APOSTILA DE ANATOMIA -

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INTRODUO ANATOMIA 1.0

CAPTULO I AO ESTUDO

DA

Consideraes Gerais: Anatomia a cincia que estuda, macro e microscopicamente, a constituio e o desenvolvimento dos seres organizados. ANATOMIA: ANA (em partes), TOMEIN (cortar); macroscpica estudada pela dissecao de peas previamente fixadas por solues Anatomia apropriadas; Na anatomia macroscpica, estuda-se os sistemas que, em conjunto, compe o organismo do indivduo. So eles: Sist. Esqueltico (ossos, cartilagens e conexes entre os ossos), Sist. Muscular, Sist. Nervoso, Sist. Circulatrio, Sist. Respiratrio, Sist. Digestrio, Sist. Urinrio, Sist. Genital (masculino e feminino), Sist. Endcrino, Sist. Sensorial e Sist. Tegumentar. O agrupamento de alguns sistemas, formam os aparelhos. Ex: aparelho locomotor (sist. Esquelt ico + Muscular), aparelho urogenital (sist. Urinrio + Genital).

2.0 Conceito de variao anatmica e normal: So as diferenas morfolgicas entre elementos que compe um grupo. Essas diferenas so denominadas VARIAES ANATMICAS e podem se apresentar externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuzo funcional para o indivduo. Visto que o material ut ilizado para o estudo da anatomia o cadver, deve-se considerar as possveis variaes anatmicas de um para o outro ou numa comparao com o Atlas. A variao anatmica uma constante. O padro NORMAL para o anatomista, puramente valores estatsticos. 3.0 Fatores gerais da variao: Idade; Sexo; Raa; Bitipo; Evoluo.

4.0 Anomalia e Monstruosidade: Quando o desvio do padro anatmico perturba a funo, trata-se de uma anomalia e no de uma variao. Se essa anomalia for muito acentuada de modo deformar o indivduo, denomina-se monstruosidade. 5.0 Nomenclatura Anatmica: o conjunto de termos empregados para designar ou descrever o organismo ou suas partes. A lngua oficialmente adotada o latim (por ser lngua morta), por m cada pas pode traduzi-la para seu prprio idioma. Os termos indicam: Forma (Msculo trapzio); Posio ou situao (nervo mediano); Trajeto (artria circunflexa da escpula); Conexes ou inter-relaes (ligamento sacro-ilaco); Relao com o esqueleto (artria radial); Funo (msculo levantador da escpula); Critrio misto (msculo flexor superficial dos dedos).

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Abreviaturas usadas: a. artria; fasc.artrias; fascculo; lig. ligamento; m. msculo; msculos; n. nervo; r. ramo; nervos; ramos; v. veia; veias. 6.0 Diviso do Humano: Cabea; Pescoo; Tronco; Membros.

aa. gl. glndula; ligg. ligamentos; mm. nn. rr. vv. Corpo

7.0 Posio Anatmica: Indivduo em posio ereta (em p, posio ortosttica ou bpede), com a face voltada para frente, olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos ps dirigidos para frente. No importa se est em decbito dorsal, ventral ou lateral. 8.0 Plano de So delimitaes na posio anatmica por planos tangentes sua superfcie . Delimitao: Plano ventral ou anterior e plano dorsal ou posterior; Planos laterais direito e esquerdo; Plano cranial ou superior e plano podlico ou inferior; 9.0 Plano de Seco: Plano mediano: Divide o corpo humano em metade direita e esquerda (seco sagital); Planos frontais: So paralelos ao plano ventral e dorsal (seco frontal); Plano horizontal: So paralelos aos planos cranial, podlico e caudal (seco transversal); 10.0 Eixos do corpo So linhas humano: imaginrias traadas no indivduo includo no paraleleppedo. Eixo sagital Antero-posterior: Unindo o centro do plano ventral ao centro do plano dorsal; Eixo longitudinal Crnio-caudal: Unindo o centro do plano cranial ao centro do plano podlico; Eixo transversal Ltero-lateral: Unindo o centro do plano lateral direito ao centro do plano do lateral esquerdo. 11.0 Termos de posio e direo: O estudo da forma dos rgos vale-se, geralmente, da comparao geomtrica. A situao e a posio dos rgos so indicadas, tambm, em funo dos planos: Um rgo prximo ao plano mediano medial ou se acha medialmente em relao ao outro que lhe fica lateralmente, ou seja mais perto do plano lateral direito ou esquerdo. A estrutura que se situa mais prxima do plano mediano em relao outra dita medial. Por exemplo, o quinto dedo (mnimo) medial em relao ao polegar; A estrutura que se situa mais prxima no plano lateral (direito ou esquerdo) em relao uma outra dita lateral. Por exemplo, o polegar lateral em relao ao quinto dedo; A estrutura que se situa entre duas outras que so respectivamente medial e lateral ela, dita intermdia.

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Princpios gerais de construo corprea nos vertebrados. Antimeria; O plano mediano divide o corpo do indivduo em duas metades, direita e esquerda, como j vimos. Essas metades so denominadas antmeros e so semelhantes morfolgica e funcionalmente, segundo o princpio da simetria bilateral; Metameria: Superposio no sentido longitudinal, de segmentos semelhantes, cada segmento correspondendo a um metmero. Exemplo; Coluna vertebral e caixa torcica; Paquimeria: o principio segundo o qual, o seguimento axial do corpo do individuo constitudo, esquematicamente, por dois tubos, respectivamente ventral e dorsal. O paqumero ventral maior e contm a maioria das vsceras, portanto chamado paqumero visceral. O paqumero dorsal compreende a cavidade craniana e o canal vertebral, portanto chamado paqumero neural; Estratificao: Constitudo por camadas que se superpe. Cada camada um estrato.

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CAPTULO II SISTEMA ESQUELTICO 1.0 Conceito de esqueleto: Osteologia: estudo dos ossos; Podemos definir o esqueleto como o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouo do corpo e desempenhar vrias funes. Os ossos so definidos como peas rijas, de nmero, colorao e forma variveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto. Funes do esqueleto: Proteo (para rgos como o corao, pulmes e SNC); Sustentao e conformao do corpo; Local de armazenamento de ons Ca e P (durante a gravidez a calcificao fetal se faz, em grande parte, pela reabsoro destes elementos armazenados no organismo materno); Sistema de alavancas (que movimentadas pelos msculos, permitem o deslocamento do corpo num todo ou em partes); Local de produo de certas clulas do sangue.

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3.0 Tipos de esqueleto: Esqueleto articulado (quando apresenta-se com todas as peas); Esqueleto desarticulado (quando apresenta-se isolados uns dos outros); A unio entre os ossos no esqueleto articulado pode ser natural (feita pelos prprios ligamentos e cartilagens), artificial (ligao dos ossos por meio de peas metlicas) e pode ser misto (quando so usados os dois processos de interligao). 4.0 Diviso do esqueleto: Esqueleto Axial: poro mediana, formando o eixo do corpo, composto pelos ossos da cabea, pescoo e tronco (trax e abdome); Esqueleto Apendicular: apensa ao esqueleto axial, formando os membros. A unio entre duas pores se faz por meio de cinturas: escapular (constituda pela escpula e clavcula) e plvica (constituda pelos ossos do quadril, coxais). 5.0 Nmero dos ossos: No indivduo adulto, com o desenvolvimento orgnico j completo, o nmero de ossos de 206. Este nmero sofre variao de acordo com os seguintes fatores: Fatores etrios: do nascimento senilidade h uma diminuio do nmero de ossos. Ex: o crnio e o osso do quadril no feto. Fatores individuais: pode haver persistncia do osso frontal continuar dividido ou presena de ossos extranumerrios. Critrios de contagem: ossos sesamides (inclusos em tendes musculares) e ossculos do ouvido mdio, so computados ou no, segundo cada autor. 6.0 Classificao dos ossos: H vrias maneiras de classificar os ossos. Podem ser classificados pela sua posio topogrfica (ossos axiais e apendiculares), mas a classificao mais difundida aquela que leva em considerao a forma dos ossos, conforme a predominncia de uma das dimenses (comprimento, largura ou espessura): Osso longo: seu comprimento maior que a largura e espessura. Ex: ossos do esqueleto apendicular (fmur,mero, rdio, ulna, tbia, fbula e falanges). Estes apresentam duas extremidades chamadas epfises(proximal e distal) e um corpo chamado difise. Esta,possui uma cavidade no seu interior chamado canal medular , onde se aloja a medula ssea. Nos ossos que ainda no completaram seu crescimento, existe a cartilagem epifisial (disco cartilaginoso localizado entre a epfise e a difise).

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Osso laminar: tambm chamado plano,apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Ex: ossos do crnio, escpula e osso do quadril. Osso curto: apresenta equivalncia das trs dimenses. Ex: ossos do carpo e do tarso. Osso irregular: apresenta morfologia complexa que no encontra correspondncia em formas geomtricas conhecidas. Ex: vrtebras, osso temporal, etc. Osso pneumtico: apresenta cavidades (sinus ou seios), revestida de mucosa e contendo ar. Ex: frontal, maxilar, temporal, etmide e esfenide. OBS: H ossos que, devido as suas peculiaridades, so classificados em mais de um grupo. Ex: o frontal laminar e pneumtico, o maxilar irregular e pneumtico, etc. Ossos sesamides: desenvolvem-se na superfcie de certos tendes (intra-tendneos) ou da cpsula fibrosa (peri-articulares). A patela exemplo de intra-tendneo. 7.0 Tipos de substncia ssea: Substncia ssea compacta: as lamnulas de tecido sseo encontram-se fortemente unidas, sem que haja espao entre elas. Por essa razo, este tipo mais denso e rijo. Substncia ssea esponjosa: as lamnulas sseas so mais irregulares e se arranjam deixando espaos ou lacunas entre elas. OBS: A medula ssea que se aloja no canal medular, tambm encontra- se nos espaos do tecido esponjoso. 8.0 Elementos descritivos da superfcie dos ossos: Em geral, so as depresses, salincias e aberturas que se apresentam na superfcie do osso. Salincias: servem para articular os ossos entre si ou para fixao de msculos, ligamentos, cartilagens. Ex: cabeas, cndilos, crista, eminncias, tubrculos, tuberosidades, processos, linhas, espinhas, trcleas, etc. Depresses: podem ser articulares ou no. Ex: fossas, fossetas,impresses, sulcos, recessos, etc. Aberturas: so destinadas passagem de nervos ou vasos. Ex: forames, meatos, stios, poros, etc. OBS: Superfcies articulares so lisas e revestidas de cartilagem, comumente hialina, que destruda durante o processo de preparao dos ossos para estudo. 9.0 Peristeo: No vivente e no cadver o osso se encontra sempre revestido por delicada membrana conjuntiva, exceto nas superfcies articulares. Esta membrana denominada peristeo e apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo. A camada profunda chamada osteognica pelo fato de suas clulas se transformarem em clulas sseas, promovendo assim, seu espessamento 10.0 Nutrio: Os ossos so altamente vascularizados, devido sua funo hemopoitica e pelo fato de se desenvolver lenta e continuamente. As artrias do peristeo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula ssea. Por essa razo, sem o peristeo, o osso deixa de ser nutrido e morre.

