Click here to load reader
Upload
douglas-tybel
View
658
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Apostila descreve como realizar diagrama de caso de uso com exemplos e exercícios, assim como um modelo de descrição de caso de uso
Citation preview
UNIVC
CASO DE USOUML
Prof: Douglas Tybel07/03/2012
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO A DIAGRAMA DE CASO DE USO.....................................................................3
OBJETIVOS................................................................................................................................. 5
NOTAÇÃO................................................................................................................................... 5
DETALHES SOBRE A REPRESENTAÇÃO.........................................................................................7
RELACIONAMENTOS....................................................................................................................7
DESCRIÇÃO DE CASO DE USO..............................................................................................11
MODELO DE DESCRIÇÃO DE CASO DE USO.................................................................................13
EXERCÍCIOS............................................................................................................................. 15
CONCLUSÃO............................................................................................................................ 16
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................... 17
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................... 17
3
CASO DE USO
INTRODUÇÃO A DIAGRAMA DE CASO DE USO
Segundo (MELO, 2010, p. 56), um caso de uso
descreve uma sequencia de ações que
representam um cenário principal (perfeito) e
cenários alternativos, com o objetivo de
demonstrar o comportamento de um sistema
(ou parte dele), através de interações com
atores.
Uma vez que o desenvolvedor levante os requisitos com o usuario, há a
necessidade de documentá-los, não só para
entendimento e validação de ambas as partes, como para servir de base não
ambígua para toda a equipe de desenvolvimento. A documentação dos
requisitos evita que informações importantes não se percam, sendo
descobertas apenas ao apresentar o produto final ao usuário. Em
desenvolvimento de sistemas não funciona amarrar uma fitinha no dedo, para
não esquecer de um requisito importante.
O usuário convive com inúmeras tarefas que fazem parte de sua rotina e que
ele precisa desempenhar. Cada uma destas tarefas possui um conjunto de
ações que precisam ser executadas para que o objetivo da tarefa seja
alcançado. Ao pensarmos nessas ações realizadas numa rotina sem
problemas, estamos lidando com um, que será o nosso cenário principal.
O cenário principal descreve uma que serão executadas considerando que
nada de errado ocorrerá durante a execução da sequência.
Figura 1: Exemplo caso de usoFonte: Própria (2012)
4
Vejamos na Figura 2 o trecho do caso de uso “Emitir saldo em um terminal
de caixa eletrônico”
Figura 2: Exemplo de um cenário principalFonte: (MELO, 2010, p. 57)
No exemplo da Figura 2, tempos um cenário perfeito, no qual nada ocorre de
errado. Todavia, o mundo não é perfeito, muito menos as transações de um
sistema. Então, como podemos representar as exceções? Respondo: com os
cenários alternativos. Por exemplo: considerando o cenário principal da
emissão de saldo de um Caixa Eletrônico, poderíamos modelar os cenários
alternativos descritos na Figura 3.
Figura 3: Exemplo de cenários alternativosFonte: (MELO, 2010, p. 58)
O foco do cenário alternativo é demonstrar como o usuário deve proceder caso
ocorra aquela situação que não é comum, uma vez que, normalmente o
usuário não sabe o que fazer nestas ocasiões, isso porque, a situação não
ocorre com frequência e, normalmente nestes casos, o gerente é solicitado,
5
portanto, em um ambiente com caso de uso o próprio usuário saberia como
resolver a exceção.
Vejamos algumas características do caso de uso ou “Use Case”.
Use Case: É uma sequencia de ações que o sistema executa e produz um
resultado de valor para o ator. Algumas de suas características são descritas
abaixo:
Um “Use Case” modela o diálogo entre atores e o sistema.
Um “Use Case” é iniciado por um ator para invocar certa funcionalidade
do sistema.
Um “Use Case” é fluxo de eventos completo e consistente.
O conjunto de todos os “Use Case” representa todas as situações
possíveis de utilização do sistema.
