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Apostila Correios 2014 - Agente

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Didatismo e Conhecimento

Índice

LÍNGUA PORTUGUESA

1 Compreensão e interpretação de textos. .........................................................................................................................012 Ortografia oficial. ............................................................................................................................................................. 233 Acentuação gráfica. .......................................................................................................................................................... 354 Emprego das classes de palavras: nome pronome, verbo, preposições e conjunções. ............................................... 395 Emprego do sinal indicativo de crase. ............................................................................................................................ 716 Sintaxe da oração e do período. .......................................................................................................................................767 Pontuação. ......................................................................................................................................................................... 988 Concordância nominal e verbal. ................................................................................................................................... 1019 Regência nominal e verbal............................................................................................................................................. 11910 Significação das palavras. ............................................................................................................................................ 12411 Formação de palavras. ..................................................................................................................................................127

MATEMÁTICA

1 Números relativos inteiros e fracionários, operações e propriedades. .........................................................................01 2 Múltiplos e divisores, máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum. ............................................................... 103 Números reais. ...................................................................................................................................................................01 4 Expressões numéricas. ......................................................................................................................................................11 5 Equações e sistemas de equações de 1.o grau. ............................................................................................................... 146 Sistemas de medida de tempo...........................................................................................................................................15 7 Sistema métrico decimal. ..................................................................................................................................................15 8 Números e grandezas diretamente e inversamente proporcionais. ............................................................................. 179 Regra de três simples. .......................................................................................................................................................21 10 Porcentagem. .................................................................................................................................................................. 2211 Taxas de juros simples e compostas, capital, montante e desconto. ........................................................................... 2512 Princípios de geometria: perímetro, área e volume. ....................................................................................................27

C O R R E I O SEMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS

A G E N T E D O S C O R R E I O S : ATENDENTE COMERCIAL/CARTEIRO e OPERADOR DE TRIAGEM E TRANSBORDO

EDITAL Nº 11 – ECT, DE 22 DE MARÇO DE 2011

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Índice

INFORMÁTICA

1 Conceitos básicos de computação. .................................................................................................................................. 452 Componentes de hardware e software de computadores. ............................................................................................ 523 Sistema operacional Windows (XP e VISTA). ................................................................................................................45 4 Conhecimentos de Word, Excel, PowerPoint. ...............................................................................................................045 Internet: conceitos, navegadores, tecnologias e serviços. ..............................................................................................01

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

A maioria das pessoas fala enquanto faz alguma coisa. Numa partida de futebol, os jogadores não só correm e chutam, mas gritam, advertem, perguntam. Difícil é ler e ao mesmo tempo fazer outra coisa. Ao lermos, a realidade em torno de nós tende a sumir de nossa atenção, porque ficamos concentrados naquilo que o texto nos diz.

“Na leitura, é importante descobrir o que é relevante em cada texto e conseguir situar-se convenientemente no ponto de observação escolhido pelo autor, compreendendo suas intenções e propósitos”.

A importância dada a questões de interpretação de textos deve-se ao caráter interdisciplinar, o que equivale dizer que a competência de ler texto interfere decididamente no aprendizado em geral, já que boa parte do conhecimento mais importante nos chega por meio da linguagem escrita. A maior herança que a escola pode legar aos seus alunos é a competência de ler com autonomia, isto é, de extrair de um texto os seus significados.

Num texto, cada uma das partes está combinada com as outras, criando um todo que não é mero resultado da soma das partes, mas da sua articulação. Assim, a apreensão do significado global resulta de várias leituras acompanhadas de várias hipóteses interpretativas, levantadas a partir da compreensão de dados e informações inscritos no texto lido e do nosso conhecimento do mundo.

Como instrução geral, podemos dizer que uma hipótese interpretativa é aceitável sempre que o texto apresenta pista ou pistas que a confirmam e sustentam. O texto abaixo é bastante apropriado.

“Aquela senhora tem um piano.Que é agradável, mas não é o correr dos rios.Nem o murmúrio que as árvores fazem...Por que é preciso ter um piano?O melhor é ter ouvidosE amar a Natureza.”

Que simboliza o piano no poema?Dentro do contexto que se insere o piano, representa um bem

cultural, o que se percebe pela oposição que o texto estabelece entre o som do piano (bem cultural) e o correr dos rios e o murmúrio das árvores (bens naturais). O poema descarta a necessidade do piano, dando preferência à fruição dos sons da Natureza.

Para que serve a linguagem?

(...)Ai, palavras, ai, palavras,que estranha potência, a vossa!Todo o sentido da vidaprincipia à vossa porta;o mel do amor cristalizaseu perfume em vossa rosa;sois o sonho e sois a audácia,calúnia, fúria, derrota...

A liberdade das almas,ai! Com letras se elabora...E dos venenos humanossois a mais fina retorta:frágil, frágil como o vidroe mais que o aço poderosa!Reis, impérios, povos, tempos,pelo vosso impulso rodam...(...)

Cecília Meireles.Romanceiro da Inconfidência. In: Obra poética.Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1985, p. 442.

Esses versos foram extraídos do poema “Romance LIII ou das palavras aéreas”, em que Cecília Meireles fala sobre o poder da palavra. Mostram que a palavra, apesar de frágil, por ser constituída de sons, é ao mesmo tempo extremamente forte, porque, com seu significado, derruba reis e impérios; serve para construir a liberdade do ser humano e também para envenenar a sua vida; serve para sussurrar declarações de amor, para exprimir os sonhos, para impulsionar os desejos mais grandiosos, mas também para caluniar, para expor a raiva, para impor a derrota.

A linguagem é o traço definidor do ser humano, é a aptidão que o distingue dos animais.

O provérbio popular “Palavra não quebra osso”, contrapondo a palavra à ação, insinua que a linguagem não tem nenhum poder: um golpe, mas não uma palavra, é capaz de quebrar osso. Ora podemos desfazer facilmente essa visão simplista das coisas, analisando para que serve a linguagem.

A linguagem é uma maneira de perceber o mundo

“Este deve ser o bosque”, murmurou pensativamente (Alice), “onde as coisas não têm nomes”. (...)

Ia devaneando dessa maneira quando chegou à entrada do bosque, que parecia muito úmido e sombrio. “Bom, de qualquer modo é um alívio”, disse enquanto avançava em meio às árvores, “depois de tanto calor, entrar dentro do... dentro do... dentro do quê?” Estava assombrada de não poder se lembrar do nome. “Bom, isto é, estar debaixo das... debaixo das... debaixo disso aqui, ora!”, disse, colocando a mão no tronco da árvore. “Como é que essa coisa se chama? É bem capaz de não TR nome nenhum... ora, com certeza não tem mesmo!”

Ficou calada durante um minuto, pensando. Então, de repente, exclamou: - Ah, então isso terminou acontecendo! E agora quem sou eu? Eu quero me lembrar, se puder.

Lewis Carroll. Aventuras de Alice.Trad. Sebastião Uchôa Leite.

3ª Ed. São Paulo, Summus, p 165-166

Esse texto, reproduzido do livro Através do espelho e o que Alice encontrou lá, mostra que a protagonista, ao entrar no bosque em que as coisas não têm nome, é incapaz de apreender a realidade em torno dela, de saber o que as coisas são. Isso significa que as coisas do mundo exterior só têm existência para os homens quando são nomeadas. A linguagem é uma forma de apreender a realidade: só percebemos aquilo a que a língua dá nome.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Roberto Pompeu de Toledo, articulista da Veja, comenta essa questão na edição de 26 de junho de 2002 (p. 130), ao falar da expressão “risco país”, usada para traduzir o grau de confiabilidade de um país entre credores ou investidores internacionais:

(...) As coisas não são coisas enquanto não são nomeadas. O que não se expressa não se conhece. Vive na inocência do limbo, no sono profundo da inexistência. Uma vez identificado, batizado e devidamente etiquetado, o “risco país” passou a existir. E lá é possível viver num país em risco? Lá é possível dormir em paz num país submetido à medição do perigo que oferece com a mesma assiduidade com que a um paciente se tira a pressão? É como viajar num navio onde se apregoasse, num escandaloso placar luminoso, sujeito a tantas oscilações como as das ondas do mar, o “risco naufrágio”.

A linguagem é uma forma de interpretar a realidade

O segundo projeto era representado por um plano de abolir completamente todas as palavras, fossem elas quais fossem (...). Em vista disso, propôs-se que, sendo as palavras apenas nomes para as coisas, seria mais conveniente que todos os homens trouxessem consigo as coisas de que precisassem falar ao discorrer sobre determinado assunto (...). ...muitos eruditos e sábios aderiram ao novo plano de se expressarem por meio de coisas, cujo único inconveniente residia em que, se um homem tivesse que falar sobre longos assuntos e de vária espécie, ver-se-ia obrigado, em proporção, a carregar nas costas um grande fardo de coisas, a menos de poder pagar um ou dois criados robustos para acompanhá-lo (...).

Outra grande vantagem oferecida pela invenção consiste em que ela serviria de língua universal, compreendida em todas as nações civilizadas, cujos utensílios e objetos são geralmente da mesma espécie, ou tão parecidos que o seu emprego pode ser facilmente percebido.

Jonathan Swift. Viagens de Gulliver.Rio de Janeiro/São Paulo, Ediouro/Publifolha, p. 194-195.

Esse trecho do livro Viagens de Gulliver narra um projeto dos sábios de Balnibarbi: substituir as palavras – que, no seu entender, têm o inconveniente de variar de língua para língua – pelas coisas. Quando alguém quisesse falar de uma cadeira, mostraria uma cadeira, quem desejasse discorrer sobre uma bolsa, mostraria uma bolsa, etc. Trata-se de uma ironia de Swift às concepções vulgares de que a compreensão da realidade independe da língua que a nomeia, como se as palavras fossem etiquetas aplicadas a coisas classificadas independentemente da linguagem, quando, na verdade, a língua é uma forma de categorizar o mundo, de interpretá-lo.

O que inviabiliza o sistema imaginado pelos sábios de Balnibarbi não é apenas o excesso de peso das coisas que cada falante precisaria carregar: é o fato de que as coisas não podem substituir as palavras, porque a língua é bem mais que um sistema de mostração de objetos ou mera cópia do mundo natural. As coisas não designam tudo que uma língua pode expressar.

Mostrar um objeto, por exemplo, não indica sua inclusão numa dada classe. No léxico de uma língua, agrupamos os nomes em classes. Maçã, pêra, banana e laranja pertencem à classe das frutas. Ao mostrar uma fruta qualquer, não consigo exprimir a idéia da classe fruta; não posso, então, expressar idéias mais gerais.

Não produzimos palavras somente para designar as coisas, mas para estabelecer relações entre elas e para comentá-las. Mostrar um objeto não exprime as categorias de quantidade, de gênero (masculino e feminino), de número (singular e plural); não permite indicar sua localização no espaço (aqui/aí/lá), etc. A língua não é um sistema de mostração de objetos, pois permite falar do que está presente e do que está ausente, do que existe e do que não existe; permite até criar novas realidades, mundos não existentes.

A linguagem é uma atividade simbólica, o que significa que as palavras criam conceitos, e eles ordenam a realidade, categorizam o mundo. Por exemplo, criamos o conceito de pôr-do-sol. Sabemos que, do ponto de vista científico, o Sol não “se põe”, uma vez que é a Terra que gira em torno dele. Contudo esse conceito, criado pela linguagem, determina uma realidade que nos encanta a todos. Outro exemplo: apagar uma coisa escrita no computador é uma atividade diferente de apagar o que foi escrito a lápis, a caneta ou mesmo a máquina. Por isso, surgiu uma nova palavra para denominar essa nova realidade, deletar. No entanto, se essa palavra não existisse, não perceberíamos a atividade de apagar no computador como uma ação diferente de apagar o que foi escrito a lápis. Uma nova realidade, uma nova invenção, uma nova idéia exigem novas palavras, e estas é que lhes conferem existência para toda a comunidade de falantes.

As palavras formam um sistema independente das coisas nomeadas por elas, tanto é que cada língua pode ordenar o mundo de maneira diversa, exprimir diferentes modos de ver a realidade. O inglês, por exemplo, para expressar o que denominamos carneiro, tem duas palavras: sheep, que designa o animal, e mutton, que significa a carne do carneiro preparada e servida à mesa. Em português, dizemos as duas coisas numa palavra só: Este carneiro tem muita lã e Este carneiro está apimentado – ou seja, não aplicamos a distinção que os falantes da língua inglesa têm incorporada à sua visão de mundo. Isso mostra que a linguagem é uma maneira de interpretar o universo natural e segmentá-lo em categorias, segundo as particularidades de cada cultura. Por essa razão, a linguagem modela nossa maneira de perceber e de ordenar a realidade.

A linguagem expressa também as diferentes maneiras de interpretar uma ocorrência. Querendo desculpar-se, o filho diz para a mãe: O jarro de porcelana caiu e quebrou. A mãe replica: Você derrubou o jarro e, por isso, ele quebrou. Observe-se que, na primeira formulação, não existe um responsável pela queda e pela quebra do objeto. É como se isso se devesse ao acaso. Na segunda formulação, atribui-se a responsabilidade pelo acontecimento a um agente.

A linguagem é uma forma de ação

Existem certas fórmulas lingüísticas que servem para agir no mundo. Quando um padre diz aos noivos Eu vos declaro marido e mulher, quando alguém diz Prometo estar aqui amanhã, quando um leiloeiro proclama Arrematado por mil reais, quando o presidente de alguma câmara municipal afirma Declaro aberta a sessão, eles não estão constatando alguma coisa do mundo, mas realizando uma ação. O ato de abrir uma sessão realiza-se quando seu presidente a declara aberta; o ato da promessa realiza-se quando se diz Prometo. Em casos como esses, o dizer se confunde com a própria ação e serve para demonstrar que a linguagem não é algo sem conseqüência, porque ela também é ação.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

As funções da linguagem

Quando se pergunta a alguém para que serve a linguagem, a resposta mais comum é que ela serve para comunicar. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas transmitir informações. É também exprimir emoções, dar ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve a linguagem?

A linguagem serve para informar (função referencial)

ESTADOS UNIDOS INVADEM O IRAQUE

Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos sobre um acontecimento do mundo.

Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na memória, transmitimos esses conhecimentos na memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pessoas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, somos prevenidos contra as tentativas malsucedidas de fazer alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.

Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como aprendemos desde as mais banais informações do dia-a-dia até as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas filosóficos mais avançados.

A função informativa da linguagem tem importância central na vida das pessoas, consideradas individualmente ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite conhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo de conhecimentos e a transferência de experiências. Por meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.

É a função informativa que permite a realização do trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.

A função informativa costuma ser chamada também de função referencial, pois seu principal propósito é fazer com que as palavras revelem da maneira mais clara possível as coisas ou os eventos a que fazem referência.

A linguagem serve para influenciar e ser influenciado (função conativa)

Vem pra Caixa você também.

Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a adotar esse comportamento, formulou-se um convite com uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta quando se usa você.

Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer determinadas coisas, a crer em determinadas idéias, a sentir determinadas emoções, a ter determinados estados de alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode-se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, num tom pejorativo, Isso é coisa de mulher, aprendemos os preconceitos contra a mulher.

Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expressas pela linguagem também servem para fazer fazer.

Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem questionar.

Emprega-se a expressão função conativa da linguagem quando esta é usada para interferir no comportamento das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo).

A linguagem serve para expressar a subjetividade (função emotiva)

Eu fico possesso com isso!

Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetivamos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas vezes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem A intenção do Fernando é levar o país à prosperidade ou O Fernando tem mudado o país. Essa maneira informal de se referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem a importância que lhes seria atribuída pela proximidade com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou nossa competência na conquista amorosa.

Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não raro inconscientemente.

Emprega-se a expressão função emotiva para designar a utilização da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, daquele que fala.

A linguagem serve para criar e manter laços sociais (função fática)

__Que calorão, hein?__Também, tem chovido tão pouco.__Acho que este ano tem feito mais calor do que nos outros.__Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.

Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram num elevador e devem manter uma conversa nos poucos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, apenas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou parecer hostil.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando estamos num grupo, numa festa, não podemos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros. Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso, quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas. A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que não seja manter os laços sociais. Quando encontramos alguém e lhe perguntamos Tudo bem?, em geral não queremos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se está doente, se está com problemas. A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo social.

Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa que as pessoas não entendam bem o significado da letra do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes da comunidade de brasileiros.

Na nomenclatura da lingüística, usa-se a expressão função fática para indicar a utilização da linguagem para estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um falante e seu interlocutor.

A linguagem serve para falar sobre a própria linguagem (função metalingüística)

Quando dizemos frases como A palavra “cão” é um substantivo; É errado dizer “a gente viemos”; Estou usando o termo “direção” em dois sentidos; Não é muito elegante usar palavrões, não estamos falando de acontecimentos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a própria linguagem. É o que chama função metalingüística. A atividade metalingüística é inseparável da fala. Falamos sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos outros. Quando afirmamos Como diz o outro, estamos comentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Parodiando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica, vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não podem pescar”.

A linguagem serve para criar outros universos

A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros universos podem existir. O filme de Woody Allen A rosa púrpura do Cairo (1985) mostra isso de maneira bem expressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligidos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e ambos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o amor nunca diminui e assim por diante.

A linguagem serve como fonte de prazer (função poética)

Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras para delas extrair satisfação.

Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”, diz Tupi or not tupi; trata-se de um jogo com a frase shakespeariana To be or not to be. Conta-se que o poeta Emílio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gorda se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez o seguinte trocadilho: É a primeira vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos. A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e “capital”, “dinheiro”.

Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diversas, com significados diferentes, nesta frase do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG):

ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu continência para os militares, bateu palmas para o Collor e quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de consciência e bata em retirada. (Folha de S. Paulo)

Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitariamente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada para informar, para influenciar, para manter os laços sociais, etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de descoberta de sentidos. Em função estética, o mais importante é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo, pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.

Na estrofe abaixo, retirada do poema “A cavalgada”, de Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/, /k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:

E o bosque estala, move-se, estremece...Da cavalgada o estrépito que aumentaPerde-se após no centro da montanha...

Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª Ed.Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássicos.

Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o barulho dos cavalos aumenta.

Quando se usam recursos da própria língua para acrescentar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se que estamos usando a linguagem em sua função poética.

Potencialidades da linguagem

Depois de analisar as funções da linguagem, conclui-se que ela é onipresente na vida de todos nós. Cerca-nos desde o despertar da consciência, ainda no berço, segue-nos durante toda a vida e acompanha-nos até a hora da morte. Sem a linguagem, nãos e pode estruturar o mundo do trabalho, pois é ela que permite a troca de informações e de experiências e a cooperação entre os homens. Sem ela, o homem não pode conhecer-se nem conhecer o mundo. Sem ela, não se exerce a cidadania, porque os eleitores não podem influenciar o governo. Sem ela não se pode aprender, expressar os sentimentos, imaginar outras realidades, construir as utopias e os sonhos. No entanto, a linguagem parece-nos uma coisa natural. Não prestamos muita atenção a ela. Nem sempre dedicamos muito tempo ao seu estudo. Conhecer bem a língua materna e línguas estrangeiras é uma necessidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Que é saber bem uma língua? Evidentemente, não é saber descrevê-la. A descrição gramatical de uma língua é um meio de adquirir sobre ela um domínio crescente. Saber bem uma língua é saber usá-la bem. No entanto, o emprego de palavras raras e a correção gramatical não são sinônimos do uso adequado da língua. Falar bem é atingir os propósitos de comunicação. Para isso, é preciso usar um nível de língua adequado, é necessário construir textos sem ambigüidades, coerentes, sem repetições que não acrescentam nada ao sentido.

O texto que segue foi dito por um locutor esportivo:Adentra o tapete verde o facultativo esmeraldino a fim de

pensar a contusão do filho do Divino Mestre, mola propulsora do eleven periquito. (Álvaro da Costa e Silva. In: Bundas, p.33.)

O que o locutor quis dizer foi: Entra em campo o médico do Palmeiras a fim de cuidar da contusão de Ademir da Guia (filho de Domingos da Guia), jogador de meio de campo do time do Parque Antártica. Certamente, aquele texto não seria entendido pela maioria dos ouvintes. Portanto não é um bom texto, porque não usa um nível de língua adequado à situação de comunicação.

Outros exemplos:

As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (Jornal Folha do Sudoeste)

Certamente a portaria não deveria obrigar os pais a acompanhar os filhos aos motéis nem a dar-lhes uma autorização por escrito para ser exibida na entrada desse tipo de estabelecimento.

O jornal da USP publicou uma série de textos encontrados em comunicados de paróquias e templos. Todos são mal escritos, embora neles não se encontrem erros de ortografia, concordância, etc.:

- Não deixe a preocupação acabar com você. Deixe que a Igreja ajude.

- Terça-feira à noite: sopão dos pobres, depois oração e medicação.

- (...) lembre-se de todos que estão tristes e cansados de nossa igreja e de nossa comunidade.

- Para aqueles que têm filhos e não sabem, nós temos uma creche no segundo andar.

- Quinta-feira às 5:00 haverá reunião do Clube das Jovens Mamães. Todos aqueles que quiserem se tornar uma Jovem Mamãe, devem contatar padre Cavalcante em seu escritório. (...) (Jornal da USP, 9, p. 15)

Humor à parte, esses exemplos comprovam que aprender não só a norma culta da língua, mas também os mecanismos de estruturação do texto.

A palavra texto é bastante usada na escola e também em outras instituições sociais que trabalham com a linguagem. É comum ouvirmos expressões como O texto constitucional desceu a detalhes que deveriam estar em leis ordinárias; Seu texto ficou muito bom; O texto da prova de Português era muito longo e complexo; Os atores de novelas devem decorar textos enormes todos os dias. Apesar de corrente, porém, o termo não é de fácil definição: quando perguntamos qual é o seu significado, percebemos que a maioria das pessoas é incapaz de responder com precisão e clareza.

Texto é um todo organizado de sentido, delimitado por dois brancos e produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço.

O texto é um todo organizado de sentido, isso quer dizer que ele não é um amontoado de frases simplesmente colocadas umas depois das outras, mas um conjunto de frases costuradas entre si. Por isso o sentido de cada parte depende da sua relação com as outras partes, isto é, o sentido de uma palavra ou de uma frase depende das outras palavras ou frases com que mantêm relação. Em síntese, o sentido depende do contexto, entendido como a unidade maior que compreende uma unidade menor, a oração é contexto da palavra, o período é contexto da oração e assim sucessivamente. O contexto pode ser explícito (quando é exposto em palavras) ou implícito (quando é percebido na situação em que o texto é produzido).

Observe os três pequenos textos abaixo:

I- Todos os dias ele fazia sua fezinha. Na noite de segunda-feira sonhou com um deserto e jogou seco no camelo.

II- Nos desertos da Arábia, o camelo é ainda o principal meio de transporte dos beduínos.

III- O camelo aqui carrega a família inteira nas costas, porque lá ninguém trabalha.

Em cada uma dessas frases a palavra camelo tem um sentido diferente. Na primeira, significa “o oitavo grupo do jogo no bicho, que corresponde ao número 8 e inclui as dezenas 29, 30, 31 e 32”; na segunda, “animal originário das regiões desérticas, de grande porte, quadrúpede, de cor amarelada, de pescoço longo e com duas saliências no dorso”; na terceira, “pessoa que trabalha muito”. O que determina essa diferença de sentido da palavra é exatamente o contexto, o todo em que ela está inserida. No texto, portanto, o sentido de cada parte não é independente, tudo são relações. Aliás, a palavra texto significa “tecido”, que não é um amontoado de fios, mas uma trama arranjada de maneira organizada. O sentido não é solitário, é solidário.

Vejamos outros dois períodos:I- Marcelinho é um bom atacante, mas é desagregador.II- Marcelinho é desagregador, mas é um bom atacante.

Esses períodos relacionam diferentemente as orações. No primeiro, a oração é desagregador é introduzida por mas, enquanto no segundo é a oração é um bom atacante que é iniciada por essa conjunção. O sentido é completamente diferente, pois o mas introduz o argumento mais forte e, por conseguinte, determina a orientação argumentativa da frase. Isso significa que, quando afirmo I, não quero o jogador no meu time; quando digo II, acredito que todos os seus defeitos devem ser desculpados.

Observe agora o poema “Canção do Exílio” de Murilo Mendes:

Minha terra tem macieiras da Califórniaonde cantam gaturamos de Veneza.Os poetas da minha terrasão pretos que vivem em torres de ametista,os sargentos de exército são monistas, cubistas,os filósofos são polacos vendendo a prestações.A gente não pode dormircom os oradores e os pernilongos.

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Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.Eu morro sufocadoem terra estrangeira.Nossas flores são mais bonitasnossas frutas mais gostosasmas custam cem mil réis a dúzia.Ai quem me dera chupar uma carambola de verdadee ouvir um sabiá com certidão de idade!

Poesias (1925-1953). Rio de Janeiro,José Olympio, 1959, p. 5.

Tomando apenas os dois primeiros versos, pode-se pensar que esse poema seja uma apologia do caráter universalista e cosmopolita da brasilidade: macieiras e gaturamos representam a natureza vegetal e animal, respectivamente; Califórnia e Veneza são a imagem do espaço estrangeiro, e minha terra, a do solo pátrio. No Brasil, até a natureza acolhe o que é estrangeiro.

Pode-se ainda acrescentar, em apoio a essa tese, que esses versos são calcados nos dois primeiros do poema homônimo de Gonçalves Dias, que é uma glorificação da terra pátria:

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;

Apud: Manuel Bandeira.Gonçalves Dias: Poesia. 7ª Ed. Rio de JaneiroAgir, 1976, p. 18. Coleção Nossos Clássicos.

Essa hipótese de leitura, se não é absurda quando isolamos os versos em questão, não encontra amparo quando os confrontamos com o restante do texto. Murilo Mendes mostra, na verdade, que as características da brasilidade não têm valor positivo, não concorrem para a exaltação da pátria: o poeta denuncia que a cultura brasileira é postiça, é uma miscelânea de elementos advindos de vários países. Ele mostra que os poetas são pretos que vivem em torres de ametista, alienados num mundo idealizado, evitando as mazelas do mundo real, sem se preocupar com os negros, que vivem, em geral, em condições muito precárias (trata-se de uma referência irônica ao Simbolismo e, principalmente, a Cruz e Sousa); que os sargentos do exército são monistas, cubistas, ou seja, em vez da preocupação com seu ofício de garantir a segurança do território nacional, têm pretensões de incursionar por teorias filosóficas e estéticas; que os filósofos são polacos vendendo a prestações, são prostituídos (polaca é termo designativo de prostituta) pela venalidade barata; que os oradores se identificam com os pernilongos em sua oratória repetitiva; que o romantismo gonçalvino estava certo ao afirmar que a natureza brasileira é pródiga, só que essa prodigalidade não é acessível à maioria da população. A exclamação do final é, ao mesmo tempo, a manifestação do desejo de ter contato com coisas genuinamente brasileiras e um lamento, pois o poeta sabe que não se tornará realidade.

O texto de Murilo faz referência ao de Gonçalves Dias, mas, diferentemente do poema gonçalvino, não celebra ufanisticamente a pátria. Ao contrário, ironiza-a, lamenta a invasão estrangeira. O exílio é a própria terra, desnaturada a ponto de parecer estrangeira.

Desse modo, os dois primeiros versos não podem ser interpretados como um elogio ao caráter cosmopolita da cultura brasileira. Ao contrário, devem ser lidos como uma crítica ao caráter postiço da nossa cultura. Isso porque só a segunda interpretação se encaixa coerentemente dentro do contexto.

Por exemplo, comprova-se que o significado das frases não é autônomo. Num texto, o significado das partes depende do todo. Por isso, cada frase tem um significado distinto, dependendo do contexto em que está inserida.

Que é que faz perceber que um conjunto de frases compõe um texto? O primeiro fator é a coerência, ou seja, a compatibilidade de sentido entre elas, de modo que não haja nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo. Outro fator é a ligação das frases por certos elementos que recuperam passagens já ditas ou garantem a concatenação entre as partes. Assim, em Não chove há vários meses. Os pastos não poderiam, pois, estar verdes, a palavra pois estabelece uma relação de decorrência lógica entre uma e outra frase. O segundo fator, entretanto, é menos importante que o primeiro, pois mesmo sem esses elementos de conexão, um conjunto de frases pode ser coerente e, portanto, um todo organizado de sentido.

Delimitações e Sujeito do Texto

O texto é delimitado por dois brancos. Se ele é um todo organizado de sentido, ele pode ser verbal, visual (um quadro), verbal e visual (um filme), sonoro (uma música), etc. Mas em todos esses casos ele será delimitado por dois espaços de não-sentido, dois brancos, um antes de começar o texto e outro depois. É o branco do papel; é o tempo de espera para que um filme comece e o que está depois da palavra FIM; é o silêncio que precede os primeiros acordes de uma melodia e que sucede às notas finais, etc.

O texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço. Esse sujeito, por pertencer a um grupo social que vive num dado tempo e num certo espaço, expõe em seus textos as idéias, os anseios, os temores, as expectativas desse grupo. Todo texto, assim, relaciona-se com o contexto histórico e geográfico em que foi produzido, refletindo a realidade apreendida por seu autor, que sobre ela se pronuncia.

O poema de Murilo Mendes que comentamos anteriormente mostra o anseio de uma geração, no Brasil, em certa época, de conhecer bem o país e revelar suas mazelas para transformá-lo.

Não há texto que não reflita o seu tempo e o seu lugar. Cabe lembrar, no entanto, que uma sociedade não produz uma única forma de ver a realidade, um modo único de analisar os problemas estabelecidos num dado contexto. Como a sociedade é dividida em grupos sociais, que têm interesses muitas vezes antagônicos, ela produz idéias divergentes entre si. A mesma sociedade que gera a idéia de que é preciso pôr abaixo a floresta amazônica para explorar suas riquezas, produz a idéia de que preservá-la é mais rentável. É bem verdade, no entanto, que algumas idéias, em certas épocas, exercem domínio sobre outras.

É necessário entender as concepções correntes na época e na sociedade em que o texto foi produzido, para não correr o risco de entendê-lo de maneira distorcida. Como não há idéias puras, todas as idéias estão materializadas em textos, analisar a relação de um texto com sua época é estudar a sua relação com outros textos.

É preciso que fiquem bem claras estas conclusões:

I- No texto, o sentido não é solitário, mas solidário.II- O texto está delimitado por dois espaços de não-sentido.III- O texto revela ideais, concepções, anseios, expectativas

e temores de um grupo social numa determinada época, em determinado lugar.

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Apreensão e Compreensão do Sentido

Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais de 1989: Eu sabia que você era collorido por fora, mas caiado por dentro.

Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos da campanha presidencial” e entenderam não “Você tem cores fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um discurso moderno e de centro-esquerda, mas é um reacionário”.

Observe que há duas operações diferentes no entendimento do texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras da frase acima, mas não conhecesse o universo dos discursos da campanha presidencial, não entenderia o significado da frase. Por isso, é preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam conhecimento de mundo ao universo discursivo. Na frase acima, collorido e caiado não pertencem ao universo da pintura, mas da vida política: a primeira palavra refere-se a Collor e ao modo como ele se apresentava, um político moderno e inovador; a segunda diz respeito a Ronaldo Caiado, político conservador que o apoiava. A essa operação chamamos compreensão.

Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto

Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: informativa e de reconhecimento.

A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-central de cada parágrafo.

A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada.

Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor.

Um texto para ser compreendido deve apresentar idéias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela idéia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto.

A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda.

Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a idéia central extraída de maneira clara e resumida.

Atentando-se para a idéia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto.

Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido. O fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que o trabalho não se perca. O mesmo acontece com o texto. O ato de escrever toma de empréstimo uma série de palavras e expressões amarrando, conectando uma palavra uma oração, uma idéia à outra. O texto precisa ser coeso e coerente.

Coesão

É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais elementos de coesão são os conectivos, vocábulos gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos adequados, com seqüência de idéias encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as orações que formam o período e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um texto bem trabalhado sintática e semanticamente resultam num texto coeso.

Coerência

A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que faz com que o texto faça sentido para quem lê, devendo, portanto, ser entendida, interpretada. Na avaliação da coerência da redação, será levada em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações e motivações.

Tipos de Composição

Descrição: descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas.

Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A Narração envolve:

• Quem? Personagem;• Quê? Fatos, enredo;• Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;• Onde? O lugar da ocorrência;• Como? O modo como se desenvolveram os

acontecimentos;• Por quê? A causa dos acontecimentos;

Dissertação: dissertar é apresentar idéias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho.

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EXERCÍCIOS

Nas provas, você terá tempo limitado para responder às questões. Por isso, treine obedecendo fielmente às indicações de tempo máximo. Quando estiver terminando o tempo, chute; não deixe questão sem resposta. Contudo, nos concursos, dependendo da banca, se tiver dúvida, é melhor deixar a questão em branco, pois uma resposta errada anula uma correta.

Este é o caminho: leitura, exercício, correção, entendimento dos erros. Quanto mais você entender porque errou, mais estará aprendendo.

Esaf: Leia atentamente o texto para responder às questões de 1 a 4.

(Tempo máximo: 14 minutos)

Parques em chamas Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o

futuro, por serem repositórios de espécies animais e vegetais em extinção acelerada noutras áreas do país, alguns dos 25 parques nacionais do Brasil tiveram, na semana passada, a sua paisagem mutilada pelo fogo. A rigorosa estiagem que acompanha o inverno no Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as chamas tragassem 6 dos 33 quilômetros quadrados do Parque Nacional da Tijuca, pegado à cidade do Rio de Janeiro, e convertessem em carvão 10% dos 300 quilômetros quadrados do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais com o Estado do Rio.

Contido pelos bombeirosjá no fim de semana, na Tijuca, e abafado por uma providencial chuva no ltaXiaia, na quarta-feira o fogo pipocou em outro extremo do país. Naquele dia, o incêndio começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão do Piauí, calcinado há seis anos pela seca, e avançou pela caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há pelo menos 31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico. (Isto é, 221811984)

1. O autorjustifica o fato de os ecologistas referirem-se aos parques nacionais como “arcas de Noé para o futuro” da seguinte maneira:

a) Porque são áreas preservadas da caça e pesca i ndiscri minadas.

b) Porque ocupam espaços administralívamente delimitados pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal.

c) Porque espécies animais e vegetais que estão se extinguindo em outras regiões têm preservada sua sobrevivência nesses parques.

d) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies animais e vegetais em extinção noutras áreas.

e) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos animais e vegetais dos parques.

2. A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se do texto que:

a) Embora tivessem ameaçado espécies animais e vegetais raras, apresentaram um lado positivo: aumentaram a produção de carvão.

b) Foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no Centro-Sul, e pela seca prolongada no sertão nordestino.

c) Não foram combatidos com presteza e eficiência pelos bombeiros.

d) Só foram debelados por providenciais chuvas que eventualmente vieram a cair sobre os parques.

e) Destruíram parte da flora e fauna das reservas, desfigurando sua paisagem.

3. Depreende-se que o autor do texto, em relação ao fato descrito, manifesta:

a) Descaso b) Hesitação c) Desesperança d) Pesar e) Indiferença

4. Aponte a única conclusão que é estrita e licitamente deduzível do texto:

a) As chamas serviram para mostrar a precária situação dos parques brasileiros.

b) Devem ser tomadas providências para dotar os parques de meios para se protegerem dos incêndios.

c) Devem ser desencadeadas campanhas para conscientizar a população de como evitar incêndio nos parques.

d) Parte da culpa dos incêndios cabe às autoridades responsáveis pelas reservas e parques.

e) 0 incêndio no Parque da Serra da Capivara ameaçou valioso patrimônio histórico e antropológico.

MPU ‑ auxiliar‑ Esaf: Para responder às questões de 5 a 9, leia o texto a seguir.

(Tempo máximo: 16 minutos)

Procura‑se uma explicação

Um mundo de mistérios se esconde por trás dos pequenos anúncios. Nunca pude avaliar, pelas suas fórmulas, quais as suas verdadeiras intenções. Fico a imaginar se o desespero de quem vende está na mesma proporção emocional de quem quer comprar.

Objetos perdidos, quase sempre de estimação, documentos importantes, cachorrinhos desaparecidos, tudo na base do “gratifica-se bem”. Mas o que é gratificar bem, por exemplo, a uma pessoa que acha uma carteira com pouco dinheiro?

Acho que há um pouco de ironia e de deboche da parte de toda pessoa que põe um anúncio - e muito boa vontade da parte de quem acha que ali está a sua oportunidade. Há vários anos que encontro promessas de Iugar de futuro” e acho incompreensível que esse futuro não chegue nunca, e que as vagas continuem sempre disponíveis. Ou as pessoas acabam por descobrir que o seu futuro está fora dali ou são outras firmas que estão se iniciando para oferecer novos futuros a futuros candidatos. Há uma certa ilusão de lado a lado: quem anuncia o futuro dos outros está pensando no seu presente e quem procura o seu futuro no presente de quem anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros.

Até que ponto é sincero um anúncio que procura moças de “boa aparência”, de 18 a 25 anos, com prática de datilografia e um mínimo de 150 batidas certas por minuto? É tão necessário que sejam todas as batidas certas?

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E esses que vivem vendendo objetos, um de cada vez, «por motivo de viagem”? Será que o dinheirinho de um aparelho de televisão ou de uma máquina de costura ou de um gravador último tipo lhes pagará a passagem? Talvez a viagem seja conseqüência: depois de vender os objetos, o melhor será mesmo abandonar a cidade.

E os técnicos? É impressionante como tem gente especializada anunciando sua especialidade. Mecânicos e eletricistas montam e desmontam qualquer aparelho em menos de cinco minutos, e no fim sempre nos entregam três ou quatro parafusos que não têm a menor utilidade. Penso na economia monstruosa que as fábricas fariam se, ao montarem seus aparelhos, houvessem contratado os técnicos do “atende-se a domicílio”.

(Eliachar, Leon. O Homem ao Cubo. Rio deJaneiro: Francisco Alves S.A., 6ª ed., adoptado)

5. Ao falar de “pequenos anúncios”, o autor refere-sea) Essencialmente aos que tratam de empregos. b) Especificamente aos que oferecem serviços. c) Exclusivamente aos que falam de objetos perdidos. d) Genericamente a vários tipos de anúncios. e) Somente aos anúncios de compra e venda.

6. A expressão que não aparece nos anúncios que o autor menciona é:

a) “lugar de fututo” b) “gratifica-se bem” c) “procura-se uma explicação” d) “atende-se a domicílio”e) “por motivo de viagem”

7. Conforme o texto, os técnicos que anunciaram sua especialidade:

a) Trabalham com rapidez, mas não conseguem encaixar todas as peças de um aparelho.

b) Trabalham melhor que os das fábricas, resultando disto maior economia para as montadoras.

c) Entendem mais da montagem dos aparelhos que os técnicos das fábricas de eletrodomésticos.

d) Duvidam da competência dos mecânicos e eletricistas das grandes fábricas.

e) Pretendem conseguir uma contratação como mecânicos ou eletricistas em firmas conceituadas.

8. As “fórmulas” dos anúncios a que se refere o autor dizem respeito:

a) À especificação b) À quantidadec) Ao argumentod) Ao conteúdoe) À correção

9. Assinale a opção que expressa o significado da seguinte frase do texto: “... quem procura o seu futuro no presente de quem anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros”.

a) Quem oferece melhoria de vida aos outros através de anúncios pretende melhorar a própria vida.

b) Aquele que pretende encontrar boas oportunidades nos anúncios proporciona lucros ao anunciante.

c) O anunciante projeta seus atuais objetivos nas pretensões dos leitores.

d) Quem busca o seu futuro no futuro dos outros prejudica irremediavelmente seu presente.

e) O anunciante procura melhorar a vida do leitor independentemente de suas intenções.

MPU – nível técnico – MF: Leia o trecho abaixo para responder às questões de 10 a 14

(Tempo máximo: 15 minutos)

A rigor, se cometêssemos para com a publicidade o ingênuo extremismo de acreditar plenamente no seu discurso, teríamos à nossa frente a mais desvairada das utopias. A sua eficiência, elevada ao absurdo, consistiria em fazer com que o consumidor, ao consumir um produto, incorporasse à sua percepção sensorial um deleite Sublime, um estado nirvânico, um gozo celetial.

A se ressalvar e a se ressaltar, porém, a defasagem entre a promessa publicitária e o real preenchimento proporcionado pelos bens de consumo, conclui-se tristemente que o saldo é bastante negativo: a felicidade prometida é muito fugaz e o retorno ao abismo da lacuna primordial – da consciência da finitude – é ainda maior, uma vez que a busca do sublime esteve exacerbada por estímulos fantasiosos. Cada vez que o paraíso é prometido, represema-se (ritualiza-se) o drama do retorno. Cada vez que esse retorno é frustrado, dramatiza-se, outra vez, o mito da queda.

A promessa de preenchimento dá lugar ao vazio. Existência e angústia retornam à sua condição de paralelismo. Compreende-se então o quanto a retórica publicitária era irreal, sublimadora. E uma leitura literalizante desse discurso delirante coloca-se de imediato lidando com uma elaboração profundamente onírica. Literalmente, a publicidade é uma fábrica de sonhos. (Extraído de A promessa do paraíso já, Luís Martins, Humanidades, Ano IV, 1987/88, nº15, p. 110/111)

10. O tema central do fragmento acima é:a) A publicidade desequilibra a relação de forças existente

entre a demanda e a oferta de bens de consumo. b) Dramatizar o mito da queda é o objetivo perseguido pela

retórica publicitária. c) Há uma similaridade estrutural entre a elaboração

publicitária e a elaboração onírica.d) Os comerciais veiculados pelos meios de comunicação

cumprem o papel de informar o consumidor em potencial sobre as reais qualidades dos produtos.

e) Ao adquirir bens de consumo, o consumidor sublima suas carências afetivas num estado de deleite sublime.

11. À leitura literal da retórica publicitária associam-se vários termos no texto, exceto:

a) Deleite sublime b) Estado nirvânico c) Gozo celestial d) Consciência da finitude e) Estímulos fantasiosos

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12. Uma leitura errada do texto levaria a afirmar que:a) Interpretar literalmente o discurso publicitário é uma

atitude ingénua. b) A publicidade elabora um cenário onírico para os objetos

da sociedade industrial. c) O discurso publicitário é formulado com mensagens que

se sustentam no princípio do prazer. d) A felicidade prometida nas propagandas dá ao homem a

consciência de sua finitude. e) Está incorporado à publicidade o componente mítico de

retorno ao paraíso.

13. “Drama do retorno” e “mito da queda”, no texto, referem-se a:

a) Elaboração da primeira versão da publicidade e sua recusa pelo cliente que a encomendou.

b) Retorno dos comerciais aos meios de comunicação devido à queda do faturamento das empresas.

c) Promessas fantasiosas contidas nos anúncios e decepção do consumidor por não vê-ias realizadas ao adquirir o produto.

d) Estado nirvânico do publicitário no momento de criação da propaganda e posterior decepção ao vê-lo rejeitado pelo diretor de marketing.

e) Mitos de povos primitivos a respeito das concepções de Paraíso e Inferno.

14. Assinale a letra que contém o enunciado falso.a) Colocadas em sequência, as expressões “a se ressalvar” e

“a se resaltar” são equivalentes quanto ao conteúdo.b) O segmento - da consciência da finitude – explica a

expressão lacuna primordial.c) O termo “(ritualiza-se)” especifica o sentido de

“representa-se”.d) As expressões “deleite sublime”, “estado nirvânico”,

“gozo celestial”, colocadas em sequência, reiteram a mesma idéia.e) Em “sua eficiência”, o possessivo refere-se à eficiência

da publicidade.

RESPOSTAS COMENTADAS

“Parque em chamas”

1. c

2. ea) Errado. O texto não fala que a produção de carvão é

positiva.b) Errado. Segundo o texto, a estiagem “abriu caminho para

que as chamas tragassem...”; de acordo com esta alternativa a estiagem provocou o incêndio. Abrir caminho não é provocar.

c) Errado. Se os bombeiros apagaram o fogo, pelo menos foram eficientes.

d) Errado.e) Certo.

3. d - “paisagem mutilada pelo fogo”.

4. b - No comando deveria estar escrito “dedutível” (que se deduz) porque não existe a palavra “deduzível”.

a) Errado. Não se pode deduzir estrita e licitamente que se “alguns dos 25 parques” (o texto só fala em três deles) estão em situação difícil, todos estarão. Três não são vinte e cinco.

b) Certo. O que seria competência, por exemplo, dos legisladores. Os responsáveis pelos parques não são culpados de não terem condições.

c) Errado. O texto não culpa a população nem as autoridades responsáveis pelos parques e reservas.

d) Errado. O texto não culpa a população nem as autoridades responsáveis pelos parques e reservas.

e) Errado. Se as pinturas rupestres existem há pelo menos 31.500 anos, certamente já resitiram a inúmeros incêndios, o que não justifica dizer que um incêndio constitua ameaça a elas.

“Procura‑se uma explicação”

5. d - Objetos perdidos, lugar de futuro = emprego, técnicos = serviços (venda).

6. c 7. a

8. c - Nunca pude avaliar, pelas suas fórmulas (=pelo que argumental – “gratifica-se bem”, “lugar de futuro”, “por motivo de viagem”), quais as suas verdadeiras intenções (= o que realmente querem dizer).

9. b - Observe que a frase “... quem procura seu futuro no presente de quem anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros” pode ser reduzida a “quem procura” ... faz “o futuro dos outros”, em que o sujeito “quem procura” é o leitor e os “outros” são os anunciantes.

A única alternativa que põe na ordem certa de importância do texto “leitor – anunciante” é a letra b.

Compare: letra a) anunciante – anunciante; c) anunciante – leitor; d) leitor – leitor; e) anunciante – leitor.

“A rigor, se cometêssemos...”

10. c - Reler as quatro últimas linhas do texto (onírico = de sonho).

11. d - É a única alternativa de significado negativo. A publicidade, no texto, só busca ressaltar o lado positivo.

12. d - A “consciência de finitude” acontece só depois que a ilusão despertada pela publicidade acaba. A felicidade prometida nas propagandas dá ao homem a ilusão.

13. c - Por exclusão, chega-se a esta resposta, porém, como o comando se refere a “Drama do retorno” e “mito da queda”, a alternativa melhor seria: “decepção do consumidor por não ver realizadas as promessas da propaganda”.

14. a - Ressalvar = corrigir, prevenir com ressalva, excetuar... Ressaltar = destacar, sobressair, dar relevo...

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TIPOLOGIA TEXTUAL

Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia...

Texto Não‑Literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de jornal, uma bula de medicamento.

Basicamente existem três tipos de texto: Texto Descritivo; Texto Narrativo e Texto Dissertativo. Cada um desses textos possui características próprias de construção.

Descrição

É a representação com palavras de um objeto, lugar, situação ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais particulares ou individuais do que se descreve. É qualquer elemento que seja apreendido pelos sentidos e transformado, com palavras, em imagens.

Sempre que se expõe com detalhes um objeto, uma pessoa ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição. Não é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa forma, o que será importante ser analisado para um, não será para outro.

A vivência de quem descreve também influencia na hora de transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto, pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento.

Exemplos:

(I) “De longe via a aléia onde a tarde era clara e redonda. Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho.

Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, pequenas surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais.”

(extraído de “Amor”, Laços de Família, Clarice Lispector)

(II) Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levava apenas trin ta ou cinquenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Reunia a isso gran de medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola de pois do pai e retirava-se antes. 0 mestre era mais severo com ele do que conosco.

(Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos. 3ed. São Paulo, Ática, 1974, págs. 31‑32.)

Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor da escola que o escritor frequentava.

Deve-se notar:- que todas as frases expõem ocorrências simul tâneas (ao

mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha grande medo ao pai);

- por isso, não existe uma ocorrência que possa ser considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola é cronologi camente anterior a retirar-se dela; no nível do relato, porém, a ordem dessas duas ocorrên cias é indiferente: o que o escritor quer é ex plicitar uma característica do menino, e não traçar a cronologia de suas ações);

- ainda que se fale de ações (como entrava, reti rava-se), todas elas estão no pretérito imperfei to, que indica concomitância em relação a um marco temporal instalado no texto (no caso, o ano de 1840, em que o escritor frequentava a escola da rua da Costa) e, portanto, não denota nenhuma transformação de estado;

- se invertêssemos a sequência dos enunciados, não correríamos o risco de alterar nenhuma re lação cronológica - poderíamos mesmo colocar o últímo período em primeiro lugar e ler o texto do fim para o começo: 0 mestre era mais severo com ele do que conosco. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes...

Evidentemente, quando se diz que a ordem dos enunciados pode ser invertida, está-se pensando apenas na ordem cronológica, pois, como veremos adiante, a ordem em que os elementos são descritos produz determinados efeitos de sentido.

Quando alteramos a ordem dos enunciados, precisamos fazer certas modificações no texto, pois este contém anafóricos (palavras que retomam o que foi dito antes, como ele, os, aquele, etc. ou catafóricos (palavras que anunciam o que vai ser dito, como este, etc.), que podem perder sua função e assim não ser compreendidos. Se tomarmos uma descrição como As flores manifestavam todo o seu esplendor. O Sol fazia-as brilhar, ao invertermos a ordem das frases, precisamos fazer algumas alterações, para que o texto possa ser compreendido: O Sol fazia as flores brilhar. Elas manifestavam todo o seu esplendor. Como, na versão original, o pronome oblíquo as é um anafórico que retoma flores, se alterarmos a ordem das frases ele perderá o sentido. Por isso, precisamos mudar a palavra flores para a primeira frase e retomá-la com o anafórico elas na segunda.

Por todas essas características, diz-se que o fragmento do conto de Machado é descritivo. Descrição é o tipo de texto em que se expõem ca racterísticas de seres concretos (pessoas, objetos, situações, etc.) consideradas fora da relação de anterioridade e de posterioridade.

Características:- Ao fazer a descrição enumeramos características,

comparações e inúmeros elementos sensoriais;- As personagens podem ser caracterizadas física e

psicologicamente, ou pelas ações;- A descrição pode ser considerada um dos elementos

constitutivos da dissertação e da argumentação;- é impossível separar narração de descrição;- O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes, mas sim

a capacidade de observação que deve revelar aquele que a realiza.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exemplo: “(...) Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais velha pelo desenvolvimento das proporções. Grande, carnuda, sanguínea e fogosa, era um desses exemplares excessivos do sexo que parecem conformados expressamente para esposas da multidão (...)” (Raul Pompéia – O Ateneu)

- Como na descrição o que se reproduz é simultâneo, não existe relação de anterioridade e posterioridade entre seus enunciados.

- Devem-se evitar os verbos e, se isso não for possível, que se usem então as formas nominais, o presente e o pretério imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferência aos verbos que indiquem estado ou fenômeno.

- Todavia deve predominar o emprego das comparações, dos adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto.

A característica fundamental de um texto descritivo é essa inexistência de progressão temporal. Pode-se apresentar, numa descri ção, até mesmo ação ou movimento, desde que eles sejam sempre simultâneos, não indicando progressão de uma situação anterior para outra posterior. Tanto é que uma das marcas linguísti cas da descrição é o predomínio de verbos no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo: o primeiro expressa concomitância em relação ao momento da fala; o segundo, em relação a um marco temporal pretérito instalado no texto.

Para transformar uma descrição numa narra ção, bastaria introduzir um enunciado que indi casse a passagem de um estado anterior para um posterior. No caso do texto II inicial, para transformá -lo em narração, bastaria dizer: Reunia a isso grande medo do pai. Mais tarde, Iibertou-se desse medo...

Características Linguísticas: O enunciado narrativo, por ter a representação de um

acontecimento, fazer-transformador, é marcado pela temporalidade, na relação situação inicial e situação final, enquanto que o enunciado descritivo, não tendo transformação, é atemporal.

Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintático-semânticas encontradas no texto que vão facilitar a compreensão:

- Predominância de verbos de estado, situação ou indicadores de propriedades, atitudes, qualidades, usados principalmente no presente e no imperfeito do indicativo (ser, estar, haver, situar-se, existir, ficar).

- Enfâse na adjetivação para melhor caracterizar o que é descrito; Exemplo:

“Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço

entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia-se alargando até à calva, vasta e polida, um pouco amolgado no alto; tingia os cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca - e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto, caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito despegadas do crânio.”

(Eça de Queiroz ‑ O Primo Basílio)

- Emprego de figuras (metáforas, metonímias, comparações, sinestesias). Exemplo:

“Era o Sr. Lemos um velho de pequena estatura, não muito gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês. Apesar de seu corpo rechonchudo, tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante que lhe dava petulância de rapaz e casava perfeitamente com os olhinhos de azougue.”

(José de Alencar ‑ Senhora)

- Uso de advérbios de localização espacial. Exemplo: “Até os onze anos, eu morei numa casa, uma casa velha, e essa

casa era assim: na frente, uma grade de ferro; depois você entrava tinha um jardinzinho; no final tinha uma escadinha que devia ter uns cinco degraus; aí você entrava na sala da frente; dali tinha um corredor comprido de onde saíam três portas; no final do corredor tinha a cozinha, depois tinha uma escadinha que ia dar no quintal e atrás ainda tinha um galpão, que era o lugar da bagunça...”

(Entrevista gravada para o Projeto NURC/RJ)

Recursos:

- Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas. Ex: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do sol.

- Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas, concretas. Ex: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno, uma pureza de cristal.

- As sensações de movimento e cor embelezam o poder da natureza e a figura do homem. Ex: Era um verde transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.

- A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto. Ex: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal, muito crente.

A descrição pode ser apresentada sob duas formas: Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a

passagem são apresentadas como realmente são, concretamente. Ex: “Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70kg. Aparência atlética, ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos”.

Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. Exemplo: “ A casa velha era enorme, toda em largura, com porta central que se alcançava por três degraus de pedra e quatro janelas de guilhotina para cada lado. Era feita de pau-a-pique barreado, dentro de uma estrutura de cantos e apoios de madeira-de-lei. Telhado de quatro águas. Pintada de roxo-claro. Devia ser mais velha que Juiz de Fora, provavelmente sede de alguma fazenda que tivesse ficado, capricho da sorte, na linha de passagem da variante do Caminho Novo que veio a ser a Rua Principal, depois a Rua Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha e fugindo ligeiramente do alinhamento (...).” (Pedro Nava – Baú de Ossos)

Descrição Subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são transfigurados pela emoção de quem escreve, podendo opinar ou expressar seus sentimentos. Ex: “Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um rei...” (“O Ateneu”, Raul Pompéia)

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“(...) Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, par-de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, mandando por lei, de sobregoverno.” (Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas)

Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos descritivos:

Como se disse anteriormente, do ponto de vista da progressão temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente, uma vez que eles indicam propriedades ou características que ocorrem si multaneamente. No entanto, ela não é indiferente do ponto de vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para baixo ou vice-versa, do detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria efeitos de sentido distintos.

Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”, de Bocage:

Magro, de olhos azuis, carão moreno,bem servido de pés, meão de altura,triste de facha, o mesmo de figura,nariz alto no meio, e não pequeno.

Incapaz de assistir num só terreno,mais propenso ao furor do que à ternura;bebendo em níveas mãos por taça escurade zelos infernais letal veneno.

Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão, 1968, pág. 497.

O poeta descreve-se das características físicas para as características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não seria o mesmo, pois as características físicas perderiam qualquer relevo.

O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a visualizar uma cena. É como traçar com palavras o retrato de um objeto, lugar, pessoa etc., apontando suas características exteriores, facilmente identificáveis (descrição objetiva), ou suas características psicológicas e até emocionais (descrição subjetiva).

Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de adjetivos, também denominado adjetivação. Para facilitar o aprendizado desta técnica, sugere-se que o concursando, após escrever seu texto, sublinhe todos os substantivos, acrescentando antes ou depois deste um adjetivo ou uma locução adjetiva.

Descrição de objetos constituídos de uma só parte:

1 – Introdução: observações de caráter geral referentes à procedência ou localização do objeto descrito.

2 - Desenvolvimento: detalhes (lª parte) - formato (comparação com figuras geométricas e com objetos semelhantes); dimensões (largura, comprimento, altura, diâmetro etc.)

3 - Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) - material, peso, cor/brilho, textura.

4 - Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto como um todo.

Descrição de objetos constituídos por várias partes:

1 - Introdução: observações de caráter geral referentes à procedência ou localização do objeto descrito.

2 - Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentários das partes que compõem o objeto, associados à explicação de como as partes se agrupam para formar o todo.

3 - Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um todo (externamente) - formato, dimensões, material, peso, textura, cor e brilho.

4 - Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto em sua totalidade.

Descrição de ambientes:

1 - Introdução: comentário de caráter geral.2 - Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global

do ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade e aroma (se houver).

3 - Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou quaisquer outros objetos.

4 - Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no ambiente.

Descrição de paisagens:

1 - Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer outra referência de caráter geral.

2 - Desenvolvimento: observação do plano de fundo (explicação do que se vê ao longe).

3 - Desenvolvimento: observação dos elementos mais próximos do observador - explicação detalhada dos elementos que compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem.

4 - Conclusão: comentários de caráter geral, concluindo acerca da impressão que a paisagem causa em quem a contempla.

Descrição de pessoas (I):

1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer aspecto de caráter geral.

2 - Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, cor da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas).

3 - Desenvolvimento: características psicológicas (personalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações, postura, objetivos).

4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral.

Descrição de pessoas (II):

1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer aspecto de caráter geral.

2 - Desenvolvimento: análise das características físicas, associadas às características psicológicas (1ª parte).

3 - Desenvolvimento: análise das características físicas, associadas às características psicológicas (2ª parte).

4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral.

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A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É uma estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam. Porque toda técnica descritiva implica contemplação e apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o redator, ao descrever, precisa possuir certo grau de sensibilidade. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua sensibilidade.

Conforme o objetivo a alcançar, a descrição pode ser não‑literária ou literária. Na descrição não-literária, há maior preocupação com a exatidão dos detalhes e a precisão vocabular. Por ser objetiva, há predominância da denotação.

Textos descritivos não‑literários: A descrição técnica é um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usando uma linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é usado para descrever aparelhos, o seu funcionamento, as peças que os compõem, para descrever experiências, processos, etc.

Exemplo:

Folheto de propaganda de carro Conforto interno - É impossível falar de conforto sem incluir

o espaço interno. Os seus interiores são amplos, acomodando tranquilamente passageiros e bagagens. O Passat e o Passat Variant possuem direção hidráulica e ar condicionado de elevada capacidade, proporcionando a climatização perfeita do ambiente.

Porta-malas - O compartimento de bagagens possui capacidade de 465 litros, que pode ser ampliada para até 1500 litros, com o encosto do banco traseiro rebaixado.

Tanque - O tanque de combustível é confeccionado em plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras, para evitar a deformação em caso de colisão.

Textos descritivos literários: Na descrição literária predomina o aspecto subjetivo, com ênfase no conjunto de associações conotativas que podem ser exploradas a partir de descrições de pessoas; cenários, paisagens, espaço; ambientes; situações e coisas. Vale lembrar que textos descritivos também podem ocorrer tanto em prosa como em verso.

Exemplos de descrições segundo a época:

Descrição Romântica

“Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida e dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.

Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, a qual se prendiam ao lado esquerdo duas plumas matizadas que, descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.

(...)Ali, por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações

felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar na sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol.”

(Alencar, José de. O guarani)

Descrição Realista

“Imaginem um homem de trinta e oito a quarenta anos, alto, magro e pálido. As roupas, salvo o feitio, pareciam ter escapado ao cativeiro de Babi lônia; o chapéu era contemporâneo do de Gessler. Imaginem agora uma so brecasaca, mais larga do que pediam as carnes, - ou, literalmente, os ossos da pessoa; a cor preta ia cedendo o passo a um amarelo sem brilho; o pêlo desaparecia aos poucos; dos oito primitivos botões restavam três. As calças, de brim pardo, tinham duas fortes joelheiras, enquanto as bainhas eram roí das pelo tacão de um botim sem misericórdia nem graxa. Ao pescoço flutua vam as pontas de uma gravata de duas cores, ambas desmaiadas, apertando um colarinho de oito dias. Creio que trazia também colete, um colete de seda escura, roto a espaços, a desabotoado.”

(Assis, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas)

Descrição Modernista

“A manhã me viu de pé, no banheiro, contemplando no vaso a curiosa entidade que eu tinha produzido: um objeto cilíndrico, bem formado, de cor saudável, textura fina, superfície lisa, quase acetinada. E tinha, à guisa de olhos, dois grãos de milho.

Flutuava displicentemente, a graciosa criatura. A descarga vazava; a corrente que fluía marulhando orientava-a ora para o norte, ora para o nor deste, ora para o sul. De repente virou-se e ficou boiando de costas. Estava tão bem ali, que vacilei em dar a descarga. Mas não podia deixar sujeira no vaso: apertei o botão.”

(Scliar, Moacyr. O ciclo das águas)

Exemplos de descrições segundo o objeto:

Descrição de Ambiente

“Ali naquela casa de muitas janelas e bandeiras coloridas vivia Rosali na. Casa de gente de casta, segundo eles antigamente. Ainda conserva a im ponência e o porte senhorial, o ar solarengo que o tempo de todo não co meu. As cores das janelas e das portas estão lavadas de velhas, o reboco caído em alguns trechos como grandes placas de ferida, mostra mesmo as pedras e os tijolos e as taipas de sua carne e ossos, feitos para durar toda a vida; vi-dros quebrados nas vidraças, resultado do ataque da meninada nos dias de reinação, quando vinham provocar Rosalina (não de propósito e ruindade, mas sem-que-fazer de menino), escondida detrás das cortinas e reposteiros: nos peitoris das sacadas de ferro rendilhado, formando flores estilizadas, se tas, volutas, esses e gregas, faltam muitas das pinhas de cristal faceitado cor-de-vinho que arrematavam nas cantoneiras a leveza daqueles balcões.”

(Dourado, Autran. Ópera dos mortos. Rio de Janeiro: Civilização Brasilei ra, 1975, p. 1‑2.)

Descrição de Tipo

“Quando o coronel João Capistrano Honório Cota mandou erguer o so brado, tinha pouco mais de trinta anos. Mas já era homem sério de velho, re servado, cumpridor. Cuidava muito dos trajes, da sua aparência medida. O jaquetão de casimira inglesa, o colete de linho atravessado pela grossa cor rente de ouro do relógio; a calça é que era como a de todos na cidade -brim, a não ser em certas ocasiões (batizado, morte, casamento - então era parelho mesmo, por igual), mas sempre muito bem passada, o vinco perfei-to. Dava gosto ver.

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O passo vagaroso de quem não tem pressa - o mundo podia esperar por ele, o peito magro estufado, os gestos lentos, a voz pausada e grave, des cia a rua da Igreja cumprimentando cerimoniosamente, nobremente, os que por ele passavam ou os que chegavam na janela muitas vezes só para vê-lo passar.

Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, descarnado como uma ave pernalta de grande porte. Sendo assim tão descomunal, podia ser desajeitado: não era, dava sempre a impressão de uma grande e ponde rada figura. Não jogava as pernas para os lados nem as trazia abertas, esticava-as feito medisse os passos, quebrando os joelhos em reto.

Quando montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Menina, no cava lo branco ajaezado de couro trabalhado e prata, aí então sim era a grande imponente figura, que enchia as vistas. Parecia um daqueles cavaleiros anti gos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Palmeirim, quando iam para a guer ra armados cavaleiros.”

(Dourado, Autran. Ópera dos Mortos. Rio de Janei ro: Civilização Brasileira, 1975, p. 9‑1O)

Descrever é fazer viver os pormenores, situações ou pessoas. Evocar o que se vê e o que se sente. É criar o que não se vê, mas se percebe ou imagina. Não copiar friamente, mas deixar rica uma imagem transmitindo sensações fortes.

Narração

A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, organizados por uma narração feita por um narrador. É uma série de fatos situados em um espaço e no tempo, tendo mudança de um estado para outro, segundo relações de sequencialidade e causalidade, e não simultâneos como na descrição. Expressa as relações entre os indivíduos, os conflitos e as ligações afetivas entre esses indivíduos e o mundo, utilizando situações que contêm essa vivência.

Todas as vezes que uma história é contada (é narrada), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações; assim sendo, a maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de enredo.

As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas personagens, que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado. As personagens são identificadas (=nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos próprios.

Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem querer) ele acaba contando “onde” (=em que lugar) as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço, representado no texto pelos advérbios de lugar.

Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer “quando” ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de tempo. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor “como” o fato narrado aconteceu.

A história contada, por isso, passa por uma introdução (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o “miolo” da narrativa, também chamada de trama) e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o narrador, que pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu...) ou impessoal (narra em 3ª pessoa: Ele...).

Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria história contada.

Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a história.

Elementos Estruturais (I):

- Enredo: desenrolar dos acontecimentos.- Personagens: são seres que se movimentam, se relacionam e

dão lugar à trama que se estabelece na ação. Revelam-se por meio de características físicas ou psicológicas. Os personagens podem ser lineares (previsíveis), complexos, tipos sociais (trabalhador, estudante, burguês etc.) ou tipos humanos (o medroso, o tímido, o avarento etc.), heróis ou anti-heróis, protagonistas ou antagonistas.

- Narrador: é quem conta a história.- Espaço: local da ação. Pode ser físico ou psicológico.- Tempo: época em que se passa a ação. Cronológico: o

tempo convencional (horas, dias, meses); Psicológico: o tempo interior, subjetivo.

Elementos Estruturais (II):

Personagens - Quem? Protagonista/AntagonistaAcontecimento - O quê? FatoTempo - Quando? Época em que ocorreu o fatoEspaço - Onde? Lugar onde ocorreu o fatoModo - Como? De que forma ocorreu o fatoCausa - Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fatoResultado - previsível ou imprevisível.Final - Fechado ou Aberto.

Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-se de tal forma, que não é possível compreendê-los isoladamente, como simples exemplos de uma narração. Há uma relação de implicação mútua entre eles, para garantir coerência e verossimilhança à história narrada.

Quanto aos elementos da narrativa, esses não estão, obrigatoriamente sempre presentes no discurso, exceto as personagens ou o fato a ser narrado.

Exemplo:

Porquinho‑da‑índia

Quando eu tinha seis anosGanhei um porquinho-da-índía.Que dor de coração me davaPorque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!Levava ele pra sala

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pra os lugares mais bonitos mais limpinhosEle não gostava:Queria era estar debaixo do fogão.Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...- 0 meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 1973, pág. 110.

Observe que, no texto acima, há um conjunto de transformações de situação: ganhar um porquinho-da-índia é passar da situação de não ter o animalzinho para a de tê-lo; levá-lo para a sala ou para outros lugares é passar da situação de ele es tar debaixo do fogão para a de estar em outros lugares; ele não gostava: “queria era estar debaixo do fogão” implica a volta à situação anterior; “não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas” dá a entender que o menino passava de uma situação de não ser terno com o animalzinho para uma situação de ser; no último verso tem-se a passagem da situação de não ter namorada para a de ter.

Verifica-se, pois, que nesse texto há um grande conjunto de mudanças de situação. É isso que define o que se chama o componente narrativo do texto, ou seja, narrativa é uma mudança de estado pela ação de alguma personagem, é uma transformação de situação. Mesmo que essa personagem não apareça no texto, ela está logicamente implícita. Assim, por exemplo, se o menino ganhou um porquinho-da-índia, é porque alguém lhe deu o animalzinho.

Assim, há basicamente, dois tipos de mudança: aquele em que alguém recebe alguma coisa (o menino passou a ter o porquinho-da índia) e aquele alguém perde alguma coisa (o porquinho perdia, a cada vez que o menino o levava para outro lugar, o espaço confortável de debaixo do fogão). Assim, temos dois tipos de narrativas: de aquisição e de privação.

Existem três tipos de foco narrativo:

- Narrador‑personagem: é aquele que conta a história na qual é participante. Nesse caso ele é narrador e personagem ao mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa.

- Narrador‑observador: é aquele que conta a história como alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor, a história é contada em 3ª pessoa.

- Narrador‑onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo e as personagens, revelando seus pensamentos e sentimentos íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece misturada com pensamentos dos personagens (discurso indireto livre).

Estrutura:

- Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá.

- Complicação: é a parte do texto em que se inicia propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, conduzindo ao clímax.

- Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico, tornando o desfecho inevitável.

- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.

Tipos de Personagens:

Os personagens têm muita importância na construção de um texto narrativo, são elementos vitais. Podem ser principais ou secundários, conforme o papel que desempenham no enredo, podem ser apresentados direta ou indiretamente.

A apresentação direta acontece quando o personagem aparece de forma clara no texto, retratando suas características físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo.

- Em 1ª pessoa:

Personagem Principal: há um “eu” participante que conta a história e é o protagonista. Exemplo:

“Parei na varanda, ia tonto, atordoado, as pernas bambas, o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. Não me atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vizinho. Comecei a andar de um lado para outro, estacando para amparar-me, e andava outra vez e estacava.”

(Machado de Assis. Dom Casmurro)

Observador: é como se dissesse: É verdade, pode acreditar, eu estava lá e vi. Exemplo:

“Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre teso do Jango Jorge, um que foi capitão duma maloca de contrabandista que fez cancha nos banhados do Ibirocaí.

Esse gaúcho desabotinado levou a existência inteira a cruzar os campos da fronteira; à luz do Sol, no desmaiado da Lua, na escuridão das noites, na cerração das madrugadas...; ainda que chovesse reiúnos acolherados ou que ventasse como por alma de padre, nunca errou vau, nunca perdeu atalho, nunca desandou cruzada!...

(...)Aqui há poucos – coitado! – pousei no arranchamento dele.

Casado ou doutro jeito, afamilhado. Não no víamos desde muito tempo. (...)

Fiquei verdeando, à espera, e fui dando um ajutório na matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro.

(J. Simões Lopes Neto – Contrabandista)

- Em 3ª pessoa:

Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira pessoa. Exemplo:

“Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fantasiaram de borboleta. Por isso não pôde defender-se. E saiu à rua com ar menos carnavalesco deste mundo, morrendo de vergonha da malha de cetim, das asas e das antenas e, mais ainda, da cara à mostra, sem máscara piedosa para disfarçar o sentimento impreciso de ridículo.”

(Ilka Laurito. Sal do Lírico)

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Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história como sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo:

Festa

Atrás do balcão, o rapaz de cabeça pelada e avental olha o crioulão de roupa limpa e remendada, acompanhado de dois meninos de tênis branco, um mais velho e outro mais novo, mas ambos com menos de dez anos.

Os três atravessam o salão, cuidadosamente, mas resolutamente, e se dirigem para o cômodo dos fundos, onde há seis mesas desertas.

O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. O homem pergunta em quanto fica uma cerveja, dois guaranás e dois pãezinhos.

__ Duzentos e vinte.O preto concentra-se, aritmético, e confirma o pedido.__Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz.__ Como?__ Passar o pão no molho da almôndega. Fica muito mais

gostoso.O homem olha para os meninos.__ O preço é o mesmo – informa o rapaz.__ Está certo.Os três sentam-se numa das mesas, de forma canhestra, como

se o estivessem fazendo pela primeira vez na vida.O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e, em

seguida, num pratinho, os dois pães com meia almôndega cada um. O homem e (mais do que ele) os meninos olham para dentro dos pães, enquanto o rapaz cúmplice se retira.

Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene o copo de cerveja até a boca, depois cada um prova o seu guaraná e morde o primeiro bocado do pão.

O homem toma a cerveja em pequenos goles, observando criteriosamente o menino mais velho e o menino mais novo absorvidos com o sanduíche e a bebida.

Eles não têm pressa. O grande homem e seus dois meninos. E permanecem para sempre, humanos e indestrutíveis, sentados naquela mesa.

(Wander Piroli)

Tipos de Discurso:

Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente para o personagem, sem a sua interferência. Exemplo:

Caso de Desquite

__ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na boca). Veja, doutor, este velho caducando. Bisavô, um neto casado. Agora com mania de mulher. Todo velho é sem-vergonha.

__ Dobre a língua, mulher. O hominho é muito bom. Só não me pise, fico uma jararaca.

__ Se quer sair de casa, doutor, pague uma pensão.__ Essa aí tem filho emancipado. Criei um por um, está bom?

Ela não contribuiu com nada, doutor. Só deu de mamar no primeiro mês.

__Você desempregado, quem é que fazia roça?

__ Isso naquele tempo. O hominho aqui se espalhava. Fui jogado na estrada, doutor. Desde onze anos estou no mundo sem ninguém por mim. O céu lá em cima, noite e dia o hominho aqui na carroça. Sempre o mais sacrificado, está bom?

__ Se ficar doente, Severino, quem é que o atende?__ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém morre só.

Sempre tem um cristão que enterra o pobre.__ Na sua idade, sem os cuidados de uma mulher...__ Eu arranjo.__ Só a troco de dinheiro elas querem você. Agora tem dois

cavalos. A carroça e os dois cavalos, o que há de melhor. Vai me deixar sem nada?

__ Você tinha amula e a potranca. A mula vendeu e a potranca, deixou morrer. Tenho culpa? Só quero paz, um prato de comida e roupa lavada.

__ Para onde foi a lavadeira?__ Quem?__ A mulata.(...)

(Dalton Trevisan – A guerra Conjugal)

Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem diz, sem lhe passar diretamente a palavra. Exemplo:

Frio

O menino tinha só dez anos.Quase meia hora andando. No começo pensou num bonde.

Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem feito que trazia, afastou a idéia como se estivesse fazendo uma coisa errada. (Nos bondes, àquela hora da noite, poderiam roubá-lo, sem que percebesse; e depois?... Que é que diria a Paraná?)

Andando. Paraná mandara-lhe não ficar observando as vitrines, os prédios, as coisas. Como fazia nos dias comuns. Ia firme e esforçando-se para não pensar em nada, nem olhar muito para nada.

__ Olho vivo – como dizia Paraná.Devagar, muita atenção nos autos, na travessia das ruas. Ele

ia pelas beiradas. Quando em quando, assomava um guarda nas esquinas. O seu coraçãozinho se apertava.

Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma mulher. Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali, à noite. Pelo jardim, pelos escuros da Alameda Cleveland. Ela lhe deu, ele seguiu. Ignorava a exatidão de seus cálculos, mas provavelmente faltava mais ou menos uma hora para chegar em casa. Os bondes passavam.

(João Antônio – Malagueta, Perus e Bacanaço)

Discurso Indireto‑Livre: ocorre uma fusão entre a fala do personagem e a fala do narrador. É um recurso relativamente recente. Surgiu com romancistas inovadores do século XX. Exemplo:

A Morte da Porta-Estandarte

Que ninguém o incomode agora. Larguem os seus braços. Rosinha está dormindo. Não acordem Rosinha. Não é preciso segurá-lo, que ele não está bêbado... O céu baixou, se abriu... Esse temporal assim é bom, porque Rosinha não sai. Tenham paciência... Largar Rosinha ali, ele não larga não... Não! E esses

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tambores? Ui! Que venham... É guerra... ele vai se espalhar... Por que não está malhando em sua cabeça?... (...) Ele vai tirar Rosinha da cama... Ele está dormindo, Rosinha... Fugir com ela, para o fundo do País... Abraçá-la no alto de uma colina...

(Aníbal Machado)

Sequência Narrativa:

Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias: uma coordena-se a outra, uma implica a outra, uma subordina-se a outra.

A narrativa típica tem quatro mudanças de situação: - uma em que uma personagem passa a ter um querer ou um

dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo); - uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma

competência para fazer algo); - uma em que a personagem executa aquilo que queria ou

devia fazer (é a mudança principal da narrativa);- uma em que se constata que uma transformação se deu e

em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens (geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os maus).

Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela efetua-se porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve fazê-la. Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um apartamento: quando se assina a escritura, reali za-se o ato de compra; para isso, é necessário po der (ter dinheiro) e querer ou dever comprar (res pectivamente, querer deixar de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar, por ter sido despejado, por exemplo).

Algumas mudanças são necessárias para que outras se dêem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar um bambu ou outro instrumento para derrubá-la. Para ter um carro, é preciso antes conseguir o dinheiro.

Narrativa e Narração

Existe algu ma diferença entre as duas? Sim. A narratividade é um componente narrativo que pode existir em textos que não são narrações. A narrativa é a transformação de situações. Por exemplo, quando se diz “Depois da abolição, incentivou-se a imigração de europeus”, temos um texto dissertativo, que, no entanto, apresenta um componente narrativo, pois contém uma mudança de situa ção: do não incentivo ao incentivo da imigração européia.

Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto, o que é narração?

A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três características:- é um conjunto de transformações de situação (o texto de

Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vimos, preenche essa condição);

- é um texto figurativo, isto é, opera com perso nagens e fatos concretos (o texto “Porquinho -da-índia” preenche também esse requisito);

- as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal que, entre elas, existe sempre uma relação de anterioridade e posterioridade (no texto “Porquinho-da-índia” o fato de ganhar o animal é anterior ao de ele estar debaixo do fo gão, que por sua vez é anterior ao de o menino levá-lo para a sala, que por seu turno é anterior ao de o porquinho-da-índia voltar ao fogão).

Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequência linear da temporalidade apareça alterada. Assim, por exemplo, no romance macha diano Memórias póstumas de Brás Cubas, quando o narrador começa contando sua morte para em seguida relatar sua vida, a sequência temporal foi modificada. No entanto, o leitor reconstitui, ao longo da leitura, as relações de anterioridade e de posterioridade.

Resumindo: na narração, as três características explicadas acima (transformação de situações, fi guratividade e relações de anterioridade e poste rioridade entre os episódios relatados) devem es tar presentes conjuntamente. Um texto que tenha só uma ou duas dessas características não é uma narração.

Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto narrativo:

1 - Introdução: citar o fato, o tempo e o lugar, ou seja, o que aconteceu, quando e onde.

2 - Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos personagens.

3 - Desenvolvimento: detalhes do fato.4 - Conclusão: consequências do fato.

Caracterização Formal:

Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O aspecto narrativo apresenta, até certo ponto, alguma subjetividade, porquanto a criação e o colorido do contexto estão em função da individualidade e do estilo do narrador. Dependendo do enfoque do redator, a narração terá diversas abordagens. Assim é de grande importância saber se o relato é feito em primeira pessoa ou terceira pessoa. No primeiro caso, há a participação do narrador; segundo, há uma inferência do último através da onipresença e onisciência.

Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação dos acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, transgredindo o aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. O narrador que usa essa técnica (característica comum no cinema moderno) demonstra maior criatividade e originalidade, podendo observar as ações ziguezagueando no tempo e no espaço.

Exemplo - Personagens

“Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr. Amâncio não viu a mulher chegar.

- Não quer que se carpa o quintal, moço?Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face

escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa do passado, os olhos).”

(Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre: Mercado Aberto, p. 5O)

Exemplo - Espaço

Considerarei longamente meu pequeno deserto, a redondeza escura e unifor me dos seixos. Seria o leito seco de algum rio. Não havia, em todo o caso, como negar-lhe a insipidez.”

(Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Porto Alegre: Movimento, 1981, p. 51)

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Exemplo - Tempo

“Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembra-se: a mulher lhe pediu que a chamasse cedo.”

(Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados. p.4)

Ao longo da nossa vida, vivemos em meio a muitas narrativas. Desde muito cedo, ouvimos histórias de nossas famílias, de como era a cidade ou o bairro há muito tempo atrás; como eram nossos parentes quando mais novos. Ouvimos também histórias de medos, de personagens fantásticos, de sonhos. Enfim, ouvimos, contamos, lemos, assistimos, imaginamos histórias.

Texto 1

“Noite escura, sem céu nem estrelas. Uma noite de ardentia. Estava tremendo. O que seria desta vez? A resposta veio do fundo. Uma enorme baleia, com o corpo todo iluminado, passava exatamente sob o barco, quase tocando-lhe o fundo. Podia ser sua descomunal cauda, de envergadura talvez igual ao comprimento do meu barco, passando por baixo, de um lado, enquanto do outro, seguiam o corpo e a cabeça. Com o seu movimento verde fosforescente iluminando a noite, nem me tocou, e iluminada seguiu em frente. Com as mãos agarradas na borda, estava completamente paralisado por tão impressionante espetáculo— belo e assustador ao mesmo tempo. Acompanhava com os olhos e a respiração seu caminho sob a superfície. Manobrou e voltou-se de novo, e, mesmo maravilhado com o que via, não tive a menor dúvida: voei para dentro, fechei a porta e todos os respiros, e fiquei aguardando, deitado, com as mãos no teto, pronto para o golpe. Suavemente tocou o leme e passou a empurrar o barco, que ficou atravessado a sua frente. Eu procurava imaginar o que ela queria.

(Klink, Amir. “Cem dias entre céu e mar”. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986)

Texto 2

A lebre e a tartaruga

A lebre estava se vangloriando de sua rapidez, perante os outros animais: “Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.”

“Aceito o desafio!”, disse a tartaruga calmamente. “Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho”, respondeu a lebre.

“Guarde sua presunção até ver quem ganha”, recomendou a tartaruga.

A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade. Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se e tirou uma soneca. A tartaruga continuou avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro.

Moral: Com perseverança, tudo se alcança.

Comentário:

- o texto mostra, através de um relato de experiência vivida, cenas da memória do famoso navegador brasileiro - Amir Klink, autor de vários livros sobre suas viagens;

- o texto 2 conta uma história de animais - fábula - que ilustra um comportamento humano e cuja finalidade é dar um ensinamento a respeito de certas atitudes das pessoas.

Podemos afirmar que os dois textos têm em comum os seguintes aspectos:

- acontecimento, fato, situação (ou “o que aconteceu” e “como aconteceu”)

- personagem (ou “com quem aconteceu”)- espaço, tempo (ou o “onde” e “quando aconteceu”)- narrador (ou “quem está contando”)

Ambos os textos são narrativas, mas com uma diferença: o primeiro é uma narrativa não ficcional, porque traz uma história vivida e relatada por uma pessoa. O segundo é uma narrativa ficcional, em que um autor cria no mundo da imaginação, uma história narrada por um narrador e vivida por seus personagens.

Para a distinção entre narrativa ficcional e não ficcional ficar mais clara, é bom lembrar, por exemplo, que a notícia de jornal é também uma narrativa de não ficção, pois relata fatos da realidade que mereçam ser divulgados.

Tipologia da Narrativa Ficcional:

- Romance- Conto- Crônica- Fábula- Lenda- Parábola- Anedota- Poema Épico

Tipologia da Narrativa Não-Ficcional:

- Memorialismo- Notícias- Relatos- História da Civilização

Apresentação da Narrativa:

- visual: texto escrito; legendas + desenhos (= história em quadrinhos) e desenhos.

- auditiva: narrativas radiofonizadas; fitas gravadas e discos.- audiovisual: cinema; teatro e narrativas televisionadas.

Exemplos de Textos Narrativos:

Conto: é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total: o conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Ao escritor de contos dá-se o nome de contista. Exemplo:

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A noite em que os hotéis estavam cheios

O casal chegou à cidade tarde da noite. Estavam cansados da viagem; ela, grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar onde passar a noite. Hotel, hospedaria, qualquer coisa serviria, desde que não fosse muito caro.

Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro hotel o gerente, homem de maus modos, foi logo dizendo que não havia lugar. No segundo, o encarregado da portaria olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O homem disse que não tinha, na pressa da viagem esquecera os documentos.

— E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem documentos? — disse o encarregado. — Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta ou não!

O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu adiante. No terceiro hotel também não havia vaga. No quarto — que era mais uma modesta hospedaria — havia, mas o dono desconfiou do casal e resolveu dizer que o estabelecimento estava lotado. Contudo, para não ficar mal, resolveu dar uma desculpa:

— O senhor vê, se o governo nos desse incentivos, como dão para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma aqui. Poderia até receber delegações estrangeiras. Mas até hoje não consegui nada. Se eu conhecesse alguém influente... O senhor não conhece ninguém nas altas esferas?

O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhecesse alguém nas altas esferas.

— Pois então — disse o dono da hospedaria — fale para esse seu conhecido da minha hospedaria. Assim, da próxima vez que o senhor vier, talvez já possa lhe dar um quarto de primeira classe, com banho e tudo.

O viajante agradeceu, lamentando apenas que seu problema fosse mais urgente: precisava de um quarto para aquela noite. Foi adiante.

No hotel seguinte, quase tiveram êxito. O gerente estava esperando um casal de conhecidos artistas, que viajavam incógnitos. Quando os viajantes apareceram, pensou que fossem os hóspedes que aguardava e disse que sim, que o quarto já estava pronto. Ainda fez um elogio.

— O disfarce está muito bom. Que disfarce? Perguntou o viajante. Essas roupas velhas que vocês estão usando, disse o gerente. Isso não é disfarce, disse o homem, são as roupas que nós temos. O gerente aí percebeu o engano:

— Sinto muito — desculpou-se. — Eu pensei que tinha um quarto vago, mas parece que já foi ocupado.

O casal foi adiante. No hotel seguinte, também não havia vaga, e o gerente era metido a engraçado. Ali perto havia uma manjedoura, disse, por que não se hospedavam lá? Não seria muito confortável, mas em compensação não pagariam diária. Para surpresa dele, o viajante achou a idéia boa, e até agradeceu. Saíram.

Não demorou muito, apareceram os três Reis Magos, perguntando por um casal de forasteiros. E foi aí que o gerente começou a achar que talvez tivesse perdido os hóspedes mais importantes já chegados a Belém de Nazaré.

(“A Massagista Japonesa”, “Contos para um Natal brasileiro”, Editora Relume: IBASE — Rio de Janeiro, 1996,

pág. 09.

Crônica: é uma narração, segundo a ordem temporal. O termo é atribuído, por exemplo, aos noticiários dos jornais, comentários literários ou científicos, que preenchem periodicamente as páginas de um jornal. Exemplo:

Escuta

“Já que está se falando tanto em aparelhos de escuta, imagine se existisse um aparelho capaz de captar do ar tudo que já foi dito pela raça humana desde os seus primeiros grunhidos. Nossas palavras provocam ondas sonoras que se alastram e quem nos assegura que elas não continuam no ar, dando voltas ao mundo, junto com as palavras dos outros, para sempre? Como não parece existir fronteiras para a técnica moderna, o aparelho certamente se sofisticaria em pouco tempo e logo poderíamos captar a época que quiséssemos e isolar palavras, frases, discursos inteiros, inclusive identificando o seu lugar de origem. Sintonizar o Globe Theater de Londres e ouvir as palavras de Shakespeare ditas por atores da época elizabetana, com intervenções do ponto e comentários da platéia, por exemplo. Ouvir, talvez, o próprio Shakespeare falando. Ou tossindo, já que todos os sons que emitimos? espirros, gemidos, puns também continuariam no ar para serem ouvidos. O grito do Ipiranga. Discursos do Rui Barbosa. O silêncio do Maracanã quando o Uruguai marcou o segundo gol. As grandes frases da humanidade, na voz do próprio autor! Descobriríamos que Alexandre, o Grande, tinha voz fina, que Napoleão era linguinha, que a primeira coisa que Cabral disse ao chegar ao Brasil foi “Diabos, enxarquei as botas”... As pessoas se reuniriam para sintonizar o passado, à procura de vozes conhecidas e frases famosas.

“Se for para o bem de todos e a felicidade geral da nação, diga ao povo que...”? Isso não interessa. Muda. “Gugu”? Espera! Essa voz não me é estranha... “Dadá”? Sou eu, quando era bebê! Aumenta, aumenta! É verdade que não haveria como identificar vozes famosas, dizendo coisas banais. Aquela frase, captada numa rua de Atenas? “Aparece lá em casa, e leva a patroa”? pode muito bem ter sido dita por Péricles. Aquela outra “Um pouquinho mais para cima... Aí, aí! agora coça!” pode ter sido dita por Madame Currie para o marido. Ou por Max para Engels. E não se deve esquecer que algumas das coisas mais bonitas ditas pelo homem através da História foram ditas baixinho, no ouvido de alguém, e não causaram ondas. Da próxima vez que disser alguma coisa que valha a pena no ouvido de alguém, portanto, grite. Você pode estar rompendo um caso de amor, e talvez um tímpano, mas estará falando para a posteridade.

[...]”

(Veríssimo, Luís Fernando. Jornal do Brasil, 27/O9/98, p. 11)

Fábula: é uma narrativa figurada, na qual são animais que ganham características humanas. Sempre contém um moral por sustentação, constatada no final da história. É um gênero muito versátil, pois permite diversas maneiras de se abordar determinado assunto. É muito interessante para crianças, pois permite que elas sejam ensinadas dentro de preceitos morais sem que percebam. Exemplo:

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O Lobo e o Cordeiro

A razão do mais forte é a que vence no final (nem sempre o Bem derrota o Mal).

Um cordeiro a sede matava

nas águas limpas de um regato. Eis que se avista um lobo que por lá passava

em forçado jejum, aventureiro inato, e lhe diz irritado: - “Que ousadia

a tua, de turvar, em pleno dia, a água que bebo! Hei de castigar-te!” - “Majestade, permiti-me um aparte” -

diz o cordeiro. - “Vede que estou matando a sede

água a jusante, bem uns vinte passos adiante

de onde vos encontrais. Assim, por conseguinte, para mim seria impossível

cometer tão grosseiro acinte.” - “Mas turvas, e ainda mais horrível

foi que falaste mal de mim no ano passado. - “Mas como poderia” - pergunta assustado

o cordeiro -, “se eu não era nascido?” - “Ah, não? Então deve ter sido teu irmão.” - “Peço-vos perdão

mais uma vez, mas deve ser engano, pois eu não tenho mano.”

- “Então, algum parente: teus tios, teus pais. . . Cordeiros, cães, pastores, vós não me poupais;

por isso, hei de vingar-me” - e o leva até o recesso da mata, onde o esquarteja e come sem processo.

La Fontaine

Lenda: é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos. De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana. Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Podemos entender que lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o dito popular “Quem conta um conto aumenta um ponto”, as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas. Exemplo:

Boi Tatá

É um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia é quase cego, à noite vê tudo. Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.

Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos. Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo

correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é chamado de “Cumadre Fulôzinha”. Para os índios ele é “Mbaê-Tata”, ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.

Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios.

A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.

Parábola: narrativa curta ou apólogo, muitas vezes erroneamente definida também como fábula. Sua característica é ser protagonizada por seres humanos e possuir sempre uma razão moral que pode ser tanto implícita como explícita. Ao longo dos tempos vem sendo utilizada para ilustrar lições de ética por vias simbólicas ou indiretas. Narração figurativa na qual, por meio de comparação, o conjunto dos elementos evoca outras realidades, tanto fantásticas, quanto reais. Exemplo:

O Filho Pródigo

“Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado”

(Evangelho Lucas 15:11‑32)

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Dissertação

A dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação de uma determinada idéia. É, sobretudo, analisar algum tema. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição, um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão.

É em função da capacidade crítica que se questionam pontos da realidade social, histórica e psicológica do mundo e dos semelhantes. Vemos também, que a dissertação no seu significado diz respeito a um tipo de texto em que a exposição de uma idéia, através de argumentos, é feita com a finalidade de desenvolver um conteúdo científico, doutrinário ou artístico.

Exemplo:

Há três métodos pelos quais pode um homem che gar a ser primeiro-ministro. 0 primeiro é saber, com prudência, como servir-se de uma pessoa, de uma filha ou de uma irmã; o segundo, como trair ou solapar os predecessores; e o terceiro, como clamar, com zelo fu rioso, contra a corrupção da corte. Mas um príncipe discreto prefere nomear os que se valem do último des-ses métodos, pois os tais fanáticos sempre se revelam os mais obsequiosos e subservientes à vontade e às pai xões do amo. Tendo à sua disposição todos os cargos, conservam-se no poder esses ministros subordinando a maioria do senado, ou grande conselho, e, afinal, por via de um expediente chamado anistia (cuja natureza lhe expliquei), garantem-se contra futuras prestações de contas e retiram-se da vida pública carregados com os despojos da nação.

Jonathan Swift. Viagens de Gulliver.São Paulo, Abril Cultural, 1979, p. 234-235.

Esse texto explica os três métodos pelos quais um homem chega a ser primeiro-ministro, acon selha o príncipe discreto a escolhê-lo entre os que clamam contra a corrupção na corte e justifica es se conselho.

Observe-se que:- o texto é temático, pois analisa e interpreta a realidade

com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um homem particular e do que faz para chegar a ser primeiro-ministro, mas do homem em geral e de todos os métodos para atingir o poder);

- existe mudança de situação no texto (por exem plo, a mudança de atitude dos que clamam con tra a corrupção da corte no momento em que se tornam primeiros-ministros);

- a progressão temporal dos enunciados não tem importância, pois o que importa é a relação de implicação (clamar contra a corrupção da cor te implica ser corrupto depois da nomeação para primeiro-ministro).

Características:

- ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é temático;- como o texto narrativo, ele mostra mudanças de situação;- ao contrário do texto narrativo, nele as rela ções de

anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior importância - o que importa são suas relações lógicas: analo-gia, pertinência, causalidade, coexistência, correspondência, implicação, etc.

- a estética e a gramática são comuns a todos os tipos de redação. Já a estrutura, o conteúdo e a estilística possuem características próprias a cada tipo de texto.

São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvimento / Conclusão.

Introdução: em que se apresenta o assunto; se apresenta a idéia principal, sem, no entanto, antecipar seu desenvolvimento. Tipos:

- Divisão: quando há dois ou mais termos a serem discutidos. Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...”

- Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona a um fato presente. Ex: “A crise econômica que teve início no começo dos anos 80 – com os conhecidos altos índices de inflação que a década colecionou – agravou vários dos históricos problemas sociais do país. Entre eles, a violência, principalmente a urbana, cuja escalada tem sido facilmente identificada pela população brasileira.”

- Proposição: o autor explicita seus objetivos.- Convite: proposta ao leitor para que participe de alguma

coisa apresentada no texto. Ex: Você quer estar “na sua”? Quer se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não entre pelo cano! Faça parte desse time de vencedores desde a escolha desse momento!

- Contestação: contestar uma idéia ou uma situação. Ex: “É importante que o cidadão saiba que portar arma de fogo não é a solução no combate à insegurança.”

- Características: caracterização de espaços ou aspectos. - Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. Ex: “Em

1982, eram 15,8 milhões os domicílios brasileiros com televisores. Hoje, são 34 milhões (o sexto maior parque de aparelhos receptores instalados do mundo). Ao todo, existem no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar programas) e 2.624 repetidoras (que apenas retransmitem sinais recebidos). (...)”

- Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato. - Citação: opinião de alguém de destaque sobre o assunto do

texto. Ex: “A principal característica do déspota encontra-se no fato de ser ele o autor único e exclusivo das normas e das regras que definem a vida familiar, isto é, o espaço privado. Seu poder, escreve Aristóteles, é arbitrário, pois decorre exclusivamente de sua vontade, de seu prazer e de suas necessidades.”

- Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos que compõem o texto.

- Interrogação: questionamento. Ex: “Volta e meia se faz a pergunta de praxe: afinal de contas, todo esse entusiasmo pelo futebol não é uma prova de alienação?”

- Suspense: alguma informação que faça aumentar a curiosidade do leitor.

- Comparação: social e geográfica. - Enumeração: enumerar as informações. Ex: “Ação à

distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo das massas, Holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses 100 últimos anos, aparece a verdadeira doença do século...”

- Narração: narrar um fato.

Desenvolvimento: é a argumentação da idéia inicial, de forma organizada e progressiva. É a parte maior e mais importante do texto. Podem ser desenvolvidos de várias formas:

- Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova com este tipo de abordagem.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

- Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar a idéia principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a definição.

- Comparação: estabelecer analogias, confrontar situações distintas.

- Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta pontos favoráveis e desfavoráveis.

- Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou descrever uma cena.

- Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados estatísticos.- Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para prováveis

resultados.- Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve

apresentar questionamento e reflexão.- Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos,

valores, juízos.- Causa e Consequência: estruturar o texto através dos

porquês de uma determinada situação.- Oposição: abordar um assunto de forma dialética.- Exemplificação: dar exemplos.

Conclusão: é uma avaliação final do assunto, um fechamento integrado de tudo que se argumentou. Para ela convergem todas as idéias anteriormente desenvolvidas.

- Conclusão Fechada: recupera a idéia da tese.- Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um

pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão de quem lê.

Exemplo:

Direito de Trabalho

Com a queda do feudalismo no século XV, nasce um novo modelo econômico: o capitalismo, que até o século XX agia por meio da inclusão de trabalhadores e hoje passou a agir por meio da exclusão. (A)

A tendência do mundo contemporâneo é tornar todo o trabalho automático, devido à evolução tecnológica e a necessidade de qualificação cada vez maior, o que provoca o desemprego. Outro fator que também leva ao desemprego de um sem número de trabalhadores é a contenção de despesas, de gastos. (B)

Segundo a Constituição, “preocupada” com essa crise social que provém dessa automatização e qualificação, obriga que seja feita uma lei, em que será dada absoluta garantia aos trabalhadores, de que, mesmo que as empresas sejam automatizadas, não perderão eles seu mercado de trabalho. (C)

Não é uma utopia?!Um exemplo vivo são os bóias-frias que trabalham na

colheita da cana-de-açúcar que devido ao avanço tecnológico e a lei do governador Geraldo Alkmin, defendendo o meio ambiente, proibindo a queima da cana-de-açúcar para a colheita e substituindo-os então pelas máquinas, desemprega milhares deles. (D)

Em troca os sindicatos dos trabalhadores rurais dão cursos de cabeleleiro, marcenaria, eletricista, para não perderem o mercado de trabalho, aumentando, com isso, a classe de trabalhos informais.

Como ficam então aqueles trabalhadores que passaram à vida estudando, se especializando, para se diferenciarem e ainda estão desempregados?, como vimos no último concurso da prefeitura do Rio de Janeiro para “gari”, havia até advogado na fila de inscrição. (E)

Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos têm o direito de trabalho, cabe aos governantes desse país, que almeja um futuro brilhante, deter, com urgência esse processo de desníveis gritantes e criar soluções eficazes para combater a crise generalizada (F), pois a uma nação doente, miserável e desigual, não compete a tão sonhada modernidade. (G)

1º Parágrafo – Introdução

A. Tema: Desemprego no Brasil.Contextualização: decorrência de um processo histórico

problemático.

2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento

B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que remetem a uma análise do tema em questão.

C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da realidade.

D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de quem propõe soluções.

E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição.

7º Parágrafo: ConclusãoF. Uma possível solução é apresentada.G. O texto conclui que desigualdade não se casa com

modernidade.

ORTOGRAFIA OFICIAL

A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto “correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras da língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos (ligados aos fonemas representados).

Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Deve-se também criar o hábito de consultar constantemente um dicionário.

Desde o dia 01/01/2009 já estão em vigor as novas regras ortográficas da língua portuguesa, por isso temos até 2012 para nos “habituarmos” com as novas regras, pois somente em 2013 que a antiga será abolida. Certifique se no edital do concurso que irá participar está explícito a cobrança das novas regras, pois caso contrário ainda estão valendo as velhas.

Relembrando

Vogal: a, e, i, o, u. Consoante: b,c,d,f,g,h,j,l,m,n,p,q,r,s,t,v,x,z.Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,x,z.O alfabeto será formado por 26 letras. As letras “k”, “w” e

“y” não são consideradas integrantes do alfabeto (agora serão). Essas letras serão usadas em unidades de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

1‑ Emprego das letras K, W e Y

Usam-se apenas:

a) Em abreviaturas e como símbolos de termos científicos de uso internacional: km (quilômetro), kg (quilograma), K (potássio), w (watt), W (oeste), Y (ítrio), yd (jarda), etc.

b) Na transcrição de palavras estrangeiras não aportuguesadas: kart, kibutz, smoking, show, watt, playground, playboy, hobby, etc.

c) Em nomes próprios estrangeiros não aportuguesados e seus derivados: Kant, Franklin, Shakespeare, Wagner, Kennedy, Mickey, Newton, Darwin, Hollywood, byroniano, etc.

2‑ Emprego da letra H

Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do latim hodie.

Emprega-se o H:

a) Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, hesitar, haurir, etc.

b) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, boliche, telha, flecha companhia, etc.

c) Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, etc.

d) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico: sobre-humano, anti-higiênico, super-homem, etc.

e) Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmonia, hangar, hábil, hélice, hemorragia, herói, hemisfério, heliporto, heliporto, hematoma, hérnia, hesitar, hífen, hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, humor, hora, história, hera, hospital, húmus;

OBS: Sem h, porém, os derivados baiano, baianinha, baião, baianada, etc.

Não se usa H:

a) No início ou no fim de certos vocábulos, no passado escritos com essa letra, embora sem fundamento etimológico: ontem, úmido, iate, ombro, etc.

b) No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc.

c) Em palavras derivadas e em compostos sem hífen: reaver (re + haver), reabilitar, inábil, desonesto, desonra, exaurir, etc.

3‑ Emprego das letras E, I, O e U

Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.

Escrevem‑se com a letra E:

a) A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: continue, habitue, pontue, etc.

b) A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: abençoe, magoe, perdoe, etc.

c) As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior): antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc.

d) Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemitério, Cireneu, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdiçar, Desperdício, Destilar, Disenteria, Empecilho, Encarnar, Encarnação, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico, Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer.

Emprega‑se a letra I:

a) Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.

b) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.

c) Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar, criador, criação, crioulo, digladiar, displicência, displicente, erisipela, escárnio, feminino, Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, inclinação, incinerar, inigualável, invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina, pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio.

Grafam‑se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, botequim, bússola, chover, cobiça, cobiçar, concorrência, costume, engolir, goela, mágoa, magoar, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa, nódoa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, romeno, tribo.

Grafam‑se com a letra U: bulício, buliçoso, bulir, burburinho, camundongo, chuviscar, chuvisco, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua, jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, tonitruante, trégua, urtiga.

Parônimos

Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes:

área = superfícieária = melodia, cantiga

arrear = pôr arreios, enfeitararriar = abaixar, pôr no chão, cair

comprido = longocumprido = particípio de cumprir

comprimento = extensãocumprimento = saudação, ato de cumprircostear = navegar ou passar junto à costacustear = pagar as custas, financiar

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

deferir = conceder, atenderdiferir = ser diferente, divergir

delatar = denunciardilatar = distender, aumentar

descrição = ato de descreverdiscrição = qualidade de quem é discreto

emergir = vir à tonaimergir = mergulhar

emigrar = sair do paísimigrar = entrar num país estranho

emigrante = que ou quem emigraimigrante = que ou quem imigra

eminente = elevado, ilustreiminente = que ameaça acontecer

recrear = divertirrecriar = criar novamente

soar = emitir som, ecoar, repercutirsuar = expelir suor pelos poros, transpirar

sortir = abastecersurtir = produzir (efeito ou resultado)

sortido = abastecido, bem provido, variadosurtido = produzido, causado

vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vauvadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio

4‑ Emprego das letras G e J

Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Grafa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do latim jactu) e jipe (do inglês jeep).

Escrevem‑se com G:

a) Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: garagem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem. Exceção: pajem

b) As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio.

c) Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso (de ferrugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria (de selvagem), etc.

d) Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu, auge, estrangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gíria, giz, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela.

Escrevem‑se com J:

a) Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja (cerejeira).

b) Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear (gorjeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo).

c) Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, rejeitar, sujeito, trajeto, trejeito).

d) Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jibóia, jiló, jirau, pajé, etc.

e) As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jericó, Jerônimo, jérsei, jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista.

f) Atenção: Moji palavra de origem indígena, deve ser escrita com J. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim.

5‑ Representação do fonema /S/

O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:

a) C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, dança, dançar, contorção, exceção, endereço, Iguaçu, maçarico, maçaroca, maço, maciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paçoca, pança, pinça, Suíça, suíço, vicissitude.

b) S: ânsia, ansiar, ansioso, ansiedade, cansar, cansado, descansar, descanso, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, pretensão, pretensioso, propensão, remorso, sebo, tenso, utensílio.

c) SS: acesso, acessório, acessível, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, concessão, discussão, escassez, escasso, essencial, expressão, fracasso, impressão, massa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão, pêssego, procissão, profissão, profissional, ressurreição, sessenta, sossegar, sossego, submissão, sucessivo.

d) SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, consciente, crescer, cresço, descer, desço, desça, disciplina, discípulo, discernir, fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressuscitar, seiscentos, suscetível, suscetibilidade, suscitar, víscera.

e) X: aproximar, auxiliar, auxílio, máximo, próximo, proximidade, trouxe, trouxer, trouxeram, etc.

f) XC: exceção, excedente, exceder, excelência, excelente, excelso, excêntrico, excepcional, excesso, excessivo, exceto, excitar, etc.

