237
1 Prof. Antonio Claudio da Silva CONHECIMENTOS BANCÁRIOS ESQUEMATIZADO

APOSTILA DE CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - CEV 01 2011

Embed Size (px)

Citation preview

1

Prof. Antonio Claudio da Silva

CONHECIMENTOS

BANCÁRIOS

ESQUEMATIZADO

2

Perfil Resumido do Prof. Antônio Cláudio da Silva

Vivência Acadêmica

• Graduação em Licenciatura Plena em Matemática – UESPI (PI)

• Graduação em Direito - IEST (PI); • M.B.A. Formação para Altos Executivos –

Fundação Dom Cabral (MG); • Pós-Graduação em Gestão de Negócios –

Fundação Dom Cabral (MG); • Pós-Graduação em Administração Hoteleira –

UESPI (PI) • Pós-Graduação Matemática e Estatística – UFLA

(MG);

• Pós-Graduação em Ensino da Matemática – UESPI (PI); • Pós-Graduação em Direito Tributário – FIJ (RJ); • Pós-Graduando em Direito Civil – FIJ (RJ); • Professor do Curso de Direito da FAETE (PI) – Disciplinas: Antropologia

Cultural e Direito do Consumidor; • Professor do Curso de Administração de Empresas da FAP (PI) – Disciplinas:

Estatística e Matemática Financeira; • Professor do Curso de Ciências Contábeis da FAP (PI) – Disciplina:

Estatística; • Certificado em Crédito – BACEN e CPA 10 – ANDIMA. • Professor do CEV em Teresina (PI) e do Curso Athenas em Fortaleza (CE); • Gerente e Instrutor da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL em Teresina (PI).

Vivência Corporativa

• No Banco do Brasil: Instrutor e Instrutor Formador, Gerente de Agência, Gerente Regional de Negócios, Gerente de OSM, Gerente do Núcleo de Consultoria de Brasília, Gerente de Mercado de PJ, Gerente de Mercado de Governos, Superintendente Regional, Superintendente Estadual Adjunto e Superintendente Estadual.

• Em Empresas de Consultoria: Diretor Executivo, Consultor em Organização e Finanças, Facilitador de Cursos Empresariais e Palestrante;

• Em Instituição de Ensino Superior: Diretor Administrativo e Financeiro.

3

Vivência Corporativa (Continuação)

• Na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: Instrutor de Matemática Financeira e Contabilidade, Gerente de Relacionamento Empresarial, em Teresina (PI), Gerente de Risco de Crédito de Empresas Corporate, Projetos de Infra-Estrutura, Construção Civil e Operações Estruturadas, em Brasília (DF) e Gerente Regional de Risco de Crédito, em Fortaleza (CE).

• No Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros – Ceará – IBEFCE – Diretor para o segmento de Bancos Públicos.

• Consultoria Jurídico-Financeira: Direito Bancário, Direito Tributário, Direito Previdenciário, Direito Empresarial, Direito do Consumidor, Direito Trabalhista e Direito Civil.

Aprovação em Concursos Públicos

1. Aprovado no Concurso para o Banco do Brasil em 1980, aos 17 anos; 2. Aprovado no concurso para Técnico em Contabilidade do Tribunal Regional

Eleitoral do Rio de Janeiro em 1988; 3. Aprovado no concurso para a carreira do Magistério no Estado do Rio de

Janeiro em 1989; 4. Aprovado em 23º lugar no Concurso da Caixa Econômica Federal, no Rio de

Janeiro, em 1988; 5. Aprovado em 1º. Lugar no Concurso para Professor Substituto de Estatística

do CEFET – PI – 2004; 6. Aprovado em 1º. Lugar no Concurso da Caixa Econômica Federal, no Piauí,

em 2004; 7. Aprovado no Concurso de Escrivão da Polícia Federal – Concurso Nacional –

2004. 8. Aprovado no Concurso para Analista Financeiro da Agência Nacional do

Petróleo – Concurso Nacional – 2005; 9. Aprovado no Concurso para Analista Administrativo e Técnico de Orçamento

do MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO – 2006; 10. Aprovado no Concurso para Analista Administrativo do TRIBUNAL

REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO – 2007; 11. Aprovado no Concurso do Banco de Formação de Gerentes – BANCOP da

Caixa Econômica Federal – 2007; 12. Aprovado no processo seletivo para PALESTRANTE CAIXA – 2007; 13. Aprovado no Concurso do Banco do Brasil – 2007; 14. Aprovado no Concurso do Banco de Formação de Gerentes Gerais para o

Estado do Rio de Janeiro – BANCOP da Caixa Econômica Federal – 2009; 15. Aprovado no Concurso da OAB 2009.2 – 2009 16. Aprovado no Concurso da OAB 2009.3 – 2010 17. Certificação de Crédito – BACEN – Fundação Universa – 2010; 18. Certificação CPA-10 – ANDIMA – 2010.

4

5

Edital de Conhecimentos Bancários: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional:

Conselho Monetário Nacional;

Banco Central do Brasil

COPOM – Comitê de Política Monetária;

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;

Bancos Múltiplos;

Bancos de Câmbio;

Companhias Hipotecárias;

Agências de Fomento;

Banco Central do Brasil;

Comissão de Valores Mobiliários;

Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional;

Bancos comerciais;

Caixas econômicas;

Cooperativas de crédito;

Bancos comerciais cooperativos;

Bancos de investimento;

Bancos de desenvolvimento;

Sociedades de crédito, financiamento e investimento;

Sociedades de arrendamento mercantil;

Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários;

Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários;

Bolsas de valores;

Bolsas de mercadorias e de futuros;

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC);

Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP);

Sociedades de crédito imobiliário;

Associações de poupança e empréstimo. Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar

Conselho Nacional de Seguros Privados;

Superintendência de Seguros Privados;

Conselho Nacional dePrevidência Complementar – CNPC;

Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC;

Resseguradores;

Sociedades seguradoras;

Sociedades de capitalização;

Entidades abertas e entidades fechadas de previdência privada;

Corretoras de seguros;

Sociedades administradoras de segurosaúde.

6

Sociedades de fomento mercantil (factoring) e sociedades administradoras de cartões de crédito. Produtos e serviços financeiros:

depósitos à vista;

depósitos a prazo (CDB e RDB);

letras de câmbio;

cobrança e pagamento de títulos e carnês;

transferências automáticas de fundos;

commercial papers;

arrecadação de tributos e tarifas públicas;

home/office banking, remote banking, banco virtual, dinheiro de plástico;

conceitos de corporate finance;

Fundos deInvestimento;

hot money;

contas garantidas;

crédito rotativo;

descontos de títulos;

financiamento de capital de giro;

vendor finance/compror finance;

leasing (tipos, funcionamento, bens);

financiamento de capital fixo;

crédito direto ao consumidor;

crédito rural;

cadernetas de poupança;

financiamento à importação e à exportação – repasses de recursos do BNDES;

cartões de crédito;

títulos de capitalização;

planos de aposentadoria e pensão privados;

planos de seguros. Mercado de capitais:

ações – características e direitos;

debêntures;

diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas;

operações de underwriting;

funcionamento do mercado à vista de ações;

mercado de balcão;

operações com ouro.

7

Mercado de câmbio:

instituições autorizadas a operar;

operações básicas;

contratos de câmbio – características;

taxas de câmbio;

remessas;

SISCOMEX. Operações com derivativos:

características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de opções, do mercado futuro e das operações de swap.

Garantias do Sistema Financeiro Nacional:

aval;

fiança;

penhor mercantil;

alienação fiduciária;

hipoteca;

fianças bancárias;

Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Crime de lavagem de dinheiro:

conceito e etapas. Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro:

Lei nº 9.613/98 e suas alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e suas alterações e Carta- Circular Bacen 2.826/98.

Autorregulação Bancária.

8

UNIDADE I – O SFN - Sistema Financeiro Nacional

1.1 - INTRODUÇÃO

Toda a história do Sistema Financeiro Nacional está relacionada com a origem da moeda, sua função, seu uso e, consequentemente, sua guarda, os bancos, os bancos centrais, o papel-moeda e a regulamentação do mercado, respectivamente:

Origem da MOEDA - Surge por conta do interesse humano em obter o

que não se foi capaz de produzir por si mesmo, por meio da troca de

mercadorias ou ESCAMBO daquilo que se tem em excesso pelo que lhe

é escasso. Função da MOEDA - A moeda permite que as trocas sejam intermedia-

das, mantendo-se um valor equivalente em cada transação. É meio de

troca de mercadorias e serviços (MEIO CIRCULANTE) e veio substituir o

"escambo" ou troca de mercadorias por mercadorias sem equivalência de

valor.

Uso da MOEDA - Para efeito de classificação do uso da MOEDA temos

praticamente três aplicações comuns: Intermediária nas trocas, servindo como meio de pagamento; Denominador comum de valores de objetos e bens; Reserva de valor.

Guarda da MOEDA - Como reserva de valor, a moeda passou a ser um

objeto cobiçado e de difícil acúmulo, gerando um novo tipo de serviço, a

custódia de valores, que é a essência da origem dos bancos e de todo o

sistema financeiro existente.

Os Bancos - Os primeiros tipos de moedas foram feitas de ouro, prata,

bronze e outros metais. Eram cunhadas em casas reais e possuíam peso

e tamanho padrões. Os primeiros banqueiros consistiam em homens que

guardavam suas moedas e as de terceiros, destes cobravam um valor

pelo Serviço.

O papel-moeda - Quando as primeiras casas bancárias aceitavam os de-

pósitos em moedas, emitiam recibos e, ao longo do tempo, perceberam que esses recibos eram passados de mão em mão na forma de

pagamento de bens e serviços, uma vez que quem recebia os recibos

tinha direito de retirar aquela quantidade de moedas em determinada

casa bancária. Assim, as casas bancárias perceberam que poderiam

emitir mais recibos do que o valor tinham depositado, já que apenas uma

pequena parcela realmente retirava os valores em moedas. Dessa forma,

as moedas se tornariam o lastro e o papel-moeda o meio circulante, mais

fácil de levar e usar. Bancos Centrais e a regulamentação do mercado - Algumas das pri-

9

me iras casas bancárias respeitavam limites para emissão do papel-moeda (recibos), mas uma grande parcela cometia abusos e por isso quebraram, levando a "riquezà' que aquele povo achava que possuía. Os governos perceberam, então, que deveriam criar regras e estabelecer limites no mercado, provocando a criação de dois conceitos muito importantes:

Somente os governos emitirão moeda; Os Bancos Centrais passariam a regular a emissão, circulação e

custódia do papel-moeda.

Portanto, criaram-se as condições de um sistema sustentável e o alicerce para o objetivo maior de um sistema financeiro. Um mantra atual dos bancos no Brasil, defendido pela FEBRABAN - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS - "Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é a condição essencial para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do país". - nos ajuda a entender melhor o sistema financeiro que naquele momento foi estabelecido e a observar que o SFN - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL é, de forma sucinta, o conjunto de agentes que se dedicam a criar condições e um ambiente para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores.

No SFN, estão reunidos:

I - Os poupadores, aplicadores ou os que têm sobra de recursos; e

II - Os resgatadores ou os que têm necessidades de recursos, sendo

endividados ou não, e os intermediadores de recursos - os que interligam,

fazem uma ponte entre os resgatadores e os poupadores. Como funciona o mercado financeiro?

I - Quanto à formação de ativos de um banco

Quando uma instituição financeira (IF) capta recursos de poupadores, ou seja,

recebe em forma de depósitos os recursos dos poupadores, e tem a responsa-bilidade de administrá-los agora, ela passará a ter recursos disponíveis (ATIVOS) para ceder empréstimos, financiamentos, para fomentar, investir e influenciar a trajetória do mercado. A formação de ativos é um dos indicadores de medição das instituições no mercado - quanto maior volume de ativos de seus clientes tiver a instituição, maior será o seu poder.

II - Quanto ao tipo de operação que os bancos podem executar no mercado

Quando um banco aplica (empresta, financia, fomenta, investe) os recursos que por ele são administrados, realiza, portanto, uma operação ativa. Nessa situação, ele se comporta como o agente ativo do processo, que receberá os juros ativos e os juros próprios.

Por sua vez, quando um banco adquire recursos na forma de captação, ele

10

realiza uma operação passiva, portanto, o banco pagará juros passivos sobre o capital dos terceiros. Nesse momento, o banco se comporta como sujeito passivo, não determinará a ação, o cliente é quem dirá onde, como e com qual instituição vai deixar seu dinheiro

Captando ou aplicando recursos, um banco desempenha uma atividade que lhe é típica, chamada de intermediação financeira.

Visão do Mercado Financeiro e Órgãos de Regulação do SFN

Quem atua no sistema?

O SFN - Sistema Financeiro Nacional - se divide em duas estruturas distintas e

complementares, denominadas SUBSISTEMAS.

SUBSISTEMA NORMATIVO: Estabelece as regras e atua na normatização, fiscalização e atividades correlatas.

SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO: São as instituições que atuam objetivando intermediar transações e auferir receitas.

Como atuam os órgãos e entidades do SFN

De um lado, há as instituições normativas e fiscalizadoras e do outro, os intermediadores financeiros.

11

As instituições normativas regem e determinam as regras do sistema, cabe a elas o bom funcionamento de todos os componentes do sistema, sua saúde e seu vigor. As fiscalizadoras observam, analisam os que atuam no sistema, para que sigam o que é determinado pelo que está escrito nas normas.

As instituições atuam de forma empresarial, com ou sem fins lucrativos, objetivando a intermediação de recursos, a venda de produtos financeiros, a prestação de serviços e a consequente cobrança de tarifas.

Essas instituições podem ser divididas em dois grupos:

Intermediários financeiros & Instituições auxiliares

A diferença entre as duas formas é a de que os intermediários financeiros emitem seus próprios passivos, captando poupança diretamente do público por sua iniciativa e responsabilidade e, posteriormente, aplicam esses recursos nas empresas, por meio de empréstimos e financiamentos.

Já a função das instituições auxiliares é a de aproximar e construir o

contato entre poupadores e investidores, como as Bolsas de Valores, por exemplo.

Esse conjunto de instituições orquestram um sistema que oferece uma di-versidade de serviços e produtos a seus usuários, que podem ser tanto indivíduos como empresas e instituições com ou sem fins lucrativos.

A Lei n° 4.595/64 (Lei que definiu o atual SFN) conceitua instituições financeiras como:

"Pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros" (artigo n° 17).

O sistema

Diferentemente de outros segmentos da economia, o mercado financeiro

exige uma completa, irrestrita e total confiança para que se possa operá-lo. Costuma-se dizer nesse mercado que o negócio de um banco é a CREDI-

BILIDADE, e o restante vem por consequência.

Os clientes de um banco precisam saber da segurança que possui a insti-tuição em que estão fazendo seus depósitos, de forma que permaneçam com seus recursos ali armazenados. Dessa forma, para garantir tranquilidade aos usuários do sistema, faz-se necessário que o mercado financeiro seja altamente regulamentado e fiscalizado.

12

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

Distribuição dos Sistema Financeiro Nacional

13

Estrutura normativa e fiscalizadora do SFN

O SFN baseia-se em dois tipos de autoridades, que desempenham papéis distintos e específicos, com foco nos seguintes pontos:

Regular (ordenar, normatizar, criar regras); e Fiscalizar (cumprimento das normas)

Essas autoridades compõem a estrutura normativa do SFN. Tal estrutura é conhecida também como subsistemas.

Subsistema Normativo e cada tipo de componente Estrutura normativa - Subsistema normativo

O papel do Subsistema Normativo e das autoridades monetárias é o de cuidar da fluidez dos recursos do sistema, desde a sua origem (emissão da moeda) até o seu dia a dia. É a seção do SFN que regula, estabelece normas de funcionamento e fiscaliza as instituições e os agentes que atuam no mercado financeiro e de capitais.

Já as autoridades de apoio cuidam de áreas técnicas, específicas e restritas

dentro do sistema, preservando-as normativamente. Por exemplo, a área de se-guros, previdência e capitalização

Subsistema Normativo e seus componentes

14

Subsistema Operacional e de intermediação

No SFN, as instituições que fazem intermédiação e/ou operacionalizam são

divididas em dois tipos: as bancárias e as não bancárias. Para entender melhor a diferença de ambas, precisamos entender primeiro o que é moeda manual e escritural ou bancária.

Moeda manual: compreende todo papel-moeda em circulação. Escritural ou bancária: corresponde aos depósitos à vista registrados no

sistema dos bancos. São movimentados por cheques ou outros meios (cartões, DOC, transferências entre bancos etc.).

Vamos agora entender o que são Instituição bancária e não bancária:

Intermediários e seus tipos de ativos

15

Os intermediários financeiros bancários são os que operam com ativos fi-nanceiros monetários.

Os intermediários financeiros não bancários são os que operam com

ativos não monetários. Os ativos financeiros monetários são convencionalmente chamados de

moeda ou papel-moeda e os depósitos à vista;

Os ativos financeiros não monetários são constituídos por diferentes tipos de títulos, que lastreiam e suprem as operações das instituições financeiras não bancárias nos mercados de crédito e de capitais.

Assim, os bancos comerciais, múltiplos, ou outros intermediários que desempenham funções típicas de bancos comerciais (captar e emprestar) são os chamados intermediários financeiros bancários.

As demais instituições que operam no sistema financeiro são, em geral, con-

sideradas intermediárias financeiras não bancárias, pois não operam com ativos financeiros monetários e, por isso, não geram ativos, apenas moedas escriturais (moedas expandidas).

Moeda expandida: Quando uma instituição capta ativos financeiros bancários (depósito à vista) e empresta a terceiros que, por sua vez, depositaram na mesma ou em outra instituição, o que gerará moeda disponível para novos empréstimos, criando, assim, o que se chama de expansão da moeda escritural, isto é, a soma da moeda manual não coincidirá com a moeda escritura I nas contas bancárias.

Bancária: Podem captar depósito à vista.

Não bancárias: Não podem captar depósito à vista. Captam por meio de depósitos a prazo, que são ativos financeiros não monetários, e por isso não pos-suem a capacidade de expandir a moeda escritural dentro do SFN.

Devemos observar também as exceções e distinções existentes no SFN: Existem instituições definidas como não financeiras, tais como as sociedades de fomento comercial - factoring - e as companhias seguradoras.

Existem também as instituições que compõem o SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, como a Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e empréstimo.

16

Algumas instituições podem pertencer a mais de um grupo, como é o caso da

Caixa Econômica Federal, que, além de fazer parte do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, pode ser classificada como uma instituição monetária, na medida em que capta depósito à vista e faz operações de empréstimo e financiamento.

Instituições do Sistema Financeiro Nacional- tipos, finalidades e atuação

Sob a regência dos órgãos normatizadores e fiscalizadores encontram-se os intermediários financeiros e demais entidades de apoio ao funcionamento do sistema, conforme esquema do Banco Central demonstrado nas Tabelas a seguir:

Instituições Bancárias do SFN e seu órgão fiscalizador

17

18

19

20

21

1.2 - CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL - CMN

O CMN - Conselho Monetário Nacional- é um órgão normativo, responsável pelas políticas e diretrizes monetárias para a economia do Brasil, não desem-penhando funções executivas. O CMN, por sua posição no cenário econômico nacional, assume o papel de Conselho de Política Econômica; é a entidade superior do SFN, sendo suas competências:

Fixar as diretrizes e as normas da política monetária e cambial; Fixar as metas de inflação por determinação do Ministério da Fazenda; Regulamentar as operações de câmbio; Regulamentar as taxas de juros; Regulamentar a constituição e o funcionamento das instituições finan-

ceIras; Regulamentar o crédito, a aplicação dos recursos, as operações de

redesconto e as operações no mercado aberto.

Cabe, assim, aos órgãos de regulação e fiscalização, dentre outras funções, a

execução das diretrizes de política econômica criadas no CMN.

Os principais órgãos de regulação e fiscalização (conhecidos como núcleo da

política monetária) são:

BACEN - Banco Central do Brasil; CVM - Comissão de Valores Mobiliários; PREVIC - Superintendência Nacional de Previdência Complementar; SUSEP - Superintendência de Seguros Privados.

22

Desse núcleo também faz parte o COPOM - Conselho de Política Monetária -,

cujos principais objetivos são:

Compõem o COPOM, os DIRETORES DO BANCO CENTRAL, o MINIS-

TÉRIO DA FAZENDA e, ainda, as comissões consultivas de diversos ministérios e

representações, quando o assunto é de ordem técnica para esclarecimentos.

1.3 BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN ou BC

O Banco Central do Brasil, vinculado ao Ministério da Fazenda, é o principal

agente executivo das políticas traçadas pelo CMN, e é também o principal órgão de

fiscalização do Sistema Financeiro Nacional.

O BACEN é vinculado ao Ministério da Fazenda e desempenha basicamente

dois papéis vitais ao SFN: o de FISCALIZADOR DO SISTEMA e o de EXECUTOR

DAS POLÍTICAS NO SISTEMA.

23

Como executor das diretrizes de política monetária, o Banco Central opera

com os seguintes instrumentos:

Mercado aberto (open market)

No mercado aberto, ele atua na compra e venda e na colocação primária de

títulos do Tesouro Nacional. Desde maio de 2002, o Banco Central não pode mais

emitir títulos próprios e, portanto, executa a política monetária, comprando e

vendendo títulos de emissão do Tesouro.

Depósitos compulsórios Faz o controle de depósitos compulsórios, ao qual as instituições que captam

recursos estão sujeitas; permite que a liquidez do mercado esteja de acordo com os objetivos macroeconômicos.

Redesconto Faz operações de redesconto das carteiras de instituições financeiras; ser-

vem como instrumentos de captação de recursos dos bancos em casos de falta momentânea de liquidez corrente.

As principais atribuições do Banco Central são:

Fiscalizar as instituições financeiras;

Autorizar o funcionamento, a instalação e transferência de sedes, fusões e

incorporações de instituições financeiras;

Realizar e controlar operações de redes conto e empréstimos da assistência à liquidez para instituições financeiras;

Emitir moeda e controlar a liquidez do mercado financeiro;

Executar operações de política monetária e cambial;

Atuar na compra e venda de títulos públicos no mercado aberto;

Receber depósitos compulsórios; Controlar o crédito;

Disciplinar e controlar as operações com moeda estrangeira; e

Estabelecer o valor referencial da taxa de juros das operações overnight

(meta para a Taxa SELIC).

Política Cambial

Conjunto de ações do governo que influenciam no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.

24

Sobre política monetária devemos fixar:

Fluxo da Política Monetária

1.4 - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM

A CVM - Comissão de Valores Mobiliários -, outro órgão regulador do SFN, é uma autarquia normativa do sistema financeiro vinculada ao Ministério da Fazenda, que age sob a orientação do CMN no âmbito do mercado de valores mobiliários, ou seja, no mercado de capitais e de derivativos.

O mercado de capitais opera com os seguintes principais títulos, dentre

outros:

25

Todos esses (e os demais) títulos são emitidos por sociedades anônimas. Devemos lembrar de que o escopo de atuação da CVM abrange três importantes segmentos do mercado de capitais:

As instituições do SFN, que atuam nesse mercado e no mercado de derivativos;

As sociedades anônimas que tenham valores mobiliários que circulam em bolsas ou mercados de balcão;

Os investidores, objetivando a proteção de seus direitos.

Esquematicamente, a CVM atua da seguinte forma:

A CVM, voltada para o desenvolvimento, disciplina, controle, planejamento e

fiscalização do mercado de valores mobiliários (bem como investigações de indícios de fraudes), basicamente do mercado de ações e debêntures, é também conhecido como o xerife do mercado de capitais.

Seus objetivos são:

Assegurar o funcionamento das bolsas de valores e instituições auxiliares;

Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos;

Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de Bolsa e de balcão;

Proteger os acionistas ou debenturistas contra irregularidades de contro-ladores das companhias abertas;

Evitar ou coibir fraude de manipulação de preço de valores mobiliários; Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários

emitidos; Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mo-

biliáriós; Promover e expandir o mercado acionário; e Fortalecer o mercado de ações.

26

1.5 - CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - CRSFN

Órgão de natureza administrativa dentro do sistema, busca ser agente

moderador de recursos. Integrado por oito conselheiros, tendo como presidente o

representante do Ministério da Fazenda, transferiu-se do Conselho Monetário

Nacional (CMN) para o CRSFN sua principal atribuição - a competência para julgar,

em segunda e última instância administrativa, os recursos interpostos das decisões

relativas à aplicação das penalidades administrativas (multas, advertências) dos

órgãos normativos e fiscalizadores do SFN.

Atribuições

Julgar, em segunda e última instância administrativa, os recursos interpostos

das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central

do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio

Exterior nas infrações previstas na legislação.

O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de ofício interpostos

pelos órgãos de primeira instância, das decisões que concluírem pela não aplicação

das penalidades previstas no item anterior.

Estrutura

O CRSFN é constituído por oito conselheiros, especialistas em assuntos

relativos aos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de crédito rural e in-

dustrial, seguindo a composição:

I. um representante do Ministério da Fazenda; II. um representante do Banco Central do Brasil (BACEN); III. um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC);

IV. um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); V. quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por

essas indicados em lista tríplice.

As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes: ABRASCA

(Associação Brasileira das Companhias Abertas), ANBID (Associação Nacional dos

Bancos de Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), FEBRABAN

(Federação Brasileira das Associações de Bancos), Abel (Associação Brasileira das

Empresas de Leasing), ADEVAL (Associação das Empresas Distribuidoras de

Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo que os repre-

sentantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros

27

titulares e, os demais, como suplentes.

Tanto os conselheiros titulares como os seus respectivos suplentes são

nomeados pelo Ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser

reconduzidos uma única vez.

Fazem ainda parte do CRSFN dois procuradores da Fazenda Nacional- de-signados pelo procurador geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância da legislação aplicável - e um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos.

É importante ressaltar que, como o CRSFN é um conselho, ou seja, reune-se,

delibera e dispersa-se depois, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior prestam o apoio técnico e admi-nistrativo necessário.

Lembremo-nos de que o representante do Ministério da Fazenda é o presi-

dente do Conselho e o vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.

1.6 - INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS FEDERAIS

Atuando como instituições de apoio ou auxiliares perante a instituição normatizadora (CMN) e fiscalizadora (BACEN) do Sistema Financeiro Nacional, existem instituições que possuem características diferenciadas: são os bancos pú-blicos ou aqueles que o governo federal possui comando majoritário total (empresa ou órgão público) ou parcial (economia mista). As principais instituições são:

Banco do Brasil S.A. - Sociedade de Economia Mista, em que o governo detém a maioria das ações. É o principal agente financeiro do governo federal e responsável pela aplicação de suas políticas públicas na agricultura, comércio exterior, e presença internacional de empresas brasileiras.

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) - É

um órgão do governo federal e, hoje, o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da eco-nomia, com uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental.

Caixa (Caixa Econômica Federal) - É o agente das políticas públicas sociais

e de habitação do governo federal. Uma empresa 100% pública e responsável pela gestão do FGTS, PIS e seguro-desemprego, beneficiários de programas sociais, apostas das Loterias e, principalmente, do SFH - Sistema Financeiro da Habitação.

BNB (Banco do Nordeste do Brasil) - É o maior banco de desenvolvimento

regional da América Latina e atua principalmente como instituição financeira pública

28

de fomento, agente catalisador do desenvolvimento sustentável do Nordeste, e é, atualmente, referência de agente indutor do desenvolvimento sustentável da região.

BASA (Banco da Amazônia S.A.) - É a principal instituição financeira federal

de fomento, com a missão de promover o desenvolvimento da região amazônica.

De forma especial essas instituições cumprem cinco papéis distintos no sistema:

São Instituições Auxiliares e de Apoio do SFN; São bancos comerciais múltiplos, com objetivo social, econômico, e de

desenvolvimento, de lucro, como qualquer BCM; Cumprem várias FUNÇÕES SOCIAIS do governo; São agentes moderadores do sistema, agindo induzindo o crédito ou a

queda de taxas e tarifas; e São agentes de indução ao desenvolvimento econômico.

1.7 - BANCOS COMERCIAIS Os bancos comerciais têm como principal característica a criação de moeda

pela captação de recursos em depósitos à vista, que são repassados na forma de operações de crédito. Nesse sentido, podem ainda ser considerados intermediadores de recursos entre aplicadores (Certificado de Depósito Bancário - CDB e Recibo de Depósito Bancário - RDB) e tomadores (produtos de crédito).

Principais produtos de crédito

Desconto de títulos.

Adiantamento sob caução de títulos.

Crédito pessoal.

Crédito rural.

Cheque especial. Financiamento de capital de giro.

Operações de câmbio.

Os bancos comerciais têm ainda outro foco de atuação, a prestação de serviços, em que se incluem as diversas modalidades de:

Cobrança;

Ordens de pagamento;

Transferência de recursos;

Pagamento de cheques;

Recebimento de impostos e tarifas públicas; Custódia de valores; Serviços de câmbio etc.

29

1.8 CAIXAS ECONÔMICAS

Integrando simultaneamente o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema Financeiro de Habitação, junto com os bancos comerciais, foram as primeiras instituições do Sistema Financeiro Nacional.

Suas atividades assemelham-se às dos bancos comerciais quanto à captação de depósito à vista e prestação de serviços, porém as operações de empréstimos se destinam apenas às pessoas físicas. Operam no crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestam sob garantia de penhor in-dustrial e caução de títulos, além de monopolizarem as operações sob penhor de bens pessoais e consignação.

As caixas econômicas têm, ainda, a competência para a venda de bilhetes de

loteria, cujo produto da administração é uma fonte valiosa de recursos para sua gestão, mas a captação de poupança, que é privativo das instituições ligadas ao SFH, é, sem dúvida, sua grande fonte de recursos.

Duas de suas atribuições são as de centralização do recolhimento e a pos-

terior aplicação de todos os recursos oriundos do FGTS. Devemos lembrar de que as Caixas Econômicas são instituições de cunho

eminentemente social, sendo suas operações de crédito e financiamento voltadas para as áreas de assistência social, saúde, educação etc.

Podemos resumir, assim, que, além de se equiparar aos bancos comerciais em vários aspectos, pois capta e empresta recursos, a CEF concede empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de habitação, assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esportes.

1.9 - COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Cooperativas de crédito são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade cooperativa, objetivando a prestação de serviços financeiros aos associados, como concessão de crédito, captação de depósitos à vista e a prazo, cessão de cheques, prestação de serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros sob convênio com instituições financeiras públicas e privadas e de correspondente no Brasil, além de outras operações específicas e atribuições estabeleci das na legislação em vigor.

30

As cooperativas de crédito são instituições financeiras, vistas como uma

sociedade de pessoas, homologadas pelo Banco Central do Brasil, sem fins lucra-tivos e não sujeitas a falência (Lei n° 5.764/71 e 4.595/64), cuja regulamentação é disciplinada pela Resolução n° 2.771, de 30/08/2000.

O funcionamento de cooperativas de crédito depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil, concedida sem ônus e por prazo indeterminado.

1.10 - BANCOS COMERCIAIS COOPERATIVOS

São bancos comerciais ou bancos múltiplos constituídos, obrigatoriamente, com carteira comercial, por uma sociedade anônima de capital fechado.

Diferencia-se dos demais por terem como acionistas controladores coope-

rativas centrais de crédito, federações e confederações de cooperativas de crédito, as quais devem deter, no mínimo, 51% das ações com direito a voto.

Deve-se fazer constar, por convenção de sua denominação, a expressão

"banco cooperativo". Os bancos comerciais cooperativos podem atuar como qualquer banco co-

mercial, ou seja, podem abrir contas, emitir talão de cheques, realizar empréstimos, financiamentos e outras operações de crédito.

1.11- BANCO DE INVESTIMENTO O banco de investimento é uma instituição financeira especializada em

operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro, e de administração de recursos de terceiros.

Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e adotar, obriga-

toriamente, em sua denominação social a expressão "banco de investimento", conforme previsão legal.

Os bancos de investimento são os principais intermediadores de crédito de

médio e longo prazo para empresas.

31

Os seguintes serviços são prestados pelos bancos de investimento:

Estruturação de subscrição pública de valores mobiliários (underwriting de ações e debêntures);

Estruturação de securitização de recebíveis, isto é, transformação de valores a receber e créditos das empresas em títulos negociáveis no mercado;

Serviços de custódia; Administração de carteiras de títulos e valores mobiliários, incluindo

fundos de investimentos; Corporate Finance (fusões e aquisições); Intermediação de derivativos.

Os bancos de investimento não podem manter contas correntes e, para fazer frente às suas operações de financiamento não provenientes de repasses, captam recursos por intermédio de emissões de CDB, RDB e instrumentos de captação de recursos no exterior.

1.12 - BANCO DE DESENVOLVIMENTO

São instituições financeiras públicas não federais que têm como objetivo principal proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo estado onde tenha sede, cabendo-Ihes apoiar prioritariamente o setor privado.

Excepcionalmente, quando o empreendimento visar benefícios de interesse

comum, o banco pode promover programas e projetos desenvolvidos fora do respectivo estado, devendo a assistência efetivar-se por meio de consórcio com o banco de desenvolvimento local.

Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do estado que detiver seu controle acionário, adotando, obrigatoriamente, em sua denominação social a expressão "banco de desenvolvimento", seguida do nome do estado em que tenha sede (ver a Resolução n° 394/76).

Observação.: Constitui entidade distinta o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social- BNDES -, empresa pública criada pela Lei n° 1.628, de 20/06/52, como principal instrumento de execução da política de investimento do governo federal e que tem como objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do país.

32

1.13 SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO - FINANCEIRAS

Conhecidas popularmente como financeiras, as sociedades de crédito, fi-nanciamento e investimento foram estabelecidas pela portaria do Ministério da Fazenda n° 309, de 30 de novembro de 1959, e são instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Sua finalidade é o financiamento de bens de con-sumo duráveis por meio do crédito direto ao consumidor.

Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denomi-

nação social deve constar a expressão "crédito, financiamento e investimento".

Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de letras de câmbio (Resolução CMN n° 45, de 1966) e recibos de depósitos bancários (CMN n° 3454, de 2007).

1.14 - SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL

Conhecidas popularmente por suas operações características denominadas leasing, as sociedades de arrendamento mercantil são constituídas de sociedade anônima, devendo constar convencionalmente na sua denominação social a expressão "arrendamento mercantil". São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN n° 2.309, de 1996).

As operações passivas dessas sociedades são as emissões de debêntures,

dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras.

Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e de bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário, operações denominadas leasing.

O leasing ou arrendamento mercantil (tratado pela Lei n° 6.099/74 e suas

alterações) trata-se, então, de uma transação celebrada entre o proprietário de um determinado bem (arrendador) que concede a um terceiro (arrendatário) o uso desse bem por um período fixo. É facultado ao arrendatário a opção de comprar, devolver o bem arrendado ou prorrogar o contrato em seu vencimento.

Segundo esse mesmo tratado normativo, "considera-se arrendamento mer-

cantil, para efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária e

33

que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta".

Empresas captam recursos de longo prazo pela emissão de debêntures, título que tem como lastro (coberturas) o patrimônio da empresa que os emitiu.

No Brasil, as entidades autorizadas a realizar operações de arrendamento

são os bancos múltiplos com carteira de arrendamento mercantil e as sociedades de arrendamento mercantil. Podem ser objeto do leasing bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário, segundo as especificações deste.

Assim, constatamos que as operações de leasing são, essencialmente,

realizadas nas modalidades operacional e financeiro.

Leasing operacional

A sociedade arrendadora concede o uso da propriedade ao arrendatário, mas assume o compromisso de prestar assistência técnica, bem como o risco comercial da obsolescência do bem - objeto do leasing.

34

35

O leasing operacional tem as seguintes características:

As contraprestações são, em geral, mais elevadas que no leasing financeiro, por conta da assistência a ser dada no objeto arrendado;

O valor residual é muito importante para a arrendadora, pois não in-teressa à arrendadora que o cliente compre e, sim, que se mantenha arrendando o bem;

Não deve ser confundido com locação. São conceitos diferentes apesar de semelhantes;

É facultativa a cláusula de opção de compra, pois depende da negociação. Em geral, não interessa a arrendadora vender o bem;

A recuperação do investimento pela arrendadora ocorre por meio do ar-rendamento do mesmo bem a diversos clientes sucessivos.

Leasing financeiro

É uma operação em que o arrendador atua como intermediário, adquirindo o bem e concedendo o uso e a posse ao arrendatário, que se compromete a pagar as contraprestações devidas.

1 - A arrendadora adquire o bem do fabricante. 2 - A arrendadora faz o contrato de leasing com a arrendatária.

O leasing financeiro tem as seguintes características:

O prazo de vigência normalmente longo para diluir melhor as contra-prestações;

É obrigatória a cláusula de opção de compra, sendo que, em princípio, geralmente o contrato não pode ser reincidido antes de um prazo esta-belecido;

A arrendadora não responde pela assistência técnica ou manutenção do bem, e sim o arrendatário; e

36

A arrendadora não mantém estoque do bem, ela compra no mercado o que o arrendatário quiser.

Leasing back ou lease back

Há, ainda, uma variante do leasing chamado leasing back ou lease back.

Nessa operação, os bens que estavam no ativo permanente do arrendatário são

vendidos para a empresa de leasing que, em seguida, os arrenda ao proprietário

original dos bens.

Pela Resolução n° 2309 do Banco Central, de 28/09/96, essa modalidade

somente está disponível para arrendatários pessoas jurídicas.

Outro tipo de leasing é o subarrendamento, que se constitui na transferência/

repasse do contrato de leasing de um arrendatário para outro.

37

38

Valor Residual Garantidor

O VRG, que é pago independentemente do valor das prestações mensais e

dos juros, se constitui em uma garantia especialíssima, em favor da empresa

arrendadora, para a eventualidade de o "arrendatário" não exercer sua opção de

compra. Nesse caso, o bem pode então ser leiloado para terceiros, vendido pela

melhor oferta sem avaliação prévia e sem preço mínimo, e o VRG serviria para

garantir a lucratividade e para extirpar qualquer possibilidade de risco empresarial

no negócio.

O VRG serve, ainda, para caracterizar e diferenciar o que é um leasing do

que é financiamento, pois, ao final do contrato, o cliente não terá quitado o valor

referencial do bem, restando ainda o residual garantidor.

1.15 - SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

As sociedades corretoras são instituições financeiras membros das bolsas de

valores, devidamente credenciadas pelas mesmas, pelo BACEN, pela CVM. Estão

habilitadas a negociar valores mobiliários em pregão e podem ser definidas como

intermediárias especializadas na execução de ordens de compra e venda de ações

e demais valores mobiliários por conta própria e de terceiros.

São instituições típicas do mercado de capitais, operam nos recintos das

bolsas de valores e de mercadorias, efetuam lançamentos públicos de ações, admi-

nistram carteiras de investimentos, administram valores mobiliários de terceiros,

instituem, organizam e administram fundos de investimentos, operam no mercado

aberto e fazem intermédio em operações de câmbio, dentre outras atividades .

Principais atribuições:

Promover ou participar de lançamento de ações;

Administrar carteiras de títulos e valores mobiliários;

Organizar e administrar fundos e clubes de investimento;

Operar em bolsas de valores e de mercadorias e futuros, por conta

própria e de terceiros;

Efetuar operações de compra e venda de metais preciosos e moedas es-

trangeiras, por conta própria e de terceiros;

Prestar serviços de assessoria técnica em operações inerentes ao

mercado financeiro.

39

1.16 - SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

As sociedades distribuidoras são também instituições intermediadoras na compra e venda de títulos e valores mobiliários, cujos objetivos básicos se assemelham bastante aos das corretoras, entretanto, suas atividades têm uma faixa operacional mais restrita que a das corretoras: envolvem intermediação na colocação de emissões de capital no mercado, subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores mobiliários para revenda, operando no mercado aberto quando necessário.

Não faz intermédio diretamente com a bolsa de valores e a bolsa de merca-

dorias e futuros. São atividades básicas das distribuidoras: Subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores

mobiliários;

Intermediação da colocação de emissões de capital no mercado,

operações no mercado aberto, desde que satisfaça as exigências do

BACEN; e

Administrar clubes de investimentos.

1.17 - BOLSA DE VALORES E BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS

As bolsas são instituições privadas que atuam como ambiente do sistema de intermediação. As bolsas são responsáveis pelos mercados organizados de títulos, valores mobiliários, mercadorias e de derivativos, sendo supervisionadas pela CVM.

Objetivos das bolsas:

Manter local adequado para a realização dos negócios;

Promover a liquidação das operações;

Registrar as suas operações;

Desenvolver e manter sistemas de negociação;

Fiscalizar o cumprimento das leis que regulam este mercado.

Uma das principais funções dessas instituições é dar liquidez aos mercados

de títulos, valores mobiliários, mercadorias e de derivativos. São as bolsas que asse-

guram, pela organização, controle e fiscalização das transações e dos participantes

do mercado, as condições necessárias de segurança e transparência ao perfeito

funcionamento dos mercados.

40

As operações realizadas nas bolsas são efetuadas por sociedades corretoras,

membros das bolsas (BOVESPA) e pelas instituições autorizadas (BM&F). As duas

principais bolsas no Brasil são a Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA - e a

Bolsa de Mercadorias e de Futuros - BM&F.

BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros

A BM&F efetua o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira,

das operações realizadas no pregão e no sistema eletrônico, além de desenvolver,

organizar e operacionalizar mercados livres e transparentes para negociação de contratos que possuam como referência ativos financeiros, indicadores, taxas,

mercadorias e moedas nas modalidades à vista e de liquidação futura. No âmbito de

seu poder de autorregulação, a BM&F estabelece normas visando a preservação de

princípios equitativos de negociação e comércio e de elevados padrões éticos para

os agentes que fiscalizam suas negociações.

41

Bolsa de Valores - Exemplo BOVESPA

A BOVESPA é mais conhecida como uma bolsa de negociação de ações na

qual estas são negociadas à vista e a termo, além de opções alternativas sobre ações. Embora bem menores como mercado, as bolsas de valores operam com títulos de renda fixa específicos. Ademais, a BOVESPA opera o mercado de balcão organizado por meio de um sistema eletrônico de negociação, dirigido por ofertas registradas dos formadores de mercado e instituições financeiras associadas, cha-mado SOMA - Sociedade Operadora do Mercado de Ativos (Mercado de Balcão Organizado). 1.18 - SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA – SELIC

O SELIC é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional (conhecido como Títulos Públicos Federais). É um sistema que processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia dos mesmos. O SELIC processa também a liquidação das operações definitivas e compromissadas realizadas em seu ambiente, observando o modelo de entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, operacionalizados exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de cada operação é realizada por intermédio do Sistema de Transferência de Reservas - STR -, ao qual o SELIC é interligado. O sistema, gerido pelo Banco Central do Brasil, é por ele operado em parceria com a Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. Por meio do

42

sistema são processadas transações primárias e secundárias com os títulos públicos federais.

Os títulos públicos têm como objetivo prover recursos para financiar a dívida pública e as necessidades de cobertura do déficit orçamentário do governo. Representam, também, um importante instrumento para a implementação da política monetária. É por meio dos títulos públicos que o Banco Central calibra o custo do dinheiro, a partir da política monetária adotada, influenciando a taxa de juros da seguinte maneira:

Vende títulos quando há excesso de recursos na economia, retirando dinheiro de circulação, colocando os títulos e provocando uma redução na liquidez. Isso aumenta as taxas de juros no mercado.

Recompra títulos quando há escassez de recursos na economia. Dessa forma, coloca mais dinheiro em circulação, causando aumento na liquidez com o recolhimento dos títulos, o que provoca queda nas taxas de juros no mercado.

43

1.19 - CENTRAL DE CUSTÓDIA E LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA DE TÍTULOS – CETIP

Conhecida como Central de Títulos, a CETIP é um sistema eletrônico de custódia e liquidação que processa as transações com títulos privados e derivativos. Além disso, processa alguns títulos públicos específicos.

Atualmente a CETIP opera (processando, custodiando e liquidando) as transações com os seguintes títulos no mercado financeiro.

Principais Títulos Privados custodiados na CETIP

44

45

1.20 - SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO - SCI

Ao contrário das caixas econômicas, essas sociedades são voltadas ao

público de maior renda. A captação ocorre por meio de letras imobiliárias, depósitos de poupança e repasses da CEF. As captações de seus recursos são destinadas, principalmente, aos financiamentos imobiliários direto ou indireto.

As sociedades de crédito imobiliário somente poderão operar em financia-

mento para construção, venda ou aquisição de habitações mediante:

Abertura de crédito a favor de empresários que promovam projetos de construção de habitações para venda a prazo;

Abertura de crédito para a compra ou construção de casa própria com liquidação a prazo de crédito utilizado;

Desconto mediante cessão de direitos de receber a prazo o preço da construção ou venda de habitações;

Outras modalidades de operações autorizadas pelo Banco Nacional da Habitação.

Cada sociedade de crédito imobiliário somente poderá operar com imóveis

situados na área geográfica para qual for autorizada funcionar.

As sociedades de crédito imobiliário não poderão operar em compra e venda ou construção de imóveis, salvo para liquidação de bens que tenham recebido em pagamento dos seus créditos, ou em caso de imóveis necessários à instalação de seus serviços.

Sendo assim, com a Resolução n° 2.735 do BACEN, de 28/06/2000,

estabeleceu- se que as SCIs são instituições integrantes do SFH, especializadas em operações de financiamento imobiliário e constituídas sob forma de sociedades anônimas. 1.21 - ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO - APE

Dentro das normas gerais que forem estabelecidas pelo Conselho Monetário

Nacional, poderão ser autorizadas a funcionar associações de poupança e empréstimo que se constituírem obrigatoriamente sob a forma de sociedades civis, de âmbito regional restrito, em que os associados têm direito à participação nos resultados.

Obtém recursos com a captação por meio de caderneta de poupança, e seus

principais objetivos são:

Financiamento imobiliário - propiciar ou facilitar a aquisição de casa própria aos associados; e

Captar, incentivar e disseminar a poupança.

46

São características essenciais das associações de poupança e empréstimo:

A formação de vínculo societário, para todos os efeitos legais, por meio de depósitos em dinheiro efetuados por pessoas físicas interessadas em participar; e

A distribuição aos associados, como dividendos, da totalidade dos resultados líquidos operacionais, uma vez deduzidas as importâncias destinadas à constituição dos fundos de reserva e de emergência, e a participação da administração nos resultados das associações.

É assegurado aos associados:

Retirar ou movimentar seus depósitos, observadas as condições regula-mentares;

Tomar parte nas assembleias gerais, com plena autonomia deliberativa em todos os assuntos da competência delas; e

Votar e ser votado.

As associações de poupança e empréstimo são isentas de impostos de renda, bem como as correções monetárias que vierem a pagar a seus depositantes.

1.22 – BANCOS DE CÂMBIO - Bcam

São instituições financeiras especializadas na realização de opeações de câmbio, tais como:

Compra e venda de moeda estrangeira;

Transferência de recursos de e para o exterior;

Financiameno a exportação e importação;

Adiantamento sobre contratos de câmbio – ACE;

Outras operações , inclusive a prestação de serviços previstas na regulamentação do mercado de câmbio.

Também podem atuar no mercado financeiro do País, inclusive em bolsas de

mercadorias e futuros , bem como em mercados de balcão para a realização de operações por conta própria, referenciadas em moedas estrangeiras ou vinculadas a oeprações de câmbio, efetuar depósitos financeiros, desde que observada a regulamentação aplicável e realizar outras atividades que vierem a ser a ser autorizadas pelo BACEN.

47

Podem operar com:

Recursos próprios;

Recursos provenientes de repasses interbancários ou depósitos interfinanceiros;

Recursos captados no exterior;

Suas contas de depósitos não podem ser movimentadas.

Sujeitam-se às mesmas condições de constituição e funcionamento aplicáveis às demais instituições financeiras, inclusive os limites de exposição por cliente e de Patrimônio de Referência (PR) compatível com o grau de risco de suas operações. 1.23 – BANCOS MÚLTPLOS

Surgiram através da Resolução 1.524/88 do CMN, a fim de nacionalizar a administração das instituições financeiras. O estatudo de um Banco Múltimplo permite que algumas dessas instituições, que muitas vezes eram empresas de um mesmo grupo, se constituam em uma única instituição financeira com personalidade jurídica própria e, portanto, com um único balanço, um único caixa e, consequentemente, significativa redução de custos.

As carteiras de um banco múltiplo são as seguintes:

Carteira Comercial

Carteira de Investimento

Carteira de Crédito Imobiliário;

Carteira de Aceite (Financeira);

Carteira de Desenvolvimento;

Carteira de Leasing.

Para configurar a existência do Banco Múltiplo, ele dever possuir pelo menos dua das carteiras acima descritas, sendo, obrigatoriamente, uma delas COMERCIAL ou de INVESTIMENTO.

48

UNIDADE II - Seguridade - Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar 2.1 - CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS

Orgão máximo que fixa as diretrizes e normas da política de seguros, previdência privada aberta e resseguros, regulando e fiscalizando a orientação básica e o funcionamento dos componentes do sistema. Estabelece as grandes diretrizes do setor de seguros, cujo presidente é o Ministro da Fazenda e onde têm assento os representantes de outros ministérios, além dos presidentes do IRB e da SUSEP e de quatro integrantes do sistema privado, nomeados pelo presidente da República.

O CNSP é também o órgão que decide as pendências em última instância no

campo de seguros, regulamenta os obrigatórios e estabelece os limites das operações dos mesmos no Brasil.

Esse conselho se reúne a toda convocação de seu presidente. Conhecemos, assim, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem

parte:

CNSP

SUSEP Subsistema Normativo Fiscalizador

IRB-Re

Sociedades seguradoras

Sociedades corretoras de seguros

Corretores de seguros Subsistema Operacional – Atendimento do Usuário

Entidades de previdência privada aberta

Sociedades de capitalização

2.2 - SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP

Para que o sistema funcione como uma engrenagem bem azeitada, um órgão fiscaliza todos os seus componentes, de modo que obedeçam às normas estabelecidas.

A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é uma autarquia vinculada

ao Ministério da Fazenda, responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização.

49

Principais atribuições da SUSEP:

Fiscalizar a constituição, funcionamento, organização e operação das sociedades seguradoras, de previdência privada aberta e de capitalização;

Zelar pela defesa dos associados a essas sociedades, buscando melhor eficiência do setor, pelo aprimoramento de seus instrumentos operacionais;

Promover estabilidade setorial, zelando por sua liquidez e solvência;

Disciplinar e acompanhar os investimentos dessas sociedades, principalmente aqueles vinculados às provisões técnicas;

Cumprir e fiscalizar o cumprimento das determinações do CNSP. 2.3 – CONSELHO NACIONAL DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - CNPC

Conforme o art.13 da lei 12.154/09 O Conselho de Gestão da Previdência

Complementar, órgão da estrutura básica do Ministério da Previdência Social, passa

a denominar-se Conselho Nacional de Previdência Complementar, que exercerá a

função de órgão regulador do regime de previdência complementar operado pelas

entidades fechadas de previdência complementar.

Compete ao CNPC:

Instituir normas gerais complementares à legislação e regulamentação

aplicável às entidades fechadas de previdência cimplementar, pra

implementação da política determinada pelo Ministro de Estado, ao qual

está vinculado o órgão regulador e fiscalizador;

Determinar padrões para instituição e operação dos planos de benefícios,

de modo a asseguar sua transparência, solvência, liquidez e equilíbrios

financeiro;

Normatizar novas modalidades de planos de benefícios;

Estabelecer novmas complementares para os institutos da portabilidade e

do benefício proporcional diferido, garantidos aos participantes;

Estabelecer norvams especiais para a organização de planos

patrocinados por instituidores;

Determinar a metodologia a ser empregasa nas avaliações atuariais;

Fixar limite para as despesas administrativas dos planos de benefícios e

das entidades de previdência complementar;

Instituir regras para o número mínimo de participantes ou associados de

planos de benefícios.

50

Composição do CNPC:

O Conselho Nacional de Previdência Complementar contará com 8 (oito)

integrantes, com direito a voto e mandato de 2 (dois) anos, permitida uma

recondução, sendo:

I. Ministro de Estado da Previdência Social – Presidente II. Secretário-Executivo do Ministério da Previdência Social – Substituto do

Presidente III. Representante da Superintendência Nacional de Previdência

Complementar - PREVIC IV. Representante da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar V. Representante da Casa Civil da Presidência da República

VI. Representante do Ministério da Fazenda VII. Representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão VIII. Representante das Entidades Fechadas de Previdência - ABRAPP IX. Representante dos Patrocinadores e Instituidores de planos de benefícios

das entidades fechadas de previdência complementar X. Representante dos participantes e assistidos de planos de benefícios das

entidades fechadas de previdência complementar - ANAPAR 2.4 – SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊENCIA COMPLEMENTAR - PREVIC

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC, é uma

autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Previdência Social, com sede e foro no Distrito Federal e atuação em todo o território nacional.

A Previc atuará como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades

das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, em substituição a SPC – Secretaria de Previdência Complementar. Compete à PREVIC

proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de suas operações;

apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis;

expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar;

51

autorizar: o a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de

previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios;

o as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades fechadas de previdência complementar;

o a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e instituidores; e

o as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complementar;

harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas e políticas estabelecidas para o segmento;

decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;

nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei;

promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos;

enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Previdência Social e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; e

2.5 - INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL – IRB Brasil -Re

O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939

pelo então presidente Getúlio Vargas com objetivo bem delineado: fortalecer o desenvolvimento do mercado segurador nacional, através da criação do mercado ressegurador brasileiro. A medida pretendia ainda aumentar a capacidade seguradora das sociedades nacionais, retendo maior volume de negócios em nossa economia, ao mesmo tempo em que captaria mais poupança interna.

Em 1997, o instituto foi transformado em sociedade anônima, passando a ser

chamado IRB-Brasil Resseguros S.A. Atendendo a um clamor público que buscava melhores condições de seguros e menores custos, o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso tentou privatizar o IRB, porém uma ação direta de inconstitucionalidade impetrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) (que curiosamente promoveu o fim do monopólio uma década depois) fez com que os leilões fossem adiados.

52

Manteve seu monopólio até 2007, quando através de Lei Complementar o

Congresso Nacional reabriu o mercado ressegurador brasileiro, e o IRB passou a ser classificado como Ressegurador Local.

No novo cenário, o IRB passou a ser denominado um ressegurador local, e até o fim de 2007 ainda se mantinha como única empresa a poder atuar no setor. Com o "Modelo de Salvaguardas" o IRB ainda terá uma reserva de mercado para alguns ramos específicos, como Vida e Previdência, e do mercado como um todo, especialmente por ainda ser a única resseguradora local.

O IRB é uma espécie de apólice de seguro do setor de seguros. Quando uma seguradora ultrapassa suas capacidades de garantia, o IRB absorve o excesso via resseguro. Caso as quantias envolvidas ultrapassem a capacidade do próprio IRB, ele a repassará para o sistema segurador através das seguradoras que o compõe, pulverizando o risco, na operação que se chama de retrocessão.

Retrocessão: Retorno ao sistema segurador, pulverizando riscos que estão

acima da capacidade atuarial da seguradora. Se ainda não for possível obter todo o montante necessário para a garantia,

procuram-se outras seguradoras no exterior. Há ocasiões em que o IRB deverá ser solicitado sempre; é o caso de seguros

de grandes valores. No caso do seguro de aeronave, por exemplo, e das plataformas de petróleo, que valem em torno de 350 milhões de dólares, o IRB é acionado e procurará cobertura no mercado segurador estrangeiro, em uma operação chamada de cosseguro.

Cosseguro: Quando duas ou mais seguradoras se unem para suportar o alto

valor unitário da apólice e recebem o prêmio juntas, compartilhando os riscos envolvidos no seguro daquele objeto.

Em função de ser o operador único do resseguro, o IRB assumiu também as funções normativas no mercado, em termos de obrigatoriedade de consulta das seguradoras, de resseguro, cosseguro ou retrocessão.

Resseguro: Operação em que a seguradora se alivia parcialmente de riscos

em apólice já assumidas, adquirindo um novo seguro (contrasseguro) dos primeiros em outra seguradora.

53

2.6 - SOCIEDADES SEGURADORAS

As seguradoras realizam os contratos de seguros mediante o recebimento

antecipado de um prêmio, arcando com o risco do dano ou perda do bem segurado. De acordo com as cláusulas contratuais da apólice de seguro, o prêmio é, em síntese, um delimitador de riscos, em que a seguradora específica exclui riscos que estarão cobertos ou não pela apólice.

Chama-se prêmio, pois a seguradora recebe por algo que pode vir a existir,

mas ainda não existe. Cabe a ela efetuar o cálculo preciso do risco mediante análise de dados do mercado a ser segurado e o perfil do cliente. Vale destacar também que a seguradora movimenta vultosos valores (reservas técnicas) e que apenas um pequeno percentual será seu lucro, uma vez que somente ao final do período segurado, sem que tenha acontecido o sinistro, é que a mesma poderá apropriar-se dos valores das reservas desses clientes.

As sociedades seguradoras são instituições financeiras que operam no

mercado de seguros com observância da legislação específica aplicada à atividade, que visa garantir o atendimento aos segurados, a saúde financeira da seguradora, a ampliação da base segurada e a diversificação dos riscos em variados tipos de seguros e apólices.

Sob a fiscalização da SUSEP, as seguradoras são monitoradas

constantemente em vários aspectos operacionais, mas também são acompanhadas pelo BACEN quanto às aplicações aa reserva técnica. No entanto, o BC é o responsável pela determinação de limites e formas de aplicação das reservas no mercado de renda fixa e variável.

As seguradoras são as entidades responsáveis pela elaboração e construção

da apólice, diversificação dos riscos assumidos, contratação do seguro, recebimento do prêmio, administração da reservas técnicas (sem livre movimentação, constituídas para honrar os compromissos de riscos assumidos). Manual de Conhecimentos Bancários 2.7 - SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO

São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas que nego-

ciam contratos (títulos de capitalização), que têm como objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente, conferindo, ainda, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.

54

O título de capitalização é uma aplicação pela qual o subscritor constitui um

capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título (condições gerais do título). Será pago em moeda corrente em um prazo máximo estabelecido.

O título de capitalização. só pode ser comercializado pelas sociedades de

capitalização devidamente autorizadas a funcionar. Essas empresas formam um segmento de mercado bastante particular, constituindo os produtos por elas co-mercializados (os títulos de capitalização) em um misto de formação. Concei-tualmente, a capitalização consiste em uma simbiose entre a poupança programada e o sorteio, funcionando este com o poder de antecipar a meta estabelecida para a poupança.

Ao longo do tempo, novos produtos têm sido concebidos, de forma que as

duas faces, poupança e sorteio, com características distintas, atinjam cada uma seus objetivos no contexto de cada plano.

Os mais comuns tipos de títulos são os PM e PU:

PM - Plano em que os seus pagamentos, geralmente, são mensais e sucessivos. É possível que após o último pagamento o plano ainda continue em vigor, pois seu prazo de vigência pode ser maior que o prazo de pagamento estipulado na proposta.

PU - Plano em que o pagamento é realizado uma única vez, tendo sua vigência estipulada na proposta.

Quanto aos prazos, deve-se diferenciar o prazo de vigência do prazo de

pagamento.

Prazo de pagamento é o período durante o qual o subscritor compromete-se a efetuar os pagamentos que, em geral, são mensais e sucessivos. Outra possibilidade, como a mencionada, é a de o título ser de pagamento único (P.u.).

Prazo de vigência é o período durante o qual o título de capitalização está sendo administrado pela sociedade de capitalização, sendo o capital relativo ao título atualizado monetariamente pela TR e capitalizado pela taxa de juros informada nas condições gerais. Tal período deverá ser igualou superior ao período de pagamento.

55

2.8 - ENTIDADES ABERTAS E ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA

Em resumo, pode-se dizer que é um sistema que acumula recursos que visam

a garantir uma renda mensal no futuro, especialmente no período em que se deseja parar de trabalhar.

Em um primeiro momento, era vista como uma espécie de poupança extra,

além da previdência oficial, mas como o benefício do governo tende a ficar cada vez menor, muitos adquirem o plano como forma de garantir uma renda razoável ao fim de sua carreira profissional.

Há dois tipos de plano de previdência no Brasil: a aberta e a fechada. A aberta

pode ser contratada por qualquer pessoa, enquanto a fechada é destinada a grupos, como funcionários de uma empresa, por exemplo.

Uma vantagem imediata é a possibilidade de se deduzir 12% da renda bruta

na declaração anual do imposto de renda. Oficialmente implantada no Brasil pela Lei n° 6.435/77, a previdência privada foi separada em dois segmentos, a saber:

As entidades fechadas, também conhecidas por "fundos de pensão", pela

semelhança aos "Pensions Funds americanos", são constituídas no âmbito das empresas, exclusivamente como entidades sem fins lucrativos, e têm a característica básica de obrigatoriedade da contribuição do empregador, podendo o empregado contribuir ou não.

Fiscalizadas pela PREVIC do MPAS - Ministério da Previdência e Assistência

Social-, embora integrem o SFN não são consideradas instituições financeiras, razão pela qual não são fiscalizadas pelo BACEN, que apenas regula a aplicação das reservas técnicas, cujas normas são expedidas pelo CMN. Nesse grupo também podemos incluir os institutos de previdência estaduais e municipais.

As entidades abertas, entidades sem fins lucrativos (muito comum antes do

advento da Lei - os chamados "Montepios") e entidades com finalidade lucrativa, ligadas geralmente ao mercado financeiro, tendo bancos e seguradoras como acionistas majoritários. Nese último caso, os planos são vendidos ao público em geral, sendo que, quando comercializados no âmbito de uma empresa para seus empregados, podem ou não ter a contribuição do empregador.

Fiscalizadas pela SUSEP, embora integrem o SFN, não são consideradas

instituições financeiras, já que não são fiscalizadas pelo BACEN, que apenas regula a aplicação das reservas técnicas, cujas normas são expedidas pelo CMN.

56

2.9 - CORRETORAS DE SEGUROS

A corretora de seguros é a intermediária legalmente autorizada a angariar e a

promover contratos de seguros, admitidos pela legislação vigente entre as sociedades de seguros e as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, ou seja, são empresas que oferecem serviços de intermediação na contratação de seguros, entre a empresa seguradora e o interessado em ter o bem segurado. No Brasil, de acordo com a legislação, todo seguro deve ser contratado por meio de um corretor de seguros.

As corretoras existem por conta do trabalho dos corretores de seguros, que

são profissionais do ramo securitário certificados, no Brasil, pela Escola Nacional de Seguros e com registro na SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Eles podem atuar como autônomos, pessoas físicas, ou representarem uma pessoa jurídica.

As corretoras têm por função garantir que as duas partes, seguradora e se-

gurado, cumprirão com as obrigações pré-estabelecidas na apólice, tornando-se assim um agente fundamental no combate a fraudes. 2.10 - SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE SEGURO-SAÚDE

De acordo com a legislação (Lei n° 10.185/2001) as sociedades seguradoras

poderão operar o seguro-saúde, desde que estejam constituídas como seguradoras especializadas nessa categoria, sendo vedada a atuação em outros ramos do seguro.

As sociedades seguradoras para esse tipo de seguro ficam subordinadas às

normas e fiscalização da ANS - Agência Nacional de Saúde - que poderá aplicar-lhe as mesmas regras que aplica aos planos de saúde, inclusive suas penalidades, tendo em vista a natureza do serviço que prestarão aos seus segurados.

O funcionamento dessas seguradoras é de autorização do CONSU - Con-

selho de Saúde Suplementar da ANS. No entanto, quanto à administração dos recursos que constituem as reservas técnicas, ficam ainda sujeitas às normas expedidas pelo CMN e nesse aspecto são observadas pelo BACEN.

É importante não confundir" seguro-saúde", que possui apólice que cobrirá os

gastos necessários à manutenção da saúde do segurado, e "plano de saúde", em que o cliente adquire uma cobertura de uma cesta de serviços.

57

UNIDADE 3 - SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL - FACTORING e ADMINISTRADORAS DE CARTÃO DE CRÉDITO 3.1 – SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL - FACTORING

Factoring é uma atividade comercial, mista e atípica, que soma prestação de serviços à compra de ativos financeiros.

A operação de factoring é um mecanismo de fomento mercantil que possibilita

à empresa fomentada vender seus créditos, gerados por suas vendas a prazo a uma empresa de factoring. O resultado disso é o recebimento imediato desses créditos futuros, o que aumenta seu poder de negociação, por exemplo, nas compras à vista de matéria-prima, pois a empresa não se descapitaliza.

A factoring também presta serviços à empresa-cliente em outras áreas

administrativas, deixando o empresário com mais tempo e recursos para produzir e vender. Banco não é Factoring

Por definição e filosofia factoring não é uma atividade financeira. A empresa

de faetoring não pode fazer captação de recursos de terceiros, nem intermediar para empréstimos destes recursos, como os bancos.

