APOSTILA de HISTÓRIA

Embed Size (px)

Citation preview

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA GERAL E DO BRASIL.ORG. Professor CHIQUINHOAs pessoas fazem a Histria, mas raramente se do conta do que esto fazendo. Christopher Lee,This Sceptred Isle Empire

PERIODO PR COLONIALOs portugueses comearam a explorar o pau-brasil da mata Atlntica. Os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas .aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasll e carregamento at as caravelas). Construam as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazns e postos de trocas com os indgenas. Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedies Guarda-Costas, porm com poucos resultados. No ano de 1530, o rei de Portugal organiza a primeira expedio com objetivos de colonizao. Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o territrio brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-acar no Brasil. EXERCCIOS 1. (FGV) Com relao aos indgenas brasileiros, podese afirmar que: a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleoltica do desenvolvimento humano; b) os ndios brasileiros no aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricultura no por preguia, e sim porque no conheciam a agricultura; c) os ndios brasileiros falavam todos a chamada "lngua geral" tupi-guarani; d) os tupis do litoral no precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os "sambaquis"; e) os ndios brasileiros, como um todo, no tinham homogeneidade nas suas variadas culturas e naes. 2. (FGV) "A lngua deste gentio, toda pela Costa, uma: carece de trs letras - no se acha nela F, nem L, nem R, cousa digna de espanto, porque assim no tm f, nem lei, nem rei; e desta maneira vivem sem justia e desordenadamente." (Pero de Magalhes Gandavo, sc. XVI) A partir do extrato acima podemos afirmar tratar-se de um texto que: a) subestima a cultura indgena; b) respeita as especificidades das diferentes culturas; c) est isento de valores; d) de forte carter relativista; e) v como completas as sociedades indgenas. 3. (MACKENZIE) A rvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase metlico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinrios, to grossos que trs

homens no poderiam abra-Ios. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes, 30 metros ( ... ). Nufragos, Degredados e Traficantes Eduardo Bueno Em 1550, segundo o pastor francs Jean de Lery, em um nico depsito havia cem mil toras. Sobre esta riqueza neste perodo da Histria do Brasil podemos afirmar. a) O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira. b) Provocou intenso povoamento e colonizao, j que demandava muita mo-de-obra. c) Explorado com mo-de-obra indgena, atravs do escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira. d) O litoral brasileiro no era ainda alvo de traficantes e corsrios franceses e de outras nacionalidades, j que a madeira no tinha valor comercial. e) Os choques violentos com as tribos foram inevitveis, j que os portugueses arrendatrios escravizaram as tribos litorneas para a explorao do pau-brasil. 4. (PUC) "Povos e povos indgenas desapareceram da face da terra como conseqncia do que hoje se chama, num eufemismo envergonhado, 'o encontro' de sociedades do Antigo e do Novo Mundo." (Manuela Carneiro da Cunha (org). Histria dos, ndios no Brasil. 2 ed. So Paulo, Cia das Letras, 1998. p. 12) Acerca desse encontro entre portugueses e tupis nas terras que vieram a ser chamadas de Brasil, correto afirmar que: a. entre 1500 e 1530, os contatos foram pacficos e amistosos, facilitando o estabelecimento das prticas de escambo do pau-brasil e o surgimento dos primeiros aldeamentos organizados por jesutas. b. b)a partir de 1555, a tentativa de huguenotes franceses de criar uma colnia - a Frana Antrtica -, na baa de Guanabara, acabou por favorecer alianas militares de portugueses com as tribos locais, tamoios e tupinambs, suspendendo a escravizao dos indgenas. c. as intenes de colonizadores portugueses "expandir a f e o Imprio" - bem como suas prticas colonizadoras - doao de sesmarias, estmulos ao cultivo da cana, catequese dos nativos -, transformaram o encontro em um desastre demogrfico para as tribos tupis do litoral. d. os rituais antropofgicos praticados pelos tupis, ao lado das rivalidades constantes entre as tribos, foram fatores que contriburam para a predominncia de choques militares com os portugueses, tornando inevitveis, por sua vez, a ocorrncia de guerras justas. e. o desconhecimento por parte dos nativos de qualquer tipo de agricultura foi o principal

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 2

obstculo para a utilizao de sua mo-de-obra no estabelecimento da lavoura canavieira; isso somado resistncia catequese ocasionou confrontos constantes entre portugueses e tupis. 5.(PUC - RS) Pode-se afirmar que, nos primeiros trinta anos aps o descobrimento do Brasil, ocorreu uma relativa negligncia de Portugal com relao s terras brasileiras, que pode ser atribuda a vrios fatores, exceto a) a inexistncia, na Colnia recm-descoberta, de uma estrutura produtiva j instalada, capaz de viabilizar sua explorao econmica segundo os padres da poltica mercantilista. b) a importncia do comrcio com o Oriente, que continuava a ser o principal objetivo da atividade mercantil de Portugal e atraa a ambio da burguesia lusa. c) o acirramento das disputas entre as naes europias que se formavam em busca de novos mercados, resultando em incurses sistemticas Amrica. d) a constatao de que qualquer tentativa de aproveitamento produtivo do vasto territrio brasileiro implicaria gastos para a metrpole portuguesa. e) a escassez de recursos humanos e materiais que permitissem a Portugal explorar ao mesmo tempo as ndias Orientais e o Brasil. 6.(ACAFE) Comemoramos os 500 anos do Brasil. Numa perspectiva crtica, podemos concluir que o Brasil foi invadido. A alternativa onde este contexto fica evidenciado : a. Quando a esquadra de Cabral aqui chegou (1500), j existiam vrios grupos indgenas estabelecidos no territrio brasileiro b. Realizou-se uma grande batalha entre os homens de Cabral e os habitantes do litoral brasileiro. c. Os portugueses pretendiam instalar apenas colnias de povoamento, no visando uma explorao mercantilista das terras brasileiras. Os lusitanos foram recebidos com muita violncia pelos nativos e impedidos de desembarcarem no litoral. d. Os portugueses sempre trataram os indgenas com muito respeito e justia, nunca ameaando a sua cultura. 7. (UECE) As grandes expedies martimas constituram importante evento no captulo das Colonizaes. As expedies enviadas por Portugal ao Brasil, no decorrer do Perodo PrColonial, destinavam-se: a) a explorar o interior do territrio e coloniz-Io. b) a defender o litoral e estabelecer fortalezas ao longo das costas. c) a explorar o interior da nova colnia e defender o seu litoral. d) a explorar o litoral do territrio e defend-Io de contrabandistas e possveis agressores. e) a construir fortalezas no litoral e no interior do pas.

BRASIL COLNIAFase do acar(sculos XVI e XVII) - Grande aceitao do produto na Europa. Adaptao ao clima e solo. - Portugal lucraria com o comrcio e ainda colonizaria a regio. - Diviso do Brasil em capitanias hereditrias (faixas de terras que foram doadas aos donatrios) Donatrios: podiam explorar os recursos da terra, porm ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-acar. - Resultado do sistema de capitanias: do ponto de vista poltico fracassou, em funo da grande distncia da Metrpole, da falta de recursos e dos ataques de indgenas e piratas. As capitanias de So - Vicente e Pernambuco foram as nicas que apresentaram resultados satisfatrios, graas aos investimentos do rei e de empresrios. Administrao Colonial - Aps a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditrias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colnia. - Primeiro governador-geral: Tom de Souza, que recebeu do rei a misso de combater os indgenas rebeldes, aumentar a produo agrcola no Brasil, defender o territrio e procurar jazidas de ouro e prata. - Cmaras Municipais: rgos polticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietrios que definiam os rumos polticos das vilas e cidades. O povo no podia participar da vida pblica nesta fase. Capital do Brasil - Salvador ECONOMIA COLONIAL - Base da economia colonial: engenho de acar. Alm do acar destacou-se tambm a produo de tabaco e algodo. - Mo-de-obra: africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do acar para o mercado europeu. - Adoo do sistema de plantation: grandes fazendas produtoras de um nico produto, utilizando mo-de-obra escrava e visando o comrcio exterior. - Pacto Colonial : imposto por Portugal estabelecia que . o Brasil s podia fazer comrcio com a metrpole. Sociedade Colonial - Grande diferenciao social. No topo da sociedade, com poderes polticos e econmicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada mdia formada por trabalhadores livres e funcionrios pblicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana. - Sociedade patriarcal. - A casa-grande era a residncia da famlia do senhor de engenho. Nela moravam, alm da

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 3

famlia, alguns agregados. O conforto da casagrande contrastava com a misria e pssimas condies de higiene das senzalas (habitaes dos escravos). O Domnio Espanhol(1580-1640) - Em 1580, com o objetivo de unificar a Pennsula Ibrica, Felipe 1 1 rei da Espanha, incorpora pacifi, camente o reino Portugus, tornando-se o mais poderoso monarca europeu. - As principal conseqncias da unio ibrica: incentivo penetrao pelo interior; expanso da pecuria; novas e intensas incurses europias, baseadas nos conflitos entre Espanha e o resto da Europa; as invases holandesas do Comrcio (holandesa), que invadiu a zona canavieira da colnia. Para o Brasil. - Aps a expulso dos holandeses, o acar entra em declnio, pela perda do monoplio. A segunda metade do sculo XVII, foi tempo de crise. Passa-se a estimular o bandeirismo para a busca do ouro nas Minas Gerais, que marcaria a segunda fase da colonizao. Invaso Holandesa no Brasil - Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixao de holandeses. Interessados no comrcio de acar, os holandeses implantaram um governo em nosso territrio. Sob o comando de Maurcio de Nassau, permaneceram l at serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando a cidade. Expanso Territorial - Foram os bandeirantes os responsveis pela ampliao do territrio brasileiro alm do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no territrio brasileiro, procurando ndios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regies de Minas Gerais, Gois e Mato Grosso. O sculo do Ouro( sculo XVIII) - Origens: crise do acar: concorrncia holandesa; Ouro encontrado pelos bandeirantes (heris?) que caavam ndios e escravos e desbravadores . - Principais Regies Aurferas: GO, MT e MG . - Acontecimentos: "corrida do ouro"; desenvolvimento urbano: Ouro Preto, Tiradentes, Mariana produtos de outras regies: Tropeiros; riquezas da minerao; festas, teatro, msica e poesias; Estudos na Europa. - Controle Metropolitano transferncia da capital: Salvador Rio de Janeiro O "quinto": as Casas de Fundio e a Derrama punies: degredo e perda de bens destino do ouro para Portugal: Revolta de Felipe dos Santos: contra as Casas de Fundio loconfidncia Mineira (1789) lder: Tiradentes;

