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Introdução

Desenho técnico é uma linguagem de caráter universal.

Através de símbolos, convenções e normas disseminados e adotadosem todo mundo torna um desenho técnico, feito dentro das regras, de fácilcompreensão por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo.

Através do desenho o desenhista ou o projetista materializa no papel aidéia que nasceu em sua mente.

Nele estão contidas todas as dimensões e informações para seconstruir, por exemplo, todas as peças de um motor.

É evidente que em um curto espaço de tempo não é possível abranger

todas as técnicas, regras e conceitos dentro do desenho técnico, mas daremosnoções fundamentais para que o aluno possa ler, interpretar e executardesenhos.

A utilidade do desenho técnico para o técnico de segurança se prendena interpretação e análise de projetos sob o ponto de visão da segurança dequem vai utilizar o fruto desse projeto.

Cabe ao técnico também a elaboração de mapas de risco, rotas de fuga,layout de postos de trabalho e para que o resultado tanto de adequação quantoda confecção seja perfeito, as técnicas do desenho técnico são de enorme

valia.

O desenho técnico está dividido em dois tipos: desenho técnico projetivoe desenho técnico não projetivo.

Desenho técnico projetivo

Desenho resultante de projeções do objeto em um ou mais planos deprojeção e correspondem as vistas ortográficas e as perspectivasusadas em todas as modalidades de engenharia como, por exemplo,projeto de máquinas, equipamentos, edificações, etc..

Desenho técnico não projetivo

São desenhos que não usam “medidas” e compreendem os desenhosde organogramas, gráficos, diagramas, fluxogramas, etc..

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Instrumentos de desenho

Lápis / lapiseira

Utiliza diversos diâmetros de grafite dependendo da espessura do traçoa ser feito. Os grafites podem ser de várias durezas, desde o mais duroH6 (traços mais finos e claros) até o mais mole B6 (traços mais grossose escuros).

Borracha

É uma auxiliar importante, pois apaga os erros e as linhas que não serãomais necessárias quando o desenho estiver acabado. Deve ser maciapara não rasurar o trabalho.

RéguaTem a função de medir e auxiliar no desenho de linhas retas, portantodeve ser de boa qualidade e não ter deformações ou rebarbas em seusvértices.

Esquadros

Normalmente utilizamos um “jogo” composto por dois esquadrosformando triângulos retângulos com os seguintes ângulos: um de45°/45°/90° e outro de 30°/60°/90°

Com esses instrumentos é possível traçar paralelas perpendiculares eângulos derivados de cada um dos cantos dos esquadros ou aindasomatória de ângulos.

Compasso

Instrumento destinado a desenhar circunferências com precisão etambém na construção e/ou divisão de ângulos.

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Papel

As medidas padrão para a folha de papel, segundo a norma ABNT (NB-8) também são usadas para as folhas de papel de desenho. As medidasde referência (padrão) são as do formato A0 cujas dimensões são: 841 x

1189 mm, ou seja, com essas medidas a área de uma folha de papel A0 tem exatamente 1 m². Os outros tamanhos (A1; A2; A3; A4;...) serãosempre da divisão ao meio do lado maior da folha de tamanho maior empartes iguais. Então a folha A1 é a metade da folha A0, a folha A2, ametade da folha A1, a folha A3, a metade da folha A2, e assim pordiante.

Escalímetro

É utilizado para se trabalhar com proporção, redução e ampliação dodesenho.

Escalas normalmente usadas:

• Para aumento: 10:1; 5:1; 2:1.• Para redução: 1:2,5; 1:5; 1:20; 1:50; 1:100; etc

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Curva francesa

Utilizada para traçar segmentos de curva e linhas sinuosas com diversosraios.

Transferidor

É uma escala de ângulos serve para identificar e definir ângulos.

Canetas

É usada com nanquim – para diversas espessuras para traços eescritas.

