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Prof.Mayane Jacqueline G. de Melo Barbosa Especialista em Finanças e Controladoria- Perita Judicial Contábil e Documentoscopia Teoria da Contabilidade

Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

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Page 1: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Prof.Mayane Jacqueline G. de Melo Barbosa

Especialista em Finanças e Controladoria- Perita Judicial Contábil e Documentoscopia

Teoria da Contabilidade

Page 2: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Conteúdo Didático

Introdução:

-Surgimento

-Importância dentro do curso

I- A evolução da Contabilidade

II- Os objetivos da Contabilidade

III- Qualidade e característica da informação contábil

IV- Relatórios Contábeis

V- Os princípios fundamentais de contabilidade

VI- Convenções Contábeis

VII- Definição e Critérios de Avaliação de Ativo

VIII- Definição e Critérios de Avaliação de passivo e de patrimônio líquido

IX- Receitas,Despesas,Perdas e Ganhos

X- O Balanço Patrimonial

XI- A Demonstração do resultado do exercício(DRE)

XII- A demonstração das mutações do Patrimônio Liquido(DMPL)

XIII- Demonstração do Fluxo de Caixa

Page 3: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Introdução

A Teoria da Contabilidade passou a ser obrigatória nos currículos do Curso de

Graduação em Ciências Contábeis a partir de 1994, por ser facultativa antes existia

apenas nos cursos de pós-graduação em Contabilidade em stricto ou lato sensu.

A introdução obrigatória da disciplina veio contribuir para a formação dos estudantes

de graduação na área contábil.

A Contabilidade é um poderoso instrumento para a tomada de decisões, seja qual for

o tipo de usuários, assim verifica-se que a Teoria da Contabilidade dá suporte para

que a Contabilidade exerça o seu papel como um sistema de informação e avaliação

destinado a prover aos usuários com demonstrações e análises de natureza

econômica, financeira, física e de produtividade, atendendo a seu principal objetivo.

Mostrando que a Teoria está constantemente contribuindo com a arte de bem

informar o usuário e explicando como isso se processa, esse procedimento se torna

um dos principais recursos didáticos para a Teoria da Contabilidade.

Momentos Históricos- 1º Exemplo: Na história da contabilidade a 4 mil anos a.c,sem

moeda,sem escrita e sem números um homem que era pastoreio executava a

contabilidade de forma rudimentar,guardando seu rebanho na neve para a caverna

pergunta “Quando meu rebanho cresceu pela ultima vez?(ele lembra que havia

separado pedrinhas para cada ovelha e estava guardado, assim separa novamente

pedrinhas para o novo rebanho, compara um com o outro e observa que o número

de ovelhas aumentou para sua alegria- ele esta fazendo um inventario.

Com este exemplo verifica que o homem sempre foi ambicioso por natureza e tinha

interesse em avaliar sua riqueza ou seu crescimento e que entra a função da

contabilidade de avaliar a riqueza do homem, os acréscimos e decréscimos dessa

riqueza.(+- 4.000 antes de Cristo).Verifica-se que mesmo sem a moeda,escrita e

dinheiro a Contabilidade como inventário á existia.

2ºexemplo: Na bíblia no livro de Jó;verifica-se que Jó era um homem muito rico e

justo,da terra de Uz no Oriente,vê se que ele tinha um bom contador pois na

descrição de sua riqueza observa:”E era o seu gado sete mil ovelhas,e três mil

camelos,e quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas.”

Page 4: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

I- A evolução da Contabilidade

Para José Carlos Marion

Da evolução

O desenvolvimento da contabilidade foi muito lento ao longo dos séculos, somente

em torno do século XV é que a Contabilidade atinge um nível de desenvolvimento

notório,sendo chamada de fase lógica-racional ou fase pré-cientifica da

Contabilidade.Verifica-se que toda a história a Contabilidade torna-se importante à

medida que há desenvolvimento econômico.

Em países de primeiro mundo a profissão é muito valorizada, no Brasil até a década

de 60 este profissional era chamado de guarda-livros. Com o milagre econômico na

década de 70, desapareceu esta expressão e observou-se um excelente e valorizado

mercado de trabalho para os contabilistas.

Na Idade Moderna nos séculos XIV a XVI, principalmente no renascimento com

diversos acontecimentos no mundo das artes, na economia e nas relações

proporciona um grande impulso das Ciências Contábeis, sobretudo na Itália, com

Gutemberg,Colombo iniciando as grandes descobertas,o mercantilismo,o surgimento

da burguesia,o protestantismo etc...

A primeira literatura contábil foi feita pelo Frei Luca Pacioli em 1494 consolidando o

método das partidas dobradas, expressando a causa efeito do fenômeno patrimonial

com os termos débito e crédito.

A Contabilidade não é uma ciência exata, ela é uma ciência social, pois é ação

humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial, e, utiliza os métodos

quantitativos (matemática e estatística) como principal ferramenta, pois tudo o que

fazemos na vida precisamos de métodos quantitativos dos números. O

desenvolvimento contábil acompanha de perto o desenvolvimento econômico.

Com a ascensão econômica norte-americana, o mundo contábil volta sua atenção

para os Estados Unidos a partir de 1920, dando origem ao que alguns chamam de

Escola Contábil Norte-Americana.O surgimento das Corporations principalmente no

Page 5: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

inicio do século atual aliado com o desenvolvimento do mercado de capitais e o

desenvolvimento do país experimenta um campo fértil para o avanço das teorias e

práticas contábeis norte-americanas.Tem que ser lembrado que os Estados Unidos

herdaram da Inglaterra uma excelente tradição no campo da Auditoria,criando

solidas raízes.No século XX houve a queda da Escola Européia (mais especificamente a

Italiana) e a ascensão da chamada Escola Norte-Americana no mundo contábil.

Hoje a tendência é a harmonização internacional das normas contábeis, adotando o

modelo IASC (International Accounting Standards Committee),de inspiração Anglo.

Escola Européia(queda) Escola Norte-Americana(ascensão)

1- Excessivo Culto à Personalidade 1- Ênfase ao Usuário da Informação Contábil

grandes mestres e pensadores da

Contabilidade com a fama

a Contabilidade é apresentada como algo útil

para a

passaram a ser vistos como "oraculos" da

verdade contábil

tomada de decisões e atender os usuários é o

grande objetivo.

2- Ênfase a uma Contabilidade Teórica 2- Ênfase à Contabilidade Aplicada

Produziam trabalhos excessivamente

teóricos,com pouca Principalmente a gerencial.

aplicação prática. Não havia preocupação com a teoria das contas

3- Pouca Importância a Auditoria 3 -Muita Importância à Auditoria

Principalmente na legislação Italiana,não

davam

Com a herença dos ingleses e transparência

para os investidores

importancia ao grau de confiabildade e

auditagem

das Sociedades Anônimas nos relatórios

contábeis

4- Queda do nível das principais faculdades 4- Universidades em busca de qualidade

Principalmente as faculdades

Italianas,superlotadas

Grandes quantias para pesquisas no campo

contábil, o professor

de alunos.

com dedicação exclusiva e o aluno em período

integral.

Page 6: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Evolução da Contabilidade para Sérgio de Iudicibus

Introdução

• Origem da Contabilidade

• Ascensão da escola européia

• A invasão norte-americana (a escola anglo-saxônica

• O caso brasileiro

• Das empresas de auditoria de origem anglo-americana

• A influência da reestruturação do ensino da contabilidade.

• Perspectivas da contabilidade e a profissão contábil no Brasil.

Origem da Contabilidade

A Contabilidade seja, talvez, tão antiga quanto a origem do Homo sapiens. Alguns

historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas

aproximadamente a 2.000 anos a.C. Entretanto, antes disso, o homem primitivo, ao

inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus

rebanhos, ao contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma

rudimentar de Contabilidade. Na invenção da escrita, a representação de quantidades

normalmente tem sido importante. Logo, é possível localizar os primeiros exemplos de

Contabilidade, seguramente no segundo milênio antes de Cristo, na civilização da

Suméria e da Babilônia (hoje Iraque), no Egito e na China. Mas é possível que algumas

formas rudimentares de contagem de bens tenham sido realizadas bem antes disto,

talvez por volta do quarto milênio a.C. É claro que a Contabilidade teve evolução

relativamente lenta até o aparecimento da moeda. Na época da troca pura e simples

de mercadorias , os negociantes anotavam as obrigações, os direitos e os bens, porém,

obviamente, tratava-se de um mero elenco de inventário físico, sem avaliação

monetária.

