Apostila Curso Pequeno Produtor

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  • ABCC Associao Brasileira de Criadores de Camaro.

    APOSTILA TCNICA DE BOAS PRTICAS DE MANEJO PARA CAPACITAO DE PEQUENOS PRODUTORES DE CAMARO, ENVOLVENDO:

    1 CULTIVO DO Litopenaeus vannamei EM BERRIOS PRIMRIOS, SECUNDRIOS E CERCOS; 2 CULTIVO DO Litopenaeus vannamei EM VIVEIROS DE ENGORDA; 3 BIOSSEGURANA PARA FAZENDAS DE CRIAO DE CAMARES.

    1 Edio

    Novembro de 2010

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 1

  • Diretoria

    Presidente Itam ha

    Vice-Presidente E

    Diretor Financeiro New

    Diretor Tcnico Carlos ouza

    Diretor Secretrio

    Diretor de Insumos Geraldo Ccero Borba Junior

    Diretor Comercial Livino Jos Silveira Soares Sales

    Conselho Fiscal - Titulares lvaro Accio

    Conselho Fiscal Suplentes Flvio Oliveira Orgenes Neto

    ar de Paiva Roc

    nox de Paiva Maia

    ton Varela Bacurau

    Csar Bezerra de S

    Emerson Barbosa

    Luiz Soln

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 2

  • A 1 Edio do PROGRAMA DE BIOSSEGURANA NA FAZENDA DE CAMARO

    Alencar contriburam com partes do documento, cujo texto i enriquecido com sugestes e comentrios de Armnio Pereira Neto, Cllio S. Fonseca

    atualizao do documento para lanamento desta 2 Edio (Mdulo III) foi realizada

    Itamar Rocha orientou e Rodrigo Alencar, juntamente com Marineuma de Paiva Rocha, z a reviso tcnica do referido documento.

    MARINHO, datado de fevereiro/2005, foi elaborada por Marcelo Lima Santos. Rodrigo Carvalho e Rodrigofoe Luiz Henrique Peregrino. Apor Marcelo Lima Santos.

    fe

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 3

  • SUMRIO

    Mdulo I

    TIV enaeus vannamei EM BERRIOS PRIMRIOS, SECUNDRIOS E CERCOS.

    nto para cultivo em berrio primrio: estrutura e equipamentos;

    ios: .

    auxiliares de monitoramento dirio; zao;

    . o;

    e estocagem: ratrio fornecedor;

    . ara recepo das PLs;

    gua e aes corretivas; a sade das PLs e aes corretivas;

    rrios secundrios, cercos ou viveiros de engorda: . a estrutura e equipamentos necessrios;

    .3.

    s. secundrios:

    ntos;

    os berrios secundrios: .

    .

    . . da sade dos camares.

    ra os viveiros intermedirios ou viveiros de engorda. berrios secundrios.

    .2. Sistema de alimentao em cercos;

    .3. Monitoramento das variveis hidrobiolgicas e da sade dos camares;

    .4. Transferncia para os viveiros de engorda.

    CUL O DO Litop 1. Introduo. 2. Objetivo. 3. Procedime3.1. Montagem da3.2. Higienizao dos berrios primr3.2.1 Limpeza; 3.2.2. Sanitizao; 3.2.3. Procedimento para higienizao. 3.3. Preparo dos berrios primrios: 3.3.1. Instalao do sistema de aerao; 3.3.2. Colocao dos substratos artificiais e bandejas 3.4. Abastecimento, calagem e fertili3.4.1. Procedimento para abastecimento; 3.4.2 Procedimento para calagem e fertiliza3.4.3. Procedimento para inoculao; 3.4.4. Uso de probiticos no controle da qualidade da gua. 3.5. Recepo, aclimatao3.5.1. Visita ao labo3.5.2 Preparao do material e estrutura p3.5.3. Aclimatao das PLs; 3.5.4. Estocagem. 3.6. Protocolo de alimentao das PLs: 3.6.1. Tipos de alimentos ofertados; 3.6.2. Quantidade e freqncia da alimentao. 3.7. Monitoramento da qualidade da gua e da sade das PLs: 3.7.1. Procedimentos para monitoramento da qualidade da 3.7.2. Procedimentos para monitoramento d3.8. Despesca e transporte para os be3.8.1 Montagem d3.8.2. Procedimentos durante a despesca; 3.8 Procedimentos para transporte. 3.9. Bioensaio. 3.10. Metas para criao em berrios primrio4. Procedimentos para cultivo em berrios4.1. Montagem da estrutura e equipame4.2. Higienizao dos berrios secundrios;4.3. Preparao d4.3.1 Instalao do sistema de aerao; 4.3.2. Abastecimento, calagem e fertilizao; 4.3.3. Inoculao. 4.4. Sistema de alimentao dos camares: 4.4.1 Tipo de alimento ofertado; 4.4.2 Quantidade e freqncia de alimentao; 4.5 Monitoramento da qualidade da gua e 4.6. Despesca e transporte pa4.7. Metas para criao de camares em 5. Procedimento para cultivo em cercos: 5.1. Montagem da estrutura; 555

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  • Mdulo II

    TIVO naeus vannamei EM VIVEIROS DE ENGORDA

    nas comportas de drenagem e de abastecimento; laboratorial;

    o; a remanescente nos vales;

    iveiros:

    de camares cultivados; alimentao;

    . biomassa de camares cultivados;

    . itura das variveis hidrobiolgicas;

    corretivas das variveis hidrobiolgicas. o:

    amostras;

    dos camares cultivados:

    aerao: ribuio dos aeradores;

    em funo da densidade de cultivo.

    ca; .12.2. Montagem da estrutura para despesca .12.3. Montagem da estrutura operacional para despesca .12.4. Procedimentos de Despesca

    CUL DO Litope 1. Introduo. 2. Objetivo. 3. Procedimentos. 4. Preparao dos viveiros de engorda: 4.1. Limpeza e desinfeco das comportas; 4.2. Assentamento e vedao das telas de filtragem 4.3. Coleta de amostras de solo para anlises4.4. Desinfeco do solo de viveiro de Criao de Camar4.5. Esterilizao da gu4.6. Correo do pH e da Matria Orgnica; 4.7. Sistema de alimentao dos camares em v4.7.1. Seleo da rao; 4.7.2. Controle no Armazenamento de rao; 4.7.3. Controle do estoque da rao na fazenda; 4.7.4. Dimensionamento da quantidade de bandejas em virtude da densidade 4.7.5. Manejo alimentar com utilizao de bandejas de 4.7.6 Clculo da quantidade de rao em funo da 4.7.7. Utilizao de bandejas de periferia e sua funo no manejo do viveiro. 4.7.8. Ajuste de rao durante a fase de muda 4.8. Monitoramento das variveis hidrobiolgicas: 4.8.1 Definio de horrios de coleta e metodologias de le4.8.2. Avaliao dos dados hidrobiolgicos coletados; 4.8.3. Procedimentos para aes 4.9. Monitoramento da sanidade do camaro cultivad4.9.1. Metodologia de coleta e anlises das4.9.2. Avaliao dos resultados; 4.10. Biometria e avaliao 4.10.1. Procedimentos para biometrias; 4.10.2. Procedimentos para avaliao. 4.11. Sistema de 4.11.1. Procedimentos para a correta dist4.11.2. Clculo do dimensionamento da aerao4.12. Despesca: 4.12.1. Avaliao prvia para Despes444

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 5

  • Mdulo III

    OGRAMA DE BIOSSEGURANA NA FAZENDA DE CAMARO MARINHO.

    o camaro cultivado.

    ro cultivado e o sistema imunolgico. as a Biossegurana.

    o das ps-larvas. ios e Secundrios.

    ngorda. espesca.

    azenamento de Insumos, Utenslios e Equipamentos. Equipamentos.

    de Patgenos.

    amares. REFERNCIAS NEXO I Anlises presuntivas e Confirmatrias em Camares. NEXO II Bacteriologia nos camares

    PR 1. Introduo. 1.1. Definies. 1.2. Principais enfermidades em camares penedeos. 1.3. Impactos das enfermidades na indstria d1.4. Benefcios obtidos atravs da implementao de programas de biossegurana. 1.5. Influencia do estresse no desempenho do cama2. Normativas Relacionad3. Planejamento para o Programa de Biossegurana. 4. Implementao do Programa de Biossegurana. 4.1. Requisitos Bsicos. 4.1.1. Procedimentos para a aquisi4.1.2. Criao em Berrios Primr4.1.3. Criao em Viveiros de E4.1.4. Procedimentos de D4.2. Programa de Biossegurana. 4.2.1. Localizao da fazenda. 4.2.2. Layout do projeto. 4.2.3. Controle da Aquisio e Arm4.2.4. Limpeza e Assepsia de Veculos, Utenslios e 4.2.5. Excluso 4.2.6. Monitoramento Ambiental. 4.2.7. Monitoramento da Sanidade dos C

    AA

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 6

  • MDULO I

    a cons berrios de terra que oc

    m fibra de vidro nos mais utilizado. N

    2.

    9

    ica, co Melhorar a preveno e

    produo anual.

    . Procedimento para cu

    3.1 - Monta

    CULTIVO DO Litopenaeus vannamei EM BERRIOS PRIMRIOS, SECUNDRIOS E CERCOS.

    1. Introduo. Quando iniciam s anos 70, o

    protocolo inicial para upava uma rea

    Os layouts das fazendas exibviveiro de engorda.

    No comeo dosbranco do pacfico, o Litopende terra entrou em desuso dos produtores de camaresEste sistema inicial evoluiuintensivos, construdos geraecircular o maiscompressores radiais munido

    Objetivo. 9 Recepcionar e estocar te

    Maior controle nos parmmelhor aclimatao das

    9 Maximizar o aproveitameficincia zootcn

    99 Aumentar o nmero de

    3

    gem da estrut Tipos de construo:

    Os tanques beestrutural em arma concreto em fibra de vidro. Fotos 01 e

    ABCC ASSOtruo das fazendas de camares exigia a construo de viveiros os os primeiros passos no cultivo do camaro marinho, nos idos do cultivo do camaro

    eto armado, ou variados formatos (retangulares, quadrados ou circulares) sendo o sistema estes modernos tanques berrios o sistema de aerao fornecido por

    e biolgicos da gua de cultivo, contribuindo para uma ;

    m economia de rao; controle das enfermidades;

    , contribuindo para o aumento da

    ltivo em Tanques Berrios Primrio:

    estimada em 10% do tamanho original dos respectivos viveiros de engorda. iam uma totalidade mdia estimada em 01 viveiro berrio de terra para cada

    anos 90, com o avano da tecnologia desenvolvida para oaeus vannamei, os manejos de produo desenvolvidos nos viveiros berrios

    (Persyn and Aungst - 2001), embora fosse observado que em 1994 a maioria dos pases ocidentais ainda usasse esse tipo de manejo. , modernizou-se e resultou nos chamados tanques berrios, ou berrios lmente de alvenaria com estrutura fsica em reforo de concr

    s com sistema de distribuio equipados com difusores de ar.

    mporariamente as PLs que so adquiridas dos laboratrios de larvicultura; etros fsicos, qumicos

    ps-larvas fase de engordaento do alimento ofertado pelas PLs estocadas, com reflexo positivo na

    ciclos de cultivo nos viveiros de engorda

    ura e equipamentos;

    rrios primrios geralmente so construdos em alvenaria com reforo do, ou so adquiridos de indstrias especializadas na fabricao de estruturas 02.

