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CSS - Compêndio da Seguridade Social e suas espécies. (Saúde, Assistência Social, Previdência social) – Não substitui obras afins. “Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”. Escritor francês, Voltaire. DIREITO PREVIDENCIÁRIO ou SEGURIDADE SOCIAL 1. HISTÓRIA... 1.1. EVOLUÇÃO GERAL Na Grécia, as “hetairas e os Eranos” (grupo/confrarias) eram sociedades de fins políticos, religiosos e profissionais, tinham assistência mútua entre os sócios, para também assegurar a eles a sepultura... A família romana, por meio do “poder familiar” tinha a obrigação de prestar assistência aos servos e clientes, em forma de associação, mediante contribuição de seus membros, para ajudar os mais necessitados. O exercito romano guardava duas partes do soldo da de cada membro para este ter na aposentaria, e ganhava juntamente, um pedaço de terra. A preocupação do homem com o infortúnio é de 144, ocorrendo o primeiro contrato marítimo, segundo as coberturas de risco até hoje... incêndio, roubo, furto etc.. No império Inca, havia cultivo de terras, com trabalho comum, para atender necessidades alimentares dos anciãos, doentes, inválidos e órgãos, que não tinham capacidade de produção. Assistencialismo também: Código de Hamurábi (babilônia), Não substitui obras afins. VERSÃO – 10/09/2012 / 1

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CSS - Compêndio da Seguridade Social e suas espécies.(Saúde, Assistência Social, Previdência social) – Não substitui obras afins.

“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO ou SEGURIDADE SOCIAL

1. HISTÓRIA...

1.1. EVOLUÇÃO GERAL

Na Grécia, as “hetairas e os Eranos” (grupo/confrarias) eram sociedades de fins políticos, religiosos e profissionais, tinham assistência mútua entre os sócios, para também assegurar a eles a sepultura...

A família romana, por meio do “poder familiar” tinha a obrigação de prestar assistência aos servos e clientes, em forma de associação, mediante contribuição de seus membros, para ajudar os mais necessitados.

O exercito romano guardava duas partes do soldo da de cada membro para este ter na aposentaria, e ganhava juntamente, um pedaço de terra.

A preocupação do homem com o infortúnio é de 144, ocorrendo o primeiro contrato marítimo, segundo as coberturas de risco até hoje... incêndio, roubo, furto etc..

No império Inca, havia cultivo de terras, com trabalho comum, para atender necessidades alimentares dos anciãos, doentes, inválidos e órgãos, que não tinham capacidade de produção.

Assistencialismo também:

Código de Hamurábi (babilônia),

Código de Manu (Índia) e

Na Lei das 12 Tábuas....

Inglaterra (1601) Plano editou a POOR RELIEF ACT (lei de amparo aos pobres) instituiu a contribuição obrigatória para fins sociais, consolidando outras leis de assistência pública.

O indigente tinha o direito de ser auxiliado pela paróquia.

Os juízes da Comarca tinham o poder de lançar um imposto de caridade, que seria pago por todos.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Em 1897, fora instituído o WORKMEN´S COMPENSATION ACT, criando o seguro obrigatório contra acidente de trabalho (empregador – princípio da responsabilidade objetivo), mesmo sem culpa, o empregador tinha que pagar a indenização ao obreiro.

Em 1907, fora estabelecido a assistência à velhice e acidente do trabalho.

Em 1908, fora estabelecido o OLD AGE PENSIONS ACT, pensão aos maiores de 70 anos, independente de contribuição.

Em 1911, fora estabelecido o NATIONAL INSURANCE ACT, , determinando a obrigatoriedade das contribuição pelo empregador, empregado e o Estado

(Modelo Lord Beveridge – 1941, implantado em 1946)

A seguridade social deveria ser do berço ao túmulo (Social security from de cradle to the grave).

Veio propor um programa de prosperidade política e social, garantindo ingressos suficientes para que o indivíduo ficasse acobertado por certas contingências sociais, como indigências, ou quando, por qualquer motivo, não pudesse trabalhar.

Objetivo:

Unificar os seguros sociais existentes;

Estabelecer o princípio da universalidade, para que a proteção se estendesse a todos os cidadãos e não apenas aos trabalhadores;

Igualdade de proteção; e

Triple forma de custeio, com predominância do custeio estatal.

Pilares:

Necessidade;

Doença;

Ignorância;

Carência (desamparo); e

Desemprego.

Modelo Beveridgeano (SEGURIDADE SOCIAL PARA TODOS - (todos têm direito a proteção independente de contribuição)) – USA – New

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Deal (Estado do bem-estar social) 1935 “Social Security Act”; um estado democrático de direito DEVE assegurar a cada cidadão um nível de vida suficientemente digno e colocar acima de tudo o BEM-ESTAR social. A famosa seguridade social, logo, no nascimento do cidadão americano, no momento de seu registro de nascimento, como primeiro ato, tem a inscrição obrigatória na seguridade social.

França, a Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão da Constituição francesa de 1793, previa que:

A assistência pública é uma dívida sagrada. A sociedade deve sustentar os cidadãos infelizes, dando-lhes trabalho, ou assegurando os meios de subsistência aos que não estejam em condições de trabalhar” (art. 21)

A Constituição Francesa de 1848. Já estabelecia que os cidadãos deveriam ser assegurados pela Previdência. Na falta da família, socorro aos que não estejam em condições de trabalho (VIII.)

Em 1898, fora criado a assistência à velhice e aos acidentes de trabalho.

Na Alemanha, Otto Von Bismarck:

Modelo Bismarckiano (SEGURIDADE SOCIAL PARA QUEM PAGA e torna a filiação obrigatória de sociedade seguradora ou entidade de socorros mútuos por parte de todos os trabalhadores que recebessem até 2.000 marcos anuais).

15/06/1883 – lei de seguro doença (nas classes trabalhadoras).

Implementou o famoso custeio tríplice: empregadores, empregados e Estado.

06/07/1884, lei de seguro contra acidente do trabalho

Custeio: empresários.

24/06/1889, lei de seguro de invalidez e velhice

Custeio: empregadores, empregados e Estado.

A Igreja sempre se preocupou e apoiou um sistema de contribuição do empregado para que este tivesse um seguro, em caso de contingência futura. (Leão XIII 1891), (Pio XI 1931), a ideia era do solidarismo,

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

A primeira Constituição (direitos sociais, trabalhistas, econômicos e previdenciários), incluir o seguro social em seu conteúdo foi o México 1917, art. 123, XIV).

Os empresários eram responsáveis pelos acidentes do trabalho e pelas moléstias profissionais dos trabalhadores, em razão do exercício profissional ou do trabalho que executarem, pagando indenização, seja por morte, incapacidade permanente ou temporária.

A Constituição Soviética em 1918. Direito previdenciários.

A Constituição da Alemanha (Constituição de Weimar 11/08/1919)

À conservação da saúde e da capacidade para o trabalho, à proteção, à maternidade e à velhice, da enfermidade e das vicissitudes (eventualidade, acidente...) da vida (art. 161)

OIT- Organização Internacional do Trabalho – 1919 - passou a evidenciar a necessidade de um programa sobre previdência social, aprovando em 1921;

Convenção de nr. 12, 1921, acidente do trabalho na agricultura.

Convenção de nr. 17, 1927, indenização por acidente do trabalho.

Outras convenções: 24, 35, 37, 38, 39, 40, 123, 128, 130, e 134, instituindo programa para seguridade social

Nos estados Unidos, Franklin Roosevelt instituiu o NEW DEAL:

WELLFARE STATE (Estado do bem-estar social), após crise econômica de 1929. Contra a miséria, perturbação da vida humana (desemprego, velhice, saúde).

Em 14/08/1935, foi aprovado O SOCIAL SECURITY ACT, para ajudar os idosos e estimular o consumo, auxílio-desemprego.

Nova Zelândia – 1938 - Modelo Beveridgeano

Implantou o seguro social

Inglaterra – já tinha modelo (seguro privado, deixou de existir), mas em 1946 adotou - Modelo Beveridgeano, por causa do evento em 1942, em Londres.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

A Carta do Atlântico, de 14/08/1941, previa a previdência social, como um modelo de viver livre do temor e da miséria.

A Carta do Atlântico, primeiro documento relevante que precedeu a Organização das Nações Unidas, resultou do encontro do Presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt, com o Primeiro Ministro britânico, Winston Churchill, em agosto de 1941, no contexto das difíceis relações que permeavam a Segunda Guerra Mundial. Foi aprovada pelos estadistas em 14 de agosto de 1941, e curiosamente não foi assinada por nenhum dos dois (foi, no entanto, enviada por telégrafo à aprovação de seus respectivos governos).O Brasil aderiu aos seus princípios em 6 de fevereiro de 1943, e formalmente em 9 de abril do mesmo ano.  DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS, FEITA PELO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA E O PRIMEIRO MINISTRO DO REINO UNIDO, A 14 DE AGOSTO DE 1941, E RECONHECIDA POR CARTA DO ATLÂNTICO."Declaração conjunta do Presidente dos Estados Unidos da América, Sr. Roosevelt, e Primeiro Ministro, Senhor Churchill, representando o Governo de Sua Majestade do Reino Unido, os quais tendo se reunido, julgaram conveniente tornar conhecidos certos princípios comuns da política nacional dos seus respectivos países, nos quais se baseiam as suas esperanças de conseguir um porvir(futuro) mais auspicioso para o mundo.

Primeiro - Os seus respectivos países não procuram nenhum engrandecimento, nem territorial, nem de outra natureza.Segundo - Não desejam que se realizem modificações territoriais que não estejam de acordo com os desejos livremente expostos pelos povos atingidos.Terceiro - Respeitam o direito que assiste a todos os povos de escolherem a forma de governo sob a qual querem viver; e desejam que se restituam os direitos soberanos e a independência aos povos que deles foram despojados pela força.Quarto - Com o devido às suas obrigações já existentes, se empenharão para que todos os estados, grandes ou pequenos, vitoriosos ou vencidos, tenham acesso em igualdade de condições ao comércio e às matérias primas do mundo, de que precisem para a sua prosperidade econômica.Quinto - Desejam promover, no campo da economia, a mais ampla colaboração entre todas as nações, com o fim de conseguir, para todos, melhores condições de trabalho, prosperidade econômica e segurança social.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Sexto - Depois da destruição completa da tirania nazista, esperam que se estabeleça uma paz que proporcione a todas as nações os meios de viver em segurança dentro de suas próprias fronteiras, e aos homens em todas as terras a garantia de existências livres de temor e de privações.Sétimo - Essa paz deverá permitir a todos os homens cruzar livremente os mares e oceanos.Oitavo - Acreditam que todas as nações do mundo, por motivos realistas assim como espirituais, deverão abandonar todo o emprego da força. Em razão de ser impossível qualquer paz futura permanente, enquanto nações que ameaçam de agressão fora de suas fronteiras - ou podem ameaçar, - dispõem de armamentos de terra, mar e ar, acreditam que é impossível que se desarmem tais nações, até que se estabeleça um sistema mais amplo e duradouro de segurança geral. Eles igualmente prestarão todo auxílio e apoio a medidas práticas, tendente a aliviar o peso esmagador dos armamentos sobre povos pacíficos."

Declaração Universal dos Direitos do Homem, 1948:

Em 1948 - Término da Segunda guerra – Questão de direitos Humanos; a ONU – firmaram um importante documento: Declaração Universal dos Direitos do Homem, 1948 , O Direito a SEGURIDADE SOCIAL, direitos de todos os povos, art. 85

“Todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos, os serviços sociais indispensáveis, o direito a seguridade social no caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice, ou outros casos de perda dos meios de subsistências em circunstâncias fora de seu controle”

OIT: Também teve um papel importante na SEGURIDADE SOCIAL, 1952...tratou muito bem sobre saúde...

Em 1973...evento no CAZAQUISTÃO (O Brasil esteve presente), buscou a universalização da SEGURIDADE SOCIAL. Os países que lá estiveram discutiram as perspectivas da SEGURIDADE SOCIAL para o ano de 2000, implentar o acordado... (Modelo Beveridgeano – USA – New Deal (Estado do Bem-Estar social)1935;

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

1.2. EVOLUÇÃO BRASILEIRA

Em 1543, Brás Cubas criou um plano de pensão para os empregados da Santa Casa de Santos.

O Decreto de 01/10/1821, de Dom Pedro de Alcântara, concedeu aposentadoria aos mestres e professores, após 30 anos de serviço. Assegurou abono de ¼ dos ganhos aos que continuassem em atividade.

1888 – o decreto 9912-A – 26/03/1888. Regulou a aposentaria dos funcionários do correio. (estamos falando em previdência social), 1890....

1890 – 26/02/1890 – instituiu aposentadoria para os funcionários da estrada de ferro da central do Brasil, o decreto 221 de 26/02/1890, e o decreto 406 de 17/05/1890, estendeu este benefício para todos os empregados da estrada de ferro central do Brasil.

1890 Império: para os empregados do Ministério da Fazenda (em favor dos funcionários públicos e seus dependentes), foi criado o Seguro de Acidente de Trabalho.

A implantação do “Seguro” Social veio com a Lei 3724-25/01/1919, que tratou o Seguro de Acidente de Trabalho (Constituição da Alemanha da, manifestação da OIT)

A guerra com o Paraguai... adveio os benéficos para o dependentes de militares que morreram ....

Reconhecida como primeiro ato da previdência, foi a Lei Eloy chaves (patrono do INSS), decreto legislativo nr. 4682 – 23/01/1923.

Caixa de aposentaria e pensões para cada estrada de ferro do país (empregados: aposentadoria por morte, por invalidez e contribuição).... depois foi aumentado para cada categoria profissional.....conforme constituições.....

CF. 1824 – Preconizou a Instituição de socorros públicos para quem deles necessitasse art. 179, XXXI, a única disposição à SEGURIDADE SOCIAL

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Em 22/07/1835 – foi criado Montepio Geral dos servidores do Estado - MONGERAL; (antes da Austrália, 1845 e antes da Alemã 1883).

Decreto 2711 de 1860 regulamentou o custeio de montepios e sociedades de socorros mútuos

O Código comercial da época, regulamento nr. 737 de 25/11/1850, art. 79, garantia remuneração de 3 meses para comerciantes acidentados.

C.F. 1891 – Aposentadoria, para servidores em caso de invalidez a serviço da nação (não precisava contribuir, bastava ser servidor). A primeira a conter a palavra “APOSENTADORIA”. Art. 75.

O benefício era dado, pois não tinha contribuição, em caso de invalidez no serviço da nação.

Em 24/01/1923 decreto legislativo, n. 4682 (marco da previdência social no Brasil) – Lei Eloy Chaves (Patrono da Previdência – por causa dele dia 24 é o dia dos aposentados), institui a primeira Previdência Social, com a caixa de Aposentaria e Pensão dos Ferroviários (somente para esta categoria), em nível nacional. (Aposentaria por invalidez, pensão por morte e assistência médica).

Lei 3724/15/01/1919, tornou obrigatório o pagamento de indenização pelos empregadores em decorrência dos acidentes do trabalho sofridos por seus empregados, ainda estabeleceu o seguro para acidentes do trabalho.

C.F. 1934, art. 5º, XIX, alínea c, + art. 10, II, V – Proteções ao trabalhador: à gestante, ao idoso, ao inválido. Adotou o tríplice custeio (Estado, empregado, empregador), contribuição obrigatória, os funcionários públicos foram mais beneficiados, a primeira fez que a constituição usa a palavra PREVIDÊNCIA.

Cabia ao poder legislativo instituir normas sobre aposentadorias, art. 39, VIII, d)

Fixou a proteção social ao trabalhador.

Assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso, antes de depois do parto, sem prejuízo de salário e do emprego.

A instituição da previdência: (tríplice contribuição), a favor da velhice, da invalidez, da maternidade, acidentes do trabalho.

Aposentadoria compulsória para funcionários públicos aos 68 anos.

Poderia acumular benefício, desde que previsto em lei.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

C.F. 1937 – Nada de novidade, troca a palavra PREVIDÊNCIA por SEGURO SOCIAL. Art. 137, alíneas m e n

C.F. 1946 – Nada de novidade, Substitui a expressão SEGURO SOCIAL por PREVIDÊNCIA SOCIAL (pela primeira vez) . Art. 157, XVI

Decreto-lei 8783/46, cria o Conselho Superior da Previdência Social com a finalidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões das juntas de julgamento e revisão dos diversos institutos de previdências.

C.F. 1967, art. 189, 158 – Além do que já tinha, incluíram o seguro de acidente do trabalho no sistema previdenciário; para criação de novos benefícios, a forma de custeio deveria ser indicada.

C.F. 1969, 30/10/1969, art. 165 matéria de previdência junto com direito do trabalho – Emenda Constitucional de 1969 (alguns doutrinadores entendem que não é constituição, outros sim), nada de novidade sobre o assunto em questão.

A lei 5859/1973 Inclui o empregado doméstico como segurado obrigatório da Previdência Social etc...

