Apostila de Matrizes e Determinantes

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    lgebra Linear 1

    Prof (s): MSc.Elisa Netto Zanette, Dr. Ledina Lentz Pereira e MSc. Sandra Regina da Silva Fabris

    UNESCUNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE

    Caderno Pedaggico de:

    MSc Elisa Netto ZanetteDr Ledina Lentz Pereira

    MSc Sandra Regina da Silva Fabris

    Cricima (SC), 2010

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    INTRODUO

    A Matemtica, desde os seus primrdios, entrelaa-se intimamente com a histria dacivilizao e uma das alvancas principais do progresso humano (BAUMGART1, 1997). Vriosconceitos bsicos dessa cincia, criados para atender a certas necessidades e resolver problemasespecficos, posteriormente revelaram uma utilidade bem mais ampla do que a inicialmente pensadae vieram, com a evoluo das idias e o desenvolvimento das teorias, a adquirir uma posio

    definitiva de grande relevncia na Matemtica (LIMA2, 2000, p.28).Observamos uma mudana contnua que se processa tanto nas condies scio-poltico-

    econmica das sociedades quanto na prpria Matemtica. fato que a validez das teoriasMatemticas perene e subsiste atravs dos sculos. Porm, a posio dessas teorias e tcnicas aelas associadas, varia bastante em termos de importncia, alcance e eficcia em fase dos novosdesenvolvimentos, das novas descobertas e da ocorrncia de reas recentes de aplicao, dentro efora da Matemtica (LIMA3, 2001, p.159).

    Usamos Matemtica diariamente, mesmo sem perceber. Isso s, poderia justificar a suaimportncia. facilmente percebida, nas atividades simples do homem s mais complexas, nosesportes, na estatstica, nas construes, nas previses oramentrias. Sem dvida, ela confere

    poder aos economistas, aos empresrios, etc. A Matemtica ferramenta imprescindvel para que

    se possa ordenar os pensamentos, porque desafia e desenvolve a mente, ajuda a compreender aslinguagens que se utiliza no cotidiano.

    As concepes matemticas desenvolvidas e acumuladas nas diversas geraes podem serdivididas em Aritmtica (nmeros), lgebra (letras + nmeros) e Geometria (figuras planas eespaciais). A Trigonometria pode ser considerada como um ramo da Geometria e a GeometriaAnaltica como uma fuso da lgebra com a Geometria. Resolvemos os problemas como o uso daaritmtica, da geometria, da trigonometria, da lgebra, do clculo diferencial e integral, etc. Algunsproblemas podem ser solucionados ao mesmo tempo pela lgebra, ou Geometria ou Aritmtica.Coube a Descartes a soluo de problemas geomtricos atravs da lgebra e vice-versa, em 1637.

    Para Baumgart (1999) a origem da palavra lgebra estranha e intrigante. Ela no se sujeitaa uma etimologia ntida como, por exemplo, a palavra aritmtica, que se deriva do grego arithmos(nmero). lgebra uma variante latina da palavra rabe al-jabr (s vezes transliterada al-jebr),usada no ttulo de um livro, Hisab al-jabr wal-muqabalah (Cincia das equaes), escrito emBagd (ano 825) por um matemtico rabe. Esse tratado de lgebra com freqncia citado,abrevidamente, como Al-jabr. Ainda que originalmente lgebra refira-se a equaes, a palavrahoje tem um significado muito mais amplo e uma definio satisfatria requer um enfoque, tantocronolgico quanto conceitual, em duas fases: (1) lgebra antiga (elementar) o estudo dasequaes e mtodos de resolv-las; (2) lgebra moderna (abstrata) o estudo das estruturasmatemticas tais como grupos, anis, corpos, etc.

    A lgebra Linear(o nome indica sua origem geomtrica) ou lgebra Vetorial uma parte dalgebra que, por sua vez, um ramo da Matemtica na qual so estudados matrizes, espaosvetoriais e transformaes lineares que contribuem para um estudo detalhado de sistemas linearesde equaes. um fato histrico que a inveno da lgebra Linear tenha origem nos estudos de

    sistemas lineares de equaes.Segundo o matemtico Elon Lages Lima (LIMA, 2001), a lgebra Linear o estudo dos espaos

    vetoriais e das transformaes lineares entre eles. Quando os espaos tm dimenses finitas, astransformaes lineares possuem matrizes. Tambm tm matrizes as formas bilineares e, mais,particularmente, as formas quadrticas. Assim a lgebra Linear, alm de vetores e transformaeslineares, lida tambm com matrizes e formas quadrticas.

    1BAUMGART, John K. Tpicos de Histria da Matemtica para uso em sala de aula: lgebra. Trad. Hygino H Domingues. So Paulo:Atual, 1997.2LIMA, Elon Lages. Meu Profesor de Matemtica e outras histrias. (Coleo do Professor de Matemtica: SBA Sociedade Brasileira deMatemtica). Rio de Janeiro: Solgraf Publicaes Ltda, 2000.3LIMA, Elon Lages. Matemtica e Ensino. (Coleo do Professor de Matemtica: SBA Sociedade Brasileira de Matemtica). Rio deJaneiro: R&S, 2001.

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    Tanto a lgebra Linear como a Geometria Analtica aplicam-se a vrias reas, em especial sEngenharias. Possibilitam explicar princpios fundamentais e simplificar os clculos em Engenharia,Cincia da Computao, Fsica, Biologia, Matemtica, Economia e Estatstica. , portanto relevante etem destaque em diversos cursos superiores, na graduao e na ps-graduao.

    Muitos dos temas do mbito da lgebra Linear fazem parte integrande de planos de estudosdesses cursos j citados. Para Lay4 (1999) a lgebra Linear (e a Geometria Analtica, como suasubsidiria) constitui uma das reas da Matemtica com mais vastas e variadas aplicaes incluindoa sua importncia para as diversas reas da prpria Matemtica da Anlise Estatstica e Investigao Operacional em que temas fundamentais como Clculo Matricial ou o Clculo Vetorialso de utilizao constante e cotidiana. de extrema importncia para em seus tpicos maisavanados, simplificando sua teoria e em geral, para a maior parte da Matemtica.

    Numa anlise comparativa com a Geometria, a lgebra, como estrutura lgica, tm-sedesenvolvido mais recentemente, principalmente nos ltimos 100 anos, com formulao simples,onde poucos axiomas so suficientes para organizar toda a estrutura da lgebra. Por sua vez, aGeometria, desenvolvida inicialmente pelos Gregos a mais de 2.000 anos, est sintetizada nos

    Elementos de Euclides que formam a base da Geometria Plana e Slida atual, conservando amaneira sistemtica de analisar as propriedades de pontos, retas, tringulos, crculos e outrasconfiguraes. Tm-se introduzido em estudos recentes, conjuntos de axiomas e postulados que

    melhoram sua estrutura lgica, mas o contedo da Geometria permanece o mesmo.Descobriu-se que, essencialmente, toda Geometria pode ser desenvolvida em linguagem

    algbrica. Na associao de pontos e retas ao invs da geometria usual, realiza-se operaesalgbricas em certos objetos, denominados vetores. Esses vetores obedecem a certas leis algbricas,similares aos nmeros. Assim, trabalhamos teoremas da geometria atravs de teoremas da lgebrados vetores com nfase nas equaes, identidades e desigualdade em lugar de conceitosgeomtricos como, congruncia, semelhana e interseo de segmentos.

    Os vetores tm papel relevante, no apenas na Matemtica, como na aplicao em outrasreas. O estudo desses vetores, normalmente feito por meio de dois tratamentos que secompletam:Geomtrico e Algbrico. A grande vantagem da abordagem geomtrica de possibilitarpredominantemente a visualizao dos conceitos que so apresentados para estudo, o que favoreceseu entendimento que sob o ponto de vista algbrico, so mais formais e abstratos.

    Apesar da lgebra Linear representar um campo abstrato da Matemtica, ela tem um grandenmero de aplicaes dentro e fora da Matemtica. Haetinger (2007) cita algumas e afirma que,apesar de no conseguir abord-las todas, num curso de lgebra, o objetivo que o estudante tomecontato com o que representa o estado da arte desta rea. Alguns exemplos5de aplicaes: Jogos deEstratgia; Distribuio de Temperatura de Equilbrio; Gentica; Crescimento Populacional por FaixaEtria; Criptografia; Tomografia Computadorizada; etc.

    Nos temas a serem trabalhados, incluimos a discusso sobre os conceitos tericos formalmente

    instituidos, acompanhados de exemplos e atividades. Os textos so escritos em linguagem simples,mas com rigor matemtico. So apresentados em forma de resumo e de modo algum, dispensam apesquisa do acadmico aos diversos livros didticos da rea. Portanto, para aprofundar seusconhecimentos, sugerimos como fontes, os livros e links relacionados na bibliografia.

    4LAY, C David. lgebra Linear e suas aplicaes. 2ed. Trad. Ricardo Camelier e Valria de M. Irio. Rio de Janeiro: LTC, 1999.5HAETINGER, Claus. 2007. Disponvel em http://ensino.univates.br/~chaet/Algebra_Linear.html. Acesso em Jan 2009.

    Essa introduo - associando a geometria com a lgebra de vetores - informal e objetiva formaruma noo intuitiva da lgebra. O contedo programtico de lgebra Linear foi elaborado, visandoum conhecimento dos conceitos mnimos e indispensveis, de modo que se possa perceber a inter-relao entre os mesmos e a sua aplicao conjunta.