Homônimos

acento = inflexão da voz, sinal gráficoassento = lugar para sentar-se

acético = referente ao ácido acético (vinagre)ascético = referente ao ascetismo, místico

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

cesta = utensílio de vime ou outro materialsexta = ordinal referente a seis

círio = grande vela de cerasírio = natural da Síria

cismo = pensãosismo = terremoto

empoçar = formar poçaempossar = dar posse a

incipiente = principianteinsipiente = ignorante

intercessão = ato de intercederinterseção = ponto em que duas linhas se cruzam

ruço = pardacentorusso = natural da Rússia

6‑ Emprego de S com valor de Z

Escrevem-se com S com som de Z:

a) Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc.

b) Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa, etc.

c) Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, camponeses, freguês, freguesa, fregueses, etc.

d) Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: analisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás), extasiar (de êxtase), extravas (de vaso), alisar (de liso), etc.

e) Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pusemos, compôs, impuser, quis, quiseram, etc.

f) Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, Queirós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês.

g) Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, análise, anis, arnês, ás, ases, atrás, através, avisar, aviso, besouro, colisão, convés, cortês, cortesia, defesa, descortesia, despesa, empresa, esplêndido, esplendor, espontâneo, evasiva, fase, frase, freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, manganês, mês, mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso, pêsames, pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, represa, requisito, rês, reses, retrós, revés, reveses, surpresa, tesoura, tesouro, três, usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita.

7‑ Emprego da letra Z

Grafam-se com Z:

a) Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc.

b) Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc.

c) Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização, etc.

d) Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio), etc.

e) As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, aprazível, baliza, buzina, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, prezado, proeza, vazar, vazamento, vazão, vazante, vizinho, xadrez.

8‑ S ou Z?

Sufixo –ÊS e –EZ

a) O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), francês (de França), chinês (de China), etc.

b) O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez (de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido), etc.

Sufixo –ESA e –EZA

Usa-se –esa (com s):

a) Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despender), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpreender), etc.

b) Nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, prioresa, etc.

c) Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: burguesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de camponês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc.

d) Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc.

Usa-se –eza:

a) Usa se –eza (com z) nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotado qualidades, estado, condição: beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc.

Verbos terminados em –ISAR e ‑IZAR

Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa + ar), pisar, repisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar).

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

9‑ Emprego do X

a) Esta letra representa os seguintes fonemas:

Ch – xarope, enxofre, vexame, etc.CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc.Z – exame, exílio, êxodo, etc.SS – auxílio, máximo, próximo, etc.S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc.

b) Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc.

c) Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, etc.

d) Escreve-se x e não ch:

- Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem.

- Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, enxamear, enxagar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch.

- Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc.

- Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.

10‑ Emprego do dígrafo CH

Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, cochilar, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.

Homônimos

Bucho = estômagoBuxo = espécie de arbusto

Cocha = recipiente de madeiraCoxa = capenga, manco

Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça larga e chata, caldeira.

Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa

Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá ou de outras plantas

Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã)

Cheque = ordem de pagamentoXeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por

uma peça adversária

11‑ Consoantes dobradas

a) Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, R, S.

b) Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, facção, sucção, etc.

c) Duplicam-se o R e o S em dois casos:

- Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc.

- Quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia, etc.

12‑ CÊ – cedilha

É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força, frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça.

Nos substantivos derivados dos verbos: TER e TORCER e seus derivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção; torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.

O Ç só é usado antes de A,O,U.

13‑ Emprego das iniciais maiúsculas

a) A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.

b) Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.

c) Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.

d) Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc.

e) Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.

f) Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc.:

Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.

g) Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.

h) Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

i) Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte.

Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.j) Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o

Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

14‑ Emprego das iniciais minúsculas

a) Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.

b) Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral:

São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.c) Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o

rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.d) Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação

direta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?” (Machado de

Assis) “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,

incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)e) Atenção: no interior dos títulos, as palavras átonas, como: o,

a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial minúscula.

15‑ Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais palavras certas em situações apropriadas.

A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à Europa.

Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses.

“Procure o seu caminhoEu aprendi a andar sozinhoIsto foi há muito tempo atrásMas ainda sei como se fazMinhas mãos estão cansadasNão tenho mais onde me agarrar.” (gravação: Nenhum de

Nós)

Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo.

Acerca de: equivale a a respeito de: Falávamos acerda de uma solução melhor.

Há cerca de: equivale a faz tempo. Há cerca de dias resolvemos este caso.

Ao encontro de: equivale estar a favor de: Sua atitude vai ao encontro da verdade.

De encontro a: equivale a oposição, choque: Minhas opiniões vão de encontro às suas.

A fim de: locução prepositiva que indica finalidade: Vou a fim de visitá-la.

Afim: é um adjetivo e equivale a igual, semelhante: Somos almas afins.

Ao invés de: equivale ao contrário de: Ao invés de falar começou a chorar (oposição).

Em vez de: equivale a no lugar de: Em vez de acompanhar-me, ficou só.

A par: equivale a bem informado, ciente: Estamos a par das boas notícias.

Ao par: indica relação de igualdade ou equivalência entre valores financeiros (câmbio): O dólar e o euro estão ao par.

Aprender = tomar conhecimento de. Ex. O menino aprendeu a lição.

Apreender = prender. Ex. O fiscal apreendeu a carteirinha do menino.

À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a inutilmente, sem razão: Andava à toa pela rua.

À‑ toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale a inútil, despresível. Foi uma atitude à‑ toa e precipitada.

Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos supermercados. Vamos comemorar, pessoal!

Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da gasolina.

Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor de vinho.

Bebedouro: é o aparelho que fornece água. Este bebedouro está funcionando bem.

Bem‑Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem vindo aqui, jovem.

Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe.

Berruga/Verruga: as duas formas estão corretas: Olhe só a sua berruga/verruga, menina!

Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente): Vivia na boêmia/boemia.

Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um botijão/bujão de gás.

Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem os vereadores, deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal.

Câmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma câmera japonesa.

Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/champanhe está bem gelado.

Cessão: equivale ao ator de doar, doação: Foi confirmada a cessão do terreno.

Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A sessão do filme durou duas horas.

Seção/Secção: repartição pública, departamento: Visitei hoje a seção de esportes.

Demais: é advérbio de intensidade, equivale a muito, aparece intensificando verbos, adjetivos ou o próprio advérbio. Vocês falam demais, caras!

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Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo, equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais devem aguardar.

De mais: é locução prepositiva, opõe-se a de menos, refere-se sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais em sua decisão.

Dia‑a‑dia: é um substantivo, equivale a cotidiano, diário, que faz ou acontece todo dia. Meu dia‑a‑dia é cheio de surpresas.

Dia a dia: é uma expressão adverbial, equivale a diariamente. O álcool aumenta dia a dia. Pode isso?

Descriminar: equivale a inocentar, absolver de crime. O réu foi descriminado; pra sorte dele.

Discriminar: equivale a diferençar, distinguir, separar. Era impossível discriminar os caracteres do documento. Cumpre discriminar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda são discriminados.

Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi perfeita.

Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto, reservado: Você foi muito discreto.

Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em domicílio.

Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as compras a domicílio.

Espectador: é aquele que vê, assiste: Os espectadores se fartaram da apresentação.

Expectador: é aquele que está na expectativa, que espera alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada.

Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A estada dela aqui foi gratificante.

Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas semanas.

Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo; que brilha no escuro: Este material é fosforescente.

Fluorescente: adjetivo derivado de flúor, elemento químico, refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do carro era fluorescente.

Haja - do verbo haver - É preciso que não haja descuido. Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos.

Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do singular

Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª p. do singular

Levantar:é sinônimo de erguer: Ginês, meu estimado cunhado, levantou sozinho a tampa do poço.

Levantar‑se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram‑se cedo e, dirigiram-se ao eroporto.

Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é oposto de bem: Dormi mal. (bem)

Mal: equivale a nocivo, prejudicial, enfermidade; oposto de bem; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: A comida fez mal para mim. Seu mal é crer em tudo.

Mal: conjunção subordinativa temporal, equivale a assim que, logo que: Mal chegou começou a chorar desesperadamente.

Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural=maus; feminino=má. Você é um mau exemplo (bom).

Mau: substantivo: Os maus nunca vencem.

Mas: conjunção adversativa (idéia contrária), equivale a porém, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu.

Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos: Há mais flores perfumadas no campo.

Nem um: equivale a nem um sequer, nem um único; a palavra um expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.

Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número; vem antes de um substantivo, é oposto de algum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.

Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu mesma, eu própria.

Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado, eu mesmo, eu próprio.

Onde: indica o lugar em que se está; refere-se a verbos que exprimem estado, permanência: Onde fica a farmácia mais próxima?

Aonde: indica idéia de movimento; equivale para onde (somente com verbo de movimento desde que indique deslocamento, ou seja, a+onde). Aonde vão com tanta pressa?

“Pode seguir a tua estradao teu brinquedo de starfantasiando um segredoo ponto aonde quer chegar...” (gravação: Barão Vermelho)

Por ora: equivale a por este momento, por enquanto: Por ora chega de trabalhar.

Por hora: locução equivale a cada sessenta minutos: Você deve cobrar por hora.

Por que: escreve se separado; quando ocorre: preposição por+que - advérbio interrogativo (Por que você mentiu?); preposição por+que – pronome relativo pelo/a qual, pelos/as quais (A cidade por que passamos é simpática e acolhedora.) (=pela qual); preposição por+que – conjunção subordinativa integrante; inicia oração subordinada substantiva (Não sei por que tomaram esta decisão. (=por que motivo, razão)

Por quê: final de frase, antes de um ponto final, de interrogação, de exclamação, reticências; o monossílabo que passa a ser tônico (forte), devendo, pois, ser acentuado: __O show foi cancelado mas ninguém sabe por quê. (final de frase); __Por quê? (isolado)

Porque: conjunção subordinativa causal: equivale a: pela causa, razão de que, pelo fato, motivo de que: Não fui ao encontro porque estava acamado; conjunção subordinativa explicativa: equivale a: pois, já que, uma vez que, visto que: “Mas a minha tristeza é sossego porque é natural e justa.” (Fernando Pessoa) ; conjunção subordinativa final (verbo no subjuntivo, equivale a para que): “Mas não julguemos, porque não venhamos a ser julgados.” (Rui Barbosa)

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Porquê: funciona como substantivo; vem sempre acompanhado de um artigo ou determinante: Não foi fácil encontrar o porquê daquele corre-corre.

Senão: equivale a caso contrário, a não ser: Não fazia coisa nenhuma senão criticar.

Se não: equivale a se por acaso não, em orações adverbiais condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá desta situação crítica.

Tampouco: advérbio, equivale a também não: Não compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.

Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão pouco esta semana.

Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios Traz - do verbo trazer

Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está

vultuosa e deformada.

16‑ Hífen

O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão associadas a uma infinidade de ocorrências lingüísticas, tais como:

- ligar palavras compostas;- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas

verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;- separar as sílabas de um dado vocábulo;- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.

Com o advento da Nova Reforma Ortográfica, houve mudanças em relação à sua aplicabilidade. Sendo assim, dada a complexidade que se atribui ao sinal em questão, temos por finalidade evidenciá-las, procurando enfatizar, em alguns casos, o que antes prevalecia e o que atualmente vigora. Mediante tais pressupostos, constatemos, pois:

Circunstâncias lingüísticas a que se deve o emprego do hífen: - O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal

e a segunda palavra começa com a mesma vogal: antiinflamatório/anti-inflamatório; antiinflacionário/anti-inflacionário; microondas/micro-ondas; microorganismo/micro-organismo.

Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do Acordo: auto-observação; auto-ônibus; contra-atacar.

Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo: coobrigar, coadquirido, coordenar, reeditar, proótico, proinsulina.

- Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras iniciadas com “h”: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, extra-humano, pró-hidrotópico, super-homem.

- Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário, super-resistente.

- Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen: sub-regional, sub-raça, sub-reino.

- Diante dos prefixos “-além”, “-aquém”, “-bem”, “-ex”, “-pós”, “-recém”, “-sem”, “-vice”, usa-se o hífen: além-mar, aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor.

- Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por vogal ou “h”, o hífen está presente: mal-humorado, mal-intencionado, mal-educado.

- Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen: circum-navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo.

- Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise: entregá-lo, amar-te-ei, considerando-o.

- Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por “-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen: jacaré-açu, cajá-mirim, amoré-guaçu.

- Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente: auto-avaliação/autoavaliação; auto-escola/autoescola; auto-estima/autoestima; co-autor/coautor; infra-estrutura/infraestrutura; semi-árido/semiárido.

Essa nova regra padroniza algumas exceções existentes antes do Acordo: aeroespacial, antiamericano, socioeconômico.

- Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que perderam a noção de composição: manda-chuva/mandachuva; pára-quedas/paraquedas; pára-quedista/paraquedista.

O hífen ainda permanece em palavras compostas desprovidas de elemento de ligação, como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: azul-escuro, bem-te-vi, couve-flor, guarda-chuva, erva-doce, pimenta-de-cheiro.

- Não se usa mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas: fim de semana, café com leite, cão de guarda. Exceções: o hífen ainda permanece em alguns casos, expressos por: água-de-colônia, água-de-coco, cor-de-rosa.

- Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes são duplicadas: ante-sala/antessala, anti-rugas/antirrugas, anti-social/antissocial, auto-retrato/autorretrato, extra-sensorial/extrassensorial, contra-reforma/contrarreforma, supra-renal/suprarrenal, ultra-secreto/ultrassecreto, ultra-som/ultrassom.

O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r” e o segundo elemento começar pela mesma letra: hiper-requintado, inter-regional, super-romântico, super-racista.

A nova regra padroniza algumas exceções já existentes antes do acordo, como é o caso de: minissaia, minissubmarino, minissérie.

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- Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”: anteprojeto, autopeça, contracheque, extraforte, ultramoderno.

- Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra consoante diferente: hipermercado, hiperacidez, intermunicipal, subemprego, superinteressante, superpopulação.

- Não se usa mais o hífen diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começa por consoante: malfalado, malgovernado, malpassado, maltratado, malvestido.

EXERCÍCIOS

1. Observe a ortografia correta das palavras: privilégio; disenteria; programa; mortadela; mendigo; beneficente; caderneta; problema.

Empregue as palavras acima nas frases: a) O.....................teve..............................porque

comeu...........................estragada. b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhe trouxe

um.......................: sua..............................escolar indicou péssimo aproveitamento.

c) A festa.........................teve um bom..........................e, por isso, um bom aproveitamento.

2. Passe as palavras para o diminutivo: asa; japonês; pai;

homem; adeus; português; só; anel; Beleza; rosa; país; avô; arroz; princesa; café; flor; Oscar; rei;

bom; casa; lápis; pé. 3. Passe para o plural diminutivo: trem; pé; animal; só; papel;

jornal; mão; balão; automóvel; pai; cão; mercadoria; farol; rua; chapéu; flor.

4. Preencha as lacunas com as seguintes palavras: seção,

sessão, cessão, comprimento, cumprimento, conserto, concerto

a) O pequeno jornaleiro foi à.....................do jornal. b) Na........................musical os pequenos cantores

apresentaram-se muito bem. c) O......................do jornaleiro é amável. d) O........................ das roupas é feito pela mãe do garoto. e) O..........................do sapato custou muito caro. f) Eu.............................meu amigo com amabilidade. g) A.................................de cinema foi um sucesso. h) O vestido tem um.................................bom. i) Os pequenos violinistas participaram de um..........................

. 5. Dê a palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou

EZA: Portugal; certo; limpo; bonito; pobre; magro; belo; gentil; duro; lindo; China; frio; duque; fraco; bravo; grande.

6. Forme substantivos dos adjetivos: honrado; rápido; escasso;

tímido; estúpido; pálido; ácido; surdo; lúcido; pequeno.7. Use o H quando for necessário: alucinar; élice, umilde,

esitar, oje, humano, ora, onra, aver, ontem, êxito, ábil, arpa, irônico, orrível, árido, óspede, abitar.

8. Complete as lacunas com as seguintes formas verbais: Houve e Ouve.

a) O menino ..............muitas recomendações de seu pai. b) ..............muita confusão na cabeça do pequeno. c) A criança não....................a professora porque não a

compreende. d) Na escola.................festa do Dia do Índio. 9. A letra X representa vários sons. Veja: • e-X-agero - som de Z • au-X-ílio - som de S • comple-X-o - som de KS

Leia atentamente as palavras oralmente: trouxemos, exercícios, táxi, executarei, exibir-se, oxigênio, exercer, proximidade, tóxico, extensão, existir, experiência, êxito, sexo, auxílio, exame.

Separe as palavras em três seções, conforme o som do X: Som de Z: Som de KS: Som de S: 10. Complete com X ou CH: en.....er; dei.....ar; ......eiro;

fle......a; ei.....o; frou.....o; ma.....ucar; .....ocolate; en.....ada; en.....ergar; cai......a; .....iclete; fai......a; .....u......u; salsi......a; bai.......a; capri......o; me......erica; ria.......o; ......ingar; .......aleira; amei......a; ......eirosos; abaca.....i.

11. Complete com MAL ou MAU: a) Disseram que Caloca passou.............ontem. b) Ele ficou de.................humor após ter agido daquela forma. c) O time se considera.................preparado para tal jogo. d) Caloca sofria de um....................curável. e) O...................é se ter afeiçoado às coisas materiais. f) Ele não é um...................sujeito. g) Mas o ..........não durou muito tempo. 12. Complete as frases com porque ou por que corretamente: a).................. você está chateada? b)Cuidar do animal é mais importante......................ele fica

limpinho. c).......................... você não limpou o tapete? d) Concordo com papai.......................ele tem razão. e).........................precisamos cuidar dos animais de estimação. 13. Preencha as lacunas com MAS = PORÉM MAIS = INDICA QUANTIDADE MÁS = FEMININO DE MAU a) A mãe e o filho discutiram, ...........não chegaram a um

acordo. b) Você quer..............razões para acreditar em seu pai? c) Pessoas..................deveriam fazer reflexões para acreditar

........... na bondade do que no ódio. d) Eu limpo,................depois vou brincar. e) O frio não prejudica................o Tico. f) Infelizmente Tico morreu, ..............comprarei outro

cãozinho.

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g) Todas as atitudes .............devem ser perdoadas,...........jamais ser repetidas, pois, quanto....................se vive,..................se aprende.

14. Preencha as lacunas com: Trás, atrás e Traz. a)..................... de casa havia um pinheiro. b) A poluição.................consigo graves conseqüências. c) Amarre-o por................ da árvore. d) Não vou............. de comentários bobos.. 15. Preencha as lacunas com: HÁ - indica tempo passado A - tempo futuro e espaço a) A loja fica....... pouco quilômetros daqui. b)................instantes li sobre o Natal. c) Eles não vão à loja porque........... mais de dois dias a

mercadoria acabou. d)...............três dias que todos se preparam para a festa do

Natal. e) Esse fato aconteceu ....... muito tempo. f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui

......oito dias. g) Ele estava......... três passos da casa de André. h) ........ dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal.

16. Atenção para as palavras: por cima; devagar; depressa; de repente; por isso.

Agora, empregue-as nas frases:a)....................... uma bola atingiu o cenário e o derrubou. b) Bem...........................o povo começou a se retirar. c) O rei descobriu a verdade,............................ficou irritado. d) Faça sua tarefa........................, para podermos ir ao dentista. e) ......................... de sua vestimenta real, o rei usava um

manto. 17. Use mal ou mau: a) Caiu de..................jeito. b) Antes só do que ...............acompanhado c) Calção..........................feito. d) Não leves a .............o que o fiscal disse. e) Que fiscal................-educado. f) Não lhes dês....................conselho! g) Um ....................colega procede................e é ..............

amigo. h) O caso está .................... contado. i) Ele .................sabe o que o espera. j) Pratique o bem e evite o ......................... . 18. -ISAR ou -IZAR? Veja: aviso - avisarmoderno - modernizar análise - analisarcivil - civilizar • Usamos ISAR nos verbos cuja palavra primitiva possui S. Ex. aviso - avisar

Cuidado: síntese - sintetizar/ catequese - catequizar/ batismo - batizar

• Usamos IZAR no outros casos.

Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise; pesquisa; anarquia; canal; civilização; colônia; humano; suave; revisão; real; nacional; final; oficial; monopólio; sintonia; central; paralisia; aviso.

19. Uso do H. Use o h, quando necessário. ábil, arém, esitar,

orário, umano; iate; abitar, iato, orrível, erva, ontem, arpa, álito, aver, oje, óspede, espanhol, úmido, angar, élice, ora, umildade, ombro, umedecer.

20. Haja ou aja. Use haja ou aja para completar as orações: a) ............. com atenção para que não............ muitos erros. b) Talvez................ greve; é preciso que................... cuidado

e atenção. c) Desejamos que .................... fraternidade nessa escola. d) .............. com docilidade, meu filho! 21. Muito obrigada, eu mesma, eu própria • As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu mesma, eu

própria. • Os homens devem dizer: muito obrigado, eu mesmo, eu

próprio. Complete corretamente: a) Muito................................, meu filho, disse vovó. (obrigado

- obrigada) b) Mamãe, muito.......................... pela paciência que você

teve com minhas amigas, disse Marina. (obrigado - obrigada) c) Eu............................ não sei como resolver o problema.

(mesmo-mesma) d) O garoto disse: - Eu ......................farei os sanduíches.

(mesmo ou mesma) e) Eu............................não sei quando poderei entregar os

sanduíches. (próprio, própria) 22. A palavra MENOS não deve ser modificada para o

feminino. Veja: Naquele instante não tive menos coragem do que antes. Complete as frases com a palavra MENOS: a) Conheço todos os Estados brasileiros, ................a Bahia. b) Todos eram calmos, ....................mamãe. c) Quero levar ..............sanduíches do que na semana passada. d) Mamãe fazia doces e salgados..................tortas grandes. 23. A GENTE e AGENTE a) A gente = nós; o povo, as pessoas. Veja: Nós vamos à praia este fim de semana. A gente vai à praia este final de semana. b) Agente = indivíduo encarregado, responsável por

determinada ação; aquele que age. Observação : a expressão agente tem ainda outros

significados.

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Complete as frases com a gente ou agente : a) Gosto de ver filmes de ..........................secreto. b) ......................... daquela cidade não é hospitaleira. c) A dor que.........................sente, quando perde alguém muito

querido, vai passando com o tempo. d) ......................... paranaense é dada, amiga e hospitaleira. e) Quando................................. gosta, faz com prazer. f) Meu pai é.......................... de viagens da VARIG. g) Quero estudar para ser..........................policial, para

defender o povo. 24. Use por que , por quê , porque e porquê : a) ............................ninguém ri agora? b) Eis....................... ninguém ri. c) Eis os princípios ...........................luto. d) Ela não aprendeu, .........................? e) Aproximei-me .....................todos queriam me ouvir. f) Você está assustado, ........................? g) Eis o motivo............................errei. h) Creio que vou melhorar.........................estudei muito. i) O.......................... é difícil de ser estudado. j) ....................... os índios estão revoltados? l) O caminho ...............................viemos era tortuoso. 25. Uso do S e Z. Complete as palavras com S ou Z. A seguir,

copie as palavras na forma correta: pou....ando; pre....ença; arte.....anato; escravi.....ar; nature.....a; va.....o; pre.....idente; fa.....er; Bra.....il; civili....ação; pre....ente; atra....ados; produ......irem; a....a; hori...onte; torrão....inho; fra....e; intru ....o; de....ejamos; po....itiva; podero....o; de...envolvido; surpre ....a; va.....io; ca....o; coloni...ação.

26. Complete com X ou S e copie as palavras com atenção:

e....trangeiro; e....tensão; e....tranho; e....tender; e....tenso; e....pontâneo; mi...to; te....te; e....gotar; e....terior; e....ceção; e...plêndido; te....to; e....pulsar; e....clusivo.

27. TÃO POUCO / TAMPOUCO Complete as frases corretamente: a) Eu tive .............................oportunidades! b) Tenho.................................. alunos, que cabem todos

naquela salinha. c) Ele não veio; .......................virão seus amigos. d) Eu tenho .............................tempo para estudar. e) Nunca tive gosto para dançar; ....................para tocar piano. f) As pessoas que não amam, ..........................são felizes. g)As pessoas têm.....................atitudes de amizade. h) O governo daquele país não resolve seus problemas,

........................... se preocupa em resolvê-los.

RESPOSTAS

1. a) O mendigo teve disenteria porque comeu mortadela

estragada. b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhe trouxe um

problema: sua caderneta escolar indicou péssimo aproveitamento. c) A festa beneficente teve um bom programa e, por isso, um

bom aproveitamento.

2. Passe as palavras para o diminutivo: asa: asinha; japonês: japonesinho; pai: paizinho; homem: homenzinho; adeus: adeusinho; português: portuguesinho; só: sozinho; anel: anelzinho; beleza: belezinha; rosa: rosinha; país: paísinho; avô: avozinho; arroz: arrozinho; princesa: princesinha; café: cafezinho; flor: florzinha; Oscar: Oscarzinho; rei: reizinho; bom: bonzinho; casa: casinha; lápis: lapisinho; pé: pezinho.

3. Passe para o plural diminutivo: trem: trenzinhos; pé: pezinhos; animal: animaizinhos; só: sozinhos; papel: papeizinhos; jornal: jornaizinhos; mão: mãozinhas; balão: balõezinhos; automóvel: automoveisinhos; pai: paisinhos; cão: cãezinhos; mercadoria: mercadoriazinhas; farol: faroisinhos; rua: ruazinhas; chapéu: chapeuzinhos; flor: florezinhas.

4. a) O pequeno jornaleiro foi à seção do jornal. b) Na sessão musical, os pequenos cantores apresentaram-se

muito bem. c) O cumprimento do jornaleiro é amável. d) O conserto das roupas é feito pela mãe do garoto. e) O conserto do sapato custou muito caro. f) Eu cumprimento meu amigo com amabilidade. g) A sessão de cinema foi um sucesso. h) O vestido tem um comprimento bom. i) Os pequenos violinistas participaram de um concerto.

5. Dê a palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou EZA: Portugal: portuguesa; certo: certeza; limpo: limpeza; bonito: boniteza; pobre: pobreza; magro: magreza; belo: beleza; gentil: gentileza; duro: dureza; lindo: lindeza; China: Chinesa; frio: frieza; duque: duquesa; fraco: fraqueza; bravo: braveza; grande: grandeza.

6. Forme substantivos dos adjetivos: honrado: honradez; rápido: rapidez; escasso: escassez; tímido: timidez; estúpido: estupidez; pálido: palidez; ácido: acidez; surdo: surdez; lúcido: lucidez; pequeno: pequenez.

7. Use o H quando for necessário: alucinar, ontem, Hélice, êxito, Humilde, Hábil, Hesitar, Harpa, Hoje, irônico, Humano, Horrível, Hora, árido, Honra, Hóspede, Haver, Habitar.

8. a) O menino ouve muitas recomendações de seu pai.b) Houve muita confusão na cabeça do pequeno. c) A criança não ouve a professora porque não a compreende.d) Na escola, houve festa do Dia do Índio.

9. Som de Z: exercícios, executarei, exibir-se, exercer, existir,

êxito e exame.Som de KS: táxi, oxigênio, tóxico e sexo.

Som de S: trouxemos, proximidade, extensão, experiência e auxílio

10. Complete com X ou CH: encher, deixar, cheiro, flecha, eixo, frouxo, machucar, chocolate, enxada, enxergar, caixa, chiclete, faixa, chuchu, salsicha, baixa, capricho, mexerica, riacho, xingar, chaleira, ameixa, cheirosos, abacaxi.

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11.a) Disseram que Caloca passou mal ontem. b) Ele ficou de mau humor após ter agido daquela forma. c) O time se considera mal preparado para tal jogo. d) Caloca sofria de um mal curável. e) O mal é se ter afeiçoado às coisas materiais. f) Ele não é um mau sujeito.g) Mas o mal não durou muito tempo.

12. a) Por que você está chateada? b) Cuidar do animal é mais importante porque ele fica

limpinho. c) Por que você não limpou o tapete? d) Concordo com papai porque ele tem razão. e) Porque precisamos cuidar dos animais de estimação.

13. a) A mãe e o filho discutiram, mas não chegaram a um acordo. b) Você quer mais razões para acreditar em seu pai? c) Pessoas más deveriam fazer reflexões para acreditar mais

na bondade do que no ódio. d) Eu limpo, mas depois vou brincar. e) O frio não prejudica mais o Tico. f) Infelizmente Tico morreu, mas comprarei outro cãozinho. g) Todas as atitudes más devem ser perdoadas, mas jamais ser

repetidas, pois, quanto mais se vive, mais se aprende.

14. a) Atrás de casa havia um pinheiro. b) A poluição traz consigo graves conseqüências. c) Amarre-o por trás da árvore. d) Não vou atrás de comentários bobos..

15. a) A loja fica a poucos quilômetros daqui. b) Há instantes li sobre o Natal. c) Eles não vão à loja porque há mais de dois dias a mercadoria

acabou. d) Há três dias que todos se preparam para a festa do Natal. e) Esse fato aconteceu há muito tempo. f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui

a oito dias. g) Ele estava a três passos da casa de André. h) A dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal.

16. a) De repente uma bola atingiu o cenário e o derrubou. b) Bem devagar o povo começou a se retirar. c) O rei descobriu a verdade, por isso ficou irritado.d) Faça sua tarefa depressa, para podermos ir ao dentista. e) Por cima de sua vestimenta real, o rei usava um manto.

17. a) Caiu de mau jeito. b) Antes só do que mal acompanhadoc) Calção mal feito. d) Não leves a mal o que o fiscal disse. e) Que fiscal mal-educado. f) Não lhes dês maus conselhos! g) Um mau colega procede mal e é mau amigo. h) O caso está mal contado. i) Ele mal sabe o que o espera. j) Pratique o bem e evite o mal.

18. Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise: analisar; pesquisa:pesquisar; anarquia: anarquizar; canal: canalizar; civilização: civilizar; colônia: colonizar; humano: humanizar; suave: suavizar; revisão: revisar; real: realizar; nacional: nacionalizar; final: finalizar; oficial: oficializar; monopólio: monopolizar; sintonia: sintonizar; central: centralizar; paralisia: paralisar; aviso: avisar.

19. Use o h, quando necessário: Hábil, Hálito, Harém, Haver, Hesitar, Hoje, Horário, Hóspede, Humano, Espanhol, Iate, Úmido, Habitar, Hangar, Hiato, Hélice, Horrível, Hora, Erva, Humildade, Ontem, Ombro, Harpa, Umedecer.

20. a) Aja com atenção para que não haja muitos erros. b) Talvez haja greve; é preciso que aja com cuidado e atenção. c) Desejamos que haja fraternidade nessa escola. d) Aja com docilidade, meu filho!

21. a) Muito obrigada, meu filho, disse vovó. (obrigado - obrigada) b) Mamãe, muito obrigada pela paciência que você teve com

minhas amigas, disse Marina. (obrigado - obrigada)c) Eu mesma não sei como resolver o problema. (mesmo-

mesma) d) O garoto disse: - Eu mesmo farei os sanduíches. (mesmo

ou mesma) e) Eu própria não sei quando poderei entregar os sanduíches.

(próprio, própria) - Obs.: de acordo com o gênero da pessoa que estiver fazendo o exercício.

22. a) Conheço todos os Estados brasileiros, menos a Bahia. b) Todos eram calmos, menos mamãe. c) Quero levar menos sanduíches do que na semana passada. d) Mamãe fazia doces e salgados menos tortas grandes.

23. a) Gosto de ver filmes de agente secreto. b) A gente daquela cidade não é hospitaleira. c) A dor que a gente sente, quando perde alguém muito

querido, vai passando com o tempo. d) A gente paranaense é dada, amiga e hospitaleira. e) Quando a gente gosta, faz com prazer.f) Meu pai é agente de viagens da VARIG. g) Quero estudar para ser agente policial, para defender o

povo.

24. Use por que , por quê , porque e porquê : a) Por que ninguém ri agora? b) Eis por que ninguém ri. c) Eis os princípios por que luto. d) Ela não aprendeu, por quê? e) Aproximei-me porque todos queriam me ouvir. f) Você está assustado, por quê? g) Eis o motivo por que errei. h) Creio que vou melhorar porque estudei muito. i) O porquê é difícil de ser estudado. j) Por que os índios estão revoltados? l) O caminho por que viemos era tortuoso.

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25. Pousando: Pousando; Presença: Presença; Artesanato: Artesanato; Escravizar: Escravizar; Natureza: Natureza; Vaso: Vaso; Presidente: Presidente; Fazer: Fazer; Brasil: Brasil; Civilização: Civilização; Presente: Presente; Atrasados: Atrasados; Produzirem: Produzirem; Asa: Asa; Horizonte: Horizonte; Torrãozinho: Torrãozinho; Frase: Frase; Intruso: Intruso; Desejamos: Desejamos; Positiva: Positiva; Poderoso: Poderoso; Desenvolvido: Desenvolvido; Surpresa: Surpresa; Vazio: Vazio; Caso: Caso; Colonização: Colonização.

26. Estrangeiro: estrangeiro; Extensão: extensão; Estranho: estranho; Estender: estender; Extenso: extenso; Espontâneo: Espontâneo; Misto: Misto; Teste: Teste; Esgotar: Esgotar; Exterior: Exterior; Exceção: Exceção; Esplêndido: Esplêndido; Texto: Texto; Expulsar: Expulsar; Exclusivo: Exclusivo.

27. a) Eu tive tão poucas oportunidades! b) Tenho tão poucos alunos, que cabem todos naquela salinha. c) Ele não veio; tampouco virão seus amigos. d) Eu tenho tão pouco tempo para estudar. e) Nunca tive gosto para dançar; tampouco para tocar piano. f) As pessoas que não amam, tampouco são felizes. g) As pessoas têm tão poucas atitudes de amizade. h) O governo daquele país não resolve seus problemas,

tampouco se preocupa em resolvê-los.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Tonicidade

Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma que se destaca por ser proferida com mais intensidade que as outras: é a sílaba tônica. Nela recai o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Exemplos: café, janela, médico, estômago, colecionador.

O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido com o acento gráfico (agudo ou circunflexo) que às vezes o assinala. A sílaba tônica nem sempre é acentuada graficamente. Exemplo: cedo, flores, bote, pessoa, senhor, caju, tatus, siri, abacaxis.

As sílabas que não são tônicas chamam-se átonas (=fracas), e podem ser pretônicas ou postônicas, conforme estejam antes ou depois da sílaba tônica. Exemplo: montanha, facilmente, heroizinho.

De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com mais de uma sílaba classificam-se em:

Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, escritor, maracujá.

Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa, lápis, montanha, imensidade.

Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: árvore, quilômetro, México.

Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos.

Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase em que aparecem: é, má, si, dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr, etc.

Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apóiam. São palavras vazias de sentido como artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação, preposições, conjunções: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, nos, de, em, e, que.

Acentuação dos Vocábulos Proparoxítonos

Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal tônica:

• Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o abertos: xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos, lógico, binóculo, colocássemos, inúmeros, polígono, etc.

• Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada ou nasal: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos, estômago, sôfrego, fôssemos, quilômetro, sonâmbulo etc.

• Acentuam-se também os vocábulos que terminam por encontro vocálico e que podem ser pronunciados como proparoxítonos: área, conterrâneo, errôneo, enxáguam, etc.

Acentuação dos Vocábulos Paroxítonos

Acentuam-se com acento adequado os vocábulos paroxítonos terminados em:

• ditongo crescente, seguido, ou não, de s: sábio, róseo, planície, nódua, Márcio, régua, árdua, espontâneo, etc.

• i, is, us, um, uns: táxi, lápis, bônus, álbum, álbuns, jóquei, vôlei, fáceis, etc.

• l, n, r, x, ons, ps: fácil, hífen, dólar, látex, elétrons, fórceps, etc.

• ã, ãs, ão, ãos, guam, güem: ímã, ímãs, órgão, bênçãos, enxáguam, enxágüem, etc.

Não se acentuam os vocábulos paroxítonos terminados em ens: imagens, edens, itens, jovens, nuvens, etc.

Não se acentuam os prefixos anti, semi e super, por serem considerados elementos átonos: semi-selvagem, super-homem, anti-rábico.

Não se acentua um paroxítono só porque sua vogal tônica é aberta ou fechada. Descabido seria o acento gráfico, por exemplo, em cedo, este, espelho, aparelho, cela, janela, socorro, pessoa, dores, flores, solo, esforços.

Acentuação dos Vocábulos Oxítonos

Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos terminados em:

• a, e, o,seguidos ou não de s: xará, serás, pajé, freguês, vovô, avós, etc. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de pronome: cortá-los, vendê-los, compô-lo, etc.

• em, ens: ninguém, armazéns, ele contém, tu conténs, ele convém, ele mantém, eles mantêm, ele intervém, eles intervêm, etc.

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• a 3ª pessoa do presente do indicativo dos verbos derivados de ter e vir leva acento circunflexo: eles contêm, detêm, obtêm, sobrevêm, etc

• éis, éu(s), ói(s): fiéis, chapéu, herói.

Não devem ser acentuados os oxítonos terminados em i(s), u(s): aqui, juriti, juritis, saci, bambu, zebu, puni-los, reduzi-los, etc.

Acentuação dos Monossílabos

Acentuam-se os monossílabos tônicos:

• a, e, o, seguidos ou não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc.• que encerram os ditongos abertos éi, éu, ói: véu, véus,

dói, réis, sóis, etc.• acentuam-se os verbos pôr, têm (plural) e vêm (plural)

porque existem os homógrafos por (preposição átona), tem (singular) e vem (singular): Eles têm autoridade: vêm pôr ordem na cidade.

Não se acentuam os monossílabos tônicos com outras terminações: ri, bis, ver, sol, pus, mau, Zeus, dor, flor, etc.

Acentuação dos Ditongos

Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando tônicos: papéis, idéia, estréio, estréiam, chapéu, céus, herói, Niterói, jibóia, sóis, anzóis, tireóide, destrói, eu apóio, eles apóiam, etc.

Estes ditongos não se acentuam quando fechados: areia, ateu, joio, tamoio, o apoio, etc; e quando subtônicos: ideiazinha, chapeuzinho, heroizinho, tireodite, heroicamente, etc.

Não se acentua a vogal tônica dos ditongos iu e ui, quando precedida de vogal: saiu, atraiu, contraiu, contribuiu, distribuiu, pauis, etc.

Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” não serão mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico, etc.

Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu.

Acentuação dos Hiatos

A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a ditongação. Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido.

Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhos ou com s: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de), feiúra (fei-ú-ra), faísca, caíra, saíra, egoísta, heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem, Bocaiúva, influí, destruí-lo, instruí-la, etc.

Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que não seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diurno, Raul, ruim, cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc.

Coloca-se acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos ôo e êe, quando tônica: vôo, vôos, enjôo, abençôo, abotôo, crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, prevêem, provêem, etc.

Escreveremos sem acento: Saara, caolho, aorta, semeemos, semeeis, mandriice, vadiice, lagoa, boa, abotoa, Mooca, moeda, poeta, meeiro, voe, perdoe, abençoe, etc.

Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009 não se acentuarão mais o “i” e “u” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva, etc. Ficarão: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc.

Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição final o acento permanece: tuiuiú, Piauí. Nos demais “i” e “u” tônicos, formando hiato, o acento continua. Exemplo: saúde, saída, gaúcho.

Os hiatos “ôo” e “êe” não serão mais acentuados: enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem. Ficarão: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, releem.

Acentuação dos Grupos gue, gui, que, qui

Coloca-se acento agudo sobre o “u” desses grupos, quando é proferido e tônico: averigúe, averigúeis, averigúem, apazigúe, apazigúem, obliqúe, obliqúes, argúis, argúi, argúem, etc.

Quando átono, o referido “u” receberá trema: agüentar, argüir, argüia, freqüente, delinqüência, tranqüilo, cinqüenta, enxagüei, pingüim, seqüestro, etc.

Segundo o decreto de modificação e regulamentação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não existe mais o trema em língua portuguesa, apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano, etc. Ficarão: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

Acento Diferencial

Emprega-se o acento diferencial (que pode ser circunflexo ou agudo) como sinal distintivo de vocábulos homógrafos, nos seguintes casos:

‑ pôde (pretérito perfeito do indicativo) para diferenciá-la de pode (presente do indicativo);

‑ côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas (com + a, com + as);

‑ pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo parar) - para diferenciar de para (preposição);

‑ péla, pélas (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para diferenciar de pela, pelas (combinação da antiga preposição per com os artigos ou pronomes a, as);

‑ pêlo, pêlos (substantivo) e pélo (v. pelar) - para diferenciar de pelo, pelos (combinação da antiga preposição per com os artigos o, os);

‑ péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera (forma arcaica de para - preposição);

‑ pêra (substantivo) para diferenciar de pera (forma arcaica de para - preposição);

‑ pólo, pólos (substantivo) - para diferenciar de polo, polos (combinação popular regional de por com os artigos o, os);

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‑ pôlo, pôlos (substantivo - gavião ou falcão com menos de um ano) - para diferenciar de polo, polos (combinação popular regional de por com os artigos o, os);

‑ pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição).

Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009 não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual, som e sentido diferentes) como: pára/para, péla/pela, pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo, etc. Ficarão: para, pela, pelo, pera, polo, etc.

O acento diferencial ainda permanece no verbo poder (pôde, quando usado no passado) e no verbo pôr (para diferenciar da preposição por). É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Emprego do Til

O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal. Pode figurar em sílaba: tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe, etc; pretônica: ramãzeira, balõezinhos, grã-fino, cristãmente, etc; e átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc.

Resumo: de acordo com as Novas Regras

Proparoxítonas

Quando acentuar: Sempre.Como eram: simpática, lúcido, sólido, cômodo.Como ficaram: Continua tudo igual ao que era antes da

nova ortografia: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil); académico, fenómeno (Portugal).

Paroxítonas

Quando acentuar: Se terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S.

Como eram: fácil, táxi, tênis, hífen, próton, álbum(ns), vírus, caráter, látex, bíceps, ímã, órfãs, bênção, órfãos, cárie, árduos, pólen, éden.

Como ficaram: Continua tudo igual. Observe: 1) Terminadas em ENS não levam acento: hifens, polens. 2) Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sêmen, fémur (Portugal). 3) Não usa acento nos prefixo paroxítonos que terminam em R nem nos que terminam em I: inter-helênico, super-homem, anti-herói, semi-internato.

Oxítonas

Quando acentuar: Se terminadas em: A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS.

Como eram: vatapá, igarapé, avô, avós, refém, parabéns. Como ficaram: Continua tudo igual. Observe: 1) terminadas

em I, IS, U, US não levam acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2) Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê (Brasil); bebé, puré (Portugal).

Monossílabos Tônicos

Quando acentuar: terminados em A, AS, E, ES, O,OS.Como eram: vá, pás, pé, mês, pó, pôs.Como ficaram: Continua tudo igual. Atente para os acentos

nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc.

Í e Ú em palavras Oxítonas e Paroxítonas

Quando acentuar: Í e Ú levam acento se estiverem sozinhos na sílaba (hiato).

Como eram: saída, saúde, miúdo, aí, Araújo, Esaú, Luís, Itaú, baús, Piauí.

Como ficaram: 1) Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís. 2) Não se acentuam i e u se depois vier ‘nh’: rainha, tainha, moinho. 3) Esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e u não serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 4) Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú.

Ditongos Abertos em palavras Paroxítonas

Quando acentuar: EI, OI.Como eram: idéia, colméia, bóia.Como ficaram: Esta regra desapareceu (para palavras

paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R.

Ditongos Abertos em Palavras Oxítonas

Quando acentuar: ÉIS, ÉU(S), ÓI(S).Como eram: papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer).Como ficaram: Continua tudo igual (mas, cuidado: somente

para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas).

Verbos Arguir e Redarguir (agora sem trema)

Quando acentuar: arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo.

Como ficaram: Esta regra desapareceu. Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue.

Verbos terminados em guar, quar e quir

Quando acentuar: aguar, enxaguar, averiguar, apaziguar, delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo.

Como ficaram: Esta regra sofreu alteração. Observe: Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eles águam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico); tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue).

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ôo, ee

Quando acentuar: vôo, zôo, enjôo, vêem.Como ficaram: Esta regra desapareceu. Agora se escreve:

zoo, perdoo veem, magoo, voo.

Verbos Ter e Vir

Quando acentuar: na terceira pessoa do plural do presente do indicativo.

Como eram: eles têm, eles vêm.Como ficaram: Continua tudo igual. Ele vem aqui; eles vêm

aqui. Eles têm sede; ela tem sede.

Derivados de Ter e Vir (obter, manter, intervir)

Quando acentuar: na terceira pessoa do singular leva acento agudo; na terceira pessoa do plural do presente levam circunflexo.

Como eram: ele obtém, detém, mantém; eles obtêm, detêm, mantêm.

Como ficaram: Continua tudo igual.

Acento Diferencial

Como ficaram: Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: PODER (diferença entre passado e presente. Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; TER e VIR e seus compostos (ver acima). Observe: 1) Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada.

Trema (O trema não é acento gráfico.)

Como ficaram: Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano.

EXERCÍCIOS

01 - (UFES) O acento gráfico de “três” justifica-se por ser o vocábulo:

a) Monossílabo átono terminado em ES. b) Oxítono terminado em ES c) Monossílabo tônico terminado em S d) Oxítono terminado em S e) Monossílabo tônico terminado em ES

02 - (UFES) Coloca-se trema sobre o “U” átono (pronunciando), como no vocábulo UNGÜENTO, sempre que estiver.

a) no grupo “gu” seguido de “E” nasal. b) No grupo “gu” ou “qu” seguido de E, I, A c) O grupo “gu” seguido de “E” ou “I”. d) Precedido de “g “ou “q “seguido de “E” ou “I” e) Nos grupos de “gu” e “qu”

03 - (UFES) Se o vocábulo CONCLUIU não tem acento gráfico, tal não acontece com uma das seguinte formas do verbo CONCLUIR:

a) concluia b) concluirmos c) concluem d) concluindo e) concluas

04 - (Med./Itajubá) Nenhum vocábulo deve receber acento gráfico, exceto:

a) sururu b) peteca c) bainha d) mosaico e) beriberi

05 - (Med./ Itajubá) Todos os vocábulos devem ser acentuados graficamente, exceto:

a) xadrezb) faisca c) reporter d) oasis e) proteina

06) (UFES) Assinale a opção em que o par de vocábulos não obedece à mesma regra de acentuação gráfica.

a) sofismático/ insondáveis b) automóvel/fácil c) tá/jád) água/raciocínio e) alguém/comvém

07) (Med/Itajubá) Os dois vocábulos de cada item devem ser acentuado graficamente, exceto:

a) herbivoro-ridiculo b) logaritmo-urubu c) miudo-sacrificio d) carnauba-germem e) Biblia-hieroglifo

08) (PUC-Campinas) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:

a) hífen b) ítem c) rúbrica d) rítmo e) nidia

09 - (RJ) “Andavam devagar, olhando para trás... (J.A. de Almeida-Américo A. Bagaceira) Assinale o item em que nem todas as palavras são acentuadas pelo mesmo motivo da palavra grifada no texto.

a) Más – vês b) Mês – pás c) Vós – Brás d) Pés – atrás e) Dês – pés

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10) (RJ) Assinale o item em que há dois vocábulos acentuados inadequadamente.

a) fôste – íris b) estrêla – lângüido c) íris – lângüido d) fôste – estrêla e) hifens – mágoa

11) (RJ) “Como ele não vem ao seu encontro, ela pára” (Autran Dourado)

O vocábulo grifado leva acento agudo porque:a) Há necessidade de diferençá-lo de outro vocábulo, pela

tonicidade. b) É um vocábulo paroxítono terminado em-a; c) É um vocábulo oxítono terminado em-a; d) Há necessidade de diferençá-lo;e) É um vocábulo erudito.

12 - (Mackenzie) Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:

a) lapis, canoa, abacaxi, jovens, b) ruim, sozinho, aquele, traiu c) saudade, onix, grau, orquidea d) flores, açucar, album, virus, e) voo, legua, assim, tenis

13 - Marque o item em que o “i” e o “u” em hiato devem ser acentuados em todas as palavras.

a) Jesuita, juizo, juiz, faisca, juizes, b) Sairam, caires, cairam, caistes, sairdes c) Balaustre, reuno, reunem, saude, bau d) “a “e “b” todas as palavras são acentuadas e) “b” e “c” todas as palavras são acentuadas

14 - Nas alternativas, a acentuação gráfica está correta em todas as palavras, exceto:

a) jesuíta, caráter b) viúvo, sótão c) baínha, raíz d) Ângela, espádua e) gráfico, flúor

15 - (F. C. chagas – RJ) Até ........ momento, ........ se lembrava de que o antiquário tinha o ......... que procurávamos.

a) Aquêle-ninguém-baú b) Aquêle-ninguém-bauc) Aquêle-ninguem-baú d) Aquele-ninguém-baúe) Aquéle-ninguém-bau

RESPOSTAS

(1-E) (2-D) (3-A) (4-E) (5-A) (6-A) (7-B) (8-A) (9-D) (10-D) (11-A) (12-B) (13-C) (14-C) (15-D)

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

ARTIGO

“O orvalho vem caindoVai molhar o meu chapéuE também vão sumindoAs estrelas lá no céuTenho passado tão malA minha cama é uma folha de papel” (Noel Rosa e Kid

Pepe)

Artigo é a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os artigos podem ser:

- definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de um ser juá conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do médio.” (Veja – maio de 2005)

- indefinidos: um, uma, uns, umas; estes; trata-se de um ser desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima)

Emprego do Artigo

1- Usa-se o artigo definido:– com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados

foram punidos.– com nomes próprios geográficos de estado, pais, oceano,

montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o oceano Pacífico, a Suíça, o Pará, a Bahia. / Conheço o Canadá mas não conheço Brasília.

– com nome de cidade se vier qualificada: Fomos à histórica Ouro Preto.

– depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos os vinte atletas participarão do campeonato.

– com toda a/todo o, a expressão que vale como totalidade, inteira. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de aniversario.

Atenção: sem o artigo, o pronome todo/toda vale como qualquer. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de aniversário. (qualquer cidade)

– com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais lindas flores da floricultura.

– com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e simpático.

– antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da primavera vem o verão.

– com expressões de peso e medida: O álcool custa um real o litro. (=cada litro)

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2- Não se usa o artigo definido:– antes de pronomes de tratamento iniciados por possessivos:Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Majestade, Vossa

Alteza.Vossa Alteza estará presente ao debate? “Nosso Senhor tinha o olhar em pranto / Chorava Nossa

Senhora.”– antes de nomes de meses:O campeonato aconteceu em maio de 2002. MAS:O campeonato aconteceu no inesquecível maio de 2002.

(modificado)– alguns nomes de países, como Espanha, França, Inglaterra,

Itália podem ser construídos sem o artigo, principalmente quando regidos de preposição.

“Viveu muito tempo em Espanha.” / “Pelas estradas líricas de França.”

Mas: Sônia Salim, minha amiga, visitou a bela Veneza. (modificado)

– antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos quatro, amigos de João Luís e Laurinha. MAS: Todos os três irmãos eu vi nascer. (o substantivo está claro)

– antes de palavras que designam matéria de estudo, empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, ensinar: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.

3- O uso do artigo é facultativo:– antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência é

irritante.– antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou Luciana

/ a Luciana?– “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (para a frente:

exige a preposição)

4- Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao / de + o,a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.

5- Usa-se o artigo indefinido:– para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns

oito anos / Não o vejo há uns meses.– antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares:

Usava umas calças largas e umas botas longas.– em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é

uma meiguice só. / – para comparar alguém com um personagem célebre: Luís

August é um Rui Barbosa.

6- O artigo indefinido não é usado:– em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, gente,

quantidade: Reservou para todos boa parte do lucro.– com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente: Não há

suficiente espaço para todos.– com substantivo que denota espécie: Cão que ladra não

morde.

7- Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e em + um, uma = num, numa, dum, duma.

Atenção: o artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do ler e do escrever.

SUBSTANTIVO

Lições Opostas

A professora ensinava:substantivo abstrato é o que existemas nós não vemos.Exemplificava:penúria, angústia,dor, fome, tristeza, miséria,Tudo é substantivo abstrato.Hoje, com a minha experiência,eu lhe responderia:¾ Então, professora,na favela não existesubstantivo abstrato. (Marilita Pozzoli)

Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, passarinho, abraço, quadro, universidade, saudade, amor, respeito, criança.

Os substantivos exercem, na frase, as funções de: sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto e vocativo.

Os substantivos classificam-se em:Comuns - nomeiam os seres da mesma espécie: menina,

piano, estrela, rio, animal, árvore.Próprios - referem-se a um ser em particular: Brasil, América

do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.Concretos - são aqueles que têm existência própria; são

independentes; reais ou imaginários: mãe, mar, água, anjo, mulher, alma, Deus, vento DVD, fada, criança, saci.

De gramática e de linguagem (Mário Quintana) E havia uma gramática que dizia assim:“Substantivo (concreto) é tudo quanto indicaPessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta.”Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!...As pessoas atrapalham. Estão em toda parte.[Multiplicam-se em excesso.As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com

ninguém.”

Abstrato - são os que não têm existência própria; depende sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, justiça.

Os substantivos abstratos podem ser concretizados dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana. (caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caso, neste caso, refere-se ao animal, portanto, concreto).

Simples - como o nome diz, são aqueles formados por apenas um radical: chuva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra, flor, mar, raio, cabeça.

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Compostos - são os que são formados por mais de dois radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia, pão-de-ló, pára-raio, sem-terra, mula-sem-cabeça.

Primitivos - são os que não derivam de outras palavras; vieram primeiro,deram origem a outras palavras: ferro, Pedro, mês, queijo, chave, chuva, pão, trovão, casa.

Derivados – são formados de outra palavra já existente; vieram depois: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão, chaveiro, chuveiro, padeiro, trovoada, casarão, casebre.

Coletivos – os substantivos comuns que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando, povo, frota, batalhão, biblioteca, constelação.

Eis alguns substantivos coletivos: álbum – de fotografias; alcatéia – de lobos; antologia – de textos escolhidos; arquipélago – ilhas; assembléia – pessoas, professores; atlas – cartas geográficas; banda – de músicos; bando – de aves, de crianças; baixela – utensílios de mesa; banca – de examinadores; biblioteca – de livros; biênio – dois anos; bimestre – dois meses; boiada – de bois; cacho – de uva; cáfila – camelos; caravana – viajantes; cambada – de vadios, malvados; cancioneiro – de canções; cardume – de peixes; casario – de casas; código – de leis; colméia – de abelhas; concílio – de bispos em assembléia; conclave – de cardeais; confraria – de religiosos; constelação – de estrelas; cordilheira – de montanhas; cortejo – acompanhantes em comitiva; discoteca – de discos; elenco – de atores; enxoval – de roupas; fato – de cabras; fornada – de pães; galeria – de quadros; hemeroteca – de jornais, revistas; horda – de invasores; iconoteca – de imagens; irmandade – de religiosos; mapoteca – de mapas; milênio – de mil anos; miríade – de muitas estrelas, insetos; nuvem – de gafanhotos; panapaná – de borboletas em bando; penca – de frutas; pinacoteca – de quadros; piquete – de grevistas; plêiade – de pessoas notáveis, sábios; prole – de filhos; quarentena – quarenta dias; qüinqüênio – cinco anos; renque – de árvores, pessoas, coisas; repertório – de peças teatrais, música; resma – de quinhentas folhas de papel; século – de cem anos; sextilha – de seis versos; súcia – de malandros, patifes; terceto – de três pessoas, três versos; tríduo – período de três dias; trinênio – período de três anos; tropilhas – de trabalhadores, alunos; vara – de porcos; videoteca – de videocassetes; xiloteca – de amostras de tipos de madeiras.

Reflexão do Substantivo

“Na feira livre do arrabaldezinho Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor ¾ O melhor divertimento para crianças! Em redor dele há um ajuntamento de

menininhos pobres, Fitando com olhos muito redondos os grandes Balõezinhos muito redondos.” (Manoel

Bandeira)

Observe que o poema apresenta vários substantivos e apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo).

Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Latim, Grego e Inglês, possuem um terceiro gênero: o neutro.

A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, ou o acréscimo da vogal a, no final de final da palavra: mestre, mestra.

FORMAÇÃO DO FEMININO

O feminino se realiza de três modos:

1. Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / mestre, mestra / leão, leoa;

2. acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora.

3. utilizando-se uma palavra feminina com radical diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha / cavalo, égua.

Observe como são formados os femininos: parente, parenta / hóspede, hospeda / monge, monja / presidente, presidenta / gigante, giganta / oficial, oficiala / peru, perua / cidadão, cidadã / aldeão, aldeã / ancião, anciã / guardião, guardiã / charlatão, charlatã / escrivão, escrivã / papa, papisa / faisão, faisoa / hortelão, horteloa / ilhéu, ilhoa / mélro, mélroa / folião, foliona / imperador, imperatriz / profeta, profetiza / píton, pitonisa / abade, abadessa / czar, czarina / perdigão, perdiz / cão, cadela / pigmeu, pigméia / ateu, atéia / hebreu, hebréia / réu, ré / cerzidor, cerzideira / frade, freira / frei, sóror / rajá, rani / dom, dona / cavaleiro, dama / zangão, abelha /

Substantivos Uniformes

Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para ambos os gêneros: dentista, vítima. Os substantivos uniformes dividem-se em:

Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea / a cobra macho ou fêmea / a formiga macho ou fêmea.

Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a personagem / o, a cliente / o, a fã / o, a motorista / o, a estudante / o, a artista / o, a repórter / o, a menequim / o, a gerente / o, a imigrante / o, a pianista / o, a rival / o a jornalista.

Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha (homem, mulher) / a pessoa (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher) / o guia (homem, mulher) / o ídolo (homem, mulher).

1 – Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o gênero: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital (dinheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia (documentação); o moral (ânimo) - a moral (ética); o grama (peso) - a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rádio (aparelho) - a rádio (emissora); o crisma (óleo salgado) - a crisma (sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleira); o cura (vigário) - a cura; (ato de curar); o lente (prof. Universitário) - a lente (vidro de aumento); o língua (intérprete) - a língua (órgão, idioma); o voga (o remador) - a voga (moda).

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Didatismo e Conhecimento

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2 – Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. São masculinos:

O eclipse / o dó / o dengue (manha) / o champanha / o soprano / o clã / o alvará / o sanduíche / o clarinete / o hosana / o espécime / o guaraná / o diabete ou diabetes / o tapa / o lança-perfume / o praça (soldado raso) / o pernoite / o formicida / o herpes / o sósia / o telefonema / o saca-rolha / o plasma / o estigma.

3 – São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em – ma: o dilema / o teorema / o emblema / o trema / o eczema / o edema / o enfisema / o fonema / o anátema / o tracoma / o hematoma / o glaucoma / o aneurisma / o telefonema / o estratagema /

4 – São femininos: a dinamite / a derme / a hélice / a aluvião / a análise / a cal / a omoplata / a gênese / a entorse / a faringe / a cólera (doença) / a cataplasma / a pane / a mascote / a libido (desejo sexual) / a rês / a sentinela / a sucuri / a usucapião / a omelete / a hortelã / a fama / a xerox / a aguardante /

Plural dos Substantivos

Há várias maneiras de se formar o plural dos substantivos: Acrescentam-se:

‑ S – aos substantivos terminados em VOGAL ou DITONGO: povo, povos / feira, feiras.

‑ S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, abdômenes, hífenes.

‑ ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, caracteres / sênior, seniores.

‑ IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: mal, males / cônsul, cônsules / real, réis (antiga moeda portuguesa).

‑ ÃO – aos substantivos terminados em S: cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos.

Trocam-se:

‑ ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões / mamão, mamões.

‑ ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, alemães / cão, cães.

‑ il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis / pernil, pernis, e por EIS (Paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis / projétil, projéteis.

‑ m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / atum, atuns.

‑ zito, zinho ‑ 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, balões; 2º elimina-se o S + zinhos.

Balão – balões – balões + zinhos: balõzinhos;Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos;Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.‑ alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor

fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.

‑ Outros (fora de uso) têm o mesmo plural que suas variantes em ice (ainda em vigor): apêndix ou apêndice, apêndices / cálix o ucálice, cálices (x, som de s) / látex, látice ou láteces / códex ou códice, códices / córtex ou córtice, córtices / índex ou índice, índices (x, som de cs).

‑ substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma no plural: aldeão, aldeões, aldeãos; verão, verões, verãos; anão, anões, anãos; guardião, guardiões, guardiães; corrimão, corrimãos, corrimões; hortelão, hortelões, hortelãos; ancião, anciões, anciães, anciãos; ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos.

A tendência é utilizar a forma em ÕES.

- Há substantivos que mudam o timbre da vogal tônica, no plural. Chama-se metafonia. Apresentam o “o” tônica fechado no singular e aberto no plural: caroço (ô), coroços (ó) / imposto (ô), impostos (ó) / forno (ô), fornos (ó) / miolo (ô), miolos (ó) / poço (ô), poços (ó) / olho (ô), olhos (ó) / povo (ô), povos (ó) / corvo (ô), corvos (ó). Também são abertos no plural (ó): fogos, ovos, ossos, portos, porcos, postos, reforços. Tijolos, destroços.

- Há substantivos que mudam de sentido quando usados no plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. (patrimônio); Conferiu a féria do dia. (salário); As férias foram maravilhosas. (descanso); Sua honra foi exaltada. (dignidade); Recebeu honras na solenidade. (homenagens); Outros: bem = virtude, benefício / bens = valores / costa = litoral / costas = dorso / féria = renda diária / férias = descanso / vencimento = fim / vencimento = salário / letra = símbolo gráfico / letras = literatura.

- Muitos substantivos conservam no plural o “o” fechado: acordos / adornos / almoços / bodas / bojos / bolos / cocos / confortos / dorsos / encontros / esposos / estojos / forros / globos / gostos / moços / molhos / pilotos / piolhos / rolos / rostos / sopros / sogros / subornos.

- Substantivos empregados somente no plural: Arredores / belas-artes/ bodas (ô) / condolências / cócegas / costas / exéquias / férias / olheiras / fezes / núpcias / óculos / parabéns / pêsames / viveres / idos, afazeres, algemas.

- A forma singular das palavras ciúme e saudade são também usadas no plural, embora a forma singular seja preferencial, já que a maioria dos substantivos abstratos não se pluralizam. Aceita-se os ciúmes, nunca o ciúmes.

“Quando você me deixou,meu bem,me disse pra eu ser felize passar bemQuis morrer de ciúme,quase enloquecimas depois, como erade costume, obedeci” (gravado por Maria Bethânia)

“Às vezes passo dias inteirosimaginando e pensando em vocêe eu fico com tanta saudadeque até parece que eu posso morrer.Pode creditar em mim.Você me olha, eu digo sim...” (Fernanda Abreu)

Atenção:1 – avô – avôs (o avô materno e o avô paterno; avôs, fechado)

avô avós (o avô e a avó).2 – Termos no singular com valor de plural: Muito negro

ainda sofre com o preconceito social. / Tem morrido muito pobre de fome.

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Plural dos Substantivos Compostos

Não é muito fácil a formação do plural dos substantivos compostos. Vamos lá, prestem atenção!

1 – Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural: - palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol = girassóis / autopeça =

autopeças.1.1 – verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-céu = arranha-céus / bate-

bola = bate-bolas / guarda-roupa = guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição = vale-refeições.

1.2 – elemento invariável + palavra variável:sempre-viva = sempre-vivas /abaixo-assinado = abaixo-assinados /recém-nascido = recém-nascidos /ex-marido = ex-maridos /auto-escola = auto-escolas.1.3 – palavras repetidas:o reco-reco = os reco-recos / o tico-tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres1.4 Substantivo composto de três ou mais elementos

não ligados por preposição:o bem-me-quer = os bem-me-quereso bem-te-vi = os bem-te-viso sem-terra = os sem-terrao fora-da-lei = os fora-da-leio João-ninguém = os joões-ninguémo ponto-e-vírgula = os ponto-e-vírgulao bumba-meu-boi = os bumba-meu-boi1.5 Quando o primeiro elemento for: grão, grã

(grande), bel:grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer

= bel-prazeres.

2 – Somente o primeiro elemento vai para o plural:2.1 – substantivo + preposição + substantivo: água de colônia = águas-de-colônia mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça pão-de-ló = pães-de-ló sinal-da-cruz = sinais-da-cruz2.2 – quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá idéia

de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredos pombo-correio = pombos-correio salário-família = salários-família banana-maçã = bananas-maçã vale-refeição = vales-refeição (vale = ter valor de,

substantivo+especificador)

Atenção: A tendência na língua portuguesa atual é pluralizar os dois elementos: bananas-maçãs / couves-flores / peixes-bois / saias-balões. (ver Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)

3 – Os dois elementos ficam invariáveis quando houver:3.1 – verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-poucoo cola-tudo = os cola-tudoo bota-fora = os bota-fora

3.2 – os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai = os entra-e-sai o leva-e-traz = os leva-e-traz o vai-e-volta = os vai-e-volta

4 – Os dois elementos, vão para o plural:4.1 – substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis abelha-mestra = abelhas-mestras tia-avó = tias-avós temente-coronel = tenentes-coronéis redator-chefe = redatores-chefes

Dicas: coloque entre dois elementos a conjunção e, observe se é possível a pessoa ser o redator e chefe ao mesmo tempo / cirurgião e dentista / tia e avó / decreto e lei / abelha e mestra.

4.2 – substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-perfeitoscapitão-mor = capitães-morescarro-forte = carros-fortesobra-prima = obras-primascachorro-quente = cachorros-quentes4.3 – adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas curta-metragem = curtas-metragens má-língua = más-línguas4.4 – numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = segundas-feiras quinta-feira = quintas-feiras

5 – Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for pessoa:

guarda-noturno = guardas-noturnos guarda-florestal = guardas-florestais guarda-civil = guardas-civis guarda-marinha = guardas-marinha

6 – Plural das palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo

(substantivadas), são flexionadas como substantivos: Gritavam vivas e morras. Fiz a prova dos noves. Pesei bem os prós e contras.

Atenção: Numerais substantivos terminados em s ou z não variam no plural. Este semestre tirei alguns seis e apenas um dez.

7 – Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas / os Oliveiras /

os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os Silvas.

8 – Plural dos substantivos estrangeiros:Inglês: os shorts / os shows / os icebergs / os watts / os pit

bulls / os magazines.Latim: os déficits / os superávits / os habitats / os campi.Italiano: as pizzas.

9 – Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / DVDs / ONGs / PMS / Ufirs.

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Grau do Substantivo

Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é que damos o nome de grau do substantivo. São dois os graus dos substantivos: aumentativo e diminutivo.

Os graus aumentativos e diminutivos são formados por dois processos:

1 – sintético com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou diminutivo:

peixe – peixão (aumentativo sintético) peixe-peixinho (diminutivo sintético)l; sulfixo inho ou

lisinho

2 – Analítico: a) formado com palavras de aumento: grande, enorme,

imensa, gigantesca: obra imensa / lucro enorme / carro grande / prédio

gigantesco; b) formado com as palavras de diminuição: diminuto,

pequeno, minúscula, casa pequena, peça minúscula / saia diminuta.

Atenção:- Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns substantivos

exprimem também desprezo, crítica, indiferença em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo, narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco.

- Já alguns diminutivos dão idéia de afetividade: filhinho, Toninho, mãezinha.

- Em conseqüência do dinamismo da língua, alguns substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha (calendário).

- As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.

- As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza = belezinha.

- Há ainda aumentativos e diminutivos formados por prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado, minicalculadora.

Funções Sintáticas do Substantivo

O substantivo pode apresentar-se na oração como:1. sujeito: A instituição onde estudo é a FAI.2. predicativo do sujeito: Paulo já não é mais

adolescente.3. predicativo do objeto direto: O técnico considerou

o julgador um herói.4. predicativo do objeto indireto: Foi capaz de dar-

lhe um empurrão.5. objeto direto: Cadastre seu telefone aqui.6. objeto indireto: Nunca deixei de confiar em Deus.7. complemento nominal: Tenho confiança na sua

honestidade.

8. adjunto adverbial: Alô, é da pizzaria?9. agente da passiva: Os campos estavam cobertos de

flores silvestres.10. aposto: Gilberto Gil, ministro e músico, continua

brilhando no mundo artística.11. vocativo: Mãe, já tô saindo.12. adjunto adnominal: Escreveu o artigo do mês

(=mensal) preposição = substantivo = locução adjetiva.

Substantivo caracterizador de adjetivo

Os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por um substantivo: verde piscina, azul petróleo, amarelo ouro, roxo batata, verde garrafa.

ADJETIVO

Não digas: “o mundo é belo.”Quando foi que viste o mundo?Não digas: “o amor é triste.”Que é que tu conheces do amor?Não digas: “a vida é rápida.”Com foi que mediste a vida? (Cecília Meireles)

Os adjetivos belo, triste e rápida expressa uma qualidade dos sujeitos: o mundo, o amor, a vida.

Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, estado, ou modo de ser: laranjeira florida / céu azul / mau tempo / cavalo baio / comida saudável / político honesto / professor competente / funcionário consciente / pais responsáveis.

Os adjetivos classificam-se em:

1. simples – apresentam um único radical, uma única palavra em sua estrutura: alegre / medroso / simpático / covarde / jovem / exuberante / teimoso;

2. compostos – apresentam mais de radicais, mais de duas palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras / sapatos marrom-escuros / garoto surdo-mudo;

3. primitivos – são os que vieram primeiro; dão origem a outras palavras: atual / livre / triste / amarelo / brando / amável / confortável;

4. derivados – são aqueles formados por derivação, vieram depois dos primitivos: amarelado / ilegal / infeliz / desconfortável / entristecido / atualizado;

5. pátrios – indicam procedência ou nacionalidade, referem-se a cidades, estados, países

Locução Adjetiva

A locução adjetiva é a expressão que tem o mesmo valor de um adjetivo. A locução adjetiva é formada por preposição + um substantivo. Vejamos algumas locuções adjetivas: angelical = de anjo; abdominal = de abdômen; apícola = de abelha; aquilino = de águia; argente = de prata; áureo = de ouro; auricular = da orelha; bucal = da boca; bélico = de guerra; cervical = do pescoço; cutâneo = de pele; discente = de aluno; docente = de professor;

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estelar = de estrela; etário = de idade; fabril = de fábrica; filatélico = de selos; urbano = da cidade; gástrica = do estômago; hepático = do fígado; matutino = da manhã; vespertino = da tarde; inodoro = sem cheiro; insípido = sem gosto; pluvial = da chuva; humano = do homem; umbilical = do umbigo; têxtil = de tecido.

Atenção: Algumas locuções adjetivas não possuem adjetivos correspondentes: lata de lixo / sacola de papel / parede de tijolo / folha de papel, e outros.

Cidade, Estado, País e Adjetivo Pátrio: Amapá: amapense; Amazonas: amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis: angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano; Bélgica: belga; Belo Horizonte: belo-horizontino; Brasil: brasileiro; Brasília: brasiliense; Buenos Aires: buenairense ou portenho; Cairo: cairota; Cabo Frio: cabo-friense; Campo Grande: campo-grandese; Ceará: cearense; Curitiba: curitibano; Distrito Federal: candango ou brasiliense; Espírito Santo: espírito-santense ou capixaba; Estados Unidos: estadunidense ou norte americano; Florianópolis: florianopolitano; Florença: florentino; Fortaleza: fortalezense; Goiânia: goianiense; Goiás: goiano; Japão: japonês ou nipônico; João Pessoa: pessoense; Londres: londrino; Maceió: maceioense; Manaus: manauense ou manauara; Maranhão: maranhense; Mato Grosso: mato-grossense; Mato Grosso do Sul: mato-grossense-do-sul; Minas Gerais: mineiro; Natal: natalense ou papa-jerimum; Nova Iorque: nova-iorquino; Niterói: niteroiense; Novo Hamburgo: hamburguense; Palmas: palmense; Pará: paraense; Paraíba: paraibano; Paraná: paranaense; Pernambuco: pernambucano; Petrópolis: petropolitano; Piauí: piauiense; Porto Alegre: porto-alegrense; Porto Velho: porto-velhense; Recife: recifense; Rio Branco: rio-branquense; Rio de Janeiro: carioca/ fluminense (estado); Rio Grande do Norte: rio-grandense-do-norte ou potiguar; Rio Grande do Sul: rio-grandense ou gaúcho; Rondônia: rondoniano; Roraima: roraimense; Salvador: soteropolitano; Santa Catarina: catarinense ou barriga-verde; São Paulo: paulista/paulistano (cidade); São Luís: são-luisense ou ludovicense; Sergipe: sergipano; Teresina: teresinense; Tocantins: tocantinense; Três Corações: tricordiano; Três Rios: trirriense; Vitória: vitoriano.

- pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como: afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos (alemão).

- “O professor fez uma simples observação.” O adjetivo, simples, colocado antes do substantivo observação, equivale à banal.

- “O professor fez uma observação simples.” O adjetivo simples colocado depois do substantivo observação, equivale à fácil.

Flexões do Adjetivo

O adjetivo, como palavra variável, sofre flexões de: gênero, número e grau.

Gênero do Adjetivo

Quanto ao gênero os adjetivos classificam-se em:- uniformes: têm forma única para o masculino e o feminino.Funcionário incompetente = funcionária incompetenteHomens desonestos = mulheres desonestas- biformes: troca-se a vogal o pela vogal a ou com o acréscimo

da vogal a no final da palavra: ator famoso = atriz famosa / jogador brasileiro = jogador brasileira.

Atenção: Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico-religiosa / saia verde-escura. Vejamos alguns adjetivos biformes que apresentam uma flexão especial: ateu – atéia / europeu – européia / glutão – glutona / hebreu – hebréia / Judeu – judia / mau – má / plebeu – plebéia / são – sã / vão – vã.

Atenção:- às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos

u como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como substantivo: acompanha um artigo).

- A cerveja que desce redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente).

- substantivos que funcionam como adjetivos, num processo de derivação imprópria, isto é, palavra que tem o valor de outra classe gramatical, que não seja a sua: Alguns brasileiros recebem um salário-família. (substantivo com valor de adjetivo).

- substituto do adjetivo: palavras / expressões de outra classe gramatical podem caracterizar o substantivo, ficando a ele subordinadas na frase.

Semântica e sintaticamente falando, valem por adjetivos.Vale associar ao substantivo principal outro substantivo em

forma de aposto.O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo.

Plural do Adjetivo

O plural dos adjetivos simples flexionam de acordo co mo substantivo a que se referem: menino chorão = meninos chorões / garota sensível = garotas sensíveis / vitamina eficaz = vitaminas eficazes / exemplo útil = exemplos úteis.

Atenção:- substantivos empregados como adjetivos para nomear cores

permanecem invariáveis, surdo-mudo = surdos-mudos, variam os dois elementos.

- Composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis, não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-petróleo (adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo-canário = saias amarelo-canário (adjetivo, amarelo; substantivo canário).

- As locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo, ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa / olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel.

- São invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias sem-par, piadas sem-sal.

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Grau do Adjetivo

Grau comparativo de: igualdade, superioridade (Analítico e Sintético) e Inferioridade;

Grau superlativo: absoluto (analítico e sintético) ou relativo (superioridade e inferioridade).

Exemplificando

O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades dos seres.

O adjetivo apresenta duas variações de grau: comparativo e superlativo.

I – O grau comparativo é usada para comparar uma qualidade entre dois ou mais seres, ou duas ou mais qualidades de um mesmo ser.

O comparativo pode ser:1. de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas:Sou tão alto quão / quanto / como você. (as duas pessoas têm

a mesma altura)2. de superioridade: iguala duas pessoas / coisas

sendo que uma é mais do que a outra: Minha amiga Many é mais elevante do que / que eu. (das duas, a Many é mais)

2.1 – O grau comparativo de superioridade possui duas formas:

a) analítica – mais bom / mais mau / mais grande / mais pequeno

O salário é mais pequeno do que / que justo. (salário pequeno e justo)

ATENÇÃO: quando comparamos duas qualidades de um mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau, mais bom,mais pequeno.

b) sintética – bom, melhor / mau, pior / grande, maior / pequeno, menor:

Esta sala é melhor do que / que aquela.3. de inferioridade – um elemento é menor do que outro: Somos menos passivos do que / que tolerantes.

II – O grau superlativo: a característica do adjetivo se apresenta intensificada:

O superlativo pode ser absoluto ou relativo.1. superlativo absoluto – atribuída a um só ser; de forma

absoluta. Pode ser:1.1 – analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente,

bastante, extremamente, excepcionalmente + adjetivo: Nicola é

extremamente simpático.1.2 – sintético – adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo: Minha comadre Mariinha é agradabilíssima.

Atenção:- o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos terminados

em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer (magro) = macérrimo;- forma popular: radical do adjetivo português + íssimo:

pobríssimo;- adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável =

amabilíssimo;

- adjetivos terminados em eio formam o superlativo apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo.

- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo / frio = friíssimo.

Algumas formas do superlativo absoluto sintético erudito (culto): ágil = agílimo; agradável = agradabilíssimo; agudo = acutíssimo; amargo = amaríssimo; amigo = amicíssimo; antigo = antiqüíssimo; áspero = aspérrimo; atroz = atrocíssimo; benévolo = benevolentíssimo; bom = boníssimo, ótimo; capaz = capacíssimo; célebre = celebérrimo; cruel = crudelíssimo; difícil = deficílimo; doce = dulcíssimo; eficaz = eficacíssimo; fácil = facílimo; feliz = felicíssimo; fiel = fidelíssimo; frágil = fragílimo; frio = frigidíssimo, friíssimo; geral = generalíssimo; humilde = humílimo; incrível = incredibilíssimo; inimigo = inimicíssimo; jovem = juvenilíssimo; livre = libérrimo; magnífico = magnificentíssimo; magro = macérrimo, magérrimo; mau = péssimo; miserável = miserabilíssimo; negro = nigérrimo, negríssimo; nobre = nobilíssimo; pessoal = personalíssimo; pobre = paupérrimo, pobríssimo; sábio = sapientíssimo; sagrado = sacratíssimo; simpático = simpaticíssimo; simples = simplícimo; tenro = teneríssimo; terrível = terribilíssimo; veloz = velocíssimo.

Atenção: usa-se também, no superlativo:- prefixos: maxinflação / hipermercado / ultrassonografia /

supersimpática.- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem

sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena.- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) / linda,

linda (=lindíssima).- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha /

grandalhão / gostosão / bonitão.- linguagem informa, sufixo érrimo, em fez de íssimo:

chiquérrimo, chiquentérrimo, elegantérrimo.

2 – superlativo relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos, com a mesma qualidade. Pode ser:

2.1 – superlativo relativo de superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as suas

amigas. (ela é a mais de todas)2.2 – superlativo relativo de inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos.

Funções Sintáticas do Adjetivo

O adjetivo desempenha as funções sintáticas de:- predicativo: a qualidade expressa pelo adjetivo transmite-

se ao substantivo através de um verbo. O adjetivo em função predicativa apresenta-se como:

- predicativo do sujeito: O jardim tornou-se um cenário fantástico./ Sua voz parecia macia, de veludo.

- predicativo do objeto: A paciente considerou o atendimento hospitalar precário.

- adjunto adnominal: o adjetivo refere-se, sem intermediário, ao substantivo.

A bela Fernanda entregou os convites aos amigos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Emprego Adverbial do Adjetivo

Vejamos as seguintes orações.1. O menino dorme tranqüilo. / As meninas dormem

tranqüilas.- em ambas as frases o adjetivo concorda em gênero e número

com o sujeito.2. O menino dorme tranquilamente. / As meninas

dormem tranquilamente.- o adjetivo assume um valor adverbial, com o acréscimo do

sufixo mente, sendo, portanto, invariável, não vai para o plural.3. Sorriu amarelo e saiu. / Ficou meio chateada e

calou-se.- o adjetivo amarelo modificou um verbo, portanto, assume a

função de advérbio; o adjetivo meio + chateada (adjetivo) assume, também, a função de advérbio.

NUMERAL

Guerra diferente das tradicionaisGuerra de astronautas nos espaços sideraisE tudo isso em meio às discussõesMuitos palpites, mil opiniõesUm fato só já existeQue ninguém pode negar7, 6, 4, 3,2, 1, já!Lá se foi o homemConquistar os mundosLá se foiLá se foi buscandoA esperança que aqui já se foi. (Gilberto Gil)

Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série, multiplicação e divisão. Daí a sua classificação, respectivamente, em: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários.

- Cardinal: indica número, quantidade: um, dois, três, oito, vinte, cem, mil;

- Ordinal: indica ordem ou posição: primeiro, segundo, terceiro, sétimo, centésimo;

- Fracionário: indica uma fração ou divisão: meio, terço, quarto, quinto, um doze avos;

- Multiplicativo: indica a multiplicação de um número: duplo, dobro, triplo, quíntuplo.

Os numerais que indicam conjunto de elementos de quantidade exata são os coletivos: bimestre: período de dois meses; centenário: período de cem anos; decálogo: conjunto de dez leis; decúria: período de dez anos; dezena: conjunto de dez coisas; dístico: dois versos; dúzia: conjunto de doze coisas; grosa: conjunto de doze dúzias; lustro: período de cinco anos; milênio: período de mil anos; milhar: conjunto de mil coisas; novena: período de nove dias; quarentena: período de quarenta dias; qüinqüênio: período de cinco anos; resma: quinhentas folhas de papel; semestre: período de seis meses; septênio: período de sete meses; sexênio: período de seis anos; terno: conjunto de três coisas; trezena: período de treze dias; triênio: período de três anos; trinca: conjunto de três coisas.

QUADRO DOS NUMERAIS

Algarismos: Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, 5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, 15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40-XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300-CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, 1.000-M.

Numerais Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, vinte..., trinta..., quarenta..., cinqüenta..., sessenta..., setenta..., oitenta..., noventa..., cem..., duzentos..., trezentos..., quatrocentos..., quinhentos..., seiscentos..., setecentos..., oitocentos..., novecentos..., mil.

Numerais Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, décimo primeiro, décimo segundo, décimo terceiro, décimo quarto, décimo quinto, décimo sexto, décimo sétimo, décimo oitavo, décimo nono, vigésimo..., trigésimo..., quadragésimo..., qüinquagésimo..., sexagésimo..., septuagésimo..., ctogésimo..., nonagésimo..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., quadrigentésimo..., qüingentésimo..., sexcentésimo..., septingentésimo..., ctingentésimo..., nongentésimo..., milésimo.

Numerais Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo.

Numerais Fracionários: meia, metade, terço, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo, onze avos, doze avos, treze avos, catorze avos, quinze avos, dezesseis avos, dezessete avos, dezoito avos, dezenove avos, vinte avos..., trinta avos..., quarenta avos..., cinqüenta avos..., sessenta avos..., setenta avos..., oitenta avos..., noventa avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., quadrigentésimo..., qüingentésimo..., sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo..., nongentésimo..., milésimo.

Flexão dos Numerais

Gênero- os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de

duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de presunto e duzentas rosquinhas.

- os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a nona colocada no vestibular.

- os numerais multiplicativos, quando usados com o valor de substantivos, são variáveis: A minha nota é o triplo da sua. (triplo – valor de substantivo)

- quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na lotofácil. (triplas valor de adjetivo)

- os numerais fracionários concordam com os cardinais que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram contemplados.

- o fracionário meio concorda em gênero e número com o substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio-dia e meia. (hora) / Usou apenas meias palavras.

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Número- os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros,

variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros.

- os numerais ordinais variam em número: As segundas colocadas disputarão o campeonato.

- os numerais multiplicativos são invariáveis quando usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da sua. (valor de substantivo – invariável)

- os numerais multiplicativos variam quando usados como adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (valor de adjetivo – variável)

- os numerais fracionários variam em número, concordando com os cardinais que indicam números das partes.

- Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos equivalem a 750 ml.

GrauNa linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos

numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um “gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola.

Emprego dos Numerais

- Para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo II (segundo). Canto X (décimo) / Luís IV (nono); os cardinais para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis); Século XXI (vinte e um).

- se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal. O XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século)

- com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro.

- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares, portarias e outros textos oficiais, emprega-se o numeral ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª. (portaria oitava)

- emprega-se o numeral cardinal, a partir de dez: O artigo 16 não foi justificado. (artigo dezesseis)

- enumeração de casa, páginas, folhas, textos, apartamentos, quartos, poltronas, emprega-se o numeral cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito. / O texto quatro está na página sessenta e cinco.

- se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o ordinal. Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima)

- não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos reais é muito para mim.

- o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão, milhar e bilhão, devem concordar no masculino:

- Quando o sujeito da oração é milhões + substantivo feminino plural, o particípio ou adjetivo podem concordar, no masculino, com milhões, ou com o substantivo, no feminino. Dois milhões de notas falsas serão resgatados ou serão resgatadas (milhões resgatados / notas resgatadas)

- Os numerais multiplicativos quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo e óctuplo valem como substantivos para designar pessoas nascidas do mesmo parto: Os sêxtuplos, nascidos em Lucélia, estão reagindo bem.

- Emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada unidade após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto: 10h20min – dez horas, vinte minutos.

- Não se emprega a conjunção e entre os milhares e as centenas: mil oitocentos e noventa e seis. MAS 1.200 – mil e duzentos (o número termina numa centena com dois zeros)

Saiba mais sobre os Numerais

- Aquela mulher é dez.Por que dez? Porque vem de nota dez, nota máxima. O

numeral deixa de ter valor numérico e passa a ter valor de adjetivo.1- Zero é numeral cardinal.2- Ambos e ambas são numerais significam: um e outro, os

dois.3- Par é coletivo.4- As equivale a primeiro. (nomeia os campeões – no esporte)5- Um é numeral cardinal quando indica quantidade exata,

plural dois.6- Um é artigo indefinido quando indica um ser indeterminado,

plural uns.7- Diz-se catorze ou quatorze.8- Cento precedido de artigo tem valor de substantivo: um

cento de abacaxis.9- Flexionam-se os numerais cardinais substantivados: dois

cinquentas / três setes / dois oitos / quatro uns.10- permanecem invariáveis os que finalizam por fonema

consonantal: Luane tirou quatro seis e dois dez, na prova final.11- Cuidado para não confundir numeral com substantivo.- Flou emocionado sobre sua juventude nos anos sessentas.- Tirou a prova dos noves.- O número 777 é formado por três setes.- O número 1111 é formado por quatro uns.Sessentas, noves, setes, uns são substantivos.

CORAÇÕES A MIL

“Minhas ambições são dez dez corações de uma vez pra eu poder me apaixonar dez vezes a cada dia setenta a cada semana trezentas a cada mês...” (Gilberto Gil)

Corações a mil, expressão muito usada, significando hoje; estou a mil por hora, estou com o gás todo.

PRONOME

“O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, Que é santo de romaria, Deram então de me chamar Severino de Maria.” (João Cabal de Melo NJeto)

É a palavra que acompanha ou substitui o nome, relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três pessoas do discurso são:

1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou emissor;

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2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se fala ou receptor;

3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de quem se fala ou referente.

Dependendo da função de substituir ou acompanhar o nome, o pronome é, respectivamente: pronome substantivo ou pronome adjetivo.

Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos.

Pronomes Pessoais.

Os pronomes pessoais dividem-se em: - retos - exercem a função de sujeito da oração: eu, tu, ele,

nós, vós, eles:- oblíquos - exercem a função de complemento do verbo

(objeto direto / objeto indireto) ou complemento nominal. São: tônicos com preposição: mim, comigo, ti, contigo,si, consigo, conosco, convosco; átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. - Ela não vai conosco. (ela-pronome reto / vai-verbo / conosco-pronome oblíquo) - Eu dou atenção a ela. (eu-pronome reto / dou-verbo / atenção-nome / ela-pronome oblíquo)

Saiba mais sobre os Pronomes Pessoais

- Colocados ANTES do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo do teatro.

- As palavras SÓ - TODOS sempre acompanham os pronomes pessoais do caso reto: - Eu vi só ele ontem.

- Colocados DEPOIS do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª pessoa apresentam as formas:

1- o, a, os, as: se o verbo terminar em VOGAL ou DITONGO ORAL: Encontei - a sozinha. Vejo - os diariamente.

2- o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z, assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, conseqüenterriente, as terminações R, S, Z. - Preciso pagar ao verdureiro. = pagá-lo. - Fiz os exercícios a lápis. = Fi-los a lápis.

3- lo, la, los, las: se vierem DEPOIS de: EIS / NOS / VOS - EIS a prova do suborno. = Ei-la. - O tempo nos dirá. = no-lo dirá. (eis, nos, vos perdem o S)

4- no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m, ão, õe: - Deram-na como vencedora. - Põe-nos sobre a mesa.

5- lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural, terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia do contrato. (o S permanece)

6- nos: colocado DEPOIS DO VERBO na 1ª pessoa do plural, perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.

7- me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos TRANSITIVOS DIRETOS (TD), têm sentido POSSESSIVO, equivalendo a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a esperança. (sua, dele, dela possessivo)

8- as formas conosco e convosco são substituídas por: com + nós, com + vós. seguidos de: ambos, todos, próprios, mesmos, outros, numeral: Marianne garantiu que viajaria com nós três.

9- o pronome oblíquo funciona como SUJEITO com os verbos: DEIXAR, FAZER, OUVIR, MANDAR, SENTIRe VER+verbo no infinitivo. DEIXE-me sentir seu perfume. (Deixe que eu sinta seu perfume me-- sujeito do verbo deixar - MANDEI-O calar. (= Mandei que ele calasse), o= sujeito do verbo mandar.

10- os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. (pronome recíproco, nós mesmos). NUNCA diga: Eu SE apavorei. / Euj à SE arrumei. - Eu ME apavorei. / Eu ME arrumei. (certos)

- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos por mim e ti após prepõsição: - 0 segredo ficará somente entre mim e ti.

- E obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu, quando funcionarem como Sujeito : Todos pediram para eu relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no infinitivo). Lembre - se de que MIM não fala, não escreve, não compra, não anda. Somente o Tarzã e o Capitão Caverna dizem: MIM gosta / MIM tem / MIM faz. /MIM QUER.

- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos de verbos transitivos indiretos. - Dona Cecília, querida amiga, chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD) - Minha saudosacomadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo indireto,VTI)

- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve fazer caridade com os mais necessitados.

- Os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas, nós e vós serão pronomes pessoais oblíquos quando empregados como complementos de um verbo e vierem precedidos de preposição. O conserto da televisão foi feito por ele. (ele= pronome oblíquo)

- Os pronomes pessoais ele, eles e ela, elas podem se contrair com as preposições de e em: Não vejo graça nele./ Já freqüentei a casa dela.

- Se os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas estiverem funcionando como SUJEITO, e houver uma preposição ANTES deles, NÃO PODERÁ HAVER UMA CONTRAÇÃO: Está na hora de ela decidir seu caminho. (ela -sujeito de decidir; sempre com verbo no infinitivo)

- Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes pessoais que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu - 1ª pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo)

- Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa, cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares. (Nicole-sujeito, 3ª pessoa/ levantou -verbo 3ª pessoa / se- complemento 3ª pessoa / levou- verbo- 3ª pessoa / consigo - complemento 3ª pessoa)

- O pronome pessoal oblíquo NÃO funciona como reflexivo se não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente. (ela - sujeito 3ª pessoa me complemento 1ª pessoa)

- Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala, você é a pessoa a quem se fala e, portanto, da 2ª pessoa. Por outro lado, você, como os demais pronomes de tratamento - senhor, senhora, senhorita, dona, pede o verbo na 3ª pessoa, e não na 2ª.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de objeto indireto, 0I) juntam-se a o, a, os, as (formas de objeto direto), assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: - Recebi a carta e agradeci aojovem, que ma trouxe. nos +o: no-lo / + a: no-la / + os: no-los / +as: no-las: -Venderíamos a casa, se no‑la exigissem. te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos/+ as: tas: -Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos. lhe+ o: lho/+ a: lha/+ os: lhos/+ as:lhas: -Ofereci -lhe flores. Ofereci-lhas. vos+ o: vo-lo/+ a: vo-la/+ os: vo-los/+ as: vo-las: - Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo.

Atençao: No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to, lho, no lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais sofisticados.

Pronomes de Tratamento

São usados no trato com as pessoas. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o tratamento será familiar ou cerimonioso: Vossa Alteza-V.A.-príncipes, duques; Vossa Eminência-V.Ema-cardeais; Vossa Excelência-V.Ex.a-altas autoridades, presidente, oficiais; Vossa Magnificência-V.Mag.a-reitores de universidades; Vossa Majestade-V.M.-reis, imperadores; Vossa Santidade-V.S.-Papa; Vossa Senhoria-V.Sa-tratamento cerimonioso.

Atençao: - São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a

senhorita, dona, você. - Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.

Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois fechos:

- Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive para o presidente da República.

- Atenciosamente: para autoridades de mesmahierarquia oude hierarquia inferior.

- A forma VOSSA (Senhoria, Excelência) é empregada quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa)

- A forma SUA (Senhoria, Excelência ) é empregada quando se fala sobre a pessoa: - Sua Eminência, o cardeal, viajouparaum Congresso. (falando a respeito do cardeal)

- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª pessoa (com quem se fala), EXIGEM que outros pronomes e o verbo sejam usados na 3ª pessoa.Vossa Excelência sabe que seus ministros o apoiarão.

Pronomes Possessivos

São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas da fala.

Singular: 1ª pessoa: meu, meus, minha, minhas; 2ª pessoa: teu, teus, tua, tuas; 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas;

Plural: 1ª pessoa:nosso/os nossa/as, 2ª pessoa:vosso/os vossa/as. 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas.

Emprego dos Pronomes Possessivos

“Tuas palavras antigasdeixei-as todas, deixei-as, junto com as minhas cantigas, desenhadas nas areias.” (Cecília Meireles)

- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode provocar, às vezes, a ambigüidade da frase. João Luís disse que Laurinha estava trabalhando em seu consultório.

- O pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir - se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambigüidade.

- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta anos.

- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma alteração fonética da palavra senhor

- Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê lembranças a todos os seus.

- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações.

- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os passos. (os seus passos)

- Deve-se observar as correlações entre os pronomes pessoais e possessivos. - “Sendo hoje o dia do TEU aniversário, apresso-me em apresentar-TE os meus sinceros parabéns. Peço a Deus pela TUA felicidade. - Abraça-TE o TEU amigo que TE preza.”

- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando se trata de parte do corpo. Veja: - “Um cavaleiro todo vestido de negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em sua, mão. “ (usa-se: no ombro; na mão)

Pronomes Demonstrativos

Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis.

Emprego dos Pronomes Demonstrativos

1- Em relação ao espaço:- Este (s), esta (s), isto: indicam o ser ou objeto que está

PRÓXIMO da pessoa que fala.- Esse (s), essa (s), isso: indicam o ser ou objeto que está

PRÓXIMO da pessoa,com quem se fala, que ouve (2ª pessoa)- Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam o ser ou objeto que

está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa)

2 - Em relação ao tempo:- Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo PRESENTE em

relação ao momento em que se fala. Este mês terrnina o prazo das inscrições para o vestibular da FAL

- Esse (s), essa (s), isso: indicam o tempo PASSADO há pouco ou o FUTURO em relação ao momento em se fala.Onde você esteve essa semanatoda?

3- Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante em relação ao momento em que se fala. Bons tempos aquele em que brincávamos descalços na rua...

Atenção:- dependendo do contexto, também são considerados

pronomes demonstrativos o, a, os, as, mesmo, próprio, semelhante, tal, equivalendo a aquele, aquela, aquilo. - O próprio homem destrói a natureza. - Depois de muito procurar, achei o que queria. - O professor fez a mesma observação. - Estranhei semelhante coincidência. - Tal atitude é inexplicável.

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- para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este (e variações) para o que foi referido em último lugar. Pais e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e orgulhosos, estas, elegantes e risonhas.

- dependendo do contexto os demonstrativos também servem como palavras de função intensificadora ou depreciativa. Júlia fez o exercício com aquela calma! (= expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma tranqueira! (=expressão depreciativa)

- as forrnas nisso e nisto podem ser usadas com valor de então ou nesse momento. A festa estava desanimada; nisso, a orquestra atacou um samba é todos caíram na dança.

- os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um elemento anterionnente expresso. Ninguém ligou para o incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo.

Pronomes Indefinidos

São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo César seria o vencedor.

Alguns desses pronomes são variáveis em gênero e número; outros são invariáveis.

Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vário~ vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer.

Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, nada, cada., mais, menos, demais.

Emprego dos Pronomes Indefinidos

Não sei de pessoa alguma capaz de convencê-lo. (alguma, equivale a nenhum)

- Em frases de sentido negativo, nenhum (e variações) equivale ao pronome indefinido um: Fiquei sabendo que ele não é nenhum ignorante.

- O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um substantivo ou numeral, nunca s: Ganharam cem dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.)

- Colocados depois do substantivo, os pronomes algum / alguma ganham sentido negativo. Este ano, funcionário público algum terá aumento digno.

- Colocados antes do substantivo, os pronomes algum / alguma ganham sentido positivo. Devemos sempre ter alguma esperança.

- Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos quando colocados ANTES do substantivo e adjetivos, quando colocados DEPOIS do substantivo: - Certo dia perdi o controle da situação. (antes do substantivo= indefinido). - Eles voltarão no dia certo. (depois do substantivo= adj etivo).

- Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a qualquer: Todo ser nasce chorando. (= qualquer ser; indetermina, generaliza).

- Outrem significa outra pessoa: Nunca se sabe o pensamento de outrem.

- Qualquer, plural quaisquer: Fazemos quaisquer negócios.

Locuções Pronominais Indefinidas

São locuções pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equiva em ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou outro / tal qual (= certo) /tal e, ou qual /

Pronomes Relativos

São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da oração anterior chama-se antecedente.

- Comprei um carro que é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power.

Percebe-se que o pronome relativo que, substitui na 2 oração, o carro, por isso a palavra que é um pronome relativo.

Dica: substituir que por o, a, os, as, qual / quais.

Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e invariáveis.

Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto, quantos;

Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.

Emprego dos Pronomes Relativos

- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à pessoa ou coisa, no plural ou no singular: - Este é o CD novo que acabei de comprar. - João Adolfo é o cara que pedi a Deus.

- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome demonstrativo o, a, os, as: Não entendi o que você quis dizer. (o que = aquilo que).

- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre precedido de preposição: Marco Aurélio é o advogado a quem eu me referi.

- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos)

Atenção:- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro,

explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e não vem precedido de preposição: - Quem casa quer casa. - Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade. - Estas são as pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer.

- Só se usa o relativo cujo quando o conseqüente é diferente do antecedente: 0 escritor cujo livro te falei é paulista.

- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois de si.

- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: em que, no qual: Desconheço o lugar onde vende tudo mais barato. (= lugar em que)

- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados DEPOIS de tudo, todos, tanto: Naquele momento, a querida comadre Naldete, falou tudo quanto sabia.

Pronomes Interrogativos

São os pronomes em frases ínterrogativas diretas ou indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual, quanto:

- Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? (interrogativa direta, com o ponto de interrogação)

- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. (interrogativa direta, sem a interrogação)

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LÍNGUA PORTUGUESA

VERBO

“Amou daquela vez como se fosse máquinaBeijou sua mulher como se fosse lógicoErgueu no patamar quatro paredes flácidasSentou pra descansar como se fosse um pássaroE flutuou no ar como se fosse um príncipeE se acabou no chão feito um pacote bêbado.Morreu na contramão atrapalhando o sábado.”

(Chico Buarque de Hollanda)

Nos versos acima, Chico Buarque relata poeticamente o drama de um operário, a partir de uma seqüência de ações: amou, beijou, ergueu, sentou, flutuou, acabou, morreu.

Essas palavras, que utilizamos para exprimir ações, recebem o nome de verbos. Verbo é a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em número (singular e plural), pessoa (primeira, segunda e terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio), tempo (presente, passado e futuro) e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).

De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados em três conjugações:

1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.

Atenção! O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor, compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem latina poer.

Elementos Estruturais do Verbo

As formas verbais apresentam três elementos em sua estrutura: Radical, Vogal Temática e Tema.

Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da 1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela está o significado real do verbo.

cont é o radical do verbo contar;esper é o radical do verbo esperar;brinc é o radical do verbo brincar.

Atenção: Se tiramos as terminações ar, er, ir do infinito dos verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos antepor prefixos ao radical: dês nutr ir / re conduz ir.

Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i.

Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal temática: contar: ‑cont (radical) + a (vogal temática) = tema

Atenção: se não houver a vogal temática, o tema será apenas o radical: contei = cont ei.

Desinências: são elementos que se juntam ao radical – ou ao tema – para indicar as flexões de modo e tempo – desinências modo temporais e número pessoa – desinências número pessoais.

ContávamosCont = radicala = vogal temáticava = desinência modo temporalmos = desinência número pessoal

Formas Rizotônicas e Arrizotônicas

Rizotônicas: radical grego riz (o) = raiz + radical grego tonos = força, altura de um som, deriva daí a palavra tônica, usada para indicar a sílaba mais forte de uma palavra.

Arrizotônica: a mesma palavra + o prefixo a, indicando ausência ou negação. Portanto, formas rizotônicas são as formas verbais cujo acento tônico cai no radical: levo, estudo; formas arrizotônicas são aquelas cujo acento tônico cai fora do radical: estudei, venderão, levais.

Flexões Verbais

Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar o número e a pessoa.

- eu estudo – 1ª pessoa do singular;- nós estudamos – 1ª pessoa do plural;- tu estudas – 2ª pessoa do singular;- vós estudais – 2ª pessoa do singular;- ele estuda – 3ª pessoa do singular;- eles estudam – 3ª pessoa do plural.

Atenção:- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma

diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja, tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens. O pronome vós aparece somente em textos literários ou bíblicos. Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª pessoa, é o mais usado no Brasil.

- Flexão de tempo e de modo – os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, pretérito, futuro.

O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao fato que enuncia. São três os modos:

- modo indicativo: a atitude do falante é de certeza, precisão: o fato é ou foi uma realidade; Apresenta presente, pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.

- modo subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de dúvida, exprime uma possibilidade; O subjuntivo expressa uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, Lourdes. - Se tivesse dinheiro compraria um carro zero. - Quando o vir, dê lembranças minhas.

- modo imperativo: a atitude do falante é de ordem, um desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e imperativo negativo

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Emprego dos Tempos do Indicativo

Presente do Indicativo: - Para enunciar um fato momentâneo. Ex: Estou feliz hoje - Para expressar um fato que ocorre com freqüência. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de minha mãe. - Na indicação de ações ou estados permanentes, verdades universais. Ex: A água é incolor, inodora, insípida.

Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato passado, não concluído. Ex: - Nós comíamos pastel na feira. - Eu cantava muito bem.

Pretérito Perfeito: É usado na indicação de um fato passado concluído. Ex: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi...

Pretérito Mais‑Que‑Perfeito: Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado. Ex: Nós cantáramos no congresso de música.

Futuro do Presente: Na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala. Ex: Cantarei domingo no coro da igreja matriz.

Futuro do Pretérito: Para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado. Ex: Compraria um carro se tivesse dinheiro

1ª conjugação: ‑AR

Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, dançam.Pretérito perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos,

dançastes, dançaram.Pretérito imperfeito: dançava, dançavas, dançava,

dançávamos, dançáveis, dançavam.Pretérito mais que perfeito: dançara, dançaras, dançara,

dançáramos, dançáreis, dançaram.Futuro do presente: dançarei, dançarás, dançará, dançaremos,

dançareis, dançaram.Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria,

dançaríamos, dançaríeis, dançariam.

2ª Conjugação: ‑ER

Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem.Pretérito perfeito: comi, comeste, comeu, comemos,

comestes, comeram.Pretérito imperfeito: comia, comias, comia, comíamos,

comíeis, comiam.Pretérito mais que perfeito: comera, comeras, comera,

comêramos, comêreis, comeram.Futuro do presente: comerei, comerás, comerá, comeremos,

comereis, comerão.Futuro do pretérito: comeria, comerias, comeria,

comeríamos, comeríeis, comeriam.

