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1. INTRODUÇÃO

As plantas cítricas tem origem asiática e foram introduzidas no Brasil

ainda no período da colonização, provavelmente na Bahia. No entanto, com melhores

condições para vegetar e produzir aqui em nossas terras do que nas próprias regiões

asiáticas de origem, os citros se expandiram para todo o país.

A citricultura brasileira, que detém a liderança mundial, tem se destacado

pela promoção do crescimento socioeconômico, contribuindo com a balança comercial

nacional e principalmente, como geradora direta e indireta de empregos na área

rural. O Estado do Rio de Janeiro é o 10º (décimo) maior produtor de citros do

país, ficando atrás dos Estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Sergipe, Paraná,

Rio Grande do Sul, Pará, Santa Catarina e Goiás.

2. CLIMA

•Adaptação aos tipos de clima tropical e subtropical;

•Possível em quase todo território nacional;

•Áreas sujeitas à geada limita a produção;

•Áreas sujeitas à seca prolongada limita a produção;

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•Temperatura média ideal: 24ºc;

•Precipitação pluviométrica: 1.200 mm/ano;

•O frio quando leve, danifica as folhas e safras pendentes;

•Quando frio intenso mata ramos e afeta a safra seguinte;

•Temperaturas maiores que 38ºC paralisa o crescimento de ramos e raízes;

•Excesso de insolação provoca lesões graves no fruto e na planta;

•O vento em excesso provoca lesões por atrito no fruto;

•Quando a umidade relativa do ar é alta, surgem mais pragas e doenças;

3. MERCADO DE LARANJA

INDÚSTRIA: Laranjas: Pêra, Natal, Valência, Folha Murcha, Hamlin, Westin, etc.

MESA: Laranjas: Folha Murcha, Seleta, Bahia, Lima, Natal, Valência, Pêra, etc.

PRECOCES E MEIA ESTAÇÃO: Piralima, Baianinha, Bahia, Hamlin, Lima, Seleta.

TARDIAS: Pêra, Natal, Valência, Folha Murcha.

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4. MUDAS

4.1. Certificadas de Viveiro Telado

•Muda palito;

•Sacola plástica ou Citrospote;

•90 dias no tubete, depois sacola;

•90 dias até a enxertia (borbulhas);

•150 dias após, muda palito (11 a 12 meses);

•60 cm de altura;

•Enxertia com 20 a 25 cm de altura;

•Formação no campo com 3 a 4 pernadas.

4.2. Combinação porta-enxerto/copa

Limão Cravo: Laranjas, Limões e Tangerinas;

Poncirus trifoliata: Laranjas e Lima ácida;

Citrumelo swingle: Laranjas e Lima ácida;

Limão Volkameriano: Laranjas;

Tangerina Cleópatra: Laranjas e Tangerinas.

MUDA PALITO

MUDAS CERTIFICADAS

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4.3. Características dos Porta-Enxertos

CRAVO: precoce, boa produtividade, qualidade regular, tolera seca, suscetível

ao declínio e a gomose.

CITRUMELO: produção mais tardia, boa qualidade, tolerância moderada à seca e a

salinidade, tolerância a gomose.

VOLKAMERIANO: produção e maturação precoce, boa produtividade, qualidade

regular, tolerância à seca, menos suscetível a gomose e suscetível ao declínio.

TRIFOLIATA: tamanho menor de copa, precoce, crescimento lento, qualidade

excelente, suscetível à seca, resistência à Gomose, solos pesados e úmidos,

resistente à Tristeza e a Morte Súbita dos Citros (MSC).

CLEÓPATRA: boa produção e produtividade, maturação tardia, boa qualidade,

tolerância moderada à seca, tolerância moderada a Gomose, tolerante ao Declínio,

tolerante a salinidade.

5. CULTIVARES DE LARANJA

Devem ser escolhidas de acordo com o mercado a ser explorado, as de maior

importância comercial;

De diferentes épocas de produção;

MUDAS ENXERTADAS: DETALHE DA ZONA DE ENXERTIA

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Observar as condições edafo-climáticas (solo e clima);

Resistentes ou tolerantes a pragas e doenças;

As opções para o estado do Rio de Janeiro são: Folha Murcha, Seleta, Bahia,

Natal, Pêra, Valência, Baianinha; Lima.

