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  Curso de Cabeleireiro Saúde e Beleza

APOSTILA CURSO DE CABELEIREIRO

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PROFISSIONAIS DE BELEZA E SAÚDE, CABELEIREIROS, VISAGISTAS, COLORIMETRIA, CORTES E ÂNGULOS, APOSTILA ONDE ENCONTRA SE DIVERSAS FONTES PARA TER CONHECIMENTO NA ÁREA CAPILAR, TIPOS DE CABELO, CORES, DOENÇAS DO CABELO

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  • Curso de Cabeleireiro

    Sade e Beleza

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    Conceitos de Sade e Beleza

    Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), Sade um estado de completo bem-estar fsico, mental

    e social, e no apenas a ausncia de doena. O estado de sade determinado, basicamente, de acordo com a cultura, ambiente e estilo de vida do

    indivduo. Segundo a Wikipdia, Beleza uma percepo individual caracterizada normalmente pelo que agradvel

    aos sentidos. Esta percepo depende do contexto e do universo cognitivo do indivduo que a observa. Tambm podemos considerar que beleza , uma unidade dentro da variedade, que deve ser harmnica.

    A palavra beleza era utilizada originalmente para denominar exatido, preciso; eventualmente a palavra adquiriu o significado de simetria. Beleza aquilo que vemos e que podemos interpretar de modos diferentes. difcil se expressar em palavras o que o "belo". Mas pode-se afirmar que a beleza um conjunto de elementos que resultam naquilo que se considera belo. Algumas das expresses utilizadas antigamente para definir a beleza feminina eram "mulheres agradveis aos olhos" ou "mulheres formosas a vista".

    Anatomia da Pele

    A pele, ctis ou tez, um rgo externo que reveste todo o corpo do ser humano protegendo-o atravs das inmeras funes de relao com o meio exterior.

    A estrutura da pele praticamente idntica em todos os grupos tnicos. Nos indivduos de pele escura, os melancitos produzem mais melanina que naqueles de pele clara, mas o seu nmero semelhante.

    Constitui 15% do peso corporal, sendo um rgo muito mais complexo do que aparenta. Possui diversas funes, dentre elas:

    Proteo do corpo contra ameaas fsicas externas: A epiderme secreta protenas e lipdeos (a principal, a queratina) que protegem contra a invaso por parasitas e a injria mecnica e o atrito. Contra esta tambm fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrcitos depositam protenas fibrilares com propriedades de resistncia trao e elasticidade, como o colgeno e a elastina. A melanina produzida pelos melancitos protege contra a radiao Ultra Violeta. Sua quantidade aumentada produz o bronzeamento da pele.

    Termorregulao: o principal rgo da regulao da temperatura corporal atravs de diversos mecanismos:

    o Os vasos sanguneos subcutneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.

    o Os folculos pilosos tm msculos que produzem a ereo do plo com o frio, aprisionando bolhas de ar esttico junto pele que retarda as trocas de calor.

    o As glndulas sudorparas secretam lquido aquoso cuja evaporao diminui a temperatura superficial do corpo.

    o A presena de tecido adiposo subcutneo (gordura) protege contra o frio uma vez que a gordura m condutora de calor.

    Proteo contra a desidratao.

    Eliminao de excretas (suor).

    Sensorial: a pele tambm um rgo sensorial, constituindo o sentido do tato. Tem capacidade de detectar sinais que criam as percepes da temperatura, movimento, presso e dor. um rgo importante na funo sexual.

    Imunolgica: a pele um rgo importante do sistema imunolgico. Ela alberga diversos tipos de leuccitos. H linfcitos que regulam a resposta imunitria e desenvolvem respostas especficas; clulas apresentadoras de antgeno que recolhem molculas estranhas que levam para os linfonodos onde esto os linfcitos; mastcitos envolvidos em reaes alrgicas e luta contra parasitas.

    Metablicas: produo de vitamina D atravs de uma reao dependente da luz solar. uma vitamina essencial para o metabolismo do clcio e portanto na formao/manuteno saudvel dos ossos.

    Embriologia da Pele

    A pele origina-se a partir de duas camadas germinativas diferentes: a ectoderme e a mesoderme. A epiderme, glndulas, pelos e unhas e estruturas neurais como melancitos e nervos tem origem na ectoderme, enquanto a derme e o tecido adiposo subcutneo (hipoderme) tm origem mesodrmica.

    Um embrio com cinco ou seis semanas j apresenta epiderme que formada por uma nica camada de clulas, ocorrendo com o passar do tempo a sua multiplicao que; ao final de seis meses, j est praticamente terminada. A partir de 3 ou 4 ms, originam-se os primeiros folculos e as glndulas sebceas.

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    As unhas surgem no 2 ms e os melanoblastos (melancitos jovens) aparecem em torno do 3 ms, quando tambm surgem as primeiras fibras, que so reticulares e que depois se transformam em feixes de fibras colgenas. Posteriormente, as fibras elsticas surgem a partir dos fibroblastos. A partir do 5 ms de vida intra-uterina comea a ser formada a hipoderme que dar origem s clulas ricas em contedo lipdico, chamadas adipcitos. Os vasos sangneos surgem em torno do 3 ms sob o aspecto de capilares e diferenciam-se posteriormente em artrias e veias. A partir de 5 semana de vida originam-se as estruturas nervosas que s a partir do 4 ms de vida so transformadas em nervos. Estrutura da Pele

    A pele apresenta trs camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme. H ainda vrios rgos anexos, como folculos pilosos, glndulas sudorparas e sebceas, unhas e pelos.

    Epiderme A epiderme a camada mais superficial da pele e

    tem profundidade diferente conforme a regio do corpo. Zonas sujeitas maior atrito como palmas das mos e ps tm uma camada mais grossa (conhecida como pele glabra) que chegam a 2 mm de espessura.

    Em sua estrutura esto presentes:

    O sistema queratnico: responsvel pela produo de clulas com queratina e seus anexos (pelos, unhas e glndulas). A clula principal o queratincito, que produz a queratina. A queratina uma protena resistente e impermevel, responsvel pela proteo do corpo.

    Os melancitos: clulas responsveis pela cor da pele e protegem contra efeitos nocivos do sol. O nmero de melancitos varia de acordo com a raa e com a regio corporal.

    As clulas de Langherans: so clulas existentes na epiderme e derme que tem a funo de fagocitar e, portanto, tem grande importncia imunolgica. Estas clulas tm grande participao na alergia de contato e processos patolgicos como micoses e fungos.

    A epiderme subdividida em 5 camadas:

    1. Camada Basal ou Estrato Germinativo: a regio onde esto as clulas jovens e que vivem em multiplicao constante, renovando a epiderme. Contm os melancitos que so as clulas produtoras de pigmento da pele. As outras camadas so constitudas de clulas cada vez mais diferenciadas que, com o crescimento basal, vo ficando cada vez mais perifricas, acabando por descamar.

    2. Camada Espinhosa ou Estrato Espinhoso: a camada onde so encontradas as clulas poligonais de Malpighi que so numerosas e j apresentam pequenas quantidades de queratina.

    3. Camada Granulosa ou Estrato Granuloso: apresenta diversas clulas achatadas com grande quantidade de grnulos de queratina e colgeno.

    4. Camada Lcida ou Estrato Lcido: onde esto clulas anucleadas, achatadas e ricas em queratina. Est presente na pele sem folculos pilosos (pele glabra).

    5. Camada Crnea ou Estrato Crneo: constituda por lminas sobrepostas de queratina cuja espessura varia com a regio do corpo sendo mais espessa nas regies palmoplantares. a camada de clulas mortas que tem funo protetora contra as agresses do meio ambiente como fsicas, qumicas e biolgicas.

    A epiderme no possui vasos sanguneos, pois, se houvesse vasos na epiderme, ela ficaria mais sujeita a ser

    "penetrada" por microorganismos. Os nutrientes e oxignio chegam epiderme por difuso a partir de vasos sanguneos da derme.

    rgos Anexos da Epiderme A Epiderme d origem aos anexos cutneos.

    As unhas so formadas por clulas corneificadas (queratina) que formam lminas de consistncia endurecida. Esta consistncia dura confere proteo extremidade dos dedos das mos e ps.

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    O folculo piloso produz o plo, atravs de clulas especializadas na sua raiz, constituindo o bulbo piloso. Tem um msculo liso eretor e terminaes nervosas sensitivas associadas.

    Os pelos existem por quase toda a superfcie cutnea, exceto nas palmas das mos e plantas dos ps. Podem ser minsculos e finos (lanugos) ou grossos e fortes (terminais).

    As glndulas sudorparas produzem o suor e tm grande importncia na regulao da temperatura corporal. So de dois tipos: as crinas, que so mais numerosas, existindo por todo o corpo e produzem o suor eliminando-o diretamente na pele. E as apcrinas, existentes principalmente nas axilas, regies genitais e ao redor dos mamilos. So as responsveis pelo odor caracterstico do suor, quando a sua secreo sofre decomposio por bactrias.

    As glndulas sebceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele. Mais numerosas e maiores na face, couro cabeludo e poro superior do tronco, no existem nas palmas das mos e plantas dos ps. Estas glndulas eliminam sua secreo no folculo pilo-sebceo.

    Derme A derme o tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. constitudo por elementos fibrilares, como o

    colgeno (fibra responsvel pela firmeza da pele) e a elastina (fibra responsvel pela elasticidade da pele) e outros elementos.

    a camada que vem abaixo da epiderme e acima da hipoderme, sendo formadas de substncia fundamental, fibras, vasos e nervos alm dos folculos pilo-sebceos e das glndulas sudorparas.

    A derme possui duas camadas distintas que so:

    1. Regio Papilar ou Derme Superficial: formada por tecido conjuntivo frouxo e est em contato direto com a epiderme

    2. Regio Reticular ou Derme Profunda: constituda por tecido conjuntivo denso no modelado, onde predominam as fibras colgenas. Est entre a regio papilar e a hipoderme.

    Existe, ainda, a Derme Adventicial que est distribudo em torno dos folculos pilo-sebceo, glndulas e

    vasos, sendo formada por feixes delgados de colgeno. As fibras colgenas representam 70% da derme; as fibras elsticas esto misturadas com as colgenas e

    apresentam alto grau de distensibilidade enquanto que as colgenas so fibras mais resistentes. Os dois tipos de fibras formam uma trama na derme, sendo responsveis pelas funes de distenso e resistncia que a pele apresenta.

    na derme que se localizam os vasos sanguneos e linfticos que vascularizam a epiderme e tambm os nervos e os rgos sensoriais a eles associados. Estes incluem vrios tipos de sensores:

    1. Corpsculos de Vater-Pacini que so sensveis presso. 2. Corpsculos de Meissner com funo de deteco de presses e freqncias diferentes. 3. Corpsculos de Krause que so sensveis ao frio (pele glabra). 4. rgos de Ruffini que so

    sensveis ao calor.

