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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA/SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL/ DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÉTODOS NUMÉRICOS EM ENGENHARIA
Apostila de Método dos Elementos de Contorno por
Lucas Máximo Alves
CURITIBA – PARANÁ
20 - JULHO - 2006
2
LUCAS MÁXIMO ALVES
Apostila de Métodos dos Elementos de Contorno
Prof. Dr. Luiz Alkimin Lacerda e José Antonio Marques Carrer
CURITIBA – PARANÁ
20 - JULHO – 2006
3
LUCAS MÁXIMO ALVES
Apostila de Método dos Elementos de Contorno
Trabalho Apresentado como requisito para obtenção de nota parcial da Disciplina de Métodos dos Elementos de Contorno do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Métodos Numéricos do Setor de Tecnologia/Setor de Ciências Exatas, Departamento de Engenharia Civil/Departamento de Matemática da Universidade Federal do Paraná
Prof. Dr. Luiz Alkimin Lacerda e José Antonio Marques Carrer
CURITIBA – PARANÁ
20 - JULHO - 2006
4
ÌNDICE
Apresentação ............................................................................................................................18 Capítulo – I ...............................................................................................................................19 INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS ............................................................19 1. 1 – Objetivos do capítulo......................................................................................................19
1. 2 – Introdução 19
1. 3 – Simplificação de um Problema Real ..............................................................................20
1. 4 – Equações Diferenciais ....................................................................................................20
1. 5 – Discretização do Problema .............................................................................................20
1. 6 – Escolha do Método Aproximado para a solução do problema.......................................21
1.6.1 - Vantagens do Método dos Elementos de Contorno ......................................................24 1.6.2 - Desvantagens do Método dos Elementos de Contorno.................................................24 Capítulo – II..............................................................................................................................25 CONCEITOS FUNDAMENTAIS ...........................................................................................25 2. 1 - Objetivos do capítulo ......................................................................................................25
2. 2 – Introdução 25
2. 3 – Conceitos Fundamentais.................................................................................................26
2.3.1 – O problema unidimensional..........................................................................................26 2.3.2 – O conceito de Funções de Distribuição de Erros..........................................................26 2.3.3 – Analisando o Problema no Contorno – 1ª Integração por Partes .................................27 2.3.4 – 2ª Integração por Partes ................................................................................................27 2.3.5 – 3ª Integração por Partes ................................................................................................29 2.3.6– 4ª Integração por Partes .................................................................................................30 2. 4 – Soluções Aproximadas ...................................................................................................32
2.4.1 – Resolução a partir de Soluções Aproximadas ..............................................................32 2.4.2 – Avaliando os Erros de Aproximação............................................................................33 2. 5 – Técnicas de Resíduos Ponderados..................................................................................35
2. 6 – Aplicação Prática dos Método dos Resíduos Ponderados ..............................................37
2.6.1 - Exemplo 2.1 – Obtendo uma solução Exata .................................................................37 2.6.2 – Método do Ponto de Colocação....................................................................................39 2.6.3 – Método da Colocação por Subdomínio ........................................................................41 2.6.4 – Método de Galerkin......................................................................................................43 2.6.5 - Exemplo 2.2 – Obtendo uma solução aproximada por um Método de Domínio..........45 2.6.6 – Método do Ponto de Colocação....................................................................................47 2.6.7 - Exemplo 2.3 – Obtendo uma solução aproximada por um Método de Domínio..........49 2. 7 – Aplicação Prática da Formulação Fraca e da Formulação Inversa.................................52
2.7.1 – Formulação Fraca - 5ª Integração por Partes................................................................52 2.7.2 – Formulação Inversa - 6ª Integração por Partes.............................................................53 2.7.3 – Exemplo 2.4 – Formulação Fraca usando o Método de Galerkin ................................54 2. 8 – Soluções de Contorno e Domínio...................................................................................59
5
2.8.1 - Aplicação Prática...........................................................................................................59 Solução 60 2.8.2 – Formulação Fraca dos Resíduos Ponderados ...............................................................61 2.8.3 - Método dos Elementos Finitos.....................................................................................62 2. 9 – Formulação Inversa dos Resíduos Ponderados ..............................................................63
2.9.1 – Método de Treffitz........................................................................................................64 2.9.2 – Exemplo de utilização do Método de Treffitz ..............................................................64 Solução: 65 2.9.3 - Método de Contorno .....................................................................................................67 2.9.4 – Exemplo de utilização do Método de Contorno ...........................................................70 Solução: 70 2. 10 – Quadro Resumo dos Métodos Aproximados................................................................73
2. 11 – Lista de Exercícios e Problemas...................................................................................74
2.11.1 – Resolver a equação diferencial ...................................................................................74 Solução. 74 2.11.3 - Resolver a equação diferencial....................................................................................78 Solução: 78 2.11.5 - Resolver a equação diferencial....................................................................................82 Solução: 82 2.11.6 – Resolver a equação diferencial ...................................................................................86 Solução: 86 Conclusão 93 Capítulo – III ............................................................................................................................94 INTRODUÇÃO AO MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO ...............................94 3. 1 -Objetivos do capítulo .......................................................................................................94
3. 2 - Introdução 94
3. 3 – Precursores do Método de Elementos de Contorno........................................................95
3.3.1 – Método das Funções de Green......................................................................................96 3.3.2 – Integração por Partes em duas dimensões ....................................................................97 3. 4 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método ................................................100
3.4.1 – Solução Fundamental-Função de Ponderação............................................................103 3.4.2 - Valor Principal de Cauchy ..........................................................................................108 3.4.3 – Solução Numérica da Equação de Laplace.................................................................110 3. 5 – Discretização do Contorno ...........................................................................................112
3.5.1 - Elemento Constante – Discretização Linear ...............................................................113 3.5.2 - Elemento Linear – Discretização Linear.....................................................................114 3. 6 – Exemplos e Aplicações.................................................................................................119
3. 7 – Exercícios e Problemas.................................................................................................120
Capítulo – IV ..........................................................................................................................121 PROBLEMAS DE POTENCIAL...........................................................................................121 4. 1 - Objetivos do capítulo ....................................................................................................121
4. 2 – Introdução 121
4. 3 – A Equação de Poisson ..................................................................................................122
4.3.1 – O problema bidimensional..........................................................................................122
6
4.3.2 – A 2ª Identidade de Green............................................................................................123 1ª Integração por Partes ..........................................................................................................123 2ª Integração por Partes ..........................................................................................................125 4.3.3 - Levando o problema para o contorno..........................................................................127 3ª Integração por Partes ..........................................................................................................127 4ª Integração por Partes ..........................................................................................................128 4. 4 – A Formulação Fraca do Método dos Resíduos Ponderados .........................................129
4.4.1 – Resolvendo o problema no contorno ..........................................................................129 5ª Integração por Partes (Formulação Fraca) .........................................................................130 4.4.2- Motivos da “fraqueza” .................................................................................................132 4. 5 – A Formulação Inversa do Método dos Resíduos Ponderados ......................................133
6ª Integração por Partes ..........................................................................................................133 4. 6 – Equações Integrais Básicas...........................................................................................134
4.6.1 – Solução Fundamental .................................................................................................136 4.6.2 – Análise das soluções fundamentais bi e tridimensional .............................................140 4.6.3 – Aplicação da Solução Fundamental a Equação Integral ............................................141 4.6.4 – Equação Integral de Contorno ....................................................................................142 4. 7 – Método de Discretização do Contorno .........................................................................144
4.7.1 – Montagem das matrizes Hij e Gij ................................................................................146 4. 8 – Elementos de Discretização de um Contorno em 2D...................................................149
4.8.1 – Elementos de função constante ou Elementos Constantes .........................................151 4.8.2 – Elementos de função linear ou Elementos Lineares...................................................152 4.8.3 – Elementos de função parabólica ou Elementos Quadráticos......................................154 4. 9 – Os Métodos de Cálculo das Integrais Hij e Gij..............................................................155
4.9.1- Integrações Não-Singulares .........................................................................................156 4.9.2- Integrações Quase-Singulares ......................................................................................156 4.9.3- Integrações Singulares..................................................................................................156 4. 10 – O Mapeamento Global do Contorno para o Cálculo das Integrais Hij e Gij ...............157
4.10.1 - Cálculo Analítico da Integral Hij para i≠ j.................................................................157 4.10.2 - Cálculo Analítico de dr/dnj para i ≠j .........................................................................160 4.10.3 - Cálculo Analítico da Integral Gij para i≠ j.................................................................162 4.10.4 – O Cálculo da Integrais Hij = Hii para i = j para r ≠ 0 ................................................163 4.10.5 - Cálculo Analítico de dr/dni para i = j ........................................................................164 4.10.6 – O Cálculo da Integrais Hij = Hii para i = j para r = 0 ................................................168 4.10.7 – O Cálculo da Integral Gij = Gii para i = j e r ≠0........................................................170 4. 11 – Mapeamento Local do Contorno ................................................................................171
4.11.1 – Mapeamento Linear do Contorno.............................................................................172 4.11.2 – Calculo da derivada dr/dn da Transformação de coordenadas do Mapeamento Linear do Contorno ............................................................................................................................177 4.11.3 – Jacobiano da Transformação do Mapeamento Linear do Contorno.........................179 4. 12 – Aplicação do Mapeamento Local as Integrais Hij e Gij ..............................................180
4.12.1 – O Cálculo da Integral Hij para i ≠ j ...........................................................................180 4.12.2 – O Cálculo da Integral Hij = Hii para i = j ..................................................................183 4.12.3 – O Cálculo da Integral Gij para i ≠ j ...........................................................................184 4.12.4 – O Cálculo da Integral Gij = Gii para i = j ..................................................................187
7
4. 13 – Integração Numérica pelo Método da Quadratura de Gauss ......................................188
Capítulo – V ...........................................................................................................................194 APLICAÇÕES PRÁTICAS ...................................................................................................194 5. 1 – Objetivos do capítulo....................................................................................................194
5. 2 – Introdução 194
5. 3 – Problema de o Potencial Escalar sobre uma Placa Plana .............................................195
5. 4 – Solução do Problema de o Potencial Escalar sobre uma Placa Plana ..........................199
5.4.1 – Mapeamento Linear do Contorno do Problema .........................................................199 5.4.2 – Elementos Constantes.................................................................................................200 5.4.3 – Elementos Lineares e Quadráticos .............................................................................201 5.4.4 – Análise da Simetria do Problema na redução do número de integrais .......................202 5.4.5 – Mapeamento Numérico dos Elementos e de suas Coordenadas.................................204 5.4.6 – Tabelas de Hij e Gij para dois pontos de Gauss...........................................................205 5.4.7 – Tabelas de Cálculo de Inversão das Matrizes Hij e Gij para dois pontos de Gauss ....215 5.4.8 – Tabelas de Hij e Gij para os pontos internos com dois pontos de Gauss.....................217 5.4.9 – Tabelas de Hij e Gij para quatro pontos de Gauss .......................................................222 5.4.10 – Tabelas de Cálculo de Inversão das Matrizes Hij e Gij para quatro pontos de Gauss 236 5.4.11 – Tabelas de Hij e Gij para os pontos internos com quatro pontos de Gauss ...............238 5. 5 – Alteração do programa POCONBE de cálculo pelo Método de Elementos de Contorno
para o Problema do Potencial Escalar ....................................................................................245
5.5.1 - Entrada de Dados do Programa POCONBE na forma Original..................................247 5.5.2 - Saída de Dados do Programa POCONBE na forma Original .....................................248 5.5.3 - Saída de Dados do Programa POCONBE na forma Modificada ................................250 Capítulo – VI ..........................................................................................................................252 INTRODUÇÃO A TEORIA DA ELASTICIDADE .............................................................252 6. 1 - Elementos de mecânica dos sólidos ..............................................................................252
6. 2 - Análise do estado das tensões .......................................................................................253
6.2.1 – Tração e vetores de acoplamento das tensões ............................................................253 6.2.2 – Componente das tensões.............................................................................................254 6.2.3 – Tensão em um ponto ..................................................................................................256 6.2.4 – Tensão sobre o plano normal......................................................................................258 6.2.5 – Representação dyádica das tensões ............................................................................260 6. 3 - Equações de Equilíbrio..................................................................................................261
6.3.1 – Princípios Físicos e Matemáticos ...............................................................................261 6.3.2 – Momento linear ..........................................................................................................262 6.3.3 – Momento angular........................................................................................................264 6. 4 - Tensões Principais.........................................................................................................267
6. 5 – Análise das deformações ..............................................................................................268
6.5.1 – Tensor das deformações .............................................................................................271 6.5.2 – Densidade de energia de deformação .........................................................................271 6.5.3 – Equações de compatibilidade .....................................................................................272 6.5.4 – Materiais Elásticos Lineares.......................................................................................273 6.5.5 – Complementaridade da densidade da energia de deformação....................................275
8
Capítulo – VII.........................................................................................................................278 PROBLEMAS DE ELASTOSTÁTICA.................................................................................278 7. 1 – Objetivos do capítulo....................................................................................................278
7. 2 – Introdução 278
7. 3 – Notação Cartesiana Indicial..........................................................................................279
7. 4 – Teoria da Elasticiade Linear .........................................................................................279
Trabalho do curso - 1:.............................................................................................................281 Solução: 281 7. 5 – Método dos Elementos de Contorno ............................................................................284
Trabalho do curso - 2:.............................................................................................................285 Solução: 285 Trabalho do curso -3:..............................................................................................................288 Solução: 289 7.5.1 - Soluções Fundamentais ...............................................................................................290 7.5.2 - Dedução formal da Identidade Somigliana .................................................................291 7.5.3 - Tensões nos Pontos Internos .......................................................................................293 7.5.4 - Método dos Resíduos Ponderados ..............................................................................294 7.5.5 - Equação Integral de Contorno.....................................................................................295 7.5.6 - Regiões e Domínios Infinitos......................................................................................297 Para problemas 3D (X ∈ Γρ): .................................................................................................298 Para problemas 2D. ................................................................................................................299 7.5.7 - Implementação Numérica ...........................................................................................300 7.5.8 - Sub-Regiões ................................................................................................................308 7.5.9 – Propriedades de Simetria ............................................................................................310 7.5.10 - Problema da placa com um furo................................................................................314 Capítulo – VIII .......................................................................................................................315 APLICAÇÕES PRÁTICAS EM ELASTICIDADE ..............................................................315 8. 1 – Objetivos do capítulo....................................................................................................315
8. 2 – Introdução 315
8. 3 – Problema da Placa Plana com furo circular de raio r = 5,0 resolvido pelo Método dos
Elementos de Contorno 316
8.3.1 – Apresentação do Problema Placa Plana com furo .....................................................316 8.3.2 - Metodologia de Análise do Problema .........................................................................317 8.3.3 – Consideração da Simetria da Peça na Análise Elástica ..............................................317 8.3.4 – Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo ................................................318 8.3.5 – Arquivo de Entrada de Dados da Placa Plana com furo para o Programa BINN na forma da malha Original.........................................................................................................319 8.3.6 - Desenho da Malha Origina da Placa Plana com furo circular.....................................321 8.3.7 - Arquivo de Saída de Dados da Placa Plana com furo circular para o Programa BINN na forma Original....................................................................................................................322 8.3.8 – Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo Circular Deformada...............326 8. 4 – Problema da Cavidade com Pressão Uniforme – 12 Elementos resolvido pelo Método
dos Elementos de Contorno....................................................................................................327
8.4.1 –Apresentação do Problema da Cavidade com Pressão ................................................327 8.4.2 - Metodologia de Análise do Problema .........................................................................328
9
8.4.3 – Consideração da Simetria da Cavidade com Pressão na Análise Elástica .................328 8.4.4 - Arquivo de Entrada de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Original ........................................................................................................................329 8.4.5 – Desenho da Malha Original da Cavidade Com Pressão mas sem Deformação .........331 8.4.6 - Arquivo de Saída de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Original 332 8.4.7 – Desenho da Malha Original da Cavidade com Pressão Deformada...........................336 8. 5 – Problema da Viga de Parede resolvido pelo Método dos Elementos de Contorno ......337
8.5.1 – Apresentação do Problema da Viga Parede................................................................337 8.5.2 - Metodologia de Análise do Problema .........................................................................338 8.5.3 - Esquema de Análise da Malha Original da Viga Parede ............................................338 8.5.4 – Desenho da Malha Original da Viga Parede sem Deformação ..................................338 8.5.5 – Consideração da Simetria da Viga na Análise Elástica..............................................339 8.5.6 – Desenho da Malha Original da Viga sem Deformação com Simetria........................339 8.5.7 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original sem Simetria 340 8.5.8 - Desenho da Malha Original da Viga Parede sem Simetria .........................................342 8.5.9 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original sem Simetria 343 8.5.10 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original com Simetria 348 8.5.11 - Desenho da Malha Original da Viga Parede com Simetria.......................................350 8.5.12 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original com Simetria 351 8.5.13 - Desenho da Malha Original da Viga Deformada ......................................................356 8. 6 – Alteração do programa BINN de cálculo pelo Método de Elementos de Contorno para o
Problema Elástico 357
8.6.1 – Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular................................357 8.6.2 – Arquivo de Entrada de Dados da Placa Plana com furo circular para o Programa BINN na forma da Malha Duplicada ................................................................................................358 8.6.3 - Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular ................................361 8.6.4 - Arquivo de Saída de Dados da Placa Plana com furo circular para o Programa BINN na forma Duplicada ................................................................................................................362 8.6.5 – Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular Deformada.............368 8.6.6 - Desenho da Malha Duplicada da Cavidade com Pressão para o Programa BINN .....369 8.6.7 – Arquivo de Entrada de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Duplicada .....................................................................................................................370 8.6.8 – Desenho da Malha da Cavidade com Pressão na forma Duplicada ...........................372 8.6.9 - Arquivo de Saída de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Duplicada .....................................................................................................................373 8.6.10 – Desenho da Malha da Cavidade com Pressão na forma Duplicada .........................378 8.6.11 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga sem Simetria .............................379 8.6.12 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada sem Simetria ...........................................................................................................................380 8.6.13 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga com Simetria.............................384 8.6.14 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada com Simetria...........................................................................................................................385 8.6.15 - Desenho da Malha Duplicada ...................................................................................388
10
8.6.16 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada sem Simetria 389 8.6.17 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada com Simetria 396 8.6.18 - Desenho da Malha Duplicada e Deformada..............................................................402 8.6.19 - Comparação dos Resultados dos Deslocamentos dos Corpos ..................................403 Capítulo – IX ..........................................................................................................................405 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................405 9. 1 – Quanto aos Resultados dos Cálculos da Placa Plana....................................................405
9. 2 – Quanto aos Resultados dos Cálculos da Elasticidade...................................................405
9. 3 – Quanto ao curso de Método de Elementos de Contorno ..............................................406
Referências Bibliográficas......................................................................................................407 Apêndices ...............................................................................................................................408 A. 1 – Cálculo Analítico das Matrizes Hij e Gij.....................................................................408
A.1.1 – Cálculo das Matrizes Singulares Hii e Gii usando o Maple – 9.0 .............................408 A.1.2 – Cálculo das Matrizes Não-Singulares Hij e Gij usando o Maple – 9.0 .....................411 A. 2 – Listagem fonte do programa POCONBE Original ......................................................415
A. 3 – Listagem fonte do programa POCONBE Modificado ................................................421
A. 4 – Listagem fonte do programa POTENCIAL CONSTANTE........................................427
A. 4 – Informativo das Variáveis do programa BINN Original .............................................436
I – Variáveis............................................................................................................................436 II – Variáveis ..........................................................................................................................436 III – Variáveis.........................................................................................................................436 IV – Incidência dos elementos................................................................................................437 V – 437 VI – 437 VII – 437 VIII – 438 A. 5 – Formato do Arquivo de Entrada de Dados do Programa BINN..................................439
A. 6 – Listagem fonte do programa BINN Original...............................................................441
A. 7 – Listagem fonte do programa BINN Modificado .........................................................465
11
LISTA DE FIGURAS
Figura - 1. 1. Diagrama de passos simplificadores de um problema real.................................20 Figura - 1. 2. Diagrama de substituição de um Modelo Contínuo exato por um Modelo Discreto Aproximado. ..............................................................................................................21 Figura - 1. 3. Diagrama de Transformação de Equações Diferenciais em Equações Algébricas equivalentes. .............................................................................................................................21 Figura - 1. 4. Diagrama de passos simplificadores de um problema real.................................22 Figura - 1. 5. Problema de fluxo de condução de calor em uma chapa plana. .........................22 Figura - 1. 6. Funções potenciais..............................................................................................23 Figura - 2. 1. Estrutura dos Métodos Aproximados de Solução de Equações Diferenciais .....73
Figura - 2. 2. Gráfico da solução da equação diferencial: )1(144
)( xxxu −= . ...................76
Figura - 2. 3. Condições de contorno do problema. .................................................................78 Figura - 2. 4. Intervalo de validade da função p(x)...................................................................89 Figura - 2. 5. Intervalo de validade da função p(x)...................................................................91 Figura - 4. 1. Domínio sob consideração para as definições básicas da equação de Poisson.................................................................................................................................................122 Figura - 4. 2. Domínio Ω e o contorno Γ = Γ1 + Γ2, de um problema de Laplaciano de um potencial, u. ............................................................................................................................129 Figura - 4. 3. Definições geométricas da equação de Laplace. ..............................................134 Figura - 4. 4. Espaço vetorial das soluções fundamentais circularmente simétricas..............137 Figura - 4. 5. Circulo de raio r centrado em ξ no domínio infinito Ω∞. .................................139 Figura - 4. 6. Pontos de contorno para o caso bi- e tridimensional, aumentado por uma pequena hemisfera ou semicírculo. ........................................................................................142 Figura - 4. 7. Diferentes tipos de elementos de contorno. ......................................................144 Figura - 4. 8. Elementos de Contorno, linear ou curvo (parabólico ou cúbico) definido por meio dos nós geométricos. .....................................................................................................149 Figura - 4. 9. Elementos de Contorno, linear ou curvo (parabólico ou cúbico) definido por meio dos nós funcionais. ........................................................................................................150
12
Figura - 4. 10. Diferentes tipos de integração de acordo com a posição relativa dos nós nos elementos de contorno. ...........................................................................................................155 Figura - 4. 11. Erros de aproximação cometidos em integrais quase-singulares devido ao número de pontos de Gauss sobre o próprio elemento...........................................................156 Figura - 4. 12. Mapeamento Global de um contorno Γ. ........................................................157 Figura - 4. 13. Integração entre dois elementos de contornos i e j diferentes. .......................158 Figura - 4. 14. Relação entre elementos retos diferentes i ≠ j. ..............................................159 Figura - 4. 15. Cálculo das distâncias entre os elementos i ≠ j...............................................161 Figura - 4. 16. Integração entre dois elementos de contornos i e j diferentes. .......................163 Figura - 4. 17. Cálculo das distâncias entre os elementos i =j para um elemento reto. .........165 Figura - 4. 18. Decomposição do vetor normal em termos dos cossenos diretores................167 Figura - 4. 19. Intervalo de raio ε sobre o elemento reto ξi = j. ..............................................169 Figura - 4. 20. Transformação entre as coordenadas globais e as coordenadas locais de um contorno de geometria qualquer. ............................................................................................171 Figura - 4. 21. Mapeamento linear local da geometria do elemento reto j de funcionalidade constante em u e q. .................................................................................................................173 Figura - 4. 22. Sistema de coordenada do elemento de contorno...........................................187 Figura - 4. 23. Transformação de coordenadas do mapeamento linear do contorno..............188 Figura - 4. 24. Integral de Gauss da função z(η) nas coordenadas de generalizadas ηk.........189 Figura - 4. 25. Processo de Integração de Gauss. ...................................................................192 Figura - 4. 26. Integração de Gauss para um função linear. ...................................................193 Figura - 5. 1. Placa plana bidimensional quadrada de tamanhos (2,0m x 2,0m) sujeitos as condições de contorno de potencial constante uu = e fluxo constante qq = . ..................195 Figura - 5. 2.. Placa plana bidimensional quadrada de tamanhos (2,0m x 2,0m) com oito elementos retos de funcionalidade constante, sujeitos as condições de contorno de potencial constante uu = e fluxo constante qq = .............................................................................196 Figura - 5. 3. Dependência da distância d com o raio de integração entre os elementos de contorno. .................................................................................................................................197 Figura - 5. 4. Variação da distância relativas entre os elementos de um contorno.................197 Figura - 5. 5. Simetrias no processo de integração das Matrizes Hij e Gij entre os elementos do contorno de uma placa plana. ............................................................................................203 Figura - 5. 6. Placa plana bidimensional quadrada de tamanhos (2,0m x 2,0m) com oito elementos de funcionalidade constante, sujeitos as condições de contorno de potencial constante uu = e fluxo constante qq = .............................................................................204 Figura - 5. 7. Dependência da distância d com o raio de integração entre os elementos de contorno. .................................................................................................................................245 Figura - 5. 8. Variação da distância relativas entre os elementos de um contorno.................246 Figura - 6. 1. Corpo deformável sob carregamento externo...................................................253 Figura - 6. 2. Tensor das tensões normais e cisalhantes em um corpo...................................254 Figura - 6. 3. Forças agindo sobre um tetraedro elementar em um ponto P...........................256 Figura - 6. 4. Elemento diferencial de superfície ...................................................................258 Figura - 6. 5. Corpo em equilíbrio. .........................................................................................262 Figura - 6. 6. Deformação tridimensional em um corpo flexível. .........................................269 Figura - 6. 7. Casos de a) deformação e b) rotação do ponto de vista de deslocamento vetorial.................................................................................................................................................270 Figura - 7. 1. Domínio Ω finitos e infinitos com contorno externo e interno respectivamente.................................................................................................................................................280 Figura - 7. 2. Corpo em equilíbrio sob a ação de cargas e deslocamentos prescritos. ...........284
13
Figura - 7. 3. Região complementar em equilíbrio sob a ação de cargas e deslocamentos prescritos.................................................................................................................................284 Figura - 7. 4. Sistema de coordenadas dos eixos principais, P1, P2, P3, do problema elástico com domínio Ω e contorno Γ e domínio recíproco Ω * e contorno recíproco Γ*...............287 Figura - 7. 5. ...........................................................................................................................291 Figura - 7. 6. Ponto de Colocação ξ pertencente ao contorno Γ............................................296 Figura - 7. 7. Regiões e domínios finitos................................................................................298 Figura - 7. 8. Utilização dos Métodos Numéricos na solução de problemas práticos onde os domínios e os contorno são internos ou externos. ..................................................................300 Figura - 7. 9. Pontos nodais de um contorno regular no caso bidimensional. ........................301 Figura - 7. 10. Elemento linear com o ponto fonte ou de de colocação ξ coincidente com o nó geométrico. .............................................................................................................................302 Figura - 7. 11. Elemento linear com o ponto de colocação ξ coincidente com o ponto de colocação. ...............................................................................................................................302 Figura - 7. 12. .........................................................................................................................305 Figura - 7. 13. Elemento linear com o ponto de colocação ξ coincidente com o ponto de colocação. ...............................................................................................................................306 Figura - 7. 14. Separação do Domínio em Sub-Domínios ou Sub-Regiões e Sub-Contornos.................................................................................................................................................308 Figura - 7. 15. Problema real de simetria de ordem dois e quatro..........................................310 Figura - 7. 16. Simulação da Simetria de um problema real ..................................................311 Figura - 7. 17. .........................................................................................................................311 Figura - 7. 18. .........................................................................................................................312 Figura - 7. 19. .........................................................................................................................313 Figura - 7. 20. .........................................................................................................................314 Figura - 7. 21. Placa infinita com um furo no meio. ..............................................................314 Figura - 8. 1 -Geometria e carregamento da peça em análise como exemplo de um domínio finito. (produzida originalmente por Raphael Scuciato) ........................................................316 Figura - 8. 2 - Consideração da simetria da peça na análise elástica.....................................317 Figura - 8. 3 - Discretização do contorno da considerando a simetria do desenho da Malha Original da Placa Plana com furo circular (produzida originalmente por Rapahel Scuciato).................................................................................................................................................318 Figura - 8. 4 - Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo circular (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno) ................................................................................321 Figura - 8. 5 – Desenho da Malha Original Deformada (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno) .....................................................................................326 . ...............................................................................................................................................326 Figura - 8. 6 - Geometria e Carregamento da Cavidade com Pressão em Análise com um exemplo de domínio infinito (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ...................327 Figura - 8. 7 - Discretização do contorno da considerando a simetria do desenho da Malha Original da Cavidade com Pressão mas sem Deformação (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ..................................................................................................................328 Figura - 8. 8 - Desenho da Malha Original da Cavidade com Pressão mas sem Deformação (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).................................................331 Figura - 8. 9 - Deformação da Malha Original. Deformada (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno). ....................................................................................336
14
Figura - 8. 10 - Geometria e carregamento da peça em análise (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ..................................................................................................................337 Figura - 8. 11 - Esquema de Análise da Malha Original da Viga Parede (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ....................................................................................338 Figura - 8. 12 – Desenho da Malha Original da Viga sem Deformação (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ....................................................................................338 Figura - 8. 13 - Consideração da Simetria da Viga na Análise Elástica (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ....................................................................................339 Figura - 8. 14 - Discretização do contorno da considerando a simetria da Viga na Análise Elástica (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ....................................................339 Figura - 8. 15 - Desenho da Malha Original da Viga Parede sem Simetria (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno). ...............................................................................342 Figura - 8. 16 - Desenho da Malha Original da Viga Parede com Simetria (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno). ...............................................................................350 Figura - 8. 17 - Deformação da Malha Original da Viga Deformada com Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno)...............................................................356 Figura - 8. 18 - Deformação da Malha Original da Viga Deformada com Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno)...............................................................356 Figura - 8. 19 - Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular (produzida por Lucas Máximo Alves). ...........................................................................................................357 Figura - 8. 20 - Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo circular duplicada (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).................................................361 Figura - 8. 21 – Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular Deformada (10x). ......................................................................................................................................368 Figura - 8. 22 - Desenho da Malha Duplicada da cavidade com Pressão (produzida originalmente por Raphael Scuciato). ....................................................................................369 Figura - 8. 23 - Desenho da Malha Duplicada da cavidade com Pressão (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno). ....................................................................................372 Figura - 8. 24 - Desenho da Deformação Malha Duplicada da Cavidade com Pressão (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).................................................378 Figura - 8. 25 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga Parede sem Simetria (produzida por Lucas Máximo Alves)....................................................................................379 Figura - 8. 26 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga Parede com Simetria. ....384 Figura - 8. 27 - Desenho da Malha Duplicada da Viga (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno). ....................................................................................388 Figura - 8. 28 - Desenho da Malha Duplicada da Viga Parede Deformada sem Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).................................................402 Figura - 8. 29 - Desenho da Malha Duplicada da Viga Parede Deformada com Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).................................................402
15
LISTA DE TABELAS
Tabela - II. 1. Resultados para o Método do Ponto de Colocação ...........................................48 Tabela - II. 2. Resultados para o Método de Galerkin..............................................................51 Tabela - II. 3. Comparação dos resultados exatos e aproximados com o exemplo 1.2 do livro..................................................................................................................................................77 Tabela - V. 1. Coordenadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno ..........................205 Tabela - V. 2. Coordenadas dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno........................207 Tabela - V. 3. Cálculo das Coordenadas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno .................................................................................................................................209 Tabela - V. 4. Cálculo das Coordenadas das Normais e de suas Derivadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno....................................................................................................211 Tabela - V. 5. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Campo dos Elementos de Contorno................................................................................................................................................213 Tabela - V. 6. Cálculo das Matrizes Inversas de Hij e Gij dos Pontos Campo dos Elementos de Contorno ............................................................................................................................215 Tabela - V. 7. Coordenadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno ..........................217 Tabela - V. 8. Coordenadas dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno........................218 Tabela - V. 9. Cálculo das Coordenadas e dos raios de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno ..........................................................................................................219 Tabela - V. 10. Cálculo das Coordenadas das Normais e de suas Derivadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno....................................................................................................220 Tabela - V. 11. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Internos dos Elementos de Contorno .................................................................................................................................221 Tabela - V. 12. Coordenadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno ........................222 Tabela - V. 13. Coordenadas dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno......................224 Tabela - V. 14. Cálculo das Abcissas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno .................................................................................................................................226
16
Tabela - V. 15. Cálculo das Ordenadas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno .................................................................................................................................228 Tabela - V. 16. Cálculo dos Raios de Gauss e das Coordenadas das Normais dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno .......................................................................................230 Tabela - V. 17. Cálculo das Derivadas das Coordenadas das Normais dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno ..........................................................................................................232 Tabela - V. 18. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Campos dos Elementos de Contorno .................................................................................................................................234 Tabela - V. 19. Cálculo das Matrizes Inversas de Hij e Gij dos Pontos Campo dos Elementos de Contorno ............................................................................................................................236 Tabela - V. 20. Coordenadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno ........................238 Tabela - V. 21. Coordenadas dos Pontos Campos dos Elementos do Contorno ....................239 Tabela - V. 22. Cálculo das Abcissas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno .................................................................................................................................240 Tabela - V. 23. Cálculo das Ordenadas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno .................................................................................................................................241 Tabela - V. 24. Cálculo dos Raios de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno................................................................................................................................................242 Tabela - V. 25. Cálculo das Coordenadas das Normais e de suas Derivadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno....................................................................................................243 Tabela - V. 26. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Internos dos Elementos de Contorno .................................................................................................................................244 Tabela - VIII. 1.Análise dos Resultados para uma Placa com Furo de Raio = 5,0 ................403 Tabela - VIII. 2. Análise dos Resultados para uma Cavidade com Pressão Uniforme ..........403 Tabela - VIII. 3. Análise dos Resultados para uma Viga Parede sem Simetria .....................404 Tabela - VIII. 4. Análise dos Resultados para uma Viga Parede com Simetria.....................404
17
18
Apresentação Esta apostila de Método de Elementos de Contorno é resultado da digitação das
aulas do curso ministrado pelo professores Dr. Luiz Alkimin de Lacerda e Dr. José Antonio
Marques Carrer e de estudos pessoais do estudante de doutorado M. Sc. Lucas Máximo
Alves, do Programa de Pós-Graduação de Métodos Numéricos para a Engenharia-PPGMNE
da Universidade Federal do Paraná.
19
Capítulo – I
INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS APROXIMADOS
RESUMO
Neste capítulo será visto como a utilização de métodos aproximados pode ajudar a
resolver problemas de equações diferenciais, quando a solução analítica é inacessível.
Abordaremos o tema das hipóteses simplificadoras e a utilização de equações algébricas na
substituição de equações diferenciais complexas.
1. 1 – Objetivos do capítulo
i) Entender a problemática dos Métodos Aproximados aplicados a Engenharia.
ii) Distinguir situações onde a utilização dos Métodos Aproximados é viável.
iii) Saber da existência de diversos Métodos Aproximados.
1. 2 – Introdução
A solução de problemas em ciência em engenharia passa por diversas etapas de
simplificação. Entre elas está a proposição do modelo matemático aproximado, utilizando-se
equações diferenciais. A escolha do método de solução destas equações diferenciais e a
simplificação numérica através da discretização do problema.
O método dos elementos de contorno é um dos métodos aproximados utilizados
em ciência e em engenharia. Ele é aplicado na solução de equações diferenciais, onde estas
são transformadas em equações integrais aplicadas ao contorno do problema. Este por sua vez
é discretizado em elementos que podem ser, constantes lineares, quadráticos ou cúbicos.
20
1. 3 – Simplificação de um Problema Real
Na tentativa de se descrever quantitativamente um problema (fenômeno) físico, ou
seja, de se obter uma expressão matemática que corresponda ao fenômeno em questão,
inicialmente o problema físico real é substituído por um problema equivalente, mais simples.
Figura - 1. 1. Diagrama de passos simplificadores de um problema real
Neste novo problema são selecionados os parâmetros considerados fundamentais
e que podem ser descritos matematicamente através de um sistema de equações diferenciais
válido em todo o domínio do problema. A esse sistema são impostas condições de contorno
e/ou condições iniciais apropriadas.
1. 4 – Equações Diferenciais
Quase todos os problemas em ciências físicas e engenharia podem ser reduzidos a
uma equação diferencial. Por esta razão saber reconhecer uma equação diferencial dentro de
um problema específico é muito importante, para a busca de sua solução. Da mesma forma,
saber classificar uma equação diferencial é o primeiro passo na busca de sua solução, pois
apesar de não existir um método único para se resolver todas as equações diferenciais, a
classificação delas ajuda a escolher o método mais adequando de solução.
1. 5 – Discretização do Problema
Um sistema de equações diferenciais constitui um modelo contínuo, que possui
infinitos graus de liberdade, uma vez que as variáveis se distribuem continuamente em todo o
domínio do problema. Com exceção de alguns casos mais simples, em geral não é possível
encontrar soluções analíticas para o problema. Recorre-se, então, aos modelos discretos (ou
numéricos), obtidos dos modelos contínuos através de hipóteses simplificadoras: As variáveis
que constituem infinitos graus de liberdade, são expressos em termos de um número finito de
graus de liberdade. Esses graus de liberdade são incógnitas dos modelos discretos dos
21
sistemas equivalentes e são determinados a partir da solução de um sistema de equações
algébricas.
Figura - 1. 2. Diagrama de substituição de um Modelo Contínuo exato por um Modelo Discreto Aproximado.
Resumidamente, quando o modelo contínuo é substituído por um modelo discreto,
o problema matemático da solução de um sistema de equações diferenciais é substituído pelo
problema da solução de um sistema de equações algébricas.
Figura - 1. 3. Diagrama de Transformação de Equações Diferenciais em Equações Algébricas equivalentes.
Portanto, só nos resta agora estudar as equações diferenciais para se poder aplicar
os métodos aproximados na solução de problemas físicos reais.
1. 6 – Escolha do Método Aproximado para a solução do problema
Diversas são as técnicas de aproximação para solução de equações diferenciais e
equações integrais. Entre os métodos de equações diferenciais, destacam-se o método das
diferenças finitas, o método dos elementos finitos, o método dos volumes finitos, e por último
entre os métodos de equações integrais, temos o método dos elementos de contorno. O
método dos elementos de contorno consiste em resolver basicamente a equação de Laplace
em termos de integrais, ou seja:
+→=∇Γ
Γφ duqquEscalarCampo
)**(02 (1. 1)
Em todas elas o problema físico é reduzido a um modelo que por sua vez é reduzido a um
modelo matemático, conforme mostra o esquema da Figura - 1. 4.
22
Figura - 1. 4. Diagrama de passos simplificadores de um problema real
O exemplo mais comum é aquele de uma chapa plana sujeita um fluxo térmico
q , conforme mostra a Figura - 1. 5.
Figura - 1. 5. Problema de fluxo de condução de calor em uma chapa plana.
Equivalentemente o método dos elementos finitos, utiliza a discretização do
domínio ao invés do contorno. No método dos elementos finitos as matrizes geradas são do
tipo banda,
YXA
y
y
y
y
x
x
x
x
a
a
a
a
=
=
4
3
2
1
4
3
2
1
44
33
22
11
100110011001
(1. 2)
enquanto, que no método dos elementos do contorno a matriz é cheia, ou seja, completa.
23
YXA
y
y
y
y
x
x
x
x
aaaa
aaaa
aaaa
aaaa
=
=
4
3
2
1
4
3
2
1
44434241
34333231
24232221
14131211
(1. 3)
O método dos elementos de contorno se aplica aos diferentes problemas em
engenharia, tais como: mecânica da fratura, mecânica do contato, barreira acústica, proteção
catódica (em casco de navios e torres de distribuição elétrica), e problemas de elasticidade.
Em todos eles a equação de Laplace possui larga aplicação. Contudo, singularidades fracas e
fortes surgem nessas formulações matemáticas, as quais devem ser contornadas por técnicas e
artifícios numéricos. Entre elas temos as singularidades do tipo:
drrα1
(1. 4)
onde a funções potenciais geram as singularidades do tipo:
21
32
2
1 e
11
1 e
11
1 e
1)ln(
++→
→
→
ααα rrr
rrr
rrr
(1. 5)
cujos gráficos são do tipo mostrado na Figura - 1. 6.
Figura - 1. 6. Funções potenciais
24
1.6.1 - Vantagens do Método dos Elementos de Contorno
1 ) Precisão dos Resultados
2 ) Problemas infinitos ou semi-inifinitos (elimina o efeito de bordas)
3) Envolve somente a discretização do contorno o que diminui o custo computacional
1.6.2 - Desvantagens do Método dos Elementos de Contorno
1) Falta de programas comerciais abrangentes
2) Problemas de não-linearidades das equações
3) Implementação Computacional mais difícil
4) Necessidade de cálculo de soluções fundamentais para cada caso.
25
Capítulo – II
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
RESUMO
Neste capítulo serão vistos os conceitos fundamentais para a solução das equações
diferenciais pelos métodos de domínios e de contorno, incluindo a formulação fraca, a
formulação inversa, o Método Treffitz e o Método de Galerkin e o Método dos Resíduos
Ponderados. Aplicaremos as integrações por partes à versão unidimensional da equação de
Poisson.
2. 1 - Objetivos do capítulo
i) Entender a conceituação básica de distribuição de erros e do Método dos
Resíduos Ponderados.
ii) Saber aplicar o Método dos Resíduos Ponderados a solução de equações
diferenciais.
iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao Método.
2. 2 – Introdução
A utilização de equações diferenciais como a equação de Poisson é muito útil na
Engenharia. Para dar início ao entendimento dos métodos de soluções aproximadas mais
utilizados, nós iremos em primeiro lugar abordar o assunto sob o ponto de vista
unidimensional para que os conceitos fundamentais possam ser bem estabelecidos para em
seuida genealizar para os caso bi e tridimensional.
26
2. 3 – Conceitos Fundamentais
2.3.1 – O problema unidimensional
Considere uma equação diferencial muito simples aplicada a um domínio
unidimensional x, desde x = 0 até x = 1, isto é:
022
2
=−+ budx
ud λ em x (2. 1)
onde u é a função que governa a equação e nós geralmente precisamos achá-la usando uma
técnica numérica que fornece uma solução aproximada. λ2 é uma constante positiva conhecida
e b é uma função conhecida de x.
A solução da equação (2. 1) pode ser achada supondo-se uma variação para u
consistindo de uma série de funções de forma conhecidas, multiplicadas por coeficientes
desconhecidos. Estes coeficientes podem ser obtidos forçando a equação (2. 1) satisfazer uma
série de pontos.
2.3.2 – O conceito de Funções de Distribuição de Erros
O conceito de distribuição ou ponderação de uma equação diferencial não é
somente válido para soluções aproximadas, mas este é um conceito matemático fundamental.
Para entender o que estes conceitos significam antes de propor quaisquer
aproximações considera-se uma outra w, arbitrária exceto por ser contínua no domínio x e
cujas derivadas são contínuas acima de um grau requerido (o grau de continuidade variará
com o problema e será mostrado rapidamente). Pode-se agora multiplicar toda a equação (2.
1) por esta função w e integrar sobre o domínio x como segue:
0)( 21
02
2
=−+ wdxbudx
ud λ (2. 2)
Esta operação é chamada de um produto interno na matemática e embora não
implique em quaisquer novos conceitos, permite-nos investigar as propriedades da equação
governante.
27
2.3.3 – Analisando o Problema no Contorno – 1ª Integração por Partes
Isto é feito integrando-se por partes os termos com derivadas na expressão acima.
