Apostila- ECA -2011.2 - Prof Flavio Martins

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    Roteiro de Estudos de ECA (Estatuto da Criana e do Adolescente)

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    ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE PARA O EXAMEDA OAB

    Prof. Flvio Martins

    DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS SOBRE O ECA (ART. 227 a 229)

    ART. 227Princpio da prioridade absoluta (criana, adolescente e JOVEM) EC 65/10Conceito de Jovem 2 posies (at 24 anos ou at 29 anos) depende de leiCRIANA menos de 12ADOLESCENTE 12 at 18JOVEM at 24 (ou 29, para alguns) Estatuto da Juventude - 8IDOSO 60 anos ou mais (art. 1, Estatuto do Idoso)

    Alguns direitos constitucionais:a) idade mnima para o trabalhob) direitos previdencirios e trabalhistasc) acesso do trabalhador adolescente e JOVEM escolad) defesa tcnicac) pleno conhecimento do ato infracionald) igualdade processuale) todos os filhos tem os mesmos direitos ( 6)

    ART. 228Inimputabilidade do menor de 18 anosMomento da CondutaExceo Crimes PermanentesSmula: 338, STJ: A prescrio penal aplicvel nas medidas scio-educativas.Segundo o STF: parmetro a pena mxima prevista no Cdigo Penal, comreduo de por ser menor de 21 anos 1.

    1 O instituto da prescrio no incompatvel com a natureza no-penal das medidas scio-educativas. Jurisprudnpacfica no sentido da prescritibilidade das medidas de segurana, que tambm no tm natureza de pena, na estrita acepdo termo. (...) O transcurso do tempo, para um adolescente que est formando sua personalidade, produz efeitos muito mprofundos do que para pessoa j biologicamente madura, o que milita em favor da aplicabilidade do instituto da prescriparmetro adotado pelo STJ para o clculo da prescrio foi o da pena mxima cominada em abstrato ao tipocorrespondente ao ato infracional praticado pelo adolescente, combinado com a regra do art. 115 do Cdigo Penal, que re metade o prazo prescricional quando o agente menor de vinte e um anos poca dos fatos. Referida soluo a

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    - aplica-se aos atos infracionais o princpio da insignificncia (STF) 2

    ART. 229Os pais tm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhosmaiores tm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carncia ouenfermidade.

    - inimputabilidade dos menores de 18 anos (art. 228, CF)

    - pais que no cumprem o dever? Perda do poder familiar (judicialmente e comcontraditrio art. 22 e 24, ECA)

    II CONCEITO DE CRIANA E DE ADOLESCENTE (art. 2, ECA)Criana com menos de 12 anosAdolescente 12 anos a 18 anosObs.: Excepcionalmente, o ECA pode ser aplicado s pessoas de at 21 anos

    Conceito de criana e adolescente (como pode o peixe vivo)

    Criana: menos de 12A medida protetivaCriana: menos de 12A medida protetivaJ de 12 at 18, j de 12 at 18A medida aplicada a scio-educativa

    mostra mais adequada, por respeitar os princpios da separao dos poderes e da reserva legal. (...) (HC 88.788, 2008,Joaquim Barbosa)

    2 A tipicidade penal, portanto, no pode ser percebida como trivial exerccio de adequao do fato concreto noabstrata. Alm da correspondncia formal, para configurao da tipicidade, necessria uma anlise materialmentevalorativa das circunstncias do caso concreto, no sentido de verificar a ocorrncia de alguma leso grave, contundentepenalmente relevante do bem jurdico tutelado. No caso, de dizer-se que o fato no tem nenhuma importncia na sepenal, pois, apesar de haver leso a bem juridicamente tutelado pela norma penal, incide, na espcie, o princpioinsignificncia, que reduz o mbito de proibio aparente da tipicidade legal e, por consequncia, torna atpico odenunciado. (...) manifesta, a meu ver, a ausncia de justa causa para a propositura da ao penal contra o ora recorCom efeito, no h se subestimar a natureza subsidiria, fragmentria de que se reveste o Direito Penal, que s devacionado quando os outros ramos do direito no sejam suficientes para a proteo dos bens jurdicos envolvidos (HC96.2, 2010, Min. Crmen Lcia).