Tira-linhas

Utilizado para traçar linhas de diversas espessuras com uso do nanquim.

Gabaritos

Pode ser de letras, figuras geométricas ou outro para auxiliar nodesenho.

Padronização

A padronização do desenho técnico é através de normas técnicas.

No Brasil as normas são elaboradas e publicadas através da ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas).

As normas técnicas que regulam o desenho técnico são editadas pelaABNT e são registradas pelo INMETRO como NBR e estão de acordo com aISO.

As normas internacionais são elaboradas e publicadas através da ISO

(International Organization for Standardization)

Exemplos de normas de desenho:

• NBR 10647 – Desenho técnico, norma geral.• NBR 10068 – Folha de desenho, layout e dimensões.• NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenho

técnico• NBR 13142 – Desenho técnico – dobramento de cópias.

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Escala

Nem sempre no desenho técnico, a representação gráfica será dotamanho real do objeto que está sendo representado.

Em se tratando de desenho de peças muitas vezes estas são detamanho pequeno ou muito pequeno que inviabilizaria o seu desenho emtamanho real. Em outros casos as peças são grandes e se foremrepresentadas no tamanho real dificultaria bastante para quem fosse fabricá-las.

Da mesma forma em desenho arquitetônico é impossível fazer arepresentação gráfica no tamanho real, então também utiliza-se o recurso daproporção em escala para a representação gráfica daquilo que vai serconstruído.

Então escala é a relação entre o tamanho verdadeiro, real e o tamanhoda representação no desenho. O usual no Brasil é o sistema métrico decimal:1:100; 1:50; 1:20; etc.

A escala de tamanho real é 1:1.

Para efeito de representação gráfica há a necessidade de ser convertera escala real em outras escalas possibilitando a elaboração de desenhos dediferentes tamanhos sem o comprometimento e o entendimento do objetorepresentado.

Exemplos:

Escalas normalmente utilizadas para desenho arquitetônico:

Escala Cálculo Resultado Conclusão1:1000 1 metro / 1000 0,001 = 1 mm Cada 1 mm equivale a 1 metro1:500 1 metro / 500 0,002 = 2 mm Cada 2 mm equivale a 1 metro1:100 1 metro / 100 0,01 = 1 cm Cada 1 cm equivale a 1 metro1:50 1 metro / 50 0,02 = 2 cm Cada 2 cm equivale a 1 metro1:20 1 metro / 20 0,05 = 5 cm Cada 5 cm equivale a 1 metro

Escalas normalmente utilizadas em desenho mecânico

Escala Cálculo Resultado Conclusão1:5 1cm / 5 0,2 = 2 mm Cada 2 mm equivale a 1 cm1:2 1 cm / 2 0,5 = 5 mm Cada 5 mm equivale a 1 cm1:1 1 cm / 1 1,0 = 10 mm Tamanho real2:1 1 cm x 2 2,0 = 20 mm Cada 20 mm equivale a 1 cm5:1 1 cm x 5 5,0 = 50 mm Cada 50 mm equivale a 1 cm

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Exercícios:

Desenhar um retângulo de 25 x 15 mm na escala de 5:1

Desenhar um triângulo eqüilátero com o lado igual a 10cm na escala de1:2.

Escrita em desenho técnico

As letras ou caracteres usados em desenho técnico para legendas eanotações podem ser verticais ou com inclinação de 75° para a direita.

Essas letras podem ser confeccionadas utilizando-se de gabaritos ou àmão livre. De qualquer forma devem ser legíveis e de rápida execução.

Deve-se atentar para a altura, largura, espessura e distância entre as

letras, palavras e linhas.

As letras estão regulamentadas na NBR 8402.