Neste caso pode-se somente “manipular” desta forma o primeiro termo, isto é, 22 / dxud , o
que resulta:
duvvu
dvu
dxdxdw
dxdu
dxdu
wdxdx
udw
−= 1
0
1
0
1
02
2
(2. 3)
onde
dxdxdw
dwduwu === (2. 4)
e
dxdu
vdxdx
uddv == 2
2
(2. 5)
Note que a integração por partes tem produzido dois termos, um no domínio com
primeiras derivadas de u e w e outro nos contornos (o qual neste caso são simplesmente os
dois pontos x = 0 e x = 1). Substituindo (2. 3) em (2. 2) obtemos:
0)()(1
0
1
0
221
02
2
=+
−+
−=−+ dxdu
wdxwbudxdw
dxdu
wdxbudx
ud λλ (2. 6)
2.3.4 – 2ª Integração por Partes
Além disso, se a função w possui grau suficiente de continuidade, pode-se integrar
por partes novamente e obter:
duv
u
v
udv
dxdx
wdu
dxdw
udxdxdw
dxdu
2
21
0
1
0
1
0 +−=
− (2. 7)
Onde
28
dxdx
wddu
dxdw
u 2
2
== (2. 8)
e
uvdxdxdu
dv == (2. 9)
Substituindo (2. 7) em (2. 6) obtemos:
0)()(1
0
1
0
1
0
22
22
1
02
2
=−+
−+=−+ dxdw
udxdu
wdxwbudx
wduwdxbu
dxud λλ
(2. 10)
A expressão (2. 10) é claro é equivalente a expressão (2. 6), mas aqui não,
somente, tem-se passado todos as derivadas para a nova função w, mas dois termos em x = 0 e
x = 1 nos dá uma visão para dentro das condições de contorno necessárias para resolver o
problema. Neste caso u ou du/dx precisa ser conhecida em x = 0 e x = 1.
Note que a função w a qual em princípio era uma função arbitrária com um certo
grau de continuidade pode ser feita para satisfazer certas condições de contorno se assim
desejarmos.
Embora a equação (2. 10) fornece ao usuário uma visão para dentro, do tipo de
condições de contorno requeridas para resolver o problema, estas condições ainda não foram
explicitamente incorporadas dentro do problema. De forma a fazer assim vamos considerar
que as condições de contorno são dadas por:
1
0
===
==
xemqdxdu
q
xemuu (2. 11)
onde as derivadas de u são agora definidas como q e os termos com barras representam
valores conhecidos da função e de suas derivadas. É usual chamar as condições de primeiro
tipo em (2. 11) de “condições essenciais” e aquelas como q envolvendo derivadas são
chamadas de “condições naturais”.
Substituindo-se os valores de (2. 11) em (2. 10) obtemos:
29
0)(01
01
1
0
22
2
=
−−−+
−+==
==xx
xx dxdw
udxdw
uqwqwdxwbudx
wdu λ (2. 12)
2.3.5 – 3ª Integração por Partes
Agora é interessante retornar a expressão original (2. 2) pela integração por partes
novamente, mas desta vez passando as derivadas de w para u.
A primeira integração fornece:
duvvdv
dxdxdu
dxdw
dxdw
udxdx
wdu
−= 1
0
1
0
1
02
2
(2. 13)
onde
dxdxdw
duuu == (2. 14)
e
dxdw
vdxdx
wddv == 2
2
(2. 15)
Substituindo (2. 13) em (2. 12) obtemos:
0
)(
010
101
1
0
2
=+−−
+−+
−+
−
===
===
xxx
xxx
dxdw
udxdw
uqw
qwdxdw
udxdw
udxwbudxdu
dxdw λ
(2. 16)
A equação (2. 16) fica:
)(01
00
1
0
2 −+−+
−+
− ====
xxxx
qwqwdxdw
udxdw
udxwbudxdu
dxdw λ
(2. 17)
30
2.3.6– 4ª Integração por Partes
Além disso, após uma segunda integração resulta em:
dxdx
udw
dxdu
wdxdxdu
dxdw
duv
u
v
udv
2
21
0
1
0
1
0 +
−=
−
(2. 18)
onde
dxdx
uddu
dxdu
u 2
2
== (2. 19)
e
wvdxdxdw
dv == (2. 20)
Substituindo (2. 18) em (2. 17) obtemos:
0
)(
01
0100
1
0
22
2
=+−
−+−+
−+
==
====
q
x
q
x
xxxx
dxdu
wdxdu
w
qwqwdxdw
udxdw
uwdxbudx
ud λ
(2. 21)
Mais uma vez um termo desaparece, neste caso 0=x
wq
0)(11
00
1
0
22
2
=−+−+
−+ ====
xxxx
qwqwdxdw
udxdw
uwdxbudx
ud λ (2. 22)
Note que sendo q = du/dx conforme definida anteriormente, nós podemos agrupar os termos
chegando agora a uma expressão interessante diferente da fórmula original (2. 10).
0)()()(1
0
1
0
22
2
=−−−+
−+ ==
xx
wqqdxdw
uuwdxbudx
ud λ (2. 23)
Esta expressão implica que estamos tentando forçar não somente a satisfação da equação
diferencial em x, mas as duas condições de contorno. Onde as funções w e dw/dx podem ser
vistas como multiplicadores de Lagrange. Além disso, nada foi dito sobre aproximações, as
31
expressões acima são válidas para soluções exatas também. Em outras palavras o
procedimento descreve uma ferramenta geral para a investigação das equações diferenciais.
32
2. 4 – Soluções Aproximadas
Vamos agora obter soluções aproximadas para os problemas envolvendo equações
diferenciais
2.4.1 – Resolução a partir de Soluções Aproximadas
Embora nas secções anteriores tenhamos introduzido o conceito de distribuições,
as formulações aplicam-se independentemente do tipo de solução que se acha, isto é, elas são
válidas tanto para soluções exatas como para soluções aproximadas. Esta secção, contudo,
investigará o que acontece quando o conceito de uma solução aproximada é introduzido na
formulação. Na prática de engenharia a solução exata pode somente ser conhecida em alguns
casos simples e este é, portanto importante ver como as soluções se comportam quando se
introduz uma aproximação. Vamos considerar agora que a função u define uma solução
aproximada ao invés de uma solução exata. Neste caso pode-se escrever, por exemplo:
...332211 +++= φαφαφαu (2. 24)
onde os i´s são os coeficientes desconhecidos e os φi são uma seqüência de funções
linearmente independentes as quais são conhecidas. Os αi são coeficientes generalizados
embora em alguns casos eles podem ser associados com valores nodais da variável sob
consideração. Em geral nos problemas de engenharia, prefere-se usar valores nodais
conforme eles têm um significado físico claro e este é feito em elementos finitos, diferenças
finitas ou métodos dos elementos de contorno. Em tais casos a aproximação para u pode ser
escrita como:
...332211 +++= φφφ uuuu (2. 25)
ou
=
=N
jjjuu
1
φ (2. 26)
onde os φj são uma seqüência de funções linearmente independentes que são algumas vezes
chamados de funções de interpolação. uj são os valores nodais das variáveis de campo ou de
suas derivadas (ou mais geralmente o valor nodal de qualquer variável com significado físico
diretamente relacionado a u ou suas derivadas).
33
2.4.2 – Avaliando os Erros de Aproximação
Introduzindo a aproximação para u dentro da equação diferencial governante
acha-se que esta equação não é mais identicamente satisfeita exceto para o caso no qual (2.
25) ou (2. 26) pode representar a solução exata. Isto produz um erro ou uma função residual
que logo será definida.
Por exemplo, introduzindo um valor aproximado de u dentro da equação (2. 1)
geralmente acha-se que:
022
2
≠−+ budx
ud λ em x (2. 27)
O mesmo geralmente ocorrerá com as condições de contorno correspondente a esta equação,
isto é:
1000
=≠−=≠−
xemqq
xemuu (2. 28)
Pode-se agora introduzir o conceito de uma função erro ou função residual que
representa os erros ocorrentes no domínio ou no contorno devido a não-satisfação das
equações acima. A função erro no domínio é chamada R e é dada por:
budx
udR −+= 2
2
2
λ (2. 29)
E no contorno tem-se:
qqR
uuR
−=−=
2
1 (2. 30)
Embora o caso da equação (2. 29) acima é uma equação particular e relativamente
simples o mesmo ocorre para qualquer outro problema. Se se considera a equação de Poisson
bu =∇2 , por exemplo, a função erro no domínio é:
buR −∇= 2 em Ω (2. 31)
E os erros para as condições de contorno ( uu = em Γ1 e qnu
q =∂∂= em Γ2) são definidos
por:
34
22
11
Γ−=Γ−=
emqqR
emuuR (2. 32)
Os métodos numéricos usados na engenharia tentam reduzir estes erros a um
mínimo pela aplicação de diferentes técnicas. Esta redução é levada a cabo forçando os erros
serem zero em certos pontos, regiões ou em uma forma média. Esta operação pode ser
geralmente interpretada como distribuição destes erros. A forma na qual esta distribuição é
feita produz diferentes tipos de técnicas de distribuição de erros que, em geral, força as
integrais dos resíduos ponderados, por uma certa função, ser zero. Por causa disto elas são
chamadas de Técnicas dos Resíduos Ponderados.
35
2. 5 – Técnicas de Resíduos Ponderados
A solução do problema de valor de contorno definida pelas equações (2. 27) e (2.
28), (2. 31) e (2. 32) ou seqüências similares para outros problemas pode ser tentada pela
escolha de uma função para a aproximação de u. Pode-se então ter três tipos de método.
(i) Se a suposta solução aproximada satisfaz identicamente todas as condições de contorno
mas não as equações governantes em Ω, tem-se um método de puro domínio.
(ii) Se a solução aproximada satisfaz o campo ou as equações governantes, mas não as
condições de contorno têm-se um método de contorno.
(iii) Se a suposta solução não satisfaz nem as equações de campo nem as condições de
contorno, tem-se um método misto.
Vamos primeiro supor que as funções φj que são definidas para aproximar u,
satisfaz todas as condições de contorno. Têm-se então uma função residual R no domínio
conforme as equações de campo são geralmente não identicamente satisfeitas. A idéia é agora
fazer R tão pequeno quanto possível estabelecendo seu peso residual igual a zero para os
valores das funções de ponderação, ψj, tal que, basicamente tem-se:
0= ΩψΩ
Ω dR j em Ω com j =1,2, ...N (2. 33)
Onde =ΩR )(u é um operador diferencial, e =u solução aproximada, dada por:
j
N
jjuu ψ
==
1
(2. 34)
Estas funções têm de ser linearmente independentes.
Note que de uma outra forma escrevendo (2. 33) em uma forma que é mais
compacta, é fácil operar com ela, pela definição de uma nova função w, tal que:
j
N
jjNNw ψβψβψβψβ
=
=+++=1
2211 ... (2. 35)
onde βj são coeficientes arbitrários. Portanto, a equação (2. 33) pode agora ser escrita em
termos, de uma forma mais compacta, como,
36
0= ΩΩ
Ω wdR em Ω (2. 36)
Diferentes tipos de funções de ponderação ψj (ou w) definirão diferentes métodos
aproximados. A equação (2. 33) ou (2. 35) produzirá um sistema de equações algébricas das
quais os valores desconhecidos dos coeficientes αi ou ui usados em u (equação (2. 24) ou (2.
25) pode ser obtida.
A aproximação pode sempre ser melhorada pelo aumento do número de funções N
usadas (N é o número de termos na solução aproximada igual ao número de funções peso
requeridas).
Os método aproximados baseados na equação (2. 36) são chamados de Método
dos Resíduos Ponderados e dada uma solução aproximada, o método varia de acordo com as
funções de ponderação usadas como peso. No que segue um pouco será revisto.
(i) Método dos Pontos de Colocação ( )( jj xx −= δψ )
(ii) Método da Colocação por Sub-regiões ou Subdomínios (
∈
∉=
j se1
se0
ΩΩ
ψx
x jj )
(iii) Método de Galerkin ( jj φψ = )
(iv) Método dos Momentos ( jj x=ψ ).
37
2. 6 – Aplicação Prática dos Método dos Resíduos Ponderados
2.6.1 - Exemplo 2.1 – Obtendo uma solução Exata
Como uma ilustração de como usar os método dos resíduos ponderados, considere
a seguinte equação diferencial ou equação de campo no domínio unidimensional x (onde x
varia de x = 0 até x = 1) isto é:
02
2
=+ xdx
ud (2. 37)
com condições de contorno homogêneas, isto é:
100 === xexemu (2. 38)
(Note que a equação (a) é um caso particular da equação (2. 1) quando λ = 0 e b = x). A exata
solução de (a) pode ser achada pela integração e dá:
66
3xxuexata −= (2. 39)
Vamos agora tentar resolver (a) usando a Técnica de Resíduos Ponderados
descrita anteriormente acima, começando pela definição de uma solução aproximada que
satisfaz as condições de contorno e pode ser escrita como:
...332211 +++= φαφαφαu (2. 40)
Pode-se usar polinômios Hermiteanos para φj, mas desde que somente duas delas satisfaçam
as condições de contorno homogêneas, somente estas duas serão usadas, isto é:
2211 φαφα +=u (2. 41)
onde
232
321 2
xx
xxx
−=
+−=
φφ (2. 42)
A função erro ou residual neste caso é obtida pela substituição de (2. 41) na equação (2. 37)
que fornece:
38
xxx
xdx
ddxd
xdx
udxR
+−+−=
++=
+=
)26()46(
),,(
21
22
2
221
2
1
2
2
211
αα
φαφα
αα
(2. 43)
Vamos agora reduzir (2. 43) usando as várias técnicas de resíduos ponderados.
39
2.6.2 – Método do Ponto de Colocação
Neste caso N pontos x1, x2, ...,xN são escolhidos no domínio e o resíduo é
estabelecido zero nestes pontos. Esta operação pode ser interpretada como funções de
ponderação definidas em termos das funções deltas de Dirac nestes pontos, isto é:
Njxx jj ,...,2,1);( =−= δψ (2. 44)
)( jxx −δ no ponto jxx = tem um valor infinito, mas é tal que sua integral da a unidade, isto
é:
Njdxx j ,...,2,1;1)( ==Ω−Ω
δ (2. 45)
A função de Dirac pode ser interpretada como o limite de uma função regular
quando sua base tende a zero.
Portanto, a equação (2. 33) pode agora ser escrita como:
NjdxxR j ,...,2,1;1)( ==Ω−Ω
δ (2. 46)
A qual simplesmente diz que a função erro é zero na série de pontos, isto é:
NjRjxx
,...,2,1;0 ===
(2. 47)
O método consiste de uma série de funções erros ou funções residuais iguais a
zero em que muitos pontos como estes são coeficientes desconhecidos na solução
aproximada. A distribuição dos pontos de colocação é em princípio arbitrária, mas na prática
melhores resultados são obtidos se eles são uniformemente distribuídos.
Solução do Exemplo 2.1 pelo Método do Ponto de Colocação:
Aqui força-se os resíduos serem zero na série dos pontos. Considere neste caso
que R é zero nos dois pontos x = 0,25 e x = 0,75. Esta fornece
0)26()46(25,025,0225,0125,0
=+−+−===== xxxx
xxxR αα (2. 48)
e
0)26()46(75,075,0275,0175,0
=+−+−===== xxxx
xxxR αα (2. 49)
ou
40
01210 2125,0=+−−=
=αα
xR (2. 50)
e
03102 2175,0=++=
=αα
xR (2. 51)
E ainda
−−
=
+−−
31
102210
2
1
αα
(2. 52)
Do qual se obtém que os seguintes resultados para α1 e α2:
31
61
2
1
−=
=
α
α (2. 53)
Substituindo (2. 62) em (2. 41) dá o seguinte resultado
66
631
62
31
61
][31
]2[61
3
23
2332
xxu
xxxu
xxxxxu
+−=
+
−−
−=
−−+−=
(2. 54)
Note que este caso é demais trivial e os mesmos resultados foram obtidos por
todos os outros métodos. Em geral isto não será verdade quando a solução exata não pode ser
reproduzida pelo valor proposto de u e se achará diferentes resultados dependendo do método
usado.
41
2.6.3 – Método da Colocação por Subdomínio
Para este método o domínio Ω é dividido em M subdomínios e a integral do erro
em cada um deles é estabelecida ser zero. As funções pesos são simplesmente escolhidas
como,
Ω∉
Ω∈=
j
j
j xpara
xpara
0
1ψ (2. 55)
(∈ indica pertencente a, e Ωj é o j´esimo subdomínio). A equação (2. 33) torna-se
0=Ω
dxRj
com j =1,2, ...N (2. 56)
Solução do Exemplo 2.1 pelo Método dos Pontos de Colocação por Subdomínios:
Considere o domínio dividido em duas partes iguais, uma de 0 a ½ e a outra de ½
a 1. Neste caso pode-se escrever:
=+−+−=2/1
021
2/1
0
0])26()46([ dxxxxdxR αα (2. 57)
e
=+−+−=1
2/121
1
2/1
0])26()46([ dxxxxdxR αα (2. 58)
que produz o seguinte sistema de equações
02
)22
6()42
6(
02
)22
6()42
6(
1
2/1
21
2/1
2
2
1
2/1
2
1
2/1
0
22/1
0
2
2
2/1
0
2
1
=+−+−
=+−+−
xx
xx
x
xx
xx
x
αα
αα (2. 59)
ou
0375,020,125,0
0125,025,020,1
21
21
=+++=+−−
αααα
(2. 60)
e ainda
42
−−
=
−−375,0125,0
2,125,025,02,1
2
1
αα
(2. 61)
do qual se obtém que:
31
61
2
1
−=
=
α
α (2. 62)
Substituindo (2. 62) em (2. 41) dá o seguinte resultado
66
631
62
31
61
][31
]2[61
3
23
2332
xxu
xxxu
xxxxxu
+−=
+
−−
−=
−−+−=
(2. 63)
Note que a solução exata (2. 41) foram obtidas desde que as funções de forma supostas para u
são capazes de representá-lo.
43
2.6.4 – Método de Galerkin
No caso do Método de Galerkin as funções de ponderação são as mesmas que as
funções de aproximação, isto é:
jj ψφ = (2. 64)
Portanto a equação (2. 33) torna-se:
0= ΩφΩ
Ω dR j j =1,2, ...N (2. 65)
Usando-se a mesma definição que em (2. 35) esta pode ser escrita como
0= ΩΩ
Ω wdR j =1,2, ...N (2. 66)
com
NNw φβφβφβ +++= ...2211 (2. 67)
Este método é o ponto de partida de muitas formulações do Método dos
Elementos Finitos para os quais a simetria de jj ψφ = acoplada as equações de campo
inerentemente simétricas, levam a matrizes algébricas simétricas.
Solução do Exemplo 2.1 pelo Método de Galerkin:
Neste caso as funções peso são:
22
11
φψφψ
==
(2. 68)
e as expressões dos resíduos ponderados são:
=+−+−+−1
0
3221 0)2]()26()46([ dxxxxxxx αα (2. 69)
e
=−+−+−1
0
2321 0)]()26()46([ dxxxxxx αα (2. 70)
o qual produz as seguintes equações algébricas em α1 e α2.
44
0)2(
)2()26()2()46(
1
0
32
321
02
321
01
=+−−
+−−++−−
dxxxxx
dxxxxxdxxxxx αα (2. 71)
e
=−−−−+−−1
0
1
0
23231
02
231 0)()()26())(46( dxxxxdxxxxdxxxx αα (2. 72)
ou
05,14
014
21
21
=−−=++−
αααα
(2. 73)
E ainda
−=
−++−
5,11
4114
2
1
αα
(2. 74)
Do qual também se obtém que:
31
61
2
1
−=
=
α
α (2. 75)
Substituindo (2. 62) em (2. 41) dá o seguinte resultado
66
631
62
31
61
][31
]2[61
3
23
2332
xxu
xxxu
xxxxxu
+−=
+
−−
−=
−−+−=
(2. 76)
Note que a solução exata (2. 41) foram obtidas desde que as funções de forma supostas para u
são capazes de representá-lo.
45
2.6.5 - Exemplo 2.2 – Obtendo uma solução aproximada por um Método de Domínio
Vamos agora estudar uma outra equação usando o ponto de colocação tal que
neste caso nós obteremos uma solução aproximada ao invés da solução exata. Considere a
equação (2. 1) com λ2 = 1 e x = -b, isto é:
02
2
=++ xudx
ud (2. 77)
e as condições de contorno homogêneas, u ≡ 0 em x = 0 e x = 1.
A exata solução de (2. 77) pode ser facilmente obtida pela integração e dá:
xsensenx
u −=1
(2. 78)
Ao invés de usar (2. 78) nós tentaremos aproximar esta solução definindo uma solução do
tipo:
...332211 +++= φφφ aaau (2. 79)
onde os φi são termos de um polinômio em x, isto é:
...;;1 2321 xx === φφφ (2. 80)
De forma a satisfazer as condições de contorno exatamente, a equação (2. 79) tem que dá
100 === xexemu (2. 81)
o que implica que,
0...1
00
321
1
=+++=→===→=
aaauxem
auxem (2. 82)
Portanto, 01 ≡a e a2 pode ser expressa em função dos outros parâmetros ai, isto é:
...)( 432 ++−= aaa (2. 83)
Substituindo 01 ≡a e (2. 83) em (2. 79) nós podemos escrever:
...))(1())(1(
...)()()(
443
45
34
23
+−−+−−−=+−+−+−=
xaxxaaxx
xxaxxaxxau (2. 84)
Definindo agora uma nova série de parâmetros desconhecidos αi, tais que:
46
,...., 42431 aaa −=−−= αα (2. 85)
Pode-se escrever:
...))(1( 21 ++−= xxxu αα (2. 86)
Esta função satisfaz as condições de contorno em u e tem o grau de continuidade
requerido pelas derivadas na equação (2. 77), portanto, diz-se ser “admissível”. Nós também
veremos que a “distância” entre as soluções exatas e aproximadas diminui quando o número
de termos em (2. 86) aumenta e isto implica que a formulação aproximada u é “completa”,
isto é, tende a representar a solução exata melhor e melhor quando o número de termos
aumenta.
47
2.6.6 – Método do Ponto de Colocação
De forma a aplicar a técnica de ponto de colocação nós nos restringiremos a dois
termos na expressão (2. 86), isto é:
))(1( 21 xxxu αα +−= (2. 87)
Substituindo esta função na equação governante (2. 77) acha-se o seguinte resíduo, isto é:
xxxxxxxudx
udR +−+−+−+−=++= 2
321
22
2
)62()2( αα (2. 88)
A colocação pode agora ser interpretada como estabelecendo R ≡ 0 em dois
pontos, a saber x = ¼ e x = ½. Isto também pode ser expresso em termos das funções delta de
Dirac aplicadas a estes dois pontos, isto é, a função de ponderação é:
)21
()41
( 2211 −+−= xxw δβδβ (2. 89)
A integral dos Resíduos Ponderados é representada por:
01
0
= wdxR (2. 90)
ou simplesmente
21
41
0 ==≡ xexemR (2. 91)
Substituindo estes valores de x em (2. 88) obtém-se duas equações em α1 e α2. Eles podem ser
escritos na forma de matriz como segue:
0)62()2(
0)62()2(
2/12/1
3222/1
21
4/14/1
3224/1
21
=+−+−+−+−
=+−+−+−+−
===
===
xxx
xxx
xxxxxx
xxxxxx
αα
αα (2. 92)
ou
021
87
47
041
6435
1629
21
21
=++−
=++−
αα
αα (2. 93)
e ainda
48
=
−
2141
87
47
6435
1629
2
1
αα
(2. 94)
A solução deste sistema fornecerá:
21740
316
2
1
=
=
α
α (2. 95)
O valor aproximado de u na equação (2. 87) pode agora ser escrito como:
)4042(217
)1(x
xxu +−= (2. 96)
Tabela - II. 1. Resultados para o Método do Ponto de Colocação
X u (exata) u (aproximada) R 0,10 0,018641 0,019078 -0,009953 0,30 0,051194 0,052258 +0,002027 0,50 0,069746 0,071428 +0,00000 0,70 0,065585 0,065806 -0,024884 0,90 0,030901 0,032350 -0,081474
Note que a função erro pode agora ser também totalmente definida em termos de
x, pela substituição de α1 e α2 em (2. 88). Isto dá
)402194(2171 32 xxxR −−+−= (2. 97)
Estes resultados podem ser tabelados na Tabela - II. 1, onde eles são comparados
em termos da solução exata u. Note que os valores de R são identicamente zero em x = ¼ e x
= ½, mas o que isto não significa que a solução para u é exata naqueles pontos.
49
2.6.7 - Exemplo 2.3 – Obtendo uma solução aproximada por um Método de Domínio
Vamos aplicar a técnica de Galerkin na equação (2. 1) para a qual 12 =λ e
xb −=
02
2
=++ xudx
ud (2. 98)
com condições de contorno homogêneas
100 === xexemu . (2. 99)
A solução aproximada será a mesma que no exemplo 2.2, isto é:
)1()1( 221 xxxxu −+−= αα (2. 100)
o qual pode ser escrita como:
2211 φαφα +=u (2. 101)
onde φ1 e φ2 são funções de forma φ1 = x(1-x) ; φ2 = x2(1-x). O resíduo é o mesmo que o do
exemplo anterior, isto é:
02
2
≠++= xudx
udR (2. 102)
logo
xxxxxxR +−+−+−+−= 232
12 )62()2( αα (2. 103)
A função de ponderação w em Galerkin é suposta ter a mesma função de forma como a
solução aproximada (2. 101), isto é:
2211 φβφβ +=w (2. 104)
Os coeficiente β1 e β2 são arbitrários.
A Sentença de Resíduos Ponderados é:
0=Ω
dxRwj
(2. 105)
a qual produz duas expressões integrais como β1 e β2 são arbitrários, isto é:
50
0)( 2211
1
0
=+ dxR φβφβ (2. 106)
ou simplesmente
01
1
0
= φR (2. 107)
e
02
1
0
= dxRφ (2. 108)
Substituindo (2. 102) e as funções de φ1 e φ2 em (2. 107) e (2. 108) temos:
0)]1(][)62()2([ 232
12
1
0
=−+−+−+−+− dxxxxxxxxx αα (2. 109)
e
0)]1(][)62()2([ 22
321
21
0
=−+−+−+−+− dxxxxxxxxx αα (2. 110)
Após a integração isto fornece o seguinte sistema.
=
201
121
10513
103
103
103
2
1
αα
(2. 111)
Note a matriz é simétrica porque a equação é de uma ordem par e as funções de
ponderação e as funções aproximadas são as mesmas. Resolvendo (2. 111) temos como
resultado:
417
36971
2
1
=
=
α
α (2. 112)
Substituindo estes valores em (2. 100) produz-se a solução aproximada para u, isto é:
51
)1(417
)1(36971 2 xxxxu −+−= (2. 113)
Pode-se achar também a função residual R (equação (2. 102) que agora é:
)6386216(369
1 32 xxxR −−+−= (2. 114)
Os resultados para u e R são dadas na Tabela - II. 2 onde elas são comparadas em
função da solução exata de u. Note que embora a solução exata de u é sobretudo mais precisa
do que no caso de usar a técnica de colocação, agora precisa-se levar a cabo algumas
integrações como mostrado na formula (2. 109) e (2. 110). Esta operação não é necessária
para o caso do ponto de colocação.
Tabela - II. 2. Resultados para o Método de Galerkin
x u (exata) u (aproximada) R 0,10 0,018641 0,018853 -0,0269450 0,30 0,051194 0,051162 +0,004850 0,50 0,069746 0,069444 +0,013888 0,70 0,065582 0,065505 +0,005070 0,90 0,030901 0,0311460 -0,034165
52
2. 7 – Aplicação Prática da Formulação Fraca e da Formulação Inversa
Considere agora a equação (2. 1) novamente para ilustrar como uma formulação
fraca pode ser usada e como a Sentença dos Elementos de Contorno e do Domínio são
obtidas.
Vamos começar com a equação (2. 23) que foi deduzida a partir da equação (2. 1)
por um processo de integração por partes, com aplicação das condições de contorno, isto é:
0])[(])[()( 012
1
02
2
=−+−−−+ == xx dxdw
uuwqqdxwbuwdx
ud λ (2. 115)
que pode também ser expressa em uma forma mais compacta em função dos resíduos, isto é:
0][][ 0112
1
0
=+− == xxx dxdw
RwRwdxR (2. 116)
A função u será agora assumida satisfazer exatamente as condições de contorno
“essenciais” uu = em x = 0. Neste caso (2. 115) torna-se
12
1
02
2
])[()( =−=−+ xwqqdxwbuwdx
ud λ (2. 117)
ou em termos de (2. 116), simplesmente
12
1
0
][ == xwRwdxR (2. 118)
2.7.1 – Formulação Fraca - 5ª Integração por Partes
Integrando por partes a equação (2. 117) pode-se escrever:
1
1
0
21
0
])[()( =
=
=−+
−=−+
x
x
x
wqqwdxdu
dxwbudxdw
dxdu λ (2. 119)
ou cancelando-se os termos semelhantes temos:
102
1
0
][][)( == −=−+
− xx wqqwdxwbudxdw
dxdu λ (2. 120)
53
Se a função peso w é forçada satisfazer a versão homogênea das condições de
contorno essenciais em x = 0, a equação (2. 120) torna-se:
12
1
0
][)( =−=−+
− xwqdxwbudxdu
dxdu λ (2. 121)
a qual é análoga a equação (4. 50) obtida para a equação de campo de Laplace.
Note que a equação (2. 116) também pode ser obtida pela aplicação das condições
de contorno dentro da sentença (2. 3) e que esta sentença foi simplesmente obtida por
integração por partes da expressão dos resíduos (2. 2).
2.7.2 – Formulação Inversa - 6ª Integração por Partes
O tipo de sentença Elementos de Contorno governante, por exemplo, sob
discussão é achada fazendo-se duas integração por partes consecutivas (2. 23) e esta dá a
fórmula previamente obtida (2. 13), isto é:
0
][][)(
01
012
1
02
2
=
−
−
−+−+
==
==
xx
xx
dxdw
udxdw
u
qwwqdxwbudx
wdu λ
(2. 122)
Esta expressão poderia também ter sido obtida por uma dupla integração por
partes da equação dos resíduos ponderados (2. 2) e aplicando depois disso as condições de
contorno.
É correto notar que ambos neste exemplo unidimensional e nas equações de
Laplace bidimensional, uma sentença tipo de elementos finitos pode ser obtida depois da
primeira integração por partes (equação (2. 3) e (4. 49)), e a equação integral tipo Elemento de
Contorno após a segunda integração (equação (2. 10) e (4. 24) ou (4. 25))
54
2.7.3 – Exemplo 2.4 – Formulação Fraca usando o Método de Galerkin
Resolva a seguinte equação diferencial:
02
2
=++ xudx
ud (2. 123)
com as seguintes condições de contorno
0 em 0 == xu (2. 124)
e
0 em === xqdxdu
q (2. 125)
Usando a formulação fraca (Galerkin)
1
1
0
2 ][)( =−=
−+
− xwqdxwbu
dxdw
dxdu λ (2. 126)
onde λ = 1 e b = -x, então
1
1
0
][)( =−=
++
− xwqdxwxu
dxdw
dxdu
(2. 127)
Fazendo
33
2210 xxxu αααα +++= (2. 128)
e
33
2210 xxxw ββββ +++= (2. 129)
e satisfazendo as condições de contorno u = 0, x = 0, logo α0 = 0 também e w, logo, β0 = 0 e
2321 32 xx
dxdu ααα ++= (2. 130)
e
2321 32 xx
dxdw βββ ++= (2. 131)
55
e substituindo (2. 130) e (2. 131) em (2. 127) temos:
13
32
21
1
0
33
221
33
221
/
2321
/
2321
])([
)(])([)32()32(
=++−=
++++++++++−
x
w
wudxdwdxdu
xxxq
dxxxxxxxxxxxx
βββ
βββαααβββααα
(2. 132)
i) Fazendo β1 = 1, β2 = 0, β3 = 0 temos:
=−=++++++−1
01
33
221
2321 ][])[(1).32( xxqdxxxxxxxx αααααα (2. 133)
ou
qdxxxxxxx −=++++−−−1
0
243
32
21
2321 )32 αααααα (2. 134)
e
qdxxxxxxx −=++−++−++−1
0
2423
32
21 ))3()2()1( ααα (2. 135)
Integrando temos:
dxxxxxxx
x =+
+−+
+−+
+−
1
0
1
0
31
0
53
3
1
0
42
2
1
0
3
1 3533
422
3ααα
(2. 136)
Ou
q−=+
+−+
+−+
+−31
51
141
131
1 321 ααα (2. 137)
Logo
31
54
43
32
321 −−=−−− qααα (2. 138)
56
ii) Fazendo β1 = 0, β2 = 1 e β3 = 0
=−=++++++−1
01
2233
221
2321 ][])[()2)(32( xxqdxxxxxxxxx αααααα (2. 139)
ou
12
1
0
353
42
31
33
221 ][)()642( =−=++++++− xxqdxxxxxxxx αααααα
(2. 140)
e
qdxxxxxxxx −=++++−−−1
0
353
42
31
33
221 642 αααααα (2. 141)
ou
qdxxxxxxxx −=++−++−++−1
0
3533
422
31 ))6()4()2( ααα (2. 142)
Integrando temos:
qdxxxxxxxx −=+
+−+
+−+
+−
1
0
41
0
64
3
1
0
53
2
1
0
42
1 4646
534
422 ααα
(2. 143)
Ou
q−=+
+−+
+−+
+−41
61
46
51
34
41
1 321 ααα (2. 144)
Logo
41
2432
1517
43
321 −−=−−− qααα (2. 145)
57
iii) Fazendo β1 = 0, β2 = 0 e β3 = 1
==++++++−1
01
3333
221
22321 ][])[()3)(32( xxqdxxxxxxxxx αααααα
(2. 146)
ou
13
1
0
463
52
41
53
321
2 ][)()963( =−=++++−−− xxqdxxxxxxxx αααααα
(2. 147)
e
qdxxxxxxxx −=++−++−++−1
0
4653
532
421 ))9()6()3( ααα (2. 148)
Integrando temos:
qdxxxxxxxx −=+
+−+
+−+
+−
1
0
51
0
76
3
1
0
64
2
1
0
53
1 5769
646
533 ααα (2. 149)
Ou
q−=+
+−+
+−+
+−51
71
69
61
46
51
1 321 ααα (2. 150)
Logo
51
4250
2432
54
321 −−=−−− qααα (2. 151)
Montando o sistema de equações temos:
31
54
43
32
321 −−=−−− qααα
41
2432
1517
43
321 −−=−−− qααα
51
4250
2432
54
321 −−=−−− qααα
(2. 152)
58
Resolvendo este sistema por Matrizes temos:
+
+
+
=
514131
2432
2432
54
2432
1517
43
54
43
32
3
2
1
q
q
q
ααα
(2. 153)
cuja matriz inversa é:
+
+
+
−−
−−
−−
=
514131
9563475
2391300
239420
2391300
2391120
239300
239420
239300
2391200
3
2
1
q
q
q
ααα
(2. 154)
solução fornece os valores para:
2393475
51
2391300
41
239420
31
3
2391300
51
2391120
41
239300
31
239420
51
239300
41
2391200
31
2
1
−
++
++−
+=
++−
++−
+=
−
++−
++
+=
qqq
qqq
qqq
α
α
α
(2. 155)
59
2. 8 – Soluções de Contorno e Domínio
Na secção anterior vimos as Técnicas de Resíduos Ponderados, tais como:
- Método de Contorno
- Método de Domínio
- Método Misto
As formas para se obter um método de contorno são:
(i) Selecionar a nossa função de ponderação, w, de tal forma que ela satisfaça a
equação governante homogênea (Método de Treffitz)
(ii) Selecionar a função de ponderação w de tal forma que a integral de domínio
Ω
seja eliminada (Método dos Elementos de Contorno)
Vejamos agora como ficam as fórmulas para o Método dos Elementos Finitos
(MEF), Método de Treffitz e o Método dos Elementos de Contorno para uma equação
unidimensional do tipo dada pela equação (2. 1).
2.8.1 - Aplicação Prática
Considere a equação diferencial dada por:
022
2
=−+ budx
ud λ (2. 156)
No domínio Ω = [0 ;1]
com condições de contorno:
====
1 para
0 para
xqq
xuu (2. 157)
Resolver este problema usando a Formulação Fraca pelo Método dos Elementos
Finitos e a Formulação Inversa pelo Método de Treffitz e pelo Método dos Elementos de
Contorno.
60
Solução
Supondo uma solução aproximada do tipo
)(xuu = (2. 158)
os erros de aproximação desta solução no domínio e no contorno são dados por:
022
2
≠−+= budx
ud λεΩ (2. 159)
com
ΓεΓε
Γ
Γ
em 1 para
em 0 para
2
1
=−=
=−=
xqq
xuu (2. 160)
A sentença Geral de Resíduos Ponderados é dada por:
021 21=++ ΓεΓεΩε
ΓΓ
ΓΓ
ΩΩ dwdwwd (2. 161)
Considerando que a aproximação satisfaz exatamente as condições de contorno, portanto
tendo um método aplicado apenas ao domínio temos as seguinte Solução de Domínio.
0= ΩεΩ
Ω wd (2. 162)
ou seja:
022
2
=
−+ Ωλ
Ω
wdbudx
ud (2. 163)
61
2.8.2 – Formulação Fraca dos Resíduos Ponderados
Integrando-se por partes uma vez obtém-se
=−+
−=
−+
1
0
21
0
1
0
1
0
22
2
0)( wdxbudxdxdw
dxdu
dxdu
wwdxbudx
ud λλ (2. 164)
onde
dxdxdw
dwduwu === (2. 165)
e
dxdu
vdxdx
uddv == 2
2
(2. 166)
chamando de dxduq /= no contorno temos:
0)(1
0
21
0
1
0
22
2
=
−+
−+=
−+ dxwbudx
dxdw
dxdu
qwwdxbudx
ud λλ (2. 167)
logo
1
0
1
0
2 )( qwdxwbudxdxdw
dxdu −=
−+
− λ (2. 168)
Forçando w = 0 quando x = 0 temos:
1
1
0
2 )( =−=
−+
− xqwdxwbudx
dxdw
dxdu λ (2. 169)
Impondo as condições de contorno qq = em x =1 temos:
1
1
0
2 )( =−=
−+
− xqwdxwbudx
dxdw
dxdu λ (2. 170)
62
2.8.3 - Método dos Elementos Finitos
A equação (2. 170) é a sentença básica do Método dos Elementos Finitos.
Dividindo-se o domínio Ω = [0;1] em E subdomínios, ou seja:
=
=E
ee
1
ΩΩ (2. 171)
Discretizando e escolhendo-se a solução aproximada do tipo u(x) dado a partir de
+
==≅
1
1
N
mmmuuu φ em Ω , (2. 172)
Para E = N aplicado em (2. 170) temos o sistema de equações do Método dos Elementos
Finitos, dado por:
00)()(
2
2
1
=
−+
−−
=ΓφΩφφ
ΓΩdq
dxd
wdxdx
xdwu m
lmm
l
N
mm (2. 173)
Subdividindo o domínio Ω em Ωe subintervalos temos:
0)(
)()(
12
2
1
1
1
=
−+
−
==
+
=b
em
B
b
ele
em
em
E
e
el
N
mm dq
dxxd
wdxdx
xdwu
be
ΓφΩφφ
ΓΩ
(2. 174)
Escolhendo por Galerkin
el
el
el ww φ== (2. 175)
Temos:
0)(
)()(
12
2
1
1
1
=
−+
−
==
+
=b
em
B
b
ele
em
em
E
e
el
N
mm dq
dxxd
dxdx
xdu
be
ΓφφΩφφφΓΩ
(2. 176)
Observe que na sentença básica de resíduos ponderados aparecem derivadas de
ordem dois, consequentemente, é necessário que as funções de aproximação possuam
derivadas de ordem um, contínuas. Neste caso, precisaríamos de elementos finitos quadráticos
para as funções de interpolação. Contudo, para contornar essa situação utilizando elementos
finitos lineares, podemos resolver a equação diferencial a partir da forma fraca dos resíduos
ponderados.
63
2. 9 – Formulação Inversa dos Resíduos Ponderados
Integrando-se por partes uma segunda vez a expressão (2. 170) temos:
dxwbudx
wdu
dxdw
uwdxbudxdxdw
dxdu
−++−=−+
−1
0
22
21
0
1
0
21
0
)()( λλ
(2. 177)
onde
2
2
dxwd
dudxdxdw
u == (2. 178)
e
uvdxdxdu
dv == (2. 179)
Substituindo (2. 178) e (2. 179) em (2. 177) obtemos:
1
0
1
0
1
0
22
2
dxdw
uwqdxbwwdx
wdu +−=
−
+ λ (2. 180)
Aplicando as condições de contorno uu = em x = 0 e qq = em x = 1 obtivemos:
−+−−=
−
+ ==== 0101
1
0
22
2
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu λ
(2. 181)
64
2.9.1 – Método de Treffitz
Escolhendo a nossa função de ponderação w de tal forma que ela satisfaça a
equação diferencial na sua forma homogênea, ou seja:
022
2
=+ wdx
wd λ (2. 182)
resolvendo-se esta equação diferencial para achar o w obtemos a solução da equação
homogênea para w a qual é usada como função de ponderação, na sentença abaixo
satisfazendo a condição homogênea.
−+−−=
−
+ ==== 0101
1
0
22
2
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu λ (2. 183)
Retornando-se a equação integral da formulação inversa temos:
−+−−=
−
+ ====
=
0101
1
0
0
22
2
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu
λ (2. 184)
Logo
( )
−+−−=− ==== 0101
1
0
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbw (2. 185)
onde q e u são valores desconhecidos e q e u são valores conhecidos.
2.9.2 – Exemplo de utilização do Método de Treffitz
Resolvendo a seguinte equação diferencial com λ = 0 e b = -x temos:
02
2
=+ xdx
ud (2. 186)
Com as condições de contorno u = 0 para x = 0 e u = 0 para x = 1.
Partindo da seguinte integral por partes:
−+−−=
−
+ ==== 0101
1
0
22
2
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu λ (2. 187)
65
Solução:
Retornando-se a equação integral da formulação inversa temos:
−+−−=
−
+ ====
=
0101
1
0
0
22
2
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu
λ (2. 188)
Logo
( )
−+−−=− ==== 0101
1
0
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbw (2. 189)
Resolvendo a equação diferencial homogênea para λ= 0 temos:
022
2
=+ wdx
wd λ (2. 190)
Temos:
02
2
=dx
wd (2. 191)
onde
1
10
adxdw
xaaw
=
+= (2. 192)
Substituindo (2. 192) na equação (2. 189) temos:
( ) ( )dxxaabdxbw +−=−1
010
1
0
( (2. 193)
Logo
( )
00101
010110
1
010
)(
)]([)]([(
aqaaq
xaaqxaaqdxxaax xx
++−=
+−+−=+ == (2. 194)
Onde a0 e a1 são constantes arbitrárias.
i) Fazendo a0 = 0 e a1 = 1 temos:
66
1
1
0
2 qdxx −= (2. 195)
Ou
31
3[ 11
1
0
3
−=−= qqx
(2. 196)
i) Fazendo a0 = 1 e a1 = 0 temos:
01
1
0
qqdxx +−= (2. 197)
Ou
21
2[ 0101
1
0
2
=+−+−= qqqqx
(2. 198)
Usando-se q1 = 1/3 temos:
61
31
21
00 =++= qq (2. 199)
Assim o problema está resolvido, pois se conhece o potencial u e o fluxo q no contorno (em x
= 0 e x = 1).
