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ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO FINANCEIRA I [email protected] PROFESSOR: RODRIGO OTÁVIO DAS CHAGAS LIMA, msc O QUE É REALMENTE IMPORTANTE SABER PARA UMA BOA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA? ESTRATÉGIA CAPTAÇÃO DE RECURSOS APLICAÇÃO DE RECURSOS ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA TESOURARIA: ENTRADA E SAÍDA CICLO OPERACIONAL UNIDADES PROGRAMÁTICAS INTRODUÇÃO O DILEMA DO ADMINISTRADOR: LIQUIDEZ vs RENTABILIDADE ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRO PLANEJAMENTO FINANCEIRO ARRENDAMENTO ADMINISTRAÇÃO DE ATIVOS ORÇAMENTOS EMPRESARIAIS DEMONSTRATIVO DE FONTES E USOS DE LEVERAGEM FINANCEIRO AVALIAÇÃO PROVA MISTA TRABALHOS E SEMINÁRIOS EM GRUPO CUSTO DO CAPITAL REMUNERAÇÃO DO CAPITAL

Apostila Financ I

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ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO FINANCEIRA I [email protected]

PROFESSOR: RODRIGO OTÁVIO DAS CHAGAS LIMA, msc

O QUE É REALMENTE IMPORTANTE SABER PARA UMA BOA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA?

ESTRATÉGIA

CAPTAÇÃO DE RECURSOS APLICAÇÃO DE RECURSOS

ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA

TESOURARIA: ENTRADA E SAÍDA CICLO OPERACIONAL

UNIDADES PROGRAMÁTICAS

INTRODUÇÃO O DILEMA DO ADMINISTRADOR: LIQUIDEZ vs RENTABILIDADE

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRO PLANEJAMENTO FINANCEIRO

ARRENDAMENTO ADMINISTRAÇÃO DE ATIVOS ORÇAMENTOS EMPRESARIAIS

DEMONSTRATIVO DE FONTES E USOS DE LEVERAGEM FINANCEIRO

AVALIAÇÃO

PROVA MISTA TRABALHOS E SEMINÁRIOS EM GRUPO

CUSTO DO CAPITAL REMUNERAÇÃO DO CAPITAL

SUMÁRIO

1 - Módulo: Objetivos e a Função da Administração Financeira na Empresa; 1.1 - Principais áreas de decisões em Administração Financeira; 1.2 - Atribuições do Administrador Financeiro; 1.3 - Estrutura Organizacional Típica da Função Financeira; 1.3 - Definições e Problemas de Administração Financeira; 2 - Módulo: Origens e Aplicações de Recursos: 2.1 - Operações Financeiras. 2.2 - Política Financeira; 2.3 - Demonstrações de Valores. 3 - Módulo: Administração do Capital de Giro: 3.1 - Conceitos Básicos; 3.2 - Ciclo de classificação de operações; 3.3 - Princípios básicos da Adm. do Capital de Giro. 4 - Módulo: Estrutura Financeira da Empresa: 4.1 - Risco Econômico e Risco Financeiro 4.2 - Exemplos Gráficos (RE x RF) 4.3 - Princípios da Alavancagem Financeira 4.4 - Análise LPA. 5 - Módulo: Administração de Caixa: 5.1 - Administração de Recebimentos e Pagamentos; 5.2 - Concentração de Saldos; 5.3 - Aceleração de Recebimentos; 5.4 - Tempo de Cobrança no Sistema Bancário; 5.5 - Controle de Pagamento; 5.6 - Sistemas Integrados de Adm. de Caixa; 5.7 - Determinação do Saldo Operacional Apropriado; 5.8 - Exigência de Saldo Médio 5.9 - Determinação do saldo operacional Ótimo; 5.10-Emprego de Modelos Matemáticos; 5.11-Planejamento de Exigência de Caixa; 5.12-Investimentos de Excedentes de Caixa; 5.13-Taxa de Retorno. 6 - Módulo: Administração de Contas a Receber: 6.1 - Volume de Vendas e Investimentos e Contas a Receber; 6.2 - Políticas de Concessão de Crédito; 6.3 - Políticas de Cobrança 6.4 - Descontos para Pagamentos Antecipados.

Referências Bibliográficas ROSS, Stepnhen . Princípios de Administração financeira. São Paulo: Atlas, 1998. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira, São Paulo,

Editora Harbra, 1987.

SANVICENTE, Antônio Zoratto. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1997.

MARTINS & ASSAF NETO, Eliseu, Alexandre. Administração Financeira. São Paulo:

Atlas, 1986.

ROSS, Stepnhen . Administração financeira corporate finance. São Paulo: Atlas, 1995. KOPITTKE e FILHO, Bruno Nelson. Análise de Investimentos. São Paulo: Atlas, 1996.

GROPPELLI & NIKBAKHT, A A Ehsan. Administração Financeira. São Paulo: Saraiva, 1998. ASSAF NETO, Alexandre. Mercado de Capitais. São Paulo: Atlas, 2001.

I - Objetivos da Administração Financeira: a-manter a empresa em permanente situação de liquidez, como condição básica ao desenvolvimento normal de suas atividades; b-obter novos recursos para planos de expansão, com base em estudos de viabilidade econômico-financeira e com os menores custos possíveis; c-assegurar o equilíbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez financeira, quantificando os planos de expansão de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros. II - Funções da Administração Financeira: A-PREVER; fluxo monetário - custos, receitas e resultados; invetimentos e obtenção de recursos; B-PLANEJAR; operações de caixa para diferentes períodos, considerando as previsões de entradas, os compromissos certos e prováveis, as programações especiais, os financiamentos; C-ORGANIZAR; os serviços financeiros, adotando sistemas e métodos de trabalho adequados às características e necessidades da empresa; D-COORDENAR E EXECUTAR ; as operações e serviços financeiros; E-CONTROLAR; a execução das operações e serviços; contas e disponibilidades; documentos e valores; execução de orçamentos; custos financeiros. 1.1 - Principais áreas de decisão em Administração Financeira; a- Investimentos; b- Financiamento de Clientes; c- Utilização de Lucro Líquido; d- Obtenção de Recursos Financeiros; e- Análise de Utilização e Capitação de Recursos Externos e Próprios. 1.2 - Atribuições do Administrador Financeiro: a- Análise de registros e informações contábeis; b- Projeção dos movimentos de fundos; c- Aplicações de fundos excedentes; d- Fornecimento à alta administração de informações e pespectivas futuras; e- Elaboração de planos para a fonte e uso de fundos a curto e longo prazo.

1.3 - Estrutura Organizacional Típica da Função Financeira:

GERENTE FINANCEIRO

CONTROLADOR TESOUREIRO Caixa e Banco Contabilidade Geral Contas a Receber Contabilidade de Custos Contas a Pagar Elaboração; Relações Bancárias -Controle e elaboração de orçamento Preparação do Orçamento de Caixa Auditoria Interna Elaboração de relatórios internos etc. 1.4 - Definições e Problemas de Administração Financeira: 1.4.1 - Definições; A Função Financeira compreende os esforços dispensados, objetivando a formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos (lucro) aos proprietários das ações ou cotas da empresa, proporcionando a liquidez da mesma perante seus creedores.A primícia está acentada no equilíbrio entre Rentabilidade (lucro) e Liquidez. 1.4.2 - Problemas de Administração Financeira; a- Problema de Mercado; a.1 - Mercado Comprador; - preço, prazo, e outras condições de venda; - manutenção e ampliação da quota da empresa no mercado; - efeitos da concorrência; - vendas cíclicas ou de época. a.2 - Mercado Fornecedor; - preços, prazos e outras condições de compra; - compras cíclicas ou de época; - necessidade de importação. b- Problema de Aplicação do Capital; - renovação e ampliação de máquinas, equipamentos e instalações; - manutenção de estoques e produção em andamento; - concessão de crédito a clientes; vendas a prazo;

- adiantamento a fornecedores. c- Problema do Capital Alheio; - limites para compra a prazo; - limites para operações bancárias; - custo do capital alheio; - financiamentos especiais. d- Problema do Capital Próprio; - capitalização de lucros; - distribuição de lucros; - destinação das reservas e provisões; - entrada de capital novo. e- Problema de Expansão; - expansão em pequena escala; - expansão em grande escala. A percepção desses e de outros problemas só serà possível às empresas que mantém adequado sistema de processamento e análise de dados, determinando as diversas situações de solvência, liquidez e rentabilidade. A maioria das empresas concentra suas atenções apenas no propósito de obter recursos, para cubrir a falta de numerário, não se preocupando com os meios que ocasionaram esta deficiencia. Causas mais comuns da falta de numerário: a- expansão descontrolada das vendas, implicando em maior volume de compras e de gastos; b- ampliação dos prazos de vendas, para a conquista de mercados; c- diferenças acentuadas na velocidade dos ciclos de pagamentos e de recebimentos, em função dos prazos de compra e de vendas; d- insuficiência do capital próprio e utilização do capital alheio em proporções excessivas; e- baixa velocidade na rotação dos estoques e nos processos de produção; f- necessidade de compras de vultos de caráter cíclico ou para reserva, exigindo maiores disponibilidades; g- distribuição de lucros, além das possibilidades de caixa; h- imobilização excessiva, diminuindo o capital criculante ou utilizando capital de terceiros.

