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2ªFASE PENAL XII Exame de Ordem online Apostila Exclusiva Revisada e Atualizada

Apostila Direito Penal Online

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Apostila de direito penal OAB

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  • 2FASE PENAL

    XII Exame de Ordem online

    Apostila Exclusiva Revisada e Atualizada

  • Contedo

    1. Sistema de Interatividade; 2. 1 Pea; 3. Peas para Protocolo; 4. Peas para Elaborao durante a aula; 5. Monitorias; 6. Questes Discursivas; 7. Chat. 8. Bibliografia. 9. Como Assistir s Aulas?

    Conhea o Curso e a Apostila

    1. Sistema de Interatividade: Teremos dois e-mails para comunicao. Um deve ser utilizado nica e exclusivamente para o envio de

    peas e dvidas acadmicas. O outro, para questionamentos tcnicos de suporte (ex:

    problemas de acesso, quedas de sinal, etc). O respeito a esta regra permitir a resposta o mais breve

    possvel.

    E-mail para envio de Peas & Dvidas Acadmicas:

    [email protected]

    E-mail para Suporte Tcnico:

    [email protected]

  • J os professores podem ser encontrados nas redes sociais e em seus respectivos blogs: Felipe Novaes www.professorfelipenovaes.blogspot.com.br www.facebook.com/professorfelipenovaes www.twitter.com/fgnovaes Rodrigo Bello www.professorrodrigobello.blogspot.com.br www.facebook.com/professorrodrigobello www.twitter.com/bellorodrigo 2- 1 Pea

    Trata-se de pea de treinamento para incio de preparao, com correo na aula n 03 do curso. Nossa sugesto que o aluno elabore a pea antes de assistir aula em que ela corrigida. 3- Peas para Protocolo:

    Tratam-se de peas enviadas equipe para correo. As peas de n 01 a 05 desta apostila devero ser enviadas ao

    respectivo e-mail ([email protected]) no formato WORD (com extenso .doc) para que a Equipe Penal Curso Frum possa corrigi-las.

    OBS: No sero aceitas peas escaneadas, pois incompatveis com o nosso mtodo de correo. 4- Peas para Elaborao durante o curso:

    Tratam-se de peas que sero elaboradas durante o curso. As peas de n 06 a 10 desta apostila devem ser elaboradas pelo

    aluno durante o curso e sero corrigidas pelo professor durante as aulas de processo penal. Portanto, no devem ser enviadas. Sugesto: Recomenda-se que o aluno elabore as peas e, em seguida, assista aula respectiva para conferncia.

  • 5- Monitorias:

    Monitorias so aulas extras realizadas ao vivo do Rio de Janeiro (na sede do Curso Frum). Elas sero ministradas no perodo da tarde, totalizando 3 aulas das 14:00hs as 17:00hs, previamente marcadas.

    Contedo das monitorias:

    Monitoria Questes Inditas Monitoria 2 Peas Prtico-Profissionais

    Monitoria Smulas Penais e Processuais Penais Com Felipe Novaes & Rodrigo Bello

    Ateno: aluno Frum TV no perde aula! Se o aluno, por qualquer motivo, no puder assistir monitoria ao vivo, no h motivo para preocupao: as monitorias sero gravadas e disponibilizadas na rea do aluno em at 72 hs. 6- Chat:

    Teremos um Chat ao vivo previamente marcado, com a possibilidade de envio de perguntas a serem respondidas pelos dois professores.

    Neste Chat, iremos elaborar uma pea prtico-profissional e uma

    questo discursiva. Em seguida, abriremos espao para perguntas ao vivo. O material que ser utilizado no Chat encontra-se ao longo desta

    apostila. Alm do Chat ao vivo, tambm disponibilizamos, no contedo

    extra, um Chat realizado em exames anteriores, ampliando assim o nmero de peas e questes abordadas. O material nele utilizado tambm se encontra inserido nesta apostila. 7- Questes Discursivas:

    Tambm fornecemos, nesta apostila, questes discursivas de exames anteriores e inditas que sero trabalhadas durante as monitorias.

  • 8- Bibliografia:

    Manual de Prtica Penal Felipe Vieites Novaes e Rodrigo Bello Editora Mtodo Gen

    Resumos Grficos de Direito Processual Penal Rodrigo Bello Editora Impetus

    Resumos Grficos de Leis Penais Especiais Carlos Vinha e Felipe Vieites Novaes Editora Impetus

    Cdigo Penal Comentado Rogrio Greco Editora Impetus

    9- Como Assistir s Aulas?

    Trata-se de uma escolha pessoal.

    Sugerimos apenas que o acompanhamento das aulas de Penal e Processo Penal seja feito conjuntamente. Por exemplo, a cada aula de Penal assistida, uma de Processo Penal, e assim sucessivamente.

  • 1 PEA Pea de treinamento para incio de preparao com correo na aula n 03 de Processo Penal. Nossa sugesto que seja feita antes de assistir aula. Em 17/1/2010, Rodolfo T., brasileiro, divorciado, com 57 anos de idade, administrador de empresas, importante dirigente do clube esportivo LX F.C., contratou profissional da advocacia para que adotasse as providncias judiciais em face de conhecido jornalista e comentarista esportivo, Clvis V., brasileiro, solteiro, com 38 anos de idade, que, a pretexto de criticar o fraco desempenho do time de futebol do LX F.C. no campeonato nacional em matria esportiva divulgada por meio impresso e apresentada em programa televisivo, bem como no prprio blog pessoal do jornalista na Internet, passou, em diversas ocasies, juntamente com Teodoro S., brasileiro, de 60 anos de idade, casado, jornalista, desafeto de Rodolfo T., a praticar reiteradas condutas com o firme propsito de ofender a honra do dirigente do clube. Foram ambos interpelados judicialmente e se recusaram a dar explicaes acerca das ofensas, mantendo-se inertes. Por trs vezes afirmou, em meios de comunicao distintos, o comentarista Clvis V., sabendo no serem verdadeiras as afirmaes, que o dirigente "havia 'roubado' o clube LX F.C. e os torcedores, pois tinha se apropriado, indevidamente, de R$ 5 milhes pertencentes ao LX F.C., na condio de seu diretor-geral, quando da venda do jogador Y, ocorrida em 20/12/2008" e que "j teria gasto parte da fortuna 'roubada', com festas, bebidas, drogas e prostitutas". Tal afirmao foi proferida durante o programa de televiso Futebol da Hora, em 7/1/2010, s 21 h 30 m, no canal de televiso VX e publicado no blog do comentarista esportivo, na Internet, em 8/1/2010, no endereo eletrnico www.clovisv.futebol.xx. Tais declaraes foram igualmente publicadas no jornal impresso Notcias do Futebol, de circulao nacional, na edio de 8/1/2010. Destaque-se que o canal de televiso VX e o jornal Notcias do Futebol pertencem ao mesmo grupo econmico e tm como diretor-geral e redator-chefe Teodoro S., desafeto do dirigente Rodolfo T. Sabe-se que todas as notcias foram veiculadas por ordem direta e expressa de Teodoro S. Prosseguindo a empreitada ofensiva, o jornalista Clvis V. disse, em 13/1/2010, em seu blog pessoal na Internet, que o dirigente no teria condies de gerir o clube porque seria "um burro, de capacidade intelectual inferior de uma barata" e, por isso, "tinha levado o clube falncia", porm estava "com os bolsos cheios de dinheiro do clube e dos torcedores". Como se no bastasse, na ltima edio do blog, em 15/1/2010, afirmou que "o dirigente do clube est to decadente que passou a sair com homens", por isso "a mulher o deixou". Entre os documentos coletados pelo cliente e pelo escritrio encontram-se a gravao, em DVD, do programa de televiso, com o dia e horrio em que foi veiculado, bem como a edio do jornal impresso em que foi difundida a matria sobre o assunto, alm de cpias de pginas e registros extrados da Internet, com as ofensas perpetradas pelo jornalista Clvis V. Rodolfo T. tomou conhecimento da autoria e dos fatos no dia 15/1/2010, tendo todos eles ocorrido na cidade de So Paulo SP, sede da emissora e da editora, alm de domiclio de todos os envolvidos. Em face dessa situao hipottica, na condio de advogado(a) contratado(a) por Rodolfo T., redija a pea processual que atenda aos interesses de seu cliente, considerando recebida a pasta de atendimento do cliente devidamente instruda, com todos os documentos pertinentes, suficientes e necessrios, procurao com poderes especiais e testemunhas.