A Lei 5939 de 1973 institui o salário-de-benefício do jogador de futebol profissional.

C.F1988 – SOMENTE EM 1988 O TEMA (SEGURIDADE SOCIAL Título-VIII – Da Ordem Social, Capítulo-II – Da Seguridade Social...ARTS. 194/204) TEVE UM CAPÍTULO NA CF. (FORAM INCLUÍDOS TODOS OS ITENS ACORDADOS EM 1973, evento no CAZAQUISTÃO)

O Brasil passou adotar o Modelo Beveridgeano (todos têm direito a proteção independente de contribuição) – USA – New Deal (Estado do Bem-Estar social) tratado em 1973, MAS continuou com o CUSTEIO DO MODELO Bismarckiano-Alemão, 1883) . Entretanto o Brasil ficou no misto

SEGURIDADE SOCIAL: (gênero) lei de custeio da seguridade social 8212/91

Espécies:

Saúde: todos têm direitos sem contribuição. Modelo Beveridgeano . lei 8080/1990

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Assistência Social: todos têm direitos sem contribuição. Modelo Beveridgeano.

Previdência Social: somente para quem contribui. Modelo Bismarckiano. Lei 8213/91.

Desenvolvimento da legislação previdenciário no Brasil:

1923/1933-implantação;

Caixa de Aposentaria e Pensões dos ferroviários

1933/1960 expansão; I

APM – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos;

IAPC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários

1960/1977 unificação dos Sistemas;

Para fiscalização, foi realizado o Sistema da LOPS - Lei Orgânica da Previdência Social, com isso se criou o órgão para gerenciar, o INPS – Instituto Nacional de Previdência Social.

1977-1988 reestruturação do sistema (INPS – QUE FICOU PESADO)

SINANPS - Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social:

IAPAS – Instituto de Administração da Previdência e Assistência Social, função de arrecadar, fiscalizar e normatizar contribuições previdenciárias;

INPS – Instituto Nacional da Previdência Social, função de pagar os benefícios;

INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, função, responsável de promover a saúde.

DATAPREV – função de processar os dados da Previdência Social.

FUNABEM – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor, função, responsabilidade de cuidar do menor carente;

LBA – Legião Brasileira de Assistência, para cuidar das pessoas carentes e deficientes

CEME - Central de Medicamentos, função, produção de medicamentos, pois os preços tornaram inacessíveis à maioria da população.

1988 – SEGURIDADE SOCIAL – 194/204 C.F.

IAPAS + INPS, viraram INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

As contribuições relativas ao pagamento de benefícios encontram-se vinculados ao INSS, enquanto a arrecadação e fiscalização das contribuições sociais encontram-se a cargo da Secretária da Receita Federal do Brasil (união).

A Saúde está com o Ministério da Saúde.

LBA + FUNABEM, estão com os Ministérios da Previdência Social e Assistência Social.

DATAPREV – mantido, com novo nome (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social)

CEME – extinto

As principais legislações da Seguridade Social: + C.F. arts. 194...196...203...

Saúde – foi regulamentada pela lei 8.080-19/09/1990.

Assistência Social – foi regulamentada pela lei 8.742- 07/12/1993.

Previdência Social - foi regulamentada pelas leis 8.212-24/07/1991 (Plano de custeio da Seguridade social) e 8.2123-24/07/1991 (Plano de Benefícios da Previdência Social).

+ Decreto legislativo 3.048/99

CF. art. 6......Previdência Social ...

1990 – INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

1991 – 8.212 – Lei Orgânica da Seguridade Social. Regulamentada em 1997

8.213 – Planos de Benefícios da Seguridade Social. Regulamentada em 1997

1992 – lei 8.490 – desdobrou o MTPS: para Ministério da Previdência Social e Ministério do Trabalho e Administração, este hoje Ministério do Trabalho.

1998 - houve a primeira e grande alteração da C.F. referente a Seguridade Social, EC 20 – de 16/12/1998.

1999 – 3.048 – Regulamento da Previdência Social, englobando custeio e benefícios da Previdência Social, atualmente....

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2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO OU DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL Aspectos Gerais

2.1. Denominação

Alguns autores continuam e entendem que o Direito Previdenciário, atualmente, ou Direito da Seguridade Social, continua fazendo parte do Direito do Trabalho. Não procede. Aqueles têm vidas próprias e são autônomos, senão vejamos!

Direito da Seguridade Social difere do Direito do Trabalho:

As 2 matérias têm por fundamento proteger o TRABALHADOR ou o EMPREGADO.

A Seguridade Social tem objetivo mais amplo: proteger o HOMEM ENQUANTO INDIVÍDUO .

2.2. Direito Público (...)

O Direito público é a parte do ordenamento jurídico que rege as relações entre o poder público e as pessoas e entidades privadas.

Toda é qualquer regra jurídica, como norma agendi (Norma de agir. O direito como Norma, lei ou regra de ação (direito objetivo). Norma de conduta.), é de interesse público, visto que, o Estado, pela coação ou força coercitiva, que impõem o respeito à lei, sempre tem interesse em vê-la cumprida e respeitada.

O Direito Previdenciário ou Direito da Seguridade Social situa-se no campo do Direito Público.

Direito que dispõe sobre interesses ou utilidades imediatas da comunidade

Direitos: Constitucional, político, Administrativo, Pena ou criminal, Processual Penal, Internacional Privado ou Público .....

Direito Privado é o conjunto dos preceitos e normas que regulam a condição civil dos indivíduos e das coletividades organizadas (pessoas jurídicas), inclusive o Estado e as autarquias, e bem assim os modos pelos

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quais se adquirem, conservam, desfrutam e transmitem os bens e também as relações de família e as sucessões.

É o que se constitui de toda espécie de regra que venha organizar juridicamente os interesses de ordem individual, nos seus aspectos civis ou comerciais, que se registram nas relações entre particulares, ou mesmo entre estes e as pessoas jurídicas de Direito Público, quando agem como particulares não como entidades de Direto público.

Direitos: Civil, Comercial, Agrário...

2.3. Natureza Jurídica (a essência, a substância ou a compleição(organização) da coisa): do Direito Previdenciário, ou Direito da Seguridade Social

A Norma Jurídica (CF, lei, Med. Prov. etc), é que determina quais são os direitos e obrigações atinentes à Seguridade Social.

2.3.1. CONCEITO DE DIREITO (Previdenciário ou Seguridade Social),

É um conjunto de princípios, de regras e de instituições destinadas a estabelecer um sistema de proteção social aos indivíduos contra contingências que os impeçam de prover as suas necessidades básicas e de suas famílias, integrado por ações dos Poderes Públicos e da Sociedade, visando assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e a assistência social.

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3. SEGURIDADE SOCIAL

3.1. CONCEITO DA SEGURIDADE SOCIAL:

A SEGURIDADE SOCIAL compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

(é o art. 194 da C.F. + art. 1º da lei 8212/91 + art.1º do decreto 3.048/99).

OBS: Quesitos para concessão ou direito aos benefícios ou serviços da SEGURIDA SOCIAL:

Fundamentação legal, pressupostos; Valor do Benefício; Data do recebimento; Duração; Carência; Prescrição e Decadência etc...

A Seguridade Social é uma obrigação constitucional do Estado brasileiro, todavia, pode ser prestado por outros órgãos (filantrópicos ou com finalidade de lucro/iniciativa privada). Ex. Santa Casa – Santa Cecilia – pública e privada.

A Seguridade Social decorre de lei e regula relações entre pessoas físicas ou jurídicas , de direito privado ou público (beneficiários ou não) e o Estado (INSS – autarquia federal e órgão da administração direta).

O direito é composto de normas jurídicas e relações jurídicas, sendo que

estas têm sujeitos (ativo e passivo) e objeto. Na Seguridade Social os sujeitos são:

Ativos são os beneficiários: (segurado, dependentes e necessitados – art. 203 CF) e

Passivos aqueles de quem pode ser cobrado: Poder Público (União, Estados Membros, Municípios e Distrito Federal).

Objeto: BENEFÍCIO ou SERVIÇO, nenhum destes objetos da Seguridade Social PODERÃO SER CRIADOS, MAJORADOS OU ESTENDIDOS sem a correspondente fonte de custeio total.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

As CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS são constituídas pelas:

a) Empresas: Recaem sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados ou demais pessoas físicas, referente ao seu serviço ou vínculo empregatício.

b) Empregados Domésticos.

c) Trabalhadores: Incide sobre o salário de contribuição (8,9,11%)

d) Associações Desportivas.

e) Incidentes sobre a Receita, Faturamento ou Lucro.

f) Incidentes sobre Concursos de Prognósticos –

Loterias. (jogo do bicho, bingo???; mas, as pessoas que trabalham ou paras estas entidadesINFORMAIS ou dono da BANCA têm direito a Seguridade Social????)

Cooperado (pessoa física) 11%; pequeno rural 2,1%; pessoa física dentista, diarista 20%; empregado doméstico 8%, patrão 20%; empresa 20%; cooperativa(pessoa jurídica) 15%; Associação desportiva 5% no espetáculo, na camisa, no uso do seu símbolo etc...

As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado (é o que chamamos de anterioridade mitigada ou princípio nonagezimal);

São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

3.2. AS PRINCIPAIS FUNDAMENTAÇÕESPARA CONCEITO DA SEGURIDADE SOCIAL:

Constituição Federal:

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Lei 8.212/91 – Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

Decreto 3.048/99: Regulamento da Previdência Social, englobando custeio e benefícios da Previdência Social.

Art. 1º A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

3.1.1. Competência - legislativa.

A autonomia das pessoas políticas pressupõe REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA legislativas, administrativas e tributárias, sendo, pois, um dos pontos caracterizadores e asseguradores do convívio no Estado Federal.

Segundo José Afonso da Silva,

“a competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões. Competências são as diversas modalidades de PODER de que servem os órgãos ou entidades estatais para realizar suas funções”.

3.1.2. Princípio básico para Repartição de Competência é a Predominância do Interesse

O princípio geral que norteia a Repartição de Competência entre as pessoas políticas/entes federativos é a PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE LOCAL que se manifestam da seguinte forma:

UNIÃO – PRINCÍPIO DO INTERESSE GERAL

ESTADOS – PRINCÍPIO DO INTERESSE REGIONAL

MUNICÍPIOS – PRINCÍPIO DO INTERESSE LOCAL

DISTRITO FEDERAL – PRINCÍPIO DO INTERESSE REGIONAL + LOCAL

Cabe, contudo, à União, PRIVATIVAMENTE, legislar sobre SEGURIDADE SOCIAL (SAP) (art. 22, XXIII):

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre:

(...)

XXIII - seguridade social;

(...)

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

A C.F. estabelece competência CONCORRENTE entre as pessoas políticas (a União, os Estados-membros e o Distrito Federal) para legislar sobre PREVIDÊNCIA SOCIAL (uma parte da SS) , Proteção e Defesa da Saúde” , conforme art. 24, XII:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE sobre:

(...)

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

(...)”

OBS: Os Municípios não estão incluídos nessa competência CONCORRENTE, nem os (ESTADOS e DISTRITO FEDERAL) têm competência CONCORRENTE para legislar sobre ASSISTÊNCIA SOCIAL (uma parte da SS).

No âmbito da competência CONCORRENTE, a União estabelecerá NORMAS GERAIS, que suspendem a eficácia da lei Estadual no que lhe for contrário.

3.1.3. Repartição de competência legislativa

Quadro Geral

Competência privativa (pode ser delegada) da União (CF, art.22); Possibilidade de delegação de competência da União para os Estados (CF,

art. 22, par. Único);

Competência concorrente: da União, dos Estados, do Distrito Federal (CF.art. 24);

Competência remanescente (reservado) do Estado (CF, art. 25, §1º);

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Competência exclusiva ( não pode ser delegada) do Município (CF, art. 30, I);

Competência suplementar do Município (CF, art. 30, II);

Competência reservada do Distrito Federal (CF, art. 32, §1º)

- Competência privativa da União (CF, art. 22): competência geral na legislação federal e demonstra clara supremacia em relação aos demais entes federativos, em virtude de relevância das disposições. Seu parágrafo único permite delegação de competência.

OBS: Competência privativa não se confunde com competência exclusiva, uma vez que esta última NÃO PODE SER DELEGADA (José Afonso da Silva).

- DELEGAÇÃO: Requisito formal – via Lei Complementar;

Requisito material – só pode delegar um ponto específico dentro de uma das matérias nos 29 incisos do art. 22 da C.F., pois a delegação não se reveste de generalidade, isto é, nunca se pode delegar toda a matéria existente em um dos citados incisos;

Requisito implícito – art. 19 da C.F. veda a criação de preferência por parte de qualquer dos entes federativos de preferências entre si. Dessa forma, a Lei complementar editada pela União deverá delegar um ponto específico de sua competência a todos os Estados, sob pena de ferimento do princípio da igualdade federativa.

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(..)

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

- Competência concorrente – União, Estado, Distrito Federal (CF, art. 24):

No âmbito da competência CONCORRENTE, a doutrina tradicional classifica-a em CUMULATIVA – sempre que inexistir limites prévios para o exercício da competência, por parte de um ente, seja a União, o Estado e NÃO CUMULATIVA – estabelece a chamada repartição VERTICAL, pois dentro de um mesmo campo material (concorrência material de competência), reserva-se um nível superior ao ente federativo UNIÃO, que fixa os princípios e normas gerais, deixando-se ao ESTADO a COMPLEMENTAÇÃO. A C.F./1988 adotou a COMPETÊNCIA CONCORRENTE NÃO CUMULATIVA ou VERTICAL, de forma que a

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

competência da UNIÃO está adstrita ao estabelecimento de NORMAS GERAIS, devendo os ESTADOS e o DISTRITO FEDERAL especificá-las, através de suas respectivas leis. É a chamada COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR dos Estados e Distrito Federal (CF, art. 24, §2º):

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

(..)

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais .

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

Doutrinariamente, podemos dividir a COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR dos Estados e do Distrito Federal em 2 espécies:

COMPETÊNCIA COMPLEMENTAR e COMPETÊNCIA SUPLETIVA.

A primeira (COMPLEMENTAR) dependerá de prévia existência de LEI FEDERAL, a ser especificada pelos Estados e pelo Distrito Federal.

A segunda (SUPLETIVA), por sua vez, aparecerá em virtude da INÉRCIA da UNIÃO em editar a LEI FEDERAL, quanto, então os Estados e o Distrito Federal, temporariamente, adquirirão COMPETÊNCIA PLENA, tanto para a edição de NORMAS EM CARÁTER GERAL, quanto para NORMAS ESPECÍFICAS:

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

- Competência EXCLUSIVA E SUPLEMENTAR do município (CF, art. 30, I e II):

a competência legislativa do Município caracteriza-se pelo PRINCÍPIO DO INTERESSE LOCAL, consubstanciado em:

A COMPETÊNCIA GENÉRICA EM VIRTUDE DA PREDOMINÂNCIA LOCAL (CF, art. 30, I) (interesse local: CF, art. 30, III a IX e 144, §8º);

Art. 30. Compete aos Municípios:

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

(...)

Ex: COMPETÊNCIA PARA ESTABELECIMENTO DE UM PLANO DIRETOR (CF, art. 182);

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR (CF, art. 30, II).

Art. 30. Compete aos Municípios:

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

(..)

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

(..)

- Competência reservada do Distrito Federal (CF, art. 32, §1º):

Competência legislativa reservada aos Estados e aos Municípios, excetuadas a COMPETÊNCIA PARA A ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA, DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, BEM COMO A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DESTES, QUE É PRIVATIVA DA UNIÃO (CF, art. 22, XVII):

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

(...)

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

(..)

XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

(...)

3.2. OBJETIVO DA SEGURIDADE SOCIAL (MACRO) - proteger

Objetivo:

Indica a realidade do que se quer, a presença do que se deseja ou a materialidade do que se pretende.

É aplicado para distinguir toda regra ou norma, que põe diante de todos, para que regule as atividades coletivas, servindo de barreira, ou de obstáculo às atividades não permitidas ou prejudiciais à ordem pública.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

A Seguridade Social tem objetivo (QUER) de proteger o HOMEM ENQUANTO INDIVÍDUO, relacionadas à saúde, previdência social e assistência social, mais precisamente como SEGURADO, independentemente do TIPO DE TRABALHADOR QUE SEJA. (quando o foco é previdência este último)

Sergio Pinto Martins:

“A ideia essencial da Seguridade Social é dar aos indivíduos e suas famílias tranq ü ilidade no sentido de que, na ocorrência de uma contingência (invalidez, morte etc), a qualidade de vida não seja significativamente diminuída, proporcionando meios para manutenção das necessidades básicas dessas pessoas”.

3.3. FINALIDADE DA SEGURIDADE SOCIAL (MACRO) atender

Proporcionar o atendimento das necessidades básicas dos indivíduos relacionadas à saúde, previdência social e assistência social.