As empresas financeiramentes equilibradas apresentam as seguintes características: a- há permanente equilíbrio entre os recursos e os encargos financeiros; b- o capital próprio tende a aumentar em relação ao capital alheio; c- a rentabilidade do capital é satisfatória, não a prejudicando as vendas forçadas para a obtenção de numerário, nem pesadas parcelas de juros; d- há tendencia para aumentar a rotatividade dos estoques, cujo valor não se eleva na mesma proporção em que cresce o valor das vendas, e maior frequencia de vendas para um número cada vez maior de produtos. e- há tendência para estabilizar-se o prazo médio de recebimento das vendas; f- não há imobilização excessiva de capital, nem ela é insuficiente para o volume necessário de produção. g- não há falta de mercadoria para atendimento das vendas.

2 - Módulo Origens e Aplicações de Recursos:

2.1 - Capital Investido - Usos e Fontes: O capital investido numa empresa apresenta-se sob múltiplas formas e segue um processo cíclico cujo final é a sua forma monetária. A administração financeira compreende a gerência do conjunto de operações destinadas à formação de recursos monetários indispensáveis ao pagamento dos fatores da produção (ou serviços) e sua distribuição, bem como as dívidas consequentes das transações comerciais e de financiamento. A visão do fluxo monetário de uma empresa industrial obedece, em linhas gerais, ao seguinte ciclo:

Dinheiro (Capital Próprio mais Capital Alheio)

Fatores de Produção

Imóveis e equipamentos Matérias-primas e Materiais Mão-de-obra e seguro Social, Impostos, Juros, Custos em Geral

Produção

Vendas a Receber

Administração Financeira

Dinheiro

Pagamentos de Dívidas

Dinheiro (mais Capital Alheio)

Fatores de Produção

(Reinicia-se o ciclo)

De acordo com o esquema e sob o aspecto exclusivamente financeiro, podemos dizer que o capital investido tem duas destinações fundamentais: a- Capital Aplicado em Caráter Permanente: - no aparelhamento técnico-industrial; - nos estoques de máterias-primas e materiais que devem suprir a produção; - nos estoques de produção acabados e em fabricação; - nos créditos concedidos a clientes; - nas disponibilidades de caixa, que devem atender aos pagamentos. b- Capital Aplicado na Produção: - no consumo de matérias-primas e materiais; - no pagamento dos demais fatores de produção: mão-de-obra e seguro social, imposto, juros, dividendos, custos em geral. O capital aplicado na produção retorna à empresa no final do ciclo de vendas e de seu recebimento. Todavia no custo da produção deve-se incluir uma parcela destinada a amortizar o capital empregado no aparelhamento técnico-industrial e correspondente à sua progressiva depreciação a fim de manter a capacidade produtiva. Sem prejuízo dos conceitos, de ordem contábil ou econômica. As origens do Capital investido são as seguintes: a- Capital Próprio; - Capital dos sócios ou acionistas; - reservas de capital, formadas com lucros retidos; - lucros não-distribuidos; - parcelas da receita bruta, retida como previsões, para compensar a perda de valor a que estão sujeitos certos componentes do capital ou os riscos implícitos nas atividades da empresa. b- Capital Alheio; - créditos concedidos por fornecedores; - créditos bancários - curto prazo; - empréstimos e operações a médio e a longo prazo; - empréstimos por meio de debêntures; - financiamentos pelos clientes (financiamentos pelos usuários de serviços) O capital aplicado representa o ATIVO da empresa, dividindo-se em CAPITAL FIXO (ou Imobilizado) e CAPITAL DE GIRO (ou Circulante, ou de Trabalho).

2.2 -Operações Financeiras: Classificação: a) Características; - Operações bancárias Comuns; desconto de duplicatas e outros títulos, adiantamentos com garantia de duplicatas e outras garantias, cobrança de duplicatas. - Operações bancárias especiais; operações de financiamento de vendas a prestações, empréstimos a prazo médio e longo, para aquisição de máquinas e matérias-primas, empréstimos especiais para projetos de investimentos. - Operações de financiamento específico; empréstimos sob a forma de debêntures, financiamento feitos pelos próprios clientes ou usuários de serviços (pagamentos antecipados, adiantamentos), vendas a prazo em geral (transferência da capacidade operacional, cessão de capital circulante). b) Prazo de Liquidação; - Varia de acordo com o tipo de operação. c) Permanência do Capital na Empresa: - Capital Social; Indefinidamente. - Financiamento; Temporário. 2.3 - Política Financeira: Nas empresas onde o capital próprio é insuficiente- fenômeno que ocorre com muita frequência - torna-se indispensável estudar não só a possibilidade de crédito, mas, também, a conveniência de se recorrer a le, dado ao custo. O capital fixo constitui-se de imóveis, máquinas e equipamentos, mobiliário, instalações, veículos e outros componentes instrumentais do Ativo. O capital circulante compõe-se de estoques destinados à produção ou à venda, de dívidas a receber de compradores e de outros e de disponibilidades financeiras. A avaliação da medida em que o capital deve ser investido nesses diversos componentes requer o conhecimento do grau de aproveitamento que cada um possa oferecer, tanto na função de produzir lucro como na de converter-se em valor monetário. Via de regra a fixação das diretrizes financeiras está intimamente ligada às características dos mercados em que a empresa opera, bem como à proporção do seu capital em relação ao volume dos negócios. a) Reservas; São partes de lucros líquidos retidos na empresa e destinadas a fins gerais ou específicos. Constituem direito dos sócios ou acionistas, pois correspondem a um capital complementar.Exemplo; reserva legal (inespecífica, obrigatória para as sociedades anônimas), reservas para aumento de capital, reservas para ampliações. b) Provisões; São partes de lucro bruto retidos na empresa e destinadas a manter a integridade de certos componentes do Ativo, suscetíveis de perda de valor, bem como a cobrir riscos a que os negócios se acham sujeitos.Exemplo; provisão para depreciações do capital fixo, provisões para devedores duvidosos, provisões para indenizações a empregados.

2.4 - Demonstrações de Valores As demonstrações de valores aplicados e suas origens fazem-se, contabilmente, através dos balanços, analisados para a tomada de decisões sobre plano de investimentos. ATIVO (aplicações) 1 Balanço 2 Balanço Diferenças 1 - CAPITAL DE GIRO Disponibilidades 10 5 - 5 Contas a Receber 80 100 20 - Estoques 30 40 10 - Subtotal 120 145 30 5 2 - CAPITAL FIXO Imobilizações Técnicas 28 32 4 - Imobilizações Financeiras 2 3 1 - Subtotal 30 35 5 - 150 180 35 5 PASSIVO (origens) 3 - CAPITAL ALHEIO Contas e outros débitos a pagar 80 95 15 - 4 - CAPITAL PRÓPRIO Capital Social e Reservas 70 85 15 - 150 180 30 Situação Demonstrada no 1 balanço: a- Aplicações 80% em capital de giro e 20% em capital fixo b- Origens: 53,3% de capital alheio e 46,7% de capital próprio Situação no 2 balanço a- Aplicação: 80,5 em capital de giro e 19,5% em capital fixo b- Origens: 52,8% de capital alheio e 47,2% de capital próprio. Alterações de Capital de Giro a- Redução nas Disponibilidades 50,0% b- Aumento nas contas a Receber 25,0% c- Aumento nos Estoques 33,3% Alterações no Capital Fixo a- Aumento nas imobilizações técnicas 14,3% b- Aumento nas imobilizações financeiras 50,0% Alterações nas Origens a- Aumento no Capital Alheio 18,7% b- Aumento no Capital Próprio 21,4%

o aumento do capital próprio corresponde ao lucro do 2 balanço retido na empresa.

