Apostila de Custos e Orçamentos

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C U S TO S e O R AM E N TO ST h u rs d a y , 2 2 d e M a y d e 2 0 0 3

computer2

EQUIPAMENTOS

Poltica de Investimento$ $

DINHEIRO

EM PRESAPoltica de Compra / Venda

FUNCIONRIOS

Poltica Salarial

QUALIDADE

PRAZO

MATERIAIS

Poltica de Estoque

PREO

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Gesto de CustosEsta apostila surgiu devido dificuldade que muitos estudantes e profissionais da rea grfica tm para entender verdadeiramente o valor de uma gesto correta dos custos de produo que fazem parte de um trabalho e ou servio grfico, e como se estabelece o preo de venda para estes trabalhos e ou servios. No objetivo desta apostila resolver os problemas da Gesto dos Custos nas empresas, mas sim, servir de guia para quem busca conhecer essa rea que tem cada vez mais importncia na administrao de qualquer ramo de atividade. Diz nossos velhos livros de Contabilidade de Custos que esta a cincia que registra o passado. A Contabilidade de Custos, seguindo essa definio, seria o registro organizado de fatos ligados a todo o processo de produo e comercializao de um bem qualquer. Mas o mundo gira, muda e as definies, to justas no mundo antigo, comeam a se tornar folgadas, como uma roupa usada, no refletindo mais os fatos e, pior que isso, deixando de atender s necessidades de quem as utiliza na prtica. Foi o que aconteceu com a gesto de Custos. A chegamos a um ponto importante de toda a Teoria de Custos, j mais ligada rea econmica do que contbil: o pleno conhecimento dos custos precisa existir para auxiliar quem toma as decises. Registrar corretamente seus gastos precisa ser mais que atualizar livros e mais livros, informatizados ou no, com valores que no dizem absolutamente nada ao empresrio, sedento de subsdios para decidir bem sobre um investimento, um contrato de fornecimento ou uma simples admisso de funcionrio. O mundo moderno exige agilidade, rapidez de respostas a problemas, que continuamente se interpem nos caminhos j competitivos do responsvel pelo negcio. Assim, da mesma forma como a Gesto de Custos precisou se atualizar, para se adaptar s exigncias atuais dos processos produtivo e comercial, hoje j existem formas consolidadas para levantar os custos, como, por exemplo, o mtodo RKW - Conselho de Racionalizao da Economia Alem, o empresrio tambm precisa deixar de lado os mtodos empricos, subjetivos e, por vezes, meramente pessoais de tomar decises, para se basear em mtodos e informaes especialmente colhidos com o objetivo de facilitar o controle, a deciso e o planejamento do negcio. Cada vez convm mais reduzir custos do que "manusear" preos. O preo externo, regido pelas famosas leis do mercado; os custos so internos, portanto podem e devem ser controlados e reduzidos individuais e conscientemente por cada empresrio, na rea e na medida certas. Custo deixou de ser motivo de preocupao para ser ferramenta de aumento de qualidade. Qualidade de produto, qualidade de atendimento, qualidade administrativa, qualidade de informao.

Alexandro Gomes da Cruz

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Conceitos e Terminologias UtilizadasPara a avaliao dos resultados da empresa necessitamos conhecer os conceitos utilizados e as abordagens ou sistemas de custeio que so usados interna e externamente. A terminologia aplicada anlise e medio dos recursos da empresa a seguinte: Gastos Compromisso assumido ou consumo de recursos que a empresa faz para obteno de um ativo, produto, ou qualquer servio. Esse sacrifcio representado por entrega ou promessa de entrega de ativos. Exemplo: Gasto com aquisio de imobilizado, aquisio de matria prima, com Mo-de-Obra, com Honorrios etc. Investimentos Representa a aplicao de recursos em todos os bens e direitos registrados no ativo da empresa, que sero baixados pela Venda, Consumo e Amortizao em futuro(s) perodo(s). A natureza de contas Circulante e de Permanente deve ser observada e identificada. Exemplo: Aquisio de mquina de impresso Ativo Permanente Aquisio de matria-prima Ativo Circulante Receitas Acrscimos Brutos de Ativos sem ampliao de Obrigaes ou Capital Social. Resultam de venda de mercadoria e produtos, bens e servios em geral com acrscimos em disponibilidade ou direitos a receber. Exemplo: Receitas com vendas dos impressos grficos, ou pela prestao dos servios. Despesas Gastos com consumo de recursos com bens ou servios consumidos utilizados indiretamente para obteno de receitas. Exemplo: Despesas com aluguis de imveis

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Despesas Fixas Gastos com consumo de recursos que no variam diretamente e proporcional com a receita operacional. Representam os gastos da estrutura fixa da empresa. Exemplo: Despesas Administrativas em geral Despesas Variveis Gastos com consumos de recursos indiretamente ligados ao objetivo principal, mas que crescem de acordo com o volume da produo. Exemplo: Comisses de vendedores Desembolso Pagamento resultante da aquisio do bem ou do servio pode ocorrer antes, durante ou aps a entrada de utilidade comprada, portanto defasada ou no do gasto. Exemplo: Compra de Matria-prima Perda Desperdcio Bem ou servio consumida de forma anormal e involuntria. Alguns exemplos de desperdcios na industria grfica so: Paradas de mquinas por falta de servios. Consumo de papel alm do previsto por erro de impresso. Quantidade elevada de tintas de escala para preparao de tintas especiais. Utilizao de chapas alm do previsto por erros de gravao.

Se repassarmos aos clientes nossos desperdcios, conseqentemente estaremos repassando a ele nossa improdutividade, tornando os preos de venda mais elevados, sendo menos competitivos. Cabe s empresas grficas identificar suas principais fontes de desperdcios e atuar para reduz-las ou elimin-las.

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CustosGastos com consumo de um fator de produo, medido em termos monetrios para obteno de um produto, de um servio, ou de uma atividade que dever gerar receitas. Portanto, o termo custo deve ser entendido como sendo a resultante de soma de valores de bens e servios aplicados ou consumidos com finalidade de produzir outros bens e ou servios ou de executar uma determinada tarefa ligada diretamente produo. Isto quer dizer que custos no devem ser apurados apenas para coisas fsicas (bens e mercadorias), mas tambm para servios (seguro, fretes, honorrios profissionais) e para servios pblicos (gua, energia eltrica, telefone, etc.). Ento, a produo e comercializao de um impresso grfico, implicam no consumo de papis, tintas, chapas, na utilizao de determinados servios executados por empresas de terceiros: faca de corte-vinco, fotolito; e na utilizao de mo-de-obra para impresso, acabamento, no pagamento de impostos e comisses de venda, etc. Tais itens acima citados devem ser encarados como custos e, assim sendo, devem ser repassados aos clientes encomendantes dos impressos grficos. O conceito de custos implica igualmente no fato de que determinados consumos de matrias primas e de servios que no geram outros bens e servios no devem ser repassados aos clientes, por serem considerados desperdcios. Importante Custos e despesas so os meios para obtermos receitas. O segredo que as receitas sejam superiores aos custos e as despesas. Desta obteremos lucro. A empresa saudvel, no necessariamente, aquela que tem muita receita, mas, a que apresenta uma diferena maior possvel entre receitas, custos e despesas, portanto, que maximize seu lucro. Classificao dos Custos Os custos podem ser classificados segundo diferentes critrios. Assim, se utilizarmos o critrio do tempo, poderemos classificar os custos em histricos, custos de reposio e custos provisionais. Se utilizarmos o critrio do Espao, os custos podem ser classificados em custos diretos ou custos indiretos e em custos variveis e custos fixos. Utilizaremos estes ltimos, visto que essencial que o grfico divida seus custos em diretos e indiretos ou em variveis e fixos, para que possa elaborar os oramentos da maneira correta.

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Custos diretos Os custos diretos representam o esforo direto de produo. So aqueles que podem ser apropriados a um s produto ou um s servio, isto , tm relao direta e com ele se identificam independentemente da variedade de produtos fabricados pela empresa. So exemplos de custos diretos na industria grfica: Matria Prima o o o o o o Servios de Terceiros o o o o o Custos Especiais de Venda o o o Importante Os custos relativos aos salrios e encargos sociais da mo-de-obra direta (impressores, encadernadores, arte finalistas) so considerados custos diretos, no entanto, so tratados na prtica como custos indiretos. Custos Indiretos So os custos que no guardam uma relao direta com um produto ou servio e dependendo do sistema de apropriao de custos utilizados pela empresa, necessitam de rateios e distribuies para serem apropriados aos vrios produtos ou servios. A apropriao dos custos indiretos aos custos unitrios dos produtos grficos representa um constante desafio aos empresrios que, buscam as melhores formas de proceder a essa apropriao, que mesmo feita dentro de rigorosos critrios, ocasiona sempre desvios e contradies na configurao dos custos finais de produtos. A sistematizao da apropriao dos custos, como veremos mais adiante, proporciona, seno uma forma de sanar dvidas, pelo menos, uma garantia de que um grau maior de perfeio poder ser atingido. Impostos Diretos (ICMS, ISS, COFINS, PIS). Comisses Sobre Vendas Encargos Financeiros Plastificao Fotolitos Clichs Facas de Corte - Vinco Hot Stamp Papel Carto Fotolito Plstico Material de acabamento Chapas

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Os custos indiretos representam as atividades meio da nossa empresa e so divididos em duas reas:1. 2.

Custos de apoio produo Custos de comercializao, administrativos e financeiros.