Influncia do iluminismo: liberdade e igualdade Objetivo: Independncia do Brasil; fracasso, morte de Tiradentes e esquartejamento Em funo da explorao exagerada da metrpole ocorreram vrias revoltas e conflitos neste perodo: Guerra dos Emboabas : os bandeirantes queriam exclusividade na explorao do ouro nas minas que encontraram. Entraram em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas. Revolta de Filipe dos Santos: ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfao dos donos de minas de ouro com a cobrana do quinto e das Casas de Fundio. O lder Filipe dos Santos, foi preso e condenado a morte pela coroa portuguesa. Inconfidncia Mineira (1789): liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros queriam a libertao do Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os lderes condenados. 1. (CES) A criao do Governo-Geral no Brasil foi assinado em 1548 e representou: a) Maior controle da metrpole sobre a colnia. b) Liberdade do negro e do ndio em todo o territrio. c) Liberao das atividades de minerao e da criao de gado; d) Fim do sistema de Capitanias Hereditrias; e) Proteo dos indgenas e descentralizao administrativa da colnia. 2. (FDV) O rgo do governo portugus, responsvel pela administrao colonial brasileira foi : a) Cortes de Lisboa. b) Casa da Conscincia e Ordens. c) Casa do Oriente. d) Conselho das Colnias. e) Conselho Ultramarino. 3. (MACKENZIE) "Do rei os donatrios no recebiam mais do que a prpria terra e os poderes para conquist-la".Eduardo Bueno Capites do Brasil Assinale a alternativa correta sobre o sistema de colonizao citado no texto. a) O sistema de capitanias tinha por objetivo solucionar a questo demogrfica em Portugal, deslocando para a colnia o excedente de populao. b) Pernambuco e So Vicente foram as capitanias bem sucedidas, graas ao apoio francs ao comrcio do acar e extrativismo de pau-brasil. c) Financiado totalmente peio governo portugus, fracassou em virtude da pssima administrao. d) As lutas contra nativos, longas distncias, falta de recursos, levaram o sistema ao fracasso; embora seu legado como o latifndio e a estrutura social excludente tenham sido duradouros em nosso pas. e) A excelente situao econmica de Portugal facilitou o apoio aos donatrios que reproduziram no Brasil o sistema feudal europeu.

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 4

4.(PUC - MG) Na estrutura administrativa no Brasil colonial, as cmaras desempenharam importantes funes, tais como, EXCETO: a) conservao das ruas, limpezas da cidade e arborizao. b) doao de sesmarias, comando militar e formao de milcias. c) construo de obras pblicas: estradas, pontes, caladas e edifcios. d) regulamentao dos ofcios, do comrcio, das feiras e mercados. e) abastecimento de gneros e cultura da terra. 5.(PUC MG ) No sistema de capitanias hereditrias no Brasil colonial, a ocupao das terras era assegurada pela carta de doao e pelo foral. correto afirmar, EXCETO: a) O foral determinava os direitos e deveres do donatrio. b) A carta de doao era um documento jurdico assinado pelo rei. c) o foral garantia a hereditariedade da terra, que no poderia ser vendida. d) A carta de doao cedia ao donatrio as terras, mas no o poder administrativo delas. e) O foral determinava o direito do donatrio de fundar vilas e conceder sesmarias. 6.(PUC - MG) So fatores que contriburam para o fracasso do sistema de capitanias hereditrias no Brasil colonial, em meados do sculo XVI, EXCETO: a) os ataques de corsrios franceses no litoral e o desrespeito ao Tratado de Tordesilhas pelos espanhis. b) os conflitos com os ndios, que lutaram para manter suas terras e contra sua escravizao. c) a autonomia dos donatrios, que se chocava, muitas vezes, com os interesses da Coroa. d) a ausncia de terras frteis em determinadas regies e a distncia da Metrpole. e) a falta de recursos dos pequenos nobres donatrios, que impossibilitava novos empreendimentos. 7. (PUC - MG) Na Amrica de colonizao espanhola e na Amrica de colonizao portuguesa, o poder local, nas vilas e cidades, era exercido respectivamente: a) pela Audincia e Provedor. b) pelo Encomendeiro e Juiz Ordinrio. c) pelo Adelantado e Capito - Donatrio. d) pelo Corregedor e Ouvidor. e) pelo Cabildo e Cmara Municipal. 8.(UFMG - 1997) "A cidade que os portugueses construram na Amrica no produto mental, no chega a contradizer o quadro da natureza, e sua silhueta se enlaa na linha da paisagem. Nenhum rigor, nenhum mtodo, nenhuma providncia, sempre esse significativo abandono que exprime a palavra desleixo." (HOLANDA, Srgio Buarque de. O Semeador e o Ladrilhador. In: Raizes do Brasil. Rio de Janeiro: Jos 0Iympio,1956.)

A urbanizao no Brasil colonial at o sculo XVII vista como sendo provisria e acanhada. Um dos motivos pelos quais Portugal deixou em segundo plano a questo da urbanizao foi : a) a inutilidade dos centros urbanos j que na colnia a administrao ficava a cargo dos Donatrios. b) as dificuldades para contratar tcnicos especializados que pudessem organizar as cidades. c) as lutas com os espanhis para a manuteno. d) das terras coloniais que impediram o desenvolvimento da colnia do Brasil. e) o predomnio da vida rural, nos engenhos e nas fazendas de criao, o que diminuiu a importncia das cidades. 9.(UFPEL) A organizao administrativa brasileira, iniciada com o sistema de capitanias hereditrias, a partir de 1534, enquadra-se no colonialismo mercantilista. Esse modelo administrativo implementado pela Coroa portuguesa determinou: a) a organizao de quinze capitanias, baseadas na policultura, no artesanato e na pecuria, nas quais os donatrios possuam plena liberdade religiosa. b) o incio da fase de minerao na colnia, com distribuio das "datas" para a nobreza lusitana explorar ouro e diamantes custa do trabalho escravo. c) o incio do contato com os povos indgenas, objetivando catequiz-Ios, promovendo o escambo com os nativos, articulando-os para a expulso de Maurcio de Nassau. d) a inteno portuguesa de alcanar o Oceano Pacfico e evitar o avano espanhol sobre as terras brasileiras e as ndias Orientais. e) a origem do sistema agrrio brasileiro atual, com predominncia do latifndio e a persistente violncia aos povos indgenas. 10.(UFRN) Sobre as Capitanias Hereditrias, sistema administrativo adotado no Brasil por iniciativa de D. Joo I I I correto afirmar: a) O sistema j fora experimentado, com xito, pelos portugueses em suas possesses nas ilhas atlnticas e marcou o incio efetivo da colonizao lusa no Brasil. b) Os donatrios tornavam-se proprietrios das capitanias atravs da Carta de Doao, a qual Ihes dava o direito de vend-Ias, de acordo com seus interesses. c) A maioria dos donatrios era representante da grande nobreza de Portugal e demonstrava forte interesse pelo sistema de capitanias. d) O fracasso do sistema associado s lutas ocorridas na disputa pelas terras e aos conflitos com estrangeiros que freqentavam as costas brasileiras. 11.(UNIPAR ) No incio da colonizao do Brasil, a fundao das cidades de Salvador, So Paulo e Rio de Janeiro, est ligada, respectivamente, : a) implantao de um sistema administrativo, atuao dos jesutas e expulso de estrangeiros do territrio.

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 5

b)priso de degredados, atuao de contrabandistas e ocupao estrangeira. c) escoamento de cana-de-acar, descoberta de metais preciosos e implantao da capital colonial. d)defesa do territrio, interiorizao do povoamento e escoamento de pau-brasil. e) ocupao dos holandeses, ataque aos indgenas revoltosos e base de controle do comrcio colonial. 12.(UFES) No perodo do Brasil Colnia, existiam mecanismos de acesso terra, como as sesmarias, que eram: a) autorizaes de Portugal para importao de escravos negros como condio para que os filhos de donatrios tivessem direito ao recebimento de terras. b) lotes de terra doados pelos donatrios ao colono para que fossem explorados. c) impostos correspondentes ao uso da terra, cujo pagamento possibilitaria posterior aluguel. d) parcelas de recursos que a Coroa enviava aos donatrios para financiar a distribuio das terras e que deveriam ser pagas a longo prazo. e) ttulos de terra ocupada mediante mecanismo de compra, conforme a Lei de Terras. 13.(FGV) A relao entre a consolidao do absolutismo em Portugal, no sculo XVI, e a criao do governo geral no Brasil, est no fato de que. a) Ambos os processos deram-se no marco histrico do domnio espanhol sobre a Coroa Portuguesa, culminando na organizao autoritria do poder em Portugal e no Brasil. b) Na Metrpole e na colnia o papel transformador exercido pela Igreja, sobretudo pela Companhia de Jesus, levou ao acirramento de suas contradies polticas, sendo o absolutismo e o governo geral formas de superao da crise. c) A criao do governo geral implicou o fortalecimento dos instrumentos de combate aos invasores estrangeiros e a centralizao administrativa, pelas prerrogativas que eram atribudas aos governadores em detrimento dos donatrios. d) Em Portugal, a nova forma do Estado expressa no absolutismo ampliou o espao poltico dos produtores de acar, que se viram fortalecidos a ponto de instaurarem no Brasil uma nova forma de administrao; o governo geral. e) A falncia econmica da empresa colonial portuguesa no sculo XVI exigiu novas formas de organizao poltico-administrativas a fim impedir que Portugal e suas colnias passarem para a rbita de dominao do Imprio Britnico. 14.(UFSC) A ecloso da chamada guerra dos Emboabas (1708-1709) decorreu de vrios fatores, podendo ser relacionada, em parte, com a a) Nomeao de Manuel Nunes Viana, paulista de grande prestgio, para a capitania das Minas de

Ouro. b) Proibio aos Emboabas de exercerem atividades comerciais na regio das minas. c) Deciso da Cmara de So Paulo, que desejava que as datas fossem exploradas apenas por elementos dessa vila e seus arredores. d) Separao poltico-administrativa da capitania de So Paulo e Minas do Ouro. e) Convulso social promovida pela intensificao da atividade apresadora de ndios pelos bandeirantes. 15.(SANTA CASA-SP) A chamada Guerra dos Mascates decorreu, entre outros fatores, do fato de: a) Recife no possuir prestgio poltico, apesar de sua expresso econmico-financeira. b) Pombal promover a derrama; para cobrana de todos os quinhes atrasados. c) Olinda no se conformar com o papel que a aristocracia rural exercia na capitania. d) Portugal intervir na economia das capitanias, isentando os portugueses do pagamento de impostos. e) Pernambuco no apoiar a poltica de tributao fiscal do governador Flix Jos Machado Mendona. 16.(UFPE) A Revolta de Filipe dos Santos (1720), em Minas Gerais, resultou entre outros motivos da. a) Intromisso dos jesutas no ativo comrcio dos paulistas na regio das Minas. b) Disseminao das idias, oriundas dos filsofos do iluminismo francs. c) Criao das Casas de Fundio e das Moedas, a fim de controlar a produo aurfera. d) Tentativa de afirmao poltica dos portugueses sobre a nascente burguesia paulista. e) Tenso criada nas minas, em virtude do monoplio da Companhia de Comrcio do Brasil. 17.(UFBA) Um aspecto que diferencia a Conjurao Mineira de 1789 da Conjurao Baiana de 1798 que a ltima. a) Representou, pela primeira vez na Histria do Brasil, um movimento de carter republicano. b) Preocupou-se mais com os aspectos sociais, a liberdade do povo e do trabalho. c) Apresentou, pela primeira vez, planos polticos e ideolgicos. d) Representou o primeiro movimento apoiado por grupos de intelectuais. e) Tinha carter de protesto contra certas medidas do governo, sem pretender a separao de Portugal. 18.(FESP) A crise do sistema colonial foi marcada no Brasil por contestaes diversas que comprovam as aspiraes de liberdade do nosso povo. Entre as revoltas podemos destacar as Conjuraes Mineira e Baiana que tiveram em comum:

