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Fundamentos Contábeis 1 – Noções Preliminares 1.1 CONCEITO E CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE A contabilidade é uma ciência metodológica que capta, registra, acumula, resume e interpreta os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade, seja esta de finalidades não lucrativas, de direito público como o Estado e o Município. Tem um campo de atuação circunscrito às entidades mencionadas acima, o que eqüivale a dizer, muito amplo, e sua aplicação é universal. A sua metodologia tem aplicação em qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, com finalidades lucrativas ou não. A contabilidade é conceituada como a ciência que estuda e controla o PATRIMÔNIO das entidades. Sua finalidade é fornecer informações sobre a composição do patrimônio das entidades e suas variações. O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio e seu campo de aplicação é as entidades econômico-administrativas. Para atingir seu objetivo, seja ele econômico ou social, as entidades utilizam os bens patrimoniais necessários a seus fins. As entidades podem englobar tanto aquelas com fins lucrativos ( empresas ), quanto aquelas sem fins lucrativos ( sociais, filantrópicas, de lazer, ensino, pesquisas, etc. ) que, também possuem um patrimônio que precisa ser administrados, sobre ele deve fornecer informações a todos os que, direta ou indiretamente, mantém vínculos de interesses com ela. Para a contabilidade alcançar sua finalidade ela processa o registro de todos os fatos relacionados com a formação, a movimentação e as variações do patrimônio administrado vinculado à entidade, objetivando assegurar seu controle e fornecer informações ao grupo de pessoas que se interessam pela contabilidade ou que dela necessitam. Nesse sentido, existe um grupo de pessoas ligadas diretamente as entidades, que podemos chamar de público interno ( proprietários, sócios, administradores, executivos, diretores e outros ) e, outro grupo de pessoas, ligadas indiretamente a entidade, aqui chamada de público externo ( bancos, acionistas, governo, fornecedores de bens e serviços, clientes, sindicatos, entre outros ). A contabilidade é um sistema de registro e apuração ou medição de riqueza. Todos os lançamentos contábeis realizados durante um período de tempo e todos os procedimentos que o cercam visam, fundamentalmente, a medição da riqueza da entidade ao final deste período. Para tanto, a contabilidade registra sistematicamente o valor das transações que alteram a posição patrimonial da entidade, evidenciando a formação do resultado econômico ( Lucro ou Prejuízo ). A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração de tomar decisões, na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para as tomadas de decisão. A contabilidade apresenta suas limitações; as principais são: Não é, e nem deve ser entendida como um fim em si mesmo; isso quer dizer que as informações por ela fornecidas só terão utilidade desde Página no: 1

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Fundamentos Contábeis

1 – Noções Preliminares

1.1 CONCEITO E CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADEA contabilidade é uma ciência metodológica que capta, registra, acumula, resume e interpreta os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade, seja esta de finalidades não lucrativas, de direito público como o Estado e o Município.Tem um campo de atuação circunscrito às entidades mencionadas acima, o que eqüivale a dizer, muito amplo, e sua aplicação é universal.A sua metodologia tem aplicação em qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, com finalidades lucrativas ou não.A contabilidade é conceituada como a ciência que estuda e controla o PATRIMÔNIO das entidades. Sua finalidade é fornecer informações sobre a composição do patrimônio das entidades e suas variações.O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio e seu campo de aplicação é as entidades econômico-administrativas. Para atingir seu objetivo, seja ele econômico ou social, as entidades utilizam os bens patrimoniais necessários a seus fins.As entidades podem englobar tanto aquelas com fins lucrativos ( empresas ), quanto aquelas sem fins lucrativos ( sociais, filantrópicas, de lazer, ensino, pesquisas, etc. ) que, também possuem um patrimônio que precisa ser administrados, sobre ele deve fornecer informações a todos os que, direta ou indiretamente, mantém vínculos de interesses com ela.Para a contabilidade alcançar sua finalidade ela processa o registro de todos os fatos relacionados com a formação, a movimentação e as variações do patrimônio administrado vinculado à entidade, objetivando assegurar seu controle e fornecer informações ao grupo de pessoas que se interessam pela contabilidade ou que dela necessitam.Nesse sentido, existe um grupo de pessoas ligadas diretamente as entidades, que podemos chamar de público interno ( proprietários, sócios, administradores, executivos, diretores e outros ) e, outro grupo de pessoas, ligadas indiretamente a entidade, aqui chamada de público externo ( bancos, acionistas, governo, fornecedores de bens e serviços, clientes, sindicatos, entre outros ).A contabilidade é um sistema de registro e apuração ou medição de riqueza. Todos os lançamentos contábeis realizados durante um período de tempo e todos os procedimentos que o cercam visam, fundamentalmente, a medição da riqueza da entidade ao final deste período. Para tanto, a contabilidade registra sistematicamente o valor das transações que alteram a posição patrimonial da entidade, evidenciando a formação do resultado econômico ( Lucro ou Prejuízo ).A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração de tomar decisões, na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para as tomadas de decisão.A contabilidade apresenta suas limitações; as principais são:

Não é, e nem deve ser entendida como um fim em si mesmo; isso quer dizer que as informações por ela fornecidas só terão utilidade desde que satisfaçam as necessidades da administração ou de outros interessados, e não apenas às do contador;

A contabilidade só é capaz de captar e registrar, normalmente, eventos mensuráveis em moeda quando sabemos que, em quase todas as decisões, muitos outros elementos não-quantitativos devem ser levados em conta para uma decisão adequada;

Existe ainda muita confusão entre os contadores, no que diz respeito aos princípios contábeis, a procedimentos de avaliação, bem como, quanto aos termos utilizados na contabilidade das entidades.

O resultado de tais limitações, segundo os autores, é que os relatórios contábeis não expressam exatamente a realidade financeira e econômica da entidade, mesmo que estatisticamente concebida, como muitos possam julgar, pela exuberante exatidão dos cálculos e somas que vão até centavos. Muitas vezes a contabilidade fornece um retrato desfocado ou defasado de uma paisagem empresarial; não devemos nos humilhar por isto, pois o mesmo acontece com outros métodos quantitativos. O importante é ter consciência do grau de limitação inerente ao método para não nos iludirmos em demasia, e, tampouco, iludir os outros com aparente exatidão dos números apresentados pela contabilidade que, no fundo, são apenas aproximações de uma realidade bem mais complexa.

