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Integrantes Promopetro:
Coordenador:
Professor Sérgio Lucena
Edição de Apostilas
Aklécio N. Silva
Paloma Boa Vista Felix
Sérgio Lucena
Valnísia Nogueira
Capa
Cléber Souza
APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA À ENGENHARIA Objetivos:
Apresentar conceitos matemáticos, suas operações e propriedades, e discutir
exemplos de fixação baseados em casos típicos da engenharia. Através de
casos do dia a dia mostramos uma ligação entre tais conceitos e sua
utilização na engenharia.
Projeto Promopetro:
O projeto tem como metodologia a elaboração de material didático impresso
e multimídia sobre as disciplinas de ensino médio, e fará uso da simulação
computacional, de aulas expositivas e práticas possibilitando visualização de
unidades de processo através de maquetes virtuais. As apostilas fazem
ligações entre as informações e conhecimentos sobre assuntos abordados na
Engenharia e assuntos que podem ser estudados no ensino médio.
A metodologia procura utilizar conceitos ligados à engenharia para
estabelecer uma forte conexão entre as atividades de ensino das ciências
exatas, como matemática, física, química e informática, e as áreas de
processos petroquímicos e de bicombustíveis. Isto permitirá envolver os alunos
de ensino médio com os problemas tecnológicos e a escolha do seu futuro
profissional.
Estas disciplinas ligadas à engenharia, mesmo abordadas dentro de uma
perspectiva de ensino médio trazem informação e conteúdo para uma
formação adequada do aluno, e fazem uso de uma forte base das ciências
exatas. A concepção do processo químico, o dimensionamento dos
equipamentos, o desenho dos equipamentos de processo e o simulador
computacional de processos serão aprendidos e executados passo a passo
pelos alunos envolvidos. Isso permitirá uma interação entre atividades de
ensino superior e as atividades de ensino das ciências exatas no ensino médio.
~ 5 ~
SUMÁRIO
CURIOSIDADE: PETRÓLEO E REFINO .............................................................................. 7
CAPÍTULO1- TEORIA DOS CONJUNTOS ........................................................................ 8
1.1- CONJUNTOS NO R² INTRODUÇÃO: .................................................................................................. 8 1.2- CONJUNTO: .................................................................................................................................... 8 1.3- NOTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO:........................................................................................................ 8 1.4- RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA: ............................................................................................................. 9 1.5- RELAÇÃO DE INCLUSÃO SUBCONJUNTO: ......................................................................................... 9 1.6- CONJUNTO UNIVERSO: ................................................................................................................. 11 1.7- CONJUNTOS NUMÉRICOS: ............................................................................................................. 11 1.8- CONJUNTO DE PARTES:.................................................................................................................. 13 1.9- CONJUNTO DE IGUALDADE: .......................................................................................................... 14 1.10- OPERAÇÕES COM CONJUNTOS: .................................................................................................... 14 1.11- UNIÃO: ......................................................................................................................................... 15 1.12- INTERSECÇÃO: .............................................................................................................................. 16 1.13- DIFERENÇA: .................................................................................................................................. 16 1.14- COMPLEMENTAÇÃO: .................................................................................................................... 17 CURIOSIDADES: SETE USOS SURPREENDENTES PARA O PETRÓLEO. ................................................................ 18 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: ...................................................................................................................... 20
CAPÍTULO 2- VETORES: CONHECENDO A MECANICA DOS FLUÍDOS. ...................... 22
VETORES NO PLANO: ................................................................................................................................ 23 2.1- INTRODUÇÃO: ........................................................................................................................................ 23 2.2- GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS: ..................................................................................................... 23 2.3- DEFINIÇÕES, ETIMOLOGIA E NOTAÇÕES: ................................................................................................ 23 2.4- VETORES PARALELOS: ............................................................................................................................. 25 2.5- MULTIPLICAÇÃO DE UM VETOR POR UM ESCALAR: ................................................................................... 26 2.6- VETORES COPLANARES E NÃO COPLANARES: ........................................................................................ 27 2.7- ADIÇÃO DE VETORES: ............................................................................................................................ 27 2.8- SUBTRAÇÃO DE VETORES: ....................................................................................................................... 30 2.9- COMBINAÇÃO LINEAR DE VETORES: ....................................................................................................... 30 2.10- EXPRESSÃO CARTESIANA DE UM VETOR: ............................................................................................... 30 2.11- CONDIÇÃO DE PARALELISMO DE DOIS VETORES: .................................................................................. 32 2.12- CONDIÇÕES DE COPLANARIDADE DE VETORES: ................................................................................... 33 2.13- COMBINAÇÃO LINEAR DE 4 VETORES: .................................................................................................. 34 2.13- ÂNGULO DE 2 VETORES: ....................................................................................................................... 36 2.14- MULTIPLICAÇÃO INTERNA OU ESCALAR: ............................................................................................... 36 CURIOSIDADES: POR QUE O AVIÃO VOA? ...................................................................................................... 39 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: .............................................................................................................................. 41
CAPÍTULO 3- ESTUDO DA RETA: CONDUÇÃO DE CALOR E A RETA. .......................... 44
CAPÍTULO 4 – NOÇÕES DE LÓGICA ........................................................................... 62
1. PRINCÍPIOS E LEI FUNDAMENTAIS DE LÓGICA CLÁSSICA................................................................ 62 2. SENTENÇA MATEMÁTICA ............................................................................................................... 63 3. SENTENÇAS VÁLIDAS E INVÁLIDAS................................................................................................. 63 4. PROPOSIÇÃO ................................................................................................................................ 63 5. CÁLCULO PROPOSICIONAL ........................................................................................................... 64 6. PROPOSIÇÃO SIMPLES ................................................................................................................... 64 7. NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO SIMPLES .................................................................................... 65
~ 6 ~
8. PROPOSIÇÕES COMPOSTAS: CONECTIVOS E CONDICIONAIS ....................................................... 66 9. CONJUNÇÃO: CONECTIVO ∧ (LÓGICA E) ................................................................................... 66 10. DISJUNÇÃO: CONECTIVO ∨ (LÓGICA OU) ................................................................................... 67 11. CONDICIONAL SIMPLES: SÍMBOLO LÓGICO → (SE..., ENTÃO...) ................................................... 68 12. BICONDICIONAL: EQUIVALÊNCIA LÓGICA ↔ (SE...,E SOMENTE SE,...) .......................................... 69 13. TAUTOLOGIA: PROPOSIÇÃO LOGICAMENTE VERDADEIRA ............................................................. 70 14. PROPOSIÇÃO LOGICAMENTE FALSA .............................................................................................. 71
~ 7 ~
CURIOSIDADE: PETRÓLEO E REFINO
Formado a milhares de anos, quando
pequenos animais e vegetais marinhos foram
soterrados e submetidos à ação de
microorganismos, do calor e de pressões
elevadas, ao longo do tempo, o petróleo é sem
duvida uma das maiores descobertas para a
vida moderna.
Ao ser extraído no campo de produção, o petróleo é chamado de Óleo Cru
e dependendo do tipo de rocha em que ele é extraído é possível obter o
petróleo nas cores, amarelo, verde, marrom e preto.
Dependendo da localização, produção, transporte, processamento e da
distribuição dos hidrocarbonetos que existe nos poros e canais de uma rocha
reservatória, dentro do campo petrolífero com isso estabelece-se cinco
segmentos básicos da indústria do petróleo, que são: exploração, Explotação
(Perfuração + Produção), transporte e refino.
O Refino:
Para obter os produtos finais do petróleo, como diesel, gasolina, querosene,
entre outros é necessário fazer o refino do petróleo, e esse processo é feito
através do beneficiamento pelos quais passam o produto bruto, para obter os
produtos desejados, ou seja, o refino de petróleo nada mais é que separar as
frações que se deseja para se processar e industrializá-las até que se
transformem em produtos vendáveis.
Uma refinaria representa um conjunto de processos, e num desses processos
esta o refino do petróleo, onde este é recolhido aos tanques de
armazenamento após ser transportado por via marítima ou terrestre e depois de
ter percorrido, às vezes, milhares de quilômetros. Compete aos laboratórios a
avaliação do petróleo a ser destilado, bem como a indicação da possibilidade
de obtenção dos derivados. (COOPETRÓLEO, acessado em março, 2012)
Deste modo, é possível observarmos uma relação entre a matemática e a
engenharia, como é mostrado no texto acima na representação dos conjuntos
numa refinaria de petróleo.
Figura 1: Barril De Petróleo
~ 8 ~
CAPÍTULO1- TEORIA DOS CONJUNTOS
1.1- CONJUNTOS NO R² INTRODUÇÃO:
A teoria dos conjuntos possui grande utilidade nas diversas áreas da
matemática, como também em outros ramos educativos nas áreas das
ciências físicas e humanas.
Para inicio do assunto devemos ter em mente a existência de alguns conceitos
para estabelecer o estudo dos conjuntos.
Assim, teremos de inicio três conceitos primitivos que são: Elemento, Conjunto e
Pertinência, onde precisamos entender que cada vogal do alfabeto é um
elemento do conjunto do alfabeto, ou melhor, cada vogal pertence ao
conjunto do alfabeto.
1.2- CONJUNTO:
Conjunto é um grupo de objetos e cada objeto que forma o conjunto é
chamado de elemento.
Exemplo: Conjunto de vogais do alfabeto:
Elementos: a, e, i, o, u.
1.3- NOTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO:
Para dar nome aos conjuntos, geralmente são usadas letras maiúsculas do
nosso alfabeto e a representação pode ser de varias maneiras como:
I- Listagem dos Elementos:
O conjunto é apresentado pela listagem de seus elementos, onde todos os
elementos que pertencem a esse conjunto são colocados entre chaves e
separados por vírgulas ou por ponto e vírgulas caso haja representação de
números decimais.
Exemplo: 1º Seja A o conjunto das vogais da palavra “PAPAGAIO”
𝐴 = {𝑎, 𝑖, 𝑜}
2º Seja C o conjunto dos algarismos decimais:
𝐶 = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
II- Diagrama de Euler-Ven:
~ 9 ~
A representação de conjunto por meio do diagrama de Euler-Ven é muito
pratica, por se tratar de uma representação gráfica, ou seja, os elementos do
conjunto são colocados dentro de uma linha fechada.
A C
Exemplo: a i 0 1 2 3
O 4 5 6 7 8 9
1.4- RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA:
Relação para indicar que um determinado elemento Z faz parte do conjunto B,
dessa forma diz que:
𝒁 ∈ 𝑩
Em que, corresponde ao símbolo indica a relação de pertinência. Para o caso
de o elemento Z não pertencer ao conjunto B utilizamos o símbolo ∉ (não
pertence).
Exemplo: Consideremos o conjunto: 𝐴 = {0, 2, 4, 6, 8}
O algarismo 2 pertence ao conjunto A: 𝟐 ∈ 𝑨
O algarismo 7 não pertence ao conjunto A: 𝟕 ∉ 𝑨
1.5- RELAÇÃO DE INCLUSÃO SUBCONJUNTO:
Se todo elemento de um conjunto A também pertence a um conjunto B, então
dizemos que A está contido em B:
𝑨 ⊂ 𝑩
Quando pelo menos um elemento de A não pertence a B, dizemos que A não
esta contido em B:
𝑨 ⊄ 𝑩
Ou seja:
B B B
A A A
A ⊂ B A ⊄ B A ⊄ B
~ 10 ~
Se o conjunto A está contido no conjunto B, temos que A é
um subconjunto de B. Como todo elemento do conjunto A pertence
ao conjunto A, dizemos que A é subconjunto de A logo temos que,
todo conjunto é subconjunto dele mesmo.
Na relação de pertinência segue a relação em que um elemento esta para um
conjunto, já a relação de inclusão refere-se em todos os casos a dois conjuntos.
Exemplos:
{𝟐} ⊂ {0,2, 4, 6, 8}
𝟐 ∈ {0,2, 4, 6, 8}
{𝟐} ∈ {0, (2), 4, 6, 8}
{𝟐} ⊄ {0, (2), 4, 6, 8}
Nos exemplos acima se percebe que há uma diferença entre 2 e {2}, onde o
primeiro representa o elemento 2 e o segundo é o conjunto formado pelo
elemento 2. Um par de brincos e uma caixa de jóia são coisas diferentes por isso
devem ser tratadas de modo diferentes.
É possível também haver que, dentro de um conjunto, outro conjunto pode ser
visto como um de seus elementos:
Exemplo: {1,5} é um conjunto, mas no Conjunto 𝐴 = {1,3, {1,5}, 4} ele será
considerado um elemento, ou seja, { 1,5} ∈ 𝑨.
Uma cidade é um conjunto de pessoas que representam os moradores da
cidade, porém uma cidade é um elemento do conjunto de cidades que
formam um Estado.
Outros tipos de conjuntos:
I- Conjunto Unitário:
Ao conjunto formado por um único elemento, chamamos de conjunto unitário.
Exemplo: Conjunto dos números primos, pares e positivos: {2}
Conjunto das letras que recebem cedilha: {Ç}
II- Conjunto Vazio:
~ 11 ~
Conjunto formado por nenhum elemento. O conjunto vazio é considerado um
conjunto, quando ele é formado por elementos que admitem uma propriedade
impossível.
Exemplo: Conjunto dos meses do ano que começam com a letra P: { }
Conjunto dos números negativos maiores que zero: { }
Note que o conjunto vazio pode ser representado por { } ou pelo símbolo ∅, cuja
origem é norueguesa.