A factoring não desconta títulos e não faz financiamentos.Na verdade, a

factoring é uma atividade comercial que conjuga a compra de direitos de créditos com a prestação de serviços. Para isso, depende exclusivamente de recursos próprios. Finalidades

A finalidade principal da empresa de factoring é o fomento mercantil, a asses-

soria ao pequeno e médio empresário para solucionar seus problemas do dia a dia. Vantagens da parceria com uma factoring

A empresa recebe à vista suas vendas feitas à prazo, melhorando o fluxo de caixa para movimentar os negócios;

Assessoria administrativa;

Cobrança de títulos ou direitos de créditos;

Agilidade e rapidez nas decisões;

Intermediação entre a empresa e seu fornecedor. A factoring possibilita a compra de matéria-prima à vista, gerando vantagens e competitividade; e

Análise de risco e assessoria na concessão de créditos a clientes.

58

Como funciona

O processo de factoring inicia-se com a assinatura de um contrato de fomento

mercantil (contrato-mãe) entre a empresa e a factoring em que são estabelecidos os critérios da negociação e o fator de compra.

São três as etapas básicas do processo:

1. A empresa vende seu bem, crédito ou serviço a prazo, gerando um

crédito (exemplo: duplicata mercantil) no valor correspondente; 2. A empresa negocia esse crédito com a factoring; 3. Findo o prazo negociado inicialmente, o sacado pagará o valor desse

crédito à factoring, encerrando a operação. Modalidades

No mercado brasileiro, a factoring é mais atuante na modalidade convencional. Segue um pequeno resumo das principais modalidades:

Convencional- É a compra dos direitos de créditos das empresas fomentadas por meio de um contrato de fomento mercantil;

Maturity - A factoring passa a administrar as contas a receber da empresa fomentada, eliminando as preocupações com cobrança;

Trustee - Além da cobrança e da compra de títulos, a factoring presta as-sessoria administrativa e financeira às empresas fomentadas;

Exportação - Nessa modalidade, a exportação é intermediada por duas empresas de factoring (uma de cada país envolvido), que garantem a operacionalidade e liquidação do negócio;

FactoringMatéria-Prima – A factoring nesse caso transforma~se em intermediário entre a empresa fomentada e seu fornecedor de matéria-prima. A factoring compra à vista o direito futuro desse fornecedor e a empresa paga à factoring com o faturamento gerado pela transformação dessa matéria-prima.

A factoring é destinada exclusivamente às pessoas jurídicas, principalmente

pequenas e médias empresas. Factoring fora do Brasil

As operações de factoring têm sua origem nos séculos XIV e XV, na Europa.

O factor era um agente mercantil, que vendia mercadorias a terceiros e recebia o pagamento de uma comissão. Eram representantes de exportadores que conheciam muito bem as novas colônias, custodiando as mercadorias e prestando contas aos seus proprietários. Com o tempo, esses representantes passaram a antecipar o pagamento das mercadorias aos seus fornecedores, cobrando posteriormente dos compradores.

59

Hoje, além dos Estados Unidos, o factoring é muito praticado e difundido na

Inglaterra, Suécia, Noruega, Holanda, Espanha, Itália, França e Bélgica. Entre os países da América Latina, além do Brasil, o factoring encontra

expressão no México, Colômbia, Peru e Equador. O que não é factoring:

Operações em que o contratante não seja pessoa jurídica;

Empréstimo com garantia (perceba a diferença entre garantia e compra do título de crédito) - veículos, cheques etc;

Empréstimo via cartão de crédito;

Alienação de bens móveis e imóveis;

Financiamento ao consumo;

Operações privativas das instituições financeiras; e

Ausência de contrato de fomento mercantil.

3.2 - SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO

São empresas comerciais que emitem cartões de crédito, utilizados para compras em estabelecimentos credenciados. As administradoras de cartão de crédito, também chamadas emissoras, utilizam-se das "bandeiras" existentes, firmando acordos com essas empresas. No Brasil, grande parte das administradoras de cartão são ou estão ligadas às instituições financeiras.

A relação jurídica existente entre o titular e a emissora do cartão de crédito

consiste na obrigação contratual, firmada entre ambos, cabendo à administradora do cartão de crédito pagar todas as despesas efetuadas pelo titular, isto é, dentro do limite pactuado, ficando assim com o direito de ser reembolsada pelo titular pelos valores pagos.

O Banco Central, com relação ao uso de cartões de crédito, não tem nenhuma

interveniência, seja regulamentando ou fiscalizando as administradoras de cartões de crédito, cabendo, portanto, ao Conselho Monetário Nacional impor limitações de prazos e operações com cartões de crédito, pois é de responsabilidade do CMN a disciplina do crédito sob todas as suas formas.

As operações de cartões de crédito envolvem cinco participantes:

Portador: Pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pa-gando com cartão de crédito. Pode ser o titular da conta de cartão de crédito ou simplemente portador do cartão adicional.

Estabelecimento: Empresa interessada em vender ou prestar serviço, recebendo o pagamento feito pelos seus clientes pelo cartão de crédito.

60

Adquirente: Empresa responsável pela comunicação da transação entre o estabelecimento e a bandeira. Para isso, alugam-se e mantêm-se os equipamentos usados pelos estabelecimentos como, por exemplo, o POS - Sigla para Ponto de Venda (vinda do inglês Point Of Sale). As maiores adquirentes no Brasil são a Redecard (bandeira Mastercard), a VisaNet (bandeira Cielo antiga Visa) e a Hipercard.

Bandeira: Empresa responsável pela comunicação da transação entre o adquirente e o emissor do cartão de crédito. As maiores bandeiras no Brasil são Visa, MasterCard e Hipercard. Para identificar qual é o emissor do cartão, as bandeiras usam os seis primeiros números do cartão, chamados de "bin-number - Bank Identification Number".

Emissor (empresa administradora do cartão): Ligada principalmente aos bancos que emitem o cartão de crédito, definem limite de compras, decidem se as transações são aprovadas, emitem fatura para pagamento, cobram os titulares em caso de inadimplência e oferecem produtos atrelados ao cartão, como seguro, cartões adicionais e plano de recompensas.

61

UNIDADE 4 – PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS 4.1 - PRODUTOS DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS BANCÁRIOS OU PASSIVOS FINANCEIROS Depósitos à vista

Pode ser mantido por pessoas físicas e jurídicas de direito público ou privado,

e constitui-se na principal fonte de recursos dos bancos. São conhecidos como recursos de livre movimentação, ou seja, que podemos sacar a qualquer momento usando os meios disponibilizados pelo banco (cheque, cartão de débito, ordens de pagamento, transferências). O dinheiro sempre estará disponível para movimentação.

As normas do SFN não permitem a remuneração de depósitos à vista e so-

mente os bancos com carteira comercial podem captar esses recursos e sobre eles incice o Depósito Compulsório do BACEN.

Quais são as Instituições Financeiras Captadoras de Depósito à Vista?

Bancos múltiplos

Bancos comerciais

Caixa Econômica Federal

Cooperativas de crédito Depósitos a prazo

Os depósitos a prazo caracterizam-se pelo investimento do cliente na ins-

tituição.

Não têm livre movimentação (de acordo com o negociado e previsto no contrato).

Podem ter remuneração pré e pós-fixada. A remuneração do depósito pode ser conhecida no momento em que ela é feita (pré-fixada) ou somente no futuro (pós-fixada).

Seu objetivo é captar recursos das pessoas físicas e jurídicas não financeiras.

Essas operações permitem que tais entidades obtenham recursos para empréstimo às empresas que precisam financiar operações e negócios.

Parte desses recursos, captados na modalidade de CDB, financiará o crédito

direto ao consumidor (CDC), os empréstimos para capital de giro das empresas e a compra de bens e serviços.

62

Letras de câmbio

A letra de câmbio é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo e é criada

por meio de um saque. Por meio do ato de sacar ocorre a Le: o sacador (devedor), expede uma

ordem de pagamento ao sacado (normalmente uma instituição financeira), que fica obrigado, havendo aceitado, a pagar ao tomador (um credor específico) o valor determinado no título.

Apesar de atribuir ao sacado a obrigação de pagar ao tomador, o sacador

permanece subsidiariamente responsável pelo pagamento da letra. Não se pagando o título no vencimento, poderá ser efetuado o protesto e a cobrança judicial do crédito, que se dá por meio da ação cambial.

Quanto à possibilidade de transferência, diz-se que a letra de câmbio é um

título de crédito nominativo, isto é, em favor de um credor específico, suscetível de circulação mediante endosso. Dessa forma, o endossante (tomador original) transfere a letra para um endossatário (novo tomador).

Diferente dos demais títulos de crédito, vale ressaltar que para a existência e

operacionalização da letra de câmbio três personagens jurídicos distintos são necessárias, a saber:

• O sacador - quem faz o saque, oportunidade em que fica criada a letra de

câmbio como documento. Essa pessoa é quem dá a ordem de pagamento;

• O sacado, que representa a parte a quem a ordem é dada, ou seja, é quem deve efetuar o pagamento;

• O beneficiário, também chamado de tomador, é a pessoa que receberá o pagamento, o beneficiário da ordem.

Diante da descrição das situações jurídicas das partes envolvidas na letra de

câmbio, e sendo o sacador a pessoa que dá a ordem ao sacado para efetuar o pagamento ao beneficiário, tem-se o seguinte exemplo para a redação de uma letra de câmbio:

"Aos trinta dias do mês de outubro de 2010, v. sa. (sacado) pagará por esta única via de letra de câmbio, a importância de R$ (........) ao Senhor Fulano de Tal (beneficiário). LocaL.........., data ........, assinatura (sacador) "

O título é emitido pelo sacador e, em seguida, entregue ao beneficiário ou

tomador, cabendo a este procurar o sacado para que proceda o aceite. Na data do vencimento, o sacado deverá pagar ao beneficiário a quantia estabelecida na letra.

63

Destacamos aqui a importância da garantia pedida pelo sacado, sendo possível que a letra de câmbio seja garantida por aval ou outras garantias. Assim, o avalista passa a ser responsável pelo pagamento, da mesma forma que o avalizado. Assim, não sendo efetivado o pagamento do título na data de vencimento, o protesto poderá ser efetuado, possibilitando posterior ação de execução judicial visando o recebimento da dívida.

No Brasil, a letra de câmbio é usada pelas financeiras para captar recursos e

assim permitir a realização de um volume maior de empréstimos através do Crédito Direito ao Consumidor (CDC.

O aceite genericamente pode ser definido como sendo a declaração unilateral

do sacado inscrita em determinados títulos de crédito, a exemplo de letra de câmbio e duplicata.

É por meio do aceite que o sacado se torna efetivamente obrigado cambiário,

aceitando expressamente a obrigação representada pelo título e crédito. Cobrança e pagamento de títulos e carnês

Os bancos efetuam as cobranças de títulos para seus clientes por meio da

emissão de boletos. Os valores são colocados na conta do cliente no mesmo dia ou no dia seguinte, tendo em vista a necessidade de ir para a compensação, já que o boleto é pagável em qualquer banco.

Podem ser elencadas as seguintes vantagens para o banco e para o cliente,

decorrentes da prestação desses serviços:

Vantagens na utilização dos serviços de cobrança bancária

Para o Banco Para o Cliente

• Aumento no valor dos depósitos à vista, em razão dos créditos das liquidações

• Aumento das receitas provenientes das tarifas cobradas pela realização do serviço de cobrança.dos créditos das liquidações.

• Reforço no relacionamento do banco com o cliente.

• Crédito imediato dos títulos cobrados. • Garantia na execução da cobrança. • Maior facilidade no relacionamento

com a rede bancária. • Fortalecimento do cadastro com o

banco, credenciando-o a obter outros serviços e produtos bancários.

64

Transferências automáticas de fundos

É uma prestação de serviço em que o banco, automaticamente, mediante

prévia autorização, movimenta as contas do cliente (uma ou mais contas em uma ou mais agências do banco).

Geralmente, o banco movimenta a conta do cliente de acordo com a ne-

cessidade de suprimento em sua conta corrente; sempre quando há carência de provisão, o banco deverá sacar o valor necessário para supri-Ia.

Com a implantação do novo Sistema de Pagamentos do Brasil (SPB), a partir

de 2001, dá-se possível a transferência automática de recursos entre instituições financeiras por meio da TED.

A TED é uma ordem de transferência de fundos interbancária, sendo também

utilizada para transferência por conta de terceiros ou a favor do cliente, observado que:

A liquidação se dá por intermédio do sistema de liquidação de transfe-rência de fundos;

Os recursos correspondentes são disponibilizados ao favorecido.

O sistema de liquidação de transferência de fundos, em que a TED será sub-metida à liquidação, é de livre escolha da instituição financeira titular de Conta de Reservas Bancárias (conta que uma instituição financeira possui no Banco Central para a liquidação de suas operações).

Além da TED, as instituições financeiras podem fazer uso do Documento de Credito (DOC) para fazer transferências de recursos para outras instituições financeiras. A diferença da TED para o DOC está no fato de que no DOC a trans-ferência não é feita automaticamente.

O DOC é, portanto, uma ordem de transferência de fundos interbancária por

conta ou a favor de pessoas físicas ou jurídicas, clientes de instituições financeiras. Somente pode ser remetido e recebido por bancos comerciais, bancos múltiplos com çarteira comercial e pela Caixa Econômica Federal, desde que tais entidades sejam participantes do Sistema de Compensação e Liquidação aprovado pelo BACEN (Sistema COMPE), por meio do qual o documento é processado.

Valores de Referência para as transações DOC e TED: • ...........................DOC até R$ 4.999,99 • ..........................TED superior a R$ 5.000,00

65

Arrecadação de tributos e tarifas públicas

Esses serviços são prestados às empresas concessionárias de serviços

públicos e órgãos públicos por meio de acordos e convênios específicos, que estabelecem as condições de arrecadação e repasse dos tributos e tarifas públicas.

Tais convênios facilitam a arrecadação, reduzindo custos administrativos, à

medida que o contribuinte terá maior facilidade para o pagamento, o que contribui decisivamente no adimplemento pontual dos débitos.

Os bancos, por sua vez, aumentam os valores das aplicações, além de

aumentarem a receita por meio da cobrança de comissões/tarifas pelos serviços prestados.

Devido à importância desse serviço, o Governo, em 1991, regulamentou e

facilitou o pagamento de tributos e tarifas, permitindo a criação de postos bancários para arrecadação e pagamento (PAP), autorizando o serviço de débito em conta-corrente de tarifas cobradas pelo Governo, e permitindo o recolhimento de tarifas públicas por meio dos correspondentes bancários.

Apesar de a categoria dos Correspondentes Bancários não ser comentada

neste livro, como exemplo temos as empresas de loteria como correspondentes bancários da Caixa Econômica Federal. Home/Office banking, remote banking, banco virtual

Com o crescimento das tecnologias relacionadas ao mundo virtual, em especial a internet, as instituições financeiras têm investido nesse segmento, ofertando um conjunto de serviços com base na plataforma digital.

A evolução tecnológica desenvolveu um sistema de muita utilidade na relação

cliente/banco. Tal sistema é chamado de HomelOffiee Banking, ou Banco em Casa ou no Escritório.

Ele permite conexões entre o cliente e o banco pelo computador/telefone

(URA)lcelular/PDA/Netbooks etc. Com isso, o cliente pode acessar os serviços de movimentação e saldo de contas, aplicações, resgates, empréstimos, cotações do câmbio, índices das bolsas, caderneta de poupança, solicitação de talões de cheque etc.

No remote banking (atendimento fora das agências), o objetivo é reduzir custos e facilitar a prestação de serviços aos clientes. Os bancos procuram oferecer alternativas para alguns serviços, com a criação de atendimento fora do ambiente comum das agências.

66

Pode-se notar tal tendência claramente na forma como as instituições finan-ceiras atendem seus clientes e vendem seus produtos e serviços financeiros.

Percebe-se essa estratégia da instituição na busca constante de

automatização do autoatendimento, com máquinas cada vez mais modernas, serviços de entrega e coleta fora das agências e, ainda, serviços personalizados de atendimento, em que o contato comercial do banco (gerente de contas em geral) faz visitas ao cliente. Os bancos que praticam essa iniciativa crescem mais sem precisarem crescer fisicamente (com o tamanho das agências etc.), e isso representa queda no custo operacional.

O conceito de banco virtual está inserido dentro do contexto das novas

tecnologias de informação aplicáveis no Sistema Financeiro Nacional. Consiste em uma agência bancária inteiramente online, na qual todos os serviços bancários convencionais são operados remotamente, por meio de linhas telefônicas e com-putadores, sem que haja um espaço físico correspondente à agência. Dessa forma, trata-se de levar o banco ao cliente sem obrigá-Io a se deslocar.

Transações como depósitos ou saques são feitos por courriers contratados

pelo banco junto a empresas terceirizadoras de serviços ou aproveitados do seu próprio corpo de funcionários. Assim, o banco economiza em sua estrutura, tanto no aspecto físico como operacional, e procura alcançar o cliente que quer evitar as idas frequentes a agências bancárias.

A estrutura organizacional do banco virtual baseia-se em uma rede de co-

municação bastante sólida, que implica no contato quase exclusivamente telefônico com o cliente e no alto índice de informatização das operações internas. Essa es-trutura permite dispensar departamentos de apoio que podem ser eventualmente acessados na matriz, contando com um organograma bastante enxuto. Dinheiro de plástico

São liderados pelos cartões inteligentes (smart cards) ou cartões de armaze-

namento semelhantes aos cartões de crédito na sua aparência, possuem microchips que armazenam unidades digitais de valor que podem ser trocadas por bens e serviços, como o dinheiro tradicional. Trata-se então da tentativa extremamente bem sucedida dos bancos em consolidar uma base de informações cotidianas dos clientes que, ao utilizarem seus cartões inteligentes, tornam estes partes integrantes de seu dia a dia.

Os cartões representativos de dinheiro de plástico podem ser classificados

nos seguintes tipos: • Cartão magnético é o meio, o cartão e o meio magnético, da tarja

magnética, que contém os dados do cartão. • Cartão de débito é o cartão que permite compras debitadas na conta-

corrente. • Cartão de crédito é o cartão que permite compras com pagamento mensal

em data já certa e sabida.

67

• Cartão inteligente, que interage com o cliente e possue informações de cunho pessoal.

• Cartão afinidade é o cartão ligado a alguma entidade e emitido para seus membros ou simpatizantes.

• Cartões Private Labels são os cartões de compra exclusiva. Exemplo: Cartão de um Supermercado que só se faz compras a crédito naquele supermercado.

• Cartão co-branded, semelhante ao Private Labels, porém levariam a marca do supermercado e permitiria compras em toda a rede de uma bandeira.

• Cartão virtual, ou E-Cards, são cartões de crédito para serem usados na internet em compras virtuais; não precisam existir fisicamente.

Títulos de Capitalização

Título de capitalização é um título de crédito comercializado por empresas de

capitalização, com o objetivo de formação de uma aplicação, mas também com um caráter lotérico, de sorteio de prêmios de capitalização. Nesse tipo de plano, além de concorrer aos prêmios de sorteio, o capitalizador, sendo sorteado ou não, recebe ao final da aplicação, todo ou parte do seu dinheiro acrescido dos reajustes e, em algumas modalidades, de juros da aplicação.

Quando analisados quanto à rentabilidade, os títulos de capitalização são

desvantajosos em relação a outras aplicações, inclusive em relação às contas de poupança, porém com o diferencial dos prêmios sorteados.

A maioria dos contratos também estipula um prazo de carência para resgate

de parte do valor capitalizado em caso de resgate prévio à data estipulada no contrato.

O título pode ser adquirido para outra pessoa, aliás, o subscritor, que é a

pessoa que adquire o título e assume o dever de efetuar os pagamentos, pode, a qualquer momento, e não somente no ato da contratação, desde que se comunique por escrito a Sociedade, definir quem será o titular, isto é, quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o resgate e o sorteio.

Os títulos mais comuns no mercado são:

PM (pagamento mensal).

PU (pagamento único).

68

O PM é um plano em que os seus pagamentos são, em geral, mensais e

sucessivos. É possível que após o último pagamento, o plano ainda continue em vigor, pois seu prazo de vigência pode ser maior que o prazo de pagamento estipulado na proposta/contrato.

Por sua vez, o PU é um plano em que o pagamento é realizado uma única

vez, tendo sua vigência estipulada na proposta.

Enquanto o prazo de pagamento é o período durante o qual o subscritor se compromete a pagar, em geral, mensalmente e sucessivamente, o prazo de vigência é contratual e estabelece o tempo que pode se resgatar o Te.

Para trabalhar com capitalização, as empresas devem ter registro na SUSEP,

órgão que normatiza e fiscaliza o setor. Nas duas formas de comercialização desses títulos, de pagamentos periódicos ou único.

A utilização da palavra prêmio em títulos de capitalização causa, por vezes,

confusão. A parcela paga pelo contratante é denominada prêmio, assim como o prêmio de seguro. No entanto, a palavra é comumente utilizada de forma errônea, para denominar o bem que é sorteado, que deve ser chamado de prêmio de sorteio ou prêmio de capitalização. Planos de Aposentadoria e Pensão Privados

A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para se evitar

que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda. Benefícios dos planos previdenciários

Os planos de aposentadoria e pensão privados podem ser contratados de

forma individual ou coletiva (averbados ou instituídos); e podem oferecer juntos ou separadamente, alguns tipos básicos de benefícios, quais sejam:

Renda por sobrevivência;

Renda por invalidez;

Pensão por morte;

Pecúlio por morte;

Pecúlio por invalidez.

69

Tipos básicos de benefícios da previdência privada

Tipo de Plano Benefícios

Renda por sobrevivência Renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao prazo de deferimento contratado, aposentadoria

Renda por invalidez Renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidá total e permanente, ocorrida durante o período de cobertura e de pois de cumprido o período de carência estabélecido no plano de aposentadoria

Pensão por morte Renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida du rante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano.

Pecúlio por morte Importâcia em dinheiro, pagável de uma só vez aos beneficiários indicados na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participantes ocorrida durante o período de cobertura e depois decumprido o período de carência estabelecido no plano.

Pecúlio por invalidez Importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocor rida durante o período de cobertura.

À primeira vista, a previdência privada somente atende àqueles que depen-

derão de uma aposentadoria complementar ao benefício do INSS. Entretanto, basta um olhar mais profundo sobre as características do produto para se constatar que são excelentes para compor uma carteira de investimento e que atendem a todos os públicos, do cidadão que recebe um salário mínimo ao seleto público classificado como "private". E que características são essas?

A legislação vigente, desenhada e aprovada, baseia-se na regulamentação do

mercado de fundos de investimento tradicionais. Exige para a previdência privada, além de transparência das informações e flexibilidade das aplicações, vantagens tributárias aos investidores de PGBL e VGBL (denominação de planos de previdência privada aberta).

A SUSEP e as entidades que atuam no sistema criaram os seguintes planos

padrões, que atualmente são comercializados pelo mercado de previdência aberta complementar:

70

Plano Gerador de Benefício Livre

A legislação não exige depósitos periódicos no caso do Plano Gerador de

Benefício Livre (PGBLs), como contribuições mensais. Os depósitos podem ser feitos à medida que haja recursos disponíveis, dentro do que for contratado com o administrador. O participante deve verificar se tem renda para garantir o fluxo de pagamentos acertado no contrato.

O período de contribuição para os planos depende do prazo existente entre a

decisão de poupar e a idade em que o contribuinte deseja receber o benefício. Quanto antes se começa um plano de previdência privada, mais fácil é formar a poupança. Isso é fácil de entender, já que, primeiro, o volume de dinheiro que será poupado será distribuído por um número maior de meses, e, segundo, porque o efeito da parte dos juros no capital final será maior quanto maior for o tempo de contribuição.

A poupança que vai garantir o pagamento dos benefícios é formada por dois

valores básicos: a soma das contribuições feitas, retirando daí todos os custos, e o rendimento obtido ao longo dos anos.

Quanto maior o número de anos, maior a contribuição do rendimento na

formação do capital. O PGBL é ideal para quem:

• Possui renda tributável (assalariado); • É contribuinte da previdência oficial; • Declara o imposto de renda no modelo completo.

Quem atender a todos os pontos anteriores e investir em um PGBL terá

restituído o imposto de renda retido na fonte pelo empregador sobre o valor da aplicação. Como a tributação do PGBL ocorre no resgate sobre o valor cheio, ou seja, principal investido mais rendimento, o imposto será apenas postergado e não isento. Vida Gerador de Benefício Livre

O VGBL - Vida Gerador de Benefícios Livres - dá ao cliente o direito de

resgatar em vida, após o período de carência, uma parte ou a totalidade do mon-tante aplicado, acrescido do rendimento durante esse período.

O VGBL é bastante parecido com o PGBL, pois o investidor também tem seus

recursos aplicados em um FIF exclusivo, sendo cobrada taxa de carregamento), e pode optar pelo perfil do fundo em que aportará suas reservas. O VGBL não tem garantia de remuneração mínima; o benefício tem como base a rentabilidade da carteira de investimento do FIF.

71

A transferência (portabilidade) dos recursos de uma seguradora para outra é

permitida, devendo apenas ser respeitado o período de carência, que ainda não foi regulamentado pela SUSEP.

Conforme exposto, o PGBL e o VGBL são produtos com características

bastante semelhantes. No entanto, a grande diferença está: No tratamento fiscal

No PGBL, o investidor conta com o incentivo fiscal concedido aos planos de

previdência, que permite ao poupador deduzir de sua base de cálculo do Imposto de Renda contribuições feitas a esses planos, até o limite de 12% de sua renda bruta anuaL

Já o VGBL não conta com esse incentivo, mas, em compensação, o

investidor não é tributado com base na tabela progressiva no momento do resgate ou do recebimento do benefício, como ocorre no PGBL. Sua tributação acontece apenas em relação ao ganho de capital - o lucro.

Assim, o VGBL torna-se um produto ideal para pessoas que atuam na eco-

nomia informal ou que estão isentas do Imposto de Renda e, por isso, não podem contar com a vantagem fiscal do PGBL e dos planos de previdência em geraL Já o VGBL é para quem:

• Declara IR no modelo simplificado; • Já contribui com o teto recomendado de 12% da renda em um PGBL; • Não possui rendimento tributável na declaração de ajuste anual; • É isento.

Tributação

Deverá ser escolhida pelo investidor entre dois regimes: o progressivo e o regressivo.

O regime tributário progressivo segue a tabela de imposto de renda dos

assalariados, de zero a 27,5%, sendo 15% na fonte como antecipação do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual.

Já o regime regressivo é definitivo e não leva em conta o valor do resgate, mas

sim o prazo de aplicação, no qual a alíquota de IR diminui com o passar do tempo. Nesse regime, para um prazo de acumulação de até 2 anos o IR é de 35% e ocorre uma redução de 5% a cada 2 anos, chegando ao mínimo de 10% após 10 anos.

72

Planos de Seguros

As sociedades seguradoras são as únicas entidades a negociar planos de

seguros. Para tanto, tais entidades seguem um conjunto de regras definidas em legislação específica relativa ao assunto.

Os tipos de tipos de planos de seguros existentes no mercado brasileiro são os seguintes:

Seguro rural;

Seguro contra incêndio;

Seguro garantia;

Seguro de pessoas;

Seguro de transporte;

Seguro de crédito interno;

Seguro de automóveis; Seguro Rural

O seguro rural é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola, por permitir ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes, principalmente, de fenômenos climáticos adversos. Contudo, é mais abrangente, cobrindo não só a atividade agrícola, mas também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores.

O objetivo maior do seguro rural é oferecer coberturas que atendam ao mes-

mo tempo ao produtor e a sua produção, à sua família, à geração de garantias a seus financiadores, investidores e parceiros de negócios - todos interessados na maior diluição possível dos riscos, pela combinação dos diversos ramos de seguro. Seguro contra incêndio

Para fins de seguro, o incêndio pode ser definido como fogo que se propaga ou

se desenvolve com intensidade, destruindo e causando prejuízos (danos). Para que fique caracterizada a ocorrência de incêndio, para fins de seguro, não basta que exista fogo é preciso:

Que o fogo se alastre, se desenvolva, se propague;

Que a capacidade de se alastrar não esteja limitada a um recipiente ou qualquer outro local em que habitualmente haja fogo, ou seja, que ocorra em local indesejado ou não habitual; e

Que o fogo cause dano.

73

Seguro de garantia

É um seguro que tem a finalidade de garantir o fiel cumprimento das

obrigações contraídas pelo tomador junto ao segurado em contratos privados ou públicos, bem como em licitações.

As partes se relacionam da seguinte forma: o segurado recebe uma apólice

de seguro emitida pela seguradora, garantindo as obrigações do tomador contraídas no contrato principal.

Para que se conclua a operação, a seguradora e o tomador assinam o

contrato de contragarantia, garantindo o direito de regresso da seguradora contra o tomador em um eventual sinistro. As relações entre o tomador e a seguradora regem-se pelo estabelecido na proposta de seguro e em tal contrato - instrumento legal que permite obter ressarcimento junto ao tomador e seus fiadores dos valores pagos pela seguradora ao segurado. Esse contrato não interfere no direito do segurado.

O tomador é a pessoa jurídica ou pessoa física que assume a tarefa de

construir, fornecer bens ou prestar serviços, por meio de um contrato contendo as obrigações estabelecidas. Ao mesmo tempo, torna-se cliente e parceiro da se-guradora, que passa a garantir seus serviços. O tomador é o risco, o interessado em cumprir o contrato, quem paga o prêmio do seguro.

O segurado é a pessoa física ou jurídica contratante da obrigação junto ao

tomador, e o segurador é quem garante a realização do contrato. Geralmente, esse seguro é utilizado na construção civil, porém, pode ser aplicado em contratos de prestação de serviços, fornecimento e obrigações aduaneiras. Seguro de pessoas

São feitos pelas seguradoras, visando à proteção de riscos suportados por

pessoas físicas. Podem ser subdivididos nas seguintes modalidades:

Seguro de vida em grupo: garante o pagamento de uma indenização ao segurado e aos seus beneficiários. Observadas as garantias contratadas, que podem ser básicas (geralmente morte ou invalidez permanente) ou adicionais, são feitos para garantir duas ou mais pessoas e devem ser obrigatoriamente contratados por um estipulante, que representa os segurados;

Seguro de acidentes pessoais: garante o pagamento de uma indenização ao segurado ou a seus beneficiários, caso aquele venha a sofrer um acidente pessoal;

Seguro de vida individual: é o seguro que garante um único segurado, contratado pelo próprio interessado;

74

Seguro educacional: auxilia o custeio das despesas com educação dos beneficiários do segurado, à luz da ocorrência dos riscos segurados definidos no contrato;

Seguro prestamista: são seguros em grupo, em que os segurados convencionam pagar prestações ao estipulante pelo valor do saldo da dívida ou do compromisso feito pelo segurado.

Seguro de transporte

Para que possamos compreender como funciona o seguro de transporte,

temos que entender como está estruturada a operação de transporte.

O conhecimento de embarque é o contrato feito para o transporte da merca-doria entre comprador (ou vendedor) e o transportador (ou operador de transporte multimodal). A relação existente entre as partes deverá ser definida no contrato de compra e venda, uma vez que a definição de quem tem a obrigação de contratar o frete constará dessa definição.

Os principais contratos de transporte são: • FOB: O vendedor é o responsável pela contratação do transporte e do

seguro da mercadoria até a colocação da mesma à bordo da embarcação. Cabe ao comprador contratar o transporte e o seguro a partir desse ponto;

• CIF: Prevê a obrigatoriedade de o vendedor providenciar o transporte e o seguro até o porto de destino final. Costuma ser utilizado nas exportações brasileiras.

Quem pode contratar o seguro transporte é a pessoa que tem o interesse em

preservar o patrimônio contra os riscos inerentes à viagem. Ou seja, por qualquer pessoa que tenha o interesse segurável na carga a ser transportada. Esse interesse segurável será esclarecido no contrato de compra e venda, em que estará definido a partir de que momento o interesse segurável passará do vendedor ao comprador da mercadoria. Seguro de crédito interno

Entende-se por operação de crédito todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que essa parcela volte à sua posse integralmente depois do tempo estipulado.

75

O seguro de crédito interno é uma modalidade de seguro que tem como

objetivo ressarcir o segurado (credor) nas operações de crédito realizadas dentro do território nacional, das Perdas Líquidas Definitivas - PLD4 - causadas por devedor insolvente. O sinistro é caracterizado quando ocorre a insolvência do devedor, reconhecida por meio de medidas judiciais ou extrajudiciais realizadas para o pagamento da dívida.

Esse seguro é geralmente contratado por empresas que realizam operações

de crédito em suas vendas, tanto para pessoa física como para pessoa jurídica, ou intermediários de operações de crédito, financiamento e investimento, consórcios, empresas de factoring etc.

Os segurados das operações de crédito também são os responsáveis pelo

pagamento do prêmio de seguro. Os contratantes da operação de crédito, ou seja, os devedores são denominados garantidos, e é sobre eles que incide o risco de inadimplência. Seguro de automóveis

O Seguro de Automóveis poderá ser contratado pelas modalidades de valor

determinado ou valor de mercado referenciado. As Seguradoras podem oferecer apenas a contratação de uma das modalidades ou ambas.

As principais garantias oferecidas são compreensiva (colisão, incêndio e

roubo), incêndio e roubo, colisão e incêndio, acidentes pessoais de passageiros e responsabilidade civil facultativa de veículos.

Outras garantias podem ser contratadas. São elas: • Assistência 24 horas: tem como objetivo prestar assistência ao veículo

segurado e a seus ocupantes, em caso de acidente ou pane mecânica e/ou elétrica;

• Acessórios: garante a indenização dos prejuízos causados aos acessórios do veículo pelos mesmos riscos previstos na apólice contratada. Entende-se como acessório, original de fábrica ou não, os rádios e toca-fitas, CD players, televisores etc., desde que fixados em caráter permanente no veículo segurado;

• Equipamentos: garante a indenização dos prejuízos causados aos equipamentos do veículo pelos mesmos riscos previstos na apólice contratada. Entende-se como equipamento, qualquer peça ou aparelho fixado em caráter permanente no veículo segurado, exceto áudio e vídeo;

• Carroceria: garante indenização no caso de danos causados à carroceria do veículo segurado, desde que o sinistro seja decorrente de um dos riscos cobertos na apólice;

• Blindagem: está coberta por essa garantia, a blindagem do veículo segurado, contra eventos cobertos pela apólice;

76

• Despesas extraordinárias: garante ao segurado, em caso de indenização integral, uma quantia estipulada no contrato de seguro, para o pagamento de despesas extras relativas à documentação do veículo ete.;

• Danos morais: garante ao segurado o reembolso da indenização por danos morais causados a terceiros, por qual vier a ser responsável civilmente em sentença judicial transitada em julgado ou em acordo judicial ou extrajudicial autorizado de modo expresso pela seguradora;

• Extensão de perímetro para os países da América do Sul: por meio dessa garantia, o segurado poderá ampliar a área de abrangência do seguro do seu veículo para os países da América do Sul;

• Valor de novo: garante ao segurado, no caso de indenização integral, a indenização referente à cobertura de casco pelo valor de novo, nos casos em que o sinistro ocorra em até 6 ou 12 meses da saída do veículo da concessionária.

77

5 - PRODUTOS DE APLICAÇÃO DE RECURSOS BANCÁRIOS Conceitos de Corporate Finance

Corporate Finance é uma área específica das Finanças relativa às decisões financeiras que uma companhia toma e quais os processos e ferramentas que de-vem ser utilizados em tais decisões. É a função em uma companhia que controla a política, a estratégia e a implementação de sua estrutura de capital, incluindo os orçamentos, as aquisições e os investimentos, o planejamento financeiro, as fontes de recursos e as questões relativas à gestão de dividendos e pagamento de impostos. É o processo pelo qual as companhias captam recursos para financiar planos de expansão, aquisições etc.

Alguns Bancos de Investimento são especializados em construir estruturas de

corpo ra te jinance e as disponibilizá-Ias para essas empresas que possuem nesses casos, divisões específicas e especializadas em aquisições, abertura de capital, reestruturação de empresas e temas relacionados.

Como um todo, tal disciplina segrega as decisões e técnicas de curto e de

longo prazo, identificando como alcançar os objetivos primários da organização, garantindo um retorno acima dos custos de capital, sem a assunção de riscos excessivos. Termos utilizados em Corporate Finance

Especificamente os bancos buscam essa técnica e utilizam-se de seus

conhecimentos específicos para prestar serviços às empresas interessadas em participar de processos de aquisição, fusão, cisão e incorporação.

A aquisição pode ser entendida como o processo pelo qual uma companhia

adquire o controle acioná rio de outra, e a companhia que adquiriu determinará se a adquirida continuará da mesma forma ou se será fracionada.

A fusão pode ser entendida como o processo no qual duas ou mais empresas se unem para formar uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.

A incorporação é o processo no qual uma ou mais sociedades (incorporadas)

tem seu patrimônio absorvido por outra (incorporadora), que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.

Cisão é o procedimento pelo qual uma companhia (cindida) transfere parcelas

de seu patrimônio para uma ou mais sociedades (cindendas) já existentes ou cons-tituídas para esse fim. O processo de cisão extingue a empresa cindida se houver versão de todo o seu capital. No entanto, se isso não ocorrer, a cisão será parcial.

78

Fundos mútuos de investimento

Os Fundos de Investimento consistem em instrumentos de aplicação financeira nos quais o investidor aplica seus recursos por meio da compra de cotas, deixando a gestão desses recursos sob a responsabilidade de um administrador profissional, que decidirá quais títulos e valores mobiliários deve vender ou comprar para a carteira do fundo, de acordo com o seu objetivo e estratégia de investimento.

As entidades reguladoras são a CVM, o BACEN e a ANBIMA, e pela

prestação de serviço envolvida ganham uma taxa de administração e classificam os fundos de diferentes formas (de acordo com o risco que o cliente correrá), estando diretamente ligadas à forma de capitalização das cotas e a destinação dos recursos, ou seja, sua volatilidade. Se os investimentos compraram (estarão lastreados) em títulos de renda fixa apresentam menor risco e, por isso, devem ser assim classifi-cados; já se os investimentos compraram (estarão lastreados) em títulos de renda variável, apresentarão maior risco e, por isso, devem ser assim classificados.

Um Fundo de Investimento mútuo consiste em uma alternativa para a

aplicação de recursos que reúne vários aplicadores, com diferentes perfis, formando uma espécie de condomínio, no qual as receitas e as despesas são divididas.

As informações relevantes de um Fundo de Investimento constam de seu

prospecto e de seu regulamento, que devem, obrigatoriamente, ser entregues ao cotista por ocasião de seu ingresso no Fundo.

O Fundo tem prazo indeterminado de duração e em sua denominação, que

não pode conter termos incompatíveis com o seu objetivo, deve constar a expressão "investimento financeiro", facultado o acréscimo de vocábulos que identifiquem o perfil de suas aplicações.

As taxas, despesas e prazos adotados devem ser os mesmos para todos os

condôminos do fundo. Na definição da política de investimento (em que serão aplicados os recursos

do fundo), devem ser prestadas informações acerca: • Das características gerais da atuação do fundo, entre as quais os critérios

de composição e de diversificação da carteira e os riscos operacionais envolvidos;

• Da possibilidade de realização de aplicações que coloquem em risco o patrimônio do fundo.

Para entrar em um fundo de investimentos, o investidor ou condômino precisa

comprar cotas, que representam o patrimônio formado pela soma fracionada dos recursos do fundo. Esse patrimônio é gerido por especialistas - os administradores - e aplicado em títulos diversos ou em outros fundos, buscando, em linhas gerais, maximizar os retornos e diminuir os riscos dos investimentos ou atingir determinado

79

objetivo de investimento, como a rentabilidade CDI, por exemplo, ou, ainda, o índice Ibovespa.

O valor de cada cota é recalculado diariamente e a remuneração recebida

varia de acordo com o prazo de aplicação e com os rendimentos dos ativos financeiros que compõem o fundo. Não há, geralmente, garantia de que o valor resgatado seja superior ao valor aplicado.

Em um fundo de investimento, cada investidor entra com o dinheiro que

quiser investir, comprando cotas da carteira que tenha o perfil por ele desejado. Ao sair do investimento, vende suas cotas. Naturalmente, seu ganho ou prejuízo estará na diferença entre o preço de aquisição das cotas e o preço de venda das cotas. Termos mais utilizados nesse tipo de investimento

• Condomínio - Conceito que norteia as receitas e despesas do grupo de cotistas de um fundo. Pode ser aberto (livre acesso), fechado (número limitado de participantes) ou exclusivo (destinado a pessoas específicas).

• Cotas - São as frações ideais do patrimônio liquido de um fundo, sendo assim, o valor da cota é igual ao patrimônio liquido do fundo dividido pelo número de cotas no encerramento do dia.

• Chinese Wall (Muralha da China) - Objetiva separar os tipos de recursos de um fundo e a sua gestão, separam-se os recursos dos clientes/cotistas dos recursos da instituição, objetivando conceder maior transparência e um menor conflito de interesses na gestão dos recursos. Essa iniciativa é amparada pela Resolução n°. 2.451 da CVM.

• Assembleia Geral de Cotistas - Reunião de cotistas com o objetivo de deliberar sobre assuntos administrativos e de estratégia de investimentos do fundos, nunca sobre a gestão em si do fundo, pois isso cabe ao gestor do fundo.

Os fundos de investimento são classificados pelo índice de volatilidade, que

determina o grau de risco para o investidor. Segundo a CVM, a autarquia responsável pela supervisão desse mercado, os

Fundos podem ser: I - Fundo de Curto Prazo; II - Fundo Referenciado;

Fundo de Renda Fixa;

Fundo de Ações;

Fundo Cambial;

Fundo de Dívida Externa;

Fundo Multimercado.

80

HotMoney

O hot money pode ser definido como um empréstimo de curtíssimo prazo,

não excedendo muitas vezes 10 a 30 dias. Geralmente, o cliente assina um contrato específico de hot money, garantido por nota promissória, fiança ou duplicatas na cobrança (carteira ainda não realizada). Esse contrato busca sempre facilitar o acesso aos recursos bancários a qualquer momento por parte do cliente, bastando solicitar por algum meio, seja pessoalmente, à distancia, via telefone ou internet.

Dado o perfil de risco e garantias, naturalmente o hot money apresenta taxas

de juros elevadas, tendo em vista que a disponibilidade dos recursos representa ainda um custo a mais às instituições financeiras. Contas garantidas

A conta garantida é um limite de crédito rotativo, destinado a atender as

necessidades de capital de giro de curto prazo das empresas, semelhante ao cheque especial, no entanto, com garantias adicionais.

Permite realizar saques e coberturas, mediante prévio aviso, durante o prazo

contratado. Garantias

• Duplicatas, cheques, devedores solidários (fiança ou aval). Vantagens

• As garantias são exigidas pelo saldo devedor e não pelo limite. • É o cliente que decide quando usar ou quando cobrir a conta garantida,

conforme sua necessidade ou disponibilidade de caixa. • O pagamento de juros é efetuado no dia escolhido pelo cliente e de

acordo com a utilização do limite.

Devemos observar que diferente do cheque especial, a conta garantida é um meio de ofertar um especial do especial, caracterizado pela vinculação de uma ga-rantia, conforme demonstrado, e o cheque especial não necessita de garantias. Crédito rotativo

Crédito rotativo é a forma de se emprestar, de como os bancos irão emprestar

- e não representa uma linha de crédito em si. Podem-se ter linhas que usam crédito rotativo ou não.

81

O contrato de abertura de crédito rotativo é uma linha de crédito com um

limite pré-estabelecido que o cliente utiliza conforme suas necessidades mediante saque único ou repetido. Nesses casos, os juros são calculados periodicamente sobre o saldo devedor e cobrados a cada período pactuado, e podem ter taxas pré-fixadas ou pós-fixadas.

O prazo varia de trinta dias a um ano, tendo a possibilidade de serem qui-

tados antecipadamente ou nas datas ajustadas e acordadas. Características

• Cliente renova contratos sucessivamente. • As taxas de juros incidem sobre o saldo devedor restante. • O saldo devedor pode ser repactuado constantemente.

Em resumo, são espécies de empréstimos em conta-corrente, em que o limite

se repõe com os pagamentos sucessivos, ou seja, são de natureza rotativa, com cobrança de encargos mensais somente sobre os valores utilizados no período do contrato e são direcionados tanto para pessoas físicas como jurídicas.

Quanto a suas modalidades, quando destinadas às pessoas físicas, denomi-

nam-se Cheque Especial, e quando às jurídicas, Cheque Especial Empresa ou com o nome genérico de Empréstimos em conta-corrente. Descontos de títulos, duplicatas, notas promissórias e cheques pré- datados

Para entendermos o desconto bancário devemos primeiro entender os ele-

mentos desse tipo de transação e sua dinâmica. Assim, descreveremos abaixo detalhadamente cada um dos itens:

Elementos Título de Crédito: são os documentos representativos de dívidas aceitos pelo

"cedente" contra um "sacado", que se obriga no título a fazer o pagamento em data aprazada.

Tipos mais usuais de títulos: Cada empresa possui algum tipo de título de

crédito que utiliza para financiar suas vendas a seus clientes; o mais comum desses títulos, atualmente, é o cheque. Ainda existem, todavia, as duplicatas, as notas promissórias e as cobranças bancárias (boleto bancário) de carteira registrada (nesse tipo de cobrança, o cliente do banco emite o boleto e, caso seu cliente não pague, o sistema do banco registra a dívida em cartório no prazo ajustado, negativando o CPF ou CNPJ do cliente não pagador nos órgãos de proteção ao crédito).

82

Fluxo de Caixa: Cada empresa possui datas de maior ou menor fluxo de

receitas e despesas; obviamente que o ideal para ela seria possuir um casamento entre as receitas e despesas. No entanto, nem sempre isso é possível, seja pela má administração dos pagamentos versus recebimentos ou, ainda, pela inadimplência das receitas futuras. Surge, assim, a necessidade de antecipar o fluxo futuro das receitas para suprir uma necessidade urgente de capital de giro.

Desconto Bancário: Entende-se por esse tipo de desconto a concessão de

crédito mediante garantia por títulos de crédito endossados ao banco e, ainda, as garantias acessórias (o banco aplica deságio no valor de face do título, que se caracteriza como sendo o desconto, e antecipa o produto final dessa conta). Por-tanto, os títulos são as garantias sobre o valor emprestado ao cliente possuidor dos títulos de crédito.

Direito de Regresso: Caso o título na data aprazada não seja honrado pelo

cliente do cliente do banco, a instituição pode regressar à fonte geradora do título de crédito, seu cliente, e exigir o cumprimento do título. Nesse caso, não é necessário cobrar do devedor do título.

Resumidamente, é o adiantamento do fluxo de contas a receber do cliente em

recursos disponíveis e líquidos feito pelo banco sobre os valores referenciados em títulos de crédito, de forma a antecipar o fluxo de caixa a receber do cliente, que transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao banco.

O banco seleciona cuidadosamente a qualidade de crédito dos títulos de

forma a evitar a inadimplência. Nessa operação, a empresa emitente da duplicata transfere o título para o banco, recebendo o líquido do valor de face menos juros e tributos. E o banco cobra juros, comissões e IaF, que será calculado sobre o valor principal.

Na data do vencimento do título, caso o mesmo não seja liquidado, a empresa

torna-se responsável pelo mesmo junto ao banco, efetuando o pagamento do título acrescido de juros e multa pelo atraso.

Garantias

Para efetivar o empréstimo são exigidos avais dos sócios dirigentes em nota

promissórias pró-solvendo, caução de duplicatas mercantis e de prestação de ser-viços com aceite, além de outras garantias, se a análise exigir.

O empréstimo é amortizado no ato da liquidação dos títulos descontados.

83

Como obter

A concessão do empréstimo se dá a cada solicitação, quando são disponi-

bilizados créditos em conta-corrente da empresa, mediante preenchimento de borderô de empréstimo, relacionando as duplicatas descontadas. Financiamento de capital de giro

São destinados ao suprimento da necessidade de capital de giro de

empresas, custeio da atividade, ou seja, são empréstimos vinculados a um contrato específico, contendo prazos, taxas, valores e garantias. Por meio dessa modalidade de empréstimo, as empresas garantem recursos para sua movimentação a curto prazo.

A amortização do empréstimo será negociada entre as partes e, em geral, é

feito em função de adequar os pagamentos ao fluxo de caixa da empresa, já que o capital de giro é um fator crucial no dia a dia da tesouraria de uma empresa. Adequá-Io às necessidades qualitativas e quantitativas, bem como otimizar seu custo de oportunidade entre as inúmeras formas de financiá-Io, pode representar a diferença entre a liquidez e a insolvência.

Diferentemente do Crédito Rotativo, o Financiamento de Capital de Giro não é

uma forma de emprestar e, sim, uma medida facultativa de atender a necessidade dos clientes, assim, podem utilizar a metodologia do capital rotativo ou não. Vendor Finance & Compror Finance

O Vendor é uma forma de financiamento de vendas em que o vendedor

recebe à vista do banco o valor da venda e o comprador paga ao banco a prazo. Assemelha-se em diversos aspectos ao desconto de títulos.

Características

A empresa vendedora assume o risco de não pagamento da dívida pela

empresa compradora.

A taxa de financiamento da instituição financeira é geralmente menor que a taxa praticada pela empresa vendedora no caso.

Autofinanciamento da venda, uma vez que o risco é rateado por várias

operações. Nesse tipo de operação, a empresa vendedora transfere seu crédito ao banco

em troca de uma taxa. Assim, os impostos e taxas serão menores, já que a empresa não embute o valor dos impostos e taxas no valor da mercadoria.

84

Vantagens para o empresário:

• Liquidez - Recebimento à vista das vendas financiadas; • Eficiência Fiscal - Vendas à vista não incluem custos financeiros (PIS,

COPINS etc.) na nota fiscal; • Taxas e Prazos mais competitivos - Os financiamentos são concedidos

com base no crédito do cliente e não do comprador; • Equalização de taxas - Importante instrumento na estratégia de vendas da

empresa, pois possibilita subsidiar ou não os financiamentos.

Vantagens para o cliente:

• Taxas e Prazos mais competitivos - Dado que os financiamentos são concedidos com base no crédito do Cliente e não do Comprador;

• Agilidade na concessão/contratação dos financiamentos: - Dado que o Cliente estende seu crédito aos Compradores.

Compror é um programa de financiamento para compra de bens e serviços.

A empresa negocia a compra à vista junto aos seus fornecedores e o banco efetua o pagamento. É um instrumento que dilata o prazo de pagamento de compras para os adquirentes, sem envolver o vendedor, tendo em vista que a instituição financeira financia a aquisição.

Pode ser contratado com garantias de penhor de duplicata, cheque e cartão.

É uma operação inversa ao vendor finance, ocorrendo quando pequenas

indústrias vendem para grandes redes comerciais. Nesse caso, o fiador do contrato é o próprio comprador.

Vantagens

• Agilidade na concessão de crédito; • Melhores condições de negociação junto aos fornecedores, pois os

pagamentos são feitos à vista; • Otimização do fluxo de caixa, reduzindo custos operacionais e

financeiros; • Pagamento aos fornecedores por depósitos e transferências diretamente

na conta do fornecedor.

Leasing (tipos, funcionamento, bens)

Transação celebrada entre o proprietário de um determinado bem (arren-dador) que concede a um terceiro (arrendatário) o uso desse bem por um período fixo. É facultada ao arrendatário a opção de comprar, devolver o bem arrendado ou prorrogar o contrato, em seu vencimento.

85

O leasing (também chamado arrendamento mercantil) é tratado pela Lei n°

6.099/74 e suas alterações. Segundo esse normativo, "considera-se arrendamento mercantil, para efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrenda-tária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta".

No Brasil, as entidades autorizadas a realizar operações de arrendamento

são os bancos múltiplos com carteira de arrendamento mercantil e as sociedades de arrendamento mercantil.

Podem ser objeto do leasing bens móveis, de produção nacional ou estrangei-

ra, e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio da arrendatária, segundo as especificações dessa.

Devem-se compreender alguns termos a respeito do leasing:

• Aluguel - Designa locação de bem ou objeto para utilização sem

fins de geração de renda, característica do LEASING FINANCEIRO, que nesse caso, o cliente tem a opção de compra ao final.

• Arrendamento - Designa cessão em troca de pagamento de bem ou objeto com fins de geração de renda, característica do LEASING OPERACIONAL, que nesse caso, o objetivo da arrendadora é manter as operações do cliente funcionando. Exemplo: Empresa Aérea que faz leasing de aviões e deseja manter sempre a mais nova frota, assim, periodicamente, devolve aviões e recebe novos, mantendo o contrato de leasing. O objetivo não é ficar com o bem e, sim, a geração de renda que o bem proporciona.

Ainda sobre Leasing, devem-se observar atentamente os conceitos de:

• Posse - A posse pode ser com o uso ou não. Exemplo: Ter um carro

em meu nome e emprestá-Io a um amigo. Naquele momento, a posse do bem é minha (está em meu nome), mas o uso é do meu amigo.

• Uso - Posso não ter a posse e possuir o direito de uso sobre um bem ou objeto.

As operações de leasing são, basicamente, realizadas nas modalidades:

operacional e financeiro. Leasing operacional

A sociedade arrendadora concede o uso da propriedade à arrendatária, mas assume o compromisso de prestar assistência técnica, bem como o risco comercial da obsolescência do bem, objeto do leasing.

86

Leasing financeiro

É uma operação em que o arrendador atua como intermediário, adquirindo o

bem e concedendo o uso e a posse ao arrendatário, que se compromete a pagar as contraprestações devidas. Leasing Back

No leasing back os bens que estavam no ativo permanente do arrendatário são vendidos para a empresa de leasing que, em seguida, os arrenda ao proprietário original dos bens.

Outro tipo de leasing é o subarrendamento, em que empresas no Brasil

contratam operações de leasing no exterior e subarrendam o bem/leasing com um arrendador local/empresa nacional. Vantagens gerais do leasing

Para a arrendadora:

Relacionamento de longo prazo com os clientes;

Reciprocidade em resultados;

Negociação de produtos complementares (exemplo: seguros);

Spreads atraentes. Para a arrendatária:

Financiamento a longo prazo;

Flexibilidade no fluxo de caixa da operação. Leasing e vantagens da operação

Financiamento total ou parcial do bem;

Liberação de capital de giro;

Possibilidade de atualização do equipamento durante a vigência do contrato;

Prazos da operação compatível com a amortização econômica do bem;

Flexibilidade nos prazos de vencimentos;

Dupla economia de IR (dedução dos aluguéis e não imobilização em equipamento);

Aceleração da depreciação, gerando eficiência fiscal;

Simplificação contábil;

Conservação das linhas de crédito.

87

Recursos utilizados na contratação de financiamentos

Os financiamentos possuem objetivos, por sua natureza, diferentes dos

empréstimos. Notadamente, os financiamentos estão vinculados a algum bem específico, enquanto os empréstimos tecnicamente chamam-se assim por não possuírem destinação específica.

Ressaltamos que cada tipo de linha de crédito ou destinação específica tem o

que tecnicamente chama-se de funding ou fundeamento/lastro de recursos, originados de alguma fonte.

Dessa forma, as linhas para financiamento nas instituições financeiras são,

em geral, linhas que se destinam a estruturar grandes investimentos produtivos que requerem baixas taxas e longos prazos e que possuem boas garantias que diminuem o risco da operação.

Assim, os bancos, para esse tipo de operação, devem possuir um funding que

seja compatível em custo de captação com a perspectiva de receita de aplicação (taxa de juros que o banco irá cobrar), ou seja, se o banco capta recursos e de longo prazo, possui funding para emprestar em uma linha que tenha como característica principal baixo risco, baixas taxas e longo prazo, a instituição estrutura seus fundamentos de crédito e captação casando posições.

Financiamento de capital fixo

O capital fixo ou o capital investido em coisas fixas e duradouras é repre-

sentando por máquinas, equipamentos, imóveis, instalações etc.

Em muitos casos é bastante difícil que as empresas tenham condições para efetuarem investimentos em bens fixos, pois a descapitalização para a aplicação nas aquisições de tais bens seria necessária. Nesse momento, entram as instituições financeiras que dispõem de recursos destinados ao financiamento de bens fixos.

Tais recursos podem ter origem própria ou por meio de repasses de órgãos

do governo ou de recursos obtidos no exterior para tal finalidade. Várias são as linhas de financiamento para a aquisição de capital fixo, inclusive com recursos oriundos do BNDES.

Os encargos cobrados pelas instituições para liberação dos financiamentos

variam conforme a política do governo, por resoluções do Banco Central do Brasil. A modernização do parque industrial é um dos pontos importantes para o

desenvolvimento do país, por isso, o Governo facilita, em muitas oportunidades, a política de financiamento a médio e longo prazos, inclusive com determinações que visam a facilitar a importação de equipamentos vindos do exterior.

88

Crédito Pessoal

O Crédito Pessoal ou ainda o Empréstimo Pessoal é um tipo de operação

caracterizada pela fidúcia simples, ou seja, pela confiança da instituição (análise de crédito) em seu cliente, oferecida por bancos, Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos (financeiras), e Cooperativas de Crédito. Por sua natureza de crédito parcelado e por ser um crédito de solicitação e não de disponibilidade, a instituição cobrará uma taxa de juros mensal geralmente mais baixa que a do cheque especial. O CP tem sua aplicação livre, ou seja, a instituição não define sua aplicação pelo cliente, ele usará como quiser.

A instituição procurará constituir o cadastro de seu cliente e, em seguida,

efetuar a análise de risco. Devido às variáveis às quais essa análise está sujeita, cada instituição, em geral, possui uma "fórmula" mais ou menos igual, que busca medir o histórico de crédito versus renda versus empréstimo versus parcela versus comprometimento mensal. Tal análise objetiva oferece um limite dentro do nível da capacidade de pagamento do cliente. Sendo assim, fica clara a importância que o cadastro do cliente exerce na engenharia de cada instituição; quanto mais detalhado e amplo for o cadastro do cliente, melhor.

Características gerais - Obter em Bancos, Financeiras e Cooperativas de Crédito:

Pré-Requisitos: Cadastro aprovado e possíveis garantias (fiança, aval, bens);

Prazos: em geral parcelas mensais e sucessivas de 1 a 36 meses ou ainda parcelas únicas, trimestrais, semestrais, anuais;

Taxas: IOF e outras taxas que por ventura cobre a instituição. Qual a finalidade do Crédito Pessoal?

• Oferecer crédito livre sem especificação de destinação, por ser de aplica-ção livre pelo cliente representa um risco maior à instituição; crédito de destinação específica e com o bem como garantia (exemplo: financiamento de automóveis são mais baratos em virtude disso).

• Atender a necessidades urgentes e pessoais. • Compensação de taxas: esse crédito pode ser usado para quitar o

Cheque Especial (de taxa maior) e o cliente pode parcelar o saldo do cheque especial com uma taxa menor, pagando menos juros.

• Garantir limite pré-aprovado: a maioria dos bancos e outras instituições utilizam limites pré-aprovados para essa linha, facilitando ainda mais o acesso do cliente. Caso ele queira, não precisará mais pedir, já está aprovado: é só fazer a contração por qualquer canal de atendimento (máquinas, centrais de atendimento telefônico, celular etc.).

• Permitir pagamentos programados em débito automático, débito em conta corrente ou boletos bancários.

89

• Possibilitar a amortização parcial ou total d? saldo devedor de forma antecipada.

• Permitir definição do melhor dia de pagamento da parcela com o recebi-mento de salários e outros ganhos, ajustando os pagamentos do cliente a seu fluxo de recebimentos.

Ou seja, o Crédito Pessoal é uma operação de cunho pessoal, como o próprio

nome diz, de confiança simples da instituição para com o cliente e sua taxa de juros varia em função do risco que foi mensurado pela relação instituição versus seu público alvo para essa linha. Crédito direto ao consumidor

São empréstimos ou financiamentos concedidos para uso por parte do cliente

na aquisição de bens, geralmente eletro-eletrônicos e carros. O CDC é concedido diretamente ao consumidor, pessoas jurídicas ou pessoas físicas, por bancos e sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras).

Além dos juros, é cobrado o IOF (Imposto sobre Operações de Crédito,

Câmbio e Seguro ou relativos a títulos e valores imobiliários), que incide de forma diferente nas pessoas físicas e jurídicas. O IOF, especificamente, arcado pelas pes-soas jurídicas, é maior que aquele pago pelas pessoas físicas. Em geral, as operações obedecem a um sistema de pagamento Price, ou seja, a quitação do financiamento é efetuada em prestações iguais, mensais e sucessivas.

O CDC é uma alternativa para financiamento de veículos leves e pesados,

máquinas, equipamentos médicos e odontológicos, equipamentos de informática, serviços diversos, dentre outros. Os prazos podem variar entre 1 a n meses, de acordo com o bem financiado, risco e garantia.

O CDC Interveniência é uma modalidade do CDC em que a empresa ven-

dedora da mercadoria atua como garantidora do crédito concedido pela financeira ou pelo banco. Empréstimo Consignado

O ECF surge da necessidade de minimizar o risco da operação e conceder

maior conveniência ao cliente, Tem como base a Lei n° 10.820, de 17 de dezembro de 2003 que autoriza as instituições financeiras contratarem modalidades de empréstimo com desconto de prestações em folha de pagamento (crédito consignado), ou seja, o trabalhador receberá seu salário já deduzido da prestação devida ao banco.

Os trabalhadores com carteira assinada, do setor público ou privado, poderão

negociar o empréstimo diretamente, por meio da empresa em que trabalha ou do sindicato da categoria. Não precisará ter conta-corrente na instituição, assim como poderá obter o empréstimo em um banco diferente daquele em que é creditado seu salário.

90

Os aposentados e pensionistas do INSS, desde maio/2004 também têm

direito a essa modalidade de empréstimo.

O primeiro passo para se habilitar a esse empréstimo é procurar, na empresa em que trabalha, a área responsável, em geral a de Recursos Humanos. No caso dos aposentados, procurar um dos bancos credenciados pelo MPAS.

Características: • Operações possíveis: empréstimos, financiamentos, leasing; • Beneficiários: trabalhador com carteira assinada - CLT, (sindicalizado ou

não), aposentados e pensionistas do INSS; • Valor máximo do empréstimo: não há (dependerá do salário e do prazo); • Valor máximo das prestações: comprometimento de até 30% dà salário

líquido mensal; • Prazos máximo e mínimo: não há (em geral estão entre 6 e 36 meses,

mas há convênios que chegam a 72 meses); • Forma de pagamento: prestações iguais, mensais, pré-fixadas; • Juros: negociáveis entre as partes, não há piso ou teto estabelecidos (em

geral, entre 1,5% e 3,5% ao mês); • Taxas: empresa poderá cobrar taxas pelo custo operacional dela e

repassar as cobradas pelo banco para esse serviço; • Possível contratação de seguro de crédito ou de vida, cobrindo inadim-

plência por morte, perda involuntária do emprego, redução de salário; • Pagamento antecipado: só saldo devedor de principal (desconta o fluxo

futuro na taxa do contrato); • Funcionário, aposentado ou pensionista poderá escolher o banco

conveniado, não precisa ser aquele em que recebe seu salário ou aposentadoria;

• Operacionalidade: as empresas, ou o Dataprev, farão os controles, desde a dedução do valor das prestações no contracheque do empregado/ aposentado ao repasse dos valores, mensalmente, para o(s) banco(s) emprestador(es);

• É acessível a pessoas com restrições cadastrais (nome sujo na praça). Crédito Rural

O crédito rural destina-se a suprir os recursos financeiros necessários para, aplicação exclusiva nas atividades agropecuárias. Considera-se crédito rural "o suprimento de recursos financeiros por entidades públicas e estabelecimentos de crédito particulares a produtores rurais ou as suas cooperativas para aplicação exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação em vigor".

91

A Lei n° 4.829, de 05/11/1965, institucionalizou o crédito rural que deverá ser

"distribuído e aplicado de acordo com a política de desenvolvimento da produção rural dos pais e tendo em vista o bem-estar do povo".

Operam compulsoriamente no crédito rural os bancos comerciais e os

comerciais múltiplos com carteira comercial, aplicando nesse segmento um per-centual dos volumes médios dos depósitos à vista e outros recursos compulsórios, a serem estabelecidos pelo Banco Central, que também fixa a taxa de juros e os prazos de financiamentos.

Para efeito de concessão de financiamentos rurais, o Banco Central classifica

os produtores rurais em função da renda bruta da produção no ano civil anterior:

Miniprodutor;

Pequeno produtor;

Médio produtor;

Grande produtor.

Em qualquer de suas modalidades, o crédito rural (agrícola e pecuário) pode destinar-se para:

• Custeio - prazo de financiamento de 12 meses (pecuário) e de 24 meses

(agrícola); • Investimento - financiamento para investimento fixo e semifixo, com prazo

de até 6 anos; • Comercialização - recursos que se destinam ao beneficiamento e a in-

dustrialização dos produtos agropecuários, cuja comercialização se dará em até 180 dias a contar da liberação destes recursos.

Para os agricultores vinculados ao Programa Nacional de Agricultura Familiar

(PRONAF), há um tratamento especial na análise e concessão do crédito, com regras especiais e limites vinculados ao perfil do agricultor, cujo objetivo é fixá-Io no campo.