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    SUMRIO

    INTRODUO...................................................... ........................................................... ........................................................... 2I MATRIZES ......................................................... ............................................................ .......................................................... 6

    1 Introduo .......................................................... ........................................................... ................................................. 6

    2. Definio................................................... ............................................................ .......................................................... 63. Tipos de Matrizes..................................................... ........................................................... ..................................... 104. Proposies: Igualdade de Matrizes e Matriz Oposta...................................................... ................. 125. Matriz Transposta.................................................... ........................................................... ..................................... 126. Simetria em Matrizes....................................................... ........................................................... ........................... 13

    Lista 1 de Atividades - Matrizes .......................................................... ........................................................... ................. 147. Operaes com Matrizes ......................................................... ........................................................... ................. 16

    7.1 Adio e Subtrao de matrizes...................................................... ......................................................... 167.2 Multiplicao por um escalar ................................................... ........................................................... ....... 177.3 Multiplicao entre matrizes.................................................... ........................................................... ....... 18

    8. Potncia de uma Matriz ........................................................... ........................................................... ................. 229. Propriedades das Operaes com Matrizes......................................................... ..................................... 23

    Lista 2 de Atividades Operaes com Matrizes .................................................... ........................................................ 2410. Equivalncia de Matrizes ...................................................... ........................................................... ................. 28

    Lista 3 de Atividades Equivalncia de Matrizes/escalonamento................................................................................... 30II DETERMINANTES E MATRIZES ........................................................ ........................................................... ................. 32

    1 Classe de uma Permutao ..................................................... ........................................................... ................. 322 Determinante de uma matriz ........................................................... ........................................................... ....... 33

    2.1 Determinante de 1 ordem ....................................................... ........................................................... ....... 342.2 Determinante de 2 ordem ....................................................... ........................................................... ....... 342.3 Determinante de 3 ordem: Regra de Sarrus........................................................ ........................... 352.4 Determinante de ordem n > 3: Teorema de LAPLACE.......................................................... ....... 372.5 Processo de triangulao para clculo de determinante.................................................... ....... 38

    3 Propriedades dos determinantes................................................... ........................................................... ....... 394 Determinante e Matriz Inversa....................................................... ........................................................... ....... 40

    Lista 4 de atividades Determinantes e Matrizes.................................................... ........................................................ 435 Aplicao matemtica do conceito de determinantes na geometria .......................................... 46

    Lista 5 de atividades - Determinantes ............................................................ ........................................................... ....... 47III SISTEMAS DE EQUAES LINEARES E MATRIZES ....................................................... ..................................... 48

    1 Equaes Lineares.................................................... ........................................................... ..................................... 482 Sistema de Equaes Lineares ........................................................ ........................................................... ....... 50

    2.1 Conceito ....................................................... ........................................................... ............................................... 502.2 Representao Matricial de um Sistema de Equaes Lineares............................................ 502.3 Classificao dos Sistemas de Equaes Lineares........................................................ ................. 522.4 Equivalncia de Sistemas de Equaes Lineares........................................................... ................. 542.5 Resoluo de Sistemas de Equaes Lineares pelo princpio da equivalncia:Mtodo de condensao ou de eliminao de Gauss-Jordan.................................................... ....... 552.6 Soluo de um sistema de equaes lineares pela Regra de Cramer................................. 58

    3 Sistema Homogneo de Equaes Lineares: Discusso da soluo ............................................ 59Lista 6 de atividades Parte I................................ ........................................................... ............................................... 61Lista 6 de atividades - Parte II ................................................... ........................................................... ........................... 61

    4 Discusso de um Sistema de Equaes Lineares homognio e no-homognio.................. 65Lista 7 de atividades ........................................................ ........................................................... ..................................... 66

    APNDICE A.................................................. ............................................................ ........................................................ 67Matriz de Co-Fatores e Adjunta Clssica.......................................................... ............................................... 67Aplicao de Determinante: Adjunta Clssica e Matriz Inversa ........................................................ 67

    1 Encontrando a Matriz de Co-fatores ........................................................... ............................................... 672 Encontrando a Matriz Adjunta Clssica..................................................... ............................................... 68

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    3 Encontrando a Matriz Inversa por Determinante.................................................... ........................... 70Lista de atividades Determinantes, Matriz Inversa e Adjunta Clssica........................................................ ................. 71

    Bibliografia .................................................... ............................................................ ........................................................ 72

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    CCCAAAPPPTTTUUULLLOOOIII

    MMAATTRRIIZZEESS,,DDEETTEERRMMIINNAANNTTEESSEESSIISSTTEEMMAASS

    s Matrizes formam um importante conceito em matemtica, de especial uso no estudo detransformaes lineares. Os fundamentos e operaes bsicas com matrizes, determinantes e

    sistemas de equaes lineares so importantes no desenvolvimento de conceitos da lgebraLinear e portanto, pr-requisito para o estudo da mesma.

    I MATRIZES

    1 Introduo

    requentemente nos deparamos com conjuntos de nmeros ou outros objetos matemticos, que

    podem ser tratados em blocos por serem operados essencialmente da mesma maneira. Paraisso, usamos matrizes.

    As matrizes so tabelas de nmeros, utilizados como instrumentos de clculo, surgidas em meadosdo sculo XVII como um novo instrumento que, de incio, servia para resolver sistemas lineares.Dentre as matrizes as que mais uso teve e tem, a matriz quadrada.

    As primeiras concepes sobre matrizes na Matemtica, surgiram com o ingls Arthur Cayley (1821-1895). Sua preocupao vinculava-se na forma e na estrutura em lgebra. Sob esse aspecto, criouum modelo considerado referncia mas sem a menor idia de qualquer possvel utilidade prtica.

    Hoje a teoria das matrizes uma das partes da matemtica mais frteis em aplicao: naMatemtica, na Fsica, na Fsica Atmica, na Estatstica, na Economia, na Engenharia, naComputao, etc. Vrias operaes executadas por crebros eletrnicos so computaes por

    matrizes. As matrizes so tabelas de nmeros, utilizados como instrumentos de clculo. Dos eventose atividades nos quais somos, direta ou indiretamente, envolvidos no cotidiano, muitos deles podemser dispostos em forma de tabela/matrizes.

    VVVooocccsssaaabbbiiiaaaqqquuueee:::

    A gerao dos movimentos e deformaes que vemos nos efeitos especiais do cinema, da TV, dosgames de computadores e nas visualizaes das simulaes cientficas est baseada na multiplicaode matrizes 4x4 no caso espacial e 3x3 no caso plano. Nessas aplicaes o problema computacionalno est no tamanho das matrizes mas na quantidade delas e na rapidez de processamento dasmultiplicaes (para que se tenha um movimento realstico).

    Em muitas outras aplicaes, temos uma situao quase que oposta: uma nica matriz suficientemas seu tamanho pode ir a ordem de centenas e mesmo milhares de linhas e colunas. Isso ocorre

    normalmente em problemas que envolvem o estudo de camposeltricos, magnticos, de tenseselsticas, trmicos, etc, os quais - por um processo de discretizao- so reduzidos a um sistemade equaes lineares, cuja matriz tem grande tamanho. Esse tipo de problema um dos maiscomuns em vrios campos da Engenharia. Outra situao que nos leva a nos envolvermos commatrizes enormes so as associadas a grandes redes de distribuio de energia eltrica, redes decomunicaes, redes de transporte, etc. (SILVEIRA, 1999).

    2. Definio

    A

    F

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    hamamos de matriz de ordem m por n a qualquer quadro ou tabela formada por m x nelementos (nmeros, polinmios, fraes, etc.) dispostos em m linhas e ncolunas.

    Ou, uma matriz qualquer tabela formada por nmeros ou outro tipo de objeto matemticoque se pretende operar em bloco, simultaneamente.

    Ou, uma matriz um conjunto ordenado de nmeros e esto associdados a duas dimenses: adimenso das linhas e a das colunas. Um importante exemplo prtico de matriz surge na

    informtica: os programas conhecidos como planilhas eletrnicas correspondem a matrizes. Umaplanilha, tal como uma matriz, est dividida em linhas e colunas e, cada clula da planilharepresenta um elemento da matriz.

    De forma genrica, uma matriz pode ser representada por uma letra maiscula do alfabeto ou porseus elementos representativos. Estes elementos so dispostos normalmente entre parnteses ( )ou entre colchetes [ ] ou duplas barras . Da mesma forma, cada elementos est associado adois subndices que indicam sua posio na matriz.

    Assim, podemos dizer que cada elemento de uma mtria A representado por aij, ondeirepresentaa linha eja coluna, onde o elemento a se encontra localizado. A matriz com m linhas e n colunaspossui dimenso mxn (l-se m por n)e indicamos por Amxn.

    Exemplo 1:

    (a) A2x3=

    534

    012 uma matriz de 2 linhas e 3 colunas onde cada elemento de A ocupa

    um lugar determinado na matriz. O elemento (-5), por exemplo est na segunda linha (i=2) eterceira coluna (j=3) que indicamos por a23= -5. Os demais elementos indicamos por:

    534

    012

    232221

    131211

    ===

    ===

    aaa

    aaa

    (b) B2x2=

    4

    91

    i

    uma matriz de ordem 2 x 2 ou B = [bij]2x2

    (c) C1x4 = [ ]9422 uma matriz de ordem 1 x 4 ou C = [cij]2x2Exemplo 2:Consideremos a situao-problema de 03 pessoas, candidatas a um emprego esubmetidas a testes. Podemos representar o resultado dos testes num quadro de avaliao:

    1 teste 2 teste 3 teste

    Teresa 4,0 3,5 1,0

    Paulo 5,0 7,3 8,0

    Marcos 4,8 7,2 3,0

    Andr 9,0 8,8 6,5Os nmeros distribuidos na horizontal representam a pessoa avaliada e formam o quedenominamos de linhae, os colocados na vertical representam o grau de aprovao no teste eso chamados de coluna. A tabela de valores resultante do quadro denominada matrizecada nmero chamado de elemento.

    Neste exemplo, temos uma tabela/matriz de ordem quatro por trs(4 x 3) ou seja, uma amatriz com 4linhas e 3colunas. Assim, representamos a situao-problema em:

    C

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    A4x3=

    5,68,80,9

    0,32,78,4

    0,83,70,5

    0,15,30,4

    Exemplo 3: Vamos considerar agora, a representao em matriz da seguinte situao:Analisando a pontuao (de 0 a 10) obtida por Paulo, Andr e Luana, no programa deformao continuada da empresa em que trabalham, nos ltimos anos, temos: Paulo, com 8,7, 9 e 8 pontos; Andr, com 6, 6, 7, 6 e Luana, com 4, 8, 5, 9.

    Esta situao-problema pode ser representando num quadro ou numa matriz com a pontuaodos trs por ano. Observe:

    Representando num quadro:

    2004 2005 2006 2007

    Paulo 8 7 9 8

    Andr 6 6 7 6

    Luana 4 8 5 9

    Representando numa matriz:

    Para saber a pontuao de Andr, por exemplo, em 2006, basta procurar o nmero que fica na2 linha e na 3 coluna da tabela ou da matriz. Temos nesse caso, uma matriz de ordem 3 x 3ou seja, nossa matriz tem 3linhas e 3colunas e indicamos por A3,3. Quando uma matriz tem onmero de linhas igual ao nmero de colunas, chamada de matriz quadrada.

    Exemplo 4:Vamos avaliar uma outra situao-problema na comparao entre pessoas comseus respectivos pesos, alturas e idade. Podemos representar no quadro abaixo os valoresencontrados:

    Altura(m) Massa(kg) Idade(anos)

    Eduardo 1,83 72 18

    Fernando 1,75 54 14Este quadro pode ser representada por uma matriz A de ordem 2 x 3ou seja com 2 linhas e 3colunas. As linhas so enumeradas de cima para baixoe as colunas, da esquerda para direita.

    A2x3=

    145475,1

    187283,1 LINHAS

    COLUNAS

    1 linha2alinha

    3 coluna2acoluna1acoluna

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    Resumindo:

    1.Algebricamente, usamos letras maisculas (A, B, ...) para indicar as matrizes genricas eletras minsculas ou nmeros para indicar os elementos.