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    ASPECTOS PENAIS

    PRTICA DE ATO INFRACIONAL

    - conceito de ato infracional (crime ou contraveno) - art. 103- se criana pratica ato infracional, aplicam-se as medidas protetivas do art. 101,ECA (art. 105, ECA)

    DOS DIREITOS INDIVIDUAIS - duas hipteses de privao da liberdade: flagrante de ato infracional ou ordem judicial (art. 106)- direito identificao dos responsveis pela apreenso (art. 106, pargrafonico)- assim que apreendido: comunica o juiz e a famlia, ou pessoa indicada (art.107)- internao provisria: mximo de 45 dias (art. 108) - requisitos: deciso fundamentada, indcios de autoria e materialidade e necessidade da internao (art. 108, pargrafo nico) - o adolescente civilmente identificado no ser identificado compulsoriamente,salvo dvida fundada (art. 109).

    GARANTIAS PROCESSUAIS - devido processo legal (art. 110)- outras garantias (art. 111):

    a) pleno e formal conhecimento da atribuio do ato infracionalb) igualdade na relao processualc) defesa tcnica de advogadod) assistncia judiciria gratuitae) direito de ser ouvido pessoalmentef) direito de solicitar a presena de seus pais ou responsvel

    MEDIDAS SCIO-EDUCATIVAS - modalidades (art. 112)

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    Medidas scio-educativas O cravo brigou com a rosaLiberdade assistida,Advertncia, internaoObrigao de reparar o danoDe servios a prestaoInsero em semi-liberdadeOu as medidas de proteoSo as medidas scio-educativasque eu canto nessa cano

    - advertncia (art. 115)- admoestao verbal, reduzida a termo e assinada.

    - obrigao de reparar o dano (art. 116)- quando houver reflexos patrimoniais

    - prestao de servios comunidade (art. 117)- mximo de 6 meses

    - jornada mxima de 8 horas semanais (sbados, domingos, feriados ou diasteis que no prejudiquem escola ou trabalho)

    - liberdade assistida (art. 118 e 119)- designao de pessoa capacitada (art. 118, 1)- prazo mnimo de seis meses (mas pode revogar, prorrogar ou substituir,

    ouvido o orientador, o MP e o defensor) art. 118, 2.- encargos do orientador (orientao, insero em programa assistencial,

    acompanhar desenvolvimento escolar, buscar a profissionalizao, fazer relatrio)- (art. 119).

    Modalidades de medidas

    scio-educativas

    AdvertnciaObrigao de reparar o danoPrestao de servios comunidadeLiberdade assistidaInsero em semi-liberdadeinternaoqualquer das medidas do art. 101, I a VI

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    - regime de semiliberdade (art. 120)- 2 hipteses: decretado desde o incio ou como meio de transio para a

    liberdade- atividades externas independem de autorizao judicial- aplicam-se as regras da internao

    - internao (art. 121 a 125)- caractersticas: brevidade, excepcionalidade e respeito condio peculiar

    de pessoa em desenvolvimento (art. 121)BREVIDADE- no comporta prazo determinado, devendo ser reavaliada no mximo acada seis meses (art. 121, 2)

    - perodo mximo de trs anos (art. 121, 3)- terminados os trs anos, o adolescente liberado, colocado em

    semiliberdade ou liberdade assistida (art. 121, 4)- liberao compulsria aos 21 anos (art. 121, 5)- a desinternao depende de autorizao judicial, ouvido o MP (art. 121,

    6)

    EXCEPCIONALIDADE- hipteses de internao:a) ato infracional com grave ameaa ou violncia pessoa;b) reiterao de atos infracionais gravesc) descumprimento injustificado e reiterado da medida anteriormente imposta

    (nesse caso no pode ser superior a trs meses)

    OUTRAS REGRAS- so possveis atividades externas, salvo determinao judicial em contrrio

    (art. 121, 1).- Smula: 265, STJ: necessria a oitiva do menor infrator antes dedecretar-se a regresso da medida scio-educativa.