Page 7: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Ascensão da Escola Européia

Após o surgimento inicial do método contábil, na Itália, provavelmente no século XVIII

ou XIV, de sua divulgação no século XV (obra de Frà Luca Pacioli), da disseminação da

“escola italiana” por toda a Europa, surge no século XIX um período que muitos

denominaram de científico, e ao qual preferimos chamar de “romântico”. É neste

período que, talvez pela primeira vez, a teoria avança com relação às necessidades e às

reais complexidades das sociedades. Esta fase também teve seus expoentes máximos

na Itália, que denominou o cenário contábil provavelmente até os primeiros vinte e

cinco anos do século XX. No fim do período a que chamei de romântico ou em seus

limites, surgem os vultos, entre outros, de Fábio Besta, Giuseppe Cerboni, e, no fim do

século XIX e inícios do século XX, Gino Zappa e outros; mais recentemente, Aldo

Amaduzzi, TeodoroD‘Ippolito e muitos outros.

A invasão norte-americana

O surgimento das gigantescas corporations, principalmente em inícios do século, aliado

ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de

desenvolvimento que aquele país experimentou e ainda experimenta, constitui um

campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis norte-americanas. Não

podemos esquecer-nos, também, de que os Estado Unidos herdaram da Inglaterra

uma excelente tradição no campo da auditoria, criando, lá sólidas raízes.

A evolução da Contabilidade nos Estados Unidos apóia-se, portando, em um sólido

embasamento. A saber:

1. o grande avanço e o refinamento das instituições econômicas e sociais;

2. o investidor médio é um homem que deseja estar permanentemente

bem informado, colocando pressões não percebidas no curtíssimo

prazo, mas frutíferas no médio e longo prazos, sobre os elaboradores de

demonstrativos financeiros, no sentido de que sejam evidenciadores de

tendências.

Page 8: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

3. o governo, as universidades e os institutos de contadores empregam

grandes quantias para pesquisas sobre princípios contábeis; e

4. o Instituto dos Contadores Públicos Americanos é um órgão atuante em

matéria de pesquisa contábil, ao contrário do que ocorre em outros

países;

5. mais recentemente, a criação da Financial Accounting Standards Board

(FASB) e, há muitos anos, da SEC (a CVM deles), têm propiciado grandes

avanços na pesquisa sobre procedimento contábeis.

Caso Brasileiro

A Contabilidade no Brasil evolui sob a influência da escola Italiana, não sem

aparecerem vestígios de uma escola verdadeiramente brasileira, até que algumas

firmas de auditoria de origem anglo-americana, certos cursos de treinamento em

Contabilidade e Finanças, ofericido por grandes empresas, tais como o excelente BTC

da General Eletric, e a Faculdade de Economia e Administração, em seu curso básico

de Contabilidade Geral, acabassem exercendo forte influência, revertendo a tendência.

Por outro lado, a legislação comercial , que até a Lei das Sociedades por Ações era

inspiração européia (com traços marcantes brasileiros na classificação dos balanços da

S.A.), passa adotar uma filosofia nitidamente norte-americana, a partir,

principalmente, da Resolução nº. 220 e da Circular nº. 179 do Banco Central .

Das firmas de auditoria de origem anglo-americana

Talvez essa tenha sido a mais antiga influência no sentido da “americanização” do

entendimento das normas e dos procedimentos de Contabilidade. Obviamente, pelo

menos de início, estas firmas levaram uma grande vantagem, em termos de auditoria,

sobre as congêneres puramente nacionais, em virtude da sólida tradição e estrutura

preexistentes, dos procedimentos e dos manuais adotados (poucas ou nenhuma firma

de auditoria nacional possuía) e a mentalidade existente. Aos poucos foram

Page 9: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

associando-se a firmas nacionais preexistentes, com exceção notável da Arthur

Andersen & Co., que permaneceu nitidamente com as mesmas características

originais.

A influência da reestruturação do ensino da contabilidade na FEA-USP

Verifica-se, a partir de 1964, uma modificação substancial no ensino de Contabilidade

na FEA-USP. Na disciplina Contabilidade Geral, na regência de cátedra do Prof. José da

Costa Boucinhas, adota-se pela primeira vez, o método didático norte-americano,

baseado no livro de Finney & Miller, Introductory accounting, com importantes

adaptações à realidade brasileira, consubstanciadas pela abordagem do problema da

Contabilidade em face da inflação. Como conseqüência deste trabalho, surge, em

1971, o livro Contabilidade Introdutória, de uma equipe da USP, livro hoje amplamente

adotado nas faculdades de todo o Brasil. Isto significa que, desde 1964, gerações de

contadores, de administradores e de economistas são influenciados pelo novo

enfoque, constituindo um centro de irradiação das novas doutrinas.

Perspectivas da contabilidade e da profissão contábil no Brasil

Em termos de mercado para o contador, as perspectivas são excelentes. Na verdade,

ainda estamos no limiar de uma era em que será reconhecida toda a importância da

função contábil dentro das entidades. O número de bons profissionais, com ampla

visão de administração financeira, é tão escasso, no momento, que os poucos que a

possuem e, portanto, têm condições de assumir posições de controladores, diretores

financeiros, chefes de Departamento de Contabilidade e de Custos, auditores internos

e externos, têm obtido remuneração e satisfação profissional muito grandes.

Um progresso constante, duradouro, equilibrado e que dependa de algo mais que

meras adaptações de princípios norte-americanos de contabilidade somente será

possível se ocorrerem as seguintes circunstâncias:

Page 10: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

1. nossas entidades representativas de contadores necessitarão realmente

continuar um trabalho de profundidade sobre pesquisa de princípios

contábeis.

2. será necessário que nossos técnicos de Contabilidade se dirijam, em

massa, para os bons cursos de Ciências Contábeis, a fim de obterem

uma formação realmente completa.

3. nossas instituições de pesquisa, principalmente as universidades,

precisam dedicar fundos e esforços à pesquisa contábil.

Page 11: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

II- Os objetivos da Contabilidade

O objetivo da Contabilidade é fornecer informação estruturada de natureza

econômica, financeira e subsidiariamente, física, de produtividade e social aos

usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade.

Fornecer informação estruturada significa que a Contabilidade não fornece dados e

informações de forma dispersa e apenas seguindo as solicitações imediatas dos

interessados,mas sim de maneira estruturada com planejamento contábil em que um

sistema de informação é desenhado,colocado em funcionamento e periodicamente

revisto,tendo em vista parâmetros próprios. Assim as operações da entidade à qual

se está aplicando a Contabilidade são estudadas minuciosamente,sendo então

desenhado o Plano e Manual de Contas para a contabilização sistemática das

operações rotineiras da entidade, ao mesmo tempo em que são delineados os

principais tipos de relatórios (demonstrações) que devem sair do processo contábil.

Esses relatórios devem atender às necessidades:

1. Dos usuários externos(bancos,eventuais investidores etc.) e

2. Dos usuários internos à entidade (administradores,funcionários etc.).

Os usuários externos utilizam as demonstrações contábeis como o Balanço

Patrimonial(posição das contas num determinado momento), Demonstração de

Resultado do Exercício (uma demonstração de fluxos econômicos),Demonstração

de Origens e Aplicações de Recursos e Fluxo de Caixa.

Os usuários internos utilizam além das demonstrações acima, utilizam também

relatórios:

• Comparações entre custos orçados (ou padrão) e reais;

• Relatórios para decisões especiais do tipo:

a. Fabricar versus adquirir,

b. Orçamento de capital,

c. Expansão da fábrica,

d. Criação de divisões,

Page 12: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

e. Relatórios sobre mix de produtos e serviços etc.

De maneira geral pode-se dizer que um sistema de informação contábil será tão

avançado quanto mais for capaz de produzir todos os relatórios gerenciais (além dos

tradicionais)da forma mais automática e repetitiva possível,com o menor grau de

trabalho adicional por parte do contador.Nesse caso,tem-se um sistema contábil que

atende às decisões de natureza operacional,tática e,no limite,estratégica.

O campo de atuação da Contabilidade, na verdade seu objeto, é o patrimônio de toda

e qualquer entidade; ela acompanha a evolução qualitativa e quantitativa desse

patrimônio.