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

CONTEMPORÂNEA

Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou valor total de um negócio. Significa obter o maior lucro com o menor risco. Até décadas passadas, a ênfase caía sobre as novas formas de melhoria efetiva na administração do capital de giro, incrementando métodos para a manutenção de registros financeiros e para a interpretação dos demonstrativos financeiros. Finanças, nos últimos anos, tem ampliado seus horizontes e agora a ênfase é sobre as formas de orçamentar os recursos escassos efetivamente e investir os fundos em ativos ou projetos que rendam a melhor compensação entre o risco e retorno. Maior atenção ainda tem sido dada à determinação da proporção adequada entre os financiamentos através de obrigações e de ações bem como a utilização de novos instrumentos financeiros. A análise financeira fornece os meios para tornar flexível e corretas as decisões de investimento no momento apropriado e mais vantajoso. Uma parte crucial da administração financeira, inclui a tomada diária de decisões para auxiliar a empresa nas suas necessidades de caixa. Ele requer atenção redobrada nas mudanças intermediárias das atividades comerciais. A análise do ciclo operacional ajuda o administrador financeiro a manter baixos os custos de financiamento e a evitar elevados estoques e excesso da capacidade produtiva. Em geral, os administradores devem usar sólidas políticas de investimento que minimizem o risco. A maximização do lucro é um objetivo a curto prazo e é menos importante que a maximização da riqueza da empresa. A Administração Financeira relaciona varias teorias e conceitos de outras cadeiras, tais como microeconomia; que considera os efeitos de alterações nas condições de demanda, oferta e preço ou na macroeconomia com o aumento ou declínio da atividade comercial interna ou externa do País. A importância da Contabilidade que preparam os demonstrativos financeiros e a Estatística que fornece a base para a previsão e para comparar a saúde financeira e a lucratividade de uma empresa. Em finanças, os riscos mais elevados estão associados aos ganhos mais altos possíveis - porém, as chance de perdas também aumentam. O dilema esta em escolher os projetos mais lucrativos sem comprometer a solvência da empresa. Devemos levar em consideração os aspectos sociais, morais, ambientais e éticos no processo de tomada de decisão.

TEORIA ECONÔMICA Princípios, Leis, Modelos e Teorias

Análise Microeconomia

Agentes Individuais

Teoria do Consumidor: procura apurar como o consumidor se comporta perante o mercado em busca da satisfação de suas necessidades, quando há alteração na sua renda, nos preços dos bens e serviços. Interpreta as reações perante o desejo de consumo, avalia a restrição de consumo e num terceiro momento, analisa conjuntamente as restrições e os desejos de consumo. Teoria da Produção: Se preocupa em analisar a forma pela qual as empresas podem combinar seus fatores de produção a fim de maximizar seu nível de produção e minimizar seus custos. Teoria das Firmas: analisa a forma pela qual pode-se conciliar os interesses de quem está oferecendo os bens e serviços com os daqueles que desejam consumi-los ( oferta e demanda). Teoria da Repartição e Mercado: Destaca as características as diversas formas de mercado e suas estruturas.

Análise Macroeconômica

Estudos Agregados

Teoria do Equilíbrio e do Crescimento - História do Pensamento Econômico - Teoria Monetária - Teoria Econômica do Setor Público - Teoria das Relações Econômicas Internacionais - Teoria do desenvolvimento e da Repartição.

POLÍTICA ECONÔMICA Utilização dos Instrumentos Básicos

Das Teorias Econômicas

RISCO E RETORNO

Risco e retorno são a base sobre a qual são tomadas decisões racionais e inteligentes de investimentos. De modo geral, risco é uma medida da volatilidade ou incerteza dos retornos, e retornos são receitas esperadas ou fluxos de caixa antecipados de qualquer investimento (caderneta de poupança e aposta em corrida de cavalos). Os investimentos devem ser adequadamente recompensados pelos riscos que eles assumem. Em finanças, o risco é mensurado pelo grau de volatilidade associado aos retornos esperados. Volatilidade é a quantidade de flutuações que ocorrem com uma série de números quando eles se desviam de uma série representativa. Outro fator que aumenta o risco é o prazo.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Rodrigo O. das Chagas Lima, Meg

Exercícios

1 - Quais são os objetivos dos administradores financeiros? 2 - O que a empresa ignora quando está tentando obter lucros ótimos? 3 - Cite alguns fatores micro e macroeconômicos que influenciam as decisões de uma empresa. 4 - Quais são os dois demonstrativos financeiros que auxiliam o administrador a monitorar a monitorar o desempenho da empresa? 5 - Quais são alguns dos aspectos não-financeiros do papel do administrador na sociedade, tais como responsabilidade concernente aos trabalhadores, tratamento às minorias e atenção dada à questão da convivência entre homens e mulheres no trabalho?

3 - MÓDULO: Administração do Capital de Giro: 3.1 - Conceitos: I - Também conhecido com - Ativo Corrente; - Ativo Circulante. II - Em Geral - Capital de Giro; Disponobilidade. Investimentos Temporários; Contas a Receber Estoques de Matérias Primas Mercadorias para Vendas Produção em andamento Produtos acabados. a somatória destes, itens representam o montante investido pela empresa em Capital de Giro. III - Capital de Giro Bruto X Capital de Giro Líquido: - Capital de Giro Bruto: Disponibilidade Investimentos Temporários Contas a Receber e Estoques - Capital de Giro Líquido: Capital de Giro Bruto (-) todos os compromissos a curto prazo (fornecedores, fisco, funcionários, etc). Conceito de Curto Prazo: É o tempo exigido para que uma aplicação de dinheiro em insumos variáveis gire inteiramente, desde a compra de materia-prima até o recebimento correspondente à venda do produto ou do serviço pelo cliente. Circular do banco Central n'179 de 11 de maio de 1972; curto prazo é definido como sendo um período de 180 dias. Lei n'6.404 de 15 de dezembro de 1976; curto prazo é definido por um período igual ao de um ano social (exercício - 360 dias).

Verificamos que a definição de curto prazo poderá variar de acordo com a natureza das operações (ciclo do produto, operações financeira, registros contábeis). Exercício: 1º - Etapa: Uma Empresa é constituida com capital de 100.000,00, 50% em dinheiro 50% em bens e equipamentos; ATIVO PASSIVO Disponibilidade ................ Bens e Equipamentos ............... Capital ................ Total ................ .................. 2º - Etapa: A empresa recebe um pedido e para atendo-lo adquire matéria-prima a prazo no valor de 30.000 a pagar em 30 dias, também contrata mão-de-obra com a qual gasta a vista 15.000 e um saldo a pagar de 5.000. ATIVO PASSIVO * Ativo Circulante e Passivo Circulante 3º - Etapa; A empresa gasta mais 30.000 com mão-de-obra e 5.000 com serviços, como o saldo de dinheiro é exatamente igual a 35.000 e a empresa deseja manter um saldo mínimo de 5.000 para imprevistos recorre a um banco para obter esses fundos, através da emissão de Nota Promissória. ATIVO PASSIVO

4º - Etapa: Entrega da encomenda ao cliente com um prazo de faturamento de 30 dias no valor de 120.000. Neste momento a empresa salda seus compromissos com fornecedores e paga salarios. Todavia o dinheiro levará 30 dias para ser recebido e o saldo a pagar é de 35.000, sendo o saldo de caixa de 5.000, novamente será feito um emprestimo bancário. ATIVO PASSIVO 5º - Etapa: Completa-se o ciclo com o recebimento do valor da venda e o pagamento do empréstimo. ATIVO PASSIVO - Representação Gráfica de um ciclo normal: Compra de matéria-prima ------ estoque de matéria-prima------ produção------produtos acabados--------- vendas a prazo------contas a receber-------recebimento do cliente---compra de matéria-prima.

