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CONTABILIDADE AVANCADA

ELIZABETE ALENCAR

OUTUBRO 2011 1

SUMRIO

UNIDADE 1 NOCES INTRODUTRIAS 1.1 Introduo 1.2 - Contabilidade, fisco e legislao especficas 1.3 - Um resumo das demonstraes financeiras UNIDADE 2 AS NECESSIDADES DE INFORMACO E O MODELO DE PLANO DE CONTAS 2.1 Introduo 2.2 Consideraes sobre manual de diretrizes contbeis, elenco de contas comentadas e modelos de relatrios padronizados. 2.3 Modelo de plano de contas elenco proposto. UNIDADE 3 ESTRUTURA CONCEITUAL BSICA DA CONTABILIDADE 3.1 Objetivo da Contabilidade 3.2 Cenrios contbeis 3.3 Principios (conceitos) fundamentais de contabilidade 3.4 Postulados ambientais da contabilidade 3.5 Os princpios propriamente ditos UNIDADE 4 DISPONIBILIDADE 4.1 Introduo e classificao 4.2 Critrios de avaliao UNIDADE 5 INVESTIMENTOS TEMPORRIOS 5.1 Introduo 5.2 Contedo 5.3 Classificao 5.4 Critrios de avaliao 5.5 Contabilizao e exemplo prtico UNIDADE 6 CONTAS A RECEBER 6.1 Conceito e contedo 6.2 Clientes 6.3 Outros crditos 6.4 Reduo a valor presente das contas a receber inflao e juros embutidos nos Preos de venda a prazo.

UNIDADE 7 ESTOQUES 2

7.1 Introduo 7.2 Contedo do Plano de Contas 7.3 Critrios de avaliao 7.4 Aspectos fiscais 7.5 Inventrio fsico e controles VIII DESPESAS ANTECIPADAS 8.1 Introduo 8.2 Conceito 8.3 Contedo e classificao 8.4 Plano de Contas IX REALIZVEL A LONGO PRAZO 9.1 Conceito e classificao 9.2 Contedo das contas X INVESTIMENTOS 10.1 Introduo 10.2 Os critrios da legislao XI ATIVO IMOBILIZADO 11.1 - Conceituao 11.2 Classificao e contedo das contas XII ATIVO DIFERIDO 12.1 Conceito e contedo 12.2 Classificao das contas XIII PASSIVO EXIGVEL CONCEITOS GERAIS E EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO 13.1 Conceitos Gerais 13.2 Emprstimos e financiamentos XIV DEBENTURES, FORNECEDORES E OBRIGCES FISCAIS 14.1 Debntures 14.2 Fornecedores 14.3 Obrigaes fiscais

XV - OUTRAS OBRIGACES 3

15.1 Adiantamentos de clientes 15.2 Contas a pagar 15.3 Ordenados e salrios a pagar 15.4 Encargos sociais a pagar e FGTS a recolher 15.5 Comisses 15.6 - Juros de Emprstimos e financiamento XVI RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS 16.1 Introduo e conceito bsico XVII PATRIMONIO LQUIDO 17.1 Introduo 17.2 Capital Social 17.3 - Lucros ou prejuzos acumulados 17.4 Dividendos XVIII INCORPORACO, CISO E FUSO 18.1 Aspectos introdutrios 18.2 Conceitos pela legislao societria

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I NOCES INTRODUTRIAS 1.1 - INTRODUCO A contabilidade tinha como objetivo somente controlar o patrimnio e analisar a evoluo de sua riqueza, atravs de mtodos rudimentares de controle, que ao longo do tempo, transformaram-se nos controles contbeis utilizados atualmente. A contabilidade utilizada como conexo aos negcios da empresa, ou seja, est interligada diretamente as operaes realizadas dentro da mesma. Dentro de tudo que a contabilidade pode oferecer para favorecer as operaes da empresa, as demonstraes contbeis fornecem um grupo de informaes para serem examinadas. Portanto a contabilidade e as demonstraes contbeis so peas fundamentais para tornar as empresas mais slidas e competitivas. A contabilidade nos traz a anlise financeira de balanos como mtodo de verificar a situao econmica e financeira em que se encontra a empresa, e alm da verificao tambm orienta qual deciso a ser tomada em determinada situao. Segundo Padoveze (2004, p.191), "Anlise financeira importante para o conhecimento econmico-financeiro de outras empresas, notadamente concorrentes e fornecedores. O mais importante do instrumento de anlise, porm, sua utilizao internamente pela empresa". Isto tambm pode ser observado em Matarazzo (2003, p. 15), "a Anlise de Balanos objetiva extrair informaes das Demonstraes Financeiras para a tomada de decises". No mundo moderno e de economia dinmica que se encontra atualmente, com constantes mutaes, as informaes obtidas atravs da contabilidade tradicional, no fornecem informaes suficientes para a tomada de decises relativas a todas as reas da organizao. Devido tal fato que a Anlise Financeira vem completar a contabilidade para reproduzir as informaes necessrias para determinada situao dentro de uma organizao. 1.2- CONTABILIDADE, FISCO E LEGISLACO ESPECFICA OBRIGAES PERANTE A LEGISLAO COMERCIAL, FISCO FEDERAL E MINISTRIO DO TRABALHO E PREVIDNCIA SOCIAL As pessoas jurdicas e equiparadas, perante a Legislao Comercial, Fisco Federal, Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, independentemente do seu enquadramento jurdico ou da forma de tributao perante o Imposto de Renda, esto obrigadas a cumprir com vrias obrigaes ou normas legais. A seguir, lista-se as principais destas obrigaes: OBRIGAO Estatuto ou Contrato Social Contabilidade Balano Livro Dirio Livro Razo Demonstrativo de Apurao das Contribuies Sociais (DACON) Declarao Anual do Imposto de Renda das Pessoas Fsicas (para os scios) 5

Declarao de Bens e Direitos no Exterior (DBE/BACEN) DIRF Imposto de Renda Retido na Fonte Livro de Inspeo do Trabalho Livro Registro de Empregados Livro Registro de Inventrio Folha de Pagamento GPS GFIP GRFC CAGED RAIS Contribuio Sindical Contribuio Confederativa Contribuio Assistencial Contribuio Associativa Norma Regulamentadora 7 (Ministrio do Trabalho) Norma Regulamentadora 9 (Ministrio do Trabalho) Informes de Rendimentos das Pessoas Fsicas Informes de Rendimentos das Pessoas Jurdicas Publicaes Obrigatrias nas Empresas Limitadas OBRIGAES ESPECIAIS As pessoas jurdicas e equiparadas, conforme classificao abaixo esto obrigadas a cumprir com as obrigaes ou normas legais descritas neste quadro sintico: a) Empresas tributadas pelo Lucro Real, quer as com encerramento trimestral, quer as empresas com encerramento anual, com pagamento mensal por estimativa ou balanos de suspenso; b) Empresas tributadas pelo Lucro Presumido; c) Empresas optantes pelo Simples Nacional, quer sejam ME ou EPP, independentemente da alquota em que se encontrem; d) Pessoas Jurdicas isentas, assim definidas na legislao, como por exemplo, as Associaes Civis, Culturais, Filantrpicas e Recreativas, os Sindicatos, etc.; e) Pessoas jurdicas imunes, assim definidas na legislao, como por exemplo, as Instituies de Educao ou Assistncia Social;

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f) As organizaes dispensadas, tambm definidas na legislao, como por exemplo, os condomnios, que embora possuam inscrio no CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas), recebem um tratamento fiscal diferenciado. Ressaltamos ainda a figura do contribuinte inativo (sem movimento) e do arbitrado. O primeiro aquele que no efetuou nenhuma operao com sua empresa em um determinado perodo. O segundo aquele que teve a sua escrita desclassificada pelo fisco, sofrendo tributao arbitrada. As duas excees continuam obrigadas a cumprir suas obrigaes principais e acessrias, nos moldes determinados pelos quadros desta pgina.OBRIGAO LUCRO REAL LUCRO SIMPLES ISENTAS IMUNES DISPENSADAS PRESUMIDO

DIPJ SIM LALUR SIM CSLL SIM PIS s/Receitas SIM PIS s/Folha NO COFINS SIM DCTF SIM DACON SIM

SIM SIM NO NO SIM NO SIM NO NO NO SIM NO SIM NO SIM (a partirNO de 2005)

SIM NO NO NO SIM NO SIM NO

SIM NO NO NO SIM NO SIM NO

NO NO NO NO SIM NO NO NO

LALUR LUCRO DE APURACO DO LUCRO REAL DCTF - Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais COFINS Contribuio Provisria sobre Movimentao ou Transmisso de Valores e de Crditos Dacon - Demonstrativo de Apurao de Contribuies Sociais OBRIGAES PARA AS INDSTRIAS As indstrias ou as empresas equiparadas a esta, esto obrigadas a cumprir com as obrigaes ou normas legais descritas neste quadro sintico: OBRIGAO IPI Registro de Apurao IPI Registro de Entradas Registro de Sadas Registro Controle da Produo e Estoques LUCRO REAL SIM SIM SIM SIM SIM LUCRO PRESUMIDO SIM SIM SIM SIM SIM SIMPLES NO NO * * NO

* Observar a legislao do Estado onde se localiza a indstria, sobre esta obrigao. OBRIGAES PARA OS AUTNOMOS E PROFISSIONAIS LIBERAIS Os Autnomos e Profissionais Liberais esto sujeitos s seguintes obrigaes: 7

OBRIGAO Declarao de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Fsicas DIRF Imposto de Renda Retido na Fonte Livro de Inspeo do Trabalho Livro Registro de Empregados Folha de Pagamento GPS GFIP GRFC CAGED RAIS Contribuio Sindical Contribuio Confederativa Contribuio Assistencial Contribuio Associativa NR 7 NR 9 Informes de Rendimentos das Pessoas Fsicas Livro Caixa OBRIGAES TRIBUTRIAS ESPECFICAS Simples Nacionais - Obrigaes Acessrias ICMS Imposto de Renda - Pessoa Jurdica ISS OBRIGAES TRABALHISTAS Alm do registro dos empregados e reteno e recolhimento das contribuies previdencirias respectivas, os empregadores precisam estar atentos s exigncias trabalhistas especficas. ESTATUTO OU CONTRATO SOCIAL O Estatuto Social, utilizado pelas sociedades em aes e entidades sem fins lucrativos, ou o Contrato Social, utilizado pelas demais sociedades, a certido de nascimento da pessoa jurdica.