Na forma da legislação em vigor, o financiamento rural é efetuado por meio de

Cédula de Crédito Rural ou Duplicata Rural, instrumento jurídico de materialização do ato. A CCR é a promessa de pagamento em dinheiro, com ou sem garantia real, cedularmente constituída, por meio da qual se formalizam financiamentos de natureza rural, concedido à pessoa física ou jurídica.

A CCR é um título de crédito civil, específico, liquido, certo e exigível pela

soma nele constante, acrescida dos juros, comissões e demais itens previstos em cláusulas especiais, que possibilitem a realização do direito do financiador.

Em função da garantia oferecida a CCR, pode ser emitida com garantia real e

garantia pessoal.

92

A Duplicata Rural é, por sua vez, utilizada nas vendas a prazo de quaisquer

bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente por produtores rurais ou por suas cooperativas. Poderá ser utilizada também, como título do crédito; emitida pelo vendedor, que ficará obrigado a entregá-Ia ou a remetê-Ia ao comprador, que a devolverá depois de assiná-Ia. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica.

A contratação de assistência técnica rural é exigida quando assim for deter-

minada pelo financiador ou quando a linha de crédito determinar. Quando não se tratar desse caso, é facultada, e caberá ao produtor decidir, a necessidade de assistência técnica para a elaboração de projeto e orientação.

Objetivos do crédito rural:

• Estimular os investimentos rurais feitos pelos produtores ou por suas

associações (cooperativas, condomínios, parcerias etc.). • Favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a

comercialização de produtos agropecuários. • Fortalecer o setor rural. • Incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção,

visando ao aumento de produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à adequada utilização dos recursos naturais.

Quem pode se utilizar do crédito rural • Produtor rural (pessoa física ou jurídica). • Cooperativa de produtores rurais. • Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se

dedique a uma das seguintes atividades.

As exigências essenciais para concessão de crédito rural • Idoneidade do tomador. • Apresentação de orçamento, plano ou projeto, exceto em operações de

desconto de Nota Promissória Rural ou de Duplicata Rural. • Oportunidade, suficiência e adequação de recursos. • Observância de cronograma de utilização e de reembolso. • Fiscalização pelo financiador.

As garantias oferecidas para obtenção de financiamento rural • Penhor agrícola, pecuário, mercantil ou cedular. • Alienação fiduciária. • Hipoteca comum ou cedular. • Aval ou fiança. • Outros bens que o Conselho Monetário Nacional admitir.

93

A que tipo despesas está sujeito o crédito rural • Remuneração financeira. • Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações

relativas a Títulos e Valores Mobiliários. • Custo de prestação de serviços. • Adicional do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). • Sanções pecuniárias. • Prêmio de seguro rural.

Nenhuma outra despesa pode ser exigida do mutuário, salvo o exato valor de

gastos efetuados à sua conta pela instituição financeira ou decorrente de expressas disposições legais.

Classificação dos recursos do crédito rural

Controlados

Os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de depósito à vista), os

oriundos do Tesouro Nacional e os subvencionados pela União sob a forma de equalização de encargos (diferença de encargos financeiros entre os custos de captação da instituição financeira e os praticados nas operações de financiamento rural, pagos pelo Tesouro Nacional).

Não controlados - Todos os demais.

Limites de financiamento

Recursos não controlados. São livremente pactuados entre as partes.

Regulação das taxas de juros segundo a origem dos recursos aplicados • Recursos controlados: 8,75% a. a., exceto para o Programa Nacional de

Financiamento Agrícola Familiar - PRONAF (ver módulo específico); • Recursos não controlados: livremente pactuadas entre as partes; e • Recursos das Operações Oficiais de Crédito destinados a investimentos: a

serem fixadas por ocasião da divulgação da respectiva linha de crédito.

O crédito rural é liberado e pago de uma só vez ou em parcelas, em dinheiro ou em conta de depósitos, de acordo com as necessidades do empreendimento, devendo as utilizações obedecer ao cronograma de aquisições e serviços. O prazo e o cronograma de reembolso são estabelecidos em função da sua capacidade de pagamento, de maneira que os vencimentos coincidam com as épocas normais de obtenção dos rendimentos da atividade assistida.

94

Tendo em vista a natureza do crédito, o banco é obrigado a fiscalizar a

aplicação da quantia financiada, sendo-lhe facultada a realização de fiscalização por amostragem em créditos de até 60 mil reais. Essa amostragem consiste na obrigatoriedade de fiscalizar diretamente até 10% desses créditos.

Essa fiscalização deve ser efetuada da seguinte forma:

Crédito de custeio agrícola: pelo menos uma vez no curso da operação antes da época prevista para liberação da última parcela ou até 60 (sessenta) dias após a utilização do crédito, no caso de liberação em parcela única.

Empréstimo do Governo Federal (EGF), conforme previsto no Manual de Operações de Preços Mínimos.

Demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias após cada utilização, para comprovar a realização das obras, serviços ou aquisições. Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos recursos orçamentários, o desenvolvimento das atividades financiadas e a situação das garantias, se houver.

Os instrumentos utilizados para a formalização do crédito rural, de acordo com

o Decreto-Lei n° 167, de 14/02/67, e a formalização do crédito rural, podem ser realizados por meio dos seguintes títulos:

Cédula Rural Pignoratícia (CRP);

Cédula Rural Hipotecária (CRH);

Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH);

Nota de Crédito RuraL Deve-se sempre observar atentamente os prazos de prescrição de cobrança

dos títulos: Cédula de Crédito Rural e Duplicata Rural • 3 anos a contar do vencimento contra o emitente e respectiva garantia

pessoal (avalista). • 1 ano a contar do vencimento contra o endossante e respectiva garantia

pessoal (avalista).

Esses títulos de crédito são promessas de pagamento sem ou com garantia real cedularmente constituída, ou seja, declaradas no próprio título, dispensando documento à parte. A garantia pode ser ofertada pelo próprio financiado ou por um terceiro. Embora seja considerado um título civil, é evidente sua comerciabilidade, por sujeitar-se à disciplina do direito cambiário.

95

De acordo com a natureza das garantias, devem ser utilizados esaes títulos

de crédito rural a: Com garantia real: • Penhor: Cédula Rural Pignoratícia; • Hipoteca: Cédula Rural Hipotecária; • Penhor e hipoteca: Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária.

Sem garantia real: • Nota de Crédito Rural.

Cadernetas de Poupança

Somente os bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa

Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário e as associações de pou-pança e empréstimo podem receber depósitos de poupança. As sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e empréstimo podem, mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil, estabelecer convênios com bancos múltiplos com carteira comercial e bancos comerciais para a captação de depósitos de poupança.

É um dos investimentos mais procurados e utilizados pelas pessoas que têm contas em bancos, no entanto, apesar disso, muitos não entendem como funciona, apenas sabem que, ao se depositar parte do seu capital na poupança, o mesmo ficará rendendo todo mês - informação que basta a muitas pessoas.

É interessante conhecer a forma como a poupança remunera o capital investi-

do para que seja possível avaliar se o investimento será realmente lucrativo. Muitas vezes, o rendimento da poupança é ilusório, mantendo-se o valor do dinheiro no tempo, ou seja, apenas protegendo o capital da inflação.

A aplicação em caderneta de poupança é considerada uma aplicação de

baixo risco, ou seja, o capital investido dificilmente será perdido. Ao contrário de outros tipos investimentos em que o retorno, e até mesmo o capital investido, poderá ser perdido. As características que fazem com que esse tipo de aplicação se enquadre nessa classificação se resumem em uma só:

Transparência nas regras de remuneração, que são fixas e controladas pelo

Banco Central do Brasil. Contudo, por ter uma taxa de risco baixa, a caderneta também possui um

rendimento que, quando comparado a outros tipos de aplicações, pode ser con-siderado baixo.

96

Como é remunerado o capital aplicado na poupança?

Por lei, os capitais aplicados na caderneta são remunerados mensalmente a

uma taxa de 0,5% + TR sobre o valor aplicado, levando ao rendimento de 6% ao ano + TR. A TR (Taxa Referencial) é uma taxa média de juros calculada por uma média ponderada do rendimento dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) das principais instituições financeiras do Brasil.

Quais as desvantagens desse tipo de investimento?

Se a inflação for muito alta, a poupança não será um bom investimento, pois

servirá, quando muito, para manter o valor do seu dinheiro no tempo. Se a inflação for baixa, no entanto, não ultrapassando os 6% ao ano, será sim um bom investimento. Quais as vantagens desse tipo de investimento?

A caderneta de poupança possui basicamente dois atrativos. O primeiro é a

isenção de imposto de renda, ou seja, os rendimentos ganhos na aplicação não são tributáveis, ficam integralmente com a pessoa, ao contrário de outros tipos de investimentos em que o imposto de renda chega a 27,5% sobre os lucros obtidos.

O segundo atrativo é a liquidez diária - o dinheiro é corrigido diariamente, ao

contrário de outros investimentos em que, por exemplo, a liquidez é mensal: o valor aplicado só é corrigido no final do mês. Apesar de ter liquidez diária, se o investidor necessitar retirar alguma quantia antes da data de aniversário, terá o rendimento prejudicado.

Os recursos depositados na poupança são garantidos pelo Fundo Garantidor

de Crédito (FGC). Valores de até 60 mil são garantidos. Nesse caso, é bom se aplicar no máximo R$ 60 mil na poupança, pois tal valor nunca será perdido.

Outro atrativo será a pouca complexidade no procedimento de investimento. A

poupança, como se diz no mercado, é um dinheiro carimbado, possui uma desti-nação previamente definida pelo Conselho Monetário Nacional. Grande parte dos recursos captados sob a forma de poupança, mais especificamente 65%, no mínimo, deverá ser aplicada em operações no mercado imobiliário. Desse valor, pelo menos 80%, ou seja, 52% do total, deverão ser aplicados em operações de financiamento habitacional no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação - SFH.

Existem ainda recursos que são captados em depósitos de poupança rural

pelo Banco da Amazônia S.A., Banco do Brasil S.A. e Banco do Nordeste do Brasil S.A. e terão uma destinação diferente da poupança convencional.

97

Desses valores captados sob a forma de poupança rural, no mínimo 15% do montante devem ser depositado compulsoriamente no Banco Central do Brasil, 40% devem ser mantidos em operações de crédito rural e, no máximo, 45% dos recursos podem ser aplicados em títulos da dívida pública federal, estadual, municipal, depósitos interfinanceiros, financiamentos para habitação rural e outros empréstimos. Financiamento à importação e à exportação - repasses de recursos do BNDES

Várias instituições financeiras operam com linhas de crédito para finan-

ciamento específico das operações de importação e exportação de mercadorias. Muitas delas realizam tais operações atuando como agentes financeiros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tomando recursos emprestados junto ao banco federal e repassando a seus clientes, conforme as condições das linhas existentes.

Aqui serão apresentadas as principais operações de financiamento a

exportação e importação realizadas pelas instituições financeiras com recursos do BNDES. Financiamento à Importação

Consideram-se como importação financiada todas as aquisições de bens e

serviços no exterior, cuja efetiva saída de divisas ocorra de algum prazo. Os fi-nanciamentos à importação podem ser obtidos pelo importador, diretamente com seu fornecedor ou por meio de linhas de crédito junto a instituições financeiras no exterior ou no Brasil.

Quando o financiamento for obtido pelo importador, diretamente com

fornecedor, a importação pode ser contratada na modalidade de cobrança a prazo simples - quando existe um grau de confiabilidade do fornecedor sobre o importador - ou cobrança a prazo com a coobrigação nos saques (aval de banco) ou, ainda, carta de crédito a prazo.

Quando o financiamento for concedido ao importador, diretamente por uma

instituição financeira no exterior, normalmente será requerida uma carta de crédito a prazo, com cláusula de pagamento à vista ao exportador.

98

Linhas de Importação do BNDES

Objetivam financiar a aquisição de equipamentos, sem similar nacional. O

beneficiário deverá comprovar ao BNDES a inexistência de similaridade, utilizando-se dos seguintes documentos:

• Resolução da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), com a lista de

bens contemplados pelo regime de ex-tarifários, na qual figure a máquina ou equipamento a ser financiado, a qual deverá estar em vigor na data da aprovação e da contratação da operação ou

• Anotação realizada pelo Departamento de Comércio Exterior (DECEX) na própria licença de importação do bem financiado, atestando a inexistência de similar nacional.

Os equipamentos e máquinas, objeto do financiamento, deverão ser

importados em nome da beneficiária, não sendo passíveis de apoio aqueles já internados no Brasil. Não são passíveis de apoio a importação de:

• Equipamentos móveis destinados ao transporte de qualquer natureza,

inclusive os de movimentação de carga, construção, pavimentação e agropecuária, incluindo chassis e carrocerias;

• Equipamentos de automação bancária. Financiamento à Exportação Linhas de Exportação do BNDES

Objetivam financiar a atividade produtiva voltada à exportação. O BNDES financia a exportação de bens e serviços por meio de instituições financeiras cre-denciadas, nas modalidades:

• Pré-embarque: financia a produção nacional de bens a serem exportados

em embarques específicos; • Pré-embarque Ágil: financia a produção nacional de bens a serem expor-

tados, associada a um Compromisso de Exportação; • Pré-embarque Especial: financia a produção nacional de bens a serem

exportados, sem vinculação com embarques específicos, mas com período pré-determinado para a sua efetivação;

• Pré-embarque Empresa Âncora: financia a comercialização de bens pro-duzidos no Brasil, por micro, pequenas e médias empresas por meio de empresa exportadora (empresa âncora);

• Pré-embarque Automóveis: financia, na fase pré-embarque, a produção destinada à exportação de automóveis de passeio;

• Pós-embarque: financia a comercialização de bens e serviços nacionais no exterior, por meio de refinanciamento ao exportador, ou pela modalidade buyer's credito.

99

O instrumento de garantia utilizado é o mesmo oferecido pela agência de cré-

dito à exportação e ainda, para facilitar o acesso ao crédito à exportação, encontra-se disponível o Seguro de Crédito à Exportação, que possibilita a cobertura dos riscos comerciais e políticos dos bens e serviços exportados. No Brasil, esse instrumento é operado pela Seguradora Brasileira de Créditos à Exportação - SBCE.

Os interessados dirigem-se à instituição financeira credenciada de sua

preferência para negociar a operação e definir se esta será garantidora ou man-datária da operação.

As operações são realizadas de acordo com as Normas Operacionais,

mediante apresentação de formulários definidos conforme o tipo de operação. Cartões de crédito

É um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir bens e

serviços em estabelecimentos comerciais previamente credenciados, mediante a comprovação de sua condição de usuário. Tal comprovação é feita com a apre-sentação do cartão no ato da aquisição da mercadoria.

Juridicamente, o cartão de crédito é um contrato de adesão entre consumidor e

administradora de cartões de crédito, que tem por objeto a prestação dos seguintes serviços de intermediação de pagamentos à vista das obrigações assumidas por meio de cartão, até um limite estabelecido entre o consumidor e um fornecedor de bens ou serviços pertencente a uma rede credenciada, desde que o consumidor pague suas obrigações integralmente até o dia do vencimento da fatura e não opte , pelo parcelamento do valor das compras.

De maneira pontual, os cartões de crédito permitem e apoiam e financiam: • Serviços de intermediação de pagamentos à vista entre consumidor e

fornecedor pertencente a uma rede credenciada; • Serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura de

obrigações assumidas pelo cartão de crédito junto a fornecedor pertencente a uma rede credenciada;

• Serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura de inadim-plemento por parte do consumidor de obrigações assumidas junto a for-necedor pertencente a uma rede credenciada;

• Serviço de intermediação financeira (crédito) para empréstimos em dinheiro direto ao consumidor, disponibilizado por meio de operação de saque.

As empresas detentoras de uma determinada marca (popularmente

chamadas de bandeiras) autorizam outras empresas (chamadas emissoras) a gerar cartões ostentando a respectiva marca. Os portadores desses cartões têm à sua disposição uma rede de lojas credenciadas para a aquisição de bens e serviços.

100

O estabelecimento comercial registra a transação com o uso de máquinas

mecânicas ou informatizadas, fornecidas pela administradora do cartão de crédito, gerando um débito do usuário-consumidor a favor da administradora e um crédito do fornecedor do bem ou serviço contra a administradora, de acordo com os contratos firmados entre essas partes. Periodicamente, a administradora do cartão de crédito emite e apresenta a fatura ao usuário-consumidor, com a relação e o valor das compras efetuadas.

101

6 - MERCADO DE CAPITAIS

O mercado de capitais surgiu para cobrir uma lacuna deixada pelo mercado

creditício. Ele existe para atender às necessidades de financiamento de longo prazo das empresas, emitindo títulos de crédito (debêntures e commercial papers) e de propriedade (ações); assume um papel dos mais relevantes no processo de desenvolvimento econômico do Brasil, atuando como propulsor de capitais para os investimentos de empresa e estimulando a formação da poupança privada.

Sendo o mercado o lugar em que as empresas buscam financiamento para

projetos de longo prazo, o mercado de capitais dispõe de três produtos básicos:

Ações - Investidor se torna proprietário da empresa, juntamente com outros investidores.

Debênture - Título de renda fixa de longo prazo, emissão de empresas: Investidor torna-se credor da empresa.

Commercial Paper - Título de curto prazo (até 360 dias). Investidor torna-se credor da empresa.

AÇÕES - CARACTERÍSTICAS E DIREITOS

Ações são títulos representativos da menor fração do capital social de uma

sociedade anônima ou, simplesmente, sociedade por ações. Elas são o principal instrumento de renda variável do mercado de capitais e são utilizadas, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente, como forma de financiar as necessidades de capital de longo prazo das empresas.

Uma ação está para uma sociedade anônima, assim como uma cota para

uma empresa limitada. Dessa forma, quando um empresário monta uma loja em um shopping center, ele normalmente o faz na forma de uma empresa sob cotas de responsabilidade limitada; ele é o dono da empresa, detendo x% do capital da loja.

O mesmo se dá com ações. Quando um investidor decide comprar ações da

Petrobras, ele se torna acionista da empresa, ou seja, ele passa a ser dono de um pedaço da companhia, mesmo que esse pedaço seja pequeno. Assim, um acionista não é um credor da companhia, mas um coproprietário com direito aos lucros e com responsabilidade junto aos prejuízos.

As sociedades anônimas (S.A.) podem ter o capital fechado ou aberto. Diz-se

que uma empresa tem capital aberto quando suas ações são negociadas na bolsa de valores.

102

Conforme sua estrutura, o mercado acionário pode ser dividido em duas

etapas: • Mercado primário - Mercado utilizado pelas empresas para se capitalizar

pela emissão de novas ações. Para alcançar novas ações no mercado, as empresas fazem emissões públicas de ações, conhecidas como operações de underwriting ou subscrição.

• Mercado secundário - Quando o detentor de uma ação de uma empresa deseja desfazer-se de sua posição, ele busca no mercado secundário, por intermédio de um corretor, outro investidor que deseje comprar suas ações. Essa transferência dos títulos entre investidores se dá por meio das bolsas de valores ou do mercado de balcão.

As ações podem ser de dois tipos: • Ações ordinárias - Conferem ao acionista o direito de voto em as-

sembleias gerais. • Ações preferenciais - Garantem ao acionista a prioridade no recebimento

de dividendos e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade. De acordo com a nova Lei das S.A, Lei no.10.303, as ações preferenciais têm direito adicional a 10% de dividendos, acima do valor destinado aos detentores de ações ordinárias. Entretanto, não dão direito a voto.

De acordo com a Lei das S.A., uma empresa tem que emitir um mínimo de

50% do seu capital social em ações ordinárias. Conforme veremos mais adiante, as exigências do investidor e as boas práticas de governança corporativa têm levado as empresas aumentarem a cada vez mais seu percentual de ações ordinárias.

É curioso o fato de as ações preferenciais nos Estados Unidos terem lugar

nos livros americanos no capítulo sobre renda fixa. Essa peculiaridade tem por base o fato de as ações preferenciais naquele país pagarem dividendos fixos, transformando o título em uma anuidade, característica de um papel de renda fixa. Uma ação preferencial nesses moldes pode pagar, por exemplo, 5 dólares por ação em dividendo por ano ou 2% do valor de subscrição. Esse procedimento, é verdade, transforma o título de renda variável em um papel com totais características de renda fixa, procedendo dessa forma a inserção do assunto no capítulo sobre renda fixa.

103

As ações podem ser, ainda, de duas formas: • Nominativas - Há a emissão de cautelas ou certificados que apresentam

o nome do acionista, cuja transferência é feita com a entrega da cautela e a averbação de termo, em livro próprio da empresa emitente, identificando o novo acionista.

• Escriturais - Não há emissão de cautelas ou movimentação física dos documentos. É como se fosse uma conta-corrente. Hoje em dia, quase a totalidade das ações é do tipo escritura!, controlada por meios eletrônicos, o que não significa que não haja um controle dos proprietários das ações.

Se uma ação é um título de propriedade de uma empresa, ela deve conter alguns direitos. Vejamos, a seguir, quais os direitos e proventos de uma ação:

• Dividendos - Quando a empresa gera lucro, parte desse lucro é

distribuída para seus acionistas na forma de dividendos. O restante é utilizado para reinvestimentos e para constituição de reservas. A distribuição de dividendos, como percentual a ser distribuído e as datas de pagamento são definidas em assembleia dos acionistas, após o fechamento dos demonstrativos financeiros anuais.

• Bonificação - As bonificações podem ser em ações ou em dinheiro. A bonificação na forma de ações é o resultado do aumento de capital de uma empresa, mediante a incorporação de reservas e lucros, ocasionando a distribuição gratuita de novas ações a seus acionistas, em número proporcional às já possuídas. Uma empresa pode, também, distribuir bonificações em dinheiro; isso ocorre excepcionalmente, quando a empresa concede a seus acionistas uma participação adicional nos lucros.

Direitos de subscrição - Ao emitir novas ações, para o aumento do capital da

empresa, os acionistas têm a preferência na aquisição dessas novas ações, de' forma a manter a mesma proporção na participação que detém.

Venda de direitos de subscrição - Caso não haja interesse por parte do acio-

nista em adquirir as novas ações oriundas da subscrição, ele poderá vender esse direito a terceiros, em bolsas de valores.

Split ou desdobramento - Ocorre um split quando uma ação se divide em

outras ações. Suponhamos, por exemplo, que o preço de uma ação da empresa X seja de 50 reais e a empresa decida fazer um split de 1 para 5. Dessa forma, o detentor dessa ação passaria a ter cinco vezes a mesma quantidade de ações, com o preço de 1/5 por ação - 10 reais - do valor original. Em um primeiro momento, seu resultado financeiro é nulo.

Agrupamento ou inplit - O inplit é o contrário do split; há o agrupamento de

uma quantidade de ações para formar uma nova ação. Assim como no split, o resultado financeiro da operação é nulo no primeiro momento.

104

Análise de ações

Para muitos, a escolha de ações para compra e venda é uma arte.

Entretanto, a profissionalização do mercado de ações não dá mais lugar para pessoas inexperientes. Trata-se de um mercado altamente qualificado, com profissionais muito bem preparados para atender às demandas dos investidores. Existem algumas técnicas de análise, tais como:

Análise técnica;

Análise fundamentalista;

Análise de múltiplos.

Análise técnica

A análise técnica, ou análise gráfica, baseia suas orientações de decisão no exame de dados de preço e volume passados. A partir de uma análise passada das tendências do mercado, os analistas predizem o comportamento futuro para o mercado como um todo e para ativos específicos. Análise fundamentalista

A base das análises fundamentalistas são os fundamentos do mercado, segmento ou empresa que se deseja analisar. Em outras palavras, uma análise fundamenta lista vai buscar explicação para suas recomendações nos fundamentos macro e microeconômicos do objeto em análise e adota a hipótese da existência de um valor intrínseco para cada ação, com base nos resultados apurados pela empresa emitente.

Uma análise fundamentalista contempla os seguintes itens sobre a empresa: • Análise do impacto das variáveis macroeconômicas; • Análise econômico-financeira; • Análise competitiva; • Análise do fluxo de caixa; • Análise evolutiva; • Análise prospectiva; • Análise da gestão estratégica; • Determinação do valor da empresa e de suas ações.

Essas informações culminam em uma recomendação de comprar, vender ou

manter as ações da empresa.

105

Análise de múltiplos

A análise de múltiplos envolve combinar uma série de dados sobre a

empresa, de forma a analisar crescimento, margem, rentabilidade e criação de valor, bem como comparar seu desempenho com o do mercado. Índices do mercado acionário

O índice é um indicador de desempenho que serve para avaliar a perfor-

mance do mercado durante determinado período. Os principais índices da Bolsa de Valores brasileira são:

Ibovespa;

IBX. Cada índice tem sua metodologia de cálculo, conforme veremos a seguir.

Entretanto, todos são formados por uma carteira teórica de ações, carteira esta organizada segundo algum critério. Ibovespa

O Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das

cotações do mercado de ações brasileiro. Além de retratar o comportamento dos principais papéis negociados na Bovespa, é um índice com tradição, pois não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação, em 1968. É uma carteira teórica de ações, que busca reproduzir o comportamento das principais ações negociadas na Bovespa, com base em volume financeiro.

Para uma ação ser incluída no índice, ela tem que atender cumulativamente

aos seguintes critérios, com relação aos 12 meses anteriores à formação da carteira;

Estar incluída em uma relação de ações cujos índices de negociabilidade somados representem 80% do valor acumulado de todos os índices individuais;

Apresentar participação, em termos de volume, superior a 0,1% do total; e

Ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.

O Ibovespa é um índice que reflete liquidez, transparência, segurança, confiabilidade e independência, além de representar aproximadamente 70% do somatório da capitalização do mercado de todas as empresas com ações nego-ciáveis na Bovespa.

106

De forma a manter a sua representatividade ao longo do tempo, a carteira do Ibovespa é reavaliada ao final de cada quadrimestre, utilizando-se os critérios e procedimentos de sua metodologia. Dessa maneira, as alterações necessárias são feitas em início de janeiro, maio e setembro. Índice Brasil (IBX)

O IBX - Índice Brasil - é um índice de preços que mede o retorno de uma

carteira teórica composta por 100 ações negociadas na Bovespa e selecionadas de acordo com o critério de capitalização de mercado. Criado em final de dezembro de 1995, o IBX teve sua divulgação iniciada em início de janeiro de 1997. Assim como o Ibovespa, o IBX tem sua carteira reavaliada a cada quatro meses.

Para fazer parte da carteira do IBX, as ações têm que atender,

cumulativamente, aos seguintes critérios:

Estar entre as 100 melhores ações classificadas quanto ao seu índice de negociabilidade, apurado nos 12 meses anteriores à reavaliação;

A ação tem que ter sido negociada em pelo menos 70% dos pregões ocor-ridos nos 12 meses anteriores à formação da carteira do índice;

Não podem estar sob regime de concordata preventiva, processo falimentar, situação especial ou, ainda, sujeitas a prolongado período de suspensão de negociação.

DEBÊNTURES

Debênture é um título emitido por sociedades anônimas, representativo de

parcela de empréstimo contraído pela empresa emitente com o investidor, no médio ou longo prazo, garantido pelo ativo da empresa.

Características principais de uma emissão:

Data da emissão e vencimento;

Divisão em séries - as debêntures podem ser emitidas em várias séries;

Quantidade de emissão, valor unitário e valor total - diz respeito a quanto vale cada debênture e à quantidade de debêntures emitidas.

Tipo de garantias das debêntures - com garantia real; com garantia flutuante; com garantias quirografárias. Forma - nominativas, escriturais. Índice de atualização monetária - se corrigidas pelo IGP-M, Taxa DI, Taxa Anbid ou outro índice.

107

Forma de remuneração - taxas e prêmios. Cronograma e condições de eventos - pagamentos de juros, prêmios, re-pactuação e amortizações. Forma de conversão (debêntures conversíveis) - datas e critérios de conversão, quando conversíveis em ações, devem especificar a regra de conversibilidade. Agente Fiduciário – É uma terceira parte envolvida num contrato de debênture. Pode ser um indivíduo, uma empresa ou um departamento de crédito de um banco. É de sua responsabilidade assegurar que a emitente cumpra as cláusulas da escritura. Banco mandatário - É o banco responsável pela confirmação financeira de todos os pagamentos e movimentações efetuadas pelo emissor. Tem como função confirmar os diversos lançamentos, tais como pedidos de depósitos e retirada do mercado secundário, conversões, permutas, pedidos e/ou desistências fora do prazo determinado pelo emissor, não repactuação e/ou opção de venda.

As debêntures podem ser classificadas quanto à forma, classe e espécie. Tipos de debêntures quanto à forma: • Nominativas - Com emissão de certificado em que consta expressamente

o nome do titular das debêntures. • Escriturais - Também nominativas, sem emissão de certificados. São

mantidas em contas de depósito, em nome de seus titulares, em instituição financeira designada pela emissora (custodiante).

Tipos de debêntures quanto à classe:

• Simples - Remuneração definida na escritura de emissão e resgate no vencimento, não sendo permitida a conversão em ações.

• Conversíveis - A escritura de emissão prevê a possibilidade de conversão em ações da empresa, definindo critérios.

• Permutáveis - Escritura de emissão prevê a troca das debêntures por ações de propriedade da emissora.

108

Tipos de debêntures quanto à espécie: • Garantia real - Asseguradas por bens da empresa por meio de hipoteca,

penhor ou antícrese, devidamente registrados para esse fim. Esse tipo de emissão está limitada ao capital social com mais 80% do valor dos bens gravados.

• Garantia flutuante - Asseguram privilégio geral sobre o ativo da companhia, sendo preferidas em caso de liquidação da emissora. Sua emissão está limitada ao capital social mais 70% do valor contábil do ativo da companhia, menos dívidas garantidas por direitos reais.

• Sem preferência ou quirografária - Não oferecem aos títulos nenhuma garantia real do ativo da companhia ou de terceiros, bem como nenhum privilégio geral ou especial sobre o ativo da emissora ou da empresa de sociedade a que pertence, concorrendo em igualdade de condições com os demais credores quirografários da emissora, em caso de liquidação. Sua emissão está limitada ao valor do capital social.

• Subordinadas - Não há garantia e, em caso de liquidação da companhia, o debenturista preterirá apenas os acionistas no ativo remanescente. Não há limites para emissão.

As debêntures podem ser emitidas dentro de um prazo mínimo de um ano

para as não conversíveis e de três anos para as conversíveis em ações. Quanto ao prazo máximo, não há fixação, exceto quando se destinarem a financiamento de capital de giro, nesse caso, o prazo máximo é de cinco anos.

Toda emissão de debênture é precedida de uma autorização da Comissão de

Valores Mobiliários (CVM), a confecção de um prospecto e, quando ocorre uma emissão pública, a publicação de um tombstone (espécie de anúncio) em um jornal - um documento informativo e publicitário -, em que constam todas as características da emissão, os bancos participantes e o coordenador da operação.

O agente fiduciário pode ser um indivíduo, uma empresa ou o departamento de crédito de um banco. Sua função é zelar pelos direitos dos debenturistas. Nesse sentido, atua:

Fazendo cumprir as obrigações do emitente;

Eaborando relatórios;

Convocando assembléias;

Notificando eventuais inadimplências da empresa emitente etc.

Os debenturistas podem contratar o agente fiduciário e exonerá-lo. Ele é nomeado na escritura de emissão das debêntures, sendo que a terceira parte será envolvida em uma emissão. O agente recebe uma quantia fixa por seus serviços. Nas emissões com garantia real, a presença do agente fiduciário é obrigatória.

109

A debênture poderá assegurar ao seu titular remuneração em forma de: • Juros - fixos ou variáveis; • Prêmios - a emissora poderá oferecer vantagens monetárias quando

houver repactuação ou resgate; • Participação nos lucros - remuneração proporcional aos lucros que a

emissora venha a auferir; • Deságio - embora não previsto em lei como forma de remuneração, a

emissora, no ato da subscrição, poderá oferecer ao investidor um deságio em relação ao valor nominal do título, aumentando a remuneração constante na escritura e tornando a debênture mais atrativa.

• O banco mandatário é a figura responsável: • Pela confirmação financeira de todos os pagamentos e movimentações

efetuados pelo emissor; e • Por efetuar lançamentos como pedidos e/ou desistências fora do prazo

pré-determinado pelo emissor de depósito e pela retirada no mercado secundário, de conversões, de permutas e de não repactuação e/ou opção de venda.

Somente bancos comerciais ou bancos múltiplos com carteira comercial

podem ser bancos mandatários. Vale lembrar, ainda, que somente podem dar ga-rantia firme e adquirir valores mobiliários os bancos de investimento e os bancos múltiplos com carteira de investimento.

As debêntures podem ser emitidas de forma privada ou pública. Uma emissão

privada pode ser utilizada tanto pelas companhias abertas como pelas fechadas. Os títulos têm compradores definidos, sendo a colocação feita pela própria emissora. Não há mercado secundário para ela.

As emissões públicas são efetuadas apenas por companhias abertas devida-

mente registradas na CVM, com necessidade de um intermediário financeiro que coordena a colocação das debêntures junto ao público no mercado primário, mas poderá também trabalhar o mercado secundário para garantir a liquidez do papel. Manual de Conhecimentos Bancários DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS ABERTAS E COMPANHIAS FECHADAS Companhias abertas e fechadas

As companhias (também conhecidas como S.A.) são sociedades constituídas por ações, com objetivo mercantil, que se regem pelas leis e usos do comércio. Seu estatuto social (documento de constituição) define seu objeto social de modo preciso e completo, que pode ser qualquer empresa com fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes.

110

As companhias podem ser fechadas ou abertas.

• Companhias fechadas: S.A. com valores mobiliários não admitidos à negociação no mercado de títulos e valores mobiliários, seja o mercado de bolsas, seja o mercado de balcão (que será discutido mais a frente).

• Companhias abertas: S.A. com valores mobiliários registrados na CVM, admitidos à negociação no mercado de títulos e valores mobiliários, de bolsa ou de balcão. A CVM pode classificar as companhias de capital aberto em categorias, conforme as espécies e classes dos valores mobiliários por ela emitidos, negociados nesses mercados.

A companhia aberta se sujeita ao cumprimento de uma série de normas

quanto a:

• Natureza e periodicidade de informações a divulgar; • Forma e conteúdo dos relatórios de administração e demonstrações

financeiras; • Padrões contábeis, relatório e parecer de auditores independentes; • Informações prestadas por diretores e acionistas controladores, relativos

a compra, permuta ou venda de ações emitidas pela companhia, sociedades controladas e controladoras;

• Divulgação de deliberações de assembleia de acionistas, órgãos da administração, fatos relevantes ocorridos nos negócios, que possam influir de modo ponderável na decisão de comprar ou vender ações, por parte de investidores.

Podem ser citados como fatos relevantes ao desdobramento de ações a

mudança de controle acionário, o fechamento de capital, a cisão da companhia e a reavaliação de ativos. Dessa forma, percebe-se que as companhias abertas têm regras de atuação muito mais rigorosas que as companhias fechadas, pois, devido ao fato de terem suas ações negociadas no mercado de capitais, devem divulgar mais informações aos investidores interessados em comprar seus títulos. OPERAÇÕES DE UNDERWRITING

No mercado financeiro, o underwriting ou subscrição ocorre quando uma

companhia seleciona e contrata um intermediário financeiro, que será responsável pela colocação de uma subscrição pública de ações ou obrigações no mercado.

As operações de underwriting são ofertas públicas de títulos em geral e de títulos de crédito representativo de empréstimo, em particular, por meio de subscrição, cuja prática é permitida somente pela instituição financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil (BACEN) para esse tipo de intermediação. É realizada por uma instituição financeira isoladamente ou organizada em consórcio.

111

O termo descreve as operações financeiras nas quais os bancos fazem intermédio do lançamento e distribuição de ações ou títulos de renda fixa para negociação no mercado de capitais.

A instituição financeira que realiza operações de lançamento de ações no

mercado primário é chamada de underwriter. São instituições autorizadas para essas operações: bancos múltiplos ou de investimento, sociedades corretoras e distribuidoras.

Os lançamentos de ações novas no mercado, de forma ampla e não restrita à

subscrição pelos atuais acionistas, também levam o nome underwriting. Underwriting de melhores esforços (best efforts)

No underwriting "best eiforts" (melhores esforços), a instituição financeira

contratada se compromete a realizar os melhores esforços, no sentido de preparação,' organização e colocação dos títulos emitidos pela empresa junto ao mercado. Não há, por parte do intermediário financeiro, nenhuma garantia de colocação da totalidade das ações do lançamento. A empresa corre o risco de não conseguir aumentar o seu capital no montante pretendido, uma vez que assume todos os riscos do lançamento. Underwriting de stand-by

Subscrição em que a instituição financeira se compromete a colocar as so-

bras junto ao público em determinado espaço de tempo, após o qual ela mesma subscreve o total das ações não colocadas. Expirado o prazo, o risco de mercado é do intermediário financeiro. Underwriting.firme (straight)

Subscrição em que a instituição financeira subscreve integralmente a

emissão para revendê-Ia posteriormente ao público. Optando por essa alternativa, a empresa assegura a entrada de recursos. O risco de mercado será do intermediário financeiro.

112

FUNCIONAMENTO DO MERCADO DE AÇÕES Mercado à vista

No mercado à vista, ocorre a compra ou venda de determinada quantidade

de ações a um preço estabelecido em pregão.

Os preços das ações são formados em pregão, pela dinâmica das forças de oferta e demanda de cada papel. A maior ou menor procura por determinada companhia é em função de variáveis como comportamento histórico dos preços e, sobretudo, das perspectivas futuras da empresa emissora, incluindo política de dividendos, prognósticos de expansão de seu mercado e dos seus lucros, e influ-ências da política macroeconômica sobre o resultado da empresa.

A realização de negócios no mercado à vista requer a intermediação de uma

sociedade corretora credenciada pela bolsa. Na Bovespa, as ações podem ser negociadas de duas formas:

• Viva-voz - Os representantes das corretor as apregoam suas ofertas pelo

viva-voz, especificando o nome da empresa, o tipo da ação e a quantidade e preço de compra ou venda. No pregão viva-voz, são negociadas apenas as ações de maior liquidez.

• Sistema eletrônico de negociação - Permite às corretoras executarem as ordens de clientes sem sair de seus escritórios. Enquanto o pregão da Bovespa para para almoço, o sistema eletrônico funciona ininterruptamente.

O horário da Bolsa varia algumas vezes por ano, em função de alterações de

horário de verão nos Estados Unidos. No entanto, pode-se acompanhar as negociações lá e aqui no Brasil.

Ao dar uma ordem de compra ou venda para o corretor, o investidor pode

fazê-Io de formas diversas: • Ordem a mercado - O investidor especifica somente a quantidade e as

características dos valores mobiliários ou direitos que deseja comprar ou vender. A corretora deverá executar a ordem a partir do momento que recebê-Ia;

• Ordem administrada - O investidor especifica somente a quantidade e as características dos valores mobiliários ou direitos que deseja comprar ou vender. A execução da ordem ficará a critério da corretora;

• Ordem discricionária - Pessoa física ou jurídica que administra carteira de títulos e valores mobiliários ou um representante de mais de um cliente estabelecem as condições de execução da ordem;

• Ordem limitada - A operação será executada por um preço igualou melhor que o indicado pelo investidor;

113

• Ordem casada - O investidor define a ordem de venda de um valor mobiliário ou direito de compra de outro, escolhendo qual operação deseja ver executada em primeiro lugar. Os negócios somente serão efetivados se executadas as duas ordens;

• Ordem de financiamento - O investidor determina uma ordem de compra ou venda de um valor mobiliário ou direito em determinado mercado e, simultaneamente, a venda ou compra do mesmo valor mobiliário ou direito no mesmo ou em outro mercado, com prazo de vencimento distinto;

• Ordem on-stop - O investidor determina o preço mínimo pelo qual a ordem deve ser executada.

A liquidação dos títulos, ou processo de transferência da propriedade dos

títulos e do pagamento e recebimento do valor financeiro envolvido na transação de compra e venda de ações. abrange duas etapas:

• Liquidação física - É a entrega dos títulos à Bolsa pela corretora

intermediária do vendedor, e ocorre no segundo dia útil (D+2) após a realização do negócio em pregão (D+O);

• Liquidação financeira - Pelas regras atuais, o pagamento e recebimento de valores que envolvem a transação ocorre no terceiro dia útil (D+3) após a realização do negócio em pregão.

Mercado a termo Uma operação a termo é a compra ou venda, em mercado, de uma de-

terminada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado, a contar da data de sua realização em pregão, resultando em um contrato entre as partes.

Os prazos permitidos, pela Bovespa, para negociação a termo são de 30, 60,

90, 120, 150 e 180 dias. Todas as ações negociáveis na Bovespa podem ser objeto de um contrato a termo.

A precificação a termo de uma ação é função das variáveis:

Valor cotado no mercado a vista (+)

Parcela correspondente aos juros do mercado para o prazo até o vencimento

Uma vez que o investidor, ao comprar uma ação a termo, está contraindo uma obrigação, toda transação nesse mercado requer um depósito de garantia na Bovespa.

114

As garantias podem ser de duas formas: • Cobertura - Neste caso, a garantia é dada em títulos-objeto, dispensando

o vendedor de oferecer outras garantias adicionais; • Margem - Exige-se um depósito em dinheiro, a ser calculado pela

Bovespa, igual à diferença entre o preço à vista e o preço a termo do papel mais o montante que represente a diferença entre o preço à vista e o menor preço à vista possível no pregão seguinte, estimado com base na volatilidade histórica do título.

Caso haja uma oscilação acentuada na cotação dos títulos depositados como

margem, bem como dos títulos-objeto da negociação, a Bovespa solicitará o depósito de uma garantia adicional. COMMERCIAL PAPERS

A regulamentação brasileira denomina tais títulos como notas promissórias, ou seja, uma promessa de pagar gerando um direito de receber. São títulos de crédito emitidos por uma sociedade de ações conforme autorização do seu Conselho Administrativo, feito por empresas S.A que precisam de empréstimos para financiar sua produção.

É caracteristicamente um título de curto prazo, que busca nesse tipo de

emissão de dívida sanar situações de curta duração. Seu prazo máximo é de 6 meses, caso seja emitido por uma S.A. de capital fechado, e de até 12 meses caso seja emitido por uma companhia aberta.

O commercial paper não pode oferecer garantias reais, sendo garantido

somente por aval. O objetivo de tais títulos é facilitar a obtenção de recursos de curto prazo pelas empresas. Sua emissão é regulamentada pela CVM por meio da Instrução no. 134, de 1/11/1990.

É negociável em mercado secundário, ou seja, os títulos podem ser nego-

ciados, após sua emissão, entre investidores. Tal negociação normalmente ocorre com um desconto sobre o valor de emissão (também chamado de valor de face) ou, ainda, desconto no ato da colocação.

Para haver a contratação desse tipo de titulo, é preciso que se tenha: • A previsão estatutária para a emissão, no estatuto da empresa S.A.

emissora; • O prospecto de acordo com que está determinado pela Associação

Nacional dos Bancos e Investimentos (ANBID) na colocação de títulos no mercado;

• A autorização sobre a emissão pela Assembleia Geral Ordinária, pelo Conselho de Administração e pela Diretoria da Empresa S.A. emissora;

115

• O termo de Compromisso na Casa de Custódia e Liquidação (CETIP), referente ao registro do título.

MERCADO DE BALCÃO

Mercado de balcão são todas as distribuições, compra e venda de ações re-alizadas fora da bolsa de valores e sem intervenção delas. É quando são fechadas operações de compra e venda de títulos, valores mobiliários, commodities e con-tratos de liquidação futura, diretamente entre as partes ou com a intermediação de instituições financeiras. Os intermediários do sistema que compõe o mercado de balcão são as instituições financeiras e as sociedades constituídas.

Nesse tipo de operação, somente os participantes conhecem os termos do

contrato, que podem ser completamente adequados às necessidades específicas de cada parte.

As particularidades de cada contrato dificultam sua negociação posterior,

sendo comum aos participantes a manutenção dessas posições em suas carteiras até o vencimento. Outra dificuldade pode ser causada pela liquidez. O fato de as negociações serem realizadas fora das bolsas torna mais difícil a revenda dos papéis.

As negociações no mercado acionário e de títulos pode ocorrer em dois níveis,

chamados de mercado primário e mercado secundário. MERCADO PRIMÁRIO

Neste mercado, ocorre a canalização direta dos recursos monetários dos

agentes 'superavitários para o financiamento das empresas, por meio da colocação inicial (venda) dos títulos mobiliários.

No mercado primário, o título mobiliário, que é representativo de uma dívida

contraída por uma empresa S.A. (exemplo, debênture) ou, ainda, representativo de uma fração do capital social da empresa S.A. (exemplo, ações), será comercializado pela primeira vez, isto é, será feita a colocação inicial no mercado entre o emitente do título (empresa) e o adquirente (investidor) do título. É nesse momento que o emissor toma e obtém os recursos que permitirão o investimento produtivo direto e o consequente crescimento da empresa.

Os lançamentos de novas ações no mercado, de forma ampla e não restrita à

subscrição pelos atuais acionistas, chamam-se lançamentos públicos de ações. Quando há o lançamento de uma emissão de ações para subscrição pública'

(pelo termo "pública" entende-se que a compra é aberta e permitida a qualquer um que desejar obter o título), em que a empresa contrata a um intermediário financeiro para colocação dos títulos no mercado primário, a empresa contrata os serviços de instituições especializadas, tais como: bancos de investimento, sociedades corretoras e sociedades distribuidoras. Estas, por sua vez, formarão um conjunto de instituições financeiras para realizar as operações, podendo ser interpretado como

116

contrato firmado entre a instituição financeira líder do lançamento de ações e a sociedade anônima, que deseja abrir o capital. MERCADO SECUNDÁRIO

Nele são estabelecidas novas negociações entre os agentes econômicos das

ações adquiridas no mercado primário. Os valores dessas negociações não são transferidos para o financiamento das empresas, sendo simples transferências entre investidores.

Chama-se por convenção o mercado secundário de mercado de investidor e,

já que nesse mercado ocorrem negociações contínuas dos papéis emitidos ante-riormente no mercado primário, torna-se um ambiente especial e controlado para evitar transações privilegiadas (exemplo, a Bolsa de Valores e o BM&F).

Para operar no mercado secundário, é necessário que o investidor se dirija a

uma Sociedade Corretora de Títulos - SCTVM - membro da bolsa de valores, em que funcionários especializados poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação quando da seleção do investimento, de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador.

Se pretender adquirir ações de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o

investidor deverá procurar um banco, uma corretor a ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do lançamento das ações pretendidas. OPERAÇÕES COM OURO

No Brasil, o maior volume de comercialização de ouro se faz por meio da

Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que é a única no mundo que comercializa ouro no mercado físico.

As cotações do ouro no exterior são feitas em relação à onça tray, que equi-

vale a aproximadamente 31,1035g.

No Brasil, a cotação é feita em reais por grama de ouro puro. O preço do ouro vincula-se, historicamente, às cotações de Londres e Nova York, refletindo, portanto, as expectativas do mercado internacional.

Sofre, entretanto, influência direta das perspectivas do mercado interno e,

principalmente, das cotações do dólar flutuante. Assim, o preço interno é calculado diretamente segundo as variações do preço do dólar no mercado flutuante e dos preços do metal na bolsa de Nova York.

O preço do grama do ouro em reais, calculado a partir do preço da onça em

dólares (pela cotação do dólar flutuante), fornece um referencial de preços. Tradi-cionalmente, a cotação da BM&F mantém a paridade, com esse valor referencial variando 2%, em média, para baixo ou para cima.

117

Existem dois tipos de investidores no mercado de ouro no Brasil: o investidor

tradicional - que utiliza o ouro como reserva de valor e o especulador - que está à procura de ganhos imediatos e atento à relação ouro/dólar/ações, procurando a melhor alternativa do momento.

Atualmente, há dois mercados para o ouro no Brasil: • Mercado de balcão - operações fechadas via telefone. Após o

pagamento, o comprador tem duas opções: deixar o ouro depositado sob custódia em uma instituição financeira, levando consigo um certificado, ou retirar fisicamente a quantidade de ouro adquirida.

• Mercado spot nas bolsas - a entrega do ouro se dá em 24 horas. Os volumes negociados são transferidos automaticamente entre as contas dos clientes em diferentes bancos, sem que o metal passe pelas mãos de quem negocia.

No mercado de bolsas, trocam-se certificados de propriedade. Em qualquer

caso, a responsabilidade pela qualidade do metal é da fundidora e não do banco, que é apenas o depositário.

118

7 - MERCADO DE CÂMBIO

Câmbio é toda operação em que há troca de moeda nacional por moeda

estrangeira ou vice-versa. Por exemplo, quando uma pessoa vai viajar para o exterior e precisa de dinheiro para sua estada ou para suas compras, o banco vende para essa pessoa a moeda estrangeira (recebe moeda nacional e lhe entrega moeda estrangeira no valor equivalente ao dado). Quando essa pessoa retoma da viagem e ainda possui algum dinheiro do país que visitou, o banco compra a moeda estrangeira (recebe a moeda estrangeira e lhe entrega o valor equivalente em moeda nacional).

Chama-se mercado de câmbio o ambiente abstrato em que se realizam as

operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil (bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem e seus clientes). No Brasil, o mercado de câmbio é dividido em dois segmentos, livre e flutuante, que são regulamentados e fiscalizados pelo Banco Central. O mercado livre é também conhecido como "mercado comercial", e o mercado flutuante como "mercado de turismo".

À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo,

mercado negro ou câmbio negro. Todos os negócios realizados no mercado para-lelo, bem como a posse de moeda estrangeira, sem origem justificada, são ilegais e sujeitam o cidadão ou a empresa às penalizações da lei.

No mercado legalizado, qualquer pessoa física ou jurídica pode comprar ou

vender moeda estrangeira por meio de uma instituição autorizada a operar em câmbio.

Como regra geral, para a realização das operações de câmbio, é necessário

respaldo documental. Já que nas operações de câmbio são negociados direitos so-bre a moeda estrangeira, na maioria dos casos os clientes não têm acesso à moeda estrangeira em espécie.

Na importação, por exemplo, uma pessoa entrega valor em reais (R$) ao

banco em troca do direito sobre o equivalente em moeda estrangeira, que, por sua vez, é entregue ao exportador estrangeiro ou a um terceiro interessado (normalmente um banco) no exterior. Excetuam-se as operações relativas a viagens internacionais, que podem fazer a entrega da moeda estrangeira em espécie no Brasil.

O Sisbacen - Sistema de Informações do Banco Central - é um sistema ele-

trônico de coleta, armazenagem e troca de informações que liga o Banco Central aos agentes do sistema financeiro nacional. À medida que é obrigatório o registro de todas as operações de câmbio realizadas no país, o Sisbacen é o principal elemento de que dispõe o Banco Central para monitorar e fiscalizar esse e outros mercados do SFN.

119

INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR

Podem operar no mercado de câmbio apenas as instituições autorizadas pelo Banco Central. O segmento livre é restrito aos bancos e ao Banco Central. No segmento flutuante, essas instituições podem ter permissão para operar agências de turismo, os meios de hospedagem e as corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT -, também é autorizada

pelo Banco Central a realizar operações com vales-postais internacionais, limitados a US$ 3.000,00 por operação.

A seguir, especificamente, a lista dos agentes autorizados a operar neste

mercado: • Bancos, exceto de desenvolvimento: todas as operações previstas para o

mercado de câmbio; • Bancos de desenvolvimento e caixas econômicas: operações específicas

autorizadas; • Sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades

corretoras de câmbio ou de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários: compra ou venda de moeda estrangeira em espécie a clientes, cheques e cheques de viagem, operações no mercado interbancário, arbitragens no país e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior;

• Agências de turismo: compra ou venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagens relativos a viagens internacionais; e

• Meios de hospedagem de turismo: exclusivamente compra de clientes de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem.

OPERAÇÕES BÁSICAS

Como regra geral, quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estran-

geira podem ser realizados no mercado de câmbio. Grande parte dessas operações não necessita de autorização prévia do Banco Central para sua realização, pois essa já está descrita e especificada nos regulamentos e normas vigentes; basta procurar uma instituição autorizada a operar em câmbio.

As operações não regulamentadas dependem de manifestação prévia do Banco Central.

120

No mercado livre de câmbio podem ser realizadas as operações: • Decorrentes de comércio exterior, ou seja, de exportação e de importação; • Relacionadas às atividades dos governos, nas esferas federal, estadual e

municipal; • Relativas aos investimentos estrangeiros no Brasil e aos empréstimos a

residentes, sujeitos a registro no Banco Central; • Referentes aos pagamentos e recebimentos de serviços.

As operações de câmbio visam, basicamente, à troca da moeda de um país

pela moeda de outro. Em relação à instituição autorizada a operar com câmbio, elas se classificam

como: • Compra: recebimento de moeda estrangeira com entrega de moeda

nacional; • Venda: entrega de moeda estrangeira com recebimento de moeda

nacional; • Arbitragem: entrega de moeda estrangeira com recebimento de outra

moeda estrangeira. Essas operações podem ocorrer em função de: • Exportação: venda ao exterior de mercadorias e serviços com preço ajus-

tado para pagamento em moeda estrangeira; • Importação: compra de mercadorias e serviços com preço ajustado para

pagamento em moeda estrangeira; • Transferências: movimentação financeira de capitais de entrada ou saída

do país. CONTRATOS DE CÂMBIO - CARACTERÍSTICAS

O contrato de câmbio é o documento que formaliza a operação de câmbio. Nele constam informações relativas à moeda estrangeira que uma pessoa está comprando ou vendendo, à taxa contratada, ao valor correspondente em moeda nacional e aos nomes do comprador e do vendedor.

Todos os contratos de câmbio realizados no Brasil precisam ser registrados

no Sisbacen pelo agente autorizado a operar no mercado, permitindo ao Banco Central o acompanhamento de todas as operações.

121

As operações destacadas podem ser desdobradas em diversos contratos.

Listamos alguns:

• ACC - Adiantamento sobre Contrato de Câmbio: É uma antecipação em moeda nacional a que o exportador tem acesso no ato da contratação do câmbio, sempre que esse contrato preceder o embarque da mercadoria;

• ACE - Adiantamento sobre Cambiais Entregues: É o contrato em que está instituído que exportador receberá a moeda nacional após o embarque da mercadoria, representando, na prática, a antecipação do pagamento da exportação.

O que diferencia o ACC do ACE é que, no primeiro, o exportador recebe a

moeda nacional antes de embarcar a mercadoria, servindo como apoio financeiro à produção da mercadoria.

• Pré-pagamento à exportação: É o pagamento antecipado da

exportação pelo importador. Caracteriza-se forma alternativa ao ACC para obtenção antecipada dos recursos, sem incorrer em uma dívida de natureza financeira.

Câmbio simplificado de exportação

É um contrato de câmbio com número reduzido de informações a serem

prestadas pelo cliente, referindo-se a vendas ao exterior no valor equivalente a até 20 mil dólares americanos. O registro das informações exigido pelo Banco Central é bem mais simples - em vez de 26 dados informados em uma operação de exportação tradicional, são apenas 5, nesta sistemática:

• A indicação de o comerciante ser pessoa física ou jurídica; • CNPJ ou CPF do exportador, conforme o caso; • O valor em moeda nacional; • O valor em moeda estrangeira; • A forma da entrega da moeda estrangeira.

O objetivo é facilitar a realização de operações de pequeno valor, diminuindo

o custo para o exportador. Há também câmbio simplificado para importação: o pagamento de importações brasileiras, cujo ingresso da mercadoria no Brasil tenha ocorrido por meio de declaração simplificada de importação (DSI), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SICOMEX), pode ser efetuado pela sistemática do câmbio simplificado. Como na exportação, as operações de câmbio dentro dessa sistemática estão limitadas ao equivalente a US$ 10 mil.

122

Cambio Manual

Envolve operações de compra e venda do dólar turismo e de trevellers checks para pessoas físicas e jurídicas que irão deixar o país em futuro próximo. Carta de Crédito

Trata-se de crédito documentário que o importador abre em favor do

exportadorem um banco no seu país. A carta de crédito pode ser definida como uma ordem de pagamento condicionada, isto é, o exportador só fará jus ao recebimento se atender as exigências por ela estipuladas. TAXAS DE CÂMBIO A taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional. A moeda estrangeira mais negociada é o dólar americano, fazendo com que a cotação mais comumente utilizada seja dessa moeda.

A taxa de câmbio reflete, portanto, o custo de uma moeda em relação a outra, dividindo-se em taxa de venda e taxa de compra.

Pensando do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar

pelo BC), a taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (a um importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo).

O spread é a diferença entre a taxa de compra (a menor) e a de venda (a maior). Representa o ganho do banco com a negociação da moeda.

As taxas de câmbio praticadas no mercado brasileiro são livremente fixadas pelos agentes e são publicadas nas páginas econômicas dos principais jornais do país, tendo por fonte a transação PTAX800, do Sisbacen. Essas informações, juntamente com outras de interesse público, também estão disponíveis no site virtual do Banco Central.

Para que se fixe bem, é importante lembrar que as taxas de câmbio são livre-mente pactuadas entre as partes contratantes, ou seja, entre a pessoa e a instituição autorizada ou entre os agentes autorizados. O Banco Central apenas divulga a taxa média praticada no mercado de câmbio, tomando por base as operações realizadas no mercado interbancário.

123

REMESSAS

I. Como regra geral, remessas para quaisquer pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira podem ser realizadas no mercado de câmbio, inclusive as transferências para fins de constituição de disponibilidades no exterior e seu retorno ao país e aplicações no mercado financeiro.

As pessoas físicas e jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou

realizar transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor - observada a legalidade da transação - tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na respectiva documentação.

Exemplo: Remessa de 300 dólares para pessoa física residente na Bélgica:

O remetente vai ao banco e deposita o equivalente à remessa, à taxa de venda, pagando, naturalmente, uma pequena comissão, e pede a expe-dição da ordem;

O banco emite a ordem e credita o valor da moeda estrangeira na conta do banqueiro no exterior que a cumprirá;

O banqueiro no exterior avisa ao favorecido, quando da recepção da ordem;

O favorecido recebe seu valor na moeda de seu país.

SISCOMEX

O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SIStOMEX), instituído pelo

Decreto n° 660, de 25/9/1992, é a sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), da Secretaria da Receita Federal (SRF) e do Banco Central do Brasil (BACEN) no registro, e acompanha e controla as diferentes etapas das operações de exportação.

A partir de 1993, com a criação do SISCOMEX, todo o processamento admi-

nistrativo relativo às exportações foi informatizado. As operações passaram a ser registradas no sistema e analisadas online pelos órgãos envolvidos com comércio exterior, tanto os chamadôs "órgãos gestores" (SECEX, SRF e BACEN) como os "órgãos anuentes", que atuam apenas em algumas operações específicas (Ministério da Saúde, Departamento da Polícia Federal, Comando do Exército etc.).

Na concepção e no desenvolvimento do sistema, foram harmonizados con-

ceitos, códigos e nomenclaturas, tornando possível a adoção de um fluxo único de informações, que permite a eliminação de diversos documentos utilizados no processamento das operações.

124

O sistema de registro de exportações totalmente informatizado permitiu um enorme ganho em agilidade, confiabilidade, rapidez no acesso a informações estatísticas, redução de custos etc. O acesso ao SISCOMEXIMPORTAÇÃO é feito por meio de conexão com o SERPRO, para que as operações que necessitam de licenciamento de importação possam ser efetuadas.

125

8 - OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS

Derivativo é um instrumento financeiro cujo preço depende diretamente do valor do preço no mercado de ativos primários, como ações, commodities etc. Portanto, devemos entendê-Ias como instrumentos financeiros cujos valores derivam dos preços ou performances de outros ativos, que se classificam como:

• Bens (ação ou mercadoria - como café, gado, soja); • Taxa de referência (dólar ou depósitos interfinanceiros) ou Índices (Ibo-

vespa etc.). • Operações de crédito (empréstimos e financiamentos). • No Brasil, os principais tipos de derivativos são os contratos a termo, os

contratos futuros, as opções e os swaps. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO FUNCIONAMENTO Mercado e contratos a termo

O mercado a termo é tipicamente um mercado de balcão, em que um ativo é

negociado para uma data futura a um preço pré-determinado. Essa é uma operação que representa um acordo particular entre duas partes: uma das partes garante a compra (ou venda) do ativo da outra parte, a qual, por sua vez, garante sua venda (ou compra) na data futura especificada.

O preço acertado pelas partes para a liquidação futura do ativo é denominado

preço a termo. Mercado e contratos futuros

No mercado futuro são negociadas as expectativas de variação de preços de

diversas commodities ao longo de determinado período de tempo. Na Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F), sediada em São Paulo, são negociados os seguintes contratos .futuros:

• Juros DI; • Taxa de câmbio; • Ibovespa; • Ouro; • Cupom cambial; • Títulos da dívida externa; • Soja; • Milho; • Açúcar; • Café; • Gado; • Álcool anidro; • Algodão.

126

Para operar na BM&F, é necessário ser representado por uma corretora devidamente autorizada pela bolsa. Diferentemente do mercado de opções, em que há o direito de exercício ou não da opção adquirida, no mercado futuro há a obrigação de cumprimento do contrato, na data combinada, ao preço contratado.

Podem-se classificar os participantes do mercado futuro em dois: hedgers e especuladores. Enquanto os hedgers procuram proteção quanto à oscilação de preços futuros, os especuladores compram ou vendem um determinado ativo com o único objetivo de lucrar.

O papel do especulador é importante, pois dá liquidez aos mercados tornan-

do-os mais eficientes devido à sua atuação nos preços. O mercado futuro opera por intermédio dos contratos futuros, um conjunto de cláusulas elaboradas pela BM&F, em que se define o que, como e quando negociar um determinado produto, flexibilizando e ajustando as circunstâncias de mercado às condições das partes.

Para cada contrato futuro estipulam-se o objeto de negociação, a quantidade

negociada, os meses de vencimento, os locais e procedimentos de entrega e os custos envolvidos na operação, sendo seu preço definido na bolsa, pelo mercado.

Para garantir perfeito funcionamento, a BM&F exige que os investidores depositem uma margem de garantia, a principal do sistema de mercados futuros. Constitui-se de um valor que deve ser depositado em favor da bolsa no início de cada operação, com objetivo de garantir que os ajustes diários devidos sejam pagos. Ela será usada somente na hipótese de o cliente deixar de pagar os ajustes diários. Caso não haja problemas com o pagamento dos ajustes, a margem de garantia será devolvida no final da operação.

A BM&F aceita ativos de alta liquidez como garantia, ou seja, títulos públicos

federais, ouro, cotas de fundo de investimento financeiro (FIF), mediante autorização prévia da bolsa, títulos privados, cartas de fiança, ações e cotas de fundos fechados de investimento em ações.

O ajuste mencionado é diário, é um acerto entre a variação do preço futuro da

mercadoria de fechamento daquele dia e o do dia anterior. Isso evita grandes diferenças entre o valor negociado e o preço à vista no vencimento do contrato.

Ao se negociar contratos para um mês futuro, e se no pregão subsequente o

preço do vencimento em questão variar, vendedores e compradores deverão ajustar suas posições de acordo com a nova realidade, pagando ou recebendo um valor financeiro referente à variação do preço futuro.

127

Vendedores versus compradores Vendedores

• Recebem ajuste diário se o preço futuro for negociado abaixo de sua posição anterior, pois a mercadoria física estará se desvalorizando;

• Pagam ajuste diário se o preço futuro subir além da posição anterior, pois a mercadoria física estará se valorizando.

Compradores

• Recebem ajuste se os preços futuros subirem acima da posição anterior, pois o comprador deverá pagar mais pela mercadoria;

• Pagam ajuste à medida que os preços futuros caiam além da posição anterior, pois a mercadoria física valerá menos.

No caso de um cliente não pagar um ajuste diário, a bolsa o considerará

inadimplente, exigindo suas garantias. Se isso ocorrer, ele não tem mais o direito de operar no pregão da bolsa e passa a constar em uma "lista negra" de inadimplentes, distribuída para todos os corretores.

Os contratos das commodities agropecuárias são cotados em dólares ame-

ricanos, com exceção do contrato de álcool anidro, que é um produto destinado ao mercado interno, tendo sua negociação em reais. Os demais produtos têm alta participação nas exportações, o que explica sua cotação em dólares. Além disso, a cotação em dólares permite a participação de investidores estrangeiros e os contratos agropecuários da BM&F são internacionalizados.

Para a conversão dos contratos em dólares, a BM&F diariamente utiliza uma

taxa de câmbio referencial apurada sob os seguintes critérios:

• Relaciona as 14 instituições, dentre as mais bem posicionadas no ranking do mercado interbancário de câmbio, junto às quais serão realizadas coletas diárias de cotações de compra e de venda de dólar dos Estados Unidos;

• Apura o preço médio entre as cotações de compra e de venda de cada banco informante;

• Exclui os dois maiores e os dois menores preços médios individuais e calcula a média aritmética simples dos restantes.

