35
DENDEZEIROS APERFEIÇOAMENTO PARA PEDRERO DE FACHADA

Apostila Curso de Pedreiros

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Apostila Curso de Pedreiros

DENDEZEIROS

APERFEIÇOAMENTO PARA PEDRERO DE FACHADA

Page 2: Apostila Curso de Pedreiros

DENDEZEIROS

APERFEIÇOAMENTO PARA PEDRERO DE FACHADA

Salvador 2005

Page 3: Apostila Curso de Pedreiros

Copyright ©2005 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados

Área Tecnológica: Construção Civil

Elaboração: Gleice Maria Araújo Ribeiro

Revisão Técnica: Gleice Maria Araújo Ribeiro

Revisão Pedagógica: Railda Tavares da Costa

Normalização: Núcleo de Informação Tecnológica - NIT

Catalogação na fonte (NIT – Núcleo de Informação Tecnológica) ____________________________________________________ SENAI-DR BA. Aperfeiçoamento para pedreiro de fachada. Salvador, 2005. 33 f. : il. (Rev. 00). 1. Construção Civil 2. Pedreiro I. Título

CDD 624

____________________________________________________ SENAI DENDEZEIROS Av. Dendezeiros do Bonfim, 99 - Bonfim CEP: 40.415.006 Tel.: (71) 3310-9972/ 9974 Fax.: (71) 3314-9661 Site: www.fieb.org.br/senai E-mail: [email protected]

Page 4: Apostila Curso de Pedreiros

APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de

qualidade e produtividade da indústria, o SENAI BA desenvolve programas de

educação profissional e superior, além de prestar serviços técnicos e tecnológicos.

Essas atividades, com conteúdos tecnológicos, são direcionadas para indústrias nos

diversos segmentos, através de programas de educação profissional, consultorias e

informação tecnológica, para profissionais da área industrial ou para pessoas que

desejam profissionalizar-se visando inserir-se no mercado de trabalho.

Neste travbalho preocupamo-nos em dar ênfase ao estudo de Revestimento em fachadas

na construção civil, utilizando linguagem simples, de modo a atender às necessidades

básicas dos participantes do Curso de Aperfeiçoamento para pedreiro de fachada.

Esses conhecimentos constituem complemento indispensável à formação profissional.

Leiam, estudem, analisem, tenham como objetivo compartilharem e serem bons

profissionais.

Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.

Possui informações que s~so aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional, e

apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que possibilita, de

forma eficiente, o aprefeiçoamento do aluno através do estudo do conteúdo apresentado

no módulo.

Page 5: Apostila Curso de Pedreiros

SUMÁRIO

1 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 5 2 HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO APLICADA À EXECUÇÃO DE FACHADAS 6 3 QUALIDADE, PRODUTIVIDADE E RACIONALIZAÇÃO 8 4 ESTUDO DOS MATERIAIS: AGLOMERADOS, AGREGADOS E ADITIVOS 9 5 ESTUDO DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS 12 6 TIPOS DE REVESTIMENTOS E APLICABILIDADE 15 7 QUALIDADE DO REVESTIMENTO DE FACHADA 22 8 PROJETO E PLANEJAMENTO 22 9 EXECUÇÃO E CONTROLE DO REVESTIMENTO DE FACHADA 27 REFERÊNCIAS 33

Page 6: Apostila Curso de Pedreiros

5

1 RELAÇÕES INTERPESSOAIS

O PEDREIRO

Um velho pedreiro estava para se aposentar. Ele contou ao seu patrão seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casa, e viver uma vida mais calma com sua família. Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados, e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial. O pedreiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e se utilizou de mão-de-obra e matérias-primas de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira. Quando o pedreiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao pedreiro. “Esta é a sua casa”, ele disse, “meu presente para você” Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora ele teria de morar em uma casa feita de qualquer maneira. Assim acontece conosco. Nós construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor. Nos assuntos importantes nós não empenhamos nosso esforço. Então, em choque, nós olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos. Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente. Pense em você como pedreiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Construa sabiamente. É a única vida que você construíra. Mesmo que você tenha somente mais um dia de vida, este dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade. A placa na parede está escrito: “ A vida é um projeto, faça você mesmo.” “Quem poderia dizer isso mais claramente? Sua vida hoje é o resultado de sua atitudes e escolhas feitas no passado. Sua vida de amanhã será o resultado de suas atitudes e escolhas que fizer HOJE!!!

Autor Desconhecido

Page 7: Apostila Curso de Pedreiros

6

2 HIGIÊNE E SEGURANÇA NO TRABALHO A higiene e a segurança são duas atividades que estão intimamente relacionadas com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos trabalhadores que, segundo a O.M.S. -Organização Mundial de Saúde, "é um estado de bem-estar físico, mental e social”. A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador). A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas. A realização pessoal e profissional dos trabalhadores encontra na qualidade de vida do trabalho, nomeadamente a que é favorecida pelas condições de segurança, higiene e saúde, uma matriz fundamental para o seu desenvolvimento.