3.2 - Princípios Básicos da Administração de capital de Giro; Há tres dimensões da tomada de decisão sobre os ativos correntes; a) LIQUIDEZ; capacidade da empresa em saldar seus compromissos. Visto que os ativos

correntes da empresa tem além de um prazo para transformarem-se em dinheiro um risco de recebimento e esse risco aumenta conforma a natureza das operações, clientes, concorrência, ocilações da econômia e desequilíbrio entre os recebimentos e pagamentos a creedores (fluxo de caixa).

b) RENTABILIDADE; as aplicações e investimentos em ativos correntes são necessario

para a sustentação dos níveis de vendas elevados, no intuíto de maior lucro, criando um número maior de operações.

c) DISPONIBILIDADE: na administração de ativos corrente, devemos encontrar o equilíbrio entre termos maior disponibiliades de recursos para fazer frente aos compromissos, atingindo um alto grau de liquidez e sacrificando a rentabilidade, visto que se investemos mais no ciclo produtivo operacional aumentamos nossa rentabilidade ao passo que diminuiremos nossa liquidez, em decorrência dos prazos de transformação do produto em numerário. 3.3 - Financiamento do Capital de Giro: 4º - Módulo: Estrutura Financeira da Empresa: 4.1 - Risco Econômico (aspecto operacional) a) Incerteza e variabilidade relativa dos resultados da empresa nos seus setores de

atividade. b) tipo de operação da empresa - ambiente c) natureza do produto d) característica de sua procura - demanda O risco econômico é inerente às atividades da empresa setor em que atua, concorrencia, produto, tecnologia, porder aquisitivo, estabilidade política, canais de distribuição, etc...

Vinculado ao resultado operacional. 4.2 - Risco Financeiro: a) Conhecido como variabilidade de retorno para o acionista. Inerente a remuneração do capital, ou custo do mesmo. Vinculado ao resultado líquido. b) é determinado pelo uso relativo de capital de terceiros, ou seja, pelo uso de recursos que exigem uma remuneração fixa (taxa de juros) prioritária, em face da remuneração do capital próprio. c) quanto mais elevada for a proporçào de recursos de terceiros, maior será o risco assumido pelos proprietários, pois menores serão as suas possiblidades de obter remuneraçào para o seu investimento. d) associada á estrutura das fontes de recursos principalmente em termos de endividamento. Apêndice: Acionistas Ordinários; O acionista ordinário é o proprietário da empresa. São os que aprovam os balanços e as demonstrações financeiras, elaboram e aprovam os estatutos sociais, elegem os membros do conselho fiscal e conselho administrativo. Normalmente os acionistas perfazem um terço do total das ações da empresa. Acionistas Preferêncial; É um investidor, podendo eleger parte dos membros de orgãos administrativo. Tem prioridade no recebimento de dividendos, podendo ser fixa a remuneração, todavia não é um creedor, sim um sócio.

4.3 - Exemplo Gráfico: a - necessidade de remuneração de Cap. de Terceiros; b - resultado operacional da empresa (Dinheiro - endividamentos - empréstimos) 1- A empresa A possui um grau de risco econômico baixo, pois a ocilação de seus resultados é pequena e em nenhum momento os recursos gerados pelas operações ficaram a quem dos fundos exigidos por terceiros. 2 - com exigencias semelhantes à da empresa A, porém apresentando um risco financeiro muito maior em virtude da maior ocilação de seus resultados operacionais, este por sazonalidade ou problema com as vendas (risco econômico). Duas empresas com grau de risco economico iguais, mais níveis de endividamento diferente; 1 - Recursos gerados pelas operações; (risco econômico). 2 - Exigências de remuneração de capital de terceiros (risco financeiro).

4.4 - Princípio da Alavancagem Financeira "LEVERAGE": É inerente a captação de recursos de terceiros com uma remuneração inferior aos lucros obtidos nas operações da empresa. Com o intuito de ampliar os negócios e desse modo aumentar a remuneração do capital próprio. Todavia esta alavancagem gera um risco financeiro se não bem administrado poderá em virtude do risco econômico ou por sazonalidade do produto gerar prejuizos, em virtude dos custos de remuneração do capital de terceiros serem maiores do que a remuneração obtida com estes recursos. EXPLICANDO A ALAVANCAGEM FINANCEIRA: Diz respeito à prática de usar títulos de dívida para financiar investimentos e consiste na relação entre LAJIR (lucro antes do pagamento do juro e do IR) e o LPA (lucro por ação). Quando a obrigação é emitida, a empresa compromete-se a pagar os juros e a amortizar o principal em alguma data no futuro. Devido os juros serem despesas dedutíveis do cálculo do IR, uma maior parcela do lucro operacional sobra para os acionistas. Entretanto, quanto mais dívidas uma empresa tiver em sua estrutura de capital, maior será o risco financeiro. Isso significa que, independente do seu nível de lucro operacional, a empresa deve continuar a efetuar os pagamentos fixos de juros e principal. Se as atividades comerciais declinam em função de uma contração no nível econômico, o LAJIR também declinará, aumentando a probabilidade de a empresa não ser capaz de efetuar os pagamentos de juros com os lucros operacionais existentes. PORTANTO, A ALAVANCAGEM FINANCEIRA É UMA FACA DE DOIS GUMES. EMBORA ELA POSSA SER BENÉFICA EM UM PERÍODO CÍCLICO DE EXPANSÃO, ELA É DANOSA NUMA FASE CÍCLICA DE CONTRAÇÃO. Comparando uma empresa alavancada com uma empresa não alavancada. A empresa não alavancada é financiada pela emissão de ações ordinárias e não tem nenhuma dívida em sua contabilidade. Uma empresa alavancada financia parte de suas operações através de dívidas. Como resultado, ela possui uma combinação de capital de terceiros e de capital próprio em sua estrutrura de capital. Empresa A - Não Alavancada Empresa B - Alavancada D/C = 0 D/C = 50% 2004 2005 2004 2005 LAJIR $100.000 $140.000 $100.000 $140.000 Juros (10%) 0 0 10.000 10.000 ------------ ------------ ----------- ----------- LAIR $100.000 $140.000 $ 90.000 $130.000 IR (40%) 40.000 56.000 36.000 52.000 ------------ ------------ ----------- ----------- Lucro Líquido $ 60.000 $ 84.000 $ 54.000 $ 78.000 Ações Existentes 10.000 10.000 5.000 5.000

LPA (lucro p/ ação) $ 6,00 $ 8,40 $ 10,80 $ 15,60 Capital Total da Empresa não Alavancada = $200.000 Capital Total da Empresa Alavancada = $200.000 ($ 100.000 de dívidas + 100.000 de ações). D/C índice de endividamento LAJIR Grau de alavancagem financeira (GAF) = --------------------- LAJIR - J LAJIR = lucro antes dos juros e do IR J = despesas de juros Para o ano de 2005, uma mudança no LAJIR produz a mesma mudança no lucro, porque a Empresa A não tem dívidas. A Empresa B tem um índice D/C de 50%. Para qualquer mudança em seu LAJIR, o lucro líquido varia por 1,11 vezes, para mais ou para menos. % de alteração no LPA GAF ( de 2004 a 2005) = ------------------------------------------- % de alteração no LAJIR 0,40 GAF da empresa não alavancada = --------------- = 1,0 0,40 0,44 GAF da empresa alavancada = -------------------- = 1,1 0,40 Taxa Média de Retorno Lucro líquido TMR = ----------------------------------------------- Investimento Inicial A alavancagem financeira aumenta quando uma empresa emite obrigações para financiar parte de suas operações. Quanto maior o índice de endividamneto D/C, maior o grau de alavancagem financeira. Entretanto, enquanto a alavancagem financeira produz LPAs maiores, ela também torna LPAs mais voláteis. Isso significa que o risco aumenta. obs.:a quantidade e o preço de venda determinam a receita total; diminuindo aquela, sem aumento deste, decresce o lucro ou ocorre prejuízo.