Finalidade Social do Contador

No que se refere à Contabilidade Geral ou Financeira, o trabalho do contador tem

alcance social em termos amplos,além de estritamente econômico.Afinal, informando

à sociedade quão bem (ou mal) certa entidade utiliza os recursos conferidos pelos

sócios ou pelo povo.A contabilidade é o melhor intérprete desse desempenho,pois

verifica o volume dos (e se necessário quais)produtos e serviços que a entidade

repassou à sociedade, se o fez os preços razoáveis,com boa qualidade, se é

moderna,competitiva etc..

A Contabilidade e o Contador- A Contabilidade Atual

A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões,

ela coleta todos os dados econômicos, mensurando monetariamente, registrando-os

e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem

sobremaneira para a tomada de decisões.

O contador é muito importante dentro da empresa, pois a cédula cancerosa da

empresa é a má administração, nas decisões tomadas sem respaldo,sem dados

confiáveis.

Page 13: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

O processo decisório decorrente das informações apuradas pela Contabilidade não se

restringem apenas aos limites da empresa,aos administradores e gerentes (usuários

internos), mas também a outros segmentos,quais sejam,usuários externos como:

• Investidores: é através dos relatórios contábeis que se identifica a situação

econômica-financeira da empresa,assim o investidor tem às mãos os

elementos necessários para decidir sobre as melhores alternativas de

investimentos.

• Fornecedores de bens e serviços a crédito: usam os relatórios para analisar a

capacidade de pagamento da empresa compradora.

• Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos,limite de crédito

etc...

• Governo:não só usa os relatórios com a finalidade de arrecadação de

impostos como também para dados estatísticos, sentido de melhorar

redimensionar a economia (IBGE por exemplo).

• Sindicatos: utilizam os relatórios para determinar a produtividade do

setor,fator preponderante para reajuste de salários.

• Outros interessados: funcionários(usuário interno),órgãos de classes,pessoas

e diversos institutos,como a CVM,o CRC etc..

A contabilidade como profissão

A Contabilidade é uma das áreas que mais proporcionam oportunidades para o

profissional.O estudante que optou por um curso superior de Contabilidade terá

inúmeras alternativas como:

• Contabilidade Financeira: é a contabilidade geral,necessária a todas as

empresas.Fornece informações básicas aos seus usuários e é obrigatória

conforme a legislação comercial.È aplicada de acordo com a área ou a

atividade em que é aplicada: Contabilidade Agrícola (aplicada às empresas

agrícolas), Contabilidade Bancária(aplicada aos bancos)etc...

Page 14: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

• Contabilidade de Custos: está voltada para o cálculo,interpretação e controle

dos custos dos bens fabricados ou comercializados,ou dos serviços prestados

pela empresa.

• Contabilidade Gerencial: voltada para fins internos,procura suprir os gerentes

de um elenco maior de informações,exclusivamente para a tomada de

decisões.

• Auditor Independente: é o profissional que não é empregado da empresa em

que está realizando o trabalho de auditoria,é um profissional liberal.

• Auditor Interno: é o auditor que é empregado,preocupa com o controle

interno da empresa.

• Analista Financeiro: Analisa a situação econômico-financeira da empresa por

meio de relatórios fornecidos pela Contabilidade. A análise pode ter diversos

fins como: medida de desempenho,concessão de crédito,investimentos etc..

• Perito Contábil: A pericia judicial é motivada por uma questão

judicial,solicitada pela justiça.O contador fará uma verificação na exatidão dos

registros contábeis e em outros aspectos.

• Consultor Contábil: em grande desenvolvimento não se restringe

especificamente à parte contábil financeira,mas também à consultora fiscal

(imposto de renda,IPI,ICMS e outros),na área de processamento de

dados,comércio exterior etc..

• Professor de Contabilidade: Exerce o magistério de 2ºgrau ou de faculdade

(neste caso há necessidade de pós-graduação).

• Pesquisador Contábil:Um campo pouco explorado no Brasil,ou seja, a

investigação cientifica na Contabilidade.Na faculdade de Economia

Administração e Contabilidade da USP,atráves do Departamento de

Contabilidade (onde há os cursos de Mestrado e de Doutorado em

Contabilidade).

• Cargos Públicos: Nos concursos para área fiscal de rendas na área

federal,estadual ou municipal tem havido grande contingente de contadores

aprovados.

Page 15: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

• Cargos Administrativos: Contadores que exercem cargos de

assessoria,elevados postos de chefia,de gerencia e até mesmo diretoria.

• Outros como: investigador de fraude,escritor,avaliador de

empresas,conselheiro fiscal,mediação e arbitragem etc..

Page 16: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

III- Qualidade e característica da informação contábil

A informação contábil, como todo bem econômico, tem um custo e esse custo deve

ser sempre comparado com os benefícios esperados da informação.

Uma das formas de avaliar a qualidade da informação contábil, sua utilidade

(benefício),quando comparada com o custo,é analisar algumas qualidade ou

características que deve possuir, tais como:

compreensibilidade,relevância,confiabilidade e comparabilidade e tempestividade.

a) Compreensibilidade

A informação contábil precisa ser compreensiva,completa, e retratar todos os

aspectos contábeis de determinada operação ou conjunto de eventos ou

operações.

b) Relevância

Para o (IASC) instituto Internacional Accounting Standards Committee , a

relevância é uma das características ou qualidades mais importantes da

informação contábil.A fim de ser útil a informação precisa ser relevante para as

necessidades de tomada de decisões dos usuários.A informação possui a

qualidade da relevância quando ela influencia as decisões econômicas dos

usuários ajudando os a avaliar eventos passados,presentes ou futuros ou

confirmando ou corrigindo suas avaliações passadas.

c) Confiabilidade

Para que seja útil, a informação precisa ser confiável.A informação possui a

qualidade da confiabilidade quando ela está livre de erros materiais e vieses e

pode ser aceita pelos usuários como representar ou que poderia

razoavelmente se esperar que representasse.

Page 17: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

d) Comparabilidade

Os usuários precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis

de uma entidade atráves dos anos a fim de identificar tendências em sua

situação patrimonial e financeira e em seu desempenho.Os usuários também

precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis de diferentes

entidades a fim de avaliar sua situação patrimonial e financeira em termos

comparativos,seu desempenho e as mudanças na situação fianceira.

e) Tempestividade

Existem algumas variáveis que restringem a utilidade e a plena potencialidade

das qualidades da informação acima descritas.São a tempestividade e a relação

custo/benefício.

Pode-se afirmar que relevância,principalmente é afetada pela

tempestividade,no sentido de que muito pouco adianta ter informação

relevante e fidedigna se ela “passou do ponto”,ou melhor,da hora.

Page 18: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

IV- Relatórios Contábeis

Relatório Contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela

Contabilidade.Ele objetiva relatar às pessoas que utilizam os dados contábeis os

principais fatos registrados por aquele setor em determinado período.

Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos por lei, sendo conhecidos como

Demonstrações Financeiras. São exigidos na totalidade para as sociedades anônimas e

parte deles estendida a outros tipos societários, através do Imposto de Renda.

Os relatórios contábeis não obrigatórios, evidentemente, são aqueles não exigidos por

lei,o que não significa que sejam menos importantes.Há relatórios não obrigatórios

imprescindíveis para a administração.

Relatórios Contábeis Obrigatórios

Lei das Sociedades por Ações e Sociedades Anônimas de Capital Aberto 9que

negociam suas ações na bolsa de valores) estabelece que, ao fim de cada exercício

social (ano),a diretoria fará elaborar,com base na escrituração contábil, as seguintes

demonstrações financeiras (ou contábeis):

• Balanço Patrimonial;

• Demonstração do Resultado do Exercício;

• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das

Mutações do Patrimônio Líquido;

• Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos.

Essas demonstrações financeiras deverão ser publicadas em dois jornais: no Diário

Oficial e num jornal de grande circulação.

As demais estão desobrigadas em relação a essa demonstração.

Page 19: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Notas Explicativas e outras evidenciações

As notas explicativas devem complementar, juntamente com outros quadros analíticos

ou demonstrações contábeis, as demonstrações financeiras, servindo para

esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

As demonstrações financeiras das sociedades das sociedades por ações de capital

aberto observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) e serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes, registrados

na mesma comissão (parecer da auditoria).

As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por

contabilistas legalmente habilitados.