“Todo o indivíduo tem o direito de trabalhar com segurança”. As empresas através dos tempos têm desenvolvido equipamentos de segurança para a proteção do trabalhador. O cuidado com a vida humana tem sido muito avaliado, pois contribui para a produtividade da empresa, diminuição dos riscos de acidentes e uma manifestação de comprometimento em trabalhar com segurança. Segundo a NR-18 (Norma Regulamentadora 18 que trata das Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Industria da Construção), determina que todos os empregados recebam treinamento, de preferência de campo, dentro do seu horário de trabalho. Antes de iniciar as suas tarefas, o trabalhador dever ser informado sobre as condições de trabalho no canteiro, os riscos de sua função específica, e as medidas de proteção coletivas e individuais (EPC e EPI) a serem adotadas. Novos treinamentos devem ser feitos sempre que necessário e a cada nova fase da obra. Esse envolvimento motiva o trabalhador a executar suas tarefas com maior segurança, contribuindo para a melhora da qualidade e produtividade da empresa. O empregador deve fornecer a vestimenta de trabalho e fazer a sua reposição quando for preciso. A roupa básica pode ser macacão ou calça e camisa. Os equipamentos de

Page 8: Apostila Curso de Pedreiros

7

proteção individual (EPI) devem ser fornecidos ao empregado exposto a riscos, toda vez que for inviável adotar medidas de proteção coletiva. O pedreiro precisa trabalhar com os equipamentos necessários para uma completa segurança, conforme abaixo: Capacete - serve para proteção da cabeça. Óculos - protege dos fragmentos de ferro, poeira ou produtos químicos que possam irritar os olhos. Máscara - serve para evitar a aspiração de pós e de gases. Luva - serve para proteger as mãos de cortes, tinta etc. Avental - Proteção do corpo.

ACIDENTE DE TRABALHO

• Ato inseguro É a violação de um procedimento de segurança aceito, que pode ocasionar um acidente. Como exemplos: operar máquina sem autorização, operar em velocidade inadequada, usar equipamento com defeito, utilizar equipamentos incorretamente, não usar equipamentos de proteção individual, levantar peso inadequadamente, adotar posição incorreta, usar bebida alcoólica ou drogas. • Condição insegura

É uma condição ou circunstância física perigosa em equipamentos, instalações, máquinas e ferramentas, que pode ocasionar um acidente. Como exemplos: Proteção inadequada; equipamentos, ferramentas e materiais defeituosos; desordem na área de trabalho; perigo de fogo e explosão; limpeza abaixo dos padrões; condições ambientais perigosas: gases, vapores e fumo; ruído excessivo; iluminação e/ou ventilação inadequada.

Os acidentes de trabalho, resultantes de condições inseguras de trabalho, são causados por determinados riscos associados ao exercício da atividade profissional e atuam de forma inesperada e violenta, provocando lesões que se tornam visíveis no momento.

Page 9: Apostila Curso de Pedreiros

8

3 QUALIDADE, PRODUTIVIDADE E RACIONALIZAÇÃO

“O trabalhador deve trabalhar sem esforço físico, em condições de segurança, produzindo mais, com qualidade e sem desperdícios”

HOMEM é o grande agente da PRODUTIVIDADE. Tudo se faz através do

HOMEM e para ELE. As principais atitudes produtivas “sobre” o HOMEM, que nós podemos citar são:

Comunicação Princípios Motivação Formação Liderança Planejamento Delegação Busca da qualidade

Destaco a busca da qualidade, pois está ligada diretamente a produtividade e esta estimula toda as outras na busca de mais PRODUTIVIDADE. Todo empresário conhece a importância da PRODUTIVIDADE em qualquer trabalho. A crescente competitividade do mercado indica o aumento da PRODUTIVIDADE nas atividades industriais, quaisquer que sejam elas, como único meio para que se mantenham as margens de rentabilidade sem aumentar preços. Porém a PRODUTIVIDADE não aparece como por encanto. Ela é conseqüência de um processo, que só será completo a partir de três pontos importantes:

CONSCIENTIZAÇÃO COMPROMISSO

ATITUDE Deste modo, a PRODUTIVIDADE verdadeira e permanente decorre de atitudes produtivas que mesmo reconhecidamente necessárias não são tomadas no dia-a-dia.

Qualidade - Ë conformidade aos requisitos especificados ou combinados com o cliente. Portanto, não há qualidade boa ou má , elevada ou deficiente. Se um produto atende ao que foi especificado ou combinado com o cliente, diz-se que é de “Qualidade”. Se não atende, não é de “Qualidade”. Qualidade e Produtividade - O trabalhador deverá procurar agir certo da primeira vez e produzir a maior quantidade possível, observando a qualidade especificada e dentro do prazo esperado.