    5. Clulas de Merckel que so sensveis a tato e presso.

    6. Terminaes nervosas livres, com dendritos livres sensveis dor e temperatura.

    Hipoderme ou Tecido Subcutneo a camada mais profunda da pele formada por clulas adiposas. Os adipcitos so clulas volumosas que

    contm em seu citoplasma grande quantidade de lipdeos representados por triglicrides, colesterol, vitaminas e gua.

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    Este tecido tem como funes:

    Reservatrio energtico

    Absoro de choques

    Isolante trmico

    Modela a superfcie corporal

    Fixao dos rgos um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexo da derme com a fscia muscular. A camada de

    tecido adiposo varivel pessoa e localizao. Possui trs camadas:

    Areolar: superficial; adipcitos globulares, volumosos e numerosos e delicados vasos.

    Lmina fibrosa: separa a camada areolar da lamelar.

    Lamelar: mais profunda; aumento da espessura com ganho de peso (hiperplasia). Couro Cabeludo

    O couro cabeludo a pele que reveste o crnio do ser humano e que possui cabelo, por isso diferente das demais peles. Alm disso, abaixo desta pele, existe uma estrutura muito vascularizada, formada por uma ramificao enorme de vasos sanguneos e que a responsvel pelos grandes sangramentos ocorridos em ferimentos neste local.

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    Patologia da Pele (Couro Cabeludo)

    A pele um importante rgo na clnica de vrias doenas ou condies benignas que podem afetar tambm outros rgos.

    Dentre as doenas do couro cabeludo esto: Doenas Descamantes - Dermatite seborrica: doena inflamatria da pele. - Psorase: doena auto-imune da pele, aspecto de intensa descamao. Doenas Infecciosas - Foliculite: infeco causada por bactrias. - Micoses: infeco causada por fungos. - Pediculose: doena causada pela infestao de piolhos.

    Doenas Descamantes

    Dermatite Seborrica Tambm conhecida como Seborria, uma doena da

    pele que ataca o couro cabeludo, a face e algumas outras partes do corpo, especialmente as abundantes em glndulas sebceas.

    A Dermatite Seborrica (Pityriasis steatoides) apresenta-se como uma inflamao que ocorre em reas com grande nmero de glndulas sebceas: couro cabeludo, sobrancelhas, plpebras, lados do nariz, parte posterior das orelhas e meio do peito.

    Provoca: - eritema: colorao avermelhada da pele ocasionada por vasodilatao capilar, sendo um sinal tpico da

    inflamao; ao pressionar a superfcie afetada com uma lmina de vidro, deve desaparecer; reaparecendo ao cessar a presso.

    - descamao: As escamas podem ser secas ou gordurosas, finas ou espessas, geralmente acinzentadas ou amareladas, quase sempre aderentes.

    - prurido: pode ou no ocorrer. A Dermatite Seborrica geralmente crnica. Ela melhora com o tratamento, mas tende a voltar

    periodicamente. Vento, calor, umidade, suor, uso de bons, dormir com o cabelo molhado, estresse, alteraes hormonais,

    xampus inadequados, gua quente do banho e o clima frio do inverno tendem a agravar os sintomas. A exposio luz solar melhora os sintomas. A Caspa (Pityriasis capitis) caracteriza-se pelo excesso de descamao do couro cabeludo, no ocorrendo

    inflamao. A pele do couro cabeludo passa a eliminar as clulas mais rapidamente que o normal. Alimentos de baixo valor nutritivo, falta de protenas e leos poliinsaturados podem contribuir. Atualmente, acredita-se ser a caspa uma forma branda de Dermatite Seborrica. Segundo sua intensidade pode ser classificada como: - Leve: Pequenos flocos esbranquiados aderentes ao couro cabeludo, prximos implantao dos fios,

    perceptveis somente aps raspagem ou escovao. - Moderada: Os flocos se encontram soltos entre os fios, mesmo na ausncia de processos que promovam

    seu deslocamento do couro cabeludo. - Intensa: Caracteriza-se por descamao acentuada de flocos de tamanhos variados, abundantes e

    perceptveis entre os fios e sobre os ombros do portador. A causa da dermatite seborrica desconhecida, mas acredita-se que a oleosidade excessiva e um fungo

    (Malassezia furfur, anteriormente conhecido como Pityrosporum ovale) contribuam para esta situao. O fungo habita normalmente nos folculos pilosos, e pode haver uma reao imune, que contribua para a dermatite.

    A maior atividade das glndulas sebceas ocorre sob a ao dos hormnios andrognicos, por isso, o incio dos sintomas ocorre geralmente aps a puberdade. Nos recm nascidos tambm podem ocorrer manifestaes da doena, devido ao andrognio materno ainda presente.

    A Caspa e a Dermatite Seborrica encontram-se presentes em 40% da populao branca adulta e esto relacionadas predisposio gentica e fatores ambientais.

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    Raras e brandas nas crianas tm suas incidncias e gravidades mximas por volta dos 20 anos, sendo pouco freqentes aps os 50 anos.

    Manifestaes clnicas A dermatite seborrica tem carter crnico, com tendncia a perodos de melhora e de piora. A doena

    costuma se agravar no inverno e em situaes de fadiga ou estresse emocional. As manifestaes mais freqentes ocorrem no couro cabeludo e so caracterizadas por intensa produo de

    oleosidade (seborria), descamao (caspa) e prurido (coceira). Tratamento No existe medicao que acabe definitivamente com a dermatite seborrica, porm seus sintomas podem

    ser controlados. Deve-se evitar a ingesto de alimentos gordurosos e de bebidas alcolicas e o banho muito quente. O tratamento geralmente feito com medicaes de uso local na forma de sabonetes, xampus, loes

    capilares ou cremes, que podem conter antifngicos ou corticosterides, entre outros componentes. Em casos muito intensos, medicao via oral podem ser utilizadas. O tratamento adequado vai depender da localizao das leses e da intensidade dos sintomas, e deve ser indicado por um mdico dermatologista.

    Psorase A psorase uma doena da pele bastante freqente. Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente

    na faixa etria entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida, sendo freqente em pessoas da pele branca, rara em negros, ndios, asiticos e no existe entre esquims. Sua causa desconhecida. Fenmenos emocionais so freqentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravao, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposio gentica para a doena. Cerca de 30% das pessoas que tm psorase apresentam histria de familiares tambm acometidos.

    No uma doena contagiosa e no h necessidade de evitar o contato fsico com outras pessoas. A palavra psorase vem do grego e significa erupo sarnenta. uma doena crnica, hiperproliferativa da pele, de etiologia desconhecida, muito severa. Na maioria dos casos, apenas a pele acometida, no sendo observado qualquer comprometimento de outros rgos ou sistemas. Em pequena porcentagem h artrite associada.

    Muitas vezes a artrite psoritica confundida com a gota, em funo de existirem sintomas semelhantes, como articulaes inflamadas e extremamente doloridas. Para que se faa um diagnstico preciso necessrio procurar um bom reumatologista que faa um estudo do histrico de doenas que o indivduo j teve, alm de seus familiares, por ser uma doena hereditria. Pode-se tratar durante anos equivocadamente os sintomas da psorase como se fossem manifestaes de outras doenas. Por exemplo: dores lombares e rigidez matinal podem ser confundidas com problemas na coluna vertebral; deformaes nas unhas podem ser confundidas com ataque de fungos; feridas e escamaes no couro cabeludo, atrs das orelhas e nas sobrancelhas podem ser confundidas com dermatite seborrica.

    Como uma doena que afeta a pele, a psorase tem efeitos psicolgicos graves, pois o ser humano bastante sensvel sua aparncia exterior.

    Manifesta-se com a inflamao nas clulas da pele, chamadas queratincitos, provocando o aumento exagerado de sua produo, que vai se acumulando na superfcie formando placas avermelhadas de escamao esbranquiadas ou prateadas. Isso em meio a um processo inflamatrio e imunolgico local. O sistema de defesa local, formado pelos linfcitos T, ativado como se a regio cutnea tivesse sido agredida. Em conseqncia, liberam substncias mediadoras da inflamao, chamadas citocinas que aceleram o ritmo de proliferao das clulas da pele.

    Os lugares de predileo da psorase so os joelhos e cotovelos, couro cabeludo e regio lombossacra (todos locais freqentes de traumas).

    Existem alguns tipos de psorase: psorase em placas, psorase invertida, psorase em gotas (pequenas leses em gotas, freqentemente associada com infeces de garganta), psorase ungueal (leses apenas nas unhas), psorase palmoplantar, psorase pustulosa (pstulas principalmente nas palmas das mos e plantas dos ps), psorase

    eritrodmica (toda a pele est comprometida) e psorase

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    artroptica (inflamao articular que pode causar at a destruio da articulao). A forma mais freqente de apresentao a psorase em placas, caracterizada pelo surgimento de leses

    avermelhadas e descamativas na pele, bem limitadas e de evoluo crnica. A psorase em placas, em geral, se apresenta com poucas leses, mas, em alguns casos, estas podem ser numerosas e atingir grandes reas do corpo.

    Por serem leses secas, as escamas da psorase podem se tornar grossas e esbranquiadas e as localizaes mais freqentes so os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.

    O entendimento da psorase to complexo que parece no uma doena, mas vrias em uma s. Sendo assim imprevisvel a sua evoluo ou regresso. Por ser uma doena crnica, o

    paciente deve aprender a conviver adequadamente com a doena, controlando-a de forma a levar sua vida normalmente.

    Outra caracterstica, chamada de fenmeno de Koebner, caracteriza-se pela formao de leses lineares em reas de trauma cutneo, como arranhes. As leses de psorase so geralmente assintomticas, mas pode haver prurido discreto (coceira).

    O diagnstico da psorase geralmente clnico, mas pode ser confirmado por uma bipsia, que revelar um quadro bem caracterstico.

    Cuidados

    A exposio moderada ao sol considerada benfica.

    Infeces por vrus podem desencadear a psorase. No doente com infeco pelo HIV, a pele sofre alteraes negativas.

    O estresse, na grande maioria dos pacientes, pode desencadear ou agravar a evoluo da doena.

    Drogas em geral, como o tabaco, o lcool, drogas injetveis, betabloqueadores (anti-hipertensivos), antimalricos e alguns antiinflamatrios e analgsicos devem ser evitadas.

    Devem-se evitar variaes climticas bruscas.

    Deve-se sempre informar sempre a presena da doena e que medicao utiliza quando em consulta mdica ou odontolgica para que cuidados especficos sejam tomados pelo profissional.