    2.As tabelas com m linhas e ncolunas so denominadas matrizes de ordem mx n. Portanto:Denomina-se matriz de ordem mx n(l-se: mpor n) com m, n1, a uma tabela formada

    por m x n elementos (nmeros, polinmios, funes, etc.), dispostos em m linhas e ncolunas.

    3. A representao genrica de uma matriz Ade ordem m x n :

    Amxn=

    mnmmm

    n

    n

    aaaa

    aaaa

    aaaa

    ...

    ...............

    ...

    ...

    321

    2232221

    1131211

    , com menN*

    Indica-se a matriz acima por:Amxn= [ aij ]m x ncom i {1, 2, ..., m} N e j { 1, 2, ..., n} N ouAmxn= [ aij], (1 i m e 1 j n).

    Note que cada elemento aijda matriz A, est vinculado a dois ndices: i e j. O primeiroindica a linha e o segundo a coluna em que o elemento pertence. Exemplo: O elemento a25indica que o elemento aest localizado na 2 linha e 5 coluna da matriz A.

    4. A representao de uma matriz a partir de uma lei de formao permite calcular o seu nmerode elementos e encontr-los.

    Exemplo:Encontre a matriz A = (a ij)3x2sabendo que aij= 2i 3j.

    Resolvendo: A representao abreviada de A = (ai j)3 x 3indica que A tem ordem 3 x 2 ou seja 3linhas e 2 colunas. Ento mx n= 3 x 2 = 6. Assim, nossa matriz tem 6 elementos e sua

    representao genrica A3x2=

    3231

    2221

    1211

    aaaa

    aa

    . Logo, para aij= 2i 3j temos:

    a11= 2.1 - 3.1 = 2 3 = -1a12= 2.1 3.2 = 2 6 = -4a21= 2.2 3.1 = 4 3 = 1a22= 2.2 3.2 = 4 6 = -2a31= 3.3 3.1 = 9 3 = 6a32= 3.3 3.2 = 9 6 = 3.

    A matriz procurada A3x2=

    36

    21

    41

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    3. Tipos de Matrizes

    lgumas matrizes, por suas caractersticas, recebem denominaes especiais. Vamosconhecer!

    1. Matriz Retangular: Se m n ento A dita matriz retangular de ordem m x n.

    Exemplo: A3x4=

    34333231

    24232221

    14131211

    aaaa

    aaaa

    aaaa

    uma matriz retangular de ordem 3 4ou A = [aij]3x4

    2. Matriz Linhaou vetor linha: a matriz de ordem 1 x n, ouseja, formada por uma nica linha. Exemplo: A1x4 =( )8513

    3. Matriz Colunaou vetor coluna: a matriz de ordem mx 1,

    ou seja, com uma nica coluna.Exemplo:B2x1=

    9

    4.

    4.Matriz Nulaou matriz nula: a matriz em que todos os elementos so nulos. representada

    por 0m x n.Exemplo:02x3=

    000

    000

    Exemplo complementar: A tabela a seguir apresenta os preos dos produtos qumicos paratratamento de gua P1, P2, P3, P4 das empresas A, B, e C.

    P1 P2 P3 P4A 190 182 204 179B 191 180 200 177C 192 181 205 175

    Neste exemplo temos uma matriz retangular de ordem 3 x 4, formada por 3 linhase 4 colunas.

    Os preos da empresa A formam a matriz linha 1x4 indicada por A =( )179204182190 . Idem para os preos das empresas B e C.

    Os preos do produto P1, relacionados as empresas A, B e C formam a matriz coluna

    3x1, indicada por P1=

    192

    191

    190

    . Idem para os produtos P2, P3 e P4.

    5. Matriz Quadrada: Se m = nento a matriz A denominada matriz quadrada de ordem nisto , A uma matriz que tem um nmero igual de linhas e colunas. Exemplos:

    A3x3=

    333231

    232221

    131211

    aaa

    aaa

    aaa

    e B2x2=

    40

    31. A uma matriz quadrada de ordem 3 e B tem ordem 2.

    Os elementos aijda matriz quadrada quando i = jformam a diagonal principal da matriz.A outra diagonal chamada diagonal secundria.

    Exemplo:A3x3=

    333231

    232221

    131211

    aaa

    aaa

    aaa

    A

    Diagonal principal

    Diagonal secundria

    Note que: Matrizes com acaracterstica de ser linha oucoluna tm papel importantena lgebra e sodenominadas vetores. Eestes tm representaogeomtrica no plano e no

    espao tridimensional.

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    Na diagonal principal esto os elementos que tm os dois ndices iguais a11, a22, ... ann

    Na diagonal secundria esto os elementos aijtais que i+j = n+1ou seja, que tm soma dosndices igual a n+1 So: a1n, a2(n-1), ... an1.

    As matrizes quadradas se classificam em:5.1Matriz diagonal: a matriz quadrada em que

    todos os elementos que no esto na diagonalprincipal so iguais a zero ou seja, se A=[ aij],ento aij = 0 quando i j. Indicamos por D =diag (a11, a22, ... ann).

    Exemplo 1:D3x3=

    200

    0310

    005

    5.2 Matriz identidade ou matriz unidade: amatriz quadrada em que todos os elementos dadiagonal principal so iguais a 1 e os demais sonulos. representada por In, sendo na ordemda matriz ou simplesmente I.

    Ou, matriz identidade uma matriz diagonalcom os elementos no nulos iguais a 1.

    Exemplo: I3=

    100

    010

    001

    Pode ser representada genericamente por:

    In= [ aij] com aij=

    =

    jise0,jise,1

    Note que: A multiplicao de qualquer matrizpela identidade resulta na matriz original.

    5.3 Matriz escalar ou singular: a matrizdiagonal cujos elementos da diagonal principalso iguais. Note que toda matriz identidade uma matriz escalar.

    Exemplo: A3=

    500

    050

    005

    5.4 Matriz triangular superior: a matrizquadrada cujos elementos abaixo da diagonal

    principal so nulos ou a matriz A=[aij] cujoselementos aij so nulos (aij= 0) para i >j Exemplo:A4=

    2000

    0100

    1220

    1865

    5.5 Matriz triangular inferior: a matrizquadrada cujos elementos acima da diagonalprincipal so nulos ou a matriz quadradaA=[aij] cujos elementos aij so nulos (aij= 0)para i

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    4. Proposies: Igualdade de Matrizes e Matriz Oposta

    4.1Duas matrizes de mesma ordem podem ser iguais.

    Duas matrizes A = [ aij] e B =[ bij], de mesma ordem, so iguais se, e somente se, todos seuselementos correspondentes so iguais ou seja, se aij= bij.

    Exemplo 1:A matriz A = [ 2 -4 1,5 ] igual a matriz B = [ a -4 1,5 ] se, cadaum dos seus elementos so iguais. Neste caso, a = 2.

    Exemplo 2:Seja A =

    dc

    bae B =

    51

    61. A=B se a = 1, b = 6, c = -1 e d = 5.

    Exemplo 3:SejaA =

    22

    41e B =

    +

    wy

    zx

    1

    2temos que A = B ou B = A se

    22 41 =

    +

    wyzx

    1 2

    =

    =

    =+

    =

    2

    42

    21

    1

    w

    z

    y

    x

    =

    =

    =

    =

    2

    2

    1

    1

    w

    z

    y

    x

    4.2Toda matriz A tem uma matriz oposta (-A).

    Se A = [ aij ]m x n ento existe uma matriz oposta de A representada por (-A) de modo que aij= - aij. A matriz (-A) oposta de A obtida trocando-se todos os sinais dos elementos de A oumultiplicando A pelo escalar (-1).

    Exemplo 1:Se A=

    40

    31ento (-A) =

    40

    31.

    Exemplo 2:Se A=

    22

    41ento B oposta de A se B =

    22

    41

    5. Matriz Transposta

    ada uma matriz Am,n, chama-se transposta de A a matriz At que se obtem trocando

    ordenadamente as linhas pelas colunas.Ou, a matriz transposta de uma matriz A= [aij], de ordem mxn, a matriz A

    t, de ordem nxm,

    que se obtm escrevendo ordenadamente as linhas de A como colunas ou vice-versa.

    Exemplo:Se A =

    324

    611ento At=

    36

    21

    41

    Note que a 1 linha de Acorresponde 1 coluna de Ate a 2 linha de A corresponde 2 coluna.

    Obs: Algumas propriedades se definem nas transpostas envolvendo soma e produtode matrizes. Portanto, sero comentadas aps as operaes com matrizes.

    D

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    6. Simetria em Matrizes

    ma matriz qualquer quadrada, pode sersimtricae anti-simtrica. Observe:

    6.1Matriz simtrica: a matriz quadrada de ordem

    n tal que A = At. a matriz cujos elementos aij=aji. Em geral a matriz simtrica indicada pelaletra S

    Tambm podemos dizer que: Se uma matriz(quadrada) A e a sua transposta Atso iguais, isto, as jiij aa = para todo i e j, ento a matriz A

    simtrica (com relao a sua diagonal principal).A = AtMatriz Simtrica

    Exemplo:A =

    712

    130 205 = At= S

    Observe que na Matriz simtrica oselementos dispostos simetricamente emrelao a diagonal principal so iguais.Neste exemplo, temos:

    a12= a21= 0a13= a31= 2a23= a32= -1

    6.2Matriz anti-simtrica: a matriz quadrada deordem n tal que At= (-A) ou a matriz cujoselementos aij= (-aji) para ij e aij=0 para i=j. Emgeral a matriz simtrica indicada pela letra S

    A = -AtMatriz anti-simtrica

    Observe nos exemplos que, como A=(-At) ento A simtrica e

    a12 = - a21,a13 = - a31,a23 = - a32a11 = a22 = a33 = 0

    NNNooottteeeqqquuueee:::Se uma matriz A anti-simtria, seuselementos dispostos simtricamente em relao diagonal principal so opostose os elementos dadiagonal principal so nulos.

    Exemplo 1: A=

    012

    105250

    =-At= S

    Exemplo 2: B=

    031

    304

    140

    =-Bt=S

    Agora, tente voc!

    Resolva a lista de atividades 1

    U

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    Lista 1 de Atividades - Matrizes

    1.Uma agncia de automveis efetuou de vendas, durante o quatro trimestre: 106 Gols, 40 Zafiras e12 Passats no 1oms, 100 Gols, 22 Zafiras e 6 Passats no 2oms, no ltimo ms foram 86 Gols,40 Zafiras e 20 Passats. Monte a tabela de vendas e transforme em matriz.