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Fundamentos Contábeis1.2 GRUPO DE PESSOAS E DE INTERESSES QUE NECESSITAM DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

1.2.1 Sócios, Acionistas e Proprietários:Essas pessoas, interessadas primariamente na rentabilidade e segurança de seus investimentos, necessitam de informações resumidas que permitam fazer análises para verificarem e/ou constatarem a viabilidade do seu negócio.

1.2.2 Administradores, Diretores e Executivos:O interesse nos dados contábeis destas pessoas atinge um grau de profundidade e análise muito maior do que para os demais grupos. De fato, são eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisões dentro de cada entidade.

1.2.3 Bancos, Capitalistas, Emprestadores de Dinheiro:Para estas entidades e pessoas, as perguntas são mais ou menos parecidas às formuladas pelas pessoas citadas no item 1.2.1, com a diferença de que a finalidade deste grupo é a rentabilidade e segurança de retorno de seus investimentos. Estes serão os primeiros a abandonar o barco em perigo de naufrágio.

1.2.4 Governo e Economistas Governamentais:As repartições e economistas governamentais têm duplo interesse nas informações contábeis. Em primeiro lugar, freqüentemente baseado em tais informações é que se exerce o poder de tributar e arrecadar impostos, taxas e contribuições. Isto é especialmente verdadeiro no caso da maioria das empresas, cujo imposto de renda é taxado a partir dos balanços. Em segundo lugar, os economistas encarregados de análises globais ou setoriais de nossa economia interessam-se pelos dados contábeis das diversas unidades microeconômicas, os quais, convenientemente agregados e tratados estatisticamente, podem fornecer bases adequadas para as análises econômicas.

1.2.5 Pessoas Físicas:A contabilidade não deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das finanças também no caso dos patrimônios individuais. Freqüentemente, as pessoas se esquecem de que alguns conhecimentos de contabilidade e orçamento muito as ajudariam no controle, ordem e equilíbrio de seus orçamentos domésticos.

1.3 FINALIDADES PARA AS QUAIS SE USAM INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

1.3.1 Finalidade de Controle:Pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo de conformidade com os planos e políticas traçados pelos donos de capital e pela própria alta administração.A informação contábil é útil ao processo de controle das seguintes formas:

Como meio de comunicação: Os relatórios contábeis podem ser de grande auxílio, ao informar a organização a respeito dos planos e políticas da administração e, em geral, das formas de comportamento ou ação que a administração deseja atribuir à organização.

Como meio de verificação: Periodicamente, a administração necessita avaliar a qualidade dos serviços executados pelo empregados. A apreciação desse desempenho pode resultar em acréscimo de salários, promoções, ações corretivas, ou, em casos extremos, demissões. A informação contábil pode auxiliar este processo de avaliação.

1.3.2 Finalidade de Planejamento:É o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado no futuro.Normalmente, o processo de planejamento consiste em considerar vários cursos alternativos de ação e decidir qual o melhor. A informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da contabilidade com os planos orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial.

1.4 ESPECIALIZAÇÕES CONTÁBEIS E FUNÇÕES CONTÁBEIS TÍPICAS

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Fundamentos Contábeis1.4.1 Planificação da Contabilidade:

Entre as providências iniciais para se colocar em funcionamento uma empresa, é a necessidade da planificação geral do setor contábil. Deve-se estudar a natureza da entidade, verificar os tipos de transações que provavelmente ocorrerão e planejar a maneira pela qual estas transações deverão ser registradas, sintetizadas e evidenciadas. Elabora-se, finalmente, um Plano e um Manual de Contas adequadas. Deve-se escolher o processo de escrituração a ser adotado. Essa escolha depende do volume e da complexidade dos registros que poderão ocorrer. O trabalho de planificar a Contabilidade é um dos que exigem mais experiência, perspicácia e bom-senso.

1.4.2 Escrituração Contábil:Quando a Contabilidade é bem planejada, grande parte do processo de escrituração se torna rotineiro e pode ser realizado por simples escriturários. Todavia, em qualquer empresa surgem, a todo momento, problemas que só podem ser resolvidos por profissionais habilitados. Às vezes, trata-se de problemas de interpretação e classificação de novos fatos ou operações que não estavam previstos na planificação inicial. É nesta hora que a presença do Administrador se torna mais importante, na solução destes problemas.

1.4.3 Elaboração e Interpretação de Relatórios:Os relatórios contábeis, tais como Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados, Balancetes de Verificação e muitos outros, são resultado final do processo de escrituração. Todo o trabalho de acumulação de registros e dados sistematicamente classificados, que constitui a rotina contábil, tem por finalidade inserir os dados colhidos em relatórios contábeis, os quais devem ainda ser interpretados, no sentido contábil, por profissionais habilitados, a fim de proporcionar, à administração e aos demais interessados, informações relevantes para as tomadas de decisões.

1.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO CONTÁBILÉ preciso, todavia, dizer algo a respeito das limitações do método contábil. Em primeiro lugar, a Contabilidade não é e nem deve ser entendida como um fim em si mesma. Isto que dizer que as informações por ela fornecidas só terão utilidade desde que satisfaçam às necessidades da administração ou de outros interessados, e não apenas às do contador. Em segundo lugar, a Contabilidade só é capaz de captar e registrar, normalmente, eventos mensuráveis em moeda quando sabemos que, em quase todas as decisões, muitos outros elementos não-quantitativos devem ser levados em conta para uma decisão adequada.

1.6 PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS BÁSICOS SEGUNDO O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADASExiste um conjunto de regras, normas e princípios que formam o arcabouço teórico que sustenta toda a ciência contábil. Segundo vários autores, tais regras ou normas são importantes e necessárias à uniformização dos procedimentos utilizados pela contabilidade.Entre os contadores há um consenso geral na aceitação dessas regras, por isso se diz que são princípios contábeis geralmente aceitos. Também, seguindo esses princípios contábeis, o Conselho Federal de Contabilidade ( CFC ) regulamentou as Normas Brasileiras de Contabilidade ( NBC ) que, fazem parte do Código de Ética Profissional do Contabilista. Tais princípios ( ou normas ) são os seguintes:

Princípio da Entidade: O patrimônio da entidade não se confunde com dos seus sócios ou acionistas, ou proprietário individual;

Princípio da Continuidade: A vida da entidade é continuada, por conseqüência, como as demonstrações contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subseqüentes; se ocorrer a descontinuidade, o fato deve ser divulgado;

Princípio da Expressão Monetária: O patrimônio e as operações da entidade devem ser expressos na moeda em vigor no País, convertendo-se nesta as transações realizadas em outra moeda;

