Apostila de Fotografia - Raimundo Sampaio

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    Contedo1 introduo .............................................................................................................. 32 FOTOGRAFIA DIGITAL ......................................................................................... 5

    2.1 PIXEL ............................................................................................................. 52.2 Tamanho da Imagem ...................................................................................... 62.3 Como funciona uma mquina digital ............................................................... 7

    2.3.1 O que cor .............................................................................................. 92.3.2 Tipos de fotosensores ........................................................................... 112.3.3 Resoluo ptica e interpolada .............................................................. 142.3.4 Proporo de Aspecto ........................................................................... 152.3.5 Profundidade de cor .............................................................................. 162.3.6 Sensibilidade ......................................................................................... 182.3.7 Qualidade da imagem ............................................................................ 182.3.8 Velocidade entre Exposies ................................................................. 19

    3 CONTROLES PARA FOTOGRAFAR .................................................................. 213.1 Controles da cmera e criatividade ............................................................... 213.2 Automatismo ................................................................................................. 223.3 OBJETIVAS .................................................................................................. 23

    3.3.1 Distncia focal ....................................................................................... 243.4 Focalizao .................................................................................................. 27

    Foco automtico ativo ....................................................................................... 28Autofoco passivo ..................................................................................................... 29Qual sistema de foco automtico minha cmera possui? ..................... 31O foco automtico sempre preciso e rpido?......................................... 32Trava de foco: a chave para timas fotos com foco automtico ........ 32Quando devo usar o foco manual? ................................................................ 34

    3.5 Diafragma e obturador (Abertura e exposio) ............................................. 343.5.1 Diafragma .............................................................................................. 353.5.2 Profundidade de campo (PC) ................................................................ 373.5.3 Obturador .............................................................................................. 39Obturadores das cmeras digitais ................................................................... 413.5.4 Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma ao mesmotempo 42Escolhendo modos de exposio .................................................................... 43Usando o flash ................................................................................................... 44

    3.6 Formatos para cmera digital ....................................................................... 454 COMPOSIO E ENQUADRAMENTO ............................................................... 48

    4.1 ELEMENTOS IMPORTANTES NO ENQUADRAMENTO E NACOMPOSIO ....................................................................................................... 49

    4.1.1 ENQUADRAMENTO ............................................................................. 524.1.2 COMPOSIO ...................................................................................... 53

    5 Termos mais usados em fotografia digital ............................................................ 63

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    1 INTRODUO

    A fotografia digital uma evoluo recente da fotografia. Surgiu como advento do computador, que trouxe todo um mundo novo de

    possibilidades e de mudanas para a sociedade moderna. Naverdade, foi a pesquisa espacial a principal responsvel pelosurgimento da fotografia digital, com a necessidade de um sistemaque enviasse imagens capturadas por sensores remotos eretransmitidas via rdio para a Terra.

    Um ponto interessante na fotografia digital que as fotos podem servistas instantaneamente. Desse modo, praticamente fica afastada apossibilidade de erros. Outra vantagem a facilidade de se repetir afoto em caso de necessidade - acabam assim as surpresas

    desagradveis, como, por exemplo, quando se vai buscar um filme nolaboratrio e se descobre que a tampa da mquina ficou cobrindo aobjetiva, que o filme estava vencido (e as cores ficaram alteradas) eassim por diante...

    A maior de todas as vantagens, contudo, que ningum precisa maiseconomizar cliques, ou seja, hesitar em fazer qualquer foto,preocupar-se com o custo de filmes, revelao ou a quantidadedisponvel de material. Com a foto digital, utilizando-se uma cmeraequipada com um carto de grande capacidade de armazenamento,

    clica-se vontade, e com isso o fotgrafo acaba obtendo boasimagens que de outra forma poderiam ser perdidas num momento dedvida... J que o custo da imagem zero, ou melhor, apenaslimitado ao custo inicial da mquina fotogrfica, clicar vontade nocausa nenhum tipo de preocupao.

    Outra vantagem da fotografia digital que ficou fcil mostrar fotospara outras pessoas. Por exemplo, publicando-as em pginas daInternet. Tambm se pode mostrar as fotos pela tela de umateleviso, bastando conectar a cmera digital entrada de vdeo doaparelho de TV. Graas a esse recurso, possvel selecionar asmelhores fotos que esto gravadas no computador, regrav-las nocarto de memria da cmera digital e depois apreci-las numaparelho de TV. Softwares podem fazer apresentao de fotos comose fosse uma projeo de slides. E mais, como a maioria das cmerasdigitais de melhor qualidade tambm podem produzir vdeos, filmartambm muito simples, bem como transferir as imagens para umCD ou DVD.

    Para qualquer pessoa acostumada a fotografar com mquinasfotogrficas tradicionais, o uso da cmera digital, apesar de

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    incorporar novidades, no exige muito esforo para adaptao.Vamos relacionar as principais semelhanas e diferenas:

    Nas cmeras digitais no se utilizamfilmes, e sim um carto de memria

    para armazenamento das imagens.Esse carto permite que se grave,copie e apague (delete) arquivos deimagens (inclusive vdeo).

    A luz do flash funciona quase como numa cmera comum, edependendo do modelo da cmera digital, pode vir embutido nocorpo e/ou utilizando um flash externo atravs de conexo porsapata ou pino (a diferena, tecnicamente, que na fotografia

    digital existe um pr-disparo para avaliar a luz branca, ouwhitepoint, o que obriga ao uso de flashes especiais).

    As cmeras digitais, alm de um visor idntico s das mquinasfotogrficas tradicionais (no SLR), incorporam talvez a maiornovidade que um visor atravs de tela de cristal lquido (LCD)localizado na parte posterior do corpo da cmera. A principalvantagem que o fotgrafo v a imagem exatamente comoser fotografada. A maior desvantagem que em ambientes demuita luz (sob o sol, por exemplo), praticamente impossvelusar o visor LCD e, alm disso, o uso contnuo do visor acabarapidamente com a bateria.

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    As objetivas so muito semelhantes, mas na fotografia digital

    muitas cmeras incorporam o recurso de zoom digital, alm dozoom tico. Acontece que o zoom digital irreal, uma

    aproximao, ou, melhor ainda, uma ampliao gerada porsoftware. Isso resulta numa imagem imprecisa e de coresinconsistentes. De qualquer modo, mais tarde, atravs dequalquer software editor de imagens pode-se ampliar qualquerparte da imagem.

    Os ajustes de foco, velocidade de obturador e abertura dediafragma, nos modelos mais simples de cmeras digitais, so

    totalmente automticos. Contudo, nas cmeras digitais maismodernas, pode-se regular no apenas cada um desses itensindividualmente, mas tambm estabelecer sensibilidade dofilme, ou seja, definir se a captura da imagem se dar numasensibilidade correspondente a 100, 200, 400 ASA ou at mais,dependendo da sofisticao do modelo.

    Muitos dos mais modernos modelos de cmeras digitaistambm incorporam o recurso de udio e vdeo, ou seja, possvel filmar alguns segundos ou minutos (depende da

    capacidade de armazenamento em carto de memria doequipamento). Tambm possvel anexar anotaes de voznuma imagem.

    As cmeras digitais, diferenciando ainda das tradicionais, vemequipadas com um cabo (geralmente USB) para conexo da cmera um computador, para transferncia das imagens, mais uma ou maisbaterias recarregveis de longa durao, um cabo de udio e vdeoque pode inclusive ser conectado a uma aparelho de TV ouvideocassete, e o carto de memria (existem vrios tipos queestudaremos adiante) onde as imagens so armazenadas.

    2 FOTOGRAFIA DIGITAL

    2.1 PIXELAs fotografias digitais so compostas de centenas de milhares ou demilhes de quadrados minsculos chamados elementos- ou pixels.

    Como os pintores impressionistas que pintaram maravilhosas cenascom apenas pontos pequenos de tinta, o computador e a impressora

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    podem usar estes pixels minsculos para representar uma fotografia.Para fazer isso, o computador divide a tela ou a pgina impressa emuma grade de pixels. Da, usa os valores armazenados na fotografiadigital para especificar o brilho e a cor de cada pixel nesta grade -uma forma de "pintar" pelo nmero. Controlando, ou "endereando"

    esta grade de pixels individuais chamado "bit mapping" (fazendo omapa dos bits), e a imagem digital assim criada um "bit-map".

    Aqui voc v um retrato deAmelia Earhart feitointeiramente de bom-bonsPense de cada bom-bonscomo um pixel e fica fcil dever como pontos pode darforma s imagens.

    2.2 TAMANHO DA IMAGEMA qualidade de uma imagem digital, tanto impressa comoapresentada numa tela, depende em parte no nmero de pixelsusados para criar a imagem (tambm conhecido como suaresoluo). Mais pixels adicionam detalhes e nitidez.Se voc ampliar qualquer imagem digital o suficiente, os pixelscomearo a mostrar um o efeito chamado pixelizao. Isto no

    diferente da fotografia convencional, onde os gros de prata no filmecomeam a ficar visveis quando a imagem ampliada. Quanto mais

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    pixels h em uma imagem, mais ela pode ser ampliada antes queocorra pixelizao.

    A foto do rosto aparece normal, mas quando o olho demasiadamente ampliado,os pixels aparecem. Cada pixel um pequeno quadrado composto de uma nicacor.

    O tamanho de uma fotografia especificado em uma de das duasmaneiras- por suas dimenses nos pixels ou pelo nmero total dospixels que ela contem. Neste exemplo, a mesma imagem pode serdita ter 1800 x 1600 pixels (por onde "x" pronunciado "por" comoem "1800 por 1600"), ou para conter 2,88-milhes de pixels (1800multiplicado por 1600).

    Esta imagem digital de uma borboleta Monarch tem 1800 pixels de largura e 1600pixels de altura. Se diz, 1800x1600.

    2.3 COMO FUNCIONA UMA MQUINA DIGITALAs cmaras digitais so muito parecidas com as convencionais. Asduas possuem uma lente, uma abertura, e um obturador. A lente levaa luz da cena no foco para dentro da cmara, assim expondo uma

    imagem. A abertura um furo que pode ser feito menor ou maiorpara controlar a quantidade de luz entrando na cmara. O obturador

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    um dispositivo que pode ser aberto ou fechado para controlar otempo que a luz permitida entrar para gravar a imagem.