3ª Conjugação: ‑IR

Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.Pretérito perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes,

partiram.Pretérito imperfeito: partia, partias, partia, partíamos,

partíeis, partiam.Pretérito mais que perfeito: partira, partiras, partira,

partíramos, partíreis, partiram.

Futuro do presente: partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão.

Futuro do pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos, partiríeis.

Emprego dos Tempos do Subjuntivo

Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição: - Duvido de que apurem os fatos. – Que surjam novos e honestos políticos.

Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma condição ou hipótese: Se recebesse o prêmio, voltaria à universidade.

Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético, pode ou não acontecer. – Quando/Se você fizer o trabalho, será generosamente gratificado.

1ª Conjugação –AR

Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem.

Pretérito perfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles dançassem.

Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes, quando eles dançarem.

2ª Conjugação ‑ER

Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós comamos, que vós comais, que eles comam.

Pretérito perfeito: se eu comesse, se tu comesses, se lê comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles comessem.

Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele comer, quando nós comermos, quando vós comerdes, quando eles comerem.

3ª conjugação – IR

Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós partamos, que vós partais, que eles partam.

Pretérito perfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles partissem.

Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes, quando eles partirem.

Emprego do Imperativo

Imperativo Afirmativo:- Não apresenta a primeira pessoa do singular.- É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do

subjuntivo.- O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o –s.- O Restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.

Presente do indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam.

Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos nós, amai vós, amem vocês.

Imperativo Negativo:- É formado através do presente do subjuntivo sem a primeira

pessoa do singular.- Não retira os –s do tu e do vós.

Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.

Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não amemos nós, não ameis vós, não amem vocês.

Além dos três modos citados, os verbos apresentam ainda as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e particípio.

Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) - É indispensável combater a corrupção. (= combate à)

O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: - É preciso ler este livro. - Era preciso ter lido este livro.

Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo: - Amar é sofrer. - O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa.

Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). Por exemplo: - Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) - Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)

Note: As regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase.

O infinitivo impessoal é usado:

- Quando apresenta uma idéia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado; Por exemplo: - Querer é poder. ‑ Fumar prejudica a saúde. - É proibido colar cartazes neste muro.

- Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: Soldados, marchar! (= Marchai!)

- Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior; Por exemplo: - Eles não têm o direito de gritar assim. - As meninas foram impedidas de participar do jogo. - Eu os convenci a aceitar.

No entanto, na voz passiva dos verbos “contentar”, “tomar” e “ouvir”, por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado. Por exemplo: - Eram pessoas difíceis de serem contentadas. - Aqueles remédios são ruins de serem tomados. - Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.

Nas locuções verbais; Por exemplo:- Queremos acordar bem cedo amanhã. - Eles não podiam reclamar do colégio. - Vamos pensar no seu caso.

Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior; Por exemplo:

- Eles foram condenados a pagar pesadas multas. - Devemos sorrir ao invés de chorar. - Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.

Observação: Quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por exemplo:

- Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. - Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol. - Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. - Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas

crianças. Com os verbos causativos “deixar”, “mandar” e “fazer” e seus

sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue; Por exemplo:Deixei-os sair cedo hoje.

Com os verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: - Vi-os entrar atrasados. - Ouvi-as dizer que não iriam à festa.

Observações: a) É inadequado o emprego da preposição “para” antes

dos objetos diretos de verbos como “pedir”, “dizer”, “falar” e sinônimos;

- Pediu para Carlos entrar (errado),- Pediu para que Carlos entrasse (errado).- Pediu que Carlos entrasse (correto).

b) Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo, como na oração “Este trabalho é para eu fazer”, pede-se o emprego do pronome pessoal “eu”, que se revela, neste caso, como sujeito. Outros exemplos:

- Aquele exercício era para eu corrigir. - Esta salada é para eu comer? - Ela me deu um relógio para eu consertar.

Atenção: Em orações como “Esta carta é para mim!”, a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblíquo tônico.

Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:

2ª pessoa do singular: Radical + es Ex.: teres (tu) 1ª pessoa do plural: Radical + mos Ex.: termos (nós)2ª pessoa do plural: Radical + des Ex.: terdes (vós) 3ª pessoa do plural: Radical + em Ex.: terem (eles) Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa

colocação.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se.

O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:

1- Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; Por exemplo: - Se tu não perceberes isto... - Convém vocês irem primeiro. - O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós).

2- Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal; Por exemplo: - O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova. - Perdôo-te por me traíres. - O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. - O guarda fez sinal para os motoristas pararem.

3- Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural); Por exemplo: - Faço isso para não me acharem inútil. - Temos de agir assim para nos promoverem. - Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta.

4- Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação; Por exemplo: - Vi os alunos abraçarem‑se alegremente. - Fizemos os adversários cumprimentarem‑se com gentileza. - Mandei as meninas olharem‑se no espelho.

Nota: Como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.

DICAS: a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”, esse “j”

aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo:‑ Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem,

enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o substantivo ferrugem é grafado com “g”.).

‑ Viajar: viajou, viajaria, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc.

b) Quando o verbo tem o infinitivo com “g”, como em “dirigir” e “agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo

c) O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo.

- Quando “parecer” é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir.

- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. “Parece” é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “elas mentirem”. Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração “Parece que elas mentem.”

Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: - Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) - Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)

Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: - Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. - Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.

Particípio: Quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram.

Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.

1ª Conjugação –AR

Infinitivo Impessoal: dançar.Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele,

dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles.Gerúndio: dançando.Particípio: dançado.

2ª Conjugação –ER

Infinitivo impessoal: comer.Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele,

comermos nós, comerdes vós, comerem eles.Gerúndio: comendo.Particípio: comido.

3ª Conjugação –IR

Infinitivo impessoal: partir.Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, partirmos

nós, partirdes vós, partirem eles.Gerúndio: partindo.Particípio: partido.

Verbos Auxiliares: Ser, estar, ter, haver

SER

Indicativo:Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, vós

éreis, eles eram.Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós

fomos, vós fostes, eles foram.Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.Mais‑que‑perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós

fôramos, vós fôreis, eles foram.Pretérito Mais‑que‑Perfeito Composto: tinha sido.Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, nós

seríamos, vós seríeis, eles seriam.Futuro do Pretérito Composto: terei sido.Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,

vós sereis, eles serão.Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.

Subjuntivo:Presente do Subjuntivo: que eu seja, que tu sejas, que ele

seja, que nós sejamos, que vós sejais, que eles sejam.Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: se eu fosse, se tu fosses,

se ele fosse, se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.

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56

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Mais‑que‑Perfeito Composto: Tivesse sido.Futuro do Subjuntivo simples: quando eu for, quando tu

fores, quando ele for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.

Futuro do Subjuntivo Composto: Tiver sido.

Imperativo:Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede

vós, sejam eles.Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos

nós, não sejais vós, não sejam eles.Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por

sermos nós, por serdes vós, por serem eles.

Formas Nominais:- infinitivo: ser- gerúndio: sendo- particípio: sido

ESTAR

Indicativo:Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,

eles estão.Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós

estávamos, vós estáveis, eles estavam.Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele esteve,

nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.Pretérito Perfeito Composto: Tenho estado.Pretérito Mais‑que‑Perfeito simples: eu estivera, tu

estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles estiveram.

Mais‑que‑perfeito composto: Tinha estadoFuturo do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele estará,

nós estaremos, vós estareis, eles estarão.Futuro do Presente Composto: Terei estado.Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele

estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.Futuro do Pretérito Composto: Teria estado.

Subjuntivo:Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que nós

estejamos, que vós estejais, que eles estejam.Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses,

se ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles estivessem.

Pretérito Mais‑que‑Perfeito‑composto: Tivesse estadoFuturo Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres,

quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós estiverdes, quando eles estiverem.

Futuro Composto: Tiver estado.

Imperativo:Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós,

estai vós, estejam eles.Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não

estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele,

por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.

Formas Nominais:- infinitivo: estar- gerúndio: estando- particípio: estado

TER

Indicativo:Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,

eles têm.Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós

tínhamos, vós tínheis, eles tinham.Pretérito Perfeito simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós

tivemos, vós tivestes, eles tiveram.Pretérito Perfeito Composto: Tenho tido.Pretérito Mais‑que‑Perfeito simples: eu tivera, tu tiveras,

ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.Pretérito Mais‑que‑Perfeito composto:Tinha tido.Futuro do Presente simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós

teremos, vós tereis, eles terão.

Futuro do Presente: Terei tido.Futuro do Pretérito simples: eu teria, tu terias, ele teria, nós

teríamos, vós teríeis, eles teriam.Futuro do Pretérito composto: Teria tido.

Subjuntivo:Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que nós

tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele tivesse, se nós

tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.Pretérito Mais‑que‑Perfeito composto: Tivesse tido.Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,

quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.Futuro Composto: Tiver tido.

Imperativo:Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,

tende vós, tenham eles.Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não

tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por

termos nós, por terdes vós, por terem eles.

Formas Nominais:- infinitivo: ter- gerúndio: tendo- particípio: tido

HAVER

Indicativo:Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles

hão.Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós

havíamos, vós havíeis, eles haviam.Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele houve,

nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Perfeito Composto: Tenho havido.Pretérito Mais‑que‑Perfeito simples: eu houvera, tu

houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles houveram.

Pretérito Mais‑que‑Prefeito composto: Tinha havido.Futuro do Presente simples: eu haverei, tu haverás, ele

haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.Futuro do presente composto: Terei havido.Futuro do Pretérito do Indicativo: eu haveria, tu haverias,

ele haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.Futuro do pretérito composto: Teria havido.

Subjuntivo:Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós

hajamos, que vós hajais, que eles hajam.Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se

ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles houvessem.

Pretérito Mais‑que‑Perfeito composto: Tivesse havido.Futuro simples: quando eu houver, quando tu houveres,

quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós houverdes, quando eles houverem.

Futuro composto: Tiver havido.

Imperativo: Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,

hajam eles.Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não hajamos

nós, não hajais vós, não hajam eles.Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver ele,

por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.

Formas Nominais:• infinitivo: haver• gerúndio: havendo• particípio: havido

Verbos Regulares

Não sofrem modificação no radical durante toda conjugação (em todos os modos) e as desinências seguem as do verbo paradigma (verbo modelo)

Amar: (Eu amo) - Am-o, Am-ei, Am-ava, Am-ara, Am-arei, Am-aria, Am-e, Am-asse, Am-ar.

Comer: (radical: com) - Com-o, Com-i, Com-ia, Com-era, Com-erei, Com-eria, Com-a, Com-esse, Com-er.

Partir: (radical: part) - Part-o, Part-I, Part-ia, Part-ira, Part-irei, Part-iria, Part-a, Part-isse, Part-ir.

Verbos Irregulares

São os verbos que sofrem modificações no radical ou em suas desinências.

1ª Conjugação:

DAR

Indicativo:Presente: eu dou, tu dás, ele dá, nós damos, vós dais, eles dão.Pretérito Imperfeito: eu dava, tu davas, ele dava, nós dávamos,

vós dáveis, eles davam.Pretérito Perfeito: eu dei, tu deste, ele deu, nós demos, vós

destes, eles deram.Pretérito Mais-que-perfeito: eu dera, tu deras, ele dera, nós

déramos, vós déreis, eles deram.Futuro do Presente: eu darei, tu darás, ele dará, nós daremos,

vós dareis, eles darão.Futuro do Pretérito: eu daria, tu darias, ele daria, nós daríamos,

vós daríeis, eles dariam.

Subjuntivo:Presente: que eu dê, que tu dês, que ele dê, que nós demos,

que vós deis, que eles dêem.Pretérito Imperfeito: se eu desse, se tu desses, se ele desse,

se nós déssemos, se vós désseis, se eles dessem.Futuro: quando eu der, quando tu deres, quando ele der,

quando nós dermos, quando vós derdes, quando eles derem.Imperativo Afirmativo: dá tu, dê ele, demos nós, dai vós,

dêem eles.Imperativo Negativo: não dês tu, não dê ele, não demos nós,

não deis vós, não dêem eles.Infinitivo Pessoal: por dar eu, por dares tu, por dar ele, por

darmos nós, por dardes vós, por darem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: dar.Gerúndio: dando.Particípio: dado.

AGUAR

Indicativo:Presente: eu águo, tu águas, ele água, nós aguamos, vós

aguais, eles águam.Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós

aguamos, vós aguastes, eles aguaram.Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós

aguamo, vós aguastes, eles aguaram.Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós

aguamos, vós aguastes, eles aguaram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu aguara, tu aguaras, ele

aguara, nós aguáramos, vós aguáreis, eles aguaram.Futuro do Presente: eu aguarei, tu aguarás, ele aguará, nós

aguaremos, vós aguareis, eles aguarão.Futuro do Pretérito: eu aguaria, tu aguarias, ele aguaria, nós

aguaríamos, vós aguaríeis, eles aguariam.

SubjuntivoPresente: que eu ágüe, que tu ágües, que ele ágüe, que nós

agüemos, que vós agüeis, que eles ágüem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Imperfeito: se eu aguasse, se tu aguasses, se ele aguasse, se nós aguássemos, se vós aguásseis, se eles aguassem.

Futuro: quando eu aguar, quando tu aguares, quando ele aguar, quando nós aguarmos, quando vós aguardes, quando eles aguarem.

Imperativo Afirmativo: agua tu, ague ele, aguemos nós, aguai vós, aguem eles.

Imperativo Negativo: não agues tu, não ague ele, não aguemos nós, não agueis vós, não aguem eles.

Infinitivo Pessoal: por aguar eu, por aguares tu, por aguar ele, por aguarmos nós, por aguardes vós, por aguarem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: aguar.Gerúndio: aguando.Particípio: aguado.

ABENÇOAR

Os verbos magoar, voar e perdoar seguem a conjugação de abençoar.

Indicativo:Presente: eu abençôo, tu abençoas, ele abençoa, nós

abençoamos, vós abençoais, eles abençoam.Pretérito Imperfeito: eu abençoava, tu abençoavas, ele

abençoava, nós abençoávamos, vós abençoáveis, eles abençoavam.Pretérito Perfeito: eu abençoei, tu abençoaste, ele abençoou,

nós abençoamos, vós abençoastes, eles abençoaram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu abençoara, tu abençoaras, ele

abençoara, nós abençoáramos, vós abençoáreis, eles abençoaram.Futuro do Presente: eu abençoarei, tu abençoarás, ele

abençoará, nós abençoaremos, vós abençoareis, eles abençoarão.Futuro do Pretérito: eu abençoaria, tu abençoarias,

ele abençoaria, nós abençoaríamos, vós abençoaríeis, eles abençoariam.

Subjuntivo:Presente: que eu abençoe, que tu abençoes, que ele abençoe,

que nós abençoemos, que vós abençoeis, que eles abençoem.Pretérito Imperfeito: se eu abençoasse, se tu abençoasses,

se ele abençoasse, se nós abençoássemos, se vós abençoásseis, se eles abençoassem.

Futuro: quando eu abençoar, quando tu abençoares, quando ele abençoar, quando nós abençoarmos, quando vós abençoardes, quando eles abençoarem.

Imperativo Afirmativo: abençoa tu, abençoe ele, abençoemos nós, abençoai vós, abençoem eles.

Imperativo Negativo: não abençoes tu, não abençoe ele, não abençoemos nós, não abençoeis vós, não abençoem eles.

Infinitivo Pessoal: por abençoar eu, por abençoares tu, por abençoar ele, por abençoarmos nós, por abençoardes vós, por abençoarem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: abençoar Gerúndio: abençoando Particípio: abençoado

PASSEAR

Todos os verbos terminados em –ear seguem o paradigma do verbo passear. E os verbos em Mario (mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar).

Indicativo:Presente: eu passeio, tu passeias, ele passeia, nós passeamos,

vós passeais, eles passeiam.Pretérito Imperfeito: eu passeava, tu passeavas, ele passeava,

nós passeávamos, vós passeáveis, eles passeavam.Pretérito Perfeito: eu passeei, tu passeaste, ele passeou, nós

passeamos, vós passeastes, eles passearam.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu passeara, tu passearas, ele

passeara, nós passeáramos, vós passeáreis, eles passearam.Futuro do Pretérito: eu passearia, tu passearias, ele passearia,

nós passearíamos, vós passearíeis, eles passeariam.Futuro do Presente: eu passearei, tu passearás, ele passeará,

nós passearemos, vós passeareis, eles passearão.

Subjuntivo:Presente: que eu passeie, que tu passeies, que ele passeie, que

nós passeemos, que vós passeeis, que eles passeiem.Pretérito Imperfeito: se eu passeasse, se tu passeasses, se

ele passeasse, se nós passeássemos, se vós passeásseis, se eles passeassem.

Futuro: quando eu passear, quando tu passeares, quando ele passear, quando nós passearmos, quando vós passeardes, quando eles passearem.

Imperativo Afirmativo: passeia tu, passeie ele, passeemos nós, passeai vós, passeiem eles.

Imperativo Negativo: não passeies tu, não passeie ele, não passeemos nós, não passeeis vós, não passeiem eles.

Infinitivo Pessoal: por passear eu, por passeares tu, por passear ele, por passearmos nós, por passeardes vós, por passearem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: passear.Gerúndio: passeando.Particípio: passeado.

NEGOCIAR

Indicativo:Presente: eu negocio, tu negocias, ele negocia, nós

negociamos, vós negociais, eles negociam.Pretérito Imperfeito: eu negociava, tu negociavas, ele

negociava, nós negociávamos, vós negociáveis, eles negociavam.Pretérito Perfeito: eu negociei, tu negociaste, ele negociou,

nós negociamos, vós negociastes, eles negociaram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu negociara, tu negociaras, ele

negociara, nós negociáramos, vós negociáreis, eles negociaram.Futuro do Presente: eu negociarei, tu negociarás, ele

negociará, nós negociaremos, vós negociareis, eles negociarão.Futuro do Pretérito: eu negociaria, tu negociarias, ele

negociaria, nós negociaríamos, vós negociaríeis, eles negociariam.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Subjuntivo:Presente: que eu negocie, que tu negocies, que ele negocie,

que nós negociemos, que vós negocieis, que eles negociem.Pretérito Imperfeito: se eu negociasse, se tu negociasses, se

ele negociasse, se nós negociássemos, se vós negociásseis, se eles negociassem.

Futuro: quando eu negociar, quando tu negociares, quando ele negociar, quando nós negociarmos, quando vós negociardes, quando eles negociarem.

Imperativo Afirmativo: negocia tu, negocie ele, negociemos nós, negociai vós, negociem eles.

Imperativo Negativo: não negocies tu, não negocie ele, não negociemos nós, não negocieis vós, não negociem eles.

Infinitivo Pessoal: por negociar eu, por negociares tu, por negociar ele, por negociarmos nós, por negociardes vós, por negociarem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: negociar.Gerúndio: negociando.Particípio: negociado.

2ª Conjugação

CABER

Indicativo:Presente: eu caibo, tu cabes, ele cabe, nós cabemos, vós

cabeis, eles cabem.Pretérito Imperfeito: eu cabia, tu cabias, ele cabia, nós

cabíamos, vós cabíeis, eles cabiam.Pretérito Perfeito: eu coube, tu coubeste, ele coube, nós

coubemos, vós coubestes, eles couberam.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu coubera, tu couberas, ele

coubera, nós coubéramos, vós coubéreis, eles couberam.Futuro do Presente: eu caberei, tu caberás, ele caberá, nós

caberemos, vós cabereis, eles caberão.Futuro do Pretérito: eu caberia, tu caberias, ele caberia, nós

caberíamos, vós caberíeis, eles caberiam.

Subjuntivo:Presente: que eu caiba, que tu caibas, que ele caiba, que nós

caibamos, que vós caibais, que eles caibam.Pretérito Imperfeito: se eu coubesse, se tu coubesses, se

ele coubesse, se nós coubéssemos, se vós coubésseis, se eles coubessem.

Futuro: quando eu couber , quando tu couberes, quando ele couber , quando nós coubermos, quando vós couberdes, quando eles couberem.

Imperativo Afirmativo: cabe tu, caiba ele, caibamos nós, cabei vós, caibam eles.

Imperativo Negativo: não caibas tu, não caiba ele, não caibamos nós, não caibais vós, não caibam eles.

Infinitivo Pessoal: por caber eu, por caberes tu, por caber ele, por cabermos nós, por caberdes vós, por caberem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: caber.Gerúndio: cabendo.Particípio: cabido.

CRER

Indicativo:Presente: eu creio, tu crês, ele crê, nós cremos, vós credes,

eles crêem.Pretérito Imperfeito: eu cria, tu crias, ele cria, nós críamos,

vós críeis, eles criam.Pretérito Perfeito: eu cri, tu creste, ele creu, nós cremos, vós

crestes, eles creram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu crera, tu creras, ele crera,

nós crêramos, vós crêreis, eles creram.Futuro do Presente: eu crerei, tu crerás, ele crerá,nós

creremos, vós crereis, eles crerão.Futuro do Pretérito: eu creria, tu crerias, ele creria, nós

creríamos, vós creríeis, eles creriam.

Subjuntivo:Presente: que eu creia, que tu creias, que ele creia, que nós

creiamos, que vós creiais, que eles creiam.Pretérito Imperfeito: se eu cresse, se tu cresses, se ele cresse,

se nós crêssemos, se vós crêsseis, se eles cressem.Futuro: quando eu crer, quando tu creres, quando ele crer,

quando nós crermos, quando vós crerdes, quando eles crerem.Imperativo Afirmativo: crê tu, creia ele, creiamos nós, crede

vós, creiam eles.Imperativo Negativo: não creias tu, não creia ele, não

creiamos nós, não creiais vós, não creiam eles.Infinitivo Pessoal: por crer eu, por creres tu, por crer ele, por

crermos nós, por crerdes vós, por crerem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: crer Gerúndio: crendo Particípio: crido

DIZER

Indicativo:Presente: eu digo, tu dizes, ele diz, nós dizemos, vós dizeis,

eles dizem.Pretérito Imperfeito: eu dizia, tu dizias, ele dizia, nós dizíamos,

vós dizíeis, eles diziam.Pretérito Perfeito: eu disse, tu disseste, ele disse, nós dissemos,

vós dissestes, eles disseram.Pretérito Mais-que-perfeito: eu dissera, tu disseras, ele dissera,

nós disséramos, vós disséreis, eles disseram.Futuro do Presente: eu direi, tu dirás, ele dirá, nós diremos,

vós direis, eles dirão.Futuro do Pretérito: eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos,

vós diríeis, eles diriam.

Subjuntivo: Presente: que eu diga, que tu digas, que ele diga, que nós

digamos, que vós digais, que eles digam.Pretérito Imperfeito: se eu dissesse, se tu dissesses, se ele

dissesse, se nós disséssemos, se vós dissésseis, se eles dissessem.Futuro: quando eu disser , quando tu disseres, quando ele

disser, quando nós dissermos, quando vós disserdes, quando eles disserem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Imperativo Afirmativo: diz tu, diga ele, digamos nós, dizei vós, digam eles.

Imperativo Negativo: não digas tu, não diga ele, não digamos nós, não digais vós, não digam eles.

Infinitivo Pessoal: por dizer eu, por dizeres tu, por dizer ele, por dizermos nós, por dizerdes vós, por dizerem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: dizer.Gerúndio: dizendo.Particípio: dito.

FAZER

Seguem o mesmo paradigma: desfazer, satisfazer, refazer

Indicativo:Presente: eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis,

eles fazem.Pretérito Imperfeito: eu fazia, tu fazias, ele fazia, nós

fazíamos, vós fazíeis, eles faziam.Pretérito Perfeito: eu fiz, tu fizeste, ele fez, nós fizemos, vós

fizestes, eles fizeram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fizera, tu fizeras, ele fizera,

nós fizéramos, vós fizéreis, eles fizeram.Futuro do Presente: eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos,

vós fareis, eles farão.Futuro do Pretérito: eu faria, tu farias, ele faria, nós faríamos,

vós faríeis, eles fariam.

Subjuntivo:Presente: que eu faça, que tu faças, que ele faça, que nós

façamos, que vós façais, que eles façam.Pretérito Imperfeito: se eu fizesse, se tu fizesses, se ele

fizesse, se nós fizéssemos, se vós fizésseis, se eles fizessem.Futuro: quando eu fizer, quando tu fizeres, quando ele fizer,

quando nós fizermos, quando vós fizerdes, quando eles fizerem.Imperativo Afirmativo: faze tu, faça ele, façamos nós, azei

vós, façam eles.Imperativo Negativo: não faças tu, não faça ele, não façamos

nós, não façais vós, não façam eles.Infinitivo Pessoal: por fazer eu, por fazeres tu, por fazer ele,

por fazermos nós, por fazerdes vós, por fazerem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: fazer.Gerúndio: fazendo.Particípio: feito.

JAZER

Indicativo: Presente: eu jazo, tu jazes, ele jaz, nós jazemos, vós jazeis,

eles jazem.Pretérito Imperfeito: eu jazia, tu jazias, ele jazia, nós

jazíamos, vós jazíeis, eles jaziam.Pretérito Perfeito: eu jazi, tu jazeste, ele jazeu, nós jazemos,

vós jazestes, eles jazeram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu jazera, tu jazeras, ele jazera,

nós jazêramos, vós jazêreis, eles jazeram.

Futuro do Presente: eu jazerei, tu jazerás, ele jazerá, nós jazeremos, vós jazereis, eles jazerão.

Futuro do Pretérito: eu jazeria, tu jazerias, ele jazeria, nós jazeríamos, vós jazeríeis, eles jazeriam.

Subjuntivo:Presente: que eu jaza, que tu jazas, que ele jaza, que nós

jazamos, que vós jazais, que eles jazam.Pretérito Imperfeito: se eu jazesse, se tu jazesses, se ele

jazesse, se nós jazêssemos, se vós jazêsseis, se eles jazessem.Futuro: quando eu jazer, quando tu jazeres, quando ele jazer,

quando nós jazermos, quando vós jazerdes, quando eles jazerem.Imperativo Afirmativo: jaze tu, jaza ele, jazamos nós, jazei

vós, jazam eles.Imperativo Negativo: não jazas tu, não jaza ele, não jazamos

nós, não jazais vós, não jazam eles.Infinitivo Pessoal: por jazer eu, por jazeres tu, por jazer ele,

por jazermos nós, por jazerdes vós, por jazerem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: jazer Gerúndio: jazendo Particípio: jazido

PÔR

Indicativo:Presente: eu posso, tu podes, ele pode, nós podemos, vós

podeis, eles podem.Pretérito Imperfeito: eu podia, tu podias, ele podia, nós

podíamos, vós podíeis, eles podiam.Pretérito Perfeito: eu pude, tu pudeste, ele pôde, nós

pudemos, vós pudestes,eles puderam.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu pudera, tu puderas, ele

pudera, nós pudéramos, vós pudéreis, eles puderam.Futuro do Presente: eu poderei, tu poderás, ele poderá, nós

poderemos, vós podereis, eles poderão.Futuro do Pretérito: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós

poderíamos, vós poderíeis, eles poderiam.

SubjuntivoPresente: que eu possa, que tu possas, que ele possa, que nós

possamos, que vós possais, que eles possam.Pretérito Imperfeito: se eu pudesse, se tu pudesses, se ele

pudesse, se nós pudéssemos, se vós pudésseis, se eles pudessem.Futuro: quando eu puder, quando tu puderes, quando ele

puder, quando nós pudermos, quando vós puderdes, quando eles puderem.

Imperativo Afirmativo: (X).Imperativo Negativo: (X). Infinitivo Pessoal: poder eu, poderes tu, poder ele, podermos

nós, poderdes vós, poderem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: poder.Gerúndio: podendo.Particípio: podido.

Page 63: Apostila Correios 2014 - Agente

61

Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

QUERER

Indicativo:Presente: eu quero, tu queres, ele quer, nós queremos, vós

quereis, eles querem.Pretérito Imperfeito: eu queria, tu querias, ele queria, nós

queríamos, vós queríeis, eles queriam.Pretérito Perfeito: eu quis, tu quiseste, ele quis, nós

quisemos, vós quisestes, eles quiseram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu quisera, tu quiseras, ele

quisera, nós quiséramos, vós quiséreis, eles quiseram.Futuro do Presente: eu quererei, tu quererás, ele quererá, nós

quereremos, vós querereis, eles quererão.Futuro do Pretérito: eu quereria, tu quererias, ele quereria,

nós quereríamos, vós quereríeis, eles quereriam.

Subjuntivo:Presente: que eu queira, que tu queiras, que ele queira, que

nós queiramos, que vós queirais, que eles queiram.Pretérito Imperfeito: se eu quisesse, se tu quisesses, se ele

quisesse, se nós quiséssemos, se vós quisésseis, se eles quisessem.Futuro: quando eu quiser, quando tu quiseres, quando ele

quiser, quando nós quisermos, quando vós quiserdes, quando eles quiserem.

Imperativo Afirmativo: quere/quer – tu, queira – você, queiramos – nós, querei – vós, queiram – vocês.

Imperativo Negativo: não queiras – tu, não queira – você, não queiramos – nós, não queirais – vós, não queiram – vocês.

Infinitivo Pessoal: querer eu, quereres tu, querer ele, querermos nós, quererdes vós, quererem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: querer.Gerúndio: querendo.Particípio: querido.

REQUERER

Indicativo:Presente: eu requeiro, tu requeres, ele requer, nós requeremos,

vós requereis, eles requerem.Pretérito Imperfeito: eu requeria, tu requerias, ele requeria,

nós requeríamos, vós requeríeis, eles requeriam.Pretérito Perfeito: eu requeri, tu requereste, ele requereu,

nós requeremos, vós requereis, eles requereram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu requerera, tu requereras, ele

requerera, nós requerêramos, vós requerêreis, eles requereram.Futuro do Presente: eu requererei, tu requererás, ele

requererá, nós requereremos, vós requerereis, eles requererão.Futuro do Pretérito: eu requereria, tu requererias, ele

requereria, nós requereríamos, vós requereríeis, eles requereriam.

Subjuntivo:Presente: que eu requeira, que tu requeiras, que ele requeira,

que nós requeiramos, que vós requeirais, que eles requeiram.Pretérito Imperfeito: se eu requeresse, se tu requeresses, se

ele requeresse, se nós requerêssemos, se vós requerêsseis, se eles requeressem.

Futuro: quando eu requerer, quando tu requereres, quando ele requerer, quando nós requerermos, quando vós requererdes, quando eles requererem.

Imperativo Afirmativo: requere – tu, requeira – você, requeiramos – nós, requerei – vós, requeiram – vocês.

Imperativo Negativo: não requeiras – tu, não requeira – você, não requeiramos – nós, não requeirais – vós, não requeiram – vocês.

Infinitivo Pessoal: requerer eu, requereres tu, requerer ele, requerermos nós, requererdes vós, requererem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: requerer. Gerúndio: requerendo.Particípio: requerido.

VALER

Indicativo:Presente: eu valho, tu vales, ele vale, nós valemos, vós valeis,

eles valem.Pretérito Imperfeito: eu valia, tu valias, ele valia, nós

valíamos, vós valíeis, eles valiam.Pretérito Imperfeito: eu valia, tu valias, ele valia, nós

valíamos, vós valíeis, eles valiam.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu valera, tu valeras, ele valera,

nós valêramos, vós valêreis, eles valeram.Futuro do Pretérito: eu valeria, tu valerias, ele valeria, nós

valeríamos, vós valeríeis, eles valeriam.Futuro do Pretérito: eu valeria, tu valerias, ele valeria, nós

valeríamos, vós valeríeis, eles valeriam.

Subjuntivo:Presente: que eu valha, que tu valhas, que ele valha, que nós

valhamos, que vós valhais, que eles valham.Pretérito Imperfeito: se eu valesse, se tu valesses, se ele

valesse, se nós valêssemos, se vós valêsseis, se eles valessem.Futuro: quando eu valer, quando tu valeres, quando ele valer,

quando nós valermos, quando vós valerdes, quando eles valerem.Imperativo Afirmativo: vale tu, valha ele, valhamos nós,

valei vós, valham eles. Imperativo Negativo: não valhas tu, não valha ele, não

valhamos nós, não valhais vós, não valham eles.Infinitivo Pessoal: por valer eu, por valeres tu, por valer ele,

por valermos nós, por valerdes vós, por valerem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: valer.Gerúndio: valendo.Particípio: valido.

VER

Indicativo:Presente: eu vejo, tu vês, ele vê, nós vemos, vós vedes, eles

vêem.Pretérito Imperfeito: eu via, tu vias, ele via, nós víamos, vós

víeis, eles viam.Pretérito Perfeito: eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós

vistes, eles viram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu vira, tu viras, ele vira, nós

víramos, vós víreis, eles viram.

Page 64: Apostila Correios 2014 - Agente

62

Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Presente: eu verei, tu verás, ele verá, nós veremos, vós vereis, eles verão.

Futuro do Pretérito: eu veria, tu verias, ele veria, nós veríamos, vós veríeis, eles veriam.

Subjuntivo:Presente: que eu veja, que tu vejas, que ele vejamos, que nós

vejais, que vós vejam.Pretérito Imperfeito: se eu visse, se tu visses, se ele visse, se

nós víssemos, se vós vísseis, se eles vissem.Futuro: quando eu vir, quando tu vires, quando ele vir,

quando nós virmos, quando vós virdes, quando eles virem.Imperativo Afirmativo: vê tu, veja ele, vejamos nós, vede

vós, vejam eles.Imperativo Negativo: não vejas tu, não veja ele, não vejamos

nós, não vejais vós, não vejam eles.Infinitivo Pessoal: por ver eu, por veres tu, por ver ele, por

vermos nós, por verdes vós, por verem eles.

Formas Nominais:Infinitivo: ver.Gerúndio: vendo.Particípio: visto.

REAVER

Indicativo: Presente: nós reavemos, vós reaveis.Pretérito Imperfeito: eu reavia, tu reavias, ele reavia, nós

reavíamos, vós reavíeis, eles reaviam.Pretérito Perfeito: eu reouve, tu reouveste, ele reouve, nós

reouvemos, vós reouvestes, eles reouveram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu reouvera, tu reouveras, ele

reouvera, nós reouvéramos, vós reouvéreis, eles reouveram.Futuro do Presente: eu reaverei, tu reaverás, ele reaverá, nós

reaveremos, vós reavereis, eles reaverão.Futuro do Pretérito: eu reaveria, tu reaverias, ele reaveria,

nós reaveríamos, vós reaveríeis, eles reaveriam.

Subjuntivo:Presente: (X).Pretérito Imperfeito: se eu reouvesse, se tu reouvesses, se

ele reouvesse, se nós reouvéssemos, se vós reouvésseis, se eles reouvessem.

Futuro: quando eu reouver, quando tu reouveres, quando ele reouver, quando nós reouvermos, quando vós reouverdes, quando eles reouverem.

Imperativo Afirmativo: reavei vós.Imperativo Negativo: (X).Infinitivo Pessoal: reaver eu, reaveres tu, reaver ele,

reavermos nós, reaverdes vós, reaverem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: reaver.Gerúndio: reavendo.Particípio: reavido.

3ª CONJUGAÇÃO

AGREDIR

Indicativo: Presente: eu agrido, tu agrides, ele agride, nós agredimos, vós

agredis, eles agridem.Pretérito Imperfeito: eu agredia, tu agredias, ele agredia, nós

agredíamos, vós agredíeis, eles agrediam.Pretérito Perfeito: eu agredi, tu agrediste, ele agrediu, nós

agredimos, vós agredistes, eles agrediram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu agredira, tu agrediras, ele

agredira, nós agredíramos, vós agredíreis, eles agrediram.Futuro do Presente: eu agredirei, tu agredirás, ele agredirá,

nós agrediremos, vós agredireis, eles agredirão.Futuro do Pretérito: eu agrediria, tu agredirias, ele agrediria,

nós agrediríamos, vós agrediríeis, eles agrediriam.

Subjuntivo: Presente: que eu agrida, que tu agridas, que ele agrida, que

nós agridamos, que vós agridais, que eles agridam.Pretérito Imperfeito: se eu agredisse, se tu agredisses, se

ele agredisse, se nós agredíssemos, se vós agredísseis, se eles agredissem.

Futuro: quando eu agredir, quando tu agredires, quando ele agredir, quando nós agredirmos, quando vós agredirdes, quando eles agredirem.

Imperativo Afirmativo: agride tu, agrida ele, agridamos nós, agredi vós, agridam eles.

Imperativo Negativo: não agridas tu, não agrida ele, não agridamos nós, não agridais vós, não agridam eles.

Infinitivo Pessoal: agredir eu, agredires tu, agredir ele, agredirmos nós, agredirdes vós, agredirem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: agredir.Gerúndio: agredindo.Particípio: agredido.

ABOLIR

Indicativo:Presente: tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós abolis, eles

abolem.Pretérito Imperfeito: eu abolia, tu abolias, ele abolia, nós

abolíamos, vós abolíeis eles aboliam.Pretérito Perfeito: eu aboli, tu aboliste, ele aboliu, nós

abolimos, vós abolistes, eles aboliram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu abolira, tu aboliras, ele

abolira, nós abolíramos, vós abolíreis, eles aboliram.Futuro do Presente: eu abolirei, tu abolirás, ele abolirá, nós

aboliremos, vós abolireis, eles abolirão.Futuro do Pretérito: eu aboliria, tu abolirias, ele aboliria, nós

aboliríamos, vós aboliríeis, eles aboliriam.

Page 65: Apostila Correios 2014 - Agente

63

Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Subjuntivo:Presente: (X).Pretérito Imperfeito: se eu abolisse, se tu abolisses, se ele

abolisse, se nós abolíssemos, se vós abolísseis, se eles abolissem.Futuro: quando eu abolir, quando tu abolires, quando ele

abolir, quando nós abolirmos, quando vós abolirdes, quando eles abolirem.

Imperativo Afirmativo: abole tu, aboli vós.Imperativo Negativo: (X).Infinitivo Pessoal: abolir eu, abolires tu, abolir ele, abolirmos

nós, abolirdes vós, abolirem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: abolir Gerúndio: abolindo Particípio: abolido

CAIR

Indicativo:Presente: eu caio, tu cais, ele cai, nós caímos, vós caís, eles

caem.Pretérito Imperfeito: eu caía, tu caías, ele caía, nós caíamos,

vós caíeis, eles caíam.Pretérito Perfeito: eu caí, tu caíste, ele caiu, nós caímos, vós

caístes, eles caíram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu caíra, tu caíras, ele caíra,

nós caíramos, vós caíreis, eles caíram.Futuro do Presente: eu cairei, tu cairás, ele cairá, nós

cairemos, vós caireis, eles cairão.Futuro do Pretérito: eu cairia, tu cairias, ele cairia, nós

cairíamos, vós cairíeis, eles cairiam.

Subjuntivo:Presente: que eu caia, que tu caias, que ele caia, que nós

caiamos, que vós caiais, que eles caiam.Pretérito Imperfeito: se eu caísse, se tu caísses, se ele caísse,

se nós caíssemos, se vós caísseis, se eles caíssem.Futuro: quando eu cair, quando tu caíres, quando ele cair,

quando nós cairmos, quando vós cairdes, quando eles caírem.Imperativo Afirmativo: cai tu, caia ele, caiamos nós, caí vós,

caiam eles.Imperativo Negativo: não caias tu, não caia ele, não caiamos

nós, não caiais vós, não caiam eles.Infinitivo Pessoal: cair eu, caíres tu, cair ele, cairmos nós,

cairdes vós, caírem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: cair Gerúndio: caindo Particípio: caído

COBRIR

Indicativo:Presente: eu cubro, tu cobres, ele cobre, nós cobrimos, vós

cobris, eles cobrem.Pretérito Imperfeito: eu cobria, tu cobrias, ele cobria, nós

cobríamos, vós cobríeis, eles cobriam.

Pretérito Perfeito: eu cobri, tu cobriste, ele cobriu, nós cobrimos, vós cobristes, eles cobriram.

Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu cobrira, tu cobriras, ele cobrira, nós cobríramos, vós cobríreis, eles cobriram.

Futuro do Presente: eu cobrirei, tu cobrirás, ele cobrirá, nós cobriremos, vós cobrireis, eles cobrirão.

Futuro do Pretérito: eu cobriria, tu cobririas, ele cobriria, nós cobriríamos, vós cobriríeis, eles cobririam.

Subjuntivo:Presente: que eu cubra, que tu cubras, que ele cubra, que nós

cubramos, que vós cubrais, que eles cubram.Pretérito Imperfeito: se eu cobrisse, se tu cobrisses, se ele

cobrisse, se nós cobríssemos, se vós cobrísseis, se eles cobrissem.Futuro: quando eu cobrir, quando tu cobrires, quando ele

cobrir, quando nós cobrirmos, quando vós cobrirdes, quando eles cobrirem.

Imperativo Afirmativo: cobre tu, cubra ele, cubramos nós, cobri vós, cubram eles.

Imperativo Negativo: não cubras tu, não cubra ele, não cubramos nós, não cubrais vós, não cubram eles.

Infinitivo Pessoal: cobrir eu, cobrires tu, cobrir ele, cobrirmos nós, cobrirdes vós, cobrirem eles.

Formas Nominais: infinitivo: cobrir gerúndio: cobrindo particípio: cobrido

FERIR

Indicativo:Presente: eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, eles

ferem.Pretérito Imperfeito: eu feria, tu férias, ele feria, nós

feríamos, vós feríeis, eles feriam.Pretérito Perfeito: eu feri, tu feriste, ele feriu, nós ferimos,

vós feristes, eles feriram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu ferira, tu feriras, ele ferira,

nós feríramos, vós feríreis, eles feriram.Futuro do Pretérito: eu feriria, tu feririas, ele feriria, nós

feriríamos, vós feriríeis, eles feririam.Futuro do Presente: eu ferirei, tu ferirás, ele ferirá, nós

feriremos, vós ferireis, eles ferirão.

Subjuntivo:Presente: que eu fira, que tu firas, que ele fira, que nós firamos,

que vós firais, que eles firam.Pretérito Imperfeito: se eu ferisse, se tu ferisses, se ele

ferisse, se nós feríssemos, se vós ferísseis, se eles ferissem.Futuro: quando eu ferir, quando tu ferires, quando ele ferir,

quando nós ferirmos, quando vós ferirdes, quando eles ferirem.Imperativo Afirmativo: fere tu, fira ele, firamos nós, feri vós,

firam eles.Imperativo Negativo: não firas tu, não fira ele, não firamos

nós, não firais vós, não firam eles.Infinitivo Pessoal: ferir eu, ferires tu, ferir ele, ferirmos nós,

ferirdes vós, ferirem eles.

Page 66: Apostila Correios 2014 - Agente

64

Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Formas Nominais:Infinitivo: ferir.Gerúndio: ferindo.Particípio: ferido.

FUGIR

Indicativo:Presente: eu fujo, tu foges, ele foge, nós fugimos, vós fugis,

eles fogem.Pretérito Imperfeito: eu fugia, tu fugias, ele fugia, nós

fugíamos, vós fugíeis, eles fugiam.Pretérito Perfeito: eu fugi, tu fugiste, ele fugiu, nós fugimos,

vós fugistes, eles fugiram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fugira, tu fugiras, ele fugira,

nós fugíramos, vós fugíreis, eles fugiram.Futuro do Pretérito: eu fugiria, tu fugirias, ele fugiria, nós

fugiríamos, vós fugiríeis, eles fugiriam.Futuro do Presente: eu fugirei, tu fugirás, ele fugirá, nós

fugiremos, vós fugireis, eles fugirão.

Subjuntivo:Presente: que eu fuja, que tu fujas, que ele fuja, que nós

fujamos, que vós fujais, que eles fujam.Pretérito Imperfeito: se eu fugisse, se tu fugisses, se ele

fugisse, se nós fugíssemos, se vós fugísseis, se eles fugissem.Futuro: quando eu fugir, quando tu fugires, quando ele fugir,

quando nós fugirmos, quando vós fugirdes, quando eles fugirem.Imperativo Afirmativo: foge tu, fuja ele, fujamos nós, fugi

vós, fujam eles.Imperativo Negativo: não fujas tu, não fuja ele, não fujamos

nós, não fujais vós, não fujam eles.Infinitivo Pessoal: fugir eu, fugires tu, fugir ele, fugirmos

nós, fugirdes vós, fugirem eles.

Formas Nominais Infinitivo: fugir.Gerúndio: fugindo.Particípio: fugido.

VIR

Indicativo:Presente: eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes,

eles vêm.Pretérito Imperfeito: eu vinha, tu vinhas, ele vinha, nós

vínhamos, vós vínheis, eles vinham.Pretérito Perfeito: eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos,

vós viestes, eles vieram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu viera, tu vieras, ele viera,

nós viéramos, vós viéreis, eles vieram.Futuro do Presente: eu virei, tu virás, ele virá, nós viremos,

vós vireis, eles virão.Futuro do Pretérito: eu viria, tu virias, ele viria, nós viríamos,

vós viríeis, eles viriam.

Subjuntivo:Presente: que eu venha, que tu venham, que ele venha, que

nós venhamos, que vós venhais, que eles venham.

Pretérito Imperfeito: se eu viesse, se tu viesses, se ele viesse, se nós viéssemos, se vós viésseis, se eles viessem.

Futuro: quando eu vier, quando tu vieres, quando ele vier, quando nós viermos, quando vós vierdes, quando eles vierem.

Imperativo Afirmativo: vem tu, venha ele, venhamos nós, vinde vós, venham eles.

Imperativo Negativo: não venhas tu, não venha ele, não venhamos nós, não venhais vós, não venham eles.

Infinitivo Pessoal: vir eu, vires tu, vir ele, virmos nós, virdes vós, virem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: vir.Gerúndio: vindo.Particípio: vindo.

ATRIBUIR

Conjugam-se pelo paradigma de atribuir: fruir, usufruir, anuir, argüir, concluir, contribuir, constituir, destituir, diluir, distribuir, diminuir, evoluir, excluir, imbuir, instituir, instruir, obstruir, poluir, possuir, restituir, substituir, possuir.

Indicativo:Presente: eu atribuo, tu atribuis, ele atribui, nós atribuímos,

vós atribuís, eles atribuem.Pretérito Imperfeito: eu atribuía tu atribuías, ele atribuía,

nós atribuíamos, vós atribuíeis, eles atribuíam.Pretérito Perfeito: eu atribuí, tu atribuíste, ele atribuiu, nós

atribuímos, vós atribuístes, eles atribuíram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu atribuíra , tu atribuíras, ele

atribuíra, nós atribuíramos, vós atribuíreis , eles atribuíram.Futuro do Presente: eu atribuirei, tu atribuirás, ele atribuirá,

nós atribuiremos, vós atribuireis eles atribuirão.Futuro do Pretérito: eu atribuiria, tu atribuirias, ele atribuiria,

nós atribuiríamos, vós atribuiríeis, eles atribuiriam.

Subjuntivo:Presente: que eu atribua, que tu atribuas, que ele atribua, que

nós atribuamos, que vós atribuais, que eles atribuam.Pretérito Imperfeito: se eu atribuísse, se tu atribuísses, se

ele atribuísse, se nós atribuíssemos, se vós atribuísseis, se eles atribuíssem.

Futuro: quando eu atribuir, quando tu atribuíres, quando ele atribuir, quando nós atribuirmos, quando vós atribuirdes, quando eles atribuírem.

Imperativo Afirmativo: atribui tu, atribua ele, atribuamos nós, atribuí vós, atribuam eles.

Imperativo Negativo: não atribuas tu, não atribua ele, não atribuamos nós, não atribuais vós, não atribuam eles.

Infinitivo Pessoal: atribuir eu, atribuíres tu, atribuir ele, atribuirmos nós, atribuirdes vós, atribuírem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: atribuir. Gerúndio: atribuindo. Particípio: atribuído.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

FRIGIR

Indicativo:Presente: eu frijo, tu freges, ele frege, nós frigimos, vós

frigis, eles fregem.

Subjuntivo:Presente: que eu frija, que tu frijas, que ele frija, que nós

frijamos, que vis frijais, que eles frijam.

OUVIR

Indicativo:Presente: eu ouço, tu ouves, ele ouve, nós ouvimos, vós

ouvis, eles ouvem.Pretérito Perfeito: eu ouvi, tu ouviste, ele ouviu, nós

ouvimos, vós ouvistes, eles ouviram.

Subjuntivo:Presente: que eu ouça, que tu ouças, que ele ouça, que nós

ouçamos, que vós ouçais, que eles ouçam.Imperativo Afirmativo: ouve tu, ouça ele, ouçamos nós,

ouçais vós, ouçam eles.

POLIR

Sortir segue o mesmo paradigma.

Indicativo:Presente: eu pulo, tu pules, ele pule, nós polimos, vós polis,

eles pulem.

Subjuntivo:Presente: que eu pula, que tu pulas, que ele pula, que nós

pulamos, que vós pulais, que eles pulam.

PEDIR

Seguem o mesmo paradigma: desimpedir, despedir, expedir, impedir e medir.

Indicativo:Presente: eu peço, tu pedes, ele pede, nós pedimos, vós pedis,

eles pedem.Pretérito Imperfeito: eu pedia, tu pedias, ele pedia, nós

pedíamos, vós pedíeis, eles pediam.Pretérito Perfeito: eu pedi, tu pediste, ele pediu, nós pedimos,

vós pedistes, eles pediram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu pedira, tu pediras, ele

pedira, nós pedíramos, vós pedíreis, eles pediram.Futuro do Presente: eu pedirei, tu pedirás, ele pedirá, nós

pediremos, vós pedireis, eles pedirão.Futuro do Pretérito: eu pediria, tu pedirias, ele pediria, nós

pediríamos, vós pediríeis, eles pediriam.

Subjuntivo:Presente: que eu peça, que tu peças, que ele peça, que nós

peçamos, que vós peçais, que eles peçam.

Pretérito Imperfeito: se eu pedisse, se tu pedisses, se ele pedisse, se nós pedíssemos, se vós pedísseis, se eles pedissem.

Futuro: quando eu pedir, quando tu pedires, quando ele pedir, quando nós pedirmos, quando vós pedirdes, quando eles pedirem.

Imperativo Afirmativo: pede tu, peça ele, peçamos nós, pedi vós, peçam eles.

Imperativo Negativo: não peças tu, não peça ele, não peçamos nós, não peçais vós, não peçam eles.

Infinitivo Pessoal: pedir eu, pedires tu, pedir ele, pedirmos nós, pedirdes vós, por pedirem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: pedir.Gerúndio: pedindo.Particípio: pedido.

FALIR

Indicativo:Presente: nós falimos, vós falis.Pretérito Imperfeito: eu falia, tu falias, ele falia, nós

falíamos, vós falíeis, eles faliam.Pretérito Perfeito: eu fali, tu faliste, ele faliu, nós falimos,

vós falistes, eles faliram.Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu falira, tu faliras, ele falira,

nós falíramos, vós falíreis, eles faliram.Futuro do Presente: eu falirei, tu falirás, ele falirá, nós

faliremos, vós falireis, eles falirão.Futuro do Pretérito: eu faliria, tu falirias, ele faliria, nós

faliríamos, vós faliríeis, eles faliriam.

Subjuntivo:Presente: (X).Pretérito Imperfeito: se eu falisse, se tu falisses, se ele

falisse, se nós falíssemos, se vós falísseis, se eles falissem.Futuro: quando eu falir, quando tu falires, quando ele falir,

quando nós falirmos, quando vós falirdes, quando eles falirem.Imperativo Afirmativo: fali vós.Imperativo Negativo: (X).Infinitivo Pessoal: falir eu, falires tu, falir ele, falirmos nós,

falirdes vós, falirem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: falir.Gerúndio: falindo.Particípio: falido.

ANÔMALOS: SER, IRÉ aquele que tem uma anomalia no radical.

IR

Indicativo:Presente: eu vou, tu vais, ele vai, nós vamos, vós ides, eles

vão.Pretérito Imperfeito: eu ia, tu ias, ele ia, nós íamos, vós íeis,

eles iam.Pretérito Perfeito: eu fui, tu foste, ele foi, nós fomos, vós

fostes, eles foram.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fora, tu foras, ele fora, nós fôramos, vós fôreis, eles foram.

Futuro do Presente: eu irei, tu irás, ele irá, nós iremos, vós ireis, eles irão.

Futuro do Pretérito: eu iria, tu irias, ele iria, nós iríamos, vós iríeis, eles iriam.

Subjuntivo:Presente: que eu vá, que tu vás, que ele vá, que nós vamos,

que vós vades, que eles vão.Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, se

nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.Futuro: quando eu for, quando tu fores, quando ele for,

quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.Imperativo Afirmativo: vai tu, vá ele, vamos nós, ide vós,

vão eles.Imperativo Negativo: não vás tu, não vá ele, não vamos nós,

não vades vós, não vão eles.Infinitivo Pessoal: ir eu, ires tu, ir ele, irmos nós, irdes vós,

irem eles.

Formas Nominais: Infinitivo: ir.Gerúndio: indo.Particípio: ido.

Verbos DefectivosSão aqueles que possuem um defeito. Não têm todos os

modos, tempos ou pessoas.

Verbo PronominalÉ aquele que é conjugado com o pronome oblíquo.Ex: Eu me despedi de mamãe e parti sem olhar para o passado.

Verbos Abundantes“São os verbos que têm duas ou mais formas equivalentes,

geralmente de particípio.” (Sacconi)

Infinitivo Particípio Regular

Particípio Irregular

Aceitar Aceitado AceitoBenzer Benzido BentoEmergir Emergido Emerso

Tempos Compostos São formados por locuções verbais que têm como auxiliares

os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. São eles:

Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem ocorrido com freqüência ultimamente. Por exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente.

Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo: Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.

Pretérito Mais‑que‑perfeito Composto do Indicativo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.

Pretérito Mais‑que‑perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.

Obs.: Perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido.

Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação

de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo: Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.

Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.

Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. Veja os exemplos:

- Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. - Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a

Manuel.

Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei “você” praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio “já”.

Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel. Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a

Manuel.

Infinitivo Pessoal Composto:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro

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Vozes Verbais

Voz Ativa: O sujeito pratica a ação, ele é o agente da ação verbal.

O menino chorou raivosamente.As crianças jogavam futebol na rua.Os namorados passeavam na praça.

Voz Passiva: O sujeito sofre a ação verbal, ele é paciente. A voz passiva apresenta as formas: analítica e sintética.

1‑ Passiva Analítica: é formada pelo verbo auxiliar (VA) + particípio do verbo principal (VPP). Ocorre com VTD ou VTDI.

Atenção!As crianças (sujeito) jogavam (verbo principal, VTD) futebol

(OD) na rua (AA Lugar)Futebol (sujeito paciente) era jogado (VA + VPP) pelas

crianças (agente da passiva) na rua (AA Lugar). 2‑ Passiva Sintética: É formada com VTD ou VTDI na 3ª

pessoa do singular ou na 3ª pessoa do plural. O SE recebe o nome de pronome apassivador.

Ex: Vende-se pão caseiro.Pão caseiro é vendido.

Compram-se carros usados. Carros usados são comprados.

3‑ Voz Reflexiva: O sujeito recebe e pratica simultaneamente a ação.

Ex: O menino cortou-se.A menina penteava-se.

1) Voz do verbo é a forma que este assume para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva.

2) Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a ação expressa pelo verbo. Exemplos:

• O caçador abateu a ave.• O vento agitava as águas.• Os pais educam os filhos.

3) Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre ou desfruta a ação expressa pelo verbo. Exemplos:

• A ave foi abatida pelo caçador.• As águas eram agitadas pelo vento.• Os filhos são educados pelos pais.Obs: Só verbos transitivos podem ser usados na voz passiva.

Formação da voz passiva:

4) A voz passiva, mais freqüentemente, é formada:a) Pelo verbo auxiliar /ser/ seguido do particípio do verbo

principal. Nesse caso, a voz é passiva analítica. Exemplos:O homem é afligido pelas doenças.

A criança era conduzida pelo pai.As ruas serão enfeitadas. Seriam abertas novas escolas.Na voz passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado de

um agente, como nos dois primeiros exemplos deste parágrafo.Menos freqüentemente, pode-se exprimir a passiva analítica

com outros verbos auxiliares. Exemplos:A aldeia estava isolada pelas águas.A presa estava sendo devorada pelo leão.O cachorro ficou esmagado pela roda do ônibus.A noiva vinha acompanhada pelo pai.O preso ia escoltado pelos guardas.b) Com o pronome apassivador /se/ associado a um verbo

ativo da 3º pessoa. Nesse caso, temos voz passiva pronominal. Exemplos:

Regam-se plantas de manhã cedo.Organizou-se o campeonato.Abrir-se-ão novas escolas de artes e ofícios.Ainda não se lançaram as redes. Já se têm feito muitas experiências.Por amor da careza, preferir-se-á a passiva analítica toda vez

que o sujeito for uma pessoa ou animal que possa ser o agente da ação verbal. Exemplo:

Foi retirada a guarda. “Retirou-se a guarda”: tanto pode ser voz passiva como

reflexiva.

Voz reflexiva:

5) Na voz reflexiva o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente: faz uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre ou recebe. Exemplos:

O caçador feriu-se.A menina penteou-se e saiu com as colegas. Sacrifiquei-me por ele.Os pais contemplam-se nos filhos.

6) O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Esses pronomes são reflexivos quando se lhes pode acrescentar a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, a vós mesmos, a si mesmos, respectivamente. Exemplos:

Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) Classes sociais arrogam-se (a si mesmas) direitos que a

lei lhes nega.Às vezes nos intoxicamos com alimentos deteriorados. Errando, prejudicamo-nos a nós mesmos.Aquele escritor fez-se por si mesmo. Por que vos atribuís tanta importância?Observações:a) Não se deve atribuir sentido reflexivo a verbos que

designam sentimentos, como queixar-se, alegrar-se, arrepender-se, zangar-se, indignar-se e outros meramente pronominais. O pronome átono como que se dilui nesses verbos, dos quais é parte integrante. A prova de que não são reflexivos é que não se pode dizer, por exemplo, zango-me a mim mesmo.

b) Observe-se também que em frases como “João fala de si” há reflexividade, mas não há voz reflexiva, porque o verbo não é reflexivo.

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7) Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos dessa voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se, geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro, reciprocamente, mutuamente. Exemplos:

Amam-se como irmãos. (amam um ao outro).Os dois pretendentes insultam-se.Ó povos, porque vos guerreais tão barbaramente?Os dois escritores carteavam-se assiduamente.Observação: Em muitos verbos reflexivos a idéia de

reciprocidade é reforçada pelo prefixo entre: entreamar-se, entrechocar-se, entrebater-se, entredevorar-se, entrecruzar-se, entredilacerar-se, entrematar-se, entremorder-se, entreolhar-se, entrequerer-se, entrevistar-se.

Conversão da voz ativa na passiva

8) Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Exemplo:

Gutenberg inventou a imprensa (voz ativa).A imprensa foi inventada por Gutemberg (voz passiva).Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o

sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Outros exemplos:

Os calores intensos provocam as chuvas. / As chuvas são provocadas pelos calores intensos.

Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. / Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.

Eu o acompanharei. / Ele será acompanhado por mim.Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, como

nos dois últimos exemplos, não haverá complemento agente da passiva.

Importante:a) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos

alguns gramáticos chamam neutros:• O vinho é bom.• Aqui chove muito.

b) Há formas passivas com sentido ativo:É chegada a hora (= chegou a hora).Eu ainda não era nascido (= eu ainda não tinha nascido).c) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido

cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos por alguns autores, por isso que o sujeito é paciente:

Chamo-me Luís.Operou-se de hérnia.Batizei-me na Igreja São Judas.Vacinaram-se contra A1N1.

ADVÉRBIO

Advérbio é a palavra invariável que modifica um verbo (- Chegou cedo), um outro advérbio (- Falou muito bem), um adjetivo (- Estava muito bonita).

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:

1 - tempo - ainda, agora, antigamente, antes, amiúde (=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, novamente, outrora.

2 - lugar - aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além, algures (= em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar), aquém,dentro, defronte, fora, longe, perto.

3 - modo - assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ), devagar, mal, melhor pior, e a maior parte dos advérbios que termina em mente: calmamente: suavemente, rapidamente, tristemente.

4 - afirmação - certamente, decerto, deveras, efetivamente, realmente, sim, seguramente.

5 - negação - absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum, nem, não, tampouco (= também não).

6 - intensidade - apenas, assaz bastante bastante, bem, demais,mais, meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco.

7 - dúvida - acaso, eventuamente, por ventura, quiçá, possivelmente, talvez.

Adverbios Interrogativos

São empregados em orações interrogativas diretas ou indiretas.

Podem exprimir: lugar, tempo, modo, ou causa.- Onde fica o Clube das Acácias ? (direta)- Preciso saber onde fica o Clube das Acássias.

(indireta)- Quando minha amiga Delma chegará de Campinas? (direta)- Gostaria de saber quando minha amiga Delma chegará de

Campinas. (indireta)- Como osjovens vêem a natureza? (direta)- Quero saber como os jovens vêem a natureza.

(indireta)- Por que o povo aceita tudo passivamente. (direta)- Pergunto-lhe por que o povo aceita tudo passivamente.

(indireta)

Locuçoes Adverbiais

São duas ou mais palavras que têm o valor de = advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às escondidas, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando, sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à direta, a pé, a esmo, por ali, a distância.

- De repente o dia se fez noite. - Por um triz eu não me denunciei. - Sem dúvida você é o melhor.

Graus dos Advérbios

Como já vimos o advérbio não vai para o plural, são palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: 1 – comparativo, 2 – superlativo.

1- comparativo de:igualdade > tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz

quanto / como você. superioridade > analítico: mais do que: Raquel é mais elegante

do que eu. > sintético: melhor, pior que: Amanhã será melhor do que

hoje.

inferioridade > menos do que: Falei menos do que devia.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

2- superlativo absoluto: analítico > mais, muito, pouco,menos: O candidato

defendeu-se muito mal. sintético > íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo.

Palavras e Locuções Denotativas

São palavras semelhantes a advérbios e que não possuem classificação especial. Não se enquadram em nenhuma das dez (10) classes de palavras.

São chamadas de denotativas e exprimem:

1- Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem: Ainda bem que você veio.

2- designação, indicação: eis: Eis aqui o herói da turma.

3- exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão, sequer: Não me disse sequer uma palavra de amor.

4- inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso, de mais a mais: Também há flores no céu.

5- limitação: só, apenas, somente, unicamente: Só Deus é perfeito.

6- realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo: Sei lá o que ele quis dizer!

7- retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes: Irei à Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês.

8- explicação: por exemplo, a saber: Você, por exemplo, tem bom caráter.

Emprego do Advérbio

- Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho, depressinha, rapidinho (bem rápido): - Rapidinho chegou a casa. - Moro pertinho da universidade.

- Freqüenternente empregamos adjetivos com valor de advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente)

- Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante simpáticas e gentis.

- Bastante, antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas no céu.

- Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau (adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei- a de mau humor.

- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal: Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo.

- Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se fazem professores como antigamente. (= não se fazem mais)

- Na locução adverbial a olhos vistos (= claramente), o particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide emagrecia a olhos vistos.

- Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a todos.

- Arepetição de um mesmo advérbio assume o valor superlativo: Levantei cedo, cedo.

PREPOSIÇÃO

É a palavra invariável que liga um termo dependente a um termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As preposições podem ser: essenciais ou acidentais.

As preposições essenciais atuam exclusivamente como preposições. São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

- Não dê atençâo a fofocas. - Perante todos disse, sim.As preposições acidentais são palavras de outras classes

que atuam eventualmente como preposições. São: como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), consoante, exceto, mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante.

- Agia conforme sua vontade. (= de acordo com)

Atenção:- O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um

substantivo, é flexionado: - a casa, as casas, a árvore, as árvores, a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e não estabelece concordância com o substantivo.Veja o exemplo: Fiz todo o percurso a pé. (não há concordância com o substantivo masculino pé)

- As preposições essenciais são sempre seguidas dos pronomes pessoais oblíquos: - Despediu-se de mim rapidamente. - Não vá sem mim.

Locuções Prepositivas

É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra é sempre uma preposição. Veja quais são: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de, embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de, através de, defronte de, em favor de, em lugar de, em vez de, (= no lugar de), ao invés de (= ao contrário de), para com, até a.

Atenção:- Não confunda locução prepositiva com locução adverbial.

Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim no começo. - Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”. (locução adverbial) - O acidente ocorreu perto de meu atelier. (locução prepositiva)

- Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com outra preposição: - Abola passou por entre as pernas do goleiro. MAS é inadequado dizer: - Proibido para menores de até 18 anos. - Financiamento em até 24 meses.

Combinações e Contrações

Pensão familiar

“Jardim da pensãozinha burguesa. Gatos espapaçados ao sol. A tiririca sitia os canteiros chatos O sol acaba de crestar as boninas que murcharam. Os girassóis amarelos resistem. E as dálias, reconchuvas, plebéias, dominicais.

(Manuel Bandeina)

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Combinação - ocorre combinação quando não há perda de fonemas, a preposição perde fonema: - a+o,os= ao, aos / a+onde = aonde.

Contração - ocorre contração quando a preposição perde fonemas: - de+a, o, as, os, esta, este, isto =da, do, das, dos, desta, deste, disto.

- em+ um, uma, uns, umas,isto, isso, aquilo, aquele, aquela, aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso, naquilo, naquele, naquela, naqueles.

- de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele, daquela, daquilo.

- para+ a = pra.A contração da preposição a com os artigos ou pronomes

demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: - à, às, àquele, àquela, àquilo.

Valores das Preposições

A - movimento = direção: - Foram a Lucélia comemorar os Anos Dourados. modo: -Partiu às pressas. tempo: - Iremos nos ver ao entardecer. Apreposição a indica deslocamento rápido: - Vanios à praia. (idéia de passear)

Ante - diante de: - Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a emoção. tempo (substituídaporantes de): - Preciso chegarao encontro antes das quatro horas.

Após- depois de: Após alguns momentos desabou num choro arrependido.

Até - aproximação: - Correu até mim. tempo: - Certamente teremos o resultado do exame até a semana que vem. Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive, será palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam até quem os despreza. (inclusive)

Com - companhia: - Rir de alguém é falta de caridade; deve-se rir com alguém. causa: - A cidade foi destruída com o temporal. instrumento: - Feriu-se com as próprias armas. modo: - Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com elegância.

Contra - oposição, hostilidade: - Revoltou-se contra a decisão do tribunal. direção a um limite: - Bateu contra o muro e caiu.

De - origem: - Descendi de pais trabalhadores e honestos.lugar: - Os corruptos vieram da capital. causa: - O bebé chorava de fome. posse: - Dizem que o dinheiro do povo sumiu. assunto: - Falávamos do casamento da Mariele. matéria: - Era uma casa de sapé.Atenção: A preposição de não deve contrair-se com o artigo,

que precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos estudarem. (e não: dos alunos estudarem)

Desde - afastamento de um ponto no espaço: Essa neblina vem desde São Paulo.

tempo: - Desde o ano passado quero mudar de casa.Em- lugar: - Moramos em Lucélia há alguns anos. matéria: - As queridas amigas Nilcéia e Nadélgia moram em

Curitiba. especialidade: - Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. tempo: - Tudo aconteceu em doze horas.Entre – posição entre dois limites: - Convém colocar o vidro

entre dois suportes.

Para- direção: -Não lhe interessava mais ir para a Europa. tempo: - Pretendo vê-lo lá para o final da semana. finalidade: - Lute sempre para viver com dignidade. Apreposição para indica de permanência definitiva. Vou para

o litoral. (idéia de morar)Perante- posição anterior: Permaneceu calado perante todos.Por – percurso, espaço,lugar: - Caminhava por ruas desconhecidas. causa: - Por ser muito caro, não compramos um DVD novo. espaço: - Por cima dela havia um raio de luz.Sem- ausência: - Eu vou sem lenço sem documento.Sob – debaixo de / situação: - Prefiro cavalgar sob o luar.

Viveu, sob pressão dos pais.Sobre – em cima de, com contato: - Colocou ás taças de cristal sobre

a toalha rendada.assunto: - Conversávamos sobre política financeira.Trás – situação posterior; é preposição fora de uso. É

substituída por atrás de, depois de: - Por trás desta carinha vê-se muita falsidade.

Curiosidade: O símbolo @ (arroba) significa AT em Inglês, que em Português significa em. Portanto, o nome está at, em algum provedor.

CONJUNÇÃO

O mundo é grande e cabeNesta anela sobre o mar.0 mar é grande e cabeNa cama e no colchão de amar.Oamor égrande e cabeNo breve espaço de beijar. (Carlos Drummond de Andrade)

É a palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de função semelhante numa mesma oração.

- Miséria e medo são a preocupação da população carente.A palavra e está ligando duas palavras equivalentes, ou seja,

duas palavras da mesmafunção.Chegamos a Lucélia quando anoitecia. (quando, está ligando

duas orações)

Locução Conjuntiva

É o conjunto de palavras que equivalem a uma conjunção. As principais são: a fim de que, assim que, à medida que, à proporção que, ainda que, a não ser que, logo que, se bem que, desde que, no entanto, por mais que, visto que, ao mesmo tempo que.

Classificação das Conjunções

Classificam-se as conjunções em: - coordenativas: ligam orações de sentido completos e

independentes: Não estudo, /mas trabalho. - subordinativas: ligam orações de sentido incompleto a uma

principal: Parece/que tudo vai bem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

As conjunções coordenativas são classificadas em:- Aditivas - dão idéia de soma: e, nem, mas também, mas

ainda,senão também, como também. Alguns programas de televisão não só instruem, mas também divertem.

- Adversativas - exprimem oposição:antes (=pelo contrário), mas, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, não obstante (= apesar disso), em todo caso. Beatriz revirou todas as gavetas, porém não encontrou o lápis de sobrancelhas.

- Alternativas- exprimem altemância: ou, ou.... ou, ora ... ora já ... já, quer ... quer. Ou vai ou racha, disse ela aflita.

- Conclusivas - exprimem conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois (depois do verbo), por isso, assim. Você está preparado para o que der e vier, portanto fique calmo.

- Explicativas - exprimem explicação, motivo: pois (antes do verbo), que, porque, porquanto. Fale mais alto, que eu também quero ouvir.

As conjunções subordinativas são:- Causais - exprimem causa: porque, como (= porque), uma

vez que, visto que, já que, pois. A recessão do país cresceu, porque o dólar aumentou.

- Condicionais - exprimem condição ou hipótese: se, caso, contanto que, salvo se, a menos que, a não ser que, desde que, dado que. Nós poderemos ajudá-lo, a menos que você não queira.

- Concessivas - dá a entender que se admite ou se concede um fato contrário à declaração contida na na oração principal: ainda que, apesar de, embora, mesmo que, posto, por mais que, se bem que, por pouco que, nem que, em que pese, por muito que. Embora fizesse muito calor, levei meu agasalho.

- Conformativas - exprimem conformidade, adequação: conforme, segundo, consoante, como. Tudo saiu conforme o combinado.

- Comparativas- exprimem idéia de comparação: como, tal qual , assim como, do que, quanto. Era jogadopelavida como uma folha ao vento.

- Consecutivas - exprimem conseqüência: que + tal, tão, tanto, tamanho; de modo que, que, sem que, deforma que, de maneira que. A fome era tanta que comeu com casca e tudo.

- Finais - exprimem finalidade:para que, afim de que, que. Aprefeitura interditou a rua, a fim de que as obrasse iniciassem.

- Integrantes - introduzem orações subordinadas substantivas: que, se, como. Todos nós esperamos que haja igualdade social.

- Proporcionais - expressam proporção ou simultaneidade: à medida que, à proporção que, menos, enquanto, quanto mais... mais. À medida que o via, mais me sentia apaixonada.

- Temporais - indicam o tempo ou o momento em que determinado fato ocorreu: quando, enquanto, depois que, logo que, assim que, antes que, desde que. Enquanto caminhávamos, falávamos da nossajuventude.

INTERJEIÇÃO

É a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito ou apelos: As interjeições são como que frases resumidas:

- Ué ! =Eu não esperava essa!São proferidas com entonação especial, que se representa, na

escrita, com o ponto de exclamação(!)

Locução Interjetiva

É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma interjeição:

- Muito bem! Que pena! Quem me dera! Puxa, que legal!

Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas

As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas,’de acordo com o sentido que elas expressam em determinado contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode exprimir emoções variadas.

admiração ou espanto - Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu Deus!, Céus!

advertência - Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!, Olha lá!

alegria - Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!; ânimo - Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca! aplauso - Bravo!, Parabéns!, Muito bem!chamamento -Olá!, Alô!, Psiu!, Psit! aversão - Droga!, Raios!, Xi!, Essa não!, lh! medo - Cruzes!, Credo!, Ui!, Jesus!, Uh! Uai! pedido de silêncio - Quieto!, Bico fechado!, Silêncio!,

Chega!, Basta! saudação – Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau! concordância - Claro!, Certo!, Sim!, Sem dúvida! desejo - Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus! Quem me

dera!

Atenção: observe na relação acima, que as interjeições muitas vezes são formadas por palavras de outras classes gramaticais: Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo).

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

Crase é a superposição de dois “a”, geralmente a preposição “a” e o artigo a(s), podendo ser também a preposição “a” e o pronome demonstrativo a(s) ou a preposição “a” e o “a” inicial dos pronomes demonstrativos aqueles(s), aquela(s) e aquilo. Essa superposição é marcada por um acento grave (`).

Assim, em vez de escrevermos “entregamos a mercadoria a a vendedora”, “esta blusa é igual a a que compraste” ou “eles deveriam ter comparecido a aquela festa”, devemos sobrepor os dois “a” e indicar esse fato com um acento grave: “Entregamos a mercadoria à vendedora”. “Esta blusa é igual à que compraste”. “Eles deveriam ter comparecido àquela festa.”

O acento grave que aparece sobre o “a” não constitui, pois, a crase, mas é um mero sinal gráfico que indica ter havido a união de dois “a” (crase).

Para haver crase, é indispensável a presença da preposição “a”, que é um problema de regência. Por isso, quanto mais conhecer a regência de certos verbos e nomes, mais fácil será para ele ter o domínio sobre a crase.

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Não existe Crase

• Antes de palavra masculina (o “a” é apenas uma preposição): Chegou a tempo ao trabalho; Vieram a pé; Vende-se a prazo.

• Antes de verbo (o “a” é apenas uma preposição): Ficamos a admirá-los; Ele começou a ter alucinações.

• Antes de artigo indefinido (o “a” é apenas uma preposição): Levamos a mercadoria a uma firma; Refiro-me a uma pessoa educada.

• Antes de expressão de tratamento introduzida pelos pronomes possessivos Vossa ou Sua ou ainda da expressão Você, forma reduzida de Vossa Mercê (o “a” é apenas uma preposição): Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria; Traremos a Sua Majestade, o rei Hubertus, uma mensagem de paz; Eles queriam oferecer flores a você.

• Antes dos pronomes demonstrativos esta e essa (o “a” é apenas uma preposição): Não me refiro a esta carta; Os críticos não deram importância a essa obra.

• Antes dos pronomes pessoais (o “a” é apenas uma preposição): Nada revelei a ela; Dirigiu-se a mim com ironia.

• Antes dos pronomes indefinidos com exceção de outra (o “a” é apenas uma preposição): Direi isso a qualquer pessoa; A entrada é vedada a toda pessoa estranha. Com o pronome indefinido outra(s), pode haver crase porque ele, às vezes, aceita o artigo definido a(s): As cartas estavam colocadas umas às outras (no masculino, ficaria “os cartões estavam colocados uns aos outros”).

• Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte estiver no plural (o “a” é apenas uma preposição): Falei a vendedoras desta firma; Refiro-me a pessoas curiosas.

• Quando, antes do “a”, existir preposição (o “a” é apenas um artigo): Ela compareceu perante a direção da empresa; Os papéis estavam sob a mesa. Exceção feita, às vezes, para até, por motivo de clareza: A água inundou a rua até à casa de Maria (= a água chegou perto da casa); se não houvesse o sinal da crase, o sentido ficaria ambíguo: a água inundou a rua até a casa de Maria (= inundou inclusive a casa). Quando até significa “perto de”, é preposição; quando significa “inclusive”, é partícula de inclusão.

• Com expressões repetitivas (o “a” é apenas uma preposição): Tomamos o remédio gota a gota; Enfrentaram-se cara a cara.

• Com expressões tomadas de maneira indeterminada (o “a” é apenas uma preposição): O doente foi submetido a dieta leve (no masc. = foi submetido a repouso, a tratamento prolongado, etc.); Prefiro terninho a saia e blusa (no masc. = prefiro terninho a vestido).

A Crase é Facultativa

• Antes de nomes próprios feminino: Enviamos um telegrama à Marisa; Enviamos um telegrama a Marisa. Em português, antes de um nome de pessoa, pode-se ou não empregar o artigo “a” (“A Marisa é uma boa menina”. Ou “Marisa é uma boa menina”). Por isso, mesmo que a preposição esteja presente, a crase é facultativa. Quando o nome próprio feminino vier acompanhado de uma expressão que o determine, haverá crase porque o artigo definido estará presente. Dedico esta canção à Candinha do Major Quevedo. [A (artigo) Candinha do Major Quevedo é fanática por seresta.]

• Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular: Pediu informações à minha secretária; Pediu informações a minha secretária. A explicação é idêntica à do item anterior: o pronome adjetivo possessivo aceita artigo, mas não o exige (“Minha secretária é exigente.” Ou: “A minha secretária é exigente”). Portanto, mesmo com a presença da preposição, a crase é facultativa.

Com o pronome substantivo possessivo feminino singular, o uso de acento indicativo de crase não é facultativo (conforme o caso, será proibido ou obrigatório): A minha cidade é melhor que a tua. O acento indicativo de crase é proibido porque, no masculino, ficaria assim: O meu sítio é melhor que o teu (não há preposição, apenas o artigo definido). Esta gravura é semelhante à nossa. O acento indicativo de crase é obrigatório porque, no masculino, ficaria assim: Este quadro é semelhante ao nosso (presença de preposição + artigo definido).

Casos Especiais

• Nomes de localidades: Dentre as localidades, há as que admitem artigo antes de si e as que não o admitem. Por aí se deduz que, diante das primeiras, desde que comprovada a presença de preposição, pode ocorrer crase; diante das segundas, não. Para se saber se o nome de uma localidade aceita artigo, deve-se substituir o verbo da frase pelos verbos estar ou vir. Se ocorrer a combinação “na” com o verbo estar ou “da” com overbo vir, haverá crase com o “a” da frase original. Se ocorrer “em” ou “de”, não haverá crase: Enviou seus representantes à Paraíba (estou na Paraíba; vim da Paraíba); O avião dirigia-se a Santa Catarina (estou em Santa Catarina; vim de Santa Catarina); Pretendo ir à Europa (estou na Europa; vim da Europa). Os nomes de localidades que não admitem artigo passarão a admiti-lo, quando vierem determinados. Porto Alegre indeterminadamente não aceita artigo: Vou a Porto Alegre (estou em Porto Alegre; vim de Porto Alegre); Mas, acompanhando-se de uma expressão que a determine, passará a admiti-lo: Vou à grande Porto Alegre (estou na grande Porto Alegre; vim da grande Porto Alegre); Iríamos a Madri para ficar três dias; Iríamos à Madri das touradas para ficar três dias.

• Pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: quando a preposição “a” surge diante desses demonstrativos, devemos sobrepor essa preposição à primeira letra dos demonstrativos e indicar o fenômeno mediante um acento grave: Enviei convites àquela sociedade (= a + aquela); A solução não se relaciona àqueles problemas (= a + aqueles); Não dei atenção àquilo (= a + aquilo).

A simples interpretação da frase já nos faz concluir se o “a” inicial do demonstrativo é simples ou duplo. Entretanto, para maior segurança, podemos usar o seguinte artifício:

Substituir os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo pelos demonstrativos este(s), esta(s), isto, respectivamente. Se, antes destes últimos, surgir a preposição “a”, estará comprovada a hipótese do acento de crase sobre o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Se não surgir a preposição “a”, estará negada a hipótese de crase.

Enviei cartas àquela empresa./ Enviei cartas a esta empresa.A solução não se relaciona àqueles problemas./ A solução não

se relaciona a estes problemas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Não dei atenção àquilo./ Não dei atenção a isto.A solução era aquela apresentada ontem./ A solução era esta

apresentada ontem. • Palavra “casa”: quando a expressão casa significa

“lar”, “domicílio” e não vem acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, não há crase: Chegamos alegres a casa; Assim que saiu do escritório, dirigiu-se a casa; Iremos a casa à noitinha. Mas, se a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva, então haverá crase: Levaram-me à casa de Lúcia; Dirigiram-se à casa das máquinas; Iremos à encantadora casa de campo da família Sousa.

• Palavra “terra”: Não há crase, quando a palavra terra significa o oposto a “mar”, “ar” ou “bordo”: Os marinheiros ficaram felizes, pois resolveram ir a terra; Os astronautas desceram a terra na hora prevista. Há crase, quando a palavra significa “solo”, “planeta” ou “lugar onde a pessoa nasceu”: O colono dedicou à terra os melhores anos de sua vida; Voltei à terra onde nasci; Viriam à Terra os marcianos?

• Palavra “distância”: Não se usa crase diante da palavra distância, a menos que se trate de distância determinada: Via-se um monstro marinho à distância de quinhentos metros; Estávamos à distância de dois quilômetros do sítio, quando aconteceu o acidente. Mas: A distância, via-se um barco pesqueiro; Olhava-nos a distância.

• Pronome Relativo: Todo pronome relativo tem um substantivo (expresso ou implícito) como antecedente. Para saber se existe crase ou não diante de um pronome relativo, deve-se substituir esse antecedente por um substantivo masculino. Se o “a” se transforma em “ao”, há crase diante do relativo. Mas, se o “a” permanece inalterado ou se transforma em “o”, então não há crase: é preposição pura ou pronome demonstrativo: A fábrica a que me refiro precisa de empregados. (O escritório a que me refiro precisa de empregados.); A carreira à qual aspiro é almejada por muitos. (O trabalho ao qual aspiro é almejado por muitos.). Na passagem do antecedente para o masculino, o pronome relativo não pode ser substituído, sob pena de falsear o resultado: A festa a que compareci estava linda (no masculino = o baile a que compareci estava lindo). Como se viu, substituímos festa por baile, mas o pronome relativo que não foi substituído por nenhum outro (o qual etc.).

A Crase é Obrigatória

• Sempre haverá crase em locuções prepositivas, locuções adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham como núcleo um substantivo feminino: à queima-roupa, à maneira de, às cegas, à noite, às tontas, à força de, às vezes, às escuras, à medida que, às pressas, à custa de, à vontade (de), à moda de, às mil maravilhas, à tarde, às oito horas, às dezesseis horas, etc. É bom não confundir a locução adverbial às vezes com a expressão fazer as vezes de, em que não há crase porque o “as” é artigo definido puro: Ele se aborrece às vezes (= ele se aborrece de vez em quando); Quando o maestro falta ao ensaio, o violinista faz as vezes de regente (= o violinista substitui o maestro). Sempre haverá crase em locuções que exprimem hora determinada: Ele saiu às treze horas e trinta minutos; Chegamos à uma hora. Cuidado para não confundir a, à e há com a expressão uma hora: Disseram-me que, daqui a uma hora, Teresa telefonará de São Paulo (= faltam

60 minutos para o telefonema de Teresa); Paula saiu daqui à uma hora; duas horas depois, já tinha mudado todos os seus planos (= quando ela saiu, o relógio marcava 1 hora); Pedro saiu daqui há uma hora (= faz 60 minutos que ele saiu).

• Quando a expressão “à moda de” (ou “à maneira de”) estiver subentendida: Nesse caso, mesmo que a palavra subseqüente seja masculina, haverá crase: No banquete, serviram lagosta à Termidor; Nos anos 60, as mulheres se apaixonavam por homens que tinham olhos à Alain Delon.

• Quando as expressões “rua”, “loja”, “estação de rádio”, etc. estiverem subentendidas: Dirigiu-se à Marechal Floriano (= dirigiu-se à Rua Marechal Floriano); Fomos à Renner (fomos à loja Renner); Telefonem à Guaíba (= telefonem à rádio Guaíba).

• Quando está implícita uma palavra feminina: Esta religião é semelhante à dos hindus (= à religião dos hindus).

Excluída a hipótese de se tratar de qualquer um dos casos anteriores, devemos substituir a palavra feminina por outra masculina da mesma função sintática. Se ocorrer “ao” no masculino, haverá crase no “a” do feminino. Se ocorrer “a” ou “o” no masculino, não haverá crase no “a” do feminino.

O problema, para muitos, consiste em descobrir o masculino de certas palavras como “conclusão”, “vezes”, “certeza”, “morte”, etc. É necessário então frisar que não há necessidade alguma de que a palavra masculina tenha qualquer relação de sentido com a palavra feminina: deve apenas ter a mesma função sintática: Fomos a cidade comprar carne. (ao supermercado); Pedimos um favor à diretora. (ao diretor); Muitos são incensíveis à dor alheia. (ao sofrimento); Os empregados deixam a fábrica. (o escritório); O perfume cheira a rosa. (a cravo); O professor chamou a aluna. (o aluno).

• Não confundir devido com dado (a, os, as): a primeira expressão pede preposição “a”, havendo crase antes de palavra feminina determinada pelo artigo definido: Devido à discussão de ontem, houve um mal-estar no ambiente (= devido ao barulho de ontem, houve...); A segunda expressão não aceita preposição “a” (o “a” que aparece é artigo definido, não havendo, pois, crase): Dada a questão primordial envolvendo tal fato (= dado o problema primordial...); Dadas as respostas, o aluno conferiu a prova (= dados os resultados...).

• Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase: A que artista te referes?

• Na expressão valer a pena ( no sentido de valer o sacrifício, o esforço), não ocorre crase, pois o “a” é artigo definido: Parodiando Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a alma não é pequena...

EXERCÍCIOS

01 – A crase não é admissível em:a) Comprou a crédito.b) Vou a casa de Maria.c) Fui a Bahia. d) Cheguei as doze horas. e) A sentença foi favorável a ré.

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02 - (PRF/N.M./ANP) Assinale a opção em que falta o acento de crase:

a) O ônibus vai chegar as cinco horas. b) Os policiais chegarão a qualquer momento. c) Não sei como responder a essa pergunta.d) Não cheguei a nenhuma conclusão.

03 - (ALCL-DF/N.S./IDR) Assinale a alternativa correta: a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade

burocrática. b) O presidente ia a pé, mas a guarda oficial ia à cavalo. c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara anteriormente.d) Solicito à V. Exa. Que reconheça os obstáculos que estamos

enfrentando.

04 - (ATCL-DF/N.S./IDR) Marque a alternativa correta quanto ao acento indicativo da crase:

a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta, a algumas horas de Manaus.

b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias.

c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa estão há muito tempo à disposição de todos.

d) À qualquer distância percebia-se que, à falta de cuidados, a lavoura amarelecia e murchava.

05 - Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?

a) Minhas idéias são semelhantes às suas. b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz c) Dei um presente à Mariana. d) Fizemos alusão à mesma teoria. e) Cortou o cabelo à Gal Costa.

06 - “O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor”.

a) à - a - aquilo b) a - a - àquilo c) a - à - àquilod) à - à - aquilo e) à - à - àquilo

07 - “A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas quadras da Avenida Central”.

a) à - há b) a - à c) a - hád) à - a e) à - à

08 - “O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do almoço”.

a) o - à - a b) ao - há - à c) ao - a - a d) o - há - a e) o - a - a

09 - “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.

a) à - àqueles - a - há b) a - àqueles - a - há c) a - aqueles - à - ad) à - àqueles - a - a e) a - aqueles - à - há

10 - Assinale a frase gramaticalmente correta:a) O Papa caminhava à passo firme. b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. c) Chegou à noite, precisamente as dez horas. d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.

11 - O Ministro informou que iria resistir _____ pressões contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa própria.

a) às - àquelas _ à b) as - aquelas - a c) às àquelas - a d) às - aquelas - à e) as - àquelas - à

12 - A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ tona uma vivência _____ qual já havia renunciado.

a) às - a - a b) as - à - há c) as - a - à d) às - à - à e) às - a - há

13 - Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas.a) após às b) após as c) após das d) após a e) após à

14 - _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das localidades _____ que os socorros se destinam.

a) Há - à - a b) A - a - a c) À - à - a d) Há - a - a e) À - a - a

15 - Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para ouvir o que tem _____ dizer.

a) a - à - a b) à - a - a c) à - à - a d) à - à - à e) a - a - a

RESPOSTAS

(1-A) (2-A) (3-C) (4-C) (5-C) (6-C) (7-D) (8-B) (9-B) (10-D) (11-A) (12-D) (13-B) (14-D) (15-B)

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EXERCÍCIOS

1 (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada em relação à norma culta da língua:

a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante.

b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava.

c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho

do filho.

2 (FUVEST) ....... em ti; mas nem sempre ....... dos outros.a) Creias – duvidas c) Creias – duvidab) Crê – duvidas d) Creia – duvide e) Crê - duvides

3. (CESGRANRIO) Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal:

a) Os esportes entretêm a quem os pratica. b) Ele antevira o desastre.c) Só ficarei tranqüilo, quando vir o resultado. d) Eles se desavinham freqüentemente.e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes.

4. (PUC) Dê, na ordem em que aparecem nesta questão, as seguintes formas verbais:

advertir - no imperativo afirmativo, segunda pessoa do pluralcompor - no futuro do subjuntivo, segunda pessoa do pluralrever - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do pluralprover - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular

a) adverti, componhais, revês, provistes b) adverti, compordes, revestes, provistesc) adverte, compondes, reveis, proviste d) adverti, compuserdes, revistes, provestee) n.d.a

5 (FUVEST) “Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato.” Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no texto acima transcrito teríamos, respectivamente, as seguintes formas:

a) procurais, ver-vos, vosso b) procura, vê-la, seu c) procura, vê-lo, vosso d) procurais, vê-la, vosso e) procurais, ver-vos, seu

6 (UNESP) “Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” Transpondo para a voz passiva, o verbo assume a seguinte forma:

a) tinha sido aprendido b) era aprendido c) fora aprendido d) tinha aprendido e) aprenderia

7 (DASP) Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativo afirmativo para o imperativo negativo:

a) parti vós - não partais vósb) amai vós - não ameis vósc) sede vós - não sejais vósd) ide vós - não vais vóse) perdei vós - não percais vós

8 (ITA) Vi, mas não ............; o policial viu, e também não ............, dois agentes secretos viram, e não ............ Se todos nós ............ , talvez .......... tantas mortes.

a)intervir - interviu - tivéssemos intervido - teríamos evitado b)me precavi - se precaveio - se precaveram - nos

precavíssemos - não teria havido c)me contive - se conteve - contiveram - houvéssemos contido

- tivéssemos impedido d)me precavi - se precaveu - precaviram - precavêssemo-nos

não houvesse e)intervim - interveio - intervieram - tivéssemos intervindo -

houvéssemos evitado

9. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:

a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado.e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.

10 (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva:a) O atleta foi estrondosamente aclamado.b) Que exercício tão fácil de resolver!c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.

11 (TRT) Assinale a alternativa incorreta quanto à forma verbal:

a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal.b) Se advierem dificuldades, confia em Deus.c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos.d) Eu não intervi na contenda porque não pude.e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes

desavieram-se e requereram rescisão do contrato.

12 (TRT) Indique a incorreta:a)Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º. b)Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do

artigo 2º. c)Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade

de apresentação dos documentos mencionados. d)Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são

de responsabilidade do Governo Federal. e)Todas estão incorretas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

13 (FUVEST) Assinale a frase em que aparece o pretérito-mais-que-perfeito do verbo ser:

a) Não seria o caso de você se acusar?b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.c) Se não fosses ele, tudo estaria perdido.d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado.e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.

RESPOSTA

1‑B 2‑E 3‑E 4‑D 5‑B 6‑C 7‑D

8‑E 9‑B 10‑E 11‑D 12‑A 13‑D

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

Frase – Oração – Período

A análise sintática examina a estrutura do período, divide e classifica as orações que o constituem e reconhece a função sintática dos termos de cada oração.

Daremos uma idéia do que seja frase, oração, período, termo, função sintática e núcleo de um termo da oração.

As palavras, tanto na expressão escrita como na oral, são reunidas e ordenadas em frases. Pela frase é que se alcança o objetivo do discurso, ou seja, da atividade lingüística: a comunicação com o ouvinte ou o leitor.

Frase, Oração e Período são fatores constituintes de qualquer texto escrito em prosa, pois o mesmo compõe-se de uma seqüência lógica de idéias, todas organizadas e dispostas em parágrafos minuciosamente construídos.

FRASE

Frase é todo enunciado capaz de transmitir, a quem nos ouve ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou sentimos. Pode revestir as mais variadas formas, desde a simples palavra até o período mais complexo, elaborado segundo os padrões sintáticos do idioma.

São exemplos de frases:

Socorro!Muito obrigado!Que horror!Sentinela, alerta!Cada um por si e Deus por todos.Grande nau, grande tormenta.Por que agridem a natureza?“Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos)“Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos)“Fumaça nas chaminés, o céu tranqüilo, limpo o terreiro.”

(Adonias Filho)“As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Veríssimo)“Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos seus

aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em helicópteros para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo, mas este se havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo)

OBS:- As frases são proferidas com entoação e pausas especiais,

indicadas na escrita pelos sinais de pontuação.- Muitas frases, principalmente as que se desviam do esquema

sujeito + predicado, só pode ser entendidas dentro do contexto (= o escrito em que figuram) e na situação (= o ambiente, as circunstâncias) em que o falante se encontra.

- Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o verbo. Exemplo: Tudo parado e morto.

Quanto ao sentido, as frases podem ser:

Declarativas – É aquela através da qual se enuncia algo, de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma coisa:

Paulo parece inteligente. (afirmativa)A retificação da velha estrada é uma obra inadiável.

(afirmativa)Nunca te esquecerei. (negativa)Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (negativa)

Interrogativas – É aquela da qual se pergunta algo, direta (com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto de interrogação). São uma pergunta, uma interrogação:

Por que chegaste tão tarde?Gostaria de saber que horas são.“Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando Pessoa)“Não sabe, ao menos, o nome do pequeno?” (Machado de

Assis)

Imperativas – É aquela através da qual expressamos uma ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa. Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido:

“Cale-se! Respeite este templo.” (Érico Veríssimo) (afirmativa)Não cometa imprudências. (negativa)“Vamos, meu filho, ande depressa!” (Herberto Sales)

(afirmativa)“Segue teu rumo e canta em paz.” (Cecília Meireles)

(afirmativa)“Não me leves para o mar.” (Vicente de Carvalho) (negativa)

Exclamativas – É aquela através da qual externamos uma admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimento, etc.:

Como eles são audaciosos!Não voltaram mais!“Uma senhora instruída meter-se nestas bibocas!” (Graciliano

Ramos)

Optativas – É aquela através da qual se exprime um desejo:Bons ventos o levem!Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!“E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos de Laet)“Quem me dera ser como Casimiro Lopes!” (Graciliano

Ramos)

Imprecativas – Encerram uma imprecação (praga, maldição):“Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Castelo

Branco)“Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias)“Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!” (Domingos

Carvalho da Silva)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de frase podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No primeiro caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O que caracteriza e distingue esses diferentes tipos de frase é a entoação, ora ascendente ora descendente.

Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase “Que educação!”, usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.

A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como “É ela.” pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc.

A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, conforme o tom com que a proferimos. Observe:

Olavo esteve aqui.Olavo esteve aqui?Olavo esteve aqui?!Olavo esteve aqui!

EXERCÍCIOS

1. Marque apenas as frases nominais:

a) Que voz estranha!b) A lanterna produzia boa claridade.c) As risadas não eram normais.d) Luisinho, não! 2. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,

exclamativa, optativa ou imperativa.

a) Você está bem?b) Não olhe; não olhe, Luisinho!c) Que alívio!d) Tomara que Luisinho não fique impressionado!e) Você se machucou?f) A luz jorrou na caverna.g) Agora suma, seu monstro!h) O túnel ficava cada vez mais escuro. 3. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o

modelo:Luisinho ficou pra trás. (declarativa)Lusinho, fique para trás. (imperativa) a) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. b) Luisinho procurou os fósforos no bolso.c) Os meninos olharam à sua volta. 4. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm verbos.

Assinale, pois, as frases verbais: a) Deus te guarde!b) As risadas não eram normais.c) Que ideia absurda!

d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.e) Tão preta como o túnel!f) Quem bom!g) As ovelhas são mansas e pacientes.h) Que espírito irônico e livre!

5. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: declarativa, interrogativa, imperativa e exclamativa:

a) Que flores tão aromáticas!b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes?c) Devemos manter a nossa escola limpa.d) Respeitem os limites de velocidade.e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência?f) Atravessem a rua com cuidado.g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido!h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a cor

da bandeira.i) Não te quero ver mais aqui!j) Hoje saímos mais cedo.

RESPOSTAS

1-“a” e “d”2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) optativa;

e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) declarativa3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,

procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!4- a/b/d/g5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d)

imperativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h) declarativa; i) imperativa; j) declarativa

ORAÇÃO

É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há, necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um período, completando um pensamento e concluindo o enunciado através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns casos, através de reticências.

Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações, não podem ser analisadas sintaticamente frases como:

Socorro!Com licença!Que rapaz impertinente!Muito riso, pouco siso.“A bênção, mãe Nácia!” (Raquel de Queirós)

Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração desempenha uma função sintática. Geralmente apresentam dois grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma coisa ( o sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o predicado), e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:

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A menina banhou-se na cachoeira.A menina – sujeitobanhou-se na cachoeira – predicado

Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)

O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”.

O predicado é a parte da oração que contém “a informação nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.

Observe:O amor é eterno.

O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é eterno”.

Já na frase:Os rapazes jogam futebol.

O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”.

Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de sua significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente:

“O amigo retardatário do presidente prepara-se para desembarcar.” (Aníbal Machado)

A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas.

Os termos da oração da língua portuguesa são classificados em três grandes níveis:

• Termos Essencias da Oração: Sujeito e Predicado.• Termos Integrantes da Oração: Complemento

Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente da Passiva).

• Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.

Termos Essenciais da Oração

São dois os termos essenciais (ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos:

Sujeito PredicadoPobreza não é vileza.Os sertanistas capturavam os índios.Um vento áspero sacudia as árvores.

Sujeito - É equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de

uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas:

• estabelecer concordância com o núcleo do predicado;• apresentar-se como elemento determinante em relação

ao predicado;• constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo

ou, ainda, qualquer palavra substantivada.

Exemplos:

1‑ A padaria está fechada hoje.

está fechada hoje: predicado nominalfechada: nome adjetivo = núcleo do predicadoa padaria: sujeitopadaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular

2‑ Nós mentimos sobre nossa idade para você. mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbalmentimos: verbo = núcleo do predicadonós: sujeito

No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado.

Exemplos:

1‑ As formigas invadiram minha casa. as formigas: sujeito = termo determinanteinvadiram minha casa: predicado = termo determinado

2‑ Há formigas na minha casa. há formigas na minha casa: predicado = termo determinadosujeito: inexistente

O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal , isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser feita através de um substantivo, de um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo.

Exemplos:

Eu acompanho você até o guichê. eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoaVocês disseram alguma coisa? vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoaMarcos tem um fã-clube no seu bairro. Marcos: sujeito = substantivo próprioNinguém entra na sala agora. ninguém: sujeito = pronome substantivoO andar deve ser uma atividade diária. o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração

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Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração substantiva subjetiva:

É difícil optar por esse ou aquele doce...É difícil: oração principaloptar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva

O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:

O sino era grande.Ela tem uma educação fina.Vossa Excelência agiu como imparcialidade.Isto não me agrada.Morrer pela pátria é glorioso.“Ouvia-se o matraquear de máquinas de escrever.” (Érico

Veríssimo)

O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.) Exemplo:

“Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)

O sujeito pode ser:

Simples – quando tem um só núcleo:As rosas têm espinhos.“Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila

indiana.” (Antônio Olavo Pereira)

Composto – quando tem mais de um núcleo:“O burro e o cavalo nadavam ao lado da canoa.” (Herberto

Sales)

Expresso – quando está explícito, enunciado:Eu viajarei amanhã.

Oculto (ou elíptico) – quando está implícito, isto é, quando não está expresso, mas se deduz do contexto:

Viajarei amanhã. (sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo)

“Um soldado saltou para a calçada e aproximou-se.” (Érico Veríssimo) (o sujeito, soldado, está expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele) aproximou-se.)

Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito: vocês)

Agente – se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa:O Nilo fertiliza o Egito.

Paciente – quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo passivo:

O criminoso é atormentado pelo remorso.Muitos sertanistas foram mortos pelos índios.Construíram-se açúdes. (= Açúdes foram construídos.)

Agente e Paciente – quando o sujeito faz a ação expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa ação:

O operário feriu-se durante o trabalho.Regina trancou-se no quarto.

Indeterminado – quando não se indica o agente da ação verbal:

Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.)

Come-se bem naquele restaurante.

Observações:• Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto.• Sujeito formado por pronome indefinido não é

indetermiado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho. Ninguém lhe telefonou.

• Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente já expresso nas orações anteriores.

- Na rua olhavam-no com admiração.- “Bateram palmas no portãozinho da frente.” (Josué

Guimarães)- “De qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.”

(Rubem Braga)• Assinala-se a indetermiação do sujeito com um verbo

ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos.

- Aqui vive‑se bem.- Devagar se vai ao longe.- Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.- Trata‑se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar.- “E passou‑se a falar em internacionalização da Amazônia.”

(Tiago de Melo)- “Saía‑se do coração da brenha só para se ver o barco.”

(Ferreira de Castro)• Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o

verbo no infinitivo impessoal:- Era penoso carregar aqueles fardos enormes.- É triste assistir a estas cenas repulsivas.

Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa língua. Exemplos:

É fácil este problema!Vão-se os anéis, fiquem os dedos.“Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.”

(José de Alencar)“Foi ouvida por Deus a súplica do condenado.” (Ramalho

Ortigão)“Mas terás tu paciência por duas horas?” (Camilo Castelo

Branco)“No muro de tijolo vermelho passeavam lagartixas.”

(Graciliano Ramos)“Para o cargo de primeiro governador do Brasil foi escolhido

o fidalgo Tomé de Sousa.” (Eduardo Bueno)

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Sem Sujeito – constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª pessoa do singular:

Havia ratos no porão.Choveu durante o jogo.

Observação: São verbos impessoais:

• Haver (nos sentidos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer).

- Há plantas venenosas.- Havia quadros nas paredes.- Houve algo de anormal?- Havia três noites que não dormia.- Onde houvesse festas e danças, ali estava ele.

• Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo.

- Faz dois anos que me formei.- “Fazia dias que o Balão não aparecia na porteira do curral.”

(José J. Veiga).- Hoje fez muito calor.- Fazia um frio intenso.- Era no mês de maio.- Era à hora do jantar.- Eram trinta de maio de 1980.- Abria a janela, se estava calor.- Olhei o relógio: passava das cinco horas da tarde.

• Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos.

- Chovia torrencialmente.- Ventou muito durante a noite.- Anoiteceu rapidamente.- Havia três noites que não dormia.- Nevou no Sul do país.

Predicado - Assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações ou das frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse sentido, o predicado é sintaticamente o segmento lingüístico que estabelece concordância com outro termo essencial da oração – o sujeito -, sendo este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. Então têm por características básicas:

• apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito;

• apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito.

Exemplos:

1‑ Carolina conhece os índios da Amazônia. sujeito: Carolina = termo determinantepredicado: conhece os índios da Amazônia = termo

determinado

2‑ Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. sujeito: todos nós = termo determinantepredicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo

determinado

Nesses exemplos podemos observar que a concordância é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos essenciais. Na frase (1), entre “Carolina” e “conhece”; na frase (2), entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto é, que são responsáveis pela principal informação naquele segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um nome – substantivo, adjetivo, pronome – ligado ao sujeito por um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo‑nominal(tem dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos:

1‑ Minha empregada é desastrada. predicado: é desastradanúcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeitotipo de predicado: nominal

Obs: O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.) funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.

