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Apostila – Ferramentas da Construção
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1.0 FERRAMENTAS BÁSICAS
Iremos apresentar as ferramentas básicas que todo profissional da construção civil deve ter a mão para desenvolver seu trabalho de forma profissional e eficiente. Tentaremos aqui nesta aula abordar o que de mais primordial, sendo que não significa a totalidade de ferramentas que podem ser encontradas, mas aquelas iniciais e minimamente necessárias.
1.1 - Colher de pedreiro
A colher de pedreiro é uma ferramenta básica para todo profissional, e
pode ser encontrada em vários tamanhos, cada qual utilizada para uma aplicação, ou para quem prefere uma de tamanho maior ou menor. Cabe a cada um escolher a que melhor se adapta.
1.2 - Nível de Bolha
Ao comprar o nível de bolha, o mesmo deverá ser testado, pois é
muito comum que esteja alterado, viciado – isso independe de marca.
Para testá-lo na horizontal, coloque-o em uma parede e, a após a bolha
estar centralizada, passe um risco com um lápis. Posteriormente coloque-o do
outro lado (gire 180 graus na horizontal) alinhando ao risco feito anteriormente
para ver se a bolha continua no centro.
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Proceda do mesmo modo para testá-lo agora na vertical. Pode-se criar
um risco vertical com o prumo conforme já ensinado como ponto de partida. Na
dúvida, durante os serviços, utilize a mangueira de nível.
1.3 - Chibanca
Também conhecida como picareta a chibanca é utilizada para abrir valetas, entre muitas outras utilidades.
1.4 - Mangueira de nível
Esta é uma ferramenta simples, utilizada a séculos, e continua sendo primordial para que os profissionais façam o correto nível de todas as etapas de uma construção. Apesar de que hoje existem ferramentas bem mais modernas, em razão da facilidade de uso e baixo valor a mangueira de nível vai permanecer ainda por muitos anos sendo a principal forma de medição de nível, mais adiante no curso você verá na prática como utilizar esta importante ferramenta.
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1.5 - Trena
A Trena é uma ferramenta que também na atualizada, tem sofrido muitas atualizações e modernizações. Em alguns países do mundo, praticamente não são mais utilizadas, pois já foram substituídas por ferramentas a laser bem mais precisas e fáceis de utilizar, porem aqui em nossos pais, continua sendo muito utilizada para medir grandes distâncias, e podem chegar a mais de 10 m.
1.6 - Pá Quadrada
Ferramenta utilizada para cavar valar de vigas baldrames, entre outras utilidades.
1.7 - Carrinho de Mão
Normalmente com caçamba de capacidade de 50 litros, os carrinhos de mão são inclusive utilizados como medida para argamassas. Impossível existir alguma obra onde não tenha esta simples porem primordial ferramenta no canteiro de obras.
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1.8 - Torquês
Ferramenta utilizada para trabalhar com ferragens, e na confecção de armaduras de ferro para vigas, e colunas, entra muitas outras utilidades.
1.9 - Serrote
Ferramenta que deve estar sempre a mão para serrar madeiras utilizadas na obra.
1.10 - Cavadeira
Ferramenta utilizada para cavar os buracos necessários para as “brocas” entre outros. Necessários também para alicerces e baldrames.
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2.0 - FERRAMENTAS DE PRECISÃO
A medida (metro no Brasil), o prumo, o esquadro, o nível (de bolha ou
mangueira) constituem as principais ferramentas de precisão em uma obra.
Seguem algumas informações úteis acerca de algumas ferramentas.
2.1 Prumo
Quanto mais alta é a parede, mais pesado deve ser o prumo para
manter o nível da parede. Os pedreiros mais antigos costumam usar prumos
com cerca de 1Kg.
Utilize um nível de bolha de 1,2m juntamente
com o prumo, constantemente,
para evitar erros.
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Para subir uma parede, é preciso utilizar o prumo para que a parede
suba reta, sem tombar para um lado nem para o outro.