    A grande diferena entre cmaras

    tradicionais e cmaras digitais comoelas captam a imagem. Em vez de filme,as cmaras digitais usam um dispositivoeletrnico chamado o sensor da imagem,geralmente um dispositivo CCD (ChargeCoupled Device). A superfcie de cadauma destes sensores contm centenas demilhares ou milhes de diodosfotossensveis chamados fotosites,fotoelementos, ou pixels. Cada

    fotoelemento representa um nico pixelna fotografia que ser criada.

    Um fotosensor sobreposto

    numa imagem ampliada deuma pequena parte dos seus

    fotoelementos

    Quando voc pressiona o boto do obturador de uma cmara digital,uma fotoclula mede a luz entrando pela lente, e a cmara ajusta aabertura e velocidade do obturador para obter a exposio correta.Quando o obturador abre momentaneamente, cada pixel no sensorda imagem grava a luminosidade da luz que cai nele, acumulandouma carga eltrica. Quanto mais luz cai no pixel, mais alta a cargaque ele cria. Os pixels que captam a luz de reas muito iluminadastero cargas elevadas. Aqueles capturando luz das sombras terocargas baixas.

    Quando o obturador se fecha,a carga de cada pixel medidae convertida em um nmero. Asrie dos nmeros pode entoser usada para reconstruir a

    imagem, ajustando a cor e obrilho dos pixels representadosna tela ou no impresso.

    Os pixels em um sensor da imagem podem somente capturar o brilho,no cor. Eles gravam somente tons de cinza, em 256 tons variados, dopreto at o branco puro. Como a cmara cria uma imagem colorida dos

    tons de cinza interessante.

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    2.3.1O que cor

    Quando a fotografia foi inventada, existia apenas fotografia preto ebranco. A busca para a cor era um processo longo e difcil, e pormuitos anos, a nica opo era de pintar, ou colorir as fotos.

    Um grande avano veio em 1860, quando James Clerk Maxwell

    descobriu que uma foto colorida poderia ser criada usando filtrosvermelho, azul e verde. Ele pediu para que um fotografo fotografasseuma cena tres vezes, cada uma com outro filtro na lente. Essas trsimagens foram projetadas numa tela, com trs projetoressimultaneamente, cada um com um filtro diferente. Casando asimagens projetadas, se formou uma imagem colorida. Mas de cemanos mais tarde, os fotosensores de hoje funcionam de maneirabastante parecida.

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    As cores numa imagem fotogrficageralmente so baseadas nas trs coresprimarias: vermelho, verde, e azul(RGB). Isto chamado sistema aditivoda cor, porque quando as trs cores so

    combinadas ou adicionadas emquantidades iguais, do luz branca. Osistema aditivo RGB usado semprequando a luz projetada para dar a cor,como por exemplo no monitor, e atmesmo nos olhos.

    J que a luz de dia composta de luz vermelha, verde e azul,colocando filtros vermelho, verde e azul sobre os pixels individuais nofotosensor podemos criar imagens coloridas da mesma maneira que

    Maxwell fez em 1860. Na configurao Bayer, existem duas vezesmais filtros verdes que filtros azuis ou vermelhos. Isso porque oolho humano mais sensvel a variaes em tons verdes.

    Filtros coloridos cobrem cada fotoreceptorno sensor da imagem, assim permitindoque cada fotoreceptor capta somente aintensidade de sua respectiva cor. Asmicrolentes transparentes intensificam aluz captada, deixando o fotosensor mais

    sensvel.

    Com os filtros coloridos, cada pixel pode registrar apenas aintensidade da luz da cor que coincide com seu filtro. Por exemplo,um pixel com um filtro vermelho registra apenas a intensidade de luz

    vermelho caindo nele. Para determinar qual cor ser gravado naquelepixel da imagem, um processo chamado interpolao aplicado,sendo que a intensidade da luz deste pixel comparado com aintensidade de luz de cada cor dos pixels adjacentes.

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    Ou seja, se o pixel vermelho indica muitaluz, o processo compara seus vizinhosverdes e azuis. Se eles tambm mostrammuita luz, pode ser determinado que a luznaquela regio do sensor branca. Afinal,

    oito pixels so analisados para criar a corde um. Este processo exige muitoprocessamento pelo computador internoda cmara, e por isso tem um momentode demora entre bater uma foto e poderbater a prxima. Como a cor interpolada

    Cada vez que voc bate uma fotografia, milhes de clculos so feitosno espao de menos de alguns segundos. So estes clculos quepermitem que a cmara analisa, capta, comprime, filtra, armazena,

    transfere e apresenta a imagem. Todos estes clculos so executadospor um microprocessador na cmara similar a esse em seucomputador.

    Todas as cmaras de filme so apenas caixas escuras em que vocpode introduzir qualquer tipo de filme que voc quiser, sendo dotamanho correto. Se o filme que voc escolhe deixa suas imagensmuito azuis, o vermelhas, ou o que for para o seu gosto, voc podeusar outro filme. Com cmeras digitais, o "filme" faz parte da cmera,tanto que comprar uma cmera digital em parte como selecionar

    um filme para usar. Como os filmes, sensores diferentes apresentamas cores diferentemente, tem variaes de "gro", diferentessensibilidades luz, e assim por diante. A nica maneira para avaliarestes aspectos dos fotosensores de comparar fotos feitas emdiferentes cmaras, ou ler as avaliaes feitas por editoras deconfiana, tento de revistas como da internet.

    2.3.2Tipos de fotosensores

    At recentemente, os fotosensores CCD (charge-coupled device)eram os nicos sensores de imagem usados em cmeras digitais.Foram bem desenvolvidos devido ao seu uso extensivo emtelescpios astronmicos, scanners e filmadoras. Entretanto, h umconcorrente novo no horizonte, o sensor da imagem CMOS, quepromete se transformar eventualmente no sensor da imagem depreferncia em um grande segmento do mercado. Os sensores CCD eos de CMOS captam a luz em uma grade de pixels pequenos em suassuperfcies. como processam a imagem e como so fabricados quese diferenciam.

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    Esta foto mostra alguns dos pixels num sensor de imagem, fotografado com ummicroscpio.

    Sensor CCD

    O charge-coupled device (CCD) ganhou seu nome devido maneira

    que as cargas em seus pixels so lidas aps uma exposio. Aps aexposio, as cargas na primeira fileira de pixels transferida a umlugar no sensor chamado o "read out". De l, os sinais soamplificadas e logo processadas num conversor analgico/digital.Uma vez que a fileira foi lida, suas cargas na fileira do registro doreadout so excludas, e a fileira inteira seguinte entra, e todas asfileiras acima descem uma fileira. As cargas em cada fileira so"acopladas" quelas na fileira acima, assim quando uma abaixa, oseguinte abaixa para encher seu espao. Nesta maneira, cada fileirapode ser lida, uma fileira cada vez.

    O CCD desloca asinformaes de todauma fileira de pixels fileira abaixo, cada vezque o registro lido.

    Foto sensores CMOS

    Os sensores de imagem so fabricadas em fbricas chamadasfundies de wafer, onde os dispositivos e os circuitos minsculos sogravados em microplaquetas de silicone. O maior problema comCCDs que no h demanda suficiente para baratear os custos de

    produo. Eles so fabricados nas fundies usando processosespecializados e caros que podem somente ser usados fazer outros

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    CCDs. Entrementes, as fundies vizinhas esto usando um processodiferente chamado semicondutor do xido de metal de Complementar(CMOS) para fabricar os milhes de microchips para processadores ememrias de computador. O CMOS muito mais comum e o maiseficiente processo de fabricao de wafers de silicone na terra. Os

    processadores mais avanados de CMOS, como o Pentium IV,contenha mais de 20 milhes de elementos ativos. Usando estemesmo processo, os custos dos sensores de imagem CMOS sodramaticamente reduzidos porque os custos fixos da fbrica soespalhados sobre um maior nmero de dispositivos. Em conseqnciadestas economias, o custo de fabricar um wafer CMOS um tero docusto de fabricar um wafer similar usando o processo especializadodo CCD. Os custos so reduzidos mais ainda porque os sensoresCMOS podem ter seus circuitos processadores criados no mesmochip. Quando CCDs so usados, os circuitos processadores precisam

    de outro chip. As verses antigas de sensores CMOS tinham muitosproblemas com rudo, e so usado principalmente nas cmerasbaratas. Entretanto, grandes avanos foram feitos nos sensoresCMOS, tanto que hoje sua qualidade comparvel aos CCDs usadosem algumas das melhores cmeras.

    Resoluo do Sensor

    A definio da imagem uma maneira de expressar o quanto de

    nitidez que a cmara oferece. Atualmente, cmaras amadores bsicaoferecem dois a trs megapixels, apesar de que isso esta sempre semelhorando. Cmaras melhores oferecem entre 4 e 6 megapixels. Ascmaras profissionais hoje oferecem 10 ou 12 megapixels.Impressionante, mas nem estas resolues alcanam a resoluo(estimada) do filme 35mm de uns 20 megapixels, nem os 120megapixels do olho humano.

    Todos os outros fatores sendo iguais, o preo da cmara sobe com aresoluo. Alta resoluo cria outros problemas tambm. Por

    exemplo, mais pixels significa arquivos maiores. Arquivos maioresno so apenas mais difceis de armazenar, mas tambm maisdifceis de manipular, enviar por e-mail, colocar em website, etc.

    Resolues baixas, como 640 x 480 so perfeitas para uso naInternet, impresses pequenas, ou para incluir em documentoseletrnicos. Usando imagens de alta resoluo nestas aplicaesaumenta o tamanho do arquivo sem proporcionar benefcio.

    Resolues de 3 MP ou mais, so melhores para imprimir fotos at otamanho 13x18cm, com perfeita qualidade fotogrfica.

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    Uma cmera com aproximadamente 1MP dar uma foto 13x18 foto-realstica. Porm, at neste tamanho possvel ver a diferena entrea imagem criada de 1MP e uma de 2-3MP.

    2.3.3Resoluo ptica e interpolada

    Preste bem ateno que certos fabricantes chamam de "resoluo",pois existe resoluo ptica, ou real, e resoluo interpolada. Adefinio de resoluo ptica de uma cmara ou de um scanner onmero absoluto de fotoelementos que o sensor de imagem possui.Para melhorar a definio em alguns, a definio ptica pode seraumentada usando software. Este processo, definido interpolao,adiciona pixels imagem para aumentar o nmero total dos pixels.Para fazer assim, o software avalia aqueles pixels que cercam cadapixel real para determinar sua cor e intensidade. Por exemplo, setodos os pixels ao redor do pixel recentemente introduzido foremvermelhos, o pixel novo ser vermelho. O que importante de semanter na mente que a definio interpolada no adiciona nenhumainformao nova imagem; ela apenas adiciona pixels, deixando oarquivo maior. O mesmo efeito pode ser aplicado em um programacomo Photoshop. Fique sempre atento que o fabricante estaanunciando. Se a resoluo ptica no estiver claramente definidapelo fabricante, evite este produto.