No momento da publicação das Demonstrações Financeiras, as Sociedades por Ações

deverão informar aos usuários desses relatórios os dados adicionais seguintes:

• Relatório da Diretoria ( ou da Administração), deve conter as

seguintes informações:dados estatísticos diversos, indicadores

de produtividade, desenvolvimento tecnológico, a empresa no

contexto socioeconômico,políticas diversas etc..,expectativas

com relação ao futuro,dados do orçamento de capital,projetos

de expansão, desempenho em relação aos concorrente etc..

• Mudanças Futuras Previstas- Os administradores da companhia

aberta são obrigados a comunicar imediatamente à Bolsa de

Valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da

assembléia geral ou dos órgãos de administração da companhia

ou qualquer outro fato relevante ocorrido em seus negócios,que

possa influir de modo ponderável na decisão dos

investidores(não ocultar informações).

• Notas Explicativas- também conhecidas como “Notas de

Rodape”, as notas explicativas são normalmente destacadas

após as Demonstrações Financeiras (quando publicadas).

Page 20: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Como alguns exemplos de Notas Explicativas podemos citar:

a)Critérios de cálculos na obtenção de itens que afetam o lucro;

b)Obrigações de longo prazo,destacando os credores,taxa de juros,garantias à dívida etc;

c)Composição do capital social por tipo de ações;

d)Ajustes de exercícios anteriores etc..

Page 21: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

V- Os postulados e os Princípios Fundamentais da Contabilidade

Os postulados são premissas ou constatações básicas, não sujeitas a verificação, que

formam o arcabouço sobre o qual repousa o desenvolvimento subseqüente da teoria da

Contabilidade. Existem postulados que são apenas descrições de situações verdadeiras,

mas que nada dizem com relação a serem específicos quanto à seqüência de princípios

contábeis. Os postulados ambientais, por sua vez, são os que mais interessam à

Contabilidade. Destes, os fundamentais são: o postulado da entidade contábil e o

postulado da continuidade. O postulado da entidade considera que as transações

econômicas são levadas a termo por entidades e a Contabilidade é mantida como

distinta das entidades dos sócios que a compõem. É claro que diversos tipos de

usuários, em circunstâncias diferentes, podem ter como foco de interesse entidades

diversas. Por exemplo, no caso de uma companhia-mãe que tenha investimento

relevante em controlada ou controladas, a apresentação de demonstrativos

consolidados da empresa-mãe e das controladas é de grande interesse para os

acionistas da primeira. Mas, para os acionistas e credores das sub-sidiárias, pode ser

mais interessante e reveladora a evidenciação dos demonstrativos contábeis das várias

subsidiárias. Assim, o conceito de entidade não somente transcende ao de pessoa

jurídica individual (para abranger grupos de empresas, holdings e outras concentrações),

como também pode ser uma fração desta, detendo-se na avaliação de desempenho de

divisões, setores, departamentos, linhas, canais de distribuição etc., desde que em tais

setores haja comando de recursos econômicos capaz de gerar benefícios para a

empresa. O postulado da continuidade observa a entidade como “algo em

continuidade” (going concern), cuja principal finalidade é gerir e utilizar ativos não para

serem vendidos no estado em que se encontram, mas para servirem à entidade no

esforço de produzir receita. Assim, basicamente, o sucesso do empreendimento seria

mensurado pela diferença entre o valor que o mercado atribui a nosso produto ou

serviço e os custos dos ativos consumidos e/ou sacrificados no esforço de produzir e

vender aquele produto que foi, de fato, vendido. Os postulados referidos são

importantes para a conceituação que se segue, porque a maior parte deriva do sentido

profundo de continuidade e entidade.

Page 22: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Uma vez estabelecidos os objetivos da Contabilidade e delineados os dois postulados ambientais, seguem-se, naturalmente, os princípios e as convenções (restrições) que qualificam e delimitam o campo de aplicação dos princípios em certas situações.

Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional. Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.

São estes Princípios:

• custo como base de valor (registro inicial);

• realização da receita e da confrontação com as despesas (competência);

• denominador comum monetário.

Princípio do custo como base de valor (registro inicial)

Na forma como é geralmente entendido, considera-se que este princípio seja uma

seqüência natural do postulado da continuidade. Segundo o mesmo, os ativos são

incorporados pelo preço pago para adquiri-los ou fabricá-los, mais todos os gastos

necessários para colocá-los em condições de gerar benefícios para a empresa. Esta

avaliação é base para as contabilizações posteriores, somente sendo permitidas

amortizações, depreciações e cálculo da quota de exaustão dos ativos que sofrerem tais

diminuições de valor, pelo uso, decurso do tempo ou obsolescência.

A premissa subjacente ao princípio, conforme geralmente se admite, é, além de uma

conseqüência da continuidade (no sentido de que não interessariam valores de

realização), a de que, presumivelmente, o preço acordado entre comprador e

vendedor seja a melhor expressão do valor econômico do ativo, no ato da transação.

Portanto, o custo representaria para o incorporador a justa apreciação da

potencialidade futura do ativo para a entidade adquirente. Isto significa que o

comprador presume que o valor descontado dos fluxos futuros de caixa gerados pelo

ativo, isolada ou conjuntamente com outros ativos , organização, insumos etc., seja

superior ou, pelo menos, igual ao gasto realizado para obtê-lo. Infelizmente, reconhecer

a contribuição isolada de cada ativo não é uma tarefa fácil, mas presume-se que

ninguém adquire um ativo por um preço superior ao valor esperado dos benefícios a

serem gerados pelo mesmo.

Page 23: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Princípio da realização da receita e da confrontação com as despesas (competência)

A realização da receita é, muitas vezes, tratada isoladamente, o que tem provocado

muitos desentendimentos sobre o verdadeiro alcance do problema, pois, na verdade, o

reconhecimento de receita e a apropriação de despesas estão intimamente ligados.

Freqüentemente, não se deve reconhecer a receita sem que a despesa associada seja

delineável, mesmo que apenas como estimativa (caso, por exemplo, da provisão para

devedores duvidosos). Assim, julgamos que os dois aspectos da questão devam ser

tratados conjuntamente, embora reconheçamos que, na ordem temporal estrita dos

reconhecimentos, primeiramente se faz um esforço para retratar a receita (na

demonstração de resultados) e, em seguida, a despesa. Isto, todavia, é mais uma ordem

prática do que uma precedência no tempo do uso dos recursos. Muitas vezes, auferimos

agora uma receita gerada pela cessão de ativos adquiridos há mais tempo.

Normalmente, a compra dos fatores utilizados no esforço de produzir receita antecede à

própria receita. Outras vezes, é concomitante e, em casos raros, pode ser posterior.

Principio do Denominador Comum Monetário

Este princípio está associado à qualidade de a Contabilidade evidenciar a composição

patrimonial de bens, direitos e obrigações de várias naturezas, homogeneizando-os por

meio da mensuração monetária. É a qualidade agregativa da contabilidade que, sem

deixar de considerar os vários ativos em suas essencialidades e como geradores

específicos de fluxos de serviços futuros para a empresa, consegue agregar, adicionar e

homogeneizar tais elementos por meio da avaliação monetária. O princípio do

denominador comum monetário expressa a natureza essencialmente financeira da

Contabilidade. Por outro lado, a não ser que esteja expresso em contrato, o

relacionamento entre devedores e credores é realizado por intermédio da avaliação da

relação débito/crédito em moeda corrente de determinada data. Se o poder aquisitivo

da moeda variar entre o período do estabelecimento da relação e a data do ajuste de

contas, este deverá ser feito pelo montante originariamente compromissado. Note que

este fato nada tem a ver com correção monetária ou reajustamento de dados contábeis

para efeito de análise de resultados depurados da variável inflacionária. Devemos

distinguir correção monetária para efeito contábil de correção monetária operacional.

Normalmente, relacionamentos de débito e crédito são expressos na “moeda de conta”

da data.

No estado em que o princípio do denominador comum monetário se encontra, como

geralmente entendido, ressaltam-se três pontos:

1. propriedade agregativa de ativos diversos pela avaliação monetária;

Page 24: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

2. estabelecimento das relações débito/crédito em moeda de conta da data da

transação, não podendo ser alterado o valor na data do ajuste de contas, salvo cláusula

expressa em contrário.