    2.Encontre as matrizes definidas em:

    (a) A=(aij)3x2com aij=i5j (b) B=(bij)4x4com bij=

    =

    jise,0jise1

    3.Encontre as matrizes definidas em:

    (a) A=(aij)3x2com aij=4ij(b) B=(bij)3x3com bij=i

    2+j2

    (c) C=(cij)2x3com cij=

    =+

    jise,2

    jise4

    ji

    j

    i

    (d) D = (dij)3x3, matriz identidade

    4.Considere a matriz B =

    5,68,80,9

    0,32,78,4

    0,83,77,50,15,30,4

    . Encontre os valores dos seguintes elementos de B:

    a) b11 b) b21 c) b12 d) b32 e) b42 f) b24

    5.Uma matriz possui 8 elementos. Quais os tipos possveis para essa matriz? 1x8, 2x3, 5x7, 4x2,2x4, 2x6!

    6. Quantos elementos tem uma matriz de ordem 4 por 7?7. Encontre a tabela de carros financiados por uma agncia bancria nos meses de junho, julho e

    agosto. Represente em matriz e analise: (a) Qual o modelo de carro mais financiado? (b) Em qual

    ms houve um maior nmero de carros financiados. (c) Qual o total de carros financiados pelaagncia mensalmente e, ao final dos trs meses?

    8.D exemplo de:(a) Matriz simtrica S e anti-simtrica Sde ordem 3.(b) Matriz escalar de ordem 4.(c) Matriz Identidade de ordem 5.

    9.Considere as matrizes retangulares A =6200

    4531 +xe B =

    6400

    4631

    y.

    (d) Determine os valores de x e y de forma que as matrizes A e B sejam iguais;(b) Encontre Ate Bt.

    10.Determine a matriz oposta de A2x3=

    250

    321

    11.A partir de uma matriz triangular superior de ordem 3, encontre a sua matriz oposta.12.A partir de uma matriz diagonal de ordem 4, encontre sua transposta.

    13.Encontre a transposta da matriz A = [aij]3x2em que aij=

    =

    jiij

    jiji

    se

    se

    14.Para a matriz linha A = [aij]1x3em que aij=2i-j, prove que (At)t= A.

    15.Encontre a matriz diagonal A = [a ij] de ordem 3, sabendo que a ij= 3i-j. Aps, determine asoma dos elementos da diagonal principal com os elementos da diagonal secundria.

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    16.Para A =

    215

    36

    420

    y e B =

    z

    x

    84

    13

    560

    encontre os valores de x, y e z para B = At.

    17.Verifique se a matriz identidade de ordem 3 simtrica ou anti-simtrica e justifique.18.Determine uma matriz triangular superior A e uma matriz triangular inferior B de ordem 3,

    para aij= i+j e bij= i-j.

    19.Considere a matriz A =

    18

    9

    431

    z

    yx . Para que valores de x, y e z, A uma matriz simtrica.

    Respostas da Lista de Atividades 1

    (1) Gol Zafira PassatM1 106 40 12M2 100 22 6

    3 86 40 20

    (2)A=

    72

    83

    94

    (2)B =

    0111

    1011

    1101

    1110

    (3) A =

    1011

    67

    23

    (3)B =

    181310

    1385

    1052

    (3) C =

    3/868

    3/423;

    (3)D =

    100

    010

    001

    (4)(a) b11=4,0 (b) b12=3,5 (c) b42=8,8 (d) b21=5,7 (e) b31=7,2 (f) b24=no existe;

    (5)1x8, 4x2 e 2x4 (6) 4x7 = 28 elementos (7)

    2015115104598

    25106

    (a) modelo A; (b) ms 07; (c) ms 06 = 113; ms 07 =

    153 e ms 08 = 150. Ao final de 3 meses financiaram 416 carros.

    (8)(a) S =

    2042

    4453

    23106; S=

    042

    403

    230 (b) E=

    2000

    0200

    0020

    0002

    (c) I =

    10000

    01000

    00100

    00010

    00001

    (9a) x=1 e y = 6

    (9b)At=

    64

    26

    03

    01Bt; (10)(-A)=

    250

    321 , (11)A=

    1800

    1380

    1052, (-A) =

    1800

    1380

    1052 (12)D =

    7000

    0100

    0030

    0002= Dt.

    (13)At

    101

    210 (14)A = ( )101 , At=

    1

    0

    1, (At)t= ( )101 = A (provado) (15)D =

    33

    22

    11

    00

    00

    00

    a

    a

    a=

    600

    040

    002

    (2+4+6)+(0+4+0) = 16. (16) x= 2 , y=8 e z=2 ou S={( 2 ,8,2)}; (17) simtrica pois aij= ajipara i j e no anti-

    simtrica pois aij0 para i = j; (18)A =

    600

    540

    432, B =

    012

    001

    000 (19)A simtrica para x=3, y = 8 e z = 4

    204086

    622100

    1240106

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    7. Operaes com Matrizes

    7.1 Adio e Subtrao de matrizes

    uas matrizes, A = [aij] e B = [bij], s podem ser adicionadas ou subtradas se tem a mesma

    ordem. Neste caso, a soma (adio)de A com B uma matriz C = [c ij], indica-se por A + B= C, tal que:cij = aij + bij

    A diferena (subtrao)entre duas matrizes A e B, de mesma ordem, definida pela soma de Acom (-B), indica-se: A + (-B)= A B, tal que:

    cij = aij - bij

    Assim, duas matrizes podem ser somadas (ou subtradas) se e somente se elas possuem a mesmadimenso ijij ba =

    Exemplo 1: Se

    =

    2221

    1211

    aaaaA e

    =

    2221

    1211

    bbbbB ento

    ++++=+

    22222121

    12121111

    babababaBA

    Exemplo 2: A tabela a seguir mostra o nmero de embalagens em mil, dos modelos C1, C2,C3 produzidas numa semana pelas industrias A, B e C integrantes de um mesmo grupoempresarial, numa semana:

    C1 C2 C3A 18 41 17B 17 52 15C 25 48 19

    A matriz correspondente a produo das embalagens indicada por P1 =

    194825

    155217174118

    .

    Considerando que a quantidade de embalagens semanais produzidas no se altera, qual o totalde embalagens produzidas pelo grupo, por indstria e por modelo, ao final de duas semanas?

    1 semana + 2 semana = P1+ P2=

    194825

    155217

    174118

    +

    194825

    155217

    174118

    =

    389650

    3010434

    348236

    .

    A matriz P1+ P2indica a produo por empresa e produto ao final de duas semanas. Temosento:Indstria A:produziu 36 mil embalagens do modelo C1, 82 mil do C2e 34 mil de C3.Indstria B:produziu 34 mil embalagens do modelo C1, 104 mil do C2e 30 mil de C3.Indstria C:produziu 50 mil embalagens do modelo C1, 96 mil do C2e 38 mil de C3.

    Este um exemplo de soma de matrizesAnalisando a matriz resultante, podemos encontrar outros dados, facilmente. Por exemplo:O total de embalagens produzidas do modelo C1(= 120 000), do modelo C2(= 282 000), do

    modelo C3(=102 000).O total de embalagens produzidas, por industria, nos trs modelos: A (=152 000), B (=168

    000) e C = (184 000)O total de embalagens produzidas nas trs industrias (=504 000)

    D

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    Exemplo 3: Se A =

    02

    41e B =

    68

    35ento A + B =

    02

    41+

    68

    35=

    610

    76

    Exemplo 4: Se A =

    02

    41e B =

    68

    35ento A - B =

    02

    41-

    68

    35=

    66

    14

    Exemplo 5: Se A=

    753

    234

    321

    e B=

    351

    484

    323

    ento,

    A+B=

    753

    234

    321

    +

    351

    484

    323

    =

    +++

    +++

    +++

    375513

    )4(28344

    332231

    =

    10104

    650

    644

    =C

    AB=

    753

    234

    321

    -

    351

    484

    323

    =

    375513

    )4(28344

    332231

    =

    402

    2118

    002

    =D

    Exemplo 6:Se A = [ ]12 b e B =

    323

    1 A + B =

    + 22

    3

    7b

    Exemplo 7:Se A = [ ]152 e B = [ ]423 ento A + (-B) = AB = [ ]571

    7.2 Multiplicao por um escalar

    eja A = [aij] e k um escalar (nmero) real ou complexo. O produto da matriz A pelo escalar k,

    a matriz B = [bij] tal que bij = kaij, ou seja, a matriz obtida multiplicando-se cadaelemento de A por kb ij = kaij

    Exemplo 1: k A= k

    02

    41=

    02

    4

    k

    kksek=5 temos 5A=5

    02

    41=

    010

    205=B

    Exemplo 2: Se A=[ ]423 ento =A.3

    1[ ]423.

    3

    1 =

    4.

    3

    12.

    3

    13.

    3

    1=

    3

    4

    3

    21 .

    Exemplo 3: Considermos o mesmo problema anterior do quadro demonstrativo de produode embalagens de indstrias que integram o mesmo grupo empresarial. A tabela a seguirmostra o nmero de embalagens em mil, dos modelos C1, C2, C3produzidas pelas industrias A,B e C, numa semana:

    C1 C2 C3A 18 41 17B 17 52 15C 25 48 19

    S

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    A matriz correspondente a produo das embalagens indicada por P1=

    194825

    155217

    174118

    . Para

    atender as necessidades do mercado, a produo precisa dobrar nas duas ltimas semanas doms. Qual deve ser o quadro de produo da empresa num ms de 04 semanas?

    1 semana: P1=

    194825

    155217174118

    = P22 semana;

    3 semana: P3= 2.P1= 2.

    194825

    155217

    174118

    =

    389650

    3010434

    348236

    = P44 semana;

    Produo nas 4 semanas: P1+P2+ P3+ P4= 3. P4=

    114288150

    90312102

    102246108

    OU podemos resolver fazendo Pi = 6.P1= 6.

    194825

    155217

    174118

    =

    114288150

    90312102

    102246108

    7.3 Multiplicao entre matrizes

    Vamos introduzir o conceito a partir de exemplos:

    Exemplo 1: Em trs lojas A, B, C, de uma rede, so vendidos mensalmente, calados do tipo C1, C2e C3 conforme tabela:

    Tabela MatrizC1 C2 C3

    A 18 41 17B 17 52 15C 10 39 16

    V =

    163910

    155217

    174118

    Se os calados do tipo C1, C2 e C3 so vendidos respectivamente no valor de 50, 40 e 60 reais cada,

    ento os preos das mercadorias podem ser representadas pela matriz P =

    60

    40

    50

    .

    O valor recebido pelas vendas dos calados na loja A obtido pela multiplicao de cada elementoda 1 linha da matriz V pelos correspondentes elementos da matriz P. Assim,

    V =

    163910

    155217

    174118

    . P =

    60

    40

    50

    = 18.50+41.40+17.60 = 900+1640+1020 = 3560 reais Loja A

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    Da mesma forma, obtemos o valor recebido pelas vendas das lojas B e C.

