade econômica ou jurídica de renda tributável (Oliveira, 2005).

O fato gerador assim considerado pela Legislação do Imposto de Renda, atualmente no Brasil, é

o LUCRO REAL, ajustado por adições, exclusões e compemsações no LALUR, para empresas

optantes desta modalidade tributária. Pelas empresas optantes pelo Lucro Presumido, Arbitrado ou

SIMPLES, o fato gerador é a receita bruta auferida.

9.2 EXERCICIOS

1- Assinale a alternativa incorreta. Com relação às normas tributária das leis nº 9.249/95, nº

9.430/96 e do Regulamento ro Imposto de Renda relacionadas aos juros sobre o capital próprio:

a- a Lei nº 9.249/95 instituiu a dedutibilidade, na apuração do lucro real, das importâncias pagas ou

creditadas, a título de juros sobre o capital próprio, aos sócios ou acionistas das pessoas jurídicas;

b- o efetivo pagamento ou crédito de juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes

da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao

valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados;

c- a partir de 1997, de acordo com a lei nº 9.430/96., tais juros são dedutíveis também para a apuração

da base de cálculo da Contribuição Social;

Page 138: apostila contabilidade tributaria  2009

137

d- a base de cálculo dos juros sobre o capital próprio é o patrimônio líquido, sendo considerados, sem

nenhuma exceção, os saldos das contas de Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de

Reavaliação, Reservas de Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados;

e- a Reserva de Reavaliação não deve compor a base de cálculo enquanto não for realizada, ou seja,

enquanto não for adicionada na determinação do lucro real e da contribuição social sobre o lucro

2- Supondo que no exercício de 2006 a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, foi de

25%, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) com relação ao montante que poderia ser

contabilizado e que estaria dentro dos limites aceitos pela legislação tributária para a

contabilização e dedutibilidade dos juros sobre o capital próprio, para fins de apuração do lucro

tributável:

a- na empresa A, a base de cálculo era de R$ 3.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas

de Lucros no montante de R$ 1.400.000. A empresa obteve um lucro contábil, antes da provisão para o

Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros, de R$ 400.000 no período-base. Nesse caso, o

montante correto a ser contabilizado seria de R$ 750.000.

b- na Empresa B, a base de cálculo era de R$ 7.200.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas

de lucros no montante de R$ 4.000.000. A empresa obteve um prejuízo contábil, antes da provisão para

o Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros. Nesse caso, o montante correto a ser

contabilizado seria R$ 1.800.000.

c- na Empresa C, a base de cálculo era de R$ 4.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas

de lucros no montante de R$ 400.000. A empresa obteve prejuízo contábil, antes da provisão para o

Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros. Nesse caso, o montante correto a ser contabilizado

seria R$ 200.000.

d- na Empresa D, a base de cálculo era de R$ 6.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas

de lucros no montante de R$ 4.400.000. A empresa obteve um lucro contábil, antes da provisão para

Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros, de R$ 2.600.000 no período-base. Nesse caso, o

montante correto a ser contabilizado seria R$ 2.200.000.

e- na Empresa E, a base de cálculo era de R$ 1.000.000, sendo que havia lucros acumulados e reservas

de lucros no montante de R$ 100.000. A empresa obteve um lucro contábil, antes da provisão para

Imposto de Renda e da dedução dos referidos juros, de R$ 90.000 no período-base. Nesse caso, o

montante correto a ser contabilizado seria R$ 50.000.

Page 139: apostila contabilidade tributaria  2009

138

f- Na Empresa F, a base de cálculo era de R$ 600.000, sendo que bão havia lucros acumulados e

reservas de lucros. A empresa obteve prejuízo contábil, antes da provisão para Imposto de Renda e da

dedução dos referidos juros, de R$ 40.000 no período-base. Nesse caso, o montante correto a ser

contabilizado seria R$ 20.000.

3- Com base nas informações disponíveis da Cia. CIAN Ltda, calcular e contabilizar, em

31/12/2006, os juros sobre o capital próprio, supondo:

a) que os juros serão pagos aos acionistas;

b) que no exercício de 2006 a taxa anual da TJLP foi de 22% e que o valor do patrimônio líquido

do ano, em média, da empresa foi o seguinte:

Capital social integralizado 2.000.000

Reservas de capital 240.000

Reservas de reavaliação 300.000

Lucros acumulados 200.000

Lucro contábil de 2006 antes da provisão para IR e da dedução dos

referidos juros

490.000

Total do Patrimônio Líquido 3.230.000

4- O Departamento responsável pelo controle de tributos da Cia Amazônia, ao final do exercício

de 2006, elabora um relatório contendo os dados na tabela abaixo:

Contas Valores

Capital Social 100.000,00

Reserva de Reavaliação 50.000,00

Reserva Especial art 460 RIR 10.000,00

Lucros acumulados até 2005 22.000,00

Lucro líquido de 2006 ( ajustado) 13.000,00

TJLP no ano 5%

Com base nas informações, considerando que não será efetuado nenhum ajuste no Lucro Real, qual é o

valor máximo permitido pela Legislação do Imposto de Renda, a ser pago ou creditado a título de Juros