4.4.1 - Exemplo de Alavancagem Financeira Favorável: Demonstração de Resultados ( em $ mil); 3 alternativas de endividamento para compor o capital da empresa. Contas * A B C Receita de Vendas 3.000 3.000 3.000 Custo Produtos Vendidos - (1.200) (1.200) (1.200) Margem Bruta = .......... ............ ............. Outras Desp.Operacional - (1.500) (1.500) (1.500) Resltado Operacional = ............ .............. ............. Custo do Endividamnto - ............. .............. .............. Lucro Líquido antes do IR = ............ ............. .............. IR (35%) - ............ .............. .............. Lucro Líquido = .............. .............. .............. Alternativas: A - sem endividamento = 100% de Cap. Próprio B- uso de 30% de Cap. de terceiros -> custo financeiro 20% a.a. (300.000) C- uso de 50% de Cap. de terceiros -> custo financeiro 20% a.a. (500.000) Capital Total $ 1.000.000,00 Embora nos casos das empresas B e C o lucro líquido tenha sido inferior da empresa A, o uso de capital de terceiros mais barato (custo inferior a 30% que é a taxa de retorno sobre o ativo total, isto é o resultado operacional obtido 300 sob um ativo total de 1.000) favorecendo aos acionistas. - Analise das tres alternativas do ponto de vista do acionista ordinário: em $ mil. Contas A B C I - Resultado Operacional .......... .......... .......... II - Ativo Total .......... .......... .......... III - Taxa de Retorno s/Ativo Total .......... .......... .......... % IV - Capital de terceiros .......... .......... ............ V - Capital Próprio .......... .......... ........... VI - Lucro Líquido dep.IR .......... ........... ........... VII - Taxa de Retorno s/ investimento .......... ........... ........... % do acionista ( VI : V).

4.4.2 - Alavancagem Financeira Desfavorável: Ativo Total 1.000.000,00 Conta * A B C D Receita de Vendas 1.500 1.500 1.500 1.500 Custo dos Produtos Vendidos - (600) (600) (600) (600) Margem Bruta = Outras Desp. Operacionais - (750) (750) (750) (750) Resultado Operacional Líquido = Custo de Endividamento - Lucro Líquido antes do IR = IR ( 35%) - Lucro Líquido = Taxa de Retorno = lucro líquido : Cap. próprio na empresa A o cap. próprio é 1.000.000 na empresa B o cap. próprio é 700.000 na empresa C o cap. próprio é 500.000 na empresa D o cap. Próprio é 250.000 obs.: nesta nova situação os resultados e retornos operacionais reduziram-se a metade. O favorecimento para os acionistas esta na empresa A. cujo capital é formado apenas com recursoso próprios. O desfavorecimento da alavancagem é em virtude do risco econômico, visto que os resultados com as vendas cairam pela metade, bem como seus custos, todavia o custo do capital de terceiro se manteve, mas a taxa de retorno sob o ATIVO TOTAL (15%) ficou inferior ao custo do capital de terceiros (20%) desfavorecendo aos acionistas. 4.5 Fatores que Influênciam a composição da Estrutura Financeira: a) Característica do setor de atividade: - taxa de crescimento das vendas futuras, dentro das condições de desenvolvimento do setor, como elemento condicionante da possibilidade de multiplicação de lucros com uso de capital de terceiros(leverage); - estabilidade relativa das vendas como fonte de recursos para cumprir compromissos assumidos, compatibilidade entre os prazos de geração de recursos e os prazos de vencimento das obrigações. - estrutura e condições da concorrência enfrentada pela empresa; - estrutura do ativo total adequada ao tipo de operação a que se destina a empresa. b) Características alheia ao setor de atividade; - Risco econômico em virtude da sazonalidade, política nacional e medidas monetárias (recessão do consumo). - Risco financeiro, adequar o custo de financiamento a contribuição gerada pelo resultado operacional.

- Maior ou menor facilidade de acesso a fontes de recurso quando necessário. 4.6 - Análise LPA: É a análise que proporciona um detalhamento através da comparação do lucro líquido em relação ao capital próprio. Exemplo: Projeção dos cálculos futuros do lucro por ação de uma empresa, com duas situações de endividamento; a - financiamneto de 40% de cap. de terceiros; b - financiamento de 60% de cap. de terceiros. Dados: Ativo Total -> 3.000.000 Cotação das Ações -> 10,00 Taxa de juros -> 30% a.a. DRE Contas A B Receitas esperada sob Vendas 2.500 2.500 CPV (400) (400) Custo Fixo e Custo Variável (800) (800) Resultado Operacional Despesas Financeiras Resultado antes do IR IR 35% Resultado Líquido Número de Ações ............ ............ Lucro p/Ações ............ ............. Cálculo do número de ações: Ativo Total - Cap. de Terceiros ---------------------------------- Cotação das Ações a - número de ações = ------------------------ = b - número de ações = ------------------------- =

Lucro p/ ação = Resultado Líquido ------------------- N'de ações a - lucro p/ ação = ---------- = b - lucrop/ ação = ---------- = Formulário ( Resultado Operacional - Despesas Financeiras) x ( 1- alíquota do IR ) LPA = --------------------------------------------------------------------------- Número de ações LPA = --------------------------------------- = LPA = ----------------------------------------- = Resultado Operacional Taxa de Retorno s/ ativo total = --------------------------- Ativo Total Lucro Líquido Retorno s/Investimento = ------------------------- Capital Próprio

DRE

Contas A B C Receita de Vendas 5.000 5.000 5.000 CPV (1.500) (1.500) (1.500) Margem Bruta Desp. Operacionais (1.500) (1.500) (1.500) Resultado Operacional Custo de Endividamento Lucro Líquido antes do IR IR (35%) Lucro Líquido Estrutura das Empresas

A- sem endividamento = 100% cap. Próprio B- 40% de cap. de terceiros, custo financeiro de 18%a.a. C- 50% de cap. de terceiros, custo financeiro de 30%a.a.

GAF do Setor = 1,5 Ativo Total = !0.000 e a Cotação das Ações = 10,00 Pergunta-se:

a) Quais as empresas que estão alavancadas financeiramente? Por que? b) Qual empresa que possui o maior risco econômico e qual a que possui o maior risco

financeiro, por que? c) As empresas que por ventura estão alavancadas financeiramente, está é favorável ou

não? Explique. d) Qual o Capital Próprio de cada empresa? e) Qual é o GAF das empresas? Explicar se o GAF encontrado é viável ou não em

relação ao setor. f) Qual é o lucro por ação das empresas? g) Qual é a taxa de retorno s/o ativo? h) Qual é a taxa de retorno para o investidor? i) Do ponto de vista dos acionistas qual é a empresa mais rentável e qual a mais

lucrativa?

DRE

Contas A B C Receita de Vendas 2.000 2.000 2.000 CPV (500) (500) (500) Margem Bruta Desp. Operacionais (650) (650) (650) Resultado Operacional Custo de Endividamento Lucro Líquido antes do IR IR (35%) Lucro Líquido Estrutura das Empresas

A- sem endividamento = 100% cap. Próprio B- 40% de cap. de terceiros, custo financeiro de 8,5%a.a. C- 40% de cap. de terceiros, custo financeiro de 30%a.a.

GAF do Setor = 1,4 Ativo Total = !0.000 e a Cotação das Ações = 10,00 Pergunta-se:

a) Quais as empresas que estão alavancadas financeiramente? Por que? b) Qual empresa que possui o maior risco econômico e qual a que possui o maior risco

financeiro, por que? c) As empresas que por ventura estão alavancadas financeiramente, está é favorável ou

não? Explique. d) Qual o Capital Próprio de cada empresa? e) Qual é o GAF das empresas? Explicar se o GAF encontrado é viável ou não em

relação ao setor. f) Qual é o lucro por ação das empresas? g) Qual é a taxa de retorno s/o ativo? h) Qual é a taxa de retorno para o investidor? i) Do ponto de vista dos acionistas qual é a empresa mais rentável e qual a mais

lucrativa?