    V =

    163910

    155217

    174118

    . P =

    60

    40

    50

    = 17.50+52.40+15.60 = 850+2080+900 = 3830 reais Loja B

    V =

    163910

    155217174118

    . P =

    60

    4050

    = 10.50+39.40+16.60 = 500+1560+960 = 3020 reais Loja C

    Portanto, o valor recebido pelas vendas dos trs tipos de calados nas lojas A, B e C representado

    pela matriz V.P =

    163910

    155217

    174118

    .

    60

    40

    50

    =

    3020

    3830

    3560

    . Assim, o valor recebido pelas lojas A, B e C na

    venda mensal dos calados do tipo C1, C2 e C3 de R$ 10.410,00 que equivale a R$ 3.560,00 daLoja A, R$ 3.830,00 da Loja B e R$ 3.020,00 da Loja C.

    Exemplo 2:Uma empresa produz dois tipos de produtos, P1e P2. So usados trs tipos deingredientes na produo: x, y, z nas seguintes propores:

    Tabela MatrizP1 P2

    x 3 1y 4 2z 3 7

    Ip=

    73

    24

    13

    Diariamente so fabricados 80 produtos do tipo P1e 120 do tipo P2. Esta quantidade de

    produtos pode ser representada pela matriz produo P =

    12080 .

    Para saber a quantidade de ingredientes utilizados diariamente, fazemos:Ingrediente x 3.80+1.120 = 240+120=360Ingrediente y 4.80+2.120 = 320+240=560Ingrediente z 3.80+7.120 = 240+840=1080

    Esta quantidade de produtos pode ser representada pela matriz P i=

    1080

    560

    360

    .

    Podemos obter esta matriz Pidenominada de matriz produto de Ippor P, da seguinte forma:

    73

    2413

    .

    120

    80=

    +

    +

    +

    120.780.2

    120.280.4120.180.3

    =

    1080

    560360

    = Pi

    Note que: cada elemento da matriz final a soma dos produtos ordenados de uma linha daprimeira matriz pela coluna da segunda matriz ou seja:

    360 = 3.80+1.120560 = 4.80+2.1201080= 3.80+7.120

    Este mais um exemplo de multiplicao de matrizes.

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    Conceituando o produto de matrizes:

    Utilizamos na definio de produto de matrizes o conceito de somatrio: Vamos rever este conceito?

    Saiba Mais:

    Definio:

    Produto entre duas matrizes A e B s possvel se o nmero de colunas da primeira igualao nmero de linhas da segunda matriz. Se existir o produto de A por B, o tipo da matrizproduto dado pelo nmero de linhas de Ae pelo nmero de colunas de B. Pode existir oproduto de A por B, mas no existir o produto de B por A.

    Dadas as matrizes A = (aik)mxn e B = (bik)mxp, define-se como produto de A por B a matriz C =(cij)mxp tal que o elemento cij a soma dos produtos da i-sima linha de A pelos elementoscorrespondentes da j-sima coluna de B.

    C = A B cij = ).(1 ikp

    k ikBA =

    Se considerarmos, por exemplo, as matrizes A = [ aij]2xne B = [ bij]mx1, com m = n, o produto AB,

    nesta ordem, a matriz C = [ c ij ]2x1 tal que, cij a soma dos produtos, na ordem em que estodispostos, dos elementos da matriz-linha A, pelos elementos da matriz-coluna B. Note que a matrizresultante C tem o mesmo nmero de linhas de A e o nmero de colunas de B.

    Exemplo 1: Seja A = [ ]423 , B =

    4

    2

    1

    , C =

    352

    624e D =

    6721

    0132

    1425

    .

    a) A x B = ?Resoluo: A1x3x B3x1= [(3x1) + (-2x2) + (4x4)] = [3-4+16] = [15] = C1 x 1.

    b) B x C = ?Resoluo: B3x1 x C2x2=? No existe produto BC pois o n de colunas de B diferente don de linhas de C ou 1 2.

    c) C x D = ?

    Resoluo: C2x3 x D3x4=

    352

    624x

    6721

    0132

    1425

    = M2x4=

    24232221

    14131211

    aaaa

    aaaa

    Para determinar M que o produto das matrizes C x D, consideramos cada linha damatriz A como uma matriz-linha e cada coluna da matriz B como matriz-coluna.Calculamos cada elementos aijda matriz M = CD. Como?

    (1)Multiplicamos a 1 linha de C pela 1 coluna de D. A seguir, multiplicamos a 1 linhade C pela 2 coluna de D. E, assim, sucessivamente, multiplicamos a 1 linha de C

    O

    Na multiplicao de matrizes, utilizamos o smbolo de somatrio (letrasigma maiscula do alfabeto grego) para representar uma soma. Por exemplo,

    a soma a1+ a2+ a3+ a4+ a5 pode ser representada abreviadamente por:

    =

    5

    1iia (l-se: somatrio de aicom i variando de 1 a 5). Assim,

    =

    5

    1iia = a1+ a2+

    a3+ a4+ a5. Generalizando: =

    n

    mi

    ia = am+ am+1+ am+2+...+ an. Neste caso, i o

    ndice da soma, m o limite inferior do somatrio e n o limite superior dosomatrio.

    Exemplo: =

    5

    1

    23i

    i = 3.12+3.22+3.32+3.42+3.52=3.1+3.4+3.9+3.16+3.25=165.

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    pela 3 e 4 colunas de D. Obtemos respectivamente, os elementos a11, a12, a13e a14que formam a primeira linha da matriz M.

    (2)Encontramos a segunda linha de M, multiplicando a 2 linha de C pela 1, 2, 3 e4 coluna de D e assim sucessivamente. Ou seja:

    a11=(1 linha de C)x(1 coluna de D) = 4x5 + 2x2 + 6x1 = 20 + 4 + 6 = 30a12=(1 linha de C)x(2 coluna de D) = 4x2 + 2x3 + 6x2 = 8 + 6 + 12 = 26a13=(1 linha de C)x(3 coluna de D) = 4x4 + 2x1 + 6x7 = 16 + 2 +42 = 60a14=(1 linha de C)x(4 coluna de D) = 4x1 + 2x0 + 6x6 = 4 + 0 + 36 = 40a21=(2 linha de C)x(1 coluna de D) = 2x5 + 5x2 + 3x1 = 10 + 10 + 3 = 23a22=(2 linha de C)x(2 coluna de D) = 2x2 + 5x3 + 3x2 = 4 + 15 + 6 = 25a23=(2 linha de C)x(3 coluna de D) = 2x4 + 5x1 + 3x7 = 8 + 5 + 21= 34a24=(2 linha de C)x(4 coluna de D) = 2x1 + 5x0 + 3x6 = 2 + 0 + 18= 20

    Portanto, o produto das matrizes C(2,3)e D(3,4) a matriz M(2,4) =

    20342523

    40602630

    Exemplo62: Sejam as matrizes A e B defindas por: A =

    43

    21 e B =

    24

    31. Determinar a

    matriz C resultante do produto de A por B.Resoluo: O produto de A com B resulta numa matriz C, quadrada de ordem 2.Procedemos multiplicando os elementos equivalentes de cada linhas de A por cadacolunas de B, adicionando os resultados. Vejamos:

    A2x2 x B2x2=C2x2 =

    2221

    1211

    cc

    cc. Fazendo A.B temos A.B =

    43

    21.

    24

    31=

    C11=resultado do produto e soma da 1 linha com 1 coluna

    C12=resultado do produto e soma da 1 linha com 2 coluna

    C21=resultado do produto e soma da 2 linha com 1 coluna

    C22=resultado do produto e soma da 2 linha com 2 coluna

    6SOMATEMATICA: Ensino Superior: Teoria, Exerccios. (CD-Room). Virtuous Tecnologia da Informao Ltda. 2008

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    Portanto, A2x2 x B2x2=C2x2 =

    2221

    1211

    cc

    cc=

    1713

    77

    Observe que, fazendo B.A, neste caso, obtemos um resultado diferente de A.B.

    B2x2 x A2x2=

    24

    31.

    43

    21=

    Portanto, B2x2 x A2x2=D2x2 =

    2221

    1211

    dd

    dd=

    1610

    108.

    8. Potncia de uma Matriz

    ma matriz quadrada A pode ser multiplicada n vezes por si mesma. A matriz que resulta

    dessas operaes, e que representamos por A

    n

    denominada potncia n da matriz A .

    Exemplo 1: A =

    02

    11A2= A.A =

    02

    11.

    02

    11=

    22

    13. Assim, a matriz

    22

    13 a

    potncia 2 da matriz A e indicamos por A2.

    Note que:

    Se An= A para n 2 ento A uma matriz peridica. Em particularse a matriz peridica paran = 2 ou seja, se A2= A ento A tambm chamada de uma matriz idempotente.

    Se existir um nmero n, inteiro e positivo, tal que An=0 ento A uma matriz nihilpotente.

    Note que, se A2

    = 0, ento A3

    = A4

    = A5

    = ... = An

    = 0Exemplos:

    Exemplo 1: A matriz A =

    344

    232

    112

    idempotente porque

    A2= A ou, A.A =

    344

    232

    112

    .

    344

    232

    112

    =

    344

    232

    112

    =A

    U

    Dica: Utilizando o conceito de matriz transposta e produto de matrizes podemos verificarde uma matriz ortogonal (formada por vetores linhas ou vetores colunas cujo ngulo entre siequivale a 90). Se uma matriz A multiplicada pela sua transposta resulta na matriz Identidadeento os vetores de A so perpendiculares ou ortogonais.Assim, se A. At= I ento A uma matriz ortogonal.

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    Exemplo 2: A matriz7A =

    444

    333

    111

    nihilpotentede ndice 2 porque A2= 0, A3= A4

    = ... =0. Portanto A3 = A2.A = 0.A=0.

    Exemplo 3: A matriz B =

    312

    625

    311

    nihilpotentede ordem 3 porque

    A3= 0 ou A.A =

    311

    933

    000

    e A2.A =

    000

    000

    000

    = 0.

    Como A3= 0 ento A4= A5= ... = An=0

    Exemplo 4: As matrizes A =

    64

    96e B =

    129

    1612so nihilpotente de ndice 2 porque

    A2= 0 e B2 = 0.

    9. Propriedades das Operaes com Matrizes

    Propriedades da adio de matrizesPara as matrizes A, B e C, de mesma ordem, valem as seguintes propriedades:

    1)Comutativa

    2)Associativa

    3)Elementro Neutro

    4)Simtrica

    A + B = B + C

    A+ (B + C) = (A + B) + C

    A + 0 = 0 + A, sendo 0 a matriz Nula

    A + (-A) = A - A = 0 Propriedades do produto de uma matriz por um escalarPara as matrizes Ae B, de mesma ordem e ke k, escalares quaisquer, ento:

    k(A + B)=kA + kBe (k mk)A = kA mkA.