5.1 GÊNERO CITRUS, ESPÉCIES E CULTIVARES

Citrus sinensis: Pêra, Seleta, Valência, Natal, Folha Murcha, etc.

Citrus limon: Eureka, Siciliano, Rugoso, etc.

Citrus reticulata: Cravo, Dancy, Poncan, Cleópatra, Satsuma, Rio, Murcot, etc.

Citrus aurantifolia: Laranja Lima, Limão Tahiti, Galego, etc.

“Laranjas mais cultivadas no Brasil: Pêra, Natal, Valência, Bahia, Folha

Murcha”.

5.2 CARACTERÍSTICAS DAS CULTIVARES

PÊRA:

Árvores de porte médio, frutos ovalados, pequenos e com 6 sementes;

Maturação tardia (agosto a abril);

Floração fora de época;

Indústria e mesa;

Porta-enxerto: Limão cravo e Tangerina Cleópatra.

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NATAL:

Árvore de porte médio, frutos arredondados, pequenos, casca amarelo-clara, com

4 sementes;

Indústria e mesa;

Maturação muito tardia (setembro a dezembro);

Porta-enxerto: Limão cravo, Citrumelo swingle e Limão rugoso.

BAHIA:

Árvores grandes, frutos grandes, esféricos, com umbigo, sem sementes;

Consumo in natura;

Maturação precoce / meia estação (abril a julho);

Porta-enxerto: Limão cravo.

VALÊNCIA:

Árvores de grande porte, fruto arredondados, tamanho médio, 5 sementes;

Indústria e mesa;

Maturação mais tardia (setembro a novembro);

Porta-enxerto: Limão cravo, Citrumelo swingle.

FOLHA MURCHA:

Origem: Araruama (1950);

Árvore de porte médio;

Frutos arredondados, médios a grande, sucoso;

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Maturação tardia (agosto a dezembro);

Mesa e indústria;

Porta-enxerto: Limão cravo, Citrumelo swingle e Cleópatra.

SELETA:

Árvore de porte médio;

Frutos pequenos a médio, arredondados, muito doces;

Maturação precoce/meia estação (abril a julho);

Mesa;

Porta-enxerto: Limão cravo.

BAIANINHA:

Árvore de porte médio;

Frutos pequenos a médio, arredondados;

Maturação precoce/meia estação (maio a julho);

Indústria e mesa;

Porta-enxerto: Limão cravo.

6. ESCOLHA DA ÁREA

Evitar as áreas sujeitas aos ventos sul e nordeste;

Evitar solos de baixada, sujeitos a encharcamento;

Evitar solos com camadas de impedimento como pedras, tabatinga e solos

compactados;

Não plantar em áreas com declividade superior a 30%;

Evitar solos com a presença de alumínio tóxico e sódio (observar resultado da

análise de solo);

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7. CUIDADOS ANTES DO PLANTIO

Limpar completamente a área da presença de matos;

Realizar as práticas de preparo do solo necessárias (Aração e Gradagem);

Corrigir a acidez do solo com aplicação de Calcário Agrícola;

Abrir as covas no tamanho e no espaçamento recomendados;

Realizar Adubação de Plantio;

Retirar os saquinhos plásticos das mudas no momento do plantio.

8. ANÁLISE DE SOLO

Separar a área de plantio em glebas uniformes;

Observar topografia, cor de solo e vegetação;

Se área nova ou com manejo antigo;

A retirada do solo deve ser com um maior número de sub-amostras possível;

Percorrer a área em zigue-zague;

Não se devem retirar as amostras com solo muito úmido;

Retirar amostras das camadas de solo de 0 a 40 cm;

Utilizar sondas, trados ou enxadão;

Utilizar um balde de plástico limpo para misturar as sub-amostras;

Etiquetar e ensacar as amostras definitivas em sacos plásticos;

Preencher as etiquetas com: número da amostra, nome do produtor, nome da

propriedade, município, cultura explorada ou a explorar, tamanho da área

(Comprimento x Largura) e data;

Enviar para o laboratório;

Resultado;

Interpretação do resultado e recomendação.