DRE

Contas A B C D Receita de Vendas 50.000 50.000 50.000 50.000 CPV (10.000) (10.000) (10.000) (10.000) Margem Bruta Desp. Operacionais (10.000) (10.000) (10.000) (10.000) Resultado Operacional Custo de Endividamento Lucro Líquido antes do IR IR (35%) Lucro Líquido Estrutura das Empresas

A- sem endividamento = 100% cap. Próprio B- 30% de cap. de terceiros, custo financeiro de 35%a.a. C- 50% de cap. de terceiros, custo financeiro de 20%a.a. D- 80% de cap. de terceiros, custo financeiro de 10%a.a.

GAF do Setor = 2 Ativo Total = !00.000 e a Cotação das Ações = 10,00 Pergunta-se:

a) Quais as empresas que estão alavancadas financeiramente? Por que? b) Qual empresa que possui o maior risco econômico e qual a que possui o maior risco

financeiro, por que? c) As empresas que por ventura estão alavancadas financeiramente, está é favorável ou

não? Explique. d) Qual o Capital Próprio de cada empresa? e) Qual é o GAF das empresas? Explicar se o GAF encontrado é viável ou não em

relação ao setor. f) Qual é o lucro por ação das empresas? g) Qual é a taxa de retorno s/o ativo? h) Qual é a taxa de retorno para o investidor? i) Do ponto de vista dos acionistas qual é a empresa mais rentável e qual a mais

lucrativa?

FINANCIAMENTO DO CAPITAL DE GIRO

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = ATIVO CIRCULANTE - PAS SIVO CIRCULANTE

obs.: o capital circulante líquido pode também ser pensado como a porção dos ativos circulantes que deve ser financiada através do exigível a longo prazo ou patrimônio líquido.

Máximos Níveis Porção Sazonal Ativos Circulantes

Mínimos parte permanente

permanece na contabilidade por um período de tempo maior deve ser financiada como o ativo imobilizado,

através de Exigível de L.P. ou P.L.

Risco e Lucro

Escolhendo a Mistura Certa

A decisão de financiar os ativos com empréstimos de curto ou de longo prazo é uma escolha entre minimizar o risco e maximizar os lucros

Condições Normais: Longo Prazo -> mais caro; devido as incertezas, inflação, inadimplência, compensado pelo risco. Não há necessidade de renovações periódicas. Abordagem conservadora, manter a liquidez da empresa. ABORDAGEM CONSERVADORA Os empréstimos de LP. E PL. são usados para financiar os ativos imobilizados e pequena parte dos ativos circulantes. As necessidades sazonais são financiadas através de empréstimos de CP. ABORDAGEM AGRESSIVA Os ativos fixos e apenas parte do nível mínimo dos ativos circulantes são financiados por dívidas de LP. E PL. Todas as necessidades sazonais, mais parte do nível mínimo do ativo circulante, são financiadas através de dívidas de CP. Portanto o custo de financiamento é mínimo, mas o risco de ocorrerem problemas de liquidez é relativamente alto.

EXERCÍCIOS 1 - Calcular as necessidades financeiras permanente e sazonal. O valor total do ativo circulante da Companhia Dias e Dias Parados flutua: 80.000 em fevereiro; 100.000 em abril; 140.000 em junho; 40.000 em agosto; 60.000 em outubro; e 90.000 em dezembro. O ativo fixo estimado em 50.000 de janeiro a dezembro e o estoque mínimo em 40.000. Como devem ser financiados os ativos da companhia. Deve-se separar o financiamento total em duas porções: 1 - financiamento permanente = nível mínimo de ativos circulantes + Ativos imobilizados 2 - financiamento sazonal = Ativos circulantes - Nível mínimo de ativos circulantes.

fev Abr jun ago out dez

ativo circulante Ac nível mínimo M

Fin. Sazonal Ac-M ativo imobilizado Ai

Financ. Permanente M+A

as necessidades de financiamento sazonal não são permanentes ou estáveis, elas são

normalmente obtidas através de empréstimos bancários de curto prazo. Em contraste, a necessidade permanente de financiamento deve ser atendida através de uma combinação de exigível de L.P. e ações. Se a necessidade permanente for financiada a curto prazo, o credor poderá não renovar o empréstimo no vencimento e a empresa defrontaria com problema de liquidez e possivelmente de falência.

2 - Calcular as necessidades financeiras permanente e sazonal. O valor total do ativo circulante da empresa é: 50.000 em fevereiro; 70.000 em abril; 30.000 em junho; 60.000 em agosto; 40.000 em outubro; e 80.000 em dezembro. O ativo fixo estimado em 30.000 de janeiro a dezembro e o estoque mínimo em 30.000. Como devem ser financiados os ativos da companhia. a) – Qual o valor do financiamento permanente? b)- Qual o valor bimestral do financiamento sazonal?

fev Abr jun ago out dez

ativo circulante Ac nível mínimo M

Fin. Sazonal Ac-M ativo imobilizado Ai

Financ. Permanente M+A

3 - Calcular as necessidades financeiras permanente e sazonal. O valor total do ativo circulante da empresa é: 18.000 em fevereiro; 37.000 em abril; 26.000 em junho; 42.500 em agosto; 30.000 em outubro; e 50.000 em dezembro. O ativo fixo estimado em 28.550 de janeiro a dezembro e o estoque mínimo em 18.000. Como devem ser financiados os ativos da companhia. a) – Qual o valor do financiamento permanente? b)- Qual o valor bimestral do financiamento sazonal?

fev Abr jun ago out dez ativo circulante Ac

nível mínimo M Fin. Sazonal Ac-M

ativo imobilizado Ai Financ. Permanente M+A

5 - MÓDULO

ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA

Uma boa administração de caixa favorece a lucratividade de uma empresa, ao reduzir o período de cobrança e os custos de transação relacionados aos processos de cobranças e pagamentos. a - Através das projeções das expectativas de vendas e planos de operação da empresa que determinam as necessidades de capital de giro e financiamento externo da empresa. b - cabe ao administrador ou gerente financeiro garantir o volume exigido de financiamento ao menor custo possível assim como também é responsável pela avaliação do próprio plano de operação em especial com relação as exigencias, intenções e procedimentos em relação à caixa, contas a receber e estoques. c - o termo caixa refere-se a dinheiro mais saldos de c/c a às vezes inclui os ativos quase monetários (aplicações a curto prazo, títulos); d - o termo saldo operacional de caixa refere-se ao conjunto dinheiro + saldo em c/c; e - as empresas tem três motivos para manter caixa ou ativos de elevada liquidez; 1º - Transação: refere-se aos saldos de caixas exigidos pelo andamento normal das operações, sendo uma reserva da qual a empresa efetua pagamentos a fornecedores, credores, empregados, sendo realimentada atraves dos recebimentos de clientes. Esses recebimentos e pagamentos constituem fluxo constante gerando o saldo operacional de caixa. 2º - Precaução; refere-se ao saldo de caixa mantido para situações de emergência ou oportunidades que exigem fundos a curtíssimo prazo, esses saldos geralmente são mantidos em ativos quase monetários de modo que rendam juros, etc... 3º - Especulação ou Oportunidade; aproveitar oportunidades inesperadas. 5.1 - Administração de Recebimento e Pagamentos: O Ciclo de Caixa: É interessante imaginar o processo como um ciclo durante o qual o saldo de caixa é usado para comprar materiais com os quais serão produzidos bens que posteriormente serão vendidos a clientes que mais tarde irão saldar suas obrigações, renovando o ciclo.