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 6

1. O fundamento ideolgico apoiado nos princpios do Iluminismo e de Revoluo Francesa. 2. A proposta de extino dos privilgios de classe ou cor, abolindo a escravido. 3. A inquietao e revolta pela eminente cobrana de impostos em atraso. 4. A discriminao social evidenciada na aplicao da justia. 5. A numerosa participao popular caracterizada pela presena de negros e mulatos. Assinale a opo correta: a) 1 e 3 b) 2 e 4 c) 3 e 5 d)1 e 4 e) 2 e 5 19. (FESP) Apesar do poder de coero da metrpole portuguesa, algumas rebelies mostravam o descontentamento dos colonos. Em Pernambuco, no sculo XVIII, a Guerra dos Mascates revelava o desejo dos senhores de engenho olindenses de: a. fazer um pacto com os comerciantes recifenses para lutar contra os impostos cobrados por Portugal. b. impedir a presena das foras estrangeiras nos seus territrios. c. enfrentar suas rivalidades com Recife, causadas sobretudo pelas dvidas que acumularam junto aos comerciantes portugueses, que moravam em Recife. d. organizar uma repblica democrtica base~da em princpios liberais, significado um expressIvo avano poltico para a poca. e. acabar com o monoplio que Recife exercia no comrcio do algodo e do acar, controlado por comerciantes judeus e portugueses. 20.(UFES) As transformaes econmicas e socioculturais observadas no sculo XVIII repercutiam na populao do Brasil Colonial, onde eclodiam revoltas sociais regionais e manifestaes de aspirao emancipacionista. Foram manifestaes sociais e polticas observadas nesse perodo: a) a Insurreio Pernambucana, a aclamao de Amador Bueno e a Revolta de Beckmann. b) As Guerras dos Emboabas e dos Mascates e as Conjuraes Mineira, Flurninense e Baiana c) As Guerras dos Emboabas e dos Mascates, a Revolta de Vila Rica, a Inconfidncia Mineira, a Revolta dos Alfaiates e a Conjurao dos Suaunas. d) a Conjurao dos Suaunas, a Revolta Pernambucana e a Confederao do Equador. e) a Revolta do Maneta, a Guerra dos Palmares, a Inconfidncia Mineira e a Revoluo Farroupilha. 21. (FUVEST - 1 998) Podemos afirmar que tanto na Revoluo Pernambucana de 1817, quanto na Confederao do Equador de 1824, a) o descontentamento com as barreiras econmicas vigentes foi decisivo para a ecloso dos movimentos. b) os proprietrios rurais e os comerciant~s monopolistas estavam entre as pnnclpals lideranas dos movimentos.

c) a proposta de uma repblica era acompanhada de um forte sentimento anti-Iusitano. d) a abolio imediata da escravido consti-tua-se numa de suas principais bandeiras. e) a luta armada ficou restrita ao espao urbano de Recife, no se espalhando pelo interior. 22.(ACAFE) Nos anos que antecederam a independncia do Brasil, ocorreram muitos muitos movimentos contra o domnio portugus. Sobre os mesmos. falso afirmar: a) Muitos movimentos eram liderados por setores da elite, inconformados com a violncia e os impostos da coroa portuguesa b) Desejavam ampla transformao da sociedade com a expulso dos portugueses, o fim da escravido e a criao de uma Repblica Federativa. c) A Inconfidncia Mineira (1789), o mais conhecido destes movimentos, apesar do fracasso, exprimiu a revolta de setores da elite e da intelectualidade mineira d) A Conjurao Baiana (1798) caracterizou-se por ser uma revolta que teve participao no s da elite,mas de escravos e pessoas simples do povo. e) A Revoluo Pernambucana de 1817 desejava a criao de um Estado inspirado nas idias liberais que haviam norteado a Independncia dos EUA. 23.(ALFENAS) O Bloqueio Continental, em 1807, a vinda da famlia real para o Brasil e a abertura dos portos em 1808, constituram fatos importantes: a) na formao do carter nacional brasileiro. b) na evoluo do desenvolvimento industrial. c) no processo de independncia poltica. d) na constituio do iderio federalista. e) no surgimento das disparidades regionais. 24.(ESPM) Acontecimentos polticos europeus sempre tiveram grande influncia no processo da constituio do estado brasileiro. Assim, pode-se relacionar a elevao do Brasil situao de Reino Unido a Portugal e Algarves, ocorrida em 1815, a) s tentativas de aprisionamento de D. Joo VI, pelas foras militares de Napoleo Bonaparte. b) Doutrina Momoe, que se caracterizava pelo lema: "a Amrica para os americanos". c) ao Bloqueio Continental decretado nesse momento por Napoleo Bonaparte e que pressionava o Brasil a interromper seu comrcio com os ingleses. d) ao Congresso de Viena, que se encontrava reunido naquele momento e se constitua em uma rearticulao de foras polticas conservadoras. e) a poltica de expansionismo econmico e . tentativa de dominar o mercado brasileiro, desenvolvida pelos ingleses aps a Revoluo Industrial. 25.(FGA - CGA) "As notcias repercutiam como uma declarao de guerra, provocando tumultos e manifestaes de desagrado. Ficava claro que as Cortes intentavam reduzir o pas situao

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 7

colonial e era evidente que os deputados brasileiros, constituindo-se em minoria (75 em 205, dos quais compareciam efetivamente 50), pouco. ou nada podiam fazer em Lisboa, onde as reivindicaes brasileiras eram recebidas pelo pblico com uma zoada de vaias. medida que as decises das Cortes portuguesas relativas ao Brasil j no deixavam lugar para dvidas sobre suas intenes, crescia o partido da Independncia." (Emlia Viotti da Costa. Introduo ao Estudo da Emancipao Poltica) O texto acima refere-se: a)Aos movimentos emancipacionistas: s Conjuraes e Insurreio Pernambucana ; b) necessidade das Cortes portuguesas de reconhecer Independncia do Brasil; c) tenso poltica provocada pelas propostas de recolonizao das Cortes portuguesas; d) repercusso da Independncia do Brasil nas Cortes portuguesas; e) s conseqncias imediatas proclamao da Independncia; 26.(FUVEST) Durante o perodo em que a Corte esteve instalada no Rio de Janeiro, a Coroa Portuguesa concentrou sua poltica externa na regio do Prata, da resultando: a) a constituio da Trplice Aliana que levaria Guerra do Paraguai. b) a incorporao da Banda Oriental ao Brasil, com o nome de Provncia Cisplatina. c) a formao das Provncias Unidas do Rio da Prata, com destaque para a Argentina. d) o fortalecimento das tendncias republicanas no Rio Grande do Sul, dando origem Guerra dos Farrapos. e) a coalizo contra Juan Manuel de Rosas que foi obrigado a abdicar de pretenses sobre o Uruguai. 27.(PUC) A presena da Corte Portuguesa no Brasil (1808 -1820) gerou grandes transformaes na vida econmica, poltica e scio-cultural brasileira, tais como, EXCETO: a) abertura do Banco do Brasil e da Casa da Moeda. b) mudana da capital de Salvador para o Rio de Janeiro. c) revogao do Alvar de 1785, que proibia manufaturas no pas. d) elevao do Brasil a Reino Unido. e) inaugurao de institutos cientficos como o Jardim Botnico. 28.(PUC - RS) Apesar da liberdade para a instalao de indstrias manufatureiras no Brasil, decretada por D. Joo VI, em 1808, estas pouco se desenvolveram. Isso se deveu, entre outras razes, : a) impossibilidade de competir com produtos manufaturados provenientes da Inglaterra, que dominavam o mercado consumidor interno. b) canalizao de todos os recursos para a lucrativa lavoura cafeeira, no havendo, por parte dos agroexportadores, interesse em investir na industrializao.

c) concorrncia dos produtos franceses, que gozavam de privilgios especiais no mercado interno. d) impossibilidade de escoamento da produo da Colnia, devido falta de mo-de-obra disponvel nos portos. e) dificuldade de obteno de matria-prima (algodo) na Europa, aliada impossibilidade de produzi-Ia no Brasil. 29.(UFMG) Assinale a alternativa que apresenta uma transformao decorrente da vinda da famlia real para o Brasil. a) Fechamento cultural, devido s Guerras Napolenicas, provocado pela dificuldade de intercmbio com a Frana, pas que era ento bero da cultura i1uminista ocidental. b) Diminuio da produo de gneros para abastecimento do mercado interno, devido ao aumento significativo das exportaes provocado pela Abertura dos Portos. c) Mudana nas formas de sociabilidade, especialmente nos ncleos urbanos da regio centro-sul, devido aos novos costumes trazidos pela Corte e imitados pela populao. d) Formao de novos parceiros comerciais, - em situao de equilbrio, decorrente da aplicao das novas taxas alfandegrias estabelecidas nos Tratados de Amizade e Comrcio. 30.(UFPB) A respeito da presena da Corte portuguesa no Brasil entre 1808 e 1821, do ponto de vista histrico, pode-se afirmar que: a) A presena do regente no Rio de Janeiro, sob a proteo da Inglaterra, rompeu com o pacto colonial. b) A presena portuguesa no Brasil estreitou os laos de unio da metrpole com a Inglaterra, garantindo posteriormente uma poltica mais firme e autnoma de Portugal frente s demais naes europias. c) Os comerciantes portugueses foram os principais beneficiados com a abertura dos portos brasileiros s naes amigas. d) O retorno da Corte portuguesa deu-se imediatamente aps o fim do domnio francs sobre Portugal. e) At 1822, com a independncia brasileira, no houve modificao administrativa ou econmica na colnia, deixando-a D. Joo, da mesma forma como a encontrou. 31.(UFPE) Assinale a alternativa que define o papel da "abertura dos portos" no processo de descolonizao. a) A abertura dos portos s naes amigas anulou a poltica mercantilista desenvolvida por Portugal, junto sua antiga colnia na Amrica, tornando-a de imediato independente. b) As novas condies criadas pela Revoluo Industrial na Inglaterra e, conseqentemente, o controle que este pas exercia sobre o comrcio internacional e os transportes martimos no permitiam a Portugal, seu antigo aliado, exercer o pacto colonial. c) A poltica de portos abertos na Amrica era muito