RETIRADA DE AMOSTRAS DE SOLO PARA ANÁLISE QUÍMICA

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9. CALAGEM

A CALAGEM é uma técnica muito importante que incorpora CALCÁRIO AGRÍCOLA para

a correção da acidez do solo. Os objetivos da CALAGEM são: eliminar os efeitos

nocivos de acidez do solo e proporcionar às plantas maior suprimento de Cálcio e

Magnésio, que são nutrientes essenciais ao desenvolvimento de qualquer planta.

Utilizada de modo correto, a calagem pode recuperar a fertilidade natural do solo e

aumentar a oferta de nutrientes para as plantas, eliminando ainda os efeitos

tóxicos, causados pelo Alumínio e o Manganês.

O ideal é que se incorpore o Calcário Agrícola ao solo cerca de 30 a 60 dias

antes do plantio para que haja tempo do mesmo reagir no solo.

Para saber a quantidade de Calcário a ser aplicada é necessário se fazer a

Análise Química de Fertilidade do Solo.

APLICAÇÃO MANUAL DE CALCÁRIO

APLICAÇÃO MECANIZADA DE CALCÁRIO

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10. ESPAÇAMENTO DA CULTURA

Varia de acordo com o clima, a cultivar, tipo de solo, fertilidade,

topografia, porta-enxerto, etc.

LARANJA: 7,0m x 6,0m; 7,0m x 5,0m; 7,0m x 4,0m; 7,0m x 3,5m.

6,0m x 6,0m; 6,0m x 5,0m; 6,0m x 4,0m; 6,0m x 3,5m.

6,0m x 3,0m; 5,0m x 5,0m; 5,0m x 4,0m.

LIMÃO: 7,0m x 7,0m; 7,0m x 6,0m; 7,0m x 5,0m; 7,0m x 4,0m.

6,0m x 6,0m; 6,0m x 5,0m; 6,0m x 4,0m.

TANGERINA: 7,0m x 7,0m; 7,0m x 6,0m; 7,0m x 5,0m; 7,0m x 4,0m.

6,0m x 6,0m; 6,0m x 5,0m; 6,0m x 4,0m, 5,0m x 4,0m.

11. EROSÃO DO SOLO

LAMINAR

• Desgaste uniforme das camadas do solo;

• Não se observa formação de sulcos;

• Superficialmente;

• Leva solo, fertilizantes, matéria orgânica;

• Assoreamentos;

• Corrige-se com o manejo.

SULCO

• Concentração de enxurrada em um ponto;

• Formação de sulcos;

• É perceptível de imediato;

• Corrige-se com o manejo, logo no início;

• Evitar mecanização morro abaixo.

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VOÇOROCA

Profundas fendas no terreno;

Atinge sub-solo e rochas;

Originam de sulcos não corrigidos;

Estabilizar o crescimento;

Desviando as águas;

Isolar com cerca;

Com vegetação, paliçadas, pedras;

Vegetação com sistema radicular abundante;

12. CONSERVAÇÃO DO SOLO

12.1 LOCALIZAÇÃO DAS EXPLORAÇÕES

Declividade de 0 a 20%: Hortaliças, culturas anuais, culturas

permanentes, pastagens;

Declividade de 20 a 50%: Pastagens e culturas permanentes;

Declividade maior que 50%: Reflorestamento e pastagens.

12.2 PROCEDIMENTOS

Plantio em curvas de nível;

Até 3% de declive já se deve marcar as curvas de nível;

De 4 a 6%, curvas de nível e faixa de retenção;

De 7 a 12%, curvas de nível, terraços em nível, faixa de retenção;

De 13 a 20%, curvas de nível, terraços em nível e faixas de retenção;

Usar o nível tipo trapézio ou pé de galinha, nível de borracha, nível de

engenharia;

Marcar a curva mestre;

Corrigir as estacas;

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Marcar as covas com o bambu de 4 m, distância entre as plantas;

Tirar as paralelas, começando em pontos desencontrados;

Utilizar o bambu de 6m para fazer a paralela;

Observar o ângulo de 90º entre os bambus;

Escolha do local certo e construir obstáculos;

Marcar os carreadores;

Faixas vegetativas (Napier, Cana, Capim cidreira);

Terraços;

Banquetas individuais;

Patamares.