2‑ A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. predicado: demoliu nosso antigo prédionúcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o

sujeitotipo de predicado: verbal

3‑ Os manifestantes desciam a rua desesperados. predicado: desciam a rua desesperadosnúcleos do predicado: 1. desciam = nova informação sobre o

sujeito; 2. desesperados = atributo do sujeitotipo de predicado: verbo‑nominal

Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é responsável também por definir os tipos de elementos que aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos é necessário um complemento que, juntamente com o verbo, constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia do predicado.

Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo, quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos:

“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é depois de algozes)

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“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da Silva) (Subetntende-se o verbo está depois de peixe)

“A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” (Povina Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)

“Vamos jogar, só nós dois? Você chuta para mim e eu para você.” (Antônio Olinto) (está elíptico o verbo chuto depois do pronome eu)

A mesa era farta e as iguarias finas. (está oculto o verbo eram depois do sujeito iguarias)

“__Quando poderei voltar? Perguntou Simão.__ Em poucos dias, salvo se as cousas se complicarem.”

(Machado de Assis)(isto é: Poderá voltar em poucos dias...)

Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo forma o predicado.

Há verbos que, por natureza, tem sentido completo, podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos de predicação completa denominados intransitivos. Exemplo:

As flores murcharam.Os animais correm.As folhas caem.“Os inimigos de Moreiras rejubilaram.” (Graciliano Ramos)“A mão ardia e o dedo inchava.” (Luís Jardim)“E espocavam gargalhadas no grupo...” (Aluísio Azevedo)

Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de predicação incompleta, denominados transitivos. Exemplos:

João puxou a rede.“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara

Resende)“Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.”

(Camilo Castelo Branco)“Julgava-o um aluado.” (Ciro dos Anjos)

Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou, invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas: puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a que?

Os verbos de predicação completa denominam-se intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos.

Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos (bitransitivos).

Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal, relacionando o predicativo com o sujeito.

Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em:

Intransitivos – são os que não precisam de complemento, pois têm sentido completo.

“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis)“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar)“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.”

(Marquês de Maricá)“As sovas de meu pai doiam por muito tempo.” (Machado

de Assis)

“Fui e parei diante dele.” (Machado de Assis)“O padre apareceu e logo o burburinho cessou.” (Coelho

Neto)

Observações:

• Os verbos intransitivos podem vir acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um predicativo (qualidade, características):

- Fui cedo.- Passeamos pela cidade.- Cheguei atrasado.- Entrei em casa aborrecido.

• As orações formadas com verbos intransitivos não podem “transitar” (= passar) para a voz passiva.

• Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos quando construídos com o objeto direto ou indireto.

- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento)- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim)- “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias)- “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo que

já morreu...” (Ciro dos Anjos)- “Os olhos pestanejavam e choravam lágrimas quentes...”

(Graciliano Ramos)- “Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado de pavor.”

(Viana Moog)- “Tinha testa enrugada, como quem vivera vida de contínuo

pensar.” (Alexandre Herculano)- “Pouco dinheiro basta ao homem sóbrio e econômico.”

(Aulete)

• Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar, chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.

Transitivos Diretos – são os que pedem um objeto direto, isto é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, tornar, encontrar, deixar, ver, coroar, sagrar, achar, etc. Exemplos:

Comprei um terreno e construí a casa.“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de

Maricá)“Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.”

(Guedes de Amorim)“As poucas vezes que o visitei foi por motivo de doença dele.”

(Mário de Alencar)“Simão Bacamarte não o contrariou.” (Machado de Assis)

Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o complemento acompanhado de predicativo. Exemplos:

Consideramos o caso extraordinário.Inês trazia as mãos sempre limpas.O povo chamava-os de anarquistas.Julgo Marcelo incapaz disso.“Deus vos fez padre e bispo.” (Carlo de Laet)“Ele achou estranho o cerimonial.” (Érico Veríssimo)“Todos as tratam por madame.” (Vivaldo Coaraci)“Já outro dia, encontrei-a muito previnida.” (Ciro dos Anjos)

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Observações:

• Os verbos transitivos diretos, em geral, podem ser usados também na voz passiva.

• Outra características desses verbos é a de poderem receber como objeto direto, os pronomes o, a, os, as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as.

• Os verbos transitivos diretos podem ser construídos assidentalmente, com preposição, a qual lhes acrescenta novo matiz semântico: arrancar da espada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lápis; cumprir com o dever.

• Alguns verbos transitivos diretos: abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar, castigar, contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar, entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar, receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc.

Transitivos Indiretos – são os que reclamam um complemento regido de preposição, chamado objeto indireto. Exemplos:

“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma adolescente.” (Ciro dos Anjos)

“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e neutros.” (Érico Veríssimo)

“Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José Américo)

“Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.” (José Geraldo Vieira)

“Não sucedesse a morte à vida!” (Cabral do Nascimento)“Desinteressa-se totalmente de você.” (José Geraldo Vieira)“Dr. Leandro proverá a tudo.” (Antônio Olavo Pereira)“Nem nos sonhos cheguei a aspirar a tal emprego.” (Ciro dos

Anjos)“As coisas obedeciam ao seu tempo regular.” (Raquel de

Queirós)“Quem ouvir, pensará que estou atirando aos nhambus, claro.”

(Guimarães Rosa)“Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo.” (Fernando

Sabino)“O luxo contribuiu para a sua ruína.” (Aulete)“O ator não teria dinheiro para lhe pagar.” (Fernando Namora)“Sucedi-lhe no cargo de diretor do Arquivo Histórico...” (Ciro

dos Anjos)“Aqui tem já Vossa Excelência três pessoas que lhe querem

muito.” (Camilo Castelo Branco)“Não acreditava que Deus lhe houvesse perdoado enquanto

lhe não restituísse o filho.” (Camilo Castelo Branco)

Observações:

• Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe, lhes. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe, agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, desagrada-lhe, desobedecem-lhe, interessa-lhe, obedece-lhe, paga-lhe, perdôo-lhe, quero-lhe (=quero-lhe bem), resiste-lhe, repugna-lhe, sucede-lhe, valeu-lhe, etc.

• Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas lhe, lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, recorrer a ele, simpatizar com ele, etc.

• Principais verbos transitivos indiretos: abusar(de), aludir(a), assistir(a), anuir(a), aspirar(a), aprazer(a), ansiar(por), atentar(em), agradar(a), atirar(a, em contra), bater(em), contentar-se(com, de, em), cuidar(de), cogitar(em,de), conspirar(contra), carecer(de), crer(em), confiar(em), contribuir(para), gostar(de), interessar(a), investir(contra, com), lutar(contra), lembrar-se(de), obedecer(a), obstar(a), pagar(a), perdoar(a), presidir(a), precisar(de), querer(a), recorrer(a), repugnar(a), resistir(a), valer(a), zombar(de).

• Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e pouco mais, usados também como transitivos diretos: João paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado, obedecido) por João.

• Há verbos transitivos indiretos, como atirar, investir, contentar-se, etc., que admitem mais de uma preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam de sentido com a troca da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua vida. (tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira. (tratar=lidar).

• Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam de significação conforme sejam usados como transitivos diretos ou indiretos.

Transitivos Diretos e Indiretos – são os que se usam com dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente. Exemplos:

No inverso, Dona Cléia dava roupas aos pobres.A empresa fornece comida aos trabalhadores.Oferecemos flores à noiva.Ceda o lugar aos mais velhos.Perdoa-lhe tudo. (=Perdoa tudo a ele)“A sua intuição preveniu-a de uma desgraça.” (Fernando

Namora)“Causou-me dó a morte do avô.” (Luís Jardim)“Ensinamos técnicas agrícolas aos camponeses.” (Érico

Veríssimo)“Era o que eu faria, se ela me preferisse a você.” (A. Olavo

Pereira)“Expliquei isso a ele, disse adeus e fui andando.” (José J.

Veiga)“O século XX familiarizou o homem com a máquina.”

(Aurélio)

Principais verbos transitivos diretos e indiretos (bitransitivos): atirar, atribuir, dar, doar, ceder, apresentar, ofertar, oferecer, pedir, prometer, explicar, ensinar, proporcionar, perdoar, pagar, preferir, devolver, chamar, entregar, perguntar, informar, aconselhar, propor, prevenir, relatar, narrar.

De Ligação – Os que ligam ao sujeito uma palavra ou expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na formação do predicado nominal. Exemplos:

A Terra é móvel.A água está fria.O moço anda (=está) triste.Mário encontra-se doente.A Lua parecia um disco.João ficou zangado.O fato pareceu-lhe estranho.

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A Lua ia (=estava) alta.As crianças tornam-se rebeldes.A crisálida vira borboleta.Pedro fez-se lívido.O dia continuava chuvoso.Ele permaneceu sentado.Minha proposta saiu vitoriosa.A operação resultou inútil.As matrículas acham-se abertas.

Observações:

• Os verbos de ligação não servem apenas de anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente. (aspecto transitório).

• Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com dificuldades.; Parece que vai chover.

Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplo:

O homem anda. (intransitivo)O homem anda triste. (de ligação)

O cego não vê. (intransitivo)O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)

Deram 12 horas. (intransitivo)A terra dá bons frutos. (transitivo direto)

Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto)Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto)

Predicativo – Há o predicativo do sujeito e o predicativo do objeto.

Predicativo do Sujeito – é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos:

A bandeira é o símbolo da Pátria.A mesa era de mármore.O mar estava agitado.A ilha parecia um monstro.Todos andam apreensivos.Eu não sou ele.Os premiados foram dois.As crianças estavam com fome.A árvore ficou sem folhas.A tentativa resultou inútil.Eles devem ser irmãos.As águas podiam estar poluídas.O portão permanecerá fechado.A vida tornou-se insuportável.

Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:

O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava atrasado.)O menino abriu a porta ansioso.Todos partiram alegres.Marta entrou séria.O professor sorriu satisfeito.O prisioneiro foi encontrado morto.O soldado foi julgado incapaz.Ele será eleito presidente.Ele é tido por sábio.O cosmonauta foi aclamado como herói.Lembro-me dela com saudade. (=Lembro-me dela saudoso.)

Observações:

• O predicativo subjetivo às vezes está preposicionado.• Pode o predicativo preceder o sujeito e até mesmo ao

verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes, os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas coisas.; Onde está a criança que fui?

Predicativo do Objeto – é o termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo. Exemplos:

O juiz declarou o réu inocente.O povo elegeu-o deputado.As paixões tornam os homens cegos.Nós julgamos o fato milagroso.Os presos tinham os pés inchados.Ela adotou-o por filho.Muitos consideram-no (como) um sábio.Alguns chamam-no (de) impostor.Os inimigos chamam-lhe (de) traidor.As batalhas sagraram-no herói.A doença deixou-me sem apetite.A mãe viu-o desanimado.Silvinho acha-se um gênio.

Observações:

• O predicativo objetivo, como vemos dos exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em certos casos, é facultativa.

• O predicativo objetivo geralmente se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta.

• Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele choque com o mundo me causara.”

Termos Integrantes da Oração

Chamam-se termos integrantes da oração os que completam a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram, completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à compreensão do enunciado. São os seguintes:

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1. Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto);

2. Complemento Nominal;3. Agente da Passiva.

Objeto Direto – É o complemento dos verbos de predicação incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos:

As plantas purificaram o ar.“Nunca mais ele arpoara um peixe‑boi.” (Ferreira Castro)Procurei o livro, mas não o encontrei.Ninguém me visitou.Esta é a casa que eu vendi.Houve grandes festejos.Tia Mirtes já não sentia dor nem cansaço.O povo aclamou o imperador e a imperatriz.“Mendonça cumprimentou-as respeitosamente.” (Machado

de Assis)“Tão leve estou que já nem sombra tenho.” (Mário Quintana)“Lembranças havia que eram úlceras incuráveis da memória.”

(Érico Veríssimo)

O objeto direto tem as seguintes características:• Completa a significação dos verbos transitivos diretos;• Normalmente, não vem regido de preposição;• Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um

verbo ativo: Caim matou Abel.• Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi

morto por Caim.

O objeto direto pode ser constituído:• Por um substantivo ou expressão substantivada: O

lavrador cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável.• Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos,

vos: Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; “Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.”

• Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na loja.; A árvore que plantei floresceu. (que:objeto direto de plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos meus escritos?”

Freqüentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando-se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma esfera semântica:

“Viveu José Joaquim Alves vida tranqüila e patriarcal.” (Vivaldo Coaraci)

“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal Machado)

“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado de Assis)

“Como andei contando um sonho, me lembrei de outro que já sonhei mais de uma vez.” (Oto Lara Resende)

Em tais construções é de rigor que o objeto venha acompanhado de um adjunto.

Objeto Direto Preposicionado – Há casos em que o objeto direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre principalmente:

• Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto hostilizava antes a mim do que à idéia.”; “Ricardina lastimava o seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós.”

• Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele – com aquele homem a quem na realidade também temia, como todos ali.”

• Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.; “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?; “E olhava o amigo como a um filho mais velho.”; Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher feita.”; “Foi a comadre do Rubião que o agasalhou e mais ao cachorro.”; “Encontrou-a e ao marido na fazenda das Lajes.”; “A inimigo não se poupa.”; “Também se adormece a fome, como às crianças, cantando.”; “Ao poeta Drummond, que mora mais além, a feira deve incomodar, porque os grandes caminhões roncam sob a sua janela.”

• Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma à outra.”

• Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas, principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã.”; “É certo que ele teme a Deus e crê na doutrina.”; “E dali em diante, o drama intensificava-se, fazendo sorrir, de plena satisfação, a Caetano.”; “Esse último rasgo do Costa persuadiu a crédulos e incrédulos.”; “Diabolicamente, o dinheiro atrai a pequenos e grandes.”

• Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; A médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade conheço desde os seus mais tenros anos.”; “Ao Medeiros não o amordaçavam as convenções.”

• Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a ambos...”

• Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos outros.; A quantos a vida ilude!; “A estupefação imobilizou a todos.”; “A tudo e a todos eu culpo.”; “Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém.”

• Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”

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Observações:

• Nos quatro primeiros casos estudados a preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa.

• A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê-lo).

• O objeto direto preposicionado, é obvio, só ocorre com verbo transitivo direto.

• Podem resumir-se em três as razões ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado: a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da expressão.

Objeto Direto Pleonástico – Quando queremos dar destaque ou ênfase à idéia contida no objeto direto, colocamo-lo no início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos:

O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa.O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.“Seus cavalos, ela os montava em pêlo.” (Jorge Amado)“Os que lá não penetram, engole-os a obscuridade.” (Machado

de Assis)“De mais a mais, frutas os passarinhos conseguem-nas pelo

seu próprio esforço.” (Vivaldo Coaraci)“Aquelas veemências, quem não as ouviu de voz ou não as

viu de letra? (Raquel de Queirós)

Objeto Indireto – É o complemento verbal regido de preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere a ação verbal: “Nunca desobedeci a meu pai.” (Povina Cavalcânti)

O objeto indireto completa a significação dos verbos:

Transitivos Indiretos:Assisti ao jogo.Assistimos à missa e à festa.Aludiu ao fato.Aspiro a uma vida calma.Absteve-se de vinho.Deparei com um estranho.O pai batia-lhe. (no filho)Anseio pela tua volta.Atentou contra a vida do rei.Gosto de frutas e de doces.Obedeço ao regulamento.Deus lhe perdoe. (ao pecador)Paguei ao médico ontem.Preciso de ti amanhã.Ele zombou de nós.Responderei à carta de Lúcia.

Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva):Dou graças a Deus.Ceda o lugar aos mais velhos.Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres.Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.)Peço-lhe desculpas. (Peço desculpas ao professor.)

Revoltavam o povo contra o regime.Não revelarei isto a ninguém.Acostumou o corpo ao frio e às intempéries.Beijou as mãos ao sacerdote.O juiz confiou-lhe a guarda do menino.Perdôo-lhe a ofensa.Devolve-lhe o dinheiro. (=Devolva o dinheiro a ele.)Não lhe foi devolvido o livro. (=Não lhe devolveram o livro.)Devolveu-se-lhe o livro. (=O livro foi-lhe devolvido.)Aos vencidos tomavam-se os bens à força.A árvore foi sacrificada à tirania do progresso.

O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente transitivos indiretos:

A bom entendedor meia palavra basta.Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele)Isto não lhe convém.A proposta pareceu-lhe aceitável.

Observações:

• Há verbos que podem construir-se com dois objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para ti a meu senhor um rico presente.

• Não confundir o objeto direto com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial.

• Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados adjuntos adverbiais.

O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa ou implícita.

• A preposição está implícita nos pronomes objetivos indiretos (àtonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto pretence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.)

• Nos demais casos a preposição é expressa, como característica do objeto indireto: Recorro a Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Conto com você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com quem conto são poucas.

Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) ou pelos pronomes.

As preposições que o ligam ao verbo são: a, com, contra, de, em, para e por.

Objeto Indireto Pleonástico – À semelhança do objeto direto, o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase. Exemplos:

“A mim o que me deu foi pena.” (Ribeiro Couto)

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“Que me importa a mim o destino de uma mulher tísica...? (Machado de Assis)

“E, aos brigões, incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se à distância.” (Dalton Trevisan)

“Mas que te importam a ti os assuntos que me são agradáveis?” (Graciliano Ramos)

Complemento Nominal – É o termo complementar reclamado pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição. Exemplos:

A defesa da pátria.Assistência às aulas.“O ódio ao mal é amor do bem, e a ira contra o mal,

entusiasmo divino.” (Rui Barbosa)“Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” (Cabral do

Nascimento)“A sensibilidade existe e está a serviço da harmonia, da

beleza e do equilíbrio.” (Luís Carlos Lisboa)“Pois bem, nada me abala relativamente ao Rubião.”

(Machado de Assis)A grande rodovia corre paralelamente às fronteiras

setentrionais do Brasil.

Observações:

• O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em –mente.

• A nomes que requerem complemento nominal correspondem, geralmente, verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo; perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; remessa de cartas, remeter cartas; criação de impostos, criar impostos; queima de fogos, queimar fogos; recordação do passado, recordar o passado; resistência ao mal, resistir ao mal, etc.

Agente da Passiva – É o complemento de um verbo na voz passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos freqüentemente pela preposição de:

Alfredo é estimado pelos colegas.A cidade estava cercada pelo exército romano.“Era conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.”

(Olavo Bilac)

O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou pelos pronomes:

As flores são umedecidas pelo orvalho.A carta foi cuidadosamente corrigida por mim.Muitos já estavam dominados por ele.Aquele é o cachorro pelo qual fui mordido.Conheço o funcionário por quem fui atendido.Por quem teria ele sido denunciado?

O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz ativa:

A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)Tu o acompanharás. (voz ativa)

Observações:

• Frase de forma passiva analítica sem complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade. (Expulsaram‑no da cidade.); As florestas são devastadas. (Devastam as florestas.)

• Na passiva pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobiavam‑se as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo); Assobiavam‑se as canções dele nas ruas. (certo)

Termos Acessórios da Oração

Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância.

São três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

Adjunto adnominal – É o termo que caracteriza ou determina os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas. (Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto adnominal).

O adjunto adnominal pode ser expresso:• Pelos adjetivos: água fresca, terras férteis, animal feroz;• Pelos artigos: o mundo, as ruas, um rapaz;• Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco

sal, muitas rãs, país cuja história conheço, que rua?;• Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto;• Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem

qualidade, posse, origem, fim ou outra especificação:- presente de rei (=régio): qualidade- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença- água da fonte, filho de fazendeiros: origem- fio de aço, casa de madeira: matéria- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade- homem sem escrúpulos (=inescrupuloso): qualidade- histórias de arrepiar os cabelos (=arrepiadoras): qualidade- criança com febre (=febril): característica- aviso do diretor: agente

Observações:

• Não confundir o adjunto adnominal formado por locução adjetiva com complemento nominal. Este representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, empréstimo de dinheiro, plantio de árvores, colheita de trigo, destruidor de matas, descoberta de petróleo, amor ao próximo, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo, declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das matas, cheiro de petróleo, amor de mãe.

Adjunto adverbial – É o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de roda na praça.” (Geraldo França de Lima)

O adjunto adverbial é expresso:• Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.; Maria é

mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.; Ele fala bem, fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez esteja enganado.

• Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às vezes viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu de repente.

Observações:

• Pode ocorrer a elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De ouvidos atentos...).

• Os adjuntos adverbiais classificam-se de acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, companhia, meio, assunto, negação, etc.

• É importante saber distinguir adjunto adverbial de adjunto adnominal, de objeto indireto e de complemento nominal: sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.adn.); gosta do mar (obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.).

Aposto – É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos:

D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.“Nicanor, acensorista, expôs-me seu caso de consciência.”

(Carlos Drummond de Andrade)“No Brasil, região do ouro e dos escravos, encontramos a

felicidade.” (Camilo Castelo Branco)“No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de

nossa gente.” (Mário de Andrade)Casas e pastos, árvores e plantações, tudo foi destruído pela

enchente.“O pastor, o guarda, o médico, todos olham e não dizem

nada.” (Ricardo Ramos)Prezamos acima de tudo duas coisas: a vida e a liberdade.“Cada casa arrumava, no terreiro em frente, a sua fogueira:

uma pirâmide de toros de madeira decepados pela manhã.” (Povina Cavalcânti)

“Ele, Caúla, não ficaria ancorado como uma canoa.” (Adonias Filho)

“E isso exigiria estratagemas, coisas a que era avesso.” (José Geraldo Vieira)

O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome substantivo:

Foram os dois, ele e ela.Só não tenho um retrato: o de minha irmã.O dia amanheceu chuvoso, o que me obrigou a ficar em casa.

O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do sujeito:

Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de

cores.

Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:

Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc.

“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” (Graciliano Ramos)

O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às vezes, está elíptico. Exemplos:

Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.Mensageira da idéia, a palavra é a mais bela expressão da

alma humana.“Irmão do mar, do espaço, amei as solidões sobre os rochedos

ásperos.” (Cabral do Nascimento)(refere-se ao sujeito oculto eu).

O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de

tempestade iminente.O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.Simão era muito espirituoso, o que me levava a preferir sua

companhia.

Um aposto pode referir-se a outro aposto:“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do

velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo)

O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto é, a saber, ou da preposição acidental como:

Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai, não são banhados pelo mar.

Este escritor, como romancista, nnca foi superado.

O aposto que se refere a objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição:

O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das

coisas.” (Raquel Jardim)De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo.

Vocativo – (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos:

“Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria de Lourdes Teixeira)

“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de Assis)

“Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (fagundes Varela)“Ei-lo, o teu defensor, ó Liberdade!” (Mendes Leal)

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“Vocês por aqui, meninos?!” (Afonso Arinos)“Meu nobre perdigueiro, vem comigo!” (Castro Alves)“Serenai, verdes mares!” (josé de Alencar)“Voltem para sua floresta, seus antropófagos!” (Rubem

Braga)

Observação:

• Profere-se o vocativo com entoação exclamativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e prolongado.

O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, olá, eh!):

“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano)“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”

(Graciliano Ramos)“Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo

Castelo Branco)Eh! rapazes, são horas!“Olá compadre, mais alto, mais alto!” (Augusto Meyer)

O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.

PERÍODO

Toda frase com uma ou mais orações constitui um período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de interrogação ou com teticências.

O período é simples quando só traz uma oração, chamada absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração. Exemplo:

Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.)Quero que você aprenda. (Período composto.)

Existe uma maneira prática de saber quantas orações há num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes. Exemplos:

Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma

oração)Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções

verbais, duas orações)

Há três tipos de período composto: por coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo (também chamada de misto).

Período Composto por Coordenação. Orações Coordenadas

Considere, por exemplo, este período composto:

Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos de infância.

1ª oração: Passeamos pela praia2ª oração: brincamos3ª oração: recordamos os tempos de infância

As três orações que compõem esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra sintaticamente.

As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação.

As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e sindéticas.

- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:

Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram. OCA OCA OCA

“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de Assis)

“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” (Antônio Olavo Pereira)

“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” (Coelho Neto)

“Avancei lentamente até o bueiro, sentei-me.” (Graciliano Ramos)

“Jonas dá o sinal de partida, as lanchas se movimentam lentamente, os saveiros acompanham.” (Jorge Amado)

- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:

O homem saiu do carro / e entrou na casa. OCA OCS

As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as introduzem. Pode ser:

1. Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda.

Saí da escola / e fui à lanchonete. OCA OCS Aditiva

Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.

A doença vem a cavalo e volta a pé.As pessoas não se mexiam nem falavam.“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até

nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” (Machado de Assis)

Os livros não somente instruem mas também divertem.Ela não somente se orgulhava de seu marido como também

o amava muito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

Estudei bastante / mas não passei no teste. OCA OCS Adversativa

Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa adversativa.

A espada vence, mas não convence.“É dura a vida, mas aceitam‑na.” (Cecília Meireles)Tens razão, contudo não te exaltes.Havia muito serviço, entretanto ninguém trabalhava.O mar é generoso, porém às vezes torna‑se cruel.O instinto social não é privilégio do homem, antes, se nos

depara nos próprios animais. (antes = pelo contrário)“Já não era um tímido passageiro que embarcara em São

Paulo e sim um estóico aviador.” (José Fonseca Fernandes) (e sim = mas)

3. Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por isso, pois, logo.

Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão. OCA OCS Conclusiva

Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa idéia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.

Vives mentindo; logo, não mereces fé.Ele é teu pai: respeita‑lhe, pois, a vontade.Raimundo é homem são, portanto deve trabalhar.

4. Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.

Seja mais educado / ou retire-se da reunião! OCA OCS Alternativa

Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.

Venha agora ou perderá a vez.“Jacinta não vinha à sala, ou retirava‑se logo.” (Machado de

Assis)“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço

muito caro.” (Renato Inácio da Silva)“A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.”

(Luís Jardim)“Ou Amaro estuda ou largo‑o de mão!” (Graciliano Ramos)O misterioso disco já escurecia, já brilhava intensamente.

5. Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque, pois, porquanto.

Vamos andar depressa / que estamos atrasados. OCA OCS Explicativa

Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa idéia de explicação, de justificativa em relação à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.

Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.“A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico

Veríssimo)“Qualquer que seja a tua infância, conquista-a, que te

abençôo.” (Fernando Sabino)O cavalo estava cansado, pois arfava muito.Não mintas, porque é pior para ti.Ninguém podia queixar-se, porquanto eu estava cumprindo

o meu dever.Decerto alguém o agrediu, pois (ou porque) o nariz dela

sangra.

Período Composto por Subordinação

Observe os termos destacados em cada uma destas orações:Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)Todos querem sua participação. (objeto direto)Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de

causa)

Veja, agora, como podemos transformar esses termos em orações com a mesma função sintática:

Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada com função de adjunto adnominal)

Todos querem / que você participe. (oração subordinada com função de objeto direto)

Não pude sair / porque estava chovendo. (oração subordinada com função de adjunto adverbial de causa)

Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto, subordinada a ela.

Quando um período é constituído de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele é classificado como período composto por subordinação.

As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.

Orações Subordinadas Adverbiais

As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa que as introduz:

1. Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto que.

Não fui à escola / porque fiquei doente. OP OSA Causal

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O tambor soa porque é oco.Como não me atendessem, repreendi-os severamente.Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de

Sousa)Já que (ou visto que ou desde que ou uma vez que) ninguém

se mexe, temos que agir nós, cidadãos.“Maximiano temera que o coronel o agredisse, de tão violento

que ficara.” (Jorge Amado)“Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo.”

(Vivaldo Coaraci)Desprezam-me, por isso que sou pobre.Não posso ir hoje, tanto mais que meu filho está doente.Não encontrei o livro em nenhuma loja, pela simples razão

que ele não existe.2. Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para

a ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.

Irei à sua casa / se não chover. OP OSA Condicional

Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos ofensores.Se o conhecesses, não o condenarias.“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de

Andrade)A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência

tenha êxito.Você pode ir, contanto que (ou desde que) volte cedo.Não sairei de meu consultório, a menos que (ou a não ser

que) haja casos urgentes.Poderão chegar lá ainda hoje, salvo se acontecer algum

imprevisto.Não poderás ser bom médico, sem que estudes muito.“Se convidada, (a menina) senta no colo da gente, conversa

um pouco e logo sai correndo.” (Raquel de Queirós) (se convidada = se for convidada)

Não fosse a perícia do guia, talvez teríamos perecido todos.“Escrevesse eu esses livros e estaria rico.” (Autran Dourado)“Houvesse chegado um minuto antes, ou um minuto

depois, e tudo teria sido diferente.” (Viana Moog)“A carinha (de Neuma) podia ser de chinesa, fossem os olhos

mais enviesados.” (Raquel de Queirós) (fossem os olhos = se fossem os olhos)

3. Concessivas: Expressam idéia ou fato contrário ao da oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.

Ela saiu à noite / embora estivesse doente. OP OSA Concessiva

Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.

Embora não possuísse informações seguras, ainda assim arriscou uma opinião.

Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem.

Por mais que gritasse, não me ouviram.

Os louvores, pequenos que sejam, são ouvidos com agrado.“Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer.” (Oto Lara

Resende)“Os cavalos vinham quase em cima dela, por mais que o

cocheiro os sofreasse.” (Machado de Assis)”Por muito mau que fosse o seringal, devia ser melhor que

aquilo.” (Ferreira de Castro)“Em cada escola (filosófica), por exagerada que seja, há

sempre uma apreciável parcela de verdade integral.” (Jônatas Serrano)

“Se o via derrubado, rosto no pó, nem por isso o respeitava menos.” (Ondina Ferreira) (Se o via = embora o visse.)

Ajudava-os em tudo, sem que isso fosse de minha obrigação.Júlio César resolveu passar o Rubicão, fossem quais fossem

as conseqüências.O responsável deve ser punido, quem quer que seja.Por incrível que pareça, eles não sabiam o nome de sua

cidade.“Chovesse ou fizesse sol, o Major não faltava.” (Povina

Cavalcânti)“Em que pese aos inimigos do paraense, sinceramente

confesso que o admiro.” (Graciliano Ramos)4. Conformativas: Expressam a conformidade de um fato

com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.

O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. OP OSA Conformativa

O homem age conforme pensa.Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação.Vim hoje, conforme lhe prometi.“Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar anos

depois.” (Machado de Assis)Segundo ouvi dizer, Fleming descobriu a penicilina por

acaso.Consoante opinam alguns, a História se repete.“Como deveis saber, há em todas as coisas um sentido

filosófico.” (Machado de Assis)“Um eclipse da Lua pode ser total o parcial, conforme a Lua

fique ou não completamente mergulhada no cone de sombra da Terra.” (Ronaldo de Freitas Mourão)

5. Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).

Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. OP OSA Temporal

Formiga, quando quer se perder, cria asas.“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se

esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês

de Maricá)Enquanto foi rico, todos o procuravam.Um dos garimpeiros falou, enquanto os outros escutavam

silenciosos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Sempre que vou à cidade, passo pelas livrarias.Todas as vezes que agredimos a natureza, ela se volta

contra nós.Mal chegamos ao local, vimos toda a extensão da catástrofe.Ela me reconheceu apenas (ou mal ou logo que ou assim

que) lhe dirigi a palavra.Minha mãe ficava acordada até que eu voltasse.“Deolindo veio à terra tão depressa alcançou a licença.”

(Machado de Assis)“Nem bem sentou‑se no banco, o moço ergueu-se rápido.”

(José Fonseca Fernandes)Agora que estás de férias, que pretendes fazer?“Ela acalentou o bebê, manteve-o apertado contra o peito, ao

mesmo tempo que lhe afagava os cabelos.” (Helena Jobim)Por que ela ainda não apareceu desde que estamos aqui?“Desde que não confia nele manda-o embora e chama outro.”

(Ramalho Ortigão)6. Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi

enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, porque (=para que), que.

Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. OP OSA Final

“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.” (Marquês de Maricá)

Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = para

que)“Instara muito comigo não deixasse de freqüentar as recepções

da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse = para que não deixasse)

“Quando sentiu que ia chegando, cruzou os braços no peito, não fosse o coração saltar-lhe.” (José Geraldo Vieira)

7. Consecutivas: Expressam a conseqüência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto que.

A chuva foi tão forte / que inundou a cidade. OP OSA Consecutiva

Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José

J. Veiga)De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.As notícias de casa eram boas, de maneira que pude

prolongar minha viagem.Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que ou de

forma que ou de maneira que) não saí de casa.“Corria para a rua, para o trabalho, para o tumulto, a estontear-

se, de modo que lhe fosse difícil encontrar-se a sós consigo.” (Fernando Namora)

“Ainda assim, não andei tão depressa que amarrotasse as calças.” (Machado de Assis)

“Não esperava, tanto que me pediu um prazinho para a resposta.” (Amadeu de Queirós)

“Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?” (Castro Alves)

Tinha um filho, podia erguê-lo ao sol, sem que a guerra o arrebatasse.” José Geraldo Vieira)

Não vão a uma festa que não voltem bêbedos. (que não = sem que)

“Não podia fitá-lo sem que (ou que não) risse.” (Celso Luft)“Não se sentava que não enterasse a cara nas mãos.” (José

Américo)“Bebia que era uma lástima!” (Ribeiro Couto)Falou com uma calma e frieza que todos ficaram atônitos.“Tenho medo disso que me pélo!” (Coelho Neto)“Essa gente fazia um barulho, que assustava os transeuntes...”

(Graciliano Ramos)

8. Comparativas: Expressam idéia de comparação com referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais).

Ela é bonita / como a mãe. OP OSA Comparativa

A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.” (Marquês de Maricá)

Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz

daquele olhar.“Nos Estados Unidos há universidades para todas as

inteligências como há hotéis para todas as bolsas.” (Eduardo Prado)

O lugar é tal qual (ou tal como) você o descreveu.Certos cantores gesticulam mais do que cantam.Rui voltou para casa como quem vai para a prisão.

Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está subentendido o verbo ser (como a mãe é).

9. Proporcionais: Expressam uma idéia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.

Quanto mais reclamava / menos atenção recebia. OSA Proporcional OP

À medida que se vive, mais se aprende.À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai

diminuindo.

Orações Subordinadas Substantivas

As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas que, num período, exercem funções sintáticas próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. Elas podem ser:

1. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Observe:

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O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)

O grupo quer / que você ajude. OP OSS Objetiva Direta

O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O mestre exigia a presença de todos.)

Mariana esperou que o marido voltasse.Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.O fiscal verificou se tudo estava em ordem.Perguntaram quem era o dono da fábrica.Indaguei de quem eram aqueles quadros.Veja que horas são.Não posso dizer qual delas é a mais feia.Ignoro quantos são os desabrigados.O freguês perguntou quanto custava aquele relógio.Ignoramos como se salvaram.2. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta:

É aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal. Observe:

Necessito de sua ajuda. (objeto indireto)

Necessito / de que você me ajude. OP OSS Objetiva Inireta

Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua viagem.)

Aconselha-o a que trabalhe mais.Daremos o prêmio a quem o merecer.Lembre-se de que a vida é breve.O santo exortava o povo a que se mantivesse fiel a Deus.O soldado insistia em que a prisão fosse feita.“O coronel Ferreira avisava-o de que se acautelasse.”

(Camilo Castelo Branco)“Alguém me convencera de que eu devia jejuar.” (Graciliano

Ramos)“Abriu-se o templo a quem quer que cresse em Deus.”

(Jônatas Serrano)3. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela

que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Observe:

É importante sua colaboração. (sujeito)

É importante / que você colabore. OP OSS Subjetiva

A oração subjetiva geralmente vem:- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções

do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que ele voltará amanhã.

- depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta-se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.

- depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem da reunião.

É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é necessária.)

Parece que a situação melhorou.Aconteceu que não o encontrei em casa.Importa que saibas isso bem.Às vezes sucedia que um de nós se machucava.Não consta que ele fosse anti‑religioso.Convém que sigas uma profissão.É bom que você venha.Não é segredo que os dois não se entendem.Ficou provado que os documentos eram falsos.4. Oração Subordinada Substantiva Completiva

Nominal: É aquela que exerce a função de complemento nominal de um termo da oração principal. Observe:

Estou convencido de sua inocência. (complemento nominal)

Estou convencido / de que ele é inocente. OP OSS Completiva Nominal

Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão dele.)

Estava ansioso por que voltasses.Sê grato a quem te ensina.“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.”

(Graciliano Ramos)“Deixei-me estar em casa, desde a tarde, na esperança de que

me chamasse.” (Antônio Olavo Pereira)“Estava convencido de que um dia lhe dariam razão.”

(Herberto Sales)“Mariana teve a sensação de que alguém a observava.” (Ana

Miranda)“O romano estava intimamente convencido de que era

superior a todos os outros povos.” (Jônatas Serrano)“É inútil uma coleção de armas para quem já não caça

mais.” (Maria de Lourdes Teixeira)“Há necessidade de quem é luz do mundo e sal da terra.”

(Dom Eugênio Sales)5. Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É

aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe:

O importante é sua felicidade. (predicativo)

O importante é / que você seja feliz. OP OSS Predicativa

Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)Minha esperança era que ele desistisse.Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.Não sou quem você pensa.Arnaldo foi quem trabalhou menos.Para alguns a pátria é onde se está bem.“O certo é que a pacata fisionomia da cidadezinha ganhou

animação.” (Carlos Povina Cavalcânti)A expectativa é de que a safra agrícola aumente.“A impressão é de que uma e outra seriam a mesma coisa.”

(Carlos Castelo Branco)

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6. Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Observe:

Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício do país. (aposto)

Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do país.

OP OSS Apositiva

Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma coisa: a sua felicidade)

Só lhe peço isto: honre o nosso nome.“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de

que virias a morrer...” (Osmã Lins)“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo

oculto?” (Machado de Assis)“A notícia veio de supetão: iam meter‑me na escola.”

(Graciliano Ramos)“E confesso uma verdade: eu era um homem puro.” (Carlos

Povina Cavalcânti)

As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a saúde, tornou-se realidade.

Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as orações substantivas podem ser introduzidas por outros conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:

Não sei quando ele chegou.Diga-me como resolver esse problema.

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal. Observe como podemos transformar um adjunto adnominal em oração subordinada adjetiva:

Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada adjetiva)

As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem ser classificadas em:

1. Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem. Exemplo:

O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. OP OSA Restritiva

Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar.

Pedra que rola não cria limo.Os animais que se alimentam de carne chamam-se

carnívoros.Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas

escreveram.“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário

Mariano)“Escolheu a rua que o levaria ao bairro dos clubes.”

(Fernando Namora)“As pessoas a que a gente se dirige sorriem.” (Graciliano

Ramos)“A vida me ensinou a conhecer os homens com os quais eu

lido.” (Josué Guimarães)“Existem coisas cujo alcance nos escapa; nem por isso

deixam de existir.” (Inácio de Loyola Brandão)2. Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas

quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:

O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um novo livro.

OP OSA Explicativa OP

Deus, que é nosso pai, nos salvará.Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.“Olhou a caatinga amarela, que o poente avermelhava.”

(Graciliano Ramos)“Mariana sentou-se no catre, ao lado qual estava o baú de

roupas.” (Ana Miranda)

Orações Reduzidas

Observe que as orações subordinadas eram sempre introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras que se apresentam com o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:

- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês. (infinitivo)

- Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)- Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.

(particípio)

As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das formas nominais são chamadas de reduzidas.

Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação da oração desenvolvida.

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Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês. OSA Temporal

Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal, reduzida de infinitivo.

Precisando de ajuda, telefone-me.Se precisar de ajuda, / telefone-me. OSA Condicional

Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial condicional, reduzida de gerúndio.

Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o

vestiário. OSA Temporal

Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, reduzida de particípio.

Observações:

- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa cidade.

- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. Exemplos:

Preciso terminar este exercício.Ele está jantando na sala.Essa casa foi construída por meu pai.- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma

reduzida. Exemplo:O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração

coordenada sindética aditiva)Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de

gerúndio.

Dúvidas: Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser iniciadas por que e porque?

Às vezes não é fácil estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na oração principal, que traz o efeito.

Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.

Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por coordenação. Exemplo:

Rosa chorou porque levou uma surra.

Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito.

Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos.

O período agora é composto por coordenação, pois a oração iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela ter chorado.

Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.OP OSA Comparativa OSA Condicional

EXERCÍCIOS

1. (UF-MG) A oração sublinhada está corretamente classificada, EXCETO em:

a. Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa / oração subordinada adverbial condicional

b. Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa / oração subordinada substantiva objetiva direta

c. Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis / oração subordinada adjetiva restritiva

d. Via-se muito que D. Glória era alcoviteira / oração subordinada substantiva subjetiva

e. A idéia é tão santa que não está mal no santuário / oração subordinada adverbial consecutiva

2. (UF-MG) Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de

que estava para ser mãe”, a oração destacada é: a) subordinada substantiva objetiva indireta b) subordinada substantiva completiva nominal c) subordinada substantiva predicativa d) coordenada sindética conclusiva e) coordenada sindética explicativa 3. (FM-SANTOS) A segunda oração do período? “Não sei no

que pensas”, é classificada como: a) substantiva objetiva direta b) substantiva completiva nominal c) adjetiva restritiva d) coordenada explicativa e) substantiva objetiva indireta

4. (MACK) “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na realidade.” A oração sublinhada é:

a) adverbial conformativa b) adjetiva c) adverbial consecutiva d) adverbial proporcional e) adverbial causal

5. (AMAN) No seguinte grupo de orações destacadas: 1. É bom que você venha. 2. Chegados que fomos, entramos na escola. 3. Não esqueças que é falível. Temos orações subordinadas, respectivamente: a) objetiva direta, adverbial temporal, subjetiva b) subjetiva, objetiva direta, objetiva direta c) objetiva direta, subjetiva, adverbial temporal d) subjetiva, adverbial temporal, objetiva direta e) predicativa, objetiva direta, objetiva indireta

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6. (SANTA CASA) A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações seguintes?

a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão. b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. c) O aluno fez-se passar por doutor. d) Precisa-se de operários. e) Não sei se o vinho está bom. 7. (UF-UBERLÂNDIA) “Lembro-me de que ele só usava

camisas brancas.” A oração sublinhada é: a) subordinada substantiva completiva nominal b) subordinada substantiva objetiva indireta c) subordinada substantiva predicativa d) subordinada substantiva subjetiva e) subordinada substantiva objetiva direta 8. (FMU) Na passagem: “O receio é substituído pelo pavor,

pelo respeito, pela emoção que emudece e paralisa.” Os termos sublinhados são:

a) complementos nominais; orações subordinadas adverbiais concessivas, coordenadas entre si

b) adjuntos adnominais; orações subordinadas adverbiais comparativas

c) agentes da passiva; orações subordinadas adjetivas, coordenadas entre si

d) objetos diretos; orações subordinadas adjetivas, coordenadas entre si

e) objetos indiretos; orações subordinadas adverbiais comparativas

9. (UF-GO) Neste período “não bate para cortar”, a oração

“para cortar” em relação a “não bate”, é: a) a causa b) o modo c) a conseqüência d) a explicação e) a finalidade

10. (UF-MG) Em todos os períodos há orações subordinadas substantivas, exceto em:

a) O fato era que a escravatura do Santa Fé não andava nas festas do Pilar, não vivia no coco como a do Santa Rosa.

b) Não lhe tocara no assunto, mas teve vontade de tomar o trem e ir valer-se do presidente.

c) Um dia aquele Lula faria o mesmo com a sua filha, faria o mesmo com o engenho que ele fundara com o suor de seu rosto.

d) O oficial perguntou de onde vinha, e se não sabia notícias de Antônio Silvino.

e) Era difícil para o ladrão procurar os engenhos da várzea, ou meter-se para os lados de Goiana

11. (FECAP) Classifique as palavras como nas construções

seguintes, numerando, convenientemente, os parênteses: 1) preposição 2) conj. subord. causal 3) conj. subord.

conformativa 4) conj. coord. aditiva 5) adv. interrogativo de modo

( ) Perguntamos como chegaste aqui. ( ) Percorrera as salas como eu mandara. ( ) Tinha-o como amigo. ( ) Como estivesse frio, fiquei em casa. ( ) Tanto ele como o irmão são meus amigos. a) 2 - 4 - 5 - 3 - 1 b) 4 - 5 - 3 - 1 - 2 c) 5 - 3 - 1 - 2 - 4 d) 3 - 1 - 2 - 4 - 5 e) 1 - 2 - 4 - 5 - 3

12. (FCS ANHEMBI) Em - “Há enganos que nos deleitam”, a oração grifada é:

a) substantiva subjetiva b) substantiva objetiva direta c) substantiva completiva nominal d) substantiva apositiva e) adjetiva restritiva

13. (FATEC) Considerando como conjunção integrante aquela que inicia uma oração subordinada substantiva, indique em qual das opções nenhum se tem esta função:

a) Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu. b) Comenta-se que ele se feria de propósito. c) Se vai ou fica é o que eu gostaria de saber. d) Saberia me dizer se ele já foi? e) n.d.a 14. (CESCEA) Aponte a alternativa em que ocorre o adjunto

adverbial de causa: a) Comprou livros com dinheiro b) O poço secou com o calor e) Pedro é efetivamente bom. c) Estou sem amigos. d) Vou ao Rio. e) Pedro é efetivamente bom.

15. (FMU) “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado retumbante...” O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é:

a) indeterminado b) um povo heróico e) o brado retumbante c) as margens plácidas do Ipiranga d) do Ipiranga e) o brado retumbante

(FGV) Texto para as questões 16 a 18: “Minha alva Dinamene, a Primavera, / Que os campos

deleitosos pinta e veste, / E, rindo-se, uma cor aos olhos gera / Com que na terra vem o Arco celeste / O cheiro, rosas, flores, a verde hera, / Com toda formosura amena agreste, / Não é para meus olhos, tão formosa / Como a tua, que abate o lírio e a rosa” (Camões)

16. No último verso da segunda estrofe “como a tua” sintaticamente é:

a) adjunto adnominal de modo b) adjunto adverbial de modo c) oração subordinada substantiva indireta d) oração subordinada adverbial consecutiva e) oração subordinada adverbial comparativa

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17. “Para meus olhos”, no terceiro verso da segunda estrofe é:

a) complemento nominal b) objeto indireto c) oração subordinada substantiva predicativa d) oração subordinada substantiva objetiva indireta e) predicativo

18. (FGV) Leia com atenção: “Nesta empresa, todos os cargos que aspiro estão ocupados.” Na frase acima, há um erro de regência verbal, pois o verbo aspirar, neste caso pede:

a) objeto direto b) predicativo do sujeito c) objeto indireto d) oração subordinada substantiva subjetiva e) adjunto adverbial de finalidade (FGV) Texto para as questões 19 a 22: “Tomo a liberdade de perguntar a V. Exa. se as locuções

repolhudas do ilustre colega são parlamentares; e, se o são, peço ainda a mercê de se me dizer onde se estudam aquelas farfalhices.” (Camilo Castelo Branco)

19. “de perguntar a V. Exa.” é oração subordinada: a) substantiva objetiva indireta, reduzida de infinitivo b) substantiva completiva nominal, reduzida de infinitivo c) adverbial causal, reduzida de infinitivo d) adjetiva explicativa, reduzida de infinitivo e) substantiva apositiva 20. A oração “se as locuções repolhudas do ilustre colega são

parlamentares”, é: a) subordinada substantiva objetiva direta b) subordinada substantiva predicativa c) subordinada adverbial causal d) subordinada adverbial condicional e) subordinada adverbial consecutiva 21. A oração “se o são” é: a) subordinada substantiva objetiva direta b) subordinada substantiva predicativa c) subordinada adverbial consecutiva d) subordinada adverbial causal e) subordinada adverbial condicional 22. A oração “de se me dizer” é: a) subordinada substantiva objetiva direta b) subordinada substantiva objetiva indireta c) subordinada adverbial condicional d) subordinada substantiva apositiva e) subordinada substantiva completiva nominal 23. (FUVEST) Classifique as orações em destaque do período

seguinte: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu.”

a) principal, subordinada adverbial final b) principal, subordinada substantiva objetiva direta c) subordinada adverbial temporal, subordinada adjetiva

restritiva d) subordinada adverbial temporal, subordinada objetiva

direta e) subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva

subjetiva

24. (FUVEST) No período: “Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.”, a segunda oração é:

a) subordinada adverbial causal b) subordinada adverbial consecutiva c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada adverbial comparativa e) subordinada adverbial subjetiva 25. (FUVEST) “Sabendo que seria preso, ainda assim saiu à

rua.” a) reduzida de gerúndio, conformativa b) subordinada adverbial condicional c) subordinada adverbial causal d) reduzida de gerúndio, concessiva e) reduzida de gerúndio, final 26. (PUC) Assinale a alternativa em que a subordinada não

traduza idéia de conseqüência, comparação, concessão e causa: a. Porquanto, não fosse um ancião convencional, enterrou-

se de sobrecasaca e polainas. b. Desde que era um ancião convencional, enterrou-se de

sobrecasaca e polainas. c. Ele era um ancião tão convencional que se enterrou de

sobrecasaca e polainas d. Ele era um ancião mais convencional do que o que se

enterrou de sobrecasaca e polainas e. Ele era um ancião convencional, na medida em que se

enterrou de sobrecasaca e polainas 27. (FUVEST) Na frase “Entrando na faculdade, procurarei

emprego.”, a oração subordinada indica idéia de: a) concessão b) oposição c) condição d) lugar e) conseqüência

28. (UM-PIRACICABA) I - Apresento-lhe Lúcia. II - Faço tudo por um sorriso de Lúcia. Se juntarmos as duas orações num só período, usando um pronome relativo, teremos:

a) Apresento-lhe Lúcia, a quem faço tudo pelo sorriso dela. b) Apresento-lhe Lúcia, que pelo sorriso dela faço tudo. c) Apresento-lhe Lúcia, a qual faço tudo pelo seu sorriso. d) Apresento-lhe Lúcia, por cujo sorriso faço tudo por ele. e) Apresento-lhe Lúcia, por cujo sorriso faço tudo. 29. (EFOA-MG) “Quando vejo certos colegas mostrando

com orgulho aquela rodela imbecil no pescoço ...” O período que apresenta uma oração com a mesma classificação da sublinhada na citação acima é:

a) “Mal o sol fugia, começavam as toadas das cantigas.” b) “Caso o encontre, dê-lhe o recado.” c) “Dado que a polícia venha, prenderemos o assassino.” d) “Uma vez que cheguem os reforços, atacaremos a praça.” e) “Contar-lhe-ei o caso, conquanto você guarde segredo.”

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30. (UFE-PA) No trecho “Cecília ... viu do lado oposto do rochedo Peri, que a olhava com uma admiração ardente”, a oração grifada expressa uma:

a) causa b) oposição c) condição d) lugar e) explicação

31. (UF SANTA MARIA-RS) Leia, com atenção, os períodos abaixo:

Caso haja justiça social, haverá paz. Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não

fornece uma reprodução fiel da realidade. Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se

escutou um único ruído. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as

circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas: a) tempo, concessão, comparação b) tempo, causa, concessão c) condição, conseqüência, comparação d) condição, concessão, causa e) concessão, causa, conformidade 32. (UE PONTA GROSSA-PR) Em “É possível que

comunicassem sobre políticos”, a segunda oração é: a) subordinada substantiva subjetiva b) subordinada adverbial predicativa c) subordinada substantiva predicativa d) principal e) subordinada substantiva objetiva direta 33. (UE PONTA GROSSA-PR) Quando o enterro passou / Os

homens que se achavam no café / Tiraram o chapéu maquinalmente (Manuel Bandeira)

A oração que se achavam no café é: a) subordinada adverbial condicional b) coordenada sindética adversativa c) subordinada substantiva subjetiva d) subordinada substantiva objetiva direta e) subordinada adjetiva restritiva 34. (UNIMEP) I - Mário estudou muito e foi reprovado!

II - Mário estudou muito e foi aprovado. Em I e II, a conjunção e tem, respectivamente, valor:

a) aditivo e conclusivo b) adversativo e aditivo c) aditivo e aditivo d) adversativo e conclusivo e) concessivo e causal

35. (UC-MG) A classificação da oração grifada está correta em todas as opções, exceto em:

a. Ela sabia que ele estava fazendo o certo - subordinada substantiva objetiva indireta

b. Era a primeira vez que ficava assim tão perto de uma mulher - subordinada substantiva subjetiva

c. Mas não estava neles modificar um namoro que nascera difícil, cercado, travado - subordinada adjetiva

d. O momento foi tão intenso que ele teve medo - subordinada adverbial consecutiva

e. Solta que você está me machucando - coordenada sindética explicativa

36. (FUVEST) No período: “Ainda que fosse bom jogador,

não ganharia a partida”, a oração destacada encerra idéia de: a) causa b) concessão c) fim d) condição e) proporção

37. (PUC) No período: “Apesar disso a palestra de Seu Ribeiro e D. Glória é bastante clara”, a palavra grifada veicula uma idéia de:

a) concessão b) comparação c) conseqüência d) condição e) modo

38. (F. TIBIRIÇA-SP) No período “Penso, logo existo”, oração em destaque é:

a) coordenada sindética conclusiva b) coordenada sindética aditiva c) coordenada sindética alternativa d) coordenada sindética adversativa e) n.d.a 39. (FCE-SP) “Os homens sempre se esquecem de que somos

todos mortais.” A oração destacada é: a) substantiva completiva nominal b) substantiva objetiva indireta c) substantiva predicativa d) substantiva objetiva direta e) substantiva subjetiva

40. (FEI-SP) “Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida.” A oração em destaque é substantiva:

a) objetiva indireta b) completiva nominal c) objetiva direta d) subjetiva e) apositiva

41. (UC-MG) Há oração subordinada substantiva apositiva em:

a. Na rua perguntou-lhe em tom misterioso: onde poderemos falar à vontade?

b. Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como pasmados.

c. As estrelas que vemos parecem grandes olhos curiosos. d. Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito: não

admira que ela me preferisse. e. Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença

fosse notada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

42. (UF-PA) Qual o período em que há oração subordinada substantiva predicativa?

a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares. b) Sou favorável a que o aprovem. c) Desejo-te isto: que sejas feliz. d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do

vestibular. e) Lembre-se de que tudo passa nesse mundo. 43. (UF-PA) Há no período uma oração subordinada adjetiva: a) Ele falou que compraria a casa. b) Não fale alto, que ela pode ouvir. c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo. d) Em time que ganha não se mexe. e) Parece que a prova não está difícil. 44. (PUC) Nos trechos: “... não é impossível que a notícia

da morte me deixasse alguma tranqüilidade, alívio e um ou dois minutos de prazer” e “Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras”. A palavra “que” está introduzindo, respectivamente, orações:

a. subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva objetiva direta

b. subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva objetiva direta

c. subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva predicativa

d. subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva explicativa

e. subordinada adjetiva explicativa, subordinada substantiva predicativa

45. (PUC) Assinale a alternativa que apresenta um período

composto onde uma das orações é subordinada adjetiva: a. “... a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário,

digo a todas como sou”. b. “Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que

ainda há pouco mostrei.” c. “... em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante

e incapaz de amar três dias um mesmo objeto”. d. “Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós

enganais e eu desengano.” e. “ - Está romântico!... está romântico... - exclamaram os

três...” 46. (F. TIBIRIÇA-SP) No período “Todos tinham certeza de

que seriam aprovados”, a oração destacada é: a) substantiva objetiva indireta b) substantiva completiva nominal c) substantiva apositiva d) substantiva subjetiva e) n.d.a

47. (UFSCAR) Marque a opção que contém oração subordinada substantiva completiva nominal:

a. “Tanto eu como Pascoal tínhamos medo de que o patrão topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade.”

b. “Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro.”

c. “Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro Barqueiro no rancho, que só tinha três divisões: a sala, o quarto dele e a cozinha.”

d. “Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho, que havia colhido em sua rocinha, ali perto.”

e. “Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas.”

48. (CESGRANRIO) Assinale o período em que ocorre a

mesma relação significativa indicada pelos termos destacados em: “A atividade científica é tão natural quanto qualquer outra atividade econômica.”

a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi promovido. b) Quanto mais estuda, menos aprende. c) Tenho tudo quanto quero. d) Sabia a lição tão bem como eu. e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo. 49. (UMC-SP) Assinale o período em que há oração

subordinada adverbial consecutiva: a) Diz-se que você não estuda. b) Falam que você não estuda. c) Fala-se tanto que você não estuda. d) Comeu que ficou doente. e) Quando saíres, irei contigo.

50. (F. LUIZ MENEGUEL-PR) No período “Embora lhe desaprovassem a forma, justificavam-lhe a essência”, podemos afirmar que ocorre uma oração:

a) coordenada explicativa b) coordenada adversativa c) subordinada adverbial conformativa d) subordinada adverbial concessiva e) subordinada integrante

RESPOSTAS

(1-A) (2-B) (3-E) (4-A) (5-D) (6-E) (7-B) (8-C) (9-E) (10-C) (11-C) (12-E) (13-B) (14-B) (15-C) (16-E) (17-A) (18-C) (19-B)(20-A) (21-E) (22-E) (23-D) (24-B) (25-D) (26-E) (27-C) (28-E) (29-A) (30-E) (31-D) (32-A) (33-E) (34-B) (35-A) (36-B) (37-A) (38-A) (39-B) (40-B) (41-E) (42-A) (43-D) (44-A) (45-B) (46-B)

(47-A) (48-D) (49-D) (50-D)

PONTUAÇÃO

Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as pausas da linguagem oral.

PONTOO ponto é empregado em geral para indicar o final de uma

frase declarativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado de simples.

Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).

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LÍNGUA PORTUGUESA

PONTO DE INTERROGAÇÃOÉ usado para indicar pergunta direta.Onde está seu irmão?

Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação.A mim ?! Que idéia!

PONTO DE EXCLAMAÇÃOÉ usado depois das interjeições, locuções ou frases

exclamativas.Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!Ó jovens! Lutemos!

VÍRGULAA vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma

pequena pausa na fala. Emprega-se a vírgula:• Nas datas e nos endereços:São Paulo, 17 de setembro de 1989.Largo do Paissandu, 128.• No vocativo e no aposto:Meninos, prestem atenção!Termópilas, o meu amigo, é escritor.• Nos termos independentes entre si:O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.• Com certas expressões explicativas como: isto é, por

exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgula:Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa

da padroeira.• Após alguns adjuntos adverbiais:No dia seguinte, viajamos para o litoral.• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o

duplo emprego da vírgula:Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.• Após a primeira parte de um provérbio.O que os olhos não vêem, o coração não sente.• Em alguns casos de termos oclusos:Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.

RETICÊNCIAS• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do

pensamento.Não me disseste que era teu pai que ...• Para realçar uma palavra ou expressão.Hoje em dia, mulher casa com “pão” e passa fome...• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...

PONTO E VÍRGULA• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que

mantém alguma simetria entre si.“Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao

desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. “• Para separar orações coordenadas já marcadas por

vírgula ou no seu interior.Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista,

porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho.

DOIS PONTOS• Enunciar a fala dos personagens:Ele retrucou: Não vês por onde pisas?• Para indicar uma citação alheia:Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações

de passageiros do vôo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embarque”.

• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anterior:

Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.• Enumeração após os apostos:Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.

TRAVESSÃOMarca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para

isolar palavras ou frases– “Quais são os símbolos da pátria?– Que pátria?– Da nossa pátria, ora bolas!” (P. M Campos).– “Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia,

parava outra vez.– a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter avistado

mais alguma coisa”. (M. Palmério). • Usa-se para separar orações do tipo:– Avante!- Gritou o general.– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que

formam uma cadeia de frase:• A estrada de ferro Santos – Jundiaí.• A ponte Rio – Niterói.• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.

ASPASSão usadas para:• Indicar citações textuais de outra autoria.“A bomba não tem endereço certo.” (G. Meireles)• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em

que se expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares:

Há quem goste de “jazz-band”.Não achei nada “legal” aquela aula de inglês.• Para enfatizar palavras ou expressões:Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível” naquela

noite.• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas,

etc.“Fogo Morto” é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.• Em casos de ironia:A “inteligência” dela me sensibiliza profundamente.Veja como ele é “educado” - cuspiu no chão.

PARÊNTESESEmpregamos os parênteses:• Nas indicações bibliográficas.“Sede assim qualquer coisa, serena, isenta, fiel”. (Meireles,

Cecília, “Flor de Poemas”).• Nas indicações cênicas dos textos teatrais:“Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com

os olhos fora das órbitas. Amália se volta)”. (G. Figueiredo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Quando se intercala num texto uma idéia ou indicação acessória:

“E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de fome.” (C. Lispector)

• Para isolar orações intercaladas:“Estou certo que eu (se lhe ponhoMinha mão na testa alçada)Sou eu para ela.” (M. Bandeira)

COLCHETES [ ]Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.

ASTERISCOO asterisco é muito empregado para chamar a atenção do

leitor para alguma nota (observação).

BARRAA barra é muito empregada nas abreviações das datas e em

algumas abreviaturas.

EXERCÍCIOS

1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de pontuação: Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades brasileiras, crescerão sempre...

a) No Brasil, a diferença social é motivo de constante preocupação.

b) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no IBGE.

c) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora a mudar.

d) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências serão tomadas.

2. (IBGE) Assinale a seqüência correta dos sinais de

pontuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência: Aos poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se necessária a abertura dos portos .... para uma outra população de trabalhadores ..... os imigrantes.

a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula b) O - O - dois pontos - vírgula c) vírgula, vírgula - O - dois pontos d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos e) vírgula - dois pontos - vírgula - vírgula

3. (IBGE) Assinale a seqüência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não havendo sinal, O indicará essa inexistência. Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram ..... indiscutivelmente ..... de forma diferente.

a) O - O - vírgula - vírgula b) O - dois pontos - O - vírgula c) O - dois pontos - vírgula - vírgula d) vírgula - vírgula - O - O e) vírgula - O - vírgula – vírgula

4. (ABC-SP) Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada:

a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.

b) Ele, modestamente se retirou. c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia. d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja. e) Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes

alemães. 5. (BB) “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram

que há criatividade”. Cabem no máximo: a) 3 vírgulas b) 4 vírgulas c) 2 vírgulasd) 1 vírgulae) 5 vírgulas

6. (CESGRANRIO) Assinale o texto de pontuação correta: a. Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma

comadre, minha avó. b. Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me:

provocava risos, muxoxos, palavrões. c. A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam

deles os outros, sem que este riso os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado.

d. Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC, triturados soltos no ar.

e. Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena.

7. (TTN) Das redações abaixo, assinale a que não está

pontuada corretamente: a. Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado

do concurso. b. Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado

do concurso. c. Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado

do concurso. d. Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do

concurso, em fila. e. Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado

do concurso. (CARLOS CHAGAS-BA) Instruções para as questões

de números 8 e 9: Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação, assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

8. a. Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a

reunião ficou mais animada. b. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião

ficou mais animada. c. Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a

reunião ficou mais animada. d. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião,

ficou mais animada. e. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião

ficou, mais animada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

9. a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu

venho. b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que

eu venho. c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que

eu venho. d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que

eu venho. e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que

eu venho.

10. (SANTA CASA) Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio. b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio. c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio. d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio. e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio. 11. (PUC-RS) A alternativa com pontuação correta é: a. Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir. Nossa

capacidade de retenção é variável e muitas vezes inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.

b. Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir: nossa capacidade de retenção é variável e, muitas vezes, inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.

c. Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir! Nossa capacidade de retenção é variável e muitas vezes inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.

d. Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir; nossa capacidade de retenção, é variável e - muitas vezes inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.

e. Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir. Nossa capacidade de retenção é variável - e muitas vezes inconscientemente - deturpamos, o que ouvimos.

(CESCEM) Nas questões 12 a 15, os períodos foram

pontuados de cinco formas diferentes. Leia-os todos e assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

12. a. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque, conhece

pouco os deveres da hospitalidade. b. Entra a propósito disse Alves, o seu moleque conhece

pouco os deveres da hospitalidade. c. Entra a propósito, disse Alves o seu moleque conhece

pouco os deveres da hospitalidade. d. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque conhece

pouco os deveres da hospitalidade. e. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque conhece

pouco, os deveres da hospitalidade. 13. a. Prima faça calar titio suplicou o moço, com um leve

sorriso que imediatamente se lhe apagou. b. Prima, faça calar titio, suplicou o moço com um leve

sorriso que imediatamente se lhe apagou.

c. Prima faça calar titio, suplicou o moço com um leve sorriso que imediatamente se lhe apagou.

d. Prima, faça calar titio suplicou o moço com um leve sorriso que imediatamente se lhe apagou.

e. Prima faça calar titio, suplicou o moço com um leve sorriso que, imediatamente se lhe apagou.

14. a. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio

gordo, fisionomia insinuante, destas que mesmo sérias, trazem impresso constante sorriso.

b. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio gordo, fisionomia insinuante, destas que mesmo sérias trazem, impresso constante sorriso.

c. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio gordo, fisionomia insinuante, destas que, mesmo sérias, trazem impresso, constante sorriso.

d. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio gordo, fisionomia insinuante, destas que, mesmo sérias trazem impresso constante sorriso.

e. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio gordo, fisionomia insinuante, destas que, mesmo sérias, trazem impresso constante sorriso.

15. a. Deixo ao leitor calcular quanta paixão a bela viúva,

empregou na execução do canto. b. Deixo ao leitor calcular quanta paixão a bela viúva

empregou na execução do canto. c. Deixo ao leitor calcular quanta paixão, a bela viúva,

empregou na execução do canto. d. Deixo ao leitor calcular, quanta paixão a bela viúva,

empregou na execução do canto. e. Deixo ao leitor, calcular quanta paixão a bela viúva,

empregou na execução do canto.

RESPOSTAS

(1-A) (2-C) (3-E) (4-C) (5-C) (6-C) (7-E) (8-C) (9-D) (10-E) (11-B) (12-D) (13-B) (14-E) (15-B)

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

A concordância consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-se umas às outras harmonicamente na construção frasal. É o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se harmonizam, nas suas flexões, com as palavras de que dependem.

“Concordar” significa “estar de acordo com”. Assim, na concordância, tanto nominal quanto verbal, os elementos que compõem a frase devem estar em consonância uns com os outros.

Essa concordância poderá ser feita de duas formas: gramatical ou lógica (segue os padrões gramaticais vigentes); atrativa ou ideológica (dá ênfase a apenas um dos vários elementos, com valor estilístico).

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Concordância Nominal – adequação entre o substantivo e os elementos que a ele se referem (artigo, pronome, adjetivo).

Concordância Verbal – variação do verbo, conformando-se ao número e à pessoa do sujeito.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância do adjetivo adjunto adnominal: a concordância do adjetivo, com a função de adjunto adnominal, efetua-se de acordo com as seguintes regras gerais:

• O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Exemplo: O alto ipê cobre-se de flores amarelas.

• O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes, quando posposto, poderá concordar no masculino plural (concordância mais aconselhada), ou com o substantivo mais próximo. Exemplo:

No masculino plural: “Tinha as espáduas e o colo feitos de encomenda para os

vestidos decotados.” (Machado de Assis)“Os arreios e as bagagens espalhados no chão, em roda.”

(Herman Lima)“Ainda assim, apareci com o rosto e as mãos muito marcados.”

(Carlos Povina Cavalcânti)“...grande número de camareiros e camareiras nativos.”

(Érico Veríssimo)“...um padre-nosso e uma ave-maria oferecidos a Nossa

Senhora.” (Machado de Assis)“Uma solicitude e um interesse mais que fraternos.” (Mário

de Alencar)“...asas e peito matizados de riscas brancas.” (Lúcio de

Mendonça)A atriz possui muitas jóias e vestidos caros.“...à descoberta de rios e terras ainda desconhecidos.” (José

de Alencar)“...esperavam-nos alguns tios e tias maternos, com os quais

fomos viver.” (Humberto de Campos)

Com o substantivo mais próximo:A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta.Músicos e bailarinas ciganas animavam a festa.“...toda ela (a casa) cheirando ainda a cal, a tinta e a barro

fresco.” (Humberto de Campos)“Meu primo estava saudoso dos tempos da infância e falava

dos irmãos e irmãs falecidas.” (Luís Henrique Tavares)

• Anteposto aos substantivos, o adjetivo concorda, em geral, com o mais próximo:

“Escolhestes mau lugar e hora...” (Alexandre Herculano)“...acerca do possível ladrão ou ladrões.” (Antônio Calado)Velhas revistas e livros enchiam as prateleiras.Velhos livros e revistas enchiam as prateleiras.

Seguem esta regra os pronomes adjetivos: A sua idade, sexo e profissão.; Seus planos e tentativas.; Aqueles vícios e ambições.; Por que tanto ódio e perversidade?; “Seu Príncipe e filhos.” (Luís de Camões, Os Lusíadas, III, 124)

Muitas vezes é facultativa a escolha desta ou daquela concordância, mas em todos os casos deve subordinar-se às exigências da eufonia, da clareza e do bom gosto.

Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado pelo artigo, ocorrem dois tipos de construção, um e outro legítimos. Exemplos:

Estudo as línguas inglesa e francesa.Estudo a língua inglesa e a francesa.Os dedos indicador e médio estavam feridos.O dedo indicador e o médio estavam feridos.

Os adjetivos regidos da preposição de, que se referem a pronomes neutros indefinidos (nada, muito, algo, tanto, que, etc.), normalmente ficam no masculino singular:

Sua vida nada tem de misterioso.Seus olhos têm algo de sedutor.Todavia, por atração, podem esses adjetivos concordar com o

substantivo (ou pronome) sujeito:“Elas nada tinham de ingênuas.” (José Gualda Dantas)“Os edifícios da cidade nada têm de elegantes.” (Mário

Barreto)“Júlia tinha tanto de magra e sardenta, quanto de feia.”

(Ribeiro Couto)“Tanto tinha minha tia de emperiquitada quanto minha avó

de desmanzelada consigo mesma.” (Pedro Nava)“...esses números nada têm de precisos.” (Josué de Castro)

Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito: a concordância do adjetivo predicativo com o sujeito realiza-se consoante as seguintes normas:

• O predicativo concorda em gênero e número com o sujeito simples:

A ciência sem consciência é desastrosa.Os campos estavam floridos, as colheitas seriam fartas.É proibida a caça nesta reserva.

• Quando o sujeito é composto e constituído por substantivos do mesmo gênero, o predicativo deve concordar no plural e no gênero deles:

O mar e o céu estavam serenos.A ciência e a virtude são necessárias.“Torvos e ferozes eram o gesto e os meneios destes homens

sem disciplina,” (Alexandre Herculano)

• Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos de gêneros diversos, o predicativo concordará no masculino plural:

O vale e a montanha são frescos.“O céu e as árvores ficariam assombrados.” (Machado de

Assis)Longos eram os dias e as noites para o prisioneiro.“O César e a irmã são louros.” (Antônio Olinto)O garoto e as meninas avançaram cautelosos.Menos comum é a concordância com o substantivo mais

próximo, o que só é possível quando o predicativo se antecipa ao sujeito:

“Era deserta a vila, a casa, o templo.” (Gonçalves Dias)Onde andará metido Antônio e suas irmãs?Estavam molhadas as cortinas e os tapetes.

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LÍNGUA PORTUGUESA

• Se o sujeito for representado por um pronome de tratamento, a concordância se efetua com o sexo da pessoa a quem nos referimos:

Vossa Senhoria ficará satisfeito, eu lhe garanto.“Vossa Excelência está enganado, Doutor Juiz.” (Ariano

Suassuna)Vossas Excelências, senhores Ministros, são merecedores de

nossa confiança.Vossa Alteza foi bondoso. (com referência a um príncipe)Vossa Alteza foi muito severa. (com referência a uma

princesa)“Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a sua expedição.”

(Vivaldo Coaraci)

O predicativo aparece às vezes na forma do masculino singular nas estereotipadas locuções é bom, é necessário, é preciso, etc., embora o sujeito seja substantivo feminino ou plural:

Bebida alcoólica não é bom para o fígado.“Água de melissa é muito bom.” (Machado de Assis)“É preciso cautela com semelhantes doutrinas.” (Camilo

Castelo Branco)“Hormônios, às refeições, não é mau.” (Aníbal Machado)“É necessário muita fé.” (Mário Barreto)“ Não seria preciso muita finura para perceber isso.” (Ciro

dos Anjos)Observe-se que em tais casos o sujeito não vem determinado

pelo artigo e a concordância se faz não com a forma gramatical da palavra, mas com o fato que se tem em mente:

Tomar hormônios às refeições não é mau.É necessário ter muita fé.

Havendo determinação do sujeito, ou sendo preciso realçar o predicativo, efetua-se a concordância normalmente:

É necessária a tua presença aqui. (= indispensável)“Se eram necessárias obras, que se fizessem e largamente.”

(Eça de Queirós)“Seriam precisos outros três homens.” (Aníbal Machado)“São precisos também os nomes dos admiradores.” (Carlos

de Laet)“Foram precisos milênios de luta contra a animalidade.”

(Rubem Braga)“Só para consolidar as bases do palácio real, foram precisas

treze mil estacas.” (Ramalho Ortigão)

Concordância do predicativo com o objeto: A concordância do adjetivo predicativo com o objeto direto ou indireto subordina-se às seguintes regras gerais:

• O adjetivo concorda em gênero e número com o objeto quando este é simples:

Vi ancorados na baía os navios petrolíferos.“Olhou para suas terras e viu-as incultas e maninhas.”

(Carlos de Laet)O tribunal qualificou de ilegais as nomeações do ex-prefeito.A noite torna visíveis os astros no céu límpido.

• Quando o objeto é composto e constituído por elementos do mesmo gênero, o adjetivo se flexiona no plural e no gênero dos elementos:

A justiça declarou criminosos o empresário e seus auxiliares. Deixe bem fechadas a porta e as janelas.

• Sendo o objeto composto e formado de elementos de gênero diversos, o adjetivo predicativo concordará no masculino plural:

Tomei emprestados a régua e o compasso. Achei muito simpáticos o príncipe e sua filha. “Vi setas e carcás espedaçados”. (Gonçalves Dias) Encontrei jogados no chão o álbum e as cartas. Encontrei pai e filha empenhados numa discussão.

Se anteposto ao objeto, poderá o predicativo, neste caso, concordar com o núcleo mais próximo:

É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins.Segue as mesmas regras o predicativo expresso pelos

substantivos variáveis em gênero e número:Temiam que as tomassem por malfeitoras.Considero autores do crime o comerciante e sua empregada.

Concordância do particípio passivo: Na voz passiva, o particípio concorda em gênero e número com o sujeito, como os adjetivos:

Foi escolhida a rainha da festa.Foi feita a entrega dos convites.Os jogadores tinham sido convocados.O governo avisa que não serão permitidas invasões de

propriedades.Passadas duas semanas, procurei o devedor.Minhas três coleções de selos são postas à venda.O que não é admitido é a greve abusiva.Foram vistas centenas de rapazes pedalando nas ruas.

Quando o núcleo do sujeito é, como no último exemplo, um coletivo numérico, pode-se, em geral, efetuar a concordância com o substantivo que o acompanha:

Centenas de rapazes foram vistos pedalando nas ruas.Dezenas de soldados foram feridos em combate.

Referindo-se a dois ou mais substantivos de gênero diferentes, o particípio concordará no masculino plural:

Atingidos por mísseis, a corveta e o navio foram a pique.“Mas achei natural que o clube e suas ilusões fossem

leiloados.” (Carlos Drummond de Andrade)

Concordância do pronome com o nome:

• O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere:

“Martim quebrou um ramo de murta, a folha da tristeza, e deitou-o no jazido de sua esposa”. (José de Alencar)

“O velho abriu as pálpebras e cerrou-as logo.” (José de Alencar)

• O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes, flexiona-se no masculino plural:

“Salas e coração habita-os a saudade”” (Alberto de Oliveira)

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LÍNGUA PORTUGUESA

“A generosidade, o esforço e o amor, ensinaste-os tu em toda a sua sublimidade.” (Alexandre Herculano)

Conheci naquela escola ótimos rapazes e moças, com os quais fiz boas amizades.

“Referi-me à catedral de Notre-Dame e ao Vesúvio familiarmente, como se os tivesse visto.” (Graciliano Ramos)

Trazem presentes e flores e depositam-nos em torno dela. Observação: Os substantivos sendo sinônimos, o pronome

concorda com o mais próximo:“Ó mortais, que cegueira e desatino é o nosso!” (Manuel

Bernardes)

• Os pronomes um... outro, quando se referem a substantivos de gênero diferentes, concordam no masculino:

Marido e mulher viviam em boa harmonia e ajudavam-se um ao outro.

“Repousavam bem perto um do outro a matéria e o espírito.” (Alexandre Herculano)

Nito e Sônia casaram cedo: um por amor, o outro, por interesse.

A locução um e outro, referida a indivíduos de sexos diferentes, permanece também no masculino:

“A mulher do colchoeiro escovou-lhe o chapéu; e, quando ele [Rubião] saiu, um e outro agradeceram-lhe muito o benefício da salvação do filho.” (Machado de Assis)

O substantivo que se segue às locuções um e outro e nem outro fica no singular. Exemplos:

Um e outro livro me agradaram.Nem um nem outro livro me agradaram.

Outros casos de concordância nominal: Registramos aqui alguns casos especiais de concordância nominal:

• Anexo, incluso, leso. Como adjetivos, concordam com o substantivo em gênero e número:

Anexa à presente, vai a relação das mercadorias. Vão anexos os pareceres das comissões técnicas. Remeto-lhe, anexas, duas cópias do contrato. Remeto-lhe, inclusa, uma fotocópia do recibo. Os crimes de lesa-majestade eram punidos com a morte. Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria. Observaçã: Evite a locução espúria em anexo.

• A olhos vistos. Locução adverbial invariável. Significa visivelmente.

“Lúcia emagrecia a olhos vistos”. (Coelho Neto) “Zito envelhecia a olhos vistos.” (Autren Dourado)

• Só. Como adjetivo, só [sozinho, único] concorda em número com o substantivo. Como palavra denotativa de limitação, equivalente de apenas, somente, é invariável.

Eles estavam sós, na sala iluminada.Esses dois livros, por si sós, bastariam para torná-los célebre.Elas só passeiam de carro.Só eles estavam na sala.

Observação: Forma a locução a sós [=sem mais companhia, sozinho]: Estávamos a sós. Jesus despediu a multidão e subiu ao monte para orar a sós.

• Possível. Usado em expressões superlativas, este adjetivo ora aparece invariável, ora flexionado:

“A volta, esperava-nos sempre o almoço com os pratos mais requintados possível.” (Maria Helena Cardoso)

“Estas frutas são as mais saborosas possível.” (Carlos Góis)“A mania de Alice era colecionar os enfeites de louça mais

grotescos possíveis.” (ledo Ivo)“... e o resultado obtido foi uma apresentação com movimentos

os mais espontâneos possíveis.” (Ronaldo Miranda)“De modo geral, as características do solo são as mais variadas

possíveis.” (Murilo Melo Filho)As informações obtidas são as melhores (ou as piores)

possíveis.Ele escolhia as tarefas menos penosas possíveis.

Como se vê dos exemplos citados, há nítida tendência, no português de hoje, para se usar, neste caso, o adjetivo possível no plural.

O singular é de rigor quando a expressão superlativa inicia com a partícula o (o mais, o menos, o maior, o menor, etc.)

Os prédios devem ficar o mais afastados possível.Ele trazia sempre as unhas o mais bem aparadas possível.O médico atendeu o maior número de pacientes possível.

• Adjetivos adverbiados. Certos adjetivos, como sério, claro, caro, barato, alto, raro, etc., quando usados com a função de advérbios terminados em – mente, ficam invariáveis:

Vamos falar sério. [sério = seriamente]Penso que falei bem claro, disse a secretária.Esses produtos passam a custar mais caro. [ou mais barato]Estas aves voam alto. [ou baixo]Gilberto e Regina raro vão ao cinema.“Há pessoas que parecem nascer errado.” (Machado de Assis)

Junto e direto ora funcionam como adjetivos, ora como advérbios:

“Jorge e Dante saltaram juntos do carro.” (José Louzeiro)“Era como se tivessem estado juntos na véspera.” (Autram

Dourado).“Elas moram junto há algum tempo.” (José Gualda Dantas)“Foram direto ao galpão do engenheiro-chefe.” (Josué

Guimarães)“As gaivotas iam diretas como um dardo.” (Josué Guimarães)“Vamos carregar, juntas, nossa cruz.” (Maria José de Queirós)Junto, estou lhe enviando algumas fotos.As fotos foram enviadas junto com a carta.

• Todo. No sentido de inteiramente, completamente, costuma-se flexionar, embora seja advérbio:

Esses índios andam todos nus.Geou durante a noite e a planície ficou toda (ou todo) branca.As meninas iam todas de branco.A casinha ficava sob duas mangueiras, que a cobriam toda.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Mas admite-se também a forma invariável:

Fiquei com os cabelos todo sujos de terá.Suas mãos estavam todo ensangüentadas.

• Alerta. Pela sua origem, alerta [=atentamente, de prontidão, em estado de vigilância] é advérbio e, portanto, invariável:

Estamos alerta.Os soldados ficaram alerta.“Todos os sentidos alerta funcionam.” (Carlos Drummond de

Andrade)“Os brasileiros não podem deixar de estar sempre alerta.”

(Martins de Aguiar)

Contudo, esta palavra é, atualmente, sentida antes como adjetivo, sendo, por isso, flexionada no plural:

Nossos chefes estão alertas. [=vigilantes]Papa diz aos cristãos que se mantenham alertas.“Uma sentinela de guarda, olhos abertos e sentidos alertas,

esperando pelo esconhecido...” (Assis Brasil, Os Crocodilos, p. 25)

• Meio. Usada como advérbio, no sentido de um pouco, esta palavra é invariável. Exemplos:

A porta estava meio aberta.As meninas ficaram meio nervosas.Os sapatos eram meio velhos, mas serviam.

• Bastante. Varia quando adjetivo, sinônimo de suficiente:Não havia provas bastantes para condenar o réu.Duas malas não eram bastantes para as roupas da atriz.

Fica invariável quando advérbio, caso em que modifica um adjetivo:

As cordas eram bastante fortes para sustentar o peso.Os emissários voltaram bastante otimistas.“Levi está inquieto com a economia do Brasil. Vê que se

aproximam dias bastante escuros.” (Austregésilo de Ataíde)

• Menos. É palavra invariável:Gaste menos água.À noite, há menos pessoas na praça.

CONCORDÂNCIA VERBAL

O verbo concorda com o sujeito, em harmonia com as seguintes regras gerais:

O sujeito é simples

• O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Exemplos:

a) Verbo depois do sujeito:“As saúvas eram uma praga.” (Carlos Povina Cavalcânti) “Tu não és inimiga dele, não? (Camilo Castelo Branco)“Vós fostes chamados à liberdade, irmãos.” (São Paulo)

b) Verbo antes do sujeito:Acontecem tantas desgraças neste planeta!Não faltarão pessoas que nos queiram ajudar.A quem pertencem essas terras?“Que me importavam as grades negras e pegajosas?”

(Graciliano Ramos)“Eram duas princesas muito lindas.” (Adriano da Gama

Kury)

O sujeito é composto e da 3ª pessoa

• O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva geralmente este para o plural. Exemplos:

“A esposa e o amigo seguem sua marcha.” (José de Alencar)“Poti e seus guerreiros o acompanharam.” (José de Alencar)“Vida, graça, novidade, escorriam-lhe da alma como de uma

fonte perene.” (Machado de Assis)

É licito (mas não obrigatório) deixar o verbo no singular:a) Quando o núcleo dos sujeitos são sinônimos:“A decência e honestidade ainda reinava.” (Mário Barreto)“A coragem e afoiteza com que lhe respondi, perturbou-o...”

(Camilo Castelo Branco)“Que barulho, que revolução será capaz de perturbar esta

serenidade?” (Graciliano Ramos) b) Quando os núcleos do sujeito formam seqüência

gradativa:Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina começou a

me apertar à alma.

• Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo, este poderá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo:

“Não fossem o rádio de pilha e as revistas, que seria de Elisa?” (Jorge Amado)

“Enquanto ele não vinha, apareceram um jornal e uma vela.” (Ricardo Ramos)

“Ali estavam o rio e as suas lavadeiras.” (Carlos Povina Cavalcânti)

... casa abençoada onde paravam Deus e o primeiro dos seus ministros.” (Carlos de Laet)

“Moço escritor, ao qual não faltam o talento e a graça.” (Raquel de Queirós)

“Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba...” (Machado de Assis)

“Proibiu-se o ofício e lojas de ourives.” (Viriato Correia)“Aqui é que reina a paz e a alegria nas boas consciências.”

(Camilo Castelo Branco)“E de tudo, só restaria a árvore, a relva e o cestinho de

morangos.” (Lígia Fagundes Teles)“Assusta-as, talvez, o ar tranqüilo com que as recebo, e a

modéstia da cas.” (Rubem Braga)“Passou-me pela mente a face e a voz duma professora de

escola primária.” (Érico Veríssimo)

Observação: Aconselhamos, nesse caso, usar o verbo no plural.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O sujeito é composto e de pessoas diferentes

• Se o sujeito composto for de pessoas diversas, o verbo se flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. (A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª prevale sobre a 3ª):

“Foi o que fizemos Capitu e eu.” (Machado de Assis) (ela e eu = nós)

“Tu e ele partireis juntos.” (Mário Barreto) (tu e ele = vós)Você e meu irmão não me compreendem. (você e ele = vocês)

Muitas vezes os escritores quebram a rigides dessa regra:

a) Ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais próximo, quando este se pospõe ao verbo:

“O que resta da felicidade passada és tu e eles.” (Camilo Castelo Branco)

“Faze uma arca de madeira; entra nela tu, tua mulher e teus filhos.” (Machado de Assis)

b) Ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele (tu + ele = vocês em vez de tu + ele = vós):

“...Deus e tu são testemunhas...” (Almeida Garrett)“O que eu continuamente peço a Deus é que ele e tu sejam

meus amigos.” (Camilo Castelo Branco)“Juro que tu e tua mulher me pagam.” (Coelho Neto)“Nem tu nem Belkiss a vêem.” (Eugênio de Castro)

As normas que a seguir traçamos têm, muitas vezes, valor relativo, porquanto a escolha desta ou daquela concordância depende, freqüentemente, do contexto, da situação e do clima emocional que envolvem o falante ou o escrevente.

Núcleos do sujeito unidos por ou

• Há duas situações a considerar:

a) Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação, o verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo:

Paulo ou Antônio será o presidente.O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio.Ainda não foi encontrado o autor ou os autores do crime.“O chefe ou um dos delegados, não me lembra, era amigo do

Andrade.” (Machado de Assis)

b) O verbo irá para o plural se a idéia por ele expressa se referir ou puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito:

“Era tão pequena a cidade, que um grito ou gargalhada forte a atravessavam de ponta a ponta.” (Aníbal Machado) (Tanto um grito como uma gargalhada atravessavam a cidade.)

“Naquela crise, só Deus ou Nossa Senhora podiam acudir-lhe.” (Camilo Castelo Branco)

Há, no entanto, em bons autores, ocorrência de verbo no singular:

“A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos individuais.” (Vivaldo Coaraci)

“Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique.” (Machado de Assis)

“Um príncipe ou uma princesa não casa sem um vultoso dote.” (Viriato Correia)

“Nas classes burguesas é raro o rapaz ou a rapariga que não saiba o latim e o francês.” (Ramalho Ortigão)

“Não faltava argúcia ou malícia a quem era irmã de Júlia.” (Luís Jardim)

Núcleos do sujeito unidos pela preposição com

• Usa-se mais freqüentemente o verbo no plural quando se atribui a mesma importância, no processo verbal, aos elementos do sujeito unidos pela preposição com. Exemplos:

Manuel com seu compadre construíram o barracão.“Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo...” (Camilo

Castelo Branco)“Ele com mais dois acercaram-se da porta.” (Camilo Castelo

Branco)

Pode se usar o verbo no singular quando se deseja dar relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando o verbo vier antes deste. Exemplos:

O bispo, com dois sacerdotes, iniciou solenemente a missa.O presidente, com sua comitiva, chegou a Paris às 5h da tarde.“Já num sublime e público teatro se assenta o rei inglês com

toda a corte.” (Luís de Camarões)“À mesma porta por onde saíra a mulher com a filha,

chegaram outros pretendentes.” (Aníbal Machado)

Núcleos do sujeito unidos por nem

• Quando o sujeito é formado por núcleos no singular unidos pela conjunção nem, usa-se, comumente, o verbo no plural. Exemplos:

Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos.Nem eu nem ele o convidamos.“Nem o mundo, nem Deus teriam força para me constranger

a tanto.” (Alexandre Herculano)“Nem a Bíblia nem a respeitabilidade lhe permitem praguejar

alto.” (Eça de Queirós)“Nem a mãe nem o pai tinham percebido sua ausência.”

(Garcia de Paiva)“Nem a mocidade, nem a fortuna tinham já forças para

reanimar a sua vítima.” (Antônio Feliciano de Castilho)“Nem Hazerot nem Magog foram eleitos.” (Machado de

Assis)

É preferível a concordância no singular:

a) Quando o verbo precede o sujeito:“Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores,

nem a pompa das folhas verdes...” (Machado de Assis)Não o convidei eu nem minha esposa.“Na fazenda, atualmente, não se recusa trabalho, nem

dinheiro, nem nada a ninguém.” (Guimarães Rosa)

b) Quando há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser atribuído a um dos elementos do sujeito:

Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada. (Só uma cidade pode sediar a Olimpíada.)

Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. (Só um candidato pode ser eleito governador.)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Núcleos do sujeito correlacionados

• O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito composto estão ligados por uma das expressões correlativas não só... mas também, não só como também, tanto...como, etc. Exemplos:

Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.” (Alexandre Herculano)

“Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto inocentes.” (Alexandre Herculano)

“Tanto Noêmia como Reinaldo só mantinham relações de amizade com um grupo muito reduzido de pessoas.” (José Condé)

“Tanto a lavoura como a indústria da criação de gado não o demovem do seu objetivo.” (Cassiano Ricardo)

“Tanto Lincoln quanto o Aleijadinho parecem deter o segredo de tudo que lhes falta.” (Viana Moog)

Sujeitos resumidos por tudo, nada, ninguém

• Quando o sujeito composto vem resumido por um dos pronomes, tudo, nada, ninguém, etc. o verbo concorda, no singular, com o pronome resumidor. Exemplos:

Jogos, espetáculos, viagens, diversões, nada pôde satisfazê-lo.

“O entusiasmo, alguns goles de vinho, o gênio imperioso, estouvado, tudo isso me levou a fazer uma coisa única.” (Machado de Assis)

Jogadores, árbitro, assistentes, ninguém saiu do campo.

Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa

• O verbo concorda no singular quando os núcleos do sujeito designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. Exemplos:

“Aleluia! O brasileiro comum, o homem do povo, o João-ninguém, agora é cédula de Cr$ 500,00!” (Carlos Drummond Andrade)

“Embora sabendo que tudo vai continuar como está, fica o registro, o protesto, em nome dos telespectadores.” (Valério Andrade)

Advogado e membro da instituição afirma que ela é corrupta.

Núcleos do sujeito são infinitivos

• O verbo concordará no plural se os infinitivos forem determinados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas; caso contrário, tanto é lícito usar o verbo no singular como no plural. Exemplos:

O comer e o beber são necessários.Rir e chorar fazem parte da vidaMontar brinquedos e desmontá-los divertiam muito o menino.“Já tinha ouvido que plantar e colher feijão não dava trabalho.”

(Carlos Povina Cavalcânti) (ou davam)“Cantar, dançar e representar faz (ou fazem) a alegria do

artista.“Nenhum rugir ou gemer seu anulariam o mal que se

consumara no Mirante.” (Eça de Queirós)

Sujeito oracional

• Concorda no singualr o verbo cujo sujeito é uma oração:Ainda falta / comprar os cartões.Predicado Sujeito Oracional

Estas são realidades que não adianta esconder.Sujeito de adianta: esconder que (as realidades)

Sujeito Coletivo

• O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo no singular. Exemplos:

A multidão vociferava ameaças.O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália.Uma junta de bois tirou o automóvel do atoleiro.Um bloco de foliões animava o centro da cidade.“Uma porção de índios surgiu do meio das árvores e nos

rodeou.” (Edi Lima)“Surpreendemos uma vara de porcos que atravessava o rio a

nado.” (Gastão Cruls)“...o bando dos guerreiros tabajaras que fugia em nuvem

negra de pó.” (José de Alencar)“Um grupo de rapazes sentara-se ali ao lado.” (Fernando

Namora)

Observação: Se o coletivo vier seguido de substantivo plural que o especifique e anteceder ao verbo, este poderá ir para o plural, quando se quer salientar não a ação do conjunto, mas a dos indivíduos, efetuando-se uma concordância não gramatical, mas ideológica:

“Uma grande multidão de crianças, de velhos, de mulheres penetraram na caverna...” (Alexandre Herculano)

“Uma grande vara de porcos que se afogaram de escantilhão no mar...” (Camilo Castelo Branco)

“Reconheceu que era um par de besouros que zumbiam no ar.” (Machado de Assis)

“Havia na União um grupo de meninos que praticavam esse divertimento com uma pertinácia admirável.” (Carlos Povina Cavalcânti)

A maior parte de, grande número de, etc.

• Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a maior parte de, parte de, a maioria de, grande número de, etc., seguida de substantivo ou pronome no plural, o vebo, quando posposto ao sujeito, pode ir para o singular ou para o plural, conforme se queira efetuar uma concordância estritamente gramatical (com o coletivo singular) ou uma concordância enfática, expressiva, com a idéia de pluralidade sugerida pelo sujeito. Exemplos:

A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.” (Gilberto Freire)

“A maior parte dos doidos ali metidos estão em seu perfeito juízo.” (Machado de Assis)

“A maior parte das pessoas pedem uma sopa, um prato de carne e um prato de legumes.” (Ramalho Ortigão)

“A maior parte dos nomes podem ser empregados em sentido definido ou em sentido indefinido.” (Mário Barreto)

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

“Grande parte dos atuais advérbios nasceram de substantivos.” (Idem)

“A maioria das pessoas são sinuosas, coleantes...” (Ondina Ferreira)

A maioria dos acidentes nas estradas de acesso ao Rio ocorrem em dias claros.

“Vocês já imaginaram a maravilha que seria o mundo se ao menos uma quinta parte desses gênios se realizassem na maioridade?” (Lígia Fagundes Teles)

“A maioria dos presentes, formando grupos, contavam histórias, baixinho, falavam de coisas da vida.” (Aurélio Buarque de Holanda)

“A maioria dos mouros era escrava e pobre.” (Alexandre Herculano)

“Amaioria dos trabalhadores recebeu essa notícia com alegria.” (Armando Fontes)

“A maioria das palavras continua visível.” (Carlos Drummond de Andrade)

“A maioria dos doentes não podia compreender que...” (Fernando Namora)

“Metade dos alunos fez (ou fizeram) o trabalho.” (J. Gualda Dantas)

“Meia dúzia de garimpeiros doentes esperava a consulta matutina.” (Herman Lima)

Visitei os presos. Boa parte deles dormia (ou dormiam) no chão.

Grande número de eleitores votou (ou votaram) em branco.Morreu de gripe a maioria dos índios que tiveram contato

com os brancos.Nos quilombos refugiava‑se parte dos escravos fugitivos.

Observações:

- quando o verbo precede o sujeito, como nos dois últimos exemplos, a concordância se efetua no singular.

- como se vê dos exemplos supracitados, as duas concordâncias são igualmente legítimas, porque têm tradição na língua. Cabe a quem fala ou escreve escolher a que julgar mais adequada à situação. Pode-se, portanto, no caso em foco, usar o verbo no plural, efetuando a concordância não com a forma gramatical das palavras, mas com a idéia de pluralidade que elas encerram e sugerem à nossa mente. Essa concordância ideológica é bem mais expressiva que a gramatical, como se pode perceber relendo as frases citadas de Machado de Assis, Ramalho Ortigão, Ondina Ferreira e Aurélio Buarque de Holanda, e cotejando-as com as dos autores que usaram o verbo no singular.

Um e outro, nem um nem outro

• O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo concorda, de preferência, no plural. Exemplos:

“Um e outro gênero se destinavam ao conhecimento...” (Hernâni Cidade)

“Um e outro descendiam de velhas famílias do Norte.” (Machado de Assis)

Uma e outra família tinham (ou tinha) parentes no Rio.“Depois nem um nem outro acharam novo motivo para

diálogo.” (Fernando Namora)“Não me ficaria bem nem uma nem outra coisa.” (José Gualda

Dantas)

Nem uma nem outra foto prestavam (ou prestava).Um e outro livro me agradaram (ou agradou) muito.“Um e outro país deixarão de ver no outro o Império do Mal.”

(Emir Sader)

Um ou outro

• O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro:“Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem.”

(Machado de Assis)“Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos.” (Machado

de Assis)“Sempre tem um ou outro que vai dando um vintém.” (Raquel

de Queirós)

Um dos que, uma das que

• Quando, em orações adjetivas restritivas, o pronome que vem antecedido de um dos ou expressão análoga, o verbo da oração adjetiva flexiona-se, em regra, no plural:

“O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo.” (Alexandre Herculano)

“A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de nós.” (Machado de Assis)

“Areteu da Capadócia era um dos muitos médicos gregos que viviam em Roma.” (Moacyr Scliar)

Ele é desses charlatães que exploram a crendice humana.Não sou dos que acreditam piamente em soluções mágicas.

Essa é a concordância lógica, geralmente preferida pelos escritores modernos. Todavia, não é prática condenável fugir ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjetiva no singular (fazendo-o concordar com a palavra um), quando se deseja destacar o indivíduo do grupo, dando-se a entender que ele sobressaiu ou sobressai aos demais:

Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros.“Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a

originalidade e importância da literatura brasileira.” (João Ribeiro)

Observação: Há gramáticas que condenam tal concordância. Por coerência, deveriam condenar também a comumente aceita em construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de culpa? Quantos de nós somos completamente felizes?

O verbo fica obrigatoriamente no singular quando se aplica apenas ao indivíduo de que se fala, como no exemplo:

Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler. (Jairo é o único empregado que não sabe ler.)

Ressalte-se porém, que nesse caso é preferível construir a frase de outro modo:

Jairo é um empregado meu que não sabe ler.Dos meus empregados, só Jairo não sabe ler.

Na linguagem culta formal, ao empregar as expressões em foco, o mais acertado é usar no plural o verbo da oração adjetiva:

O Japão é um dos países que mais investem em tecnologia.Gandhi foi um dos que mais lutaram pela paz.O sertão cearense é uma das áreas que mais sofrem com as

secas.Heráclito foi um dos empresários que conseguiram superar

a crise.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Embora o caso seja diferente, é oportuno lembrar que, nas orações adjetivas explicativas, nas quais o pronome que é separado de seu antecedente por pausa e vírgula, a concordância é determinada pelo sentido da frase:

Um dos meninos, que estava sentado à porta da casa, foi chamar o pai. (Só um menino estava sentado.)

Um dos cinco homens, que assistiam àquela cena estupefatos, soltou um grito de protesto. (Todos os cinco homens assistiam à cena.)

Mais de um

• O verbo concorda, em regra, no singular. O plural será de rigor se o verbo exprimir reciprocidade, ou se o numeral for superior a um. Exemplos:

Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta montanha.Mais de um dos circunstantes se entreolharam com espanto.Devem ter fugido mais de vinte presos.

Quais de vós? Alguns de nós

• Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos quais? quantos? Ou um dos indefinidos alguns, muitos, poucos, etc., seguidos dos pronomes nós ou vós, o verbo concordará, por atração, com estes últimos, ou, o que é mais lógico, na 3ª pessoa do plural:

“Quantos dentre nós a conhecemos?” (Rogério César Cerqueira)

“Quais de vós sois, como eu, desterrados...?” (Alexandre Herculano)

“...quantos dentre vós estudam conscienciosamente o passado?” (José de Alencar)

Alguns de nós vieram (ou viemos) de longe.Poucos dentre nós conhecem (ou conhecemos) as leis.“Quantos de nós teríamos experimentado essa tentação?”

(Olga Savary)“Já pensou, meu caro, quantos de nós nos arriscamos aqui?”

(Guilherme de Figueiredo)

Observação: Estando o pronome no singular, no singular (3ª pessoa) ficará o verbo:

Qual de vós testemunhou o fato?Nenhuma de nós a conhece.Nenhum de vós a viu?Qual de nós falará primeiro?

Pronomes quem, que, como sujeitos

• O verbo concordará, em regra, na 3ª pessoa, com os pronomes quem e que, em frases como estas:

Sou eu quem responde pelos meus atos.Somos nós quem leva o prejuízo.Eram elas quem fazia a limpeza da casa.“Eras tu quem tinha o dom de encantar-me.” (Osmã Lins)“Fui eu quem o ensinou a desenhar.” (Mário Barreto)“Eu fui o último que se retirou.” (Mário Barreto)Eu sou o que presenciou o fato.“Sou um homem que ainda não renegou nem da cruz, nem da

Espanha.” (Alexandre Herculano)“Éramos dois sócios que entravam no comércio da vida com

diferentes capital.” (Machado de Assis)

Todavia, a linguagem enfática justifica a concordância com o sujeito da oração principal:

“Sou eu quem prendo aos céus a terra.” (Gonçalves Dias)“Não sou eu quem faço a perspectiva encolhida.” (Ricardo

Ramos)“És tu quem dás frescor à mansa brisa.” (Gonçalves Dias)“Nós somos os galegos que levamos a barrica.” (Camilo

Castelo Branco)“Vós sois o algoz que recebeis o cutelo da mão providencial.”

(Camilo Castelo Branco)“Somos nós quem a fazemos.” (Ricardo Ramos)Eu sou a que mais estou torcendo para jogarmos juntas.

A concordância do verbo precedido do pronome relativo que far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da oração principal, em frases do tipo:

Sou eu que pago.És tu que vens conosco?Somos nós que cozinhamos.Eram eles que mais reclamavam.Fomos nós que o encontramos.Fostes vós que o elegestes.Foram os bombeiros que a salvaram.“Fui eu que me pus a rir.” (Machado de Assis)“Fui eu que imitei o ronco do bicho.” (Edi Lima)“Não seremos nós que iremos, à maneira dos primitivistas,

ficar de tanga e entrar a falar capiau.” (Sílvio Elia)

Observação: Em construções desse tipo, é lícito considerar o verbo ser e a palavra que como elementos expletivos ou enfatizantes, portanto não necessários ao enunciado. Assim:

Sou eu que pago. (=Eu pago)Somos nós que cozinhamos. (=Nós cozinhamos)Foram os bombeiros que a salvaram. (= Os bombeiros a

salvaram.)Seja qual for a interpretação, o importante é saber que, neste

caso, tanto o verbo ser como o outro devem concordar com o pronome ou substantivo que precede a palavra que.

Concordância com os pronomes de tratamento

• Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa, embora se refira à 2ª pessoa do discurso:

Vossa Excelência agiu com moderação.Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo.“Espero que V.Sª. não me faça mal.” (Camilo Castelo Branco)“Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe matem

o tempo e os vassalos.” (Rebelo da Silva)

Concordância com certos substantivos próprios no plural

• Certos substantivos próprios de forma plural, como Estados Unidos, Andes, Campinas, Lusíadas, etc., levam o verbo para o plural quando se usam com o artigo; caso contrário, o verbo concorda no singular.

“Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo.” (Eduardo Prado)

Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do Fogo.“Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões.Campinas orgulha‑se de ter sido o berço de Carlos Gomes.Minas Gerais possui grandes jazidas de ferro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

“Montes Claros era um feudo daquel família.” (Raquel Jardim)

“Terras do Sem-Fim” foi quadrinizado para leitores jovens.