  • PEAS PARA PROTOCOLO

    So peas a serem enviadas para a equipe para correo. As peas de n 01 a 05 desta apostila devero ser enviadas ao respectivo e-mail ([email protected]) no formato WORD (com extenso .doc) para que a Equipe Penal Curso Forum possa corrigi-las.

    OBS: No sero aceitas peas escaneadas, pois incompatveis com o nosso mtodo de correo. 01 Na tarde do dia 29 (vinte e nove) de julho do corrente ano, por volta das 15:00 horas, DEOLICE PEREIRA, brasileira, casada, funcionria pblica, residente a rua Jos Silvrio, 122, apto 1302, bairro Casa Branca, nesta Capital, compareceu ao restaurante BOM DE BOCA, localizado na Av. Rio Branco, bairro Pindorama, tambm nesta Capital, onde fez uso do self service. Durante a refeio, aps j ter se servido do primeiro prato, a Sra. DEOLICE PEREIRA dirigiu-se ao garom do citado estabelecimento comercial, Sr. FRANCISCO DA CRUZ, alegando que no iria efetuar o pagamento das despesas do almoo, tendo em vista esta a comida muito salgada, uma porcaria. Diante do acontecido, o garon disse para a Sra. DEOLICE, educadamente, que aproximadamente 500 pessoas j haviam se servido da comida naquele dia, e nenhum havia apresentado qualquer tipo de reclamao. Diante da insistncia da Sra. DEOLICE em no saldar o dbito contrado, o Sr FRANCISCO chamou a dona do restaurante BOM DE BOCA, Sra. MARIA CELESTE, brasileira, solteira, comerciante, residente a Rua Francisco Pedrosa, 213 bairro Floresta, nesta Capital, que imediatamente foi ao encontro da freguesa. Aps ouvir atentamente s reclamaes da freguesa, a Sra. MARIA CELESTE ponderou que a mesma poderia servir novo prato, sem qualquer nus pela substituio. No entanto, de modo brusco, a Sra. DEOLICE interrompeu o dilogo e, dirigindo-se pessoa de MARIA CELESTE, comeou a dizer que eu no vou comer esta merda de comida, essa merda no presta, no querendo conversa com voc, sua puta, piranha, pintada, vai se foder, vai tomar naquele lugar.... No satisfeita, antes de ser retirada do estabelecimento comercial por outros fregueses que ali se encontravam, a Sra. DEOLICE ainda desferiu uma cusparada no rosto de MARIA CELESTE, dizendo que eu no vou comer neste lugar nojento, pois a sua proprietria uma sem vergonha, vagabunda. Certo que os atos se deram na presena de inmeras pessoas, fregueses, que se viam no interior do estabelecimento, que, como dito, no s retiraram a Sra. DEOLICE, como tambm tentaram acalmar a proprietria do restaurante, que, muito abalada, desandou a chorar, quase tendo uma crise nervosa. Seguindo conselhos, e ainda abalada, a comerciante lhe procura como advogado no ltimo dia 21( vinte e um) de dezembro. PEDE-SE: REDIJA A PEA EM QUESTO COM TODOS OS CONTORNOS DE NATUREZA PENAL E PROCESSUAL PENAL.

    02 Esta pea, devido ao seu grau de complexidade, elaborada pelo professor Rodrigo Bello na aula extra 03. A Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Sul recebe notcia crime identificada, imputando a Maria Campos a prtica de crime, eis que mandaria crianas brasileiras para o estrangeiro com documentos falsos. Diante da not cia crime, a autoridade policial instaura inqurito policial e, como primeira providncia, representa pela decretao da interceptao das comunicaes telefnicas de Maria Campos, dada a gravidade dos fatos noticiados e a notria dificuldade de apurar crime de trfico de menores para o exterior por outros meios,

  • pois o modus operandi envolve sempre atos ocultos e exige estrutura organizacional sofisti cada, o que indica a existncia de uma organizao criminosa integrada pela investigada Maria. O Ministrio Pblico opina favoravelmente e o juiz defere a medida, limitando-se a adotar, como razo de decidir, os fundamentos explicitados na representao policial. No curso do monitoramento, foram identificadas pessoas que contratavam os servios de Maria Campos para providenciar expedio de passaporte para viabilizar viagens de crianas para o exterior. Foi gravada conversa telefnica de Maria com um funcionrio do setor de passaportes da Polcia Federal, Antnio Lopes, em que Maria consultava Antnio sobre os passaportes que ela havia solicitado, se j estavam prontos, e se poderiam ser enviados a ela. A pedido da autoridade policial, o juiz deferiu a interceptao das linhas telefnicas utilizadas por Antnio Lopes, mas nenhum dilogo relevante foi interceptado. O juiz, tambm com prvia representao da autoridade policial e manifestao favorvel do Ministrio Pblico, deferiu a quebra de sigilo bancrio e fiscal dos investigados, tendo sido identificado um depsito de dinheiro em espcie na conta de Antnio, efetuado naquele mesmo ano, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). O monitoramento telefnico foi mantido pelo perodo de quinze dias, aps o que foi deferida medida de busca e apreenso nos endereos de Maria e Antnio. A deciso foi proferida nos seguintes termos: diante da gravidade dos fatos e da real possibilidade de serem encontrados objetos relevantes para investigao, defiro requerimento de busca e apreenso nos endereos de Maria (Rua dos Casais, 213) e de Antonio (Rua Castro, 170, apartamento 201). No endereo de Maria Campos, foi encontrada apenas uma relao de nomes que, na viso da autoridade policial, seriam clientes que teriam requerido a expedio de passaportes com os nomes de crianas que teriam viajado para o exterior. No endereo indicado no mandado de Antnio Lopes, nada foi encontrado. Entretanto, os policiais que cumpriram a ordem judicial perceberam que o apartamento 202 do mesmo prdio tambm pertencia ao investigado, motivo pelo qual nele ingressaram, encontrando e apreendendo a quantia de cinquenta mil dlares em espcie. Nenhuma outra diligncia foi realizada. Relatado o inqurito policial, os autos foram remeti dos ao Ministrio Pblico, que ofereceu a denncia nos seguintes termos: o Ministrio Pblico vem oferecer denncia contra Maria Campos e Antnio Lopes, pelos fatos a seguir descritos: Maria Campos, com o auxlio do agente da polcia federal Antnio Lopes, expediu diversos passaportes para crianas e adolescentes, sem observncia das formalidades legais. Maria tinha a finalidade de viabilizar a sada dos menores do pas. A partir da quantia de dinheiro apreendida na casa de Antnio Lopes, bem como o depsito identificado em sua conta bancria, evidente que ele recebia vantagem indevida para efetuar a liberao dos passaportes. Assim agindo, a denunciada Maria Campos est incursa nas penas do artigo 239, pargrafo nico, da Lei n. 8069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente), e nas penas do arti go 333, pargrafo nico, c/c o artigo 69, ambos do Cdigo Penal. J o denunciado Antnio Lopes est incurso nas penas do artigo 239, pargrafo nico, da Lei n. 8069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente) e nas penas do arti go 317, 1, c/c artigo 69, ambos do Cdigo Penal. O juiz da 15 Vara Criminal de Porto Alegre, RS, recebeu a denncia, nos seguintes termos: compulsando os autos, verifico que h prova indiciria suficiente da ocorrncia dos fatos descritos na denncia e do envolvimento dos denunciados. H justa causa para a ao penal, pelo que recebo a denncia. Citem-se os rus, na forma da lei. Antonio foi citado pessoalmente em 27.10.2010 (quarta-feira) e o respectivo mandado foi acostado aos autos dia 01.11.2010 (segunda-feira). Antonio contratou voc como Advogado, repassando-lhe nomes de pessoas (Carlos de Tal, residente na Rua 1, n. 10, nesta capital; Joo de Tal, residente na Rua 4, n. 310, nesta capital; Roberta de Tal, residente na Rua 4, n. 310, nesta capital) que prestariam relevantes informaes para corroborar com sua verso.