    Vrios alvios temporrios esto disponveis e sua eficcia varia de um paciente para outro. Tratamento O tratamento da psorase vai depender do quadro clnico apresentado, podendo variar desde a simples

    aplicao de medicaes tpicas nos casos mais brandos at tratamentos mais complexos para os casos mais graves.

    A resposta ao tratamento tambm varia muito de um paciente para outro e o componente emocional no deve ser menosprezado. Uma vida saudvel, evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora.

    A exposio solar moderada de grande ajuda e manter a pele bem hidratada tambm auxilia o tratamento. No existe uma forma de se acabar definitivamente com a psorase, mas possvel conseguir a remisso

    total da doena, obtendo-se a cura clnica. Ainda no possvel, no entanto, afirmar que a doena no vai voltar aps o desaparecimento dos sintomas. Doenas Infecciosas

    Foliculite a infeco dos folculos pilosos, causada por bactrias do tipo

    estafilococos. A invaso bacteriana pode ocorrer espontaneamente ou favorecida pelo excesso de umidade ou suor, raspagem dos pelos ou depilao. Atinge crianas e adultos podendo surgir em qualquer localizao onde existam pelos, sendo freqente na rea da barba (homens) e na virilha (mulheres).

    Manifestaes clnicas Quando superficial, a foliculite caracteriza-se pela

    formao de pequenas pstulas ("bolha de pus") com discreta vermelhido ao redor. Pode haver dor e coceira no local afetado.

    Alguns tipos de foliculite tm caractersticas prprias:

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    - Foliculite decalvante: neste caso o processo infeccioso leva atrofia do plo, deixando reas de alopecia que se expandem com a progresso perifrica da doena.

    - Foliculite da barba: localizada na rea da barba, atinge homens adultos, tem caracterstica crnica e, pela proximidade das leses, pode formar placas avermelhadas, inflamatrias, com inmeras pstulas e crostas.

    - Foliculite queloideana da nuca: comum em homens de pele negra, formando leses agrupadas que deixam cicatrizes endurecida e quelides na regio da nuca.

    - Periporite supurativa: atinge as crianas pequenas; com pstulas superficiais ou ndulos inflamatrios com secreo purulenta.

    Tratamento O tratamento feito com antibiticos de uso local ou sistmico especficos para a bactria causadora e

    cuidados antispticos. Algumas leses podem necessitar de drenagem cirrgica. O dermatologista o mdico mais indicado para o correto diagnstico e tratamento das foliculites.

    Micose Nome dado a vrias infeces causadas por fungos. Existem cerca de 230 mil tipos de fungos, mas apenas

    100 tipos aproximadamente que causam infeco. Visto que os fungos esto em toda a parte, inevitvel a exposio a eles. Em condies favorveis (como ambientes com muita umidade e calor excessivo), os fungos se reproduzem e podem dar origem a um processo infeccioso que, dependendo do fungo ou da regio afetada, pode ser superficial ou profundo.

    Micoses Superficiais As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de "tneas", so infeces causadas por fungos

    que atingem a pele, as unhas e os cabelos. Os fungos esto em toda parte podendo ser encontrados no solo e em animais. At mesmo na nossa pele existem fungos convivendo "pacificamente" conosco, sem causar doena.

    Nesse tipo de micose, os fungos se localizam na parte externa da pele, ao redor dos pelos ou nas unhas, alimentando-se de queratina. Quando encontram condies favorveis ao seu crescimento, como calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibiticos sistmicos por longo prazo, estes fungos se reproduzem e passam ento a causar a doena.

    A micose superficial mais comum a frieira ou p-de-atleta, que atinge a pele entre os dedos, geralmente dos ps. Ela pode vir acompanhada de uma infeco bacteriana. Em alguns casos a cura pode demorar vrios meses.

    A onicomicose (infeco fngica da unha) tambm extremamente freqente na populao adulta, particularmente nas unhas dos ps.

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    A Pitirase versicolor, conhecida vulgarmente como pano branco, uma micose superficial causada pela levedura P. ovale.

    Manifestaes clnicas Existem vrias formas de manifestao das micoses

    cutneas superficiais, dependendo do local afetado e tambm do tipo de fungo causador da micose.

    - Tnea do corpo ("impingem"): forma leses

    arredondadas, que coam e se iniciam por ponto avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da leso tendendo cura.

    - Tnea da cabea (Tnea capitis ou dermatofitose): afeta principalmente crianas em idade escolar (3-7 anos) sendo rara nos adultos. A transmisso faz-se atravs do contato com animais infectados, solo e de pessoa para pessoa. Tanto as crianas como os adultos podem ser portadores assintomticos. Ocorrem reas arredondadas com falhas nos cabelos que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo. muito contagiosa e comum no couro cabeludo, sobrancelhas e clios. Atinge principalmente a haste capilar e os folculos e causada por fungos do gnero Trichophyton e Microsporum. Esses fungos podem sobreviver em meios externos, como chapus, pentes, almofadas e lenis, por longos perodos de tempo, sendo o seu perodo de incubao desconhecido. A incidncia maior em afro-americanos, comparativamente aos caucasianos e hispnicos, sendo baixa a sua incidncia nos asiticos. A incidncia de tnea do couro cabeludo nos adultos tem aumentado nos ltimos anos, com base em estudos multicntricos realizados nos EUA, Frana, Itlia e Taiwan, o que representa um problema de sade pblica. Alm de ser uma doena de fcil disseminao, o diagnstico pode tornar-se difcil pela inespecificidade dos sinais clnicos, condicionando demora na instituio de um tratamento eficaz e erradicao da afeco, aumentando o nmero de portadores assintomticos. importante que os profissionais de sade estejam atentos a esta hiptese de diagnstico.

    - Tnea dos ps: causa descamao e coceira na planta dos ps que sobe pelas laterais para a pele mais fina.

    - Tnea interdigital ("frieira"): causa descamao, macerao (pele esbranquiada e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos ps. Bastante freqente nos ps, devido ao uso constante de calados fechados que retm a umidade, tambm pode ocorrer nas mos, principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com gua e sabo.

    - Tnea inguinal ("micose da virilha, jerer"): forma reas avermelhadas e descamativas com bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e ndegas, acompanhadas de muita coceira.

    - Micose das unhas (onicomicose): apresenta-se de vrias formas: descolamento da borda livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfcie ou deformao da unha. Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paronquia ("unheiro"). O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por conseqncia, altera a formao da unha, que cresce ondulada.

    - Intertrigo candidisico: provocado pela levedura Candida albicans, forma rea avermelhada, mida que se expande por pontos satlites ao redor da regio mais afetada e, geralmente, provoca muita coceira.

    - Pitirase versicolor ("micose de praia, pano branco"): uma micose, mas, ao contrrio do que se pensa, no adquirida na praia ou piscina. O fungo causador da doena habita a pele de todas as pessoas e, em algumas delas, capaz de se desenvolver provocando as manchas claras, acastanhadas ou avermelhadas, recobertas por fina descamao que se iniciam pequenas e podem se unir formando manchas maiores e so facilmente visveis pelo esticamento da pele. Atingem principalmente reas de maior produo de oleosidade como o tronco, a face, pescoo e couro cabeludo. Muitas vezes, a doena percebida poucos dias aps a exposio da pele ao sol, porque nas reas da pele afetadas pela micose, a pele no se bronzeia. Com o bronzeamento da pele ao redor, ficam perceptveis as reas mais claras onde est a doena e a pessoa acha que pegou a micose na praia ou piscina. Entretanto, o sol apenas mostrou aonde estava a micose. Vem da o nome "micose de praia". Geralmente, a Pitirase versicolor assintomtica, mas alguns pacientes podem apresentar coceira. uma micose que responde bem ao tratamento, que pode ser feito com

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    medicamentos de uso via oral (comprimidos) ou local (sabonetes, xampus, loes, sprays ou cremes), dependendo do grau de comprometimento da pele. Devido a ser causada por um fungo que habita normalmente a pele, possvel a micose voltar a aparecer, mesmo aps um tratamento bem sucedido. Em algumas pessoas, a Pitirase versicolor pode ocorrer de forma recidivante, voltando a crescer logo aps o tratamento. Estes casos exigem cuidados especiais para a preveno do retorno da doena, cuja orientao deve ser dada pelo mdico dermatologista.

    - Tnea negra: manifesta-se pela formao de manchas escuras na palma das mos ou plantas dos ps. assintomtica.

    - Piedra preta: esta micose forma ndulos ou placas de cor escura grudados aos cabelos. assintomtica. - Piedra branca: manifesta-se por concrees de cor branca ou clara aderidas aos pelos. Atinge

    principalmente os pelos pubianos, genitais e axilares e as leses podem ser removidas com facilidade puxando-as em direo ponta dos fios.

    Como evitar as micoses? Hbitos higinicos so importantes para se evitar as micoses. Previna-se seguindo as dicas abaixo:

    Seque-se sempre muito bem aps o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos ps.

    Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo.

    Evite o contato prolongado com gua e sabo.

    No use objetos pessoais (roupas, calados, pentes, toalhas, bons) de outras pessoas.

    No ande descalo em pisos constantemente midos (lava ps, vestirios, saunas).

    Observe a pele e o plo de seus animais de estimao (ces e gatos). Qualquer alterao como descamao ou falhas no plo procure o veterinrio.

    Evite mexer com a terra sem usar luvas.

    Use somente o seu material de manicure.

    Evite usar calados fechados o mximo possvel. Opte pelos mais largos e ventilados.

    Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintticos, principalmente nas roupas de baixo. Prefira sempre tecidos leves como o algodo.

    Tratamento O tratamento vai depender do tipo de micose e deve ser determinado por um mdico dermatologista. Evite

    usar medicamentos indicados por outras pessoas, pois podem mascarar caractersticas importantes para o diagnstico correto da sua micose, dificultando o tratamento.

    Podem ser usadas medicaes locais sob a forma de cremes, loes e talcos ou medicaes via oral, dependendo da intensidade do quadro. O tratamento das micoses sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60 dias. No o interrompa assim que terminarem os sintomas, pois o fungo nas camadas mais profundas pode resistir. Continue o uso da medicao pelo tempo indicado pelo seu mdico.

    As micoses das unhas so as de mais difcil tratamento e tambm de maior durao, podendo ser necessrio manter a medicao por mais de doze meses. A persistncia fundamental para se obter sucesso nestes casos.

    Micoses profundas Incluem-se neste grupo infeces fngicas que afetam a profundidade da pele ou subcutneas (por exemplo,

    Esporotricose e Cromomicose) e aquelas que se instalam em rgos internos (por exemplo, Blastomicose, Criptococose). Na micose subcutnea normalmente a infeco fica restrita pele. Enquanto na micose profunda propriamente dita, os fungos se espalham atravs da circulao sangunea e linftica. Podem infectar a pele e rgos internos como pulmes, intestinos, ossos e at mesmo o sistema nervoso.