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PRTICA OSSOS ACIDENTES ANATMICOS

DE

*Crnio: 1. frontal; 2. occipital (protuberncia occipital externa, forame magno); 3. parietais; 4. temporais (meato acstico externo, processo mastide); 5. maxilas; 6. mandbula (corpo, ramo, incisura, cndilos, processo coronide); 7. zigomtico (arco zigomtico); 8. nasais; 9. palatinos; 10. etmide; 11. esfenide; 12. septo nasal (lmina, vmer); 13. suturas: coronidea, sagital, lambdide, escamosa. *Vrtebras: - Atlas 1. tubrculo anterior e posterior; 2. arco anterior e posterior; 3. processo articular superior e inferior; 4. processo e forame transverso; 5. fvea dental (para o dente da axis); 6. forame vertebral. - Axis 1. corpo; 2. dente ou processo odontide; 3. processo e forame transverso; 4. processo espinhoso; 5. processo articular superior e inferior; 6. forame vertebral. - Cervical 1. corpo 2. forame e processo transverso; 3. forame vertebral; 4. processo espinhoso; 5. lmina; 6. pedculo; 7. processo articular superior e inferior. - Torcica 1. corpo; 2. pedculo; 3. forame vertebral; 4. lmina; 5. processo transverso; 6. processo espinhoso.

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- Lombar 1. corpo; 2. forame vertebral; 3. pedculo; 4. lmina; 5. processo costal; 6. processo espinhoso; 7. processos articulares superiores e inferiores. - Sacro Vista anterior 1. promontrio; 2. face lateral; 3. foramina sacral (I a IV). 4. base do sacro; 5. pice do sacro. Vista posterior 1. processo articular posterior; 2. face auricular; 3. abertura do canal sacral. 4. crista sacral mediana. * Esterno: 1. manbrio do esterno; 2. corpo; 3. processo xifide; 4. incisuras costais (I a VII). * Costelas: (I a XII) 1. cabea; 2. colo; 3. corpo; 4. cartilagens costais. * Escpula: 1. acrmio; 2. processo coracide; 3. incisura da escpula; 4. fossa supra-espinhal; 5. espinha da escpula; 6. fossa infra-espinhal; 7. cavidade glenoidal; 8. fossa subescapular; 9. ngulo superior e inferior; 10. margem medial e lateral. * Clavcula: 1. face esternal; 2. face acromial; 3. corpo; 4. tuberosidade conide.

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* mero: 1. cabea; 2. colo; 3. tubrculo maior; 4. tubrculo menor; 5. sulco intertubercular (bicipital); 6. tuberosidade deltidea; 7. trclea; 8. captulo; 9. epicndilo medial e lateral; 10. crista supracondilar medial e lateral; 11. fossa do olecrano; 12. fossa coronidea; 13. fossa radial. * Ulna: 1. olecrano; 2. processo coronide; 3. incisura troclear; 4. tuberosidade ulnar; 5. crista do supinador; 6. incisura radial; 7. cabea da ulna; 8. processo estilide. * Rdio: 1. cabea; 2. colo; 3. tuberosidade do rdio; 4. incisura ulnar; 5. tubrculo dorsal; 6. processo estilide. * Carpo: 1. escafide; 2. semilunar; 3. piramidal; 4. pisiforme; 5. trapzio; 6. trapezide; 7. capitato; 8. hamato (uncinado). 9. I, II, III, IV e V metacrpicos (base, corpo, cabea); 10. falanges proximais (I a V), falanges mdias (II a V), falanges distais (I aV). * Osso do Quadril: 1. crista ilaca; 2. face gltea; 3. corpo do lio; 4. acetbulo (fossa do acetbulo); 5. tubrculo pbico; 6. ramo superior e inferior do pbis; 7. face sinfisial; 8. forame obturado; 9. corpo do squio;

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10. espinha isquitica. * Fmur: 1. cabea; 2. colo; 3. trocanter maior; 4. trocanter menor; 5. fvea da cabea; 6. linha spera; 7. fossa trocantrica; 8. epicndilo medial; 9. epicndilo lateral; 10. cndilo medial; 11. cndilo lateral; 12. face patelar; 13. fossa intercondilar; 14. tuberosidade gltea; 15. face popltea. * Tbia: 1. cndilo medial; 2. cndilo lateral; 3. tuberosidade tibial; 4. linha do sleo; 5. face articular da fbula; 6. eminncia intercondilar; 7. incisura fibular; 8. malolo medial. * Fbula: 1. cabea; 2. processo estilide; 3. colo; 4. malolo lateral. * Tarso: 1. tlus; 2. calcneo; 3. cubide; 4. navicular; 5. cuneiforme (medial, intermdio, lateral); 6. hlux; 7. metatrseos (I a V); 8. falanges proximais (I a V), falanges mdias (II a V), falanges distais (I a V).

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CAPTULO III SISTEMA ARTICULAR JUNTURAS

1.0 - Conceito: Empregamos o termo junturas ou articulao, para designar a conexo existente entre qualquer parte rgida do esqueleto, sejam ossos ou cartilagens. Permite o contato dos ossos e sua mobilidade. 2.0 - Classificao das junturas: Embora apresentem variaes, as junturas possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classific-las em trs grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critrio para essa diviso o da natureza do elemento que se interpe s peas que se articulam. 2.1 - Junturas fibrosas: O elemento que se interpe s peas que se articulam o tecido conjuntivo fibroso. A grande maioria dessas junturas, apresenta-se no crnio. Sua mobilidade extremamente reduzida, embora esse tecido conjuntivo interposto confira certa elast icidade ao crnio. H dois tipos de junturas fibrosas: a) Suturas: so encontradas entre os ossos do crnio. - suturas planas (unio linear retilnea), ex: juntura entre os ossos nasais. - suturas escamosas (unio em bisel cortada obliquamente), ex: juntura entre o parietal e o temporal. - suturas serreadas (unio em linha denteada), ex: juntura entre os parietais. OBS: a quantidade de tecido conjuntivo fibroso no recm nascido muito maior, explicando a grande separao entre os ossos e uma maior mobilidade. isto que permite uma reduo bastante aprecivel do volume da cabea no momento do parto. Esse cavalgamento facilita a expulso do feto para o meio exterior. Seria interessante lembrar, que na idade avanada pode ocorrer ossificao do tecido interposto. A isto se d o nome de sinostose. b) Sindesmoses: a nomenclatura anatmica s registra um exemplo: sindesmose tbio-fibular, se faz entre as extremidades distais da tbia e da fbula. 2.2 - Junturas cartilaginosas: O tecido que se interpe a essas junturas o cartilaginoso. H dois tipos de junturas cartilaginosas: - Sincondroses: quando a cartilagem for hialina. Ex: sincondrose esfeno-occipital. - Snfises: quando a cartilagem for fibrosa. Ex: snfise pbica. Em ambas a mobilidade reduzida. OBS: O disco intervertebral um disco de fibrocartilagem. 2.3 - Junturas sinoviais: O elemento que se interpe s peas que se articulam um lquido denominado sinvia ou lquido sinovial, para permitir um livre deslizamento de uma superfcie contra a outra. Nas junturas sinoviais,o principal meio de unio representado pela cpsula art icular (espcie de manguito que envolve a articulao prendendo-se nos ossos que se articulam). Dentro desta cpsula articular, existe a cavidade articular, que um espao onde se encontra o lquido sinovial, que o lubrificante natural da juntura e permite o deslizamento com o mnimo atrito e desgaste. *Caracterstica da juntura sinovial: cpsula articular, cavidade articular e lquido sinovial. 2.3.1 - Superfcies articulares e seu revestimento: As superfcies articulares so revestidas em toda sua extenso por cartilagem hialina (cartilagem articular). Estas se apresentam lisas, polidas e de cor esbranquiada e sua funo est condicionada ao movimento. A reduo da mobilidade na articulao pode levar fibrose da cartilagem articular, com anquilose da juntura (perda da mobilidade). A cartilagem articular no vascularizada nem inervada, portanto, sua nutrio precria, dificultando sua regenerao em caso de leses.

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2.3.2 - Cpsula articular: uma membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial como um manguito. Esta se apresenta com duas camadas: membrana fibrosa (externa) e membrana sinovial (interna). Membrana fibrosa: mais resistentes e podem estar reforadas por feixes tambm fibrosos chamados ligamentos capsulares para aumentar sua resistncia. Em algumas junturas sinoviais existem ligamentos independentes da cpsula articular, denominados extracapsulares ou acessrios e em outras apresentam ligamentos intra-articulares, como o joelho, por exemplo. Ligamentos e cpsula articular tm por finalidade manter a unio dos ossos, impedir movimentos em planos indesejveis e limitar a amplitude de movimentos considerados normais. Membrana sinovial: abundantemente inervada e vascularizada, sendo encarregada da produo do lquido sinovial. Discute-se se o lquido sinovial uma verdadeira secreo ou um ultra filtrado do sangue, mas certo que contm cido hialurnico (que lhe confere a viscosidade necessria sua funo lubrificadora). 2.3.3 Discos e meniscos: So formaes fibro-cartilagneas e encontra-se intra-articulares em vrias junturas sinoviais. Sua funo ainda discutida: serviriam para melhor adaptao das superfcies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam destinadas a receber violentas presses, agindo como amortecedores. Exemplo de disco intra-articular: articulaes esterno-clavicular e tmporo-mandibular. Exemplo de menisco: articulao dos joelhos (possuem forma de meia lua). 2.3.4 Principais movimentos realizados pelos segmentos do corpo: O movimento em uma articulao faz-se, obrigatoriamente, em torno de um eixo, denominado eixo de movimento, cuja direo : ntero-posterior (ventral/dorsal), latero-lateral e longitudinal (crnio-caudal). Os movimentos executados pelos segmentos do corpo recebem nomes especficos e aqui sero definidos apenas os mais importantes: Movimentos angulares: nestes movimentos, existe uma diminuio ou um aumento do ngulo, existente entre o segmento que se desloca e o que permanece fixo. Quando ocorre a diminuio do ngulo, realiza-se a flexo e quando aumenta o ngulo, realiza-se a extenso. Aduo e abduo: so movimentos nos quais o segmento deslocado respectivamente, em direo ao plano mediano ou em direo, isto , afastando-se dele. OBS: Para os dedos prevalece o plano mediano do membro. Rotao: o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo longitudinal (vertical). - rotao medial: quando a face anterior do membro gira em direo ao plano mediano do corpo. - rotao lateral: movimento oposto. Circunduo: movimento combinatrio que inclui a aduo, extenso, abduo e flexo (desenhar um crculo). 2.3.5 Classificao funcional das junturas sinoviais: O movimento nas articulaes depende, essencialmente, da forma das superfcies que entram em contato e dos meios de unio que podem limit-lo. Na dependncia desses fatores, as articulaes podem realizar movimentos em torno de um, dois ou trs eixos. - mono-axial: quando uma articulao realiza movimentos apenas em torno de um eixo ou que possui um s grau de liberdade. Ex: articulao do cotovelo (flexo e extenso). - bi-axial: que se realiza em torno de dois eixos ou possui dois graus de liberdade. Ex: articulao rdiocrpica (flexo, extenso, aduo e abduo). - tri-axial: que se realiza em torno de trs eixos ou possui trs graus de liberdade. Ex: articulao do ombro e quadril (alm de flexo, extenso, aduo, abduo, tambm realiza rotao). 2.3.6 Classificao morfolgica das junturas sinoviais: O critrio da base para a classificao morfolgica das junturas sinoviais, a forma das superfcies articulares.