12.3 ALTERNATIVAS DE EQUIPAMENTOS

Nível tipo trapézio;

Nível tipo pé de galinha;

CONSERVAÇÃO DO SOLO

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Nível de borracha;

Nível de engenharia.

13. QUEBRA VENTOS

Quebra a velocidade do vento;

Desvia o vento da lavoura;

Reduz o ataque de pragas e doenças;

Diminui a evaporação;

Reduz a queda de flores;

Evita a erosão causada pelos ventos;

Casuarina, bambú, eucaliptos;

Napier e Cana de açúcar.

14. MARCAÇÃO E ABERTURA DAS COVAS E/OU SULCOS

14.1 MATERIAIS UTILIZADOS

Estacas;

Marreta;

Bambú;

Cordas;

Nível;

Réguas;

Trenas, etc...

14.2 ABERTURA DAS COVAS

• Enxadão;

• Brocas;

• Retroescavadeira;

• Sulcador.

ABERTURA DE COVA COM BROCA ACOPLADA AO TRATOR

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COVAS: (Comprimento x Largura x Profundidade)

Solos arenosos ou de

textura média: 40cm X 40cm X 40cm;

Solos argilosos ou

Muito compactados: 80cm x 80cm x 80cm;

14.3 PROCEDIMENTOS

Depositar a terra da primeira camada de um lado da cova;

A terra do fundo do lado oposto;

Misturar os adubos na primeira camada de terra retirada;

Inverter as camadas: primeira camada de terra (com os adubos misturados)

irá para o fundo da cova e a segunda camada de terra irá preencher a cova.

15. ADUBAÇÃO

Qualquer adubação só é feita de forma correta e racional quando é recomendada

baseada no resultado da Análise Química de Fertilidade do Solo, feita por

Laboratório especializado.

Portanto, devem-se fazer as recomendações de Calagem e de Adubações de Plantio

e de Cobertura, após interpretação do resultado da Análise de Solo feita em

laboratório.

15.1 ADUBAÇÃO DE PLANTIO

Manual de adubação para o Estado do Rio de Janeiro.

Adubo orgânico (composto orgânico ou esterco curtido de gado ou aves);

Superfosfato Simples ou Fosfato Natural;

COVA ABERTA

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Cloreto de Potássio;

Ou Formulados Mistos;

FTE (Micronutrientes).

*Misturar bem o material

*Voltar para a cova

MANUAL DE ADUBAÇÃO DO ESTADO RJ

15.2 ADUBO ORGÂNICO:

Teor baixo de matéria orgânica = 10 a 15 kg de esterco bovino por cova;

Teor médio de matéria orgânica = 7 a 9 kg de esterco bovino por cova;

Teor alto de matéria orgânica = 3 a 4 kg de esterco bovino por cova.

Se optar pela cama de aves, usar a metade recomendada por cova da dose

de esterco bovino.

15.3 ADUBAÇÃO DE COBERTURA

Deve ser realizada cerca de 60 dias após o plantio, logo que observar o

pegamento das mudas;

Realizar pelo menos 3 aplicações no ano;

Aplicar afastado do caule cerca de 30 cm;

No segundo ano, 3 aplicações;

No terceiro ano, fazer análise de solo novamente;

O parcelamento é importante;

Épocas de adubação;

Fazer análise de solo todo a cada 2 anos.

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16. PANTIO DAS MUDAS

• Em dias nublados/chuvosos;

• No centro da cova (régua de plantio);

• Selecionar as mudas por tamanho;

• Mudas acima do nível do solo;

• Pressionar a terra com os pés, em volta da muda.

17. COBERTURA MORTA

• Tipo de material: capim sem sementes, restos de cultura, bagaço de cana, etc.

