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APOSTILA DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PARA TÉCNICO JUDICIÁRIO DO TRT-1ª REGIÃO (RJ) Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. (arts. 643 ao 683 da CLT). 2. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho e dos distribuidores (arts. 710 ao 715 da CLT). 3. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista - aplicação subsidiária do CPC - (art. 769 da CLT). 4. Dos recursos no processo do trabalho (arts 893 ao 901 da CLT). Traz a CLT Comentada; Teoria, principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais; 70 questões comentadas didaticamente. ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 54 páginas. A apostila completa contém 200 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS. Acesse os detalhes em http://www.acheiconcursos.com.br

Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

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Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ), contendo:1. Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. (arts. 643 ao 683 da CLT).2. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho e dos distribuidores (arts. 710 ao 715 da CLT).3. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista - aplicação subsidiária do CPC - (art. 769 da CLT).4. Dos recursos no processo do trabalho (arts 893 ao 901 da CLT).> Traz a CLT Comentada;> Teoria, principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais;> 70 questões comentadas didaticamente.> 200 páginas.

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APOSTILA DE

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PARA TÉCNICO JUDICIÁRIO DO TRT-1ª REGIÃO (RJ)

Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em

www.acheiconcursos.com.br Conteúdo: 1. Da Justiça do Trabalho: organização e competência. Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e competência. (arts. 643 ao 683 da CLT).

2. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho e dos distribuidores (arts. 710 ao 715 da CLT).

3. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista - aplicação subsidiária do CPC - (art. 769 da CLT).

4. Dos recursos no processo do trabalho (arts 893 ao 901 da CLT).

Traz a CLT Comentada;

Teoria, principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais;

70 questões comentadas didaticamente.

ATENÇÃO: Esta apostila é uma versão de demonstração, contendo 54 páginas.

A apostila completa contém 200 páginas e está disponível para download aos usuários assinantes do ACHEI CONCURSOS.

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Conceitos

O modo mais seguro de compreender os institutos jurídicos é estabelecer seu exato conceito. E como o Direito, em seu estado puro, é apenas ideia, o único veículo de que dispõe para comunicar-se com o universo exterior é a palavra. Logo, todo conceito de institutos jurídicos deve começar a ser bus-cado pelo significado das palavras que lhe traduzirão a ideia e terminar pelas palavras que a traduzirem com o máximo de aproximação de seu propósito científico e sentido técnico.

Tratando-se de princípio, o sentido comum que nos comunicam os dicio-nários é de “origem, começo, ponto de partida ou causa primária” dos fenô-menos da vida.

Como é normal ocorrer, o significado científico de princípio se aproxima ou mesmo se identifica com seu sentido semântico. Assim é que, para Cre-tella Junior, o princípio científico é “[...] toda proposição, pressuposto de um sistema, que lhe garante a validade, legitimando-a” – daí concluir o mesmo autor que “[...] o princípio é o ponto de referência de uma série de propo-sições, corolários da primeira proposição, premissa primeira do sistema” (CRETELLA JUNIOR, 1989, p. 6).

Se descermos da macrovisão da ciência como um sistema global para a visão localizada de um de seus segmentos – o Direito –, vemos que o signi-ficado jurídico de princípio mantém sua identidade com o do substantivo comum, na medida em que podemos entendê-lo como ideia inicial de sus-tentação da estrutura sistêmica do Direito.

Se aproximarmos a visão da ciência jurídica até um dos ramos de sua expansão – o Direito Processual –, ainda aí encontramos o conceito de prin-

Princípios do Direito Processual do Trabalho

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cípio identificado com a ideia comum de ponto de partida de um fenômeno científico, seguramente expresso na lição de Cintra, Dinamarco e Grinover: “[...] preceitos fundamentais que dão forma e caráter aos sistemas processuais” (CINTRA et al., 1974, p. 51).

Chegando, por fim, à microvisão de um dos sub-ramos internos do Direito Pro-cessual – o do Trabalho –, ainda veremos o encontro do conceito jurídico e do conceito comum de princípio, assim exprimido pelos mesmos autores supracita-dos: “[...] preceitos fundamentais que dão forma e caráter a um sistema proces-sual”. (CINTRA et al., 1974, p. 51).

De tudo se conclui que o ideograma do princípio, seja no sistema amplificado do Direito Processual, seja no sistema reduzido do Direito Processual do Trabalho, atua como o alicerce ou a fundação sustentadora da estrutura visível das constru-ções. Por isso mesmo, o conjunto de ideias integradas constituintes de seu todo merece, de autores como Wagner D. Giglio (2000), a denominação de fundamen-tos (do Direito ou, em nosso caso específico, do Direito Processual do Trabalho).

Funções

A ciência, tanto em sua visão global quanto na visão de suas partes ou ramos, tem uma constituição orgânica, de vez que se destina a exercer múltiplas funções alimentadoras do tecido social. O princípio (aqui circunscrito à visão específica do Direito) é um de seus múltiplos órgãos a cujo cargo estão três funções essenciais, muito bem descritas e analisadas, entre outros, por Plá Rodriguez (1978) e Luiz de Pinho Pedreira da Silva (2002).

Informativa � , na medida em que ilumina a inteligência do legislador com as bases para a criação do ordenamento jurídico. Segundo citação de Adolfo Gelsi Bidart por Plá Rodriguez (1978, p. 17),

[...] os princípios estão na base de toda disciplina que a inspiram (penetram no âmago), fun-damentam (estabelecem a base) e explicam (indicam a ratio legis) as diversas formas concre-tas que constituem a estrutura normativa do direito positivo de cada país.

Normativa � , na medida em que proporciona a integração do direito, suprindo a ausência de normas.

Interpretativa � , na medida em que molda critérios de orientação do juiz ou do intérprete para a compreensão do direito e da norma.

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Assim, por meio de uma ou várias ideias básicas, o princípio forma o lastro de solidez da Ciência Jurídica, em seu todo e em seus ramos, respondendo por sua vitalidade com a discrição das fundações que, subjacentes, são, no entanto, o sus-tentáculo dos grandes edifícios.

Sistematização

Segundo nosso modo pessoal de sistematizar o estudo dos princípios, tendo em mira o Direito Processual do Trabalho, eles se estratificam em quatro esta-mentos, respectivamente ocupados pelos princípios-tronco, pelos princípios constitucionais do processo, pelos princípios gerais do processo e pelos princí-pios peculiares do processo trabalhista.

Deles separamos, todavia, as regras complementares a que denominamos técnicas de procedimento, geralmente arroladas ora como princípios gerais, ora como princípios peculiares de algumas das ramificações específicas da teoria geral do processo.

Façamos a análise sintética de cada um dos mais salientes integrantes de cada estamento, por seu caráter e função próprios.

Princípios-tronco

Lógico � : destinado a inspirar a escolha de meios rápidos e eficazes de levan-tar a verdade e evitar o erro para a solução dos conflitos de interesse. Rea-liza-se, na prática, por meio da disponibilidade de uma bem coordenada estrutura de atos processuais e de fácil inteligência para manipulação pelos jurisdicionados.

Econômico � : tem o objetivo de dar a todos uma acessibilidade eficaz ao pro-cesso. Realiza-se, na prática, em dois sentidos de poupança – de tempo, graças à simplicidade dos atos, conversível em rapidez na solução dos con-flitos, e de dinheiro, graças ao enxugamento dos custos até o nível zero para os juridicamente miseráveis.

Político � : destinado a tornar mais eficaz o processo por meio do máximo de garantia social com o mínimo de sacrifício pessoal dos jurisdicionados.

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Realiza-se, na prática, graças à segurança de encaminhamento e discussão das pretensões jurídicas com justa distribuição da prestação jurisdicional.

Jurídico � : tem o objetivo de tornar mais eficaz o processo por meio da igual-dade no combate e justiça no julgamento. Realiza-se, na prática, graças à igualdade de todos perante a lei e de tratamento pelo processo.

Sublinhamos, propositalmente, em cada um deles a presença da preocupação com um processo de caráter eficaz, na plenitude do sentido desse substantivo, de produzir efeito real, positivo.

Vista a suma de seu conteúdo, compreende-se a categorização a eles dada de princípios-tronco: é que lhes cabe centralizar ideias irradiadoras de garantias, que se espalharão ao feitio de seiva nutriente pelas ramificações dos sistemas proces-suais, atingindo a todos indistintamente.

Princípios constitucionais

Assim os batizamos porque, embora se destinem a dar forma e caráter a sis-temas processuais, suas nascentes estão no Direito Constitucional, muito bem conceituado por Edgard de Brito Chaves Júnior (1988, p. 142) como direito-sín-tese de todos os demais ramos da Ciência Jurídica.

Querem eles dizer, resumidamente, que se segue imediatamente.

Juízo e promotor natural

Nenhum litígio poderá ser apreciado sem prévia existência legal de juízo deter-minado para isso. Por contraposição, significa que nenhum sistema processual tolera a criação de tribunais especiais, de exceção, portanto, adrede criados para impor o poder jurisdicional do Estado em situações escolhidas, o que é muito comum de ocorrer nos regimes políticos autoritários. Conforme Nelson Nery Junior (1992, p. 58), “[...] tribunal de exceção é aquele designado ou criado por deliberação, legislativa ou não, para julgar determinado caso” e está cristalizado no artigo 5.º, XXXVII, da Constituição Federal (CF) brasileira.

A ideia do promotor natural é a versão do que acabou de ser visto, com vistas ao órgão acusador, que não pode ser designado, de modo preconcebido, para provocar ação persecutória de qualquer cidadão.

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO - QUESTÕES COMENTADAS

01. (NOSSA CAIXA, F CC- Advogado - 2011 ) Mirto, juiz de direito, indignado com determinadas situações que estão ocorrendo na empresa Z, gostaria de instaurar reclamação plúrima trabalhista. Porém, há um princípio que impede que o magistrado instaure de ofício o processo trabalhista. Trata-se especificamente do princípio

a) da imparcialidade do juiz.

b) do devido processo legal.

c) do contraditório.

d) dispositivo.

e) inquisitório.

02. (TRT-4ª REGIÃO, FCC - Té cnico Judiciário - 2011) Em determinada reclamação trabalhista, a empresa reclamada apresentou defesa em audiência. Após a apresentação da defesa, o advogado do reclamante pretende aditar o seu pedido. Neste caso o aditamento

a) não será mais possível em atenção ao princípio da perpetuatio jurisdictionis.

b) não será mais possível em decorrência do princípio da estabilidade da lide.

c) não será mais possível, obedecendo-se ao princípio da instrumentalidade.

d) será possível se a parte reclamada for novamente intimada em obediência ao princípio do contraditório.

e) será possível independentemente de nova intimação da parte reclamada, em obediência ao princípio da verdade real.

03. (TRT 24ª Região, FCC - Técnic o Judiciário - 2 011) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. Este dispositivo retrata especificamente o princípio

a) da instrumentalidade.

b) dispositivo.

c) da estabilidade da lide.

d) inquisitivo.

e) da perpetuatio jurisdictionis.

04. (TRT 12ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2010) O princípio que dispõe que a competência é fixada no momento em que a ação é proposta, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, exceto quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia, é especificamente o princípio

a) da estabilidade da lide.

b) da perpetuatio jurisdictiones.

c) da inafastabilidade de jurisdição.

d) do devido processo legal.

e) do Juiz natural.

05. (TRT-23ª REGIÃO, F CC - Analista Judiciário - 2007 ) O art. 5º, XXXVII da Constituição Federal dispõe que “não haverá juízo ou tribunal de exceção”. Esse dispositivo consagra, em relação à jurisdição, o princípio

a) da especialização.

b) da improrrogabilidade da jurisdição.

c) da indeclinabilidade da jurisdição.

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d) do juiz natural.

e) da indelegabilidade da jurisdição.

GABARITO E COMENTÁRIOS 01. D

O Princípio da Imparcialidade do Juiz significa que na justa composição do conflito de interesses entre as partes o juiz deverá ser imparcial em seu julgamento. A Constituição Federal, para efetivar esta imparcialidade, confere à magistratura (art. 95) garantias especiais:

> O Princípio do Devido Processo Legal (art. 5°, LIV da CF/88) garante que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.

> O Princípio do Contraditório (art. 5°, LV da CF/88) implica na bilateralidade de ação e do processo. Assim, quando uma parte apresenta uma prova, a outra parte poderá manifestar-se sobre a prova apresentada.

> O Princípio Dispositivo ou da Demanda é, também, chamado de princípio da inércia da jurisdição porque a parte interessada deverá provocar a tutela jurisdicional quando sentir-se lesada ou ameaçada em relação a algum direito.

Assim, o juiz não poderá instaurar a ação de ofício, ou seja, ele deverá ser provocado pelas partes.

Importante mencionar que este princípio está presente no processo civil, porque a FCC tem abordado princípios do processo civil aplicáveis ao processo do trabalho.

Art. 2º do CPC. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.

A expressão “nemo iudex sine actore” também reflete o princípio do inquisitivo e significa dizer que sem autor não há jurisdição.

Não se pode deixar de mencionar que há no processo do trabalho exceções a este princípio como, por exemplo, o art. 878 da CLT, que permite que a execução seja promovida de ofício pelo juiz.

Relembremos, então, outros princípios importantes do processo civil aplicados ao processo do trabalho:

> Princípio Inquisitivo ou do Impulso Oficial: está consagrado no art. 262 do CPC. No processo do trabalho o art. 765 da CLT permite ao juiz determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento das causas, o que caracteriza o impulso oficial.

Art. 262 do CPC. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.

> Princípio da Instrumentalidade: o processo não é um fim em si mesmo, mas um instrumento da Justiça. Assim, o processo deverá estar a serviço do direito material, sendo um instrumento para a realização deste.

O princípio da instrumentalidade é também conhecido como princípio da finalidade, segundo o qual quando a lei prescrever determinada forma, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido o ato, se realizado de outro modo lhe alcançar a finalidade (artigos 154 e 244 do CPC).

> Princípio da Impugnação Espe cificada: este princípio está presente no art. 302 do CPC estabelecendo que caberá ao réu manifestar-se sobre os fatos narrados na petição inicial, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos não impugnados.