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 8

importante para as colnias e negativa para as metrpoles. d) A abertura dos portos possibilitou ao BRASIL negociar livremente com todas as naes, inclusive com a Frana. e) Atravs da abertura dos portos, o BRASIL pde definir uma poltica protecionista de comrcio sua nascente indstria naval. 32.(MACKENZIE) "A escravido moderna, aquela que se inaugurou no sculo XVI, aps os descobrimentos, uma instituio diretamente relacionada com o sistema colonial. A escravido do negro foi a frmula encontrada pelos colonizadores para explorar as terras descobertas. Durante mais de trs sculos utilizaram eles o trabalho escravo com maior ou menor intensidade, em quase toda a faixa colonial." (Emlia Viotti da Costa, Da Senzala Colnia) Esto entre as circunstncias e os fatores histricos que explicam, no caso brasileiro, a instituio da escravido mencionada acima, exceto a) a importncia econmica que representava, desde o incio do sculo, XV o comrcio de escravos africanos como fonte de lucros aos, comerciantes metropolitanos,bem como indiretamente prpria Coroa portuguesa. b) a mansido dos trabalhadores africanos, afeitos, havia muito, condio escrava nas selvas africanas, onde tribos subjugavam outras por meio das guerras. c) a inexistnci, em Portugal, de contingentes suficientemente numerosos de trabalhadores livres, que se dispusessem a emigrar para a Amrica, onde trabalhassem em regime de semidependncia ou como trabalhadores assalariados. d) a inexistncia ento, quer nos princpios religiosos catlicos, quer na legislao da Metrpole, de qualquer proibio escravizao de africanos, tanto diretamente aprisionados como comprados a chefes tribais na Africa. e) o carter essencialmente mercantilista da explorao colonial, que favorecia o emprego de uma mo-de-obra igualmente interessante enquanto mercadoria -ao comrcio metropolitano. 33.(MACKENZIE) No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonizao dos trpicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo carter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um territrio virgem em proveito do comrcio europeu. este o verdadeiro sentido da colonizao tropical, de que o Brasil uma das resultantes. Caio Prado Jnior, Formao do Brasil Contemporneo. Este sentido da colonizao tropical permite explicar elementos fundamentais da evoluo econmica, poltica e social do Brasil-Colnia. Entre as alternativas abaixo, assinale a que no apresenta elementos que se ajustem a essa explicao.

a) Predomnio do povoamento litorneo, seguido de disperso populacional para o interior, determinada por atividades de preao de ndios e procura de metais preciosos. b) Preponderncia das necessidades do mercado internacional na determinao dos gneros agrcolas cultivados, provocando uma sucesso de ciclos econmicos. c) Incorporao de grupos nativos e estrangeiros como mo-de-obra cativa nas lavouras e minas, resultando num notvel e prolongado fenmeno de mestiagem. d) Tolerncia religiosa irrestrita como prtica fundamental do Estado para o incremento das relaes comerciais com pases estrangeiros. e) Centralizao da administrao metropolitana, marcada pela intensa preocupao quanto ao fisco, ou seja, quanto tributao dos produtos coloniais. 34.(UNESP) A implantao da empresa aucareira no Brasil: a) necessitou de grandes extenses de terra na faixa litornea e o uso da mo-de-obra indgena, sobretudo, na forma de trabalho servil. b) contou com a participao decisiva da Coroa portuguesa, que utilizou as rendas do comrcio de produtos orientais. c) vinculou-se aos interesses mercantilistas, gerando pequenas propriedades e produo voltada para o exterior. d) exigiu elevados investimentos, obtidos inicialmente com italianos e depois com holandeses, que refinavam o produto. e) permitiu que o Estado lusitano ficasse com a maior parte dos lucros, graas imposio do monoplio comercial. 35.(UFRN) "Vrias disputas ocorreram entre os ibricos e, para garantir a dominao lusa sobre a regio, criaram-se as estncias, grandes fazendas de gado. O xito dessas fazendas foi favorecido pelas condies naturais dos pampas, uma plancie forrada de excelente pastagem, e, tambm, pelo mercado consumidor das Minas Gerais". VICENTINO Cludio & GIANPAOLO Dorigo. Histria do Braslpg. 129 a) A conquista da regio nordeste, a luta contra os ndios e a importncia da pecuria nordestina. b) O papel do bandeirantismo de contrato na colonizao do meio oeste brasileiro. c) O esforo de Portugal na conquista do Vale Amaznico e do litoral setentrional. d) A ocupao da regio Sul, a luta entre espanhis e portugueses pela conquista desta regio e a importncia da pecuria sulina e) A ocupao da regio sul pelas misses, a luta entre bandeirantes e as decises do Marqus de Pombal e a importncia da linha de Tordesilhas. 36.(MACKENZIE) A respeito da economia do Brasil colonial, correto afirmar que a) colnia portuguesa cabia o papel de

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 9

fornecedora de gneros de primeira necessidade, como vinhos e azeites, complementando, assim, a economia metropolitana. b) a produo era voltada sobretudo para o abastecimento do mercado interno e se baseava tanto no trabalho escravo como no assalariado. Os senhores de engenho constituam uma nova aristocracia, privada todavia, de prestgio e poder. c) a colnia estava submetida ao "pacto colonial". Dessa forma, s podia vender e comprar da sua metrpole. Os comerciantes obtinham altos lucros com esse monoplio e a Coroa se beneficiava, cobrando taxas e impostos. d) as bases da explorao colonial podem ser definidas pelo trinmio latifndio, policultura e trabalho assalariado dos gentios. e) a integrao de populaes indgenas no sistema produtivo colonial levou-as a significativos avanos tcnicos e culturais.

liberalismo s era bem visto pelos portugueses em sua terra natal, pois para o Brasil exigiam a recolonizao. Independncia Poltica do Brasil A presena de D. Pedra no Brasil dificultava as pretenses das Cortes de recolonizar o Brasil. Em 9 de janeiro de 1822, o regente recebeu uma petio com 8 000 assinaturas solicitando-lhe a permanncia no Brasil. D. Pedro negou-se a retornar a Portugal. Este episdio ficou conhecido como o Dia do Fico e marcou a primeira adeso pblica de D. Pedro a uma causa brasileira. Algumas medidas prticas foram tomadas, tais como: D. Pedro assinou o Decreto do Cumpra-se, segundo o qual s vigorariam no Brasil as leis das Cortes portuguesas que recebessem o cumpra-se do regente. O prncipe recebeu o ttulo de Defensor Perptuo do Brasil. Em agosto, considera inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil. Indignado com as decises das Cortes e estimulado pelas cartas recebidas por D. Leopoldina, sua mulher, e Jos Bonifcio, bradou: " tempo ... independncia ou morte ... Estamos separados de Portugal". Uma semana depois, D. Pedro chegava ao Rio de Janeiro, sendo aclamado imperado constitucional, com o nome de D. Pedro I. O Primeiro Reinado(1822-1831) O Primeiro Reinado caracterizou-se por ser um perodo de transio. Foi marcado por uma aguda crise econmica, financeira, social e poltica. A efetiva consolidao da independncia do Brasil s ocorreria a partir de 1831, com a abdicao de D. Pedra. Os maiores beneficiados pela independncia foram os grandes proprietrios rurais brasileiros. A elite brasileira que participou do processo de independncia desejava um sistema de governo independente, com alguns traos liberais, mas sem alterar a estrutura scio-econmica interna que mantivera o colonialismo, ou seja, a escravido, o latifndio, a monoeultura e a produo para exportao. Guerra da Independncia A independncia no foi aceita imediatamente por todos. Governadores e comandantes militares portugueses de algumas provncias no aceitaram a separao e resistiram deciso de D. Pedra. Desencadearam-se lutas em praticamente todo territrio nacional, principalmente no Par, Maranho, Piau, Bahia e Cisplatina (atual Uruguai), onde o nmero de comerciantes com interesses vinculados a Portugal era maior. Esses rebeldes foram derratados por foras populares e militares comandadas por mercenrios estrangeiros enviados pelo governo imperial. A Cisplatina incorporada ao Brasil em 1821, levantou-se em

PRIMEIRO REINADOAntecedentes O bloqueio continental; a instalao do governo de D. Joo VI no Brasil (1808-1821) provocou a transferncia da capital do Imprio de Lisboa para o Rio de Janeiro e o fim da condio colonial, fato reconhecido de direito, em 1815, quando o Brasil foi elevado a Reino Unido a Portugal e Algarves, o Brasil deixava de ser Colnia de Portugal. Realizaes do Perodo Joanino A abertura dos portos (1808), a instalao de indstrias (1810); foi criado o Banco do Brasil, a Fbrica de Plvora, o Jardim Botnico, a Biblioteca Nacional; foi criado o ensino superior no Brasil, com a fundao de duas escolas de medicinas; foi fundada a Imprensa Rgia, que iniciou a publicao do jornal Gazeta do Rio de Janeiro. Em poltica externa, anexou a Guiana Francesa e a Banda Oriental (atual Uruguai) e fez uma aliana com a ustria, casando seu filho D. Pedra I com a princesa Leopoldina. Enfrentou e dominou um movimento liberal, a Revoluo Pernambucana de 1817 e a Revoluo liberal do Porto (1820). Revoluo Liberal do Porto Origens: a situao calamitosa, a crise econmica, o descontentamento popular: dficit, fome, misria e decadncia do comrcio caracterizavam o dia-a-dia dos portugueses. Esses fatores, aliados difuso das idias liberais, resultaram na Revoluo Liberal do Porto, em 1820. Importncia: Os revolucionrios portugueses passaram a exigir o regresso de D. Joo VI. Pressionado pelos portugueses, em 25 de abril de 1821, D. Joo VI partiu para Portugal e, atravs de um decreto, entregou a seu filho D. Pedra a regncia do Brasil, o que abriu espao para a independncia. Contradies: O