• Altura da camada: 5 cm

• Duração: variável

• Afastar a palhada do tronco.

“Diminui as capinas, evita os raios solares, incorpora Matéria Orgânica no

solo, diminui o impacto das águas da chuva, controla a erosão, etc.”

18. PODA DE FORMAÇÃO

• Deixar de 3 a 4 pernadas;

• Pincelar com pasta bordalesa;

• Fazer desbrota;

• Desinfecção das ferramentas;

• Água sanitária a 5%.

MUDA ACIMA DO NÍVEL DO SOLO

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19. TRATOS CULTURAIS

19.1 DESBROTA

Eliminar as brotações e os ramos chupões nas mudas;

Ocorre muito na primavera e no verão;

Usar calda bordalesa nos cortes.

19.2 PODA DE FORMAÇÃO

Deixar de 3 a 4 pernadas;

Eliminar todas as outras que surgirem;

Usar a calda bordalesa nos cortes.

19.3 PODA DE LIMPEZA

Eliminar todos os galhos secos e doentes;

Queimar estes materiais;

Eliminar o excesso de brotação.

CALDA BORDALESA:

Ingredientes:

100 gramas de Sulfato de Cobre;

100 gramas de Cal Virgem;

20 litros de água limpa.

Modo de Preparo:

Observação: Use sempre vasilhames de plástico, amianto ou madeira.

DESBROTA

PODA DAS BROTAÇÕES + CALDA BORDALESA

Page 19: Apostila Curso Citrus

pág. 19

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Produção de citros

Laranja - limão - tangerina

Autoria: Jorge Ferreira de Souza & João Batista Alves Pereira (EMATER-RIO Esloc. Araruama & Esloc. Saquarema)

Adaptação: JADSON LOPES GUEDES & ANTÔNIO CARLOS MARINS (EMATER-RIO Esloc. São Gonçalo)

EMATER-RIO * Escritório de SÃO GONÇALO * Tel: (21) 2701-2954

e-mail: [email protected] * Blog → http://emater-rioeslocsg.blogspot.com

Ponha primeiramente o sulfato de cobre em um saquinho de pano e deixe

desde a véspera de molho em um balde com 5 litros d'água para dissolver.

Em outro vasilhame, misture a cal virgem com os 15 litros d'água

restantes;

A seguir, despeje lentamente a solução de sulfato de cobre na cal virgem

apagada, mexendo lentamente, formando uma calda de cor azul;

Finalmente, faça o teste para saber se a calda está no ponto ou se está

ácida. É só mergulhar a ponta de uma faca de aço (não pode ser

inoxidável) por três minutos e observar: se a faca ficar escurecida é

porque a solução está ácida e se necessita adicionar mais um pouco de

leite de cal. Se não alterar a cor da faca, a solução está no ponto;

Atenção: A Calda Bordalesa depois de pronta deve ser utilizada no mesmo

dia e NÃO deve ser aplicada nos horários de pleno sol.

19.4 CAPINA

Manual com enxadas;

Manual com roçadeiras;

Motorizada/roçadeira;

Cuidado com o sistema radicular.

OBSERVAÇÕES:

O número de capinas é variável;

Na capina manual, cuidado para não ferir o tronco e raízes;

Capinas alternadas e roçada;

Coroamento e roçada;

Capina na linha da cultura e roçada na rua;

Leguminosas na rua e capina na linha;

Leguminosas na linha e roçada na rua;

Fazer análise de solo a cada 2 anos.

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pág. 20

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20. ADUBAÇÃO VERDE

Melhora as condições químicas, físicas e biológicas do solo;

Manutenção da umidade do solo;

Melhora a estrutura do solo;

Diminui a lixiviação;

Fixação de NITROGÊNIO no solo;

Reduz a população de nematoides no solo;

Inibe o desenvolvimento de ervas daninhas;

Elimina ciclo de doenças e pragas.