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Plana: as superfcies articulares so planas ou ligeiramente curvas, permitindo um deslizamento discreto, fazendo com que a ADM seja bastante discreta. Ex: articulao sacro-ilaca, ossos curtos do carpo, tarso e entre corpos das vrtebras. Gnglimo: tambm chamada dobradia, os nomes referem-se muito mais ao movimento que realizam do que forma das superfcies articulares: flexo e extenso (movimentos angulares). mono-axial. Ex: articulao do cotovelo, falanges. Trocide: neste tipo as superfcies articulares so segmentos de cilindro (cilindrides). Estas junturas permitem rotao e seu eixo de movimento nico vertical. mono-axial. Ex: articulao rdio-ulnar proximal, responsvel pelos movimentos de pronao (rotao medial do rdio) e supinao (rotao lateral do rdio). Condilar: as superfcies articulares so de forma elptica (elipside). Permitem flexo, extenso, abduo e aduo, s no a rotao. So bi-axiais. Ex: articulao rdio-crpica e tmporo-mandibular. Em sela: esse tipo de superfcie articular mostra-se em formato de sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade no outro e se encaixa numa outra pea, que apresenta concavidade e convexidade inverso. Ex: articulao carpo-metacrpica do polegar. So bi-axiais, apesar de realizar flexo, extenso, abduo, aduo e rotao (conseqentemente a circunduo). O fato justificado porque a rotao isolada no pode ser realizada pelo polegar, ela s possvel com a combinao dos outros movimentos. Esferide: estas se apresentam em forma de esferas e se encaixam em receptculos ocos. So tri-axiais, ou seja, permite todos os movimentos. Ex: articulao do ombro e quadril. 2.3.7 Junturas sinoviais simples e composta: - Simples: quando apenas dois ossos entram em contato na juntura sinovial. Ex: articulao do ombro. - Composta: quando trs ou mais ossos entram em contato na juntura sinovial. Ex: articulao do cotovelo (mero-rdio-ulna).

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ARTICULAES DE SUPERIORES art. esternoclavicular; art. acrmioclavicular; art. do ombro (escpulo-umeral); art. do cotovelo (meroulnar, merorradial, rdioulnar proximal); art. rdioulnar distal; art. rdiocarpal; art. carpometacrpicas (III V); art. carpometacrpica do polegar; art. metacarpofalngicas; art. interfalngicas da mo.

PRTICA ARTICULAES MEMBROS

DE

ARTICULAES INFERIORES -

DE

MEMBROS

art. sacro-ilaca; art. do quadril; art. do joelho; art. tbio-fibular proximal; art. talo-crural; art. talo-tarsal; art. tarsometatrsicas; art. metatarsofalngicas; art. interfalngicas do p.

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CAPTULO IV SISTEMA MUSCULAR 1.0 Conceito: A miologia a cincia que estuda os msculos; Nos seres mult icelulares, as clulas diferenciam-se para realizar funes especficas: algumas so apropriadas respirao, outras absoro, etc. As clulas musculares especializam-se para a contrao e o relaxamento do msculo. Denomina-se msculo, o agrupamento em feixes dessas clulas, formando massas macroscpicas, as quais acham-se fixados nas suas extremidades. Assim, os msculos so estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distncia que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contrao. Dentro do aparelho locomotor (ossos, junturas e msculos), os msculos so elementos ativos do movimento e os ossos so elementos passivos do movimento. A musculatura assegura a dinmica e tambm a esttica do corpo humano, tornando possvel o movimento e determinando a posio e postura do esqueleto.

2.0 Variedade de A clula muscular est normalmente sob o controle do sistema nervoso. Cada msculo possui o seu msculos: neurnio motor, o qual divide-se em muitos ramos para poder controlar todas as clulas do msculo. As divises mais delicadas desses ramos (microscpicas), terminam num mecanismo especializado conhecido como placa motora. Quando um impulso nervoso passa atravs do nervo, a placa motora transmite o impulso s clulas musculares determinando a sua contrao. Msculos voluntrios ou estriados esquelticos: quando o impulso para a contrao resulta de um ato de vontade; apresentam estrias transversais e esto fixados pelo menos por uma das extremidades ao esqueleto. Msculos involuntrios ou lisos: quando o impulso parte de uma poro do sistema nervoso, sobre o qual o indivduo no tem controle cons ciente; so lisos e viscerais, isto , so encontrados nas paredes das vsceras de diversos sistemas do organismo. Msculo cardaco, por sua vez, assemelha-se a um msculo estriado histologicamente, mas atua como msculo involuntrio, alm de se diferenciar dos dois por uma srie de caractersticas que lhe so prprias. 3.0 Componentes anatmicos dos msculos estriados esquelticos: Um msculo esqueltico tpico possui poro mdia e extremidades. A poro mdia carnosa, vermelha no vivente e recebe o nome de ventre muscular. Nele predominam as fibras musculares, sendo portanto, a parte ativa do msculo, isto , a parte contrtil. As extremidades podem ser cilindrides ou em forma de fita, chamadas tendes ou podem ser laminares, chamadas aponeuroses. Ambos os tipos so esbranquiados e brilhantes, muito resistente e praticamente inextensveis, constitudos por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colgenas. Tendes e aponeuroses servem para prender o msculo ao esqueleto. Num grande nmero de msculos, as fibras dos tendes tm dimenses to reduzidas que da a impresso de que o ventre muscular se prende diretamente no osso. Em poucos msculos, aparecem tendes interpostos a ventres de um mesmo msculo. Esses no servem para fixao no esqueleto. 4.0 Fscia muscular: uma lmina de tecido conjuntivo que envolve cada msculo. Sua espessura varia de msculo pra msculo, dependendo de sua funo. Quando so muito espessadas, podem contribuir para prender o msculo ao esqueleto, e da, chamar-se septos intermusculares.

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Para que os msculos possam exercer eficientemente um trabalho de trao ao se contrair, necessrio que eles estejam dentro de uma bainha elstica de conteno, papel executado pela fscia. Outra funo da fscia permitir o fcil deslizamento dos msculos entre si. 5.0 Mecnica muscular: A contrao do ventre muscular vai produzir um trabalho mecnico, em geral, representado pelo deslocamento de um segmento do corpo. As extremidades dos msculos prendem-se em pelo menos dois ossos, de maneira que o msculo cruze e articulao. O ventre muscular no se prende no esqueleto para que possa contrair-se livremente. Quando isto ocorre, h m encurtamento do comprimento do msculo e conseqentemente, o deslocamento da pea esqueltica. As fibras musculares podem reduzir seu tamanho em cerca de 1/3 ou metade, em relao ao seu tamanho no repouso. A potncia (ou fora) do msculo est diretament e relacionada com o nmero das fibras do ventre muscular e a amplitude de contrao depende de seu grau de encurtamento. Na musculatura cardaca e msculos lisos, tambm se produz um trabalho: a co ntraoda musculatura desses rgos reduz seu volume ou seu dimetro e desta forma expelir ou impulsionar seu contedo. 6.0 Origem e insero: Origem: extremidade do msculo presa pea ssea, que no se desloca (ponto fixo). Insero: extremidade do msculo presa pea ssea, que se desloca (ponto mvel). Ex: o msculo braquial prende-se na face anterior do mero e da ulna, atravessando a articulao do cotovelo. Ao contrair-se, executa a flexo do antebrao (extremidade umeral:origem; extremidade ulnar: insero). 7.0 Classificao do msculo: Quanto forma dos msculos e arranjo de suas fibras: de um modo geral e amplo, os msculos tm as fibras dispostas paralelas ou oblquas direo de trao, exercidas pelo msculo. a) Disposio paralela das fibras: msculos longos ou fusiforme (predomina seu comprimento). Ex: esternocleidomastideo, bceps braquial, mm dos membros...; msculos largos ou leque (comprimento e largura se equivalem). Ex: glteo mximo, peitoral maior... b) Disposio oblqua das fibras: as fibras so oblquas em relao aos tendes (peniformes). Eles so unipenados, se os feixes musculares se prendem numa s borda do tendo (ex: extensor longo dos dedos do p) ou bipenados, se os feixes se prendem nas duas bordas do tendo (ex: reto da coxa). Quanto origem: quando os msculos se originam por mais de um tendo, diz-se que apresentam mais de uma cabea de origem, sendo ento classificados como bceps, trceps e quadrceps, conforme apresentam 2,3 ou 4 cabeas de origem (Ex: bceps braquial, trceps da perna, quadrceps da coxa). Quanto insero: os msculos podem inserir-se por mais de um tendo. Quando h dois tendes, so bicaudados; trs ou mais, policaudados (ex: flexor longo dos dedos do p, flexores e extensores dos dedos da mo). Quanto ao ventre muscular: alguns msculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendes intermedirios situados entre eles. So digstricos quando apresentam dois ventres (ex: m. digstricos) e poligstricos quando apresentarem maior nmero de ventres (ex: reto do abdomem). Quanto ao: depende da ao principal resultante da contrao do msculo. Podem ser: flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal, etc.

8.0 Ao muscular: Est relacionada com o movimento que realiza. A anlise dos movimentos, mesmo aqueles mais simples, extremamente complexa. Qualquer movimento, envolve a ao de vrios msculos. A este trabalho em conjunto da-se o nome de coordenao motora.

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OBS: Na prtica, estudamos os agrupamentos musculares de acordo com sua distribuio e respectivas funes. Ex: os msculos da regio ntero-medial do antebrao so flexores da mo, dedos e pronadores, ao passo que os da regio pstero-lateral so extensores da mo, dedos e supinadores. 9.0 Classificao funcional dos msculos: Agonista: quando um msculo o agente principal na execuo de um movimento. Antagonista: quando um msculo se ope ao trabalho de um agonista, seja pra regular a rapidez ou a potncia de ao deste agonista. Sinergista: quando um msculo atua no sentido de eliminar algum movimento indesejado que poderia ser produzido pelo agonista.

10.0 Inervao e nutrio: A atividade muscular controlada pelo sistema nervoso central. Nenhum msculo pode contrair-se se no receber estmulo atravs de um nervo. Se acaso o nervo for seccionado, o msculo deixa de funcionar e por esta razo entra em atrofia. Para executar o seu trabalho mecnico, os msculos necessitam de considervel quantidade de energia. Em vista disso, os msculos recebem eficiente suprimento sanguneo atravs de uma ou mais artrias, que neles penetram e se ramificam intensamente. Nervos e artrias penetram sempre pela face profunda do msculo, pois assim esto mais bem protegidos. 11.0 Pontos Motores Todo msculo superficial possui uma pequena rea, onde mais facilmente excitado com o mnimo de corrente eltrica e provocar uma contrao muscular visvel. Esta rea denominada ponto motor. Costuma estar localizado no ventre do msculo, onde o nervo o penetra, ou seja, a entrada do nervo no msculo. Nos troncos nervosos, o ponto motor est situado numa posio onde o nervo se encontra mais prximo da pele. OBS: Na obesidade, uma grande camada de gordura pode efetivamente isolar o nervo a ser atingido pelo eletrodo de superfcie. O resultado ser atingir uma alta intensidade para se conseguir o efeito desejado.

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PRTICA MSCULOS MAIS IMPORTANTES m. frontal; m. orbicular do olho: parte orbital, parte palpebral; m. corrugador do superclio; m. nasal; m. masseter; m. bucinador; m. orbicular da boca: parte marginal, parte labial; m. mental; m. platisma; m. esternocleidomastideo: cabea esternal, cabea clavicular; m. escalenos: anterior, mdio, posterior; m. deltide; m. bceps braquial; m. braquial; m. braquiorradial; m. trceps braquial; m. pronador redondo; mm. flexores de carpo, mo e dedos; mm. extensores de carpo, mo e dedos; m. peitoral maior; m. peitoral menor; m. serrtil; m. reto do abdmen (linha alba); m. oblquo externo do abdmen; m. oblquo interno do abdmen; m. supra-espinhoso; m. infra-espinhoso; m. subescapular; m. redondo maior; m. redondo menor; m. trapzio; m. latssimo do dorso (grande dorsal); m. eretor da espinha (paravertebrais); m. liopsoas; mm. adutores (adutor longo, curto, magno); m. sartrio; m. tensor da fscia lata; m. reto femoral; m. vasto medial; m. vasto intermdio; Quadrceps m. vasto lateral; m. glteo mximo, mdio, mnimo; m. bceps femoral; m. semimembranceo; squios tibiais m. semitendneo; m. t ibial anterior; m. fibular longo; m. fibular curto; m. extensor longo dos dedos; m. gastrocnmio (cabea lateral e cabea medial); m. sleo; Trceps Sural m. plantar. (Panturrilha) OBS: eminncias tenar e hipotenar so regies das mos onde se encontram os msculos intrnsecos.