    - local especfico para adolescentes (art. 123)- so obrigatrias atividades pedaggicas (art. 123, pargrafo nico)- direitos do adolescente internado (art. 124).- no haver incomunicabilidade (art. 124, 1)- o juiz pode suspender o direito de visita, dos pais inclusive (art. 124, 2)

    INTERNAO PROVISRIA- no pode ser em estabelecimento prisional (185)

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    - se no houver na localidade adequada, transfere para local mais prximo ( 1)- enquanto isso, fica em repartio policial, isolada dos adultos, no mximo5 dias ( 2)

    - REMISSO (ART. 126 a 128, ECA)- o MP pode conceder a remisso art. 126 (mas no pode cumular com medidasscio-educativas Smula 108 do STJ)- Durante o processo, quem concede o juiz e implica em suspenso ou extinodo processo (126, pargrafo nico)- no consiste em maus antecedentes e pode aplicar medidas scio-educativas,exceto semiliberdade e internao (art. 127)- a medida aplicada com a remisso pode ser revista a qualquer tempo (pedido doadolescente, representante legal ou MP) art. 128

    ACESSO JUSTIA- direito assistncia judiciria gratuita 141, 1, ECA- as aes que tramitam na justia da Infncia e Juventude so isentas de custas,salvo litigncia de m-f (art. 141, 2, ECA)

    - sigilo dos atos judiciais, policiais e administrativos art. 143 e pargrafo nico

    COMPETNCIA- ato infracional lugar da ao ou omisso (art. 147, 1).- execuo das medidas pode ser delegada autoridade competente daresidncia dos pais ou do local da entidade (147, 1)- outras aes domiclio dos pais ou responsveis (se no houver, lugar ondeest a criana e adolescente) art. 147, I e II

    - continncia com maior de 18 anos separao obrigatria (79, II, CPP)APURAO DE ATO INFRACIONAL- adolescente apreendido por ordem judicial levado autoridade judiciria art.171- adolescente apreendido em flagrante levado para a autoridade policial art.172- ato infracionalsem violncia ou grave ameaa boletim de ocorrnciacircunstanciada (art. 173, pargrafo nico)- ato infracionalcom violncia ou grave ameaa auto de apreenso, comtestemunhas e oitiva do adolescente (art. 173)

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    - comparecendo pais ou responsveis, ser liberado (com compromisso de levar ao MP), salvo se houver necessidade de internao provisria (art. 174)- se for caso de no liberao, leva ao MP (art. 175) no prazo mximo de 24 horas(art. 175, 1)- sempre remetida cpia para o MP art. 176- no pode ser conduzido em compartimento fechado de veculo policial art. 178- no mesmo dia, o MP ouvir o adolescente e, se possvel, dos pais ouresponsvel, testemunhas e vtima (art. 179).- se o adolescente no comparecer, conduo coercitiva (art. 179, pargrafonico).

    OPES DO MP:a) arquivamento dos autosb) conceder remissoc) representar autoridade judiciria

    - arquivamento ou remisso / remisso encaminha para o juiz para homologao (art. 181)- se o juiz concorda, arquiva-se (art. 181, 1)

    - se o juiz discordar, remete os autos ao Procurador-Geral (art. 181, 2)- representao- requisitos da representao (art. 182, 1): resumo dos fatos, classificao doato infracional, rol de testemunhas.- representao INDEPENDE de prova pr-constituda da autoria e materialidade(art. 182, 2)- prazo mximo do procedimento se estiver internado provisoriamente: 45dias (art. 183)