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 10

armas em 1825, lutando pela sua independncia, da grave situao em que se encontrava. que conseguiu em 1828, aps trs anos de uma Abdicao de D. Pedro guerra desastrosa para o Brasil. A morte de D. Joo VI veio trazer novos problemas. Constituio Outorgada de 1824 D. Pedro era o herdeiro natural e deveria assumir Em 1824, finalizou-se o texto da Constituio. A o trono portugus com o ttulo de D. Pedro VI. constituio imperial determinava um modelo Este hesitava entre assumir o trono portugus no centralizador, com o Imperador nomeando os Brasil e permanecer no Brasil. Por fim, ele presidentes de provncias e estas gozando de resolver permanecer no Brasil, em favor de sua escassa autonomia. Previam-se quatro poderes: filha Maria da Glria, de sete anos. Isso gerou o Legislativo, com senado vitalcio e o deputado uma guerra civil, pois D. Miguel, irmo de D. durava quatro anos; o Executivo, representado Pedro I, tambm reivindicava o trono. D. Pedro pelo conselho de ministros presidido pelo nomeia um ministrio mais liberal, o Ministrio Imperador; o Judicirio, composto por ministros dos Brasileiros, na tentativa de conciliar os nomeados e demitidos diretamente pelo problemas. A medida veio tardiamente. No dia 5 Imperador; e, o Moderador, este exclusivo do de abril, por se recusar a reprimir manifestaes imperador. D. Pedro tinha o direito de intervir em populares, o novo ministrio foi demitido. todos os demais poderes. Determinava-se ainda Formou-se ento o Ministrio dos Marqueses, que a religio catlica seria oficial e que a integrado por elementos do Partido Portugus. A representao poltica teria carter censitrio, reao do povo foi violenta, que reunido no podendo votar eleitores com determinada renda. Campo da Aclamao, conseguiu a adeso da Confederao do Equador prpria guarda pessoal do imperador, que aderiu Razes: descontentamentos resultantes da Carta manifestao. No restava a D. Pedro nada Outorgada em 1824 foram claramente mais a fazer a no ser abdicar. No dia 7 de abril manifestados em Pernambuco, onde reinava um 1931, o imperador abandonava o trono brasileiro, clima revolucionrio desde o movimentode 1817. deixando-o para o seu filho, ento com cinco Favorecendo as intenes de recolonizao, anos de idade, que ficou sob a tutela de Jos eliminando a representao popular, restringindo Bonifcio. at a participao da aristocracia, a Carta de EXERCCIOS 1824 fez explodir as condies internas latentes em Pernambuco h muito tempo. 1. (UNIFESP) Realizada a emancipao poltica em A revoluo teve curta durao. Obtendo um 1822, o Estado no Brasil emprstimo de um milho de libra dos ingleses, a) surgiu pronto e acabado, em razo da D. Pedro contratou mercenrios para reprimi-Ia, continuidade dinstica, ao contrrio do que comandados por Cochrane e Taylor. As tropas ocorreu com os demais pases da Amrica do brasileiras eram comandadas pelo brigadeiro Sul. Francisco de Lima. Cercados e divididos, os b) sofreu uma prolongada e difcil etapa de rebeldes foram derrotados. Pais de Andrade consolidao, tal como ocorreu com os demais conseguiu fugir e Frei Caneca foi preso e pases da Amrica do Sul. condenado morte. c) vivenciou, tal como ocorreu com o Mxico, um Reconhecimento externo da independncia longo perodo monrquico e uma curta ocupao Os Estados Unidos foram o primeiro pas a estrangeira. oficialmente considerar o Brasil independente. d) desconheceu, ao contrrio do que ocorreu com Em 1825, Portugal assinou o acordo de os Estados Unidos, guerras externas e conflitos reconhecimento, pelo qual receberia do Brasil, internos. como indenizao, dois milhes de libras. Nosso e) adquiriu um esprito interior republicano muito pas no possua essa quantia. Por outro lado, semelhante ao argentino, apesar da forma Portugal j tinha com os ingleses uma dvida alta. exterior monrquica. A Inglaterra, ento, emprestaria o dinheiro ao 2. 2. (FATEC) Embora sem a mesma intensidade Brasil para pagar Portugal. Este, por sua vez, das lutas ocorridas na Amrica Espanhola, saldaria com essa importncia parte da dvida ocorreu no Brasil a Guerra de Independncia, com os ingleses. que assolou o Imprio entre 1822 e 1823, e Declnio do Primeiro Reinado sobre a qual correto afirmar que: Razes: crise econmica. Em meados de 1825, a a) foi uma guerra apenas em seu carter formal, Inglaterra exportava para o Brasil a mesma pois as guarnies portuguesas renderam-se em quantidade de mercadorias que exportava para vez de combater. todas as suas colnias americanas. O Brasil b) a resistncia lusa foi estimulada pelos britnicos, perdeu uma boa parcela de seu mercado preocupados com a posio liberal dos EUA aucareiro diante da utilizao da beterraba na frente independncia das colnias latinoproduo de acar, altos juros sobre os americanas. emprstimos estrangeiros, pagos com a c) as foras brasileiras de terra e mar estavam sob realizao de novos emprstimos. D. Pedro foi o comando do almirante Smith. perdendo prestgio por no conseguir tirar o pas

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 11

d)

foi uma guerra de carter limitado, pois a maioria das provncias brasileiras aderiu pacificamente independncia. e) os combates mais violentos ocorreram no Rio de Janeiro e na Bahia, onde as tropas portuguesas eram mais numerosas. 3. (UNESP)" Brasileiros do norte! Pedro de Alcntara, filho de d. Joo VI, rei de Portugal, a quem vs por uma estpida condescendncia com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos ( ... ). No queremos um imperador criminoso, sem f nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederao do Equador! Viva a constituio que nos deve reger! Viva o governo supremo, que h de nascer de ns mesmos! " (Proclamao de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederao do Equador, 1824.) A proclamao de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida: a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assemblia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional. b) como um desabafo das lideranas da regio norte do pas, que no foram consultadas sobre a aclamao de D. Pedro. c) no mbito das lutas regionais que se estabeleceram logo aps a partida de D. Joo VI para Portugal. d) como resposta tentativa de se estabelecer, aps 1822, um regime controlado pelas cmaras municipais. e) como reao poltica adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses. 4 . (UNIFESP)Os membros da loja maonlca fundada por Jos Bonifcio em 2 de junho de 1822 (e que no dizer de Frei Caneca no passava de um "clube de aristocratas servis") juraram "procurar a integridade e independncia e felicidade do Brasil como Imprio constitucional, opondo-se tanto ao despotismo que o altera quanto anarquia que o dissolve". Na viso de Jos Bonifcio e dos membros da referida loja manica, o despotismo e a anarquia eram encarnados, respectivamente, a) pelos que defendiam a monarquia e a autonomia das provncias. b) por todos quantos eram a favor da c) independncia e unio entre as provncias. d) pelo chamado partido portugus e os republicanos ou exaltados. e) pelos partidrios da separao com Portugal e da unio sul-americana. f) pelos partidos que queriam acabar com a escravido e a centralizao do poder. 5.(UNESP) Assinale a alternativa correta sobre a histria do Brasil Imperial. a) A Constituio de 1824 instituiu o regime monrquico-constitucional e o princpio da diviso de poder. Foram estabelecidos trs poderes: o legislativo, o executivo e o moderador.

b)

A Revoluo Praieira (1842) expressou o descontentamento dos liberais mineiros em relao aos rumos tomados pelo Imprio com o chamado "golpe da maioridade", arquitetado pelos conservadores. A denominao "praieira" derivava do logradouro (a rua da Praia) onde se localizava o jornal "O liberal", porta-voz dos revolucionrios. c) Os republicanos foram proscritos da vida poltica do pas pelo Ato Adicional de 1834. Apesar da proibio, em 1870, um grupo de profissionais liberais fundou um partido republicano em So Paulo, que funcionou na clandestinidade at a proclamao da Repblica. d) A chamada "Lei do Ventre Livre" (1871) declarou livre todo filho de mulher escrava nascido a partir de sua promulgao. Alm disso, continha outras disposies tendentes a abolir gradualmente a escravido, entre as quais a facilitao dos processos de alforria dos escravos nascidos antes da Lei. e) O legislativo imperial era bicameral, isto , composto de duas cmaras: a Cmara dos Deputados e o Conselho de Estado. Os mandatos dos deputados eram temporrios e os dos conselheiros de Estado eram vitalcios 6.(UNI FOR) Aps a emancipao poltica de 1822, se trataria de organizar o Estado independente brasileiro. No ano seguinte, foi convocada uma Assemblia Constituinte que pudesse dotar o pas de um arcabouo legal, regulamentando a sua administrao. Sobre isso assinale a nica alternativa incorreta: a) Temendo ter seu poder limitado pela Constituio, D. Pedro I dissolveu a Assemblia Constituinte e nomeou um Conselho de Estado que o ajudou a redigir um projeto constitucional, que no seu final restringia sobremaneira a participao poltica dos grupos sociais. b) Durante a feitura da Constituio, foi sugerido um projeto que subordinava o poder executivo e as Foras Armadas ao poder legislativo e dava a este ampla soberania. O projeto propunha, ainda, a instituio do voto censitrio, por meio do qual eleitores e candidatos teriam que comprovar elevada renda para poderem participar dos processos polticos. c) A Constituio outorgada por D. Pedro I, em 1824, estabeleceu a monarquia hereditria, a diviso poltico-administrativa do territrio brasileiro em provncias e a separao do poder poltico em quatro ramos, apresentando a figura do poder moderador exclusivo do Imperador. d) A Constituio de 1824 considerava livres todos aqueles nascidos no Brasil ou naturalizados brasileiros, porm estabelecia, em relao aos direitos polticos, ntidas diferenas, sendo os cidados divididos em trs grupos: passivos, ativos votantes e ativos eleitores elegveis. e) A maioria dos noventa deputados constituintes defendia a criao de uma Repblica democrtica (nos moldes franceses) que

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 12

garantisse os direitos individuais, limitasse severamente os poderes do Imperador e impusesse aristocracia o fim da escravido. 7. (CEFET-PI) Aps a independncia poltica, em 1822, o processo de formao do Estado brasileiro encontra vrias possibilidades de leitura, em virtude da diversidade de projetos polticos existentes no Brasil, nas primeiras dcadas do sculo XIX. A respeito do cenrio poltico vigente no Brasil durante o Primeiro Reinado, CORRETO afirmar: a) Ao proclamar a Independncia, o prncipe D. Pedro rompeu com a comunidade portuguesa. A direo poltica do Pas foi entregue aos homens aqui nascidos, gerando o antilusitanismo na poca. b) Em 1831, as elites polticas brasileiras estreitaram a aliana com o Imperador, favorecidas com a ampliao de poderes atribudos ao Legislativo. Isso possibilitou D. Pedro I abdicar em nome de seu filho e assumir o trono portugus. c) Jos Bonifcio apoiou a Independncia do Brasil dentro de uma proposio centralista, marca do Estado brasileiro durante o Primeiro Reinado. d) Aps a Independncia, os diferentes grupos liberais existentes no Brasil uniram-se em torno da centralizao do poder. e) Com a abdicao de D. Pedro I, iniciou-se um perodo marcado pelo crescimento econmico decorrente da produo de caf, o que possibilitou a elaborao do Ato Adicional (1834), que deu estabilidade econmica ao Imprio 8. (UFAL) Revolta que teve incio em Pernambuco, estendendo-se Paraba, Rio Grande do Norte e ao Cear, motivada pelo descontentamento popular em relao a D. Pedro I. Os revoltosos adotaram o lema Religio, Independncia, Unio e Liberdade, at mesmo uma bandeira fora escolhida como smbolo da nova Repblica a ser proclamada pelos revolucionrios em 1824. Essa revolta denominou-se: a) Praieira. b) Pernambucana de 1817. c) Confederao do Equador. d) Setembrada. e) Cabanada.

