apostila eja

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Apresentao

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o longo de sua histria, o Brasil tem enfrentado o problema da excluso social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhes de brasileiros ainda no se beneficiam do ingresso e da permanncia na escola, ou seja, no tm acesso a um sistema de educao que os acolha. Educao de qualidade um direito de todos os cidados e dever do Estado; garantir o exerccio desse direito um desafio que impe decises inovadoras. Para enfrentar esse desafio, o Ministrio da Educao criou a Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade Secad, cuja tarefa criar as estruturas necessrias para formular, implementar, fomentar e avaliar as polticas pblicas voltadas para os grupos tradicionalmente excludos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que no completaram o Ensino Fundamental. Efetivar o direito educao dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliao da oferta de vagas nos sistemas pblicos de ensino. necessrio que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respeitando as experincias e os conhecimentos dos alunos. Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedaggicos para o 1. e o 2. segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. Trabalho ser o tema da abordagem dos cadernos, pela importncia que tem no cotidiano dos alunos. A coleo composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a concepo metodolgica e pedaggica do material. O caderno do aluno uma coletnea de textos de diferentes gneros e diversas fontes; o do professor um catlogo de atividades, com sugestes para o trabalho com esses textos. A Secad no espera que este material seja o nico utilizado nas salas de aula. Ao contrrio, com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulao e a integrao das diversas reas do conhecimento. Bom trabalho!

Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade Secad/MEC

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Caro professor

E

ste caderno foi desenvolvido para voc, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta til para aprimorar esse trabalho. O caderno que voc tem em mos faz parte da coleo Cadernos de EJA, e um dos frutos de uma parceria entre as universidades brasileiras ligadas Rede Unitrabalho e o Ministrio da Educao. As atividades deste caderno contemplam assuntos e contedos destinados a todas as sries do ensino fundamental e seguem a seguinte lgica: Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes reas do conhecimento; cada atividade est formulada como um plano de aula, com objetivos, descrio, resultados esperados, etc. As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que voc considerar mais adequada aos seus alunos. Cabe a voc escolher quais atividades ir usar e de que forma. Os segmentos para os quais as atividades se destinam esto indicados pelas cores das tarjas laterais: as atividades do nvel I (1- a 4- sries) possuem a lateral amarela; as do nvel II (5- a 8 sries) tm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os nveis, a lateral ser laranja. Essa classificao apenas indicativa. Cabe a voc avaliar quais atividades so as mais adequadas para a turma com a qual est trabalhando.

Graas proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a rea de Matemtica, por exemplo, poder ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante. As atividades de Educao e Trabalho e Economia Solidria tambm podero ser aplicadas aos mais diversos componentes curriculares. Ao produzir este material pedaggico a equipe teve a inteno de estimular a liberdade e a criatividade. Se a partir das sugestes aqui apresentadas, voc decidir escolher outros textos e elaborar suas prprias atividades aproveitando algumas das idias que estamos partilhando, estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir o que melhor para as pessoas com as quais est dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar da cultura letrada e se formar cidado. Bom trabalho! Equipe da Unitrabalho

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Como utilizar a pgina de atividade

Numerao: indica o texto correspondente ao caderno do aluno. Objetivos: aes que tanto aluno como professor realizaro.

rea: indica a rea do conhecimento. Nvel: sugere o segmento do ensino fundamental para aplicao da atividade.

Introduo: pontos principais do texto transformados em problematizaes e questes para o professor.

Contexto: insere o tema no cotidiano do aluno.

Descrio: passos que o professor deve seguir para discutir com os alunos os conceitos e questes apresentados na atividade proposta.

Materiais e tempo: materiais indicados para a realizao da atividade, especialmente aqueles que no esto disponveis em sala de aula (opcional), e o tempo sugerido para o desenvolvimento da atividade.

Dicas: bibliografia de suporte, sites, msicas, filmes, etc. que ajudam o professor a ampliar o tema (opcional).

Cor lateral: indica o nvel sugerido.

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Sumrio das atividadesTexto Atividade reaCiencias Ed. Trabalho Geografia Histria Matemtica Portugues Artes Histria Ingles Ed. Trabalho Ed. Trabalho Geografia Geografia Portugus Ed. Trabalho Geografia Ingles Ingles Matemtica Matemtica Artes Ed. Trabalho Ingles Portugus

NvelI I I e II I I e II I e II II I e II II I e II I e II II I e II I II I e II II II II II II I e II II I e II

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De onde vem esse som? Tempo de trabalho e tempo livre Antes longe era distante Os tempos e o mundo A relatividade do tempo Sinonmias e neologismos Encontro de culturas Conquistas, territrios e gentes: confrontos e encontros Materials Localizando-nos na globalizo Um outro mundo possivel! Perversidades e possibilidades no mundo globalizado Conhecendo Milton Santos e sua importncia O jogo do alfabeto: o uso do dicionrio Para que servem os sindicatos? Sindicalizao em baixa, salrios tambm! Matching Graph Leitura e escrita de tabelas e de grficos: um modo de incluso Lendo um grfico de linhas Um heri brasileiro A lngua viva! Dictionary Como falamos?

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Texto Atividade

reaEspanhol Espanhol Matemtica Matemtica Matemtica Portugus Artes Cincias Portugus Artes Ed. Trabalho Ed. Trabalho Geografia Geografia Histria Portugus Portugus Artes Espanhol Matemtica Cincias Histria

NvelII II II I e II II I e II I e II I I I e II I e II II I e II II II I e II II I e II II I II I e II

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La fuerza de la lengua espaola La lengua espaola en el mondo Que pas este? Brasil e China: quanta igualdade Semelhanas e diferenas entre chineses e brasileiros Expressividade e sinais de pontuao Meu corao est em... Por quem bate seu corao? Faluja de todos ns Incerteza como ponto de partida para criao Globalizao ianque O que globalizao e como eu sou afetado por ela Ricos e pobres esto na moda da globalizao? Globalizao diminui distncias e lana o mundo na era da incerteza socioeconmico-cultural Diferentes faces da globalizao: olhares e incertezas Criao de texto em grupo Diminuindo distncias com o prprio texto Mbile Prioridades em los gastos mundiales Educao prioridade de um povo Onde usamos petrleo? A notcia da nacionalizao do gs na Bolvia

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Texto Atividade

reaMatemtica Matemtica Ingles Geografia Geografia Artes Portugus Portugus

NvelI e II I e II II Ie II Ie Ie Ie I II II II II II II II

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Qual o valor do gs? Por que vem de to longe? Comprehension Deslocamentos populacionais Imigrao e pichao o que h de ilegal nisso? Amor pela terra Significado e contexto Jogo: quem meu par? Cidado planetrio

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A diversidade na forma de organizar a produo Econ. Solidaria Como entendemos o trabalho na Fsica Cincias Racismo nos EUA e no Brasil A uniao faz a fora Tamanho e composiao da Economia solidria no Brasil Voc produz lixo? Consumismo e recursos naturais Qualidade de vida e consumo A ordem consumir? Consumismo e matemtica No ao trabalho escravo! Globalizao de escravos Escravas de globalizao: a prostituio de mulheres brasileiras em outros pases Comentando a notcia Histria Econ. Solidaria

Econ. Solidaria Cincias Cincias Cincias Econ. Solidaria Matemtica Ed. Trabalho Ed. Trabalho Histria Portugus

I e II II II I e II II I e II I e II I I e II I e II

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6 Caderno do professor / Segurana e Sade no Trabalho

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Texto Atividade

reaArtes Artes Ed. Trabalho Portugus Artes Ed. Trabalho Espanhol Ingls Portugus Ed. Fsica Ed. Fsica Ed. Trabalho Matemtica Ingls Econ. Solidria

NvelI e II II II I e II I e II I e II II II I I e II I e II I e II I e II II II

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O que sei do que tenho A charge Algum viu mos (in)visveis por a? Elementos da narrativa Um programa de rdio De trabalhadores a chicanos e coiotes La mano de obra de inmigrantes sin papeles en Brasil Dictation Conceitos e definies A atividade fsica e a publicidade Voc j respirou hoje? Globalizao aprofunda abismo entre ricos e pobres ou a nova ordem mundial Estatstica enganosa Invaso silenciosa Alternativas para a migrao Refugiados no planeta Terra: direitos humanos e cidadania Refugiados da seca Somos flagelados econmicos?

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Geografia Histria Matemtica

I e II I e II I

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rea: CinciasP

Nvel I

De onde vem esse som?sionais demandam o uso de protetores para que os ouvidos no sejam prejudicados. Quais seriam eles? Existem doenas do sistema auditivo causadas pelo ambiente de trabalho?

Objetivo Compreender a importncia de preservar o rgo da audio para poder realizar adequadamente as tarefas do dia-a-dia. Introduo A audio um dos sentidos que nos permitem estar em contato com o mundo. A orelha, um dos componentes do aparelho auditivo, nos permite escutar os sons. A onda sonora captada pela orelha, entra no canal auditivo e faz vibrar o tmpano. Atrs do tmpano est o ouvido interno, que envia os sons para o crebro interpretar. Sons acima de 20 decibis podem causar danos ao sistema auditivo. Algumas atividades profis-

Contexto no mundo do trabalho: Esta atividade especialmente importante para os trabalhadores que convivem com sons com elevado nmero de decibis: operrios da construo civil, trabalhadores do campo. Eles devem utlizar o equipamento de proteo individual recomendado pelos fabricantes das mquinas e pela legislao.

Descrio da atividade1. Verifique se algum dos alunos conhece pessoas que esto expostas a alguma forma de agresso aos ouvidos. 2. Converse sobre os riscos de expor os ouvidos a sons muito altos. 3. Explique a necessidade do uso de proteo para preservar o sistema auditivo. 4. Para demonstrar as conseqncias da perda da audio, proponha a seguinte dinmica: a) Vende os olhos de um aluno e coloque-o no centro da sala ou do ptio da escola. b) Os demais alunos, colocados em posies diversas, devem emitir sons de diversas formas: bater palmas, assoviar, estalar os dedos, cantar, etc. c) O aluno cabra-cega dever identificar de onde vem o som e andar na direo dele. d) Tape uma das orelhas do cabra-cega e repita os passos.

5. Discuta os resultados obtidos com os alunos, identificando se necessrio usar ambos os ouvidos para poder localizar a origem dos sons.