Princípio da Competência: As receitas e os gastos ( custos e despesas ) devem ser reconhecidos na apuração do resultado do período a que pertencem e, de forma simultânea, quando se correlacionarem. Os gastos devem ser reconhecidos independentemente do seu pagamento e as receitas somente quando de sua realização;

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Fundamentos Contábeis Princípio da Oportunidade: As mudanças nos Ativos, Passivos e na expressão do Patrimônio

Líquido devem ser reconhecidas formalmente nos registros contábeis logo que ocorrerem, ainda que seus valores sejam razoavelmente estimados e as provas documentais posteriormente complementadas;

Princípio da Formalização dos Registros Contábeis: Os atos e fatos administrativos devem estar consubstanciados em registros apropriados. Qualquer que seja o processo adotado para tais registros, devem ser sempre preservados os elementos de comprovação necessários a sua verificação não só quanto à precisão como a perfeita compreensão das demonstrações contábeis;

Princípio da Terminologia Contábil: Os termos utilizados nos registros e nas demonstrações contábeis conseqüentes devem expressar, tanto quanto possível, o verdadeiro significado das transações ocorridas, preservando-se expressões no idioma nacional;

Princípio da Periodicidade: Os exercícios contábeis deverão ser de igual duração, o que permitirá a sua compatibilidade, a avaliação da eficiência e eficácia da gestão;

Princípio da Prudência: O critério de menor valor para os itens do Ativo e da Receita, e o de maior valor para os itens do Passivo e Gastos ( Custos e Despesas ), com efeitos correspondentes no Patrimônio Líquido, serão adotados para registro, diante de opções de escolha de valor;

Princípio da Uniformidade: Os critérios aplicados em um período, nos registros contábeis e nos levantamentos deles decorrentes devem ser mantidos, nos períodos subsequentes. Contudo, em certas circunstâncias havendo mudanças de critérios, o seu efeito nas demonstrações contábeis deve ser divulgado;

Existem dois métodos fundamentais para se proceder a escrituração contábil dos fatos e transações que movimentam a empresa: o método das partidas simples e o das partidas dobradas.O método das partidas simples, as operações realizadas são registradas uma única vez, não se fazendo a contrapartida.O método das partidas dobradas, ao contrário, dita um modo de lançamento em cada transação, que é registrado em função de uma contrapartida, ou seja, o mesmo valor é lançado em duas contas no mínimo, através de débito(s) e crédito(s) simultâneos, a fim de manter o equilíbrio patrimonial. A essência desse método universalmente aceito é que não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s). Consequentemente, a soma do(s) lançamento(s) feito(s) a débito(s) deverá(ão) ser igual(is) à soma do(s) lançamento(s) feito(s) a crédito(s), em prefeito equilíbrio.O método das partidas dobradas é um sistema obrigatório para todas as pessoas jurídicas e, exige pessoal especializado ( contadores ) para condução e responsabilidade técnica da contabilidade, já que tudo é formalizado por normas internacionalmente aceitas.Apenas para ilustrar, um exemplo de partida dobrada poderia ser: compra a prazo de mercadorias, nesse caso, o lançamento envolveria duas contas ( mercadorias e fornecedores ), ou seja, aumenta a conta Mercadorias ( Ativo ) que é debitada e, como contrapartida, aumenta a conta Fornecedores ( Passivo ) que é creditada.Outro exemplo poderia ser: compra a vista de uma máquina através da emissão de cheque da empresa, neste caso, aumenta a conta Máquinas ( Ativo ) que é debitada e, como contrapartida, diminui a conta Banco conta Movimento ( Ativo ) que é creditada.Não temos aqui o objetivo de ensinar o método das partidas dobradas, mas sim, trabalharmos com as informações fornecidas pela contabilidade realizada através desse método para subsidiar nas tomadas de decisão.As técnicas contábeis estão relacionadas a todos os procedimentos básicos de condução do processo contábil que, são padronizadas e seguidas por todos os contadores. Resume as técnicas contábeis nos seguintes passos:

a) Definição do Plano de Contas: Tem como função possibilitar a adequada forma de controle do patrimônio da entidade contabilizada. Dessa forma, deve-se prever um elenco de todas as contas necessárias aos registros contábeis. O Plano de Contas é composto, basicamente, por uma relação de contas patrimoniais ( Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido ) e contas de resultado ( Receitas e Gastos ( custos e despesas ) ), agrupadas segundo suas funções e, complementadas por instruções que expliquem a sua composição e seu funcionamento. Subdivide-se em contas sintéticas e contas analíticas, conforme:

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Fundamentos ContábeisContas Sintéticas: São contas que não recebem lançamentos ( débitos e créditos ); apenas acumulam valores das contas de níveis menores que pertencem ao seu grupo ou subgrupo;

Contas Analíticas: São contas que recebem lançamentos, ou seja, debita-se e/ou credita-se valores nestas contas; são as contas do último nível de cada grupo ou subgrupo a que pertence.

b) Escrituração: Refere-se ao registro de todos os fatos contábeis ( transações ) que possam ser expressos em termos monetários no Livro Diário, bem como nas Fichas do Razão, devidamente comprovados através de documentos. No Livro Diário cada lançamento é chamado de partida de diário e, são efetuados em ordem cronológica a medida que vão ocorrendo no cotidiano das empresas. Já, as Fichas do Razão tem a função de agrupar os lançamento em cada conta individual. Passando o mês, é preciso levantar o Balancete de Verificação para relacionar todos os saldos diferentes de zero de cada conta da contabilidade, este saldo é o mesmo que costa em cada Ficha do Razão. O Balancete de Verificação é uma forma de checar se o total de débitos das contas confere com o total de créditos, afim de manter o equilíbrio patrimonial. Atualmente, com o avanço da informática existem softwares específicos de contabilidade que facilitam o processo de escrituração, processamento e emissão de relatórios da contabilidade.

Livro Diário: Tem a finalidade de registrar diariamente todas as ocorrências de transações (lançamentos contábeis) da empresa; são necessários alguns requisitos básicos para um lançamento, conforme: a data do lançamento, a conta a ser debitada, a conta a ser creditada, o valor do lançamento e o histórico.

Fichas do Razão: Tem a finalidade de registrar a movimentação individual de cada conta; este livro é preenchido simultaneamente com o livro diário.