    PROCEDIMENTO- recebida a representao, o juiz designa audincia de apresentao e decidesobre a internao (art. 184)- se o adolescente no for encontrado, expede mandado de busca e apreenso esuspende o processo (184, 3)- na audincia, ouve o adolescente e pais e pode conceder a remisso, ouvido oMP (art. 186, 1, caput)- no sendo caso de remisso (fato grave), designa nova audincia (art. 186, 2)- advogado oferece defesa prvia em trs dias e rol de testemunhas (art. 186, 3)

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    - na audincia (ouve testemunhas da representao, da defesa prvia, debatesorais 20m + 10m) art. 186, 4- se o adolescente no comparecer, conduo coercitiva art. 187- pode ser aplicada remisso ANTES DA SENTENA art. 188- no aplica qualquer medida (como uma absolvio) art. 189:a) estar provada a inexistncia do fato;b) no haver prova da existncia do fato.c) no constituir o fato ato infracional;d) no existir prova do adolescente de ter participado do ato

    - intimao (art. 190)a) internao ou semiliberdade adolescente e defensor (se no encontrar adolescente: responsveis e defensor).b) outra medida aplicada somente o defensor - o adolescente indagado se quer recorrer da sentena (art. 190, 2).

    RECURSOS- sistema recursal do CPC (art. 198, caput), com algumas adaptaes:a) no tem preparo (art. 198, I)

    b) prazo dos recursos 10 dias (salvo embargos de declarao 5 dias CPC e agravo de instrumento 10 dias 522, CPC)c) preferncia de julgamentod) a apelao ou agravo de instrumento com juzo de retratao, em 5 dias (198,VII).

    DO ADVOGADO- nenhum adolescente ser processado sem defensor art. 207, caput- se no tiver defensor, o juiz nomeia art. 207, 1

    - se o defensor faltar, nomeia substituto (ad hoc) art. 207, 2- no precisa de mandato quando (art. 207, 3):a) for defensor nomeadob) for indicado atravs de ato formal na presena do juiz

    CRIMES E INFRAES ADMINISTRATIVAS

    - Todos os crimes so de ao pblica incondicionada art. 227- Smula: 338, STJ: A prescrio penal aplicvel nas medidas scio-educativas.

    CRIMES EM ESPCIE (art. 228 a 244-A, ECA)

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    - 228 crime omissivo deixar de manter registro sobre atividades desenvolvidasdurante gravidez (18 anos) ou deixar de fornecer declarao de nascimento, comas intercorrncias do parto. Pode ser culposo.Menor potencial ofensivo

    - 229 crime omissivo deixar de identificar o neonato e a parturiente. Pode ser culposoMenor potencial ofensivo

    - 230 privar a liberdade do adolescente sem estar em flagrante ou ordem judicialMenor potencial ofensivo

    - 231 a autoridade responsvel pela apreenso no comunica juiz ou a famliaMenor potencial ofensivo

    - 232 submeter criana sob autoridade, guarda ou vigilncia a vexame ou

    contrangimentoMenor potencial ofensivo

    - 234 deixar o juiz de ordenar a liberao, quando apreenso irregular Menor potencial ofensivo

    - 235 descumprir, injustificadamente, prazo legalMenor potencial ofensivo

    - 236 impedir ou embaraar ao do Conselho Tutelar, MP ou juizMenor potencial ofensivo

    - 237 subtrair criana para colocar em lar substitutoPena mxima 6 anosCrime formal (basta a subtrao, no precisa colocar em lar substituto)

    - 238 prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante pagaou recompensaPena mxima 4 anosCrime formal (prometer) ou material (efetivar)

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    - 239 promover ou auxiliar ato destinado ao envio de criana para o exterior Pena mxima 6 anos (se houver violncia 8 anos)Crime formal (no precisa do envio, que mero exaurimento)

    Crimes de pedofiliacena de sexo explcito ou pornogrfica (241-E) atividades sexuais explcitas,reais ou simuladas, ou exibio de rgos genitais para fins primordialmentesexuais.