    Nessa condio, redija a pea processual cabvel desenvolvendo TODAS AS TESES DEFENSIVAS que podem ser extradas do enunciado com indicao de respectivos dispositivos legais. Apresente a pea no ltimo dia do prazo.

    03 No dia 17 de junho de 2010, uma criana recm-nascida vista boiando em um crrego e, ao ser resgatada, no possua mais vida. Helena, a me da criana, foi localizada e negou que houvesse jogado a vtima no crrego. Sua filha teria sido, segundo ela, sequestrada por um desconhecido. Durante a fase de inqurito, testemunhas afirmaram que a me apresentava quadro de profunda depresso no momento e logo aps o parto. Alm disso, foi realizado exame mdico legal, o qual constatou que Helena, quando do fato, estava sob influncia de estado puerperal. mngua de provas que confirmassem a autoria, mas desconfiado de que a me da criana pudesse estar envolvida no fato, a autoridade policial representou pela decretao de interceptao telefnica da linha de telefone mvel usado pela me, medida que foi decretada pelo juiz competente. A prova constatou que a me efetivamente praticara o fato, pois, em conversa telefnica com

  • uma conhecida, de nome Lia, ela afirmara ter atirado a criana ao crrego, por desespero, mas que estava arrependida. O delegado intimou Lia para ser ouvida, tendo ela confirmado, em sede policial, que Helena de fato havia atirado a criana, logo aps o parto, no crrego. Em razo das aludidas provas, a me da criana foi ento denunciada pela prtica do crime descrito no art. 123 do Cdigo Penal perante a 1 Vara Criminal (Tribunal do Jri). Durante a ao penal, juntado aos autos o laudo de necropsia realizada no corpo da criana. A prova tcnica concluiu que a criana j nascera morta. Na audincia de instruo, realizada no dia 12 de agosto de 2010, Lia novamente inquirida, ocasio em que confirmou ter a denunciada, em conversa telefnica, admitido ter jogado o corpo da criana no crrego. A mesma testemunha, no entanto, trouxe nova informao, que no mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse que, em outras conversas que tivera com a me da criana, Helena contara que tomara substncia abortiva, pois no poderia, de jeito nenhum, criar o filho. Interrogada, a denunciada negou todos os fatos. Finda a instruo, o Ministrio Pblico manifestou-se pela pronncia, nos termos da denncia, e a defesa, pela impronncia, com base no interrogatrio da acusada, que negara todos os fatos. O magistrado, na mesma audincia, prolatou sentena de pronncia, no nos termos da denncia, e sim pela prtica do crime descrito no art. 124 do Cdigo Penal, punido menos severamente do que aquele previsto no art. 123 do mesmo cdigo, intimando as partes no referido ato.

    Com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na condio de advogado(a) de Helena, redija a pea cabvel impugnao da mencionada deciso, acompanhada das razes pertinentes, as quais devem apontar os argumentos para o provimento do recurso, mesmo que em carter sucessivo.

    04 Foi instaurado contra Mariano, brasileiro, solteiro, nascido em 23/1/1960, em Prado CE, comerciante, residente na rua Monsenhor Andrade, n. 12, Itaim, So Paulo SP, inqurito policial a fim de apurar a prtica do delito de fabricao de moeda falsa. Intimado a comparecer delegacia, Mariano, acompanhado de advogado, confessou o crime, inclusive, indicando o local onde falsificava as moedas. Alegou, porm, que no as havia colocado em circulao. As testemunhas foram ouvidas e declararam que no sofreram qualquer ameaa da parte do indiciado. O delegado relatou o inqurito e requisitou a decretao da priso preventiva de Mariano, fundamentando o pedido na garantia da instruo criminal. Foi oferecida denncia contra o acusado pelo crime de fabricao de moeda falsa. O juiz competente para julgamento do feito decretou a custdia cautelar do ru, a fim de garantir a instruo criminal.

    Em face dessa situao hipottica e considerando que as cdulas falsificadas eram quase idnticas s cdulas autnticas e, ainda, que Mariano residente na cidade de So Paulo h mais de 20 anos, no tem antecedentes criminais e possui ocupao lcita, redija, em favor do ru, pea privativa de advogado e diversa de habeas corpus, para tentar reverter a deciso judicial.

    05 No dia 30 de agosto de 2007, Vnia Pereira, brasileira, casada, residente na Rua Jos Portela n.o 67, em Franco da Rocha SP, foi presa, em flagrante, na posse de 11,5 g da substncia entorpecente causadora de dependncia qumica e fsica, conhecida como cocana, na forma de uma nica poro, trazida consigo, no interior de estabelecimento prisional. Vnia foi denunciada por trfico de drogas, de acordo com o art. 33, c/c art. 40, III, ambos da Lei n. 11.343/2006. As testemunhas de acusao, agentes penitencirios, confirmaram que, na data dos fatos, a r fora surpreendida, dentro da Penitenciria III de Franco da Rocha, na posse da substncia entorpecente escondida no interior do solado de um tnis , destinada entrega e consumo do preso Jos Pereira da Silva, seu marido. Relataram, tambm, que somente aps a perfurao da sola do tnis, com um faco, puderam verificar a existncia da droga. Informaram, por fim, que a abordagem da r ocorrera de modo aleatrio, tendo ela passado calmamente pela guarita policial, sem demonstrar nervosismo ou medo. As testemunhas de defesa disseram que a r fora instigada por um tal de Joo a levar o par de tnis, de modo que ela no tinha como saber que estava levando drogas para o seu marido. Ademais, Vnia levava-lhe, semanalmente, mantimentos e roupas. Em seu interrogatrio em juzo, Vnia refutou a imputao, contando a mesma verso dos fatos que narrara na delegacia. Afirmou que, na noite anterior aos fatos, um indivduo de prenome Joo fora at sua residncia e pedira-lhe que entregasse um par de tnis a seu marido, preso na Penitenciria III de Franco da Rocha, o que foi aceito. Declarou, ainda, que no sabia que havia droga dentro da sola do tnis e que, por isso, decidira levar o calado para seu marido,

  • ocasio em que foi detida. H, nos autos, os laudos de constatao prvia e de exame qumico-toxicolgico, que confirmam no apenas a quantidade da droga apreendida, mas tambm a forma de acondicionamento apresentada, tpica da atividade de trfico. Constam, ainda, nos autos, documentos que comprovam que Vnia primria, tem bons antecedentes, no se dedica a atividades criminosas nem integra organizao criminosa. Ao final, Vnia foi condenada pelo juiz da 1.a vara criminal da comarca de Franco da Rocha nas penas de seis anos de recluso, em regime inicial fechado, e pagamento de sessenta e seis dias-multa, no valor unitrio mnimo, como incursa no art. 33, c/c art. 40, III, ambos da Lei n. 11.343/2006. A defesa tomou cincia da deciso.

    Considerando a situao hipottica apresentada, redija, em favor de Vnia Pereira, a pea jurdica, diversa de habeas corpus, cabvel espcie.

  • PEAS PARA IDENTIFICAO E ELABORAO DURANTE O CURSO

    So peas que devem ser elaboradas pelo aluno no decorrer do curso. As peas de n 06 a 10 desta apostila so peas que devem ser elaboradas pelo aluno durante o curso e corrigidas pelo professor nas aulas de processo penal. Portanto, no devem ser enviadas. Sugesto: Recomenda-se que o aluno elabore as peas e, em seguida, assista aula respectiva para conferncia.