So exemplos de custos indiretos na industria grfica: Custos Indiretos de Fabricao So os custos gerados nos setores produtivos da empresa. o o o o o Materiais auxiliares gua, energia eltrica. Materiais de limpeza Materiais de manuteno Depreciao de mquina

Despesas indiretas de Administrao So as despesas geradas nos diversos setores administrativas da empresa. o o o o o o o o Materiais de expediente Despesas com veculos Despesas com propagandas Despesas financeiras Impostos indiretos Despesas com telefone Fax Correio

Custos e despesas com Mo-de-Obra Direta e Indireta

So os custos e despesas relativos a salrios encargos sociais da mo-de-obra direta ou indiretamente envolvida com a produo ou em reas de suporte e apoio. o o o o o o o Importante As despesas de mo-de-obra direta so, teoricamente, custos diretos, devendo, no entanto ser tratados como despesas fixas por uma questo de praticidade e simplificao como ficar demonstrado mais na frente. Impressores Montadores Auxiliar de impresso Mecnico Supervisores Faxineiros Gerentes

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Custos Variveis Variam proporcionalmente a uma variao da produo e vendas, ou seja, aumentam ou decrescem na mesma proporo das variaes no volume fsico de atividade da empresa. Caractersticas: 1. Variam no total em proporo direta ao volume da produo 2. Permanecem relativamente constantes do ponto de vista unitrio, ainda que varie o volume de atividades. 3. Podem ser facilmente apropriados, com certa preciso, aos setores produtivos da empresa. 4. O controle de sua possvel ocorrncia e consumo de responsabilidade dos supervisores dos setores e dos funcionrios que utilizam para realizar os trabalhos. Exemplos: So exemplos de custos variveis na indstria grfica: Matria Prima o o o o o o Servios de Terceiros o o o o o Custos Especiais de Venda o o o Impostos Diretos (ICMS, ISS, COFINS, PIS). Comisses Sobre Vendas Encargos Financeiros Plastificao Fotolitos Clichs Facas de Corte - Vinco Hot Stamp Papel Carto Fotolito Plstico Material de acabamento Chapas

Como possvel constatar pelos exemplos acima, os custos variveis so os mesmos que classificamos como custos diretos.

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Grfico Representando os Custos Variveis R$

Custos Variveis A reta inicia no encontro dos eixos, pois, se no houver produo no haver custo variveis. Seu crescimento proporcional produo O valor unitrio permanece constante

Produo Custos Fixos So os custos que permanecem constantes independentemente de qualquer variao no volume fsico de atividade da empresa. O termo fixo no deve ser entendido como valor constante e imutvel e, sim como um valor livre de ao do volume de produo, vendas, compras, etc. Caractersticas: 1. So fixos dentro de certos limites de produo, ou at a capacidade mxima. 2. So fixos em seu total, mas diminuem proporcionalmente ao nmero de unidades medida que a produo aumenta. 3. O controle de sua ocorrncia depende da alta administrao e no dos funcionrios que trabalham na produo ou superviso.

Exemplos:So exemplos de custos fixos na industria grfica: o o o o o o o o o o o o o o o o o o Materiais auxiliares gua, energia eltrica. Materiais de limpeza Materiais de manuteno Depreciao de mquina Materiais de expediente Despesas com veculos Despesas com propagandas Despesas financeiras Impostos indiretos Despesas com telefone Fax Correio Impressores Montadores Auxiliar de impresso Mecnico Supervisores10

o o Importante

Faxineiros Gerentes

Os custos de mo-de-obra direta so, teoricamente, custos variveis, devendo, no entanto ser tratados como custos fixos por uma questo de praticidade e simplificao como ficar demonstrado mais na frente. Grfico Representando os Custos Fixos

R$

Custos Fixos Custos Fixos A reta indicadora dos custos fixos paralela ao eixo da produo, pois, indiferente do volume a empresa ter estes custos. O valor total dos custos fixos no altera com o aumento da produo, mas, seu valor unitrio decresce com o aumento da mesma.

Produo

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Exerccios1. Defina custos diretos. Exemplifique.

2. Defina custos indiretos. Exemplifique.

3. Defina custos fixos. Exemplifique.

4. Defina custos variveis. Exemplifique.

5. Completar o quadro a seguir, aplicvel a uma empresa que fabrica um s produto: Unidades Produzidas 18.000 36.000 54.000 72.000 90.000 Custo Fixo Total Custo Varivel Total Custo Custo Unitrio Fixo Unitrio Varivel 0,56 32.969,43 Custo Unitrio Total

6. Classifique os itens abaixo entre matria-prima, servios, custos indiretos de fabricao, imobilizado, custos diretos e custos de vendas. a) b) c) d) e) f) g) h) Comisso de Vendas Depreciao da Impressora gua Salrio do Supervisor de Impresso Papel Plastificao ICMS Dobradeira Salrio do Arte Finalista

i)

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Ponto de EquilbrioA expresso ponto de equilbrio refere-se ao nvel de atividades de uma empresa no qual no existe lucro e nem prejuzo, isto , os custos e despesas so iguais s receitas. A anlise do ponto de equilbrio fornece ao administrador vrias informaes que normalmente exigiriam volumosos relatrios e extensas tabelas. A vantagem de seu emprego est em que a nfase atualmente se encontra no na determinao pura e simples do ponto de equilbrio, mas nos importantes aspectos de sua anlise. Para obteno do ponto de equilbrio, os custos so classificados em fixos e variveis, devendo os semivariveis ser integrados em uma das categorias ou em ambas. A experincia anterior levada em considerao no clculo do ponto de equilbrio, embora os dados passados sejam empregados apenas como uma das indicaes das atividades futuras. Muitos autores e homens de negcios esquecem, ao pensar no ponto de equilbrio e em sua anlise como sendo apenas historicamente interessante, que um dos mais importantes aspectos de anlise do ponto de equilbrio a sua utilidade nos planos para o futuro. bem verdade que os dados e as suposies sobre custos, a maneira pela qual as informaes de custos so obtidas e atualizadas para levar em considerao aumentos futuros de preos e outras conseqncias e distores causadas pela inflao, assim como modificaes tecnolgicas a serem introduzidas na fbrica ou novos mtodos mercadolgicos, devem ser considerados em conexo com os resultados indicados pela anlise do Ponto de Equilbrio.

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Anlise das Relaes entre Custo-Volume-Lucro Ponto de EquilbrioOs custos de uma empresa podem ser divididos em variveis ou fixos de acordo com seu comportamento em relao ao volume de atividades da empresa, como j foi visto. O estudo que faremos mostra como esse conceito pode ser til para determinar o nvel de atividade de uma empresa, ou seja, seu nvel de produo e vendas, onde todos os custos incorridos so iguais s receitas obtidas. Esse estudo chamado de ponto de relao entre custo-volume-lucro, ou de ponto de equilbrio (break-seven-point). Como j foi definido ponto de equilbrio, refere-se ao nvel de atividades (portanto, nvel de produo e vendas) da empresa, onde todos os custos incorridos na produo e comercializao dos produtos so absolutamente idnticos s receitas obtidas atravs das vendas desses produtos, ou seja, os custos, despesas e as receitas encontram-se em equilbrio. L=RC=0 L = Lucro R = Receitas C = Custos Como se deduz, se h equilbrio entre custos incorridos e receitas obtidas, no existe lucro e nem prejuzo. Observe as figuras abaixo, que representam cada uma das situaes que a empresa pode se encontrar.

Figura 1Receitas

CustosC > R PREJUZO

A situao de desequilbrio: Custos maiores que as Receitas, ocasionando Prejuzo.

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Figura 2

Custos

Receitas

R >C

LUCRO

A situao de desequilbrio: Receitas maiores que os Custos, ocasionando Lucro.

Figura 3

Custos

Receitas

R =C PREJUZO

NEM LUCRO e NEM

A situao de equilbrio: Receitas iguais aos Custos, ocasionando nem Lucro e nem Prejuzo.

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Mtodo Grfico Ponto de Equilbrio

O ponto de equilbrio pode ser apresentado por meio de grficos, ou algebricamente, no raro a soluo matemtica acompanhar os grficos, a fim de no s mostrar a exatido dos mesmos, como tambm para possibilitar novos clculos, quando necessrios, to logo outras hipteses plausveis sejam consideradas. Para apresentao do ponto de equilbrio por meio grfico emprega-se o quadrante primeiro de um sistema de coordenadas cartesianas, onde o eixo das ordenadas representa o total das receitas e custos em unidades monetrias (valor em dinheiro R$) e o eixo das abscissas mostra o nvel de atividades (produo e vendas) em termos de unidades fsicas do produto. Exemplo: Vamos supor que a empresa fabrica e vende apenas um produto. Pvu = R$ 1,20 preo de venda unitrio Cvu = R$ 0,56 custo varivel unitrio CF = R$ 32.969,43 Custos Fixos MensaisGrfico dos Custos Fixos

Como vimos os custos fixos dentro de uma determinada capacidade da empresa, tendem a permanecer constante em seu total, apesar das variaes do volume de produo ou de vendas.

A figura abaixo nos mostra a representao grfica dos custos fixos. Como se pode perceber a reta de custos fixos ser paralela ao eixo das abscissas, ou seja, quer a empresa fabrique ou venda zero unidades ou a capacidade mxima, haver sempre um custo igual a R$ 32.969,43 Porm em termos unitrios o custo fixo diminui medida que a quantidade de produtos vendidos ou fabricados aumentam.R$

32.969,43

Custos Fixos

Produo

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Grfico dos Custos Variveis

Os custos variveis tendem a variar em seu total, porm, em valor unitrio so constantes, quer sejam produzida ou vendida zero unidade ou a capacidade mxima da empresa. Os custos variveis no exemplo apresentado foram de R$ 0,56 por unidade, isto significa que o nvel de atividades de 30.000 unidades, o custo varivel total ser de R$ 16.800,00 e no nvel de atividades de 70.000 unidades ser de R$ 39.200,00. Equaes: CVt = Unidades produzidas ou vendidas x Cvu CVt = Custo Varivel Total CVu = Custo Varivel por unidade

CVu = R$ 0,56

Ento para 30.000 unidades teremos: CVt = 30.000 x 0,56 = R$ 16.800,00 Para 70.000 unidades teremos: CVt = 70.000 x 0,56 = R$ 39.200,00 Sabendo a quantidade produzida ou vendida, pode-se traar o grfico de custos variveis, uma vez que, no vendendo ou fabricando, a empresa no ter custos variveis.