O ônus atribuído ao réu somente não ocorrerá:

a) Quando não for admitida a confissão a respeito dos fatos não impugnados.

b) Quando a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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Princípios gerais e a aplicação subsidiária do CPC

Conceitos Os Princípios são formas de integração da norma jurídica, isto

porque eles atuam como fonte de integração destas normas objetivando suprir as lacunas existentes. Lembre-se que o juiz não poderá eximir-se de sentenciar alegando estas mesmas omissões ou lacunas nas normas jurídicas.

O art. 769 da CLT autoriza a aplicação subsidiária do Direito Processual Civil ao Direito Processual do Trabalho, como fonte subsidiária para suprir lacunas ou omissões. Apenas ressalta tal artigo que a aplicação somente será possível quando não colidir com os princípios e com as normas de Direito Processual do Trabalho.

Para o jurista Norberto Bobbio os princípios são normas, observem:

“normas fundamentais ou generalíssimas do sistema, as normas mais gerais. A palavra princípios leva a engano, tanto que é velha questão entre os juristas se os princípios gerais são normas. Para mim não há dúvida: os princípios gerais são normas como todas as outras. Para sustentar que os princípios gerais são normas os argumentos são dois, e ambos válidos: antes de mais nada, se são normas aquelas das quais os princípios gerais são extraídos, através de um procedimento de generalização sucessiva, não se vê pó que não devam ser normas também eles: se abstraio da espécie animal obtenho sempre animais e não flores ou estrelas. Em segundo lugar, a função para a qual são extraídos e empregados é a mesma cumprida por todas as normas, isto é a função de regular um caso. E com que finalidade são extraídos em caso de lacuna? Para regular um comportamento não-regulamentado: mas então servem ao mesmo escopo a que servem as normas expressas. E por que não deveriam ser normas?”

Art. 769 da CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.

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É importante já mencionar que em relação ao processo de execução a lei dos executivos fiscais será utilizada como fonte subsidiária conforme estabelece o art. 889 da CLT.

E, também que o art. 882 da CLT determina a prevalência do CPC em relação à ordem de nomeação de bens à penhora.

Art. 889 da CLT - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contra vierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.

Art. 882 da CLT - O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Código de Processo Civil.

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CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS (COMENTADA)

DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 Devidamente atualizado até OUTUBRO/2012

TÍTULO X

DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 763 - O processo da Justiça do Trabalho, no que concerne aos dissídios individuais e coletivos e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo o território nacional, pelas normas estabelecidas neste Título.

Comentários:

A CLT, além de ter-se referido ao direito material do trabalho, registrou em seu texto normas afetas ao processo do trabalho. Talvez não tenha sido tão detalhista quanto foi nos capítulos sobre o contrato de trabalho e seus títulos consectários, por isso delegou ao Código de Processo Civil a função de subsidiar o Texto Consolidado, não se obrigando a uma codificação de normas procedimentais específicas ao andamento das ações no Judiciário Trabalhista.

Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.

§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título.

§ 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.

Comentários:

A conciliação é um princípio do processo do trabalho, que se materializa durante o rito procedimental, especificamente quando o juízo a oferece em duas fases distintas: ao iniciar a audiência e após as partes aduzirem razões finais, sem prejuízo de ser apresentada em qualquer momento do processo, inclusive na fase de execução. E, como princípio processual, marca o interesse do Judiciário em evitar a lide ao definir a participação contundente do juízo na busca de uma solução pacífica da demanda.

A transação é um contrato civil, previsto no Estatuto Beviláqua (art. 840 do CCB); trata-se de matéria vinculada ao direito das obrigações. A transação se convalida com o interesse das partes em transigir direitos. Como um contrato civil, aperfeiçoa-se extrajudicialmente, ou seja, fora do juízo, e também em meio a um processo.

O acordo nada mais é do que a transação realizada sub judice, ou melhor, durante o desenvolvimento de um processo. Ali, ela se materializa na figura do acordo judicial, sendo simplesmente uma transação que se realiza perante um juízo, e este a homologa, conferindo-lhe poder de coisa julgada.

Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.

Comentários:

A direção do processo do trabalho é conferida ao juiz presidente da Vara do Trabalho na qual tramita o feito. Este poder diretivo lhe permite ampla liberdade de atuação na condução do processo, bem como viabiliza os atos dirigidos no sentido de esclarecer a demanda da qual é responsável.

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O Texto Consolidado confere poderes ao magistrado de agir com rapidez na solução dos conflitos, permitindo que o juízo afaste os atos considerados procrastinatórios e desnecessários aos esclarecimentos dos feitos sob a sua tutela.

Art. 766 - Nos dissídios sobre estipulação de salários, serão estabelecidas condições que, assegurando justos salários aos trabalhadores, permitam também justa retribuição às empresas interessadas.

Comentários:

A tendência do juízo em relação ao conflito deve ser, como sempre, imparcial, porém tendente a considerar que os salários são elementos fundamentais à sobrevivência de uma empresa. Primeiro, no sentido de preservá-la de um ônus superior ao seu limite de adimplir obrigações, e, segundo, na proporção de uma paga justa ao empregado, que permitirá, com o seu trabalho, a continuidade dos serviços com qualidade e produtividade.

A Justiça do Trabalho tem o dever de defender os interesses dos trabalhadores, inclusive, quando esses possíveis erros são decorrentes de atos do próprio governo. Observado que os ajustes salariais determinados pelo governo competente restaram prejudicando os trabalhadores e constatado que o direito se havia incorporado ao patrimônio jurídico do empregado, qualquer prejudicado poderá acionar a empresa em que trabalha ou trabalhou junto à Justiça do Trabalho. Esta julgará pela condenação das diferenças salariais devidas, impondo à empresa o ônus de quitar essas dívidas.

Nesse caso, o governo culpado não é acionado e sim o real empregador, que, pela responsabilidade objetiva contratual, restará arcando com as despesas impostas pelos referidos planos. Há casos adversos que se exemplificam pela Súmula 315 do TST.

As agressões reincidentes e inescusáveis aos direitos trabalhistas geram um dano à sociedade, assim considerando afetada a estrutura do Estado Social e do modelo capitalista com a obtenção de vantagem indevida perante a concorrência por reconhecido o "dumping social" que motiva a reação do Judiciário para corrigir a anomalia acusada, também, prescrita nos arts. 186, 187 e 927 do Código Civil e impingindo ao suposto agressor indenização suplementar prevista nos termos dos arts. 652 e 832 da CLT.

Art. 767 - A compensação, ou retenção, só poderá ser arguida como matéria de defesa.

Comentários:

Trata-se de matérias afetas ao direito material do trabalho, especificamente ligadas aos títulos contratuais que já foram pagos pelo empregador, mas requeridos pelo empregado, ou aqueles retidos e não quitados por achar o empregador indevido perante outras dívidas com o empregado, como a rescisão negativa de um contrato de trabalho (termo de rescisão em que os valores devidos recaem sobre a figura do empregado).

Todas as pagas realizadas pelo empregador ou devidas e não quitadas só poderão ser apresentadas em juízo na contestação. Assim, o legislador do Texto Consolidado evita que tais argumentos sejam levados a sua apreciação por meio de reconvenção, ou seja, de uma ação do empregador que se contrapõe a outra ação movida pelo empregado.

Tais matérias serão comparadas e analisadas em uma mesma lide, permitindo que o juiz da causa promova o entrelaçamento de fatos que comprovem o que, realmente, tenha sido quitado ou não.

Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência.

Comentários:

A "Lei de Recuperação de Empresas" (Lei 11.101/2005) traz ao mundo jurídico uma concepção renovada sobre o conceito de falência, doravante, traduzido por recuperação.

Tais mudanças modificam, sobremaneira, a rotina das empresas acionadas na Justiça do Trabalho, ocasião em que se verificam mantidas as preferências aos créditos de natureza trabalhista. Entrementes, será fixado um período de suspensão do processo de recuperação na justiça competente

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPC AO PROCESSO DO TRABALHO QUESTÕES COMENTADAS

01. (TRT-6ª Região, FCC - 2006) É fonte subsidiária do processo do trabalho

a) o Código de Processo Penal.

b) o Código de Processo Civil.

c) a Lei de Recuperação de Créditos.

d) o Estatuto dos Servidores Públicos.

e) o Código Comercial.

02. (TRT-15ª REGIÃO, FCC - Analista judiciário - 2004) O direito processual comum

a) é fonte autônoma do direito processual do trabalho, prevalecendo sobre suas normas em caso de dúvida.

b) é fonte subsidiária do direito processual do trabalho, nos casos omissos, exceto naquilo em que for incompatível com suas normas.

c) é fonte heterônoma do direito processual do trabalho, prevalecendo sempre sobre suas normas.

d) é fonte subsidiária do direito processual do trabalho, nos casos omissos, mesmo naquilo em que for incompatível com suas normas.

e) não pode ser aplicado como fonte subsidiária do direito processual do trabalho.

GABARITO E COMENTÁRIOS 01. B

As principais regras de processo do trabalho são encontradas na CLT. No entanto, a própria CLT admite a utilização subsidiária do Código de Processo Civil, em seu art. 769:

Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.

Logo, será permitida a utilização de institutos do direito processual civil no processo do trabalho, desde que a CLT seja omissa sobre a matéria e que haja compatibilidade com os princípios do direito processual do trabalho.

02. B O Direito Processual Civil é fonte subsidiária do Direito Processual do trabalho nos casos de

omissão das normas processuais trabalhistas, bem como de compatibilidade com os princípios e institutos do Direito Processual do Trabalho. Assim, estabelece o art. 769 da CLT.

Art. 769 da CLT. Nos casos omissos, o direito processual com um será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.

DICA: Em relação à aplicação subsidiária do Código de Processo Civil as bancas cobram muito dois artigos: o art. 889 e o art. 882 da CLT.

É importante já mencionar que em relação ao processo de execução a lei dos executivos fiscais será utilizada como fonte subsidiária conforme estabelece o art. 889 da CLT.

E, também que o art. 882 da CLT determina a prevalência do CPC em relação à ordem de nomeação de bens à penhora.

Art. 889 da CLT. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contra vierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.

Art. 882 da CLT. O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora,observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Código de Processo Civil.

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José Augusto Rodrigues Pinto

Órgãos da jurisdição trabalhista

Origem

A origem mais remota dos órgãos destinados a arbitrar os conflitos do trabalho com o formato que vieram a ter no Brasil, até extinguir-se a repre-sentação classista, parece encontrar-se nos Conseils de Prud‘hommes, inspira-ção medieval robustecida com as novas relações entre empregados e patrões criadas pela Revolução Industrial. Elas forçaram o interesse do Poder em dis-cipliná-las mediante as primeiras regras formais para encaminhamento de solução dos conflitos e tiveram uma ideia que merece maior realce: conferir aos próprios sujeitos afetados pelo conflito a oportunidade de discutir e deci-dir sua solução, mas, sobretudo, de negociá-la.

Nesse sentido, foi a primeira experiência de nosso ordenamento positivo, surgida em âmbito estadual com a Lei 1.869, de 10 de outubro de 1922, que criou, em São Paulo, os tribunais rurais para conhecer os dissídios individuais entre os fazendeiros e seus trabalhadores subordinados, colocando, ao lado do Juiz de Direito da Comarca, um representante de cada facção do conflito.

Embora a experiência não tenha frutificado, decerto por ainda faltarem, à época, as condições sociais e econômicas desejáveis, essa origem passou para o plano federal quando o governo revolucionário de 1930 criou, em paralelo ao novel Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, dois órgãos administrativamente subordinados ao titular da Pasta, voltados para a solu-ção dos dissídios individuais e coletivos do trabalho, as Juntas de Conciliação e Julgamento e as Comissões Mistas, por volta de 1932.

Organização judiciária trabalhista e investidura dos juízes

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Evolução

A evolução desses órgãos foi mais ativa durante toda aquela década, que pra-ticamente nos legou o formato atual da Justiça do Trabalho. Seus passos podem ser seguidos por meio de alguns textos legais de maior importância histórica. Assim é que, em 1934, a Constituição Federal (CF) então promulgada, de índole sabidamente socialista, institucionalizou uma Justiça especializada do trabalho, ainda que não a inserisse no quadro constitucional do Poder Judiciário (art. 22). A Carta de 1937 não repetiu o dispositivo, porém, em sua vigência, o Decreto-Lei 1.237/37 (vigente a partir de 1.º de maio de 1940 e regulamentado pelo Decreto- -Lei 5.596, de 12 de dezembro de 1940) deu à Justiça do Trabalho, além de sua própria denominação, toda uma estrutura de organização judiciária autônoma competente para dirimir os litígios do trabalho. A queda do Estado Novo, junto com o fascismo europeu, ao término da Segunda Grande Guerra, ensejou ao governo provisório instalado na transição para o estado de direito democrático estender formalmente as garantias constitucionais da magistratura nacional à Justiça do Trabalho, que já existia, de fato, nos termos do Decreto-Lei 9.797, de 9 de setembro de 1946. Por fim, a Justiça do Trabalho consolidou-se, de direito, como órgão do Poder Judiciário ao ser promulgada a Constituição de 12 de outu-bro de 1946 (art. 94), e assim é conservada, a despeito da profunda alteração morfológica por que passou com a extinção da representação classista paritária, pela Emenda Constitucional (EC) 24/99 à Constituição de 1988.

Durante esses seus pouco mais de 60 anos de existência, adaptações e altera-ções, a Justiça do Trabalho desempenhou um papel, historicamente reconhecido pela opinião popular e erudita, de importante fator de amortecimento das ten-sões sociais próprias de toda transição da escala de economia rural para indus-trial, resistindo às críticas e, mesmo, a algumas tentativas de fazê-la desaparecer, reabsorvida pela Justiça Estadual ou absorvida pela Justiça Federal ordinária, que foi recriada no Brasil, em 1966, e integrada ao sistema judiciário nacional pela Constituição de 1967.

