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MAGIA CIGANA Instituto Místico e Terapias Holísticas Ranna Topázio 1

Apostila de Magia Cigana

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Page 1: Apostila de Magia Cigana

MAGIA CIGANAInstituto Místico e Terapias Holísticas Ranna Topázio

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Instituto Místico e de Terapias Holísticas Ranna Topázio

Introdução: 

Há uma lenda cigana, passada por gerações e gerações, que diz que o povo cigano foi guiado por um rei no passado e que se instalaram em uma cidade da Índia chamada Sind onde eram muito felizes. Mas em um conflito, os muçulmanos os expulsaram, destruindo toda a cidade. Desde então foram obrigados a vagar de uma nação a outra... Outras informações sobre as orígens dos ciganos foram obtidas através de estudos linguísticos feitos a partir do século passado. A comparação entre os vários dialetos que constituem a língua cigana, chamada romaní ou romanês, e algumas línguas indianas, como o sânscrito, o prácrito, o maharate e o punjabi, permitiu que se estabelecesse com certeza a orígem indiana dos ciganos. A razão pela qual abandonaram as terras nativas da Índia permanece ainda envolvida em mistério. Parece que eram originariamente sedentários e que devido ao surgimento de situações adversas, tiveram que viver como nômades. Segundo outra lenda, narrada pelo poeta persa Firdausi no século V d.C., um rei persa mandou vir da Índia dez mil Luros, nome atribuído aos ciganos, para entreter o seu povo com música. É provável que a corrente migratória tenha passado na Pérsia, mas em data mais recente, entre os séculos IX e X. Vários grupos penetraram no Ocidente, seja pelo Egito, seja pela via dos peregrinos, isto é, Creta e o Peloponeso. O caráter misterioso dos ciganos deixou uma profunda impressão na sociedade medieval. Mas a curiosidade se transformou em hostilidade, devido aos hábitos de vida muito diferentes daqueles que tinham as populações sedentárias. A presença de bandos de ex-militares e de mendigos entre os ciganos contribuiu para piorar sua imagem. Além disso, as possibilidades de assentamento eram escassas, pois a única possibilidade de sobrevivência consistia em viver às margens das sociedades. Os preconceitos já existentes eram reforçados pelo convencimento difundido na Europa que a pele escura fosse sinal de inferioridade e de malvadeza. Os ciganos eram facilmente identificados com os Turcos porque indiretamente e em parte eram provenientes das terras dos infiéis, assim eram considerados inimigos da igreja, a qual, condenava as práticas ligadas ao sobrenatural, como a cartomancia e a leitura das mãos que os ciganos costumavam exercer. A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma orígem segura não permitia o reconhecimento como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo haviam sido qualificados como Egípcios. A oposição aos ciganos se delineou também nas corporações, que tendiam a excluir concorrentes no artesanato, sobretudo no âmbito do trabalho com metais. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe na criação de lendas e provérbios tendendo a por os ciganos sob mau conceito, a ponto de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Cam, e portanto, malditos (Gênesis 9:25). Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Cristo (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação do Senhor). Dos preconceitos á discriminação, até chegar as perseguições. Na Sérvia e na Romênia foram mantidos em estado de escravidão por um certo tempo; a caça ao cigano aconteceu

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com muita crueldade e com bárbaros tratamentos. Deportações, torturas e matanças foram praticadas em vários Estados, especialmente com a consolidação dos Estados nacionais. Sob o nazismo os ciganos tiveram um tratamento igual ao dos judeus: muitos deles foram enviados aos campos de concentração, onde foram submetidos a experiências de esterilização, usados como cobaias humanas. Calcula-se que meio milhão de ciganos tenha sido eliminado durante o regime nazista. Atualmente, os ciganos estão presentes em todos os países europeus, nas regiões asiáticas por eles atravessadas, nos países do oriente médio e do norte da África. Na Índia existem grupos que conservam os traços exteriores das populações ciganas: trata-se dos Lambadi ou Banjara, populações semi-nômades que os “ciganólogos” definem como “Ciganos que permaneceram na pátria”. Nas Américas e na Austrália eles chegaram acompanhando deportados e colonos; sucessivamente estabeleceram fluxos migratórios para aquelas regiões. Recentes estimativas sobre a consistência da população cigana indicam uma cifra ao redor de 12 milhões de indivíduos. Deve-se salientar que estes dados são aproximados, pois na ausência de censos, esses se baseiam em fontes de informação nem sempre corretas e confirmadas. Na Itália inicialmente o grupo dos Sintos representava uma grande maioria, sobretudo no Norte; mas nos últimos trinta anos esse grupo foi progressivamente alcançado e às vezes suplantado pelo grupo dos Rom provenientes da vizinha ex-Iugoslávia e, em quantidades menores, de outros países do leste europeu. Na Itália meridional já estava presente há muito tempo o grupo dos Rom Abruzzesi, vindos talvez por mar desde os Balcãs.