R$ CUSTO VARIVEL

39.200,00

16.800,00

30.000

70.000

Produo

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Grfico do Custo TotalAps a obteno das retas referentes aos custos totais do custo fixo e do custo varivel, falta agora traar a reta referente ao custo total, a qual resultar da combinao das duas retas anteriores. Uma vez que Custo Total ser a soma do custo varivel com o custo fixo. Equao: CT = CFt + CVt Onde CT = Custo Total CFt = Custo Fixo Total CVt = Custo Varivel Total

notvel que produzindo zero unidade o custo total ser o custo fixo, pois nesta condio no incorrero os custos variveis. Para a o nvel de atividades de zero unidade termos: Ct = CFt + CVt , como CVt = 0 CT = 32.969,43 + 0 = R$ 32.969,43

A reta referente ao custo total se origina, como lgico, no eixo das ordenadas e na quantia de R$ 32.969,43 sendo ainda paralela reta do custo varivel. Ento para a produo de 30.000 unidades teremos o seguinte grfico:

49.769,43

R$

Custo Total = Custo Fixo + Custo Varivel = 32.969,43 + 16.800,00 = R$ 49.769,43,

32.969,43

Custo Fixo

16.800,00

Custo Varivel

Produo 30.000

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Ento para a produo de 70.000 unidades teremos o seguinte grfico:

Custo Total = Custo Fixo + Custo Varivel = 32.969,43+ 39.200,00 = R$ 72.169,43

R$

72.169,43

Custo Total

39.200,00

Custo Varivel

32.969,43

Custo Fixo

70.000

Produo

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Grfico das Receitas de Vendas A figura abaixo mostra o procedimento das receitas em respostas s variaes de atividades da empresa. Nele, a suposio bsica que, dentro dos limites estabelecidos, o preo de venda no varia, sempre igual a R$ 1,20 por unidade. Deste modo, a reta que mostra as receitas tem sua origem no ponto de encontro dos eixos (ponto zero), portanto, no havendo vendas, no teremos receitas. Ento para a produo de 30.000 unidades teremos o seguinte grfico: R = Pvu x Quantidade R = 1,20 x 30.000 = R$ 36.000,00

E para uma produo de 70.000 unidades teremos: R = Pvu x Quantidade R = 1,20 x 70.000 = R$ 84.000,00

R$ 84.000,00

36.000,00

30.000

70.000

Produo

Pode-se ler sem dificuldade nos eixos das ordenadas qual o total das receitas da empresa que corresponde aos diversos nveis de atividades.

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Grfico do Ponto de Equilbrio

Para facilitar o entendimento do assunto, apresentamos vrios grficos separadamente, para afinal chegarmos ao grfico de ponto de equilbrio. Na realidade no h necessidade de tal procedimento, pois um s grfico pode trazer as retas correspondentes s receitas, custos fixos, variveis e totais. O grfico abaixo foi traado para o nvel de atividade de 30.000 unidades. Custo Total = Custo Fixo + Custo Varivel = 32.969,43 + 16.800,00 = R$ 49.769,43 Receitas = Quantidade x Preo de Venda Unitrio = 30.000 x 1,20 = R$ 36.000,00

49.769,43 36.000,00 32.969,43

R$

Custo Total = Custo Fixo + Custo Varivel= 32.969,43+16.800,00 Receitas = Quantidade x Preo de Venda Unitrio = 30.000 x 1,20

Custo Fixo

16.800,00

Custo Varivel = Quantidade x Custo Varivel unitrio= 0,56 x 30.000

30.000

Produo

Como j vimos o ponto de equilbrio o lugar geomtrico onde o grfico de receita encontra com o de custo total, ou seja, a empresa no ter lucro ou prejuzo. L=RC=0 L = Lucro R = Receitas C = Custos

O grfico de receitas para o nvel de atividades de 30.000 unidades, no encontrou com o grfico de custo total, diz-se ento que a empresa para esse nvel de atividade ter prejuzo. R = 36.000 C = 49.769,43 L = R C = 36.000 49.769,43 = R$ - 13.769,43

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Ento para a produo de 70.000 unidades teremos o seguinte grfico: Custo Total = Custo Fixo + Custo Varivel = 32.969,43+ 39.200,00 = R$ 72.169,43 Receitas = Quantidade x Peo de Venda Unitrio = 70.000 x 1,20 = R$ 84.000,00

R$

84.000,00

Receitas

72.169,43 Custo Total

Regio de Lucro

Ponto Equilbrio 39 200 00 Custo Varivel Regio de Prejuzo 32.969,43 Custo Fixo

70.000

Produo

O grfico de receitas para o nvel de atividades de 70.000 unidades encontrou e ultrapassou o grfico de custo total, diz-se ento que a empresa para esse nvel de atividade ter lucro. R = R$ 84.000 C = R$ 72.169,43 L = R C = 84.000 72.169,43 = R$ 11.830,57

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Clculo do Ponto de Equilbrio em Unidades comum que resoluo grfica do ponto de equilbrio venha acompanhada pela resoluo algbrica. Pode-se determinar algebricamente qual a quantidade de produtos que empresa deve produzir ou vender para atingir o ponto de equilbrio, atravs da frmula a seguir:

Pe =

CUSTO FIXO MENSAL = PREO DE VENDA UNITRIO CUSTO VARIVEL UNITRIO

Pe =

32.969,43= =

51.514,73 = 51.515 unidades

1.20 0,56Verifica-se, portanto, que para chegar ao nvel de atividades onde no h nem lucro e nem prejuzo, a empresa necessita vender e ou fabricar 51.586 unidades do produto, pois:

Receita originada pela venda de 51.515 unidades ( - ) Custo Varivel para produo de 51.515 unidades ( - ) Custo Fixo Resultado Operacional ( lucro ou prejuzo)

R$ 61.818,00 ( - ) R$ 28.848,40 ( - ) R$ 32.969,43 R$ 0,00

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Exerccios1. Uma determinada empresa grfica fabricante de envelopes, apresenta os seguintes dados: Custos Fixos R$ 3.500,00 Custos Variveis R$ 0,38 por envelope Preo de Venda R$ 0,58 por envelope

Calcular algebricamente o ponto de equilbrio

2. A Editora Nosso Exemplo LTDA pediu sua contabilidade a elaborao de um trabalho que mostrasse, em termos mdios, os diversos cursos incorridos mensalmente pela empresa. Os resultados so os seguintes: Em mdia, cada livro produzido representa um dispndio de: o o o o Matria-prima Mo-de-Obra Direta Embalagens Outros custos R$ 3,50 R$ 2,80 R$ 0,20 R$ 1,00

Alm disso, a Editora tem os custos indiretos relacionados abaixo: o o o o Mo-de-Obra Indireta Custos Administrativos Custos Financeiros Outros Custos Indiretos R$ 18.000,00 R$ 15.000,00 R$ 1.500,00 R$ 500,00

O Departamento de Vendas informa que: o o Preo de Venda Unitrio do livro R$ 20,00 Comisso aos vendedores de 1% para cada livro vendido.

Tendo em vista os dados acima, determine o ponto de equilbrio algebricamente.

3. Um determinado fabricante de produtos grficos padronizados para papelaria, apresenta os seguintes custos:

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Aluguel Mensal do Imvel Matria-Prima por unidade produzida Mo-de-Obra Direta por unidade produzida Custos Gerais Administrativos (valor mensal) Mo-de-Obra Indireta (valor mensal) Comisso dos vendedores Custos Mensais com propaganda Custos Variveis Industriais por unidade

R$ 280,00 R$ 0,85 R$ 0,65 R$ 8.300,00 R$ 11.400,00 10% do preo de Venda R$ 15,00 R$ 0,15

Sabendo que cada unidade vendida por R$ 2,50, pede-se: a) Determine algebricamente o ponto de equilbrio b) Qual ser a situao da empresa para o nvel de atividades de: 1. 60.000 unidades 2. 30.000 unidades

c) Quantas unidades tero que ser fabricadas e vendidas para se auferir um lucro de R$ 18.000,00 no final do ms?

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Anlise de TerceirizaoUma grande dvida do empresrio grfico determinar quando economicamente vivel realizar um trabalho dentro da empresa ou terceiriz-lo. Freqentemente essa pergunta feita quando se trata de processos de acabamento, como a plastificao, a aplicao de verniz ultravioleta, de hot-stamping, etc. Tambm observamos essa dvida quando falamos da produo de fotolitos. Grande parte das empresas grficas terceiriza esta fase do processo, mas hoje cada vez mais comum a integrao do bureau grfica. Neste item o estudo do ponto de equilbrio fornece indicadores financeiros para a tomada de deciso. claro que outros fatores devero ser analisados para a terceirizao ou produo dentro da grfica de um determinado processo, mas antes, o empresrio deve avaliar a viabilidade financeira. Alguns aspectos, alm das despesas e custos, que devem ser analisados: Quantidade de fornecedores deste servio ou produto existentes no mercado Qualidade do servio Disponibilidade de mo-de-obra Quantidade de fornecedores de matria prima Qual a perspectiva de consumo deste produto ou servio em longo prazo Se h centro de formao, treinamento e reciclagem para a mo-de-obra.

H outro aspecto muito importante e que merece uma avaliao mais detalhada, quando se decide por no terceirizar servios que normalmente so terceirizados, que o foco que ser dado a este setor quanto produo: se for para atender somente demanda interna, ou se passar a ser outro servio prestado pela grfica. Quando o empresrio tem, alm do cliente interno, o externo como alvo e projeta a receita sobre esses dois segmentos, pode estar cometendo o erro de achar que ter clientela igual ao de uma empresa que s faz este tipo de servio, quando na prtica isso no acontece.

Vamos partir agora para a anlise financeira, da implantao de um setor de plastificao dentro da empresa. Consideremos primeiro o custo deste servio terceirizado. Usaremos como exemplo uma empresa que plastifica em mdia 30.000 impressos por ms no formato 4 (32,6 x 47,6 cm ) do papel BB ( 66 x 96 cm). Primeiro transformaremos os dados acima em metros quadrados. (na maioria das vezes as empresas cobram a plastificao dessa forma). 32,6 cm correspondem 0,326 m e 47,6 cm 0,476 m. Temos ento o seguinte resultado: Cada pedao de folha no formato 4 tem uma rea de 0,326 m x 0,476 m, o que resulta em 0,155176 m2. Multiplicando esse valor pela quantidade de pedaos plastificados, chegaremos rea total plastificada pela empresa em um ms: 30.000 x 0,155176 = 4.655,28 m2. Multiplicando a rea que a empresa plastifica pelo preo cobrado, chegaremos ao gasto final com plastificao por ms. Imaginemos um preo de R$ 0,50/ m2.

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Neste caso a empresa gastar com o servio de plastificao um valor de R$ 2.327,64 que o resultado de R$ 0,50 x 4.655,28 m2.