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Pelas clusulas do seu contedo se disciplina o relacionamento interno e externo da sociedade, atribuindo-se identidade ao empreendimento. Em suas clusulas identificam-se a sua qualificao, tipo jurdico de sociedade, a denominao, localizao, seu objeto social, forma de integralizao do capital social, prazo de durao da sociedade, data de encerramento do exerccio social, foro contratual, etc... Seu registro dar-se- na Junta Comercial do Estado, ou nos Cartrios de Registro de Pessoas Jurdicas, conforme a natureza jurdica da sociedade. Nos casos de sociedade de advogados, o registro ser feito na OAB. ESTATUTO SOCIAL Na sociedade annima, a assemblia de constituio instalar-se-, em primeira convocao, com a presena de subscritores que representem, no mnimo, metade do capital social e, em segunda convocao, com qualquer nmero. Observadas as formalidades legais e no havendo oposio de subscritores que representem mais da metade do capital social, o presidente da assemblia geral de constituio declarar constituda a companhia. O estatuto social dever conter, necessariamente, o seguinte: a) denominao social (art. 3, Lei n 6.404/76 e art. 1.160, CC/2002); b) prazo de durao; c) sede: municpio; d) objeto social, definido de modo preciso e completo ( 2, art. 2, Lei 6.404/64); e) capital social, expresso em moeda nacional (art. 5, Lei n 6.404/76); f) aes: nmero em que se divide o capital, espcie (ordinria, preferencial, fruio), classe das aes e se tero valor nominal ou no, conversibilidade, se houver, e forma nominativa (art. 11 e seguintes, Lei n 6.404/76); g) diretores: nmero mnimo de dois, ou limites mximo e mnimo permitidos; modo de sua substituio; prazo de gesto (no superior a trs anos); atribuies e poderes de cada diretor (art. 143, Lei 6.404/76); h) conselho fiscal, estabelecendo se o seu funcionamento ser ou no permanente, com a indicao do nmero de seus membros - mnimo de trs e mximo de cinco membros efetivos e suplentes em igual nmero. (art. 161, Lei n 6.404/76); i) trmino do exerccio social, fixando a data. A sociedade annima designada por denominao acompanhada das expresses companhia ou sociedade annima, expressas por extenso ou abreviadamente, mas vedada a utilizao da primeira ao final. 9

A denominao pode conter o nome do fundador, acionista ou pessoa que, por qualquer outro modo, tenha concorrido para o xito da empresa, sendo necessrio constar indicao do objeto da sociedade.

CONTRATO SOCIAL O documento que pactua as normas de constituio e funcionamento de uma sociedade com fins lucrativos, no annimos, denomina-se contrato social. O Contrato Social no poder conter emendas, rasuras e entrelinhas, admitida, porm, nesses casos, ressalva expressa no prprio instrumento, com assinatura das partes. Nos instrumentos particulares, no dever ser utilizado o verso das folhas do contrato, cujo texto ser grafado na cor preta ou azul, obedecidos os padres de indelebilidade e nitidez para permitir sua reprografia, microfilmagem e/ou digitalizao. O nome empresarial obedecer ao princpio da veracidade e da novidade, incorporando os elementos especficos ou complementares exigidos ou no proibidos em lei. O nome empresarial pode ser de dois tipos: DENOMINAO SOCIAL ou FIRMA SOCIAL. A denominao social deve designar o objeto da sociedade, de modo especfico, no se admitindo expresses genricas isoladas, como: comrcio, indstria, servios. Havendo mais de uma atividade, dever ser escolhida qualquer delas. permitido figurar na denominao social o nome de um ou mais scios. O contrato social dever indicar com preciso e clareza as atividades a serem desenvolvidas pela sociedade, sendo vedada a insero de termos estrangeiros, exceto quando no houver termo correspondente em portugus ou j incorporado ao vernculo nacional. Poder constar do contrato social que a responsabilidade de cada scio restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social. O contrato social dever conter o visto de advogado, com a indicao do nome e nmero de inscrio na Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. Porm, fica dispensado o visto de advogado no contrato social de sociedade que, juntamente com o ato de constituio, apresentar declarao de enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte. CONTABILIDADE - OBRIGATORIEDADE E VANTAGENS Contabilidade a cincia que estuda e controla o patrimnio, em seus aspectos quantitativos e qualitativos. Por aspecto qualitativo do patrimnio entende-se a natureza dos elementos que o compem, como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda, mquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. 10

A delimitao qualitativa desce, em verdade, at o grau de particularizao que permita a perfeita compreenso do componente patrimonial. Assim, quando falamos em "mquinas" ainda estamos a empregar um substantivo coletivo, cuja expresso poder ser de muita utilidade em determinadas anlises. O conhecimento que a Contabilidade tem do seu objeto est em constante desenvolvimento como, alis, ocorre nas demais cincias em relao aos respectivos objetos. Por esta razo, deve-se aceitar como natural o fato da existncia de possveis componentes do patrimnio cuja apreenso ou avaliao se apresenta difcil ou invivel em determinado momento. OBRIGATORIEDADE A contabilidade para as pessoas jurdicas obrigatria por Lei, no Brasil. Atualmente essa obrigatoriedade est contida no Cdigo Civil (Lei 10.406/2002), na Lei das S/A (Lei 6.404/1976) e no Regulamento do Imposto de Renda. VANTAGENS DA ESCRITURAO CONTBIL Podemos listar as seguintes vantagens de uma entidade manter escriturao contbil: 1. Oferece maior controle financeiro e econmico entidade. 2. Comprova em juzo fatos cujas provas dependam de percia contbil. 3. Contestao de reclamatrias trabalhistas quando as provas a serem apresentadas dependam de percia contbil. 4. Imprescindvel no requerimento de recuperao judicial (Lei 11.101/2005). 5. Evita que sejam consideradas fraudulentas as prprias falncias, sujeitando os scios ou titulares s penalidades da Lei que rege a matria. 6. Base de apurao de lucro tributvel e possibilidade de compensao de prejuzos fiscais acumulados. 7. Facilita acesso s linhas de crdito. 8. Distribuio de lucros como alternativa de diminuio de carga tributria. 9. Prova a scios que se retiram da sociedade a verdadeira situao patrimonial, para fins de apurao de haveres ou venda de participao. 10. Prova, em juzo, a situao patrimonial na hiptese de questes que possam existir entre herdeiros e sucessores de scio falecido. 11. Para o administrador, supre exigncia do Novo Cdigo Civil Brasileiro quanto prestao de contas (art. 1.020). BALANO PATRIMONIAL 11

O Balano Patrimonial a demonstrao contbil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posio patrimonial e financeira da Entidade.

No balano patrimonial, as contas devero ser classificadas segundo os elementos do patrimnio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da empresa. De acordo com o 1 da Lei 6.404/76, as demonstraes de cada exerccio sero publicadas com a indicao dos valores correspondentes das demonstraes do exerccio anterior, para fins de comparao. Para possuir validade, deve ser elaborado e subscrito por profissional devidamente qualificado e registrado no CRC de jurisdio da empresa. COMPOSIO O Balano Patrimonial constitudo pelo: - Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicaes de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefcios econmicos futuros, originados de eventos ocorridos. - Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigaes para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigiro ativos para a sua liquidao. - Patrimnio Lquido compreende os recursos prprios da Entidade, e seu valor a diferena positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. LIVRO DIRIO O livro Dirio obrigatrio pela legislao comercial, e registra as operaes da empresa, no seu dia-a-dia, originando-se assim o seu nome. A escriturao do Dirio deve obedecer as Normas Brasileiras de Contabilidade. Sua inexistncia, para as empresas optantes pelo Lucro Real, ou sua escriturao em desacordo com as normas contbeis sujeitam a empresa ao arbitramento do Lucro, para fins de apurao do Imposto de Renda e Contribuio Social sobre o Lucro. AUTENTICAO O Dirio dever ser autenticado no rgo competente do Registro do Comrcio, e quando se tratar de Sociedade Simples ou entidades sem fins lucrativos, no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local de sua sede. LANAMENTOS

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No livro sero lanadas, em ordem cronolgica, com individualizao, clareza e referncia ao documento probante, todas as operaes ocorridas, includas as de natureza aleatria, e quaisquer outros fatos que provoquem variaes patrimoniais. Observada esta disposio, admite-se: a escriturao do livro por meio de partidas mensais;

a escriturao resumida ou sinttica, com valores totais que no excedam a operaes de um ms, desde que haja escriturao analtica lanada em registros auxiliares. No caso de a entidade adotar para sua escriturao contbil o processo eletrnico, os formulrios contnuos, numerados mecnica ou tipograficamente, sero destacados e encadernados em forma de livro. TERMO DE ABERTURA E ENCERRAMENTO De acordo com os artigos 6 e 7 do Decreto 64.567, de 22 de maio de 1969, o livro Dirio dever conter, respectivamente, na primeira e na ltima pginas, tipograficamente numeradas, os termos de abertura e de encerramento. Do termo de abertura constar a finalidade a que se destina o livro, o nmero de ordem, o nmero de folhas, a firma individual ou o nome da sociedade a que pertena, o local da sede ou estabelecimento, o nmero e data do arquivamento dos atos constitutivos no rgo de registro do comrcio e o nmero de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ). O termo de encerramento indicar o fim a que se destinou o livro, o nmero de ordem, o nmero de folhas e a respectiva firma individual ou sociedade mercantil. Os termos de abertura e encerramento sero datados e assinados pelo comerciante ou por seu procurador e por contabilista legalmente habilitado. Na localidade em que no haja profissional habilitado, os termos de abertura e encerramento sero assinados, apenas, pelo comerciante ou seu procurador. LIVRO RAZO O Livro Razo obrigatrio pela legislao comercial e tem a finalidade de demonstrar a movimentao analtica das contas escrituradas no dirio e constantes do balano. Exemplo: Razo Analtico XPTO Comrcio Ltda. CNPJ: 01.342.575/0001-87 Conta: Bancos Cta. Movimento - Bradesco S/A Data Histrico da Operao 01.01.2008 aldo Inicial S 02.01.2008 epsito D 13 Perodo: Dbito 500,00 Crdito Saldo 1.000,00 D 1.500,00 D

02.01.2008 Cheque n 050070 Totais

500,00

200,00 200,00

1.300,00 D 1.300,00 D

As formalidades da escriturao contbil esto expressas no Decreto Lei 486/1969. No h necessidade de registro do Livro Razo. Entretanto, o mesmo deve conter termo de abertura e encerramento, com a assinatura do contabilista e do responsvel pela empresa. DEMONSTRATIVO DE APURAO DE CONTRIBUIES SOCIAIS (DACON) O Demonstrativo de Apurao de Contribuies Sociais (DACON) uma declarao acessria obrigatria em que as pessoas jurdicas informam a Receita Federal sobre a apurao do: 1. 2. PIS e COFINS no regime cumulativo e no cumulativo e PIS com base na folha de salrios.