67
2.9.3 - Método de Contorno
Escolhendo a nossa função de ponderação w de tal forma que ela satisfaça a
equação diferencial de Green, ou seja:
)(22
2
ξδλ −−=+ xwdx
wd (2. 200)
resolvendo-se esta equação diferencial para achar w, encontra-se a solução fundamental de
Green, w = u*, para w a qual é usada como função de ponderação, na sentença abaixo
satisfazendo a condição fundamental da seguinte forma:
−+−−=
−
+ ==== 0101
1
0
22
2
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu λ (2. 201)
Retornando-se a equação integral da formulação inversa temos:
−+−−=
−
+ ====
−
0101
1
0
)(
22
2
][][][][ xxxx
x
dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu
ξδ
λ (2. 202)
logo
( )
−+−−=−− ==== 0101
1
0
][][][][)( xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwxu ξδ (2. 203)
Pela propriedade da função Delta de Dirac já vimos que:
)()()(1
0
ξΩξδ fdxxf =− (2. 204)
Logo
)()()(1
0
ξΩξδ udxxu −=−− (2. 205)
Assim tem-se em (2. 102) que:
68
−+−−=−− ==== 0101
1
0
][][][][)( xxxx dxdw
udxdw
uqwwqdxbwu ξ
(2. 206)
Como w = u*(x) é a solução fundamental do problema e q* = dw/dx = du*/dx podemos
escrever (2. 206) como sendo:
0101
1
0
*][*][*][*][*)( ==== −+−−=−− xxxx quuqquuqdxbuu ξ (2. 207)
Sabendo que a solução unidimensional u*(x) para o caso unidimensional é dado por:
≥−≤−=ξξ
ξξ xpara )1(
xpara )1(*
x
xu (2. 208)
Logo
≥−≤−=ξξ
ξξ xpara )1(
xpara )1(*
x
xq (2. 209)
Substituindo estas soluções em (2. 207) temos:
01
01
1
0
2
2
)()1(
)()1(
)1( )1(
)1()1(
)2
(
2
)1()(
==
==
−−
−
−−
+
−−
+
−−
−=
−
−−−
xx
xx
uu
x
xq
x
xq
xx
x
bu
ξξ
ξξ
ξξ
ξξ
ξ
ξξ
(2. 210)
Fazendo ξ = 0 temos:
69
01
01
1
0
2
2
)0()01(
0)01(
0)1( )01(
0)1()01(
0)2
(
2
)01()0(
==
==
−−
−
−−
+
−−
+
−−
−=
−
−−−
xx
xx
uu
x
xq
x
xq
xx
x
bu
(2. 211)
ou
01
01
2
01
01
0
0 0
2)0(
==
==
−
++
−=
−−
xx
xx
uu
xq
xq
xbu
(2. 212)
logo
uuqbu −++−=−− )0(0)0( (2. 213)
Fazendo ξ = 1 temos:
01
01
1
0
2
2
)1()11(
1)11(
1)1( )11(
1)1()11(
1)2
(
2
)11()0(
==
==
−−
−
−−
+
−−
+
−−
−=
−
−−−
xx
xx
uu
xx
qx
xq
xx
x
bu
(2. 214)
Ou
70
01
01
1
0
2
2
)1(0
10
1)1( 0
)1(0
1)2
(
2
0)0(
==
==
−−
−
+
−+
−−=
−−−
xx
xx
uu
xx
qx
xq
xx
x
bu
(2. 215)
logo
uuqbu +−+=−−− )1()1(0)21
1()1( (2. 216)
Portanto
1 para 2/)1(0 para 2/)0(2
=−=+=+=+
ξξ
ubq
uqbu (2. 217)
2.9.4 – Exemplo de utilização do Método de Contorno
Resolvendo a seguinte equação diferencial com λ = 0 e b = -x temos:
02
2
=+ xdx
ud (2. 218)
Com as condições de contorno u = 0 para x = 0 e u = 0 para x = 1.
Partindo da seguinte integral por partes:
−+−−=
−
+ ==== 0101
1
0
22
2
][][][][ xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu λ (2. 219)
Solução:
Retornando-se a equação integral da formulação inversa temos:
−+−−=
−
+ ====
−
0101
1
0
)(
22
2
][][][][ xxxx
x
dxdw
udxdw
uqwqwdxbwwdx
wdu
ξδ
λ (2. 220)
71
logo
( )
−+−−=−− ==== 0101
1
0
][][][][)( xxxx dxdw
udxdw
uqwqwdxbwxu ξδ (2. 221)
Pela propriedade da função Delta de Dirac temos que:
−+−−=−− ==== 0101
1
0
][][][][)( xxxx dxdw
udxdw
uqwwqdxbwu ξ
(2. 222)
Resolvendo a equação diferencial homogênea para λ= 0 temos:
)(22
2
ξδλ −−=+ xwdx
wd (2. 223)
temos:
)(2
2
ξδ −−= xdx
wd (2. 224)
Onde a solução fundamental é dada por:
>≤
=ξξξ
x
xxw
se
se (2. 225)
Substituindo (2. 225) na equação (2. 222) temos:
−+−−=−− ==== 0101
1
0
][][][][)( xxxx dxdw
udxdw
uqwwqdxbwu ξ
(2. 226)
Onde
01
1
0
][][)( == −−=−− xx qwwqdxxwu ξ (2. 227)
sendo
==
=1 se
0 se 0
x
xw
ξ (2. 228)
72
temos:
0)( 01
1
0
2 qqdxxdxxu +−=++− ξξξξ
ξ
(2. 229)
Logo
ξξξξ
ξ
1
12
0
3
2[
3[)( q
xxu −=++− (2. 230)
e
ξξξξξ 1
33
223)( qu −=−++− (2. 231)
ξξξξ 1
3
26)( qu −=+−− (2. 232)
Se ξ = 1 u = 0 -1/6 + ½ = -q1, portanto:
31
1 −=q (2. 233)
Pode-se obter
6631
26)(
33 ξξξξξξ +−=−+−=u (2. 234)
Como uma solução que atende as condições de contorno. E para o fluxo:
61
2)(
2
+−= ξξq (2. 235)
Uma outra solução fundamental que também atende às condições de contorno é dada por:
>−≤−
=ξξξξ
xx
xxw
se )1(
se )1( (2. 236)
73
A qual é a função de Green. Se derivarmos a expressão do potencial em relação a ξ temos o
fluxo em qualquer ponto do domínio.
2. 10 – Quadro Resumo dos Métodos Aproximados
A metodologia de solução de equações diferenciais por métodos aproximados é
mostrada no quadro da Figura - 2. 1.
Figura - 2. 1. Estrutura dos Métodos Aproximados de Solução de Equações Diferenciais
74
2. 11 – Lista de Exercícios e Problemas
2.11.1 – Resolver a equação diferencial
02
2
=++ xudx
ud (2. 237)
Com condições de contorno u(0) = u(1) = 0 usando uma função tentativa da forma
2210 xaxaau ++= e ponto de colocação para x = 1/2. Faça um gráfico da solução e
compare esta com aquela do exemplo 1.2 do texto e com a solução exata dada pela equação
(b) daquele exemplo.
Solução.
A solução aproximada sendo do tipo:
2210 xaxaau ++= (2. 238)
Para satisfazer exatamente as condições de contorno devemos ter:
( ) 00.0.0 2210 =++= aaau (2. 239)
e
( ) 01.1.1 2210 =++= aaau (2. 240)
logo
( ) 00000 === aau (2. 241)
e
( ) 1221 01 aaaau −==+= (2. 242)
reescrevendo a solução temos
)1(12
11 xxaxaxau −=−= (2. 243)
cuja derivada é
75
e 2 11 xaadxud −= 12
2
2adx
ud −= (2. 244)
O erro de aproximação é dado por:
02
2
≠++= xudx
udΩε (2. 245)
Logo
0)1(2 11 ≠+−+−= xxxaaΩε . (2. 246)
A sentença de resíduos ponderados é dada por
=B
A
wd 0ΩεΩ (2. 247)
Substituindo (2. 246) em (2. 247) para o ponto de colocação x =1/2 temos.
0)21
(])1(2[1
011 =−+−+− dxxxxxaa δ (2. 248)
logo
0])1(2[ 2/111 =+−+− =xxxxaa
e
021
)21
1(21
2 11 =+−+− aa
021
)21
(21
2 11 =++− aa
21
42 1
1 −=+−a
a
21
48 11 −−=
+− aa
(2. 249)
76
21
47 1 −=
− a
144
1 =a
Portanto a solução aproximada é:
)1(144
xxu −= (2. 250)
Cujo gráfico é:
Figura - 2. 2. Gráfico da solução da equação diferencial: )1(144
)( xxxu −= .
Comparando com a solução do exemplo 1.2 do texto e com a solução exata dada pela equação
(b) daquele exemplo temos:
)4042)(1(2171
xxxu +−= (2. 251)
Esta solução é um função de grau 3 enquanto a solução do problema acima é uma função de
grau 2. Porque as soluções aproximadas utilizadas ))(1()( 21 xxxxu αα +−= no cálculo
são de graus 3 e a do problema acima é de graus 2, respectivamente.
77
Tabela - II. 3. Comparação dos resultados exatos e aproximados com o exemplo 1.2 do livro
x u (exata) u (aproximada) u (aproximada) 0,00 0 0 0 0,10 0,018641 0,019078 0,025714 0,30 0,051194 0,052258 0,060000 0,50 0,069746 0,071428 0,071428 0,70 0,065582 0,065806 0,060000 0,90 0,030901 0,032350 0,025714 1,00 0 0 0
78
2.11.3 - Resolver a equação diferencial
2∇ u = 0 (2. 252)
No domínio plano y0 ; 10 ∞≤≤≤≤ x , conforme mostra a Figura - 2. 3.
Figura - 2. 3. Condições de contorno do problema.
e com as condições de contorno dadas por:
)1()0,(0),(
0),1(),0(
xxxu
xu
yuyu
−==∞
== (2. 253)
usando uma função tentativa de forma u(x,y) = A(y)x(1-x) e usando como ponto de colocação
x =1/2, para y0 ∞≤≤ .
Solução:
A equação diferencial é dada por:
02
2
2
2
=∂∂+
∂∂
yu
xu
(2. 254)
Sendo as condições de contorno da forma:
79
u(0,y)= u(1,y)=0
u(x,0)= x(1-x)=0
u(x,∞ )=0
(2. 255)
E usando uma função u da forma
u(x,y)=A(y)x(1-x) (2. 256)
No intervalo y0 ∞≤≤ . Para que estas condições de contorno sejam satisfeitas, devemos
ter:
u(0,y)=A(y).0.(0-1)=0 (2. 257)
E
u(1,y)=A(y).1.(1-1)=0 (2. 258)
E ainda
u(x,0)=A(y).x.(1-x)=x(1-x) (2. 259)
Isto significa que quando y tende para a zero para um x qualquer, devemos ter:
1)(lim0
=→
yAy
(2. 260)
e
u(x,∞)=A(∞).x.(1-x)=0 (2. 261)
O que também significa que quando y tende para o infinito para um x qualquer, devemos ter
0)(lim =∞→
yAy
(2. 262)
Portanto a função A(y) que satisfaz as condições de contorno é do tipo:
yeyA α−=)( (2. 263)
Sendo uma A(y) uma função desta forma temos que:
)1(),( xxeyxu y −= −α (2. 264)
Cujas derivadas são:
80
)21( xexu y −=
∂∂ −α ye
xu α−−=
∂∂
22
2
(2. 265)
E
)1( xxeyu y −−=
∂∂ −αα )1(2
2
2
xxeyu y −=
∂∂ −αα (2. 266)
O erro de aproximação é dado por:
02
2
2
2
≠∂∂+
∂∂=
yu
xu
Ωε (2. 267)
Logo
0)1(2 2 ≠−+−= −− xxee yy ααΩ αε (2. 268)
A sentença de resíduos ponderados é dada por
=B
A
wd 0ΩεΩ (2. 269)
Substituindo (2. 268) em (2. 269) para o ponto de colocação x =1/2 temos:
=−−+− −−∞ 1
0
2
0
0)2/1()]1(2[ dxdyxxxee yy δα αα (2. 270)
Ou
=−−+−∞
−1
0
2
0
0)2/1()]1(2[ dxdyxxxe y δαα (2. 271)
Logo
0)]1(2[ 2/12
0
=−+− =
∞−
xy xxdye αα
Dividindo tudo por dye y∞
−
0
α temos:
81
0)21
1(21
2 2 =−+− α
2)21
(212 =α
2412 =α
8±=α
(2. 272)
Portanto a solução aproximada é:
)1(8 xxeu y −= − (2. 273)
82
2.11.5 - Resolver a equação diferencial
0)1( =
+dxdu
udxd
(2. 274)
desde x = 0 até x = 1, com condições de contorno u(0) = 0 e u(1) = 1, usando
2210 xaxaau ++= (2. 275)
como função tentativa e o método da colocação por subdomínio com um único subdomínio x
de [0 ; 1].
Solução:
Reescrevendo a equação acima temos:
0.1( =
+dxdu
udxdu
dxd
(2. 276)
Aplicando as regras de derivação da soma e do produto temos,
0)()( =+dxdu
udxd
dxdu
dxd
(2. 277)
Após aplicarmos as regras de derivação temos
0)( 2
22
2
2
=++dx
udu
dxdu
dxud
(2. 278)
Reescrevendo a equação (2. 278) o erro de aproximação é dado por:
22
2
)()1(dxdu
udx
ud ++=Ωε (2. 279)
Efetuando as derivadas em u em termos da solução aproximada dada em (2. 275) temos:
22
2
2adx
ud = (2. 280)
83
xaadxdu
.2 21 += (2. 281)
e
2221
21
221
2 )2(22).2()( axaaaxaadxdu ++=+= (2. 282)
aplicando as condições de contorno para u temos:
12212
210
02
210
1111.1.)1(
000.0.)0(
aaaaaaau
aaaau
−==+=++=
==++= (2. 283)
Levando os valores de 00 =a com 12 aa −= em Ωε temos que
22
2
)()1(dxdu
udx
ud ++=Ωε (2. 284)
assim Ωε fica da seguinte forma
221
22102 )2() 1(2 xaaxaxaaa +++++=Ωε (2. 285)
reescrevendo a equação (2. 285) temos,
22121
21
22212022
)2(.4
222 2
xaaxaaa
xaaxaaaaa
+++
++++=Ωε (2. 286)
Reordenando os termos da equação (2. 286) temos,
22221
21
22212022 44222 2 xaxaaaxaxaaaaa ++++++=Ωε (2. 287)
Agora, na equação anterior substituindo os valores de 0a =0 e de 2a = 11 a− temos os
seguinte resultado.
22111
21
221
1111
)1(4)1(4)1(2
)1(20).1(2 )1(2
xaxaaaxa
xaaaa
−+−++−
+−+−+−=Ωε (2. 288)
Reescrevendo a equação (2. 288) temos:
84
22211
211
21
2211
2111
)21(444
)21(222 22
xaaxaxaa
xaaxaxaa
+−+−+
++−+−+−=Ωε (2. 289)
Agora aplicando
=1
0
0ΩεΩ wd (2. 290)
Pelo método da colocação por subdomínio, temos que ω =1. Assim (2. 290) fica.
=1
0
0ΩεΩ d (2. 291)
Substituindo Ωε na equação acima ficamos com:
0)21(444
)21(222 22[1
0222
11211
21
2211
21111 =
+−+−+
++−+−+− dx
xaaxaxaa
xaaxaxaaa (2. 292)
Efetuando os cálculos da integral temos o seguinte resultado,
0]34
38
34
22
32
34
32
22[
10
321
31
31
221
21
21
321
31
3221
211
=+−+−+
++−+−+−
==
xxxaxaxaxaxaxa
xaxaxxaxaxax (2. 293)
Agora substituindo os extremos superiores e inferiores da integral, temos:
0]0[]1..34
1..38
1..34
1..2
1..21.1..32
1..34
1.32
1.1. 122[
321
31
31
221
21
21
321
31
3221
211
=−+−+
−+++−+−+−
aaaa
aaaaaaa (2. 294)
Agora reordenado a equação (2. 294) temos:
04.3.0 121 =+− aa (2. 295)
Resolvendo esta equação temos o seguinte resultado:
34
1 =a (2. 296)
85
Encontrado 34
1 =a levamos este valor na equação (2. 283) para encontrar 2a , que tem o
seguinte resultado:
31
34
1 22 −=−= aa (2. 297)
Agora levando este valor na equação de (2. 275) temos o seguinte resultado:
2
31
34
0)( xxxu −+= (2. 298)
86
2.11.6 – Resolver a equação diferencial
A equação do deslocamento vertical de um cabo suspenso entre dois pontos é
0)(2
2
=+ xpdx
ud onde p(x) a razão entre a carga distribuída e a força nos extremos. Use a
formulação fraca e aproximação homogênea da solução de contorno para calcular a
inclinação nos extremos para um cabo que se estende desde x = 0 até x = 1 com condições de
contorno u(0) = 0 e u(1) = 0. A função p(x) é dada por.
<≤
<≤
<≤
=
1 x 43
, 0
43
x 41
, 1
41
x 0 , 0
)(xp (2. 299)
Solução:
Seja a equação diferencial,
0)(2
2
=+ xpdx
ud (2. 300)
O erro de aproximação Ωε é dado por:
0)(2
2
≠+= xpdx
udΩε
(2. 301)
A sentença básica dos resíduos ponderados é dada por.
=1
0
0ΩεΩ dw (2. 302)
Logo, substituindo (2. 301) em (2. 302) obtemos o seguinte resultado,
=
+1
02
2
0)( Ωwdxpdx
ud (2. 303)
Integrando por partes uma 1ª vez temos:
87
=++
−=
+ ==
1
0
1
0
102
2
0][).()( xx
vu
duv
udv
dxdu
wdxwxpdxdw
dxdu
dwxpdx
ud
Ω (2. 304)
onde
+−=
==
==uvvduudv
xdud
vdx
uddv
dxdx
wdduwu
2
2 (2. 305)
Integrando por partes novamente (uma 2ª vez) temos o termo em
dxdw
dxdu
na equação
anterior
)()(1
0
1
0
1
0
1
02
2
++
+
−−=+
− dxdu
wwdxxpudxd
dxdx
wdudxwxp
dxdw
dxdu
udv
ω
(2. 306)
onde
+−=
==
==uvvduudv
uvdxdu
dv
dxdx
wddu
dxwd
u 2
2
(2. 307)
rearranjando os termos temos:
0)(1
0
1
0
1
02
2
=
+
+
+ dxdw
uwdxdu
dxwxpdx
wdu (2. 308)
ou
[ ]101
0
1
02
2
)( qwdxdw
udxwxpdx
wdu −
=
+ (2. 309)
onde
88
dxdu
q = (2. 310)
Satisfazendo a condição homogênea devemos ter:
02
2
=dx
wd (2. 311)
Logo
= dxdxdx
wd0
1
02
2
(2. 312)
Logo
1adxdw = (2. 313)
e
dxadxdxdw
= 1 (2. 314)
Portanto,
21 axaw += (2. 315)
Usando (2. 311) em (2. 309) temos:
[ ]101
0
1
0
)( qwdxdw
uwdxxp −
= (2. 316)
Substituindo (2. 313) e (2. 315) em (2. 316) temos:
[ ] [ ]1021101
1
021 )(])[( axaquadxaxaxp +−=+ (2. 317)
Aplicando as condições de contorno temos:
0)1(0)0( ==== xuexu (2. 318)
Logo (2. 317)) fica:
89
[ ] [ ]1021
0
11
1
021 )()0()1(])[( axaqauaudxaxaxp +−−=+
=
(2. 319)
Então
[ ]1021
1
021 )(])[( axaqdxaxaxp +−=+ (2. 320)
ou
20211
1
021 )(])[( aqaaqdxaxaxp ++−=+ (2. 321)
Separando a função p(x) nos intervalos:
20211
0
1
4/321
4/3
4/121
0
4/1
021
)(
])[(])[(])[(
aqaaq
dxaxaxpdxaxaxpdxaxaxp
++−=
+++++
==
(2. 322)
A primeira e a terceira integral são nulas, pois p(x) nestes intervalos vale zero, conforme
mostra a Figura - 2. 4:
Figura - 2. 4. Intervalo de validade da função p(x).
Logo
90
20211
4/3
4/121
1
)(][)( aqaaqdxaxaxp ++−=+=
(2. 323)
Integrando temos:
20211
4/3
4/12
2
1 )(2
aqaaqxax
a ++−=
+ (2. 324)
sendo
202112
2
12
2
1 )(41
41
21
43
43
21
aqaaqaaaa ++−=
+
−
+
(2. 325)
Ou
202112121 )(41
321
43
329
aqaaqaaaa ++−=
+−
+ (2. 326)
E
2021121 )(42
328
aqaaqaa ++−=+ (2. 327)
2021121 )(21
41
aqaaqaa ++−=+ (2. 328)
rearranjando os termos temos:
2011121 )(21
41
aqqaqaa +−+−=+ (2. 329)
Como a1 e a2 são arbitrários por comparação dos coeficientes de a1 e a2 temos
necessariamente que:
21
41
011 =+−−= qqeq (2. 330)
logo
91
41
21
0 −=q (2. 331)
Portanto,
41
41
10 −== qeq (2. 332)
Observe que se p(x) = 0 temos:
00 2
2
2
2
=⇔=dx
wddx
ud (2. 333)
Logo nos intervalos 0 ≤ x ≤ ¼ e 3/4 ≤ x ≤ 1,
uw = (2. 334)
Ou seja:
Figura - 2. 5. Intervalo de validade da função p(x).
Se u = w e 21 axaw += então:
<≤<≤
+=14/34/10
21 x
xparaaxau (2. 335)
derivando u temos:
92
===
=−==
=
=
1
0
111
100
xparaaqdxdu
xparaaqdxdu
x
x (2. 336)
Como 4/110 =−= qq então a1 = -¼.
i) Mas nestes intervalos devemos ter que;
4/1
021
4/1
021 )(])[( axaqdxaxaxp +−=+ (2. 337)
e
0)41
(][0 20214/121
4/1
0
=−+
−=+ aqaaqaxa (2. 338)
Logo
20214/1 )41
( aqaaq =+
− (2. 339)
como q0 =-a1 = ¼ temos:
224/1 41
)41
41
( aaq −=+− (2. 340)
Logo
2
24/1 161
4a
aq
−= (2. 341)
ii) Por outro lado temos:
1
4/321
1
4/321 )(])[( axaqdxaxaxp +−=+ (2. 342)
e
93
0)43
()1(][0 214/321121
1
4/3
=+−+−=+ aaqaaqaxa (2. 343)
Logo
)43
()( 214/3211 aaqaaq +=+− (2. 344)
como q1 =a1 = -¼ temos:
)43
41
()41
(41
24/32 aqa +−=+−− (2. 345)
Logo
2
24/3 163
)41(a
aq
+−−= (2. 346)
Portanto,
2
24/1 161
4a
aq
−=
2
24/3 163
)41(a
aq
+−−=
(2. 347)
Conclusão
Embora seja possível calcular a inclinação dos extremos do cabo, nos pontos x =
0 e x =1, não é possível determinar os valores de a1 e a2 porque a função p(x) (função de
Heaviside) é descontinua nos pontos x = 1/4 e x = ¾, ficando os valores de q1/4 e q3/4
indeterminados.
94
Capítulo – III
INTRODUÇÃO AO MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
RESUMO
Neste capítulo será visto a origem do Método dos Elementos de Contorno. Este
método se apresenta como uma alternativa ao Método dos Elementos Finitos.
3. 1 -Objetivos do capítulo
i) Entender a origem do Método dos Elementos de Contorno
ii) Saber aplicar o Método dos Elementos de Contorno nas suas mais diferentes
formas
iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao método.
3. 2 - Introdução
Este método foi a principio chamado de Método das Equações Integrais. Mas
para distingui-lo dos outros métodos que envolviam também equações integrais, ele foi
finalmente chamado de Método dos Elementos de Contorno.
O Método dos Elementos de Contorno (MEC) tem sido estabelecido como um método
numérico alternativo ao Método dos Elementos Finitos (MEF). Isto se deve a sua
simplicidade e redução na dimensionalidade do problema. Por exemplo, um problema
bidimensional se reduz somente a linha unidimensional de contorno do domínio necessário a
ser discretizado dentro dos elementos e, um problema tridimensional se reduz a uma
superfície do domínio que necessita ser discretizado. Isto significa que, comparado à analise
95
de um domínio tipo MEF, uma análise de contorno resulta em uma substancial redução na
preparação dos dados e, um sistema algébrico de equações muito menor a ser resolvido
numericamente.
3. 3 – Precursores do Método de Elementos de Contorno
O Método dos Elementos de Contorno teve como precursores matemáticos para o
seu desenvolvimento os seguintes Métodos mostrados na Figura - 3. 1. Junto com esses
métodos, o Método de Green, é utilizado no desenvolvimento matemático do Método dos
Elementos de Contorno, como uma formulação básica necessária para a solução da equação
integral do problema singular equivalente na variável, w, a qual é a função de ponderação. ou
seja, a Função de Green do operador diferencial do problema original, é a função de
ponderação, w, conforme veremos no desenvolvimento a seguir:
Figura - 3. 1. Resumo da Evolução dos Métodos Aproximados baseados nos Resíduos Ponderados
96
3.3.1 – Método das Funções de Green
Seja a equação diferencial linear não homogênea, válida para todo x, na qual não
são impostas condições de contorno.
)()]([ xfxu = (3. 1)
onde é um operador linear com coeficientes constantes.
Quando o termo f(x) é substituído por )'( xx −δ , função delta de Dirac, na qual
x’ é um parâmetro, a equação (3. 1) é reescrita como:
)'()]',([ xxxxG −= δ (3. 2)
A função )',( xxG , solução da equação (3. 2), chama-se Função de Green para o
operador e representa o efeito, em x, devido a uma função delta de Dirac que atua em x’, (o
ponto x é chamado de campo e o ponto x’ é chamado de fonte).
Para resolver (3. 1) com o auxílio de (3. 2) os termos à esquerda e à direita em (3.
2) são inicialmente multiplicados por f(x’), em seguida efetua-se a integração no domínio
∞<<∞− 'x . Assim:
∞
∞−
)(')'()'(')'()]',([ xfdxxfxxdxxfxxG =−= ∞
∞−
δ (3. 3)
Trocando, em (3. 3), a ordem do operador diferencial e do sinal de integração, obtém-se:
)(')'()'(')'()]',([ xfdxxfxxdxxfxxG =−= ∞
∞−
∞
∞−
δ (3. 4)
Comparando-se as equações (3. 4) e (3. 1), conclui-se que a solução da equação
(3. 1) pode ser escrita como:
')'()]',([)( dxxfxxGxu ∞
∞−
= (3. 5)
No Método dos Elementos de Contorno as Funções de Green são as Funções de
Ponderação.
97
3.3.2 – Integração por Partes em duas dimensões
Seja a integral
dxdyx
dx yx ∂
∂=∂∂
ψφΩψφ
Ω
(3. 6)
Conforme mostra a Figura - 3. 2, onde ),( yxφφ = e ),( yxψψ = ;
Figura - 3. 2. Integral por partes em duas dimensões em relação a x.
Integrando por partes em relação a x:
ψψ
φφ
=∂∂=
∂∂==
vx
dv
dxx
duu
;
; (3. 7)
Logo
[ ] dxdyx
dydxdyx xy
y
yxxxx
xy
T
BED ∂
∂−−=∂∂
==φψψφψφψφ (3. 8)
Para x = xD, tem-se:
98
Considerando um elemento de contorno, Γd , quando x = xD, tem-se:
x
x
nddy
ddy
nΓ
Γβ
β=
=
=
cos
cos (3. 9)
onde nx é o cosseno diretor da normal ~n ao contorno, Γ, em relação ao eixo x.
~~~jninn yx += (3. 10)
Assim, o primeiro termo à direita em (3. 8) pode ser interpretado como uma
integral, no sentido anti-horário, ao longo do contorno, Γ. Portanto,
∂∂−=
∂∂
ΩΓΩ
ΩψφΓψφΩψφ dx
dndx x (3. 11)
Para x = xE, tem-se:
Da mesma maneira, considerando um elemento de contorno, Γd , quando x = xE,
tem-se:
x
x
nddy
ddy
nΓ
Γγ
γβ−=
=
−==
cos
coscos (3. 12)
99
Figura - 3. 3. Integral por partes em duas dimensões em relação a y.
Analogamente, o segundo termo à direita em (3. 8) pode ser interpretado como
uma integral, no sentido horário, ao longo de Γ. Portanto,
∂∂−=
∂∂
ΩΓΩ
ΩψφΓψφΩψφ dy
dndy y (3. 13)
As integrais (3. 11) e (3. 13) serão utilizadas no desenvolvimento do Método dos
Elementos de Contorno, a seguir. Unindo (3. 11) com (3. 13) obtemos a primeira identidade
de Green.
∂∂+
∂∂−+=
∂∂+
∂∂
ΩΓΩ
ΩψφφΓψφΩψψφ dyx
dnndyx yx )( (3. 14)
ou simplesmente:
ΓψφΩφψψφΓΩ
dnd
=∇+∇ )( (3. 15)
Utilizando esses precursores matemáticos podemos a partir de agora elaborar o
desenvolvimento matemático do Método dos Elementos de Contorno.
100
3. 4 – Definição Matemática e Desenvolvimento do Método
Considere a Equação de Poisson em duas dimensões:
02
2
2
2
=+∂∂+
∂∂
byu
xu
em Ω (3. 16)
Com as condições de contorno:
Essenciais uemuu Γˆ= (3. 17)
e
Naturais qemqnu
q Γˆ=∂∂= (3. 18)
onde
quUΓΓΓ = (3. 19)
e ~n é a normal ao contorno, dirigida para fora do contorno.
Sendo u uma solução aproximada do problema, que não atende as condições de
contorno, três tipos de resíduos, ou erros, são gerados:
a) em Ω
02
2
2
2
≠+∂∂+
∂∂= b
yu
xu
Ωε (3. 20)
b) em uΓ
0ˆ ≠−= uuuΓε (3. 21)
c) em qΓ
0ˆ ≠−=∂∂−
nu
nu
qΓε (3. 22)
os quais devem ser ponderados
A sentença básica de resíduos ponderados é escrita como:
101
0)ˆ()ˆ()( 2 =−+−++∇ ΓΓΩΓΩ Γ
dwqqdwuuwdbuqu
(3. 23)
onde o Laplaciano 2∇ é dado por:
2
2
2
22
yu
xu
u∂∂+
∂∂=∇ (3. 24)
As funções de ponderação www e,, podem ser escolhidas convenientemente,
de maneira a simplificar o problema.
Integrando por partes, a integral que contém o Laplaciano em (3. 23), obtém-se:
)()()(2
2
2
22 =
∂∂
∂∂−
∂∂
∂∂−
∂∂+
∂∂=
∂∂+
∂∂=∇ ΩΓΩΩ
ΩΩ ΓΩ
dyw
yu
xw
xu
wdnyu
nxu
wdy
u
x
uuwd yx
(3. 25)
onde
qnnu
nyu
nxu
yx =∂∂=
∂∂+
∂∂ (3. 26)
Integrando novamente por partes, a integral de domínio à direita em (3. 25), tem-se:
∂∂+
∂∂−
∂∂+
∂∂=
∂∂
∂∂−
∂∂
∂∂
ΩΓΩ
ΩΓΩ duyw
xw
dunyw
nxw
dyw
yu
xw
xu
yx )()()(2
2
2
2 (3. 27)
onde
qnnw
nyw
nxw
yx ˆ=∂∂=
∂∂+
∂∂ (3. 28)
Substituindo, agora, (3. 27) em (3. 25) temos:
∇=∂∂−+∇
ΩΓΩ Γ
ΩΓΓΩ duwdnw
uwdqwdu 22 (3. 29)
Substituindo agora, (3. 28) em (3. 24) temos:
−+−+∂∂−++∇
Γ Γ ΓΓΩ ΩΓΓΓΓΩΩ
u q
dwqqdwuudnw
uwdqwdbduw )ˆ()ˆ(2
(3. 30)
102
Observando agora que quUΓΓΓ = , pode-se escrever:
+=u q
wdqwdqwdqΓ ΓΓ
ΓΓΓ (3. 31)
ΓΓΓΓΓΓ
dnw
udnw
udnw
uqu
∂∂+
∂∂=
∂∂
(3. 32)
Substituindo (3. 31) e (3. 32) em (3. 30) temos:
0ˆˆ
2
=−+++∂∂−
∂∂−+++∇
ΓΓΓΓΓ
ΓΓΓΩΩ
ΓΓΓ ΓΓ
ΓΓΓΩ Ω
dwqdwqdwudwudnw
u
dnw
uwdqwdqwdbduw
qqu uq
uqu (3. 33)
A expressão (3. 33) pode ser simplificada fazendo ww −= e, anulando-se
respectivamente as integrais em qΓ que contém os valores aproximados q , e nw
w∂∂= ,
anulando-se as integrais em uΓ que contém os valores aproximados u . A expressão
resultante é denominada Formulação Inversa de Resíduos Ponderados.
ΓΓΓΓΩΩΓΓΓΓΩ Ω
wdqdwqdnw
udnw
uwdbduwuqqu
−−∂∂+
∂∂=+∇ ˆˆ2 (3. 34)
ou, simplificando as expressões para as integrais de contorno:
ΓΓΩΩΓΓΩ Ω
wdqdnw
uwdbduw −∂∂=+∇2 (3. 35)
Nas integrais de contorno em (3. 35), deve-se substituir u por u em uΓ na
primeira integral e q por q , na segunda integral.
OBS:
1) Sabendo-se que ww −= e que nw
w∂∂= , a sentença básica de resíduos ponderados,
equação (3. 24), pode ser escrita como:
103
2) De (3. 25) e (3. 35) pode-se escrever a forma fraca da sentença de resíduos ponderados
como:
∂∂−−−
=+
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
uq
u
dnw
uuwdqq
wdbdyw
yu
xw
xu
wdq
ΓΓ
ΩΓΓ
ΓΓ
ΩΓΓ
)ˆ()( (3. 36)
Considerando que:
+=qu
wdqwdqwdqΓΓΓ
ΓΓΓ (3. 37)
A expressão (3. 36) pode ser escrita como:
ΩΓΓΓΓΩΓΓΓΓ
wdbdnw
uuwdqwdqdyw
yu
xw
xu
uquu
+∂∂−−+=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂
)ˆ(ˆ
(3. 38)
Como alguns termos se anulam temos:
ΩΓΓΓΩΓΓΓ
wdbdnw
uwdqdyw
yu
xw
xu
uqu
+∂∂+=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂
ˆ (3. 39)
Nós havíamos visto que:
ΓΓΩΩΓΓΩ Ω
wdqdnw
uwdbduw −∂∂=+∇ 2 (3. 40)
No Método dos Elementos de Contorno, a função de ponderação, w é solução do
problema singular-equivalente, isto é, ela é a Função de Green do operador diferencial.
3.4.1 – Solução Fundamental-Função de Ponderação
Para a equação de Poisson, a função de Green para o operador, 2
2
2
22
yx ∂∂+
∂∂=∇
representada por ),(* Xu ξ , é a solução do problema, ou seja,
)(),(*2 XXu −−=∇ ξδξ (3. 41)
104
O ponto X é denominado ponto campo, e, o ponto ξ é denominado ponto fonte.
Assim, ),(* Xu ξ , denominada, solução fundamental, pode ser interpretada como o efeito,
no ponto campo, de uma fonte concentrada aplicada no ponto fonte.
Em duas dimensões, X é o ponto de coordenadas (x, y) = (x1, x2) e ξ é o ponto de
coordenadas (ξx, ξy) = (ξ1, ξ2). A expressão para u* é:
rXu ln21
),(*π
ξ −= (3. 42)
onde r é a distância entre ξ e X.
Em três dimensões, X é o ponto de coordenadas (x, y, z) = (x1, x2, x3) e ξ é o ponto
de coordenadas (ξx, ξy, ξz) = (ξ1, ξ2, ξ3). A expressão u* é:
rXu
πξ
41
),(* −= (3. 43)
Conhecida a solução fundamental, a sua derivada em relação à direção da normal
ao contorno é calculada como:
),(*
),(* Xn
uXq ξξ
∂∂= (3. 44)
ou
nr
Xr
uXq
∂∂
∂∂= ),(
*),(* ξξ (3. 45)
As expressões de ),(* Xq ξ , em três e em duas dimensões, são:
)3(4
1),(* 2 D
nr
rXq
∂∂−=
πξ (3. 46)
e
)2(21
),(* Dnr
rXq
∂∂−=
πξ (3. 47)
onde, em (3. 46)
105
zyx nzr
nyr
nxr
nr
∂∂+
∂∂+
∂∂=
∂∂
(3. 48)
E em (3. 47)
yx nyr
nxr
nr
∂∂+
∂∂=
∂∂
(3. 49)
Utilizando a notação do método dos elementos de contorno, a equação (3. 35) pode ser
reescrita fazendo,
uu
→→
(3. 50)
Como:
)()(),(*)()(),(*
)()(),(*)()(),(*2
XdXqXuXdXuXq
XdXbXuXdXuXu
ΓξΓξ
ΩξΩξ
ΓΓ
Ω Ω
−=
=+∇ (3. 51)
Em (3. 51), )()( xuxu = e )()( Xqxq =
Como )(),(*2 XXu −−=∇ ξδξ , a primeira integral de domínio à esquerda de
(3. 51) se reduz a:
)()()()()()(),(*2 ξΩξδΩξΩ Ω
uXdXuXXdXuXu −=−−=∇ (3. 52)
Da substituição de (3. 52) em (3. 51) resulta a equação integral de contorno:
ΩξΩξ
ΓξΓξξ
Ω
Γ Γ
∈+
−=
;)()(),(*
)()(),(*)()(),(*)(
XdXbXu
XdXuXqXdXqXuu
(3. 53)
Lembrando que:
q
uu
u U
ˆˆ =↓
=↓
= ΓΓΓ (3. 54)
onde:
106
)(?);(ˆ)(?;)(ˆ
incógnitauprescritoqq
incógnitaqprescritouu
q
u
==→==→
ΓΓ
(3. 55)
Vejamos o exemplo:
Figura - 3. 4. Exemplo de um domínio, Ω, com raio, r, e ponto fonte, ξ, e contorno Γ = Γu U Γq.
Embora a equação integral de contorno represente a solução do problema para
pontos, ξ, pertencentes ao domínio, Ω, ela não pode ser utilizada enquanto os valores de q(X)
em Γu e de u(X) em Γq não forem conhecidos. Para resolver esse problema, torna-se
necessário encontrar uma expressão limite da equação, na qual o ponto ξ ∈ Γ. Para a obtenção
da expressão limite, que torna possível a solução do problema, o ponto ξ é levado até o
contorno e, ai, exclui-se do domínio uma esfera de raio ε e centro em ξ (caso 3D) ou um
círculo (ou setor circular) de raio ε e centro em ξ (caso 2D). Em seguida, calcula-se o limite
quando ε → 0.
Figura - 3. 5. Solução geométrica para o problema do ponto fonte, ξ, o qual é transferido do interior do domínio para o contorno.
107
OBS:
1) Se Ωε, é o domínio excluído, em Ω - Ωε, tem-se, 0),(*2 =∇ Xu ξ pois )( εΩΩξ −∉
2) As integrais de contorno devem ser avaliadas em )( εΓΓ − , onde εΓ representa o
contorno que foi excluído, e em Γε, que representa o contorno da esfera ou do setor círcular.
A equação , quando , é escrita como:
0*****lim0
=
+−−+
−−−→
εεεεε ΩΩΓΓΓΓΓΓε
ΩΓΓΓΓ bduqduqduudqudq (3. 56)
As integrais em podem ser calculadas como (note que r = ε = constante, dΓ =
εdθ).
1)
0..ln21
lim*lim0
00=
−= →→
α
εΓ
εθεε
πΓ
ε
dqqdu (3. 57)
2)
πξαθε
πεξ
ΓξΓξΓ
α
ε
Γ Γε
Γε
ε εε
2)(
).1(2
1)(lim
*)()]()([*lim*lim
00
00
udu
dquduxuqudq
=−
−=
=
+−=
→
→→ (3. 58)
O termo α/2π é designado por C(ξ); Assim
∈
∉
=
)()(121
)(0
)(
internopontodomíniodepontose
suavecontornoése
aexternopontoése
C
Ωξ
ξ
ΩΩξ
ξ (3. 59)
As integrais em )( εΓΓ − devem ser avaliados no sentido de Valor Principal de
Cauchy. A integral em (Ω - Ωε) não requer nenhum trabalho especial.
A equação integral básica do método dos elementos de contorno, )( Γξ ∈ é
escrita como:
108
+−=ΩΓΓ
ΩξΓξΓξξξ )()(),(*)()(),(*)()(),(*)()('
XdXbXuXdXuXqXdXqXuuC
(3. 60)
Esta é a Equação de Laplace na formulação integral, da qual a equação () pode ser
considerada um caso particular.
3.4.2 - Valor Principal de Cauchy
Definição: Integrais de funções que se tornam infinitas em um ponto do intervalo
de integração; são integrais impróprias:
Dada a integral imprópria:
=b
a
dxxfI )( (3. 61)
que apresenta uma assintota vertical (uma descontinuidade infinita) em x = c, a < b < c, então
I pode ser calculada como:
+
→
−
→+=
b
c
c
a
dxxfdxxfIδ
δ
ε
ε)(lim)(lim
00 (3. 62)
Se dois limites existem a integral converge, ou é chamada convergente. Se por
outro lado:
±∞=
±∞=
+→
−
→
b
c
c
a
dxxf
dxxf
δδ
ε
ε
)(lim
)(lim
0
0 (3. 63)
Então a integral diverge, ou é chamada não-convergente (divergente).
Fazendo-se δ = ε a integral imprópria não convergente (divergente) pode existir
no sentido de Valor Principal de Cauchy, possuindo um valor finito.
+=
+
−
→
b
c
c
a
b
a
dxxfdxxfdxxfVPε
ε
ε)()(lim)(:
0 (3. 64)
Embora
109
±∞=−
→
ε
ε
c
a
dxxf )(lim0
(3. 65)
e/ou
±∞=+
→
b
c
dxxfε
ε)(lim
0 (3. 66)
Por exemplo, se
f(x) = 1/xα (3. 67)
Então x = 0 é uma assimptota vertical da curva é a integral:
−
=1
1
1dx
xI α (3. 68)
deve ser avaliada como:
−
−+
−−−
−=
=−
+−
=
=+=
−
→
−−
→
−
→
−
−
−
→
→
−
−→
]1[1
1lim)1()(
11
lim
1lim
1lim
1lim
1lim
1
0
11
0
11
01
1
0
1
01
0
αδ
ααε
δ
α
δ
εα
ε
δαδ
ε
αε
δα
εα
ααxx
dxx
dxx
I
(3. 69)
Se 1<α , então 01 >−= αk e a integral imprópria converge, pois:
0lim0)(lim00
==−→→
kk e δεδε
(3. 70)
Se 3
1)(;3
xxf ==α
∞==
∞==−
→
−
→
→
−
→
20
2
0
20
2
0
1lim)(lim
1lim)(lim
δδ
εε
εδ
εεe
a integral é divergente (3. 71)
110
Calculando o Valor Principal de Cauchy
]1)1()[(lim1
11: 111
0
1
1
αααεα εε
α−−−
→−
−+−−−−
= dxx
VP (3. 72)
Quando α = 3
]1)1()[(lim31
11 313131
0
1
13
−−−
→−
−+−−−−
= εεε
dxx
(3. 73)
]1)1()[(lim211 222
0
1
13
−−−
→−
−+−−−−= εεε
dxx
(3. 74)
ou
0]11[211
0]1
11)(
1[lim
211
1
13
220
1
13
=+−−=
=−+−−
−=
−
→−
dxx
dxx εεε
(3. 75)
3.4.3 – Solução Numérica da Equação de Laplace
Para a solução numérica da equação integral (3. 60) associada a equação de
Laplace, a equação é reescrita para um número finito de pontos ξ selecionados. Essas
equações particularizadas são obtidas utilizando o Método da Colocação no qual a equação
(3. 60), com b(x) = 0 é ponderada ao longo do contorno Γ ’(ξ). Utiliza-se, portanto, como
função de ponderação o Delta de Dirac )( 0ξξδ − onde ξ0 corresponde à posição
selecionada. Pode-se escrever (admitindo b(x) = 0):
)(')()()(),(*
)(')()()(),(*)(')()()(
0'
' '00
ξΓξξδξ
ξΓξξδξξΓξξδξξ
Γ Γ
Γ Γ Γ
dXdTXqXu
dXdTXqXuduC
−
−
−
=−
.