Material indicado: um leno escuro paraP

vendar os olhos Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: a) Perceber que a localizao da origem de um som requer o uso de ambos os ouvidos. b) Aprender, a importncia de manter o aparelho auditivo em boas condies para poder exercer adequadamente atividades do dia-a-dia.

Dicas do professor: Uma experincia que ajuda a compreender a importncia da audio colocar a televiso na funo mudo ou reduzir o volume ao mnimo e tentar, por alguns minutos, assistir aos programas e compreender seu contedo. Se a escola dispuser de TV e DVD os alunos podero assistir a um trecho de um filme sem o som, tentar entender as falas; depois rever o mesmo trecho com som e comparar as sensaes.

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rea: Educao e trabalhoP

Nvel I

Tempo de trabalho e tempo livretecnolgicos tambm contribuem para que possamos fazer as coisas de forma mais rpida, produzindo mais e mais. Embora as mquinas nos ajudem a trabalhar com uma velocidade cada vez maior, isso no significa, necessariamente, que tenhamos mais tempo para ns mesmos, para nos dedicar ao lazer, para gozar o que Paul Lafargue chamava de o direito preguia. Se as mquinas esto a para facilitar a vida dos seres humanos por que precisamos trabalhar tanto tempo? Em vez de intensificar o ritmo de trabalho, no poderamos trabalhar e viver com mais calma? O que voc e seus alunos acham disso?

Objetivo Identificar a dicotomia tempo livre tempo de trabalho, considerando os avanos cientficos e tecnolgicos e as contradies entre capital e trabalho. Introduo Voc no tem a sensao de que o tempo passa rpido demais? Segundo alguns estudiosos estamos vivendo o que se chama compresso do espao-tempo. A transmisso de informaes via satlite faz com que em um segundo ns saibamos das coisas que esto acontecendo do outro lado do mundo. Os avanos cientficos e

Descrio da atividade1. Aps a leitura e discusso da msica, pea que os estudantes identifiquem como os avanos tecnolgicos mudaram a nossa percepo do tempo e do espao. 2. Solicite que elaborem uma tabela descrevendo como usam as 24 horas do dia. Quantas horas trabalham? Quantas horas estudam? Que atividades desenvolvem no tempo livre? Quantas horas dedicam ao lazer? 3. Pea que, em pequenos grupos, os alunos desenhem um grande relgio, indicando com cores diversas o tempo mdio gasto nas atividades de trabalho e de lazer. 4. Organize e apresentao das concluses dos grupos. 5. Realize um debate em sala a partir da experincia de vida e de trabalho dos alunos: verdade que as mquinas nos ajudam a produzir mais? Trabalhamos depressa ou devagar? Quem impe nosso ritmo de trabalho? Como

podemos aumentar nosso tempo livre? Como queremos desfrut-lo? Os meios de comunicao de massa, especialmente a televiso, esto ocupando a maior parte do nosso tempo livre? Que tempo estamos dedicando a atividades como: ler um livro, conversar com os amigos, refletir sobre a nossa prpria vida etc.?Materiais indicados: papel pardo, lpis de ceraP

Tempo sugerido: 2 horas

Resultado esperado: Perceber que nossas vidas giram em torno do trabalho e que o nosso tempo livre acaba sendo apropriado pela chamada indstria cultural, sem que sejamos sujeitos do uso desse tempo.Dicas do professor: Sobre a compresso do tempo-espao, leia A condio ps-moderna, de David Harvey (Ed. Loyola), em especial a Parte III, intitulada A experincia do espao e do tempo (p. 185 /289) Para discutir a acelerao no ritmo do trabalho, assista com seus alunos ao filme Tempos modernos, de Charles Chaplin.

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rea: GeografiaP

Nveis I e II

Antes longe era distantementos ou do transporte, pode-se demorar de 15 minutos a 1 hora para percorrer um trajeto. Tambm a condio socioeconmica acaba sendo determinante para a construo da noo de espao. Quem pode viajar de avio? Quem tem acesso internet e s antenas parablicas?

Objetivo Refletir sobre como as mudanas tecnolgicas interferem nas relaes com o espao. Introduo A msica Parabolicamar, de Gilberto Gil, possibilita a discusso de diferentes concepes de tamanho para o mundo, que podem depender das vivncias das sociedades, das tecnologias e sua interferncia nas perspectivas de espao. A difuso de informaes pelos meios de comunicao e a presena de transportes velozes tm possibilitado a percepo do espao como prximo e/ou distante e do tempo como curto e/ou longo. Dependendo do horrio, dos congestiona-

Contexto no mundo do trabalho: As mudanas das relaes com o espao e o tempo na atualidade sofrem influncia da tecnologia, dos meios de comunicao, dos transportes e dos ritmos de vida e de trabalho. A tecnologia acelera os acontecimentos, encurta as distncias e o tempo torna-se mais produtivo. Se for possvel produzir mais em menos tempo, menor ser o custo da produo.

Descrio da atividade1. Converse com os alunos sobre o tema da msica e os sentimentos que ela evoca. 2. Conduza uma reflexo sobre as idias contidas na letra da msica. 3. Solicite aos alunos que apontem os elementos do mundo atual que interferem na percepo de espao. Liste esses elementos na lousa. 4. Como essas mudanas afetam de maneira diferente as pessoas de condies sociais diversas? 5. Solicite que cada aluno faa um desenho intitulado Meu mundo. Depois, pea que aponte em um mapa-mndi os lugares mais significativos que j visitou. Podem ser usadas cores diferentes para indicar os lugares que o aluno j conhece e aqueles sobre os quais j ouviu falar.Materiais indicados: CD com a msica e equipamento de somP

Tempo sugerido: 6 horas

Resultados esperados: Refletir sobre a interferncia da mudanas tecnolgicas nas relaes entre as pessoas e em suas concepes de espao e tempo e expressar essa reflexo atravs de um desenho.

Dicas do professor: Livro Costumes em comum, de Edward P. Thompson (Companhia das Letras). (Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial). A atividade tambm pode ser feita coletivamente, com consulta a um mapa-mndi para que os alunos indiquem lugares sobre os quais j ouviram falar e os que j conhecem.

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rea: HistriaP

Nvel I

Os tempos e o mundosoas tendem a ter como marcadores de tempo (quando plantar, colher, trabalhar) elementos como o dia, a noite, o vero, o inverno. J em sociedades industriais predomina o tempo do relgio a hora de acordar, entrar no trabalho, almoar, ir para a escola. Individualmente, o tempo pode assumir ainda uma dimenso psicolgica: na ansiedade de uma espera, dez minutos podem produzir a sensao de uma hora; em momentos de prazer, uma hora pode parecer dez minutos. As vivncias sociais, inclusive as de trabalho, esto permeadas de referncias e concepes de tempo.

Objetivo Refletir sobre diferentes referncias de percepo do tempo. Introduo Atravs da msica Parabolicamar pode-se estudar diferentes concepes de tempo: tempo do relgio, da natureza, da memria, tempo psicolgico, da distncia, etc., pois na letra possvel identificar vrias referncias de tempo relacionadas a modos de vida de sociedades diferentes e de pocas distintas. Por exemplo, em sociedades agrcolas, as atividades so orientadas pelos ciclos do Sol, da Lua e das estaes, ou seja, as pes-

Descrio da atividade1. Pea aos alunos que leiam a letra enquanto ouvem a msica. 2. Identifique na letra, com auxlio dos alunos, as palavras que se referem a tempo (antes, hoje, eternidade, encarnao, ontem, instante, hora, destino, distncia). 3. Analise livremente com eles as frases onde aparecem essas palavras, procurando interpretar e identificar a referncia de tempo. Por exemplo: antes mundo era pequeno referese ao passado? Esse passado tem uma data? um passado da memria ou um passado histrico? Como caracterizar, ento, a sociedade de antes? E como caracterizar a de hoje? Quais so as medidas de tempo para eternidade e encarnao? So tempos diferentes? possvel relacionar com horas, dias, meses? Por que o autor preferiu o uso dessas palavras em vez de usar datas e horas? O que significa leva o tempo de um raio? Quanto tempo Rosa levava para aprumar o balaio quando sentia que ia escorregar? O que signifi-

ca dizer que o tempo nunca passa? possvel parar o tempo? Pode existir um tempo que no seja nem de ontem nem de hoje? Qual esse tempo? O que significa esse tempo no tem rdea? possvel pr rdea no tempo? E o que significa na hora do destino? 4. Proponha aos alunos a escrita de um poema sobre maneiras de entender o tempo.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultado esperado: Refletir sobre diferentes referncias de tempo e expressar a sntese dessas reflexes na elaborao de um poema.

Dica do professor: Livro Costumes em comum, de Edward P. Thompson (Companhia das Letras). (Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial).

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rea: MatemticaP

Nveis I e II

A relatividade do tempotodos os lugares? Ser que um jovem que vive na cidade percebe a relao tempodistncia tal qual um jovem que vive no campo? Algum que mora no Amazonas ter a mesma relao com o tempo e a distncia que algum que mora em So Paulo?Contexto no mundo do trabalho: No mundo do trabalho um fenmeno semelhante ocorre quando se produz a mesma quantidade de produtos em tempo menor e ou com menos trabalhadores.

Objetivos Transformar unidade de medida de tempo em dias para horas. Estabelecer relao entre distncia, velocidade e tempo atravs de grficos de barras. Introduo Voc j ouviu dizer que o mundo encolheu? A msica de Gilberto Gil nos faz refletir sobre isto. Mas ser que essa sensao igual para todos, em

Descrio da atividade1. Pea aos alunos que localizem Nova York e Londres em um mapa- mndi. Solicite que tracem uma linha imaginria entre as duas cidades e meam essa distncia em centmetros. 2. Oriente os alunos a elaborar um grfico de barras horizontal, colocando os anos e o meio de transporte correspondente no eixo vertical e marcando no eixo horizontal os dias gastos para percorrer a distncia entre as duas cidades. Para facilitar o desenho do grfico use papel quadriculado, tomando cada milmetros por uma hora, por exemplo. 3. Chame a ateno para a relao entre as trs variveis da situao (distncia, velocidade e tempo), perguntando: se a distncia entre as duas cidades a mesma, como se explica que as barras representativas do tempo para percorrer essa distncia sejam diferentes? 4. Organize a turma em grupos e para cada um apresente uma situao diferente, pedindo que desenhem um grfico representativo da situao, a exemplo do item 2: a) duas distncias dife-rentes para tempos de percurso iguais ;

b) duas distncias diferentes para velocidades iguais no percurso; c) duas distncias iguais para tempos diferentes; d) duas distncias iguais para velocidades diferentes. 5. Aps a apresentao dos trabalhos, pea aos alunos que relatem situaes que vivenciam em que ocorre a aparente reduo da distncia. Ex.: ida para o trabalho de nibus em horrio de trnsito livre ou engarrafado. 6. Conclua a atividade explicando que velocidade e tempo so grandezas inversamente proporcionais, isto , se aumentamos a velocidade, diminumos o tempo para percorrer a mesma distncia.Material indicado: papel quadriculadoP

Tempo sugerido: 4 horas

Resultado esperado: Construir grficos de barras relacionando velocidade, tempo e distncia.