3. deveria ser escolhida uma data-base para expressar as demonstrações contábeis de

uma entidade, de vários períodos, em moeda de poder aquisitivo daquela data-base,

desde que seja escolhido o Custo Histórico Corrigido como método de ajuste. O fato de a

Contabilidade vir a adotar outra base de avaliação, no futuro, não invalida o Princípio,

todavia, pois trata-se de uma qualidade essencial das demonstrações contábeis, qual

seja, a de trazer ativos e passivos de várias naturezas, bem como as respectivas receitas

e despesas, sob o manto da avaliação em moeda, o Denominador Comum Monetário,

sem prejuízo das análises qualitativas..

Page 25: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

VI- Convenções Contábeis

As convenções contábeis são o condimento dos princípios contábeis, talvez mais bem

expressas como restrições, estas são:

• A convenção( restrição) da objetividade.

• A convenção ( restrição) da materialidade ou relevância.

• A convenção ( restrição) do conservadorismo ou prudência.

• A convenção ( restrição) da consistência ou uniformidade.

A convenção da Objetividade

As convenções contábeis são o condimento dos princípios contábeis, talvez mais bem

expressas como restrições. Hendriksen adota esta última abordagem. Trata-se, segundo

ele, de restrições do usuário e de mensuração da própria Contabilidade. Na verdade,

diríamos que as restrições efetivas ao livre uso dos princípios são de três ordens: quanto

à objetividade, quanto à consistência e quanto à praticabilidade (em termos de custo-

benefício da informação contábil propiciada por certo procedimento).

O raciocínio é de Hendriksen, ao traçar a objetividade como uma restrição,

principalmente de mensuração. Em resumo, afirma o autor que, a fim de que as

mensurações contábeis possam ser tão afiançáveis quanto possível na apresentação de

informação relevante para as predições e tomadas de decisões dos investidores e de

outros usuários da informação contábil, os contadores precisam decidir o atributo que

será mensurado e, então, selecionar um procedimento de mensuração que poderá

descrever o atributo adequadamente. Note, todavia, que, neste afã de descrever

objetividade, muitos contadores têm meramente proclamado ou justificado os

princípios contábeis no estado em que se encontram ou a superioridade deste ou

daquele princípio, sem uma explicação clara do conceito de objetividade.

Page 26: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

A convenção da Materialidade

Materialidade pode ser enfocada sob dois ângulos distintos: sob o ângulo de quem

“toca” a escrita contábil ou a audita e sob o ângulo do usuário da informação contábil. A

responsabilidade, todavia, sempre recai na figura do contador ou do auditor por ter

demonstrado a situação financeira da entidade levando em conta a materialidade. No

sentido interno da sistemática contábil, materialidade tem muito a ver com a noção de

custo versus benefício da informação contábil gerada. A Contabilidade pode ser feita

com requintes de detalhe que visem à sua perfeição e que, na verdade, se revelam

imateriais, pois o benefício adicional gerado pela informação é superado pelo custo

(mensurado também em tempo) para gerá-la.

A convenção do conservadorismo ou prudência

Afirmamos, em outros trabalhos, que o conservadorismo em Contabilidade tem duas

abordagens distintas. Em uma, a mais nobre, conservadorismo deve ser entendido como

elemento “vocacional” da profissão a fim de disciplinar o entusiasmo natural de alguns

donos e administradores de negócios na apresentação das perspectivas da entidade. É

claro que, entre duas ou mais alternativas igualmente relevantes, o contador escolherá

aquela que apresentar menor valor para o ativo ou para o lucro e/ou maior valor para o

passivo. Todavia, note bem que nossa afirmação foi claramente entre duas ou mais

alternativas igualmente relevantes .

A convenção da consistência ou uniformidade

Esta talvez seja a Convenção mais importante da Contabilidade, ou pelo menos aquela a

que os auditores externos atribuem maior importância. Caracteriza-se como um

conceito de que, desde que tenhamos adotado certo critério, entre os vários que

poderiam ser válidos à luz dos princípios contábeis, não deveria ele ser alterado nos

relatórios periódicos, a não ser que absolutamente necessário e desde que a alteração

de critério e os efeitos que possa ter acarretado na interpretação por parte dos usuários

Page 27: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

das tendências e dos resultados da empresa sejam evidenciados. Consistência é um

conceito utilizado mais para retratar comparabilidade no tempo, dentro de uma mesma

entidade, do que critérios uniformes para entidades distintas, dentro ou fora do mesmo

setor. Consistência não significa uniformidade de procedimentos contábeis de uma

empresa para outra, mas é entendida no sentido de que certa empresa utilizou critérios

consistentes (uniformes no âmbito da própria empresa e no contexto temporal), a fim

de que a comparabilidade seja assegurada, pelo menos dos dois últimos exercícios.

Page 28: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

VII- Definição e Critérios de Avaliação Ativo

Introdução

Os profissionais da contabilidade sempre estão preocupados em gerar informações

que surtam efeito ao serem utilizadas pelos seus usuários, e desta forma tem

como ponto de preocupação, dentre outros, o Ativo. No Ativo estão aplicados os

recursos indispensáveis para o desenvolvimento do empreendimento, disponíveis para

os gestores desenvolverem as atividades da empresa. Esta preocupação baseia-se

principalmente em 4 pontos, que influenciarão de forma exemplar, se bem

geridos, que são:

- as compras dos ativos;

- os controles internos;

- a utilização dos bens e direitos de forma maximizada e ordenada e

- a sua avaliação.

Definições de Ativos

“Ativo é qualquer contraprestação ou não, possuída por uma empresa e que tenha

valor para ela” Outro conceito bem atual defendido por Iudícibus & Marion (1999:

145), “Ativo, pode ser conceituado como algo que possui um potencial de

serviços em seu bojo, para a entidade capaz, direta ou indiretamente, mediata ou no

futuro, de gerar fluxos de caixa.

Avaliação de Ativos

Avaliação, segundo Ferreira (1986:205) é o “ato ou efeito de avaliar, apreciação,

análise, valor determinado pelos avaliadores”, dando uma noção mais restrita a itens

monetários, enquanto mensuração, Ferreira (1986:1119) coloca que é o “ato de

Page 29: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

medir ou mensurar, medição, enfatizando algo mais amplo englobando os itens

monetários e não monetários.

Objetivo da avaliação dos Ativos

Sim são inúmeras as duvidas que surgem, pois a questão é muito subjetiva e

depende de vários fatores conforme explica Homburger “Os valores

financeiros dos Ativos, Passivos , receitas e despesas são mais sociais que

físicos, no seu caráter; eles dependem e estão sujeitos ao julgamento e preferências

do homem como um ser social (...). A quantia de custo de um ativo em qualquer

negócio particular depende não só do tempo e lugar de aquisição, mas de

julgamentos, esperanças, medos, preferências, tanto do comprador como do

vendedor”.

O objetivo da avaliação de um ativo é destacar diversas hipóteses como forma

de se alcançar o melhor resultado, satisfazendo as necessidades de

informações do usuário em questão. Para avaliar ou mensurar um ativo deve-se,

necessariamente, verificar e aplicar algumas características que são atributos

básicos da informação, conforme será descrito abaixo:

Objetividade- Deve-se adotar procedimentos adequados, claros, transparentes e

de fácil compreensão, para não cair na subjetividade;

Confiabilidade- A confiabilidade se comprova quando da aceitabilidade e

verificabilidade dos dados mensurados no ativo, indicando a veracidade dos fatos;

Oportunidade- As informações mensuradas devem ser fornecidas no tempo exato em

que são necessárias, caso contrario perderão a sua utilidade, ou seja, não serão mais

úteis;

Precisão- Para que a mensuração possa ser precisa, serão necessárias informações na

medida exata das necessidades dos gestores, possibilitando assim a condução do

negócio da melhor forma possível;

Page 30: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Exatidão- A mensuração deve ser do tamanho exato ou na quantidade certa,

transmitindo aquilo que realmente for necessário para os usuários;

Formas de Avaliação dos Ativos

Ao se atribuir valor a um ativo deve-se verificar qual é o objetivo da empresa, que a

primeira instância seriam quatro, para aquisição de algo necessário, para

manter a sua atividade, para se desfazer de algo que não é mais útil para a empresa,

para se saber o valor atual do seu patrimônio e para dispor seus produtos ou

mercadorias a disposição de seus clientes. Estes podem ser chamados, mais

claramente, de valores de entrada e valores de saída.