É importante observar que não se pode confundir as duas representações do
conjunto vazio { } ou ∅ e não por { ∅ }, pois assim ele seria considerado um
conjunto unitário.
Todo conjunto vazio está contido em qualquer conjunto e, por isso, é
considerado subconjunto de qualquer conjunto, inclusive dele mesmo.
1.6- CONJUNTO UNIVERSO:
Conjunto no qual pertencem todos os elementos, representado pela letra ∪.
Exemplo: Se estivermos analisando o conjunto de crianças que passam fome,
seu conjunto-universo poderá ser o Brasil, a África, acidade de São Paulo, etc.
1.7- CONJUNTOS NUMÉRICOS:
Conjunto dos números naturais (N):
𝑵 = {0,1,2,3,4,5,6, . . . }
Conjunto dos números inteiros (Z)
𝒁 = {. . . , −4, −3, −2, −1,0,1,2,3, . . . }
É evidente que 𝑵 ⊂ 𝒁.
Conjunto dos números racionais (Q)
São aqueles que podemos obter pela divisão de dois inteiros.
𝑸 = {𝑥; 𝑥 = 𝑝/𝑞 𝑐𝑜𝑚 𝑝 ∈ 𝒁, 𝑞 ∈ 𝒁 𝑒 𝑞 ≠ 0}.
Todo numero racional tem uma representação decimal exata ou infinita
periódica.
~ 12 ~
Exemplo:
{−1; ½; 0; 3,2; 2,3333 . . . }
Note que 𝑵 ⊂ 𝒁 ⊂ 𝑸.
Dízimas periódicas:
Simples: Coloca-se o período como numerador e tantos noves quantos forem os algarismos do período no denominador.
Exemplo: {0, 3333 = 3/9 = 1/3}
Compostas: Coloca-se como numerador o numero após a vírgula ate o período, menos a parte não periódica. Como denominador vão tantos noves quantos forem os algarismos do período e tantos zeros quantos forem os algarismos da parte não periódica.
Exemplo:
4,18989. . . = 4 (189 − 1/990) = 4 (188/990) = 4 (94/495) = 2074/495
Conjunto dos números irracionais (I)
São números que não podem ser obtidos pela divisão de dois inteiros.
I = {x; x é uma dízima não periódica}.
Todo numero Irracional tem uma representação decimal infinita e não
periódica.
Exemplo:
2 = 1, 1442135 …
= 3,1415926. ..
Conjunto dos números reais (IR)
O conjunto dos números reais são todos os números irracionais (I) ou Racionais
(Q), ou seja, 𝑰𝑹 = 𝑸 ∪ 𝑰
Todo numero real corresponde a um ponto na reta e
todo ponto na reta corresponde a um numero real.
~ 13 ~
Representação na reta:
1.8- CONJUNTO DE PARTES:
Seja o conjunto A, dizemos que o conjunto de partes de A, representado por
P(A), é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A.
Determinação do conjunto de partes de A, P(A):
Sendo o conjunto 𝐴 = {1, 4, 6}, vamos observar a partir deste exemplo como
funciona o procedimento para determinar o conjunto de partes de A, ou seja,
para obter o conjunto de partes de A basta escrever todos os subconjuntos de
A como mostra o procedimento abaixo:
1- Subconjunto vazio: ∅, pois o conjunto vazio é subconjunto de qualquer
conjunto,
2- Subconjuntos de apenas um elemento: {1}, {4}, {6},
3- Subconjuntos com dois elementos: {1,4}, {1,6}, {4,6}
4- Subconjunto com três elementos: {1,4,6}, porque todo conjunto é
subconjunto dele mesmo.
Logo temos que o conjunto P(A) pode ser descrito da seguinte forma:
𝑷(𝑨) = { ∅, {𝟏}, {𝟒}, {𝟔}, {𝟏, 𝟒}, {𝟏, 𝟔}, { 𝟒, 𝟔}, {𝟏, 𝟒, 𝟔} }
Números de elementos do conjunto de partes:
É possível se determinar a quantidade de elementos de P(A), sem
necessariamente escrever todos os elementos do conjunto de partes de A. Para
obtermos os números de P(A), partimos do seguimento de que cada elemento
do conjunto de A, possui duas opções de formação dos subconjuntos: ou o
elemento pertence ao subconjunto ou não pertence ao subconjunto e usando
o principio multiplicativo das regras de contagem, se cada elemento apresenta
duas opções, temos então:
𝒏[𝑷(𝑨)] = 𝟐𝒏{𝑨}
Pelo exemplo anterior A {1,4,6} vemos que ele possui 3 elementos, então pela
formula dos números de elementos do conjunto de partes de A temos:
𝑵[𝑷(𝑨)] = 𝟐𝟑{𝟏,𝟒,𝟔}
Logo:
𝒏[𝑷(𝑨)] = 𝟖
~ 14 ~
1.9- CONJUNTO DE IGUALDADE:
Dados os conjuntos A e B, A, será igual a B se e somente se cada elemento de
A, está em B e cada elemento de B está em A.
Simbolicamente temos: 𝑨 = 𝑩 ↔ 𝑨 ⊂ 𝑩 𝒆 𝑩 ⊂ 𝑨.
Ou seja, dois conjuntos serão iguais se e somente se eles possuírem os mesmos
elementos, em qualquer ordem, sem importar o numero de vezes que eles
aparecem.
Exemplo:
{1, 2, 3} = {1, 1, 1, 1, 1, 1, 2, 3, 3, 3, 3, 2,2} = {3, 2, 1}
RESUMUNDO:
1.10- OPERAÇÕES COM CONJUNTOS:
Na aritmética é possível somar, multiplicar ou subtrair dois números
quaisquer, já na teoria dos conjuntos existem as operações união,
intersecção, diferença e complemento que se assemelham
respectivamente as operações de adição, multiplicação e subtração de
números.
Na tabela abaixo temos um resumo das operações de conjuntos que serão
estudados separadamente:
∈ : pertence ∃ : existe
∉ : não pertence ∄: não existe
⊂ : está contido ∀ : para todo (ou qualquer que seja)
⊄ : não está contido ∅: conjunto vazio
⊃ : contém 𝐍: Conjunto dos números naturais
⊅ : não contém 𝐙: Conjunto dos números inteiros
/: tal que 𝑸: Conjunto dos números racionais
⟹ : implica que 𝑸′ = 𝑰: Conjunto dos números irracionais
⇔ : se, e somente se 𝐑: Conjunto dos números reais
OPERAÇÃO COM OS CONJUNTOS A E B SIGNIFICADO
União ∪ 𝒙 ∈ 𝑨 ∪ 𝑩 ⇔ 𝒙 ∈ 𝑨 𝒐𝒖 𝒙 ∈ 𝑩
Intersecção ∩ 𝒙 ∈ 𝑨 ∩ 𝑩 ⇔ 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 𝒙 ∈ 𝑩
Diferença − 𝒙 ∈ 𝑨 − 𝑩 ⇔ 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 (𝒙 ∉ 𝑩)
Complementação . 𝐜 𝒙 ∈ 𝑼 / (𝒙 ∉ 𝑨)
TABELA 1: OPERAÇÕES DE CONJUNTOS
~ 15 ~
DOIS CONJUNTOS A E B DIZEM-SE DISJUNTOS SE 𝑨 ∩ 𝑩 = ∅.
1.11- UNIÃO:
Dados dois conjuntos quaisquer A e B, a união A ∪ B é o conjunto dos elementos
x tais que x pertence ao menos um dos conjuntos A e B, ou seja, x ∈ A ∪ B ⇔x ∈
A ou x ∈ B.
Exemplo: 𝐴 = {1, 2,3 } 𝑒 𝐵 = { 5,6,4} então 𝑨 ∪ 𝑩 = { 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓, 𝟔 }
Q = Conjunto dos números racionais e Z= conjunto dos números inteiro,
então,
𝒁 ∪ 𝑸 = 𝑸 𝒆 𝑸 ∪ 𝒁 = 𝒁.
Propriedades Da União:
Inclusão na união: para todos os conjuntos A e B.
𝑨 ⊂ 𝑨 ∪ 𝑩
𝑩 ⊂ 𝑨 ∪ 𝑩
Considere agora três conjuntos quaisquer, A, B e C. Então são verdadeiras as
seguintes propriedades:
Idempotência:
𝐴 𝑈 𝐴 = 𝐴, ou seja, A união de um conjunto qualquer A com ele mesmo é
igual a A;
Comutativa:
𝐴 𝑈 𝐵 = 𝐵 𝑈 𝐴;
Elemento Neutro:
Ø 𝑈 𝐴 = 𝐴 𝑈 Ø = 𝐴, ou seja, oconjunto Ø é o elemento neutro da união
de conjuntos;
Associativa:
(𝐴 𝑈 𝐵) 𝑈 𝐶 = 𝐴 𝑈 (𝐵 𝑈 𝐶).
Propriedade transitiva dos subconjuntos: para todos os conjuntos A, B e C.
𝑆𝑒 𝐴 ⊂ 𝐵 𝑒 𝐵 ⊂ 𝐶 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐴 ⊂ 𝐶
~ 16 ~
1.12- INTERSECÇÃO:
Dados dois conjuntos quaisquer A e B, a união A ∩ B é o conjunto dos elementos
x tais que x pertencem ambos os conjuntos A e B, ou seja:
𝒙 ∈ 𝑨 ∩ 𝑩 ⇔ 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 𝒙 ∈ 𝑩.
Se 𝐴 ∩ 𝐵 = ∅, dizemos que A e B são disjuntos.
Exemplos:
1- A = {2, 3, 5} 𝑒 𝐵 = {1, 4, 3, 5}, então 𝑨 ∩ 𝑩 = {𝟑, 𝟓}
2- Im = conj. dos números imaginários e R= conj. Dos números reais, então
𝑰𝒎 ∪ 𝑹 = 𝜱, ou seja, são disjuntos.
Os fatos acima nos dizem que A intersecção B é um subconjunto de A e de B,
ou seja:
𝑨 ∩ 𝑩 ⊂ 𝑨 𝒆 𝑨 ∩ 𝑩 ⊂ 𝑩
Propriedades da Intersecção
Considere agora três conjuntos quaisquer, A, B e C. Então são verdadeiras as
seguintes propriedades:
Idempotência: 𝐴 ∩ 𝐴 = 𝐴
Comutativa: 𝐴 ∩ 𝑈 = 𝐵 ∩ 𝐴
Elemento Neutro, ou seja, o conjunto universo U é o elemento neutro da
intersecção de conjuntos: 𝐴 ∩ 𝑈 = 𝐴
Associativa:
𝐴 ∩ (𝐵 ∩ 𝐶) = (𝐴 ∩ 𝐵) ∩ 𝐶
1.13- DIFERENÇA:
Dados dois conjuntos quaisquer A e B, a diferença 𝐴 − 𝐵 é o conjunto dos
elementos x tais que x pertencem ao conjunto A e x não pertencem ao
conjunto B, ou seja:
𝒙 ∈ 𝑨 − 𝑩 ⇔ 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 (𝒙 ∉ 𝑩)
Exemplo: 𝐴 = {1, 3, 7} 𝑒 𝐵 = {1, 2, 4, 5}, então 𝑨 − 𝑩 = {𝟑, 𝟕}
~ 17 ~
1.14- COMPLEMENTAÇÃO:
Esse tipo de operação esta relacionada à diferença, então, dados dois
conjuntos quaisquer A e B, a complementação BC A é o conjunto dos elementos
de x tais que x ao conjunto A e x não pertence ao conjunto B, ou seja,
𝒙 ∈ 𝑩𝑪 𝑨 = 𝑨 – 𝑩 ⇔ 𝒙 ∈ 𝑨 𝒆 (𝒙 ∉ 𝑩).
Exemplo: 𝐴 = {2, 5, 6, 8} 𝑒 𝐵 = {6, 7, 8}
𝐵 ⊂ 𝐴, então o conjunto complementar será 𝑪𝑨𝑩 = 𝑨 – 𝑩 = {𝟐, 𝟓}
Propriedades da Complementação
Considere agora três conjuntos quaisquer, A, B e C. Então são verdadeiras as
seguintes propriedades:
1- 𝑪𝑨𝑩 ∩ 𝑩 = 𝜱 𝒆 𝑪𝑨𝑩 𝑼 𝑩 = 𝑨 2- 𝑪𝑨𝑨 = 𝜱 𝒆 𝑪𝑨𝜱 = 𝑨 3- 𝑪𝑨 (𝑪𝑨𝑩) = 𝑩 4- 𝑪𝑨 (𝑩 ∩ 𝑪) = 𝑪𝑨𝑩 𝑼 𝑪𝑨𝑪 5- 𝑪𝑨( 𝑩 𝑼 𝑪) = 𝑪𝑨𝑩 ∩ 𝑪𝑨𝑪
A complementação de conjuntos é uma operação unária que a cada
conjunto P faz corresponder o conjunto representado por P’ ou 𝑷 definido por:
𝑷’ = {𝒙 ∶ 𝒙 ∈ 𝑼 𝒆 𝒙 ∉ 𝑷},
onde U é o universo de definição do conjunto.
P’ diz-se o complementar de P no universo U, entao temos que :
𝑷 ∪ 𝑷’ = 𝑼
A reunião de um conjunto qualquer com o seu complementar é o universo.
Leis de De Morgan
𝒊) (𝑷 ∩ 𝑸) ‘ = 𝑷’ ∪ 𝑸’
O complementar da intersecção de dois conjuntos é igual à reunião dos
complementares dos conjuntos.