    06 Esta pea elaborada pelo professor Rodrigo Bello na aula 17, bloco 04 Lili Estrela, brasileira, solteira, 50 anos, ex-atriz e modelo, atualmente professora de ingls, residente e domiciliada em Curitiba, no Paran, na Rua Sete de Setembro, 404, apartamento 201, no Centro da Cidade, portadora da carteira de identidade 12131415-2, inscrita sob o CPF nmero 324.567.987-56, foi, no dia 10 de fevereiro do ano em curso, preparando-se para ir Balnerio Cambori em uma famosa boate de msica eletrnica, presa em flagrante numa blitz feita pela Polcia Militar na regio de sada da cidade, portando 14 comprimidos de ecstasy, substncia entorpecente proscrita no Brasil, de acordo com normas regulamentares. Lavrado o Auto de Priso em Flagrante, acostado lado preliminar de constatao, com a devida comunicao ao Juiz competente, viu-se Lili em uma enrascada. Nunca tinha ido a uma delegacia, muito menos presa em flagrante. Conforme art. 310 III CPP, o juiz a liberou logo em seguida. Todavia, Lili estava desesperada e receosa que sua famlia soubesse do ocorrido. Queria apenas se divertir com as amigas no famoso litoral catarinense e seduzida e influenciada por outras amigas, resolveu levar os comprimidos para experimentar pela primeira vez a chamada droga do amor. Encontrava-se Lili num momento de libertao, j que estava recm separada do marido Arnaldo Constelao. O Delegado Firmino Nascimento que conduziu o IP realizou algumas diligncias e em interrogatrio, onde foi acompanhada de seu advogado e com direito ao silncio alertado, a indiciada afirmou que nunca em sua vida tinha experimentado drogas. Todavia, o nobre e conservador Delegado, no acreditou em sua verso j que, sendo ex-atriz houve uma desconfiana natural por parte do Delegado de tanto abalo para uma pessoa s. Estaria ela representando?, imaginou a autoridade policial. Durante o trmite investigativo, foi inserida ficha de antecedentes criminais de Lili que confirmaram a ausncia de antecedentes criminais. Alm disso, foram juntadas pelos representantes legais da indiciada, comprovantes bancrios, relaes de bens, exames laboratoriais que atestaram a ausncia de substncia ilegal nas ltimas 24horas aps sua sada da delegacia e comprovantes de imposto de renda, que atestaram realmente ser a indiciada uma pessoa de muitos bens e investimentos, tendo em vista seu passado de sucesso nas passarelas internacionais. Feito o relatrio pela autoridade policial, os autos foram remetidos Justia, onde, em 10 de abril do mesmo ano, o representante do Ministrio Pblico apresentou denncia por trfico de entorpecentes. Vale observar que, embora tenha sido o flagrante se dado em poca de feriado com notrio conhecimento que existem muitos usurios de drogas em boates de msica eletrnica, as amigas, Jorgina e Carlinha, no souberam dizer se Lili tinha algum contato com drogas. Oferecida a ao penal, voc, advogado recm-formado, aprovado no difcil exame de ordem, contratado para apresentar a medida judicial cabvel abordando todos os aspectos pertinentes favorveis sua cliente.

  • 07 Esta pea elaborada pelo professor Rodrigo Bello na aula 10, bloco 03 Leomir foi acusado de roubo qualificado por denncia do Promotor de Justia da comarca da Capital, no dia 1 de julho do corrente ano. Dela constou que ele subtraiu importncia em dinheiro de Antnio, utilizando-se de um revlver de brinquedo, cuja semelhana com o verdadeiro era impressionante. Na denncia o rgo ministerial arrolou, para serem ouvidos em juzo, a vtima e dois policiais militares que efetuaram a priso poca. O juiz, em audincia de instruo e julgamento, no permitiu que promotor e advogado se manifestassem e, seguindo o sistema presidencialista de inquirio, fez perguntas diretas ao ru num primeiro momento e depois s testemunhas. Leomir foi ouvido no dia 5 de setembro, alertado sobre o direito ao silncio e com seu advogado chegando aps o incio dos trabalhos. Leomir confessou, com detalhes, a prtica delituosa, descrevendo a vtima e afirmando que o dinheiro fora utilizado na compra de crack. Estava perdido, desiludido e viciado. Afirmou, ainda, que havia sido internado vrias vezes para tratamento mas nada tinha adiantado. O advogado, solicitou em audincia, um exame toxicolgico, atendido pelo magistrado e que fossem ouvidos pai e me de Leomir. O juiz indeferiu este pedido final. A vtima, ltima a ser ouvida, confirmou o fato e afirmou que no viu o rosto do autor do crime porque estava encoberto e, por isso, no tinha condies de reconhec-lo. Os dois policiais afirmaram que ouviram a vtima gritando que havia sido roubada, mas nada encontraram; contudo, no dia seguinte, houve, no mesmo local, outro roubo, sendo o acusado preso quando estava fugindo e, por isso, ligaram o fato com o do dia anterior; o acusado, por estar visivelmente drogado, no teve condies de esclarecer o fato. O Promotor de Justia pediu a condenao, alegando que a materialidade estava provada e que a confisso do acusado, prova mais importante nos autos, era crucial para a condenao. Afirmou ainda que a pena base deveria ser aumentada, tendo em vista que na Folha de Antecedentes Criminais de Leomir constavam 3 inquritos em curso e uma ao penal em curso por agresso a sua ex-mulher no Juizado de Violncia Domstica e Familiar contra a mulher. Intimado o acusado, voc contratado para defend-lo. Apresente a pea processual cabvel.

    08 Esta pea elaborada pelo professor Rodrigo Bello na aula 13, bloco 03 Hugo foi denunciado por ter, no dia 5 de junho de 2010, por volta das 23h 30 min, em frente ao Shopping Tijuca, Rio de Janeiro-RJ, desferido, com inteno de matar, disparos de arma de fogo contra Andressa, sua namorada que estava voltando da faculdade com seu amigo, Rafael Jorge. Hugo suspeitava de uma traio e por isso, sem hesitar disparou em direo a Andressa. Rafael nada pode fazer e saiu em disparada. Os disparos, por sua natureza, e sede, foram a causa eficiente da morte da vtima, razo pela qual Hugo estaria incurso nas penas do art. 121, caput, do Cdigo Penal (CP). Aps regular trmite, sobreveio a deciso de pronncia, determinando que Hugo fosse submetido a jri popular e preso em decorrncia desta deciso. Em pronncia a magistrada Llian Priscila afirmou que Hugo tinha tendncia ao crime e que j tinha um histrico de perseguio em relao as suas namoradas, conforme o que foi colhido em fase probatria. Afirmou ainda que era chamado de louco e desequilibrado no bairro onde morava, inclusive por sua ex-namorada Vanessa Cristina, ouvida em audincia. No dia do julgamento, terminada a inquirio das testemunhas, o promotor de justia Josef deu incio produo da acusao. Durante sua explanao perante o conselho de sentena, com o fito de influenciar o nimo dos julgadores quanto conduta pretrita de Hugo, o promotor Josef mostrou aos jurados, sem a concordncia da defesa, documentos relativos a outro processo, no qual o ru Hugo era acusado de crime de homicdio qualificado praticado em 2/5/2005. Salientou, ainda, o rgo ministerial que os jurados deveriam pensar o que quisessem acerca da recusa, pela defesa, da produo da nova prova. Finda a acusao, foi dada a palavra ao defensor, que pediu ao magistrado o registro, em ata, de que o promotor de justia Josef havia mostrado aos jurados documentos relativos a outro processo a que respondia o ru, a despeito da discordncia da defesa. O pleito defensivo foi deferido. Ademais, tratou a defesa das questes de mrito, bem como advertiu os jurados acerca da primariedade do ru. Encerrado a fase instrutria em plenrio, a magistrada Llian Priscila indagou aos jurados se estavam aptos a julgar. Com a afirmativa, foram levados Sala Secreta e elaborado os quesitos acerca do feito.