Sobre o Capital Próprio, dedutíveis na Base do Lucro Real da empresa?

a- R$ 11.000,00

Page 140: apostila contabilidade tributaria  2009

139

b- R$ 9.100,00

c- R$ 7.250,00

d- R$ 6.750,00

d- R$ 6.500,00

5-PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Empresa de atividade comercial, obteve no lº trimestre/2009 os seguintes resultados:

Contas de Resultado Janeiro fevereiro março

1. Receitas Operacionais 250.000,00 320.000,00 300.000,00

2. Receitas não Operacionais 30.000,00 10.000,00

2.(-) Despesas Operacionais 120.000,00 310.000,00 260.000,00

3. (=) Resultado

AJUSTES PARA DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL:

ADIÇÕES:

Brindes distribuídos aos clientes no mês de Março R$ 10.000,00

EXCLUSÕES

Ganhos na avaliação de investimentos em empresa

Coligada no mês de JANEIRO/2009 ....................... R$ 30.000,00

QUESTÃO:

Com base nos dados acima, efetuar os cálculos para efeito de PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, com

referência a CSLL e IRPJ, pelo Lucro Real Anual, e Lucro Presumido, demonstra-los, indicando qual

dos dois seria mais econômico para a empresa:

1. CÁLCULOS COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO

I R P J

MÊS/ano RECEITA

BRUTA

BASE DE

CÁLCULO

% IRPJ R$

TOTAL

Page 141: apostila contabilidade tributaria  2009

140

C S L L

MÊS/ano RECEITA

BRUTA

BASE DE

CÁLCULO

% CSLL R$

T O T A L

2. CÁLCULO COM BASE NO LUCRO REAL ANUAL

IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

Resultado consolidado

(+) adições

(-) Exclusões

(=) Lucro Real

IRPJ

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL

MESES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

Resultado consolidado

(+) adições

(-) Exclusões

(=) Lucro Real

CSLL

COMPARAÇÃO DOS VALORES

IRPJ CSLL

Estimativa

Balanços consolidados

Totais

Page 142: apostila contabilidade tributaria  2009

141

6– PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Empresa industrial obteve no 1º trimestre/2009 os seguintes resultados:

Contas de Resultado janeiro fevereiro Março

1. Receitas Operacionais

2.(-) Compras dentro do estado

3. Ordenados e Salários

3.(-) Despesas Operacionais

4.(+)Ganho na avaliação Investimentos

4.= Resultado

191.100,00

76.440,00

15.000,00

121.710,00

(22.050,00)

213.150,00

85.200,00

18.000,00

42.400,00

67.550,00

271.950,00

108.780,00

20.000,00

117.172,00

10.752,00

36.750,00

Receita bruta acumulada dos últimos 12 meses imediatamente anteriores R$ 2.189.200,00

AJUSTES PARA DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL:

1. ADIÇÕES

Gratificações aos dirigentes em JANEIRO ............ R$ 9.217,60

2. EXCLUSÕES

Ganho na avaliação de investimentos pela Equivalência

patrimonial participação de 8% na empresa B em janeiro R$ 10.752,00

3- Prejuízos Acumulados até 31/12/ 2008 R$ 60.000.00

1. LUCRO REAL TRIMESTRAL

Trimestre 1º Base de cálculo IRPJ Base cálculo CSLL Lucro contabil

Adições

Exclusões

Compensações

TOTAIS

Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS

TOTAIS

Page 143: apostila contabilidade tributaria  2009

142

2. LUCRO REAL - CALCULO COM BASE NOS BALANÇOS DE SUSPENÇÃO

IMPOSTO DE RENDA – PESSOA JURÍDICA

Mês/ano JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

Result.Consolidado

(+) Adições

(-) Exclusões

(-) compensações

(=) Lucro Real

IRPJ

Adicional

CÁLCULO COM BASE NOS BALANÇOS MENSAIS

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL

Mês/ano JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

Result.Consolidado

(+) Adições

(-) Exclusões

(=) Lucro Real

CSLL

Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS

TOTAIS

3. LUCRO PRESUMIDO

trimestre Receita Bruta Base cálculo

IRPJ

IRPJ Base Cálculo

CSLL

CSLL

Page 144: apostila contabilidade tributaria  2009

143

Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS

TOTAIS

4. LUCRO ARBITRADO

trimestre Receita

Bruta

Base cálculo

IRPJ

IRPJ Base Cálculo

CSLL

CSLL

Mês/ano PIS COFINS IPI ICMS INSS FGTS

TOTAIS

5. SIMPLES NACIONAL

TRIBUTOS ALÍQUOTAS BASE DE CÁLCULO VALOR DEVIDO

IRPJ

CSLL

P I S

COFINS

INSS

I P I

ICMS

TOTAL

Page 145: apostila contabilidade tributaria  2009

144

6. COMPRAÇÃO DOS VALORES A RECOLHER Real

trimestral Balanço anual Presumido Arbitrado SIMPLES

IR CSLL PIS COFINS ICMS IPI INSS FGTS TOTAIS

Page 146: apostila contabilidade tributaria  2009

145

10. APÊNDICE PRINCIPAIS ADIÇÕES E EXCLUSÕES DO LUCRO REAL

ADIÇÕES IRPJ CSLL

Gratificações a Diretoria Multas de Transito/ Multas por auto de infração Despesas não relacionadas com a produção, comercialização ou prestação de serviços