Tratando-se de títulos de obras, é comum deixar o verbo no singular, sobretudo com o verbo ser seguido de predicativo no singular:

“As Férias de El‑Rei é o título da novela.” (Rebelo da Silva)“As Valkírias mostra claramente o homem que existe por

detrás do mago.” (Paulo Coelho)“Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico...” (Celso

Luft)

A concordância, neste caso, não é gramatical, mas ideológica, porque se efetua não com a palavra (Valkírias, Sertões, Férias de El-Rei), mas com a idéia por ela sugerida (obra ou livro). Ressalte-se, porém, que é também correto usar o verbo no plural:

As Valkírias mostram claramente o homem...“Os Sertões são um livro de ciência e de paixão, de análise e

de protesto.” (Alfredo Bosi)

Concordância do verbo passivo

• Quando apassivado pelo pronome apassivador se, o verbo concordará normalmente com o sujeito:

Vende‑se a casa e compram‑se dois apartamentos.Gataram‑se milhões, sem que se vissem resultados concretos.“Correram‑se as cortinas da tribuna real.” (Rebelo da Silva)“Aperfeiçoavam‑se as aspas, cravavam-se pregos necessários

à segurança dos postes...” (Camilo Castelo Branco)“Agora já não se fazem deste aparelhos.” (Carlos de Laet)“Ouviam‑se vozes fortes de comando.” (Ferreira de Castro)Ali só se viam ruínas.“A tentativa de se aferirem pesos e medidas.” (Ciro dos

Anjos)“Quantas horas faltariam para se abrirem os cafés e as

bodegas?” (Graciliano Ramos)“A salvação de Toledo foi não se terem fechado suas portas.”

(Alexandre Herculano)“Sua sala era absolutamente igual às que se vêem nos livros

ilustrados para o ensino do inglês.” (Cecília Meireles)“Mais tarde se confirma isto, ao se mandarem chusmas

de criminosos povoar os cafundós desta ou daquela capitania.” (Cassiano Ricardo)

“Daí o princípio colonial de só se concederem terras em sesmarias às pessoas que possuam meios para realizar a exploração delas e fundar engenhos.” (Oliveira Viana)

Na literatura moderna há exemplos em contrário, mas que não devem ser seguidos:

“Vendia‑se seiscentos convites e aquilo ficava cheio.” (Ricardo Ramos)

“Em Paris há coisas que não se entende bem.” (Rubem Braga)

Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares poder e dever, na voz passiva sintética, o verbo auxiliar concordará com o sujeito. Exemplos:

Não se podem cortar essas árvores. (sujeito: árvores; locução verbal: podem cortar)

Devem‑se ler bons livros. (=Devem ser lidos bons livros) (sujeito: livros; locução verbal: devem-se ler)

“Nem de outra forma se poderiam imaginar façanhas memoráveis como a do fabuloso Aleixo Garcia.” (Sérgio Buarque de Holanda)

“Em Santarém há poucas casas particulares que se possam dizer verdadeiramente antigas.” (Almeida Garrett)

Entretanto, pode-se considerar sujeito do verbo principal a oração iniciada pelo infinitivo e, nesse caso, não há locução verbal e o verbo auxiliar concordará no singular. Assim:

Não se pode cortar essas árvores. (sujeito: cortar essas árvores; predicado: não se pode)

Deve‑se ler bons livros. (sujeito: ler bons livros; predicado: deve-se)

Em síntese: de acordo com a interpretação que se escolher, tanto é lícito usar o verbo auxiliar no singular como no plural. Portanto:

Não se podem (ou pode) cortar essas árvores.Devem‑se (ou deve‑se) ler bons livros.“Quando se joga, deve‑se aceitar as regras.” (Ledo Ivo)“Concluo que não se devem abolir as loterias.” (Machado de

Assis)“Pode‑se comprar livros de segunda mão baratíssimos.” (José

Paulo Paes)“De preferência, deve‑se ler os dois, o historiador e o

novelista.” (Jorge Amado)“Deviam‑se reduzir ao mínimo as relações com o poder

público.” (Ciro dos Anjos)“Era loura, mas podia‑se ver massas castanhas por baixo da

tintura dourada do cabelo.” (Vinícius de Morais)

Verbos impessoais

• Os verbos haver, fazer (na indicação do tempo), passar de (na indicação de horas), chover e outros que exprimem fenômenos meteorológicos, quando usados como impessoais, ficam na 3ª pessoa do singular:

“Não havia ali vizinhos naquele deserto.” (Monteiro Lobato)“Havia já dois anos que nos não víamos.” (Machado de Assis)“Aqui faz verões terríveis.” (Camilo Castelo Branco)“Faz hoje ao certo dois meses que morreu na forca o tal

malvado...” (Camilo Castelo Branco)“Conhecera-o assim, fazia quase vinte anos.” (Josué Montelo)Quando saí de casa, passava das oito horas.“Chovera e nevara depois, durante muitos dias.” (Camilo

Castelo Branco)

Observações:

- Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo que forma locução com os verbos impessoais haver ou fazer:

Deverá haver cinco anos que ocorreu o incêndio.Vai haver grandes festas.Há de haver, sem dúvida, fortíssimas razões para ele não

aceitar o cargo.Começou a haver abusos na nova administração.Vai fazer cem anos que nasceu o genial artista.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Não pode haver rasuras neste documento.“Haverá, deve haver construções históricas em Nova Iorque.”

(Viana Moog)

- o verbo chover, no sentido figurado (= cair ou sobrevir em grande quantidade), deixa de ser impessoal e, portanto concordará com o sujeito:

Choviam pétalas de flores.“Sou aquele sobre quem mais têm chovido elogios e

diatribes.” (Carlos de Laet)“Choveram comentários e palpites.” (Carlos Drummond de

Andrade)“E nem lá (na Lua) chovem meteoritos, permanentemente.”

(Raquel de Queirós)

- Na língua popular brasileira é generalizado o uso de ter, impessoal, por haver, existir. Nem faltam exemplos em escritores modernos:

“No centro do pátio tem uma figueira velhíssima, com um banco embaixo.” (José Geraldo Vieira)

“Soube que tem um cavalo morto, no quintal.” (Carlos Drummond de Andrade)

Esse emprego do verbo ter, impessoal, não é estranho ao português europeu: “ É verdade. Tem dias que sai ao romper de alva e recolhe alta noite, respondeu Ângela.” (Camilo Castelo Branco) (Tem = Há)

- Existir não é verbo impessoal. Portanto:Nesta cidade existem ( e não existe) bons médicos.Não deviam (e não devia) existir crianças abandonadas.

Concordância do verbo ser

• O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos seguintes casos:

a) Quando o sujeito é um dos pronomes tudo, o, isto, isso, ou aquilo:

“Tudo eram hipóteses.” (Ledo Ivo)“Tudo isto eram sintomas graves.” (Machado de Assis)Na mocidade tudo são esperanças.“Não, nem tudo são dessemelhanças e contrastes entre Brasil

e Estados Unidos.” (Viana Moog)“Vamos e venhamos: na floresta nem tudo são flores.”

(Tiago de Melo)“Aquilo eram asperezas que o tempo acepilhava.” (Graciliano

Ramos)“Isso são sonhos, Mariana!” (Camilo Castelo Branco)“O que atrapalhava eram as caras simpáticas dos guardas.”

(Aníbal Machado)“O que atrapalha bastante são as discussões e meu respeito.”

(Aníbal Machado)“Mas o que o amor é, principalmente, são duas pessoas neste

mundo.” (Raquel de Queirós)Hoje o que não falta são divertimentos.

A concordância com o sujeito, embora menos comum, é também lícita:

“Tudo é flores no presente.” (Gonçalves Dias)“O que de mim posso oferecer-lhe é espinhos da minha

coroa.” (Camilo Castelo Branco)

O verbo ser fica no singular quando o predicativo é formado de dois núcleos no singular:

“Tudo o mais é soledade e silêncio.” (Ferreira de Castro)

b) Quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e o predicativo um substantivo plural:

“A cama são umas palhas.” (Camilo Castelo Branco)“A causa eram os seus projetos.” (Machado de Assis)“Vida de craque não são rosas.” (Raquel de Queirós)Sua salvação foram aquelas ervas.“Quando D. Angélica soube que a base daqueles pratos e

sobremesas eram flores, ficou consternada.” (José J. Veiga)

Observação: O sujeito sendo nome de pessoa, com ele concordará o verbo ser:

Emília é os encantos de sua avó.Abílio era só problemas.Dá-se também a concordância no singular com o sujeito que:“Ergo-me hoje para escrever mais uma página neste Diário

que breve será cinzas como eu.” (Camilo Castelo Branco)“No edifício que era só vidros.” (Ricardo Ramos)

c) Quando o sujeito é uma palavra ou expressão de sentido coletivo ou partitivo, e o predicativo um substantivo no plural:

“A maioria eram rapazes.” (Aníbal Machado)A maior parte eram famílias pobres.O resto (ou o mais) são trastes velhos.“A maior parte dessa multidão são mendigos.” (Eça de

Queirós)“Quase a metade dos escritores brasileiros que viveram entre

1870 e 1930 foram professores de escolas públicas.” (José Murilo de Carvalho)

d) Quando o predicativo é um pronome pessoal ou um substantivo, e o sujeito não é pronome pessoal reto:

“O Brasil, senhores, sois vós.” (Rui Barbosa)“Nas minhas terras o rei sou eu.” (Alexandre Herculano)“O dono da fazenda serás tu.” (Said Ali)“...mas a minha riqueza eras tu.” (Camilo Castelo Branco)Quem deu o alarme fui eu.Quem plantou essas árvores fomos nós.Quem não ficou nada contente foram os camelôs.

Mas:Eu não sou ele. Vós não sois eles. Tu não és ele.

e) Quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a palavra coisa:

Divertimentos é o que não lhe falta.“Os bastidores é só o que me toca.” (Correia Garção)“Mentiras, era o que me pediam, sempre mentiras.” (

Fernando Namora)“Os responsórios e os sinos é coisa importuna em Tibães.”

(Camilo Castelo Branco)Histórias sobre diamantes é o que não falta.” (Maria José de

Queirós)

f) Nas locuções é muito, é pouco, é suficiente, é demais, é mais que (ou do que), é menos que (ou do que), etc., cujo sujeito exprime quantidade, preço, medida, etc.:

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LÍNGUA PORTUGUESA

“Seis anos era muito.” (Camilo Castelo Branco)Dois mil dólares é pouco.Cinco mil dólares era quanto bastava para a viagem.Doze metros de fio é demais.Seis quilos de carne é mais do que precisamos.Para ele, mil dólares era menos que um real.

• Na indicação das horas, datas e distância , o verbo ser é impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão designativa de hora, data ou distância:

Era uma hora da tarde.“Era hora e meia, foi pôr o chapéu.” (Eça de Queirós)“Seriam seis e meia da tarde.” ( Raquel de Queirós)“Eram duas horas da tarde.” (Machado de Assis)“São horas de fechar esta carta.” (Camilo Castelo Branco)“Eram sete de maio da era de 1439...” (Alexandre Herculano)“Hoje são vinte e um do mês, não são?” (Camilo Castelo

Branco)“Da estação à fazenda são três léguas a cavalo.” (Said Ali)

Observações:

- Pode-se, entretanto na linguagem espontânea, deixar o verbo no singular, concordando com a idéia implícita de “dia”:

“Hoje é seis de março.” (J. Matoso Câmara Jr.) (Hoje é dia seis de março.)

“Hoje é dez de janeiro.” (Celso Luft)

- Estando a expressão que designa horas precedida da locução perto de, hesitam os escritores entre o plural e o singular:

“Eram perto de oito horas.” (Machado de Assis)“Era perto de duas horas quando saiu da janela.” (Machado

de Assis)“...era perto das cinco quando saí.” (Eça de Queirós)

- O verbo passar, referente a horas, fica na 3ª pessoa do singular, em frases como:

Quando o trem chegou, passava das sete horas.

Locução de realce é que

• O verbo ser permanece invariável na expressão expletiva ou de realce é que:

Eu é que mantenho a ordem aqui. (= Sou eu que mantenho a ordem aqui.)

Nós é que trabalhávamos. (= Éramos nós que trabalhávamos)As mães é que devem educá-los. (= São as mães que devem

educá-los.)Os astros é que os guiavam. (= Eram os astros que os

guiavam.)Divertimentos é que não lhe faltavam.

Da mesma forma se diz, com ênfase:“Vocês são muito é atrevidos.” (Raquel de Queirós)“Sentia era vontade de ir também sentar-me numa cadeira

junto do palco.” (Graciliano Ramos)“Por que era que ele usava chapéu sem aba?” (Graciliano

Ramos)

Observação: O verbo ser é impessoal e invariável em construções enfáticas como:

Era aqui onde se açoitavam os escravos. (= Aqui se açoitavam os escravos.)

Foi então que os dois se desentenderam. (= Então os dois se desentenderam.)

Era uma vez

• Por tradição, mantém-se invariável a expressão inicial de histórias era uma vez, ainda quando seguida de substantivo plural:

Era uma vez dois cavaleiros andantes.

A não ser

• É geralmente considerada locução invariável, equivalente a exceto, salvo, senão. Exemplos:

Nada restou do edifício, a não ser escombros.A não ser alguns pescadores, ninguém conhecia aquela praia.“Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis, a não

ser bonecos sem pescoço...” (Carlos Drummond de Andrade)

Mas não constitui erro usar o verbo ser no plural, fazendo-o concordar com o substantivo seguinte, convertido em sujeito da oração infinitiva. Exemplos:

“As dissipações não produzem nada, a não serem dívidas e desgostos.” (Machado de Assis)

“A não serem os antigos companheiros de mocidade, ninguém o tratava pelo nome próprio.” (Álvaro Lins)

“A não serem os críticos e eruditos, pouca gente manuseia hoje... aquela obra.” (Latino Coelho)

Haja vista

• A expressão correta é haja vista, e não haja visto. Pode ser construída de três modos:

- Hajam vista os livros desse autor. (= tenham vista, vejam-se)

- Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo, veja)- Haja vista aos livros desse autor. (= olhe-se para, atente-se

para os livros)

A primeira construção (que é a mais lógica) analisa-se deste modo.

Sujeito: os livros; verbo hajam (=tenham); objeto direto: vista.A situação é preocupante; hajam vista os incidentes de sábado.

Seguida de substantivo (ou pronome) singular, a expressão, evidentemente, permanece invariável:

A situação é preocupante; haja vista o incidente de sábado.

Bem haja. Mal haja

• Bem haja e mal haja usam-se em frases optativas e imprecativas, respectivamente. O verbo concordará normalmente com o sujeito, que vem sempre posposto:

“Bem haja Sua Majestade!” (Camilo Castelo Branco)Bem hajam os promovedores dessa campanha!“Mal hajam as desgraças da minha vida...” (Camilo Castelo

Branco)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Concordância dos verbos bater, dar e soar

• Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam regularmente com o sujeito, que pode ser hora, horas (claro ou oculto), badaladas ou relógio:

“Nisto, deu três horas o relógio da botica.” (Camilo Castelo Branco)

“Bateram quatro da manhã em três torres a um tempo...” (Mário Barreto)

“Tinham batido quatro horas no cartório do tabelião Vaz Nunes.” (Machado de Assis)

“Deu uma e meia.” (Said Ali)“Davam nove horas na Igreja do Loreto.” (Rebelo da Silva)“Não tardou muito que no sino do coro batessem as badaladas

que anunciavam a hora de prima.” (Alexandre Herculano)“Soaram dez horas nos relógios das igrejas e das fábricas.”

(Armando Fontes)

Observação: Pasar, com referência a horas, no sentido de ser mais de, é verbo impessoal, por isso fica na 3ª pessoa do singular:

Quando chegamos ao aeroporto, passava das 16 horas.Vamos, já passa das oito horas – disse ela ao filho.

Concordância do verbo parecer

• Em construções com o verbo parecer seguido de infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo que o acompanha:

As paredes pareciam estremecer. (construção corrente)As paredes parecia estremecerem. (construção literária)

Análise da construção dois: parecia: oração principal; as paredes estremeceram: oração subordinada substantiva subjetiva.

Outros exemplos:“Nervos... que pareciam estourar no minuto seguinte.”

(Fernando Namora)“Referiu-me circunstâncias que parece justificarem o

procedimento do soberano.” (Latino Coelho)“As lágrimas e os soluços parecia não a deixarem prosseguir.”

(Alexandre Herculano)“...quando as estrelas, em ritmo moroso, parecia caminharem

no céu.” (Graça Aranha)“Os moravos parece haverem tomado a sério, para regra da

vida, a palavra irônica do mártir.” (Ramalho Ortigão)“Volvidos um para o outro, parecia não terem dado por ele.”

(Ferreira de Castro)“Até parece escolherem o modelo.” (Raquel de Queirós)“O amanhecer e o anoitecer parece deixarem-me intacta.”

(Cecília Meireles)“As corporações que deviam voltar-se para a manutenção da

ordem parece quase insurgirem-se contra ela.” (Walter Fontoura)

Usando-se a oração desenvolvida, parecer concordará no singular:

“Mesmo os doentes parece que são mais felizes.” (Cecília Meireles)

“Outros, de aparência acabadiça, parecia que não podiam com a enxada.” (José Américo)

“As notícias parece que têm asas.” (Oto Lara Resende) (Isto é: Parece que as notícias têm asas.)

Observação: Essa dualidade de sintaxe verifica-se também com o verbo ver na voz passiva: “Viam‑se entrar mulheres e crianças.” Ou “Via‑se entrarem mulheres e crianças.”

Concordância com o sujeito oracional

• O verbo cujo sujeito é uma oração concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular:

Parecia / que os dois homens estavam bêbedos.Verbo sujeito (oração subjetiva)Faltava / dar os últimos retoques.Verbo sujeito (oração subjetiva)

Outros exemplos, com o sujeito oracional em destaque:Não me interessa ouvir essas parlendas.Anotei os livros que faltava adquirir. (faltava adquirir os

livros)Esses fatos, importa (ou convém) não esquecê‑los.São viáveis as reformas que se intenta implantar?São problemas esses que compete ao governo solucionar.Não se conseguiu conter os curiosos.Tentou-se aumentar as exportações.No momento, procura-se diminuir as importações.Não se pretende alcançar resultados imediatos.São problemas esses que não cabe a nós resolver.“A casa é grande: mas tem-se visto acabarem casas maiores.”

(Camilo Castelo Branco)“O americano pede contas aos seus mandatários pela

administração e destino dos bens que lhes incumbe zelar.” (Viana Moog)

“Sobre isto dissemos cousas que não importa escrever aqui.” (Machado de Assis)

Concordância com sujeito indeterminado

• O pronome se, pode funcionar como índice de indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular. Exemplos;

Em casa, fica-se mais à vontade.Detesta‑se (e não detestam-se) aos indivíduos falsos.Acabe‑se de vez com esses abusos!Para ir de São Paulo a Curitiba, levava‑se doze horas.Trata‑se de fenômenos que os cientistas não sabem explicar.“Não se trata de advogados, minha senhora. Trata‑se de

provas.” (Geraldo França de Lima)

Concordância com os numerais milhão, bilhão e trilhão

• Estes substantivos numéricos, quando seguidos de substantivo no plural, levam, de preferência, o verbo ao plural. Exemplos:

Um milhão de fiéis agruparam‑se em procissão.São gastos ainda um milhão de dólares por ano para a

manutenção de cada Ciep.Meio milhão de refugiados se aproximam da fronteira do Irã.Meio milhão de pessoas foram às ruas para reverenciar os

mártires da resistência.Pelas contas da Petrobrás, podem faltar um bilhão e meio de

litros de álcool.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Todos os anos, no Brasil, ocorre um milhão de acidentes de trânsito.

“Quase um milhão de homens se move naquelas ruas estreitas, apertadas e confusas.” (Eça de Queirós)

Observações:

- Milhão, bilhão e milhar são substantivos masculinos. Por isso, devem concordar no masculino os artigos, numerais e pronomes que os precedem: os dois milhões de pessoas; os três milhares de plantas; alguns milhares de telhas; esses bilhões de criaturas, etc.

- Se o sujeito da oração for milhões, o particípio ou o adjetivo podem concordar, no masculino, com milhões, ou, por atração, no feminino, com o substantivo feminino plural: Dois milhões de sacas de soja estão ali armazenados (ou armazenadas) no próximo ano. Foram colhidos três milhões de sacas de trigo. Os dois milhões de árvores plantadas estão altas e bonitas.

Concordância com numerais fracionários

• De regra, a concordância do verbo efetua-se com o numerador. Exemplos:

“Mais ou menos um terço dos guerrilheiros ficou atocaiado perto...” (Autran Dourado)

“Um quinto dos bens cabe ao menino.” (José Gualda Dantas)Dois terços da população vivem da agricultura.

Não nos parece, entretanto, incorreto usar o verbo no plural, quando o número fracionário, seguido de substantivo no plural, tem o numerador 1, como nos exemplos:

Um terço das mortes violentas no campo acontecem no sul do Pará.

Um quinto dos homens eram de cor escura.

Concordância com percentuais

• O verbo deve concordar com o número expresso na porcentagem:

Só 1% dos eleitores se absteve de votar.Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar.Foram destruídos 20% da mata.“Cerca de 40% do território ficam abaixo de 200 metros.”

(Antônio Hauaiss)A sondagem revelou ainda que 73% da população acreditam

que a situação do país piorou.“Na União 90% dos homens andavam armados.” (Carlos

Povina Cavalcânti)A pesquisa revelou que 82% (oitenta e dois por cento ou

oitenta e duas por cento) das mulheres trabalham fora.

Observação: Em casos como o da última frase, a concordância efetua-se, pela lógica, no feminino (oitenta e duas entre cem mulheres), ou, seguindo o uso geral, no masculino, por se considerar a porcentagem um conjunto numérico invariável em gênero.

Concordância com o pronome nós subentendido

• O verbo concorda com o pronome subentendido nós em frases do tipo:

Todos estávamos preocupados. (= Todos nós estávamos preocupados.)

Os dois vivíamos felizes. (=Nós dois vivíamos felizes.)“Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.” (Carlos

Drummond de Andrade)

Não restam senão ruínas

• Em frases negativas em que senão equivale a mais que, a não ser, e vem seguido de substantivo no plural, costuma-se usar o verbo no plural, fazendo-o concordar com o sujeito oculto outras coisas. Exemplos:

Do antigo templo grego não restam senão ruínas. (Isto é: não restam outras coisas senão ruínas.)

Da velha casa não sobraram senão escombros.“Para os lados do sul e poente, não se viam senão edifícios

queimados.” (Alexandre Herculano)“Por toda a parte não se ouviam senão gemidos ou clamores.”

(Rebelo da Silva)“Para mim não restaram senão vagos reflexos...” (Ciro dos

Anjos)

Segundo alguns autores, pode-se, em tais frases, efetuar a concordância do verbo no singular com o sujeito subentendido nada:

Do antigo templo grego não resta senão ruínas. (Ou seja: não resta nada, senão ruínas.)

Ali não se via senão (ou mais que) escombros.As duas interpretações são boas, mas só a primeira tem

tradição na língua.

Concordância com formas gramaticais

• Palavras no plural com sentido gramatical e função de sujeito exigem o verbo no singular:

“Elas” é um pronome pessoal. (= A palavra elas é um pronome pessoal.)

Na placa estava “veiculos”, sem acento.“Contudo, mercadores não tem a força de vendilhões.”

(Machado de Assis)

Mais de, menos de

• O verbo concorda com o substantivo que se segue a essas expressões:

Mais de cem pessoas perderam suas casas, na enchente.Sobrou mais de uma cesta de pães.Gastaram‑se menos de dois galões de tinta.Menos de dez homens fariam a colheita das uvas.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS

1. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:

a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova. b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui. d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou. e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo. 2. (IBGE) Assinale a frase em que há erro de concordância

verbal: a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade. b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da

imigração. c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada. d) Deve existir problemas nos seus documentos. e) Choveram papéis picados nos comícios. 3. (IBGE) Assinale a opção em que há concordância

inadequada: a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o

problema.b) A maioria dos conflitos foram resolvidos. c) Deve haver bons motivos para a sua recusa. d) De casa à escola é três quilômetros. e) Nem uma nem outra questão é difícil. 4. (CESGRANRIO) Há erro de concordância em: a) atos e coisas más b) dificuldades e obstáculo intransponível c) cercas e trilhos abandonados d) fazendas e engenho prósperas e) serraria e estábulo conservados 5. (MACK) Indique a alternativa em que há erro: a) Os fatos falam por si sós. b) A casa estava meio desleixada. c) Os livros estão custando cada vez mais caro. d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis. e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça. 6. (UF-PR) Enumere a segunda coluna pela primeira (adjetivo

posposto): (1) velhos ( ) camisa e calça ............ (2) velhas ( ) chapéu e calça ............ ( ) calça e chapéu ............ ( ) chapéu e paletó ........... ( ) chapéu e camisa .......... a) 1 - 2 - 1 - 1 - 2 b) 2 - 2 - 1 - 1 - 2 c) 2 - 1 - 1 - 1 - 1d) 1 - 2 - 2 - 2 – 2e) 2 - 1 - 1 - 1 – 2

7. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase que encerra um erro de concordância nominal:

a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila. b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas. c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos. d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos. e) Ela comprou dois vestidos cinza.

8. (BB) Verbo deve ir para o plural: a) Organizou-se em grupos de quatro. b) Atendeu-se a todos os clientes. c) Faltava um banco e uma cadeira. d) Pintou-se as paredes de verde. e) Já faz mais de dez anos que o vi. 9. (BB) Verbo certo no singular: a) Procurou-se as mesmas pessoas b) Registrou-se os processos c) Respondeu-se aos questionários d) Ouviu-se os últimos comentários e) Somou-se as parcelas 10. (BB) Opção correta: a) Há de ser corrigidos os erros b) Hão de ser corrigidos os erros c) Hão de serem corrigidos os erros d) Há de ser corrigidos os erros e) Há de serem corrigidos os erros

11. (TTN) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal:

a. Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.

b. Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.

c. José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho.

d. Fomos nós quem resolvemos aquela questão. e. O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara

sua petição. 12. (FFCL SANTO ANDRÉ) A concordância verbal está

correta na alternativa: a) Ela o esperava já faziam duas semanas. b) Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro. c) Eles parece estarem doentes. d) Devem haver aqui pessoas cultas. e) Todos parecem terem ficado tristes. 13. (MACK) Assinale a incorreta: a) Dois cruzeiros é pouco para esse fim. b) Nem tudo são sempre tristezas. c) Quem fez isso foram vocês. d) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos. e) Quais de vós ainda tendes paciência?

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LÍNGUA PORTUGUESA

14. (PUC-RS) É provável que ....... vagas na academia, mas não ....... pessoas interessadas: são muitas as formalidades a ....... cumpridas.

a) hajam - existem - ser b) hajam - existe - ser c) haja - existem – seremd) haja - existe - sere) hajam - existem – serem

15. (CARLOS CHAGAS) ....... de exigências! Ou será que não ....... os sacrifícios que ....... por sua causa?

a) Chega - bastam - foram feitos b) Chega - bastam - foi feitoc) Chegam - basta - foi feitod) Chegam - basta - foram feitose) Chegam - bastam - foi feito

16. (UF-RS) Soube que mais de dez alunos se ....... a participar dos jogos que tu e ele ......

a) negou - organizou b) negou – organizasteisc) negaram – organizasted) negou - organizarame) negaram - organizastes 17. (EPCAR) Não está correta a frase: a) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou. b) Rogo a Vossa Excelência vos digneis aceitar o meu convite. c) Há muitos anos deveriam existir ali várias árvores. d) Na mocidade tudo são flores. e) Deve haver muitos jovens nesta casa. 18. (FTM-ARACAJU) A frase em que a concordância nominal

contraria a norma culta é: a) Há gritos e vozes trancados dentro do peito. b) Estão trancados dentro do peito vozes e gritos. c) Mantêm-se trancadas dentro do peito vozes e gritos. d) Trancada dentro do peito permanece uma voz e um grito. e) Conservam-se trancadas dentro do peito uma voz e um

grito. 19. (SANTA CASA) Suponho que ....... meios para que se

....... os cálculos de modo mais simples. a) devem haver - realize b) devem haver – realizemc) deve haverem – realized) deve haver - realizeme) deve haver - realize 20. (FUVEST) Indique a alternativa correta: a) Tratavam-se de questões fundamentais. b) Comprou-se terrenos no subúrbio. c) Precisam-se de datilógrafas. d) Reformam-se ternos. e) Obedeceram aos severos regulamentos.

21. (PUC-RJ) Indique a série que corresponde às formas apropriadas para os enunciados abaixo:

As diferenças existentes entre homens e mulheres ....... ser um fato indiscutível.

1. parece 2. parecem

Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios e a psicologia infantil, ....... que as diferenças entre homens e mulheres não se devem apenas à educação.

3. propõe 4. propõem ....... diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas

como tipicamente masculinas ou femininas. 5. Haveria 6. Haveriam ....... ainda pesquisadores que consideram os machos mais

agressivos, em virtude de sua constituição hormonal. 7. Existe 8. Existem Como sempre, discute-se se é a força da Biologia, ou

meramente a Educação, que ....... sobre o comportamento humano. 9. predomina 10. predominam a) 2, 4, 5, 8, 9 b) 1, 4, 6, 8, 9c) 2, 4, 6, 7, 10d) 2, 3, 5, 8, 10e) 2, 4, 6, 7, 9 22. (FUVEST) Num dos períodos seguintes não se observa a

concordância prescrita pela gramática. Indique-o: a) Não se apanham moscas com vinagre. b) Casamento e mortalha no céu se talha. c) Quem ama o feio, bonito lhe parece. d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias. e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe

vêm. 23. (FUVEST) ........ dez horas que se ........ iniciado os

trabalhos de apuração dos votos sem que se ....... quais seriam os candidatos vitoriosos.

a) Fazia, haviam, previsse b) Faziam, haviam, prevessec) Fazia, havia, previssed) Faziam, havia, previsseme) Fazia, haviam, prevessem 24. (FUVEST) Aponte a alternativa correta: a) Considerou perigosos o argumento e a decisão. b) É um relógio que torna inesquecível todas as horas. c) Já faziam meses que ela não a via. d) Os atentados que houveram deixaram perplexa a população. e) A quem pertence essas canetas?

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LÍNGUA PORTUGUESA

25. (FUVEST) Indique a alternativa correta: a. Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da

apatia. b. A pátria não é ninguém: são todos. c. Se não vier, as chuvas, como faremos? d. É precaríssima as condições do prédio. e. Vossa Senhoria vos preocupais demasiadamente com a

vossa imagem. 26. (FMU) Vão ............ à carta várias fotografias. Paisagens

as mais belas ............. . Ela estava ............. narcotizada. a) anexas - possíveis - meio b) anexas - possível – meioc) anexo - possíveis – meiad) anexo - possível – meioe) anexo - possível - meia 27. (FMU) Vai ............ à carta minha fotografia. Essas pessoas

cometeram crime de ............-patriotismo. Elas ............. não quiseram colaborar.

a) incluso - leso - mesmo b) inclusa - leso – mesmasc) inclusa - lesa – mesmasd) incluso - leso - mesmase) inclusas - lesa - mesmo 28. (MACK) Assinale a alternativa em que há erro de

concordância: a) Tinha os olhos e a boca abertos. b) Haviam ratos no porão. c) Tu e ele permanecereis na mesma sala. d) Separamo-nos ela e eu. e) Ouviam-se passos lá fora. 29. (UF-PELOTAS) No grupo, ............ os trabalhos. a) sou eu que coordena b) é eu que coordenac) é eu quem coordenad) é eu quem coordenoe) sou eu que coordeno 30. (UF-ES) O verbo está no plural porque o sujeito é

composto em: a. À autora e à maioria das pessoas não interessam as

vantagens da morte. b. Os sentimentos de gratidão e de amor só conseguem ser

eternos enquanto duram. c. Amigos e amigas, não me chamem de inesquecível. d. Pedaços de dor e de saudade cobrem a minha alma

esbagaçada. e. Limpos estão os meus olhos e o meu coração. 31. (FRANCISCANAS-SP) Assinale a alternativa correta

quanto à concordância verbal: a) Sou eu que primeiro saio. b) É cinco horas da tarde. c) Da cidade à praia é dois quilômetros. d) Dois metros de tecido são pouco para o terno. e) Nenhuma das anteriores está correta.

32. (UF-SC) Assinale o item que apresenta erro de concordância:

a. Prepararam-se as tarefas conforme havia sido combinado. b. Deve haver pessoas interessadas na discussão do

problema. c. Fazem cem anos que Memórias Póstumas de Brás Cubas

teve sua primeira edição. d. Devem existir razões para ele retirar-se do grupo. e. Um e outro descendiam de famílias ilustres. 33. (CESGRANRIO) Assinale o item que não apresenta erro

de concordância: a) Ainda resta cerca de vinte alunos. b) Haviam inúmeros assistentes na reunião. c) Tu e ele saireis juntos. d) Foi eu quem paguei as suas dívidas. e) Há de existir professores esforçados. 34. (UF-PR) Enumere (verbo posposto): (1) cantamos (2) cantais (3) cantam ( ) Ele e ela ................. ( ) Ele e eu .................. ( ) Tu e ele ................... ( ) Eu e tu ....................( ) Eu e ela ..................

a) 3 - 1 - 1 - 1 - 2 b) 3 - 2 - 1 - 1 – 2c) 1 - 2 - 3 - 1 – 2d) 3 - 3 - 3 - 1 - 2e) 3 - 1 - 1 - 1 - 3 35. (MED-SANTOS) Assinale a alternativa incorreta: a) Precisam-se alunos especializados. b) Precisa-se de alunos especializados. c) Precisam-se de alunos competentes. d) Assiste-se a filmes nacionais. e) Obedeça-se aos regulamentos. 36. (MED-SANTOS) Apenas uma das frases está correta: a. Nesta casa, consertam-se televisores e precisa-se de

técnicos em eletrônica. b. Nesta casa, conserta-se televisores e precisam-se de

técnicos em eletrônica. c. Nesta casa, conserta-se televisores e precisa-se de

técnicos em eletrônica. d. Nesta casa, consertam-se televisores e precisam-se de

técnicos em eletrônica. e. Nesta casa, consertam-se televisores e precisa-se técnicos

em eletrônica. 37. (ITA) Dada as sentenças: 1. Eram duas horas da tarde.2. Fui eu que resolvi o problema. 3. Hoje são sete de março. Deduzimos que: a) Apenas a sentença número 1 está correta b) Apenas a sentença número 2 está corretac) Apenas a sentença número 3 está corretad) Todas estão corretase) n.d.a

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LÍNGUA PORTUGUESA

38. (CARLOS CHAGAS)) Sr. Professor, peço ao Sr. a fineza de me ............ a quinta lição, e ............ a ............ anterior decisão.

a) enviar - reconsiderar - sua b) enviardes - reconsiderardes - vossa c) enviar - reconsiderar - vossa d) enviardes - reconsiderardes - sua e) enviardes - reconsiderar – vossa 39. (CARLOS CHAGAS)) .......... V. Excelência, se não me

apresento pessoalmente ............, embora aqui esteja, sempre ............ .

a) Perdoai-me - a vós - a vosso dispor b) Perdoe-me - ao Sr. - ao seu dispor c) Perdoai-me - a V. Excelência - a seu dispor d) Perdoe-me - a V. Excelência - a seu dispor e) Perdoai-me - a V. Excelência - ao dispor de V. Excelência 40. (USP) Assinale a opção onde houver erro gramatical: a) A maioria das mulheres é inteligente. b) A maioria das mulheres são inteligentes. c) Uma ou outra forma estão certas. d) Ainda vai haver noites frescas. e) Pedimos que Vossa Senhoria vos digneis receber-nos. 41. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta quanto à

concordância nominal: a) Os torcedores traziam em cada mão bandeira e flâmula

amarela. b) Um e outro aplicador indecisos. c) Tinha as mãos e o rosto coloridos de púrpura. d) Escolheste ótima ocasião e lugar para o churrasco. e) Ele estava com o braço e a cabeça quebradas. 42. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta quanto à

concordância nominal: a) Vieira enriqueceu a literatura com sermões e cartas

magníficas. b) Mulheres nenhumas são santas. c) Analisamos as literaturas portuguesa e brasileira. d) Um e outro aluno estudioso compareceu. e) Belas poesias e discursos marcaram as comemorações. 43. (OBJETIVO) “Envio-lhe ............ os planos ainda em

estudo e ........... explicações dadas pelo candidato e secretária ............ .”

a) anexo - bastantes - atenciosos b) anexos - bastante - atenciosos c) anexos - bastantes - atenciosas d) anexos - bastantes - atenciosos e) anexo - bastante – atenciosa 44. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta: a. “Repousavam bem perto um do outro a matéria e o

espírito.” (A. Herculano) b. Mulher não foi talhada para homens indefesos. c. É necessário cautela com a vida. d. Para quem esta entrada é proibida? e. Ela sempre namorava com a Júlia a tira-colo.

45. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta: a) Olhos verde-mar são os que eu mais admiro. b) Fernanda, a linda garota de olhos azuis é a alegria da casa. c) Vossa Alteza foi generoso. d) Paulo conhece bem as línguas gregas e latinas. e) Comprei um carro verde-abacate. 46. (MED-ITAJUBÁ) Em todas as frases a concordância

nominal se fez corretamente, exceto em: a) Os soldados, agora, estão todos alerta. b) Ela possuía bastante recursos para viajar. c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis. d) Rosa recebeu o livro e disse: “Muito obrigada”. e) Sairei de São Paulo hoje, ao meio-dia e meia. 47. (UE-MARINGÁ) Assinale a alternativa em que a

concordância nominal está correta: a. Seguem anexas as certidões solicitadas. b. As portas estavam meias abertas. c. Os tratados lusos-brasileiros foram assinados. d. Todos estavam presentes, menas as pessoas que deveriam

estar. e. Vossa Excelência deve estar preocupado, Senhor

Ministro, pois não conseguiu a aprovação dos tratados financeiros-comerciais.

48. (FURG-RS) Nós ............ providenciamos os papéis, que

enviamos ............ às procurações, como instrumentos ............ para fins desejados. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

a) mesmas, anexas, bastanteb) mesmos, anexo, bastantec) mesmas, anexo, bastantesd) mesmos, anexos, bastantese) mesmos, anexos, bastante 49. (UNISINOS) O item em que ocorre concordância nominal

inaceitável é: a) Era uma árvore cujas folhas e frutos bem diziam de sua

utilidade. b) Vinha com bolsos e mãos cheios de dinheiro. c) Ela sempre anda meia assustada. d) Envio-lhe anexa as declarações de bens. e) Elas próprias assim o queriam.

50. (OSEC) Assinale a frase que possua a mesma sintaxe de concordância de “É proibido entrada.”:

a) É proibido a entrada. b) Não se permite entrada de cães.c) No calor, cerveja é bom.d) Proibi-se a entrada de cães.e) É um homem de verdade.

RESPOSTAS

(1-C) (2-D) (3-D) (4-D) (5-D) (6-C) (7-A) (8-D) (9-C) (10-B) (11-D) (12-C) (13-D) (14-C) (15-A) (16-E) (17-B) (18-E) (19-D)(20-D) (21-A) (22-B) (23-A) (24-A) (25-B) (26-A) (27-B) (28-B) (29-E) (30-E) (31-A) (32-C) (33-C) (34-A) (35-C) (36-A) (37-D) (38-A) (39-D) (40-E) (41-E) (42-D) (43-D) (44-B) (45-D) (46-B) (47-A) (48-D) (49-C) (50-C)

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL

REGÊNCIA NOMINAL

Regência nominal é a relação de dependência que se estabelece entre o nome e o termo por ele regido. Certos substantivos e adjetivos admítem mais de uma regência.

Na regência nominal o principal papel é desempenhado pela preposição.

Apresentamos uma relação de alguns nomes e suas rogências mais comuns.

1- acessível a: Este cargo não é acessível a todos.2- acesso a, para: O acesso para a região ficou

impossível.3- acostumado a, com: Todos estavam acostumados

a ouví-lo.4- adaptado a: Foi dificil adaptar-me a esse clima.5- afável com, para com: Tinha um jeito afável para

com os turistas.6- agradável a, de: Sua saída não foi agradável à

equipe.7- alusão a: O professor fez alusão à prova final.8- amor a, por: Ele demonstrava grande amor à

namorada.9- antipatia a, por: Sentia antipatia por ela.10- apto a, para: Estava apto para ocupar o cargo.11- atenção a, com, para com: Nunca deu atenção a

ninguém.12- aversão a, por: Sempre tive aversão à política.13- benéfico a, para: A reforma foi benéfica a todos.14- certeza de, em: A certeza de encontrá-lo novamente

animou-a.15- dúvida em sobre: Anotou todas as dúvidas sobre

a questão dada.16- favorável a: Sou favorável à sua candidatura.17- gosto de, em: Tenho muito gosto em participar

desta brincadeira.18- grato a: Grata a todos que me ensinaram a ensinar.19- horror a, de: Tinha horror a quiabo refogado.20- impróprio para: O filme era impróprio para

menores.21- junto a, com, de: Junto com o material, encontrei

este documento22- necessárío a, para: A medida foi necessária para

acabar com tanta dúvida. 23- passível de: As regras são passíveis de mudanças. 24- preferível a: Tudo era preferível à sua queixa. 25- respeito a, entre, para com: É necessário o respeito

às leis. 26- sito em: O apartamento sito em Brasília foi

vendido. 27- situado em: Minha casa estásituada na Avenida

Internacional.

Outras Regências- aflito: com, por - lento: em- alheio: a, de - próximo: a, de- aliado: a, com - rente: a- análogo: a - residente: em- coerente: com - respeito: a, com, de, para com, por- compatível: com - satisfeito: com, de, em, por- contíguo: - semelhante: a- desprezo: a, de, por - sensível: a- empenho: de, em, por - suspeito: de- equivalente: a - útil: a, para- fértil: de, em - vazio: de- hostil: a, para com - versado: em- inerente: a - vizinho: a, de

REGÊNCIA VERBAL

Regência verbal é a relação de dependência que se estabelece entre o verbo de uma sentença e seus complementos. Vejamos a regência de alguns verbos de emprego mais comum:

ABDICAR - renunciar ao poder, a um cargo, título desistir. Pode ser intransitivo (VI - não exige complemento) / transitivo direto (M) ou transitivo indireto (TI +preposição)

- D. Pedro abdicou em 1831. (VI) - A vencedora abdicou o seu direto de rainha. (VTD) - Nunca abdicarei de meus direitos. (VTI)

ABRAÇAR - emprega-se sem / sem preposição no sentido de apertar nos braços. - A mãe abraçou-a com ternura. (VTD)

- Abraçou-se a mim, chorando. (VTI)

AGRADAR - emprega-se com preposição no sentido de contentar, satisfazer.(VTI)

- A banda Legião Urbana agrada aos jovens. (VTI) AGRADAR - emprega-se sem preposição no sentido de

acariciar, mimar. - Márcio agradou a esposa com um lindo presente. (VTD)

AJUDAR - emprega-se sem preposição; objeto direto de pessoa.

- Eu ajudava-a no serviço de casa. (VTD)

ALUDIR - (=fazer alusão, referir-se a alguém), emprega-se com preposição.

- Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto. (VTI)

ANSIAR - emprega-se sem preposição no sentido de causar mal‑estar, angustiar.

- A emoção ansiava-me. (VTD) ANSIAR - emprega-se com preposição no sentido de desejar

ardentemente por. - Ansiava por vê-lo novamente. (VTI)

ASPIRAR - emprega-se sem preposição no sentido de respirar, cheirar.

- Aspiramos um ar excelente, no campo. (VTD) ASPIRAR - emprega-se com preposição no sentido de querer

muito, ter por objetivo. - Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. (VTI)

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Didatismo e Conhecimento

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ASSISTIR - emprega-se com preposição a no sentido de ver, presenciar.

- Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. (VTI) Nesse caso, o verbo não aceita o pronorne lhe, mas apenas os

pronomes pessoais retos +preposição: - O filme é ótimo. Todos querem assistir a ele. (VTI) ASSISTIR - emprega-se sem / com preposição no sentido de

socorrer, ajudar. - A professora sempre assiste os alunos com carinho. (VTD) - A professora sempre assiste aos alunos com carinho. (VTI)ASSISTIR - emprega-se com preposição no sentido de caber,

ter direito ou razão.- O direito de se defender assiste a todos. (VT1 )ASSISTIR - no sentido de morar, residir é intransitivo e exige

a preposição em.-Assiste em Manaus por muito tempo. (VI)

ATENDER - empregado sem preposição no sentido de receber alguém com atenção.

- O médico atendeu o cliente pacientemente. (VTD) ATENDER - no sentido de ouvir, conceder. - Deus atendeu minhas preces.(VTD) - Atenderemos quaisquer pedido via internet. ATENDER - emprega-se com preposição no sentido de dar

atenção a alguém. - Lamento não poder atender à solicitação de recursos. (VTI)

ATENDER - emprega-se com preposição no sentido de ouvir com atenção o que alguém diz.

- Atenda ao telefone, por favor. - Atenda o telefone. (preferência brasileira)

A VISAR - avisar alguém de alguma coisa. - O chefe avisou os funcionários de que os documentos

estavam prontos. (VTD) - Avisaremos os clientes da mudança de endereço. (VTD ) Já tem tradição na língua o uso de avisar como OI de pessoa

e OD de coisa. - Avisamos aos clientes que vamos atendê-los em novo

endereço.

BATER - emprega-se com preposição no sentido de dar pancadas em alguém.

- Os irmãos batiam nele (ou batiam-lhe) à toa.- Nervoso, entrou em casa e bateu a porta.(fechou com força)- Foi logo batendo à porta. (baterjunto à porta, para alguém

abrir)Para que ele pudesse ouvir, era preciso bater naporta de seu

quarto. (dar pancadas)

CASAR -Marina casou cedo e pobre. (VI não exige complemento)

- Você é realmente digno de casar com minha filha. (VTI com preposição)

- Ela casou antes dos vinte anos. (VTD sem preposição

Atenção: O verbo casar pode vir acompanhado de pronome reflexivo.

- Ela casou com o seu grande amor. ou - Ela casou-se com seu grande amor.

CHAMAR - emprega-se sem preposição no sentido de convocar.

- O juiz chamou o réu à sua presença. (VTD) Emprega-se com ou sem preposição no sentido de denominar,

apelidar, construido com objeto + predicativo. - Chamou-o covarde. (VTD) / Chamou-o de covarde. (VID) - Chamou-lhe covarde. (VTI) / Chamou-lhe de covarde. (VTI) - Chamava por Deus nos momentos dificeis. (VTI)

CHEGAR - como intransitivo, o verbo chegar exige a preposição a quando indica lugar.

- Chegou ao aeroporto meio apressada. Como transitivo direto (VTD) e intransitivo (VI) no sentido

de aproximar. - Cheguei-me a ele.

CONTENTAR-SE - emprega-se com as preposições com, de, em:

- Contentam-se com migalhas. (VTI) - Contento-me em aplaudir daqui.

CUSTAR - é transitivo direto no sentido de ter valor de, ser caro.

- Este computador custa muito caro. (VTD) CUSTAR - no sentido de ser difícil é TI. É conjugado como

verbo reflexivo, na 3ª pessoa do singular, e seu sujeito é uma oração reduzida de infinitivo

- Custou-me pegar um táxi.(foi dificil ) - O carro custou-me todas as economias. CUSTAR - é transitivo direto e indireto (TDI) no sentido de

acarretar - A imprudência custou-lhe lágrimas amargas. (VTDI)

ENSINAR - é intransitivo no sentido de doutrinar, pregar. - Minha mãe ensina na FAI. ENSINAR - é transitivo direto no sentido de educar.- Nem todos ensinam as crianças. ENSINAR - é transitivo direto e indireto no sentido de dar

ínstrução sobre. - Ensino os exercícios mais dificeis aos meus alunos.

ENTRETER - empregado como divertir‑se exige as preposições: a, com, em.

- Entretínhamo-nos em recordar o passado.

ESQUECER / LEMBRAR - estes verbos admitem as construções:

- Esqueci o endereço dele. / 1 - Lembrei um caso interessante. - Esqueci-me do endereço dele./ 2 - Lembrei-me de um caso

interessante. - Esqueceu- me seu endereço. / 3 - Lembra-me um caso

interessante.

Você pode observar que no 1º exemplo tanto o verbo esquecer como lembrar, não são pronominais, isto é, não exigem os pronomes me, se, lhe, são transitivos diretos (TD).

Nos exemplos, ambos os verbos, esquecer e lembrar, exigem o pronome e a preposição de; são transitivos indiretos e pronominais.

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No exemplo o verbo esquecer está empregado no sentido de apagar da memória. e o verbo lembrar está empregado no sentido de vir à memória.

Na língua culta, os verbos esquecer e lembrar quando usados com a preposição de, exigem os pronomes.

IMPLICAR - emprega-se com preposição no sentido de ter implicância com alguém, é TI.

- Nunca implico com meus alunos. (VTI) IMPLICAR - emprega-se sem preposição no sentido de

acarretar, envolver, é TD. - A queda do dólar implica corrida ao over. (VTE) - O desestímulo ao álcool combustível implica uma volta ao

passado. (VTD) IMPLICAR - emprega-se sem preposição no sentido de

embaraçar, comprometer, é TD.- O vizinho implicou-o naquele caso de estupro. (VTD) É inadequada a regência do verbo implicar em: - Implicou em confusão.

INFORMAR - o verbo informar possui duas construções, VTD e VTI,

- Informei-o que sua aposentaria saiu. (VTD)- Informei-lhe que sua aposentaria. (VT1- Informou-se das mudanças logo cedo. (inteirar-se, verbo

pronominal)

INVESTIR- emprega-se com preposição (com ou contra) no sentido de atacar, é TI.

- O touro Bandido investiu contra Tião. INVESTIR - empregado como verbo transitivo direto e

índireto, no sentido de dar posse. - O prefeito investiu Renata no cargo de assessora. (VTDI) INVESTIR - emprega-se sem preposição no sentido também

de empregar dinheiro, é TD. - Nós investimos parte dos lucros em pesquisas científicas.

(VTD)

MORAR - antes de substantivo rua, avenida, usa-se morar com a preposição em.

- D. Marina Falcão mora na rua Dorival de Barros.

NAMORAR - a regência correta deste verbo é namorar alguém e NÃO namorar com alguém.

- Meu filho, Paulo César, namora Cristiane. Marcelo namora Raquel.

NECESSITAR- emprega-se com verbo transitivo direto ou indireto, no sentido de precisar.

- Necessitávamos o seu apoio. - Necessitávamos de seu apoio,(VTDI)

OBEDECER / DESOBEDECER - emprega-se com verbo transitivo direto e indireto no sentido de cumprir ordens.

- Obedecia às irmãs e irmãos. - Não desobedecia às leis de trânsito.

PAGAR - emprega-se sem preposição no sentido de saldar coisa, é VTI).

- Cida pagou o pão. - Paguei a costura. (VTD) PAGAR – emprega-se com preposição no sentido de

remunerar pessoa, é VTI. - Cida pagou ao padeiro. - Paguei à costureira., à secretária. (VTI) PAGAR - emprega-se como verbo transitivo direto e indireto,

pagar alguma coisa a alguém. - Cida pagou a carne ao açougueiro. (VTDI) PAGAR - por alguma coisa: - Quanto pagou pelo carro? PAGAR - sem complemento: - Assistiu aos jogos sem pagar

PEDIR - somente se usa pedir para, quando, entre pedir e o para, puder colocar a palavra licença. Caso contrário, díz-se pedir que.

- A secretária pediu para sair mais cedo. (pediu licença) - A direção pediu que todos os funcionários, comparecessem

à reunião.

PERDOAR - emprega-se sem preposição no sentido de perdoar coisa, é TD.

- Devemos perdoar as ofensas. (VTD ) PERDOAR - emprega-se com preposição no sentido de

conceder o perdão à pessoa, é TI. - Perdoemos aos nossos inimigos. (VTI) PERDOAR - emprega-se como verbo transitivo direto e

indireto, no sentido de ter necessidade. - A mãe perdoou ao filho a mentira. (VTDI) PERDOAR - admite voz passiva: - Todos serão perdoados pelos pais.

PERMITIR - empregado com preposição, exige objeto indireto de pessoa.

- O médico permitiu ao paciente que falasse. (VTI)PERMITIR - constrói-se com o pronome lhe e NÃO o:- O assistente permitiu-lhe que entrasse.PERMITIR - não se usa apreposição de antes de oração

infinitiva:- Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. (e não

de ir sozinha)

PISAR -é verbo transitivo direto VTD.- Tinha pisado o continente brasileiro. (não exige a preposição

no)

PRECISAR - emprega-se com preposição no sentido de ter necessidade, é VTI.

- As crianças carentes precisam de melhor atendimento médico. (VTI)

PRECISAR - quando o verbo precisar vier acompanhado de infinítivo, pode-se usar a preposição de; a língua moderna tende a dispensá-la.

- Você é rico, não precisa trabalhar muito.PRECISAR - usa-se, às vezes na voz passiva, com sujeito

indeterminado.- Precisa-se de funcionários competentes. (sujeito

indeterminado)

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PRECISAR - emprega-se sem preposição no sentido de indicar com exatidão.

- Perdeu muito dinheiro no jogo, mas não sabe precisar aquantia.(VTD)

PREFERIR - emprega-se sem preposição no sentido de ter preferência. (sem escolha)

- Prefiro dias mais quentes. (VTD)PREFERIR - VTDI, no sentido de ter preferência, exige a

preposição a. - Prefiro dançar a nadar.- Prefiro chocolate a doce de leite.Na linguagem formal, culta, é inadequado usar este verbo

reforçado pelas palavras ou expressões: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, do que.

PRESIDIR - emprega-se com objeto direto ou objeto indireto, com a preposição a.

- O reitor presidiu à sessão. - O reitor presidiu a sessão.

PREVENIR -admite as construções: - A paciência previne dissabores.- Preveni minha turma. - Quero preveni-los. - Prevenimo-nos para o exame final.

PROCEDER - emprega-se como verbo intransitivo no sentido de ter fundamento.

- Sua tese não procede. (VI)PROCEDER - emprega-se com a preposição de no sentido de

originar‑se, vir de. - Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito

ao próximo.PROCEDER - emprega-se como transitivo indireto com a

preposição a, no sentido de dar início. - Procederemos a uma investigação rigorosa. (VTI)

QUERER - emprega-se sem preposição no sentido de desejar.

- Quero vê-lo ainda hoje.(VTD) QUERER - emprega-se com preposição no sentido de gostar,

ter afeto, amar. - Quero muito bem às minhas cunhadas Vera e Ceiça.

RESIDIR - como o verbo morar, o verbo responder, constrói-se com a preposição em.

- Residimos em Lucélia, na Avenida Internacional .Atenção: Residente e residência têm a mesma regencia de

residir em.

RESPONDER - emprega-se no sentido de responder alguma coisa a alguém.

- O senador respondeu ao jornalista que o projeto do rio São Francisco estava no final. (VTDI)

RESPONDER - emprega-se no sentido de responder a uma carta, a uma pergunta.

- Enrolou, enrolou e não respondeu à pergunta do professor.

REVERTER - emprega-se no sentido de regressar, voltar ao estado primitivo.

- Depois de aposentar-se reverteu à ativa. REVERTER - emprega-se no sentido de voltar para.a posse

de alguém. - As jóias reverterão ao seu verdadeiro dono. REVERTER - emprega-se no sentido de destinar-se. - A renda da festa será revertida em beneficio da Casa da Sopa.

SIMPATIZAR / ANTIPATlZAR.- empregam-se com a preposição com.

- Sempre simpatizei com pessoas negras. - Antipatizei com ela desde o primeiro momento.

Atenção: Estes verbos NÂO são pronominais, isto é, não exigem os pronomes me, se, nos, etc.

- Simpatizei-me com você. (inadequado) - Simpatizei com você. ( adequado)

SUBIR - Subiu ao céu. / Subir à cabeça. / Subir ao trono. / Subir ao poder.

- Essas expressões exigem a preposição a.

SUCEDER - emprega-se com a preposição a no sentido de substituir, vir depois.

- O descanso sucede ao trabalho.

TOCAR - emprega-se no sentido de pôr a mão, tocar alguém, tocar em alguém.

- Não deixava tocar o / no gato doente. TOCAR -emprega-se no sentido de comover, sensibilizar,

usa-se com OD. - O nascimento do filho tocou-o profundamente. TOCAR - emprega-se no sentido de caber por sorte, herança,

é 0I. - Tocou-lhe, por herança, uma linda fazenda. TOCAR - emprega-se no sentido de ser da competência de,

caber. -Ao prefeito é que toca deferir ou indeferir o projeto.

VISAR - emprega-se sem preposição como VT13 no sentido de apontar ou pôr visto.

- O garoto visou o inocente passarinho.- O gerente visou a correspondência. VISAR - emprega-se com preposição como VTI no sentido de

desejar, pretender. - Todos visam ao reconhecimento de seus esforços.

Casos Especiais

1- Dar‑se ao trabalho ou dar‑se o trabalho? Ambas as construções são corretas. A primeira é mais aceita.

- Dava‑se ao trabalho de responder tudo em Inglês. O mesmo se dá com: dar-se ao / o incômodo; poupar-se ao /o

trabalho; dar-se ao /o luxo.

2- Propor‑se alguma coisa ou propor‑se a alguma coisa? Propor-se, no sentido de ter em vista, dispor-se a, pode vir

com ou sem a preposição a.- Ela se propôs levá-lo/ a levá-lo ao circo.

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3- Passar revista a ou passar em revista? Ambas estão corretas, porém a segunda construção é mais

freqüente. - O presidente passou a tropa em revista.

4- Em que pese a - expressão concessiva equivalendo a ainda que custe a, apesar de, não obstante.

- “Em que pese aos inimigos do paraense, sinceramente confesso que o admiro.” (Graciliano Ramos)

Observações Finais

I- Os verbos transitivos indiretos (exceção ao verbo obedecer), NÃO admitem voz passiva. - Os exemplos citados abaixo são considerados inadequados.

2 – O filme foi assistido pelos estudantes./ O cargo era visado por todos. - Os estudantes assistiram ao filme./ Todos visavam ao cargo.

3- Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de regências diferentes, como: - Entrou e saiu de casa. / Assisti e gostei da peça. Corrija-se para: - Entrou na casa e saiu dela. / Assisti à peça e gostei dela.

4 - As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como complemento de verbos transitivos diretos, enquanto as formas lhe, lhes funcionam como transitivos indiretos que exigem a preposição a. - Convidei as amigas. Convidei-as. / Obedeço ao mestre. Obedeço- lhe.

EXERCÍCIOS

1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:

a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte

de cana. c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro

pretendido. 2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos,

regidos ou não de preposição, que completam corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém conhecia o traficante ....... o fazendeiro negociava.

a) nos quais / que b) cujos / com quem c) que / cujod) de cujos / com queme) cujos / de quem

3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se completam corretamente com o pronome lhe:

a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João. d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-.....

felicidades. e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo.

4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição:

a) ávido / bom / inconseqüente b) indigno / odioso / perito c) leal / limpo / onerosod) orgulhoso / rico / sedentoe) oposto / pálido / sábio

5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe.

a) Não lhe agrada semelhante providência? b) A resposta do professor não o satisfez. c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema

dedicação. e) Vou visitar-lhe na próxima semana.

6. (BB) Regência imprópria: a) Não o via desde o ano passado. b) Fomos à cidade pela manhã. c) Informou ao cliente que o aviso chegara. d) Respondeu à carta no mesmo dia. e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.

7. (BB) Alternativa correta: a) Precisei de que fosses comigo. b) Avisei-lhe da mudança de horário. c) Imcumbiu-me para realizar o negócio. d) Recusei-me em fazer os exames. e) Convenceu-se nos erros cometidos.

8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção:

a) O cargo ....... aspiro depende de concurso. b) Eis a razão ....... não compareci. c) Rui é o orador ....... mais admiro. d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.

9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia.

a) de que - que b) a cujos - cujos c) por que – qued) cujos – cujoe) a que - a que

10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no silêncio.

A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é:

a) as quais / de cujo b) a que / no qual c) de que / o quald) às quais / cujoe) que / em cujo

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11. (SANTA CASA) É tal a simplicidade ....... se reveste a redação desse documento, que ele não comporta as formalidades ....... demais.

a) que - os b) de que - aos c) com que - para osd) em que – nose) a que - dos

12. (PUC-RS) Diferentes são os tratamentos ....... se pode submeter o texto literário. Sempre se deve aspirar, no entanto, ....... objetividade científica, fugindo ....... subjetivismo.

a) à que, a, do b) que, a, ao c) à que, à, aod) a que, a, doe) a que, à, ao

13. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira aversão ..... exames, porque nunca se empenharam o suficiente ..... utilização do tempo ..... dispunham para o estudo.

a) com - pela - de que b) por - com - que c) a - na – qued) com - na - que e) a - na - de que

14. (BB) “Ele não ..... viu”. não cabe na frase: a) nos b) lhe c) med) tee) o

15. (BB) Emprego indevido de o: a) O irmão o abraçou. b) O irmão o encontrou. c) O irmão o atendeu.d) O irmão o obedeceu.e) O irmão o ouviu.

RESPOSTAS(1-D) (2-B) (3-C) (4-D) (5-E) (6-E) (7-A) (8-E) (9-E) (10-D)

(11-B) (12-E) (13-E) (14-B) (15-D)

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. Exemplo:

• Alfabeto, abecedário.• Brado, grito, clamor.• Extinguir, apagar, abolir, suprimir.• Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.

As mais das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por matizes de significação e certas propriedades que o escritor não pode desconhecer.

Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).

A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:

• Adversário e antagonista.• Translúcido e diáfano.• Semicírculo e hemiciclo.• Contraveneno e antídoto.• Moral e ética.• Colóquio e diálogo.• Transformação e metamorfose.• Oposição e antítese.

O fato lingüístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, palavra que também designa o emprego de sinônimos.

Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:• Ordem e anarquia.• Soberba e humildade• Louvar e censurar.• Mal e bem.

A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo. Exemplos:

Bendizer, maldizer / simpático, antipático / progredir, regredir / concórdia, discórdia / explícito, implícito / ativo, inativo / esperar, desesperar / comunista, anticomunista / simétrico, assimétrico / pré-nupcial, pós-nupcial.

Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos:

• São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).• Aço (substantivo) e asso (verbo).

Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. A homonímia pode ser causa de ambigüidade, por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.

O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:

a) Homógrafos heterofônicos (iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade das vogais):

• Rego (substantivo) e rego (verbo).• Colher (verbo) e colher (substantivo).• Jogo (substantivo) e jogo (verbo).• Apóio (verbo) e apoio (substantivo).• Pára (verbo parar) e para (preposição).• Providência (substantivo) e providencia (verbo)• Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).• Pêlo (substantivo), pélo (verbo) e pelo (contração de

per+o).

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Observação: Palavras com as dos cinco últimos exemplos, a rigor, não são homógrafas, visto que o acento gráfico desfaz a homografia. Razões de ordem didática, porém, nos levam a incluí-las neste grupo de homônimos.

b) Homófonos heterográficos (iguais na pronúncia e diferentes na escrita):

• Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).• Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).• Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de

consertar).• Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).• Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar

(acelerar).• Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).• Censo (recenseamento) e senso (juízo).• Cerrar (fechar) e serrar (cortar).• Paço (palácio) e passo (andar).• Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo).• Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar

= anular).• Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e

sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo).

c) Homófonos homográficos (iguais na escrita e na pronúncia:

• Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).• Cedo (verbo), cedo (advérbio).• Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).• Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).• Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).• Alude (avalancha), alude (verbo aludir).

Parônimos: (são palavras parecidas na escrita e na pronúncia):Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, tetânico

e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, infligir (aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).

Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. A esse fato lingüístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos:

• Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado.

• Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó.• Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao

véu do palato.Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissêmicas,

o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que têm dezenas de acepções.

Sentido próprio e sentido figurado: As palavras podem ser

empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. Exemplos:• Construí um muro de pedra. (sentido próprio).

• Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado).• As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).• As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado).

Denotação e conotação: Observe as palavras em destaque nos seguintes exemplos:

• Comprei uma correntinha de ouro.• Fulano nadava em ouro.

No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa simplesmente o conhecido metal precioso, tem sentido próprio, real, denotativo.

No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder, glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo, possui várias conotações (idéias associadas, sentimentos, evocações que irradiam da palavra).

Atenção: Quanto mais uma pessoa se distanciar da escrita padrão, mais dificuldade terá de se lembrar da pronúncia correta das palavras. A boa notícia é que muitos estão conscientes disso e querem melhorar.

- A meu ver tudo parece caminhar satisfatoriamente. (não: ao meu ver)

- O avião aterrissou no horário previsto. (não: aterrizou)- Devo ir ao cabeleireiro ainda esta semana. (não: cabelereiro)- O condor vive em regiões montanhosas. (não: côndor)- Já é hora de o candidato dizer a verdade. (não: do candidato;

o sujeito jamais é preposicionado)- O trem, na Rússia, descarrilou mais uma vez. (não:

descarrilhou)- Fiquei com muito dó daquele jogador. (não: muita dó)- Nunca encontrava empecilhos no caminho. (não: impecilho)- O cigarro provoca o enfisema pulmonar. (não: efisema)- Por favor, não deixe a garagem aberta. (não garage)- Vamos galera! O “show” é gratuito. (não: gratuíto)- Naquele ínterim, ela refletiu sabiamente. (não: interim)- É um sujeito muito irrequieto. (não: irriquieto)- O látex desta confecção é de primeira qualidade. (não: latex)- A maisena parece que está vencida. (não: Maizena; marca

comercial)- Meu irmão é menor de idade. (não: de menor)- Ela prefere mortadela a queijo. (não: mortandela)- Elas aceitaram prazerosamente minha contribuição. (não:

prazeirosamente)- Mereceu ganhar o prêmio Nobel de Literatura. (não: Nóbel)- Foi um privilégio conhecê-la. (não: previlégio)- Todos reivindicam melhores oportunidades. (não:

reinvindicar)- O Brasil bateu recorde outra vez. (não: récorde)- Repetiu o ano porque não estudou o suficiente. (não: de ano)- Não se esqueça de colocar sua rubrica. (não: rúbrica)- Meu tempero está ruim. (não: rúim)- Em face (ou ante a) da confusão reinante, a direção do

presídio proibiu as visitas. (não: em face a)- Fez que (fingir) não ouviu a advertência. (não: fez com que)- Somos quatro, lá em casa. (não: somos em)- Ficamos em pé / de pé o tempo todo. (ambas formas corretas)- Esta roupa não tem nada a ver com você. (não: haver) nada

há ver = nada a receber

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- A princípio tudo parecia real. (= no começo) (não: em princípio)

- Em princípio, sua proposta nos interessa. (em tese) (não: a princípio)

- A persistirem os sintomas, procure um médico. (se persistirem, equivale a uma condição)

- Ao persistirem os sintomas, procure um médico. (quando persistirem, equivale a tempo)

- Depois de vencidos os obstáculos, ele voltava vitorioso. (inadequado)

- Depois de superados os obstáculos, ele voltava vitorioso. (obstáculos não se vencem; superam-se)

EXERCÍCIOS

1. (FUVEST) Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos erros do passado.

a) eminente, deflagração, incidiramb) iminente, deflagração, reincidiramc) eminente, conflagração, reincidiramd) preste, conflaglação, incidirame) prestes, flagração, recindiram

2. (PUC‑MG) “Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do mestre diante da .......... demonstrada pelo político.”

a) seção - fragrante - incipiênciab) sessão - flagrante - insipiênciac) sessão - fragrante - incipiênciad) cessão - flagrante - incipiênciae) seção - flagrante - insipiência

3. (CESCEM) Na ...... plenária estudou-se a ...... de direitos territoriais a ..... .

a) sessão - cessão - estrangeirosb) seção - cessão - estrangeirosc) secção - sessão - extrangeirosd) sessão - seção - estrangeirose) seção - sessão - estrangeiros

4. (BAURU) Há uma alternativa errada. Assinale-a:a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política.b) A catástrofe torna-se iminente.c) Sua ascensão foi rápida.d) Ascenderam o fogo rapidamente.e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.

5. (FEB) Há uma alternativa errada. Assinale-a:a) cozer = cozinhar; coser = costurarb) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no paísc) comprimento = medida; cumprimento = saudaçãod) consertar = arrumar; concertar = harmonizare) chácara = sítio; xácara = verso

6. (FCMPA‑MG) Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada:

a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros.c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever.e) A cessão de terras compete ao Estado.

7. (TRT) O ..................... do prefeito foi ......................... ontem.

a) mandado - caçadob) mandato - cassadoc) mandato - caçadod) mandado - casçadoe) mandado - cassado

8. (ESAF) Marque a alternativa cujas palavras preenchem corretamente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Necessitando ..................... o número do cartão do PIS, ............... a data de meu nascimento.”

a) ratificar, proscrevib) prescrever, discriminei c) descriminar, retifiqueid) proscrever, prescrevie) retificar, ratifiquei

9. (FUVEST) “A ............... científica do povo levou-o a ............... de feiticeiros os ............... em astronomia.”

a) insipiência tachar expertosb) insipiência taxar expertosc) incipiência taxar espertosd) incipiência tachar espertose) insipiência taxar espertos

10. (MACK) Na oração: Em sua vida, nunca teve muito .........., apresentava-se sempre .......... no .......... de tarefas .......... . As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são:

a) censo - lasso - cumprimento - eminentesb) senso - lasso - cumprimento - iminentesc) senso - laço - comprimento - iminentesd) senso - laço - cumprimento - eminentese) censo - lasso - comprimento - iminentes

11. (TFC) Indique a letra na qual as palavras complementam, corretamente, os espaços das frases abaixo:

1.Quem possui deficiência auditiva não consegue .......... os sons com nitidez.

2.Hoje são muitos os governos que passaram a combater o .......... de entorpecentes com rigor.

3.O Diretor do presídio .......... pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.

a) discriminar - tráfico - infligiub) discriminar - tráfico - infringiuc) descriminar - tráfego - infringiud) descriminar - tráfego - infligiue) descriminar - tráfico - infringiu

12. (TRE‑MG) A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do enunciado em:

a) O crime foi bárbaro. Somente após a .............. do assunto é que foi possível prendê-lo. (descrição)

b) Só seria possível .............. o acusado, se conseguíssemos mais provas que o inocentassem. (descriminar)

c) As negociações só vão ............... os resultados esperados, caso todos compareçam. (sortir)

d) O corpo estava .............., apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada vez mais. (imerso)

e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi .............. o cofre ali mesmo, na escada (arriar)

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RESPOSTAS

(1.B)(2.B)(3.A)(4.D)(5.B)(6.C)(7.B)(8.E)(9.A)(10.B)(11.A)(12.C)

FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas.

As palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.

Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”:Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro

elementos. São eles:cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele

que contém o significado.inh - indica que a palavra é um diminutivoa - indica que a palavra é femininas - indica que a palavra se encontra no pluralMorfemas: unidades mínimas de caráter significativo.

Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc.

São elementos mórficos:

1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática:

elementos modificadores da significação dos primeiros3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de

ligação ou eufônicos.

Raiz

É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica. Observe o exemplo:

Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc.

Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo:

at-oat-orat-ivoaç-ãoac-ionar

RadicalObserve o seguinte grupo de palavras:

livr- olivr- inholivr- eirolivr- eco

Você reparou que há um elemento comum nesse grupo?Você reparou que o elemento livr serve de base para o

significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema).

Radical: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra.

Por Exemplo: cert-ocert-ezain-cert-ezaAfixosAfixos são elementos secundários (geralmente sem vida

autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema “-mente”, por exemplo, cria uma nova palavra a partir de “certo”: certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas “a-” e “‑ar” à forma “cert-” cria o verbo acertar. Observe que a‑ e ‑ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados.

Quando são colocados antes do radical, como acontece com “a‑”, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como “‑ar”, surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos:

Prefixo Radical Sufixoin at ivoem pobr ecer

inter nacion al

DesinênciasDesinências são os elementos terminais indicativos das

flexões das palavras. Existem dois tipos:Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero

(masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.

Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número.

Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos.

A desinência “‑o”, presente em “am‑o”, é uma desinência

número‑pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; “‑va”, de “ama‑va”, é desinência modo‑temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação.

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

Vogal TemáticaVogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o

para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas:

A – Caracteriza os verbos da 1ª conjugação.Exemplos: buscar, buscavas, etc.

E - Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.Exemplos: romper, rompemos, etc.I - Caracteriza os verbos da 3ª conjugação.Exemplos: proibir, proibirá, etc.

TemaTema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática.

Nos verbos citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi-

Vogais e Consoantes de LigaçãoAs vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem

por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra.

Exemplo: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i)Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira,

cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.

Formação das PalavrasExistem dois processos básicos pelos quais se formam as

palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical.

DerivaçãoDerivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra

nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:

Primitiva Derivadamar marítimo, marinheiro, marujoterra enterrar, terreiro, aterrar

Observamos que “mar” e “terra” não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.

Tipos de Derivação

Derivação Prefixal ou PrefixaçãoResulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem

o seu significado alterado. Veja os exemplos:

crer- descrerler- relercapaz- incapaz

Derivação Sufixal ou SufixaçãoResulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode

sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por Exemplo: alfabetizaçãoNo exemplo acima, o sufixo ‑ção transforma em substantivo

o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo ‑izar.

A derivação sufixal pode ser:a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.Por Exemplo: papel – papelariariso – risonho

b) Verbal, formando verbos.Por Exemplo: atual - atualizar

c) Adverbial, formando advérbios de modo.Por Exemplo: feliz – felizmente

Derivação Parassintética ou ParassínteseOcorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo

simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.

Considere o adjetivo “ triste”. Do radical “trist-” formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo “en-” e do sufixo “-ecer”. A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras “entriste”, nem “tristecer”.

Exemplos: Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra

Formadamudo e mud ecer emudeceralma des alm ado desalmado

Atenção!

Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor.

É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de “propriar” ou de “expróprio”, pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Derivação RegressivaOcorre derivação regressiva quando uma palavra é formada

não por acréscimo, mas por redução.

Exemplos:

comprar (verbo) beijar (verbo)compra (substantivo) beijo (substantivo)

Saiba que:Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou

se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o

verbo palavra primitiva.- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o

contrário.Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam

ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.

Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja:

o portuga (de português) o boteco (de botequim)o comuna (de comunista)Ou ainda:

agito (de agitar)amasso (de amassar)chego (de chegar)

Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.

Derivação ImprópriaA derivação imprópria ocorre quando determinada palavra,

sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:

1) Os adjetivos passam a substantivosPor Exemplo: Os bons serão contemplados.2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivosPor Exemplo: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.3) Os infinitivos passam a substantivosPor Exemplo: O andar de Roberta era fascinante.O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

4) Os substantivos passam a adjetivosPor Exemplo: O funcionário fantasma foi despedido.O menino prodígio resolveu o problema.

5) Os adjetivos passam a advérbiosPor Exemplo: Falei baixo para que ninguém escutasse.6) Palavras invariáveis passam a substantivosPor Exemplo: Não entendo o porquê disso tudo.7) Substantivos próprios tornam-se comuns.Por Exemplo: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)

Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada “imprópria”.

ComposiçãoComposição é o processo que forma palavras compostas, a

partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:Composição por JustaposiçãoAo juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre

alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor

Obs.: em “girassol” houve uma alteração na grafia (acréscimo de um “s”) justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.

Composição por AglutinaçãoAo unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre

supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos.Exemplos: embora (em boa hora)fidalgo (filho de algo - referindo-se a família nobre)hidrelétrico (hidro + elétrico)planalto (plano alto)

Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente.

ReduçãoAlgumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena,

uma forma reduzida. Observe:

auto - por automóvelcine - por cinemamicro - por microcomputador Zé - por JoséComo exemplo de redução ou simplificação de palavras,

podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção “Extras” -> Abreviaturas e Siglas)

HibridismoOcorre hibridismo na palavra em cuja formação entram

elementos de línguas diferentes.Por Exemplo: auto (grego) + móvel (latim)

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LÍNGUA PORTUGUESA

OnomatopeiaNumerosas palavras devem sua origem a uma tendência

constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres.

Exemplos: miau, zumzum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.

PrefixosOs prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais

basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.

Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras. Veja os exemplos:

a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-

Prefixos de Origem Grega a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência,

carência.

Exemplos:

anônimo, amoral, ateu, afônico

ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos: analogia, análise, anagrama, anacrônico

anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos: anfiteatro, anfíbio, anfibologia

anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos: antídoto, antipatia, antagonista, antítese

apo- : Afastamento, separação. Exemplos: apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia

arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos: arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário

cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos: cataplasma, catálogo, catarata

di-: Duplicidade. Exemplos: dissílabo, ditongo, dilemadia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos:

diálogo, diagonal, diafragma, diagramadis- : Dificuldade, privação. Exemplos : dispneia, disenteria,

dispepsia, disfasiaec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:

eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismoen-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro.

Exemplos: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmoendo- : Movimento para dentro. Exemplos: endovenoso,

endocarpo, endosmoseepi- : Posição superior, movimento para. Exemplos: epiderme,

epílogo, epidemia, epitáfioeu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos: eufemismo,

euforia, eucaristia, eufoniahemi- : Metade, meio. Exemplos: hemisfério, hemistíquio,

hemiplégico

hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos: hipertensão, hipérbole, hipertrofia

hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos: hipocrisia, hipótese, hipodérmico

meta- : Mudança, sucessão. Exemplos: metamorfose, metáfora, metacarpo

para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos: paralelo, parasita, paradoxo, paradigma

peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos: periferia, peripécia, período, periscópio

pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos: prólogo, prognóstico, profeta, programa

pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos: prosélito, prosódiaproto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos: proto-

história, protótipo, protomártirpoli- : Multiplicidade. Exemplos: polissílabo, polissíndeto,

politeísmosin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos: síntese,

sinfonia, simpatia, sinopsetele- : Distância, afastamento. Exemplos: televisão, telepatia,

telégrafo

Prefixos de Origem Latina a‑, ab‑, abs‑ : Afastamento, separação. Exemplos: aversão,

abuso, abstinência, abstraçãoa‑, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:

adjunto,advogado, advir, apostoante- : Anterioridade, procedência. Exemplos: antebraço,

antessala, anteontem, anteverambi- : Duplicidade. Exemplos: ambidestro, ambiente,

ambiguidade, ambivalenteben(e)‑, bem‑ : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:

benefício, benditobis‑, bi‑: Repetição, duas vezes. Exemplos: bisneto,

bimestral, bisavô, biscoitocircu(m) ‑ : Movimento em torno. Exemplos: circunferência,

circunscrito, circulaçãocis‑ : Posição aquém. Exemplos: cisalpino, cisplatino,

cisandinoco‑, con‑, com‑ : Companhia, concomitância. Exemplos:

colégio, cooperativa, condutorcontra‑ : Oposição. Exemplos: contrapeso, contrapor,

contradizerde‑ : Movimento de cima para baixo, separação, negação.

Exemplos: decapitar, decair, deporde(s)‑, di(s)‑ : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:

desventura, discórdia, discussãoe‑, es‑, ex- : Movimento para fora. Exemplos: excêntrico,

evasão, exportação, expeliren‑, em‑, in‑ : Movimento para dentro, passagem para um

estado ou forma, revestimento. Exemplos: imergir, enterrar, embeber, injetar, importar

extra‑ : Posição exterior, excesso. Exemplos: extradição, extraordinário, extraviar

i‑, in‑, im‑ : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo

inter‑, entre- : Posição intermediária. Exemplos: internacional, interplanetário

intra‑ : Posição interior. Exemplos: intramuscular, intravenoso, intraverbal

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

intro‑ : Movimento para dentro. Exemplos: introduzir, introvertido, introspectivo

justa‑ : Posição ao lado. Exemplos: justapor, justalinearob‑, o‑ : Posição em frente, oposição. Exemplos: obstruir,

ofuscar, ocupar, obstáculoper‑ : Movimento através. Exemplos: percorrer, perplexo,

perfurar, perverterpos‑ : Posterioridade. Exemplos: pospor, posterior, pós-

graduadopre‑ : Anterioridade . Exemplos: prefácio, prever, prefixo,

preliminarpro‑ : Movimento para frente. Exemplos: progresso,

promover, prosseguir, projeçãore‑ : Repetição, reciprocidade. Exemplos: rever, reduzir,

rebater, reatarretro‑ : Movimento para trás. Exemplos: retrospectiva,

retrocesso, retroagir, retrógradoso‑, sob‑, sub‑, su‑ : Movimento de baixo para cima,

inferioridade. Exemplos: soterrar, sobpor, subestimarsuper‑, supra‑, sobre‑ : Posição superior, excesso. Exemplos:

supercílio, supérfluosoto‑, sota‑ : Posição inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-

voga, soto-pôrtrans‑, tras‑, tres‑, tra‑ : Movimento para além, movimento

através. Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradiçãoultra‑ : Posição além do limite, excesso. Exemplos:

ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioletavice‑, vis‑ : Em lugar de. Exemplos: vice-presidente, visconde,

vice-almirante.SufixosSufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que,

acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo.

Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente.

Sufixos que formam nomes de ação

‑ada - caminhada ‑ez(a) - sensatez, beleza‑ança - mudança ‑ismo - civismo‑ância - abundância ‑mento - casamento‑ção - emoção ‑são - compreensão‑dão - solidão ‑tude - amplitude‑ença - presença ‑ura - formatura

Sufixos que formam nomes de agente

‑ário(a) - secretário ‑or - lutador‑eiro(a) - ferreiro ‑nte - feirante‑ista - manobrista

Além dos sufixos acima, tem-se:

Sufixos que formam nomes de lugar, depositório:

‑aria - churrascaria ‑or - corredor‑ário - herbanário ‑tério - cemitério‑eiro - açucareiro ‑tório - dormitório

Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção:

‑aço - ricaço ‑ario(a) - casario, infantaria‑ada - papelada ‑edo - arvoredo‑agem - folhagem ‑eria - correria‑al - capinzal ‑io - mulherio‑ame - gentame ‑ume - negrume

Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência:

‑ite bronquite, hepatite (inflamação)‑oma mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)‑ato, eto, ito sulfato, cloreto, sulfito (sais)‑ina cafeína, codeína (alcaloides, álcalis

artificiais)‑ol fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)‑ite amotite (fósseis)‑ito granito (pedra)

‑ema morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística)

‑io sódio, potássio, selênio (corpos simples)

Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos:

‑ ismo: budismo, kantismo, comunismo.

SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOSa) de substantivos

‑aco - maníaco ‑engo - mulherengo ‑ício - alimentício

‑ado - barbado ‑ento - cruento ‑ico - geométrico

‑áceo(a) - herbáceo, liláceas ‑eo - róseo ‑il - febril

‑aico - prosaico ‑esco - pitoresco ‑ino - cristalino‑al - anual ‑este - agreste ‑ivo - lucrativo‑ar - escolar ‑estre - terrestre ‑onho -

tristonho‑ário - diário, ordinário ‑enho - ferrenho ‑oso - bondoso

‑ático - problemático ‑eno - terreno ‑udo -

barrigudo‑az - mordaz

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Didatismo e Conhecimento

LÍNGUA PORTUGUESA

b) de verbos

SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFICAÇÃO

‑(a)(e)(i)nte

ação, qualidade, estado

semelhante, doente, seguinte

‑(á)(í)velpossibilidade de praticar ou sofrer uma ação

louvável perecível punível

‑io, ‑(t)ivo ação referência, modo de ser tardio afirmativopensativo

‑(d)iço, ‑(t)ício

possibilidade de praticar ou sofrer uma ação, referência

movediço, quebradiço, factício

‑(d)ouro,‑(t)ório ação, pertinência casadouro, preparatório

SUFIXOS ADVERBIAISNa Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo

adverbial: É o sufixo “-mente”, derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar “a mente, o espírito, o intento”.Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.

Exemplos: altiva‑mente, brava‑mente, bondosa‑mente, nervosa‑mente, fraca-mente, pia‑mente

Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues‑mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes.

Exemplos: cabrito montês / cabrita montês.

SUFIXOS VERBAIS Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de

substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo

da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-

ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação.

Veja:

‑ar: cruzar, analisar, limpar‑ear: guerrear, golear‑entar: afugentar, amamentar-ficar: dignificar, liquidificar‑izar: finalizar, organizar

Observações:

Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou

causar.Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

NÚMEROS RELATIVOS INTEIROS E FRACIONÁRIOS, OPERAÇÕES E

PROPRIEDADES; NÚMEROS REAIS

I) Números Naturais N = { 0 , 1 , 2 , 3 , ... }II) Números Inteiros Z = { ... , -2 , -1 , 0 , 1 , 2, ... }Todo número natural é inteiro, isto é, N é um subconjunto de

Z.III) Números Racionais - São aqueles que podem ser expressos na forma a/b, onde a

e b são inteiros quaisquer, com b diferente de 0.Q ={x/x = a/b com a e b pertencentes a Z com b diferente de

0 }.Assim como exemplo podemos citar o –1/2 , 1 , 2,5 ,... -Números decimais exatos são racionais Pois 0,1 = 1/10 2,3 = 23/10 ... - Números decimais periódicos são racionais. 0,1111... = 1/9 0,3232 ...= 32/99 2,3333 ...= 21/9 0,2111 ...= 19/90 -Toda dízima periódica 0,9999 ... 9 ... é uma outra

representação do número 1. IV) Números Irracionais - São aqueles que não podem ser expressos na forma a/b,

com a e b inteiros e b diferente de 0.  -São compostos por dízimas infinitas não periódicas.  Exs:

V) Números Reais - É a reunião do conjunto dos números irracionais com o dos

racionais.

Resumindo:

Intervalos :

Sendo a e b dois números reais, com a < b, temos os seguintes subconjuntos de R chamados intervalos.

Intervalo fechado nos extremos a e b:

= Intervalo fechado em a e aberto em b:

Intervalo aberto em a e fechado em b:

Intervalo aberto em a e b:

Temos também:

Vejamos cada um:

NÚMEROS INTEIROSADIÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS

Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos números inteiros negativos a idéia de perder.

ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8)perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7)ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3)perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3)

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser dispensado.

Propriedades da adição de números inteiros: O conjunto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois números inteiros ainda é um número inteiro.

Associativa: Para todos a,b,c em Z:a + (b + c) = (a + b) + c2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7Comutativa: Para todos a,b em Z:a + b = b + a3 + 7 = 7 + 3Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a cada z em

Z, proporciona o próprio z, isto é:z + 0 = z7 + 0 = 7Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, tal quez + (–z) = 09 + (–9) = 0

EXERCÍCIOS1- Calcule a soma:a) (+11) + 0 = g) (–22) + (+34) = b) 0 + (–13) = h) (+49) + (–60) =

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

c) (+28) + (+2) = i) (–130) + (–125) =d) (–34) + (–3) = j) (+49) + (+121) =e) (–8) + (–51) = k) (+820) + (–510) =f) (+21) + (+21) = l) (–162) + (–275) =

2- Determine o número inteiro que se deve colocar no lugar de x para que sejam verdadeiras as igualdades:

a) x + (+9) = +13 d) x + (–3) = +3b) x + (–6) = –10 e) x + (+7) = –8c) x + (–7) = 0 f) (–20) + x = –18

3- Sabe-se que a = –73, b = +51 e c = –17. Nessas condições, calcule o valor de:

a) a + b c) b + cb) a + c d) a + b + c

4- Numa olimpíada de matemática, uma turma ganhou 13 pontos na primeira fase e 18 na segunda. Usando a adição de números inteiros, calcule quantos pontos essa turma ganhou.

5- Caio tem R$ 3.600,00 na sua conta bancária. Se ele fizer um depósito de R$ 4.000,00, como ficará o seu saldo?

6- Em um programa de perguntas e respostas, a cada resposta correta Carlos, recebia R$ 20,00 do apresentador do programa. Porém, a cada resposta errada, pagava R$ 22,00. De 100 perguntas, Carlos acertou 52. Ele ganhou ou perdeu dinheiro? Quantos reais?

7- Sabe-se que Júlio César, famoso conquistador e cônsul romano, nasceu no ano 100 a.C. e morreu, assassinado, com a idade de 56 anos. Em que ano Júlio César morreu?

8- Os números a e b são inteiros. Se a e b são opostos, quanto dá a adição a + b?

9- Os números a e b são inteiros positivos. É correto afirmar que a + b é um número positivo?

10- Na atmosfera, a temperatura diminui cerca de 1 grau a cada 200m de afastamento da superfície terrestre. Se a temperatura na superfície é de +20 graus, qual será a temperatura na atmosfera a uma altura de 10 km?

RESPOSTAS

1- (a) +11) (b) –13) (c) +30) (d) –37) (e) –59) (f) +42) (g) +12) (h) –11) (i) –255 (j) +170) (k) +310) (l) –437)

2- (a) +4) (b) –4) (c) +7) (d) +6) (e) –15) (f) +2)3- (a) –22) (b) –90) (c) +34) (d) –39)4- (31)5- (R$ 7.600,00)6- (Perdeu R$ 16,00)7- (44 a.C.)8- (0)9- (SIM)10- (–30 graus)

SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROSA subtração é empregada quando:• Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;

• Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra;

• Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra.

A subtração é a operação inversa da adição.Observe que: 9 – 5 = 4 4 + 5 = 9

diferençasubtraendominuendo

Considere as seguintes situações:

1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura?

Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3

2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?

Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – 

(+3) é o mesmo que (+5) + (–3).

Temos:(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

Daí  podemos  afirmar:  Subtrair  dois  números  inteiros  é  o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo.

EXERCÍCIOS

1- Numa adição, uma das parcelas é 148 e a soma é 301. Qual é a outra parcela?

2- Numa subtração, o subtraendo é 75 e a diferença é 208. Qual é o minuendo?

3- Dê o valor do número natural representado pela letra x.a) x – 155 = 45 b) x – 420 = 0

4- Dona Noêmia, a bibliotecária da escola, organizou um quadro com o movimento de retirada e devolução dos 40 livros indicados para leitura da 5º série.

Movimento na bibliotecaDia Retirada Devolução

2ª feira 25 -3ª feira 12 -4ª feira - 105ª feira 7 8

Dos livros indicados para a 5ª série, quantos estavam na biblioteca no início da 6ª feira?

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3

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

5- Um número inteiro é expresso por (53 – 38 + 40) – 51 + (90 – 7 + 82) = 101. Qual é esse número inteiro?

6- Calcule a diferença entre:a) o oposto de – 15 com o oposto de – 35;b) o oposto de – 24 com o módulo de – 50.

7- Calcule:a) (+12) + (–40)b) (+12) – (–40) c) (+5) + (–16) – (+9) – (–20)d) (–3) – (–6) – (+4) + (–2) + (–15)

8- Determine o valor de x de modo a tornar as sentenças verdadeiras:

a) x + (–12) = –5b) x + (+9) = 0c) x – (–2) = 6d) x + (–9) = –12e) –32 + x = –50f) 0 – x = 8

9- A tabela a seguir refere-se ao movimento bancário da conta corrente de minha amiga Cláudia, no período de 10 a 15 de fevereiro:

Dia Histórico Débito Crédito Saldo10/02 Saldo Anterior –120,0011/02 Cheque 45,00 a)12/02 Depósito 200,00 b)13/02 IOF* 1,00 c)14/02 Cheque 123,00 d)15/02 Depósito 150,00 e)

* IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.

Cabe a você encontrar o saldo bancário de Cláudia dia a dia.10- Qual a diferença prevista entre as temperaturas no Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia, segundo as informações?Tempo no Brasil: Instável a ensolarado no Sul.Mínima prevista -3º no Rio Grande do Sul.Máxima prevista 37° no Piauí.

RESPOSTAS

1- 1532- 2833 - a) x = 200 b) x = 4204- 145- 2706- a) -20 b) –267- a) –28 b) 52 c) 08- a) 7 b) –9 c) 49- a) – 165,00 b) 35,0010- (+40 graus)

MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS

A multiplicação  funciona  como  uma  forma  simplificada  de uma adição quando os números são repetidos. Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes  consecutivas,  significa  ganhar  30  objetos  e  esta  repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30

Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60

Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (2) = –60

Observamos que a multiplicação é um caso particular da adição onde os valores são repetidos.

Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.

Para realizar a multiplicação de números inteiros, devemos obedecer à seguinte regra de sinais:

(+1) × (+1) = (+1)(+1) × (-1) = (-1)(-1) × (+1) = (-1)(-1) × (-1) = (+1)

Com o uso das regras acima, podemos concluir que:

Sinais dos números Resultado do produtoiguais positivo

diferentes negativo

Propriedades da multiplicação de números inteiros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a multiplicação de dois números inteiros ainda é um número inteiro.

Associativa: Para todos a,b,c em Z:a x (b x c) = (a x b) x c2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7

Comutativa: Para todos a,b em Z:a x b = b x a3 x 7 = 7 x 3Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por todo z

em Z, proporciona o próprio z, isto é:z x 1 = z7 x 1 = 7Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero, existe

um inverso z–1=1/z em Z, tal quez x z–1 = z x (1/z) = 19 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1Distributiva: Para todos a,b,c em Z:a x (b + c) = (a x b) + (a x c)3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5)

EXERCÍCIOS

Quando numa expressão aparecem parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, resolvem-se primeiro as operações contidas nos parênteses, depois as operações contidas nos colchetes e por último as operações contidas nas chaves.

1- Calcule o valor das seguintes expressões numéricas:a) –5 + (–3) . (+8)

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4

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

b) (–6) . (+5) – (–4) . (+3)c) (–5 + 1) . (–8 + 2)d) 6 – (–6 + 4) . (–5 + 9)e) (–3) . (–4) + (–6) . (+5)f) 12 – (–2) . (+3) + (–4) . (–5)g) 9 – [(–2) . (+7) – (–8) . (+3)]h) (–2) . (+3) + {2 . [–3 + (–2) . (–4)]}

2- Calcule o valor numérico das expressões: a) 2x – y, sendo x = –3 e y = –5b) 4x – 2y + 5z, sendo x = –1, y = –6 e z = +5c) 4ab + 5a, sendo a = 7 e b = –8d) 6xy – 5y, sendo x = +4 e y = –1e) 5a – 3ab + 7b, para a = –3 e b = +2f) 2ab – 5abc, para a = 2, b = 3 e c = –1

3- Use a propriedade distributiva da multiplicação para calcular –5 . (–8 + 5).

4- Sem realizar a operação, determine o número inteiro que devemos colocar no lugar do número x para que se tenha:

a) x . (–16) = –16b) x . (–5) = (–5) . (+9)c) x . (–8) = 0d) x . (+1) = +11

5- Quais os dois números inteiros negativos cuja soma é –5 e cujo produto é +6?

6- Quais os dois números inteiros, um positivo e outro negativo, cuja soma é +3 e o produto é 10?

7- A letra a representa um número inteiro e (+65) . (-12) . a = 0. Qual é o valor de a? 

8- Qual é o produto de três números inteiros consecutivos em que o maior deles é –10? 

9- Três números inteiros são consecutivos e o menor deles é +99. Determine o produto desses três números.

10- Paulo pensou em dois números pares consecutivos. Multiplicou-os e obteve +168. Sabendo que um deles é igual a –14, faça uma estimativa e, por tentativas, determine o outro.

RESPOSTAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

a) –29b) –18c) 24d) 14e) –18f) 38g) – 1h) 4

a) – 1b) 33c) –189d) 19e) 17f) 42

15 a) +1b) +9c) 0d) +11

–2 e –3 +5 e –2 0 –1320

999 900 – 12

DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS

Dividendo divisor dividendo : divisor = quociente0 quociente quociente . divisor = dividendo

Sabemos que na divisão exata dos números naturais:40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 4036 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36

Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a divisão exata de números inteiros. Veja o cálculo:(–20) : (+5) = q (+5) . q = (–20) q = (–4)

Logo: (–20) : (+5) = +4

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:

quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o quociente é um número inteiro positivo.

quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes, o quociente é um número inteiro negativo.

a divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número inteiro.

No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.

1- Não existe divisão por zero.Exemplo: (–15)  : 0 não  tem significado, pois não existe um 

número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15.2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de

zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual a zero.

Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0

EXERCÍCIOS

1- Calcule os quocientes:a) 0 : (–91) b) (+182) : (–14) c) (–216) : (–24) d) (+486) : (–18) e) (–490) : (–14) f) (+900) : (–15) g) (–828) : (+23) h) (+1 120) : (–28) i) (–1 488) : (+124)

2- Identifique as sentenças verdadeiras:a) O sinal do quociente de dois números inteiros é positivo

se o dividendo for positivo e o divisor zero.b) O sinal do quociente de dois números inteiros é negativo

se o dividendo e o divisor tiverem o mesmo sinal.c) O quociente de dois números inteiros é sempre um

número inteiro.d) O quociente de dois números inteiros é zero se o

dividendo for zero e o divisor for inteiro positivo.e) O sinal do quociente de dois números inteiros é positivo

se o dividendo e o divisor tiverem o mesmo sinal.

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

3- Copie as igualdades substituindo o x por números inteiros de modo que elas se mantenham:

a) (–140) : x = –20 b) 144 : x = –4 c) (–147) : x = +21 d) x : (+13) = +12 e) x : (–93) = +45 f) x : (–12) = –36

4- Sabendo que A = (–46 – 18) : (59 – 43), determine o valor de A.

5- Sendo x = (–82 + 34 – 6) e y = (–9) . (51 – 53), qual é o valor de x : y?          

6- Qual é o valor de B, se B = (–6 + 2 + 4 – 8 + 8) : (+138)?                    

7- Sabendo que a = (–25 + 18 – 72 + 49) : (–15) e b = (+24): (81 – 93 + 17 – 42 + 25), responda:

a) Qual o valor de a?              b) Qual o valor de b c) Qual o valor do produto a . b?      8- Qual é o número inteiro que dividido por –8 resulta +12?          

9- Nicolau pensou em um número que multiplicado por (-25) tem como resultado (+150). Qual foi o número em que Nicolau pensou? 

10- Adicionando –846 a um número inteiro e multiplicando a

soma por –3, obtém-se +324. Que número é esse?             RESPOSTAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

a) 0b) –13c) 9d) –27e) 35f) – 60g) –36h) –40i) – 12

d, e a) + 7b) – 36c) – 7d) + 156e) – 4 185f) + 432

– 4 –3 0 a) 2b) – 2c) – 4

– 96 – 6 + 738

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q (FRACIONÁRIOS)

Um número racional é o que pode ser escrito na forma nm

, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente de zero. Freqüentemente usamos m/n  para  significar  a divisão de m por n.

Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura a notação:

Q = {nm

: m e n em Z, n diferente de zero}

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos: Q* = conjunto dos racionais não nulos; Q+ = conjunto dos racionais não negativos;

Q*+ = conjunto dos racionais positivos; Q _ = conjunto dos racionais não positivos; Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

REPRESENTAÇÃO DECIMAL DAS FRAÇÕES

Tomemos um número racional qp

, tal que p não seja

múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.

Nessa divisão podem ocorrer dois casos:

1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

52

= 0,4

41

= 0,25

435

= 8,75

50153

= 3,06

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:

31

= 0,333...

221

= 0,04545...

66167

= 2,53030...

REPRESENTAÇÃO FRACIONÁRIA DOS NÚMEROS DECIMAIS

Trata-se do problema inverso: estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de fração. Temos dois casos:

1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado:

0,9 = 109

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6

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

5,7 = 1057

0,76 = 10076

3,48 = 100348

0,005 = 1000

5=

2001

2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns exemplos:

Exemplo 1 – Seja a dízima 0,333... .

Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os membros por 10: 10x = 0,333

Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade da segunda:

10x – x = 3,333... – 0,333... 9x = 3 x = 3/9

Assim, a geratriz de 0,333... é a fração93 .

Exemplo 2: Seja a dízima 5,1717... .

Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... .

Subtraindo membro a membro, temos:

99x = 512 x = 512/99

Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 99512

.

Exemplo 3: Seja a dízima 1,23434...

Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x =

1234,34... .

Subtraindo membro a membro, temos:

990x = 1234,34... – 12,34... 990x = 1222

x = 1222/990

Simplificando, obtemos x = 495611

, a fração geratriz da dízima

1,23434...

Módulo ou valor absoluto: é a distância do ponto que

representa esse número ao ponto de abscissa zero.

Exemplo: módulo de – 23

é 23

. Indica-se 23

- = 23

módulo de + 23

é 23

. Indica-se 23

+ = 23

Números Opostos: dizemos que –23

e 23

são números

racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do

outro. As distâncias dos pontos – 23

e 23

ao ponto zero da reta

são iguais.

SOMA (ADIÇÃO) DE NÚMEROS RACIONAIS

Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito

na  forma  de  uma  fração,  definimos  a  adição  entre  os  números 

racionais ba

e dc

, da mesma forma que a soma de frações,

através de:

ba

+ dc

= bd

bcad +

PROPRIEDADES DA ADIÇÃO DE NÚMEROS RACIONAIS

O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto é, a soma de dois números racionais ainda é um número racional.

Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( a + b ) + c

Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + aElemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a todo q em

Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = qElemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que

q + (–q) = 0

SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS RACIONAIS

A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: p – q = p + (–q)

EXERCÍCIOS

1- Qual é o valor da soma algébrica – 38

+ 65?               

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7

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

2- Determine o valor de –2 +152

+ 1,2 – 43

.

3- Calcule o valor das seguintes somas algébricas:

a) –157

+ 61

f) – 5

12 + 0,6

b) – 53

– 31

g) – 1,25 – 81

c) –154

– 121

h) 3 – 23

– 1,6 + 47

d) 101

– 154

i) 1514

– 1,4 – 38

+ 1,8

e) – 127

+ 81

4- Qual é o valor da soma (–625

) + (+9

11)?                    

5- Qual é o valor da diferença (–67)  (+0,4)?                 

6- Determine o valor de:

a) (– 43

) + (– 65

) d) (+ 53

) – (+ 87

)

b) (– 125

) – (– 43

) e) (–1,25) – (+ 83

)

c) (–0,4) + (61

) f) (–67

) + (+0,15)

7- e destas expressões? Qual é o valor?

a) (–0,3) – (– 41

) + (+53

)

b) (–1,2) + (– 65

) – (+0,6)

8- Se A representa um número e A = (– 37

) + (– 65

) – (–2,5), então responda:

a) Qual é o valor de A?           b) Qual é o valor de –27. A?                   

c) Qual é o valor de A1

?        

9- Copie as sentenças substituindo o ñ pelos símbolos <, > ou = de modo que sejam verdadeiras:

a) – 43

+ 61 � –

67

b) – 0,7 � – 3,2 – 35

c) – 1,01 + 58

� 1,59

d) 1 – 1,064 � – 2 + 1,98

10- Sabe-se que a = –127

e b = 95

. Responda:

a) Qual é o valor de a + b?           b) Qual é o valor de –a – b?          c) Qual é o valor de – (a + b)?           

d) Qual é o valor de ba +

1?             

11- As letras x e y representam números racionais.

Se x = (–3,5) – (–1233

) e y = – 1217

, responda:

a) Qual é o valor de x?          b) Qual é o valor de x – y?              c) Qual é o valor de –x + y?           d) Qual é o valor de – (–x + y)?        

12- Qual é o valor da expressão – 41

+

+-

43

21

?            

13- Determine o valor da expressão

--

37

2135

1336+ .

14- Calcule o valor das expressões:

a)

--

98

185

+ 94

b)

+-

35

1517

+ 1,35

15- As letras A e B representam números racionais. Sendo A

= – 43

+ 74

e B = – 730

+ 1411

, responda:

a) Qual é o valor de A?               -5/28b) Qual é o valor de B?                  -7/2c) Qual é o valor de A – B?                    93/28d) Qual é o valor de B – A?                      -93/28

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8

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

16- A soma de dois números racionais é –1,8. Um deles é 9,7. Calcule o outro número.

–11,5

17- Subtraindo-se um número de 52, obtém-se –85,6. Que número é esse?       137,6

18- A soma algébrica de dois números racionais é – 35

. Um

dos números é –125. Qual é o outro número?           -5/4

19- Renato escreveu um número racional na forma

decimal e adicionou2567

a esse número. Para sua surpresa

o resultado foi zero. Qual foi o número que ele escreveu?        -2,68

20- No início de julho, o saldo bancário de Dino era R$ 2,36. Durante o mês ele usou cheques no valor de R$ 8,32 e R$ 9,85 e fez um depósito de R$ 15,00. Qual era o saldo de Dino no final de julho?            -0,81 ou R$ 0,81 D

RESPOSTAS

1- (11/6)2- (-17/12)3- (a) – 3/10) (b) – 14/15) (c) – 7/20) (d) – 1/6) (e) – 11/24) (f)

– 9/5 ou – 1,8) (g) – 11/8 ou – 1,375) (h) 33/20 ou 1,65) (i) – 4/3)4- (- 53/18)5- (-47/30)6- (a) -19/12) (b) 1/3) (c) – 7/10) (d) – 11/40) (e) – 13/8) (f)

– 61/60)7- (a) 11/20) (b) – 79/30)8- (a) – 2/3) (b) 18) (c) – 3/2)9- (a) >) (b) >) (c) <) (d) <)10- (a) – 1/36) (b) 1/36) (c) 1/36) (d) – 36)11- (a) – 3/4) (b) 2/3) (c) – 2/3) (d) 2/3)12- (0)13- (-16/13)14 - (a) – 13/18) (b) 113/60)15 - (a) – 5/28) (b) – 7/2) (c) 93/28) (d) – 93/28)16 - (-11,5)17 - (137,6)18- (-5/4)19 - (- 2,68)20 - (-0,81 ou R$0,81)

MULTIPLICAÇÃO (PRODUTO) DE NÚMEROS RACIONAIS

Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito  na  forma  de  uma  fração,  definimos  o  produto de dois

números racionais ba

e dc

, da mesma forma que o produto

de frações, através de:

ba

x dc

= bdac

O produto dos números racionais a e b também pode ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.

Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática:

(+1) × (+1) = (+1)(+1) × (-1) = (-1)(-1) × (+1) = (-1)(-1) × (-1) = (+1)

Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de dois números com sinais diferentes é negativo.

PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS RACIONAIS

O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o produto de dois números racionais ainda é um número racional.

Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( a × b ) × c

Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × aElemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo

q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q

Elemento inverso: Para todo q = ba

em Q, q diferente de

zero, existe q-1 = ab

em Q: q × q-1 = 1 ba

x ab

= 1

Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( a × b ) + ( a × c )

EXERCÍCIOS

1- Calcule os produtos seguintes:

a)

-

1148

.

161

b)

+

607

.

-

2110

c) (–0,3) .

-

2425

d) (+1,2) .

-

310

e)

+

4849

.

-

730

.

+

51

Page 143: Apostila Correios 2014 - Agente

9

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

f)

+

821

.

-

716

.

-

201

.

-

3675

2- Determine o triplo dos seguintes números racionais:

a) –2714

b) – 9,07 c) 9017

3- A letra y representa um número racional. Qual é o valor de y nas sentenças seguintes?

a) y .

-

2720

= 1

b)

-

501

. y = 1

c) y . (–0,8) = 1

4- Se dois números racionais opostos são diferentes de zero, qual será o sinal do produto desses números?              

5- O produto de dois números racionais inversos tem sinal positivo ou sinal negativo? 

6- Pense em dois números racionais inversos e multiplique-os. Agora respond

a:) Qual foi o resultado?         b) Se você pensar em outros dois números, o que acontecerá?      

7- As anotações que estão na tabela são as dívidas de Roberto no mês de julho. No mês de agosto, a sua situação piorou. Resposta, usando decimais:

JulhoDia R$05 - 2,4613 - 10,8031 -3,07

Responda, usando decimais:a) De quanto foi a dívida de Roberto no mês de julho?b) Se a dívida dobrou no mês de agosto, de quanto foi essa

dívida?

8- Escreva um número racional que multiplicado por 157

- resulta 1.

9- A metade de um número racional somada com o,8 é – 0,45. Que número é esse?

10- Qual é o número racional cuja terça parte é igual a 3,25?

RESPOSTAS

1 2 3 4 5

a) – 3/11b) – 1/18c) 5/16d) – 4 e) – 7/8f ) – 15/24

a) – 14/9b) – 27,21c) 17/30

a) – 27/20b) – 50c) – 5/4

negativo positivo

6 7 8 9 10

a) 1b) o produto será 1.

a) – 16,33b) – 32,66.

– 15/7 - 2,5 9,75

DIVISÃO DE NÚMEROS RACIONAIS A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação

de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1

EXERCÍCIOS1) Você se lembra?

Então,

32094

-

-é igual a

-

94

:

-

320

.

Qual é o valor de

32094

-

- ?

2) A letra y representa um número racional.

Se

-

2615

: y = 1320

- , qual é o valor de y?                                                                                                                                                  

3) A letra x representa um número racional.Qual é o valor de x

nas igualdades seguintes?

a) (–35) . x = 201

b) x : (–0,25) = – 0,35

4)Qual é o valor da expressão

31

-

--

--

67

125

61

43

5)Calcule o valor das expressões numéricas:

a) 247

+--

-

43

67

81

125–

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10

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

b)

+

-

+

25

121:

163

-

27

49

6) Qual é o valor de

-

+

79:

3520

+

316

:  ?

7)Calcule o valor da expressão numérica (– 0,2) :

+

654

-

53

+

625

– .

8)Calcule o valor das expressões numéricas:

a)

-

-

323:

85

-

245

:

b)

-

-

2514:

4021

+

1675

:

c) ( )

-

+ 30:

760

-

285

514

+

81– . :

d) ( )

-

- 16,0:

58

: (+0,25) +

+

1750

:

-

34025

9)Considere x = –

+-+-

49

23

52 –

---

5124

107

e responda:

a) Qual é o valor de x ?             

b) Qual é o valor de x1

-  ?

c)A letra y representa um número racional e x + y = 0.Qual é o valor de y?           

10)Sabe-se que a =

-

75 .

+

+-

821:

85

23 .

-

57

95

- . Responda:

a) Qual é o valor de a?           b) Qual é o valor de – 3 . a ?                  

RESPOSTAS1 2 3 4 5 6

1/15 3/8 a) – 1/700b) 0,0875

– 1/6 a) – 5/12b) – 3/2

– 1/12

7 8 9 10

– 3/4. a) – 32b) 1/5c) 5/4 d) 0

a) 39/20b) – 20/39

a) – 8/9b) 8/3

Números reais - irracionais

Um número real é dito um número irracional se ele não pode ser escrito na forma de uma fração ou nem mesmo pode ser escrito na forma de uma dízima periódica.

Exemplo: O número real abaixo é um número irracional, embora pareça uma dízima periódica: x=0,10100100010000100000...

Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta a cada passo. Existem infinitos números reais que não são dízimas periódicas e dois números irracionais muito importantes, são:

e = 2,718281828459045...,Pi = 3,141592653589793238462643...que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas

como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravidade, previsão populacional, etc...

MÚLTIPLOS E DIVISORES: MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO

COMUM

MDC – o máximo divisor comum de dois ou mais números é o maior número que é divisor comum de todos os números dados. Consideremos:

1- o número 18 e os seus divisores naturais:D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.2- o número 24 e os seus divisores naturais:D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:D+ (18) D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.Observando os divisores comuns, podemos identificar o maior 

divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: MDC (18,24) = 6.Outra técnica para o cálculo do MDC:

Decomposição em fatores primos: Para obtermos o mdc de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

1º Decompomos cada número dado em fatores primos.2º O mdc é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um

deles elevado ao seu menor expoente.Exemplo: Achar o mdc entre 300 e 504.

300 2 504 2 300 = 22 . 3 . 52

150 2 252 2 504 = 23 . 32 . 775 3 126 225 5 63 3 mdc (300, 504) = 22 . 3 = 4 . 3 = 125 5 21 31 7 7

1

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11

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

MMC – o mínimo múltiplo comum de dois ou mais números é o menor número positivo que é múltiplo comum de todos os números dados. Consideremos:

1- o número 6 e os seus múltiplos positivos:M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}2- o número 8 e os seus múltiplos positivos:M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}Observando  os  múltiplos  comuns,  podemos  identificar  o 

mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja: MMC (6,8) = 24

Outra técnica para o cálculo do MMC:Decomposição isolada em fatores primos: Para obter o

mmc de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

1º Decompomos cada número dado em fatores primos.2º O mmc é o produto dos fatores comuns e não-comuns,

cada um deles elevado ao seu maior expoente.Exemplo: Achar o mmc entre 18 e 120.

18 2 120 2 18 = 2 . 32

9 3 60 2 120 = 23 . 3 . 53 3 30 21 15 3 mmc (18, 120) = 23 . 32 . 5 = 8 . 9 . 5 = 360

5 51

EXERCÍCIOS

1- Ache o mdc dos números abaixo:a) mdc (12, 15, 24)b) mdc (10, 20, 35)c) mdc (48, 20)

2- Um comerciante comprou 320 litros de vinho, 140 litros de rum e 250 litros de uísque. Deseja colocar essas bebidas, sem misturá-las, em recipientes menores, porém iguais, e na maior quantidade possível em cada um. Qual deverá ser a capacidade de cada recipiente e quantos serão necessários?

3- Com 3 rolos de arame de 60 m, 150 m e 180 m cada um, deseja-se fazer rolos menores, porém iguais, de maior tamanho possível e de modo que não sobrem pedaços de arame. Quantos metros de arame deverão conter cada novo rolo e quantos rolos poderemos fazer?

4- Deseja-se colocar árvores em volta de um campo de futebol, plantadas à mesma distância uma das outras. É necessário, também, que essa distância seja a maior possível. Quantas árvores são necessárias, sabendo-se que as dimensões do campo são 370 m por 150 m?

5- Ache o mmc dos números abaixo:a) mmc (18, 24)b) mmc (14, 30)c) mmc (12,18, 36)

6- Numa avenida existem três semáforos. O primeiro dá sinal verde a cada 20 segundos, o segundo a cada 25 segundos, e o terceiro a cada 30 segundos. Num determinado momento, os três estão com a cor verde. Depois de quanto tempo estarão os três semáforos com a cor verde novamente?

7- Dois cavalos de corrida completam o percurso de uma volta em 15 minutos e 12 minutos, respectivamente. Tendo saído juntos, depois de quanto tempo voltarão a se encontrar no lugar de onde saíram?

8- Três navios fazem viagens entre dois portos. O primeiro vai e volta a cada 5 dias, o segundo a cada 8 dias e o terceiro a cada 12 dias. Tendo saído juntos, depois de quantos dias voltarão a estar no mesmo ponto de onde saíram?

9- Três cofres eletrônicos estão programados para abrir de 8 em 8 horas, de 12 em 12 horas e de 16 em 16 horas. Fechando os três ao mesmo tempo, depois de quantas horas poderemos vê-los abertos simultaneamente?

10- Um relógio eletrônico foi programado para tocar um sinal a cada 45 minutos. Um segundo relógio foi programado para tocar outro sinal a cada 60 minutos. Os dois sinais tocaram juntos às 8 horas. A que horas voltarão a tocar juntos?

RESPOSTAS1- a) 3, b) 5 e c) 42- 10 litros e 71 recipientes3- 30 m e 13 rolos4- 104 árvores5- a) 72, b) 210 e c) 366- 300 segundos7- 60 minutos8- 120 dias9- 48 horas10- às 11 horas

EXPRESSÕES NÚMERICAS

Expressões Algébricas são aquelas que contêm números e letras.

Ex: 2ax²+bx

Variáveis são as letras das expressões algébricas que representam um número real e que de princípio não possuem um valor definido. 

Valor numérico de uma expressão algébrica é o número que obtemos substituindo as variáveis por números e efetuamos suas operações.

Ex: Sendo x =1 e y = 2, calcule o valor numérico (VN) da expressão:

x² + y » 1² + 2 =3 Portando o valor numérico da expressão é 3.

Monômio: os números e letras estão ligados apenas por produtos.

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12

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Ex : 4x

Polinômio: é a soma ou subtração de monômios. Ex: 4x+2y

Termos semelhantes: são aqueles que possuem partes literais iguais ( variáveis )

Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z » são termos semelhantes pois possuem a mesma parte literal.

Adição e Subtração de expressões algébricas Para determinarmos a soma ou subtração de expressões

algébricas, basta somar ou subtrair os termos semelhantes. Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou 2 x³ y² z - 3x³ y² z

= -x³ y² z

Convém lembrar dos jogos de sinais. Na expressão ( x³ + 2 y² + 1 ) – ( y ² - 2 ) = x³ +2 y² + 1 – y²

+ 2 = x³ + y² +3

Multiplicação e Divisão de expressões algébricasNa multiplicação e divisão de expressões algébricas, devemos

usar a propriedade distributiva.Exemplos:1) a ( x+y ) = ax + ay 2) (a+b)(x+y) = ax + ay + bx + by 3) x ( x ² + y ) = x³ + xy

» Para multiplicarmos potências de mesma base, conservamos a base e somamos os expoentes.

» Na divisão de potências devemos conservar a base e subtrair os expoentes

Exemplos:

1) 4x² : 2 x = 2 x2) ( 6 x³ - 8 x ) : 2 x = 3 x² - 4

3)

=[Resolução]

Para iniciarmos as operações devemos saber o que são termos semelhantes.

Dizemos que um termo é semelhante do outro quando suas partes literais são idênticas.

Veja: ► 5x2 e 42x são dois termos, as suas partes literais são x2 e x,

as letras são iguais, mas o expoente não, então esses termos não são semelhantes.

► 7ab2 e 20ab2 são dois termos, suas partes literais são ab2 e ab2, observamos que elas são idênticas, então podemos dizer que são semelhantes.

Adição e subtração de monômios Só podemos efetuar a adição e subtração de monômios entre

termos semelhantes. E quando os termos envolvidos na operação de adição ou subtração não forem semelhantes, deixamos apenas a operação indicada.

Veja: Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são

semelhantes eu posso efetuar a adição e a subtração deles. •  5xy2 + 20xy2  devemos  somar  apenas  os  coeficientes  e 

conservar a parte literal. 25 xy2

•  5xy2 - 20xy2  devemos  subtrair  apenas  os  coeficientes  e conservar a parte literal.

- 15 xy2

Veja alguns exemplos: • x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações devemos tirar 

o mmc de 6 e 9. 3x2 - 4 x2 + 18 x2

1817x2 18

•  4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos semelhantes. 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma e a subtração. 5y3 – x2 como os dois termos restantes não são semelhantes, devemos deixar apenas indicado à operação dos monômios.

• Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x -3x + 2x2. Depois calcule o seu valor numérico da expressão. 4x2 – 5x - 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes. 4x2 + 2x2 – 5x - 3x

6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar o valor numérico dessa expressão.

Para calcularmos o valor numérico de uma expressão devemos ter o valor de sua incógnita, que no caso do exercício é a letra x.

Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar do x o -2 termos:

6x2 - 8x 6 . (-2)2 – 8 . (-2) = 6 . 4 + 16 = 24 + 16 40

Multiplicação de monômios Para multiplicarmos monômios não é necessário que eles sejam

semelhantes,  basta multiplicarmos  coeficiente  com  coeficiente  e parte literal com parte literal. Sendo que quando multiplicamos as partes literais devemos usar a propriedade da potência que diz: am . an = am + n (bases iguais na multiplicação repetimos a base e somamos os expoentes).

(3a2b) . (- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios, devemos multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na parte literal multiplicamos as que têm mesma base para que possamos usar a propriedade am . an = am + n.

3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3

-15 a2 +1 b1 + 3 -15 a3b4

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13

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

DIVISÃO DE MONÔMIOSPara dividirmos os monômios não é necessário que eles sejam

semelhantes, basta dividirmos coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando dividirmos as partes literais devemos usar a propriedade da potência que diz: am : an = am - n (bases iguais na divisão repetimos a base e diminuímos os expoentes), sendo que a ≠ 0. 

(-20x2y3) : (- 4xy3) na divisão dos dois monômios, devemos dividir os coeficientes -20 e - 4 e na parte literal dividirmos as que têm mesma base para que possamos usar a propriedade am : an = am – n.

-20 : (– 4) . x2 : x . y3 : y3 5 x2 – 1 y3 – 3 5x1y0

5x

Potenciação de monômios Na potenciação de monômios devemos novamente utilizar

uma propriedade da potenciação:(I) (a . b)m = am . bm (II) (am)n = am . n Veja alguns exemplos:(-5x2b6)2 aplicando a propriedade (I). (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade(II) 25 . x4 . b12 25x4b12

BINÔMIODenomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da forma

(a + b)n , sendo n um número natural . Exemplo: B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do binômio]

). Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton :a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2

b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3

c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4 d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5

Nota:Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que elas

possuem uma lei de formação bem definida, senão vejamos:Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:Observe que o expoente do primeiro e últimos termos são

iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5. A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser obtidos 

a partir da seguinte regra prática de fácil memorização: Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e dividimos

o resultado pela ordem do termo. O resultado será o coeficiente do próximo  termo. Assim por exemplo, para obter o coeficiente do terceiro termo do item (d) acima teríamos:

5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo anterior (2 por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o coeficiente do terceiro termo procurado.

Observe que os expoentes da variável a decrescem de n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a decresceu de 4 para 3 e o de b cresceu de 1 para 2).

Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do binômio de Newton (a + b)7 será:

(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 a2b5 + 7 ab6 + b7

Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º termo (21 a2b5) ?

Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multiplicamos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o resultado pela ordem do termo que é 5.

Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo anterior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto termo, conforme se vê acima.

Observações:1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um polinômio.2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos .3) os coeficientes dos termos eqüidistantes dos extremos , no 

desenvolvimento De (a + b)n são iguais .4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .

Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n , sendo

p um número natural, é dado por

onde

é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de combinações simples de n elementos, agrupados p a p, ou seja, o número de combinações simples de n elementos de taxa p.

Este número é também conhecido como Número Combinatório.

EXERCÍCIOS 1 - Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9 , desenvolvido

segundo as potências decrescentes de x. Solução:Vamos aplicar a fórmula do termo geral de (a + b)n , onde a

= 2x , b = 1 e n = 9. Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fórmula do termo geral e efetuamos os cálculos indicados. Temos então:

T6+1 = T7 = C9,6 . (2x)9-6 . (1)6 = 9! /[(9-6)! . 6!] . (2x)3 . 1 = 9.8.7.6! / 3.2.1.6! . 8x3 = 84.8x3 = 672x3. Portanto o sétimo termo procurado é 672x3.

2 - Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + 3y)8 ? 

Solução:Temos a = 2x , b = 3y e n = 8. Sabemos que o desenvolvimento

do binômio terá 9 Termos, porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 os termos do desenvolvimento do binômio, o termo do meio (termo médio) será o T5 (quinto termo).

Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5 . Para isto, basta fazer p = 4 na fórmula do termo geral e efetuar os cálculos decorrentes. Teremos:T4+1 = T5 = C8,4 . (2x)8-4 . (3y)4 = 8! / [(8-4)! . 4!] . (2x)4 . (3y)4 = 8.7.6.5.4! / (4! . 4.3.2.1) . 16x4.81y4

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14

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Fazendo as contas vem:T5 = 70.16.81.x4 . y4 = 90720x4y4 , que é o termo médio

procurado.

3 - Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n , obtemos um polinômio de 16 termos. Qual o valor de n? 

Solução:Ora, se o desenvolvimento do binômio possui 16 termos,

então o expoente do binômio é igual a 15. Logo, 3n = 15 de onde conclui-se que n = 5.

4 - Determine o termo independente de x no desenvolvimento de (x + 1/x )6 .

Solução: Sabemos que o termo independente de x é aquele que não

depende de x, ou seja, aquele que não possui x.Temos no problema dado: a = x , b = 1/x e n = 6. Pela fórmula do termo geral, podemos escrever: Tp+1 = C6,p . x

6-p . (1/x)p = C6,p . x6-p . x-p = C6,p . x

6-2p .

Ora, para que o termo seja independente de x, o expoente desta variável deve ser zero, pois x0 = 1. Logo, fazendo 6 - 2p = 0, obtemos p=3. Substituindo então p por 6, teremos o termo procurado. Temos então:

T3+1 = T4 = C6,3 . x0 = C6,3 = 6! /[(6-3)! . 3! ] = 6.5.4.3! / 3!.3.2.1

= 20.Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo) que é

igual a 20.

EQUAÇÕES E SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Veja estas equações, nas quais há apenas uma incógnita:

3x – 2 = 16equação de 1º

grau

2y3 – 5y = 11equação de 3º

grau1 – 3x +

52

= x + 21

equação de 1º grau

O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. Para conseguir isso, há dois recursos:

• inverter operações;• efetuar a mesma operação nos dois lados da igualdade.

Exemplo1: Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Procedimento e justificativa

Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18. (invertemos a subtração)

Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6. (invertemos a multiplicação por 3)

Registro

3x – 2 = 16 3x = 16 + 2

3x = 18

x = 3

18x = 6

Exemplo 2: resolução da equação 1 – 3x + 52

= x + 21

, efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade.

Procedimento e justificativa

Multiplicamos os dois lados da equação por mmc (2;5) = 10.Dessa forma, são eliminados os denominadores.Fazemos  as  simplificações  e  os cálculos necessários e isolamos x, sempre efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade.No registro, as operações feitas nos dois lados da igualdade são indicadas com as setas curvas verticais.

Registro

1 – 3x + 2/5 = x + 1 /210 – 10 3x + 2/ 5 = 10 x + 1/2 10 – 2 (3x + 2) = 5 (x + 1) 10 – 6x – 4 = 5x + 5 6 = 11x + 5 1 = 11x 1/11 = x ou x = 1/11

Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia nessas idéias e na percepção de um padrão visual.

• Se a + b = c, conclui-se que a = c + b.Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado

esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no lado direito da igualdade.

• Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0.Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no

lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado direito da igualdade.

O processo prático pode ser formulado assim:• Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com

incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do outro lado.

• Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.

Exemplo: resolução da equação ( )

225 +x

=

( )( )33

3.2 2xxx-

-+, usando o processo prático.

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15

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Procedimento e justificativa

Iniciamos da forma habitual, multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6.

A seguir, passamos a efetuar os cálculos indicados.

Neste ponto, passamos a usar o processo prático, colocando termos com a incógnita à esquerda e números à direita, invertendo operações.

Registro

( ) ( )( )33

3.22

25 2xxxx-=

-+-

+

( ) ( )( )3

.63

3.2.62

25.62xxxx

=-+

-+

15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2

15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2

15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2

15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2

17x – 2x2 + 42 = – 2x2

17x – 2x2 + 2x2 = – 4217x = – 42

x = 1742

-

Note que, de início, essa última equação aparentava ser de 2º

grau por causa do termo 3

2x- no seu lado direito.

Entretanto, depois das simplificações, vimos que foi reduzida a uma equação de 1º grau (17x = – 42).

EXERCÍCIOS

1- Zeca é o cestinha do time de basquete de sua escola. Nos jogos da Primavera do ano passado, seu time foi campeão. O quádruplo do número de pontos que ele fez, na final diminuído de 29 pontos, resultou 127. Quantos pontos ele fez nesse jogo?

2- Num caixote há laranjas e maças num total de 100 frutas.

O número de maça é 32

do número de laranjas. Quantas maças e quantas laranjas há no caixote?

3- Num sítio, 43

das aves correspondem a 39 galinhas. Qual o número de aves desse sítio?

4- Numa excursão ao Jardim Zoológico foram 84 alunos. Se o número de rapazes correspondia à sexta parte do número de moças, quantos rapazes foram a essa excursão?

5- Se Luísa fosse 15 anos mais nova, a metade dessa idade seria 16 anos. Qual é a idade de Luísa?

6- Qual é o número cujo triplo excede ele próprio em 16 unidades?

7- A diferença entre o número de enfermeiras e o número de médicos de um hospital é 136. O quociente exato entre dois números é 9. Quantas são as enfermeiras e quantos são os médicos?

8- A soma do número de cadernos com o número de livros de uma estante é 35 e a diferença entre eles é 19. Se há mais cadernos, quantos são os livros?

9- Um pai tem 40 anos e seu filho 15. Daqui a quantos anos a idade do pai será o dobro da idade do filho?

10- A compra de uma casa de R$ 148.650,00 foi paga em três prestações. A segunda prestação foi o dobro da primeira, e a terceira foi de R$ 14.800,00 a mais que a segunda. De quanto foi cada prestação?

RESPOSTAS

1 2 3 4 5 6

39 60 e 40 52 12 47 8

7 8 9 10

153 enfermeiras17 médicos 8 10

R$ 26.770,00R$ 53.540,00R$ 68.340,00

SISTEMAS DE MEDIDA DE TEMPO. SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

DECIMAIS

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre si. O sistema métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro, porque dele derivam as demais.

Unidades de Comprimentokm hm dam m dm cm mm

quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro

1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte. Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular de litro.

As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior. São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102.

Unidades de Áreakm’ hm² dam² m² dm² cm² mm²

quilômetroquadrado

hectômetroquadrado

decâmetroquadrado

metroquadrado

decímetroquadrado

centímetroquadrado

milímetroquadrado

10000m 1000m 100m 1m 0,01m 0,001m 0,0001m

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc. Na prática, são muitos usados o metro cúbico e o centímetro cúbico.

Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema continua sendo decimal.

Unidades de Volumekm³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³

quilômetrocúbico

hectômetrocúbico

decâmetrocúbico

metrocúbico

decímetrocúbico

centímetrocúbico

milímetrocúbico

100000m 10000m 1000m 1m 0,001m 0,0001m 0,00001m

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é de 7 000 litros, dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

Unidades de Capacidadekl hl dal l dl cl ml

quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centílitro mililitro1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama.

Unidades de Massakg hg dag g dg cg mg

quilo-grama

hecto-grama

decagrama grama decigrama centigrama miligrama

1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t): 1t = 1000 kg.

NÃO DECIMAIS

Desse grupo, o sistema hora-minuto-segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.

2h = 2 . 60min = 120 min = 120 . 60s = 7 200s

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h = 18min.

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia, na cartografia  e  na  navegação  são  necessárias medidas  inferiores  a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora-minuto-segundo. Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:

1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora-minuto-segundo são similares a cálculos no sistema grau-minuto-segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

Há ainda um sistema não-decimal, criado há algumas décadas, que vem se tornando conhecido. Ele é usado para medir a informação armazenada em memória de computadores, disquetes, discos compactos, etc. As unidades de medida são bytes (b), kilobytes (kb), megabytes (Mb), etc. Apesar de se usarem os prefixos “kilo” e “mega”, essas unidades não formam um sistema decimal.

Um kilobyte equivale a 210 bytes e 1 megabyte equivale a 210 kilobytes.

ÁREAS DAS PRINCIPAIS FIGURAS PLANAS

Área de um retângulo: medida da base x medida da altura ou A = b.h

Área de um quadrado: medida do lado x medida do lado ou A = l . l

Área de um triângulo: medida da base x medida da

altura, dividido por 2 A = 2.hb

Área de um losango: medida da diagonal maior x a

medida da diagonal menor, dividido por 2 A = 2. mM dd

Área de um trapézio: medida da base maior + medida da base menor x a medida da altura, dividido por 2. A =

( )2

.hbb mM +

EXERCÍCIOS

1- Tratando-se da medida de uma grandeza, nota-se que poucas unidades de medida “grandes” equivalem a muitas unidades “pequenas”. Por exemplo, poucos  litros valem muitos mililitros. Assim, para passar de litros para mililitros, multiplicamos por 1 000 o número que expressa a medida: 2,5 l = 2 500 ml. Substitua o desenho ( ) pela equivalência.

Page 151: Apostila Correios 2014 - Agente

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

a) 2,7 km = m b) 2 mg = g c) 72 cm2 = mmd) 58,5 cm = me) 35 kg = tf) 748 ml = l

2- Quando tratamos de velocidade, aparecem juntos o sistema métrico e o sistema hora-minuto-segundo.

a) Um automóvel viaja a uma velocidade de 60 km/h. Quantos metros ele percorre por minuto? E por segundo?

b) Um avião atingiu a velocidade de cruzeiro de 15 km/min. Em quanto tempo ele percorre 400 km?

3- A área do território brasileiro é, aproximadamente, 8 500 000km2.

a) Qual é essa área em metros quadrados? Responda usando notação científica.

b) O Brasil tem, aproximadamente, 1,7 x 108 habitantes. Dividindo a área do país igualmente entre seus habitantes, quantos hectares cabem a cada um?

4- Para medir áreas de sítios e fazendas, usam-se o hectare e o alqueire, que não pertence ao sistema métrico. Há vários tipos de alqueire. O alqueire paulista, por exemplo, tem 24 200 m2.

a) Um alqueire paulista equivale a quantos hectares?b) Quantos alqueires paulistas, aproximadamente, cabem em

1 km2?5- Imagine um ônibus que viaja com velocidade constante e

percorre 400 km em 5 h.a) Em quantas horas ele percorre 100 km?b) Em quantas horas e minutos ele percorre 100 km?c) Qual é a velocidade do ônibus em quilômetros horários?d) Quantos quilômetros ele percorre por minuto?

6- Lurdes é pianista. Veja seus horários de estudo na última semana:

Dia 2ª f 3ª f 4ª f 5ª f 6ª f sáb. dom.Início 13h 12h45min 13h20min 12h50min 14h10min 11h 15h

Término 18h 18h15min 19h40min 17h15min 20h 16h 18h30mina) Quantas horas ela estudou durante a semana?b) Quantas horas ela estudou, em média, por dia?

7- Sabendo que x = 23º12” e y = 12. x, calcule y.

8- Que relação existe entre as unidades do sistema métrico decimal e:

a) a polegada?b) o alqueire paulista?c) a arroba?

9- As bases de um trapézio medem 7,3 cm e 12,2 cm. Qual deve ser a medida da altura para que sua área seja 62,4 cm2?

10- O lado de um quadrado é 1km=1.000ma) Qual é a área desse quadrado em quilômetros quadrados?b) Qual é essa área em metros quadrados?c) Complete: 1 km2 = ? m2.

1 km = 1 000m

RESPOSTAS

NÚMEROS E GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

NÚMEROS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Considere a seguinte situação:Joana gosta de queijadinha e por isso resolveu aprender

a fazê-las. Adquiriu a receita de uma amiga. Nessa receita, os ingredientes necessários são:

3 ovos1 lata de leite condensado1 xícara de leite2 colheres das de sopa de farinha de trigo1 colher das de sobremesa de fermento em pó1 pacote de coco ralado1 xícara de queijo ralado1 colher das de sopa de manteiga

Veja que:• Para se fazerem 2 receitas seriam usados 6 ovos para 4

colheres de farinha;• Para se fazerem 3 receitas seriam usados 9 ovos para 6

colheres de farinha;• Para se fazerem 4 receitas seriam usados 12 ovos para 8

colheres de farinha;• Observe agora as duas sucessões de números:

Sucessão do número de ovos: 6 9 12Sucessão do número de colheres de farinha: 4 6 8

Nessas sucessões as razões entre os termos correspondentes são iguais:

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18

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

23

46=

23

69= 2

38

12=

Assim: 23

812

69

46

===

Dizemos, então, que:• os números da sucessão 6, 9, 12 são diretamente

proporcionais aos da sucessão 4, 6, 8;

• o número 23

, que é a razão entre dois termos correspondentes, é chamado fator de proporcionalidade.

Duas sucessões de números não-nulos são diretamente proporcionais quando as razões entre cada termo da primeira sucessão e o termo correspondente da segunda sucessão são iguais.

Exemplo1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões sejam diretamente proporcionais:

2 8 y3 x 21

Como as sucessões são diretamente proporcionais, as razões são iguais, isto é:

218

32 y

x==

32 =

x8

32 =

21y

2x = 3 . 8 3y = 2 . 212x = 24 3y = 42

x = 224

y = 342

x = 12 y = 14

Logo, x = 12 e y = 14Exemplo 2: Para montar uma pequena empresa, Júlio, César

e Toni formaram uma sociedade. Júlio entrou com R$ 24.000,00, César com R$ 27.000,00 e Toni com R$ 30.000,00. Depois de 6 meses houve um lucro de R$ 32.400,00 que foi repartido entre eles em partes diretamente proporcionais à quantia investida. Calcular a parte que coube a cada um.

Solução:Representando a parte de Júlio por x, a de César por y, e a de

Toni por z, podemos escrever:

==

=++

300002700024000

32400zyx

zyx

81000

32400

300002700024000300002700024000 ++++

===zyxzyx

Resolvendo as proporções:

10

4

8100032400

24000=

x

104

27000=

y

104

3000=

z

10x = 96 000 10y = 108 000 10z = 120 000 x = 9 600 y = 10 800 z = 12 000

Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$ 10.800,00 e Toni, R$ 12.000,00.

NÚMEROS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Considere os seguintes dados, referentes à produção de sorvete por uma máquina da marca x-5:

1 máquina x-5 produz 32 litros de sorvete em 120 min.2 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 60 min.4 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 30 min.6 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 20 min.

Observe agora as duas sucessões de números:

Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20

Nessas sucessões as razões entre cada termo da primeira sucessão e o inverso do termo correspondente da segunda são iguais:

120

2016

3014

6012

12011

====

Dizemos, então, que:• os números da sucessão 1, 2, 4, 6 são inversamente

proporcionais aos da sucessão 120, 60, 30, 20;• o número 120, que é a razão entre cada termo da primeira

sucessão e o inverso do seu correspondente na segunda, é chamado fator de proporcionalidade.

Observando que

2011

é o mesmo que 1 . 120 = 120

3014

é o mesmo que 4 . 30 = 120

6012

é o mesmo que 2 . 60 = 120

Page 153: Apostila Correios 2014 - Agente

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

2016

é o mesmo que 6 . 20 = 120

podemos dizer que: Duas sucessões de números não-nulos são inversamente proporcionais quando os produtos de cada termo da primeira sucessão pelo termo correspondente da segunda sucessão são iguais.

Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões sejam inversamente proporcionais:

4 x 820 16 y

Para que as sucessões sejam inversamente proporcionais, os produtos dos termos correspondentes deverão ser iguais. Então devemos ter:

4 . 20 = 16 . x = 8 . y16 . x = 4 . 20 8 . y = 4 . 20 16x = 80 8y = 80 x = 80/16 y = 80/8 x = 5 y = 10

Logo, x = 5 e y = 10.Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes

inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4.Representamos os números procurados por x, y e z. E como as

sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser inversamente proporcionais, escrevemos:

41

31

21

zyx==

41

31

21

zyx==

= 41

31

21

104

++

++

zyx

Como , vem:

196

1312.104

1213:104

1213

104

12346

104

41

31

21

1041

8 ====++

=++

Logo, os números procurados são 48, 32 e 24.

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Considere uma usina de açúcar cuja produção, nos cinco primeiros dias da safra de 2005, foi a seguinte:

Dias Sacos de açúcar 1 5 000 2 10 000 3 15 000 4 20 000 5 25 000

Com base na tabela apresentada observamos que:

• duplicando o número de dias, duplicou a produção de açúcar;

• triplicando o número de dias, triplicou a produção de açúcar, e assim por diante.

Nesse caso dizemos que as grandezas tempo e produção são diretamente proporcionais.

Observe também que, duas a duas, as razões entre o número de dias e o número de sacos de açúcar são iguais:

100005000

21=

200005000

41=

1500010000

32=

2500010000

52=

2500015000

53=

150005000

31= 25000

500051= 20000

1000042= 20000

1500043=

2500020000

54=

Isso nos leva a estabelecer que: Duas grandezas são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da primeira é igual à razão entre os valores da segunda.

Tomemos agora outro exemplo.

Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina produz 70l de álcool.

De acordo com esses dados podemos supor que:• com o dobro do número de toneladas de cana, a usina

produza o dobro do número de litros de álcool, isto é, 140l;• com o triplo do número de toneladas de cana, a usina

produza o triplo do número de litros de álcool, isto é, 210l.

Então concluímos que as grandezas quantidade de cana-de-açúcar e número de litros de álcool são diretamente proporcionais.

GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Considere uma moto cuja velocidade média e o tempo gasto para percorrer determinada distância encontram-se na tabela:

Velocidade Tempo30 km/h 12 h60 km/h 6 h90 km/h 4 h

120 km/h 3 h

Com base na tabela apresentada observamos que:• duplicando a velocidade da moto, o número de horas fica 

reduzido à metade;

Page 154: Apostila Correios 2014 - Agente

20

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

• triplicando a velocidade, o número de horas fica reduzido à terça parte, e assim por diante.

Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais.

Observe que, duas a duas, as razões entre os números que indicam a velocidade são iguais ao inverso das razões que indicam o tempo:

126

6030

= inverso da razão 6

12

64

9060

= inverso da razão 46

124

9030

= inverso da razão

412

63

12060

= inverso da razão 36

123

12030

= inverso da razão 3

12

43

12090

= inverso da razão 34

Podemos, então, estabelecer que: Duas grandezas são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da primeira é igual ao inverso da razão entre os valores da segunda.

Acompanhe o exemplo a seguir:Cinco máquinas iguais realizam um trabalho em 36 dias. De

acordo com esses dados, podemos supor que:• o dobro do número de máquinas realiza o mesmo trabalho

na metade do tempo, isto é, 18 dias;• o triplo do número de máquinas realiza o mesmo trabalho

na terça parte do tempo, isto é, 12 dias.

Então concluímos que as grandezas quantidade de máquinas e tempo são inversamente proporcionais.

EXERCÍCIOS

1) (PGR) Uma peça de tecido foi dividida em 4 partes proporcionais aos números 10, 12, 16 e 20. Sabendo-se que a peça tinha 232 metros, o comprimento do menor corte foi de:

a) 20mb) 40mc) 30md) 48me) 64m 2)  (ESAF) Um pai deixou para  seus filhos uma herança no 

valor de $5.500,00 para ser dividida entre eles na razão direta do número de dependentes de cada um. Sabendo-se que o primeiro herdeiro tem 2 dependentes, o segundo 3 e o terceiro 5, coube na partilha ao primeiro herdeiro a quantia de $:

a) 1.000,00b) 1.100,00c) 1.200,00d) 1.300,00e) 1.650,00 3) (B.B) Numa loja de automóveis, os vendedores recebem

comissões proporcionais ao número de carros que vendem. Se, em uma semana, o gerente pagou um total de $8.280,00 a quatro funcionários que venderam 3, 6, 7 e 9 carros, respectivamente, quanto ganhou o que menos carros vendeu?

a) $ 993,60b) $ 808,00c) $ 679,00d) $ 587,10 4) (B.B) 165 balas foram distribuídas entre 3 irmãos, cujas

idades somadas totalizavam 33 anos. Sabendo-se que a distribuição foi diretamente proporcional à idade de cada um, que o mais moço recebeu 40 balas e o do meio, 50, calcular suas idades.

a) 6, 13 e 14b) 7, 9 e 17c) 3, 12 e 18d) 6, 11 e 16e) 8, 10 e 15 5) (PETROBRAS) Um milionário viúvo decidiu repartir sua

fortuna entre seus 3 filhos e 2 sobrinhos, de modo que a parte de cada filho e a de cada sobrinho fosse diretamente proporcional aos números 5 e 2, respectivamente. A fração de fortuna que coube a cada sobrinho foi de:

a) 2/7b) 2/9c) 2/13d) 2/15e) 2/19

6) (CVM) Uma partida de 15 dúzias de canetas deve ser repartida pro 3 seções, proporcionalmente ao número de seus funcionários. Na primeira seção há 20 funcionários, na segunda há ¾ do número de funcionários da primeira e na terceira 2/3 do número de funcionários da segunda. A seção de maior número de funcionários recebe um total de:

a) 80 canetasb) 100 canetasc) 20 canetasd) 60 canetase) 40 canetas 7) (PETROBRAS) Dividindo-se $3.800,00 em partes

inversamente proporcionais a 1, 3 e 4, a menor parte corresponderá a:

a) $ 475,00b) $ 520,00c) $ 600,00d) $ 620,00 8) (TELERJ) Dividindo $66.000,00 em partes inversamente

proporcionais a 1, 2 e 3, a maior parte corresponderá a:

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21

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

a) $ 24.000,00b) $ 33.000,00c) $ 36.000,00d) $ 44.000,00e) $ 60.000,00 9) (TRT) Certa quantia foi dividida entre duas pessoas, em

partes inversamente proporcionais a 7 e a 15. Sabendo que a diferença entre as partes é de $160,00, o valor, em reais, da menor parte é de:

a) 160,00b) 120,00c) 265,00d) 240,00e) 140,00 10) (B.B) Certa herança foi dividida de forma diretamente

proporcional às idades dos herdeiros, que tinham 35, 32 e 23 anos. Se o mais velho recebeu $525.000,00 quanto coube ao mais novo?

a) $ 230.000,00b) $ 245.000,00c) $ 325.000,00d) $ 345.000,00e) $ 350.000,00

RESPOSTAS

(1-B) (2-B) (3-A) (4-E) (5-E) (6-A) (7-C) (8-C) (9-E) (10-D)

REGRA DE TRÊS SIMPLES

REGRA DE TRÊS SIMPLESOs problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou

inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um processo prático, chamado regra de três simples.

Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15l de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?

Solução:O problema envolve duas grandezas: distância e litros de

álcool.Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma

coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha:

Distância (km) Litros de álcool 180 15 210 xNa coluna em que aparece a variável x  (“litros de álcool”), 

vamos colocar uma flecha: Distância (km) Litros de álcool 180 15 210 x

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando,  indicamos  esse  fato  colocando uma flecha na  coluna “distância”  no  mesmo sentido  da  flecha  da  coluna  “litros  de álcool”:

Distância (km) Litros de álcool 180 15 210 x

mesmo sentido

Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

x15

210180

7

6

= 6x = 7 . 15

6x = 105 x = 6

105 x = 17,5

Resposta: O carro gastaria 17,5 l de álcool.

Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h, eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?

Solução:Indicando por x o número de horas e colocando as grandezas

de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, temos:

Velocidade (km/h) Tempo (h) 60 4 80 x

Na  coluna  em  que  aparece  a  variável  x  (“tempo”),  vamos colocar uma flecha:

Velocidade (km/h) Tempo (h) 60 4 80 x

Observe  que,  se  duplicarmos  a  velocidade,  o  tempo  fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse fato é  indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da coluna “tempo”:

Velocidade (km/h) Tempo (h)

60 4 80 x

sentidos contrários

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22

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das flechas. Assim, temos:

3

4

60804

=x

4x = 4 . 3

4x = 12 x = 4

12 x = 3 Resposta: Farei esse percurso em 3 h.Exemplo 3: Ao participar de um treino de Fórmula 1, um

competidor, imprimindo velocidade média de 200 km/h, faz o percurso em 18 segundos. Se sua velocidade fosse de 240 km/h, qual o tempo que ele teria gasto no percurso?

Vamos representar pela letra x o tempo procurado.Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade

(200 km/h e 240 km/h) com dois valores da grandeza tempo (18 s e x s).

Queremos determinar um desses valores, conhecidos os outros três.

Velocidade Tempo gasto para fazer o percurso

200 km/h 18 s240 km/h x

Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os números 200 e 240 são inversamente proporcionais aos números 18 e x.

Daí temos:200 . 18 = 240 . x

3 600 = 240x 240x = 3 600

x = 240

3600

x = 15

O corredor teria gasto 15 segundos no percurso.

EXERCÍCIOS

1- Para transportar material bruto para uma construção, foram usados 16 caminhões com capacidade de 5m3 cada um. Se a capacidade de cada caminhão fosse de 4 m3, quantos caminhões seriam necessários para fazer o mesmo serviço?

2- Um piloto manteve, em um treino, a velocidade média de 153 km/h. Sabendo-se que 1h = 3 600 s, qual foi a velocidade desse piloto, em m/s?

3- Para construir a cobertura de uma quadra de basquete, 25 operários levaram 48 dias. Se fosse construída uma cobertura idêntica em outra quadra e fossem contratados 30 operários de mesma capacidade que os primeiros, em quantos dias a cobertura estaria pronta?

4- A velocidade de um automóvel é de 25 m/s. Qual será sua velocidade em quilômetros por hora?

5- Um pequeno avião, voando a 450 km/h, leva 4 horas para ir da cidade A até a cidade B. Quanto tempo gastaria outro avião para percorrer o mesmo trajeto, sabendo que a sua velocidade média é de 800 km/h?

6- Numa determinada faixa salarial, de cada R$ 100,00 o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) desconta R$ 11,00. Quanto o INSS desconta de um salário de R$ 1.350,00?

7-Completamente abertas, 2 torneiras enchem um tanque em 75 min. Em quantos minutos 5 torneiras completamente abertas encheriam esse mesmo tanque?

8- Um trem percorre certa distância em 6 h 30 min, à velocidade média de 42 km/h. Que velocidade deverá ser desenvolvida para o trem fazer o mesmo percurso em 5 h 15 min?

9- Com 1,6 kg de frango compram-se 10 kg de milho. Quantos quilos de frango são necessários para se comprar 1 tonelada de milho?

10- Uma torneira que despeja 15 l/min enche um tanque em 80 min. Uma outra torneira, despejando 25 l/min, em quanto tempo encheria esse tanque? 

RESPOSTAS

1- 20 caminhões2- 42,5 m/s3- 40 dias4- 90 km/h5- 2h15min6- R$ 148,507- 30min8- 52 km/h9- 160 kg10- 48 min

PORCENTAGEM

É uma fração de denominador centesimal, ou seja, é uma fração de denominador 100. Representamos porcentagem pelo símbolo % e lê-se: “por cento”.

Deste modo, a fração 10050

é uma porcentagem que podemos representar por 50%.

Forma Decimal: É comum representarmos uma porcentagem na forma decimal, por exemplo, 35% na forma decimal seria representado por 0,35.

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

75% = 10075

= 0,75

Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma

porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração 100

p por V.

P% de V = 100

p. V

Exemplo 1: 23% de 240 = 10023

. 240 = 55,2Exemplo 2: Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que

67% de uma amostra assistem a um certo programa de TV. Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas assistem ao tal programa?

Resolução: 67% de 56 000 = 3752056000.10067

=

Resposta: 37 520 pessoas.

Porcentagem que o lucro representa em relação ao preço de custo e em relação ao preço de venda: Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.

Lucro = preço de venda – preço de custo

Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de prejuízo.

Assim, podemos escrever:

Preço de custo + lucro = preço de vendaPreço de custo – prejuízos = preço de venda

Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas formas:

Lucro sobre o custo = lucro/preço de custo . 100%Lucro sobre a venda = lucro/preço de venda . 100%

Observação: A mesma análise pode ser feita para o caso de prejuízo.

Exemplo: Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 e vendida por R$ 800,00.

Pede-se:* o lucro obtido na transação;* a porcentagem de lucro sobre o preço de custo;* a porcentagem de lucro sobre o preço de venda.Resposta:Lucro = 800 – 500 = R$ 300,00

Lc = 500300

= 0,60 = 60%

Lv = 800300

= 0,375 = 37,5%

Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial V que deve sofrer um aumento de p% de seu valor. Chamemos de A o valor do aumento e VA o valor após o aumento. Então,

A = p% de V =100

p. V

VA = V + A = V + 100

p. V

VA = ( 1 + 100

p) . V

Em que (1 + 100

p) é o fator de aumento.

Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Chamemos de D o valor do desconto e VD o valor após o desconto. Então,

D = p% de V = 100

p. V

VD = V – D = V – 100

p. V

VD = (1 – 100

p) .

V

Em que (1 – 100

p) é o fator de desconto.

Exemplo: Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo?

Resolução: VA = 1,4 . V 3 500 = 1,4 . V

V = 25004,1

3500=

Resposta: R$ 2 500,00

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24

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor após o primeiro aumento, temos:

V1 = V . (1 + 100

1p)

Sendo o valor após o segundo aumento, temos:

V2 = V1 . (1 + 100

2p)

V2 = V . (1 + 100

1p) . (1 +

1002p

)

Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.

Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:

V1 = V. (1 – 100

1p)

Sendo V2 o valor após o segundo desconto, temos:

V2 = V1 . (1 – 100

2p)

V2 = V . (1 – 100

1p) . (1 –

1002p

)

Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%.

Sendo V1 o valor após o aumento, temos:

V1 = V . (1+ p1/100)

Sendo V2 o valor após o desconto, temos:

V2 = V1 . (1 – 100

2p)

V2 = V . (1 + 100

1p) . (1 –

1002p

)

Exemplo: (Vunesp-SP) Uma instituição bancária oferece um rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa certa modalidade  de  aplicação  financeira.  Um  cliente  deste  banco deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n anos, o capital que esse cliente terá em reais, relativo a esse depósito, é:Resolução:

VA = vp n

.100

1

+

VA = 1000.10015.1

n

VA = 1 000 . (1,15)n VA = 1 000 . 1,15n VA = 1 150,00n

EXERCÍCIOS

1- (Fuvest-SP) (10%)2 =a) 100% b) 20% c) 5% d) 1% e) 0,01%

2- Quatro é quantos por cento de cinco?

3- Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:

a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

4- (PUC-SP) O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25% sobre o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:

a) R$ 25,00 b) R$ 70,50 c) R$ 75,00 d) R$ 80,00 e) R$ 125,00

5- (Fuvest-SP) Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do retângulo é aumentada de:

a) 35% b) 30% c) 3,5% d) 3,8% e) 38%

6- (Vunesp-SP) O dono de um supermercado comprou de seu fornecedor um produto por x reais (preço de custo) e passou a revendê-lo com lucro de 50%. Ao fazer um dia de promoções, ele deu aos clientes do supermercado um desconto de 20% sobre o preço de venda deste produto. Pode-se afirmar que, no dia de promoções, o dono do supermercado teve, sobre o preço de custo:

a) Prejuízo de 10%.b) Prejuízo de 5%.c) Lucro de 20%.d) Lucro de 25%.e) Lucro de 30%.

7- (Mackenzie-SP) Um produto teve um aumento total de preço de 61% através de 2 aumentos sucessivos. Se o primeiro aumento foi de 15%, então o segundo foi de:

a) 38% b) 40% c) 42% d) 44% e) 46%

Page 159: Apostila Correios 2014 - Agente

25

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

8- (Fuvest-SP) Barnabé tinha um salário de x reais em janeiro. Recebeu aumento de 80% em maio e 80% em novembro. Seu salário atual é:

a) 2,56 x b) 1,6x c) x + 160

d) 2,6x e)3,24x9) (PUC-SP) Descontos sucessivos de 20% e 30% são

equivalentes a um único desconto de:a) 25% b) 26% c) 44% d) 45% e)50%

10- (Fuvest-SP) A cada ano que passa o valor de um carro diminui em 30% em relação ao seu valor do ano anterior. Se V for o valor do carro no primeiro ano, o seu valor no oitavo ano será:

a) (0,7)7 V b) (0,3)7 V c) (0,7)8 V d) (0,3)8 V e) (0,3)9 V

RESPOSTAS

(1-D) (2)80%) (3a)33,33%) (3b)25%) (4-D)(5-E)(6-C)(7-B) (8-C)(9-C)(10-A)

TAXAS DE JUROS SIMPLES E COMPOSTA, CAPITAL, MONTANTES E DESCONTO.

JUROS SIMPLES

Toda vez que falamos em juros estamos nos referindo a uma quantia em dinheiro que deve ser paga por um devedor, pela utilização de dinheiro de um credor (aquele que empresta).

Os juros são representados pela letra j. O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos

de capital e é representado pela letra C. O tempo de depósito ou de empréstimo é representado

pela letra t. A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre

um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada para calcular juros.

Chamamos de simples os juros que são somados ao capital inicial no final da aplicação.

Taxa anual --------------------- tempo em anosTaxa mensal-------------------- tempo em meses

Taxa diária---------------------- tempo em dias

Consideremos, como exemplo, o seguinte problema:Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de

R$ 3. 000,00, pelo prazo de 4 meses,à taxa de 2% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Resolução:- Capital aplicado (C): R$ 3.000,00- Tempo de aplicação (t): 4 meses

- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:  no final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 x R$ 

3.000,00 = R$ 60,00   no  final  do  2º  período  (2 meses),  os  juros  serão: R$ 

60,00 + R$ 60,00 = R$ 120,00   no  final  do  3º  período  (3 meses),  os  juros  serão: R$ 

120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00   no  final  do  4º  período  (4 meses),  os  juros  serão: R$ 

180,00 + R$ 60,00 = R$ 240,00

Desse  modo,  no  final  da  aplicação,  deverão  ser  pagos  R$ 240,00 de juros.

Fazendo o cálculo, período a período:  no final do 1º período, os juros serão: i.C  no final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C  no final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C

-------------------------------------------------------------------  no final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C +

... + i.C

Portanto, temos: J = C . i . t

Observações:1) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade. 2) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.3) Chamamos de montante (M) a soma do capital com os

juros, ou seja: Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas

forem valores conhecidos, podemos calcular o 4º valor.M = C + j

Exemplo: A que taxa esteve empregado o capital de R$ 20.000,00  para  render,  em  3  anos,  R$  28.800,00  de  juros? (Observação: Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)

C = R$ 20.000,00 t = 3 anosj = R$ 28.800,00i = ? (ao ano)

j = 100

.. tiC

28 800 = 100

3...20000 i

28 800 = 600 . i

i = 600800.28

i = 48

Resposta: 48% ao ano.

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26

Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

JUROS COMPOSTO

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas modalidades a saber:Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal rende juros. Juros compostos - após cada período, os juros são incorporados ao principal e passam, por sua vez, a render juros. Também conhecido  como  “juros  sobre  juros”. Vamos  ilustrar  a  diferença entre os crescimentos de um capital através juros simples e juros compostos, com um exemplo: Suponha que $100,00 são empregados a uma taxa de 10% a.a. Teremos:

Observe que o crescimento do principal segundo juros simples é LINEAR enquanto que crescimento segundo juros compostos é EXPONENCIAL, e portanto tem um crescimento muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado graficamente da seguinte forma: 

Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos. 

Fórmula para o cálculo de Juros compostos Considere o capital inicial (principal P) $1000,00 aplicado a

uma taxa mensal de juros compostos ( i ) de 10% (i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal + juros), mês a mês:

Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1 + 0,1)

Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1 + 0,1)2

Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1 + 0,1)3

.........................................................................................Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, teremos

evidentemente: S = 1000(1 + 0,1)n

De uma forma genérica, teremos para um principal P, aplicado a uma taxa de juros compostos i durante o período n : S = P (1 + i)n

onde S = montante, P = principal, i = taxa de juros e n = número de períodos que o principal P (capital inicial) foi aplicado.

NOTA: Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período ( n ), tem de ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido! Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês durante 3x12=36 meses.

Exercícios Resolvidos: 1 – Expresse o número de períodos n de uma aplicação, em

função do montante S e da taxa de aplicação i por período.

Solução:

Temos S = P(1+i)n

Logo, S/P = (1+i)n

Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos escrever:n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal (base

10), vem:

Temos também da expressão acima que: n.log(1 + i) = logS – logP

Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos juros compostos é uma aplicação prática do estudo dos logaritmos.

2 – Um capital é aplicado em regime de juros compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de quanto tempo este capital estará duplicado? 

Solução:

Sabemos que S = P (1 + i)n . Quando o capital inicial estiver duplicado, teremos S = 2P.

Substituindo, vem:2P = P(1+0,02)n [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]Simplificando, fica: 2 = 1,02n , que é uma equação exponencial simples.Teremos então:n = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 / 0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores podem ser  obtidos  rapidamente  em  máquinas  calculadoras  científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular, o examinador teria de informar os valores dos logaritmos necessários, ou então permitir o uso de calculadora na prova, o que não é comum no Brasil.

Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe que a taxa de juros do problema é mensal), o que equivale a 2 anos e 11 meses.

Resposta: 2 anos e 11 meses.

Exercícios propostos:

1 – Um capital de $200.000,00 é aplicado a juros compostos de 10% ao ano. Calcule o montante após 4 anos.

Resposta: $292.820,00

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

2 – Um certo capital é aplicado em regime de juros compostos à uma taxa anual de 12%. Depois de quanto tempo este capital estará triplicado?

Resposta: aproximadamente 9,7 anos ou aproximadamente 9 anos e 9 meses.

Observe que 9,7a = 9 + 0,7a = 9a + 0,7x12m = 9a + 8,4m = 9a + 8m + 0,4m = 9a + 8m + 0,4x30d = 9a + 8m + 12d. Arredondamos o resultado para maior (9 anos e 9 meses). Nota: log3 = 0,47712 e log1,12 = 0,04922.

EXERCÍCIOS

1-Um agricultor fez um empréstimo de R$ 5 200,00 e vai pagá-lo em 5 meses, a uma taxa de 1,5% ao mês.

Qual a quantia de juros que o agricultor vai pagar por mês?Após os 5 meses, qual o total (empréstimo + juros) pago pelo

agricultor?

2- Quanto renderá de juros:a) A quantia de R$ 1.800,00, aplicada durante 5 meses a uma

taxa de 2,3% ao mês?b)A quantia de R$ 2.450,00, aplicada durante 2 meses a uma

taxa de 1,96% ao mês?3- Uma loja colocou o anúncio de um liquidificador em um 

jornal. O anúncio indicava o pagamento à vista de R$ 60,00 ou, após um prazo de 30 dias, de R$ 69,00. Qual a taxa mensal de juros que essa loja está cobrando para pagamento a prazo?

4- Uma aplicação de R$ 40.000,00 rendeu, em 3 meses, R$ 3.000,00 de juros. Qual a taxa mensal de juros?

5- Três quintos de uma herança recebida por Gabriel foram usados na compra de um carro. O restante é emprestado a um colega, a juros simples e à taxa de 6% a.m. Se, após três anos, seu colega devolve a quantia de R$ 25280,00, qual o valor da herança recebida por Gabriel na ocasião?

(FGV-SP) Um investidor norte-americano traz para o Brasil 500000 dólares, faz a conversão dos dólares para reais, aplica os reais por um ano à taxa de 18% ao ano e no resgate converte os reais recebidos para dólares e os envia para os Estados Unidos. No dia da aplicação um dólar valia R$1,10 e, um ano depois, na data do resgate um dólar valia R$ 1,20.

Qual a taxa de rendimento dessa aplicação, considerando os valores expressos em dólares?

Quanto deveria valer um dólar na data de resgate (um ano após a aplicação) para que a taxa de rendimento em dólares tivesse sido de 12% ao ano?

7- César comprou uma geladeira de R$ 1.400,00 e pagou R$ 1.505,00 por tê-la financiado em 3 meses. Qual foi a taxa de juros simples anual fixada pela financeira?

8- Marco quer aplicar uma certa quantia durante um semestre a uma taxa de juros simples anual de 62% e receber R$ 248,00 de juros. Calcule a quantia que ele deverá aplicar.

  9-  Laís  aplicou  R$  720,00  durante  um  bimestre,  no  final do qual recebeu R$ 765,00, ao todo. Determine a taxa de juros simples anual da aplicação feita por Laís.

10- Um capital de R$ 210,00, aplicado em regime de juros simples durante 4 meses, gerou um montante de R$ 260,40. Qual a taxa mensal de juros ao mês?

RESPOSTAS

1- a) R$ 78,00 b) R$ 5.590,002- a) R$ 207,00 b) R$ 96,043- 15% a.m.4- 2,5%5- R$ 20.000,006- a) 8,17% a.a. b) ≅ R$ 1,167- 30%8- R$ 800,009- 37,5%10- 6% a.m.

PRINCÍPIOS DE GEOMETRIA: PERÍMETRO, ÁREA E VOLUME.

INTRODUÇÃO À GEOMETRIA: PONTO, RETA, PLANO, ÂNGULOS, POLÍGONOS CONVEXOS, CÍRCULO E

CIRCUNFERÊNCIA

A definição dos entes primitivos ponto, reta e plano é quase impossível, o que sabe-se muito bem e aqui será o mais importante é sua representação geométrica e espacial.

Representação, (notação)

→ Pontos serão representados por  letras  latinas maiúsculas; ex: A, B, C,…

→ Retas serão representados por letras latinas minúsculas; ex: a, b, c,…

→ Planos serão representados por  letras gregas minúsculas; ex: β,∞,α,...

Representação gráfica

Postulados primitivos da geometria, qualquer postulado ou axioma é aceito sem que seja necessária a prova, contanto que não exista a contraprova.

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MATEMÁTICA

1º Numa reta bem como fora dela há infinitos pontos distintos.

2º Dois pontos determinam uma única reta (uma e somente uma reta).

3º Pontos colineares pertencem à mesma reta.

4º Três pontos determinam um único plano.

5º Se uma reta contém dois pontos de um plano, esta reta está contida neste plano.

6º Duas retas são concorrentes se tiverem apenas um ponto em comum.

Observe que . Sendo que H está contido na reta r e na reta s.

Um plano é um subconjunto do espaço R3 de tal modo que quaisquer dois pontos desse conjunto pode ser ligado por um segmento de reta inteiramente contido no conjunto.

Um plano no espaço R3 pode ser determinado por qualquer uma das situações:

• Três pontos não colineares (não pertencentes à mesma reta);

• Um ponto e uma reta que não contem o ponto; • Um ponto e um segmento de reta que não contem o

ponto; • Duas retas paralelas que não se sobrepõe; • Dois segmentos de reta paralelos que não se sobrepõe; • Duas retas concorrentes; • Dois segmentos de reta concorrentes.

Duas retas (segmentos de reta) no espaço R3 podem ser: paralelas, concorrentes ou reversas.

Duas retas são ditas reversas quando uma não tem interseção com a outra e elas não são paralelas. Pode-se pensar de uma rera r desenhada no chão de uma casa e uma reta s desenhada no teto dessa mesma casa.

Uma reta é perpendicular a um plano no espaço R3, se ela intersecta o plano em um ponto P e todo segmento de reta contido no plano que tem P como uma de suas extremidades é perpendicular à reta.

Uma reta r é paralela a um plano no espaço R3, se existe uma reta s inteiramente contida no plano que é paralela à reta dada.

Seja P um ponto localizado fora de um plano. A distância do ponto ao plano é a medida do segmento de reta perpendicular ao plano em que uma extremidade é o ponto P e a outra extremidade é o ponto que é a interseção entre o plano e o segmento. Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.

Planos concorrentes no espaço R3 são planos cuja interseção é uma reta. Planos paralelos no espaço R3 são planos que não tem interseção.

Quando dois planos são concorrentes, dizemos que tais planos formam um diedro e o ângulo formado entre estes dois planos é denominado ângulo diedral. Para obter este ângulo diedral, basta tomar o ângulo formado por quaisquer duas retas perpendiculares aos planos concorrentes.

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MATEMÁTICA

Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um ângulo reto (90 graus).

Razão entre Segmentos de Reta

Segmento de reta é o conjunto de todos os pontos de uma reta que estão limitados por dois pontos que são as extremidades do segmento, sendo um deles o ponto inicial e o outro o ponto final. Denotamos um segmento por duas letras como por exemplo, AB, sendo A o início e B o final do segmento.

Exemplo: AB é um segmento de reta que denotamos por AB.

A _____________ B

Não é possível dividir um segmento de reta por outro, mas é possível realizar a divisão entre as medidas dos dois segmentos.

Consideremos os segmentos AB e CD, indicados:

A ________ B m(AB) =2cm

C ______________ D m(CD)=5 cm

A razão entre os segmentos AB e CD, denotado aqui por, AB/CD, é definida como a razão entre as medidas desse segmentos , isto é: AB/CD=2/5

Segmentos Proporcionais

Proporção é a igualdade entre duas razões equivalentes. De forma semelhante aos que já estudamos com números racionais, é possível eatabelecer a proporcionalidade entre segmentos de reta, através das medidas desse segmentos.

Vamos considerar primeiramente um caso particular com quatro segmentos de reta:

m(AB) =2cm A______B P__________Q m(PQ) =4cmm(CD) =3cm C__________D R_______________S m(RS) =6cm

A razão entre os segmentos AB e CD e a razão entre os segmentos PQ e RS, são dadas por frações equivalentes, isto é: AB/CD = 2/3; PQ/RS = 4/6 e como 2/3 = 4/6, segue a existência de uma proporção entre esses quatro segmentos de reta. Isto nos conduz à definição de segmentos proporcionais.

Diremos que quatro segmentos de reta, AB, BC, CD e DE, nesta ordem, são proporcionais se: AB/BC = CD/DE

Os segmentos AB e DE são os segmentos extremos e os segmentos BC e CD são os segmentos meios.

A proporcionalidade acima é garantida pelo fato que existe uma proporção entre os números reais que representam as medidas dos segmentos:

m(AB)

m(BC)=

m(CD)

m(DE)

Propriedade Fundamental das proporções: Numa proporção de segmentos, o produto das medidas dos segmentos meios é igual ao produto das medidas dos segmentos extremos. m(AB) · m(DE) = m(BC) · m(CD)

Feixe de Retas Paralelas

Um conjunto de três ou mais retas paralelas num plano é chamado feixe de retas paralelas. A reta que intercepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As retas A, B, C e D que aparecem no desenho anexado, formam um feixe de retas paralelas enquanto que as retas S e T são retas transversais.

Ângulo : Do latim - angulu (canto, esquina), do grego - gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem não colineares.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

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MATEMÁTICA

Ângulo Central:

1 - Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro da circunferência;

2 - Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do polígono regular e cujos lados passam por vértices consecutivos do polígono.

Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não pertence à circunferência e os lados são tangentes à ela.

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a uma circunferência e seus lados são secantes a ela.

Ânngulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:

1 - É o ângulo cuja medida é 180º; 2 - É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Reto:

1 - É o ângulo cuja medida é 90º; 2 - É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

Ângulos Complementares: Dois ângulos são complementares se a soma das suas medidas é 900.

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a mesma medida.

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas semi-retas opostas aos lados do outro.

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MATEMÁTICA

Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos replementares se a soma das suas medidas é 3600.

Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suplementares se a soma das suas medidas de dois ângulos é 180º.

Poligonal: Linha quebrada, formada por vários segmentos formando ângulos.

Grado: (gr.): Do latim - gradu; dividindo a circunferência em 400 partes iguais, a cada arco unitário que corresponde a 1/400 da circunferência denominamos de grado.

Grau: ( º ): Do latim - gradu; dividindo a circunferência em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a 1/360 da circunferência denominamos de grau.

EXERCÍCIOS1- As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a medida

do ângulo â, nos seguintes casos:

a)

b)

c)

2- As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?3-

4- Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:a)

b)

c)

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

d)

5- Usando uma equação, determine a medida de cada ângulo do triângulo:

6-

7- Quanto mede a soma dos ângulos de um quadrado?  8- Nos relógios desenhados, qual é a medida do menor

ângulo formado pelos ponteiros de cada relógio?

9- Para expressar 2/3 de 1 grau (1º) em minutos, basta tomar:

10- Para escrever 48’ como uma parte fracionária do grau, basta tomar:

11- Para expressar 3/4 de 1’ em segundos, tomamos:

12- Na  figura  abaixo  as  retas AC  e  BD  se  interseptam  no ponto O. Pergunta-se:

a. Quais são ângulos agudos?b. Quais são ângulos obtusos?c. Quais são os nomes de quatro pares de ângulos

suplementares?

d. Quais ângulos são opostos pelo vértice?e. Identifique  dois  ângulos  que  são  adjacentes  ao  ângulo 

DÔA.

13- A soma de dois ângulos adjacentes é 120 graus. Calcule a medida de cada ângulo, sabendo que a medida de um deles é o triplo da medida do outro menos 40 graus.

14- Dois ângulos são suplementares, a medida de um deles é 24 graus menor do que o dobro da medida do outro.Calcule a medida de cada ângulo.

15- Um entre dois ângulos complementares tem medida 18º menor do que o dobro da medida do outro. Calcule as medidas de cada ângulo.

16- Dois ângulos complementares têm medidas respectivamente iguais a 3x-10 e 2x+10. Determinar a medida de cada ângulo.

17- Em quantos graus, a medida do suplementar de um ângulo agudo excede a medida do complementar deste ângulo?

18- Se (3x-15) graus é a medida de um ângulo agudo, que restrições devemos ter para o número x?

19- A soma das medidas de dois ângulos complementares é 86º maior do que a diferença de suas medidas. Calcule a medida de cada ângulo.

RESPOSTAS

1 2 3 4 5 6a)55º b)74ºc)33º

130ºa)115ºb)45ºc)10ºd)42º

30º60º 90º

360º120º

e 150º

7 (2/3)º = 2/3 x 60’ = 40’8 48’=(48/60)º=(4/5)º=(4/5) de 1º9 (3/4)’=(3/4)x60” = 45”

10

a) BÔA e CÔDb) BÔC e DÔAc) DÔC e CÔB, CÔB e BÔA, BÔA e DÔA, BÔA e CÔDd) DÔC e AÔB, AÔD e BÔCe) BÔA e DÔC

11 x=40º e y= 80º 15 90º12 x=112º e y=68º 16 5<x<3513 36º e 54º 17 43º e 47º14 44º e 46º

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

PerímetroEntendendo o que é perímetro.Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de

comprimento.

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Quantos metros lineares serão necessários para colocar rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m de largura e que nela não se coloca rodapé?

A conta que faríamos seria somar todos os lados da sala, menos 1m da largura da porta, ou seja:

P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1P = 26 – 1P = 25

Colocaríamos 25m de rodapé.A soma de todos os lados da planta baixa se chama Perímetro.Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura plana.Área Área é a medida de uma superfície. A área do campo de

futebol é a medida de sua superfície (gramado). Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos em uma

malha quadriculada, a sua área será equivalente à quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma unidade de área:

Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades de área.

A unidade de medida da área é: m2 (metros quadrados), cm2 (centímetros quadrados), e outros.

Se tivermos uma figura do tipo: 

Sua área será um valor aproximado. Cada é uma unidade, então a área aproximada dessa figura será de 4 unidades.  No estudo da matemática  calculamos  áreas de figuras planas  e para cada figura há uma fórmula pra calcular a sua área. 

Área do Retângulo Existe dois tipos de retângulos: com lados todos iguais

(quadrado) e com os lados diferentes.

No cálculo de qualquer retângulo podemos seguir o raciocínio abaixo:

Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm. Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1 cm de dimensões no retângulo. Como sabemos que a área é a medida da superfície de  uma  figuras  podemos  dizer  que  24  quadrados  de  1  cm  de dimensões é a área do retângulo.

O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o outro, só que representado de forma diferente. O cálculo da área do retângulo pode ficar também da seguinte forma: 

A = 6 . 4A = 24 cm2

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:

A = b . h

Quadrado É um tipo de retângulo específico, pois  tem todos os  lados 

iguais. Sua área também é calculada com o produto da base pela altura. Mas podemos resumir essa fórmula:

Como todos os lados são iguais, podemos dizer que base é igual a e a altura igual a , então, substituindo na fórmula A = b . h, temos:

A = .

Área do Trapézio A área do trapézio está relacionada com a área do triângulo

que é calculada utilizando a seguinte fórmula: A = b . h (b = base e h = altura). 2 Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos

mais importantes (elementos utilizados no cálculo da sua área):

Um trapézio é formado por uma base maior (B), por uma base menor (b) e por uma altura (h).

Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso dividi-lo em dois triângulos, veja como:

Primeiro: completamos as alturas no trapézio:

Segundo: o dividimos em dois triângulos:

A área desse trapézio pode ser calculada somando as  áreas  dos  dois  triângulos  (∆CFD  e  ∆CEF).  Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo separadamente observamos que eles possuem bases diferentes e alturas iguais.

Cálculo da área do ∆CEF: 

A∆1 = B . h 2

Cálculo da área do ∆CFD: 

A∆2 = b . h 2

Somando as duas áreas encontradas,teremos o cálculo da área de um trapézio qualquer:

AT = A∆1 + A∆2

AT = B . h + b . h 2 2

AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evidência,           2

pois é um termo comum aos dois fatores. AT = h (B + b) 2 Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer

utilizamos a seguinte fórmula:A = h (B + b) 2 h = alturaB = base maior do trapéziob = base menor do trapézio

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

Área do TriânguloObserve o retângulo abaixo, ele está dividido ao meio pela

diagonal:

A área do retângulo é A = b. h, a medida da área de cada metade será a área do retângulo dividida por dois. Cada parte dividida do retângulo é um triângulo, assim podemos concluir que a área do triangulo será:

A = b . h 2 Mas como veremos a altura no triângulo? A altura deve ser 

sempre perpendicular à base do triângulo.

No triângulo retângulo é fácil ver a altura, pois é o próprio lado do triângulo, e forma com a base um ângulo de 90° (ângulo reto).

Quando a altura não coincide com o lado do triângulo, devemos traçar uma reta perpendicular à base (formando um ângulo de 90º com a base) que será a altura do triângulo.

Observe o exemplo: Observe o triângulo eqüilátero (todos os lados iguais).

Calcule a sua área.

Como o valor da altura não está indicado, devemos calcular o seu valor, para isso utilizaremos o teorema de Pitágoras no triângulo:

42 = h2 + 22 16 = h2 + 4 16 – 4 = h2 12 = h2 h = √12 h = 2√3 cm 

Com o valor da altura, basta substituir na fórmula A = h B + b) o valor da base e da altura. 2A = 4 . 2√3

2 A = 2 . 2√3 A = 4 √3 cm2

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento

MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

As imagens dessa matéria não estão em alta resolução, para melhor compreensão ver o arquivo em PDF no CD - ROOM .

INTERNET: CONCEITOS, NAVEGADORES, TECNOLOGIAS E

SERVIÇOES.

INTERNET – CONCEITOS BÁSICOS

A Internet, ou Web, é uma base de dados gigantesca que funciona através de hipertexto, que permite acesso a arquivos da Internet de forma gráfica. A chave do sucesso da World Wide Web é o hipertexto.

Os textos e imagens são interligados através de palavras-chave, tornando a navegação simples e agradável.

A Web é uma rede virtual, onde os seus serviços disponíveis são totalmente transparentes para o usuário através de aplicações cliente-servidor, permitindo o uso da multimídia na informação. Sendo assim, qualquer usuário pode, somente com o seu mouse, ter acesso a uma enorme quantidade de informações na forma de textos, imagens, sons, gráficos, vídeos etc., navegando através de palavras-chaves e ícones.

A página é transferida do computador remoto para o do usuário, onde o browser (navegador) faz o trabalho de interpretar os códigos contidos naquele documento e mostrar a pagina que o usuário vê. A Web está estruturada em 2 princípios básicos:

HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) e HTML (Hyper Text Markup Language).

HTTP é o Protocolo de Transferência de Hipertexto, ou seja, é o protocolo que permite a navegação na Web, com o simples clicar do mouse sobre um texto (ou imagem) que esteja associado a um outro link. Estas ligações entre as páginas, conhecidas como hyperlinks (ligações de hipertexto), podem ser de informações contidas no próprio site, bem como de computadores e empresas em qualquer lugar do mundo. Na Web, é possível que uma página faça referência a praticamente qualquer documento disponível na Internet.

HTML HTMLé a Linguagem de Marcação de Hipertexto, ou seja, é

a linguagem padrão na qual são escritas as páginas da Web, ainda que outras linguagens estejam se desenvolvendo para possibilitar um número maior de ferramentas.

É uma linguagem muito simples que é interpretada pelo browser Internet Explorer por exemplo.

FUNCIONAMENTO

A Web é formada por milhões de lugares conhecidos como sites. Existem sites de universidades, empresas, órgãos do governo e até sites mantidos por apenas uma pessoa. As informações estão organizadas na forma de páginas ligadas entre si.

Quando você acessa um site, normalmente entra pela porta da frente, onde existe uma mensagem de boas-vindas e uma espécie de índice para as demais páginas. Essa entrada se chama página principal, ou home page.

Na Web, você vai encontrar também outros tipos de documentos além dessas páginas interligadas. Vai poder acessar computadores que mantém programas para serem copiados gratuitamente, conhecidos como servidores de FTP, grupos de discussão e páginas comuns de texto.

ENDEREÇOS NA WEB

Os endereços de Web sempre se iniciam com http://, que são conhecidos como URL. O URL (Uniform Resource Locator) é o endereço particular e único de cada página da Web, ou seja, é o sistema de endereços específico da Web que permite a localização de qualquer informação na Internet.

Tomamos por exemplo o endereço http://www.xpt.com.br/web.htm. De posse do endereço eletrônico, você pode utilizá-lo no navegador para ser transportado até ele.

Uma URL padrão possui até 3 partes: o nome de domínio (xpt.com.br), possivelmente um diretório ou diretórios (neste caso não há) e possivelmente um arquivo (web.htm). Os seguintes protocolos também são utilizados:

ftp:// - protocolo de acesso a servidores de FTP; mailto:// - protocolo de acesso a servidores de e-mail; news//: - protocolo de acesso a grupos de discussão. Uma URL pode ser dividida nas seguintes partes:

WWW - Convenção que indica que o endereço pertence à Web. Os browsers (navegadores) com versão mais atualizada dispensam a sua digitação, permitindo que o acesso a uma página da Web seja feito exclusivamente a partir da digitação do domínio propriamente em si.

xpt - É o domínio principal, normalmente denominado apenas domínio.

com - É o nome do domínio organizacional, que define o tipo de organização a quem se refere a página. Nesse caso a página refere-se, aparentemente, a uma empresa comercial. Outros exemplos de sufixos são: .aer (empresas ligadas a área aeronáutica), .gov (empresas governamentais), .edu (empresas educacionais), etc.

br - É o nome do domínio geográfico do provedor do serviço, no caso o Brasil. Cada país tem uma sigla de duas letras definida para adequação das páginas a seus mantenedores. A exceção é que páginas de mantenedores nos Estados Unidos não usam a definição de país. É importante considerar que o domínio geográfico determina a localização do provedor de serviços de armazenamento de páginas, não necessariamente a localização geográfica da instituição a que a página se refere.

BROWSER

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Um browser é um programa navegador da Internet. A Internet é uma rede mundial de computadores ligados entre si, que se comunicam utilizando um conjunto de regras definidas (Protocolo TCP/IP), no qual o universo WWW (World Wide Web) está contido.

Existem diversos tipos de comunicação baseadas nesta rede, no qual você terá acesso. Ao fazer a sua conexão, você estará fazendo parte desta rede e estará apto a utilizá-la plenamente. Ele é um programa para navegar em home-pages na Internet, é através dele que se tem acesso ao WWW e suas possibilidades.

É importante utilizar as versões mais atualizadas, uma vez que esta se adéqua ás características de segurança da rede, renovadas constantemente. O navegador é composto por uma barra de botões e endereço, que está localizado na parte superior da tela, e pela janela de exibição de home-pages. É nesta janela que serão mostradas as páginas da Internet.

A opção de chamada de outro endereço na Internet é denominado LINK.

O link permite que, ao se clicar com o botão de ação do mouse quando o cursor estiver sobre o mesmo, o conteúdo deste endereço seja transferido para o seu computador.

Existem diversos tipos de Links, a maioria deles aponta para páginas de Internet, mas você encontrará links apontados para outros tipos de arquivos. Na lista abaixo mostraremos alguns exemplos de links, e procedimentos adotados pelo navegador.

Páginas - O navegador abrirá a página em tela cheia ou então em janela, dependendo do tipo de link.

E-mail - O navegador abrirá a janela de composição de mensagem (pré determinado pelo usuário) para enviar um e-mail para o endereço deste link.

Programas - O navegador perguntará a você se deseja salvar este programa em seu disco, a janela de salvar como será aberta para você indicar, em qual diretório salvar.

Imagens - O navegador mostrará o conteúdo deste arquivo.Arquivos de Som - O navegador executará o programa

correspondente para reproduzir o conteúdo deste arquivo. Outros - O navegador executará o programa correspondente,

se o mesmo estiver instalado. Caso ele não esteja, ele indicará a empresa fabricante do programa para você fazer o download (caso haja esta alternativa) e instalá-lo em seu computador, ou mesmo salvar o arquivo apontado pelo link. Estes programas são chamados de plug-ins.

Existem centenas deles espalhados pela internet, disponíveis para download. As versões mais recentes do Explorer já trazem alguns plug-ins mais utilizados incorporados ao programa, sendo desnecessário instalá-los novamente.

Existem plug-ins para diversos tipos de finalidade: alguns deles são para arquivos de som, animação, vídeo e até mesmo para jogos.

Para sabermos se uma página foi carregada completamente, em algumas versões verifique se o Símbolo do Explorer (Canto superior direito), parou de rodar. Se ainda estiver rodando, a página não foi carregada completamente.

Quando você estiver visualizando páginas da Web, você encontrará informações que gostaria de guardar para referência futura, visualizar sem ir a um site da Web ou compartilhar com outras pessoas. Você pode salvar a página da Web inteira ou qualquer parte dela — texto, elementos gráficos ou links, ou até mesmo arquivos e programas que estejam disponível na página (download).

BROWSERS E SERVIÇOS TÍPICOS

Browser, também conhecido como navegador, é um progra-ma de computador que habilita seus usuários a interagirem com documentos virtuais da Internet, também conhecidos como pági-nas HTML, que estão hospedadas num servidor Web

Os Navegadores Web, ou Web Browsers se comunicam ge-ralmente com servidores Web (podendo hoje em dia se comunicar com vários tipos de servidor), usando principalmente o protocolo de transferência de hiper-texto HTTP para efetuar pedidos a arqui-vos, e processar respostas vindas do servidor. Estes arquivos, são por sua vez identificados por um URL.

O navegador, tem a capacidade de ler vários tipos de arquivo, sendo nativo o processamento dos mais comuns (HTML, XML, JPEG, GIF, PNG, etc.), e os restantes possíveis através de plugins (Flash, Java, etc.).

Os navegadores mais recentes têm a capacidade de trabalhar também com vários outros protocolos de transferência, como por exemplo FTP, HTTPS (uma versão criptografada via SSL do HTTP), etc.

A finalidade principal do navegador é fazer-se o pedido de um determinado conteúdo da Web, e providenciar a exibição do mes-Web, e providenciar a exibição do mes-, e providenciar a exibição do mes-mo. Geralmente, quando o processamento do arquivo não é possí-vel através do mesmo, este apenas transfere o arquivo localmente. Quando se trata de texto (Markup Language e/ou texto simples) e/ou imagens bitmaps, o navegador tenta exibir o conteúdo.

Os navegadores mais primitivos suportavam somente uma versão mais simples de HTML. O desenvolvimento rápido dos navegadores proprietários, porém, levou à criação de dialetos não--padronizados do HTML, causando problemas de interoperabili-dade na Web. Navegadores mais modernos (tais como o Internet Explorer, Mozilla Firefox, Opera e Safari e o Chrome do Google) suportam versões padronizadas das linguagens HTML e XHTML (começando com o HTML 4.01), e mostram páginas de uma ma-neira uniforme através das plataformas em que rodam.

Alguns dos navegadores mais populares incluem componen-tes adicionais para suportar Usenet e correspondência de e-mail através dos protocolos NNTP e SMTP, IMAP e POP3, respecti-vamente

Web browser (em inglês), browser ou navegador de internet (jargão nascido dos próprios usuários - navegar) é um programa que permite a seus usuários a interagirem com documentos eletrô-nicos de hipertexto, como as páginas HTML e que estão armaze-nados em algum endereço eletrônico da internet (URL ou URI).

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Lista de navegadores• WorldWideWeb - por Tim Berners-Lee em 1990 para

NeXTSTEP. • Felipe- por Timdre em 1990 • Line-mode - por Nicola Pellow em 1991. Funcionava

em modo texto e foi portado para uma série de plataformas, do Unix ao DOS.

• Erwise - por um grupo de estudantes da Universidade de Tecnologia de Helsinki em 1992.

• Viola, por Pei Wei, para Unix em 1992. • Midas - por Tony Johnson em 1992 para Unix. • Samba - por Robert Cailliau para Macintosh. • Mosaic - por Marc Andreessen e Eric Bina em 1993 para

Unix. Aleks Totic desenvolveu uma versão para Macintosh alguns meses depois.

• Arena - por Dave Raggett em 1993. • Lynx - o Lynx sugiu na Universidade de Kansas como

um navegador hypertexto independente da Web. O estudante Lou Montulli adicionou a o recurso de acesso via TCP-IP na versão 2.0 lançada em março de 1993.

• Cello - por Tom Bruce em 1993 para PC. • Opera - por pesquisadores da empresa de telecomunica-

ções norueguesa Telenor em 1994. No ano seguinte, dois pesqui-sadores, Jon Stephenson von Tetzchner e Geir Ivarsøy, deixaram a empresa e fundaram a Opera Software.

• Internet in a box - pela O’Reilly and Associates em Ja-neiro de 1994.

• Navipress - pela Navisoft em fevereiro 1994 para PC e Macintosh.

• Netscape - pela Nestcape em outubro de 1994. • Internet Explorer - pela Microsoft em 23 de agosto de

1995. • Safari - pela Apple Inc. em 23 de Junho de 2003. • Mozilla Firefox - pela Mozilla Foundation com ajuda de

centenas de colaboradores em 9 de Novembro de 2004. • Flock - pela Flock Inc. baseado no Firefox em 22 de Ju-

nho de 2006. • Google Chrome - pela Google em Setembro de 2008.

INTERNET EXPLORER

O Windows Explorer é um navegador de internet de licença proprietária produzido inicialmente pela Microsoft em 23 de agos-to de 1995. É o navegador mais usado nos dias de hoje e é também conhecido pelas abreviações IE, MSIE ou WinIE,

IE é um componente integrado das versões mais recentes do Microsoft Windows. Está disponível como um produto gratuito separado para as versões mais antigas do sistema operacional. Acompanha o Windows desde a versão 95

A partir da versão 6 inclusa no XP em 2002, uma grande atu-alização do navegador foi oferecida aos usuários do Windows XP junto ao Service Pack 2 (embora sempre tenha havido um ciclo mensal de correções para o navegador).

A versão 7 do Internet Explorer, lançada em Outubro de 2006, chegou aos usuários disponível para o Windows XP SP2 e Windo-ws Server 2003 (com status de atualização crítica), além de estar pré-instalada no Windows Vista e no Windows 7 (a versão 8 Beta) (onde possui algumas funções a mais). A versão 8, lançada em 19 de março de 2009, é disponível para Windows XP, Windows Ser-ver 2003, Windows Vista e Windows Server 2008

Por algum tempo, a Microsoft lançou versões do Internet Ex-plorer para o Macintosh, Solaris e HP-UX. Estas versões tiveram o desenvolvimento cancelado.O navegador ainda roda em Linux, através da camada de compatibilidade Wine.

Desde o lançamento da versão 7 do navegador, o nome oficial foi então alterado de “Microsoft Internet Explorer” para “Windows Internet Explorer”, por causa da integração com a linha Windows Live. No Windows Vista ele chama-se oficialmente “Windows In-ternet Explorer in Windows Vista” e no Windows XP ele é chama-do oficialmente de “Windows Internet Explorer for Windows XP”.

Versões• Primeira versão: Lançado em agosto de 1995. • Segunda versão: Lançado em novembro de 1995. • Terceira versão: Lançado em agosto de 1996, foi uns

dos primeiros browsers, ou navegadores, a ter suporte ao CSS. Foi introduzido o suporte ao ActiveX, linguagem JavaScript. As novi-dades são consideráveis, tanto que o Internet Explorer 3 passou a ser concorrente do Netscape, o browser mais usado na época. Teve também a primeira mudança significativa na interface.

• Quarta versão: Lançado em setembro de 1997, apresen-tou como novidades a integração completa com o sistema ope-racional e a tecnologia push, tornando-se concorrente não só do Netscape mas também de softwares como o PointCast, além de outras novidades.

• Quinta versão: Lançado em março de 1999, foi introdu-zido o suporte à linguagem XML, XSL, o formato MHTML e mais algumas coisas. O Internet Explorer 5 é encontrado no Windows 98 SE e no Windows 2000. Em julho de 2000, é lançado o Internet Explorer 5.5, juntamente com o Windows ME, contendo algumas melhorias.

• Sexta versão: Lançado em agosto de 2001, juntamente com o Windows XP. Nessa versão há um melhor suporte ao CSS level 1, DOM level 1 e SML 2.0 e algumas novidades. Em Se-tembro de 2002 é lançado o Service Pack 1 (SP1) e em agosto de 2004 é lançado o segundo Service Pack (SP2), oferecendo maior segurança com recursos como “Bloqueador de PopUps”, proteção contra downloads potencialmente nocivos, entre outros

Windows Internet Explorer 8 (abreviado IE8) é a oitava e atual versão do navegador Internet Explorer criado e fabricado pela Microsoft. Ele é o sucessor do Internet Explorer 7 e será o navegador padrão (préinstalado) para os futuros sistemas opera-cionais do Windows 7 e Windows Server 2008 R2.

O Internet Explorer 8 foi lançado em 19 de março de 2009 dis-ponível para Windows XP, Windows Server 2003, Windows Vista e Windows Server 2008. O programa é disponível em 25 idiomas.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

MOZILLA FIREFOX

Mozilla Firefox é um navegador livre e multi-plataforma desenvolvido pela Mozilla Foundation (em português: Fundação Mozilla) com ajuda de centenas de colaboradores. A intenção da fundação é desenvolver um navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível. Baseado no componente de navegação da Mozilla Suite (continuada pela comunidade como Seamonkey), o Firefox tornou-se o objetivo principal da Mozilla Foundation.

Antes do lançamento da versão primeira 1.0, em 9 de novem-bro de 2004, o Firefox já havia sido aclamado por várias publica-ções, incluindo a Forbes e o Wall Street Journal. Com mais de 25 milhões de transferências nos primeiros 99 dias após o lançamen-to, o Firefox se tornou uma das aplicações em código-livre mais usadas por usuários domésticos. A marca de 50 milhões de trans-ferências foi atingida em 29 de abril de 2005, aproximadamente 6 meses após o lançamento da versão 1.0. Em 26 de julho de 2005, o Firefox alcançou os 75 milhões de transferências, e a 19 de ou-tubro de 2005 alcançou os 100 milhões de transferências, antes de completar o primeiro ano da versão 1.0.

O Firefox destaca-se como alternativa ao Microsoft Internet Explorer e reativou a chamada Guerra dos Navegadores

Segundo seus desenvolvedores, o objetivo do Firefox é ser um navegador que inclua as opções mais usadas pela maioria dos usuários, de modo que o torne o melhor possível. Outras funções não incluídas originalmente encontram-se disponíveis através de extensões e plugins nos quais qualquer pessoa possa criar um.

AcessibilidadeSegundo os desenvolvedores, existe um esforço no sentido de

se buscar a simplicidade na interface do Firefox. As opções menos usadas pela maioria dos usuários geralmente ficam ocultas, oposto ao que acontece com a suíte Mozilla.

O Firefox tem suporte à navegação através de abas/separado-res, o que possibilita a abertura de várias páginas em uma única janela do navegador. Esta função foi herdada da suíte Mozilla, que por sua vez, emprestou-a de uma extensão conhecida como Multi-Zilla, a qual foi desenvolvida especialmente para a suíte. O Firefox também está entre os primeiros navegadores a disponibilizar blo-queamento personalizado de janelas pop-up.

O navegador contém opções que facilitam a busca por infor-mações. Existe uma função de pesquisa conhecida como “localizar ao digitar”. Caso esta função esteja habilitada, o usuário poderá iniciar a digitação de uma palavra enquanto visualiza a página, e automaticamente o Firefox destaca o primeiro resultado que en-contra. Quanto mais se digita, mais a busca é refinada.

Há também um campo de pesquisa embutido, com algumas opções de busca já incluídas (na versão em inglês do Firefox), como os sites Google, Yahoo, Amazon.com, Creative Commons, Dictionary.com e eBay. Existem muitas opções extras de plugins de busca que podem ser instaladas, uma delas feita para se pesqui-sar na Wikipédia, que foi desenvolvida através do projeto Mycroft.

A função de “palavra-chave” usada para que o usuário aces-se o conteúdo de seus favoritos/marcadores, através da barra de endereços, foi apresentada anteriormente na suíte Mozilla. Opcio-nalmente, pode-se usar um parâmetro de busca na Internet. Para isto, basta que se digite, por exemplo, “google pêssego” na barra

de endereços, e o usuário será redirecionado a uma página de re-sultados do Google contendo o item “pêssego”. Se for digitada somente uma palavra sem um parâmetro de busca, o Firefox au-tomaticamente aciona o Google, que levará o usuário ao primeiro site sugerido (semelhante à função “Estou com Sorte”, da página inicial do Google).

SegurançaA arquitetura de programação do Firefox é baseada em ex-

tensões. Tal característica é apontada por alguns como um dos as-pectos que supostamente tornariam o navegador seguro. Há quem diga que não se deve incorporar inúmeros recursos (os quais pode-riam supostamente ser usados mais facilmente por códigos mali-ciosos), mas sim deixar o usuário escolher o que adicionar, através da seleção das extensões (como plugins), as quais no Firefox são bloqueadas quando instaladas de sites desconhecidos (opção que pode ser modificada pelo usuário com um simples clique, o qual autoriza a instalação de fonte não confiável e coloca em risco toda a segurança). Existe a opção de se executar o Firefox em um Modo de Segurança, no qual todas as extensões instaladas são desativa-das.

Deve-se notar que muitas das extensões, especialmente as mais populares e recomendadas pela própria Mozilla, também po-dem ser alvos de vulnerabilidades, colocando abaixo tais aponta-mentos e em consequência a segurança e privacidade do usuário

O próprio navegador Firefox também possui falhas de segu-rança em seu código puro como o é hoje, tal qual qualquer outro navegador, algumas das quais inclusive sem correção conhecida no momento, para além de ser potencial alvo de explorações ma-liciosas dos múltiplos bugs existentes em sua engine javascript e também de falhas em complementos de terceiros como o Java SE da Sun e o Flash Player da Adobe (estas últimas mais raras).

Decorre ainda hoje, no meio informático, uma polêmica sobre uma falha na forma como o Firefox renderiza protocolos da web. A falha já havia sido corrigida por duas vezes após uma infame troca de acusações com a Microsoft que acabou na admissão da Mozilla de que o problema era mesmo no Firefox. Contudo, ao que parece, a falha continua aberta à explorações, mesmo depois das correções

CONHECIMENTOS DE WORD, EXCEL, POWER POINT.

MICROSOFT WORD

O Microsoft Word é o editor de textos mais utilizado para se confeccionar uma grande gama de documentos tais como: cartas, memorandos, mala direta, etc. Concebido para ambiente Windows, este aplicativo é amplamente utilizado em ambientes empresariais, comerciais, acadêmicos e também em ambientes domésticos.

Iniciando o Word

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Para iniciar um aplicativo do Office no Windows, clique sobre o botão Iniciar, clique sobre Programas e, em seguida, clique sobre o aplicativo Word. Caso exista um ícone para o programa na área de trabalho, basta aplicar o duplo clique do mouse sobre este ícone para acionar o programa. Quando o Word é iniciado, a tela contém um documento novo cercado de um painel de botões, menus e outras ferramentas úteis que você poderá utilizar para trabalhar no documento.

Recursos IntelliSenseBasicamente este recurso permite ao usuário personalizar e agilizar a forma que o Word deverá se comportar durante a manipulação

de texto, ou seja, sugerindo correção automaticamente, ativando ou desativando recursos, inclusive trabalhando com outros idiomas. Os recursos IntelliSense economizam o seu tempo de digitação, corrigindo erros de digitação e inserindo frases e palavras completas.

AutoFormataçãoVários recursos de autoformatação estão disponíveis em cada versão do Word. Digite um asterisco antes e depois de uma palavra para

colocá-la em negrito, digite três hífens consecutivos para adicionar um sublinhado da largura da página. Para iniciar uma lista numerada digite 1. (1 e ponto), pressione a Barra de Espaços ou a Tecla TAB e, depois digite o texto; quando pressionar Enter o Word automaticamente converterá o parágrafo em lista numerada. Para ativar esses recursos entre no menu Ferramentas, opção Autocorreção, guia “Autoformatação ao digitar”.

Verificador gramatical

O Verificador gramatical tem sido melhorado a cada versão e agora está mais inteligente em relação aos erros que encontra, além de conter um maior números de dicionários.

Como manipular texto e elementos gráficos.O Word facilita a adição de efeitos de editoração eletrônica, como dispor texto ao redor de figuras ou saltar um texto da página 1 para

a página 4. Um elemento gráfico pode ser posicionado em qualquer parte da página e você pode fazer o texto fluir ao redor do elemento gráfico de

diversas maneiras. Se quiser criar os seus próprios elementos gráficos ou adicionar efeitos de texto, você irá encontrar um conjunto completo de ferramentas de desenho e figura.

Assistentes e modelosO Word vem com vários modelos e assistentes para ajudá-lo a criar uma variedade de documentos. Os modelos fornecem diversas

estruturas alternativas, e irão orientá-lo durante a criação de um documento e o assistente do Office está inteiramente integrado aos assistentes de modo a facilitar o acesso à Ajuda.

Como compartilhar alteraçõesSe for necessário controlar as alterações, você irá encontrar um controle de alterações aprimorado e fácil de usar. É fácil verificar quem

fez uma alteração e quando. Se for necessário manter diversas versões de um documento, o Word agora permite que você salve essas versões dentro do mesmo documento. Menu arquivo, opção versões, botão “Salvar Agora”.

Page 176: Apostila Correios 2014 - Agente

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

O Word e a WebUse o Word para criar documentos de modo que você e seus assistentes possam utilizá-los em uma intranet ou na World Wide Web. O

Word adiciona facilmente hyperlinks a documentos para que você possa saltar para qualquer posição em um documento, entre documentos, para documentos em outros aplicativos do Office ou para qualquer local na Internet. O Assistente de página da Web do Word facilita a criação de home pages e de outros documentos da Web, mesmo que você não conheça HTML.

Botão de Sair do programa:

clique no botão em forma de X para Sair do Programa ou Fechar o seu arquivoBarra de Título:

Quando salvar o seu arquivo, o nome aparecerá nesta Barra de Título.Botão Minimizar/Maximizar:

Através destes botões você poderá Minimizar ou Maximizar a sua telaBarra de Menu:

Nesta barra você poderá acessar todos os menus com suas opções.

Barra de Ferramentas Padrão:

Nesta barra será possível trabalhar com as ferramentas que o Word oferece para a utilização mais rápido de vários dos principais comandos , e você poderá, através do Menu Utilitários, na opção Personalizar, adicionar novas ferramentas.

Barra de Ferramentas Formatação:

Esta barra permite formatar o seu texto com negrito, sublinhado, justificando o seu texto, alterando o tamanho da fonte ou alterando o estilo do parágrafo.

Régua:

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Esta barra exibe uma escala com medidas e marcadores que permitem ajustar recuos, margens, paradas de tabulação e colunas de uma tabela.

Modos de ExibiçãoModo normal: É o modo geral para digitação, edição e

formatação do texto. Linhas pontilhadas indicam quebras de página, várias colunas aparecem como uma única coluna e você não verá as margens superior e inferior.

Modo layout on-line: Novo recurso facilita a leitura on-line, inclui uma navegação, clicando no tópico desejado você irá direto para a parte do documento.

Modo layout de impressão: Você irá visualizar como ficará a impressão do documento, utilizado para trabalhar com cabeçalhos e rodapés, ajustar margens, trabalhar com colunas, desenhos e molduras.

Modo de estrutura de tópicos: Facilita a visualização da estrutura do documento e a reorganização do texto. Esta barra dá a posição exata do seu arquivo em relação às páginas, as margens. Controlar Alterações (ALT): Irá controlar as alterações do documento, colocando o nome da pessoa e data da alteração. Estender seleção (EST): Irá continuar a seleção, sem tirar a marcação do que já está selecionado. Sobrescrever (SE): Se estiver ativado escreve por cima da palavra, se estiver desativado conseguirá incluir caracteres no meio do texto.

Salvando o seu documentoVocê pode salvar o seu documento clicando no botão Salvar

da Barra de Ferramentas ou através do Menu Arquivo, opção Salvar. Se estiver salvando pela primeira vez, será aberta uma caixa de diálogo Salvar Como para que você digite um nome para o arquivo. Você deverá escolher também a unidade de disco (pasta de trabalho) onde será gravado, ou ainda escolher um outro formato de arquivo, clicando na opção Salvar como Tipo e escolher a opção. Depois de salvo uma vez, ele não abrirá mais a caixa de diálogo e sim atualizará o arquivo.

Fechando o DocumentoPara fechar apenas a janela do documento ativo, vá para o

Menu Arquivo, opção Fechar, ou ainda acione o botão Fechar na Barra de Menu.

Se o documento ainda não havia sido salvo até este momento, você terá a chance de fazê-lo, uma vez que o aplicativo solicitará um curso de ação para as alterações ainda não salvas.

Saindo do WordPara sair do programa, vá para o Menu Arquivo, opção Sair

ou através do botão Sair do Programa na barra de Título, no canto superior esquerdo da janela.

Criando um documento no WordCom o Word, você poderá começar a criar rapidamente seus

documentos. O Word fornece alguns documentos que você pode criar usando assistentes e modelos: petições, memorandos, cartas, faxes, relatórios, teses, catálogos, boletins informativos, manuais, folhetos, calendários, páginas da Web, cronogramas, agendas, currículos, pedidos de compra e faturas.

Clique em Novo no menu Arquivo, clique na guia do tipo de documento desejado e, em seguida, clique duas vezes no modelo ou assistente. Caso você queira criar seu próprio documento, clique no botão Novo. Com a tela em branco comece a digitar o seu documento.

Quando o texto chegar ao fim da linha, não pressione ENTER; o Word executará o retorno automático do texto. Pressione ENTER somente quando quiser iniciar um novo parágrafo.

Dicas: “Exibir/Ocultar”.

O Word utiliza estes caracteres não imprimíveis para mostrar os retornos de carro (marcas de parágrafo), os espaços e as tabulações inseridas. Se você achar que eles estão confundindo, desative-o.

Para acentuar, digitar primeiro o acento e depois a letra. Não use espaços em branco para alinhar o seu texto. Para isso, estão disponíveis na barra de ferramentas formatação os botões de alinhamento (esquerda, centralizado, direita e justificado).

Navegando no texto através do tecladoAlém das setas, que movem o cursor um caractere na direção

indicada, ou uma linha (CTRL+Seta = uma palavra para a direita ou esquerda, ou um parágrafo para cima ou para baixo), podem-se ainda utilizar diversas teclas de atalho, abaixo descritas:

SHIFT+TAB - Move uma célula para a esquerda (em uma tabela)

TAB - Uma célula para a direita (em uma tabela)END - Para o fim de uma linhaHOME - Para o início de uma linhaALT+CTRL+PAGE UP - Para o início da janelaALT+CTRL+PAGE DOWN - Para o fim da janelaPAGE UP - Uma tela para cimaPAGE DOWN - Uma tela para baixoCTRL+PAGE DOWN - Para o início da página seguinteCTRL+PAGE UP - Para o início da página anteriorCTRL+END - Para o fim de um documentoCTRL+HOME - Para o início de um documento

Selecionando o texto para alteração

Para fazer qualquer alteração você deve selecionar o texto. Para selecionar qualquer extensão de texto, arraste o cursor do

mouse sobre ele.Para selecionar uma palavra, clique duas vezes sobre ela.Para selecionar uma linha inteira, posicione a seta do mouse

para a linha desejada e dê um clique. Se quiser selecionar múltiplas linhas, selecione a primeira e arraste.

Para selecionar um parágrafo, posicione a seta do mouse para o parágrafo desejado e dê duplo clique.

Para selecionar o documento inteiro, posicione a seta do mouse para uma linha qualquer e dê três cliques.

Para cancelar a seleção, basta clicar fora da seleção na janela do documento.

Excluindo textoSelecione o texto a ser removido e pressione a tecla DEL ou

BACKSPACE. Se desejar substituir o texto que está excluindo, selecione o texto e em seguida comece a digitar a nova informação sobre o texto selecionado. Se quiser desfazer a ação, utilize o botão Desfazer.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Movendo e copiando textoUma das maneiras de mover ou copiar texto é utilizar o recurso

de edição arrastar-e-soltar. Para mover o texto, selecione-o, aponte o mouse para ele e clique, aparecerá uma caixa pontilhada, arraste esta caixa para a nova posição e em seguida, solte o botão do mouse. Para copiar o texto, mantenha pressionada a tecla CTRL à medida que arrasta o texto selecionado para a nova posição e, em seguida, solte o mouse e a tecla CTRL.

Recortar, Copiar e Colar

Outros recursos a serem utilizados são os botões de Recortar, Copiar e Colar da barra de ferramentas; selecione o texto a ser movido, clique no botão Recortar, mova o cursor para a posição que deseja inserir o texto e clique no botão Colar. Para copiar selecione o texto a ser copiado, clique no botão Copiar, em seguida leve o cursor para a nova posição e clique no botão Colar.

Formatando Texto através da barra de ferramentas – Formatação

Para copiar um texto de um documento para outro basta estar com o documento ativo e abrir o documento desejado, selecionar o texto a ser copiado e clicar no botão Copiar.

Vá para o Menu Janela; você perceberá que existem dois documentos abertos, clique no documento onde será inserido o texto selecionado, mova o cursor para a posição desejada e clique no botão Colar.

Para aplicar formatos no seu texto como negrito, itálico ou sublinhado, tamanho e tipo da fonte, você deve selecioná-lo e em seguida, clicar sobre os formatos desejados na barra de formatação, ou através do Menu Formatar, opção Fonte. Para mudar o alinhamento do seu texto, posicione o cursor ou selecione os parágrafos a serem alterados, clique no botão desejado na barra de formatação.