21. CULTURA INTERCALAR

Aipim

Feijão

Abóbora

Milho

Mamão

Pinha

Amendoim

Abacaxi

Maracujá

Melancia

Maxixe

22. PRINCIPAIS PRAGAS

Periodicamente avaliar o nível de infestação das pragas nos pomares;

Verificar as pragas chaves e as secundárias;

Verificar a ocorrência de inimigos naturais;

Usar lupas de 10X, para identificar determinadas pragas.

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PULGÃO PRETO

Vivem nas brotações novas;

Enrolamento das folhas;

Transmissor de doenças;

Inseto sugador;

Coloração marrom e preta;

Vivem em colônias.

CONTROLE

Fumo (150g) + Sabão (50g) + Água (10 litros);

Sabão (100g) + Querosene (6 litros) + Água (100 litros);

Decis (III): (5 ml em 10 litros de água);

Nim (1 litro em 100 litros de água);

Calda Sulfocálcica (IV): (2%)

COCHONILHAS

Piolho branco (Orthezia praelonga);

Escama farinha (Pinnaspis aspidistre);

Cabeça de prego (Chrysomphalus ficus);

Pardinha (Selenaspidus articulatus);

Escama vírgula (Lepidosaphis beckii);

CONTROLE

Fumo (150g) + Sabão (50g) + Água (10 litros);

Sabão (100g) + Querosene (6 litros) + Água (100 litros);

Decis (III): (5 ml) em 10 litros de água;

Óleos mineral e vegetal (IV);

Calda sulfocálcica (IV);

Triona (IV);

Assist (IV);

Nim.

“Insetos sugadores, vivem em colônias, em frutos, folhas, ramos e caules”

PULGÃO PRETO

COCHONILHAS

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pág. 22

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LARVA MINADORA

O adulto é uma mariposa;

Ciclo de +- 45 dias;

Larva durante 13 dias;

Atacam as folhas mais novas;

Ovos depositados nas folhas novas;

Galeria em forma de serpentina;

Inimigo natural é a vespinha Ageniaspis citrícola;

Equilíbrio da população após 3 anos.

CONTROLE

Vertimec (III): (30 ml em 100 litros de água);

Confidor (IV): (10g em 100 litros de água);

Decis (III): (5 ml em 10 litros de água);

Ageniaspis citrícola.

MOSCAS DAS FRUTAS

3 gêneros de moscas frugívoras;

Anastrepha;

Ceratitis;

Neosilba;

São mais prejudiciais nas variedades tardias.

CONTROLE

Monitoramento desde o início da maturação;

Limpeza do pomar: fazer as podas recomendadas para um bom arejamento da

parte aérea das plantas; recolher periodicamente os frutos caídos no chão;

Frascos caça-moscas com atrativos: sucos adocicados de frutas, melado de

cana-de-açúcar, etc.

Controle biológico = Diachasmimorfa longicaudata, Dorictobracon areolatus,

Metarhizium anisopliae, formigas e aranhas.

Frasco caça-moscas

GALERIAS EM FORMA DE SERPENTINA FORMADAS PELA LARVA MINADORA

MARIPOSA: FASE ADULTA DALMINADORA

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CIGARRINHAS

Insetos sugadores;

Primavera e verão nos ramos novos;

70 espécies atacando os citros;

11 espécies disseminando a CVC (Clorose Variegada dos Citros);

A Xilella fastidiosa vive nos vasos do xilema das plantas e no aparelho

bucal das cigarrinhas.

CONTROLE

Monitoramento com armadilhas coloridas e adesivas. Troca com 15 dias

(verão) e 30 dias (inverno);

Redes (puçás);

Quando 10% das plantas estiverem com a presença da praga, pulverizar;

Deltametrina;

Controle biológico = Metarhizium anisopliae e Bauveria bassiana.

BROCA DOS CITROS

Larvas atacam ramos e tronco;

Macropophora accentifer (caule);

Diaploschema rotundicolle (ramos e caule);

Murchamento e seca dos ponteiros;

Infestação de abril a julho;

Macropophora accentifer = corpo cinza com manchas escuras nas asas e

serragem em lâminas;

Diaploschema rotundicolle = corpo marrom com asas amarelo/castanhos e

serragem em pó.