PERODO REGNCIAL

Tendo o herdeiro do trono cinco anos, iniciaram-se as regncias. Inicialmente composta por trs membros: provisria, em 1831 e permanente, 1831-1835; depois composta por um membro: Diogo Antnio Feij (18351837) e Arajo Lima (1837-1840). Transformaes Polticas Depois da abdicao de D. Pedro I, o poder poltico no Brasil ficou dividido em trs grupos diferentes, que dominaram a vida pblica brasileira at 1834, ano da morte de D. Pedro I. GRUPO DOS RESTAURADORES - Defendia a volta de D. Pedro I ao governo do Brasil. Era

composto alguns militares e grandes comerciantes portugueses. Uma das principais figuras desse grupo foi Jos Bonifcio, tutor do prncipe Pedro de Alcntara. GRUPO .DOS MODERADOS - Defendia o regime monrquico, mas no estava disposto a aceitar um governo absolutista e autoritrio. Era favorvel a um poder no Rio de Janeiro e lutava para manter a unidade territoriai do Brasil. GRUPO DOS LIBERAIS EXALTADOS - - Defendia um maior poder administrativo para as Provncias. Era favorvel a uma descentralizao do poder, que se concentrava na mudana do regime monrquico para um regime republicano. REVOLTAS: Foi uma poca de instabilidade poltica, com diversas revolues provinciais, como a Farroupilha (Rio Grande do Sul), a Balaiada (Maranho), a Cabanagem (Par) e a Sabinada (Bahia), nas quais um dos motivos preponderantes era o desejo de maior autonomia provincial que foi concedida pelo Ato Adicional (1834), que criou os legislativos provinciais, fazendo outras concesses federalistas. Etapas do Perodo Regencial So os seguintes os perodos regnciais, que se estenderam durante nove anos, de 1831 at 1840. Regncia Trina Provisria - Devido minoridade do herdeiro do trono para governar o Brasil foram eleitos, provisoriamente, Francisco de Lima e Silva, Jos Joaquim Carneiro de Campos e Nicolau Campos Vergueiro. Essa regncia durou de abril a julho de 1831. Regncia Trina Permanente - Governou mais de 4 anos. Membros: Francisco de Lima e Silva, Joo Brulio Muniz e Jos Costa Carvalho. Foi a regncia do perodo mais violento. O Padre Diogo Feij se projetou como defensor da ordem pblica atravs da criao da Guarda Nacional. Jos Bonifcio, tutor de D. Pedro 1 1 foi substitudo , pelo Marqus de Itanham. O Ato Adicional de 1834 alterou a Constituio de 1824, pois transformou os Conselhos Gerais das Provncias em Assemblias Provinciais, criou o Distrito Federal, aboliu o Conselho de Estado e trahsformou a Regncia Trina em Una. Regncia Una de Feij (1835-1837) - Era regente Diogo Antnio Feij, padre. Foi prejudicada pela forte disposio parlamentar. Regncia Una de Arajo de Lima (1837-1840) Feij renunciou em favor de Arajo de Lima. Essa regncia terminou devido antecipao da maioridade de Dom Pedro que, com 14 anos de idade, foi coroado imperador do Brasil e passou a usar o ttulo de D. Pedro I I .

EXERCCIOS1.(UNIFOR) Podemos perceber vrias rebelies no chamado "Perodo das Regncias". Sobre isso, assinale a alternativa correta: a) A Cabanagem foi um movimento da elite do Par contra os altos impostos cobrados pelo governo imperial sobre os produtos que saam da

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 13

provncia pelo Porto de Belm, que no. precisou da represso das tropas governamentais, sendo resolvido atravs da negociao de cargos e favores entre os governos da provncia e do pas. b) As chamadas rebelies regenciais tinham forte cunho liberal, questionavam o excesso de centralizao poltica e a situao de misria do povo brasileiro, alm de reivindicar mais liberdade e maior participao no cenrio poltico. . c) As rebelies regenciais tinham como fio condutor a luta contra a escravido e a criao de um sistema republicano no Brasil que garantisse o fim da instabilidade poltica e criasse uma forma mais justa de cobrana de impostos. . d) A Revoluo Farroupilha foi uma das mais conseqentes revoltas do perodo regencial, pois alm de reivindicar maior autonomia provincial e a reduo dos altos impostos, defendia a total e imediata abolio da escravido e at mesmo uma reforma agrria que distribusse terras com os ex-escravos. e) Os revoltosos que fizeram parte da Sabinada na Bahia defendiam a abolio da escravido, ao ponto de no terem definido uma posio clara sobre a autonomia da provncia, ao contrrio de todas as outras revoltas do perodo regencial. 2.(UNIFESP)Como elemento comum aos vrios movimentos insurrecionais que marcaram o perodo regencial (1831-1840), destaca-se: a) a oposio ao regime monrquico. b) a defesa do regime republicano. c) o repdio escravido. d) o confronto com o poder centralizado. e) o boicote ao voto censitrio. 3.(UNESP) Sobre as revoltas do Perodo Regencial (1831-1840), correto afirmar que: a) indicavam o descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de cunho liberal e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional. b) algumas, como a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA), foram organizadas pelas elites locais e no conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos. c) provocavam a crise da Guarda Nacional, espcie de milcia que atuou como poder militar da Independncia do pas at o incio do Segundo Reinado. d) a Revolta dos Mals (BA) e a Balaiada (MA) foram as nicas que colocaram em risco a ordem estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias. e) expressavam o grau de instabilidade poltica que se seguiu abdicao, o fortalecimento das tendncias federalistas e a mobilizao de diferentes setores sociais. 4.(PUC-MG) Em 12 de agosto de 1834, promulgou-se o Ato Adicional, que tinha, entre seus objetivos, tentar conciliar os interesses dos restauradores, dos exaltados e dos moderados, favorecendo a articulao desses grupos nos nveis regionais. Esse

Ato: a) instituiu as Assemblias Legislativas provinciais, extinguiu o Conselho de Estado e concedeu autonomia s provncias substituindo a Regncia Trina pela Regncia Una eleita. b) fundiu o poder pblico com o poder privado, permitindo a formao dos destacamentos. da Guarda Nacional, na qual apenas podenam ingressar os que detivessem uma renda mnima de 100 mil reis. c) expulsou da marinha e do exrcito a maior parte da alta oficialidade, em geral composta de portugueses, que comandava soldados recrutados entre as camadas mais pobres das cidades e vilas. d) promoveu a unio das foras polticas ao suprimir a autonomia das provncias, garantindo a centralizao do poder e submetendo a Guarda Nacional a delegados eleitos. e) instituiu o sistema parlamentarista de governo no Brasil e decretou a antecipao da maioridade do imperador, colocando no trono um monarca adolescente, na poca com apenas 15 anos de idade. 5.(UNESP) Documentos inditos descobertos na Inglaterra relatam que, apenas 13 anos depois de proclamada a Independncia, o governo brasileiro pediu auxlio militar s grandes potncias da poca Inglaterra e Frana - para reprimir a Cabanagem ( ... ) no Par. ( ... ) Em 1835, o regente Diogo Antnio Feij reuniu-se secretamente com os embaixadores da Frana e da Gr-Bretanha. Durante a reunio, Feij pediu ajuda militar, de 300 a 400 homens para cada um dos pases, no intuito de ajudar o governo central brasileiro a acabar com a rebelio. (Lus Indriunas, Folha de S.Paulo,13.10.1999). A partir das informaes apresentadas pelos documentos encontrados, correto afirmar que o perodo Regencial: a) foi marcado pela disputa poltica entre regressistas e progressistas, que defendiam, respectivamente, a escravido e a imediata abolio da escravatura. b) pode ser considerado parte de um momento especial de construo do Estado nacional no Brasil, durante o qual a unidade territorial esteve em perigo. c) no apresentou grande preocupao por parte das autoridades regenciais e nem da aristocracia rural, apesar das inmeras rebelies espalhadas pelo pas. d) teve como caracterstica marcante a ampliao da participao popular por meio do voto universal e da criao do Conselho de Representantes das Provncias do Imprio. e) teve como momento mais importante a aprovao do Ato Adicional de 1834, que estabeleceu medidas poltico-administrativas voltadas para a centralizao poltica. 6.(IBMEC) A revolta dos Mals aconteceu em janeiro de 1835, em pleno Brasil Imprio. Como

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 14

disse o historiador Joo Jos Reis, um estudioso do tema, essa rebelio se faz importante por ter sido realizada por negros muulmanos que tomaram as ruas de Salvador por trs horas. Essa revolta, apesar do seu pouco tempo de durao, provocou reaes fortes no povo e no governo brasileiro do sculo XIX. Sobre essa rebelio e as reaes que causou podemos dizer que: a) houve o aumento do medo de um movimento como o ocorrido no Haiti entre 1791 e 1804, onde uma revoluo escrava "destruiu" a escravido e criou uma nao governada por negros. Era o perigo da "haitianizao" do Brasil. b) a elite se aproveitou dessa situao para, por um lado, estender um maior controle tambm populao livre e liberta e, por outro, tentar ganhar a confiana dos escravos nascidos em solo brasileiro, dando mais liberdades no ir e vir desses escravos. c) os africanos foram os mais perseguidos; aps o fim da rebelio, muitos foram deportados, outros executados outros castigados ou ainda presos, o governo teve o cuidado de proibir a vinda de novos africanos para o Brasil. Foi o fim do trfico assinado um ano aps a revolta. d) ainda h dvidas quanto participao de negros muulmanos em seu interior, pois existem poucos documentos sobre essa revolta, uma vez que praticamente tudo o que foi escrito sobre ela foi queimado pelos que temiam novas rebelies. e) aps essa revolta as polticas de controle aumentaram, mas aumentaram tambm as discusses sobre o fim do trfico, e mesmo a abolio da escravatura, discusses que se transformaram em leis, graas a Jos Bonifcio, logo aps esse levante escravo. 7.(UFAL) As primeiras modificaes da Constituio do Imprio foram estabelecidas durante a Regncia Trina Permanente, por meio do Ato Adicional, promulgado em 12 de agosto de 1834, de importncia significativa porque: a) limitava os poderes excessivos das Cmaras Municipais, que poderiam dividir a Nao. b) a regncia passou a ser exercida por um conselho de ministros, eleito para exercer um mandato de quatro anos. c) fora criado em Salvador, o municpio neutro. d) antecipava a maioridade de O.Pedro I, evitando um golpe dos conservadores. e) ampliava a autonomia das Provncias, neutralizando a tendncia centralizadora do Primeiro Reinado. 8.(UNIT AU) A coroao de O. Pedro 11, antecipada por uma manobra poltica do Parlamento que ficou conhecida como o "golpe da maioridade", teve como conseqncia: a) O acirramento da disputa entre liberais e conservadores, que defendiam, respectivamente, o unitarismo e o federalismo. b) A unio da classe poltica em torno do imperador

c) d)

e)

SEGUNDO IMPRIO

e o fim da discusso acerca da centralizao ou descentralizao do poder. A democratizao da poltica brasileira atravs da reduo da renda mnima exigida dos cidados parque pudessem ter o direito ao voto. A fundao do Partido Republicano Federalista pelos antigos liberais radicais, que no aceitavam a continuidade da monarquia e reivindicavam o direito ao voto. A presso poltica dos demais pases da Amrica, sobretudo dos EUA, contra a nica monarquia do continente, o Estado brasileiro.