    E, tambm, (kk) A=k(k A) e se kA = kBento A = B. Propriedades do produto de matrizesSejam as matrizes A, B e C. Verificadas as condies de existncia para a multiplicao dematrizes, valem as seguintes propriedades:

    1) Associativa2) Distributiva em relao adio

    3) Elementro Neutro

    A(BC) = (AB)C(A+B)C = AC + BCou C(A+B) = CA + CB

    AIn= InA = A, sendo Ina matriz Identidade de ordem nNote que:

    7Steinbruch (1987, p.406)

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    (i)

    (ii)

    (iii)

    (iv)

    (v)

    Se o produto AB possvel, ento (kA)B= A(kB) = k(AB) para qualquer kescalar.

    Se AB= 0, no implica necessariamente que A = 0ou B = 0

    Se AB=AC, no implica necessariamente que B=C

    Se Ae Bso matrizes quadradas(igual nmero de linhas e colunas), ambos os produtosAB e BA podem ser calculados. Entretanto, na multiplicao de matrizes, a ordem dos

    fatores no indiferente. Em geral, AB BA.

    A2x2=

    01

    11, B2x2=

    43

    21ento AB =

    21

    24e BA =

    31

    13

    Se AB = BA, as matrizes so ditas comutativas. Propriedades da matriz transpostaSejam A e B, matrizes, k um escalar qualquer e, se satisfazem as condies de adio emultiplicao de matrizes, so vlidas as propriedades:

    1) (A + B)t = At+ Bt

    2)(kA)t = kAt

    3)(AB)t = BtAt (AB)tAtBt

    4)(At)t= A

    5) (-A)t= -(At)

    Propriedades das matrizes simtricas e anti-simtricasSejam A e B, matrizes, k um escalar qualquer e, se satisfazem as condies de adio emultiplicao de matrizes, so vlidas as propriedades:1) O produto de uma matriz quadrada Apela sua transposta At uma matriz simtrica SAssim, A

    At= S2)A soma de uma matriz quadrada Acom sua transposta At uma matriz simtrica S

    Assim, S = A + At= St

    3)A diferena entre uma matriz Ae sua transposta At, uma matriz anti-simtrica SAssim, A - At= S

    Exemplo 1: Consideremos as matrizes Ae sua transposta Atpara:

    A =

    40

    31e sua transposta At=

    43

    01.

    Fazendo A At =

    40

    31

    43

    01=

    ++

    ++

    4.40.0)3.(41.0

    4).3(0.1)3).(3(1.1=

    1612

    1210 = S. Note

    que a matriz resultante S uma matriz simtrica pois s12= s21

    Fazendo A + At =

    40

    31+

    43

    01=

    83

    32= S

    Note que a matriz resultante S uma matriz simtrica pois s12= s21

    Fazendo A - At =

    40

    31-

    43

    01=

    03

    30= S

    Note que a matriz resultante S uma matriz anti-simtrica pois (-s12)= s21

    AAAgggooorrraaa,,,ttteeennnttteeevvvoooccc!!!Resolva a Lista de Atividades

    Lista 2 de Atividades Operaes com Matrizes

    1. Encontre os elementos da matriz A = (a ij)3x2em que aij= i + j e da matriz B = (bij)3x2em que aij= i - j . Encontre:

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    (b)A + B; (c)A + (-B); (d)5A + 3B.

    2. Considere as matrizes A =

    22

    11, B =

    20

    54, C =

    312

    119e D =

    342

    111.

    (a)Verifique se A B = B A;

    (b)Determine (A C) + (B D);

    (c) possvel determinar C D? Justifique.

    3. Para as matrizes quadradas de ordem 3 definidas por A=(aij) com aij=i2e B=(bij) com bij=-j

    2encontre:

    (a) A+B (b) A+(-B) (c) A.2B (d) (AB)+(BA)

    4. Se A =

    263

    174

    952

    calcule:

    (a)A + At= S. Verifique se S uma matriz simtrica e justifique;

    (b)A - At= P. Verifique se P uma matriz anti-simtrica e justifique.

    5. Considere as matrizes A =

    75

    32, B =

    918

    721

    534

    e C =

    695

    243

    172

    . Encontre as

    matrizes S e verifique se so simtricas e/ou anti-simtricas.

    (a) S = A.At (b) S = C+Ct (c) S = C - Ct (d) S = B Bt (e) S = B + Bt

    6. Para atender a um projeto experimental de tratamento de esgoto, foram elaborados doismodelos de experimentos E1e E2. Nos dois modelos sero utilizados os mesmos produtos x, y ez para tratamento com dosagens diferentes. No experimento E1sero utilizados 5 medidas do

    produto x, 8 medidas do produto y e 1 medida do produto z. No experimento E2 a dosagemequivale a 4, 6 e 3 medidas de x, y e z, respectivamente. Para controle, sero produzidas 75amostras do experimento E1e 96 amostras do experimento E2. Estruture o problema em tabelae matriz e determine:

    (a)quantas dosagens de produtos sero utilizados para a produo das amostras?

    (b)Considerando que, o custo de dosagem dos produtos equivalem a: R$ 1,30 para x, R$2,30 para y e R$ 7,50 para z. Qual o custo por amostra? Qual o custo total para aproduo das amostras?

    7. Considere as matrizes triangulares superiores A e B e as matrizes trinagulares inferiores C e D,

    definidas por A =

    200310

    112

    , B =

    200130

    121

    , C =

    111011

    002

    e D =

    121010

    002

    .

    Determine:

    (a) E = A.B;

    (b) F = C.D

    (c) Classifique E e F por triangular inferior ou superior.

    (d) Verifique se a matriz A ortogonal.

    8. Prove que, o produto de duas matrizes diagonais resulta numa matriz diagonal. Utilize matrizesde ordem 3.

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    9. Considere as matrizes A =

    sen-cos

    cos-sen, B =

    53

    106e C =

    42

    105.

    (a) Mostre que A.At= I sendo I a Matriz Identidade. Logo A uma matriz ortogonal.

    (b) Verifique se B e C so matrizes idempotentes, peridicas ou nihilpotente. Analise parao perodo 1 ou seja para B2e C2somente.

    10. Verifique se as matrizes A e B so nihilpotentes, para A =

    6496 e B =

    129

    1612

    11. Dadas as matrizes diagonais A =

    800

    010

    001

    e B =

    600

    040

    002

    calcular AB e classificar este produto.

    12. Considere a matriz A =

    344

    232

    112

    . Calcule A2e classifique A. (STEINBRUCH, 1987, p.413)

    Respostas da Lista de Atividades 2

    (1) A =

    54

    43

    32

    , B =

    12

    01

    10

    (a) A+B=

    66

    44

    22

    (b) A+(-B)=

    42

    42

    42

    (c) 5A+3B=

    2826

    2018

    1210

    (2a) A.B =

    68

    34 B.A =

    44

    66(2b)

    8414

    427+

    684

    19166=

    14410

    23141.

    (2c) No possvel determinar o produto C.D pois a dimenso das linhas de C diferentes da dimenso das colunas de D.

    (3) A =

    999

    444

    111

    , B=

    941

    941

    941

    (3) A+B=

    058

    503

    830

    ,(3b) A+(-B)=

    181310

    1385

    1052

    (3c)

    48621654

    2169624

    54246

    (3d)

    24310827

    1084812

    27123

    +

    989898

    989898

    989898

    =

    341206125

    206146110

    125110101

    (4a) A+At=S =

    4712

    7149

    1294

    S simtrica pois aij= aji para i j. (4b) A-At=P=

    056

    501

    610

    S anti-simtrica pois aij= (-aji) para i j e

    aij= 0 par i = j. (5) A matriz S em a,b, e simtrica porque Aij=Aji. A matriz S em c,d anti-simtrica pois aij= (-aji)

    para i j e aij= 0 par i = j. (5a) S=

    7411

    1113

    (5b)

    1276 784

    644

    (5c)

    0114 11010

    4100

    (5d)

    083 804

    340

    (5e)

    18613

    642

    1328

    (6a) x = 759, y = 1176 e z = 363 ou

    363

    1176

    759

    .(6b) O custo por amostra : E1= R$ 32,40; E2= 41,50 ou C

    = ( )50,4140,32 . O custo total para a produo das amostras de R$ 6.414,00 = ( )50,4140,32

    96

    75.(7a) E =

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    lgebra Linear 27

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    400

    730

    172

    ;(7b) F =

    131

    012

    004

    ;(7c) E triangular superior e F inferior.(8) Criar matrizes e provar.(9a) Fazer A.At

    e mostrar que o resultado a matriz identidade(Dica: lembre-se que sen2x + cos2x = 1). (9b) As matrizes B e C soidempotentes de ordem 2 ou de perodo 1 porque B.B=B2=B e C2=C.

    (10) A e B so nihilpotentes de ordem 2 pois A2=0=A3=A4=... Idem para a matriz B. (11) AB=

    4800040

    002

    e AB diagonal.

    (12) A2=

    344

    232

    112

    . Como A2A no idempotente.

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    10. Equivalncia de Matrizes

    izemos que duas matrizes A e B, de mesma ordem, so equivalentes quando so obtidas apartir de operaes elementares efetuadas entre elas ou:Dada uma matriz A, diz-se que uma matriz B, de mesma ordem, equivalente a matriz A

    (indica-se B

    A) se for obtida a partir de operaes elementares efetuadas em A, ondecada linha ( Li ou j) de B uma combinao linear das linhas de A.

    A matriz B encontrada equivalente a matriz A e tambm denominada, matriz escalonada porlinhas de A . As operaes elementares possveis so:

    1. Li Lj2. Lik.Lj com k 03. Lik.Lj + Li com k 0

    1. Troca de linhas entre si;2. Multiplicao de linha por escalar;3. Substituio de uma linha pela adio de k vezes

    outra linha.

    Note que: Se aplicarmos as inversas das operaes em B, obtemos A.

    A matriz B encontrada dita matriz escalonada por linhas de A.Exemplo 1: Se A =

    43

    21ento podemos encontar uma matriz B =

    100

    21dita

    matriz escalonada por linhas de A .

    Uma matriz B equivalente a uma matriz A dita matriz escalonada reduzida por linhas(ou matriz na forma cannica por linhas)se:os elementos distinguidos8so nicos no nulos de suas respectivas colunas;os elementos distinguidos so iguais a 1.

    Exemplo 2: B =

    10

    01

    Exemplo 3: B =

    4100

    7010

    2001

    A matriz B est representada na forma cannica por linhas pois o 1 elemento de cadalinha igual a 1 e o nico no nulo em sua respectiva coluna.