    1 2Foto 01: Construo de Tanque Berrio Primrio de alvenaria. Foto 02: Tanques Berrios Primrios construdos com fibra de vidro. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    CIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 7

  • Formatos de construo: O formato mais utilizado o circular, porm outras formas como retangulares e elipsides, so

    possveis de uso. Fotos 03 e 04.

    as a forma circular com os cantos abaulados tem se mostrado

    mais eficient

    ifcios perfurados no sistema montado e com espaamento calculado em adamente 1 metro entre os orifcios. importante destacar que quanto menor o orifcio para a sada do ar, maior a eficincia do sistema, com menor perda de presso e maior

    O sistema d o montado no fundo dos tanques berrios pode assumir diversos formatformatos co ergentes para o centro (foto 06); formato circular (foto 07); ou formato tipopeixe (foto 0 ). Ambos possuem os mesmos objetivos.

    Por suas caractersticas fsice e, por esta caracterstica particular so as mais recomendadas.

    Distribuio do sistema de aerao:

    O sistema mais eficiente, quando consideramos o melhor aproveitamento da capacidade de aerao instalada, o superficial montado em armaes de fio de nylon que do suporte para a imerso das mangueiras de caimento perpendicular, munidas com difusores de ar (pedras de aerao).

    Outro sistema muito utilizado quele montado no fundo dos tanques berrios com auxlio de canos de PVC, distribudos de forma eqidistantes e presos por braadeiras internas. Neste caso, a difuso de ar fornecida por pequenos or

    aproxim

    incorporao do oxignio gua do tanque.

    e aeranv8

    4

    5 6

    Foto 03: Tanques berrios Primrios de forma elipside. Foto 04: Tanques Berrios Primrios de formato retangular. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    Foto 05: Sistema suspenso de distribuio de aerao. Foto 06: Sistema de distribuio de aerao pelo fundo. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO os, a saber: espinha de

    8

    3

  • como o caso

    m)de c

    arde o

    anequiner

    Sistema pneumtico para fornecimento de aerao:

    Comumente so utilizados sopradores de ar do tipo radial (foto 09). Estes equipamentos forade 00 micras (300

    para o sistema

    7 8

    Foto 07: Sistema de distribuio de aerao pelo fundo formato circular. Foto 08: Sistema de distribuio de aerao pelo fundo Formato tipo espinha de peixe. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    Sup

    densde lp

    inint

    tanqpee dos por apresentarem um fornecimento de ar isento de impurezas residuais, o mostrado na

    colocado na entrada da captao dos sopradores para

    m escolhileos lubrificantes entre outros resduos. Com foto 10, um filtro de ar de 3

    evitar a emisso de impurezas

    ultivo.

    de cultivo atingem a mdia de 20 a 30PL /litro colocando os metros fsico-qumicos como a prioridade mxima no manejo dirio. Nestes sistemas a disponibilidade xignio

    para atender momentos de s nas redes de energia convencional. Normalmente imprescindvel a utilizao de um grupo gerador pado com motor diesel, com dimensionamento calculado tecnicamente para atender a demanda de gia dos tanques berrios e estruturas associadas a este setor (Foto 11).

    Foto 09 Suprimento de ar para Tanques Berrios Compressores radiais. Foto 10 Sistema de filtragem de ar nos compressores radiais evitar impurezas p/ o meio. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    9 10

    lemento de energia: Comumente o modelo de cultivo praticado nos tanques berrios realizado em alta

    idade. Por esta razo recebem o sugestivo nome de berrio intensivo. Comumente as densidades arvas estocadas nestes ambientes s

    dissolvido na gua deve ser mantido sempre acima de 5,0mg/litro, o que exige um constante e errupto fornecimento de aerao.

    Para atender as exigncias acima mencionadas, a estrutura montada para funcionamento dos ues berrios dever contemplar um fornecimento de energia auxiliar

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 9

  • 3.1 - Higienizao dos berrios primrios:

    Tecnicamente o termo Higiene compreende os procedimentos de Limpeza e Sanitizao que e e os itens

    ue se seguem.

    s procedimentos.

    .1.3. Procedimento para higienizao: Os referidos procedimentos devem ser realizados onforme os passos descritos na figura 01 e foto 12, a seguir apresentados.

    se reflet m etapas distintas e complementares, cujos significados esto descritos e detalhados nq 3.1.1. Limpeza: compreendida como a remoo fsica das incrustaes e sujidades; 3.1.2. Sanitizao: Compreende a aplicao de produtos que reduzem a populao de microorganismos potencialmente patgenos, aderidos s superfcies dos tanques e materiais; Obs.: Tecnicamente a Limpeza e a Sanitizao devero ser realizadas imediatamente aps a despesca para transferncia das PLs estocadas e executadas por pessoal treinado para este 3c

    Tanquues Berrio

    Secagem por 24 horas

    Retirar Materiais e Equipamentos

    Escovar Paredes e Fundo dos tanques

    Enxge com cido Muritico 10%

    1 Enxge com gua

    2 Enxge com gua

    3 Enxge com gua

    Imerso em soluo de hipoclorito (20-30 ppm)

    Enxgue com gua limpa em abundncia

    Secagem

    Materiais e Equipamentos

    Escovao com gua limpa e detergente

    12

    Foto 11 Grupo gerador Alternativa p/ suprimento de energia em caso de panes na rede convencional. Fonte: Fazenda Biotec, 2003.

    Figura 01: Etapas para limpeza e sanitizaao dos tanques berrios. 2 Sanitizao de tanque berrio.

    a Foto 1Fonte: MCR Aquacultura Ltd

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 10

  • As etapas acima mencionadas compreendem especificamente:

    Retirar e limpar todos os equipamentos operacionais, tais como: air-lifts,mangueiras, pedras de aerao, bandejas e su

    9

    bstratos. Em seguida todo o material retirado deve ser colocado em uma caixa

    ndancia. e

    deixar agir por uma hora; Enxaguar as paredes e fundo do tanque com gua doce, ou salgada, por trs vezes e deixar secar.

    m

    o

    sr

    de 1.000 litros, contendo cloro a 200ppm, onde devero ser mantidos por um perodo de 1 hora, para a devida desinfeco.

    9 Aps retirar as sujidades, incrustaes e escovar toda a superfcie do tanque, em seguida deve-se lavar com gua corrente em abu

    9 Enxaguar a parede interna e o fundo com soluo de cido muritico na concentrao de 100 ppm

    9 3

    3

    a

    F(Ad Ii

    u

    d

    Idm

    3.2 - Preparo dos berrios primrios: o sistema de aerao; ever ser iniciada aps a secagem do t

    ticados em parales mangueiras de aerao devem correr por cima dos

    ente na parede lateral do tanquanter um

    liar na oxigen cultivo e na concentrao das sujidades e restos de

    elimitam a distribuio das mangueiras de aera

    uspenso peridica das bandejas possibilita a visuealizadas diariamente, bem como, do consumo e/ou

    .2.1 - Instalao dD

    s seguintes etapas:

    ixao dos cabos de suporte para as mangconhecido como nylon 200) so es

    e abraadeiras de engate rpido.

    nstalao dos air-lifts: Os air-lifts so peas feitnstalados verticalm

    ngulo de 45 em relao parede donidade instalada.

    Os air-lifts possuem a funo de criar coentro do tanque berrio, alm de auxi

    Foto 13: Cabos de fixao para mangueiras de aerao. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    nstalao das mangueiras de aerao: O dis

    angueira com pedra difusora de ar por cada metro q

    .2.2 - Colocao das bandejas auxiliares de moAs bandejas devem ser colocadas posici

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRAanque no procedimento de sanitizao e compreende

    lo, mantendo um distanciamento de 1 metro entre si. cabos onde sero fixadas a cada metro, com auxlio

    e berrio com auxlio de abraadeiras e devero

    aalimentos n

    os cabos de suporte o, as quais devero manter a proporo de 01

    nque.

    com cabos e bias. A alizao das PLs durante as checagens rotineiras

    sobra de raes. Fotos 15 e 16

    ueiras de aerao: Cabos de nylon de 2 mm

    as com tubos de PVC de 40 mm. Eles devero ser

    tanque, e distanciamento de 1 metro entre cada

    rrente em um nico sentido (horrio ou anti-horrio)o e mistura vertical das camadas da gua durante

    a parte central do tanque. Fotos 13 e 14.

    Foto 14: Posicionamento dos air-lifts. Observar inclinao de 45 em relao parede do tanque. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    tanciamento de 1 metro entre

    uadrado de fundo do ta

    nitoramento dirio: onadas a meia-gua, munidas

    DE CRIADORES DE CAMARO 11

  • Fotos 15 e 16: Bandejas de checagem em tanques berrios. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    3.3. Abastecimento, calagem e fertilizao;

    As PLs devem ser estocadas em tanques berrios, abastecidos com gua que apresente parmetros fsico-qumicos e biolgicos mantidos dentro dos padres tcnicos recomendados. Durante o cultivo pode ocorrer variaes de temperatura, desde que a variao se mantenha dentro dos limites de esempenho timo para a espcie. Tambm interessante que ao final do cultivo no berrio intensivo, a

    o de destino.

    lta produtividade rimria e ser isentas de contaminantes qumicos e microbiolgicos. O objetivo manter a sade das ps-

    ltivos.

    ua dos tanques berrios determinante para o ucesso do cultivo. A disponibilidade de nutrientes na gua poder ser incrementada pela correo com

    s e vitaminas.

    te de nitrognio; Como fonte de Fsforo;

    Silicato de sdio Como fonte de silcio; 9 Vitamina

    es pode provocar variaes na alcalinidade da gua nos sistemas biolgicos, como o caso de

    ntagens de lncton e observaes dos grupos que o compem. Como pode ser observado, ambas as tabelas utilizam Silicato de Sdio como fonte de slica e Vitamina do Complexo B como fonte de co-fatores.

    dsalinidade da gua seja ajustada gradativamente, at igualar-se do viveir

    3.3.1 - Procedimento para abastecimento dos tanques berrios: De preferncia a gua de abastecimento dos tanques berrios dever ter a

    plarvas estocadas, requisitos de biosseguridade para se obter bons resultados dos cu

    3.3.2 - Procedimento para calagem e fertilizao dos tanques berrios: Como j mencionado, a produtividade da g

    scalcrio e adio de fertilizantes inorgnico Os fertilizantes mais utilizados so: 9 Nitrato de sdio ou nitrato de clcio Como fon9 Superfosfato Triplo (SFT) ou Monoamnio Fosfato (MAP)9

    do Complexo B Como fonte de co-fatores.

    O controle do pH, da salinidade e da alcalinidade ser realizado atravs das trocas de gua, podendo, a alcalinidade, ser controlada com a adio de carbonato de clcio. A presena de elementos ou microorganismos redutor

    viveiros de aquicultura. Por esta razo no possvel desenvolver uma tabela de aplicao tcnica para este caso.

    Desta forma, as tabelas 01 e 02 apresentadas na seqncia deste documento, e que utilizam opcionalmente SFT ou MAP, so recomendadas para este propsito. Porm o uso destas tabelas deve ser cuidadosamente acompanhado pelas anlises fsico-qumicas da gua de cultivo, alm de copo

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 12

  • Tabela 01: Procedimentos para fertilizao com SFT em Tanque Berrio com 55m lume d ua. 3 de vo e gVol. do e 3 Tanqu (m ) 55 uria SFT Silicato de Sdio

    Carbonat o declcio.

    Dia Nvel % V ol.Povoa

    do ppm g ppm g ppm g ppm

    Compl. B

    (mL)

    %

    g Reno- vao

    1 50 27,5 No 4 110 0,4 1,1 2 55 15 412,5 - - 2 60 33 No 0,7 23 0,07 2,3 0,33 10,89 11 363 10 - 3 70 38,5 No 0,6 23 0.06 2,3 0,28 10,78 - - 10 - 4 80 44 Sim 0,5 22 0,05 2,2 0,25 11 - - - - 5 90 49,5 Sim - - - - - - - - - - 6 100 55 Sim - - - - - - - - - - 7 100 55 Sim 0,25 13,7 0,025 1,37 0,12 6,6 10 550 - 20 8 100 55 Sim - - - - - 10 550 - 20 9 100 55 Sim - - - - - 10 550 - 20 10 100 55 Sim 0,25 13,7 0,025 1,375 0,12 6,6 10 550 - 20 11 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10 12 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10 13 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10 14 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda. Tabela rocedimentos p/ fert com MAP anque Be om 55m me . 02: P ilizao em T rrio c 3 de volu de a gu Vol. do Tanque

    (m3) 55 uria MAP Silicato de

    Sdio Carbonat o de

    clcio.