    - 240 produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar, cena de sexo explcito oupornogrficaPena mxima 8 anosO agenciador tambm responde (240, 1)- a pena aumenta de 1/3 se houver funo pblica, relaes domsticas ouparentesco (240, 2)

    - 241 vender ou expor venda material contendo cena de sexo explcito oupornogrfica

    Pena mxima 8 anos- 241-A divulgar esse materialPena mxima 6 anosO provedor tambm responde, quando comunicado, no retira do ar (art. 241-A, 1 e 2)

    - 241-B possuir ou armazenar esse materialPena mxima 4 anos

    Se houver pequena quantidade diminui de 1/3 a 2/3 (241-B, 2)No crime se a finalidade for comunicar autoridade ( 2)

    -241-C adulterao, montagem ou modificao de fotografiaPena mxima 3 anosTambm responde quem vende, distribui, publica ou armazena esse material

    - 241-D aliciar, assediar criana com o fim de praticar ato libidinoso(normalmente pela internet)Pena mxima 3 anos

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    Tambm pratica quem mostra material criana ou induz criana a se exibir deforma pornogrfica.

    - 242 fornecer criana ou adolescente arma ou munioPena mxima 6 anos

    - 243 vender ou fornecer produtos que causam dependnciaPena mxima 4 anos

    244 vender ou fornecer fogos de artifcioPena mxima 2 anos244-A submeter criana ou adolescente explorao sexual ou prostituioPena mxima 10 anosO proprietrio, gerente ou responsvel do local tambm responde

    244-B corrupo de menores de 18 anosPode ser por meio da internetA pena aumenta de 1/3 se for crime hediondo.

    INFRAES ADMINISTRATIVAS (art. 245 a 258)

    SMULAS DO STJ

    Smula: 108A APLICAO DE MEDIDAS SOCIO-EDUCATIVAS AO ADOLESCENTE, PELA

    PRATICA DE ATO INFRACIONAL, E DA COMPETENCIA EXCLUSIVA DO JUIZ.Smula: 265 necessria a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regresso damedida scio-educativa.

    Smula: 338A prescrio penal aplicvel nas medidas scio-educativas.

    Smula: 342

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    No procedimento para aplicao de medida scio-educativa, nula a desistnciade outras provas em face da confisso do adolescente.

    DIREITOS CIVIS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    2 metaprincpios (100, I, ECA)

    Art. 1, ECA - PRINCPIO DA PROTEO INTEGRAL da criana e doadolescente

    Art. 4, ECA+ Art. 227 PRINCPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA

    Princpios derivadosa) Condio da criana e do adolescente como sujeito de direitos (100, I,ECA)

    tem at mais direitos que os adultosb) princpio da interveno precoce (100, VI, ECA)

    agir desde que conhecida a situao irregular (100, VI, ECA)c) princpio da interveno mnima (100, VII, ECA)a medida deve ser proporcional situao de perigo (100, VII)

    d) princpio da responsabilidade parental (100, IX, ECA)os pais tm deveres quanto criana e adolescente (art. 229, CF + 100, XI,

    ECA)e) princpio da prevalncia da famlia (100, X, ECA)

    busca pelo crescimento da criana e adolescente na famlia (art. 25, ECA)f) princpio da obrigatoriedade da informao (100, XI, ECA)

    deve ser informado sobre os motivos que determinaram a interveno (art.100, XI)g) princpio da brevidade e excepcionalidade da privao da liberdade (art.227, CF)

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    Criana AdolescenteMenos de 12 De 12 at 18Ato infracional Ato infracionalMedida de proteo (101, ECA) Medida socioeducativa (e protetiva)Viagem domstica sem os pais precisa de autorizao judicial

    Viagem domstica sem os pais noprecisa de autorizao judicial

    Viagem ao exterior sem os pais precisa de autorizao judicial

    Idem

    Obs.: aplicao do ECA aos maiores de 18 anosCritrios de interpretao do ECA art. 6, ECA

    MEDIDAS DE PROTEO- 98 a 102, ECA- podem ser aplicadas: a) omisso do Estado; b) omisso dos pais; c) conduta dacriana ou adolescente.- isolada ou cumulativamente e substitudas a todo tempo (99, ECA)- exemplos de medidas de proteo (101, ECA)- quem pode aplicar essas medidas?