Valores de entrada - “As medidas de entradas representam o volume de dinheiro, ou o

valor de alguma outra forma de compensação, pago quando um ativo ou seus serviços

ingressam na empresa por meio de uma troca ou conversão.” Hendriksen & Van Breda,

(1999: 310).

Podem ser apresentados da seguinte forma:

• Custo Histórico

• Custo Histórico Corrigido

• Custo Corrente de Reposição

• Custo Corrente de Reposição Corrigido

Valores de Saída - “Os preços de saída representam o volume de caixa, ou o valor de

algum outro instrumento de pagamento, recebido quando um ativo ou serviço deixa a

empresa por meio de troca ou conversão.” Hendriksen & Van Breda, (1999: 310).

Referem a vendas efetuadas pela empresa, ou a atribuição de valores aos bens que

estão sendo colocados a disposição de interessados.

Page 31: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Podem ser apresentados da seguinte forma:

• Valores Descontados das entradas de caixa futura;

• Preços Correntes de Venda;

• Equivalentes Correntes de Caixa;

• Valores de Liquidação;

Valores de Entrada

Custo Histórico

Os valores de entrada são necessários quando há a ocorrência de lançamentos a

serem efetuados na contabilidade, diferenciando-se nas formas demonstradas a cima.

É o valor original da transação, isto é, quanto custou à empresa adquirir um

determinado ativo ou quanto custaram os insumos contidos no ativo, se foram

fabricados”,

Como o custo histórico demonstra a realidade dos fatos, em termos de valor,

somente na data de sua ocorrência, serão destacadas algumas vantagens e

desvantagens de sua utilização:

Vantagens - Expressa o valor de aquisição; demonstra mais objetividade e

verificabilidade; facilita o trabalho de verificação dos auditores; mostra quanto foi

pago pelo bem ou direito e não o que vale; é o valor acordado entre comprador e

vendedor; o valor econômico expressa a realidade somente próximo da data de

aquisição.

Desvantagens - Com o passar do tempo o custo histórico pode perder sua substância

econômica, não expressando a realidade e ter sua avaliação monetária defasada, com

a perda do poder aquisitivo da moeda.

Page 32: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Custo Histórico Corrigido

É caracterizado pela modificação do custo histórico, através de indicadores oficiais, os

quais darão condições de trazer os valores mais próximos da realidade. As

características do custo histórico corrigido são: o valor de aquisição será o mais

atualizado; demonstra objetividade pois há condições de expor claramente os

procedimentos utilizados; Haverá relevância na informação, chegando a atingir

valores próximos ao que realmente representam; o custo para aplicação

da correção é baixo; da condições de comparabilidade com outros períodos.

Utiliza-se os valores lançados na contabilidade corrigidos ou atualizados através de

indicadores oficiais.

Custos Correntes de Reposição

“Custo corrente de um ativo, hoje, no estado em que se encontra, seria a somatória

dos custos correntes dos insumos contidos em um bem igual ao

originalmente adquirido menos a depreciação”, Iudícibus (1997: 104), representando

o valor contábil do bem.

“Custo de reposição no estado em que se encontra: seria quanto se teria que

pagar, no mercado de segunda mão, para adquirir um BETA 1986, aproximadamente

no estado em que se encontra o que estamos avaliando”. Iudícibus e Marion

(1999:148). Neste sentido surgem algumas dúvidas, será que a reposição será de um

bem usado no mesmo estado ou de um bem novo com novas reformulações, maior

capacidade, maior velocidade, em fim trazendo muita vantagem em

comparação ao antigo. Aqui se pode verificar a existência de um fator que dificulta

o exercício real da reposição que é o avanço tecnológico, que na maioria das vezes

não permite comparação com o mesmo produto já lançado e utilizado pelo

mercado. Isto ocorre quando se tem a intenção de vender um bem para

posteriormente comprar um novo e atualizado.

Page 33: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Custo Corrente de Reposição Corrigido

Está ligado às mesmas problemáticas do método de avaliação anterior, mas acrescido

da atualização através de índices oficiais, provocada pela perda do poder aquisitivo da

moeda.

As características são baseadas em:

- É o preço de mercado mais a atualização;

- a verificação será feita através da diminuição do custo de reposição e o custo

de reposição corrigido;

- resultará na valorização real do bem ou direito;

- as informações poderão chegar bem próximos da realidade;

- deve-se levar em conta a objetividade, a comparabilidade e o custo benefício

da informação.

Ex.: Custo histórico R$ 1.000,00

Inflação do período 10%

Custo corrente de reposição R$ 1.150,00

Custo corrente de reposição corrigido R$ 1.100,00

(C.H. R$ 1.000,00 x 1,10 inflação)

O bem valorizou R$ 50,00

Page 34: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Valores de Saída

A metodologia utilizada para avaliação ou mensuração de ativos através de valores de

saída é utilizada quando a empresa os coloca a disposição de terceiros de forma

normal ou sente a necessidade de se desfazer de algum ativo de forma inesperada.

Eles se diferenciam das seguintes formas, conforme será descrito abaixo:

Valores descontados das entradas de caixa futuras

Os valores dos ativos, tanto relacionados aos bens como dos realizáveis no futuro,

tem condições de serem transformados a valores de hoje, através de descontos

calculados por meio de taxas.

As características podem ser:

Com relação a um bem

- trazer a valor presente de fluxo de caixa (descontar toda aquela capacidade de

produção do bem já utilizada, destacando ainda a capacidade de

produção e geração de caixa futura), descontado a uma determinada taxa que

melhor vier a se adequar à questão.

Com relação a um direito

- trazer a valor presente de fluxo de caixa (destacar o quanto o mercado estaria

disposto a pagar pelo título (direito) hoje), descontado a uma taxa determinada que

melhor venha a se adequar à questão.

Preços correntes de venda

“Quando o produto da empresa for vendido em um mercado organizado, o preço

corrente de venda pode ser uma razoável aproximação do futuro preço de venda”.

Page 35: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Isto quer dizer que a avaliação estaria próxima do valor que o mercado está

praticando.

Características:

- O valor realizável líquido (vendas menos despesas com vendas);

- pode ser considerado, como aproximação do futuro preço de venda;

- pode ser comparado ao custo de oportunidade;

- É mais corretamente aplicado a ativos que foram comprados ou produzidos

para venda;

- Esta metodologia está mais ligada a mercadorias e produtos novos.

Equivalentes correntes de Caixa;

Ao utilizar esta abordagem a empresa deveria colocar a venda todos os ativos

de forma ordenada, tendo condições de fazê-lo gradativamente, avaliada pelo valor de

mercado. Desta forma aqui estaria sendo considerado que cada ativo existente na

empresa teria que ter aceitação no mercado, ou seja, deveria ter demanda perante o

mercado. A valoração do bem estaria condicionada pelo valor que o mercado estaria

oferecendo.

As características são:

- somente ativos que teriam preço corrente de e aceitação pelo mercado;

- os intangíveis seriam excluídos pois dificilmente teriam colocação;

- a venda seria efetuada através de liquidação ordenada;

- Esta metodologia está ligada tanto a mercadorias e produtos novos como

usados.

Page 36: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Valores de Liquidação

Quando a empresa, por motivos alheios a sua vontade, tem a necessidade de se

desfazer de seus ativos, inesperadamente, tendo que vende-los a preços incompatíveis

com o mercado, ou seja, bem a baixo do que é praticado no mercado. É considerado o

extremo em se falando em valores de saída.

As características destacadas foram:

- as vendas serão forçadas, a busca de caixa rápido.

- pode ser utilizada em dois casos: quando um determinado bem se torna

obsoleto para a empresa ou quando a mesma está em processo de descontinuidade.

Ativo intangível

Conforme Kohler apud Iudícibus, (1995: 176) “Intangível é um ativo de capital que não

tem existência física, cujo valor é limitado pelos direitos e benefícios que

antecipadamente sua posse confere ao proprietário”. Os ativos intangíveis poderão

ser separados em duas partes que são: os adquiridos e os que surgem com o esforço e

o desenrolar da atividade da empresa. Segundo Hendriksen & Van Breda, (1999: 388),

“Ativos intangíveis são definidos, às vezes, como a diferença positiva entre o custo de

uma empresa adquirida e a soma de seus ativos tangíveis líquidos”. Aqui se pode ver

que no ato da aquisição de uma empresa se tem condições de identificar esta

diferença, mas do contrário ao ser necessário avaliar os intangíveis para

venda de uma empresa estará se enfrentado dificuldades. A forma mais clara de se

avaliar um ativo intangível é prever quanto tempo ainda o produto ou bem a ele

relacionado, terá aceitação pelo mercado.