Costumes

Os ciganos não representam um povo compacto e homogêneo, mesmo pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fracionada no tempo, e que desde a orígem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialetos diferentes. As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência à sedentarização de outros gera uma série de contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente. Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este fato não seja recente, mas de qualquer modo é atribuido às condições socio-culturais nas quais por longo tempo viveram. Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. Sua orígem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua orígem. Não é possível, também em razão da variedade constituída pela presença conjunta de vários grupos, fornecer uma explicação detalhada das diversas tradições. Alguns aspectos principais, ligados aos momentos mais importantes da existência, merecem ser descritos, ao menos em linhas gerais. Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos. No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma

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mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas. A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e consequente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores. No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume de queimar-se a kampína (o trailer) e os objetos pertencentes ao defunto. Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto.

NASCIMENTO Uma criança sempre é bem vinda entre os ciganos. É claro que sua preferência é para os filhos homens, para dar continuidade ao nome da família. A mulher cigana é considerada impura durante os quarenta dias de resguardo após o parto. Logo que uma criança nasce, uma pessoa mais velha, ou da família, prepara um pão feito em casa, semelhante a uma hóstia e um vinho para oferecer ás três fadas do destino, que visitarão a criança no terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho será repartido no dia seguinte com todos as pessoas presentes, principalmente com as crianças. Da mesma forma e com a finalidade de espantar os maus espíritos, a criança recebe um patuá assinalado com uma cruz bordada ou desenhada contendo incenso. O batismo pode ser feito por qualquer pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança com água, sal e um galho verde. O batismo na igreja não é obrigatório, embora a maioria opte pelo batismo católico.

CASAMENTO Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos, que decidem unir suas famílias. O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos, representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo. É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos não podem Ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós. Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos no Brasil, ainda exigem a virgindade da noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que é mostrada a todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo. No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. Durante a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em dinheiro ou em ouro. Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para a mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva.

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MORTE Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor de seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte. Antigamente costumava-se enterrar as pessoas com bens de maior valor, mas devido ao grande número de violação de túmulos teve que ser mudado. Os ciganos não encomendam missa para seus entes queridos, mas oferecem uma cerimônia com água, flores, frutas e suas comidas prediletas, onde esperam que a alma da pessoa falecida compartilhe a cerimônia e se liberte gradativamente das coisas da Terra. As cerimônias fúnebres são chamadas “Pomana”e são feitas periodicamente até completar um ano de morte. Os ciganos costumam fazer oferendas aos seus antepassados também nos túmulos. 

Todo cigano é fadado a fazer previsões do futuro, através da leitura de mão ou da leitura das cartas de Tarot. Esse processo é intuitivo e natural e é passado de mãe para filha, desde a antiguidade. Alguns antropólogos acreditam que os ciganos herdaram esse hábito das castas mais baixas da Índia, mas alguns ciganos acreditam que foi herdados dos egípcios, criadores do primeiro Tarot do mundo. Aos ciganos foi dado o segredo do Tarot pelos sacerdotes egípcios e o poder de divulgar o “caminho da verdade”. O Tarot para os ciganos é sagrado, simboliza o misticismo e as crenças de todos os povos antigos na busca incessante da verdade. A Magia Cigana é algo brilhante como uma Estrela, Misteriosa como a Lua...E forte como o Sol...

Mas que possui luz própria...E brilha no coração de cada Cigana.A família é sagrada para os ciganos. Os filhos normalmente representam uma forte fonte de subsistência. As mulheres através da prática de esmolar e da leitura de mãos. Os homens, atingida uma certa idade, são freqüentemente iniciados em outras atividades como acompanhar o pai às feiras para ajudá-lo na venda de produtos artesanais. Além do núcleo familiar, a família extensa, que compreende os parentes com os quais sempre são mantidas relações de convivência no mesmo grupo, comunhão de interesses e de negócios, possuem freqüentes contatos, mesmo se as famílias vivem em lugares diferentes. Um exemplo de classificação da sociedade cigana (tirado em parte do livro Mutation Tsigane, de J.P.Liégeois)::   grupo > subgrupo> nátsija (nacionalidade) > vítsa (descendência, leva o nome do chefe da estirpe) > família > indivíduo             ROM                Kalderásha                     Serbijája (Sérvios)                          Minéshti                               Demítro                                    x, y, ...........                               Márcovitch                                    x, y, ...........                               outros                                    x, y, ...........