  • Primeiramente responderam sobre a autoria do delito e em seguida sobre a existncia do crime. Com o resultado, foi publicada em 5 de dezembro de 2010 a sentena do IV Tribunal do Jri. Hugo foi condenado como incurso no art. 121, 2 II do CP, pena de 12 anos de recluso, que deveria ser cumprida em regime inicialmente fechado. Considerando a situao hipottica descrita, formule, na condio de advogado(a) (Felipe adv. n 123.456) contratado(a) por Hugo, a pea diversa de habeas corpus que deve ser apresentada no processo no ltimo dia do prazo.

    09 Esta pea elaborada pelo professor Rodrigo Bello na aula extra 04 Visando abrir um restaurante, Jos pede vinte mil reais emprestados a Caio, assinando, como garantia, uma nota promissria no aludido valor, com vencimento para o dia 15 de maio de 2010. Na data mencionada, no tendo havido pagamento, Caio telefona para Jos e, educadamente, cobra a dvida, obtendo do devedor a promessa de que o valor seria pago em uma semana. Findo o prazo, Caio novamente contata Jos, que, desta vez, afirma estar sem dinheiro, pois o restaurante no apresentara o lucro esperado. Indignado, Caio comparece no dia 24 de maio de 2010 ao restaurante e, mostrando para Jos uma pistola que trazia consigo, afirma que a dvida deveria ser saldada imediatamente, pois, do contrrio, Jos pagaria com a prpria vida. Aterrorizado, Jos entra no restaurante e telefona para a polcia, que, entretanto, no encontra Caio quando chega ao local. Os fatos acima referidos foram levados ao conhecimento do delegado de polcia da localidade, que instaurou inqurito policial para apurar as circunstncias do ocorrido. Ao final da investigao, tendo Caio confirmado a ocorrncia dos eventos em sua integralidade, o Ministrio Pblico o denuncia pela prtica do crime de extorso qualificada pelo emprego de arma de fogo. Recebida a inicial pelo juzo da 5 Vara Criminal, o ru citado no dia 18 de janeiro de 2011. Procurado apenas por Caio para represent-lo na ao penal instaurada, sabendo-se que Joaquim e Manoel presenciaram os telefonemas de Caio cobrando a dvida vencida, e com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija, no ltimo dia do prazo, a pea cabvel, invocando todos os argumentos em favor de seu constituinte.

    10 Esta pea elaborada pelo professor Rodrigo Bello na aula 11, bloco 01 Em 12/07/2007, ano em que Bruno atingiu a maioridade civil e recebeu sua carteira nacional de habilitao, seus pais lhe do um carro de presente. Entusiasmado, o rapaz resolve dar um passeio para estrear o automvel. J na rua, avista Ritinha, 18 anos, menina de famlia pobre, por quem sempre nutriu extrema simpatia amorosa, sem, contudo, ser correspondido. Ao parar ao lado da moa, tenta conquist-la, mas a mesma no demonstra o menor interesse, mesmo estando Bruno motorizado. Indignado, Bruno empurra Ritinha para dentro do carro, ferindo o brao da moa, e se encaminha para um terreno baldio desejando finalmente satisfazer sua luxria. A moa, desesperada, pois no nutria qualquer simpatia pelo rapaz, principia a chorar descontroladamente e a chamar muito a ateno dos transeuntes, o que faz Bruno liber-la sem concretizar seu intento, aproximadamente 2 horas aps. Noticiado o fato polcia no mesmo dia pelos pais da moa, foi o rapaz acusado pela prtica do delito do art. 148 do Cdigo Penal, sendo a denncia oferecida em 12/01/2008 e recebida em 28/02/2008. Realizadas as provas de acusao e de defesa em audincia, foram requeridas determinadas diligncias, onde foram apurados a primariedade, os bons antecedentes de Bruno e a ausncia de agravantes. J tendo se manifestado o Ministrio Pblico, voc procurado pela famlia do rapaz, em 12/04/2008, para promover a pea processual competente, devendo abordar todas as questes que podem ser utilizadas em favor do constituinte.

  • MONITORIAS

    Monitorias so aulas extras realizadas ao vivo do Rio de Janeiro (na sede do Curso Frum). Elas sero ministradas no perodo da tarde, totalizando 3 aulas das 14:00hs as 17:00hs, previamente marcadas.

    Contedo das monitorias:

    Monitoria Questes Inditas Monitoria 2 Peas Prtico-Profissionais

    Monitoria Smulas Penais e Processuais Penais Com Felipe Novaes & Rodrigo Bello

    Ateno: aluno Frum TV no perde aula! Se o aluno, por qualquer motivo, no puder assistir monitoria ao vivo, no h motivo para preocupao: as monitorias sero gravadas e disponibilizadas na rea do aluno em at 72 hs.

    Monitoria Questes

    Questes Processo Penal: 1) Por no existir quadro de peritos oficiais em pequena cidade do interior, o juiz determinou que Praxedes, conhecido no local como excelente mecnico de automveis, se encarregasse da percia determinada na suspenso e barra de direo de um veculo acidentado, objetivando saber se o acidente decorreu da negligente conservao ou de causa no atribuvel ao condutor. Praxedes realiza todos os exames necessrios e apresenta o laudo respectivo, afirmando a m conservao do veculo, o que foi causa direta do acidente. Pergunta-se: a) vlida a nomeao de particular para realizao de percia judicial? b) O fato de no ter o nomeado prestado compromisso viola o ordenamento jurdico? c) nulo o laudo pericial firmado por um s perito? 2) Carlos Eduardo, advogado, procurado por Snia com a notcia de que est sendo constantemente ofendida moralmente por uma vizinha. Os xingamentos foram perpetrados no dia 21.04.2013. Sobre a narrativa responda fundamentadamente: a) qual o prazo para oferecimento da ao penal (precise o dia)? b) quais os requisitos da ao penal? c) qual dever ser a deciso do juiz caso a ao penal seja apresentada sem procurao? d) qual o recurso que cabe da deciso de no recebimento da ao penal no procedimento ordinrio e no procedimento sumarssimo? e) Cite dois exemplos de crimes contra a honra que no so julgados pelo JECRIM. 3) Um policial civil desconfiado de determinado motorista estar embriagado, solicita, educadamente, em operao de lei seca, que o condutor saia do veculo. Conforme ordenamento jurdico ptrio, como o policial deve agir, legalmente, para demonstrar o estado de embriaguez do motorista? Aborde as diferenas entre infrao e crime de embriaguez ao volante. 4) Xavier famoso carteiro da ECT assaltado perto da Central do Brasil. Os gatunos levam cartas, cheques e cartes que deveriam ser entregues, alm do MP3 e celular de Xavier. Qual o juzo competente para julgamento deste crime?