128

O mercado futuro é muito utilizado para fazer hedge de posições

Suponhamos que você seja um agricultor de milho e queira garantir o preço

da próxima safra. Você pode vender contratos futuros de milho, garantindo, assim, o preço futuro, sob determinadas condições já previamente ajustadas. O mesmo se dá com um importador que tem que pagar dólares no futuro por sua mercadoria importada. Ele pode utilizar o mecanismo de compra de contratos de dólares futuros para garantir o preço do câmbio na data de seu desembolso. Mercado de opções

Opção é um direito de escolher por comprar ou vender algum ativo em

determinada data, por um preço pré-estabelecido. Existem dois tipos de opções: • Opção de compra (cali) - é o direito de comprar o ativo por um determi-

nado preço, se assim desejar o investidor; • Opção de venda (put) - é o direito de vender o ativo por um determinado

preço, se assim desejar o investidor. Pode-se, portanto: • Comprar opção de compra; • Comprar opção de venda; • Vender opção de compra; • Vender opção de venda; • Combinar opções de compra com opções de venda.

Dado que derivativo é um instrumento financeiro cujo preço depende di-

retamente do seu valor do preço no mercado de ativos primários, o preço de uma opção da Vale do Rio Doce deriva do preço desse ativo no mercado à vista, ou seja, depende da probabilidade de exercício desse direito adquirido, cujo valor à vista é um dos fatores determinantes.

É importante ressaltar que quando se detém uma opção de compra detemos

o direito, se quisermos, de comprar aquele ativo em uma determinada data, a um determinado preço pré-estabelecido, se assim o desejarmos. Entretanto, do lado vendedor, ele é obrigado a vender o ativo, caso o comprador assim o deseje. Chama-se dia de vencimento, o dia em que o detentor da opção de compra deve exercer ou não sua escolha.

129

Há dois tipos de opções, quanto ao dia do exercício: • Opção americana - Permite o exercício do direito em qualquer dia, até o

dia do vencimento; • Opção europeia - O direito somente pode ser exercido no dia do

vencimento. As opções de ação no Brasil são do tipo europeu, vencem toda terceira

segunda-feira do mês de vencimento. Para lançar uma opção, deve-se pedir auto-rização à Bovespa. O lançamento de opções pode oferecer lucros ao aplicador que acredita em uma determinada variação no nível de preços. Ganha o lançador de opções de compra quando o preço do ativo variar para cima, ou seja, ocorrendo o inverso de uma opção de venda.

Uma, opção é considerada descoberta quando o lançador não efetua o de-

pósito da totalidade das ações-objeto. Nesses casos, o lançador descoberto deve atender à exigência de margem por meio do depósito de ativos aceitos em garantia pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A exigência de mar-gem é reavaliada diariamente. O lançamento descoberto é mais aconselhável para aplicadores acostumados a riscos maiores e com capacidade financeira suficiente para atender chamadas de recomposição de margem e/ou comprar as ações-objeto para cobertura de posição ou entrega definitiva, caso ocorra o exercício.

O lançador descoberto que julgar conveniente pode, à semelhança do

coberto, fechar sua posição para encerrar suas obrigações e apurar o lucro ou prejuízo até então acumulado. Pode, também, cobrir sua posição, depositando as ações-objeto da opção.

Vários fatores contribuem para a determinação do preço do prêmio a ser pago

pela opção, que será fornecido pelo mercado. Itens como preço de mercado e volatilidade do ativo-referência do contrato de opção e prazo de vencimento são determinantes na precificação do prêmio.

De outro modo, podemos dizer que todos esses fatores nada mais são que

variáveis que afetam a probabilidade de exercício da opção e de ganho com a operação. Quanto maior for a probabilidade de exercício e maior a possibilidade de ganho com a operação, maior será o prêmio exigido pelo mercado.

O mercado de opções é muito vasto e complexo. Investidores e gestores

muitas vezes buscam hedge ao operar com opções, travando prejuízos ou ganhos em várias pontas e, muitas vezes, transformando investimento em renda variável em renda fixa.

Para garantir a integridade do sistema, as bolsas exigem de todos os deten-

tores de posições lançadoras um depósito de margem em dinheiro. Entretanto, os titulares não são obrigados a prestar garantias, visto que, após o pagamento do

130

prêmio, eles não representam qualquer risco para o sistema, pois possuem apenas direitos e não obrigações.

Não é exigido dos lançadores de opções de compra nenhuma margem, en-

tretanto, eles têm que depositar a totalidade dos títulos a que se refere sua posição na custódia. A esse depósito se dá o nome de cobertura. Operações de swap

Swap significa troca. As operações de swap são uma troca de valor mobiliário

por outro para, por exemplo, mudar datas de vencimento ou os títulos que estão na carteira do investidor. O swap, ou troca de indexador, é uma das formas de mercado derivativo mais conhecidas.

Suponhamos que um investidor tenha uma dívida em dólares e uma aplica-

ção em Depósito Interfinanceiro (DI). Ele pode ir ao banco e solicitar que seja feito um swap de indexador, de DI para dólares. Nesse caso, ele está apostando que o dólar vai valorizar mais do que a taxa de juros DI, e o banco estará na posição in-versa. Fazer swap é uma forma de se "hedgiar" contra movimentos inesperados.

São contratos em que são realizadas trocas de fluxos de caixas futuros. As

partes assumem a obrigação recíproca de realizar, em certa data no futuro, a troca de resultados financeiros previamente definidos. São definidas taxas ou índices sobre ativos ou passivos utilizados como referenciais.

Os swaps permitem a troca de risco entre investidores. Podem ser usados

como hedge (seguro) ou como especulação para se obter ganhos extraordinários. No entanto, podem ocorrer perdas extraordinárias, se a estratégia for perdedora.

131

9 - GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

As operações de empréstimos feitas pelos bancos normalmente exigem

garantias que assegurem o reembolso das instituições financeiras em caso de inadimplência dos resgatadores de empréstimos. Tais garantias podem ser agru-padas e representadas por uma ou mais das seguintes modalidades. Garantias fidejussórias - pessoais

Aval.

Fiança.

Garantias reais

Hipoteca.

Penhor.

Alienação fiduciária.

Caução de títulos.

Caução de direitos creditórios. AVAL

A origem do termo não é bem definida, tendo em vista que há quem diga que

vem do francês valoir, à valoir ou ainda faire valoir, do latim a valere, ou ainda do italiano a valle.

Aval é a garantia pessoal, plena e solidária, o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar a título de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse título (avalizado), ou seja, a obrigação cambiária assumida por alguém no intuito de garantir o pagamento de compromisso pecuniário nas mesmas condições de um outro obrigado. O aval é instituto específico do direito cambiário.

A Lei Uniforme de Genebra (LUG)

Comumente conhecido como LUG (Lei Uniforme de Genebra), é legislação

aplicável e que fundamenta mundialmente o instituto do aval está no Capítulo IV do Título I do Anexo I do Decreto n° 57.663 de 24/01/1966 (artigos 30 à 32). Requisitos do aval

O aval é dado no próprio título e pode ser conferido com a simples assinatura

no anverso (frente) desse, não sendo necessário, nesse caso, o cumprimento do disposto no referido artigo quando se exige a expressão "bom para aval".

132

Observe-se, porém, que, se o agente do aval for o sacado ou o sacador, tal

expressão deverá ser informada. Quando o aval for dado no verso da letra, faz-se fundamental a presença da

expressão "bom para aval", para que a simples assinatura no verso não se confunda com o endosso em branco, que pode consistir em uma simples assinatura no verso do título.

A indicação do avalista sobre a pessoa a quem avalizou pode ser feita no

anverso do título, ainda que o avalizado assine no verso. Somente a assinatura feita no anverso, sem a indicação, significa que o aval é dado pelo sacador. Responsabilidade do avalista

O avalista ocupará a mesma posição daquele a quem avalizou. Porém, não

toma o avalista o lugar do avalizado, pois, ao pagar, poderá receber do mesmo a importância paga. Mas, apesar disso, a obrigação do avalista é semelhante à do avalizado - o credor pode agir contra um ou outro, indiferentemente.

Com o pagamento realizado pelo avalista, os direitos se equiparam ao do

avalizado. O avalista pode agir tanto contra o avalizado quanto contra os co-obrigados regressivos, da mesma forma que o avalizado agiria caso tivesse realizado o pagamento.

Vale salientar que, se o aval é dado ao aceitante, o avalista perderá o direito

de ação contra endossadores ou sacador, pois o aceitante é obrigado direto, principal. Tipos de aval AvaI de pessoa jurídica

Feito pela assinatura de um dos sócios, desde que devidamente indicado no

contrato social da empresa. Caso não haja especificação no contrato social e, ainda assim, um sócio prestar aval, o mesmo não será invalidado - a empresa assumirá a responsabilidade e, internamente, deverá tomar as providências legais cabíveis. A vai antecipado

Não há impedimento legal para que se preste aval por antecipação, ocorre

em títulos como letra de câmbio e duplicata.

133

Aval parcial

O pagamento de uma letra de câmbio pode ser em sua totalidade ou em

parte, garantido por aval, bem como o pagamento do cheque pode ser garantido, em totalidade ou em parte, por aval prestado por terceiro ou mesmo por signatário do título, exceto o sacado.

Observa-se, portanto, que a lei permite que o aval seja dado em parte. No

entanto, vale salientar que deve-se fazer a indicação no título do quantum que o avalista está avalizando, caso contrário, deverá ser considerado o valor integral.

Dado importante a se esclarecer é que a proibição do aval parcial constante

no parágrafo único do artigo n° 897 do Código Civil não se aplica aos títulos de crédito devido ao artigo n° 903 do referido estatuto, que deixa tal assunto a cargo de legislação especiaL Aval póstumo

Proferido em data posterior ao vencimento do título. Antes da vigência do atual Código Civil, havia divergências quanto à natureza

jurídica desse instituto, já que alguns doutrinadores o tratavam como fiança. No entanto, o diploma legal, em seu artigo 900, encerra tal discussão. Aval simultâneo

O devedor cambial pode ter sua obrigação garantida por mais de um avalista.

Aval sucessivo

É aquele prestado por um avalista que garante validação de outro avalista. Na

prática, a colocação dos nomes em linhas superpostas, com número de ordem (1 ° avalista, 2° avalista) já considera o aval como sucessivo, mesmo não havendo declaração expressa de sucestibilidade. A valista do casado

De acordo com o inciso III do artigo n° 1.647 do Código Civil, o avalista casado em regime que não seja o de separação total de bens, não poderá prestar aval sem o consentimento de seu cônjuge.

Por ser aplicação do Direito Civil, tem-se, no Direito Comercial, o entendimento

de que a simples assinatura do cônjuge no título de crédito estabelece o seu consentimento em relação ao aval, não sendo necessário, portanto, a outorga.

134

FIANÇA

A palavra fiança, derivada do verbo fiar (confiar), significando obrigado, do latim fidere, é aplicada na terminologia jurídica no mesmo sentido da fidejussio dos romanos. A fidejussio, por sua vez, se caracterizava pelo emprego generalizado de toda sorte de obrigações pessoais, transmissível aos herdeiros.

Fiança é instituto do Direito Civil. É a forma de garantia prestada por terceiro e tem característica contratual e acessória de uma obrigação principal. Espécies de fiança

A fiança configura-se pelas espécies "convencional, legal e judicial." • convencional é aquela cuja principal qualidade para sua caracterização é

a manifestação da vontade, deriva da convenção entre o fiador e o devedor.

• legal é aquela decorrida de lei e apresenta-se como uma garantia real ou fidejussória. É de natureza preventiva.

• judicial, por sua vez, é aquela imposta por um juiz a uma das partes do processo e seu objetivo é garantir o equilíbrio da ação. Ela também possui o escopo de resguardar direitos individuais.

As características elencadas pelo Código Civil a respeito da fiança são as

relacionadas: • Formalidade do contrato em escrito e não admissibilidade de interpretação

extensiva. A forma verbal não é contemplada no código e, "pertencendo a fiança à classe dos contratos benéficos, deve ser interpretada estritamente. O fiador só responde por aquilo que afiançar." Saliente-se aqui que a in-terpretação extensiva seria ir além do que as palavras exprimem, quer por omissão quer porque o que está dito pode parecer com algo não dito;

• O não consentimento do devedor ou a não vontade do mesmo não impe-dem que seja estipulada a fiança. É também chamada de fiança à revelia do devedor. Observamos, aqui, o exercício do credor do direito de todas as garantias possíveis em relação ao seu crédito;

• A fiança tanto pode ser prestada no ato em que o devedor se obriga quanto depois de constituída a obrigação. Assim, a legislação permite que dívidas futuras possam ser objetos de fiança, porém, o fiador somente será demandado depois que se fizer certa e líquida a obrigação do devedor;

• A fiança será limitada ou ilimitada. Na primeira hipótese, o fiador apenas se responsabiliza, por determinada quantia, até data pré~fixada; ou por objeto determinado. Na segunda hipótese, o fiador responderá pelos atos do afiançado, tanto na obrigação principal quanto nos seus contornos, excetuando-se os atos de caráter pessoal;

• A responsabilidade do fiador ficará circunscrita ao limite da obrigação afiançada, não lhe podendo exceder nem ser mais onerosa, todavia, po-

135

dendo ser ela inferior. Assim, sendo um contrato acessório, a fiança não pode ter por objeto uma prestação diferente daquela que forma a matéria da obrigação principal, nem pode excedê-Ia;

• O fiador deve ter a capacidade de se obrigar, possuindo bens suficientes para desempenhar a obrigação assumida;

• Sobrevindo ao fiador a insolvência ou a incapacidade, a fiança deixa de constituir garantia, concedendo ao credor a faculdade de exigir do devedor outro fiador.

Os efeitos da fiança

Serão pontuados aqui os efeitos da fiança apresentados pela nossa

legislação civil: • A fiança desenvolve dois tipos de relação: uma entre o fiador e o credor e

outra entre o fiador e o devedor. Na primeira, o credor tem o direito de exigir do fiador o pagamento da dívida na hipótese de inadimplemento do devedor. Na relação entre o fiador e o devedor, este deverá reembolsar ao primeiro tudo quanto foi por ele despendido na execução sofrida. Como a obrigação do fiador é, além de acessória, subsidiária, uma vez demandado, tem-se o direito de exigir que sejam executados os bens do devedor antes dos seus. Para assegurar esse direito, é indispensável que o fiador nomeie os bens do devedor (benefício de ordem);

• O fiador não pode invocar o benefício de ordem se a ele renunciou expressamente, se obrigou-se como principal pagador ou devedor solidário e se o devedor for insolvente ou falido;

• Quando a fiança é prestada a um só débito por diversas pessoas em conjunto, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservaram ao benefício da divisão;

• Permite-se, a cada fiador, taxar, no contrato, a parte da dívida que toma , sob sua responsabilidade, e, nesse caso, não serão obrigados a mais que o combinado previamente;

• Se um dos fiadores pagar a dívida por completo, operar-se-á, de pleno direito, o regresso contra cada um dos cofiadores, lembrando-se que referidos cofiadores só podem ser demandados pela cota respectiva, ou seja, pela parte que tiverem garantido;

• Havendo pagamento de perdas e danos pelo fiador ao credor, o primeiro terá o direito do reembolso;

• Os "juros de desembolso", mencionados no artigo 833 do Código Civil, são aqueles decorrentes de tudo quanto o fiador houver desembolsado no cumprimento da obrigação assumida com a fiança, ou seja, os juros contados a partir do pagamento efetuado poderão, também, ser cobrados pelo fiador;

• Com a demora do credor na execução contra o devedor para o pagamento da dívida, ela poderá ficar mais alta e maior será a responsabilidade do fiador caso tenha que responder pelo pagamento. Com isso, o fiador pode promover o andamento da execução;

136

• No caso de prestação de fiança sem limite de tempo, o fiador tem o direito de exonerar-se a qualquer tempo. Porém, se manterá obrigado por todos os efeitos da fiança pelo prazo de 60 dias após o credor ser notificado; e

• Em caso do falecimento do fiador, dá-se a extinção da fiança. Porém, sua responsabilidade até o evento da morte transmite-se aos herdeiros, que só respondem pela obrigação já vencida e pelos encargos até onde suportar a herança.

Extinção da fiança

A fiança, como obrigação acessória, extingue-se com a principal obrigação e,

também, pelo acontecimento de qualquer dos casos que extinguem as obrigações em geral, como a quitação, a novação, a transação, o advento, a remissão, a anulação, dentre outros.

O Código Civil nos traz casos específicos em que ocorrem a extinção da

fiança. Quando acionado, o fiador poderá opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais (nulidade de fiança, extinção da dívida etc.), bem como as exceções extintivas da obrigação que competem ao devedor principal. A incapacidade do devedor, porém, não é motivo para o fiador deixar de responder, com exceção de mútuo contraído por menor.

Existem situações em que o fiador fica desobrigado: • quando o credor conceder ao devedor novo prazo para a quitação da

dívida e o fiador não consentir; • se, por fato do credor, decorrente de sua ação ou omissão, voluntária ou

por simples negligência, tornar-se impossibilitado à sub-rogação, com todos os direitos e preferências; e

• Aceitando-se o credor, da parte do devedor, objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, opera-se a dação em pagamento, a datio in solutum, extinguindo-se a obrigação e, com esta, a fiança; se recebeu, extinguiu a dívida.

Como última consideração sobre nosso Código Civil em relação à extinção da

fiança, cumpre-se dizer que, caso o fiador tenha invocado o benefício da excussão, será exonerado da obrigação se o credor, em momento posterior à invocação, tenha caído em insolvência. O contrato de fiança

Como já mencionado, a fiança opera-se por meio de um contrato. E, como

bem colocado no artigo 819 do Código Civil, a fiança é um contrato que deve obedecer ao formalismo de um documento escrito. Trabalharemos aqui as diversas características observadas no contrato de fiança.

137

Quanto ao efeito, a fiança pode ser considerada: um contrato unilateral, pois

cria obrigação para somente uma parte; um contrato acessório, porque pressupõe a existência de um contrato principal, cujo cumprimento, em caso de inadimplemento do devedor, será feito pelo fiador que aceitar encargo; e consensual, porque resulta apenas do consentimento das partes, afastando qualquer condicionamento exigido por lei.

Quadro comparativo da Fiança versus o Aval

Fiança Aval

É um Contrato Ato unilateral de vontade (título de crédito)

Secundária e subordinada Principal e independente

Obrigação de dois devedores Duas obrigações autônomas com dois devedores

Obrigação do fiador é acessória Obrigação do avalista é principal

O fiador pode invocar o benefício de ordem

O avalista nada pode invocar. Nada pode pleitear o avalista

Tem caráter subjetivo e mira a pessoa Tem caráter objetivo e só se atém ao valor

Dívidas ilíquidas podem ser seu objeto Só incide em obrigação líquida

O fiador se libera com o cumprimento da obrigação principal

A obrigação do avalista independe da obrigação do avalizado

O fiador fica obrigado enquanto subsiste a obrigação principal

O avalista fica livre se observado no título a falta de elemento essencial

Tem que ter outorga do cônjuge Não precisa de outorga, basta a assinatura do cônjuge

138

PENHOR MERCANTIL

É um contrato acessório e formal, em que o devedor ou alguém representante

entrega ao credor um bem móvel como garantia de uma obrigação. Constitui-se o penhor com a entrega efetiva do bem, mas, por exceção, poderá o devedor per-manecer na posse do bem, respondendo como fiel depositário.

Com a obrigação vencida e não paga, pode o credor requerer judicialmente a

busca e apreensão do bem para posterior venda.

Assim, penhor é a submissão de um bem mercantil (produtos acabados ou matéria-prima etc.), móvel ou imóvel, em garantia do cumprimento de uma obrigação.

Tem existência efetiva, com a entrega da posse do bem (entrega real ou

simbólica) pelo devedor ao credor.

Os bancos normalmente indicam a empresa devedora na qualidade de sócio, como depositário do bem, permanecendo a empresa, na prática, com a posse do bem. O penhor deve ser contratado em instrumento próprio e normalmente é registrado no Cartório de Títulos e Documentos. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

A alienação é considerada uma garantia real que recai sobre o bem (móvel ou

imóvel). É um contrato pelo qual o devedor transfere ao credor, em garantia de uma dívida, o domínio e a posse indireta de um bem, independente de sua entrega efetiva, isto é, a posse direta e o uso do bem fica com o devedor enquanto a posse indireta e a propriedade são do credor (financiador). O bem oferecido em alienação permanece em poder do devedor na condição de fiel depositário.

A alienação fiduciária é amplamente utilizada nas vendas a prazo, de

veículos, aparelhos eletrodomésticos, computadores etc. Atualmente, a alienação fiduciária pode ter como objeto bem imóvel, seguindo as regras da alienação, pois não se aplicam, nesse caso, as regras hipotecárias.

A alienação fiduciária se prova somente por escrito e seu instrumento, público

ou particular, será obrigatoriamente arquivado por cópia ou microfilme no registro de títulos e documentos do domicílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros.

139

HIPOTECA

É um direito real que recai sobre um bem imóvel (casa, terreno, apartamento

etc.) oferecido como garantia do pagamento de uma dívida. A hipoteca recai sobre a totalidade do imóvel, abrangendo reformas, benfeitorias e ampliações. Também podem ser objeto de hipoteca: navios, aviões, estradas de ferro, minas e pedreiras.

A hipoteca caracteriza-se como uma garantia real sobre bem imóvel. Nesse

caso, o bem permanece com o devedor. Para ser válida, ela deve ser inscrita no registro de imóveis.

A hipoteca extingue-se: • Pelo desaparecimento da obrigação principal; • Pela renúncia do credor; • Pela prescrição; • Pela arrematação.

A hipoteca diferencia-se do penhor, pois enquanto este se refere a bens mó-

veis que ficam na posse do credor, a hipotecase refere a bens imóveis que ficam na posse do devedor durante o prazo da garantia.

Um mesmo imóvel pode ser hipotecado várias vezes. No caso de execução

por diversos credores, terá preferência aquele que primeiro recebeu o imóvel em garantia.

A hipoteca é, pois, um contrato acessório, pressupondo a existência de um

contrato matriz ou obrigação principal por ele garantida. Constitui-se um direito real sobre a coisa dada em garantia, sendo essa coisa um imóvel. FIANÇAS BANCÁRIAS

A fiança bancária é um contrato pelo qual o banco (fiador) garante o cumpri-

mento da obrigação de seu cliente junto a um determinado credor (beneficiário). A fiança nada mais é do que uma obrigação escrita, acessória, assumida pelo banco, e que, por se tratar de uma garantia e não de uma operação de crédito, está isenta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Baixa-se a fiança:

• Quando do término do prazo de validade da carta de fiança, desde que

esteja assegurado o cumprimento das obrigações assumidas pelas partes contratantes;

• Mediante a devolução da carta de fiança; • Mediante a entrega ao banco da declaração do credor, liberando a ga-

rantia prestada.

140

As cartas de fiança devem obedecer a prazos determinados, não podendo ultrapassar 12 meses, sendo que, nas concorrências públicas, esse prazo será de seis meses.

Segundo normas do Banco Central, serão autorizadas fianças bancárias nas

situações relacionadas a seguir, dentre outras: • Participação em concorrências públicas ou particulares, licitações,

tomadas • de preços; • Contratos de construção civil; • Contratos de execução de obras; • Contratos de execução de obras adjudicadas por meio de conc?rrências • públicas ou particulares; • Contratos de integração de capitais (pessoas jurídicas); • Contratos de prestação de serviços em empreitadas; • Contratos de prestação de serviços em geral; • Contratos de fornecimento de mercadorias, máquinas, materiais, matérias-

primas etc. que possam, direta ou indiretamente, ensejar aos favorecidos a obtenção de empréstimos em geral, o levantamento de recursos junto ao público ou recursos que assegurem o pagamento de obrigações decorrentes da aquisição de bens e serviços;

• Que não tenham perfeita caracterização do valor em moeda nacional e vencimento definido, exceto quando para garantir interposição de recursos fiscais ou garantias prestadas para produzir efeitos perante órgãos fiscais ou entidades por elas controladas, cuja delimitação de prazo seja impraticável;

• Em moeda estrangeira ou que envolva risco de variação de taxas de câmbio, exceto quando se tratar de operações ligadas ao comércio exterior;

• Vinculadas, por qualquer forma, à aquisição de terrenos que não se des-tinem ao uso próprio ou à execução de empreendimentos ou unidades habitacionais;

• À diretoria do banco e membros dos conselhos consultivos ou adminis-trativos, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges;

• Aos parentes, até o segundo grau, das pessoas a que se refere o item anterior;

• Às pessoas físicas ou jurídicas que participem do capital do banco, com mais de 10%, salvo autorização específica do BACEN, em cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transações de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo Conselho Monetário Nacional, em caráter geral;

• Às pessoas jurídicas cujo capital participa com mais de 10%, quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como seus cônjuges e respectivos parentes, até o segundo grau.

141

FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC)

O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade privada, sem fins lucrativos,

que administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investido-res contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência.

Conforme determina o CMN, são associadas do FGC todas as instituições em

funcionamento no Brasil que recebem depósitos à vista, a prazo ou em contas de poupança, efetuam aceite em letras de câmbio e captam recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, letras hipotecárias e de crédito imobiliário. São elas:

• Os bancos múltiplos; • Os bancos comerciais; • Os bancos de investimento; • Os bancos de desenvolvimento; • A Caixa Econômica Federal; • As sociedades de crédito, financiamento e investimento; • As sociedades de crédito imobiliário; • As companhias hipotecárias; • Associações de poupança e empréstimo.

As instituições financeiras associadas devem aportar os recursos na ordem de 0,025% ,do montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações do objeto de garantia. Para fins de calcular o valor da contribuição, deve ser utilizada a média mensal dos saldos diários das contas correspondentes às obrigações do objeto de garantia.

O valor da contribuição devida deve ser apurado e informado às instituições

associadas até o dia 25 de cada mês. A instituição deverá fazer o repasse dos recursos para o FGC no primeiro dia útil do mês seguinte ao de sua apuração. O atraso no recolhimento da contribuição devida implica multa de 2% sobre o valor da contribuição, acrescido de atualização com base na taxa Selie.

Os créditos que são garantidos pelo FGC são:

• Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; • Depósitos de poupança; • Depósitos a prazo,;com ou sem emissão de certificado; • Letras de câmbio; • Letras imobiliárias; • Letras hipotecárias; • Letras de crédito imobiliário.

142

O valor máximo garantido pelo FGC, por instituição, é de R$ 60.000,00 por

depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição em diferentes formas de depósito e aplicação. É importante ressaltar que os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual for o regime de bens do casamento, ou seja, cada um receberá até o valor máximo de 60 mil reais. O mesmo ocorrerá com seus dependentes.

Os recursos aplicados em fundos de investimentos não estão protegidos pelo

FGC, pois os fundos de investimentos financeiros são entidades constituídas sob a forma de condomínios abertos. É uma comunhão de recursos arrecadados de clientes para aplicação em carteira diversificada de ativos financeiros, cujos regulamentos são registra dos em cartórios de títulos e documentos.

Quando um banco sofre intervenção ou liquidação extrajudicial, a garantia

para os cotistas desses fundos consiste na própria carteira de ativos financeiros, que seguem normas específicas de administração que objetivam garantir segurança e transparência, de forma que o cliente possa ponderar fatores, tais como rentabilidade e risco quanto à decisão de aplicar em um fundo de investimento financeiro.

Para efeito da determinação do valor garantido dos créditos de cada pessoa,

devem ser observados os seguintes critérios: • Titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na

escrituração da instituição associada ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito;

• Devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo res-pectivo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) / Cadastro Nacional de Pes-soa Jurídica (CNPJ) contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro.

143

10 - CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO

A .lavagem de dinheiro consiste em prática criminosa utilizada para trans-

formar recursos de origem ilegal em ativos aparentemente lícitos. Envolve uma ou várias transações, com a finalidade de eliminar vestígios ou dificultar o rastreamento da origem ilegal dos recursos.

No Brasil, o crime de lavagem de dinheiro está previsto na Lei n° 9.613, de

03/03/1998, e é sempre precedido de alguma ação ilícita por meio da qual os recursos foram obtidos.

Estão relacionados na referida lei os seguintes crimes como precedentes à

lavagem de dinheiro: • Tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; • Terrorismo e seu financiamento; • Contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua

produção; • Extorsão mediante sequestro; • Contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para

outrem, direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos;

• Contra o sistema financeiro nacional; • Praticado por organização criminosa; • Praticado por particular contra a administração pública estrangeira.

Conceito e etapas - Indício de crime de lavagem de dinheiro

São considerados indícios de crime de lavagem de dinheiro operações ou

situações que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de reali-zação, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico e legal, possam indicar propósito de infração penal (ato/atividade ilícita), ocultando e dissimulando recursos provenientes, de maneira direta ou indireta.

Constitui infração penal (crime ou contravenção) a violação de uma lei penal.

Além dos crimes precedentes à lavagem de dinheiro relacionados na Lei n°

9.613, podem estar também relacionados ao crime de lavagem de dinheiro infrações penais como: agiotagem, sonegação fiscal, corrupção, estelionato, contrabando, "pirataria", jogos de azar, como "jogo do bicho" e "caça-níqueis" etc.

144

11 - PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO

No Brasil, a regulamentação e a fiscalização para prevenir e combater a lavagem de dinheiro está a cargo das seguintes autoridades competentes, nos re,spectivos setores econômicos:

Banco Central do Brasil (BACEN): • Instituições financeiras; • Compra e venda de moeda estrangeira ou ouro; • Administradoras de consórcios; • Empresas de arrendamento mercantil (leasing);

Comissão de Valores Mobiliários (CVM): • Bolsas de valores; • Bolsa de mercadorias e futuros.

Superintendência de Previdencia Complementar (PEVIC):

• Entidades fechadas de previdência privada (fundos de pensão).

Superintendência de Seguros Privados (Susep):

• Seguro, capitalização e previdência privada.

Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf):

• Bolsa de mercadorias; • Cartões de crédito; • Meio eletrônico ou magnético para transferência de fundos; • Empresas de fomento comercial (factoring); • Sorteios; • Promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; • Bingos; • Comércio de joias, pedras e metais preciosos; • Objetos de arte e antiguidades.

145

Para prevenir a utilização do sistema financeiro para a prática do crime de lavagem de dinheiro, a legislação e a regulamentação brasileiras impõem as obrigações:

• Identificar e manter atualizados os dados cadastrais dos clientes, corren-

tistas ou não; • Caracterizar os clientes identificados como "pessoas politicamente

expostas"; • Autorizar, previamente, o estabelecimento de relação de negócio com

clientes identificados como "pessoa politicamente exposta" ou o prosseguimento de relações já existentes quando o cliente passar a se enquadrar como tal;

• Registrar as operações realizadas pelos clientes, correntistas ou não; • Acompanhar e monitorar as transações realizadas pelos clientes,

correntistas ou não; • Acompanhar e monitorar, de forma reforçada e contínua, as transações

realizadas pelos clientes identificados como "pessoas politicamente expostas";

• Comunicar ao Banco Central do Brasil as movimentações em espécie, bem como os provisionamentos para saque, de valor igualou superior a 100 mil reais;

• Comunicar às autoridades competentes os indícios de crime de lavagem de dinheiro identificados;

• Comunicar às autoridades competentes as operações realizadas por pessoas e entidades envolvidas com o terrorismo e seu financiamento;

• Desenvolver e implementar procedimentos internos de controle; • Treinar os empregados para prevenir e combater a lavagem de dinheiro; • Designar e informar às autoridades competentes o nome do dirigente

responsável pelo cumprimento das obrigações legais pertinentes ao pro-cesso de prevenção e combate à lavagem de dinheiro.

Penalidades

O não cumprimento das obrigações previstas na legislação e regulamentação

brasileiras sujeita as instituições e seus respectivos administradores às seguintes penalidades:

• Advertência; • Multa pecuniária variável, de 1% até o dobro do valor da operação; ou até

200% do lucro obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação, ou ainda, uma multa de até R$200 mil;

• Inabilitação temporária do administrador, pelo prazo de até dez anos; • Cassação da autorização para operação ou funcionamento da instituição.

146

Pessoas Politicamente Expostas (PPE)

De acordo com a regulamentação brasileira, são consideradas "pessoas poli-

ticamente expostas" os agentes públicos que desempenham ou tenham desempe-nhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo.

No caso de clientes de nacionalidade brasileira, são consideradas "pessoas

politicamente expostas":

a) Os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;

b) Os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União: I - Ministro de estado ou equiparado; II - Cargo de natureza especial ou equivalente; III - Presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista; e IV - Cargo do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível seis, e equivalentes;

c) Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores;

d) Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República, o Vice-Procurador Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral de Justiça Militar, os Subprocuradores Gerais da República e os Procuradores Gerais de Justiça dos estados e do Distrito Federal;

e) Os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União;

f) Os governadores de estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de justiça, de assembleia legislativa e de câmara distrital, e os presidentes de tribunal e de conselho de contas de estado, de municípios e do Distrito Federal;

g) Os prefeitos e presidentes de câmara municipal de capitais de estados.

No caso de clientes de nacionalidade estrangeira, são consideradas "pessoas politicamente expostas", no Brasil, aquelas que exercem ou exerceram importantes funções públicas em um país estrangeiro, tais como chefes de estado e de governo, políticos de alto nível, altos servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto nível, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de partidos políticos.

147

A LEI N° 9.613/1998 E SUAS ALTERAÇÕES Lei n° 9.613/98, de 3 de março de 1998

Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores,

a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nessa Lei. Cria-se o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e dá outras providências.

'O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: "Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Dos Crimes de "Lavagem" ou ccultação de bens, direitos e valores Artigo 1° Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição,

movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:

I - Tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; II - Terrorismo e seu financiamento; (Redação dada pela Lei n° 10.701, de

9/7/2003) III -De contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua

produção; IV - De extorsão mediante sequestro; V - Contra a administração pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem,

direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos;

VI - Contra o sistema financeiro nacional; VII - Praticado por organização criminosa; e VIII - Praticado por particular contra a administração pública estrangeira (artigos nOS 337-B, 337-C e 337-D do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). (Inciso incluído pela Lei n° 10.467, de 11/6/2002) Pena: reclusão de três a dez anos e multa.

§ 1°. Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos nesse artigo:

I - Os converte em ativos lícitos; II - Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem

em depósito, movimenta ou transfere; III - Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.

§ 2°. Incorre, ainda, na mesma pena quem: I - Utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que

são provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos nesse artigo;

II - Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

148

§ 3°. A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do artigo n° 14 do Código Penal.

§ 4°. A pena será aumentada de um a dois terços, nos casos previstos nos incisos I a VI do caput deste artigo, se o crime for cometido de forma habitual ou por intermédio de organização criminosa.

§ 5°. A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-Ia ou substituí-Ia por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.

CAPÍTULO II Disposições Processuais Especiais Artigo 2°. O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei:

I - Obedecem às disposições relativas ao procedimento comum dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz singular;

II - Independem do processo e julgamento dos crimes antecedentes referidos no artigo anterior, ainda que praticados em outro país;

III - São da competência da Justiça Federal: a) Quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-

financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas;

b) Quando o crime antecedente for de competência da Justiça Federal. § 1°. A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência do crime

antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor daquele crime.

§ 2°. No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o disposto no artigo n° 366 do Código de Processo Penal.

Artigo 3°. Os crimes disciplinados nesta Lei são insuscetíveis de fiança e liberdade provisória e, em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá funda-mentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.

Artigo 4°. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou repre-sentação da autoridade policial, ouvido o Ministério Público em vinte e quatro horas, havendo indícios suficientes, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão ou o sequestro de bens, direitos ou valores do acusado, ou existentes em seu nome, objeto dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos artigos n° 125 a 144 do Decreto-Lei n° 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.

§ 1°. As medidas assecuratórias previstas neste artigo serão levantadas se a ação penal não for iniciada no prazo de cento e vinte dias, contados, da data em que ficar concluída a diligência.

§ 2°. O juiz determinará a liberação dos bens, direitos e valores apreendidos ou sequestrados quando comprovada a licitude de sua origem.

§ 3°. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores, nos casos do artigo n° 366 do Código de Processo Penal.

149

§ 4°. A ordem de prisão de pessoas ou da apreensão ou sequestro de bens, direitos ou valores, poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata possa comprometer as investigações.

Artigo 5°. Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa qualificada para a administração dos bens, direitos ou valores apreendidos ou sequestrados, mediante termo de compromisso.

Artigo 6°. O administrador dos bens: I - Fará jus a urna remuneração, fixada pelo' juiz, que será satisfeita com o

produto dos bens objeto da administração; II - Prestará, por determinação judicial, informações periódicas da situação dos

bens sob sua administração, bem corno explicações e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos realizados.

Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens apreendidos ou sequestrados serão levados ao conhecimento do Ministério Público, que requererá o que entender cabível.

CAPÍTULO III

Dos- Efeitos da C õndenação

Artigo 7°. São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal:

I - A perda, em favor da União, dos bens, direitos e valores objeto de crime previsto nesta Lei, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;

II - A interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no artigo 9°, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada.

CAPÍTULO IV Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Praticados no

Estrangeiro Artigo 8°. O juiz determinará, na hipótese de existência de tratado ou

convenção internacional e por solicitação de autoridade estrangeira competente, a apreensão ou o sequestro de bens, direitos ou valores oriundos de crimes descritos no artigo 1°, praticados no estrangeiro.

§ 1°. Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de tratado ou convenção internacional, quando o governo do país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao BrasiL

§ 2°. Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou valores apre-endidos ou sequestrados por solicitação de autoridade estrangeira competente ou os recursos provenientes da sua alienação serão repartidos entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé.

CAPÍTULO V Das Pessoas Sujeitas À Lei

150

Artigo 9°. Sujeitam-se às obrigações referidas nos artigos 10 e 11 as pessoas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, corno atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:

I. A captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de

terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; II. A compra e venda de moeda estrangeira ou ouro corno ativo financeiro

ou instrumento cambial; III. A custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação,

intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários. Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:

I. As bolsas de valores e bolsas de mercadorias ou futuros;

II. As seguradoras, as coretoras de seguros e as entidades de previdência complementar ou de capitalização;

III. As administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem corno as administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços;

IV. As administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente, que permita a transfe-rência de fundos;

V. As empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fomento co-mercial (factoring);

VI. As sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado;

VII. As filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda que de forma eventual;

VIII. As demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros;

IX. As pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas neste artigo;

X. As pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis;

XI. As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antiguidades;

XII. As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie. (Incluído pela Lei n° 10.701, de 9/7/2003)

CAPÍTULO VI

151

Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros Artigo 10°. As pessoas referidas no artigo 9°:

I - Identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes;

II - Manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedidas;

III - Deverão atender, no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições formuladas pelo Conselho criado pelo artigo 14, que se processarão em segredo de justiça.

§ 1°. Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identificação

referida no inciso I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-Ia, bem como seus proprietários.

§ 2°. Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade competente.

§ 3°. O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela autoridade competente.

Artigo lO-A. O Banco Central manterá registro centralizado formando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei n° 10.701, de 9/7/2003)

CAPÍTULO VII Da Comunicação de Operações Financeiras Artigo 11. As pessoas referidas no artigo 9°:

I - Dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimesprevistos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;

II - Deverão comunicar, abstendo-se de dar aos clientes ciência de tal ato, no prazo de vinte e quatro horas, às autoridades competentes:

a) Todas as transações constantes do inciso II do artigo 10 que ultrapassarem limite fixado, para esse fim, pela mesma autoridade e na forma e condições por ela estabelecidas, devendo ser juntada a identificação a que se refere o inciso I do mesmo artigo; (Redação dada pela Lei n° 10.701, de 9/7/2003)

b) A proposta ou a realização de transação prevista no inciso I deste artigo. § 1°. As autoridades competentes, nas instruções referidas no inciso I deste

artigo, elaborarão relação de operações que, por suas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele prevista.

§ 2°. As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa.

152

§ 3°. As pessoas para as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regu-lador farão as comunicações mencionadas neste artigo ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras - COAF - e na forma por ele estabelecida.

CAPÍTULO VIII

Da Responsabilidade Administrativa Artigo 12. Às pessoas referidas no artigo 9°, bem como aos administradores

das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos artigos 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:

I - Advertência; II - Multa pecuniária variável, de um por cento até o dobro do valor da operação,

ou até duzentos por cento do lucro obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação, ou, ainda, multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

III - Inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referidas no artigo 9°;

IV - Cassação da autorização para operação ou funcionamento. § 1°. A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cumprimento

das instruções referidas nos incisos I e II do artigo 10. § 2°. A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no artigo 9°, por

negligência ou dolo: I - Deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência, no prazo

assinalado pela autoridade competente; II - Não realizarem a identificação ou o registro previstos nos incisos I e II do

artigo 10; III - Deixarem de atender, no prazo, a requisição formulada nos termos do inciso

III do artigo 10; IV - Descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunicação a que se

refere o artigo 11. § 3°. A inabilitação temporária será aplicada quando forem verificadas

infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica, devidamente caracterizada em transgres-sões anteriormente punidas com multa .

. § 4°. A cassação da autorização será aplicada nos casos de reincidência específica de infrações anteriormente punidas com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.

Artigo 13. O procedimento para a aplicação das sanções previstas neste Capítulo será regulado por decreto, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

CAPÍTULO IX Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras Artigo 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Conselho de

Controle de Atividades Financeiras - COAF, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.

§ 1°. As instruções referidas no artigo 10 destinadas às pessoas mencionadas no artigo 9°, para as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão

153

expedidas pelo COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no artigo 12.

§ 2°. O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores.

§ 3~ O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as in-formações cadastrais bancárias e financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei n° 10.701, de 9/7/2003)

Artigo 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito.

Artigo 16. O COAF será composto por servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência, designados em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal, de órgão de inteligência do Poder Executivo, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério das Relações Exteriores e da Controladoria-Geral da União, atendendo, nesses quatro últimos casos, à indicação dos respectivos Ministros de Estado. (Redação dada pela Lei n° 10.683, de 28/5/2003)

§ 1°. O Presidente do Conselho será nomeado pelo Presidente da República, por indicação do Ministro de Estado da Fazenda.

§ 2°. Das decisões do COAF relativas às aplicações de penas administrativas caberá recurso ao Ministro de Estado da Fazenda.

Artigo 17. O COAF terá organização e funcionamento definidos em estatuto aprovado por decreto do Poder Executivo.

Artigo 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

154

CARTA CIRCULAR BACEN N° 2.826/1998

Divulga relação de operações e situações que podem configurar indício de ocorrência dos crimes previstos na Lei n° 9.613, de 03/03/98, e estabelece procedimentos para sua comunicação ao Banco Central do Brasil.

A realização das operações ou a verificação das situações a seguir descritas, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, podem configurar indício de ocorrência dos crimes previstos na Lei n° 9.613, de 03/03/98, tendo em vista o disposto nos artigos 2, parágrafo único, e 4. , caput, da Circular n° 2.852, de 03/12/98:

I - Situações relacionadas com operações em espécie ou em cheques de viagem:

a) Movimentação de valores superiores ao limite estabelecido no artigo 4° , inciso I, da Circular n° 2.852/98, ou de quantias inferiores que, por sua habitualidade e forma, configurem artifício para a burla do referido limite;

b) Saques a descoberto, com cobertura no mesmo dia; c) Movimentações feitas por pessoa física ou jurídica cujas transações ou

negócios normalmente se efetivam por meio da utilização de cheques ou outras formas de pagamento;

d) Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são pos-teriormente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionado com o cliente;

Depósitos mediante numerosas entregas, de maneira que o total de cada depósito não é significativo, mas o conjunto de tais depósitos o é; e) Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande

valor; f) Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda

estrangeira e vice-versa; g) ,Depósitos contendo notas falsas ou mediante utilização de documentos

falsificados; h) Depósitos de grandes quantias mediante a utilização de meios eletrônicos ou

outros que evitem contato direto com o pessoal do banco; i) Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pa-

gamento ou outros instrumentos em grande quantidade - isoladamente ou em conjunto -, independentemente dos valores envolvidos, sem evidencias de propósito claro;

1) Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras. II - Situações relacionadas com a manutenção de contas correntes:

a) Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do cliente;

b) Resistência em facilitar as informações necessárias para a abertura de conta, oferecimento de informação falsa ou prestação de informação de dificil ou onerosa verificação;

155

c) Atuação, de forma contumaz, em nome de terceiros ou sem a revelação da verdadeira identidade do beneficiário;

d) Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados, resultem em quantia significativa;

e) Contas que não demonstram ser resultado de atividades ou negócios normais, visto que utilizadas para recebimento ou pagamento de quantias significativas sem indicação clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio;

f) Existência de processo regular de consolidação de recursos provenientes de contas mantidas em várias instituições financeiras em uma mesma localidade previamente às solicitações das correspondentes transferências;

g) Retirada de quantia significativa de conta ate então pouco movimentada ou de conta que acolheu depósito inusitado;

h) Utilização conjunta e simultânea de caixas separados para a realização de grandes operações em espécie ou de câmbio;

i) Preferência à utilização de caixas-fortes, de pacotes cintados em depósitos ou retiradas ou de utilização sistemática de cofres de aluguel; j) Dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como recebimento de

crédito, de altos juros remuneratórios para grandes saldos ou, ainda, de outros serviços bancários especiais que, em circunstâncias normais, seriam valiosas para qualquer cliente;

1) Mudança repentina e aparentemente injustificada na forma de movimentação de recursos e/ou nos tipos de transação utilizados;

m) Pagamento inusitado de empréstimo problemático sem que haja explicação aparente para a origem dos recursos;

n) Solicitações frequentes de elevação de limites para a realização de operações;

o) Atuação no sentido de induzir funcionário da instituição a não manter, em arquivo, relatórios específicos sobre alguma operação realizada;

p) Recebimento de recursos com imediata compra de cheques de viagem, ordens de pagamento ou outros instrumentos para a realização de paga-mentos a terceiros;

q) Recebimento de depósitos em cheques e/ou em espécie, de várias locali-dades, com transferência para terceiros;

r) Transações envolvendo clientes não residentes; s) Solicitação para facilitar a concessão de financiamento - particularmente de

imóveis - quando a fonte de renda do cliente não está claramente identificada; t) Abertura e/ou movimentação de conta por detentor de procuração ou

qualquer outro tipo de mandato; u) Abertura de conta em agencia bancaria localizada em estação de passageiros

- aeroporto, rodoviária ou porto-internacional ou pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empresa regularmente instalada nesses locais;

v)Proposta de abertura de conta-corrente mediante apresentação de documentos de identificação e número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) . emitidos em região de fronteira ou por pessoa residente, domiciliada ou que tenha atividade econômica em países fronteiriços;

156

w) Movimentação de contas correntes que apresentem débitos e créditos que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para burla da identificação dos responsáveis pelos depósitos e dos beneficiários dos saques. Situações relacionadas com atividades internacionais:

a) Operação ou proposta no sentido de sua realização, com vínculo direto ou indireto, em que a pessoa estrangeira seja residente, domiciliada ou tenha sede em região considerada paraíso fiscal, ou em locais onde e observada a pratica contumaz dos crimes previstos no artigo 10 da Lei n° 9.613/98;

b) Solicitação de facilidades estranhas ou indevidas para negociação de moeda estrangeira;

c) Operações de interesse de pessoa não tradicional no banco ou dele desco-nhecida que tenha relacionamento bancário e financeiro em outra praça;

d) Pagamentos antecipados de importação e exportação por empresa sem ~radição ou cuja avaliação financeira seja incompatível com o montante negociado;

e) Negociação com ouro por pessoas não tradicionais no ramo; f) Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade

financeira do usuário; g) Transferências unilaterais frequentes ou de valores elevados, especialmente a

título de doação. IV - Situações relacionadas com empregados das instituições e seus representantes:

a) Alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamento do empregado ou representante;

b) Modificação inusitada do resultado operacional do empregado ou representante; c) Qualquer negócio realizado por empregado ou representante - quando

desconhecida a identidade do último beneficiário -, contrariamente ao procedimento normal para o tipo de operação de que se trata.

2. A comunicação, nos termos do artigo 40 da Circular na 2.852/98, das situações relacionadas nesta Carta-Circular, bem como de outras que, embora não mencionadas, também possam configurar a ocorrência dos crimes previstos na Lei n° 9.613/98, deverá ser realizada por meio de transação do Sistema de Informações Banco Central - SISBACEN - a ser oportunamente divulgada, até o dia útil seguinte aquele em que verificadas. Enquanto não divulgada mencionada transação, referida comunicação deve ser encaminhada ao Departamento de Fiscalização (DEFIS), via transação PMSG750 daquele Sistema.

3. Com vistas ao atendimento do disposto no artigo 10, inciso IH, da Circular na 2.852/19998: I - Os dados relativos às operações ali mencionadas devem ser mantidos a disposição do Banco Central do Brasil, compreendendo, no mínimo, o seguinte:

a) Tipo; b) Valor em reais; c) Data de realização; d) Número do CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoa Juridica (CNPJ) do

titular. II - Deve ser considerado o conjunto de movimentações financeiras ativas e

passivas realizadas no país, como, por exemplo:

157

a) Depósitos de qualquer espécie; b) Colocação de títulos de emissão própria ou de quotas de fundos de

investimento; c) Venda de metais preciosos; d) Venda de cheques administrativos ou de viagem; e) Ordens de pagamento; f) Pagamento ou amortizações antecipadas de empréstimos. III - Relativamente às operações que envolvam transferências internacionais,

bem como àquelas relacionadas a pagamentos e recebimentos em decorrência da utilização de cartão de crédito de validade internacional, devem ser observados os procedimentos de registro no SISBACEN e de envio de informações ao Banco Central do Brasil, estabelecidos nas normas cambiais em vigor. 4. Esta Carta-Circular entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos, relativamente a adoção dos procedimentos e das providências de que tratam os itens 2 e 3, a partir de 01/03/99.

Brasília, 04 de dezembro de 1998. José Maria Ferreira de Carvalho (Chefe do Departamento de Câmbio) Luiz Carlos Alvarez (Chefe do Departamento de Fiscalização) Antonio Francisco Bernardes de Assis (Chefe em exercício do Departamento de Normas do Sistema Financeiro)

158

QUESTÕES DE CONCURSOS 01. (DAVES/BANPARÁ/2005) Com relação à contra-ordem, o emitente de cheque cliente de um Banco onde efetuou depósitos em dinheiro.

(A) não pode emitir contra-ordem.

(B) unicamente deve fazer boletim de ocorrência em qualquer Delegacia de Polícia, pois esta tem obrigação de comunicar o ocorrido ao Banco.

(C) pode fazer a contra-ordem, por escrito, com base em relevante razão de direito.

(D) pode fazer a contra-ordem somente se o cheque tiver sido roubado.

(E) pode fazer a contra-ordem tão somente no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas após a data de emissão do cheque.

02. (DAVES/BANPARÁ/2005) Entre os títulos comerciais, existem as Duplicatas e as Notas Promissórias. Sobre quem está obrigado a emitir os títulos citados, está correta a afirmativa:

(A) É o credor que tem a receber tanto as duplicatas quanto as notas promissórias.

(B) É o devedor que tem a pagar tanto as duplicatas quanto as notas promissórias.

(C) É o devedor que emite as duplicatas e o credor que emite as notas promissórias.

(D) É o credor que emite as duplicatas e o devedor que emite as notas promissórias.

(E) Tanto pode ser o credor como o devedor; quem estabelece a obrigatoriedade de emissão é o contrato firmado entre as partes interessadas.

03. (DAVES/BANPARÁ/2005) Quanto à divisão do capital das sociedades anônimas, também chamadas de companhias, está correta a afirmativa:

(A) O capital é dividido em ações que podem ser nominativas ou ao portador.

(B) O capital é dividido em quotas-partes, de acordo com o novo Código Civil.

(C) Parte do capital poderá ser em quotas e parte, em ações, de acordo com o Estatuto da Empresa.

(D) Os sócios minoritários terão participação em quotas e os sócios majoritários terão participação em ações.

(E) Tanto os sócios minoritários quanto os sócios majoritários poderão ter quotas ou ações, de acordo com a opção de cada investidor.

04. (DAVES/BANPARÁ/2005) São elementos essenciais ao cheque:

(A) a ordem condicional de pagar, a data e o lugar de emissão, e o valor a ser pago.

(B) a assinatura do emitente, a indicação em cifra e por extenso do valor a ser pago, e o nome do banco que deve pagar.

(C) a denominação cheque, a assinatura do emitente e a ordem condicional de pagar.

(D) a data e o lugar de emissão, a denominação cheque e a assinatura do gerente do banco.

(E) o nome do banco que deve pagar, a assinatura do beneficiário e local, e data de emissão.

05. (DAVES/BANPARÁ/2005) O conceito de alienação fiduciária está corretamente expresso na alternativa:

(A) É um depósito em dinheiro que garantirá o pagamento de um empréstimo.

(B) É o ato pelo qual um Banco, por conta de alguém, ou por conta própria, instrui suas agências para efetuarem certo pagamento ou crédito a terceiros.

(C) É modalidade de seguro garantida pelo Governo Federal e pelo Banco Central para todos os depositantes de estabelecimentos bancários.

(D) É uma forma programada de aplicação, em que o cliente autoriza, por escrito, o Banco onde mantém conta corrente a debitar uma parcela mensal, previamente ajustada.

(E) É o contrato pelo qual o devedor, como garantia de uma dívida, pactua a transferência da propriedade fiduciária do bem ao credor, sob condição resolutiva e expressa.

06. (DAVES/BANPARÁ/2005) A incapacidade civil das pessoas físicas menores de 18 anos cessará a quando do(a):

(A) conclusão do ensino médio, em qualquer estabelecimento de ensino.

(B) obtenção do título de eleitor.

(C) obtenção de uma aposentadoria, por ser portador de deficiência física.

(D) casamento.

159

(E) exercício de emprego em empresa privada, desde que haja assinatura do empregador na carteira de trabalho.

07. (DAVES/BANPARÁ/2005) Muitas são as operações realizadas entre os estabelecimentos bancários e seus clientes, existindo uma delas que é usualmente garantida por jóias. Essa operação é denominada de

(A) endosso.

(B) penhor.

(C) caução.

(D) aval ou fiança.

(E) hipoteca. 08. (DAVES/BANPARÁ/2005) São documentos cuja apresentação é exigida na abertura de contas/correntes para pessoas físicas:

(A) contrato social, comprovação de endereço e CPF (Cadastro de Pessoas Físicas).

(B) CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), fontes de referências, nome completo e qualificação do depositante.

(C) comprovação de endereço; assinatura do depositante e contrato social.

(D) data de abertura da conta e respectivo número, contrato social e CPF (Cadastro de Pessoas Físicas).

(E) assinatura do depositante, fontes de referências e assinaturas de fiadores.

09. (DAVES/BANPARÁ/2005) O título utilizado nas operações mercantis, decorrentes de vendas de mercadorias a prazo, é denominado de

(A) Cédula de Crédito Comercial, se for empresa comercial e/ou industrial.

(B) Nota Promissória.

(C) Duplicata.

(D) Título de Hipoteca.

(E) Nota Fiscal. 10. (DAVES/BANPARÁ/2005) Podemos definir endosso, como o ato pelo qual o

(A) favorecido de um cheque nominativo transfere o seu direito a outrem, passando este a ser o novo beneficiário do cheque.

(B) Banco que emitiu o talonário endossa a assinatura do emitente.

(C) portador do cheque nominativo a outrem faz a cobrança do cheque na ―boca do caixa‖ do Banco depositário dos fundos.

(D) favorecido de um cheque nominativo apõe sua assinatura ao lado da assinatura do emitente, para não deixar dúvidas de que realmente é o favorecido do cheque.

(E) emitente, mesmo passando cheque nominativo a terceiros, apõe sua assinatura no verso, para garantir o pagamento deste em qualquer agência do estabelecimento bancário.

11. (DAVES/BANPARÁ/2005) São elementos indispensáveis à produção da Letra de Câmbio, entre outros:

(A) o mandato condicional, a quantia determinada e o nome do tomador.

(B) a expressão ―letra de câmbio‖, o nome do tomador e o mandato condicional.

(C) o nome do sacado, a expressão ―letra de câmbio‖ e o mandato condicional de pagar quantia determinada.

(D) o nome do tomador, o nome do sacado e o mandato condicional.

(E) o mandato puro e simples, a expressão ―letra de câmbio‖ e o nome do sacado.

12. (DAVES/BANPARÁ/2005) No que concerne ao critério que considera a responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, nas sociedades empresárias, podemos afirmar que esta responsabilidade é

(A) ilimitada em todas as sociedade empresárias.

(B) limitada em todas as sociedade empresárias.

(C) limitada e ilimitada em todas as sociedade empresárias, definindo que todos os sócios têm de ter o mesmo grau de responsabilidade.

(D) ilimitada, mista e limitada em todas as sociedade empresárias.

(E) limitada e mista em todas as sociedade empresárias.

13. (DAVES/BANPARÁ/2005) As cadernetas de poupança são modalidades de investimento, cujo rendimento é assim calculado:

(A) 1% (um por cento) ao mês, mais TR (Taxa Referencial de Juros).

(B) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais Taxa Selic.

(C) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais TR (Taxa Referencial de Juros).

(D) 1% (um por cento) ao mês, mais Taxa Selic.

(E) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais a menor taxa de juros praticada no mercado financeiro na concessão de empréstimos.

160

14. (DAVES/BANPARÁ/2005) O cheque pré-datado, se apresentado ao Banco 10 (dez) dias antes da data em que consta a emissão,

(A) deverá ser pago, se a conta corrente apresentar suficiência de fundos, por ser uma ordem de pagamento à vista.

(B) não poderá ser pago, mesmo que a conta corrente apresente suficiência de fundos, por valer a convenção efetuada entre as partes.

(C) deverá ser pago pelo Banco, que estará obrigado a conceder uma operação de empréstimo ao correntista, para honrar o cheque, caso a conta corrente não apresente disponibilidade suficiente.

(D) não poderá ser carimbado com o código 11 (onze) correspondente à insuficiência de fundos.

(E) só poderá ser carimbado com o código 11 (onze) correspondente à insuficiência de fundos, se o emitente autorizar.

15. (DAVES/BANPARÁ/2005) É característica do TED (Transferência Eletrônica Disponível) a que se apresenta na alternativa:

(A) O recurso estará disponível ao beneficiário no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, ou seja, de 2 (dois) dias.

(B) O recurso sairá da conta do pagador no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, para poder compensar em até 48 (quarenta e oito) horas ao beneficiário.

(C) Se o TED for feito em cheque, poderá levar até 5 (cinco) dias úteis para o recurso entrar na conta do beneficiário.

(D) Se o TED for feito em cheque de valor superior a R$ 1.000,00 (um mil reais), obrigatoriamente deverá ficar disponibilizado ao beneficiário, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.

(E) Terá liquidação no próprio dia, ou seja, atualizará o saldo da conta do recebedor na mesma data em que é emitida pelo pagador.

16. (DAVES/BANPARÁ/2005) Na ordem de pagamento, a pessoa que autoriza a transferência de numerário é identificada como

(A) favorecido.

(B) remetente, se for pessoa jurídica; e favorecido, se for pessoa física.

(C) beneficiário.

(D) sacador.

(E) tomador. 17. (DAVES/BANPARÁ/2005) Com relação à venda com reserva de domínio, é correto afirmar:

(A) O bem ficará em poder do devedor ou fiduciante, que passa a ser o possuidor direto e depositário do bem.

(B) O bem ficará em poder do credor ou fiduciário, que, se perder o bem, será considerado pela Lei como depositário infiel.

(C) O bem poderá ficar em poder do devedor ou do credor, mas estes não poderão atravessar a fronteira do Estado onde foi realizada a operação, sob pena de serem considerados evadidos.

(D) O bem só poderá ficar em poder do devedor, se este se comprometer, em contrato firmado com a Instituição Financeira, que será realizada vistoria mensal para avaliar o estado do bem objeto do contrato.

(E) para cada contrato o Banco Central avaliará as condições do devedor e do credor e, em relatório circunstanciado, determinará em poder de quem ficará o bem.

18. (DAVES/BANPARÁ/2005) Nota Promissória poder ser definida como sendo uma promessa de pagamento. Para a sua emissão faz-se necessária a existência das seguintes partes:

(A) o credor e o avalista.

(B) o credor e o fiador.

(C) o emitente e o tomador.

(D) o emitente e o subscritor.

(E) o credor e o tomador. 19. (DAVES/BANPARÁ/2005) No caso de venda de um bem com alienação fiduciária, caso não haja o pagamento da dívida no prazo contratual, o credor poderá adotar corretamente o seguinte procedimento, entre outros:

(A) Comunicar ao Banco Central a inadimplência do cliente, para que aquele tome as providências de sua alçada.

(B) Executar ação para penhora e alienação judicial de bens do devedor fiduciante.

(C) Comunicar unicamente à Diretoria do seu Banco sobre a inadimplência do cliente.

(D) Comunicar ao Banco Central e à Diretoria do seu Banco.

(E) Comunicar ao Banco Central e ao Serasa. 20. (DAVES/BANPARÁ/2005) São garantias reais que podem ser averbadas nos cartórios de registro de imóveis:

(A) o contrato particular de compra e venda de imóvel.

(B) a hipoteca e os cheques pré-datados.

161

(C) a caução e o contrato particular de compra e venda de imóvel.

(D) a hipoteca e o penhor.

(E) as alterações contratuais das sociedades empresariais, que possuem imóveis no seu patrimônio.

21. (DAVES/BANPARÁ/2005) É(São) motivo(s) pelo(s) qual(quais)o comprador poderá deixar de aceitar a duplicata emitida contra sua empresa:

(A) defeitos e diferenças devidamente comprovados na qualidade das mercadorias.

(B) diferença para menos no preço ajustado.

(C) antecipação do prazo de entrega.

(D) emissão de mais de uma duplicata para uma mesma fatura, mesmo que a soma das duplicatas se iguale ao valor total da fatura.

(E) desconto efetuado pelo vendedor, da duplicata, em Estabelecimento Bancário, sem a anuência do comprador.

22. (DAVES/BANPARÁ/2005) A incapacidade absoluta que impede alguém de exercer pessoalmente os atos da vida civil diz respeito ao(a)(s)

(A) funcionários públicos aposentados.

(B) pessoas maiores de 75 anos de idade.

(C) casados menores de 18 anos de idade.

(D) pessoas que se encontram ausentes do País, por mais de 5 (cinco) anos, sem exercer o direito do voto.

(E) pessoas que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

23. (DAVES/BANPARÁ/2005) O cruzamento nos cheques é efetuado por meio de

(A) observação no ―verso‖ do cheque, quando se tratar de cheque nominal.

(B) observação na ―face‖ do cheque, quando se tratar de cheque ao portador.

(C) duas linhas paralelas traçadas na ―face‖ do cheque.

(D) duas linhas paralelas traçadas no ―verso‖ do cheque.

(E) sua emissão diretamente a um Banco, pois somente este poderá descontar os cheques cruzados.

24. (DAVES/BANPARÁ/2005) A hipoteca que recai sobre um bem imóvel, poderá ser extinta se

(A) o mutuário decidir que já pagou o suficiente sobre o financiamento.

(B) houver sentença judicial transitada em julgado favorável ao mutuário.

(C) ocorrer o falecimento do mutuário, mesmo sem o pagamento ser efetuado pela Seguradora.

(D) o mutuário mudar de endereço, ocupando outro imóvel e não mais o financiado, que é objeto da hipoteca.

(E) houver desmoronamento de uma das paredes do imóvel.

25. (DAVES/BANPARÁ/2005) É correto afirmar que domicílio da pessoa jurídica é

(A) aquele que fica mais fácil para o Estabelecimento Bancário enviar suas correspondências e avisos.

(B) o local eleito pelo Ministério da Fazenda, que faz constar no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas – CNPJ.

(C) o local da residência do sócio majoritário.

(D) a sede jurídica da pessoa, onde esta pratica habitualmente seus atos e negócios jurídicos.

(E) o local da residência do Diretor Administrativo da Empresa.

26. (DAVES/BANPARÁ/2005) É correto afirmar que a administração das sociedades limitadas se realiza

(A) por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado.

(B) pelo chefe do departamento financeiro.

(C) pelo chefe do departamento de pessoal.

(D) pelo contador.

(E) pelo sócio majoritário, obrigatoriamente. 27. (DAVES/BANPARÁ/2005) A emissão de nota fiscal, pelo vendedor, referente à venda de mercadorias a prazo será efetuada

(A) na data do recebimento da primeira parcela, para obedecer ao regime de Caixa.

(B) na data do recebimento da última parcela, dada a certeza do recebimento do valor da venda.

(C) trinta dias antes da saída das mercadorias, para obedecer ao regime de competência.

(D) na data da saída das mercadorias do estabelecimento vendedor.

(E) na data da chegada das mercadorias ao local do destino.

28. (DAVES/BANPARÁ/2005) Segundo a definição correta, contrato de mútuo é o contrato

(A) de locação de um imóvel, seja terreno ou prédio.

(B) pelo qual um dos contratantes transfere a propriedade de bem fungível ao outro, que se

162

obriga a lhe restituir coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.

(C) de locação de veículos para uso empresarial ou particular.

(D) de aluguel de bens infungíveis, tipo marcas de fabricação e patentes.

(E) pelo qual um dos contratantes transfere a propriedade de bens infungíveis, tipo marcas de fabricação e patentes.