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CAPTULO V SISTEMA NERVOSO 1.0 Conceito: O Sistema nervoso controla e coordena as funes de todos os sistemas do organismo. Quando recebe estmulos aplicados superfcie do corpo capaz de interpret-los e desencadear respostas adequadas a estes estmulos. Existem funes do Sistema Nervoso que dependem da vontade (caminhar ato voluntrio) e outras que independem da nossa vontade (secreo da saliva por ex.). 2.0 Diviso do Sistema Nervoso: Sistema nervoso central (SNC): uma poro de recepo de estmulos de comando e desencadeadora de respostas. Est constituindo por estruturas que se localizam no crnio e coluna vertebral; so a medula espinhal e o encfalo. Sistema nervoso perifrico (SNP); est constituda pelas vias que se conduzem os estmulos ao SNC ou que levam at aos rgos efetuadores, as ordens emanadas da poro central (SNC). So os nervos cranianos e espinhais, os gnglios e as terminaes nervosas. 3.0 Meninges: O encfalo e a medula espinhal so envolvidos e protegidos por lminas (ou membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, MENINGES. Estas lminas so, de fora para dentro: A dura mter, a aracnide e a pia mter. A dura mter a mais espessa e a pia mter a mais fina. Entre as duas, est a aracnide, constituindo uma rede semelhante a uma teia de aranha. Esta separada da dura mter por um espao capilar denominado espao sub-dural e da pia mter pelo espao subaracnide, onde circula o lquido crebro-espinhal ou lquor. 4.0 Sistema nervoso central: Para melhor compreender as partes que constituem o SNC preciso partir de sua origem embriolgica. 4.1 Vesculas primordiais: O SNC origina-se do tubo neural que, na sua extremidade cranial, apresenta trs dilataes denominadas vesculas primordiais: O prosencfalo, o mesencfalo e o rombencfalo. O restante do tubo a medula espinhal primitiva. 4.2 Partes do SNC: transformaes das vesculas primordiais origina-se as partes mais importantes do SNC: O Destas crebro, mesencfalo (Istmo), cerebelo, ponte, bulbo e medula espinhal. O mesencfalo, a ponte e o bulbo, em conjunto, constituem o tronco enceflico. 4.3 Ventrculos enceflicos e suas comunicaes: Ventrculos laterais (direito e esquerdo); III Ventrculo: Os ventrculos laterais comunicam-se livremente c/ o III ventrculo atravs do forame interventricular; Aqueduto cerebral: Canal estreitado que comunica o III ventrculo c/ o IV ventrculo; IV ventrculo: Este continuado pelo canal central da medula e se comunica com o espao subaracnide. 4.4 Lquor: No espao subaracnide e nos ventrculos, circula um lquido de composio qumica pobre em protenas, denominado lquido crebro-espinhal ou lquor, sendo uma de suas mais importantes funes proteger o SNC, amortecendo choques. O mesmo produzido em formaes especiais chamados plexos coriides, situados no assoalho dos ventrculos laterais e no teto do III e IV ventrculos.

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4.5 Diviso anatmica: CREBR E ONCFALO MESENCFALO TRONCO ENCEFLICO SNC PONTE BULBO MEDUL AISTEM S N AERVOS O NERVO SNP TERMINAES GNGLIOS NERVOSAS

CEREBELO

O crebro a maior parte do encfalo. Na superfcie deste, apresentam-se sulcos que delimitam giros. O crebro dividido em lobos, correspondendo cada um, ao osso do crnio com que guardam relaes. Portanto, temos lobo frontal, parietal, temporal e occipital. Do tronco enceflico, originam 12 pares de nervos cranianos e da medula, originam-se 31 pares de nervos espinhais. 5.0 Disposio das substncias branca e cinzenta no SNC: Em um corte no encfalo ou na medula, pode-se ver reas claras e escuras, que so respect ivamente a substncia branca (que constituda de fibras nervosas mielnicas) e a substncia cinzenta (constituda de corpos de neurnio). Na medula, visto num corte transversal, nota-se que a substncia cinzenta apresenta-se em forma de H ou Borboleta, onde se reconhece as colunas anterior e posterior, substncia intermdia central e lateral e em parte da medula, a chamada coluna lateral. No tronco enceflico, encontra-se os ncleos dos nervos cranianos, que so acmulos de corpos neuronais com aproximadamente a mesma estrutura e funo. No crebro e cerebelo, a substncia branca revestida externamente por uma fina camada de substncia cinzenta chamada crtex (cerebral ou cerebelar). No centro, as massas de substncias cinzentas chamam-se ncleos centrais (no cerebelo) ou ncleos da base (no crebro). 6.0 Sistema nervoso perifrico: So as terminaes nervosas, gnglios e nervos. As fibras nervosas so classificadas em: Motoras (eferentes) e Sensitivas (Aferentes). As fibras motoras transmitem ordens emanadas do SNC, por isso so eferentes. As fibras sensitivas transmitem impulsos que devem chegar ao SNC, por isso so aferentes. 6.1 Terminaes nervosas: Existe na extremidade da fibra motora e sensitiva. Nas fibras motoras, as terminaes nervosas so as placas motoras. Nas fibras sensitivas, as terminaes nervosas so estruturas especializadas para receber estmulos fsicos ou qumicos (calor, frio, presso, tato, azedo, doce). Para sensaes dolorosas, as terminaes nervosas so livres, isto , no h uma estrutura receptora especializada para este tipo de estmulos. 6.2 Gnglios: Vimos que acmulos de corpos celulares de neurnios dentro do SNC so denominados ncleos. Quando estes acmulos ocorrem fora do SNC, eles so chamados gnglios e apresentam-se geralmente como uma dilatao. 6.3 Nervos: So cordes esbranquiados formados por fibras nervosas, unidas por tecido conjunt ivo e que tem como funo levar ou trazer impulsos ao (do) SNC. Existem dois tipos: Cranianos e Espinhais.

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6.3.1 Nervos Cranianos: I n.olfatrio; II n. ptico; III n.culomotor; IV - n.troclear; V n.trigmeo; VI n. abducente; VII n. facial; VIII n.vestbulo-coclear; IX n. glossofarngeo; X n. vago; XI n. acessrio; XII n. hipoglosso. Nervo olfatrio: Puramente sensitivo, ligado ao olfato. Nervo ptico: Sensitivo, percepo visual. Nervo culomotor, troclear e abducente: Inervam os msculos que movimentam o olho e msculos intrnsecos do olho. Nervo trigmeo: Predominantemente sensit ivo, responsvel pela sensibilidade somtica da cabea. Pequena poro de fibras so motoras, inervando a musculatura da mastigao. Nervos facial, glossofarngeo e vago: Altamente complexos, relacionados sensibilidade gustativa e de vsceras, alm de inervar glndulas, musculatura lisa e esqueltica. O nervo vago inerva todas as vsceras torcicas e a maioria das abdominais, por isso o mais importante. Nervo vest bulo-coclear: Puramente sensit ivo, relacionados com a audio e equilbrio. Nervo acessrio: Inerva msculos esquelticos. Nervo hipoglosso: Inerva os msculos da lngua. 6.3.2 Nervos espinhais: Estes mantm conexo com a medula e abandonam a coluna vertebral atravs de forames intervertebrais. So chamados nervos espinhais cervicais, torcicos, lombares, sacrais e coccgeos. a-)Formao do nervo espinhal: formado pela fuso de duas razes; uma ventral (motora-eferentes) e outra dorsal (sensitiva-aferentes). Isto significa que o nervo espinhal sempre misto, isto , constitudo de fibras aferentes e eferentes. b-) Distribuio dos nervos espinhais: logo aps a fuso das razes ventral e dorsal, o nervo espinhal se divide em dois ramos; ventral (mais calibroso, so responsveis pela inervao dos membros e da poro nterolateral do tronco) e dorsal (menos calibroso, inervam a pele e os msculos do dorso). c-)Formao dos plexos nervosos: Nas regies cervical e lombo-sacral, os ramos ventrais entremeiamse para formar os chamados plexos nervosos, dos quais emergem nervos terminais. Ex: plexo braquial.

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CAPTULO VI SISTEMA AUTNOMO NERVOSO 1.0 Conceito: Do ponto de vista funcional pode-se dividir o sistema nervoso em SN somtico e SN visceral. O SN somt ico possui uma parte aferente (conduz aos centros nervosos, impulsos originados em receptores perifricos, informando a estes centros o que passa no meio ambiente) e outra parte eferente (leva aos msculos esquelticos o comando dos centros nervosos, resultando movimentos que levam a um maior relacionamento ou integrao com o meio externo). O SN visceral relaciona-se com a inervao das estruturas viscerais e muito importante para a integrao da atividade das vsceras (no sent ido da manuteno da constncia do meio interno). O SN visceral tambm tem uma parte aferente (conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vsceras visceroceptores a reas do SNC) e outra eferente (traz impulsos de certos centros nervosos at as estruturas viscerais terminando em glndulas, msculo liso e msculo cardaco). Sistema nervoso autnomo apenas o componente eferente do SN visceral e este se divide em: simpt ico e parassimptico. Aferente SN visceral Simptico Eferente = SN Autnomo Parassimptico 2.0 Diferenas entre o SN somtico eferente e SN visceral eferente (SN autnomo): Os impulsos nervosos que seguem pelo SN somtico eferente terminam em msculo estriado esqueltico, enquanto os que seguem pelo SN autnomo terminam em msculo estriado cardaco, msculo liso ou glndulas. Portanto, o SN eferente somtico voluntrio e o SN autnomo involuntrio. Outra diferena importante, diz respeito ao nmero de neurnios que ligam o SNC (tronco enceflico ou medula) ao rgo efetuador (msculo ou glndula). No SN somtico este nmero de apenas um neurnio, o neurnio motor somtico, cujo corpo, localiza-se na coluna anterior da medula, saindo o axnio pela raiz anterior e terminando em placas motoras nos msculos estriados esquelticos. No SN autnomo, temos dois neurnios unindo o SNC ao rgo efetuador. Um deles tem o corpo no SNC e o outro tem seu corpo localizado no SNP. Os neurnios do SN autnomo, cujos corpos esto situados fora do SNC, localizam-se em gnglios e so denominados neurnios ps-ganglionares; aqueles que tm seus corpos dentro do SNC so denominados neurnios pr-ganglionares. 3.0 Organizao geral do SN autnomo: Na poro torcico-lombar (T1 at L2), os neurnios pr-ganglionares se agrupam formando uma coluna muito evidente denominada coluna lateral, situada entre as colunas anterior e posterior da substncia cinzenta. O axnio do neurnio pr-ganglionar, envolvido pela bainha de mielina e bainha neurilema. Este constitui a fibra pr-ganglionar, assim denominada por estar situada antes de um gnglio, onde termina fazendo sinapse com o neurnio ps-ganglionar. Os corpos dos neurnios ps-ganglionares esto situados nos gnglios do SN autnomo. O axnio do neurnio ps-ganglionar, envolvido apenas pela bainha de neurilema. Este constitui a fibra ps-ganglionar. Portanto, a fibra ps-ganglionar se diferencia histologicamente da pr-ganglionar por ser amielnica com neurilema. 4.0 Diferenas entre o SN Simptico e Parassimptico: O SN autnomo se divide em duas partes: SN simptico e parassimptico, que se dist inguem segundo critrios anatmicos, farmacolgicos e fisiolgicos.