Balancete de Verificação: É o instrumento contábil que apresenta, de forma agrupada, todas as contas que tiveram movimentação em determinado período. Este levantamento é feito através do livro razão das respectivas contas. O objetivo deste demonstrativo é dar uma visão preliminar das situações das contas e suas movimentações, sendo de grande importância para constatação de possíveis erros de classificação e escrituração.

c) Elaboração das Demonstrações Contábeis: Após o encerramento do período contábil é possível elaborar as demonstrações contábeis que expressam a situação patrimonial, além do resultado ( lucro ou prejuízo ) do período. As principais demonstrações contábeis-financeiras de uma empresa são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.

d) Auditoria: Trata-se do exame ou da verificação da exatidão dos procedimentos contábeis. Existem dois tipos de pessoas que fazem a auditoria na contabilidade das empresas: o primeiro, é o auditor independente (externo), ou seja, aquele que não possui vínculo de emprego com a empresa sendo remunerado para realizar o trabalho de auditoria, é um profissional liberal, embora possa estar vinculado a uma empresa de Auditoria; o segundo, é o auditor interno que é empregado da empresa em que faz o exame da contabilidade.

e) Análise das Demonstrações Financeiras: Também conhecida por “Análise de Balanços”, refere-se ao processo de análise das demonstrações financeiras da empresa com o objetivo de levantar aspectos sobre a sua “saúde financeira”. Os objetivos dessa análise podem ser diversos: medidas de desempenho, concessão de créditos ( por bancos e financeiras ), investimentos, entre outros.

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2 – Estática Patrimonial

Ativo PassivoCaixa 1.000 Títulos a Pagar 3.500Bancos 800 Obrigações a Pagar 1.800Duplicatas a Receber 3.000Terrenos 1.700 Patrimônio LíquidoVeículos 500 Capital Social 4.000Materiais 3.000 Lucros Acumulados 700

Total do Ativo 10.000 Total Passivo + Patr. Líquido 10.000

2.1 ATIVOO Ativo compreende os bens e os direitos, da entidade, expressos em moeda corrente nacional.Ex: Caixa, Bancos (ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas), Imóveis, Veículos, Equipamentos, Mercadorias, Títulos a Receber, Clientes (estes últimos sendo quantias que terceiros devem à entidade, em virtude de transações de crédito, tais como empréstimos de dinheiro ou vendas a prazo), são alguns dos bens e direitos que uma empresa normalmente possui.Todos os elementos componentes do Ativo acham-se discriminados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.

2.2 PASSIVOO Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantias que a empresa deve a terceiros. Conhecido também como Capital de Terceiros ou Exigível Total.Ex: Títulos a Pagar, Contas a Pagar, Fornecedores a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a Pagar, são algumas das obrigações assumidas normalmente por uma entidade.Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial.

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDOO Patrimônio Líquido compreende as obrigações, da entidade, para com os seus sócios e/ou acionistas. Também é conhecido como Capital Próprio. Define-se também como sendo a diferença entre o valor do Ativo e o Passivo

2.4 FONTES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOO Patrimônio Líquido de uma entidade pode ser proveniente das seguintes fontes:

Investimentos efetuados pelos proprietários em troca de ações, quotas ou outras participações;

Lucros acumulados na entidade como fonte (adicional) de financiamento.

2.5 EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIOA representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida pela expressão Balanço Patrimonial. Sabemos que, pela própria definição: Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. É por esta razão que o balanço costuma ser denominado Balanço Patrimonial.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO( lado esquerdo ) ( lado direito )

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Fundamentos Contábeis2.6 A NATUREZA DEVEDORA E CREDORA DOS GRUPOS E CONTAS DO BALANÇO

PETRIMÔNIALAs contas do Ativo, que representam os bens e direitos da entidade, têm natureza devedora, ou seja, os saldos das contas que integram este grupo, devem apresentar os saldos devedores.Embora pareça estranho, em função de serem bens e direitos pertencentes a empresa, a análise deve ser feita considerando que cada conta, que contem valores nela, devem, para a empresa, estes valores nelas contidos; a análise é de dentro para fora, como se fossa um espelho.Um exemplo disso é a conta Bancos: a empresa deposita uma determinada quantia em um banco em que tem conta corrente; o valor depositado pela empresa é um bem dela, porem, no momento em que deposita esse numerário no banco, é o banco que passa a dever para empresa, por estar de posse de um valor dela. Esta mesma análise deve ser feita para as demais contas e grupos que formam o Ativo.Já as contas dos grupos Passivo e Patrimônio Líquido, que representam as obrigações e deveres da empresa, têm natureza credora, ou seja, os saldos das contas que integram estes grupos, devem apresentar os saldos credores.A mesma analogia feita para o Ativo, deve ser feita em relação ao Passivo e Patrimônio Líquido, ou seja, cada conta que contem valores nela, tem um crédito com a empresa, no valor nela contido; a análise também é de dentro para fora, como se fosse um espelho.Um exemplo é a conta Fornecedores a Pagar: a empresa compras a prazo de um determinado fornecedor; na sua contabilidade, fará uma entrada de numerário na conta Fornecedores a Pagar, e neste momento, a conta Fornecedores a Pagar passa a ter um crédito para com a empresa, no valor nela contido.Para melhor entendimento, vide o quadro abaixo:

Resumo do mecanismo de Débito e Crédito

ContasEfetua-se um lançamento a:

Débito Créditode para para

Ativo Aumentar DiminuirPassivo Diminuir Aumentar

Patrimônio Líquido Diminuir Aumentar

2.7 RAZONETESTodas as contas, para efeito de lançamentos, serão representadas por um razonete em “T”, conforme modelo abaixo:

Razonete em “T”

Lado Esquerdo Lado Direito

Lançamento Lançamento

A a

“ Débito ” “ Crédito ”

Qualquer conta, independentemente de ser de natureza devedora ou credora, pode receber lançamentos a débito ou a crédito; para se saber quando debitar ou quando creditar uma conta é só identificar a sua natureza (devedora ou credora) e saber o seguinte:

Para aumentar o saldo de uma conta de natureza devedora, deve-se fazer um lançamento a débito;

Para diminuir o saldo de uma conta de natureza devedora, deve-se fazer um lançamento a crédito;

Para aumentar o saldo de uma conta de natureza credora, deve-se fazer um lançamento a crédito;

Para diminuir o saldo de uma conta de natureza credora, deve-se fazer um lançamento a débito.

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3 – Estrutura das Demonstrações Contábeis

De acordo com o artigo 176 da Lei no. 6.404, de 15/12/1976, conhecida, também, como Lei das Sociedades por Ações, é obrigatório à publicação pelas companhias, ao final de cada exercício social com duração de um ano, as seguintes demonstrações financeiras, também conhecidas como demonstrações contábeis, a saber:

a) Balanço Patrimonial ( BP );b) Demonstração do Resultado do Exercício ( DRE );c) Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados ( DLPA ) ou Demonstração das Mutações do

Patrimônio Líquido ( DMPL );d) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ( DOAR ).