A Produtividade está relacionada a tempo, isto é, ao tempo gasto para fazer um serviço, na execução do trabalho podemos dividir o tempo em produtivo e não-produtivo.

Page 10: Apostila Curso de Pedreiros

9

TEMPO PRODUTIVO É O TEMPO GASTO PARA TRANSFORMAR a MATÉRIA PRIMA EM PRODUTO A SER ENTREGUE AO CLIENTE. De uma forma mais simples, podemos dizer que é o tempo gasto para fazer aquilo que o cliente quer. TEMPO NÃO-PRODUTIVO É O TEMPO GASTO NAS ATIVIDADES QUE NÃO TRANSFORMAM O PRODUTO A SER ENTREGUE AO CLIENTE. Simplificando, é o tempo gasto para fazer aquilo que o cliente não quer. Evidentemente que utilizando este conceito vamos encontrar inúmeros tempos que são necessários e que não são gastos para transformar matéria prima em produto. É o caso do tempo gasto no transporte, na execução dos barracões, na confecção da forma de madeira, etc. Estes são chamados de TEMPOS DE APOIO. Também existem tempos que não são necessários nem são produtivos. São os TEMPOS MORTOS. Um exemplo típico é o tempo gasto com o retrabalho. Estes tempos devem ser eliminados. CONCEITO DE RACIONALIZAÇÃO O que é racionalização? RACIONALIZAÇÃO - ato de racionalizar RACIONALIZAR - tornar racional RACIONAL - faculdade de raciocinar RACIOCINAR - servi-se da razão para procurar conhecer a verdade e para julgar as relações das coisas

4 ESTUDO DOS MATERIAIS: AGLOMERANTES, AGREGADOS E ADITIVOS

4.1 AGLOMERANTES Conceito: materiais, geralmente pulverulentos, que entram na composição das pastas, argamassas e concretos. Sob a forma de pasta tem a propriedade de se solidificar e endurecido com o passar do tempo.

Page 11: Apostila Curso de Pedreiros

10

CIMENTO PORTLAND O cimento Portland é um pó fino que consiste na mistura de composto cal, alumínio e sílica, após serem cozidos e moídos. No mercado existem os seguintes tipos de cimento: • CPI, CPI-S → Cimento Portland Comum

- São regidos pela NBR 5732

• CPII, CPIIZ e CPIIF → Cimento Portland Composto

- São regidos NBR 11578

• CPIII → Cimento Portland de alto-forno

- Regido pela NBR 5735

• CPV ARI → Cimento Ari

- Regido pela NBR 5736

Dicas para recebimento e armazenamento do cimento: • Não receber cimento empedrado • Rejeitar os sacos de cimento abertos ou rasgados • Não aceitar sacos de cimento úmidos ou molhados • Quando estocar não empilhe mais de 10 sacos de cimento • No depósito, não deixe que os sacos de cimento encostem-se

ao teto ou nas paredes.

CAL - Matéria prima para fabricação: calcário (CaCO3 puro ou CaCO3 + Mg CO3 );

- Aglomerante quimicamente ativo, aéreo (endurece exposto ao ar e não resiste a ação da água);

- Material pulverulento de cor esbranquiçada; - Sua utilização pode ser em forma de pasta ou de argamassa

A escolha do tipo de cimento depende para cada uso depende das suas características desejadas em relação ao tempo de desforma, à cura do concreto ou da argamassa e às necessidades de resistência mecânica e química

Page 12: Apostila Curso de Pedreiros

11

GESSO

- Aglomerante obtido pela desidratação parcial ou total da Gipsita. - Seu uso consiste: pasta = aglomerante + água

Nata = pasta muito fluida Argamassa = água + aglomerante + agregado miúdo 4.2 AGREGADOS Materiais granulosos, de preferência inertes, com dimensões e propriedades variáveis, que podem ser selecionados adequadamente a realização do serviço. CLASSIFICAÇÃO AGREGADOS • Agregados naturais: areia de rio, pedras, pedregulhos, areia de mina, seixo rolado,

etc.

• Agregados artificiais: areia artificial, brita, argila expandida, etc.

Os agregados artificiais são encontrados na natureza, mas passam por um processo de industrialização.

AGREGADO MIÚDO

Os grãos passam por uma peneira de malha fina. • Peneira nº 4, prevista na ABNT. A malha

desta peneira mede 4,8 mm.