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4.1 Diferenas anatmicas: Posio dos neurnios pr-ganglionares: no SN simptico, os neurnios pr-ganglionares se encontram na medula torcica e lombar (entre a T1 e L2). No SN parassimptico, eles se localizam no tronco enceflico (poro dentro do crnio) e na medula sacral (S2, S3 e S4). Posio dos neurnios ps-ganglionares: no SN simptico, os neurnios ps-ganglionares localizam-se longe das vsceras e prximo da coluna vertebral. No SN parassimptico, os neurnios ps-ganglionares localizam-se prximo ou dentro das vsceras. Tamanho das fibras pr e ps-ganglionares: em conseqncia da posio dos gnglios, o tamanho das fibras pr e ps-ganglionares diferente nos dois sistemas. No SN simptico, a fibra pr curta e a fibra ps longa. No SN parassimptico oontrrio, a fibra pr longa e a fibra ps curta. c 4.2 Diferenas farmacolgicas. Mediadores qumicos: Dizem respeito ao de drogas. Injetando drogas como adrenalina e noradrenalina, obtem-se efeitos que se assemelham aos obtidos por ao do SN simptico. Estas drogas que imitam o efeito do SN simptico, so denominadas simpaticomimticas. Existem tambm drogas, como a acetilcolina, que imitam as aes do parassimptico e so chamadas parassimpat icomimticas. A ao da fibra nervosa sobre o efetuador (msculo ou glndula) se faz por liberao de um mediador qumico, os mais importantes so: acetilcolina e noradrenalina. As fibras nervosas que liberam acetilcolina so chamadas colinrgicas e as que liberam noradrenalina so chamadas adrenrgicas. As fibras pr-ganglionares simptica e parassimptica e as fibras ps- ganglionares parassimpticas so colinrgicas. A maioria das fibras ps-ganglionares so adrenrgicas. 4.3 Diferenas fisiolgicas: De um modo geral o sistema simptico tem ao antagnica do parassimptico em um determinado rgo. Esta afirmao entretanto, no vlida em todos os casos. Alm do mais, importante acentuar que os dois sistemas, apesar de, na maioria dos casos terem aes antagnicas, colaboram e trabalham harmonicamente na coordenao da atividade visceral, adequando o funcionamento de cada rgo s diversas situaes a que submetido o organismo.

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CAPTULO VII SISTEMA CIRCULATRIO 1.0 Conceito: O sistema circulatrio um sistema fechado, sem comunicao com o exterior, constitudo por tubos e no seu interior circulam humores. Os tubos so chamados vasos e os humores so o sangue e a linfa. Para que estes humores possam circular atravs dos vasos, h um rgo central o corao, que funciona como uma bomba contrtil propulsora. As trocas entre o sangue e os tecidos vo ocorrer em extensas redes de vasos de calibre reduzido e de paredes muito finas, so os capilares. A funo bsica do sistema circulatrio a de levar material nutritivo e oxignio s clulas. Alm desta funo primordial, o sangue circulante transporta tambm os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos at os rgos encarregados de os eliminar. O sangue possui clulas especializadas na defesa orgnica contra substncias estranhas e microrganismos. Certos componentes do sangue e da linfa so clulas produzidas pelo organismo nos rgos hemopoiticos, os quais so includos no estudo do sistema circulatrio. 2.0 Diviso: Sistema sangufero: cujos componentes so os vasos condutores do sangue (artrias, veias e capilares) e o corao (o qual pode ser considerado como um vaso modificado). Sistema linftico: formado pelos vasos condutores da linfa (capilares linfticos, vasos linfticos e troncos linfticos) e por rgos linfides (linfonodos e tonsilas). rgos hemopoiticos: representados pela medula ssea e pelos rgos linfides (bao e timo). 3.0 Corao: um rgo muscular, oco, que funciona como uma bomba contrtil-propulsora. O tecido muscular que forma o corao de tipo especial tecido muscular estriado cardaco. Possui trs camadas: pericrdio (mais externa), miocrdio (no meio), endocrdio (mais interna). A cavidade do corao subdividida em quatro cmaras (dois trios e dois ventrculos). Entre os trios e ventrculos, existem orifcios com disposit ivos orientadores da corrente sangunea, so as valvas. 3.1 Forma: O corao tem a forma aproximada de um cone truncado, apresentando uma base, um pice e faces (esternocostal, diafragmtica e pulmonar). Sua base no tem delimitao ntida, pois corresponde rea ocupada pelos grandes vasos da base do corao, isto , vasos aonde o sangue chega ou sai do corao. 3.2 Situao: Fica situado na cavidade torcica, atrs do esterno, acima do msculo diafragma (sobre o qual em parte repousa), no mediastino (espao entre os dois pulmes). Sua maior poro se encontra esquerda do plano mediano. Fica disposto obliquamente, de tal forma que a base medial e o pice lateral. 3.3 Morfologia interna: A cavidade cardaca apresenta septos, subdividindo-a em quatro cmaras: Septo trio-ventricular: tambm chamado horizontal, divide o corao em duas pores, superior e inferior. Septo inter-atrial: o septo sagital na posio superior, divide em duas cmaras, trios direito e esquerdo. Cada trio possui um apndice, que visto externamente ao corao, se assemelha orelha de animal, so as aurculas. Septo inter-ventricular: o septo sagital da poro inferior, divide em duas cmaras, ventrculos direito e esquerdo. No septo trio-ventricular, existem dois orifcios ou stios, um do lado direito e outro do lado esquerdo, chamados de valvas trio-ventriculares, que permitem a passagem de sangue do trio para o ventrculo. A valva

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trio-ventricular direita possui trs vlvulas e recebe o nome de valva tricspide; a valva trio-ventricular esquerda, possui duas vlvulas e recebe o nome de valva mitral. Quando ocorre a sstole (contrao) ventricular, a tenso do ventrculo aumenta consideravelmente, o que poderia causar refluxo do sangue para o trio. Tal fato no ocorre porque cordas tendneas prendem a valva a msculos papilares, que so projees do miocrdio nas paredes internas dos ventrculos. 3.4 Vasos da base: No trio direito desemboca a veia cava superior e a veia cava inferior. No trio esquerdo desembocam as veias pulmonares, em nmero de quatro (duas de cada pulmo). Do ventrculo direito sai o tronco pulmonar, que aps curto trajeto bifurca-se em artria pulmonar direita e esquerda para os respectivos pulmes. Do ventrculo esquerdo sai a artria aorta, que se dirige inicialmente para cima e depois para trs e para esquerda, formando assim o arco artico. Ao nvel dos orifcios de sada do tronco pulmonar e da aorta, existe um dispositivo valvar para impedir o retorno do sangue por ocasio da distole ventricular, so chamadas valva do tronco e valva artica, respectivamente. Cada uma destas valvas const ituda por trs vlvulas semilunares, com formato de bolso. 3.5 Esqueleto cardaco: Consistem de uma massa contnua de tecido conjuntivo fibroso que circunda os stios trio-ventriculares e stios do tronco pulmonar e da aorta. Nele se inserem as valvas dos orifcios trio-ventriculares e dos orifcios arteriais, alm de camadas musculares. 3.6 Pericrdio: um saco fibro-seroso que envolve o corao, separando-o dos outros rgos do mediastino e limitando sua expanso durante a distole ventricular. A camada externa fibrosa, chamada de pericrdio fibroso; a camada interna serosa, chamada pericrdio seroso. Este ltimo possui duas lminas, entre elas existe a cavidade do pericrdio, ocupada por uma camada lquida que permite o deslizamento de uma lmina contra outra durante as mudanas de volume do corao. 4.0 Circulao do sangue: A circulao a passagem do sangue atravs do corao e dos vasos. A circulao se faz por meio de duas correntes sanguneas, as quais partem ao mesmo tempo do corao. A primeira corrente sai do ventrculo direito atravs do tronco pulmonar e se dirige aos capilares pulmonares, onde se processa a hematose (troca de CO2 por O2). O sangue oxigenado levado pelas veias pulmonares e lanado no trio esquerdo, de onde passar para o ventrculo esquerdo. A outra corrente sangunea sai do ventrculo esquerdo pela artria aorta, a qual vai se ramificando sucessivamente e chega a todos os tecidos do organismo, onde existem extensas redes de vasos capilares, nos quais se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Aps as trocas, o sangue carregado de resduos e CO2 retorna ao corao atravs de numerosas veias, que terminam em dois grandes troncos venosos: veia cava inferior e veia cava superior, as quais des embocam no trio direito, de onde o sangue passar para o ventrculo direito. 4.1 Sistema de conduo: Automatismo cardaco => a propriedade do corao, que permite seu batimento por algum tempo, mesmo quando retirado do corpo. O controle da at ividade cardaca feita atravs do nervo vago (atua inibindo) e do simptico (atua estimulando). Estes nervos agem sobre uma formao situada na parede do trio direito o n sinu-atrial, considerado como o marca passos do cora o. Este impulso chega ao n trio -ventricular (localizado na poro inferior do septo inter-atrial) e se propaga aos ventrculos atravs do feixe trio-ventricular (localizado na poro superior do septo inter-ventricular) e este emite ramos direito e esquerdo para os ventrculos. Desta forma, o estmulo alcana todo o miocrdio, resultando contrao. Ao conjunto destas estruturas de tecido especial dada a denominao de sistema de conduo (PURKINGE) .