𝒊𝒊) (𝑷 ∪ 𝑸) ‘ = 𝑷’ ∩ 𝑸’
O complementar da reunião de dois conjuntos é igual à intersecção dos
complementares dos conjuntos.
~ 18 ~
CURIOSIDADES: SETE USOS SURPREENDENTES PARA O PETRÓLEO.
O petróleo é mais, muito mais do que a matéria prima dos combustíveis de
automóveis. Na realidade dependemos pesadamente dos compostos
provenientes do petróleo, que se nos transformam mais variados produtos de
consumo.
Confira essa lista com sete usos surpreendentes da substância:
7. Batom:
Por muitos anos os cosméticos foram feitos apenas de
produtos naturais, mas, hoje, um dos principais ingredientes
de maquiagens é o petróleo. Ele é a matéria-prima de
componentes como o propileno glicol e os corantes. O
petróleo é o responsável pela fixação e pelas cores vibrantes
das maquiagens atuais
6. Painéis Solares:
A energia solar é limpa e faz com que as pessoas não usem
mais combustíveis fósseis, certo? Nem tanto. Os painéis
utilizados para capturar a luz solar são feitos de resina e
plástico – produtos baseados em petróleo. As indústrias que
produzem esses painéis estão pesquisando bio resinas para
substituir os plásticos.
5. Poliéster:
Para muitas donas de casa, roupas que não ficam
amassadas e não precisam ser passadas são de grande
ajuda. Mas isso só acontece por causa do petróleo. A
substância é usada para formar fibras de tecido em sua
camisa sintética. A parte boa é que o poliéster pode ser
reciclado. A parte ruim é que ele está bem fora de moda.
4. Chiclete:
Do que você pensava que ele era feito? Se você gosta da
duração e da textura de sua goma de mascar então
agradeça ao petróleo. As primeiras gomas de mascar
derivavam de um látex conhecido como “chicle”, mas as
atuais são feitas de polímeros – por isso os chicletes
demoram a se decompor quando você os cospe na rua.
Eles não são biodegradáveis.
Figura 2: Batom Derivado de Petróleo
Figura 3: Painéis Solares
Figura 4: Tecido De Poliéster
Figura 5: Chiclete Derivado Do Petróleo
~ 19 ~
3. Aspirina:
Sua companheira pós-ressaca também é feita de petróleo.
Pessoas as tomam para curar dores de cabeça, febre e para
se prevenir de ataques cardíacos e derrames – e o remédio
se mostrou ser um dos mais confiáveis. O famoso ácido
acetilsalicílico é um produto natural, mas outros
componentes da aspirina, como o benzeno, é derivado do
petróleo.
2. Giz de Cera:
Eles não são realmente feitos de cera. Grande choque,
certo? Pelo menos não de cera natural. Eles são formados
de parafina, a mesma substância que os surfistas usam em
suas pranchas e que produtores de maçãs passam nas frutas
para dar brilho a elas. Até mesmo o brilho do chocolate que
você come por der do petróleo.
1. Meia Calça:
Elas possuem nylon lembra? Milhões de mulheres as usam
todos os dias e mal sabem que estão se vestindo com
petróleo. O nylon é um termo-plástico desenvolvido em 1935
por um químico chamado Wallace Carothers. Hoje o nylon
está presente até nos pára-quedas.
Por Miguel Kramer, disponível em
http://hypescience.com/28404-sete-usos-surpreendentes-
para-o-petroleo/, março 2012.
Figura 6: Pílulas De Aspirinas
Figura 7: Giz De Cera
Figura 8: Meia Calça Em Nylon
~ 20 ~
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
1- No gráfico abaixo (temperatura e composição) temos as faixas de denominação
de alguns dos derivados do petróleo (Ex. querosene é qualquer coisa entre 150 e
300C). Como exemplo, podemos definir dois conjuntos, o composto chamado
gasóleo atmosférico e a nafta. Dentro do conjunto do gasóleo atmosférico temos
o próprio gasóleo e o querosene. O segundo conjunto será definido pela Nafta o
qual apresenta em sua composição à nafta e o querosene:
Q (querosene)
N (nafta)
G (gasóleo)
Solução:
Temos então que a intersecção desses dois conjuntos é o querosene, pois ele
pertence à faixa de temperatura entre o gasóleo e a nafta.
Assim sendo: 𝑵 ∩ 𝑮 = 𝑸
2- Os derivados do petróleo são obtidos através do processo de refino, pela
destilação fracionada e a vácuo, e produzem tanto matérias prontos para
consumo, quanto também produtos que servirão para transformação e
acabamentos de outros.
Obtido por destilação fracionada do óleo cru, o querosene é um produto
intermediário do refino do petróleo situado entre a gasolina e o óleo diesel.
Sendo uma de suas varias características, uma ampla curva de destilação
que por sua vez oferece um ótimo poder de solvência e baixa taxa de
Figura 9: Gráfico (Intersecção)
~ 21 ~
evaporação, e ponto de fulgor adequado para
manuseio com segurança. É utilizado desde
produto de limpeza, iluminação até
combustível para aviação.
A partir dos dados obtidos no texto acima
represente o conjunto dos processos do refino e
represente um subconjunto de um desses processos:
Solução:
Seja R o conjunto dos processos do refino e S o subconjunto temos:
R = {Destilação Fracionada, Destilação a vácuo}
S = {Querosene, Gasolina, óleo diesel}
Figura 10: Caminhões Tanque. Os Caminhões Apenas Carregam As Bombas Necessárias E Os Aparatos De Pressão, Mas Não Combustível.
~ 22 ~
CAPÍTULO 2- VETORES: CONHECENDO A
MECANICA DOS FLUÍDOS.
Para entendermos com clareza a Mecânica dos Fluidos, temos que relembrar
conceitos de fluidos, assim como sua dinâmica.
FLUIDO: é uma substância amorfa, que não tem forma própria, diferentemente
dos sólidos.
Todo fluido se apresenta nas fases liquida ou
gasosa e se adequa ao formato de qualquer
recipente, esta característica é devido ao grau
de liberdade de movimento de suas moléculas.
Então, um conceito de mecânica dos fluidos
seria a ciência que trata do comportamento dos
fluidos em repouso e em movimento.
Neste capitulo abordaremos a relação
entre a mecânica dos fluidos e o conceito
de vetores integrando na pratica como a
engenharia pode se adequar a
matemática tanto no dia a dia quanto na
tecnologia.
Deste modo podemos dizer que o estudo
da mecânica dos fluidos é quesito básico
para quase todas as áreas da ciência,
principalmente para engenharia em que
as aplicações são visíveis e essenciais.
O entendimento das idéias básicas de fluidos referentes à evolução de seus
estudos durante os tempos faz-se necessário para maior clareza e
entendimento dos fenômenos que envolvem fluidos seja na natureza, ou em
máquinas.
Figura 12: Exemplo De Fluído (Água)
Figura 11: Exemplo De Sólido (Cubos De Gelo)
Figura 13: Barragem Como Exemplo De Um Fluído Escoando.
Figura 14: Avião Representando A Aerodinâmica Como Exemplo Para Uso De Mecânica Dos Fluidos
~ 23 ~
VETORES NO PLANO:
2.1- INTRODUÇÃO:
A regra do paralelogramo foi descoberta por volta de 1586, por Simon Stevin,
um engenheiro flamengo, mais conhecido como Arquimedes Holandês,
quando a partir de um problema de forças foi enunciado uma regra empírica
para se achar a soma de 2 forças aplicadas num mesmo ponto, então, a
partir desde estudo da mecânica foi proposto o conceito dos vetores.
Já em 1797, os vetores foram considerados como “Linhas Dirigidas” na obra
Ensaio sobre a representação da direção, de Gaspar Wessel, matemático
dinamarquês.
A sistematização da teoria dos vetores ocorreu no século XIX através dos
estudos do irlandês William Hamilton, do alemão Hermann Grasmann e do
físico norte-americano Josiah Gibbs.
2.2- GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS:
Certas grandezas como temperatura, pressão, massa e outras podem ser
definidas como escalares, porque graficamente elas podem ser vistas como
um ponto numa escala.
Já outras grandezas como velocidade, forças e outras precisam além de um
valor escalar, uma direção e no gráfico é representada por um segmento de
reta com seta. A essas grandezas chamamos de Vetoriais.
Deste modo um vetor é defino como uma grandeza pelo seu comprimento e
do ângulo que faz com uma referência.
2.3- DEFINIÇÕES, ETIMOLOGIA E NOTAÇÕES:
Vetor:
I- É uma tripla constituída de uma direção, um sentido e um número
não negativo.
II- È o conjunto de todos os segmentos orientados na mesma direção,
sentido e comprimento.
Imagem geométrica ou representante de um vetor:
O segmento orientado é um conjunto de pontos, ao
passo, que o vetor é um conjunto de segmentos.
Assim, cada segmento orientado é sempre a
imagem geométrica ou representante de um vetor.
~ 24 ~
Notações dos vetores:
Os vetores podem ser representados das seguintes maneiras:
I- Por uma seta em cima de uma letra latina minúscula:
Exemplo: 𝑎 , 𝑏 , 𝑐 , . ..
II- Por uma sobre linha numa letra latina minúscula:
Exemplo: 𝑑, 𝑒, 𝑓, . ..
III- Dois pontos que são a origem e a extremidade de um representante de
um vetor.
Exemplo: A soma do ponto A como vetor 𝑣 é o ponto B:
𝐵 = 𝐴 + 𝑣 , ou seja, 𝑣 = 𝐵 – 𝐴 e também pode ser descrita como: 𝒗 = 𝑨𝑩
IV- Por um conjunto ordenado 𝑢 = (𝑋1 , 𝑌1 , 𝑍1), onde 𝑢 = (2, 6, 8), vemos na
figura abaixo, que 𝑢 = 𝐷 − 𝑂, e como O está na origem, logo, 𝑢 = 𝐷
V- Também podem se em módulo de 𝑣 ( 𝑣 ):
Exemplo: 𝑣 = 4
VI- Vetor Nulo (0 ), esse vetor possui modulo igual a zero, com coordenadas
(0,0,0)e é representado graficamente como a origem nos sistemas de
coordenadas cartesianos.
VII- Vetor Unitário: Possui módulo igual a 1
Exemplo: então 𝑣 = 1
~ 25 ~
VIII- Versor, num vetor não nulo, o versor é o vetor unitário que tem a
mesma direção e mesmo sentido de 𝑣 .
Exemplo:
𝑣 =𝑣
3 e 𝑤 =
𝑤
4
Então: 𝑣𝑒𝑟𝑠 𝑣 =𝑣
𝑣
𝑣𝑒𝑟𝑠. 𝑣 𝑣
𝑣𝑒𝑟𝑠. 𝑤 𝑤
O vetor unitário coincide com seu próprio versor.
Vetor Oposto: seja um vetor 𝑨𝑩, o seu oposto é 𝑩𝑨 que pode ser indicado por
– 𝑨𝑩. Então, temos que um vetor oposto 𝒗 é representado por: − 𝒗
Exemplo: 𝒗 −𝒗
2.4- VETORES PARALELOS:
Dois vetores U e V são paralelos quando possuem mesma direção, ou seja,
suas imagens geométricas são representadas sobre uma mesma reta.
Exemplo: 𝒖
𝒗
Os vetores acima u e v, são paralelos e podem ser representados
colinearmente.
𝒖 𝒗
Vetores Equiversos e Contraversos: São vetores equiversos os que possuem
mesmo sentido e ao contrario são os contraversos.
Exemplo: 𝒖 𝒖 𝒗 𝒗
~ 26 ~
2.5- MULTIPLICAÇÃO DE UM VETOR POR UM ESCALAR:
Seja x um escalar e v, o vetor; temos que o produto deste vetor com um
real (x) é representado por 𝑥𝑣 . Com isso:
I- Se, x > 0:
Então os vetores 𝑣 e 𝑥𝑣 serão equiversos.
Exemplo: 𝑝 (dado) ½ 𝑝
5 𝑝
Se, x < 0:
Então os vetores 𝑣 e 𝑥𝑣 serão controversos.
Exemplos: 𝑝 (dado). − ½ 𝑝
− 5𝑝
Casos Particulares:
𝟎(𝒗 ) = 𝟎
𝒙𝒗 = 𝟎, 𝒔𝒆 𝒙 = 𝟎, 𝒐𝒖 𝒗 = 𝟎
(−𝟏) 𝒗 = −𝒗 (𝒒𝒖𝒆 é 𝒐 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒗 )
Propriedades:
Seja p e q escalares aleatórios e 𝑣 e 𝑤 vetores quaisquer, então:
Propriedades Associativas em Relação aos Escalares:
𝑞 (𝑝𝑣 ) = 𝑝 (𝑞𝑣 ) = 𝑝𝑞(𝑣 )
Prpriedade Distributiva em relação a Adição de Escalares:
( 𝑝 + 𝑞) 𝑣 = 𝑝𝑣 + 𝑞𝑣
Prpriedade Distributiva em relação a Adição de vetores:
(𝑣 + 𝑤 ) 𝑝 = 𝑝𝑣 + 𝑝𝑤
Se, 𝑣 = (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1), temos que:
𝑝𝑣 = 𝑝 (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1) = (𝑝𝑥1 , 𝑝𝑦1 , 𝑝𝑧1)
~ 27 ~
2.6- VETORES COPLANARES E NÃO COPLANARES:
Os vetores (𝑢 , 𝑣 , 𝑤 ), são ditos coplanares quando possuem imagens
geométricas paralelas e no mesmo plano. É importante dizer que, dois vetores
são sempre coplanares, enquanto que três ou mais vetores podem ou não
serem coplanares.