(3. 76)
111
Invertendo a ordem da integração:
)()(')()(),(*
)()(')()(),(*)(')()()(
'0
'0
'0
ξΓΓξξδξ
ΓξΓξξδξξΓξξδξξ
Γ Γ
Γ Γ Γ
dXdXuXq
XddXqXuduC
−−
−=−
.
(3. 77)
Aplicando a propriedade da função Delta de Dirac, a equação (3. 77) é escrita
como:
−=ΓΓ
ΓξΓξξξ )()(),(*)()(),(*)()( 0000 XdXuXqXdXqXuuC (3. 78)
O domínio Ω deve ficar sempre a esquerda do sentido do percurso do contorno, de
tal forma que o vetor normal à superfície de contorno seja dirigido para fora do contorno,
conforme mostra a Figura - 3. 6
Figura - 3. 6. Aplicação da propriedade da função delta de Dirac sobre o ponto fonte ξ, sobre o contorno.
112
3. 5 – Discretização do Contorno
Para a obtenção de um sistema de equações algébricas a partir de (3. 78), cuja
solução forneça os valores de q(X) em Γu e de u(X) em Γq, o contorno Γ é aproximado ou
discretizado por elementos de geometria conhecida, denominada elementos de contorno.
Os tipos mais comuns são os lineares e os quadráticos. Na aproximação linear os
elementos são segmentos de reta, definidos por dois nós geométricos. Na discretização (ou
aproximação) quadrática os elementos são parabólicos e, são necessários definir três nós
geométricos.
Figura - 3. 7. Discretização linear do contorno de um domínio, Ω.
Pode-se utilizar, para representar a variação de u(X) e de q(X), funções de forma
(ou de interpolação) em cada elemento, que pode ser constante linear ou quadrática,
dependendo do número de nós funcionais. Os nós funcionais são os nós onde os valores de
u(X) e de q(X) são conhecidos ou prescritos. Assim, no caso de elemento constante, há
somente um nó funcional, situado no meio do elemento. No caso do elemento constante ou
linear, a situação mais comum ocorre quando os dois nós funcionais coincidem com os nós
geométricos. Quando a discretização for linear, no caso do elemento quadrático, os nós
funcionais também coincidem com os nós geométricos da discretização quadrática.
Por exemplo:
113
Figura - 3. 8. Tipos de elementos de contorno, linear ou parabólico e tipos de nós, geométricos e funcionais, onde os nós funcionais podem ou não coincidir com os nós geométricos.
Figura - 3. 9. Esquematização de nós para o problema de uma barra engastada.
3.5.1 - Elemento Constante – Discretização Linear
Para um elemento constante e uma discretização linear temos o exemploda Figura
- 3. 10.
114
Figura - 3. 10.
FIF
II
FI
F uuXu)()(
)()(
)(ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
−−+
−−= (3. 79)
e
FIF
II
FI
F qqXq)()(
)()(
)(ΓΓΓΓ
ΓΓΓΓ
−−+
−−= (3. 80)
3.5.2 - Elemento Linear – Discretização Linear
Para um elemento linear e uma discretização linear temos o exemploda Figura - 3.
11.
Figura - 3. 11.
115
Figura - 3. 12. Discrretização do contorno, Γ.
Se o contorno é discretizado (aproimado) em n elementos constantes, a versão
discretizada da equação (3. 78), para um ponto fonte, ξi , i = 1, 2, 3,...n (situado no meio de
cada elemento) é escrita como:
jj
n
jij
n
jjiii dquduquC
j
ΓΓΓ
==
=+11
** (3. 81)
onde
jjiii
jiiiiX
Xqqxqquu
XuuxuuCCΓ
ξξξξ
∈
===
===
)(),(**)(
)(),(**)( (3. 82)
Como uj e qi são constantes Γj pode-se escrever:
jjiiii qdudqu ΓΓΓΓ = ** (3. 83)
E
jjijji udqduq ΓΓΓΓ = ** (3. 84)
Por exemplo, para 8 elementos temos:
82828218188828218188
81821211181821211111
.......:
.......
qgqgqguhuhuhuC
qgqgqguhuhuhuC
++=++++
++=++++ (3. 85)
Como o contorno é suave em cada elemento, temos:
116
niCC ii ,...,2,1;21
)( ===ξ (3. 86)
Figura - 3. 13. Cálculo do coeficiente C(ξi) para um ângulo α qualquer.
onde
21
__/__2
)( ==∩= CpC παπ
αξ (3. 87)
Substituindo (3. 83), (3. 84) (3. 86) em (3. 81) temos:
jj
n
jijj
n
jii qduudqu
j
ΓΓΓ
==
=+11
**21 (3. 88)
Fazendo
jiijjiij dugedqhjj
ΓΓΓΓ == **ˆ
(3. 89)
A equação (3. 88) é escrita como:
j
n
jijj
n
jiji qguhu
===+
11
ˆ21 (3. 90)
Agrupando as n equações (3. 90) escrita para ξ1,ξ2,...ξn, obtém-se um sistema do
tipo:
~~~~qGuH = (3. 91)
No qual os elementos da matriz ~H são defindos como:
117
=+
≠=
)sin(21ˆ
)sin(ˆ
gularelementojiseh
gularnãoelementojisehh
ij
ij
ij (3. 92)
De forma geral temos:
~~~
1
2
2
1
1
2
2
1
1
11
12
12
11
2
21
22
22
21
2
12
22
22
12
1
11
21
21
11
1
2
2
1
1
2
2
1
1
11
12
12
11
2
21
22
22
21
2
12
22
22
12
1
11
21
21
11
ˆˆ
:
ˆˆ
:::
..
..
..
..
..
..
::ˆ
::::
..
..
..
..
..
..
::
qGuH
q
q
q
q
q
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
u
u
u
u
u
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
n
n
n
nn
nn
nn
n
n
nn
nn
nn
n
n
nn
nn
nn
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
n
nn
nn
nn
n
n
nn
nn
nn
n
n
nn
nn
nn
n
n
n
n
n
n
n
n
=
=
−
−
−
−
−
−−
−−
−
−
−
−−
−−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−−
−−
−
−
−
−−
−−
−
−
−
−
−
−
(3. 93)
Um exemplo para 6 elementos a matriz se reduz a:
~~~
6
5
4
3
2
1
66
56
46
36
26
16
65
55
45
35
25
15
64
54
44
34
24
14
63
53
43
33
23
13
62
52
42
32
22
12
61
51
41
31
21
11
6
5
4
3
2
1
66
56
46
36
26
16
65
55
45
35
25
15
64
54
44
34
24
14
63
53
43
33
23
13
62
52
42
32
22
12
61
51
41
31
21
11
ˆˆ
ˆˆ
ˆˆ
qGuH
q
q
q
q
q
q
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
u
u
u
u
u
u
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
=
=
(3. 94)
Após a imposição das condições de contorno, obtém-se um sistema do tipo:
~~~fyA = (3. 95)
é obtido, no qual a matriz ~A é constituída pelas colunas de
~H e
~G associados aos valores
incógnitas de u e q, agora armazenados nos vetores ~y , e
~f é o vetor que contém as
contribuições de contorno, ~A , intercâmbiando os valores conhecidos da matriz, com os sinais
trocados, conforme mostra o esquema abaixo:
118
~~~
6
5
4
3
2
1
66
56
46
36
26
16
65
55
45
35
25
15
64
54
44
34
24
14
63
53
43
33
23
13
62
52
42
32
22
12
61
51
41
31
21
11
6
5
4
3
2
1
66
56
46
36
26
16
65
55
45
35
25
15
64
54
44
34
24
14
63
53
43
33
23
13
62
52
42
32
22
12
61
51
41
31
21
11
ˆˆˆˆˆˆ
fyA
q
q
u
u
q
q
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
u
u
q
q
u
u
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
g
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
h
=
−−−−−−
−−−−−−
=
−−−−−−
−−−−−−
(3. 96)
Os valores de q conhecidos (ou prescritos) qq ˆ= pelos valores de q a ser
calculados (ou não prescritos) q = q.
Os valores de u conhecidos (ou prescritos) uu ˆ= pelos valores de u a ser
calculados (ou não prescritos) u = u.
119
3. 6 – Exemplos e Aplicações
0)()()(1
0
1
0
22
2
=−−−+
−+ ==
xx
wqqdxdw
uuwdxbudx
ud λ (3. 97)
120
3. 7 – Exercícios e Problemas
121
Capítulo – IV
PROBLEMAS DE POTENCIAL
RESUMO
Neste capítulo será visto a solução do problema do potencial, equação de Poisson
e Laplace, por meio do Método dos Elementos de Contorno.
4. 1 - Objetivos do capítulo
i) Entender a teoria matemática fundamental da obtenção das equações integrais
ii) Saber aplicar o Método dos Elementos de Contorno em problemas de potencial
nas suas mais diferentes formas
iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao método.
4. 2 – Introdução
O problema do potencial consiste em como se obter a equação integral para o
problema?. Existem três formas básicas para se chegar a essa equação integral, a saber:
- pelo Método dos Resíduos Ponderados
- pelo Princípio dos Trabalhos Virtuais
- pelo Teorema da Reciprocidade de Betti
- pela Terceira Identidade de Green
A vantagem de usar o Método dos Resíduos Ponderados é sua generalidade, que
permite a extensão do método para resolver equações diferenciais parciais mais complexas.
Este método também pode ser usado para relacionar elementos de contorno a outras técnicas
numéricas e pode ser facilmente entendida pelos engenheiros.
122
4. 3 – A Equação de Poisson
No capítulo anterior vimos o desenvolvimento da versão unidimensional da
equação de Poisson, agora veremos a versão bidimensional desta equação.
4.3.1 – O problema bidimensional
Uma importante equação na engenharia é a tão chamada equação de Poisson que
para duas dimensões pode ser escrita como:
022
2
21
2
=+∂∂+
∂∂
bx
u
x
u em Ω (4. 1)
ou
bu =∇2 em Ω (4. 2)
onde 22
2
21
22 )()(
)(xx ∂
∂+∂∂=∇ , é chamado do operador de Laplace e x1 e x2 são as duas
coordenadas e b é uma função conhecida de x1 e x2. Ω é o domínio no qual a equação se aplica
e é suposto ser contornada pela curva Γ . O vetor normal dirigido para fora do contorno é
definido como n , conforme mostra a Figura - 4. 1.
Figura - 4. 1. Domínio sob consideração para as definições básicas da equação de Poisson.
A equação de Poisson ou sua forma homogênea (isto é b = 0) a qual é chamada de
equação de Laplace, governa muitos tipos de problemas em engenharia, tais como: análises de
seepage e aquifer, condução de calor, processo de difusão, torção, movimento de fluidos e
outros. Consequentemente esta é uma equação muito importante na análise de engenharia.
123
4.3.2 – A 2ª Identidade de Green
Agora nós também podemos introduzir aqui a idéia de multiplicar a equação (4. 1)
ou (4. 2) por uma função arbitrária w, contínua em ordem acima da derivada segunda, de
acordo com a sentença de resíduos ponderados, fornecendo:
0)( 2 =−∇ ΩΩ
wdbu (4. 3)
1ª Integração por Partes
Integrando por partes os termos, em x1 e x2, temos:
ΩΩΩΩ
dxw
xu
xw
xu
dxxu
dxxu
wdx
u
x
uw
vduv
u
dv
u
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
∂∂+
∂∂=
∂∂+
∂∂
2211
12
21
22
2
21
2 (4. 4)
onde wu = e 22
11
dxxw
dxxw
du∂∂+
∂∂= e Ωd
x
u
x
udv
∂∂+
∂∂=
22
2
21
2 logo
∂∂+
∂∂= 1
22
1
dxxu
dxxu
v . Como Γdndx 21 −= e Γdndx 12 = temos:
02211
22
11
22
2
21
2
=Ω
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−Γ
∂∂+
∂∂=Ω
∂∂+
∂∂
ΩΓΩ
dxw
xu
xw
xu
dnxu
nxu
wdx
u
x
uw
(4. 5)
chamando de:
jninn ˆˆˆ 21 += (4. 6)
e
jdxidxrd ˆˆ21 += (4. 7)
logo
2211.ˆ dxndxnrdn += (4. 8)
ou
124
0ˆ.ˆˆ.ˆ.ˆ 2112 =−= jjd
dxdxii
ddxdx
rdnΓΓ
(4. 9)
Portanto, os vetores n e rd
são perpendiculares ( rdn⊥ˆ ) entre si, pois 0.ˆ =rdn
jddx
iddx
nd ˆˆˆ 21
ΓΓ−= (4. 10)
Logo
12
21
dxxu
dxxu
nu
∂∂+
∂∂=
∂∂
(4. 11)
Portanto, a equação (4. 5) fica:
02211
22
2
21
2
=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
∂∂=
∂∂+
∂∂
ΩΓΩΩΩ
dxw
xu
xw
xu
dnu
wwdx
u
x
u (4. 12)
sendo
nunu ˆ.∇=
∂∂
(4. 13)
e ainda
jxu
ixu
u ˆˆ21 ∂
∂+∂∂=∇ (4. 14)
com
jxw
ixw
w ˆˆ21 ∂
∂+∂∂=∇ (4. 15)
temos:
ΩΓΩΩΓΩ
wdudnuwudw ∇∇−∇=∇ ˆ.2 (4. 16)
Logo substituindo (4. 16) em (4. 3) temos:
( ) odnuwdbwwudbuw =∇+−∇−∇=−∇ ΓΩΩΓΩΩ
ˆ.)(2 (4. 17)
ou
125
022
11
22112
2
2
21
2
=
∂∂+
∂∂+
+
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−=
−
∂∂+
∂∂
Γ
ΩΩ
Γ
ΩΩ
dnxu
nxu
w
dbwxw
xu
xw
xu
dbx
u
x
uw
(4. 18)
Neste caso a integração por partes dos dois termos produz as derivadas de u com respeito a
normal, isto é, nu ∂∂ / o qual será chamado posteriormente de q, isto é, nuq ∂∂= / .
2ª Integração por Partes
Integrando por partes novamente os termos, em x1 e x2, onde
)( 12
21
dxxw
dxxw
u∂∂+
∂∂= e Ωd
x
w
x
wdu
∂∂+
∂∂= 2
2
2
21
2
e
∂∂+
∂∂= 2
21
1
dxxu
dxxu
dv logo
uv = .
−=
+
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂− vduuvdbw
xw
xu
xw
xu
udv
ΩΩ 2211
(4. 19)
obtemos:
ΩΩΩΩ
dx
w
x
wudx
xw
dxxw
udxw
xu
xw
xu
∂∂+
∂∂+
∂∂+
∂∂−=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
22
2
21
2
12
212211
(4. 20)
Como Γdndx 21 −= e Γdndx 12 = temos:
ΩΓΩΩΓΩ
dx
w
x
wudn
xw
nxw
udxw
xu
xw
xu
∂∂+
∂∂+
∂∂+
∂∂−=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
22
2
21
2
22
112211
(4. 21)
Como
12
21
dxxw
dxxw
nw
∂∂+
∂∂=
∂∂
(4. 22)
logo
126
ΩΓΩΩΓΩ
wdudnw
uwdu 2∇+
∂∂−=∇∇− (4. 23)
logo
0
/
22
11
/
22
11
22
2
21
2
=
∂∂+
∂∂−
∂∂+
∂∂+
−
∂∂+
∂∂
∂∂∂∂
ΓΓΩΓΓΩ
dnxw
nxw
udnxu
nxu
wdbwx
w
x
wu
nwnu
(4. 24)
ou
( ) 02 =
∂∂−
∂∂+−∇ ΓΓΩ
ΓΓΩ
dnw
udnu
wdbwwu (4. 25)
A expressão (4. 25) é igual a (4. 3) e portanto pode-se escrever:
( ) ( ) 022 =
∂∂−
∂∂+∇=∇ ΓΓΩΩ
ΓΓΩΩ
dnw
udnu
wdwuduw (4. 26)
onde o termo em b tem sido eliminado porque este aparece dos dois lados da equação.
A equação (4. 26) pode também ser expressa na forma conhecida como teorema
de Green, isto é:
ΓΩΓΩ
dnwuuwdwuuw ˆ).()( 22 ∇−∇=∇−∇ (4. 27)
Embora este teorema em muitos casos forneça o ponto de partida para muitas
aplicações em engenharia, incluindo a formulação dos elementos de contorno, este teorema é
muito mais esclarecedor no uso do conceito de distribuição, conforme se ilustra os graus de
continuidade requerida das funções e a importância do correto tratamento das condições de
contorno.
127
4.3.3 - Levando o problema para o contorno
Neste momento vamos agora considerar que o contorno Γ do domínio Ω sob
estudo é dividido em duas partes, Γ1 e Γ2 (Γ = Γ1 + Γ2) tal que:
uu = em Γ1 (4. 28)
qnu
q =∂∂= em Γ2 (4. 29)
Portanto, a equação (4. 25) pode agora ser escrita como:
( )2121
2 =
∂∂−
∂∂−++−∇ ΓΓΓΓΩ
ΓΓΓΓΩ
dnw
udnw
uwdqwdqdbwwu
(4. 30)
3ª Integração por Partes
Mais uma vez podemos integrar por partes, para recuperar o Laplaciano original
u2∇ de forma a ver como a importância das condições de contorno afeta a equação.
Integrando por partes novamente nós temos:
021
21212211
=
∂∂−
∂∂−
++
∂∂+
−
∂∂
∂∂−
∂∂
∂∂−
+=
ΓΓ
ΓΓΓΩ
ΓΓ
ΓΓΓΓΓΩ
dnw
udnw
u
wdqwdqdnw
udbwxu
xw
xu
xw
(4. 31)
Pode-se dividir a primeira integral em Γ em dois termos (um em Γ1 e o outro em Γ2), o
segundo termo do qual pode ser cancelado com a última integral em (4. 31). Este fornece
012
112211
=
∂∂−+
++
∂∂+
−
∂∂
∂∂−
∂∂
∂∂−
ΓΓ
ΓΓΩ
ΓΓ
ΓΓΩ
dnw
uwdq
wdqdnw
udbwxu
xw
xu
xw
(4. 32)
128
4ª Integração por Partes
Integrando por partes novamente a seguinte expressão é obtida:
012
1121
22
21
2
=
∂∂−+
++
∂∂+−
−
∂∂−
∂∂−
+=
ΓΓ
ΓΓΓΩ
ΓΓ
ΓΓΓΓΓΩ
dnw
uwdq
wdqdnw
uwdqdbx
u
x
uw
(4. 33)
ou
0ˆ.
ˆ.)(
12
1121
2
=∇−+
+∇−−−∇
+=
ΓΓ
ΓΓΓΩ
ΓΓ
ΓΓΓΓΓΩ
dnwudwq
dqwdnwudwqdbwwu
(4. 34)
A primeira integral em Γ pode novamente ser escrita como uma soma de duas
integrais, uma em Γ1 e a outra em Γ2. A primeira em Γ1 pode ser cancelada com a integral em
Γ1 de qw na segunda equação. Isto fornece
( ) 01212
2 =
∂∂−+
∂∂+−−∇ ΓΓΓΓΩ
ΓΓΓΓΩ
dnw
uwdqdnw
uwdqdbuw
(4. 35)
Esta fórmula pode ser escrita como:
( ) 0)()(12
2 =
∂∂−+−−−∇ ΓΓΩ
ΓΓΩ
dnw
uuwdqqdbuw (4. 36)
Mais uma vez esta expressão mostra que está se tentando satisfazer a equação
diferencial no domínio, Ω, e junto com mais dois tipos de condições de contorno, as
condições essenciais uu = em Γ1 , mais as condições naturais qq = em Γ2. Isto é muito
mais do que tem sido mostrado na equação, (2. 23) com a única exceção de que o sinal do
último termo é diferente em ambas as expressões. Isto porque na equação (2. 23) as derivadas
foram tomadas com relação a x ao invés de ser com relação a normal, n , como elas são agora.
129
4. 4 – A Formulação Fraca do Método dos Resíduos Ponderados
O estabelecimento das integrais fundamentais do Método dos Elementos de
Contorno e do Método dos Elementos Finitos pode ser interpretada como uma combinação de
uma Sentença de Resíduos Ponderados e de um processo de integração por partes, que reduz
ou “enfraquece” a ordem da continuidade requerida para a função u.
4.4.1 – Resolvendo o problema no contorno
Se retornarmos a equação de Poisson em (4. 2) com b ≡ 0, por questões de
simplicidade, isto é:
02 =∇ u em Ω (4. 37)
a equação de Laplace em (4. 36) pode ser escrita como:
( ) 0)()(12
2 =
∂∂−+−−∇ ΓΓΩ
ΓΓΩ
dnw
uuwdqqduw (4. 38)
ou em termos das funções residuais,
012
12 =Γ
∂∂+Γ−Ω
ΓΓΩ
dnw
RwdRRdw
q
(4. 39)
Conforme mostra a Figura - 4. 2.
Figura - 4. 2. Domínio Ω e o contorno Γ = Γ1 + Γ2, de um problema de Laplaciano de um potencial, u.
130
Vejamos um caso particular ou especial desta equação em cujo caso a função de
aproximação u satisfaz exatamente as condições de contorno “essenciais” uu = em Γ1 o que
resulta em 01 =R . Neste caso a equação (4. 39) torna-se:
uu = em Γ1 R1 = 0 (4. 40)
logo
ΓΩΓΩ
wdRRdw =2
2 (4. 41)
ou
( ) ΓΩΓΩ
wdqqduw )(2
2 −=∇ (4. 42)
5ª Integração por Partes (Formulação Fraca)
Uma forma mais usual desta expressão pode ser obtida pela integração por partes
mais uma vez a qual fornece.
0)(2
22
112211
=−−
∂∂+
∂∂+
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂− ΓΓΓΩ
ΓΓΓΩdwqqwdn
xu
wdnxu
dxu
xw
xu
xw
(4. 43)
onde 021
==
∂∂
+=
ΓΓΓΓΓΓ
dqwwdnu
fluxo
logo
ΓΓΓΩΓΓΓΩ
dnw
uuwdqwdqdxu
xw
xu
xw
∂∂−−−−=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
112
)(2211
(4. 44)
onde dudsudssduduvuvdvu −=→−= 2
0212211
=++
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂− ΓΓΩ
ΓΓΩ
wdqwdqdxu
xw
xu
xw (4. 45)
131
Da equação (4. 45) se impusermos que as funções w satisfazem a versão
lagrangeana das condições de contorno essenciais em Γ1, então w = 0 em Γ1 (onde o potencial
é conhecido). Logo,
01
= ΓΓ
wdq (4. 46)
Portanto, não vemos mais porque nos preocuparmos com o fluxo em Γ1. Isto resulta que:
ΓΩΓΩ
wdqdxu
xw
xu
xw
=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂
22211
(4. 47)
Esta equação traduz o Método dos Elementos de Finitos (MEF) de uma forma suscinta que
corresponde a Formulação Variacional Fraca.
Deve-se observar que a equação (4. 45) poderia também ser obtida pela integração
por partes sobre o domínio da Sentença de Resíduos Ponderados para u2∇ e então
introduzindo as condições de contorno, isto é, iniciando com:
( ) 02 =∇ ΩΩ
duw (4. 48)
Pode-se integrar por partes mais uma vez para produzir a seguinte expressão:
ΓΩΓΩ
dnu
wdxu
xw
xu
xw
∂∂+
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
2211
(4. 49)
Introduzindo-se então as correspondentes condições de contorno em Γ (Γ = Γ1 + Γ2) resulta
na equação (4. 45).
O último termo na equação (4. 45) é geralmente forçado ser identicamente igual a
zero pelo requerimento de que as funções w tem de satisfazer a versão lagrangeana das
condições de contorno essenciais, ou das condições sobre Γ1, isto é, w = 0 em Γ1. Isto dá uma
relação bem conhecida no Método dos Elementos Finitos, isto é:
ΓΩΓΩ
wdqdxu
xw
xu
xw
=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂
22211
(4. 50)
A equação (4. 49) é geralmente interpretada em termos do trabalho virtual ou da
potência virtual, pela associação de w com uma função virtual. Note que a integral no lado
esquerdo é uma medida do trabalho virtual interno e o lado direito o trabalho virtual realizado
132
por forças externas q . A equação (4. 49) é o ponto de partida da maioria dos esquemas de
elementos finitos para problemas Laplacianos e é geralmente chamada de uma formulação
variacional “fraca”.
4.4.2- Motivos da “fraqueza”
A fraqueza pode ser interpretada como devido a duas razões:
(i) A ordem da continuidade da função u foi reduzida e como suas derivadas agora
são de uma ordem mais baixa ou inferiores (isto é, primeira ao invés de segunda)
(ii) A satisfação das condições de contorno naturais ( qq = ) é feita de uma forma
aproximada ao invés da maneira exata, que reduz a precisão dos resultados desses valores no
contorno desta variável. (Note que R2 é geralmente diferente de zero).
A formulação do Método dos Elementos de Contorno pode ser interpretada pela
introdução de um passo formal a mais no processo de integração por partes nas derivadas de
u, e consequentemente enfraquecendo os requisitos de continuidade para u.
Se partirmos novamente da equação (4. 38) e integrarmos por partes como antes, a
expressão mais completa é obtida como segue:
ΓΓΓΩΓΓΓΩ
dnw
uuwdqwdqdxu
xw
xu
xw
∂∂−−−−=
∂∂
∂∂+
∂∂
∂∂−
112
)(2211
(4. 51)
133
4. 5 – A Formulação Inversa do Método dos Resíduos Ponderados
Vejamos agora a formulação inversa do Método dos Resíduos Ponderados
aplicado a equação de Laplace.
6ª Integração por Partes
Integrando-se novamente de forma a eliminar todas as derivadas em u no lado
esquerdo da integral, acha-se
( ) ΓΓΓΓΩΓΓΓΓΩ
dnw
udnw
uwdqwdqdwu
∂∂+
∂∂+−−=∇
2112
2 (4. 52)
Esta é a sentença de partida para a formulação do Método dos Elementos de
Contorno da Equação de Laplace. A mesma equação pode ser obtida partindo-se da Integral
dos Resíduos Ponderados sobre o domínio Ω (equação (4. 48)), integrando-se por partes duas
vezes e então introduzindo as condições de contorno. O processo já tem sido mostrado a partir
de uma outra equação de campo na fórmula (4. 3) a (4. 25) e então (4. 28) e (4. 30), a única
diferença agora esta sendo que b é zero.
134
4. 6 – Equações Integrais Básicas
Para se resolver problemas de potenciais, surge a seguinte pergunta:
Como obter a equação integral para o problema do potencial?
Como resposta temos três formas básicas diferentes:
- Por meio do Método dos Resíduos Ponderados
- Pelo Terceira Identidade de Green
- Pelo Teorema da Reciprocidade de Betti.
- Pelo Principio dos Trabalhos Virtuais.
Considere que nós estamos procurando achar a solução da equação de Laplace em
um domínio Ω (bi ou tridimensional) (Figura - 4. 3).
Figura - 4. 3. Definições geométricas da equação de Laplace.
Seja a equação de Laplace (em 2D ou 3D), dada por:
02 =∇ u em Ω (4. 53)
sob as seguintes condições sobre o contorno Γ.
(i) “Condições Essenciais”do tipo.
uu = em Γ1 (4. 54)
(ii) “Condições Naturais tais como:
qnuq =∂∂= / em Γ2. (4. 55)
onde n é o vetor normal ao contorno, Γ = Γ1 + Γ2 e as barras indicam que aqueles valores são
conhecidos conforme mostra a Figura - 4. 3. Condições de contorno mais complexas tais
como a combinação das duas condições acima, isto é:
135
(iii) “Condições Mistas tais como q = q(u):
γβα =+ qu em Γ3 (4. 56)
onde α e β e γ são parâmetros conhecidos, que podem ser facilmente incluídos mas ele não
serão considerados agora por questão de simplicidade.
Em princípio o erro introduzido na equação acima se os exatos valores de u e q
(desconhecidos) são substituídos por uma solução aproximada que pode ser minimizada pela
ortogonalização delas com relação a uma função de ponderação u*, com derivadas sobre o
contorno nuq ∂∂= /** .
Em outras palavras se R são os resíduos, pode-se escrever de forma geral que:
02 ≠∇= uR (4. 57)
e
01 ≠−= uuR (4. 58)
02 ≠−= qqR (4. 59)
onde u e q são valores aproximados. (O fato que um ou mais dos resíduos pode ser
identicamente zero não diminui a generalidade do argumento).
A ponderação pode agora ser realizada como mostrado no Capítulo II, isto é,
através do Método dos Resíduos Ponderados, onde w = u* e */ qnw =∂∂ , temos:
Γ ΓΩ
+Γ=Ω2 1
*** 12 qRduRduR (4. 60)
ou
−−−=∇2 1
*)(*)(*)( 2
Γ ΓΩ
ΓΓΩ dquuduqqduu (4. 61)
Integrando por partes o lado esquerdo desta equação obtemos:
−++−=
∂∂
∂∂
2 1 11
*****
Γ Γ ΓΓΩ
ΓΓΓΓΩ dqudqudquduqdxu
xu
kk
(4. 62)
onde k = 1, 2, 3 e a tão chamada notação de somatória de Einstein para índices repetidos, têm
sido usada. Integrando por partes novamente o termo do lado esquerdo obtém-se:
136
++−−=∇2 2 11
*****2
Γ Γ ΓΓΩ
ΓΓΓΓΩ dquduqdquduqduu (4. 63)
Esta é uma importante equação, assim ela é o ponto de partida para a aplicação do Método
dos Elementos de Contorno. Note que a equação (4. 63) é a mesma que o Teorema de Green
(equação (4. 27)) depois da substituição da equação (4. 53) e uma vez que as condições de
contorno são aplicadas. Nosso objetivo agora é transformar a equação (4. 53) em uma
equação integral de contorno. Mas como?. Isto é feito usando-se um tipo especial de função
de ponderação u* chamada de solução fundamental.
4.6.1 – Solução Fundamental
A solução fundamental u* que satisfaz a equação de Laplace, ∇2u = 0, e
representa o campo de solução gerado por uma fonte ou partir de uma carga unitária
concentrada agindo em um determinado ponto “ï” em um domínio infinito. O efeito desta
carga é propagado desde i até o infinito sem qualquer consideração de condições de contorno.
Porque desta solução pode ser escrito.
0*2 =+∇ iu δ (4. 64)
onde δi = δ(X-Xi) representa a função Delta de Dirac a qual tende a infinito em qualquer ponto
X = Xi e é igual a zero em qualquer outro lugar. A integral de δi contudo é igual a um. O uso
da função delta de Dirac é uma forma elegante de representar cargas concentradas unitárias
como forças quando estamos tratando com equações diferenciais.
A solução particular u* é a solução da equação particular.
),(*2 Xu ξδ−=∇ (4. 65)
para X = ξ → ∞. ou em coordenadas cartesianas
( )yxXyu
xu
u yx −−−=−=∂
∂+∂
∂=∇ ξξδξδ ,),(**
* 2
2
2
22 (4. 66)
Transformando em coordenadas polares
),(*1*1
* 2
2
22 x
urr
ur
rru ξδ
θ−=
∂∂+
∂∂
∂∂=∇ (4. 67)
A solução fundamental é esfericamente ou circularmente simétrica
137
),(
),(
yxXyx
=
= ξξξ (4. 68)
e
ξ−= Xr (4. 69)
ou
22 )()( yx yxr ξξ −+−= (4. 70)
conforme mostra a Figura - 4. 4.
Figura - 4. 4. Espaço vetorial das soluções fundamentais circularmente simétricas.
Logo para r > 0 δ(ξ, x) = 0, temos:
01*1
2
2
2 =∂∂+
∂∂
∂∂
θu
rru
rrr
(4. 71)
Definido pela simetria circular, temos:
0**
2
2
=∂∂→=
∂∂
θθu
constanteu
(4. 72)
logo
138
),(*1
xr
ur
rrξδ−=
∂∂
∂∂
(4. 73)
donde
0*1 =
∂∂
∂∂
ru
rrr
(4. 74)
A equação (4. 74) pode ser resolvida com integração unidimensional
(considerando o domínio isotrópico).
=
∂∂
∂∂
drdrr
ur
r0
* (4. 75)
ou
Ar
ur =
∂∂ *
(4. 76)
logo
drrA
drr
u =
∂∂ *
(4. 77)
Portanto, a solução da equação homogênea é:
( ) BrAu += ln* (4. 78)
Observemos que u é singular em r = 0.
Resolvendo para acharmos A e B devemos calcular, a integral aplicando a
propriedade da função Delta de Dirac:
1),(*2 −=−=∇ ΩξδΩΩΩ
dxdu (4. 79)
Aplicando o teorema de Green-Gauss (teorema da divergência) transformamos a integral de
domínio em uma integral de contorno.
ΓΩΓΩ
dnw
wd ∂∂=∇2 (4. 80)
logo
139
1*
*2 −=∂
∂=∇ ΓΩΓΩ
dn
udu (4. 81)
Vamos definir um domínio Ω por um círculo de raio r ao redor de ξ (centrado),
conforme mostra a Figura - 4. 5.
Figura - 4. 5. Circulo de raio r centrado em ξ no domínio infinito Ω∞.
A partir de (4. 76) temos:
rA
ru =∂
∂ * (4. 82)
Como r
e n possuem a mesma direção podemos escrever:
θθΓΓΩππ
ΓΓΩrd
rA
rdr
ud
ru
dn
udu =
∂∂=
∂∂=
∂∂=∇
2
0
2
0
2 ****)( (4. 83)
12)02(2
0−==−== AAA ππθ π (4. 84)
Logo
π21−=A (4. 85)
Portanto, a solução fundamental será:
140
cte
Br
u +
= 1ln
21
*π
(4. 86)
onde B é uma constante arbitrária e adota-se B = 0, logo, para um meio isotrópico
bidimensional a solução fundamental da equação (4. 64) é:
=r
u1
ln21
*π
(4. 87)
u* é a nossa função de ponderação. E o fluxo q* é dado por:
rnr
ru
nu
qπ21**
* −=∂∂
∂∂=
∂∂= (4. 88)
A equação apresentada se aplica a uma fonte unitária concentrada em ξ. Deve-se
lembrar que u* e q* são as respostas a uma distância r de uma fonte de carga unitária
concentrada em ξ em um espaço infinito com contorno infinito. Para o caso de um domínio
isotrópico tridimensional, a solução fundamental é:
ru
π41
* = (4. 89)
Que é singular em r = 0, onde r é a distancia desde o ponto Xi de aplicação da função delta a
qualquer ponto sob consideração. E o fluxo q* em três dimensões é dado por:
241**
*rn
rr
un
uq
π=
∂∂
∂∂=
∂∂= (4. 90)
4.6.2 – Análise das soluções fundamentais bi e tridimensional
È fácil checar que a solução (4. 87) e (4. 89) satisfaz as equações de Laplace tri- e
bidimensional. Considere por exemplo a equação tridimensional em termos de coordenadas
polares após se desprezar os termos que são nulos devido a simetria da solução, isto é:
i
ru
rru
u δ−=∂
∂+∂
∂→∇ *2** 2
22 (4. 91)
Simplesmente substituindo a solução (4. 87) e (4. 89) nós podemos checar que a equação é
satisfeita para qualquer valor de r diferente de zero. Para o caso onde r ≡ 0 nós precisamos
realizar a integração ao redor de uma esfera de raio ε e então fazer ε tender a zero. Considere
141
que a esfera tem um domínio Ω, e integramos por partes para expressar o Laplaciano em
termos dos fluxos de contorno nu ∂∂ /* , isto é:
( ) ΓΓΩΓΓΩ
dr
ud
ru
du∂
∂=
∂∂=∇
***
21
2 (4. 92)
Note que n ≡ r sobre a superfície da esfera.
Substituindo agora a solução fundamental (4. 87) em (4. 91) e fazendo r (ou ε)
tender a zero temos:
144
lim
41
lim*
lim
2
2
0
20021
−=
−=
−=
∂∂
→
→→
πεπε
Γπε
Γ
ε
Γε
Γε
ddr
u
(4. 93)
Note que a superfície da esfera é 24πεΓε = . Similarmente para o caso
bidimensional pode-se definir um pequeno círculo de raio ε e então tomar o limite quando ε
→ 0, isto é:
122
lim
21
lim*
lim
2
2
0
0021
−=
−=
−=
∂∂
→
→→
πεπε
Γπε
Γ
ε
Γε
Γε
ddr
u
(4. 94)
Aqui o perímetro do pequeno círculo é Γ = 2πε.
4.6.3 – Aplicação da Solução Fundamental a Equação Integral
Voltando-se a equação integral (4. 63) observa-se que no lado esquerdo havia um
termo do tipo:
( ) ( ) )(),(*2 ξΩξδΩΩΩ
ii udXuduu −=−=∇ (4. 95)
A integral da função delta de Dirac multiplicada por qualquer outra função é igual ao valor da
última no ponto Xi. Portanto, a equação integral (4. 63) pode agora ser escrita como:
142
+=++2 2 11
*)(*)(*)(*)()(Γ Γ ΓΓ
ΓΓΓΓξ duXqduXqdqXudqXuu i (4. 96)
onde qu e são valores conhecidos. Necessita-se lembrar que a equação (4. 96) aplica-se a
uma carga concentrada em “i” e consequentemente os valores de u* e q* são aqueles
correspondentes a aquela posição particular da carga. Para cada outra posição Xi acharemos
uma nova equação integral.
4.6.4 – Equação Integral de Contorno
Nós temos agora deduzido a equação (4. 96) a qual é válida para qualquer ponto
dentro do domínio Ω. Em elementos de contorno é geralmente preferível por razões
computacionais aplicar a equação (4. 96) no contorno e portanto nós precisamos achar o que
acontece quando o ponto Xi está sobre Γ. Uma simples forma de fazer isto é considerar que o
ponto i está sobre o contorno, mas o domínio ele mesmo é aumentado por um hemisfera de
raio ε (em 3D) conforme mostrado na Figura - 4. 6 (para 2D o mesmo se aplica mas nós
consideraremos um semicírculo ao invés de uma semi-esfera).
Figura - 4. 6. Pontos de contorno para o caso bi- e tridimensional, aumentado por uma pequena hemisfera ou semicírculo.
O ponto Xi é considerado ser no centro e então o raio ε é tomado a zero. O ponto então tornará
um ponto de contorno e a expressão resultante a especialização de (4. 96) para um ponto sobre
143
Γ. No presente nós somente consideraremos superfícies suaves como representado na Figura -
4. 6 e discutiremos o caso dos cantos em outras secções.
É importante neste estágio diferenciar entre dois tipos de integrais de contorno em
(4. 96) conforme a solução fundamental e sua derivada comportam-se diferentemente.
Considere por questão de simplicidade a equação (4. 96) antes de quaisquer condições de
contorno terem sido aplicadas, isto é:
=+Γ Γ
ΓΓ dquduqu i ** (4. 97)
onde 21 ΓΓΓ += e satisfazendo as condições de contorno será deixada para depois.
Integrais do tipo mostrado no lado direito de (4. 97) são fáceis de tratar porque
elas apresentam uma baixa ordem de singularidade, isto é, para os casos tridimensionais a
integral ao redor de Γ fornece:
042
lim
41
lim*lim
2
2
0
0011
≡
=
=
→
→→
πεπε
Γπε
Γ
ε
Γε
Γε
q
dqduq (4. 98)
Em outras palavras nada ocorre no lado direito da integral quando (4. 96) ou (4. 97) são
levadas para o contorno. O lado esquerdo da integral, contudo comporta-se de uma forma
diferente. Aqui nós temos ao redor de Γε o seguinte resultado.
iuu
dudqu
21
42
lim
41
lim*lim
2
2
0
20011
≡
−=
−=
→
→→
πεπε
Γπε
Γ
ε
Γε
Γε
(4. 99)
Eles produzem o que é chamado de termo livre. É fácil checar que o mesmo ocorrerá para os
problemas bidimensionais em cujo caso o lado direito da integral ao redor de Γε é também
identicamente igual a zero e o lado esquerdo da integral torna-se
144
iuu
dudqu
21
2lim
21
lim*lim
0
0011
≡
−=
−=
→
→→
πεπε
Γπε
Γ
ε
Γε
Γε (4. 100)
Desde a equação (4. 98) a (4. 100) pode-se escrever a seguinte expressão para os
problemas bi- e tridimensionais
=+Γ Γ
ΓΓ dquduqu i **21 (4. 101)
onde as integrais estão no senso do Valor Principal de Cauchy.
Este é a equação integral de contorno geralmente usada como um ponto de partida
para os elementos de contorno.
4. 7 – Método de Discretização do Contorno
Vamos agora considerar como a expressão (4. 101) pode ser discretizada para
achar o sistema de equações do qual os valores de contorno podem ser achados. Suponha por
questões de simplicidade que o corpo é bidimensional e seu contorno é dividido em N
segmentos ou elementos conforme mostrado na Figura - 4. 7. Os pontos onde os valores
desconhecidos são considerados são chamados “nós” e são tomados ser no meio do elemento
para o tão chamado elemento-constante (Figura - 4. 7a). Estes serão elementos considerados
nesta secção, mas depois nós usaremos e também discutiremos o caso de elementos lineares,
isto é, aqueles elementos para os quais os nós são nós extremos ou pontas (Figura - 4. 7b) e
elementos curvos tais como os quadráticos mostrados na Figura - 4. 7c e para o qual um nó a
mais no meio do elemento é necessário.
Figura - 4. 7. Diferentes tipos de elementos de contorno.
145
Observe que a geometria dos elementos de contorno pode ou não ser compatível
com a geometria do contorno. No caso da Figura - 4. 7 têm-se um contorno curvo aproximado
por elementos lineares constantes, ou segmentos de reta. Para facilitar o entendimento vamos
“visualizar” a discretização com elemento constante de geometria linear ou reta.
Portanto, para os elementos constantes considerados aqui o contorno Γ é suposto
ser dividido em N elementos, Γj, j = 1,2,3 ...N, temos:
=
=N
jj
1
ΓΓ (4. 102)
Os valores de u e q são supostos ser constantes sobre cada elemento e igual ao valor no meio
do nó.