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4.2 Tipos de circulao: a) Circulao pulmonar (ou pequena circulao): uma circulao corao-pulmo-corao. Inicia no ventrculo direito, de onde o sangue bombeado para a rede capilar dos pulmes. Depois de sofrer a hematose, o sangue oxigenado retorna ao trio esquerdo. b) Circulao sistmica (ou grande circulao): uma circulao corao-tecidos-corao. Inicia no ventrculo esquerdo, de onde o sangue bombeado para a rede capilar dos tecidos de todo organismo. Aps as trocas, o sangue retorna pelas veias do trio direito. c) Circulao colateral: um mecanismo de defesa do organismo, para irrigar ou drenar determinado territrio quando h obstruo de artrias ou veias de relativo calibre. Isso se d em anastomoses (comunicaes entre ramos de artrias e veias entre si). d) Circulao portal: quando uma veia interpe-se entre duas redes de capilares, sem passar por um rgo intermedirio. Isto pode acontecer na circulao portal heptica. A veia porta fica entre a rede capilar do intestino e a rede capilar do fgado. 5.0 Tipos de vasos sanguneos: Os vasos condutores do sangue so as artrias, as veias e os capilares sanguneos. Artrias: tubos cilindrides, elst icos, podem ser classificadas em grande, mdio e pequeno calibre ou ainda em arterolas. Considerando sua estrutura e funo, as artrias classificam-se ainda como elsticas (ou de grande calibre) ex: aorta, tronco braquioceflico, subclvia; distribuidoras (de tamanho mdio) ex: maioria das artrias do corpo, artrias musculares; arterolas (so os menores ramos das artrias). As artrias emitem ramos terminais (quando a artria d ramos e o tronco principal deixa de existir; ex: artria braquial que bifurca-se em artria radial e ulnar) e ramos colaterais (quando a artria emite ramos e o tronco de origem continua a existir). As artrias podem ser superficiais ou profundas, as superficiais so oriundas de artrias musculares e se dest inam pele, sendo de calibre reduzido e distribuio irregular; as profundas so quase totalidade das artrias, isto funcional pois nesta situao as artrias encontram-se protegidas. As artrias profundas so acompanhadas por uma ou duas veias (veias satlites). Quando decorre junta artria, veia e nervo, recebe o nome de feixe vsculo-nervoso. Pequenos trechos de artrias profundas apresentam trajetos superficiais, permit indo que verifiquemos a pulsao ao comprimi-la; ex: artria radial. Veias:so tubos os quais o sangue circula centripetamente em relao ao corao, fazem seqncia aos capilares e transportam sangue que j sofreu trocas com os tecidos, da periferia para o corao. Sua forma varia de acordo com a quant idade de sangue no seu interior, so cilindrides quando cheias ou achatadas quando pouco cheias. Tambm so classificadas de grande, mdio pequeno calibre e vnulas. O nmero de veias maior que de artrias, devido presena de veias superficiais e na maioria das vezes apresentarem duas veias satlites acompanhando uma artria. As veias podem ser superficiais, sendo visveis por transparncia da pele, mais calibrosas nos membros e no pescoo e podem ser profundas, sendo solitrias ou satlites. As veias possuem vlvulas que impedem o retorno do sangue pela ao da gravidade, caso haja diminuio da fora que o impulsiona. Variz ocorre quando h insuficincia nessas vlvulas, provocando sua dilatao. 6.0 Capilares sanguneos: So vasos microscpicos interpostos entre artrias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e o tecido. 7.0 Sistema linftico: formado por vasos e rgos linfides e nele circula a linfa, sendo basicamente um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxiliar do sistema venoso. Molculas de grande tamanho so recolhidas pelos capilares linfticos, de onde a linfa segue para vasos linft icos e destes para troncos linft icos, que por sua vez lanam a linfa em veias de mdio ou grande calibre. So extremamente abundantes na pele e nas mucosas. 7.1 Diferenas entre s. linftico e s. sanguneo: O sistema linftico no possui um rgo central bombeador, apenas conduz a linfa para vasos mais calibrosos que desembocam principalmente em veias do pescoo; outra diferena que aos vasos linfticos associam-se estruturas denominadas linfonodos.

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7.2 Linfonodos: Esto interpostos no trajeto de vasos linft icos e agem como uma barreira ou filtro de microrganismos, toxinas ou substncias estranhas na corrente circulatria. So elementos de defesa para o organismo, portanto produzem glbulos brancos, principalmente linfcitos. Como reao a uma inflamao, o linfonodo pode intumescer-se e torna-se doloroso, fenmeno conhecido como ngua. 7.3 rgos linfides: bao e timo.

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CAPTULO VIII SISTEMA RESPIRATRIO 1.0 Conceito Consiste na absoro de oxignio pelo organismo e a eliminao do gs carbnico resultantes de oxidaes celulares. A respirao uma caracterstica bsica do ser vivo. Nos seres evoludos, a troca de gases indireta, ou seja, o sangue o elemento intermedirio entre as clulas do organismo e o meio habitado por ele, servindo como condutor de gases entre eles. Sistema respiratrio: conjunto de rgos especiais, capazes de promover o rpido intercmbio entre o ar e o sangue. 2.0 Diviso a) Poro de conduo: so os rgos tubulares cuja funo a de levar o ar inspirado at a poro respiratria e trazer o ar expirado, eliminando o CO2. Brnquios, traquia, laringe, faringe e nariz so exemplos de condutores aerferos. b) Poro de respirao: representada pelos pulmes, onde far as trocas gasosas. 3.0 Nariz Este subdivide-se em: nariz externo, cavidade nasal e seios paranasais.

3.1 Nariz externo Visvel externamente no plano mediano da face. Apresenta uma raiz e uma base, nesta encontrase as narinas separadas por um septo. O esqueleto do nariz steo-cartilagneo, isto , alm dos ossos nasais e pores do maxilar, h diversas cartilagens nasais. 3.2 Cavidade nasal Comunica-se com o meio externo atravs das narinas, que so situadas anteriormente. Posteriormente est a poro nasal da faringe. O septo nasal divide a cavidade nasal em metade direita e esquerda. Este, est constitudo por partes cartilaginosas (cartilagem do septo nasal) e ssea (lmina perpendicular do osso etmide e osso vmer). Conchas nasais (superior, mdia e inferior) projetam-se na cavidade nasal, esto recobertas pela mucosa e delimitam espaos denominados meatos. No meato inferior encontra-se a abertura do ducto naso-lacrimal, responsvel pela drenagem da secreo lacrimal em direo s cavidades nasais. As conchas nasais existem para aumentar a superfcie mucosa da cavidade nasal, pois esta superfcie mucosa que umedece e aquece o ar inspirado, condicionando-o para que seja melhor aproveitado na hematose que se d ao nvel dos pulmes. 3.3 Seios paranasais Alguns ossos do crnio, entre eles o frontal, a maxila, o esfenide e o etmide, apresentam cavidades denominadas seios paranasais. Estes situam-se de forma a circular a cavidade nasal. 4.0 Faringe um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratrio e digest ivo, situando-se posteriormente cavidade nasal, bucal e a laringe. dividida em trs partes: parte nasal (superior, que se comunica com a cavidade nasal atravs das coanas), parte bucal (mdia, comunicando-se com a cavidade bucal propriamente dita, por uma abertura denominada istmo da garganta), parte larngica (inferior, situada posteriormente laringe e continuada diretamente pelo esfago). Trata-se de um canal que comum para a passagem do alimento digerido e do ar inspirado. A parte nasal da faringe comunica-se com a tuba auditiva e com a cavidade timpnica do ouvido mdio. Essa comunicao explica como infeces da faringe podem propagar-se ao ouvido mdio.

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5.0

Laringe um rgo tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoo que, alm de via aerfera rgo de fonao, ou seja, da produo do som. Coloca-se anteriormente faringe e cont inuada diretamente pela traquia. 5.1 Esqueleto da laringe Apresenta um esqueleto cartilaginoso, composto por cartilagem tireide, cricide, aritenide e epigltica. 5.2 Cavidade da laringe Quando se examina a superfcie interna de uma laringe cortada sagitalmente, o que nota-se de imediato a presena de uma fenda ntero-posterior que leva a uma pequena invaginao, o ventrculo da laringe. Esta fenda est delimitada por duas pregas: a superior a prega vestibular e a inferior a prega vocal. As pregas vocais so constitudas pelos ligamentos e msculos vocais, revestidas por mucosa e o espao existente entre elas denominado rima gltica. Para que se produza o som larngeo ao nvel das pregas vocais, a laringe possui numerosos msculos, denominados msculos intrnsecos da laringe, que podem aduzir ou abduzir as pregas vocais, podem tambm provocar tenso ou relaxamento das pregas vocais, o que interfere sobremaneira na tonalidade do som produzido.

6.0 Traquia e Da laringe segue-se a traquia, estrutura cilindride constituda por uma srie anis cartilagneos brnquios incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, desprovida de cartilagem, constitui a parede membrancea da traquia, que apresenta musculatura lisa, o m. traqueal. As cart ilagens da traquia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de entrar em colapso e ao mesmo tempo, unidas por um tecido elstico, fica assegurada a mobilidade e a flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respirao e os movimentos da laringe. A traquia, em sua extremidade inferior, divide-se em dois brnquios principais, direito e esquerdo, que se dirigem para os pulmes. Cada brnquio principal d origem aos brnquios lobares, que ventilam os lobos pulmonares. Estes, por sua vez, dividem-se em brnquios segmentares que vo chegar aos segmentos bronco-pulmonares. Os brnquios segmentares sofrem ainda sucessivas divises antes de terminarem nos alvolos pulmonares. Essas ramificaes, em conjunto, so conhecidas como rvore brnquica. 7.0 Pleura e Os pulmes direito e esquerdo, rgos principais da respirao, esto contidos na cavidade torcica e pulmo entre eles h uma regio mediana denominada mediastino, ocupada pelo corao. Cada pulmo est envolto por um saco seroso completamente fechado, a pleura, que apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar, que reveste a superfcie do pulmo e mantm continuidade com a pleura parietal, que recobre a face interna da parede do trax. Entre as pleuras pulmonar e parietal, h um espao virtual, a cavidade da pleura, contendo uma pelcula de lquido que permite deslizamento de um folheto contra o outro nas constantes variaes de volume do pulmo, ocorridas nos movimentos respiratrios.

Os pulmes so rgos de forma cnica, apresentando um pice superior, uma base inferior e duas faces (costal e medial). A base descansa sobre o diafragma, tambm conhecida como face diafragmtica. Os pulmes se subdividem em lobos, cujo nmero de trs para o direito e dois para o esquerdo. Os lobos do pulmo direito (superior, mdio e inferior) so separados entre si por fendas profundas, as fissuras oblqua e horizontal. J o pulmo esquerdo, com seus dois lobos (superior e inferior) apresenta apenas a fissura oblqua. Na sua face medial, cada um dos pulmes apresenta uma fenda em forma de raquete, o hilo do pulmo, pelo qual entram ou saem brnquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a raiz do pulmo.

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CAPTULO IX SISTEMA DIGESTRIO 1.0 Conceito quando os alimentos ingeridos precisam ser tornados solveis e sofrer modificaes qumicas para que sejam absorvidos e assimilados. Os rgos que compe o sistema digestivo, so especialmente adaptados para que essas exigncias sejam cumpridas, portanto, suas funes so as de preenso, mastigao, deglutio, digesto e absoro dos alimentos e a expulso dos resduos, eliminados sob a forma de fezes. 2.0 Diviso do Sist. Digestivo Canal alimentar: aberto nas suas duas extremidades (boca e nus). Inicia-se na cavidade bucal, continuando-se na faringe, esfago, estmago, intestinos (delgado e grosso), terminando no reto que se abre no meio externo atravs do nus. rgos anexos: Glndulas salivares, fgado e pncreas. 3.0 Boca e Cavidade Bucal A boca a primeira poro do canal alimentar, comunicando-se anteriormente com o exterior, atravs dos lbios; posteriormente com a parte bucal da faringe, atravs do istmo das fauces; limitada lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente por msculos do assoalho da boca. Encontra-se nesta cavidade as gengivas, os dentes e a lngua. 3.1 Diviso da Cavidade Bucal Vestbulo da boca: Espao limitado por um lado pelos lbios e bochechas e por outro lado pelas gengivas e dentes. Cavidade bucal propriamente dita. 3.2 Palato O teto da cavidade bucal esta constitudo pelo palato e neste reconhecemos o palato duro (anterior sseo) e o palato mole (posterior-muscular). O palato separa a cavidade nasal da cavidade bucal. Do palato mole projetase uma salincia cnica, a vula e, lateralmente duas pregas denominadas arco palatoglosso e arco palatofarngeo. Entre estes arcos, situa-se as tonsilas palatinas (amgdalas). Estruturas que delimitam o stmo das fauces: Superiormente pela vula, lateralmente pelos arcos palatoglossos e inferiormente pelo dorso da lngua. 3.3 Lngua um rgo muscular revestido por mucosa e que exerce importantes funes na mastigao, na deglutio como rgo gustativo e na articulao da palavra. Sua face anterior denominada dorso da lngua. O sulco terminal divide a lngua em duas pores: o corpo (2/3 anteriores) e a raiz (1/3 posterior). Na superfcie mucosa encontra-se as papilas linguais, onde localizam-se receptores gustativos. As papilas maiores e facilmente identificadas frente do sulco terminal, so as papilas valadas. 3.4 Dentes So estruturas rijas, esbranquiadas, implantadas em cavidades da maxila e da mandbula, denominadas alvolos dentrios. Cada dente possui trs partes: a raiz (implantada no alvolo), a coroa (livre) e colo (zona estreitada entre a raiz e a coroa, circundada pela gengiva). No homem adulto, h 32 dentes sendo 8 incisivos, 4 caninos, 8 pr-molares e 12 molares. Dentio primria: a partir dos 6 meses (total de 20 dentes). Dentio permanente: aps a troca entre 6 e 7 anos at os 25 anos (total de 32 dentes). 3.5 Glndulas Salivares So consideradas anexos do sistema digestivo. So responsveis pela secreo da saliva. As que mais nos interessam so as extraparietais, que compreendem 3 pares de glndulas: Partidas, submandibulares e sublinguais.