Despesas não relacionadas com produção/comercialização/prestação de serviços

Conservação de bens não destinados à produção Conservação de Bens não destinados à produção Brindes Brindes Doações a Entidades (sindicatos/outras) Doações a Entidades (sindicatos/outras) Gastos com alimentação de diretores ou funcionários graduados

Gastos com alimentação de diretores ou funcionários graduados

Gastos com alimentação de empregados, cujo fornecimento não seja efetuado indistintamente

Gastos com alimentação de empregados, cujo fornecimento não seja efetuado indistintamente

Provisões (exceto férias e 13º salário) Provisões (exceto férias e 13º salário) Provisão p/CSLL Provisão p/CSLL Perdas na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial

Perdas na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial

EXCLUSÕES IRPJ CSLL

Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial

Ganhos na avaliação de investimentos por equivalência patrimonial

Lucros ou dividendos distribuídos Lucros ou dividendos distribuídos

Page 147: apostila contabilidade tributaria  2009

157

LIVRO DE REGISTRO DE ENTRADAS MODELO 1 REGISTRO DE ENTRADAS (a) CÓDIGO DE VALORES FISCAIS FIRMA: INSC EST: CNPJ FOLHA: M~ES OU PERIODO/ANO

1 OPERAÇÕES COM CRÉDITO DE IMPOSTO 2 OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO – ISENTAS OU NÃO TRIBUTADAS 3 OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DE IMPOSTO OUTRAS

Data de Documentos Fiscais codificação ICMS valores fiscais IPI VALORES FISCAIS entrada esp séris Número Data

documento Código emitente

UF Orig

Valor contábil

cont fiscal Cód (a)

Base cálculo Valor operação

aliq Imposto creditado

Co(a)

LVRO DE REGISTRO DE SAÍDAS MODELO 2 REGISTRO DE SAÍDAS FIRMA: INSC EST: CNPJ FOLHA: MES OU PERIODO/ANO

DOCUMENTOS FISCAIS CODIFICAÇÃO VALORES FISCAIS SÉRIE UF VALOR ICMS OPERAÇÕES COM DÉBITO OPERAÇÕES S/DÉBITO IMPOSTO OBSERVAÇÕES

ESPÉCIE SUB-SÉRIE

NÚMERO DIA DESTINO CONTÁBIL CONTABIL FISCAL IPI BASE DF CÁLCULO

ALÍQ. IMPOSTO DEBITADO

ISENTAS OU NÃO TRIBUT

OUTRAS

Page 148: apostila contabilidade tributaria  2009

158

LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS MODELO 9 REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS FIRMA: INSC EST. CNPJ: FOLHA: M~ES OU PERÍODO/ANO:

ENTRADAS

CODIFICAÇÃO VALORES ICMS VALORES FISCAIS CONTÁBEIS OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO

IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL BASE DE

CÁLCULO IMPOSTO CREDITADO ISENTAS OU NÃO

TRIB OUTRAS

SUBTOTAIS 1.000 DO ESTADO

SUBTOTAIS 2.000 DE OUTROS ESTADO

SUBTOTAIS 3.000 DO ESTERIOR

TOTAIS

SAÍDAS

CODIFICAÇÃO VALORES ICMS VALORES FISCAIS CONTÁBEIS OPERAÇÕES COM DEBITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO

IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL BASE DE

CÁLCULO IMPOSTO DEBITADO ISENTAS OU NÃO

TRIB OUTRAS

SUBTOTAIS 5.000 PARA O ESTADO

SUBTOTAIS 6.000 PARA OUTROS ESTADO

SUBTOTAIS 7.000 PARA O ESTERIOR

TOTAIS

Page 149: apostila contabilidade tributaria  2009

159

LIVRO REGISTRO DE APURAÇÃO DO ICMS MODELO 9 RESUMO DA APURAÇÃO DO IMPOSTO FIRMA INSC.EST.: CNPJ: FOLHA: MÊS OU PERÍODO/ANO:

DÉBITO DO IMPOSTO VALORES 001 – POR SAÍDAS / PRESTAÇÕES COM DÉBITO DO IMPOSTO 002 - OUTROS DPEBITOS (DISCRIMIM]NAR ABAIXO) 004 - SUBTOTAL