Dica do professor: Voc pode substituir Nova York e Londres por duas cidades brasileiras.

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rea: PortugusP

Nveis I e II

Sinonmia e neologismosde criao de palavras ou expresses novas ou atribui novo significado a palavras antigas (samplear, deu zebra). s vezes se constri com mecanismos usuais de produo lexical: composio, justaposio, aglutinao, prefixao, derivao e sufixao.

Objetivo Explorar o funcionamento semntico das palavras na lngua em uso. Introduo Jogo com neologismos e expresses. O ttulo um neologismo (fenmeno lingstico

Descrio da atividade1. Antes da leitura, pea aos alunos que conceituem mundo (o universo, a Terra e os astros considerados num todo organizado) e Terra (o terceiro planeta do sistema solar, pela ordem de afastamento do Sol). 2. Com os alunos, converse, sobre o texto utilizando as questes que seguem. Discuta as respostas com os alunos e s depois d a viso de Gilberto Gil (Espanha, 6/5/2005): a) O que o ttulo sugere? (GG: O ttulo une as palavras parablica (...) com camar, maneira como os jogadores de capoeira chamam seus parceiros (...) enquanto danam e cantam.) b) Em 1991, j era possvel pensar em globalizao? (Relacione as respostas com outros textos deste caderno. GG: Chamei o disco (...) dando nome a alguns aspectos de uma possvel globalizao que eu vislumbrava e desejava de maneira ao mesmo tempo alegre e trgica.) c) Como se entende o refro? (GG: ele foi sampleado de um verso comum em rodas de capoeira. uma maneira de cantar a vastido do mundo, carrega a certeza de que o mundo vai e volta, como na dana, luta de capoeira: quem hoje perde pode vencer amanh). d)O autor sugere significados diferentes de mundo e terra. Por que os papis se inverteram? 3. Pergunte aos alunos: A parablica e a informti-

ca criaram neologismos na lngua? Relacione alguns. Quais palavras foram criadas ganharam novos significados? (Ex.: clonagem, hipertexto, internet, navegador, provedor, servidor, vrus, deletar, blogueiro.) 4. Preparare e entregue para aos alunos, aleatoriamente, as fichas (A) e (B). Pea que o aluno com a ficha (A) leia a ficha. O aluno com a resposta correta (B) manifesta o significado da expresso lida: FICHAS A: Esta minha terra./Nesta terra nasceu lvares de Azevedo./Esta terra boa para plantar./Estamos nesta terra para redimir nossos pecados./ Eta, mundo aberto sem porteira!/O que vejo aqui meu mundo exterior./Isso sim faz parte do mundo inteligvel./Ela ganhou mundos e fundos./Jonas quer abarcar o mundo com as pernas./Eles caram no mundo./O mundo desabou. FICHAS B: Lugar de origem, ptria, torro natal, gleba/Localidade, lugar/Terreno, rea para plantio/Vida temporal/Grande extenso de terra; o mundo como um todo, sem que nada o divida/Conjunto de seres que nos circundam e entre os quais agimos no dia-a-dia/Conjunto de fenmenos produzidos pela atividade intelectual, reflexo, pensamento/Quantia vultosssima Empreender numerosas coisas simultaneamente/Querer tudo ao mesmo tempo/ Fugir, sumir/Desgraa.Material indicado: fichasP

Tempo sugerido: 2 horas

Resultado esperado: Reconhecer neologismos e o significado de expresses.Caderno do professor / Globalizao e Trabalho 13

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rea: ArtesP

Nvel II

Encontro de culturaspelas relaes comerciais entre povos e pelo desenvolvimento do comrcio martimo at os nossos dias quando as distncias tornaram-se menores e o contato entre as diferentes culturas tornou-se ainda mais intenso , o homem buscou compreender as semelhanas e as diferenas entre as comunidades, algumas vezes criando conceitos e outras preconceitos.Contexto no mundo do trabalho: No ambiente de trabalho convivemos com diferentes gostos artsticos (tipos de msica, de roupa, de expresso lingstica). Exercitar uma atitude de respeito em relao a essas diferenas fundamental para a construo da cidadania e da solidariedade no mundo do trabalho.

Objetivo Analisar o encontro de culturas diferentes: quais os conceitos e preconceitos embutidos quando se fala de um povo e de uma cultura diferente da sua; quais as modificaes ocorridas nas duas culturas que se encontram. Introduo So muito comuns as expresses que identificam povos diferentes quanto disso verdadeiro e quanto disso vem de preconceitos herdados de culturas e geraes anteriores? Historicamente, o homem sempre modificou e desenvolveu sua cultura atravs do contato com outras. Das tribos mais primitivas, passando

Descrio da atividade1. Pea aos alunos que identifiquem no texto as referncias a artefatos artsticos usados pelos ndios e pelos portugueses. Promova um debate sobre o significado desses artefatos para cada uma das culturas. 2. Debata com os alunos a viso que temos das diferentes culturas e dos diferentes povos. 3. Liste pelo menos uma manifestao cultural de cada povo mencionado Divida a turma em grupos e proponha que cada um pesquise a arte produzida por esses povos e apresente turma. O mesmo exerccio de reflexo pode ser feito tendo como referncia as diferentes regies do Brasil.

Tempo sugerido: 1 hora e 30 minutos

Resultados esperados: a) Distinguir a diferena entre os conceitos criados a partir do conhecimento e do aprendizado sobre outras culturas e o preconceito estabelecido por desconhecimento, fruto do que se ouviu falar. b) Reconhecer a diversidade das culturas e a necessidade de valorizar essa diversidade. c) Reconhecer a originalidade de sua prpria cultura e a influncia de outras culturas sobre ela.

Dicas do professor: Livros Histria De olho no mundo do trabalho, de Herdoto Barbeiro, Bruna Renata Cantele e Carlos A. Schneeberge; O povo brasileiro, de Darcy Ribeiro; Ideologia da cultura brasileira (1933-1974): pontos de partida para uma reviso histrica, de C. G. Mota; Site www.klickeducacao.com.br

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rea: HistriaP

Nveis I e II

Conquistas, territrios e gentes: confrontos e encontrospois, segundo vrios estudiosos, as conquistas de territrios no processo de expanso ultramarina nos sculos XIV e XV representam o incio da , globalizao. Novas terras, novos mercados produtores, fornecedores de matrias-primas, riquezas, a extenso do domnio das metrpoles europias sobre as Colnias, a imposio da cultura, da lngua e da religio metropolitanas contriburam para o desenvolvimento do capitalismo europeu. Portanto, a anlise do documento deve ser feita de forma contextualizada e crtica para desmitificar vises e verses romnticas acerca da histria do Brasil. Vamos refletir sobre isso?

Objetivos Interpretar criticamente trechos do documento Carta de Pero Vaz de Caminha. Contextualizar a conquista do territrio no processo de desenvolvimento do capitalismo e a mundializao do comrcio entre os pases colonizadores e colonizados. Introduo A Carta de Pero Vaz de Caminha constitui o primeiro documento escrito da histria do Brasil. Da a sua importncia para o processo de ensino e aprendizagem de Histria. No tema Globalizao e Trabalho esse documento especialmente relevante,

Descrio da atividade1. Leia e interprete oralmente o texto com os alunos. 2. Solicite que os alunos registrem no caderno respostas s seguintes questes: Qual o tipo do documento? Quando foi escrito? Quem escreveu? Para quem? Onde? Qual o objetivo da carta? Como o autor descreve a chegada? Qual o primeiro nome dado terra? Como o autor descreve as pessoas? Alm de falar da paisagem, das pessoas, o autor fala de dois ricos produtos que os portugueses procuravam naquela poca. Quais? Como eles citam esses produtos? Voc sabe por que os habitantes da terra foram chamados de ndios? Investigue e relate para o grupo.

3. A partir da anlise do texto e dos debates, produza na lousa um pequeno texto coletivo sobre os significados da conquista do territrio, os encontros e os confrontos com os portugueses colonizadores, do ponto de vista dos indgenas.Material indicado: mapa histrico das grandes navegaesP

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: a) Refletir acerca do chamado descobrimento do Brasil. b) Perceber os interesses econmicos da metrpole no contexto de desenvolvimento do capitalismo.

Dicas do professor: Na anlise da carta, discuta os primeiros encontros e os confrontos entre os nativos e colonizadores, relacionando-os ao processo de escravizao dos indgenas e dos negros africanos. Livro Brasil: uma histria, de Eduardo Bueno (tica).

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2Atividade

rea: Lngua estrangeira InglsP

Nvel II

Materialscolonizadores. interessante apresentar o vocabulrio utilizado em ingls para designar diversos materiais utilizados hoje em vrias reas de nossa vida, muitos dos quais eram raros na Europa, mas abundavam no Novo Mundo, e outros que foram produzidos graas aos avanos tecnolgicos.

Objetivo Aprender os nomes de diversos materiais em ingls. Introduo A Carta de Pero Vaz de Caminha descreve a riqueza da terra e as muitas possibilidades oferecidas aos

Descrio da atividade1. Pergunte a seus alunos que materiais os portugueses queriam quando vieram ao Brasil. Escreva as respostas na lousa. Pergunte ento que materiais usamos hoje para construes, roupas, meios de transporte, etc. 2. A seguir, apresente o vocabulrio na lousa: madeira wood l wool ouro gold prata silver algodo cotton polister polyester borracha rubber seda silk ferro iron ao steel cobre copper bronze bronze pedra stone linho linen plstico plastic couro leather jeans jeans 3. Pea a alguns alunos que digam quais materiais esto utilizando no momento (eles podem dizer coisas como: minha camisa tem cotton, a cala jeans, meu tnis de polyester). Em seguida, eles devem dividir-se em grupos de quatro

pessoas. Cada grupo receber uma sacola com objetos. 4. Vende um dos alunos e pea que tire um objeto da sacola, dizendo de que material feito. Quando j tiver tentado adivinhar todos os materiais (em ingls), a sacola deve ser passada para outro grupo.