29. (DAVES/BANPARÁ/2005) A sociedade por ações apresenta, entre as suas características, a(s) natureza(s):

(A) mercantil.

(B) filantrópica.

(C) beneficente.

(D) religiosa.

(E) filantrópica e beneficente.

30. (DAVES/BANPARÁ/2005) São duas as modalidades de cheque:

(A) simples e garantido.

(B) simples e visado.

(C) composto e administrativo.

(D) composto e cruzado.

(E) cruzado e administrativo. 31. (FGV/BESC/2004) As debêntures são títulos (valores mobiliários) emitidos por uma sociedade anônima de capital aberto. Podem ser emitidas nos tipos simples, conversível ou permutável. O que caracteriza a debênture permutável é o fato de poder ser: (A) convertida em ações emitidas pela empresa emissora da debênture a qualquer tempo. (B) convertida em ações emitidas pela empresa emissora da debênture, conforme regras do contrato de emissão da debênture. (C) resgatada, conforme regras do contrato de emissão da debênture. (D) trocada por bens da empresa emissora da debênture, conforme regras do contrato de emissão da debênture. (E) trocada por ações de outra empresa, existentes no patrimônio da empresa emissora da debênture, conforme regras do contrato de emissão da debênture. 32. (FGV/BESC/2004) É ordem de pagamento: (A) a letra de câmbio; (B) a fatura (C) a nota promissória;

(D) a ação ordinária (E) o warrant 33. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa correta. (A) As companhias seguradoras subordinam-se à Bolsa de Valores e são por ela fiscalizadas. (B) A CVM é um órgão fiscalizador dos bancos múltiplos. (C) As sociedades de crédito imobiliário e poupança não são instituições financeiras. (D) As corretoras de seguros são instituições criadas para dar suporte às seguradoras na captação de seguros. (E) As companhias seguradoras são instituições captadoras de depósitos à vista. 34. (FGV/BESC/2004) É uma operação de crédito direto ao consumidor, com interveniência do vendedor, usado por lojas de bens de consumo duráveis ou não: (A) CDC; (B) CDCi; (C) CDI; (D) crédito pessoal; (E) contrato de mútuo 35. (FGV/BESC/2004) Dentre os instrumentos clássicos de política monetária, assinale aquele que se destaca como o mais ágil, para os objetivos do Banco Central de permanente regulagem da oferta monetária e do custo primário do dinheiro. (A) Depósito compulsório (B) Operações no mercado aberto (C) Empréstimo de liquidez (D) Emissão de moeda (E) Controle de crédito 36. (FGV/BESC/2004) Nas operações de leasing financeiro, o arrendatário (cliente) paga ao arrendador (empresa de leasing) contraprestações (aluguéis) durante a vigência do contrato, com a opção de compra do bem ao final do contrato, por um valor nele explicitado, usufruindo, assim, os benefícios fiscais do leasing. Caso a opção de compra seja exercida (paga) antes do final do contrato: (A) os benefícios se mantêm, e a operação segue normalmente até seu final. (B) renegocia-se uma nova operação de leasing pelo valor restante a pagar, mas o cliente perde os benefícios. (C) renegocia-se uma nova operação de leasing pelo valor restante a pagar, mantendo-se os benefícios.

163

(D) a operação passa a se caracterizar como uma operação de compra e venda a prestações, e o cliente perde os benefícios. (E) a operação se encerra nesse momento, os benefícios se mantêm e há um acerto de contas. 37. (FGV/BESC/2004) O Fundo Garantidor de

cada pessoa dentro de uma mesma instituição financeira, ou dentro de todas as instituições de um mesmo conglomerado financeiro, até o valor máximo de: (A) R$ 25.000,00; (B) R$ 22.500,00 (C) R$ 20.000,00; (D) R$ 18.000,00 (E) R$ 15.000,00 38 (FGV/BESC/2004) Analise as afirmativas a seguir: I. o preço do ouro no Brasil está atrelado às variações do preço do dólar no mercado flutuante e ao preço do metal na bolsa de Nova York; II. as operações de câmbio somente podem ser realizadas por meio de instituições autorizadas ou credenciadas pelo Ministério da Fazenda; III. ação é um título negociável, representativo de propriedade de uma fração do capital social de uma sociedade anônima. Assinale: (A) se somente a afirmativa II estiver correta. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 39. (FGV/BESC/2004) A Lei de Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64) criou: (A) o Comitê de Política Monetária e as bolsas de valores. (B) o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. (C) a Comissão de Valores Mobiliários e o Conselho Monetário Nacional. (D) o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional. (E) a Sumoc – Superintendência da Moeda e do Crédito. 40. (FGV/BESC/2004) Qual das assertivas abaixo NÃO define o objetivo da Finame?

(A) Financiar emissão de ações. (B) Financiar a importação de máquinas e equipamentos industriais não produzidos no País. (C) Financiar e fomentar a exportação de máquinas e equipamentos industriais de fabricação nacional. (D) Atender às exigências financeiras da crescente comercialização de máquinas e equipamentos fabricados no País. (E) Concorrer para a expansão da produção nacional de máquinas e equipamentos, mediante facilidade de crédito aos respectivos produtores e aos usuários. 41. (FGV/BESC/2004) É uma operação ativa de curtíssimo prazo, usada por empresas para atender a necessidades imediatas de recursos: (A) CDC (B) Hot Money (C) Crédito Rural (D) Leasing (E) CDB/RDB 42. (FGV/BESC/2004) A instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal para a habitação popular e saneamento básico, utilizando recursos de cadernetas de poupança, é: (A) o Banco Central do Brasil. (B) a Caixa Econômica Federal. (C) a Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. (D) o Banco de Investimento. (E) a Bolsa de Valores. 43. (FGV/BESC/2004) É uma operação passiva num banco de investimentos: (A) arrendamento mercantil. (B) repasse de empréstimo externo. (C) financiamento de capital de giro. (D) depósito a prazo fixo. (E) empréstimo a estados e municípios e respectivas autarquias. 44. (FGV/BESC/2004) A taxa de câmbio determinada pelo Banco Central do País, que se compromete a comprar e vender qualquer quantidade de divisas a esta taxa, chama-se: (A) taxa de câmbio fixa (B) taxa de câmbio flutuante (C) taxa de câmbio derivada (D) swap (E) underwriting

164

45. (FGV/BESC/2004) Assinale o mercado em que as operações realizadas apresentam pouca influência nas negociações, em termos de preço, tendo em vista que NÃO há divulgação massificada. (A) Mercado de balcão (B) Cetip (C) Selic (D) Bovespa (E) Susep 46. (FGV/BESC/2004) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo Federal. Como instituição financeira de fomento, NÃO é seu objetivo: (A) impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País. (B) fortalecer o setor empresarial nacional. (C) atenuar os desequilíbrios regionais criando novos pólos de produção. (D) o recebimento, a crédito do Tesouro Nacional, das arrecadações de tributos e rendas federais. (E) promover o crescimento e a diversificação de exportações. 47. (FGV/BESC/2004) O lançamento de ações novas no mercado, de forma ampla e não restrita a subscrição pelos atuais acionistas, chama-se: (A) bonificação (B) captação de recursos para realização de investimentos (C) underwriting (D) mercado secundário (E) swap 48. (FGV/BESC/2004) A Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos) foi criada para dar ao mercado financeiro e de capitais maior transparência, segurança e credibilidade nas operações realizadas. Qual dos títulos abaixo NÃO é administrado pela Cetip? (A) Letras de câmbio

(C) Depósitos interfinanceiros (D) Letras hipotecárias

erência Eletrônica Disponível 49. (FGV/BESC/2004) A taxa-Selic é a taxa básica da nossa economia, criada e administrada por um órgão normativo diretamente subordinado ao presidente do Banco Central. O nome desse órgão é: (A) Conselho Nacional de Seguros Privados (B) Copom – Conselho de Política Monetária

(C) Comissão de Valores Mobiliários (D) Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (E) Bolsa de Valores 50. (FGV/BESC/2004)

(A) banco múltiplo (B) casa de poupança (C) casa de câmbio (D) distribuidora de títulos e valores mobiliários (E) corretora de seguros 51. (FGV/BESC/2004) É título emitido por sociedades anônimas não-financeiras de capital aberto, com garantia de seu ativo: (A) debênture; (B) underwriting (C) letra imobiliária; (D) CDB (E) letra de câmbio 52. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. (A) As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da economia, com o objetivo de permitir uma melhor comercialização de produtos rurais. (B) Os bancos de investimento podem manter contas correntes de seus clientes e captam recursos pela emissão de CDBs e RDBs. (C) As sociedades de crédito, financiamento e investimentos têm a função de financiar bens de consumo duráveis por meio do crediário ou do crediário ao consumidor. (D) As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de financiamento imobiliário e constituídas sob a forma de sociedade anônima. (E) Depósitos à vista são operações de captação de fundos exclusivamente das instituições financeiras monetárias. 53. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. (A) O Conselho Monetário Nacional é responsável pelas políticas monetária e cambial. (B) O Ministro da Fazenda faz parte da composição do Conselho Monetário Nacional. (C) O BNDES é o gestor dos recursos do fundo de garantia por tempo de serviço. (D) O Banco Central do Brasil é o órgão regulador e supervisor das atividades das instituições financeiras no Brasil. (E) Uma das atribuições do Conselho Monetário Nacional é autorizar as emissões de papel-moeda.

165

54. (FGV/BESC/2004) São entidades ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguros: (A) sociedades seguradoras e caixa de liquidação e custódia (B) administradoras de consórcio e entidades abertas de previdência privada (C) sociedades de capitalização e sociedades de títulos e valores mobiliários (D) agências de fomento ou de desenvolvimento e entidades fechadas de previdência privada (E) entidades fechadas de previdência privada e entidades abertas de previdência privada 55. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. (A) O aval bancário é uma obrigação assumida pelo banco a fim de garantir o pagamento de um título de crédito de um cliente preferencial. (B) Fiança bancária é um contrato por meio do qual o banco garante o cumprimento da obrigação de seu cliente com um credor a favor do qual a obrigação deve ser cumprida. (C) Hipoteca é uma garantia de pagamento de uma dívida dada sob a forma de um bem imóvel, não cabendo para navios e aviões. (D) Penhor mercantil é a entrega de um bem móvel ao credor como garantia de pagamento da dívida. (E) Alienação fiduciária é a transferência ao credor do domínio e posse de um bem, em garantia ao pagamento de uma obrigação. 56. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. (A) As companhias de factoring são empresas comerciais que operam na aquisição de faturamento das empresas industriais e comerciais. (B) As companhias de leasing operam no arrendamento mercantil. (C) As companhias de seguros são empresas administradoras de riscos, com a obrigação de pagar indenizações se ocorrerem perdas e danos nos bens segurados. (D) As companhias de crédito, financiamento e investimento são instituições privadas, constituídas na forma de sociedade anônima, que têm por objetivo o financiamento ao consumo, captando recursos no mercado basicamente por meio da colocação de letras de câmbio. (E) Os bancos múltiplos podem operar simultaneamente, com autorização do BNDES, carteiras de banco comercial, de investimentos, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento e investimento, de arrendamento mercantil e desenvolvimento.

57. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa verdadeira. (A) A Secretaria de Previdência Complementar é o órgão executivo do Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável pelo controle e fiscalização dos planos e benefícios e das atividades das entidades de Previdência Privada Fechada. (B) O Banco do Brasil é um órgão da administração indireta do País, sob a forma de autarquia. (C) A Superintendência de Seguros Privados é o órgão responsável pelo controle e fiscalização do mercado de ações. (D) A Comissão de Valores Imobiliários tem por finalidade a fiscalização e a regulação do mercado de seguros. (E) As distribuidoras de títulos e valores mobiliários são membros das bolsas de valores e, para exercício de suas atividades, não dependem de prévia autorização do Banco Central do Brasil. 58. (FGV/BESC/2004) Qual das características abaixo NÃO é, via de regra, apresentada em uma aplicação financeira de renda fixa? (A) Utilização de títulos, obrigações ou aplicações com data estabelecida para liquidação. (B) Aplicação mais conservadora. (C) Integra o mercado de risco, em que não há garantia de retorno financeiro ao investidor, nem mesmo do principal aplicado. (D) Remuneração ou retorno de capital pode ser dimensionado no momento da aplicação. (E) Gera rendimentos prefixados. 59. (FGV/BESC/2004) Analise as afirmativas a seguir, a respeito de fundos de investimento: I. alguns fundos de investimento são remunerados com ganhos de performance baseados em um índice de referência; II. os fundos DI são fundos referenciados à taxa do mercado interbancário; III. o administrador do fundo de investimento debitará uma taxa de administração sobre o patrimônio do fundo. Assinale: (A) se nenhuma afirmativa estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

166

60. (FGV/BESC/2004) Um fundo de ações fechado é um fundo no qual: (A) a composição da carteira permanece fixa desde o momento de sua criação. (B) só podem ser feitas aplicações em companhias fechadas. (C) o resgate de cotas só pode ser feito na data de vencimento do fundo. (D) o prazo de investimento pelo cotista é indeterminado. (E) o resgate da aplicação feita pelo cotista pode ser efetuado a qualquer momento. 61. (FGV/BESC/2004) Ao final do período de contribuição em um plano gerador de benefícios livres (PGBL), o investidor pode: (A) apenas sacar todo o valor acumulado de uma vez. (B) apenas efetuar saques dentro de um plano de renda vitalícia. (C) apenas efetuar saques dentro de plano de renda temporária. (D) apenas optar por sacar todo o valor ou efetuar saques dentro de um plano de renda vitalícia. (E) optar por sacar todo o valor ou efetuar saques dentro de um plano de renda vitalícia ou de renda temporária. 62. (FGV/BESC/2004) Analise as afirmativas a seguir: I. cartões de crédito são utilizados para aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados, possibilitando o pagamento no futuro; II. o crédito direto ao consumidor é uma modalidade de financiamento à disposição de pessoas físicas e jurídicas, para a aquisição de bens de consumo duráveis; III. conta garantida é um contrato de abertura de crédito na modalidade rotativa, concedida pelos bancos aos clientes, após análise de crédito. Assinale: (A) se nenhuma das afirmativas estiver correta. (B) se somente a afirmativa III estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. O contato mais usual de um cliente com um banco ocorre por meio da movimentação de uma conta bancária. Com referência à abertura e à movimentação de contas, julgue os itens seguintes. 63. (CESPE/BRB/2005) Considere a seguinte situação hipotética. Marcelo, engenheiro civil recém-

formado, procurou o gerente da agência bancária onde movimenta uma conta corrente para se informar acerca do destino correto a ser dado ao seu salário, já que gostaria que o dinheiro ficasse à sua disposição para saque na hora em que lhe convier. O gerente indicou-lhe fazer depósito à vista. Nessa situação, a indicação do gerente foi correta. 64. (CESPE/BRB/2005) Na caderneta de poupança, os valores depositados são atualizados com base na TR do dia do depósito, acrescida de juros de 0,5% ao mês, correspondendo a 6% ao ano, na data em que completa um mês. 65. (CESPE/BRB/2005) Considere a seguinte situação hipotética. Pedro, impossibilitado de comparecer à agência bancária para abertura de conta-corrente para recebimento e movimentação de seu salário, passou procuração específica para que Paulo providenciasse a abertura dessa conta corrente. Nessa situação, a procuração perderá o efeito quando Pedro vier a se casar. 66. (CESPE/BRB/2005) Um indivíduo com mais de 16 anos e menos de 21 anos de idade poderá abrir uma conta bancária desde que tenha autorização do responsável, no caso, pai, mãe ou tutor. 67. (CESPE/BRB/2005) O recibo de depósito bancário (RDB) é uma modalidade de depósito à vista. Julgue os itens a seguir, relativos a documentos comerciais e a características de pessoas jurídicas. 68. (CESPE/BRB/2005) Sociedade anônima é aquela em que o capital é dividido em debêntures. 69. (CESPE/BRB/2005) As ações preferenciais dão direito ao acionista de receber os lucros antes das ações ordinárias, mas não dão direito ao voto. 70. (CESPE/BRB/2005) Firma individual é uma pessoa que, regularmente matriculada na junta comercial, pratica atos de comércio com habitualidade profissional. 71. (CESPE/BRB/2005) A nota fiscal é mais importante como documento comercial e menos significativa como documento de controle do fisco. O cheque é um instrumento usual para movimentação de contas correntes. Julgue os seguintes itens, acerca das características do cheque. 72. (CESPE/BRB/2005) Considere que um cheque com data para 15 de agosto de determinado ano foi apresentado ao banco em 15 de junho do mesmo

167

ano. Nesse caso, havendo suficiência de fundos, o banco deverá pagá-lo. 73. (CESPE/BRB/2005) Se ocorrer divergência entre o valor lançado por extenso e o valor expresso em números, o banco deverá devolver o cheque. 74. (CESPE/BRB/2005) Se, ao endossar o cheque, se fizer constar no verso o nome de um novo beneficiário, fica caracterizado o endosso em branco. 75. (CESPE/BRB/2005) O cheque cruzado não poderá ser resgatado diretamente no caixa. 76. (CESPE/BRB/2005) O cheque emitido em praça diferente daquela do banco sacado tem prazo de apresentação de até 60 dias. Além das contas bancárias, os bancos oferecem vários produtos e várias prestações de serviços. Com relação a esses produtos e serviços, julgue os próximos itens. 77. (CESPE/BRB/2005) Na cobrança, o banco recebe o título dos clientes e, agindo como seu mandatário, cobra dos devedores a quantia devida. 78. (CESPE/BRB/2005) Ordem de pagamento é a remessa de dinheiro, de um mesmo banco, de uma praça (cidade, localidade) para outra com o correspondente deslocamento físico do numerário. 79. (CESPE/BRB/2005) O DOC somente possibilita a transferência de valores entre clientes de agências do mesmo banco. 80. (CESPE/BRB/2005) O plano gerador de benefícios livre (PGBL) é uma aplicação oferecida como mais uma alternativa de complementação de aposentadoria. 81. (CESPE/BRB/2005) Do valor aplicado pelo investidor em título de capitalização, a instituição financeira separa um percentual para o seguro aos riscos da apólice, outro para o sorteio e um terceiro para cobrir suas despesas administrativas. Para se cobrar alguma coisa de alguém é necessário que se tenha um fundamento, ou seja, uma razão autorizada. O título de crédito é a razão pela qual uma pessoa tem o direito de cobrar algum valor de outra pessoa. Nesse sentido, julgue os itens subseqüentes, de acordo com o direito comercial brasileiro. 82. (CESPE/BRB/2005) A circularidade é uma característica dos títulos de crédito.

83. (CESPE/BRB/2005) A literalidade é uma característica dos títulos de crédito que significa que o credor tem direito somente ao que está escrito, nem um centavo a mais. 84. (CESPE/BRB/2005) A nota promissória retrata uma promessa de pagamento de uma importância. 85. (CESPE/BRB/2005) O cheque não representa um título de crédito. 86. (CESPE/BRB/2005) A partir de uma fatura (ou nota de venda), poderá ser extraída a duplicata, porém o comerciante não poderá colocá-la em circulação. Toda vez que pessoas contratam entre si direitos e obrigações, a primeira preocupação de ambas as partes é assegurar-se de que os deveres contratuais serão cumpridos. Julgue os itens a seguir, que se referem aos instrumentos que garantem o cumprimento dos contratos. 87. (CESPE/BRB/2005) A nota promissória, como nos demais títulos de crédito, pode ser transferida a terceiros por endosso. 88. (CESPE/BRB/2005) A hipoteca é uma modalidade de garantia real, enquanto a caução é uma modalidade de garantia pessoal. 89. (CESPE/BRB/2005) Pela alienação fiduciária, o vendedor somente transferirá o bem ao comprador após o pagamento da metade do preço. 90. (CESPE/BRB/2005) Em uma fiança de empréstimo, o fiador somente será obrigado ao pagamento depois de cobrado o tomador. 91. (CESPE/BRB/2005) A diferença entre aval e fiança é que o primeiro somente é prestado em títulos de crédito, enquanto o segundo é prestado em todo e qualquer tipo de contrato. Determinada instituição bancária propôs a realização de pesquisa dos perfis de seus clientes com o propósito de subsidiar o seu marketing de relacionamento. A partir dos resultados dessa pesquisa, a instituição traçou estratégias para uma eficaz utilização desse marketing. Diante da situação hipotética apresentada e considerando que em um planejamento de marketing a identificação do público-alvo é ponto crítico, julgue os itens que se seguem. 92. (CESPE/BRB/2005) A segmentação de mercado embasada na oferta de proposta de produtos e serviços adequados a cada perfil de cliente dessa

168

instituição pode constituir fator de sucesso para o seu crescimento. 93. (CESPE/BRB/2005) Considere que um único produto/serviço dessa instituição não satisfaz às necessidades de todos os seus clientes. Nessa situação, a instituição poderá reunir grupos de pessoas com características, preferências e potencial de investimento semelhantes a fim de ofertar esse produto e, assim, criar uma relação mais forte com cada um desses grupos. 94. (CESPE/BRB/2005) A instituição deve utilizar-se do marketing de relacionamento para trabalhar com clientes de vida comercial curta, pois esse tipo de marketing é o adequado para esse tipo de cliente. 95. (CESPE/BRB/2005) Ao aplicar o marketing de relacionamento por meio da segmentação de mercado, a instituição estará utilizando um mecanismo de natureza homogênea. 96. (CESPE/BRB/2005) Ao lançar um novo produto ou serviço, a instituição deve determinar como deseja colocá-lo no mercado competitivo, levando em conta que fatores intangíveis precisam ganhar o reconhecimento do mercado por meio da conquista da credibilidade junto aos consumidores. 97. (CESPE/BRB/2005) Ao adotar o marketing de relacionamento, a instituição estará praticando a comunicação com enfoque em assuntos pessoais de seus clientes. 98. (ACEP/BNB/2004) Considerando as características das operações de empréstimos bancários, marque a alternativa CORRETA: A) os bancos devem assegurar o direito de

liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros.

B) nas operações de empréstimos os bancos não podem cobrar tarifas porque já cobram juros.

C) a utilização do limite do cheque especial está sujeita à cobrança de juros previamente definidos pelo Banco Central.

D) o crédito direto ao consumidor é uma linha de empréstimo destinada exclusivamente ao consumo de bens alimentícios.

E) os bancos estão sujeitos, na atualidade, a controles dos valores que podem emprestar aos usuários.

99. (ACEP/BNB/2004) A operação de Leasing é uma operação de crédito, considerada um aluguel de equipamentos por um período estabelecido, com

algumas características especiais. Em relação a essa operação, analise as afirmações de I a IV: I) o Leasing, ou arrendamento mercantil, é uma

operação em que o cliente pode fazer uso de um bem sem necessariamente tê-lo comprado;

II) a operação de Leasing é destinada apenas para pessoas jurídicas do setor industrial;

III) caso o cliente deseje adquirir o bem definitivamente deverá pagar o valor residual definido entre as partes no início do contrato;

IV) os contratos de Leasing são feitos por tempo indeterminado.

Marque a alternativa CORRETA: A) são verdadeiros os itens I e II. B) são verdadeiros os itens I, III e IV. C) são verdadeiros os itens I e III. D) são verdadeiros os itens III e IV. E) apenas o item III é verdadeiro. 100. (ACEP/BNB/2004) O Programa de Geração de Emprego e Renda (PROGER) é um conjunto de linhas de crédito para financiar quem quer se iniciar ou investir no crescimento de seu próprio negócio, tanto na área urbana como na rural. A respeito desse Programa, considere as afirmativas abaixo como V se verdadeira e F se falsa : I) os recursos do PROGER rural se destinam

exclusivamente às cooperativas localizadas na região Nordeste;

II) os principais agentes financeiros do PROGER são exclusivamente bancos privados, que dispõem de recursos livres destinados a essa finalidade;

III) o PROGER rural é destinado exclusivamente para a finalidade de investimento, por seu caráter empreendedor.

Marque a alternativa com a sequência CORRETA: A) F-F-F B) F-V-F C) F-F-V D) V-F-F E) V-V-F 101. (ACEP/BNB/2004) O cheque é um documento que proporciona grande facilidade aos usuários como meio de pagamento de compras e serviços. Analise as afirmações abaixo sobre suas principais características legais: I) a aceitação de cheques é um ato de confiança

entre a pessoa que emite o cheque (emitente) e aquele que recebe, o beneficiário;

169

II) por lei, somente cheques de valor até R$ 100,00 (cem reais) podem ser emitidos ao portador;

III) a pessoa física ou jurídica que for incluída no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) não pode movimentar, sob hipótese alguma, sua conta corrente;

IV) após cinco anos da inclusão, a ocorrência é retirada do CCF automaticamente, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor.

Marque a alternativa CORRETA: A) são verdadeiros os itens I, II e III. B) são verdadeiros os itens I, II e IV. C) são verdadeiros os itens II e III. D) são verdadeiros os itens II, III e IV. E) são verdadeiros os itens III e IV. 102. (ACEP/BNB/2004) Considerando as principais funções e finalidades do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil, analise as afirmações de I a IV: I) o Conselho Monetário Nacional é um órgão ligado

diretamente ao Congresso Nacional; II) a política do Conselho Monetário Nacional

objetiva, dentre outras finalidades, zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

III) dentre as principais funções do Banco Central do Brasil destacam-se a formulação, execução e acompanhamento da política monetária;

IV) é considerada função do Banco Central do Brasil a emissão e a execução dos serviços do meio circulante.

Marque a alternativa CORRETA: A) são verdadeiros os itens I, III e IV. B) são verdadeiros os itens I, II e III. C) são verdadeiros os itens I, II e IV. D) são verdadeiros os itens II,III e IV. E) apenas os itens III e IV são verdadeiros. 103. (ACEP/BNB/2004) Marque a alternativa CORRETA sobre as características e atribuições legais das instituições financeiras pertencentes ao Sistema Financeiro Nacional: A) consideram-se instituições financeiras, as

pessoas jurídicas públicas e privadas que tenham como atividade principal a intermediação de recursos financeiros próprios.

B) as instituições financeiras somente poderão funcionar no país mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil ou de decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

C) as instituições financeiras públicas federais, por sua personalidade jurídica, não estão sujeitas às

mesmas disposições relativas às instituições financeiras privadas.

D) é permitido às instituições financeiras conceder empréstimos e adiantamentos a seus diretores e membros do conselho de administração, na condição dos mesmos possuírem, pelo menos, 20% do capital da instituição.

E) as instituições financeiras podem manter aplicações ilimitadas em bens imóveis.

104. (ACEP/BNB/2004) Objetivando fortalecer a solidez do sistema financeiro, o Banco Central do Brasil estabeleceu diversas normas relativas ao risco das operações de crédito. Sobre esses riscos analise as afirmações abaixo: I) o risco de crédito está associado à necessidade

de se avaliar a capacidade de endividamento dos tomadores;

II) o movimento nos preços de mercado dos ativos financeiros nacionais e internacionais expõe os bancos ao risco de mercado;

III) o risco de liquidez em um banco decorre da sua incapacidade de promover reduções em seu passivo ou financiar acréscimos em seus ativos;

IV) as modalidades mais relevantes de risco operacional envolvem o colapso de controles internos e do domínio corporativo.

Marque a alternativa CORRETA: A) são verdadeiros os itens I e III. B) são verdadeiros os itens II e IV. C) são verdadeiros os itens I, II e III. D) apenas o item I é verdadeiro. E) todos os itens são verdadeiros. 105. (ACEP/BNB/2004) Para evitar problemas de risco de crédito, existem normas concernentes ao comportamento que os bancos devem cumprir em relação aos clientes e à própria operação. A respeito desse assunto, considere as afirmativas abaixo como V se verdadeira e F se falsa: I) as instituições financeiras só precisam lançar em

suas demonstrações contábeis, os créditos em atraso por mais de noventa dias, quando são considerados de liquidação duvidosa;

II) a classificação das operações de crédito é exigida apenas para as pessoas jurídicas, principalmente pelo risco inerente à atividade econômica do tomador;

III) as operações de adiantamento sobre contratos de câmbio e de financiamento à importação não são classificadas por ordem de risco, por estarem amparadas por recursos internacionais;

170

IV) as operações objeto de renegociação devem ser retiradas do nível de risco anterior e classificadas como normal.

Marque a alternativa com a sequência CORRETA: A) V-F-F-F B) F-F-F-F C) V-V-F-F D) V-F-V-F E) F-F-F-V 106. (ACEP/BNB/2004) As operações de crédito bancário apresentam diversas modalidades de linhas de créditos, em função do direcionamento dos recursos e do tipo de instituição que está concedendo o recurso. Sobre este assunto, marque a alternativa CORRETA: A) o Hot Money é uma linha de crédito destinada ao

financiamento das exportações, sendo operacionalizada exclusivamente por bancos estrangeiros atuando no país.

B) os empréstimos para capital de giro são operações típicas de bancos de investimento, com abertura de linhas específicas sem limites de crédito e garantias.

C) o crédito direto ao consumidor é um financiamento destinado para aquisição de bens e serviços, operação típica das financeiras e de bancos comerciais, com carteira de crédito, financiamento e investimento.

D) o desconto de duplicatas ou notas promissórias é uma operação de empréstimo exclusivo de bancos comerciais.

E) a conta garantida é uma linha especial de financiamento de capital de giro que deve ser quitada integralmente no vencimento estabelecido no prazo concedido no contrato.

107. (ACEP/BNB/2004) As instituições financeiras devem observar certas condições sobre as normas relativas a abertura, manutenção, movimentação e encerramentos de contas de depósito. A respeito deste assunto considere as afirmações abaixo: I) quando a conta for titulada por menor ou pessoa

incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser identificado o responsável que o assistir ou o representar;

II) se o correntista emitir um cheque sem provisão de fundos, a instituição financeira deverá encerrar sua conta, sem necessidade de aviso ao correntista;

III) as instituições financeiras estão autorizadas pelo Banco Central a cobrar tarifas sobre todos os serviços relativos à conta de depósitos;

IV) é vedada a estipulação de cláusulas na ficha-proposta que, em qualquer hipótese, impeçam ou criem limitações a sustação de pagamentos de cheque.

Marque a alternativa CORRETA: A) as afirmativas I e IV são verdadeiras. B) as afirmativas I e II são verdadeiras. C) as afirmativas II e III são verdadeiras. D) as afirmativas II e IV são verdadeiras. E) todas as afirmativas são verdadeiras. 108. (ACEP/BNB/2004) Objetivando expandir o acesso aos serviços bancários por parte da população de baixa renda e para facilitar recebimentos de proventos e de microcrédito, foram criadas contas especiais. Considerando as características dessas contas, marque a alternativa CORRETA: A) a conta especial de depósito a vista, denominada

de conta simplificada, somente pode ser aberta por pessoas físicas e mantida na modalidade de conta individual, vedado o fornecimento de talonários de cheque para respectiva movimentação.

B) a conta especial de depósito a vista, denominada de conta simplificada, pode ser livremente movimentada, sem limites de recursos.

C) por ser uma conta simplificada, é permitida a abertura de conta de depósitos sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes do nome do depositante.

D) a "conta salário" foi criada para prestação de serviços relativos ao pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares, contas essas que podem ser movimentadas por cheques.

E) a "conta salário" pode ser aberta livremente pelo interessado para receber seus salários, vencimentos, aposentadorias ou pensões, mas essas contas estão sujeitas à cobrança de tarifas por parte das instituições financeiras.

109. (ACEP/BNB/2004) Foram instituídos alguns procedimentos a serem observados pelas instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central na contratação e na prestação de serviços aos clientes e ao público em geral. Esses procedimentos são conhecidos no mercado como "Código de Defesa do Consumidor Bancário". Sobre esses procedimentos, marque a alternativa CORRETA: A) as instituições financeiras podem se recusar a

receber cheques, bloquetos de cobrança, fichas

171

de compensação e outros, sem necessidade de informação prévia aos clientes.

B) não há, na norma, nenhum dispositivo relativo à propaganda enganosa ou abusiva.

C) a liquidação antecipada de débito, total ou parcial, mediante redução proporcional dos juros nas operações de crédito pessoal e de crédito direto ao consumidor, é uma opção das instituições financeiras.

D) as instituições devem estabelecer em suas dependências alternativas técnicas, físicas e especiais que garantam o atendimento prioritário para pessoas portadoras de deficiência física ou com mobilidade reduzida.

E) os saques em espécie, realizados em contas de depósitos a vista, devem ser assegurados, independente de valor, não podendo as instituições postergar o saque para o expediente seguinte, alegando falta de recursos em caixa.

110. (ACEP/BNB/2004) Objetivando possibilitar a concessão de crédito para a população de baixa renda e para micro-empreendedores, o governo vem incentivando as operações de microfinanças. Para isso foram criadas instituições e linhas de crédito específicas para esse setor da economia. Em relação a esse assunto, considere as afirmações abaixo, indicando V se verdadeira e F se falsa: I) as instituições financeiras destinam, no mínimo,

2% dos saldos dos depósitos a vista para realização de operações de microfinanças direcionadas à população de baixa renda e a microempreendedores;

II) as taxas de juros efetivas da linha de crédito para microfinanças não podem exceder a 2% a.m., e os limites máximos dos valores são definidos pela instituição financeira, de acordo com a capacidade de financiamento do tomador;

III) as operações de crédito destinadas ao programa de microfinanças somente podem ser realizadas com pessoas físicas detentoras de contas especiais de depósitos a vista (conta simplificada);

IV) dado o caráter social, as instituições financeiras não podem cobrar taxa de abertura de crédito e para valores inferiores a R$ 1.000,00 o prazo máximo da operação permitido é de 90 dias.

Marque a alternativa com a seqüência CORRETA: A) V-V-F-V B) V-F-F-F C) V-F-V-F D) V-V-V-V E) F-F-V-V

111. (ACEP/BNB/2004) Existem, no mercado, diversos instrumentos de captação de recurso, que se diferenciam pelo prazo de captação, destinação e rentabilidade. Marque a alternativa CORRETA que caracteriza um desses instrumentos: A) as cadernetas de poupança representam o mais

popular instrumento de captação, proporcionando uma rentabilidade de 12 % a.a.

B) o prazo mínimo para aplicações em Certificado de Depósito Bancário (CDB) é de 90 dias.

C) os recursos da caderneta de poupança são destinados exclusivamente para financiar casas para população de baixa renda.

D) o Certificado de Depósito Bancário pode oferecer rendimento diferenciado, em função do valor e do prazo da aplicação.

E) a Instituição Financeira pode remunerar o depósito a vista, desde que o cliente permaneça com o recurso depositado na conta corrente por mais de trinta dias.

112. (ACEP/BNB/2004) O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) modernizou o sistema de transferências de recursos interbancários, sem eliminar, por completo, o sistema tradicional de compensação de cheques e outros documentos. Com relação ao seu funcionamento, assinale a alternativa CORRETA: A) a Transferência Eletrônica Disponível (TED) é

utilizada para transferências de recursos superiores a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).

B) para transferências de recursos abaixo de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) deve ser utilizado cheque ou DOC (Documento de Compensação) por intermédio da Centralizadora de Compensação de Cheques e Outros Papéis (COMPE).

C) os cheques apresentados à compensação sem provisão de fundos devem ser devolvidos pela alínea 11 na primeira apresentação e alínea 12 na segunda apresentação.

D) os cheques e DOC's são compensados e transferidos da conta do emitente para a do beneficiário no mesmo dia.

E) como o cheque é uma ordem de pagamento a vista, os bancos e empresas são obrigados a recebê-lo para quitar pagamentos.

113. (ACEP/BNB/2004) Dentre as operações de crédito especializado, o crédito rural tem como objetivo estimular e fortalecer o setor rural, destinando financiamentos aos produtores e suas associações. Sobre as características dessa modalidade de crédito, considere as afirmações abaixo:

172

I) podem ser financiadas pelo crédito rural as atividades de custeio, investimento, comercialização e industrialização de produtos agropecuários;

II) todos os recursos para financiamento do crédito rural são provenientes das instituições financeiras oficiais federais;

III) o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) tem por finalidade apoiar as atividades agrícolas e não agrícolas desenvolvidas por agricultores familiares no estabelecimento ou aglomerado rural urbano;

IV) o financiamento do PRONAF está limitado a R$ 3.000,00 (três mil reais), por produtor, em cada ano.

Marque a alternativa CORRETA: A) são verdadeiros os itens I e IV. B) são verdadeiros os itens I e II. C) são verdadeiros os itens II e III. D) são verdadeiros os itens III e IV. E) apenas o item I é verdadeiro. 114. (ACEP/BNB/2004) O crédito rural foi institucionalizado pela Lei n° 4829/65, que o considera como suprimento de recursos financeiros por entidades públicas e estabelecimentos de crédito particulares e produtores rurais ou suas cooperativas para aplicação exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação em vigor. Assinale a alternativa CORRETA que caracteriza aspectos relacionados à política de crédito rural: A) entende-se por crédito de custeio quando

destinados a cobrir despesas normais de um ou mais períodos da produção agrícola, não sendo beneficiado o custeio pecuário.

B) para obter financiamento o tomador precisa formalizar a operação por meio da emissão de uma cédula de crédito rural, que não precisa de garantia real.

C) a cédula rural pignoratícia deve conter a descrição dos bens vinculados ao penhor, indicados pela espécie, qualidade, quantidade, marca ou período da produção, se for o caso, além do local ou depósito em que os mesmos bens se encontram.

D) na cédula rural hipotecária deve conter a descrição do imóvel hipotecado com indicação do nome, se houver, dimensões, confrontações, benfeitorias, título e data de aquisição, dispensando o registro no cartório de imóveis.

E) não podem ser objeto de penhor cedular os gêneros oriundos da produção agrícola, extrativa ou pastoril, ainda que destinados a beneficiamento ou transformação.

115. (ACEP/BNB/2004) O crédito industrial, agro-industrial e para o comércio são atendidos principalmente por linhas operacionalizadas por instituições oficiais de crédito, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com relação às finalidades e beneficiários dessas linhas, marque a alternativa CORRETA: A) o FINAME é uma linha de financiamento do

BNDES exclusivamente para pequenas e médias empresas para aquisição isolada de máquinas e equipamentos novos, com custo de apenas 12% ao ano.

B) o custo dos financiamentos realizados diretamente pelo BNDES é composto por: custo financeiro mais remuneração do BNDES mais outros encargos, se for o caso.

C) o BNDES financia a aquisição de veículos (automóveis e utilitários) desde que façam parte de um financiamento industrial.

D) o BNDES não dispõe de linhas de crédito para exportações de bens produzidos no País.

E) o BNDES não financia a capacitação tecnológica nem a formação e qualificação profissional.

116. (ACEP/BNB/2004) O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), regulamentado pela Lei n° 7827/89, tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento da região Nordeste, mediante execução de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com os respectivos planos regionais de desenvolvimento. Considere as afirmações abaixo como V se verdadeira e F se falsa: I) o Banco do Nordeste do Brasil S.A., como

instituição financeira federal de caráter regional, é administradora do FNE;

II) os encargos financeiros dos financiamentos concedidos com recursos do FNE, são definidos pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A , em função dos projetos específicos e da localização do projeto a ser financiado;

III) as principais atividades beneficiadas com financiamentos do FNE são a indústria, a agropecuária e o turismo, por intermédio de diversos programas definidos no plano regional de desenvolvimento;

IV) O Banco do Nordeste do Brasil S.A. financia, com recursos provenientes do FNE, o Programa de Apoio ao Turismo Regional, que tem por objetivo a implantação, expansão, modernização e reforma de empreendimentos do setor turístico.

Marque a alternativa com a seqüência CORRETA: A) V-F-V-F B) V-F-V-V

173

C) F-V-V-F D) V-V-V-V E) V-F-F-F 117. (ACEP/BNB/2004) O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) constitui-se em uma importante fonte de financiamento para os programas sociais do Governo, o qual apresenta certas características. Marque a alternativa CORRETA: A) o FAT financia o Programa de Geração de

Emprego e Renda (PROGER), que é uma iniciativa do Governo Federal voltada para quem deseja iniciar ou expandir seu próprio negócio, tanto na área urbana quanto na área rural.

B) os recursos do FAT são oriundos do Orçamento Geral da União e de recursos próprios do Banco do Brasil S.A., que é a instituição financeira responsável pelo Fundo.

C) os agentes financeiros do PROGER, programa financiado pelo FAT, são apenas o Banco do Brasil S.A. e o Banco do Nordeste do Brasil S.A.

D) o FAT financia o Plano Nacional de Qualificação, que é um programa para trabalhadores das áreas de alta tecnologia.

E) os recursos do FAT não financiam unidades habitacionais.

118. (ACEP/BNB/2004) Segundo a Constituição Federal, a Seguridade Social no Brasil compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência social e à assistência social. Com relação ao tema, marque a alternativa CORRETA: A) compete privativamente aos Estados legislar

sobre seguridade social no âmbito de suas respectivas jurisdições, sem qualquer subordinação à União.

B) cabe exclusivamente à sociedade civil organizar e administrar a seguridade social tendo como principais objetivos a universalidade da cobertura e do atendimento e o caráter democrático e descentralizado de sua administração.

C) nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

D) as contribuições sociais para a seguridade social somente poderão ser exigidas no exercício financeiro subseqüente àquele em que tenha sido publicada a lei que as instituiu ou aumentou.

E) são isentas de contribuição para a seguridade social, as sociedades cooperativas, as micro e pequenas empresas e as entidades religiosas beneficentes de assistência social, atendidas as exigências estabelecidas em lei.

119. (ACEP/BNB/2004) Consoante a Constituição Federal, a Previdência Social no Brasil é organizada sobretudo sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que lhe preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Sobre as principais características desse tema, marque a alternativa CORRETA: A) cobertura dos eventos de doença, invalidez,

morte e idade avançada; proteção à maternidade, especialmente à gestante, e ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; concessão de salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda e de pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.

B) a cobertura do risco de acidente do trabalho é atendida exclusivamente por companhias de seguro do setor privado.

C) os benefícios da previdência social são acessíveis somente àqueles que tiveram relação formal de emprego, com carteira de trabalho assinada por seu(s) empregador(es).

D) nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado é concedido com valor mensal inferior à media dos 3 (três) salários mínimos mensais pertinentes aos 3 (três) anos imediatamente anteriores à sua concessão.

E) a gratificação natalina dos aposentados e pensionistas é igual ao provento do mês de dezembro de cada ano, mas somente é devida se tiverem sido trabalhados todos os meses do ano civil correspondente.

120. (ACEP/BNB/2004) Segundo mandamento constitucional, o regime da Previdência Privada tem caráter complementar e está organizado de forma autônoma em relação ao Regime Geral de Previdência Social. Quanto a este segundo regime de previdência, marque a alternativa CORRETA: A) as instituições e empresas privadas, a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, podem instituir entidades de previdência privada e patrocinar seus planos de benefícios de natureza complementar, situação na qual, o custo normal total é sempre dividido entre o empregador e o empregado de forma a nunca resultar em uma proporção nula para uma das partes.

B) é facultativa para o empregador a instituição de entidade de previdência privada de plano de benefícios complementares, mas, uma vez

174

instituída, torna-se obrigatória a filiação dos correspondentes empregados.

C) as contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas no estatuto da entidade de previdência privada e no regulamento do plano de benefícios integram, para todos os fins de direito, o contrato de trabalho dos empregados participantes.

D) o regime de previdência privada complementar é regulado por lei ordinária e por normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

E) o regime de previdência privada complementar adota sempre o regime financeiro de capitalização, constituindo reservas que garantam o benefício contratado.

121. (ACEP/BNB/2004) A Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001, dispõe sobre as entidades fechadas de previdência complementar do Setor Público e suas relações com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, que lhes seriam patrocinadores. Sobre o tema em foco, marque a alternativa CORRETA: A) as entidades em questão organizam-se sob a

forma de autarquia, fundação ou sociedade civil, com fins lucrativos.

B) a elegibilidade a um benefício de prestação programada e continuada requer uma carência mínima de 120 (cento e vinte) contribuições mensais ao plano de benefícios, permitindo-se a manutenção do vínculo empregatício com o patrocinador após a concessão do benefício.

C) os reajustes dos benefícios em manutenção são efetuados de acordo com os critérios do regulamento do plano, permitidos os repasses de ganhos de produtividade, de abonos e de vantagens concedidas ao cargo ou função em que o participante se aposentou.

D) o custeio do plano de benefícios e a despesa administrativa da entidade de previdência complementar são de responsabilidade do patrocinador, dos participantes e, também, dos assistidos (participante ou seus beneficiários em gozo de benefício de prestação continuada).

E) além das contribuições normais, os planos poderão prever o aporte de recursos adicionais pelos participantes, a título de contribuição laboral facultativa, aporte esse acompanhado do correspondente aporte patronal do patrocinador.

122. (ACEP/BNB/2004) Sobre a validade do negócio jurídico, segundo a legislação civil brasileiro, pode-se afirmar CORRETAMENTE que:

A) é nulo o negócio jurídico por incapacidade relativa do agente.

B) é anulável o negócio jurídico simulado. C) é nulo o negócio jurídico derivado de coação. D) é anulável o negócio jurídico que não revestir a

forma prescrita em lei. E) é nulo o negócio jurídico quando for preterida

alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade.

123. (ACEP/BNB/2004) O contrato de compra e venda é uma espécie de negócio jurídico pela qual um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. Acerca deste negócio é CORRETO afirmar que: A) é defeso a uma das partes o arbítrio exclusivo na

fixação do preço, o que tornaria o contrato nulo. B) até o momento da tradição, os riscos da coisa

correm por conta do comprador. C) é ilícito, na formação do contrato, se deixar à

fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar.

D) é nula a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.

E) nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma autoriza a rejeição de todas.

124. (ACEP/BNB/2004) Sobre a classificação dos contratos é CORRETO afirmar que: A) contrato comutativo é o contrato gratuito. B) contrato aleatório ou de risco é aquele cujas

partes não podem antever, no momento da formação do contrato, a extensão dos seus ganhos ou de suas perdas.

C) o contrato unilateral é o mesmo que de adesão. D) o contrato de hipoteca é classificado como

principal. E) o contrato aleatório é sempre gratuito. 125. (ACEP/BNB/2004) Os contratos são uma espécie de negócio jurídico com declaração de vontade, cuja validade depende de uma série de fatores a serem considerados. Logo, pode-se concluir de forma CORRETA que: A) a validade da declaração de vontade na formação

dos contratos dependerá de forma especial, independentemente de determinação legal que a autorize.

B) a validade do negócio jurídico requer objeto lícito, possível, determinado ou indeterminável.

C) nas declarações de vontade, que visam à formação do contrato, se atenderá mais a

175

intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem.

D) o silêncio, no direito brasileiro, não pode importar anuência ou aceitação da proposta contratual.

E) a manifestação de vontade não subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou.

126. (ACEP/BNB/2004) Os títulos de crédito se constituem em documentos dotados de executividade, que gera o direito a uma prestação futura desde que obedecidos certos requisitos. Marque a alternativa INCORRETA: A) o título de crédito possui como requisito essencial

a cartularidade. B) o título de crédito possui como requisito essencial

a literalidade. C) o título de crédito para ser executado precisa ser

endossado. D) o título de crédito possui como requisito essencial

a autonomia. E) o título de crédito possui como requisito formal

indispensável a data de emissão. 127. (ACEP/BNB/2004) Assinale a afirmação CORRETA que trata de empréstimo: A) o comodato é o empréstimo gratuito de coisa

fungível. B) o mútuo transfere o domínio da coisa emprestada

ao mutuário, por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradição.

C) o contrato de comodato é a mesma coisa que contrato de mútuo.

D) o comodato sempre será celebrado por prazo certo.

E) o comodatário poderá recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada.

128. (FCC/CAIXA/2004) A captação e depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica e distinta dos bancos comerciais, cooperativas de crédito, bancos múltiplos e caixas econômicas, o que os configura como instituições financeiras monetárias. É a chamada captação a custo zero. Assim, o depósito à vista para o banco é um dinheiro gratuito. Em relação à conta corrente e sua movimentação pode-se afirmar que: (A) no cheque, a quantia a ser paga é determinada sempre pela cifra e nunca pelo extenso, mesmo em caso de divergência entre um e outro. (B) a conta corrente é o produto básico da relação entre o cliente e o banco, pois através dela são movimentados, via depósito, cheques, ordens de pagamento ou doc, os recursos do cliente.

(C) os valores depositados em conta corrente em cheque só podem ser movimentados no mesmo dia, via cheque, caso não sejam da mesma praça; caso contrário, darão origem a um ―saque sobre valor bloqueado‖. (D) Os cheques acima de R$ 100,00 devem, obrigatoriamente, serem nominativos, caso contrário, serão devolvidos e o nome do eminente incluído no Cadastro de Eminentes de Cheques sem Fundos. (E) Os cheques cruzados, assim com os cheques administrativos, são movimentados com se fossem dinheiro. Uma vez que podem ser descontados. 129. (FCC/CAIXA/2004) Está correto dizer que: (A) a transformação de conta conjunta em individual é feita mediante a solicitação de um dos titulares. (B) Para abertura de uma conta corrente junto a uma instituição financeira é necessário apenas carteira de identidade. (C) Para encerrar uma conta corrente Junto a uma instituição financeira é necessário primeiramente verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para não evitar a inclusão do nome no cadastro de emitentes de cheques sem fundo. (D) Abrir uma conta corrente só é permitido aos maiores de 18 anos e aos menores, com idade entre 16 e 18 anos incompletos, desde que representados ou assistidos pelo responsável legal e aos emancipados. (E) Os menores emancipados não podem movimentar uma conta corrente. 130. (FCC/CAIXA/2004) Um dos produtos mais importantes desenvolvido pelas instituições financeiras nos últimos dez anos foi a cobrança bancária um serviço indispensável para qualquer banco comercial. Está correto, então, dizer que (A) a duplicata pode se considerada um instrumento de protesto, mesmo sem aceite do sacado. (B) A cobrança bancária é feita através de boletos que, embora substituam duplicatas, promissórias, letras de câmbio, recibos ou cheques, não têm o poder de circular pela câmera de compensação. (C) Pode-se citar a capilaridade da rede bancária como uma vantagem para os cedentes dos titulos. (D) O desconto de títulos é considerado um meio de obtenção de capital de giro para o sacado, mas pouco utilizado pelas empresas devido à sua alta complexidade operacional. (E) A duplicata é um titulo de crédito formal e nominativo emitido pelo sacado de acordo com a

176

fatura que lhe deu origem contra o cedente, podendo ser transferida por endosso. 131. (FCC/CAIXA/2004) Considera-se movimentação de valores de natureza financeira qualquer operação liquidada ou lançamento realizado pelas entidades referidas no artigo 2º da lei nº 9.311/96, que represente circulação escritural ou física de moeda, e de que resulte ou não transferência e titularidade dos mesmos valores. È INCORRETO afirmar que a CPMF (A) não incide nas contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municipios e das fundações, porém incide sobre as autarquias. (B) incide sobre a movimentação financeira das Entidades Beneficentes de Assistência Social. (C) incide no lançamento para pagamento da própria CPMF, na condição de contribuinte ou responsável. (D) incide no lançamento errado e respectivo estorno, que caracteriza a anulação da operação efetivamente contratada. (E) incide no lançamento de cheque devolvido em conformidade com as normas do Banco Central. 132. (FCC/CAIXA/2004) A CAIXA é a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. Em seu estatuto estão previstos também outros objetivos, COM EXCEÇÃO de (A) atuar nas áreas de atividades relativas a bancos comerciais sociedade de crédito imobiliário e de saneamento e infra-estrutura urbana. (B) Monopólio das operações de penhor, que consistem em empréstimos concedidos contra a garantia em bens e valor e alta liquidez, como jóias, metais preciosos, pedras preciosas, etc. (C) administração, com exclusividade, das loterias federais. (D) Ser órgão executivo e fiscalizador do Sistema Financeiro da Habitação, após a incorporação do BNH – Banco Nacional de Habitação. (E) Ser principal operador da política agrícola do governo. Atenção: Utilize o texto abaixo para responder as questões de números 36 a 39.

As modernas instituições financeiras criaram o conceito da ―mesa de operações‖, onde centralizam a maioria das operações de sua área de mercado, ou

seja, suas operações comerciais que envolvam a definição de taxas de juros e o conceito de spread, que é a diferença entre o custo do dinheiro tomado e o preço do dinheiro vendido, como, por exemplo, na forma de empréstimo. Em relação às operações praticadas pelos bancos, está correto afirmar: 133. (FCC/CAIXA/2004) (A) O CDC – Crédito Direito ao Credor- direto, é uma modalidade na qual a instituição financeira assume a carteira dos lojistas, mas não assume o risco dos créditos concedidos. (B) O C DC – Crédito Direito ao Consumidor – é uma operação destinada a financiar aquisições de bens e serviços por consumidores que sejam obrigatoriamente intermediários. (C) O CDC – Crédito Direito ao Credor – com interveniência, representa crédito bancário concedido às empresas para repasse a seus clientes, visando ao financiamento de bens e serviços a serem resgatados em prestações mensais. (D) O CDC – Crédito Direito ao Consumidor – direto, é uma modalidade na qual a instituição financeira assume a carteira de lojista e, conseqüentemente, todo o risco dos créditos concedidos. (E) O CDC – Crédito Direito ao Credor – com interveniência, é uma modalidade de CDC em que a instituição adquire s créditos comercias de uma loja, poremos riscos não as assumidos pela própria loja. 134. (FCC/CAIXA/2004) (A) Sobre a operações de Crédito Rotativo não incidem juros e IOF. (B) Operações Hot Money são operações de empréstimo de curto e curtíssimo prazos, demandas para cobrir as necessidades de longo prazo da empresa. O custo dessas operações é baseado na taxa ao CDI do dia mais o spread cobrado pelo banco. (C) As operações Hot Money são referenciadas pelo CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro – e as taxas são repactuadas diariamente. (D) Crédito Rotativo é uma linha de redito aberta pelos bancos para financiamento de investimentos permanentes. (E) As operações de Crédito Rotativo, por serem simples de operar, não exigem garantias. 135. (FCC/CAIXA/2004) (A) Nas operações de desconto bancário, o risco é assumido pela instituição financeira. (B) A operação de Desconto de Títulos diz respeito ao adiantamento de recursos ao cliente, feito pelo banco, como uma antecipação dos valores a pagar a seus fornecedores.

177

(C) Na operação de Desconto de Títulos, o valor liberado ao tomador é superior ao valor nominal (valor de resgate) dos títulos, em razão do encargos financeiros cobrados antecipadamente. (D) Nas operações de desconto bancário, a responsabilidade final da liquidação do titulo negociado perante a instituição financeira, caso o cedente não pague no vencimento, é do tomador de recursos, ou seja, o sacado. (E) A operação de Desconto de Títulos dá ao banco o direito de regresso, caso o título não seja pág pelo sacado. 136. (FCC/CAIXA/2004) (A) O CDB é uma taxa que mede a inflação de um determinado período e considerada a taxa prime do mercado. (B) O CDB – Certificado de Depósito Bancário – e o RDB – Recibo de Deposito Bancário – são titulo de captação de recursos pelos bancos (C) A liberdade de prazo dos CDB – Certificado de Depósito Bancário – não permite que os bancos emitam CDB com taxa pré-fixada, apenas pós -fixada. (D)A principal diferença ente CDB e o RDB é a impossibilidade do certificado e depósito bancário ser transferido a outros investidores pó endosso nominativo. (E) O termo CDB quer dizer a mesma coisa que a antiga CTN. 137. (FCC/CAIXA/2004) Existe hoje uma série de alternativas de DINHEIRO DE PLÁSTICO, que facilita o dia a dia das pessoas e representa um enorme incentivo ao consumo, por representar uma alternativa de credito intermediada pelo mercado bancário portanto, está correto afirmar que o (A) cartão de crédito utilizado para aquisição de bens ou serviços, alavaca as vendas dos estabelecimentos credenciados. (B) Estímulo ao consumo despertado pelo Cartão e Crédito é uma vantagem, mesmo quando o consumidor deseja poupar. (C) Desenvolvimento tecnológico tem restringido a utilização dos cartões magnéticos. (D) Cartão de débito é uma garantia para o consumidor apesar de não representar débito previamente aprovado. (E) Cartão magnético é utilização para obtenção de extrato de conta corrente, poupança mas não podem ser utilizados para saques. 138. (FCC/CAIXA/2004) NÃO é considerada uma vantagem d operação de leasing (A) a alta carga tributária.

(B) A possibilidade de renovação periódica da maquinaria da empresa, atendendo assim às exigências do desenvolvimento tecnológico e do próprio mercado. (C) A minimização de problemas devido à imobilização, reduzindo também o risco de empresa. (D) A maior flexibilidade e dinamismo aos recursos financeiros da empresa, deixando os mesmos disponíveis para outros investimentos e para a sustentação do capital de giro. (E) O prazo da operação compatível com a amortização econômica do bem. 139. (FCC/CAIXA/2004) O acordo de Basiléia foi originalmente assinado em 1988 pelos dez maiores bancos centrais do mundo, e previa forte adequação do capital dos bancos em todo o mundo ao novo ambiente dos mercados financeiros. Pesar de o documento firmado ser apenas um tratado de intenções, os bancos centrais signatários desse documento conseguiram transformar em leis, em seus respectivos paises, as recomendações firmadas. Ao começar as discussões do Novo Acordo de Capital, em janeiro de 2001, o enfoque era dar maior solidez e transparência ao sistema financeiro mundial, visando adequar a regulamentação aos mecanismos de mercado e seus riscos. Em relação a esse novo acordo, pode-se dizer que NÃO estava contemplado: (A) regras de prudência bancária. (B) Ênfase ns metodologias de gerenciamento de risco dos bancos. (C) Supervisão das autoridades bancárias e fortalecimento da disciplina de mercado. (D) Disponibilização de serviços bancários apenas a clientes com alto poder aquisitivo. (E) Avaliação adequada de capital relacionada com os riscos bancários e fornecimento de incentivos aos banco para aumentar sua capacidade de mensuração e administração dos riscos. 140. (FCC/CAIXA/2004) Contrato é o acordo duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesse entre as partes com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial, as operações de empréstimo caracterizam-se por firmar em contrato condições definidas em negociação entre o emprestador e o tomador. No contrato, devem estar expressos o valor da operação de crédito ( em moeda nacional), os custos da operação (juros, comissões, taxa e tarifas cobradas pela instituição financeira), os encargos tributários, os prazos da operação, a forma de cobrança e as garantias.

178

Em relação às garantias, assinale a alternativa correta. (A) Carta de fiança – depósito feito para garantia de pagamento de um empréstimo ou financiamento. (B) Garantias são exigidas pelo emprestador de acordo com o risco da operação e podem ser reais ou impessoais. (C) Aval - característica de título de crédito que permite que um terceiro, por sua aposição de assinatura, aceite ser coobrigado em relação às obrigações do avalizado. (D) Aval – exige outorga uxória ou qualificação do avalista. O avalista não tem beneficio de ordem. (E) Fiança – garantia constituída por contrato autônomo, em que o fiador se compromete a cumprir as obrigações do afiançado perante o credor, não havendo necessidade de fomalização por instrumento escrito, publico ou particular. 141. (FCC/CAIXA/2004)Considere as afirmativas abaixo:

I. O Banco Central atua no mercado cambial visando principalmente o controle das reservas cambiais da economia e a manutenção do valor da moeda nacional em relação a outras moedas internacionais. II. Diversos fatores são determinados para a formação das paridades monetária no mercado de cambio, como o nível de reservas monetárias que um país deseja manter e a liquidez da economia, a taxa da inflação doméstica e do resto do mundo e a política de juros. III. No Brasil, as operações de compra e venda de moedas estrangeiras constituem um monopólio de governo; pois não podem ser praticadas livremente, somente podem ser realizadas por meio das autoridades monetárias. IV. A demanda por moeda estrangeira não se reflete nos exportadores, investidores internacionais, devedores que desejam amortizar seus compromissos com credores estrangeiros, empresas multinacionais que necessitam remeter capitais e dividendos.

Em referência ao mercado de câmbio, estão corretas as afirmativas (A) I, II, III e IV. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e IV, apenas. (E) I, II e III, apenas.

142. (FCC/CAIXA/2004) A moeda é um meio de pagamento legalmente utilizado para realizar transações com bens e serviços. É um instrumento previsto em lei e, por isso, apresenta curso legal forçado (sua aceitação é obrigatória) e poder liberatório (libera o devedor do compromisso). A moeda desempenha três importantes funções: instrumento de troca, medida de valor e reserva de valor, respectivamente abaixo definidas: (A) escambo; lastro em ouro e perda do poder de

compra. (B) Intercâmbio de bens e serviços; parâmetro para

apurar o valor monetário e liquidez absoluta que possibilita sua conversibilidade imediata em qualquer outro ativo.

(C) divisibilidade; escambo e lastro em ouro. (D) coincidência de desejos; negociação de partes

ou frações e perda do poder de compra. (E) escambo; imunidade à inflação e instrumento

financeiro. 143. (FCC/CAIXA/2004) As operações de mercado aberto (open market) funcionam como um instrumento bastante ágil de política monetária a fim de melhor regular o fluxo monetário da economia e influenciar os níveis das taxas de juros a curto prazo. Está correto afirmar que (A) para uma expansão no volume dos meios de

pagamento da economia, de forma a elevar sua liquidez e reduzir as taxas de juros, as autoridades monetárias intervêm no mercado resgatando títulos públicos em poder dos agentes econômicos.

(B) para uma retração no volume dos meios de pagamento da economia, as autoridades devem resgatar os títulos públicos em poder dos agentes econômicos.

(C) para elevação das taxas de juros vigentes a curto prazo, a postura assumida é aquisição dos títulos públicos em poder dos agentes econômicos.

(D) Em termos de política monetária, a grande contribuição das operações de mercado aberto deve-se à sua rigidez.

(E) para redução das taxas de juros, a postura assumida é colocar em circulação novos títulos da dívida pública.

144. (FCC/CAIXA/2004) Associe as afirmações abaixo aos Mercados Primário e Secundário. I. Negociação direta entre o emitente dos

títulos e seus adquirentes.

179

II. As colocações dos títulos públicos costumam desenvolver-se por meio de leilões periódicos coordenados pelo banco Central.

III. Transferência para terceiros dos títulos adquiridos em leilão.

IV. Importante fonte de financiamento das carteiras de aplicações formadas pelas instituições financeiras.

Mercado Primário

Mercado Secundário

A IV II I III

B I II III IV

C I III III IV

D II III I IV

E I IV II III

145. (FCC/CAIXA/2004)Assinale a alternativa correta. (A) A taxa de juros que precifica os ativos do

Governo no mercado é denominada taxa limite. (B) Quanto mais baixa se situar a taxa de juros,

menor se apresentar a atratividade dos agentes econômicos para novos investimentos, selecionando os de maior maturidade.

(C) O Governo tem poder sobre a fixação da taxa de juros, pois não controla certos instrumentos de política monetária como o mercado aberto.

(D) A taxa de juros que precifica os ativos do governo no mercado é denominada taxa pura, constituindo-se na taxa de juros mais alta do sistema econômico.

(E) A taxa de juros estabelecida livremente pelo mercado é taxa referencial a ser comparada com os retornos oferecidos pelos investimentos com risco.

146. (FCC/CAIXA/2004)Após o dano ou perda de um bem e graças ao pagamento antecipado de uma quantia que representa pequena parcela desse bem, é possível receber uma indenização que permita a sua reposição integral. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados pode-se afirmar que (A) as Seguradoras são responsáveis pela

regulação das operações de seguros e pela fixação das condições das apólices, dos planos de operação e valores das tarifas.

(B) As Companhias Seguradoras são instituições administradoras de riscos, isto é, agências de ratings.

(C) a SUSEP – Superintendência de Seguros Privados – é uma autarquia pública federal e

tem como uma de suas principais atribuições fiscalizar a constituição, organização e funcionamento das sociedades do mercado segurador brasileiro, além de atuar em defesa dos interesses dos consumidores do mercado.

(D) O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) controla e fiscaliza os mercados de seguros, resseguros, capitalização e previdência privada.

(E) as propostas de seguro podem ser encaminhadas às Seguradoras por qualquer cidadão que se achar competente para fazê-lo.

147. (FCC/CAIXA/2004) Assinale a afirmativa correta. (A) O Banco do Brasil é uma sociedade anônima de

capital fechado, cujo controle acionário é exercido pela União.

(B) O Conselho Monetário Nacional é um órgão normativo, desempenhando atividade executiva. Processa todo o controle do sistema financeiro, influenciando as ações de órgãos normativos.

(C) O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social define as regras, limites e condutas das instituições financeiras, além de ser considerado formulador de toda a política de moeda e do crédito.

(D) Uma das atribuições do Conselho Monetário Nacional é fixar diretrizes e normas da política cambial, visando ao controle da paridade da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos.

(E) Dentre as principais atribuições de competência do Banco Central destaca-se efetuar o controle do crédito de capitais estrangeiros e executar os serviços de compensação.

148. (FCC/CAIXA/2004) Em relação ao subsistema de intermediação está correto afirmar que (A) os Bancos de Desenvolvimento apóiam

formalmente o setor público da economia por meios de operações e financiamentos às empresas governamentais.

(B) Os bancos comerciais são instituições financeiras constituídas obrigatoriamente sob a forma de sociedades anônimas e executam operações comerciais, isto é, de compra e venda de títulos.