COLUNA AUXILIAR SOMA

CRÉDITO DO IMPOSTO 005 – POR ENTRADAS/AQUISIÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO 006 – OUTROS CRÉDITOS (DISCRIMINAR ABAIXO) 007 – EXTORNO DE DÉBITOS (DISCRIMAR ABAIXO) 008 – SUBTOTAL 009 – SALDO CREDOR DO PERIODO ANTERIOR 010 - TOTAL

APURAÇÃO DO SALDO 011 – SALDO DEVEDOR (DÉBITO MENOS CRÉDITO) 012 – DEDUÇÕES (DISCRIMAR ABAIXO) 013 – IMPOSTO A RECOLHER 014 – SALDO CREDOR (CRÉDITO MENOS DÉBITO) A TRANSPORTAR P/ O PERIODO SEGUINTE

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

GUIAS DE RECOLHIMENTO GUIA DE INFORMAÇÃO NÚMERO DATA VALOR ÓRGÃO ARRECADADOR DATA DA ENTREGA LOCAL DA ENTREGA (BANCO/REPARTIÇÃO)

OBSERVALÇÕES:

Page 150: apostila contabilidade tributaria  2009

160

LIVRO DE REGISTRO DE APURAÇÃO DO IPI – MOD. 8 Registro de entradas período de ___________ a __________________

ENTRADAS CODIFICAÇÃO I.P.I VALORES FISCAIS

OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL

NATUREZA

VALORES

CONTABEIS

BASE DE CÁLCULO

IMPOSTO CREDITADO

ISENTAS/NÃO TRIBUTADA

OUTRAS

COMPRAS P/INDUSTRIALIZAÇÃO COMPRAS P/COMERCIALIZAÇÃO INDUST POR OUTRAS EMPRESAS TRANSFERENCIAS P/INDUSTR TRANSFERENCIAS P/COMERCIA DEVOLUÇÕES VENDAS PROD EST COMPRAS P/ATIVO IMOBILIZADO COMPRAS MAT COINSUMO

ENTRADAS NO ESTADO

OUTRAS ENTRADAS SUBTOTAL

COMPRAS P/INDUSTRIALIZAÇÃO COMPRAS P/COMERCIALIZAÇÃO INDUST POR OUTRAS EMPRESAS TRANSFERENCIAS P/INDUSTR TRANSFERENCIAS P/COMERCIA DEVOLUÇÕES VENDAS PROD EST COMPRAS P/ATIVO IMOBILIZADO

ENTRADAS DE OUTROS ESTADOS

COMPRAS MAT COINSUMO OUTRAS ENTRADAS SUBTOTAL

COMPRAS P/INDUSTRIALIZAÇÃO COMPRAS P/COMERCIALIZAÇÃO INDUST POR OUTRAS EMPRESAS TRANSFERENCIAS P/INDUSTR TRANSFERENCIAS P/COMERCIA DEVOLUÇÕES VENDAS PROD EST COMPRAS P/ATIVO IMOBILIZADO COMPRAS MAT COINSUMO OUTRAS ENTRADAS

ENTRADAS DO EXTERIOR

SUBTOTAL DEMONSTRATIVO DOS CRÉDITOS

001 - POR ENTRADAS DO MERCADO NACIONAL 002 – POR ENTRADAS DO MERCADO EXTERNO 003 – POR SAÍDAS PARA O MERCADO EXTERNO 004 – ESTORNO DE DÉBITOS

Page 151: apostila contabilidade tributaria  2009

161

SAÍDAS CODIFICAÇÃO I.P.I VALORES FISCAIS

OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO IMPOSTO CONTÁBIL FISCAL

NATUREZA

VALORES

CONTABEIS

BASE DE CÁLCULO

IMPOSTO CREDITADO

ISENTAS/NÃO TRIBUTADA

OUTRAS

Vendas a contribuintes Vendas a não contribuintes Transferênciap/ industrial e/ou comercializaç Transferência para uso e/ou consumo próprio Subtotal Remessa p/ industri por outros estabelecime Remessa p/ vendas fora do estabelecimento Retorno industrialização p/ outras estabelec

PARA

O

ESTADO

Devoluções Outros saídas não especificadas Subtotal

Vendas a contribuintes p indust e/ou comerci Vendas a contri p/ uso e/ou consumo próprio Subtotal Vendas a não contribuintes Transferências p/ industo e/ou comercializa Transferências p/ uso e/ou consumo próprio Subtotal

PARA

OUTROS

ESTADOS

Remessa p/ indust por outros estabeleciment Remessa p/ vendas fora do estabelecimento Retorno de industrialização p/ outros estabele Devoluções Outras saídas não especificadas Subtotal