Material indicado:P

Sacola contendo no mnimo trs objetos de diferentes materiais. No necessrio colocar nas sacolas todos os materiais aprendidos (ouro, prata, bronze e

cobre podem no ser muito fceis de encontrar, mas pode-se utilizar bijuteria, apenas para ajudar a fazer a associao da palavra) Tempo sugerido: 2 horas

Resultado esperado: Memorizao dos nomes de determinados materiais em ingls atravs da associao sensorial.

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3Atividade

rea: Educao e trabalhoP

Nveis I e II

Localizando-nos na globalizaobalizado. Tambm somos testemunhas da fome, misria, da morte precoce, do desemprego, enfim da gama de atrocidades que os sistemas produzem. Como as perversidades globalizadas se materializam no nosso cotidiano? O que temos feito para mudar o curso desse processo?

Objetivo Refletir sobre a relao entre o global e o local, identificando os movimentos de resistncia globalizao imposta pelo capital produtivo e financeiro. Introduo No de hoje que ocorre a expanso da produo e do comrcio e, por conseqncia, a corrida capitalista para ganhar novos mercados. A globalizao mudou isso? De nossa casa ou de nossa sala de aula podemos acompanhar, ao vivo, uma bomba sendo jogada num vilarejo qualquer a milhares de quilmetros de distncia... Somos testemunhas virtuais da violncia espalhada pelo mundo glo-

Descrio da atividade1. Aps a leitura do texto, pea aos alunos que selecionem, em casa, manchetes de revistas e jornais do pas no perodo de uma semana. 2. Em sala, pea aos alunos que formem grupos e classifiquem as manchetes por assunto e por pas: desemprego, fome, violncia, etc. 3. Aps a apresentao da tarefa pelos grupos, questione se aqueles acontecimentos so especficos do lugar escolhidos ou se poderiam ocorrer no local onde vivem. 4. Aps o debate, solicite que cada grupo escolha um tema para fazer a descrio de como aquela situao ocorre no local onde vive. 5. A partir das descries, pea aos grupos que faam um levantamento das instituies que contribuem para a soluo do problema. 6. Solicite aos alunos que construam um mural na escola para divulgar as instituies pesqui-

sadas e o que elas fazem pela proteo dos direitos civis, polticos, sociais (no se esquecer dos trabalhistas) e ambientais.

Materiais indicados: papel pardo, revistas jornais, caneta hidrogrfica,P

cola Tempo sugerido: 6 horas

Resultados esperados: Perceber como somos afetados pela globalizao no cotidiano e identificar as principais instituies de proteo dos direitos humanos.Caderno do professor / Globalizao e Trabalho 17

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3Atividade

rea: Educao e trabalhoP

Nveis I e II

Outro mundo possvel!aprofunda as desigualdades sociais, por outro apontava o movimento de segmentos populacionais que buscam superar as desigualdades, muitos de seus alunos. Possivelmente, fazem parte do segmento social que Milton Santos identificava como protagonista do novo movimento em busca da superao das desigualdades sociais. Eles no esto entre os que se comunicam distncia, pela internet, mas sim entre os que se comunicam nos lugares, eles fazem parte dos que esto reclamando alimentao correta, sade, educao para os filhos, lazer, informao e consumo poltico. Voc e seus alunos acreditam que outro mundo possvel?

Objetivos Estimular uma posio crtica em relao ao processo de globalizao excludente. Reconhecer a existncia de segmentos sociais com interesses divergentes em relao globalizao excludente. Discutir a possibilidade de construo de outro mundo. Introduo Milton Santos, renomado gegrafo brasileiro recm-falecido, afirmava que para a maior parte da humanidade, a globalizao est se impondo como uma fbrica de perversidades. Se, por um lado, ele destacava a fora da globalizao que

Descrio da atividade1. Pea aos alunos que leiam o texto e respondam a duas perguntas: a) Quais so os efeitos nocivos da globalizao na sua vida, no seu trabalho? b) Como seria um mundo dife-rente? 2. Apresente a proposta do frum de debates sobre o tema Outro mundo possvel!. Pergunte aos alunos se j ouviram essa frase. Comente que ela o slogan do Frum Social Mundial, evento realizado pela primeira vez no Brasil e, que rene milhares de pessoas de vrios pases que lutam contra a globalizao excludente. 3. Organize a sala para o frum com cinco carteiras frente e o restante em posio de platia. 4. Convide quatro alunos a ocupar seus lugares mesa como depoentes. 5. Na funo de mediador, pea aos alunos que relatem suas respostas.

6. Comente os depoimentos propondo as seguintes questes platia: a) Voc contra ou a favor da globa-lizao que exclui grandes parcelas da populao de seus benefcios? b) possvel mudar o rumo da globalizao excludente? c) Como contribuir para a construo de um mundo diferente? d) Quais as maiores dificuldades para mudar e com quais vantagens podemos contar? Termine a atividade reafirmando o slogan: Outro mundo possvel!.

Tempo sugerido: 4 horas

Resultado esperado: Posicionar-se criticamente quanto globalizao excludente e participao de cada um na construo de outro mundo.

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3Atividade

rea: GeografiaP

Nvel II

Perversidades e possibilidades no mundo globalizadoalunos sobre as duas faces da glo-balizao: de um lado, a fbrica de perversidades; de outro, as possibilidades de enfrentamento e espaos de autonomia. Vamos trabalhar essas contradies?

Objetivo Refletir sobre as conseqncias da globalizao para os trabalhadores e as possibilidades de enfrentamento das dificuldades por meio da organizao da sociedade a partir de seus territrios. Introduo Os trechos que compem o texto usado nesta atividade foram produzidos por dois importantes pensadores brasileiros: o gegrafo Milton Santos e o economista Carlos Lessa. Uma das questes colocadas a fora de organizao do povo a partir de seus territrios, como diz Lessa, ou da base local, como afirma Santos. Reflita com os

Contexto no mundo do trabalho: Esta atividade est intimamente relacionada ao trabalho, relao esta que pode ser evidenciada a partir do levantamento das conseqncias da globalizao nas condies de trabalho dos alunos: a atividade de cada um, o emprego ou desemprego e as exigncias para conseguir um novo ou o primeiro emprego.

Descrio da atividade1. Leia o texto com os alunos e, aps discutirem, elabore um quadro com um le-vantamento sobre: Perversidade e dificuldade x formas de enfrentamento e possibilidades. 2. Em debate com a turma, caracterize o territrio em que vivem. Quais so seus limites, do ponto de vista socio econmico e ambiental? Como as pessoas desse territrio produzem sua existncia? Do que vivem, como trabalham? Quais as perversidades da globalizao que a se manifestam? Elabore um quadro na lousa. 3. Investigue com os alunos a existncia de movimentos, grupos e aes inclusivas nesse territrio. Entreviste ou convide-os lideranas e participantes desses movimentos a relatar aos alunos suas experincias de lutas e enfrentamentos das perversidades apontadas.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: Produzir um texto coletivo abordando as conseqncias da globalizao no espao de vivncia do grupo e as possibilidades de enfrentamento a partir de aes locais.

Dicas do professor: Sites www.comerciosolidariobrasil.com.br www. unitrabalho.org. br; www.ibge.gov.br www.dieese.org.br Livro Introduo economia solidria, de Paul Singer. (Fundao Perseu Abramo)

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3Atividade

rea: GeografiaP

Nveis I e II

Conhecendo Milton Santos e sua importnciaaulas no colgio ensinando Geografia aos alunos do atual Ensino Mdio. Formou-se em Direito e em Geografia e pde viajar boa parte do mundo ensinando e enfrentando muitos desafios, inclusive por ser negro. Trabalhou na Europa, na frica e nas Amricas, recebeu dezenas de prmios importantes pelo mundo, inclusive o Vautrin Lud que o Nobel de Geografia. Considerado um importantssimo professor, intelectual e defensor daquilo que chamava de uma nova globalizao, Milton Santos faleceu em 24 de julho de 2006, deixando um trabalho fenomenal e exemplar para o Brasil e o mundo.

Objetivos Conhecer a importncia da obra de Milton Santos para o debate da globalizao no Brasil e o que ele chamava de uma nova globalizao. Conhecer a idia principal de sua tese, que a globalizao atravs do povo. Introduo Milton Santos nasceu no interior da Bahia, num lugar chamado Brotas de Macabas. Era neto de escravos por parte de pai e foi alfabetizado em casa pelos pais, que eram professores primrios. Foi muito rpido nos estudos aos oito anos j estava terminando o ensino primrio. Tambm era muito esforado: custeava suas

Descrio da atividade1. Pea aos alunos que leiam o texto e respondam s perguntas bsicas: a) Qual a idia do autor sobre globalizao? b) Que alternativas o autor aponta? 2. Milton aponta para o processo de globalizao que nasce do povo, atravs de suas culturas, a partir dos territrios. Essa uma idia essencial de seu pensamento, j que valoriza o local e no o global. Ajude seus alunos a chegarem a essa concluso. 3. Proponha a diviso dos alunos em grupos e pea que faam uma lista de atividades culturais e sociais cotidianas, discutindo quais atividades realizadas por eles podem ser consideradas globalizadas e quais podem ser consideradas locais. O simples fato de assistir televiso (atividade cultural e social) pode ser usado como exemplo para trazer ao aluno conceitos do que um mundo globa-lizado: Quem assiste? A que assiste? A programao

local? Traz assuntos de interesse da comunidade ou no? Trata mais do mundo exterior ou do prprio pas? Tem valor educativo? A programao de qualidade? Respeita o histrico do local? Quais valores predominam? Como seria uma programao voltada para a comunidade? Que valores deveriam ser difundidos? etc. 4. Rena as idias num texto coletivo.

Tempo sugerido: 10 horas

Resultados esperados: a) Conhecer a tese de Milton Santos sobre a nova globalizao, a globalizao atravs do povo. b) Refletir sobre as atividades cotidianas na perspectiva da globalizao.

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rea: PortugusP

Nvel I

O jogo do alfabeto Uso do dicionrioContexto no mundo do trabalho: Aprender o sentido da existncia do dicionrio e utiliz-lo corretamente so condies bsicas em qualquer atividade, profissional ou no.