A equação (4. 101) pode ser discretizada para um dado ponto “ï” antes de aplicar
quaisquer condições de contorno, logo a equação de contorno pode ser escrita como segue,
==
=+j j
duXqdqXuuN
j
N
j
i
Γ ΓΓΓξ *)(*)()(
21
11
(4. 103)
O ponto i é um dos nós do contorno. Note que para este tipo de elemento (isto é constante) o
contorno é sempre suave conforme o nó está no centro do elemento, portanto o multiplicador
de cada ui é ½ . Γj é o contorno do elemento j. ξ é o ponto em que será aplicado cada um dos
nós funcionais dos elementos.
Os valores de u e q podem ser levados para fora das integrais porque eles são
constantes sobre cada elemento. Eles serão chamados de uj e qj para o elemento j. Portanto,
j elementono fluxo1j ponto no potencial1
texto)no de (posição i cada em colocação de ponto
no potencial
**)(21 j
N
ji
jN
ji
i qduudqujj
==
=
+
ΓΓ
ξξ
ΓΓξ
(4. 104)
onde Γj são as funções de forma adotadas que podem ou não representar perfitamente o
contorno. Note que para montar uma equação que relaciona u(X)’s e q(X)’s existem dois tipos
de integrais a serem efetuadas sobre os elementos, isto é, aquelas dos seguintes tipos
j j
dudqΓ Γ
ΓΓ *e* (4. 105)
146
Estas integrais relacionam o nó “i” onde a solução fundamental está atuando com
o outro nó “j”. Por causa de que seus valores resultantes são algumas vezes chamados de
coeficientes de influência. Nós chamaremos eles ijH e Gij, isto é:
==j j
duGdqH iij
iij
Γ ΓΓΓ **ˆ
(4. 106)
i: posição da fonte unitária no contorno. j índice associado ao nó do elemento que está sendo
integrado. Note que nós estamos assumindo que a solução fundamental é aplicada a um nó
particular “i”, que também varia de 1 a N, embora isto não está explicitamente indicado na
notação em u*, q* para evitar proliferação de índices. Portanto, aplicando um fonte ou carga
unitária em “i”, calcula-se Hij e Gij. Logo para um ponto particular “i” pode-se escrever:
jN
j
ijjN
j
iji qGuHu ==
=+11
ˆ21 (4. 107)
4.7.1 – Montagem das matrizes Hij e Gij
Se nós supusermos que a posição de i pode também variar de 1 até N, isto é, a
fonte unitária é aplicada em cada um dos nós funcionais do contorno (um ponto de colocação
por vez), nós observamos que a solução fundamental sendo aplicada a cada um dos nós
sucessivamente obtém-se um sistema de N equações resultante da aplicação de (4. 107) a cada
um dos pontos em volta do contorno.
iN
i
N
j
ijiN
i
N
j
ijN
i
i qGuHu = == ==
=+1 11 11
ˆ21 (4. 108)
O valor do índice j percorrerá todo o contorno, a partir de um índice i fixado. Mas em um
determinado momento i será igual a j e neste ponto teremos:
iN
i
N
i
iiiN
i
N
h
iiN
i
i qGuHu = == ==
=+1 11 11
ˆ21 (4. 109)
Observe que para i = j este índice percorre todo o contorno em N elementos. Portanto,
podemos escrever:
iN
i
iiiN
i
ii qGuH ==
=
+11 2
1ˆ (4. 110)
Chamando de:
147
jiparaHH iiii =+=
21ˆ (4. 111)
E para os elementos diferentes do índice i fixado, teremos:
ijij HH ˆ= (4. 112)
Portanto a equação (4. 107) pode agora ser escrita como:
jN
j
ijjN
j
ij qGuH ==
=11
(4. 113)
onde
≠
=+=
jiquandoH
jiquandoHH
ij
ijij
ˆ21ˆ
(4. 114)
Esta série de equações pode ser expressa na forma matricial como:
GQHU = (4. 115)
onde H e G são duas matrizes N x N e U e Q são vetores de comprimento N.
Note que N1 valores de u e N2 Valores de q são conhecidos em Γ1 e Γ2
respectivamente (Γ1 + Γ2 = Γ), então existem somente N valores desconhecidos no sistema de
equações (4. 115). Para introduzir estas condições de contorno em (4. 115) temos de
rearranjar o sistema movendo as colunas de H e G de um lado ao outro. Uma vez que todos os
valores desconhecidos são passados para o lado esquerdo nós podemos escrever:
FAX = (4. 116)
onde X é um vetor de valores nodais dos potenciais u e dos fluxos q desconhecidos no
contorno. F é achado pela multiplicação da coluna correspondente da matriz resultante do
rearranjo das colunas de H e G pelo valores conhecidos ou prescritos de u’s ou q’s resultante
do rearranjo das linhas de U e Q. É interessante apontar que os valores desconhecidos são
agora uma mistura do potencial e de suas derivadas, ao invés do potencial somente como em
elementos finitos. Isto é uma consequência do Método dos Elementos de Contorno de ser uma
formulação mista e dá uma importante vantagem sobre o Método dos Elementos Finitos.
A equação (4. 116) pode agora ser resolvida e todos os valores de contorno são
então conhecidos. Uma vez que isto é feito, é possível calcular qualquer valor interno de u or
148
de suas derivadas. Os valores de u’s são calculados em qualquer ponto interno “i” usando a
fórmula (4. 96) a qual pode ser escrita como:
−=j HijGij
i dquduquΓ Γ
ΓΓ **
(4. 117)
Note que agora a solução fundamental é considerada ser atuante sobre um ponto interno “i”e
que todos os valores de u e q já são conhecidos. O processo é então de integração (em geral
numericamente). A mesma discretização é usada para as integrais de contorno, isto é,
jN
j
ijjN
j
iji uHqGu ==
−=11
ˆ (4. 118)
Os valores de uj e qj agora são os valores conhecidos no contorno que foram calculados
anteriormente.
Os coeficientes Gij e Hij foram calculados novamente para cada diferente ponto
interno.
Os valores dos fluxos internos nos duas direções x1 e x2, 1/1
xuqx ∂∂= e
2/2
xuqx ∂∂= , são calculados efetuando-se as derivadas em (4. 117), isto é:
( )
( ) ΓΓ
ΓΓ
ΓΓ
ΓΓ
dxq
udxu
qxu
q
dxq
udxu
qxu
q
ii
x
ii
x
222
111
**
**
21
2
21
1
∂∂−
∂∂=
∂∂=
∂∂−
∂∂=
∂∂=
(4. 119)
Note que as derivadas são efetuadas somente sobre a soluções fundamentais u* e q* conforme
nós estamos calculando as variações de fluxo ao redor do ponto “i”.
O cálculo das integrais para os pontos internos em (4. 118) e (4. 119) são
geralmente efetuadas numericamente.
onde
=
Nu
u
u
U:2
1
e
=
Nq
q
q
Q:2
1
(4. 120)
e
149
=
NNNN
N
N
HHH
HHH
HHH
H
..::::
..
..
21
22221
11211
e
=
NNNN
N
N
GGG
GGG
GGG
G
..::::
..
..
21
22221
11211
(4. 121)
Agora vamos calcular os elementos da matriz H e G na diagonal e fora da
diagonal
4. 8 – Elementos de Discretização de um Contorno em 2D
A discretização de um contorno Γ, é feita dividindo-se este em N elementos
geométricos de aproximação, denominados elementos de contorno, que percorrem todo ele,
procurando reproduzi-lo matematicamente de forma aproximada.
Define-se elemento de contorno, ao ente geométrico unitário que possui forma e
funcionalidade definida por meio de seus nós geométricos e funcionais. conforme mostra a
Figura - 4. 8.
Figura - 4. 8. Elementos de Contorno, linear ou curvo (parabólico ou cúbico) definido por meio dos nós geométricos.
150
Os nós geométricos são formados pelo conjunto de pontos de localização do
elemento, que define a forma geométrica do elemento. Estes são representados graficamente
por um “×”, conforme mostra a Figura - 4. 8. Os elementos de contorno podem possuir
basicamente duas formas geométricas, a linear e a curva. Os elementos curvos podem ser de
geometria parabólica, cúbica, etc. Os tipos de elementos que podem existir quanto a sua forma
geométrica são mostrados na Figura - 4. 8.
Os nós funcionais são formados pelo conjunto de pontos pertencentes ao elemento
de contorno que possuem valores definidos dos potenciais u’s, ou dos fluxos q’s, no contorno
localizados nesses nós. Eles são representados geometricamente por um “• ”, conforme
mostra a Figura - 4. 9. Estes nós podem ou não coincidir com os nós geométricos.
Figura - 4. 9. Elementos de Contorno, linear ou curvo (parabólico ou cúbico) definido por meio dos nós funcionais.
Cada elemento possui certo número de nós geométricos e funcionais que
dependem das funções de aproximação escolhidas ou utilizada para representar a geometria e
151
a funcionalidade do elemento. O caso isoparamétrico é definido quando os nós geométricos
coincidem com os nós funcionais. As funções de forma são funções de aproximação para a
geometria do contorno. As funções de interpolação são funções que aproximam o potencial
u(x) e o fluxo q(x), respectivamente. Observe que os valores das incógnitas de potencial e
fluxo estão localizados nos nós funcionais. Quanto à funcionalidade os elementos de contorno
podem ser:
4.8.1 – Elementos de função constante ou Elementos Constantes
Nos elementos constantes as funções u e q possuem valores constantes. Para se
discretizar um contorno em elementos constantes utiliza-se duas funções de interpolação do
tipo:
2)1(
)(ηηφ −=a (4. 122)
e
2)1(
)(ηηφ +=b (4. 123)
As coordenadas x e y dos pontos sobre o elemento são dadas por:
)()( ηφηφ bbaa xxx += (4. 124)
e
)()( ηφηφ bbaa yyy += (4. 125)
Substituindo (4. 122)e (4. 123) em (4. 124) e (4. 125) temos:
2)1(
2)1( ηη −++= ba xxx (4. 126)
E
2)1(
2)1( ηη −++= ba yyy (4. 127)
Ou
η2
)(2
)( abba xxxxx
−+
+= (4. 128)
152
E
η2
)(2
)( abba yyyyy
−+
+= (4. 129)
Chamando de:
2)( ba
xxx +
=ξ (4. 130)
e
2)( ba
yyy +
=ξ (4. 131)
e de
2)( ab
xxx
l−
= (4. 132)
e
2)( ab
yyy
l−
= (4. 133)
temos:
ηξ2x
xl
x += (4. 134)
E
ηξ2y
y
ly += (4. 135)
4.8.2 – Elementos de função linear ou Elementos Lineares
Nos elementos constantes as funções u e q possuem valores que variam
linearmente com a posição. Para se discretizar um contorno em elementos lineares utiliza-se
duas funções de interpolação do tipo:
2)1(
)(ηηφ −=a (4. 136)
153
e
2)1(
)(ηηφ +=b (4. 137)
As coordenadas x e y dos pontos sobre o elemento são dadas por:
)()( ηφηφ bbaa xxx += (4. 138)
e
)()( ηφηφ bbaa yyy += (4. 139)
Substituindo (4. 122)e (4. 123) em (4. 124) e (4. 125) temos:
2)1(
2)1( ηη −++= ba xxx (4. 140)
E
2)1(
2)1( ηη −++= ba yyy (4. 141)
Ou
η2
)(2
)( abba xxxxx
−+
+= (4. 142)
E
η2
)(2
)( abba yyyyy
−+
+= (4. 143)
Chamando de:
2)( ba
xxx +
=ξ (4. 144)
e
2)( ba
yyy +
=ξ (4. 145)
e de
2)( ab
xxx
l−
= (4. 146)
154
e
2)( ab
yyy
l−
= (4. 147)
temos:
ηξ2x
xl
x += (4. 148)
E
ηξ2y
y
ly += (4. 149)
4.8.3 – Elementos de função parabólica ou Elementos Quadráticos
Nos elementos constantes as funções u e q possuem valores que variam
quadraticamente. Para se discretizar um contorno em elementos quadráticos a funções de
interpolação do tipo:
[ ]12
−
= ηηφa (4. 150)
[ ]12
+
= ηηφb (4. 151)
[ ]21 ηφ −=c (4. 152)
155
4. 9 – Os Métodos de Cálculo das Integrais Hij e Gij
Para o cálculo das integrais Hij e Gij, as técnicas de integração utilizadas
dependem da posição do nó i (colocação da fonte) em relação ao elemento j, sendo integrado,
em Γj, conforme mostra a Figura - 4. 10.
Figura - 4. 10. Diferentes tipos de integração de acordo com a posição relativa dos nós nos elementos de contorno.
Algumas integrais de contorno apresentam singularidades. Estas singularidades
estão presentes na solução fundamental, ou seja,
i) Em 2D temos:
Γ=Γ= ΓΓ
drduHjj
ijij ))(ln(* ϑ (4. 153)
e
Γ=Γ= ΓΓ
dr
dqGjj
ijij )1
(* ϑ (4. 154)
ii) Em 3D temos:
Γ=Γ= ΓΓ
dr
duHjj
ijij )1
(* ϑ (4. 155)
e
Γ=Γ= ΓΓ
dr
dqGjj
ijij )1
(* 2ϑ (4. 156)
156
4.9.1- Integrações Não-Singulares
Integrais como Gij e ijH nas expressões acima podem ser calculadas usando
fórmulas de integração numérica (tais como regras de Quadratura de Gauss, é o mais
utilizado) para o caso i ≠ j e r ≠ 0..
4.9.2- Integrações Quase-Singulares
As integrais quase-singulares aparecem quando o elemento i = j e o raio é
diferente de zero (r ≠ 0), conforme mostra a Figura - 4. 11.
Figura - 4. 11. Erros de aproximação cometidos em integrais quase-singulares devido ao número de pontos de Gauss sobre o próprio elemento.
4.9.3- Integrações Singulares
As singularidades aparecem quando tem-se i = j, e o raio é igual a zero (r = 0),
por exemplo. Várias técnicas são utilizadas (dependendo da singularidade).
Para o elemento i = j, contudo, a presença da singularidade sobre aquele elemento
devido a solução fundamental requer uma integração mais precisa. Existem várias técnicas
que dependem da ordem da singularidade. Para estas integrais é recomendado usar regras de
integração de alta ordem ou uma fórmula especial (tais como logarítmica e outras
transformações as quais será discutida posteriormente). Contudo, para o caso particular de
geometria reta como os elementos constantes e lineares, as integrais ijH e ijG podem ser
calculadas analiticamente.
157
4. 10 – O Mapeamento Global do Contorno para o Cálculo das Integrais Hij e Gij
Considere o contorno Γ, suave, de um problema de equação diferencial
bidimensional, de forma geométrica qualquer, conforme mostra a Figura - 4. 12. Utilizando as
coordenadas globais do contorno, vamos agora efetuar cálculos analíticos para determinar o
valor das integrais não-singulares de Hij e Gij para i ≠ j.
Figura - 4. 12. Mapeamento Global de um contorno Γ.
4.10.1 - Cálculo Analítico da Integral Hij para i≠ j
Considere o desenho da Figura - 4. 13 para i ≠ j onde o vetor r
e o vetor jn está
traçado entre dois elementos de contorno diferentes, ou seja, ji Γ≠Γ .
158
Figura - 4. 13. Integração entre dois elementos de contornos i e j diferentes.
Sabendo que ji ≠ , neste caso temos que a distância d entre o centro dos
elementos i e j é não nula, ou seja, d ≠ 0, temos:
21ˆ += ijij HH (4. 157)
Esta é uma integral não-singular para r >0 dada por:
ΓΓΓΓ
dnu
dqHjj j
iijij
∂∂
==*
*ˆ (4. 158)
Mas )(** ruu ii = , logo usando a regra da cadeia podemos escrever:
j
i
j
i
nr
ru
nu
∂∂
∂∂
=∂∂ ** (4. 159)
Portanto,
Γ
∂∂
=Γ= ΓΓ
ddndr
ru
dqHj
iijij
jj
**ˆ (4. 160)
Como )ln(21
* rui
−=π
temos que: rr
u i 121*
−=∂
∂π
, logo
159
Γ
−= Γ
ddndr
rH
jij
j
121ˆπ
(4. 161)
Para se calcular as integrais Hij e Gij temos vários problemas a resolver. O
primeiro deles diz respeito a variável de integração pois sendo
211
21*
+Γ
−=Γ
∂∂
= ΓΓ
ddndr
rd
dndr
ru
Hjj
iij
jjπ
(4. 162)
A variável no integrando está em r e o incremento está em Γj. Logo devemos
relacionar Γj com r. Mas isso tornará a integral dependente da forma do contorno. Mas resta
ainda saber quanto vale jdndr / . Para determinar o valor dessa derivada devemos lembrar
que as integrais Hij e Gij dependem da posição do nó de referência i em relação ao elemento j.
Para resolver esta questão utilizaremos um mapeamento linear que será feito posteriormente.
Figura - 4. 14. Relação entre elementos retos diferentes i ≠ j.
Considerando um elemento de contorno reto, a partir da Figura - 4. 14, podemos
observar que para ji ≠ a integral acontece fora do elemento do contorno i. Neste caso a
integral (4. 162) continua valendo, mas para calculá-la precisamos determinar analiticamente
ou geometricamente quanto vale jdndr / quando os elementos i e j são diferentes.
160
4.10.2 - Cálculo Analítico de dr/dnj para i ≠j
A derivada direcional dr/dnj pode ser escrita em termos do gradiente de r como:
jj
nrdndr ˆ.∇=
(4. 163)
Sendo
rr
rr
==∇ ˆ (4. 164)
podemos escrever:
r
nr
dndr j
j
ˆ.
= (4. 165)
Mas a partir da Figura - 4. 15 nós temos que ijj dnr =ˆ.
, logo temos:
r
d
dndr ij
j
= (4. 166)
onde dij é um valor único para cada par de elementos iΓ e jΓ .
Observe a partir da Figura - 4. 15 que
θcosˆ.ˆ.
r
nr
r
nr
dndr jj
j
== (4. 167)
Como jn é um vetor unitário temos 1ˆ =jn , logo
θcosˆ.
r
r
r
nr
dndr j
j
== (4. 168)
161
Figura - 4. 15. Cálculo das distâncias entre os elementos i ≠ j.
mas rr ≡ , logo teremos
θcosˆ.
==r
nr
dndr j
j
(4. 169)
onde
2222ˆ
ˆ.cos
yxyx
yyxxj
rrnn
rnrn
rn
nr
++
+==
θ (4. 170)
Como 1ˆ =jn temos:
θcos22
=+
+=
yx
yyxx
j rr
rnrn
dndr (4. 171)
Observe que jdndr / é igual ao cosseno do ângulo θ entre o vetor r
e a direção na normal
jn . Este valor da projeção de r
na direção de nj é único e fixo para cada par de elementos i e
j, e vale dinj não dependendo de r para um elemento de contorno constante, ou seja,
θcos.
22=
+
+==
yx
yyxxj
j rr
rnrn
r
nr
dndr
(4. 172)
Onde jij ndnr =ˆ.ˆ logo teremos:
162
θcos==r
nd
dndr ji
j
(4. 173)
Onde jind é um valor único para cada par de elementos Γi e Γj e não depende do raio r entre
o centro do elemento i e qualquer ponto X = (x,y) sobre a extensão do elemento j. Logo
retornando a (4. 161) temos:
Γπ Γ
dr
nd
rH ji
ij
j
−= 121ˆ (4. 174)
Portanto,
211
2 2+
−= Γ
π Γ
dr
ndH
j
jiij (4. 175)
Esta integral pode ser calculada analiticamente ou numericamente utilizando o método da
quadratura de Gauss.
4.10.3 - Cálculo Analítico da Integral Gij para i≠ j
Sabendo que i ≠ j e dinj ≠ 0, temos:
Γ
Γ=j
duG ijij *
(4. 176)
Esta é uma integral não-singular, onde )(** ruu ijij = e
rru ij ln21
)(*
−=π
(4. 177)
Logo
Γπ
ΓΓΓ
dr
nlduGjj
ij
== 1
21
* (4. 178)
e
Γ
−= Γ
drrGj
ij )ln(21
)(π
(4. 179)
163
Vamos agora utilizar cálculos analíticos para calcular o valor das integrais quase-
singulares e singulares de Hij e Gij para i = j para r > 0 e r = 0 respectivamente.
4.10.4 – O Cálculo da Integrais Hij = Hii para i = j para r ≠ 0
Considere o desenho da Figura - 4. 16 para i = j onde o vetor r
e o vetor jn estão
sobre o mesmo elemento de contorno, ou seja, ji ΓΓ = . Neste caso a integral acontece sobre
o próprio elemento, conforme mostra a Figura - 4. 16.
Figura - 4. 16. Integração entre dois elementos de contornos i e j diferentes.
Sabendo que ji = , neste caso temos que a distância d entre o centro dos
elementos i e j é nula, ou seja, d = 0, temos:
21ˆ
21ˆ +=→+= iiiiijij HHHH (4. 180)
Esta é uma integral singular dada por:
∂∂==
i i
dnu
dqHi
ii
Γ Γ
ΓΓ **ˆ (4. 181)
Mas u*(r)=u*(r) logo usando a regra da cadeia podemos escrever:
ii dndr
ru
nu
∂∂=
∂∂ ** (4. 182)
Portanto,
164
= =
∂∂==
ji ji
ddndr
ru
dqH ii
Γ ΓΓΓ *
*ˆ (4. 183)
como )ln(21
* rui
−=π
temos que: rr
u i 121*
−=∂
∂π
, logo
Γπ Γ
ddndr
rH
iii
i
−= 1
21ˆ (4. 184)
Portanto,
211
21
21*
+
−=+
∂∂
= Γπ
ΓΓΓ
ddndr
rd
dndr
ru
Hji
iii
jj
(4. 185)
4.10.5 - Cálculo Analítico de dr/dni para i = j
De forma análoga ao caso anterior a derivada direcional dr/dni pode ser escrita em
termos do gradiente de r como:
jiji
nrdn
dr=
=∇= ˆ.
(4. 186)
Sendo
rr
rr
==∇ ˆ (4. 187)
podemos escrever:
r
nr
dndr ji
ji
=
==
ˆ.
(4. 188)
Mas iiji ndnr ==ˆ.
, logo temos:
r
nd
dndr jii
ji
=
== (4. 189)
ou
165
θcosˆ.ˆ.
r
nr
r
nr
dndr iji
ji
== =
=
(4. 190)
Como in é um vetor unitário temos 1ˆ =in , logo
θcosˆ.
r
r
rnr
dndr i
ji
===
(4. 191)
Mas rr ≡ , logo
θcosˆ.
=== r
nr
dndr j
ji
(4. 192)
Considerando um elemento de contorno reto, a partir da Figura - 4. 17 podemos
observar que para 0≠r
, os vetores r
e n são perpendiculares ( jinr =⊥ ˆ). Logo a derivada
direcional entre eles é nula, ou seja:
0ˆ. == = jiji nrnd (4. 193)
E consequentemente
0ˆ.
== =
= r
nr
dndr ji
ji
(4. 194)
Figura - 4. 17. Cálculo das distâncias entre os elementos i =j para um elemento reto.
Para mostra que nr ˆ⊥ devemos ter o produto escalar nulo, logo:
166
yyxxj rnrnrnnr +== θcosˆˆ. (4. 195)
logo
2222ˆ
ˆ.cos
yxyx
yyxxj
rrnn
rnrn
rn
nr
++
+==
θ (4. 196)
Como 1ˆ =jn temos:
22cos
yx
yyxx
rr
rnrn
+
+=θ (4. 197)
Onde
)360sen(;)360cos(
sen;cos
ββαα
−=−=
==
rrrr
nn
yx
yx (4. 198)
ou
ββ sencos rrerr yx −== (4. 199)
Logo, substituindo (4. 198) e (4. 199) em (4. 195) temos:
αβαβ sensencoscos.ˆ rrrni −= (4. 200)
A partir da Figura - 4. 18 nós temos que:
αββα sencoscossen90 ===+ ;eo (4. 201)
Portanto,
)sencoscos(sen.ˆ αααα −= rrni (4. 202)
Logo
rnrni ⊥= ˆ0.ˆ (4. 203)
E portanto
0ˆ.
==rnr
dndr i
i
(4. 204)
167
Ou seja, a separação entre os elementos i e j é nula, pois logicamente eles coincidem.
Portanto, retornando a equação nós temos que:
Figura - 4. 18. Decomposição do vetor normal em termos dos cossenos diretores.
Observe que rnddndr jij // = é igual ao cosseno do ângulo θ entre o vetor r e
a direção na normal nj. Este valor da projeção de r na direção de nj é único para cada par de
elementos Γi e Γj (i = j), não dependendo de r entre o centro do elemento i e qualquer ponto X
= (x,y) sobre a extensão do próprio elemento j=i. Para um elemento de contorno constante, ou
seja,
θcos22
=+
+=
yx
yyxx
j rr
rnrn
dndr (4. 205)
Onde jij ndnr =ˆ.ˆ logo teremos:
θcos==r
nd
dndr ji
j
(4. 206)
Os termos iiij HH ˆˆ = , por exemplo, são identicamente zero, pois a normal n e a
coordenada do elemento estão sempre perpendiculares uma a outra, isto é:
021ˆ =+= ii
ii HH para i = j e r ≠ 0 (4. 207)
168
4.10.6 – O Cálculo da Integrais Hij = Hii para i = j para r = 0
Neste caso em que i ≡ j e 0=r
temos que Hij = Hii é uma integral singular que
deve ser resolvida por um processo limite, ou por uma análise geométrica. Sendo
21ˆ += iiii HH (4. 208)
E
Γπ
ΓΓΓ
ddndr
rd
dndr
ru
Hji
iii
jj
−=
∂∂
= 1
21*ˆ (4. 209)
Temos:
211
21 +
−= Γπ Γ
ddndr
rH
jii
j
(4. 210)
Sendo
rnr
dndr i
i
ˆ.
= (4. 211)
Para 0=r
, nós temos uma indeterminação, a qual deve ser resolvida por um processo limite
em termos do Valor Principal de Cauchy, da seguinte forma:
211
21 +
−= drdrd
dndr
rH
j
r
rii
b
a
Γπ
(4. 212)
Observe que para i = j temos:
drrdd 22 == Γ (4. 213)
Logo a equação (4. 212) pode ser escrita como:
21
21
21 +
−= drdndr
rH
j
r
rii
b
aπ
(4. 214)
ou simplesmente
169
2111 +
−==
drdn
drr
Hji
r
rii
b
aπ
(4. 215)
a qual pode ser integrada tomando-se um raio ε em torno do ponto ξi = j e fazer ε → 0 da
seguinte forma:
drdn
drr
drdn
drr
drdn
drr
Hji
r
jijirii
b
a
−+
−+
−==+=
+
−=
−
ε
ε
ε
ε
πππ111111ˆ
(4. 216)
Conforme mostra a Figura - 4. 19.
Figura - 4. 19. Intervalo de raio ε sobre o elemento reto ξi = j.
para as integrais fora do intervalo de raio ε temos que nr ˆ⊥ e 0ˆ.
====
iii
ji
ndrnr
dndr
que
repete a situação anterior ficando apenas a integral:
drdn
drr
Hji
ii
−==
+
−ε
επ11ˆ (4. 217)
Tomando o limite de ε → 0 temos:
drdn
drr
Hji
ii
−==
+
−→
ε
εε π
11limˆ
0 (4. 218)
Onde r ≡ ε → 0 então:
εεεπ
ε
εε
ddnd
Hj
ii
−= +
−→
11limˆ
0 (4. 219)
Sabendo que o integrando é a própria definição de raio de curvatura )()( ερρ ≡r onde
170
01
)(11
lim0
→∞
→=
→ ερε
εεjdn
d (4. 220)
Ou
01
)(11
lim0
→∞
==
→ rdndr
r jr ρ
(4. 221)
Portanto para i ≡ j e ∀ r
temos:
0ˆ =iiH (4. 222)
E finalmente
21
21ˆ =+= iiii HH (4. 223)
4.10.7 – O Cálculo da Integral Gij = Gii para i = j e r ≠0
Sabendo que i = j e dinj = 0, temos:
ΓΓΓΓ
duGduGjiji
jiiijiij
==
== =→= ** (4. 224)
Esta é uma integral não-singular, onde )(** ruu ijij = é dada por:
rruru iiij ln21
)(*)(*
−==π
(4. 225)
Logo
Γπ
ΓΓΓ
dr
nlduGjii
ii
== =
121
* (4. 226)
Estas integrais Gii requerem um manuseio especial. Para um elemento
unidimensional, por exemplo, elas podem ser calculadas analiticamente ou numericamente
utilizando o método da quadratura de Gauss.
Para se realizar a integração de forma que esta não dependa da forma do contorno
do problema, precisamos também fazer um mapeamento linear onde as coordenadas de r(x,y)
171
passem a depender de um parâmetro genérico η, para todos os elementos do contorno. Isto
reduzirá o número de integrais a serem calculadas.
4. 11 – Mapeamento Local do Contorno
Considere o contorno Γ, suave de forma geométrica qualquer, referente a um
problema de equação diferencial bidimensional, , conforme mostra a Figura - 4. 20.
Figura - 4. 20. Transformação entre as coordenadas globais e as coordenadas locais de um contorno de geometria qualquer.
Vamos agora realizar uma transformação de coordenadas generalizada sobre o
contorno, Γ,. Esta transformação será efetuada de tal forma que mudará o mapeamento global
do contorno, Γ, o qual é feito por meio das coordenadas globais X(x, y) em um mapeamento
local, por meio de uma função de parametrização X(η), de variável local, η, sobre cada
elemento do contorno. Isto transformará de forma genérica este mapeamento global em um
mapeamento local conforme mostra a Figura - 4. 20. Logo as integrais Hij e Gij ficam:
211
2 2+
−= η
ηΓ
π η
ddd
r
ndH ji
ij (4. 227)
e
ηηΓ
π η
ddd
rrGij
−= )ln(21
)( (4. 228)
A transformação de coordenadas (parametrização do elemento j) do mapeamento
linear do elemento de contorno Γj é feita por meio da definição das funções de interpolação
172
locais, )(ηφa e )(ηφb , que variam em um intervalo de -1 ≤ η ≤ 1 em correspondência ao
elemento j, com coordenada X = (x,y) que varia desde xa ≤ x ≤ xb e ya ≤ y ≤ yb.
Sendo x = x(η) e y = y(η) e r = r(x,y) a função r = r(x,y) passa a depender do
parâmetro η, onde:
))(),(( ηφηφ baxx = ))(),(( ηφηφ bayy = → x = x(η) e y = y(η) (4. 229)
Portanto,
)())(),((),( ηηη ryxryxr →→ (4. 230)
A partir da Figura - 4. 12 temos de forma genérica que:
irryxr Xjij ξ −=),( (4. 231)
onde ),( iy
ixi
r ξξξ = e ),( yxrjX =
, temos que de um elemento i para um ponto qualquer
sobre o elemento j temos:
22 )()().( iyj
ixjij yxyxr ξξ −+−= (4. 232)
Esta expressão representa o raio que separa o centro dos elementos i e j.
4.11.1 – Mapeamento Linear do Contorno
De forma geral as coordenadas globais do ponto Xj = (xj, yj), com raio rX = (x’, y’)
global e raio rj = (xj, yj) (coordenadas locais) a partir do ponto de colocação ξi = (ξix, ξi
y), são
dadas por:
bj
bajj xxxa
φφ += (4. 233)
e
bj
bajj yyya
φφ += (4. 234)
onde
2)1( ηφ −=a (4. 235)
e
173
2)1( ηφ +=b (4. 236)
que corresponde ao mapeamento local do elemento j do contorno, conforme mostra a Figura -
4. 21. O mapeamento local também é valido quando i = j e este mapeamento se dá sobre o
próprio elemento de referência i. Neste caso todas as expressões com índice j passarão a ter
índice i.
Figura - 4. 21. Mapeamento linear local da geometria do elemento reto j de funcionalidade constante em u e q.
Portanto, substituindo (4. 235) e (4. 236) em (4. 233) e (4. 234) podemos escrever
as coordenadas X = (x,y) do ponto de raio r, como sendo:
)(ηjjj xxx =→ e )(ηjjj yyy =→ (4. 237)
ou
2)1(
2)1(
)(ηηη ++−= j
bj
aj xxx (4. 238)
2)1(
2)1(
)(ηηη ++−= j
bj
aj yyy (4. 239)
Rearranjando os termos e reescrevendo temos:
ηη2
)(2
)()(
ja
jb
jb
jaj xxxx
x−
++
= (4. 240)
174
ηη2
)(2
)()(
ja
jb
jb
jaj yyyy
y−
++
= (4. 241)
Sendo as coordenadas do ponto ξj do elemento j são dadas por:
2)( j
bj
ajx
xx +=ξ (4. 242)
e
2)( j
bj
ajy
yy +=ξ (4. 243)
Logo )(ηjj xx = e )(ηjj yy = para um elemento i ou j será dado por:
ηξη2
)()(
ja
jbj
xj xx
x−
+= (4. 244)
e
ηξη2
)()(
ja
jbj
yj yy
y−
+= (4. 245)
Observe da Figura - 4. 12 que:
22 )()( iy
ixi
r ξξξ += (4. 246)
e
irryxr Xjij ξ −=),( (4. 247)
onde
22 )()().( iyj
ixjij yxyxr ξξ −+−= (4. 248)
Portanto, substituindo (4. 244) e (4. 245) em (4. 247) temos:
22
2)(
2)(
).(
−
−++
−
−+= i
y
ja
jbj
yix
ja
jbj
xyyxx
yxr ξηξξηξ (4. 249)
Observe que sendo
175
ix
ja
jb
ja
jbi
xxxxxx
xr ξηξ −−++=−=2
)(2
)( (4. 250)
e
iy
ja
jb
ja
jbi
yyyyyy
yr ξηξ −−++=−=2
)(2
)( (4. 251)
ou
ix
ja
jbj
xixx
xxxr ξηξξ −−+=−=
2)(
(4. 252)
e
iy
ja
jbj
yiyy
yyyr ξηξξ −−+=−=
2)(
(4. 253)
Sabendo que iy
ix ξξ e podem ser expressos em termos de (4. 242)e (4. 243) como:
2)( i
biai
xxx +=ξ (4. 254)
e
2)( i
biai
yyy +=ξ (4. 255)
e ainda
)( ja
jb
jx xxl −= (4. 256)
temos
)( ja
jb
jy yyl −= (4. 257)
Logo as componentes rx e ry podem ser escritas como:
ηξξ2
jxi
xj
xxl
r +−= (4. 258)
e
176
ηξξ2
jyi
yj
yy
lr +−= (4. 259)
Substituindo (4. 258) e (4. 259) em (4. 248) temos:
[ ] [ ]22).( ηξξηξξ j
yiy
jy
jx
ix
jx llyxr +−++−= (4. 260)
e desenvolvendo os quadrados dentro da raiz temos:
[ ][ ] 222
222
)()(2)(
)()(2)(
ηηξξξξηξξ
ηηξξξξηξξjy
jy
iy
jy
iy
jy
jy
iy
jy
jx
jx
ix
jx
ix
jx
jx
ix
jx
lll
lll
+−+−=+−
+−+−=+− (4. 261)
Somando os quadrados temos:
2).( ηη CBAyxr ++= (4. 262)
Onde:
22
22
)()(
)(2)(2
)()(
jy
jx
jy
iy
jy
jx
ix
jx
iy
jy
ix
jx
llC
llB
A
+=
−+−=
−+−=
ξξξξ
ξξξξ
(4. 263)
Observe que se i = j , então o raio ficará:
22
2)(
2)(
).(
−+
−=
====
ηηji
aji
bji
aji
b yyxxyxr (4. 264)
ou
−+−= ====
2)()().( 22 ηji
aji
bji
aji
b yyxxyxr (4. 265)
Observe que o termo na raiz é igual a li=j, que é o comprimento do elemento i = j,logo
= = 2η
jilr (4. 266)
e
177
jilddr
==η
(4. 267)
4.11.2 – Calculo da derivada dr/dn da Transformação de coordenadas do Mapeamento Linear do Contorno
A derivada dr/dnj para r = r(η) pode ser calculada a partir da equação (4. 205)
dada por:
θcos22
=+
+=
yx
yyxx
j rr
rnrn
dndr (4. 268)
cuja derivada de r em relação a η pode ser calculada substituindo rx(η) e ry(η) na expressão
(4. 268) e obtendo:
22
2)(
2)(
2)(
2)(
−+−+
−+−
−+−+
−+−==
ηξξηξξ
ηξξηξξ
ja
jbi
yj
y
ja
jbi
xj
x
ja
jbi
yj
yy
ja
jbi
xj
xxij
j yyxx
yyn
xxn
r
d
dndr (4. 269)
Usando (4. 256) e (4. 257) temos:
22
22
22
+−+
+−
+−+
+−
==
ηξξηξξ
ηξξηξξ
jxi
yj
y
jxi
xj
x
jyi
yj
yy
jxi
xj
xxij
j ll
ln
ln
r
d
dndr (4. 270)
Para i = j temos:
22
2)(
2)(
2)(
2)(
−+
−
−+
−
==j
aj
bj
aj
b
ja
jb
y
ja
jb
xij
j yyxx
yyn
xxn
r
d
dndr
η
ηη (4. 271)
Ou
178
22
2)(
2)(
2)(
2)(
−+
−
−+
−
==j
aj
bj
aj
b
ja
jb
y
ja
jb
xij
j yyxx
yyn
xxn
r
d
dndr (4. 272)
que não depende do parâmetro η.
Usando (4. 256) e (4. 257) em (4. 272) temos:
22
22
22
+
+==
jy
jx
jyy
jxx
ij
j ll
lnln
r
d
dndr
(4. 273)
Sendo:
Γ
Γ
ddl
n
d
dln
jx
y
jy
x
−=
= (4. 274)
Sendo 2/jdld =Γ temos:
j
jx
y
j
jy
x
dldl
n
dl
dln
−=
= (4. 275)
Substituindo (4. 275) em (4. 273) temos:
22
22
22
+
−==
jy
jx
j
jx
jy
j
jy
jx
ij
j ll
dl
dll
dl
dll
r
d
dndr (4. 276)
ou
179
[ ] [ ]22 jy
jx
j
jx
jy
j
jy
jx
ij
j ll
dl
dll
dl
dll
r
d
dndr
+
−== (4. 277)
como
[ ] [ ]22 jy
jxj lll += (4. 278)
Ficamos com:
−==
j
jx
jy
j
jy
jx
j
ij
j dl
dll
dl
dll
lr
d
dndr 1
(4. 279)
cujo resultado é nulo, ou seja:
0==r
d
dndr ij
j
(4. 280)
4.11.3 – Jacobiano da Transformação do Mapeamento Linear do Contorno
Para resolver a integral (4. 227) e (4. 228) precisamos explicitar o Jacobiano
ηΓ ddJ /= de transformação de r(x,y) → r(η) que é dado por:
22 )()(ηηη
Γddy
ddx
dd
J +== (4. 281)
logo
ηηΓ
Γ dd
dd j
j = (4. 282)
ou seja
ηηη
Γ dddy
ddx
d j22 )()( += (4. 283)
Agora podemos derivar x(η) e y(η) a partir de (4. 244) e (4. 245) em relação a η e obter:
180
2)( j
aj
bj xx
ddx −
=η
(4. 284)
E
2)( j
aj
bj yy
ddy −
=η
(4. 285)
Substituindo (4. 284) e (4. 285) em (4. 283) obtemos:
ηηηηηΓ
dyyxx
dd
d ja
jb
ja
jbj
22
2)(
2)(
−+
−= (4. 286)
Mas ),( ja
ja yx e ),( j
bj
b yx são as coordenadas das extremidades do elemento de contorno j.
Portanto, o Jacobiano de um elemento constante corresponde a metade do comprimento desse
elemento.
ηηηΓ
Γ dl
dd
dd jj
j
==
2 (4. 287)
4. 12 – Aplicação do Mapeamento Local as Integrais Hij e Gij
Vamos agora aplicar o resultado do mapeamento local com elemento constante no
cálculo das integrais Hij e Gij.
4.12.1 – O Cálculo da Integral Hij para i ≠ j
Retornando-se a integral Hij nós podemos agora escrever a forma do mapeamento
global do incremento dΓj de uma forma geral em termos do mapeamento local da seguinte
forma:
ηηΓ
ΓΓΓΓ
dd
d
dndr
drdu
ddndr
drdu
ddndu
H j
j
ij
j
ij
j
iij
jj
=
=
=
−
1
1
***
(4. 288)
Sendo ( )2// jj lddJ == ηΓ o Jacobiano da transformação de coordenadas temos:
181
ηddndr
drdul
Hj
ijij
=
−
1
1
*2
(4. 289)
ou seja
ηηη ddndr
rql
ddndr
drdul
Hj
ij
j
ijij
=
=
−−
1
1
1
1
))((*2
*2
(4. 290)
Sendo rrui ln)2/1()(* π−= e drrdurq ii /)(*)(* = e r(x,y) → r(η) assim
como )(*)(* ηii uru → e )(*)(* ηii qrq → . Logo
ηηπ
ηη ddndr
r
lHd
dndr
rql
Hj
jij
ji
jij
−=→
=
−−
1
1
1
1 )(1
4))((*
2 (4. 291)
Observe que o problema do diferencial ηηΓΓ dddd )/(= que fornecem as integrais (4.
288) e (4. 314) já foi resolvido.
Substituindo (4. 173) em (4. 291) temos:
ηηπ
η dr
ldHd
rrqld
H jijij
ijijij
−−
−=→
=
1
12
1
1 )(1
4)(*
2 (4. 292)
Sendo
ηξξξη2
)())((
ja
jbi
xj
xix
jx
xxxr
−+−=−= (4. 293)
e
ηξξξη2
)())((
ja
jbi
yj
yiy
jy
yyyr
−+−=−= (4. 294)
E
22yx rrr += (4. 295)
ou
182
22
2)(
2)(
−+−+
−+−= ηξξηξξj
aj
biy
jy
ja
jbi
xj
xyyxx
r (4. 296)
temos que:
22
2)(
2)(
2)(
2)(
−+−+
−+−
−+−+
−+−==
ηξξηξξ
ηξξηξξ
ja
jbi
yj
y
ja
jbi
xj
x
ja
jbi
yj
yy
ja
jbi
xj
xxij
j yyxx
yyn
xxn
r
d
dndr (4. 297)
Logo a equação (4. 292) fica:
η
ηξξηξξπ
dyyxx
ldH
ja
jbi
yj
y
ja
jbi
xj
x
jijij
−
−+−+
−+−
−=
1
122
2)(
2)(
14
(4. 298)
Desenvolvendo os quadrados temos:
−+
−−+−=
−+−2
2
22
4)(
))(()(
2)(
η
ηξξξξηξξ j
aj
b
ja
jb
ix
jx
ix
jxj
aj
bix
jx xx
xxxx
(4. 299)
e
−+
−−+−=
−+−2
2
22
4)(
))(()(
2)(
η
ηξξξξηξξ j
aj
b
ja
jb
iy
jy
iy
jyj
aj
biy
jy yy
yyyy
(4. 300)
Somando estes quadrados temos:
222
22
])()[(
)])(())([(])()[(
η
ηξξξξξξξξj
aj
bj
aj
b
ja
jb
iy
jy
ja
jb
ix
jx
iy
jy
ix
jx
yyxx
yyxx
−+−+
−−+−−+−+−= (4. 301)
Chamando de:
])()[( 22 iy
jy
ix
jxA ξξξξ −+−= (4. 302)
e
183
)])(())([( ja
jb
iy
jy
ja
jb
ix
jx yyxxB −−+−−= ξξξξ (4. 303)
e
])()[( 22 ja
jb
ja
jb yyxxC −+−= (4. 304)
temos que a integral em (4. 298) pode ser escrita como:
ηηηπ
dCBA
ldH jij
ij − ++
−=
1
12
14
(4. 305)
Cujo resultado é:
ηηηπ
dCBA
ldH jij
ij − ++
−=
1
12
14
(4. 306)
Esta integral pode ser calculada analiticamente ou numericamente pelo método da quadratura
de Gauss.