Visualização de um ciclo de Caixa: Detalhamento de um Ciclo de Caixa, sob o enfoque do Produto: Situação; a) A empresa encomenda matéria-prima (A), com recebimento da mesma em 14 dias (B). b) As condições de compra são 2/10,30 dias líquidos sendo que a empresa opta pela primeira alternativa (C); c) O cheque utilizado para pagamento leva dois dias para compensar (D); d) O giro de estoque da empresa é de 6x ao ano e, portanto o produto é vendido e a conta é enviada ao cliente 60 dias após o recebimento das matérias-primas (E); e) O período de cobrança é de 30 dias, sendo 28 até o cliente pagar (F) e dois dias para compensar o cheque(G). Obs:o período total do ciclo operacional de caixa é de......dias. E o ciclo de caixa é de....dias

As necessidades totais de financiamento da empresa compreende um intervalo de B até G ( poderá haver). Os períodos B a D e E a G são de responsabilidade da Administração de Caixa. O intervalo de A a B representado no exemplo refere-se a um período além do alcance da empresa, porém poderá afetar diretamente o processo produtivo. O intervalo de E a F é determinado pela política de crédito da empresa. O intervalo de B a E compreende o processo produtivo da empresa. Exercícios 1- Detalhamento de um ciclo operacional do produto sob o enfoque do caixa. a) A empresa encomenda matéria-prima, com recebimento em 10 dias; b) As condições de pagamento é de 30 dias após o recebimento da matéria-prima; c) Não considerar a compensação dos cheques; d) O giro de estoque da empresa é de 4x ao ano e portanto o produto é vendido e a conta enviada ao cliente em.........dias após o recebimento da matéria-prima. e) O periríodo de cobrança é de 15 dias, não onsiderar a compensação dos cheques. Pergunta-se: 1- Qual é o período do ciclo de caixa? 2- Qual é o período do ciclo operacional? 3- Em qual período haverá necessidade financeira? 4- Qual o período que determina as Política de Crédito? 5 – Qual o período que determina o processo produtivo da empresa? 2- Detalhamento de um ciclo operacional do produto sob o enfoque do caixa. a) A empresa encomenda matéria-prima, com recebimento em 15 dias; b) As condições de pagamento é de 45 dias após o recebimento da matéria-prima; c) Não considerar a compensação dos cheques; d) O giro de estoque da empresa é de 8x ao ano e portanto o produto é vendido e a conta enviada ao cliente em.........dias após o recebimento da matéria-prima. e) O periríodo de cobrança é de 10 dias, não onsiderar a compensação dos cheques. Pergunta-se:

1- Qual é o período do ciclo de caixa? 2- Qual é o período do ciclo operacional? 3- Em qual período haverá necessidade financeira? 4- Qual o período que determina as Política de Crédito? 5 – Qual o período que determina o processo produtivo da empresa? 5.2 - Concentração de Saldo: 1 - A concentração de saldo em contas bancárias pode ser utilizada quando existe a exigência de saldo médio, como reciprocidade a fim de facilitar os financiamentos quando houver necessidades de suprir o caixa. 2 - Quanto mais variável os fluxos de caixa de uma empresa, maior a necessidades de saldos operacionais de caixa, para fazer frente às obrigações sem onerar a estrutura financeira da empresa. 3 - A concentração permite a empresa "armazenar" seu dinheiro mais eficientemente. 5 . 3 - Aceleração de Recebimentos: É uma técnica de se conservar saldos operacionais de caixa. Através da redução do prazo entre o momento de processamento de recebimento e o efetivo recebimento. Exemplo: a) Vendas a prazo igual a R$ 5.000.000,00 por ano; b) 250 dias úteis por ano; c) Qual é a média de recebimento por dia? R$ 20.000,00 por dia. Se nós reduzir o tempo de processamento de 2 dias para 1 dia, na liberação dos créditos das contas a receber, bem como a entrega dos cheques recebidos ao banco um dia mais cedo, o saldo de conta a receber em um ano reduzirá em R$ 20.000,00, desta maneira estaremos reduzindo as necessidades de financiamento. Se tivermos como custo do dinheiro ou de oportunidade em 9% a.a. a empresa economizará R$ 1.800,00 ao ano. Vantagens da Aceleração de Recebimento: 1 - Liberação de parcelas do saldo de caixa e, portanto redução das exigências totais de financiamento da empresa; 2 - A transferência de funções burocráticas ao banco, diminuindo seus custos melhorando seu controle e reduzindo a possibilidade de fraudes. 3 - Diminuição da incidência de cheques sem fundos. 4 - Menores taxas em virtude de um risco menor. 5.4 - Tempo de Cobrança no Sistema Bancário:

No ramo da compensação de cheques os bancos são especialistas e as empresas normalmente recorrem a eles no que se refere à minimização dos períodos e liquidação dos mesmos. No caso dos títulos em cobrança o mercado financeiro oferece vários sistemas de controle e liquidação, havendo margem de negociação que devemos considerar, como por exemplo, o D0 (de zero). 5.5 - Controle de Pagamentos; Com a aceleração de recebimentos transformamos contas a receber em dinheiro reduzindo deste modo à necessidade de financiamento da empresa. A política apropriada é a de pagar dentro dos prazos estabelecidos, bem como aproveitar os descontos oferecidos, evitando o pagamento de juros, correções e multas, transformando contas a receber em fonte de recursos a custo baixo. 5.6 - Sistemas Integrados de Administração de Caixa. Muitos bancos oferecem sistemas integrados de administração de caixa, projetados para controlar intensas atividades de pagamentos e recebimentos, utilizando a computação e transmitindo dados em alta velocidade. 5.7 -Determinação do Saldo Operacional Apropriado: Método Baumol e Método Miller-Orr Teoria: O nosso problema é determinar quanto dinheiro uma empresa deve manter como saldo operacional de caixa. O saldo operacional é mantido para fins de transação e para pagar contas obtidas atráves dos recebimentos de contas a receber. Se a empresa mantiver um saldo operacional muito reduzido acabará ficando sem dinheiro. Deverá então liquidar títulos negociáveis se os possuir, ou tomar empréstimos o que causará o surgimento de custos de transação. Se a empresa conservar um saldo operacional excessivamente elevado estará sacrificando a oportunidade de ganhos, estará encorrendo nos que os economistas chamam de custo de oportunidade. O que procuramos é a determinação do sal, do operacional ótimo e não saldo mínimo. A determinação do saldo operacional ótimo envolve compensação entre custo de transação e custo de oportunidade. Os custos de transação diminuem à medida que o saldo operacional aumenta, já o custo de oportunidade aumenta à medida que o nível de saldo operacional se eleva.

Conclusão: O ponto ideal é no qual a soma dos dois custos sejam mínimas. Este é o ponto que uma administração eficiente deve tentar atingir. 5.8 - Exigência de Saldo Médio: Se uma empresa utilizar o crédito bancário como fonte de financiamento a determinação do saldo operacional de caixa ótimo, pode ser simples; será ditado pelas exigências de saldo médio. Como já vimos anteriormente os bancos solicitam retribuições para concederem certos privilégios em forma de serviços tais como processamento de dados, processamento de cheques, compromissos de créditos, etc... Em certos casos uma empresa pode determinar sem análise complicadas que o saldo operacional de caixa ótimo é inferior que o saldo médio exigido pelo banco. Em tais casos esta ultima sifra possa a ser o saldo mínimo de conta corrente da empresa, em outros casos nos quais a solução não é tão fácil devemos fazer uma análise para determinarmos o saldo operacional de caixa apropriado. 5.9 - Determinação do Saldo Operacional Apropriado. Passamos agora a tomar o comportamento dos recebimentos de pagamentos como um dado. Em qualquer período os saldos inicial e final da caixa estão relacionados da seguinte maneira; Saldo Final = Saldo Inicial + Recebimentos - Pagamentos Se os recebimentos e pagamentos fossem constantes dia a dia, saberiamos com certeza o valor diário de cada um e nossos problemas seriam bastante simples. Com os recebimentos superiores aos pagamentos poderiamos retirar o saldo final de cada dia e usa-lo para outro fim. Na prática há dois problemas: Variabilidade e Incerteza: Na maioria das empresas os recebimentos e pagamentos variam tanto durante o mes quanto durante ao ano. Num mes os recebimentos e pagamentos de despesas operacionais correntes tendem a apresentar variações regulares. Variabilidades - Suponham os recebimentos e pagamentos variáveis e não sincronizados, mas as variações previsíveis. A determinação do saldo operacional apropriado é um problema de minimização de custos totais. - saldo muito baixo = elevados custos de transação - saldo muito alto = custos de oportunidade.