CONTROLE

Inspeção constante

Poda dos ramos

CIGARRINHA

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pág. 24

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Fosfeto de alumínio (3 a 5 gramas por orifício)

Controle biológico = Metarhizium anisopliae em fubá de milho => polvilhar

ÁCARO DA FALSA FERRUGEM

Ácaro amarelado, corpo em forma de vírgula (0,16 mm);

Ocorre todo o ano;

Maior incidência na primavera e verão;

Pode atacar todas as variedades de citros;

Lesões em folhas e frutos;

Redução do peso dos frutos.

CONTROLE

Inspeções periódicas (Semanal);

Pulverizar quando 10% dos frutos infectados;

Abamectin, Fenbutatin, Calda Sulfocálcica.

CALDA SULFOCÁLCICA:

Ingredientes:

5,0 kg de enxofre em pó;

2,5 kg de cal virgem em pedra e de boa qualidade;

20 litros de água limpa.

Material:

Máscara e óculos;

Uma boa fogueira;

Um cabo de madeira para agitar;

Um latão fundo de mais de 20 litros. Não pode ser de Cobre;

Uma tampa de madeira;

FRUTOS ATACADOS PELO ÁCARO DA FALSA FERRUGEM

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pág. 25

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Uma caneca esmaltada ou de plástico;

Um balde e um funil de plástico;

Um pano (para servir de coador);

Garrafas de um litro com vidro escuro e tampa.

Modo de Preparo:

Observação: Use máscara e óculos o tempo todo, pois a cal é irritante;

Colocar todo o enxofre no latão. Jogar toda a cal virgem por cima. Jogar um

pouco de água. A cal vai começar a dissolver na água e vai formar uma

pasta. Comece a misturar bem com o cabo de madeira;

Depois de bem misturada complete com água até os 20 litros. Só assim, leve

ao fogo que deve estar forte. Agite bem e sempre até ferver.

Deixar fervendo durante uma hora, agitando sempre. Completar com água à

medida que ela for evaporando, para manter o nível de 20 litros.

A Calda de amarelada vai se tornando vermelha. Quando ficar cor de vinho,

transparente e com fundo preto (cor de café) tirar do fogo.

Tape o latão e deixe esfriar até a manhã seguinte.

Retirar o líquido com uma caneca, com cuidado para não agitar o fundo. Coar

com um pano ralo. Guardar nas garrafas de 1 litro, que devem ficar bem

tapadas com rolha parafinada;

Pulverização:

Diluir 2 litros da solução em 100 litros de água e pulverizar. Nunca

pulverize nas épocas de floração. O ideal é que se pulverize depois que as

pétalas das flores já tiverem caído.

Nunca Pulverize a Calda com Sol Quente.

A Calda Sulfocálcica é Corrosiva (ataca metais). Após o uso lave todos os

equipamentos com muita água.

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pág. 26

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23. PRINCIPAIS DOENÇAS

CLOROSE VARIEGADA DOS CITROS

Xylella fastidiosa;

Presente nos vasos do xilema;

Folhas miúdas, frutos miúdos em penca, folhas cloróticas, folhas

necróticas, frutos manchados, pouca folha, seca dos ponteiros;

Laranjas doces;

Cigarrinhas;

Encontradas pela manhã e tarde;

Desordem nutricional (K e Zn);

Plantas até 2 anos erradicar;

Acima de 2 anos podar na base dos galhos.

CONTROLE

Manejo do mato;

Redes para monitoramento;

Cartões amarelos adesivos;

Aplicação de Decis;

Inseticida Aliete no tronco;

Vertimec e Confidor.

GOMOSE

Ocorre durante o período de maior atividade das plantas;

Amarelecimento geral e morte;

Fungos do solo.

CONTROLE

Evitar ferimentos no colo da planta;

Usar porta-enxerto tolerante;

Evitar plantios fundos;

AMARELECIMENTO DE PLANTA COM GOMOSE

CVC: CLOROSE VARIEGADA DOS CITROS

Page 27: Apostila Curso Citrus

pág. 27

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Plantio em solos bem drenados;

Evitar acúmulo de água no tronco;

Evitar adubações nitrogenadas e orgânicas junto ao tronco;

Curativo: pasta cúprica;

Sistêmico Aliete.