4.12.2 – O Cálculo da Integral Hij = Hii para i = j
Neste caso temos ix
jx ξξ = e i
yj
y ξξ = logo
22
2)(
2)(
−+
−= ηηj
aj
bj
aj
b yyxxr (4. 307)
Ou
22
2)(
2)(
−+
−=j
aj
bj
aj
b yyxxr η (4. 308)
temos que:
22
2)(
2)(
2)(
2)(
−+
−
−+
−
==j
aj
bj
aj
b
ja
jb
y
ja
jb
xij
j yyxx
yyn
xxn
r
d
dndr
η
ηη (4. 309)
Ou
184
22
2)(
2)(
2)(
2)(
−+
−
−+
−
==j
aj
bj
aj
b
ja
jb
y
ja
jb
xij
j yyxx
yyn
xxn
r
d
dndr (4. 310)
Logo a equação (4. 306) fica:
ηηπ
dyyxx
yyn
xxn
lH
ja
jb
ja
jb
ja
jb
y
ja
jb
xj
ij −
−+
−
−+
−−
=1
1222
1
2)(
2)(
2)(
2)(
4 (4. 311)
Usando (4. 279) em (4. 311), neste caso temos que essa integral pode ser escrita como:
ηηπ
ηηπ
ddl
dll
dl
dllH
ddl
dll
dl
dll
l
lH
j
jx
jy
j
jy
jx
ij
j
jx
jy
j
jy
jx
j
jij
−
−
−−=
−
−=
1
12
1
12
14
1
114
(4. 312)
Cujo resultado é:
0=iiH (4. 313)
4.12.3 – O Cálculo da Integral Gij para i ≠ j
Retornando-se a integral Gij nós podemos agora escrever a forma do mapeamento
global do incremento dΓj de uma forma geral em termos do mapeamento local da seguinte
forma:
ηηΓ
ΓΓ
dd
duduG j
jjjij
j
==
−
1
1
** (4. 314)
Sendo ( )2// jj lddJ == ηΓ o Jacobiano da transformação de coordenadas temos:
185
ηΓΓ
dl
uduG jjjjij
j
==
− 2**
1
1
(4. 315)
ou seja
ηdrul
G jj
ij −
=
1
1
)(*2
(4. 316)
Sendo rrui ln)2/1()(* π−= e drrdurq ii /)(*)(* = e r(x,y) → r(η) assim
como )(*)(* ηii uru → e )(*)(* ηii qrq → . Logo
[ ] ηηπ
η drl
Gdrul
G jijj
jij )(ln
4)(*
2
1
1
1
1−−
−=→
= (4. 317)
Observe que o problema do diferencial ηηΓΓ dddd )/(= que fornecem as integrais (4.
288) e (4. 314) já foi resolvido.
Substituindo (4. 173) em (4. 317) temos:
[ ] ηηπ
η drl
Gdrul
G jijj
jij )(ln
4)(*
2
1
1
1
1−−
−=→
= (4. 318)
usando o fato de que:
22
2)(
2)(
−+−+
−+−= ηξξηξξj
aj
biy
jy
ja
jbi
xj
xyyxx
r (4. 319)
temos:
ηηξξηξξπ
dyyxxl
Gj
aj
biy
jy
ja
jbi
xj
xj
ij
−+−+
−+−
−=
−
221
1 2)(
2)(
ln4
(4. 320)
Desenvolvendo os quadrados temos:
−+
−−+−=
−+−2
2
22
4)(
))(()(
2)(
η
ηξξξξηξξ j
aj
b
ja
jb
ix
jx
ix
jxj
aj
bix
jx xx
xxxx
(4. 321)
186
e
−+
−−+−=
−+−2
2
22
4)(
))(()(
2)(
η
ηξξξξηξξ j
aj
b
ja
jb
iy
jy
iy
jyj
aj
biy
jy yy
yyyy
(4. 322)
Somando estes quadrados temos:
222
22
])()[(
)])(())([(])()[(
η
ηξξξξξξξξj
aj
bj
aj
b
ja
jb
iy
jy
ja
jb
ix
jx
iy
jy
ix
jx
yyxx
yyxx
−+−+
−−+−−+−+−= (4. 323)
Chamando de:
])()[( 22 iy
jy
ix
jxA ξξξξ −+−= (4. 324)
e
)])(())([( ja
jb
iy
jy
ja
jb
ix
jx yyxxB −−+−−= ξξξξ (4. 325)
e
])()[( 22 ja
jb
ja
jb yyxxC −+−= (4. 326)
temos que a integral em (4. 320) pode ser escrita como:
[ ] ηηηπ
dCBAl
G jij
21
1
ln4
++
−=
−
(4. 327)
Ou
[ ] ηηηπ
dCBAl
G jij
21
1
ln8
++
−=
−
(4. 328)
Cujo resultado é:
[ ] ηηηπ
dCBAl
G jij
21
1
ln8
++
−=
−
(4. 329)
Esta integral pode ser calculada analiticamente ou numericamente pelo método da quadratura
de Gauss.
187
4.12.4 – O Cálculo da Integral Gij = Gii para i = j
De forma a integrar facilmente a expressão acima nós podemos mudar as
coordenadas para uma coordenada homogênea η sobre o elemento da Figura - 4. 22, tal que:
2l
r η= (4. 330)
onde l é o comprimento do elemento.
Figura - 4. 22. Sistema de coordenada do elemento de contorno
Portanto, levando em conta a simetria (4. 224) pode ser escrita como:
+
=
=
=
=
ηηπ
ηηπ
πΓ
π
dnll
nll
dl
nll
drr
nldr
nlGPonto
Ponto
Ponto
Ponto
ii
12/
12
1
2/1
21
11121
1
0
1
0
1
0
2
1
2
1
(4. 331)
A última integral é igual a 1, logo:
+
= 12/
1ln
21
ll
G ii
π (4. 332)
Para casos mais complexos são usadas fórmulas ponderadas. As outras integrais (isto é para i
≠ j) podem ser calculadas usando simples regras de quadratura de Gauss Nós dois programas
fontes descritos neste capítulo uma regra de 2 e 4 pontos tem sido usada (vide Apêndice A).
188
4. 13 – Integração Numérica pelo Método da Quadratura de Gauss
O método da quadratura de Gauss é um método utilizado para se calcular integrais
numericamente. A vantagem desse método é que ele é fácil de programar e possui boa
precisão.
Considere um elemento de contorno Γj, conforme mostra a Figura - 4. 23
Figura - 4. 23. Transformação de coordenadas do mapeamento linear do contorno.
no qual deseja-se calcular a seguinte integral:
==j
b
a
drfdrfIΓ
ΓΓ )(*)(* (4. 333)
fazendo-se uma transformação de coordenadas através do mapeamento linear onde a distância
ξ−= Xr (4. 334)
é transformada em )(ηrr → . Logo teremos:
ξηηξ −=→−= )()( XrXr (4. 335)
desta forma a integral (4. 333) pode ser expressa como:
+
−
=→=1
1
))((*)(* ηηΓηΓ d
dd
rfIdrfIb
a
(4. 336)
onde ηΓ
dd
é o Jacobiano da Transformação das Coordenadas Globais para as Coordenadas
Locais. Queremos encontrar uma solução numérica aproximada para a integral de tal forma
que:
189
=
+
−
≅→=g
k
N
kkk w
dd
rfIddd
rfI1
1
1
))(())((*ηη
ΓηηηΓη (4. 337)
onde ηk são as coordenadas e pesos da quadratura.
Considere a seguinte integral
=
+
−
≅→=gN
kkk wzIdzI
1
1
1
)()( ηηη (4. 338)
onde ηΓηη
dd
rfz ))((*)( = e k
dd
rfz kkηη
Γηη ))((*)( =
O nosso objetivo, portanto, é avaliar essa expressão (integral) através de um
somatório de amostras ponderadas de z(η) em pontos η1, η2, η3,...ηk, da seguinte forma:
ErrowzdzIgN
kkk +≅=
=
+
− 1
1
1
)()( ηηη (4. 339)
onde os wk são os pesos de Gauss e os ηk são as coordenadas generalizadas de Gauss,
conforme está representado na Figura - 4. 24.
Figura - 4. 24. Integral de Gauss da função z(η) nas coordenadas de generalizadas ηk.
Podemos definir os pesos e as coordenadas de Gauss de tal forma que as integrais
de polinômios sejam efetuadas com exatidão, por meio da seguinte regra geral: Com N pontos
de Gauss integra-se com exatidão polinômios de grau 2N-1. Por exemplo:
I) Para dois (2) pontos de Gauss (polinômio do 3º grau).
190
Neste caso teremos 4 incógnitas (w1,η1) e (w2,η2). Logo o polinômio de grau 3
possui quatro (4) coeficientes arbitrários, ou seja:
033
2210 =+++ xaxaxaa (4. 340)
Vamos agora calcular os pesos e as coordenadas de Gauss para 2 pontos de Gauss.
)()()( 2211
1
1
ηηηη zwzwdz +≅+
−
(4. 341)
como
33
2210)( ηηηη aaaaz +++= (4. 342)
Temos:
0)(1
1
33
1
1
22
1
11
1
10
1
1
=+++= +
−
+
−
+
−
+
−
+
−
ηηηηηηηηη dadadadadz (4. 343)
Como 3210 e,, aaaa são arbitrários, cada uma das integrais acima deve ser integrada com
exatidão. Fazendo.
i) 0,1 3210 ==== aaaa e z = 1
1.1.2))1(1)( 211
1
1
10
1
1
wwdadz +==−−=== −
+
−
+
− ηηηη (4. 344)
logo
221 =+ ww (4. 345)
ii) 0,1 3201 ==== aaaa e z = η
2211
221
1
21
11
1
1
02)1(
2)1(
2)( ηηηηηηη wwdadz +==−−+===
−
+
−
+
− (4. 346)
logo
02211 =+ ηη ww (4. 347)
iii) 0,1 3102 ==== aaaa e z = η2
191
222
211
331
1
31
1
22
1
1 32
3)1(
3)1(
3)( ηηηηηηη wwdadz +==−−+===
+
−
+
−
+
− (4. 348)
logo
322
222
11 =+ ηη ww (4. 349)
iv) 0,1 2103 ==== aaaa e z = η3
322
311
441
1
41
1
33
1
1
04)1(
4)1(
4)( ηηηηηηη wwdadz +==−−+===
−
+
−
+
− (4. 350)
Logo
0322
311 =+ ηη ww (4. 351)
Portanto, a partir do resultado destes cálculos podemos montar um sistema de
equações para calcular os valores de wk nos pontos ηk da seguinte forma:
0
3/2
0
2
322
311
222
211
2211
21
=+
=+
=+=+
ηη
ηη
ηη
ww
ww
ww
ww
(4. 352)
ou
=
3/202
0
0
00
101
2
1
32
31
22
21
21
w
w
ηη
ηηηη
(4. 353)
Resolvendo esse sistema não-linear de equação
57735.0;57735.0
1
21
21
≅−≅==
ηηww
(4. 354)
Logo, substituindo esses valores em (4. 341) temos:
192
)57735.0(.1)57735.0(.1
)()()( 2211
1
1
zz
zwzwdz
+−=
+≅+
−
ηηηη (4. 355)
ou
)57735.0()57735.0()(1
1
zzdz +−≅+
−
ηη (4. 356)
Graficamente corresponde a:
Figura - 4. 25. Processo de Integração de Gauss.
para qualquer polinômio de grau 3.
Esta solução será exata se z(η) for um polinômio de 3º grau (no máximo para Ng
= 2) e será aproximado para funções z(η) quaisquer.
A obtenção dos pesos e coordenadas para um número maior de pontos de Gaus
segue o mesmo raciocínio. Para funções z(η) aproximadas por polinômios. Quanto melhor for
a proximidade da função z(η) com o polinômio de grau N utilizado mais próximo será o
resultado do valor exato, ou seja, menor será o erro de aproximação.
Observe que se z(η) for uma função linear do tipo:
2)1(
)(+=+= ηη baxz (4. 357)
Conforme mostra a Figura - 4. 26 temos:
193
Figura - 4. 26. Integração de Gauss para um função linear.
Sabemos que o valor da área deste triangulo vale:
12
122. =×== hb
A (4. 358)
e pela aproximação da quadratura de Gauss temos:
12
)157735.0(2
)157735.0( =+++−=I (4. 359)
194
Capítulo – V
APLICAÇÕES PRÁTICAS
RESUMO
Neste capítulo será resolvido o problema de um potencial escalar, u, aplicado a
uma placa plana de dimensões conhecidas, que satisfaz a equação de Laplace. O problema
será resolvido analítico e numericamente.
5. 1 – Objetivos do capítulo
i) Resolver um prolema prático de Método de Elementos de Contorno aplicado ao
problema de potencial em uma placa plana.
ii) Utilizar um programa fonte para avaliar os resultados obtidos numericamente a
partir de cálculos aproximados realizados a “mão”e comparar com os resltados analíticos.
iii) A prender a utilizar uma ferramenta computacional de cálculo numérico tais
como o FORTRAN, o outra qualquer.
iv) Avaliar os resultados obtidos pela entrada e a saídas de dados.
5. 2 – Introdução
Para exercitar a utilização do Método dos Elementos de Contorno, vamos resolver
o problema do potencial escalar, u. Considere que esse potencial, u, satisfaz a equação de
Laplace, e pode ser aplicado a uma placa plana que transmite e dissipa calor através de sua
massa, a qual está sujeita as condições de contorno de potencial e fluxo estacionário
aplicados, ou seja, alguns valores no contorno são prescritos e outros serão calculados. Para
esta situação vamos considerar as condições dadas a seguir.
195
5. 3 – Problema de o Potencial Escalar sobre uma Placa Plana
I) Considere uma placa plana bidimensional e quadrada de tamanhos (2,0m x 2,0m) sujeita as
condições de contorno de potencial uu = e fluxo qq = , conforme mostra a Figura - 5. 1.
Figura - 5. 1. Placa plana bidimensional quadrada de tamanhos (2,0m x 2,0m) sujeitos as condições de contorno de potencial constante uu = e fluxo constante qq = .
i) Discretizar esta placa no contorno em oito elementos retos de funcionalidade constante,
conforme mostra a Figura - 5. 1.
ii) Resolver o problema da equação diferencial de Laplace, 02 =∇ u , pelo Método dos
Elementos de Contorno mostrando todas as passagens e os cálculos com seus resultados
numéricos.
iii) Utilizar dois pontos na quadratura de Gauss para o cálculo das integrais não-singulares de
Hij e Gij.
iv) Montar o sistema de equações de Hu = Gq e representar todos os valores de contorno
matricialmente e resolver o sistema de equações montando o sistema Ax=b, apresentando a
solução.
v) Calcular os valores do potencial u nos pontos A, B, C e D interiores da placa, utilizando a
integral −=Γ Γ
ΓΓ dudqu ** .
196
Figura - 5. 2.. Placa plana bidimensional quadrada de tamanhos (2,0m x 2,0m) com oito elementos retos de funcionalidade constante, sujeitos as condições de contorno de potencial constante uu = e fluxo constante
qq = .
II) Alterar o programa POCONBE de cálculo pelo Método de Elementos de Contorno, que
utiliza elemento constante, do Livro: C. A. Brebbia and J. Dominguez, “Boundary Elements,
An Introductory Course”, 2nd Edition, Computatonal Mechanics Publications, McGraw-Hill
Book Company., de tal forma que as integrações não-singulares sejam efetuadas com um
número de pontos de Gauss (Ng) respeitando as seguintes regras:
i) Se
42 => gNentãold
(2. 348)
ii) Se
621 =≤< gNentãold
(2. 349)
iii) Se
81 =≤ gNentãold
(2. 350)
onde d é a distância entre o centro dos elementos i e j e l é o comprimento deles, conforme
mostra a Figura - 5. 3.
197
Figura - 5. 3. Dependência da distância d com o raio de integração entre os elementos de contorno.
Verifique o efeito dessa modificação ao rodar o programa POCONBE, da seguinte
forma:
iv) Rode o programa na forma original (da forma como está) para Ng = 4 e depois faça a
modificação e rode-o novamente para os Ng variáveis conforme as regras acima e, no final
compare a precisão dos resultados de u e de q nos pontos solicitados.
Dica: As regras i) ii) e iii) poderão acontecer nas situações mostradas na Figura -
5. 4.
Figura - 5. 4. Variação da distância relativas entre os elementos de um contorno.
Utilize comandos if ( ) then ( ) else
198
if ( ) then ( ) else .... para fazer as modificações no
programa.
199
5. 4 – Solução do Problema de o Potencial Escalar sobre uma Placa Plana
5.4.1 – Mapeamento Linear do Contorno do Problema
Segue o que foi desenvolvido no capítulo anterior.
200
5.4.2 – Elementos Constantes
Segue o que foi desenvolvido no capítulo anterior:
[ ]ηφ +
= 121
a (2. 351)
[ ]ηφ −
= 121
b (2. 352)
201
5.4.3 – Elementos Lineares e Quadráticos
Segue o que foi desenvolvido no capítulo anterior, mas não será utilizado nesta
aplicação
[ ]12
−
= ηηφa (2. 353)
[ ]12
+
= ηηφb (2. 354)
[ ]21 ηφ −=c (2. 355)
202
5.4.4 – Análise da Simetria do Problema na redução do número de integrais
No cálculo da placa plana com oito elementos constantes, para se montar as
matrizes H e G é necessário a principio resolver um número de 128288 =×× integrais.
Contudo, este número pode ser reduzido utilizando-se a propriedades de simetrias da placa
quadrada, conforme mostra o esquema da Figura - 5. 2, reduzindo-se para um número de 12
integrais pois as quatro primeiras das dezesseis mostradas na Figura - 5. 5 são nulas.
11,33,55,77, 22,44,66,88
12,34,56,78 21,43,65,87
23,45,67,81 32,54,76,18
28,42,64,86 13,35,57,71
203
24,46,68,82 31,53,75,17
25,47,61,83 16,38,52,74
14,36,58,72 27,41,63,85
26,48,62,84 15,37,51,73
Figura - 5. 5. Simetrias no processo de integração das Matrizes Hij e Gij entre os elementos do contorno de uma placa plana.
204
5.4.5 – Mapeamento Numérico dos Elementos e de suas Coordenadas
As coordenadas (x.y) dos nós funcionais e geométricos são mostradas na Figura -
5. 6.
Figura - 5. 6. Placa plana bidimensional quadrada de tamanhos (2,0m x 2,0m) com oito elementos de funcionalidade constante, sujeitos as condições de contorno de potencial constante uu = e fluxo constante
qq = .
205
5.4.6 – Tabelas de Hij e Gij para dois pontos de Gauss
Após a realização do cálculo das integrais Hij e Gij podemos montar a seguinte
Tabela - V. 1.
Tabela - V. 1. Coordenadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno
!
""
!
!
"
!
""
!
!
"
!
""
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!
"
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""
!
!
"
!
""
!
!
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206
!
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"
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207
Tabela - V. 2. Coordenadas dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
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'
'
'
208
!
""
! '
'
'
'
!
""
! '
'
'
'
209
Tabela - V. 3. Cálculo das Coordenadas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
()*
()*
()*
()* +,- +,-
()* ()* ()* ()* ()* ()*
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Tabela - V. 4. Cálculo das Coordenadas das Normais e de suas Derivadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 5. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Campo dos Elementos de Contorno
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5.4.7 – Tabelas de Cálculo de Inversão das Matrizes Hij e Gij para dois pontos de Gauss
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5.4.8 – Tabelas de Hij e Gij para os pontos internos com dois pontos de Gauss
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Tabela - V. 9. Cálculo das Coordenadas e dos raios de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
Comprimento Coordenada
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1,00000 2,00000 2,00000 0,21132 0,78868 1,69470 1,51481
1,00000 2,00000 2,00000 1,21132 1,78868 1,51481 1,69470
1,00000 1,78868 1,21132 2,00000 2,00000 1,63116 1,22719
1,00000 0,78868 0,21132 2,00000 2,00000 1,04083 1,04083
1,00000 0,00000 0,00000 1,78868 1,21132 0,93381 0,54282
1,00000 0,00000 0,00000 0,78868 0,21132 0,54282 0,93381
1,00000 0,21132 0,78868 0,00000 0,00000 1,63116 1,22719
1,00000 1,21132 1,78868 0,00000 0,00000 1,04083 1,04083
1,00000 2,00000 2,00000 0,21132 0,78868 0,93381 0,54282
1,00000 2,00000 2,00000 1,21132 1,78868 0,54282 0,93381
1,00000 1,78868 1,21132 2,00000 2,00000 1,04083 1,04083
1,00000 0,78868 0,21132 2,00000 2,00000 1,22719 1,63116
1,00000 0,00000 0,00000 1,78868 1,21132 1,69470 1,51481
1,00000 0,00000 0,00000 0,78868 0,21132 1,51481 1,69470
1,00000 0,21132 0,78868 0,00000 0,00000 1,69470 1,51481
1,00000 1,21132 1,78868 0,00000 0,00000 1,51481 1,69470
1,00000 2,00000 2,00000 0,21132 0,78868 1,63116 1,22719
1,00000 2,00000 2,00000 1,21132 1,78868 1,04083 1,04083
1,00000 1,78868 1,21132 2,00000 2,00000 0,93381 0,54282
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1,00000 0,00000 0,00000 1,78868 1,21132 1,04083 1,04083
1,00000 0,00000 0,00000 0,78868 0,21132 1,22719 1,63116
1,00000 0,21132 0,78868 0,00000 0,00000 0,93381 0,54282
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1,00000 2,00000 2,00000 0,21132 0,78868 1,04083 1,04083
1,00000 2,00000 2,00000 1,21132 1,78868 1,22719 1,63116
1,00000 1,78868 1,21132 2,00000 2,00000 1,69470 1,51481
1,00000 0,78868 0,21132 2,00000 2,00000 1,51481 1,69470
1,00000 0,00000 0,00000 1,78868 1,21132 1,63116 1,22719
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220
Tabela - V. 10. Cálculo das Coordenadas das Normais e de suas Derivadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 11. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Internos dos Elementos de Contorno
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5.4.9 – Tabelas de Hij e Gij para quatro pontos de Gauss
Tabela - V. 12. Coordenadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 13. Coordenadas dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 15. Cálculo das Ordenadas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 16. Cálculo dos Raios de Gauss e das Coordenadas das Normais dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 17. Cálculo das Derivadas das Coordenadas das Normais dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 18. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Campos dos Elementos de Contorno
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5.4.10 – Tabelas de Cálculo de Inversão das Matrizes Hij e Gij para quatro pontos de Gauss
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5.4.11 – Tabelas de Hij e Gij para os pontos internos com quatro pontos de Gauss
Tabela - V. 20. Coordenadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 21. Coordenadas dos Pontos Campos dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 22. Cálculo das Abcissas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 23. Cálculo das Ordenadas de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 24. Cálculo dos Raios de Gauss dos Pontos Campo dos Elementos do Contorno
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Tabela - V. 25. Cálculo das Coordenadas das Normais e de suas Derivadas dos Pontos Fonte dos Elementos do Contorno
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244
Tabela - V. 26. Cálculo das Matrizes Hij e Gij dos Pontos Internos dos Elementos de Contorno
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245
5. 5 – Alteração do programa POCONBE de cálculo pelo Método de Elementos de Contorno para o Problema do Potencial Escalar
O programa POCONBE utiliza elemento constante, do Livro: C. A. Brebbia and J.
Dominguez, “Boundary Elements, An Introductory Course”, 2nd Edition, Computatonal
Mechanics Publications, McGraw-Hill Book Company., foi modificado de tal forma que as
integrações não-singulares são efetuadas com um número de pontos de Gauss (Ng)
respeitando as seguintes regras:
i) Se
42 => gNentãold
(2. 356)
ii) Se
621 =≤< gNentãold
(2. 357)
iii) Se
81 =≤ gNentãold
(2. 358)
onde d é a distância entre o centro dos elementos i e j e l é o comprimento deles, conforme
mostra a Figura - 5. 7.
Figura - 5. 7. Dependência da distância d com o raio de integração entre os elementos de contorno.
O efeito dessa modificação foi verificado ao rodar o programa POCONBE, da
seguinte forma:
246
iv) Rodou-se o programa na forma original (da forma como está) para Ng = 4 e depois
fizemos a modificação e rodou-se novamente para os Ng variáveis conforme as regras acima e
no final comparamos a precisão dos resultados de u e de q nos pontos solicitados.
Dica: As regras i) ii) e iii) aconteceram nas situações mostradas na Figura - 5. 8.
Figura - 5. 8. Variação da distância relativas entre os elementos de um contorno.
Utilizou-se os comandos if ( ) then ( ) else
if ( ) then ( ) else .... fez-se as modificações no
programa conforme mostra o Apêndice A.2.
247
5.5.1 - Entrada de Dados do Programa POCONBE na forma Original
Exemplo de placa com 8 nós (8 elementos constantes) 8 3 0. 0. 1. 0. 2. 0. 2. 1. 2. 2. 1. 2. 0. 2. 0. 1. 1 0 1 0 0 100 0 100 1 0 1 0 0 300 0 300 1. 1. 1.5 1. 1. 1.5
248
5.5.2 - Saída de Dados do Programa POCONBE na forma Original
*************************************************************************** EXEMPLO DE FLUXO DE CALOR (8 ELEMENTOS CONSTANTES) Dados Numero de Elementos de Contorno = 8 Numero de pontos internos onde a função é calculada = 3 Coordenadas dos pontos extremos dos elementos de contorno Ponto X Y 1 0.00000E+00 0.00000E+00 2 0.10000E+01 0.00000E+00 3 0.20000E+01 0.00000E+00 4 0.20000E+01 0.10000E+01 5 0.20000E+01 0.20000E+01 6 0.10000E+01 0.20000E+01 7 0.00000E+00 0.20000E+01 8 0.00000E+00 0.10000E+01 Condicões de Contorno nó Código Valor Prescrito 1 1 0.00000E+00 2 1 0.00000E+00 3 0 0.10000E+03 4 0 0.10000E+03 5 1 0.00000E+00 6 1 0.00000E+00 7 0 0.30000E+03 8 0 0.30000E+03 *************************************************************************** Resultados Nós do Contorno X Y Potencial Derivada do Potencial 0.50000E+00 0.00000E+00 0.25176E+03 0.00000E+00 0.15000E+01 0.00000E+00 0.14834E+03 0.00000E+00 0.20000E+01 0.50000E+00 0.10000E+03 -0.10601E+03 0.20000E+01 0.15000E+01 0.10000E+03 -0.10601E+03 0.15000E+01 0.20000E+01 0.14834E+03 0.00000E+00 0.50000E+00 0.20000E+01 0.25176E+03 0.00000E+00 0.00000E+00 0.15000E+01 0.30000E+03 0.10572E+03 0.00000E+00 0.50000E+00 0.30000E+03 0.10572E+03
249
Pontos Internos X Y Potencial 0.10000E+01 0.10000E+01 0.20004E+03 0.15000E+01 0.10000E+01 0.14961E+03 0.10000E+01 0.15000E+01 0.20002E+03 ***************************************************************************
250
5.5.3 - Saída de Dados do Programa POCONBE na forma Modificada
*************************************************************************** EXEMPLO DE FLUXO DE CALOR (8 ELEMENTOS CONSTANTES) Dados Numero de Elementos de Contorno = 8 Numero de pontos internos onde a função é calculada = 3 Coordenadas dos pontos extremos dos elementos de contorno Ponto X Y 1 .00000E+00 .00000E+00 2 .10000E+01 .00000E+00 3 .20000E+01 .00000E+00 4 .20000E+01 .10000E+01 5 .20000E+01 .20000E+01 6 .10000E+01 .20000E+01 7 .00000E+00 .20000E+01 8 .00000E+00 .10000E+01 Condicoes de Contorno nó Código Valor Prescrito 1 1 .00000E+00 2 1 .00000E+00 3 0 .10000E+03 4 0 .10000E+03 5 1 .00000E+00 6 1 .00000E+00 7 0 .30000E+03 8 0 .30000E+03 *************************************************************************** Resultados Nós do Contorno X Y Potencial Derivada do Potencial .50000E+00 .00000E+00 .25172E+03 .00000E+00 .15000E+01 .00000E+00 .14828E+03 .00000E+00 .20000E+01 .50000E+00 .10000E+03 -.10586E+03 .20000E+01 .15000E+01 .10000E+03 -.10586E+03 .15000E+01 .20000E+01 .14828E+03 .00000E+00 .50000E+00 .20000E+01 .25172E+03 .00000E+00 .00000E+00 .15000E+01 .30000E+03 .10586E+03 .00000E+00 .50000E+00 .30000E+03 .10586E+03
251
Pontos Internos X Y Potencial .10000E+01 .10000E+01 .20000E+03 .15000E+01 .10000E+01 .14959E+03 .10000E+01 .15000E+01 .20000E+03 ***************************************************************************
252
Capítulo – VI
INTRODUÇÃO A TEORIA DA ELASTICIDADE
Apresentamos neste trabalho o desenvolvimento matemático da Teoria da
Elasticidade Linear, por meio do método das Equações Integrais de Contorno. Para isso
utilizamos a identidade de Somigliana e a equação integral de Betti para equacionar a Teoria
Elástica Linear em termos do Método dos Elementos de Contorno. O Método dos Elemento
de Contorno para a Teoria da Elasticidade Linear foi desenvolvido matematicamente desde
sua forma analítica básica até a sua formulação final em termos das matrizes H e G, para a
implementação computacional numérica.
Os problemas da Teoria Elástica Linear são muito interessantes para a
Engenharia de uma forma geral. Nesta disciplina estamos interessados em aplicar o Método
dos Elementos de Contorno a problemas acadêmicos de Elasticidade. Os exemplos de
aplicação que serão aqui estudados são, o de uma placa plana com um furo circular, que
representa um exemplo de domínio finito; o de uma cavidade circular, que representa um
domínio infinito e um exemplo de viga parede que representa um problema muito comum em
Engenharia. Em todos esses problemas o recurso de simetria pode ser ou não, utilizados para
simplificar o cálculo e o custo computacional do problema a ser resolvido. Todos esses
exemplos são clássicos e aparecem em diversos problemas de Engenharia
6. 1 - Elementos de mecânica dos sólidos
Uma abordagem a solução de problemas em mecânica dos sólidos é estabelecer
relações primeiro entre cargas aplicadas e tensões internas e, subseqüentemente, considerar as
deformações. Uma outra abordagem é examinar as deformações inicialmente, e então
proceder às tensões e as cargas aplicadas. Desprezando-se da eventual solução o caminho
253
selecionado, é necessário derivar as relações dos componentes individualmente. Neste
capítulo, a primeira série de equações as quais descrevem o equilíbrio entre forças externas e
tensões internas são derivadas.
6. 2 - Análise do estado das tensões
6.2.1 – Tração e vetores de acoplamento das tensões
Um corpo deformável sujeito a um carregamento externo é mostrado na Figura -
6. 1. Podem existir cargas aplicadas sobre o exterior, propriamente chamada de forças
superficiais, e cargas distribuídas dentro do interior do corpo, conhecidas como forças
internas. Um exemplo da última é o efeito da gravidade, a qual produz o peso-específico do
corpo.
Focando a atenção sobre um elemento com área ∆Na sobre ou dentro do corpo e
orientada conforme especificada por um vetor normal n, nós acumulamos a força resultante
∆Fn e o momento ∆Mn. Ambas são grandezas vetoriais e não são, em geral, paralelas a n.
Logo buscamos a intensidade das resultantes sobre a área ∆Na na forma.
Figura - 6. 1. Corpo deformável sob carregamento externo.
f ≡ lim = dFn/dVn; (vetor), (6. 1)
Onde Tn é conhecido como vetor das tensões ou tração, e Cn é chamado de vetor do
acoplamento das tensões.
A teoria da elasticidade elementar procede da superposição de que Cn = 0,
enquanto a tração Tn representa a intensidade das tensões em um ponto para uma orientação
254
particular de elemento de área especificada por n. Uma descrição completa no ponto requer
que o estado das tensões seja conhecido por todos as direções, tal que Tn ele mesmo é
necessário, mas não suficiente, para esta proposta.
6.2.2 – Componente das tensões
Nós agora estudamos um paralelepípedo retangular infinitesimal no ponto em
questão e construímos uma série de coordenadas cartesianas xi paralelas ao lado, conforme
mostrado na Figura – 2.2 correspondente a cada eixo coordenado é um vetor unitário êi.
Mostrado na figura são as trações Ti que atuam sobre cada face i, com o subscrito escolhido
correspondente a face normal êi. Novamente enfatiza-se que, em geral, Ti não é paralelo a êi, o
qual é perpendicular a face do paralelepípedo.
Figura - 6. 2. Tensor das tensões normais e cisalhantes em um corpo.
Cada tração pode ser escrita em termos das componentes cartesianas na forma:
f = f1ê1 + f2ê2 + f3ê3 = fiêi, (6. 2)
ou
( ) iiêf
ê
ê
ê
ffff ≡
=
3
2
1
321
(6. 3)
Mas
255
jiji êT σ=
(6. 4)
a qual expandindo explicitam,ente em três equações fornece:
jjêêêêT 13132121111 σσσσ ≡++=
(6. 5)
jjêêêêT 23232221212 σσσσ ≡++=
(6. 6)
jjêêêêT 33332321313 σσσσ ≡++=
(6. 7)
ou ainda
[ ] jijê
T
T
T
ê
ê
ê
T σσσσσσσσσσ
≡
≡
=
3
2
1
3
2
1
333231
232221
131211
(6. 8)
Os coeficientes σ11, σ12, ...., σ33, são conhecidos como componentes das tensões
ou simplesmente como tensões, enquanto que toda a matriz forma o tensor das tensões
quando a regra de transformação apropriada é verificada. O subscrito e a convenção dos sinais
para as componentes das tensões σij são como segue:
1) O primeiro subscrito i refere-se à normal êi, a qual denota a face sobre a qual Ti
atua.
2) O segundo subscrito j corresponde à direção êj na qual a tensão atua.
3) As tão chamadas componentes normais σii(Σi) são positivas se elas produzem
tensões, e negativas se elas produzem compressões. As componentes de cisalhamento σij (i ≠
j) são positivas se direcionadas na direção positiva xj enquanto atuam sobre a face com a
unidade normal +êi, ou se direcionadas na direção negativa xj enquanto atuam sobre a face
com unidade normal –êi.
Enquanto é algumas vezes vital distinguir entre tensão e compressão a diferença
entre cisalhamento positivo e negativo é igualmente arbitrário.
256
6.2.3 – Tensão em um ponto
Nós agora estamos em posição de proceder o principal objeto desta secção, e
então estabelecer condições suficientes para descrever completamente o estado tensões em um
ponto. Nós mostraremos que isto pode ser realizado por especificação das trações Ti sobre
cada um dos três planos êi as quais pela equação, é equivalente a especificar as nove
componentes das tensões σij. Então, se a tração Tn atua sobre qualquer elemento arbitrário da
superfície, definida por um n apropriado, pode ser avaliado, a proposição é provada e o tensor
das tensões σij, referido a qualquer sistema cartesiano conveniente, completamente especifica
o estado das tensões no ponto.
Figura - 6. 3. Forças agindo sobre um tetraedro elementar em um ponto P.
O tetraedro diferencial na Figura - 6. 3 mostra a tração Tn atuando sobre o
plano identificado por n, ao longo com trações sobre as faces indicadas por êi e a força interna
f por unidade de volume. A força sobre a face inclinada é TndAn enquanto a força sobre cada
uma das outras faces é –TidAi, i = 1, 2, 3, desde que elas têm normais unitárias nas direções
negativas êi.
As áreas dos planos estão relacionadas por (6. 8), onde
inini êndAendAdA ˆ)ˆ,ˆcos( == (6. 9)
tal que
257
i
i
i
in n
dAen
dAdA ==
ˆˆ (6. 10)
onde
),ˆcos(ˆ.ˆ iii ênenn == (6. 11)
éa componente de n na direção êi e também a direção cosseno.
A força de equilíbrio para o tetraedro da:
0)31
(332211 =+−−− nnn hdAfdATdATdATdAT
(6. 12)
Onde h é a altura do tetraedro. Usando as equações (6. 9) a (6. 11), a equação (6. 12) torna-se:
0)3
( =+− niinn dAh
fdATdAT
(6. 13)
Logo, resolvendo Tn em componentes cartesianas Tiêi e tomando o limite quando h → 0 a
condição de equilíbrio é satisfeita se:
iiii nTêT
= (6. 14)
O próximo passo é escrever Ti em termos das componentes das tensões usando a equação (6.
4). Contudo, é conveniente primeiro mudar o índice mudo sobre o r.h.s da equação (6. 14) de
i para j, então:
ijjijjii ênnTnT σ==
(6. 15)
O qual permite que os coeficientes de êi nas equações (6. 14) e (6. 15) sejam equacionadas
fornecendo:
jjii nT σ= (6. 16)
Reciprocamente, se as componentes Ti são conhecidas, a magnitude de Tn pode ser avaliada
como:
2/1)( iinn TTTT ==
(6. 17)
desde que Tn representa uma componente da tração que atua sobre um plano arbitrário como
definido por n, o conhecimento das componentes da tensão referidas as coordenadas
258
cartesianas é realmente suficiente para especificar completamente o estado das tensões no
ponto. Na equação (6. 16), Ti e nj são ambas componentes de um tensor [σ] de ordem 2.
Portanto, se as componentes das tensões são conhecidas em um sistema de coordenadas, dito
o sistema xi, elas podem ser avaliadas por um outro sistema de coordenadas, dito o sistema xi’,
pela lei de transformação para os tensores de segunda ordem.
kljlikij σαασ =' (6. 18)
Onde cada direção cosseno é:
),'cos( jiij xx=α (6. 19)
conforme introduzido anteriormente (6. 19) representa o cosseno do ângulo entre os eixos xi’,
e xi.
desde que a regra de transformação executa um papel importante na teoria da
elasticidade, vale a pena reafirmar que αij ≠ αji, isto é a direção dos cossenos não são
simétricos.
6.2.4 – Tensão sobre o plano normal
É algumas vezes útil resolver Tn em componentes que são normais e tangenciais
ao elemento diferencial de superfície dAn, conforme mostrado na Figura - 6. 4.
Figura - 6. 4. Elemento diferencial de superfície
A componente normal é calculada por:
nTN nnn ˆ.
==σ (6. 20)
259
nêT ii ˆ..
= (6. 21)
ii nT .= (6. 22)
ou da equação (6. 17)
ijijnn nnσσ = (6. 23)
a componente tangencial é:
sTs nns ˆ ==σ (6. 24)
sêT ii ˆ..
= (6. 25)
ii sT .= (6. 26)
ijjins snσσ = (6. 27)
onde
sês ii ˆ.= (6. 28)
Isto freqüentemente conveniente calcular σns usando o teorema de Pitágoras como
2/12 )( nniins TT σσ −= (6. 29)
conduzindo a resolução a um passo a mais, as componentes cartesianas de N e S podem ser
avaliadas:
knnkknn ênêN .ˆ.)( σσ ==
(6. 30)
knnnσ= (6. 31)
260
kijji nnnσ= (6. 32)
onde k = 1, 2, 3.
a partir da equação (6. 28) para σns, a simples adição dá
.3,2,1)()( =−= kT knnnknn σσ (6. 33)
onde Tk são as componentes cartesianas de T conforme dado pela equação (6. 23).
6.2.5 – Representação dyádica das tensões
Conceitualmente, pode ser útil ver o tensor das tensões como uma grandeza tipo
vetorial tendo uma magnitude e direções associados, especificadas por vetores unitários. O
dyádico, atribuido ao matemático J. Willard Gibbs é uma tal representação. Nós escrevemos o
tensor das tensões ou dyádico das tensões como:
[ ] jiij êê ..σσ = (6. 34)
333323321331
322322221221
311321121111
......
......
......
êêêêêê
êêêêêê
êêêêêê
σσσσσσ
σσσ
++++++
++= (6. 35)
Onde os duplos vetores justapostos são chamados diádicos. As trações correspondentes são
avaliadas por uma operação análoga ao produto escalar ou a operação de produto na
aritmética vetorial:
[ ] jijii êêT .. σσ ==
(6. 36)
A operação ponto (.) de êi sobre [σ] seleciona componentes com o segundo vetor diado igual
a êi desde que êi.êj = δij. A equação (6. 36) é idêntica a equação (6. 4). Similarmente, as
componentes normais e tangenciais da tração Tn sobre um plano definido pela normal n são:
[ ] nnnn ˆ.ˆ.σσ = (6. 37)
nTn ˆ.
= (6. 38)
261
jiij nn ..σ= (6. 39)
e
[ ] snns ˆ.ˆ.σσ = (6. 40)
sTn ˆ.
(6. 41)
jiij sn ..σ= (6. 42)
como previamente achado nas equações (6. 33) e (6. 34), respectivamente.
6. 3 - Equações de Equilíbrio
A partir de agora vamos estudar as equações de equilíbrio ara os sólidos as quais
são decorrentes da Mecânica Newtoniana.
6.3.1 – Princípios Físicos e Matemáticos
O estado das tensões em um ponto em qualquer direção tem sido mostrado ser
completamente determinado pelas componentes do tensor cartesiano das tensões σij.
Naturalmente, as tensões variam dentro do corpo. As equações que governam a distribuição
das tensões são conhecidas como as equações de equilíbrio e são derivadas a partir da
aplicação dos princípios fundamentais da física do momento angular e do momento linear à
região mostrada como na Figura - 6. 5 com a área superficial A e o volume V.
262
Figura - 6. 5. Corpo em equilíbrio.
O princípio do momento linear é:
=+VV A
dVudATdVf
.ρ (6. 43)
no qual ρ é a densidade de massa; u é o vetor deslocamento, e o símbolo (..) significa a
derivada em relação ao tempo duas vezes.
As equações precedentes podem ser escritas na forma de componentes
reconhecendo-se que:
ii êff .=
(6. 44)
e
iiêTT =
(6. 45)
logo
ijji ên ..σ= (6. 46)
a partir da equação (6. 29). Considerando o vetor posição r.
6.3.2 – Momento linear
Para problemas estáticos, o r.h.s. das equações (6. 43) são zero. Substituindo-se as
equações , e em nós temos que as equações estáticas do momento linear são:
263
=+AV
dAnTdVf 0ˆ].[.
(6. 47)
ou equivalentemente
=+A
ijjiiV
i dAêndVêf 0. σ (6. 48)
e
0. =
+ i
Ajji
Vi êdAndVf σ (6. 49)
ou
=+A
jjiV
i dAndVf 0. σ (6. 50)
Supondo que as componentes σij das tensões são funções contínuas de classe C1 e
possuem derivadas contínuas, pode-se usar o teorema da divergência para transformar a
integral de superfície em uma integral de volume. Portanto,
=∇AV
dAnTdVT ˆ].[]).[( (6. 51)
Logo substituindo em tem-se:
=∇+VV
dVTdVf 0]).[(
(6. 52)
ou
0]).[( =∇+ dVTfV
(6. 53)
ou
0)( =∂∂
+ dVx
fV j
jii
σ (6. 54)
Como todo elemento de V em equilíbrio, a região de integração é arbitrária, valendo para
qualquer volume V, a equação é satisfeita se o integrado desaparece. Portanto,
264
0=∂∂
+j
jii x
fσ
(6. 55)
Esta é a condição de equilíbrio para o momento linear, a qual representa as três equações de
equilíbrio em termos das nove componentes desconhecidas da tensão σij.