3.4. PRINCÍPIOS (o alicerce) e “objetivos” (o que quer)

Princípio:

No singular, derivado do latim principium (origem, começo), em sentido vulgar quer exprimir o começo de vida ou o primeiro instante em que as pessoas ou as coisas começam a existir, É, amplamente, indicativo do começo ou da origem de qualquer coisa.

No plural, significa as normas elementares ou os requisitos primordiais instituídos como base, como alicerce de alguma coisa.

Princípios jurídicos, sem dúvida, significam os pontos básicos, que servem de ponto de partida ou de elementos vitais do próprio Direito (Ciência jurídica). Indicam o alicerce do Direito

Constituição Federal:

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: (proteger e regras elementares, princípios???)

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento;

VII - caráter democrático e descentralizado da administração , mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores , dos empregadores , dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados .

Lei 8.212/91 – Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.

Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes(Linha reguladora do traçado de um caminho ou de uma estrada; Conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação, um negócio, etc.; diretiva.):

A Constituição Federal “fala” compete ao Poder público ORGANIZAR a Seguridade Social com base em objetivos (genérico) e, a Lei 8212/91 “fala” que a Seguridade OBEDECERÁ aos seguintes princípios e diretrizes (detalhado), os alicerces mais um plano de ação para sua implementação e utilização.

a) universalidade da cobertura e do atendimento;

b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

d) irredutibilidade do valor dos benefícios;

e) eqüidade na forma de participação no custeio;

f) diversidade da base de financiamento;

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação da comunidade , em especial de trabalhadores , empresários e aposentados .

Decreto 3.048/99: Regulamento da Previdência Social, englobando custeio e benefícios da Previdência Social.

Art. 1º A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

 

Parágrafo único. A seguridade social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios, de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo;

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento; e

VII - caráter democrático e descentralizado da administração , mediante gestão quadripartite , com participação dos trabalhadores, dos empregadores, os aposentados e do governo nos órgãos colegiados.

3.4.1. PRINCÍPIOS GERAIS

3.4.1.1. Princípio da igualdade

Forma do art. 5º e a igualdade material, do art. 201, §7º, II, (previdência social–aposentadoria em regime geral) da Constituição Federal, que faz distinção entre homens (65 anos) e mulheres (60) para ter direito à aposentadoria, ou até mesmo a aposentadoria por tempo de contribuição.

(O estatuto do idoso 10.741/2003, prever como idoso, aquele que tiver, => 60 anos idade, art, 1º, diferente da Previdência Social, para aposentaria por idade ...65H ou 60M, em regra...)

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

(..)

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

3.4.1.2. Princípio da legalidade

O art. 5º, II, da C.F. refere-se à Lei em sentido estrito. Para o Direito da Seguridade é o princípio da estrita legalidade (art. 150, I, C.F. exigir U/E/DF/M exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça ) obriga ao pagamento das contribuições ou a conceder os benefícios (8.213/91), desde que tenha lei para tanto.

3.4.1.3. Princípio do direito adquirido

Art. 6º da (LICC=LINDB 12.376/10 ALTEROU A LEI 4.657/42) – ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada , combinado com o art. 5º XXXVI da CF.

O §2º do art. 6º da LICC “direito adquirido, os direitos que seu titular ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo de exercício tenha termo pré-fixo ou condição preestabelecida inalterada ao arbítrio de outrem”.

O art. 68, §1º da LC 109/01 “considera direito adquirido do participante quando implementadas todas as condições no regulamento de plano de previdência privada”.

D. Adquirido, 2 enfoques: (não falo se a lei é velha ou nova, se enquadrar no direito, é direito adquirido)

SUBJETIVO – é adquirido mesmo que não haja exercício; OBJETIVO – apenas no exercício de um direito é que e pode falar que ele foi definitivamente adquirido.

D. Adquirido (obtido, já conseguido, incorporado)Patrimônio jurídico e não econômico. O que se pretende

proteger não é o passado, mas o futuro, isto é, respeito aquela situação já incorporada no patrimônio jurídico. Se tiver direito a dois benéficos pode escolher o que melhor paga.

Ato jurídico perfeito – está compreendido no direito adquirido, isto é, é o que se formou sob o império da lei velha.

Coisa julgada – imutável.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

O direito adquirido na Seguridade Social sempre foi alvo de discussões em razão do art. 17 da ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). No entanto, o art. 122 da Lei 8.213/91, garante ao beneficiário da Previdência o benefício mais vantajoso. O art. 3º da EC.20/98 criou o sistema de direito adquirido – pedágio. Percebe-se, assim, que o STF tende a reconhecer o DIREITO ADQUIRIDO mesmo em se tratando da Seguridade Social.

3.4.2. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA SEGURIDADE SOCIAL

Encontram-se previstos nos parágrafos únicos do art. 194 da CF, do art. 1º da Lei 8.212/91 e do art. 1º do Decreto 3.048/1999, sem prejuízo do arts. 3, I e 40 da CF.

Tipificação genérica – art. 3º, I da CF – Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: “sociedade solidária, justa e livre”

Tipificação genérica – art. 40 da CF. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo – regime próprio – “é contributivo e solidário”

3.4.2.1. Princípio do solidarismo

Postulado fundamental – previsto de forma implícita. Sua origem decorre da assistência social, pois reproduz a ideia de mútuo. Portanto, por este princípio várias pessoas economizam em conjunto para assegurar benefícios quando as pessoas do grupo necessitarem. solidariedade entre gerações.

“sociedade solidária, justa e livre” art. 3º da CF.

Ex: Em razão do princípio solidarista, o legislador está autorizado a escolher modalidade de custeio previdenciário diversa da tríplice forma (empregado, empregador e União) prevista pela CF-88 como mero permissivo, sempre que a considerar mais hábil e apta a atingir seus fins. A contribuição de 2,6% (dois vírgula seis por cento) (2,4% - dois vírgula quatro por cento ao FUNRURAL e 0,2% - zero vírgula dois por

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

cento ao INCRA) incide sobre a folha de pagamento dos empregados de empresa urbana.

3.4.2.2. Princípio universalidade da cobertura e do atendimento – I –

Representa a própria ideia de Seguridade Social – sistema que protege o cidadão do berço ao túmulo, contra todas as situações de necessidade social. É um ideal.

A universalidade da cobertura significa quais os riscos sociais, toda e qualquer situação de vida que possa levar ao estado de necessidade, devem ser amparados pela Seguridade. Tais como: maternidade, velhice, doença, acidente, invalidez, reclusão e morte. No entanto, os recursos são limitados, devendo o legislador optar.

Já a universalidade do atendimento diz respeito à proteção dos titulares: todos os residentes do território nacional, isto é, todas as pessoas indistintamente deverão ser acolhidas pela Seguridade Social.

Esse princípio apresenta dupla dimensão:

SUBJETIVA – refere-se a universalidade do atendimento – sistema acessível a todos;

OBJETIVA – todas as situações provocadoras de necessidade social, que afetem a dignidade da pessoa humana, bem estar e justiça social devem ser cobertas.

O referido princípio difere quando aplicado na Previdência Social:

SUBJETIVO – somente os segurados;

OBJETIVO – somente as coberturas previstas no ROL.

3.4.2.3. Princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais – II –

Segundo a CF de 1988 – igualdade entre população urbana e rural.

Pela uniformidade, ambas as populações terão os mesmos serviços (reabilitação profissional (*1)) e os mesmos benefícios (auxílio-reclusão – 201-IV da CF).

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(*1) É o serviço da Previdência Social que tem o objetivo de oferecer aos segurados incapacitados para o trabalho – por motivo de doença ou acidente – os meios de reeducação ou readaptação profissional para que eles possam voltar a participar do mercado de trabalho e do contexto em que vivem.

Pela equivalência será tomado por base a idade, o tempo de contribuição, isto é, vários aspectos pecuniários, por isso equivalência de benefícios: SERVIÇOS e BENEFÍCIOS.

Na Seguridade Social a uniformidade é igual para todos, ao passo que na Previdência Social será diferente em razão de vários fatores.

3.4.2.4. Princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços – III –

A seletividade consiste na eleição dos riscos e contingências sociais  a serem cobertos. Os riscos e contingências protegidas são: doença, invalidez, morte, idade avançada, proteção à maternidade, proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário, proteção aos segurados de baixa renda (salário-família e auxílio-reclusão) e o risco de acidente do trabalho.

A distributividade implica na criação dos critérios/requisitos para acesso aos riscos objeto de proteção, de forma a atingir o maior universo de pessoas, proporcionando assim uma cobertura mais ampla.

Seletividade – o legislador escolhe as coberturas, isto seleciona, de acordo com as possibilidades econômica-financeira do Sistema da Seguridade Social (arts. 40 e 201 da CF).

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003).

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

No entanto, nem todas as pessoas terão benefícios:

Algumas terão, outras não, gerando o conceito de distributividade. Já, por exemplo, a assistência médica será igual para todos.

O legislador seleciona aquilo que poderá distribuir. A lei é que irá dispor a que pessoas os benefícios e os serviços serão estendidos. Trata-se, de uma escolha política.

Por exemplo: o salário família e o auxílio-reculsão para o segurado e para o dependente de baixa renda, são formas de seletividade.

PERÍODO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO TOMADO EM SEU VALOR MENSAL

A partir de 1º/1/2012 R$ 915,05 – Portaria nº 02, de 6/1/2012 A partir de 15/7/2011 R$ 862,60 – Portaria nº 407, de 14/7/2011

A partir de 1º/1/2011 R$ 862,11 – Portaria nº 568, de 31/12/2010

A partir de 1º/1/2010 R$ 810,18 – Portaria nº 333, de 29/6/2010

A partir de 1º/1/2010 R$ 798,30 – Portaria nº 350, de 30/12/2009

... ....

Distributividade – implica na necessidade de solidariedade para serem distribuídos recursos. Consiste na ideia de distribuição de renda, pois o Sistema nada mais é do que, distribuir renda.

A distribuição pode ser feita aos mais necessitados, em detrimentos dos menos necessitados, de acordo com a previsão legal. Tem, portanto, caráter social. Sendo também observada na área da Saúde, como distribuição de bem-estar às pessoas.

O sistema visa a redução das desigualdades sociais e econômicas, mediante política de redistribuição de renda. É uma forma de buscar a justiça social.

Distributividade – “dar a cada um, segundo a sua necessidade”.

Isso nem sempre ocorre, isto é, os mais necessitados podem não ter direito a benefício, por nunca terem contribuído para o Sistema.

Aposentadoria: é para quem contribui.

A .

SÚMULA Nº 29Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento.

DJU de 13.02.2006– Lei Orgânica da Assistência Social, de nº 8.742, de 7 de

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

dezembro de 1993, dispõe sobre a organização da assistência social no Brasil:

(Não é aposentadoria, é para quem não contribui).

1) Amparo Assistencial ao Idoso, a partir de 65 anos, sem contribuição, sem atividade laborativa;

2) Amparo Assistencial ao Portador de Deficiência, independentemente de idade e de contribuição, cuja patologia lhe acarrete incapacidade laborativa permanente.

Ambas as hipóteses exigem a hipossuficiência financeira, a qual é renda familiar de até 1/4 do salário mínimo. Nesse cômputo de renda familiar entram somente os rendimentos das pessoas previstas no art.16 da Lei 8213/91: é para aquele que não tem renda suficiente para se auto sustentar.

Súmulas do Conselho da Justiça Federal - Juizados Especiais FederaisSÚMULA Nº 11 - Benefício Assistencial.A renda mensal, per capita, familiar, superior a ¼ (um quarto) do salário mínimo não impede a concessão do benefício assistencial previsto no art. 20, § 3º da Lei nº. 8.742 de 1993, desde que comprovada, por outros meios, a miserabilidade do postulante. DJ 14/04/2004 - CANCELADA DJ 12/05/2006

SÚMULA Nº 29Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento. DJU de 13.02.2006

3.4.2.5. Princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios – IV –

Art. 201, §4º da CF – preservação do benefício – valor real.

§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Para a grande maioria da doutrina – valor nominal – não pode ser hoje menos do que no passado (Sérgio Pinto Martins).

Ademais, as prestações consistem dívidas de valor; o benefício não pode sofrer arresto, sequestro ou penhora e, precisa manter o valor de compra (infração) ou desconto sem a autorização do beneficiário.

3.4.2.6. Princípio da Equidade (reconhecer o direito de cada um) na forma de participação no custeio – V –

Capacidade contributiva – contribuir conforme suas possibilidades. (princípio da capacidade contributiva)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Quanto maior o risco, Maior a contribuição; Quanto menor o risco, Menor a contribuição. Ex: empregado paga na proporção que recebe: 8,%, 9%, 11%

Trabalhador contribui de forma diferente na empresa.

3.4.2.7. Princípio da diversidade da base de financiamento – VI –

Financiado pelos: empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadorias e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social...

sobre a receita de concursos de prognósticos;

do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

Art. 195 da CF – formas de financiamento.

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

Art. 10 e art. 11 da Lei 8.212/91 – formas de financiamento.

Art. 10. A Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e desta Lei, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais.

Art. 11.  No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas: ...

Art. 195, §4º da CF – novas contribuições.

§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Art. 154. A União poderá instituir:I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Seguridade Financiada por toda a sociedade de forma direita e indireta.

Direta – contribuições (custeio sociedade) e Indireta – TRIBUTOS/impostos. (custeio U/E/DF/M)

3.4.2.8. Princípio do caráter democrático e descentralizado da Administração – VII –

Sistema quadripartite: I) Governo; II) trabalhadores; III) Empregadores; IV) Aposentados.

Art. 3º da Lei 8.213/91 – cria o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) – representante do governo federal, dos aposentados e dos pensionistas, dos trabalhadores e dos empregadores.

Foram criados também os Conselhos Estaduais de Previdência Social (CEPS) e os Conselhos Municipais de Previdência Social (CMPS), subordinados ao Conselho Nacional de Previdência Social.

Os CEPS e o CMPS deverão acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária.

O Art. 17 da Lei 8.742/93 criou o Conselho Nacional de Assistência Social com representantes governamentais e da sociedade civil.

Na Previdência Social – a Junta de Recursos da Previdência Social (JRPS) – representantes da União, dos trabalhadores e das empresas, um órgão colegiado que julgam questões previdenciárias no âmbito administrativo.

Na área da saúde o SUS.

3.4.2.9. Princípio da preexistência de custeio – art. 195, §5º CF-

Ideia encontrada na economia doméstica ou empresa: não se pode gastar mais do que se ganha.

Não se cria prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício previdenciário sem a correspondente fonte de custeio.

Art. 203 Assistência – não há necessidade de contribuição por parte do segurado para a obtenção de suas vantagens.

Porém, o custeio da assistência, que é parte integrante da Seguridade Social, continua sendo necessário, ainda que, indiretamente feito por todos, nos termos do art. 195.

RECEBIMENTO CONJUNTO DE APOSENTADORIA

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

3.048/99. Art. 167. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da previdência social, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: Exceto § 3º.         I - aposentadoria com auxílio-doença;        II - mais de uma aposentadoria;        III - aposentadoria com abono de permanência em serviço;        IV - salário-maternidade com auxílio-doença;        V - mais de um auxílio-acidente;        VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;         VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;        VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e        IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

        § 1º No caso dos incisos VI, VII e VIII é facultado ao dependente optar pela pensão mais vantajosa.

        § 2º É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.

        § 3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982 (Dispõe sobre, pensão especial para os deficientes físicos que específica e dá outras providências.), que não poderá ser reduzido em razão de eventual aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a sua concessão.

        § 4º  O segurado recluso, ainda que contribua na forma do § 6º do art. 116, 3048/99, não faz jus aos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, permitida a opção, desde que manifestada, também, pelos dependentes, pelo benefício mais vantajoso. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

3.5. FONTES E INTERPRETAÇÃO

Fontes Formais:

(CF; EC; LC; Tratados e convenções Internacionais; LO; MED PROV; ATOS DE NATUREZA ADMINISTRATIVAS)

C.F cláusulas pétreas art. 60 §4º - o poder constituinte derivado não pode invadir matérias intocáveis;

Lei Complementar (59, II, CF): art. 195 § 4º; art. 202;

Tratados, convenções e outros acordos internacionais: art. 85-A, 8.212/91 + art. 5º, § 2 C.F;

Lei Ordinária (59, III, CF): leis 8.212/91 e 8.213/91;

Medidas Provisórias (59, V, CF): (relevância e urgência).