Page 13: Apostila Curso de Pedreiros

12

OUTROS TIPOS DE AGREGADO MIÚDO • Filler - passa na peneira nº 100 da ABNT (0,150 mm – NBR 5734) • Areia - encontrada na natureza ou, então, obtido através de processos de

britagem. AGREGADO GRAÚDO Os grãos passam por uma peneira de malha quadrada com abertura de 152 mm e ficam retidos na peneira nº 4 da ABNT (4,8 mm – NBR 7211)

OUTROS TIPOS DE AGREGADO GRAÚDO

• Pedregulho - conhecido também como cascalho ou seixo rolado. • Brita - obtida através do processo de britagem da rocha (quebrar, partir).

CLASSIFICAÇÃO DAS BRITAS

DIÂMETRO CLASSIFICAÇÃO4,8 a 9,5 mm Brita 0 9,5 a 19 mm Brita 1 19 a 25 mm Brita 2 25 a 38 mm Brita 3 38 a 76 mm Brita 4

ÁGUA A água deve ser adicionada ao concreto na fase de amassamento. Sempre que for possível, use água potável ou tratada, pois é limpa e não apresenta substâncias nocivas. ADITIVOS Os aditivos são substâncias adicionadas as argamassas e ao concreto, antes ou durante a fase da mistura. Geralmente são usados para acelerar ou retardar algum resultado. Podem se apresentar em estados líquidos ou em pó, alguns dos tipos mais existentes no mercado são: Plastificante, retardador de pega, adesivo para chapisco, expansor de encunhamento, impermeabilizante, retentor de água e incorporador de ar. 5 ESTUDO DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

5.1 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

COLHER DE PEDREIRO É uma ferramenta empregada na construção de parede, pisos, revestimentos, etc. Constituída de uma folha de aço em forma trapezoidal, sua medida é dada em polegada, e de acordo com a sua forma, recebe nomes particular: ponta redonda, quadrada e triangular; variando pela espessura da folha, posição do pescoço e pelo formato do cabo.

Page 14: Apostila Curso de Pedreiros

13

COLHER MEIA-CANA É uma ferramenta não muito popular, pois a mesma é utilizada em pequena escala visto

que a sua aplicação é específica para assentamento de bloco de concreto.

ESQUADRO É uma ferramenta constituída de dois lados, empregado para traçar ângulos de 90° (reto).

PRUMO Constituído de um corpo metálico, possui um orifício em seu centro de onde sai um cordão o qual suporta uma noz que desliza livremente pelo cordão. Existem dois tipos de prumo: Prumo de face e Prumo de centro

Page 15: Apostila Curso de Pedreiros

14

• Prumo de face – Possui o corpo e a noz em forma de um cilindro, o furo onde passa

o cordão deve ser central, tanto para o corpo quanto para a noz. Este prumo é utilizado para manter a verticalidade da parede, pilar, etc.

• Prumo de centro – Também conhecido como prumo “pião,” seu corpo possui a

forma de um cone. Este prumo é utilizado para determinar centros e eixos, com ou sem utilização de linhas.

NÍVEL É uma ferramenta de grande utilidade, tendo-se em vista que com ela podemos verificar a posição horizontal ou vertical das superfícies que constituem uma obra. Existem vários tipos de níveis: • Nível de bôlha – De formato retangular (paralelepípedo), pode ser de metal,

madeira ou plástico, com dimensões variáveis. O nivelamento se faz através de uma ampola contendo água, álcool e ar. Quando se faz coincidir a bolha de ar com as linhas paralelas fixadas na ampola, diz-se que a superfície está nivelada.

Page 16: Apostila Curso de Pedreiros

15

• Nível de mangueira – Trata-se de uma mangueira plástica transparente na qual é aplicado o princípio dos vasos comunicantes, a gravidade faz com que a água dentro da mangueira fique em nível constante, quando não houver bolha de ar no seu interior.

• Nível a laser – Instrumento de tecnologia avançada, funciona normalmente a pilha,

podendo ser acoplado a um tripé para facilitar o trabalho do operador. O nível a laser é um instrumento de grande precisão e rapidez, funciona, como o nome já diz, através de um raio de cor vermelha, pelo qual se faz a transferência de nível.

• Desempenadeira dentada 8 x 8 para piso e 6 x 6 para azulejo

• Martelo – Ferramenta utilizada para pregar.

Outras, como, linha de nylon, martelo de unha etc.

Page 17: Apostila Curso de Pedreiros

16

6 TIPOS DE REVESTIMENTOS E APLICABILIDADE

O revestimento é um dos elementos que compõem uma edificação, juntamente com a estrutura, as vedações verticais e horizontais e os sistemas hidráulicos e elétricos. A execução dos revestimentos envolve uma série de etapas, com atividades próprias e procedimentos, no qual devem está bem definidos para que seja alcançado um maior nível de racionalização das atividades de execução. Principais características das bases de aplicação de revestimento:

BASES CARACTERÍSTCAS Alvenaria (diferentes componentes) Estrutura (concreto)

• Absorção de água • Porosidade • Resistência mecânica • Movimentação higroscópicas • Rugosidade • Homogeneidade

FASES DE REVESTIMENTOS: Chapisco - argamassa de cimento e areia. Serve para unir sistema de revestimento à base regularizar a absorção da base, melhorar a aderência e contribuir na vedação da alvenaria. Esta argamassa deve ser lançada com movimentos fortes e rápidos com o jogo da colher, de tal forma que fique espalhada na parede.