Aliás, a recriação da Justiça Federal respondeu pelo único retrocesso da Jus-tiça do Trabalho em sua marcha histórica, graças precisamente ao artigo 125, I, da EC 1, de 24 de janeiro de 1969, o qual, alterando a redação do artigo 199, I, da Constituição de 1967, determinou a competência dos juízes federais para conhe-cer e julgar as causas trabalhistas em que fossem interessadas como partes, rés, assistentes ou opoentes, a União, suas autarquias e empresas públicas, ressalvada

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matéria falimentar, eleitoral e militar. Felizmente, essa aberração, que durante 12 anos lançou a sombra da dúvida sobre a credibilidade dos juízes federais e do trabalho, foi removida pela Constituição de 1988.

A tendência evolutiva da Justiça do Trabalho sinaliza para sua expansão, junto com o próprio direito material do trabalho, no sentido de incumbir-se da solu-ção de todos os conflitos oriundos de relações de trabalho e não simplesmente de emprego.

Classificação

O aparato da Justiça do Trabalho é composto de dois conjuntos de órgãos de funcionamento articulado, assim classificados:

jurisdicionais � , por disporem do poder de julgar;

auxiliares (administrativos) � , por funcionarem sem poder de decisão, ser-vindo de braço executivo dos mandados dos órgãos jurisdicionais.

São órgãos jurisdicionais especificamente trabalhistas, que atuam distribuídos em graus de exercício do poder de dizer o direito (graus da jurisdição):

Varas do Trabalho (1.º grau ou grau inferior); �

Juízos de Direito (1.º grau supletivo); �

Tribunais Regionais do Trabalho (2.º grau superior); �

Tribunal Superior do Trabalho (2.º grau superior ou extraordinário traba- �

lhista).

O Juízo de Direito é supletivo porque só tem atuação trabalhista nas áreas ter-ritoriais em que não funcionar uma Vara do Trabalho. O Tribunal Superior do Tra-balho (TST) é tido por muitos como ocupante de grau extraordinário, por limitar sua atuação ao exame de recursos que veiculem matéria estritamente jurídica de cumprimento de legislação federal e homogeneização de jurisprudência.

Na estrutura examinada, a Vara do Trabalho ocupa o lugar anteriormente devido à Junta de Conciliação e Julgamento, órgão colegiado no qual tinha assento, além do juiz de direito representante do poder jurisdicional do Estado, um juiz repre-sentativo de cada classe em conflito (econômica e trabalhadora). Essa representa-ção foi extinta pela EC 24/99, consoante já foi assinalado.

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Composição dos órgãos jurisdicionais

A atual Vara do Trabalho é órgão singular, ou seja, representado por um único agente, que é o Juiz do Trabalho (Substituto, se em exercício, ou Titular, se na jurisdição plena). Trata-se de juiz de carreira, isto é, cujo acesso ao cargo somente é possível por concurso público, e cuja progressão obedece a regras da Consti-tuição.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) é órgão coletivo, de número variável de juízes, fixado por lei federal, conforme as exigências do movimento de processos. Sua composição tem tríplice proveniência: magistrados de carreira, representan-tes do Ministério Público e da Advocacia. A proporção participativa das facções é de quatro quintos do total para os juízes de carreira e um quinto para os procura-dores e advogados.

O TST também é órgão coletivo, atualmente composto por 27 juízes, com o título de ministros (CF/88, art. 111-A; EC 45/2004). É bom notar que esse número foi diminuído de 27, virtualmente restaurando os dez cargos de ministros clas-sistas, extintos com a respectiva representação pela EC 24/99.

Composição dos órgãos auxiliares

Os órgãos auxiliares (Secretarias de Varas, Tribunais Regionais e TST) são ocu-pados por servidores integrantes efetivos do quadro geral da Justiça do Trabalho, de acordo com estrutura legal própria, compreendendo cargos e funções neces-sários ao cumprimento de suas atribuições. Sua composição é variável, acompa-nha a envergadura do órgão jurisdicional, operando sob a chefia de um diretor de secretaria, cuja função é de confiança imediata da Administração do Tribunal Regional, em relação a ele mesmo e às Varas do Trabalho, e do Tribunal Superior, no seu grau jurisdicional.

Investidura dos juízes e ministros

A investidura dos juízes e ministros submete-se a pequenas variações de meca-nismo, conforme o órgão de que se trate, como veremos a seguir.

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ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO - QUESTÕES COMENTADAS

01. (TRT-6a REGIÃO, FCC - 2006) São órgãos da Justiça do Trabalho

a) a Procuradoria da Justiça do Trabalho, os Juízes do Trabalho, os Tribunais Federais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho.

b) os Juízes do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Superior Tribunal de Justiça.

c) a Delegacia Regional do Trabalho, os Juízes do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho.

d) os Juízes do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.

e) os Juízes do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho.

02 (TRT-1ª REGIÃO - 2004) São órgãos da Justiça do Trabalho:

a) o Tribunal Regional do Trabalho, as Varas Federais e as Varas do Trabalho ou os Juízes de Direito.

b) o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e as Varas do Trabalho.

c) o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho, as Varas do Trabalho, as Varas Federais e o Tribunal Regional Federal.

d) o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e as Varas do Trabalho ou os Juízes de Direito.

e) o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho, as Varas do Trabalho ou os Juízes de Direito, as Varas Federais e o Tribunal Regional Federal.

03. (TRT-22a REGIÃO, FCC - 2004) São órgãos da Justiça do Trabalho:

a) Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e as Varas do Trabalho e Tribunal Regional Federal.

b) Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e as Varas do Trabalho ou os Juízos de Direito.

c) Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho, as Varas do Trabalho e as Delegacias Regionais do Trabalho.

d) Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais do Trabalho, as Varas do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.

e) Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais de Justiça e as Varas do Trabalho.

04. (TRT-18ª REGIÃO, F CC - Técnic o Judiciário - 2008 ) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente

a) do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

b) da República.

c) do Tribunal Superior do Trabalho.

d) do Supremo Tribunal Federal.

e) do Senado Federal.

05. (TRT-11ª REGIÃO, F CC - 200 5) O texto da CLT menciona várias vezes os vogais (juízes classistas), nomeados e empossados pelos Presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho. Os vogais ou juízes classistas

a) ainda subsistem, em algumas das Regiões da Justiça do Trabalho.

b) não mais existem, em consequência da extinção da representação classista por emenda constitucional.

c) deixaram de existir por força de revogação de artigos da CLT, por lei ordinária.

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d) foram extintos por medida provisória.

e) desapareceram em consequência de decisão do TST, mantida pelo STF.

06. (TRT-1a REGIÃO - 2003) Leia com atenção as assertivas abaixo.

I. A Emenda Constitucional n° 24, de 9/12/99, extinguiu a representação classista na Justiça do Trabalho, instituindo, outrossim, o juiz singular nas Varas do Trabalho.

II. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete ministros, dos quais onze escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, integrantes de carreira de magistratura trabalhista, três dentre advogados e três dentre membros do Ministério Público do Trabalho.

III. O Tribunal Regional do Trabalho da P Região não possui seção especializada em dissídios individuais.

Sobre as assertivas acima, pode-se dizer que:

a) I, II e III estão corretas.

b) I e II estão corretas.

c) II e III estão corretas.

d) I e III estão corretas.

e) apenas I está correta.

GABARITO E COMENTÁRIOS 01. E

Questões sobre este assunto são recorrentes em concursos públicos, qualquer que seja o cargo almejado.

A Constituição Federal, em seu art. 111, elenca os órgãos da Justiça do Trabalho:

Art. 111 - São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juízes do Trabalho.

Na CLT, o artigo que trata da matéria é o 644:

Art. 644 - São órgãos da Justiça do Trabalho:

a) o Tribunal Superior do Trabalho;

b) os Tribunais Regionais do Trabalho;

c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de Direito.

Embora a CLT ainda mencione as Juntas de Conciliação e Julgamento, estas foram extintas pela Emenda Constitucional n° 24/99, quando criadas as Varas do Trabalho. Segundo o art. 1° da EC n° 24/99:

Art. 1° - Os arts. 111, 112, 113, 115 e 116 da Constituição Federal passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular."

Desta forma, também é correto considerar como órgãos da Justiça do Trabalho as Varas do Trabalho, em substituição às Juntas de Conciliação e Julgamento. No entanto, existem divergências sobre este último entendimento, não sendo o atualmente adotado, por exemplo, pelo Cespe/UnB.

Correta a opção E, que repete o teor do art. 111 da Constituição Federal.

02. D Vide comentário da questão 01.

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José Augusto Rodrigues Pinto

Jurisdição e competência

Identidade e distinções conceituais

Poderá parecer inicialmente paradoxal a afirmação de que jurisdição e competência são um mesmo instituto jurídico, embora sendo conceitual-mente distinguidas. Esta, porém, é a verdade que transluz de uma cuidadosa reflexão.

Efetivamente, jurisdição se define como “[...] o poder de que todo juiz é investido pelo Estado para dizer o direito nos casos concretos submetidos a sua decisão”, conforme o ensinamento, por exemplo, de Wagner D. Giglio (2003, p. 27). Sinteticamente, é “o poder de julgar”, conforme Coqueijo Costa (1986, p. 23). Tem, assim, a jurisdição uma acepção objetiva, como terreno de atuação específica de poder estatal – o Judiciário – e outra, subjetiva, como atividade típica dos juízos e juízes, respectivamente órgãos e agentes investi-dos do poder de declarar o direito.

É, então, possível entender que todo juízo é dotado do mesmo poder pelas leis de organização judiciária. Mas, quando se trata de exercê-lo efeti-vamente, as leis processuais distinguem a medida da atuação de cada órgão e agente.

Daí é que surge a concepção da competência como “a medida da juris-dição”, segundo resumiu magnificamente João Mendes de Almeida Junior (1918), que resulta em dividir-se o exercício do poder comum entre os órgãos e agentes nele investidos, de modo a obter sua efetividade.

Isso nos dá a definição da competência como sendo a jurisdição organi-zada para alcançar a eficiência de seu exercício, e torna claramente inteligível estarmos diante de duas manifestações de um só fenômeno. Mais ainda, que

Jurisdição e competência trabalhista

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a única distinção entre ambas é a que se pode fazer entre gênero (jurisdição) e espécie (competência), ou entre continente e conteúdo – o que permitiu ao grande Eduardo J. Couture refletir com toda lucidez que “[...] todos os juízes têm jurisdi-ção, mas nem todos têm a competência para conhecer de determinada questão” (1974, p.29).

Em consequência, passamos a poder distinguir jurisdição e competência como elos de integração entre dois sistemas legais, o da organização judiciária, que trata dos órgãos com poder de dizer o direito, e o do processo, que fornece a esses órgãos o instrumental para conhecer e decidir os conflitos de interesse jurídico.

Alcance da jurisdição da Justiça do Trabalho

A jurisdição da Justiça do Trabalho tem alcance federal, pois seu poder de dizer o direito se estende sobre todos os dissídios de interesse entre sujeitos de rela-ções jurídicas envolvendo matérias definidas como trabalhistas.

Entretanto, seu exercício se realiza de acordo com a divisão legal da compe-tência, que identifica, por diferentes critérios de determinação, a medida em que cada órgão deverá atendê-lo, com exclusão dos demais. Dessa divisão emana a determinação da competência de cada órgão jurisdicional, conforme cada um dos modos de manifestar-se.

Manifestações da jurisdição por meio da competência

Fundamentais

São quatro as manifestações fundamentais do exercício da jurisdição por meio da competência, como está abaixo.

Material � (ex ratione materiae), que delimita a atuação do juízo de acordo com a natureza do conteúdo da relação de Direito Material que deu lugar à relação jurídica de processo, o que levou Coqueijo Costa (1986, p. 34) a dizer, com muita propriedade prática, que “existem várias Justiças” , referin-do-se à Justiça Criminal, Federal, do Trabalho etc.

Pessoal � (ex ratione personae), que delimita a atuação do juízo de acordo com a qualidade dos sujeitos da relação de Direito Material em conflito. Ordinariamente, há uma interação entre esses sujeitos e seu negócio jurí-

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dico, de modo que, por exemplo, se a relação é de natureza trabalhista, a competência pessoal também é trabalhista. Entretanto, razões de interesse social podem levar a considerar, por inclusão, que sujeitos sem a quali-dade de empregado e empregador tenham determinada a competência em razão de suas pessoas, embora a matéria de sua relação jurídica não seja trabalhista. Por exemplo, a relação de empreitada em que o emprei-teiro seja operário ou artífice (CLT, art. 652, III). Ao contrário, podem levar a considerar, por exclusão, que matéria de relação jurídica trabalhista tenha determinada a competência fora da Justiça do Trabalho, em consideração à(s) pessoa(s) do negócio jurídico. Por exemplo, a relação de emprego em que fosse parte ou tivesse interesse a União, suas autarquias e empresas públicas (CF/67 – EC 1/69, art. 125, revogado pela Constituição de 1988).

Funcional � (atribuições), que delimita a atuação do juízo de acordo com o conjunto de atos para os quais lhe é reconhecido o poder de praticá-los. Confunde-se, habitualmente, essa noção com outra, muito mais estreita, de que a competência funcional se manifesta em razão da hierarquia dos órgãos jurisdicionais – que não a abrange por inteiro. Para que se veja bem todo o alcance da competência funcional, sua delimitação tanto impede que uma Vara do Trabalho conheça de recurso ordinário da competência funcional do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) (aí se estaria diante de competên-cia hierárquica), quanto que o TRT conheça de Reclamação Trabalhista da competência da Vara do Trabalho (que não diz respeito à competência hie-rárquica). A determinação da competência em razão das funções tem que ser entendida, portanto, por graus jurisdicionais (que são três), por órgãos jurisdicionais (encontrados em cada grau) e por agentes (os juízes que per-sonalizam cada órgão do poder).

Territorial � , que delimita a atuação do juízo de acordo com o espaço geo-gráfico traçado pela lei de organização judiciária ou de processo. É o modo mais eficiente para aproximar o jurisdicionado do juízo, que deve merecer especial atenção em países de dimensão continental como o nosso. Em nosso caso, deve ser considerada de acordo com os graus da jurisdição tra-balhista, a exemplo das Varas do Trabalho, cuja lei federal de criação cria o raio geográfico de exercício da jurisdição dos TRTs, que a Constituição Federal (CF) de 1988 prevê a razão de um, no mínimo, por unidade federa-tiva, mais o Distrito Federal, e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que a exerce sobre todo o território nacional (CF, art. 92, §2.º).