Vendas PARA O

EXTERIO Outras saídas não especificadas

TOTAIS APURAÇÃO DOS SALDOS

013 – SALDO DEVEDOR (DÉBITO MENOS CRÉDITO) 014 – DEDUÇÕES 013 – IMPOSTO A RECOLHER

Page 152: apostila contabilidade tributaria  2009

162

LIVRO RAZÃO Nº Conta Débito Crédito

Page 153: apostila contabilidade tributaria  2009

163

PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

D A T A H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S

Page 154: apostila contabilidade tributaria  2009

164

PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

D A T A H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S

Page 155: apostila contabilidade tributaria  2009

165

PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA:

PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA

CONTROLE DE VALORES

SALDO

DATA DO LANÇAMEN TO (1)

HISTÓRICO

(2) MÈS DE

REFERENCIA VALOR A CORRIGIR

COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO

Cr$ (8) D/C

Page 156: apostila contabilidade tributaria  2009

166

PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA:

PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA

CONTROLE DE VALORES

SALDO

DATA DO LANÇAMEN TO (1)

HISTÓRICO

(2) MÈS DE

REFERENCIA VALOR A CORRIGIR

COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO

Cr$ (8) D/C

Page 157: apostila contabilidade tributaria  2009

167

CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA – planejamento tributário

NOME ___________________________________________________________ Série _________ Empresa com atividade mista de comércio e prestação de serviços, considerando recolher seus tributos

pelo Lucro Real Anual, sendo que:

e) Compras são efetuadas em estabelecimentos industriais do Estado do Paraná, São Paulo, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul, sem substituição tributária.

f) Vendas para o mercado interno destinam-se a comerciantes varejistas do Paraná, São Paulo, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul.

g) Alíquota do ISS: 3%

h) Risco Ambiental do Trabalho: leve.

OBSERVAÇÃO: Desprezar os centavos.

LUCRO REAL ANUAL JAN/09 FEV/09 MAR/09 TOTAIS

RECEITA BRUTA Vendas de mercadorias no mercado interno Exportações de mercadorias Serviços Prestados no Mercado Interno (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas no mercado interno Desconto incondicionais nas vendas internas ICMS PIS COFINS ISS

620.000,00 68.000,00 36.000,00

3.000,00 2.000,00

392.000,00 80.000,00 46.000,00

1.800,00

13.600,00

960.000,00

320.000,000 67.000,000

7.600,00

13.700,00

(=) RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA (-) Custo das Mercadorias vendidas Estoque Inicial Compras de Mercadorias (-) ICMS s/ compras (-) PIS Fat s/ compras (-) COFINS s/compras (-) Estoque Final

_________ 480.000,00 460.000,00

556.000,00

_________ 480.000,00 290.000,00

380.000,00

_________ 480.000,00 730.000,00

520.000,00

(-) Custo dos Serviços Prestados Ordenados e Salários INSS FGTS Provisão p/ férias Provisão p/13º Salário

_________ 12.000,00

1.333,00 1.000,00

_________ 18.000,00

2.000,00 1.500,00

_________ 26.000,00

4.333,00 2.500,00

(=) LUCRO BRUTO PERACIONAL (-) Despesas com vendas Ordenados, Sal e Comissões s/Vendas INSS

_________ 32.000,00

_________ 34.000,00

36.000,00

Page 158: apostila contabilidade tributaria  2009

168

FGTS Provisão p/ Férias Provisão p/ 13º Salário Provisão p/devedores Duvidosos Fretes s/Entregas das vendas Seguros de bens do Dpto.Comercial Manutenção de bens do Dpto. Comercial Propaganda e Publicidade Brindes

6.200,00 6.000,00 8.600,00 2.800,00 3.460,00 4.600,00

4.200,00 5.000,00 8.400,00 3.280,00 5.240,00 2.300,00

9.720,00 9.230,00 6.820,00 4.260,00 5.600,00 4.200,00

(-) Despesas administrativas Pró-Labore Ordenados e Salários Honorários Profissionais INSS FGTS Provisão p/13º salário Provisão p/ Férias Material de Expediente e Escritório Viagens e Estadas da administração Gratificação a dirigentes

________ 8.000,00

14.800,00 5.900,00

2.800,00 5.400,00

10.000,00

_________ 9.000,00

12.000,00 6.000,00

3.200,00 9.300,00

10.000,00

________ 10.000,00 16.200,00 6.500,00

6.260,00 8.800,00

12.000,00

(-) Despesas Financeiras Juros Passivos Descontos Concedidos

_________ 2.300,00 4.800,00

_________ 2.400,00 3.960,00

________ 9.300,00 3.700,00

(+) Receitas Financeiras Juros Recebidos Descontos recebidos Rendimentos s/ Aplicações Financeiras

_________ 6.700,00 6.900,00

14.900,00

_________ 2.400,00 1.200,00 8.300,00

________ 2.600,00 5.200,00 6.300,00

(+) Outras Receitas Receitas de Alugueis

_________ 12.000,00

_________ 8.000,00

_________ 12.000,00

(-) Despesas Tributárias Impostos e taxas Municipais Multas de trânsito Multas por infração fiscal Multas por atraso no pagto. tributos