Objetivo Aprender a organizao das palavras no dicionrio. Introduo H lugar, na globalizao, para os pobres e analfabetos?

Descrio da atividade1. Discuta com os alunos o que o autor quis dizer com fbrica de perversidades e quais so as causas dessa situao. Amplie a discusso sobre o tema solicitando opinies sobre as afirmaes do autor e suas conseqncias para a globalizao. 2. Solicite que expliquem o sentido da palavra extirpadas. 3. Explique aos alunos que no dicionrio os vocbulos se organizam em ordem alfabtica. Pea que coloquem em ordem alfabtica as palavras da frase: A educao de qualidade cada vez mais acessvel. 4. Pea que vejam no dicionrio a ordem em que aparecem as palavras: extirpar, extirpada, extirpao, extirpvel, extirpador. Explique que palavras que iniciam com as mesmas letras tambm se colocam em ordem alfabtica, a partir da letra em que se diferenciam. 5. Pea que encontrem no primeiro pargrafo as palavras iniciadas com a letras A (aumenta, Aids, alastram, aprofundam) e coloquem-nas em ordem alfabtica. Pea que faam o mesmo com as palavras iniciadas com a letra F 6. JOGO 1: Divida a sala em grupos e entregue a cada um uma folha de papel com a frase: Para entender o que significa, devero substituir cada letra pela anterior e acentuar quando ne-

cessrio: (Resposta: Bonito, no! Como que as pessoas vo poder atravessar a rua de forma segura, se o senhor parou o carro em cima da faixa de pedestres? Almeida, Paulo Nunes. LEP, SP: Saraiva, 2004). 7. JOGO 2: Fila em ordem alfabtica: Prepare e entregue a cada aluno um carto com o nome de um objeto (rgua, carteira, lpis, caneta etc.) O aluno que iniciar o jogo dir: Sou um(a) ....... (de acordo com seu carto) e ir colocar-se no primeiro lugar da fila. O segundo repete a frase e, de acordo com a ordem alfabtica, coloca-se na frente ou atrs do primeiro. E assim por diante, at que cada aluno esteja no lugar correto, de acordo com o alfabeto.

Materiais indicados:P

dicionrios, cartes com nomes de objetos,

cartes com frase enigmtica Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: a) Segurana no uso do dicionrio. b) Conhecimento de sua funo e funcionamento.Caderno do professor / Globalizao e Trabalho 21

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rea: Educao e trabalhoP

Nvel II

Para que servem os sindicatos?calizados. No entanto, mais do que expressar o crescente desemprego e a precarizao das relaes de trabalho, essas taxas indicam a dificuldade de os sindicatos representarem o conjunto dos trabalhadores que tm em comum o fato de viverem do trabalho. Quais so os desafios que se apresentam para os sindicatos hoje? Alm de fazerem frente s perdas dos direitos trabalhistas, com a concretizao de estratgias de defesa dos interesses do trabalho, necessitam discutir e implantar um projeto mais audacioso na direo da emancipao dos trabalhadores em geral. Como tem sido a relao dos sindicatos com os trabalhadores precrios, parciais e temporrios?

Objetivo Compreender o papel social e a crise atual dos sindicatos. Introduo A crise contempornea dos sindicatos um dos temas tratados no livro Adeus ao trabalho?, escrito por Ricardo Antunes. A partir da compreenso do processo de fragmentao, heterogeneizao e complexificao da fora de trabalho, ele problematiza a organizao sindical tradicional, construda com base no segmento estvel dos trabalhadores. Considerando que essa parcela diminui a cada dia, conseqentemente temos um decrscimo de trabalhadores sindi-

Descrio da atividade1. Conte para seus alunos a histria do sindicato como instituio social criada pelos trabalhadores. 2. Discuta o papel do sindicato na luta pelos interesses dos trabalhadores. 3. Pergunte a eles se conhecem algum sindicalista. 4. Convide representantes sindicais de sua comunidade para falar de suas responsabilidades e aes no sindicato: como funciona, Quem so os trabalhadores que o administram, como so escolhidos e a crise que vem enfrentando atualmente. 5. Pea aos alunos que elaborem duas perguntas para os palestrantes. 6. Solicite que faam um resumo da palestra.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultado esperado: Analisar o papel social do sindicato na sociedade de classes, identificando os fatores que constituem a atual crise do movimento sindical.Dica do professor: Livro O que sindicalismo, de Ricardo Antunes (Brasiliense).

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4Atividade

rea: GeografiaP

Nveis I e II

Sindicalizao em baixa, salrios tambm!apontam uma fragilizao dos sindicatos. Por que isso ocorre? Vrios fatores devem ser considerados, como o desemprego, a diminuio dos postos de trabalho, a insegurana do trabalhador, a especializao das tarefas, a diferenciao salarial, o ganho por produtividade e outros. Reflita sobre essa situao com os alunos. Essas informaes e essa discusso so importantes para que os alunos trabalhadores e futuros trabalhadores conheam os problemas e pensem formas de lutas e reivindicao de seus direitos no contexto da globalizao.

Objetivo Discutir as relaes entre a reduo do nmero de trabalhadores sindicalizados e a queda nos nveis salariais nos EUA, para uma conseqente reflexo sobre a questo da sindicalizao e dos salrios no mundo do trabalho globalizado. Introduo O texto em questo apresenta indicadores bastante preocupantes para os trabalhadores no mundo globalizado. H uma reduo do nmero de sindicalizados, processo esse acompanhado do rebaixamento dos salrios. Os dados

Descrio da atividade1. Levante e problematize com a turma seus conhecimentos prvios sobre a questo. 2. Oriente a seguinte pesquisa, a ser respondida pelos prprios trabalhadores da turma ou por seus familiares. H pessoas desempregadas na sua famlia? Quantas? H quanto tempo? Os trabalhadores empregados so filiados a algum sindicato? Qual? Desde quando? Por qu? 3. Analisem coletivamente os resultados da pesquisa e discutam a situao dos salrios e o nvel de sindicalizao do trabalhador brasileiro. 4. Releia e interprete com os alunos o texto, o grfico e a tabela. 5. Discuta com a turma o papel dos sindicatos na defesa dos salrios e os motivos da reduo do nmero de trabalhadores sindicalizados. 6. Solicite a produo individual de um pe-

queno texto expressando os conhecimentos e a posio sobre os sindicatos e formas de lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Resultados esperados: a) Refletir sobre sindicalizao e os salrios no mundo do trabalho globalizado a partir da realidade da turma e da anlise de dados apresentados. b) Produo individual de um pequeno texto.

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rea: Lngua estrangeira InglsP

Nvel II

Matchingnos EUA. interessante apresentar o vocabulrio utilizado em ingls para termos como sindicalizado, greve, lei trabalhista, etc.

Objetivo Aprender vocabulrio sobre os direitos do trabalhador. Introduo O grfico proposto fala dos nveis de rebaixamento salarial dos trabalhadores sindicalizados

Descrio da atividade1. Coloque na lousa as seguintes palavras: union wages salary strike demonstration legalized labor rights labor law unionized employer employee 2. Pea aos alunos em duplas e procurem advinhem o significado dessas palavras (d a eles cerca de 7 minutos). Diga a eles que so palavras relacionadas com o texto e o grfico que estudaram. 3. Escreva na lousa, em outra coluna as seguintes definies: legalizado, formal sindicato sindicalizado salrio salrio (por hora de trabalho) empregador greve direitos do trabalhador

lei do trabalho empregado protesto 4. Pea s duplas que unam a palavra em portugus ao seu equivalente em ingls (eles devem fazer o exerccio em duplas). Depois cheque com eles as respostas: union sindicato wages salrio (por hora de trbalho) salary salrio strike greve demonstration protesto legalized legalizado labor rights direitos do trabalhador labor law lei do trabalhador unionized sindicalizado employer empregador employee empregado 5. Comente as diferenas e semelhanas do trabalho sindicalizado, do trabalho formal e da fora do sindicato no Brasil e nos EUA.

Tempo sugerido: 40 a 50 minutos

Resultado esperado: Aprender vocabulrio em ingls referente a trabalho e algumas diferenas entre EUA e Brasil.

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4Atividade

rea: Lngua estrangeira InglsP

Nvel II

Graphaos alunos os verbos e expresses mais utilizados na leitura de grficos em ingls.Contexto no mundo do trabalho: A atividade ajuda a criar familiaridade com terminologias de negcios em ingls, melhorando as habilidades do aluno para o mercado de trabalho.

Objetivo Aprender a ler grficos em ingls. Introduo O grfico proposto fala dos nveis de rebaixamento salarial dos trabalhadores sindicalizados nos EUA. uma boa oportunidade de apresentar

Descrio da atividade1. Escreva na lousa as seguintes expresses e faa os respectivos desenhos:P

Se quiser, apresente a frase em ingls para que eles sigam o modelo: The unionized workforce leveled off in 32 per cent in 1932.

(desenhe uma seta vertical apontando para cima) to rocket (desenhe uma seta inclinada em sentido ascendente) to increase (desenhe uma seta horizontal apontando para a direita) to level off (desenhe uma seta inclinada em sentido descendente) to decrease (desenhe uma seta vertical apontando para baixo) to drop

P

P

P

P

Explique aos alunos que estes so os verbos utilizados em ingls para a leitura de grficos em geral. Diga a eles que so verbos regulares, portanto para formar o passado devem receber as letras ED no final (rocketed, increased, leveled off, decreased, dropped). Ateno: explique que em DROP o p duplicado por ser uma palavra de uma slaba s que termina em consoante, vogal, consoante. 2. Pea a eles que voltem ao grfico no texto apresentado e o interpretem utilizando os termos em ingls. Exemplo: A mo-de-obra sindicalizada leveled off em 32% em 1961.

Tempo sugerido: 1 hora

Resultado esperado: Desenvolver no aluno a capacidade de interpretar grficos simples em ingls.Dica do professor: Pode-se tambm levar revistas para a sala de aula para que os alunos exercitem o vocabulrio com outros grficos.

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4Atividade

rea: MatemticaP

Nvel II

Leitura e escrita de tabelas e de grficos: um modo de inclusoContexto no mundo do trabalho: Grficos representados em planos cartesianos so importantes em vrios setores de trabalho e de pesquisa. Jornais, revistas e outros meios de comunicao trazem dados representados em grficos ou tabelas para facilitar a anlise do assunto que apresentado aos leitores. Desse modo, preciso aprender a ler essa linguagem matemtica para no ficar excludo ou alienado das informaes que so transmitidas. Como trabalhadores importante contextualizar esses dados de forma crtica.