Obs: A publicação, na sua totalidade, só é obrigatória nas empresas com a forma jurídica de Sociedade Anônima; para as outras empresas, com outra forma jurídica ( Individual e Ltda. ) não é obrigado estas publicações, embora seja utilizado, por elas, a mesma estrutura do Balanço Patrimonial ( BP ) e da Demonstração do Resultado do Exercício ( DRE ), mas não as publicam.

BALANÇO PATRIMONIAL: Demonstra a situação patrimonial estática da empresa em determinado momento; ele encerra a seqüência dos procedimentos contábeis, apresentando de forma ordenada os três elementos componentes do patrimônio: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. A maioria das empresas brasileira encerra o balanço em 31 de dezembro de cada ano, coincidindo com o encerramento do ano civil. No Balanço Patrimonial, as contas representativas do ATIVO, do PASSIVO e do PATRIMÔNIO LÍQUIDO devem ser agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia e apresentadas em ordem decrescente de grau de liquidez para o ATIVO, e de exigibilidade para o PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO.

Estrutura e conteúdo do Balanço Patrimonial segundo a Lei das SAs, na forma bilateral:ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Disponível Exigível a Longo Prazo Realizável Resultados de Exercícios Futuros Despesas Antecipadas PATRIMÔNIO LÍQUIDO Realizável a Longo Prazo Capital Social Permanente Reservas de Capital Investimentos Reservas de Reavaliação Imobilizado Reservas de Lucro Diferido Lucros ( ou Prejuízos ) Acumulados

ATIVO: São os Bens e Direitos da empresa. Tudo que a ela pertence, mesmo que ela não tenha a posse do bem, mas tenha o direito. Subdivide-se em:

ATIVO CIRCULANTE: Classificam-se todos os bens e direitos que se convertem em dinheiro a curto prazo. Considera-se como curto prazo os valores realizáveis (conversíveis em dinheiro) até o final do exercício seguinte. Caso o ciclo operacional da empresa seja superior a um ano, esse prazo é considerado curto prazo.As contas desse grupo podem ser agrupadas em três subgrupos, a saber:

a) Disponível: São recursos que podem ser utilizados imediatamente, sem restrições. A empresa tem a posse. A conta caixa representa o numerário (dinheiro) existente na empresa; a conta banco representa os recursos depositados em instituições financeiras para livre movimentação; as aplicações financeiras de liquidez imediata são aplicações financeiras de imediata conversibilidade em dinheiro;

b) Realizável: São recursos aplicados em direitos que poderão ser convertidos em dinheiro no prazo de um ano, ou seja, durante o exercício social seguinte. A conta Duplicatas a Receber, os Estoques, e outras.

c) Despesas Antecipadas: São recursos aplicados antecipadamente, que geram benefícios ou serviços em períodos (meses seguintes) e no exercício seguinte; também chamada de Despesas do

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Fundamentos ContábeisExercício Seguinte. A conta Prêmios e Seguros a Apropriar, Encargos financeiros a Apropriar, e outras.

ATIVO REALIZÁVEL À LONGO PRAZO: É composto de diretos realizáveis após o término do exercício seguinte, e com a mesma natureza (contas) do ativo circulante.

ATIVO PERMANENTE: É composto de três subgrupos, conforme:

a) Investimentos: É composto de contas que não se destinam especificamente à manutenção das atividades operacionais da empresa.Ex: Participação Acionária em Empresas Controladas e Coligadas (outras empresas); Obras de Arte; Terrenos e Imóveis para utilização com a finalidade de se obter ganhos de capital.

b) Imobilizado: É composto de bens e direitos que se destinam à manutenção das atividades normais da empresa. Normalmente são reduzidas pelas respectivas contas credoras de Depreciação, Amortização e Exaustão, conforme o caso. Algumas contas do Imobilizado são: Terrenos, Edifícios, Instalações, Máquinas e Equipamentos, e outras.

c) Diferido: É composto de despesas incorridas em determinados exercícios, mas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social.Ex: Gastos com Implantação e Gastos Pré-Operacionais.

PASSIVO: São as Obrigações e Deveres da empresa. Tudo que ela deve. Subdivide-se em:

PASSIVO CIRCULANTE: São as obrigações exigíveis a curto prazo, ou seja, que se realizarão até o final do exercício seguinte.Ex: Fornecedores a Pagar, Encargos Sociais a Pagar, Impostos a Pagar, Empréstimos a Pagar, e outras.

PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO: Classifica-se todas as obrigações exigíveis após o término do exercício social seguinte, ou após o ciclo operacional da empresa. Ex: Todas as contas do Passivo Circulante que se enquadrem no longo prazo.

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS: São lançadas neste grupo as receitas líquidas, ou seja, as receitas diminuídas dos custos e despesas incorridos ou a incorrer, relacionadas àquela receita.Ex: Recebimentos Adiantados de Aluguéis e Vendas para Entrega Futura.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Representa os recursos próprios da empresa, que pertencem a seus acionistas ou sócios. É constituído pelos seguintes grupos:

a) Capital Social: Representa os valores efetivamente integralizados pelos acionistas (ou sócios). É demonstrado com o valor do capital subscrito deduzido pela conta devedora que representa o capital a integralizar;

b) Reservas de Capital: São valores recebidos pelas empresas e que não são exigíveis e nem são receitas.Ex: Correção Monetária do Capital realizado; outras.

c) Reservas de Reavaliação: Representam valores gerados pelos aumentos de valor dos ativos reavaliados com base em laudos técnicos emitidos por peritos ou empresas especializadas em reavaliação de ativos;

d) Reservas de Lucros: São constituídas com lucros retidos para finalidades específicas:A Reserva Legal é constituída com a parcela de 5% do lucro, limitada a 20% do Capital Social;

As Reservas Estatutárias são constituídas de acordo com o que determina o estatuto da empresa;

As Reservas para Contingências tem a finalidade de compensar uma provável perda ou prejuízo no futuro;

e) Lucros (ou Prejuízos) Acumulados: São lucros (ou prejuízos) remanescentes do exercício social atual ou anteriores, que não tiveram destinação específica.

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Fundamentos ContábeisDEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO: É uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e gastos, que resulta em aumento ou redução do patrimônio líquido. Ela deve ser apresentada de forma dedutiva, isto é, inicia-se com a Receita Operacional Bruta e dela deduz-se custos e despesas, para apurar o lucro líquido.