𝑢 , 𝑣 𝑒 𝑤 são coplanares
𝑢 , 𝑣 𝑒 𝑤 não são coplanares
O vetor nulo é paralelo a qualquer vetor, e é coplanar a qualquer conjunto de
vetores coplanares.
2.7- ADIÇÃO DE VETORES:
Sejam dois vetores 𝑢 e 𝑣 , fixamos um ponto qualquer A do plano 𝑢 e 𝑣 , para
obtermos a soma desses vetores (𝑢 + 𝑣 ). Então, considerando 𝐵 = 𝐴 + 𝑢 e
𝐶 = 𝐵 + 𝑣 (de acordo com a figura abaixo), temos nessas condições:
𝒖 + 𝒗 = 𝑪 – 𝑨.
Por diferença de pontos: 𝑢 + 𝑣 = (𝐵 – 𝐴) + (𝐶 – 𝐵) = (𝐶 – 𝐴), em que 𝐴𝐶 é o
vetor resultante obtido da adição de 𝑢 com 𝑣 .
Geometricamente, ao somar dois vetores, com n um inteiro positivo qualquer,
fazemos a consideração das imagens dos vetores, de modo que a
extremidade se um vetor coincida com o início do outro. Dizemos então que o
vetor soma é o vetor que fecha a poligonal.
Exemplo: Representar através dos gráficos geométricos o vetor soma para os
seguintes vetores: 𝑢 , 𝑣 𝑒 𝑤 :
Dados os seguintes vetores:
~ 28 ~
a) 𝒖 + 𝒘 = ?
Solução:
b) 𝒗 + 𝒘 = ?
Solução:
c) 𝒖 + 𝒗 + 𝒘 = ?
Solução:
Como foi possível observar graficamente, o vetor soma é o segmento que
fecha a poligonal, cuja origem é a origem do primeiro vetor e a extremidade é
a extremidade do ultimo vetor.
Podemos ainda ter adição de vetores sob formas triplas:
Exemplo: 𝒑 = 𝒙𝟏, 𝒚𝟏, 𝒛𝟏 , 𝒒 = (𝒙𝟐, 𝒚𝟐, 𝒛𝟐), então:
𝒑 + 𝒒 = (𝒙𝟏 + 𝒙𝟐, 𝒚𝟏 + 𝒚𝟐 𝒛𝟏 + 𝒛𝟐)
Propriedades:
A partir dos vetores 𝑢 , 𝑣 , 𝑤 temos as seguintes propriedades?
Comutativa: 𝒖 + 𝒗 = 𝒗 + 𝒖
Exemplo: considere a figura abaixo:
~ 29 ~
A partir da figura temos que:
1- No primeiro membro: 𝑢 + 𝑣 = (𝐵 – 𝐴) + (𝐶 − 𝐵) = (𝐶 – 𝐴)
2- No segundo membro temos que: 𝑣 + 𝑢 = (𝐷 – 𝐴) + (𝐶 − 𝐷) = (𝐷 – 𝐴).
Com isso, vemos que ocorre a regra do paralelogramo, onde a diagonal do
paralelogramo construído sobre as imagens geométricas de 𝑢 e 𝑣 representa a
soma desses dois vetores. Como mostra a figura ao lado.
Associativa:
(𝒖 + 𝒗 ) + 𝒘 = 𝒖 + (𝒗 + 𝒘 )
Exemplo: considere a figura abaixo:
A partir da figura temos que:
1- No primeiro membro: (𝑢 + 𝑣 ) = (𝐵 − 𝐴) + (𝐶 − 𝐷) = (𝐶 – 𝐴)
(𝒖 + 𝒗 ) + 𝒘 = (𝑪 – 𝑨) + (𝑫 – 𝑪) = (𝑫 – 𝑨)
2- No segundo membro temos que: 𝑣 + 𝑤 = (𝐶 –𝐵) + (𝐷 – 𝐶) = (𝐷 – 𝐵)
𝒖 + ( 𝒗 + 𝒘 ) = ( 𝑩 – 𝑨) + ( 𝑫 – 𝑩) = ( 𝑫 – 𝑨 )
Elemento Neutro: 𝒖 + 𝟎 = 𝒖
~ 30 ~
Elemento Oposto: Seja o vetor u, o seu oposto é dado por – 𝑢
𝒖 + (−𝒖 ) = 𝟎
Lei do Cancelamento: 𝒖 + 𝒗 = 𝒖 + 𝒘 = 𝒗 + 𝒘
2.8- SUBTRAÇÃO DE VETORES:
Sejam os vetores u e v, chamamos de diferença de vetores: 𝒖 – 𝒗 = 𝒖 + (− 𝒗 ).
Exemplo: A partir os dois casos abaixo temos que:
𝑢 – 𝑣 = ( 𝐵 –𝐴 ) – ( 𝐶 – 𝐴 ) = ( 𝐵 – 𝐶 )
𝑣 – 𝑢 = (𝐶 – 𝐴) – (𝐵 – 𝐴) = (𝐶 – 𝐵)
Através dos gráficos acima percebemos que a diferença entre vetores 𝑢 e 𝑣 é
feita quando estes se encontram na origem, deste modo, percebemos que a
subtração de vetores não é comutativa: 𝑢 – 𝑣 ≠ 𝑣 – 𝑢 .
Exemplo: Se | 𝑠 − 𝑡 | = | 𝑠 | − | 𝑡 |, então a e b tem mesma direção:
2.9- COMBINAÇÃO LINEAR DE VETORES:
Sejam os vetores 𝑢 1 , 𝑢 2 , 𝑢 3 , . . . 𝑢 𝑛 e os escalares 𝑑1 , 𝑑2 , 𝑑3 , . . . 𝑑𝑛 , temos que a
combinação linear do vetor 𝑣 é:
𝒗 = 𝒖𝟏 𝒅𝟏 + 𝒖𝟐, 𝒅𝟐, + 𝒖𝟑 𝒅𝟑 + . . . 𝒖𝒏 𝒅𝒏
2.10- EXPRESSÃO CARTESIANA DE UM VETOR:
~ 31 ~
I- Seja um sistema cartesiano ortogonal como
a figura ao lado e seus eixos x, y e z, então,
para este sistema têm os versores definidos
por 𝑖 , 𝑗 𝑒 𝑘 para x, y e z.
𝑖 = (1, 0, 0)
𝑗 = (0, 1, 0)
𝑘 = (0, 0, 1)
E pela definição de versores vemos que:
│𝒊 │ = │𝒋 │ = │ 𝒌 │ = 𝟏
𝒊 , 𝒋 𝒆 𝒌 Constituem a base ortogonal de E³, porque é formada por vetores
unitários e mutuamente ortogonais.
II- Seja 𝑃 (𝑥 ,𝑦 𝑒 𝑧) , um ponto no espaço
tridimensional e 𝑖, 𝑗 𝑒 𝑘 os versores do sistema
cartesiano. O vetor 𝑣 = (𝑃 − 𝑂), onde sua
origem é em O e sua extremidade em P,
podendo ser expresso como combinação
linear de i, j e k pelo paralelogramo da figura
ao lado:
(𝑷 – 𝑶) = (𝑷 𝒙 – 𝑶) + (𝑷𝒚 – 𝑶) + (𝑷𝒛 – 𝑶)
E como: (𝑃𝑥 – 𝑂) = 𝑥 𝑖 (𝑃𝑦 – 𝑂) = 𝑦 𝑗
(𝑃𝑧 – 𝑂) = 𝑧 𝑘
Temos: (𝑷 – 𝑶) = 𝒗 = 𝒙𝒊 + 𝒚𝒋 + 𝒛𝒌
Onde esta Expressão é chamada de expressão cartesiana do vetor (𝑃 − 𝑂). O
vetor 𝑣 representa a diagonal do paralelepípedo reto cujas arestas são os
vetores coordenados 𝑥𝑖 , 𝑦𝑗 𝑒 𝑧𝑘
~ 32 ~
Exemplos:
𝐴 – 𝑂 = 2𝑖 𝐶 – 𝑂 = 4𝑗 (𝐺 – 𝑂) = 3𝑘
(𝐵 – 𝑂) = 2𝑖 + 4𝑗
(𝐷 – 𝑂) = 2𝑖 + 3𝑘
(𝐹 – 𝑂) = 4𝑗 + 3𝑘
(𝐸 – 𝑂) = 2𝑖 + 4𝑗 + 3𝑘
2.11- CONDIÇÃO DE PARALELISMO DE DOIS VETORES:
Seja k um escalar, então dois vetores não nulos 𝑣 e 𝑢 são paralelos se e
somente se k existir:
𝒗 = 𝒌𝒖
Assim, afirmamos que 𝑣 é a expressão linear em função de 𝑢 .
Pela demonstração temos:
𝑢 𝑒 𝑣 Paralelos, então os versores só podem ser definidos pela direção:
𝒗𝒆𝒓𝒔 𝒖 = ±𝒗𝒆𝒓𝒔 𝒖 , ou
𝑣
│𝑣 │= ±
𝑢
│𝑢 │ ou, 𝑣 = ± │𝑣 │
│𝑢 │𝑢
Mas como, ±│𝑣 │
│𝑢 │ é um numero real, k, chegamos à expressão: 𝑣 = 𝑘𝑢 .
I- Vetores representados por pontos:
A regra para expressão linear de um vetor da equação acima serve também
quando é representada por pontos numa reta.
Seja 𝑢 = (𝐵 − 𝐴) 𝑒 𝑣 = (𝑃 – 𝑂) ∴ (𝑃 – 𝑂) = 𝐾 (𝐵 – 𝐴)
Exemplo: (𝑩 – 𝑨) = 𝟐 (𝑫 – 𝑪):
~ 33 ~
A B
C D
F G
(𝑫 –𝑪) = ½ (𝑩 – 𝑨)
(𝑭 – 𝑮) = −𝟑 (𝑫 – 𝑪)
(𝑩 – 𝑨) = − 𝟐/𝟑 (𝑭 – 𝑮)
Vetores representados por Triplas:
Pela definição acima 𝑣 = 𝑘𝑢 , os vetores 𝑢 = (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1) e 𝑣 = (𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2), são
paralelos entre si, se e somente se existir o numero real k. Com isto, obtemos a
condição de paralelismo de 𝑢 𝑒 𝑣 .
𝑥2
𝑥1=
𝑦2
𝑦1=
𝑧2
𝑧1= 𝑘
Exemplo: Pela figura abaixo vemos que os vetores 𝑢 = (0,3, 6) e 𝑣 = (0, 2, 4) são
paralelos, em que 𝑢 = ( 𝐴 – 𝑂) e 𝑣 = (𝐵 – 𝑂), vemos que 𝑢 = 2 𝑣 e que em
particular os vetores 𝑢 e 𝑣 tem imagens geométricas no plano xz.
2.12- CONDIÇÕES DE COPLANARIDADE DE VETORES:
O vetor v é coplanar aos vetores 𝑢 1𝑒 𝑢 2, que por sua vez são não nulos e
paralelos entre si, se:
𝒗 = 𝒌𝟏𝒖 𝟏 + 𝒌𝟐𝒖 𝟐,
Onde esta expressão nada mais é que uma combinação linear de v em
função de 𝑢1 e 𝑢2 , sendo k1 e k2 escalares.
~ 34 ~
Dados os vetores coplanares 𝑣 , 𝑢1 𝑒 𝑢2 , e a
imagem geométrica de 𝑣 = (𝐵 – 𝐴) da
figura ao lado.
Através da origem em A, conduzimos uma
paralela ao vetor 𝑢1 e pela extremidade
em B uma paralela ao vetor 𝑢2 . E em C
temos o ponto de intersecção entre as
duas paralelas.
𝒌𝟏𝒖𝟏 = (𝑪 – 𝑨)
e
𝑲𝟐𝒖𝟐 = (𝑩 – 𝑪) ∴ (𝑩 − 𝑨) = (𝑪 – 𝑨) + (𝑩 – 𝑪)
Substituindo: 𝑣 = 𝑘1𝑢1 + 𝑘2𝑢2 , obtemos a equação da combinação linear.
I- Coplanaridade de vetores representados por tripla:
Sejam 3 vetores: 𝑣1 𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 , 𝑣2 𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 e 𝑣3 𝑥3 , 𝑦3 , 𝑧3 , temos que se um
deles forem combinação linear do outro eles são coplanares e o seu
determinante tem que ser zero.
𝑥1 𝑦1 𝑧1𝑥2 𝑦2 𝑧2𝑥3 𝑦3 𝑧3
= 0
Exemplo: Os versores 𝑝 = (2, 3, 5), 𝑞 = (3, 0, −1) e 𝑑 = (7, 6, 9), são coplanares,
porque seu determinante será zero.
2 3 53 0 −17 6 9
= 0
2.13- COMBINAÇÃO LINEAR DE 4 VETORES:
~ 35 ~
A partir de um espaço tridimensional, sejam
3 vetores : 𝑢 1, 𝑢 2 , 𝑢 3, que são não nulos e não
coplanares, então qualquer vetor v pode ser
expresso como combinação linear de
𝑢 1 , 𝑢 2 , 𝑢 3. Ou seja:
𝒗 = 𝒌𝟏𝒖 𝟏 + 𝒌𝟐𝒖 𝟐 + 𝒌𝟑𝒖 𝟑
Onde podemos provar esse resultado a seguir:
A partir do plano tridimensional E³, fixemos um ponto A qualquer e tracemos o
plano 𝛼 (alfa), que é paralelo a 𝑢 1 𝑒 𝑢 2 e que passa pelo ponto A. E (B – A), a
imagem geométrica do vetor 𝑣 .