Vamos agora para anlise da plastificao dentro da empresa. Em mdia, cada m2 produzido representa um dispndio de (custos variveis): o o o Matria-prima Outros custos variveis Total R$ 0,10 R$ 0,05 R$ 0,15

Alm disso, a empresa tem os custos indiretos relacionados abaixo(despesas fixas): o o o o o Mo-de-Obra Indireta Custos Administrativos Custos Financeiros Outros Custos Indiretos Total R$ 2.000,00 R$ 250,00 R$ 250,00 R$ 350,00 R$ 2.850,00

OBS: Os custos indiretos listados acima so o resultado do rateio das despesas e custos fixos de toda a empresa. No exemplo esto elencados os valores que cabem ao centro de custo plastificao. As definies de centro de custo, rateio sero estudadas mais frente.

O custo total para plastificao na empresa seria representado pela equao: Ct = CF + CVU x M2

onde:

CT = Custo Total CF = Custo Fixo CVU = Custo Varivel Unitrio M2 = a quantidade em m2 que deseja plastificar

Aplicando a equao ao exemplo teramos: CT = 2850,00 + 0,15 x 4.655,28 m2 CT = 2850,00 + 698,29 CT = R$ 3.548,29

Lembrando que custo terceirizado para plastificar foi de R$ 2.327,64, chegamos concluso que neste caso o melhor seria plastificar fora da empresa, pois o custo de plastificao interno foi de R$ 3.548,29.

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Avaliando o exemplo acima fica fcil determinar qual a situao mais interessante para a empresa. Agora usando o clculo de ponto de equilbrio, determinaremos um ponto onde no faz diferena produzir internamente ou terceirizar. A partir da anlise deste ponto saberemos quando produzir e quando terceirizar. Utilizando os dados do exemplo acima: PV = R$ 0,50 CF = R$ 2.850,00 CUV = R$ 0,15

CUSTO FIXO MENSAL

Pe =PREO DE VENDA UNITRIO CUSTO VARIVEL UNITRIO

2850 Pe = 0,50 0,15 = 8142,85 = 8143 m

Concluindo: Se a quantidade plastificada for inferior a 8143 m / ms, economicamente vivel terceirizar. Se a quantidade for superior a este nmero economicamente vivel produzir. Lembrando sempre que estamos fazendo anlise financeira. O empresrio deve levar em considerao outros aspectos que envolvem a produo de um bem ou servio. Alguns desses fatores esto listados na pgina 26 desta apostila.

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Sistemas de Custos na Industria GrficaUma grande parte da indstria grfica trabalha sob encomenda, isto , primeiro recebe os pedidos para depois executar os servios. Levando em considerao esta colocao inicial o sistema de custo estudado nesta apostila eficaz, contrapondo outros sistemas utilizados por grficas que trabalham com produo contnua, para estas recomendamos a utilizao de sistemas apropriados, tais como Custo padro ou o Custeio Direto. importante que o grfico saiba diferenciar e se posicionar dentro do mercado para utilizar o sistema que melhor representar sua realidade. O sistema de custo que ser objeto de nosso estudo e anlise o RKW que tem como objetivo a apropriao integral dos custos indiretos de administrao, comercializao e fabricao aos produtos grficos fabricados pela empresa, sendo esta apropriao feita de forma indireta, isto atravs do custo hora da mquina ou do homem. O termo hora-mquina e hora-homem altera o resultado final do valor-hora do centro de custo, portanto pode-se diferenciar:

Hora - Mquina Quando a disponibilidade de tempo est associada ao equipamento produtivo, independentemente do nmero de pessoas alocadas ao centro de custo. Ex.: Offset 6 cores. Estamos trabalhando com uma mquina em dois turnos, portanto, disponibilizamos 300 horas (1 mquina x 2 turnos x 150 horas cada).

Hora - Homem Quando a disponibilidade de tempo est associada ao nmero de funcionrios do setor. Na indstria grfica normalmente se trabalha com hora-homem para Pr-impresso e acabamento. Ex.: Acabamento. Estamos trabalhando com 4 talonistas e 1 cortador, portanto, disponibilizamos 750 horas (5 funcionrios x 150 horas cada).

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MAPA DE LOCALIZAO DE CUSTO - RKW O RKW um mapa de custos que fornece uma visualizao detalhada dos diversos custos incorridos na empresa, bem como sua devida localizao nos centros de custos. Pode-se fazer uma analogia do RKW com um mapa de uma cidade que norteia a qualquer pessoa que queira chegar a um determinado lugar, no nosso caso, queremos localizar os custos dentro da grfica em estudo. A sigla RKW oriunda da Alemanha (Reichskuratorium fr Wirtschaftlichtkeit rgo semelhante aos nossos institutos de pesquisas econmicas) que transliterado significa Conselho de Racionalizao da Economia Alem.

As principais premissas do RKW: 1- Separar os custos da empresa em diretos e indiretos. 2- Apropriar os custos diretos a cada produto de forma imediata e direta. 3- Ratear os custos indiretos por entre os diversos centros de custos da empresa utilizando para isso o mapa de localizao de custos, no qual sero apurados os custos horamquina e ou hora-homem que serviro de base para a determinao do preo de venda dos produtos grficos. O mapa de localizao de custos que chamaremos de MLC, o primeiro passo a ser dado para a implantao do RKW, e contm os seguintes elementos: a) Centros de Custos b) Custos Indiretos c) Elementos auxiliares

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A) Centros de Custos Os centros de custos so as diversas sees de uma empresa delimitadas conforme convenincia de controles e que tenham funes bem definidas. Caso a empresa tenha equipamentos com caractersticas equivalentes ou grupo de profissionais que executem operaes manuais, poder uni-los em um nico centro de custo. Um bom exemplo so as estaes de Fotolito que podem formar no seu conjunto um nico centro de custo. Cabe ao empresrio definir como dividir sua empresa e quais e quantos sero os centros de custos da grfica. Ex.: Administrao, Fotolito, Editorao Eletrnica, Impresso, Dobra, Alceamento, etc. Podemos classificar os Centros de custos em Auxiliares, Produtivos ou Administrativos.

Centros de Custos Auxiliares

So os setores que tm funo de apoio aos demais setores. Ex.: Almoxarifado, Fbrica Geral, Qualidade, Planejamento e Controle da Produo, Manuteno, etc. Para que seus custos sejam considerados, os centros auxiliares so rateados aos produtivos, proporcionalmente a sua utilizao. Ex.: Almoxarifado - 10% para a pr-impresso, 70% para a impresso e 20% para o acabamento.

Centros de Custos Produtivos So os setores que participam diretamente do processo produtivo, permitindo a definio das horas consumidas na produo de um produto. Ex.: Fotolito, Impresso, Acabamento.

Centros de Custos Administrativos So os centros de custos de apoio que executam atividades de carter gerencial e administrativo. Ex.: Vendas, Administrao de Pessoal, Administrao Financeira

Importante Assim como os custos dos centros de custos Auxiliares, os custos dos centros de custos Administrativos sero distribudos por entre os centros de custos Produtivos.

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B) Custos Indiretos

Devero ser apropriados no MLC todos os custos indiretos da empresa e mais os custos diretos referentes mo-de-obra direta somadas aos seus encargos. Devem contar no Mapa de Localizao de Custos: 1- Salrios e Ordenados (Mo-de-obra direta e Mo de Obra Indireta) 2- Encargos Sociais (MOD e MOI) 3- Diversas Despesas com pessoal 4- Energia Eltrica 5- gua 6- Manuteno e Reparos 7- Seguros com Incndios 8- Materiais Auxiliares 9- Fretes e Carretos 10- Alugueis e Taxas 11- Leasing de Equipamentos 12- Depreciaes 13- Despesas com Veculos 14- Material de Escritrio 15- Telefone e taxas postais 16- Honorrios da Diretoria 17- Honorrios Profissionais 18- Despesas com Viagens 19- Brindes e propaganda 20- Associao de Classes 21- Impostos Indiretos 22- Despesas bancrias 23- Perdas diversas 24- Outras despesas

Importante Teoricamente, a mo de obra direta um custo varivel. Entretanto, em certos tipos de empresas industriais, qualquer que seja o nvel da produo atingida, mantm-se uma fora de trabalho permanente. Essa fora de trabalho permanente, formada aps investimentos substanciais na sua formao e treinamento permanece na empresa, mesmo nos perodos de retrao do mercado, quando a produo atinge o nvel inferior ao ponto de equilbrio. A fora de trabalho permanente pode ser admitida como custo fixo; os salrios e encargos sociais com a admisso de novos empregados para atender a uma faixa maior da produo podem ser conceituados como custos variveis.

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C) Elementos Auxiliares So os dados concernentes grfica como, rea total da grfica e dos setores, instalao total de potncia e as potncias instaladas nos setores que nos ajudaro a formatar os custos. Cria-se um Mapa Auxiliar que nos ajudar a preencher o RKW. Este mapa ser criado no exemplo posterior Importante Os mapas sero criados conforme a instalao e a capacidade da empresa.

Exemplo:

O exemplo abaixo tem como finalidade o auxlio no processo de aprendizagem e torna este assunto mais agradvel e produtivo, criaremos uma grfica fictcia que chamaremos de Grfica Exemplo AGC. Dados da Grfica Exemplo AGC

Os dados abaixo foram levantados para o controle e preenchimento do Mapa Auxiliar e do RKW propriamente dito. de fundamental importncia que esses dados sejam adquiridos para um controle e uma visualizao dos custos na empresa. Esto divididos em vinte e quatro categorias, podendo existir outros que no esto na relao. bom salientarmos que todos esses dados contidos nesta apostila so para efeitos didticos.

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Grfica Exemplo AGC

Foram levantados os seguintes dados: Centros de Custos

a) b) c) d) e)

Administrao Geral Editorao Eletrnica Impresso Offset formato 4 Impresso Offset formato 2 Corte / Acabamento

Editorao Eletrnica

Impresso Offset Formato 4

Administrao

Impresso Offset Formato 2

Corte Acabamento

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As tabelas abaixo divididas por centro de custo nos fornecem dados concernentes ao nmero de empregados, com seus salrios e cargos ocupados; fornece tambm a rea ocupada pelos centros de custos e o nmero de KWs instalados nestes.