(C) bancos múltiplos têm sua formação com base nas atividades de quatro instituições: banco comercial, banco de investimento e desenvolvimento, sociedade de crédito, financiamento e investimento e sociedade de micro-crédito.

(D) Os Bancos de Investimento constituem-se em instituições públicas de âmbito estadual, que

180

visam promover investimentos na área de desenvolvimento urbano da região onde atuam.

(E) a criação de bancos múltiplos surgiu como reflexo da própria evolução das cooperativas e crescimento do mercado.

149. (FCC/CAIXA/2004) A previdência privada é uma alternativa de aposentadoria complementar à previdência social. É classificada como um seguro de renda, oferecendo diversos planos de benefícios de aposentadoria, morte e invalidez, todos lastreados no pecúlio formado por seus participantes. Em relação à previdência privada pode-se afirmar que (A) a sociedade de previdência privada fechada é a

aposentadoria oficial paga ao Instituto Nacional de Seguridade Social.

(B) Pode constituir-se como uma sociedade fechada ou aberta. A sociedade de previdência privada aberta, ou fundo de pensão, é formada geralmente dentro do ambiente de uma empresa.

(C) os benefícios podem ser contratados para serem vitalícios, por tempo determinado ou de uma só vez.

(D) a sua principal característica é que sua adesão não é operacional mas apresenta um caráter público e obrigatório.

(E) as parcelas mensais que devem ser pagas são calculadas com base na renda de seu primeiro emprego corrigida pela TR.

150. (FCC/CAIXA/2004) Em relação às sociedades por ações pode-se afirmar que (A) para os efeitos da lei, a companhia é aberta ou

fechada conforme sua atuação comercial, no atacado ou varejo.

(B) são também chamadas de sociedades anônimas, podendo apenas ser de capital aberto.

(C) a Lei das Sociedades Anônimas data de 1976 sem que nunca tenha sofrido qualquer reformulação.

(D) as sociedades anônimas de capital fechado têm as ações nas mãos de pessoas físicas e jurídicas determinadas, mas são comercializadas em bolsas de valores.

(E) a companhia ou sociedade anônima tem o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas é limitada ao preço das ações subscritas ou adquiridas.

151. (FCC/CAIXA/2004) A constituição das empresas tem aspectos técnicos, administrativos, legais e de mercado. Está correto afirmar que

(A) as cooperativas são conglomerados de associações de bairro.

(B) os aspectos técnicos e administrativos relacionam-se às atividades-fim da empresa, podendo ser classificadas em instituições financeiras; empresas privadas, comerciais, industriais e prestadoras de serviços; empresas e órgãos públicos, organizações sem fins lucrativos.

(C) do ponto de vista legal, as empresas podem organizar-se com firma limitada, sociedade individual e sociedade por ações.

(D) na empresa individual a responsabilidade do proprietário é limitada, respondendo por todas as dívidas da empresa com seus bens pessoais.

(E) nas empresas limitadas os sócios estabelecem um contrato social que define a participação de cada um, mas não suas responsabilidades.

152. (FCC/CAIXA/2004) Na segmentação de mercado, (A) o conhecimento do todo replica-se às partes,

desconsiderando-se os riscos envolvidos. (B) concentra-se esforços de marketing em

determinados alvos, que a empresa entende como favoráveis para serem anulados comercialmente, em decorrência de sua capacidade de satisfazer a demanda dos focos, de maneira mais adequada.

(C) conhece-se melhor as necessidades e desejos dos consumidores. Tal conhecimento se aprofunda à medida que novas variáveis de segmentação são combatidas entre si, proporcionando perda de conhecimento individual do consumidor.

(D) apresentam-se as vantagens sinérgicas: domínio de tecnologia capaz de produzir bens preferidos por certas classes de compradores; maior proximidade ao consumidor final; possibilidades de oferecer bens e serviços a preços altamente competitivos; disponibilidade de pontos de venda adequados a seus produtos ou serviços; existência de veículos de publicidade que se dirijam direta e exclusivamente aos segmentos visados, etc.

(E) a alocação de recursos de forma adequada não é um dos pontos chaves da segmentação de mercado, diminuindo, com isso, os riscos associados ao desempenho das atividades empresariais.

153. (FCC/CAIXA/2004) Preparar-se para uma venda deve fazer parte dos hábitos de um bom vendedor, isto quer dizer procurar conhecer melhor seu cliente para saber adequar às suas necessidades os melhores produtos ou serviços.

181

São considerados ―boas‖ ações em relação a uma venda: (A) nem sempre o cliente precisa saber exatamente

o que está comprando, por qual serviço está pagando. Mantenha sigilo se ele nada perguntar a respeito do que está sendo negociado.

(B) Pesquisa sobre a empresa para obter informações de qualidade e em uma quantidade adequada; avaliar as várias possibilidades de abordagem; fazer chantagem emocional.

(C) Ponderar as possibilidades que surgirão e definir objetivos factíveis conforme o nível de seu interlocutor e momento no ciclo de venda.

(D) não fazer perguntas que você já saiba as respostas. Não é tão importante que seus clientes declarem suas necessidades ao invés de você assumir o que ele precisa, independentemente de você estar certo.

(E) defina limites, principalmente em fechamento de negócios. Prometer e não entregar afeta o relacionamento com o cliente.

154. (FCC/CAIXA/2004) As empresas têm sido comumentemente avaliadas com relação aos riscos de crédito de suas dívidas, num processo denominado rating. Existem no mercado diversas organizações especializadas nessa análise de risco. É verdadeira a afirmação: (A) As agências de rating atribuem pesos subjetivos

e diferenciados aos modelos de risco de um mesmo setor.

(B) Rating é uma opinião expressa por uma agência especializada sobre a qualidade do crédito de uma empresa, devendo expressar uma verdade inquestionável.

(C) Os ratings são atribuídos a partir de informações contidas nos demonstrativos financeiros publicados, além de outros de caráter setorial e conjuntural, mas não expressam a qualidade da dívida da empresa em termos de inadimplência e garantias do crédito.

(D) As escalas de rating são diferentes de acordo com as agências, mas em geral são representadas pelas palavras excelente, ótimo, bom, satisfatório, baixo e ruim.

(E) As dívidas mais bem classificadas nas escalas dos ratings são as que apresentam o menor risco possível.

155. (FCC/CAIXA/2004) Commercial papers são títulos de créditos emitidos visando a captação pública de recursos para o capital de giro das empresas. Está correto dizer que

(A) a colocação de Commercial papers junto a investidores de mercado jamais poderá ser feita através de um dealer.

(B) a vantagem da utilização de Commercial papers em relação às operações convencionais de empréstimos é o baixo custo financeiro e a maior agilidade em tomar recursos no mercado, explicados pela eliminação da intermediação bancária uma vez que não exige nenhum documento formal.

(C) Além dos juros recebidos, a empresa emitente incorre também em despesas de emissão, tais como registro na CVM, publicações, etc.

(D) Commercial papers são negociados no mercado por um valor descontado chamado deságio, sendo recomprados pela empresa emitente pelo seu valor de face, valor nominal.

(E) Commercial papers são negociados sem garantia real e não podem oferecer garantia de fiança bancária.

156. (FCC/CAIXA/2004) Cheque cruzado é aquele que apresenta duas linhas paralelas no anverso do título. Em relação ao cruzamento do cheque está correto afirmar que (A) admite-se o cruzamento em preto para

cruzamento em branco. (B) o cruzamento especial, qualificado ou em preto,

contém na entrelinha o nome do banco a que deve ser pago.

(C) o cruzamento em branco, ou simples, contém na entrelinha o nome do banco.

(D) o cheque cruzado pode ser depositado ou sacado em espécie.

(E) O acolhimento com cruzamento especial de outro banco é permitido desde que esteja provido de endosso-mandato.

157. (FCC/CAIXA/2004) Os títulos de capitalização caracterizam-se como uma forma de poupança de longo prazo, onde o sorteio funciona como um estímulo. Em relação a títulos de capitalização, é correto afirmar que (A) capital nominal é o valor que o investidor

resgatará ao final do plano do título de capitalização, incidindo sobre ele correção e juros.

(B) são regulados pela CAIXA. (C) não possuem liquidez. (D) não existe incidência de Impostos de Renda

sobre os rendimentos auferidos nas operações com títulos de capitalização.

(E) o investidor sempre escolhe a data do sorteio e o prêmio que deseja obter das operações com títulos de capitalização.

182

158. (FSADU/BNB/2007) A Constituição Federal, norma de maior hierarquia no ordenamento jurídico do Estado, ocupou-se, em capítulo específico, de estabelecer o regramento básico do Sistema Financeiro Nacional (SFN). A despeito de tal Sistema, a Carta Magna dispõe que será: a) regulado por leis ordinárias que disporão quanto aos interesses da coletividade e a promoção do desenvolvimento econômico e social do País. b) estruturado de modo a promover o desenvolvimento socioeconômico do País e abrangerá os sistemas cooperativos. c) regulado por lei complementar que disporá quanto às cooperativas de crédito e a participação de capitais nas instituições que o integram. d) regulado por lei complementar, exclusivamente, no que couber à participação de capitais estrangeiros nas instituições que o integram. e) estruturado de modo a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade. 159. (FSADU/BNB/2007) Analise as assertivas apresentadas, classificando-as em V (verdadeira) ou F (falsa) e marque a opção correspondente. ( ) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por um conjunto de instituições públicas e privadas e tem como órgão normativo máximo o Conselho Monetário Nacional (CMN). ( ) O SFN envolve dois grandes subsistemas: um normativo e outro de intermediação financeira, sendo que este último é composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras operativas, como a Comissão de Valores Mobiliários, por exemplo. ( ) O CMN reveste-se de amplas atribuições, inclusive da formulação da política de moeda e do crédito, com o objetivo de resguardar os interesses econômico-sociais do País. ( ) Um sistema financeiro, grosso modo, pode ser entendido como um conjunto de instituições e instrumentos que, em última análise, se ocupa da transferência de recursos dos agentes econômicos superavitários para os agentes deficitários. ( ) Como regra, as instituições financeiras são classificadas como bancárias ou monetárias e não bancárias ou não monetárias. Como exemplos destas últimas estão as sociedades corretoras, os bancos de investimentos e os bancos múltiplos. a) V – V – F – F – V b) V – F – F – V – V c) V – F – V – V – F d) V – V – V – V – V e) F – F – V – V – V

160. (FSADU/BNB/2007) Dentre as opções apresentadas abaixo, uma não guarda coerência com as competências do Banco Central do Brasil (BACEN) e suas atribuições. Assinale-a. a) Atua como recebedor dos depósitos compulsórios das instituições financeiras. b) Supervisiona os serviços de compensação de cheques e outros papéis entre as instituições financeiras. c) Fiscaliza as instituições financeiras, aplicando, se necessário, as penalidades prescritas em lei. d) Regulamenta as operações de câmbio e fixa as diretrizes das operações de redesconto. e) Constitui-se no principal executor das políticas monetárias traçadas pelo CMN. 161. (FSADU/BNB/2007) Julgue as afirmativas abaixo em V (verdadeira) ou F (falsa) e assinale a opção correspondente. ( ) O Banco do Brasil, sociedade anônima de capital misto cujo controle acionário pertence à União, é considerado pelo CMN uma autoridade monetária, pois pode atuar na emissão de moeda. ( ) O Banco do Brasil executa a política de comércio exterior do Governo, financiando bens de exportação e atuando como agente pagador e recebedor no exterior. ( ) O Banco do Brasil é o principal instrumento de financiamento do Governo Federal, de médio e longo prazos, voltado para o reequipamento e o fomento dos setores industrial e social considerados vitais ao desenvolvimento do País. ( ) A Caixa Econômica Federal, pelo fato de ser considerada uma instituição financeira com função claramente social, está proibida de efetuar operações de arrendamento mercantil, embora administre, com exclusividade, os serviços das loterias esportivas e o penhor. ( ) Os bancos comerciais são instituições financeiras constituídas obrigatoriamente sob a forma de sociedades anônimas e têm como uma das suas principais características a criação de moeda escritural, mediante depósitos à vista captados no mercado. a) F – V – F – F – V b) V – V – V – V – V c) F – V – V – V – V d) V – V – F – F – F e) V – V – V – F – V 162. (FSADU/BNB/2007) Acerca da responsabilidade dos sócios, nas sociedades empresariais, leia as afirmativas abaixo e a seguir assinale a opção correta.

183

I. Na sociedade anônima o capital se divide em quotas denominadas ações e cada sócio é responsável ilimitadamente pelas obrigações sociais. II. Na sociedade em nome coletivo, formada somente por pessoas físicas, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. III. Na sociedade limitada, cada sócio responderá sempre pelas obrigações sociais até o valor da sua quota parte. Está correto o que se afirma em: a) I, II e III. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) III, apenas. 163. (FSADU/BNB/2007) São consideradas operações bancárias acessórias aquelas de caráter complementar, destinadas ao atendimento de particulares, do governo e das empresas, mediante serviços tipicamente bancários. Dentre as opções abaixo, uma contempla somente operações classificáveis como acessórias. Assinale-a. a) Ordens de pagamento e cobrança. b) Custódia de títulos, crédito rural e recebimento de contas de energia elétrica. c) Aplicação em títulos e valores mobiliários, depósitos e cheques de viagem. d) Administração de cartão de crédito e abertura de crédito em conta corrente. e) Cheques de viagem, recebimentos de INSS e de depósitos. 164. (FSADU/BNB/2007) Às instituições financeiras é comum o ganho com a retenção temporária de recursos de terceiros. Por exemplo, um banco pode receber certa quantia em cobrança do título de um cliente, sendo o valor creditado na conta do titular dois dias após a cobrança. O banco, nesse intervalo de tempo, obtém receita financeira pela aplicação da quantia recebida. A operação acima descrita é comumente denominada de: a) Hot money b) Warrants bancário c) Factoring bancário d) Floating bancário e) Rentabilidade compulsória em papers 165. (FSADU/BNB/2007) Acerca das operações de crédito, em geral, assinale a alternativa correta. a) nota promissória é uma ordem de pagamento à vista. b) cheque especial é um cheque que tem garantia de pagamento até um certo valor, por título emitido,

independente de disponibilidade de fundos na conta corrente. c) cheque, cdc e nota promissória são títulos de crédito. d) cheque especial é uma operação de crédito através da qual os bancos concedem aos seus clientes um limite de crédito rotativo. e) o crédito pessoal tem sua aplicação vinculada à finalidade que foi pré-determinada no ato da contratação do mesmo. 166. (FSADU/BNB/2007) Sobre a operação de desconto, é correto afirmar: a) Essa operação tem as mesmas características do empréstimo. b) O cliente do banco é o emitente do título. c) O cliente do banco é, originalmente, o credor do título descontado. d) Essa operação não necessita de qualquer garantia. e) O banco efetua o endosso. 167. (FSADU/BNB/2007) Dentre as opções apresentadas abaixo, apenas uma é verdadeira. Assinale-a. a) O CDB e o RDB, se negociados pré-fixados, se constituem em títulos de renda fixa. Se negociados pós-fixados, representam títulos de renda variável. b) A hipoteca é o direito real de garantia instituído sobre bem móvel em geral, por escritura pública, a qual deve ser registrada na circunscrição imobiliária a que pertencer o bem hipotecado. c) O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras, que tem como características a reaplicação ou renovação automática e a impossibilidade de transferência a terceiros. d) Contrariamente ao CDB, o Recibo de Depósito Bancário (RDB) pode ser negociado antes do seu vencimento. Mas, neste caso, o valor de resgate deverá ser negociado com a nova instituição financeira adquirente do título. e) O risco do crédito difere do risco da operação, pois a probabilidade final de recebimento depende da forma de contratação, das garantias oferecidas e de outras variáveis que não se relacionam diretamente à decisão de deferir o crédito. 168. (FSADU/BNB/2007) Não constitui objetivo do Crédito Rural: a) estimular os investimentos rurais. b) favorecer o oportuno e adequado custeio da produção. c) possibilitar a recuperação de capitais investidos. d) incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção.

184

e) elevar os padrões de produção e produtividade na atividade agropecuária. 169. (FSADU/BNB/2007) Entre as alternativas abaixo, marque aquela em que só figuram beneficiários do Crédito Rural. a) Produtores rurais, suas cooperativas e sindicatos. b) Produtores rurais, suas cooperativas e empresas de medição de lavoura. c) Produtores rurais, seus sindicatos e empresas de pesquisa de sêmen. d) Produtores rurais, índios assistidos pela Funai e sindicatos. e) Produtores rurais residentes no Brasil e no exterior. 170. (FSADU/BNB/2007) Nas linhas do crédito voltadas para o setor industrial, constitui(em)-se finalidade(s) passível(is) de financiamento: a) Aquisição de imóveis para instalação de unidades industriais. b) Saneamento financeiro de empresas. c) Recuperação de capital investido em obras já realizadas. d) Implantação, ampliação e modernização de indústrias. e) Implantação de motéis e saunas. 171. (FSADU/BNB/2007) Nas operações destinadas ao comércio e serviços, não é permitido financiar: a) Benfeitorias e instalações em imóveis de terceiros. b) Capital de giro associado ao investimento fixo. c) Flat e motéis, nos casos de empreendimentos imobiliários. d) Máquinas e equipamentos importados. e) Veículos de transporte de carga. 172. (FSADU/BNB/2007) O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego e destinado ao custeio de programas específicos. As principais ações de emprego financiadas com recursos do Fundo estão estruturadas por meio de duas vertentes: o Programa do Seguro-Desemprego e os Programas de Geração de Emprego e Renda. Com relação ao FAT, são apresentadas cinco assertivas. Classifique-as em V (verdadeira) e F (falsa) e marque a opção correspondente. ( ) O Seguro-Desemprego inclui as ações de qualificação e requalificação profissional e de orientação e intermediação de mão-de-obra. ( ) O FAT aporta recursos no PROGER Rural, uma linha de especial de crédito que financia proprietários rurais, posseiros, arrendatários que utilizam, preponderantemente, mão-de-obra familiar.

( ) O Fundo é gerido por um Conselho Deliberativo (CODEFAT), órgão colegiado, de caráter tripartite e paritário, composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo. ( ) Os recursos do FAT advêm, em grande parte, das contribuições devidas ao PIS e ao PASEP. ( ) O FAT é um fundo de natureza contábil-financeira. a) F – F – V – V – V b) V – V – V – V – V c) F – F – V – V – F d) F – V – V – V – F e) V – V – F – V – V 173. (FSADU/BNB/2007) Subsidiária do BNDES, a Agência Especial de Financiamento Industrial – FINAME – opera com diversas linhas de financiamento. Com relação a FINAME, é falso afirmar que a Agência: a) Opera diretamente com os beneficiários dos financiamentos ou através de agentes financeiros credenciados. b) Pode financiar transportadores autônomos rodoviários de carga, para a aquisição de caminhões, chassis e carrocerias de caminhões de fabricação nacional. c) Pode financiar pessoas físicas que sejam domiciliadas e residentes no país, como os produtores rurais, por exemplo. d) Na linha FINAME não limita valor máximo de financiamento, pois o limite é função do valor do equipamento e da capacidade de pagamento do beneficiário. e) Nas suas operações é possível o estabelecimento de carência 174. (FSADU/BNB/2007) O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF – tem suas ações orientadas pelas seguintes diretrizes, exceto: a) atuar em função das demandas estabelecidas nos níveis municipal, estadual e federal pelos agricultores familiares e suas organizações. b) melhorar a qualidade de vida no segmento da agricultura familiar, mediante promoção do desenvolvimento rural de forma sustentada. c) fomentar o aprimoramento profissional do agricultor familiar, proporcionando-lhe novos padrões tecnológicos e gerenciais. d) proporcionar o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria de renda. e) proporcionar a manutenção das tecnologias empregadas, mediante estímulos à pesquisa, desenvolvimento e difusão de técnicas adequadas à agricultura familiar.

185

175. (FSADU/BNB/2007) Com relação ao Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), operacionalizado pelo Banco do Brasil, são apresentadas cinco afirmativas: I. Qualquer banco pode fornecer a seus clientes a informação quanto à inclusão do seu nome no CCF, vedada a cobrança de qualquer tarifa por esta pesquisa. II. Constitui motivo para inclusão do nome do correntista no CCF a devolução de um cheque sem fundos na sua 1ª apresentação. III. Constitui motivo para inclusão do nome do correntista no CCF a devolução de um cheque por cancelamento de talonário pelo sacado. IV. Pelas normas atuais, quando se trata de conta corrente e conjunta, são incluídos no CCF os nomes e CPF de todos os titulares da conta conjunta. V. No caso de cheque devolvido por insuficiência de fundos, além da cobrança de tarifas, o banco pode cobrar do correntista uma taxa de ressarcimento. São verdadeiras: a) I e V, apenas. b) I, II, IV e V, apenas. c) I e IV, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) I, II, III, IV e V. 176. (FSADU/BNB/2007) “Leão compra uma TV na loja da Márcia e, não tendo dinheiro para pagar à vista, emite um título de crédito tendo como beneficiária Márcia. Esta, satisfeita com a venda, mas necessitando do dinheiro o quanto antes, desconta o título num Banco. Todavia, a TV apresenta defeitos e Leão, insatisfeito, procura por Márcia para desfazer o negócio e desobrigar-se do pagamento do título emitido. Por sua vez, o Banco, atual credor do título, alega a inexistência de vínculo com a operação de compra e venda e aciona Leão para honrar o título, informando que se ele desejar desfazer a operação de compra da TV deverá demandar diretamente contra Márcia.” A situação narrada ilustra uma característica comum aos títulos de crédito. Assinale a opção que a contempla. a) Executividade b) Cartularidade c) Co-obrigação d) Autonomia e) Causalidade 177. (FSADU/BNB/2007) Leia as afirmativas abaixo, acerca de alguns instrumentos de formalização do crédito, e a seguir responda:

I. a cédula de crédito é uma promessa de pagamento, emitida pelo devedor, em razão de um financiamento concedido pelo credor. II. a nota de crédito é um título, em tudo assemelhado à cédula de crédito. Porém, diferente da nota, a cédula é utilizada quando são oferecidos bens em garantia, cuja relação a integra. III. a nota de crédito só pode ser usada para financiamentos rurais. Está correto o que se afirma em: a) I, II e III. b) II e III, somente. c) I e II, somente. d) I e III, somente. e) II, somente. 178. (FSADU/BNB/2007) Sobre os contratos é correto afirmar: a) Contrato é a convenção estabelecida entre duas ou mais pessoas para constituir, regular, anular ou extinguir, entre elas, uma relação jurídico-patrimonial. b) Para sua validade o contrato exige: acordo de vontades, agente capaz, objeto ilícito, dentre outros. c) O contrato de empréstimo divide-se em contrato de cessão e de mútuo. d) Os contratos atenderão sempre à forma prescrita em lei. e) Os contratos se submetem aos princípios da boa-fé, da probidade e da supremacia da ordem pública, dentre outros. 179. (FSADU/BNB/2007) Julgue corretamente as afirmativas abaixo em V (verdadeira) ou F (falsa) e assinale a opção correspondente. ( ) A validade do negócio jurídico requer a existência de três requisitos: agente capaz, objeto prescrito em lei e testemunha. ( ) É válido o negócio jurídico quando seu objeto é lícito e os agentes capazes, ainda que, por erro, não se revista de forma obrigada em lei. ( ) Salvo disposição legal em contrário, a cessão de um crédito abrange também os seus acessórios. ( ) É proibido ao credor recusar o recebimento de prestação diversa da que lhe é devida, quando aquela for mais valiosa. ( ) O contrato de compra e venda admite por objeto coisa atual ou futura. a) V – V – V – V – V b) F – F – V – F – V c) F – F – F – F – F d) F – F – V – V – V e) V – F – V – F – F

186

180. (FSADU/BNB/2007) Com base nas características apresentadas a seguir, assinale a opção que contempla o título de crédito em referência. Figuram como partes o subscritor ou promitentedevedor,que o emite, e o beneficiário ou promissário-credor. Não se confunde com uma ordem de pagamento, mas como promessa de pagamento, direta e unilateral, à determinada pessoa, de certa quantia em certa data e a sua emissão não exige causa legal específica, não necessitando, portanto, a indicação expressa do motivo que lhe deu origem.

a) Anticrese b) Cheque c) Letra de Câmbio d) Título inominado e) Nota Promissória Antes da promulgação da Lei n.º 4.595/1964, conhecida como Lei da Reforma Bancária, que criou o Sistema Financeiro Nacional (SFN), o mercado financeiro existia em função dos bancos comerciais. Após a promulgação da referida lei, regularizou-se o mercado de crédito e a especialização das instituições de intermediação financeira cresceu. Atualmente, o SFN é composto por um elenco de instituições financeiras públicas e privadas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo de representação e fixação de políticas monetárias e creditícias. Com relação ao SFN, julgue os itens subseqüentes. 181. (CESPE/BASA/2007) A secretaria executiva do SFN é exercida pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). 182. (CESPE/BASA/2007) A atribuição principal do Banco Central do Brasil (BACEN) é executar as normas elaboradas pelo CMN. 183. (CESPE/BASA/2007) O CMN é uma autarquia federal. 184. (CESPE/BASA/2007) O Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) não tem influência direta nas metas de inflação estipuladas pelo governo federal. 185. (CESPE/BASA/2007) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal vinculada diretamente ao CMN. Com a Lei da Reforma Bancária, houve a especialização do sistema financeiro. A subdivisão desse sistema pode ser explicada por meio da seguinte metáfora: imagine que existam quatro tribos de índios, sendo que a tribo das instituições financeiras teria como cacique, chefe maior, o BACEN; a tribo das bolsas de valores, corretoras de valores e distribuidoras de valores

mobiliários teria como cacique a CVM; a tribo das sociedades seguradoras, associações de previdência privada aberta e sociedades de capitalização teria como cacique a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); e, por fim, a tribo das entidades de previdência privada fechada teria como cacique a Secretaria de Previdência Complementar (SPC). Pode-se, ainda, comparar a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), cujo conselho cuida de todas as tribos indígenas no Brasil, com o CMN, responsável maior do SFN, que formula a política da moeda e do crédito e outras políticas importantes para o bom funcionamento do SFN, como um todo. Tendo o texto acima como referência inicial e com relação aos órgãos e autarquias mencionados, julgue os itens a seguir. 186. (CESPE/BASA/2007) Autorizar a emissão de papel-moeda e fixar as diretrizes e normas de política cambial, inclusive compra e venda de ouro e quaisquer operações em moeda estrangeira, é competência privativa do CMN. 187. (CESPE/BASA/2007) Nos casos de urgência e de relevante interesse do SFN, o presidente do CMN, que é o ministro da Fazenda, tem a prerrogativa de deliberar sozinho, de forma monocrática, independentemente do referendo dos demais membros do conselho. 188. (CESPE/BASA/2007) Na Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP), os ativos e contratos registrados incluem: letras de câmbio, certificados de depósito bancário (CDBs) subordinado, cotas de fundo de investimento financeiro e títulos públicos federais emitidos após fevereiro de 1992. 189. (CESPE/BASA/2007) As bolsas de valores podem deixar de ser entidades sem fins lucrativos, transformando-se em sociedades anônimas. Nesse caso, não somente as corretoras podem ser sócias, mas também qualquer pessoa física ou jurídica. 190. (CESPE/BASA/2007) É atribuição da SUSEP fiscalizar a constituição, a organização e o funcionamento das sociedades seguradoras, das sociedades de previdência privada aberta e das sociedades de capitalização. Zelar pela liquidez dessas sociedades é função privativa da SPC. 191. (CESPE/BASA/2007) A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é a atual responsável por fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade, atuária e estatística fixadas pelo Conselho de Previdência Complementar. O SFN conta com diversas instituições de relevante importância, como o Banco do Brasil, o Banco da

187

Amazônia S.A., o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as caixas econômicas, os bancos comerciais, os bancos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os bancos de investimento, os investidores institucionais, as bolsas de valores, as corretoras, as distribuidoras de valores mobiliários, os agentes autônomos e o CRSFN. Essas instituições têm suas peculiaridades e diferentes participações no sistema financeiro, sendo a maioria delas fiscalizadas pelo BACEN. Com relação a essas instituições, julgue os próximos itens. 192. (CESPE/BASA/2007) Uma diferença entre as instituições financeiras bancárias e as instituições financeiras não-bancárias é que as primeiras captam depósitos à vista, enquanto as últimas não captam esse tipo de depósito. 193. (CESPE/BASA/2007) O BNDES é a instituição responsável pela política de investimentos de curto e curtíssimo prazos do governo federal. 194. (CESPE/BASA/2007) O CRSFN é uma autarquia federal, cuja secretaria-executiva funciona no edifício-sede do BACEN, em Brasília. 195. (CESPE/BASA/2007) O Banco da Amazônia S.A. é uma instituição financeira pública federal, constituída sob a forma de sociedade anônima aberta e economia mista. 196. (CESPE/BASA/2007) Ao Banco da Amazônia S.A. é proibido emitir debêntures ou partes beneficiárias. Instituições e entidades prestadoras de serviços financeiros, tais como as sociedades de fomento mercantil (factoring) e as sociedades administradoras de cartões de crédito, têm importante papel na engrenagem que é o SFN. O mercado financeiro possui papel relevante na propagação de investimentos, na transmissão de políticas de crédito, bem como no atendimento às necessidades distintas de seus participantes, provendo equilíbrio e eficiência sistêmica à economia do país. Com relação às sociedades de fomento mercantil e às sociedades administradoras de cartões de crédito, julgue os itens que se seguem. 197. (CESPE/BASA/2007) Pelo fato de os cartões de crédito não terem regulamentação específica no Brasil e, por isso, não possuírem regras bem definidas, o Código de Defesa do Consumidor tem servido para o fim de regulamentá-los. 198. (CESPE/BASA/2007) Cartões de valor armazenado, conhecidos no exterior como charge cards, são proibidos no Brasil, por não possuírem limites de gasto, levando o cliente a eventual endividamento fora do seu controle.

199. (CESPE/BASA/2007) O limite máximo de aplicação de uma casa de factoring é igual a cinco vezes o limite do seu capital social. 200. (CESPE/BASA/2007) As operações de factoring não estão sujeitas à cobrança de imposto sobre operações financeiras (IOF), por não serem operações financeiras, mas operações de risco. No mercado financeiro, de forma semelhante ao que acontece no mercado de forma geral, produtos específicos são criados para atenderem a diferentes grupos de pessoas e a diversas classes sociais. Dessa forma, surgiram produtos de aplicação financeira, como o recibo de depósito bancário (RDB), o certificado de depósito bancário (CDB), as cadernetas de poupança, os fundos mútuos, bem como formas de empréstimos e financiamentos, como o crédito direto ao consumidor (CDC) e, também, as diversas formas de prestações de serviços, como a arrecadação de tributos, os bancos remotos e o dinheiro de plástico, entre outros serviços. Julgue os seguintes itens, com relação aos serviços e produtos financeiros. 201. (CESPE/BASA/2007) Na operação de corporate finance, quando ocorre uma operação de fusão, há a união de duas ou mais sociedades, de forma que todas essas sociedades extinguem-se e surge uma nova. 202. (CESPE/BASA/2007) O prazo mínimo do leasing é de dois anos para bens com vida útil de até cinco anos e de três anos para os demais, sendo permitido no leasing operacional um prazo reduzido de 90 dias. 203. (CESPE/BASA/2007) O home banking está para o cliente pessoa física, assim como o office banking está para o cliente pessoa jurídica. 204. (CESPE/BASA/2007) __ Nos títulos de capitalização, se o investidor não contar com a sorte nos sorteios, o rendimento do investimento poderá ser inferior ao da caderneta de poupança. 205. (CESPE/BASA/2007) __ Dinheiro de plástico é gênero da espécie cartão, que pode ser de débito, de crédito, magnético, entre outras classificações. 206. (CESPE/BASA/2007) __ Por lei, não pode haver período de diferimento, nos planos privados de aposentadoria. 207. (CESPE/BASA/2007) __ Equalização é uma forma de apoio dado pelo governo federal às atividades agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural

188

e de sua família. Os bancos desempenham uma série de atividades negociais, que recebem o nome técnico de operações bancárias. As operações bancárias são aquelas economicamente organizadas para a prestação de serviços a um público-alvo. A função dessas operações é eminentemente creditícia. Então, para cumprir as suas finalidades econômicas, os bancos realizam operações que se diversificam com a especificidade de cada cliente. Julgue os itens a seguir, acerca de operações e produtos bancários. 208. (CESPE/BASA/2007) As contas-correntes são um dos serviços bancários em que o cliente do banco guarda valores em espécie. As movimentações dessas contas são feitas, na maioria das vezes, por meio de cartão magnético ou cheque. Nas movimentações por meio de cheque, o emitente é o credor e o banco é o devedor. 209. (CESPE/BASA/2007) Um banco não pode negar-se a abrir uma conta-salário, mesmo nos casos em que o cliente esteja incluído no cadastro de emitentes de cheques sem fundos. 210. (CESPE/BASA/2007) O banco não pode cobrar tarifa de manutenção de contas de poupança se o saldo for superior a R$ 20,00 ou se houver movimentação nos últimos 6 meses. 211. (CESPE/BASA/2007) O depósito bancário pode ocorrer com dinheiro ou com objeto móvel. Em dinheiro, representa uma operação passiva, e o depósito de coisa móvel, uma operação acessória, ou seja, uma prestação de serviços. 212. (CESPE/BASA/2007) Entre os diversos produtos bancários, incluem-se a letra de câmbio e o cheque. Uma diferença entre eles é que, enquanto na letra de câmbio o aceite é facultativo, no cheque, o aceite é obrigatório. Os bancos são instituições empresárias que têm por finalidade a mobilização do crédito mediante o recebimento, em depósitos, de capitais de terceiros, que são as operações bancárias passivas, isto é, as fontes de recursos dos bancos. Por outro lado, os empréstimos são as operações bancárias ativas, ou seja, as aplicações dos recursos dos bancos. Além dessas operações (ativas e passivas), há operações acessórias, ou seja, aquelas em que o banco não está emprestando nem recebendo dinheiro, mas prestando serviços diversos, tais como recebimentos de contas de luz, água, tributos, condomínios, transferindo dinheiro de pessoas para pessoas, cofres de alugueres, custódia de valores etc. Nessas operações, o banco ganha, principalmente, em tarifas. Acerca das operações e produtos bancários, julgue os itens subseqüentes.

213. (CESPE/BASA/2007) São operações passivas bancárias: RDB, CDB e cheque especial. 214. (CESPE/BASA/2007) Nas operações de crédito rural, as garantias reais podem ser hipotecárias (hipotecas) ou pignoratícias (penhores), não se podendo acumular as duas garantias em um só contrato. 215. (CESPE/BASA/2007) O CDC é um financiamento para aquisição de bens e serviços, não servindo o próprio bem adquirido como garantia da operação. 216. (CESPE/BASA/2007) O desconto bancário, operação tipicamente ativa para o banco, é o contrato pelo qual o banco antecipa ao cliente o valor de um crédito contra terceiro. 217. (CESPE/BASA/2007) O empréstimo de curtíssimo prazo, conhecido como hot money, não pode exceder a 10 dias e tem taxas mais elevadas que outras operações bancárias. O mercado de capitais concentra operações de longo prazo, ou de prazo indeterminado, com o objetivo de financiamento de um complexo industrial, da compra de máquinas e equipamentos, ou de obtenção de sócios ou parcerias para a capitalização de empresas já existentes no mercado ou que estejam se constituindo. Também ocorrem nesses mercados processos de alongamento do perfil da dívida de uma empresa, por meio da troca de dívidas de vencimento em curto prazo de tempo por dívidas de vencimento a longo prazo, ou da antecipação de fluxos de caixa futuros, descontados a valor presente, em processos conhecidos como securitização. Valdir de Jesus Lameira. Mercado de capitais. Editora Forense Universitária, 2.ª ed., 2003, p. 8 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os próximos itens, acerca do mercado de capitais. 218. (CESPE/BASA/2007) A operação de underwriting, conhecida como garantia firme, é aquela pela qual a instituição financeira intermediadora compra a emissão de uma companhia, antecipa os recursos para a emissora e, somente depois, coloca essas ações junto aos interessados. 219. (CESPE/BASA/2007) A diferença entre as companhias de capital aberto e as companhias de capital fechado é que as de capital aberto negociam efetivamente suas ações nas bolsas de valores e as de capital fechado, não. 220. (CESPE/BASA/2007) Por lei, as bolsas de valores são órgãos auxiliares do BACEN quanto à fiscalização do mercado de capitais.

189

221. (CESPE/BASA/2007) Valores mobiliários são, para fins legais, tão-somente ações, debêntures e bônus de subscrição. 222. (CESPE/BASA/2007) As debêntures podem ser emitidas por quaisquer sociedades anônimas, desde que sejam de capital aberto. O mercado cambial, no Brasil, compreende, além dos exportadores e importadores, também bolsas de valores, bancos, corretores e outros elementos que, por qualquer motivo, tenham transações com o exterior. Eventualmente, poderá abranger as chamadas autoridades monetárias (Tesouro e BACEN). Os bancos intervêm obrigatoriamente nesse mercado, agindo como intermediários entre os vendedores e os compradores. No Brasil, é considerada operação ilegítima aquela que não transitar por estabelecimento autorizado pelas autoridades monetárias. Bruno Ratti. Comércio internacional e câmbio. Editora Aduaneiras, 2001, p. 116-7 (com adaptações). Considerando o texto acima, julgue os itens que se seguem, acerca do mercado de câmbio. 223. (CESPE/BASA/2007) As transações realizadas sem a intermediação dos bancos são conhecidas como mercado de câmbio livre. 224. (CESPE/BASA/2007) __ As contribuições a entidades associativas em moeda estrangeira, bem como as doações e os gastos com tratamento de saúde também em moeda estrangeira, fazem parte do denominado câmbio turismo. 225. (CESPE/BASA/2007) As sociedades seguradoras, os estrangeiros transitoriamente no país e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) são exemplos de instituições ou pessoas autorizadas a manter conta em moeda estrangeira no Brasil. 226. (CESPE/BASA/2007) __ A partir de janeiro de 1999, houve a unificação cambial, feita pelo BACEN, o que significou a junção do segmento do câmbio livre com o segmento do câmbio flutuante. 227. (CESPE/BASA/2007) __ As interferências do BACEN no mercado de câmbio são feitas por meio de seus dealers, que são instituições previamente selecionadas para participarem dos leilões informais, conhecidos como go around de câmbio. Um derivativo é um ativo ou instrumento financeiro cujo preço deriva de um ativo ou instrumento financeiro de referência que justifica a sua existência, seja com a finalidade de obtenção de um ganho especulativo específico em si próprio, ou, e

principalmente, como hedge (proteção) contra eventuais perdas no ativo ou instrumento financeiro de referência. O mercado de derivativos é o mercado de liquidação futura, onde são operados os derivativos. Podemos segmentá-lo em: mercado de futuros, mercado a termo, mercado de opções, mercado de swaps e mercado de derivativos específicos. Eduardo Fortuna. Mercado financeiro, produtos e serviços. Editora Qualitymark, 16.ª ed., 2006, p. 633 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, relacionados às operações com derivativos. 228. (CESPE/BASA/2007) O prazo dos contratos a termo, no mercado a termo, não pode ser superior a 120 dias. 229. (CESPE/BASA/2007) O lote-padrão no mercado de opções é a quantidade mínima de ações de cada lançamento, fixada pela bolsa de mercadorias e futuros (BM&F). Atualmente, o lote-padrão é de 50.000 ações. 230. (CESPE/BASA/2007) Mercado futuro e mercado a termo são mercados distintos. 231. (CESPE/BASA/2007) O hedger pode ser tanto uma pessoa física como uma pessoa jurídica que negocia, ou seja, efetivamente compra e vende determinada commodity ou instrumento específico consubstanciado no contrato de opções. 232. (CESPE/BASA/2007) O especulador, no mercado de opções, é aquele que pratica uma atividade perversa ou ilegal, sendo proibida essa prática no Brasil. A instituição financeira, em suas operações ativas, quando empresta dinheiro ao público, procura diversas formas de garantir o retorno de seus mútuos (dinheiro emprestado), ou seja, utiliza-se de mecanismos legais para que o risco de seus empréstimos seja o menor possível. Assim, além de fazer os cadastros de seus clientes, análise financeira das pessoas para quem vai emprestar, verificando o risco em cada operação, também utiliza-se de garantias juridicamente estabelecidas em leis, tais como avalistas, fiadores, hipotecas, penhores e alienações fiduciárias. Acerca das garantias do SFN, julgue os próximos itens. 233. (CESPE/BASA/2007) Como regra geral, tanto para o aval quanto para a fiança prestados por pessoas casadas, exige-se a autorização do cônjuge, exceto no regime de casamento de separação absoluta de bens.

190

234. (CESPE/BASA/2007) O objeto do penhor, em regra, são as coisas imóveis. 235. (CESPE/BASA/2007) O aval é específico para a garantia de títulos de crédito e a fiança, para contratos, não cabendo aval em contratos, nem fiança em títulos de crédito. 236. (CESPE/BASA/2007) Não são admitidas como objeto de hipoteca as coisas móveis. 237. (CESPE/BASA/2007) A alienação fiduciária é uma garantia que tem como objeto específico às coisas móveis. De um lado, a legislação brasileira criou diversas modalidades de garantias, que são utilizadas pelos bancos para segurança em suas transações financeiras; por outro lado, foi criado o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), para dar maior segurança aos clientes dos bancos contra possíveis fechamentos de instituições financeiras, de forma que os aplicadores possam ter um mínimo de segurança em seus investimentos. Acerca do FGC, julgue os itens a seguir. 238. (CESPE/BASA/2007) O FGC é uma associação civil, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, com prazo indeterminado de duração, e com objetivo de prestar garantia, dando cobertura, de até R$ 60.000,00 por titular, a depósitos e aplicações toda vez que ocorrer a decretação de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de instituição financeira. 239. (CESPE/BASA/2007) São associadas ao FGC as instituições financeiras em geral, as associações de poupança e empréstimo e as cooperativas de crédito. 240. (CESPE/BASA/2007) Os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual for o regime de bens do casamento, e o crédito do valor garantido será efetuado de forma individual. Cada um receberá o limite máximo acobertado previsto no estatuto do FGC, respeitando-se o saldo da conta ou aplicação. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por órgãos de regulação, por instituições financeiras e auxiliares, públicas e privadas, que atuam na intermediação de recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo). Com relação ao SFN, julgue os itens a seguir. 241.(CESPE/BB/2008) A área operativa do SFN é formada pelas instituições financeiras públicas e privadas, que atuam no mercado financeiro.

242.(CESPE/BB/2008) A área normativa do SFN tem como órgão máximo o Banco Central do Brasil (BACEN). O Conselho Monetário Nacional (CMN), instituído pela Lei n.º 4.595/1964, é um órgão normativo, responsável pelas políticas e diretrizes monetárias para a economia do país. Acerca do CMN, julgue os itens que se seguem. 243.(CESPE/BB/2008) O SFN tem como órgão executivo central o BACEN, que estabelece normas a serem observadas pelo CMN. 244.(CESPE/BB/2008) Entre as funções do CMN, estão a de adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia e a de regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos. O BACEN, criado pela Lei n.º 4.595/1964, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda e tem atuação em todo o território nacional. No que se refere ao BACEN, julgue os itens subseqüentes. 245.(CESPE/BB/2008) O BACEN tem sua sede no Rio de Janeiro e conta com representações em Brasília, capital do país, e nas capitais dos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná, de São Paulo, de Minas Gerais, da Bahia, de Pernambuco, do Ceará e do Pará. 246.(CESPE/BB/2008) Entre as atribuições do BACEN, estão a de realizar as operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras e a de regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. O Comitê de Política Monetária (COPOM) do BACEN foi instituído em 20/6/1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criação desse comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório da instituição. Com relação ao COPOM, julgue os itens seguintes. 247.(CESPE/BB/2008) As atas das reuniões do COPOM devem ser divulgadas no prazo de até quinze dias úteis após a data de sua realização. 248.(CESPE/BB/2008) A taxa de juros fixada na reunião do COPOM é a meta para a taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. Acerca da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão normativo do SFN, ligado ao Ministério da

191

Fazenda e voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado mobiliário, julgue os próximos itens. 249.(CESPE/BB/2008) A CVM tem como um dos principais objetivos assegurar o acesso do público às informações sobre valores mobiliários negociados, assim como às companhias que os tenham emitido. 250.(CESPE/BB/2008) A CVM é o órgão do SFN responsável pela fiscalização das operações de câmbio e dos consórcios. O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, cuja Secretaria-Executiva funciona no edifício sede do BACEN. Acerca do CRSFN, julgue os itens que se seguem. 251.(CESPE/BB/2008) Ao receber intimação decisória de processo administrativo oriundo do BACEN, da CVM, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio-Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) ou do Ministério da Fazenda-Secretaria da Receita Federal (SRF), o(s) interessado(s) poderá(ão) interpor recurso ao CRSFN, no prazo estipulado na intimação, devendo entregá-lo mediante recibo ao respectivo órgão instaurador. 252.(CESPE/BB/2008) Constituem atribuições do CRSFN: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos. Bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. No que se refere aos bancos comerciais, julgue os itens a seguir. 253.(CESPE/BB/2008) Os bancos comerciais não podem captar depósitos a prazo. 254.(CESPE/BB/2008) Na denominação dos bancos comerciais, é vedado o uso da palavra ―Central‖. Bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam operações ativas, passivas e acessórias de diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e(ou) de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Com relação aos bancos múltiplos, julgue os seguintes itens.

255.(CESPE/BB/2008) A carteira de desenvolvimento pode ser operada por banco múltiplo e por banco público. 256.(CESPE/BB/2008) Os bancos múltiplos devem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento. As cooperativas de crédito observam, além da legislação e das normas do SFN, a Lei n.º 5.764/1971, que define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. No referente às cooperativas de crédito, julgue os itens subseqüentes. 257.(CESPE/BB/2008) As cooperativas de crédito podem adotar, em sua denominação social, tanto a expressão ―Cooperativa‖ como a palavra ―Banco‖, dependendo de sua política de marketing e de seu planejamento estratégico. 258.(CESPE/BB/2008) As cooperativas de crédito devem possuir o número mínimo de 85 cooperados e adequar sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, operações e prestações de serviços. As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão ―Arrendamento Mercantil‖. Com relação às sociedades de arrendamento mercantil, julgue os próximos itens. 259.(CESPE/BB/2008) As operações passivas das sociedades de arrendamento mercantil são emissão de debêntures, dívida externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. 260.(CESPE/BB/2008) As sociedades de arrendamento mercantil são supervisionadas pelo BACEN. As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários (SCTVM) são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. No que tange às SCTVM, julgue os itens seguintes. 261.(CESPE/BB/2008) Os objetivos das SCTVM não incluem a emissão de certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures. 262.(CESPE/BB/2008) As SCTVM instituem, administram e organizam fundos e clubes de

192

investimento, bem como intermedeiam operações de câmbio. As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários (SDTVM) são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão ―Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários‖. Acerca das SDTVM, julgue os itens a seguir. 263.(CESPE/BB/2008) Não compete às SDTVM fazer a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias e efetuar lançamentos públicos de ações. 264.(CESPE/BB/2008) Entre outras atividades, as SDTVM intermedeiam a oferta pública e a distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado e administram e custodiam as carteiras de títulos e valores mobiliários. Bolsas de valores são associações privadas civis, sem finalidade lucrativa. No que se refere às bolsas de valores, julgue os itens que se seguem. 265.(CESPE/BB/2008) As bolsas de valores objetivam manter local adequado ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários pertencentes a pessoas jurídicas públicas e privadas, em mercado livre e aberto. 266.(CESPE/BB/2008) As bolsas de valores são organizadas pelo Ministério da Fazenda e fiscalizadas por seus membros e pelo BACEN. O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e, nessa condição, processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega contra pagamento. Quanto ao SELIC, julgue os próximos itens. 267.(CESPE/BB/2008) Participam do SELIC, na qualidade de titular de conta de custódia, além do Tesouro Nacional e do BACEN, bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras instituições integrantes do SFN.

268.(CESPE/BB/2008) O horário normal de funcionamento do SELIC é das 12 h 30 min às 18 h 30 min, em todos os dias considerados úteis. A Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP) é a maior empresa de custódia e de liquidação financeira da América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada em agosto de 1984 pelas instituições financeiras em conjunto com o BACEN e iniciou suas atividades em março de 1986, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. Com relação à CETIP, julgue os itens subseqüentes. 269.(CESPE/BB/2008) Na qualidade de depositária, a CETIP processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos, bem como, quando é o caso, o pagamento dos juros e demais eventos a eles relacionados. 270.(CESPE/BB/2008) As operações no mercado secundário que envolvam títulos registrados na CETIP são geralmente liquidadas com compensação bilateral de obrigações, em que a CETIP atua como contraparte central. O Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar (SSPPC) é constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Re), pelas sociedades seguradoras autorizadas a operar em seguros privados e pelos corretores de seguros habilitados. No que se refere ao SSPPC, julgue os itens a seguir. 271.(CESPE/BB/2008) As entidades fechadas de previdência complementar correspondem aos fundos de pensão. São organizadas sob a forma de empresas privadas, sendo somente acessíveis aos empregados de uma empresa ou de um grupo de empresas ou aos servidores da União, dos estados e dos municípios. 272.(CESPE/BB/2008) As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes do CMN quanto à aplicação de recursos dos planos de benefícios. Com referência à SUSEP, que é autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, julgue os itens que se seguem. 273.(CESPE/BB/2008) A SUSEP é dotada de personalidade jurídica de direito privado, com relativa autonomia administrativa e financeira. 274.(CESPE/BB/2008) As entidades de previdência fechada são vinculadas ao Ministério da Previdência

193

Social, enquanto as entidades abertas são vinculadas ao Ministério da Fazenda, por meio da SUSEP. O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939, pelo então presidente Getúlio Vargas, com um objetivo bem delineado: fortalecer o desenvolvimento do mercado segurador nacional por meio da criação do mercado ressegurador brasileiro. O IRB é uma sociedade de economia mista, dotada de personalidade jurídica própria de direito privado e que goza de autonomia administrativa e financeira. Com relação ao IRB-Brasil Re, julgue os itens subseqüentes. 275.(CESPE/BB/2008) O capital social do IRB-Brasil Re é representado por ações escriturais, ordinárias e preferenciais, todas sem valor nominal. 276.(CESPE/BB/2008) ___ Em caso de seguros de grandes valores, cabe ao IRB-Brasil Re a iniciativa quanto ao resseguro. Acerca da caderneta de poupança, produto tradicional de captação financeira no Brasil, caracterizado por depósitos que acumulam juros e correção monetária, julgue os próximos itens. 277.(CESPE/BB/2008) Os bancos são terminantemente proibidos de cobrar pela manutenção das contas de cadernetas de poupança. 278.(CESPE/BB/2008) Os valores depositados em caderneta de poupança são atualizados com base na taxa de referência de juros (TR) do dia do depósito, acrescida de juros de 0,5% ao mês. O Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) é um sistema informatizado, centralizado no BACEN, que permite indicar onde os clientes de instituições financeiras mantêm bens, direitos e valores, diretamente ou por seus representantes legais e procuradores. Quanto ao CCS, julgue os seguintes itens. 279.(CESPE/BB/2008) Como o CCS propicia boas condições para a realização de investigações e de ações destinadas a combater a criminalidade, as regras relativas ao sigilo bancário e ao direito à privacidade não incidem em sua implantação e operação. 280.(CESPE/BB/2008) Como decorrência de sua atuação específica, as autoridades policiais têm pleno acesso às informações constantes do CCS. 281.(CONESUL/BANESTES/2008) Art. 17. Consideram-se ________________, para os efeitos

da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória à coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do caput do Art. 17 da Lei 4.595/1964. a) Empresas Públicas. b) Instituições Financeiras. c) Bancos Públicos. d) Instituições Privadas. e) Associações Financeiras. 282.(CONESUL/BANESTES/2008) Qual o valor previsto no Art. 16, circular BACEN 2892/2001 que autoriza as instituições bancárias a postergar para o expediente seguinte, operações de saques de valores em espécie, realizadas em conta de depósito à vista? a) R$ 1.000,00. b) R$ 2.000,00. c) R$ 5.000,00. d) R$ 10.000,00. e) R$ 50.000,00. 283.(CONESUL/BANESTES/2008) Qual a alínea utilizada para devolução de cheques apresentados a um determinado banco, motivado por conta encerrada, conforme Resolução 1682, Art. 6º e 14? a) Alínea 11. b) Alínea 28. c) Alínea 21. d) Alínea 44. e) Alínea 13. 284.(CONESUL/BANESTES/2008) A alínea 28, prevista no Art. 1º da Circular 2655, prevê a devolução de cheques apresentados às Instituições Bancárias por motivo de: a) Insuficiência de fundos primeira apresentação; b) Insuficiência de fundos segunda apresentação; c) Contra ordem ou oposição ao pagamento por furto ou roubo; d) Divergência ou insuficiência de assinatura; e) Prática expúria. 285.(CONESUL/BANESTES/2008) Art. 14. O Banco Central da República do Brasil será administrado por uma Diretoria de ___________, um dos quais será o Presidente, escolhidos pelo Conselho Monetário Nacional dentre seus membros mencionados no inciso IV, do artigo 6º, desta lei. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do caput do

194

Art. 14 da Lei 4.595/1964, que normatiza o número de componentes da diretoria do Banco Central. a) 04 (quatro) membros b) 05 (cinco) membros c) 06 (oito) membros d) 08 (oito) membros e) 10 (dez) membros 286.(CONESUL/BANESTES/2008)51. Conforme os itens do Art. 1º da Lei 7.357/1985, o cheque deve conter os seguintes elementos: I. a denominação cheque inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido. II. a ordem incondicional de pagar quantia determinada. III. o nome do favorecido do cheque. IV. a indicação do lugar de pagamento. V. a indicação da data e do banco sacado. VI. a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. Assinale a alternativa que contém a transcrição errada do(s) item(ns) do Art. 1º da Lei 7.357/1985. a) Somente II está errada. b) Somente I e V estão erradas. c) Somente VI está errada. d) Somente III e V estão erradas. e) Somente V está errada. 287.(CONESUL/BANESTES/2008) Assinale a alternativa composta apenas por Instituições Normativas do Sistema Financeiro Nacional. a) BACEN, BANESTES, CMN. b) Santander Banespa, CMN, CVM. c) CMN, BACEN, CVM. d) BANESTES, BNDES, CVM. e) COPOM, CVM, BNDES. 288.(CONESUL/BANESTES/2008) Qual o valor mínimo vigente fixado pelo BACEN para um correntista transferir recursos de uma conta de determinada instituição bancária para outra, utilizando para isso a TED Transferência Eletrônica Disponível ? a) R$ 10.000,00. b) R$ 2.000,00. c) R$ 15.000,00. d) R$ 5.000,00. e) R$ 50.000,00. 289.(CONESUL/BANESTES/2008)54. Pode-se dizer que Cheque visado é o que a) foi visto pelo favorecido antes de ser depositado em sua conta.

b) é garantido por crédito especial do banco, sacado em favor do emitente. c) é atravessado por duas linhas paralelas oblíquas, em seu anverso, que restringe sua circulação e só pode ser pago a um banco. d) desde logo tem sua quantia transferida e colocada à disposição do portador legitimado. e) é também denominado Administrativo e é emitido por um banco, contra seus próprios caixas, a pedido de alguém, a favor do solicitante e de outrem. 290.(CONESUL/BANESTES/2008) Pode-se dizer que Cheque Garantido é o que a) foi visto pelo favorecido antes de ser depositado em sua conta. b) é garantido por crédito especial do banco sacado em favor do emitente. c) é atravessado por duas linhas paralelas oblíquas, em seu anverso, que restringe sua circulação e só pode ser pago a um banco. d) desde logo tem sua quantia transferida e colocada à disposição do portador legitimado. e) é também denominado Administrativo e é emitido por um banco, contra seus próprios caixas, a pedido de alguém, a favor do solicitante e de outrem. 291.(CONESUL/BANESTES/2008) Quais os prazos de apresentação de um cheque na praça de emissão e em outra praça? Assinale a alternativa que apresenta os prazos corretos e respectivos, previstos no Art. 33 da Lei 7.357/1985. a) 20 e 90 dias. b) 30 e 40 dias. c) 60 e 120 dias. d) 30 e 60 dias. e) 30 e 120 dia 292.(CONESUL/BANESTES/2008) Pode-se dizer que Cheque Cruzado é o que a) foi visto pelo favorecido antes de ser depositado em sua conta. b) é garantido por crédito especial do banco sacado em favor do emitente. c) é atravessado por duas linhas paralelas oblíquas, em seu anverso, que restringe sua circulação e só pode ser pago a um banco. d) desde logo tem sua quantia transferida e colocada à disposição do portador legitimado. e) é também denominado Administrativo e é emitido por um banco, contra seus próprios caixas, a pedido de alguém, a favor do solicitante e de outrem. 293.(CONESUL/BANESTES/2008)58. Qual o prazo de prescrição de um cheque definido no Art. 59, para

195

executar a falta de pagamento prevista no Art. 47 da Lei 7.357/1985? a) 6 meses após a emissão. b) 3 meses após expirar o prazo de apresentação. c) 9 meses após a emissão independente do prazo de apresentação. d) 6 meses, contados após expirar o prazo de apresentação. e) 12 meses após a emissão. 294.(CONESUL/BANESTES/2008)Art. 4o Nos sistemas em que o volume e a natureza dos negócios, a critério do Banco Central do Brasil, forem capazes de oferecer risco à ___________ e ao normal funcionamento do sistema financeiro, as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação assumirão, sem prejuízo de obrigações decorrentes de lei, regulamento ou contrato, em relação a cada ______________, a posição de parte contratante, para fins de liquidação das obrigações, realizada por intermédio da câmara ou prestador de serviços. Assinale a alternativa que preenche na seqüência correta e respectiva as lacunas do caput do Art. 14 da Lei 10.214/2001, que trata da liquidação e compensação de títulos no Sistema de Pagamentos Brasileiro no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. a) solidez participante b) rentabilidade empresa c) solidez entidade d) sociedade negócio e) entidade participante 295.(CONESUL/BANESTES/2008) Conforme determina o artigo 3º da Lei 6.099/1974, em qual grupo contábil a operadora de arrendamento mercantil deverá escriturar os bens destinados ao arrendamento mercantil, ou seja, sua atividade fim? a) Ativo Circulante. b) Ativo Disponível. c) Ativo Realizável à Longo Prazo. d) Ativo Permanente Investimento. e) Ativo Permanente Imobilizado. 296.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O Sistema Financeiro Nacional (SFN), conhecido também como Sistema Financeiro Brasileiro, compreende um vasto sistema que abrange grupos de instituições, entidades e empresas. Nesse sentido, o Sistema Financeiro Nacional é compreendido por (A) uma rede de instituições bancárias, ONG, entidades e fundações que visam principalmente à transferência de recursos financeiros para empresas com deficit de caixa.

(B) um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam, em última análise, a transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários. (C) dois subsistemas: um normativo e outro de intermediação financeira, sendo que este último é composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras operativas, como a Comissão de Valores Mobiliários. (D) instituições financeiras e filantrópicas, situadas no território nacional, que têm como objetivo principal o financiamento de obras públicas e a participação ativa em programas sociais. (E) agentes econômicos e não econômicos que objetivam a transferência de recursos financeiros, desde que previamente autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários, para os demais agentes participantes do sistema. 297.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) As linhas de crédito que são abertas com determinado limite, que as empresas utilizam à medida de suas necessidades, e em que os encargos são cobrados de acordo com sua utilização, são chamadas de (A) cartão de crédito. (B) hot money. (C) financiamento de capital fixo. (D) crédito direto ao consumidor. (E) crédito rotativo. 298.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) A conta corrente é o produto básico da relação entre o cliente e o banco, pois por meio dela são movimentados os recursos dos clientes. Para abertura de uma conta corrente individual, são necessários e indispensáveis os seguintes documentos: (A) documento de identificação, como cédula de identidade (RG), ou documentos que a substituem legalmente, cadastro de pessoa física (CPF) e comprovante de residência. (B) documento de identificação, como cédula de identidade (RG) ou documentos que a substituem legalmente, cadastro de pessoa física (CPF) e título de eleitor com comprovante da última votação. (C) documento de habilitação com foto com o número do CPF, comprovante de residência, certidão de nascimento ou casamento e certificado de reservista. (D) cadastro de pessoa física (CPF), cédula de identidade (RG), comprovante de residência, título de eleitor e certidão de nascimento ou casamento, se for o caso. (E) cadastro de pessoa física (CPF), cédula de identidade (RG), título de eleitor com comprovante da última votação, certificado de reservista, e comprovante de residência.

196

299.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) A reforma conduzida pelo Banco Central do Brasil em 2001 e 2002 no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) teve como foco o direcionamento para a administração de riscos, principalmente os riscos de crédito e liquidez. Dentre as mudanças conduzidas em 2001 e 2002 destaca-se a (A) alteração da política cambial estabelecendo regras mais flexíveis para as transferências internacionais. (B) definição de um capital mínimo baseado no risco de crédito para os bancos comerciais e bancos de investimento. (C) manutenção da tabela de tarifas operacionalizada por bancos comerciais e caixas econômicas. (D) realização de transferências de fundos interbancárias com liquidação em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. (E) reestruturação das operações de empréstimos, principalmente das operações de leasing e CDC. 300.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) Um dos recursos disponibilizados pelos bancos para os clientes movimentarem suas contas correntes é o cheque. Por ser uma ordem de pagamento à vista de fácil manuseio, o cheque é um dos títulos de crédito mais utilizados. Qual das seguintes afirmativas apresenta uma das características principais do cheque? (A) Os cheques emitidos acima de R$ 50,00 devem, obrigatoriamente, ser nominativos, caso contrário serão devolvidos. (B) Os cheques cruzados só poderão ser descontados com autorização do gerente da agência bancária no verso do cheque. (C) O cheque é considerado ao portador quando constar o nome do beneficiário que irá portar o cheque dentro do seu prazo de validade. (D) Os bancos podem recusar o pagamento de um cheque em caso de divergência ou insuficiência na assinatura. (E) O endosso de um cheque só será aceito pelo banco, se o endossante apresentar cópia de uma procuração transferindo a propriedade do cheque. 301.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal, principalmente, para habitação, saneamento básico e apoio ao trabalhador. As principais atividades da Caixa Econômica Federal estão relacionadas a (A) elaboração de políticas econômicas que irão auxiliar o Governo Federal na composição do

orçamento público e na aplicação dos recursos em atividades sociais, como esporte e cultura. (B) elaboração de políticas para o mercado financeiro, viabilizando a captação de recursos financeiros, administração de loterias, fundos, programas e aplicação dos recursos e obras sociais. (C) captação de recursos financeiros para as transferências internacionais auxiliando os trabalhadores brasileiros residentes no exterior. (D) administração de loterias, fundos (FGTS), programas (PIS) e captação de recursos em cadernetas de poupança, em depósitos à vista e a prazo e sua aplicação em empréstimos vinculados substancialmente à habitação. (E) estruturação do Sistema Financeiro Nacional, auxiliando o Banco Central na elaboração de normas e diretrizes para administração de fundos e programas como FGTS e PIS. 302.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) As instituições financeiras mantêm relacionamento com pessoas físicas e jurídicas, e para que esse relacionamento possa ocorrer de uma forma legal, as pessoas precisam ter a capacidade para exercitar seus direitos, ou seja, a capacidade de fato. Nesse sentido, quais os procedimentos que um Banco deve adotar para abrir uma conta corrente de uma pessoa com dezessete anos de idade? (A) Nenhum, porque os bancos são impedidos legalmente de abrir contas para menores de dezoito anos, pois são pessoas com incapacidade absoluta. (B) O Banco deve exigir os documentos do menor e do seuresponsável e a conta só poderá ser aberta pelo responsável legal (pai, ou mãe ou tutor). (C) O Banco deve exigir a certidão de nascimento do menor e comprovante de escolaridade como histórico escolar ou declaração da instituição de ensino. (D) O Banco deve exigir apenas os documentos pessoais (RG ou Carteira de Trabalho e CPF) e a conta pode ser aberta pelo próprio menor. (E) O Banco deve exigir do menor certificado de reservista, cédula de identidade, comprovante de residência, CPF e procuração do responsável legal. 303.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O mercado que opera a curto prazo destinando os recursos captados ao financiamento de consumo para pessoas físicas e capital de giro para pessoas jurídicas, através de intermediários financeiros bancários, é o mercado (A) de crédito (B) de capitais (C) de câmbio (D) de ações (E) monetário

197

304.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O DOC é uma modalidade muito utilizada de ordem de pagamento que tem como objetivo principal a transferência de valores. Em relação às movimentações com o DOC, este pode ser (A) resgatado no mesmo dia, desde que haja crédito, diferentemente do cheque, que deve ser compensado. (B) emitido somente com valor superior a R$ 5.000,00, para que o valor seja creditado no mesmo dia na conta do tomador. (C) emitido somente em casos de transferências para clientes de um mesmo Banco. (D) enviado pelos terminais de auto-atendimento ou pelos caixas, usando o formulário que deve ser preenchido a máquina ou no computador. (E) enviado pelo cliente do Banco, através do Sistema de Compensação, para qualquer outra conta, própria ou de terceiros. 305.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O Conselho Monetário Nacional (CMN) planeja, elabora, implementa e julga a consistência de toda a política monetária, cambial e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política monetária e ao qual se submetem todas as instituições que o compõem. Uma das atribuições do CMN é (A) administrar carteiras e a custódia de valores mobiliários. (B) estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central (BACEN) nas transações com títulos públicos. (C) executar a política monetária estabelecida pelo Banco Central. (D) regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. (E) propiciar liquidez às aplicações financeiras, fornecendo, concomitantemente, um preço de referência para os ativos negociados no mercado. 306.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, criado pela Andima, em parceria com o Banco Central, é um sistema que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações realizadas com títulos públicos, garantindo transparência aos negócios, agilidade e segurança. Uma das mudanças ocorridas com a criação do SELIC foi a (A) dilação do prazo de liquidação dos títulos públicos, gerando maior segurança nas operações. (B) redução das taxas cobradas pela custódia dos títulos federais, aumentando a demanda das operações realizadas pelo Banco Central. (C) prorrogação da criação da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos para o ano de 1996.