Conforme Hendriksen & Van Breda, (1999: 389) Temos diversos ativos

intangíveis que na maioria das vezes não são considerados como tais, além

daqueles normalmente conhecidos.

Page 37: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Exemplos de Ativos Intangíveis

Intangíveis Tradicionais Despesas Diferidas

Nomes de produtos Propaganda e promoção

Direitos de autoria Custo de desenvolvimento de software

Interesses futuros Marcas de produtos

Goodwill Pesquisa de marketing

Patentes Matrizes de gravação

Processos secretos Marcas do comércio

Avaliação do ativo intangível

Cada ativo intangível por ter características próprias e geralmente não figurar nos

registros contábeis, o torna de difícil mensuração e avaliação. Por ser de caráter

estritamente subjetivo, sem parâmetros concretos é que os profissionais da

contabilidade devem procurar fazer algo mais e criar critérios fundamentados neste

contexto, conforme destaca Iudícibus (1999:04) “o contador, em suas

avaliações deverá ser o mais objetivo possível, no limite do que a evolução da ciência

da mensuração permite e sempre assegurando a maior relevância à mensuração...”.

Mas como se pode ser objetivo diante de uma subjetividade tamanha? diante disto

Iudícibus (1999:04) enfatiza que a mensuração deve ser feita no sentido de

“orientar a contabilidade rumo a uma subjetividade responsável (risco), desejada pela

sociedade e pelos usuários. A objetividade material deve ser substituída pelo

subjetivismo balizado por critérios científicos (distribuições de probabilidade, etc..)

E assim se pode perceber que a disciplina de estatística é muito importante e muitas

vezes não recebe a devida atenção nos cursos de graduação, e até mesmo

nos de pós- graduação, por parte dos alunos.

Page 38: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

VIII- Definições e Critério de avaliação de passivo, patrimônio líquido

2.1 - Definição de Passivo

“obrigações ou compromissos de uma empresa no sentido de entregar dinheiro, bens

ou serviços a uma pessoa, empresa ou organização externa em alguma data futura”

Hendricksen e Breda – 1999

2.2- Passivo- obrigação ou responsabilidade, transação ou evento ocorrido,

conseqüentemente leva a empresa ao comprometimento de suas receitas, um

sacrifício futuro.

2.3- Momento de Reconhecimento das Exigibilidades:

• Incorrência de uma despesa

• Reconhecimento de uma perda

• Recebimento de um ativo

2.4-Tipos de Passivos

• Atividades operacionais, líquidas e certas, decorrentes das atividades usuais da

empresa

• Atividades de financiamento, decorrentes da contratação de empréstimos

(capital giro/investimento)

• Atividades societárias,obrigações estatutárias p/ sócios

• Provisões- Passivos contingentes

2.5- Passivos Contingentes

• Obrigação que pode surgir dependendo de uma ocorrência futura

(probabilidade de ocorrência alta).

Page 39: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

• Perda pode ser razoavelmente estimada

• Probabilidade de ocorrência baixa ⇒ evidencia em notas explicativas

Provisão para Contingências x Reserva para Contingências

• Provisão para Contingências-Expectativas de perdas de ativos ou acréscimos de

exigibilidade que reduzem o PL,fato gerador atrelado a eventos passados ou

presentes.

Exemplo: garantias a produtos, ações cíveis e trabalhistas.

• Reserva para Contingência-Expectativa de perdas ou prejuízos ainda não

incorridos,fato gerador atrelado a eventos futuros.

Exemplos: perdas cíclicas, por exemplo geadas, secas, inundações.

2.6 - Passivos: Títulos Híbridos

• Debêntures conversíveis em ações

• Dividas Subordinadas

• Instrumentos híbridos de capital e dívida

3.1 - Abordagens do Patrimônio Líquido:

Teoria do Proprietário-Ativo - Passivo = PL (Proprietário)

Proprietário é o centro de atenção da Contabilidade .

Teoria da Entidade- Ativo = Obrigações + PL ou Ativo= Passivo

Entidade tem uma vida distinta dos interesses pessoais dos proprietários.

Page 40: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Teoria do acionista ordinário- Ativos - Passivos = Interesse residual

Variante da teoria da entidade

Investimentos em uma S/A, exceto os acionistas ordinários, são outsiders

Teoria do Comando- Centralizada no controle econômico efetivo dos recursos pelos

gerentes ou “comandantes”

3.2 - Fontes de Patrimônio Líquido

• Valores investidos por acionistas

• Lucros retidos ou acumulados

• Reavaliações de ativos

• Doações de terceiros

Page 41: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

IX - Receitas, Despesas, Ganhos e Perdas

Definição de lucro (Hicks)- “lucro é o que podemos consumir durante uma semana

(mês, ano etc.) e sentir-nos ‘tão bem’ no final como nos sentimos no início.”

Definição de Receita

“o acréscimo de benefícios econômicos durante o período contábil na forma de

entrada de ativos ou decréscimos de exigibilidades e que redunda num acréscimo do

patrimônio líquido, outro que não o relacionado a ajustes de capital”

“Receita é a expressão monetária validada pelo mercado à produção de bens e

serviços da entidade, em sentido amplo, em determinado período”.Iudícibus

Receita- Conceitos Básicos:

• Ligada à produção de bens e serviços em sentido amplo

• Valor final ⇒ validado pelo mercado

Ganhos: Conceitos Básicos

• Itens não recorrentes

• Podem ou não surgir da atividade principal

Receitas e Ganhos segundo o IBRACON

• Receita operacional

• Receita não operacional

• Ganho

• Receita (ou lucro) extraordinária

Page 42: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Definição de Despesa

“utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir receitas”.Iudícibus

“Saídas ou outros usos de ativos ou ocorrências de passivos (ou ambos) para a entrega

ou produção de bens, a prestação de serviços, ou a execução de outras atividades que

representam as operações principais em andamento da entidade”

Tipos de Despesa

• Relacionadas com a receita operacional

• Diretamente

• Indiretamente

• Relacionadas com a continuidade da entidade

Aferição das Despesas

Como as despesas são medidas?

• Custo histórico

• Medidas correntes (custo de reposição)

• Custos de oportunidade de equivalentes correntes de caixa

(Hendriksen e Breda)

Perdas: Conceitos Básicos

Podem ou não surgir no curso da atividade principal da empresa (normalmente

imprevisível)

Ex.: sinistros, desincorporação de ativos não correntes

Ao contrário das despesas não tem valor compensante

Page 43: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Devem ser apresentados segregados das despesas normais (manutenção do valor

preditivo da DRE)

Despesas e perdas segundo o IBRACON:

• Custo

• Despesa

• Despesa não operacional

• Prejuízo ou perda

• Prejuízo (ou perda) extraordinário

Ativo x Despesa x Custo

Ativo:Traz benefícios futuros, potencial para gerar receitas.

Despesa:Não traz benefícios futuros,

Custo: Utilização de bens ou serviços na produção de outros bens ou serviços.

Page 44: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

X- BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial é a peça contábil que retrata a posição (saldo) das contas de

uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período terem sido

feitos, após todos os provisionamento (depreciação, devedores duvidosos etc.) e

ajustes, bem como após o encerramento das contas de Receita e Despesa também

terem sido executados.

O Balanço patrimonial é a mais importante demonstração contábil de “posição”das

contas num determinado momento, eles representam a posição da entidade num

determinado momento, no que se refere a suas principais contas.

Este apresenta um poder informativo de natureza preditiva, ou seja, podem ser feitos

alguns ajustes pessoais adicionais, importantes para a tomada de decisões visando ao

futuro:

-posição de liquidez e endividamento;

- a representatividade dos principais grupos;

Assim, o Balanço é uma sombra do passado que se projeta para o futuro.

A NBC conceitua o Balanço Patrimonial como “a demonstração contábil destinada a

evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição

patrimonial e financeira da Entidade.”

Passivo Descoberto- na hipótese de o passivo superar o ativo.

Page 45: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

NBC T 3.2 – Do Balanço Patrimonial

3.2.1 – Conceito

3.2.1.1 – O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar,

quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e

financeira da Entidade.