Nos tijolos estruturais além do prumo, nível utiliza-se ainda o escantilhão
Cabe lembrar que para corrigir as distorções de um prumo acaba-se por
utilizar-se de uma grossa camada de massa para corrigir as imperfeições.
Averigue se o portador do prumo sabe utilizar o instrumento e a linha e,
caso saiba não, tem preguiça de fazê-lo. Esteja pronto para fazer o que for
preciso neste momento.
Como utilizar o prumo
Na hora de medir, a peça de madeira deve está afastada da parede uns
poucos milímetros, já que o pêndulo (parte geralmente metálica) precisa descer
sem encontrar nenhum obstáculo e indicar sé há inclinação para o lado da
parede, o que será indicado se encostar ainda que dado o espaço indicado.
Quanto ao outro lado, basta averiguar a diferença de espaço dado na peça de
madeira e o prumo abaixo.
Observe as figuras da esquerda para a direita
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Figura 1 ERRADO: o taco (cilindro de madeira) e o pêndulo (cilindro,
peso, pendurado) estão colocados na parede.
Figura 2 CERTO: o taco e o pêndulo estão afastados 1
cm da parede. Figura 3 ERRADO: o taco afastado e o
pêndulo graduado na parede. Figura 4 ERRADO: o
taco colado na parede e o pêndulo afastado.
Criando um risco vertical com o prumo
Passar giz ou pó de grafite no cordão;
Fixar a ponta do cordão no alto, junto à parede;
Deixar o prumo pender livremente, próximo a parede sem encostar à
mesma até estacionar por completo;
Pressionar a parte metálica contra a parede para que seja marcada uma linha vertical;
2.2 Discos para corte
Disco diamantado segmentado, 110mmX20mm, 4.3/8”x3/4", 12.000 rpm ou
superior, corte a seco, para concreto, tijolos, alvenaria, telhas.
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Disco diamantado contínuo, 110mmX20mm, 4.3/8”x3/4", 12.000 rpm ou
superior, corte a seco, para piso cerâmico, ardósia, azulejo.
Disco diamantado Turbo, 110mmX20mm, m4.3/8”x3/4", 12.000 rpm ou superior,
corte a seco, para mármores, decorativas, granitos, alvenaria.
Disco diamantado porcelanato, 110mmX20mm, 4.3/8”x3/4", 12.000 rpm ou
superior, corte a seco.
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Disco de serra circular portátil, para corte em madeira, 110mmX20mm,
4.3/8”x3/4", 12.000 rpm ou superior, com 24 dentes.
Disco de serra circular portátil, para corte em alumínio, 110mmX20mm,
4.3/8”x3/4", 12.000 rpm ou superior, com 48 dentes.
Disco circular portátil, para corte de ferro/inox, 110mmX20mm,4.3/8”x3/4",
12.000 rpm ou superior.
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SERRA MÁRMORE Possibilita o corte de cerâmicas, porcelanatos, alvenarias,
concreto, tijolos e telhas.
2.3 Tabela de utilização de lâmina de aço no arco de serra
Para cortes em materiais mais espessos se um número menor de dentes
por polegadas. (25,4Mm), e um número maior de dentes por pol. (25,4Mm) para
cortes mais finos.
2.4 Desempenadeiras
DENTE 6x6x6mm Dica de uso: Ideal para o assentamento de pastilhas de
porcelana e de vidro, inclusive cerâmicas menores que 20X20cm em área interna.
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DENTE 8x8x8mm Dica de uso: Ideal para o assentamento de
revestimentos (cerâmicas, porcelanatos, pedras, grês retificados) em pisos
e paredes.
DENTE RAIO 10mm Dica de uso: Ideal para o assentamento de
revestimentos (cerâmicas, porcelanatos e grés retificados) de grandes
formatos, dispensa o uso de dupla camada (argamassa colante no verso da
placa e na base).
DESEMPENADEIRAS EMBORRACHADAS Dica de uso: Ideal para dar acabamento
mais liso em rebocos, substituindo o uso da esponja. Podem ser usadas também
para a aplicação de rejuntamento; facilitam a remoção dos excessos de
rejuntamento sobre os revestimentos.