  • 5) De qual polcia a atribuio para investigao de crimes eleitorais? E de crimes cometidos dentro das dependncias do Congresso Nacional? Questes Penal: Questo 1) A sociedade empresarial Papis Brasil S/A tem como atividade principal a produo de papais e de papelo, em sua linha de produo utiliza cloro e outras substncias qumicas para clareamento dos papis. Em reunio de acionistas realizada recentemente, ficou decidido, pelos quatro acionistas presentes, que o lixo qumico originado da linha de produo seria armazenado em tanques imprprios e posteriormente descartados no pequeno rio que passava atrs da sede da indstria. Tal conduta foi realizada, por determinao dos quatro acionistas, por dois funcionrios da citada empresa, que aps questionarem os patres quanto a legalidade da ordem, foram ameaados de demisso imediata, caso no cumprissem o determinado, inclusive sendo ameaados de serem rotulados falsamente de ladres para que no conseguissem mais empregos. No dia determinado o lixo qumico foi derramado no pequeno rio causando contaminao de suas guas, mortandade de peixes e a interrupo do abastecimento de guas de duas cidades localizadas um pouco abaixo da indstria. Diante da situao hipottica responda fundamentadamente os questionamentos abaixo: A) A responsabilidade penal pela prtica desta conduta recai sobre que pessoas? B) A pessoas jurdica poder ser denunciada pelo crime mesmo que o Ministrio Pblico no consiga individualizar as condutas dos acionistas? C) Caso ocorra a extino da punibilidade das pessoas fsicas a pessoas jurdica ser beneficiada de algum modo? Questo 2) A pessoa jurdica Cravos Embelezamento atua no mercado de produtos de beleza h alguns anos. Nos ltimos tempos vem passando por inmeras dificuldades financeiras, que levou seu diretor financeiro, Julio Semp, a decidir por interromper os repasses de IRPF ao fisco, embora os descontos nos salrios dos seus funcionrios continuasse ocorrendo, pois no havia caixa suficiente para o pagamento dos salrios e do recolhimento, optando o gestor por manter os salrios em dia junto aos funcionrios. Por outro lado, tambm por deciso do dirigente a empresa deixou de emitir notas fiscais pelo fornecimento de alguns produtos, deixando de pagar os tributos estaduais e federais, referentes a sua comercializao. Os fatos correram apenas no ltimos ms de funcionamento da empresa, que acabou encerrando suas atividades informalmente em virtude das dificuldades financeiras atravessadas. Notificado pelos rgos fiscais competentes, Julio, na condio de representante legal da sociedade, compareceu e defendeu a empresa nas averiguaes legais, concludo o procedimento fiscal, foram lanados definitivamente os tributos referentes ao no recolhimento e as notas no emitidas. De acordo com a situao hipottica responda as questes abaixo. a) Quais os crime praticados? b) A quem compete processar e julgar tais crimes? c) O Ministrio Pblico pode denunciar Julio com base em peas de informao oferecidas pelo contador da empresa, antes da concluso dos processos administrativos. d) Caso Julio, sabendo do lanamento definitivo, obtenha parcelamento dos tributos sonegados e no recolhidos, haver reflexos penais? Questo 3) Carlos Agal na ltima semana, na conduo de carro de som, passou pelas ruas de um bairro da cidade de So Paulo, executando uma gravao realizado por ele horas antes. A gravao afirmava que os comerciantes de tal bairro deveriam negar atendimento, em seus estabelecimentos, a pessoas de origem nordestina, pois a presena massiva de migrantes nordestinos na cidade era responsvel pelo alto ndice de desemprego e de violncia, que esses nordestinos ainda eram responsveis pelas pssimas opes polticas nas ltimas eleies. No final do dia, Juscelino Moura, nordestino e morador da cidade procura por Carlos Agal, com o objetivo de solicitar explicaes sobre o ocorrido, Carlos o convida para entrar em sua casa e lhe oferece uma bebida, que continha um sedativo, apos o desmaio, amarra Juscelino e, somente pelo fato de ser nordestino, passa a agredi-lo fisicamente causando sofrimento fsico. Em razo das leses corporais sofridas, Juscelino perde a viso de um dos olhos. Quais os crimes praticados por Carlos Agal? Questo 4) Tertuliano, desejando matar sua esposa Amorflia e usando seus conhecimentos profissionais, exmio qumico que era, prepara um veneno com gosto de mel e, para disfarar, coloca o

  • contedo lquido num frasco de Aloe Vera, produto natural que era regularmente consumido pela mesma, deixando o frasco no lugar em que Amorflia costumava manter o produto. Sucede que a empregada do casal, ao arrumar a casa, resolve guardar o frasco em questo no armrio, j que ainda havia outro em uso. Ao cair da noite, Amorflia, como era de costume, ingere seu Aloe Vera e se deita no sof para descansar, espera de seu marido. Sucede que a mesma adormece, o que no era comum, e Tertuliano, quando chega do trabalho e a v no sof, pensa que ela tinha ingerido o veneno que ele havia preparado e, por conseguinte, tinha morrido. Ento, para comemorar, Tertuliano apanha sua arma e a descarrega em Amorflia, a qual vem a falecer, em virtude dos disparos desferidos por Tertuliano. Pergunta-se: Tertuliano cometeu algum crime? Qual? E por qu? Questo 5) Tertuliano, aps ter matado sua primeira mulher e escapado de uma punio mais severa, casa-se novamente, desta feita com Martifinlia, portadora de grave doena mental, com quem se muda para a cobertura de um prdio de dez andares, situado na rua das Hortnsias, n 24, centro da cidade de Sucupira. Numa noite de lua cheia, Tertuliano convence sua esposa a saltar do referido prdio, segurando uma raquete de tnis em cada mo e com vrias penas de pavo presas s costas, dizendo para ela que, deste modo, conseguiria voar. Tertuliano queria a morte de Martifinlia com o objetivo de herdar seus bens, j que se tratava de uma mulher muito rica. O fato ocorreu no dia 1 de abril de 2007, meia-noite. Martifinlia salta da cobertura e, obviamente, projetada em parafuso at o cho, onde cai morta. A Autoridade Policial da circunscrio respectiva instaura inqurito e o manda concludo e relatado para voc, que o Promotor com atribuio para apreci-lo. Todas as peas tcnicas constam dos autos e foram ouvidas as nicas testemunhas do fato, Ananias Simprocncio e Neemias Simprocncio, primos de Martifinlia, que confirmaram toda a histria. Diante disto: Tertuliano cometeu algum crime? Qual e por qu?

    Monitoria 2 Peas Prtico-Profissionais

    Pea: No dia 10 de maro de 2011, aps ingerir um litro de vinho na sede de sua fazenda, Jos Alves pegou seu automvel e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que tangencia sua propriedade rural. Aps percorrer cerca de dois quilmetros na estrada absolutamente deserta, Jos Alves foi surpreendido por uma equipe da Polcia Militar que l estava a fim de procurar um indivduo foragido do presdio da localidade. Abordado pelos policiais, Jos Alves saiu de seu veculo trpego e exalando forte odor de lcool, oportunidade em que, de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram a realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar. Realizado o teste, foi constatado que Jos Alves tinha concentrao de lcool de um miligrama por litro de ar expelido pelos pulmes, razo pela qual os policiais o conduziram Unidade de Polcia Judiciria, onde foi lavrado Auto de Priso em Flagrante pela prtica do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2, inciso II, do Decreto 6.488/2008, sendo-lhe negado no referido Auto de Priso em Flagrante o direito de entrevistar-se com seus advogados ou com seus familiares. Dois dias aps a lavratura do Auto de Priso em Flagrante, em razo de Jos Alves ter permanecido encarcerado na Delegacia de Polcia, voc procurado pela famlia do preso, sob protestos de que no conseguiam v-lo e de que o delegado no comunicara o fato ao juzo competente, tampouco Defensoria Pblica. Com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de Jos Alves, redija a pea cabvel, exclusiva de advogado, no que tange liberdade de seu cliente, questionando, em juzo, eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial, alegando para tanto toda a matria de direito pertinente ao caso.