    MEDIDAS QUE PODEM SER APLICADAS AOS PAIS OU RESPONSVEL

    129 e 130, ECA

    AUTORIZAO PARA VIAGEMVIAGEM NACIONAL (ART. 83) S PRA CRIANACriana acompanhada dos pais ou responsvel ou com ordem judicialExcees:

    a) Comarca contgua (na mesma unidade da federao ou regiometropolitana)

    b) Acompanhada de ascendente ou colateral maior at o terceiro grauc) Pessoa maior autorizada pelos pais ou responsvel

    OBS.: O juiz pode conceder autorizao por 2 anos

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    VIAGEM INTERNACIONAL (ART. 84) PARA CRIANA E ADOLESCENTE a) Acompanhado dos pais ou responsvelb) Um dos pais, autorizado expressamente pelo outro (com firma reconhecida)c) Outras hipteses autorizao judicial

    DIVERSES E ESPETCULOSPoder Pblico regular a informao sobre espetculos, informando a naturezadeles e a faixa etria art. 74Os responsveis devem deixar informao destacada art. 74, p.uSE NO INFORMAR INFRAO ADMINISTRATIVA (art. 252)As crianas menores de 10 anos s podem ingressar em espetculos com os paisou responsvel (75, p.u)SE DEIXAR ENTRAR INFRAO ADMINISTRATIVA art. 258Revistas imprprias devero ser vendidas lacradas art. 78SE VENDER DE FORMA IRREGULAR INFRAO ADMINISTRATIVA art.257Lugar de bilhar, sinuca ou casa de jogos no permitida a entrada de crianas e

    adolescentes art. 80

    PROIBIDA A VENDA DOS SEGUINTES PRODUTOS (art. 81)a) Armas, munies, explosivosb) Bebidas alcolicasc) Produtos que causam dependncia, ainda que por uso indevidod) Fogos de estampido ou artifcio, salvo de menor potenciale) Revistas imprprias

    f) Bilhetes lotricos ou equivalentes

    HOSPEDAGEM (art. 82)S pode hospedar criana ou adolescente com autorizao dos pais ouresponsvel ou autorizao judicialSe no fizer infrao administrativa art. 250

    CONSELHO TUTELAR (art. 131 e seguintes)

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    - no jurisdicional- pelo menos 1 por municpio- pelo menos 5 membros escolhidos pela comunidade- mandato de 3 anos (1 reconduo)- deve ter + de 21 anos e residir no municpio- custeado pelo Municpio- o conselheiro tem direito a priso especial

    - No se pode divulgar imagem, nome ou iniciais da criana quanto a atospoliciais, judiciais ou administrativos (143).

    DIREITOS CIVIS DA CRIANA E DO ADOLESCENTE

    Direito vida e sade a) obrigaes do hospital: art. 10ateno : em caso de internao art. 12 (permanncia de um dos pais ouresponsvel)

    Direito liberdade (16, ECA), ao respeito (17, ECA) e dignidade (18, ECA) Direito convivncia familiar e comunitria (19 a 24)

    - Seio saudvel de sua famlia

    - Tipos de famlia: NATURAL, EXTENSA OU AMPLIADA e SUBSTITUTA

    FAMLIA NATURAL

    Conceito a regraPoder familiar em igualdade de condiesHavendo divergncia?Acolhimento (s juiz) (at 2 anos, salvo necessidade) , reavaliao a

    cada 6 meses)

    Reconhecimento: art. 26 e 27, ECA.Pelos pais conjuntamente ou separadamente

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    Onde? Termo de nascimento, testamento ou escritura ou outro documentopblico

    Quando? Antes do nascimento, em vida, aps a morte ,se deixar dependentes

    Caractersticas? Personalssimo, indisponvel e imprescritvelContra quem? Pais ou herdeiros

    PERDA E SUSPENSO do poder familiar Pobreza no enseja a perda do poder familiar 23, ECAa) EXTINO (PERDA) do poder familiar: 1635 e 1638 do CC

    a1) morte dos pais ou do filhoa2) emancipaoa3) maioridadea4) adooa5) deciso judicial na forma do artigo 1638

    b) SUSPENSO do poder familiar art. 1637 (faltar com os deveres dopoder familiar ou CONDENADO A MAIS DE 2 ANOS DE PRISO).