    Dia Nvel % Vol. Povoado ppm g ppm g ppm g ppm

    Compl.B

    (mL)

    %

    g Reno-vao

    1 50 27,5 No 4 110 0,4 1,1 2 55 15 412,5 - - 2 60 33 No 0,7 23 0,07 2,2 0,33 10,89 11 363 10 - 3 70 38,5 No 0,6 23 0.06 2,2 0,28 10,78 - - 10 - 4 80 44 Sim 0,5 22 0,05 2,2 0,25 11 - - - - 5 90 49,5 Sim - - - - - - - - - - 6 100 55 Sim - - - - - - - - - - 7 100 55 Sim 0,25 13,7 0,025 1,375 0,12 6,6 10 550 - 20 8 100 55 Sim - - - - - 10 550 - 20 9 100 55 Sim - - - - - 10 550 - 20 10 100 55 Sim 0,25 13,7 0,025 1,375 0,12 6,6 10 550 - 20 11 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10 12 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10 13 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10 14 100 55 Sim - - - - - - 5 275 - 10 Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    9 9 FT de molho 12 horas antes de sua aplicao. Este procedimento facilitar o melhor

    ia;

    9

    ilitado pelas prprias condies encontradas nos berrios

    Observaes para fertilizao e calagem:

    A calagem deve ser realizada no dia anterior fertilizao e preferencialmente no final da tarde; Colocar o Saproveitamento do fertilizante j que este apresenta difcil solubilidade por suas caractersticas fsicas e comerciais;

    9 A fertilizao deve ser realizada, de preferncia, nas primeiras horas da manh visando um melhor aproveitamento dos raios solares pelo fitoplncton durante o decorrer do d

    9 As quantidades apresentadas nas tabelas foram calculadas para um volume de 55m3, sendo necessrios clculos proporcionais para tanques com diferentes volumes; Por ser um procedimento que s vezes demanda um bom tempo, a aclimatao das PLs para as condies do viveiro a que se destinam poderia ser realizada nas instalaes do berrio. Este procedimento, assim conduzido, ser fac

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 13

  • alm de diminuir o estresse provocado pelos longos perodos de aclimatao no momento do

    out produtividade. D

    Quando a produtividade pri

    tabela sugestiva a seguir apoculao. Tabela 03

    Tabela 03: Sugest a in

    povoamento junto ao viveiro

    3.3.3 - Procedimento para inA inoculao um

    quando a situao assim exigirro de menor

    9 Quando o tempo for insuficde cultivo;

    9 fertilizao aplicado.

    Ain

    es parTRANS NCPAR

    (cm) 100 90 80 70 60 50

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    Algas fitoplanctnicas: Diatomceas (fotos A-1, Clorofceas (fotos B-1, B-Cianofceas (fotos C-1, C-2 e

    Produtividade Prim

    ABCC ASSOCIA de engorda.

    oculao:

    ira rpida

    eve ser realizada diante de duas situaes especficas, a saber:

    mria da gua de algum tanque berrio no responde ao programa de

    resentada poder ser utilizada para orientar os manejos concernentes

    oculao de tanques berrios

    a estratgia para aumentar a produtividade primria de mane. Consiste na adio de gua de um tanque com alta produtividade para

    iente para atingir uma boa produtividade na preparao de novos tanques

    IA VOLUME SUGESTI SER INOCULADO VO A

    50% 45% 40% 35% 30% 20%

    A-1 A-2 A-3

    C-2 C-1 C-3

    B-2 B-3 B-1

    A-2 e A-3), 2 e B-3) e C-3).

    Organismos zooplanctnicos: Rotferos (fotos A-1, A-2 e A-3), Cladceros (fotos B-1, B-2 e B-3) e Coppodos (fotos C-1, C-2 e C-3).

    ria Produtividade Secundria

    Fig 01B: Componentes do Plncton. Fonte: Internet - Google.

    O BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 14

  • Observaes importantes quanto ao procedimento de inoculao:

    tocadas nos tanques berrios; Os mangotes, tubos, telas, bombonas ou tanques utilizados nesse processo, devem estar limpos e

    sanitizad

    O ideal seria que no setor dos berrios da fazenda haja um tanque exclusivo para apoiar o

    tabela abaixo apresentada sugestiva para a quantidade do plncton da gua de cultivo.

    Tabela 0 ultivo e suas recomen cnicas

    9 A gua de origem deve ser isenta de contaminao qumica ou biolgica que possa afetar a sanidade das larvas es

    9os.

    procedimento de inoculao. A

    4: O Plncton na gua de c daes tA LIMENTO NATURAL MNIMO MXIMO Diatomceas (cel./mL) 20.000 - Clorofceas (cel./mL) 50.000 - Cianofceas (cel./mL) 10.000 40.000

    Dinoflagelados (cel./mL) 0 500 Algas totais (cel./mL) 80.000 300.000 Zooplncton (ind./mL) 2 50 Protozorios (ind./mL) 0 100

    Fonte: CLIFFORD, 1994.

    ade da gua de cultivo, refletindo positivamente na sade dos camares cultivados. Vrias marcas de probiticos s alizadas no Brasil, cada uma apresentando seu prprio protocolo de aplicao.

    Tela de nylon 500

    m

    Mangueira sanfonada

    50mm Tubo de PVC 200mm

    Figura 03: Desenho esquemtico demangueira de drenagem com martelo.

    Foto 17: Procedimento de inoculao. Fonte: MCR Aquacultura Ltda

    Foto 18: Procedimento de inoculao. Fonte: MCR Aquacultura Ltda

    3.3.4 - Uso de probiticos no controle da qualidade da gua. Os probiticos tm surgido como remediadores da qualidade da gua. Os resultados

    alcanados tm colocado estes produtos como importantes coadjuvantes para a manuteno da qualid

    o comerci

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 15

  • Escolher uma marca comercial um procedimento particular do produtor e dever ser

    embasado

    ue atuam no trato intestinal do camaro para melhoria do sistema imunolgico;

    de importncia uma avaliao dos resultados nos prprios viveiros onde se quer utilizar o produto, j que so inmeras variveis que podem

    ade para propriedade.

    nos resultados observados por aquela marca em particular, j em uso por outros empreendimentos.

    H no mercado, hoje em dia, probiticos especficos para melhora do solo, atravs da reduo da matria orgnica; outros q

    alm de produtos para serem adicionados na gua, com a inteno de aumentar o nmero de bactrias benficas no sistema.

    Resultados positivos tm sido alcanados, porm de gran

    afetar o resultado final, e que variam de propried

    3.4 - Recepo, aclimatao e estocagem:

    A visita ao laboratrio fornecedor deve anteceder a aquisio das PLs pela fazenda. O que se era

    e do laboratrio:

    so de drogas preventivas para combate enfermidades; plios de artemia.

    ser planejado com aes que antecedem 6 horas da chegada as PLs. Este trabalho envolve a montagem da equipe e a conferencia dos tanques berrios com relao

    Preparao prvia do tanque berrio com a inundao e fertilizao j descritas anteriormente;

    eiras com seus

    A vazo de ar dos difusores deve ser ajustada o suficiente para que as bolhas ascendentes

    9 ionados a 45 das paredes dos tanques;

    9 rios, dever ser instalada uma tela de filtragem de 300 micras, ou menor, no sentido de evitar a entrada de partculas em suspenso, larvas e ovos de animais predadores e competidores (Foto 19).

    3.4.1 - Visita ao laboratrio fornecedor;

    esp com este procedimento o que se segue: 9 Avaliao do sistema de biosseguridad Condies sanitrias das instalaes; Procedimentos tcnicos para a seleo dos reprodutores; Procedimentos de desinfeces do laboratrio;

    U Tipos de alimentos, quantidade e freqncia de alimentao com nu

    3.4.2 - Preparao do material e estrutura para recepo das PLs; Todo este procedimento dever

    da vrios itens, como descrito a seguir: 99 Instalao das mangueiras de aerao nas caixas preparadas para a aclimatao: Nos tanques berrios com sistema de aerao do tipo suspenso algumas mangurespectivos difusores de ar, devero ser direcionados na proporo de 4 a 6 difusores para cada caixa de 1000 litros que ser utilizada para a estocagem na recepo e aclimatao das ps-larvas;

    cheguem superfcie da gua sem provocar perdas excessivas para a atmosfera; 9 Verificao do sistema de abastecimento e de drenagem dos tanques berrios;

    Colocao e ajustes dos air-lifts direc9 Os registros, telas de filtragem e tubulaes de drenagem do tanque berrio devero estar em

    perfeito estado de funcionamento. 9 A tubulao de drenagem do tanque berrio dever conter telas de filtragem de 500 micras para

    impedir a fuga das PLs estocadas; No final da tubulao de abastecimento dos tanques ber

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 16

  • O chek-list a seguir apresentado sugestivo para a separao de todos os materiais necessrios para a m

    Foto 19: Procedimento de inoculao. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    ontagem da estrutura de recepo das PLs. Tabela 05

    Tabela 05: Chek-list de m o de PLs. aterial para a recepMaterial Tipo Quan ade tid

    Bombonas plsticas Unid 4 Mangote de 2 x 10 metro c/ martelo de drenagem

    Conjunto 2

    Compressor Unid 1 Caixas dgua de 1.000 litros Unid 2 Calculadora Unid 1 Termmetro Unid 1 Oxmetro Unid 1 pHmetro Unid 1 Salinmetro Unid 1 Tesoura Unid 2 Faca peixeira Unid 2 Mangueiras de aerao Conjunto (mang. + difusor) 24 Pedras de aerao Unid 24 Tbuas de 20 x 200 x 2,5 cm 10 Baldes de 10 litros 5 Becker plstico de 250 mL Seringas ou colher de sopa Planilhas de contagem

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda. A montagem da estrutura realizada atravs d

    Lavar as caixas com soluo de hipoclorito Posicionar as caixas de 1.000 litros em lo

    9 9

    s dos t

    Instalar as mangueiras de aerao; Checar o funcionamento da estrutura mont

    seguir apresentada, os tanques de aclimatas extremidades apoiadas nas borda

    9 Enxaguar as caixas por 3 vezes com gua l99

    ABCC ASSOCIAO BRASIUnid Unid

    Unid 5 Unid 5 Unid 1

    os seguintes procedimentos:

    de sdio a 200 ppm ou cido muritico a 10%; cal protegido dos raios solares e da chuva. Na Foto 21, a

    o assentados em estrutura de tbuas montadas com anques berrios;

    ada.

    ao s

    impa;

    LEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 17

  • Foto 21A: Aclimatao de PLs no tanque berrio. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    Foto 21: PLs transportados em caixas especiais Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    dimento dever ser coordenado pelo responsvel tcnico. O ideal que esse rocesso seja cumprido dentro do menor espao de tempo possvel, observando os procedimentos

    as PLs adquiridas;

    ao ser a mesma gua em que as PLs esto sendo transportadas; Estocar as PLs para o procedimento de aclimatao observando uma densidade igual ou inferior a

    Proceder aclimataTabela 06 tiva para aclimat alinidade em larvas d

    3.4.3 - Aclimatao das PLs: Este proce

    papresentados a seguir:

    9 Medir a temperatura, oxignio dissolvido e pH nas caixas de transporte e nos tanques berrios que se destinam a estocagem d

    9 Acionar o sistema de aerao das caixas de 1.000 litros destinadas para a aclimatao 6 a 8 difusores de ar para cada caixa;

    9 Transferir as PLs das embalagens de transporte para as caixas de aclimatao A gua inicial nas caixas de aclimat

    9 1.000 PLs/litro.

    o de acordo com as Tabelas 06, 07 e 08 a seguir apresentadas:

    , 07 e 08: Suges ao de s e camares. TABELA 06 ACL E PLs DURANIMATAO D TE RECEPO

    PARMETRO FAIXAS PROCEDIMENTO 35 a 15 1 a cada 20 minutos. 15 a 10 1 a cada hora. SALINIDADE (baixar) 10 a 00 Consultar prxima tabela. 30 a 40 1 a cada 15 minutos. SALINID var) ADE (Ele40 a 50 1 ora a cada h

    pH - Aumentar o idade por u diminuir apenas 0,5 unhora. Elevar 1C a cada 15 minutos. TEMPERATURA Baixar 1C a cada 30 minutos.