    Ao trabalhar com imagens digitais, voc tem sempre um nmero fixodos pixels originais. O nmero determinado pelo nmero de pixelsno sensor da imagem. Para reduzir uma imagem, alguns pixels so

    removidos. Para fazer com que uma imagem fique maior, pixelsnovos so adicionados. A adio dos pixels novos no adiciona

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    nenhuma informao nova imagem. A imagem esquerda eraprimeiramente "interpolada" a um tamanho menor (abaixo direitasuperior) e logo ampliado novamente com interpolao.

    2.3.4Proporo de Aspecto

    Como os negativos de diferentes formatos de filme, os fotosensorestambm existem em diferentes propores, sendo a proporo de

    altura por largura. A proporo de um quadrado 1:1, enquanto oquadro do fotograma 35mm 1:1,5, sendo 1,5 vezes mais largo doque ele alto. A maioria dos fotosensores caem entre estesextremos, sendo mais quadrados que o negativo 35mm, mas no toquadrado quanto um quadrado. Esta proporo importante, pois eladeterminar as propores da fotografia. Quando o fotosensor temuma proporo diferente da mdia em qual a imagem serimpressa, necessrio ou cortar a imagem ou perder parte do papel.Isso pode ser visualizado tentando enquadrar uma fotografiaquadrado numa folha retangular e as propores das fotografias que

    voc cria.

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    A proporo de aspecto do fotosensor da imagem determina o

    formato das suas cpias. Uma imagem somente encherperfeitamente uma folha de papel se ambos tiverem a mesmaproporo de aspecto. Se as propores forem diferentes, voc temque escolher entre cortar parte da imagem, ou deixando algumespao branco no papel.

    Imagem Largura x Altura Proporo de Aspecto

    Fotograma 35 mm 36 x 24 mm 1.50

    Monitor 1024 x 768 1.33

    Cmara Digital 1600 x 1200 1.33

    Papel fotogrfico 10x15cm 1.50

    Papel fotogrfico 20x25cm 1.25

    Papel fotogrfico 15x21 1.40

    Folha papel ofcio 210 x 297 1.41

    TV 2 x 3 1.5

    HDTV 16 x 9 1.80

    Para calcular a proporo de aspecto de uma cmera, divida onmero maior em sua definio pelo nmero menor. Por exemplo, seum sensor tiver uma definio de 3000 x 2000, divida 3000 por2000. Neste caso a proporo de aspecto 1,5, igual ao fotogramado filme 35mm.

    2.3.5Profundidade de cor

    A resoluo no o nico fator que dita a qualidade das suasimagens. De igual importncia a cor. Quando voc v uma cena

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    natural ou uma cpia fotogrfica colorida bem feita, voc podedistinguir milhes de cores. As imagens digitais podem aproximarcores realsticas, mas como as cores so apresentadas depende muitodo computador e suas configuraes. O nmero de cores distintasque uma imagem pode ter conhecido como a profundidade de cor,

    profundidade dos pixels ou profundidade dos bits. Computadoresmais antigos conseguem apresentar apenas 16 ou 256 cores. Oscomputadores de hoje podem apresentar cores no padro de 24 (ou32) bits chamado "True Color" (cor verdadeira). chamado CorVerdadeira estes sistemas apresentam 16 milhes de cores, similarao nmero de tons que o olho humano consegue distinguir.

    DICA: Testando seu ComputadorPode ser necessrio ajustar seu sistema para que ele apresente todasas cores, algo que no acontece automaticamente. Para ver se seu

    sistema de Windows suporta True Color, clique no boto direito domouse em qualquer rea vazia da rea de trabalho, e logo clique em"Propriedades". Logo, clique na aba "Configuraes" no menu queaparece. Em "cores", selecione "True Color".

    Por que precisa-se de 24 bits para criar 16 milho cores? matemtica simples. Para calcular quantas cores diferentes podemser apresentadas, simplesmente leve o nmero 2 para o expoente donmero de bits usados para gravar a imagem. Por exemplo, 8-bitslhe d 256 cores porque 28=256. Estude esta tabela para ver

    algumas outras possibilidades.

    Nome Bits por pixel FrmulaNmero deCores

    Preto e Branco 1 21 2

    Display doWindows

    4 24 16

    Tons de Cinza 8 28 256

    256 cores 8 28 256

    High color 16 216 65.000

    True color 24 224 16 milhes

    Algumas cmeras digitais (e scanners) usam 30 ou mais bits porpixel, e algumas aplicaes profissionais requerem profundidade de36-bits, um nvel disponvel somente em cmeras digitaisprofissionais. Estes bits adicionais no so usados diretamente paragerar as cores que sero apresentadas. So usadas para melhorar a

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    cor da imagem enquanto ela processada e reduzida para a suaconfigurao final de 24-bit.

    2.3.6Sensibilidade

    O nmero ISO (International Organization for Standardization) queaparece na embalagem do filme especifica a velocidade ousensibilidade do filme. Quanto mais alto o nmero, "mais rpido" oumais sensvel luz o filme . Se voc j tem costume de comprarfilme, voc j deve conhecer certas velocidades, tais como 100, 200ou 400. Cada vez que se dobra o nmero ISO, duplica-se asensibilidade do filme.

    Os fotosensores da cmara digital tambm so classificadas usando

    nmeros equivalentes ao ISO. Igual ao filme, um fotosensor com umISO mais necessita de mais luz para obter uma exposio boa do queum de ISO mais alto. Para obter mais luz, precisa-se de mais tempode exposio, o que pode causar fotos tremidas ou de abertura maiorda lente, reduzindo a profundidade do campo de foco. Por isso, melhor ter um fotosensor mais sensvel, permitindo captar imagensem pouca luz. Classificaes ISO de fotosensora existem tipicamentede 100 at 3200.

    Algumas cmaras tambm permitem ajustar o ISO. Em situaes de

    pouca luz, possvel aumentar a amplificao do sinal gerado pelosenso. Note que, como o filme, um ISO elevado aumenta o gro e o"rudo"eletrnico na imagem, deixando-a menos ntida.

    Situaes de pouca luzrequerem uma lenterpida e um ISO alto,ou voc precisa usar oFlash.

    2.3.7Qualidade da imagem

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    O tamanho do arquivo de uma imagem depende em parte nadefinio da imagem. Quanto mais alta a definio, mais pixelsprecisam ser armazenados, causando este aumento. Com propsitode reduzir o tamanho do arquivo, freqentemente os arquivos sosalvos em formato JPEG, o qual comprime os dados. Este formato

    no apenas comprime as imagens, mas tambm permite escolherquanta compresso deve ser aplicada. Isso prtico, pois o quantomais a imagem comprimida, mais sofre sua qualidade. Com menoscompresso voc pode imprimir fotos maiores, de melhor qualidade,mas cabem menos fotos na memria. Mais compresso permitearmazenar muitas fotos perfeitas para enviar por e-mail ou colocar naWeb, mas sua qualidade pode no ser adequada para imprimir umaampliao.

    Uma imagem com pouca compressopermanece ntida.

    Uma imagem muito comprimidamostrar "artefatos" digitais quandoampliada.

    Alm de, ou ao invs de usar compresso, algumas cmeraspermitem que voc mude a definio como uma maneira de controlaro tamanho dos arquivos de imagem. J que cabem mais imagens deresoluo 640x480 numa memria do que imagens 1280x1024,podem existir momentos em que voc prefira salvar em resoluo

    reduzida para economizar espao, sacrificando qualidade porquantidade.

    2.3.8Velocidade entre Exposies

    O fotgrafo Henri Cartier-Bresson ficou famoso devido suahabilidade de captar "momentos" em suas fotografias, quando aesaleatrias que aparecem em um nico instante permitem criar umafotografia cativadora. Sua coordenao era indita, e ele podiaconseguir os resultados que obteve porque estava sempre pronto,nunca tendo que ajustar os controles da cmara, assim evitando

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    oportunidades perdidas. A maioria das cmaras digitais possuem umsistema automtico de exposio que livra o fotografo dapreocupao sobre controles. Entretanto, estas cmeras apresentamoutros problemas que podem dificultar fotografar "momentos". Hdois atrasos inerentes nas cmeras digitais que afetam sua habilidade

    de responder ao comando do disparador. Estes atrasos podem variarde alguns segundos metade um do minuto.

    - O primeiro o atraso entre o momento que voc pressiona odisparador, e o momento em que a cmara capta a imagem. Esteatraso, chama-se o refresh rate (taxa de atualizao), e ocorreporque a cmara zera o fotosensor, ajusta o ponto branco, calcula aexposio e focaliza a imagem. S apos tudo isso ela pode bater afoto.

    - O segundo atraso ocorre quando a imagem recem-tirada

    processada e armazenada na memria. Dependendo da cmara, issopode levar entre menos de um segundo a meio-minuto.

    O atraso entre o momento em quepressione o disparador e o em que a foto captada implica que as vezes precisoantecipar o momento desejado, ouperder o momento.

    Ambos atrasos afetam a habilidade de se tirar rapidamente umaseqencia de fotos. Se este atraso for muito longo, voc pode perder

    a oportunidade de tirar a foto. Para captar rapidamente uma fotoaps a outra, muitas cmaras possuem uma funo chamadacontnua, ou seqencial, permitindo tirar rapidamente uma foto apsa outra enquanto manter o disparador pressionado. Para permitirisso, essas cmaras incorporam uma memria chamada buffer, quearmazena os dados de vrias imagens, permitindo que a cmara asprocesse e salve normalmente uma vez que se terminou a seqencia(ou o buffer se esgotou). Quantas fotos podem ser tiradas nestemodo depende do tamanho da imagem e do buffer.

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    3 CONTROLES PARA FOTOGRAFAR

    Uma grande fotografia comea quando se reconhece uma grandecena ou motivo. Mas reconhecer uma grande oportunidade no o

    suficiente para fotograf-la; o fotgrafo deve estar preparado. E issoenvolve o conhecimento de sua cmera de modo a fotografar o quese v.