6.3.3 – Momento angular
O princípio do momento angular é:
dVurdATrdVfrVAV
)()()( ρ ×=×+× (6. 56)
No qual r é o vetor posição como mostrado na Figura - 6. 5.
O equilíbrio dos momentos demanda que:
0ˆ])[()( =×+× dAnTrdVfrAV
(6. 57)
onde
332211 êxêxêxr ++= (6. 58)
a forma escalar de (6. 57) é:
0=+ dAnxdVfx llkjA
ijkV
kjijk σεε (6. 59)
onde
−=
2,3,1,,13,2,1,,1
,,0
depermutaçãoumaékjise
decíclicapermutaçãoumaékjise
iguaissãokjidoisquaisquerse
ijkε (6. 60)
Usando o teorema da divergência temos:
0)( ==∂∂
dAnxdVxx llkj
Aijk
Vlkjijk
l
σεσε (6. 61)
265
0)( =+∂
∂+∂∂
dVfxdVx
xx
xkj
Vijk
l
lk
Vjlk
l
jijk εσσε (6. 62)
logo
0])([ =∂∂
++∂
∂ dV
x
xf
xx
V l
jlkk
l
lkjijk σσε (6. 63)
usando (6. 60) em (6. 63) onde:
≠=
===∂∂
ljse
ljsedVdV
x
xjljl
Vlkijk
V l
jlkijk 0
1;0 δδσεσε (6. 64)
temos:
0])([ =++∂
∂ dVf
xx
Vjllkk
l
lkjijk δσσε (6. 65)
usando a expressão (6. 55) temos:
0== dVdVV
jkijkV
jllkijk σεδσε (6. 66)
Como a relação é válida para qualquer volume temos:
0=jkijkσε (6. 67)
a equação (6. 67) pode ser avaliada para i = 1,2,3, onde
02312332132 =+ σεσε (6. 68)
e
01321331231 =+ σεσε (6. 69)
e
01231221321 =+ σεσε (6. 70)
Logo
2332 σσ = (6. 71)
266
1331 σσ = (6. 72)
e
1221 σσ = (6. 73)
ou ainda de forma geral
jiij σσ = (6. 74)
a qual é uma condição da simetria do tensor das tensões e que, além disso, implica que σij tem
seis componentes independentes, em vez de nove componentes. A equação (6. 74) é muito
importante em todo o campo da mecânica dos sólidos.
Nós podemos reescrever a equação (6. 16) como:
jiji nT σ= (6. 75)
e a equação (6. 35) como:
0=∂∂
+j
iji x
fσ
(6. 76)
A qual é agora uma série de três equações e seis incógnitas. Desde que elas são usadas
repetidamente, esta é útil escrever as últimas equações na forma explícita:
03
13
2
12
1
111 =
∂∂+
∂∂+
∂∂+
xxxf
σσσ (6. 77)
e
03
23
2
22
1
212 =
∂∂+
∂∂+
∂∂+
xxxf
σσσ (6. 78)
e
03
33
2
32
1
313 =
∂∂+
∂∂+
∂∂+
xxxf
σσσ (6. 79)
a qual representa um sistema que é ainda estaticamente indeterminado.
267
6. 4 - Tensões Principais
Em todo ponto em um corpo existe um plano, chamado de plano principal, tal que
o vetor tensão se estende ao longo da normal n a este plano. Isto é,
jijii nnT σδσ == (6. 80)
onde σ é a tensão normal que atua sobre este plano. A implicação é que não existe
cisalhamento agindo sobre o plano principal. A direção de n é referida à direção principal. A
introdução da equação (6. 80) na equação (6. 16) fornece:
0)( =− jijji nσδσ (6. 81)
A qual é uma série de três equações homogêneas para a direção dos cossenos ni que definem a
direção principal. Desde que nini = 1, então para evitar a solução trivial (0, 0, 0) devemos ter:
0det =− jijji nσδσ (6. 82)
a qual em uma forma matricial é:
0
333231
232221
131211
=
−−
−
σσσσσσσσσσσσ
(6. 83)
Esta é uma equação cúbica em σ que pode ser escrita como:
0322
13 =−+− III σσσ (6. 84)
Onde I1, I2, I3 são grandezas escalares que são independentes do sistema de coordenadas na
qual as componentes das tensões são expressos. Elas são chamadas de tensões invariantes
como:
iiI σ=1 (6. 85)
e
)(21
2 ijijjjiiI σσσσ −= (6. 86)
e
268
krjqippqrijkI σσσεε61
3 = (6. 87)
Em uma forma extendida temos:
3322111 σσσ ++=I (6. 88)
e
231
223
2121133332222112 )( σσσσσσσσσ −−−++=I (6. 89)
e
=
333231
232221
131211
3
σσσσσσσσσ
I (6. 90)
Devido à simetria do tensor das tensões existem três raizes reais (σ1, σ2, σ3),
referente as tensões principais da equação (6. 83). Associado a cada tensão principal existe
uma direção principal satisfazendo a equação (6. 81) e nini =1. As três direções principais e os
planos associados são mutuamente ortogonais. Pode ser mostrado que as tensões principais
correspondem ao valor máximo, intermediário e mínimo das tensões normais em um ponto
(circulo de Mohr). Contudo, a máxima tensão de cisalhamento neste ponto é igual a metade da
diferença entre as tensões principais máxima e mínima que atua sobre o plano, fazendo um
ângulo de 45o graus com a direção das tensões. Um conhecimento das tensões principais é
importante porque elas formam a base da teoria das falhas dos materiais.
6. 5 – Análise das deformações
Considere um corpo flexível como uma gelatina, sofrendo “pequenas
deformações”, conforme mostra a Figura - 6. 6.
)',','(''),,( 321321 xxxrrexxxrr == (6. 91)
e
333222111 )'()'()'(' êxxêxxêxxrru −+−+−=−= (6. 92)
269
Figura - 6. 6. Deformação tridimensional em um corpo flexível.
onde
traçãodeounormaissdeformaçõell
xu
ll
xu
ll
xu
∆=∆=∆=
3
3
3
3
2
2
2
2
1
1
1
1 ;; (6. 93)
tocisalhamendeoustangenciaidefor
ll
xu
ll
xu
ll
xu
ll
xu
ll
xu
ll
xu
.;;
;;
2
3
2
3
3
2
3
2
1
3
1
3
3
1
3
1
1
2
1
2
2
1
2
1
∆=∆=∆=
∆=∆=∆=
(6. 94)
Chamando de:
j
iij l
l∆=ε , (6. 95)
podemos escrever:
jiji xu ε= . (6. 96)
Para uma deformação qualquer temos:
270
j
iij x
u∂∂=ε , (6. 97)
Para o caso de i ≠ j temos duas situações:
Figura - 6. 7. Casos de a) deformação e b) rotação do ponto de vista de deslocamento vetorial.
Para o caso de formação pura temos:
2112
1
2
2
1
εε =
∆=∆ll
ll
, (6. 98)
logo
2)( 1221
12εεε += , (6. 99)
e para o caso de rotação pura temos:
2112
1
2
2
1
εε −=
∆−=∆ll
ll
, (6. 100)
logo
271
02
)( 122112 =+= εεε , (6. 101)
Para que uma rotação pura não seja incluída no cálculo das deformações,
conforme é mostrado no exemplo da Figura - 6. 7 acima, devemos construir um tensor
de deformações simétrico onde εij = εji, logo de uma forma geral devos ter:
)(21
j
i
i
jij x
ux
u
∂∂+
∂∂
=ε , (6. 102)
Observe que esta construção também inclui as deformações normais, sendo portanto uma
definição absolutamente geral.
6.5.1 – Tensor das deformações
Somando-se as contribuições de cada deformação para encontrar a deformação
resultante em uma dada direção temos:
3132121111 xxxu εεε ++= , (6. 103)
e
3232221212 xxxu εεε ++= , (6. 104)
e
3332321313 xxxu εεε ++= , (6. 105)
Escrevendo sob a forma de matriz nós temos que o tensor das deformações é dado por:
=
3
2
1
333231
232221
131211
3
2
1
x
x
x
u
u
u
εεεεεεεεε
, (6. 106)
Escolhendo a origem onde o vetor u = (u1, u2, u3) é nulo, o tensor εij dá a relaçào
entre dois vetores; o vetor coordenada r = (x1, x2, x3) e o vetor deslocamento u = (u1, u2, u3).
6.5.2 – Densidade de energia de deformação
A densidade de energia de deformação, W = W(εkl), é uma função potencial das
deformações definida como:
272
ijijij dWkl
εσεε
=0
)( , (6. 107)
Cuja convexidade e condição de estabilidade é dada por:
)''()()''( klklkl
ijij
ij
WWW εε
εεε
ε
−∂∂≥− , (6. 108)
Usando (6. 107) temos:
ijijij ddW εσε =)( , (6. 109)
onde
ijij
Wε
σ∂∂= , (6. 110)
Logo
)''()()''( klklijijij WW εεσεε −≥− , (6. 111)
6.5.3 – Equações de compatibilidade
A partir da regra de Schwartz temos que:
ijklklij
WWεεεε ∂∂
∂=∂∂
∂ 22
, (6. 112)
Portanto
kl
ij
ij
kl
εσ
εσ
∂∂
=∂∂
, (6. 113)
Desta forma o Jacobiano fica:
2
22
2
2
2
2
klijkl
klijij
klij WW
WW
W
εεε
εεεεε
∂∂
∂∂∂
∂∂∂
∂∂
=∂∂
∂, (6. 114)
273
Logo
022
2
2
2
2
≠∂∂
∂∂∂
∂−∂∂
∂∂
ijklklijklij
WWWWεεεεεε
, (6. 115)
6.5.4 – Materiais Elásticos Lineares
Considerando o caso de materiais elásticos lineares a densidade de energia de
deformação pode ser expandida em série de Taylor da seguinte forma:
...)(
21
)0()( +
∂∂+= klij
klij
ijkl
WWW εε
εεε
ε , (6. 116)
Considerando que o primeiro termo da expansão acima se anula por ser uma posição de
equilíbrio, nível zero da densidade de energia potencial, temos:
klijijklkl CW εεε21
)( = , (6. 117)
Esta é a Lei de Hooke na sua forma generalizada, onde:
klijklij
klij C
W εεεσ =
∂= )(
, (6. 118)
Esta equação matricial dá origem a uma matriz Cijkl de 9 linha e 9 colunas em um
total de 81 elementos na matriz. Porém por simetria temos que:
klijijklijlkijkljiklijkl CCCCCC === ;; , (6. 119)
Logo reduzimos os elementos para o número de 21, os quais escritos de forma explicita
temos;
=
xy
zx
yz
zz
yy
xx
xy
zx
yz
zz
yy
xx
CCCCCC
CCCCCC
CCCCCC
CCCCCC
CCCCCC
CCCCCC
εεεεεε
τττσσσ
666564636261
565554535251
464544434241
363534333231
262524232221
161514131211
, (6. 120)
Definindo o módulo de cisalhamento, G, como sendo dado por:
274
yzyz Gετ = , (6. 121)
e
zxzx Gετ = , (6. 122)
e
yzyz Gετ = , (6. 123)
logo
klij Gετ = , (6. 124)
e o módulo de Poisson para i ≠ j ,como
jj
iiijv
εε−= , (6. 125)
As equações de tensões podem ser escritas em termos do módulo elástico, E,
como:
zzyyxxxx vEvEE εεεσ ++= , (6. 126)
e
zzyyxxyy vEEvE εεεσ ++= , (6. 127)
e
zzyyxxzz EvEvE εεεσ ++= , (6. 128)
A matiz anterior pode ser escrita como:
=
xy
zx
yz
zz
yy
xx
xy
zx
yz
zz
yy
xx
G
G
G
EvEvE
vEEvE
vEvEE
εεεεεε
τττσσσ
000000000000000000000000
, (6. 129)
Logo as equações de deformação ficam:
275
)]([1
zzyyxxxx vE
σσσε +−= , (6. 130)
e
)]([1
zzxxyyyy vE
σσσε +−= , (6. 131)
e
)]([1
zzxxzzxzz vE
σσσε +−= , (6. 132)
Sabendo que:
GvE )1(2 += , (6. 133)
De uma forma geral, isto é, para um material isotrópico as equações de tensão
podem escritas como:
)21
(2 kkijijij vv εδεµσ
−+= , (6. 134)
Onde µ ≡ G : é o módulo de cisalhamento
Combinando as equações (6. 117) e (6. 118) temos:
ijijW εσ21= , (6. 135)
Substituindo a equação (6. 134) em (6. 135) temos:
)21
()( jjiijiijij vv
W εεεεµε−
+= , (6. 136)
6.5.5 – Complementaridade da densidade da energia de deformação
A existência de uma única inversa da relação constitutiva (6. 113)
ij
kl
kl
ij
σε
σε
∂∂=
∂∂
, (6. 137)
Assegura a existência da complementaridade da densidade de energia de deformação, W* =
W*(σij), definida por transformada de Legendre como:
276
WW ijij −= εσ* , (6. 138)
A partir da regra da cadeia derivando a equação (6. 138) temos:
ij
ij
ijij
ij
WWσε
εε
σ ∂∂
∂∂−=
∂∂ *
, (6. 139)
Substituindo a equação (6. 118), para 0=∂∂
ij
ijσ
ε temos:
ij
ijijij
ij
Wσε
σεσ ∂
∂−=
∂∂ *
, (6. 140)
Portanto,
ijij
W εσ
=∂∂ *
, (6. 141)
É direta mostra que a convexidade de W* segue da convexidade de W.
Para um material frágil elástico linear a combinação de (6. 135) com (6. 138)
fornece:
ijijWW εσ21* == , (6. 142)
Pode-se escrever para este caso que:
klijijklkl CW σσσ **
21
)( = , (6. 143)
Onde o tensor C*ijkl é o inverso do tensor Cijkl e da mesma forma:
klijijklijlkijkljiklijkl CCCCCC ****** ;; === , (6. 144)
Segue de (6. 141) e (6. 143) que:
klijklij
klij C
W σσσε *
* )( =∂
= , (6. 145)
Para um material isotrópico a equação (6. 145) se reduz a
277
kkijijij Ev
Ev σδσε −+= 1
, (6. 146)
e W* torna-se:
llkkklklkl Ev
Ev
W σσσσσ22
1)(* −+= , (6. 147)
Se uma lei de potência entre tensão e deformação existe, dada pela equação (6.
118), de tal forma que a deformação é uma função homogênea de grau n da tensão (equação
(6. 145)), então a equação (6. 142) implica que W* deve ser uma função homogênea das
componentes da tensão de grau n+1. Isto segue do teorema de Euler para funções
homogêneas, portanto:
ijijijij n
Wn
W εσσσ 1
11
1 **
+=
∂∂
+= , (6. 148)
Combinado (6. 138) com (6. 148) temos:
ijijnn
W εσ1
*
+= , (6. 149)
Quando a tensão é proporcional a deformação (n = 1) então as equações (6. 142),
(6. 148) e (6. 149) tornam-se idênticas a equação (6. 135).
278
Capítulo – VII
PROBLEMAS DE ELASTOSTÁTICA
RESUMO
Neste capítulo será visto a formulação integral básica da Teoria da Elasticidade, a
Lei de Hooke, para a obtenção da Solução Fundamental do Método dos Elementos de
Contorno e o estabelecimento da sua Implementação Numérica, tanto para regiões finitas
como infinitas.
7. 1 – Objetivos do capítulo
i) Entender a formulação Integral Básica da Teoria da Elasticidade
ii) Saber aplicar o Método dos Elementos de Contorno em problemas de potencial
nas suas mais diferentes formas envolvendo a Teoria da Elasticidade.
iii) Resolver problemas de equações diferenciais pertinentes ao método.
7. 2 – Introdução
A Teoria da Elasticidade nasceu a partir da lei de Hooke para a deformação
elástica de uma mola. Com a idéia do contínuo e, pelo fato dos corpos sob tensão se
comportarem de forma análoga a um mola distendida, a teoria elástica linear adquiriu uma
roupagem matemática útil para a sua aplicação em corpos sólidos. Desta forma ela é a base
para outras áreas da ciências tais como: a Mecânica dos Sólidos, a Mecânica Estrutural, a
Mecânica da Fratura, etc. sendo uma teoria fundamental que possui larga aplicação na
Engenharia.
279
7. 3 – Notação Cartesiana Indicial
Os índices 1, 2, 3, são usados para substituir x, y, z e os símbolos de somatório são
desnecessários sempre que um mesmo índice aparece duas vezes em um termo qualquer.
Exemplo: No caso 3D
=
=++=3
1
223
22
21
iiii aaaaaa (7. 1)
e
=
=++=3
1332211
iiikk bbbbb (7. 2)
O símbolo do Delta de Kroeneker δij é definido como:
≠=
=jise
jiseij 0
1δ ijij aaEx =→ δ: (7. 3)
Como por exemplo:
1313212111 aaaa
aa ijij
=++=
=
δδδδ
(7. 4)
Para problemas tri-dimensionais (3D), os índices variam de 1 a 3, para problemas
bi-dimensionais, de 1 a 2.
7. 4 – Teoria da Elasticiade Linear
A equação de equilíbrio estático no interior Ω de um corpo é dada por:
0, =+ jiij bσ (7. 5)
ou
0,,,3
3
2
2
1
1332211 =+
∂∂
+∂
∂+
∂∂
=+++ jjjj
jjjj bxxx
bσσσ
σσσ (7. 6)
e
280
0
0
0
33
33
2
23
1
13
23
32
2
22
1
12
13
31
2
21
1
11
=+∂
∂+∂
∂+∂
∂
=+∂
∂+∂
∂+∂
∂
=+∂
∂+∂
∂+∂
∂
bxxx
bxxx
bxxx
σσσ
σσσ
σσσ
(7. 7)
onde:
ijσ : representa as componentes do tensor de tensão
bj: representa as componentes das forças de volume.
As derivadas espaciais são indicadas por uma vírgula
3
3
2
2
1
1
321
,
,,,,
xxxxjjj
i
ijiij
ijijijiij
∂∂
+∂
∂+
∂∂
=∂∂
=
++=
σσσσσ
σσσσ (7. 8)
A condição de equilíbrio no contorno Γ do corpo é dado por:
jiji np σ= (7. 9)
onde pi representa as componentes do vetor de força de superfície e nj representa os cossenos
diretores da normal dirigida para fora do corpo, conforme mostra a Figura - 7. 1.
Figura - 7. 1. Domínio Ω finitos e infinitos com contorno externo e interno respectivamente.
Para um material elástico isotrópico onde não existem variações de temperatura a
lei de Hooke fornece:
281
ijkkijij vGv
G δεεσ)21(
22
−+= (7. 10)
onde:
G: módulo de elasticidade transversal
v: coeficiente de Poisson
ijε : tensor de deformação específica de Cauchy
),,(21
ijjiij uu +=ε (7. 11)
Sendo ui os componentes do vetor de deslocamentos.
Alternativamente, a equação (7. 10) pode ser escrita como:
klijklij C εσ = (7. 12)
onde Cijkl é o tensor isotrópico de quarta ordem de constantes elásticas.
)()21(
2jkijjlikklijijkl G
vGv
C δδδδδδ ++−
= (7. 13)
A substituição da equação (7. 11) na equação (7. 10) permite representar as
tensões em termos de derivadas de deslocamentos. Esta equação resultante pode, então ser
substituída em (7. 5) e (7. 9) para fornecer as equações de equilíbrio também em termos de
derivadas de deslocamentos. Como resultado dessas operações, são obtidas as equações de
equilíbrio de Navier.
0,)21(
, =+−
+ jkjkkkj buv
GGu em Ω (7. 14)
Trabalho do curso - 1:
Fazer a substituição da equação (7. 11) na equação (7. 10) e obter a equação (7.
14), usando (7. 5) e (7. 9).
Solução:
Fazendo a substituição da equação (7. 11) na equação (7. 10) temos:
282
ijkkkkijjiij uuv
GvuuG δσ
+−
+
+= ),,(21
)21(2
),,(21
2 (7. 15)
ou
ijkkkkijjiij uuv
GvuuG δσ ),,(
)21(),,( +
−++= (7. 16)
Logo
ijkkijjiij uv
GvuuG δσ ,2
)21(),,(
−++= (7. 17)
Substituindo (7. 17) em (7. 5) temos:
0,,2)21(
),,( =+
−++ jiijkkijji bu
vGv
uuG δ (7. 18)
Logo
0,2)21(
),,( =+−
++ jijkikiijjii buv
GvuuG δ (7. 19)
usando a propriedade da função Delta de Dirac temos:
0,2)21(
),,( =+−
++ jkjkiijjii buv
GvuuG (7. 20)
pela igualdade de Schwartz onde iijjii uu ,, = podemos escrever a expressão (7. 20) como:
0,2)21(
),,( =+−
++ jkjkiijiij buv
GvuuG (7. 21)
ou
0,2)21(
,2 =+−
+ jkjkiij buv
GvGu (7. 22)
dividindo toda a expressão por dois temos:
021
,)21(
, =+−
+ jkjkiij buv
GvGu (7. 23)
283
Como o índice “i” é mudo ele pode ser trocado pelo índice “k”, ficando:
021
,)21(
, =+−
+ jkjkkkj buv
GvGu (7. 24)
- x – x -
Por outro lado, multiplicando a equação (7. 17) por ni, temos:
jijkkjijjijij nuv
GvnuuGn δσ ,2
)21(),,(
−++= (7. 25)
usando a propriedade da função Delta de Dirac temos:
ikkjijjijij nuv
GvnuuGn ,
)21(2
),,(−
++=σ (7. 26)
e substituindo (7. 9) em (7. 26) temos:
ikkjijjii nuv
GvnuuGp ,
)21(2
),,(−
++= (7. 27)
- x – x -
Então, as forças de superfície no contorno devem satisfazer a seguinte equação:
ijijjiikk pnuuGnuv
Gv =++−
),,(,)21(
2 em Γ (7. 28)
As equações (7. 5) a (7. 28) são válidas para problemas tridimensionais.
Para problemas bi-dimensionais, além dos índices variarem de 1 a 2, e além disso
tem-se:
- Para problemas de estado plano de tensão, ν deve ser substituído por )1/( vvv += em
todas as equações (e G permanece o mesmo).
- Para problemas de estado plano de deformação o valor de ν não se altera.
284
7. 5 – Método dos Elementos de Contorno
Seja o corpo definido por Ω + Γ que está em equilíbrio sob a ação de cargas e
deslocamentos prescritos. Esse estado é representado pelo grupo σij, εij, ui, pi e bi, conforme
mostra a Figura - 7. 2.
Figura - 7. 2. Corpo em equilíbrio sob a ação de cargas e deslocamentos prescritos.
Admite-se então a existência de um domínio Ω* com contorno Γ* que contém o
corpo Ω + Γ. Como anteriormente, essa nova região também está em estado de equilíbrio,
representado por, σij*, εij*, ui*, pi* e bi*, conforme mostra a Figura - 7. 3.
Figura - 7. 3. Região complementar em equilíbrio sob a ação de cargas e deslocamentos prescritos.
Da equação (7. 12) temos:
klijklij C εσ = (7. 29)
e
285
** klijklij C εσ = (7. 30)
Então multiplicando-se a primeira equação (7. 29) por εij* temos:
*** ijijklklijklijklijij CC εεεεεσ ==
(7. 31)
como
klijijkl CC = (7. 32)
tem-se:
**** klklijklijklijijklklijij CC σεεεεεεσ ===
(7. 33)
Assim:
ijijijij εσεσ ** = (7. 34)
pode-se integrar no domínio Ω e obter:
ΩεσΩεσΩΩ
dd ijijijij ** = (7. 35)
Integrando por partes os dois lados de (7. 35) e usando as equações (7. 5) e (7. 11), encontra-
se:
+=+ΓΩΓΩ
ΓΩΓΩ dupdubdupdub iiiiiiii **** (7. 36)
Que corresponde ao 2º teorema de Betti (Reciprocidade).
Trabalho do curso - 2:
Obter a equação (7. 36) a partir da equação (7. 35).
Solução:
A partir de (7. 11) podemos escrever (7. 34) como:
*),*,(21
* ijijjiijijij uu σσεσ += (7. 37)
Como o tensor das tensões é simétrico podemos escrever:
286
*),*,(21
* ijjijiijijij uu σσεσ += (7. 38)
o que resulta em
*,* jiijijij uσεσ = (7. 39)
Substituindo (7. 39) em (7. 35) temos:
ΩσΩεσΩΩ
dud jiijijij *,* = (7. 40)
Mas
( ) *,,**, ijijjiijjiij uuu σσσ −= (7. 41)
Logo substituindo (7. 41) em (7. 40) temos:
ΩσσΩεσΩΩ
duud ijijjiijijij *],*),[(* −= (7. 42)
ou
ΩσΩσΩεσΩΩΩ
dudud ijijjiijijij *,*),(* −= (7. 43)
Pelo teorema da divergência temos que:
ΓΓσσΓΓΩ
dupdunu iiijijjiij ***),( == (7. 44)
Logo podemos escrever (7. 42) como:
ΩσΩΩεσΩΩΩ
dudupd ijijiiijij *,** −= (7. 45)
Usando (7. 5) em (7. 45) temos:
ΩΩΩεσΩΩ
dubdupd iiiiijij *** −= (7. 46)
Logo também vale:
287
ΩΩΩεσΩΩ
dubdupd iiiiijij *** −= (7. 47)
Portanto a partir de (7. 35) temos:
ΩΩΩΩΩΩ
dubdupdubdup iiiiiiii **** −=− (7. 48)
ou finalmente
ΩΓΩΓΩΓΩΓ
dubdupdubdup iiiiiiii +=+ **** (7. 49)
- x – x -
+=+ΓΩΓΩ
ΓΩΓΩ dupdubdupdub iiiiiiii **** (7. 50)
Admitindo que as componentes das forças de volume bi* correspondem as forças
concentradas unitárias aplicadas no ponto ξ e Ω* em cada uma das três direções ortogonais
definidas pelo vetor de componente pj, tem-se:
jj PXb ),(* ξδ= (7. 51)
Onde Pj =1, isto é: P1 = P2 = P3 = 1 conforme mostra a Figura - 7. 4 e ),( Xξδ é a função
delta de Dirac e 0),( =Xξδ se ξ≠x .
Figura - 7. 4. Sistema de coordenadas dos eixos principais, P1, P2, P3, do problema elástico com domínio Ω e contorno Γ e domínio recíproco Ω * e contorno recíproco Γ*.
288
Tendo em vista que:
)()(),()(*
ξΩξδΩ
gXdXXg = (7. 52)
A primeira integral em (7. 50) pode ser substituída por:
)()()()(* 321 ξξξξΩΩ
uuuPudub iiii ++== (7. 53)
Se cada carga unitária concentrada atuar independentemente os deslocamentos e forças de
superfície ( )* podem ser escritas na forma:
iijj
iijj
PXpp
PXuu
),(**
),(**
ξξ
=
= (7. 54)
onde ),(* Xuij ξ e ),(* Xpij ξ representam os deslocamentos e as forças de superfície na
direção “j” no ponto X devido a uma força unitária aplicada na direção “i” e atuando no ponto
ξ.
campopontoX
fonteponto
::ξ
(7. 55)
Alternativamente, a equação (7. 50) pode ser reescrita para representar cada componente de
deslocamento em separado. Com essa finalidade adota-se: iiiiii PePP 321 , δδδ === , este
procedimento produz três equações da forma:
+
−=
Ω
ΓΓ
Ωξ
ΓξξΓξξ
)()(),(*
)(),(),(*)(),(*)(
XdXbXu
XdXuXpXdpXuu
jij
jijjiji
(7. 56)
Trabalho do curso -3:
Obter a identidade Somigliana (7. 56) a partir (7. 50), (7. 51) e (7. 54).
A equação (7. 56) é conhecida como identidade de Somigliana para os
deslocamentos. Esta equação foi obtida através da reciprocidade com a solução singular da
equação de Navier satisfazendo a:
289
0),(*,)21(
*,*
=+−
+
jb
jkjkkkj PXuv
GGu ξδ (7. 57)
As soluções da equação (7. 57) são denominadas soluções fundamentais.
OBSERVAÇÃO:
Notar a liberdade de escolha das condições de contorno e da forma da região Ω*
+ Γ*.
Solução:
Substituindo (7. 51) e (7. 54) em (7. 50) temos:
+
+=+
Γ
ΩΓΩ
Γξ
ΩξΓξΩξδ
dPpXu
dPbXuduPXpduPX
jiij
jiijijijii
),(*
),(*),(*),(
(7. 58)
Aplicando a propriedade da função Delta de Dirac temos:
+
+=+
Γ
ΩΓ
Γξ
ΩξΓξξ
dPpXu
dPbXuduPXpPu
jiij
jiijijijii
),(*
),(*),(*)(
(7. 59)
Usando o fato de que:
iiiiii PePP 321 , δδδ === (7. 60)
Temos a identidade Somigliana:
+
+=+
Γ
ΩΓ
Γξ
ΩξΓξξ
)(),(*
)(),(*)(),(*)(
XdpXu
XdbXuXdPuXpu
jij
jijjiji
(7. 61)
ou
+
−=
Γ
ΓΩ
Γξ
ΓξΩξξ
)(),(*
)(),(*)(),(*)(
XdpXu
XdPuXpXdbXuu
jij
jijjiji
(7. 62)
290
7.5.1 - Soluções Fundamentais
Existem diferentes soluções da equação (7. 57) que podem ser igualmente
empregadas. Estas soluções variam tanto em relação à região Ω* + Γ* como também em
relação às condições de contorno. Quando o domínio Ω* representa o espaço elástico infinito,
a solução fundamental é denominada solução de Kelvin (Note que Γ* está nesse caso
infinitamente distante de Ω + Γ). Cujos deslocamentos para o estado plano de deformação,
são dados por:
[ ]jiijij rrvGrv
Xu ,,)43()1(16
1),(* +−
−= δ
πξ para 3D (7. 63)
e
[ ]jiijij rrrvGv
Xu ,,)ln()43()1(8
1),(* −−
−−= δ
πξ para 2D (7. 64)
Para o estado plano de tensão, deve-se utilizar )1/( vvv += .Além disso:
[ ]
−−−
∂∂+−
−−= ),,)(21(,,)21(
)1(41
),(* ijjijiijij nrnrvnr
rrvrv
Xp βδαπ
ξ α
(7. 65)
onde α = 2, 1 ; β = 3, 2 para problemas 3D e 2D (EPD) respectivamente. r = r(ξ,X) é a
distância entre ξ e X ; as derivadas de r são em relação às coordenadas de X, ou seja:
)()(;)()()()(
).(
21
22
21
2/1
ξξξ yXyrxXxrxXxr
rrrrrr
iii
ii
−=−=→−=+=→= (7. 66)
e
)()(,
ξi
i
ii x
rrr
Xxr
r∂
∂−==∂
∂= (7. 67)
Como mencionado, as expressões do estado plano de tensão (EPT) são as mesmas
do estado plano de deformação com v substituído por:
vv
v+
=1
(7. 68)
291
7.5.2 - Dedução formal da Identidade Somigliana
A equação (7. 35) pode ser escrita na forma:
)(),(*)()()().,(* XdXXXdXX ijijijij ΩξεσΩεξσεε ΩΩ = (7. 69)
Onde Ωε é o domínio que resta de Ω quando se retira uma esfera de raio ε e o contorno εΓ ,
centrada em ξ, do domínio original Ω, conforme mostra a Figura - 7. 5.
Figura - 7. 5.
em Ωε os tensores ( )* não são singulares (ξ ∉ Ωε)
Portanto, admitindo-se que εij(X) e σij(X) sejam ambos contínuas e limitadas em
qualquer ponto X ∈ Ω, a integração por partes como foi feito anteriormente, fornece.
+
=++
ε
εε
Ω
ΓΓΓΓ
Ωξ
ΓξΓξ
)()(),(*
)()(),(*)()(),(*
XdXbXu
XdXpXuXdXuXp
ii
iiii
(7. 70)
Em relação as integrais definidas em εΓ , tem-se:
0)()(),(*lim0
=→XdXpXu ii Γξ
εΓε
(7. 71)
Pois
Justificativa:
Caso 3D:
292
2)(;1
~),(* εΓε
ξ =XdXu i (7. 72)
Caso 2D:
εΓε
ξ =)(;)1
ln(~),(* XdXu i (7. 73)
Quando 0ln.lim0
=→
εεε
e
+
+−=
ε
εε
Γ
ΓΓ
Γξξ
ΓξξΓξ
)(),(*)(
)()]()()[,(*)()(),(*
XdXpu
XduXuXpXdXuXp
ii
iiiii
(7. 74)
onde, pela hipótese de continuidade de ui(x), ε→ 0, x → ξ, temos:
0)()]()()[,(*lim0
=−→XduXuXp iii Γξξ
εΓε
(7. 75)
Justificativa:
Caso 3D:
22
)(;1
~),(* εΓε
ξ =XdXpi (7. 76)
Caso 2D:
εΓε
ξ =)(;1
~),(* XdXpi (7. 77)
A última integral em (7. 74) é calculada lembrando que a solução fundamental
corresponde a cargas unitárias concentradas aplicadas em ξ. Assim
ijijjiji PPXdXpPXdXp === δΓξΓξεε ΓΓ
)(),(*)(),(* (7. 78)
que fornece:
293
iiii PuXdXpu )()(),(*)( ξΓξξεΓ
= (7. 79)
A expressão (7. 79) é independente de ε e pode ser verificada efetuando-se a integração
analítica.
Consequentemente, tirando-se o limite quando 0→ε e adotando-se cada carga
unitária atuando separadamente, a equação (7. 56) chamada de indentidade Somigliana é
obtida. (deslocamento – tensão – deformação)
7.5.3 - Tensões nos Pontos Internos
A equação (7. 56) é uma representação contínua de deslocamentos em pontos do
interior do corpo. Consequentemente, as componentes de tensão nesses pontos internos
( Ωξ ∈ ) podem ser determinadas derivando a equação (7. 56) em relação às coordenadas do
ponto fonte ξ para obter as deformações específicas e, em seguida, substituindo a expressão
resultante na lei de Hooke (equação (7. 10)).
A expressão final é dada por:
+
−=
Ω
ΓΓ
Ωξ
ΓξξΓξξσ
)()(),(*
)(),(),(*)(),(*)(
XdXbXu
XdXuXpXdpXu
kijk
kijkkijkij
(7. 80)
Observe que as derivadas foram aplicadas diretamente dentro das integrais. Esse
procedimento, válido nesse caso, não é sempre aplicável no caso de integrais realizadas
interior do domínio.
As componentes dos novos tensores são:
[ ]kjiijkjkiikjijk rrrrrrvrv
Xu ,,,),,,)(21()1(4
1),(* βδδδ
παξ α +−+−
−=
para 2D (7. 81)
e
[ ])41(),,)(21(),,,,(
,,,),,(,)21()1(2
),(*
ijkjkiikjjikkijkji
kjiijkjikkijijk
nvnnrrnvrrnrrnv
rrrrrvrvnr
rvG
Xp
δδδββ
γδδδβαπ
ξ β
−−++−+++
−++−∂∂
−= (7. 82)
onde
294
452312
e
e
e
===
γβα
(7. 83)
Para 3D e 2D respectivamente
Notar que a substituição
)(,
)( Xxr
rx
r
ii
i ∂∂−=−=
∂∂
ξ (7. 84)
já foi feita.
7.5.4 - Método dos Resíduos Ponderados
O Problema Elástico do Método dos Resíduos Ponderados consiste em resolver a
equação de Navier abaixo de maneira aproximada:
0,)21(
, =+−
+ jkjkkkj buv
GGu em Ω (7. 85)
com as condições de contorno
2
1
ΓΓ
empp
emuu
ii
ii
==
(7. 86)
Os erros de aproximação podem ser distribuídos de acordo com a sentença dos resíduos
ponderados, da seguinte forma:
−+−=+12
)(*)(**),(ΓΓΩ
ΓΓΩσ duupdppudub kkkkkkkkjjk (7. 87)
Onde uk* e pk* desempenham papeis das funções de ponderação e representam as soluções
fundamentais na região Ω* + Γ* que contém o corpo Ω + Γ.
Integrando por partes o primeiro termo da equação (7. 87) temos:
−+
+−−=+−
1
12
)(*
****
εΓ
ΓΓΩΩ
Γ
ΓΓΩΩεσ
duup
dpudpudubd
kkk
kkkkkkjkjk
(7. 88)
295
Substituindo a equação (7. 12) ( klijklij C εσ = ) em (7. 88) e considerando a simetria do
Tensor Cijkl, o primeiro termo de (7. 88) pode ser novamente integrado por partes. A
expressão resultante é:
−+
+−−=−
21
12
**
***,*
ΓΓ
ΓΓΩΩ
ΓΓ
ΓΓΩΩσ
dupdup
dpudpudubdu
kkkk
kkkkkkkjjk
(7. 89)
Lembrando que a solução fundamental ou a função de ponderação satisfaz
kjjk PX ),(*, ξδσ −= (7. 90)
A equação (7. 56) é obtida, a qual é a identidade Somigliana para a solução aproximada onde
admite-se também que cada carga unitária atua em separado .
É importante notar que ao empregar o Método dos Resíduos ponderados, não foi
necessário admitir que a solução aproximada satisfizesse exatamente a equação de equilíbrio
(7. 14) em Ω. No entanto, pode-se derivar a equação (7. 80) e verificar que, mesmo para
soluções aproximadas, a equação (7. 14) é verificada exatamente, o que valida as formulações
anteriores.
7.5.5 - Equação Integral de Contorno
A identidade de Somigliana não pode ser empregada para obter os deslocamentos
(ou tensões) enquanto os valores de deslocamentos e de forças de superfícies não forem
conhecidos em todo o contorno (as forças de volume são consideradas sempre conhecidas).
Portanto, para a solução do problema, ou seja a obtenção da expressão limite da
equação integral de contorno, deve-se calcular uma expressão para o limite quando o ponto ξ
pertence ao contorno ( Γξ ∈ ), nesse caso, admite-se que o corpo pode ser representado
conforme mostra a Figura - 7. 6.
296
Figura - 7. 6. Ponto de Colocação ξ pertencente ao contorno Γ
Para o corpo acima, a equação (7. 74) pode então ser escrita como:
+
+=+−+−
ε
εεεε
Ω
ΓΓΓΓΓΓ
Ωξ
ΓξΓξ
)()()(*
)()(),(*)()(),(*
XdXbu
XdXpXuXdXuXp
jij
jijjij
(7. 91)
onde a hipótese de que cada carga unitária atua separadamente já foi feita.
Pode-se estudar separadamente o limite quando 0→ε de cada integral de (7. 91)
−→
→+−
→
+
+=
ε
εεε
ΓΓε
Γε
ΓΓΓε
Γξξ
ΓξΓξ
)()(),(*lim
)()(),(*lim)()(),(*lim
0
00
XduXp
XdXuXpXdXuXp
jij
jijjij
(7. 92)
A primeira integral à direita em (7. 92) pode ser escrita como:
→
→→
+
+−=
ε
εε
Γε
Γε
Γε
Γξξ
ΓξξΓξ
)(),(*)(lim
)()]()([),(*lim)()(),(*lim
0
u(X) de decontinuida a devido00
XdXpu
XduXuXpXdXuXp
ijj
jjijjij
(7. 93)
onde a primeira integral à direita é nula, pela continuidade de uj(X) define-se:
297
)(),(*lim)(0
XdXpC ijij ΓξξεΓ
ε →= (7. 94)
(o valor de Cij depende da geometria do contorno no ponto ξ)
Voltando-se à equação (7. 92), verifica-se que a segunda integral à direita deve ser
interpretada no sentido de valor principal de Cauchy, cuja existência pode ser demonstrada se
uj(X) satisfaz à condição de Holder:
αξ BruXu jj ≤− )()( (7. 95)
onde B e α são constantes positivas
As integrais restantes em (7. 91) tem singularidades mais fracas e não apresentam
problemas. Portanto, tomando-se o limite quando 0→ε , a equação (7. 92) resultante
fornece
+
+=+
Ω
ΓΓ
Ωξ
ΓξΓξξξ
)()()(*
)()(),(*)()(),(*)()(
XdXbu
XdXpXuXdXuXpuC
jij
jijjijjij
(7. 96)
onde a primeira integral à direita é calculada no sentido do valor principal de Cauchy. Pode-se
demonstrar que Cij(ξ) = δij/2 para um contorno suave em (7. 96) ξ.
A equação (7. 96) fornece uma relação que deve ser satisfeita pelas forças de
superfície e pelos deslocamentos no contorno (incluindo as forças de volume que são
conhecidas).
Portanto, quando as condições de contorno são aplicadas, essa equação pode ser
usada para calcular as incógnitas no restante do contorno.
7.5.6 - Regiões e Domínios Infinitos
A extensão da equação (7. 96) para o caso de regiões infinitas deve ser satisfeita
levantando-se em consideração algumas hipóteses adicionais relativa às funções envolvidas.
Estas hipóteses estão associadas ao comportamento das funções em uma superfície
infinitamente distante de ξ e definem a chamada condição de regularidade no infinito.
Seja ρ o raio de uma esfera de superfície Γρ, centrada em ξ, que envolve a(s)
cavidade(s) do problema externo representado conforme mostra a Figura - 7. 7.
298
Figura - 7. 7. Regiões e domínios finitos.
A equação (7. 96) pode ser escrita para a região entre Γ e Γρ como (bj = 0 para
simplificar) como:
)()(),(*)()(),(*)()( XdXpXuXdXuXpuC jijjijjij ΓξΓξξξρρ ΓΓΓΓ++
=+
(7. 97)
Tomando o limite quando ρ → ∞, a equação (7. 97) pode ser escrita em termos de
integrais sobre Γ apenas se a condição de regularidade for satisfeita.
[ ]Γξ
ΓξξρΓ
ρ
∈
=−→0)()(),(*)(),(*lim
0XdXpXuXuXp jijjij
(7. 98)
Para problemas 3D (X ∈ Γρ):
tem-se:
)(),(
)(),(*
)()(
2
1
2
−
−
=
=
==
ρϑξ
ρϑξ
ρϑθφΓ
Xp
Xu
JeddJXd
ij
ij (7. 99)
Portanto, se na pior das hipóteses, )()( 1−= ρϑXu j e )()( 2−= ρϑXp j no
infinito, as condições de regularidade (7. 98) são satisfeitas.
299
Deve-se observar que se a carga total aplicada sobre a superfície Γ não for auto-
equilibrada, (o que geraria um decaimento mais rápido ainda), o princípio de Saint-Venant
mostra que uj(X) e pj(X) terão o mesmo comportamento que a solução fundamental
correspondente a uma carga concentrada na direção da resultante. Portanto,
)()( 1−= ρϑXu j e )()( 2−= ρϑXp j são obtidas e cada termo de (7. 98) se anula
separadamente.
Para problemas 2D.