Poltica externa e Campanhas Militares Consolidaram-se, tambm, os dois partidos polticos, Liberal e Conservador, ambos representantes dos proprietrios rurais. Nossa poltica externa passou a ter prioridade, orientando-se no sentido de evitar o fortalecimento da Argentina, Uruguai e Paraguai, mantendo-se o equilbrio sulamericano. Campanhas Platinas A regio platina formada pela Argentina, Paraguai e Uruguai. O rios que banham estes territrios constituiam o melhor caminho para atingir certas regies de nosso interior, especialmente o Mato Grosso. Preocupado com a livre navegao no Rio da Prata, O. Pedro 11 enviou para a regio um contingente militar, sob o comando de Caxias, vencendo as foras uruguaias. Guerra do Paraguai Se estendeu de 1865 a 1870. Nessa poca, sob o governo de Francisco Solano Lpez, o Paraguai era um pas praticamente auto-suficiente produzia tudo aquilo que precisava - mas no tinha sada para o mar; para chegar ao mar passava pelo rio da Prata, nas fronteiras com o Brasil, a Argentina e o Uruguai, e tinha, por isso mesmo, interesse em aumentar seu territrio. O Brasil tinha interesse em controlar a navegao por esses rios, que era o caminho mais fcil para o Mato Grosso. A Argentina pretendia que o Paraguai voltasse a fazer parte do seu territrio. A Inglaterra via na Guerra uma oportunidade de abrir o mercado paraguaio aos seus produtos. Juntandose aos interesses, a Inglaterra emprestou dinheiro, a juros altos, e o Brasil, a Argentina e Uruguai entraram com soldados. No fim de 5 anos de combates, a Inglaterra s ganhou - com o retorno do dinheiro emprestado e dos juros e com a abertura do mercado paraguaio ao seus produtos; o Brasil e a Argentina ganharam terras paraguaias - e perderam - milhares de mortos e a destruio de suas economias; o Paraguai s perdeu - com a sua destruio, foram mortos trs em cada quatro paraguaios, sua populao passou de 800 000 para 194 000 pessoas. Terminada a Guerra, o Imprio brasileiro estava com sua economia fortemente abalada e o exrcito

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 15

passou a assumir posies contrrias sociedade escravista. A Economia do Caf - Caf: soluo para a crise econmica - Regies de plantao de caf: Oeste paulista e Vale do Paraba - Mo-de-obra escrava - Os "bares do caf": poder econmico e poltico - Chegada de imigrantes (Itlia e Alemanha) - Incentivo do governo - Trabalho assalariado nas indstrias e fazendas de caf - Mistura cultural: africana + europia + indgena - Cpia de modelos europeus (franceses). A abolio da escravatura Presses da Inglaterra: queria um mercado consumidor maior no Brasil - Lei Eusbio de Queiroz (1850) - fim do trfico negreiro - reaes de escravos: quilombos, revoltas e fugas - criticas: poetas, universitrios, militares, povo em geral - Lei do Ventre Livre (1871) e dos Sexagenrios (1885) Declnio do Segundo Reinado A crise do Imprio foi resultado das transformaes processadas na economia e na sociedade, a partir do sculo XIX, somando-se conduziram importantes setores da sociedade a uma concluso: a Monarquia precisava ser superada para dar lugar a um outro regime politico mais adaptado aos problemas da poca. A crise do Imprio foi marcada por uma srie de questes que desembocaram na Proclamao da Repblica. QUESTO ABOLICIONISTA Os senhores de escravos no se conformaram com a abolio da escravido e com o fato de no terem sido indenizados. Sentindo-se abandonados pela Monarquia passaram a apoiar a causa republicana, surgindo os chamados Republicanos de 13 de Maio (chamada assim por causa da data em que a Lei urea foi assinada). As principais leis que contribuiram para o fim da escravido no Brasil foram: 1850, Lei Eusbio de Queiroz (extinguia o trfico negreiro); 1871, Lei do Ventre Livre (os filhos de escravos seriam considerados livres, devendo aos proprietrios cri-I os at os oito anos); 1885, Lei dos Sexagenrios (quando o escravo completasse 65 anos eles estariam libertos); e 13 de Maio de 1888, Lei urea (abolio total da escravido, assinada pela princesa Isabel, que substituia provisoriamente o Imperador). QUESTO RELIGIOSA A questo religiosa consistiu num conflito entre dois bispos, D. Vital e D. Macedo Costa, que insistiram em aplicar no pas determinaes papais que no haviam obtido a aprovao (placet) do Imperador, como determinava a

constituio. Esse poder de veto imperial chamava-se beneplcito. Processados e condenados, o assunto serviu para afastar a igreja do trono. QUESTO MILITAR Durante o Imprio havia sido aprovado o projeto Montepio, pelo qual as familias dos militares mortos ou mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma penso. A guerra terminara em 1870 e em 1883 o montepio ainda no estava pago. Os militares encarregaram ento o tenente-coronel Sena Madureira de defender os seus direitos. Este, depois de se pronunciar pela imprensa, atacando o projeto Montepio, foi punido. A partir de ento, os militares ficaram proibidos de dar declaraes imprensa sem prvia autorizao imperial. O descaso que alguns polticos e ministros conservadores tinham pelo Exrcito levava-os a punir elevados oficiais, por motivos qualificados como indisciplina militar. As punies disciplinares conferidas ao tenente-coronel Sena Madureira e ao coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos, provocou revolta em importantes chefes de Exrcito, como o Marechal Deodoro da Fonseca. Proclamao da repblica O Governo Imperial, percebendo, embora tardiamente, a dificil situao em que se encontrava com o isolamento da Monarquia, apresentou Cmara dos Deputados um programa de reformas politicas, do qual constavam: liberdade de f religiosa; liberdade de ensino e seu aperfeioamento; autonomia das Provincias; mandato temporrio dos senadores. Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 18889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de Janeiro. Na noite de do dia 15, constituiu-se o Governo Provisrio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil. D. Pedro II, que estava em Petrpolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um respeitoso documento do novo Governo, solicitando que ele se retirasse do Pas, juntamente com sua famlia. Proclamada a Repblica, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisrio, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca.

EXERCCIOS:1.(UNIFOR) Assinale a alternativa que contm uma ou mais causas que no contriburam para o processo que ps fim ao Imprio Brasileiro. a) Movimento abolicionista, mentalidade positivista, lanamento do Manifesto Republicano. b) Movimento republicano, atritos do governo imperial com a Igreja, luta contra a monarquia. c) Insatisfaes do exrcito, formao de partidos republicanos, trabalho assalariado. d) Abolio da escravido, conflitos

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 16

Inter oligrquicos, aliana entre exrcito e cafeicultores. e) Aliana do exrcito com o imperador, processo de imigrao, pensamento liberal. 2.(PUC) Entre 1864 e 1870, a Guerra do Paraguai ops o Paraguai Trplice Aliana, composta por Argentina, Brasil e Uruguai. Sobre essa Guerra, possvel afirmar corretamente que: a) se relaciona ao processo de construo dos Estados Nacionais na regio do Prata e disputa pela hegemonia na regio. b) demonstrou a fragilidade militar dos pases envolvidos e permitiu a penetrao armada e comercial norte-americana na regio. c) resultou exclusivamente da ambio excessiva de Solano Lpez, ditador do Paraguai, e de seus interesses expansionistas. d) consolidou a hegemonia espanhola na regio e impediu a concluso do processo de independncia poltica do Paraguai. e) levou ao rompimento das relaes diplomticas entre os quatro pases e busca, por eles, de parcerias mercantis com a Inglaterra. 3.(ESPM). "A repblica era vista por essa filosofia como o nico caminho para o progresso. Um dos seus divulgadores no Brasil foi Benjamin Constant, professor da Escola Militar, onde tornou-se conhecido por pregar ideais expressos na trilogia 'O Amor por princpio, a Ordem por base e o Progresso por fim', que depois da proclamao da repblica, ele cunharia na bandeira brasileira sob o lema 'Ordem e Progresso'." (Ronaldo Vainfas. Dicionrio do Brasil Imperial) O texto trata da filosofia: a) marxista; b) liberal; c) socialista utpica; d) absolutista; e) positivista. 4.(FGV) A questo religiosa, na dcada de 1870, e a questo militar, na dcada de 1880, estiveram entre os fatores que contriburam para o desgaste da monarquia no Brasil. Essas questes giraram, em termos ideolgicos, respectivamente, em torno dos seguintes pares: a) catolicismo-fundamentalismo e republicanismodemocracia. b) jesuitismo-Iaicismo e liberalismoprofissionalismo. c) espiritualismo-secularizao e conservadorismohierarquia. d) padroado-maonaria e positivismo-abolicionismo. e) disciplina-monstica e ordem-progresso. 5.(PUC-MG) Durante o Brasil Imprio, na fase final do Segundo Reinado, registraram-se significativas mudanas socioeconmicas na sociedade brasileira, as quais estabeleceram um novo rumo para o desenvolvimento nacional. O marco histrico desse processo foi : a) o grande desenvolvimento industrial urbano do

pas e a decadncia da lavoura cafeeira como principal fonte agroexportadora nacional. b) a decadncia do escravismo brasileiro e a substituio do trabalho escravo pelo trabalho livre. c) o movimento campons na Bahia (Revolta de Canudos) e a diviso fundiria do Nordeste em pequenas propriedades agrcolas. d) a organizao dos trabalhadores rurais em sindicatos, que incrementaram movimentos polticos em favor da regulamentao do trabalho no campo. e) o declnio das oligarquias rurais e a ascendncia da classe operria que, politicamente organizada, contribuiu para a mudana da ordem poltica nacional. 6.(PUC) Durante o Segundo Imprio (1840-1889), o Brasil passou por uma fase de implantao de tecnologia estrangeira. O telgrafo e o transporte ferrovirio so exemplos privilegiados da tentativa de modernizar o pas. Pode-se considerar que esse esforo foi: a) resultado da busca de uma integrao mais clara com o mercado internacional, pois permitia adquirir tecnologia estrangeira e intensificar a exportao de produtos agrcolas. b) resultado exclusivo da mentalidade progressista do Imperador D. Pedro 11, homem de letras e amigp de grandes inventores, e por isso deixou de ocorrer aps a proclamao da Repblica. c) relacionado s determinaes inglesas de substituir a mo-de-obra escrava por assalariada, pois esta implicava intensa mecanizao da agricultura e exigncia de operrios especializados nas fbricas. d) voltado ampliao do relacionamento comercial brasileiro com os pases vizinhos da Amrica do Sul, e por isso ocorreu logo aps as campanhas militares brasileiras no Prata. e) rejeitado pelos abolicionistas, que consideravam a modernizao tecnolgica uma forma de perpetuar a utilizao de mo-de-obra escrava, pois no exigiria maior qualificao do trabalhador. 7.(MACKENZIE) O caf, principal responsvel pelas transformaes sociais, econmicas e polticas ocorridas no Brasil na segunda metade do sculo XIX, foi tambm elemento que determinou: a) a recuperao das regies Norte e Nordeste do pas, que passaram a ser integradas produo cafeeira do Sudeste, fornecendo a mo-de-obra escrava necessria para o desenvolvimento da lavoura de caf. b) a completa alterao dos quadros econmicos herdados do nosso passado colonial, ao possibilitar a expanso de outros setores, como o industrial, favorecido pelo expressivo aumento do mercado consumidor interno. c) a estabilizao da economia nacional, que favorecida pela exportao de sucessivas supersafras do produto e pela rentabilidade dos