3.2.2 – Conteúdo e Estrutura

3.2.2.1 – O balanço patrimonial é constituído pelo ativo, pelo passivo e pelo

Patrimônio Líquido.

a) O ativo compreende as aplicações de recursos representadas por bens e direitos;

b) O passivo compreende as origens de recursos representadas por obrigações;

c) O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, ou seja, a

diferença a maior do ativo sobre o passivo. Na hipótese do passivo superar o ativo, a

diferença denomina-se "Passivo a Descoberto".

3.2.2.2 – As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados

de realização, e as contas do passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de

exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais procedimentos para os

grupos e subgrupos.

3.2.2.3 – Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, desde

que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações,

estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data do

balanço patrimonial.

3.2.2.4 – Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de

Realizável e Exigível a Longo Prazo, desde que os prazos esperados de realização dos

direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados, situem-se após o

término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

Page 46: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

3.2.2.5 – Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício

social, a classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo.

3.2.2.6 – Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras deverão ser

apresentados como valores redutores das contas ou grupo de contas que lhes deram

origem.

3.2.2.7 – Os valores recebidos como receitas antecipadas por conta de produtos ou

serviços a serem concluídos em exercícios futuros, denominados como resultado de

exercícios futuros, na legislação, serão demonstrados com a dedução dos valores

ativos a eles vinculados, como direitos ou obrigações, dentro do respectivo grupo do

ativo ou do passivo.

3.2.2.8 – Os saldos devedores e credores serão demonstrados separadamente, salvo

nos casos em que a Entidade tiver direito ou obrigação de compensá-los.

3.2.2.9 – Os elementos da mesma natureza e os pequenos saldos serão agrupados,

desde que seja indicada a sua natureza e nunca ultrapassem, no total, um décimo do

valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos

como "diversas contas" ou "contas-correntes".

3.2.2.10 – As contas que compõem o ativo devem ser agrupadas, segundo sua

expressão qualitativa, em:

I – Circulante

O Circulante compõe-se de:

a) Disponível

São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da Entidade,

compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os

depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata.

b) Créditos

Page 47: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos.

c) Estoques

São os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em

elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em

andamento e outros valores relacionados às atividades-fins da Entidade.

d) Despesas Antecipadas

São as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período subseqüente à

data do balanço patrimonial.

e) Outros Valores e Bens

São os não relacionados às atividades-fins da Entidade.

II – Realizável a Longo Prazo

São os ativos referidos nos itens I b), c), d), e) anteriores, cujos prazos esperados de

realização situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço

patrimonial.

III – Permanente

São os bens e direitos não destinados à transformação direta e meios de pagamento e

cuja perspectiva de permanência na Entidade ultrapasse um exercício. É constituído

pelos seguintes subgrupos:

a) Investimentos

São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se destinem à

manutenção das atividades-fins da Entidade.

b) Imobilizado

Page 48: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das atividades-

fins da Entidade.

c) Diferido

São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do

resultado de mais um exercício social.

3.2.2.11 – As contas que compõem o passivo devem ser agrupadas, segundo sua

expressão qualitativa, em:

I – Circulante

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou

esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data do balanço

patrimonial.

II – Exigível a Longo Prazo

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou

esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço

patrimonial.

3.2.2.12 – As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem ser agrupadas,

segundo sua expressão qualitativa, em:

I – Capital

São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporações de

reservas de lucros.

II – Reservas

São os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliação de ativos e de outras

circunstâncias.

Page 49: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

III – Lucros ou Prejuízos Acumulados

São os lucros retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados,

estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido.

3.2.2.13 – No caso onde houver Passivo a Descoberto, devido à sua excepcionalidade,

a Entidade deverá modificar a forma habitual da equação patrimonial, apresentando,

de forma vertical, o ativo diminuído do passivo, tendo como resultado o Passivo a

Descoberto.

Page 50: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

XI- DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

Está é a principal demonstração de fluxos, compara receitas com despesas do período,

reconhecidos e apropriadas, apurando um resultado que pode ser positivo (receitas

superando as despesas), negativo (despesas superando as receitas) ou nulo (igualdade

entre receitas e despesas), sendo esta última configuração rara, mas admissível

teoricamente. Está emanada aplicação criteriosa dos procedimentos de escrituração e

ajuste, tudo obedecendo aos Princípios Fundamentais da Contabilidade,

prioritariamente à Competência.

A estruturação de apresentação da Demonstração do Resultado deve ser planejada de

forma a apresentar primeiro os elementos de maior potencial de repetir no futuro, tais

como Receitas Operacionais, líquidas das deduções diretas, logo em seguida

deduzindo-se as despesas operacionais diretamente atribuíveis às receitas.

Em seguida, as demais despesas operacionais atribuídas ao período, chegando-se ao

Resultado Operacional, o principal elemento de resultado da Demonstração. Em

seguida, os demais elementos positivos e negativos da formação do Resultado.

A NBC- T-3.3 conceitua a demonstração contábil “a demonstração contábil destinada a

evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de

operações da entidade”.

NBC T.3.3 – Da Demonstração do Resultado.

3.3.1 – Conceito

3.3.1.1 – A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a

evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de

operações da Entidade.

3.3.1.2 – A demonstração do resultado, observado o princípio de competência,

evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as

receitas, e os correspondentes custos e despesas.

Page 51: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

3.3.2 – Conteúdo e Estrutura

3.3.2.1 – A demonstração do resultado compreenderá:

a) as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento;

b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a

esses ganhos e receitas.

3.3.2.2 – A compensação de receitas, custos e despesas é vedada.

3.3.2.3 – A demonstração do resultado evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada:

a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins;

b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os

cancelamentos;

c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados;

d) o resultado bruto do período;

e) os ganhos e perdas operacionais;

f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e as receitas

financeiras;

g) o resultado operacional;

h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades-fins;

i) o resultado antes das participações e dos impostos;

j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;

l) as participações no resultado;

m) o resultado líquido do período.

Page 52: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

XII-DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)

Está evidencia a movimentação, no período, de todas as contas do PL.Assim, todo o

acréscimo e/ou diminuição do PL são evidenciados por meio dessa demonstração,

conta por conta principal, bem como a formação e utilização de reservas, inclusive as

de lucro.

O DMPL é muito importante, pois, fornece às empresas investidoras que avaliam seus

investimentos permanentes em coligadas ou controladas pelo Método da Equivalência

Patrimonial.

NBC T.3.5 – DA DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

3.5.1 – Conceito

3.5.1.1 – A demonstração das mutações do patrimônio líquido é a demonstração

contábil destinada a evidenciar, num determinado período, a movimentação das

contas que integram o patrimônio da Entidade.

3.5.2 – Conteúdo e Estrutura

3.5.2.1 – A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará:

a) os saldos no início do período;

b) os ajustes de exercícios anteriores;

c) as reversões e transferências de reservas e lucros;

d) os aumentos de capital discriminando sua natureza;

e) a redução de capital;

f) as destinações do lucro líquido do período;

Page 53: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

g) as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos

correspondentes;

h) o resultado líquido do período;

i) as compensações de prejuízos;

j) os lucros distribuídos;

l) os saldos no final do período.

Page 54: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

XIII- DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)

As informações dos fluxos de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos

usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a

entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de liquidez.

As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da

capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época e do

grau de segurança de geração de tais recursos. Esta norma fornece informação acerca

das alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa de uma entidade por meio de

demonstração que classifique os fluxos de caixa do período por atividades

operacionais, de investimento e de financiamento. A entidade deve elaborar

demonstração dos fluxos de caixa de acordo com os requisitos desta norma e

apresentá-la como parte integrante das suas demonstrações contábeis divulgadas ao

final de cada período.

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela

contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido

superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Esta obrigatoriedade vigora desde

01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante

relatório para a tomada de decisões gerenciais.

A Deliberação CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03, que trata da

Demonstração do Fluxo de Caixa.De forma condensada, esta demonstração indica a

origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período e, ainda, o

Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstração de Resultados de

Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no balanço

patrimonial.A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quais foram às saídas e

entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo.

Page 55: Apostila de Teoria Da Contabilidade Atualizada

Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às

demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o

relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:

I - Atividades Operacionais;

II - Atividades de Investimento;

III - Atividades de Financiamento.

As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da

industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas

atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa.

As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em

Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos

ativos registrados nos referidos subgrupos de contas.

As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do

Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financia-mentos de

curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos

aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.