    Contgio

    Contato com animais de estimao

    Em chuveiros pblicos

    Lava ps de piscinas e saunas

    Ao andar descalo em pisos midos ou pblicos

    Uso de toalhas compartilhadas ou mal-lavadas

    Equipamentos de uso comum (botas, luvas)

    Uso de roupas e calados de outras pessoas

    Uso de alicates de cutculas, tesouras e lixas no-esterilizadas

    Contato com material contaminado em geral. Precaues

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    Sempre use sandlias

    Evite andar descalo em pisos midos

    Nunca use toalhas compartilhadas e/ou mal lavadas

    Aps o banho enxugue-se bem, principalmente nas reas de dobras, como o espao entre os dedos dos ps e virilha

    Use sempre roupas ntimas de fibras naturais como o algodo, pois as fibras sintticas prejudicam a transpirao

    Verifique se os objetos de manicure, como alicates, tesouras e lixas so esterilizados (ou tenha um de uso exclusivo seu)

    Em contato prolongado com detergentes, use luvas e enxge as mos toda vez que usar esponja

    Evite utilizar pentes ou escovas de cabelo de outras pessoas Tratamento

    Existem medicamentos rpidos, eficazes e seguros para o tratamento de micose. Mas, apesar de ser um

    tratamento simples, exige persistncia, porque comum pensar que o fungo est eliminado, quando na verdade no est. Portanto, o paciente no deve interromper o tratamento quando se sentir melhor. Deve seguir corretamente o tratamento indicado pelo mdico. Geralmente, para as micoses nos ps, o mdico indica um profissional especializado em Podologia. O Podlogo far o tratamento diretamente no p infectado e, mesmo com o desaparecimento dos sintomas ou lentido na evoluo do tratamento, este deve ser continuado at o final. Caso se no for tratado com eficincia e cuidado, causa infeco e doenas.

    Pediculose uma doena provocada pela infestao de piolhos. Podem-se encontrar os seguintes tipos de Pediculose

    em funo dos trs tipos de piolhos que parasitam o ser humano: (a) Pediculose do Couro Cabeludo: provocada pela presena do Pediculus humanus var capitis e lndeas

    presas nos fios de cabelo, atinge preferencialmente crianas em fase escolar; (b) Pediculose do Corpo: que tem como causador o Pediculus humanus var corporis (vulgarmente conhecido

    como muquirana) e lndeas que so depositadas nos pelos e roupas dos indivduos; (c) Pediculose Pubiana: causada pelo Pthirus pubis (vulgarmente chamado de chato) e lndeas que so

    colocadas nos pelos pubianos. O piolho um inseto que no voa, no pula, pode parasitar o couro cabeludo, corpo e regio pubiana, se

    alimenta de sangue humano e vive em torno de 30 dias. Dependendo da espcie a fmea pode colocar at 300 ovos durante sua vida.

    Sinais e sintomas O primeiro sintoma uma intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na regio da nuca e atrs das

    orelhas. A intensa coceira no couro cabeludo pode ocasionar ferida que so portas abertas para infeces bacterianas, como impetigo, alm do aparecimento de gnglios e stress que leva ao baixo rendimento escolar.

    Transmisso Pelo contato pessoal (direto) dos indivduos infestados. Pelo uso coletivo de utenslios como: pente, bon, travesseiro, leno de cabea, presilha, almofada, etc. Tratamento Passar freqentemente o pente fino no mnimo uma vez ao dia. Para cabelos crespos ou ondulados, use

    antes um creme rinse. Quando estiver passando o pente fino, utilize sempre um pano branco evitando assim que os piolhos caiam na roupa.Os piolhos, lndeas e ninfas que carem no pano, devem ser deixados em vinagre diludo em gua por um perodo de 30 minutos, para que sejam mortos.Retirar as lndeas de acordo com os seguintes passos:

    1. Molhar um pedao de algodo em vinagre (diludo em gua na proporo de 1:1); 2. Selecionar 3 ou 4 fios de cabelo que estejam com lndeas; 3. Com ajuda do algodo embebido em vinagre diludo, envolver os fios de cabelo (3 ou 4 no mximo)

    pressionando-os entre os dedos; 4. Puxar lentamente no sentido da base do cabelo para a ponta e com a outra mo, segurar a base do

    cabelo para no machucar a criana; 5. Trocar sempre que necessrio o algodo, desprezando-o em um frasco com vinagre diludo em gua

    para matar as lndeas.

    Nunca usar querosene, veneno neocid ou qualquer outro inseticida, pois so txicos ao ser humano. Ferver os objetos pessoais, tais como: pente, bon, lenol e roupas.

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    Profilaxia Inspecionar a cabea diariamente a procura de piolhos e lndeas. Passar assiduamente o pente fino.No

    compartilhar objetos pessoais, tais como: travesseiro, pente, bon, leno de cabea, presilha etc.

    Anatomia dos Pelos

    Pelos so apndices filiformes de origem drmica, formados por queratina, que revestem a pele dos mamferos, fornecendo-lhes proteo contra as diferenas de temperatura.

    Sua espessura a mais variada possvel: varia de alguns centsimos de milmetros at 0,03 mm (nas barbas e sobrancelhas). A espessura do plo varia tambm em funo da subespcie: mais espesso na etnia negra, menos espesso na etnia amarela e extremamente mais fino na etnia branca.

    A cor dos pelos determinada pela quantidade de melanina. A produo de melanina diminui medida que envelhecemos. Em conseqncia disso, os pelos podem ficar sem melanina, motivo pelo qual os pelos dos seres humanos embranquecem com o passar do tempo.

    Tricologia o ramo da cincia que permite o estudo do cabelo e do couro cabeludo.

    1- Plo (cabelo): So formados por queratina, que revestem a pele dos mamferos, fornecendo-

    lhes proteo contra as diferenas de temperatura. Ou, to-s, so hastes queratinizadas formadas pelo folculo piloso.

    2- Superfcie da pele (rgo de revestimento externo do corpo, o maior rgo do corpo humano

    e o mais pesado, responsvel pela proteo do organismo). 3- Sebo (substncia oleosa feita de gordura e outros resduos de clulas produtoras de gordura

    que morreram)

    4- Folculo piloso (envolve todo o comprimento do plo)

    5- Glndula sebcea (as

    glndulas sebceas secretam sebo (em Latim significa gordura)

    O Folculo Piloso

    O folculo piloso um invaginao da epiderme que contm o plo. Na extremidade inferior do folculo est situado o bulbo que a

    parte mais espessa e profunda. O bulbo contm a matriz germinativa, a qual recobre uma papila de tecido conjuntivo denominado papila drmica.

    A papila drmica composta de fibroblastos especializados localizados na base do folculo, supondo-se que controla o nmero de clulas da matriz e assim o tamanho do plo.

    Na fase de crescimento as clulas da matriz germinativa multiplicam e se movem para cima dentro do folculo diferenciando- se em clulas do pelo e da bainha epitelial interna. Entre as clulas da matriz germinativas existem os corpos celulares de melancitos que emitem prolongamentos longos contendo melanina que so fagocitados pelas clulas da matriz germinativa e assim conferindo cor ao plo.

    O corpo humano ao nascer revestido por cerca de 5 milhes de folculos pilosos, no sendo formados folculos adicionais aps o nascimento.

    As glndulas sebceas so estruturas lobulares e saculares que com seus canais excretores abrem-se no tero superior do folculo abaixo de sua abertura externa; produzem o sebo cuja funo lubrificar os pelos e a pele. Cada folculo provido de uma a seis glndulas sebceas que nele se abrem.

    Em certas regies as glndulas sebceas podem se abrir diretamente na superfcie da pele, particularmente no nariz, na regio genital e perianal, na arola, no mamilo e na plpebra. No nariz os ductos maiores podem ser obstrudos por impurezas originando os cravos.

    As glndulas sebceas so constitudas de clulas epiteliais denominadas sebcitos. O sebcito indiferenciado contm pouco citoplasma sendo dominado pelo ncleo, mas durante a diferenciao o citoplasma se distende com gotculas de lipdios que se coalescem e rompem a clula, constituindo a secreo do sebo.

    O tamanho da glndula sebcea inversamente proporcional ao do pelo do mesmo folculo piloso, as maiores sendo localizadas em regies da pele cobertas com pelos velares.

    Na puberdade h um aumento na secreo de sebo pelas glndulas sebceas estimuladas pelos andrognios o que explica a elevada incidncia de comedes, pstulas e acne na adolescncia.

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    O msculo eretor do plo um pequeno feixe de fibras musculares lisas presas bainha conjuntiva do folculo piloso ao nvel da poro mediana do mesmo. Sua contrao determina que o plo fique "arrepiado" e tambm comprime as glndulas sebceas ocasionando excreo de sebo para a superfcie.

    interessante notar, contudo, que as variaes que observamos, quanto quantidade de pelos das pessoas, no esto relacionadas ao nmero de folculos pilosos de cada um. Na verdade, h uma variao no tipo de pelos produzidos por homens ou por mulheres, e por diferentes populaes humanas. Um controle gentico e hormonal que determina se os pelos sero mais finos ou mais grossos. Estrutura dos Pelos (Cabelos)

    O cabelo corresponde a cada um dos pelos que crescem no couro cabeludo. Diferenciam-se dos pelos comuns pela sua elevadssima concentrao por rea de pele e pelo desenvolvimento em comprimento. Os cabelos no servem s como um aliado esttico (dando forma e valorizando o rosto), mas tambm funcionam como um isolante trmico, protegendo a cabea das radiaes solares e da abraso mecnica. Tambm podem ser um indicativo de diversas doenas que se manifestam alterando sua estrutura.

    Os humanos apresentam entre 90 e 150 mil fios de cabelos no couro cabeludo. Dez por cento a mais nos louros e dez por cento a menos nos ruivos. Em mdia, estes fios crescem 1 cm por ms (0,37 mm/dia) e a perda normal est entre 50 e 100 fios dirios.

    O cabelo uma haste fibrosa, formada por clulas mortas compostas de queratina, produzida por clulas chamadas queratincitos (a nica parte viva do fio) que se encontram no bulbo, na derme do couro cabeludo.

    Um dos componentes da queratina o aminocido cistena, que contm alto teor de Enxofre. O bulbo e uma ou mais glndulas sebceas, juntos com o msculo eretor do plo, compem o folculo pilo-

    sebceo. Junto ao msculo eretor existe a Zona de Bulge, onde esto as clulas responsveis pelo desencadeamento dos ciclos de crescimento capilar.

    Alm de queratina, melanina e ceramidas, o cabelo contm gua, pentoses, fenis, cido glutmico, valina, leucina, cobre, zinco, ferro, mangans, cobalto, clcio e alumnio.