    Conceitos de fotografia so os princpios sob os quais est acmera que o fotgrafo est utilizando. Incluem coisas taiscomo a relao entre nitidez e tempo de exposio e seusefeitos numa imagem. Entender conceitos responde a qualquerquesto de por que, que se pode ter sobre fotografia.

    Procedimentos so aquelas caractersticas especficas de um

    tipo de cmera, e a explicao, passo a passo, de como utilizaros controles de uma cmera para capturar uma imagem.Entender procedimentos d a resposta s questes de como.

    Discusses sobre procedimentos que se usa para cmeras especficasesto integradas aos conceitos, aparecendo quando se aplicam. Estaviso integrada permite que o fotgrafo entenda primeiro osconceitos de fotografia e depois veja como procurar no manual desua cmera os passos necessrios para utiliz-los em qualquersituao.

    Para conseguir fotografias mais interessantes e criativas, o fotgrafoprecisa entender como e quando usar um mnimo de recursos de suacmera, como profundidade de campo e controle de exposio.

    Assim, estar pronto para manter tudo numa cena com nitidezabsoluta para exibir melhores detalhes, ou deixar meio nebuloso paradar um ar impressionista um retrato. Ou tomar closes dramticos,congelar aes rpidas, criar maravilhosos panoramas, e capturar abeleza de arco-ris, pr-do-sol, queimas de fogos e cenas noturnas.No existem regras ou melhores modos de fazer fotos. Grandesfotgrafos aprenderam o que sabem experimentando e tentandonovos modos de fotografar. Cmeras digitais tornam isso muito fcilporque no existem custos de filmes ou demoras para se ver osresultados. Cada experincia livre, e cada fotgrafo poder registraros resultados imediatamente, ou passo a passo.

    3.1 CONTROLES DA CMERA E CRIATIVIDADE

    Cmeras digitais com recursos oferecem controles criativos sobre asimagens. Elas permitem que se controle a luz e o movimento em

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    fotografias, bem como o que deve aparecer ntido e o que no deve.Embora a maioria das cmeras digitais simples sejam totalmenteautomticas, algumas permitem que se faa ajustes que afetaro aimagem. As melhores cmeras oferecem uma ampla gama decontroles, em alguns casos mais do que se podia encontrar em uma

    cmera 35 mm SLR. De qualquer modo, independentemente de quaiscontroles a cmera oferece, os mesmo princpios bsicos estopresentes. Mesmo que a cmera seja totalmente automtica, possvel control-la indiretamente, ou tirar vantagem desses efeitospara controlar as imagens.

    3.2 AUTOMATISMOTodas as cmeras digitais possuem um modo automtico quedetermina o foco, a exposio e o balano de cor (White-balance).

    Tudo o que o fotgrafo tem a fazer apontar a cmera e apertar oboto do disparo.

    Preparando: Ligue sua cmera e deixe no modo automtico. Enquadrando a imagem: O visor apresenta a cena que est

    para ser fotografada. Para enquadrar melhor, experimente ozoom da lente, aproximando ou afastando a cena para escolhera melhor composio.

    Autofoco: a rea que estiver no centro da imagem serutilizada pela cmera como ponto de nitidez principal. O quanto

    se pode focar depender da cmera que se estiver usando. Auto-exposio: a auto-exposio programada pela cmera

    mede a luz refletida pela cena e usa a leitura para estabelecer amelhor exposio possvel.

    Autoflash: se a luz estiver muito fraca, o sistema de auto-exposio ir disparar o flash da cmera para iluminar a cena.Se o flash ser disparado, uma lmpada de aviso na cmera,geralmente vermelha, ir piscar quando voc pressionar odisparador metade do caminho.

    Balano de luz (White balance): O colorido de uma fotografia

    ser afetado pela cor da iluminao que afeta a cena, assim acmera automaticamente ajusta o balano de cor para fazer osobjetos brancos na cena parecerem brancos na foto.

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    3.3 OBJETIVASA objetiva um conjunto delentes que tem a capacidade deformar, atravs de leis fsicas

    especficas, uma imagem ntida deum determinado assunto numplano qualquer, em que umaemulso disposta neste planoregistrar a luz que entra demaneira ordenada, formando umaimagem.

    Primeiramente, cabe uma distino tcnica de grande utilidade:Chamamos de LENTE a um vidro polido com caractersticas

    especficas capazes de, ao transmitir os raios de luz que por elepassam, formar uma imagem qualquer sob determinadas condies.As lentes mais comuns so as Convexas e as Cncavas.

    Lente biconvexa e bicncava

    As primeiras refratam a luz para dentro e criam uma imageminvertida do outro lado dela. As segundas exercem efeito contrrio:so to divergentes que no podem formar uma imagem na parteposterior, mas os prolongamentos dos raios tendem a formar aimagem na parte anterior, isto , antes da lente.

    necessrio que se aproximeda lente para que se veja oobjeto. Geralmente seconfunde o termo lente

    com o termo OBJETIVA, que, na verdade, um conjuntode lentes, e assim deveria serchamada a lente fotogrfica.Apesar disso, comumchamar vulgarmente umaobjetiva de lente.

    Existem diferentes tipos de objetivas, que se diferenciam por diversosfatores, como construo tica, luminosidade, e principalmente, seungulo de abrangncia, que determina a perspectiva da imagemprojetada, aspectos estes determinados, por sua vez, pela distncia

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    focal da objetiva.

    3.3.1Distncia focal

    Todas as lentes e objetivas tm distncia focal, que definida como:

    A DISTNCIA ENTRE A LENTE E O PLANO ONDE SE FORMA UMAIMAGEM NTIDA DE UM ASSUNTO COLOCADO NO INFINITO.

    Considera-se infinito um ponto muito distante, como por exemplo, oSol. Se pegarmos uma lente e a apontarmos para o Sol, poderemosqueimar um papel colocado logo atrs da lente, no ponto em que osraios do Sol, concentrados ao mximo, o queimem. Basta entomedir a espao que separa o papel da lente para encontrar a

    distncia focal desta.Numa lente simples, mede-se a distncia focal a partir do centro dalente. Numa objetiva, a medio leva em conta fatores maiscomplexos, embora o princpio seja o mesmo.

    Quase todas as objetivas, mesmo as mais baratas, trazem gravadasem seu aro externo a distncia focal, que poder estar expressa emmilmetros, centmetros ou polegadas, sendo antecedida pelanotao f= ou F=: , que poder estar ausente em alguns casos.Ex.: f = 50mm ou F = 50mm ou 50mm simplesmente.Sabendo-se a distncia focal de uma determinada objetiva e o

    tipo de filme para o qual se destina, saberemos se umaobjetiva normal, grande-angular ou teleobjetiva.

    Esta classificao diz respeito ao ngulo de abrangncia da objetiva,ou, em outras palavras, quanto de imagem ela capta em relao

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    objetiva normal, que a de perspectiva mais prxima ao olhohumano. O fator que determina este ngulo de abrangncia amedida da DIAGONAL do formato para o qual ela foi desenhada.

    Por exemplo, se temos uma objetiva cuja distncia focal admitida

    pelo fabricante como 50mm, dependendo da diagonal do fotograma,ou seja, o formato do negativo, que saberemos se ela grandeangular, normal ou tele. No formato mais comum, que o de 35mm(tomar cuidado com a medida em mm, que pode tanto se referir distncia focal como ao formato do negativo), a diagonal tem umamedida de 43 milmetros. Portanto, uma lente normal para o formato35 mm seria a de 43 mm, mas todas as fbricas tm tendncia aadotar a lente de 50 mm como normal para esse formato, queacabou sendo consagrada pelo uso.

    J com formato 6x6 cm, a lente normal de 75 ou 80 mm, pois adiagonal deste maior e, portanto, a mesma lente 50mm nesteformato seria uma grande-angular. Podemos ver, pelo grfico abaixo,que diversos formatos apresentam diferentes diagonais.

    FILMEFORMATO

    DONEGATIVO

    DIAGONAL(mm)

    OBJETIVASNORMAIS

    (mm)

    CAMPOABRANGIDO

    110 13x17mm 21,4 20 53126 27x27mm 38,2 35 53135 24x36mm 43 50 45120 45x60mm 75 75 53120 60x60mm 85 80 57120 56x72mm 90 85 55120 60x90mm 111 105 53

    FOLHA 4x5 pol 160 150 53FOLHA 5x7 pol 222 210 55FOLHA 8x10 pol 320 300 57

    Considerando-se, portanto, um determinado formato, as objetivas

    com distncias focais MAIORES que a normal so consideradasteleobjetivas ou telefotos, e as MENORES que a normal so chamadasgrande-angulares. Quanto mais teleobjetiva, mais reduzido o campoabrangido, e quanto mais grande-angular, mais amplo o campo.

    Vemos, portanto, que a distncia focal determina o ngulo deabrangncia de todas as objetivas, justamente porque este ngulovaria conforme a rea de projeo da imagem formada.

    Em outras palavras, objetivas de distncia focal longa (maior que a

    normal, as teleobjetivas) ampliam a projeo da imagem, mas a reade captao, que o fotograma, continua do mesmo tamanho, dando

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    a impresso de uma aproximao. Do outro lado, objetivas dedistncia focal curta (menor que a normal, as grande-angulares),projetam imagens de menor proporo, por estarem mais prximasdo plano em que a imagem ir se formar, dando a impresso queafastam o assunto. Mas em termos tcnicos, o que a objetiva est

    fazendo AMPLIANDO ou REDUZINDO a projeo da imagem.Assim, uma objetiva de distncia focal 80mm, normal para oformato 120 (6x6), teleobjetiva para o formato 135 e grande-angularpara o formato 4x5pol.

    Temos, portanto, a seguinte subdiviso:

    DISTNCIAFOCAL

    TAMANHO IMPLICAOMAIOR QUE A DIAGONAL DOFOTOGRAMA TELEOBJETIVA

    IGUAL DIAGONAL DOFOTOGRAMA NORMAL

    MENOR QUE A DIAGONAL DOFOTOGRAMA GRANDE ANGULAR

    A) Objetiva normal

    Produz uma imagem com perspectiva que se aproxima da visonormal, em que a proporo dos assuntos enquadrados no sofreampliao nem reduo perceptvel.