Estrutura e conteúdo da Demonstração do Resultado segundo a Lei das SAs:

NOMENCLATURAS VALORESRECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Mercadorias 0,00 Vendas de Serviços 0,00( = ) SOMA RECEITA OPERACIONAL BRUTA 0,00( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas Canceladas 0,00 Devoluções e Abatimentos 0,00 Impostos Incidentes sobre as Vendas e Serviços 0,00( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 0,00( - ) CUSTOS OPERACIONAIS Custo das Mercadorias Vendidas 0,00 Custo dos Produtos Vendidos Custo dos Serviços Prestados 0,00( = ) RESULTADO BRUTO OPERACIONAL 0,00( - ) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas de Vendas 0,00 Despesas Administrativas 0,00 Despesas Financeiras 0,00 Outras Receitas e Despesas Operacionais 0,00( = ) LUCRO (OU PREJUÍZO) OPERACIONAL 0,00( + ) OU ( - ) RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 0,00( = ) LUCRO ANTES DO IR E DA CS (OU PREJUÍZO) DO PERÍODO 0,00( - ) PROVISÃO PARA O IR E A CS 0,00( = ) LUCRO DEPOIS DO IR E DA CS (OU PREJUÍZO) DO PERÍODO 0,00( - ) PARTICIPAÇÕES, CONTRIBUIÇÕES E DISTRIBUIÇÕES 0,00( = ) LUCRO (OU PREJUÍZO) LÍQUIDO DO PERÍODO 0,00

RECEITA OPERACIONAL BRUTA: Apresenta o valor das vendas a vista e a prazo de mercadorias e/ou produtos, bem como de serviços prestados, e incluem todos os impostos. É chamada, também, de Faturamento Bruto.

DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA: Esse grupo de conta deduz a Receita Bruta, para gerar a Receita Líquida. É composto pelas seguintes contas:

Vendas Canceladas: Representam as mercadorias devolvidas pelos clientes e canceladas;

Devoluções e Abatimentos: São devoluções recebidas e/ou descontos concedidos a clientes, por defeitos apresentados pelos produtos vendidos;

Impostos Incidentes sobre as Vendas e Serviços: Representam os impostos incidentes sobre as vendas e os serviços prestados, gerados por meio da emissão de notas fiscais e faturas, tais como: IPI, ICMs, ISS, PIS e COFINS.

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA: Corresponde ao valor obtido pela Receita Operacional Bruta deduzida da Vendas Canceladas, Abatimentos e os Impostos.

CUSTOS OPERACIONAIS: Esse grupo é composto pelas seguintes contas:

Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): Representa o valor correspondente às parcelas vendidas, das mercadorias adquiridas prontas para serem comercializadas.

CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final Página no: 10

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Fundamentos Contábeis

Custo dos Produtos Vendidos (CPV): Representa a parcela vendida dos custos incorridos pela empresa em seu processo de fabricação.

CPV = EIPA + CPP – EFPA, onde:

EIPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados;CPP = Custo de Produção do Período;EFPA = Estoque Final de Produtos Acabados.

Custo dos Serviços Prestados (CSP): Representa os custos incorridos para gerar serviços e é composto pelos custos da mão-de-obra utilizada, dos materiais aplicados e outros gastos.

RESULTADO BRUTO OPERACIONAL: O Resultado Bruto Operacional é a diferença entre a Receita Operacional Líquida e os Custos dos Produtos Vendidos. Conhecido também como LUCRO BRUTO e ainda RESULTADO COM MERCADORIAS.

DESPESAS OPERACIONAIS: São necessárias para promover, vender e distribuir os produtos, administrar a empresa e financiar operações. Os principais subgrupos são:

Despesas de Vendas: São compostas de gastos com pessoal de vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, etc.

Despesas Administrativas: São gastos incorridos para administrar a empresa. São constituídas de: salário e encargos sociais do pessoal administrativo, honorário do conselho e diretoria, aluguéis de escritórios, etc.

Despesas Financeiras: São compostas de contas como: juros pagos ou incorridos, descontos concedidos, comissões bancárias, etc.

Outras Receitas e Despesas Operacionais: São receitas e despesas não classificáveis em subgrupos anteriores, como: receitas de aplicações financeiras, vendas de sucatas, etc.

LUCRO (OU PREJUÍZO) OPERACIONAL: É o valor obtido após deduzir as despesas operacionais do Resultado Bruto Operacional.

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS: São despesas e/ou receitas não relacionadas diretamente com o negócio da empresa. São constituídos basicamente de ganhos e perdas de capitais provenientes de baixas ou vendas dos elementos do ativo permanente.

LUCRO ANTES DO IR E DA CS (OU PREJUÍZO) DO PERÍODO: É a diferença entre o lucro operacional e os resultados não operacionais. Também conhecido como LAIR.

PROVISÃO PARA O IR E A CS: O Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados sobre o lucro real, que é calculado com a adição de despesas não dedutíveis e de outros valores possíveis de tributação, e dedução de prejuízos de exercícios anteriores.

LUCRO DEPOIS DO IR E DA CS (OU PREJUÍZO) DO PERÍODO: Corresponde a diferença entre o LAIR e a Provisão do IR e da CS.

PARTICIPAÇÕES, CONTRIBUIÇÕES E DISTRIBUIÇÕES: São calculadas sobre o lucro após o Imposto de Renda e a Contribuição Social, as participações estatutárias no lucro, de empregados, administradores e partes beneficiárias.

LUCRO (OU PREJUÍZO) LÍQUIDO DO PERÍODO: É o resultado final do exercício social, que fica a disposição dos acionistas (ou sócios) da empresa, para ser distribuído e para constituir reservas de lucros. Se o resultado final for prejuízo líquido, poderá ser compensado com lucros acumulados de exercícios anteriores ou reservas de lucros.

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Fundamentos ContábeisCONTAS REDUTORAS DO BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO: São contas que diminuem o valor do grupo a que pertencem. Dentre outras, passamos abaixo uma relação de contas, conforme: Duplicatas Descontadas: Conta analítica, do Balanço Patrimonial, redutora do Ativo Circulante

Realizável, de natureza credora; normalmente aparece abaixo da conta Duplicatas a Receber. A conta Duplicatas Descontadas somente existirá se existir também a conta Duplicatas a Receber. É uma prática comum as empresas descontarem em instituições bancárias parte de suas duplicatas a receber, obtendo no ato o valor das mesmas deduzidos de despesas bancárias e de juros relativos ao período a transcorrer entre a data da operação de desconto e o vencimento das duplicatas. Como a empresa continua co-responsável perante ao banco, deve saldar a dívida caso o cliente, cuja duplicata foi descontada, falte ao pagamento no vencimento. Por esse motivo, o montante das Duplicatas a Receber descontadas na data do balanço deve ser demonstrado como conta redutora das contas a receber respectivas, de modo a esclarecer que a empresa negociou aqueles direitos, n o entanto, pode ter que readquiri-los se o devedor faltar com o pagamento. O lançamento contábil será:

Débito: Bancos Conta MovimentoConta pertencente ao Ativo Circulante Disponível, de natureza devedora;

Débito: Despesas de JurosConta de resultado, pertencente à Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), de natureza devedora;

Crédito: Duplicatas DescontadasConta redutora, pertencente ao Ativo Circulante Realizável.