(D) substituição dos títulos físicos por registros eletrônicos, gerando enorme ganho de eficiência, já que as operações são fechadas no mesmo dia em que ocorrem. (E) valorização das taxas de câmbio referentes às operações realizadas com títulos internacionais. 307.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O leasing, também denominado arrendamento mercantil, é uma operação em que o proprietário de um bem móvel ou imóvel cede a terceiro o uso desse bem por prazo determinado, recebendo em troca uma contraprestação. Em relação às operações de leasing analise as afirmações a seguir. I - Ao final do contrato de leasing, o arrendatário tem a opção de comprar o bem por valor previamente contratado. II - O leasing financeiro ocorre quando uma empresa vende determinado bem de sua propriedade e o aluga imediatamente, sem perder sua posse. III - O leasing operacional assemelha-se a um aluguel, e é efetuado geralmente pelas próprias empresas fabricantes de bens, com prazo mínimo de arrendamento de 90 dias. IV - Uma das vantagens do leasing é que, durante o contrato, os bens arrendados fazem parte do Ativo da empresa, agregando valor patrimonial. V - O contrato de leasing tem prazo mínimo definido pelo Banco Central. Em face disso, não é possível a ―quitação‖ da operação antes desse prazo. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I, III e V (B) I, IV e V (C) II, IV e V (D) I, II, III e IV (E) II, III, IV e V 308.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O certificado de depósito bancário (CDB) é o título de renda fixa emitido por instituições financeiras, com a finalidade de captação de recursos para carregá-los em outras carteiras de investimento, visando ao ganho financeiro e/ou ganho de intermediação. Considerando as características do CDB, analise as afirmações a seguir. I - No CDB Rural, existe a possibilidade, para o investidor, de repactuar a cada 30 dias a taxa de remuneração do CDB, dentro de critérios já estabelecidos no próprio contrato. II - Quando a perspectiva é de queda da taxa de juros, a modalidade de CDB mais indicada para aplicação é a prefixada. III - O CDB não pode ser negociado antes do seu vencimento, devendo o cliente esperar o final do contrato para sacar o dinheiro.

198

IV - No CDB prefixado, no momento da aplicação, o investidor já conhece o percentual de valorização nominal de seu investimento. V - As taxas de rentabilidade do CDB são determinadas pelos próprios Bancos, de acordo com o CDI. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I, III e V (B) I, IV e V (C) II, IV e V (D) I, II, III e IV (E) II, III, IV e V 309.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) Quando o Banco Central deseja baratear os empréstimos e possibilitar maior desenvolvimento empresarial, ele irá adotar uma Política Monetária Expansiva, valendo-se de medidas como a (A) venda de títulos públicos. (B) elevação da taxa de juros. (C) elevação do recolhimento compulsório. (D) redução das linhas de crédito. (E) redução das taxas de juros. 310.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) A evolução da tecnologia e da teleinformática permitiu um acelerado desenvolvimento da troca de informações entre os bancos e seus clientes. Um dos mais notáveis exemplos dessa evolução é o home banking. O home banking é basicamente (A) o atendimento remoto ao cliente com o objetivo principal de redução das filas nos Bancos, sendo um exemplo comum a utilização dos caixas 24 horas. (B) toda e qualquer ligação entre o cliente e o banco, que permita às partes se comunicarem a distância, possibilitando ao cliente realizar operações bancárias sem sair de sua casa ou escritório, como o pagamento de contas pela internet. (C) toda operação realizada pelo banco com o uso de tecnologia avançada com o objetivo de gerar comodidade ao cliente, como, por exemplo, o cadastramento de contas em débito automático. (D) qualquer serviço de atendimento ao cliente realizado pelo banco, permitindo a troca de documentação sem a necessidade de o cliente sair de casa, como, por exemplo, a entrega de talões de cheque em domicílio. (E) a disponibilização de serviços no caixa 24 horas, que anteriormente só poderiam ser realizados nas agências bancárias, sendo a liberação de crédito automática um exemplo desse tipo de serviço. 311.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) Atualmente, existem diversas alternativas para uso do chamado ―dinheiro de plástico‖, que facilita o dia-a-dia das

pessoas e representa um enorme incentivo ao consumo. O cartão de crédito é um tipo de ―dinheiro de plástico‖ que é utilizado (A) para aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados. (B) para aquisição de moeda estrangeira em agências de câmbio e de viagens com débito em moeda corrente do país de emissão do cartão. (C) para realização de transferências interbancárias, desde que ambos os Bancos sejam credenciados. (D) na compra de mercadorias em diversos países com débito na conta corrente em tempo real. (E) como instrumento de identificação, substituindo, nos casos aceitos por lei, a cédula de identidade. 312.(CESGRANRIO/CAIXA/2008) O mercado de seguros surgiu da necessidade que as pessoas e empresas têm de proteger seu patrimônio. Mediante o pagamento de uma quantia, denominada prêmio, os segurados recebem uma indenização que permite a reposição integral das perdas sofridas. Em relação aos tipos de seguro, analise as afirmações abaixo. I - O seguro de vida é idêntico ao seguro do profissional liberal, pois ambos possuem as mesmas coberturas e estão sujeitos à mesma legislação. II - O seguro de veículos pode oferecer coberturas adicionais para o risco de roubo de rádios e acessórios, desde que conste da apólice. Se estes equipamentos são colocados posteriormente à contratação, podem ser incluídos na apólice, através de endosso. III - A única diferença entre o seguro de acidentes pessoais em relação ao seguro de vida é o público-alvo que, no caso do seguro de acidentes pessoais, é direcionado para idosos e gestantes. IV - O seguro imobiliário é realizado para cobertura de possíveis danos ao imóvel do segurado, causados principalmente por incêndios, roubo e outros acidentes naturais. V - O seguro de viagem tem como principal característica a garantia de indenização por extravio de bagagem e a assistência médica durante o período da viagem. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I, III e V (B) I, IV e V (C) II, IV e V (D) I, II, III e IV (E) II, III, IV e V O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por órgãos de regulação, instituições financeiras, instituições auxiliares públicas e privadas, que atuam na intermediação de recursos dos agentes

199

econômicos (pessoas, empresas, governo). Com relação ao SFN, julgue os itens a seguir. 313.(CESPE/BB/2008) Há dois grandes grupos de entidades no SFN: o subsistema normativo, que trata da regulação e da fiscalização, e o subsistema operativo, que trata da intermediação, do suporte operacional e da administração. 314.(CESPE/BB/2008) O SFN atua na intermediação financeira, processo pelo qual os agentes que estão superavitários, com sobra de dinheiro, transferem esses recursos para aqueles que estejam deficitários, com falta de dinheiro. 315.(CESPE/BB/2008) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma das principais entidades supervisoras do SFN. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um órgão normativo, responsável pelas políticas e diretrizes monetárias para a economia do país. A respeito do CMN, julgue os itens de 316 a 319. 316.(CESPE/BB/2008) Na sua mais recente composição, o CMN passou a ser integrado pelo ministro da Fazenda, como presidente do conselho, pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e pelo presidente do Banco do Brasil. 317.(CESPE/BB/2008) Compete ao CMN fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações em direitos especiais de saque e em moeda estrangeira. 318.(CESPE/BB/2008) São regulamentadas por meio de resoluções as matérias aprovadas pelo CMN, normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União (DOU) e na página de normativos do Banco Central do Brasil (BACEN). 319.(CESPE/BB/2008) Apenas a partir de reuniões consideradas não-sigilosas do CMN são lavradas atas, cujo extrato é publicado no DOU. O BACEN, criado pela Lei n.º 4.595/1964, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, com sede e foro na capital da República e atuação em todo o território nacional. Com relação ao BACEN, julgue os seguintes itens. 320.(CESPE/BB/2008) O BACEN executa a política cambial definida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, regulamentando o mercado de câmbio e autorizando as instituições que nele operam.

321.(CESPE/BB/2008) As instituições financeiras estrangeiras podem funcionar no país somente mediante prévia autorização do BACEN ou decreto do Poder Executivo. 322.(CESPE/BB/2008) __ Compete ao BACEN autorizar e fiscalizar o funcionamento das administradoras de cartão de crédito. O Comitê de Política Monetária (COPOM) do BACEN foi instituído em 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criação do COPOM buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório do BACEN. Com base nessas informações e acerca do COPOM, julgue os próximos itens. 323.(CESPE/BB/2008) Compete ao COPOM avaliar o cenário macroeconômico e os principais riscos a ele associados, com base nos quais são tomadas as decisões de política monetária. 324.(CESPE/BB/2008) As atas das reuniões do COPOM são divulgadas quinze dias úteis após a sua realização. 325.(CESPE/BB/2008) O COPOM reúne-se ordinariamente doze vezes por ano e extraordinariamente sempre que necessário, por convocação de seu presidente. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo do SFN, ligado ao Ministério da Fazenda e voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado mobiliário. A respeito da CVM, julgue os itens que se seguem. 326.(CESPE/BB/2008) Apesar de ser um órgão normativo do SFN, a CVM não tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado de capitais. 327.(CESPE/BB/2008) Compete ao BACEN, e não à CVM a atribuição de apurar, julgar ou punir as irregularidades eventualmente cometidas no mercado de capitais. 328.(CESPE/BB/2008) A CVM compõe a estrutura do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). O CRSFN é um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda. Com relação ao CRSFN, julgue os itens a seguir. 329.(CESPE/BB/2008) É atribuição do CRSFN julgar, em segunda e última instâncias administrativas, os recursos interpostos das decisões relativas às

200

penalidades administrativas aplicadas pelo BACEN e relativas a infração à legislação de consórcios. 330.(CESPE/BB/2008) Compete ao CRSFN apreciar os recursos de ofício, dos órgãos e entidades competentes, contra decisões de arquivamento de processos que versem sobre penalidades por infrações à legislação cambial, de capitais estrangeiros e de crédito rural e industrial. 331.(CESPE/BB/2008) Não é atribuição do CRSFN julgar recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e nessa condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega contra pagamento. Acerca do SELIC, julgue os itens seguintes. 332.(CESPE/BB/2008) __ Foi alterado o modus operandi do SELIC, operado pelo BACEN, que passou a liquidar operações com títulos públicos federais em tempo real. 333.(CESPE/BB/2008) Nem todos os títulos dos quais o SELIC é depositário são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. Cerca de 30% desses títulos são emitidos em papel. 334.(CESPE/BB/2008) O SELIC é gerido pelo BACEN e é por ele operado em parceria com a Andima. Os seus centros operacionais (centro principal e centro de contingência) estão localizados na cidade de São Paulo. A Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) é a maior empresa de custódia e de liquidação financeira da América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada em 1984 pelas instituições financeiras em conjunto com o BACEN e iniciou suas atividades em 1986, para garantir maior segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. Com relação à CETIP, julgue os itens subseqüentes. 335.(CESPE/BB/2008) A CETIP é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os títulos

relacionados com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação Salarial (FCVS), com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO) e com a dívida agrária (TDA). 336.(CESPE/BB/2008) Com poucas exceções, os títulos de renda fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional são emitidos escrituralmente, isto é, sob a forma de registros eletrônicos. Esses títulos emitidos em papel são fisicamente custodiados por bancos autorizados. 337.(CESPE/BB/2008) A CETIP utiliza a compensação bilateral, nas operações com títulos negociados no mercado secundário, e a liquidação bruta em tempo real, na liquidação das operações com derivativos. O Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar é constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), pelas sociedades seguradoras autorizadas a operar em seguros privados e pelas corretoras de seguros e corretores de seguros habilitados. Com relação ao Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar, julgue os itens que se seguem. 338.(CESPE/BB/2008) O sistema de previdência social brasileiro está fundamentado sobre a previdência social básica, oferecida pelo poder público, e sobre a previdência privada, de caráter complementar à previdência social. 339.(CESPE/BB/2008) O CNSP inclui representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 340.(CESPE/BB/2008) As entidades abertas de previdência privada são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, sendo acessíveis a qualquer pessoa física. Sob o ponto de vista das instituições financeiras bancárias, as operações podem ser classificadas como passivas, ativas, de serviços financeiros e de captação de recursos. Acerca das operações das instituições financeiras bancárias, julgue os próximos itens. 341.(CESPE/BB/2008) A atividade bancária é mais orientada por produto que por cliente, pois um mesmo cliente pode ser consumidor, concomitantemente, de diversos produtos.

201

342.(CESPE/BB/2008) As principais operações passivas correspondem a empréstimos em conta corrente, crédito pessoal, desconto de títulos, adiantamento a depositante, cheque especial, capital de giro, repasse do BNDES, e operação de crédito rural. 343.(CESPE/BB/2008) Conta corrente, cobrança, arrecadação de tributos e folha de pagamento são exemplos de operações ativas. Acerca da caderneta de poupança, produto tradicional de captação financeira no Brasil, que se caracteriza por depósitos que acumulam juros e correção monetária, julgue os itens a seguir. 344.(CESPE/BB/2008) Os valores depositados e mantidos em depósito por prazo inferior a um mês recebem remuneração correspondente aos dias de depósito e proporcionalmente àquela estabelecida para o mês. 345.(CESPE/BB/2008) Os depósitos em cadernetas de poupança efetuados nos dias 29, 30 e 31 de determinado mês serão remunerados no dia 1.º do mês seguinte, aplicando-se o índice correspondente ao dia 1.º do mês de depósito. 346.(CESPE/BB/2008) O dinheiro depositado em caderneta de poupança somente poderá ser sacado depois de transcorrido prazo fixado por ocasião do depósito. Arrendamento mercantil (leasing) é uma operação em que o proprietário de um bem cede a terceiro o uso desse bem por prazo determinado, recebendo em troca uma contraprestação. Com relação ao leasing, julgue os itens subseqüentes. 347.(CESPE/BB/2008) Os impostos a serem pagos nessas operações são: imposto sobre operações financeiras (IOF) e imposto sobre serviços (ISS). 348.(CESPE/BB/2008) O contrato de leasing pode ser quitado antes do encerramento do prazo. 349.(CESPE/BB/2008) Ao final do contrato de leasing, o arrendatário tem as seguintes opções: comprar o bem por valor previamente contratado; renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual; devolver o bem ao arrendador. Com relação ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e aos bancos estaduais de desenvolvimento, julgue os itens seguintes. 350.(CESPE/BB/2008) O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. 351.(CESPE/BB/2008) Atualmente, o BNDES não é um banco de desenvolvimento. É uma empresa

pública federal, com personalidade jurídica de direito priv ado e patrimônio próprio. 352.(CESPE/BB/2008) Os bancos estaduais de desenvolvimento são constituídos sob a forma de sociedades anônimas, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão Banco de Desenvolvimento, seguida do nome do estado em que tenha sede. Em contratos de empréstimos bancários, assim como em outras modalidades de contrato, como aluguel de imóvel, entre outros, é normal a exigência de avalista, fiador ou fiança bancária. Acerca de garantias financeiras, julgue os itens subsequentes. 353.(CESPE/BASA/2010) Em uma garantia formalizada por meio de aval, o avalista assume a mesma posição jurídica do avaliado, isto é, o avalista é solidário com o avalizado. 354.(CESPE/BASA/2010) A ausência da assinatura do cônjuge em garantias formalizadas por meio de fiança e(ou) de aval não invalida a garantia outorgada, em qualquer regime de bens do casal. 355.(CESPE/BASA/2010) Um contrato de empréstimo pode ter vários avalistas, caso o devedor principal fique inadimplente. O credor deve exigir a liquidação do empréstimo primeiro do devedor principal e depois, proporcionalmente, de cada um dos avalistas. 356.(CESPE/BASA/2010) Na garantia oferecida para o credor mediante fiança, em caso de inadimplência, o credor deve executar simultaneamente o devedor e o fiador, mesmo que o fiador não tenha renunciado tacitamente ao benefício da ordem. 357.(CESPE/BASA/2010) Quando oferecer garantia ao credor por meio de penhor mercantil, o devedor fica como depositário dos bens oferecidos em garantia, sem transferência da posse ao credor. 358.(CESPE/BASA/2010) Uma fiança bancária é normalmente aprovada pela área de crédito do banco, que pode exigir garantias do cliente e definir um custo para a operação, sem restrições para o prazo de vencimento, que pode ser desde o prazo do vencimento da obrigação para a qual a fiança se destina até prazo indeterminado. 359.(CESPE/BASA/2010) Fiança bancária é um contrato firmado por um banco e seu cliente, no qual o banco assegura o pagamento de uma obrigação de seu cliente junto a um credor.

202

360.(CESPE/BASA/2010) O valor total de fianças em vigor por instituição financeira não pode, em momento algum, exceder 5% do valor do patrimônio líquido da instituição financeira. No caso de empréstimos bancários, também podem ser solicitadas garantias por meio de penhor ou hipoteca. Em outros financiamentos, como automóveis e imóveis, a garantia pode ser alienação fiduciária de coisa móvel ou coisa imóvel e(ou) hipoteca. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir. 361.(CESPE/BASA/2010) Um bem imóvel pode ser hipotecado a vários credores simultaneamente. Na situação em que um imóvel que seja oferecido em garantia para dois credores e o valor obtido pela sua venda não seja suficiente para liquidar a dívida da hipoteca de segundo grau, o credor da segunda passará para a condição de quirografário. 362.(CESPE/BASA/2010) O credor da hipoteca de segundo grau, em caso de venda judicial do imóvel hipotecado, tem direito, no mínimo, a 50% do valor obtido pela venda do imóvel. 363.(CESPE/BASA/2010) Na alienação fiduciária de um bem móvel perfeitamente identificável, o devedor alienante não é proprietário do bem alienado, embora tenha a sua posse diretamente. Ele torna-se titular pleno do domínio do bem somente após a liquidação do financiamento no qual o bem tenha sido oferecido como garantia. 364.(CESPE/BASA/2010) Se uma empresa de construção civil, proprietária de um prédio, vender para um adquirente um apartamento financiado diretamente pelo construtor, mediante assinatura de um contrato de alienação fiduciária de bem imóvel, então, no registro imobiliário, o credor constará como proprietário fiduciário e o devedor, como proprietário fiduciante. Nesse caso, o fiduciante terá a posse direta e o fiduciário será o possuidor indireto da coisa imóvel. No mercado de câmbio, são feitas negociações de conversões de diferentes moedas estrangeiras entre pessoas físicas, jurídicas, instituições financeiras autorizadas e o Banco Central do Brasil (BACEN). Com relação ao mercado de câmbio, julgue os itens seguintes. 365.(CESPE/BASA/2010) No mercado de câmbio de taxas flutuantes, são realizadas operações de importação e exportação, operações de empréstimos e investimentos externos, assim como as remessas para remuneração dessas operações.

366.(CESPE/BASA/2010) Operações de câmbio consistem basicamente na conversão da moeda de um país na moeda de outro país. Essas operações podem ser de compra de moeda estrangeira, de venda de moeda estrangeira ou de arbitragem. 367.(CESPE/BASA/2010) Se um turista trocar dólares por reais, estará trocando moedas, o que é denominado câmbio manual. 368.(CESPE/BASA/2010) O BACEN, por meio dos dealers, realiza operações de compra e venda de moeda estrangeira. Se, em determinado dia, a taxa de câmbio estiver subindo além das expectativas oficiais, o BACEN poderá intervir, comprando moeda estrangeira para fazer a taxa baixar e voltar aos níveis desejados pela autoridade monetária. Importadores e exportadores negociam os seus pagamentos e recebimentos de moedas estrangeiras com instituições financeiras autorizadas a operar no mercado de câmbio. Essas operações criam posições compradas e vendidas para as instituições financeiras e para o sistema bancário. Acerca desse tema, julgue os itens que se seguem. 369.(CESPE/BASA/2010) Se um banco autorizado a operar no mercado de câmbio fizer um contrato de compra de moeda estrangeira junto ao BACEN, isso alterará a sua posição de câmbio e a do sistema, aumentando a posição comprada do banco ou diminuindo a sua posição vendida. 370.(CESPE/BASA/2010) A posição de câmbio do sistema bancário é resultado das somas das posições compradas e vendidas de todos os bancos. Operações de compra ou venda entre bancos não alteram a posição de câmbio do sistema, modificando apenas a posição comprada e vendida de cada banco. 371.(CESPE/BASA/2010) Se um banco faz um contrato de venda de moeda estrangeira para um importador de mercadorias com prazo de entrega de cinco dias, essa operação não altera a posição do sistema bancário, mas aumenta a posição vendida do banco operador ou diminui a sua posição comprada. 372.(CESPE/BASA/2010) Um exportador de commodities, ao fazer adiantamento sobre contratos de câmbio (ACC) com um banco que opera no mercado de câmbio, antecipa recursos para o período do processo produtivo e da comercialização da mercadoria a seu exportador. 373.(CESPE/BASA/2010) Considere que um importador tenha oferecido ao exportador uma carta de crédito emitida por um banco do país do

203

importador como garantia de pagamento e que esse banco transferiu os termos do crédito para um correspondente do país exportador. Nesse caso, se o importador não pagar, o compromisso de pagamento passará a ser do banco que instituiu a carta de crédito e do banco correspondente do país exportador. 374.(CESPE/BASA/2010) O exportador pode contratar o câmbio antes de embarcar a mercadoria, travando o câmbio. Nessa operação, o exportador fixa a taxa de conversão da moeda estrangeira, fecha o câmbio com um banco e recebe o valor equivalente em reais no momento do fechamento do câmbio. 375.(CESPE/BASA/2010) Se um banco autorizado a operar no mercado de câmbio tiver comprado divisas de um exportador de commodities, necessariamente deverá vendê-las para outro banco ou recolher o excesso da posição comprada para o BACEN. As moedas têm as suas cotações alteradas em pequenos intervalos de tempo, e quaisquer cotações inadequadas oferecem oportunidades de arbitragem. Acerca das arbitragens, das remessas de moedas estrangeiras, dos contratos de câmbio, dos sistemas e das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio, julgue os próximos itens. 376.(CESPE/BASA/2010) Considere que o dólar e o euro tenham apresentado, em um dado momento, as seguintes cotações: Nova Iorque: US$ 1 = i 0,70; Viena: i 1 = US$ 1,50. Considere ainda que, de posse dessas informações, um investidor norte-americano invista US$ 50.000 na compra de euros em Nova Iorque e autorize seu operador de Viena, na Áustria, a vender os euros e comprar dólares. Nessa operação, o investidor obterá um ganho superior a US$ 2.000, sem considerar os efeitos dos custos operacionais e impostos. 377.(CESPE/BASA/2010) Se o cliente de um banco no Brasil deseja remeter i 1.000 para um residente em Madri, essa operação pode ser efetuada com o banco no Brasil, que recebe o equivalente em reais ou debita o valor correspondente na conta-corrente do cliente, cobrando uma comissão pela remessa, e credita em moeda estrangeira para um banqueiro no exterior. Então, o banqueiro avisa o favorecido e entrega a ele o valor na moeda local. 378.(CESPE/BASA/2010) O Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) registra eletronicamente, por intermédio de bancos autorizados pelo BACEN, acompanha e controla todas as fases de operações de importação e exportação.

379.(CESPE/BASA/2010) Um contrato de câmbio pactuado entre comprador e vendedor de moeda estrangeira estabelece as características e as condições em que a operação está sendo realizada e deve ser registrado no Sistema de Informações do BACEN (SISBACEN), por uma instituição autorizada pelo BACEN até as 19 h do dia em que a operação for realizada. 380.(CESPE/BASA/2010) Podem operar em câmbio, nas posições compradas e vendidas, bancos múltiplos; bancos de investimento; bancos comerciais; sociedades de crédito, financiamento e investimento, corretoras de títulos e valores mobiliários; distribuidoras de títulos e valores mobiliários e corretoras de câmbio. 381.(CESPE/BASA/2010) Se, em determinado dia, uma instituição financeira comprar mais moedas estrangeiras do que vender, ela deverá ter, no final do dia, uma posição comprada e, para zerar a sua posição, deverá recolher para o BACEN toda a posição comprada, até as 16 h 30 min do mesmo dia. 382.(CESPE/BASA/2010) Se, em determinado dia, uma instituição financeira vender mais moedas estrangeiras do que comprar, ela deverá ter, no final do dia, uma posição vendida, que deverá ser adicionada à posição do dia anterior. Esse saldo não deverá exceder o limite definido pelo BACEN. Julgue os itens a seguir, acerca da estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN). 383.(CESPE/BASA/2010) No que se refere à supervisão bancária e à regulação prudencial, o BACEN subordina-se às decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN). 384.(CESPE/BASA/2010) O Banco da Amazônia S.A. é supervisionado, no que se refere às operações de crédito que realiza, exclusivamente pela Comissão de Valores Mobiliários. 385.(CESPE/BASA/2010) As resoluções que regulam o SFN são editadas pelo CMN. 386.(CESPE/BASA/2010) As cooperativas de crédito não são classificadas como instituições financeiras e não estão autorizadas a realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a prazo de associados. 387.(CESPE/BASA/2010) Dos três ministros que compõem o CMN, um deles é o ministro da Fazenda. Considerando que o Banco da Amazônia S.A. é um banco comercial e que oferece a seus clientes

204

produtos e serviços financeiros, julgue os itens que se seguem. 388.(CESPE/BASA/2010) Os bancos comerciais podem manter contas de depósitos à vista. 389.(CESPE/BASA/2010) O certificado de depósito bancário (CDB) é uma modalidade de depósito à vista. 390.(CESPE/BASA/2010) Contas de depósito à vista são popularmente denominadas contas correntes. 391.(CESPE/BASA/2010) A transferência eletrônica disponível (TED) é uma modalidade ágil de transferência de fundos entre contas de depósitos. Com relação aos sistemas de liquidação e custódia, julgue os próximos itens. 392.(CESPE/BASA/2010) O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) provê maior segurança aos compradores e vendedores de títulos públicos. 393.(CESPE/BASA/2010) Em uma transação de compra e venda de determinado título realizada pela CETIP, o preço do título é definido por ela, sendo as partes obrigadas a aceitar as condições estipuladas por essa empresa. 394.(CESPE/BASA/2010) Um sistema de liquidação e custódia é aquele no qual se dá a liquidação física e financeira das compras e vendas de títulos e outros papéis. 395.(CESPE/BASA/2010) Liquidação física em uma transação de compra e venda de títulos é a entrega de numerário em espécie do vendedor para o comprador. 396.(CESPE/BASA/2010) Liquidação financeira é a entrega, do comprador para o vendedor, de determinado montante de recursos previamente acertado entre as partes quando elas realizam transação de compra e venda de títulos. Julgue os itens subsequentes, relativos a cobrança bancária. 397.(CESPE/BASA/2010) A cobrança bancária possibilita que o vendedor receba do comprador os valores devidos por este último, na data acertada entre as partes, mesmo que elas residam em cidades diferentes.

398.(CESPE/BASA/2010) As taxas de condomínio e mensalidades escolares não podem ser recebidas por meio de cobrança bancária. 399.(CESPE/BASA/2010) Sacado é obrigatoriamente o cliente do banco que tem valores a receber por meio de um boleto de cobrança enviado ao cedente. 400.(CESPE/BASA/2010) Uma duplicata pode ser liquidada por meio do serviço de cobrança bancária e as principais informações desse título de crédito podem constar do boleto bancário. Acerca de crédito bancário, julgue os itens seguintes. 401.(CESPE/BASA/2010) As operações de crédito, sob o ponto de vista do banco, são denominadas operações ativas. 402.(CESPE/BASA/2010) As operações denominadas hot money são aquelas de longo prazo, normalmente realizadas com recursos providos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 403.(CESPE/BASA/2010) As contas garantidas assemelham-se em funcionamento ao cheque especial e destinam-se, prioritariamente, às empresas (pessoas jurídicas). 404.(CESPE/BASA/2010) O desconto de títulos é uma modalidade de empréstimo bancário em que é feita uma antecipação de recursos aos quais o cliente do banco apenas iria ter acesso em data futura, recursos esses provenientes da liquidação de títulos de crédito cujo credor/beneficiário é esse cliente. 405.(CESPE/BASA/2010) No desconto de duplicatas, se o sacado não pagar, o banco não pode requerer de volta o dinheiro antecipado ao seu clientes, isto é, não há direito de regresso. 406.(CESPE/BASA/2010) A principal atividade das empresas de fomento mercantil (factoring) é atuar provendo operações de arrendamento mercantil (leasing) diretamente a seus clientes. 407.(CESPE/BASA/2010) O crédito direto ao consumidor é uma modalidade destinada exclusivamente à compra de bens imóveis comerciais e residenciais, e seus principais clientes são as pessoas físicas. Clientes superavitários em termos financeiros são aqueles que consomem menos que a renda e, em decorrência, realizam aplicações nos bancos. Com relação a esse tema, julgue os itens seguintes.

205

408.(CESPE/BASA/2010) Ao aplicar em um fundo de investimentos, assim como em um CDB, o cliente tem seus recursos garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). 409.(CESPE/BASA/2010) As letras de crédito imobiliário são lastreadas por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel. 410.(CESPE/BASA/2010) O plano de previdência privada aberta denominado plano gerador de benefício livre (PGBL) destina-se a captar recursos de curto prazo dos clientes, de preferência inferior a sessenta dias. 411.(CESPE/BASA/2010) Os seguros do tipo vida gerador de benefício livre (VGBL) possibilitam o desconto integral dos prêmios mensais para aqueles contribuintes que utilizam o formulário de declaração simplificada. 412.(CESPE/BASA/2010) Os títulos de capitalização são adequados para os recursos de curtíssimo prazo, considerando a alta liquidez, sendo vedada a distribuição de prêmios aos detentores desses títulos por meio da realização de sorteios. Considerando que o Banco da Amazônia S.A. possui ações negociadas na BM&FBovespa, julgue os itens a seguir, acerca de mercado de capitais e operações com derivativos. 413.(CESPE/BASA/2010) Para que o Banco da Amazônia S.A. aumente o capital social com a captação de recursos novos, não originários das reservas, ele pode realizar oferta primária de ações. 414.(CESPE/BASA/2010) As ações do Banco da Amazônia S.A. são negociadas em bolsa de valores e podem ser adquiridas por qualquer investidor que participe desse mercado, o que o caracteriza como uma sociedade anônima de capital fechado. 415.(CESPE/BASA/2010) No Brasil, é amplamente utilizada a prática de manter as ações ao portador, de modo a facilitar a negociação nas bolsas de valores. 416.(CESPE/BASA/2010) O cliente comprador, em uma opção de compra, tem o direito de adquirir determinada quantidade de ações a preço previamente acordado por certo período ou em determinada data. 417.(CESPE/BASA/2010) Quando o índice Ibovespa registra alta, isso quer dizer que todas as ações negociadas na BM&FBovespa subiram de preço.

418.(CESPE/BASA/2010) Quando ocorre desdobramento (split), não há variação patrimonial na companhia, visto que, simplesmente, foi alterado o número de ações em que se divide o capital da empresa. 419.(CESPE/BASA/2010) As operações de compra de ações a termo não representam risco ao vendedor, motivo pelo qual não é necessário o depósito de margem por parte do comprador. Julgue os itens subsequentes, a respeito de fundos de investimentos. 420.(CESPE/BASA/2010) Um fundo referenciado DI deve manter uma carteira de investimentos que apresente retorno compatível com o referencial determinado (as taxas de juros equivalentes aos depósitos interfinanceiros de um dia). 421.(CESPE/BASA/2010) A taxa de administração é a principal remuneração obtida pela instituição financeira quando oferece um fundo de investimentos aos clientes. Ela é devida mesmo quando o fundo em questão apresenta retorno negativo. 422.(CESPE/BASA/2010) A alavancagem é uma técnica que provê total garantia quanto a possíveis perdas, por estar baseada na manutenção de operações restritas a um único mercado e indexador. Em relação ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e aos seus diversos órgãos, entidades e instituições, julgue os itens a seguir. 423.(CESPE/BRB/2010) A partir da aprovação da Emenda Constitucional n.º 40/2003, a Constituição Federal (CF) passou a admitir que o SFN fosse regulado por meio de diversas leis ordinárias que deveriam dispor, inclusive, a respeito da participação do capital estrangeiro nas instituições que integram esse sistema. 424.(CESPE/BRB/2010) Compete ao Banco Central do Brasil (BACEN), de acordo com a Lei n.º 4.595/1964, regular a concorrência entre instituições financeiras. 425.(CESPE/BRB/2010) Ao Conselho Monetário Nacional (CMN) incumbe expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras. 426.(CESPE/BRB/2010) Uma empresa que capte ou administre seguros não se caracteriza, de acordo com a Lei n.º 4.595/1964, como instituição financeira, embora possa a esta ser equiparada, para fins específicos, em outras leis especiais como, por

206

exemplo, na lei que dispõe acerca dos crimes contra o SFN. 427.(CESPE/BRB/2010) As instituições financeiras que recebem depósitos do público podem emitir debêntures, desde que previamente autorizadas pelo BACEN. A respeito do segmento de cartões de crédito, seus produtos, serviços, práticas, participantes e regulação, julgue os próximos itens. 428.(CESPE/BRB/2010) Embora o BACEN não seja responsável por fiscalizar e autorizar o funcionamento das administradoras de cartões de crédito, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que essas administradoras configuram instituições financeiras. 429.(CESPE/BRB/2010) É permitida a fixação de preços diferenciados para pagamentos de bens e serviços efetuados em dinheiro ou em cartão de crédito. 430.(CESPE/BRB/2010) Eventual penalidade aplicada pela Comissão de Valores Mobiliários a uma sociedade anônima administradora de cartões de crédito por descumprimento da lei de sociedade por ações é passível de revisão pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Em consonância com a CF, a atividade financeira, como parte da ordem econômica, funda-se na valorização do trabalho e na livre iniciativa e objetiva assegurar existência digna a todos, conforme os ditames da justiça social, observados, entre outros princípios, a defesa do consumidor. Acerca das normas que disciplinam a relação das instituições financeiras com seus clientes, julgue os itens de 431 a 436. 431.(CESPE/BRB/2010) Para facilitar a comparação entre as taxas oferecidas no mercado, as instituições financeiras e as sociedades de arrendamento mercantil são obrigadas, previamente à contratação de operações de crédito, a informar o custo efetivo total (CET), que corresponde ao custo total da operação, expresso na forma de taxa percentual anual. 432.(CESPE/BRB/2010) Em todos os informes publicitários das operações de crédito destinadas à aquisição de bens e serviços, deve ser informado o CET correspondente às condições contratadas.

433.(CESPE/BRB/2010) O CMN regulamentou, por resolução, a cobrança de tarifas pelas instituições financeiras, vedando a cobrança de tarifas pelos serviços considerados prioritários. 434.(CESPE/BRB/2010) A taxa de renovação de cadastro pode ser cobrada ao cliente, desde que previamente informada e adequadamente identificada. 435.(CESPE/BRB/2010) Na hipótese das chamadas contas-salário, utilizadas exclusivamente para recebimento de salários e similares, é vedado à instituição financeira cobrar dos beneficiários, a qualquer título, tarifas destinadas ao ressarcimento dos serviços prestados. 436.(CESPE/BRB/2010) Nas instituições financeiras, é obrigatório o funcionamento de ouvidorias, necessariamente segregadas da unidade executora da atividade de auditoria interna. Com relação a produtos e serviços financeiros, julgue os itens a seguir. 437.(CESPE/BRB/2010) Os contratos de arrendamento mercantil (leasing), assim como todos os contratos celebrados no país, não podem conter cláusula de correção das parcelas pela variação cambial. 438.(CESPE/BRB/2010) Para o ressarcimento das suas despesas, as instituições financeiras estão autorizadas a cobrar taxas por emissão de boletos de cobrança. 439.(CESPE/BRB/2010) As operações de hot money constituem empréstimos de curtíssimo prazo que utilizam como referencial de custo a taxa do certificado de depósito interbancário (CDI) diária, acrescida de tributos. 440.(CESPE/BRB/2010) Uma das fontes de recursos para o crédito rural consiste nas multas impostas aos bancos que deixam de aplicar nessa atividade o percentual exigido pelo CMN. 441.(CESPE/BRB/2010) Na operação de vendor finance ou financiamento de vendas, o risco de crédito recai sobre a empresa compradora dos bens, contra quem o banco financiador detém direito de regresso em caso de inadimplemento. 442.(CESPE/BRB/2010) Segundo o STJ, nos contratos de arrendamento mercantil (leasing) com cláusula resolutiva expressa, não é necessária a notificação prévia do arrendatário para configurar seu inadimplemento por atraso (mora).

207

443.(CESPE/BRB/2010) Tanto o documento de crédito (DOC) quanto a transferência eletrônica disponível (TED) constituem instrumentos de transferência de fundos que transitam pelos serviços da centralizadora da compensação de cheques. Quanto ao sistema de seguros privados e previdência complementar, julgue os itens subsequentes. 444.(CESPE/BRB/2010) A edição de atos regulamentares é função privativa do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), competindo à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) atribuições exclusivamente executivas. 445.(CESPE/BRB/2010) A aplicação das reservas técnicas das seguradoras deve seguir diretrizes estabelecidas pelo CMN. 446.(CESPE/BRB/2010) Admite-se que um ressegurador sediado no exterior opere no Brasil, desde que atenda às exigências legais e esteja cadastrado no órgão competente. 447.(CESPE/BRB/2010) De acordo com seu estatuto, o Instituto de Resseguros do Brasil pode exercer outras atividades empresariais além das operações de resseguro e retrocessão. 448.(CESPE/BRB/2010) Embora a contratação de seguros seja geralmente facultativa, há casos em que o seguro é obrigatório, como na hipótese de bens dados em garantia de financiamento de instituição financeira pública. A respeito das distintas espécies de instituições financeiras, julgue os itens que se seguem. 449.(CESPE/BRB/2010) O principal elemento que caracteriza os bancos comerciais é a vedação de captar recursos junto ao público, em suas operações passivas. 450.(CESPE/BRB/2010) Os bancos de investimento, as financeiras (sociedades de crédito, financiamento e investimento) e os bancos de desenvolvimento são exemplos de instituições financeiras não bancárias. 451.(CESPE/BRB/2010) Para a constituição de um banco cooperativo, exige-se, como requisito, que a totalidade das ações com direito a voto pertença a cooperativas centrais de crédito. O mercado de capitais é um segmento do sistema financeiro nacional em que são realizadas operações de compra e venda de títulos e de valores mobiliários,

como ações, debêntures, contratos de derivativos, entre outros. Com respeito a esse assunto, julgue os itens a seguir. 452.(CESPE/BRB/2010) Operações de underwriting são realizadas nos mercados primário e secundário. No mercado primário, uma empresa emite ações que serão oferecidas ao público por meio de uma instituição líder contratada. No mercado secundário, uma instituição líder oferece ao mercado um bloco de ações anteriormente emitidas pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. 453.(CESPE/BRB/2010) Considere que, em determinado momento, uma onça-troy — 31,1035 gramas — esteja avaliada em US$ 1.104,00, que o dólar esteja cotado em R$ 1,75 e que a Bolsa de Mercadorias e Futuros e Bolsa de Valores de São Paulo (BMF&BOVESPA) esteja oferecendo um grama de ouro a R$ 65,00. Com base nessas informações, é correto afirmar que é momento de comprar ouro. 454.(CESPE/BRB/2010) Debêntures são títulos emitidos por empresas de capital aberto não financeiras, lançados no mercado para captar recursos de médio e longo prazos com finalidade de financiar projetos de investimentos e(ou) para alongar o perfil do passivo financeiro. 455.(CESPE/BRB/2010) O mercado à vista de ações é caracterizado pela compra e venda de determinada quantidade de ações cuja liquidação financeira ocorre em até trinta dias, enquanto ações são transferidas no terceiro dia útil. 456.(CESPE/BRB/2010) O processo de transformação de uma companhia fechada para companhia aberta deve ser avaliado e aprovado pela diretoria da empresa para posterior registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O mercado de câmbio envolve negociações de moedas estrangeiras e pessoas físicas ou jurídicas com interesses ou necessidades na movimentação dessas moedas. Em referência a esse assunto, julgue os itens de 457 a 461. 457.(CESPE/BRB/2010) Os corretores de câmbio, na função de intermediários nas operações de câmbio, buscam os melhores negócios com as melhores taxas para seus clientes fecharem o câmbio. Esses corretores podem trabalhar livremente no mercado de taxas livres (dólar comercial) e no mercado de taxas flutuantes (dólar turismo). 458.(CESPE/BRB/2010) O mercado de câmbio de taxas livres é destinado a operações de empréstimos/financiamentos, investimentos externos,

208

assim como a remuneração dessas operações no exterior, e às operações de importação e exportação. 459.(CESPE/BRB/2010) Considere que um exportador fature uma mercadoria que vale US$ 200,00 por US$ 150,00 e que um importador estrangeiro pague por essa mercadoria, oficialmente, US$ 150,00 mais US$ 50,00 de forma ilegal. Nessa situação, o subfaturamento de exportação caracteriza evasão de divisas e alimenta o mercado de câmbio paralelo. 460.(CESPE/BRB/2010) Quando o BACEN realiza uma operação de compra ou venda de moeda estrangeira, todos os bancos comerciais, múltiplos e de investimentos são instituições habilitadas para participar do leilão de compra ou de venda. 461.(CESPE/BRB/2010) Considere hipoteticamente que José, um investidor brasileiro, use R$ 100.000,00 para comprar dólares e remetê-los para Nova York, autorize um operador a comprar euros com esses dólares e a remetê-los para Frankfurt, autorize outro operador a comprar reais com esses euros e a remetê-los de volta para o Brasil. Considere também que as cotações entre as moedas sejam US$ 1,00 = R$ 1,75; i 1,00 = R$ 2,60; e US$ 1,00 = i 0,70. Com base nessas informações e sem considerar outras despesas como custos de remessas e comissões dos operadores, conclui-se que o ganho de José com a arbitragem de moedas é de R$ 4.000,00. Derivativos são instrumentos financeiros cujos preços derivam dos preços de ativos subjacentes (de referência), e podem ser utilizados com a finalidade de hedge (proteção) contra oscilações indesejáveis dos preços ou com fins especulativos. A respeito desse assunto, julgue os próximos itens. 462.(CESPE/BRB/2010) Uma empresa brasileira que tem dívida em dólar pode comprar uma put option (opção de venda) com prazo de vencimento igual ao da dívida para se proteger de desvalorização do real. 463.(CESPE/BRB/2010) Uma empresa brasileira que tem empréstimo bancário em dólar, para se proteger contra variações da moeda, pode fazer uma operação de swap com a própria instituição financeira, mudando a dívida de dólar para real, indexada ao certificado de depósito interbancário (CDI) mais juros. 464.(CESPE/BRB/2010) Para assegurar o preço de seu produto a ser entregue em data futura, é correto que um agricultor faça um contrato a termo com um comerciante, especificando o produto a ser entregue, a data da entrega, a quantidade e o preço do produto a ser entregue.

465.(CESPE/BRB/2010) Com expectativa de alta do preço de um produto, é correto que um investidor que deseja comprar o produto no futuro, para se proteger contra o aumento do preço, compre uma put option. 466.(CESPE/BRB/2010) Um investidor que vende uma call option (opção de compra) está fazendo uma operação para obter ganhos financeiros pelo recebimento do prêmio, e o risco dessa operação é equivalente ao valor do prêmio recebido pela venda da opção. 467.(CESPE/BRB/2010) O valor do prêmio de uma opção de compra, assim como o de uma opção de venda, é apurado somente em função das expectativas das seguintes variáveis: preço de mercado, preço de exercício, taxa de juros e tempo de vencimento da opção. Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em operações de empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e comitês de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação. Considerando essa situação, julgue os itens seguintes. 468.(CESPE/BRB/2010) Na concessão de um aval, garantia pessoal, o avalista assume a mesma condição jurídica do avalizado, sendo solidário pela liquidação da dívida. Nesse caso, o credor poderá cobrar a dívida de qualquer avalista sem cobrar do devedor principal. 469.(CESPE/BRB/2010) Em uma garantia por meio de fiança, há a condição de benefício da ordem, o que significa que o credor deverá acionar primeiro o devedor e depois o fiador, exceto se o fiador renunciar ao benefício. 470.(CESPE/BRB/2010) Um imóvel pode ser hipotecado junto a vários credores simultaneamente e, em todas as situações, a preferência do credor será pela ordem do registro no cartório de imóveis de circunscrição de localização do bem. Para assegurar o pagamento, o credor da hipoteca de segundo grau poderá executar a garantia, promovendo venda judicial, antes do vencimento da hipoteca do primeiro grau. 471.(CESPE/BRB/2010) Os seguintes bens podem ser oferecidos como garantia na modalidade de hipoteca: imóveis, aeronaves e navios. A hipoteca se extingue quando do vencimento do contrato principal. 472.(CESPE/BRB/2010) A propriedade fiduciária é uma forma especial de garantia, próxima da garantia

209

real, que transfere a posse direta do bem para o credor, enquanto o devedor fica apenas com a posse indireta, isto é, o devedor alienante é proprietário do bem alienado, podendo fazer uso dele. Julgue os itens a seguir, acerca do atendimento prioritário obrigatório nas instituições financeiras. 473.(CESPE/BB/2009) A permanência de cão-guia no interior de agência bancária pode ser licitamente impedida por funcionário responsável, mesmo diante da apresentação da carteira de vacinação atualizada do animal. 474.(CESPE/BB/2009) O atendimento prioritário garantido por lei estende-se, entre outros, aos maiores de sessenta anos de idade, às gestantes, aos portadores de necessidades especiais, às pessoas com criança de colo e aos turistas estrangeiros oriundos de países de língua diversa da língua portuguesa. 475.(CESPE/BB/2009) O atendimento prioritário regulamentado por lei compreende tratamento diferenciado e atendimento imediato. Com relação aos procedimentos a serem observados pelas instituições financeiras na contratação de operações e na prestação de serviços aos clientes, julgue os itens subsequentes. 476.(CESPE/BB/2009) A liquidação antecipada de empréstimo pessoal com redução proporcional de juros encontra respaldo na legislação vigente. 477.(CESPE/BB/2009) Nos saques em espécie de valores inferiores a R$ 8.000,00, provenientes de conta de depósito, a instituição financeira é obrigada a entregar o numerário no mesmo expediente. 478.(CESPE/BB/2009) Diante de simples requerimento do cliente, a instituição financeira é obrigada a cancelar autorização anteriormente concedida para débitos automáticos em operações de crédito contratadas entre o cliente e a própria instituição. Acerca da relação entre clientes e instituições financeiras, julgue os itens seguintes. 479.(CESPE/BB/2009) Em caso de duplo pagamento de uma mesma tarifa, em razão de cobrança manifestamente indevida efetuada pela instituição financeira, o cliente tem direito à repetição do indébito pelo valor equivalente ao dobro que lhe foi cobrado. 480.(CESPE/BB/2009) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de

Justiça, o Código de Defesa do Consumidor aplica-se às instituições financeiras. Todavia, os juros contratados em operações de crédito, acima do percentual legal, não são considerados abusivos, em razão da simples incidência do referido código. 481.(CESPE/BB/2009) Como fornecedoras de serviços, as instituições financeiras respondem, independentemente de culpa, por defeitos relativos à prestação de serviços, a menos que seja comprovada a culpa exclusiva do cliente. 482.(CESPE/BB/2009) Independentemente de comunicação escrita, uma instituição financeira pode inscrever o nome de um cliente em um cadastro de proteção ao crédito, em razão de inadimplemento de obrigação assumida em contrato de empréstimo. Considerando as informações da figura acima, divulgadas no portal do Banco do Brasil S.A. (BB), julgue os seguintes itens. 483.(CESPE/BB/2009) A central de atendimento do BB permite o auto-atendimento, ou seja, uma modalidade de atendimento pessoal, uma vez que é o próprio cliente quem executa as ações. 484.(CESPE/BB/2009) O SAC e a Ouvidoria do BB são atividades de telemarketing receptivo. 485.(CESPE/BB/2009) As reclamações recebidas pelo SAC e pela Ouvidoria do BB não podem ser utilizadas como subsídios para a criação de estratégias para a retenção de clientes. Todo seu Amor para recomeçar Eu te desejo não parar tão cedo pois toda idade tem prazer e medo Desejo que você tenha a quem amar e quando estiver bem cansado Ainda exista amor pra recomeçar pra recomeçar Em Banco do Brasil, o seu banco, pronto para fazer um ano novo todo seu. BANCO DOS BRASILEIROS Considerando o anúncio acima, publicado no final de 2008 (Veja, ano 41, n.º 52, ed. 2.093, 31/12/2008), julgue os itens a seguir. 486.(CESPE/BB/2009) No anúncio, a mensagem ―Banco do Brasil, o seu banco, pronto para fazer um ano novo todo seu‖ é de cunho institucional.

210

487.(CESPE/BB/2009) A estratégia de comunicação apresentada, que está ancorada na frase ―Todo seu‖, reforça a imagem do BB ao agregar valor superior perante a própria clientela, não sendo dirigida aos clientes da concorrência. 488.(CESPE/BB/2009) A possibilidade de baixar gratuitamente a música cantada por Zeca Baleiro pelo portal www.bb.com.br caracteriza uma ação de promoção de vendas. 489.(CESPE/BB/2009) O governo federal faz parte dos grupos de interesse do BB, como especialmente evidenciado no anúncio com a marca . Julgue os próximos itens, relacionados a marketing de serviços e valor. 490.(CESPE/BB/2009) O tempo que o cliente passa dentro da agência bancária pode ser visto como custo temporal, se houver demora para que ele seja atendido, ou benefício, se esse período for dedicado à atenção exclusiva para ele. 491.(CESPE/BB/2009) Considerando a intangibilidade do serviço, o cliente potencial precisa de indicadores de qualidade. A aparência do atendente é um deles. A respeito de vendas, julgue os seguintes itens. 492.(CESPE/BB/2009) O roteiro de vendas, com todos os elementos indispensáveis a respeito do que está sendo oferecido e na ordem adequada, é fundamental para convencer o cliente. Para que nenhuma parte importante seja esquecida, o vendedor deve ler o roteiro durante a apresentação de venda. 493.(CESPE/BB/2009) Quando o cliente fizer uma objeção à compra, o vendedor deve interpretar como uma desistência e finalizar a apresentação de venda. Julgue os itens a seguir, com relação à etiqueta empresarial. 494.(CESPE/BB/2009) Se for necessário fazer uma crítica a alguém, deve-se fazê-la nominalmente, quando toda a equipe estiver presente, para que todos possam aprender com o erro. 495.(CESPE/BB/2009) A pessoa que atende ao telefone da empresa deve perguntar o nome de quem ligou antes de dizer o próprio nome. 496.(CESPE/BB/2009) A pontualidade é pressuposto básico da etiqueta empresarial. Ao respeitar o horário, a pessoa deve levar em conta que, assim como

chegar atrasada, chegar muito mais cedo também pode causar transtornos. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por órgãos de regulação, por instituições financeiras, e auxiliares, públicas e privadas, que atuam na intermediação de recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo). Com relação ao SFN, julgue os itens que se seguem. 497.(CESPE/BB/2009) O SFN atua na intermediação financeira, ou seja, no processo pelo qual os agentes que estão superavitários, com sobra de dinheiro, transferem esses recursos para aqueles que estejam deficitários, com falta de dinheiro. 498.(CESPE/BB/2009) São consideradas instituições financeiras as pessoas jurídicas, públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. 499.(CESPE/BB/2009) A área normativa do SFN tem como órgão máximo o Banco Central do Brasil (BACEN). 500.(CESPE/BB/2009) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma das principais entidades supervisoras do SFN. O Conselho Monetário Nacional (CMN), instituído pela Lei n. 4.595/1964, é um órgão normativo, responsável pelas políticas e diretrizes monetárias para a economia do país. No que concerne ao CMN, julgue os itens seguintes. 501.(CESPE/BB/2009) As funções do CMN incluem: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia e regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos. 502.(CESPE/BB/2009) É competência do CMN definir a forma como o BB administra as reservas vinculadas. 503.(CESPE/BB/2009) O CMN é o órgão formulador da política da moeda e do crédito, devendo atuar até mesmo no sentido de promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos. 504.(CESPE/BB/2009) O SFN tem como órgão executivo central o BACEN, que estabelece normas a serem observadas pelo CMN.

211

O BACEN, criado pela Lei n. 4.595/1964, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, com sede e foro na capital da República e atuação em todo o território nacional. Com relação ao BACEN, julgue os próximos itens. 505.(CESPE/BB/2009) Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras e regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis são as atribuições do BACEN. 506.(CESPE/BB/2009) Além de autorizar o funcionamento e exercer a fiscalização das instituições financeiras, emitir moeda e executar os serviços do meio circulante, compete também ao BACEN traçar as políticas econômicas, das quais o CMN é o principal órgão executor. 507.(CESPE/BB/2009) As atribuições do BACEN incluem: estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras, vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. 508.(CESPE/BB/2009) O BACEN tem competência para regulamentar, autorizar o funcionamento e supervisionar os sistemas de compensação e de liquidação, atividades que, no caso de sistemas de liquidação de operações com valores mobiliários, exceto títulos públicos e títulos privados emitidos por bancos, são compartilhadas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Comitê de Política Monetária (COPOM) do BACEN foi instituído em 1996, com os objetivos de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criação desse comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório do BACEN. Acerca do COPOM, julgue os próximos itens. 509.(CESPE/BB/2009) Desde a adoção da sistemática de metas para a inflação como diretriz de política monetária, as decisões do COPOM visam cumprir as metas para a inflação definidas pelo CMN. Se as metas não forem atingidas, cabe ao presidente do BACEN divulgar, em carta aberta ao ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, as providências e o prazo para o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos. 510.(CESPE/BB/2009) O COPOM, constituído no âmbito do BACEN, tem como objetivo implementar as políticas econômica e tributária do governo federal.

A CVM, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei n. 6.385/1976, é um órgão normativo do SFN voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado mobiliário. É correto afirmar que a CVM 511.(CESPE/BB/2009) tem como um de seus objetivos assegurar o acesso do público às informações acerca dos valores mobiliários negociados, assim como às companhias que os tenham emitido. 512.(CESPE/BB/2009) exerce a função de assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários e a de estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários. 513.(CESPE/BB/2009) é o órgão do SFN que se responsabiliza pela fiscalização das operações de câmbio e dos consórcios. O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda. Com relação ao CRSFN, julgue os itens a seguir. 514.(CESPE/BB/2009) É atribuição do CRSFN julgar, em segunda e última instância administrativa, os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo BACEN quanto a matérias relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação de consórcios. 515.(CESPE/BB/2009) É atribuição do CRSFN adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia, bem como regular os valores interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos. 516.(CESPE/BB/2009) De decisão em processo administrativo oriundo do BACEN, da CVM, da Secretaria de Comércio Exterior ou da Secretaria da Receita Federal, cabe recurso ao CRSFN, no prazo estipulado na intimação, devendo o interessado entregá-lo mediante recibo ao respectivo órgão instaurador. Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que visam proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A respeito dos bancos comerciais, julgue os itens subsequentes.

212

517.(CESPE/BB/2009) Os bancos comerciais podem captar depósitos à vista, mas não podem captar depósitos a prazo, o que está facultado apenas aos bancos de investimento. 518.(CESPE/BB/2009) Todo banco comercial deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e, na sua denominação social, deve constar a palavra Banco, exceto no caso da Caixa Econômica Federal (CAIXA), que é um banco múltiplo. O segmento de crédito cooperativo brasileiro conta com mais de três milhões de associados em todo o Brasil, número que se encontra em significativa expansão. O segmento tem-se caracterizado, nos últimos anos, por uma trajetória de crescimento e constante mudança em relação ao perfil das cooperativas. A participação das cooperativas de crédito nos agregados financeiros do segmento bancário é crescente. As cooperativas de crédito observam, além da legislação e das normas do SFN, a Lei n. 5.764/1971, que define a política nacional de cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Com relação às cooperativas de crédito, julgue os próximos itens. 519.(CESPE/BB/2009) As cooperativas de crédito podem adotar, em sua denominação social, tanto a palavra Cooperativa, como Banco, dependendo de sua política de marketing e de seu planejamento estratégico. 520.(CESPE/BB/2009) As cooperativas de crédito estão autorizadas a realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a prazo somente vindos de associados, de empréstimos, repasses e refinanciamentos oriundos de outras entidades financeiras e de doações. 521.(CESPE/BB/2009) As cooperativas de crédito podem conceder crédito somente a brasileiros maiores de 21 anos de idade, por meio de desconto de títulos, empréstimos e financiamentos, e realizar aplicação de recursos no mercado financeiro. A CAIXA, criada em 1861, está regulada pelo Decreto-lei n. 759/1969 como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. A instituição integra o SFN e auxilia na execução da política de crédito do governo federal. Acerca da CAIXA, julgue os itens subsequentes. 522.(CESPE/BB/2009) Além de centralizar o recolhimento e a posterior aplicação de todos os recursos oriundos do FGTS, a CAIXA integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema Financeiro da Habitação.

523.(CESPE/BB/2009) Após ter incorporado o Banco Nacional de Habitação (BNH) e o papel de agente operador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a CAIXA passou a centralizar todas as contas recolhedoras do FGTS existentes na rede bancária e a administrar a arrecadação desse fundo e o pagamento dos valores aos trabalhadores. 524.(CESPE/BB/2009) A CAIXA não pode emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos. Com relação às Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVMs), que são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, julgue os itens a seguir. 525.(CESPE/BB/2009) A normatização, a concessão de autorização, o registro e a supervisão dos fundos de investimento são de competência do BACEN. 526.(CESPE/BB/2009) As SCTVMs são supervisionadas pela CVM. 527.(CESPE/BB/2009) As SCTVMs podem emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem; e realizar operações compromissadas. 528.(CESPE/BB/2009) São objetivos das SCTVMs: praticar operações de compra e venda de metais preciosos no mercado físico, por conta própria e de terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros. Arrendamento mercantil ou leasing é uma operação em que o proprietário de um bem cede a terceiro o uso desse bem por prazo determinado, recebendo em troca uma contraprestação. No que concerne ao leasing, julgue os itens seguintes. 529.(CESPE/BB/2009) As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade por cotas limitadas, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a palavra leasing. 530.(CESPE/BB/2009) A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que tenham como objeto principal de sua atividade a prática de operações de arrendamento mercantil, denominadas sociedades de arrendamento mercantil, dependem de autorização da CVM. As sociedades corretoras de câmbio podem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Na

213

denominação social das sociedades corretoras de câmbio, deve, obrigatoriamente, constar a expressão Corretora de câmbio. Acerca das corretoras de câmbio, julgue os itens a seguir. 531.(CESPE/BB/2009) As sociedades corretoras de câmbio são supervisionadas pela CVM. 532.(CESPE/BB/2009) As sociedades corretoras de câmbio têm por objeto social exclusivamente a intermediação em operações de câmbio, não contemplando, portanto, a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. Julgue os próximos itens, a respeito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição. 533.(CESPE/BB/2009) A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia. 534.(CESPE/BB/2009) Atualmente, o valor máximo de garantia proporcionada pelo FGC é de R$ 120.000,00 contra a mesma instituição associada ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro. 535.(CESPE/BB/2009) Os objetos de garantia do FGC incluem: os depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; os depósitos em contas correntes de depósito para investimento; os depósitos de poupança; os depósitos a prazo, com ou sem a emissão de certificado; e as letras de câmbio. Com referência ao Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar, julgue o item abaixo. 536.(CESPE/BB/2009) As entidades fechadas de previdência complementar correspondem aos fundos de pensão e são organizadas sob a forma de empresas privadas, sendo somente acessíveis aos empregados de uma empresa ou a um grupo de empresas ou aos servidores da União, estados ou municípios. Com relação à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, julgue o seguinte item. 537.(CESPE/BB/2009) A SUSEP é dotada de personalidade jurídica de direito privado, com relativa autonomia administrativa e financeira.

538.(CESGRANRIO/BB/2010) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições financeiras públicas ou privadas existentes no país e seu órgão normativo máximo é o(a) (A) Banco Central do Brasil. (B) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. (C) Conselho Monetário Nacional. (D) Ministério da Fazenda. (E) Caixa Econômica Federal. 539.(CESGRANRIO/BB/2010) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia ligada ao Poder Executivo que atua sob a direção do Conselho Monetário Nacional e tem por finalidade básica (A) normatização e controle do mercado de valores mobiliários. (B) compra e venda de ações no mercado da Bolsa de Valores. (C) fiscalização das empresas de capital fechado. (D) captação de recursos no mercado internacional (E) manutenção da política monetária. 540.(CESGRANRIO/BB/2010) O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – foi desenvolvido em 1979 pelo Banco Central do Brasil e pela ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) com a finalidade de (A) custodiar os títulos públicos e privados negociados no mercado aberto antes de sua liquidação financeira. (B) liquidar financeiramente as ações negociadas no mercado de Bolsa de Valores e custodiar os títulos públicos. (C) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia dos títulos públicos federais, exercida pelas instituições financeiras. (D) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos públicos e privados antes da sua custódia. (E) controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. 541.(CESGRANRIO/BB/2010) A operação de antecipação de um recebimento, ou seja, venda de uma duplicata (crédito a receber) para uma sociedade de fomento mercantil, mediante o pagamento de uma taxa percentual atrelada ao valor de face da duplicata, constitui o (A) leasing. (B) hot money. (C) spread. (D) factoring. (E) funding.

214

542.(CESGRANRIO/BB/2010) A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é o órgão responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização. Em relação a esse órgão, considere as atribuições abaixo. I – Cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Nacional de Seguros Privados. II – Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização. III – Regular e fiscalizar as operações de compra e venda de ações e títulos públicos realizadas no mercado balcão. IV – Prover recursos financeiros para as sociedades do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização por meio de aporte de capital, quando necessário. V – Disciplinar e acompanhar os investimentos das entidades do mercado de seguros, previdência privada aberta e capitalização, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas. São atribuições da SUSEP APENAS (A) I, II e IV. (B) I, II e V. (C) III, IV e V. (D) I, II, III e IV. (E) II, III, IV e V. 543.(CESGRANRIO/BB/2010) Os depósitos à vista são os recursos captados dos clientes pelos bancos comerciais que, para facilitar livre movimentação desses recursos, disponibilizam o serviço bancário sem remuneração denominado (A) Certificado de Depósito Bancário (CDB). (B) conta-corrente. (C) poupança. (D) cartão de crédito. (E) fundo de investimento. 544.(CESGRANRIO/BB/2010) Atualmente os grandes bancos do mercado financeiro realizam desde as atividades mais simples, como o pagamento de um título, até as mais complexas, como as operações de Corporate Finance, que envolvem a (A) realização de um contrato de câmbio para viabilizar as exportações e as importações. (B) realização de atividades corporativas no exterior. (C) gestão de ativos financeiros no segmento corporativo.

(D) manutenção de contas-correntes de expatriados no exterior. (E) intermediação de fusões, cisões, aquisições e incorporações de empresas. 545.(CESGRANRIO/BB/2010) A letra de câmbio é o instrumento de captação específico das sociedades de crédito, financiamento e investimento, sempre emitida com base em uma transação comercial e que, posteriormente ao aceite, é ofertada no mercado financeiro. A letrade câmbio é caracterizada por ser um título (A) ao portador, flexível quanto ao prazo de vencimento. (B) nominativo, com renda fixa e prazo determinado de vencimento. (C) atrelado à variação cambial. (D) negociável na Bolsa de Valores, com seu rendimento atrelado ao dólar. (E) pertencente ao mercado futuro de capitais, com renda variável e nominativo. 546.(CESGRANRIO/BB/2010) Para financiar suas necessidades de curto prazo, algumas empresas utilizam linhas de crédito abertas com determinado limite cujos encargos são cobrados de acordo com sua utilização, sendo o crédito liberado após a entrega de duplicatas, o que garantirá a operação. Esse produto bancário é o (A) Crédito Direto ao Consumidor (CDC). (B) empréstimo compulsório. (C) crédito rotativo. (D) capital alavancado. (E) cheque especial. 547.(CESGRANRIO/BB/2010) A operação bancária de vendor finance é a prática de financiamento de vendas com base no princípio da (A) obtenção de receitas, que viabiliza vantagens para o cliente em uma transação comercial. (B) cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber à vista o pagamento do Banco, mediante o pagamento de juros. (C) concentração do risco de crédito, que fica por conta da empresa compradora em troca de uma redução da taxa de juros na operação do financiamento das vendas. (D) troca ou negociação de títulos de curto prazo por recebíveis de longo prazo, sem custos para ambas as partes. (E) retenção de crédito lastreado por títulos públicos e vinculado a transações comerciais, garantindo ao vendedor o recebimento total de sua duplicata.