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                         Papinéshti                          Jonéshti                          Frunkaléshti                          outros                     Moldovája (Moldávios)                          Demóni                          Jonikóni                          Poróni                          outros                     Grekúrja (Gregos)                          Bedóni                          Kiriléshti                          Shandoróni                          outros                     Vúngrika (Húngaros)                          Jonéshti                          outros                     Xoraxája ou Xoraxané ou Horahanê (Turcos)                     outros                Lovára                     ...........                     ...........                Churára                     ...........                     ...........                Machwáya                     ...........                     ...........                Boyásha (Ciganos de Circo)                     ...........                     ...........                outros           SINTI (ou MANUSH)                Gáchkane (Alemães)                     etc.                Estrekárja (Austríacos)                     etc.                Valshtiké (Franceses)                Piemontákeri (Piemonteses)                Lombardos                Marquigianos                outros KALÉ (ou GITANOS ou CIGANOS)                Catalães                     etc.                Andaluzes

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               Portugueses   Nota:  Enquanto que entre os Rom a classificação em “subgrupos” acontece com base em identificação de tipo ergonímico (denominação que traz orígem na profissão tradicionalmente exercida), entre os Sintos e os Kalé os subgrupos são geralmente designados segundo um conceito de natureza toponímica (referindo-se a lugares de assentamento histórico). Diferentemente dos Rom, estes não conhecem outras classificações de “nátsija” e de “vítsa”. Pode-se porém afirmar que o subgrupo entre os Sintos e os Kalé na realidade corresponda à “nátsja” dos Rom. Com base nisso, o esquema de classificação social desses dois grupos pode ser configurado do seguinte modo: grupo > subgrupo (= nátsija)> família > indivíduo Além da família extensa, há entre os rom um conjunto de várias famílias( não necessariamente unidas entre si por laços de parentesco) mas todas pertencentes ao mesmo grupo e ao mesmo subgrupo.  O nômade é por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe: se tal figura não existe entre Sintos e Rom, deve-se reconhecer o respeito existente com os mais velhos, aos quais sempre recorrem. Entre os Rom a máxima autoridade judiciária é constituida pelo krisnítori, isto é, por aquele que preside a kris. A kris é um verdadeiro tribunal cigano, constituído pelos membros mais velhos do grupo e se reúne em casos especiais, quando se deve resolver problemas delicados como controvérsias matrimoniais ou ações cometidas com danos para membros do mesmo grupo. Na kris podem participar também as mulheres, que são admitidas para falar, e a decisão unilateral cabe aos membros anciães designados, presididos pelo krisnítori, que após haver escutado as partes litigantes, decidem, depois de uma consulta, a punição que o que estiver errado deverá sofrer. Recentemente, a controvérsia se resolve ,em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa, que pode chegar a vários milhões de liras (vários milhares de dólares) ; no passado, se a culpa era particularmente grave, a punição podia consistir no afastamento do grupo ou, às vezes, em penas corporais.   CULTURA   A cultura dos ciganos, representada por um conjunto de tradições e crenças, está em fase de constante mudança e, em alguns casos, está se desagregando de maneira irreversível perante a hegemonia da cultura da sociedade sedentária. Existem algumas mudanças que permitem prever um caminho em direção a uma tomada de consciência difundida entre Rom, Sintos e Gitanos. No plano social e político, no decorrer dos últimos anos, foi-se delineando um amadurecimento, que resultou no surgimento de formas associativas e de movimentos de âmbito internacional. Na metade dos anos 60, aconteceu a fundação da União Internacional Romaní, seguida pelo surgimento de numerosas Organizações Ciganas, que apareceram no decorrer dos últimos 30 anos defendendo a causa da minoria cigana e tutelando sua cultura. Algumas delas contam com a participação conjunta de ciganos e gadjê, outras são geridas exclusivamente por membros das diversas comunidades ciganas. Os ciganos viveram e vivem diante de uma realidade complexa e às vezes difícil de

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decifrar. Em meio a situações de desagregação social e à perda de identidade, surgem sinais contrapostos de esperança e de renovação que testemunham uma rebelião contra um destino amargo. A defesa do direito à diferença; uma diferença que, no caso dos ciganos, pode conter aspectos que para muitos são difíceis de entender e de compartilhar. É preciso ter consciência de que tais formas de “desvio social” não são peculiares à cultura romaní, mas freqüentemente, são conseqüências da secular rejeição opostas a eles pelas sociedades circunstantes. Os ciganos constituem talvez o último desafio a um modelo de vida voltada à especulação e ao cimento: o futuro deles depende da boa vontade dos povos vizinhos. Eles continuarão a existir na medida em que a sociedade dos gadjê (não ciganos) não ficar indiferente às suas ansiedades, a seus problemas e às suas aspirações.