  • Pea: Em 7/8/2005, CAIO foi condenado, pelo Juzo da 9. Vara Federal Criminal da Seo Judiciria do Rio de Janeiro, a pena de dois anos de recluso e multa pela prtica do crime previsto no artigo 171, 3., do Cdigo Penal, porque teria recebido, fraudulentamente, benefcio previdencirio, no valor de R$ 5.000,00, em prejuzo do INSS, por meio de saque da quantia no caixa bancrio, com o uso de documento de identidade que pertencia a beneficirio j falecido. O fato ocorreu em 8/5/2004. A sentena determinou o cumprimento da pena em regime aberto, negando expressamente a sua substituio por pena restritiva de direitos por considerar que o ru no preenchia o requisito do artigo 44, III, do Cdigo Penal, por se encontrar indiciado em outros inquritos por fatos anlogos. O apelo interposto pela defesa de Caio teve provimento negado pela 3. Turma do Tribunal Regional Federal da 2. Regio, por maioria de votos. Na ocasio, restou vencido o desembargador federal Tcio, que (A) acolhia a preliminar de nulidade da sentena pela ausncia de exame pericial no documento utilizado por Caio; (B) no mrito, reformava a sentena condenatria para absolver Caio por insuficincia de provas para a condenao, a qual foi baseada no testemunho judicial da autoridade policial que oficiou na fase do inqurito, informando ter chegado a Caio por meio de denncia annima, corroborada por confisso policial, sendo certo que Caio foi submetido pelo juzo a reconhecimento pelo caixa do banco, de acordo com o procedimento previsto no artigo 226 do Cdigo de Processo Penal, que restou negativo; (C) autorizava a substituio da pena por pena restritiva de direitos, mesmo havendo na folha de antecedentes criminais de Caio diversas anotaes relativas a inquritos policiais, em andamento, por outras fraudes contra o INSS. Redija a pea processual adequada situao descrita, invocando todos os fundamentos jurdicos pertinentes. Ao final, assine como advogado, utilizando o nome JOS DA SILVA, inscrio OAB/RJ 0001.

  • PEAS E QUESTES DISCURSIVAS DO CHAT (AULA EXTRA 07)

    Peas e Questes Discursivas trabalhadas no Chat.

    A correo das mesmas encontra-se na Aula Extra n 07. Nossa sugesto que sejam feitas antes da visualizao das aulas. Pea: Mrcio, brasileiro, solteiro, pedreiro, atualmente recluso no Centro de Readaptao Penitenciria de Presidente Bernardes SP, foi condenado, pelo juiz da 2.a Vara Criminal de So Paulo SP, a 8 anos de recluso, em regime fechado, pela prtica do crime previsto no art. 157, 2., incisos I e II. Recentemente, progrediu ao regime semi-aberto, razo pela qual ainda no faz jus progresso ao regime aberto. Mrcio, que j cumpriu 5 anos do total da pena, tem profisso certa e definida e est trabalhando, com carteira assinada, como pedreiro, demonstra inteno de fixar residncia na Colnia Agrcola guas Lindas, lote 1, Guar DF, em companhia de seus pais, bem como de constituir uma famlia to logo seja colocado em liberdade. Em razo disso, por meio da defensoria pblica, pleiteou ao juzo competente a concesso do livramento condicional. O juiz indeferiu o pedido de livramento condicional, visto que, no relatrio carcerrio expedido pelo diretor daquele estabelecimento prisional, consta uma tentativa de fuga em 22/4/2006, na qual Mrcio estivera envolvido. Entretanto, no mesmo relatrio, a autoridade carcerria informa que, atualmente, o detento, no reincidente em crime doloso, ostenta bom comportamento e exerce trabalho externo. Considerando a situao hipottica descrita, formule, na condio de advogado(a) contratado(a) por Mrcio, a pea diversa de habeas corpus que deve ser apresentada no processo. Pea: Gisele foi denunciada, com recebimento ocorrido em 31/10/2010, pela prtica do delito de leso corporal leve, com a presena da circunstncia agravante, de ter o crime sido cometido contra mulher grvida. Isso porque, segundo narrou a inicial acusatria, Gisele, no dia 01/04/2009, ento com 19 anos, objetivando provocar leso corporal leve em Amanda, deu um chute nas costas de Carolina, por confundi-la com aquela, ocasio em que Carolina (que estava grvida) caiu de joelhos no cho, lesionando-se. A vtima, muito atordoada com o acontecido, ficou por um tempo sem saber o que fazer, mas foi convencida por Amanda (sua amiga e pessoa a quem Gisele realmente queria lesionar) a noticiar o fato na delegacia. Sendo assim, to logo voltou de um intercmbio, mais precisamente no dia 18/10/2009, Carolina compareceu delegacia e noticiou o fato, representando contra Gisele. Por orientao do delegado, Carolina foi instruda a fazer exame de corpo de delito, o que no ocorreu, porque os ferimentos, muito leves, j haviam sarado. O Ministrio Pblico, na denncia, arrolou Amanda como testemunha. Em seu depoimento, feito em sede judicial, Amanda disse que no viu Gisele bater em Carolina e nem viu os ferimentos, mas disse que poderia afirmar com convico que os fatos noticiados realmente ocorreram, pois estava na casa da vtima quando esta chegou chorando muito e narrando a histria. No foi ouvida mais nenhuma testemunha e Gisele, em seu interrogatrio, exerceu o direito ao silncio. Cumpre destacar que a primeira e nica audincia ocorreu apenas em 20/03/2012, mas que, anteriormente, trs outras audincias foram marcadas; apenas no se realizaram porque, na primeira, o magistrado no pde comparecer, na segunda o Ministrio Pblico no compareceu e a terceira no se realizou porque, no dia marcado, foi dado ponto facultativo pelo governador do Estado, razo pela qual todas as audincias foram redesignadas. Assim, somente na quarta data agendada que a audincia efetivamente aconteceu. Tambm merece destaque o fato de que na referida audincia o parquet no ofereceu proposta de suspenso condicional do processo, pois, conforme documentos comprobatrios juntados aos autos, em 30/03/2009, Gisele, em processo criminal onde se apuravam outros fatos, aceitou o benefcio proposto. Assim, segundo o promotor de justia, afigurava-se impossvel formulao de nova proposta de suspenso condicional do processo, ou de qualquer outro benefcio anterior no destacado, e, alm disso, tal dado

  • deveria figurar na condenao ora pleiteada para Gisele como outra circunstncia agravante, qual seja, reincidncia. Nesse sentido, considere que o magistrado encerrou a audincia e abriu prazo, intimando as partes, para o oferecimento da pea processual cabvel. Como advogado de Gisele, levando em conta to somente os dados contidos no enunciado, elabore a pea cabvel. Questes: 1) Lear possui trs filhas Goneril, Regan e Cordlia , que, encontrando-se com ele em local pblico, no dia 5/3/2007, chamaramno, em razo de desavenas familiares, deserdado, p-de-chinelo, p-rapado, na presena de outras pessoas. Lear, inconformado com as ofensas assacadas contra si, constituiu advogado que ajuizou queixa-crime, no dia 5/9/2007, contra todas as trs filhas de Lear, imputando-lhes o crime de injria (artigo 140 do Cdigo Penal). Durante a fase de instruo processual, Lear celebrou suas bodas de ouro matrimoniais com grande festa, para a qual convidou somente Goneril e Regan. A primeira aceitou o convite, comparecendo ao evento e se reconciliando com o pai. A segunda no aceitou o convite, tendo optado por manter rompidas suas relaes com Lear. Na qualidade de advogado constitudo por Cordlia, exponha, de forma juridicamente fundamentada, as duas teses jurdicas defensivas que podem ser inferidas do enunciado da questo.

    2) Hattori Hanzo teve decretada sua priso temporria no curso de um inqurito em que se investigava o crime de sonegao fiscal (artigo 1. da Lei 8.137/90) praticado por uma quadrilha de fraudadores. Segundo os policiais que realizaram a investigao, Hattori Hanzo era o intermedirio da quadrilha, aquele que captava clientela interessada em beneficiar-se das fraudes e contatava os servidores pblicos responsveis por implementar a fraude nos sistemas de dados do INSS.Ao ser preso, Hattori Hanzo foi interrogado pela autoridade policial, ocasio em que se recusou a prestar depoimento, invocando seu direito constitucional de permanecer em silncio. Passados quinze dias da priso, a autoridade policial no lograra obter nenhuma prova do crime nem indcios da autoria de outros criminosos. Assim, no dcimo quinto dia, a autoridade policial retornou cela de Hattori Hanzo e indagou-lhe se pretendia continuar a exercer seu direito de calar ou preferia prestar novo depoimento e colaborar com a justia. Hattori Hanzo prestou um novo depoimento, no qual confessou as fraudes que praticara, apontando, inclusive, os co-autores. Com base nesse depoimento, foram feitas novas investigaes, descobrindo-se provas que no teriam sido descobertas sem que Hattori Hanzo tivesse colaborado com sua confisso. Considerando a situao hipottica acima narrada, responda, de forma juridicamente fundamentada, aos seguintes questionamentos. vlido o segundo depoimento prestado em sede policial por Hattori Hanzo? As provas obtidas podero servir de suporte ao oferecimento de denncia contra os outros co-autores do crime?