Page 18: Apostila Curso de Pedreiros

17

Diferentes tipos de chapisco e características: o tradicional, o industrializado, e o rolado.

CHAPISCO TRADICIONAL

Característica: argamassa de cimento, areia e água, adequadamente dosada.

- Apresenta uma película rugosa após aplicação, aderente e resistente;

- Elevado índice de desperdício; - Pode ser aplicado sobre alvenarias e estruturas.

CHAPISCO

INDUSTRIALIZADO

Argamassa industrializada semelhante à argamassa colante.

- Acrescentar água no momento da mistura na proporção definida;

- É aplicado com desempenadeira dentada somente sobre a estrutura de concreto;

- Apresenta uma elevada produtividade e rendimento.

CHAPISCO ROLADO

Mistura de cimento e areia, com adição de água e resina acrílica

- argamassa bastante plástica- aplicação rolo de textura; - Pode ser aplicado na fachada, tanto estrutura como na

alvenaria; - Necessidade de controle rigoroso da produção de

argamassa e da sua aplicação na base. -

Fonte: Projeto e Execução de Revestimento de Argamassa

Page 19: Apostila Curso de Pedreiros

18

Emboço – emboço é a argamassa de regularização que deve determinar a uniformização da superfície, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamento dos painéis. É o elemento que proporciona uma capa de impermeabilização das alvenarias de tijolos ou blocos de concreto e cuja espessura não deve ser maior que 1,5 cm. O emboço é uma argamassa mista de cimento, cal e areia. Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de carência da aplicação do chapisco de 3 dias e que preferencialmente os elementos embutidos das paredes tenham sido executados, as tubulações hidráulicas e elétricas, os rasgos devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou com os tacos dos batentes assentados, contramarcos dos caixilhos. Etapas de execução:

Etapa 1 - Colocação de peças de cerâmica

São pequenas peças de ladrilhos cerâmicos colocados sobe a superfície a ser revestida e que servirá de referencia para o acabamento. Usa-se fixar as peças de cerâmica com a mesma argamassa que vai ser utilizada no emboço.

As peças devem ser aprumadas e niveladas nas distâncias conforme a dimensão do sarrafo de utilização.

Page 20: Apostila Curso de Pedreiros

19

Etapa 2 - Execução das mestras

Após a etapa 1, deve-se preencher o espaço entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço.

.

Etapa 3 - Emassamento da parede

Depois de consolidados as mestras, executa-se o preenchimento dos vãos entre as mestras com argamassa de revestimento em porções chapadas cuidando para que fique um excesso em relação ao plano das mestras.

Page 21: Apostila Curso de Pedreiros

20

As chapadas deverão ser comprimidas com colher de pedreiro num primeiro espalhamento, tomando o cuidado de recolher o excesso de argamassa depositado sobre o piso antes que endureçam.

Etapa 4 - Sarrafeamento

Iniciar o sarrafeamento tão logo a argamassa tenha atingido o ponto de sarrafeamento usando uma régua desempenadeira de baixo para cima, retirando o excesso de material chapeado.

Para verificar o ponto de desempeno, que depende do tipo de argamassa usada, da capacidade de sucção da base e das condições climáticas, deve-se pressionar com o dedo a superfície chapeada. O ideal é quando o dedo não mais penetra na argamassa (apenas uma leve deformação), permanecendo praticamente limpo.

Obs.: Ponto de Sarrafeamento

Page 22: Apostila Curso de Pedreiros

21

Etapa 5 - Desempeno

Dependendo do acabamento desejado pode-se executar o desempeno da superfície com desempenadeira de mão adequada para cada caso (madeira, aço ou feltro). Se a parede for receber revestimento cerâmico, basta um leve desempeno com desempenadeira de madeira.