LEPROSE

ÁCARO = Vetor LEPROSE = Vírus;

Em qualquer época do ano;

Abril a setembro;

É avermelhado com manchas escuras;

Atinge as variedades de laranja;

Ataca frutos, folhas e galhos;

Laranjas doces;

Queda total dos frutos;

Causa morte da planta.

CONTROLE

Poda dos galhos afetados;

Catação de frutos;

Poda de reforma quando for severo;

Calda sulfocálcica, Torque (III);

Erradicar muda.

FERIMENTO E ACÚMULO DE MATERIAL NA REGIÃO DO COLO DA PLANTA

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pág. 28

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FUMAGINA

Fungo de coloração negra;

Atacam as folhas, frutos, ramos e troncos;

Está associado a insetos sugadores;

Afeta a qualidade dos frutos;

Morte das plantas.

CONTROLE

Controle dos insetos sugadores;

Aplicação de óleos minerais ou vegetais.

VERRUGOSE

Lesões corticosas, verrugas;

Serve de abrigo para o ácaro;

Preferência por frutos pequenos;

Ataca o Limão cravo.

CONTROLE

Produtos à base de cobre (IV);

Antes da florada e após;

Pulverização dos porta-enxertos.

FOLHAS COM FUMAGINA

VERRUGOSE EM FRUTO DE LIMÃO

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PINTA PRETA

Afeta laranjeiras e tangerinas;

Lesões nos frutos do lado do sol;

Queda acentuada;

Lesões com depressão e pontuações pretas no centro;

Surgiu no RJ em 1980.

CONTROLE

Cúpricos + óleo a 0,5%;

Mancozeb + óleo a 0,5%;

ANTRACNOSE OU ESTRELINHA

Uma raça mais virulenta do Colletrotrichum;

Queda de flores e frutos pequenos;

Afeta muito os limões.

CONTROLE

Pulverizar com cobre antes da abertura das flores;

Usar um sistêmico após;

Folicur 200, Score.

ALTERNÁRIA

Fungo Alternaria alternata;

Afeta tangerinas e seus híbridos;

Não afeta laranjas e limões;

Causa desfolha e seca dos ramos;

Manchas escuras com halos amarelos;

PINTA PRETA

ANTRACNOSE

ALTERNÁRIA EM FOLHA DE TANGERINA

Page 30: Apostila Curso Citrus

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Queda de frutos;

Em 2001 no RJ;

Brotações novas e flores;

RJ: Dancy e Poncã;

SP: Murcotte.

CONTROLE

Pulverizar as brotações e até 4 meses após a florada;

3 aplicações com cobre, intercalada com uma de sistêmico;

Fazer poda de inverno, removendo os restos da lavoura e queimar;

Usar quebra-ventos;

Adubação equilibrada;

Cobre, Score.

24. OUTRAS PRAGAS

Mosca Negra dos citros - Constatada no RJ em 2010 - Cachoeiras de Macacu.

25. OUTRAS DOENÇAS

Cancro cítrico - Não constatada no Rio de Janeiro;

Morte Súbita dos Citros – Não constatada no Rio de Janeiro;

Declínio – Não constatada no Rio de Janeiro;

Greening – Não constatada no Rio de Janeiro.

Page 31: Apostila Curso Citrus

pág. 31

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26. AGROQUÍMICOS

I- Extremamente Tóxico – Faixa Vermelha

II- Altamente Tóxico – Faixa Amarela

III- Moderadamente Tóxico – Faixa Azul

IV – Pouco Tóxico – Faixa Verde

Obs: Toda aplicação de Produto Químico deve ser feita após a

leitura da Bula e/ou Modo de Aplicação, impressos na embalagem do

produto e sempre utilizar Equipamento de Proteção Individual

(EPI) no momento da aplicação.

APOIO:

REALIZAÇÃO:

ESCRITÓRIO DE SÃO

GONÇALO