    3) Iago e Otelo associaram-se e promoveram a introduo, no Pas, de 100.000 pacotes de cigarros destinados exclusivamente exportao. Os cigarros foram adquiridos no Paraguai do importador Hamlet. Iago e Otelo cruzaram a fronteira na cidade de Foz do Iguau PR, onde venderam a mercadoria para Desdmona, pelo valor de R$ 1.000.000,00. Apurou-se, tambm, que Iago guardara, dentro de um cofre, em sua casa, os R$ 500.000,00 que lhe couberam, ao passo que Otelo depositara R$ 250.000,00 na conta corrente de sua namorada e comprara aes de empresas de energia, petrleo e minerao, no valor de R$ 250.000,00. Essas aes foram posteriormente trocadas por um apartamento na Tijuca, registrado em nome de um primo de Otelo. Considerando a situao hipottica acima, esclarea, de forma juridicamente fundamentada, quais foram os crimes praticados por Iago e Otelo; e qual o juzo criminal competente para processar e julgar os fatos descritos.

  • PEAS E QUESTES DISCURSIVAS DO CHAT (AULA EXTRA 08)

    Nossa sugesto que a pea e a questo sejam feitas antes da aula para conferncia no dia da aula.

    Pea: Trata-se de ao penal movida pelo ilustre Promotor de Justia, representante do Ministrio Pblico do Distrito Federal, com atribuies na 3 Vara Criminal de Braslia/DF, em face de FRANCISCO DA SILVA, brasileiro, solteiro, estudante, nascido a 27/07/74 (Cart. de Id. n 1.268.312 SSP/DF), residente na QNN 4, conj. H, casa 100, em Taguatinga/DF e VICENTE DE SOUZA, brasileiro, solteiro, comerciante, nascido a 14/5/75, residente na QNM 30, conj. S, casa 20, em Taguatinga/DF pela prtica dos fatos a seguir descritos:

    No incio da noite do dia 24 de junho de 2009, nas proximidades da Estao Rodoferroviria de Braslia, FRANCISCO DA SILVA, e VICENTE DE SOUZA, enquanto caminhavam em direo ao ponto de nibus, avistaram MANOEL PEREIRA, brasileiro, vivo, desempregado, nascido em 15/09/1935, deitado no banco, coberto apenas com trapos e papelo. Vendo que ele se encontrava dormindo, FRANCISCO E VICENTE imbudos de nimo jacoso, resolveram, de comum acordo, tirar um sarro com o velho. Assim, aps cutucado MANOEL com um pedao de pau, este levantou-se e correu atrs de FRANCISCO E VICENTE, jogando uma pedra que acertou as costas de FRANCISCO. Diante desse contexto, furiosos com tal reao, os dois amigos, voltaram-se contra MANOEL, passando a espanc-lo com socos e pontaps. Em dado momento, diante da aproximao de um nibus e percebendo que o velho jazia inanimado, foram embora, correndo do local.

    MANOEL, foi levado imediatamente ao Hospital de Base, mas no resistiu aos ferimentos e faleceu naquela mesma noite.

    No laudo de exame cadavrico, acostado aos autos, ficou constatado que a vtima, MANOEL PEREIRA, era portador de cardiopatia congnita, provocada pelo Mal de Chagas. Assim, ficou consignado, pelos peritos do IML, a seguinte concluso: ...embora presentes equimoses violceas nas faces, trax e abdmen, caracterizadoras de agresso por instrumento contundente, as leses, por si s, no seriam suficientes para acarretar a morte. O bito decorreu de parada cardiorespiratria, em face da leso cardaca preexistente, resultante da forte descarga emocional proveniente da agresso sofrida.

    Passadas algumas horas, FRANCISCO e VICENTE foram presos e, assim, lavrou-se auto de priso em flagrante, em que os acusados negaram a autoria dos fatos.

    FRANCISCO DA SILVA e VICENTE DE SOUZA foram dados como incursos nas sanes do art. 121, 2, inciso II, c/c o art. 29, ambos do Cdigo Penal. Defesa apresentada, com rol de testemunhas, apresentadas por defensores constitudos s fls. 43 e fls. 44.

    Os rus, que se encontravam presos, foram requisitados e submetidos a interrogatrio, tendo direito entrevista prvia apenas Francisco, pois Vicente chegou atrasado e o juiz quis adiantar os trabalhos. Iniciando o ato, ambos algemados tiveram oportunidade de negar a autoria dos fatos narrados na denncia. Alegou FRANCISCO, que no pretendia matar o velho e que s deu um empurro no velho para repelir a agresso injusta do mesmo. Afirmou VICENTE que queria apenas dar uma lio de moral no velho, por isso, deu um tapinha no peito do velho, mas que jamais aderiu conduta de espancar MANOEL.

    Na folha penal, carreada aos autos, nada consta contra FRANCISCO e VICENTE. Na instruo criminal foram ouvidos o motorista do nibus, o cobrador, arroladas pelo Ministrio Pblico. Todos reconheceram os rus e confirmaram os fatos que lhes foram atribudos. (fls. 50/56). As testemunhas da defesa, como no tinham conhecimento dos fatos, limitaram-se a tecer elogios vida pregressa dos rus (fls. 61/66).

    Terminada a inquirio das testemunhas, o MM. Juiz abriu os debates comeando pelo Ministrio Pblico em cumprimento do art. 4114 do CPP, tendo o Promotor, aps tecer comentrios sobre a prova pericial, finalizou seu pronunciamento dizendo: ... desta forma, sendo as provas colhidas suficientes para embasar o pedido condenatrio, requer o Parquet seja feita justia!. Em

  • cumprimento s disposies contidas no mesmo artigo, voc, candidato, apresentou brilhante defesa, analisando as provas e sustentando, em profundidade a tese cabvel espcie. Mas, mesmo assim, o MM. Juiz, baseando-se, de forma distorcida, da prova constante dos autos do processo, pronunciou FRANCISCO e VICENTE como incursos nas penas do art. 121, 2, inciso II, do Cdigo Penal c/c art. 29 do mesmo diploma legal, para serem submetidos a julgamento pelo Tribunal do Jri de Braslia/DF. Diante desse contexto, voc, (Joel Lima OAB n 124-987) candidato e advogado dos rus, Francisco da Silva e Vicente de Souza, foi devidamente intimado, no dia 26/11/2009, sexta-feira, a se manifestar no primeiro dia do prazo. Peticione.

    Questo: Tertuliano, desejando matar sua esposa Amorflia e usando seus conhecimentos profissionais, exmio qumico que era, prepara um veneno com gosto de mel e, para disfarar, coloca o contedo lquido num frasco de Aloe Vera, produto natural que era regularmente consumido pela mesma, deixando o frasco no lugar em que Amorflia costumava manter o produto. Sucede que a empregada do casal, ao arrumar a casa, resolve guardar o frasco em questo no armrio, j que ainda havia outro em uso. Ao cair da noite, Amorflia, como era de costume, ingere seu Aloe Vera e se deita no sof para descansar, espera de seu marido. Sucede que a mesma adormece, o que no era comum, e Tertuliano, quando chega do trabalho e a v no sof, pensa que ela tinha ingerido o veneno que ele havia preparado e, por conseguinte, tinha morrido. Ento, para comemorar, Tertuliano apanha sua arma e a descarrega em Amorflia, a qual vem a falecer, em virtude dos disparos desferidos por Tertuliano. Pergunta-se: Tertuliano cometeu algum crime? Qual? E por qu?