    No couro cabeludo, os cabelos so cerca de 100 a 150 mil fios e seguem um ciclo de renovao no qual aproximadamente 70 a 100 fios caem por dia para mais tarde darem origem aos novos pelos. Este ciclo de renovao apresenta 3 fases: angena (fase de crescimento) - dura cerca de 2 a 5 anos, catgena (fase de interrupo do crescimento) - dura cerca de 3 semanas e telgena (fase de queda) - dura cerca de 3 a 4 meses.

    A Haste Capilar possui trs camadas distintas: - Cutcula: Camada externa do fio de cabelo que se divide e 0 a 12 camadas que, sobrepostas, protegem a

    estrutura e mantm-se unidas atravs das ceramidas, os lipdeos intercelulares. Por ser transparente nos permite ver a cor do fio do cabelo. responsvel pelo brilho, maciez e penteabilidade dos cabelos.

    - Crtex: Regio intermediria onde transformamos de todas as formas, a estrutura do cabelo. o responsvel pela resistncia e elasticidade dos cabelos.

    - Medula: a parte central do fio. H fios de cabelos que no possuem medula, no modificando em nada sua estrutura. O canal da medula pode estar vazio ou preenchido com queratina esponjosa. Ainda no foi determinada a funo desta regio. Contudo estudos recentes apontam as pesquisas para uma associao da medula com o primeiro instante da fase de germinao do fio onde a medula serviria como um "direcionador" do novo fio em direo ao poro.

    O pH do cabelo O termo pH usado para determinar o grau de acidez ou alcalinidade de uma substncia lquida. A camada

    hidrolipdica que protege o cabelo, a pele e a unha tm pH levemente cido, um valor compreendido entre 4,2 e 5,8 na escala de pH. Dessa forma, todos os produtos que entram em contato com o corpo humano devem ser neutros (pH igual ao do cabelo, pele e unha) ou levemente cidos (em cosmetologia considera-se at um pH = 6,1). Se lavarmos o cabelo com xampu alcalino, por exemplo, suas cutculas abrem, ele fica sem brilho, difcil de pentear e embaraado.

    Tipos de cabelo Quanto ao grau de oleosidade e hidratao As glndulas sebceas do couro cabeludo (existem entre 400 e 900 por cm) produzem lipdeos

    (triglicerdeos, cidos graxos, esqualeno, colesterol), cuja funo impermeabilizar os cabelos, deixando-os macios, flexveis e brilhantes.

    As glndulas sudorparas (de 50 a 350 por cm), por sua vez, do origem ao suor que assegura o equilbrio trmico e elimina as toxinas do metabolismo celular. O suor constitudo de gua, sdio, clcio, potssio, cido ltico, glicose, uria, aminocidos, apresentando um PH entre 3.8 e 5.6 e protegendo contra os microorganismos que habitam o couro cabeludo.

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    A produo das glndulas sebceas, somada produo das glndulas sudorparas e mais os resduos da desintegrao da epiderme, compem o Manto Hidrolipdico, que um fator de proteo da pele.

    Alteraes emocionais, hormonais, nutricionais, o esforo fsico, fatores climticos e outros, influiro sobre a composio do Manto Hidrolipdico do couro cabeludo e, em decorrncia, na aparncia dos cabelos.

    - Normais: As glndulas sebceas liberam oleosidade suficiente, pois no tm excesso de oleosidade na raiz

    nem pontas ressecadas. Os fios so brilhantes, macios, maleveis e desembaraam com facilidade, mesmo quando molhados. A limpeza pode ser diria com um xampu neutro, j que dispensam grandes cuidados para exibir um aspecto brilhante e saudvel.

    - Secos: As glndulas sebceas so hipofuncionais. Os fios so opacos, rebeldes e quebradios. As pontas se rompem, abrindo-se em forquilha. As cutculas so abertas, tornando-os porosos, speros e embaraados. Fatores externos como tratamentos qumicos freqentes (tinturas, descoloraes, permanentes, alisamentos) bem como o uso do secador ou a exposio prolongada ao sol ou gua da piscina alteram a estrutura dos fios, que perdem a elasticidade e o brilho. O ideal lav-los 2 vezes por semana com um xampu com detergente suave (ph cido e princpios ativos hidratantes), complementando com um condicionador.

    - Oleosos: Ficam com aspecto sujo muito rapidamente. Isso ocorre porque glndulas sebceas esto em hiperatividade. Os fios apresentam-se aglutinados, sem volume, gordurosos e, s vezes, exalam odor caracterstico. Pode haver irritao e prurido no couro cabeludo. Passar a mo nos cabelos e utilizar gua muito quente durante a lavagem potencializa a oleosidade. A limpeza pode ser diria com gua fria e xampu desengordurante.

    - Mistos: o cabelo da maioria dos brasileiros e tambm o mais difcil de tratar. Apresenta oleosidade no couro cabeludo, mas as pontas so desidratadas. Deve-se ao no espalhamento do sebo pelas superfcies dos fios. Requerem cuidados especiais na lavagem e condicionamento.

    Quanto ao seu aspecto - Cabelos Frgeis: Determinados geneticamente ou por deficincias nutricionais ou metablicas. So

    cabelos finos e com pouca resistncia. Necessitam cuidados especiais. O xampu dever ser adequado a cada caso. - Cabelos Volumosos: So secos e arrepiados, com as cutculas abertas. Exigem xampus e

    condicionadores adequados. - Cabelos Tingidos: O processo repetido de tinturas danifica as fibras de queratina presentes nos fios,

    provocando ressecamento, falta de brilho e alteraes na tonalidade da cor. Usar xampus e condicionadores hidratantes.

    - Cabelos com Caspa: A caspa pode ser seca ou oleosa. O xampu ser adequado ao couro cabeludo e aos fios.

    Quanto cor: A cor dos cabelos depende da quantidade e da qualidade dos grnulos de um pigmento chamado melanina

    que esto presentes no crtex dos fios. Entretanto, podem ser tingidos e adquirirem praticamente todos os tipos de cores. A falta de melanina nos cabelos humanos provoca uma cor esbranquiada nos cabelos, podendo ser processo decorrente do envelhecimento ou de uma doena, como o albinismo.

    A variedade das cores dos cabelos devida a 2 tipos de melanina: - Eumelanina: cabelo castanho e preto - Feomelanina: cabelo castanho avermelhado e louro Os grnulos de melanina so fabricados pelos melancitos, clulas produtoras de pigmentos, que se situam

    no bulbo capilar (raiz do cabelo) e que sofrem a influncia do hormnio melanoctico produzido pelo lobo intermedirio da hipfise.

    A produo dos melancitos d-se somente na fase de crescimento dos cabelos (angena) e necessita da enzima tirosinase.

    - loiros: Uma recente pesquisa mostra que os loiros atualmente, representam apenas 2% de pessoas do

    mundo. Os cabelos loiros podem aparecer em todas as raas, mas a ocorrncia mais comum acontece entre os caucasianos, principalmente das regies da Escandinvia, Rssia, Pases Germnicos e Leste Europeu. O cabelo louro contm pouca melanina.

    - ruivos avermelhados: Os cabelos ruivos podem adquirir uma tonalidade mais avermelhada ou mais alaranjada dependendo da variao. Os cabelos ruivos avermelhados so bastante comuns na Rssia e na Gr-Bretanha. No cabelo vermelho, o pigmento a feomelanina e ele, muitas vezes, escurece para o castanho avermelhado com o avanar da idade.

    - ruivos alaranjados: Algo entre o louro e o ruivo avermelhado, o alaranjado bastante comum nos pases britnicos como a Irlanda e o Reino Unido. Podem adquirir um tom mais acastanhado.

    - castanhos claros: Os cabelos castanhos claros refletem uma transio entre o louro e o castanho de fato. Podem adquirir reflexos dourados, e muito comum na Gr-Bretanha, Frana e nos pases alpinos.

    - castanhos escuros: Os cabelos castanhos escuros so muito comuns em toda a Europa, e tem ocorrncia em todas as raas. Apresentam uma tonalidade prxima ao marrom.

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    - pretos ou negros: Comum em todas as raas, especialmente entre as asiticas e entre os povos provenientes do mediterrneo, como portugueses, espanhis, gregos, italianos e rabes. Um maior nmero de grnulos de melanina est presente no crtex dos cabelos mais escuros.

    - grisalhos: Cabelos acinzentados, ou por decorrncia da idade, ou pela perda precoce de melanina, que pode ocorrer na adolescncia ou at mesmo na infncia. Com o passar dos anos, a atividade dos melancitos se altera, diminuindo tambm a atividade da tirosinase, acontecendo ento o embranquecimento do cabelo, chamado de cancie.

    - brancos: Em pessoas idosas ou sob condies anmalas. Crescimento dos Cabelos Os cabelos crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento, de modo

    que o fio encontra-se em estgios diferentes em seus ciclos de desenvolvimento. Na fase de crescimento (angena), com durao peculiar a cada indivduo, os fios de cabelos crescem em

    mdia 10 a 20 cm ao ano. Determinantes genticas influem sobre a textura, cor, curvatura, densidade e o crescimento dos cabelos. Existem ainda outras influncias: Hormonais: Os hormnios circulantes na corrente sangunea modificam o crescimento dos cabelos na

    puberdade, na gravidez, na menopausa, na terceira idade e em decorrncia de doenas glandulares. Nutricionais: A alimentao carente em protenas, vitaminas e gorduras insaturadas alteram os ciclos

    capilares. Qumicas: Muitas substncias e medicamentos influem no crescimento e na perda dos cabelos. Psquicas: Transtornos emocionais ou estresse intenso podem originar perda dos fios. Envelhecimento: Com o avanar da idade acontece, no couro cabeludo, uma diminuio importante dos

    fibroblastos, que produzem o colgeno. Somam-se a isso as alteraes trficas decorrentes dos radicais livres que agridem as clulas do folculo piloso. O resultado uma menor densidade de cabelos no couro cabeludo.

    O Sol e os Cabelos Os raios solares se apresentam com vrios comprimentos de ondas e com efeitos diferentes sobre a pele e

    os cabelos: - Os raios Ultravioletas B (UVB) param na superfcie da pele e provocam danos agudos como queimaduras,

    eritema e at mesmo bolhas. Causam perda protica e ressecamento dos cabelos. - Os raios Ultravioletas A (UVA) vo at a segunda camada da pele (derme) e estimulam o bronzeado. No

    causam eritema, mas causam degenerao das fibras de colgeno e elastina, provocando envelhecimento precoce da pele. Nos cabelos, atinge a matriz, uma espcie de cimento entre as clulas do crtex, prejudicando a reteno da gua. Este mesmo cimento, composto pelas ceramidas e que tambm une as diversas camadas da cutcula, degrada-se, deixando as escamas abertas, resultando em cabelos speros, ressecados, sem brilho e com as pontas duplas. Os raios Ultravioletas A tambm degradam a tirosina e a fenilalanina, dois aminocidos que do resistncia queratina, que a protena dos cabelos, deixando-os fracos e quebradios. Quando os pigmentos do crtex so atingidos pelos raios UVA, a cor se altera, sendo que os cabelos escuros ficam mais avermelhados e os loiros mais dourados. Os cabelos pretos so os mais resistentes aos raios solares.