Atos de Natureza Administrativa: decretos 3.048/99 (59, V, CF), instrução normativa 118-14/04/05, INSS-trata de custeio.., instrução normativa MPS/SRP NR. 3-14/06/2005

(auxílio-reclusão – 201-IV da CF – DÁ O DIREITO)

PERÍODO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO TOMADO EM SEU VALOR

MENSAL

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

A partir de 1º/1/2012 R$ 915,05 – Portaria nº 02, de 6/1/2012 DETERMINA O AUMENTO DO AUXÍLIO

A partir de 15/7/2011 R$ 862,60 – Portaria nº 407, de 14/7/2011

A partir de 1º/1/2011 R$ 862,11 – Portaria nº 568, de 31/12/2010

A partir de 1º/7/2010 R$ 810,18 – Portaria nº 333, de 29/6/2010

A partir de 1º/1/2010 R$ 798,30 – Portaria nº 350, de 30/12/2009

De 1º/2/2009 a 31/12/2009 R$ 752,12 – Portaria nº 48, de 12/2/2009

De 1º/3/2008 a 31/1/2009 R$ 710,08 – Portaria nº 77, de 11/3/2008

De 1º/4/2007 a 29/2/2008 R$ 676,27 - Portaria nº 142, de 11/4/2007

De 1º/4/2006 a 31/3/2007 R$ 654,61 - Portaria nº 119, de 18/4/2006

De 1º/5/2005 a 31/3/2006 R$ 623,44 - Portaria nº 822, de 11/5/2005

De 1º/5/2004 a 30/4/2005 R$ 586,19 - Portaria nº 479, de 7/5/2004

De 1º/6/2003 a 31/4/2004 R$ 560,81 - Portaria nº 727, de 30/5/2003

o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

Interpretação das Normas:

Interpretar (gramatical, teleológica, sistemática etc..) é conhecer o conteúdo e extensão das normas de determinado ramo da ciência jurídica. A interpretação antecede à aplicação da norma, já que o agente somente poderá aplicá-la se entendido o seu conteúdo e abrangência.

O Magistrado deverá estar atento, no caso concreto, a valorizar o interesse público que permeia o direito previdenciário ora satisfazendo a pretensão do segurado (com norma mais favorável ao beneficiário), ora a manutenção da integridade do sistema em detrimento do interesse individual do segurado.

Além da interpretação, existe a integração, que implica no preenchimento de lacunas existentes no ordenamento jurídico (analogia, costumes e dos princípios gerais) lei 4657/42 (12.376/10) LINDB (ANTIGA LICC).

Competência –

já tratada, item 2.3.1. ... + competência para julgamento das causas administrativas e judiciárias.

3.6. – ESTRUTURA DA SEGURIDADE SOCIAL

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

(CF; LEIS 8212/91-8213/91; DECRETO 3.048/99 etc)

A SEGURIDADE SOCIAL compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.

“...” destinado assegurar dos direitos relativos saúde, à previdência e à assistência social (SAP). A Seguridade Social(gênero) engloba (as espécies): saúde, previdência e assistência sociais.

Constituição Federal Art. 194; Lei 8.212/91, art. 1º; Decreto 3.048/99, art. 1º.

A diferença principal entre a previdência social (art. 201), a saúde (art.196) e assistência social (art. 203) está na contribuição, sendo que a primeira exige e as outras duas não.

3.6.1. SAÚDE – 196/200 C.F. + art. 2º, 8.212/91 – LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – 8.080/90 (regulamenta os dispositivos constitucionais) (mudanças em 08/2011) + 8142/90.

A Constituição Federal tratou a SAÚDE como espécie da Seguridade Social, é direito de todos e dever do estado.

A CF., no § 2º, do art. 198, determina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre a arrecadação tributária e do repasse da União aos Estados, e destes aos Municípios, à lei complementar definir tais percentuais.

Art. 5. Caput da C.F. garantia “... a vida ...”; + art. 5, XXX,V C.F.

Em 1946, a OIT – Organização Internacional do Trabalho definiu saúde como:

“um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença ou enfermidade”.

A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM:Artigo XXV

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

O SISTEMA ÚNICO DE SAUDE – SUS prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais, e municipais, em rega, também, podem entidades particular e filantrópica, em caráter complementar.

O SUS também atua: na vigilância sanitária; na vigilância epidemiológica; na saúde do trabalho; na assistência terapêutica e na farmacêutica etc..

Um dos objetivos do SUS: três espécies de categorias:

Atuar na saúde com foco: na prevenção, na proteção e na recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano, individual ou coletivo.

Prevenção – campanha contra o uso de cigarro ou outras drogas proibidas e ilícitas; questão epidêmica ....;

Proteção –

11.765/2008, art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.(...)§ 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.

Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;II - por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento;III - em razão de sua condição pessoal.

Recuperação – fisioterapia, reabilitação profissional etc....

Incumbe ao Poder Público fornecer a quem não possa custear, gratuitamente, medicamentos, especialmente o de uso contínuo, assim como próteses, e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

ou reabilitação. No caso do idoso a Lei 10.741/03 reforça ainda mais estas diretrizes.

"Consolidou-se a jurisprudência desta Corte no sentido de que, embora o art. 196 da Constituição de 1988 traga norma de caráter programático, o Município não pode furtar-se do dever de propiciar os meios necessários ao gozo do direito à saúde por todos os cidadãos. Se uma pessoa necessita, para garantir o seu direito à saúde, de tratamento médico adequado, é dever solidário da União, do Estado e do Município providenciá-lo." (AI 550.530-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 26-6-2012, Segunda Turma, DJE de 16-8-2012.)”

“O recebimento de medicamentos pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um dos entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a impossibilidade de custeá-los com recursos próprios. Isso por que, uma vez satisfeitos tais requisitos, o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade ao direito garantido pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar a devida prestação jurisdicional.” (RE 607.381-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 31-5-2011, Primeira Turma, DJE de 17-6-2011.) No mesmo sentido: AI 553.712-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 19-5-2009, Primeira Turma, DJE de 5-6-2009; AI 604.949-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 24-10-2006, Segunda Turma, DJ de 24-11-2006.”

"Para obtenção de medicamento pelo SUS, não basta ao paciente comprovar ser portador de doença que o justifique, exigindo-se prescrição formulada por médico do Sistema." (STA 334-AgR, Rel. Min. Presidente Cezar Peluso, julgamento em 24-6-2010, Plenário, DJE de 13-8-2010.)”

AS AÇOES E OS SERVIÇOS SÃO DE RELEVÂNCIA PÚBLICA. (ART. 197 DA CF)

Art. 196: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

As ações e serviços de saúde são relevância pública, cabendo ao Poder Público, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros, por pessoa física ou jurídica de direito privado (arts. 197, 198, §§ 2º 3º) –

(SUS; saúde indígena...)

A SAÚDE é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (art. 2° Lei 8.212/91)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

As atividades de saúde são de relevância pública, e sua organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes:

I - acesso universal e igualitário

(sem preconceitos e privilégios de qualquer espécie);

II - provimento das ações e serviços mediante rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema único;

(SUS)

III - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

(político-administrativa e ênfase na descentralização dos serviços para os municípios) - AMA

IV- atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas;

(integralidade da assistência em todos os níveis de complexidade das ações)

V - participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das ações e serviços de saúde; e

(participação da comunidade)

VI - participação da iniciativa privada na assistência à saúde, em obediência aos preceitos constitucionais.

(Em caráter complementar no âmbito do SUS (art.199 cf.), sendo vedada a destinação de recursos públicos para auxílios e subvenções (auxílio pecuniário) às instituições privadas com fins lucrativos).

Vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no Brasil, salvo, nesta última hipótese, os casos contemplados em lei.

De acordo com o artigo 199 da Lex legum(sobre norma), a assistência a saúde é livre à iniciativa privada, ou seja, os profissionais liberais, legalmente habilitados e as pessoas jurídicas de direito privado, podem atuar em prol da saúde por impulso próprio. Contudo, a um outro ponto que deve-se comentar: quando o SUS não possuir meios de garantir a cobertura assistencial à população, o SUS poderá se socorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada. Esta participação complementar é realizada por convênio, tendo preferência as entidades sem fins lucrativos e/ou filantrópicas

3.6.2. ASSISTÊNCIA SOCIAL - 203/204 C.F. –Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências –

Ex: 8.742/93. (mudanças em 07/2011). LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LOAS

Antes a Assistência Social estava dentro da espécie Previdência Social com advento da C. F/1988, aquela virou uma espécie da Seguridade Social. Não é

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

prestada somente pelas entidades estatais, mas também por particulares com ou sem fins lucrativo (santa casa de misericórdia )

Atualmente, a assistência social é de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate a fome.

A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva

Antonio Ferreira Cesarino Junior define a Assistência Social como sendo o ramo do direito que regula a concessão aos hipossuficientes dos meios de satisfação de suas necessidades vitais, sem contraprestação de sua parte.

A ASSISTÊNCIA SOCIAL é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social.

Promover a supremacia do atendimento as necessidades sociais de forma universal, promovendo o respeito à dignidade do cidadão, promovendo meios para a inserção do indivíduo, como membro da sociedade.

Além desse princípio, as ações de Assistência Social destinam-se, também, a grupos específicos de pessoas que se encontram em situação de fragilidade e vulnerabilidade

Serviços Assistenciais: atividades que visem à melhoria de vida da população, podendo ser divididos em:

Serviço Social: esclarecimentos de direitos sociais, facilitação do acesso aos benefícios e serviços.

Serviço de Habilitação e Reabilitação profissional: visa proporcionar aos beneficiários, incapacitados para o trabalho, e as pessoas portadoras de deficiência, os meios para a educação ou adaptação profissional e social).

Outros Exemplos:

Benefícios:

Prestação continuada

LOAS, a pessoa portadora de deficiência e idoso(65 anos), renda per capita de ¼ do salário mínimo.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Este benefício deve ser revisto a cada dois anos; não tem direito de abono anual; não faz juz a outra prestação previdenciária ...; se falecer não repassa a dependente; sujeito a exame médico pericial e lado do INSS, este na prestação continuada, concede. Quem paga é a União,

Assistência Pública:

É o serviço especializado para atendimento RÁPIDO em casos de perigo ou para prestação de primeiros socorros.

Assistencialismo:

É a prática de dar atenção às populações desfavorecidas por intermédio de políticas públicas. (Tomar cuidado com questão eleitoreira), pois é para a classe de pessoas com baixa renda. A pessoa recebe e não quer trabalha. O pagamento é de longo prazo.

Eventuais:

Auxilio funeral, renda mensal per capita inferior ¼. ????

Podem ser criados outros benefícios para atender a necessidade decorrente de vulnerabilidade temporária, com prioridade para criança, a família, o idoso, a pessoa portadora de deficiência, gestante, nutriz(ama-de-leite), e nos casos de calamidade pública.

Assistenciais

Bolsa Família: Vinculado a Caixa Econômica Federal, o produto, União paga, e Prefeitura administra a base de dados...

Bolsa Escola:

Cartão Alimentação:

Auxílio Gás:

Bolsa-Alimentação:.

Para família:

Extrema pobreza: renda per capita até R$ 70,00.

Pobre: renda per capita de R$ R$ 70,01 até R$ 140,00.

O benefício Básico

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

É concedido às famílias em situação de extrema pobreza. O valor deste benefício é de R$ 70,00 mensais, independentemente da composição e do número de membros do grupo familiar.

O Variável É concedido no valor mínimo de R$ 32,00 e beneficia famílias pobres e extremamente pobres que tenham, sob sua responsabilidade, crianças e adolescentes na faixa de 0 a 15 anos, até o teto de 5 benefícios por família, ou seja, R$.160,00.

O benefício Variável para Jovem é concedido às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, que possuam, em sua composição familiar, adolescentes de 16 e 17 anos matriculados na escola. Cada benefício concedido tem o valor de R$ 38,00, podendo ser acumulados até dois benefícios por família, no total de R$ 76,00.

Já o benefício da Superação da Extrema Pobreza na Primeira Infância é concedido às famílias em situação de extrema pobreza, que possuam em sua composição familiar, crianças de 0 a 6 anos. Cada família pode receber um benefício. O valor do benefício é calculado por faixa de renda, pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS.

As famílias em situação de extrema pobreza podem acumular o benefício Básico, o Variável e o Variável para Jovem até o máximo de R$ 306,00 por mês. Como também, podem acumular 1 (um) benefício da Superação da Extrema Pobreza na Primeira Infância.

Atende +- 11 milhões de família ano...

DOS DIREITOS SOCIAIS – C.F.

Art. 6.....a saúde, ....alimentação, ...a previdência social, ....a proteção a maternidade, e à infância ....

Art. 7º, XXV- “assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;”.

Art. 208. I, “educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;”

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

IV – “educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade”

8.742/93, § 2º, II - às pessoas que vivem em situação de rua

Regula a concessão aos hipossuficientes dos meios de satisfação de suas necessidades vitais, sem contraprestação de sua parte. Art. 4º, 8.212/91.

Lei. 8.742/93. Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que prove os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.

e) a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; Alterado pela LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011 – DOU DE 07/07/2011

Art. 203: A assistência social será prestada a quem dela necessitar,

independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: (o que se pretende cobrir...)

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

(art. 227, 1º§ CF, de acordo com o valor repassado a saúde, pelo poder público.)

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

(art. 203, V. C.F.)

8.742//93, art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios: (amparam, inspiram e orientam o legislador)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

 I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;

II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;

IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;

V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

 

SEÇÃO II - DAS DIRETRIZES

 

Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes

diretrizes:

 

I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo;

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;

III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera do governo.

Ex: LOAS: LEI ORGANICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

FUNDAMENTO LEGAL: Artigo 203,V, da CF/88; Lei 8.742/93, art.20; Decreto 1744/95

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

CONCEITO: É o benefício da assistência social no valor de 1 salário mínimo pago a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovar não possuir meios de prover à própria manutenção ou tê-la provida por sua família.

BENEFICIÁRIOS: Deficiente, Idoso.

PONTOS ESPECÍFICOS:

a) Exame médico pericial;

b) Revisão a cada 2 anos;

c) Benefício Personalíssimo, INSS concede, quem paga é UNIÃO;

d) Pagamento a mais de uma pessoa da mesma família- sim, não pode receber cumulativamente com outro benefício ou regime;

(se tiver mais de um recebendo na família, este direito não computa para renda per capita).

e) A renda per capita1/4 do Salário Mínimo.

3.6.3. PREVIDÊNCIA SOCIAL - 201/202 C.F –

Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências – 8.742/93. (mudanças em 07/2011) + lei arts.1º, 2º 3º, etc 8.213/91que trata os BENEFÍCIOS da P.S., e o decreto 3.048/99, trata do REGULAMENTO da P.S.

Só para lembrarmos a diferença... CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (Seguridade Social): Empresas; Empregados Domésticos; Trabalhadores; Associações Desportivas; Das Incidentes sobre a Receita, Faturamento ou Lucro ...

3.6.3.1. CONCEITO:

A PREVIDÊNCIA SOCIAL é conceituada como seguro público coletivo, compulsório e é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá a: – Cobertura – Sistema Contributivo.

As pessoas que exercem atividade laborativa e seus dependentes ficam resguardados quanto a eventos da infortunística (morte, invalidez, idade avançada, acidente de trabalho, desemprego involuntário), ou outros que a lei considera que exijam um amparo financeiro ao indivíduo (maternidade,

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

prole, reclusão), mediante prestações pecuniárias, trata-se de um seguro social compulsório.

REGIMES DE PREVIDÊNCIÁ SOCIAL NO BRASIL

PRINCIPALSETOR PÚBLICO REGIME-PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DO SETOR PÚBLICO. (Não estudaremos)

MILITAR e CIVIL.SETOR PRIVADO – REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS)(Estudaremos)

COMPLEMENTA

OFICIAL – União; Estados; Distrito Federal; Municípios.PRIVADO – Aberto; Fechado.

Previdência de servidores públicos só se equilibrará em 2103Segundo estudo do TCU, o déficit do regime especial de aposentadorias e pensões para o funcionalismo público federal levará décadas para ser zerado

Sobre o custo de transição para a previdência complementar, Ventura adverte que o governo precisa compensar esse impacto, contendo o déficit dos outros dois regimes de aposentadorias e pensões: do INSS, que abrange os trabalhadores da iniciativa privada, e dos militares. “Se somarmos os três regimes, os rombos não têm condições de serem suportados por nenhum governo”, alerta. De acordo com o TCU, o déficit da previdência social geral (que engloba os três regimes) subiu de R$ 82,9 bilhões em 2007 para R$ 90,1 bilhões em 2011.

Em relação ao INSS, o especialista diz que ainda serão necessárias novas reformas que aumentem a idade mínima de aposentadoria. Isso porque o envelhecimento da população brasileira se refletirá em aumento significativo do número de aposentados nas próximas décadas. “O Brasil está trilhando o caminho da Europa, onde os atuais regimes não estão se sustentando”, ressalta.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/previdencia-de-servidores-publicos-so-se-equilibrara-em-2103

Art. 201 A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá , nos termos da lei , a : (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Art. 201, IIPela primeira vez na história previdenciária do país, o INSS pagará o benefício da licença maternidade a um pai adotivo que vive em união estável homossexual. O caso aconteceu em Gravataí (RS) e ganhou grande espaço na imprensa nas últimas semanas. Decisões semelhantes anteriores só foram concedidas para pai solteiro e casal gay do sexo feminino. O BLOG da FMP (fundação escola superior do Ministério Público) conversou com o Juiz do Trabalho e Professor da FMP, Rafael da Silva Marques, para entender qual a importância dessa decisão inédita no Brasil. 