Através de B, conduzimos uma paralela ao veto, 𝑢 3 interceptando 𝛼 no ponto
C.
Do triangulo ABC, temos: 𝐵 – 𝐴 = 𝐶 – 𝐴 + 𝐵 – 𝐶 1
Como (𝐶 – 𝐴) é coplanar a 𝑢 1 𝑒 𝑢 2:
(𝐶 – 𝐴) = 𝑘1𝑢 1 + 𝑘2𝑢 2 2
Como (𝐵 – 𝐶) é paralelo a u3:
𝐵 – 𝐶 = 𝑘3𝑢 3 3
Agora, usando 2 e 3 em 1 temos que:
𝒗 = 𝒌𝟏𝒖 𝟏 + 𝒌𝟐𝒖 𝟐 + 𝒌𝟑𝒖 𝟑
Exemplo: No tetraedro 𝑂𝐴𝐵𝐶, M é o ponto médio de 𝐵𝐶.
Exprimir (𝑀 – 𝐴) como combinação linear de:
(𝐴 – 𝑂), (𝐵 – 𝑂) 𝑒 (𝐶 – 𝑂)
Solução:
(𝑀 – 𝐴) = ½ (𝐵 – 𝑂) + ½ (𝐶 – 𝑂) + (𝐴 – 𝑂)
~ 36 ~
2.13- ÂNGULO DE 2 VETORES:
O ângulo 0º ≤ 𝜃 ≤ 180º de dois vetores 𝑢 𝑒 𝑣 é o ângulo formado entre suas
direções, levando-se em consideração os sentidos de 𝑢 𝑒 𝑣 .
0º ≤ 𝜃 ≤ 90º
90º ≤ 𝜃 ≤ 180º
São Ortogonais
𝜃 = 90º
𝑢 𝑒 𝑣 São equiversos 𝜃 = 0º
𝑢 𝑒 𝑣 São contraversos 𝜃 = 180º
0º ≤ 𝜃 ≤ 90º
2.14- MULTIPLICAÇÃO INTERNA OU ESCALAR:
Essa multiplicação é representada pelo símbolo 𝑢 . 𝑣 , onde essa notação foi
devida ao físico norte americano J. W. Gibss.
O produto interno ou escalar entre dois vetores 𝑢 𝑒 𝑣 , é o numero escalar e
pode ser definido da seguinte forma:
𝒖 . 𝒗 = │𝒖 │. │𝒗 │𝒄𝒐𝒔 𝜽
Em que a medida dos ângulos formados entre os dois vetores é de
Sinal do Produto Interno:
Quando u.v > o significa que cos 𝜽 > 0, isso ocorre quando 𝜃 é um ângulo
agudo. Se v < 0, então 𝜃 será ângulo obtuso.
~ 37 ~
𝑢 . 𝑣 > 0 𝑢 . 𝑣 < 0
I- Nulidade de o Produto Escalar:
𝑢 . 𝑣 = 0
Um dos vetores for nulo
Os dois vetores forem ortogonais, pois cos 90° = 0
II- Módulo de um Vetor:
O modulo de um vetor u pode ser calculado pelo produto interno, pois:
𝑢 . 𝑢 = │𝑢 │. │𝑢 │𝑐𝑜𝑠0º
Em que:
│𝑢 │² = │𝑢 │. │𝑢 │ ∴ │𝒖 │ = 𝒖 . 𝒖
III- Ângulo de dois Vetores:
Para calcular o ângulo entre dois vetores, basta isolar o 𝑐𝑜𝑠𝜽 na fórmula do
produto escalar.
𝑐𝑜𝑠 𝜃 = 𝑢 . 𝑣
│𝑢 │. │𝑣 │
IV- Interpretação Geométrica de o produto Escalar:
Na figura ao lado, temos que 𝐴’𝐵’ é a medida
algébrica do vetor 𝑣 , sobre a direção do vetor
𝑢 , ou seja,
𝑨’𝑩’ = 𝒑𝒓𝒐𝒋𝒖 𝒗 1
Então, do triangulo retângulo 𝐴𝐵’𝐵, temos:
~ 38 ~
𝐴’𝐵’ = 𝐴𝐵 𝑐𝑜𝑠 𝜃 = │𝑣 │𝑐𝑜𝑠 𝜃
Seja u* o versor do vetor u, logo temos que a igualdade acima não se altera ao
multiplicá-la por │𝑢 ∗│:
𝐴’𝐵’ = │𝑢 ∗││𝑣 │𝑐𝑜𝑠 𝜃
Onde:
│𝒖 ∗│ = 𝒖
│𝒖 │
O que corresponde a equação 1, pois:
𝒑𝒓𝒐𝒋𝒖 𝒗 = 𝒖 . 𝒗
│𝒖 │
Exemplo: Seja │𝑢 │ = 4 𝑒 │𝑣 │ = 6 𝑒 𝑢 𝑣 = 60º, determine a medida da projeção
de v sobre u:
𝑢 . 𝑣 = │𝑢 │. │𝒗 │ . 𝑐𝑜𝑠 60º ∴
𝑢 . 𝑣 = 4 . 6 . ½ = 12 ∴
𝒑𝒓𝒐𝒋𝒖 𝒗 = 𝒖 . 𝒗
│𝒖 │=
𝟏𝟐
𝟒= 𝟑
V- Propriedade do Produto Escalar:
1- Comutativa: 𝑢 . 𝑣 = 𝑣 . 𝑢
2- Associativa em relação à multiplicação por um escalar K:
𝐾 (𝑢 . 𝑣 ) = 𝐾𝑢 . 𝑣 = 𝑢 . 𝐾𝑣
3- Distributiva em relação à adição de vetores:
𝑢 . (𝑣 + 𝑤 ) = 𝑢 . 𝑣 + 𝑢 . 𝑤
~ 39 ~
CURIOSIDADES: POR QUE O AVIÃO VOA?
Ah, essa é fácil, é porque ele tem asas hora!
Figura 15: Forças Existentes Na Asa Do Avião
Sim amigo, é verdade é porque ele
tem asas, e sem elas a aeronave
não poderia decolar, mas
fisicamente falando, por que o
avião voa?
Ah, ai eu não sei não...
Bom, os aeródinos (aeronaves mais
pesadas do que o ar), voam
seguindo a 3ª Lei de Newton.
Tá, mas o que é útil para o avião?
Calma, antes vamos determinar as forças em um avião, sendo elas:
Arrasto: é dado pelas resistências ao avanço do avião, bem como: vento de
proa, superfícies, etc.
Sustentação: é gerada pelo movimento do avião através do ar, e a diferença
de pressão entre o extradorso e intradorso.
Peso: é a força que a gravidade exerce sobre o avião.
Tração: Para superar o arrasto, a maioria de aviões tem algum tipo de
propulsão para gerar uma força chamada tração. A intensidade da força de
tração depende de muitos fatores associados com o sistema de
propulsão. (motores)
A asa do avião é responsável por gerar a sustentação no avião:
~ 40 ~
Como podemos ver, a asa do avião (vista de perfil) possuí um
comprimento maior em cima do que em baixo.
Consequentemente na parte de inferior da asa passa ar com
menor velocidade do que na parte superior, isso acontece
porque a parte de cima é curva, aumentando a distância
percorrida pelo ar e consequentemente sua velocidade, pois
o tempo é constante. (Fórmula da velocidade: 𝑉 = 𝑆/𝑡)
Podemos utilizar o princípio de Bernoulli que descreve o
comportamento de um fluido movendo-se ao longo de uma
linha de corrente e traduz para os fluidos o princípio da
conservação da energia.
Seguindo a fórmula: 𝑣2𝜌
2 + 𝑃 + 𝜌𝑔𝑧 = 𝑐𝑡𝑒
Onde:
V = velocidade do fluido na seção considerada
g = aceleração gravitacional
z = altura na direção da gravidade desde uma cota de referência.
P = pressão ao longo da linha de corrente.
ρ = densidade do fluido.
Isolando P (pressão), veremos que a pressão varia indiretamente com a
Velocidade, ou seja, onde a velocidade é maior, a pressão é menor, e onde a
velocidade é menor, a pressão é maior.
Podemos concluir que na parte de cima a pressão é menor do que em baixo.
Percebe-se então que o avião voa devido à sustentação produzida pelas asas
e a tração produzida pelos motores. (Adaptado de Espaço controlado,
escrito por Igor Ponce, disponível em:
http://espacocontrolado.blogspot.com.br/2011/06/por-que-o-aviao-voa.html
acessado em 24/07/2012).
Figura 17: Forças Que Atuam No Avião
Sabemos que 𝑭 = 𝒎. 𝒂, e sabemos
também que 𝑷 = 𝑭/𝑨, se a Pressão é
menor, consequentemente a força será
menor, pois a área é constante, então se
na parte superior a pressão é menor, a
força exercida para baixo (Peso) e menor.
Já a normal (sustentação) será maior, pois
a pressão em baixo é maior,
consequentemente exerce uma força
maior para cima.
Figura 16: Aplicação Da 3º Lei De Newton
~ 41 ~
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
1- O vinho resultante da fermentação do mosto
possui uma composição complexa, com elementos
de natureza líquida, sólida e gasosa.
Em relação à volatilidade, as substâncias
componentes do vinho podem ser dispostas em
dois grupos: voláteis e fixas.
As substâncias voláteis são representadas pelo
álcool etílico, água, alcoóis superiores, entre outros.
O extrato do mosto, células de leveduras e
bactérias constituem as substâncias sólidas e,
conseqüentemente, fixas.
Para separar o álcool dos demais componentes do
vinho, empregam-se várias destilações (Figura 18)
especiais, que são baseadas na diferença do ponto
de ebulição das substâncias voláteis.
A primeira operação de destilação é a purificação do vinho (também
chamada de depuração), com a eliminação parcial de impurezas
(compostos) como aldeídos e ésteres. Esta operação é realizada na coluna de
depuração, de onde resultam o vinho depurado e uma fração denominada
álcool bruto.
Com base no texto acima, e seja 𝒄 o vetor da coluna de destilação cujas
dimensões são 28 x 3 m, calcule a as projeções do vetor 𝑐 nos eixos x e y.
Considere: |𝒄 | = c = 28 m.
Solução:
Sabemos que Para cada vetor, teremos duas projeções, uma no
eixo x (horizontal) e outra no eixo y (vertical) e que projetar um vetor significa
Figura 18: Colunas De Destilação Para Fabricação De Vinho
~ 42 ~
determinar as componentes cartesianas desse vetor. (comprimento da
"sombra" no eixo x e y).
Para poder determinar o comprimento da "sombra" do
vetor 𝑐 no eixo x, é preciso "olhar" o vetor de cima para
baixo até o eixo x e para determinar o comprimento da
"sombra" do vetor 𝑐 no eixo y, devemos "olhar" o vetor de
frente, da direita para a esquerda até o eixo y. Deste
modo temos que:
Módulo de 𝒄 = |𝒄 | = c = 28 m.
Módulo: |𝒄𝒙 | = 0 m
Logo:
𝒂𝒙 = 𝟎 𝒎
𝒂𝒚 = 𝟐𝟖 𝒎
Onde, Vetor paralelo ao eixo = medida real do vetor.
Vetor ortogonal ao eixo = zero.
2- Água, um fluido incompressível, escoa através de uma caixa retangular como
é visto na figura abaixo.
Essa caixa possui áreas de escoamento que são
𝐴1 = 0,05 𝑚2, 𝐴2 = 0,01 𝑚2 𝑒 𝐴3 = 0,06 𝑚2.
A velocidade média de entrada na área 1 é 4 m/s, na área 2 é 8 m/s (também
de entrada). Encontre a velocidade da área 3. O ângulo que a normal à área
da saída faz com a parede é de 60º.
Figura 19: Volume De Controle De Escoamento De Um Fluído
Solução:
A equação de continuidade é uma consequência da aplicação
da conservação da massa no caso do escoamento de um fluido
incompressível.
𝑎 x
𝑐 y
~ 43 ~
Assim, para determinar a velocidade da área 3 usaremos a equação da
continuidade, onde em regime permanente temos a seguinte equação:
𝝆𝑽 𝒏 𝒅𝑨 = 𝟎
Ou seja, a equação da continuidade pode ser representada por:
𝑉𝐴 = 𝑉𝐴 ∴ −(𝑽𝟏
𝑛
𝑠𝑎𝑒𝑚
𝑛
𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑚
𝑨𝟏) – 𝑽𝟐𝑨𝟐 + 𝑨𝟑𝑽𝟑) = 𝟎
Como podemos considerar 𝝆 constante ao longo do fluido temos que ele é
diferente de zero por isso o desconsideramos da integral obtendo assim a
equação da continuidade representada acima.
As velocidades 1 e 2 foram definidas como de entrada e o ângulo entre o
vetor velocidade e a normal à área é 180º.
Com isso a velocidade 3 é:
𝑽𝟑 = 𝑽𝟏𝑨𝟏 + 𝑽𝟐𝑨𝟐
𝑨𝟑 ∴
𝑽𝟑 = 𝟒, 𝟔𝟕 𝒎/𝒔
Vetorialmente obtemos as seguintes expressões:
𝑉3,𝑦 = 𝑉3𝑠𝑒𝑛𝜃 = 4,67 ∗ 𝑠𝑒𝑛 60º = 𝟒, 𝟎𝟒 𝒎/𝒔
𝑉3,𝑥 = − 𝑉3 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 4,67 ∗ cos 60º = −𝟐, 𝟑𝟑 𝒎/𝒔
Como pudemos observar o componente vertical dessa velocidade é
negativo, ou seja, está no sentido negativo do eixo vertical.