    Exemplo 4: Para a matriz A =

    13111

    11500

    11131

    11012

    encontre sua matriz B,

    equivalente a A ou seja encontre a matriz escalonada por linhas de A.

    Resoluo: Nosso objetivo encontrar uma matriz B cujos elementos abaixo da diagonalformada pelos elementos (2), (3), (-5), (-3) sejam todos iguais a zero. Para issoaplicamos as operaes elementares de linhas Li:

    8Elementos distinguidos so os primeiros elementos no nulos das linhas de uma matriz

    D

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    lgebra Linear 29

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    A =

    13141

    11500

    11131

    11072

    L4 L3

    (troca de linhas entre si)

    11500

    13141

    11131

    11072

    L2 L1 + 2L2;

    L3 L1 - 2L3.

    11500

    37210

    33210 11072

    L3 L2 + L3.

    11500

    610400

    33210

    11072

    L4 5L3 + 4L4.

    2654000

    610400

    3321011072

    = B

    Note que a matriz B encontrada equivalente a matriz A e,abaixo da diagonal todos os elementos so nulos.

    A matriz B tambm chamada, forma escalonada de A.

    2654000

    610400

    33210

    11072

    = B

    Importante: Para a soluo de alguns problemas matemticos, uma matriz B, escalonada por linhasde A, necessita apresentar-se numa forma mais reduzida, ou seja, na forma escalonada reduzidapor linhas. Neste caso, pode-se afirmar que:

    Uma matriz B equivalente a A dita matriz escalonada reduzida por linhas (ou matriz naforma cannica por linhas)se, e somente se, seus elementos distinguidos so iguais a um

    e so os nicos no nulos de suas respectivas colunas.

    Exemplos: C =

    100010

    001

    ou D =

    41002010

    9001

    ou E =

    1000007100

    03021

    .

    As matrizes C, D e E, esto representadas na forma cannica por linhaspois o 1 elemento de cadalinha igual ao nmero 1e, o nico no nulo em sua respectiva coluna.

    AAAgggooorrraaa,,,ttteeennnttteeevvvoooccc!!!Resolva a Lista 3 de atividades

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    Lista 3 de Atividades Equivalncia de Matrizes/escalonamento

    1. Encontre a forma escalonada por linhas das matrizes A. Indique-as por A.

    a) A =

    231

    110

    012

    121

    b) A =

    1240

    511

    412

    023

    c) A=

    0110

    2001

    0201

    1011

    d) A =

    32

    363

    42

    2. Encontre a forma escalonada por linhas das matrizes e verifique se esto corretas asequivalncias:

    a) A=

    5013

    0121

    2001

    0100

    2120

    2001

    =B b) A=

    18512

    6243

    1121

    551100

    3120

    1121

    =B

    c)A=

    7283

    2131

    1241

    8000

    1110

    1241

    =Bd) A =

    90

    20

    00

    20= B

    3. Encontre a forma cannica por linhas das matrizes:

    a) A=

    521

    614

    436

    b) A =

    56263

    32142

    12121

    c) A=

    4350

    1200

    3140

    2310

    4. Encontre a matriz triangular superior que seja equivalente a cada uma das matrizes dadas.

    A =

    1053

    521

    132

    B =

    1053

    521

    132

    C =

    1103

    2221

    0342

    1231

    D =

    521

    614

    436

    E =

    22262

    13452

    11131

    4321

    F =

    875

    654

    321

    G =

    223

    142

    111

    H =

    241

    132

    111

    5. Encontre a matriz escada, equivalente por linhas

    A =

    2242

    1111

    1121

    B =

    52333

    42123

    13212

    C=

    1111

    2212

    5103

    D =

    3213

    2212

    1321

    6. Aplicao de escalonamento de matrizes: Tente resolver o sistema, aplicando a equivalncia dematrizes.

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    lgebra Linear 31

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    =+

    =+

    =+

    19234

    4422

    632

    zyx

    zyx

    zyx

    Respostas da Lista de Atividades 3

    (1) (a) A=

    000

    300

    250121

    ; (b) A=

    000

    4500

    1270023

    ; (c) C=

    0000

    2200

    12101011

    ; (d) D=

    00

    00

    42;

    (2) No so equivalentes somente as matrizes (2b) e (2c) pois em (2b) A

    29900

    3120

    1121B e em (2c),

    temos A

    0000

    1110

    1241B.

    (3) (a)

    0009

    26109

    701

    ; (b)

    611000

    001003

    40021; (c)

    0000

    1000

    0100

    0010

    (4) A

    400

    910

    521B

    000

    310

    121 C

    15000

    4100

    1010

    1231

    D

    000

    52180

    436E

    0000

    2200

    7410

    4321

    ; F

    100

    210

    321G

    1100

    120

    111 H

    000350

    111

    (5a) A

    00002010

    1121

    (5b) B

    8200055410

    13212

    ; (5c) C

    22000010

    1111

    (Observe que houve troca de linhas);

    (5d) D

    10700

    4430

    1321(6) O sistema equivale a matriz escalonada

    101000

    81060

    6321. A soluo do sistema x = 3, y = 3

    e z = 1 ou S = {(3,3,1)}.

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    II DETERMINANTES E MATRIZES

    1 Classe de uma Permutao

    ara uma melhor compreenso do conceito de determinantes importante revermos osconceitos de permutao. Conceito: Dados nobjetos distintos a1, a2, ..., an. Uma permutao destes objetos consiste em displos em uma determinada ordem. Ou seja, para nelementos

    distintos denominamos depermutaoa disposio dos mesmos numa certa ordem.

    As permutaes podem nos dizer o n de arranjos possveis em certas situaes. Representamospermutao por S(A) ou S(n).

    Exemplo:Para os algarismos 1, 2 e 3 podemos obter 6 permutaes que so:

    1 2 3 1 3 2 2 1 3 2 3 1 3 1 2,

    3 2 1Permutao principal (2) (3) (4) (5) (6)

    A quantidade de permutaes dos nelementos dada por n!(l-se: n fatorial) onde:

    n ! = n x (n-1) x (n-2) x . . . x 2 x 1para n >0.

    Portanto, se n = 3 temos: 3! = 3 x 2 x 1 = 6 permutaes. Se n = 0 temos 0! = 1.

    Proposies:

    Diz-se que dois elementos de uma permutao formam uma inverso se esto em ordeminversa da permutao principal. Considerando uma permutaoa c b, os elementos ce bformam uma inverso.

    Para uma permutao do conjunto N*, dizemos que existe uma inverso quando um nmerointeiro precede um outro menor que ele.Exemplo1:Os algarismos 1, 2, 3, 4 e 6 admitem 120 permutaes pois 5!=5 x 4 x 3 x 2 x 1 =

    120 e a permutao 6 4 3 2 1 admite 10 inverses que so: 64, 63, 62, 61, 43, 42,41, 32, 31 e 21.

    Exemplo 2:A permutao 54321 tem 10 inverses que so: 54, 53, 52, 52, 43, 42, 41, 32, 31e 21.

    Exemplo 3:A permutao 4521 tem 05 inverses que so: 42, 41, 52, 51 e 21.

    Observe na tabela de nmeros as permutaes e inverses dos algarismos 1, 2, 3:

    Permutaes N de inverses Permutaes N de inverses

    1 2 3 0 2 3 1 2

    1 3 2 1 3 1 2 2

    2 1 3 1 3 2 1 3

    Uma permutao tem classe par ou classe mpar, (indica-se classe )conforme apresentaum nmero par ou mpar de inverses. Assim, para uma permutao arbitrria em Sn, (Snindica o conjunto de permutaes), dizemos que mpar ou par, conforme exista um n parou mpar de pares (i, k) para os quais i > k mas i precede k em . Exemplificando: Apermutao 1 3 2 tem uma inverso, logo tem classe mpar.

    P

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    33/72

    lgebra Linear 33

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    Definimos como sinal ou paridade da classe, indica-sesgn por

    Sgn =

    .,1

    ;,1

    mparse

    parse

    Ou seja: Quando na permutao existir um nmero par de inverses ento o sinal de (sgn )

    positivo. Quando na permutao existir um nmero mpar de inverses entosgn negativo.

    Exemplo1:A permutao 5 3 1 2 4tem 6 inverses (quantidade par) logosgn =1.Exemplo 2:S3= 3! = 3.2.1 = 6. Observe na tabela a seguir.

    Permutao 1 2 3 1 3 2 2 1 3 2 3 1 3 1 2 3 2 1

    N de inverses 0 1 1 2 2 3

    Par ou mpar Par mpar mpar Par Par mpar

    Sgn + - - + + -

    2 Determinante de uma matriz

    imos que a matriz quadrada a que tem o mesmo nmero de linhas e de colunas (ou seja, do tipo nxn). A toda matriz quadrada est associado um nmero ao qual damos o nome dedeterminante.

    Dentre as vrias aplicaes dos determinantes na Matemtica, temos:

    Resoluo de alguns tipos de sistemas de equaes lineares; Clculo da rea de um tringulo situado no plano cartesiano, quando so conhecidas as

    coordenadas dos seus vrtices.

    Mas, o que um determinante?

    Denomina-se determinantede uma matriz quadrada soma algbrica dos produtos que se obtm,efetuando todas as permutaes dos segundos ndices do termo principal, fixados os primeirosndices, e fazendo-se preceder dos produtos o sinal (+) ou (-), conforme a permutao dos segundosndices seja de classe par ou mpar.

    Defini-se como termo principal, ao produto dos elementos da diagonal principal de umamatriz quadrada;

    Denomina-se ordem de um determinantea mesma ordem da matriz a que o mesmo equivale;

    Indica-se o determinante de uma matriz quadrada A, por det A, representando a matriz entredois traos verticais.

    A notao do determinante de uma matriz || ou seja, representamos o determinante de umamatriz entre duas barras verticais, que no tm o significado de mdulo.

    Saiba Mais:

    V

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    34/72

    lgebra Linear 34

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    Como calcular o determinante?