BLOG da FMP – Como se aplica o direito da licença maternidade no país?

Rafael da Silva Marques- A licença maternidade é diversa do salário maternidade . Licença maternidade é um direito concedido pela constituição federal às mulheres gestantes, conforme artigo 7o, XVIII, e pela CLT, art. 392, 120 dias de afastamento do trabalho sem prejuízo do emprego. Já o salário-maternidade é um benefício concedido pela previdência social à empregada trabalhadora, também por 120 dias. Há, ainda, a  estabilidade da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

BLOG da FMP – O benefício, conforme consta na lei, é válido apenas para mulheres. De que forma foi possível estender este benefício para um casal de homoafetivos?

Rafael da Silva Marques - Conforme consta na lei o benefício é devido apenas às mulheres, pois que homem não pode gestar. No caso de extensão do benefício a um casal homoafetivo, o que houve foi a concessão, após dois anos de pleito, do benefício previdenciário de salário

maternidade. O INSS comunicará o empregador que, em tese, deverá afastar o trabalhador do serviço, para que este fique com a criança. A fundamentação do INSS teve por norte a constituição federal e o estatuto da

criança e do adolescente que prevêem a proteção da criança, e das gerações que seguem.

 BLOG da FMP – Esta conquista abre um precedente para que mais pessoas no país possam se beneficiar?

Rafael da Silva Marques - Acho que a decisão abre sim um precedente. Um ótimo precedente. É por demais humana esta decisão, se tivermos por conta que a constituição efetivamente busca proteger a maternidade, infância e adolescência. Não há como justificar que uma criança adotada por um casal heterossexual tenha garantida a licença maternidade, artigo 392-A da CLT e a criança adotada por um casal homoafetivo não tenha este direito.

Isto fere o princípio constitucional da igualdade. Acho que no momento em que se concretiza um direito desta envergadura a tendência é o sistema, como um todo, funcionar melhor.

http://www.fmp.com.br/blog/index.php/professor-da-fmp-avalia-decisao-que-concede-direito-a-licenca-maternidade-a-pai-adotivo-homossexual/Postado em 18 de setembro de 2012, por Leonardo.

O Regime Geral da Previdência Social garante a cobertura de todas as situações elencadas acima, salvo uma única exceção: do desemprego involuntário. Lei 7998/90, alterado pela lei 12.513/2011 – 10/2011.

Regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

3.6.3.2. PRINCÍPIOS: (art. 194 C.F; Lei 8.212/91; Decreto 3.048/99 e art. 2º da Lei n. 8.213/91)

Art. 201. CF.

Do Caráter Contributivo.

Da Filiação obrigatória e automática. + art. 1º, 8.213/91, salvo segurado facultativo.

Do Equilíbrio Financeiro e Atuarial. lei 9.876/99, introduziu o chamado Fator Previdenciário, afim de assegurar um regime sustentável, tornando possível estimar as obrigações pecuniários em face do comportamento da massa e o nível de contribuição. Aplica-se também para o regime do servidor público e complementar.

Da Garantia do Benefício Mínimo. Art. 201, § 2º da C.F. assegurado renda mensal não inferior a um salário mínimo, exceto quando o beneficio for de caráter complementar, neste pode ser menor que um salário mínimo, auxílio-acidente e salário família.

Da Correção Monetária dos Salários de Contribuição. Art. 201, § 3º da C.F., estabelece que os salários de contribuição considerados no cálculo dos benefícios sejam corrigidos.

TABELA VIGENTETabela de contribuição dos segurados empregado, empregado

doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2012

Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)até 1.174,86 8,00de 1.174,87 até 1.958,10 9,00de 1.958,11 até 3.916,20 11,00

Portaria   nº 02, de 06 de janeiro de 2012

Da Preservação do valor real dos Benefícios. Art. 201, § 4º da C.F., deve ser garantido o reajustamento dos benefícios previdenciários + art. 41 8.213/91.

Da Previdência complementar facultativa. Art. 202. Autoriza a participação da iniciativa privada em complemento ao regime oficial em caráter facultativo.

Da Indisponibilidade dos direitos dos beneficiários. Ante ao caráter alimentar dos benefícios previdenciários não se admite que o segurado venha a perder o benefício a que faz jus pelo decurso de prazo.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Não cabe a renúncia ao direito do benefício previdenciário por ser regulado por legislação de ordem pública. Art. 102, § 1º 8.213/91

Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos: 8.213/91

        I - universalidade de participação nos planos previdenciários;        II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;        III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;        IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente;        V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo;        VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo;        VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional;        VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados.Auxilio-natalidade, auxílio-funeral, extintos, com o advento do LOAS (arts.13,14,15 e 22S, idoso e ao portador de deficiência);

Art. 194 C.F; Lei 8.212/91; Decreto 3.048/99. já debatidos no item 3.4. PRINCÍPIOS e “objetivos”

Além dos princípios da PS, temos os gerais + os da SS.

PRINCÍPIOS GERAIS: Princípio da igualdade; Princípio da legalidade; Princípio do direito adquirido. + Princípio da Dignidade da Pessoa humana; Princípio de uma sociedade solidária, justa e livre;

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA SEGURIDADE SOCIAL: Princípio do solidarismo; Princípio universalidade da cobertura e do atendimento; Princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; Princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; Princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios; Princípio da Equidade (reconhecer o direito de cada um) na forma de participação no custeio; Princípio da diversidade da base de financiamento; Princípio do caráter democrático e descentralizado da Administração; Princípio da preexistência de custeio.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

3.6.3.3. FONTES:

Idem ao item 3.5. FONTES E INTERPRETAÇÃO

3.6.3.4. REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

3.6.3.4.1. PRINCIPAL

SETOR PÚBLICO (art. 12, 8.213/91) REGIME-PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DO SETOR PÚBLICO. (Não estudaremos)

MILITAR - art. 142, § 3º C.F.

CIVIL – art. 40 C.F.

União.

Estados.

Distrito Federal.

Municípios.

SETOR PRIVADO – REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS) (art. 201 C.F.) (Estudaremos)

Define a forma de organização da Previdência social brasileira, que será construída em regime geral, de filiação obrigatória, de caráter contributivo, observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial;

Somente aqueles que contribuírem para o sistema terão direito aos benefícios previstos; filiação obrigatória para todos os que exercem atividade econômica;

Segurado facultativo é opcional, a filiação ao RGPS só é permitida se não for participante de outro regime, o regime próprio (setor público), somente para o facultativo, pois o segurado obrigatório pode, acumular, (professor de escola estadual e professor de escola particular) 201 § 5º;

Benefícios para: doença, invalidez, morte, idade avançada etc.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

3.6.3.4.2. COMPLEMENTA

OFICIAL - art. 40 § 14, § 15 e § 16 C.F, após EC 41.

União.

LEI Nº 12.618, DE   30 DE ABRIL DE 2012. Institui o regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo, inclusive os membros dos órgãos que menciona; fixa o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo regime de previdência de que trata o art. 40 da Constituição Federal; autoriza a criação de 3 (três) entidades fechadas de previdência complementar, denominadas Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Legislativo (Funpresp-Leg) e Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Judiciário (Funpresp-Jud); altera dispositivos da Lei no 10.887, de 18 de junho de 2004; e dá outras providências.

...

Art. 33.  Esta Lei entra em vigor: I - quanto ao disposto no Capítulo I, na data em que forem criadas quaisquer das entidades de que trata o art. 4o, observado o disposto no art.31; e (Vide Decreto nº 7.808, de 2012). II - quanto aos demais dispositivos, na data de sua publicação. Brasília, 30  de abril de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 

Seção IIDOS SERVIDORES PÚBLICOSArt. 40. CF. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de

caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

No modelo antigo, o servidor público contribuía com 11% sobre o salário total e tinha direito a se aposentar com o mesmo salário da ativa. Depois da criação da Funpresp, os benefícios foram limitados ao teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), hoje em R$ 3.916,20, mas a contribuição dos funcionários foi limitada a 11% sobre esse valor máximo. Os servidores que tomaram posse a partir de 30/04/2012 deverão contribuir para a previdência complementar se quiserem manter a aposentadoria integral.

Estados.

Distrito Federal.

Municípios.

PRIVADO - art. 202, lei complementar 109/2001.

Aberto. (qualquer pessoa pode adquirir no sistema bancário – Itaú-prev, Bradesco-prev, ... fiscalizados pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Fechado. (exclusivo para funcionários de empresas: Banco Brasil, - PREVI, Petrobras – PETRO, Banesprev)

3.6.3.5. BENEFICIÁRIOS (segurados ou dependentes) DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - (RGPS)

A finalidade da política é a vida justa, que se realiza pelo bem comum, tornando iguais os desiguais:

Mas para alcançar a justiça política é necessário realizar antes a justiça distributiva.

Isso só pode ser feito por meio de aplicação de política social. (educação, saúde, habitação alimentação...) Aristóteles?

Política:

Derivado do latim politice, procedente do grego politiké, forma feminina de politikos, possui, na acepção jurídica, o mesmo sentido filosófico, em que é tido: designa a ciência de bem governar um povo, constituído em Estado.

Política social:

Complexo de preceitos e programas objetivando ao bem-estar e desenvolvimento social da população.

Beneficiário é:

É toda pessoa física que recebe ou possa vir a receber alguma prestação previdenciária (benefício ou serviço) da Previdência Social.

Pessoa jurídica não é, esta é contribuinte art. 195 C.F.)

Segurados é: (urbano ou rural)

Artigos 11 da Lei 8.213/91, 12 da Lei 8.212/91 c/c artigos 9º, 11 e 18 do Decreto 3.048/99.

Art. 18.  Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização, observado o disposto no art. 330 e seu parágrafo único, na seguinte forma: empregado, empregado doméstico etc.

Art. 330. Com a implantação do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS, todos os segurados serão identificados pelo Número de Identificação do Trabalhador, que será único, pessoal e intransferível, independentemente de alterações de categoria profissional e formalizado pelo Documento de Cadastramento do Trabalhador.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Parágrafo único.  Ao segurado já cadastrado no Programa de Integração Social/Programa de Assistência ao Servidor Público não caberá novo cadastramento.

A partir da entrada em vigor da Lei 10.403/02, o INSS passou a utilizar, para fins de cálculo do SB, as informações constantes do CNIS, relativo as contribuições dos segurados. Lembrando que o segurado poderá solicitar alteração das informações do CNIS, trazendo provas da divergência.

Segurado pode ser Obrigatório

Filiação decorre da lei, e não da vontade da pessoa.

É Segurado da Previdência Social nos termos do artigo 9º e seguintes do Decreto n. 3048/99, de forma compulsória, a pessoa física, que exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, de natureza urbana ou rural , com ou sem vínculo de emprego , a título precário ou não como aquele que a lei define como tal, observadas, quando for o caso, as exceções previstas no texto legal, ou exerceu alguma atividade das mencionadas acima, no período imediatamente anterior ao chamado “período de graça”.

Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do segurado especial.

Obrigatórios (artigo 11 da LB)

Empregado (Brasil e no Exterior);

Art. 11 Lei 8.213/91, Art. 9º Decreto 3048/99 (no Brasil ou no estrangeiro ou em embaixadas e organismo internacional).

Pressupostos: Pessoa Física; Pessoalidade; Urbana ou Rural; Não eventualidade; Subordinação Jurídica; Onerosidade

Empregado Doméstico; Art. 11, II Lei 8.213/91

Pressupostos: Pessoa Física; Pessoalidade; Urbana ou Rural; Não eventualidade; Subordinação Jurídica; Onerosidade; Presta serviços a pessoa ou família; no âmbito familiar; Finalidade não lucrativa.

Contribuinte Individual; Art. 11, V Lei 8.213/91, recolhe por conta própria e pode pagar retroativo, se provar o exercício da atividade.

Empresários; Trabalhador Autônomo: (advogado, marceneiro, pedreiro, alfaiate, ...pode pagar retroativo, tem que provar)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

O indivíduo, na modalidade de Contribuinte Individual que na data do óbito, não pertencer mais aos quadros RGPS, contado com o “período de graça”, posto não ter efetuado as contribuições previdenciárias, retirará do dependente o direito a pensão por morte.

Trabalhador Avulso;

Características: Curta duração dos serviços prestados; Intermediação da mão de obra através do sindicato ou do órgão gestor da mão de obra; Com ou Sem remuneração paga através do sindicato

Segurado Especial – art. 11, VII, 8.213/91.

O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar , ainda que com auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 16 anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo.

O regime de economia familiar é entendido como a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados.

A determinação de ser Segurado advém de lei – exercício de atividade remunerada.

Atividade laborativa, remunerada e lícita - urbana ou rural;

De forma eventual ou efetiva;

Com ou Sem vínculo empregatício;

Segurado pode ser Facultativo (criado por causa do princípio da universalidade art.194, I C.F.)

Filiação decorre da vontade da pessoa e não da lei.

É também segurado aquele que se filia facultativa e espontaneamente à Previdência Social, contribuindo para o custeio das prestações sem estar obrigatoriamente vinculado ao RGPS , ou a outro regime qualquer.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Em regra, os segurados exercem atividade econômica remunerada. Mas há que dar àqueles que não estão ali enquadrados oportunidade de se filiar como segurado, para terem direito aos benefícios da Previdência Social.

Facultativos (artigo 11, § 1º do RPS)

Dona de casa;

Estudante;

Estagiário ou bolsista;

Brasileiro residente no exterior;

Membro do conselho tutelar.

Dentre outros.

Desempregado...(presidiário)

Síndico de condomínio...

etc

Não exercer atividade que determine filiação obrigatória.

Não tem regime próprio.

Contribui voluntariamente para a previdência social.

MENORIDADE PARA FINS PREVIDENCIÁRIOS (CONTRIBUIÇÃO)

16 anos. (atenção: menor de 21 anos para dependente receber benefício)

14 anos na condição de aprendiz. Art. 13 § 2º, 8.213/91. (art. 7º, XXXIII, parte final da C.F.)

EXERCÍCIO DE ATIVIDADES CONCOMITANTES - ART. 11 § 2º, 8.213/91.

Se o Segurado exercer duas ou mais atividades que o obriga a contribuição ao Regime Geral da Previdência Social, deve ele contribuir nas duas ou mais, não tem escolha.

Servidor público civil ou militar, se exercer atividade que o obrigue a inclusão no Regime Geral Previdenciário, nessa, será incluído, mesmo tendo regime próprio. (arts. 12, § 1º, art. 12 § 2º, da lei 8.213/91).

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Atenção: Art. 201, § 5º, C.F. veda a vinculação, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio da Previdência Social.

APOSENTADO QUE RETORNA OU PERMANECE EXERCENDO ATIVIDADE LABORAL. Art. 11 § 2º e, art. 18 § 2º, ambos da lei 8.213/91.

Tem que continuar contribuindo, não terá direito de outra aposentadoria, mas terá direito de salário-família, e a reabilitação profissional.

Ferindo assim o princípio da reciprocidade contributiva retributiva.

DIRIGENTE SINDICAL - ART. 11 § 4º 8.213/91.

Ele mantém o Regime Geral da Previdência Social, durante o mandato eletivo.

DEPENDENTES – 8.213/91, art. 16.

O dependente não é segurado, o que acontece é que na ausência do SEGURADO (morte ou prisão), a sociedade houve por bem dar proteção social aos que dele dependiam. Cria-se assim a figura do dependente como beneficiário da Previdência social.

Benefícios recebidos pelos dependentes:

Pensão por morte; Auxílio reclusão.

Critérios para estabelecer dependência:

Econômico; Familiar (legal... adoção))

O rol de DEPENDENTES é divido em 3 classes:

Dependentes de 1ª Classe: (art. 16, I, 8.213/91) (não precisa provar dependência econômica, presumi...)

Cônjuge; Companheiro(art. 226 § 3º da C.F. provar situação conjugal e não econômica ) ; (filhos, parente de

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

primeiro grau) filhos menores de 21 anos (princípio da lei especial 8.213/91 prevalece a geral, o Código Civil, conforme art. 2º, § 2º LINDB-4.657/42) não emancipados; filhos inválidos de qualquer idade.

(Enteado art. 16, 8.213/91 equipara ao filho, se o segurado deixar declaração e provar a dependência econômica)

Súmulas do Conselho da Justiça Federal - Juizados Especiais FederaisSÚMULA Nº 37.

A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência do curso universitário. DJ de 20/06/2007

Cônjuge divorciado ou separado (art. 76 § 2º 8.213/91)

O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão alimentícia na data do óbito concorrerá em igualdade de condições com os dependentes da 1ª classe.