Tamanho das letras:

Altura nominal para “x” (em mm)

2,0 2,5 3,5 5,0 7,0 10,0 14,0

Proporções das letras:

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Item Proporções

Letras maiúsculas

Letras minúsculas x Distância entre pautas

(linhas escritas)

Distância entre letras

Espessura do traço

Distância entre palavras

Modelo de letras técnicas:

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Exercícios traçando paralelas com os esquadros:

Exercícios traçando perpendiculares com os esquadros:

Mapa de risco

Mapa de Risco é uma representação gráfica dos fatores presentes nos locaisde trabalho, que podem afetar a saúde ou riscos de acidentes para ostrabalhadores.

Estes fatores têm origem nos elementos do processo de trabalho como, porexemplo: materiais, equipamentos, ambientes de trabalho, organização do

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trabalho (ritmo de trabalho, método de trabalho, posturas, jornada de trabalho,turnos de trabalho, treinamento, etc.).

O Mapa de Risco é construído sobre a planta baixa do ambiente ou daempresa. Os riscos são identificados pela cor e tamanho dos círculos conforme

descritos nas tabelas abaixo:

Risco Mecânico Químico Ergonômico Físico Biológico

Cor

Azul Vermelho Amarelo  Verde  Marrom

No mapa os riscos são indicados por círculos coloridos de três tamanhosdiferentes de acordo com o grau de risco apresentado 

Risco leve Risco médio Risco elevado Indicação múltipla

Para elaborar o Mapa de Risco 

a) Conhecer os diversos departamentos da empresa: O que, quem, como,quanto faz.

b) Fazer um fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das

etapas de produção);

c) Listar todos os equipamentos; materiais como são alimentadas as

máquinas etc. envolvidos no processo produtivo.

d) Listar todos os riscos existentes em cada setor, em cada etapa. No caso

de muitos processos ou etapas devem ser priorizados os que trazemmais riscos de acidentes ou para a saúde dos trabalhadores. É

importante buscar informações junto aos trabalhadores do setor

analisado.

Exemplo de mapa de risco:

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Representação básica de uma edificação

A Arquitetura assim como a Engenharia Civil, da mesma forma que osoutros ramos de Engenharia, também utiliza o desenho técnico para aapresentação de um projeto a ser executado.

A apresentação de uma edificação é feita pela planta baixa ecomplementada geralmente pela fachada e corte.

A planta baixa é representada com o corte no sentido horizontalnormalmente a uma altura de 1,25m a partir do piso. Assim praticamente todosos vãos de portas e janelas são representados.

Dos desenhos de uma casa a planta baixa é a mais útil e fácil deentender, pois é de fácil interpretação.

A planta baixa fornece uma série de informações sobre os objetivos eutilização das diversas áreas do prédio.

Para o nosso curso o foco é aprender a interpretar plantas, desenhos ecroquis de uma organização tendo como foco os diversos ambientes detrabalho.

Planta de locação da construção

A partir da planta de locação pode-se deduzir a relação do desenho e daconstrução em função do meio ambiente.

O prédio propriamente dito é representado somente em termosgenéricos. São representados também, de forma complementar, detalhessobre o terreno, suplemento de água potável, esgoto, fiação elétrica, etc.

Para as plantas de locação adotam-se escalas de 1:100 a 1:200, para asáreas maiores as escalas de 1:500 ou 1:1000.

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Corte

Da mesma forma que no desenho técnico mecânico, o corte no desenho

arquitetônico tem como objetivo mostrar detalhes. Então deve ser escolhida amelhor posição para o corte de forma que mostre os detalhes maisimportantes. Normalmente o corte passa pelo banheiro e cozinha para mostraros encanamentos.

Exercícios de uso da escala:

a) Desenhar a planta do apartamento abaixo na escala 1:50

b) Fazer o corte da planta baixa acima na escala de 1:50; usar como pé direitoa altura de 2,90m.

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Planta de locação localização e locação

A planta exige atenção quanto ao planejamento geral da obra e tambémquanto à liberação por autoridades competentes.

A partir dessa planta estuda-se a relação da obra a ser construída com oterreno e também com o meio ambiente.