Provisão para Devedores Duvidosos: Conta analítica, do Balanço Patrimonial, redutora do Ativo Circulante Realizável, de natureza credora; normalmente aparece abaixo da conta Duplicatas a Receber e se existir, abaixo também da conta Duplicatas Descontadas. Contabilmente não há um procedimento específico para apuração do valor da provisão, que pode variar de empresa para empresa, de acordo com os aspectos peculiares de seus clientes, ramo de negócios e a conjuntura econômica do momento. Atualmente a legislação fiscal não fixa percentuais para apuração, uma vez que essa provisão, não é mais dedutível do resultado tributável. Assim sendo, é de responsabilidade do contador e dos administradores da empresa avaliarem o assunto para definir a forma de constituição e ajustes da provisão, de modo que esta não distorça as demonstrações financeiras e os resultados da empresa.

Depreciação, Amortização e Exaustão: Com exceção de terrenos e de alguns outros itens, os elementos que integram o Ativo Permanente Imobilizado têm um período limitado de vida útil econômica. Dessa forma, o custo de tais ativos devem ser alocados aos exercícios beneficiados pelo seu uso no decorrer de sua vida útil econômica, mediante apropriação das quotas mensais ou anuais de depreciação, amortização ou exaustão que devem representar o efetivo desgaste do bem, sua perda de utilidade ou a perda de sua capacidade produtiva.

1. Depreciação: É contabilmente definida como o gasto equivalente à perda do valor de um determinado bem, seja por deterioração (uso natural/normal do bem) ou por obsolescência (abandono/não uso). Conta analítica, do Balanço Patrimonial, redutora do Ativo Permanente Imobilizado, de natureza credora.

Contábil:Débito: Despesas ou Custos com DepreciaçãoCrédito: Depreciação Acumulada

2. Amortização:

3. Exaustão: Quando corresponder à perda do valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

Capital a Integralizar: Conta analítica, do Balanço Patrimonial, redutora do Patrimônio Líquido, de natureza devedora; representa o valor do Capital Social declarado, em contrato social, não integralizado sob a forma de numerário ou de bens, pelos sócios da empresa.

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Fundamentos ContábeisContábil:Débito: Capital a IntegralizarCrédito: Capital Social

Vendas Canceladas: Conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os valores das notas fiscais já emitidas que por algum problema, antes de ocorrer a transferência (a saída do produto), são canceladas. O cancelamento de uma nota fiscal só pode ser feito na mesma data da sua emissão.

Contábil:Débito: Vendas Canceladas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Duplicatas a Receber ou Caixa ou BancosO valor do crédito deverá ser lançado em uma das contas acima mencionadas, de acordo com o lançamento inicial.

Devoluções: Conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os lançamentos de valores devolvidos, total ou parcial, em relação a uma venda efetuada, motivada por uma não conformidade de produtos; este procedimento implica em devolução de quantidades de produtos, além de valores, portanto deverá ter uma nota fiscal de devolução emitida pelo comprador; deve-se fazer também, tanto o vendedor como o comprador, os ajustes (estornos) dos impostos envolvidos nesta transação.

Contábil:Débito: Devoluções de Vendas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Duplicatas a Receber ou Caixa ou BancosO valor do crédito deverá ser lançado em uma das contas acima mencionadas, de acordo com o lançamento inicial.

Abatimentos: Conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os lançamentos de descontos condicionais concedidos pelo vendedor ao comprador, em função de uma não conformidade de produtos; este procedimento implica somente em valores, portanto deverá ser registrado, entre vendedor e comprador, sob forma de documento, para que se possa fazer os ajustes dos impostos envolvidos na transação.

Contábil:Débito: Abatimentos sobre as Vendas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Duplicatas a Receber ou Caixa ou BancosO valor do crédito deverá ser lançado em uma das contas acima mencionadas, de acordo com o lançamento inicial.

Ipi sobre Vendas: Imposto sobre Produtos Industrializados; conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os lançamentos dos valores do imposto supra citado, destacado na nota fiscal; somente será devido este lançamento, caso o vendedor seja contribuinte deste imposto, ou seja, esteja obrigado a recolher este tributo. O responsável (pai) deste tributo é a Receita Federal. O seu percentual (%) é determinado pela Receita Federal; a apuração deste imposto é feita mensalmente, e o seu recolhimento deve ser feito através de darf, sempre no mês subseqüente ao da apuração; na apuração mensal, para levantamento de saldos a pagar, deve-se diminuir os créditos obtidos pelas entradas (compras), caso exista.

Contábil:Débito: Ipi sobre as Vendas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Ipi a Pagar (recolher)Conta analítica, pertencente ao Passivo Circulante, de natureza credora.

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Page 14: APOSTILA - Contabilidade

Fundamentos ContábeisObs.: Caso ocorra um cancelamento, ou uma devolução, ou ainda um abatimento, este lançamento deverá ser ajustado (estornado), pelo seu valor correspondente ao fato ocorrido.

Icms sobre Vendas: Imposto de Circulação de Mercadorias; conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os lançamentos dos valores do imposto supra citado, destacado na nota fiscal; somente será devido este lançamento, caso o vendedor seja contribuinte deste imposto, ou seja, esteja obrigado a recolher este tributo. O responsável (pai) deste tributo é o Estado. O seu percentual (%) é pré-determinado pelo Estado; a apuração deste imposto é feita mensalmente, e o seu recolhimento deve ser feito através da dae, sempre no mês subseqüente ao da apuração; na apuração mensal, para levantamento de saldos a pagar, deve-se diminuir os créditos obtidos pelas entradas (compras), caso exista.

Contábil:Débito: Icms sobre as Vendas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Icms a Pagar (recolher)Conta analítica, pertencente ao Passivo Circulante, de natureza credora.

Obs.: Caso ocorra um cancelamento, ou uma devolução, ou ainda um abatimento, este lançamento deverá ser ajustado (estornado), pelo seu valor correspondente ao fato ocorrido.