~ 44 ~
CAPÍTULO 3- ESTUDO DA RETA:
CONDUÇÃO DE CALOR E A RETA.
A título de conhecimento iremos introduzir a condução térmica ao estudo da
reta, onde essa condução térmica nada mais é que um tipo de transmissão de
calor. Mas como isso é possível?
Bem, a transmissão de calor ocorre quando dois ou mais corpos que estão em
temperaturas diferentes são colocados em contato, ou em um mesmo local,
fazendo com que a energia térmica de um corpo seja transferida para outro.
Essa transmissão acontece em muitas ocasiões do dia a dia tal como:
aquecimento de água numa chaleira, a utilização de garrafas-termos para
evitar o rápido arrefecimento de líquidos quentes, arrefecimento do radiador
do carro pelo ar ambiente circulante, sistemas de ar condicionado, entre
outros.
Esta transferência de calor pode acontecer de três maneiras diferentes, por
condução, convecção ou irradiação.
CONDUÇÃO TÉRMICA:
Trata-se da transmissão de calor molécula a molécula, consequentemente
havendo necessidade de um meio material,
ocorrendo sempre de um ponto de maior potencial
energético (maior temperatura) para um de menor
potencial (menor temperatura).
A condução é expressa pela Lei de Fourier que verifica
experimentalmente que a quantidade de calor que
flui através de um elemento opaco é função do
material que o constitui, da espessura do elemento e
do gradiente de temperatura. A grandeza física que
caracteriza se um material é melhor ou pior condutor
de calor chama-se condutibilidade térmica (k). A
figura ao lado ilustra o processo de transmissão de
calor por condução 𝑞 = − 𝑘 ∆𝑇
𝐿 , onde q é intensidade
de fluxo de calor, em W/m2, ∆𝑻 é a diferença de
temperatura entre exterior e interior, em 0C, k é a
condutibilidade térmica do material, em W/m. 0C e L é a espessura da parede,
em m.
Quando temos a condução de calor em estado permanente de uma
dimensão, sem geração de calor e numa parede plana obtemos a seguinte
expressão:
𝒅𝟐𝑻
𝒅𝒙𝟐 = 𝟎
Que integrando duas vezes obtemos a seguinte expressão:
𝑻 𝒙 = 𝑪𝟏𝒙 + 𝑪𝟐
~ 45 ~
Assim, percebemos a relação da equação da reta 𝒚 = 𝑨𝒙 + 𝑩 com a equação
da condução de calor em regime permanente e vemos com isso, como é
possível uma aplicação da engenharia na matemática.
3.1- Introdução:
O significado da reta na matemática é um objeto geométrico infinito a uma
dimensão. Para se ter uma bem definida num plano, é preciso conhecer dois
dos seus infinitos pontos, ou seja, com dois pontos conhecidos da reta é
possível identificar sua equação.
Também, podemos identificar uma reta conhecendo um de seus pontos e
pelo seu coeficiente angular.
Uma reta pode ser construída em três posições que são:
Horizontal, vertical e inclinada como é visto respectivamente na figura abaixo:
Duas ou mais retas podem apresentar as seguintes posições:
Concorrentes, paralelas, segmento de reta e semi-reta, como é visto na figura
abaixo:
Onde temos que:
As concorrentes apresentam um ponto em comum porque se cruzam.
As paralelas não apresentam ponto em comum.
Os segmentos de retas são limitados por
dois pontos na reta, em que a parte
entre os pontos P e Q são chamados
segmento de reta.
As semi-retas apresentam início numa
ponta e são infinitas no outro sentido.
~ 46 ~
3.2. Coeficiente Angular (m):
Seja a reta 𝒖 no plano Xe Y, seu coeficiente
angular, ou seja, a inclinação da reta 𝒖 é
dada pela tangente do ângulo 𝛼, que a
reta forma com o eixo X. Desta forma temos
que: 𝒎 = 𝒕𝒈 𝜶
3.2.1- Determinação do Coeficiente Angular:
1º Caso: Com dois pontos distintos
Seja a reta 𝒖 no plano X e Y e dados os pontos A (x1, y1) e B (x2, y2), temos que:
𝒎 = 𝒕𝒈 𝜶 = 𝚫𝒚
𝚫𝒙=
𝒚𝟐 − 𝒚𝟏
𝒙𝟐 − 𝒙𝟏
2º Caso: Equação da Reta
Seja a reta 𝒖 cuja equação 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0, com 𝑏 ≠ 0, temos que:
𝒎 = − 𝒂
𝒃
3º Caso: Com Ângulo de Inclinação
Seja a reta 𝒖 com ângulo de inclinação 𝜶, temos que:
𝒎 = 𝒕𝒈 𝜶
Exemplo: Calcule o coeficiente angular dos itens abaixo:
a) 2𝑥 + 6𝑦 + 8 = 0 b)
c) 𝐴 = (2,6) 𝑒 𝐵 = (4,9)
Solução:
~ 47 ~
a) 𝑚 = − 𝑎
𝑏=
2
6= 0,33
b) 𝑚 = 𝑡𝑔 𝛼 = 𝑡𝑏 135º = −1
c) Onde, a = (x1, y1) e B = (x2, y2)
𝑚 = Δ𝑦
Δ𝑥=
𝑦2 − 𝑦1
𝑥2 − 𝑥1=
9 − 6
4 − 2 =
3
2 = 1,5
3.3. Equação Geral da reta:
As retas do plano cartesiano são representadas pela equação na forma
𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄 = 𝟎, onde a, b, c reais, a e b não nulos.
3.4. As formas da Equação da reta:
3.4.1. Equação Reduzida da Reta:
A partir da equação reduzida da reta podemos visualizar seus coeficientes
angular e linear que cortam o eixo y, cujo modelo é mostrado na figura
abaixo:
Sabendo que:
𝒚 − 𝒚𝟏 = 𝒎 𝒙 − 𝒙𝟏
Se 𝐴(0 , 𝑎) for conhecido logo:
𝑦 − 𝑎 = 𝑚 𝑥 − 0 ∴
𝒚 = 𝒎𝒙 + 𝒂
Seja 𝒚 = 𝒎 𝒙 + 𝒂, a equação reduzida da reta temos que:
𝒎 = coeficiente angular
𝒂 = coeficiente linear
Seja a reta 𝒖: 𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄 = 𝟎, então toda reta não vertical pode ser escrita
como abaixo:
𝑢: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0 ∴
~ 48 ~
Sabendo que: 𝒎 = − 𝒂
𝒃, que é o coeficiente angular e que −
𝒄
𝒃, representa o
coeficiente linear da reta 𝑢.
Exemplo: Escreva a equação 5x – 3y -9 = 0 na forma reduzida da equação da
reta:
Solução:
3𝑦 = 5𝑥 − 9 ∴
𝑦 = 5𝑥
3−
9
3 ∴ 𝒚 =
𝟓𝒙
𝟑− 𝟑
𝑚 = − 5
3
3.4.2. Equação Segmentária da Reta:
Na equação segmentaria temos uma fácil visualização dos interceptos
da reta nos eixos x e y, como são visto na figura abaixo:
A partir da equação da reta abaixo, substituímos os pontos A e B:
𝒚 − 𝒚𝟏 = 𝒚𝟐 − 𝒚𝟏
𝒙𝟐 − 𝒙𝟏 (𝒙 − 𝒙𝟏 )
𝒚 − 𝟎 = 𝒃 − 𝟎
𝟎 − 𝒂 𝒙 − 𝒂 ∴
𝒚 = − 𝒃
𝒂 𝒙 − 𝒂 ∴
𝒚 = − 𝒃
𝒂 𝒙 + 𝒃 ∴
𝒚 + 𝒃
𝒂 𝒙 = 𝒃 ∴
~ 49 ~
Dividindo tudo por b temos:
𝒚
𝒃+
𝒃𝒙
𝒂𝒃=
𝒃
𝒃 ∴
𝒙
𝒂+
𝒚
𝒃= 𝟏 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒆 𝒃 ≠ 𝟎
Exemplo: Escreva a equação 3𝑥 − 2𝑦 − 8 = 0 na forma da equação
segmentária da reta:
Solução: 𝟑𝒙 − 𝟐𝒚 = 𝟖 ∴ dividindo tudo por 8 temos:
𝟑𝒙
𝟖−
𝟐𝒚
𝟖= 𝟏
Onde a intercepta o eixo x e b intercepta o eixo y.
3.4.3. Equação Paramétrica da Reta:
As equações paramétricas são equações equivalentes à da geral da reta,
onde agora temos 𝒙 = 𝒇 𝒕 𝒆 𝒚 = 𝒈 (𝒕), que irão relacionar as coordenadas x e y
da reta com um parâmetro t.
Exemplo: Seja 𝒙 = 𝒕 + 𝟓
𝒚 = − 𝒕 + 𝟕 , onde 𝒕 ∈ 𝕽, são equações paramétricas de uma
reta s. determine a equação dessa reta:
Solução: para se obter a equação geral da reta s, a partir das retas
paramétricas acima é preciso eliminar o parâmetro t das duas equações:
𝑥 = 𝑡 + 5 ∴ 𝑡 = 𝑥 − 5
Em seguida substituímos o valor de t na equação em y:
𝑦 = − 𝑥 − 5 + 7 ∴
𝑦 = −𝑥 + 12 ⇒ 𝒙 + 𝒚 − 𝟏𝟐 = 𝟎
Que é a equação geral da reta s.
~ 50 ~
3.5. Determinação da Equação da Reta:
3.5.1. Por dois pontos Distintos:
Na figura abaixo temos os pontos conhecidos da reta s: 𝐴 (𝑥𝑎 , 𝑦𝑎) e
𝐵 𝑥𝑏 , 𝑦𝑏 que são representados no plano cartesiano, com coordenadas
aleatórias, porque a equação obtida será usada como modelo para poder
obter a equação geral de uma reta qualquer, em que 𝑃 (𝑥, 𝑦) é um ponto
qualquer na reta.
Pela condição de alinhamento de 3 pontos podemos escrever da seguinte
forma:
𝑥 𝑦 1𝑥𝑎 𝑦𝑎 1𝑥𝑏 𝑦𝑏 1
= 0
Ao resolver o determinante temos a seguinte equação:
𝑦𝑎 − 𝑦𝑏 𝑥 + 𝑥𝑎 − 𝑥𝑏 𝑦 + 𝑥𝑎 . 𝑦𝑏 + ( 𝑥𝑏 . 𝑦𝑎 ) = 0 (𝐼)
Fazendo:
𝑎 = 𝑦𝑎 − 𝑦𝑏
𝑏 = 𝑥𝑎 − 𝑥𝑏
𝑐 = 𝑥𝑎 . 𝑦𝑏 + ( 𝑥𝑏 . 𝑦𝑎 )
Substituindo na equação (𝐼) temos:
𝒂𝒙 + 𝒃𝒚 + 𝒄 = 𝟎
Que é a equação geral da reta s.
O coeficiente angular da reta s pode ser calculado pelos pontos 𝐴 𝑒 𝑃 ou 𝐵 𝑒 𝑃,
deste modo temos:
𝑚𝐴𝑃 = 𝑚𝐵𝑃 ∴
𝑦 − 𝑦𝑎
𝑥 − 𝑥𝑎=
𝑦𝑏 − 𝑦𝑎
𝑥𝑏 − 𝑥𝑎 ∴
~ 51 ~
𝒚 − 𝒚𝒂 = 𝒚𝒃 − 𝒚𝒂
𝒙𝒃 − 𝒙𝒂 ( 𝒙 − 𝒙𝒂 )
3.6. Por Um Ponto E O Coeficiente Angular:
Seja 𝐶 𝑥𝑐 , 𝑦𝑐 , um ponto qualquer da reta s e 𝑚𝑐 , o coeficiente angular,
temos que:
𝑚𝑐 = 𝑡𝑔 𝛼 = ∆𝑦
∆𝑥 ∴
𝑚𝑐 = 𝑦 − 𝑦𝑐
𝑥 − 𝑥𝑐 ∴
𝒚 − 𝒚𝒄 = 𝒎𝒄 ( 𝒙 − 𝒙𝒄 )
Seja 𝐶 𝑥𝑐 , 𝑦𝑐 o ponto genérico do plano.
CURIOSIDADES: O Zero absoluto
No estudo da termodinâmica a terceira lei é uma das mais curiosas, pois ela
trata sobre o zero absoluto. De acordo com essa lei, também conhecido
como teorema de Nernst, a entropia de todos os corpos tende a zero quando
a temperatura tende ao zero absoluto. De forma mais simples pode-se dizer
que o zero absoluto é a menor temperatura que qualquer coisa pode atingir
no universo.
Qualquer átomo ou molécula que
chegar a zero da escala Kelvin (0K ou -
273,15 °C) ficaria imóvel. Mas isso não
passa de uma teoria, já que não foi
possível atingir a temperatura nem
mesmo em laboratório – o recorde de
aproximação está em 0,000000000001K.
Entretanto cientistas estão cada vez mais curiosos sobre esta temperatura pois
em experiências foi descoberto que em baixas temperaturas um corpo pode
~ 52 ~
passar por três efeitos colaterais: a supercondutividade, a superfluidez e a
condensação de Bose-Einstein.