    PERDA OU SUSPENSO - DECISO JUDICIAL (CONTRADITRIO) art.24, ECA

    PROCESSO DA PERDA OU SUSPENSO DO PODER FAMILIAR

    Iniciativa: Ministrio Pblico ou quem tenha legtima interesse (155)

    Possvel suspenso liminar (157)

    Requerido citado para responder em 10 dias (158)Se no tiver condies defensor dativo (art. 159)

    Se no for contestado, ouve o MP em 5 dias e decide em 5 dias (161)

    Prazo mximo do procedimento 120 dias (163)

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    FAMLIA EXTENSA OU AMPLIADA 25, pargrafo nicoConceito

    COLOCAO EM FAMLIA SUBSTITUTA

    guarda, tutela e adoo (art. 28).

    Regras Gerais modalidades : guarda, tutela e adoo (nica possvel para o estrangeiro)oitiva do menor : sempre que possvel ser ouvido e, se for maior de 12

    anos, a oitiva obrigatria e necessrio seu consentimento (art. 28, pargrafos 1 e2)

    irmos : em regra, sero colocados na mesma famlia (art. 28, pargrafo4)

    Criana ou adolescente remanescente de quilombo ou comunidadeindgena : art. 28, p. 6.

    GUARDA (33 e 34) - regularizar a posse de fato- espcies (provisria e ausncia temporria dos pais)- dependente para todos os efeitos- pode ser revogada a todo tempo

    TUTELA (36 a 38, ECA)

    - pessoa com at 18 anos incompletos- cabimento : 1728 do CC:a) morte dos paisb) declarao de ausncia dos paisc) perda ou suspenso do poder familiar

    regras da tutela Cdigo Civil

    ADOO

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    noo e efeitos : forma de colocao em famlia substituta, IRREVOGVEL eEXCEPCIONAL art. 39, p. 1.

    quem pode ser adotado :a) adoo do menor de criana ou adolescente: regime do ECA;b) adoo do maior de 18 anos: regime do CC

    idade mxima para o adotado : 18 anos na data do pedido, salvo se j estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes art. 40

    quem pode adotar homem, mulher, casal (hetero e homossexual)unio estvel ou homoafetivacasal, ainda que divorciadomaior de 18 anos art. 42deve ter pelo menos 16 anos mais que o adotante art. 42, pargrafo 3adoo post mortem 42, 6, ECA

    vedaes para a adoo No podem adotar :1) no pode haver adoo por procurao (art. 39, 2., do ECA);2) no podem adotar os ascendentes e os irmos do adotando (art. 42,

    1., do ECA) nesse caso, no h vedao que colaterais adotem, de forma quepode tio adotar sobrinho;

    adoo unilateralart. 41, p. 1 ECA -a) um dos pais desconhecido basta o consentimento do genitor que

    conste do registro (art. 45, 1., do ECA);b) um dos pais foi destitudo do poder familiar basta o consentimento dooutro (art. 45, 1., do ECA);

    j) Estgio de convivncia art. 46 ECA

    nacional : no h prazo mnimo, devendo a autoridade judiciria fix-loconforme as peculiaridades do caso.

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    internacional : cumprido no territrio nacional, ser de, no mnimo, 30(trinta) dias (art. 46, 3., do ECA).

    DIREITO DE CONHECER SUA ORIGEM BIOLGICA (48, ECA)

    aps os 18 anos acesso total

    antes dos 18 anos deciso do juiz, assegurana orientao

    adoo e registro civil art. 47, ECA

    - no se fornecer certido,

    - cancelamento do registro anterior

    - possvel mudana do prenome