    Filtros solares Os filtros solares para cabelos normalmente bloqueiam as radiaes UVA e UVB. Devero ser aplicados 20

    minutos antes da exposio solar, pois precisam de tempo para agir. O Estresse e os Cabelos Nosso sistema emocional tem influncia direta nos cabelos e no couro cabeludo. O estresse induz os fios a entrarem precocemente na fase de repouso. Altos nveis de tenso contribuem tambm para problemas como seborria, caspa, embranquecimento dos

    fios e perda capilar. Nas mulheres, o estresse eleva os nveis dos hormnios andrgenos e da prolactina, os quais, por sua vez,

    influem sobre os ciclos capilares. Em muitos indivduos, o estresse acelera o processo da calvcie e, em outros, ocasiona a famosa pelada

    (Alopecia Areata), uma perda de cabelos localizada e circunscrita a certas reas do couro cabeludo ou do corpo. Outros, ainda, apresentam a Psorase do couro cabeludo, uma doena dermatolgica agravada pelo

    estresse. A dermatite seborrica outro problema crnico influenciado pelo estresse. Muitos desses problemas capilares podem ser tratados com o uso de produtos tpicos, loes e leos

    essenciais. Caber ao terapeuta capilar indicar os produtos cicatrizantes, bactericidas, fungicidas, emolientes e

    estimulantes compatveis para cada caso.

  • 17

    Alguns profissionais utilizam ainda outras tcnicas, oferecendo a sua clientela um setor de equilbrio energtico com msica, reflexologia e shiatsu.

    Queda de Cabelos e Calvcie Embora a queda dos cabelos no implique nenhum risco vida do indivduo, muitos sentiro insegurana

    emocional e perda da auto-estima, o que comprometer a qualidade das suas vidas. Nas mulheres, que socialmente so mais cobradas quanto beleza fsica, as apreenses sempre sero

    maiores. Os humanos tm no couro cabeludo de 100 a 150 mil fios de cabelos. Destes, 85% esto na fase Angena (fase de crescimento) e os restantes 15% esto nas fases Catgena e

    Telgena (de repouso). A perda diria entre 50 e 100 fios considerada normal, sendo maior nos dias da lavagem. Quando caem mais de 100 fios por dia, algo est acontecendo no organismo do cliente e ter que ser

    investigada a causa. No Brasil, observa-se uma queda maior dos cabelos no perodo de fevereiro a junho. Para tratar a perda dos cabelos, sempre ser necessria uma avaliao cuidadosa e um diagnstico

    adequado. Sabemos que 40% dos homens e 5% das mulheres apresentaro algum grau de calvcie. Neste caso, assim que se notar os primeiros sinais de afinamento e perda progressiva dos fios importante

    que se institua o tratamento preventivo. Tratamento As correntes eltricas tm aplicaes mdicas e estticas no organismo humano. Conhecer seu efeito, sua correta utilizao e contra-indicao so imprescindveis para quem trabalha com

    terapia capilar. Tcnicas como a iontoforese, o desincruste, a alta-frequncia, associadas aos raios infravermelhos e

    ultravioletas, ao vapor de oznio, as mscaras de argila, a drenagem linftica, a massagem capilar, a fitoterapia, a aromaterapia e a orientao nutricional, representam papis importantes para a limpeza profunda, a umectao, a nutrio e a estimulao do couro cabeludo e dos cabelos.

    Todas elas so fundamentais para o tratamento capilar.

    Patologia dos Pelos Anomalias da haste do cabelo Cabelos saudveis e cabelos danificados Cabelos saudveis: cada fio de cabelo coberto por uma camada de escamas bem fechadas, chamadas

    cutculas, que protegem o interior do cabelo. Nos cabelos saudveis, essa cutcula tem um padro regular, o que mantm as molculas de gua e de protena seladas dentro do cabelo, mantendo-o malevel, com brilho, forte e macio.

    Cabelos danificados: apresentam um desgaste provocado por produtos qumicos (permanentes, produtos inadequados, tinturas, descolorao, etc.), alm dos danos fsicos (exposio excessiva aos raios UV, uso de secadores, escovao brusca). Em ambos os casos, ocorrem anomalias na disposio das cutculas e, conseqentemente, na estrutura dos fios e do couro cabeludo. Nos cabelos danificados, as escamas esto abertas, o que provoca perda de brilho, umidade e resistncia. por isso que eles necessitam de um tratamento profundo e intensivo.

    Moniletrix - Cabelos em conta de rosreo afeco rara, hereditria, que surge na infncia, caracterizada por dilataes e estreitamentos alternados

    nos cabelos e pelos, que so curtos pelas fraturas que ocorrem. Os cabelos apresentam variao regular na espessura, adquirindo a aparncia de nodosidades; afetam

    particularmente o dorso do couro cabeludo, embora o couro cabeludo inteiro e at mesmo os pelos corporais possam ser afetados.

    H uma alopecia parcial com ceratose pilar;

    Tem sido encontrada na sndrome de Menkes e na argininossuccinilacidria;

    Pode ser reconhecida pelo exame do plo com lupa;

    No h tratamento efetivo.

    Tricorrexe Nodosa - Desgaste do cabelo

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    uma resposta do cabelo a um traumatismo. Os pelos apresentam ndulos por haver uma disseco longitudinal das fibras, o que ocasiona quebras. Vrios fatores so incriminados para sua formao: sol, pente, escova, xampus, banhos de mar, etc.

    Pode ser proximal, distal ou focal. A proximal ocorre junto ao couro cabeludo, geralmente em cabelos crespos; a distal ocorre em cabelos longos em suas extremidades distais; a focal ocorre em apenas uma rea do couro cabeludo, geralmente por trauma local, como coadura em neurodermite, lquen plano etc.

    H uma forma acompanhada de um transtorno metablico como acidria argininossuccnica, sndrome de Menkes e tricotiodistrofia.

    Tricorrexe Invaginata - Cabelos em Bambu Trata-se de genodermatose muito rara, na qual em uma determinada regio da haste, esta se alarga e a

    parte mais distal se invagina na parte mais distal do plo, cujo aspecto o do n de bambu. A tricorrexe invaginata clssica na sndrome de Netherton, porm pode ocorrer isoladamente em leses traumticas nos cabelos normais ou em outras alteraes congnitas da haste. Podem ser acompanhada de pili torti e tricorrexe nodosa.

    Triconodose Afeco comum, caracterizada por toro dos cabelos que formam ns ou laos conseqente a

    procedimentos cosmticos ou frico. mais observado em cabelos curtos e crespos, e normalmente acomete cabelos mais finos.

    Tricoptilose quadro comum, caracterizados por cabelos frgeis e bifurcados. Resulta do desgaste da cutcula que

    expe as fibras do crtex, como a ponte de uma corda desgastada. As fendas podem ser apenas na extremidade livre ou em toda a extenso da haste, resultando em fraturas. Pode ser relacionada com o uso de fixadores, gua quente, produtos qumicos e escovadura excessiva. Pili Torti - Pelos Torcidos afeco congnita rara caracterizada por pelos espiralados, torcidos em torno dos eixos, secos e

    quebradios, cuja localizao mais freqente o couro cabeludo. Herdada por gene autossmico dominante e pode ser associado com outras malformaes. a

    anormalidade de plo mais encontrada na sndrome de Menkes. O defeito notado na infncia pela fragilidade dos cabelos. Pili Annulati - Cabelo em Anis distrofia rara, congnita, geralmente autossmica dominante, na qual os cabelos apresentam faixas

    anulares alternantes, com reas claras e escuras por alteraes do crtex e da medula do plo, podendo ocorrer fraturas. No h tratamento. Tinturas podem ser usadas.

    Pili Pseudo Annulati O aspecto idntico Pili Annulati, mas difere porque nesse tipo de plo o anel brilhante devido reflexo

    e refrao da luz por superfcies achatadas e torcidas do plo, enquanto naquele tipo de plo o anel mais claro decorre de alteraes internas, no crtex e medula.

    Pili Recurvati - Pelos encravados So pelos que nascem obliquamente, encurvam e penetram na pele. Afeco freqente, principalmente em

    pelos da barba e da nuca, particularmente em negros. Os pelos encravados podem causar uma reao inflamatria tipo corpo estranho e foliculite da barba. O tratamento fazer a barba com o menor trauma possvel, usando em seguida creme de corticide

    associado com antibitico. Em casos graves pode ser tentada depilao definitiva. Pili Bifurcati Trata-se de cabelo com fenda longitudinal circunscrita, de modo a dar o aspecto de bifurcao. Pili Triangulati Et Caniculi - Sndrome dos Cabelos Impenteveis So cabelos com aparncia desorganizada que no so penteveis. A haste do plo tem um aspecto

    triangular microscopia eletrnica, associado a uma depresso longitudinal. A quantidade de plo normal, assim como o comprimento pode ser.

    Pili Multigemini Caracteriza-se pela presena de vrios pelos saindo de um nico aparelho pilossebceo. Triquase quadro caracterizado pela direo alternada dos clios, que crescem em direo ao globo ocular e causam

    irritao. Pode ser conseqncia de inflamao ou outro processo.

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    Tricopoliodistrofia - Pili Torti com deficincia de cobre Sndrome de Menke afeco causada por gene recessivo ligado ao sexo, devida incapacidade de absoro intestinal e

    utilizao do cobre. O quadro inicia-se nos primeiros meses de vida e os cabelos so torcidos, sem brilho e quebradios. H atraso de desenvolvimento neuro-psicomotor, aneurismas e morte nos primeiros anos de vida. O diagnstico pode ser confirmado com baixos nveis de cobre e ceruloplasmina no soro. O tratamento seria

    uma tentativa de substituio do cobre. Cabelos Lanosos - Woolly Hair o cabelo crespo, encaracolado como na raa negra. Os pelos lanosos, porm, so to entrelaados que se

    torna difcil pente-los. Pode ser transmitido por gene autossmico dominante ou recessivo. mais comum na criana e vai se normalizando na idade adulta.

    Cabelo Com Casca - Hair Casts Condio de provvel origem hereditria, cujos cabelos apresentam uma envoltura ceratnica, devido

    reteno de segmentos da bainha interna do folculo (material fluorescente-amarelo luz de Wood). Tricostasia Espinulosa Consiste no acmulo de pelos no mesmo stio folicular, dando o aspecto de ponteado negro. Parece ser

    devido reteno de pelos telgenos originrios de uma mesma matriz pilosa. Pode-se tentar terapia com uso de queratoltico, depilao com cera, laser ou eletrlise.