ADMINISTRAOFuncionrios Marcos Reis Jos Raimundo Nildo Silva Mrcia Morais Danielle Mattos rea Potncia Instalada Cargos Diretor Adm. Financ. Oramentista Secretria Servios Gerais 50 m 2 5 KW s Salrios $ 2.200,00 1.850,00 850,00 400,00 280,00

EDITORAO ELETRNICAFuncionrios Jane Miranda Manoel Oliveira Roberto Magnus rea Potncia Instalada Cargos Arte Finalista Arte Finalista Copiador 35 m 2 6 KW s Salrios $ 570,00 570,00 550,00

IMPRESSO OFFSET FORMATO 4Funcionrio Fernando Olvio rea Potncia Instalada Cargo Impressor 30 m2 7 KWs Salrio $ 950,00

IMPRESSO OFFSET FORMATO 2Funcionrio Paulo Vieira rea Potncia Instalada Cargo Impressor 35 m2 9 KWs35

Salrio $ 1.050,00

CORTE e ACABAMENTOFuncionrios Bruno Santos Marcos Resende Ana Julia Adriana Pereira Marlucia Mendes rea Potncia Instalada Cargos Corte e Vinco Dobrador Brochurista Brochurista Brochurista 70 m 2 15 KW s Salrios $ 580,00 400,00 400,00 400,00 400,00

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Ativo Imobilizado da Grfica AGC

ADMINISTRAOAtivo Imobilizado Instalaes e Equipamentos Adm. Veculo Tempo de Vida 5 anos 5 anos Valor $ 13.000,00 12.000,00

TotalEDITORAO ELETRNICAAtivo Imobilizado 1 1 1 1 Computador PC - Pentium Scanner de Mesa Impressora Laser 600 DPI Gravadora de Chapa Offset Tempo de Vida 2 anos 3 anos 3 anos 10 anos

25.000,00Valor $ 3.000,00 1.500,00 3.500,00 3.000,00

Total

11.000,00

IMPRESSO OFFSET FORMATO 4Ativo Imobilizado 1 Impressora offset Formato 4 Tempo de Vida 10 anos Valor $ 100.000,00

TotalIMPRESSO OFFSET FORMATO 2Ativo Imobilizado 1 Impressora offset Formato 2 Tempo de Vida 10 anos

100.000,00

Valor $ 120.000,00

Total

120.000,00

CORTE e ACABAMENTOAtivo Imobilizado 1 1 1 1 Mquina Mquina Mquina Mquina de de de de Cortar Papel Serrilhar Grampear Furar Eltrica Tempo de Vida 10 anos 5 anos 5 anos 3 anos Valor $ 20.000,00 3.000,00 4.000,00 500,00

TotalTotal do Ativo Imobilizado da Grfica AGC ...............................................

27.500,00283.500,00

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CUSTO FIXO MENSAL

Ttulos

R$

01 - Salrios e ordenados............................................................................ 02 - Encargos sociais (75%) ....................................................................... 03 - Diversas despesas c/ pessoal............................................................... 04 Energia Eltrica .................................................................................... 05 gua ..................................................................................................... 06- Manuteno do equipamento................................................................. 07 - Seguros c/ incndio 0,5% A. A.............................................................. 08 - Materiais auxiliares................................................................................ 09 - Fretes e carretos.................................................................................... 10 - Aluguel e taxas...................................................................................... 11 - Leasing de equipamento....................................................................... 12 - Depreciaes......................................................................................... 13 - Despesas com veculos......................................................................... 14 - Material de escritrio............................................................................. 15 - Telefone e taxas postais........................................................................ 16 - Honorrios da diretoria.......................................................................... 17 - Honorrios profissionais........................................................................ 18 - Despesas com viagens......................................................................... 19 - Brindes e propaganda........................................................................... 20 - Associaes de classe.......................................................................... 21 - Impostos indiretos................................................................................. 22 - Despesas bancrias.............................................................................. 23 - Perdas diversas.................................................................................... 24 - Outras despesas...................................................................................

11.450,00 8.587,50 1.500,00 600,00 400,00 600,00 200,00 630,00 300,00 1.200,00 000,00 1.371,93 500,00 200,00 300,00 3.800,00 500,00 100,00 150,00 50,00 100,00 130,00 150,00 150,00

Total do Custo Fixo Mensal........................................................

32.969,43

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DEMOSTRAO ANLITICA DOS CUSTOS FIXOS MENSAIS

01 Salrios e ordenados Mo de Obra Direta Refere-se aos custos com salrios dos funcionrios que esto diretamente ligados a produo. Os valores apurados na folha de pagamento devero ser apropriados aos respectivos centros de custos produtivos. Exemplo: Impressor, montador, cortador etc. Mo de Obra Indireta Refere-se s despesas com salrios dos funcionrios indiretamente ligados produo. Exemplo: Supervisor, faxineiros, secretrias, etc. 01 - Salrios e ordenados da Grfica Exemplo AGC 2 Programador / Editor Grfico........................................................................ 1 Secretria .................................................................................................... 1 Copiador........................................................................................................ 1 Cortador de papel.......................................................................................... 4 Talonistas....................................................................................................... 1 Diretor............................................................................................................. 1 Administrao Financeira .............................................................................. 1 Oramentista ................................................................................................. 1 Servios Gerais .............................................................................................. 1 Impressor Offset F4 1 Impressor Offset F2 Soma dos salrios e ordenados................................................................ R$ 1.140,00 400,00 550,00 580,00 1.600,00 2.200,00 1.850,00 850,00 280,00 950,00 1.050,00 11.450,00

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02 - Encargos sociais Os encargos sociais compem uns dos custos mais significativos da empresa, representam as obrigaes legais que o empregador paga ao governo em benefcios para o empregado. Para uma melhor anlise vamos dividi-los em trs grupos: a) Contribuies Obrigatrias So os recolhimentos feitos pelo empregador para os cofres de instituies pblicas. Exemplo: Previdncia social...........................................20% Fundo de garantia............................................8% Seguro de acidentes........................................3% Salrios Educao..........................................2,5% SESI/SENAI....................................................2,5% INCRA..............................................................1% Sebrae............................................................ 0,60% Total...............................................................37,80% b) Encargos anuais So os proventos que so pagos aos empregados somente uma vez por ano, o montante anual deve ser distribudo pelos 12 meses. Exemplos: Frias.........................................................= 9,09% Adicional constitucional (9,09%x33,33%) = 3,03% Adicional de Assiduidade (9,09%x30%) = 2,72% 13 Salrio..................................................= 9,09% Total........................................................ c) Despesas Eventuais Inclui-se neste grupo vrios custos adicionais que dependero de fatores aleatrios. Exemplos: Aviso Prvio (valor mdio percentual) ............4,56% Resciso de contrato de trabalho....................3,80% Salrio-Enfermidade........................................2,60% Ausncias remuneradas..................................2,38% Total .............................................................. 13,34% A soma dos encargos social ser: Contribuies Obrigatrias.............................37,80% Encargos Anuais...........................................23,93% Despesas Eventuais..................................... 13,34% Total dos encargos....................................... 23,93%

75,07%

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Sistema Simples Muitas empresas grficas esto cadastradas no sistema SIMPLES; criado pelo governo para apoiar as micro e pequenas empresas. Podemos considerar os seguintes percentuais para as empresas cadastradas no sistema SIMPLES: Frias............................................................ 8,96% Adicional constitucional (8,96%x33,33%) = 2,98% Adicional de Assiduidade (8,96%x30%) = 2,96% 13 Salrio.................................................... 8,96% FGTS................................................................ 8,00% Seguro acidentes.............................................. 3,00% Salrio Educao............................................. 2,50% Aviso prvio/ resciso (mdio)........................ 6,18% Total .......................................................... 43,27%

Clculo dos Encargos Sociais

Os valores dos encargos devem incidir sobre os salrios dos empregados e constar no mapa de custo. Utilizaremos o percentual calculado acima de 75 %

Soma dos salrios e Ordenados................................... R$ 11.450,00 Encargos Sociais ............................................................. 75 %

Custos com Encargos Sociais ..................................... R$ 8.587,50

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03 - Diversas Despesas com pessoal So as despesas com os empregados. Exemplos: assistncia mdica, farmacutica, alimentao, uniformizao, treinamento, recrutamento e seleo, festas de confraternizao etc.(no se devem incluir os considerados na folha de pagamento). Chave de rateio: O rateio feito entre os centros de custos proporcionalmente ao nmero de empregados de cada centro. Exemplo: O valor mdio das despesas com pessoal foi de R$ 1.500,00; a empresa tem 15 empregados, dos quais 5 trabalham no centro de custo acabamento. Fazendo uma proporo (regra de trs) apuramos o valor a ser alocado no centro de custo acabamento. Nmeros de empregados total da empresa Nmeros de empregados total do centro de custo acabamento Despesas diversas valor total R$ 1500 Valor da despesa no centro de custo acabamento R$ ..........1.500,00 x 5 R$ = R$ 15 = 500,00

1.500,00

15 5

15 = 5

1.500,00

R$ 500,00 o valor a ser alocado no centro de custo Acabamento600,00

04 Energia eltrica o custo mensal consumido com energia eltrica pela empresa, o rateio proporcional ao nmero de KWs instalado em cada centro de custos. Para fazermos este rateio necessrio o levantamento de KWs instalados nos centros de custos. 1HP = 0,75 KW (Potncia) Chave de rateio: O rateio feito entre os centros de custos proporcionalmente ao consumo de cada centro de custo. Exemplo: O valor mdio de energia eltrica consumida pela empresa de R$ 600,00. A empresa tem instalado 42 KWs, dos quais 6 esto no centro de custo editorao. Usando o mesmo raciocnio anterior (regra de trs) calcula-se o valor a ser alocado neste centro. Nmeros de KWs instalado total da empresa Nmeros de KWs total do centro de custo Editorao Valor total de energia Eltrica R$ 600,00 Valor da despesa no centro de custo Editorao R$ ..........