________ 4.200,00 2.300,00 4.600,00 3.900,00

_________ 2.600,00 1.400,00 1.200,00 1.370,00

________ 2.200,00 1.200,00 2.200,00 1.600,00

(=) LUCRO OPERACIONAL LIQUIDO (+) Receitas Não Operacionais Dividendos Recebidos Lucro na venda de bens do permanente

_________ 12.000,00 15.000,00

_________ 0,00 0,00

________ 0,00

12.400,00

(=) RESULTADO LÍQUIDO ANTES DO IR (-) Provisão p/CSLL (-) Provisão p/Imposto de Renda

(=) LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO

Page 159: apostila contabilidade tributaria  2009

169

1-Cálculos com Base na Receita Bruta – ESTIMATIVA

IMPOSTO DE RENDA CSLL Mês/ano Receita Bruta Base de cálculo IRPJ Base de cálculo CSLL Jan/09 Mercadorias

Serviços Não operacionais

Fev/09 Mercadorias Serviços Não operacionais

Mar/09 Mercadorias Serviços Não operacionais

TOTAIS 2- Cálculos com base nos balanços mensais de redução/suspensão Lucro real Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 Resultado Consolidado (+) Adições (-) Exclusões (=) Lucro Real antes Compensação Prejuízos (-) Compensação de Prejuízos (=) Lucro Real (=) IRPJ

(-) Antecipação (=) IRPJ a recolher Base de Cálculo da CSLL Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 Resultado Consolidado (+) Adições (-) Exclusões (=) Base de Cálculo antes Compensação de Bases de Cálculo Negativa (-) Compensação de Base de Cálculo Negativa (=) Base de Cálculo da CSLL (=) CSLL (-) Antecipação (=) CSLL a recolher 3- Comparação dos valores ESTIMATIVA BALANCETE DE SUSPENSÃO Mês/ano IRPJ CSLL TOTAL IRPJ CSLL TOTAL Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 TOTAIS 4-Recolhimentos Escolher, para cada mês, entre estimativa e balancete de suspensão.

Janeiro/09 Fevereiro/09 Março/09 IRPJ CSLL IRPJ CSLL IRPJ CSLL Estimativa Balanço suspensão Antecipação

Page 160: apostila contabilidade tributaria  2009

170

A recolher 5- Escriturar o LALUR

PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

DATA H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S

Page 161: apostila contabilidade tributaria  2009

171

PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

DATA H I S T Ó R I C O A D I Ç Õ E S E X C L U S Õ E S

Page 162: apostila contabilidade tributaria  2009

172

PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA: Prejuízo Fiscal

PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA

CONTROLE DE VALORES

SALDO

DATA DO LANÇAMEN TO (1)

HISTÓRICO

(2) MÈS DE

REFERENCIA VALOR A CORRIGIR

COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO

Cr$ (8) D/C

31/12/2008 Prejuízo Fiscal apurado em 31/12/2008 89.320,00 89.320,00 C

Page 163: apostila contabilidade tributaria  2009

173

PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE EXERCICIOS FUTUROS CONTA: Base de Cálculo Negativa

PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA

CONTROLE DE VALORES

SALDO

DATA DO LANÇAMEN TO (1)

HISTÓRICO

(2) MÈS DE

REFERENCIA VALOR A CORRIGIR

COEFICIENTE DÉBITO CRÉDITO

Cr$ (8) D/C

31/12/2008 Base de Cálculo Negativa da CSLL Apurada em 31/12/2008 16.943,00 16.943,00 C

Page 164: apostila contabilidade tributaria  2009

174

6. Efetuar os lançamentos dos tributos calculados e lançados em cada mês. Data Conta Débito Crédito

31/01/09

Page 165: apostila contabilidade tributaria  2009

175

Data Conta Débito Crédito 31/02/09

Page 166: apostila contabilidade tributaria  2009

176

Data Conta Débito Crédito 31/03/09

Page 167: apostila contabilidade tributaria  2009

177

7. Tributos A Recolher Janeiro/08 Fevereiro/08 Março/08 Total ICMS A Recolher Pis Fat a Recolher COFINS a recolher ISS a Recolher INSS a Recolher FGTS a recolher IRPJ a recolher CSLL a recolher

Page 168: apostila contabilidade tributaria  2009

178

CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA – planejamento tributário

NOME _________________________________________________________________________TURMA _________ ESTUDO DE CASO: Empresa com atividade mista comercial, industrial e serviços, apresentou no 1º trimestre/2009:

LUCRO REAL: Calcular os tributos incidentes s/faturamento e completar a DRE. DESPREZAR CENTAVOS.