Copiar formatos de caractere e parágrafoPara copiar a formatação de um texto ou parágrafo, siga deste

procedimento:1. Selecione formato a ser copiado. Para copiar a formatação,

clique no botão Pincel na barra de ferramentas, ou então utilize a combinação de teclas de atalho SHIFT + CTRL + C.

2. Selecione o parágrafo ou texto ao qual deseja aplicar a formatação, e clique novamente no botão Pincel, ou utilize a combinação de teclas de atalho SHIFT + CTRL + V.

Alterar a fonte do texto ou de números

1. Selecione o texto que você deseja alterar.2. Na barra de ferramentas Formatação, clique em um nome

de fonte na caixa Fonte, e escolha a que desejar.

Alterar o tamanho do texto ou de números

1. Selecione o texto ou o número que você deseja alterar.2. Na barra de ferramentas Formatação, clique em um

tamanho de ponto na caixa Tamanho da fonte, e escolha o tamanho que desejar.

Aplicar formatação em negrito, itálico ou sublinhado ao texto ou números

1. Selecione o texto que você deseja alterar.2. Na barra de ferramentas Formatação, clique no ícone

referente à ação.3. Para desativar a ação, basta clicar novamente em cima da

figura.

Alterar a cor do texto e dos números

Selecione o texto que você deseja alterar, e siga este procedimento:

1. Para aplicar a cor que foi usada no texto mais recentemente, clique em Cor da fonte na barra de ferramentas Formatação. Para aplicar outra, clique na seta ao lado do botão Cor da fonte e selecione a cor desejada.

Adicionar marcadores ou numeração a textos

1. Selecione os itens aos quais você deseja adicionar marcadores ou numeração.

2. Na barra de ferramentas Formatação, siga um destes procedimentos:

Para adicionar marcadores, clique no botão Marcadores. Para adicionar numeração, clique no botão Numeração.

Observação: Para criar automaticamente uma lista numerada ou com marcadores à medida que digitar, digite 1 ou * (asterisco), pressione SPACEBAR ou TAB e, em seguida, digite qualquer texto desejado. Quando você pressionar ENTER para adicionar o item seguinte da lista, o Word inserirá automaticamente o número ou marcador seguinte. Para concluir a lista, pressione ENTER duas vezes. Você também pode concluir a lista pressionando BACKSPACE para excluir o último marcador ou número da lista. Se desejar adicionar um item no meio de uma lista numerada, basta teclar ENTER no final da linha, que automaticamente a lista será renumerada.

Aplicar efeitos no texto1. Selecione o texto que você deseja alterar.2. Clique no Menu Formatar, e escolha a opção Fonte.3. Na caixa de efeitos, escolha a opção desejada

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Tachado – traça um risco horizontal no textoTachado Duplo – traça dois riscos horizontais no textoSobrescrito – deixa o texto acima da linhaSubscrito – deixa o texto abaixo da linhaSombra – aplica sombra no textoContorno – aplica em volta do textoRelevo – dificulta a visualização do texto na telaBaixo Relevo – causa a impressão do texto estar no funda ta

telaCaixa Alta – aplica no texto o EFEITO de maiúscula e

condensadoTodas em maiúsculas – transforma o texto em palavras

MAIÚSCULASOculto – o texto “” não é impresso.

Verificando a OrtografiaO Word possui o Verificador Ortográfico Automático, onde ele

atua como um revisor - verificando erros de ortografia e de digitação. À medida que você digita, ele colocará um sublinhado vermelho na palavra errada. Para corrigir a palavra, clique no botão direito do mouse. Caso você não queira esta opção ativa é necessário que você desative, para isso clique no menu Ferramentas, clique em Opções e, em seguida, na guia Ortografia e gramática, desative a opção verificar ortografia.

Usando o dicionário de sinônimosConsultar palavras no dicionário de sinônimos1. Selecione ou digite uma palavra para a qual você deseja

localizar um sinônimo, um antônimo ou palavras relacionadas.2. No menu Ferramentas, aponte para Idioma e, em seguida,

clique em3. Selecione as opções que desejar.

Localizando e substituindo texto1. Certifique-se que está no início do texto para que possa

substituir todas as palavras.2. No menu Editar, aponte para Localizar e, em seguida,

clique em Substituir.3. Insira em Localizar a palavra que deve ser substituída.4. Em Substituir, digite a nova palavra.5. Escolha a opção Localizar e Substituir ou;6. Localizar e Substituir tudoLocalizar e substituir texto: Você pode procurar cada

ocorrência de uma palavra ou frase específica rapidamente. É possível substituir o texto rapidamente depois dele ter sido localizado - por exemplo, é possível substituir “Azul” por “Anzol”.

Ajustar uma pesquisa usando caracteres curinga Por exemplo, use o caractere asterisco (*) para procurar uma seqüência de caracteres (“s*m” localiza “sim”, “sem”, “som” e “sempre feliz com”). Outra opção é utilizar o caractere de interrogação (?), o qual faz a busca de apenas um caractere dentro da palavra (c?m? localiza “cama” e “como”).

Inserindo textoO Word trabalha sempre com o modo de inserção ativo, isto

quer dizer que, se você esqueceu uma palavra no meio do seu texto, é só posicionar o cursor e digitar a palavra. Se quiser trabalhar com o modo de sobrescrever ativo, clique duas vezes na barra de status sobre “SE”, se quiser desativar faça a mesma coisa.

Inserindo Data/HoraPara inserir Data e Hora no seu documento, clique no Menu

Inserir, opção Data e Hora, especifique o formato desejado na caixa “Formatos disponíveis” e verifique se deseja atualizar automaticamente a data e hora sempre que abrir o documento ou imprimir.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Utilizando o recurso de AutoCorreção

Para deixar seu documento com formatação automática você deve clicar no menu Ferramentas, opção AutoCorreção. Você pode usar o recurso AutoCorreção para detectar e corrigir automaticamente erros de digitação, ortografia, gramática e o uso incorreto de maiúsculas. Por exemplo, se você digitar “que” mais um espaço, a AutoCorreção substituirá aquilo que você digitou por “que”. É possível usar também a AutoCorreção para inserir texto, elementos gráficos ou símbolos rapidamente. Por exemplo, você pode digitar (c) para inserir ©. Ou ainda digitar a.. (caracter a + ponto final) para obter a (ordinal feminino).

AutoFormatação ao digitarEste recurso, caso esteja selecionado, executa automaticamente

várias opções de formatação, dentro de conceitos padronizados pelo próprio software ou pelo sistema operacional. Ex.: Quando digitado um endereço eletrônico, converte o endereço em hyperlink.

AutoTextoVocê pode usar o recurso AutoTexto para inserir um texto

usado com freqüência. Para criar uma entrada de AutoTexto, primeiro você terá que selecionar o texto, depois vá para o Menu Inserir, clique na opção AutoTexto. Insira na caixa Nome, o nome da variável a ser criada e clique no botão Adicionar. Para inserir a variável no texto basta digitar o nome da variável e teclar F3.

AutoCompletarPara utilizar o AutoCompletar, digite os primeiros caracteres

de um item (por exemplo, digite agos para o mês atual). Quando o Word sugerir o item completo, como “Agosto” , pressione a tecla ENTER ou F3 para aceitá-lo. Se você em seguida digitar um espaço extra, o Word irá sugerir “Agosto de 1998”. Para rejeitar o item, basta continuar digitando. Para ativar ou desativar o AutoCompletar, aponte para AutoTexto no menu Inserir, clique em AutoTexto; em seguida, selecione ou desmarque a caixa de seleção “Sugerir dica de AutoCompletar para AutoTexto e datas”.

Abrindo Arquivos Existentes

Para abrir qualquer documento já existente, basta ir para a barra de ferramentas, Botão Abrir ou através do Menu Arquivo, opção Abrir, será aberta uma caixa de diálogo onde deverá ser selecionado o nome do arquivo desejado na lista de opções e o tipo de arquivo em “Arquivos do Tipo”.

Abrir um documento como somente leitura1. Clique em Abrir .2. Se desejar abrir um documento que tenha sido salvo em

outra pasta, localize a pasta.3. Clique no documento que você deseja abrir como somente

leitura. Se não conseguir localizar o documento na lista de pastas, você pode pesquisá-lo.

4. Clique na seta ao lado do botão Abrir e, em seguida, clique em Abrir Somente leitura.

Abrir um documento como uma cópia1. Clique em Abrir.2. Se desejar abrir um documento que tenha sido salvo em

outra pasta, localize e abra a pasta.3. Clique no documento do qual você deseja abrir uma cópia.

Se não conseguir localizar o documento na lista de pastas, você pode pesquisá-lo.

4. Clique na seta ao lado do botão Abrir e, em seguida, clique em Abrir como cópia. Observação: Quando você abre um documento como uma cópia, uma nova cópia do documento é criada na pasta que contém o documento original.

Trabalhando com vários arquivos abertosVocê pode trabalhar com vários arquivos abertos ao mesmo

tempo, para saber exatamente qual o arquivo que você está no momento, verifique o nome na Barra de Título. Para visualizar quais são os arquivos que estão abertos, entre no menu Janela, o arquivo selecionado é o arquivo que você está trabalhando no momento, se quiser mudar de arquivo selecione outro no menu Janela.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Formatando ParágrafoPara expandir ou condensar uniformemente o espaço entre

todos os caracteres selecionados, clique em Expandido ou Condensado na caixa Espaçamento e especifique o espaço desejado na caixa Por. Para aplicar ou alterar kerning (espaçamento entre os caracteres de um parágrafo) aos caracteres que estejam acima de um determinado tamanho em pontos, marque a caixa de seleção Kerning para fontes e insira o tamanho em pontos na caixa Pontos e acima.

Definir tabulaçõesSelecione o parágrafo no qual deseja definir uma parada de

tabulação. Clique em na extremidade esquerda da régua horizontal até obter o tipo de tabulação desejado: ou Clique na régua horizontal em que deseja definir uma tabulação.

RecuoOs recuos deslocados são freqüentemente usados para entradas

bibliográficas, termos de glossários, resumos e listas numeradas e com marcadores.

Espaçamento entre linhasO espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço

vertical entre as linhas do texto. O Word usa o espaçamento entre linhas simples por padrão.

O espaçamento entre linhas selecionado afeta todas as linhas de texto no parágrafo selecionado ou no parágrafo que contém o ponto de inserção. Você define o espaçamento entre linhas na guia Recuos e espaçamento (menu Formatar, comando Parágrafo).

Simples - É a unidade padrão.

1,5 linha - 50% maior que o espaçamento simples entre linhas. Por exemplo, se for usado um espaçamento de 1,5 linha para um texto com tamanho de 10 pontos, o espaçamento entre linhas será de 15 pontos. (usa-se este item como padrão ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas)

Duplo - Duas vezes o espaçamento simples entre linhas.

Pelo menos - O espaçamento entre linhas mínimo que o Word pode ajustar para acomodar tamanhos de fonte grandes ou elementos gráficos que, de outro modo, não se ajustariam ao espaçamento especificado.

Exatamente - Um espaçamento fixo entre linhas que não é ajustado pelo Word. Essa opção provoca o espaçamento uniforme de linhas.

Múltiplos - Um espaçamento entre linhas aumentado ou diminuído de acordo com um percentual especificado.

Em - O espaçamento entre linhas que você seleciona. Essa opção só está disponível se você selecionar Pelo menos, Exatamente ou Múltiplos na caixa Entre linhas.

MargensAlteram as medidas das margens Superior, Inferior, Esquerda

e Direita.Medianiz - Se você pretende encadernar o seu documento,

use a medianiz para adicionar espaços extras à margem interna.Margem Espelho - Se você quiser imprimir um documento

frente e verso do papel, poderá ativar a caixa de verificação Margem espelho, com isso as margens internas e externas terão a mesma largura, isto é, uma será espelho da outra.

Tamanho do PapelAltera a largura e altura do papel a ser utilizado e a orientação

da página, isto é, se você quer imprimir na forma Paisagem (horizontal) ou Retrato (vertical).

Origem do PapelDefine opções para impressão de uma página em sua

impressora, como por exemplo, se a alimentação da impressora será manual ou automática.

LayoutDefine opções de cabeçalhos e rodapés, quebras de seção,

alinhamento vertical e numeração de linhas. Alterando qualquer uma dessas guias, você poderá utilizá-las no documento todo, numa determinada seção anteriormente selecionada ou a partir de um determinado ponto.

As configurações de layout também podem ser aplicadas com recursos diferentes para áreas diversas do documento

Inserindo Numeração de Páginas

Para inserir números de página em seu documento, vá para o Menu Inserir, opção Números de Páginas. Será aberta uma caixa de diálogo onde poderá se alterar o formato, a posição, o alinhamento do número. Você tem que estar no modo de exibição Layout da Página para poder visualizar os números, ou através do botão visualizar a impressão da barra de ferramentas.

Cabeçalho e RodapéUm cabeçalho ou rodapé é um trecho de texto geralmente

impresso no topo ou na base de todas as páginas do documento. O cabeçalho é impresso na margem superior e o rodapé na margem inferior. Você pode usar um cabeçalho ou rodapé único na primeira página ou em cada seção do documento, ou ainda usar cabeçalhos e rodapés diferentes para as páginas pares e ímpares.

Criando Cabeçalhos e Rodapés

Para criar um cabeçalho ou rodapé vá para o Menu Exibir, opção Cabeçalho e Rodapé. Aparecerá uma barra de ferramentas Cabeçalho e Rodapé e uma caixa tracejada. Para mover-se do

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

cabeçalho para o rodapé, utilize o primeiro botão da barra de ferramentas Alternar entre Cabeçalho e Rodapé. Digite o texto que será repetido em todas as páginas do documento dentro da caixa tracejada que limita a área do cabeçalho ou rodapé e clique no botão Fechar, para voltar para o documento.

Inserindo Quebra de Página

O Word insere quebra de página automaticamente em seu documento, essas marcas não podem ser eliminadas. Mas ele permite que se insira uma quebra de página manual, e essa é possível eliminar. Para inserir uma quebra de página manual, pressione CTRL+ENTER ou Menu Inserir - Quebra - Quebras de página.

Visualizando o documento antes de ImprimirVocê poderá visualizar o seu documento antes de imprimi-

lo, clique no botão Visualizar Impressão da Barra de Ferramentas Padrão, ou através do Menu Arquivo, opção Visualizar Impressão.

MENUS DO WORD Menu Arquivo

a) Novo (CTRL+O) - cria um novo documento, um novo modelo, currículo, fax, páginas WEB ou memorandos.

b) Abrir (CTRL+A) - abre ou localiza um arquivo existente.c) Fechar (CTRL+F4) - fecha o documento ativo sem fechar

o aplicativo. Se o documento possuir alterações não salvas, abrirá uma caixa perguntando se deseja salvar. Se desejar fechar todos os documentos abertos, pressione e mantenha pressionada a tecla Shíft e escolha o comando Fechar tudo do menu Arquivo.

d) Salvar (CTRL+B) - salva as alterações feitas no documento ativo. Este tipo de salvamento salva o documento com o mesmo nome e no mesmo local (unidade, pasta ou subpasta).

e) Salvar Como - salva o arquivo ativo com um novo nome, localização ou formato (extensão) de arquivo diferente. No Access, Excel e Word, você também pode usar este comando para salvar um arquivo com uma senha ou para proteger um arquivo de modo que outros usuários não possam alterar o seu conteúdo. Para salvar todos os documentos abertos, pressione e mantenha pressionada a tecla Shift e escolha o comando Salvar Tudo do menu Arquivo.

f) Salvar como HTML - inicia o Assistente para Internet, que cria um documento HTML a partir do seu documento, apresentação, planilha ou gráfico pronto para publicação na World Wide Web.

g) Versões - salva e gerencia várias versões de um documento em um único arquivo. Após salvar versões de um documento, você poderá voltar e revisar, abrir, imprimir e excluir versões anteriores.

h) Configurar Página - altera as margens (direita, esquerda, superior, inferior, medianiz, cabeçalho e rodapé), a origem e o tamanho do papel (permite criar tamanhos personalizados), layout, além da orientação da página para todo o documento ocupar as seções selecionadas.

i) Visualizar Impressão (ALT+CTRL + I) - mostra o documento exatamente igual ao que será impresso. Nesta forma, não poderemos abrir ou criar novos arquivos.

j) Imprimir (CTRL + P) - permite imprimir o documento ativo por completo, algumas páginas ou texto selecionado; além disso permite mudar as características da impressora, mudar a impressora padrão, definir algumas características da impressão como: imprimir em ordem inversa (da última página para a primeira), imprimirem segundo plano, propriedades do documento, rascunho, comentários, textos ocultos e códigos de campo.

k) Enviar Para - envia documentos para outros programas:Destinatário da mensagem - envia o arquivo atual como um

anexo de uma mensagem de correio.Destinatário da circulação - envia o arquivo ativo para os

revisores alterarem e adicionarem comentários. Para usar a circulação, você e os usuários para os quais você está enviando o documento devem ter instalado o aplicativo no qual o documento foi criado e o Microsoft Exchange ou um pacote de correio compatível.

Pasta do Exchange - envia um arquivo ativo para a pasta do Exchange especificada.

Destinatário do fax - envia o documento ativo como um fax. O Assistente de Fax irá ajudá-lo a configurar o seu fax.

Microsoft PowerPoint - abre o documento ativo no Microsoft PowerPoint, onde você poderá criar uma apresentação.

l) Propriedades - permite visualizar as seguintes características do arquivo:

Guia Geral: nome, tamanho, localização, data de criação, data de modificação e atributos do arquivo;

Guia Resumo: título, assunto, autor, gerente, empresa, categorias, palavras chaves, comentários, base do hyperlink;

Guia Estatísticas: tempo de digitação, número de páginas, parágrafos, linhas, palavras, caracteres e caracteres com espaços;

Guia Conteúdo: lista as partes do arquivo, por exemplo, os nomes das folhas de macro no Microsoft Excel ou dos títulos no

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Word. Para ver os títulos no Word, marque a caixa de seleção Salvar Visualização da figura na guia Resumo.

Guia Personalizar: permite definir o endereço básico usado como caminho para todos os hyperlinks relativos inseridos no documento atual, o tipo de valor a ser usado pela propriedade personalizada e inserir um valor para apropriedade personalizada que seja compatível com a seleção na caixa Tipo.

l) Sair (ALT+F4) - fecha o programa Word.

Menu Editar

a) Desfazer (CTRL+Z) - desfaz uma operação. Por exemplo, se você seleciona uma palavra e decide apagála, poderá desfazer essa operação.

b) Repetir (ALT+SHIFT+B) - refaz uma operação desfeita.c) Recortar (CTRL+X) - remove um texto selecionado e o

insere na Área de Transferência.d) Copiar (CTRL+C) - copia um texto selecionado para a

Área de Transferência.e) Colar (CTRL+V) - cola o conteúdo da Área de

Transferência na posição onde se encontra o cursor.f) Colar Especial - cola ou incorpora o conteúdo da Área

de Transferência em um documento do Word com um formato especificado, ou cria um vínculo às informações que podem ser atualizadas em outro aplicativo.

g) Colar como Hyperlink - insere o conteúdo da Área de transferência como um hyperlink no ponto de inserção, substituindo qualquer seleção.

h) Limpar (DEL) - apaga o texto selecionado.i) Selecionar Tudo (CTRL+T) - seleciona o documento

inteiro.

j) Localizar (CTRL+L) - procura por texto, formatação, notas de rodapé, notas de fim ou marcas de anotação específicas no documento ativo. Você também pode incluir caracteres especiais, como por exemplo, marcas de parágrafo, caracteres de tabulação e quebra de página manual, no critério de localização. Essa opção permite, além de localizar, substituir o texto localizado por outro.

k) Substituir (CTRL+U) - localiza e substitui texto, formatação, símbolos, notas de rodapé, notas de fim ou marcas de anotações especificadas no documento ativo. Você também pode incluir caracteres especiais, como por exemplo, marcas de parágrafo, caracteres de tabulação e quebra de página manual, no critério de substituição.

l) Ir Para (CTRL+Y) - move o ponto de inserção para um local especificado no documento. Por exemplo, pode-se mover para uma página, uma anotação, uma nota de rodapé ou um indicador.

m) Vínculos - exibe e modifica os vínculos em um documento do Word.

n) Objetos - abre o aplicativo no qual n objeto incorporado ou vinculado selecionado foi criado e exibe o objeto para que seja possível editá-lo em um documento do Word.

Menu Exibir

a) Normal (ALT+CTRL+N) - faz o documento voltar ao modo normal, o modo de documento padrão provavelmente usado na maior parte das tarefas de processamento de texto, como digitação, edição e formatação. O modo normal mostra a formatação do texto, mas simplifica o layout da página, permitindo digitar e editar com maior rapidez. Neste tipo de visualização, não serão mostrados cabeçalhos, rodapés, as várias colunas e a quebra de página aparecerá como uma linha.

b) Layout on Line - alterna para o modo de layout on line, que é o melhor modo para a exibição e a leitura de documentos na tela. Quando você altera para o modo de layout on line, o Word 97 também ativa a estrutura do documento, facilitando a movimentação de um local para o outro em seu documento.

c) Layout da Página (ALT+CTRL+P) - alterna o documento ativo para o modo de layout da página, que é um modo de edição que exibe os seus documentos como a aparência que terão quando impressos. O modo de layout da página usa mais memória do sistema, logo, a rolagem pode ser mais lenta, especialmente se o seu documento contiver muitas figuras ou formatações complexas.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

d) Estrutura de Tópicos (ALT+ CTRL+O) - cria ou modifica uma estrutura para que seja possível examinar e trabalhar com a estrutura de um documento. Você pode exibir somente os títulos, temporariamente ocultando o texto abaixo dos mesmos e elevar e rebaixar a importância de um título e seu texto correspondente

e) Documento Mestre - exibe um documento mestre como uma estrutura de tópicos. Se você estiver criando um novo documento mestre, poderá digitar um título para cada subdocumento a ser incorporado ao documento mestre. Por exemplo, se estiver criando um livro, poderá fazer de cada capítulo um subdocumento. Se já tiver criado um documento mestre, use este modo de exibição para inserir, reorganizar e remover subdocumentos.

f) Barra de Ferramentas - visualiza, oculta, personaliza (inserir novos botões) ou cria Barra de Ferramentas. Essa opção ainda permite a criação de teclas de atalho, novos menus e criar comandos (opções) para os menus.

g) Régua - exibe ou oculta a régua horizontal, uma barra com uma escala de medidas e marcadores que permitem ajustar recuos, margens, paradas de tabulação e colunas de uma tabela.

h) Estrutura do Documento - ativa ou desativa a Estrutura do Documento, um painel vertical na extremidade esquerda da janela do documento que dispõe em tópicos a estrutura do documento. Utilize a Estrutura do documento para procurar rapidamente um documento extenso ou on line e controlar a sua posição no mesmo.

i) Cabeçalho e Rodapé - insere ou altera o cabeçalho ou rodapé de uma sessão ou do texto todo. Essa opção abre a barra de ferramentas cabeçalho e rodapé que permite inserir número de página, data e hora, alterar entre cabeçalho e rodapé, ir para o cabeçalho da seção anterior ou posterior, formatar o número de página e fazer com que o cabeçalho ou rodapé de uma seção seja igual ou diferente da seção anterior.

j) Notas - mostra e permite alterar notas de rodapé.k) Comentários - mostra e permite alterar os comentários

existentes no documento.

l) Tela Inteira (F11) - faz com que o texto preencha a tela inteira, ocultando todos os elementos de tela, como por exemplo, as barras de ferramentas, menus, barras de rolagem, barras de títulos, a régua, a área de estilos e a barra de status. Quando você escolher Tela Inteira, o Word exibirá a barra de ferramentas Tela Inteira. Você também poderá utilizar o recurso de Tela Inteira no modo de visualização de impressão, cucando sobre o botão “Tela Inteira” na barra de ferramentas Visualizar Impressão. Para devolver os elementos ocultos à tela, clique sobre o botão “Tela Inteira” em uma barra de ferramentas no canto inferior direito da tela.

m) Zoom - controla as dimensões do documento na tela. Pode se ampliar o documento para facilitar a leitura ou reduzi-lo para exibir toda a página.

Menu Inserir

a) Quebra - inserir quebra de página, seção e coluna.

b) Números de Página - insere, formata e posiciona números de página dentro de um cabeçalho ou rodapé.

c) Data e Hora - insere data e hora (em um determinado formato) do sistema na posição do cursor. Permite que essa data ou hora seja atualizada automaticamente.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

d) Autotexto - cria ou insere uma entrada de AutoTexto.

e) Campo - insere um campo no ponto de inserção. Use os campos para inserir automaticamente uma variedade de informações e para manter as informações atualizadas.

f) Símbolo - insere símbolos que podem ser impressos pela sua impressora, mesmo que os mesmos não se encontrem no teclado padrão, como por exemplo, o símbolo de Copyright , coração ou o símbolo de marca registrada .

g) Comentário - insere um comentário (que contém as iniciais do revisor e o número de referência) no documento e abre o painel de comentário, no qual se pode digitar o comentário. O comentário é exibido no documento em formato de texto oculto.

h) Notas - insere e define o formato de notas de rodapé (fim da página) e notas fim (final do documento).

i) Legenda - insere legendas para as tabelas, ilustrações, equações e outros itens.

j) Referência Cruzada - cria uma referência cruzada dentro do mesmo documento para fazer referência a um item em outro local. Uma vez aplicados estilos de títulos a um documento nu inseridas notas de rodapé, indicadores, legendas ou parágrafos numerados, você poderá criar referências cruzadas para eles. Para criar uma referência cruzada, cuque em Referência cruzada no menu Inserir. Para permitir que os leitores saltem para o item referido no mesmo documento, marque a caixa de seleção Inserir como hyperlink.

k) Índices - cria índices remissivos, índices analíticos, índices de figura e outras tabelas parecidas.

l) Figura - permite criar os seguintes tipos de figuras:• Clip art - abre a ClipGallery onde você pode selecionar a

imagem de clip art que deseja inserir no seu arquivo ou atualizar a sua coleção de clip art.

• Do arquivo - insere figuras de arquivos, diferentes do ClipGallery.

• AutoFormas - permite inserir formas como: quadrados, setas, linhas, faixas, símbolos de fluxogramas e outros.

• WordArt - cria textos com efeitos diferentes.• Gráfico - insere um gráfico do Microsoft Graph.

m) Caixa de Texto - permite criar uma caixa de texto que permite inserir textos ou figuras no documento.

n) Arquivo - insere um arquivo inteiro onde se encontra o cursor.

o) Objeto - insere uma tabela, gráfico, desenho feito em outro programa.

p) Indicador - cria indicadores que você pode usar para marcar o texto, os gráficos, as tabelas ou outros itens selecionados. Esses indicadores podem ser localizados rapidamente através do comando Ir para do menu Editar.

q) Hyperlink (CTRL+K) - permite criar hyperlink (um elemento gráfico ou texto colorido e sublinhado no qual você dica para ir para um arquivo, um local em um arquivo, uma página HTML na World Wide Web ou uma página HTML em uma intranet.). Os hyperlinks também podem ir para sues FTP, Gopher, Telnet e de grupos.

Menu Formatar

a) Fonte - altera a fonte, estilo (como negrito e itálico), tamanho em pontos, tipo de sublinhado, cor, efeitos de fonte (como sobrescrito, subscrito, tachado e texto oculto) e espaçamento entre caracteres.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

• Negrito - CTRL+N• Itálico - CTRL+I• Sublinhado - CTRL+S• Alterar a Fonte - CTRL+SHIFT+F• Alterar o tamanho da fonte - CTRL+SHIFT+P• Aumentar o tamanho da fonte - CTRL+SHIFT+>• Diminuir o tamanho da fonte - CTRL+SHIFT+<• Aumentar em 1 ponto o tamanho da fonte - CTRL+]• Diminuir em 1 ponto o tamanho da fonte - CTRL+[• Sublinhar as palavras, mas não sublinhar os espaços - CTRL

+ SHIFT + W• Aplicar duplo sublinhado ao texto - CTRL+SHIFT + D• Aplicar formatação de texto oculto - CTRL+SHIFT + H• Formatar as letras com caixa alta - CTRL+SHIFT+K• Formatar com subscrito - CTRL + SINAL DE IGUAL• Formatar com sobrescrito - CTRL + SHIFT + SINAL DE

ADIÇÃO• Copiar formatos - CTRL + SHIFT + C• Colar formatos - CTRL + SHIFT + V

b) Parágrafo - alinha e recua os parágrafos, controla o espaçamento entre as linhas e parágrafos, evita as quebras de página dentro e entre os parágrafos e insere quebra de página manual antes da impressão, impede que uma linha de texto seja exibida isoladamente na parte inferior ou superior de uma página, remove os números de linhas em parágrafos selecionados nas seções que possuem numeração e exclui texto selecionado da hifenização automática.

• Aplicar espaçamento simples entre linhas - CTRL+1• Aplicar espaçamento duplo entre linhas - CTRL+2• Aplicar. espaçamento de 1,5 linhas - CTRL+5• Adicionar ou remover um espaço de uma linha antes de um

parágrafo - CTRL+0 (ZERO)• Centralizar um parágrafo - CTRL+E• Justificar um parágrafo - CTRL+J• Alinhar um parágrafo à esquerda - F11• Alinhar um parágrafo à direita - CTRL + G• Recuar um parágrafo à esquerda - CTRL+M• Remover o recuo de um parágrafo à esquerda - CTRL+

SHIFT+M• Criar um recuo deslocado- CTRL + SHIFT+J• Reduzir um recuo deslocado - CTRL+SHIFT+T

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

c) Marcadores e Numeração - cria uma lista com marcadores ou numeração a partir de uma seqüência de itens no texto ou de uma seqüência de células em uma tabela.

d) Bordas e Sombreamento - adiciona bordas e sombreamento a texto, parágrafos, páginas, células da tabela ou figuras selecionadas.

e) Colunas - altera o número de colunas em um documento ou em uma seção de um documento. Permite também colocar uma linha entre as colunas e definir o espaçamento entre as colunas.

f) Tabulação - controla a posição e alinhamento das tabulações e determina o tipo de caractere de preenchimento.

g) Capitular - formata uma letra, palavra ou texto selecionado como uma letra capitulada. Uma letra capitulada, que é tradicionalmente a primeira letra de um parágrafo, pode ser exibida na margem esquerda ou deslocada da base da linha na primeira linha no parágrafo.

h) Direção do Texto - permite exibir verticalmente o texto contido em textos explicativos, caixas de texto, AutoFormas ou células de tabela, em vez de exibi-lo horizontalmente.

i) Maiúsculas e Minúsculas - altera os caracteres selecionados para a seguinte combinação de letras maiúsculas/minúsculas: primeiro todas as letras maiúsculas, depois todas as letras minúsculas e então uma combinação de letras maiúsculas e minúsculas.

• Alterar as letras entre maiúsculas e minúsculas - SHIFT+F3• Formatar todas as letras com maiúsculas - CTRL+SHIFT+A

j) Autoformatação - efetua automaticamente uma pesquisa nos documentos do Word relacionados a um determinado usuário e salvos em suas pastas, para identificar específicos elementos. Em seguida, formata o texto aplicando os estilos do modelo anexado.

k) Galeria de Estilos - personaliza a aparência do seu documento usando estilos de outros modelos.

l) Estilo - revisa, edita, cria ou aplica estilos aos parágrafos selecionados.

• Aplicar um estilo - CTRL+ SHIFT+U• Iniciar a autoformatação - ALT + CTRL + K• Aplicar o estilo normal - CTRL + SHIFT + B• Aplicar o estilo título 1 - ALT+CTRL+1• Aplicar o estilo título 2 - ALT+CTRL+2• Aplicar o estilo título 3 - ALT+CTRL+3• Aplicar o estilo lista - SHIFT+F11m) Segundo Plano - define a cor de fundo para o documento. n) Objeto - modifica as linhas, cores, padrões de

preenchimento, tamanho e posição dos objetos de desenho.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Menu Ferramentas

a) Ortografia e Gramática (F7) - verifica se o documento ativo possui erros de ortografia, gramática e estilo de redação e exibe sugestões para corrigi-los. Essa opção permite também escolher que essa verificação seja feita ou não automaticamente.

b) Idioma - designa o idioma do texto selecionado dentro de um corpo de texto escrito em mais de um idioma. Quando da revisão do documento, o Word automaticamente alterna para o dicionário do idioma indicado para cada palavra. Se o texto estiver marcado com um idioma para o qual o Word não possui um dicionário, o dicionário de um idioma relacionado será utilizado. Por exemplo, se for necessário verificar uma palavra que foi escrita no idioma Francês Canadense, mas você não possui um dicionário Francês-Canadense, o Word utilizará um dicionário Francês.

c) Contar Palavras - conta o número de páginas, palavras, caracteres, parágrafos ou linhas do documento.

d) AutoResumo - resume automaticamente os pontos principais do documento ativo. Você pode utilizar o comando AutoResumo para criar um resumo executivo ou um sumário.

e) AutoCorreção - a AutoCorreção pode corrigir erros comuns como digitar “exceto” no lugar de “eceto”. No menu Utilitários, escolha AutoCorreção e digite as grafias incorreta e correta da palavra.

Para incluir uma variável de AutoCorreção durante as verificações ortográficas, basta escolher o botão “AutoCorreção” da caixa de diálogo Verificar Ortografia. Essa opção é muito utilizada para fazer com que siglas sejam substituídas automaticamente por um nome ou frase completos.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

f) Controlar Alterações• Realçar alterações - realça alterações no conteúdo das células

de uma pasta de trabalho compartilhada, incluindo o conteúdo movido e colado e as linhas e colunas inseridas e excluídas.

• Aceitar ou rejeitar alterações - localiza e seleciona cada alteração controlada em um documento para que você possa revisar, aceitar ou rejeitar a alteração.

• Comparar documentos - compara um documento editado aberto com o documento original e marca qualquer diferença existente no documento editado.

g) Mesclar Documentos - mescla as alterações controladas do documento ativo no documento especificado, que o Word abrirá caso ainda não esteja aberto.

h) Proteger Documento - evita alterações no todo ou em parte de um documento ou formulário on-line, exceto quando especificado. Você também pode atribuir uma senha para que outros usuários possam anotar um documento, marcar revisões ou preencher partes de um formulário on-line. Quando um documento estiver protegido, este comando mudará para Desproteger documento.

i) Mala Direta - produz cartas modelo, etiquetas de endereçamento, envelopes, catálogos e outros tipos de documentos.

j) Envelopes e Etiquetas - imprime um envelope, uma única etiqueta de endereçamento ou o mesmo nome e endereço em toda a folha de etiquetas de endereçamento, ou ainda uma lista completa de etiquetas.

k) Macro - permite executar, editar, excluir, gravar ações como macro ou gravar uma macro feita VBA (Visual Basic Aplications).

l) Modelos e Suprimentos - anexa um modelo diferente ao documento ativo, carrega programas suplementares ou atualiza os estilos de um documento. Além disso, carrega modelos adicionais como modelos globais para que você possa usar as suas definições de comando personalizadas, macros e entradas de AutoTexto.

m) Personalizar - personaliza as atribuições dos botões da barra de ferramentas, comandos de menu e teclas de atalho.

n) Opções - modifica as definições de programas do Microsoft Office como a aparência da tela, a impressão, a edição, a ortografia e outras opções. Através dessa opção, podemos criar backup e fazer salvamento automático.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Menu Tabela

a) Desenhar Tabela - insere uma tabela onde você arrastar no documento. Depois de arrastar para inserir a tabela, arraste dentro da tabela para adicionar células, colunas e linhas.

b) Inserir Tabela - insere uma tabela com a quantidade de linhas e colunas definidas.

c) Inserir Células, Linhas ou Colunas - insere o número de células, linhas ou colunas que for selecionado.

d) Excluir Células, Linhas ou Colunas - exclui as células, linhas ou colunas selecionadas. Esta opção não exclui apenas seu conteúdo, e sim o item por inteiro. Se, por exemplo, for selecionada uma célula, e depois escolhido o comando excluir coluna, toda a coluna em que esta célula estiver contida será excluída.

e) Mesclar Células - combina o conteúdo das células adjacentes em uma única célula. No Word podemos mesclar células tanto na horizontal como na vertical.

f) Dividir Células - divide a célula horizontalmente ou verticalmente em múltiplas células.

g) Selecionar Linha - marca a linha onde o cursor se encontra.h) Selecionar Coluna - marca a coluna onde o cursor se

encontra.i) Selecionar Tabela - marca a tabela inteira.j) AutoFormatação da Tabela - aplica automaticamente

formatos a urna tabela, inclusive hordas e sombreamentos predefinidos. Redimensiona automaticamente uma tabela para se ajustar ao conteúdo das células da tabela.

k) Distribuir Linhas Uniformemente - altera as linhas ou células selecionadas para igualar a altura das linhas.

l) Distribuir Colunas Uniformemente - altera as colunas ou células selecionadas para igualar a largura das colunas.

m) Tamanho da Célula - permite que você altere a altura de uma linha e a largura de uma coluna. Essa opção permite também centralizar uma tabela entre as margens direita e esquerda.

n) Títulos - se uma tabela se estender por mais de uma página, será possível repetir automaticamente os títulos de tabela em cada página.

o) Converter Texto em Tabela - transforma um texto em tabela.

p) Classificar - organiza as informações nas linhas, listas ou seqüência de parágrafos selecionados em ordem alfabética, numérica ou pela data.

q) Fórmula - permite que você realize cálculos com dados da tabela.

r) Dividir Tabela - divide uma tabela em duas partes e insere uma marca de parágrafo (1) acima da linha que contém o ponto de inserção.

s) Mostrar Linhas de Grade - visualiza ou oculta as linhas de grade. Estas linhas não saíram na impressão, são apenas para auxiliar a localização na tabela.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

EXCEL

O Excel é um programa indispensável a qualquer empresa, in-dependentemente de seu porte. É destinado à criação de planilhas eletrônicas de cálculos.

É comum, para se fazer um planejamento, um profissional que poderá ser um Contador, Administrador, Economista, Engenhei-ro, ou qualquer outro, trabalhar com números usando uma caneta, uma folha de papel e uma calculadora para chegar a um resultado. Utilizando este software, desenvolvido pela Microsoft, o profis-sional, simplesmente, digita-os em uma tabela eletrônica e pode ir alterando e atualizando estes dados sempre que necessário, assim chegando a resultados com muito mais rapidez e eficiência.

O Excel tem a função básica de criar cenários matemáticos, trigonométricos, financeiros, estatísticos e criar gráficos em diver-sos formatos, auxiliando um gestor na tomada de decisão.

Muitas empresas utilizam-se de complexos bancos de dados para provir seus sistemas de informações, porém, com uma fer-ramenta periférica, como o Excel, torna-se muito produtivo a ex-tração de dados desses sistemas de informações para a geração de planilhas de cálculos que fornecem panoramas diversos de situa-ções que se modificam a cada momento.

Para se trabalhar com a planilha eletrônica Excel, é muito fá-cil, basta que o programa esteja instalado e “rodando” no compu-tador.

Após o programa ter sido instalado, será exibido o seu nome na opção Programas no Menu Iniciar do Windows.

Entretanto, toda instalação do ambiente Windows é diferente uma da outra, pois muitas pessoas criam seus próprios atalhos e colocam seus programas em janelas personalizadas, ficando as-sim, difícil definir qual a forma de carregamento do programa para executá-lo e utilizá-lo.

Portanto, há várias formas de carregar um determinado pro-grama na tela e começar a utilizá-lo. O pressuposto será que o item Microsoft Excel esteja presente dentro da opção Programas no Menu Iniciar, que fica localizado na parte inferior esquerda da janela principal do Windows.

Execute os passos a seguir: A partir da tela principal do Win-dows, pressione o botão esquerdo do mouse uma vez sobre o botão Iniciar, localizado na parte inferior esquerda, conforme a figura abaixo:

Botão Iniciar presente na barra de tarefas do Windows.Assim que o menu principal de opções aparece, estacione so-

bre a opção Programas para que surja o submenu onde está locali-zado o Microsoft Excel.

Obs.: As informações no menu Iniciar podem variar conforme o Windows é apresentado em cada computador.

Logo após, dê um clique sobre o item Microsoft Excel para inicializar o programa.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

INFORMAÇÕES GERAISEm certa época, a planilha era um pedaço de papel que os con-

tadores e planejadores de empresas utilizavam para colocar uma grande quantidade de números dentro de linhas e colunas.

Os números poderiam, então, ser somados, subtraídos e com-parados, uns aos outros.

Atualmente, a planilha é um pacote de software de computa-dor que está sendo processado em quase todo computador profis-sional de pequeno porte.

Este programa coloca linhas e colunas dentro de sua memória e os manipula de acordo com fórmulas e funções.

Conceituando Linha, Coluna e Célula: Na área de trabalho do Excel , existe uma janela de planilha onde é apresentado o nome Pasta1 na barra de título, uma planilha vazia, onde se encontram linhas e colunas dispostas de tal forma que as informações possam ser inseridas dentro da grade formada com o cruzamento desses dois elementos.

Linha: dentro da janela da planilha, as linhas são identificadas por números no canto esquerdo da tela que vai de 1 a 65536.

Coluna: dentro da janela da planilha, as colunas são identifi-cadas com letras de A a Z e combinações de letras até totalizarem 256 colunas. Portanto, uma combinação de letras de A até IV.

A largura padrão da coluna em uma nova planilha é de 8,43 e pode-se tornar uma coluna tão larga quanto a janela da planilha (255 caracteres) ou tão estreita quanto a fração de um caráter.

Célula: dentro da janela da planilha é a unidade de uma pla-nilha na qual se insere e armazena os dados. A interseção de cada linha e coluna em uma planilha forma uma célula.

É possível inserir um valor constante ou uma fórmula em cada célula, onde um valor constante é normalmente um número (incluindo uma data ou hora) ou texto, mas também pode ser um valor lógico ou de erro.

Célula ativa: É a célula exibida com uma borda em negrito, indicando que a ela está selecionada e onde os próximos dados digitados serão inseridos ou o próximo comando escolhido será aplicado.

Se for selecionada mais de uma célula ao mesmo tempo, a pri-meira será a célula ativa e as outras serão destacadas na cor escura.

Observe a figura:

Figura de Apresentação da célula ativa.Intervalo de células: Um intervalo de células é uma região da

planilha selecionada a fim de permitir que se trabalhe, edite, for-mate e modifique mais de uma célula ao mesmo tempo.

Ao trabalhar com uma planilha, muitas vezes deparamos com a necessidade de tratar um trecho ou uma determinada região de maneira diferente do restante da planilha.

O intervalo de células é reconhecido como o conjunto de célu-las que fica entre a célula do canto superior esquerdo e a do canto inferior direito. A figura seguinte demonstra intervalos de células:

Pastas de trabalho: para o Excel, uma pasta de trabalho é uma coleção de várias páginas de planilha que possuem o mesmo nú-mero de colunas e linhas que a primeira, e opcionalmente, pode-se criar planilhas exclusivas para gráficos.

Cada página de planilha é uma grade formada por colunas e li-nhas distribuídas na tela de maneira tal que seja possível relacionar informações horizontal e verticalmente.

As pastas de trabalho proporcionam um meio de organizar muitas planilhas em um mesmo arquivo. Cada pasta de trabalho é gravada como se fosse um arquivo, sendo que, o nome de arquivo padrão para a primeira pasta de trabalho é Pasta1.

Há três utilizações principais para fazer uso da pasta de tra-balho:

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INFORMÁTICA

1. Dividir uma planilha grande em partes menores, ou seja, em páginas separadas.

2. Reunir dados relacionados logicamente no mesmo ar-quivo.

3. Consolidar planilhas de formato semelhante em um mesmo arquivo.

DIVISÃO DE PLANILHAAo trabalhar com uma planilha que possua uma grande quan-

tidade de dados no Excel, é possível tornar o trabalho mais fácil se a planilha for dividida em partes separadas em cada página da pasta de trabalho.

Para chegar a uma página específica, deve-se clicar na aba de página (isto se torna mais fácil do que se movimentar entre as diversas partes de uma única planilha de tamanho maior), que fica na parte inferior da tela. Também, quando se escreve uma fórmula que faz referência a células de outra página, o nome da página aparece na fórmula, ficando fácil perceber que se está fazendo uma referência.

REUNIÃO DE DADOS RELACIONADOSEm vez de gravar um orçamento, um cronograma, um inven-

tário de estoque ou outras informações correlatas em diferentes arquivos do disco, pode-se transformá-los em páginas separadas da mesma pasta de trabalho. Assim, basta lembrar o nome de um arquivo, e não de vários. Vale lembrar que por padrão o Excel abre um arquivo com 3 pastas de trabalho

CONSOLIDAÇÃO DE DADOSSe estiver trabalhando com dados que segue certo gabarito

ou apresentação, as pastas de trabalho proporcionam maneiras efi-cientes de digitar e formatar os dados, agrupando as páginas antes de digitar informações padrões para títulos de colunas ou antes de fazer mudanças de formato, acelerando assim o seu trabalho.

Características e novidades do Excel: Como mencionado anteriormente, toda planilha está dividida numa tela com linhas, colunas e pastas de trabalho, sendo que a planilha Excel 2000 até a versão XP, possuem um total de 256 colunas, 65.536 linhas e várias páginas de pasta de trabalho.

Ao longo do topo da planilha, encontramos os cabeçalhos de colunas representados por letras, como A, B, C e assim por diante, chegando até a coluna IV, pois a partir da coluna Z há uma combi-nação de duas letras para se formar o cabeçalho da coluna, como por exemplo: AA, AB, AC...AZ, BA, BB, BC e assim por diante.

À esquerda, de cima para baixo, encontramos os cabeçalhos de linhas, como 1, 2, 3, 4 e assim por diante.

A interseção de uma linha e uma coluna resulta numa célu-la, como foi dito anteriormente, portanto cada célula possui um endereço que consiste na letra da coluna seguida pelo número da linha; por exemplo, o endereço B8 refere-se à célula resultante da interseção da coluna B com a linha 8.

Na parte inferior da tela do Excel, se encontram as páginas da pasta de trabalho denominadas através dos termos Plan1, Plan2, Plan3 e assim por diante, mas é possível dar-lhes nomes descriti-vos que indiquem seu conteúdo.

A figura mostra as planilhas existentes em uma pasta de tra-balho:

Pastas de trabalho em uma planilha nova.Devemos observar que a célula A1 da planilha Pasta1, assim

que é iniciado o programa Excel, está circundada com uma borda marcante. Sabendo disto, pode-se afirmar que a célula A1 é atual-mente a célula ativa e que esta receberá todos os comandos digi-tados na barra de fórmulas e formatações escolhidas na barra de ferramentas.

A janela exibe apenas uma parte da planilha de cada vez. Para ver linhas e colunas que não estão visíveis, deve-se rolar a planilha na tela através das barras de rolagem horizontal e vertical situadas na base da janela e à direita respectivamente, ou usar as teclas de movimentação.

Alguns ÍconesO Excel apresenta alguns ícones em cada nova versão. Veja

alguns dos ícones e suas funções a seguir:

O botão Opções de Inserção é exibido ao lado das células, li-nhas ou colunas inseridas quando a formatação das células, linhas ou colunas inseridas e originais é diferente. Quando você clica na seta ao lado de Opções de Inserção, uma lista de opções de for-matação é exibida.

O botão Opções de AutoCorreção aparece primeiramente como uma pequena caixa azul quando você coloca o ponteiro do mouse próximo a um hiperlink em uma planilha e é alterado para um ícone de botão quando você aponta para ele. Clique na seta ao lado do botão para obter uma lista de opções de AutoCorreção.

Um triângulo verde no canto superior esquerdo de uma célula indica um erro na fórmula da célula. Se você selecionar a célula, o botão Erro ao Verificar Opções será exibido. Clique na seta ao lado do botão para obter uma lista de opções.

A cor do triângulo indicador de verificação de erro poderá ser alterada se você clicar em Opções no menu Ferramentas e, em seguida, clicar na guia Verificação de Erros.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

No canto inferior direito de uma célula, encontraremos um triângulo roxo que indica uma marca inteligente. Se você colocar o cursor do mouse sobre a célula, o botão Ações da Marca Inteli-gente será exibido. Clique na seta ao lado do botão para obter uma lista de ações de marca inteligente.

O botão Opções de Colagem aparecerá ao lado da seleção co-lada depois que você colar um texto ou os dados de uma planilha. Quando você clica no botão, é exibida uma lista que permite deter-minar como as informações serão coladas em sua planilha.

As opções disponíveis dependem do tipo de conteúdo colado, do programa no qual a seleção colada estava e do formato do texto em que a seleção está sendo colada.

O botão Opções de Autopreenchimento é exibido ao lado da seleção preenchida depois que você preenche uma planilha com texto ou dados. Quando você clica no botão, é exibida uma lista de opções de preenchimento de texto ou dados.

Recuperação automática de arquivos corrompidosO Excel proporciona uma recuperação automática de um ar-

quivo corrompido tentando reabrir e, ao mesmo tempo, reparar o arquivo. Ele identifica o que foi alterado durante a reparação do ar-quivo. Se a reparação falhar, o Excel tentará abrir o arquivo nova-mente mas, em vez de tentar uma reparação, ele extrairá os valores e as fórmulas das células mantendo somente os dados. No entanto, em algumas situações, o Excel não entrará automaticamente no modo de recuperação, e poderá ser necessário recuperar os dados do arquivo manualmente.

Para reparar um arquivo manualmenteNo menu Arquivo, clique em Abrir. Na caixa de diálogo Abrir, selecione o arquivo que deseja

abrir e clique na seta ao lado do botão Abrir. Clique em Abrir e Reparar e escolha o método que deseja usar

para recuperar a pasta de trabalho.

Veja a ilustração:

AutoSoma, Média, Contar O botão autosoma calcula a soma de um intervalo de célu-

las. As versões anteriores já incluía esse botão. A novidade nessa versão é que o botão disponibiliza também, automaticamente a média, contar ou o valor máximo ou mínimo em um intervalo

Procedimento: Selecione um intervalo de valores e clique na seta do botão AutoSoma e, em seguida, clique na operação dese-jada -- Soma, Média, Contagem, Máx, Mín ou mais funções. Veja a ilustração a seguir:

Outro item no Excel é ao iniciar a digitação de uma fórmula que inclua uma função, o Excel fornecerá nesse ponto uma ajuda exibindo uma dica de tela que mostra os argumentos necessários para a função. Toda vez que você inserir um argumento, o argu-mento seguinte da função será realçado. Além disso, se clicar no nome da função na dica de tela, aparece um tópico da Ajuda com mais informações e exemplos para usar aquela função. A figura a seguir ilustra o momento da inserção de uma função a ajuda será exibida:

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INFORMÁTICA

Verificador de Erros

O verificador de erros verificará as fórmulas em relação a valores errados, números armazenados como texto, fórmulas que referenciem células vazias.

Assim como um verificador ortográfico, o Excel fornece um verificador de erros. É possível iniciá-lo manualmente clicando em Verificação de erros no menu Ferramentas.

Quando a verificação de erro em segundo plano estiver ativa-da (é o padrão), você não precisa iniciar o verificador de erros ma-nualmente. O Excel indica uma fórmula que não segue os padrões prescritos colocando triângulos verdes nas células com possíveis erros. Ao selecionar a célula, aparece a marca inteligente Opções de verificação de erros, e você pode clicar na seta nela existen-te para obter mais informações ou para ver uma lista das opções, como Ajuda sobre este erro, Mostrar Etapas do Cálculo e Ignorar Erro.

Digite uma pergunta em linguagem natural na caixa de diálo-go Inserir Função para que o Excel liste as possíveis funções que atendam às suas necessidades. Por exemplo, digite “como calcular os pagamentos mensais em um empréstimo,” para que o Excel sugira o uso da função PMT (que calcula os pagamentos para um empréstimo) ou a função NPER (que retorna o número de períodos para um investimento).

Veja a ilustração a seguir, onde foi digitada a palavra porcen-tagem na caixa Procure por uma função. Podemos observar as su-gestões na caixa Selecione uma função:

A Janela de Inspeção é uma janela individual que permite con-sultar o que está nas células sem ter que rolar até elas. Por exem-plo, digamos que você esteja inserindo dados na linha 162 que podem afetar o resultado de uma fórmula na célula A10.

Em vez de rolar de volta até a célula A10 para ver o resultado da fórmula, é possível “observar” o valor da alteração da fórmu-la a partir da janela, não importa onde você esteja na planilha. É possível até mesmo observar valores em outras folhas ou pastas de trabalho.

Além disso, é possível clicar na referência de célula na Janela de Inspeção para mover a seleção para a célula que você estiver observando. Para observar uma célula, apenas clique com o bo-tão direito do mouse na célula e, em seguida, clique em Adicionar Inspeção.

Conversão de números como texto em númerosPoderemos usar o botão Erro ao Verificar Opções para conver-

ter rapidamente números armazenados como texto em números.1. No menu Ferramentas, clique em Opções e, em seguida,

clique na guia Verificação de Erro. 2. Certifique-se de que as caixas Ativar verificação de er-

ros em segundo plano e Número armazenado como texto estejam marcadas.

3. Selecione o intervalo de células que contém os números armazenados como texto, marcados pelos indicadores de erro ver-des no canto superior esquerdo de cada célula.

4. Clique no botão Erro ao Verificar Opções que é exibido ao lado do intervalo e, em seguida, clique em Converter em Nú-mero.

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INFORMÁTICA

O botão Erro ao Verificar Opções só será exibido ao lado do intervalo se a célula ativa no intervalo contiver um erro, como nú-meros armazenados em formato de texto. Além disso, se a célula ativa contiver um erro, mas não contiver números armazenados como texto, a opção Converter em Número talvez não seja apre-sentada quando você clicar no botão Erro ao Verificar Opções.

TABELA DINÂMICAA tabela dinâmica tem por objetivo manipular as informações

de uma tabela. Desta forma poderemos, dinamicamente, alternar a forma da apresentação dos dados na planilha para melhor análise dos dados, para a tomada de decisão.

Imagine uma planilha do Excel de números de sua empresa com centenas ou milhares de linhas de dados. Todos têm pergun-tas sobre o significado dos dados. Como você obtém as repostas? Os relatórios de Tabela Dinâmica organizam e resumem os dados para que não fiquem simplesmente abandonados em uma planilha. Eles oferecem comparações, revelam padrões e relacionamentos e analisam tendências. As tabelas dinâmicas comparam, revelam e analisam mostrando diferentes modos de exibição de dados e transformando dados em informações que fazem sentido.

Criar um relatório de Tabela Dinâmica significa mover infor-mações de um lado para outro para ver como elas se combinam. Não está satisfeito com o primeiro relatório? Em alguns segundos as linhas e colunas são dinamizadas e organizadas de maneira di-ferente, como um cubo que gira para exibir diferentes padrões.

Os relatórios de Tabela Dinâmica oferecem tantos recursos de gerenciamento de dados que você pode até se perder. Mas não se preocupe com a organização “errada” do relatório. Mova os dados quantas vezes precisar para obter respostas claras para todas as suas perguntas.

Dessa forma, em questão de segundos, você pode mudar de um relatório que lista vendas por vendedor para um relatório que lista vendas por país, ou que classifique os vendedores pelo valor dos pedidos. É como transformar confusão em ordem.

Imagine que o Excel está aberto e que você está vendo valores de vendas. Neste exemplo existem 799 linhas de vendas listadas por país, por vendedor e por valor do pedido.

Você pode fazer com que os dados sejam mais compreensí-veis? Para descobrir, comece perguntando-se o que você precisa saber:

Quanto cada vendedor vendeu? Quais são os valores de vendas por país? Quando estiver pronto para obter as respostas, clique em qual-

quer local nos dados e inicie o assistente clicando em Relatório de Tabela e Gráfico Dinâmicos no menu Dados.

Será exibido o Assistente de Tabela Dinâmica, conforme fi-gura a seguir:

Observação: O Assistente de Tabela Dinâmica e Gráfico Di-

nâmico também é usado para criar relatórios de Gráfico Dinâmico, que são versões gráficas dos relatórios de Tabela Dinâmica

Quando o assistente é exibido, você clica em Concluir. Só isso. Você poderia continuar com o assistente, mas neste exemplo não é necessário. Ao clicar em Concluir você instrui o assistente para usar as configurações padrão dele. Por padrão, o assistente:

Usa os dados de uma lista do Excel ou de um banco de dados. Prepara uma área de layout para criar um relatório de Tabela

Dinâmica. Usa todos os dados da lista. Coloca a área de layout do relatório em uma nova planilha.Obs. Adaptado da MicrosofTRABALHANDO COM O MICROSOFT EXCEL

Como são relativamente fáceis de operar, as planilhas vieram ao encontro de milhares de organizações e pessoas que tinham ou têm na formulação de projeções, tabelas e gerações de números baseados em variáveis sua principal carga operacional. Uma plani-lha eletrônica substitui naturalmente o processo manual ou mecâ-nico de escrituração e cálculos.

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Trabalhar com uma planilha eletrônica não exige conheci-mentos de programação, mas somente que você conheça a aplica-ção que irá desenvolver e os comandos próprios da planilha.

A TELA DE TRABALHOAo ser carregado, o Excel exibe sua tela de trabalho mostran-

do uma planilha em branco com o nome de Pasta . A tela de traba-lho do EXCEL é composta por diversos elementos, entre os quais podemos destacar os seguintes:

Células : Uma planilha é composta por células. Uma célula é o cruzamento de uma coluna com uma linha. A função de uma cé-lula é armazenar informações que podem ser um texto, um número ou uma fórmula que faça menção ao conteúdo de outras células. Cada célula é identificada por um endereço que é composto pela letra da coluna e pelo número da linha.

Workbook : O EXCEL trabalha com o conceito de pasta ou livro de trabalho, onde cada planilha é criada como se fosse uma pasta com diversas folhas de trabalho. Na maioria das vezes, você trabalhará apenas com a primeira folha da pasta. Com esse concei-to, em vez de criar doze planilhas diferentes para mostrar os gastos de sua empresa no ano, você poderá criar uma única planilha e utilizar doze folhas em cada pasta.

Marcadores de página (Guias) : Servem para selecionar uma página da planilha, da mesma forma que os marcadores de agenda de telefone. Esses marcadores recebem automaticamente os nomes Plan1, Plan2, Plan3, etc., mas podem ser renomeados.

Barra de fórmulas: Tem como finalidade exibir o conteúdo da célula atual e permitir à edição do conteúdo de uma célula.

Linha de status : Tem como finalidade exibir mensagens orientadoras ou de advertência sobre os procedimentos que estão sendo executados, assim como sobre o estado de algumas teclas do tipo liga-desliga, como a tecla NumLock, END, INS, etc.

Janela de trabalho : Uma planilha do Excel tem uma dimen-são física muito maior do que uma tela-janela pode exibir. O Excel permite a criação de uma planilha com 65.536 linhas por 256 co-lunas, valor que pode ser maior se a versão considerada for mais recente, a exemplo das versões Excel 2007 e 2010.

MOVIMENTANDO-SE PELA PLANILHAUSANDO TECLASA tabela abaixo mostra um resumo das teclas que movimen-

tam o cursor ou o retângulo de seleção pela planilha:Ação Teclas a serem usadasMover uma célula para a direita seta direitaMover uma célula para a esquerda seta esquerdaMover uma célula para cima seta superiorMover uma célula para baixo seta inferior

Última coluna da linha atual CTRL+seta direitaPrimeira coluna da linha atual CTRL+seta esquerdaÚltima linha da coluna atual CTRL+seta inferiorPrimeira linha da coluna atual CTRL+seta superiorMover uma tela para cima PgUpMover uma tela para baixo PgDnMover uma tela para esquerda ALT+PgUpMover uma tela para direita ALT+PgDnMover até a célula atual CTRL+BackspaceMover para célula A1 CTRL+HOMEF5 Ativa caixa de diálogo

USANDO A CAIXA DE DIÁLOGOSe você sabe exatamente para onde quer movimentar o cursor,

pressione a tecla F5 para abrir a caixa de diálogo Ir Para. Quando ela aparecer, informe a referência da célula que você deseja. Esse método é muito mais rápido do que ficar pressionando diversas vezes uma combinação de teclas. Depois de informar o endereço, pressione o botão OK.

USANDO O MOUSEPara mover o retângulo de seleção para uma determinada cé-

lula, basta apontar o indicador de posição para a célula desejada e dar um clique. Se a célula estiver fora da aréa de visão, você deve usar as barras de rolamento vertical ou horizontal. Você pode ar-rastar o botão deslizante para avançar mais rapidamente ou então dar um clique sobre as setas das extremidades da barra de rolamen-to para rolar mais vagarosamente a tela.

INSERINDO OS DADOSInserir o conteúdo de uma célula é uma tarefa muito simples.

Você deve selecionar a célula que receberá os dados posicionando o retângulo de seleção sobre ela. Em seguida, basta digitar o seu conteúdo. O EXCEL sempre classificará o que está sendo digitado em quatro categorias:

1. Um texto ou um título 2. Um número 3. Uma fórmula 4. Um comando

Essa seleção quase sempre se faz pelo primeiro caractere que é digitado. Como padrão, o EXCEL alinha um texto à esquerda da célula e os números à direita.

ENTRADA DE NÚMEROSPor exemplo, selecione a célula C4 e digite o número 150.

Note que ao digitar o primeiro número, a barra de fórmulas muda, exibindo três botões. Cada número digitado na célula é exibido também na barra de fórmulas. Para finalizar a digitação do número 150 ou de qualquer conteúdo de uma célula, pressione ENTER. Para cancelar as mudanças, dê um clique na caixa de cancelamento na barra de fórmulas ou pressione ESC. Essas duas operações apa-garão o que foi digitado, deixando a célula e a barra de fórmulas em branco. Se durante a digitação algum erro for cometido, pres-sione a tecla Backspace para apagar o último caractere digitado. Como padrão, adotaremos sempre o pressionamento da tecla EN-TER para encerrar a digitação de uma célula.

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ENTRADA DE TEXTOSInserir um texto em uma célula é igualmente fácil, basta sele-

cionar a célula, digitar o texto desejado e pressionar uma das teclas ou comandos de finalização da digitação. Além da tecla ENTER, que avança o cursor para a célula de baixo, e da caixa de entrada, que mantém o retângulo de seleção na mesma célula, você pode finalizar a digitação de um texto ou número pressionando uma das teclas de seta para mover o retângulo de seleção para a próxima célula.

ENTRADA DE FÓRMULASÉ na utilização de fórmulas e funções que as planilhas ofere-

cem real vantagem para seus usuários. Basicamente, uma fórmula consiste na especificação de operações matemáticas associadas a uma ou mais células da planilha. Cada célula da planilha funcio-na como uma pequena calculadora que pode exibir o conteúdo de uma expressão digitada composta apenas por números e operações matemáticas ou então por referências a células da planilha. Se você fosse fazer a soma dos valores da coluna C, escreveria a seguinte expressão em uma calculadora: “150+550+35” e pressionaria o si-nal de igual para finalizar a expressão e obter o número no visor.

No EXCEL, você pode obter o mesmo efeito se colocar o cur-sor em uma célula e digitar a mesma expressão só que começando com o sinal de igual: “=150+550+35”. Essa possibilidade de uso do Excel é conveniente em alguns casos, contudo na maioria das vezes você trabalhará fornecendo endereços de células para serem somados.

A Auto-Soma

O EXCEL possui um recurso que facilita a entrada de fórmu-las para calcular uma somatória de valores contínuos. Posicione o retângulo de seleção em uma célula. Em seguida, pressione o botão Auto-soma que se encontra na barra de ferramentas.

Ao pressionar o botão, o EXCEL identifica a faixa de valo-res mais próxima, priorizando a seqüência de coluna, e automa-ticamente escreve a função SOMA com a faixa de células. Após aparecer a fórmula basta pressionar ENTER para finalizar a sua introdução.

SALVANDO UMA PLANILHAQuando você salva uma planilha pela primeira vez no EX-

CEL, é solicitado que você forneça um nome para ela. Nas outras vezes, não será necessário o fornecimento do nome.

Para salvar uma planilha, você pode optar pelo menu Arquivo, pela digitação de uma combinação de teclas ou pelo pressionamen-to de um botão da barra de ferramentas. No menu Arquivo existe uma opção que se chama Salvar.

Você pode ativar esse comando ou então, se não gostar de usar muito os menus, pode pressionar a combinação de teclas CTRL+B. A terceira opção é a mais rápida para quem gosta de usar mouse. Basta dar um clique no botão salvar, o terceiro da barra de ferramentas. Qualquer uma dessas opções abrirá a caixa de diálogo para gravação. No EXCEL, toda vez que uma nova planilha é iniciada, ele recebe o nome de Pasta1.

CARREGANDO UMA PLANILHASe posteriormente você necessitar utilizar a planilha nova-

mente, você deve abrir a planilha, ou seja ler o arquivo do disco para a memória. No menu Arquivo existe uma opção chamada Abrir.

Você pode ativar esse comando ou então, se não gostar de usar muito os menus, pode pressionar a combinação de teclas CTRL+A. A terceira maneira de abrir um arquivo é pressionar o botão Abrir, representado por uma pasta se abrindo, e que é o segundo da barra de ferramentas.

Qualquer uma dessas três opções abrirá a caixa de diálogo Abrir. Ela funciona de maneira idêntica à caixa de diálogo Salvar Como. Você deve digitar o nome da planilha ou selecionar seu nome na lista de arquivos disponíveis.

FORMATAÇÃO DE CÉLULAS

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Para efetuar a formatação de células no EXCEL é bastante simples, basta selecionar uma faixa da planilha e em seguida apli-car a formatação sobre ela.

SELEÇÃO DE FAIXAS E DE REGIÕESNo EXCEL a unidade básica de seleção é uma célula, e você

pode selecionar uma célula ou uma faixa de células horizontais ou verticais ou em forma de retângulo. Toda faixa é composta e iden-tificada por uma célula inicial e por uma célula final.

Se selecionamos uma área composta de faixas verticais e hori-zontais, estaremos selecionando uma REGIÃO, que é um conjun-to retangular de células. Tais seleções podem ser feitas por meio do mouse ou do teclado.

Selecionando com o MousePara selecionar uma faixa ou região com o mouse, você deve

posicionar o cursor na célula inicial e em seguida manter o botão esquerdo do mouse pressionado enquanto arrasta o retângulo de seleção até a célula correspondente ao final da faixa ou região. Enquanto o cursor vai sendo movido, as células marcadas ficam com fundo escuro para que visualmente você tenha controle da área selecionada. Quando chegar com o cursor na célula final, o botão do mouse deve ser liberado.

Selecionando com o tecladoPara selecionar uma faixa ou região de células com o teclado,

você deve posicionar o retângulo de seleção sobre a célula inicial da faixa. Em seguida, deve manter a tecla SHIFT pressionada en-quanto usa uma das teclas de seta ou de movimentação para mover o retângulo de seleção até o final da faixa ou região. Ao atingir essa posição, a tecla SHIFT deve ser liberada.

Desmarcando uma faixa ou regiãoPara desmarcar uma faixa ou região, ou seja, retirar a seleção

feita, basta dar um clique sobre qualquer célula da planilha que não esteja marcada.

FORMATAÇÃO DE NÚMEROSAlém da formatação genérica que se aplica tanto a textos

como a números, o EXCEL possui outros formatos específicos que podem ser aplicados a números. Na barra de formatação, existem cinco botões (variáveis) específicos para esse fim, respectivamen-te: estilo moeda, estilo porcentagem, separador de milhares, au-mentar casas decimais e diminuir casas decimais.

Outras configurações podem ser alcançadas através do co-mando Célula, do menu Formatar.

ALTERANDO A LARGURA DA COLUNA COM O MOUSE

Para alterar a largura com o mouse, você deve mover o cursor até a barra de letras no alto da planilha. Em seguida, você deve mo-ver o cursor no sentido da margem da coluna, ou seja, da linha que separa as colunas. Então o cursor mudará de formato, mostrando duas setas opostas no sentido horizontal. Neste instante você deve manter o botão esquerdo do mouse pressionado enquanto arrasta a linha de referência que surgiu até a largura que achar conveniente. Ao atingir a largura desejada, é só liberar o cursor do mouse.

ALTERANDO A LARGURA DA COLUNA POR MEIO DA CAIXA DE DIÁLOGO

Outra forma de alterar a largura de uma coluna é por meio de uma caixa de diálogo que é acionada a partir do menu Formatar/Coluna/Largura. Esse comando atuará sobre a coluna atual, a menos que você selecione mais de uma coluna previamente antes de ativar o comando. Com uma ou mais colunas selecionadas, o comando exibe uma caixa de diálogo onde você deve informar a largura da coluna em centímetros.

APAGANDO O CONTEÚDO DE UMA OU MAIS CÉ-LULAS

Se você cometeu algum erro e deseja apagar totalmente o conteúdo de uma célula, a forma mais simples é posicionar o se-letor sobre ela e pressionar a tecla DEL. Para apagar uma faixa ou região de células, selecione as células dessa faixa ou região e pressione DEL.

GRAFICOS COM O EXCEL

O EXCEL oferece uma forma gráfica para representar os seus dados de uma forma mais ilustrativa. Ele permite a criação de grá-ficos na mesma página da planilha atual ou então em outra página da pasta.

Veremos agora a criação de um gráfico na mesma página da planilha. Para criar um gráfico, você deve selecionar previamente a área de dados da planilha que será representada pelo gráfico. Após selecionar a faixa, é só pressionar o botão do auxiliar gráfi-co na barra de ferramentas.

Quando este botão é pressionado, o cursor muda de formato, surgindo como um pequeno gráfico. Você deve selecionar então uma área da planilha onde o gráfico deve ser criado. Após liberar o botão do mouse, o EXCEL ativa as caixas de diálogo Auxiliar Gráfico.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

A primeira delas pede que seja selecionado um tipo de gráfi-co. Basta dar um clique sobre o tipo desejado.

A segunda etapa pede que seja informada o intervalo de cé-lulas que será representada. Se a seleção de células estiver correta, pressione o botão Avançar: caso contrário, digite a faixa correta Pressione o botão Avançar para avançar para a etapa seguinte.

Dependendo do formato básico escolhido, serão apresentadas as variações de formato possíveis para o gráfico.

A terceira etapa mostra uma visão prévia do gráfico e pede que seja especificado ou confirmado se a sequência dos dados no gráfi-co deve ser feita por linha ou por coluna. Como padrão, o EXCEL proporá por colunas. Ele ainda pede que seja confirmada qual linha será usada como legenda para as categorias, que no caso são os meses, e qual coluna será usada para as legendas. Se quiséssemos colocar um título no gráfico, bastaria pressionar o botão Avançar.

Na quarta etapa o assistente solicita que seja escolhida uma das opções

– como nova planilha (cria-se o gráfico numa nova plan com o nome sugerido ou modificado);

- Como objeto em (cria-se um gráfico como objeto da Plan determinada)

O gráfico será montado na área selecionada.

IMPRESSÃO DA PLANILHAA impressão, também, pode ser feita por meio de uma opção

do menu Arquivo. Contudo, por enquanto, usaremos o ícone de impressora que se encontra na barra de ferramentas padrão.

Antes de ativar a impressão, verifique se a impressora está ligada, possui papel e seu cabo está conectado ao micro.

FECHANDO A PLANILHA ATUALSe você estiver editando uma planilha e resolver encerrar o

seu trabalho sem gravar as alterações feitas, pode usar o comando de Arquivo/Fechar. Se a planilha não sofreu alterações desde que foi carregada, ela será fechada. Caso tenha ocorrido alguma altera-ção, será exibida uma caixa de diálogo pedindo sua confirmação.

CRIAÇÃO DE UMA NOVA PLANILHAPara iniciar uma nova planilha, você deve ativar o comando

Arquivo/Novo, ou, se preferir usar o teclado, pressione CTRL+O ou então, dar um clique sobre o botão novo, que é o primeiro da barra de ferramentas.

FÓRMULA E FUNÇÕES COM O EXCELSintaxe da fórmula Existem no Excel diversas funções, tais como: Máximo, Míni-

mo, Média, Soma, ProcV ProcH, SomaSe, Se, Se E, Se OU, Cont.se, Contar.Vazio, entre outras.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

A sintaxe da fórmula é a estrutura ou ordem dos elementos em uma fórmula. As fórmulas no Microsoft Excel seguem uma sintaxe específica que inclui um sinal de igual (=) seguido dos elementos a serem calculados (os operandos) e dos operadores de cálculo. Cada operando pode ser um valor que não se altera (um valor cons-tante), uma referência de célula ou intervalo, um rótulo, um nome ou uma função de planilha.

Por padrão, o Microsoft Excel calcula uma fórmula da esquer-da para a direita, iniciando com o sinal de igual (=). Você pode controlar a maneira como os cálculos são efetuados, alterando a sintaxe da fórmula.

Por exemplo, a fórmula a seguir fornece 14 como resultado, pois o Microsoft Excel calcula a multiplicação antes da adição. A fórmula multiplica 1 por 4 (tendo como resultado 4) e, em seguida, adiciona 10.

=10+1*4Por outro lado, se usar parênteses para alterar a sintaxe e

criando prioridade de cálculo, você pode adicionar primeiro 10 e 1 e, em seguida, multiplicar este resultado por 4 para obter 44 como resultado.

=(10+1)*4A ordem na qual o Microsoft Excel efetua operações em

fórmulas Se você combinar diversos operadores em uma única fórmula,

o Microsoft Excel efetuará as operações na ordem mostrada na tabela a seguir. Se uma fórmula contiver operadores com a mesma precedência, por exemplo, se uma fórmula contiver um operador de multiplicação e divisão, o Microsoft Excel avaliará os operado-res da esquerda para a direita. Para alterar a ordem de avaliação, coloque a parte da fórmula a ser calculada primeiro entre parên-teses. Operador Descrição : (dois-pontos) Operadores de referência; (ponto-e-vírgula) Operadores de referência(espaço simples) Operadores de referência– Negação (como em –1)% Percentagem^ Exponenciação* (asterisco) Multiplicação e divisão/ Divisão+ Adição - Subtração&

Conecta duas seqüências de texto (concatenação)

= igualdade< Menor que> Maior que<= Menor igual >= Maior igual<> diferente

Operadores de cálculos em fórmulas Os operadores especificam o tipo de cálculo que você deseja

efetuar nos elementos de uma fórmula. O Microsoft Excel inclui quatro tipos diferentes de operadores de cálculo: aritméticos, de comparação, texto e referência.

Os operadores aritméticos efetuam operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação, combinam nú-meros e produzem resultados numéricos. Operador aritmético Significado Exemplo + (sinal de adição) Adição 5+5

– (sinal de subtração)Subtração Negação

1–3 –5

* (sinal de multiplica-ção)

Multiplicação 4*2

/ (sinal de divisão) Divisão 5/5% (símbolo de porcen-tagem)

Porcentagem 50%

^ (sinal de exponencia-ção)

Exponenciação 5^2 (igual a 5*5)

Os operadores de comparação comparam dois valores e pro-duzem o valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.

Operador de comparação Exemplo = (sinal de igual) C3=AB2> (sinal de maior do que) CA3>A2< (sinal de menor do que) A2<C3>= (sinal de maior ou igual a) C3>=A2<= (sinal de menor ou igual a) C5<=D3<> (sinal de diferente) D3<>Z1

O operador de texto “&” combina um ou mais valores de texto para produzir um único texto.

Operador de texto Significado Exemplo

& (E co-mercial)

Conecta ou concate-na dois valores para produzir um valor de texto contínuo

“ANTONIO” & “MA-RIA” produz “ANTO-NIOMARIA”

Os operadores de referência combinam intervalos de células para cálculos. Operador de referência Significado Exemplo

: (dois--pontos)

Operador de inter-valo, que produz uma referência a todas as células entre duas referên-cias, incluindo as duas referências

B5:B15

; (ponto-e--vírgula)

Operador de união, que com-bina diversas re-ferências em uma referência

SOMA(B5:B15;D5:D15)

(espaço simples)

Operador de inter-seção, que produz uma referência a células comuns a duas referências

SOMA(B5:B15 A7:D7) Neste exemplo, a célula B7 é comum aos dois intervalos

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Como as fórmulas calculam valores Uma fórmula é uma equação que analisa dados em uma planilha. As fórmulas efetuam operações, como adição, multiplicação e com-

paração em valores da planilha; além disso, podem combinar valores. As fórmulas podem referir-se a outras células na mesma planilha, a células em outras planilhas da mesma pasta de trabalho ou a células em planilhas em outras pastas de trabalho.

Exemplos de fórmulas comuns A seguir estão exemplos de algumas fórmulas usadas com mais freqüência no Microsoft Excel.

Descrição Fórmula

Calcula o saldo parcial em um livro de registro. Neste exemplo, assume-se que a célula D7 con-tém o depósito de transação atual, a célula E7 contém qualquer valor de saque e a célula F6 contém o saldo anterior.

Para calcular o saldo atual da primeira transação (cé-lula F7):=SOMA(F6;D7;–E7)Ao inserir novas transa-ções, copie esta fórmula para a célula que contém o saldo atual da nova transação.

Agrupa o nome armazenado em uma célula com o sobrenome armazenado em outra célula. Neste exemplo, assuma que a célula D5 contém o nome e a célula E5 contém o sobrenome.

Para exibir o nome completo no formato “nome sobrenome”:=D5&” “&E5Para exibir o nome completo no formato “nome, sobrenome”:=E5&”; “&D5

Aumenta um valor numérico armazenado em uma célula por uma percentagem, como 5 por cento. Neste exemplo, assuma que a célula F5 contém o valor original.

=F5*(1+5%)Se o valor da percentagem estiver ar-mazenado em uma célula (por exemplo, célula F2)=F5*(1+$F$2)A referência à célula F2 é uma refe-rência absoluta de célula de forma que a fórmula pode ser copiada para outras células sem alterar a referência à célula F2.

Cria um texto que agrupa uma data armazenada em uma célula com outro texto, por exemplo, se a célula F5 contiver uma data de faturamen-to de 5-Set-2010, e você desejar exibir o texto “Data do demonstrativo: 5-Set-2010” na célula G50.

=”Data do demonstrativo: “&TEXTO(F5; “dd-mmm--aa”). Observação: Use a função TEXTO para formatar um valor de número, data ou hora como texto.

Cria um valor total para um intervalo com base em um valor em outro intervalo. Por exemplo, para cada célula no intervalo B5:B25 que con-tiver o valor “Brasil”, você deseja calcular o total das células correspondentes no intervalo F5:F25.

=SOMASE(B5:B25;”Brasil”;F5:F25)

Cria um valor total para um intervalo com base em duas condições. Por exemplo, você deseja calcular o valor total das células em F5:F25 onde B5:B25 contém “Brasil” e o intervalo C5:C25 contém a região denominada “Oeste”.

=SOMA(SE(B5:B25=”Brasil”; SE(C5:C25=”Oeste”;F5:F25))).Observação: Esta é uma fórmula matricial e deve ser inserida pressionando CTRL+SHIFT+ENTER.

Conta o número de ocorrências de um valor em um intervalo de células, por exemplo, o número de células no intervalo B5:B25 que contém o texto “Brasil”.

=CONT.SE(B5:B25;”Brasil”)

Conta o número de ocorrências de um valor em um intervalo de células, com base em um valor em outro intervalo, por exemplo, o número de linhas no intervalo B5:B25 que contém o texto “Brasil” e o texto “Oeste” no intervalo C5:C25.

=SOMA(SE(B5:B25=”Brasil”; SE(C5:C25=”Oeste”;1;0))).Observação: Esta é uma fórmula matricial e deve ser inserida pressionando CTRL+SHIFT+ENTER.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Sobre a sintaxe da fórmula As fórmulas calculam valores em uma ordem específica co-

nhecida como sintaxe. A sintaxe da fórmula descreve o processo do cálculo.

Uma fórmula no Microsoft Excel começa com um sinal de igual (=), seguido do cálculo da fórmula. Por exemplo, a fórmula a seguir subtrai 1 de 5. O resultado da fórmula é exibido na célula.

=5-1Sobre as referências da célula Uma fórmula pode referir-se a uma célula. Se você desejar

que uma célula contenha o mesmo valor que outra célula, insira um sinal de igual seguido da referência da célula.

A célula que contém a fórmula é denominada célula depen-dente, seu valor depende do valor de outra célula. Sempre que a célula à qual a fórmula fizer referência for alterada, a célula que contiver a fórmula também será alterada.

A fórmula a seguir multiplica o valor na célula B15 por 5. A fórmula recalculará sempre que o valor na célula B15 for alterado.

=B15*5As fórmulas podem fazer referência a células ou intervalos

de células, ou a nomes ou rótulos que representem as células ou intervalos.

Sobre as funções de planilha O Microsoft Excel contém muitas fórmulas predefinidas ou

internas conhecidas como funções. As funções podem ser usadas para efetuar cálculos simples ou complexos. A função mais co-mum em planilhas é a função SOMA, que é usada para adicionar intervalos de células. Embora você possa criar uma fórmula para calcular o valor total de algumas células que contêm valores, a função de planilha SOMA calculará diversos intervalos de células.

Uso de funções para calcular valores As funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos

usando valores específicos, denominados argumentos, em uma de-terminada ordem, denominada sintaxe.

Por exemplo, a função SOMA adiciona valores ou intervalos de células, e a função PGTO calcula os pagamentos de emprésti-mos com base em uma taxa de juros, na extensão do empréstimo e no valor principal do empréstimo.

Os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro como #N/D, ou referências de célula. O argumento atribuído deve pro-duzir um valor válido para este argumento. Os argumentos tam-bém podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

A sintaxe de uma função começa com o nome da função, se-guido de um parêntese de abertura, os argumentos da função se-parados por vírgulas e um parêntese de fechamento. Se a função iniciar uma fórmula, digite um sinal de igual (=) antes do nome da função. Quando você for criar uma fórmula que contém uma função, a Caixa de criação de fórmulas irá auxiliá-lo.

Inserir uma fórmula que contém uma função 1 Clique na célula na qual você deseja inserir a fórmula. 2 Para iniciar a fórmula com a função, clique em Editar fór-

mula (=) na barra de fórmulas. 3 Clique na seta abaixo próxima à caixa Funções SOMA . 4 Clique na função que você deseja adicionar à fórmula. Se

a função não aparecer na lista, clique em Mais funções para obter uma lista de funções adicionais.

5 Insira os argumentos. Ao concluir a fórmula, pressione ENTER.

Identificar valores de erro e fórmulas Se uma fórmula não puder avaliar devidamente um resultado,

o Microsoft Excel exibirá um valor de erro. Por exemplo, os va-lores de erro podem ser o resultado do uso de texto quando uma fórmula espera o uso de um valor numérico, da exclusão de uma célula que é referenciada por uma fórmula ou do uso de uma célula que não é grande o suficiente para exibir o resultado.

Os valores de erro podem não ser causados pela fórmula em si. Por exemplo, se uma fórmula mostrar #N/D ou #VALOR!, uma célula referenciada pela fórmula poderá conter o erro.

Os erros possíveis de se encontrar no Excel são :

O erro #####O erro #VALOR! O erro #DIV/0!O erro #NOME

O erro #N/D O erro #REF! O erro #NÚM! O erro #NULO!

O erro ##### O valor numérico inserido em uma célula é muito grande para

ser exibido dentro da célula. Você pode redimensionar a coluna, arrastando o limite entre os cabeçalhos de coluna.

A fórmula na célula produz um resultado muito longo para se ajustar à célula. Aumente a largura da coluna, arrastando o limite entre os cabeçalhos de coluna ou alterando o formato de número para a célula. Para alterar o formato de número, clique em Célula no menu Formatar, clique na guia Número e, em seguida, selecio-ne outro formato.

Ao subtrair datas e horas, certifique-se de que você tenha cria-do a fórmula corretamente. As datas e horas do Microsoft Excel devem ser valores positivos. Se a fórmula de data ou hora produzir um resultado negativo, o Microsoft Excel exibirá #### na largura da célula. Para exibir o valor, clique em Células no menu Forma-tar, clique na guia Número e, em seguida, selecione um formato que não seja um formato de data ou hora.

O erro #VALOR! O valor de erro #VALOR! Ocorre quando o tipo de argumento

ou operando errado é usado, ou se o recurso AutoCorreção de fór-mulas não pode corrigir a fórmula.

Inserir texto quando a fórmula requer um número ou valor lógico, como VERDADEIRO ou FALSO. O Microsoft Excel não consegue converter o texto no tipo de dado correto. Certifique--se de que a fórmula ou função esteja correta para o operando ou argumento necessário, e que as células que são referenciadas pela fórmula contenham valores válidos. Por exemplo, se a célula A5 contiver um número e a célula A6 contiver o texto “Não disponí-vel”, a fórmula =A5+A6 retornará o erro #VALOR!. Use a função de planilha SOMA na fórmula da seguinte maneira para adicionar os dois valores (a função SOMA ignora o texto):=SOMA(A5:A6)

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

O erro #DIV/0! O valor de erro #DIV/0! Ocorre quando uma fórmula divide

por 0 (zero). Usar a referência da célula para uma célula em branco ou para

uma célula que contém zero como um divisor. (Se um operando for uma célula em branco, o Microsoft Excel interpretará o valor em branco como um zero.) Altere a referência da célula, ou insira um valor diferente de zero na célula usada como um divisor. Você pode inserir o valor #N/D na célula referenciada como o divisor, que alterará o resultado da fórmula de #DIV/0! Para #N/D para denotar que o valor do divisor não está disponível.

Inserir uma fórmula que contém divisão explícita por zero (0), por exemplo, =5/0. Altere o divisor para um número diferente de zero.

O erro #NOME O valor de erro #NOME? Ocorre quando o Microsoft Excel

não reconhece o texto em uma fórmula. Excluir um nome usado na fórmula, ou usar um nome que não

existe. Certifique-se de que o nome exista. No menu Inserir, aponte para Nome e, em seguida, clique em Definir. Se o nome não estiver listado, adicione-o usando o comando Adicionar.

Digitar o nome incorretamente. Corrija o erro ortográfico. Para inserir o nome correto na fórmula, selecione o nome na barra de fórmulas, aponte para Nome no menu Inserir e, em seguida, clique em Colar. Na caixa de diálogo Colar nome, clique no nome que você deseja usar e em OK.

Digitar o nome de uma função incorretamente. Corrija o erro ortográfico. Insira o nome da função correto na fórmula usando a Caixa de criação de fórmulas. Se a função de planilha for parte de um programa suplementar, o programa suplementar deve estar carregado.

Inserir texto em uma fórmula sem colocar o texto entre aspas. O Microsoft Excel tenta interpretar a sua entrada como um nome embora você tivesse intenção de usá-la como texto.

Coloque o texto na fórmula entre aspas. Por exemplo, a fór-mula a seguir agrupa o texto “A quantia total é” com o valor na célula B50:=”A quantia total é “&B50

Omitir dois-pontos (J em uma referência de intervalo. Certifique-se de que todas as referências de intervalo na fórmula usem dois-pontos (J , por exemplo, SOMA(A1:C10).

O erro #N/D O valor de erro #N/D ocorre quando um valor não se encontra

disponível para uma função ou fórmula. Se determinadas células da planilha forem conter dados que ainda não estão disponíveis, insira o valor #N/D nestas células. As fórmulas que fazem refe-rência a estas células retornarão #N/D em vez de tentar calcular um valor.

Fornecer um valor inadequado para o argumento procura_va-lor na função de planilha PROCH, PROC, CORRESP ou PROCV. Certifique-se de que o argumento procura_valor seja o tipo correto de valor, por exemplo, um valor ou uma referência de célula, mas não uma referência de intervalo.

Usar a função de planilha PROCV ou PROCH para localizar um valor em uma tabela não classificada. Por padrão, as funções que procuram informações em tabelas devem ser classificadas em ordem crescente. No entanto, as funções de planilha PROCV e PROCH contêm um argumento intervalo_procura que instrui a função na localização de uma correspondência exata mesmo se a tabela não estiver classificada. Para localizar uma correspondência exata, defina o argumento intervalo_procura como FALSO.

Omitir um ou mais argumentos para uma função de planilha interna ou personalizada. Insira todos os argumentos na função.

Usar uma função de planilha personalizada que não está dis-ponível. Certifique-se de que a pasta de trabalho que contém a fun-ção de planilha esteja aberta e que a função esteja funcionando devidamente.

O erro #REF! O valor de erro #REF! ocorre quando uma referência da célula

não é válida. Excluir as células referenciadas por outras fórmulas, ou

colar as células movidas sobre as células referenciadas por outras fórmulas. Altere as fórmulas, ou restaure as células na planilha, clicando em Desfazer logo após a exclusão ou colagem das célu-las.

O erro #NÚM! O valor de erro #NÚM! ocorre quando existe um problema

com um número em uma fórmula ou função. Usar um argumento inaceitável em uma função que necessita

de um argumento numérico. Certifique-se de que os argumentos usados na função sejam os tipos de argumento corretos.

Usar uma função de planilha que itera, como TIR ou TAXA, e a função não consegue encontrar um resultado. Use um valor inicial diferente para a função de planilha.

Inserir uma fórmula que produz um número muito grande ou muito pequeno para ser representado no Microsoft Excel. Altere a fórmula de modo que o seu resultado fique entre –1*10307 e 1*10307 .

O erro #NULO!O valor de erro #NULO! ocorre quando você especifica uma

interseção entre duas áreas que não têm interseção. Usar um operador de intervalo incorreto ou referência da

célula incorreta.Para fazer referência a duas áreas que não têm in-terseção, use o operador de união, a vírgula (,). Por exemplo, se a fórmula somar dois intervalos, certifique-se de que haja uma vír-gula separando os dois intervalos (SOMA(A1:A10,C1:C10)). Se a vírgula for omitida, o Microsoft Excel tentará somar as células comuns aos dois intervalos, mas A1:A10 e C1:C10 não possuem células em comum porque não se cruzam. Verifique se há erros de digitação na referência aos intervalos.

Principais botões do ExcelA seguir temos um apanhado geral dos principais botões do

Excel.

Auto Soma: Desejando-se somar valores em uma coluna (ou uma linha),

seleciona-se a célula vazia adjacente à coluna (ou linha) e clica-se no botão AutoSoma. Se houver uma célula vazia a seleção se dará até a última célula (numérica) preenchida.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Mesclar e centralizar células : Pode-se mesclar as células no Excel. No entanto essa ope-

ração deve ser feita sem valores nas células. Se existirem valores, o Excel apresentará apenas um valor, normalmente, o que estiver mais acima ou à esquerda.

Para mesclar duas ou mais células, selecione-as com o mouse e, a seguir clique no botão Mesclar e Centralizar. No Excel para excluir a mescla, clique nas células mescladas com o botão da di-reita e, no menu rápido, selecione a aba (ou guia) alinhamento. Desmarque a caixa Mesclar células.

No Excel 2002 (XP) em diante para excluir a mescla basta clicar sobre ela e novamente clicar no botão Mesclar. Observe que, após a mescla, o endereço da célula ativa será o da célula mais ao alto e à esquerda. (no caso, B3)

Botões aumentar e diminuir as casas decimais:

Os botões apresentados aumentam ou diminuem as casas decimais mas não alteram o número.

- O botão que tem uma “bolinha” em cima e duas embaixo aumenta. - O botão que tem duas “bolinhas” em cima e uma em-baixo diminui.

Veja um exemplo:

Observe que a cada clique as casas diminuiram e, impor-tante, o Excel arredondou o número até não ter mais casas para diminuir. E, mais importante ainda: o número não mudou. note que estamos com a célula C5 selecionada cujo valor apresentado é 2 mas na barra de fórmulas o valor continua o original = 1,778.

Cálculos automáticos na barra de status do Excel (todas as versões)

Observe a figura a seguir. Note que as células B1 até B3 estão selecionadas.

A seguir, clicamos com o botão da direita do mouse na barra de status (indicada pela seta vermelha), obtendo o Menu rápido com as funções Média, Contar Valores, Contar números, Máximo, Mínimo e Soma.

Conforme a opção selecionada no menu, teremos o resultado na barra. No exemplo, deixamos a opção padrão acionada, ou seja, Soma e o resultado foi 60. E mesmo que tivéssemos selecionado um intervalo com células tipo texto, o Excel, ainda assim, faria a soma, desprezando o valor texto.

Fazendo cálculos com porcentagemDigita-se “=” na barra de fórmulas, seleciona-se a célula

que entrará no cálculo com o mouse ou digita-se seu endereço (exemplo:C4) depois digita-se o operador (exemplo “/”) e a digita--se ou se seleciona a célula final. No exemplo abaixo, depois de tudo pronto, selecionamos a célula do resultado - C5 - e clicamos no símbolo % da barra de ferramentas. Assim o resultado que seria 0,1 foi formatado para 10%.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Outra modo de realizar o cálculo direto com porcentagem seria: =500*10% ou =500*10/100, ou ainda, com referências às células =C3*10%.

Estilo de porcentagem - Quando selecionamos uma célula com valor e clicamos no botão estilo de porcentagem , o Excel nos apresentará aquele valor sob a forma percentual.

Veja alguns exemplos:

0,1 se transforma em 10% 12 se transforma em 1200% 150 se transforma em 15000% 21,3 se transforma em 2130%

Classificando dados Quando se deseja classificar uma série de dados que conte-

nham elementos de texto e numéricos, basta selecionar uma célula qualquer da série e clicar no ícone Classificar em ordem crescente ou decrescente.

Para classificar clique em qualquer célula do conjunto de da-dos e, a seguir, na opção Classificar do Menu Dados. Na janela Classificar selecione Decrescente para Nota, Decrescente para Ida-de e Crescente para Nome. Clique no botão OK.

Copiando e colando Fórmulas Ao criarmos uma fórmula no Excel, após selecionar a célula,

arrastarmos para baixo ou para cima, pela alça de preenchimento (seta vermelha), a fórmula será reproduzida, alterando-se automa-ticamente apenas o número das linhas. O mesmo aconteceria se tivéssemos copiado (Ctrl+C) a fórmula em C1 e colado (Ctrl+V) nas demais células (C2, C3, C4, C5)

E se arrastarmos para a direita ou esquerda a fórmula será reproduzida, alterando-se automaticamente apenas a letra das co-lunas. O mesmo aconteceria se tivéssemos copiado (Ctrl+C) a fór-mula em C1 e colado (Ctrl+V) nas demais células (D1, E1, F1)

Mas existem situações em que não queremos que o valor de uma certa célula seja modificado. No exemplo a seguir queremos que o valor de B1 fique “travado”, ou seja, que permaneça sempre constante, quando puxarmos a alça de preenchimento para baixo (ou copiarmos e colarmos o valor na mesma coluna).

Assim, para “travar” o número da linha colocamos o símbo-lo do cifrão - $ - antes do número. Veja o que acontece:

Em outras situações precisamos que a letra de uma coluna fi-que “travada”.

No exemplo a seguir queremos que o valor de A1 fique “tra-vado”, ou seja, que permaneça sempre constante, quando puxar-mos a alça de preenchimento para a direita (ou copiarmos e colar-mos o valor na mesma linha).

Assim, para “travar” a letra da coluna colocamos o símbolo do cifrão - $ - antes da letra. Veja o que acontece:

Agora note que se “travarmos” com o cifrão a letra e o nú-mero tanto fará se puxarmos ou colarmos para cima ou para baixo ou para a direita e para a esquerda. Veja o que acontece e experi-mente o exemplo abaixo. Aqui travamos letra (coluna) e número (linha) da célula A1.

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37

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Inserindo um cabeçalho ou rodapé no Excel Um cabeçalho ou rodapé pode ser inserido para ser impresso

em uma planilha do Excel.No Excel 2000 não temos a opção de Inserir figuras no cabe-

çalho ou rodapé mas isto está disponível nas versões 2002(XP) e 2003.

A seguir veremos como inserir um texto ou figura no Excel 2002 e 2003

- Clique no Menu Exibir - opção Cabeçalho e Rodapé

- Clique na guia Cabeçalho e Rodapé e selecione Personali-zar cabeçalho

- Clique em cada seção (esquerda, direita ou centro) e digite o texto desejado. Se preferir inserir uma figura clique no ícone da figura (penúltimo ícone) e selecione a figura. Se esta ficar muito grande, você poderá formatá-la, depois de inserida, utilizando o último ícone. Clique no botão OK.

ABANDONANDO O EXCELPara sair do EXCEL, você deve acionar a opção Sair do menu

Arquivo. Se você ativar essa opção imediatamente após ter gra-vado o arquivo atual, o programa será encerrado imediatamente, voltando o controle para o Sistema Operacional.

Principais Teclas de Atalho do Excel: Identificação AtalhoAplicar o formato c/ 2 casas de-cimais, separador de milhares e p/ valores negativos

CTRL+SHIFT+!

Aplicar o formato de data com dia, mês e ano CTRL+SHIFT+#

Aplicar o formato de hora como hora e minuto e indicar A.M. or P.M.

CTRL+SHIFT+@

Aplicar o formato de moeda com duas casas decimais (nos. Nega-tivos c/ parênteses)

CTRL+SHIFT+$

Aplicar o formato de número exponencial com duas casas de-cimais

CTRL+SHIFT+^

Aplicar o formato de número Geral CTRL+SHIFT+~

Aplicar o formato Porcentagem sem casas decimais CTRL+SHIFT+% Aplicar ou remover formatação em itálico CTRL+I Aplicar ou remover formatação em negrito CTRL+N

Aplicar ou remover tópicos rela-cionados CTRL+U

Calcular a planilha ativa SHIFT+F9 Calcular todas as planilhas em todas as pastas de trabalho aber-tas

F9

Cancelar uma entrada na célula ou barra de fórmulas ESC

Colar a seleção CTRL+V Colar um nome em uma fórmula F3 Com um objeto selecionado, selecionar todos os objetos em uma planilha

CTRL+SHIFT+BARRA DE ESPAÇOS

Completar uma entrada de célula e Mover para a direita na seleção TAB

Completar uma entrada de célula e mover para baixo na seleção ENTER

Copiar a seleção CTRL+C Copiar o valor da célula acima da célula ativa para a célula ou barra de fórmulas

CTRL+H

Copiar uma fórmula da célula acima da célula ativa para a cé-lula ou barra de fórmulas

CTRL+F

Definir um nome CTRL+F3

Page 208: Apostila Correios 2014 - Agente

38

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Desfazer a última ação CTRL+Z Editar a célula ativa F2 Editar um comentário de célula SHIFT+F2 Estender a seleção até a célula no canto inferior direito da janela SHIFT+END

Estender a seleção até a célula no canto superior esquerdo da janela

SHIFT+HOME

Estender a seleção até a última célula não-vazia na mesma colu-na ou linha que a célula

END, SHIFT+ teclas de direção

Estender a seleção até a última célula usada na planilha (canto inferior direito)

CTRL+SHIFT+END

Estender a seleção até o início da linha SHIFT+HOME

Estender a seleção até o início da planilha CTRL+SHIFT+HOME

Estender a seleção em uma cé-lula SHIFT+ tecla de direção

Estender a seleção para cima uma tela SHIFT+PGUP

Excluir a seleção CTRL+ – Excluir o caractere à esquerda do ponto de inserção, ou excluir a seleção

BACKSPACE

Excluir o texto ao final da linha CTRL+DELETE Exibir o comando Células (menu Formatar) CTRL+1

Exibir o comando Imprimir (menu Arquivo) CTRL+P

Exibir ou ocultar a barra de fer-ramentas Padrão CTRL+7

Iniciar uma fórmula = (SINAL DE IGUAL) Iniciar uma nova linha na mesma célula ALT+ENTER

Inserir a data CTRL+; (PONTO E VÍRGULA)

Inserir a fórmula AutoSoma ALT+= (SINAL DE IGUAL)

Inserir a hora CTRL+SHIFT+: (DOIS PONTOS)

Inserir um hyperlink CTRL+K Inserir uma fórmula como fór-mula de matriz CTRL+SHIFT+ENTER

Mover até a célula no canto infe-rior direito da janela END

Mover até a pasta de trabalho ou janela anterior

CTRL+SHIFT+F6 ou CTRL+SHIFT+TAB

Mover até a planilha anterior na pasta de trabalho CTRL+PGUP

Mover até a próxima pasta de trabalho ou janela

CTRL+F6 ou CTRL+TAB

Mover até a próxima planilha na pasta de trabalho CTRL+PGDN

Mover até a última célula da pla-nilha

CTRL+END ou END, HOME

Mover até o início da linha/cé-lula

HOME ou CTRL+HOME

Mover da direita para a esquerda dentro da seleção, ou mover para cima uma célula

SHIFT+TAB

Mover um bloco de dados dentro de uma linha ou coluna END, tecla de direção

Mover uma célula/caractere/pá-gina em uma determinada dire-ção

Tecla de direção

Mover uma tela à direita ALT+PGDN Mover uma tela à esquerda ALT+PGUP Ocultar colunas ou linhas CTRL+0 (ZERO) ou 9 Recortar a seleção CTRL+X Reexibir colunas ou linha CTRL+SHIFT+) ou ( Remover todas a bordas CTRL+SHIFT+_ Repetir a última ação F4 Rolar a tela/coluna para a es-querda ou para a direita uma coluna

SETA À ESQUERDA ou SETA À DIREITA

Rolar a tela/linha para cima ou para baixo uma linha

SETA ACIMA ou SETA ABAIXO

Selecionar a coluna ou linha in-teira

CTRL ou SHIFT+BARRA DE ESPAÇOS

Selecionar a planilha inteira CTRL+A Selecionar a próxima barra de ferramentas ou a anterior

CTRL+TAB ou CTRL+SHIFT+TAB

Selecionar apenas as células a que são feitas referências diretas por fórmulas

CTRL+[

Selecionar o próximo botão ou menu na barra de ferramentas TAB ou SHIFT+TAB

Selecionar somente as células contendo fórmulas que se refe-rem diretamente à célula

CTRL+]

Selecionar todas as células a que é feita referência por fórmulas na seleção

CTRL+SHIFT+{

Selecionar todas as células con-tendo comentários

CTRL+SHIFT+O (a le-tra O)

Selecione somente as células vi-síveis na seleção atual

ALT+PONTO E VÍR-GULA

Tornar ativa a barra de menus F10 ou ALT

POWERPOINT

Utilizamos o PowerPoint para serviços de criação de apresen-tações diversas. Tais apresentações são exibições de imagens ou em forma de slides e transparências, que tem o objetivo de apre-sentar uma idéia em uma reunião, divulgação de um novo produto, além de poder criar páginas para a Internet, etc.

Page 209: Apostila Correios 2014 - Agente

39

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Características gerais:• Apresentações - Conjunto de slides, folhetos, anotações

do apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um arquivo.• Slides - São as páginas individuais da apresentação e

podem ter títulos, textos, elementos gráficos, clipart (desenhos) e muito mais.

• Folhetos - Utilizados para dar suporte à apresentação, você pode distribuir folhetos ao público. Os folhetos consistem em pequenas versões impressas dos slides.

• Anotações do apresentador - Destinado ao próprio apresentador para o momento da apresentação. Consiste em folhas com slide em tamanho reduzido e anotações.

• Estruturas de Tópicos - Representam o sumário da apresentação. Na estrutura aparecem apenas os títulos e os textos principais de cada slides.

APRESENTAÇÕES DE SLIDESQuando você faz uma apresentação de slides, o conteúdo deve

ser o foco central de atenção. Você deseja que as ferramentas que usa, como animações e transições, enfatizem os tópicos, em vez de desviar a atenção do público para os efeitos especiais. Se o público ler da esquerda para a direita, você pode projetar os slides anima-dos de modo que os tópicos deslizem para a direita. Em seguida, para enfatizar um tópico específico, faça com que ele deslize para a esquerda. Essa alteração vai chamar a atenção do público e des-tacar o tópico. O mesmo princípio se aplica ao som. Uma música ou som ocasional durante uma transição ou animação concentra a atenção do público na apresentação de slides. No entanto, o uso freqüente de efeitos sonoros pode desviar a atenção dos tópicos principais.