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Saliente-se que as três primeiras manifestações fundamentais da jurisdição têm natureza absoluta, sendo, portanto, inderrogáveis, isto é, não podem sofrer modifi-cações em sua determinação. A última delas, tendo natureza relativa, é derrogável nas condições autorizadas por lei (casos de conexão, continência ou prevenção e prorrogação) ou por vontade das partes (caso de foro de eleição).

Outras formas

São outras formas de manifestação da jurisdição por meio da competência, igualmente importantes, mas de menor aplicação na prática processual traba-lhista, a internacional, que delimita “[...] a atividade jurisdicional de um Estado soberano em relação a uma questão em que surgem fatos com ocorrência em dois ou mais Estados” (ALMEIDA, 1997); a interna, que delimita a atuação dos órgãos jurisdicionais nacionais, dentro do seu território; a administrativa, que delimita a atuação dos órgãos jurisdicionais no exercício da chamada jurisdição voluntá-ria ou graciosa, em que não há entrega de prestação jurisdicional; e a normativa, que delimita a atuação típica dos Tribunais Regionais e do TST, com exercício de função legislativa representada pela criação de normas jurídicas a que se subordi-narão, genérica e abstratamente, os segmentos profissionais ou econômicos por eles alcançados, em suas relações individuais de trabalho.

Determinação da competência territorial originária

O exercício da jurisdição por meio da competência ocorre por determina-ção legal originária ou derivada, conforme seja o órgão jurisdicional destinado a conhecer, inicialmente, o conflito de interesse jurídico ou de conhecê-lo em grau de recurso para reexame de decisão já proferida por outro, de grau inferior ou, excepcionalmente, do mesmo grau. Interessa, particularmente, ao Processo do Trabalho, a análise da determinação originária territorial, tocante aos dissídios indi-viduais, nas Varas do Trabalho, e aos coletivos, nos Tribunais Regionais ou no TST.

Dissídio individual (Vara do Trabalho)

A regra geral da determinação é pela localidade da prestação do trabalho do empregado (CLT, arts. 650 e 651). O critério se apoia no reflexo do princípio da proteção do deficiente econômico pelo Direito Material do Trabalho, levando em consideração ser mais cômodo para o trabalhador reclamar na localidade em que

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trabalha, pois ali estará provavelmente no seu domicílio e mais perto das fontes de provas de que necessite. Trata-se de um critério exatamente oposto ao do Código de Processo Civil (CPC), que, como regra geral, determina-o pelo domicílio do réu (art. 94), levando em conta a sua comodidade. A regra geral da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é excepcionada em três situações, mas, ao contrário do que se pode supor à primeira vista, as exceções se destinam também a resguardar o interesse do empregado em situações atípicas, nas quais a própria regra geral poderia prejudicá-lo.

A primeira exceção cuida do empregado viajante ou agente. Para o viajante, é impossível identificar uma localidade certa de prestação do trabalho, pois é de sua essência o deslocamento contínuo entre localidades diferentes.

A melhor forma de beneficiá-lo teria que ser a coincidência do foro da causa com o da sede da empresa (domicílio do empregador), que será a localidade onde, de algum modo, o empregado centraliza sua vida pessoal e onde, com toda probabilidade, estará mais próximo dos elementos de prova em eventual dissídio com o empregador. Tanto isso é verdade, que o dispositivo excepcional fixou na localidade onde funcionar agência ou filial da empresa – que é simples estabele-cimento – e não na sede desta – que é seu domicílio – o foro da causa.

Para os agentes, que são representantes da empresa, trabalhando sob subor-dinação jurídica, o legislador deve ter levado em conta o fato de que também eles se movimentam constantemente entre localidades. Entendemos, porém, que este só será seu caso quando prestarem serviço em diversas localidades simulta-neamente. Quando se tratar de agente ou representante trabalhando em esta-belecimento em localidade fixa, o foro de sua causa será o do estabelecimento a que estiver subordinado. Por fim, observe-se que a Lei 9.851, de 27 de outubro de 1999, aperfeiçoou a proteção dispensada ao viajante, agente ou representante determinando que, se não houver Vara do Trabalho na localidade do estabeleci-mento a que estiver subordinado, o empregado poderá escolher entre reclamar no foro trabalhista de seu domicílio ou naquele do juízo especializado mais pró-ximo.

A segunda exceção diz respeito à prestação de trabalho em agência ou filial no exterior do país. Cria ela um privilégio de foro exclusivamente para o trabalhador brasileiro, considerando ficcionalmente que os serviços sejam tidos como presta-dos na sede da empresa, atraindo o dissídio para a jurisdição brasileira, mesmo contrariando o princípio da territorialidade, pelo qual a lei e a jurisdição seriam as

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CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS (COMENTADA)

DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 Devidamente atualizado até OUTUBRO/2012

TÍTULO VIII

DA JUSTIÇA DO TRABALHO CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

Art. 643 - Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do trabalho.

§ 1º - As questões concernentes à Previdência Social serão decididas pelos órgãos e autoridades previstos no Capítulo V deste Título e na legislação sobre seguro social.

§ 2º - As questões referentes a acidentes do trabalho continuam sujeitas a justiça ordinária, na forma do Decreto n. 24.637, de 10 de julho de 1934, e legislação subsequente.

§ 3o A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

Comentários:

A questão do dano moral decorrente de acidente do trabalho na Justiça Laboral, apesar da Emenda Constitucional, continua sendo motivo de controvérsias, na medida em que há necessidade de fazer a distinção de fato ou ato que decorram de ilícito por parte do empregador; quando afastada a hipótese da presença do INSS, a competência é da Justiça do Trabalho.

Há exceção nos casos de ato ilegal absoluto, que não são da alçada da Justiça do Trabalho, quando as causas têm ilícito aquiliano típico, exigindo, consequentemente, a aplicação de norma de direito civil, resultando daí o direcionamento à Justiça Comum.

Contudo, a Emenda Constitucional 45/2004, que alterou o art. 114 da Constituição, dispõe que a Justiça Trabalhista será competente para processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial quando resultantes da relação de trabalho (Súmula 392 do TST, ex-OJ 327 da SBDI-1, DJ 09.12.2003).

Observe-se que este posicionamento expresso pela Súmula 392 do TST sobre o fato de o empregador incorrer em culpa ou dolo, por consequência, também consolida a competência da justiça especializada para julgar as questões que tenham como causa o descumprimento de normas relativas a segurança, higiene e saúde do trabalhador expressa na Súmula 736 do STF, tempestivamente, acompanhando-se nos termos da lei civil nos arts. 186, 187, 205 e 927 da Lei 10.406/2002 que abarcam essa temática.

A Primeira Jornada de Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho, ocorrida em 21, 22 e 23 de novembro de 2007, promovida pelo TST e associações de magistrados trabalhistas, restou propiciando importantes debates sobre temas ligados à competência do judiciário trabalhista após a EC 45/2004. Em particular, esses debates se concentraram na atualização de 79 enunciados que, aprovados, por resolução posterior poderão influenciar as futuras decisões daquela Corte.

Entende que a ausência da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) não impede o direito à estabilidade do art. 118 da Lei 8.213/91, desde que comprovado que o trabalhador deveria ter se afastado em razão do acidente por período superior a 15 dias.

Quanto ao prazo prescricional, não corre nas hipóteses de suspensão e/ou interrupção do contrato de emprego decorrentes de acidente de trabalho.

A ação de indenização por danos morais e materiais decorrentes de doença profissional deve ser processada e julgada pela Justiça do Trabalho, conforme se observa da exegese do art. 114 da Constituição e Súmula 392 do TST.

O assédio moral no trabalho, previsto naquela conduta abusiva com gestos, palavras, comportamento ou atitude que atente, com sua sistematização, contra a dignidade, física ou psíquica, de uma pessoa ou ameaçando o emprego, até mesmo colocando o fruto do trabalho em risco, quando

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praticado no ambiente empresarial, decerto que, se for caracterizado como de alguém advindo do empregador, seguirá o previsto no art. 114 da Carta Constitucional.

Se o assédio moral for continuado, de modo que atente contra a dignidade e integridade física ou psíquica do trabalhador, que provoque fato ou ato decorrente da relação de emprego, a competência é da Justiça do Trabalho, de conformidade com o texto prescrito no inc. VI do art. 114 da Constituição brasileira.

Há dúvida se vale o prazo previsto no inc. XXIX do art. 7.° da Constituição c/c o art. 11 da CLT, quando se entende tratar de prescrição vintenária (20 anos). Contrario sensu, propugna-se pelo prazo previsto no art. 205 do Código Civil, que deve ser analisado em confronto com art. 2.028 do mesmo estatuto, ocasião em que se conclui, dependendo do fato ou do ato, poder a prescrição para estes casos atingir 20 anos.

Observam-se, ainda, controvérsias sobre essa questão em hostes trabalhistas.

A fixação dos valores indenizatórios decorrentes da relação de emprego deve observar os critérios da proporcionalidade e razoabilidade preconizados pelo art. 5.°, V, da Constituição brasileira. Tal princípio se faz presente por tratar-se de ação reparadora de dano moral, cuja natureza se ampara na pretensão de ofertar compensação à vítima, recaindo, consequentemente, em montante razoável, no patrimônio do ofensor, de tal modo que o causador do dano não persista na sua conduta ilícita, sob pena de tornar-se desproporcional o auferido pelo indenizatório.

Resta necessária a existência de equilíbrio entre o dano causado e o ressarcimento devido.

Norteia entendimento resultante de exposição de imagem do trabalhador sem autorização, por violação do direito de imagem e à preservação das expressões da personalidade (art. 5.°, V, da CRFB) que resultará em indenização ao obreiro envolvido, não reconhecendo como válida a tese de que tais imagens estariam sendo captadas na decorrência de um contrato de emprego. Idem, quanto à revista íntima que afeta direitos fundamentais da dignidade e intimidade do trabalhador (art. 373-A, VI, da CLT).

E restou entendido que as indenizações não podem ser compensadas com qualquer benefício pago pela Previdência Social e que os valores sejam arbitrados de maneira equitativa, atendendo ao caráter compensatório, pedagógico e preventivo.

A criação do Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO indicava a possibilidade de o Brasil adotar de forma pioneira a primeira versão de um "contrato coletivo de trabalho", modalidade negocial (não estatutária) capaz de regrar e dirimir litígios sem a interferência do Estado, ou seja, pactuado entre as partes e com a interveniência do Direito Alternativo.

A ideia, porém, não prosperou e a Justiça do Trabalho será competente para solucionar os conflitos pertinentes aos trabalhos realizados sob a tutela do OGMO.

Trata-se de uma "Justiça Social" cuja natureza se caracteriza pela prestação de tutela jurisdicional ao minus valido, ou seja, ao hipossuficiente que recorre ao Estado para ver sua pretensão assistida. Na verdade, a legislação do trabalho cria desigualdades para os desiguais, atendendo mediante um Judiciário especial àqueles que, por estarem em condições econômicas inferiores, precisam resguardar o cumprimento do direito que lhes foi delegado pelo próprio Estado, especificamente por seu Poder Legislativo.

O sistema judiciário no Brasil não é unificado, como nos EUA. Nestes, uma só Justiça atende a todo tipo de demanda, enquanto no Brasil o modelo aperfeiçoa-se de forma fragmentada. Aqui, vários segmentos do Poder Judiciário organizam-se em diferentes atividades jurisdicionais. Temos, por exemplo, a Justiça Eleitoral, a Militar, a Comum, a Federal, a do Trabalho e até a Desportiva.

A Justiça do Trabalho é especial, federal e atua em todo o território nacional, convalidando sua tarefa jurisdicional na função de dirimir conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, conforme a previsão constitucional dos arts. 111 e seguintes da atual Carta Política.

Em tempo, cumpre salientar que as questões que envolvem servidores públicos afetos a regimes jurídicos específicos, em que pese sejam assuntos afetos às atividades laborais ou consequência delas, em nada se misturam com as atribuições de competência da Justiça do Trabalho, reservando sua tramitação à Justiça Federal e Comum (servidores públicos federais, estaduais e municipais, respectivamente), conforme a avaliação de cada tema em questão.

Com o advento da Emenda Constitucional 45/2004, a Justiça do Trabalho ganha novas competências. É mister ressalvar que tais mudanças deverão sedimentar-se na doutrina e jurisprudência com o tempo, porém na vanguarda dessa discussão o que se apresenta como pedra de toque é a possibilidade de essa justiça especializada assumir os conflitos decorrentes da "relação de trabalho" (prestação de serviços), até então delegados à Justiça Comum e juizados especiais.

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Haveria competência para recepcionar ações de cobrança de honorários de prestadores de serviço, bem como de profissionais liberais. Cite-se como exemplo a ação de cobrança de honorários proposta por um advogado, a qual, provada a "relação de trabalho" pela atividade desenvolvida ao suposto cliente, seria acolhida como reclamação e julgada pelo pagamento dos serviços realizados.

Tal entendimento resta consolidado pela diferença entre os institutos – "relação de emprego", fruto de vínculo empregatício e da existência de "contrato de emprego" (art. 3.° da CLT), em espécie; e da "relação de trabalho" (inc. I do art. 114 da Constituição Brasileira), consequência da prestação de serviço – p. ex.: autônoma, liberal, eventual ou terceirizada prevista em "contrato de trabalho", em gênero; observando-se o texto do art. 652, III, da CLT que, de certa forma, já desenhava tal condição desde 1943.

Assim, decorrem várias controvérsias sobre a competência da Justiça do Trabalho para cobrança de honorários ou paga de natureza remuneratória em que a prestação de serviços esteja envolvida, que, porventura, já foram julgados por TRTs e por turmas do próprio TST com voto favorável e contra a competência da justiça especializada.

Entende que nas ações decorrentes do dano moral, os arts. 389 e 404 do Código Civil autorizam a condenação de honorários advocatícios para assegurar ao vencedor a inteira reparação do referido dano.

Idem pela decorrente condenação em honorários de sucumbência, exceto quando a parte sucumbente estiver ao abrigo da justiça gratuita por força do art. 55 da Lei 9.099/95.