Janeiro fevereiro Março TOTAIS

RECEITA BRUTA

Vendas de produtos no mercado interno

Exportações de produtos

Venda de mercadorias

Serviços Prestados

152.000,00

38.200,00

14.000,00

5.000,00

137.000,00

37.600,00

18.000,00

9.000,00

158.780,00

39.900,00

16.000,00

12.000,00

637.480,00

447.780,00

115.700,00

48.000,00

26.000,00

(-) Deduções e Abatimentos da Receita Bruta

(-) Descontos Incondicionais vendas internas produtos

(-) Devoluções de vendas internas de produtos

(-)

(-)

(-)

(-)

500,00

1.800,00

0,00

2.600,00

900,00

0,00

113.623,00

1.400,00

4.400,00

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 523.857,00

(-) Custo Mercadorias, Produtos e serviços vendidos. 85.700,00 83.500,00 93.600,00 262.800,00

(=) LUCRO BRUTO OPERACIONAL 261.057,00

(-) Despesas Operacionais

(-) Ordenados e Salários

(-) Pró-Labore

(-) Honorários Profissionais

(-) Outras Despesas Operacionais

(-)

(-)

(-) Despesas Financeiras

(+) Juros Recebidos

(+) Descontos Recebidos

18.000,00

4.000,00

2.000,00

23.120,00

5.380,00

1.200,00

1.260,00

17.800,00

4.800,00

2.200,00

38.650,00

3.400,00

800,00

600,00

16.500,00

5.000,00

2.500,00

29.630,00

4.200,00

0,00

1.400,00

52.300,00

13.800,00

6.700,00

91.400,00

19.162,00

4.184,00

12.980,00

2.000,00

3.260,00

(=) LUCRO LÍQUIDO OPERACIONAL

(+) Receitas Não Operacionais

(+) Dividendos Recebidos

(+) Lucro na Venda de Imóvel

(-) Despesas Não Operacionais

(-) Perdas com Ve nda de Veículo

2.800,00

2.800,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

8.000,00

8.000,00

40.500,00

0,00

40.500,00

0,00

0,00

43.300,00

2.800,00

40.500,00

8.000,00

8.000,00

(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES IRPJ E CSLL 30.638,00 433,00 70.020,00 101.091,00

Page 169: apostila contabilidade tributaria  2009

179

Informações adicionais

Gratificações a dirigentes em janeiro 10.000,00

Multas por infrações fiscais pagas em fevereiro 7.228,00

Brindes a Clientes em Março 6.200,00

Prejuízos acumu lados até 31/12/2008 constantes da parte B do LALUR 68.980,00

Base de Cálculo Negativa da CSLL acumulada até 31/12/2008 constantes da parte B do LALUR 45.680,00

Alíquotas do ISS: 5% Alíquotas do ICMS: compras e vendas: 12% Alíquotas IPI: Compras 8% - Vendas 10%

RAT – risco grave

Compras de Mercadorias: Janeiro: 120.400,00 Fevereiro: 82.200,00 Março: 97.300,00

Receita Bruta Acumulada/2008

Janeiro/08 142.680,00 Maio/08 158.900,00 Setembro/08 168.400,00

Fevereiro/08 135.780,00 Junho/08 163.800,00 Outubro/08 170.100,00

Março/08 146.260,00 Julho/08 148.600,00 Novembro/08 172.320,00

Abril/08 139.800,00 Agosto/08 157.300,00 Dezembro/08 282.920,00 1.986.860,00

1- LUCRO REAL - DESPREZAR CENTAVOS 1.1 LUCRO REAL Apuração dos tributos não cumulativos: DESPREZAR CENTAVOS

Janeiro/2009 ICMS IPI PIS/Fat COFINS

Débito

Crédito

A Recolher

Fevereiro/2009 ICMS IPI PIS/Fat COFINS

Débito

Crédito

A Recolher

Março/2009 ICMS IPI PIS/Fat COFINS

Débito

Crédito

A Recolher

1.2 IRPJ- BALAN SUSPENSÃO/REDUÇÃO LUCRO REAL ANUAL janeiro fevereiro março

Resultado consolidado

(+) Adições

(-) Exclusões

(=) Lucro Real antes da compensação de prejuízos

(-) Compensação de prejuízos

(=) Lucro real

(=) IRPJ

(-) Antecipação

(=) IRPJ a recolher

Page 170: apostila contabilidade tributaria  2009

180

1.3 CSLL - BALANCETE DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO – LUCRO REAL ANUAL - DESPREZAR CENTAVOS

janeiro fevereiro março

Resultado consolidado

(+) Adições

(-) Exclusões

(=) Resultado antes compensação base cálculo negativa

(-) Compensação de base de cálculo negativa

(=) Base de Cálculo da CSLL

(=) CSLL

(-) Antecipação

(=) CSLL a Recolher

1.4 IRPJ – ESTIMATIVA MENSAL – LUCRO REAL ANUAL - DESPREZAR CENTAVOS

IMPOSTO DE RENDA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Mês/ano Receita Bruta Base de cálculo IRPJ Base de cálculo CSLL Jan/09 Mercadorias