Objetivos
O Diagrama de Casos de Uso tem o objetivo de auxiliar a comunicação
entre os analistas e o cliente.
Um diagrama de Caso de Uso descreve um cenário que mostra as
funcionalidades do sistema do ponto de vista do usuário.
O cliente deve ver no diagrama de Casos de Uso as principais
funcionalidades de seu sistema.
O caso de uso é a visão do usuário a respeito do sistema.
O caso de uso mapeia o problema e não a solução.
O caso de Uso mostra o que o sistema faz, e não como ele faz.
O caso de uso é um objetivo do ator, não tarefa sistema.
Notação
O diagrama de Caso de Uso é representado por:
atores;
6
casos de uso;
relacionamentos entre estes elementos.
Os relacionamentos podem ser:
associações entre atores e casos de uso;
generalizações entre os atores;
generalizações, extends e includes entre os casos de uso.
Casos de uso podem opcionalmente estar envolvidos por um retângulo que
representa os limites do sistema.
Os sistemas recebem e enviam informações para o mundo externo através de
suas fronteiras Figura 4. Logicamente que essas informações não podem cair
num "buraco negro", na saída, nem surgem por mágica, na entrada. Alguém ou
algo deve ser responsável por enviar e/ou receber informações do sistema
(MELO, 2010, p. 59).
Figura 4: Exemplo de Fronteira de SistemaFonte: (MELO, 2010, p. 59)
Detalhes sobre a representação
Atores
7
Um ator é representado por um boneco e um rótulo com o
nome do ator. Um ator é um usuário do sistema, que pode
ser um usuário humano ou outro sistema computacional
(Sampaio, 2012).
Na modelagem de casos de uso, esse papel externo é exercido por
um ator. Na realidade, esse ator, por ser tanto uma pessoa, como um
grupo ou ainda um sistema, representa um conjunto de papéis. Um
caso de uso pode se relacionar com mais de um ator (MELO, 2010, p.
59).
Caso de uso
Um caso de uso é representado por uma elipse e um
rótulo com o nome do caso de uso. Um caso de uso
define uma grande função do sistema. A implicação é
que uma função pode ser estruturada em outras
funções e, portanto, um caso de uso pode ser
estruturado (Sampaio, 2012).
Relacionamentos
Entre um ator e um caso de uso:
Associação
Define uma funcionalidade do
sistema do ponto de vista do
usuário (Sampaio, 2012).
Entre atores, temos a relação:
Generalização
Figura 5: Ator
Figura 6: Caso de uso
Figura 7: Exemplo de relacionamento Associação
8
Os casos de uso de B são também casos
de uso de A
A tem seus próprios casos de uso
(Sampaio, 2012)
Entre casos de uso:
Vamos entender como utilizar os estereótipos EXTENDS e INCLUDE
Estereótipos - é um elemento de modelagem que rotula tipos de Classes
de Objeto. Uma Classe de Objetos pode ter um ou mais tipos de
estereótipos.
1. INCLUDE: Uso obrigatório, toda vez que o caso de uso A for executado,
obrigatoriamente o B também deve ser executado.
2. EXTENDS: Facultativo, ao executar o caso de uso A, não se torna
obrigatório à execução do caso de uso B
Figura 9: Exemplo de Include e ExtendsFonte: Própria (2012)
Figura 8: Exemplo de Generalização
9
É responsabilidade do caso de uso demonstrar com quais atores o sistema
interage. Essa identificação na fase de análise fornece ao projetista, no futuro,
base para a criação dos perfis de acesso ao sistema.
Figura 10: Fronteira do caso de uso Atualizar FrequênciaFonte: (MELO, 2010, p. 60)
O caso de uso especifica "o que" devemos fazer para realização de um
procedimento sem relacionar detalhes de "como" fazer.
Na Figura 10 acima, não temos ideia de como realizar o procedimento
“Atualizar Frequência”, todavia, sabemos que o Professor e os Funcionários da
secretaria o fazem, sendo assim, o passo a passo de “como” realizar esta
tarefa está em posse deles e, tem o nome de “Descrição do caso de uso”.