As edificações são representadas de forma genérica. Para completar odesenho pode-se detalhar o abastecimento de água potável, esgoto, fiaçãoelétrica, águas pluviais, etc.

As escalas mais adotadas são: 1:200; 1:500 ou 1:1000.

Exercício:

Desenhar a distribuição das áreas construídas de uma indústria, naescala de 1:500, com as seguintes edificações:

• Um galpão de 50 × 30m• Um escritório de 20 × 10m• Um refeitório de 20 × 30m• Uma portaria de 5 × 10m• Um depósito de 20 × 30m

O terreno da indústria é de 100 × 70m, localizado na esquina da avenida

Industrial com a rua São João.

[Nota]: levar em conta na distribuição o fluxo de pessoas e veículos dentro daárea da industria bem como a evacuação em caso de da ocorrência de umincêndio.

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Projeto de um posto de trabalho

Ao projetar um posto de trabalho deve-se levar em consideração não sóa funcionalidade como também aspectos de segurança, ergonomia, conforto,entre outros. Portanto o posto de trabalho deve ser projetado e analisado tendo

como foco as pessoas que ali estarão trabalhando.

Exercício:

Projetar uma sala de escritório de 48m², na escala 1:50 contendo:

Objeto Qtde. TamanhoMesa de trabalho 5 1,50 × 0,70mExtintor de incêndio 2 Considerar a área livre necessáriaMáquina de xerox 1 0,80 × 0,80

Armário 2 1,20 × 0,50Mesa de reuniões 1 2,00 × 1,00Cozinha 1 1,50 × 1,50

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Cotagem

No desenho além de mostrar a forma da peça a ser construída, devetambém conter todas as medidas necessárias para a sua construção.

A cotagem deve ser feita de forma racional, isto é, colocar somente asmedidas que são realmente necessárias para que o desenho fique limpo eclaro para quem for lê-lo.Regra para cotagem correta:

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Exercícios de uso de cotagem:

Arruela

Placa com furo redondo e quadrado:

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Tipos de traço (conforme NB-8)

No desenho técnico normalmente utilizamos traços padronizados deespessuras também definidas (grossa, média e fina).

Abaixo apresentamos alguns exemplos de traços (os mais utilizados). Asespessuras apresentadas são uma referência, mas é importante que haja uma

diferenciação entre as diversas linhas.

Como regra podemos utilizar: estabelecendo-se a espessura do traçogrosso, o traço médio deve ter a metade da espessura do traço grosso e otraço fino deve ter a metade do traço médio.

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Aplicação dos traços:

Tipo de traço Aplicação

Traço cheio grosso Arestas e contornos visíveis.Traço cheio fino Linhas de cota, linhas auxiliares, linhas de extensão.Tracejado Arestas e contornos não visíveis.Traço-ponto grosso Indicação de corte.

Traço-ponto finoEixo de simetria, linhas de centro, posição limite departes móveis, cantos e contornos que se encontramantes do corte mostrado (hachurado)

Traço sinuoso Linhas quebradas, rupturas e encurtamento.

Alguns de outros símbolos ou convenções comumente utilizados:

Significado Ilustração

Linha de interrupção

Indicação de corte decorpos cilíndricos

Indicação de quadrado

Indicação de diâmetro

Hachuras

Hachuras são linhas ou figuras que representam tipos de materiais emáreas de corte em desenhos técnicos.

Devem ser traçadas com traços finos e devem estar inclinadas a 45° emrelação às linhas principais de contorno do desenho ou eixos de simetria.

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Em alguns casos as hachuras podem ser utilizadas para indicação dotipo de material conforme os exemplos abaixo:

Exemplo de uso de hachuras:

Exemplo de uso de traços:

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Perspectiva

Perspectiva é representação gráfica de um objeto em três dimensõesque nos permite ter uma visão real de suas formas.