Muitas obras fazem a aplicação direta da placa cerâmica sobre a

base, eliminando-se o substrato (emboço). Isso não é correto. O substrato tem a função de absorver as tensões causadas pelas movimentações da base e ameniza o nível de tensões aplicadas sobre o revestimento cerâmico. Reboco – Camada de acabamento. È executada logo após o emboço. Geralmente é feito com argamassa básica de cal e areia fina. Seu aspecto final é com pouca porosidade e acetinado, pronto para receber a pintura. Procedimentos:

• Verificar o tipo de desempen aplicado em função do acabamento final previsto;

• Conferir a planicidade por intermédio de uma régua de alumínio; • Assegurar o intervalo mínimo de 07 dias após o emboço para iniciar a aplicação

do reboco Massa única – é a camada de revestimento realizada uma só vez. Pode receber revestimentos cerâmicos ou porcelanizados ou pinturas. ESPESSURAS RECOMENDADAS PARA O REVESTIMENTO – NBR 13749

REVESTIMENTO ESPESSURA Parede interna 15 ⊆ e ⊆ 20mm Parede externa 20 ⊆ e ⊆30mm Tetos interno e externo 15 ⊆ e⊆ 25mm

Page 23: Apostila Curso de Pedreiros

22

ACABAMENTO DE SUPERFÍCIE

Sarrafeamento Passagem do sarrafo desempenado Passagem de desempenadeira camuçado Passagem de camuça Raspado Passagem com jato de água (agregados

apropriados).

CAMADAS DO REVESTIMENTO 7 QUALIDADE DO REVESTIMENTO DE FACHADA A qualidade no revestimento está associada ao projeto, desde a sua fase de concepção. Conhecer os fatores que interferem na qualidade do revestimento se faz necessário para agir de forma criteriosa na tomada de decisão. Como exemplo: as patologias mais freqüentes no revestimento de argamassa de fachada são:

• Fissuração e deslocamento da pintura • Formação de manchas de umidade • Deslocamento da argamassa de revestimento • Fissuração da superfície do revestimento • Deslocamento entre as camadas de emboço e reboco.

substrato

chapisco

emboço

reboco

acabamento

Page 24: Apostila Curso de Pedreiros

23

8 PROJETO E PLANEJAMENTO O projeto de revestimento externo ou de fachada é feito para se obter um desempenho satisfatório e a longo tempo. Deve apresentar um conjunto de informações relativas às características do produto e a forma de produção. Cada obra tem suas particularidades por isso se faz necessário o estudo dos seguintes itens: O procedimento de execução do revestimento externo de argamassa deverá contemplar os itens a seguir.

1- Condições para o início dos serviços:

• estrutura concluída;

• vedações externas concluídas;

• vigas de borda concluídas, dimensionas para os esforços do balacim;

• contramarcos instalados, quando existirem;

• materiais, equipamentos e ferramentas disponíveis;

• mão-de-obra contartada;

• montagem dos balancins executada;

• elementos pré-moldados e decorativos planejados;

• colocação de tela de proteção de fachada.

2- Etapas do processo executivo O processo executivo do revestimento externo é composto de quatro subidas e quatro descidas:

GEOMETRIA

FACHADA JUNTAS

MATERIAIS

PRÉ-MOLDADOS

REFORÇOS

ACABAMENTO EXECUÇÃO E CONTROLE MANUTENÇÃO

Page 25: Apostila Curso de Pedreiros

24

1ª subida: ⇑

• remoção de irregularidades e restos de concretagem • tapação de furos • reaperto das alvenaria pelo lado externo • rejuntamento de alvenarias

1ª descida: ⇓

• limpeza da base • mapeamento da fachada • colocação de telas de reforço • chapisco

2ª subida: ⇑

• taliscamento da fachada • argamassa de regularização / 1ª chapada

2ª descida: ⇓

• colocação de telas de reforço • verificação do chapisco • emboço/massa única • abertura de frisos para juntas de movimentação

3ª subida: ⇑

• revisão do emboço 3ª descida: ⇓

• execução do revestimento 4ª subida: ⇑

• rejuntamento do revestimento 4ª descida: ⇓

• limpeza final

Page 26: Apostila Curso de Pedreiros

25

O PROJETO DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DE FACHADA

TOMADA PRÉVIA DE DECISÕES

3. Cronograma

• Providências preliminares; • Determinação da data de início e de término dos trabalhos; • Principais atribuições de responsabilidade na fase de planejamento

4. Treinamento O treinamento da mão - de - obra é um item de grande importância para atingir uma melhor qualidade dos serviços, como destaque a qualidade no revestimento. Isso se deve ao fato de que a maior parte dos serviços é realizada em balacins na fachada, onde se exige maior controle, devido ao acesso difícil para executar o serviço. È importante destacar os aspectos que envolvem desde a fase de projeto, planejamento e fases de produção. “Cada pessoa na obra tem as suas responsabilidades”. 5. Recebimento de materiais O recebimento de materiais está direcionado ao tipo de produção de argamassa que será recebida na obra (industrializada ou produzida em obra). Todos os fornecimentos de argamassa industrializada deverão ser registrados em tabelas, desenvolvidos pela equipe técnica, que deverão ter as seguintes informações: empresa fornecedora da argamassa, tipo de argamassa, número do fornecimento e da nota fiscal, quantidade recebida e datas da fabricação e entrega.