PRAZO DE ENTREGA O DACON deve ser apresentado at o 5 (quinto) dia til do 2 (segundo) ms subseqente ao ms de referncia. No caso de extino, incorporao, fuso e ciso total ou parcial, o DACON dever ser apresentado pela pessoa jurdica extinta, incorporada, incorporadora, fusionada ou cindida at o 5 (quinto) dia til do 2 (segundo) ms subseqente ao da realizao do evento. A obrigatoriedade de entrega do DACON no caso de incorporao no se aplica incorporadora, nos casos em que as pessoas jurdicas, incorporadora e incorporada, estiverem sob o mesmo controle societrio desde o ano-calendrio anterior ao do evento. DECLARAO DE AJUSTE ANUAL DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS - IRPF A partir de 2010, acaba a obrigatoriedade da pessoa fsica scia de empresa apresentar a Declarao de Imposto de Renda - DIRPF. Entretanto, tais contribuintes tero que apresentar declarao se estiverem em um dos outros quesitos de obrigatoriedade. Principalmente os scios de empresas inativas devero ser beneficiados com esta simplificao. At 2009, todas as pessoas fsicas participantes do quadro societrio de empresas como titular ou scio, independentemente do seu rendimento, eram obrigadas a entregar suas respectivas declaraes de ajuste anual do imposto de renda das pessoas fsicas, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda. Se no estivesse obrigada a entrega por outra situao, ficava dispensada de apresentar a Declarao de Ajuste Anual a pessoa fsica que tivesse participao em sociedade por aes de capital aberto ou cooperativa, cujo valor de constituio ou aquisio tenha sido inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais). OPO 14

A pessoa fsica, mesmo desobrigada, pode apresentar a declarao. Isto vantajoso, por exemplo, se teve reteno de Imposto de Renda na Fonte, quando o total de rendimentos tributveis, no ano, no alcanou o limite mnimo para declarar.

DECLARAO DE CAPITAIS BRASILEIROS NO EXTERIOR (CBE) Independentemente das declaraes a serem apresentadas Receita Federal do Brasil, as pessoas fsicas ou jurdicas residentes, domiciliadas ou com sede no Pas, assim conceituadas na legislao tributria, detentoras de bens e direitos no exterior, cujos valores somados, em 31 de dezembro, sejam iguais ou superiores a US$ 100.000,00 (cem mil dlares dos Estados Unidos da Amrica), ou seu equivalente em outras moedas, devem informar ao Banco Central do Brasil - BACEN - os ativos em moeda e os bens e direitos possudos fora do territrio nacional. A partir da posio de 31 de maro de 2011 e sem prejuzo do disposto no pargrafo anterior, as pessoas descritas, ficam obrigadas a prestar declarao nas datas-base de 31 de maro, 30 de junho e 30 de setembro de cada ano, quando os bens e valores do declarante no exterior totalizarem, nessas datas, quantia igual ou superior a US$100.000.000,00 (cem milhes de dlares dos Estados Unidos da Amrica), ou seu equivalente em outras moedas. PRAZO E MODO DE APRESENTAO As informaes referentes ao ano de 2009, com data-base em 31 de dezembro, devem ser declaradas a partir das 9h de 7 de junho de 2010 at as 20h de 30 de julho de 2010. A entrega da declarao fora desse prazo, assim como a entrega com erro ou vcio ou a no entrega da declarao, sujeita o infrator aplicao de multa pelo Banco Central do Brasil. Durante o prazo de entrega, possvel enviar declarao retificadora, sem incidncia de multa. Base: Circular BACEN 3.496/2010. O QUE DEVE SER INFORMADO As informaes solicitadas esto relacionadas s modalidades a seguir indicadas, podendo ser agrupadas quando forem coincidentes o pas, a moeda, o tipo e a caracterstica do ativo: I-depsito; II - emprstimo em moeda; III - financiamento; IV - arrendamento mercantil financeiro; V - investimento direto; 15

VI - investimento em portflio; VII - aplicao em instrumentos financeiros derivativos; e VIII - outros investimentos, incluindo imveis e outros bens. As aplicaes em Brasilian Depositary Receipts (BDR) devem ser prestadas pelas instituies depositrias, de forma totalizada por programa. Os fundos de investimento, por meio de seus administradores, devem informar o total de suas aplicaes, discriminando tipo e caractersticas. COMO DECLARAR A Declarao s pode ser feita de maneira eletrnica, de duas formas possveis, diretamente na pgina do CBE no stio do Banco Central do Brasil na internet (www.bcb.gov.br >> Cmbio e Capitais Estrangeiros >> Capitais Brasileiros no Exterior), ou utilizando o Programa-Declarao para download, disponvel na mesma pgina, e que dever ser instalado no computador do declarante. GUARDA DE DOCUMENTOS Os responsveis pela prestao de informaes devem manter, pelo prazo de cinco anos contados a partir da data-base da declarao, a documentao comprobatria das informaes prestadas para apresentao ao Banco Central do Brasil, quando solicitada. DVIDAS Para esclarecimento de dvidas sobre a Declarao de Capitais Brasileiros no Exterior ou para a soluo de problemas relativos ao seu preenchimento, o atendimento ao declarante ser feito por meio do endereo eletrnico [email protected] ou pelos fones abaixo: A entrega da declarao fora do prazo sujeita o infrator aplicao de multa pelo Banco Central do Brasil. A Medida Provisria 2.224, de 04.09.2001, estabelece, em seu art. 1, multa de at R$ 250.000,00 no caso de no-fornecimento de informaes regulamentares exigidas pelo Banco Central do Brasil relativas a Capitais Brasileiros no Exterior, bem como da prestao de informaes falsas, incompletas, incorretas ou fora dos prazos e das condies previstas na regulamentao. O art. 8 da Resoluo CMN/BACEN 3.854/2010, define os critrios para aplicao dessas multas, da seguinte forma: I - prestao de declarao fora do prazo: 10% (dez por cento) do valor previsto no art. 1 da Medida Provisria n 2.224, de 2001, ou 1% (um por cento) do valor sujeito a declarao, o que for menor;

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II - prestao de declarao contendo informao incorreta ou incompleta: 20% (vinte por cento) do valor previsto no art. 1 da Medida Provisria n 2.224, de 2001, ou 2% (dois por cento) do valor sujeito a declarao, o que for menor; III - no prestao da declarao ou no apresentao da documentao comprobatria ao Banco Central do Brasil das informaes fornecidas: 50% (cinqenta por cento) do valor previsto no art. 1 da Medida Provisria n 2.224, de 2001, ou 5% (cinco por cento) do valor sujeito a declarao, o que for menor; IV - prestao de declarao falsa ou de informao falsa sobre os valores sujeitos declarao: 100% (cem por cento) do valor previsto no art. 1 da Medida Provisria n 2.224, de 2001, ou 10% (dez por cento) do valor sujeito a declarao, o que for menor. DIRF A Declarao do Imposto de Renda Retido na Fonte DIRF uma obrigao tributria acessria devida por todas as pessoas jurdicas - independentemente da forma de tributao perante o imposto de renda - da reteno do IRF - Imposto de Renda na Fonte. A DIRF conter a identificao por espcie de reteno e identificao do beneficirio, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda e as instrues baixadas pela Receita Federal do Brasil - RFB. Ficam tambm obrigadas entrega da DIRF as pessoas jurdicas que tenham efetuado reteno, ainda que em nico ms do ano-calendrio a que se referir a DIRF, da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL), da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuio para o PIS/PASEP sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurdicas IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE O Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF ou IRF - uma obrigao tributria principal em que a pessoa jurdica ou equiparada, est obrigada a reter do beneficirio da renda, o imposto correspondente, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de Renda. O sistema de reteno do Imposto de Renda na Fonte tem as seguintes caractersticas: 1 Atribuio a fonte pagadora do rendimento ou encargo de determinar a incidncia; 2 Esta mesma fonte pagadora calcula o imposto devido pelo beneficirio do rendimento; 3 Deduo do Imposto do rendimento a ser pago; 4 Recolhimento mediante documento especfico e; 5 Regimes de reteno exclusiva na fonte ou antecipao do devido no ajuste anual. A falta de reteno ou recolhimento, pela fonte pagadora, far com que sejam devidos da mesma o imposto, a multa de ofcio e os juros de mora. 17

Desta forma, o contabilista deve alertar os responsveis pelos pagamentos da empresa que se atente legislao, visando cumprir o dever de reter o imposto, nos casos legalmente devidos. A reteno do imposto de renda na fonte sem o correspondente recolhimento aos cofres pblicos caracteriza crime tributrio conforme art. 2 da Lei 8.137/90, adiante reproduzido: Art. 2 Constitui crime da mesma natureza: I - ... II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuio social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigao e que deveria recolher aos cofres pblicos; Entende-se que, se a fonte pagadora deixar de reter o valor do IRF e no o recolher, no est caracterizado o crime de apropriao indbita, estando o sujeito passivo apenas sujeito a sano administrativa (multa e juros sobre o valor no retido). Conforme Parecer Normativo SRF 01/02, quando a incidncia na fonte tiver a natureza de antecipao do imposto a ser apurado pelo contribuinte, a responsabilidade da fonte pagadora pela reteno e recolhimento do imposto extingue-se, no caso de pessoa fsica, no prazo fixado para a entrega da declarao de ajuste anual, e, no caso de pessoa jurdica, na data prevista para o encerramento do perodo de apurao em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual. Constatada a falta de reteno do imposto, que tiver a natureza de antecipao, antes da data fixada para a entrega da declarao de ajuste anual, no caso de pessoa fsica, e, antes da data prevista para o encerramento do perodo de apurao em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual, no caso de pessoa jurdica, sero exigidos da fonte pagadora o imposto, a multa de ofcio e os juros de mora. Verificada a falta de reteno aps as datas referidas acima sero exigidos da fonte pagadora a multa de ofcio e os juros de mora isolados, calculados desde a data prevista para recolhimento do imposto que deveria ter sido retido at a data fixada para a entrega da declarao de ajuste anual, no caso de pessoa fsica, ou, at a data prevista para o encerramento do perodo de apurao em que o rendimento for tributado, seja trimestral, mensal estimado ou anual, no caso de pessoa jurdica. LIVRO DE INSPEO DO TRABALHO O Livro de Inspeo do Trabalho obrigatrio para todas as pessoas jurdicas e equiparadas, conforme Portaria METPS 3.158/1971. Deve permanecer no estabelecimento disposio da fiscalizao do Ministrio do Trabalho, nos termos estabelecidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas. Os Agentes da Inspeo do Trabalho, quando de sua visita ao estabelecimento empregador, autenticaro o Livro de Inspeo do Trabalho que ainda no tiver sido autenticado, sendo desnecessria a autenticao pela unidade regional do Ministrio do Trabalho. 18