)(),(
;)1(),(*
;)1(ln),(*
)()(
1−=
≠=
=+===
ρϑξ
ϑξρϑξ
ρϑφΓ
Xp
jiXu
jiXu
JedJXd
ij
ij
ij (7. 100)
Portanto, para garantir que cada termo de (7. 98) se anula separadamente, é
necessário que )()( 1−=→ ρϑXuu jj e )()( 2−= ρϑXp j como no caso 3D visto
anteriormente. Esse caso, no entanto, não corresponde ao comportamento da solução
fundamental no infinito.
Com base no que foi feito para o caso 3D, pode-se substituir )(Xu j e )(Xp j
pelos tensores correspondentes à solução fundamental 2D e verificar que a equação (7. 98)
também é satisfeita. A última diferença é que, agora os termos não se anulam separadamente,
mas se cancelam quando ρ → ∞.
Conclusão
Pode-se afirmar, portanto, que as condições de regularidade são sempre satisfeitas
se )(Xu j e )(Xp j se comportam na pior das hipóteses, como a solução fundamental no
infinito. Nesse caso problemas de cavidade em meios infinitos também podem ser
representados pela equação (7. 96)
)()(),(*)()(),(*)()( XdXpXuXdXuXpuC jijjijjij ΓξΓξξξΓΓ =+ (7. 101)
(note que a normal n aponta para dentro da cavidade)
300
Figura - 7. 8. Utilização dos Métodos Numéricos na solução de problemas práticos onde os domínios e os contorno são internos ou externos.
7.5.7 - Implementação Numérica
Seja a equação (7. 101) dada por:
)()(),(*)()(),(*)()( XdXpXuXdXuXpuC jijjijjij ΓξΓξξξΓΓ =+ (7. 102)
Temos como objetivo resolver esta equação (7. 101) ou a equação (7. 96) com as seguintes
condições de contorno:
2
1
ΓΓ
empp
emuu
jj
jj
=
= (7. 103)
Emprega-se o procedimento numérico aproximado que pode ser resumido da
seguinte maneira:
1) O contorno Γ é discretizado (aproximado) em uma série de elementos sobre os quais os
valores de jj peu são interpolados em função dos seus valores nodais.
301
2) A equação (7. 96) é reescrita na forma discretizada para cada ponto nodal ξ do contorno Γ
e as integrais são calculadas (usualmente de forma numérica, aproximada) sobre cada
elemento de contorno. Um sistema de N equações algébricas que envolvem N valores nodais
de deslocamentos e N valores nodais de forças de superfície é obtido.
3) As condições de contorno (7. 103) são impostas, consequentemente N valores nodais são
prescritos (força de superfície ou deslocamentos em cada direção por nó). O sistema de
equações pode, então ser, resolvido da maneira usual para se obter os N valores nodais
incógnitos restantes.
Os valores dos deslocamentos e tensões em qualquer ponto interno ξ (ξ ∈ Ω)
selecionado podem ser obtidas posteriormente empregando a identidade Somigliana mostrada
na equação (7. 56), para deslocamentos, e a equação (7. 80) para tensões.
Observar que as forças de volume, por serem conhecidas, contribuem apenas para
o termo independentemente do sistema de equações.
Figura - 7. 9. Pontos nodais de um contorno regular no caso bidimensional.
Elemento Linear:
As coordenadas cartesianas )(
~
jx dos pontos do contorno localizados ao longo do
elemento Γj são expressos em termos de funções de interpolação ~
M e das coordenadas
nodais (nós geométricos) )(
~
mx do elemento na forma:
302
)(
~~
)(
~
mj xMx = (7. 104)
coordenadas nodais dos nós geométricos.
Figura - 7. 10. Elemento linear com o ponto fonte ou de de colocação ξ coincidente com o nó geométrico.
Figura - 7. 11. Elemento linear com o ponto de colocação ξ coincidente com o ponto de colocação.
De maneira análoga, deslocamentos e forças de superfície são aproximadas sobre
cada elemento, através do uso de funções de interpolação ~N (interpolação funcional)
)(
~~
)(
~
)(
~~
)(
~
mj
mj
pNp
uNu
=
= (7. 105)
onde )(
~
)(
~e mm pu contém os valores nodais de deslocamentos e de forças de superfícies.
Observe que o número de nós geométricos (definição de )(
~
mx ) e funcionais
(definição )(
~
)(
~ou mm pu ) podem ser diferentes.
Admitindo que o contorno Γ é discretizado em L elemento Γj a equação (7. 96)
pode ser escrita como:
)(
~1 ~~
)(
~1 ~~~~**)()( m
L
j
mL
jii pdNuudNpuC
jj
==
=
+
ΓΓΓΓξξ (7. 106)
303
para um ponto ξi.
Tendo em vista que as funções de interpolação ~
M e ~N são normalmente
expressos em termos de uma coordenada adimensional η, deve-se escrever dΓ em relação a
esse sistema de coordenadas:
ηΓ dJd = (7. 107)
onde o jacobiano desta transformação é dado por:
22
21
~
+
=ηη d
dxddx
J (7. 108)
Em casos mais simples, as integrais indicadas em (7. 106) podem ser calculadas
analiticamente. Em geral, processos numéricos (integração tipo Gauss) conduzem a
procedimentos mais eficientes e podem ser usadas com funções de interpolação de ordem
mais elevada. O caso especial ξi ∈ Γj requer cuidados especiais devido à singularidade em r =
0.
Nos casos normais em que ξi ∉ Γj, as integrais são calculadas como:
kk
K
k
NpwJdJNpdNpj
)*(**~~1 ~
1
1~~~~
=−
≅= ηΓΓ
(7. 109)
e
kk
K
k
NuwJdJNudNuj
)*(**~~1 ~
1
1~~~~
=−
≅= ηΓΓ
(7. 110)
onde k é o número total de pontos de integração e wk é o peso associado ao k’esimo ponto.
Da aplicação de (7. 106) a todos os NN pontos nodais funcionais, um sistema de
2NN equações é encontrado.
~~~
^
~~)( pGuHC =+ (7. 111)
304
onde os vetores ~~peu contém os valores de deslocamento e de força de superfície em todas os
pontos nodais (funcionais) e a matriz quase diagonal ~C pode ser incorporada à matriz
^
~H para
forma a matriz~H :
^
~~~HCH += (7. 112)
Assim o sistema de equações pode ser escrito como:
~~~~pGuH = (7. 113)
As submatrizes da diagonal de ~H que correspondem aos coeficientes )(ξijC mais os valores
principais de Cauchy podem ser calculados através da imposição da condição de que
translações de corpo rígido correspondem as forças de superfícies nulas.
=
+
0000
4
3
2
1
4441
31
21
14131211
4
3
2
1
4
3
2
1
u
u
u
u
hh
h
h
hhhh
u
u
u
u
C
C
C
C
(7. 114)
Portanto, adotando-se duas translações independentes 1iiu δ= e 2iiu δ= , a
seguinte relação, válida para corpo finitos, é obtida:
),...,2,1(0~~~1
NNpuHqpq
NN
q
===
(7. 115)
Onde pq
H~
representa as submatrizes (2 x 2) de ),...2,1(e~~~
NNqIuHq
== .
Sendo ~I a matriz identidade de ordem 2.
A equação (7. 115) permite o cálculo indireto das submatrizes da diagonal de ~H
na forma:
),...,2,1()(1 ~~
NNHHq
NN
q q=−=
≠= α
αααα
(7. 116)
A expressão (7. 116) é válida par corpos finitos.
305
Para corpos ou regiões infinitas, no entanto, deve-se observar que como
)1(~
ϑ=q
u é constante, as condições de regularidade são violadas. Consequentemente, deve-
se considerar, nesse caso:
0)(),(*lim)(),(*)()(0
=++ →XdXpXdXpuuC ijijjjij ΓξΓξξξ
ρΓρ
Γ
(7. 117)
onde uj corresponde a uma translação qualquer de corpo rígido e ξ ∈ Γ .
Figura - 7. 12.
Como pij*(ξ,X) corresponde as cargas unitárias positivas aplicadas na direção “i”,
a condição de equilíbrio na região Ω* + Γ* conduz a:
ijij XdXp δΓξρΓ
ρ−=→
)(),(*lim0
(7. 118)
A substituição de (7. 118) em (7. 117) para as translações adotadas anteriormente
produz o seguinte resultado após a discretização:
),...,2,1()(1 ~~~
NNHIHq
NN
q q=−=
≠= α
αααα
(7. 119)
As expressões (7. 116) e (7. 119) fornecem uma maneira indireta de calcular
αα~H , sem necessidade do cálculo analítico dos coeficientes Cij(ξ) e dos valores principais de
Cauchy.
Após a aplicação das NN condições de contorno, o sistema de equações (7. 113)
representado pela equação (7. 106) pode ser reordenado na forma:
306
~~~fyA = (7. 120)
Onde ~A é uma matriz cheia e não simétrica de ordem 2NN, o vetor
~y é formado pelos
valores nodais incógnitos de deslocamento e força de superfície e a contribuição dos valores
prescritos está incluída no vetor ~f
~~~~qGuH = (7. 121)
E
~~~fyA = (7. 122)
(O Programa BEASY – Elementos de Contorno)
Finalmente, cabe observar que, no caso de corpos finitos, a matriz ~H é singular
pois
~~~0=uH (7. 123)
admite soluções não triviais que correspondem a movimentos de corpo rígido.
No caso de corpos infinitos, por exemplo: cavidades, nos quais se admite que as
condições de regularidade são satisfeitas, os movimentos de corpo rígido não são mais livres
e, consequentemente, ~H não é mais singular.
Elemento Constante 2D
Figura - 7. 13. Elemento linear com o ponto de colocação ξ coincidente com o ponto de colocação.
307
~~ 21
)( IC =ξ (matriz identidade 2 x 2) (7. 124)
Neste caso tem-se:
[ ]
==
=
j
j
i
i
mj
x
x
x
x
NINIxMx
xx
2
1
2
1
2~
1~
)(
~~2
1
~
)( (7. 125)
==
=12
11
~
)(
~~2
1
~
)(
u
uIuN
u
uu mj (7. 126)
==
=12
11
~
)(
~~2
1
~
)(
p
pIpN
p
pp mj (7. 127)
2l
J = (7. 128)
Quando ξ ∈ Γj, tem-se:
*2
*2
*2
*1
1
1 ~
1
1~~~~22~
k
K
kk
xpw
ldp
ldIp
ldNp
j
=−−
≅=== ηηΓηΓ
(7. 129)
*2
*2
*2
*1
1
1~
1
1~~~~22~
k
K
kk
xuw
ldu
ldIu
ldNuq
j
=−−
≅=== ηηΓΓ
(7. 130)
Quando ξ ∈ Γj, tem-se:
=j
dpΓ
Γη *~~
sentido o valor principal de Cauchy (7. 131)
308
=j
duqΓ
Γ*~~
singularidade logarítmica (7. 132)
OBERVAÇÃO: No caso de elementos constantes, momentos de corpo rígido provocam,
erradamente, esforço. Isto se dá devido ao fato da geometria do elemento ser interpolada com
funções de ordem superior à das incógnitas.
7.5.8 - Sub-Regiões
No caso em que o corpo não é homogêneo mas apresenta regiões homogêneas ou
o corpo é esbelto e necessita da subdivisão em regiões para evitar mau condicionamento do
sistema de equações.
Figura - 7. 14. Separação do Domínio em Sub-Domínios ou Sub-Regiões e Sub-Contornos.
Γ1 e Γ2 são respectivamente, os contornos externos das regiões 1 e 2. ΓI é a
interfaces entre elas.
Pode-se formular o método dos elementos de contorno para cada região em
separado.
Região 1:
=
1
~
1
~1
~
1
~1
~
1
~1
~
1
~
I
II
I p
pGG
u
uHH (7. 133)
1
~u , 1
~p : Deslocamentos e forças de superfície no contorno Γ1.
309
1
~ Iu , 1
~ Ip : Deslocamentos e forças de superfície no contorno ΓI, admitindo que ΓI é a parte do
contorno de Ω1.
De forma análoga temos:
Região 2:
=
2
~
2
~2
~
2
~2
~
2
~2
~
2
~
I
II
I p
pGG
u
uHH (7. 134)
2
~u , 2
~p : Deslocamentos e forças de superfície no contorno Γ1.
2
~ Iu , 2
~ Ip : Deslocamentos e forças de superfície no contorno ΓI, admitindo que ΓI é a parte do
contorno de Ω2.
Pode-se admitir que as duas regiões estão unidas aplicando-se as:
a) Condições de compatibilidade
IIIuuu~
2
~
1
~== (7. 135)
b) Condições de equilíbrio
IIIppp~
2
~
1
~=−= (7. 136)
Consequentemente a equação (7. 133) pode ser escrita como:
1
~
1
~
~
~
1
~1
~
1
~
1
~pG
p
u
u
GHH
I
III=
− (7. 137)
E a equação (7. 134) como:
2
~
2
~
~
~
2
~2
~
2
~
2
~pG
p
u
u
GHH
I
III=
− (7. 138)
As equações (7. 137) e (7. 138) podem ser escritas juntas na forma:
310
=
−
2
~
1
~2
~
1
~
2
~
~
~
1
~
2
~~
1
~
1
~
1
~
0
0
00
0
p
p
G
G
u
p
u
u
GH
GHH
I
I
I
II (7. 139)
O sistema de equações (7. 139) pode, agora, ser reordenado de acordo com as condições de
contorno conhecidas e Γ1 e Γ2, sendo reescrito como:
~~~fyA = (7. 140)
OBS:
1) Notar que I
u~
e I
p~
são sempre incógnitas do problema e que a matriz ~A é em banda.
2) O cálculo de deslocamento e tensão em pontos internos é possível integrando apenas o
contorno da região à qual o ponto pertence.
3) O uso de interpolação sobre as interfaces pode piorar os resultados.
7.5.9 – Propriedades de Simetria
No caso de corpos simétricos sujeitos a carregamentos também simétricos, pode-
se discretizar apenas um quarto do corpo a aplicar as condições de simetria no contorno
inteiro (por meio dos eixos de simetria).
Figura - 7. 15. Problema real de simetria de ordem dois e quatro
311
Figura - 7. 16. Simulação da Simetria de um problema real
Alternativamente, pode-se discretizar o contorno de todo o corpo.
Figura - 7. 17.
O seguinte sistema de equações pode ser escrito como:
=
4~
3~
2~
1~
44~43~42~41~
34~33~32~31~
24~23~22~21~
14~13~12~11~
4
3
2
1
44~43~42~41~
34~33~32~31~
24~23~22~21~
14~13~12~11~
p
p
p
p
GGGG
GGGG
GGGG
GGGG
u
u
u
u
HHHH
HHHH
HHHH
HHHH
(7. 141)
Onde:
1) ij
H~
ou ij
G~
são submatrizes que multiplicam os valores nodais do contorno da região j
quando a carga unitária ou o ponto fonte está em pontos nodais da região i.
312
2) ~
ju ou ~
jp são subvetores que contém os valores nodais ao longo do contorno da região j
do corpo.
As matrizes podem ser condensadas da seguinte forma:
1) 12~
H (12~
G ) os termos que multiplicam )( xx pu têm os sinais trocados e 12~
H (12~
G ) é
somada com 11~
H (11~
G )
2) 13~
H (13~
G ): os sinais são trocados e as submatrizes somadas com 11~
H (11~
G )
3) 14~
H (14~
G ) os termos que multiplicam )( gg pu têm sinais trocados e 14~
H (14~
G ) é
somada com 11~
H (11~
G ).
obtém-se então:
11~11~1~11~'' pGuH = (7. 142)
onde 11~11~' e ' GH e são as matrizes que correspondem a
11~11~ e GH após as operações
descritas anteriormente.
Notar que as dimensões correspondem ao contorno da região (1) apenas.
Figura - 7. 18.
Portanto, pode-se sempre integrar automaticamente sobre elementos refetidos e
montar diretamente as matrizes reduzidas.
313
OBS:
1) Notar que a matriz 11~'H não é mais singular, pois da imposição das condições de simetria
está atendida implicitamente.
Ao comparar as duas opções, tem-se;
a) b)
Figura - 7. 19.
Ainda que o caso a) resulte em uma matriz menor, nem sempre é o mais
econômico, pois deve-se integrar sobre elementos refletidos.
Os resultados de a) são diferentes dos de b), devido as aproximações introduzidas
ao longo dos eixos de simetria em b)
2) A simulação da simetria através da imposição de condições de contorno adequadas nos
eixos de simetria introduz aproximações ao longo dos eixos. Consequentemente, resultados
numéricos são observados em análises realizadas com a simulação e com técnica de
condensação das matrizes.
3) Em termos de programação, geralmente é mais eficiente refletir o nó singular e trocar o
sinal das matrizes dos elementos onde for necessário ao invés de refletir os elementos. Nesse
caso não é necessária a troca da conectividade dos elementos na reflexão.
314
Figura - 7. 20.
7.5.10 - Problema da placa com um furo
Este problema será resolvido como exercício.
Figura - 7. 21. Placa infinita com um furo no meio.
315
Capítulo – VIII
APLICAÇÕES PRÁTICAS EM ELASTICIDADE
RESUMO
Neste capítulo será visto a formulação integral básica da Teoria da Elasticidade, a
Lei de Hooke, para a solução de problemas práticos de uma Placa Plana com furo circular, de
uma Cavidade Circular em um meio infinito e de uma Viga Parede pelo Método dos
Elementos de Contorno e o estabelecimento da sua Implementação Numérica, tanto para
regiões finitas como infinitas.
8. 1 – Objetivos do capítulo
i) Resolver um problema prático de Método de Elementos de Contorno aplicado
ao problema de uma cavidade circular, de uma placa e de uma viga parede.
ii) Utilizar um programa fonte para avaliar os resultados obtidos numericamente e
duplicar a malha e comparar os resultados.
iii) Aprender a utilizar uma ferramenta computacional de cálculo numérico tais
como o FORTRAN, ou outra qualquer.
iv) Avaliar os resultados obtidos pela entrada e a saídas de dados.
8. 2 – Introdução
Para exercitar a utilização do Método dos Elementos de Contorno, vamos resolver
alguns problemas práticos de nível acadêmico. Considere uma Placa Plana com Furo, uma
Cavidade Circular em um meio infinito e uma Viga Parede, onde cada um deles possui
316
condições de contorno tais que alguns valores no contorno são prescritos e outros serão
calculados. Para esta situação vamos considerar as condições dadas a seguir.
8. 3 – Problema da Placa Plana com furo circular de raio r = 5,0 resolvido pelo Método dos Elementos de Contorno
8.3.1 – Apresentação do Problema Placa Plana com furo
O problema proposto consiste em realizar uma análise elástica, através do Método
de Elementos de Contorno, para uma placa retangular contendo um furo circular, sujeita a um
carregamento distribuído como ilustrado na Figura - 8. 1 a seguir.
Figura - 8. 1 -Geometria e carregamento da peça em análise como exemplo de um domínio finito. (produzida originalmente por Raphael Scuciato)
O objetivo da análise é determinar a influência da discretização adotada para as
malhas de Elementos de Contorno sobre os valores de deslocamentos e tensões obtidos. Para
tal, a análise será realizada utilizando-se duas malhas com números de elementos diferentes
com vistas a obter-se uma comparação quantitativa e qualitativa dessa influência.
Por tratar-se de uma análise de cunho didático, todas as grandezas envolvidas no
problema foram tratadas de maneira adimensional. A seguir são apresentados os dados
necessários à resolução do problema:
317
Dimensões da Cavidade Circular:
Largura da chapa: 20,0;
Altura da chapa: 36,0;
Espessura: 1,0
Diâmetros do furo: 5,0;
Carregamento distribuído: 50,0;
Módulo de elasticidade longitudinal: 7000,0;
Módulo de Poisson: 0,3;
8.3.2 - Metodologia de Análise do Problema
A análise será realizada considerando-se estado plano de tensões, e será utilizado
um programa acadêmico de Método de Elementos de Contorno, denominado BINN em
linguagem FORTRAN 77, destinado a estudos de problemas elastoplásticos bidimensionais.
8.3.3 – Consideração da Simetria da Peça na Análise Elástica
Como a peça apresenta dupla simetria (horizontal e vertical), se fará uso deste
aspecto para simplificar a entrada de dados do programa, conforme mostra a Figura - 8. 2.
Figura - 8. 2 - Consideração da simetria da peça na análise elástica
318
Os próximos itens apresentam detalhadamente as entradas de dados de cada malha
utilizada na análise em questão.
8.3.4 – Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo
O contorno do corpo foi discretizado em elementos retos de funcionalidade
constante, para a realização do cálculo, conforme mostra a Figura - 8. 3.
Figura - 8. 3 - Discretização do contorno da considerando a simetria do desenho da Malha Original da Placa Plana com furo circular (produzida originalmente por Rapahel Scuciato).
Um arquivo de entrada de dados foi gerado conforme a diretrizes do programa
BINN e de acordo com a Figura - 8. 3.
319
8.3.5 – Arquivo de Entrada de Dados da Placa Plana com furo para o Programa BINN na forma da malha Original
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo: ???9A9A/6:D+6+DA+'+E???
" "
!
! .
..
!
"!. ".
!
" "
. ! "
"
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320
! . ""
" ! ..
.
!
! " .
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.
!
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" .
! .
"
"
.
321
8.3.6 - Desenho da Malha Origina da Placa Plana com furo circular
Após a entrada de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 4.
Figura - 8. 4 - Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo circular (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno)
322
8.3.7 - Arquivo de Saída de Dados da Placa Plana com furo circular para o Programa BINN na forma Original
O arquivo de saída de dados segue o formato das tabelas abaixo: ???3606067A/36706/36+/6??????9A0669+6#A??????A7369A736#'0/76/A??????9A9A/6:D+6+DA+'+E???/D+60A/367E"/D+60ADA7E/D+60/67066/36+/6E/D+6096/367/3+/67E"73+396E696706307F73069A/603/76/A7A739+69+007063+A
E !
3 E
7& E
96776/ E
676 E
98 E 66+0/07067/67066/36+/6
/6 = &
! .
..
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"!. ".
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"
"
"
"
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323
66+0/0706796/367/3+/67
96/3 = &
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" ! ..
. /67066/36+/696/367/3+/67/6)7*=6)7*073+
G= G&
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"
.
./0/067A/367
A /G /G A
324
!
! " .
" .
.
!
! "
" .
! .
" /D+6=603+67E/+/360+,EG:36+06/5+,/EGH:6+707D9G9+7+37
/67 3= 3&
"
.
/3,+6067A/367F/3,+607ADA7F?:36+0+,EG?/6G3+67E?07A6/367:6+707D9G/66/36+/6
/6 D 5 3= 3&
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325
3/7670:6+679A737/67/67066/36+/696/367/3+/67
/6293 7= 7=& 7& 9= 9=& 9&
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326
8.3.8 – Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo Circular Deformada
Após a saída de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 5.
Figura - 8. 5 – Desenho da Malha Original Deformada (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno)
.
327
8. 4 – Problema da Cavidade com Pressão Uniforme – 12 Elementos resolvido pelo Método dos Elementos de Contorno
8.4.1 –Apresentação do Problema da Cavidade com Pressão
O problema proposto consiste em realizar uma análise elástica, através do Método
de Elementos de Contorno, para uma cavidade circular sujeita a uma pressão interna como
ilustrado na Figura - 8. 6 a seguir.
Figura - 8. 6 - Geometria e Carregamento da Cavidade com Pressão em Análise com um exemplo de domínio infinito (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
O objetivo da análise é determinar a influência da discretização adotada para as
malhas de Elementos de Contorno sobre os valores de deslocamentos e tensões obtidos. Para
tal, a análise será realizada utilizando-se duas malhas com números de elementos diferentes
com vistas a obter-se uma comparação quantitativa e qualitativa dessa influência.
Por tratar-se de uma análise de cunho didático, todas as grandezas envolvidas no
problema foram tratadas de maneira adimensional. A seguir são apresentados os dados
necessários à resolução do problema:
Dimensões da Cavidade Com Pressão:
Diâmetro da cavidade: 5,0;
Espessura: 1,0
Pressão interna: 50,0;
Módulo de elasticidade longitudinal: 7000,0;
Módulo de Poisson: 0,3;
328
8.4.2 - Metodologia de Análise do Problema
A análise será realizada considerando-se estado plano de deformações, e será
utilizado um programa acadêmico de Método de Elementos de Contorno, denominado BINN
em Linguagem FOTRAN 77, destinado a estudos de problemas elastoplásticos
bidimensionais.
8.4.3 – Consideração da Simetria da Cavidade com Pressão na Análise Elástica
Como a peça apresenta dupla simetria, se fará uso deste aspecto para simplificar a
entrada de dados do programa, conforme mostra Figura - 8. 7.
Figura - 8. 7 - Discretização do contorno da considerando a simetria do desenho da Malha Original da Cavidade com Pressão mas sem Deformação (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
Os próximos itens apresentam detalhadamente as entradas de dados de cada malha
utilizada na análise em questão.
329
8.4.4 - Arquivo de Entrada de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Original
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo:
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8.4.5 – Desenho da Malha Original da Cavidade Com Pressão mas sem Deformação
Após a entrada de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 8.
Figura - 8. 8 - Desenho da Malha Original da Cavidade com Pressão mas sem Deformação (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
332
8.4.6 - Arquivo de Saída de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Original
O arquivo de saída de dados segue o formato das tabelas abaixo:
???3606067A/36706/36+/6??????9A0669+6#A??????A7369A736#'0/76/A??????50069+77J6D/:6+'A/367???/D+60A/367E/D+60ADA7E/D+60/67066/36+/6E/D+6096/367/3+/67E73+396E696706307F73069A/603/76/A7A739+69+007063+A
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8.4.7 – Desenho da Malha Original da Cavidade com Pressão Deformada
Após a saída de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 9.
Figura - 8. 9 - Deformação da Malha Original. Deformada (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
337
8. 5 – Problema da Viga de Parede resolvido pelo Método dos Elementos de Contorno
8.5.1 – Apresentação do Problema da Viga Parede
O problema proposto consiste em realizar uma análise elástica, através do Método
de Elementos de Contorno, para uma viga parede com geometria e carregamento ilustrados na
figura a seguir.
Figura - 8. 10 - Geometria e carregamento da peça em análise (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
O objetivo da análise é determinar a influência da discretização adotada para as
malhas de Elementos de Contorno sobre os valores de deslocamentos e tensões obtidos. Para
tal, a análise será realizada utilizando-se duas malhas com números de elementos diferentes
com vistas a obter-se uma comparação quantitativa e qualitativa dessa influência. Temos
também como objetivo de análise determinar o deslocamento nos pontos de contorno da viga
e compará-lo com os valores teóricos determinado pela teoria de viga simples de Euler-
Bernoulli e pela teoria da viga parede de Timoshenko.
Por tratar-se de uma análise de cunho didático, todas as grandezas envolvidas no
problema foram tratadas de maneira adimensional. A seguir são apresentados os dados
necessários à resolução do problema:
Dimensões da Viga Parede:
L = Comprimento da viga: 10,0;
h = Altura da viga: 2,5;
b = Espessura da viga: 1,0;
q = Carregamento distribuído: 5,0;
E = Módulo de elasticidade longitudinal: 7000,0;
ν = Módulo de Poisson: 0,3;
338
8.5.2 - Metodologia de Análise do Problema
A análise será realizada considerando-se estado plano de tensões, e será utilizado
um programa acadêmico de Método de Elementos de Contorno, denominado BINN em
Linguagem FORTRAN 77, destinado a estudos de problemas elastoplásticos bidimensionais.
8.5.3 - Esquema de Análise da Malha Original da Viga Parede
Figura - 8. 11 - Esquema de Análise da Malha Original da Viga Parede (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
8.5.4 – Desenho da Malha Original da Viga Parede sem Deformação
Figura - 8. 12 – Desenho da Malha Original da Viga sem Deformação (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
339
8.5.5 – Consideração da Simetria da Viga na Análise Elástica
Como a peça apresenta dupla simetria, se fará uso deste aspecto para simplificar a
entrada de dados do programa.
Figura - 8. 13 - Consideração da Simetria da Viga na Análise Elástica (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
8.5.6 – Desenho da Malha Original da Viga sem Deformação com Simetria
Figura - 8. 14 - Discretização do contorno da considerando a simetria da Viga na Análise Elástica (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
Os próximos itens apresentam detalhadamente as entradas de dados de cada malha
utilizada na análise em questão.
340
8.5.7 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original sem Simetria
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo: ???5,9+0773+???
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342
8.5.8 - Desenho da Malha Original da Viga Parede sem Simetria
Após a entrada de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 15.
Figura - 8. 15 - Desenho da Malha Original da Viga Parede sem Simetria (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
343
8.5.9 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original sem Simetria
O arquivo de saída de dados segue o formato das tabelas abaixo:
???3606067A/36706/36+/6??????9A0669+6#A??????A7369A736#'0/76/A??????5,9+0773+???/D+60A/367E/D+60ADA7E/D+60/67066/36+/6E"/D+6096/367/3+/67E73+396E696706307F73069A/603/76/A7A739+69+007063+A
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8.5.10 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original com Simetria
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo: ???5,9+0673+???
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8.5.11 - Desenho da Malha Original da Viga Parede com Simetria
Após a entrada de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 16.
Figura - 8. 16 - Desenho da Malha Original da Viga Parede com Simetria (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
351
8.5.12 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Original com Simetria
O arquivo de saída de dados segue o formato das tabelas abaixo: ???3606067A/36706/36+/6??????9A0669+6#A??????A7369A736#'0/76/A??????5,9+0673+???/D+60A/367E/D+60ADA7E/D+60/67066/36+/6E/D+6096/367/3+/67E 73+396E696706307F73069A/603/76/A7A739+69+007063+A
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8.5.13 - Desenho da Malha Original da Viga Deformada
Após a saída de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostram as Figura - 8. 17 e Figura - 8. 18.
Figura - 8. 17 - Deformação da Malha Original da Viga Deformada com Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
Figura - 8. 18 - Deformação da Malha Original da Viga Deformada com Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
357
8. 6 – Alteração do programa BINN de cálculo pelo Método de Elementos de Contorno para o Problema Elástico
8.6.1 – Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular
A malha original foi duplicada conforme mostra Figura - 8. 19.
Figura - 8. 19 - Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular (produzida por Lucas Máximo Alves).
358
8.6.2 – Arquivo de Entrada de Dados da Placa Plana com furo circular para o Programa BINN na forma da Malha Duplicada
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo:
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8.6.3 - Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular
Após a entrada de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 20.
Figura - 8. 20 - Desenho da Malha Original da Placa Plana com furo circular duplicada (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
362
8.6.4 - Arquivo de Saída de Dados da Placa Plana com furo circular para o Programa BINN na forma Duplicada
O arquivo de saída de dados segue o formato das tabelas abaixo:
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368
8.6.5 – Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular Deformada
Após a saida de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 21
Figura - 8. 21 – Desenho da Malha Duplicada da Placa Plana com furo circular Deformada (10x).
369
8.6.6 - Desenho da Malha Duplicada da Cavidade com Pressão para o Programa BINN
A malha original foi duplicada conforme mostra Figura - 8. 22.
Figura - 8. 22 - Desenho da Malha Duplicada da cavidade com Pressão (produzida originalmente por Raphael Scuciato).
370
8.6.7 – Arquivo de Entrada de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Duplicada
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo: ???50069+77J6D/:6+'A/367?????????
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8.6.8 – Desenho da Malha da Cavidade com Pressão na forma Duplicada
Após a entrada de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 23.
Figura - 8. 23 - Desenho da Malha Duplicada da cavidade com Pressão (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
373
8.6.9 - Arquivo de Saída de Dados da Cavidade com Pressão para o Programa BINN na forma Duplicada
O arquivo de saída de dados segue o formato das tabelas abaixo:
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378
8.6.10 – Desenho da Malha da Cavidade com Pressão na forma Duplicada
Após a saída de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 24.
Figura - 8. 24 - Desenho da Deformação Malha Duplicada da Cavidade com Pressão (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
379
8.6.11 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga sem Simetria
A malha da viga parede foi duplicada de acordo com a Figura - 8. 25.
Figura - 8. 25 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga Parede sem Simetria (produzida por Lucas Máximo Alves).
380
8.6.12 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada sem Simetria
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo:
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8.6.13 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga com Simetria
A malha da viga parede foi duplicada de acordo com a Figura - 8. 26.
Figura - 8. 26 - Esquema de Análise da Malha Duplicada da Viga Parede com Simetria.
385
8.6.14 - Arquivo de Entrada de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada com Simetria
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo:
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8.6.15 - Desenho da Malha Duplicada
Após a entrada de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra a Figura - 8. 27.
Figura - 8. 27 - Desenho da Malha Duplicada da Viga (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
389
8.6.16 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada sem Simetria
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo:
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396
8.6.17 - Arquivo de Saída de Dados da Viga para o Programa BINN na forma Duplicada com Simetria
O arquivo de entrada de dados segue o formato das tabelas abaixo: ???3606067A/36706/36+/6??????9A0669+6#A??????A7369A736#'0/76/A??????5,9+0673+???/D+60A/367E/D+60ADA7E/D+60/67066/36+/6E/D+6096/367/3+/67E 73+396E696706307F73069A/603/76/A7A739+69+007063+A
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402
8.6.18 - Desenho da Malha Duplicada e Deformada
Após a saída de dados o arquivo texto contendo as tabelas de dados foi utilizado
para gerar o corpo deformado por meio de um programa gerado em DELPHI 6.0, conforme
mostra as Figura - 8. 28 e Figura - 8. 29.
Figura - 8. 28 - Desenho da Malha Duplicada da Viga Parede Deformada sem Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno)..
Figura - 8. 29 - Desenho da Malha Duplicada da Viga Parede Deformada com Simetria (1x) (gerado pelo software FRACMATERIAL especialmente desenvolvido pelo autor para resolver problemas de Método dos Elementos de Contorno).
403
8.6.19 - Comparação dos Resultados dos Deslocamentos dos Corpos
A tabela a seguir apresenta uma comparação dos resultados obtidos para o
deslocamento no contorno da placa com furo central contra os valores teóricos determinados
pela teoria elástica linear.
Tabela - VIII. 1.Análise dos Resultados para uma Placa com Furo de Raio = 5,0
Malha 1 (Original) Malha 2 (Duplicada) Ponto Deformação Ponto Deformação I!!)D*
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PLACA COM FURO DE RAIO = 5,0
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A tabela a seguir apresenta uma comparação dos resultados obtidos para o
deslocamento no contorno da cavidade com pressão uniforme contra os valores teóricos
determinados pela teoria elástica linear.
Tabela - VIII. 2. Análise dos Resultados para uma Cavidade com Pressão Uniforme
Malha 1 (Original) Malha 2 (Duplicada) Ponto Deformação Ponto Deformação ')D*
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CAVIDADE COM PRESSÃO UNIFORME
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A tabela a seguir apresenta uma comparação dos resultados obtidos para o
deslocamento no centro da viga contra os valores teóricos determinados pela teoria de viga
simples e pela teoria de viga de Timoshenko.
404
Tabela - VIII. 3. Análise dos Resultados para uma Viga Parede sem Simetria
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Tabela - VIII. 4. Análise dos Resultados para uma Viga Parede com Simetria
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onde o momento de Inércia I para um ponto central da viga é:
12
3bhI = (8. 1)
e para um ponto acima ou na base da viga vale
3
3bhI = (8. 2)
405
Capítulo – IX
CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. 1 – Quanto aos Resultados dos Cálculos da Placa Plana
O problema da placa plana foi resolvido “no braço”, analítica e numericamente
utilizando o MAPLE 9.0, a planilha de EXCEL 2003 e um programa desenvolvido e DELPHI
6.0 e comparados com o Programa POCONBE fornecido pelo livro do Brebbia.
A duplicação dos pontos de Gauss de 2 para 4 pontos apresentaram resultados
mais precisos.
A alteração do Programa POCONBE utilizando um cálculo que dependesse da
distância relativa dos elementos do contorno também mostrou resultados levemente mais
precisos sensíveis apenas na segunda casa decimal.
9. 2 – Quanto aos Resultados dos Cálculos da Elasticidade
Os problemas foram resolvidos numericamente utilizando um programa
denominado BINN desenvolvido em Linguagem FORTRAN 77.
A alteração do Programa BINN para comportar a duplicação dos pontos foi
necessária quanto ao dimensionamento das matrizes e vetores do programa. A duplicação dos
pontos da malha apresentaram resultados mais precisos.
Os resultado numéricos obtidos foram comparados com os resultados analíticos
obtidos pela teoria de vigas simples (Euler-Bernoulli) e pela teoria de vigas de Timoshenko.
Para pontos do contorno os resultados foram próximos. Para pontos fora do contorno isto é no
interior do corpo não foi possível comparar porque o programa BINN não está configurado
para calcular pontos internos.
406
9. 3 – Quanto ao curso de Método de Elementos de Contorno
O curso de Método dos Elementos de Contorno I e II contém uma alta densidade
de informações para serem digeridas em 3 meses apenas. Contudo, todo o esforço foi feito
para que o estudante de doutorado pudesse vencer suas barreiras pessoais no aprendizado no
que diz respeito à utilização de linguagens de programação. Embora o estudante possua quase
nenhuma experiência em FORTRAN, essa dificuldade foi compensada pela utilização de uma
linguagem substituta o DELPHI 6.0 para resolução dos exercícios de programação requeridos
na disciplina.
407
Referências Bibliográficas
BREBBIA, : C. A. and DOMINGUEZ, J. “Boundary Elements, An Introductory Course”, 2nd
Edition, Computatonal Mechanics Publications, McGraw-Hill Book Company
SCUCIATO, Raphael Fernando, TC 705 Trabalho de Método de Elementos de Contorno I,
vol. I , II, e III, UFPR, Curitiba 2005.
TIMOSHENKO, Stephen P, GERE, J. E, Mecânica dos Sólidos vol. I. Livros Técnicos e
Científicos Editora S. A. 1983.
- Cheng, Alexander H-D & Cheng, Daisy T., “Heritage and early history of the boundary
element method”, Engineering Analysis with Boundary Elements 29 (2005), 268-302.
408
Apêndices A. 1 – Cálculo Analítico das Matrizes Hij e Gij
A.1.1 – Cálculo das Matrizes Singulares Hii e Gii usando o Maple – 9.0
> restart: > x:=xa*phi_a+xb*phi_b;
> y:=ya*phi_a+yb*phi_b;
> phi_a:=(1-eta)/2;
> phi_b:=(1+eta)/2;
> x:=xa*phi_a+xb*phi_b;
> y:=ya*phi_a+yb*phi_b;
> x:=(xa+xb)/2 + (xb-xa)*eta/2;
> y:=(ya+yb)/2+(yb-ya)*eta/2;
409
> xo:=(xa+xb)/2;
> yo:=(ya+yb)/2;
> lx:=(xb-xa);
> ly:=(yb-ya);
> restart: > x:=xo+lx*eta/2;
> y:=yo+ly*eta/2;
> r(eta):=sqrt((x-xo)^2+(y-yo)^2);
> r(eta):=abs(l*eta/2);
> drdn(eta):=(nx*x+ny*y)/r(eta);
> drdn(eta):=dinj/r(eta);
> d_Gamad_eta:=l/2;
410
> z(eta):=-1*drdn(eta)*d_Gamad_eta/(2*Pi*r(eta)); >
> H:=int(z(eta),eta=-1..+1);
> G:=-1/(2*Pi)*int(ln(r(eta)*d_Gamad_eta),eta=-1..+1);
> evalf(G);
411
A.1.2 – Cálculo das Matrizes Não-Singulares Hij e Gij usando o Maple – 9.0
> restart: > > x:=xa*phi_a+xb*phi_b;
> y:=ya*phi_a+yb*phi_b;
> phi_a:=(1-eta)/2;
> phi_b:=(1+eta)/2;
> > x:=xa*(1-eta)/2+xb*(1+eta)/2;
> > y:=ya*(1-eta)/2+yb*(1+eta)/2;
> x:=(xa+xb)/2 + (xb-xa)*eta/2;
> y:=(ya+yb)/2+(yb-ya)*eta/2;
> lx:=(xb-xa);
> ly:=(yb-ya);
> l:=sqrt(lx^2+ly^2);
> restart; > x:=xj+lx*eta/2;
412
> y:=yj+ly*eta/2;
> d_Gamad_eta:=l/2;
> > r(eta):=((x-xo)^2+(y-yo)^2)^(1/2);
> r(eta):=((ax+rx*eta)^2+(ay+ry*eta)^2)^(1/2);
> > > > r(eta):=(A+B*eta+C*(eta^2))^(1/2);
> > simplify(r(eta),symbolic);
> dinj:=(nx*x+ny*y);
> drdn(eta):=dinj/r(eta);
> z(eta):=-1*drdn(eta)*d_Gamad_eta/(2*Pi*r(eta)); >
413
> H:=int(z(eta),eta=-1..+1);
> G:=-1/(2*Pi)*int(d_Gamad_eta*ln(r(eta)),eta=-1..+1); >
414
>
415
A. 2 – Listagem fonte do programa POCONBE Original
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A. 3 – Listagem fonte do programa POCONBE Modificado
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427
A. 4 – Listagem fonte do programa POTENCIAL CONSTANTE
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430
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431
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432
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433
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434
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435
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436
A. 5 – Informativo das Variáveis do programa BINN Original
I – Variáveis
infinito contorno:1
finito contorno::(I1) 1NFB
φ
ITECH (I1) = 1 : variável utilizada na plasticidade: método de resolução
NE (I3) : numero de elementos
NC (I5) : numero de células = φ
NN (I5) : número de nós do contorno
NP (I5) : número de pontos internos
==
deformaçãode planoestado:2
tensãode planoestado:1:(I5) IPL
simetria dupla :3y em simetria :2
xem simetria :1simetria sem :
simetria:(I5) IDSYM
φ
ticaelastoplás análise :2
elástica análise:1:(I5) IPROB
II – Variáveis
IYIED (I5) : critério de escoamento (plasticidade)
E (F1φ.φ) : módulo de elasticidade longitudinal
ET (F1φ.φ) : plasticidade
SY (F1φ.φ) : tensão de escoamento
PO (F1φ.φ) : coeficiente de Poisson
CC (F1φ.φ) : coesão
PHI (F1φ.φ) : ângulo de atrito interno
III – Variáveis
NI = NN + N
437
simetria de eixo ao ou nó/ponto o se indica IDUP duplo nó interno nó/ponto .don
ISYM(K) IDUP(K), Y(K)X(K), K,I(5) ).1,.(F1 (I5)
∉∈≠ φ
φφφφ
F
IV – Incidência dos elementos
final nó inicial nó nóINC(K,2) (K,1) INC K,
V –
NFIP, NDFIP, NMITR, PER, TOL NFP (I5) : n. de nós com deslocamentos prescritos NDFIP (I5) : n. de nós com forças de superfícies prescritas
ticaelastoplás análise para parâmetros ).(F1 TOL).(F1 PER
(I5) NMITR
φφφφ
VI –
NFIP vezes
(y) (x) nó
prescritou : 1livreu :
FIP FP(2K) 1),-FP(2k P(2K), 1),-P(2K K,
=φ
OBS: Admite-se, inicialmente, todo os nós com condições de contorno naturais;
deslocamentos prescritos são identificados com FP ≠ 0.
VII –
NFIP vezes
K, P(2K-1), P(2K)
438
VIII –
Pontos de Integração de elementos (NNPI(1), NNPI(2), NNPI(3)) e de células (NNPC(1),
NNPC(2), NNPC(3))
439
A. 6 – Formato do Arquivo de Entrada de Dados do Programa BINN
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9
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A. 7 – Listagem fonte do programa BINN Original
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A. 8 – Listagem fonte do programa BINN Modificado
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