Existem varias formas de se construir perspectivas. Para efeito de nossoestudo vamos citar três, das quais efetivamente trabalharemos com duas.

Perspectiva dimétrica

Essa projeção ressalta especialmente a vista frontal do objeto. Os eixossão inclinados com 7° e 42 ° e as dimensões horizontais da face formada peloeixo fugitivo devem ser a metade do tamanho real.

Perspectiva cavaleira

Esta projeção também ressalta a vista frontal do objeto. Apenas o eixofugitivo tem inclinação de 45° com a redução pela metade das medidashorizontais da face formada pelo eixo fugitivo, mas pode-se também usar osângulos de 30° e 60°. Neste caso a redução da lateral (no eixo fugitivo) érespectivamente para 2/3 e 1/3 das medidas reais do objeto.

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Perspectiva isométrica

Esta perspectiva é a que se aproxima mais do real. Ela mostra detalhesde forma semelhantes nas três vistas. Ambos os eixos tem uma inclinação de30° em relação à linha do horizonte e todas as dimensões representadas sãoas reais ou proporcionais ao objeto representado.

Exercício

Desenhar a perspectiva isométrica do desenho abaixo:

Solução

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Projeção Ortogonal e construção de vistas

A representação em perspectiva nem sempre é suficientemente clara emtodos os detalhes para a fabricação do objeto. Nesses casos então tem que serrepresentada de forma diferente: “a Projeção Ortogonal”.

Para a perfeita representação do objeto, normalmente três vistas sãoindispensáveis:

• Vista frontal• Vista superior• Vista lateral

O objeto deve ser colocado de tal forma que sua vista principal passe aser a vista frontal.

A figura abaixo mostra um objeto suspenso no espaço cujas sombrassão projetadas em três planos posicionados como se fosse o canto formadopor duas paredes e o chão.

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O desenho abaixo mostra a mesma projeção como se os planos fossemcolocados um ao lado do outro.

Exercícios:

1-Fazer a projeção ortogonal do sólido abaixo:

Solução:

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2-Fazer a projeção ortogonal do objeto abaixo:

Solução:

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3-Dada as vistas, construir o objeto utilizando a perspectiva isométrica:

Solução:

Representação de corte

Quando necessitamos mostrar algum detalhe interno de um objeto queestá sendo desenhado, utilizamos o recurso do corte para mostrar essedetalhe.

Essa representação é feita utilizando o traço-ponto grosso para aindicação e a parte cortada (as paredes do objeto) devem ser hachuradasconforme a ilustração abaixo:

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Exercício

Baseado na figura abaixo construir a vista frontal, com detalhe do corteAA e a vista superior.

Resposta:

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Desenho geométrico

Ponto:

Elemento geométrico considerado sem dimensão, apenas com posição.

Reta:

Linha que estabelece a menor distância entre 2 pontos.

Por 1 ponto podem passar infinitas retas.

Por 2 pontos pode passar apenas 1 reta.

Plano:

Superfície reta em todos os sentidos.

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Por 1 reta podem passar infinitos planos.

Por uma reta e um ponto passa apenas 1 plano.

Por duas retas pode passar apenas 1 plano.

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Tipos de reta:

Tipos Comentário exemplos

Concorrentes Tem somente umponto em comum

 

ObliquasSão concorrentese não formamângulo reto

Paralelas

São co-planarese não tem

nenhum pontoem comum

Coincidentes Todos os pontossão comuns

Transversais Quando cortam 2retas paralelas

Perpendiculares

Encontram-se emum pontoformando umângulo de 90°

ortogonais

Quando não tempontos emcomum, massuas projeçõesformam umângulo reto.