Para a engenharia a supercondutividade adquirida ao chegar ao zero
absoluto permite os materiais conduzir corrente elétrica sem resistências e nem
perdas de energia, criando um campo magnético que seria capaz de levitar
um imã. Suas aplicações estão desde a transmissão de energia elétrica à
criação de chips cada vez menores e mais rápidos no processamento de
dados.
Já a superfluidez, com a ausência de resistência mecânica, permitiria que um
líquido subisse pelas paredes de um copo. A última teoria, a de Bose-Einstein, é
a de que o comportamento da matéria muda radicalmente – um corpo
composto de diversas partículas agiria como um condensado, ou seja, como
um único átomo gigante. (Fonte extraída do site:
http://acerteinamosca.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html, postado
por: Rodrigo Lucas, acessado em: 17/12/2012)
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAV-QAG/transferencia-calor
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
http://www.im.ufrj.br/dmm/projeto/projetoc/precalculo/sala/conteudo/
capitulos/rcap51.html#prob1
http://www.warlisson.com.br/exercicios/exercicios-sobre-equacao-
geral-da-reta
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-
resolvidos-de-fisica/transmissao-de-calor
http://wwwusers.rdc.puc-
rio.br/wbraga/fentran/transcal/resolvidos/cap5/quinta.htm
~ 53 ~
2- (U.Amazonas-AM) Temos uma barra de chumbo de comprimento 40 cm e
área de seção transversal 10 cm² isolada com cortiça; um termômetro fixo na
barra calibrado na escala Fahrenheit, e dois dispositivos A e B que
proporcionam, nas extremidades da barra, as temperaturas correspondentes
aos pontos do vapor e do gelo, sob pressão normal, respectivamente.
Considerando a intensidade da corrente térmica constante ao longo da
barra, determine a temperatura registrada no termômetro, sabendo que ele se
encontra a 32 cm do dispositivo A. Dado: coeficiente de condutibilidade
térmica do chumbo = 8,2 · 10-2 · cal cm² °C s e lembrando que a temperatura
de fusão da água na escada Fahrenheit é 32F e a de vapor 212F.
Solução
O fluxo de calor através da barra é constante, assim os fluxos através das
partes anteriores e posteriores ao termômetro são iguais, escolhendo o ponto
onde esta o termômetro como referencia temos:
𝑞1 = 𝑞2 ∴ 𝐾 𝐴 ∆𝑇
𝐿1=
𝐾 𝐴 ∆𝑇
𝐿2 ∴
𝐾 𝐴 𝑇1𝐴 − 𝑇2𝐴
𝐿1 =
𝐾 𝐴 𝑇1𝐵 − 𝑇2𝐵
𝐿2
Podemos cortar o k e a área A que são iguais.
(𝑇 – 32)/8 = (212 – 𝑇)/32 ⇒
4𝑇 – 128 = 212 – 𝑇 ⇒
5𝑇 = 340 ⇒
𝑇 = 68 °𝐹
Resposta: 68 °F
http://www.desconversa.com.br/fisica/tag/exercicios-transferencia-de-calor/
~ 54 ~
3- Um aparelho de ar-condicionado precisa manter uma sala de 15m de
comprimento, 6 m de largura e 3 m de altura a 22ºC. A espessura das
paredes da sala é de 25 cm e feitas de tijolos, cuja condutividade
térmica K= 0,14 Kcal/h. m ºC. A face externa das paredes pode estar a
40º C em um dia de verão, determine o calor a ser extraído da sala pelo
aparelho de ar-condicionado.
Solução:
Para o cálculo da área de transferência de calor desprezamos as áreas do
teto e piso, onde a transferência de calor é desprezível. Desconsiderando a
influência das janelas, a área das paredes da sala é:
Para calcular o fluxo de calor, usamos a equação 𝒒 = 𝑲 𝑨
𝑳 (𝑻𝟏 − 𝑻𝟐) descrita no
exemplo anterior.
http://eletricistamazinho.files.wordpress.com/2011/03/apostila-transef-de-calor.pdf
~ 55 ~
1- Uma parede de um material qualquer é constituída com 0,3m de
largura, 5m de comprimento e 3m de altura e seu coeficiente de
condutividade térmica K= 0,9 W/mºC. A temperatura da superfície
interna é de 16 ºC e a taxa de transferência de calor 630 w. A partir
dessas condições, determine temperatura externa da parede deduzida
pela expressão de distribuição da temperatura 𝑇(𝑋), através da
equação da reta 𝑇 𝑋 = 𝑇1 − 𝐿
𝐾𝐴 𝑞
Dados: Equação do fluxo de calor:
𝑞 = −𝐾𝐴∆𝑇
∆𝐿
Solução: A partir da equação do fluxo de calor podemos obter a equação
da reta para distribuição da temperatura:
𝑞 = −𝐾𝐴∆𝑇
∆𝐿 ∴ 𝑞𝐿 = 𝐾𝐴𝑇1 − 𝐾𝐴𝑇2 ∴ 𝑇2 = 𝑇1 −
𝐿
𝐾𝐴 𝑞
Onde esta ultima equação representa a equação da reta:
Deste modo a temperatura externa na parede é :
𝑇2 = 𝑇1 − 𝐾𝐴
𝐿 𝑞 ∴ 𝑇2 = 16 −
0,3
0.9 ∗ 15∗ 630 = 𝟐 °𝑪
~ 56 ~
A partir dessa equação também é possível fazer um gráfico para
demonstrar o comportamento linear da temperatura em função do fluxo de
calor:
~ 57 ~
CAPÍTULO IV: CIRCUNFERÊNCIAS E CÔNICAS
Cônicas, o que são e onde usar!
O interesse pelo estudo das cônicas é de relevada importância desde a
antiguidade. De fato, estas curvas desempenham um papel importante em
vários domínios da física, incluindo a astronomia, na economia, na engenharia
e em muitas outras situações. Vejamos então algumas situações onde estas
curvas aparecem:
O som emitido por um avião a jato supersônico tem a
forma de um cone. As linhas propagação do som, ao
chocar-se com a Terra vão formar uma curva cônica.
Assim, dependendo da inclinação do avião relativamente
à Terra, vamos obter elipses, parábolas ou hipérboles.
Se girarmos o copo com um movimento rotativo sobre si
próprio, a superfície do líquido nele inserido será a de um
parabolóide. Esta técnica é frequentemente usada para
se obter este tipo de superfície.
Na astronomia, Kepler mostrou que os planetas do
sistema solar descrevem órbitas elípticas, as quais têm o
sol num dos focos. Também os satélites artificiais
enviados para o espaço percorrem trajetórias elípticas.
Mas nem todos os objetos que circulam no espaço têm
órbitas elípticas. Existem cometas que percorrem trajetórias hiperbólicas, os
quais ao passarem perto de algum planeta com grande densidade, alteram a
sua trajetória para outra hipérbole com um foco situado nesse planeta. Mas isso
não impede a existência de satélites com esta
trajetória.
A superfície formada pela água dentro de um copo é
elíptica, sendo circular apenas no caso em que o
copo está direito, isto é, está
alinhado com o nível, na horizontal.
A partir das propriedades das parábolas, os engenheiros civis
construíram pontes de suspensão parabólica. Se imaginarmos os
cabos que prendem o tabuleiro da ponte como raios de luz,
facilmente verificamos que o cabo principal, aquele que passa
pelos pilares da ponte, tem forma de uma parábola.
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm27/aplicacoes.htm#Em
Engenharia e Arquitectura
~ 58 ~
4.1- Introdução:
As cônicas na geometria são curvas geradas na intersecção de um plano que
atravessa um cone, por isso temos a origem de seu nome. Através de uma
superfície de um cone podemos perceber a existência de quatro tipos de
intersecção:
Elipse: a cônica obtida através da interseção de um plano que atravessa
a superfície de um cone obliquamente à base do mesmo;
Parábola: é a cônica também definida na intersecção de um plano que
penetra a superfície de um cone e também a circunferência da base;
Hipérbole: é a cônica definida na interseção de um plano que penetra
um cone paralelo ao seu eixo;
Circunferência, que é obtida através da intersecção de um plano que
seja paralelo à base do cone.
As cônicas; em A temos a parábola, em B na parte de baixo temos a
circunferência e na parte de cima a elipse e em C temos a hipérbole.
http://pt.scribd.com/doc/52284844/apostila-geometria-analitica
4.1.1. Lugar geométrico
É um conjunto de pontos caracterizados por uma propriedade. Uma figura é um
lugar geométrico se:
Todos os seus pontos possuem a propriedade;
Só os seus pontos possuem essa propriedade.
Como exemplo de lugar geométrico temos a Circunferência
4.2. ELIPSE
~ 59 ~
A elipse é o lugar geométrico tal que seja constante a soma de suas distâncias
em relação a dois pontos fixos, denominados focos (F1 e F2). O circulo é um
caso especial de elipse.
A elipse é o nome dado ao lugar geométrico dos pontos do plano tais que a
soma das distâncias de qualquer ponto desse lugar geométrico a dois pontos
fixos, chamados focos, é constante e igual a 2a. Abaixo listaremos seus
principais elementos:
A elipse tem dois focos (F1 e F2), que no caso do círculo são sobrepostos. O
segmento de reta que passa pelos dois focos chama-se eixo maior, e o
segmento de reta que passa pelo ponto médio do eixo maior e é perpendicular
a ele chama-se eixo menor.
Centro: o ponto (Xo, Yo)
Eixo maior: o segmento AD = 2a
Eixo menor: o segmento BC = 2b
Distância focal: a distância entre os focos Fi e F2 = 2c
Relação notável: a2 = b2 + c2
Excentricidade: a razão entre 'c' e 'a' -> e = c/a.
Se 'e' tende a zero, a elipse tende a ser menos achatada e se parecerá com
uma circunferência; se 'e' tende a um, a elipse será bem achatada
Agora, vamos achar a equação de uma elipse com centro na origem O(0,0) e
eixo maior paralelo ao eixo das abscissas: fig. 09
~ 60 ~
Se a elipse tiver centro no ponto C(Xo, Yo), a equação será:
OBS. 01: Repare que se a = b, caímos na equação de uma circunferência: (X –
Xo)2 + (Y – Yo)2 = r2 assim, concluímos que toda circunferência é um caso
particular de uma elipse.
OBS. 02: Se a elipse tiver seu eixo maior paralelo ao eixo das ordenadas, sua
equação será:
4.3- Circunferência:
Por definição, circunferência é o conjunto de todos os pontos que estão a
distancia igual de um ponto no centro, onde a essa distancia chamamos e raio
(r). Analiticamente falando, a circunferência é o lugar geométrico dos pontos
que tem distância fixa de um determinado ponto P:
A circunferência é o contorno do círculo.
~ 61 ~
Considere um plano 𝒙𝑶𝒚, e um ponto C (𝑋𝑜 , 𝑌𝑜), onde este será o centro da
circunferência, basta considerar um ponto genérico 𝑃 (𝑋,𝑌) e usarmos a
definição dada para encontrarmos a equação analítica da circunferência:
𝑑𝑝 ,𝑐 = 𝑟 (1)
( 𝑥 − 𝑥0 )2 + ( 𝑦 − 𝑦0)2 = 𝑟 (2)
Elevando ambos os membros ao quadrado, temos:
( 𝒙 − 𝒙𝟎 )𝟐 + ( 𝒚 − 𝒚𝟎)𝟐 = 𝒓𝟐
A equação acima é a chamada equação padrão da circunferência.
Quando o centro da circunferência estiver na origem (C(0,0)), teremos a
equação reduzida:
𝒙 𝟐 + 𝒚𝟐 = 𝒓𝟐 .
Resolvendo os quadrados dos binômios e passando 'r' para o segundo membro,
teremos:
( 𝒙 − 𝒙𝟎 )𝟐 + ( 𝒚 − 𝒚𝟎)𝟐 = 𝒓𝟐
𝑥2 + 𝑦2 − 𝟐𝒙𝟎 . 𝑥 − 𝟐 𝒚𝟎. 𝑦 + (𝒙𝟎)𝟐 + (𝒚𝟎)𝟐 − 𝒓𝟐 = 0
Onde temos que:
− 2𝑥0 = 𝐴
−2 𝑦0 = 𝐵
(𝑥0)2 + (𝑦0)2 − 𝑟2 = 𝐶
𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 + 𝑨𝒙 + 𝑩𝒚 + 𝑪 = 𝟎
Que é a equação geral da circunferência.
Exemplo:
~ 62 ~
CAPÍTULO 4 – NOÇÕES DE LÓGICA
1. PRINCÍPIOS E LEI FUNDAMENTAIS DE LÓGICA CLÁSSICA
Mediante uma abordagem axiomática do estudo da lógica, pode-se defini-la
particiona-la em dois grandes arcabouços:
a) Lógica Clássica; e
b) Lógica Não Clássica.
A lógica matemática básica, a qual se propõe o presente estudo, emana de
generalizações da Lógica Clássica (ou Lógica Padrão), de modo que nos
ateremos apenas à explanação desta.
Ainda dentro daquela abordagem axiomática da lógica clássica, há de se
enumerar seus princípios e lei fundamentais, a partir dos quais se definem e se
deduzem todas as suas regras inferenciais e propriedades.
Exprimam-se os princípios e leis fundamentais da Lógica Padrão:
I- Princípio da Idempotência
Estabelece a relação de identidade que as coisas têm consigo mesmas, de
modo que uma informação só pode significar o que ela significa.
Alguns enunciados da Idempotência:
Uma coisa é o que é.