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a) Glndula partida: Esta situada lateralmente na face e anteriormente ao pavilho do ouvido externo. Seu canal excretor, o ducto parotdico, abre-se no vestbulo da boca (superior). O processo infeccioso desta conhecido com o nome de caxumba. b) Glndula submandibular: Localiza-se anteriormente parte mais inferior da partida, protegida pelo o corpo da mandbula. O ducto submandibular abre-se no assoalho da boca, abaixo da lngua. c) Glndula sublingual: a menor das trs, situando-se lateral e inferiormente a lngua. Sua secreo lanada na cavidade bucal, sob a poro mais anterior da lngua. 4.0 Faringe Sua localizao e comunicao j foi estudada no captulo anterior. A musculatura da faringe estriada. Na deglutio o palato mole elevado, bloqueando a continuidade entre a parte nasal da faringe e o restante dela. Deste modo o alimento impedido de passar para a nasofaringe, por outro lado, a cartilagem epigltica fecha o adito da laringe, evitando que o alimento penetre no tracto respiratrio. 5.0 Esfago um tubo muscular que continua a faringe e continuado pelo estmago. Se divide em trs pores: cervical, torcica e abdominal. No trax, o esfago situa-se ventralmente coluna vertebral e dorsalmente traquia, estando prximo da aorta. Para atingir o abdmen ele atravessa o diafragma e, quase imediatamente, desemboca no estmago. O dimetro do esfago aumenta durante a passagem do bolo alimentar, atravs dos movimentos peristlticos. 6.0 Diafragma O abdmen est separado do trax, internamente, por um septo muscular, o diafragma, disposto em cpula de concavidade inferior. A aorta, a veia cava inferior e o esfago atravessam o diafragma passando pelo hiato artico, forame da veia cava e hiato esofgico, respectivamente. O msculo diafragma exerce importante funo na mecnica respiratria. 7.0 Peritnio Os rgos abdominais so revestidos por uma membrana serosa em maior ou menor extenso, o peritnio, que apresenta duas lminas: Peritnio parietal (reveste as paredes da cavidade abdominal) e o peritnio visceral (envolve as vsceras). As duas lminas so contnuas, permanecendo entre elas uma cavidade virtual, chamada cavidade peritoneal, que contem pequena quantidade de liquido. Quando alguns rgos situam-se na parede posterior do abdmen e atrs do peritnio so chamados vsceras retroperitoneais. 8.0 Estmago uma dilatao do canal alimentar que se segue ao esfago e continua no intestino. Est situado logo abaixo do diafragma, com sua maior poro esquerda do plano mediano. Apresenta o stio crdico (orifcio que se comunica com o esfago) e o stio pilrico (orifcio que se comunica com a primeira poro do intest ino o duodeno). A forma e a posio do estmago variam de acordo com a idade, bitipo, tipo de alimentao, posio do indivduo e o estado fisiolgico do rgo. O estmago possui as seguintes partes: a) Parte crdica (crdia): corresponde juno com o esfago. b) Fundo: situado superiormente no rgo. c) Corpo: corresponde a maior parte do rgo. d) Parte pilrica: poro terminal, continuada pelo duodeno. As duas margens do estmago so denominadas curvaturas maior ( esquerda) e menor ( direita). A mucosa do estmago apresenta numerosas pregas de direo longitudinal que desaparecem com a distenso do rgo. 9.0 Intestino O estmago continuado pelo intestino delgado e este pelo intestino grosso, essas denominaes so devidas ao calibre que apresentam. 9.1 Intestino Delgado Subdivide-se em trs segmentos: duodeno, jejuno e leo. O duodeno inicia-se no stio pilrico e termina ao nvel de brusca angulao (flexura duodenojejunal), a parte fixa da intest ino, apresenta a forma de um arco em forma de U aberto para a esquerda, que abraa a cabea do pncreas. No duodeno desembocam os ductos

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coldoco (que traz a bile) e pancretico (que traz a secreo pancretica). O jejuno-leo constitui a poro mvel do intestino delgado, iniciando-se na flexura duodenojejunal e terminando no incio do intestino grosso, onde se abre pelo stio leo-cecal. O jejuno-leo apresenta numerosas alas intestinais e so presas na parede abdominal por uma prega peritoneal ampla, chamada mesentrio. 9.2 Intestino Grosso Constitui a poro terminal do canal alimentar, sendo mais calibroso e mais curto que o intestino delgado. Dist inguem-se tambm por apresentar: dilataes limitadas por sulcos transversais, denominadas haustros; tnias,que correspondem condensao da musculatura longitudinal e o percorrem em quase toda a extenso; apndices epiplicos, que so acmulos de gorduras salientes na serosa da vscera. Subdivide-se em: a) Ccum: o segmento inicial em fundo cego, que se continua no clon ascendente. O apndice vermiforme (prolongamento cilindride), destaca-se do ccum no ponto de convergncia das tnias. b) Clon ascendente: segue-se do ccum, em direo cranial, at o clon transverso. A flexo que marca o limite entre os dois segmentos, denominada flexura clica direita. c) Clon transverso: estendendo-se da flexura clica direita at a flexura clica esquerda, onde se flete para continuar o clon descendente. d) Clon descendente: iniciando-se na flexura clica esquerda e terminando-se na altura da crista ilaca. e) Clon sigmide: a continuao do clon descendente e tem trajeto sinuoso,dirigindo-se para o plano mediano da pelve, onde continuado pelo reto. f) Reto: canal estreitado que inicia-se no final do clon sigmide e termina no nus. 10. Fgado Localiza-se imediatamente abaixo do diafragma e direita, embora uma pequena poro ocupe tambm a metade esquerda do abdmen. O fgado uma glndula que desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo, sela interferindo no metabolismo dos carboidratos, gorduras e protenas, seja secretando a bile e participando de mecanismos de defesa. Possui face diafragmtica (em contato com o diafragma) e face visceral (em contato com vrias vsceras abdominais). Nesta face, encontra-se os lobos direito, esquerdo, caudado e quadrado. Na face diafragmtica, os lobos direito e esquerdo so separados por uma prega do peritnio chamada ligamento falciforme. OBS: entre os lobos caudado e quadrado h uma fenda transversal, a porta do fgado, por onde passam elementos que constituem o pedculo heptico (artria heptica, veia porta, ducto heptico comum, alm de nervos e linfticos). 11. Pncreas Situa-se posteriormente ao estmago, em posio retroperitoneal, estando fixada parede abdominal posterior. O rgo possui trs partes: a cabea (extremidade direita, dilatada, emoldurada pelo duodeno), o corpo (disposto transversalmente) e a cauda (extremidade esquerda, afilada e se situa prximo ao bao). O pncreas uma glndula excrina (produz suco pancretico) e endcrina (produz insulina).

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CAPTULO X SISTEMA URINRIO 1.0 Conceito As atividades orgnicas resultam na decomposio de protenas, lpides e carboidratos, acompanhados de liberao de energia e formao de produtos, que devem ser eliminados para o meio exterior. A urina um dos veculos de excreo com que conta o organismo. Sistema urinrio compreende os rgos responsveis pela formao da urina os rins - e outros associados a eles, destinados eliminao da urina: ureteres, bexiga urinria e uretra. 2.0 rgos do sistema urinrio 2.1 Rim um rgo par, abdominal, retroperitoneais, situados direita e a esquerda da coluna vertebral. O rim direito fica mais inferior em relao ao esquerdo, devido presena do fgado. Tem a forma de um gro de feijo, apresentando duas faces (anterior e posterior) e duas bordas (medial e lateral). Suas duas extremidades (superior e inferior) so denominadas plos e sobre o plo superior, situa-se a glndula supra-renal que pertence ao sistema endcrino. Os rins esto envolvidos por uma cpsula fibrosa e uma cpsula adiposa. A borda medial do rim apresenta uma fissura vertical - o hilo - por onde passam os ureteres, artrias e veias renais, linfticos e nervos. Estes elementos, em conjunto, constituem o pedculo renal. Dentro do rim, o hilo se expande em uma cavidade central denominada seio renal,que aloja a pelve renal (extremidade dilatada do ureter). Examinando o rim num corte frontal, fcil reconhecer ao longo da periferia do rgo uma poro mais plida o crtex renal que se projeta numa segunda poro, mais escura, chamada medula renal. O crtex tem projees em forma de colunas as colunas renais que separam as pores cnicas da medula, denominadas pirmides renais. A pelve renal por sua vez, est dividida em 2 ou 3 tubos curtos e largos, os clices renais maiores e clices renais menores, que desembocam nos pices das pirmides renais. O pice de cada pirmide recebe o nome de papila renal. 2.2 Ureter definido como um tubo muscular que une o rim bexiga. Ele parte da pelve renal, com trajeto descendente, coloca-se na parede posterior do abdmen e termina na bexiga, desembocando neste rgo pelo stio ureteral. O tubo muscular capaz de contrair-se e realizar movimentos peristlticos. 2.3 Bexiga uma bolsa situada posteriormente snfise pbica e que funciona como reservatrio da urina. O fluxo contnuo de urina que chega pelos ureteres transformado, graas a ela, em emisso peridica (mico). No sexo masculino, situa-se anteriormente ao reto e no sexo feminino, situa-se anteriormente ao tero. 2.4 Uretra Constitui o ltimo segmento das vias urinrias e ser descrita junto com o sistema genital. Estabelece a comunicao entre a bexiga urinria e o meio exterior. No homem uma via comum para a mico e a ejaculao, enquanto na mulher, serve apenas para excreo da urina.