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Usando régua e compasso traçar uma reta paralela à reta ”r” passandopelo ponto “A”

Usando régua e compasso traçar uma perpendicular e uma paralela àreta “r” passando pelo ponto “A”:

Traçar a mediatriz do segmento de reta “AB”

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Traçar uma perpendicular à reta “a”, no ponto “P”, usando régua ecompasso:

Dada a semi-reta “OA”, traçar uma perpendicular no ponto “O” usandorégua e compasso:

Ângulos

Bissetriz: reta que divide um ângulo em 2 partes iguais.

O

 

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Divisão do segmento de reta “AB” em “n” partes iguais.

Obs.: “n” pode ser qualquer valor maior que 1

(no exemplo n = 5)

 A  B

1

1’

2

2’

3

3’

4

4’

5

5’ 

Etapas:1- Traçar uma reta auxiliar com qualquer inclinação passando

pelo ponto “A”;2- Dividir essa reta auxiliar em 5 partes iguais;3- Unir o ponto “5” com o ponto “B”4- Utilizando o jogo de esquadros traçar paralelas passando

pelos pontos 4; 3; 2 e 1

Divisão de um ângulo em 3 partes iguais.

[nota] existem duas situações – uma para o ângulo reto (90°) e outrapara qualquer ângulo não reto

Para o ângulo de 90°:

Para um ângulo diferente de 90° (esta divisão é aproximada):

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O E

H

G

F

C

D

 

Passos:

1- Traçar uma circunferência auxiliar

2- Prolongar os lados do ângulo (pontos “C” e “D”)3- Traçar a bissetriz “EF” = “OE” (raio da circunferência)4- Unir “F” à “C” e “D”

Os pontos “G” e “H” dividem o ângulo em 3 partes aproximadamenteiguais.

Bissetriz de um ângulo formado pelas retas “r” e “s” e cujo vértice édesconhecido:

r

s

 A  B

 

Passos:

1- Traçar uma reta cortando as retas “r” e “s”2- Achar as bissetrizes dos ângulos formados pelas retas3- Onde cruzam as bissetrizes dos quatro ângulos formados indicar os

pontos “A” e “B”

4- Traçar uma reta (que é a bissetriz) passando por esses dois pontos

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Construir os ângulos de: 30°, 45°, 60° e 75°.

90°

45°

60°

90°

75°

60°

O O

O

30°

Construções fundamentais de triângulo

Tipo Características ÂngulosEqüilátero Três lados iguais Três ângulos iguais de 60°.

IsóscelesDois lados iguais e umdiferente

Dois ângulos iguais e umdiferente, mas os valoresdos ângulos não são fixos.

Escaleno Três lados diferentes

3 ângulos diferentes com

valores que também não sãofixos.

Quando os triângulos isósceles e escaleno têm um ângulo reto (90°) sãochamados de triângulo retângulo

Construir um triângulo conhecendo-se um lado “AB” e os ângulosadjacentes:

Ângulo A = 30° Ângulo B = 45° Lado AB = 4

cm

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C

4 cmBA

45°30°

 

Construir um triângulo conhecendo-se 2 lados e o ângulo “A”

AB = 5 cm AC = 4 cm  = 15°

C

5 cmBA

 4  c m

15°

 

Construir um triângulo conhecendo-se seus três lados:

AB = 6 cm BC = 4,5 cm AC = 3,5 cm

     3 ,      5

     c    m 4   , 5   c  m  

A B

C

6 cm

 

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Construir um triângulo retângulo conhecendo-se sua hipotenusa e umcateto.

AC = 4 cm CB = 7 cm

C4 cm

7      c   m    

B

A

 

Construir um triângulo retângulo conhecendo-se a hipotenusa e umângulo agudo.

BC = 5 cm Ang. B = 22°30’

C

5  c m 

BA

22°30’

 

Construir um triângulo isósceles cuja base mede 4 cm e sua altura 6 cm.

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Mediatriz

Base 4 cm

   A   l   t  u  r  a   6  c  m

 

Polígonos regulares

São figuras geométricas que tem todos os seus lados do mesmotamanho.