O que é, é; o que não é, não é.
A é A (“A” designando qualquer objeto do pensamento)
Uma proposição é equivalente a si mesma. (Em termos de proposição)
II- Princípio da Não Contradição:
Estabelece que, mediante dois valores lógicos opostos e excludentes
entre si, uma informação só pode conter um desses dois valores.
Alguns enunciados da Não Contradição:
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
Uma proposição e a sua negação não podem ser simultaneamente
verdadeiras.
Duas proposições contraditórias não podem ser ambas verdadeiras.
III- Lei do Terceiro Excluído
Estabelece que uma informação só pode ser caracterizada por um, entre
dois valores lógicos reciprocamente excludentes; não sendo possível a terceira
alternativa, em que a referida informação passaria a possuir os dois valores
lógicos ao mesmo tempo.
~ 63 ~
Alguns enunciados do Terceiro Excluído:
Uma coisa deve ser, ou então não ser; não há uma terceira possibilidade
(o terceiro é excluído).
Uma proposição é verdadeira, ou então é falsa; não há outra
possibilidade.
Se encararmos uma proposição e a sua negação, uma é verdadeira e a
outra é falsa, não há meio termo.
2. SENTENÇA MATEMÁTICA
Sentença matemática é todo e qualquer conjunto de símbolos matemáticos,
formalmente bem ordenados, que produz, através da consonância dos
significados de cada símbolo individual, uma mensagem genericamente
chamada de proposição.
Em princípio, a lógica pode ser definida como uma linguagem, uma vez que
apresenta elementos constitutivos oriundos dos três pilares da semiótica:
a) Gramática;
b) Semântica; e
c) Sintaxe.
A formalidade presente em uma sentença lógica é definida pela sua
característica gramatical, que se refere às regras de construção das sentenças.
3. SENTENÇAS VÁLIDAS E INVÁLIDAS
Se em uma sentença, a formalidade não for corretamente estabelecida, então
a sentença é dita Sentença Logicamente Inválida (SLI).
Exemplo:
8|5=3+>2
No exemplo anterior, é impossível estabelecer algum sentido matemático, no
âmbito simbológico matemático comumente utilizado.
Porém, se em uma sentença, a formalidade for estabelecida corretamente,
então é chamada Sentença Logicamente Valida (SLV).
Exemplo:
2 > 1
Nesse exemplo, tem-se um agrupamento de símbolos matemáticos
corretamente empregados, segundo seus significados individuais e segundo as
formalidades matemática. Portanto, esta sentença é logicamente válida.
4. PROPOSIÇÃO
~ 64 ~
É um termo usado em lógica para descrever o conteúdo de asserções. Uma
asserção é um conteúdo que pode ser tomado como verdadeiro ou falso.
Asserções são abstrações de sentenças não lingüísticas que a constituem. A
natureza das proposições é altamente controversa entre filósofos, muitos dos
quais são céticos sobre a existência de proposições. Muitos lógicos preferem
evitar o uso do termo proposição em favor de usar sentença.
Diferentes sentenças podem expressar a mesma proposição quando têm o
mesmo significado. Por exemplo, "A neve é branca" e "Snow is white" são
sentenças diferentes, mas ambas dizem a mesma coisa, a saber, que a neve é
branca.
Logo, expressam a mesma proposição. Outro exemplo de sentença que
expressa a mesma proposição que as anteriores é "A precipitação de pequenos
cristais de água congelada é branca", pois "precipitação de pequenos cristais
de água congelada" é a definição de "neve".
Proposição é a mensagem ou informação veiculada através uma sentença
logicamente válida (SLV), ficando assim, sujeita a interpretação. Essa
interpretação se dá em função de uma propriedade inerente às proposições,
chamada de Valores lógicos.
I- Valor Lógico
É a característica inerente à proposição que postula as possibilidades de
verificação. Caso o valor lógico de uma proposição seja Verdadeiro, então,
mediante verificação, a informação contida na proposição é verdadeira, e
reciprocamente.
Mas há algo importante a se salientar nesse ponto. A lógica não se preocupa
em verificar se a informação contida na proposição é realmente verdadeira ou
se falsa. O que a lógica faz é postular a Verdade ou Falsidade de uma
proposição, e executar o cálculo.
Para a lógica padrão (ou lógica clássica) são considerados apenas dois valores
lógicos:
Verdadeiro (v); e
Falso (f).
5. CÁLCULO PROPOSICIONAL
Quando se trata da construção de discursos, desde os mais basilares, com
poucas proposições, até os mais complexos, como compêndios de artigos
científicos, cabe a realização de dois mecanismos que testam a validade e o
valor de verdade das proposições. Esses mecanismos são o Cálculos
Proposicional e o Cálculo de Predicados. Vamos tratar, aqui, de dar apenas
uma introdução ao caçulo proposicional.
6. PROPOSIÇÃO SIMPLES
~ 65 ~
Consiste no significado de orações, ou sentenças, que não possuem conectivos,
mas possuem apenas uma afirmação simples, que pode ser dada como
verdadeira ou falsa.
Observemos que toda proposição ou sentença apresenta três características
obrigatórias:
1) Sendo oração, tem sujeito e predicado;
2) É declarativa (não é exclamativa nem interrogativa); e
3) Tem um, e somente um, dos dois valores lógicos: ou é verdadeira (v) ou é
falsa (f).
Exemplos: Das Proposições Simples a seguir, todas são verdadeiras, exceto d.
a) 7 ≠ 3 (v)
b) 5 > 1 (v)
c) 4 ∈ ℤ (v)
d) ℤ ⊂ ℚ (f)
Exemplos: Não são Proposições.
a) 2 ∙ 3 + 4 (onde falta predicado)
b) 2 ∈ ℚ? (que é oração interrogativa)
c) 5𝑥 − 2 = 113 (que não pode ser classificada em verdadeira ou falsa)
7. NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO SIMPLES
Consiste em uma proposição derivada de outra, chamada primitiva, que possui
valor lógico oposto a essa outra. Se a proposição primitiva é verdadeira, então
a derivada é falsa e reciprocamente. Em Símbolos se diz que de uma
proposição p, a sua negação é ~p.
Exemplo:
a) p: 9 ≠ 5
~p: 9 = 5
b) p: 4 ∈ ℤ
~p: 4 ∉ ℤ
c) p: ℤ ⊂ ℚ
~p: ℤ ⊄ ℚ
d) p: 9 > 5
~p: 9 ≤ 5
e) p: 4|13
~p: 4 ∤ 13
Tabela da Verdade da Negação
p ~p
~ 66 ~
V F
F V
8. PROPOSIÇÕES COMPOSTAS: CONECTIVOS E CONDICIONAIS
A partir de proposições dadas podem ser construídas novas proposições
mediante o emprego de símbolos lógicos chamados conectivos.
Operação Conectivo Símbolo
Conjunção e ∨
Disjunção ou ∧
Negação não ¬ ou ∼
Condicional se... então →
Bicondicional se e somente se ↔
9. CONJUNÇÃO: CONECTIVO ∧ (LÓGICA E)
Se p e q são proposições, a expressão p ∧ q é chamada conjunção de p e q, e
as proposições p e q são chamadas de fatores da expressão. Se conhecermos
os valores lógicos dos fatores de uma conjunção, conheceremos o valor lógico
da própria conjunção, aplicando o princípio da conjunção:
A conjunção é verdadeira se, e somente se, seus fatores são todos
verdadeiros.
Tabela da Verdade da Conjunção
p q p∧q
~ 67 ~
V V V
V F F
F V F
F F F
Exemplos: Argumentos básicos com proposições compostas
a) p: 3 > 1
q: 3 ≠ 2
p ∧ q: 3 > 1 ∧ 3 ≠ 2
b) p: 7|10 (sete é divisor de dez)
q: 9|10 (nove é divisor de dez)
p ∧ q: 7 10 ∧ 9 10 (sete é divisor de dez e nove é divisor de dez)
10. DISJUNÇÃO: CONECTIVO ∨ (LÓGICA OU)
Se p e q são proposições, a expressão p ∨ q é chamada disjunção de p e q, e
as proposições p e q são chamadas de fatores da expressão. Se conhecermos
os valores lógicos dos fatores de uma disjunção, conheceremos o valor lógico
da própria disjunção, aplicando o princípio da conjunção não exclusiva:
A conjunção é verdadeira se, e somente se, seus fatores são todos
verdadeiros.
Tabela da Verdade da Conjunção
p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
Exemplos: Argumentos básicos com proposições compostas
~ 68 ~
a) p: 3 > 1
q: 3 ≠ 2
p ∨ q: 3 > 1 ∨ 3 ≠ 2
b) p: 7|10 (sete é divisor de dez)
q: 9|10 (nove é divisor de dez)
p ∨ q: 7 10 ∨ 9 10 (sete é divisor de dez ou nove é divisor de dez)
11. CONDICIONAL SIMPLES: SÍMBOLO LÓGICO → (SE..., ENTÃO...)
Se p e q são proposições, a expressão p → q é chamada condicional de p logo
q, a proposição p é chamada de antecedente, e a proposição q é chamada
de consequente da expressão. Se conhecermos os valores lógicos do
antecedente e do consequente de uma condição, conheceremos o valor
lógico da própria condição, aplicando o princípio do condicional:
Enunciações do Condicional Simples:
O antecedente é necessário para o consequente, e o consequente é
suficiente para o antecedente.
O condicional resulta em falso se, e somente se, o antecedente for
verdadeiro consequente for falso.
Tabela da Verdade do Condicional Simples
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Exemplos: Argumentos básicos com proposições compostas
a) p: 3 > 1
q: 3 ≠ 2
p → q: 3 > 1 → 3 ≠ 2
b) p: 7|10 (sete é divisor de dez)
q: 9|10 (nove é divisor de dez)
p → q: 7 10 → 9 10 (se sete é divisor de dez, então nove é divisor de dez)
~ 69 ~
12. BICONDICIONAL: EQUIVALÊNCIA LÓGICA ↔ (SE...,E SOMENTE
SE,...)
Se p e q são proposições, a expressão p ↔ q é chamada equivalência de p e
q, a proposição p é antecedente e consequente de q, e a proposição q é
antecedente e consequente de p na expressão. Se conhecermos os valores
lógicos das componentes p e q, então conheceremos o valor lógico da
própria equivalência, aplicando o princípio da equivalência ou a conjunção
de condicionais opostas:
Princípio da Equivalência:
A equivalência resulta em verdadeiro se, e somente se, suas
componentes possuem valores lógicos iguais.
A Equivalência resulta em falso se, e somente se, suas componentes
possuem valores lógicos diferentes.
Tabela da Verdade da Equivalência
p q p⟷q
V V V
V F F
F V F
F F V
Exemplos: Argumentos básicos com proposições compostas
a) p: 3 > 1
q: 3 ≠ 2
p ↔ q: 3 > 1 ↔ 3 ≠ 2
b) p: 7|10 (sete é divisor de dez)
q: 9|10 (nove é divisor de dez)
p ↔ q: 7 10 ↔ 9 10 (sete é divisor de dez se, e somente se, nove é divisor
de dez)
~ 70 ~
13. TAUTOLOGIA: PROPOSIÇÃO LOGICAMENTE VERDADEIRA
Tautologias são definidas como proposições logicamente verdadeiras, o que
significa que, diante de uma proposição composta, não importa o quanto se
alteram os valores lógicos das proposições mais simples que compõem
aquela. É sabido que utilizam-se, geralmente, dois vieses de verificação de
valores lógicos de proposições: 1)Tabela da verdade, e 2)Inferências lógicas.
Assim sendo, uma tautologia apresenta, em sua tabela da verdade, apenas o
valor lógico de verdade.
Exemplos:
a)
p Q p∧q ∼ (p∧p) ∼p ∼q ∼p∨∼q ∼ (p∧p) ↔(∼p∨∼q)
V V V F F F F V
V F F V F V V V
F V F V V V V
F F V V V V V V
b)
p q ∼p p∧ ~p p∨q (p∧ ~p) →(∼p∨q)
V V F F V V
V F F F V V
F V V F V V
F F V F F V
~ 71 ~
14. PROPOSIÇÃO LOGICAMENTE FALSA
Proposições logicamente falsas, ou contradições, são definidas como
proposições que resultam sempre em valor lógico falso, o que significa que,
diante de uma proposição composta, não importa o quanto se alteram os
valores lógicos das proposições mais simples que compõem aquela. Utilizando-
se os já mencionados dois vieses de verificação de valores lógicos de
proposições, 1)Tabela da verdade e 2)Inferências lógicas., chega-se à
verificação de sua veracidade.
Assim sendo, uma proposição logicamente falsa apresenta, em sua tabela da
verdade, apenas o valor lógico de falso.
Exemplos:
a)
p ∼p p∧ ~p
V F F
V F F
b)
p q ∼p ∼q p∧ ~q ~p∨q (p∨∼q)↔(~p∧q)
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F F V F
F F V V V F F
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http://profleonardomatematica.blogspot.com.br/2011/09/conicas-e-
geometria-analitica.html
http://miltonborba.org/Geo_Ana/Conicas.htm
http://joudson.blogspot.com.br/2009/06/estudo-de-conicas-
circunferencias.html
http://www.valci.mat.br/arquivos/Conicas_Circunferencia.pdf
H TTP : //C LU BE S .OB MEP . OR G.BR / BLO G/LU GAR -GE OME TR IC O/LU GAR -GEO M ETR IC O - U M -SEGU ND O - ES TU DO -2 /
http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/matematica/estudo-da-reta/lugares-geometricos.html