O ritmo da apresentação também afeta a reação do públi-co - um ritmo muito rápido cansa o público, enquanto um ritmo lento deixa as pessoas sonolentas. Você pode usar os recursos do PowerPoint para testar o ritmo antes de fazer uma apresentação. Ao testar, você também pode verificar o impacto visual dos slides. Uma quantidade excessiva de palavras ou figuras pode distrair o público. Se achar que está usando muito texto, transforme um slide em dois ou três e aumente o tamanho da fonte.

FORMAS DE CRIAR APRESENTAÇÕESTemos algumas formas de criar uma apresentação. Sempre que você iniciar o PowerPoint, dependendo da versão

que você utiliza, será apresentada uma janela, conforme mostra a figura a seguir:

Com base no Assistente de AutoConteúdo à Cria uma apre-à Cria uma apre- Cria uma apre-sentação com o auxílio do Assistente, ou seja, O PowerPoint o auxiliará e conduzirá na criação da apresentação

Com base no modelo de design à Apresentará uma série de modelos de slides prontos para serem escolhidos e utilizados

Apresentação em Branco à Para criar uma apresentação to-à Para criar uma apresentação to- Para criar uma apresentação to-talmente em branco, ficando todas as definições da apresentação a seu critério.

Abrir uma apresentação existente à Nos possibilita a uti-à Nos possibilita a uti- Nos possibilita a uti-lização de uma apresentação que já foi criada e gravada anterior-mente.

MODOS DE VISUALIZAÇÃOChamamos de Modos as formas de visualização oferecidas

pelo PowerPoint durante a criação de uma apresentação. Os Mo-dos de visualização disponíveis são:

• Modo Normal• Modo de Estrutura de tópicos• Modo de Slides• Modo de classificação de Slides• Modo apresentação de SlidesModo Normal à Permite trabalhar com um slide de cada vez

ou organizar a estrutura de todos os slides da apresentação.Do lado esquerdo da tela, temos a seqüência dos slides, mos-

trando o conteúdo de cada um.Do lado direito, é exibido o slide que está sendo utilizado, e

abaixo dele, temos o modo de anotações, pronto para ser utilizado.

Modo de Estrutura de tópicos à Utilizado para organizar a estrutura dos Slides. É bastante parecido com o Modo normal, al-terando apenas o tamanho de exibição das partes da tela, como a seqüência de slides que possui o maior espaço.

MODO DE SLIDESO modo slides apresenta da tela em maior destaque. Bem pa-

recido com os modos anteriores, mudando o tamanho de exibição do modo de anotações e da seqüência de slides.

MODO DE CLASSIFICAÇÃO DE SLIDESVisualiza os slides em miniatura, com textos e gráficos. Ideal

para reordenar slides, adicionar transições e efeitos de animação, e definir intervalos para apresentações.

MODO APRESENTAÇÃO DE SLIDESFaz a apresentação dos slides propriamente dito.

Existem duas maneiras de alterar os Modos de visualização, a saber:

Primeiro: pelos botões localizados no canto inferior esquerdo da tela.

Onde:1. Botão Modo Normal2. Botão Modo Estrutura de Tópicos

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40

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

3. Botão Modo Slides4. Botão Modo Classificação de Slides5. Botão Modo Apresentação de SlidesSegundo: através do menu exibir

USANDO ANOTAÇÕESNo modo Normal, há um espaço reservado para visualizar as

anotações.Um dos modos de exibição do PowerPoint é o modo Ano-

tações. Neste modo o slide é mostrado numa página com espaço reservado para anotações.

Use este espaço para escrever suas anotações, que poderão ser impressas e utilizadas durante a apresentação.

O layout e a formatação das folhas de anotações pode ser con-figurado. Para isso, no menu Exibir, escolha Mestre e Anotações mestras. Neste modo você poderá editar o layout da folha de ano-tações.

EXIBIR RÉGUANo menu Exibir encontramos um item Régua, que tem a fina-

lidade de exibir ou ocultar a régua horizontal e vertical que você pode posicionar para posicionar objetos, alterar recuos e parágra-fos, margens de página e outras definições de espaçamentos.

CABEÇALHO E RODAPÉNo menu Exibir, uma das opções encontradas é o Cabeçalho

e Rodapé, que tem a finalidade de adicionar ou alterar o texto que aparece na parte superior e inferior de cada página ou Slide.

Podemos Mostrar/Ocultar data e hora; Inserir a data sempre atualizada; inserir data e hora específica; exibir/ocultar numeração dos Slides; exibir/ocultar as informações no slide de título; permite acrescentar um texto no rodapé. Na figura seguinte temos a janela apresentada para configuração de Cabeçalho e rodapé.

INSERINDO OBJETOSTem por objetivo inserir um objeto, como um desenho, um

efeito de texto do WordArt, ou uma equação, no ponto de inserção.Abaixo verificamos a caixa de diálogo do Inserir Objeto:

FERRAMENTAS DE VERIFICAÇÃOO PowerPoint dispõe de ferramentas de verificação ortográfi-

ca em vários idiomas, verificação de estilo e de autocorreção. Na Caixa de diálogo “Idioma”, alterar o idioma só surte efeito

se o computador tiver o dicionário correspondente ao idioma ins-talado. Escolha um idioma na lista e clique em OK. Para converter um idioma no padrão para todas as apresentações dali em diante, clique em Padrão. Para não usar nenhum dicionário escolha na lista o item Sem verificação.

VERIFICAÇÃO ORTOGRÁFICAHá dois modos de verificar ortografia no PowerPoint, usando

o verificador ortográfico ou pela verificação on-line. A verificação on-line funciona no PowerPoint e nos demais aplicativos do Offi-ce. Quando uma palavra que não consta no dicionário do Office é digitada, imediatamente surgirá um sublinhado vermelho abaixo dela. Uma palavra sublinhada em vermelho não significa necessa-riamente erro ortográfico. Nem todas as palavras estão no dicioná-rio do programa, principalmente os nomes próprios.

Clique com o botão direito do mouse sobre uma palavra su-blinhada em vermelho. Surgirá um menu de contexto para revisão ortográfica. Dependendo da palavra, você receberá sugestões para alterá-la.

Uma verificação completa pode ser feita a qualquer momento usando o verificador ortográfico. Faça assim: No menu Ferramen-tas escolha: “Verificar ortografia...”

CAIXA DE DIÁLOGO VERIFICAR ORTOGRAFIASurgirá a caixa de diálogo Verificar ortografia. Vejamos o

significado de cada campo e botão desta caixa. O campo Não consta no dicionário contém a primeira pala-

vra irregular localizada no texto.O campo Alterar para dá uma sugestão para alterar a palavra

irregular.O Campo Sugestões apresenta alternativas para substituir a

palavra irregular. Clicando numa palavra da lista ela será colocada no campo Alterar para.

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41

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

O botão Ignorar não altera a palavra irregular e passa o cor-retor adiante.

O botão Ignorar todas não altera a atual e não apresenta mais outras ocorrências da palavra no texto.

Se o campo Sugestões não apresenta a forma correta para a palavra digite a grafia correta.no campo “Alterar para”.

O botão Alterar substitui a palavra irregular pelo conteúdo do campo Alterar para.

O botão Alterar todas substitui todas as ocorrências da pala-vra irregular no texto pelo conteúdo do campo Alterar para.

O botão Adicionar acrescenta a palavra irregular ao dicioná-rio e daí em diante ela não será mais identificada como irregular.

O botão Sugerir busca mais palavras para a lista da caixa Su-gestões.

O campo Adicionar a identifica o dicionário que será usado para adicionar novas palavras.

AUTOCORREÇÃOO PowerPoint pode ser configurado para corrigir automatica-

mente os erros de digitação mais comuns. Para configurar como será a correção automática, clique em

AutoCorreção no menu Ferramentas. Surgirá a caixa de diálogo AutoCorreção.

CAIXA DE DIÁLOGO AUTOCORREÇÃOSe a AutoCorreção mudar uma digitação que você não quer

que seja mudada é só apertar BACKSPACE imediatamente depois da AutoCorreção.

Nos campos Substituir e Por você pode digitar novas palavras para AutoCorreção. Depois de preencher os dois campos clique em Adicionar para inclui-los na lista de AutoCorreção.

Para excluir uma palavra da lista de AutoCorreção clique so-bre ela e depois em Excluir.

Para alterar um item da lista de AutoCorreção clique sobre ele. Em seguida altere o texto nos campos Substituir e Por e clique em Substituir.

EFEITOS DE TRANSIÇÃODurante uma apresentação, os slides são exibidos sucessiva-

mente. Para dar mais vida à apresentação, na passagem de um slide para outro você pode usar um efeito de transição. Para adicionar um efeito ao slide faça o seguinte:

• No modo de slides, exiba o slide que receberá o efeito de transição.

• No menu Apresentações escolha Transição de slides... Surgirá a caixa de diálogo correspondente.

.• Em Efeito escolha o efeito desejado. Ao escolhe-lo você

verá um exemplo de como ele funciona.• Escolha a opção de velocidade para o slide: Lenta, Média

ou Rápida.• Escolha uma opção de avanço: ao clique do mouse ou

após um determinado intervalo de tempo.• Escolha um som para associar ao efeito de transição. A

opção “outro som...” permite definir um som que não está na lista.• Escolha Aplicar a todos se quiser o mesmo efeito em to-

dos os slides, ou, Aplicar se quiser o efeito apenas no slide atual.

ENTRADA GRADUAL DE TEXTONum slide com vários parágrafos é possível fazer uma entra-

da gradual do texto na tela, parágrafo a parágrafo, com efeitos de animação.

Suponhamos que o seu slide contenha a pergunta: ‘O que de-vemos fazer?’ e na seqüência venha uma lista de ações a tomar. Para dar mais impacto na apresentação você pode apresentar as ações gradualmente, uma a uma, usando a entrada gradual de texto.

Faça assim:• Exiba o slide que vai ter animação de texto, ou se estiver

no modo Classificação, selecione-o.• No menu Apresentações escolha Predefinir animação.• Escolha um tipo de animação na lista.• Para pré-visualizar o efeito, no menu Apresentações es-

colha Visualizar animação.• Para definir com mais detalhes a animação do texto esco-

lha Apresentações/Personalizar animação...• Surgirá a caixa de diálogo correspondente, onde é possí-

vel definir, inúmeros atributos do efeito.

Page 212: Apostila Correios 2014 - Agente

42

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

CONTROLANDO OS TEMPOS DE EXIBIÇÃOHá dois modos de avançar para o slide seguinte: ao clique do

mouse, ou automaticamente, após um intervalo de tempo.O avanço ao clique do mouse dá mais liberdade para o apre-

sentador e o avanço automático é ideal para apresentações que ro-dam em quiosques.

Para configurar o modo de avanço de um slide faça o seguinte:• No menu Apresentações escolha Transição de slides...• Na caixa de diálogo tique nas opções desejadas. Há duas

opções de avanço: Ao clicar com o mouse e Automaticamente após x segundos.

• As opções podem ser ticadas simultaneamente.

Opcionalmente, você pode definir os avanços dos slides atra-vés do comando Testar intervalos do menu Apresentações.

Escolhendo este comando a apresentação será iniciada com um cronômetro no canto da tela para você definir os intervalos enquanto observa os slides.

Este modo de configuração é interessante, pois, permite ao usuário simular as condições reais de apresentação.

APRESENTAÇÕES PERSONALIZADASEm certas ocasiões você pode querer usar uma mesma apre-

sentação com dois públicos diferentes.

Por exemplo: você vai divulgar um produto numa empresa. Terá que expor o produto, primeiro para o pessoal técnico e de-pois para a equipe financeira. Os interesses dos dois grupos são diferentes.

O pessoal técnico não precisa conhecer os detalhes econômi-cos do produto, e o pessoal da área financeira não precisa conhecer os detalhes técnicos.

Você pode criar duas apresentações personalizadas dentro da sua apresentação completa, uma para a equipe técnica e outra para a equipe financeira.

Vejamos como:No menu Apresentações escolha Apresentações personaliza-

das...

Na caixa de diálogo “Apresentações personalizadas” clique no botão “Nova”. Surgirá a caixa de diálogo Definir as apresenta-ções personalizadas. Digite um nome para sua apresentação per-sonalizada.

Selecione os slides que serão apresentados usando o botão Adicionar. Quando todos os slides desejados estiverem na caixa Slides da apresentação personalizada, clique em OK. Para rodar uma apresentação personalizada clique no botão Mostrar, ou en-tão, durante a apresentação clique na tela com o botão direito do mouse e escolha Ir para/Apresentação personalizada.

SLIDES OCULTOSAlguns slides de sua apresentação podem ficar ocultos para

serem exibidos apenas em caso de necessidade.Para ocultar um slide faça o seguinte: No menu Apresentações

escolha Ocultar slide. O slide atual ficará oculto durante a apresen-tação. Se você quiser exibir um slide oculto durante a apresenta-ção, clique com o botão direito do mouse sobre o slide imediata-mente anterior. Escolha a opção Ir para/Slide oculto.

Page 213: Apostila Correios 2014 - Agente

43

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

BOTÕES DE AÇÃOOs botões de ação deixam sua apresentação mais interativa.

Com eles você cria links que deixam a seqüência da apresentação menos rígida. Basicamente, um botão de ação é um objeto que responde ao clique do mouse com uma ação. Há diversas ações que se pode associar a um botão. Por exemplo: ir para o início da apresentação, ir para o final da apresentação, ir para um slide espe-cífico, executar um clip, executar um programa, etc.

Para colocar um botão de ação no slide faça o seguinte: no menu “Apresentações”, aponte sobre Botões de ação e escolha um botão com ação pré-definida ou, então, o botão Personalizar. Cli-que no slide para posicionar o botão. O botão surgirá e logo em seguida, teremos a caixa de diálogo Configurar ação.

Caixa de dialogo Configurar AçãoNa caixa de diálogo Configurar ação você define as proprie-

dades do botão. Depois de configurar as propriedades clique em OK. Durante a apresentação, clique no botão para executar a ação definida.

NAVEGADOR DE SLIDESO Navegador de slides funciona como um índice que você

pode usar durante uma apresentação se quiser ir para um slide es-pecífico.

Para usa-lo faça assim: Durante a apresentação, clique com o botão direito do mouse. Escolha a opção Ir para e Navegador de slides. Selecione o slide que lhe interessa e clique no botão Ir para.

REGISTRO DE REUNIÃOÉ possível fazer anotações de reunião durante uma apresen-

tação usando o Registro de reunião. Para usa-lo faça o seguinte: Durante a apresentação clique com o botão direito do mouse e es-colha Registro de reunião. Surgirá a caixa de diálogo onde você pode digitar suas anotações de reunião.

Caixa de Registro de ReuniãoA guia Itens de ação permite definir tarefas, ações e compro-

missos. Uma das opções do Registro de reunião é o agendamento de compromissos. Basta clicar no botão Agendar... para acionar o programa de agenda configurado em seu computador. É provável que este programa seja o Outlook, que faz parte do pacote Office.

IMPRESSÃOVocê pode imprimir os slides de uma apresentação. Também

pode imprimir folhetos com amostras dos slides, o conteúdo de suas anotações e o texto dos slides que aparece no modo tópicos.

Para imprimir faça o seguinte: No menu Arquivo escolha Im-primir... . No campo Impressora/Nome selecione a impressora que você vai usar. No campo Intervalo de impressão defina que partes

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

serão impressas: toda a apresentação, alguns slides ou o slide atual. No campo Imprimir defina o que será impresso: slides, folhetos, anotações ou a estrutura de tópicos. Defina os demais itens da caixa de diálogo e clique em OK.

RECURSOS PRINCIPAIS DO MICROSOFT POWER-POINT

REVISÕES ON-LINE COM COLABORAÇÃOO Microsoft PowerPoint e o Microsoft Outlook trabalham

juntos para ajudar você a enviar uma apresentação por email a co-legas e iniciar o processo de revisão.

Quando os revisores enviam a apresentação de volta para você, o PowerPoint pode ajudá-lo a mesclar seus comentários e suas alterações em uma única apresentação para sua revisão. Posi-cione o ponteiro do mouse sobre o marcador de uma alteração para ver os detalhes dessa alteração e aceitá-la ou rejeitá-la.

Também é possível revisar alterações no novo painel de tare-fas Revisões. Esse painel de tarefas fornece um modo de exibição unificado de galeria de todas as alterações, e a capacidade de acei-tar e rejeitar todas elas de uma só vez ou individualmente.

Os comentários também funcionam com o novo recurso de revisão. Eles são codificados por cores pelo revisor, posicionados de maneira inteligente para não ocultarem elementos importantes do slide, e são fáceis de imprimir.

EFEITOS E ESQUEMAS DE ANIMAÇÃOO PowerPoint tem novos efeitos de animação, incluindo ani-

mações de entrada e saída, maior controle de intervalo, e caminhos de animação — caminhos pré-desenhados que podem ser seguidos por itens em uma seqüência de animação — para que você possa sincronizar várias animações de textos e objetos.

Os esquemas de animação permitem-lhe aplicar um conjunto predefinido de efeitos de animação e transição a toda a sua apre-sentação de uma só vez.

O painel de tarefas Esquemas de animação permite escolher o esquema de animação adequado ao seu público e material — um esquema sutil como Elegante, ou algo mais emocionante, como Cata-vento. E, é claro, você ainda pode aplicar efeitos de anima-ção slide por slide.

ORGANOGRAMAS MELHORES E NOVOS TIPOS DE DIAGRAMAS

Os organogramas agora usam as ferramentas de desenho do PowerPoint, resultando em tamanhos de arquivos menores e edi-ção facilitada. Além disso, o PowerPoint inclui uma nova galeria de diagramas conceituais comuns.

Você pode personalizar esses diagramas pré-desenhados com texto, efeitos de animação e uma variedade de estilos de formata-ção.

Escolha diagramas como, por exemplo, Pirâmide para mos-trar os fundamentos de um relacionamento, Radial para mostrar itens em relação a um elemento principal, entre outros.

OUTROS NOVOS RECURSOS DO POWERPOINT

TAREFAS HABITUAISPainéis de tarefas para aplicar formatação de slide e apre-

sentação Os painéis de tarefas Layout do slide e Design do slide organizam layouts, modelos de design e esquemas de cor em uma galeria visual exibida ao lado de seus slides. Quando você escolhe um item do painel de tarefas, seus slides são atualizados imediata-mente com a nova aparência.

Visualizar impressão: Assim como você está acostumado a fazer no Microsoft Word e no Microsoft Excel, agora é possível visualizar sua apresentação antes de imprimi-la. Configurações especiais na visualização de impressão permitem-lhe visualizar e imprimir slides, anotações e uma variedade de layouts de folhetos.

Vários modelos de design por apresentação: O PowerPoint 2002 fornece suporte para a existência de mais de um modelo de design na sua apresentação. Isso é ótimo quando se deseja combi-nar várias apresentações em um só arquivo, mas mantendo cada seção com sua aparência distinta.

Grade visível: Para facilitar o alinhamento de espaços reser-vados, formas e figuras, você pode exibir a grade de desenho no PowerPoint e ajustar o espaçamento de suas linhas de grade.

Miniaturas de slides no modo normal: Quando você desejar navegar por sua apresentação visualmente, clique na guia Slides no modo de exibição normal. Use as representações em miniatu-ra de cada slide para localizar rapidamente o slide em que deseja trabalhar, ou arraste uma miniatura para mover um slide para uma nova posição na sua apresentação.

Modo de exibição do orador para apresentações de slides: Se você estiver trabalhando em um computador que dê suporte a vários monitores, poderá usar este recurso durante uma apresenta-ção de slides para exibir anotações de orador, mantendo-as ocultas do seu público, saltar para slides específicos fora de seqüência, controlar a hora, e mais.

Aperfeiçoamentos de AutoAjuste de texto: Agora você pode ativar ou desativar o AutoAjuste de texto por espaço reserva-do, o que proporciona um maior grau de controle. O AutoAjuste de texto também funciona em outros tipos de espaços reservados.

Layout automático para objetos inseridos: Conforme você trabalha, o PowerPoint ajusta o layout do slide automaticamente para acomodar figuras, diagramas, gráficos e outros itens que você adicione. Quando você escolher um novo layout de slide, o Power-Point poderá reorganizar automaticamente os itens existentes no slide para se ajustarem ao novo layout.

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45

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Salvar plano de fundo ou seleção como figura: Quando você cria um desenho usando as ferramentas de desenho do Po-werPoint, é possível salvá-lo como uma figura clicando nele com o botão direito do mouse. Você também pode salvar uma textura ou o plano de fundo de uma figura de um slide da mesma maneira, facilitando a reutilização desses elementos gráficos.

Seleção mais fácil de um objeto em um grupo: Este novo recurso permite-lhe selecionar uma só AutoForma em um grupo, sem desagrupar. Isso é útil quando você deseja fazer determinados tipos de alterações de formato; por exemplo, alterar a cor de uma única forma em um grupo.

Inserir várias figuras: Quando você insere figuras de arqui-vos na unidade do seu disco rígido, é possível selecionar várias figuras e inseri-las de uma vez.

Compactação de figura: Selecione a resolução desejada para as figuras em uma apresentação, baseado no local em que elas se-rão exibidas (por exemplo, na Web ou impressas) e defina outras opções para obter o melhor equilíbrio entre qualidade da figura e tamanho do arquivo.

Rotação de figura: Agora você pode girar e inverter qual-quer tipo de arquivo de imagem em uma apresentação do Power-Point — inclusive bitmaps.

Álbum de fotografias: Este recurso torna fácil e rápida a ob-tenção de fotos da sua unidade de disco rígido, scanner ou câmera digital para uma apresentação. As opções de layout especiais para álbuns de fotografias incluem molduras em elipse, legendas sob cada figura, entre outras.

DOCUMENTOS DA WEB E SITES DA WEBExecutar sons e animações: A execução de sons e a maioria

dos novos efeitos de animação são preservados quando você salva sua apresentação como uma página da Web (formato HTML).

TRANSMISSÃO DE APRESENTAÇÃOMais controle de edição: Agora você pode regravar a trans-

missão da sua apresentação antes de publicá-la.Suporte para áudio e vídeo: Os sons e vídeos que você inclui

na transmissão de uma apresentação são ouvidos e vistos por seu público, tanto em tempo real como quando arquivados.

Melhor navegação por transmissões arquivadas: Controles de navegação aperfeiçoados tornam mais fácil retroceder e avan-çar rapidamente em uma transmissão de apresentação arquivada.

SEGURANÇAProteção por senha: Um dos recursos mais solicitados é ago-

ra fornecido. Assim como no Word, você pode definir uma apre-sentação para ser aberta com uma senha, especificando o acesso somente leitura ou de leitura-gravação para o arquivo.

CONHECIMENTOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO; SISTEMA OPERACIONAL

WINDOWS (XP E VISTA)

SISTEMA OPERACIONAL WINDOWSO Windows é um Sistema Operacional Gráfico que tem por

função principal o elo entre a máquina e o usuário na operação de arquivos.

É o software mais importante do hardware. Sem ele não podemos executar outros softwares, como um processador de texto ou uma planilha de cálculos, um software de apresentação ou qualquer outro aplicativo.

Possui diversas versões, tais como: Windows 3.1, 3.11, 95, NT, 98, ME, 2000, XP, 2007 e Seven. Também possui inúmeros recursos dos quais podemos destacar:

1. Modelo de Drivers de Win 32 (WDM) - É um modelo que permite que os novos dispositivos tenham um único driver para os sistemas operacionais Windows.

2. Melhor Gerenciamento de Energia - O Windows inclui suporte para ACPI, que é uma especificação que permite um gerenciamento de energia do PC como um todo. Além disso, traz suporte ao APM (Advanced Power Management) que inclui a redução de energia do modem, redução na velocidade de rotação dos discos e retorno ao funcionamento normal de energia ao se restabelecer um sinal de chamada telefônica.

3. NTFS - É um aperfeiçoamento da Tabela de Alocação de Arquivos (FAT) que permite executar com maior eficiência o gerenciamento de espaço dos discos compatíveis com a tecnologia.

4. Suporte para vários monitores - Permite que vários vídeos (monitores) ou placas adaptadoras gráficas estejam disponíveis em um único computador.

5. Interface baseada na Internet - Todos programas do Windows (a partir da versão 98) apresentam forma de exibição idêntica ao ambiente da Internet.

6. Assistente para trabalhar com Internet - O Windows traz. o ICW (Internet Connection Wizard) que fornece aos, usuários do Windows todas as funções necessárias para conexão com a Internet.

7. Assistente de Ajuste do Windows - Ferramenta que permite agendar execuções automáticas de programas e ferramentas de sistema, com hora marcada para um dia ou semanalmente. O uso freqüente de tais ferramentas melhora a velocidade e a integridade do sistema.

8. Suporte para o IrDA - Permite a fácil conexão de dispositivos que utilizam raios do tipo infravermelho, para comunicação de dados, em vez de fios ou cabos.

9. ActiveMovie - Arquitetura que permite reprodução de vídeos de alta qualidade, e apresenta um conjunto de propriedades sobre as quais você pode elaborar aplicativos e ferramentas de multimídia.

10. Verificador de Arquivos do Sistema - Utilitário que garante a integridade dos arquivos de sistema do Windows.

11. Internet Explorer - Software utilizado para navegação na Internet.

12. Microsoft NetMeeting - Software para realização de conferências na Internet.

13. Microsoft NetShow - Software que permite assistir e ouvir transmissões ao vivo ou gravadas, sem ter que esperar pela transferência de arquivos.

14. Microsoft FrontPage - Software que é um editor em HTML para criação de páginas da Internet.

Área de Trabalho (Desktop)

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

Podemos copiar atalhos do Menu Programas ou do Menu Documentos do Botão Iniciar para Área de Trabalho, simplesmente clicando e mantendo clicado em conjunto com a tecla CTRL e arrastar até a Área de Trabalho. Caso desejemos mover esse ícone, não pressionamos a tecla CTRL em conjunto. Através de tais ícones, pode-se abrir programas ou documentos, copiar e mover arquivos, conectar-se à Internet, ler o correio eletrônico. O conteúdo da Área de Trabalho depende das configurações instaladas pelo usuário.

Adicionando comandos

Como você pode perceber ao clicar no botão Iniciar, ele apresenta alguns grupos de programas em sua lista. Quando você quiser ir a um programa específico você usa o botão Iniciar, depois a opção Programas e depois escolhe o grupo de programa que deseja.

Todo esse processo demora, no mínimo, 3 toques no botão do mouse. Bem, para programas que não usamos diariamente, isto até que não é problema. Mas se você tiver que usar um programa várias vezes ao dia, você poderá colocar seus programas mais usados diretamente no menu do botão Iniciar ou na Área de Trabalho, aumentando assim a eficiência de seu trabalho.

Adicionando comandos ao seu menu iniciarAdicionar um comando no menu Iniciar é um modo mais

eficiente de abrir qualquer programa instalado em seu computador. Se você usa um item com freqüência, pode adicionar o comando para ele ao seu menu Iniciar. Depois, sempre que precisar da deste item, basta dar um clique no botão Iniciar e então dar um clique em seu comando.

Vamos, como exemplo, adicionar o acessório Calculadora em seu menu Iniciar.

1. Dê um clique no botão Iniciar.2. Aponte para a opção Painel de Controle.3. Dê um clique em Barra de Tarefas. .4. Aparecerá a caixa de diálogo Propriedades da Barra de

Tarefas, nesta caixa dê um clique na pasta Programa do Menu Iniciar.

5. Aparecerá o quadro Personalizar o menu Iniciar, neste quadro clique sobre o botão Adicionar...

6. Será aberta a caixa de texto Criar Atalho. Na caixa de texto Linha de comando você deverá escrever o endereço do programa, ou seja, qual a unidade, pasta e o nome do arquivo onde está o programa. Se você não souber onde ele está, clique no botão procurar para que você possa procurar o endereço do utilitário calculadora.

7. Na caixa de texto Linha de comando digite c:\windows\calc.exe e clique o botão Avançar. Aparecerá a caixa de diálogo Selecionar Pasta Programa. Nesta caixa você irá selecionar em qual pasta o programa irá ser colocado. Verifique se as pastas seguem a mesma disposição na qual aparecem no Menu Iniciar.

8. No quadro em que aparece os nomes das pastas, dê um clique na pasta do Menu Iniciar, que é o segundo item da lista e então dê um clique em Avançar.

9. Na caixa que aparece você deve digitar o nome com o qual deseja que aparecerá o nome do programa, digite CALCULADORA e clique no botão Concluir.

10. Aparecerá a caixa Propriedades da Barra de Tarefas onde você deve dar um clique no botão OK.

Agora ao dar um clique no botão Iniciar o programa “Calculadora” aparecerá como a primeira opção de escolha.

Dica: Outra forma de acessar a caixa de diálogo Propriedades do Menu Iniciar é clicando com o botão Direito do mouse sobre a Barra de Tarefas, em um local onde não exista nenhum botão.

Adicionando um programa na pasta Programa no menu Iniciar

Vamos supor que você queira adicionar os programas usados com mais frequência dentro da pasta Programa no menu Iniciar.

Como exemplo, vamos adicionar o programa Mapa de Caracteres na pasta Programa.

1. Dê um clique no botão Iniciar.2. Aponte para a opção Painel de Controle.3. Dê um clique em Barra de Tarefas.4. Aparecerá a caixa de diálogo Propriedades da Barra de

Tarefas, nesta caixa dê um clique na pasta Programa do Menu Iniciar.

5. No quadro Personalizar o menu Iniciar, clique sobre o botão Adicionar...

6. Será aberto a caixa de texto Criar Atalho.7. Na caixa de texto Linha de comando digite c:\windows\

charmap.exe e clique o botão Avançar.8. No quadro em que aparece os nomes das pastas, dê um clique na

pasta do Programas, e então dê um clique em Avançar.9. Na caixa que aparece você deve digitar o nome com o

qual deseja que aparecerá o nome do programa, digite MAPA DE CARACTERES e clique no botão Concluir.

10. Aparecerá a caixa Propriedades da Barra de Tarefas onde você deve dar um clique no botão OK.

Ao abrir o menu Iniciar a pasta Programas você encontrará a opção Mapa de Caracteres.

Removendo comandosa) Removendo comando do seu menu iniciarVocê pode remover qualquer comando que você não queira

que aparecerá em qualquer lugar do menu Iniciar.

Como exemplo, vamos retirar o acessório Calculadora que colocamos na seção anterior.

1. Dê um clique no botão Iniciar.2. Aponte para a opção Painel de Controle.3. Dê um clique em Barra de Tarefas.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

4. Aparecerá a caixa de diálogo Propriedades da Barra de Tarefas, nesta caixa dê um clique na pasta Programa do Menu Iniciar.

5. No quadro Personalizar o menu Iniciar, clique sobre o botão Remover... Aparecerá a caixa Remover Atalhos / Pastas. Nesta caixa você escolhe o nome da pasta onde se encontra o nome do programa a ser removido.

6. Dentro da área da pasta programas procure por Mapa de Caracteres e dê um clique sobre esta opção.

7. Dê um clique em Remover.8. Aparecerá a caixa Propriedades da Barra de Tarefas onde

você deve dar um clique no botão OK.Agora quando você abrir seu menu Iniciar e a opção Programas

o Mapa de Caracteres não mais aparecerá.

Usando atalhos na área de trabalhoComo parte da configuração padrão na Área de Trabalho, você

sempre vê o ícone Lixeira em sua Área de Trabalho. Embora esta configuração seja limpa e prática, você pode achar útil adicionar ícones que representam programas, pastas ou documentos que você usa com freqüência. Quando você dá um duplo clique sobre o ícone, você está atiçando o item para o qual o ícone está direcionado.

Criando íconesO processo para criar ícones é bastante simples. Faça com que

o nome do programa possa ser visto, para isso use o programa Localizar, ou o Windows Explorer.

Neste exemplo, usaremos o Windows Explorer.1. No menu Iniciar selecione a opção Programas.2. No menu clique em Windows Explorer.3. Utilize a ferramenta de forma a observar o nome do

programa ou arquivo para o qual você deseja criar o ícone.4. Clique com o botão Direito do mouse sobre o nome do

arquivo ou programa, selecione a opção Enviar Para e então na opção Área de Trabalho. Clique com o botão esquerdo do Mouse.

O ícone aparecerá na Área de Trabalho. Se este ícone estiver relacionado a algum documento, o Sistema Operacional ativará automaticamente o software relacionado a este.

Renomeando ícones1. Dê um clique com o botão Direito do mouse sobre o ícone

a ser renomeado.2. No menu pop-up que aparece clique sobre a opção

Renomear.3. O nome do atalho fica destacado, e pode-se alterar ou

substituir o nome do ícone.Organizando seus ícones na área de trabalhoVocê pode organizar seus ícones da forma que desejar em sua

área de trabalho. Você pode arrastá-los para qualquer lugar na área de trabalho e dispô-los como quiser.

Mas, se desejar, você pode usar algumas opções de organização disponíveis no Windows.

1. Clique com o botão Direito do mouse sobre qualquer lugar da área de trabalho onde não esteja nenhum ícone.

2. No menu pop-up que aparece escolha a opção Organizar ícones e aparecerá um menu onde você poderá escolher o tipo de classificação que desejar: por Nome, por Tipo, por Tamanho, por Data.

Arrumando a data e a hora da Barra de TarefasMuitas vezes necessitamos acerta a hora em nosso computador,

por exemplo, quando entramos e quando saímos do horário de verão no Brasil. Para acerta o relógio do computador clique duas vezes sobre o relógio que aparece na Barra de Tarefas.

Aparecerá a caixa Propriedades de Data/Hora, onde você poderá acerta o horário e a data corretas. Na pasta Data&Hora, no quadro Data você altera o mês e o ano e a data do mês. No quadro Hora digite nos locais da hora ou minuto ou segundo os valores corretos para corrigir o relógio. Na pasta Fuso Horário você deve especificar o fuso horário do local onde você está no mundo.

Apesar de o Windows ser normalmente utilizado na sua forma original, existem muitas alterações que você pode fazer para melhorá-lo a seu gosto - ajustes das cores da tela, velocidade do mouse, velocidade de repetição das teclas, por exemplo.

A maioria destas modificações não chegam a ser necessidade, embora possam tornar mais fácil e agradável a utilização do Windows. Estas alterações serão realizadas por intermédio da opção PAINEL DE CONTROLE, que se encontra dentro da pasta CONFIGURAÇÕES, no botão INICIAR.

PAINEL DE CONTROLE

O Painel de Controle é um conjunto de programas para que se realiza as alterações, ajustes, instalações ou remoções de diversos componentes. Este Painel pode ser acessado diretamente a partir do botão Iniciar da barra de tarefas do sistema operacional.

Os principais componentes do Painel de Controle são:

ADICIONAR NOVO HARDWARE - local por onde instalamos placas, periféricos, etc. Inicia um assistente para que possamos instalar novos hardwares.

ADICIONAR OU REMOVER PROGRAMAS - local pode onde instalamos novos programas no computador. Inicia um assistente para que possamos instalar ou remover programas do Windows.

CONFIGURAÇÕES REGIONAIS - define como o Windows mostra a hora, a data, os números e a moeda.

DATA/HORA - acerta a data e a hora.FONTES - adiciona e remove as fontes.IMPRESSORAS - instala impressoras, seleciona impressoras,

define o tamanho e a orientação do papel.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

MOUSE - altera a velocidade de movimentação do ponteiro do mouse e altera as funções dos botões.

SISTEMA - traz informações sobre seu computador.SONS - liga e desliga o alarme do computador, ou inclui som

em vários eventos do sistema se você tiver uma placa apropriada para som.

TECLADO - define a velocidade de repetição dos caracteres.VÍDEO - define o padrão de fundo, proteção de tela, figura

para o fundo de tela, cores para o sistema. etc.

Configurando o vídeoClicando o ícone Vídeo na janela do Painel de Controle

aparecerá a janela Propriedades de Vídeo. Esta janela é dividida em pastas que aparecem na parte superior da janela. Cada uma das pastas altera uma configuração da tela do Windows.

Pasta Segundo Plano - você define o Padrão e o Papel de parede que aparecem na área de trabalho do Windows.

Pasta Proteção de Tela - define qual a proteção de tela que será utilizada.

Pastas Aparência - define como será o layout das janelas, tamanho e tipo de fontes e cores.

Pasta Configurações - define o número de cores que será mostrado na tela e qual o tamanho dos pontos na tela.

Papel de parede

O papel de parede são desenhos colocados na área de trabalho. Existem os desenhos padrões para escolher, mas você pode criar outros desenhos ou ainda importá-los de outro local, como a Internet, por exemplo.

Para escolher um papel de parede:1. Selecione na caixa Papel de parede um dos nomes

apresentados.2.Escolha se deseja que o desenho fique Centralizado ou

Lado a Lado na área de trabalho.3. Clique OK e minimize todas as janelas abertas.4. O desenho aparecerá na área de trabalho

Dica: Outra forma de colocar papel de parede em sua área de trabalho é usando o programa Paint, qualquer desenho que aparecerá na tela do Paint pode ser colocado como papel de parede através da opção Configurar como papel de parede no Menu Arquivo.

Pasta proteção de telaQuando ativada limpará a sua tela ou apresentará uma figura

ou padrão animado se você não usar o mouse ou o teclado após um período de tempo predeterminado. Para ativar a proteção de tela selecione na pasta Proteção de tela um dos nomes de proteção de tela. Para visualizar a proteção de tela funcionando clique o botão Amostra. Aparecerá na figura do monitor como será sua proteção de tela.

No quadro Aguardar você definirá após quanto tempo (em minutos) a proteção de tela entrará em funcionamento. No botão Configurações você pode alterar as especificações padrão da proteção de tela, como velocidade, posicionamento, detalhes referentes ao gráfico e colocação de senhas.

Pasta aparênciaEsta pasta permite que você modifique o modo como o

Windows usa as cores para as várias partes da tela. Pasta configuraçõesNesta pasta você poderá configurar a quantidade de cores que

seu monitor poderá suportar (isto depende da qualidade da placa de vídeo que você está usando) e o tamanho da tela de seu monitor (também depende da qualidade da sua placa de vídeo). Uma placa de vídeo de alta capacidade é necessária para que você possa colocar vários padrões de cores e definir tamanhos diferentes para sua ela.

MouseSelecione o ícone Mouse na janela Painel de controle. A

janela Propriedades do Mouse será mostrada. Na pasta Botões você configurará:

Configuração do botão - troca as funções dos botões do mouse.Velocidade do clique duplo - coloque o botão da barra em

Lenta e depois em Rápida, clique duas vezes na Área de Teste.Na pasta Ponteiros você configura qual a aparência de

seu mouse. Na caixa Esquema escolha uma das configurações apresentadas e no quadro maior aparecerá a descrição da função do ponteiro e como será seu desenho.

Na pasta Movimento você configurará:Velocidade do ponteiro - você define a rapidez com que o

ponteiro do mouse se move em relação ao movimento do mouse.Rastro do ponteiro - cria uma sombra do caminho do mouse

sempre que você o move. Selecione a opção Exibir rastro do ponteiro para que o rastro seja realizado e selecione o tamanho do rastro, se Curto ou Longo.

TecladoSelecione o ícone Teclado na janela Painel de controle. A

janela Teclado será mostrada. Aqui você pode altera a repetição das teclas e a taxa de intermitência do cursor. A maioria das teclas é repetida quando você as mantêm pressionadas. Aqui você pode alterar essa velocidade.

Intervalo de repetição - determina quanto tempo a tecla ficará pressionada até que comece a repetição, leve o botão da barra entre Longo e Curto e teste a diferença no quadro em branco.

Taxa de repetição - determina a velocidade que a tecla pressionada repetirá as letras, leve o botão da barra entre a Lenta e Rápida e teste a diferença no quadro em branco.

Na opção Taxa de intermitência do cursor você define com qual intensidade o cursor de texto ficará piscando.

Configurações regionaisAs definições na caixa de diálogo Propriedades de

Configurações Regionais personalizam o Windows para uso em outros países. Como estamos usando o Windows em português do Brasil não precisamos fazer alterações na pasta Configurações Regionais.

A pasta Número define a forma que aparecerá o número. Use as setas para baixo para escolher as opções disponíveis.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

A pasta Moeda define a forma na qual aparecerá um número em moeda. Use as setas para baixo para escolher as opções disponíveis.

A pasta Hora define como aparecerá a hora no sistema.A pasta Data define como aparecerá a data no sistema.Data e a hora do sistemaNesta janela você pode alterar a data e a hora do relógio do

computador. Para alterar a data, escolha o mês e o ano que você estiver e selecione no calendário o dia do mês no qual você está. Para alterar a hora, clique em cada número de hora, minuto e segundo e use as setinhas ao lado para aumentar ou diminuir os valores.

Esta opção também está disponível clicando-se duas vezes no horário na Barra de Tarefas.

Dica - Para ver a data do sistema de modo rápido, somente posicione o mouse sobre a indicação da hora na Barra de Tarefas.

ImpressoraVocê pode instalar ou remover uma impressora e selecionar

opções de impressão. Quando você instalou o Windows, talvez tenha instalado uma impressora. Se o fez o Windows carregou o Painel de Controle e executou o programa de instalação de impressora.

Se a sua impressora já está instalada e funcionando não é necessário preocupar-se com a parte de instalação, mas talvez deseja alterar ou personalizar a instalação atual.

Alterando a impressora padrão1. Selecione a impressora que será usada como padrão.2. No menu Arquivo clique sobre a opção Definir como

Padrão.3. A impressora especificada será a impressora padrão.nova impressoraClique duas vezes sobre o ícone Adicionar impressora e

siga as instruções pedidas na janela Assistente para adicionar impressora.

Configurando sua impressoraDentro dos próprios programas em Windows você pode fazer

a configuração de sua impressora. Essas configurações referem-se a alterar o tamanho do papel a ser usado e a forma de orientação do papel, Retrato ou Paisagem. Nos programas que você usa estas opções estarão disponíveis no Menu Arquivo, opção Configurar Impressora.

Principais Teclas de Atalho do Windows a) CTRL+ESC - abre o menu Iniciar; b) ALT+BARRA DE ESPAÇO - abre o menu de controle

ou as opções referentes a barra de tarefas selecionada (mover, tamanho);

c) ALT+ “-” - abre as opções referentes ao menu Iniciar (mover e fechar);

d) ALT+TAB - alterna as janelas abertas; e) ALT+F4 - fecha janelas de programas; f) CTRL+F4 - fecha janelas de documentos; g) ALT+ESC - alterna os botões da barra de tarefas; h) CTRL+ALT+DEL - abre a caixa finalizar tarefas; i) PRINTSCREEN - captura o conteúdo da tela para área de

transferência; j) ALT+PRINTSCREEN - captura a janela ou caixa de

diálogo ativa; k) CTRL+C - copia; l) CTRL+X - recorta; m) CTRL+V - cola;n) CTRL+Z - desfaz operações.

Fazendo a manutenção em seus discosApós o uso contínuo de seu disco rígido, gravando e apagando

arquivos dentro dele, você pode sentir que seu computador está um pouco mais lento para fazer certas ações. Isso normalmente acontece porque quando usamos o Windows estamos, a todo o momento, acionando o disco rígido e transportando informações do disco rígido para a memória RAM.

Esta troca de informações, dados, cópias e gravações fazem com que o disco rígido vá misturando as informações que estão armazenadas dentro dele, o que torna a leitura do disco rígido mais demorada, pois os arquivos a serem lidos estão todos partidos dentro do disco rígido.

O computador consegue localizar estas partes, mas com o passar do tempo estas partes também vão se partindo, transformando um arquivo que inicialmente ocupava um espaço pequeno em um arquivo que agora está espalhado por todo o disco rígido. Para sanar este problema devemos sempre fazer a manutenção do disco rígido, quanto mais usamos o computador mais freqüentemente esta manutenção deve ser realizada.

Trabalhando-se todo dia no computador é preferível fazer a manutenção toda semana. No processo de manutenção devemos primeiro verificar se o disco rígido não apresenta problemas físicos, como partes danificadas onde não podemos gravar informações, por exemplo.

Este processo recebe o nome de scaneamento e para isso usamos um programa chamado SCANDISK. Após a primeira etapa de manutenção, o scaneamento, devemos unir os pedacinhos dos arquivos que estão espalhados pelo disco rígido. Este processo chama-se desfragmentação, e é feito através da ferramenta Desfragmentador de Disco.

Procurando problemas no disco

O processo de scanear o disco rígido tem a função de procurar no disco rígido qualquer ocorrência de problema ou defeito. Este procedimento deve ser feito com regularidade. Aconselhamos que você faça este processo pelo menos uma vez por semana. Este processo deve ser feito sempre antes de se realizar o processo de desfragmentação, e pode levar algumas horas para ser realizado.

1. No menu INICIAR selecione Programas.2. No menu que se abre selecione a pasta Acessórios.3. Na pasta Acessórios selecione a pasta Ferramentas do

Sistema.4. Clique uma vez na opção Scandisk.5. Na caixa de diálogo Scandisk escolha qual a unidade de

disco será verificada.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

6. Na caixa Tipo de teste selecione a opção Completo.8. Selecione logo abaixo a opção Corrigir erros

automaticamente.8. Pressione o botão Iniciar.9. Na barra, na parte de baixo da caixa, você verá o andamento

da verificação.

Dicas: Feche todos os programas antes de executar o Scandisk. Principalmente não deixe nenhuma proteção de tela em atividade. Cada vez que a proteção de tela entrar em operação o Scandisk necessitará começar toda a verificação de novo.

Se necessitar apenas de uma verificação rápida do disco para fazer somente a desfragmentação selecione a opção Padrão na caixa Tipo de teste. Só use esta opção quando for necessário mais rapidez. Dê preferência à opção Completa, com ela é possível identificar problemas mais graves que possam acontecer dentro de seu disco rígido. A opção SCANDISK e DEFRAG podem ser realizadas tanto no disco rígido como em qualquer unidade de disco flexível.

Desfragmentando os arquivos

A desfragmentação varre o disco procurando os pedaços de arquivos que vão se separando conforme o uso do computador. Este processo deve ser realizado regularmente. Aconselha-se fazê-lo pelo menos uma vez por semana.

1. No menu INICIAR selecione Programas.2. No menu que se abre selecione a pasta Acessórios.3. Na pasta Acessórios selecione a pasta Ferramentas do

Sistema.4. Clique uma vez na opção Desfragmentação de disco.5. A caixa de diálogo Selecionar Unidade de Disco aparecerá

para que você escolha qual a unidade que deseja desfragmentar.6. Depois pressione o botão OK.7. Aparecerá a caixa de diálogo Desfragmentador de

Disco, informando qual o grau de desfragmentação, mesmo que a indicação seja de que não é necessário realizá-la, faça-a assim mesmo.

8. Clique no botão Iniciar.9. Ao iniciar a desfragmentação uma barra indicando a

evolução da desfragmentação aparecerá em uma caixa de diálogo. Clicando no botão Exibir detalhes você poderá ver o processo de desfragmentação por toda a tela.

10. Clicando o botão Legenda você poderá saber qual a finalidade de cada quadradinho durante o processo de desfragmentação.

Usando o Windows Explorer

O Windows Explorer é uma excelente maneira de trabalharmos com arquivos dentro do Windows. Em sua janela poderemos visualizar as pastas da unidade de disco escolhida, como também os arquivos que estão em cada pasta.

No Windows Explorer poderemos visualizar outras partes do disco rígido que não aparecem no ícone Meu computador, como por exemplo os arquivos ocultos.

Para entrar no Windows Explorer faça o seguinte:

1. No menu INICIAR coloque o cursor do mouse sobre a opção Programas.

2. No menu Programas que apareceu dê um clique em Windows Explorer, o programa será aberto.

Menu Arquivoa) Novo - cria uma nova pasta ou atalho para a pasta.b) Criar Atalho - cria atalhos para itens.c) Excluir - exclui pastas, arquivos ou atalhos.d) Renomear - muda o nome de pastas, arquivos ou atalhos.

Essa opção não muda o nome de uma unidade.e) Propriedades - mostra características do arquivo ou pasta

(tamanho, data e hora da criação, etc.). Essa opção também permite mudar atributos (somente para leitura, oculto, etc.) dos arquivos ou pastas. .

f) Trabalhar Off-Line - quando não estamos conectados à Internet, trabalhamos desse modo.

g) Fechar - fecha o Windows.Menu Editara) Desfazer - desfaz a última operação realizada.b) Recortar - este comando, junto ao comando colar, permite

mover pastas, arquivos ou atalhos.c) Copiar - este comando, junto ao comando colar, permite

copiar pastas, arquivos ou atalhos.d) Colar - cola pastas e arquivos em um novo local.e) Colar Atalho - cola atalhos em um novo local.f) Selecionar Tudo - seleciona todo o conteúdo de uma pasta.g) Inverter Seleção - seleciona tudo que não estiver

selecionado.

Menu Exibira) Barra de Ferramentas - mostra ou não as Barra de

Ferramentas.b) Barra de Status - mostra ou não a Barra de Status.c) Barra do Explorer - faz com que sejam ou não mostradas

as barras Pesquisar, Favoritos, Históricos, Canais e todas de uma só vez.

d) Ícones Grandes - mostra os ícones de pastas, arquivos e atalhos em um tamanho maior.

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51

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

e) Ícones Pequenos - mostra os ícones de pastas, arquivos e atalhos em um tamanho reduzido.

f) Lista - mostra apenas os ícones das pastas e arquivos.g) Detalhes - mostra outros detalhes sobre as pastas e os

arquivos.h) Organizar ícones - classifica os itens por nome, tamanho,

data e tipo, dependendo da visualização escolhida.i) Opções - permite escolher o tipo de arquivo que será

mostrado.

Menu Ira) Voltar - mesma função que foi vista no Botão Voltar da

Barra de Ferramentas.b) Avançar - mesma função que foi vista no Botão Avançar da

Barra de Ferramentas.c) Um Nível Acima - mesma função que foi vista no Botão

Acima da Barra de Ferramentas.d) Página Inicial - permite visualizar a página de abertura

quando nos conectamos à Internet.e) Pesquisar na Web - localiza informações na Web usando

a barra do Explorer.f) Correio - abre o programa Outlook Express.g) Notícias - visualiza notícias.h) Meu Computador - abre o ícone meu computador, que

apresenta o conteúdo do computador em termos de unidades flexíveis ou rígidas, painel de controle, impressoras, acesso à rede dial-up e tarefas agendadas.

i) Catálogo de Endereços - abre o catálogo de endereços que permite criar e buscar endereços, além de criar grupos e outros recursos.

j) Chamada na Internet - abre o seu software de conferência Microsoft NetMeeting).

Menu Favoritos - permite inserir endereços de sites da web na lista de favoritos, mudar a ordem de visualização ou o nome dos mesmos e excluir itens.

Menu Ferramentas - corresponde ao menu Localizar do botão Iniciar.

Menu Ajuda - corresponde ao menu Ajuda do botão Iniciar.Aumentar e diminuir os níveis de pastaVocê deve ter notado que algumas pastas e/ou subpastas

apresentam ao lado do desenho das pastinhas sinais de mais (+), sinais de menos (-) ou nenhum sinal. Cada um destes sinais têm uma finalidade.

(+) indica que a pasta ou a subpasta apresenta outras ramificações dentro dela;

(-) indica que as ramificações dentro da pasta ou subpastas estão sendo visualizadas;

Criando pastas no Windows Explorer1. Selecione a raiz da unidade de disco desejada.2. No menu Arquivo selecione a opção Novo.3. Serão abertas as opções e você escolhe a opção Pasta.4. Um ícone será criado no lado direito da tela com o nome de

Nova Pasta. Como ele ainda está selecionado você.pode escrever o nome da nova pasta agora.5. Pressione a tecla ENTER e a nova pasta será criada com o

nome que você escolheu.

Criando Subpastas1. Selecione a pasta onde você deseja que seja criada uma

subpasta.2. No menu Arquivo selecione a opção Novo.3. Serão abertas as opções e você escolhe a opção Pasta.4. Um ícone será criado no lado direito da tela com o nome de

Nova Pasta. Digite o nome da nova pasta agora.

5. Pressione a tecla ENTER e a nova pasta foi criada com o nome que você escolheu.

Selecionando ArquivosAntes de trabalhar com arquivos em uma pasta, você deve

selecionar os arquivos desejados. Pode-se selecionar apenas um arquivo ou vários arquivos de uma só vez, das seguintes maneiras:

a) Selecionando um arquivo - Clique uma vez sobre o arquivo desejado e o arquivo estará selecionado.

b) Selecionando um grupo de arquivos consecutivos1. Dê um clique sobre nome do primeiro arquivo da série.2. Pressione a tecla SHIFT e mantenha a tecla pressionada.3. Vá até o final do grupo que você deseja selecionar e dê um

clique no último arquivo deste grupo.4. Solte a tecla SHIFT.c) Selecionando arquivos que não estão consecutivos1. Clique sobre um arquivo daqueles que você deseja

selecionar.2. Pressione a tecla CTRL e mantenha a tecla pressionada.3. Dê um clique sobre cada um dos arquivos que você deseja

selecionar.4. Solte a tecla CTRL.d) Selecionando grupos de arquivos que não estão

consecutivos1. Pressione a tecla CTRL e a tecla SFHIT e mantenha ambas

as teclas pressionadas.2. Selecione o primeiro grupo de arquivos clicando no

primeiro arquivo e no último arquivo do grupo.3. Solte a tecla SHIFT, mas mantenha a tecla CTRL

pressionada.4. Selecione o primeiro arquivo do próximo grupo.5. Pressione a tecla SHIFT mantendo a tecla CTRL

pressionada.6. Selecione o último arquivo deste segundo grupo. Você

terá agora dois grupos selecionados. Para continuar selecionando outros grupos siga as instruções de 3 a 6.

e) Selecionando todos os arquivos de uma pasta1. Selecione no lado esquerdo da tela, na árvore de pastas, a

pasta desejada.2. No menu Editar, selecione a opção Selecionar Tudo.

Atalho: CTRL+A.Pronto, todos os arquivos da pasta estarão selecionados.

Movendo arquivos e/ou pastasa) Movendo arquivos com a ajuda do menu1. Selecione o arquivo ou os arquivos que serão movidos.2. No menu Editar selecione a opção Recortar. Atalho:

CTRL+X.3. Clique na pasta que receberá o arquivo.4. No menu Editar selecione a opção Colar. Atalho:

CTRL+V.5. Uma caixa aparecerá mostrando que o arquivo está sendo

movido para a pasta escolhida, se desejar parar a operação clique sobre o botão Cancelar.

6. O arquivo aparecerá na pasta. b) Movendo arquivos com o uso do mouse1. Selecione a pasta onde se encontra o arquivo, ou os

arquivos, desejados.2. Selecione o arquivo, ou os arquivos, que serão movidos (use

as formas de seleção mostradas na seção anterior).3. Dê um clique e mantenha pressionado o mouse sobre a área

dos arquivos selecionados.4. Arraste o mouse para a pasta desejada, até ela ficar

selecionada. Note que neste processo o seu mouse estará com uma setinha carregando o arquivo. Este é o sinal de que você está movendo o arquivo para outro lugar.

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52

Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

5. Solte o mouse sobre o nome da pasta que você escolheu, ela necessita estar selecionada.

6. Uma caixa aparecerá mostrando que o arquivo está sendo movido para a pasta escolhida, se desejar parar a opção clique sobre o botão Cancelar.

Seu arquivo foi retirado da pasta onde estava e foi movido para a pasta especificada.

Copiando arquivos e/ou pastasQuando você copia um arquivo de uma pasta para outra, ou de

uma unidade de disco para outra, o arquivo continua a existir na pasta ou na unidade em que estava e existirá também na pasta ou na unidade para onde foi copiado.

a) Copiando arquivos com a ajuda do menu1. Selecione o arquivo ou os arquivos que serão copiados.2. No menu Editar selecione a opção Copiar . Atalho:

CTRL+C.3. Clique na pasta que receberá o arquivo.4. No menu Editar selecione a opção Colar. Atalho:

CTRL+V.5. Uma caixa aparecerá mostrando que o arquivo está sendo

copiado para a pasta escolhida, se desejar parar a operação clique sobre o botão Cancelar.

6. O arquivo aparecerá na pasta. b) Copiando arquivos para outra pasta com o uso do

mouse1. Selecione a pasta onde se encontra o arquivo, ou os

arquivos, desejados.2. Selecione o arquivo, ou os arquivos, que serão movidos

(use as formas de seleção mostradas na seção anterior).3. Pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL e pressione

e mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse sobre a área dos arquivos selecionados.

4. Arraste o mouse para a pasta desejada, até ela ficar selecionada. Note que neste processo o seu mouse estará com uma setinha aparecendo abaixo dela um quadradinho com o sinal de mais (+). Este é o sinal de que você está copiando o arquivo para outro lugar.

5. Solte o mouse sobre o nome da pasta que você escolheu, ela necessita estar selecionada.

6. Uma caixa aparecerá mostrando que o arquivo está sendo copiado para a pasta escolhida, se desejar parar a opção clique sobre o botão Cancelar.

Seu arquivo ainda está na pasta de origem e foi copiado para a outra pasta especificada.

Excluindo arquivos e/ou pasta1. Selecione o arquivo ou pasta a ser excluído.2. Pressione o botão Delete no teclado.3. Na caixa de confirmação que aparece, verifique se o nome

do arquivo está correto e selecione o botão Sim.4. O arquivo foi mandado para a Lixeira.

Renomeando arquivos e/ou pastasa) Renomeando arquivos ou pastas usando o mouse1. Clique uma vez sobre o arquivo ou pasta a ser renomeado.2. Agora dê um clique sobre o nome do arquivo ou pasta, o

nome do arquivo ou pasta aparecerá dentro de uma caixa, o texto ficará selecionado e um cursor surgirá no final do texto.

3. Digite o novo nome e pressione a tecla ENTER. b) Renomeando arquivos ou pastas usando o menu1. Selecione o arquivo ou pasta a ser renomeado.2. No menu Arquivo selecione a opção Renomear, o nome

do arquivo ou pasta aparecerá dentro de uma caixa, o texto ficará selecionado e um cursor surgirá no final do texto.

3. Digite o novo nome e pressione a tecla ENTER.

Localizando seus arquivos1. Clique no botão Iniciar.2. No menu Iniciar leve o cursor do mouse até a opção

Localizar.3. Será aberta a opção Arquivos ou Pastas.4. Clique uma vez sobre esta opção.5. Aparecerá a caixa Localizar.6. No campo Nome: digite o nome do arquivo que deseja

localizar. Não precisa ser o nome completo, podem ser somente algumas letras.

7. No campo Examinar: você escolher em qual drive o arquivo será procurado.

8. Abaixo do campo certifique-se de que a opção Incluir subpastas esteja selecionada.

9. Clique no botão Localizar agora para que a procura tenha início.

10. Aparecerá abaixo da caixa Localizar uma caixa anexa que mostrará o resultado da procura.

Conferindo as propriedades do arquivo e/ou pasta1. Selecione a pasta ou o arquivo que deseja ver as informações

sobre ele.2. No menu Arquivo selecione a opção Propriedades.Na Barra de Ferramentas para exibir o quadro Propriedades.Aparecerão as informações sobre o arquivo ou pasta.

COMPONENTES DE HARDWARE E SOFTWARE

HARDWAREO Hardware é a parte física de um sistema computacional,

formado por partes mecânicas, elétricas, eletrônicas e eletromecânicas. São exemplos de hardware o gabinete, as placas e os periféricos. O Hardware é dividido em três partes principais, sendo: CPU ou UCP, a Memória e os Periféricos.

São também três as etapas do Processamento de Dados: Entrada de Dados, Processamento de Dados e Saída de Informações.

O Hardware responsável pelo Processamento de Dados é o chamado CPU (Central Processing Unit) ou UCP (Unidade Central de Processamento). A Unidade Central de Processamento, também chamada de processador, é a parte do computador que realiza as operações aritméticas e lógicas e gerencia o armazenamento os dados e instruções em memória. Os dados que nela entram estão na forma de sistema binário (0 e 1). A CPU é colocada em um local chamado de Placa Mãe. A CPU é o centro do sistema de processamento de dados. Essa unidade é constituída por três elementos básicos: a Unidade de Controle (UC), a Unidade Lógica Aritmética (ULA) e Registradores.

Os microcomputadores constituem um caso “particular” de computadores, em que a sua unidade central é um microprocessador (na verdade um processador miniaturizado). Ainda assim, mesmo ao nos referirmos a um microprocessador, usualmente diremos “processador”.

UNIDADE LÓGICA E ARITMÉTICA, UNIDADE DE CONTROLE E REGISTRADORES

A Unidade Lógica e Aritmética (ULA) tem como função realizar as operações aritméticas como a adição, subtração,

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

divisão e multiplicação, e também as operações lógicas relacionais como deslocamento, transferência, comparação, classificação, etc. Quando um programa solicita uma operação matemática ao computador, a Unidade de Controle entrega para a Unidade de Lógica e Aritmética os dados envolvidos e a operação a ser utilizada. A Unidade de Aritmética e Lógica executa o cálculo e imediatamente devolve os dados para a Unidade de Controle, a partir da qual os dados são então manipulados até chegar a um objetivo.

A função da Unidade de Controle (Control Unit) é dirigir e coordenar as atividades do UCP em relação às demais unidades do sistema. Todas as atividades internas de uma determinada máquina são controladas pela UC. As funções básicas da Unidade de Controle (UC) são as seguintes:

• controle de entrada de dados;• interpretação de cada instrução de um programa;• coordenação do armazenamento de informações;• análise das instruções dos programas;• controle de saída dos dados;• decodificação dos dados, etc.

Os Registradores executam a tarefa de listar todas as tarefas executadas pelo processador, e também são os registradores que se ocupam dos endereços dos dados, indicando, por exemplo, qual a posição (endereço) de memória que deve ser acessado.

Além destes elementos internos, temos também o Clock, que é um dispositivo que gera sinais periódicos necessários para a sincronização dos dados. Indica, indiretamente, a velocidade de processamento e é medido, atualmente, em Ghz (bilhões de operações por segundo).

Barramentos Os barramentos são os conjuntos de micro conectores que

ligam o microprocessador à placa-mãe, através dos quais os dados e as instruções, os endereços e os elementos de controle trafegam. Os barramentos são bidirecionais, ou seja, permitem tanto a entrada de dados no microprocessador quanto a saída de dados deste. São três os barramentos de um microprocessador, cada um deles ligado a uma de suas unidades primárias:

Barramento de Dados: este barramento serve à Unidade Lógica e Aritmética, utilizado para o tráfego dos dados e das instruções. A largura dos barramentos atuais é de 32 ou 64 bits, o que significa que cada operação executada processa um bloco de 32 ou 64 dígitos binários. Ao tamanho do barramento de dados também se dá o nome de “PALAVRA”. Portanto, ao se dizer que um processador possui barramento de 32 bits, o termo se refere SEMPRE ao tamanho do barramento de dados, e isto equivale a dizer que o processador trabalha com uma PALAVRA de 32 bits.

Barramento de Controle: Serve à Unidade de Controle, transportando os dados das coordenadas providas por esta unidade.

Barramento de Endereços: É o barramento pelo qual trafegam os elementos que compõe os endereços de memória que devem ser acessados, e que está, portanto, ligado aos Registradores. Sua largura é equivalente à do barramento de dados ou à sua metade. Os processadores atuais usam barramento de endereços de 32 bits, o que equivale à tecnologia de 32 bits para dados, ou à metade da tecnologia de 64 bits. Existem ainda processadores que possuem tecnologia de 64 bits tanto para dados quanto para endereços.

Observe abaixo um esquema que ilustra os barramentos:

MEMÓRIAAs informações que são trabalhadas pelos processadores

ocupam espaço físico e são colocadas em locais específicos para esta tarefa, denominados memórias. A memória é uma área capaz de armazenar determinadas informações, resultados intermediários e finais, e uma cópia do programa que está sendo executado atualmente. Ou seja, ela armazena os dados que estão aguardando para serem processados, ou que já foram processados anteriormente. No interior de um computador, os dados são organizados nas memórias em unidades básicas, ou seja, em bytes. O computador possui dois tipos de memórias: a Memória Principal e a Memória Secundária.

Memória PrincipalEste tipo de memória é que chamamos “memória do

computador” (Interna, Primária ou Main Memory). Sua localização é a mesma da CPU, na placa principal do sistema, ou placa mãe, podendo inclusive ser ampliada para aumentar sua capacidade de armazenamento. A Memória Principal é o sistema de memória ao qual a Unidade Central de Processamento tem acesso direto e instantâneo. Em outras palavras, a CPU pode, a qualquer momento, chamar qualquer informação primária, dando o seu endereço, e obterá a informação desejada instantaneamente. Uma das grandes características da Memória Principal é a capacidade de registro e recuperação de dados com grande velocidade. A Memória Principal é dividida em duas: RAM e ROM.

Funções da Memória Principal:• armazenar os dados de entrada até que sejam solicitados para

o processamento;• armazenar os dados intermediários do processamento e

servir como área de trabalho;• armazenar os dados de saída que são produtos do

processamento;• armazenar o conjunto de instruções a ser executado, ou seja,

o programa.

Memória RAMA Memória RAM (Random Access Memory) ou memória

de acesso aleatório é considerada como provisória. Este tipo de memória é aquela em que se pode “ler e escrever” em qualquer de suas posições. O acesso a uma determinada posição de memória é feito aleatoriamente, isto é, pode ser acessada qualquer informação que estiver em um determinado endereço de memória. As informações que estão sendo utilizadas pela CPU são guardadas neste tipo de memória.

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INFORMÁTICA

Características:• informações de execução. Armazena o programa que estiver

sendo executado no momento, bem como os dados com os quais o próprio programa opera;

• é volátil, ou seja, seu conteúdo é apagado quando o computador é desligado ou sofre uma interrupção na energia elétrica;

• memória de acesso aleatório

Tipos Básicos de Memória RAMa) DRAM (Dynamic RAM) - Memória RAM dinâmica, que

tem alto consumo de energia e que precisa de reforços elétricos para renovação dos estados de memória (refresh). Esta memória é lenta e seu custo é menor quando comparada à SRAM. É o tipo mais utilizado de Memória RAM. Um sub-tipo desta memória, a DDR (Doublé Data Rate), é o mais utilizado hoje em dia. Este tipo de memória tem a grande vantagem de executar DUAS instruções em cada um de seus ciclos, o que torna esta memória mais rápida que os modelos anteriores.

b) SRAM (Static RAM) - Memória RAM estática, que tem baixo consumo de energia e é extremamente rápida, pois não necessita de refresh, a renovação dos estados de memória. Geralmente é utilizada como memória cache.

Memória ROM (Reading Only Memory)A Memória ROM ou memória apenas de leitura é considerada

uma memória permanente, pois não se podem alterar os dados nela contidos, que já foram anteriormente gravados. A Memória ROM é utilizada para armazenar instruções e programas que executam operações básicas do computador e está diretamente ligado ao BOOT, conjunto de instruções que se encarregam de iniciar um sistema computacional. São suas características:

• Informações Técnicas (programas, instruções e dados de controle do computador);

• Gravada de Fábrica;• Usuários só possuem acesso às informações nela contidas

para leitura;• Memória não-volátil (seu conteúdo não é apagado ao se

desligar a máquina);• Alto custo;• Muito velozes.Embora a Memória ROM seja apenas de leitura, ela possui

subtipos com diferentes características, sendo que cada subtipo mantém a característica de ser não-volátil:

a) PROM (Programmable ROM) - tipo de memória programável. Pode ser programada apenas uma vez.

b) EPROM (Erasable PROM) - tipo de memória reprogramável. Para se gravar dados, utiliza-se pulsos elétricos. Para apagar, utiliza-se os raios ultravioleta.

c) EEPROM (Electrically EPROM) - tipo de memória programável e reprogramável por pulsos elétricos.

MEMÓRIA CACHEEsta memória é um atalho para o processamento porque

diminui o tempo de espera ocasionado pela busca de informações em memórias mais lentas. Nela são guardadas as últimas tarefas feitas no micro, ou as informações mais freqüentemente utilizadas. Esta memória tem como característica principal ser de altíssima velocidade (normalmente SRAM), e pode estar

localizada internamente ao processador (interna), ou na placa-mãe (externa). Atualmente existem três tipo de memória Cachê, assim denominadas: L1, L2, L3 (presentes em todos os micro-processadores) e L4 (presente em pouco processadores, apenas os de última geração). As funções dos dois primeiros níveis, embora similares, não são iguais:

L1: armazena os dados MAIS FREQUENTEMENTE UTILIZADOS.

L2: armazena os dados MAIS RECENTEMENTE UTILIZADOS.

Enquanto os níveis L1 e L2 são níveis internos (estão dentro do processador), os níveis L3 e L4 são externos. Além disso, L3 e L4 têm como função, respectivamente, a mesma de L1 e L2.

MEMÓRIA VIRTUALA Memória RAM é de extrema importância para os

computadores, porque é uma memória de execução. Em algumas situações, o usuário pode precisar de uma quantidade de memória RAM maior que a disponível para o sistema, e então o Sistema Operacional aloca na unidade de disco rígido (HD) um espaço para funcionar como uma extensão da memória RAM, denominada Memória Virtual. Embora a alocação física seja efetuada em uma unidade de memória secundária, o funcionamento deste espaço alocado segue os mesmos padrões dos segmentos da memória principal.

MEMÓRIA AUXILIAR (SECUNDÁRIA)São memórias utilizadas para armazenamento permanente

de dados e informações, para uso ou modificação posterior. São também denominadas Memória Externa, de Massa ou Auxiliar., e podem ser divididas em dois grupos distintos: Memórias de Acesso Sequencial e Memórias de Acesso Direto.

Memória de acesso seqüencialEsse tipo de memória tem como característica a necessidade

de leitura de informações anteriores para que se possa ler uma determinada. Isso porque as informações são armazenadas uma ao lado da outra sem endereços. Entre os tipos de memórias deste tipo de acesso, destacam-se atualmente apenas as fitas magnéticas, assim divididas:

a) Carretel ou Rolo – nessas unidades o armazenamento dos caracteres ou sinais é feita em trilhas paralelas ao longo da fita.

b) Cartucho ou Streamer - possuem uma grande capacidade de armazenamento, chegando a casa do Tb. O armazenamento é feito de forma serial, isto é, os caracteres são representados em apenas uma trilha.

Memória de acesso diretoPara que se possam gravar ou recuperar dados nesse tipo de

memória, não é necessário acessar outros dados anteriormente. Chega-se à informação desejada diretamente porque elas têm endereço. As unidades desse tipo de memória são.

a) Discos Flexíveis (Disquetes): São chamados de flexíveis pelo fato do material internamente utilizado ser maleável. São constituídos de um disco em polímero plástico (polietileno e poliamida normalmente) recoberto com uma camada de tinta magnética. Esse disco é envolvido por um tipo de plástico duro para aumentar sua proteção. Embora esteja presente na maioria dos computadores existente, as novas máquinas quase nunca oferecem este dispositivo, uma vez que sua capacidade, de 1,44Mb, praticamente não atende mais às necessidades atuais.

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INFORMÁTICA

b) Discos Rígidos (Hard Disk, HD ou Winchester): Estão contidos em um equipamento blindado para proteção contra poeira e campos magnéticos, entre outros. Possuem grande capacidade de armazenamento e ótima relação custo/benefício, o que faz deles a unidade de armazenamento secundária mais utilizada atualmente em microcomputadores. Um HD possui vários discos internos, de alumínio, cobre ou cerâmica, revestidos com uma camada magnética. As duas faces de cada disco são utilizadas, exceto as faces externas dos discos posicionados nas extremidades. Sua capacidade atualmente pode chegar a 400GB.

c) Disco Compacto - (compact disk - CD). Mídia na qual os dados são gravados e recuperados por raios laser, através de refração luminosa. Conseguem armazenar grande quantidade de dados com grande confiabilidade, pois praticamente não há desgaste. O CD é coberto por uma ou mais finíssimas películas onde são gravados os dados. Sua capacidade de armazenamento é de cerca de 700Mb. A quantidade de películas, suas características e qualidades são variáveis, e basicamente três tipos de CDs são encontrados:

- CD-ROM (Reading Only Memory): CD apenas para leitura.

- CD-WORM ou CD-R (Write Once, Read-Many): CD que permite a gravação uma única vez, cujos dados podem ser lidos várias vezes.

- CD Regravável ou CD-RW: CD que permite a regravação, ou seja, grava mais de uma vez, mas que não permite regravações em número ilimitado.

Os valores máximos atuais para leitura, gravação e regravação dos dados, atualmente, são respectivamente: 60x, 60x e 48x. Para encontrar a velocidade aplica-se o fator de multiplicação à base de transferência de 150Kb/segundo, lembrando-se que uma escala de memória é 1024 vezes maior que a anterior.

TRILHAS E SETORESO processo de gravação no disco rígido, flexível e óptico é

o mesmo utilizado para se gravar uma música em fita cassete ou fita magnética, ou seja, dirigindo um campo magnético a uma superfície magneticamente sensível colocada sobre um material de suporte. Nos discos magnéticos os bits são gravados em uma série de circunferências não conectadas umas às outras chamadas Trilhas (linhas concêntricas). A primeira delas é conhecida como “Trilha Zero” e está localizada na borda externa do disco. As circunferências das trilhas são fracionadas em partes chamados Setores (linhas radiais). O número de setores em cada trilha varia de acordo com o tipo de disco.

TABELA DE ALOCAÇÃO DE ARQUIVOS (FAT) Para que uma unidade possa gravar e depois recuperar

informações pelo método de acesso direto, é necessário que exista uma tabela que contenha o endereçamento de cada módulo de dados. Tal módulo de dados é o setor, e portanto cada setor de uma unidade de memória possui um endereço próprio e único. Ao gravar uma informação num setor ou grupo de setores, os registradores do sistema gravam na FAT (File Allocation Table) o endereço relativo a estes dados. O sistema FAT16 permite que os endereços de memória possuam 16 bits, o que era suficiente apenas para unidades de até 2Gb. O sistema atual, FAT32, permite endereços com 32 bits, e permite a formatação de um disco ou uma partição em até 2Tb. Além desse sistema, também podemos utilizar nas versões mais recentes o sistema NTFS, originalmente projetado para sistemas de rede mas que já foi inserido em sistemas domésticos (por exemplo, o Windows XP Home). Esse sistema permite uma formatação com Clusters menores. Se por um lado isso permite uma alocação melhor dos dados, por outro aumenta o tempo de resposta da unidade de disco, e portanto interfere na velocidade final. Entre as vantagens do sistema NTFS, destacam-se:

- melhor aproveitamento da unidade de disco ou partição;- controle de acesso a usuários;- recursos de compactação;- recursos de criptografia

CLUSTERS O número de endereços da FAT é menor que o número de

setores possivelmente criados em um disco. Por isso, o Sistema Operacional precisa agrupar os setores em pequenos grupos, em número equivalente ao de endereços possíveis na FAT. A cada um destes pequenos grupos de setores é dado o nome de CLUSTER. Uma vez que só uma informação pode ser armazenada em um Cluster, concluímos que, quanto menor o tamanho do Cluster, melhor é a alocação de espaço em uma unidade de disco. No sistema FAT32, os Clusters em geral variam entre 4, 8 ou 16Kb). Já no sistema NTFS os Clusters variam entre 512b (0,5Kb) e 4Kb.

PARTICIONAMENTO O particionamento é um recurso que possibilita a “divisão” de

uma unidade de disco em partes. Cada uma das partes resultantes deste processo será vista pelo Sistema Operacional como uma unidade de disco diferente, o que melhora a alocação dos dados assim como permite ao usuário a utilização das partições para fins diferentes. Uma outra vantagem do processo é a instalação de sistemas operacionais diferentes, já que um disco possibilita apenas a instalação de um Sistema Operacional por partição.

TECNOLOGIA RAIDIntrodução Para um usuário normal, a perda de dados até que pode não

fazer muita falta. Mas para empresas ou profissionais, a perda de informações pode significar prejuízos enormes. A tecnologia RAID, já consolidada e usada há alguns anos, é uma forma bastante eficiente de proteger informações e no caso de empresas, garantir a permanência de seus negócios. Conheça, nas próximas linhas, os conceitos desta tecnologia.

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INFORMÁTICA

O que é RAIDRAID é a sigla para Redundant Array of Inexpensive Disks.

Sua definição em português seria “Matriz Redundante de Discos”. Trata-se de uma tecnologia que combina vários discos rígidos para formar uma única unidade lógica, onde os mesmos dados são armazenados em todos. Em outras palavras, é um conjunto de HDs que funcionam como se fossem um só. Isso permite alta tolerância contra falhas, pois se um disco tiver problemas, os demais continuam funcionando, disponibilizando os dados. O sistema operacional, neste caso, enxergará os discos como uma unidade lógica única. Quando há gravação de dados, os mesmos se repartem entre os discos do RAID (dependendo do nível). Com isso, além de garantir a disponibilidade dos dados em caso de falha de um disco, é possível também equilibrar o acesso às informações, de forma que não haja gargalos. A tecnologia RAID funciona de várias maneiras. Tais maneiras são conhecidas como “níveis de RAID”. No total, existem 6 níveis básicos, os quais são mostrados a seguir:

RAID nível 0 - Este nível também é conhecido como “Striping” ou “Fracionamento”. Nele, os dados são divididos em pequenos segmentos e distribuídos entre os discos. Este nível não oferece tolerância a falhas, pois não existe redundância. Isso significa que uma falha em qualquer um dos HDs pode ocasionar perda de informações. Por essa razão, o RAID 0 é usado para melhorar a performance do computador, uma vez que a distribuição dos dados entre os discos proporciona grande velocidade na gravação e leitura de informações. Quanto mais discos houver, mais velocidade é obtida. Isso porque, se os dados fossem gravados em um único disco, esse processo seria feito de forma seqüencial. Com o RAID, os dados cabíveis a cada disco são gravados ao mesmo tempo. O RAID 0, por ter estas características, é muito usado em aplicações de CAD e tratamento de imagens e vídeos.

RAID nível 1 - também conhecido como “Mirroring” ou “Espelhamento”, funciona adicionando HDs paralelos aos HDs principais existentes no computador. Assim, se um computador possui 2 discos, pode-se aplicar mais um HD para cada um, totalizando 4. Os discos que foram adicionados, trabalham como uma cópia do primeiro. Assim, se o disco principal recebe dados, o disco adicionado também os recebe. Daí o nome de “espelhamento”, pois um HD passa a ser uma cópia praticamente idêntica do outro. Dessa forma, se um dos HDs apresentar falha, o outro imediatamente pode assumir a operação e continuar a disponibilizar as informações. A conseqüência neste caso, é que a gravação de dados é mais lenta, pois é realizada duas vezes. No entanto, a leitura dessas informações é mais rápida. Por esta razão, uma aplicação muito comum do RAID 1 é seu uso em servidores de arquivos.

RAID 0 + 1 - O RAID 0 + 1 é uma combinação dos níveis 0 (Striping) e 1 (Mirroring), onde os dados são divididos entre os discos para melhorar o rendimento, mas também utilizam outros discos para duplicar as informações. Assim, é possível utilizar o bom rendimento do nível 0 com a redundância do nível 1. No entanto, é necessário pelo menos 4 discos para montar um RAID desse tipo. Tais características fazem do RAID 0 + 1 o mais rápido e seguro, porém o mais caro de ser implantado.

Tipos de RAIDExistem 2 tipos de RAID, sendo um baseado em hardware

e o outro baseado em software. Cada uma possui vantagens e desvantagens. O primeiro tipo é o mais utilizado, pois não depende de sistema operacional (pois estes enxergam o RAID como um único disco grande) e são bastante rápidos, o que possibilita explorar integralmente seus recursos. Sua principal desvantagem é ser um tipo caro inicialmente. A foto ao lado mostra um poderoso sistema RAID baseado em hardware. Repare que na base da direita estão armazenados vários discos:

O RAID baseado em hardware, utiliza dispositivos denominados “controladores RAID”, que podem ser, inclusive, conectados em slot PCI da placa-mãe do computador. Já o RAID baseado em software não é muito utilizado, pois apesar de ser menos custoso, é mais lento, possui mais dificuldades de configuração e depende do sistema operacional para ter um desempenho satisfatório. Este tipo ainda fica dependente do poder de processamento do computador em que é utilizado.

Monitores de VídeoO vídeo do computador é o principal meio de apresentação

dos resultados processados. O monitor de vídeo pode exibir tanto dados alfanuméricos (letras e números) quanto gráficos (imagens). Pode-se também utilizar um aparelho de televisão comum ligado ao computador através de um conversor de freqüência. Embora um aparelho de TV tenha a maioria das capacidades de um monitor de vídeo, ele apresenta uma imagem de qualidade inferior, o que o torna impróprio para o uso prolongado que o computador provavelmente terá em um ambiente de trabalho. A função do vídeo é interpretar os impulsos binários do computador e convertê-los em sinais gráficos, a fim de que possamos visualizar as mensagens oriundas do computador. O monitor de vídeo possui subdivisões:

1) RESOLUÇÃO O vídeo é composto por vários pontos (pixels) na vertical e

horizontal. A multiplicação dos pixels da horizontal pela vertical dará a resolução final do vídeo.

a) Baixa Resolução - monitores que apresentam até 200.000 pixels.

b) Média Resolução - entre 200.000 e 400.000 pixels, como os monitores VGA (Vídeo Graphics Adapter).

c) Alta Resolução - entre 400.000 e 800.000 pixels, como nos monitores padrão Super VGA (SVGA).

d) Altíssima Resolução - acima de 800.000 pixels, como em monitores padrão UGA (Ultra Graphics Array).

Vídeo Touch Screen – Tela Sensível ao ToqueEsses vídeos possuem uma tela sensível ao toque que

executam tarefas como se fosse através de um teclado. Essas telas podem ser de três tipos básicos:

Pressão: é formada por duas camadas e separadas por um espaço que contém fios. Ao se pressionar a tela, os fios se encostam e fecha o circuito no local da pressão;

Infravermelho (Óptica): a tela é cercada por pares de célula fotoelétrica e diodo que emite luz infravermelha, criando uma rede ou conjunto de retículas invisíveis;

Capacitivas (Sombreamento): mesma lógica da tela de pressão porém com sensores de mudança da capacitância que detectam alteração de luminosidade.

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IMPRESSORAS DE IMPACTOa) Impressora Matricial - esse tipo de impressora utiliza

um sistema de cabeça de impressão composta por uma matriz de agulhas (normalmente de 9 a 24 agulhas) que se movimentam independentemente uma das outras. Conforme o caractere a ser impresso, as agulhas correspondentes à formação do mesmo são ativadas, e ao pressionar a fita que possui a tinta, o caractere é impresso no papel. Este tipo de sistema de impressão permite uma baixa velocidade de impressão. A velocidade oscila de 25 a 350CPS, sendo que cada linha pode ter 80 ou 132 colunas. Possuem uma resolução de média para baixa.

IMPRESSORAS DE NÃO IMPACTOa) Impressora Laser - esse modelo de impressora é bastante

veloz e a qualidade de impressão é excelente. Os caracteres são impressos no papel através de um sistema de raios laser de baixa intensidade, que permite sensibilizar opticamente um cilindro pelo qual passa o papel. Após ser sensibilizado pelo laser, o cilindro recebe uma chuva de tinta, e esta só permanece depositada nas partes sensibilizadas pelo laser, desta forma qualquer tipo de caractere ou desenho pode ser produzido pela impressora. Trabalha com Toner (pó químico que normalmente é acondicionado em um cartucho com um cilindro difusor), e é bastante silenciosa. A qualidade gráfica alcança até cerca de 10000 pontos por polegada, e a velocidade pode ultrapassar 20 páginas por minuto, quase não sendo mais utilizada para impressões em cores, pois o custo chegaria próximo à de uma impressora de cera, com qualidade inferior.

b) Impressora Jato de Tinta - possui uma qualidade aproximada à de uma impressora a laser, mas com um preço inferior e uma relação custo/benefício normalmente mais satisfatória para usuários domésticos. Estas impressoras trabalham com um sistema de jato de tinta onde a impressão é feita com um auxílio de um compartimento onde é armazenada a tinta, aplicada sobre o papel por uma cabeça de impressão com 64 a 128 injetores. O resultado final é uma impressão rápida e com alta qualidade. Existem modelos que possuem qualidade de foto na impressão. A maior resolução alcançada atualmente é de 5760x2880 pontos por polegada (dpi). A velocidade alcança cerca de 25 páginas por minuto em preto e branco, e 16 em colorido.

c) Impressora Térmica - esse modelo utiliza o processo que lhe dá o nome, sensibilizando o papel termicamente para gerar o caractere. Essas impressoras são utilizadas em máquinas de fax e possuem duas principais desvantagens: impressão monocromática e perda de informações com o tempo.

d) Impressora Cera - é normalmente utilizada na impressão de capas de revistas ou propagandas que exigem alta resolução gráfica. A forma de impressão varia de acordo com o modelo (sublimação ou derretimento térmico), porém todas com o mesmo objetivo que é fixar cera colorida em folha de papel. Seu custo é alto, porém sua manutenção é muito mais cara. A qualidade é equivalente a 15000 dpi, mas a velocidade é baixa, o que geralmente não é importante para esse tipo de impressora.

MODEMPense na comunicação entre dois computadores sendo feita

via telefone. A comunicação via telefone é feita através de sinais

analógicos e os computadores trabalham com sinais digitais. Para resolver isso, utilizamos um aparelho chamado MODEM, MOdulador e DEModulador. Esse aparelho converte sinais digitais em sinais analógicos na transmissão e sinais analógicos em digitais na recepção.

SCANNERO Scanner (Digitalizadores de Imagens ou Dispositivos

de Varredura ótica) é um capturador de imagens gráficas ou textuais. Este tipo de equipamento permite a entrada de dados para o computador através de um sensor luminoso que interpreta os caracteres ou marcações feitas em um documento qualquer. O processo de leitura é ótico, através de uma célula fotoelétrica (componente eletrônico sensível á presença de luz) ou através de leitura por raio laser.

Em relação à forma de trabalho pode ser dividido em:• Scanner de Mão - para se capturar a imagem passa-se o

mesmo em cima do desenho e este é transportado para a memória do computador;

• Scanner de Mesa - para se capturar a imagem, coloca-se a mesma no scanner e o desenho é copiado para a memória do computador;

• Scanner de Página - coloca-se a imagem em uma bandeja vertical e o scanner puxa a página que contém o desenho transportando-o para a memória do computador.

A resolução (nitidez da imagem) é medida em DPI (Dots Per Inchs), que é a quantidade de pontos por polegada. Quanto maior for a quantidade de pontos, maior será a resolução. Um problema encontrado nos scanners é que eles reconhecem o texto como uma imagem. No entanto, existe um programa chamado OCR (Optical Character Rccognition) que captura o texto da imagem, convertendo os caracteres para o código ASCII equivalente, permitindo que o texto seja manipulado por outro programa.

TECLADOÉ um conjunto de teclas semelhantes ao de uma máquina de

escrever, e pode ser dividido em três partes funcionais: o teclado alfa-numérico, o teclado numérico (à direita do anterior), e o conjunto de teclas especiais, ou teclas de função. Os principais modelos de teclados atualmente são os de 101, 102 ou 104 teclas. A diferença básica é a tecla cedilha, no teclado de 102 teclas, e duas teclas de função a mais, no de 104 teclas. Logo em seguida serão mostradas as teclas e as suas respectivas utilizações, lembrando que algumas teclas não possuem uma única função definida porque quem controla o seu funcionamento é o programa que está sendo utilizado.

- ESC - Esta tecla é utilizada para cancelar uma operação. Ela volta a uma situação anterior, ou seja, volta a um nível anterior ao que se encontra, no momento, na tela. Ela está localizada na parte superior esquerda do teclado. Em alguns casos a. tecla ESC assume a operação de finalização de um programa.

- F1 a F12 – São as “Teclas de Função”, e armazenam uma determinada operação em seu interior. A definição assumida por estas teclas estará de acordo com o programa utilizado, isto é, quem vai determinar a função da tecla é o programa que está sendo utilizado no momento.

- TAB - A tecla TAB insere um número fixo de caracteres em branco, em um documento. Em alguns casos, os caracteres que estiverem a direita do cursor serão também deslocados.

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INFORMÁTICA

- CAPS LOCK - Esta tecla permite o travamento das letras maiúsculas. Se o usuário desejar digitar o respectivo texto em letras maiúsculas basta pressionar CAPS LOCK uma vez, para que as letras saiam maiúsculas.

- SHIFT - Esta tecla é utilizada para se produzir letras maiúsculas ou então os caracteres da parte de cima das teclas que possuem dois símbolos. Ao contrário da tecla CAPS LOCK, a tecla SHIFT não é travada após o seu pressionamento.

- CTRL - Esta tecla é denominada “Tecla de Controle”. Ela não é encontrada em teclados de máquinas de datilografia, pois a sua função é específica para computadores. A tecla CTRL não possui uma utilização quando pressionada separadamente. O seu funcionamento sempre será em conjunto com outras teclas. Um exemplo prático seria a utilização das teclas CTRL + B para salvar-se um arquivo, em certos softwares.

- ALT - Conhecida como “Tecla Alternate”, ou seja, “Tecla de Alternação”. O seu funcionamento é semelhante à tecla CTRL, pois sozinha ela não possui um funcionamento específico. Para que se consiga a utilização desta tecla é necessário o pressionamento em conjunto com outra. Quem define a aplicação desta tecla é o programa que está sendo utilizado.

- PRINT SCREEN - Ao se pressionar esta tecla é efetuada uma impressão de todas as informações que estão na tela do computador. Para que seja impressa uma cópia exata desta tela é necessário que os caracteres seja alfanuméricos.

- SCROLL LOCK – Utiliza-se esta tecla para se conseguir um deslocamento de uma determinada tela no monitor de vídeo. Ao ser pressionada esta tecla acende-se o respectivo led no canto do teclado significando que a tecla SCROLL LOCK está ativa. Para desativá-la basta pressionar novamente.

- PAUSE - A tecla PAUSE permite efetuar uma pausa em uma determinada listagem de arquivos, na execução de um programa ou até mesmo na verificação do conteúdo de um arquivo extenso. Após se pressionar a tecla, a informação é congelada na tela e para que se retorne o processo é necessário o pressionamento de qualquer tecla.

- INSERT ou INS - Conhecida como tecla de inserção. Tem a finalidade de alternar entre o modo de inserção e sobreposição, ou seja, permitir que sejam inseridos caracteres em um determinado texto e que todos os caracteres à direita da posição do cursor também sejam deslocados para o mesmo sentido ou permitir a sobreposição de caracteres fazendo com que os caracteres anteriores sejam apagados à medida que forem sendo digitados os novos.

DELETE ou DEL - Esta tecla permite eliminar o caractere que estiver na posição atual do cursor. Se por acaso existirem caracteres à direita, estes serão deslocados uma posição para esquerda a fim de ocupar o espaço vazio deixado pelo caracter eliminado.

PAGE UP - Esta tecla permite que se desloque o visor da tela uma série de linhas acima, conseqüentemente a informação que estiver na tela efetuará o processo contrário, isto é, se você estiver na página 8 de um texto e desejar pular para a página 7, pressione a tecla PAGE UP algumas vezes que logo será alcançada a determinada página, com isso o texto sofrerá um deslocamento para baixo.

- PAGE DOWN - Esta tecla tem um funcionamento semelhante à tecla PAGE UP mas com sentido do deslocamento variando no sentido oposto.

- NUM LOCK - Permite a alteração entre o teclado numérico e o teclado de operações e setas. No lado direito de um teclado possuímos um conjunto de teclas separadas denominado “Teclado Numérico”. Nesta parte, encontramos várias teclas já mencionadas antes, mas elas se encontram agora em conjunto com outras, e para que consigamos utilizá-las precisamos atender aos recursos

da tecla NUM LOCK. Pressionando NUM LOCK é aceso um led determinando a seleção dos números, e ao se pressionar novamente a tecla, o led se apagará determinando assim o funcionamento das setas e das teclas de operações.

- ENTER ou RETURN - Esta é uma tecla muito importante do teclado, pois é esta que envia a mensagem digitada para o computador processar a informação e assim retornar o resultado desejado. Esta tecla deve ser pressionada toda vez que uma instrução ou linha de comando for finalizada. Após o pressionamento da tecla ENTER o computador processará a informação e retornará uma outra informação. Quando estiver sendo utilizado um processador de texto, a tecla ENTER tem a função de finalização de parágrafo levando o cursor a se posicionar no início da próxima linha.

- BACKSPACE - Permite que se apague o caractere imediatamente anterior à posição do cursor. Isto significa que posicionando o cursor em um determinado lugar e efetuando o pressionamento da tecla BACKSPACE será eliminado o caractere da esquerda e o resto da informação que estiver à direita se deslocará para a posição do caractere eliminado.

MOUSEO Mouse é um periférico de entrada para ambientes gráficos.

É um pequeno aparelho que permite o deslocamento de uma seta pelo monitor de vídeo (ponteiro indicador do mouse) utilizada para selecionar ou executar operações. Funciona de acordo com o movimento de uma esfera em uma plataforma lisa. Com o deslocamento do aparelho a esfera rola dentro da carcaça e faz com que os sensores capturem os movimentos e os transmitam ao monitor de vídeo. Para selecionar uma operação, este aparelho possuí dois ou três botões que podem ser pressionados assim que a seta se posicionar na respectiva posição onde se encontra o símbolo ou opção no menu. Alguns modelos possuem uma tecla central circular, que permite executar as funções das barras de rolagens, muitas vezes podendo ser programada para substituir a barra de rolagem vertical ou a horizontal.

Funções do mouse:a) 1 Clique botão esquerdo (padrão) → seleciona;b) Duplo clique botão esquerdo (padrão) → executa;d) 1 Clique botão direito (padrão) → controle.

ESTABILIZADOR DE TENSÃOO estabilizador de tensão funciona como um regulador da

tensão fornecida pela rede elétrica, cuja variação pode, por vezes, superar a casa de 10% de seu valor nominal. Quando a tensão está abaixo ou acima deste valor, o estabilizador “controla” a saída, fazendo com que a tensão permaneça num nível pelo menos próximo ao ideal.

NO-BREAKO No-break é um equipamento que fornece energia para o

equipamento quando a energia da rede é interrompida. O tempo pelo qual um no-break pode forncer energia depende de três fatores: o número de células internas de bateria, a capacidade somada de tais células, e o consumo de energia solictado pelo equipamento.

FILTROS DE LINHAEmbora as informações técnicas determinem que os filtros

de linha têm a capacidade de diminuir os efeitos dos ruídos da linha elétrica, por exemplo provocados por outros equipamentos eletrodomésticos, a verdade é que sua utilização real é a de uma extensão com vários conectores. A principal vantagem do filtro de linha é que ele contém um fusível de proteção contra picos na rede elétrica, que impede a passagem de tensão nessas condições e protege o equipamento, mais caro.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

BIT E BYTEEm geral, as informações armazenadas nos computadores

digitais são constituídas de caracteres. Em processamento de dados, um caractere pode ser um algarismo, uma letra, um sinal de pontuação, um símbolo matemático ou outro símbolo qualquer. Entretanto, tais caracteres, para poderem ser armazenados na memória do computador, devem ser submetidos a um processo de decodificação, que reduz cada caractere a uma combinação de dois símbolos fundamentais.

BITNos computadores eletrônicos digitais, os dois símbolos

fundamentais, com os quais se formam os demais símbolos, 0 e 1. Esta escolha foi feita porque os algarismos 0 e 1 apresentam a importante propriedade de serem os únicos algarismos de um sistema de numeração de base 2. Por essa razão, os símbolos fundamentais 0 e 1 recebem o nome de Dígitos Binários. Sua designação mais usual é a palavra Bit, contração do termo inglês Binary Digit. Assim, os dois símbolos fundamentais são normalmente designados pelos nomes: Bit 0 e Bit 1. O Bit é a menor quantidade de informações que se pode armazenar no computador. A reunião de um certo número de bits forma um dígito ou uma palavra. A cada Bit armazenado na memória corresponde um sistema físico dentro do computador. Uma vez que a codificação mencionada anteriormente reduziu a dois o número de símbolos a serem reconhecidos, o sistema físico em questão precisa representar somente esses dois símbolos.

BYTEA menor quantidade de informações do ponto de vista físico,

bem como do ponto de vista lógico, é o Bit. O computador, porém, num dado instante acessa mais de um Bit. O conjunto de Bits a que o computador tem acesso simultaneamente pode ser considerado como a unidade básica de informação, do ponto de vista do funcionamento interno do sistema. Nos computadores mais antigos (computadores de 2a geração), esta unidade básica era formada por 6 Bits. Nos sistemas de terceira geração, apareceu uma nova unidade de informação chamada BYTE, constituída de 8 Bits. Então, sabendo disto, podemos conceituar BYTE como sendo um conjunto de 8 Bits, necessários para se representar um determinado caractere.

UNIDADES DE MEDIDAOs computadores têm que guardar informações e elas ocupam

espaço. Esse espaço precisa ser delimitado e para isso foi criado um Sistema de Medidas para os computadores. Nossos sistemas de medidas usuais trabalham com base 10, como o Sistema de Medidas de Distância, onde 1 Km é igual a 103 (1.000) metros. Como os computadores trabalham com 0 e 1 apenas, seu Sistema não é Decimal (base 10) e sim Binário (base 2). A primeira medida seria o Byte que é um caractere. Um computador com um Byte pode guardar uma letra, número ou símbolo. Após essa medida, apareceram outras, mostradas a seguir:

Medida TamanhoByte 8 bitsKilobyte (Kb) 1.024 bytesMegabyte (Mb) 1.024 Kb ou 1.048.576 bytesGigabyte (Gb) 1.024 Mb ou 1.073.741.824 bytesTerabyte (Tb) 1.024 Gb ou 1.099.511.627.776 bytesPentabyte (Pb) 1.024 7b ou 1.125.899.906.842.620 bytesHexabyte(Hb) 1.024 Pb ou 1.152.921.504.606.850.000 bytes

SOFTWARESoftware é o conjunto de informações e ordens que são

transmitidas para que o computador execute.

Todo processo automático que transforma dados de entrada em informações organizadas segue uma orientação de como proceder tal organização. Para que isso aconteça, o computador necessita de programas que contêm instruções. As instruções que o Hardware entende e executa é o que chamamos software.

É o software que completa um hardware, formando um sistema de computação capaz de resolver problemas específicos de processamento de dados, como editar textos, organizar um banco de dados, calcular uma folha de pagamento ou emitir um balanço entre tantas outras aplicações.

Lembre-se sempre: Os programas que um computador é capaz de entender e executar são denominados de Software ou Programa de Computador. Ainda, segundo a Lei de Software (Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998):

Art. 1º Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.

Podemos dizer que por si só, o computador (Hardware) não é capaz de realizar nenhum trabalho. É somente um elemento capaz de executar uma tarefa cuja execução lhe é ordenada. Por conseguinte, para que ele realize esse trabalho, é necessário que o homem lhe dê instruções, agrupadas e ordenadas em programas, ou seja: o software.

Existem vários tipos de softwares, porém podemos dividi-los em dois principais tipos:

Software básico – que é o conjunto de programas que criam “softwares aplicativos”, a exemplo das linguagens “C” e “Assembler” entre tantas outras.

Software aplicativo – são os programas desenvolvidos para atender funções específicas, como exemplo se pode citar: edição de texto, gerenciamento de banco de dados, planilhas eletrônicas de cálculos, e outros, tendo por finalidade atender a uma determinada aplicação (controle de estoque, folha de pagamento, contabilidade e custos, controle financeiro, etc).

Software é o conjunto de informações e ordens (Programas), que são transmitidos para um computador realizar as mais variadas tarefas. Portanto, é feito para dar vida ao computador, dando-lhe atividade e significado.

O sistema operacionalSistema Operacional é o programa mais importante do

computador. Sem ele seu equipamento não funciona.O sistema operacional promove os recursos básicos de

integração entre o hardware, o software e o usuário, fazendo com que haja uma perfeita concordância entre o Hardware e o Software.

É escrito na linguagem natural do computador, determinado como software básico e faz o papel de uma interface de comunicação entre o usuário e os equipamentos. Existem diversos tipos de Sistemas Operacionais, os mais conhecidos são o Windows, Unix, Linux e o velho e bom MS-DOS.

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Didatismo e Conhecimento

INFORMÁTICA

O editor de textoO editor de texto, também conhecido como processador de

texto, é um software aplicativo destinado à edição de palavras (textos, documentos, formulários), tendo como objetivo produzir correspondências, relatórios brochuras ou livros. O computador somado ao processador de textos veio substituir a velha máquina de escrever, possibilitando criar textos e armazená-los em dispositivos como disquetes ou winchester, podendo posteriormente recuperar, alterar, copiar partes do mesmo para outro texto, ou seja, manipular em inúmeras formas possíveis.

Encontramos, no mercado nacional, diversos concorrentes do software aplicativo para processadores de textos, dos quais podemos destacar: Word; WordPerfect; Carta-Certa; que são característicos pela facilidade de uso e recursos de edição de texto que oferecem ao usuário.

A planilha eletrônica de cálculoTambém conhecida como planilha de cálculo, é um software

aplicativo que têm por função efetuar a manipulação de cálculos matemáticos e financeiros, de forma a substituir o modo tradicional de um modelo financeiro: lápis, papel e calculadora.

Nas empresas, as planilhas são uma das fontes de informações utilizadas pelos vários departamentos e fatalmente é uma ferramenta básica na tomada de decisões. Elas podem fazer previsões financeiras, planejamentos, gráficos atualizados automaticamente. Tudo com base em cálculos.

Uma planilha de cálculo é auto-explicativa, não sendo necessário o usuário possuir conhecimentos de técnicas de programação e nem a digitação dos comandos, pois são acessadas por menus. Entre outras, podemos citar o Excel da MicroSoft e o Quatro Pro da Corel.

Os Editores Gráficos e Editoração EletrônicaSão programas específicos, capazes de trabalhar com alta

resolução gráfica e produzir criações profissionais, como jornais, panfletos publicitários, etc., utilizando fotos, imagens e layout próprio.

Encontramos no mercado nacional, diversos concorrentes do software aplicativo para editoração gráfica. Destacam-se nos Editores de Desenhos, entre outros, o Corel Draw, Adobe Photo, MS Imager, Imager Composer, etc. E entre os programas de Editoração Eletrônica o Page Maker, Publisher.

Banco de DadosPodemos entender por Banco de Dados qualquer sistema,

composto por computador e software, cuja finalidade seja manter organizadas as informações relacionadas a determinado assunto e em determinada ordem. Ex.: Cadastro de Clientes.

Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é um conjunto de programas de computador (software aplicativo), que serve para administrar o Banco de Dados e que faz a interface entre os dados do Banco de Dados e o usuário do sistema.

Num antigo arquivo convencional, saber quais são os funcionários de uma empresa que têm mais de 40 anos e no mínimo 2 filhos pode ocupar dias no trabalho de separação de fichas de papel. Além de exigir muita atenção para não errar ao pular a ficha de algum funcionário que atenda a condição de seleção. Ainda,

pode demorar tanto que a informação se torne desnecessária e o trabalho desperdiçado. Com um computador e um sistema geren-ciador de banco de dados, podemos executar tal tarefa de forma precisa num tempo irrisório.

Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados Relacionais (SGBDR) administra um Banco de Dados Relacionais, o qual é caracterizado por ser organizado em tabelas de dados, isto é, os dados são armazenados em tabelas. Essas tabelas são relacionadas umas às outras através de um ou mais campos. Veja o exemplo:

Tabela 1Nome Endereço Fone Celular

carmem Rua x 425 999pedro Rua y 524 998

Tabela 2Nome Matéria Nota

carmem Matemática 7carmem Informática 8pedro Matemática 6pedro Informática 10

Com o SGBDR é possível, numa só consulta, listar quem obteve a nota máxima em determinada matéria com o respectivo endereço para, por exemplo, enviar uma correspondência de elogio. Na Tabela 2, a área preenchida representa um campo (Matéria), que é a menor unidade de informação existente em um arquivo de Banco de Dados. Na Tabela 1, a área preenchida representa um registro (Nome, Endereço, Fone e Celular), que é um conjunto de campos do Banco de Dados (uma informação global). No exemplo, o campo “Nome” determinou o relacionamento entre as tabelas e o resultado da consulta ficou assim: João, Rua y.

Alguns exemplos de softwares SGBD(R):Oracle, Access / SQL Server, ZIM, DBase / Clipper (já em

desuso), Progress.

ANOTAÇÕES

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