Incerteza - Poucas vezes os pagamentos e recebimentos são perfeitamentes previsíveis. Se passarmos para o extremo oposto e fizermos a suposição de que os recebimentos e os pagamentos são completamente aleatórios pode-se elaborar um modelo usandoa técnica da teoria de limites de controle. Além das informações sobre custo de transação e taxas de juros precisamos dispor de uma medida de variabilidade dos fluxos líquidos de caixa. Usando esses dados podemos determinar os saldos mínimos e máximos na conta corrente indicados pelas letras X e Y no gráfico a seguir. O Saldo operacional de caixa oscila aleatoriamente em resposta a entradas e saídas. No momento T1 atinge-se o limite máximo (superior) de controle(Y). No momento T1 ( Y-X) reais são transferidos da conta corrente para aplicação em curto prazo. Continuando a oscilação de recebimentos e pagamentos caindo a saldo a zero no momento T2 quando X reais são resgatados das aplicações em curto prazo e transferidos p/ c/c onde continuaram ocorrendo recebimentos e pagamentos. 5.10 - Investimento de Excedente de Caixa: Critério de Investimento; 1 - Risco de Inadiplencia; é a possibilidade de que os juros ou o principal não sejam pagos no momento previsto e na quantia prometida. 2 - Prazo de Vencimento; é o período durante o qual devem ser feitos os pagamentos de juros e principal. 3 - Negociabilidade; é a possibilidade com a qual um ativo pode ser convertido em dinheiro. 5.11 - Taxa de Retorno: Quanto mais baixo o risco e maior a negociabilidade menor será a taxa de remuneração. Títulos com essas características apresentam preços elevados e como preços e taxas de retorno estão inversamente relacionados suas taxas serão baixas. Outra relação que existe para fixar a taxa de retorno é o prazo de vencimento. Quanto maior o prazo maior a taxa, visto que será afetada pelos ciclos econômicos e monetários, bem como as tendências políticas do Estado, que em curto prazo podemos mensurar, já em longo prazo se tornam mais incertas.

6 - Administração de Contas a Receber: O volume de contas a receber é, basicamente, determinado pelos padrões de crédito. Se esses padrões forem rigorosos, muito poucos clientes estarão qualificados, as vendas cairão, e as contas a receber encolherão. Se os padrões de créditos forem relaxados, mais clientes serão atraídos, as vendas crescerão e mais contas a receber serão geradas. Vantagens: aumento nas vendas e nos lucros; Desvantagens: maior probabilidade de contas incobráveis e nos custo do financiamento adicional de contas a receber. 6.1 - Causas da Existência de Contas a Receber; a) Crédito Fornecido ou Concedido; - É um método de vendas e pagamentos. - Arma da concorrência entre empresas. b) Crédito Recebido; - É a utilização dos fatores de produção (matéria-prima, mão-de-obra, equipamentos, etc..) sem contra partida imediata. 6.2 - Preocupação da Administração Financeira de Contas a Receber; 1- Crédito a funcionários (adiantamentos) 2- Concessão de crédito aos clientes que consomem bens e ou serviços; 3- Interação com a área de Marketind. 6.3 - Conceito de Política de Crédito; São as diretrizes e procedimentos de; - Seleção de clientes, cobrança, e descontos. Constitui um importante elemento para

execução dos objetivos de venda, como instrumento de atração de procura para o que a empresa oferece no mercado.

- O benefício de reduzir os padrões de crédito é o lucro das vendas adicionais; os custos são os débitos incobráveis adicionais e o custo do financiamento adicional das novas contas a receber.

- Os benefícios de se elevarem os padrões de crédito são as reduções das dívidas incobráveis e do menor custo de financiamento das contas a reber; o custo é a redução dos lucros sobre as vendas.

6.4 - Contas a Receber Compreende: a) Conta Corrente; aplica-se a clientes permanentes com pagamentos periódicos. A

empresa acredita haver uma relativa constância nas compras do cliente. b) Crédito Parcelado; vendas de produtos e ou serviços com pagamentos em diversos

planos com faturamento dividido em prestações. c) Contratos de Vendas a prazo e Vendas Condicionais; Utilizados principalmente nas vendas de bens e ou serviços previamente encomendados e de execução ou instalação demorada, com pagamentos parciais que podem ocorrer antes durante e ou após a entrega. 6.5 - Política de Crédito como Arma de Concorrência: Elementos da Política de Crédito: a) Prazo: concedido para pagamentos; b) Cadastro; critérios para aceitação dos pedidos; c) Limite; critérios para fixação de limites de créditos. 6.6 - Fatores condicionantes de Investimento em Contas a Receber: a) Volume de vendas a prazo da empresa; b) Proporção entre custo direto do produto e ou serviços à vista e o valor faturado. c) Sazonalidade das Vendas; d) Regras do ramo de atividade, quanto aos limites de crédito. e) Políticas de Prazo de Crédito da Empresa. f) Políticas de Cobrança da Empresa.(agrecividade); f) Políticas de Desconto da Empresa.(acelerar o recebimento); g) Critério para aceitação de clientes (seleção);

6.7 - Políticas de Concessão de Crédito e Cobrança Política de Crédito: Determinação do prazo geral de crédito, ou seja, delimitar quanto tempo disporá o cliente para efetuar seus pagamentos, e a empresa com esses dados criarão seu fluxo de caixa. O prazo concedido determina não só a rotação dos investimentos em contas a receber como também o valor aproximado do investimento. Aceitação ou não de um cliente em potencial trata-se de avaliar o risco que este cliente produz. Obs: os 5 C's do Crédito ( Weston, Brigham) 1 - Character - o caráter do cliente, se ele procura cumprir suas obrigações; 2 - Capacity - a capacidade financeira, se terá condições de gerar recursos para pagamentos. 3 - Capital - o cliente possui bens e outros recursos disponíveis para cobrir as transações 4 - Collateral - o cliente pode oferecer garantias reais 5 - Conditions - quais os efeitos externos que poderá afetar a capacidade do cliente em pagar as suas dívidas. 6.8 - Modelo de Avaliação de um pedido de Crédito: a) Coleta de Demonstrações Financeiras para avaliar os aspectos de; - Capacidade de Pagamento; - Capital; - Possibilidades de Garantias. b) Consultar empresas especializadas em informação de crédito; c) Consultar os departamentos de créditos dos bancos com os quais a empresa trabalha em

busca de dados sobre hábitos de pagamentos e outras condutas; d) Trocar informações com outros fornecedores do solicitante; e) Proceder à análise dos elementos de decisão apoiada em índices financeiros e

estimativas de risco de não pagamento; f) Visitar as instalações do solicitante; i) Estabelecer limite de Crédito, e proceder ao mais rápido possível todo este levantamento.

6.9 - Política de Cobrança: Existe para assegurar que as vendas sejam transformadas em recebimentos. A ideia que se tem é de que a política de cobrança é mais rígida do que a de crédito, mas isto não é verdade, visto que se houver uma boa análise de crédito dificilmente teremos problemas com a cobrança. Princípios Básicos da Política de Cobrança; 1 - Não se deve gastar mais com esforços de cobrança do que se tenha a receber. 2 - A atividade de cobrança não levará um cliente incapaz de pagar suas dívidas a saldá-las. 3 - A agrecividade excessiva de cobrança pode prejudicar as vendas em geral, pois a cobrança é vista como parte do conjunto de concessão de crédito e da política da empresa. 4 - Identificar o nível de inadiplencia e a capacidade da empresa em suportar, e se possível agregar ao custo do produto. 6.10 - Avaliação das Políticas de Crédito e Cobrança: Na elaboração da política de crédito e cobrança poderá ocorrer dois erros graves; a) Adotar uma política liberal enfatizando aumentar os níveis de vendas, sem precauções a fim de elevar a rentabilidade pelo volume de negócios. b) Ou adotar uma política de crédito muito recessiva em termos de prazo, limite de crédito, critério de seleção de cliente, cobrança. Defendendo os interesses de contas a receber ao nível de perder em vendas. Conclusão; para avaliarmos uma política de concessão de crédito devemos comparar a taxa de inadiplencia ao volume de vendas a prazo e compara-la aos índices do setor, bem como a situação económica do Pais.