Triangulo eqüilátero:

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Quadrado:

Pentágono:

G

F

ML K H

D

C

B

E

A

 

Etapas:

1- Traçar uma perpendicular à reta “r” passando pelo ponto “M”2- Traçar uma circunferência com centro em “M”3- Com a ponta seca do compasso no ponto “H”, traçar um arco passando

pelo ponto “M”4- Unir os pontos “F” e “G” e determinar o ponto “K” na reta “r”

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5- Com a ponta seca do compasso no ponto “K”, abrir até o ponto “D” eachar o ponto “L” na reta “r”

6- Com a ponta seca do compasso no ponto “D”, abrir até o ponto “L” etraçar um arco que corta a circunferência achando o ponto “E”.

7- A distância de “D” até “E” é o lado do pentágono. Com o compasso

aberto nesta distância achar os pontos “A”, “B” e “C” e unir os pontos.

Hexágono:

A

M

B

C

D

E

F

 

Circunferência e concordância

Achar o centro

  M e d  i a

  t  r  i  zM   e  d   i   a  t  r  i   z  

O

 

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Circunferência inscrita a um triângulo

      B      i

     s     s     e      t     r      i     z

  B  i s s e t

 r  i z

B  i  s  s  e t  r  i  z  

M

 

Circunscrita a um triângulo

     M    e     d     i    a     t    r     i    z

M  e  d  i  a  t  r  i  z     M

  e  d   i  a   t  r   i  z

M

 

Concordância

Concordância de duas retas por meio de um arco (por exemplo, com raiode 15mm):

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     1     5    m    m

15mm

  r   =   1  5  m

  m

 

Etapas

1. Traçar paralelas às retas na mesma distância do raio do arco;2. Onde as paralelas cruzarem é o centro do arco ode deve ser

colocada a ponta seca do compasso.

     1     5    m    m

1   5   m   m   

 r  =  1 5

 m m

 

     1     5    m    m

  1  5  m  m

    r    =

     1     5    m

    m

 

Concordância de duas circunferências por meio de um arco

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A

AM = OM = r+r1

     r      1      r

      1      r

M

O

 

Concordância de um arco e uma reta

O

OM = r1+r

M

  r  1

      r

    r

 

Oval

D

 

C

B

A

O

 

Etapas:

1. Com centro em “O” traçar uma circunferência2. Traçar as linhas partindo de “B” passando por “C” e “D”

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3. Traçar as linhas partindo de “A” passando por “C” e “D”4. Com a ponta seca do compasso em “B” abrir até “A” e traçar um

arco até as retas.5. Repetir o mesmo passo com a ponta seca em “A”6. Com a ponta seca em “C” e “D” fazer a concordância dos arcos.

Perspectiva com pontos de fuga

Observação da natureza:

Ao observarmos a foto de uma rua, paisagem, edifício, etc, podemosperceber que todas as linhas convergem para um ponto na profundidade doespaço. Esse ponto é denominado ponto de fuga.

Modificando-se a posição do observador ou a altura dos olhos modifica-se também a perspectiva.

O ponto de fuga localiza-se sempre na altura dos olhos do observador

Em ralação ao observador e ao horizonte todos os objetos podemassumir três posições básicas:

O observador poderá estar acima, no meio ou abaixo do objeto

focalizado.

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Perspectiva frontal:

Tem um único ponto de fuga, que pode ser central ou não.

Projeção angular lateral:

Permite desenhar uma imagem tridimensional à partir de 2 pontos defuga.

Bibliografia:

Textos e ilustrações criados pelo professor

Desenho Técnico / Bachmann & Forberg – Editora Globo S.A.Desenho Técnico Fundamental / Eurico de Oliveira e Evandro Albiero – EditoraEPU Editora Pedagógica Universitária Ltda.

Desenho Técnico – Problemas e soluções gerais de desenho / Maguire &Simmons – Tradução: Luiz Roberto de Godoi Vidal – Editora Hemus