De acordo com o § 3.° do art. 114 da Constituição, poderão ser executadas de ofício pela Justiça do Trabalho as contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir.

Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego (Súmula 389 do TST).

Por derradeiro, a Súmula 736 do STF aponta para Justiça do Trabalho a competência para julgar as demandas que tratem do descumprimento de normas referentes à segurança e higiene dos trabalhadores.

Art. 644 - São órgãos da Justiça do Trabalho:

a) o Tribunal Superior do Trabalho;

b) os Tribunais Regionais do Trabalho;

c) as Juntas de Conciliação e Julgamento ou os Juízos de Direito.

Comentários:

Nos termos do texto da Emenda Constitucional 45/2004, que alterou o art. 114 da Carta Constitucional de 1988, fica patente que a terminologia trazida ao comando legal com a palavra "relação de trabalho" realmente provoca interpretação de natureza extensiva com permissivo aos prestadores de serviço que, de alguma forma, praticaram um trabalho ou mesmo dedicaram sinergia e consequente comutatividade (obrigações de dar e fazer) a uma parte contratante que, da mesma forma, beneficiou-se daquele labor.

Torna-se um tanto prematuro manifestar-se neste sentido, visto que a doutrina não consolidou seu entendimento definitivo sobre essa temática e nem mesmo há uma decisão uniformizada do TST a esse respeito; entretanto, na esteira das elucubrações sobre o mote, será competente a Justiça do Trabalho para recepcionar ações oriundas da "relação de trabalho" – lato sensu – com efeitos indenizatórios (p. ex.: honorários e remuneração).

Ressalve-se que o fato de estar presente a "relação de trabalho" não permite que o referido acesso se faça também para discutir outro tipo de relação, por exemplo, a "relação de consumo" nos casos em que o contratante tente a indenização pelo serviço não realizado ou, mesmo que concluso, prejudicial ou viciado ao seu desejo.

Fica a discussão aberta ao debate, apenas consolidada a interpretação de que a "relação de trabalho" é distinta da "relação de emprego".

Em três níveis, especificamente: no 1.° grau de jurisdição, com as Varas do Trabalho; no 2.° grau, com os tribunais regionais; e no 3.° grau, com o Tribunal Superior do Trabalho.

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - QUESTÕES COMENTADAS

01. (TRT-13a REGIÃO, F CC - 2 005) A partir da Emenda Constitucional n° 45 de 2004, a Justiça do Trabalho passou a ser competente para apreciar e julgar dissídios

a) entre representante comercial e seus consumidores.

b) entre trabalhador e empregador, exceto se o empregador for pessoa jurídica.

c) decorrentes das relações de trabalho e o mandado de injunção em matéria trabalhista.

d) decorrentes das multas administrativas aplicadas pela fiscalização do trabalho aos empregadores.

e) decorrentes das relações de trabalho e as disputas eleitorais municipais, desde que o candidato seja sindicalista aposentado.

02. (TRT-12a REGIÃO, Cetro - Técnico Judiciário - 2008) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

a) as ações oriundas da relação de consumo, abrangidos os entes da administração pública direta e indireta da União.

b) as ações que envolvam exercício do direito de manifestação do pensamento no campo artístico e desportivo.

c) as ações sobre representação sindical, entre associações de classe, agências especiais e suas representações.

d) os habeas corpus, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

e) os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição federal.

03. (TRT-9a REGIÃO, FCC - 2004) A competência para dirimir conflitos entre empregados celetistas e os entes da Administração Pública Direta pertence à

a) Justiça Federal, porque a eles se aplica o regime estatutário.

b) Justiça Federal, porque a competência da Justiça do Trabalho se restringe às autarquias e fundações.

c) Justiça do Trabalho, exceto no que diz respeito aos empregados da União, aos quais se aplica o Regime Único dos Servidores Públicos Civis.

d) Justiça do Trabalho, tendo em vista autorização expressa da CLT.

e) Justiça do Trabalho, de acordo com a previsão do art. 114 da Constituição Federal.

04. (TRT-23ª R EGIÃO, F CC - 2 004) A competência para apreciar controvérsia entre servidor estatutário e autarquia federal é da Justiça

a) do Trabalho.

b) Comum.

c) Estadual.

d) Federal.

e) Cível.

05. (TRT-11ª Região, FCC - 2005) A competência das Varas do Trabalho é determinada pelo local

a) em que o empregado foi contratado.

b) em que reside o empregado.

c) em que está a matriz da empresa.

d) da prestação de serviços.

e) mais conveniente ao trabalhador.

06. (TRT-20a REGIÃO, FCC - 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde

a) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro.

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b) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física.

c) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

d) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro.

e) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física.

07. (TRT-19a REGIÃO, FCC - Técnico Judiciário - 2008) Márcio laborava para a empresa XWZ na função de auxiliar administrativo, tendo sido dispensado sem justa causa. A empresa empregadora não efetuou corretamente o pagamento das verbas rescisórias, Márcio pretende ingressar com a respectiva reclamação trabalhista. Dessa forma, considerando que Márcio foi dispensado quando laborava em União dos Palmares; que a matriz da empresa XWZ fica na cidade de Maceió; que Márcio foi contratado na filial da empresa em Atalaia e que exerceu suas atividades em Arapiraca nos 2 primeiros anos de sua contratação, de acordo com a CLT, Márcio deverá ingressar com a reclamatória em

a) Atalaia ou Maceió.

b) União dos Palmares.

c) Maceió.

d) Atalaia.

e) União dos Palmares, Maceió ou Arapiraca.

GABARITO E COMENTÁRIOS 01. D

A competência da Justiça do Trabalho está disciplinada no art. 114 da Constituição Federal e foi objeto de reforma pela Emenda Constitucional n° 45, de 2004. Como esta emenda promoveu uma ampliação da competência desta Justiça especializada, vêm sendo frequentes em concursos públicos questões versando sobre a nova competência da Justiça do Trabalho, prevista no art. 114 da Constituição Federal:

Art. 114 - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

§ 1° - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§ 2° - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

§ 3° - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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ORGANIZAÇÃO, JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO QUESTÕES COMENTADAS

01. (TRT 9ª Região, FCC - Técnico J udiciário - 2010) O Ministro do Tribunal Superior do Trabalho e os membros do Ministério Público da União que integram o Conselho Nacional de Justiça, serão indicados, respectivamente,

a) pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Procurador- Geral da República.

b) pelos Tribunais Regionais do Trabalho e pelo Procurador-Geral do Trabalho.

c) pelo Supremo Tribunal Federal e pelos Procuradores-Gerais dos Estados.

d) pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Procurador-Geral da República.

e) pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Procurador-Geral do Trabalho.

02. (PGE-AM, FCC - 2010) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

a) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda Constitucional no 45, de 2004.

b) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores públicos estatutários.

c) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente das relações de trabalho.

d) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

e) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.

03. (TRT-GO, FCC - Técnico Judiciário - 2008) Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente

a) do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

b) da República.

c) do Tribunal Superior do Trabalho.

d) do Supremo Tribunal Federal.

e) do Senado Federal.

04. (TRT-GO, FCC - Técnico Judiciário - 2008) Dentre integrantes do Ministério Público do Trabalho, com mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, o Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo

a) Procurador-Geral da República, para um mandato de dois anos, permitida uma recondução.

b) Presidente da República, para um mandato de dois anos, permitida uma recondução.

c) Procurador-Geral da República, para um mandato de três anos, vedada a recondução.

d) Presidente da República, para um mandato de três anos, vedada a recondução.

e) Presidente do Supremo Tribunal Federal, para um mandato de três anos, permitida uma recondução.

05. (TRT-16ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 2009) O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de

a) onze Ministros, nomeados pelo seu Presidente após aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

b) onze Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

c) onze Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do

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Senado Federal.

d) vinte e sete Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

e) vinte e sete Ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

06. (TRT-2ª REGIÃO, FCC - Técnico Judiciário - 2008) Paulo é advogado, tem 29 anos de idade e 5 anos de efetiva atividade profissional; Pedro é bacharel em Direito, mas não exerce a profissão, tem 40 anos de idade e é professor há 7 anos; João é membro do Ministério Público do Trabalho, tem 31 anos de idade e 11 anos de efetivo exercício; José é advogado, tem 30 anos de idade e10 anos de atividade profissional; Luiz é advogado, tem 66 anos de idade e 40 anos de efetiva atividade profissional. Preenchidos os demais requisitos legais, podem ser nomeados juízes do Tribunal Regional do Trabalho

a) Luiz e Pedro.

b) Paulo e José.

c) Pedro e Luiz.

d) João, Luiz e José.

e) João e José.

07. (TRT-16ª REGIÃO, FCC - Técnico Judiciário - 2009) Os Tribunais Regionais do Trabalho terão um quinto de sua composição de advogados e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de

a) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

b) cinco anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente da República.

c) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

d) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) dez anos de efetiva atividade profissional ou efetivo exercício, nomeados pelo Presidente da República.

08. (PGE-AM, FCC - 2010) A respeito do processo trabalhista:

I. Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.

II. A Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

III. É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, desde que antes de encerrado o juízo conciliatório.

IV. Os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios de persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.

Está correto SOMENTE o que se afirma em

a) I e III.

b) II e III.

c) I, II e III.

d) I, II e IV.

e) II, III e IV.

09. (TRT-14ª REGIÃO, FCC - Juiz do Trabalho - 2003) Havendo conflito de competência caberá:

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I. Ao STJ julgar o conflito de competência suscitado entre as Varas do Trabalho e os Juízos de Direito, quando investidos da jurisdição trabalhista, porque estão sujeitos à jurisdição de Tribunais diferentes;

II. Ao STF julgar o conflito de competência suscitado entre os Tribunais Regionais do Trabalho;

III. Ao Tribunal Regional do Trabalho julgar os conflitos de competência suscitados entre as Varas do Trabalho;

IV. Ao TST julgar os conflitos de competência entre Varas do Trabalho e o Tribunal Regional respectivo.

Assinale a resposta:

a) apenas a afirmativa IV está correta;

b) apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas;

c) apenas as afirmativas I e III estão corretas;

d) apenas a afirmativa III está correta.

10. (T RT-11ª REGIÃO, F CC - Téc nico Judiciário - 200 5) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei

a) federal.

b) estadual.

c) municipal.

d) estadual ou lei federal.

e) municipal ou lei estadual.

11. (TRT-11ª REGIÃO, F CC - Técnico Judiciário - 2005) O texto da CLT menciona várias vezes os vogais (juízes classistas), nomeados e empossados pelos Presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho. Os vogais ou juízes classistas

a) ainda subsistem, em algumas das Regiões da Justiça do Trabalho.

b) não mais existem, em consequência da extinção da representação classista por emenda constitucional.

c) deixaram de existir por força de revogação de artigos da CLT, por lei ordinária.

d) foram extintos por medida provisória.

e) desapareceram em consequência de decisão do TST, mantida pelo STF.

12. (TRT-20ª REGIÃO, FCC - Técnico Judiciário - 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde

a) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, exceto se foi contratado no estrangeiro.

b) está sediada a empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física.

c) o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

d) o empregado, reclamante ou reclamado, foi contratado para prestar serviços, inclusive se foi contratado no estrangeiro.

e) está a filial mais próxima da empresa empregadora ou o domicílio do empregador quando este for pessoa física.

13. (TRT-3 ª REGIÃO, FCC - An alista Judiciário - 2009) A distribuição dos processos, em cidades onde haja mais do que uma unidade judiciária com a mesma competência, deve obedecer, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho,

a) à proporção quantitativa e à adequação qualitativa de processos a cada unidade.

b) aos critérios de igualdade quantitativa e qualitativa entre as unidades judiciárias.

c) à ordem aleatória de entrada, observando-se a igualdade de tipos de ação para cada vara.

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d) à ordem aleatória de entrada, desde que, ao final de um ano, todas as unidades tenham o mesmo número de processos distribuídos.

e) à ordem rigorosa de entrada.

14. (TRT-GO, FCC - Analista Judiciário - 2008 ) De acordo com a CLT, com relação à competência em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista a Vara

a) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.

b) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.

c) do domicílio do reclamante, apenas.

d) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.

e) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

15. (TRT-3 ª REGIÃO, FCC - An alista Judiciário - 2009) A nulidade fundada em incompetência de foro, referida pela Consolidação das Leis do Trabalho,

a) pode ser proclamada de ofício, desde que uma das partes concorde.

b) refere-se à incompetência em razão do lugar; por isto, de natureza relativa, não pode ser tratada de ofício.

c) refere-se à incompetência em razão da matéria e, por isto, pode ser tratada de ofício pelo juiz.

d) é de competência originária dos tribunais.

e) não se submete a recurso imediato, mesmo que seja acolhida em favor de outro ramo do Judiciário.

16. (T RT-16ª REGIÃO, F CC - Téc nico Judiciário - 200 9) A competência em razão da matéria, da função e do território, na Justiça do Trabalho, são consideradas, respectivamente,

a) Absoluta, absoluta e relativa.

b) Relativa, absoluta e absoluta.

c) Absoluta, relativa e absoluta.

d) Relativa, relativa e absoluta.

e) Relativa, absoluta e relativa.

17. (TRT-4 ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 200 6) Em relação à Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que

a) compete-lhe processar e julgar, dentre outras ações, os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

b) compete-lhe decidir o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.

c) os Tribunais Regionais do Trabalho, compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade.

d) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas abrangidas ou não por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal de Justiça.

e) recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

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GABARITO E COMENTÁRIOS 01. A

Art. 103-B da CF/88.

02. D

A competência é a delimitação da jurisdição, ou seja, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional.

> A competência é a medida da jurisdição.

> Todo juiz possui jurisdição, mas nem todos os juízes possuem competência para julgar determinadas ações.

A Competência Material da Justiça do Trabalho está estabelecida pelo art. 114 da CF/88, que foi abordado pela banca nesta questão.

Art. 114 da CRFB/88. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

III – as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que pro ferir.

Súmulas e Orientações Jurisprudências referentes à competência:

> Súmula 367 do STJ: A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados.

> Recomendável a leitura das Súmulas 19, 106 e 389 do TST.