    B) Objetiva Grande-angularEste tipo inclui mais da cena do que uma normal. Isto a faz til parafotografias de panoramas e interiores. As grande-angulares maispopulares para mquinas 35 mm so as de 28 e 35 mm de distnciafocal. Grande-angulares com distncias focais mais curtas, como 18,20, 21 ou 24mm (sempre para mquinas de filme no formato 135 ou35mm) exigem maiores cuidados, pois leves desnivelamentos dacmara provocam efeitos desproporcionados de perspectiva.

    As objetivas chamadas "olho-de-peixe" na verdade so grande-angulares ao extremo (11mm, 15mm). Existem as que cobrem todo onegativo, isto , sua imagem toma todo o fotograma, e outras quefornecem uma imagem circular do assunto, bem no centro donegativos. So objetivas que, pela sua natureza, pouco se usa, pois,alm de muito caras, do sempre o mesmo tipo de imagemdistorcida. Geralmente vm com filtros embutidos no prprio corpo.

    So usadas para efeitos dramticos e criativos.

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    C) TeleobjetivasEssas lentes enquadram um campo mais estreito que uma lentenormal. Em geral, ampliam de 2 a 4 vezes o assunto com relao lente normal. Por causa desta propriedade, essas lentes so usadaspara fotografar assuntos de aproximao difcil. Objetivas telefoto de

    85 a 135 mm so muito usadas para retratos, pela perspectivaagradvel do rosto que conseguem, e, se usadas com aberturasgrandes, em volta de f/4, desfocam o fundo, dando realce pessoa.

    D) Objetivas ZOOMAs objetivas zoom nada mais so que objetivas cuja distncia focal varivel, e trazem sempre gravadas as distncias focais mnima emxima para cada modelo. Assim, por exemplo, podemos ter 70-210mm, 28-90mm, e assim por diante. Algumas Zoom de ltimagerao podem ser focalizadas a curtas distncias, possibilitandotomadas de objetos pequenos; a chamada posio macro, na qual

    pode-se chegar bem perto do assunto sem auxlio de acessrios.Devido versatilidade e convenincia, as objetivas zoom so talvezas mais populares de todas. Como uma zoom tem uma distncia focalvarivel de maneira contnua, ela pode substituir todas as lentes fixascompreendidas dentro de suas distncias focais mxima e mnima.

    3.4 FOCALIZAOO que foco automtico?O foco automtico (AF) realmente pode ser chamado de focopotente, j que freqentemente usa um computador para acionar ummotor em miniatura que focaliza as lentes para voc. Focalizao omovimento que as lentes fazem para dentro e para fora at que umaimagem mais precisa do objeto a ser fotografado seja projetada nofilme. Dependendo da distncia que o objeto a ser fotografado estejada cmera, as lentes devem estar a uma certa distncia, para formaruma imagem ntida.

    Na maioria das cmeras modernas, o foco automtico um dos

    diversos recursos automticos que trabalham juntos para tornar o atode fotografar o mais fcil possvel. Estas caractersticas incluem:

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    flash automtico exposio automtica

    Existem dois tipos de sistemas de foco automtico: ativo e passivo.

    Algumas cmeras talvez possuam uma combinao dos dois tipos,dependendo do preo da cmera. Em geral, as mais baratas usam umsistema ativo, enquanto que cmeras mais caras com lentesintercambiveis (lentes de reflex simples) SLR usam o sistemapassivo.

    Foco automtico ativoEm 1986, a Polaroid Corporation usou uma forma de ajuste denavegao sonora (SONAR), como em um submarino. A cmeraPolaroid usou um emissor de freqncia ultra-alta de som e ento

    ouviu o eco. A Polaroid Spectra e depois os modelos SX-70calculavam o tempo para refletir uma onda de som ultra-snico paraalcanar a cmera e ento ajustar a posio das lentesconseqentemente. Este uso dos sons tem suas limitaes - porexemplo, se voc tentar tirar uma foto de dentro de um nibus deexcurso com as janelas fechadas, as ondas de som iro ricochetearna janela em vez do objeto a ser fotografado, ento ir focalizar aslentes incorretamente.Este sistema Polaroid um clssico sistema ativo. Ele chamado de"ativo" porque a cmera emite algo (neste caso, ondas sonoras) para

    detectar a distncia do objeto a ser fotografado pela cmera.

    O foco automtico ativo das cmeras de hoje usam um sinalinfravermelho em vez de ondas sonoras, e timo para objetos aserem fotografados a uma distncia de aproximadamente 6 metrosda cmera. Os sistemas de infravermelho usam uma variedade detcnicas para determinar a distncia. Sistemas podem usar:

    triangulao soma de luz infravermelha refletida do objeto a ser

    fotografado tempo

    Por exemplo, esta patente (em ingls) descreve um sistema quereflete um pulso infravermelho de luz do objeto a ser fotografado eexamina a intensidade da luz refletida para calcular a distncia. Oinfravermelho ativo porque o sistema de foco automtico estsempre enviando energia de luz infravermelha invisvel em pulsosquando o foco formado.

    No difcil imaginar um sistema em que a cmera envia pulsos deluz infravermelha exatamente como a cmera Polaroid envia os

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    pulsos de som. O objeto a ser fotografado reflete uma luzinfravermelha invisvel novamente para a cmera, eo microprocessador da cmera calcula a diferena entre o tempo denavegao dos pulsos de luz infravermelha que so enviados, e odestino dos pulsos infravermelhos que so recebidos. Usando esta

    diferena, o circuito do microprocessador informa ao foco comomover as lentes e o quanto mover. Este processo de foco se repetevrias vezes enquanto o usurio da cmera aperta o boto doobturador metade do percurso. A nica diferena entre este sistema eo sistema de ultra-som a velocidade do pulso. As ondas de ultra-som se movem a centenas de quilmetros por hora, enquanto asondas de infravermelho se movem a milhares de quilmetros porsegundo.

    Pode haver problemas com a absoro de infravermelho, por

    exemplo: uma fonte de luz infravermelha de uma chama acesa (velas

    de bolo de aniversrio, por exemplo) podem confundir osensor de infravermelho;

    um objeto de superfcie preta ao ser fotografado, podeabsorver o feixe de radiao infravermelha;

    a radiao infravermelha pode ricochetear em algo em frenteao objeto a ser fotografado mais do que pelo prprio objeto.

    Uma vantagem de um sistema de foco automtico ativo que

    funciona no escuro, tornando as fotografias com flash mais fceis.Em qualquer cmera, usando um sistema infravermelho, voc podever o emissor de infravermelho e o receptor na frente da cmera,geralmente perto do visor.

    Para usar efetivamente a focalizao infravermelha, tenha certeza deque o emissor e o sensor tenham caminho sem obstculos para oobjeto a ser fotografado. Se o objeto no estiver exatamente nocentro, a radiao pode passar direto pelo objeto a ser fotografado ericochetear em um objeto indesejado distncia, ento tenha certeza

    de que o objeto est centralizado. Objetos muito claros ou muitoiluminados podem impedir que a cmera "veja" a radiaoinfravermelha refletida - evite estes objetos quando for possvel.

    Autofoco passivoGeralmente, o foco automtico passivo, encontrado em cmeras defoco automtico de lentes reflex simples (SLR), e determina adistncia do objeto a ser fotografado por anlise computadorizada daimagem. A cmera realmente olha para a cena e conduz as lentespara frente e para trs para melhorar o foco.

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    Um tpico sensor de foco automtico um dispositivo acoplado porcarga(CCD) que fornece a entrada dos algoritmos que calculam ocontraste dos reais elementos da foto. Geralmente, o CCD umafaixa nica de 100 ou 200 pixels. A luz da cena atinge esta faixa e omicroprocessador v os valores de cada pixel. As imagens seguintes

    iro ajudar a entender o que a cmera v:

    Cena fora de foco

    Faixa de pixel fora de foco

    Cena em foco

    Faixa de pixel em foco

    O microprocessador da cmera examina a faixa de pixels e v adiferena de intensidade entre os pixels adjacentes. Se a cena estiver

    fora de foco, os pixels adjacentes tm intensidades muito similares. Omicroprocessador move as lentes, procurando os pixels CCD

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    novamente, e v se a diferena de intensidade entre os pixelsadjacentes melhorou ou piorou. O microprocessador procura entopor um ponto onde haja diferena mxima de intensidade entre ospixels adjacentes - este o ponto do melhor foco. Veja a diferenanos pixels nas duas caixas vermelhas acima: na caixa superior, a

    diferena de intensidade entre os pixels adjacentes muito leve,enquanto que na caixa inferior muito grande. Isto o que omicroprocessador procura para levar as lentes para frente e paratrs.

    O foco automtico passivo deve ter claridade e contraste de imagempara fazer este trabalho. A imagem deve possuir algum detalhe quefornea o contraste. Se voc tentar fotografar uma parede branca ouum grande objeto de cor uniforme, a cmera no pode compararpixels adjacentes e no consegue focalizar.

    No existe limitao de distncia ao objeto a ser fotografado comfoco automtico passivo, como existe com os raios infravermelhos deum sistema de foco automtico ativo. O foco automtico passivotambm funciona bem atravs de uma janela, desde que o sistema"veja" o objeto a ser fotografado atravs da janela assim como vocfaz.Normalmente, o sistema de foco automtico passivo reageaos detalhes verticais. Quando voc segura a cmera na posiohorizontal, o sistema de foco automtico passivo ter dificuldade em

    mirar para o horizonte, mas no ter problemas em focalizar omastro de uma bandeira ou qualquer outro objeto vertical. Se vocestiver segurando a cmera no modo horizontal comum, focalize nolimite vertical da face. Se voc estiver segurando a cmera no modovertical, focalize em um detalhe horizontal.

    Recentemente, os projetos de cmeras mais caras tm combinaesde sensores verticais e horizontais para resolver este problema.Porm ainda trabalho do usurio da cmera evitar que seussensores fiquem confusos em objetos de cores uniformes.

    Voc pode ver o tamanho da rea que os sensores de focoautomtico de sua cmera podem abarcar, olhando atravs do visorpara uma pequena figura ou um interruptor em uma parede branca.Mova a cmera para a esquerda e para a direita e veja em que pontoo sistema de foco automtico se torna confuso.