Serviços Não operacionais

Fev/09 Mercadorias Serviços Não operacionais

Mar/09 Mercadorias Serviços Não operacionais

TOTAIS 1.5LUCRO REAL ANUAL – Recolhimento mensal dos tributos. DESPREZAR CENTAVOS

Mês/Ano INSS FGTS COFINS PIS IPI ICMS ISS IRPJ CSLL

Jan/09

Fev/09

Mar/09

TOTAIS 19.162,00 4.184,00 16.422,00 3.566,00 20.206,000 22.809,00 1.300,00 15.300,00 6.582,00

Page 171: apostila contabilidade tributaria  2009

181

2 - LUCRO REAL TRIMESTRAL - DESPREZAR CENTAVOS

2. LUCRO REAL TRIMESTRAL - IRPJ E CSLL - DESPREZAR CENTAVOS

IRPJ CSLL

Resultado

(+) Adições

(-) Exclusões

(=) Lucro Real antes da compensação de prejuízos

(-) Compensação de prejuízos

(=) Lucro real ou base de Cálculo da CSLL

Valor devido

2.2 LUCRO REAL TRIMESTRAL – RECOLHIMENTOS

Mês/Ano INSS FGTS COFINS PIS IPI ICMS ISS IRPJ CSLL

Jan/09

Fev/09

Mar/09

TOTAIS 19.162,00 4.184,00 16.422,00 3.566,00 20.206,00 22.809,00 1.300,00 15.300,00 6.582,00

3 – LUCRO PRESUMIDO - DESPREZAR CENTAVOS 3.1 IRPJ/CSLL

Receita Bruta Base de cálculo IRPJ Base de cálculo CSLL Mercadorias Serviços Não operacionais

TOTAIS 3.2 Lucro Presumido - Base de Cálculo PIS/Fat e COFINS

janeiro fevereiro março

3.3 Lucro Presumido Recolhimento Mensal dos Tributos

Mês/Ano INSS FGTS COFINS PIS IPI ICMS ISS IRPJ CSLL

01/2009

02/2009

03/2009

TOTAIS 19.162,00 4.184,00 15.636,00 3.387,00 20.206,00 22.809,00 1.300,00 19.633,00 11.408,00

Page 172: apostila contabilidade tributaria  2009

182

4 – SIMPLES NACIONAL 4.1 SIMPLES NACIONAL – JANEIRO - Receita Bruta Acumulada: TRIBUTOS Atividade Alíquotas BASE CÁLCULO VALOR DEVIDO SOMAS

Comércio/industria IRPJ

Serviços

Comércio/industria CSLL

Serviços

Comércio/industria COFINS

Serviços

Comércio/industria IS

Serviços

Comércio/industria INSS

Serviços

IPI Indústria

ISS Serviços

ICMS Comércio/industria

SOMAS ------------------------ --------------- ---------------------- 20.947,57 20.647,57

IRPJ GANHOS DE CAPITAL

FGTS Folha

4.2 SIMPLES NACIONAL - FEVEREIRO - Receita Bruta acumulada:

TRIBUTOS Atividade ALÍQUOTAS BASE CÁLCULO VALOR DEVIDO SOMAS Comércio/industria IRPJ

Serviços

Comércio/industria CSLL

Serviços

Comércio/industria COFINS

Serviços

Comércio/industria PIS

Serviços

Comércio/industria INSS

Serviços

IPI Indústria

ISS Serviços

ICMS Comércio/industria

SOMAS ------------------------ ---------------- ----------------------- 20.664,30 20.664,30

IRPJ GANHOS DE CAPITAL

FGTS Folha

Page 173: apostila contabilidade tributaria  2009

183

4.3 SIMPLES NACIONAL - MARÇO – Receita Bruta Acumulada:

TRIBUTOS Atividade ALÍQUOTAS BASE CÁLCULO VLR DEVIDO SOMAS Comércio/industria IRPJ

Serviços

Comércio/industria CSLL

Serviços

Comércio/industria COFINS

Serviços

Comércio/industria PIS

Serviços

Comércio/industria INSS

Serviços

IPI Indústria

ISS Serviços

ICMS Comércio/industria

SOMAS -------------------- ----------------- ----------------------- 23.728,73 23.728,73

IRPJ GANHOS DE CAPITAL

FGTS Folha

4.4 SIMPLES NACIONAL – RESUMO

Atividade Janeiro Fevereiro Março % Base cálculo SIMPLES % Base cálculo SIMPLES % Base cálculo SIMPLES Comercio Industria Exportação Serviços Somas 20.947,57 ---- 199.000,00 20.664,30 ---- 225.780,00 23.728,74 Ganhos capital Totais 5- COMPARAÇÃO DO RESULTADO Tributo Lucro Real Anual Lucro Real Trimestral Presumido SIMPLES

I.Renda

CSLL

INSS

FGTS

COFINS

PIS

IPI

ICMS

ISS

TOTAIS 109.531,00 109.531,00 117.725,00 75.599,60