> Também recomendável a leitura da Súmula 736 do STF estabelecendo que compete à Justiça do trabalho processar e julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.

Em relação à competência há esta importante súmula do TST: A cobrança de honorários advocatícios em relação a um cliente pelo advogado não poderá ser processada e julgada pela Justiça do Trabalho.

Súmula 363 do STJ. Compete à justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.

> Súmula 300 do TST, que considera a Justiça do Trabalho competente para ações que objetivem o cadastramento do empregado no PIS.

03. B Relembremos a organização e composição dos Tribunais Regionais do Trabalho:

> São órgãos de segundo grau de jurisdição. Compõem-se de no mínimo 7 juízes (art.115, CRFB/88).

> Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista sêxtupla das respectivas classes, que serão encaminhadas ao Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da República que em 20 dias escolherá um de seus integrantes para nomeação.

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA. O GABARITO INTEGRAL DAS QUESTÕES DESTE ASSUNTO ESTÃO APENAS NA APOSTILA COMPLETA QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO QUESTÕES COMENTADAS

01 (TRT-2a REGIÃO - 2004) São serviços auxiliares da Justiça do Trabalho, além das Secretarias das Varas do Trabalho e dos Tribunais,

a) a Delegacia Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.

b) os Distribuidores e os Contadores Judiciais.

c) os Distribuidores e a Delegacia Regional do Trabalho.

d) os Oficiais de Justiça e o Ministério do Trabalho.

e) os Distribuidores e os Oficiais de Justiça.

02. (TRT-5a REGIÃO, FCC - 2003) São serviços auxiliares da Justiça do Trabalho as Secretarias das Varas do Trabalho e dos Tribunais, os Distribuidores e

a) o Ministério do Trabalho.

b) o Ministério Público do Trabalho.

c) os Oficiais de Justiça.

d) os Contadores Judiciais.

e) a Delegacia Regional do Trabalho.

03. (TRT-4ª REGIÃO, FCC - 2006) A ordem dos trabalhos nas secretarias dos Tribunais Regionais é estabelecida

a) pela Constituição Federal.

b) pelo Código de Processo Civil.

c) pela Consolidação das Leis do Trabalho.

d) pelo Regimento Interno.

e) pela Corregedoria da Justiça do Trabalho.

04. (TRT-4ª REGIÃO, FCC - 2006) Existindo mais de uma Vara na mesma localidade, a distribuição dos feitos será realizada pelo

a) Juiz Diretor do Fórum.

b) Juiz Auxiliar das distribuições.

c) Diretor de Secretaria da Vara mais antiga.

d) Secretário da Corregedoria Regional.

e) Distribuidor, nomeado pelo Presidente do Tribunal Regional.

05. (TRT-24a REGIÃO, FCC - 2006) De acordo com o Decreto-Lei n° 5.452/43, compete ao distribuidor

a) a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e outros papéis que lhe forem encaminhados.

b) o registro das decisões, bem como a realização das penhoras e demais diligências processuais.

c) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações sobre os feitos distribuídos.

d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará.

e) proceder com a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos.

06. (TRT-19a REGIÃO, FCC - Técnico Judiciário - 20 08) Em conformidade com o disposto na CLT, com relação aos Oficiais de Justiça, é correto afirmar:

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a) aos oficiais de justiça é vedado fazer citações nos processos de conhecimento em que haja problemas de endereços incorretos.

b) inexistindo oficial de justiça na localidade o magistrado não poderá designar outro funcionário para desempenhar a função, devendo convocar imediatamente a abertura de concurso público específico.

c) no caso de avaliação, os oficiais de justiça terão, em regra, o prazo de oito dias para avaliação dos bens, contados da ciência da penhora.

d) aos oficiais de justiça é vedado trazer testemunha a juízo, devendo apenas notificá-las da data e horário em que devem prestar os respectivos depoimentos.

e) os oficiais de justiça possuem, em regra, nove dias para cumprimento do mandado.

07. (TRT-1a REGIÃO, Cespe - Técnico Judiciário - 2008) Sempre que uma ação for proposta na justiça do trabalho,

a) ela só será admitida se firmada por advogado.

b) os serventuários que, injustificadamente, não realizarem os atos nos prazos fixados serão descontados em seus vencimentos.

c) competirá aos chefes de secretaria tomar por termo as reclamações verbais, nos casos de dissídios coletivos.

d) fugirá à competência da secretaria das varas do trabalho a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos.

e) ao oficial de justiça e oficiais avaliadores competirá o fornecimento de informações sobre os feitos individuais.

GABARITO E COMENTÁRIOS 01. E

São serviços auxiliares da Justiça do Trabalho as Secretarias, os Distribuidores e os Oficiais de Justiça. Estão regulados no Capítulo VI do Título VIII da CLT.

02. C Vide comentário da questão 01.

03. D

A ordem dos trabalhos nas Secretarias dos Tribunais Regionais é estabelecida por seu Regimento Interno, conforme determina o parágrafo único do art. 719 da CLT:

Art. 719 - Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas no art. 711, para a secretaria das Juntas, mais as seguintes:

a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos respectivos relatores;

b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para consulta dos interessados.

Parágrafo único. No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.

Por expressa determinação legal, correta a opção D.

04. E

Nas localidades onde existir apenas uma Vara do Trabalho, as reclamações trabalhistas serão apresentadas diretamente à Secretaria da Vara ou ao cartório do Juízo.

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Bento Herculano Duarte Neto

Teoria geral dos recursos trabalhistas

Conceito

Recurso vem de recursus, de recurrere, que dá a ideia de regressar, retroagir, recuar, refluir (MARTINS, 2005, p. 395). Do ponto de vista jurídico, os recursos processuais constituem um instrumento assegurado aos interessados para que, sempre que vencidos, possam pedir aos órgãos jurisdicionais um novo pronunciamento sobre a questão decidida (NASCIMENTO, 1996). Seriam, conforme José Frederico Marques (1997), atos processuais que têm por finali-dade a obtenção de novo exame, total ou parcial, de um ato jurídico.

Ovídio Baptista da Silva (2000a, p. 409), de forma lapidar, define:

Recurso, em direito processual, é o procedimento através do qual a parte, ou quem esteja legitimado a intervir na causa, provoca o reexame das decisões judiciais, a fim de que elas sejam invalidadas ou reformadas pelo próprio magistrado que as proferiu ou por algum órgão de jurisdição superior.

Em síntese, diríamos que os recursos processuais são instrumentos pelos quais alguém requer o reexame de uma decisão judicial, em geral por um órgão de hierarquia superior.1 Não adotamos a ideia de prejuízo como essen-cial, em face do instituto dos embargos de declaração, que, embora configu-rando um recurso, são admissíveis para a mera integração ou esclarecimento

da decisão.

1 Nos embargos de declaração, o reexame se dá peleste órgão prolator da decisão. O agravo interno previsto no artigo 557 do Código de Processo Civil (CPC), ou os previstos nos regimentos dos tribunais, por isso chamados regimentais, remetem as decisões monocráticas a um novo exame pelo órgão colegiado, todavia de igual hierarquia.

Os recursos na Justiça do Trabalho

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Fundamentos

Os fundamentos de existência de um sistema recursal são de duas ordens: jurídica e psicológica.

Do ponto de vista jurídico, é inegável que o órgão julgador pode apreciar ina-dequadamente a demanda, seja em face da má avaliação das provas, seja por força de uma má aplicação do Direito, ou mesmo de ambos. O erro judiciário, por outro lado, pode ser resultado tanto de um ato involuntário como de um ato voluntário do julgador, aqui configurada a má-fé. Sergio Pinto Martins enumera os fundamentos jurídicos dos recursos: a possibilidade de erro, erro ou má-fé do juiz; a oportunidade de reexame da sentença por juízes mais experientes; a uni-formização da interpretação da legislação (MARTINS, 2005, p. 395).

Sob o prisma psicológico, presume-se que a ratificação de uma decisão desfa-vorável à parte tende a lhe gerar um maior conforto, na medida em que cresce a possibilidade de acerto do comando sentencial, inclusive porque reavaliado, em regra, por um órgão colegiado.

Natureza jurídica

Quanto à natureza jurídica dos recursos, inicialmente comporta-se a discussão se estes constituem uma ação autônoma ou o prolongamento do exercício do direito de ação. Depois, aventa-se a possibilidade do recurso enquanto um ônus processual da parte.

Para Júlio César Bebber (2000b, p. 33-34), nenhuma das correntes acima refe-renciadas é suficiente para explicar a natureza jurídica dos recursos. Ônus proces-sual não o é, pois terceiros podem interpor recurso; não há uma nova ação quando a parte é que recorre; por igual não se pode falar em prolongamento quando o re-corrente é um terceiro, portanto antes não participante de qualquer relação pro-cessual. Os recursos têm, para Bebber, natureza mista, englobando a atividade continuativa do direito de ação, a ação autônoma e o ônus processual.

Entendemos que os recursos configuram um direito subjetivo processual ine-rente à parte ou a terceiro, este desde que legitimado a intervir no processo.

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Classificação

Os recursos podem ser classificados como ordinários ou extraordinários; de efeito devolutivo, suspensivo, translativo ou regressivo; principais ou adesivos.

Ordinário é aquele recurso que não exige pressupostos específicos para ser admitido, como a apelação cível, na Justiça Comum. Extraordinário é o apelo que somente é cabível quando se configuram situações específicas, a exemplo do re-curso especial, perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o recurso de revista, interposto no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O recurso especial, como o de revista, para ser conhecido deve atacar decisão que viole literalmente disposição contida em lei federal ou na Constituição Fede-ral (CF), ou em face de hipóteses restritas de divergência jurisprudencial. Logo, são recursos extraordinários, pois previstos em face de situações especiais, dife-rentemente do recurso ordinário na Justiça do Trabalho ou da apelação cível, em que o elemento essencial à admissibilidade é o mero interesse processual.

Quanto aos efeitos dos recursos, podem ser classificados como devolutivos, suspensivos, translativos ou regressivos. Ressalve-se, desde já, que alguns recursos possuem mais de um efeito, classificando-se conforme o critério da prevalência.

São chamados de devolutivos os recursos cuja interposição não suspende os efeitos da decisão recorrida, a exemplo do recurso ordinário na Justiça do Tra-balho. Semanticamente, fala-se em efeito devolutivo, uma vez que ele devolve-ria a matéria já apreciada pelo 1.º grau. Particularmente criticamos tal expressão, apesar de consagrada pela doutrina, uma vez que não se pode devolver algo que ainda não esteve no âmbito do tribunal.

Os suspensivos, inversamente, fazem com que o decisum vergastado não tenha efeitos, enquanto não se apreciar o apelo (apelação cível, como regra, a teor do artigo 520, caput, do CPC).

Translativos são aqueles recursos que, independentemente de provocação do vencido, a instância ad quem analisa toda a matéria que lhe gerou gravame (remessa necessária)2. Não há, pois, a limitação imposta pelo princípio dispo-sitivo. Regressivo é o apelo que visa, se acolhido, a submeter à apreciação de órgão judiciário superior um outro recurso (agravo de instrumento que pre-tende destrancar recurso).

2 A remessa necessária, embora possua efeito translativo, também contém o devolutivo, devolvendo ao órgão ad quem a matéria já discutida.

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Recurso principal é o interposto pela parte de forma originária, enquanto ade-sivo é o apelo que somente se opõe em face da interposição daquele.

Princípios setoriais

Os princípios jurídicos, conforme classificação por nós adotada, podem ser ditos plurivalentes, bivalentes, monovalentes ou setoriais. Estes últimos são aque-les que atuam em determinado setor de um ramo do Direito. Tratemos, pois, dos princípios setoriais que regem os recursos trabalhistas, alguns deles sendo espe-cíficos ao Processo do Trabalho e outros não.

Duplo grau de jurisdição

Este princípio é, a nosso ver, a viga mestra de todo o sistema recursal, pois justi-fica a sua própria existência. Com efeito, não se pode falar em um sistema jurídico que garanta segurança jurídica sem que se possibilite o reexame das decisões judiciais,3o que não impede a imposição de regras que condicionem e limitem o direito de recorrer.4

Para uma corrente, o duplo grau de jurisdição está previsto implicitamente na CF, em decorrência do princípio da ampla defesa. Dispõe o artigo 5.º, LV, da CF de 1988:

Art. 5.º [...]

LV - Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são assegu-rados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

Outra vertente, contudo, entende que o duplo grau de jurisdição decorre da organização judiciária, uma vez que a Carta Magna vigente (art. 92), assim como a legislação infraconstitucional, prevê a existência de diversos órgãos jurisdicionais, estabelecendo-se um sistema de competências.

Alguns juristas, ao seguirem a segunda corrente, aduzem que o termo recur-sos, contido no inciso LV do artigo 5.º da CF, não tem o sentido de recurso proces-sual, em sentido técnico e estrito (LEITE, 2003; TEIXEIRA FILHO, 1995).

A nosso ver, o duplo grau de jurisdição está previsto no citado artigo 5.º, o que, entretanto, não impede que sejam válidas normas infraconstitucionais que

3 Em Roma se previa a revisão das decisões judiciais pelo imperador.4 Como norma limitativa do direito de recorrer se posta a exigência de depósito recursal na Justiça do Trabalho. Tal norma, aliás, foi bastante questionada, quando da promulgação da Constituição de 1988, sob o argumento de que viria a ferir o artigo 5.º, LV, da Lex Legum. Tal tese, contudo, não prosperou, apesar de significar, eventualmente, cerceamento lógico do direito de defesa, diante da sucumbência em primeiro grau de empregador carente economicamente.

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Page 40: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

o condicionem.5 No Processo do Trabalho, entendemos que o parágrafo 4.º do artigo 2.º da Lei 5.584/70 foi recepcionado pela nova Carta Magna, ao prever a irrecorribilidade das sentenças proferidas nas reclamações trabalhistas cujo valor da causa não ultrapasse a dois salários mínimos, exceto quando se tratar de ma-téria constitucional.

Vigência imediata e irretroatividade da norma processual

Tais princípios são genéricos, aplicando-se tanto ao Processo Civil como ao Processo do Trabalho. Também não são propriamente setoriais, pois se aplicam ao processo como um todo.