6. Armazenamento Dos Materiais

• Armazenamento dos materiais ensacados – armazenado de forma a permitir a separação física e visual entre os lotes fornecidos.

• Armazenamento das argamassas fornecidas em silos – armazenada em silos

metálicos

• Armazenamento da areia – armazenadas em baias.

melhores soluções melhores resultados

Page 27: Apostila Curso de Pedreiros

26

7. Rastreabilidade A rastreabilidade é fundamental para identificar o fator gerador de uma eventual patologia futura. Para permitir o rastreamento da argamassa, as fachadas devem ser divididas em lotes (panos de até 100m2 , altura máxima deverá ser a altura da balançada – máximo de 2m e a largura correspondente ao número inteiro de balancim, de maneira que um balancim pertença somente a um lote) com números, letras ou cores, em desenhos esquemáticos -planta de elevação,com as seguintes informações:

• Nome da obra • Número do pavimento e / ou balançada • Identificação dos lotes e das fachadas • Identificação dos balancins e dos respectivos funcionários que os utilizam

( aplicadores); • Data de aplicação (início e término) • Limites físicos do lote (croquis); e • Identificação dos fornecimentos (argamassa industrializada ou dos insumos)

aplicados nos lotes das fachadas.

8. Preparo da Argamassa

• Acerto de dosagem dos materiais; e • tempo de mistura, descanso e tempo –limite de uso.

9. Aplicação das Argamassas e demais insumos Conforme a seqüência do movimento (subida e descida) do balancim ou à seqüência e trajetória dos serviços no andaime fachadeiro.

10. Fixação de Pré-Moldados Os procedimentos de fixação dos pré-moldados nas fachadas devem atender aos projetos desenvolvidos pelo projetista e às empresas fornecedoras destes produtos. 11. Controle e inspeção das etapas

• Controle de recebimento de insumos - controle tecnológico e avaliações da uniformidade dos materiais argamassa industrializada argamassa preparada na obra

• Controle dos lotes das fachadas

Page 28: Apostila Curso de Pedreiros

27

• Seqüência dos controles, inspeção, ensaios e liberação das etapas de execução dos revestimentos das fachadas.

9 EXECUÇÃO E CONTROLE DO REVESTIMENTO DE FACHADA Os procedimentos de execução do revestimento devem estar definidos, estabelecendo as atividades de execução e a sua seqüência. Etapas de execução do revestimento de argamassa em fachada:

PREPARAÇÃO DA BASE Conjunto de atividades que visam adequar a base ao recebimento da argamassa.

• Itens que devem ser considerados: Limpeza da estrutura e da alvenaria (lavagem da base), eliminação das irregularidades superficiais, remorção de irregularidades metálicas, preenchimento de furos, aplicação do chapisco, fixação externa da alvenaria (através de argamassa).

Antes da aplicação do chapisco

Controle, inspeção e liberação das bases

Antes da aplicação do emboço (no mínimo 03

dias).

Antes da aplicação do acabamento final ( no

mínimo 28 dias)

Controle, inspeção e liberação dos chapisco

Controle, inspeção, ensaio e liberação do

emboço.

Deverá ser executado por equipamento de acesso montado especificamente

para este fim

Controle, inspeção, ensaio e recebimento final do revestimento

Page 29: Apostila Curso de Pedreiros

28

Obs.: normalmente são utilizados chapiscos diferentes (estrutura e alvenaria). Recomenda-se a cura úmida do chapisco.

LOCAÇÃO DOS ARAMES DE FACHADA/ MAPEAMENTO Deve ser feito no local correto, respeitando o esquadro e o alinhamento.

• Verificar a locação dos arames junto às quinas e janelas (10cm a 15cm dos eixos);

• Verificar a transferência dos eixos da estrutura para a laje de cobertura ao nível das platibandas.

• O afastamento máximo entre os arames deve ser menor que o comprimento das réguas a serem utilizadas no sarrafeamento.

Mapeamento – obter as distâncias entre os arames e a fachada em pontos localizados nas vigas, alvenarias e pilares, para a definição das espessuras dos revestimentos. Obs.: o registro das espessuras entre o arame e as bases deverá ser fornecido ao projetista, que estabelecerá as espessuras dos revestimentos, os ajustes e os locais que devem ser reforçados.

Page 30: Apostila Curso de Pedreiros

29

TALISCAMENTO/EXECUÇÃO DAS MESTRAS

• Deve ser feito com material cerâmico, fixadas com a mesma argamassa que será utilizada no emboço;

• Verificar a distribuição das taliscas de forma que fiquem espaçadas entre si

conforme a dimensão do sarrafo. Obs.: distância das taliscas em relação aos arames de fachada de acordo com o definido após análise do mapeamento. 1ª cheia - Nos trechos onde o taliscamento indicar necessidade de revestimento com espessura superior ao valor máximo estipulado pelo projetista.