As empresas ou empregadores que mantiverem mais de um estabelecimento, filial ou sucursal, devero possuir tantos livros "Inspeo do Trabalho" quantos forem seus estabelecimentos LIVRO REGISTRO DE EMPREGADOS O Livro Registro de Empregados obrigatrio para todas as pessoas jurdicas e equiparadas que possuam funcionrios, podendo a critrio da pessoa jurdica ser substitudo por fichas, nos termos estabelecidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas. LIVRO REGISTRO DE INVENTRIO O livro Registro de Inventrio obrigatrio para todas as empresas, e tem o objetivo de registrar todas as mercadorias em estoques quando do levantamento do balano da empresa. As pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real devero escriturar o Livro Registro de Inventrio ao final de cada perodo: trimestralmente ou anualmente quando houver opo pelos recolhimentos mensais durante o curso do ano-calendrio, com base na estimativa (RIR/1999, art. 261). As demais empresas (optantes pelo Lucro Presumido ou Simples Nacional) escrituram o livro no final de cada ano calendrio. Devem ser arrolados, pelos seus valores e com especificaes que permitam sua perfeita identificao, as mercadorias, as matrias-primas, os produtos intermedirios, os materiais de embalagem, os produtos manufaturados e os produtos em fabricao, existentes no estabelecimento poca de balano. AUSNCIA DE ESCRITURAO DO LIVRO A lei fiscal determina que, alm dos livros de contabilidade previstos em leis e regulamentos, as pessoas jurdicas devem possuir um livro de registro de inventrio das matrias-primas, das mercadorias, dos produtos em fabricao, dos bens em almoxarifado e dos produtos acabados existentes na poca do balano. Nessas condies estar autoridade tributria autorizada a arbitrar o lucro da pessoa jurdica sujeita tributao com base no lucro real, quando esta no mantiver escriturao na forma das leis comerciais e fiscais (RIR/1999, art. 530). A ausncia de escriturao do Livro de Inventrio implica tambm em infrao, perante a legislao do IPI e do ICMS de cada estado, sujeita s penalidades dos respectivos regulamentos. PRAZO A escriturao dever ser efetivada dentro de 60 (sessenta) dias, contados da data do balano ou, no caso de empresa que no mantm escrita contbil, do ltimo dia do ano civil. FOLHA DE PAGAMENTO A Folha de Pagamento um documento trabalhista preparado por todas as pessoas jurdicas e equiparadas que possuam funcionrios. 19

A folha de pagamento deve descriminar o nome do funcionrio, salrio, descontos e outras informaes, conforme estabelece a Consolidao das Leis Trabalhistas e a Lei Orgnica da Previdncia Social. GPS A Guia da Previdncia Social GPS uma obrigao tributria principal devida por todas as pessoas jurdicas e equiparadas, que possuam funcionrios. utilizada tambm para o recolhimento devido pelas empresas sobre remuneraes a trabalhadores autnomos e profissionais liberais, para a contribuio de scios ou administradores a ttulo de pr-labore, e para importncias retidas de terceiros, nos termos estabelecidos pela Lei Orgnica da Previdncia Social. GFIP - GUIA DE RECOLHIMENTO DO FGTS E DE INFORMAES PREVIDNCIA SOCIAL A GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informaes Previdncia Social - de entrega obrigatria para todas as pessoas fsicas ou jurdicas sujeitas ao recolhimento do FGTS ou s contribuies/informaes Previdncia Social. A GFIP dever ser entregue mensalmente, a partir de 01 de fevereiro de 1999, quando houver: recolhimento ao FGTS e informaes Previdncia Social; apenas recolhimento ao FGTS; apenas informaes Previdncia Social. A GFIP dever ser entregue at o dia 7 do ms seguinte ao da competncia. Caso no haja expediente bancrio no dia 7, a entrega dever ser antecipada para o dia de expediente bancrio imediatamente anterior. As informaes devero ser apresentadas por meio magntico, gerado pelo programa SEFIP disponvel para download no site da Caixa Econmica Federal - CEF (www.cef.gov.br). GRFC A GRFC - Guia de Recolhimento Rescisrio do FGTS e da Contribuio Social o documento destinado ao recolhimento para o FGTS e da Contribuio Social, nos casos de dispensa do empregado sem justa causa, inclusive a indireta, por culpa recproca, por fora maior e na resciso do contrato firmado nos termos da Lei 9.601/98. CAGED O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED uma obrigao trabalhista preparada por todas as pessoas jurdicas e equiparadas, mensalmente, por ocorrncia de admisso, transferncia ou demisso de empregados. RAIS 20

A Relao Anual de Informaes Sociais RAIS uma obrigao trabalhista preparada anualmente por todas as pessoas jurdicas e equiparadas que possuam ou possuram empregados. As empresas que no tenham funcionrios tambm devem entregar a RAIS, que nesse caso denomina-se RAIS NEGATIVA. utilizada para fins estatsticos pelo governo, e no clculo de crdito e pagamento do abono anual do PIS aos empregados. CONTRIBUIO SINDICAL A Contribuio Sindical uma obrigao tributria principal, devida por todas as pessoas jurdicas, autnomos, profissionais liberais e empregados, aos respectivos sindicatos da categoria a que se enquadrem, nos termos estabelecido pela Consolidao das Leis Trabalhistas. CONTRIBUIO CONFEDERATIVA A Contribuio Confederativa uma obrigao para a manuteno do sistema confederativo sindical, devida por todas as pessoas jurdicas, autnomos, profissionais liberais e empregados, aos respectivos sindicatos da categoria a que se enquadrem, nos termos estabelecidos pela Constituio Federal. CONTRIBUIO ASSISTENCIAL A Contribuio Assistencial uma obrigao devida por todas as pessoas jurdicas e empregados, aos respectivos sindicatos da categoria a que se enquadrem, estipulada em dissdio, acordo ou conveno coletiva de trabalho, nos termos estabelecidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas. CONTRIBUIO ASSOCIATIVA A Contribuio Associativa obrigao estatutria devida pelos associados dos Sindicatos, aos seus respectivos Sindicatos da categoria a que se enquadrem, definida em assemblia geral da respectiva entidade Sindical, nos termos estabelecidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas. NR 7 Todos os empregadores e instituies que admitam empregados esto obrigados a elaborar e implementar o PCMSO Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional visando promoo e preservao da sade do conjunto dos seus trabalhadores. So parmetros mnimos e diretrizes gerais a serem observados, que podem ser ampliados mediante negociao coletiva de trabalho. NR 9

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Todos os empregadores e instituies que admitam empregados, esto obrigados a elaborar e implementar o PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais. O PPRA visa a preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipao, reconhecimento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais. INFORMES DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS FSICAS O Informe de Rendimentos das Pessoas Fsicas o documento que dever ser fornecido pela fonte pagadora pessoa Fsica ou Jurdica, que tenha pago pessoa Fsica ou Jurdica rendimentos sujeitos reteno do imposto de renda na fonte. INFORMES DE RENDIMENTOS DAS PESSOAS JURDICAS Os Informes de Rendimentos das Pessoas Jurdicas o documento que dever ser fornecido pela fonte pagadora Jurdica, que tenha pago a outra pessoa Jurdica rendimentos sujeitos reteno do imposto de renda na fonte. PUBLICAES OBRIGATRIAS NAS SOCIEDADES LIMITADAS PUBLICAES SOCIETRIAS Com o advento do Novo Cdigo Civil - NCC - Lei 10.406/2002, as sociedades limitadas ficaram obrigadas a publicar suas atas de reunio ou as assemblia dos scios, em alguns casos especficos. De acordo com o "Manual de Atos de Registro de Sociedade Limitada", do Departamento Nacional de Registro de Comrcio (IN DNRC 98/2003), somente precisam ser publicadas as atas de reunio ou assemblia de scios ou o instrumento firmado por todos os scios nos seguintes casos: 1) reduo de capital, quando considerado excessivo em relao ao objeto da sociedade ( 1 do art. 1.084 CC/2002) (publicao anterior ao arquivamento); 2) dissoluo da sociedade (Inciso I, art. 1.103, CC/2002) (publicao posterior ao arquivamento); 3) extino da sociedade (Pargrafo nico, art. 1.109 CC/2002) (publicao posterior ao arquivamento); 4) incorporao, fuso ou ciso da sociedade (art. 1.122 CC/2002) (publicao posterior ao arquivamento). UM RESUMO DAS DEMONSTRACES FINANCEIRAS A norma internacional de contabilidade define as demonstraes financeiras como uma representao estruturada da posio financeira e do desempenho financeiro de uma deteminada entidade. 22

O objetivo das demonstraes financeiras o de proporcionar informao fivel acerca da posio financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de uma determinada entidade que seja til a uma vasta gama de utentes nas respectivas tomadas de decises econmicas, permitindo, simultaneamente, mostrar os resultados da gesto por parte dos gerentes dos recursos que lhes foram confiados e colocados disposio. Para satisfazer este objetivos, as demonstraes financeiras proporcionam informao acerca dos ativos, passivos, capital prprio, rendimentos e gastos e outras alteraes do capital prprio e ainda acerca dos fluxos de caixa. Estas informaes, contidas em mapas como o balano, a demonstrao de resultados, a demonstrao de alteraes no capital prprio e a demonstrao de fluxos de caixa, juntamente com informao contida nas notas, ajudam os utentes das demonstraes financeiras a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e a sua tempestividade e grau de incerteza. As demontraes financeiras so relatrios contbeis que apiam a tomada de deciso nas empresas. Os demonstrativos mais importantes so: Balano Patrimonial Demonstrao do Resultado do Exerccio (ou DRE) Fluxo de Caixa Demonstraes financeiras : Balano da empresa no exerccio (conjunto de demonstrativos financeiros - balano patrimonial, demonstrao de resultados do exerccio-DRE, demonstrao das origens e aplicaes de fundos-DOAF, fluxo de caixa, balano, relatrio de gesto, parecer dos auditores independentes, entre outros O balano patrimonial, aps reformulao dada pela lei 11.638/07 juntamente com a MP 449/08, a princpio introduziram um novo conceito globalizado para este demonstrativo. Ocorre que atualmente (2008 em diante) neste demonstrativo deve ser evidenciado tanto para o ativo quanto para o passivo a parcela que corresponde ao "circulante" da empresa e ao "nocirculante Na Contabilidade e no Direito, a palavra "balano" decorre do equilbrio ou da igualdade expresso nas seguintes frmulas contbeis: Ativo = Passivo + Patrimnio Lquido Aplicaes = Origens. Cientificamente falando, o balano patrimonal obrigatrio para todos os empresrios e sociedades com duas excees previstas (Rurais e pequenos empresrios) e sua estrutura uma consequencia das partidas dobradas aonde para um ou mais crdito existir um ou mais debito de mesmo valor. Os "pequenos empresrios" so as empresas familiares onde a prpria famlia trabalha nela e no tem empregados contratados, no os confunda com os donos de Empresa de Pequeno Porte (EPP). A grosso modo podemos pensar em parte na idia de uma balana de dois pratos, onde sempre encontramos a igualdade. A balana ainda remete idia de mensurao do peso. S que no caso do Balano Patrimonial no se mede o peso, mas o patrimnio. O termo patrimonial tem origem no patrimnio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e obrigaes. 23