215

548.(CESGRANRIO/BB/2010) Com a finalidade de captação de recursos, muitas empresas abrem seu capital e emitem ações para serem negociadas no mercado primário ou secundário, dependendo da ocasião da emissão das ações. A emissão de ações no mercado primário ocorre quando a (A) negociação é realizada no pregão da Bolsa de Valores. (B) negociação das ações não se concretizou no mercado secundário. (C) empresa emite ações para negociação somente com empresas do setor primário. (D) empresa emite pela primeira vez ações para serem negociadas no mercado. (E) rentabilidade das ações não atingiu o patamar desejado. 549.(CESGRANRIO/BB/2010) As operações de underwriting (subscrição) são praticadas pelos bancos de investimento que realizam a intermediação da distribuição de títulos mobiliários no mercado. A Garantia Firme é um tipo de operação de underwriting no qual a instituição financeira coordenadora da operação garante a (A) colocação dos lotes de ações a um determinado preço previamente pactuado com a empresa emissora, encarregando-se, por sua conta e risco, de colocá-lo no mercado. (B) rentabilidade das ações colocadas no mercado, responsabilizando-se por devolver o dinheiro à empresa emissora em caso de uma desvalorização repentina. (C) renovação da subscrição das ações colocadas no mercado e que não encontraram compradores interessados. (D) oferta global das ações da empresa tanto no país quanto no exterior, assumindo todos os riscos relacionados à oscilação de mercado. (E) prática de melhores esforços para revender o máximo de uma emissão de ações para os seus clientes por um prazo determinado. 550.(CESGRANRIO/BB/2010) O mercado de câmbio envolve a negociação de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar essas moedas. O câmbio manual é a forma de câmbio que (A) pratica a importação e a exportação por meio de contratos. (B) pratica a troca de moeda estrangeira por uma mercadoria. (C) envolve a compra e a venda de moedas estrangeiras em espécie. (D) envolve a troca de títulos ou documentos representativos da moeda estrangeira.

(E) exerce a função de equilíbrio na balança comercial externa. 551.(CESGRANRIO/BB/2010) Derivativos são instrumentos financeiros que se originam do valor de outro ativo, tido como ativo de referência. As transações com derivativos são realizadas no mercado futuro, a termo, de opções e swaps, entre outros. Os swaps são (A) ativos garantidores de operações em moeda estrangeira, adquiridos mediante a troca de ações, direitos e obrigações entre duas partes. (B) ativos que podem ser comprados por uma empresa investidora com o intuito de se proteger de uma eventual redução de preços de outro ativo da mesma carteira de investimento. (C) direitos adquiridos de comprar ou vender um ativo em uma determinada data por preço e condições previamente acertados entre as partes envolvidas na negociação. (D) acordos de compra e venda de ativos para serem entregues em uma data futura, a um preço previamente estabelecido, sem reajustes periódicos. (E) acordos entre duas partes que preveem a troca de obrigações de pagamentos periódicos ou fluxos de caixa futuros por um certo período de tempo, obedecendo a uma metodologia de cálculo predefinida. 552.(CESGRANRIO/BB/2010) As Companhias ou Sociedades Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas como abertas quando (A) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro. (B) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto. (C) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros. (D) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão. (E) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda. 553.(CESGRANRIO/BB/2010) As operações de garantia bancária são operações em que o banco se solidariza com o cliente em riscos por este assumidos. O aval bancário, por exemplo, é uma garantia que gera (A) obrigação assumida pelo Banco, a fim de assegurar o pagamento de um título de crédito para um cliente. (B) obrigação solidária do Banco credor para com o seu cliente mediante a assinatura de um contrato de câmbio.

216

(C) direito real para o Banco em face ao seu cliente e se constitui, pela tradição efetiva, em garantia de coisa móvel passível de apropriação entregue pelo devedor. (D) responsabilidade acessória pelo Banco, quando assume total ou parcialmente o dever do cumprimento de qualquer obrigação de seu cliente devedor. (E) passivo para cliente tomador de um empréstimo contra o Banco credor, colocando seus bens à disposição para garantir a operação. 554.(CESGRANRIO/BB/2010) A Lei n. 9.613, de 1998, que dispõe sobre os crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, determina que as instituições financeiras adotem alguns mecanismos de prevenção. Dentre esses mecanismos, as instituições financeiras deverão (A) instalar equipamentos de detecção de metais na entrada dos estabelecimentos onde acontecem as transaçõesfinanceiras. (B) verificar se os seus clientes são pessoas politicamente expostas, impedindo qualquer tipo de transação financeira, caso haja a positivação dessa consulta. (C) identificar seus clientes e manter seus cadastros atualizados nos termos de instruções emanadas pelas autoridades competentes. (D) comunicar previamente aos clientes suspeitos de lavagem de dinheiro as possíveis sanções que estes sofrerão, caso continuem com a prática criminosa. (E) registrar as operações suspeitas em um sistema apropriado e enviar para a polícia civil a lista dos possíveis criminosos, com a descrição das operações realizadas. 555.(CESGRANRIO/BB/2010) A caderneta de poupança é a aplicação mais simples e tradicional no mercado financeiro nacional, sendo uma das poucas em que o cliente pode aplicar pequenas somas e ter liquidez. Atualmente, a maior vantagem da caderneta de poupança em relação a outros investimentos é a (A) flexibilidade na data dos saques sem prejudicar os rendimentos. (B) flexibilidade no registro da documentação para abertura da conta. (C) isenção de taxas e tarifas bancárias. (D) isenção de imposto de renda. (E) maior rentabilidade oferecida. 556 (FJV/BANPARÁ/2010) – De acordo com determinações do Banco Central do Brasil – Resoluções 2.025 e 2.747, assinale a opção correta quanto à abertura de contas de pessoas jurídicas:

a) A abertura de conta de pessoa jurídica deve ser comunicada, pelo cliente, à autoridade responsável pelo registro dos documentos constitutivos. b) São exigidos dos documentos de constituição da pessoa jurídica, devidamente registrados pela autoridade competente, também do número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e, ainda, devem ser solicitados os documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta. c) Associações civis, sem fins lucrativos, não podem abrir contas de depósitos de livre movimentação. d) As pessoas jurídicas serão sempre representadas por, no mínimo, duas pessoas. e) A instituição financeira deve recusar a abertura da conta, se a pessoa jurídica estiver inscrita no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF. 557 (FJV/BANPARÁ/2010) – A respeito de informações obrigatórias que devem constar na ficha-proposta de abertura de conta de depósitos, assinale a opção correta: a) Se o nome do proponente está inscrito no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF. b) Informação sobre o grau de instrução. c) Cláusula sobre obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos exigidos na abertura da conta. d) Fontes de referência consultadas devem ser identificadas e qualificadas. e) Que os cheques liquidados estarão à disposição do titular a qualquer tempo e não serão destruídos antes de esgotados os prazos previstos em lei para eventuais contestações de pagamento. 558 (FJV/BANPARÁ/2010) – Maria tem 17 anos, solteira, universitária e, sendo órfã de pai, mora com a mãe. Desejando abrir conta corrente – para facilitar o recebimento da bolsa de estágio – procurou a agência bancária do seu bairro. Assinale a alternativa correta com base no fato descrito e nas normas vigentes: a) A abertura da conta deve ser recusada, considerando que Maria é menor de idade e absolutamente incapaz. b) A conta não deve ser aberta, considerando que Maria não tem pai vivo e, sendo menor de idade, não tem quem a represente. c) O gerente do banco aceita a abertura da conta, mas exige que a mãe de Maria também seja identificada e assine o contrato, porque Maria é relativamente incapaz e deve ser assistida.

217

d) A abertura da conta deve ser aceita, considerando que Maria é universitária e há necessidade para recebimento da bolsa-estágio. e) A conta deve ser aberta, mas deve ser movimentada exclusivamente por meio eletrônico, até que Maria tenha maioridade. 559 (FJV/BANPARÁ/2010) – Com referência a documentos comerciais e títulos de crédito, assinale a alternativa correta: a) Duplicata, notas promissórias e cédula rural hipotecária são emitidas pelo devedor. b) São requisitos da nota promissória: denominação de nota promissória ou termo correspondente; a soma em dinheiro a pagar; o nome da pessoa a quem se deve pagar; a assinatura do próprio punho do emitente ou do mandatário especial. c) O aceite é a manifestação unilateral, obrigatória, pela qual o devedor/comprador firma compromisso para atender às condições acordadas (valor e prazo indicados) e contidas na duplicata, objeto de uma transação mercantil ou de prestação de serviço. d) Uma duplicata não pode ser protestada por falta de aceite. e) Notas promissórias ao portador devem ser registradas antes de ser protestadas. 560 (FJV/BANPARÁ/2010) – Joaquim fez uma compra parcelada e emitiu quatro cheques ―pré-datados‖, ou seja, emitidos para pagamento em datas futuras. A loja apresentou os três primeiros cheques nas datas combinadas. Necessitando de dinheiro para honrar compromissos da empresa, o gerente da loja apresenta o último cheque antes da data programada e constante do cheque. Assinale a opção correta: a) O banco sacado deve recusar o pagamento do cheque, mesmo havendo saldo na conta e confirmadas as exigências para liquidação do mesmo, uma vez que a data ―bom para‖ é posterior à data da apresentação. b) O banco sacado deve recusar a liquidação do cheque, para não correr o risco de perder o seu cliente. c) Se houver saldo, não havendo oposição ao seu pagamento, conferida a assinatura do emitente do cheque e a regularidade do preenchimento, o banco sacado deve efetuar a liquidação do documento, considerando que cheque é ordem de pagamento à vista. d) O banco deve aceitar apenas para depósito na conta da loja, condicionando a liquidação do cheque à concordância do emitente. e) Se o banco liquidar o cheque sem a concordância do emitente, pode ser responsabilizado por danos morais.

561 (FJV/BANPARÁ/2010) – Sobre cheques, assinale a alternativa incorreta: a) Cheque cruzado é aquele que atravessado por dois traços paralelos, apostos no anverso, só pode ser pago a um banco; b) Cheque nominal só pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser transferido por endosso do beneficiário, se for à ordem. c) Cheque ao portador não tem um beneficiário nomeado e é pagável a quem o apresente ao banco sacado. Não pode ter valor superior a cem reais. d) O cruzamento é especial quando consta o nome do banco entre os traços do cruzamento e só a este pode ser pago. e) Os bancos devem julgar e impedir sustação de pagamento de cheque, cujo emitente não apresente razão convincente. 562 (FJV/BANPARÁ/2010) – Sobre o Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB assinale a opção incorreta: a) O Banco do Brasil é o responsável pela operação da Centralizadora de Compensação de Cheques – Compe. b) Todos os pagamentos têm liquidação final nas contas Reservas Bancárias, mantidas no Banco do Brasil. c) DOC é uma ordem de transferência interbancária de fundos em que um cliente de determinado banco envia recursos para uma conta – própria ou de terceiro – em outro banco, limitada a R$ 4.999,99. d) Valor remetido através de uma operação de TED – Transferência Eletrônica Disponível fica liberado no banco de destino no mesmo dia da transferência e) STR – Sistema de Transferência de Fundos, operado pelo Banco Central do Brasil, é o centro de liquidação das operações interbancárias. 563 (FJV/BANPARÁ/2010) 48 – Sobre operações de arrendamento mercantil (leasing), assinale a opção correta: a) No leasing financeiro o bem objeto do arrendamento é de propriedade do arrendatário. b) Não é permitido contratar operações de leasing com pessoas físicas. c) Operações de arrendamento mercantil contratadas com o próprio vendedor do bem, também chamadas de lease back, só podem ser firmadas com pessoas jurídicas. d) Podem ser objeto de arrendamento apenas bens móveis, de produção nacional ou estrangeira. e) Sociedades de arrendamento mercantil podem ser constituídas sob qualquer forma das sociedades empresárias, preferencialmente sociedade anônima.

218

564 (FJV/BANPARÁ/2010) – O Sistema Financeiro Nacional tem na sua composição órgãos normativos, entidades supervisoras e as operadoras. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma entidade supervisora: a) Banco Central do Brasil – Bacen; b) Comissão de Valores Mobiliários – CVM; c) Superintendência de Seguros Privados – Susep; d) Secretaria de Previdência Complementar – SPC; e) Instituto de Resseguros do Brasil – IRB. 565 (FJV/BANPARÁ/2010) – Sobre o Fundo Garantidor de Crédito - FGC, assinale a opção incorreta: a) É uma organização pública, vinculada ao Banco Central do Brasil, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, em caso de falência ou de sua liquidação. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC. b) O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). c) Os cônjuges são considerados pessoas distintas – seja qual for o regime de bens do casamento – e o crédito do valor garantido será efetuado de forma individual. Cada um receberá até o valor máximo garantido, respeitando-se o saldo. d) Dentre outros, são objeto da garantia proporcionada pelo FGC: depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; letras hipotecárias; e letras de crédito imobiliário. e) Valor aplicado em fundo de investimento financeiro não tem garantia do FGC. 566 (FJV/BANPARÁ/2010) – Tendo como referência às contas de poupança, assinale a opção correta: a) É vedada – sob qualquer hipótese – a cobrança, pelo banco, de tarifas de manutenção. b) É uma forma de investimento exclusivo de pessoas físicas, com remuneração mensal e, atualmente, tem rendimento fixado pelas autoridades monetárias com base na variação da TR (Taxa Referencial), na data do aniversário do depósito, mais 0,50%. c) É produto exclusivo da Caixa Econômica Federal. d) A remuneração sobre os depósitos efetuados em cheques compensáveis só começam a incidir a partir do dia da liberação do depósito, se não houver devolução.

e) Cadernetas de poupança de pessoas físicas e jurídicas sem fins lucrativos têm remuneração mensal e não há incidência de Imposto de Renda. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que não faz sentido o Banco Central elevar as taxas de juros agora porque a inflação está sob controle e não há inflação de demanda. (extraído do Portal Exame, publicado em 10/03/2010 - http://portalexame.abril.com.br/economia/fiespnao- faz-sentido-bc-elevar-juro-agora-539392.html, acesso em 29.03.2010, 23h32min). 567 (FJV/BANPARÁ/2010) – Com base no texto descrito acima, assinale a opção correta: a) Manifestação do dirigente da Fiesp está associada a uma medida de política monetária restritiva, próxima de ser adotada pelo Banco Central, ante a perspectiva de elevação da taxa de juros. b) O Banco Central não tem competência para interferir na política monetária, salvo se por orientação do Congresso Nacional. c) O dirigente da Fiesp expõe seu receio em face de aumento de consumo e conseqüente crescimento desordenado de preços, influenciados pela elevação da taxa de juros. d) O dirigente da Fiesp defende a diminuição da taxa de juros para conter o consumo e manter, assim, a inflação sob controle. e) A crítica do dirigente da Fiesp diz respeito a uma iminente medida de política monetária expansionista a ser adotada pelo Banco Central, presumindo aumento da taxa de juros básica. 568 (FJV/BANPARÁ/2010) – João recorreu ao banco em que é cliente e contratou um financiamento para aquisição de um computador portátil (notebook). Assinale a opção correta sobre a operação realizada entre João e o banco: a) Mobile banking; b) Certificado de Depósito Bancário – CDB; c) Crédito Direto ao Consumidor – CDC; d) Internet banking; e) Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência – CDC-I. 569 (FJV/BANPARÁ/2010) – Uma indústria, com objetivo de ampliar sua linha de produção, pretende adquirir um equipamento. Procura o seu banco de relacionamento e propõe empréstimo para financiar o bem. Dentre as opções abaixo, assinale a mais adequada para atender aos interesses da empresa: a) Financiamento capital de giro; b) Financiamento de capital fixo; c) Conta garantida;

219

d) Hot Money; e) Desconto de duplicatas. 570 (FJV/BANPARÁ/2010) – A principal função das instituições financeiras é a intermediação financeira, que consiste na transferência de recursos dos agentes superavitários (poupadores) para os agentes deficitários da economia (tomadores). Assinale a alternativa que indica operação bancária ativa: a) Certificado de Depósito Bancário – CDB; b) Caderneta de poupança; c) Recibo de Depósito Bancário – RDB; d) Desconto de títulos; e) Depósitos à vista. SÃO PAULO (Reuters) – A Ecorodovias, concessionária de estradas, precificou a ação em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) a 9,50 reais. O giro financeiro da operação totaliza 1,37 bilhão de reais, incluindo as novas ações e aquelas que estão sendo vendidas por sócios. Os coordenadores da operação estimavam preço por ação entre 9 e 12 reais. Ainda que o valor tenha ficado perto do piso da faixa projetada, trata-se do primeiro IPO do Brasil em 2010 em que a oferta é colocada dentro do intervalo sugerido no prospecto preliminar. Os quatro IPOs anteriores neste ano – Aliansce, Multiplus, BR Properties e OSX – saíram com preço por ação inferior ao originalmente projetado. A oferta primária da Ecorodovias, cujos recursos irão para o caixa da companhia, envolve 92 milhões de novas ações, representando 874 milhões de reais, de acordo com informações disponíveis no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira. (extraído do Portal UOL, acesso em 31.03.2010, às 2h) http://economia.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/03/30/ecorodovias-faz-1o-ipo-no-ano-dentro-de-faixaestimada. jhtm) 571 (FJV/BANPARÁ/2010) – Considerando as características do mercado primário e o caso descrito no texto acima, assinale a opção correta: a) Ocorre negociação de títulos já emitidos e em circulação. b) Transações apenas entre investidores. c) A venda de ações no mercado primário serve para a empresa captar recursos dos investidores de modo a financiar seus projetos e fazer investimentos entre outras coisas. d) Refere-se exclusivamente à venda de ações por ocasião da abertura de capital da empresa, através da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês – Initial Public Offering). e) Além das negociações em bolsas, o termo ―mercado primário‖ abrange também quaisquer

compras ou vendas realizadas em pregão eletrônico, bancos, corretoras de valores ou em negociações diretas entre acionistas celebradas através de contratos de compra e venda. 572 (FJV/BANPARÁ/2010) – ―A previdência complementar é um benefício opcional, que proporciona ao trabalhador um seguro previdenciário adicional, conforme sua necessidade e vontade.‖ (http://www.previdenciasocial.gov.br/spc.php?id_spc=915) Assinale a opção correta: a) As Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC são reguladas e fiscalizadas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). b) Tanto as Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC quanto as Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC são reguladas e fiscalizadas pela Secretaria de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência Social. c) Planos PGBL e VGBL são comercializados pelas EFPC. d) Quem contrata plano de previdência complementar renuncia aos benefícios da previdência social, se for segurado. e) A Previ, Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil, é uma Entidade Fechada de Previdência Complementar – EFPC, cuja fiscalização está a cargo da Secretaria de Previdência Complementar – SPC, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. 573 (FJV/BANPARÁ/2010) – Sobre as sociedades anônimas e as suas relações com o mercado, assinale a opção correta: a) Podem ser de capital aberto, de capital fechado ou, ainda, de capital misto. b) Companhia de capital aberto tem seus valores mobiliários registrados na CVM e negociados em bolsa de valores ou no mercado de balcão. c) As ações de companhias abertas são negociadas em bolsas de valores e os papéis de companhias fechadas são negociadas no mercado de balcão. d) Debêntures são valores mobiliários emitidos pelas sociedades anônimas, que representam a menor parcela do capital social. e) Ações ordinárias têm direito a voto, mas não fazem jus à distribuição de dividendos. 574 (FJV/BANPARÁ/2010) – A respeito de mercado de câmbio, assinale a alternativa correta:

220

a) Mercado de câmbio, na forma regulamentada pelo Banco Central do Brasil, funciona atualmente em três segmentos: livre, flutuante e paralelo. b) Apenas as pessoas físicas ou jurídicas autorizadas pelo Banco Central do Brasil podem comprar ou vender moedas estrangeiras ou realizar transferências internacionais. c) Taxa de câmbio corresponde à diferença entre a cotação de compra e cotação de venda da moeda estrangeira. d) Agências de turismo, se credenciadas como agentes do mercado de câmbio, podem realizar compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem, desde que relativos a viagens internacionais. e) As negociações de moedas estrangeiras são mais comumente realizadas, por orientação do Banco Central do Brasil, no mercado paralelo. 575 (FJV/BANPARÁ/2010) – No mercado de capitais as empresas que precisam de recursos conseguem financiamento, por meio da emissão de títulos, vendidos diretamente aos poupadores/investidores, sem intermediação bancária. Dessa forma, os investidores acabam emprestando o dinheiro de sua poupança a empresas, também sem a intermediação bancária. Assinale a opção correta: a) Aplicações em títulos de renda fixa são investimentos em que a remuneração pactuada é pré-fixada, garantindo ao investidor rendimentos pré-determinados. b) Nos investimentos em renda variável o rendimento pactuado é pós-fixado, não garantindo retorno sobre o capital aplicado. c) CDB, RDB, e debêntures são papéis de renda fixa privados. d) O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia, administrado pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, é o responsável pelos negócios e liquidação dos títulos da dívida pública. e) O mercado de renda variável é composto de títulos da dívida pública ou privados. 576 (ACEP/BNB/2010) - Dentre as instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional, o Conselho Monetário Nacional tem como finalidade formular a política da moeda e do crédito, visando ao progresso econômico e social do País. Desta forma, a política do Conselho Monetário Nacional tem como objetivo: A) propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos e zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras. B) receber recolhimentos compulsórios dos depósitos à vista das instituições financeiras públicas,

para transformar em linhas de redescontos e empréstimos às instituições financeiras privadas. C) praticar operações de câmbio, crédito e venda habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, debêntures, letras lúpotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários. D) atuar no sentido de garantir o funcionamento regular do mercado cambial, a estabilidade relativa das taxas de câmbio e o equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo, para esse fim, comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior. E) emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabeleci das pelo Congresso Nacional, para financiar a dívida pública do governo. 577 (ACEP/BNB/2010) - Complementar à sua função de captadoras de depósitos e fornecedoras de créditos, as instituições financeiras oferecem diversos serviços bancários e financeiros, inclusive para planos de aposentadorias e seguros. Com relação a esses serviços, assinale a alternativa CORRETA. A) A previdência complementar é um benefício obrigatório, que proporciona ao trabalhador um seguro previdenciário adicional, conforme sua necessidade. B) Os fundos de investimentos financeiros de renda fixa são considerados planos de aposentadoria complementar aberta. C) O Plano Geral de Beneficio Livre (PGBL) tem como objetivo a concessão de benefícios de previdência aberta complementar . D) Os Títulos de Capitalização são considerados planos de aposentadoria, porque seu resgate só se efetiva com a aposentadoria do trabalhador. E) Os seguros pessoais, por garantirem o pagamento de uma indenização ao segurado e aos seus beneficiários, é considerado um plano de aposentadoria. 578 (ACEP/BNB/2010) - Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Sobre essas instituições, assinale a alternativa CORRETA. A) Os bancos múltiplos podem conceder crédito, somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos e financiamentos. B) Os bancos múltiplos podem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento.

221

C) A legislação brasileira sobre bancos só permite a constituição dessa categoria de instituição financeira para atuar diretamente como cooperativa. D) Os bancos múltiplos oficiais atuam exclusivamente no financiamento aos governos, sendo vedadas as operações com pessoas físicas. E) A constituição de um banco múltiplo deve ser autorizada pelo Conselho Monetário e pelo Congresso Nacional. 579 (ACEP/BNB/2010) - Para a abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de abertura de conta, que é o contrato firmado entre banco e cliente; dispor de quantia mínima, caso exigida pelo banco; e apresentar os originais dos seguintes documentos, que deverão ser mantidos atualizados pela instituição financeira: A) se pessoa física: comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identificação (identidade ou equivalente) e comprovante de residência. B) se pessoa física: comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identificação (identidade ou equivalente) e titulo de eleitor comprovando ter votado nas últimas eleições. C) se pessoa jurídica: comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do proprietário e título de eleitor dos sócios, comprovando ter votado nas últimas eleições. D) se pessoa jurídica: comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e comprovante de depósito equivalente ao capital da empresa. E) se pessoa jurídica: comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) e documento de identificação (identidade ou equivalente) de todos os sócios. 580 (ACEP/BNB/2010) - Dentre os serviços bancários oferecidos pelas instituições financeiras aos clientes, alguns se referem a diversos tipos de aplicações financeiras com características que atendam aos interesses destes, tais como prazo, risco e rendimento. Assinale a alternativa que caracteriza as aplicações descritas. A) Os depósitos à vista são remunerados se o cliente deixar o dinheiro na conta corrente por mais de 90 dias. B) O rendimento da caderneta de poupança é definido individualmente pelos bancos, sendo importante que o cliente pesquise aquele que oferece o melhor rendimento. C) Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e os Recibos de Depósitos Bancários (RDB) são aplicações financeiras de longo prazo que sempre apresentam os maiores rendimentos dentre todas as modalidades financeiras.

D) Os títulos de capitalização são aplicações financeiras sem risco, por serem garantidos pelo Banco Central do Brasil. E) Os valores depositados na caderneta de poupança são remunerados com base na Taxa Referencial (fR), acrescida de juros de 0,5% ao mês. 581 (ACEP/BNB/2010) - Com o intuito de promover a inclusão bancária e para estimular o microcrédito, foram criadas contas especiais de depósito à vista e de poupança, com características especificas, em bancos múltiplos com carteira comercial, em bancos comerciais e na Caixa Econômica Federal. Sobre o assunto, assinale a alternativa CORRETA. A) Somente podem ser abertas por pessoa física e mantidas na forma de conta individual, sendo vetado o fornecimento de talonário de cheques. B) Mesmo sendo uma conta simples, é permitido o fornecimento de talonário de cheques. C) Por ser uma conta simples, não há necessidade de preenchimento de contrato nem de apresentação de documentos de identificação. D) O cliente pode abrir mais de uma conta especial na mesma instituição financeira, mesmo se já tiver conta de depósito à vista. E) Por serem contas destinadas à população de baixa renda, não podem ser beneficiadas com operações de crédito. 582 (ACEP/BNB/2010) - O cheque é uma ordem de pagamento à vista, devendo ser pago no momento de sua apresentação ao banco sacado. Com relação ao cheque, assinale a alternativa CORRETA. A) O cheque não pode ser considerado um título de crédito, por não poder ser protestado ou executado em juízo. B) Por ser protegido por Lei, o recebimento de cheques é obrigatório pelas pessoas, lojas e empresas. C) A emissão de cheque sem fundo só acarretará a inclusão do nome do emitente no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), a partir do terceiro cheque devolvido por insuficiência de fundos. D) O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-Io, mercê de contra-ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extra judicial, com as razões motivadoras do ato. E) Cheque no valor de até R$ 1.000,00 pode ser emitido ao portador, ou seja, não há necessidade de identificação do beneficiário. 583 (ACEP/BNB/2010) - A regulamentação do sistema financeiro permite a abertura de diversos tipos de contas bancárias, que têm características e finalidades diversas. Sobre o assunto, assinale a alternativa CORRETA.

222

A) A conta de poupança tem a finalidade única de movimentar recursos para o pagamento de planos de aposentadoria. B) Na conta de depósito à vista, o dinheiro do depositante fica à disposição para ser sacado a qualquer momento. C) A "Conta Salário" é destinada a receber salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares, permitindo-se a livre movimentação de outros tipos de depósitos e por meio de cheques. D) A "Conta Salário" é aberta por iniciativa do empregado, tendo como vantagem a não cobrança de tarifas em nenhuma transação. E) A conta de Poupança permite a livre movimentação sem perda de rendimentos, para saques anteriores a um mês do depósito. 584 (ACEP/BNB/2010) - A função clássica das instituições financeiras é a de fazer repasses dos recursos captados dos agentes econômicos superavitários aos agentes econômicos deficitários, por meio de operações de crédito. Com relação aos fundamentos do crédito, assinale a alternativa CORRETA. A) O volume de crédito oferecido pelas instituições financeiras não é regulamentado pelo Banco Central. B) A formação da taxa de juros cobrada nas operações de crédito é fixada pelo Banco Central para todas as modalidades operacionais. C) Normalmente, os bancos cobram taxas de juros levando em conta a taxa de captação e o spread desejado, tendo em vista os custos e a margem de ganho desejada. D) As operações de crédito oferecidas pelos bancos são garantidas pelo Banco Central, caso o cliente não honre seu compromisso. E) O volume de crédito oferecido pelas instituições financeiras independe do seu patrimônio liquido. 585 (ACEP/BNB/2010) - Em relação às modalidades das operações de linhas de crédito no mercado financeiro brasileiro, assinale a alternativa CORRETA. A) O Hot Money, amplamente empregado por bancos comerciais, aplica-se a empréstimos de longo prazo, com a finalidade de financiar o capital fixo das empresas. B) A "Conta Garantida" é oferecida aos maiores clientes não possuindo limites para sua utilização pelos cheques emitidos. C) O empréstimo para capital de giro é uma linha de crédito vinculada ao processo de imobilização das empresas. D) O Desconto de Duplicatas é urna operação de crédito, realizada apenas pelos bancos públicos,

tendo em vista os requisitos exigidos pelo Banco Central. E) O financiamento é um contrato de crédito entre o cliente e a instituição financeira., mas com destinação específica. 586 (ACEP/BNB/2010) - Tendo em vista a necessidade de manter o sistema bancário brasileiro sólido e eficiente o Banco Central do Brasil tcm ajustado as normas do mercado financeiro nacional às normas internacionais, com o objetivo de evitar riscos que comprometam essa solidez. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa CORRETA. A) Considera-se risco de crédito a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados. B) Define-se como risco operacional a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos, não incluindo o risco de fraudes internas e externas nem demandas trabalhistas. C) Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira., não incluindo as operações sujeitas à variação cambial, de juros e de preços de ações. D) Não é considerado risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis "descasamentos" entre pagamentos e recebimentos. E) O risco sistêmico está associado ao risco de operacionalização das transações bancárias que afete apenas os bancos comerciais e múltiplos. 587 (ACEP/BNB/2010) - As principais variáveis relacionadas ao risco de crédito estão associadas ao conhecimento e ao acompanhamento da capacidade de pagamento dos clientes, assim como das próprias operações de crédito autorizadas. Sobre risco de crédito, assinale a alternativa CORRETA. A) A classificação das operações de crédito, de titularidade de pessoas físicas, deve levar em conta apenas a situação da renda e do patrimônio do devedor. B) As instituições financeiras devem implementar estruturas de gerenciamento do risco de crédito, compatíveis com a natureza e a complexidade de suas operações de crédito. C) O risco de crédito está associado ao cumprimento das obrigações contratuais das pessoas físicas, uma vez que não há regras para o controle de créditos para pessoa jurídica.

223

D) A existência de avais ou fianças elimina, totalmente, o risco de crédito existente nas operações de empréstimos das instituições financeiras. E) Por não envolver risco de crédito, não há necessidade, por parte dos bancos, de estabelecer limites para a realização de operações de empréstimos, tanto individualmente, como para grupos econômicos. 588 (ACEP/BNB/2010) - Considera-se Crédito Rural o suprimento de recursos financeiros, por instituições do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), para aplicação exclusiva nas finalidades e condições estabelecidas nas normas do Banco Central do Brasil. Com relação ao crédito rural, assinale a alternativa CORRETA A) O Crédito Rural tem a finalidade de financiar apenas o custeio e o investimento. B) O crédito de comercialização, por destinar-se a cobrir despesas próprias da fase posterior à coleta da produção, não é amparado pelo Crédito Rural. C) Constitui função do Crédito Rural o financiamento de atividades sem caráter produtivo ou destinado a favorecer a retenção especulativa de bens. D) São considerados beneficiários do Crédito Rural o produtor rural (pessoa física e jurídica) e as cooperativas de produtores rurais. E) São considerados beneficiários do Crédito Rural todos os produtores rurais, mesmo que estrangeiros residentes no exterior. 589 (ACEP/BNB/2010) - As microfinanças têm permitido maior acesso da população de baixa renda ao mercado financeiro, por intermédio da oferta de serviços e produtos bancários. Em relação à inserção dessa população no mercado bancário, assinale a alternativa CORRETA. A) Apenas os bancos oficiais estão autorizados a realizar operações de microcrédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores. B) Consideram-se operações de microcrédito aquelas realizadas com pessoas jurídicas até o valor de até R$ 20.000,00 e de pessoas físicas até R$ 10.000,00. C) O Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Nordeste do Brasil S.A. (Crediamigo) facilita o acesso ao crédito a milhares de empreendedores que desenvolvem atividades relacionadas à produção, à comercialização de bens e à prestação de serviços. D) Não se incluem no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, instituído pela Lei Federal nº. 11.110, de 25 de abril de 2005, as operações de microcrédito concedidas por cooperativas singulares de crédito.

E) Nas operações de microcrédito, dentre as garantias exigidas, não é permitido o aval solidário em grupo. 590 (ACEP/BNB/2010) - Dentre as diversas modalidades de operações de crédito, os bancos direcionam linhas para a indústria, agroindústria, comércio e para a prestação de serviços, entre seus produtos bancários. Assinale a alternativa que caracteriza urna dessas operações. A) As operações de leasing ou "arrendamento mercantil" são operações de financiamento destinadas ao comércio. B) As operações de financiamento podem ser realizadas por bancos públicos e privados, respeitadas as normas do Banco Central C) As operações de financiamentos destinadas à agroindústria são exclusivas dos bancos múltiplos privados. D) É proibido aos bancos financiar as empresas produtivas, na forma de adiantamento para pagamentos de tributos a serem recolhidos. E) Os financiamentos à indústria têm finalidade exclusiva de destinar recursos para investimento em ativo fixo das empresas. 591 (ACEP/BNB/2010) - As principais operações de crédito geral, destinadas a pessoas físicas e jurídicas, apresentam características que dependem da destinação. Com relação a essas características, assinale a alternativa CORRETA. A) O Crédito Consignado é uma modalidade de empréstimo em que o desconto da prestação é feito diretamente na folha de pagamento ou benefício previdenciário do contratante. B) O Crédito Direto ao Consumidor é concedido para o financiamento de aquisição de imóveis pelos consumidores. C) O Desconto de Duplicata é um empréstimo realizado pelos bancos a empresas, com garantia total de recebimento pelo banco, em caso de inadimplência do cliente. D) A linha de crédito oferecida sob a denominação de "Cheque Especial" não tem limite de utilização, porque sempre é garantida pelos bancos. E) O Empréstimo para Capital de Giro é uma operação de crédito vinculada às necessidades de capital fixo das empresas. 592 (ACEP/BNB/2010) - As linhas de créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) podem destinar-se a custeio, investimento ou integralização de cotas-parte de agricultores familiares em cooperativas de produção. Sobre o assunto, assinale a alternativa CORRETA. A) Os créditos de custeio são destinados, exclusivamente, aos agricultores familiares enquadrados no Pronaf, não se sujeitando a limites

224

de concessão de recursos por operação, podendo o mutuário contratar tantas operações de custeio quanto necessárias. B) A linha de crédito para investimento em energia renovável e sustentabilidade ambiental pode ser concedida sem nenhuma exigência específica, tendo em vista a importância da preservação do meio ambiente. C) Os créditos de investimento se destinam ao financiamento da implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços, agropecuários ou não-agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, de acordo com projetos específicos. D) Os créditos ao amparo da Linha de Crédito de Custeio do Beneficiamento, Industrialização de Agroindústrias Familiares e de Comercialização da Agricultura Familiar (Pronaf Custeio e Comercialização de Agroindústrias Familiares) são destinados apenas às cooperativas. E) Os créditos de investimento devem ser concedidos mediante apresentação de projeto técnico, não podendo ser substituído pela instituição financeira, por proposta simplificada de crédito, mesmo para inversões programadas que envolvam técnicas simples e bem assimiladas pelos agricultores da região. 593 (ACEP/BNB/2010) - O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) é um instrumento de política pública federal operado pelo Banco do Nordeste do Brasil S.A., que objetiva "contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste, através da execução de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento". Sobre o FNE, assinale a alternativa CORRETA. A) O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste tem a finalidade especifica de financiar, em condições compatíveis com as peculiaridades da área, atividades econômicas do semi-árido, às quais destinará todos os recursos disponíveis. B) São beneficiários dos recursos do Fundo Constitucional do Nordeste os produtores e empresas, pessoas físicas e jurídicas, além das cooperativas de produção que desenvolvam atividades produtivas nos setores agropecuário, mineral, industrial e agroindustrial da Região Nordeste. C) O Fundo Constitucional do Nordeste dá tratamento preferencial às atividades produtivas de grandes produtores rurais c empresas de grande porte, às de uso intensivo de capital e que produzam bens de alta tecnologia. D) Os financiamentos do Fundo Constitucional do Nordeste poderão ser concedidos a empresas em qualquer estado do Brasil, mas somente os

destinados à Região Nordeste serão aplicados a fundo perdido. E) A principal fonte de recursos do Fundo Constitucional do Nordeste é o repasse de 5% de toda a arrecadação dos impostos, de qualquer natureza, do Governo Federal. 594 (ACEP/BNB/2010) - O Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais (Finame) é administrado pela Agência Especial de Financiamento Industrial junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com relação às características desse Fundo, assinale a alternativa CORRETA. A) São considerados agentes financeiros do Finame, além do BNDES, apenas os bancos regionais de desenvolvimento. B) Não é passível, nas linhas do Finame, o financiamento ao capital de giro, mesmo que associado à aquisição de máquinas e equipamentos nacionais novos, em operações realizadas com micro, pequenas e médias empresas. C) Os encargos financeiros dos programas de financiamento do Finame para todos os programas são de 12% ao ano. D) No Programa Finame agrícola são financiáveis aquisição de terrenos e outros bens imóveis e quaisquer despesas que impliquem remessa de divisas, incluindo taxa de franquia paga no exterior. E) O Programa Finame de Modernização da Indústria Nacional e dos Serviços de Saúde objetiva financiar a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, com vistas à dinamização do setor de bens de capital c à modernização geral da indústria e do setor de saúde. 595 (ACEP/BNB/2010) - O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) tem a função básica de realizar transferências de recursos entre instituições financeiras no país, por meio de um sistema de compensação eletrônica, que permite as transferências de dinheiro. Sobre as características do SPB, assinale a alternativa CORRETA. A) Com o SPB foi extinto o Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis (COMPE). B) O SPB permite as transferências exclusivas dos bancos comerciais, que captam principalmente depósitos à vista. C) A introdução do SPB não reduziu o risco de liquidação, porque as ordens de pagamento executadas podem ser canceladas, a qualquer momento, por ordem do emitente. D) O Sistema de Transferência de Recursos (STR) funciona, para registro e liquidação de ordens de transferência de fundos, durante 24 horas por dia.

225

E) A Transferência Eletrônica Direta (TED) é uma ordem de transferência de fundos interbancária, para valores acima de R$ 5.000,00. 596 (ACEP/BNB/2010) - O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo especial, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico. Com relação às características do F AT, assinale a alternativa CORRETA. A) Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (F AT) são destinados ao financiamento de programas de desenvolvimento econômico, por intermédio do Banco do Brasil. B) Para fomentar a geração de emprego e renda, foi criado o Programa de Geração de Emprego e Renda (Froger), que direciona recursos, exclusivamente, para as regiões metropolitanas. C) Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) são destinados exclusivamente ao pagamento do seguro desemprego. D) O F AT é gerido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), órgão colegiado, de caráter tripartite e paritário, composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo, que atua como gestor do FAT. E) O F A T não pode destinar recursos para o Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (pronaf), uma vez que este já dispõe de orçamento próprio, aprovado previamente pelo Congresso Nacional junto com o Orçamento Geral da União. 597 (ACEP/BNB/2010) - As operações de crédito bancário estão sujeitas a exigências cadastrais e tributárias, tanto de pessoas físicas como jurídicas. Com relação ao assunto, assinale a alternativa CORRETA. A) O Sistema de Informações de Crédito do Banco Central (SCR) é um banco de dados que registra informações sobre o montante de débitos e de responsabilidades de clientes em operações de crédito. B) Todas as operações de crédito interno e externo, tanto as concedidas a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, estão sujeitas a uma alíquota de Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). C) Os bancos múltiplos e bancos comerciais, que fazem operações de crédito, podem ser constituídos na forma de Sociedades Limitadas. D) As empresas de Sociedade Anônima, para obter recursos de capital de giro, não podem tomar empréstimos nos bancos. E) O Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) é um banco de dados que contém os

nomes de empresas que emitem cheques sem dispor de saldo em sua conta para o pagamento. 598 (ACEP/BNB/2010) - Sobre contrato de fiança, assinale a alternativa CORRETA. A) A fiança, espécie de garantia fidejussória, dar-se-á de forma escrita ou verbal, mas não admite interpretação extensiva. B) Pode-se estipular a fiança, ainda que sem o consentimento do devedor ou contra sua vontade. C) Somente as dívidas presentes podem ser objeto de fiança. D) A fiança não pode ser dada em valor inferior ao da obrigação principal, nem ser contraída em condições menos onerosas. E) Ainda que o fiador tome-se insolvente ou incapaz, o credor não poderá exigir que seja substituído. 599 (ACEP/BNB/2010) - "A", menor de 16 anos, celebra com o Banco "X", sem prévia autorização da pessoa que detém sua guarda, contrato de mútuo, recebendo, em uma única parcela, a totalidade do empréstimo. Considerando que o mutuário indicou "B", maior e apta ao encargo da fiança, como fiador, assinale a afirmativa CORRETA. A) A fiança é possível, no caso acima, considerando-se que o Código Civil admite essa possibilidade, quando a nulidade da obrigação resultar da incapacidade pessoal do devedor. B) Como regra geral, o mútuo pode ser reavido pelo Banco mutuante do mutuário, mas não de seu fiador. C) Como regra geral, o mútuo não pode ser reavido pelo Banco mutuante do mutuário, mas sim de seu fiador, em face de sua capacidade e idoneidade. D) Como regra geral, o mútuo pode ser reavido pelo Banco mutuante, tanto do mutuário, quanto de seu fiador. E) Como regra geral, o mútuo não pode ser reavido pelo Banco mutuante do mutuário, nem tampouco de seu fiador. 600 (ACEP/BNB/2010) - Analise as afirmativas, em relação ao penhor, e assinale V, se verdadeiras, e F, se falsas. ( ) A extinção da obrigação e o perecimento da coisa dada em garantia são formas de extinção do penhor. ( ) O penhor agrícola e o penhor pecuário somente podem ser convencionados, respectivamente, pelos prazos máximos de 3 (três) e 4 (quatro) anos, prorrogáveis, uma só vez, até o limite de igual tempo. ( ) As colheitas pendentes não podem ser objeto do penhor agrícola.

226

( ) No penhor pecuário, o devedor poderá alienar os animais empenhados sem prévio consentimento do credor. Assinale alternativa que contempla a sequência CORRETA. A) V-V-F-F B) F-V-F-V C) V-F-V-F D) V-V-V-F E) F-F-V-V 601 (ACEP/BNB/2010) - Acerca do instituto da hipoteca, assinale a alternativa CORRETA. A) É anulável a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado. B) O domínio direito pode ser objeto de hipoteca, mas não o domínio útil. C) A lei confere hipoteca ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação. D) A hipoteca configura espécie de garantia fidejussória. E) O dono do imóvel hipotecado somente pode constituir nova hipoteca sobre este, em favor do mesmo credor. 602 (ACEP/BNB/2010) - Em relação à alienação fiduciária em garantia de bens móveis, assinale a alternativa CORRETA. A) Em caso de inadimplemento ou mora da obrigação garantida, o credor fiduciário poderá vender a terceiros o bem objeto da propriedade fiduciária, mas desde que em leilão ou hasta pública. B) Nos casos de vencimento antecipado da dívida, não se compreendem nesta os juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido. C) A dívida considera-se vencida, se perecer o bem dado em garantia, ainda que seja substituído por outro. D) Em qualquer hipótese, o pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens. E) O credor fiduciário não é obrigado a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga em execução judicial ou venda amigável. 603 (ACEP/BNB/2010) - Quanto à nulidade dos negócios jurídicos, assinale a alternativa CORRETA A) É nulo o negócio jurídico, quando celebrado por pessoa relativamente incapaz. B) É anulável o negócio jurídico, quando houver ilicitude, impossibilidade ou indeterminação do objeto. C) É anulável o negócio jurídico que tiver por objetivo fraudar lei imperativa.

O) O negócio jurídico anulável pode ser confirmado pelas partes, sem ressalva de direito de terceiros. E) É anulável o negócio jurídico por vicio resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 604 (ACEP/BNB/2010) - Acerca da fiança, assinale a alternativa CORRETA. A) O contrato de fiança pode ser verbal. B) A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida. ou for mais onerosa que esta, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada. C) Após a prestação da fiança, o credor não poderá exigir substituto, mesmo que o fiador se tome insolvente. D) No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, é, em regra, vedado ao proprietário fiduciário ou credor a venda da coisa a terceiros, mesmo que seja por leilão ou hasta pública. E) O Código Civil Brasileiro não veda o aval parcial. 605 (ACEP/BNB/2010) - Sobre vícios que anulam o negócio jurídico, relacione as colunas a seguir. Erro ( ) Pressão física ou moral exerci da sobre a pessoa para obrigá-Ia a praticar ato jurídico que não queira. Dolo ( ) Noção inexata sobre um objeto, que leva a urna distorção da formação da vontade do declarante. Coação ( ) Expediente astucioso para induzir alguém a praticar ato danoso a si próprio. Simulação ( ) Declaração enganosa da vontade, visando produzir efeito diverso do ostensivamente indicado. Assinale a alternativa com a sequência CORRETA. A) 1-2-3-4 B) 2-1-3-4 C) 3-1-2-4 D) 3-4-2-1 E) 2-1-4-3 606 (FCC/BB/2010) Compete à Comissão de Valores Mobiliários – CVM disciplinar as seguintes matérias: I. registro de companhias abertas. II. execução da política monetária. III. registro e fiscalização de fundos de investimento.

IV. registro de distribuições de valores mobiliários. V. custódia de títulos públicos. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, II e IV.

227

(C) I, III e IV. (D) II, III e V. (E) III, IV e V. 607 (FCC/BB/2010) De acordo com as normas do Conselho Monetário Nacional – CMN, os bancos múltiplos devem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas obrigatoriamente de (A) investimento. (B) crédito, financiamento e investimento. (C) crédito imobiliário. (D) câmbio. (E) arrendamento mercantil. 608 (FCC/BB/2010) A CETIP S.A. tem por finalidade: (A) garantir a liquidação financeira de transações de títulos privados entre instituições bancárias no Mercado de Balcão. (B) operar como substituta no caso de interrupção das operações diárias do Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB. (C) atuar internacionalmente, em tempo real, tendo como participantes bancos, corretoras, distribuidoras, fundos de investimento, seguradoras e fundos de pensão. (D) assegurar que as operações somente sejam finalizadas caso os títulos estejam efetivamente disponíveis na posição do vendedor e os recursos relativos a seu pagamento disponibilizados integralmente pelo comprador. (E) dispensar a supervisão e normatização da Comissão de Valores Mobiliários para os casos de administração de carteiras e custódia de valores mobiliários. 609 (FCC/BB/2010) A BM&FBOVESPA S.A. é caracterizada como (A) espaço em que exclusivamente são negociadas ações de emissão de empresas brasileiras. (B) empresa cujo capital é controlado por sociedades corretoras por meio de títulos patrimoniais. (C) entidade sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. (D) empresa constituída para possibilitar a negociação de ações por meio do sistema home broker. (E) companhia aberta cujas ações são transacionadas em seu próprio ambiente de negociação. 610 (FCC/BB/2010) As entidades fechadas de previdência complementar, também conhecidas como fundos de pensão, são organizadas sob a forma de (A) fundos PGBL − Plano Gerador de Benefício Livre.

(B) fundos VGBL − Vida Gerador de Benefício Livre. (C) empresas vinculadas ao Ministério da Fazenda e fiscalizadas pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados. (D) planos que devem ser oferecidos a todos os colaboradores e que também podem ser adquiridos por pessoas que não tenham vínculo empregatício com a empresa patrocinadora. (E) fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas. 611 (FCC/BB/2010) Os depósitos a prazo feitos pelo cliente em bancos comerciais e representados por RDB (A) são títulos de crédito. (B) são recibos inegociáveis e intransferíveis. (C) contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito − FGC até R$ 20.000,00. (D) são aplicações financeiras isentas de risco de crédito. (E) oferecem liquidez diária após carência de 30 dias. 612 (FCC/BB/2010) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES tem dentre seus objetivos o de (A) promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços. (B) controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial. (C) promover o crescimento e a diversificação das importações. (D) adquirir e financiar estoques de produção exportável. (E) executar, por conta do Banco Central, a compensação de cheques e outros papéis. 613 (FCC/BB/2010) A fiança bancária é uma obrigação escrita prestada à empresa que necessita de garantia para contratação de operação que envolva responsabilidade na sua execução e (A) comprova que os recursos financeiros necessários estão depositados pela empresa na instituição financeira fiadora. (B) pode ser concedida somente em operações relacionadas ao comércio internacional. (C) substitui total ou parcialmente os adiantamentos em dinheiro ao credor por parte da empresa. (D) está sujeita à incidência de Imposto sobre Operações Financeiras − IOF. (E) não apresenta risco de crédito para a instituição financeira.

228

614 (FCC/BB/2010) O Comitê de Política Monetária − COPOM tem como objetivo: (A) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão e o presidente do Banco Central do Brasil. (B) Coletar as projeções das instituições financeiras para a taxa de inflação. (C) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e longo prazos praticadas no mercado financeiro. (D) Promover debates acerca da política monetária até que se alcance consenso sobre a taxa de juros de curto prazo a ser divulgada em ata. (E) Implementar a política monetária e definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual viés. 615 (FCC/BB/2010) As cadernetas de poupança remuneram o investidor à taxa de juros de 6% ao ano com capitalização (A) mensal e atualização pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo − IPCA. (B) trimestral e atualização pela Taxa Referencial − TR. (C) semestral e atualização pelo Índice Geral de Preços − IGP. (D) mensal e atualização pela Taxa Referencial − TR. (E) diária e atualização pelo Índice Geral de Preços do Mercado − IGP-M. 616 (FCC/BB/2010) O arrendamento mercantil (leasing) é uma operação com características legais próprias, como (A) cessão do uso de um bem, por determinado prazo, mediante condições contratadas entre arrendador e arrendatário. (B) prazo mínimo de arrendamento de três anos para bens com vida útil de até cinco anos. (C) aquisição obrigatória do bem pelo arrendatário ao final do prazo do contrato. (D) destinação exclusivamente à pessoa jurídica. (E) cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras − IOF. 617 (FCC/BB/2010) Sobre os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios − FIDC é correto afirmar: (A) É requerida a existência de uma Sociedade de Propósito Específico. (B) Suas cotas podem ser adquiridas por todos os tipos de investidores. (C) É facultativa a contratação e divulgação de relatório elaborado por agência de classificação de risco. (D) A aplicação mínima é de R$ 25 mil por investidor. (E) Não há incidência de imposto de renda na fonte.

618 (FCC/BB/2010) No mercado de câmbio no Brasil são realizadas operações (A) no mercado à vista apenas por pessoa jurídica. (B) pelos agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil. (C) dispensadas da regulamentação e fiscalização pelo Banco Central do Brasil. (D) no segmento flutuante, relativas a importação e exportação de mercadorias e serviços. (E) de troca de moeda nacional exclusivamente pelo dólar norte-americano ou vice-versa. 619 (FCC/BB/2010) As operações para financiamento do capital de giro das empresas vêm sendo preferencialmente formalizadas por meio de Cédula de Crédito Bancário − CCB, que proporciona (A) a promessa de pagamento mediante conferência de bens. (B) a efetividade processual de um título executivo judicial. (C) a garantia do Fundo Garantidor de Crédito − FGC. (D) a dispensa de custódia do título na respectiva instituição financeira. (E) a negociabilidade do certificado no mercado secundário. 620 (FCC/BB/2010) Sobre o mercado de seguros no Brasil, considere: I. O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) tem seu capital controlado integralmente pela União. II. A Lei Complementar no 126/2007 abriu o mercado brasileiro de resseguros e possibilitou a instalação e funcionamento de outras companhias no setor. III. A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP é responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. IV. As seguradoras são organizadas sob a forma de sociedades anônimas, não estando sujeitas a falência nem podendo impetrar concordata, embora possam ser liquidadas, voluntária ou compulsoriamente. V. O seguro garantia é destinado exclusivamente aos órgãos públicos da administração direta e indireta federais, estaduais e municipais. São características do mercado de seguros no Brasil o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III, IV e V. (D) II, III e IV.

229

(E) II, IV e V. 621 (FCC/BB/2010) Os contratos negociados nos mercados futuros são caracterizados (A) pelas diferenças de preços ajustadas diariamente. (B) pelas cláusulas redigidas de acordo com a conveniência das partes. (C) pela padronização quando as partes são instituições financeiras. (D) pela dispensa da prestação de garantias pelas partes. (E) pelas diferenças de preços ajustadas no vencimento. 622 (FCC/BB/2010) Dentre as diversas modalidades de operações com derivativos, a aquisição de uma opção de compra (Call) (A) exige o depósito de garantia em títulos. (B) obriga o titular a permanecer no mercado até o vencimento. (C) possibilita investimento no ativo objeto por uma fração de seu preço no mercado à vista. (D) impede a aquisição de mais de uma série do mesmo ativo objeto. (E) expõe o titular a chamadas de margem em dinheiro. 623 (FCC/BB/2010) As debêntures, segundo a Lei no 6.404/76, são títulos nominativos ou escriturais emitidos por sociedades por ações. Asseguram ao seu titular direito de crédito contra a companhia emissora e (A) devem ser registradas para negociação em Bolsa de Valores. (B) podem ser emitidas por bancos de investimento. (C) são adquiridas por investidores no mercado internacional. (D) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias. (E) têm as suas garantias, se houver, especificadas na escritura de emissão. 624 (FCC/BB/2010) O Fundo Garantidor de Crédito − FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência. São cobertos limitadamente pela garantia (A) Notas Promissórias Comerciais. (B) Letras Hipotecárias. (C) Depósitos Judiciais. (D) Letras Financeiras do Tesouro. (E) Fundos de Investimentos Financeiros.

625 (FCC/BB/2010) A Lei no 9.613/98, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, determina que (A) os crimes são afiançáveis e permitem liberdade provisória. (B) a simples ocultação de valores é suficiente para cumprir exigência punitiva. (C) o agente pode ser punido, ainda que a posse ou o uso dos bens não lhe tenha trazido nenhum proveito. (D) a obtenção de proveito específico é exigida para caracterizar o crime. (E) é facultado à instituição financeira fornecer talonário de cheque ao depositante enquanto são verificadas as informações constantes da ficha proposta. Atenção: As questões de números 61 a 64 referem-se à Lei no 8.078/90 − Código de Defesa do Consumidor. 626 (FCC/BB/2010) São direitos básicos do consumidor: I. A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, não sendo asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações. II. A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem. III. A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, exceto contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos. IV. A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. V. A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I e III. (C) I, III e V. (D) II, IV e V. (E) III e IV. 627 (FCC/BB/2010) O art. 20 dispõe que: O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou

230

lhes diminuam o valor, assim como aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I. A reexecução dos serviços, com custo adicional e quando cabível. II. A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. III. O abatimento proporcional do preço. IV. A reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível, pode ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. V. A restituição imediata da quantia paga, isenta de atualização monetária, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e III. (B) I e IV. (C) II, III e IV. (D) II, IV e V. (E) III e V. 628 (FCC/BB/2010) Tratando-se de fornecimento de serviços e de produtos não duráveis, o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em (A) 30 dias. (B) 90 dias. (C) 120 dias. (D) 180 dias. (E) 360 dias. 629 (FCC/BB/2010) Tratando-se da proteção contratual, o consumidor pode desistir do contrato sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio, a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, no prazo de (A) 7 dias. (B) 14 dias. (C) 21 dias. (D) 28 dias. (E) 56 dias. 630 (FCC/BB/2010) A Resolução CMN no 3.694 assegura aos clientes e usuários de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil I. o recebimento de cópias simplificadas de contratos, exceto de recibos, extratos, comprovantes e

documentos relativos a operações e a serviços prestados. II. a redação de contratos e documentos clara, objetiva e adequada à natureza e à complexidade da operação ou do serviço prestado de forma a permitir o entendimento do conteúdo e demais condições. III. o direito a informações por parte destas instituições financeiras, relativas a situações que impliquem recusa à realização de pagamentos ou à recepção de cheques, fichas de compensação, documentos, inclusive de cobrança, contas e outros. IV. a facilidade de acesso aos canais de atendimento convencionais, inclusive guichês de caixa, mesmo na hipótese de oferecer atendimento alternativo ou eletrônico. V. a opção pela prestação de serviços por meio alternativos aos convencionais, não sendo obrigatório as instituições informá-los acerca dos riscos existentes e sigilo das transações realizadas. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, III e IV. (C) II, III e IV. (D) II, IV e V. (E) III e V. 631 (FCC/BB/2010) Tratando-se da Lei no 10.048/2000 terão atendimento prioritário (A) apenas as pessoas portadoras de deficiência com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo. (B) apenas as pessoas portadoras de deficiência e os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (C) as pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos, as gestantes, as lactantes desde que acompanhadas por crianças de colo. (D) apenas os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos e pessoas acompanhadas por crianças de colo. (E) as pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo. 632 (FCC/BB/2010) Nos termos da Lei no 10.098/2000, a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida denomina-se

231

(A) barreira visual. (B) acessibilidade. (C) equipamento de mobilidade. (D) urbanização. (E) sinalização urbana. 633 (FCC/BB/2010) No telemarketing ativo (A) a mensagem de relacionamento flui do cliente para a empresa. (B) a mensagem de venda, marketing e relacionamento flui da empresa para o cliente. (C) obrigatoriamente, utiliza-se técnicas específicas de pesquisa de mercado para a construção de scripts. (D) não é permitida a venda de outros produtos para clientes atuais da empresa. (E) a prioridade é responder aos potenciais clientes as dúvidas sobre marketing, vendas e relacionamento. 634 (FCC/BB/2010) O conjunto de atividades de comunicação impessoal, sem intermediários, entre a empresa e o cliente, via correio, fax, telefone, internet ou outros meios de comunicação, que visa obter uma resposta imediata do cliente e a concretização da venda do produto ou serviço, denomina-se (A) merchandising. (B) publicidade. (C) promoção. (D) marketing direto. (E) propaganda. 635 (FCC/BB/2010) A oferta de incentivos imediatos, de curto prazo, como brindes, descontos, prêmios e bonificações, por um patrocinador identificado para estimular a compra do produto, denomina-se (A) venda direta. (B) merchandising. (C) publicidade institucional. (D) propaganda. (E) promoção de vendas

232

Gabarito

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C D A B E D B B C A

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E D C A E E A C B D

21 22 23 24 24 26 27 28 29 30

A E C B D A D B A E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

E A D B B D C C D A

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

B B D A A D C E B A

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

A B C E C E A C E C

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

E D C E E E E E C C

71 72 73 74 75 76 77 78 79 80

E C E E C C C E E C

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

E C C C C E E E C C

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

C C C E E C E A C A

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110

B D B E B C A A D C

111 112 113 114 115 116 117 118 119 120

D C E C B B A C A E

233

121 122 123 124 125 126 127 128 129 130

D E A B C C B B D C

131 132 133 134 135 136 137 138 139 140

T C D C E B A A D C

141 142 143 144 145 146 147 148 149 150

T B A B E C D A C E

151 152 153 154 155 156 157 158 159 160

B D C E D B A E C D

161 162 163 164 165 166 167 168 169 170

A B A D D C E C B D

171 172 173 174 175 176 177 178 179 180

C B A E A D C E B E

181 182 183 184 185 186 187 188 189 190

E C E E E C E E C E

191 192 193 194 195 106 197 198 199 200

E C E E C C C E E C

201 202 203 204 205 206 207 208 209 210

C C C C C E C C C C

211 212 213 214 215 216 217 218 219 220

C E E E E C C C E E

221 222 223 224 225 226 227 228 229 230

E E E C C E C E C E

231 232 233 234 235 236 237 238 239 240

C E C E C E E C E C

241 242 243 244 245 246 247 248 249 250

E E E C E C E E E C

234

251 252 253 254 255 256 257 258 259 260

C E E C C C E C E E

261 262 263 264 265 266 267 268 269 270

C C E C E C E E C C

271 272 273 274 275 276 277 278 279 280

E C E C E E C E C E

281 282 283 284 285 286 287 288 289 290

B C E N N D C D D B

291 292 293 294 295 296 297 298 299 300

D C D N E B E A D D

301 302 303 304 305 306 307 308 309 310

D B A E B D A C E B

311 312 313 314 315 316 317 318 319 320

A C C C E E C C E E

321 322 323 324 325 326 327 328 329 330

C E C E E E E C C C

331 332 333 334 335 336 337 338 339 340

E C E E C C E C E C

341 342 343 344 345 346 347 348 349 350

E E E E C E E E C E

351 352 353 354 355 356 357 358 359 360

C C C E E E C E C E

361 362 363 364 365 366 367 368 369 370

C E C C E C C E C C

371 372 373 374 375 376 377 378 379 380

E C E E C C C C C E

235

381 382 383 384 385 386 387 388 389 390

E C C E C E C C E C

391 392 393 394 395 396 397 398 399 400

C C E C E C C E E C

401 402 403 404 405 406 407 408 409 410

C E C C E E E E C E

411 412 413 414 415 416 417 418 419 420

E E C E E C E C E C

421 422 423 424 425 426 427 428 429 430

C E E C C C E C E C

431 432 433 434 435 436 437 438 439 440

C E E E C C E E C C

441 442 443 444 445 446 447 448 449 450

E E E E C C E C E C

451 452 453 454 455 456 457 458 459 460

E C E C E E E C C E

461 462 463 464 465 466 467 468 469 470

C E C C E E E C C E

471 472 473 474 475 476 477 478 479 480

C E E E C C E E C C

481 482 483 484 485 486 487 488 489 490

C E E C E C E C E C

491 492 493 494 495 496 497 498 499 500

C E E E E C C C E E

501 502 503 504 505 506 507 508 509 510

C E C E C E C C C E

236

511 512 513 514 515 516 517 518 519 520

C C E C E C E C E C

521 522 523 524 525 526 527 528 529 530

E C C E E C C C E E

531 532 533 534 535 536 537 538 539 540

E E E E C E E C A E

541 542 543 544 545 546 547 548 549 550

D B B E B C B D A C

551 552 553 554 555 556 557 558 559 560

E D A C D B C C B C

561 562 563 564 565 566 567 568 569 570

E B C E A E A C B D

571 572 573 574 575 576 577 578 579 580

C A B D C A C B A E

581 582 583 584 585 586 587 588 589 590

A D B C E A B D C B

591 592 593 594 595 596 597 598 599 600

A C B E D D A B E A

601 602 603 604 605 606 607 608 609 610

C B E B C C A D E E

611 612 613 614 615 616 617 618 619 620

B A C E D A D B E D

621 622 623 624 625 626 627 628 629 630

A C E B C D C A A C

631 632 633 634 635

E B B D E

237

15 – BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Lei no. 10.406, de 10.01.2002. Novo Código Civil Brasileiro. Brasília,

2002

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. Editora Saraiva. São

Paulo, 2007

COUTINHO JUNIOR. Geraldo. Manual de Conhecimentos Bancários. Teoria e

Questões Comentadas. Editora Ferreira. Rio de Janeiro, 2010.

FIPECAFI. Curso de Mercado Financeiro. Tópicos Especiais. Editora Atlas.

São Paulo, 2006.

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro. Produtos e Serviços. 18ª. Edição.

Qualitymark Editora. Rio de Janeiro, 2010.

OLIVEIRA, Gilson. PACHECO, Marcelo. Mercado Financeiro. Objetivo e

Profissional. Editora Fundamento. São Paulo, 2005.

OLIVEIRA, Virgínia I. GALVÃO, Alexandre. RIBEIRO, Élcio. Mercado

Financeiro. Uma abordagem prática dos principais produtos e serviços.

Editora Campus, Rio de Janeiro, 2006

REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. v.1. 26ª. ed. São Paulo:

Editora Saraiva, 2005

SIQUEIRA, Alexis Cavicchini Teixeira. A história dos Bancos no Brasil. Das

casas bancárias aos conglomerados financeiros. COP Editora. Rio de janeiro,

2007

VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 4ª. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005

PEQUENO DICIONÁRIO ECONOMÊS – PORTUGUÊS - Disponível em: http://www.ocaixa.com.br/eco3.htm