Iss sobre Vendas: Imposto sobre Serviços; conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os lançamentos dos valores do imposto supra citado, destacado na nota fiscal; somente será devido este lançamento, caso a empresa vendedora seja prestadora de serviços, e esteja obrigada a recolher este tributo. O responsável (pai) deste tributo é o Município. O seu percentual (%) é pré-determinado pelo Município; a apuração deste imposto é feita mensalmente, e o seu recolhimento deve ser feito sempre no mês subseqüente ao da apuração.

Contábil:Débito: Iss sobre as Vendas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Iss a Pagar (recolher)Conta analítica, pertencente ao Passivo Circulante, de natureza credora.

Pis sobre Vendas: Programa Integração Social; conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os lançamentos dos valores do imposto supra citado, incidentes sobre as vendas realizadas. O responsável (pai) deste tributo é a Receita Federal. O seu percentual (%) é determinado pela Receita Federal, hoje em 0,65% sobre a venda bruta; a apuração deste imposto é feita mensalmente, e o seu recolhimento deve ser feito através de darf, sempre no mês subseqüente ao da apuração.

Contábil:Débito: Pis sobre as Vendas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Pis a Pagar (recolher)Conta analítica, pertencente ao Passivo Circulante, de natureza credora.

Obs.: Caso ocorra um cancelamento, ou uma devolução, ou ainda um abatimento, este lançamento deverá ser ajustado (estornado), pelo seu valor correspondente ao fato ocorrido.

Cofins sobre Vendas: Contribuição para Fins Sociais; conta analítica, de resultado - (DRE), redutora da Receita Operacional Bruta (ROB), de natureza devedora; representa os lançamentos dos valores do imposto supra citado, incidentes sobre as vendas realizadas. O responsável (pai) deste tributo é a Receita Federal. O seu percentual (%) é determinado pela Receita Federal, hoje em 3% sobre a venda bruta; a apuração deste imposto é feita mensalmente, e o seu recolhimento deve ser feito através de darf, sempre no mês subseqüente ao da apuração.

Contábil:

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Page 15: APOSTILA - Contabilidade

Fundamentos ContábeisDébito: Cofins sobre as Vendas

Conta de resultado, pertencente à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (redutora), de natureza devedora;

Crédito: Cofins a Pagar (recolher)Conta analítica, pertencente ao Passivo Circulante, de natureza credora.

Obs.: Caso ocorra um cancelamento, ou uma devolução, ou ainda um abatimento, este lançamento deverá ser ajustado (estornado), pelo seu valor correspondente ao fato ocorrido.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

( DRE )

CONTASPERÍODOS

AH%20X1 20X2VLRS. AV% VLRS. AV%

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 480.000 545.903Vendas de Produtos 309.120 305.706Vendas de Mercadorias 132.480 176.406Vendas de Serviços 38.400 63.791(-) DEDUÇ. S/ REC. OPERACIONAL BRUTA ( 115.491 ) ( 135.805 )Devoluções e Abatimentos ( 1.875 ) 0Impostos Incidentes s/ Vendas ( 113.616 ) ( 135.805 )(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 364.509 410.098(-) CUSTOS OPERACIONAIS ( 252.887 ) ( 299.372 )Custos dos Produtos Vendidos ( 162.859 ) ( 192.795 )Custo das Mercadorias Vendidas ( 69.797 ) ( 82.627 )Custo dos Serviços Prestados ( 20.231 ) ( 23.950 )(=) RESULTADO BRUTO OPERACIONAL 111.622 110.726(-) DESPESAS OPERACIONAIS ( 63.222 ) ( 78.013 )Administrativas ( 31.611 ) ( 39.007 )Comerciais/Vendas ( 23.708 ) ( 25.354 )Financeiras ( 7.903 ) ( 13.652 )(=) L A I R 48.400 32.713(-) PROVISÃO PARA IR / CS ( 8.228 ) ( 5.561 )Imposto de Renda ( 3.872 ) ( 2.617 )Contribuição Social ( 4.356 ) ( 2.944 )(=) LUCRO LÍQUIDO 40.172 27.152

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Fundamentos Contábeis

BALANÇO PATRIMONIAL

( BP )

CONTASPERÍODOS

AH%20X1 20X2VLRS. AV% VLRS. AV%

ATIVOCIRCULANTE 112.589 130.812DISPONÍVEL 15.685 15.883Caixa 1.685 1.883Bancos - 3.000 - 5.000Aplicação Liquidez Imediata 17.000 19.000REALIZÁVEL 95.534 112.023Duplicatas a Receber 53.870 61.183(-) Duplicatas Descontadas ( 9.550 ) ( 13.000 )(-) Prov. p/ Devedores Duvidosos ( 932 ) ( 1.377 )Estoques 37.210 46.892Impostos a Recuperar 4.973 6.320Outras Contas a Receber 9.963 12.005DESPESAS ANTECIPADAS 1.370 2.906Prêmios e Seguros a Apropriar 840 1.900Aluguéis a Apropriar 530 1.006REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 12.726 19.830Depósitos Judiciais 3.196 5.980Outras Contas a Receber 9.530 13.850PERMANENTE 201.777 220.000INVESTIMENTOS 65.430 82.000Imóveis 28.430 45.000Obras de Arte 37.000 37.000IMOBILIZADO 117.927 123.750Imóveis 78.000 78.000Máquinas e Equipamentos 41.500 41.500Veículos 28.000 18.000(-) Depreciação Acumulada ( 29.573 ) ( 13.750 )DIFERIDO 18.420 14.250Gastos Pré-Operacionais 18.420 14.250TOTAL ATIVO 327.092 370.642

PASSIVOCIRCULANTE 116.071 98.415Fornecedores a Pagar 49.276 53.767Empréstimos a Pagar 37.471 25.740Impostos a Recolher 13.214 8.219Contribuições Sociais a Recolher 7.346 4,863Outras Contas a Pagar 8.764 5.826EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 9.869 23.640Financiamentos a Pagar 0 15.438Empréstimos a Pagar 9.869 8.202RESULTADO EXERCÍCIO FUTURO 35.716 65.458Vendas Futuras a Faturar 35.716 65.458PATRIMÔNIO LÍQUIDO 165.436 183.129Capital Social 150.000 160.000(-) Capital a Integralizar ( 10.000 ) ( 0 )Lucros Acumulados 39.384 32.893(-) Prejuízos Acumulados ( 13.948 ) ( 9.764 )

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Fundamentos ContábeisTOTAL PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 327.092 370.642

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