    Qual sistema de foco automtico minha cmera possui?Veja os tipos de cmera que voc tem:

    se for uma cmera barata ou descartvel, esta certamenteuma cmera de foco fixo sem qualquer tipo de sistema defocalizao. Este tipo de cmera tem seu foco fixo de fbrica,

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    e normalmente funciona melhor se o objeto a ser fotografadoestiver a uma distncia de cerca de 2 metros. O mais prximoque voc pode chegar do objeto a ser fotografado com umacmera de foco fixo 1 metro. Quando voc olha atravs deuma cmera de foco fixo, normalmente no v os colchetes

    quadrados ou crculos encontrados em cmeras de focoautomtico. Entretanto, talvez voc veja um indicador de"flash pronto";

    cmeras fotogrficas SLR com lentes intercambiveisnormalmente usam o sistema de foco automtico passivo;

    normalmente, cmeras sem lentes intercambiveis usaminfravermelho ativo, e voc pode ver o emissor e o sensor nafrente da cmera.

    Aqui est um teste rpido para dizer qual sistema de foco automtico

    est em uso em sua cmera (algumas cmeras talvez tenham os doissistemas): v para fora e aponte o visor para uma rea do cu sem

    nuvens, cabos de energia ou rvores. Pressione o boto doobturador at a metade;

    se voc vir uma indicao de "foco ok", este um sistema defoco automtico ativo;

    se voc tiver uma indicao de "foco no ok", este umsistema de foco automtico passivo. O CCD no consegueencontrar nenhum contraste no cu azul, ento ele desiste.

    O foco automtico sempre preciso e rpido?

    realmente possvel que uma pessoa use a cmera para determinarse o objeto a ser fotografado est em foco. A cmera somente teajuda a tomar esta deciso. As duas causas principais de fotosborradas tiradas por cmeras de foco automtico so:

    focalizar por engano o fundo mover a cmera enquanto pressiona o boto do obturador

    Seu olho possui um rpido foco automtico. Faa esta experinciasimples: segure sua mo para cima, perto de sua face e focalize-a, eento rapidamente olhe para algo acima de sua mo distncia. Oitem distncia estar claro e a sua mo j no estar to clara.Olhe novamente para a sua mo. Ficar claro, enquanto no canto doseu olho o mesmo item distante no parece claro. Sua cmera no to rpida nem to precisa, de forma que muitas vezes voc precisaajud-la.

    Trava de foco: a chave para timas fotos com foco automtico

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    Freqentemente, o usurio da cmera pode enganar o sistema defoco automtico. Uma pose de duas pessoas centralizadas na imagempode no ficar clara se a rea de foco (a rea entre os dois colchetesquadrados) est no meio das duas pessoas. Por qu? Normalmente, osistema de foco automtico da cmera focaliza a paisagem ao fundo,

    que o que se "v" entre as duas pessoas.

    A soluo mover seus objetos a serem fotografados para fora docentro e usar o foco fechado caracterstico de sua cmera.Normalmente, o foco fechado funciona pressionando-se o boto doobturador e segurando at que voc componha a foto. Os passos so:

    ajustar a foto de forma que o objeto a ser fotografado estejano tero a esquerda ou no tero a direita da foto, istocontribui para fotos satisfatrias. Voc voltar para estaposio.

    mova a cmera para a direita ou para a esquerda de modoque os colchetes quadrados no centro fiquem sobre o objetoreal a ser fotografado.

    pressione e segure o boto do obturador na metade de modoque a cmera focalize o objeto a ser fotografado. Mantenhaseu dedo no boto.

    mova levemente sua cmera para onde voc ajustou sua fotono passo 1. Pressione (aperte) o boto do obturador at o fim.Talvez isto implique em algum treino para sair direito, mas oresultado ser timo.

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    Voc tambm pode usar o procedimento acima na direo vertical,quando for fotografar montanhas ou litoral como fundo.

    Quando devo usar o foco manual?

    Anis de foco manual ainda so encontrados em muitas cmerasSLR. Quando fotografamos um animal atrs das grades em umzoolgico, a cmera de foco automtico focaliza as barras da jaula aoinvs do animal. Na maioria das cmeras de foco automtico, usa-sefoco manual quando:

    voc tem uma lente de zoom em uma cmera de focoautomtico ativo e o objeto a ser fotografado est a mais de 7metros de distncia;

    voc tem uma cmera de foco automtico passivo e o objetoa ser fotografado pequeno ou sem detalhes, como uma

    camisa branca sem gravata; voc tem uma cmera de foco automtico passivo e o objeto

    a ser fotografado no bem iluminado ou muito claro e esta mais de 7 metros de distncia.

    3.5 DIAFRAGMA E OBTURADOR (ABERTURA E EXPOSIO)Os olhos se ajustam com muita rapidez s mudanas ocorridas na

    intensidade de luz, e s quando essa transio radical (porexemplo, quando samos do laboratrio de ptica em dia ensolarado)evidencia-se a ampla gama de densidades comumente encontradapor nossos olhos.

    Na verdade o olho humano possui uma abertura automtica - a ris, eesta se abre ou fecha-se, a fim de exercer o mximo de controlepossvel sobre a luminosidade que chega at a retina.

    De modo anlogo, para registrar uma boa imagem, um determinadofilme fotogrfico exige uma quantidade bastante exata de luz, e salvoexista algum dispositivo destinado a diminuir ou aumentar a

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    luminosidade, a cmara s poder tirar fotos aceitveis se a prprialuz permanecer inalterada .

    Analogia entre o olho humano e mquina fotogrfica

    A quantidade de luz que atinge o filme/sensor afetada por diversos

    fatores - em especial, a durao da exposio e o dimetro daabertura.

    A fim de assegurar uma exposio correta para a foto, deve existiruma relao entre ambas, no obstante, o controle das variveis bastante simples: a exposio ajustada atravs de mudanas navelocidade do obturador e no tamanho da abertura do diafragma, que calibrada em nmeros "f".

    3.5.1Diafragma

    A abertura do diafragma, um srie de placas sobrepostas formandouma espcie de anel, ajusta o tamanho da abertura das lentesatravs da qual passar a luz para atingir o sensor. Conforme issomuda de tamanho, afeta tanto a exposio da imagem como aprofundidade de campo (o espao dimensional no qual tudo ficar emfoco).

    Os nmeros "f", em geral obedecem a uma sequncia padro : 1.2 -

    1.4 - 2 - 2.8 - 4 - 5.6 - 8 - 11 - 16 - 22 , e assim por diante. Apassagem de um nmero f para outro constitui um "ponto" e indicaque a luminosidade foi duplicada ou reduzida a metade.

    Exemplificando: a combinao de uma exposio de 1/60 s comabertura f 8 resulta em uma exposio idntica a de 1/30 s comabertura f 11 (dobro do tempo, metade da abertura). A escolha deum ou outro parmetro como preferencial o que vai determinar osucesso ou no da fotografia. Por exemplo, para se fazer uma foto deobjeto em movimento no podemos trabalhar com tempos de

    exposio grandes (1/30, 1/60s) devemos trabalhar com tempos da

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    ordem de 1/500 at 1/4000s se houver luz suficiente e uma grandeabertura ( f ).

    Na realidade o nmero f aproximadamente o dimetro da aberturado diafragma pelo qual dividida a distncia focal da lente, ou seja,

    quando a lente focalizada num objeto a uma distncia grande, elafica posicionada a uma distncia do filme igual a sua distncia focal.Assim, a luz transmitida pela lente deve percorrer a distncia focal.Apesar de "estranhos" existe uma razo muito lgica para a srie denmeros "f": Quanto maior for o percurso da luz, tanto mais ela seespalhar, quanto maior for a sua difuso, tanto menor ser suaintensidade em uma determinada rea. H uma lei fsica que explicaisto: "A intensidade da luz sobre determinada rea inversamenteproporcional ao quadrado da distncia da fonte da luz"; Assim se adistncia da fonte de luz for dobrada, a intensidade da luz que se

    projeta sobre determinada rea fica reduzida a metade.

    nmero f = distncia focal / dimetro da aberturaDiz-se que uma lente de 50mm ajustada para um dimetro de12,5mm, regulada a f4 (50/4).Uma lente de 100mm regulada a f4 tem uma abertura de 25mm,uma aritmtica mais simples torna evidente que uma abertura de25mm admite 4 vezes mais luz que uma abertura de 12,5mm. Masneste caso a luz deve percorrer 100mm, o dobro de uma lente de50mm.

    Relao entre os ndices-fCom um pouco de observao podemos notar que a progresso 1.0 -1.4 - 2.0 - 2.8 - 4.0 - 5.6 - 8.0 - 11.0 - 16.0 - 22.0 - etc o nmeroanterior multiplicado pela raiz quadrada de dois com umarredondamento, j que para reduzir a rea de um crculo pelametade s dividir o seu dimetro pela raiz quadrada de dois. Assimse voc desejar proporcionar um nmero f pelo qual ser dividida adistncia focal, de modo a dar uma abertura que seja a metade daanterior, dever multiplicar esse primeiro ndice-f pela raiz quadrada

    de dois.

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    3.5.2Profundidade de campo (PC)

    A mais importante funo do anel de aberturas o aumento oudiminuio da profundidade de campo, ou melhor, a distncia em queos elementos da foto ainda esto ntidos.

    A profundidade de campo gama de distncias em torno do planofocal na qual h nitidez aceitvel. A profundidade de campo dependedos tipos de cmeras, aberturas e distncia, apesar de tambm serinfluenciada pelo tamanho da impresso e pela distncia devisualizao da imagem.

    A profundidade de campo no muda em nenhuma regio da imagemde modo abrupto, ou seja, em nenhum ponto observa-se transio denitidez total para desfoque, sempre ocorre uma transio gradual. Naverdade, tudo imediatamente em frente ou atrs do plano de foco jcomea a perder nitidez -- mesmo que no percebamos com nossosolhos ou pela resoluo da cmera.

    Crculo de confuso

    J que no existe um ponto crtico de transio, um termo maisrigoroso chamado de 'crculo de confuso' usado para definir quanto

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    um ponto precisa estar borrado para ser visto como desfocado. Aregio onde o crculo de confuso se torna perceptvel est fora daprofundidade de campo e ento no mais 'aceitavelmente ntida',isto , est fora de foco. O crculo de confuso acima teve o tamanhoexagerado para ficar mais claro; na realidade ele teria um tamanho

    equivalente a uma pequena frao da rea do sensor da cmera.