A união homossexual

Começou no sul, Ação Civil Pública 2000.71.00.009347-0 MPF, a juíza concedeu liminar, com validade em todo o território nacional; Instrução normativa 25 de 7/06/2000, pelo INSS, concedendo pensão por morte e auxílio-reclusão.

Fundamento para a concessão, o princípio da igualdade e do princípio da sociedade solidaria, justa e livre (art.3º, IV; 5º C.F.), pelo qual não se pode discriminar alguém pela preferência sexual

OBS: Os Dependentes desta classe são denominados PREFERÊNCIAS.

Com relação à emancipação, a perda da qualidade ocorre, devido a extinção do poder família (pátrio poder) nos termos do artigo 1.635 inciso II; art. 5º parágrafo único, ambos do CC. Neste sentido ver acórdão 119897 do TJDF.

Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:

II - pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único;

Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

Art. 9o Serão registrados em registro público:

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

Dependentes de 2 ª Classe (art. 16, II, 8.213/91) (provar dependência econômica)

Pais (Pai e/ou Mãe) e madrasta, padrasto, avós??? (vão para a 3ª classe na falta de pai e mãe).

Dependentes de 3 ª Classe (art. 16, III, 8.213/91) (provar dependência econômica)

Irmãos menores de 21 anos não-emancipados; Irmãos inválidos de qualquer idade.

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente

Regras básicas para os Dependentes (artigo 16 do RPS):

Classe superior exclui a inferior; Participantes de uma mesma Classe concorrem entre si; Dependente que perde a condição de dependente tem o valor de seu benefício distribuído aos restantes.

OBS: Pensão por morte de avós para neto é permitida, mesmo não estando elencada no rol da Lei 8.213/91 (buscar administrativamente, se não conseguir, buscar no judiciário, provar a dependência econômica).

Comprovação do vínculo e da dependência econômica – art.22, do Decreto 3.048/99 – no mínimo 3 (três) dos seguintes documentos:

a) Certidão de nascimento do filho havido em comum.

b) Certidão de casamento religioso.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

c) Declaração de imposto de renda do segurado em que conste o interessado como dependente.

d) Disposições testamentárias.

e) Anotações constantes na CTPS, feita por órgão competente.

f) Declaração especial feito por tabelião.

g) Prova de mesmo domicílio.

h) Procuração ou fiança reciprocamente outorgada.

i) Conta bancária conjunta.

j) Quaisquer outros documentos que possam levar à convicção do fato que se quer provar.

k) ...

Perda a qualidade de dependente:A perda da qualidade de dependente encontra-se prevista no art. 17 do Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social).

A perda da qualidade de dependente ocorre:

I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;Assegurada a prestação de alimentos, volta o cônjuge a ser dependente;

II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos;Assegurada a prestação de alimentos, volta o cônjuge a ser dependente;

III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes:

a) de completarem vinte e um anos de idade;b) do casamento;c) do início do exercício de emprego público efetivo;d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; oue) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e

IV - para os dependentes em geral:a) pela cessação da invalidez; oub) pelo falecimento.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

3.6.3.6. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

O Salário de Contribuição é tema mais do que importante para o entendimento do assunto “custeio”, posto ser este a principal base de cálculo das contribuições arrecadadas.

CONCEITO: é o valor que serve de base para incidência das alíquotas das contribuições previdenciárias (fonte de custeio) e como base para o cálculo do salário benefício. Segundo o artigo 214, do Decreto 3.048/99 Salário de Contribuição, pode ser assim explicitado, senão vejamos: + 28, 8.212/91

Art. 214/3.148/99. Entende-se por salário-de-contribuição:

I - para o EMPREGADO e o TRABALHADOR AVULSO: a remuneração auferida, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

II - para o EMPREGADO DOMÉSTICO: a remuneração registrada na CTPS, observados os limites mínimo e máximo legais;

III - para o CONTIBUINTE INDIVIDUAL e SEGURADO FACULTATIVO: o valor por ele declarado, não podendo exceder o limite legal;

IV - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de empregado: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas;

V - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de trabalhador avulso: remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical; VI- para o SEGURADO FACULTATIVO: o valor por ele declarado, observados os limites mínimo e máximo do Salário de Contribuição.....

§ 16.  Não se considera remuneração direta ou indireta os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência, desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado.

OBS: Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive doméstico, ocorrer no curso do mês, o Salário de Contribuição será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, INEXISTINDO ESTE, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário;

O limite máximo do salário de contribuição é aquele publicado mediante portaria do Ministério da Previdência sempre quando ocorrer alteração no valor dos benefícios, atualmente a tabela de Contribuição encontra-se da seguinte forma:

Art. 20, 8.212/91. Tabela 2012.

TABELA VIGENTETabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e

trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2012

Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)até 1.174,86 8,00

de 1.174,87 até 1.958,10 9,00de 1.958,11 até 3.916,20 11,00

Portaria   nº 02, de 06 de janeiro de 2012

Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos(O inciso VI do art. 12 da Lei bº 8.212/91)

São características do avulso:a) a liberdade na prestação de serviços, pois não tem vínculo nem com o sindicato, muito menos com as empresas tomadoras de serviço; b) a possibilidade da prestação de serviços a mais de uma empresa, como na prática ocorre; c)o órgão sindical é que faz a intermediação da mão-de-obra, colocando os trabalhadores onde é necessário o serviço, cobrando posteriormente um valor pelos serviços prestados, já incluindo os direitos trabalhistas e os encargos previdenciários e fiscais, e fazendo o rateio entre as pessoas que participam da prestação de serviços; d) o curto período de tempo em que o serviço é prestado ao beneficiário.

2. Contribuinte individual e facultativo

TABELA VIGENTETabela de contribuição dos segurados contribuintes individual e facultativo

Salário-de-contribuição (R$)Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)622,00 5,00*

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

622,00 11,00**622,00 até 3.916,20 20,00

* Alíquota exclusiva do microempreendedor individual e do segurada (o) facultativo que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua

residência . Lei nº 12.470, de 31 de agosto de 2011 – DOU de 1/09/2011

** Plano SimplificadoLei Complementar 123, de 14/12/2006

3.6.3.7. SALÁRIO DE BENEFÍCIO – art. 28 base de cálculo, art. 29 forma de cálculo 8.213/91 + art. 31, 3.048/99

O salário de benefício é o valor básico usado para o cálculo da renda mensal inicial (RMI), dos principais benefícios previdenciários.

(RMI) é a renda que o segurado ganha no exato instante da obtenção do benefício, é calculada em função do salário-de-contribuição. Art. 29, 8.213/91.

Art. 29, § 2º,  8.213/91, O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício. + art. 201, § 2º da C.F.

3.048/99, art. 32, § 3º, O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício.

Descrição Regra Fundamento1 Auxílio-doença 91% Arts. 59 e 61,

8.213/91

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2. Aposentadoria por invalidez (doença ou acidente)

100% Arts. 42 e 44, 8.213/91

3. Aposentadoria por idade – julho de 1994

70% mais 1% para cada grupo de 12 contribuições até atingir o limite máximo, podendo chegar a 100%

Arts. 48 e 50, 8213/91

4. Aposentadoria por tempo de contribuição – inscrito até 16/12/98

70% mais 5% para cada grupo de 12 contribuições até atingir o limite máximo, podendo chegar a 100%

Arts. 48 e 50, 8213/91

4. Aposentadoria por tempo de serviço:

Mulher.

Homem:

70% do salário-de-benefício aos 25 anos de serviço, mais 5% para cada ano de atividade, até o máximo de 100% aos 30 anos de serviço.

70% do salário-de-benefício aos 30 anos de serviço, mais 6% para cada ano completo de atividade, até o máximo de 100% aos 35 anos de serviço.

OBS: Aposentadoria aos 25 anos para a mulher e aos 30 anos de serviço para o homem é aposentadoria proporcional, extinta para aqueles que ingressaram no sistema de previdência social após a EC 20/98.

Não cabe atualmente

5 Aposentadoria do professor(a) 100% aos 30 anos para os Homens e 25 para as Mulheres, em ambos os casos, de efetivo magistério.

Art6. 56, 8213/91

6. Aposentadoria especial 100% aos 25, 20 ou 15 anos de serviço, dependendo da atividade exercida.

Art. 57, §1º, 8213/91

7. Aposentadoria???(benefício) por morte e auxílio-reclusão

100% Arts. 74,75 e 80, 8213/91

8. Auxílio-Acidente 50% Art. 86, 8213/91

9. Aposentadoria por idade; por invalidez; auxílio-doença; auxílio-reclusão e pensão por morte:

1 salário mínimo.

Se houver contribuição como segurado FACULTATIVO, os benefícios serão calculados da mesma forma dos demais segurados para previdência social

Arts. 39 e 143 8213/91.

Renda Mensal Inicial (RMI)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

É a importância apurada a partir dos salários de contribuição do segurado. Mas não há correspondência absoluta entre o valor do salário de benefício e o valor do benefício, pois este último resulta de nova apuração aritmética.

(contribuo/pago sobre o teto máximo do salário-contribuição R$.3.916,20, para receber um salário-de-benefício de 10 salários mínimos, portanto, o valor pode não ser este e sim o valor que levará em conta fator previdenciário, chegando ao valor de beneficio (RMI)), ou seja, igual ou menor.

Definição Legal

Artigo 28 da Lei 8.213/91 define o salário de benefício como sendo "o valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente de trabalho, exceto o salário família e o salário maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício."

Artigo 31 do Decreto 3.048/99 define o salário de benefício como "o valor-básico utilizado para cálculo da renda mensal inicial dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário maternidade e os demais benefícios de legislação especial." QUE NÃO SERÃO CALCULADOS COM BASE NO SALÁRIO DE BENEFÍCIO.

3.048/99, Art. 32. O salário-de-benefício consiste: (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

I - para as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário (na aposentadoria por idade a aplicação do fator é opcional); (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

Para os filiados até 28/11/1999, o período será calculado a partir de

julho 1994 (implantação do real). Trabalhador urbano a partir de 21/07/1999 provar contribuição e o trabalhador rural provar trabalho (ambos 180 meses) (idade urbana - h65/m60 e idade rural - h60/m55)

Fator previdenciário:

É aplicado aos segurados filiados ao RGPS a partir de 29/11/1999 no cálculo da Aposentadoria por tempo de contribuição, sendo, entretanto opcional na Aposentadoria por idade.

É levado em consideração para o cálculo do Fator Previdenciário: a) idade do segurado na data de sua aposentadoria; b) o tempo que ele contribuiu para a previdência; c) sua expectativa de sobrevida, ou seja, o prazo médio o qual o benefício será pago (fonte IBGE).

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

II - para as aposentadorias por invalidez e especial (quem trabalha em condições prejudiciais a saúde ou à integridade física);auxílio-doença (segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente, mais de 15 dias consecutivos, contribuição por 12 meses no caso de doença, para acidente não exige mínimo contribuição, basta estar filiado) eauxílio-acidente (NÃO COBRE PARA LAZER. Sofre acidente e fica com sequela e reduz sua capacidade de trabalho, caráter de indenização, pode ser cumulado com outro benefício, exceto aposentadoria – auxílio acidente, competente é a VAT – VARA DE ACIDENTE DO TRABALHO, JUSTIÇA COMUM ESTADUAL) na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo; (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005).

Para os filiados até 28/11/1999, o período será desde julho 1994 (implantação do real).

NÃO APLICA O FATOR PREVIDENCIÁRIO

Não tem direito a aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar ao Regime Geral da Previdência Social - RGPS, já estiver com a doença ou a lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade.

3.048/99. Art. 167. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da previdência social, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: Exceto § 3º.         I - aposentadoria com auxílio-doença;

        II - mais de uma aposentadoria;

        III - aposentadoria com abono de permanência em serviço;

Foi instituído pela Emenda Constitucional 41/2003, e corresponde ao valor da contribuição previdenciária mensal do servidor que o requerer, desde que tenha cumprido os requisitos para aposentadoria e opte em permanecer em atividade.

A Emenda Constitucional 41/03 extinguiu a isenção previdenciária e a transformou em abono de permanência.Não se aplica a policiais civis, com aposentadoria especial pela Lei Complementar 93/2002, pois os critérios estabelecidos divergem da Emenda Constitucional-41/2003.

Só há abono permanência para aposentadoria proporcional se adquirido o direito até 30/12/03, edição da Emenda Constitucional 41/2003.Só há abono permanência por idade se completada idade até 30/12/03 (homem 65 e mulher 60), acrescido de tempo de contribuição (homem 30 anos e mulher 25 anos) e demais requisitos.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

O abono de permanência está regulamentado na Emenda Constitucional 41/2003, Resolução 3837/2004-SEAP, Resolução 4052/2004-SEAP e para o militar na Lei 14.961, de 22/12/05.

O abono de permanência é concedido a partir do mês da protocolização do pedido.

        IV - salário-maternidade com auxílio-doença;

        V - mais de um auxílio-acidente;

        VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;

        VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;

        VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e

        IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

        § 1º No caso dos incisos VI, VII e VIII é facultado ao dependente optar pela pensão mais vantajosa.

        § 2º É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.

        § 3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982 (Dispõe sobre, pensão especial para os deficientes físicos que específica e dá outras providências .), que não poderá ser reduzido em razão de eventual aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a sua concessão.

Portadores de deficiência física decorrente do uso, pelas mães durante a gestação, da talidomida (remédio usado por grávidas na década de 50 contra enjôo) terão direito a partir de agora a uma indenização em valor único de R$ 50 mil a título de dano moral.Dispõe sobre, pensão especial para os deficientes físicos que específica e dá outras providências.

LEI Nº 12.190, DE 13 DE JANEIRO DE 2010 - DOU DE 13/01/2010 (Lula)Concede indenização por dano moral às pessoas com deficiência física decorrente do uso da talidomida, altera a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, e dá outras providências.

        § 4º  O segurado recluso, ainda que contribua na forma do § 6º do art. 116, 3048/99, não faz jus aos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, permitida a opção, desde que manifestada, também, pelos dependentes, pelo benefício mais vantajoso. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Art. 116. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais).§ 1º É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de segurado.§ 2º O pedido de auxílio-reclusão deve ser instruído com certidão do efetivo recolhimento do segurado à prisão, firmada pela autoridade competente.§ 3º Aplicam-se ao auxílio-reclusão as normas referentes à pensão por morte, sendo necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do segurado, a preexistência da dependência econômica. § 4º  A data de início do benefício será fixada na data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até trinta dias depois desta, ou na data do requerimento, se posterior, observado, no que couber, o disposto no inciso I do art. 105. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) § 5º  O auxílio-reclusão é devido, apenas, durante o período em que o segurado estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) § 6º  O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que contribuir na condição de segurado de que trata a alínea "o" do inciso V do art. 9º ou do inciso IX do § 1 º do art. 11 não acarreta perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas:V - como contribuinte individual:o) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria; (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)   (Revogado pelo Decreto nº 7.054, de 2009)

Art. 11.  É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.§ 1º Podem filiar-se facultativamente, entre outros:IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009)

Pensão por morte: o valor é calculado com base no valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se tivesse aposentado por invalidez (doença ou acidente) na data de seu falecimento.

Auxílio reclusão: o valor é de 100% da aposentadoria que o segurado percebia no dia de sua prisão ou que teria se estivesse aposentado por invalidez. Atualmente portaria... R$ 915,00...

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

A partir da entrada em vigor da Lei 10.403/02, art.29-A, o INSS passou a utilizar, para fins de cálculo do SB- salário-de-benefício, as informações constantes do CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais, relativo às contribuições dos segurados. Lembrando que o segurado poderá solicitar alteração das informações do CNIS, trazendo provas da divergência.

CNIS é alimentado desde 1994 pelas empresas.

Os demais segurados são identificados pelo NIT – Número de Identificação do Trabalhador.

FATOR PREVIDENCIÁRIO

CONCEITO: Estabelecido pela Lei 9.876/99, é um coeficiente atuarial que busca devolver ao segurado a poupança acumulada (contribuições pagas), distribuída ao longo da vida de aposentado.

Principais Pontos: Foi a forma do governo estimular(? Ou forçar) as pessoas a se aposentarem mais tarde.

E é aplicado aos segurados filiados ao RGPS a partir de 29/11/1999 no cálculo da Aposentadoria por tempo de contribuição, sendo, entretanto opcional na Aposentadoria por idade.

É levado em consideração para o cálculo do Fator Previdenciário: a) idade do segurado na data de sua aposentadoria; b) o tempo que ele contribuiu para a previdência;

c) sua expectativa de sobrevida, ou seja, o prazo médio o qual o benefício será pago (fonte IBGE).

Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de contribuição do segurado serão adicionados: (artigo 29 parágrafo 9° da Lei 9.876/99)

§ 9o Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de contribuição do segurado serão adicionados:I - cinco anos, quando se tratar de mulher;II - cinco anos, quando se tratar de professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio;III - dez anos, quando se tratar de professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio."

Atenção: Por conseguinte, para as mulheres e professores, com exceção dos professores ou professoras do 3° Grau

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

(universidade), não confundir com regime próprio de servidor público.