42 6

42

42 = 6

600,00 R$ = R$

600,00 x 6 = 85,71 42

R$ 85,71 o valor a ser alocado no centro de custo Editorao05 gua So os custos referentes aos gastos com a utilizao de gua e esgoto, tanto nas instalaes administrativas quanto produtivas. Chave de rateio: No se faz rateio deste custo, devido a dificuldade de se apurar os gastos com gua nos diversos setores. Faz-se o lanamento no centro de custo administrativo, que posteriormente ser rateado entre os centros de custos produtivos. 06 Manuteno e Reparos So os custos referentes s manutenes e reparos feitos nos equipamentos somados aos materiais que auxiliam nesta manuteno e no bom funcionamento do equipamento(leo, graxa, afiao de facas, reparos com instalaes, etc.) Chave de rateio: O rateio deste custo feito entre os diversos centro de custos proporcionalmente ao valor do ativo imobilizado de cada centro de custo. Exemplo: O valor mdio mensal com manuteno e reparos pela empresa de R$ 600,00. A empresa tem de ativo imobilizado R$ 283.500,00 dos quais R$ 120.000,00 esto no centro de custo Offset Mono-2 . Usando o mesmo raciocnio anterior (regra de trs) calcula-se o valor a ser alocado neste centro. O valor total do ativo Imobilizado da empresa Valor total do ativo imobilizado do centro de custo Offset F2283.500,00 = 120.000,00 R$

400,00

600,00

R$ 283.500,00 R$ 120.000,00

Valor total da Manuteno R$ 600,00 Valor da despesa no centro de custo Offset F2 R$ ..........600,00 x 120.000,00 R$ = 283.500,00 = 253,97

600,00

R$ 253,97 o valor a ser alocado no centro de custo Offset Mono-2

07 Seguro Contra Incndio

200,00

So os custos referentes aos contratos de seguros contra incndios, valor calculado sobre o valor de mquinas, instalaes, estoques etc.43

Chave de rateio: O rateio deste custo feito entre os diversos centro de custos proporcionalmente ao valor do ativo imobilizado de cada centro de custo. Exemplo: O valor mdio mensal com contrato de seguro contra incndios feito pela empresa de R$ 200,00. A empresa tem de ativo imobilizado R$ 283.500,00 dos quais R$ 25.000,00 esto no centro de custo Administrao . Usando o mesmo raciocnio anterior (regra de trs) calcula-se o valor a ser alocado neste centro. O valor total do ativo Imobilizado da empresa Valor total do ativo imobilizado do centro de custo Administrao283.500,00 = 25.000,00 R$

R$ 283.500,00 R$ 25.000,00

Valor total do seguro contra incndio R$ 600,00 Valor da despesa no centro de custo administrativo R$ ..........200,00 x 25.000,00 R$ = 283.500,00 = 17,64

200,00

R$ 17,64 o valor a ser alocado no centro de custo Administrao

08 Materiais Auxiliares e de Limpeza

630,00

So os materiais que do suporte ao bom desenvolvimento do trabalho cotidiano da empresa. Por serem de difcil medio e quantificao por ordem de servios, faz-se um levantamento mdio do gasto mensal. O valor a ser rateado conforme a requisio de cada centro de custo. Os materiais auxiliares so as matrias-primas de difcil identificao com uma determinada encomenda, tais como: tintas, produtos qumicos, colas, arame de grampeao, material de embalagem, blanquetas de impresso offset, etc. Os materiais de limpeza: sabes, detergentes. Obs.: Nos trabalhos a cores, a tinta dever ser calculada como matria-prima e identificada com cada trabalho. Exemplo: Centro de Custo Mquina Offset Mono 4: Solventes R$ 40,00 (conforme requisio) Panos ou estopas para limpeza da mquina R$ 20,00 (conforme requisio) Produtos qumicos R$ 62,00 (limpador de Chapa, Preparador da soluo de molha, lcool) etc.

44

A soma destes valores R$ 122, 00, valor que deve ser alocado no centro de custo Mquina Offset formato 4. Para efeito de montagem do MLC da Grfica Exemplo AGC vamos considerar que cada centro de custo vai ter um gasto com materiais auxiliares e de limpeza da ordem de R$ 127,00. (com exceo do centro de custo Offset F4 para qual o valor ser de R$ 122,00 conforme demonstrado acima). 09 Fretes e Carretos Despesas com txi e conduo. OBS1: Os fretes de compra e entrega podero ser agregados ao custo da matriaprima e ao custo final do produto, respectivamente.Nesta hiptese no sero considerados neste item dos custos fixos. OBS2: A empresa normalmente compra alguns materiais para o ms inteiro, como o caso de chapas, papis, tintas, etc. Neste caso o frete destes produtos, quando houver, deve ser tratado como despesa fixa e lanada no MLC. 10 Aluguis e Taxas 1.200,00 300,00

So os custos referentes s despesas com aluguis e imposto predial, se houver. Devem ser rateados entre os diversos centros de custos proporcionalmente a rea ocupada por centro. No caso de imvel prprio deve-se estipular um valor de mercado do aluguel, a fim de remunerar o capital investido.

Chave de rateio: O rateio deste custo feito entre os diversos centro de custos proporcionalmente rea ocupada de cada centro de custo. Exemplo: O valor mdio de aluguel estipulado pela empresa de R$ 1.200,00. A empresa ocupa uma rea total de 220 m2, o centro de custo Administrao ocupa 50 m2. Usando uma regra de trs calcula-se o valor a ser alocado neste centro. rea total ocupada pela empresa rea ocupada pelo centro de Custo Administrao 220 m2 50 m2 Despesas com aluguel valor total R$ 1.200 Valor da despesa no centro de custo administrao R$ ..........1.200,00 x 50 R$ = R$ 220 = 272,72

220 = 50

1.200,00

R$ 272,72 o valor a ser alocado no centro de custo Administrao

11 Leasing (apropriao direta) Neste item sero alocadas as despesas mensais com Arredamento Mercantil (na empresa considerada neste trabalho no ocorreu este item). O valor do leasing dever ser apropriado no centro de custo, onde o equipamento estiver alocado. Neste caso, no ser calculado a depreciao.

0,00

45

12 Depreciao dos Equipamentos

1.371,93

A depreciao tcnica o custo decorrente do desgaste ou da perda de tecnologia dos ativos imobilizados . Quando o empresrio investe, ele deve depreciar os ativos a fim de gerar recursos para a renovao tecnolgica da empresa. Existem dois tipos de depreciao: a contbil e a gerencial. A depreciao contbil feita conforme a legislao em vigor e no interessante para a composio do mapa de custos. A gerencial o empresrio poder estabelecer frmula que mais se represente a realidade de sua empresa e do mercado. 1.371,93

Clculo da Depreciao

Usaremos neste livro uma das frmulas bem simples para o clculo da depreciao.Valor Atual dos equipamentos Valor Residual

Depreciao =Tempo de vida til em meses

Aplicando-se a frmula sobre o valor dos equipamentos alistados no Ativo Imobilizado teremos: Equipamento Administrao Geral Mveis e Instalaes 1 Veculo Editorao 1 Computador PC Pentium 1 Scanner de Mesa 1 Impressora Laser 600 DPI 1 Gravadora de chapa Offset Offset 1 Impressoras Offset Offset 1/2 1 Impressoras Offset 1/2 Corte / Acabamento 1 Mquina de cortar papel 1 Mquina de serrilhar/picotar 1 Mquina de grampear 1 Mquina de furar eltrica Valor Atual Vida til (anos) Taxa Residual* Depreciao Mensal

13.000,00 12.000,00

5a 5a

20 % 20 %

173,33 160,00

3.000,00 2.000,00 3.000,00 3.000,00

2a 3a 3a 10 a

0 0 0 30 %

125,00 55,55 83,33 17,50

100.000,00

10 a

70 %

250,00

120.000,00

10 a

70 %

300,00

20.000,00 3.000,00 4.000,00 500,00

10 a 5a 5a 3a

40 % 20 % 20 % 0

100,00 40,00 53,33 13,89

Taxa Residual - Esta taxa ir determinar o valor residual que ainda se poder apurar pelo equipamento ao fim de sua vida til. A taxa de valor residual dever ser estipulada de acordo com o grau de obsolescncia dos equipamentos. Quando o empresrio no inclui a depreciao no clculo do mapa de custo, no ter reserva para reposio de sua maquinaria o que resultar na perda de competitividade e a descapitalizao de sua empresa. aconselhvel que o empresrio abra uma conta extra em um Banco para depositar os valores referentes depreciao para no desviar este46

recurso para outros fins. No exemplo acima o computador perde R$ 125,00 em tecnologia por ms, o que significa uma rpida obsolescncia.

13 Despesas com Veculos Combustvel, lubrificao, lavagem, manuteno mecnica; (as despesas com seguro, pneus, e licenciamento devem ser divididas por 12 meses).

500,00

14 - Material de escritrio e impressos 15 - Telefone e taxas postais 16 - Honorrios da diretoria 17 - Honorrios profissionais Neste item so consideradas as despesas com assistncia contbil e jurdica. 18 - Despesas de viagens Despesas com passagens, hotis, dirias, etc. relativas a viagens comerciais e participao de feiras e congressos. 19 - Brindes e propaganda Neste item so consideradas despesas com propaganda (mdia mensal) assim como a necessria proviso para a compra de brindes, calendrios, agendas, etc. 20 - Associao de classe 21 - Impostos e taxas indiretos Neste item so alocadas as despesas com impostos indiretos (predial, sindical, taxas da prefeitura). 22 - Despesas bancrias Neste item so alocadas as despesas com tarifas bancrias, no devendo ser includas as despesas com juros s/ financiamento de Capital de Giro (desconto de duplicatas) que devero ser cobradas de cada cliente de acordo com o prazo concedido em suas compras. 23 - Perdas diversas Neste item so consideradas as provises adequadas para devedores duvidosos. 24 - Outras despesas Neste item se incluiro as despesas eventuais, no constante dos itens anteriores. Total de Custo Fixo Mensal

200,00 300,00 3.800,00 500,00

100,00

150,00

50,00 100,00

130,00

150,00

150,00

32.969,43

47

Rateio do centro de custo administrativo Para ratearmos os custos administrativos entre os diversos centros de custos produtivos seguiremos alguns passos para nossa melhor compreenso. 1 Somar todos os custos dos centros de custos Produtivos 2 Somar todos os custos dos centros de custos Administrativos 3 Usando regra de trs simples determinamos a taxa administrativa, isto , quanto os custos administrativos representam em termos percentuais os custos produtivos. Exemplo de como se calcular a taxa administrativa: Valor obtido com soma dos custos dos centros produtivos Valor obtido com soma dos custos administrativos Taxa Administrativa Clculo da Taxa administrativa: 14.999,40.................. 100% 17.970,04.................. X % X % = Taxa administrativa 17.970,04Taxa Administrativa = x 100 = 119,8

14.999,40 17.970,04 119,8%

14.999,40 4 Acrescentar a cada centro de custos produtivo uma parcela de custos, correspondente ao percentual obtido no clculo da taxa administrativa aplicada sobre os custos j existente em cada centro de produtivo. Exemplo O centro de custo Acabamento tem um custo total igual a R$ 5.322,93, ele receberia a ttulo de rateio dos custos administrativos uma outra parcela de R$ 6376,87 , que corresponde a 119,8% de R$ 5.322,93. Neste exemplo, o total de custos a ser apropriado ao centro de custo Acabamento seria de R$ 11.699,80 (R$ 5.322,93+ R$ 6376,87). Centro de Custo Acabamento Custo Total R$ 5.322,93 Taxa Administrativa (percentual) 119,8% Taxa Administrativa em R$ R$ 6376,87 Custo Total com a Taxa Administrativa R$ 11.699,80 O que se faz uma distribuio dos custos administrativos por entre os centros de custos produtivos da empresa com o objetivo de, ao formar o preo de venda incluir os custos administrativos no oramento. No exemplo acima o acabamento ir pagar o valor referente de R$ 6.376,87 dos custos administrativos.