10
Vejamos exemplos de caso de uso para analise na Figura 11:
Figura 11: Caso de Uso - Sistema de VendasFonte: Própria (2012)
Podemos observar que existe tratamento diferenciado por tipo de cliente,
portanto essa generalização foi simbolizada com a relação entre Cliente
Especial e Cliente comum até o ator Cliente.
Figura 12: Caso de Uso - Concluir pedidoFonte: Própria (2012)
Na Figura 12, obtemos com clareza o diferencial entre include (uses) e
extends. Neste sentido, observe que para concluir um pedido o caso de uso
“Emitir Nota Fiscal” é obrigatório, todavia, solicitar a entrega é um processo de
11
extensão, portanto, pode ser realizado antes ou depois, isso de acordo com a
necessidade.
Abaixo na Figura 13, temos mais exemplos em um diagrama mais complexo,
uma vez que o atendimento clínico nos proporciona diversas situações.
Observe que o foco é mostrar “o que” cada ator deve fazer e não “como”.
Figura 13: Caso de Uso – ClínicaFonte: Própria (2012)
DESCRIÇÃO DE CASO DE USO
É uma descrição textual completa de um determinado processo, identificando
seu cenário principal, isto é, o fluxo perfeito que ocorreria normalmente.
12
Este documento estrutura o passo a passo em diversas categorias, apesar de
não ter seu modelo como obrigatório possibilitando assim, incluir ou retirar
categorias, as principais são:
Número do Caso de Uso
Nome do Caso de Uso
Ator (es)
Descrição
Pré-condições
Pós-condições
Cenário principal
Cenário alternativo
Inclusão (includes)
Extensões (extend)
Regras de Negócio
Para facilitar a referência entre casos de uso, usa-se numero ou o nome
corretamente.
13
Modelo de descrição de caso de uso
Vejamos abaixo um modelo a ser usado em uma descrição do caso de uso,
naturalmente, assume-se que para cada “elipse” que é um caso de uso
também será necessário uma descrição e cada relacionamento será uma
referência à outra descrição.
Figura 14: Modelo de descrição de caso de uso.Fonte: Própria (2012).
14
Adequado para:
SETOR DE COMPRASCODIGO CASO DE USO #: 0001
Responsável:DOUGLAS TYBEL
Última Atualização:24 de Novembro de 2008
CARRINHO DE COMPRA PARA SUPRIMENTOSNúmero do Caso de Uso [0001]Nome do Caso de Uso CARRINHO DE COMPRA SOFTWARE E-COMPRAAtor (es) OperadorDescrição Este caso de uso tem por objetivo demonstrar como criar um carrinho de
compra no E-VENDA, modelo básico;Pré-condições Usuário deve estar cadastrado no SISTEMA E-COMPRA;
Pós-condições Não há;
Cenário principal
1. Acessar o endereço http://siteexemplo/ e clicar no link: “Acesso ao E-COMPRA”
2. Verificar o centro de custo de acordo com a planilha de rateio de custo no drive c:\ endereço: C:\Rateio de Custos_v1.xls
3. Pegar código de ordem interna (debito em folha depois é repassado para o centro de custo) ou o número do centro de custo.