    TABELA 07 ACLIMATAO DE PLs DURANTE RECEPO

    PARMETRO FAIXAS PR O OCEDIMENT

    SALINIDADE (baixar) 10 para 00

    1 por dia.

    TABELA 08 ACLIMATAO DE PLs DURANTE RECEP OPARMETRO UNID DIFERENA M A ACEITVEL XIMSalinidade 2,0

    Temperatura C 2,0 pH Unid 0,5

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 18

  • Outras observaes importantes:

    Os produtores de camares q 9 ue trabalham com viveiros de gua doce devero solicitar ao laboratrio

    que enviem as PLs com salinidade de 10, e dever usar a Tabela 07, deste manual, para o proc

    ovimento lento, agrupamentos, musculatura branca, etc.) uando as

    Assegurar-se de que os nveis de oxignio dissolvido estaro sempre acima de 5mg/litro; olocar periodicamente nuplios de artemia (40 unid/PL) ou biomassa de artemia (1 kg/ 1000 PLs).

    de 35 PLs/litro. Fotos 23 e 24.

    edimento de aclimatao. 9 levar sempre dar m9 Uma regra bsica nunca exceder 10% de mudana de salinidade por hora. Realizar cada mudana de 50% da salinidade em pelo menos 8 horas. 9 Observar sempre os sinais de estresse (me caso sejam identificados a aclimatao dever ser interrompida e s dever ser reiniciada qlarvas voltarem ao seu comportamento normal; 9C

    3.4.4 - Estocagem. Uma vez finalizado o procedimento de aclimatao, as PLs sero estocadas na razo mxima

    Foto 22: PL se alimentado com nuplio de artemia. aboratrio Aquatec, 2003. Fonte: L

    Foto 23: Aclimatao de temperatura de PLs transportados em sacos plsticos. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    Foto 24: Liberao das PLs aps a aclimatao da temperatura. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 19 Ao estimar o tempo de aclimataoais tempo; em considerao o parmetro que deman

  • as PLs: 3.5 - Protocolo de alimentao d

    e ser adequado ao tamanho e exigncias nutricionais dos derao os termos fsicos

    alimento adequado as xigncias das larvas).

    imento fresco para as PLs, haja vista possurem cidos graxos poliinsaturados essenciais UFAs), sendo de suma importncia para complementar o desenvolvimento do sistema imunolgico das

    l seco. Na tabela 10, o tamanho as partculas sugerido para que a disponibilidade da rao seja mais bem aproveitada pelas PLs, de

    ertado.

    n de men o B rio nte os.

    3.5.1 - Tipos de alimentos ofertados; O alimento ofertado as PLs dev

    animais, levando em consi (tamanho das partculas) e nutricionais (composio do e

    A biomassa de artemia, apresentada pelas fotos 25 e 26, se apresenta como uma excelente

    alternativa de al(PPLs estocadas.

    3.5.2 - Quantidade e freqncia da alimentao. As tabelas 09 e 10, a seguir apresentadas, so sugestivas para a alimentao de camares

    com utilizao de biomassa de artemia alternada com alimento comerciadacordo com sua capacidade de capturar e de comer o alimento of

    Tabela 09: Freq cia ali ta em er s I nsiv

    IDADE DIAS DE CULTIVO

    01h00min

    03h00min

    05h00min

    07h00min

    09h00min

    11h00min

    13h00min

    15h00min

    17h00min

    19h00min

    21h00min

    23h00min

    AR A RAO TOTAL

    TEMITOTAL

    (g) (g)

    20 45 120 45 120 45 270 30 50 130 50 130 50 300 40 55 140 55 140 55 330

    PPPPPPPPPPPPPPPPPPP Fo

    Foto 25: Artemia salina adulta Fonte: Internet

    Foto 26: Biomassa de artemia adulta. Fonte: MCR Aquacultura Ltda PL-8 0 120 45 1PL-9 1 130 50 1PL-10 2 140 55 1

    PL-11 3 150 60 150 60 150 60 150 60L-12 4 160 65 160 65 160 65 160 65L-13 5 170 70 170 70 170 70 170 70L-14 6 180 75 180 75 180 75 180 75L-15 7 190 80 190 80 190 80 190 80L-16 8 200 85 200 85 200 85 200 85L-17 9 210 90 210 90 210 90 210 90L-18 10 220 95 220 95 220 95 220 95L-19 11 230 100 230 100 230 100 230 100L-20 12 240 105 240 105 240 105 240 105L-21 13 250 110 110 110 250 110 110 110L-22 14 260 115 115 115 260 115 115 115L-23 15 270 120 120 120 270 120 120 120L-24 16 280 125 125 125 280 125 125 125L-25 17 290 130 130 130 290 130 130 130L-26 18 190 190 190 190 190 190 190 190L-27 19 200 200 200 200 200 200 200 200L-28 20 210 210 210 210 210 210 210 210L-29 21 220 220 220 220 220 220 220 220L-30 22 230 230 230 230 230 230 230 230

    nte: MCR Aquacultura Ltda., 2003.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIA 120 45 120 45 720 130 50 130 50 780 140 55 140 55 840

    150 60 150 60 900 360 160 65 160 65 960 390 170 70 170 70 1020 420 180 75 180 75 1080 450 190 80 190 80 1140 480 200 85 200 85 1200 510 210 90 210 90 1260 540 220 95 220 95 1320 570 230 100 230 100 1380 600 240 105 240 105 1440 630 250 110 110 110 750 990 260 115 115 115 780 1035 270 120 120 120 810 1080 280 125 125 125 840 1125 290 130 130 130 870 1170 190 190 190 190 - 2280 200 200 200 200 - 2400 210 210 210 210 - 2520 220 220 220 220 - 2640 230 230 230 230 - 2760

    DORES DE CAMARO 20

  • Tabel do alimento em ca 10: Granulometria onformidade com a idade das PLs.

    IDA Ls DE DAS P GRANULOMETRI DO ALIMENTO A ADEQUADAPL-8 a 13 250 a 300m PL-14 a 18 300 a 500m PL-19 a 23 500 a 750m PL-24 a 35 750 a 1.000m

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    uste

    e rao; ;

    Aumentar ou reduzir a rao.

    27) alm de plimentar (foto 28).

    ICAS IMPORTANTES

    Se optar pelo uso de alimento fre

    niforme por toda a rea do tanque d

    Aj na qualidade do alimento: 9 Coletar amostras de gua; 9 Observar ausncia ou presena d9 Avaliar trato digestivo das PLs9

    As fotos 27 e 28 aprestanques berrios. Neste momento o coluna da gua (fotoa D 9 Utilizar sempre raes especfica9 Distribuir o alimento uniformeme9

    As fotos 29 e 30 apresenconfinadas nos tanques berrios. O u

    ABCC ASSOCIAO

    Foto 27 e 28: Verificao de sobras de alimento no tanque berrio oder observar o trato digestivo das PLs para avaliao do consumo

    rio; sco utilizar sempre descongelado.

    fertado tem que ser distribudo de forma cuidadosamente e cultivo.

    entadas denunciam momento de ajustes na oferta de alimento nos operador tem a oportunidade de verificar se h sobras de alimento na

    Fonte: Fazenda Maricultura Tropical, 2004.

    s e de acordo com o tamanho das PLs; nte por toda a superfcie do tanque ber

    tadas abaixo, mostram o momento de oferta de alimento para as PLs alimento o

    BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 21

  • A rao ofertada deve ser especfica para camares nesta fase de cultivo. No devem ser

    utilizadas raes de engorda moda, triturada, bem como nenhum tipo de desagregao do pellet. Este procedimento pode fazer com que os camares no tenham acesso a todos os ingredientes da rao, principalmente o complexo vitamnico.

    Foto 29 e 30: Distribuio do alimento em tanques berrios. Fonte: Fazenda Maricultura Tropical, 2004.

    3.6 - Monitoramento da qualidade da gua e da sade das PLs:

    O monitoramento da qualidade da gua e das PLs nos tanques berrios um manejo imprescindvel durante o cultivo. Todos os dados coletados diariamente formaro um banco de dados informativo para direcionar futuras aes corretivas. Para otimizar este banco de informaes, os dados do viveiro de engorda, a que se destinam as PLs estocadas, tambm devero ser anotados. 3.6.1 - Procedimentos para monitoramento da qualidade da gua e aes corretivas

    O acompanhamento sistemtico dos parmetros fsico-qumicos tem importncia decisiva na tomada de decises que podem prevenir alteraes prejudiciais no cultivo.

    fundamental que exista uma padronizao de horrios e locais de leitura e/ou coleta de amostras.

    Para a correta aferio dos parmetros fsico-qumicos importante observar os passos a seguir: 9 Fazer as coletas diariamente e em horrios pr-estabelecidos; 9 Posicionamento da sonda em relao coluna dgua; 9 Identificar possveis erros de leitura; 9 Identificar possveis danos no aparelho de aferio hidrolgica;

    Nas fotos 31 e 32 possvel observar momento de aferio dos parmetros de oxignio dissolvido (foto 31) e de salinidade (foto 32). O controle rigoroso de todos os parmetros fsico-qumicos e biolgicos de extrema importncia para os resultados do cultivo.

    Foto 31 e 32: Aferio dos parmetros fsico-qumicos. Fonte: Fazenda CINA, 2003.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 22

  • Os parmetros da qualidade da gua e as respectivas aes corretivas devem ser monitorados

    de acordo com a tabela abaixo. Tabela 11 Tabela 11: Sugestiva para monitoramento dos parmetros fsico-qumicos da qualidade da gua.

    PARMETRO FREQNCIA HORRIOS FAIXA IDEAL (LIMITE) AES CORRETIVAS

    Temperatura Diria 05h00min e 17h00min 26 a 32C

    (18 a 36C) < 22 utilizar aquecedor e > 32 aumentar renovao dgua

    Salinidade Diria 12h00min 15 a 25 (0 a 60) Renovao parcial para ajustar nveis

    Oxignio Dissolvido Diria

    05h00min e 17h00min

    5,0 mg/L (3,7 mg/L)

    < 3,7 mg/L aumentar aerao, promover renovao dgua e reduzir alimentao

    pH Diria 05h00min e 17h00min 7 a 9 Variaes dirias > 0,5, realizar renovao de 20% e adicionar de 200 a 600g de calcrio

    Alcalinidade Semanal 07h00min 80 a 150 (50 a 200mg/L)

    Abaixo do limite realizar calagem e acima do limite realizar renovao

    Amnia (NH3) 2 x por semana 07h00min < 0,4 mg/L

    > 0,4 mg/L renovar gua, suspender fertilizao, reduzir alimentao e aumentar aerao

    emana 07h00min < 0,1 mg/L

    > 0,1 mg/L renovar gua, suspender fertilizao, reduzir Nitrito (NO2) 2 x por s alimentao e aumentar aerao

    Transparncia Diria 12h00min 30 a 50cm < 30cm calagem e posterior renovao, >50cm fertilizar Cor Diria 12h00min Marrom Verificar e ajustar nutrientes

    Monitoramento do oxignio dissolvido:

    Os valores de Oxignio Dissolvido devero permanecer acima de 50% do valor de saturao para as condies de temperatura e salinidade apresentadas.