Embora possa parecer que os princípios se contradigam, em verdade, eles se complementam. Se, de um lado, a nova norma processual deve se aplicar aos pro-cessos em curso, de outro não atinge um ato processual já realizado.

A aplicação imediata da nova norma é diretriz consagrada pela jurisprudên-cia de nossos tribunais.6 No âmbito recursal, portanto, a regra a ser aplicada é a vigente na data da publicação da decisão, e não a da data da interposição. Assim, se o valor do depósito recursal é x, quando da publicação da decisão, e se torna y, quando da interposição do apelo, prevalece o valor vigente à época da publi-cação. Se o prazo recursal é ampliado ou diminuído posteriormente, prevalece aquele vigente na data da publicação da decisão.7

Em síntese, pode se dizer que o princípio da vigência imediata significa a apli-cação da nova norma mesmo aos processos em curso; a irretroatividade se con-substancia pela impossibilidade de se refazer um ato processual já praticado sob

a égide da norma anterior.

Taxatividade

Os recursos, para existirem, devem ser previstos na lei, salvo os chamados agravos regimentais, previstos nos regimentos internos dos Tribunais e cabíveis 5 Norberto Bobbio, na Era dos Direitos, coloca que os princípios não têm um caráter absoluto, o que justifica plenamente a exis-tência de regras que disciplinam e condicionam o exercício do direito de recorrer.6 STJ, 4.ª T, RMS/38 SP, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJU de 04/06/1990, p. 5.061.7 Em posição contrária à nossa, o professor Sérgio Pinto Martins entende que, se um prazo recursal é ampliado e ainda não escoado o antigo, aplica-se a nova norma. Se, todavia, já escoado o prazo antigo, não se reabre a oportunidade para recorrer, pois ocorrida preclusão temporal. A nos amparar a jurisprudência do STJ, a teor do acórdão citado na nota anterior: A lei não é a vigente quando da interposição do recurso, mas a que estava em vigor na data da publicação da decisão, salvo se a matéria for de ordem constitucional, que tem incidência de imediato.

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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Victor Russomano JuniorA Justiça do Trabalho é composta, atualmente, pelos seguintes órgãos ju-

risdicionais: Vara do Trabalho, Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Tribunal Superior do Trabalho (TST). Nas localidades em que inexistir Vara do Traba-lho, os Juízos de Direito constituirão, em primeira instância, os órgãos de ad-ministração da Justiça do Trabalho, a teor do artigo 668 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O Supremo Tribunal Federal (STF) não integra a Justiça do Trabalho, mas, sendo o órgão de cúpula do Poder Judiciário, julga recursos interpo-níveis contra decisões de última instância da Justiça Especializada (recurso extraordinário, o qual é disciplinado pelo artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal (CF).

Os citados órgãos jurisdicionais prolatam decisões designadas sentenças (proferidas pelas Varas do Trabalho e Juízes de Direito) e acórdãos (proferidos pelos demais, isto é, TRTs, TST e STF), além das manifestações jurisdicionais monocráticas (despachos), nas hipóteses legalmente previstas.

As referidas decisões judiciais, quando definitivas (a Súmula 214 do TST excepciona hipóteses em que são cabíveis recursos de revista e de embar-gos relativamente a acórdãos que têm caráter interlocutório), são impug-náveis, na reclamatória trabalhista, mediante os seguintes apelos: recurso ordinário, recurso de revista, embargos e recurso extraordinário .

Note-se, nesse ponto, que os TRTs podem ou não estar divididos em turmas, mas a decisão proferida por TRT, em grau de recurso ordinário, é impugnável, diretamente, através de recurso de revista, isto é, inexiste apelo interno nos TRTs, contrariamente ao que se verifica no tocante ao TST (embargos) e ao STF, salvo, obviamente, os embargos declaratórios e agravos regimentais.

Introdução

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Esquematicamente, é esta a escala dos recursos trabalhistas:

Sentença Recurso ordinário

Acórdão Regional Recurso de revista

Acórdão Turma do TST Embargo recurso extraordinário

Os TRTs analisam, em segunda instância e através do recurso ordinário, as sen-tenças das Varas do Trabalho. O TST uniformiza, em nível nacional, a jurisprudência dos TRTs e efetua o controle da legalidade delas, por meio do recurso de revista. Estando o TST dividido em 8 Turmas, sua jurisprudência é uniformizada, interna-mente, através de embargos. O STF realiza o controle da constitucionalidade das decisões da Justiça do Trabalho, por intermédio do recurso extraordinário.

Não há, portanto, recurso cabível no próprio âmbito dos TRTs, ou seja, equiva-lente aos embargos do TST.

Em face de tal circunstância, acrescida do fato de que o conflito pretoriano que autoriza o recurso de revista há de ser estabelecido entre TRTs diferentes, indispensável é um mecanismo de uniformização jurisprudencial no âmago do próprio TRT.

É por isso mesmo que o artigo 896, parágrafo 3.º, da CLT fixa a obrigatorieda-de de tal uniformização.

Depreendem-se, das finalidades dos recursos legalmente previstos e cabíveis na ação trabalhista, os pressupostos correspondentes, quais sejam:

O recurso ordinário, disciplinado pelo artigo 895 da CLT e como a própria �

designação indica, é apelo que tem, exclusivamente, pressupostos extrín-secos ou genéricos (comuns à generalidade dos recursos, tais como tem-pestividade, preparo e representação processual regular). Corresponde à apelação cível e tem efeito devolutivo amplo.

O recurso de revista e os embargos (tratados, respectivamente, nos arti- �

gos 896 e 894 da CLT) apresentam pressupostos intrínsecos ou especiais, (porque, através deles, como acima assinalado, o TST cumpre dupla função: uniformização jurisprudencial e controle da legalidade das decisões traba-lhistas). A mesma função uniformizadora, no âmbito do STF, é cumprida pelos embargos de divergência (cabíveis quando comprovada divergência entre as Turmas dele, que são duas).

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Page 43: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

O recurso extraordinário, objetivando o controle da constitucionalidade �

das decisões da Justiça do Trabalho, tem, como pressuposto de admissibili-dade (intrínseco/especial), a violência a dispositivo constitucional.

A admissibilidade dos recursos de natureza extraordinária (revista, embargos e extraordinário) pressupõe, portanto, o cumprimento simultâneo dos pressu-postos extrínsecos e intrínsecos.

Utilizando-se, novamente, o método esquemático, tem-se:

Vara do Trabalho

Recurso ordinário

TRT

Recurso de revista

TST

Embargos

SDI-1

Recurso extraordinário

Tem-se, portanto e em resumo:

A instância ordinária, perante a qual os meios probatórios são produzidos �

e examinados em duplo grau, é composta por Vara do Trabalho e TRT, sen-do que este último atua em grau de recurso ordinário (somente em casos excepcionais, exemplificados pelo documento novo Súmula 8 do TST – é possível a produção de meio probatório após a primeira instância). Com-pete, portanto, à instância ordinária, a análise probatória do litígio judicial trabalhista (o recurso ordinário tem efeito devolutivo integral).

A instância extraordinária – que não constitui uma terceira instância – com- �

posta por TST e STF tem como incumbência a uniformização jurispruden-cial e controle da legalidade e constitucionalidade das decisões dos TRTs, a partir da moldura fática definida por estes últimos (sem possibilidade, por-tanto, de reexame probatório).

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS (COMENTADA)

DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 Devidamente atualizado até OUTUBRO/2012

TÍTULO X

DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO CAPÍTULO VI

DOS RECURSOS

Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

I - embargos;

II - recurso ordinário;

III - recurso de revista;

IV - agravo.

§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

§ 2º - A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução do julgado.

Comentários:

Os embargos tratados pela CLT são aqueles encaminhados para o Pleno do TST, não se confundindo com os embargos de declaração, atos processuais, que constam do elenco de aplicação subsidiária do CPC.

Não cabem embargos para o Pleno de decisão de Turma do TST, salvo para reexame dos pressupostos extrínsecos (p. ex., data da publicação do despacho denegatório) do recurso impedido em seu seguimento ao Tribunal Superior do Trabalho, conforme Súmula 353 do TST.

Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:

I - de decisão não unânime de julgamento que:

a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e

b) (VETADO)

II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. (Revogado dada pela Lei nº 11.496, de 2007)

Comentários:

Além das previsões legais, ressalvamos que os embargos são opostos, na maioria dos casos, quando não se verifica uniformização de precedentes, ou seja, na falta de matéria sumulada.

Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:

I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e

II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.

§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:

I - (VETADO).

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Page 45: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;

III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;

IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.

§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.

Comentários:

Cabe recurso ordinário em todas as oportunidades amparadas pelo art. 895 da CLT, observando-se que a parte recorrente poderá discutir qualquer matéria que não haja atendido sua pretensão pela sentença de mérito, incluindo questões constitucionais, bem como decisões originárias, por exemplo, em dissídios coletivos e ação rescisória, no prazo de 8 dias para efetivar a distribuição e o devido recolhimento de custas e/ou depósito recursal.

"O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1.° do art. 515 do CPC, transfere ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença, salvo a hipótese contida no § 3.° do art. 515 do CPC" (Súmula 393 do TST).

Em tempo, com o advento do procedimento sumaríssimo, a única mudança substancial verificada se restringe à celeridade com que ele deverá ser julgado pelo Tribunal, até mesmo delegando àquelas Casas a possibilidade de determinar Turmas exclusivamente competentes para o seu processamento.

Nas decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho, em ações mandamentais, cabe recurso ordinário, em oito dias, ao TST (Súmula 201 do TST).

Observe-se que a OJ 148 da SDI-2 do TST afirma a responsabilidade da parte, para interpor recurso ordinário em mandado de segurança, a necessária comprovação do recolhimento das custas processuais no prazo recursal, sob pena de deserção.

Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte;

b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;

c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.

§ 1o O Recurso de Revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão.

§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.

§ 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência, nos termos do Livro I, Título IX, Capítulo I do CPC, não servindo a súmula respectiva para ensejar a admissibilidade do Recurso de Revista quando contrariar Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho.

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(...) ESTE É UM MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DA APOSTILA E CONTÉM APENAS UM TRECHO DO CONTEÚDO ORIGINAL. O DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA CONTINUA POR MAIS PÁGINAS NA APOSTILA COMPLETA, QUE VOCÊ PODERÁ OBTER EM http://www.acheiconcursos.com.br .

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RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO - QUESTÕES COMENTADAS

01. (TRT-17a REGIÃO, FCC - 2004) Recursos admitidos no processo do trabalho:

a) Apelação e Agravo de Instrumento.

b) Apelação e Agravo Regimental.

c) Recurso Ordinário e Mandado de Segurança.

d) Recurso Ordinário e Agravo de Petição.

e) Recurso de Revista e Agravo Retido.

02. (TRT-11ª REGIÃO, F CC - 2 005) NÃO se inclui no elenco dos recursos admissíveis contra as decisões dos juízes e dos Tribunais Regionais do Trabalho:

a) recurso de embargos.

b) recurso ordinário

c) recurso de revista.

d) agravo.

e) recurso extraordinário.

03. (TRT-14a REGIÃO - 2004) Consubstancia princípio peculiar do direito processual do trabalho:

a) o contraditório.

b) a irrecorribilidade das decisões interlocutórias.

c) a irrecorribilidade dos despachos.

d) a irrecorribilidade das decisões definitivas do feito.

e) a irrecorribilidade das decisões terminativas do feito.

04. (TRT-18a REGIÃO, FCC - Técnico Judiciário - 2008) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, da decisão interlocutória proferida por magistrado em exceção de suspeição

a) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente no prazo de oito dias.

b) não caberá recurso, cabendo exame apenas no recurso que couber da decisão final.

c) caberá recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho no prazo de oito dias.

d) caberá agravo de instrumento para o Tribunal Regional do Trabalho competente no prazo de dez dias.

e) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente no prazo de dez dias.

05. (TRT-1a REGIÃO - 2003) É pressuposto subjetivo do recurso trabalhista:

a) pagamento das custas.

b) tempestividade.

c) realização do depósito recursal.

d) legitimação para recorrer.

e) adequação do recurso.

06. (TRT-23a REGIÃ O, F CC - 2 007) Das decisões definitivas das Varas do Trabalho, pode ser interposto para a instância superior

a) recurso extraordinário e de revista.

b) recurso ordinário.

c) recurso de revista.

d) agravo de petição.

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Page 47: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

e) agravo de instrumento.

07. (TRT-1a REGIÃO - 2004) O prazo para a interposição do recurso ordinário é, em dias, de:

a) 5

b) 7

c) 8

d) 10

e) 15

08. (TRT-6a REGIÃO, FCC - 2006) O prazo para interposição do recurso ordinário é de

a) 5 (cinco) dias.

b) 8 (oito) dias.

c) 10 (dez) dias

d) 15 (quinze) dias.

e) 30 (trinta) dias

09. (TRT-1a REGIÃO - 2 003) Nas causas trabalhistas em que for parte a Fazenda Pública, o prazo para a interposição de Recurso Ordinário é de:

a) 30 dias.

b) 8 dias.

c) 15 dias.

d) 16 dias.

e) 10 dias.

10. (TRT-15a REGIÃO, FCC - 2004) O recurso cabível das decisões das Turmas no Tribunal Superior do Trabalho contrárias à letra de lei federal*, ou que divergirem entre si é:

a) Agravo Regimental, ao Tribunal Regional do Trabalho.

b) Embargos, ao Tribunal Superior do Trabalho.

c) Recurso Ordinário, ao Tribunal Superior do Trabalho.

d) Recurso de Revista, ao Tribunal Superior do Trabalho.

e) Recurso Extraordinário, ao Supremo Tribunal Federal.

*Alterado pela Lei n° 11.496/07.

11. (TRT-1a REGIÃO - 2003) Para a interposição do Recurso de Revista, a divergência jurisprudencial em torno de interpretação de dispositivo de lei federal poderá se dar com relação à decisão:

a) de Turma do mesmo Tribunal em que proferida a decisão recorrida.

b) de Turma do TST.

c) do Pleno do TST.

d) do Pleno do Tribunal em que proferida a decisão recorrida.

e) de Turma de outro Tribunal Regional.