4. No E-COMPRA use a transação COMPRA-SC(Consulta);5. Use o caso de uso “Consultar saldo disponível para o suprimento”
desejado, os centros de custo de padrão são 152750;6. Retorne a pagina WEB do E-COMPRA e clique no link “Acesso ao
COMPRAS";7. Na parte inferior esquerda clique no botão “Configurações
preliminares”8. Preencha os campos solicitados de acordo com o desejado;9. Depois de preenchido clique no botão que se encontra na parte
superior direita “Voltar para o carrinho de compras”10. Na pagina principal do COMPRAS, escolha o link “CATALOGO”11. Pesquisar com o (Código do Material) na planilha: C:\
suprimentos.xls12. Incluir item no carrinho de compra no botão <Incluir>;13. Na frente do item adicionado clique no botão <Ações> e alimente o
campo “Local de entrega” com o pedido do cliente;14. Clique no botão “Solicitar”;
Cenário alternativo [Sem permissão de acesso – ITEM 1]Solicitar via TELEFONE 0800-XXX o acesso ao E-COMPRAS;
[Arquivo não encontrado – ITEM 2]Verifique com a supervisão onde se encontra o arquivo de rateio de custo de suprimentos;
[Sem saldo para o suprimento – ITEM 5]1. Verifica disponibilidade em estoque no setor efetua suprimento
depois repõe;2. Entrar em contato com o setor de estoque e solicitar reposição;
15
[Arquivo não encontrado – ITEM 11]Verifique com o setor administrativo onde se encontra o arquivo que contém os números dos materiais solicitados pelo setor, ou entre em contato com o setor de estoque e solicite;
Exceções [Exceção]Não há.
Inclusão (includes) Verificar saldo disponível para o suprimento;Extensões (extend) Não há.Regras de Negócio
Figura 15: Exemplo uso - Descrição caso de usoFonte: Própria (2012)
A descrição do cenário principal deve ser o fluxo perfeito, isso quer dizer que, o
que ocorre fora da rotina é tratado em cenário alternativo ou exceções.
EXERCÍCIOS
1. Abaixo segue rotinas importantes que encontramos normalmente em
empresas, tente através do caso de uso, mapeá-las, e descrevê-las
usando a ferramenta de descrição do caso de uso, lembre-se que, para
cada “Elipse” que é um caso de uso, uma descrição também deve ser
feita.
• Controlar o estoque
• Controlar as contas a receber
• Controlar as vendas
• Controle de cadastro dos clientes
• Controle dos caixas
• Controle das contas do banco
16
CONCLUSÃO
Conforme vimos, o modelo de mapeamento de um cenário através do
diagrama de caso de uso é uma ferramenta preciosa em um ambiente
coorporativo, uma vez que a mesma possibilita a flexibilidade ao realizar
rotinas, neste sentido, se um profissional precisa sair um dia de folga, ou até
mesmo gozar férias, o caso de uso vem suprir a necessidade da preocupação
em realizar diversos treinamentos para o outro profissional que assumirá as
tarefas durante o período, uma vez que, todas as tarefas daquele funcionário
que sairá de férias estão documentadas e descritas passo a passo. Em termos
concretos, sob o ponto de vista coorporativo, documentar procedimentos é
parte integrante para obtenção de atendimento e certificação de qualidade,
fazendo com o que, na maioria das empresas de grande porte seu uso esteja
presente.
17
REFERÊNCIAS
Melo, Ana Cristina. Desenvolvimento aplicações com UML 2.0: do conceitual à
implementação / Ana Cristina Melo. – 2. ed. – Rio de Janeiro : Brasport, 2004.
Kroenke, David M. Banco De Dados: Fundamentos, Projeto E
Implementacao. Rio De Janeiro: Livros Técnicos E Científicos, 1999.
Elmasri, Ramez, Shamkant B. Navathe, Marília Guimarães Pinheiro, and Luis
Ricardo De Figueiredo. Sistemas De Banco De Dados. São Paulo: Pearson
Addison Wesley, 2005.
Heuser, Carlos Alberto. Projeto De Banco De Dados. Porto Alegre: Sagra
Luzzatto, 2001.
BIBLIOGRAFIA
MELO, A. C. (2010). Desenvolvendo aplicações com UML 2.2 (3ª Edição ed.).
Rio de Janeiro: Brasport.
Sampaio. (2012). Casos de Uso. Acesso em 03 de 02 de 2012, disponível em
dsc.ufcg.edu.br:
http://www.dsc.ufcg.edu.br/~sampaio/cursos/2007.1/Graduacao/SI-II/Uml/
diagramas/usecases/usecases.htm