CÁLCULO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

Onde:f = fator previdenciário;Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;Id = idade no momento da aposentadoria;a= alíquota de contribuição correspondente a 0,31(neste caso).

Ex: (A) Sra, tem 47 anos de idade e contribuiu para o RGPS por 30 anos, sua expectativa de sobrevida de acordo com o IBGE é de 30,8 anos. Qual o valor do FP=F?

Es= 30,8; TC= 30 + 5= 35 (acréscimo p/ mulheres); Id= 47; a= 0,31

f= 35 x 0,31 x [1+ (47 + 35 x 0,31)]= (0,59 – índice) 30,8 100

OBS: Se o índice apurado for menor que 1 (que é o caso), o fator previdenciário incidirá de forma negativa (terá redução no RMI) e se for maior ou igual a 1, o fator previdenciário não provocará redução na RMI

3.6.3.8. PERÍODO DE GRAÇA – Manutenção da qualidade de segurado.

Graça não tem “nada haver” com carência

Graça: o Segurado permanece filiado ao sistema, mesmo não contribuindo, pelo período especificado na lei.

Com a perda, o direito caduca. Há a extinção da relação jurídica com o INSS, não fazendo jus o segurado a benefício.

Não prejudica o tempo para aposentadoria idade/contribuição art.3 § 1º, da lei 10.666/03 +(180 contribuições se entrou após 24/07/1991) !!!, pensão por morte!!!, conforme lei.

Carência é o lapso de tempo mínimo para que o segurado faça jus ao benefício.

A legislação previdenciária prevê períodos em que a filiação à Previdência Social persiste, mesmo sem o exercício da atividade ou o recolhimento das contribuições. Tais períodos encontram previstos no artigo 15 da lei 8213/91.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Variando de 3 (três) meses a 3 (três) anos, conforme o caso.

São hipóteses EXCEPCIONAIS orientadas pelo princípio da proteção que preservam o vínculo com a Previdência Social, garantindo o direito aos benefícios, sem estarem presentes os elementos caracterizadores da relação jurídica previdenciária.

Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;

II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;

IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;

V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.

§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.

O prazo se encerra no dia 15 do mês seguinte ao término dos períodos de GRAÇA, que se cair no domingo, será prorrogado para o próximo dia útil, podendo ser estendida por 45 dias, dependendo da data que desvinculou da contribuição com a previdência social

Ex: segurado saiu da empresa 01/01/2011, termina em 01/01/2012, + 30 dias (regra) 01/02/2012, mas a contribuição é sempre no dia 15 e seria no dia 15/02/2012, logo, terá 45 dias.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

A contagem inicia-se com a cessão(ceder) das contribuições e finda no dia seguinte ao término do prazo fixado para o recolhimento da contribuição.

Ocorrendo a o reingresso no RGPS, o segurado estará sujeito ao cumprimento de 1/3 do período de carência, a partir de nova filiação, para fins de auxilio doença e aposentadoria por invalidez, conforme art.24, 8213/91

Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido.  (Vide Medida Provisória nº 242, de 2005).

Atenção: Quem deixa de contribuir por um tempo deve ficar atento para não perder a qualidade de segurado. Nesse caso (se perder a qualidade de segurado, depois da graça), é necessário comprovar pelo menos 60 (60/12 = 5 anos) novas contribuições mensais para que as antigas sejam somadas, até completar o total de contribuições exigido.

CURIOSIDADE.

Retrospectiva das Escalas de Salário-Base Trabalhador Autônomo e Equiparado, Empresário e Facultativo

Competência Dezembro/2003 e Folha de Pagamento do 13º Salário de 2003 - Recálculo conforme Port. MPS nº 12-2004

SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS

até R$ 565,94 7,65 %

de R$ 565,95 até R$ 720,00 8,65 %

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

de R$ 720,01 até R$ 943,23 9,00 %

de R$ 943,24 até R$ 1.886,46 11,00 %

A PARTIR DE ABRIL DE 2003

Extinção da Escala de salário-base  

A partir de 1º.04.2003, ou seja, competência abril de 2003, fica extinta a escala de salário-base que era utilizada até agora para fixar a contribuição do segurado contribuinte individual

e que dividia-se em 10 classes de valor. Art. 9º Lei 10.666-2003 A partir da competência abril/2003, o contribuinte individual

(autônomo e empresário)?????FACULTATIVO irá pagar a contribuição previdenciária sobre o valor de sua remuneração mensal, limitada ao teto mínimo e máximo da

Previdência Social, independentemente da data de sua inscrição. Assim, a contribuição incidirá sobre qualquer valor entre teto mínimo e o teto máximo da Previdência Social, de

acordo com sua remuneração mensal, pró-labore no caso dos empresários e valor recebido das empresas no caso dos autônomos.

A PARTIR DE JUNHO DE 2002

CLASSE

NUMERO MÍNIMO DE MESES DE

PERMANÊNCIA

SALÁRIO-BASE

(R$)

ALÍQUOTA (%)

CONTRIBUIÇÃO (R$)

De 1 a 6 12De 200,00 a 936,94

20,00De 40,00 a

187,39

7 12 1.093,08 20,00 218,62

8 24 1.249,26 20,00 249,85

9 24 1.405,40 20,00 281,08

10 1.561,56 20,00 312,31

3.6.3.9. CARÊNCIA

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Carência é o lapso de tempo mínimo para que o segurado faça jus ao benefício.

Graça: o Segurado permanece filiado ao sistema, mesmo não contribuindo, pelo período especificado na lei. Com a perda, o direito caduca. Há a extinção da relação jurídica com o INSS, não fazendo jus o segurado a benefício.

Não prejudica o tempo para aposentadoria idade/contribuição art.3 § 1º, da lei 10.666/03 +(180 contribuições se entrou após 24/07/1991) !!!, pensão por morte!!!, conforme lei.

CONCEITO

É o número mínimo de contribuições mensais necessário para que o beneficiário faça jus ao benefício previdenciário (artigo 26 do Decreto 3048/99). Vide também artigo 24 da Lei 8.213/91.

Art. 26. Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.

Para os segurados (empregados e trabalhador avulso) começa a contar o prazo de carência a partir da data da filiação ao RGPS.Para os segurados (Empregado doméstico, contribuinte individual, empresário, trabalhador autônomo, e especial e segurado facultativo), começa a contar o prazo de carência a partir da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, (cuidado, se o segurado paga atrasado, não considera início de carência).

REGRAS:

a) O artigo 25 da lei 8.213/91, estabelece os prazos de carência dos benefícios:

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais. (Redação dada pela Lei nº 8.870, de 1994)

III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99).

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (trata dos segurados....)V - como contribuinte individual: (empresária, autônoma, eventual etc)VII – como segurado especial: (segurada facultativa idem art. 39, p.ú/8213/91) a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

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Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do art. 11.Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão:Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do início do benefício . (Incluído pela Lei nº 8.861, de 1994)

Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado." (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

Auxílio Doença, Aposentadoria por Invalidez – 12 meses (Se for acidentária sem carência);Aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial – 180 meses.

b-) O artigo 26 da lei 8.213/91, estabelece quais são os benefícios que não precisam cumprir a carência:

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;

IV - serviço social; V - reabilitação profissional.

VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições:I - referentes ao período a partir da data da filiação ao Regime Geral de Previdência Social, no caso dos segurados empregados e trabalhadores avulsos referidos nos incisos I e VI do art. 11; II - realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

referentes a competências anteriores, no caso dos segurados empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos II, V e VII do art. 11 e no art. 13. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

Pensão por morte, Auxílio Reclusão, Salário família, Salário maternidade (empregada, doméstica e avulsa), Auxílio doença e Aposentadoria por invalidez de natureza acidentária ou por doenças profissionais ou doenças capituladas na lista do Ministério da Saúde e do Trabalho.

Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991 , bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício: (Artigo e tabela com nova redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos

1991 60 meses

1992 60 meses

1993 66 meses

1994 72 meses

1995 78 meses

1996 90 meses

1997 96 meses

1998 102 meses

1999 108 meses

2000 114 meses

2001 120 meses

2002 126 meses

2003 132 meses

2004 138 meses

2005 144 meses

2006 150 meses

2007 156 meses

2008 162 meses

2009 168 meses

2010 174 meses

2011 180 meses

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Aumenta 6 meses por ano.

Atenção: Se houver perda da qualidade do segurado, as contribuições anteriores a essa da somente serão computadas para efeito de carência após o segurado contar, a partir da NOVA FILIAÇÃO previdência social, com, no mínimo, 1/3 do número de contribuições exigidas para cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido (art. 24 p.ú 8213/91.

Seção VIII – 8213/91Das Disposições Diversas Relativas às Prestações

Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

 Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior.(Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

3.6.4.0. DECADÊNCIA/PRESCRIÇÃO:

Seção VIII – 8213/91Das Disposições Diversas Relativas às Prestações

Art. 103.  É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do

segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. (Redação dada pela Lei nº 10.839, de 2004)

Parágrafo único. Prescreve em cinco anos , a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Art. 103-A.  O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que

decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004)

§ 1o  No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004)

§ 2o  Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004) 

 Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: (???VAT)

I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social; ou II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento das seqüelas do acidente.

Art. 105. A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício.

Art. 106.  A comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de: (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)V – bloco de notas do produtor rural; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7 o do art. 30 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural; ou (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

DESAPOSENTAÇÃO/ DESAPOSENTADORIA.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

A desaposentadoria/desaposentação, nenhuma dessas palavras constam nos dicionários

É o ato de desfazimento da aposentadoria por vontade do titular, para fins de aproveitamento do tempo de filiação em contagem para nova aposentadoria, no mesmo ou em outro regime previdenciário.

Não existe esta possibilidade, pois a aposentadoria é um ato jurídico perfeito, mas o judiciário vem permitindo.

Até que o Congresso Nacional decida sobre a regulamentação legal da desaposentadoria, a Justiça continuará sendo o único caminho ao alcance dos aposentados que quiserem renunciar ao benefício para em seguida obtê-lo de novo, em valor mais alto. Milhares de ações desse tipo tramitam nos estados e algumas já chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), cujo entendimento tem sido favorável aos aposentados.

Dos projetos sobre o assunto existentes no Congresso, os dois que reúnem maiores chances de aprovação são de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) e do deputado Cleber Verde (PRB-MA). O primeiro aguarda parecer na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e o segundo recebeu parecer favorável na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, mas ainda não foi votado. Mesmo que sejam aprovados – o que não deve ocorrer este ano, por causa da campanha eleitoral –, os projetos ainda terão que passar pela revisão na outra Casa do Congresso.....

3.6.4.1. BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - (RGPS)

Capítulo IIDAS PRESTAÇÕES EM GERAL

Seção IDas Espécies de Prestações

8.213/91. art. 18.  O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:

        I - quanto ao segurado:

        a) aposentadoria por invalidez;        b) aposentadoria por idade;        c) aposentadoria por tempo  de contribuição; (Redação dada pela Lei Complementar nº 123, de 2006)

        d) aposentadoria especial;        e) auxílio-doença;        f) salário-família;        g) salário-maternidade;        h) auxílio-acidente;         i) abono de permanência em serviço;   (Revogada pela Lei nº 8.870, de 1994)

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

        II - quanto ao dependente:

        a) pensão por morte;         b) auxílio-reclusão;

        III - quanto ao segurado e dependente:

a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)É o benefício devido a(o) segurado(a) aposentado(a) até 03/94 pelo Regime Geral de Previdência Social.O(a) segurado(a) deverá comprovar o exercício de atividade concomitante com sua aposentadoria até 15/04/94.O valor do benefício corresponde a devolução da soma das importâncias relativas às contribuições do segurado aposentado até a competência 03/94, recolhidas até 15/04/94, em pagamento único.Se o segurado tiver falecido antes de requerer o pecúlio, o mesmo será devido a seus dependentes e sucessores.O direito ao pecúlio prescreverá no prazo de 5 (cinco) anos, para:

        b) serviço social; b) reabilitação profissional.

        § 1º Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos nos incisos I, VI e VII do art. 11 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995).

I - como empregado,VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento; VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de..

       § 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)        § 3o  O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e o segurado facultativo que contribuam na forma do § 2 o

do art. 21 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991 , não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição. (Incluído pela Lei Complementar nº 123, de 2006)        Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.         § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.        § 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.        § 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.        § 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

        Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:        I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;         II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.        § 1º Não são consideradas como doença do trabalho:        a) a doença degenerativa;        b) a inerente a grupo etário;        c) a que não produza incapacidade laborativa;         d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.        § 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.        Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:        I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;        II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:        a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;        b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;        c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;        d) ato de pessoa privada do uso da razão;         e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;        III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;         IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:        a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;        b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;        c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;         d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.        § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.        § 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.        Art. 21-A.  A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

que dispuser o regulamento. (Vide Medida Provisória nº 316, de 2006) (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)        § 1o  A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo.  (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)        § 2o  A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)        Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.        § 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.         § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.        § 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo.        § 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo.        § 5o  A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)        Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

? Acidente de trabalho? VAT...

Abono Anual:Não está contemplado no rol do artigo 18 da lei 8213/91, mas consiste em beneficio previdenciário previsto no artigo 201 §, 6º, C.F., que estabelece que “a gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada anão”. + Art. 40, 8213/91 e art. 120, 3048/99

8213/91, art. 40. É devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdência Social que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão. (Vide Decreto nº 6.927, de 2009).

3048/99, art. 120.  Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão.(Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)§ 1º  O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

benefício do mês de dezembro de cada ano. (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)§ 2º  O valor do abono anual correspondente ao período de duração do salário-maternidade será pago, em cada exercício, juntamente com a última parcela do benefício nele devida.(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)

Lei 8213/91 art. 18 DECRETO 3.048/999

       

I - quanto ao segurado:

        a) aposentadoria por invalidez;        b) aposentadoria por idade;        c) aposentadoria por tempo  de contribuição; (Redação dada pela Lei Complementar nº 123, de 2006)        d) aposentadoria especial;        e) auxílio-doença;        f) salário-família;        g) salário-maternidade;        h) auxílio-acidente;         i) abono de permanência em serviço;   (Revogada pela Lei nº 8.870, de 1994)

        II - quanto ao dependente:

        a) pensão por morte;         b) auxílio-reclusão;

        III - quanto ao segurado e dependente:

a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)

        b) serviço social; b) reabilitação profissional.

CAPÍTULO IIDAS PRESTAÇÕES EM GERALSeção I

Das Espécies de Prestação3048, Art. 25. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços:       

I - quanto ao segurado:

        a) aposentadoria por invalidez;        b) aposentadoria por idade;       c) aposentadoria por tempo de contribuição;       

d) aposentadoria especial;        e) auxílio-doença;        f) salário-família;        g) salário-maternidade; e        h) auxílio-acidente;

       

II - quanto ao dependente:

        a) pensão por morte; ec) auxílio-reclusão; e

        III - quanto ao segurado e dependente: reabilitação profissional.

3.6.4.2. PRESTAÇÕES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - - (RGPS).

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Aposentadoria, pensão e auxílio são os benefícios que a Previdência Social oferece aos segurados e seus familiares, como proteção da renda salarial em caso de doença, acidente de trabalho, velhice, maternidade, morte ou reclusão.

O valor mensal é calculado, na maioria dos casos, em função do salário-de-benefício, que corresponde à média aritmética simples dos 80% maiores salários-de-contribuição a partir de julho de 1994.

Na maior parte das vezes, também é exigido um período mínimo de contribuição, sem interrupções, denominado período de carência.

A aposentadoria é um pagamento mensal vitalício, efetuado ao segurado por motivo de idade, por tempo de contribuição ou pelo exercício de atividade sujeita a agentes nocivos à saúde. A aposentadoria por invalidez pode ser cessada após a recuperação da capacidade laborativa.

Só existe uma modalidade de pensão, que é a pensão por morte, concedida aos dependentes do segurado por motivo de falecimento.

Os benefícios incluem ainda auxílio financeiro em caso de doença, acidente ou reclusão, bem como o salário-maternidade e o salário-família.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – acidente ou doença(ao segurado)

Capítulo II - DAS PRESTAÇÕES EM GERAL; Seção; I Das Espécies de Prestações; 8.213/91. art. 18.  O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços: I - quanto ao segurado: a) APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Incapacidade permanente para trabalho ou atividade habitual(vida diária).

Quando a perícia médica do INSS considera um segurado total e definitivamente incapaz para o trabalho – seja por motivo de doença ou acidente – essa pessoa é aposentada por invalidez.

Normalmente, o trabalhador recebe primeiro o auxílio-doença e, caso não tenha condições de retornar ao trabalho, tem direito à aposentadoria.

CONCEITO

É o benefício previdenciário devido ao segurado que, estando ou não em gozo de

auxílio doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. E ser-lhe-á paga enquanto, permanecer nessa condição. Aposentadoria é provisória, só será definitiva quando o médico assim entender. Portanto, não é vitalícia. Se recuperar a capacidade laborativa cessará o benefício.

Benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica da Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de serviço que lhes garanta o sustento.

ALGUNS FUNDAMENTOS LEGAIS.

Artigo 201, I da C.F. Artigos 42 a 47 da Lei 8.213/91. Artigos 43 a 50 do Decreto 3048/99.5452/43 – CLT – art. 475 §1º8112/90 - Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

Súmula 456 – STJ – É incabível a correção monetária dos salários de contribuição considerados no cálculo do salário de benefício de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão ou auxílio-reclusão concedidos antes da vigência da CF/1988.

Súmula nº 160 do TSTAPOSENTADORIA POR INVALIDEZ (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei (ex-Prejulgado nº 37).

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

SUJEITOS

Ativo: Todos os segurados, obrigatórios e facultativos. (dependentes???? Não, benefício para o segurado)

Passivo: INSS

ESPECIFICIDADE:

A aposentadoria por Invalidez poderá ser transformada em Aposentadoria por Idade, desde que requerida pelo segurado, observada a carência exigida (na data de início do benefício a ser transformado).

Cuidado (Art. 55. A aposentadoria por idade poderá ser decorrente???? da transformação de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, desde que requerida pelo segurado, observado o cumprimento da carência exigida na data de início do benefício a ser transformado. (Revogado pelo

Decreto nº 6.722, de 2008).) 3.048/99)

A Jurisprudência vem atenuando a exigência de estar o segurado absolutamente incapaz para qualquer atividade.

Ex: Trabalhador braçal que pode voltar a desempenhar serviços leves, mais devido à idade avançada e o pouco grau de instrução, não conseguiria desempenhar outra atividade.

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.133.334 - PR (2009/0065082-0)

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO BELLIZZE (RELATOR): Nãotem razão o agravante.

Data do Julgamento : 02/02/2012

Data da Publicação/Fonte DJe 24/02/2012

Cumpre trazer à lume os termos da insurgência especial do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS (fl. 189/192):A lei previdenciária, em seus arts. 42, caput e § 1º e 43, § 1º, é clara ao estabelecer que o benefício por invalidez é devido ao segurado que for considerado incapaz, para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, a partir do momento em que for constatada a incapacidade. Não há qualquer elemento nos autos que confirme a incapacidade do autor na data

fixada pelo acórdão recorrido, uma vez que o expert não esclarece a data de início da incapacidade da parte autora.(...)DO PEDIDOFace ao exposto, o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS requer o recebimento e o provimento do recurso especial, para que: - o termo inicial do benefício seja fixado na data da juntada do laudo pericial judicial.

Processo: AC 3787 RS 2009.71.99.003787-0Relator(a): RÔMULO PIZZOLATTIJulgamento: 22/06/2010Órgão Julgador: QUINTA TURMAPublicação: D.E. 28/06/2010

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. OCUPAÇÕES HABITUAIS.É devido o restabelecimento do auxílio-doença, desde sua cessação, e não a aposentadoria por invalidez, quando a perícia judicial é concludente de que a incapacidade do segurado é somente para suas ocupações habituais.

RECURSO JEF n º: 0038604- 26.2009.4.01.3500OBJETO : APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (ART.42/7) - BENEFÍCIOS EM ESPÉCIECLASSE : RECURSO INOMINADORELATOR : EDUARDO PEREIRA DA SILVARECTE : TEREZA ALVES DE MIRANDAADVOGADO : GO00025790 - GUSTAVO DE FREITAS ESCOBARRECDO : INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALADVOGADO : GO00007372 - VALDIR EDUARDO DE BARROSVOTO-EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MULHER. 62 ANOS. DO LAR. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. AUSÊNCIA DE PROVA DA INCAPACIDADE E DE SEU INÍCIO APÓS O REINGRESSO NO RGPS. SENTENÇA MANTIDA.1. O recurso é próprio e tempestivo, merecendo ser conhecido.2. Recurso contra sentença que rejeitou pedido de benefício por incapacidade.3. A autora recolheu 16 contribuições individuais. Duas delas em 1996 e as demais entre 12/2007 e 26/2009.4. O laudo pericial atestou que a autora é portadora de perda de audição bilateral e visão subnormal, tendo interlocução levemente prejudicada, não constatando, porém, a incapacidade.5. Em primeira instância, o pedido foi rejeitado por ausência de prova da incapacidade.6. Ainda que se possa levantar dúvida acerca da conclusão do perito, em virtude da idade da autora, noto que se trata de patologias progressivas. Caberia à autora provar que, em 2007, ao retornar ao RGPS aos 59 anos, não era portadora das patologias ou da alegada incapacidade.7. Sentença mantida por seus próprios fundamentos.8. Sem condenação em honorários advocatícios diante da concessão da assistência judiciária.A C Ó R D Ã OVISTOS, relatados e discutidos os autos, ACORDAM os Juízes da Turma Recursal Suplementar dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado de Goiás, por unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, nos termos do voto do Juiz Relator.Goiânia, 10/08/2011.Juiz EDUARDO PEREIRA DA SILVARelator

RECURSO JEF n º: 0049890- 98.2009.4.01.3500OBJETO : AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO - BENEFÍCIOS EM ESPÉCIECLASSE : RECURSO INOMINADORELATOR : EDUARDO PEREIRA DA SILVARECTE : MARIA DOS REMEDIOS SILVA LIMAADVOGADO : GO00017691 - FATIMA APARECIDA DE FREITAS ESCOBARRECDO : INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALADVOGADO : GO00007372 - VALDIR EDUARDO DE BARROS

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

VOTO-EMENTAPREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MULHER. 64 ANOS. DONA DE CASA. ANALFABETA. OBESIDADE MÓRBIDA E ARTROSE DO JOELHO. INCAPACIDADE NÃO DEMONSTRADA. SENTENÇA MANTIDA.1. O recurso é próprio e tempestivo, merecendo ser conhecido.2. Recurso contra sentença que rejeitou pedido de benefício por incapacidade.3. A parte autora ingressou no RGPS aos 55 anos de idade, como contribuinte individual, recolhendo contribuições entre 08/2002 e 03/2004, e gozando auxílio-doença entre 2003 e 2006, com algumas interrupções.4. O laudo pericial atesta que a autora possui obesidade mórbida e artrose, não constatando, porém, incapacidade para a atividade de “do lar”. A autora não demonstrou o desacerto da conclusão do perito.5. Ainda que se reconheça a existência de situação limítrofe de incapacidade laboral – considerando a idade da autora – era seu ônus provar que ingressou no RGPS apta ao labor ou que a alegada incapacidade tenha se iniciado no período em que ainda mantinha a qualidade de segurado.6. Sentença mantida por seus próprios fundamentos.7. Sem condenação em honorários advocatícios diante da concessão da assistência judiciária.A C Ó R D Ã OVISTOS, relatados e discutidos os autos, ACORDAM os Juízes da Turma Recursal Suplementar dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado de Goiás, por unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, nos termos do voto do Juiz Relator.Goiânia, 10/08/2011.Juiz EDUARDO PEREIRA DA SILVARelator

Incapacidade É determinada por meio de exame médico pericial, pelo INSS. (não é absoluto) 2 em 2 anos ou que for determinado.

Em regra concedida a partir da cessão do auxílio-doença (art. 43-8213/91). Mas pode ser concedido a aposentadoria de imediato, cada caso e um caso.

A partir do 16º dia do afastamento da atividade, ou depois disso a partir do requerimento junto ao órgão competente.

Ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data do requerimento, se entre essas datas decorrer mais de trinta dias

Não ser portador de doença ou lesão ao se filiar ao RGPS, salvo se a lesão ou doença for agravada pelo trabalho.

Afastamento de todas as atividades. Se exercer duas atividades diferentes, somente de uma, a outra continua trabalhando. Vendedor de dia, à noite, trabalha com telemarketing.

Se voltar voluntariamente ao trabalho, no período do benefício, perde o direito deste do momento que voltou, podendo a qualquer tempo, o novo benefício.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

ABONO13º salário no INSS. Terá direito, será devido o 13º salário ou benefício ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu o auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão pormorte ou auxílio-reclusão. O 13º será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina dos trabalhadores, tendo como base a renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano. Não tem direito ao 13º salário quem recebe o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (o famoso LOAS), o que acaba gerando uma enorme confusão no final de ano para esses beneficiários.

PRESUPOSTOS:

QUALIDADE DE SEGURADO.Estar contribuindo ou

Estar no período de graça.

CARÊNCIA.

Em regra CARÊNCIA DE 12 MESES – art. 25, I. (Evitar fraudes)

Exceção.Acidente de qualquer natureza(em serviço) ou Doença profissional, SEM CARÊNCIA. Art. 26, II. 8213/91.

Segurados Especiais, desde que comprovem o exercício da atividade rural no período de 12 meses.

Art. 26, II. 8213/91Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho , bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

Nos outros casos, CARÊNCIA DE 12 MESES – art. 25, I. (Evitar fraudes)

Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

8213/91. Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças (NÃO PROFISSIONAL) mencionadas no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase ; alienação mental; neoplasia maligna(câncer) ; cegueira ; paralisia irreversível e incapacitante ; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida- Aids ; e contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.

TRF 1ª Região - Aposentadoria Por Invalidez: Ausência da carência exigida. Deferimento do Benefício Assistencial

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ: AUSÊNCIA DE CUMPRIMENTO DA CARÊNCIA EXIGIDA PARA O BENEFÍCIO (ART. 25, I, DA LEI 8.213/91). INCAPACITAÇÃO TOTAL E PERMANENTE PARA O TRABALHO. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL - ART. 203, V, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ART. 20, DA LEI Nº 8.742, DE 1993 (LOAS) - DECRETO Nº 1.744, DE 1993 - REQUISITOS LEGAIS - PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA OU IDOSA - COMPROVAÇÃO DA IMPOSSIBILIDADE DE PROVER A SUA PRÓPRIA MANUTENÇÃO OU TÊ-LA PROVIDA POR SUA FAMÍLIA.

2. Não assiste à autora o direito ao benefício de aposentadoria por invalidez , uma vez que, embora comprovada, por perícia médica, a sua incapacidade para o trabalho, ela não cumpriu a carência exigida pelo art. 25, I, da Lei 8.213/91, para a concessão do

benefício. No entanto, a autora faz jus ao benefício de amparo assistencial previsto no art. 20 da Lei 8.742/93.

Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. (LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LOAS)

Art. 20.  O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)§ 1o  Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)§ 2o  Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.     (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)§ 3o  Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)§ 4o  O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)§ 5o  A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)§ 6º  A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2o, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS.     (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)§ 7o  Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura. (Incluído pela Lei nº 9.720, de 30.11.1998)§ 8o  A renda familiar mensal a que se refere o § 3o deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.(Incluído pela Lei nº 9.720, de 30.11.1998)       § 9º  A remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz não será considerada para fins do cálculo a que se refere o § 3o deste artigo. (Inclído pela Lei nº 12.470, de 2011)§ 10.  Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.  (Inclído pela Lei nº 12.470, de 2011)

GRAÇA.

8213/91. art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;

II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

Atenção: Quem deixa de contribuir por um tempo deve ficar atento para não perder a qualidade de segurado. Nesse caso (se perder a qualidade de segurado, depois da graça), é necessário comprovar pelo menos 60 (60/12 = 5 anos) novas contribuições mensais para que as antigas sejam somadas, até completar o total de contribuições exigido.

DECADÊNCIA/PRESCRIÇÃO:

Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Art. 103.  É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou

ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. (Redação dada pela Lei nº 10.839, de 2004)

Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

Art. 103-A.  O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004)

 Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho

prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data: (???VAT)

RENDA MENSAL INICIAL – RMI –

Em regra 100% do salário de benefício.

Não pode ser inferior ao salário mínimo;

Se necessitar do auxílio de outra pessoa, o salário será acrescido de 25%. OBS: este valor não é considerado para o cálculo da pensão por morte.

DATA DO RECEBIMENTO:

Empregado: a contar do 16° dia de afastamento e demais segurados a contar da data da incapacidade.

A partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, no caso do segurado em gozo de auxílio-doença.

E a todos os segurados quando requerido após o 30° dia do afastamento.

REFLEXO NO CONTRATO DE TRABALHO:

Divergência.

Minoritária. Alguns doutrinadores entendem que a manutenção por mais de 5 anos de aposentadoria implica a rescisão do contrato de trabalham sem ônus para o empregador.

Majoritária: O segurado que recebe alta médica após 5 anos pode retornar ao emprego anteriormente exercido. 475 § 1º CLT.

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.

SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO:

É a paralisação temporária do contrato de trabalho, em que o empregador não está obrigado ao pagamento do salário ou a contar o tempo de serviço .

São exemplos da SUSPENSÃO do contrato de trabalho:

a) falta injustificada, que implique, que implique o desconto do salário;

b) período de auxílio-doença APÓS o 15º dia, cessando obrigações do empregador no pagamento do salário, que passará a ser feito pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Nacional);

c) período de afastamento do empregado, sem remuneração, decorrente de pedido do próprio trabalhador (licença não-remunerada);

d) período de greve, salvo acordo, convenção coletiva, laudo arbitral ou sentença normativa dispondo em contrário (art. 7º da lei 7.783/89).

INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO:

É a paralisação temporária do contrato de trabalho, em que HÁ O DEVER LEGAL do empregador remunerar os dias de afastamento e de contar o seu tempo de serviço .

São exemplos da INTERRUPÇÃO do contrato de trabalho:

a) auxílio-doença até o 15º dia;b) período de férias;c) DSR (descanso semanal remunerado) o u R(repouso)SR;d) Período de licença à gestante;e) Período de licença paternidade;f) Faltas justificadas, que não implicam desconto do salário (art.

(473 da CLT.) g) O serviço militar é considerado como de interrupção (uma

exceção à regra que estudamos anteriormente, pois aqui o trabalhador não recebe salário, mas tem contado o tempo de serviço);

Durante a INTERRUPÇÃO OU SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, o empregado terá direito a todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertence o empregador, como por exemplo, a obtenção de reajuste salarial.h)

§ 1º - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497. (Redação dada pela Lei nº 4.824, de 5.11.1965)

§ 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.

Em caso de Recuperação parcial, pode retornar ao trabalho, mesmo que em função diversa. Caso haja dispensa do empregado, serão devidos os direitos da dispensa sem justa causa.

DURAÇÃO:

Enquanto permanecer a condição de incapaz do segurado, para exercício de atividades que lhe garanta a subsistência.

Pela morte do segurado.

Pelo retorno ao trabalho.

BASE DE CÁLCULO Salário-de-benefício – 100%

Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)§ 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxílio-doença, o valor da aposentadoria por invalidez será igual ao do auxílio-doença se este, por força de reajustamento, for superior ao previsto neste artigo.

Descrição Regra Fundamento2. Aposentadoria por invalidez (doença ou

acidente)100% Arts. 42 e 44,

8.213/91

Art. 39. A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre o salário-de-benefício os seguintes percentuais:II - aposentadoria por invalidez - cem por cento do salário-de-benefício;

Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

Não é privilégio, o acréscimo será devido ainda que o valor da aposentadoria atinha o limite máximo legal. pago

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIALA N E X O I – 3048/99

RELAÇÃO DAS SITUAÇÕES EM QUE O APOSENTADO POR INVALIDEZ

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“Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-lo”.Escritor francês, Voltaire.

TERÁ DIREITO À MAJORAÇÃO DE VINTE E CINCO POR CENTOPREVISTA NO ART. 45 DESTE REGULAMENTO.

        1 - Cegueira total.        2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.        3 - Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.        4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível.        5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível.        6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível.        7 - Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social.        8 - Doença que exija permanência contínua no leito.        9 - Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.

RECEBIMENTO CONJUNTO DE APOSENTADORIA

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - caso

3.048/99. Art. 167. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da previdência social, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: Exceto § 3º.         I - aposentadoria com auxílio-doença;        II - mais de uma aposentadoria;        III - aposentadoria com abono de permanência em serviço;        IV - salário-maternidade com auxílio-doença;        V - mais de um auxílio-acidente;        VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;         VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;        VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e        IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

        § 1º No caso dos incisos VI, VII e VIII é facultado ao dependente optar pela pensão mais vantajosa.

        § 2º É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.

        § 3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982 (Dispõe sobre, pensão especial para os deficientes físicos que específica e dá outras providências.), que não poderá ser reduzido em razão de eventual aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a sua concessão.

        § 4º  O segurado recluso, ainda que contribua na forma do § 6º do art. 116, 3048/99, não faz jus aos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, permitida a opção, desde que manifestada, também, pelos dependentes, pelo benefício mais vantajoso. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

Súmulas do Conselho da Justiça Federal - Juizados Especiais Federais

SÚMULA Nº 36Não há vedação legal à cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da aposentadoria por invalidez, por apresentarem pressupostos fáticos e fatos geradores distintos.DJ de 21/03/2007.

Não substitui obras afins. VERSÃO – 10/09/2012 / 93