    Pelos Enovelados Caracteriza-se por rolhas crneas em poros foliculares com pelos enovelados adjacentes, particularmente

    nas faces dorsais dos membros e abdome inferior. comum em ictioses e queratose pilar. Tricoglfos Conhecidos popularmente como redemoinhos um grupo de cabelos que se implantam no couro cabeludo,

    formando uma imagem em espiral. apenas uma alterao na disposio dos cabelos, no h nenhuma alterao anatmica do folculo piloso ou haste. Algumas deformaes congnitas, como oxicefalia, dicefalia, microcefalia, trigonocefalia, sndrome de Down, sndrome de Prader-willi, apresentam redemoinhos em quantidade e caractersticas to particulares que servem como um sinal diagnstico da patologia.

    Hipertricoses um crescimento desproporcional de pelos em qualquer parte do corpo. Pode ser congnita ou adquirida,

    difusa ou localizada. A distribuio e o nmero de pelos variam conforme a raa (pretos e amarelos tm menor pilosidade que brancos), cor, influncia gentica e constitucional.

    Hipertricose Congnita Generalizada Quadro raro, autossmico dominante, em que o corpo inteiramente recoberto, inclusive a face, por lanugos

    bem desenvolvidos. associada a distrbios dentrios, sndrome de Cornelia de Lange e ao leprechaunismo. Hipertricose Congnita Localizada Pelos longos, terminais, ocorrendo em leses nvicas, como nevo de Becker e nevos epidrmicos. Quando

    de localizao sacral ou prximo coluna, mandatria a investigao de espinha bfida. Hipertricose Adquirida Hipertricose Lanuginosa. Caracteriza-se pelo aparecimento sbito de pelos finos, lanugos, na face e

    generalizados Paraneoplsica. Mais comum em mulheres, sndrome paraneoplsica associada com tumores malignos

    (linfomas). Hipertricose em doenas sistmicas e dermatoses: Aumento de pelos que pode ser encontrado em

    desnutridos, endocrinopatias, dermatomiosite e acronidia. Na porfiria ocorre principalmente na face. tambm observada na epidermlise bolhosa distrfica, lipodistrofia e no mixedema pr-tibial.

    Hipertricose Adquirida Iatrognica relatada relacionada ao uso de hidantal, corticide, ciclosporina, estreptomicina, diazxido, minoxidil,

    penicilamina e psoralnicos. Hipertricose Adquirida Localizada Traumas repetidos, como mordedura, atrito, coadura, processos inflamatrios e depilao (por

    eletrocoagulao, eletrlise) podem induzir aumento localizado de pelos.

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    Alopcias Alopcia Areata A alopcia areata, conhecida vulgarmente como

    "pelada", uma doena de causa desconhecida que atinge igualmente homens e mulheres, caracterizando-se pela queda repentina dos pelos nas reas afetadas, sem alterao da superfcie cutnea.

    Entre as possveis causas, est uma predisposio gentica que seria estimulada por fatores desencadeantes, como o estresse emocional e fenmenos auto-imunes.

    Manifestaes clnicas A doena se caracteriza pela queda repentina dos pelos formando placas circulares de alopcia ("pelada"),

    sem alterao da pele no local, que se apresenta sem qualquer sinal inflamatrio. Pode atingir o couro cabeludo e tambm outras regies como a rea da barba, superclios, clios ou qualquer outra regio pilosa.

    A "pelada" pode ter remisso espontnea ou tornar-se crnica, com o surgimento de novas leses e evoluo para a alopcia total, que atinge todo o couro cabeludo e at mesmo para a alopcia universal, quando caem todos os pelos do corpo. Estes casos so de controle mais difcil.

    Geralmente, a doena no se acompanha de nenhum outro sintoma. A repilao pode ocorrer totalmente em semanas ou meses e, algumas vezes, os pelos nascem brancos para depois repigmentarem. comum ocorrer recidiva das leses.

    Tratamento So vrios os tratamentos utilizados na alopcia areata e a caracterstica clnica de cada caso que

    determinar qual deles deve ser utilizado. As medicaes utilizadas podem ser de uso local ou sistmico e a durao do tratamento vai depender da resposta de cada paciente. O diagnstico e o tratamento da alopcia areata deve ser feito por um mdico dermatologista.

    Alopcia Andrognica (Calvcie) A alopcia andrognica ou calvcie masculina uma

    manifestao fisiolgica que ocorre em indivduos geneticamente predispostos, no sendo considerada uma doena. A herana gentica pode vir do lado paterno ou materno.

    A alopcia andrognica resultado da estimulao dos folculos pilosos por hormnios masculinos que comeam a ser produzidos na adolescncia (testosterona). Ao atingir o couro cabeludo de pacientes com tendncia gentica para a calvcie, a testosterona sofre a ao de uma enzima, a 5-alfa-redutase, e transformada em diidrotestosterona (DHT).

    a DHT que vai agir sobre os folculos pilosos promovendo a sua diminuio progressiva a cada ciclo de crescimento dos cabelos, que vo se tornando menores e mais finos. O resultado final deste processo de diminuio e afinamento dos fios de cabelo a calvcie.

    Manifestaes clnicas A caracterstica principal a queda continuada dos cabelos com substituio por fios cada vez mais finos e

    menores at a interrupo do crescimento, levando rarefao e ao afastamento da linha de implantao para trs. Produo aumentada de oleosidade e descamao no couro cabeludo (caspa) tambm pode estar presentes

    acompanhando o processo de queda, mas no so responsveis pela calvcie. As mulheres com nveis hormonais normais tambm podem ser atingidas, porm no chegam calvcie total,

    apresentando um quadro de rarefao difusa dos pelos que tambm se tornam mais finos. Geralmente as manifestaes agravam-se aps a menopausa.

    Tratamento O tratamento visa o prolongamento da vida til dos folculos

    pilosos retardando ou interrompendo o processo de queda dos cabelos. Pode ser feito atravs do uso de substncias aplicadas diretamente no couro cabeludo ou com medicamentos por via oral.

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    A finasterida revolucionou o tratamento da alopcia andrognica, pois bloqueia a ao da enzima que d origem DHT. A medicao tem eficcia no controle da queda dos cabelos na grande maioria dos pacientes tratados e at mesmo na reverso de pelos velus (finos e pequenos) para pelos normais, caracterizando a repilao.

    A indicao do tratamento mais apropriado vai depender de cada caso, devendo ser feita por um mdico dermatologista, pois o quadro clnico varia muito de paciente para paciente.

    Calvcie feminina A calvcie, que j incomoda bastante os homens, quando acomete as mulheres pode ser causa de grande

    ansiedade e sofrimento emocional. Os cabelos tm grande importncia na esttica da mulher e so muito valorizados como caracterstica feminina. A perda deles traz enorme significado em relao auto-estima sendo motivo freqente de busca de tratamento.

    Mulher fica careca? A perda dos cabelos geralmente se inicia aps a puberdade, quando os hormnios sexuais comeam a ser

    produzidos. A evoluo lenta e o mais comum ocorrer uma rarefao difusa dos cabelos, que se tornam fina e tem seu tamanho diminudo. Dificilmente a mulher chega a ficar careca, mas isso pode acontecer em casos de maior intensidade e em mulheres de idade mais avanada.

    O quadro pode se tornar mais intenso se a mulher apresentar alteraes hormonais, como a sndrome do ovrio policstico ou o hirsutismo. Em algumas mulheres, a alopcia andrognica s comea a se manifestar aps a menopausa, quando ocorre uma diminuio da produo dos hormnios femininos.

    Tratamento A calvcie feminina pode ser tratada e o principal resultado da melhora o resgate da auto-estima. O

    tratamento visa evitar a ao hormonal sobre os folculos, revertendo o processo de afinamento e miniaturizao e feito com o uso de anti-andrgenos (combatem a ao dos andrognios: hormnios masculinos). Podem ser utilizados por via oral ou sob a forma de loes aplicadas no couro cabeludo. A finasterida, medicamento utilizado com sucesso no tratamento dos homens, no indicada para o tratamento de mulheres, mas outros produtos podem obter resultados semelhantes.

    Alm disso, feito o estmulo ao crescimento dos cabelos, com suplementao vitamnica e substncias de uso local.

    O tratamento contnuo e os resultados podem demorar um pouco a aparecer, devendo-se ter pacincia e perseverana. Muitas vezes necessria a troca do medicamento at que se obtenha o melhor resultado. Se o tratamento for interrompido, o processo se reinicia e a queda voltar a acontecer.

    Pode ser necessria uma avaliao hormonal e a realizao de exames que excluam outras causas da queda dos cabelos, como o eflvio telgeno e a alopcia areata. A indicao do melhor tratamento depende de cada caso e deve ser determinada pelo mdico dermatologista.

    Anlise do Couro Cabeludo

    Colorao Normocrmico: Cor normal (normo: normal e cromia: cor) Hipercrmico: Cor intensa ou colorao maior do que o normal (hiper: muito e cromo: cor) Acrmicos: Sem cor ou descorolido Eritematoso: colorao avermelhada da pele ocasionada por vasodilatao capilar, sendo um sinal tpico da inflamao; vermelhido Leses slidas Ppula: leso pequena, slida e elevada. Normalmente, as ppulas tm menos que 1 cm de dimetro e a maior parte desta esto acima do plano da pele ao redor. Podem resultar de infiltrados celulares localizados da derme e hiperplasia localizada de elementos celulares da derme e epiderme (vegetaes). Se h descamao, podemos nomear a leso como papulo-escamosa como na psorase. Ndulo: leso palpvel, slida, redonda ou elipsoidal. Profundidade do envolvimento e/ou palpao substancial mais do que o dimetro diferencial um ndulo de uma ppula. Este pode localizar-se na epiderme ou extender-se a derme ou tecido subcutneo. Tumor: um termo genrico que indica um aumento anormal de uma parte ou da totalidade de um tecido. Cicatriz: o resultado de uma leso da derme, geralmente em conseqncia de um acidente ou de uma inciso efetuada durante uma cirurgia. Leses lquidas