Juntando as duas partes, obtm-se o balano patrimonial, equilbrio do patrimnio, igualdade patrimonial. Em sentido amplo, o balano evidencia a situao patrimonial da empresa em determinada data. Em terminologia moderna em uso no Brasil, o Balano uma demonstrao contbil que tem por finalidade apresentar a posio contbil, financeira e economica de uma entidade (em geral uma empresa) em determinada data, representando uma posio esttica (posio ou situao do patrimnio em determinada data). No Direito Privado, era chamado anteriormente pelo Cdigo Comercial Brasileiro de "Balano Geral". A partir da lei 6.404/76, o Balano das companhias passou a ser denominado de "Balano Patrimonial", procurando diferenciar essa Demonstrao Contbil do "Balano Financeiro", prprio das entidades sem fins lucrativos. O Cdigo Comercial foi revogado e substitudo pelo Cdigo Civil, notadamente pelo Livro II "Do Direito de Empresa" que tem incio em seu art. 966. O Balano apresenta os Ativos (bens e direitos) e Passivos (obrigaes) e o Patrimnio Lquido, que resultante da diferena entre o total de ativos e passivos. A demonstrao do resultado do exerccio (DRE) uma demonstrao contbil dinmica que se destina a evidenciar a formao do resultado lquido em um exerccio, atravs do confronto das receitas, custos e despesas, apuradas segundo o princpio contbil do regime de competncia. A demonstrao do resultado do exerccio, oferece uma sntese financeira dos resultados operacionais e no operacionais de uma empresa em certo perodo. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de legais de divulgao, em geral so feitas mensalmente para fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais. De acordo com a legislao brasileira(Lei n 6.404, de 15 12 1976, Lei da Sociedade por Aes), as empresas devero discriminar na Demonstrao do Resultado do Exerccio: A receita bruta das vendas e servios, as dedues das vendas, os abatimentos e os impostos; A receita lquida das vendas e servios, o custo das mercadorias e servios vendidos e o lucro bruto; As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; O lucro ou prejuzo operacional, as receitas e despesas no operacionais; O resultado do exerccio antes do Imposto de Renda e a proviso para tal imposto; As participaes de debntures, empregados, administradores e partes beneficirias, e as contribuies para instituies ou fundos de assistncia ou previdncia de empregados; O lucro ou prejuzo lquido do exerccio e o seu montante por ao do Capital Social. Veja um modelo detalhado da DRE, usada para Apurao do Resultado do Exerccio: 24

MODELO DA DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO Receita Operacional Bruta (Gross Profit) Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestao de Servios (-) Dedues e Abatimentos da Receita Bruta (Depreciation and Amortization) Devolues de Vendas Impostos e Contribuies Incidentes sobre Vendas (=) Receita Operacional Lquida (Net income) (-) Custos das Vendas Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Custo dos Servios Prestados (=) Lucro (ou Margem ou Resultado) Operacional Bruto (Gross Margin) (-) Despesas Operacionais Despesas Com Vendas Despesas Administrativas Despesas Tributrias Amortizaes e Depreciaes Outras Despesas Operacionais (=) Resultado Operacional ou EBIT (em Portugal, e segundo o GAAP) USADO SOMENTE EM PORTUGAL (-) Despesas Financeiras Lquidas Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variaes Monetrias e Cambiais Passivas 25

Outras Receitas e Despesas Operacionais (+) Receitas financeiras (=) Lucro (Resultado) Lquido Operacional ou Lucro Lquido Antes do Imposto de Renda e da Contribuio Social e Sobre o Lucro (Net Income from operations) (-) Despesas no-operacionais (+) Receitas no-operacionais (=) Lucro Antes da Proviso para Imposto de Renda e Contribuio Social (EBITDA) (-) Proviso para Imposto de Renda e Contribuio Social Sobre o Lucro (=) Lucro Lquido aps Proviso para Imposto de Renda e Contribuio Social (EBIT) e Antes das Participaes (-) Despesas Participaes de Administradores Empregados Debntures Partes Beneficirias Contribuies estatutrias (=) Lucro (ou Prejuzo) Lquido do Exerccio (Net Income) Em Finanas, o fluxo de caixa (designado em ingls por "cash flow"), refere-se ao montante de caixa recebido e gasto por uma empresa durante um perodo de tempo definido, algumas vezes ligado a um projeto especfico. Existem dois tipos de fluxos: - outflow, de sada, que representa as sadas de capital, subjacentes s despesas de investimento. - inflow, de entrada, que o resultado do investimento. Valor que contrabalana com as sadas e traduz-se num aumento de vendas ou representa uma reduo de custo de produo, etc. Calcula o valor acumulado entre as receitas previstas e as despesas durante determinado perodo 1, escolher um perodo de tempo para o estudo 2 reunir os valores totais das receitas obtidas para cada perodo, do total de perodos em estudo 3 reunir o total de custos para o projecto, nos perodos correspondentes aos estudados no 2 passo 4 efectuar a soma dos valores positivos do 2 passo com os valores negativos do 3 passo 5 tomar a soma de acumulados dos valores obtidos no 4 passo Perodo de estudo: perodo de tempo a que reporta o levantamento de todos os outflows e inflows relacionados com o projecto 26

Apesar de em Portugal, apenas a partir de 1 de Janeiro de 2003 ser necessria a apresentao da Demonstrao dos Fluxos de Caixa, alterao introduzida atravs da Directriz Contabilstica n 14, este um dos indicadores mais usados por analistas financeiros, como medida de desempenho da empresa. O fluxo de caixa permite a anlise da gerao dos meios financeiros e da sua utilizao, num determinado perodo de tempo. Na Contabilidade, uma projeo de fluxo de caixa demonstra todos os pagamentos (direito) e recebimentos esperados em um determinado perodo de tempo. O controlador de fluxo de caixa necessita de uma viso geral sobre todas as funes da empresa, como: pagamentos, recebimentos, compras de matria-prima, compras de materiais secundrios, salrios e outros, por que necessrio prever o que se poder gastar no futuro dependendo do que se consome hoje. Um exemplo: se uma pessoa recebe $ 5.000,00 mensais (ou $ 60.000,00 anuais), e gasta algo equivalente a isso com as despesas correntes, seu fluxo de caixa de igual valor. Com esse fluxo de caixa ele poder se planejar para o futuro de curto prazo, ele tambm estaria impedido de tomar emprstimos vultosos, comprar bens de alto valor ou empreender projetos acima de $ 100.000,00, por exemplo. Para uma entidade jurdica, essa medida de fluxo de caixa idntica. Portanto, o fluxo de caixa "mede" o valor do negcio em que a empresa vem operando. No adianta a entidade ser gigantesca ou pequena demais, o valor desse empreendimento estar no seu fluxo de caixa, ou melhor, se ambas tiverem um FC de, digamos, 1 milho, ambas tero o mesmo valor de mercado, pelas trocas de ativos que eles realizam com o mercado serem idnticas. Apesar do nome, as contas-correntes da empresa tem o mesmo comportamento do seu caixa e seu movimento faz parte desse fluxo de caixa. O que no pode ser considerado a transao de depsito ou saque bancrios, ou melhor, as transaes entre Caixa e Contas-Correntes no so computadas. O fluxo de caixa uma tima ferramenta para auxiliar o administrador de determinada empresa nas tomadas de decises. atraves deste "mapa" que os custos fixos e variveis ficam evidentes, permitindo-se desta forma um controle efetivo sobre determinadas questes empresariais. Existem vrias medidas com capacidade para caracterizar a rentabilidade de um projecto de investimento: os resultados do exerccio(do projecto) so primeira vista a medida de rendibilidade por excelncia da actividade do projecto. Acontece que os resultados do exerccio(o lucro) uma medida que depende de vrios procedimentos nomeadamente do registo contabilstico adoptado(como o mtodo de valorizao das existncias, das amortizaes e reintegraes, etc), de tal forma que existem, em geral para a mesma empresa e para o mesmo exerccio, duas medidas distintas do lucro, uma para a administrao fiscal e outra para os accionistas. As diferentes medidas dos resultados do exerccio(lucro)provocariam , acaso se utilizasse o lucro como medida de rentabilidade do projecto, que estes procedimentos poderiam levar a considerar um bom projecto num mau projecto. Para evitar a dependncia da medida de rendibilidade do projecto do procedimento contabilstico, utiliza-se como medida de rendibilidade do projecto o cash-flow. 27

O conceito de cash-flow designa os fluxos lquidos gerados pelo projecto que assumem a forma de numerrio. A vantagem do cash-flow relativamente ao lucro que o cash-flow um conceito objectivo, bem definido, que registvel de forma inequvoca. Os recebimentos e os pagamentos efectivos em numerrio so os registos relevantes para a medio do cash-flow. Na definio do cash-flow importante identificar os recebimentos e pagamentos do projecto em numerrio, bem como o perodo de tempo em que esse fluxo gerado, dado que o dinheiro tem valor no tempo. Este conceito desagregvel no projecto de investimento em: Cash-flow de investimento Cash-flow de explorao O cash-flow de investimento obtm-se a partir do plano global de investimento, e o de explorao a partir do plano de explorao previsional. Estes conceitos so distintos e medem coisas distintas se pretendermos medir a rendabilidade devemos usar o conceito de cash-flow; se pretendemos medir a solvabilidade devemos utilizar o conceito de fluxo de tesouraria. Ciclos financeiros Os fluxos financeiros podem ser divididos em trs ciclos principais: o ciclo de investimento, o ciclo operacional e o ciclo das operaes financeiras, no qual ciclo de operaes financeiras composto por operaes de capital e operaes de tesouraria. Atividades de investimento, englobam a aquisio e alienao de imobilizaes corpreas e incorpreas. Aplicaes financeiras no consideras como equivalentes de caixa: pagamentos e recebimentos relativos aquisio e alienao de imobilizaes, pagamentos e recebimentos relativos aquisio e alienao de partes de capital, de obrigaes e de outras dividas, adiantamentos e emprstimos concedidos e seus reembolsos, pagamentos e recebimentos inerentes a contratos de futuros, opes e de SWAP, exceto quando tais contratos constituem atividade operacional ou sejam classificados como atividades de financiamento. Atividades operacionais so o conjunto de atividades que formam o objeto da empresa. No qual gera no balano contas de ativo cclico e de passivo cclico, contas a receber e a pagar no curto prazo relacionadas com a explorao. Atividades de financiamento, resultam de alteraes na extenso e composio dos emprstimos obtidos e do capital prprio da empresa. Mtodos de elaborao da demonstrao dos fluxos de caixa A demonstrao de fluxo de caixa pode ser elaborada por dois mtodos diferentes, desde que no seja uma empresa cotada, uma vez que a CVM exige que as empresas cotadas usem o mtodo directo. Mtodo Directo: Divulgam-se os principais componentes dos recebimentos e pagamentos de caixa em termos brutos, pelo ajustamento das vendas, custo das vendas e outras rubricas. Mtodo Indirecto: Consiste em ajustar o resultado lquido do exerccio dos efeitos das transaces que no sejam a dinheiro, acrscimos e diferimentos relacionados com recebimentos ou pagamentos futuros e contas de proveitos ou de custos relacionados com fluxos de caixa respeitantes s actividades de financiamento e investimento. (foca as diferenas entre o resultado liquido e os fluxos de actividades operacionais). 28

II - AS NECESSIDADES DE INFORMACO E O MODELO DE PLANO DE CONTAS 2.1 Introduco Plano de Contas (ou Elenco de Contas) o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contbeis de registro de fatos e atos inerentes entidade, alm de servir de parmetro para a elaborao das demonstraes contbeis. A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, j que os usurios de informaes podem necessitar detalhamentos especficos, que um modelo de Plano de Contas geral pode no compreender. OBJETIVOS DO PLANO DE CONTAS Seu principal objetivo estabelecer normas de conduta para o registro das operaes da organizao e, na sua montagem, devem ser levados em conta trs objetivos fundamentais: a) atender s necessidades de informao da administrao da empresa; b) observar formato compatvel com os princpios de contabilidade e com a norma legal de elaborao do balano patrimonial e das demais demonstraes contbeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A); c) adaptar-se tanto quanto possvel s exigncias dos agentes externos, principalmente s da legislao do Imposto de Renda. ELENCO DE CONTAS E CORRESPONDENTE CONJUNTO DE NORMAS O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas constituiu na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrio do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contm comentrios e indicaes gerais sobre a aplicao e o uso de cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informaes sobre critrios gerais de contabilizao). 2.2 Consideraes sobre manual de diretrizes contbeis, elenco de contas comentadas e modelos de relatrios padronizados. Os elementos que formam o patrimnio e suas alteraes so controlados por meio de contas. A funo das contas registrar e expor os bens, os direitos, as obrigaes e a situao lquida patrimonial, alm das receitas e despesas, com base nas quais so apurados os lucros ou prejuzos decorrentes das atividades da empresa. Existem contas patrimoniais, que representam os bens, os direitos, as obrigaes e a situao lquida. H tambm as contas de resultado, que indicam as variaes positivas (receitas) e negativas (despesas) ocorridas no patrimnio, em virtude das atividades da empresa. As contas de resultado possibilitam a apurao dos lucros ou prejuzos em cada exerccio. Para cada bem ou agrupamento de bens, direitos, obrigaes ou situao lquida, h uma conta especfica. Da mesma forma, as modificaes do patrimnio, positivas ou negativas, so representadas por contas de resultado. Os elementos que compem o patrimnio e as operaes desenvolvidas variam significativamente de uma para outra empresa. Elas podem realizar atividades industriais, 29

comerciais, agrcolas, extrativas, de servios. Existem as seguradoras, os bancos, as transportadoras, as empresas de telecomunicaes, de segurana, de cmbio etc. Em razo dessa diversidade, cada empresa pode ter um elenco prprio de contas. O plano de contas de uma empresa consiste numa relao padronizada de contas a serem utilizadas no registro das operaes pelos profissionais da rea de contabilidade. Como todos eles se sujeitam s regras estabelecidas num mesmo plano de contas, a conseqncia a uniformidade nos procedimentos contbeis adotados. O plano de contas estabelece a relao de contas a serem adotadas nos registros contbeis das operaes da empresa, indicando a funo e o funcionamento de cada uma delas. O plano de contas deve ser flexvel, de forma a poder ser adaptado, mediante incluso ou excluso de contas, em virtude da ocorrncia de fatos contbeis inicialmente no previstos e da dinmica prpria da atividade empresarial. A funo das contas representar os itens patrimoniais e de resultado. Assim, a conta pode traduzir um elemento patrimonial (bem, direito ou obrigao, alm da situao lquida) ou de resultado (receita ou despesa). O funcionamento da conta se d por intermdio do mecanismo de dbito e crdito, que indica o aumento ou diminuio do saldo. 2.3 Modelo de Plano de Contas Elenco Proposto O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas constitu na verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrio do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contm comentrios e indicaes gerais sobre a aplicao e o uso de cada uma das contas (para que serve, o que deve conter e outras informaes sobre critrios gerais de contabilizao). Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrar o dinheiro em espcie (papel-moeda) disponvel na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo Disponibilidades. Sugiro que o Plano de Contas contenha, no mnimo, 4 (quatro) nveis: Nvel 1: Ativo, Passivo, Patrimnio Lquido, Receitas, Custos e Despesas. Nvel 2: Ativo: Circulante, Realizvel a Longo Prazo e Permanente. / Passivo e Patrimnio Lquido: Circulante, Passivo Exigvel a Longo Prazo e Patrimnio Lquido. / Receitas: Receita Bruta, Dedues da Receita Bruta, Outras Receitas Operacionais e Receitas No Operacionais. / Custos e Despesas Operacionais e No Operacionais. As alteraes promovidas na lei n. 6.404/76 pela lei n 11.638/07, tm como linha mestra a harmonizao das demonstraes contbeis com as normas internacionais de contabilidade, alm de outras mudanas que ocorreram segundo a lei n 11.941/09. Que tambm regulamenta o Regime Tributrio de Transio (RTT), que trata-se dos ajustes tributrios decorrentes dos novos mtodos e critrios contbeis introduzidos pela lei n 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38 da lei 11.941/09, devendo vigir at a entrada em vigor de lei que neutralize os efeitos tributrios dos novos mtodos e critrios contbeis, introduzidos pela recente legislao societria.

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Com o plano de contas bem elaborado so compostos os itens necessrios para formular o balano patrimonial, que decorre do equilbrio ou da igualdade patrimonial. O termo patrimonial tem origem no patrimnio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos (Ativo) e obrigaes (Passivo). Mais detalhes sobre as principais contas do balano patrimonial: Ativo (Passivo + Patrimnio Lquido) Aplicaes = (Origens) Ativo Circulante - Dinheiro em espcie (caixa ou bancos) que formam os bens circulantes; e os direitos que so valores receber no prazo mximo realizvel at o trmino do exerccio seguinte. Ativo No Circulante - Os valores aplicados no Imobilizado, formam todas as aplicaes de recursos feitas pela empresa de forma permanente que a empresa utiliza para a realizao de suas atividades (maquinas, veculos, etc.), e podem ser classificados em bens tangveis ou intangveis. Passivo - Corresponde ao saldo das obrigaes devidas, os valores so aplicados no ativo se representam os bens e direitos que pertencem a uma determinada entidade, ainda somam-se os impostos, obrigaes trabalhistas, etc. Patrimnio Lquido - Representa os valores que os scios ou acionistas depositam numa determinada empresa. As Contas de Resultado que so as contas que representam as receitas e despesas da entidade: Receita - Entrada monetria que ocorre em uma entidade (Contabilidade) ou patrimnio (Economia), em geral sob a forma de dinheiro ou de crditos representativos de direitos. Nas empresas privadas a receita corresponde normalmente ao produto de venda de bens ou servios (chamado no Brasil de faturamento). Custos - So medidas monetrias resultantes da aplicao de bens e servios na produo de outros bens e servios durante o processo de fabricao. Despesas - o gasto necessrio para a obteno de receita. As Despesas so gastos que no se identificam com o processo de transformao ou produo dos bens e produtos. Gastos - so sacrifcios financeiros com os quais uma organizao, uma pessoa ou um governo, tm que arcar a fim de obter de um produto, bem ou servio qualquer. Para a Contabilidade, os custos e as despesas so categorias de gastos. A classificao e estrutura do Plano de Contas passou por diversas alteraes, essas mudanas entraram em vigor a partir do ano de 2008, portanto ser necessrio a atualizao das contas contbeis perante a lei vigente. PLANO DE CONTAS O plano de Contas normalmente composto de cinco grupos. ATIVO - CONTAS DEVEDORAS PASSIVO - CONTAS CREDORAS DESPESAS - CONTAS DEVEDORAS RECEITAS - CONTAS CREDORAS APURAO DE RESULTADO

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Estes grupos por sua vez tambm se dividem em subgrupos, os quais passaremos a analisar: CIRCULANTE (Bens e direitos realizveis num prazo inferior a 365 dias) ATIVO dias) PERMANENTE (Investimentos e bens destinados manuteno da atividade) O ATIVO representa a parte positiva do patrimnio, a fonte de investimentos, as aplicaes de recursos (BENS E DIREITOS). REALIZVEL A LONGO PRAZO (Idem, num prazo superior a 365

CIRCULANTE (Obrigaes exigveis num prazo inferior a 365 dias) PASSIVO EXIGVEL A LONGO PRAZO (Idem, num prazo superior a 365 dias)

RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS (Resultados antecipados) PATRIMNIO LQUIDO (Capitais prprios) O PASSIVO representa a parte negativa do patrimnio, a fonte de financiamentos, as origens dos recursos (OBRIGAES). Com VENDAS DESPESAS: ADMINISTRATIVAS FINANCEIRAS DESPESAS NO OPERACIONAIS Despesas: Todo gasto despendido na manuteno da atividade da empresa. VENDAS RECEITAS: PRESTAO DE SERVIOS FINANCEIRAS RECEITAS NO OPERACIONAIS Receitas: Todo valor obtido decorrente da venda dos produtos e servios da sua atividade.

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Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurdicosLEI N 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende s sociedades de grande porte disposies relativas elaborao e divulgao de demonstraes financeiras.

Mensagem de veto

O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1o Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redao: Art. 176......................................................... ....................................................................... IV demonstrao dos fluxos de caixa; e V se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado. ....................................................................... 6 A companhia fechada com patrimnio lquido, na data do balano, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais) no ser obrigada elaborao e publicao da demonstrao dos fluxos de caixa. (NR) Art. 177........................................................... ....................................................................... 2 As disposies da lei tributria ou de legislao especial sobre atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam utilizao de mtodos ou critrios contbeis diferentes ou elaborao de outras demonstraes no elidem a obrigao de elaborar, para todos os fins desta Lei, demonstraes financeiras em consonncia com o disposto no caput deste artigo e devero ser alternativamente observadas mediante registro: I em livros auxiliares, sem modificao da escriturao mercantil; ou II no caso da elaborao das demonstraes para fins tributrios, na escriturao mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lanamentos contbeis adicionais que assegurem a preparao e a divulgao de demonstraes financeiras com observncia do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas demonstraes auditadas por auditor independente registrado na Comisso de Valores Mobilirios.

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....................................................................... 5 As normas expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios a que se refere o 3o deste artigo devero ser elaboradas em consonncia com os padres internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobilirios. 6o As companhias fechadas podero optar por observar as normas sobre demonstraes financeiras expedidas pela Comisso de Valores Mobilirios para as companhias abertas. 7o Os lanamentos de ajuste efetuados exclusivamente para harmonizao de normas contbeis, nos termos do 2o deste artigo, e as demonstraes e apuraes com eles elaboradas no podero ser base de incidncia de impostos e contribuies nem ter quaisquer outros efeitos tributrios. (NR) Art. 178.......................................................... 1o ................................................................ ....................................................................... c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangvel e diferido. 2o ................................................................ ....................................................................... d) patrimnio lquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliao patrimonial, reservas de lucros, aes em tesouraria e prejuzos acumulados. ....................................................................... (NR) Art. 179.......................................................... ....................................................................... IV no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpreos destinados manuteno das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operaes que transfiram companhia os benefcios, riscos e controle desses bens; V no diferido: as despesas pr-operacionais e os gastos de reestruturao que contribuiro, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exerccio social e que no configurem tosomente uma reduo de custos ou acrscimo na eficincia operacional; VI no intangvel: os direitos que tenham por objeto bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comrcio adquirido. ....................................................................... (NR)

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(VETADO) Art. 181. (VETADO) Patrimnio Lquido Art. 182........................................................... 1o ................................................................ ....................................................................... c) (revogada); d) (revogada). ....................................................................... 3 Sero classificadas como ajustes de avaliao patrimonial, enquanto no computadas no resultado do exerccio em obedincia ao regime de competncia, as contrapartidas de aumentos ou diminuies de valor atribudo a elementos do ativo ( 5o do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e 3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrncia da sua avaliao a preo de mercado. ....................................................................... (NR) Critrios de Avaliao do Ativo Art. 183............................................................ I - as aplicaes em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e ttulos de crditos, classificados no ativo circulante ou no realizvel a longo prazo: a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicaes destinadas negociao ou disponveis para venda; e b) pelo valor de custo de aquisio ou valor de emisso, atualizado conforme disposies legais ou contratuais, ajustado ao valor provvel de realizao, quando este for inferior, no caso das demais aplicaes e os direitos e ttulos de crdito; ....................................................................... VII os direitos classificados no intangvel, pelo custo incorrido na aquisio deduzido do saldo da respectiva conta de amortizao; VIII os elementos do ativo decorrentes de operaes de longo prazo sero ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 1o................................................................. .......................................................................

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d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transao no compulsria realizada entre partes independentes; e, na ausncia de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: 1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociao de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; 2) o valor presente lquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou 3) o valor obtido por meio de modelos matemtico-estatsticos de precificao de instrumentos financeiros. 2o A diminuio do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangvel e diferido ser registrada periodicamente nas contas de: ....................................................................... 3 A companhia dever efetuar, periodicamente, anlise sobre a recuperao dos valores registrados no imobilizado, no intangvel e no diferido, a fim de que sejam: I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver deciso de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que no podero produzir resultados suficientes para recuperao desse valor; ou II revisados e ajustados os critrios utilizados para determinao da vida til econmica estimada e para clculo da depreciao, exausto e amortizao. ....................................................................... (NR) Critrios de Avaliao do Passivo Art. 184............................................................ ....................................................................... III as obrigaes, encargos e riscos classificados no passivo exigvel a longo prazo sero ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (NR) Demonstrao do Resultado do Exerccio Art. 187............................................................ ....................................................................... VI as participaes de debntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituies ou fundos de assistncia ou previdncia de empregados, que no se caracterizem como despesa; .......................................................................

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2 (Revogado). (NR) Demonstraes dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado Art. 188. As demonstraes referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicaro, no mnimo: I demonstrao dos fluxos de caixa as alteraes ocorridas, durante o exerccio, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alteraes em, no mnimo, 3 (trs) fluxos: a) das operaes; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos; II demonstrao do valor adicionado o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuio entre os elementos que contriburam para a gerao dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza no distribuda. ....................................................................... (NR) Reserva de Lucros a Realizar Art. 197............................................................ 1o ................................................................ ....................................................................... II o lucro, rendimento ou ganho lquidos em operaes ou contabilizao de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realizao financeira ocorra aps o trmino do exerccio social seguinte. ....................................................................... (NR) Limite do Saldo das Reservas de Lucro Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingncias, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, no poder ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assemblia deliberar sobre aplicao do excesso na integralizao ou no aumento do capital social ou na distribuio de dividendos. (NR) Transformao, Incorporao, Fuso e Ciso Art. 226............................................................ ....................................................................... 3 Nas operaes referidas no caput deste artigo, realizadas entre partes independentes e vinculadas efetiva transferncia de controle, os

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ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente de fuso ou ciso sero contabilizados pelo seu valor de mercado. (NR) Avaliao do Investimento em Coligadas e Controladas Art. 248. No balano patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas sobre cuja administrao tenha influncia significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que faam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum sero avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial, de acordo com as seguintes normas: ....................................................................... (NR) Art. 2o A Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 195-A: Reserva de Incentivos Fiscais Art. 195-A. A assemblia geral poder, por proposta dos rgos de administrao, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro lquido decorrente de doaes ou subvenes governamentais para investimentos, que poder ser excluda da base de clculo do dividendo obrigatrio (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). Demonstraes Financeiras de Sociedades de Grande Porte Art. 3o Aplicam-se s sociedades de grande porte, ainda que no constitudas sob a forma de sociedades por aes, as disposies da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escriturao e elaborao de demonstraes financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comisso de Valores Mobilirios. Pargrafo nico. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exerccio social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhes de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhes de reais). Art. 4o As normas de que tratam os incisos I, II e IV do 1 do art. 22 da Lei n 6.385, de 7 de dezembro de 1976, podero ser especificadas por categorias de companhias abertas e demais emissores de valores mobilirios em funo do seu porte e das espcies e classes dos valores mobilirios por eles emitidos e negociados no mercado. Art. 5o A Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A: Art. 10-A. A Comisso de Valores Mobilirios, o Banco Central do Brasil e demais rgos e agncias reguladoras podero celebrar convnio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgao de princpios, normas e padres de contabilidade e de auditoria, podendo, no exerccio de suas atribuies regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientaes tcnicas emitidas. Pargrafo nico. A entidade referida no caput deste artigo dever ser majoritariamente composta por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de sociedades submetidas ao regime de elaborao de demonstraes financeiras previstas nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstraes financeiras, do rgo federal de fiscalizao do

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exerccio da profisso contbil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida atuao na rea contbil e de mercado de capitais. Art. 6o Os saldos existentes nas reservas de reavaliao devero ser mantidos at a sua efetiva realizao ou estornados at o final do exerccio social em que esta Lei entrar em vigor. Art. 7o As demonstraes referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, podero ser divulgadas, no primeiro ano de vigncia desta Lei, sem a indicao dos valores correspondentes ao exerccio anterior. Art. 8o Os textos consolidados das Leis ns 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 6.385, de 7 de dezembro de 1976, com todas as alteraes nelas introduzidas pela legislao posterior, inclusive esta Lei, sero publicados no Dirio Oficial da Unio pelo Poder Executivo. Art. 9o Esta Lei entra em vigor no primeiro dia do exerccio seguinte ao de sua publicao. Art. 10. Ficam revogadas as alneas c e d do 1o do art. 182 e o 2 do art. 187 da Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Braslia, 28 de dezembro de 2007; 186o da Independncia e 119o da Repblica.

LUIZ INCIO Arno Hugo Augustin Filho

LULA

DA

SILVA

Este texto no substitui o publicado no DOU de 28.12.2007 - Edio extra.

MODELO DE UM PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS COMERCIAIS 1 ATIVO 1.1 - CIRCULANTE 1.1.1 - Disponvel 1.1.1.001 - Caixa 1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento 1.1.2 - Realizaes 1.1.2.001 - Clientes 1.1.2.002 - ( - ) Duplicatas Descontadas 1.1.2.003 Aplicaes Financeiras 1.1.2.004 Impostos a Recuperar 1.1.2.005 - Despesas do Exerccio Seguinte 1.1.2.006 - ( - ) Proviso para Devedores Duvidosos 1.1.3 Estoques 1.1.3.001 - Estoque de Mercadorias 1.1.3.002 - (-) Proviso para Ajuste ao Valor de Mercado 1.2 - ATIVO REALIZVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 - Realizaes 1.2.1.001 - Ttulos a Receber 1.3. ATIVO PERMANENTE 1.3.1 - Investimentos 39

1.3.1.001 - Participaes em Outras Cias 1.3.1.002 - Imveis para Renda 1.3.2 Imobilizado 1.3.2.001 - Equipamentos de Informtica 1.3.2.002 - Imveis 1.3.2.003 - Instalaes 1.3.2.004 - Mquinas e Equipamentos 1.3.2.005 - Mveis e Utenslios 1.3.2.006 - Veculos 1.3.2.007 - (-) Depreciao Acumulada 1.3.3 - Diferido 1.3.3.001 - Despesas Pr-Operacionais 1.3.3.002 Despesas com Desenvolvimento de Sistemas 1.2.2.002 Despesas com Desenvolvimento de Novos Produtos 1.3.3.002 - (-) Amortizao Acumulada 2- PASSIVO 2.1 CIRCULANTE 2.1.1 - Obrigaes 2.1.1.001 - Fornecedores 2.1.1.002 - Aluguis a Pagar 2.1.1.003 - Emprstimos a Pagar 2.1.1.004 - ICMS a Recolher 2.1.1.005 Imposto de Renda a Pagar 2.1.1.006 - IR Fonte a Recolher 2.1.1.007 - Contribuies Previdencirias a Recolher 2.1.1.008 - FGTS a Recolher 2.1.1.009 - Honorrios da Diretoria a Pagar 2.1.1.010 - Salrios a Pagar 2.1.1.011 - Dividendos a pagar 2.1.1.012 - Outras Obrigaes a Pagar 2.2 EXIGVEL A LONGO PRAZO 2.2.1 Obrigaes 2.2.1.001 - Financiamentos a Pagar 2.3 RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS 2.3.1 Resultados Futuros 2.3.1.001 - Receitas de Exerccios Futuros 2.3.1.002 - ( - ) Custos e Despesas 2.4 PATRIMNIO LQUIDO 2.4.1 Capital 2.4.1.001 - Capital 2.4.1.002 - ( - ) Capital a Realizar

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2.4.2 - Reservas de Capital 2.4.2.001 gio na Emisso de Aes 2.4.3 Reservas de Reavaliao 2.4.3.001 Reavaliao do Permanente 2.4.4 - Reservas de Lucros 2.4.4.001 Reserva Legal 2.4.5 - Lucros ou Prejuzos Acumulados 2.4.5.001 Lucros Acumulados 2.4.5.002 ( - ) Prejuzos Acumulados 3 - DESPESAS 3.3 DESPESAS OPERACIONAIS 3.3.1 Despesas com Vendas 3.3.1.001 - Comisses sobre Vendas 3.3.1.006 - Fretes e Carretos 3.3.1.007 - Material de Embalagem 3.3.1.008 - Propaganda e Publicidade 3.3.1.009 Despesas c/ Devedores Duvidosos 3.3.2 Despesas Administrativas 3.3.2.001 - Aluguel 3.3.2.002 - Energia Eltrica 3.3.2.003 - gua 3.3.2.004 - Correios 3.3.2.005 Depreciaes 3.3.2.006 - Amortizaes 3.3.2.007 - Fretes e Carretos 3.3.2.008 - Material de Expediente 3.3.2.009 - Prmios de Seguro 3.3.2.010 - Comunicaes 3.3.2.011 - Impostos e Taxas 3.3.2.012 - Servios de Terceiros 3.3.2.013 - Multas Fiscais 3.3.2.014 - Salrios 3.3.2.015 - Honorrios da Diretoria 3.3.2.016 - Dcimo Terceiro Salrio 3.3.2.017 - Encargos Sociais 3.3.2.018 - Frias 3.3.3 Despesas Financeiras 3.3.3.001 - Despesas Bancrias 3.3.3.002 - Juros Passivos 3.3.3.003 - Descontos Concedidos

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3.3.4 Outras Despesas Operacionais 3.3.4.001 Prejuzo de Participao em outras Cias 3.3.4.002 Despesas Eventuais 3.4. DESPESAS NO OPERACIONAIS 3.4.1 - Perdas no Operacionais 3.4.1.001 Perdas na Alienao de Bens 4 - RECEITAS 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS 4.1.1 Receitas de Vendas 4.1.1.001 Venda de Mercadorias 4.1.1.002 - ( - ) Vendas Anuladas 4.1.1.003 - ( - ) ICMS sobre Vendas 4.1.1.004 - ( - ) PIS sobre Faturamento 4.1.2 Receitas Financeiras 4.1.2.001 - Rendimentos de Aplicaes Financeiras 4.1.2.002 - Descontos Obtidos 4.1.2.003 - Juros Ativos 4.1.3 Outras Receitas Operacionais 4.1.3.001 - Lucros de Participaes em Outras Cias 4.1.3.002 - Reverso de Proviso Para Devedores Duvidosos 4.1.3.003 - Receitas Eventuais 4.2 RECEITAS NO OPERACIONAIS 4.2.1 - Ganhos no Operacionais 4.2.1.001 Ganho na Alienao de Bens 5 CONTAS DE APURAO DE RESULTADOS 5.1 APURAO DE RESULTADO 5.1.1 Apurao de Resultado 5.1.1.001 - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 5.1.1.002 - Resultado com Vendas de Mercadorias (RVM) 5.1.1.003 - Apurao do Resultado do Exerccio (ARE) MODELO DE UM PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS 1 - ATIVO 1.1 - CIRCULANTE 1.1.1 - Disponvel 1.1.1.001 - Caixa 1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento 1.1.1.003 - Aplicaes de Liquidez Imediata 42

1.1.2 - Realizaes 1.1.2.001 - Clientes 1.1.2.002 - ( - ) Duplicatas Descontadas 1.1.2.003 - ICMS a Recuperar 1.1.2.004 - IPI a Recuperar 1.1.2.005 - Despesas do Exerccio Seguinte 1.1.2.006 - ( - ) Proviso para Devedores Duvidosos 1.1.3 - Estoques 1.1.3.001 - Estoque de Produtos Acabados 1.1.3.002 - Estoque de Produtos em Elaborao 1.1.3.003 - Estoque de Matrias-primas 1.1.3.004 - Estoque de Materiais Secundrios 1.1.3.005 - Estoque de Materiais de Embalagem 1.1.3.006 Estoque de Subprodutos 1.1.3.007 - (-) Proviso para Ajuste ao Valor de Mercado 1.2 - ATIVO REALIZVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 - Realizaes 1.2.1.001 - Ttulos a Receber 1.3 - ATIVO PERMANENTE 1.3.1 - Investimentos 1.3.1.001 - Participaes em Outras Cias 1.3.1.002 - Imveis para Renda 1.3.2 - Imobilizado 1.3.2.001 - Equipamentos de Informtica 1.3.2.002 - Imveis 1.3.2.003 - Instalaes 1.3.2.004 - Mquinas e Equipamentos Industriais 1.3.2.005 - Mveis e Utenslios 1.3.2.006 - Veculos 1.3.2.007 - (-) Depreciao Acumulada 1.3.3 - Diferido 1.3.3.001 - Despesas Pr-Operacionais 1.3.3.002 - (-) Amortizao Acumulada 2 - PASSIVO 2.1 - CIRCULANTE 2.1.1 - Obrigaes 2.1.1.001 - Fornecedores 2.1.1.002 - Aluguis a Pagar 2.1.1.003 - Emprstimos a Pagar 2.1.1.004 - ICMS a Recolher 43

2.1.1.005 - IPI a Recolher 2.1.1.006 - IRR Fonte a Recolher 2.1.1.007 - Contribuies Previdencirias a Recolher 2.1.1.008 - FGTS a Recolher 2.1.1.009 - Honorrios da Diretoria a Pagar 2.1.1.010 - Salrios a Pagar 2.1.1.011 - Dividendos a pagar 2.1.1.012 - Outras Obrigaes a Pagar 2.2 - EXIGVEL A LONGO PRAZO 2.2.1 - Obrigaes 2.2.1.001 - Financiamentos a Pagar 2.3 - RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS 2.3.1 - Resultados Futuros 2.3.1.001 - Receitas de Exerccios Futuros 2.3.1.002 - ( - ) Custos e Despesas 2.4 - PATRIMNIO LQUIDO 2.4.1 - Capital 2.4.1.001 - Capital 2.4.1.002 - ( - ) Capital a Realizar 2.4.2 - Reservas de Capital 2.4.2.001 - gio na Emisso de Aes 2.4.3 - Reservas de Reavaliao 2.4.3.001 - Reavaliao do Permanente 2.4.4 - Reservas de Lucros 2.4.4.001 - Reserva Legal 2.4.5 - Lucros ou Prejuzos Acumulados 2.4.5.001 - Lucros Acumulados 2.4.5.002 - ( - ) Prejuzos Acumulados 3 - DESPESAS 3.3 - DESPESAS OPERACIONAIS 3.3.1 - Despesas com Vendas 3.3.1.001 - Comisses sobre Vendas 3.3.1.006 - Fretes e Carretos 3.3.1.007 - Material de Embalagem 3.3.1.008 - Propaganda e Publicidade 3.3.1.009 - Despesas c/ Devedores Duvidosos 44

3.3.2 - Despesas Administrativas 3.3.2.001 - Aluguel 3.3.2.002 - Energia Eltrica 3.3.2.003 - gua 3.3.2.004 - Correios 3.3.2.005 - Depreciao 3.3.2.006 - Fretes e Carretos 3.3.2.007 - Material de Expediente 3.3.2.008 - Prmios de Seguro 3.3.2.009 - Comunicaes 3.3.2.010 - Impostos e Taxas 3.3.2.011 - Servios de Terceiros 3.3.2.012 - Multas Fiscais 3.3.2.013 - Salrios 3.3.2.014 - Honorrios da Diretoria 3.3.2.015 - Dcimo Terceiro Salrio 3.3.2.016 - Encargos Sociais 3.3.2.017 - Frias 3.3.3 - Despesas Financeiras 3.3.3.001 - Despesas Bancrias 3.3.3.002 - Juros Passivos 3.3.3.003 - Descontos Concedidos 3.3.4 - Outras Despesas Operacionais 3.3.4.001 - Prejuzo de Participao em outras Cias 3.3.4.002 - Despesas Eventuais 3.4 - DESPESAS NO OPERACIONAIS 3.4.1 - Perdas no Operacionais 3.4.1.001 - Perdas na Alienao de Bens 4 - CUSTOS 4.1 - CUSTOS DE PRODUO 4.1.1 - Produtos em Elaborao 4.1.1.001 - Produto em Elaborao - A 4.1.1.002 - Produto em Elaborao - B 4.1.1.003 - Produto em Elaborao - C 4.1.2 - Materiais 4.1.2.001 - Matria-prima 4.1.2.002 - Materiais Secundrios 4.1.2.003 - Materiais de Embalagem 4.1.3 - Mo de Obra Direta 4.1.3.001 - Salrios 4.1.3.002 - Encargos Sociais 45

4.1.3.003 - Dcimo Terceiro Salrio 4.1.3.004 - Frias 4.1.3.005 - Seguro Acidentes do Trabalho 4.1.3.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Servio 4.1.3.006 - Lanches e Refeies 4.1.3.007 - Outros Gastos com Pessoal 4.1.4 - Mo de Obra Indireta 4.1.4.001 - Salrios 4.1.4.002 - Encargos Sociais 4.1.4.003 - Dcimo Terceiro Salrio 4.1.4.004 - Frias 4.1.4.005 - Seguro Acidentes do Trabalho 4.1.4.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Servio 4.1.4.007 - Lanches e Refeies 4.1.4.008 - Outros Gastos com Pessoal 4.1.5 - Gastos Gerais de Fabricao 4.1.5.001 - Energia Eltrica 4.1.5.002 - Aluguis 4.1.5.003 - Depreciao 4.1.5.004 - Prmios de Seguro 4.1.5.005 - Servios de Terceiros 4.1.5.006 - Comunicaes 4.1.5.007 - gua 4.1.5.008 - Conservao e Manuteno 4.1.5.009 - Combustveis e Lubrificantes 4.1.5.010 - Materiais de Expediente 4.1.5.011 - Materiais de Limpeza 4.1.5.012 - Materiais Diversos 5 - RECEITAS 5.1 - RECEITAS OPERACIONAIS 5.1.1 - Receitas de Vendas 5.1.1.001 - Venda de Produtos 5.1.1.002 - ( - ) Vendas Anuladas 5.1.1.003 - ( - ) ICMS sobre Vendas 5.1.1.004 - ( - ) PIS sobre Faturamento 5.1.2 - Receitas Financeiras 5.1.2.001 - Rendimentos de Aplicaes Financeiras 5.1.2.002 - Descontos Obtidos 5.1.2.003 - Juros Ativos 5.1.3 - Outras Receitas Operacionais 5.1.3.001 - Lucros de Participaes em Outras Cias 5.1.3.002 - Receitas Eventuais

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5.2 - RECEITAS NO OPERACIONAIS 5.2.1 - Ganhos no Operacionais 5.2.1.001 - Ganho na Alienao de Bens 6 - CONTAS DE APURAO DE RESULTADOS 6.1 - APURAO DE RESULTADO 6.1.1 - Apurao de Resultado 6.1.1.001 - Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 6.1.1.002 - Resultado com Vendas de Produtos (RVP) 6.1.1.003 - Apurao do Resultado do Exerccio (ARE)l Obs. Assim como o construtor precisa de uma planta para fazer uma casa, o contador precisa do plano de contas para fazer a contabilidade. III ESTRUTURA CONCEITUAL BSICA DA CONTABILIDE 3.1 Objetivos da Contabilidade A Contabilidade , objetivamente, um sistema de informao e avaliao destinado a prover seus usurios com demonstraes e anlises de natureza econmica, financeira, fsica e de produtividade, com relao entidade objeto de contabilizao. As informaes de natureza econmica e financeira, ainda assim, constituem o ncleo central da Contabilidade. O sistema de informao, todavia, deveria ser capaz de, com mnimo custo, suprir as dimenses fsicas e de produtividade. Na evidenciao principal (demonstraes contbeis publicadas), todavia, as dimenses fsicas e de produtividade consideram-se acessrias. O objetivo principal da Contabilidade, portanto, o de permitir, a cada grupo principal de usurios, a avaliao da situao econmica e financeira da entidade, num sentido esttico, bem como fazer inferncias sobre suas tendncias futuras. Em ambas as avaliaes, todavia, as demonstraes contbeis constituiro elemento necessrio, mas no suficiente. Sob o ponto de vista do usurio externo, quanto mais a utilizao das demonstraes contbeis se referir explorao de tendncias futuras, mais tender a diminuir o grau de segurana das estimativas. Quanto mais a anlise se detiver na constatao do passado e do presente, mais acrescer e avolumar a importncia da demonstrao contbil. Isto no quer dizer que as demonstraes contbeis no se adaptam s finalidades provisionais, mas apenas que avaliar tendncias pode implicar divisar ou admitir configuraes econmicas, sociais e institucionais novas, para o futuro, em que no se permite estimar com razovel acurcia os resultados das operaes, pois a previso das prprias operaes insegura. A Contabilidade pode, sim, ajudar a avaliao de tendncias se:

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