    Valores inferiores a 3,7 mg/L de O.D. por perodos prolongados podem provocar efeitos negativos no desempenho zootcnico dos camares cultivados, como seja:

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    9 Baixo desempenho no crescimento; 9 Maior predisposio para desenvolvimento de enfermidades; 9 Debilidade dos camares; 9 Morte. Fig.04: Desenho esquemtico do comportamento do camaro cultivado quando submetido ao estresse provocado pela queda de oxignio dissolvido. Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 23

  • A saturao do Oxignio Dissolvido na gua est diretamente relacionada a salinidade e temperatura, como apresentado na Tabela 12 a seguir: Tabela 12: Tabela de saturao do oxignio dissolvido na gua de diversas salinidades.

    Monitoramento do pH:

    0 5 10 15 20 25 30 35 400 7,30 7,06 6,82 6,59 6,37 6,16 5,95 5,75 5,565 6,38 6,17 5,97 5,78 5,59 5,41 5,24 5,07 4,90

    10 5,64 5,46 5,29 5,13 4,97 4,81 4,66 4,52 4,3815 5,04 4,89 4,74 4,60 4,46 4,32 4,19 4,07 3,9420 4,54 4,41 4,28 4,16 4,03 3,92 3,80 3,69 3,5925 4,12 4,01 3,90 3,79 3,68 3,58 3,48 3,38 3,2830 3,77 3,67 3,57 3,47 3,38 3,29 3,20 3,11 3,0335 3,47 3,38 3,29 3,20 3,12 3,04 2,96 2,88 2,8140 3,21 3,13 3,05 2,97 2,90 2,82 2,75 2,68 2,61

    Temperatura (C)

    Salinidade ()

    Fonte: Adaptado de Boyd, C.E., 2001.

    9 O pH regula a velocidade de vrias reaes e processos qumicos e biolgicos em viveiros de cultivo, interferindo tambm na concentrao txica de alguns compostos metablicos como o caso da amnia;

    9 Uma elevao diria de 1 (um) unidade de pH, pode elevar a amnia txica em 10 vezes. Assim a presena de uma quantidade de amnia dissolvida na gua, que antes era considerada normal, poder se tornar txica pela variao do pH em apenas uma unidade;

    9 O efeito da variao do pH nos camares muito prximo daquele observado nos peixes. Tabela 13:Efeito do pH na sade do camaro cultivado Monitoramento da alcalinidade:

    A alcalinidade a medida da concentrao de bases (carbonatos e bicarbonatos) capazes de neutralizar os ons H+ na gua conforme a reao abaixo. Obs.: Efeito Tampo: Quando a gua de cultivo apresenta uma boa reserva alcalina a flutuao do pH baixa, ou seja, a gua de cultivo possui uma maior capacidade de neutralizao dos cidos, diminuindo assim a flutuao diria do pH. Figura 05 O tipo de alcalinidade desejada a alcalinidade de bicarbonatos (obtida com a adio de compostos calcrios) que tambm controla a dureza da gua; um tipo de alcalinidade malfica aquela obtida pela presena de hidrxidos (deve ser corrigida com trocas de gua e adio de calcrio).

    pH Efeitos4 Ponto cido de morte

    4 - 6 Crescimento retardado6 - 9 Ideal para crescimento

    9 - 11 Crescimento retardado11 Ponto bsico de morte

    Fonte: Boyd, C.E. - 2001.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 24

  • Fig. 5: Reao qumica nas reservas alcalinas da gua de viveiros de cultivo de camares.

    H2 - + + + 32-

    9 possvel gesso agrc

    9 A utilizaopara aferir

    9 Enquanto parmetro

    9 Em grandelevao d

    9 A aplica(Equipame

    Monitoramen

    A e Magnsio (M9 Geralmentrelacionados co9 Podero s9 O clcio epodem obter e Monitoramen

    A cultivo. Segunparmetro podalguns detalhe9 O procedi

    12h00min 9 A transpa

    gua, cabe9 Para uma

    (fitoplnctoAs

    uso de Disco d

    AO + CO2 = HCO3 + H HCO3 + H = 2H + COcido carbnico Bicarbonato Carbonato

    controlar alcalinidade e dureza atravs de aplicao de compostos calcrios (alcalinidade) e ola (dureza). de qualquer insumo deve ser precedida e acompanhada de anlises de qualidade da gua

    sua real necessidade e eficcia do tratamento; alguns compostos elevam alcalinidade e dureza, outros o fazem separadamente para cada

    ; es quantidades tanto o xido (CaO) como o Hidrxido de Clcio (CaOH) podem causar e pH a nveis txicos; o de material de calagem, de qualquer natureza, deve ser realizada com utilizao de EPIs ntos de Proteo Individual), conforme legislao em vigor.

    to da dureza: dureza a medida da concentrao (mg/L) de ons bivalentes, principalmente Clcio (Ca2+) g2+) presentes na gua. e h uma relao entre alcalinidade e dureza. Carbonatos e Bicarbonatos esto intimamente m os ons clcio e magnsio Ex.: CaCO3; Ca(HCO3)2; MgCO3 e Mg(HCO3)2 ;

    er encontrados valores elevados de alcalinidade e valores inferiores de dureza e vice-versa; o magnsio so essenciais para a realizao do ciclo de mudas do camaro, mas os animais stes recursos atravs dos alimentos naturais e balanceados.

    to da transparncia: transparncia pode ser influenciada pela abundncia de plncton presente na gua de

    do Clifford - 1994, a transparncia ideal aquela observada entre 30 a 40 cm. Este e ser aferido com o auxlio do Disco de Secchi (Fig. 33, 34 e 35), com a observncia de s, a saber: mento de medio deve ser padronizado e realizado diariamente de preferncia entre e 14h00min do dia; rncia tambm pode sofrer alteraes pela presena de outros slidos em suspenso na ndo ao tcnico responsvel fazer uma avaliao mais apurada deste parmetro; melhor compreenso da transparncia dever ser realizada uma contagem de clulas n) e de indivduos (zooplncton) em laboratrio; fotos 33 a 35, a seguir apresentadas, do a idia da aferio da transparncia da gua com e Secchi, levando em considerao a abundncia de plncton.

    Foto 33, 34 e 35: Aferio da transparncia da gua com uso do Disco de Secchi. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    BCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 25

  • Monitoramento da amnia:

    A amnia um subproduto do metabolismo dos animais cultivados e, principalmente, da oxidao da matria orgnica por microorganismos decompositores. Duas formas de amnia podem ocorrer na gua de cultivo, a saber: 9 Amnia no-ionizada (NH3) TXICA PARA OS CAMARES. 9 on de amnia (NH4-) MENOS TXICO PARA OS CAMARES.

    Com o aumento do pH e temperatura, o percentual de amnia no ionizada aumenta na gua de cultivo podendo provocar a morte dos animais confinados. Na figura 06, apresentada uma seqncia de comportamento do camaro cultivado quando submetido ao estresse provocado pelo aumento da amnia txica.

    Fig. 6: Desenho esquemtico sobre o comportamento do camaro quando submetido a nveis txicos de amnia.

    Estrategicamente o nico tratamento para elevadas concentraes de amnia na ambiente de cultivo a renovao da gua. Paralelamente, outros manejos j demonstraram resultados prticos, a saber:

    Aumento de amnia na gua

    Diminuio da excreo pelos animais

    Aumento do nvel de amnia no sangue

    9 Incremento da aerao pneumtica no tanque berrio em questo; 9 Suspenso da fertilizao com compostos a base de nitrognio; 9 Reduo ou suspenso da alimentao balanceada; 9 Aplicao de calagem para aumentar as reservas alcalinas da gua de cultivo para incremento do efeito

    tamponante da gua. 3.6.2 - Procedimentos para Monitoramento da Sade das PLs e as devidas aes corretivas: I - Monitoramento inicial da sanidade das PLs.

    O monitoramento aqui discriminado seria aquele inicialmente conduzido no ato da aquisio das PLs. Este monitoramento importantssimo j que as PLs seriam equivalentes semente a ser plantada no viveiro de produo e dever se revestir de qualidades especiais no que se refere a gentica e a sade.

    Teste de estresse: O teste de estresse a primeira avaliao da sade das Ps-Larvas e deve ser realizado

    ainda no laboratrio fornecedor, no momento da aquisio para povoamento dos tanques berrios ou, de forma direta, dos viveiros de engorda.

    O teste de estresse mais comum aquele relacionado ao choque osmtico. O desenho esquemtico, a seguir apresentado, descreve os passos necessrios para a execuo dos dois procedimentos comentados. Figura 07

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 26

  • Fig. 7: Desenho esquemtico dos procedimentos que envolvem o teste de estresse. Fonte: MCR Aquacultura Ltda., 2004.

    A tabela apresentada a seguir sugestiva para as anotaes gerais do teste de estresse

    proposto por este manual. Tabela 14 Tabela 14: Tabela sugestiva de avaliao de sobrevivncia no Teste de Estresse

    Teste de estresse osmtico

    Aguardar por mais 30 minutos e contar as PLs sobreviventes

    Colocar 100 PLs em um Becker com salinidade

    0ppt

    Aguardar por 30 minutos

    Retornar salinidade de origem

    Teste de estresse com formalina

    Colocar 100 PLs em um becker com

    formalina a 100ppm

    Aguardar por aproximadamente 1

    hora

    Contar as PLs vivas para determinar o %

    de sobrevivncia

    Foto 36: Aferio da sade das PLs. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    FAZENDA CAMARO DE OURO

    LABORATRIO FORNECEDOR: BAITA LARVA LTDA

    TANQUE DE ESTOCAGEM CONSULTADO 025 QUALIDADE DA LARVA

    < 70% PSSIMA QUALIDADE

    > 71 < 85% MDIA QUALIDADE

    > 85 < 90% BOA QUALIDADE

    SOBREVIVNCIA (Marcar com X)

    x > 90% EXCELENTE QUALIDADE

    RESPONSVEL TCNICO Francisco Vannamei Schmitti Brasiliensis.

    COMENTRIO FINAL: Larvas checadas e aprovadas para aquisio. Resultados do teste considerados excelentes quanto a sade dos animais. Data: 22/01/2014. Assinatura do responsvel: Francisco Vannamei Schmitti Brasiliensis.

    Fonte: LIMA, Marcelo, 2010.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 27

  • II - Monitoramento da sade das Ps-Larvas durante o manejo de cultivo nos Tanques Berrios:

    procedimento faz parte do esquema de biosseguridade das fazendas de pico especial falaremos do monitoramento da sanidade do camaro em Este importante cultivo de camares. Neste t

    cultivo, realizado particularmente em tanques berrios primrios.

    Uma amostragem diria de aproximadamente 10 PLs (Fotos 37 a 39), coletados aleatoriamente em cada Tanque Berrio, atender o programa de monitoramento da sanidade das PLs proposto. A tabela 15 apresentada neste documento sugestiva para o referido manejo.

    Tabela 15: Procedimentos Sugestivos para monitoramento da sanidade das PLs em tanques berrios

    Foto 37, 38 e 39: Monitoramento do estado de sade das PLs em tanque berrios. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    PARMETRO MTODO FREQNCIA LIMITES

    AES CORRETIVAS

    Tamanho Homogeneidade e

    Formato Visual Diria

    - Tamanho compatvel com a idade das PLs, - homogeneidade de 80%; - formato alongado.

    Checar quantidade e corrigir alimento ofertado.

    Estado nutricional

    - Anlise visual e microscpica do intestino; - Anlise microscpica do hepatopncreas.

    Diria Intestino completo e hepatopncreas repleto de lipdeos.

    Checar quantidade e corrigir alimento ofertado -aumentar ou diminuir.

    Relao Msculo: Intestino Visual Diria

    = 4 : 1 no 6 somito abdominal.