12. (TRT-1a REGIÃO- 2004) O Recurso de Revista tem o seguinte efeito:

a) devolutivo em qualquer hipótese.

b) suspensivo em qualquer hipótese.

c) devolutivo quando interposto contra decisão proferida por uma Turma em execução de sentença.

d) suspensivo quando interposto contra decisão de indeferimento de embargos de divergência em

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Page 48: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

ações coletivas.

e) suspensivo quando interposto contra decisão de indeferimento de recurso em ações coletivas, em grau de recurso ordinário.

13. (TRT-1a REGIÃO - 2004) O prazo para a interposição do agravo de petição é, em dias, de:

a) 5

b) 7

c) 8

d) 10

e) 15

14. (TRT-1a REGIÃO - 2004) Cabe agravo de petição diante das decisões de Juiz:

a) nas execuções.

b) nas questões consideradas contraditórias.

c) naquelas classificadas como interlocutórias.

d) no processo de conhecimento em qualquer fase.

e) no mandado de segurança com liminar denegada.

15. (TRT-1a REGIÃO - 2 003) O recurso cabível contra a decisão proferida pelo juiz monocrático em fase de execução é:

a) Recurso Ordinário.

b) Agravo de Instrumento.

c) Agravo Regimental ou Interno.

d) Recurso de Revista.

e) Agravo de Petição.

16. (TRT-14a REGIÃO - 2004) No Processo Trabalhista o recurso cabível contra decisão prolatada em embargos à execução é:

a) apelação.

b) recurso ordinário.

c) agravo regimental ou interno.

d) agravo de petição.

e) recurso de revista.

17. (TRT-20a REGI ÃO, F CC - 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, das decisões do Juiz nas execuções caberá

a) embargos, no prazo de 10 dias.

b) embargos, no prazo de 8 dias.

c) agravo de petição, no prazo de 8 dias.

d) agravo de petição, no prazo de 10 dias.

e) recurso ordinário, no prazo de 8 dias.

18. (TRT-18a REGIÃO, F CC - Técnico Judiciário - 2008 ) A empresa W foi intimada de decisão de magistrado na execução de sentença proferida na reclamação trabalhista promovida por José, seu ex-empregado. Neste caso, a empresa W terá

a) dez dias para interpor Agravo de Instrumento, sendo que os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento.

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Page 49: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

b) oito dias para interpor Agravo de Petição, sendo que os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento.

c) oito dias para interpor Recurso Ordinário, sendo que os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento.

d) dez dias para interpor Agravo de Instrumento, sendo que os prazos processuais contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.

e) oito dias para interpor Agravo de Petição, sendo que os prazos processuais contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.

19. (TRT-6a REGIÃO, FCC - 2006) Da decisão que nega seguimento a recurso, por deserto, cabe

a) agravo regimental.

b) agravo de petição.

c) agravo de instrumento.

d) apelação.

e) recurso de revista.

20. (TRT-1a REGIÃO - 2004) Da decisão que denegou a interposição de recurso cabe:

a) mandado de segurança.

b) agravo de instrumento.

c) embargo declaratório.

d) recurso de revista.

e) agravo de petição.

21. (TRT-23a REGIÃO, F CC - 2004) Diante da decisão que denega seguimento ao recurso ordinário que a empresa interpôs contra a sentença que julgou procedente em parte a reclamação trabalhista apresentada por ex-empregado, será cabível

a) Recurso Ordinário.

b) Recurso de Revista.

c) Agravo de Petição.

d) Agravo de Instrumento.

e) Embargos de Declaração.

22. (TRT-1a REGIÃO - 2003) Leia com atenção as assertivas abaixo.

I. O Tribunal Superior do Trabalho, no Recurso de Revista, não deverá examinar previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.

II. Cabe agravo de instrumento dos despachos que denegarem a interposição de recursos.

III. O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição suspende a execução da sentença.

Sobre as assertivas acima, pode-se dizer que:

a) II e III estão corretas.

b) somente II está correta.

c) somente I está correta.

d) somente III está correta.

e) todas estão corretas.

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GABARITO E COMENTÁRIOS 01. D

Os recursos trabalhistas estão elencados no art. 893 da CLT:

Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

I - embargos;

II - recurso ordinário;

III - recurso de revista;

IV - agravo.

§ 1° - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

§ 2° - A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução do julgado.

Os agravos podem ser:

Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:

a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;

b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.

A única opção que elenca apenas recursos trabalhistas previstos na CLT é a D.

02. E

Vide comentário da questão 01.

03. B

O art. 893, § 1°, da CLT traduz um principio próprio do direito processual do trabalho, que é a irrecorribilidade das decisões interlocutórias:

§ 1° - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

Desta forma, na Justiça do Trabalho, só é cabível recurso imediato de sentenças (terminativas e definitivas) e acórdãos.

O mesmo princípio é também objeto da Súmula n° 214 do TST:

214 - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005

Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1°, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:

a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;

b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;

c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2°, da CLT.

04. B

Vide comentários da questão 03.

05. D

Para que o recurso seja conhecido e processado, ele deve atender a todos os pressupostos, objetivos e subjetivos. A falta de apenas um deles ocasionará o não conhecimento do recurso. São pressupostos:

Subjetivos:

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RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO - QUESTÕES COMENTADAS

01. (T RT-15ª REGIÃO, F CC - Analista Judiciário - 20 09) Contra decisão de Tribunal Regional do Trabalho que reconhece ter havido nulidade ou a existência de irregularidade sanável e determina a baixa dos autos ao juízo de primeiro grau, para novo pronunciamento deste,

a) caberá agravo regimental.

b) caberá embargos no prazo de oito dias.

c) caberá recurso de revista no prazo de oito dias.

d) não caberá recurso.

e) caberá recurso de revista no prazo de cinco dias.

02. (TRT-18ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 2008) Com relação ao recurso de revista, é certo que

a) é incabível esse recurso para reexame de fatos, mas será cabível a revista para reexame de provas.

b) caberá, em regra, esse recurso contra acórdão regional prolatado em agravo de instrumento.

c) a admissibilidade desse recurso contra acórdão proferido em processo incidente na execução independe de demonstração inequívoca de violação direta à Constituição Federal.

d) só caberá esse recurso por violação literal de dispositivo de lei federal nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.

e) não se conhecerá desse recurso ou dos embargos quando a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos.

(TRT-16ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 2009) 03. O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto à parte das matérias veiculadas

a) impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Regional do Trabalho competente, devendo a parte prejudicada interpor agravo de instrumento.

b) não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Regional do Trabalho competente.

c) impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, devendo a parte prejudicada interpor agravo de instrumento.

d) impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, devendo a parte prejudicada interpor agravo regimental.

e) não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho.

04. Considere as assertivas abaixo a respeito do agravo de Instrumento, no processo trabalhista.

I. É válido o traslado de peças essenciais efetuado pelo agravado, pois a regular formação do agravo incumbe às partes e não somente ao agravante.

II. Caberá agravo de instrumento, dentre outras hipóteses, contra despacho que denegar seguimento a agravo de petição e recurso extraordinário.

III. Não é obrigatória a juntada de cópia da petição inicial e contestação na formação do agravo de instrumento.

IV. O agravo de instrumento interposto em face de despacho que denegou seguimento ao recurso ordinário será julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) I e II.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) I, II e IV.

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Page 52: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

05. (TRT-3ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 2009) O recurso de embargos de declaração toma lugar nas hipóteses de

a) contradição entre a sentença e a jurisprudência dominante.

b) contradição, omissão e inversão tumultuária do procedimento.

c) contradição entre a sentença e a prova dos autos.

d) obscuridade, omissão, contradição e prequestionamento.

e) omissão, obscuridade e contradição entre a sentença e a lei.

06. (TRT-18ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 2008) Em execução de sentença de reclamação trabalhista, despacho de magistrado determinou a realização de perícia contábil. A parte reclamante discordou da decisão, tendo em vista a necessidade de celeridade do processo para recebimento do crédito, indagando seu respectivo patrono da necessidade de recorrer da decisão. O recorrente foi informado que, neste caso,

a) não caberá agravo de petição, tendo em vista tratar-se de decisão interlocutória.

b) caberá agravo de petição, no prazo de oito dias, em razão de o despacho ter ocorrido na execução de sentença trabalhista.

c) caberá agravo de instrumento, no prazo de oito dias, tendo em vista tratar-se de decisão interlocutória.

d) caberá agravo de petição, no prazo de dez dias, em razão de o despacho ter ocorrido na execução de sentença trabalhista.

e) caberá agravo de instrumento, no prazo de dez dias, tendo em vista tratar-se de decisão interlocutória.

07. (T RT-2ª REGIÃO, F CC - T écnico Judiciá rio - 2008) A respeito dos recursos em matéria trabalhista, é INCORRETO afirmar:

a) Cabe agravo de instrumento contra decisão que negar seguimento a recurso ordinário.

b) Cabe agravo de petição contra a sentença que homologa o cálculo em execução de sentença, desacolhendo parcialmente impugnação do reclamado.

c) Cabe agravo regimental para o Tribunal Pleno do TST das decisões proferidas pelo Corregedor do TST.

d) Pode o reclamante interpor recurso ordinário contra a decisão que homologa acordo entre as partes.

e) Os embargos de declaração são cabíveis para impugnar sentença ou acórdão quando ocorrer omissão, obscuridade ou contradição.

08. (TRT-15ª REGIÃO, FCC - Técnico Judiciário - 2009) Norma laborava na empresa K na função de auxiliar administrativo, quando foi dispensada sem justa causa. Na rescisão contratual a empresa k não efetuou o pagamento correto das verbas rescisórias e Norma ajuizou reclamação trabalhista requerendo todos os direitos que lhe foram negados. A reclamação trabalhista foi processada pelo rito sumaríssimo e julgada procedente. A empresa k interpôs recurso ordinário o qual foi conhecido,mas denegado. Neste caso:

a) caberá recurso de Revista em todas as hipóteses previstas na Consolidação das Leis do Trabalho.

b) caberá recurso de revista somente em caso de contrariedade à Súmula de Jurisprudência uniforme do TST e violação direta da Constituição Federal.

c) caberá recurso de revista somente em caso de contrariedade à Súmula de Jurisprudência uniforme do TST.

d) Caberá recurso de revista somente em caso de violação direta da Constituição Federal.

e) é incabível recurso de revista por expressa disposição legal, em razão do rito processual a que foi submetida a demanda.

09. (TRT-3ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 2009) Nos recursos contra decisões tomadas sob o rito sumaríssimo, o Ministério Público do Trabalho, desde que não seja parte no litígio,

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Page 53: Apostila de Direito Processual do Trabalho para Técnicos do TRT-1ª Região (RJ) - 2012

a) não opinará.

b) opinará, havendo interesse, na sessão de julgamento.

c) participará mediante parecer escrito e sempre prévio à sessão de julgamento.

d) dará parecer escrito, mas o apresentará, necessariamente, durante a sessão.

e) opinará, antes da distribuição do processo ao relator.

(TRT-9ª REGIÃO, FCC - Analista Judiciário - 2010) 10. Considere as seguintes assertivas a respeito dos Embargos:

I. Não cabem Embargos para a Seção de Dissídios Individuais de decisão de Turma que não conhece de agravo pela ausência de pressupostos extrínsecos.

II. No Tribunal Superior do Trabalho, em regra, cabem Embargos das decisões das Turmas que divergirem entre si.

IIII. Cabem Embargos para a Seção de Dissídios Individuais de decisão de Turma proferida em agravo que vise impugnar o conhecimento de agravo de instrumento.

IV. Incabível Embargo para reexame de fatos e provas.

Está correto o que consta APENAS em

a) II e IV.

b) I, II e III.

c) III e IV.

d) II, III e IV.

e) I, II e IV.

11. No recurso ordinário, o efeito devolutivo em profundidade, transfere automaticamente ao Tribunal a apreciação de fundamento da defesa não examinado pela sentença,

a) desde que renovado em contra-razões, não se aplicando, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença.

b) ainda que não renovado em contra-razões, não se aplicando, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença.

c) ainda que não renovado em contra-razões, aplicando- se, inclusive, ao caso de pedido não apreciado na sentença.

d) desde que renovado em contra-razões e apreciado na sentença, bastando a apreciação na fundamentação.

e) desde que renovado em contra-razões, apreciado na sentença com manifestação expressa no relatório e na fundamentação.

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GABARITO E COMENTÁRIOS 01. D

Trata-se de uma decisão interlocutória, por isso não caberá recurso de imediato conforme estabelece o art. 893, parágrafo 1º da CLT.

No Processo do Trabalho, as decisões interlocutórias não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º da CLT, que somente permite apreciação das mesmas no recurso da decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário.

Decisão Interlocutória é o ato pelo qual o juiz no curso do processo resolve questão incidente.

Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:

I - embargos;

II - recurso ordinário;

III - recurso de revista;

IV - agravo.

§ 1º- Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.

A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias. Quando o TRT proferir decisão interlocutória contrária a alguma Súmula ou OJ do TST a parte poderá recorrer desta decisão.

Quando a decisão interlocutória for passível de recurso para o mesmo Tribunal a parte prejudicada poderá recorrer desta decisão e quando for acolhida exceção de incompetência territorial relativa, com remessa do processo para outro TRT, a parte poderá recorrer da decisão interlocutória.

Neste sentido a Súmula 214 do TST.

Súmula 214 do TST. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.

02. E Vejam as seguintes súmulas, notadamente esta 23 do TST:

Súmula 23 do TST. Não se conhece de recurso de revista ou de embargos, se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos.

Súmula 126 do TST. Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas.

Súmula 266 do TST. A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal.

Súmula 221 do TST. I - A admissibilidade do recurso de revista e de embargos por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. II - Interpretação razoável de preceito de lei, ainda que não seja a melhor, não dá ensejo à admissibilidade ou ao conhecimento de recurso de revista ou de embargos com base, respectivamente, na alínea "c" do art. 896 e na alínea "b" do art. 894 da CLT. A violação há de estar ligada à literalidade do preceito.

Súmula 333 do TST. Não ensejam recursos de revista ou de embargos decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

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