    Quando que um crculo de confuso se torna perceptvel aos nossosolhos? Um crculo de confuso aceitavelmente ntido definido deuma maneira no muito rigorosa como um que no percebido seobservado a uma distncia de 30 cm e numa impresso padro de

    20x25mm.H um crculo de confuso mximo diferente para cada tamanho deimpresso e distncia de visualizao da mesma. No exemplo anteriorcom os pontos borrados, o crculo de confuso , na realidade, menorque a resoluo da sua tela para os dois pontos mais prximos aoponto de foco, e por isso eles so considerados dentro daprofundidade de campo. Isso significa que a profundidade de campopode ser baseada em onde o crculo de confuso se torna menor queo tamanho de um pixel do sensor da sua cmera digital.

    Note que a profundidade de campo s determina um valor mximopara o crculo de confuso, e no descreve o que acontece emregies quando elas esto fora de foco. Essas regies so chamadasde 'bokeh' (do japons, pronuncia-se 'bou'-'quei'). Duas imagens comprofundidade de campo idnticas podem ter bokeh muito diferentesuma da outra, j que isso depende da forma do diafragma da lente.Na realidade, o crculo de confuso no um crculo, masnormalmente pode ser aproximado por um j que pequeno prximoao ponto de foco. Quando ele se torna grande, a maioria das lentesgeram uma forma poligonal com algo entre 5 a 8 lados.

    As regies imediatamente adiante e atrs do foco so ainda bastantentidas para serem consideradas desfocadas. Diz-se que h poucaprofundidade de campo quando logo aps e pouco antes do pontofocalizado, a imagem j se apresenta sem nitidez.

    Os fatores que regulam a profundidade de campo (PC) so:a) Diafragma - Quanto mais fechado, maior a distncia registrada nafoto em foco.

    b) Distncia focal da objetiva - Quanto maior a distncia focal, menora profundidade de foco.

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    c) Distncia do objeto focalizado - Quanto mais no infinito, maior aprofundidade de campo. A focalizao em ponto mais prximo dacmara resulta em profundidade de campo reduzida.

    Explorando a abertura

    Ao contrrio do que normalmente se imagina, uma boa foto nodepende apenas do equipamento, mas tambm e principalmente dofotgrafo, que deve conhecer a tcnica e dela conseguir o mximopara transmitir em uma imagem de duas dimenses, sem cheiro, semsom, e sem movimento a mesma sensao de quem estivesse aovivo na situao ali representada.

    Dependendo do tipo de foto, o que se quer mostrar ou esconder, sera abertura escolhida, e o tempo de exposio, dependendoobviamente do tipo de iluminao, sua intensidade e ainda do filme

    que est sendo usado.

    3.5.3Obturador

    A funo principal do obturador bastante simples: Enquanto estfechado, o sensor no exposto a luz, porm quando se aciona opropulsor, ele se abre (durante uma frao de segundo) permitindoque a luz atinja o sensor, registrando nele a imagem, e em seguidafecha novamente.

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    Quanto mais tempo o obturadorpermanecer aberto mais luz irsensibilizar o sensor. Se omodelo fizer algum movimento,este tambm ser registrado

    borrando o negativo, fato esteque pode at ser interessante sea foto quiser transmitir asensao de movimento.

    Velocidades baixas de exposio do obturador deixam luz atingir osensor da imagem por mais tempo, permitindo uma foto maisbrilhante. Velocidades mais rpidas permitem menos tempo de luz, eassim a foto resulta mais escura.

    Entender a velocidade do obturador vital quando se pretende queum objeto aparea ntido ou tremido na fotografia. Quanto maistempo o obturador ficar aberto, mais tremido ficar o objeto naimagem (tanto em funo de movimentos do objeto como porqualquer tremor do fotgrafo).

    Apesar das cmeras digitais poderem selecionar qualquer frao desegundo para uma exposio, h uma srie de ajustes que tem sidotradicionalmente utilizados quando se usa uma cmera manualmente

    (que no podem ser feitas em algumas cmeras digitais simples). Avelocidade tradicional de disparo (listada a seguir das velocidadesmais rpidas s mais lentas), incluem 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125,1/60, 1/30, 1/15, 1/8, 1/4, 1/2, e 1 segundo (em cmeras maissofisticadas podem chegar a 1/35.000 num extremo e no outro ficaro obturador aberto pelo tempo que o fotgrafo quiser).

    Fotgrafos tornaram-sefamosos por capturar sempre omomento certo quando aesacontecem e apenas um nicomomento a torna interessante.Para isso precisavam estarsempre pronto. Nunca seatrapalhar com controles eoportunidades perdidas. Agrande maioria das cmerasdigitais tem um sistema dedisparo automtico que deixa ofotgrafo livre de preocupaes,mas por outro lado essascmeras tm problemas que

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    torna os momentos decisivosmais difceis de serem obtidos.

    Nas cmeras digitais mais simples, amadoras, acontece uma demoraentre o momento de pressionar o disparador e a tomada da foto. Isso

    porque, no primeiro momento em que se pressiona o boto, a cmerarapidamente realiza um certo nmero de tarefas. Primeiro limpa oCCD, depois corrige o balano de cor, mede a distncia e estabelece aabertura do diafragma, e finalmente dispara o flash (se necessrio) etira a foto. Todos esses passos tomam tempo e a ao pode ter jocorrido quando finalmente a foto feita. Assim, fotografia de aocom uma cmera digital amadora (esportes, por exemplo), praticamente impossvel. Somente as chamadas cmeras avanadas,ou semi-profissionais, mais as SLR Digitais Pro, tm capacidade defazer fotos em sequncias rpidas inferiores a um segundo.

    Depois ocorre um longo intervalo entre a foto tirada e adisponibilidade da cmera para uma nova foto porque a imagemcapturada primeiro precisa ser armazenada na memria da cmera.Como a imagem precisa ser processada, uma certa quantidade deprocedimentos so requeridos, e isso pode tomar alguns segundos(que parecero uma eternidade para um fotgrafo que precisafotografar uma ao rpida, j que no poder ser feita outra fotoenquanto isso tudo no for processado).

    Mesmo nas cmeras SLR digitais, com mais recursos, pode ocorreruma limitao na quantidade de fotos que se tira em sequncia, emfuno do tempo que a cmera necessita para gravar a imagem numcarto de memria (o que pode depender da velocidade de gravaoe leitura do prprio carto). Por exemplo, uma cmera digital podefazer fotos numa velocidade de 3 tomadas por segundo, mas at ummximo de 8 imagens.

    Obturadores das cmeras digitais

    Quando um obturador se abre, ao invs de expor um filme, nacmera digital ele coleta luz no sensor de imagem um dispositivoeletrnico de estado slido. Como se viu anteriormente, o sensor deimagem contm uma grade de pequenas fotoclulas. Conforme alente foca a cena no sensor, algumas fotoclulas gravam as luzesmais fortes, outras as sombras, enquanto terceiras os nveis de luzesintermedirias.

    Cada clula converte ento a luz que cai sobre ela numa cargaeltrica. Quanto mais brilhante a luz, mais alta a carga. Quando o

    obturador fecha e a exposio est completa, o sensor recorda o

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    padro gravado. Os vrios nveis de carga so ento convertidos paranmeros binrios que podem ser usados para recriar a imagem.Uma vez que o sensor tenha capturado a imagem, esta precisa serconvertida, ou seja, digitalizada, e depois armazenada. A imagemarmazenada no sensor no lida de uma vez, mas em partes

    separadas. Existem dois modos de se fazer isso usandoescaneamento interlaado (interlaced) ou progressivo. Num sensorde escaneamento interlaado, a imagem inicialmente processadapor linhas mpares, depois por linhas pares. Este tipo de sensor freqentemente utilizado em cmeras de vdeo porque a transmissode TV interlaada. Num escaneamento progressivo, as colunas soprocessadas uma aps outra em seqncia.

    3.5.4 Usando velocidade de obturador e abertura de diafragmaao mesmo tempo

    Como tanto a velocidade do obturador como a abertura do diafragmaafetam a exposio (a quantidade total de luz que atinge o sensor daimagem), assim se pode controlar se a foto ser mais clara ouescura, mais ntida ou menos ntida, e assim por diante. A velocidadedo obturador controla o tempo que o sensor da imagem ser exposto luz e a abertura controla a quantidade de luz que entrar paracompor a imagem. O fotgrafo, ou o sistema automtico da cmera,pode casar uma velocidade de obturador curta (para deixar entrar luznum perodo curto) com uma abertura grande (para deixar entrar

    mais quantidade de luz); ou uma velocidade de obturador longa (paradeixar entrar luz por um perodo maior) e uma abertura pequena(para deixar entrar menos luz). Em termos tcnicos, no fazdiferena a combinao usada. Contudo, os resultados no sero osmesmos, da a magia de se controlar manualmente a cmera, aoinvs de deixar ao sistema automtico. controlando de formacriativa essa combinao que se pode obter grandes fotografias.

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    O objeto sempre se move, ou pelo menos a cmera poder ser movernum curto espao de tempo. Tambm a profundidade de campo serafetada. A conjugao desses fatores, e o controle sobre eles, quefazem a diferena entre fotos convencionais e fotos de grandequalidade.

    Como vimos, cada abertura de um nmero f/ determina metade ou odobro da abertura seguinte (para mais ou para menos). Assim, umaabertura de f/8 deixa entrar metade da luz de uma abertura de f/5.6.J uma velocidade de obturador de 1/60 s deixa passar metade daluz que uma abertura de 1/30. Se o fotgrafo mudar a regulagem deuma exposio que mostra luz correta (balanceada) de f/8 com 1/30s para f/5.6 com 1/60, obter o mesmo resultado tcnico correto sque a profundidade de campo muda, assim como o controle dosmovimentos portanto, na primeira foto, teremos maior

    profundidade de campo com menos velocidade, na segunda, ocontrrio. Quanto maiores as diferenas nos controles, maisdramticos sero os resultados da foto.

    Para fotografia padro, precisa-se de uma mdia de velocidade emtorno de 1/60 e de abertura f/5.6. Velocidades menores resultaroem tremores (embora um trip possa ajudar) e aberturas menoreslimitaro a profundidade de campo. Uma cmera automtica pensapelo padro, assim dificilmente se obtero fotos espetaculares comum sistema automtico.

    Para objetos em movimento rpido, ser necessria umavelocidade maior para congelar o movimento (embora adistncia focal das lentes, a proximidade do objeto e a direodo movimento tambm afetem a nitidez final da foto).

    Para uma mxima profundidade de campo, com a cena ntidado mais prximo ao mais longnquo, ser necessria umaabertura de diafragma menor (embora a distncia focal da lentee a distncia aos objetos do cenrio tambm afetem).