    Checar quantidade e corrigir alimento ofertado

    Natao (atividade) Visual: - Agitao na gua do Becker. Diria Nadam orientadas contra corrente e no se agrupam no fundo do Becker

    Avaliar qualidade da gua para determinar ao.

    Colorao Visual Diria Amarelas e translcidas

    Larvas esbranquiadas ou opacas, checar: O.D., pH, NH3, NO2 e H2S.

    Limpeza e aparncia

    Visual e microscpica Diria Carapaas limpas e sem deformidade

    Realizar renovao de gua e calagem de cobertura; Checar incidncia de patgenos

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda. - 2003

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 28

  • Avaliao da idade das PLs: A avaliao da idade das u pela

    quantidade de lbulos nos arcos branquiais. Tecnicamente a contagem dos espinhos rostrais a forma mais fcil deste manejo pela praticidade da operao. O desenho esquemtico a seguir apresenta as informaes necessrias para a conferncia da idade das PLs atravs dos espinhos rostrais, como seja: Figura 08.

    A

    a

    A

    Ei

    5c Figura 08: Identificao d

    valiao do hepatopncreas e intePLs saudveis devem a

    marronzada.

    valiao do 5 somito abdominal Ps-larvas saudveis aprese

    sta avaliao leva em considerao antestino.

    Intestino inflamado geralm somito, diminuindo ento a relao onsiderada saudvel com relao a este

    Foto 40: Avaliao do hepatopncreas e iFonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    ABCC ASSOCIAO BPLs pode ser feita pela contagem dos espinhos rostrais oa idade das PLs atravs da avaliao dos espinhos rostrais.

    stino anterior: presentar hepatopncreas definido e de colorao viva e

    A foto 40, ao lado apresentada, expe uma Ps-Larva demonstrando hepatopncreas de colorao marrom e bem definido. O intestino da ps-larva observado encontra-se repleto de alimento. Esta seria uma das formas de avaliar se a alimentao e a sade das PLs esto em condies satisfatrias.

    ntam uma proporo equivalente a 4 x 1 no 5 somito abdominal. espessura total do 5 somito com relao a espessura total do

    ente apresenta-se mais espesso com relao espessura total do existente entre os mesmos. A foto 41 apresenta uma Ps-Larva quesito de inspeo.

    ntestino anterior em PLs de camares penaedeos.

    Foto 41: Avaliao do 5 somito abdominal em PLs de camaro. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    RASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 29

  • Necrose dos apndices torcicos causados por vibA simples conferncia da PL no microsc s apndices

    torxicos. Este problema geralmente est ligado a pr . A vibriose avanada pode provocar grandes perdas pela pssim o cultivo no tanque berrio.

    Lotes de animais com este tipo de sintomatologia devero ser descartados antes de serem levados para os viveiros de engorda, e as instalaes devero ser desinfetadas adequadamente conforme protocolo definido neste manual. As fotos 42 e 43 apresentam PLs com necrose avanada dos apndices torxicos.

    Avaliao de deformidades:

    Tambm poder ser realizada pela observao do animal no microscpio ou com auxlio de lupa manual. Animais deformes so identificados facilmente e sua porcentagem dever ser determinada com relao aos animais saudveis.

    Lotes de animais com porcentagem de deformao acima de 5% devero ser descartados. As deformidades geralmente esto associadas presena da IHHNV (Infeco Hipodermal e

    Necrose Hematopoitica) no lote de animais observados. Esta enfermidade comentada tm provocado resultados negativos na produtividade final do cultivo pela influncia da Sndrome do Nanismo que a principal caracterstica desta doena. Foto 44

    Muda presa

    berrios co

    deficincia nsintomatolog

    Foto 42 e 43: Avaliao de PFonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    de. Foto 44: Avaliao de PLs com presena de deformida: A muda presa uma sint

    m manejo tcnico inadequaVrios fatores tm influnutricional e o baixo teor ia.

    ABCC ASSOCIAO Ls com presena de necrose dos apndices torxicos. omatologia comdo (Foto 45). cia direta no cde alcalinidade

    Fonte: MCR Aqu

    BRASILEIRA Driose: pio poder denunciar a necrose doesena de vibriose no meio de cultivoa sobrevivncia verificada no final d

    um observada em cultivos realizados em tanques

    iclo de muda dos camares cultivados, sendo a os mais apontados como responsveis por esta

    acultura Ltda, 2004.

    Foto 45: Avaliao de PLs - Presena de muda presa. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    E CRIADORES DE CAMARO 30

  • A calagem da gua de cultivo, seguida do acerto na oferta de alimentos em quantidade e qualidade adequada para as Ps-Larvas, geralmente so suficientes para resolver este problema. Bactrias filamentosas, epibiontes e impregnao por detritos:

    A presena de alto teor de matria orgnica na gua de cultivo, muito comum tambm em ambiente desequilibrado (fotos 46 e 47). origina este tipo de problema, alm de incrementar o surgimento de Vibrioses. Neste caso particular, a renovao sistemtica, o uso de calagem com xido de clcio ou a aplicao de 30ppm (30mL/m3) de formol a 36%, na gua de cultivo, so suficientes para resolver este problema. Decorridos 2 horas da aplicao do formol a gua do tanque berrio dever ser renovada por gua de boa qualidade e a alimentao ofertada dever ser ajustada para evitar acmulos dentro do sistema de cultivo.

    Foto 46 e 47: Avaliao de PLs com presena de impregnao por detritos. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    3.7 - Despesca e transporte para os tanques berrios secundrios, cercos ou viveiros de engorda:

    A primeira providncia a ser realizada, para a inicializao deste procedimento, a separao de todo o material necessrio para a operao e a contratao da equipe de operadores. A seguir um checklist sugestivo apresentado. 3.7.1 - Montagem da estrutura e equipamentos necessrios para realizao da transferncia de camares do tanque berrio primrios:

    A transferncia dever ser planejada com 24h00min de antecedncia e os seguintes procedimentos devero ser adotados: 9 12h00min a anque Berrio e do Viveiro de Eng er analisados e comparados; 9 Caso a guada aclimatao, debombonas, para exe9 Providenciar Tabela 16: CheckList d

    ITCaixas de conta

    volume deMangueiras de 5m

    Recipiente de plamost

    Armao de tela cocont

    Drenos com tela dma

    Alimento p/ as PL

    ABCCntes de iniciar a transferncia os parmetros fsico-qumico da gua do Torda (ou do Tanque Berrio Secundrio) a que se destinam devem s do abastecimento dos Tanques Berrios no apresente condies para a realizao ve-se transportar gua do viveiro (ou do Berrio Secundrio), em pipa ou em cuo deste importante procedimento; o material inserido na lista do check-list abaixo discriminado. Tabela 16

    e material necessrio p/ realizao de transferncia de PLs. EM UNID QUANTIDADE gem graduada c/ 500 Litros unid 03

    m com difusores de ar m 20

    stico de 300ml p/ ragens. unid 10

    lorida p/ auxiliar na agem unid 05

    e 300 micras tipo rtelo unid 01 dreno martelo / caixa

    s (rao / nuplios kg Observar tabela 17 a seguir

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 31

  • ou biomassa de artemia) Pus com malha 300 micras unid 02 Cestos telados (coletores). unid 02

    Planilha de anotaes de despesca p/ transferncia. unid 01 planilha / caixa.

    Calculadora unid 02 Submarino (900 litros) ou Bombonas de 200 Litros. unid

    01 submarino / milho de PLs. 01 bombona / 200 mil PLs.

    Garrafas de oxignio ou Compressor porttil. Unid

    01 garrafa / 1,5 milhes de PLs. 01 compressor de CV / 1 milho de PLs.

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    Foto 48 e 49: Tanques de concentrao de PLs no momento da transferncia. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    9 A Tabela 17, apresentada a seguir, resume informaes sobre a quantidade de alimento que dever ser utilizado durante o manejo de transferncia.

    Tabela 17: Sugestiva par

    TIPO DE ALIMENT

    Biomassa de arte

    Rao fina (40%

    Nuplio de artem Fonte: MCR Aquacultur 3.7.2 - Procedimentos ger i Distribuir as mangueiras cvolume total (fotos 48 e 49); ii Para o incio da coleta operacional; iii Coletar as PLs pela caixcesto coletor; iv Depois de finalizada a ccaixa de concentrao e depcontagem com utilizao do mv Os valores discrepantes onegativamente na fidedignidavi Divide-se a mdia dasconcentrao para se obter o

    ABCC ASSOa alimentao de PLs. AO IDADE DAS PLs QUANTIDADE de PLs PL-10 250 350gr / milho PL-20 500 600gr / milho mia PL-30 800 1.000gr / milho PL-10 80 100gr / milho PL-20 140 160gr / milho PB) PL-30 250 300gr / milho

    ia PL-10 40 nuplios / PL / hora a Ltda.

    ais durante a despesca;

    om os difusores de ar nas caixas de concentrao e abastecer at de seu

    das PLs o Tanque Berrio dever estar com apenas 30% do seu volume

    a de despesca tendo o cuidado de evitar excesso de concentrao destas no

    oleta das PLs do Tanque Berrio, as mesmas devem ser armazenadas na ois de homogeneizados, se retira 4 sub-amostras aleatrias de 300ml para a todo volumtrico (foto 50);

    bservados nas coletas aleatrias devero ser descartados para no influenciar de do resultado da contagem realizada; contagens por 300mL, e em seguida multiplica-se pelo volume total da total de PLs contidas em cada caixa amostrada;

    CIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 32

  • Importante: Durante o manejo de coleta das PLs nos tanques berrios imprescindvel:

    Foto 50: Contagem de amostras de PLs concentrados na caixa de coleta Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    Foto 51: Homogeneizador para contagem de PLs durante transferncia. Foto 52: Momento da coleta aps homogeneizao das PLs. Foto 53: Final de coleta no tanque berrio. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    51 52

    53

    9 Checar continuamente o estado de sade das PLs; 9 No deixar faltar alimento para evitar canibalismo; 9 A taxa de oxignio dissolvido dever estar sempre acim a de 5mg/L.

    3.7.3 - Procedimentos para transpoi Aps a contagem, as ps-larvas concentrao mxima recomendada de 8ii Colocar 10 difusores de ar (pedras cada bombona de 200L; iii De preferncia a aerao dever oxignio comprimido para atender event

    ABCC ASSOCIAO Brte.

    devero ser acondicionados nos submarinos (ou bombonas) na 00PLs / Litro (Foto 56);

    porosas) em cada submarino de 900L, ou 03 difusores de ar para

    ser realizada por compressores de ar auxiliado por garrafas de uais emergncias;

    RASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 33

  • iv Para povoar um viveiro de engorda com 2 milhes de PLs seriam necessrios 2 submarinos de 900L ou 10 bombonas de 200L, a serem transportados por caminho ou carretela rebocada por trator; Foto 57 v O tempo comprometido com este procedimento dever ser o menor possvel, tendo em vista minimizar o estresse provocado pelo manejo durante a transferncia. Povoamento do viveiro:

    Verificar diferenas de parmetros entre as caixas de transporte e o ambiente de destino, principalmente pH e Temperatura, antes da liberao das PLs. Caso se faa necessrio, deve realizar a aclimatao.

    No havendo diferena significativa entre os parmetros das caixas e do ambiente de destino, alm do tolerado para a espcie, pode-se ento liberar as PL (fotos 58, 59 e 60).

    Foto 56: Transporte de PLs em submarino. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    Foto 57: Transporte de PLs em Cx. de 1000L. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    Foto 58 e 59: Povoamento de viveiro de engorda. Foto 60: Aferio do parmetro de oxignio dissolvido. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 34

  • 3.8 - Bioensaio.

    O Bioensaio consiste em um teste para avaliar o resultado do manejo de transferncia, incluindo a coleta das ps-larvas, processo de aclimatao e o tempo decorrido no transporte. O Bioensaio dever ser realizado em conformidade com as seguintes recomendaes:

    i. Confeccionar um pequeno tanque-rede, ou gaiola, nas dimenses aproximadas de 0,25m3, o qual dever ser revestido com tela de nylon de malha 500 micras (foto 61). O Bioensaio dever ser instalado no viveiro de engorda recm-povoado e prximo comporta de drenagem pelo motivo de a haver maior profundidade (foto 62);

    ii. Coloca-se uma amostra de PLs, coletados aleatoriamente, em conformidade com a densidade de povoamento praticada no viveiro, e observa-se a sobrevivncia final depois de 24h00min e 48h00min horas do povoamento;

    iii. Caso seja observada mortalidade nesta avaliao, poder ser realizada uma complementao da populao de PLs estocadas no viveiro, para garantir a densidade desejada para o cultivo;

    iv. Durante o Bioensaio, as PLs no devero ser alimentadas para evitar sobras de alimentos dentro do tanque-rede e problemas com oxignio dissolvido;

    Foto 61 e 62: Tanque-rede e procedimento de Bioensaio em viveiro de engorda. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    Obs.: As PLs utilizadas no Bioensaio devero ser do mesmo lote que est sendo transportado e que foram estocadas no viveiro de engorda.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 35

  • 3.9 - Metas para cultivo de PLs em tanques berrios primrios. A adoo das recomendaes inseridas neste manual poder permitir o sucesso nas metas

    estabelecidas para esta etapa, conforme sugestes na tabela 19, abaixo apresentada:

    Tabela 19: Metas para criao em berrios primrios. PARMETRO FAIXA IDEAL

    Densidade 20 30 PLs / Litro Durao do ciclo 10 15 dias.

    Sobrevivncia estimada 90% Peso Mdio das PLs 0,02 a 0,04gr.

    Produo de PLs / m3 18.000 a 27.000 Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    4 Od Au F 99999

    9

    PROCEDIMENTOS PARA CULTIVO EM TANQUE

    bjetivo: Produzir juvenis para estocagem nos viveiroos ciclos de cultivo, incrementando a produo anual.

    plicao: Este procedimento se aplica em tanques dso na fase intermediria entre os tanques berrios e o

    unes Bsicas dos tanques berrios secundri

    Estocar temporariamente as PLs oriundas dos ber Produzir juvenis (0,8 a 1,5g) para estocagem nos vi Auxiliar nas projees e estimativas referentes bio Economia e controle no fornecimento do alimento e Melhorar a sobrevivncia final de cultivo, com a in

    PLs mais susceptveis ao estresse e mortalidade; Diminuir o tempo de cultivo nos viveiros de engor

    ciclos por ano. (fotos 63, 64 e 65)

    Foto 63: Raceway constr. em concreto armado Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    Foto 65: RacewayFonte: MCR Aquac

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DS BERRIOS SECUNDRIOS E RACEWAYS:

    s de engorda reduzindo assim o tempo de durao

    e cultivo do tipo Raceways, os quais so opes de s viveiros de engorda.

    os:

    rios primrios; veiros de engorda; massa do viveiro; nutrio das PLs estocadas; troduo de juvenis, mais resistentes, ao invs de

    da aumentando; conseqentemente; o nmero de

    Foto 64: Raceway revestido com PADE. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    construdo em terreno natural e sem revestimento. ultura Ltda, 2004.

    E CRIADORES DE CAMARO 36

  • Procedimentos: 4.1 - Montagem da estrutura e equipamentos; 4.1.1 - Preparao:

    Geralmente os raceways possuem entre 500 a 1.000m2 de rea produtiva. A preparao destes tanques de cultivo ser definida em funo do modelo em que foram construdos. Os raceways podem ser edificados em concreto, a similaridade dos tanques berrios (foto 63), ou no terreno natural com levantamentos de taludes, portas de abastecimento e drenagem podendo ou no ser revestidos com PEAD (Polietileno de Alta Densidade) (fotos 64 e 65).

    A metodologia aplicada na preparao dos Raceways ser a mesma aplicada para os tanques berrios. 4.1.1 - Higienizao dos raceways;

    Observar os procedimentos de higienizao dos Tanques Berrios Primrios para os Raceways construdos em alvenaria, ou queles revestido com PEAD.

    No caso dos raceways construdos no terreno natural, e sem revestimento, a esterilizao ser realizada com a aplicao de xido de clcio na razo de 150gr de CaO/m2, e pulverizao das comportas e utenslios operacionais com soluo de cloro a 200ppm. 4.2. - Preparao dos Tanques Berrios Secundrios ou Raceways: 4.2.1 - Instalao do sistema de aerao e estocagem;

    A estocagem recomendada para o Raceways de um mximo de 2.500 PLs/m2. Importante:

    Foto 66: Raceway construdo em alvenaria. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    9 Realizar este procedimento preferencialmente no inicio da manh, ou no final da tarde; 9 Verificar continuamente o estado de estresse das PLs; 9 Manter a densidade para transporte 800 PLs/litro; 9 Fornecer alimento durante o processo; 9 Manter o oxignio Dissolvido sempre acima de 5,0mg/L; 9 Colocar 1,0g de calcrio para cada 100L de gua; 9 Efetuar a operao no menor espao de tempo possvel. Sistema de aerao: O sistema de aerao deve ser composto por aeradores de palhetas na proporo de 2 HP/600m2 e/ou por compressores radias com a distribuio do ar em mangueiras perpendiculares munidas de difusores de ar (Foto 67). Aclimatao: O processo de aclimatao para a transferncia dos tanques berrios para os Raceways so os mesmos descritos anteriormente para os tanques berrios primrios. Fixao dos aeradores: A quantidade e disposio dos aeradores nos raceways tm o objetivo de suprir de oxignio o sistema de cultivo, observando valores de dissoluo acima de 5mg/L. Outro detalhe importante que as correntes geradas na gua dos tanques possibilitam uma melhor disponibilizao do alimento natural, oxignio dissolvido e nutriente em toda a coluna da gua do sistema. Foto 67

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 37

  • 4.2.2 - Abastecimento, calagem e fertilizao:

    Foto 67: Modelo de sistema de aerao em raceways. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    Foto 68: Preparao de Raceway. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    9 Este procedimento ser dividido em trs etapas (conforme tabela 20); 9 As quantidades sugeridas dos fertilizantes so 28kg/ha de Uria, 1,8kg/ha de SFT e 11,2kg/ha de Silicato de Sdio 9 Uma boa relao recomendada para os nutrientes de 15:1 (N:P) e 2,5:1 (N:Si).

    Tabela 20: Sugestiva para o processo de abastecimento e fertilizao DIA NVEL URIA

    (kg/ha) SFT

    (kg/ha) SILICATO DE

    SDIO (kg/ha) *CALCRIO DOLOMTICO

    1 30% 14 0,90 5,6 250 kg/ha 2 50% 7 0,45 2,8 250 kg/ha 3 70% 7 0,45 2,8 -

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    4.2.3 - Inoculao: Utilizar mesmo procedimento recomendado para os berrios primrios.

    4.3 - Sistema de alimentao dos camares nos raceways. Tecnicamente o manejo alimentar nos Raceways compreende: 4.3.1 -Tipo de alimento ofertado:

    Nesta fase dever ser utilizada rao granulada compatvel com a idade dos juvenis e com nveis de garantia dentro dos padres aceitveis para a sua nutrio.

    freqnciares conf

    6 dia (Tabela 21). Desta fase em diante o aproporo de 200 pequenas bandejas/ha (Foto

    ABCC ASSOCIAO BRASIa da alimentao; inados nos Raceways dever ser fornecida por voleio at o 4.3.2 - Estratgia, quantidade e

    A alimentao dos cam

    limento dever ser fornecido em comedouros instalado na 68).

    LEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 38

  • Com relao freqncia alimentar, a oferta de rao ser realizada em intervalos de 3 horas (8 vezes/dia) e de forma contnua at o momento da transferncia. As bandejas utilizadas para a alimentao devero ser confeccionadas com malha de 500 micras ( mm) - foto 69 e Figura 10

    Foto 69: Alimentao em bandejas nos raceways. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004. Fig. 10: Metodologia de arraoamento Por

    voleio em raceways

    Tabela 21: Tabela Sugestiva para arraoamento de Raceways. DIAS DE CULTIVO

    QUANTIDADE DE RAO P/ 1 MILHO PLs (kg/dia)

    FORMA DE ARRAOAMENTO

    1 8 Voleio 2 8 Voleio 3 10 Voleio 4 10 Voleio 5 12 Voleio

    6 ao 30 Iniciar com 50g de rao por bandeja e corrigir a cada horrio de acordo com o consumo. Bandejas

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda 2003. 4.4 - Monitoramento da qualidade da gua e da sade dos camares.

    O monitoramento da qualidade da gua nos Raceways poder ser realizado observando as recomendaes tcnicas da tabela 22, abaixo apresentada. Tabela 22: Informaes Sugestivas para o monitoramento da qualidade da gua em Raceways

    PARMETRO FREQUENCIA

    HORRIOS

    ONDE MEDIR

    FAIXA IDEAL Limite

    AES CORRETIVAS

    Temperatura Diria

    5 e 16hoomin

    Superfcie

    26 a 32C. 18 a 34C.

    < 22C Utilizar aquecedores e > 32C fazer renovao da gua em 20%.

    Salinidade Diria 13h00min

    Superfcie

    15 a 25.0,5 a 60

    Renovao parcial para ajustar nveis.

    Oxignio Dissolvid

    o Diria

    2, 5, 12, 16

    23h00min Fundo

    5mg/L.

    3,7mg/L.

    < 3,7mg/L aumentar capacidade de aerao e fazer renovao parcial da

    gua. Ajustar alimentao. pH Diria 5 e 16:00 Superf 7 a 9 Para variaes > 0,5 diariamente realizar

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 39

  • cie 6,5 a 10 renovao da gua em 20% e aplicar 200 a 600gr de calcrio.

    Alcalinidade Semanal 07h00min

    Superfcie

    > 80mg/L CaOH. < 80mg/L de CaCO3 Realizar calagem.

    Amnia no

    ionizada

    2 vezes/seman

    a 17h00min Fundo < 0,4 mg/L.

    > 0,4mg/L Renovar gua do fundo. Suspender fertilizao. Reduzir

    alimentao. Aumentar a aerao.

    Dureza Total

    2 vezes/seman

    a 07h00min Superfcie

    80 a 6000mg/L.

    < 80mg/L de CaCO3 aplicar 200 a 600gr de calcrio.

    Nitrito 2

    vezes/semana

    17h00min Fundo < 0,1mg/L.

    > 0,1mg/L Renovar gua do fundo. Suspender fertilizao. Reduzir

    alimentao. Aumentar a aerao. Transparncia Diria Diria

    35 a 50cm

    35 a 50cm.

    < 35cm Renovao da gua . > 50cm Inocular ou fertilizar.

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda. Monitoramento da Sade dos camares no Raceways:

    Como parte do programa de biossegurana da fazenda, a exemplo do que observado nos tanques berrios primrio, o monitoramento da sade dos camares juvenis cultivado nos raceways de fundamental importncia. A tabela 23, abaixo apresentada, detalha este manejo particular, trazendo em seu escopo as sugestes das possveis anlises e aes corretivas que podero ser executadas durante esta fase de cultivo. Tabela 23: Monitoramento da sade dos juvenis nos Raceways.

    Foto 70: Raceway em plena operao de cultivo 2.500 PL/m2. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    PARMETRO MTODO FREQNCIA LIMITES

    AES CORRETIVAS

    Homogeneidade Visual Semanal Homogeneidade em torno de 80%. Checar quantidade e corrigir alimento ofertado.

    Estado nutricional

    Anlise visual e microscpica do intestino e anlise microscpica do hepatopncreas.

    Semanal Intestino completo e hepatopncreas repleto de lipdeos

    Checar quantidade e corrigir alimento ofertado.