Page 31: Apostila Curso de Pedreiros

30

APLICAÇÃO DA ARGAMASSA/ REFORÇOS

Nessa etapa é necessário os seguintes procedimentos:

1. Obedecer o tempo de cura do chapisco ( 03 dias de idade);

2. Aplicar a argamassa com a energia de impacto;

3. Sarrafear e desempenar após o tempo de puxamento;

4. Retirar as taliscas e proceder aos preenchimentos necessários;

5. Executar os frisos horizontais e verticais previstos no projeto (juntas de

movimentação);

6. Assentar ou moldar in loco os peitoris.

Os reforços deverão ser executados conforme especificados e detalhados

em projeto (posicionamento e fixação de telas)

Aplicação da argamassa no painel

Page 32: Apostila Curso de Pedreiros

31

EXECUÇÃO DE JUNTAS

Antes de iniciar a execução dos revestimentos, uma das tarefas obrigatórias é o planejamento das juntas. O projeto das juntas deve levar em conta os tipos de juntas, posicionamento, largura e materiais que devem preenchê-las. a)Juntas de Assentamento São juntas entre as peças que compõem o revestimento. A necessidade deste tipo de juntas é devido as causas a seguir:

• Desbitolamento dos revestimentos cerâmicos • Alinhamento • Tensões higiene • Função estética • Remoção de peças

b) Juntas de Trabalho Deve ser localizada no encontro da alvenaria e estrutura, no encontro de dois tipos de revestimento, os topos da janela e acompanhamento de juntas estruturais. c) Junta de Dessolidarização São juntas executadas no encontro do piso com as paredes ou quaisquer outros obstáculos verticais, aprofundando-se até a superfície da base de assentamento.

Page 33: Apostila Curso de Pedreiros

32

Projetar nas seguintes condições:

• Mudança de tipo de revestimento • Encontro de colunas, vigas e saliências • Perímetro da área revestida

e) Junta de Dilatação ou Movimentação São juntas intermediárias, normalmente mais largas do que as de assentamento, tendo como objetivo permitir absorver as deformações diferenciais originadas pelas variações térmicas entre as placas cerâmicas. f) Junta de Separação ou Estrutural São juntas já existentes na estrutura do concreto, feitas para aliviar tensões provocadas pela movimentação da estrutura de concreto. Na posição onde estiver devem ser mantidas e com a mesma largura, em todas as camadas que constituem o revestimento. No mercado já existem juntas que eliminam o uso de palitos, pregos e linhas, tornando o alinhamento muito mais perfeito e rápido. O formato pode ser em cruz e tês.

REJUNTAMENTO

Devido às condições de cura da base ou da argamassa colante, geralmente se recomenda rejuntar no mínimo após 24 horas do assentamento, assim mesmo em piso, é recomendável que se usem tábuas para não pisar diretamente sobre as peças.

A maioria dos materiais de rejuntamento é a base de cimento portland cinza ou branco. Os cimentos podem receber adições de outros produtos para:

• Serem flexíveis • Repelirem água • Resistirem a fungos • Permanecerem branco

Page 34: Apostila Curso de Pedreiros

33

• Terem dureza • Serem impermeáveis • Serem coloridos etc.

O rejuntamento deverá preencher as juntas perfeitamente, para que não ocorra infiltração de água. O processo de rejuntamento é feito utilizando-se um rolo ou uma desempenadeira emborrachada.

LIMPEZA

Após o rejuntamento faça uma limpeza prévia com um pano seco retirando todo excesso entre as juntas. Após aplicação, limpe logo antes que o material perca sua plasticidade, porém antes de Ter endurecido. Uma limpeza prematura poderá provocar a remoção parcial do rejunte e uma tardia obrigará a uma limpeza agressiva, mecânica ou química, que poderá deteriorar irreversivelmente a superfície cerâmica.

Page 35: Apostila Curso de Pedreiros

34

REFERÊNCIAS BAÍA, Luciana Leone Maciel; SABBATINI, Fernando Henrique. Projeto e execução de revestimento de argamassa. São Paulo: O Nome da Rosa, 2005. CAMPANTE, Edmilson; BAÍA, Luciane Leone Maciel. Projeto e execução de revestimento cerâmico. São Paulo: O Nome da Rosa, 2005 CEOTTO, Luiz Henrique at al. Revestimentos de argamassas: boas práticas em projeto, execução e avaliação. Porto Alegre: ANTAC, 2005. CTE.Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: SINDUSCON, [199-?]. ÍNDICE de aulas sobre revestimento. Disponível em: <www.uepg.br/denge/aulas/revestimentos/conteudo.htm>. Acesso em: 19.out.2005.