48

NMERO DE HORAS PRODUTIVAS Uma das formas de desperdcios que deve ser levada em considerao a que diz respeito s horas improdutivas, ou em termos mais claros: ao tempo perdido. O empresrio tem interesse em saber onde se perde, porque se perde, quanto se perde, quando se perde, e quem perde, a fim de poder eliminar as causas e utilizar ao mximo o tempo destinado produo, visando sempre maximizar as horas produtivas e conseqentemente minimizar a tarifa horria do centro de custo. Para determinarmos o nmero de horas produtivas teremos o cuidado de tomar como base para o clculo s as horas realmente produtivas. O ideal e que as empresas faam um controle mensal das horas realmente trabalhadas em cada centro de custo, porm na falta do controle faz-se um clculo terico como segue abaixo. Ano civil........................................................................................................ (-) Domingos......................................................................... (-) Sbados............................................................................ (-) Feriados............................................................................ 52 dias 52 dias 10 dias 365 dias

(114 dias) 251 dias 2.008 hs./ano

Dias teis do ano........................................................................................... 251 dias / ano x 8 horas / dia....................................................2.008 hs. / ano

= .......................................................................................12 meses

167 hs./ms

(-) Permisses*............................................................................................ Total de horas produtivas / ms.................................................................... Permisses: Banheiro / Merenda / Atrasos eventuais (Redutor de 10%) Importante

17 horas 150 horas

de suma importncia que o empresrio saiba que se um centro de custo trabalha em dois turnos, as horas produtivas iro aumentar em duas vezes e o quadro produtivo ser complementado, reduzindo com isto o custo - hora do centro de custo. Se um centro de custo tiver trs empregados, e sua definio de hora seja horahomem, ento as horas produtivas deste centro devero ser multiplicadas por trs.

Exemplo: O centro de custo Editorao Eletrnica tem trs empregados. Ento as horas produtivas sero: 150 x 3 = 450 horas

49

Mapa Auxiliar da Grfica AGC

Itens ..............................meses Ativo Imobilizado (120 ) Ativo Imobilizado (60) Ativo Imobilizado (36) Ativo Imobilizado (24) Total Total em % rea Potncia Instalada Funcionrios

Valor

Mapa Auxiliar ADM Geral Editorao

Centros de Custos Offset F4 Offset F2

Acab./Corte

Importante O mapa auxiliar foi criado a partir dos dados levantados inicialmente acima referentes instalao e a capacidade da empresa.

50

DETERMINAO DO PREO DE VENDA

Fluxo de trabalho

Cliente Produo Visual Grfica Processamento da Imagem Impresso Acabamento Cliente

A formao do preo de venda dos seus produtos e ou servios depender dentre outros fatores, da cultura organizacional, da concorrncia, do mercado, da tecnologia utilizada para a realizao do trabalho. O clculo do preo de venda procura um valor que: Possibilite a empresa maximizao dos lucros Mantenha a qualidade, atendendo as necessidades do mercado quele preo determinado; Conquistar novos clientes Aproveitar melhor os nveis de produo, etc.

51

Fatores que interferem na formao do preo de venda Tipo de mercado que a empresa opera A qualidade dos servios e ou produto em relao s necessidades do mercado consumidor O grau de competio Lealdade do cliente e hbito de comprar Mutaes dos custos Custos e despesas de fabricao, administrao e comercializao do produto e ou servio.

Condies que Devem ser Observados na Formao do Preo de Venda Forma-se o preo - base Critica-se o preo base em funo das caractersticas do mercado, como o preo dos concorrentes, volume de vendas, prazos, condies de entrega, qualidade, promoes, atendimento aps vendas, etc. Testa as consideraes das relaes de custo/ volume/ lucro e demais aspectos econmico - financeiros da empresa. Se fixa o preo mais apropriado com condies diferenciadas para atender: Volumes diferentes Prazos diferentes de vendas Descontos para prazos menores Comisses sobre venda para cada condio Alternativas promocionais para objetivos estabelecidos, etc.

Processo para Determinar o Preo de Venda O processo para a determinao do preo de venda dos impressos grficos leva em conta que os diversos custos incorridos pela empresa grfica que concerne comercializao, administrao e fabricao podem ser classificados em diretos e indiretos. Calcularemos o preo de venda seguindo alguns tpicos para nossa melhor compreenso:

1. Determinar os Custos Diretos Os custo diretos so todos os custos que podem, de imediato, ser apropriado aos diversos produtos de uma indstria. So os custos individualizados com relao ao produto. So de fcil mensurao. Matria - Prima So todos os materiais diretamente incorporados ou consumidos para fabricar um determinado produto, ou executar um servio. Uma condio especial para classificar um material usado como matria prima o mesmo ser mensurvel em relao ao produto.

52

Exemplo: Papel, carto Tintas (quando utilizadas em quantidades relevantes) Chapas Filmes Plsticos Material de Acabamento

O custo total da matria-prima consumida constitui-se como fator principal do custo total do produto na indstria grfica; em muitas empresas a participao das matrias primas chega a 30 / 40% do custo total. Clculo do Custo das Matrias - Primas O custo de qualquer material consumido no processo industrial obtido pela multiplicao de dois fatores: Quantidade x preo unitrio

Convm ressaltar dois aspectos importantes: 1. A matria prima deve ser avaliada pelo custo corrente de mercado, ou seja, pelo custo de reposio obtido junto aos fornecedores. 2. O Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) deve ser excludo da avaliao (preo unitrio) da matria prima, uma vez que ele um imposto cobrado por dentro. Nesta fase da elaborao do pr clculo, merece ateno especial quantificao (determinao das quantidades consumidas) das matrias primas, no se esquecendo de adicionar percentuais de perdas para papis e cartes; em alguns casos adicionamos percentuais de perdas para filmes e chapas. Servios de Terceiros Trata-se de servios executados por terceiros que se incorporam ao produto grfico fabricado pela empresa. Exemplo: Plastificao Fotolitos Clich Faca de corte vinco Hot Stamp

E outros servios que tenham as caractersticas acima citadas. Clculo dos Custos com Servios de Terceiros Para clculo dos custos com servios de terceiros valem as mesmas ressalvas anteriormente citadas para as matrias primas, ou seja, A avaliao deve ser feita em termos de custo corrente no mercado Mo de Obra Direta

53

Refere-se s despesas com salrios e encargos sociais dos funcionrios que esto diretamente ocupados na fabricao do produto grfico. Exemplo: Impressores Copiadores Arte Finalistas Cortadores Brochuristas

Clculo dos Custos Referentes Mo-de-Obra Direta Este custo ser cobrado juntamente com os custos indiretos, uma vez que, assim fazendo, estaremos buscando uma racionalizao do processo de determinao do preo de venda. 2. Determinar os Custos Indiretos Como os custos indiretos no so mensurveis diretamente com relao ao impresso grfico, torna-se necessrio que, para o seu clculo e a conseqente imputao aos diversos produtos, eles sejam localizados nos diversos centros de custos da empresa grfica onde eles ocorrem, gerando assim, o Mapa de Localizao de Custos (MLC). Alm de apurar os custos indiretos ocorridos nos diversos centros de custos, o M.L.C. tem como objetivo determinar os custos hora mquina e hora homem de cada setor produtivo da empresa, sendo que este ltimo vem em decorrncia do primeiro. Portanto a maneira de se cobrar os custos indiretos na empresa grfica atravs dos custos hora mquina e ou hora homem apurados no mapa de localizao de custos. Sendo assim basta determinarmos quantas horas o servio grfico em anlise permanecer em cada setor produtivo e multiplicar o montante de horas pelo custo hora mquina ou hora homem do setor, obtendo-se ento o total de custos indiretos a serem cobrados do cliente, para execuo do impresso. 3. Somar os Custos Diretos e Custos Indiretos Nesta etapa deveremos somar os custos diretos referentes s matrias primas e servios de terceiros com os custos indiretos.Exemplo:

1- Matria prima................................................................................... 2- Servio de terceiros............................................................................3- Custo Hora 2 horas de editorao grfica................................................. 1 hora de acerto de mquina Offset 1/4 ................................. 2 horas de impresso Offset 1/4 ............................................ 5 horas de acabamento.......................................................... Custo Hora Total ............................................................... 19,41 39,27 39,27 15,60

500,00 100,00

38,82 39,27 78,54 78,00 _______ 234,63

54

Custo de Produo Total (1 + 2 + 3 )............................. ...