    2.1 Determinante de 1 ordem

    ada uma matriz quadrada de 1 ordem M=[a11], o seu determinante o prprio nmero reala11ou seja, det M =|a11| = a11

    Exemplo:

    M= [5] det M = 5 ou |5| = 5 M = [-6] det M = -6 ou |-6| = -6

    2.2 Determinante de 2 ordem

    ada a matriz quadrada M de ordem 2, por definio o determinante associado a M,determinante de 2 ordem, dado por:

    D

    D

    Considere a seguinte situao problema: Qual o valor real de x e y para que A.B = C sendo A =

    45

    21, B =

    y

    xe C =

    1

    1?. Para determinar os valores de x e y, aplicamos o produto A.B =

    C e obtemos:

    4521

    .

    y

    x=

    11

    . Resolvendo o produto, encontramos:

    +

    +

    yx

    yx

    45

    2=

    1

    1. Aplicando o conceito de igualdade de matrizes, temos o sistema:

    =+

    =+

    145

    12

    yx

    yxResolvendo o sistema pelo mtodo de adio, temos:

    =+

    =+

    145

    .(-5)12

    yx

    yx

    =+=

    1455105

    yxyx

    6)104(

    6104145

    5105

    =

    =

    =+

    =

    y

    yyyx

    yx

    y =1046 =

    )5.2()4.1(6 =

    66

    =1. Se fizermos o

    mesmo procedimento para encontrar o valor de x, iremos observar que o denominador tambm (-6). Portanto x = -1. Observe que a expresso numrica (1.4)-(2.5), comum nas expresses,permite que calculemos o valor de x e y e determina se o sistema tem soluo (se determinadaou indeterminada). Da a origem do nome determinante.Observe tambm que a expresso

    (1.4)-(2.5) tem relao com os termos da matriz A=

    45

    21. A teoria dos determinantes surgiu,

    quase simultaneamente, na Alemanha e no Japo, quando dois matemticos, Leibniz (1646-1716)e Seki S.Kowa (1642-1708), resolveram problemas de eliminaes, necessrias resoluo de um

    sistema de n equaes lineares com n variveis. Depois deles, surgiram os trabalhs de Cramer,Bezout, Laplace, Vandermonde, Lagrange, Cauchy e Jacobri.

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    Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 dado pela diferena entre o produto doselementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundria.

    Observe os exemplos:

    (a) Para M =

    54

    32temos: det M = (2.5)-(4.3) = 10-12= -2.

    (b) Se A =

    2

    1

    4

    3ento det A =

    2

    1

    4

    3 = (1 x 4) (2 x 3) = -2

    2.3 Determinante de 3 ordem: Regra de Sarrus

    determinante de uma matriz de ordem 3 pode ser obtido pela regra de Sarrus.

    Acompanhe como aplicamos essa regra para D=

    333231

    232221

    131211

    aaa

    aaa

    aaa

    .

    1 passo: Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira ou repetimos direita doselementos da matriz A, as duas primeiras colunas:

    2 passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal principalcom os doisprodutos obtidos pela multiplicao dos elementos das paralelas a essa diagonal (a soma deve serprecedida do sinal positivo):

    3 passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal secundriacom os doisprodutos obtidos pela multiplicao dos elementos das paralelas a essa diagonal ( a soma deve serprecedida do sinal negativo):

    O

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    Assim:

    ou det D = +a11a22a33 + a13a21a32+ a12a23 a31-a11a23a32-a12a21a33 -a13a22a31

    Exemplo 1:Encontrar |A| para A =

    011

    021

    121

    .

    Resoluo: Pela regra de Sarrus, fazemos

    11

    2121

    011

    021121

    =

    (-1.2.0)+(2.0.-1)+(1.1.1)-(2.1.0)-(-1.0.1)-(1.2.-1) = 0+0+1-0-0+2 = 3.Logo |A|= 3 ou Det A = 3.

    Exemplo 2:Determine o valor de x sabendo que

    381

    52

    14

    x

    x

    =0

    Resoluo: Pela regra de Sarrus, fazemos

    81

    24

    381

    5214

    xx

    xx

    = 0. Logo,

    12x 5x + 16 6x 160 +x = 0 2x 144 = 0 x = 144/2 x = 72.

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    2.4 Determinante de ordem n > 3: Teorema de LAPLACE

    imos que a regra de Sarrus vlida para o clculo do determinante de uma matriz de ordem3. Quando a matriz de ordem superior a 3, devemos empregar o Teorema de Laplace parachegar a determinantes de ordem 3 e depois aplicar a regra de Sarrus.

    Teorema de LAPLACE: Segundo Laplace, o determinante da matriz A = aij igual soma dosprodutos obtidos multiplicando os elementos de qualquer linha(ou coluna) de A pelos seusrespectivos cofatores Cij:

    det A = ai1Ci1+ ai2Ci2+ ...+ ainCin

    oudet A = a1jC1j+ a2jC2j+ ... + anjCnj

    Mas, o que so cofatores? Reveja este assunto no Apndice A deste caderno.

    Exemplo 2: Seja A =

    317

    132

    101

    .

    O Det A, segundo Laplace calculado da seguinte forma:Escolha uma linha ou coluna d preferncia para aquela que tem elementos nulos. Nestecaso escolhemos a linha 1.

    Det A =(-1) . C11 +(0). C12 + (1). C13 (fixada 1 linha ).

    Det A =(-1) . (-1)1+13113 + (0). C12 + (1). (-1)1+3

    1732

    Det A =(-1) . 1 . [9-(-1)] + 0 + 1. 1 . (2-21)

    Det A =-1.1.10 + 0 + 1.1.-19

    Det A = - 10 + 0 - 19

    Det A = - 29

    Por Regra de Sarrustemos

    Det A =

    17

    3201

    317

    132101

    = (-1.3.3)+(0.-1.7)+(1.2.1)-(1.3.7)-(-1.1.-1)-(3.0.2)

    = -9 + 0 + 2 21 1 0 = -29.

    Exemplo 3: Seja A =

    241

    325

    431

    . Calcule o Det A.

    O Det A, segundo Laplace:

    V

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    Det A =(1) . C11 +(5). C21 + (1). C31 (fixada 1 coluna).

    Det A =(1) . (-1)1+124

    32 +(5). (-1)2+1

    24

    43 + (1). (-1)3+1

    32

    43

    Det A =(1) . 1 . [4-(-12)] +(5).(-1).(6-16) + 1. 1 . (-9-8)

    Det A =(1).1.(16) +(5).(-1).(-10) + 1. 1 . (-17)

    Det A = 16 + 50 + (-17)

    Det A = 49

    Por Regra de Sarrustemos

    Det A =

    41

    25

    31

    241

    325

    431

    = (1.2.2)+(3.-3.1)+(4.5.4)-(4.2.1)-(1.-3.4)-(3.5.2)

    = 4 -9 + 80 8 + 12 - 30 = 96 47 = 49.

    2.5 Processo de triangulao para clculo de determinante

    processo de triangulao para clculo de determinante pode ser aplicado em todasas matrizes quadradas de ordem n 2.

    Para se executar o processo de triangulao, se procura colocar, por meio de operaes adequadas(e das respectivas compensaes quando for o caso), como elementos da diagonal principal, excetoo ltimo, o nmero 1.

    Obtido o n 1 na 1 linha e 1 coluna, isto , a11 = 1, substituindo-se, por meio de operaescompetentes, todos os demais elementos da 1 coluna por zeros; da mesma forma, depois de obtera22= 1, substituem-se os demais elementos da 2 coluna, situados abaixo de a22por zeros, e assimpor diante. Quanto a cada um dos elementos da diagonal principal da matriz A, trs hiptesespodem ocorrer:

    1) O elemento igual a zero neste caso, deve-se proceder a operao de troca de linhas emultiplicar o det A por 1, como compensao, isto , para que o determinante de A conserve o seuvalor.

    2) O elemento igual a k1 nesse caso, deve-se multiplicar todos os elementos da linha por i/k,com o que se obtm o nmero 1 como elemento da diagonal principal dessa linha. Por outro lado,

    para compensar, isto , para que o det A mantenha o seu valor, deve-se multiplic-lo pelo inversode 1/k, isto k.

    3) O elemento igual a 1nesse caso nada a fazer no que diz respeito diagonal principal.

    Agora, tente voc Calcule o determinante da matriz

    =

    435

    231

    712

    A , usando o processo da

    triangulao. Voc deve obter como resposta, det A = - 66

    O

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    3 Propriedades dos determinantes

    s matrizes quadradas de ordem napresentam as seguintes propriedades:

    1. O determinante de uma matriz quadrada A igual ao de sua transposta Atou seja, |A| =|At|.

    Exemplo 1: Se A =

    42

    31ento At=

    43

    21. E, det At= 1.4 2.3 = -2 = det A.

    Exemplo 2: det A =

    342

    212

    321

    = 9= det At=

    323

    412

    221

    = 9

    2. Se a matriz quadrada A tem duas linhas (ou colunas) iguais ento det A = 0 ou se duas

    filas paralelas de uma matriz so proporcionais, ento seu determinante nulo.

    Exemplo 1: Exemplo 2:3. Se a matriz quadrada A tem uma linha ou coluna nula ento det A = 0 ou Quando todos os

    elementos de uma fila (linha ou coluna) so nulos, o determinante dessa matriz nulo.Exemplos:

    4. Se uma matriz quadrada A trocarmos a posio de duas linhas (ou colunas) odeterminante troca de sinal.

    Exemplo:

    5. Se A uma matriz triangular (superior ou inferior) ento det A = produto dos elementosdiagonais. Exemplos:

    6. Se cada elemento de uma linha (ou coluna) de uma matriz quadrada A multiplicado porum escalar k ento o det A fica multiplicado por k.

    Conseqncia: Se cada elemento de uma linha (ou coluna) de uma matriz A contm umfator k, podemos coloca-lo em evidncia.

    A

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    Exemplo 1:A =

    032

    1154

    361

    A= 3

    012

    154

    321

    (det A) = 3 (det A).

    Exemplos 2 e 3

    7. O determinante de um produto de duas matrizes A e B igual ao produto de seusdeterminantes ou seja, det(A.B) = (det A) . (det B) ou |A.B|=|A|.|B.|

    8. Uma matriz quadrada A inversvel se o det A 0.

    9. Se os elementos de uma fila de uma matriz so combinaeslineares dos elementos correspondentes de filas paralelas, entoseu determinante nulo. Exemplo:

    10

    Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz no se altera quando somamos aoselementos de uma fila uma combinao linear dos elementos correspondentes de filasparalelas.

    Exemplo: 9

    342

    212

    321

    = Substituindo a 1 coluna pela soma dessa mesma coluna com o

    dobro da 2, temos:

    4 Determinante e Matriz Inversa

    onsideremos a matriz quadrada A, de ordem n. Definimos como inversa de A, a matriz A-1talque A . A-1 =I = A-1 . Asendo Ia matriz identidadede ordem n.

    Proposies:

    (i)Se A tem inversa, diz-se que A inversvel.

    C

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    (ii)Se A e B so matrizes quadradas, de mesma ordem e inversveis, ento:

    (A-1)-1=A AxB inversvel (A.B)-1= B-1.A-1 (A+B)-1=A-1+ B-1 Posto A = n.

    (iii) Toda matriz quadrada A, cujo determinante nulo, dita matriz singular e, se odeterminante de A for diferente de zero, dizemos que A uma matriz no-singular. Emconseqncia, toda matriz no-singular sempre tem inversa e toda matriz singular notem inversa. Portanto, nem toda matriz quadrada tem inversa.