.No Egito, e em quase todos os mundos da antiguidade, havia um considerável conhecimento sobre a prática do ocultismo, bem bem como das plantas e do seu uso terapêutico.Os ciganos - povo nômade – conheciam também esses usos e costumes. Eles eram oriundos da Índia e espelhou-se por várias regiões da Terra.São povos de costume próprios. Seus rituais são as danças acompanhadas de passos marcados e mãos em vários movimentos.Em momento, ao vê-los dançando, mais nos parece dançarinos russos,espanhóis ou mesmo odaliscas, que fascinam os olhares dos mais apaixonados, ao som dos violinos e dos pandeiros, a transmitir, em cada aceno, uma mensagem longínqua, ao redor das ardentes fogueiras. Nas magias amorosas, são perfeitos conhecedores, onde seus leques rodopiam exalando a fragrância do perfume do seu ritual. Seus lenços contam histórias e os seus punhais firmam os grandes filtros-de-amor.Povo místico e feiticeiro.São batizados pelo Kaku (chefe da tribo).Ao nascer recebem um nome secreto que somente seus pais conhecem e, só atingirem a maioridade é que saberão seus reais e verdadeiros nomes.Os anciãos, na tribo são muitos queridos, pois são grande conhecedores da cultura e dos costumes da raça, transmitindo todo esse conhecimento aos mais jovens, dando ainda esclarecimentos de suas magias e força interior.Diz um velho cigano: - no rosto se conhecem as pessoas, onde é demonstrados o seu espírito seus anseios e seus amores.Cada linha do rosto tem seu próprio significado, a boca, os olhos, a testa, o nariz, a maneira de olhar, demonstram se estão ansiosos ou não, se sofrem, se amam,se tem ilusões... etc.Seus trabalhos consistem em adestrar animais, a lidar com o ferro e o cobre, onde são grandes artesões.Toda caravana cigana é acompanhada por um cão de estimação.Os ciganos possuem a sua fé. Os ciganos - como são chamados tem sua crença voltada para os santos da igreja católica, tais como:- Santa Sara-Santo Antônio

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-São Sebastião-Virgem Trindade-Maria Madalena-Maria Jacobé-Maria Salomé

BANHOS MÁGICOSOs banhos são muito importantes na magia, tanto para a purificação quanto para a energização e realização de encantamentos.Os banhos apresentados a seguir podem ser utilizados por qualquer pessoa que deles sinta necessidade.Banho de Atração1 bacia de louça branca7 pétalas de rosa vermelha7 pétalas de rosa amarela1 noz-moscada ralada7 pedaços de canela em pau7 flores de jasmim7 gotas de essência de madeira3 velas: 1 branca, 1 vermelha, 1 amarela1 vidro claro e com tampa, que dê para a maior parte da águada bacia.Comece a preparar o banho na primeira noite da Lua Cheia.Encha a bacia com água e coloque dentro dela todas as ervas e as essências. Em uma área externa da sua casa, acenda as velas dispostas em triângulo, com a bacia no centro. Deixe passar a noite no sereno. No dia seguinte coe a quarta parte do banho para outro recipiente. Tome um banho comum banhe-se, com essa água aromática, da cabeça aos pés.Coloque o banho que sobrou, com todas as ervas, dentro do vidro; se quiser, coloque dentro dele um papel com o nome do seu amor. Tampe o vidro e guarde.Em uma área externa da sua casa, acenda as velasdispostas em triângulo, com a bacia no centro. Deixe passar a noite no sereno. De sete em sete dias, pegue um pouco do líquido que você guardou no vidro e tome outro banho. Repita até completar vinte e um dias.Observe que você vai tomar um total de quatro banhos; logo, coloque pouca quantidade de água na bacia de cada vez.Quando você estiver tomando seus banhos, peça que a força da magia cigana coloque em seu corpo a atração que você deseja.

Banho de Frutas para Afastar a Negatividade1 maçã 1 pêra1 melão1 mamão1 pedaço de pano branco virgem1 bacia branca1 moedaEste banho deve ser tomado de preferência na Lua Crescente, e nunca na Lua Minguante.Prepare um suco com as frutas, coando-o no pano para a bacia.

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Deixe o suco reservado em casa. Leve o pano com o bagaço das frutas para o mar ou para um rio, coloque tudo nas águas e diga:“Na força das águas da Mãe - Natureza, estou descarregando toda a negatividade que me acompanhava.”Ao chegar em casa, leve a bacia com o suco e a moeda para um lugar de onde se possa ver a lua. Banhe-se com o suco da cabeça aos pés, com os pés firmes no chão e a moeda na mão.Quando terminar de jogar o banho sobre seu corpo, olhe para a lua e diga:“Estou energizando positivamente, pelas forças da Mãe-Lua e da Mãe-Natureza.”Em seguida, tome um banho normal, mas sem usar sabonete.Guarde a moeda em sua carteira de dinheiro, de maneira que não seja vista ou tocada por ninguém.Oferenda a Santa SaraSanta Sara - A Rainha dos Ciganos, nos ajuda nos momentos mais difíceis de nossas vidas.Por isso, sempre preparamos uma oferenda para ela que você também poderá fazer.

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