Objetivo Interpretar dados estatsticos por meio de tabelas e de grficos. Introduo Os trabalhadores, nas suas lutas organizadas, conseguiram vrias conquistas sociais; no entanto, nas ltimas dcadas houve uma reduo do nmero de trabalhadores sindicalizados, ao mesmo tempo que os nveis salariais despencaram. Quais as vantagens e desvantagens de ser sindicalizado? H sindicatos ou cooperativas em sua cidade?

Descrio da atividade1. Possibilite a seus alunos a compreenso do grfico de linhas fazendo com que entendam que utilizamos o plano cartesiano para represent-lo. No caso, o eixo X trata dos anos de 1950-2000, e o eixo Y mostra em porcentagem a proporo de mo-de-obra sindicalizada do setor privado da economia americana. Lembre-se tambm de revisar o conceito de porcentagem. 2. No grfico possvel perceber trs pontos de encontro entre ano e porcentagem. Pea aos alunos que os localizem e escrevam o par ordenado (aproximado) representado por eles. 3. Com a tabela de crescimento dos salrios reais, pea que organizem grficos de barras ou de colunas para cada pas ali apontado. Os alunos devem colocar no eixo horizontal os anos indicados e utilizar o eixo vertical para a variao anual dos salrios (mdia percentual). Lembre-se de que nos grficos de colunas ou de barras utilizamos o plano cartesiano.

Material indicado:P

construo dos grficos Tempo sugerido: 4 horas

papel quadriculado ou folha milimetrada para a

Resultados esperados: a) Ler uma informao estatstica. b) Construir tabelas e diferentes tipos de grficos. c) Interpretar criticamente informaes grficas.

Dicas do professor: Livro Relaes humanas na famlia e no trabalho, de Pierre Weil (Vozes). Sugerimos tambm trazer um membro do sindicato de sua cidade para conversar com os alunos.

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4Atividade

rea: MatemticaP

Nvel II

Lendo um grfico de linhaslor dos salrios. Voc concorda? Na sua categoria isto est acontecendo?Contexto no mundo do trabalho: Pea aos alunos que pesquisem nos seus sindicatos os ndices de sindicalizao e respectivos ndices de reajustes salariais nos ltimos 10 anos para verificar se a situao descrita no texto se confirma nas suas categorias.

Objetivo Ler e desenhar um grfico de linhas. Introduo O grfico apresenta a mesma idia expressa em palavras no texto. Sua virtude revelar com mais fora a reduo do nmero de trabalhadores sindicalizados em paralelo com a reduo do va-

Descrio da atividade1. Apresente aos alunos o grfico do texto em uma transparncia ou na lousa. Por que a linha est baixando? O que isso indica? 2. Leia com eles os anos que esto na linha horizontal e pea que digam qual era a porcentagem de sindicalizados em cada ano e que est expressa na linha vertical (como num tabuleiro de batalha naval). Chame a ateno para os intervalos da linha vertical (de oito em oito). 3. Oriente os alunos a construir uma tabela de duas colunas. Na primeira devem ser anotados os anos e na segunda as respectivas porcentagens de sindicalizados. (Para encontrar as porcentagens, oriente leituras aproximadas. Ex.: ano 1952 35%.) 4. Pea aos alunos que copiem em um papel quadriculado o grfico da porcentagem de sindicalizao. 5. Com os dados da tabela que acompanha o texto, desenhe um outro grfico de linhas mostrando a variao do crescimento dos salrios reais. A partir deste desenho, discuta se o autor tem razo ao afirmar que ao mesmo tempo que os sindicatos perdem representatividade, os nveis salariais despencam.

6. Organize os alunos em grupos e pea que reflitam se o autor tem razo ao concluir que os trabalhadores ficam fragilizados na defesa de seus direitos e na conquista de novos quando no so sindicalizados. Pea que relacionem esse argumento com suas experincias.

Material indicado: papel quadriculadoP

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados: a) Construir grfico de linhas comparando duas situaes. b) Compreender a importncia da sindicalizao.Caderno do professor / Globalizao e Trabalho 27

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5Atividade

rea: ArtesP

Nvel II

Um heri brasileiromesma. Alm disso, cada palavra de uma lngua possui significados importantes, por vezes especficos. Tornam-se mesmo smbolos de uma cultura. O Brasil, assim como a maior parte dos pases, sofre forte influncia da lngua e da cultura norteamericanas. Essa influncia chega aos jovens de vrias formas. Um delas atravs de personagens de filmes e histrias em quadrinhos (ex.: Batman e Super-Homem). Como as palavras usadas nessas histrias e o comportamento dessas personagens reflete a cultura norte-americana globalizada? Como seriam as personagens ligadas a elementos da cultura local dos alunos de EJA?

Objetivos Observar e analisar as palavras estrangeiras usadas em histrias em quadrinhos e filmes. Compreender que essas palavras e as personagens representam traos de uma cultura. Construir uma personagem com elementos da cultura local, valorizando essa cultura. Introduo Lngua cultura. Est em constante desenvolvimento; possui uma raiz e cria ramos muito amplos. A lngua de uma comunidade recebe influncia de outras e pode transform-la, enriquecendo a si

Descrio da atividade1. Solicite a cada aluno que faa uma lista de nomes de personagens de filmes ou histrias em quadrinhos. 2. Sugira que em pequenos grupos, comparem a lista com as de seus colegas. Observe quais nomes se aportuguesaram ou foram traduzidos e quais permaneceram em sua lngua original. 3. Discuta com eles o contedo ou significado contido nesses nomes e as caractersticas do comportamento de cada personagem (onde mora ou se esconde, onde e como trabalha, como se veste, que poderes especiais possui, etc.). 4. Proponha que cada grupo crie duas personagens: uma com nome em ingls e outra com nome em portugus. O nome em portugus dever ser baseado em algum elemento da cultura local (por exemplo, animais cascavel, carcar, ona, etc.).

5. Pea-lhes que ir desenhem a personagem e criem uma pequena histria em quadrinhos com ela.Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados: a) Compreender que a lngua a base material cultura e que as palavras tm como referncia elementos dessa cultura. b) Expressar essa compreenso atravs da comparao de palavras estrangeiras e portuguesas no contexto das personagens de histrias em quadrinhos e filmes.

Dicas do professor: Pea aos alunos que tragam gibis para a sala de aula. Trabalhe os elementos grficos comuns na linguagem dos quadrinhos. Assista com a turma um filme de super-heri norte-americano (Batman, Homem-Aranha, Super-Homem) e a outro de um heri (ou anti-heri) brasileiro (Chic de Auto da Compadecida, Z do Caixo, o Macunama, Amigo da Ona), comparando as personagens para estimular a criatividade dos alunos.

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5Atividade

rea: Educao e trabalhoP

Nveis I e II

A lngua viva!entender at mesmo para ns brasileiros. Rubaco, mucunz, baio-de-dois, macaxeira, voc sabe o que so? Na atual organizao da base produtiva, exigem-se do trabalhador criatividade, participao, capacidade de comunicao, domnio de vrias lnguas e linguagens, entre outros itens. Com a crescente informatizao do mundo do trabalho, palavras e expresses como software, hardware, feedback , just in time, so comuns. O predomnio econmico e militar dos EUA tem feito da lngua inglesa a principal fonte de emprstimos lexicais. Como se pode incorporar novas palavras na lngua portuguesa sem perder a identidade cultural?

Objetivo Refletir sobre os impactos do processo de globalizao na comunicao entre os seres humanos, em especial no mundo do trabalho. Introduo J se foi o tempo em que escrevamos pharmcia. Conforme diz o texto, a lngua acompanha as mudanas ocorridas na economia, na cincia na organizao social, poltica e cultural das sociedades. Na escola, em casa, no trabalho e at mesmo na igreja, ouvimos expresses prprias de nossa poca. Sem falar do nosso imenso Brasil, onde algumas expresses regionais so difceis de

Descrio da atividade1. Aps leitura coletiva do texto, problematize com os alunos conceito de comunicao e a importncia da lngua nas sociedades humanas. 2. Divida a turma em trs grupos, pea ao primeiro grupo que entreviste diferentes trabalhadores, que podem ser seus companheiros de classe. Caso no seja possvel, pea que faam uma pesquisa na internet, em revistas, em livros, etc. sobre as principais palavras e expresses estrangeiras utilizadas no trabalho de cada um e os riscos advindos da falta de compreenso do seu significado. Ao segundo, solicite que faa entrevistas com imigrantes sobre as palavras e expresses utilizadas em sua terra natal. Caso no seja possvel, oriente- os a utilizar como fontes a internet, revistas, livros, professores de lngua estrangeira, etc.Ao terceiro, solicite o levantamento de palavras estrangeiras no horrio nobre das principais emissoras de televiso. 3. Solicite a elaborao de um pequeno glossrio com as palavras e expresses pesquisadas, explicando seu significado.

4. Pea aos grupos que leiam o trabalho para a turma e veja se todos compreendem as definies formuladas; caso contrrio, reformule-as em conjunto com eles para torn-las mais claras. 5. Pea aos alunos que produzam um mural com os glossrios para expor na escola. 6. Compare os resultados dessa atividade com o dicionrio produzido na atividade de Portugus sugerida para este texto.

Material indicado: papel pardoP

Tempo sugerido: 6 horas

Resultado esperado: Perceber os impactos da globalizao na comunicao e no mundo do trabalho.Caderno do professor / Globalizao e Trabalho 29

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5Atividade

rea: Lngua estrangeira InglsP

Nvel II

Dictionarypara refletir sobre o papel da lngua e cultura inglesas no portugus.

Objetivo Conscientizar o aluno da influncia da lngua inglesa no portugus falado no Brasil e da conexo entre as duas culturas. Introduo O texto trata da influncia de vrias lnguas e, por conseguinte, de vrias culturas na lngua portuguesa. proveitoso utilizar esse contexto

Contexto no mundo do trabalho: Entender as influncias de outras culturas na sua prpria, contribui para a formao de profissionais mais atualizados, flexveis e compreensivos em relao s diferenas culturais.