    (aumentar ou diminuir)

    Brnquias Microscpio Semanal Limpas, sem Avaliar qualidade da gua;

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 40

  • melanizaes e sem parasitas.

    realizar renovao e calagem de cobertura.

    Colorao Visual Semanal Amarelado

    e translcido.

    Juvenis esbranquiados ou opacas. Checar: O.D., pH, NH3, NO2 e H2S.

    Limpeza e

    aparncia.

    Visual e

    microscpica. Semanal Carapaas limpas e sem deformidade

    Realizar renovao de gua e calagem de cobertura e checar incidncia de patgenos.

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda. 4.5 - Despesca e transporte para os viveiros de engorda.

    Antes de iniciar a transferncia para os viveiros de engorda dever ser realizada a drenagem gradual do Raceway e na seqncia, proceder a instalao de Bag-Net (redes funil) dentro da caixa de coleta da comporta de drenagem.

    A reduo gradativa do volume de gua do Raceway dever ser iniciada no dia anterior e a transferncia somente ser iniciada quando o volume da gua estiver reduzido em 80% do total armazenado.

    No ato da despesca no Raceway, o oxignio dissolvido e a temperatura devero ser monitorados com freqncia de 5 minutos entre as amostragens. Este procedimento evitar surpresas provocadas pelas quedas repentinas de oxignio dissolvido, o que poder colocar em risco a sobrevivncia dos camares juvenis durante esta operao.

    Os juvenis concentrados no Bag-Net fixado na caixa de coleta sero capturados em intervalos variveis, dependendo da velocidade que os mesmos esto sendo drenados. O objetivo evitar acmulo excessivo de camares na caixa de coleta e assim minimizar o estresse.

    Na seqncia de cada operao de coleta, os camares juvenis sero pesados e os dados sero anotados para auxiliar no clculo de sobrevivncia final. Em seguida, sero colocados em caixas de transporte mantendo a densidade de estocagem na razo de 32 a 33 Juvenis/L.

    Em ato paralelo, a despesca poder ser auxiliada com a coleta de juvenis atravs do uso de redes de arrasto dentro do raceway, aps o nvel ter atingido 10% de seu volume total.

    O Funcionrio que estiver executando os arrastos dever estar equipado com botas e luvas

    impermeveis como medida de biosseguridade. O clculo da sobrevivncia ser realizado atravs da diviso da biomassa total despescada no

    raceway, dividido pelo peso mdio dos juvenis. O procedimento de aclimatao ser o mesmo observado nos tanques berrios.

    4.6 - Metas para criao de camares em berrios secundrios. Tabela 24: Metas p/ criao de camares em raceways.

    PARMETRO FAIXA IDEAL Densidade 2.500 juvenis/m2

    Durao do cultivo 30 dias Sobrevivncia final > 85% Peso mdio 0,8 a 1,5gr

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda. 5 PROCEDIMENTO PARA CULTIVO EM CERCOS: Vantagens da utilizao dos cercos nos viveiros de engorda: 9 Facilidade no controle da oferta de rao, com um melhor aproveitamento do alimento pelas PLs

    confinadas;

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 41

  • 9 Possibilidade de introduo da alimentao nos comedouros, a partir do quinto dia de cultivo, eliminando assim, os desperdcios de rao pelo mtodo de voleio, conseqentemente reduzindo o aporte de matria orgnica ao solo e proporcionando uma melhora da qualidade da gua;

    9 Facilidade das PLs encontrarem o alimento pela reduo no espao de cultivo; 9 Oportunidade de desenvolvimento do alimento natural no viveiro no perodo em que as PLs

    permanecerem no cerco; 9 Diminuio do fator de converso alimentar (FCA), tendo em vista as vantagens anteriormente citadas; 9 Aumento do alimento natural no viveiro de engorda, durante o tempo que as ps-larvas estiverem no

    cerco. 5.1 - Montagem da estrutura;

    Os cercos devem ser construdos em uma rea de aproximadamente 10% da rea do viveiro de engorda. Podendo ser construdos em diversos formatos, se adequando ao layout e a topografia do viveiro (fotos 73 e 74). De preferncia, dever ser instalado prximo a comporta de abastecimento, utilizando-se tela com malha de 1mm.

    A estrutura para fixao da tela nos cercos construdos nos viveiros de engorda, dever ser feito com estacas de madeira (fotos 71 e 72). A tela montada na estrutura dever ser enterrada em vala escavada no fundo do viveiro, com profundidade mnima de 20cm. Isto evitar a fuga das PLs para o restante do viveiro.

    As Fotos 71 e 72 a seguir apresentadas mostram cercos em fase de construo

    5.2 - Sistema de alimentao em cercos;

    Foto 71 e 72: Montagem de telas no sistema de cultivo em cercados dentro do

    9 A alimentao nos cercos ser realizada com 4 ofertas dirias, iniciando-se com o sistema de voleio seguido de alimentao em bandejas, conforme sugesto apresentada na Tabela 25 a seguir demonstrada;

    9 Aps o voleio inicia-se a alimentao nas bandejas com rao granulada (1 a 2mm de dimetro mximo);

    9 Instalar bandejas numa quantidade equivalente a 3 vezes a quantidade dimensionada para o viveiro de engorda, como exemplo abaixo:

    Ex.: Viveiro povoado com 50 cam/m2 = 50 bandejas/ha, ento Cerco = 150 bandejas/ha.

    Sendo assim se este viveiro possui rea de 2,0 ha, teria um total de 100 bandejas e o Cerco teria uma rea de 0,2 ha x 150 = 30 bandejas no total; 9 Utilizar bandejas confeccionadas com malha de 500m (0,5mm); 9 Utilizar o Truque para eliminar os desperdcios de rao;

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 42

  • Tabela 25: Sugestiva para arraoamento em cercos nos viveiros de engorda.

    DIAS DE CULTIVO QUANTIDADE DE RAO (kg/dia) FORMA DE ARRAOAMENTO

    0 4 Voleio 1 5 Voleio 2 6 Voleio 3 7 Voleio 4 8 Voleio 5 10 Bandejas 6 12 Bandejas 7 14 Bandejas 8 16 Bandejas 9 18 Bandejas 10 20 Bandejas 11 22 Bandejas 12 24 Bandejas 13 26 Bandejas 14 28 Bandejas 15 30 Bandejas

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda.

    A correo diria do alimento deve seguir a tabela 25 acima sugerida, porm em casos de sobra de alimento deve-se proceder conforme o seguinte: 9 Retirar a sobra e diminuir 50% da quantidade de alimento; 9 Posteriormente aumentar 25% da quantidade de rao a cada horrio, caso no haja mais sobra, at

    voltar a quantidade indicada pela tabela. Ex.: 9 Arraoamento atual com20 kg de rao por dia dividido em 4 alimentaes; 9 5 kg de rao por horrio; 9 Foi verificado que no segundo horrio est sobrando rao, retira-se a sobra e coloca-se 50% da

    quantidade (2,5kg); 9 No horrio seguinte no deu sobra ento aumenta 25% (3,1kg), e assim sucessivamente at retornar a

    quantidade estabelecida na tabela. 9 Pode-se ajustar o percentual de rao em cada horrio, a depender do consumo. Normalmente nos

    horrios mais quentes ocorre maior consumo, devido a maior atividade dos animais. 5.3 - Monitoramento das variveis hidrolgicas e sade dos camares; Tabela 26: Monitoramento das variveis hidrolgicas em cercos.

    PRMETRO FREQNCIA HORRIOS FAIXA IDEAL (LIMITE) AES CORRETIVAS

    Temperatura Diria 5, 12, 17 e 00h00min. 26 a 32C

    (18 a 36C)

    < 22 utilizar aquecedor; e >32 aumentar renovao dgua.

    Salinidade Diria 12h00min 15 a 25 ppt (0 a 60 ppt) Renovao parcial para ajustar nveis.

    Oxignio Dissolvido Diria

    5, 12, 17 e 00h00min.

    5,0 mg/L (3,7 mg/L)

    < 3,7 mg/L aumentar aerao, promover renovao dgua e reduzir alimentao.

    pH Diria 5 e 7 a 9 Variaes dirias > 0,5,

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 43

  • 17h00min. realizar renovao de 20% e adicionar 200 a 600gr de calcrio.

    Alcalinidade Semanal 07h00min 80 a 150 (50 a 200)

    Abaixo do limite realizar calagem e; acima do limite realizar renovao.

    Amnia (NH3) Semanal 07h00min 0,4 mg/L renovar gua, suspender fertilizao, reduzir alimentao e aumentar aerao.

    Nitrito (NO2 ) Semanal 07h00min 0,1 mg/L renovar gua, suspender fertilizao, reduzir alimentao e aumentar aerao.

    Transparncia Diria 12h00min 35 a 50cm 50cm fertilizar. Cor Diria 12h00min Marrom Verificar e ajustar nutrientes.

    Fonte: MCR Aquacultura Ltda. Sistema de aerao: 9 Instalar de 1 a 4 HP de aerao no cerco, dependendo de seu tamanho e da densidade de estocagem; 9 Ligar aerao durante o dia, entre 11 e 14h00min horas para desestratificao trmica da coluna da

    gua; 9 Ligar durante a noite, caso exista depleo nos nveis de Oxignio Dissolvido na gua.

    Foto 73 e 74: Modelos de cercos dentro de viveiros de engorda. Fonte: MCR Aquacultura Ltda, 2004.

    5.4 - Transio para os viveiros de engorda. Transcorridos 15 dias, aps haver iniciado o cultivo no cerco, realizada uma biometria com a

    coleta aleatria de aproximadamente 100 juvenis para verificao e anotao do peso mdio alcanado nessa etapa de cultivo. Esta informao contribuir para a futura projeo de alimento a ser ofertado no incio do cultivo com os juvenis soltos no viveiro de engorda;

    Aps a realizao da biometria, a tela do cerco dever ser suspensa e amarrada acima do nvel da gua para a liberao dos camares juvenis para a rea total do viveiro de engorda;

    Aps a transferncia dos juvenis, as bandejas devero ser baixadas na rea total do viveiro de engorda, dando-se prosseguimento fase final do cultivo.

    ABCC ASSOCIAO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAMARO 44

  • Mdulo II

    CULTIVO DO Litopenaeus vannamei EM VIVEIROS DE ENGORDA 1 - Introduo.

    O cultivo de camares no Brasil teve uma excelente evoluo a partir do ano de 1996. A produo brasileira de camaro cultivado evoluiu de 7.254 toneladas mtricas em 1998, para 92.000 toneladas mtricas no ano de 2003. Este fabuloso crescimento s foi possvel com a importao e o desenvolvimento de um pacote tecnolgico para o camaro branco do pacfico, o Litopenaeus vannamei, cujos resultados expressivos alcanados nas fazendas colocaram o Brasil como o lder mundial de produtividade no ano de 2003.

    A partir do ano de 2003, o crescimento da carcinicultura brasileira foi desacelerado com a incidncia de diversos fatores, a saber: Surgimento da IMNV (Mionecrose Infecciosa Viral), defasagem cambial do dlar frente moeda nacional e a ao Anti-Dumping movida pelos Estados Unidos da Amrica contra a importao do camaro brasileiro.

    Destes fatores negativos mencionados, a IMNV talvez tenha sido a principal problema enfrentado. A patogencidade do vrus levou os carcinicultores a diminurem sensivelmente as densidades praticadas nos viveiros de produo como forma de coibir os brotes da enfermidade. Adjunto, optaram tambm pelo mtodo de povoamento direto como forma de diminuir o manuseio dos lotes de larvas adquiridas e os custos incidentes com o operacional dos tanques berrios intensivos. As decises desesperadas para manter viva a carcinicultura brasileira cominaram com o abandono de tpicos importantssimos do protocolo de cultivo desenvolvido at o ano de 2003, com alguns deles caindo em completo esquecimento.

    Tendo em vista o comentrio supramencionado, este manual tcnico desenvolvido a partir do convnio realizado entre o Ministrio da Pesca e Aqic