    Escolhendo modos de exposioMuitas cmeras oferecem mais de um modo de exposio. No modototalmente automtico, a cmera faz um ajuste de velocidade eabertura para produzir a melhor exposio possvel. Geralmente,existem dois outros modos, que so muito usados, o de prioridade deabertura, ou de prioridade de velocidade. Todos oferecero bonsresultados na maioria das condies de fotografia. De qualquer modo,alternar entre esses modos pode trazer algumas vantagens.Vamos examinar cada um desses modos.

    Totalmente automticos este modo configura a velocidade

    e abertura, mais o balano de cor (White-balance) e foco sem a

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    interveno do fotgrafo. Permite que o fotgrafo presteateno na cena e ignore a cmera.

    Modo programado permite que o fotgrafo selecione umavariedade de situaes como fotos de retrato, cenrios,esportes, crepsculo, etc. Ainda a cmera que estabelece a

    abertura e a velocidade nessas condies. Prioridade de abertura este modo permite que o fotgrafo

    selecione a abertura necessria para obter uma certaprofundidade de campo enquanto o sistema combina essaabertura com a velocidade de obturador necessria para corretobalano da exposio. Usa-se esse modo sempre que aprofundidade de campo for importante. Para ter certeza de umfoco geral num cenrio, escolhe-se uma pequena abertura (ex,f/16). O mesmo funciona para uma foto close-up (onde o foco crtico). J para deixar o fundo fora de foco e concentrar a

    nitidez num nico plano, seleciona-se uma abertura grande,exemplo f/4. Prioridade de obturador este modo permite que se escolha

    a velocidade do obturador como prioritria, e necessriaquando se pretende congelar uma imagem ou tremerpropositalmente um objeto, deixando a escolha da aberturapara a cmera. Por exemplo, quando se fotografa ao deesportes, animais ou em fotojornalismo, a escolha develocidade de obturador quase obrigatrio, com velocidadesmaiores, 1/500 por exemplo, para congelar a ao, ou baixas

    velocidades, 1/8 por exemplo, para tremer a imagem. Modo manual permite que se selecione tanto a velocidade

    como a abertura. Recomendado somente para fotgrafosexperientes e profissionais.

    Um dos fatores que fazem da fotografia algo to fascinante achance que temos de interpretar a cena do nosso ponto de vista.Controles de velocidades de obturador e de abertura so dois dosmodos mais importantes de fazer fotos nicas. Conforme o fotgrafovai se tornando mais familiar com os efeitos da foto, encontrar a

    oportunidade de fazer escolhas instintivamente.

    Usando o flash

    O flash incorporado em cmeras digitais, apesar de suas limitaes,pode ser aproveitado com criatividade pelo fotgrafo. Existembasicamente os seguintes modos de uso de flash em cmeras digitais(algumas acrescentam mais ou menos recursos)

    Automtico neste modo, a cmera faz a leitura da luzambiente, e se for necessrio, dispara o flash para melhor

    iluminar a cena

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    Nunca disparar neste modo, a cmera no dispara mesmoque tenha detectado iluminao insuficiente. Este um recursointeressante para se conseguir efeitos especiais em fotosnoturnas

    Sempre disparar obriga a cmera a disparar o flash mesmo

    que as medies concluam que h luz suficiente. Este umrecurso bom para melhorar a iluminao de rostos em contra-luz, por exemplo, ou para melhorar o contraste em cenas depouco contraste

    Reduo de olhos vermelhos um recurso da cmera paraevitar o chamado efeito de olhos vermelhos que ocorrem svezes no uso de flash.

    3.6 FORMATOS PARA CMERA DIGITALPraticamente todas as cmeras digitais salvam as fotos no formatoJPEG, embora algumas poucas (as mais sofisticadas) tambm ofaam em TIFF. Algumas ainda salvam no modo original em quecapturam a imagem, tambm conhecido como formato RAW (palavraque significa cru, natural, matria-prima). Vejamos as principaiscaractersticas de cada um desses formatos.

    JPEGO formato JPEG (Joint Photographic Experts Group), que os

    americanos pronunciam jay-peg, e no Brasil jota-peg, um dosmais populares, principalmente para fotos na Web. Ele tem duascaractersticas importantes:

    A primeira que o JPEG utiliza um esquema de compresso que sofreperdas, mas o grau de compresso (e conseqente perda dequalidade) pode ser ajustado. Em resumo, muita compresso, muitaperda, pouca compresso, pouca perda.

    A segunda que este formato suporta 24 bits de cores. J o formatoGIF, o outro tipo de arquivo muito utilizado na Internet suportaapenas 8 bits.

    Um detalhe importante que se uma foto em JPEG for aberta edepois salva novamente, cada vez que salva torna a sercomprimida, o que gera mais perda. Portanto, a perda de qualidade acumulativa. Para evitar que uma imagem v se deteriorando, deve-

    se abri-la e tornar a salv-la o menos possvel. Uma recomendaoquando se trabalha com imagens em JPEG salvar um original em

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    TIFF (formato sem compresso como veremos adiante), e sempreque for necessrio trabalhar nesse formato, para somente nomomento de enviar a foto ou disponibiliz-la por outros meios (comoa WEB) gravar a imagem em JPEG.

    Em termos prticos, quando se utiliza o formato JPEG, que praticamente o padro utilizado pelas cmeras digitais por causa doproblema de falta de espao para armazenamento de arquivos, naprimeira vez em que o arquivo aberto a perda quaseimperceptvel em relao a uma mesma foto salva sem compresso.Contudo, se a mesma imagem for sendo editada, aberta e novamentesalva, consecutivamente, vai chegar um momento em que a perdaser notvel.

    O formato de imagem JPEG pouco tem mudado desde que surgiu.Contudo, recentemente se trabalhou num novo projeto de formatoJPEG pelo Digital Imaging Group (DIG).O novo formato JPEG tem20% a mais de compresso com menos perda de qualidade, ou seja,ficou ainda melhor. Contudo, ainda no est sendo utilizado pelossoftwares mais importantes. Sua extenso pode ser J2K ou JP2.

    TIFF

    O formato TIFF (Tag Image File Format), foi originalmentedesenvolvido para salvar imagens capturadas por scanners e parauso em programas editores de imagens. Este formato, semcompresso e sem perda de qualidade, largamente aceito epraticamente reconhecido por qualquer software e sistemaoperacional, impressoras, etc. Alm disso, o formato preferido paraaplicaes em editorao eletrnica. O TIFF tambm um modo decores de 24 bits.

    CCD RAWQuando um sensor de imagem captura informao que gera umaimagem, algumas cmeras digitais permitem que se salve um arquivono processado, ainda cru (por isso chamado RAW). Este formatocontm tudo o que a cmera digitalizou. O motivo para seu uso livrar o processador da cmera digital da tarefa de realizar os clculosnecessrios para otimizao da imagem digital, possibilitando queisso seja feito no computador. Uma imagem em RAW ter, depois deaberta no computador e otimizada, de ser salva num formato

    qualquer para ser utilizada.

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    Uma vantagem desse formato gerar um arquivo menor do que noformato TIFF (pelo menos 60%). Como um computador ter muitomais capacidade de processamento que a cmera, a imagem finaltambm ter melhor qualidade do que se for diretamente salva pela

    prpria cmera em formatos JPEG ou TIFF. Contudo, vale notar que ousurio dever ter domnio de tcnicas de otimizao de imagempara poder aproveitar este formato.

    Aqui uma observao importante: de qualquer modo, utilize a cmeraque for, o fotgrafo mais exigente ter que aprender a conviver comsoftwares editores de imagens de modo a corrigir pequenosproblemas de processamento incorreto gerado no arquivo da imagempela cmera digital - os processadores desta sempre sero mais

    limitados do que os dos computadores, e assim, a imagem sempreter algum trabalho a ser feito. O bsico sobre o que fazer e comofazer veremos adiante.

    GIFs (.GIF)O formato GIF (Graphics Interchange Format)

    amplamente usado na Internet, mas principalmentepara artes e desenhos, no para fotografias. Esteformato armazena apenas 256 cores numa tabelachamada palette. Contudo, em termos defotografia, podemos deix-lo de lado a no ser quese pretenda exibir uma animao no caso, o GIF funciona bem paraisso.

    Mais como curiosidade, existem duas verses do GIF na Web; o

    original GIF 87a e uma nova verso mais nova, a 89a. Ambasutilizam um processo chamado interlacing (entrelaado) as imagensso armazenadas em quatro passadas ao invs de uma, como naverso antiga. Assim, quando a imagem exibida num browser, vaisurgindo uma linha por vez. Outra caracterstica importante que ofundo pode ser transparente, para isso preciso especificar que corda tabela ser assim considerada; quando o browser abrir a imagem,substituir a cor selecionada como transparente pelo que estiversendo apresentado na janela do browser sob a imagem.

  • 7/28/2019 Apostila de Fotografia - Raimundo Sampaio

    48/70

    APOSTILA DE FOTOGRAFIA

    Elaborao: Raimundo Sampaio Pgina 48 de 70

    Quanto animao, uma imagem em GIF consegue simular umpequeno filme, o que pode tornar interessante para uso com fotos.S que a resoluo tem que ser baixssima, e a qualidade muito ruim,

    j que apenas 256 cores sero apresentadas (ou at menos). Caso

    contrrio, ser muito demorado de carregar a imagem e o visitantepode se desinteressar.

    4 COMPOSIO E ENQUADRAMENTO

    Estes dois aspectos so de grande importncia e interferemsensivelmente na qualidade da fotografia, sem falar no bom gosto. O

    enquadramento se dar conforme for o objetivo do fotgrafo, ou seja,ele poder enquadrar o objeto de interesse da maneira como acharmelhor, porm no deixando dvidas ao observador da sua inteno.

    Geralmente, procuramos centralizar o objeto de interesse no espaodo visor. Quando se tratar de fotos em que o objeto muito pequenoem relao ao meio onde se encontra, devemos nos aproximar aomximo do objeto (se possvel), caso contrrio, utilizaremosequipamentos especiais, que nos permitiro registrar o objeto, sem

    nos aproximarmos.

    Quanto a composio, isto depender exclusivamente do fotgrafo.Para realizar uma foto, preciso que se faa um estudo prvio dolocal ou do objeto, analisando as suas cores, o tipo de iluminaopresente e o posicionamento do objeto em relao iluminao.Todos estes fatores analisados podero influenciar extremamente afoto,