Descrio da atividade1. Pea aos alunos que em 5 minutos pensem e escrevam uma lista de palavras em ingls que utilizamos no dia-a-dia. D a eles um exemplo: hot-dog. 2. A seguir escreva algumas das palavras na lousa. Voc pode usar as seguintes palavras para enriquecer a lista: office-boy, bike, outdoor, hambrguer, volleyball, software, mouse, marketing, site, chat, internet, walkman, discman, tnis, shorts, jeans, ketchup, CD (compact disc), bacon, shopping center, shampoo. 3. Comente quanto a influncia americana sentida no Brasil e pergunte a eles se isso bom ou ruim. Mantenha o debate por cerca de 10 minutos. 4. Proponha que eles formem duplas e criem palavras brasileiras para seis das palavras em ingls que esto na lista da lousa. Quando tiverem terminado, pea a algumas duplas que compartilhem o vocabulrio criado com os demais colegas.Tempo sugerido: 50 minutos

Resultado esperado: Maior conscincia sobre a influncia e importncia do ingls na lngua portuguesa.Dicas do professor: interessante mostrar que o mesmo fenmeno que ocorre no Brasil em relao ao ingls tem ocorrido nos EUA em relao ao espanhol. O filme Spanglish ou Espangls d uma boa idia desse processo.

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5Atividade

rea: PortugusP

Nveis I e II

Como falamos?Introduo O texto trata de um discutido assunto da atualidade. Aponta que o processo de um idioma dinmico, com mudanas, substituies, palavras esquecidas. um processo to natural que muitas vezes no nos damos conta de que est acontecendo. A atividade prope um primeiro contato com a questo da diversidade da lngua que falamos.

Objetivos Valorizar a lngua materna como fator essencial de nossa identidade e como fator de resistncia. Iniciar um trabalho de identificao dos estrangeirismos e do processo dinmico de todo idioma.

Descrio da atividade1. Faa uma leitura compartilhada do texto A Globalizao da lngua: metade do grupo faz a leitura silenciosa dos dois primeiros pargrafos e a outra metade do ltimo pargrafo. 2. Organize a sala de maneira a deixar todos de frente, como numa mesa-redonda. Os grupos devem relatar o que leram e aproveitar a situao para fazer reflexes e trocar idias sobre o contedo do texto. 3. Depois da discusso, pode-se propor a confeco de um pequeno dicionrio de termos regionais, grias e estrangeirismos. 4. Pea aos alunos que faam uma lista das palavras que aparecem em sua cultura local. 5. Mostre aos alunos como se organiza um dicionrio e pea que comecem a montagem de seu prprio livro. 6. Com a ajuda dos alunos, organize em ordem alfabtica as palavras e termos que apareceram. 7. O dicionrio pode ser elaborado em um trabalho interdisciplinar com Artes na confeco de um bonito livro com pginas grandes, encadernadas das mais distintas maneiras.

Material indicado: dicionrios para pesquisa e observaoP

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados: a) Refletir sobre as palavras e expresses usadas no cotidiano. De onde vm, com quem aprenderam, se so faladas por um grande ou por pequeno grupo. b) Aprender a lidar com a organizao de um dicionrio.

Dicas do professor: Existem vrios dicionrios que seguem a idia do exerccio proposto. Como o Assim falava Lampio, uma coletnea de expresses nordestinas. Para jovens, foram escritos dicionrios de grias, de expresses utilizadas em diversas situaes ou grupamentos sociais, como bailes funk, internautas, etc.

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7Atividade

rea: Lngua estrangeira EspanholP

Nvel II

La fuerza de la lengua espaolagens martimas portuguesas e espanholas. Atualmente, o espanhol est ganhando mais espao no Brasil. Ser lngua obrigatria nas escolas pblicas. No mundo do trabalho cada vez mais empresas espanholas de diferentes setores se instalam em territrio brasileiro. Isso significa que os profissionais brasileiros das mais diversas reas e nveis de atuao tero a necessidade de dominar o espanhol. Algum j teve alguma experincia com essa lngua, no trabalho ou em outra situao?

Objetivos Reconhecer a importncia do aprendizado da lngua espanhola no mercado de trabalho. Aproximar o aprendiz fontica de ortografia do espanhol. Introduo Pelas informaes expressas no texto, percebemos que o espanhol est cruzando fronteiras, conquistando espaos. Ao ler o texto em espanhol, percebemos tambm que muitas palavras desse idioma so parecidas com as da lngua portuguesa. Por que o espanhol se parece com o portugus? As duas lnguas tm a mesma origem: o latim. Surgiram geograficamente muito prximas. Vivem em proximidade tanto na Europa como na Amrica, para onde foram levadas como resultado das via-

Contexto no mundo do trabalho: A importncia do espanhol no trabalho como segunda lngua mundial; a necessidade de seu domnio para entender, por exemplo, os manuais das mquinas; os termos tcnicos inseridos em suas operaes etc.

Descrio da atividade1. Leia o texto para que os alunos se familiarizem com a sonoridade do idioma. 2. Depois , pea aos alunos que leiam-os em voz alta e oriente de modo que todos possam ler pelo menos um trecho. 3. Exercite a observao da sonoridade das palavras. Quais delas mais se parecem ao portugus? Destaque, por exemplo, as palavras: calcula, internacional, espaol, oficial, Brasil, ltimos, mundial. Leia cada palavra enfatizando a pronncia espanhola da letra l (em portugus essa letra pronunciada com o som de u). 4. Amplie a atividade com outras palavras e outros fonemas. Os prprios alunos devem retirlas do texto e em seguida fazer a leitura oral. 5. Utilize gravaes de pequenos textos: dilogos, msicas etc. para explorar a compreenso auditiva.Materiais indicados: aparelho de som, CDs ouP

fitas Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados: a) Refletir e expressar-se sobre a difuso do espanhol no mundo e sobre a importncia dessa lngua no mercado de trabalho. b) Reconhecer as semelhanas entre as duas lnguas.Dicas do professor: Sites www.rae.es (Real Academia de la Lengua Espaola) www.cvc.cervantes.es/ (Amplia informacin sobre la cultura y lengua espaolas) Msica /i...Hablemos el mismo idioma/i... Cantante: Gloria Estefan. Autor: Emilio JR Estefan.

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7Atividade

rea: Lngua estrangeira EspanholP

Nvel II

La lengua espaola en el mundopresas estabelecidas no pas. Sabemos que o espanhol est se tornando a segunda lngua oficial do planeta. O que isso significa em termos de aquisio de lngua estrangeira para os diferentes profissionais? J foi o tempo em que o mercado de trabalho exigia somente o ingls como segunda lngua. Hoje h a exigncia do espanhol. Quantas mquinas e instrumentos de trabalho no vm com seus manuais escritos em espanhol? O que isso significa? O trabalhador que no conhece espanhol ter futuro? O que fazer, ento?

Objetivo Conhecer a abrangncia da lngua espanhola no mundo e compreender sua importncia no mundo do trabalho. Introduo No texto percebemos a dimenso da lngua espanhola no mundo todo, sua presena e difuso mundial nos mais diferentes setores: educao, econmia, telecomunicaes, comrcio, indstria. A Espanha , atualmente, o segundo maior investidor mundial no Brasil, com grandes em-

Descrio da atividade1. Leia o texto para que os alunos acompanhem a leitura. 2. Promova uma discusso com os alunos com base nas seguintes questes: Algum j teve experincia com o espanhol? Quem conhece a Espanha? Onde ela se localiza? Alm do espanhol, qual outra lngua falada nesse pas? Algum j ouviu falar nos termos catalo, galego e vasco? 3. Utilizando um mapa, localize a Espanha e os territrios espanhis na frica ( importante cada aluno ter uma cpia do mapa). 4. Localize as comunidades espanholas que, alm do espanhol, falam outra lngua oficial em cada um desses territrios: Catalunha (catalo), Galcia (galego), Pas Vasco (vasco). Isso quer dizer que so quatro as lnguas oficiais faladas na Espanha. 5. Localize os pases que tm o espanhol como lngua oficial. 6. Faa uma lista com esses 20 pases. Todos devem participar observando a localizao no

mapa e informando o que sabe sobre cada pas. Escreva na lousa, em espanhol, o nome de cada um com respectiva capital, nacionalidade e moeda. Ex.: pas Espaa capital Madrid nacionalidad espaol moneda euro

Materiais indicados: mapa-mndi e dasP

Amricas Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: a) Compreender a influncia do espanhol no mundo e sua importncia no mundo do trabalho. b) Identificar os pases cuja lngua oficial o espanhol.

Dicas do professor: Importante conhecer: Instituto Cervantes www.cvc.cervantes.es www.es.wikipedia.com. Empresas espanholas no Brasil: Telefonica, Endesa, Santander, BBVA, MANGO

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8Atividade

rea: MatemticaP

Nvel II

Que pas este?(calados, tecidos etc.) agora sofrem com a concorrncia dos chineses. Vrios produtos tambm entram em nosso pas diariamente, como eletrnicos, tecidos, calados etc. Mas os chineses tambm compram nossos produtos: minrio de ferro, produtos agrcolas etc. De que forma os chineses competem no marcado internacional?

Objetivo Operaes com nmeros inteiros, multiplicao e diviso com nmeros decimais. Introduo A invaso de produtos chineses em nossas vidas um fato real. Produtos que antes as empresas brasileiras exportavam para vrios pases

Descrio da atividade1. Proponha aos alunos as seguintes tarefas: a)Informe o valor de cada um destes itens em sua regio: (camisa, cala, carne, arroz, combustvel) e do salrio mnimo, em dlar. b) Transforme os valores chineses em reais e compare com os valores dos produtos de sua regio. c) Determine a diferena, em reais, dos valores. Faa sempre (produto brasileiro produto chins.) Se o resultado for negativo o produto chins mais caro; se for positivo, o brasileiro mais caro. 2. Pea aos alunos que mostrem as concluses sobre a razo de os chineses a terem preos to baixos e o que as indstrias brasileiras podem fazer para competir com eles.

Material indicado: calculadoraP

Tempo sugerido: 2 horas

Resultado esperado: Refletir sobre a atual situao do comrcio mundial aps o reconhecimento da China como economia de mercado.

Dica do professor: Busque informaes sobre o preo do dlar em jornais no dia da aula ou no telejornal do dia anterior.

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8Atividade

rea: MatemticaP

Nveis I e II

Brasil e China: quanta igualdadeIntroduo Pastore entende que a China produz muito e barato custa da explorao da mo-de-obra de seus milhares de trabalhadores. Que semelhanas e diferenas podemos encontrar entre a China e o Brasil?

Objetivos Transformar dlar em real. Estabelecer comparao entre valores e situaes de trabalho.

Descrio da atividade1. Pea aos alunos que convertam em real todos os valores em dlar encontrados no texto. Oriente-os a encontrar o valor da cotao do dlar em jornais, na televiso ou na internet. 2. Divida a turma em grupos e distribua para cada um dois ou trs pargrafos do texto, orientando que o reescrevam substituindo a informao e os valores sobre a China por valores e dados do Brasil. Ex. Em vez de Para os chineses, uma camisa custa o equivalente a US$ 1, os alunos devem escrever: Para os brasileiros, uma camisa custa o equivalente a ... (encontrar os preos em reais em anncios e usar a cotao do dia para o clculo). 3. Troque os textos reescritos entre os grupos e pea que cada um compare o pargrafo original de Pastore com o reescrito pelos colegas, percebendo o que igual e o que diferente entre os dois em termos de valores e situao trabalhista. Pea aos grupos que confiram se as trocas efetuadas pelos colegas esto adequadas. (funciona como uma avaliao). 4. Pea, ento, que cada grupo apresente suas concluses ao maior grupo, e faa na lousa, um quadro comparativo com as diferenas e

semelhanas entre os dois pases no que tange aos valores e s situaes do trabalho.

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados: Produzir textos comparativos entre Brasil e China destacando semelhanas e diferenas em termos de situaes e valores do trabalho.Dica do professor: Prepare com antecedncia as informaes sobre o Brasil que sero substitudas no texto sobre a China.

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8Atividade

rea: MatemticaP

Nvel II

Semelhanas e diferenas entre trabalhadores chineses e brasileirosnomicamente ativa de quase 700 milhes de pessoas que oferecem s empresas estrangeiras mo-de-obra barata, disciplinada e de boa qualidade. No entanto, isso tudo cria no pas problemas sociais e ambientais. Como seus alunos comparariam a situao dos trabalhadores chineses e a dos brasileiros? A atividade a seguir ajuda a estabelecer essa comparao.

Objetivo Conscientizar os alunos das condies de trabalho no Brasil e na China, aplicando conceitos matemticos de razo, mdia aritmtica e cmbio. Introduo No texto possvel perceber as condies de trabalho do povo chins. Uma populao eco-

Descrio da atividadeSolicite aos alunos que resolvam as seguintes questes: 1. Pesquisem o valor do salrio mnimo vigente no Brasil e a cotao atual do dlar (esses valores podem ser encontrados em jornais, televiso ou internet) e faam a converso do valor do salrio de reais para dlares. (Verifique se conseguem aplicar a regra de trs simples para efetuar esse clculo.); Supondo que o salrio mnimo da China seja a mdia aritmtica entre os salrios de Pequim, de Xangai e de Guangzhou, encontrem o valor aproximado recebido pelos trabalhadores chineses em um ms utilizando os resultados encontrados nos itens a e b, determinem a razo entre o salrio mnimo da China pelo salrio mnimo do Brasil. 2. Discuta com seus alunos o significado dessa razo no contexto sociopoltico. Considere tambm, que uma razo pode ser escrita por meio de frao, par ordenado ou diviso.

Material indicado: calculadoraP

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados: a) Identificar semelhanas e diferenas nas condies de trabalho dos dois pases citados. b) Demonstrar competncia e habilidade na aplicao dos conceitos desenvolvidos na atividade. c) Aplicar esses conhecimentos a outras situaes.

Dica do professor: Convidare um professor de histria para falar da China da OMC e das condies sociopolticas e econmicas do trabalhador chins, citadas no texto, em comparao com as condies do trabalhador brasileiro.

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8Atividade

rea: PortugusP

Nveis I e II

Expressividade e sinais de pontuaoperodo em oraes e analisar cada frase at chegar sua essncia e conhecer nossa lngua e a natureza dos sinais de pontuao. Cada um possui uma entonao prpria, que produz certo efeito nos ouvintes: a interrogao requer uma explicao; o ponto de exclamao pede compaixo, aprovao ou protesto; dois-pontos pedem uma considerao atenta daquilo que se lhes segue; e assim por diante. A pausa psicolgica d vida aos pensamentos, frases, oraes e ajuda a transmitir o contedo subtextual das palavras: o interior

Objetivo Relacionar expressividade oral e o uso correto da pontuao. Introduo Todo texto possui um subtexto: uma expresso manifesta, intimamente sentida por uma pessoa que fala, l ou escreve. Uma teia de movimentos interiores nos faz dizer de um determinado modo e no de outro. Para falar e pontuar, preciso tentar descobrir onde esto as pausas lgicas aquelas que tm por funo unir as palavras em grupos, oraes e separar esses grupos uns dos outros , intimamente relacionadas gramtica da lngua, aos sinais de pontuao. fundamental dividir o

Descrio da atividade1. Pea que um aluno leia o texto para a sala mostre como o autor refora, com palavras, sua admirao, seu choque, seus sentimentos. 2. Explique que os adjetivos e os advrbios de intensidade, alm da pontuao expressiva, reforam uma forma de ver e de sentir o mundo chins. Chame a ateno dos alunos para o fato de que para traduzir intensidade vrios pargrafos terminam com ponto de exclamao. 3. Escolha alunos e pea que digam: a) A populao economicamente ativa de 700 milhes de pessoas. afirmando; interrogando; espantado; sussurrando; com desespero; como se fosse um segredo. b) Eu te amo indicando: paixo verdadeira, uma mentira deslavada; ironicamente, para no ofender com palavres a pessoa a quem se dirige. Explique aos alunos que, ao dizer isso, valeram-se de pausas (lgicas ou psicolgicas) entre as palavras para

provocar emoes. Pea aos alunos que, com o uso dos sinais de pontuao, expressem essas formas na escrita. 5. Selecione frases do prprio texto ou de outros, e use-as sem sem pontuao. Pea aos alunos que, primeiramente, falem para expressar a forma como sentem o que est sendo dito. Depois, escrevam as frases dadas valendo-se dos sinais de pontuao. Por fim, verifiquem em grupo a forma como foi feita a pontuao.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultado esperado: Relacionar expresso oral e pontuao.Caderno do professor / Globalizao e Trabalho 37

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9Atividade

rea: ArtesP

Nveis I e II

Meu corao est em...notcias nos tocam mais diretamente, despertando em ns uma multiplicidade de sentimentos, como revolta, indignao, solidariedade ou compaixo. O que, no entanto, fazemos com a informao ou o conhecimento obtido atravs da notcia? Discutimos, criamos algo, compartilhamos nossas interpretaes ou mudamos de canal?

Objetivos Discutir temas atuais de interesse coletivo que mobilizam sentimentos. Criar um poema escrito, visual ou dramtico sobre uma notcia que tenha provocado um desejo de ao. Introduo Quando nos sentamos diariamente diante da televiso e assistimos ao noticirio, algumas

Descrio da atividade1. Rena em classe pequenos grupos pea que escolham um assunto que complete a frase Meu corao est em .... 2. Completada a frase, os grupos devem apontar aspectos que sustentam e exemplificam a razo pela qual o corao estaria nesse lugar ou em sintonia com esse fato. 3. Pea que construam um poema escrito, visual ou dramtico que materialize os pensamentos e sentimentos do grupo. 4. Os poemas devem ser apresentados e discutidos tomando por base as relaes afetivas e cognitivas e sociais que permeiam os interesses e desinteresses pessoais. Voc pode desenvolver a atividade num nico dia ou dar tempo para que os alunos renam material para concretizar a tarefa.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: a) Reconhecer assuntos de interesse, que lhe tocam de maneira especial. b) Apresentar, discutir e expressar seus pontos de vista, de forma artstica.

Dicas do professor: Sites www.tanto.com.br/opoemavisual.htm www.kakinet.com/caqui/nyumon.htm www.lausiqueira.blogger.com.br/

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9Atividade

rea: CinciasP

Nvel I

Por quem bate o seu corao?do nosso corpo. O nmero de vezes que ela funciona dado pelos batimentos cardacos, que podem variar de acordo com as necessidades do corpo humano. Quando estamos trabalhando o corao bate mais ou menos? Por qu?

Objetivos Compreender que o corao faz parte do sistema circulatrio. Identificar a variao nos batimentos cardacos em atividades diversas. Introduo Meu corao est em Faluja! A palavra corao utilizada em sentido metafrico, como no texto, quando se quer expressar sentimentos e emoes. No entanto, fisiologicamente o corao faz parte do sistema circulatrio, formado por artrias, veias, vasos capilares e sangue. O corao uma espcie de bomba que faz o sangue circular dentro

Contexto no mundo do trabalho: Esta atividade permite relacionar nossa necessidade de oxignio com as atividades que exercemos. O corao bate mais rpido quando o corpo precisa de mais oxignio para exercer suas atividades, por exemplo quando um esforo fsico maior exigido em trabalhos braais.

Descrio da atividadeSentimos os batimentos do corao colocando os dedos nas veias do pulso, do tornozelo, do pescoo ou encostando o ouvido no peito. 1. Cada aluno deve medir o prprio batimento cardaco por 60 segundos, pressionando levemente os dedos indicador e mdio sobre as veias do pulso. 2. Um colega deve auxili-lo nesta tarefa, indicando o incio e o fim do perodo de medio. 3. Mea os batimentos cardacos em quatro situaes: a) em repouso: cada aluno deve ficar sentado, respirando pausadamente por 3 minutos; b) em movimento suave: aps andar pela sala de aula por 2 minutos, num movimento suave, porm determinado; c) em movimento vigoroso: pulando por 60 segundos; d) novamente em repouso.

4. Anote os valores medidos em uma tabela. 5. Identifique em que situaes os valores maiores foram obtidos e justificar. 6. Mea os batimentos cardacos em outras situaes: pensando na pessoa amada; relembrando uma situao vivida de intenso perigo ou de briga, etc. 7. Justifique possveis diferenas nos valores medidos.Material indicado: cronmetroP

Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados: a) Conhecer o sistema sistema circulatrio do corpo humano, do qual o corao faz parte. b) Identificar a variao nos batimentos cardacos em atividades diversas.

Dicas do professor: H doenas que fazem o corao funcionar de forma irregular, causando arritmia.

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9Atividade

rea: PortugusP

Nvel I

Faluja de todos ns

Objetivo Fazer uma leitura crtica e literria do texto e produzir um novo texto util