Total 1 Total 2 Total 3

500,00 100,00 234,63 834,63

Custo de Produo Total

4. Determinar os Custos Especiais de Vendas Ao chegar nesta etapa da elaborao do pr clculo, o calculista dever analisar e determinar todos os custos incidentes sobre venda, bem como a margem de lucro desejada pela empresa. Custos Especiais de Vendas Impostos sobre circulao de mercadorias e servios ( ICMS) Impostos sobre prestao de servios (ISS) Programa de Integrao Social (PIS) Fundo de Investimento Social (finsocial) Juros e descontos de duplicatas Comisses aos vendedores Outras comisses Para o nosso exemplo utilizaremos as taxas relacionadas abaixo: Custos Especiais de Venda ISS/PIS/CONFINS............................................. Comisses.......................................................... Soma dos Custos Especiais de Venda ............ 8% 6% 14%

5. Lucro Previsto Devemos determinar qual a margem de lucro pretendida pela empresa no que se refere aos servios e ao cliente em anlise. A margem de lucro apropriada ao preo de venda sempre vai estar de acordo com as polticas de Retorno sobre Investimentos (ROI) traadas pela alta administrao da empresa, cabendo ao calculista apenas a correta aplicao dela na formao do preo de venda dos diversos produtos e ou servios grficos. O lucro chamado de previsto porque a empresa s ter lucro depois de amortizar os custos fixos, ou seja, atingir o ponto de equilbrio, conceito j estudado. O lucro previsto para o nosso exemplo ser de 20%. Destinao do Lucro

Manuteno do Capital de Giro Investimentos Distribuio a Diretoria Participao dos Empregados

55

Lucro Sobre Preo de Venda Como j calculamos os custos de fabricao anteriormente, agora aplicaremos sobre estes custos os percentuais relativos aos custos especiais de venda e ao custo lucro, determinando, dessa maneira, o preo de venda. MARK UP Mark up consiste, basicamente em somar-se aos custos unitrio do produto uma margem para obter o preo de venda. Esta margem geralmente percentual deve cobrir todos os custos e despesas e propiciar um determinado nvel de lucro. Lucro Sobre Preo de Venda MARK UP como Multiplicador

Para que isto seja feito deveremos determinar o coeficiente de multiplicao, conhecido como Mark up dado pela frmula:

100 MARK UP = 100 (CUSTOS ESPECIAIS DE VENDA + LUCRO )

Para o nosso exemplo, teramos:100 MARK UP = 100 ( 14 + 20 ) = 100 34 100 = 66 100 = 1,5151

Aplicando o Mark up teremos: Custo de Fabricao R$ 834,63 MARK UP 1,5151 o

Preo de Venda = Custo de Fabricao x Mark up

Preo de Venda = 834,63 x 1,5151 = R$ 1.264,54

Lucro Sobre Preo de Venda MARK UP como Divisor

Uma outra forma de calcular o preo de venda dos produtos e ou servios grficos, na verdade e a mesma forma, porm mais direta a seguinte:100 ( CUSTOS ESPECIAIS DE VENDA + LUCRO ) MARK UP = 100 100 + ( 14 +20) MARK UP = 100 = 100 100 34 = 100 66 = 0,66

56

Aplicando o Mark up teremos: Custo de Fabricao R$ 834,63 Mark up 0,66

CUSTO DE FABRICAOPREO DE VENDA =

MARK UP

100 + ( 14 +20) PREO DE VENDA = 100 =

100 34 = 100

66 = 0,66 100

834,63PREO DE VENDA = = R$ 1.264,59

0,66 Lucro Sobre Preo de Venda Clculo Direto

Aplicando a formula direta teremos:

CUSTO DE FABRICAO PREO DE VENDA =

1

CUSTOS ESPECIAIS DE VENDA + LUCRO100

834,63PREO DE VENDA = =

834,63=

834,63= R$ 1.264,59

1

14 + 20100

1

0,34

0,66

57

Lucro Sobre Custo de Produo Total Agora iremos calcular o preo de venda, com os mesmos percentuais de custos especiais de venda ( 14% ), e com o mesmo lucro de 20% sobre os custos de fabricao.

Mark up O conceito de Mark up no muda, o que altera a forma de calcul-lo, portanto, Mark up consiste, basicamente em somar-se aos custos unitrio do produto uma margem para obter o preo de venda. Esta margem geralmente percentual deve cobrir todos os custos e despesas e propiciar um determinado nvel de lucro. Lucro Sobre Custo de Produo Total Mark up como Multiplicador

Para que isto seja feito deveremos determinar o coeficiente de multiplicao, conhecido como Mark up dado pela frmula:100 + LUCRO MARK UP = 100 ( CUSTOS ESPECIAIS DE VENDA )

Para o nosso exemplo, teramos:100 + 20 MARK UP = 100 ( 14 ) = 86 120 = 1,3953

Aplicando o Mark up teremos: Custo de Fabricao R$ 834,63 Mark up 1,3953 o Preo de Venda = Custo de Fabricao x Mark up

PREO DE VENDA = 834,63 x 1,3953 = R$ 1.164,56

Lucro Sobre Custo Produo Total Mark up como Divisor

Uma outra forma de calcular o preo de venda dos produtos e ou servios grficos, na verdade e a mesma forma, porm mais direta a seguinte:100 (CUSTOS ESPECIAIS DE VENDA) MARK UP = 100 + LUCRO

100 ( 14 ) MARK UP = 100 + 20 =

86 = 0,7167 120 58

Aplicando o Mark up teremos: Custo de Fabricao R$ 834,63 Mark up 0,7167

CUSTO DE FABRICAOPREO DE VENDA =

MARK UP

834,63PREO DE VENDA = = R$ 1.164,54

0,7167 Lucro Sobre Custo de Produo Clculo Direto

Aplicando a formula direta teremos:

CUSTO DE FABRICAOPREO DE VENDA =

100

CUSTOS ESPECIAIS DE VENDA100 + LUCRO

834,63PREO DE VENDA = =

834,63=

834,63= R$ 1.164,54

100 14100 + 20

86120

0,7167

59

MODELO DE FORMULRIO PARA ELABORAO DE PR-CLCULOPr-Clculo N Cliente: Vendedor: Servio: ____lminas - ____x____cores capa - ____x____cores ____lminas - ____x____cores Obs.:__________________ ____lminas - ____x____cores ______________________ Aberto: Contato: Fone: Colagem Topo P Direita Esquerda Data: _____/_____/_____ Grampo Topo P Direita Esquerda Picote Topo P Canhoto Direita Esquerda FORMATO Fechado: Furos Topo P Direita Esquerda

MATRIA PRIMA Papel Filme Chapa Tinta

PREO UNITRIO

Quant.: QUANT. VALOR

Quant. QUANT. VALOR

Quant. QUANT. VALOR

1 - Soma dos Materiais......................

SERVIC DE TERCEIROS

QUANT.

VALOR

QUANT.

VALOR

QUANT.

VALOR

2 - Soma Servios de Terceiros.........

MO DE OBRA Editorao Eletrnica Acerto de Mquina Troca Tinta Impresso Offset Acabamento 3 - Soma da Mo de Obra................... Custo de Produo (1+2+3) Imp.: Com.: Lucro.: Juros: Preo Final Preo Unitrio Quant. Aprovada

HS

VALOR

HS

VALOR

HS

VALOR

Preo Unitrio Aprovado

N / Data OS

Autorizao Crdito Cobrana

60

CONTRIBUIO MARGINAL Contribuio marginal ou margem de contribuio: o resultado da subtrao do preo de venda, pelos custos variveis que compe o preo do produto. comum dentro do ambiente grfico a predileo por trabalhos que demandem menos tempo dentro da empresa. Trabalhos que no passam por todos os processos dos quais a grfica dispe. So exemplos destes trabalhos os cartazes, volantes, malas diretas, alguns folhetos, que usualmente, aps a impresso, vo direto para o refile final ficando pouqussimo tempo dentro da empresa. um erro considerar este um timo trabalho a ser feito. bvio que todo trabalho importante, mas o empresrio precisa saber qual tipo de servio tem a melhor contribuio marginal. fcil deduzir que do montante final do oramento, de fato, o que a grfica vende so as suas horas produtivas. Quem ganha com a venda de matria-prima (papel, chapa, tinta) so os fornecedores. Portanto o empresrio deve valorizar mais o servio que demanda maior tempo de produo em detrimento daqueles que apenas consomem matriaprima. Aplicando o exemplo das pginas 54 e 55 teremos o seguinte clculo: Preo de Venda Matria - prima Servios de terceiros Comisses Impostos Contribuio Marginal R$ 1264,54 R$ 500,00 R$ 100,00 R$ 75,87 R$ 101,16 R$ 487,51

(-) (-) (-) (-)

Neste exemplo a contribuio marginal foi de R$ 487,51 representando 38,55 % do preo total do produto, o que significa que dos R$ 1264,54 (total do preo de venda) R$ 487,51sero para o pagamento das despesas e dos custos fixos, e o restante R$ 777,03 ( 61,45%) sero para o pagamento dos custos com matria-prima, servios de terceiros, impostos e comisses ( no ficaro para a grfica). Com vimos anteriormente a grfica s apresentar lucro operacional aps atingir o ponto de equilbrio. Sero as contribuies marginais somadas que pagaro os custos e despesas fixas da empresa, portanto quanto maior a contribuio marginal dos trabalhos mais cedo, dentro do ms, a empresa atingir o ponto de equilbrio. muito difcil determinar um valor fixo percentual para a contribuio marginal, por isso o empresrio deve criar uma tabela onde determinar este valor para cada um dos trabalhos que forem executados, para a partir da estabelecer uma mdia dessas contribuies e determinar o seu ponto de equilbrio financeiro, conforme exemplo abaixo: Considerando que a mdia tenha sido 38,55% e usando o custo fixo da nossa empresa modelo (Grfica AGC) teremos o seguinte clculo: PE = CF CM onde,

PE = Ponto de Equilbrio CF = Custo Fixo CM = Contribuio Marginal (valor percentual mdio)

PE =

32.969,43 0,3855

PE = R$ 85.523,81 A nossa Grfica AGC que tem um custo fixo mensal de R$ 32.969,43 precisa faturar R$ 85.523,81 para atingir o ponto de equilbrio. O ideal seria a grfica atingir esse ponto at o vigsimo dia do ms, pois s a partir da que ela comear a ter lucro, e poderemos usar o seguinte raciocnio: Para cada R$ 100,00 vendidos, R$ 61,45 sero para o pagamento dos custos variveis ( matria-prima, servios de terceiros, comisses e impostos), e R$ 38,55 sero lucro real da empresa, uma vez que este valor fica na empresa e as despesas e custos fixos j foram pagos.

Podemos usar como modelo de tabela para a apurao das contribuies marginais o quadro prxima pgina:

2

ANLISE DAS VENDAS POR CONTRIBUIO MARGINAL Preo de Venda Custos Variveis Contribuio Marginal (R$) Contribuio Marginal (%) Contribuio Acumulada (R$)

o.s.

Cliente

Servio

Bibliografia Administrao Financeira SANVICENTE, Antnio Zoratto Ed. Atlas. Apostila SENAI Minas Gerais 2003 Apostila SENAI So Paulo 1995 Introduo Estatstica TRIOLA, Mario Ed. Atlas. Matemtica Financeira Fcil Srie Manager