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 17

preos, garantida pela Conveno de Taubat, que determinava o valor mnimo por saca exportada. d) o incremento das relaes assalariadas de produo e possibilitou a acumulao de capitais que, alm de reinvestidos na prpria expanso da lavoura cafeeira, foi, por vezes, aplicado em outros setores de produo, como o industrial. e) a estabilizao da balana comercial nacional, que passou a apresentar supervit, em contraponto aos constantes dficits do I Reinado; porm, isso no foi suficiente para contrair novos emprstimos no exterior. 8. (FUVEST) "Firmemos, sim, o alvo de nossas aspiraes republicanas, mas voltemos para o passado sem dios, sem as paixes efmeras do presente, e evocando a imagem sagrada da Ptria, agradeamos s geraes que nos precederam a feitura desta mesma Ptria e prometamos servi-Ia com a mesma dedicao, embora com as idias e as crenas de nosso tempo". Teixeira Mendes, 1881 De acordo com o texto, o autor : a) defende as idias republicanas e louva a grandeza da nao. b) prope o advento da repblica e condena o patriotismo. c) entende que as paixes de momento so essenciais e positivas na vida poltica. d) acredita que o sistema poltico brasileiro est marcado por retrocessos. e) mostra que cada nova gerao deve esquecer o passado da nao. 9.(UNESP) Todo trabalho realizado pelos pretos, toda a riqueza adquirida por mos negras, porque o brasileiro no trabalha, e quando pobre prefere viver como parasita em casa dos parentes e de amigos ricos, em vez de procurar ocupao honesta. (Ina von Binzer. Alegrias e tristezas de uma educadora alem no Brasil, 1881.) Segundo a viso da educadora alem, a sociedade brasileira, no final do sculo XIX, caracterizava-se pela: a) grande generosidade dos brasileiros brancos ricos, que protegiam a populao mais pobre. b) desclassificao das atividades manuais, consideradas contrrias prpria noo de liberdade. c) desigualdade social, ainda que houvesse mecanismos institucionais de distribuio de renda. d) predominncia de famlias diminutas, ainda que conservando seu carter patriarcal. e) presena do trabalho assalariado, que permitia significativa acumulao de capital.

REPBLICA VELHA

Principais caractersticas - Domnio das oligarquias estaduais - Economia de carter primrio com o predomnio do caf

- Poltica dos Governadores e do Caf-com-leite - Voto de cabresto e aberto - Revoltas Tenentistas - Forte de Copacabana, Coluna Prestes, Revolta de 1924 . -Revoltas Populares- Canudos- - NE: pobreza, misria e explorao, - Antnio Conselheiro: lder messinico. O Exrcito destruiu Canudos. - O Cangao: bandos armados no NE, saqueavam fazendas: justia com as prprias mos, Lampio: mais famoso. - A Revolta da Vacina (1904): Rio de Janeiro: crise, desemprego e descontentamento popular. Vacinao obrigatria contra a Varola. Violncia de rua: confrontos, prises . - As Greves (1901 a 1920): Explorao dos trabalhadores. Greves eram tratadas como "casos de polcia" pelo governo - Conquistas dos trabalhadores e fim das greves - Chibata: Revolta dos marinheiros contra o baixo soldo e castigos fsicos. Lder - Joo Cndido Poltica das Salvaes - Crise de 1 929 - Rompimento da poltica do Caf-com-Leite - Eleio de Jlio Prestes - Revoluo de 1930 - Queda de Washington Lus Conhecendo a Repblica Velha Repblica das Oligarquias O perodo que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrrio. Estes polticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleies, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrria do pas. Dominando o poder, estes presidentes implementaram polticas que beneficiaram o setor agrrio do pas, principalmente, os fazendeiros de caf do oeste paulista. A maioria dos presidentes desta poca eram polticos de Minas Gerais e So Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nao e, por isso, dominavam o cenrio poltico da repblica. Sados das elites mineiras e pau listas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrcola, principalmente do caf (paulista) e do leite (mineiro). A poltica do caf-com-leite sofreu duras crticas de empresrios ligados indstria, que estava em expanso neste perodo. Poltica dos Governadores Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta poltica visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores polticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes polticos davam suporte a candidatura presidencial e tambm durante a poca do governo.

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 18

Coronelismo A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da Repblica, principalmente nas regies do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econmico para garantir a eleio dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava at mesmo de violncia para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem nos candidatos indicados. O coronel tambm utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos polticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violncia. Convnio de Taubat Essa foi uma frmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preo do caf abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de caf e estocava. Esperava-se a alta do preo do caf e ento os estoques eram liberados. Esta poltica mantinha o preo do caf, principal produto de exportao, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de caf. A crise da Repblica Velha e o Golpe de 1930 Em 1930 ocorreriam eleies para presidncia e, de acordo com a poltica do caf-com-leite, era a vez de assumir um poltico mineiro do PRM. Porm, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Lus indicou um poltico paulista, Julio Prestes, a sucesso, rompendo com o caf-com-leite. Descontente, o PRM juntase com polticos da Paraba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliana Liberal) para lanar a presidncia o gacho Getlio Vargas. Jlio Prestes sai vencedor nas eleies de abril de 1930, deixando descontes os polticos da Aliana Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getlio Vargas, polticos da Aliana Liberal e milita;es descontentes, provocam a Revoluo de 1930. E o fim da Repblica Velha e incio da Era Vargas. EXERCCIOS: 1.(UECE) A Poltica dos Governadores, inaugurada por Campos Sales, considerada o exemplo mais notrio da poltica de conciliao na histria do Brasil, porque: a) consiste numa troca de favores institucionalizada entre os poderes municipal, estadual e federal, que fortalece as oligarquias; b) significa o apaziguamento das tenses no relacionamento entre civis e militares, difcil desde a Revolta da Armada; . c) pe fim ao chamado Encilhamento, reforma econmica e financeira promovida por Rui Barbosa, a qual tumultuou a vida do pas; d) representa a soluo final para os problemas com a Igreja, enfrentados desde o perodo de

desagregao da monarquia; resolve discusses internas, como as de Canudos e a luta do Contestado, ambas marcadas por um carter messinico. 2.(UFPE) Durante a Repblica Velha predominou a chamada Poltica dos Governadores, cuja a base de sustentao era constituda: a) pelo coronelismo; b) pelos movimentos messinicos; c) pelo voto censitrio d) pela poltica de valorizao do caf. e) pela poltica exterior. 3.(UFPE) A poltica de valorizao do caf, levada a cabo pelos interesses dominantes durante a Repblica Velha, foi concretizada por meio: a) da assinatura do Funding Loan; b) da realizao do Convnio de Taubat; c) da Poltica das Salvaes; d) da Poltica dos Governadores; e) do Encilhamento. 4.(UNIFOR) A Primeira Guerra Mundial pode ser considerada fator de acelerao econmica brasileira porque: a) dificultou as importaes, originando a "indstria de substituio"; b) desenvolveu no Brasil uma indstria blica para abastecer os aliados; c) c)desenvolveu no Brasil uma indstria de base, com intuito de fornecer mquinas para os pases aliados; d) aumentou as relaes comerciais com o pas da Trplice Aliana; e) provocou o desenvolvimento agropecurio do nordeste para abastecer os aliados. 5.(UFBA)Assinale a alternativa que contm, pela ordem, as caractersticas da Constituio do Imprio e da Repblica. a) Estado Federativo e Estado Unitrio, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado, trs poderes autnomos e trs poderes harmnicos entre si. b) b)Estado Unitrio e Estado Provincial, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado, trs poderes autnomos e trs poderes harmnicos entre si. c) Estado Provincial e Estado Federativo, Igreja oficial do Estado e Igreja reconhecida pelo Estado, quatro poderes e trs poderes. d) Estado Unitrio e Estado Autnomo, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado, quatro poderes e trs poderes. e) Estado Unitrio e Estado Federativo, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado, quatro poderes e trs poderes. 6.(Fuvest) Caracteriza o processo eleitoral durante a Primeira Repblica, em contraste com o vigente no Segundo Reinado, a) a ausncia de fraudes, com a instituio do voto secreto e a criao do Tribunal Superior Eleitoral. b) a ausncia da interferncia das oligarquias regionais, ao se realizarem as eleies nos grandes centros urbanos. e)

RESUMOS E EXERCCIOS DE HISTRIA - ORGANIZADOR: Prof. CHIQUINHO

Pgina 19

c) o crescimento do nmero de eleitores, com a extino do voto censitrio e a extenso do direito do voto s mulheres. d) a possibilidade de eleies distritais e a criao de novos partidos polticos para as eleies proporcionais. e) a maior participao de eleitores das reas urbanas ao se abolir o voto censitrio e se limitar o voto aos alfabetizados. 7.(UNESP) O povo assistiu aquilo bestializado, atnito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditavam sinceramente estar vendo uma parada. Aristides Lobo O texto refere-se Proclamao da Repblica, em 15 de novembro de 1889. Podemos, ento, concluir que: a) o movimento contou com slido apoio popular, luta armada e resistncia violenta dos monarquistas. b) o Terceiro Reinado era visto de forma positiva e otimista pela populao, j que a Princesa Isabel tinha uma liderana expressiva, apesar dos valores patriarcais da poca. c) as crticas centralizao monrquica e o surgimento de novos segmentos sociais no tiveram influncia no sucesso do movimento republicano. d) a proclamao vitoriosa resultou da conjugao de parte do exrcito, fazendeiros do oeste paulista e classes mdias urbanas. e) a Guerra do Paraguai no teve relao com o crescimento das idias republicanas e positivistas, fundamentais para o advento da repblica. 8.(FUVEST) "Mete dinheiro na bolsa - ou no bolso, diremos hoje - e anda, vai para diante, firme, confiana na alma, ainda que tenhas feito algum negcio escuro. No h escurido quando h fsforos. Mete dinheiro no bolso. Vende-te bem, no compres maios outros, corrompe e s corrompido, mas no te esqueas do dinheiro ... E depressa, depressa, antes que o dinheiro acabe". (Machado de Assis, 1896.) Essa passagem evoca o clima que se criou no pas com a) a valorizao do caf. b) a Abolio. c) o Encilhamento.