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CAPTULO XI SISTEMA MASCULINO GENITAL

1.0 Conceito de Reproduo a capacidade do ser vivo gerar outro ser vivo da mesma espcie e com as mesmas caractersticas. O sistema reprodutor encarregado de execut-la. A reproduo na espcie humana sexuada, realizada por clulas especiais os gametas cuja fecundao vai resultar o zigoto, ponto de partida para a formao do novo ser vivo. A atividade reprodutora limitada a certos perodos da vida, iniciando-se na puberdade, atingindo seu clmax na fase adulta e decrescendo com o avanar da idade. A funo gametognica cessa mais cedo na mulher do que no homem. 2.0 rgos Genitais Masculinos a) Gnadas: rgos produtores de gametas testculos; b) Vias condutoras dos gametas: por onde percorre o espermatozide, desde sua produo at sua eliminao tbulos e ductos dos testculos, epiddimo, ducto deferente, ducto ejaculatrio e uretra; c) rgo de cpula: que penetra nas vias genitais femininas, possibilitando o lanamento dos espermatozides pnis; d) Glndulas anexas: suas secrees vo facilitar a progresso dos espermatozides nas vias genitais vesculas seminais, prstata e glndulas bulbo-uretrais; e) Estruturas erteis: formadas por tecido especial que se enche de sangue, ocorrendo ento aumento de seu volume corpos cavernosos e corpo esponjoso do pnis; f) rgos genitais externos: visveis na superfcie do corpo pnis e escroto (bolsa que aloja os testculos). 2.1 Testculos So rgos produtores de espermatozides e na puberdade produzem tambm hormnios responsveis pelo aparecimento de caracteres sexuais secundrios. Os testculos so em nmero de dois, ovides, facilmente palpveis dentro do escroto, o esquerdo esta inferior ao direito. revest ido por uma membrana fibrosa tnica albugnea, dividido por delicados septos chamados lbulos do testculo. Nos lbulos localizam-se os tbulos seminferos contorcidos (espermatognese) e tbulos seminferos retos. Estes, por sua vz, vo se anastomosar, formando a rede testicular. Desta rede formam-se 15 a 20 canais, os dctulos eferentes dos testculos, que penetram no epiddimo. 2.2 Epiddim o uma estrutura em forma de C , situada contra a margem posterior do testculo, onde pode ser sentida pela palpao. Os espermatozides ficam a armazenados at a ejaculao. O epiddimo possui cabea, corpo e cauda. 2.3 Ducto Deferente a continuao da cauda do epiddimo e conduz os espermatozides at o ducto ejaculatrio. O ducto deferente tem cerca de 30 centmetros. Canal inguinal um tnel que d passagem ao ducto deferente, artrias, veias, linfticos e nervos. Ao conjunto destas estruturas que passam pelo canal inguinal, d-se o nome de funculo espermtico. 2.4 Ducto Ejaculatrio formado pela juno do ducto deferente com o ducto da vescula seminal. Das vias condutoras dos espermatozides, a poro de menor dimenso e de calibre mais reduzido. Em quase todo o seu trajeto, est situado na prstata. 2.5 Uretra A uretra masculina um canal comum para a mico e para a ejaculao, com cerca de 20 cent metros de comprimento. Possui trs partes: parte prosttica (quando atravessa a prstata), parte membranosa (quando atravessa o assoalho da pelve) e parte esponjosa (localizada no corpo esponjoso do pnis).

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2.6 Vesculas Seminais So bolsas em forma de saco, situadas na parte pstero inferior da bexiga. Cada vescula seminal consiste de um tubo enovelado e termina superiormente em fundo cego e inferiormente no ducto da vescula seminal, que junta-se ao ducto deferente, para constituir o ducto ejaculatrio. A secreo da vescula seminal faz parte do liquido seminal, que tem a funo de ativar o espermatozide e facilitar a progresso dos mesmos. 2.7 Prstata um rgo plvico, impar, situado inferiormente bexiga e atravessado em toda sua extenso pela uretra. constitudo de musculatura lisa e tecido fibroso, mas tambm contm glndulas. A secreo desta junta-se secreo das vesculas seminais para constituir o volume do liquido seminal e confere o odor do smem. 2.8 Glndulas Bulbo So duas formaes arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte membranosa da uretra. uretrais Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreo mucosa. 2.9 Pnis rgo masculino de cpula, normalmente flcido, mas quando seus tecidos lacunares se enchem de sangue, torna-se rgido com o aumento de volume. este fenmeno d-se o nome de ereo. O pnis formado por trs cilindros de tecido ertil: Os corpos cavernosos (que se prendem pelve pelo ramo do pnis) e o corpo esponjoso (que se prende pelve pelo bulbo do pnis). A extremidade distal do corpo esponjoso, apresenta uma dilatao chamada glande do pnis. Os ramos e bulbo do pnis representam a raiz do pnis. O corpo do pnis a parte livre, constitudo de corpos cavernosos, esponjoso e a glande, todos recobertos de pele. 2.10 Escroto uma bolsa situada atrs do pnis e abaixo da snfise pbica. dividido por um septo em dois compartimentos, cada um contendo um testculo. revestido por vrias camadas, entre as quais a pele, que fina, hiperpigmentada e com plos e a tnica dardos, const ituda essencialmente de fibras musculares lisas (atua como termostato, visando manter a constncia da temperatura).

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CAPTULO XII SISTEMA GENITAL FEMININO 1.0 Conceito: O sistema genital feminino o conjunto de rgos encarregados da reproduo da mulher. Possui rgos produtores de gametas e rgos por onde transmitem os gametas, e ainda possui um rgo que vo abrigar o novo ser vivo em desenvolvimento. 2.0 rgos genitais femininos: a) Gnadas: rgos produtores de gametas ovrios (produzem vulos); b) Vias condutoras dos gametas: so as tubas uterinas; c) rgo que abriga o novo ser vivo: tero; d) rgo de cpula: vagina; e) Estruturas erteis: clitris e o bulbo do vestbulo; f) Glndulas anexas: glndulas vestibulares maiores e menores; g) rgos genitais externos ou vulva: monte pbico, lbios maiores, lbios menores, clitris, bulbo do vestbulo e glndulas vestibulares. 2.1 Comportamento do peritnio na cavidade pbica: ovrios, as tubas e o tero esto situados na cavidade pbica entre a bexiga e o reto. O peritnio, aps Os recobrir a bexiga, reflete-se do assoalho e paredes laterais da pelve sobre o tero, formando o ligamento largo do tero. As tubas uterinas ficam na borda superior do ligamento largo. Os ovrios se prendem face do ligamento largo, por uma prega denominada mesovrio . O ligamento largo e ligamento redondo do tero, so os principais meios de fixao do tero. 2.2 Ovrios: Produzem os gametas femininos (vulos) ao final da puberdade e tambm hormnios que controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundrios e atuam sobre o tero na fecundao do vulo e desenvolvimento do embrio. Na velhice, diminuem de tamanho. 2.3 Tubas uterinas: Transportam os vulos que romperam a superfcie do ovrio para a cavidade do tero. A tuba uterina est includa na borda superior do ligamento largo do tero. A tuba dividida em quatro partes, que indo do tero para o ovrio, so: uterina (na parede do tero), istmo, ampola e infundbulo. O infundbulo tem forma de funil e dotado em suas margens de uma srie de franjas irregulares - as fmbrias. O vulo j fecundado pode ocasionalmente fixar-se na tuba uterina e a dar-se o incio do desenvolvimento do embrio, fato conhecido com o nome de gravidez tubria. 2.4 tero: o rgo que aloja o embrio e no qual este se desenvolve at o nascimento. Envolvido pelo ligamento largo, tem em geral a forma de uma pra invertida e nele se distinguem quatro partes: fundo, corpo, stmo e crvix. O tero varia de forma, tamanho, posio e estrutura, de acordo com a idade, do estado de plenitude ou vacuidade da bexiga ou reto e, sobretudo, do estado de gestao. Na sua estrutura, o tero apresenta trs camadas: a interna ou endomtrio (que sofre modificaes com as fases do ciclo menstrual, uterino ou na gravidez), a mdia ou miomtrio (de fibras musculares lisas e constituindo a maior parte da parede uterina) e a externa ou perimtrio (representada pelo peritnio). Mens almente o endomtrio se prepara para receber o vulo fecundado. Para tanto, h um aumento do volume do endomtrio com formao de abundantes redes de capilares, alm de outras modificaes. No ocorrendo a fecundao, toda essa camada de endomtrio que se preparou sofre descamao, com hemorragia e conseqentemente eliminao sangunea atravs da vagina, fenmeno conhecido com o nome de menstruao.

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2.5 Vagina: o rgo de cpula feminino, um tubo cujas paredes normalmente se tocam (colabam), a qual no seu exame clnico, colocado um aparelho para afast-las. Comunica-se superiormente com a cavidade uterina atravs do stio do tero e inferiormente abre-se no vestbulo da vagina atravs do stio da vagina. Alm de ser rgo de cpula, a vagina d passagem ao feto no parto e mensalmente aos produtos da menstruao. Nas virgens, o stio da vagina fechado parcialmente pelo hmen (membrana de tecido conjuntivo formado por mucosa interna e externamente). 2.6 rgos genitais externos: Tambm conhecido como pudendo feminino ou vulva. a) Monte pbico: uma elevao mediana, anteriormente snfise pbica e constituda principalmente de tecido adiposo. Apresenta plos espessos aps a puberdade, com distribuio caracterstica; b) Lbios maiores:So duas pregas cutneas alongadas, que delimitam entre si uma fenda, a rima do pudendo. Aps a puberdade apresentam-se hiperpigmentadas e cobertas de plos, embora suas faces internas sejam sempre lisas e sem plos; c) Lbios menores: So duas pregas pequenas pregas cutneas, localizadas medialmente aos lbios maiores. O espao entre os lbios menores o vestbulo da vagina, onde se apresentam o stio externo da uretra, o stio da vagina e os orifcios dos ductos das glndulas vest ibulares; d) Estruturas erteis: Capazes de dilatar-se como resultado de engurgitamento sanguneo. O clitris uma estrutura rudimentar quando comparada ao pnis e apenas a glande do clitris visvel, entre os lbios menores. O engurgitamento de sanguneo das estruturas erteis da mulher, confere-lhe a sensao de edema e peso na regio pudenda. e) Glndulas vestibulares maiores: So em nmero de duas, situadas profundamente e nas proximidades do vestbulo da vagina, onde abrem seus ductos. Durante o coito so comprimidas e secretam um muco, que serve para lubrificar a poro da vagina. 3.0 Mamas: As mamas so anexos da pele, pois seu parnquima formado de glndulas cutneas modificadas que se especializam na produo de leite aps a gestao. As mamas situam-se a msculos da regio peitoral, entre as camadas superficiais e profundas da tela subcutnea. A mama constituda de: Parnquima: glndula mamria composta de 15 a 20 lobos piramidais. Ao conjunto desses lobos, d-se o nome de corpo da mama, podendo ser palpado como regio de consistncia mais firme que das reas vizinhas; Estroma: tecido conjuntivo que envolve cada lobo e o corpo mamrio como um todo. Predomina o tecido adiposo e este sustentado por inmeras trabculas de tecido conjuntivo denso; Pele: dotada de glndulas sebceas e sudorparas, muito fina e onde se notam por transparncia veias superficiais. A forma da mama geralmente cnica, mas h muita variao, dependendo da quantidade de tecido adiposo, do estado funcional (gestao, lactao) e da idade. A mama ainda apresenta a papila mamria, que uma projeo onde desembocam os 15 a 20 ductos lactferos e ao redor desta, h uma rea de maior pigmentao a arola mamria. Durante a gravidez, a arola torna-se mais escura e retm esta cor posteriormente. Em razo dos hormnios femininos, comum ocorrer um discreto enrijecimento das mamas, s vezes doloroso, durante o perodo pr-menstrual.

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CAPTULO XIII SISTEMA ENDCRINO 1.0 Conceito anatmico e funcional: As glndulas endcrinas esto representadas por rgos relativamente pouco volumosos e localizados em regies diversas do corpo. Por no possurem ductos excretores, laam seus respectivos produtos de secreo hormnios diretamente na corrente sangunea. 2.0 Glndulas endcrinas: A elas pertencem a glndula t ireide, paratireide, supra-renal, pncreas, hipfise, corpo pineal, ovrio e testculo. 2.1 Glndula tireide: Situa-se no plano mediano do pescoo, abraando parte de traquia e da laringe. Tem a forma de H ou U, apresentando dois lobos, direito e esquerdo, unidos por uma fita varivel de tecido glandular, o istmo. Triiodotironina (T3) e tiroxina (T4): regula a quantidade de iodo no organismo e regula o metabolismo celular. O excesso da secreo causa o hipertireoidismo, a escasss da secreo causa o hipotireoidism