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    Pstula: ppula que contm exsudato purulento (pus). Vescula: leso circunscrita que contm fluido. Caso seja frgil podem colapsar e levar a crostas. Bolha: vescula maior que 0,5 cm. Alteraes de Espessura Atrofia: refere-se diminuio ou afilamento da pele. Pode-se limitar a epiderme ou a derme ou pode ocorrer simultaneamente em ambos. A atrofia da epiderme pode se apresentar por uma epiderme fina, quase transparente, e pode ou no apresentar as linhas cutneas normais. A atrofia da derme resulta de uma diminuio do tecido conjuntivo da derme papilar ou reticular e manifesta-se como depresso da pele. Atrofia do tecido subcutneo pode levar ao mesmo quadro. Perda da textura da pele normal, afilamento e enrugamento podem estar presentes. Liquenificao: endurecimento da pele. Espessamento da pele com acentuao dos sulcos ou do quadriculado normal da pele, em decorrncia do ato de coar persistentemente. A liquenificao pode apresentar alteraes da cor da pele. Queratose: Queratose pilar: Desordem lentamente progressiva de queratinizao caracterizada por ppulas cor-de-rosa a bronzeadas que coalescem para formar placas. Essas leses tornam-se escuras com o tempo e comumente se fundem, formando tumoraes papilomatosas e semelhantes a verrugas com mau cheiro. Queratose seborrica: um tipo de leso na pele benigna muito comum em pessoas acima dos 40 anos de idade. As leses parecem com verrugas, porm no tm origem viral e podem apresentar uma variedade de cores, desde o rosa e amarelo at marrom e preto. Perdas Teciduais Eroso: leso deprimida circunscrita e mida que resulta da perda de toda ou parte da epiderme vivel. Eroses permanecem depois que a superfcie de vesculas e bolhas se destacam. Podem tambm se desenvolver aps necrose da epiderme. Normalmente curam-se sem cicatrizes Crostas (exsudatos incrustados): ocorrem quando soro, sangue ou exsudato purulento seca na superfcie da pele e so caractersticas de leses e infeces piognicas. Podem ser finas, delicadas e friveis ou grossas e aderentes. Apresentam colorao amarela quando do soro seco, verde ou amarelo-esverdeado quando de exsudato purulento ou marrom ou vermelho escuro se formada pelo sangue. Crostas superficiais que tm cor de mel, delicadas com partculas em sua superfcie so tpicas de impetigo. lcera: orifcio ou defeito que permanece aps uma rea da epiderme e pelo menos parte da derme ter sido destruda ou removida. Por haver envolvimento da derme as lceras so curadas por cicatrizes. Escama: As escamaes na pele mais intensas so rotuladas em linguagem dermatolgica por seborria. Aqui, o caso bem mais grave do que apenas evitar o contacto da pele com o agente causador da infeco. Medicamentos podem ser tomados e aplicados sobre este problema de escamao da pele, mas nunca se fica devidamente curado. O que acontece que a comicho exagerada produz efeitos negativos, pois a pessoa tem sempre tendncia para coar, piorando desta forma a situao. Este tipo de escamagem da pele acontece com muita freqncia, mas a sua cura ainda no foi encontrada. De incio surge uma vermelhido e, devido produo em excesso das glndulas sebceas de gordura, a escamao da pele vai surgindo aos poucos. Contudo, pode tentar controlar a situao no s com os medicamentos e pomadas devidas, mas tambm com alguns cuidados na alimentao como o caso de evitar ingerir alimentos gordos, lcool e reduzir o consumo de condimentos muito intensos e pesados. Quando esta escamao surge pode ser muito intensa, variando a sua extenso relativamente ao cuidado que se tem. A seborria pode localizar-se apenas num local especfico do corpo, como tambm pode ocorrer em vrias zonas: testa, sobrancelhas, nariz, chegando em casos mais raros ao peito. Acontece tambm que esta doena, apenas atinja o couro cabeludo, e nesses casos a desagradabilidade do problema no to ampla.

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    Cdigo de Defesa do Consumidor

    As empresas que fornecem servios e produtos no mercado de consumo devem observar as regras de proteo ao consumidor, estabelecidas pelo Cdigo de Defesa do Consumidor (CDC). O CDC foi institudo pela Lei n 8.078, em 11 de setembro de 1990, com o objetivo de regular a relao de consumo em todo o territrio brasileiro, na busca do reequilbrio na relao entre consumidor e fornecedor, seja reforando a posio do primeiro, seja limitando certas prticas abusivas impostas pelo segundo.

    importante que voc saiba que o CDC somente se aplica s operaes comerciais em que estiver presente a relao de consumo, isto , nos casos em que uma pessoa (fsica ou jurdica) adquire produtos ou servios como destinatrio final. Melhor dizendo, necessrio que em uma negociao estejam presentes o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou servio adquirido satisfaa as necessidades prprias do consumidor, na condio de destinatrio final.

    Portanto, operaes no caracterizadas como relao de consumo no esto sob a proteo do CDC, como ocorre, por exemplo, nas compras de mercadorias para serem revendidas por sua empresa. Observe que nestas operaes, as mercadorias adquiridas se destinam revenda e no ao consumo de sua empresa. Tais negociaes se regulam pelo Cdigo Civil brasileiro e legislaes comerciais especficas, e no pelo CDC.

    A fim de cumprir as metas definidas pelo CDC, voc dever conhecer bem algumas regras que sua empresa dever atender, tais como: forma adequada de oferta e exposio dos produtos destinados venda, fornecimento de oramento prvio dos servios a serem prestados, clusulas contratuais consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos ou vcios dos produtos e servios, os prazos mnimos de garantia, cautelas ao fazer cobranas de dvidas.

    Presidncia da Repblica Casa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias.

    TTULO I - DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS Art. 1 - O presente Cdigo estabelece normas de proteo e defesa do consumidor, de ordem pblica e interesse social, nos termos dos artigos 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituio Federal, e artigo 48 de suas Disposies Transitrias.

    Art. 2 - Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produtos ou servio como destinatrio final. Pargrafo nico - Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo. Art. 3 - Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados , que

    desenvolvem atividades de produo, montagem, criao, construo, transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de servios. 1 - Produto qualquer bem, mvel ou imvel, material ou imaterial.

    2 - Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.

    CAPTULO II - DA POLTICA NACIONAL DE RELAES DE CONSUMO

    Art. 4 - A Poltica Nacional de Relaes de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito sua dignidade, sade e segurana, a proteo de seus interesses econmicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a trans ferncia e harmonia das relaes de consumo, atendidos os seguintes princpios:

    I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta;

    b) por incentivos criao e desenvolvimento de associaes representativas; c) pela presena do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e servios com padres adequados de qualidade, segurana, durabilidade e desempenho;

    III - harmonizao dos interesses dos participantes das relaes de consumo e compatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econmico e tecnolgico, de modo a viabilizar os princpios nos quais se funda a ordem econmica (artigo 170, da Constituio Federal), sempre com base na boa-f e equilbrio nas relaes entre consumidores e fornecedores;

    IV - educao e informao de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas melhoria do mercado de consumo; V - incentivo criao pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurana de produtos e servios, assim como de mecanismos alternativos de soluo de conflitos de consumo;

    VI - coibio e represso eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrncia desleal e utilizao indevida de inventos e criaes industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuzos aos consumidores; VII - racionalizao e melhoria dos servios pblicos; VIII - estudo constante das modificaes do mercado de consumo.

    Art. 5 - Para a execuo da Poltica Nacional das Relaes de Consumo, contar o Poder Pblico com os seguintes instrumentos, entre ou tros: I - manuteno de assistncia jurdica, integral e gratuita para o consumidor carente;

    II - instituio de Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor, no mbito do Ministrio Pblico; III - criao de delegacias de polcia especializadas no atendimento de consumidores vtimas de infraes penais de consumo; IV - criao de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a soluo de litgios de consumo;

    V - concesso de estmulos criao e desenvolvimento das Associaes de Defesa do Consumidor. 1 - (Vetado.) 2 - (Vetado.)

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    CAPTULO III - DOS DIREITOS BSICOS DO CONSUMIDOR

    Art. 6 - So direitos bsicos do consumidor: I - a proteo da vida, sade e segurana contra os riscos provocados por prticas no fornecimento de produtos e servios considerados perigosos ou nocivos;

    II - a educao e divulgao sobre o consumo adequado dos produtos e servios, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contrataes; III - a informao adequada e clara sobre os diferentes produtos e servios, com especificao correta de quantidade, caracterstic as, composio,

    qualidade e preo, bem como sobre os riscos que apresentem; IV - a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra prticas e clusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e servios;

    V - a modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaes desproporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; VI - a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

    VII - o acesso aos rgos judicirios e administrativos, com vistas preveno ou reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteo jurdica, administrativa e tcnica aos necessitados; VIII - a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso do nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a cri trio do juiz,

    for verossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de experincias; IX - (Vetado.) X - a adequada e eficaz prestao dos servios pblicos em geral.

    Art. 7 - Os direitos previstos neste Cdigo no excluem outros decorrentes de tratados ou convenes internacionais de que o Brasil seja signatrio, da legislao interna ordinria, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princpios gerais do direito, analogia, costumes e eqidade.

    Pargrafo nico - Tendo mais de um autor a ofensa, todos respondero solidariamente pela reparao dos danos previstos nas normas de consumo.

    CAPTULO IV - DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIOS, DA PREVENO E DA REPARAO DOS DANOS SEO I - DA PROTEO SADE E SEGURANA

    Art. 8 - Os produtos e servios colocados no mercado de consumo no acarretaro riscos sade ou segurana dos consumidores, exceto os considerados normais e previsveis em decorrncia de sua natureza e fruio, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hiptese, a dar as informaes necessrias e adequadas a seu respeito.

    Pargrafo nico - Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informaes a que se refere este artigo, atravs de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. Art. 9 - O fornecedor de produtos e servios potencialmente nocivos ou perigosos sade ou segurana dever informar, de maneira ostensiva e

    adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuzo da adoo de outras medidas cabveis em cada caso concreto. Art. 10 - O fornecedor no poder colocar no mercado de consumo produto ou servio que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade sade ou segurana.

    1 - O fornecedor de produtos e servios que, posteriormente sua introduo no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, dever comunicar o fato imediatamente s autoridades competentes e aos consumidores, mediante anncios public itrios. 2 - Os anncios publicitrios a que se refere o pargrafo anterior sero veiculados na imprensa, rdio e televiso, a expensas do fornecedor do

    produto ou servio. 3 - Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou servios sade ou segurana dos consumidores, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero inform-los a respeito.

    Art. 11 - (Vetado.) SEO II - DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIO

    Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricao, construo, montagem, frmulas, manipulao, apresentao ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua utilizao

    e riscos. 1 - O produto defeituoso quando no oferece a segurana que dele legitimamente se espera, levando-se em considerao as circunstncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentao;

    II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a poca em que foi colocado em circulao. 2 - O produto no considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.

    3 - O fabricante, o construtor, o produtor ou importador s no ser responsabilizado quando provar: I - que no colocou o produto no mercado; II - que embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;

    III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Art. 13 - O comerciante igualmente responsvel, nos termos do artigo anterior, quando: I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador no puderem ser identificados;

    II - o produto for fornecido sem identificao clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; III - no conservar adequa