LISA – Utilizada para queimar reboco, passar massa corrida, etc.
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2.5 Brocas
Tipos de encaixe
Encaixe cilíndrico – encaixe com perto do mandril
Encaixe SDS – Facilita a troca da broca que é por encaixe
Tipos de broca
Três pontas – São utilizadas para furar madeira
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Vidia – Possui um pedaço de metal mais duro na ponta – para
concreto, granito etc.
Aço rápido – Para perfuração de metais
Ferro de pua ou broca serpentina – utilizada com o arco de pua
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Broca chata – Utilizada para furar madeira lisa – a ponta piloto evita deslizamentos
Arco de pua - ferramenta manual para perfurar madeiras – sem uso de eletricidade
Verrumas - Utilizadas como auxiliar do arco de pua
Serra copo – Utilizada para fazer buracos maiores, em alvenaria,
caixas d’água. Verifica-se o diâmetro e o material antes
de se utilizar.
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2.0 – Betoneiras
Uma betoneira ou misturador de concreto é
o equipamento utilizado para mistura de materiais, na qual se adicionam cargas de pedra, areia e cimento mais água, na proporção e textura devida, de acordo com o tipo de obra.
A critério do arquiteto, engenheiro civil ou do mestre de obras, podem ser acrescidos outros tipos materiais, como diversos tipos de cimentos e pedras, ou aditivos, bem como diferentes proporções destes.
Utilização:
É muito usada na construção civil, principalmente, para mistura de agregados como produtos e matérias primas a exemplo na construção de barragens e açudes utilizando-se o concreto na mistura da argamassa. Por ter composição diferente, não sendo adicionada a pedra e podendo-se adicionar a cal hidratada, esta é mais usada em revestimento, rejuntamentos e outros preparos na obra.
Pode ser usado na mistura e preparo de outros produtos como rações, adubos, plásticos, etc. Neste caso sua denominação passa a ser como misturador.
Quanto ao Tipo Podem ser:
Móvel na forma de transporte por caminhão betoneira, com um sistema movido por uma correia de aço acoplada a um motor normalmente alimentado por um sistema de transmissão do veículo e hidráulico.
Fixa como é conhecida no Brasil equipada com motor para que a mistura fique homogênea.
Semifixa o mesmo que fixa porem pode ser facilmente removida, pois possui rodas.
Automática movida por um motor sincronizada equipada com esteiras rolantes.
semiautomática.
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A sua capacidade varia de acordo com a necessidade pode ir dos pequenos misturadores semi-automáticos que comportam pouco mais de 10 kg ou 10 litros de concreto, movidos por um motor com sistema de polias e correias, pois a mistura deve ser homogênea, até caminhões com mais de dez metros cúbicos de capacidade ou 10.000 litros.
Já que as betoneiras são medidas em litros em alguns locais, porem usa- se normalmente na construção civil como medida de capacidade a cubagem.
Os sistemas de mistura podem variar conforme o tipo, sendo os mais comuns pivotantes (onde o tambor gira entorno de um eixo) ou rotativas (o tambor gira sobre roletes). As pivorantes funcionam através do giro do tambor e palhetas que cortam a "massa" a ser misturada, como em um liquidificador, já as rotativas provocam o turbilhonamento da mistura, com pás elevando e jogando o material, como em uma roda d'água invertida.
Existem também os misturadores planetários que, para exemplificar, funcionam como uma grande panela com pás misturando o material.
Comercialmente as betoneiras mais comercializadas são as de 320/400 litros onde o "traço" é de aproximadamente 1 saco de cimento por mistura (betonada).
Considerações Finais
Apesar de existirem muitas outras ferramentas, estas que no momento aqui apresentamos, representam o básico necessário para o inicio da prática do profissional de edificações.
Veja os vídeos práticos e teóricos do curso para saber mais sobre este
assunto. Também é de suma importância que o aluno faça pesquisas ou procure adquirir literatura a respeito deste assunto.
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Quanto a Capacidade: