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MANUTENÇÃO ELÉTRICA MANUTENÇÃO é toda atividade que se realiza através de processos diretos ou indiretos nos equipamentos, obras ou instalações, com a finalidade de assegurar-Ihes condições de cumprir com segurança e eficiência as funções para as quais foram fabricados ou construídos, levando-se em consideração as condições operativas e econômicas. As atividades de manutenção dividem-se em dois grupos 1. MANUTENÇÃO PREVENTIVA É todo serviço programado de controle, conservação e restauração dos equipamentos, obras ou instalações executadas com a finalidade de mantê-las em condições satisfatórias de operação e de prevenir contra possíveis ocorrências que acarretam a sua indisponibilidade. 2. MANUTENÇÃO CORRETIVA É todo serviço efetuado em equipamentos, obras e instalações com a finalidade de corrigir as causas e efeitos motivados por ocorrências constatadas que acarretam, ou possam acarretar, sua indisponibilidade em condições quase sempre não programadas. A manutenção corretiva subdivide-se em: Manutenção corretiva de emergência; Manutenção corretiva de urgência; Manutenção corretiva programada. 2.1. Manutenção corretiva de emergência É todo serviço de manutenção corretiva com a finalidade de se proceder de imediato o restabelecimento das condições normais de utilização dos equipamentos, obras ou instalações. 2.2. Manutenção corretiva de urgência É todo serviço de manutenção corretiva executada com a finalidade de se proceder, o mais breve possível, o restabelecimento das condições normais de utilização dos equipamentos, obras ou instalações.

Apostila Geral e Manutenção Trafo 2014 (2)

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  • MANUTENO ELTRICA MANUTENO toda atividade que se realiza atravs de processos diretos ou indiretos nos

    equipamentos, obras ou instalaes, com a finalidade de assegurar-Ihes condies de

    cumprir com segurana e eficincia as funes para as quais foram fabricados ou

    construdos, levando-se em considerao as condies operativas e econmicas.

    As atividades de manuteno dividem-se em dois grupos

    1. MANUTENO PREVENTIVA

    todo servio programado de controle, conservao e restaurao dos equipamentos,

    obras ou instalaes executadas com a finalidade de mant-las em condies satisfatrias de

    operao e de prevenir contra possveis ocorrncias que acarretam a sua indisponibilidade.

    2. MANUTENO CORRETIVA

    todo servio efetuado em equipamentos, obras e instalaes com a finalidade de

    corrigir as causas e efeitos motivados por ocorrncias constatadas que acarretam, ou possam

    acarretar, sua indisponibilidade em condies quase sempre no programadas.

    A manuteno corretiva subdivide-se em:

    Manuteno corretiva de emergncia;

    Manuteno corretiva de urgncia;

    Manuteno corretiva programada.

    2.1. Manuteno corretiva de emergncia

    todo servio de manuteno corretiva com a finalidade de se proceder de imediato o

    restabelecimento das condies normais de utilizao dos equipamentos, obras ou

    instalaes.

    2.2. Manuteno corretiva de urgncia

    todo servio de manuteno corretiva executada com a finalidade de se proceder, o

    mais breve possvel, o restabelecimento das condies normais de utilizao dos

    equipamentos, obras ou instalaes.

  • 2

    2.3. Manuteno corretiva programada

    todo servio de manuteno corretiva executada com a finalidade de se preceder, a

    qualquer tempo, o restabelecimento das condies normais de utilizao dos equipamentos,

    obras ou instalaes, aproveitando-se de um programa ou eventual convenincia.

    A manuteno preventiva tem sido chamada tambm de manuteno programada. Sua

    realizao obedece a um programa preestabelecido, no qual so discriminados os trabalhos

    que devero ser feitos e sua periodicidade.

    Os trabalhos de manuteno preventiva e sua periodicidade so estabelecidos conforme

    as recomendaes dos fabricantes dos equipamentos, dos realizadores de instalaes, e do

    comportamento do equipamento durante sua utilizao.

    Em geral, logo aps a instalao, quando o equipamento entra em servio, a manuteno

    preventiva realizada a intervalos menores que os normalmente recomendados. O nmero de

    itens a observar pode tambm ser maior no incio.

    medida que o tempo de operao se prolongue o nmero de itens a serem controlados

    e os intervalos de manuteno, sofrero alteraes, conforme o comportamento do

    equipamento em servio.

    MANUTENBO PREDITIVA

    A manuteno preventiva de um equipamento se inicia com a realizao dos testes

    para a verificao, das condies de funcionamento de seus componentes. No caso de

    manuteno preventiva, esses testes so em geral, realizados com uma periodicidade de um

    ano.

    Se os resultados dos testes indicarem a necessidade de uma repetio mais frequente

    dos mesmos, porque eles j esto prximos dos limites admissveis a manuteno preventiva

    passa a ser substituda pela manuteno preditiva, isto , os testes sero revertidos com

    maior frequncia (meses ou semanas).

  • 3

    MANUTEN EM SES

    CONCEITOS:

    1. Defeito - Ocorrncia nos equipamentos que no impedem seu funcionamento, todavia

    podem a curto ou longo prazo, acarretar sua indisponibilidade.

    2. Falha - Ocorrncia nos equipamentos que impedem seu funcionamento.

    ITENS A SEREM INSPECIONADOS EM UMA SE (SUB-ESTAO):

    1. Estado geral da SE

    2. Estado do porto - verifica sinalizao, corroso, pintura, cadeado, corrente e

    dobradia.

    3. Estado do muro ou cerca - verificar buracos, protees, seccionamento, aterramento.

    4. Casa de comando - conservao das reas interna e externa, portas, fechaduras.

    5. Sinais de presena de ratos, cobras, etc.

    6. Meios de comunicao - rdio, telefone, trunking, telealarme, sistema de segurana.

    7. Relgio

    8. Iluminao

    9. Retificador de corrente - verifica estado de conservao, rudos estranhos, poeira,

    funcionamento dos indicadores de grandezas, estado dos fusveis e quicklags.

    10. Cubculos dos painis de controle, comunicao, corrente CC e CA -- observam

    existncia de rudos estranhos, poeira, umidade nos rels de proteo, equipamentos

    de telecomando, alarme, medio, etc. Observa sinalizao de alarme e operao dos

    rels.

    11. Bancos de bateria - verificam nvel de eletrlito, estado das vlvulas dos

    elementos, estado das conexes, existncia de vazamento.

    12. Ferramentas e fusveis - materiais de reserva (fusveis, cartucho, lmpadas, gua

    destilada, etc.).

    13. Equipamentos de segurana - EPI e EPC, conservao dos bastes de manobras,

    lanterna porttil, extintores de incndio, sistema anti-incndio.

    14. Ptio de manobra:

  • 4

    Equipamentos:

    Vazamento de leo, estado de conservao (pintura, chaparia, etc.).

    Indicadores nvel de leo e gs dos equipamentos.

    Buchas e isoladores trincados:

    Estado do cabo de interligao dos equipamentos malha de terra - Estado da slica-gel:

    Azul (bom estado) Rosa (substituir)

    Estado de conservao da ventilao forada - Existncia de elos fusveis queimados

    Nmero de operaes de chaves comutadoras, regulador de tenso, religadores, etc.

    Presena de ponto quente nas conexes dos barramentos e conexes outras

    Sistema de aterramento:

    Conexes de descarga terra dos para-raios

    Pontos de medio da malha de terra

    Estruturas:

    Ferragens expostas em estruturas de concreto

    Conservao das estruturas metlicas

    Presena de ninhos de pssaros, casa de cupim, maribondos, etc.

    rea britada:

    Condies das tampas das canaletas e canaletas de cabos

    Espessura da camada de brita

    Vegetao indesejada

  • 5

    PLANEJAMENTO E INSTRUO DE SERVIO PARA MANUTENO

    PREVENTIVA EM EQUIPAMENTOS ELTRICOS de SEs

    Manobra de Sistema

    Corresponde a uma abertura e ou fechamento dos equipamentos do sistema eltrico

    em qualquer condio de carga ou tenso.

    Manuteno Tipo A

    toda manuteno preventiva cuja execuo no acarreta indisponibilidade

    operacional e nem desmontagem do equipamento / instalao. estabelecida por perodos

    fixos (semestral, anual, etc.) e varia para as famlias de equipamentos.

    Manuteno Tipo B

    toda manuteno preventiva cuja execuo acarreta indisponibilidade operacional,

    porm no requer desmontagem parcial ou total do equipamento / instalao. estabelecida

    por perodos fixos (semestral, anual, etc.) e varia para as famlias de equipamentos, ou por

    necessidade constatada na manuteno tipo A.

    Manuteno Tipo C

    toda manuteno preventiva cuja execuo acarreta indisponibilidade operacional,

    com desmontagem parcial ou total do equipamento / instalao. A periodicidade pode ser

    estabelecida por um ou mais dos critrios a seguir, de acordo com a Famlia, prevalecendo o

    que primeiro ocorrer: nmero de operaes em curto-circuito, nmero de manobras de

    sistema, nmero de operaes em corrente de carga, nmero de operaes, perodos fixos: ou

    por necessidade constatada nas manutenes tipos A ou B.

  • 6

    FAMILIA DE EQUIPAMENTOS:

    Cada um dos grupos, com caractersticas semelhantes, em que os equipamentos foram

    divididos, sendo:

    Banco de Capacitor;

    Chave a leo Monofsica para banco de Capacitores;

    Chave a leo Trifsica para Banco de Capacitores;

    Chave Vcuo Trifsica para Banco de Capacitores;

    Chave de Abertura sob Carga a SFF;

    Chave Seccionadora;

    Comutador sob Carga (LTC);

    Conjunto de Medio;

    Cubculo de Disjuntores de Uso Interno;

    Disjuntor GVO Mecanismo a Mola;

    Disjuntor GVO Mecanismo Pneumtico;

    Disjuntor PVO Uso Externo Mecanismo a Molas;

    Disjuntor PVO Uso Externo Mecanismo Pneumtico;

    Disjuntor PVO Uso Interno (cubculo);

    Disjuntor SF6 Uso Externo Mecanismo a Molas;

    Disjuntor SF6 Uso Externo Mecanismo Auto-expanso;

    Disjuntor SF6 Uso Externo Mecanismo Hidrulico;

    Disjuntor SF6 Uso Externo Mecanismo Pneumtico;

    Disjuntor SF6 Uso Interno (cubculo);

    Disjuntor Sopro Magntico;

    Disjuntor Vcuo Uso Interno (cubculo);

    Pra-raios.

    Regulador de Tenso Monofsico;

    Religador a leo com Mecanismo Externo;

    Religador a leo com Mecanismo Interno;

    Religador Vcuo Imerso em leo com Mecanismo Externo;

    Religador Vcuo Imerso em leo com Mecanismo Interno;

    Religador Vcuo isolado a Epxi;

    Religador Vcuo isolado a SF6;

    Religador Vcuo;

    Religador SF6;

    Transformador de Fora, Autotransformador, Transformador de Aterramento,

    Regulador de Tenso Trifsico, Reator;

    Transformador para Instrumentos Uso Externo a leo (TI);

    Transformador para Instrumentos Uso Externo em Epxi (TI);

    Transformador para Instrumentos Uso Interno em Epxi (TI);

  • 7

    PLANEJAMENTO E INSTRUO DA MANUTENO (Ex.: D ISJUNTOR)

    COMPONENTES

    ATIVIDADES TIPO DA

    MANUTENO

    A B C I. ENSAIOS

    Efetua ensaio da Resistncia do isolamento (conforme MQT 00.01)

    X X

    Efetua ensaio da Resistncia de contato MQT 00.03 X X

    Efetua ensaio da capacitncia do capacitor, equalizao, quando houver.

    X

    Efetua ensaio de Rigidez Dieltrica do leo isolante X X

    II. INSPEES

    Efetua limpeza e verifica estado de conservao das conexes de AT reapertando se necessrio.

    X X

    Verifica o desgaste dos contatos de arco (quando houver),

    substituindo se necessrio.

    X

    Verifica o estado de conservao dos isoladores, observando a

    existncia de trincas, fissuras e manchas na porcelana.

    X X X

    Efetua limpeza e verifica o desgaste e as medidas internas das cmaras de extino e substitui se necessrio.

    X

    Verifica o estado de conservao do cilindro isolante, e substitui

    se necessrio.

    X

    Efetua limpeza e verifica o desgaste dos contados principais fixos

    e mveis e substitui se necessrio.

    X X

    Verificam o estado de conservao dos capacitores de equalizao

    (quando houver).

    X X

    Verifica a existncia de vazamento de leo isolante. X X X

    Verifica o nvel de leo isolante e completa. X X X

    Verifica o estado de conservao das vlvulas, registro de

    drenagem e substitui se necessrio.

    X X

    Verifica o estado de conservao das juntas / O rings X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento do indicador do nvel de leo isolante.

    X X

    Verifica o estado de conservao das vlvulas de descarga de

    gases.

    X X

    Verifica o estado de conservao dos manmetros de N2 (apenas

    ACEA HLR)

    X X

    III. AJUSTES / REGULAGENS

    Verifica os ajustes dos contatos principais. Medida H X X

    Verifica simultaneidade X

    MECANISMO DE

    ACIONAMENTO E

    TRANSMISSO

    II. INSPEES

    Verifica o estado de conservao e funcionamento do motor:

    tenso, aquecimento, rudo anormal e vibrao.

    X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento do indicador

    de posio do disjuntor.

    X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento dos

    dispositivos de disparo / travamento e substitui se necessrio.

    X X

    Verifica o estado de conservao dos disparos e substitui se necessrio

    X X

    Verifica o estado de conservao dos componentes do mecanismo

    de acionamento: bielas, hastes, alavancas, molas, rolamento,

    mancais pinos, engrenagem, correntes, parafusos sem fio e

    substitui se necessrio.

    X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento dos

    amortecedores: nvel e leo e vazamento

    X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento do indicador de situao das molas de fechamento

    X X

  • 8

    CONTINUAO

    MECANISMO DE

    ACIONAMENTO E

    TRANSMISSO

    III AJUSTES E REGULAGENS

    Verifica ajustes do mecanismo de acionamento X

    Verifica ajustes do mecanismo de transmisso X

    Verifica ajustes dos amortecedores X

    Verifica ajustes das bobinas/solenoides X X

    IV LUBRIFICAO

    Efetua lubrificao no mecanismo de acionamento X

    Efetua lubrificao no mecanismo de transmisso X

    Efetua lubrificao das chaves auxiliares X

    Efetua lubrificao dos amortecedores X

    DISPOSITIVO

    DE COMANDO E

    CONTROLE

    II INSPEO

    Efetua limpeza geral X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento das chaves/

    botoeiras

    X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento do contador de

    operao.

    X X

    Verifica o estado de conservao dos rels auxiliares/contactores,

    e substitui se necessrio.

    X X

    Verifica o estado de conservao e conexes das rguas/fiao

    reapertando se necessrio.

    X X

    Verifica o nvel das tenses do comando e controle X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento da sinalizao. X X

    Verifica o estado de conservao das chaves auxiliares X X

    Verifica o estado de conservao e funcionamento do termostato X X

    III AJUSTES/REGULAGENS

    Verifica ajustes das chaves auxiliares X X

    Verifica ajustes dos termostatos X X

    II INSPEES

    Verifica o estado de conservao dos cabos/conexes/

    aterramento, reapertando se necessrio.

    X X

    Efetua limpeza geral X X

    Verifica o estado de conservao dos parafusos, porcas, arruelas

    e substitui se necessrio.

    X X X

    ARMRIOS E Verifica o estado de conservao das vedaes X X X

    ESTRUTURA

    SUPORTE

    Verifica op estado de conservao e funcionamento dos trincos e

    dobradias

    X X X

    Verifica op estado de conservao e funcionamento iluminao/resistncia de aquecimento

    X X X

    Verifica a existncia de massa de calafetar nas tubulaes e

    coloca se necessrio.

    X X X

    Verifica o estado de conservao da chaparia X X X

    IV LUBRIFICAO

    Efetua lubrificao dos trinco/dobradias X X X

    DISJUNTOR

    TESTES FUNCIONAIS

    Testa: abertura /fechamento /eltrico /mecnico /local /remoto. X X

    Testa sinalizao de: abertura /fechamento /eltrico /mecnico

    /local /remoto.

    X X

    Testa o dispositivo de abertura a capacitor, quando houver. X X

    Testa contador de operao X X

    Testa tempo de carregamento da molas de fechamento. X X

    Teste travamento mecnico/eltrico X X

    Teste indicador da posio do disjuntor X X

    Teste tempo de carregamento das molas de fechamento. X x

    Testa capacidade de execuo do ciclo OCO X X

    INSPEO

    Efetua inspeo Termogrfica X

  • 9

    MANUTENO DE LINHAS E REDES

    As linhas e redes so desgastadas por ao do tempo e da sua utilizao.

    As linhas e redes areas esto mais vulnerveis por estarem expostas a intempries,

    influncias climticas, aes de terceiros, salinidade, corroso / oxidao por produtos

    qumicos lanados ao ar por indstrias, rvores, etc., enquanto que as linhas e redes

    subterrneas esto mais protegidas.

    Para manter um sistema eltrico ntegro e em condies de funcionamento, preciso

    periodicamente inspecion-lo para identificar as irregularidades e anomalias existentes, que,

    se no corrigidas a tempo, resultam em falhas e interrupes no fornecimento de energia

    eltrica.

    A eficcia da manuteno obtida por uma inspeo bem feita. Portanto, o inspetor

    deve ser bem treinado, com conhecimento dos critrios e padres de projeto e com

    capacidade de identificar irregularidades nos materiais e equipamentos instalados.

    Mtodos de inspeo:

    A escolha do mtodo de inspeo dever levar em considerao os seguintes fatores:

    Importncia da linha ou rede, em termos de carregamento, nmero de

    consumidores e consumidores prioritrios de atendimento.

    Interesse em se determinar uma causa especfica, como por exemplo, inspecionar as

    conexes, por ser acentuado o nmero de falhas em conectores e emendas.

    Recursos disponveis para a inspeo e manuteno.

    Extenso a ser percorrida.

    Condies do acesso linha ou rede.

    Segurana do pessoal da inspeo.

    poca do ano favorvel a inspeo.

    1. Mtodo de Inspeo Total ou poste a poste

    Devero ser vistoriados todos os postes da linha ou rede.

    2. Mtodo de Inspeo Setorial!

    Devero ser vistoriados apenas os componentes especficos da linha ou rede, como

    por exemplo, a rede primria, a rede secundria, os isoladores, os conectores, etc..

  • 10

    3. Mtodo de Inspeo Por amostragem

    Devero ser vistoriados apenas alguns postes (pertencentes amostra pr -

    selecionada) do total de postes instalados na linha ou rede.

    Tipos de inspeo:

    1. Visual

    o tipo de inspeo executada indiretamente sobre o sistema eltrico, a olho nu ou com

    auxlio de binculo ou cmera filmadora.

    2. Instrumental

    aquela feita diretamente sobre o sistema eltrico, com o emprego de aparelhos que

    permitem detectar as condies fsicas e eltricas. Dever ser acompanhada de uma

    inspeo visual parcial.

    2.1. Tipos de inspees instrumentais:

    a) Com termoviso - O termovisor um aparelho que permite detectar, sem

    necessidade de contato fsico ou mecnico, pontos sobre aquecidos na linha de rede,

    que constituem fontes potenciais de interrupes.

    b) De radiointerferncia Objetiva captar sinais indesejveis de radiointerferncia,

    emitidos por componentes das linhas e redes. Permite constatar as emisses

    indesejveis nas diferentes faixas de onda utilizadas pelos servios de comunicao.

    c) Com Termodetector O termodetector um pirmetro indicador calibrado, que

    mede a temperatura da superfcie com a qual entra em contato. utilizado em

    testes de conexes.

    d) Atravs de medio de grandezas eltricas Medies feitas em linhas e redes

    com o objetivo de verificar as cargas quanto compatibilidade com a bitola do

    condutor, verificar o equilbrio da carga, obter o valor da tenso mxima e mnima

    da carga e obter o valor da resistncia da terra.

  • 11

    Manuteno:

    A manuteno nas linhas, redes e equipamentos, dever ser avaliada e planejada, aps

    as inspees; obedecendo a critrios pr-estabelecidos. Algumas linhas e redes apresentam

    caractersticas especiais, devendo ser inspecionada e recebendo manuteno mais

    frequentemente que as demais:

    a) Atenderem a cargas importantes, a periodicidade dever ser de no mnimo 01 ano.

    b) Estarem localizadas em zonas sujeitas a poluio industrial; o intervalo entre inspees

    e manuteno deve ser de no mnimo, uma vez a cada 06 meses, em funo da

    intensidade do agente poluidor.

    c) Estarem localizadas na orla martima; dever ser inspecionada e manutenida, no

    mnimo a cada 06 meses.

    d) Em linhas e redes rurais, dependendo das cargas atendidas, a periodicidade deve ser

    de 01 ano.

    Alm da periodicidade, existe necessidade de inspeo e manuteno quando os

    ndices operativos DEC e FEC estabelecidos pela ANEEL so ultrapassados e quando

    considervel a contribuio proveniente de falhas causadas por:

    rvores e objetos estranhos na rede,

    Condutor (fio) partido.

    Descargas atmosfricas.

    Falha de conexo.

    Falha de isolador.

    Oscilao de tenso.

    Sobrecargas.

    1. Tipos de Manuteno:

    Corretiva - em situaes emergenciais.

    Preventiva:

    Por tempo -- intervalos definidos de tempo (anual, semestral, trimestral) etc.

    Por estado - determinada por uma condio pr fixada ( n de operaes, n

    de operaes em curto-circuito, n de operaes em corrente de carga, n de

    manobras).

    2. Formas de Manuteno:

    Com desligamento - Linhas e rede desenergizada.

    Sem desligamento ( Linha Viva) - linhas e redes energizadas.

  • 12

    3. Programao de obra:

    Detalhar as tarefas necessrias para a sua perfeita realizao.

    Avaliar se a execuo requer linhas, rede e equipamentos energizados ou

    desenergizados; detalhar as medidas de segurana para preveno de acidentes.

    Providenciar materiais para execuo dos servios.

    Providenciar equipes - pessoal treinado.

    Examinar o local de execuo das tarefas (acesso, etc.).

    Condies dos veculos, equipamentos, ferramentais e materiais.

    Equipamentos de segurana (EPI e EPC).

    Mtodo de execuo das tarefas.

    Oramentos..

    Na execuo dos servios observar alguns procedimentos de segurana:

    No executar manuteno em equipamentos energizados. Para tal, faz-se necessrio

    transferir as cargas, ficando o equipamento ligado s com tenso ou totalmente

    desligado, evitando assim a formao de arcos voltaicos.

    Nas atividades de manuteno em equipamentos ainda realizado: ensaios, limpezas,

    ajustes (regulagens), lubrificao e testes funcionais.

    Utilizao de EPI's e EPC's.

    Sinalizar a faixa de desacelerao dos veculos, instalando cones, mastros, bandeirolas

    e outros dispositivos sinalizadores.

    Sinalizar e delimitar a rea de trabalho com cones, cordas, fitas refletivas e placas

    indicativas. Andar em direo oposta ao fluxo de veculos.

    Se necessrio solicitar apoio do Servio de Trnsito

    Itens a serem verificados nas inspees para efeito de manuteno:

    Postes:

    Eroso do terreno,

    Fora do alinhamento, inclinado ou fletido.

    Com base deteriorada ou com rachadura (no caso de poste de madeira verificar

    quanto a apodrecimento).

    Se sujeito a abalroamento.

    Cruzetas:

    Nivelamento ou deslocamento.

    Substituio nos casos de apresentarem queimaduras extensas de raios,

    rachaduras, lascas ou sinais de apodrecimento.

  • 13

    Ferragens:

    Verificar pinos, mo francesas, olhais, parafusos, porcas, arruelas, cintas quanto

    integridade, ferrugem, fixao (peas frouxas), e condies que favoream

    rdio-interferncia.

    Isoladores:

    Se esto compatveis com a classe de tenso.

    Se estiverem trincados, rachados, lascados, quebrados ou chamuscados.

    Se estiverem desenroscados e com pinos tortos.

    Condutores:

    Flechas, diferenas notveis de uma fase para outra.

    Condies inseguras que possam resultar em curtos-circuitos ou fios cruzados.

    Emendas se esto adequadas para o tipo de condutor.

    Amarraes.

    Se falta fita.

    Objetos estranhos.

    Proximidades de fachadas, rvores e construes.

    Conexes:

    Em meio de vo usar conector de compresso ou pr-formado (nunca conector

    paralelo).

    Aterramento:

    Aterramento - realizar medio de resistncia.

    Aspectos mecnicos da ligao terra, bem como sua integridade fsica.

    Fixao do condutor terra na cruzeta.

    Estais:

    Tensionamento dos cabos e o aperto das prensas-fio ou alas preformadas.

    Proximidade de condutores energizados.

    Pra-raios:

    Ausncia (todo final de linha e todos os equipamentos devem constar); - condies da

    ferragem de sustentao e do aperto das porcas.

    Se danificados (condies da porcelana, da acumulao de p, do indicador de defeito e

    da continuidade da terra.

    Chave fusvel e chave faca:

    Posio da cruzeta.

    Integridade do circuito.

    Condies de ferragem de fixao, da porcelana, do cartucho porta fusvel, do conector,

    condies da ferragem de fixao, da base, dos isoladores, das lminas dos terminais

    (chave faca) e contato (chave fusvel).

    Conexes frouxas e ajustes.

  • 14

    Transformadores:

    Integridade fsica das ligaes.

    Integridade fsica das buchas.

    Existncia de vazamentos.

    Integridade fsica da ligao do tanque terra.

    Condies fsicas da ferragem de fixao.

    Ligao terra.

    Existncia de sinais de ferrugem.

    Estado da pintura.

    Regulador:

    Vidro do mostrador de taps.

    Vazamento pelas aletas de refrigerao perfuradas pela ferrugem ou pelo bujo.

    Ferrugem junto vedao da porta de controle.

    Nvel do leo.

    Pra-raios, chaves de by pass.

    Porcelanas.

    Ligao terra.

    Luzes indicadoras e posio dos ponteiros; contador de operaes.

    Chave a leo:

    Vazamento de leo, estanqueidade infiltrao de umidade.

    Nvel de leo.

    Nmero de operaes.

    Posio da alavanca (lig./desl.).

    Integridade das buchas e da ligao terra.

    Religador:

    Nmero de operaes.

    Aspecto da pintura.

    Presena de ferrugem.

    Integridade das buchas.

    Integridade da ligao terra.

    Posio da alavanca de operao.

    Seccionalizador:

    Estado da pintura.

    Presena de ferrugem; integridade da ligao terra.

    Integridade das buchas.

    Posio da alavanca de operao.

  • 15

    Capacitor:

    Continuidade das ligaes: primrio - chave fusvel capacitor.

    Continuidade das ligaes: primrio - para-raios - descida a terra.

    Aterramento da estrutura, suporte dos capacitores.

    Condies das buchas.

    Estado da pintura, presena de ferrugem.

    Vazamento.

    Estufamento da caixa.

    Comandos.

    Contador de operaes.

    Luzes indicadoras.

    Afastamentos mnimos:

    S esto dentro das normas.

    No caso de construes posteriores instalao da linha.

    Ramais de servio:

    Flechas relativas ao piso.

    Afastamentos.

    Necessidade de poda de ramos de rvores.

    Necessidade de substituio por cabo multiplexado.

    Integridade dos isoladores.

    Conexes e emendas; continuidade das ligaes.

    Iluminao pblica.

    Integridade dos componentes.

    Faixa de servido:

    Presena ou proximidade de ramos ou galhos de rvores junto aos condutores.

    Nos terrenos de cultura, a altura das culturas vivas e o empilhamento de vegetais secos

    junto aos postes (perigo de fogo) ou sob as linhas so condies inseguras.

    Abrir faixa conforme a norma: LD - 15 m e LT (230 KV) - 20 m.

    Seccionamento de cercas:

    Se as cercas transversais ou paralelas s linhas esto seccionadas, e se suas ligaes

    terra esto no padro.

  • 16

    MANUTENO DE TRANSFORMADORES

    Recomendamos queles que desejarem aprofundar-se no assunto, a leitura das

    seguintes normas:

    NBR 7036 - Recebimento, instalao e manuteno de transformadores

    de distribuio imersos em lquido isolante.

    NBR 7037 - Recebimento, instalao e manuteno de transformadores

    de potncia em leo isolante mineral.

    NBR 5416 - Aplicao de cargas em transformadores de potncia.

    Instrues Gerais

    muito importante ainda ter em mos as publicaes sobre instalaes de

    transformadores emitidas pelas concessionrias de energia da regio, visto que muitas delas

    tm carter normativo.

    Todos os que trabalham em instalaes eltricas, seja na montagem, operao ou

    manuteno, devero ser permanentemente informados e atualizados sobre as normas e

    prescries de segurana que regem os servios; e aconselhados a segui-las. Cabe ao

    responsvel certificar-se, antes do incio do trabalho, de que tudo foi devidamente observado

    e alertar seu pessoal para os perigos inerentes tarefa proposta. Recomenda-se que estes

    servios sejam efetuados por pessoal qualificado. Equipamento para combate a incndios e

    avisos sobre primeiros socorros, no devem faltar no local de trabalho, sempre em lugares

    bem visveis e acessveis.

    Fornecimento

    Os transformadores antes de expedidos so testados na fbrica, garantindo assim, o

    seu perfeito funcionamento. Dependendo do tamanho do transformador ou das condies de

    transporte, ele pode ser expedido montado ou desmontado. No recebimento, recomendamos

    cuidado na inspeo, verificando a existncia de eventuais danos provocados pelo transporte.

    Caso eles tenham ocorrido, notificar imediatamente a empresa transportadora para que no

    haja problemas com o seguro.

    Armazenagem

    Os transformadores no devem ser movimentados pelas buchas.

    Transformadores que tenham quatro olhais de suspenso devem ser suspensos sempre pelos

    quatro.

    O mesmo vale para os apoios de macaco: preferencialmente usar macacos de

    acionamento nico e simultneo.

    INSTALAO

  • 17

    Consideraes Gerais

    Os transformadores de distribuio e fora so normalmente construdos prevendo sua

    auto refrigerao e instalao ao tempo, com temperatura mxima de 40 C e mdia diria

    no superior a 30 C.

    Os servios de embarque e locomoo do transformador devem ser executados e

    supervisionados por pessoal qualificado, obedecendo-se normas de segurana e utilizando-se

    os pontos de apoio apropriados.

    O levantamento ou trao do transformador deve ser feito somente pelos ganchos de

    iamento laterais, tendo o devido cuidado para que o cabo no provoque esforos nos bornes

    de ligao (alta e baixa tenso) no devendo ser utilizados outros pontos que, se utilizados,

    podem acarretar graves danos ao equipamento.

    Antes de qualquer providncia para instalao do transformador, deve ser

    verificado:

    Se os dados da placa de identificao esto coerentes com o sistema no qual o

    transformador vai operar.

    Correto nvel do lquido isolante.

    Se todos os acessrios esto devidamente montados.

    Se o tanque no possui nenhuma avaria procedente do transporte.

    LOCAIS DE INSTALAO

    1. Transformador tipo Poste

    Para transformador tipo poste, a fixao deve estar de acordo com a NBR 7036. Os

    transformadores deste tipo possuem suporte para fixao ao poste conforme NBR 5440.

    2. Transformador tipo Plataforma

  • 18

    Os transformadores para plataforma devero ser instalados sobre fundaes

    adequadamente niveladas e resistentes para suportar o peso. Quando os transformadores

    forem dotados de rodas, devero ser previstos trilhos nas fundaes.

    Altitudes

    Os transformadores so projetados conforme ABNT, para instalaes at 1.000 m

    acima do nvel do mar.

    Em altitudes superiores a 1.000 m, o transformador ou ter sua capacidade reduzida

    ou necessitar de um sistema de refrigerao mais eficaz. As elevaes de temperatura dos

    transformadores so projetadas para altitudes at 1.000 m. Quando funcionando em

    altitudes superiores a esta, no devem exceder os limites especificados.

    Ligaes

    As ligaes do transformador devem ser realizadas de acordo com o diagrama de

    ligaes de sua placa de identificao. importante que se verifique se os dados da placa de

    identificao esto coerentes com o sistema ao qual o transformador vai ser instalado. As

    ligaes das buchas devero ser bem apertadas, cuidando para que nenhum esforo seja

    transmitido aos terminais, o que viria ocasionar afrouxamento das ligaes, mau contato e

    posteriores vazamentos no sistema de vedao por sobreaquecimento.

    As terminaes devem ser suficientemente flexveis, a fim de evitar esforos mecnicos

    causados pela expanso e contrao, que podero quebrar as porcelanas das buchas. Estas

    admitem considerveis pesos de condutores, mas devem ser evitadas longas distncias sem

    suportes. Alguns tipos de buchas permitem a conexo direta dos cabos ou barramentos;

    outros necessitam de conectores apropriados, que podem ou no ser fornecidos com o

    transformador.

    Comutao de tenses

    Com a finalidade de adequar a tenso do transformador tenso de alimentao, o

    enrolamento dotado de derivaes (taps) que podem ser escolhidos mediante a utilizao de

    um painel de ligaes ou comutador. Conforme projeto e tipo construtivo, este aparato

    fixado junto parte ativa, dentro do tanque, podendo ter acionamento externo ou

    acionamento interno. Para o acionamento externo a comutao feita diretamente no

    manpulo existente na tampa.

    Para fazer-se o acionamento interno, deve-se abrir a janela de inspeo para executar a

    comutao. Em ambos os casos, o transformador dever estar desenergizado.

  • 19

    Independentemente do sistema utilizado, deve-se dar especial ateno ao efetivo

    fechamento dos contatos do sistema de comutao, utilizando-se para isto aparelhos tais

    como: pontes de resistncias, ohmmetro ou ainda medidor de relaes de transformao.

    Outra precauo importante aps a comutao a medio de corrente e tenso nas

    trs fases, com o intuito de detectar possveis desequilbrios em funo da inoperncia dos

    contatos.

    Aterramento do tanque

    O tanque dever ser efetiva e permanentemente aterrado. Uma malha de terra

    permanente de baixa resistncia essencial para uma proteo adequada. No tanque est

    previsto um ou dois conectores para aterramento. A malha de terra dever ser ligada a esses

    conectores por meio de um cabo nu de cobre com bitola adequada e mais curto possvel.

    Proteo e equipamentos de manobra

    Os transformadores devem ser protegidos contra sobrecargas, curto-circuito e surtos de

    tenso. Normalmente usam-se chaves fusveis, disjuntores, seccionadores, pra-raios, etc.,

    para proteo de transformadores. Todos estes componentes devero ser adequadamente

    dimensionados para serem coordenados com o transformador e testados antes de fazer as

    conexes.

    Equipamentos Auxiliares

    Todos os equipamentos auxiliares devero ser conectados aos circuitos correspondentes.

    Consulte os diagramas de ligaes dos circuitos correspondentes. Consulte os diagramas de

    ligao dos aparelhos auxiliares. A fonte de suprimentos para aparelhos dever ser conectada

    aos bornes correspondentes, verificando-se anteriormente se a tenso e frequncia esto de

    acordo com as caractersticas dos aparelhos.

    Energizao

  • 20

    A energizao o passo final para colocao do transformador em funcionamento.

    Algumas vezes a energizao feita logo aps a montagem e instalao. Neste caso, uma srie

    de medidas j foi tomada no transcorrer das etapas, dispensando-se nova reviso.

    Entretanto, comum acontecer que entre a instalao e a energizao decorra um

    espao de tempo relativamente longo, exigindo assim que se repitam os diversos procedimen-

    tos que antecedem a energizao.

    Antes da energizao veja:

    Se todas as partes esto devidamente montadas e em seus respectivos lugares.

    Nvel do lquido isolante.

    A posio do comutador e se est devidamente travado.

    Caso o transformador tenha recebido complementao ou enchimento com lquido

    isolante, aguardar um tempo mnimo de 24 horas para que haja liberao total das

    eventuais bolhas de ar internas ainda existentes.

    Efetivo aterramento do sistema.

    Testar todos os acessrios do transformador.

    A relao de transformao.

    Resistncia de isolamento.

    Painel de comutao e diagrama de ligao.

    Aps a energizao:

    Tenses secundrias.

    Nvel de rudo.

    Elevao de temperatura do lquido isolante.

    Capacidade de sobrecarga

    Os transformadores de distribuio e fora, na prtica, so submetidos a regime de

    operao com ciclos e pontas de carga que implicam em aquecimentos inferiores e superiores

    aos previstos no clculo tcnico de cada unidade. Esta sobrecarga porm limitada em

    tempo e intensidade, e em funo da temperatura ambiente.

    De qualquer maneira, a sobrecarga deve ser interrompida e a utilizao deve

    prosseguir nas condies nominais assim que o transformador atingir sua temperatura

    mxima no enrolamento. Se por qualquer razo for necessria uma sobrecarga ultrapassando

    a temperatura mxima permissvel ao transformador, esta certamente afetar a vida til

    esperada, que proporcional temperatura atingida, durao e frequncia destas

    ocorrncias.

    A norma NBR 5416 d maiores informaes sobre os regimes de sobrecarga.

    ACESSRIOS

    Desumidificador de ar (silcia-gel)

  • 21

    Generalidades e Construo:

    A fim de que sejam mantidos elevados ndices dieltricos do leo dos transformadores, estes so equipados com secadores de ar, os quais devidos

    capacidade de absoro de umidade secam o ar aspirado que flui ao

    transformador.

    O secador de ar composto de um recipiente metlico, no qual est

    contido o agente secador, e uma antecmara para leo, colocada diante do recipiente (que

    contm o agente) isolando-o da atmosfera. Durante o funcionamento normal do

    transformador, o leo aquece e dilata, expulsando o ar do conservador atravs do secador.

    Havendo diminuio da carga do transformador ou da temperatura ambiente, tambm haver

    abaixamento da temperatura do leo, acompanhada da respectiva reduo do volume.

    Agente secador

    O agente secador, denominado silcia-gel, vtreo e duro, quimicamente quase neutro

    e altamente higroscpico. um silcio, impregnado com cloreto de cobalto, tendo, quando em

    estado ativo, a cor azul celeste de aspecto cristalino. capaz de absorver gua at 40C de

    seu prprio peso. Devido absoro de gua, toma-se rseo, devendo, ento, ser substitudo.

    Tem a vida muito prolongada e atravs de um processo que pode ser aplicado repetidas vezes,

    pode ser regenerado e reutilizado.

    Regenerao da sIica-gel

    A higroscopicidade da slica-gel pode ser restabelecida pelo aquecimento em temperatura

    de 200 a 300 C, evaporando desta maneira a gua absorvida. A fim de acelerar o processo

    de secagem, convm mex-la constantemente, at a recuperao total de sua cor

    caracterstica. Seu contato com leo, ou com os menores vestgios do mesmo, deve ser evitado

    a todo custo para que no perca sua cor azul, tingindo-se de marrom e at de preto tornando-

    se imprestvel. Aps a regenerao, a slica-gel deve ser imediatamente conservada num

    recipiente seco, hermeticamente fechado.

    ACESSRIOS

    Rel de gs (tipo Buchhoiz)

  • 22

    Generalidades

    O rel Buchhoiz tem por finalidade proteger aparelhos eltricos que trabalham imersos

    em lquido isolante, geralmente transformadores.

    Enquanto sobrecargas e sobrecorrentes so fenmenos controlveis por meios de rels

    de mxima intensidade de corrente, defeitos tais como: perda de leo, descargas internas,

    isolao defeituosa dos enrolamentos, do ferro ou mesmo contra a terra, ocorridos em

    transformadores equipados com um rel de mxima, podem causar avarias de grande monta,

    caso o defeito permanea despercebido do operador durante algum tempo.

    Os rels Buchhoiz so instalados em transformadores, justamente para, em tempo til,

    assinalar por meio de alarme ou atravs do desligamento do transformador, defeitos como os

    acima citados e deste modo evitarem a continuidade dos mesmos.

    Descrio e princpio de funcionamento

    O rel Buchhoiz normalmente montado entre o tanque principal e o tanque de

    expanso de transformadores. A carcaa do rel de ferro fundido, possuindo duas aberturas

    flangeadas e ainda dois visores providos de uma escala graduada indicativa do volume de

    gs. Internamente encontram-se duas bias montadas uma sobre a outra. Quando do

    acmulo de uma certa quantidade de gs no rel, a bia superior forada a descer. Se, por

    sua vez, uma produo excessiva de gs provoca uma circulao de leo no rel, a bia infe-

    rior que reage, antes mesmo que os gases formados atinjam o rel. Em ambos os casos, as

    bias ao sofrerem o deslocamento, ligam um contato eltrico.

    Instrues de servio

    O alarme soa sem que o transformador seja desligado. Deve-se desligar imediatamente

    o transformador, e em seguida fazer o teste do gs. De acordo com o resultado do teste, os

    seguintes defeitos podem ser distinguidos:

    a) Gs combustvel, presena de acetileno.

    - Neste caso deve haver um defeito a ser reparado na parte eltrica.

    b) Gs incombustvel, sem acetileno.

    - Neste caso temos ar puro. O transformador poder ser ligado novamente sem

    perigo. O alarme soando repetidamente, indica ar penetrando no transformador.

    Desligue e repare a falha.

    c) Nenhuma formao de gs, nvel de gs no rel est baixando e uma quantidade de ar

    est sendo sugada atravs da torneira aberta.

    - Neste o caso o nvel do leo est muito baixo possivelmente devido a um vazamento.

    Preencha com leo at o nvel e controle a estanqueidade.

  • 23

    d) O transformador desligado sem alarme prvio.

    - Neste caso o transformador deve ter sido sobrecarregado termicamente. Ligue

    novamente aps um intervalo para refrigerao. O defeito poder ser encontrado no

    contato de curto-circuito ou no sistema de rels.

    e) O alarme soa e o transformador desligado imediatamente antes ou aps ter soado.

    - Neste caso uma das falhas j descritas sob a), b) ou c) devem ser a causa. Faz-se o

    teste do gs e procede-se do mesmo modo acima mencionado.

    ACESSRIOS

    TERMMETRO

    Aplicao

    O termmetro, possui dois ponteiros de ligao e um de indicao de temperatura

    mxima atingida no perodo.

    Estes trs ponteiros so controlveis externamente, sendo que os dois primeiros

    movimentam-se apenas por ao externa, enquanto que o ltimo impulsionado pela agulha

    de temperatura, apenas quando em ascenso desta, pois, na reduo ele fica imvel, sujeito

    apenas ao externa, possibilitando-se a verificao da temperatura mxima atingida em

    um dado perodo.

    O termmetro possui na extremidade um bulbo que colocado no ponto mais quente

    do leo, logo abaixo da tampa.

    O bulbo contm em seu interior uma coluna de mercrio (Hg) que transmite as

    variaes da temperatura at o bimetlico existente, indo agulha indicadora de

    temperatura.

    ACESSRIOS

    Indicador de nvel de leo

    Generalidades, descrio e principio de funcionamento.

    Os indicadores magnticos de nvel tm por finalidade indicar com perfeio o nvel dos

    lquidos, tais como gua, leo, etc., cuja densidade no ultrapasse 10 graus Engler, e ainda,

  • 24

    quando providos de contatos para alarme, servirem como aparelhos de proteo

    mquina, como os transformadores.

    Os indicadores magnticos de nvel possuem a sua carcaa em alumnio fundido,

    sendo que a indicao de nvel feita por ponteiro acoplado a um m

    permanente, de grande sensibilidade, fato este que o torna bastante preciso.

    O mostrador dos indicadores magnticos de nvel possui trs indicaes,

    ou seja, MIN, que corresponde ao nvel mnimo, 25 C, que corresponde

    temperatura ambiente assinalada e MAX, que corresponde ao nvel mximo.

    ACESSRIOS

    Vlvula de alvio de presso

    A vlvula de alvio de presso de fechamento automtico instalada em

    transformadores imersos em lquido isolante com a finalidade de proteg-los contra possvel

    deformao ou ruptura do tanque, em casos de defeito interno com aparecimento de presses

    elevados.

    A vlvula extremamente sensvel e rpida (opera em menos de dois milsimos de

    segundo), fecha-se automaticamente aps a operao, impedindo assim a entrada de qual-

    quer agente externo no interior do transformador.

    Caractersticas e funcionamento

    O corte da figura acima, mostra a vlvula montada sobre o transformador por meio de parafusos que a prendem flange, vedada pela gaxeta .

    O disco da vlvula apertado pelas molas e vedado por meio das gaxetas . A operao

    da vlvula d-se quando a presso que atua na rea definida pelo dimetro da gaxeta excede

    a contrapresso de abertura exercida pelas molas .

    Logo que o disco levanta-se ligeiramente da gaxeta, a presso interna do transformador

    passa imediatamente a agir sobre toda a rea do disco delimitado pelo dimetro da gaxeta ,

    resultando uma fora muito maior que aciona o disco para cima e causa a abertura imediata

    e total da vlvula at a altura das molas em posio de compresso.

    A presso interna do transformador rapidamente reduzida a valores normais em

    consequncia do escape pela vlvula, e as molas reconduzem o disco para a posio de re-

    pouso, vedando novamente a vlvula. Um pequeno orifcio de sangria do espao

    compreendido entre as gaxetas evita que a vlvula opere desnecessariamente em caso de

    vedao imperfeita entre o disco e a gaxeta ocasionada por partculas estranhas depositadas

    sobre a gaxeta.

  • 25

    A vlvula provida na tampa de um pino colorido, indicador mecnico da atuao

    da vlvula. O pino est apoiado sobre o disco e levanta-se com ele durante a abertura, sendo

    mantido na posio de vlvula aberta pela gaxeta.

    A vlvula tambm provida de uma chave selada e a prova de tempo , montada na

    tampa, com contatos de atuao simultnea . A chave acionada pelo movimento do disco e

    deve ser rearmada manualmente por meio da alavanca aps o funcionamento.

    ACESSRIOS

    Rel de presso sbita

    Generalidades e Forma de instalao

    O rel de presso sbita um equipamento de proteo para transformadores do tipo

    selado. E instalado acima do nvel mximo do Iquido, no espao com gs compreendido entre

    o lquido e a tampa do transformador.

    O rel projetado para atuar quando ocorrem defeitos no

    transformador que produzem presso interna anormal, sendo sua operao

    ocasionada somente pelas mudanas rpidas da presso interna, independente

    da presso de operao do transformador.

    Para aumentos de presso de 0,4 atm/seg o rel opera em cerca de 3

    ciclos. Para aumentos de presso mais rpidos (1 atm/seg) a operao d-se em menos de

    um ciclo. Por outro lado, o rel no opera devido a mudanas lentas de presso prprias do

    funcionamento normal do transformador, bem como durante perturbaes do sistema (raios,

    sobretenso de manobra ou curto-circuito) a menos que tais perturbaes produzam danos

    no transformador.

    Normalmente o rel de presso sbita montado em uma das paredes laterais do

    tanque do transformador, no espao entre o nvel mximo do Iquido isolante e a tampa.

    Entretanto, aceitvel tambm a montagem horizontal, sobre a tampa do transformador.

    Quando o transformador transportado cheio de Iquido isolante ou enchido no

    campo com vcuo, importante verificar que no penetre Iquido isolante no orifcio

    equalizador de presso ou no interior do rel.

    MANUTENO

    comum dizer que a vida de um equipamento, cuja isolao slida o papel, a

    prpria vida do papel. Geralmente o sistema de isolao de um equipamento eltrico

    composto por uma parte slida, que o papel, impregnado em uma parte lquida, que o leo

    isolante. Com as modernas tcnicas de recondicionamento e regenerao do leo possvel

    transformar um leo velho em leo novo, porm com a isolao slida isto no possvel. A

    degenerao do papel irreversvel. O que podemos fazer retardar o seu envelhecimento.

  • 26

    importante salientar que os equipamentos modernos no permitem abusos de

    ordem operacional e de manuteno. To logo espire o prazo de garantia, a vida do

    equipamento depende exclusivamente do usurio, e fundamental que as decises do dia-a-

    dia sejam encaminhadas por elementos experientes, tecnicamente especializados no sentido

    de prolongar a vida til dos equipamentos, proporcionando segurana e economia no

    fornecimento de energia.

    Programa de Manuteno Preventiva

    Verificar diariamente

    Temperatura ambiente dos enrolamentos, tomando-se como base o valor do aumento

    mximo de temperatura ambiente que o transformador deve suportar continuamente

    sem sacrifcios de suas qualidades.

    Corrente, observando a distribuio desta, entre transformadores que se acham ligados

    em paralelo.

    Tenso, verificando se o transformador est na posio adequada de Tap.

    Nvel de leo isolante, levando em considerao a temperatura em que o mesmo se

    encontra.

    Temperatura do leo isolante.

    Verificar mensalmente

    Conexes nos terminais que tendem a afrouxar devido ao aquecimento e resfriamento

    sucessivos.

    Isoladores, verificando se h quebras e/ou rachaduras.

    Verificar trimestralmente

    Rels, verificando se esto funcionando corretamente, de modo a assegurar a proteo

    desejada.

    Rigidez dieltrica do leo isolante.

    Respiradouro, verificando o estado da sIica-gel atravs de sua colorao.

    Verificar semestralmente (inspees visuais)

    Buchas

    Vazamentos.

    Nvel do leo isolante.

    Trincas ou partes quebradas, inclusive no visor do leo.

    Se h formao de pontos brancos quando a bucha recebeu tratamento de

    superfcie com silicone.

    Fixao.

    Tanques e radiadores

  • 27

    Vibraes do tanque e das aletas de resfriamento.

    Vazamento na tampa, nos radiadores, no comutador de derivaes, nos registros e

    bujes de drenagem.

    Estado da pintura (anotar os eventuais pontos de oxidao).

    Todas as conexes de aterramento (tanque, neutro, etc.).

    Bases (nivelamento, trincas, etc.).

    Posio das vlvulas dos radiadores.

    Conservador

    Vazamentos.

    Registros entre o conservador e o tanque, se esto totalmente abertos.

    Nvel do leo isolante.

    Fixao do conservador.

    Controle de aquecimento

    Indicadores de temperatura.

    Valores de temperatura encontrados (anotar).

    Estado dos tubos capilares dos termmetros.

    Dispositivo purificador e secador de ar

    Estado de conservao do secador.

    Condies da sIica-gel.

    Limpeza e o nvel de leo no secador.

    Estado das juntas de vedao.

    Dispositivo de alvio de presso.

    Condies da vlvula.

    Rel de gs

    Limpeza do visor.

    Vazamento de leo.

    Juntas.

    Fiao.

    Rel de presso

    Vazamento.

    Juntas.

    Fiao.

    Contadores tipo plug.

    Comutador de derivaes

    Condies gerais como: lubrificao das articulaes, oxidao das hastes, folgas,

    etc.

    Anotar as derivaes encontradas.

    Se est trancado e o estado do cadeado.

    Caixa de terminais da fiao de controle e proteo

    Limpeza, estado da fiao, blocos terminais.

    Juntas de vedao, trincas e maanetas.

  • 28

    Fixao, corroso e orifcios para aerao.

    Ligao extrema

    Ligaes principais quanto a: oxidao, falta de parafusos, etc.

    Ligaes de aterramento.

    Circuitos de alimentao, auxiliar quanto a: estado da fiao, barramentos, fusveis

    ou contadores.

    Geral

    Condies gerais de limpeza do transformador.

    Condies gerais do equipamento de reserva.

    Condies gerais de instalao.

    Verificar a cada doze meses (anualmente)

    Possveis vazamentos pelas buchas, tampas, bujes, soldas. etc.

    Indcio de corroso em qualquer parte do tanque.

    Verificao de rudos anormais de origem mecnica ou eltrica.

    Verificaes da fixao do transformador.

    Aterramento e equipamentos de proteo do transformador

    Verificar a cada trs anos

    Verificao nos acessrios, examinado:

    Atuao do rel de gs.

    Atuao do rel ou dispositivos de sobrepresso.

    Indicadores de temperatura.

    Secador de ar de sIica-gel

    Indicadores de nvel do leo.

    Sistema de resfriamento.

    Fiao, sistemas de comando, blocos de terminais, etc.

    A cada cinco anos

    Verificar todos os itens anteriormente descritos, bem como realizar os seguintes

    ensaios:

    Resistncia de isolamento, para anlise em laboratrio.

    Verificao da relao de tenso.

    A cada dez anos

    Deve ser realizada uma reviso completa do transformador, necessitando para tanto,

    que o mesmo seja enviado assistncia tcnica autorizada ou fbrica.

    Ocorrncias que exigem desligamento imediato:

    Rudo interno anormal.

    Vazamento significativo do leo isolante.

  • 29

    Aquecimento excessivo nos conectores, observando os critrios estabelecidos para

    termoviso.

    Atuao da vlvula de alvio de presso.

    Rel de gs atuado.

    Irregularidades observadas nos acessrios de proteo e de medio.

    O transformador no deve ser ligado at que seja feita uma identificao e correo no

    defeito.

    Ocorrncias que exigem desligamento programado

    Embora no ofeream riscos imediatos, estes desligamentos, devem ser efetuados no

    menor prazo possvel, dentro das condies operativas do sistema.

    Vazamento de leo que no oferea risco imediato de abaixamento perigoso do nvel.

    Aquecimento nos conectores, observando os critrios estabelecidos pela termoviso.

    Desnivelamento da base.

    Anormalidades constatadas nos ensaios de leo, obedecendo os limites fixados na

    tabela.

    Procedimentos para coleta de leo isolante mineral

    Transcrio de caractersticas do transformador em etiquetas apropriadas.

    Executar a limpeza extrema da vlvula, removendo flange, se houver, e deixar escorrer

    um pouco de lquido, para prevenir contaminao da amostra.

    Inserir na vlvula do transformador, conexo para unio ao frasco de coleta, atravs da

    mangueira.

    Drenar cerca de um filtro para limpeza da vlvula e conexo.

    Ajustar o fluxo atravs da mangueira para escoamento lento e sem turbulncia, aps

    introduzir no frasco e enche-lo at vazar, tampando-o logo em seguida.

    Utilizar uma folha de plstico, que dever ficar entre a boca do frasco e a tampa, se

    esta for de plstico. Utilizar uma folha, que dever ser colocada por cima da tampa,

    onde ser amarrada com barbante ou fixada com fita crepe.

    Prender as etiquetas aos frascos para identific-los, anotando a sequencia de obteno

    (primeiro, segundo).

    Em equipamentos que por caractersticas construtivas no possuem vlvulas, dever

    ser usado mtodo alternativo. Neste caso, exigida a abertura da tampa de inspeo.

    Para que no haja contaminao do leo, as condies ambientais devero ser

    rigorosamente observadas.

    Etapas da manuteno:

    As etapas da manuteno definem o processo pelo qual deve ser iniciada e seguida,

    dando organizao para o processo.

    1. Recepo e ensaios

  • 30

    O ciclo da manuteno deve ser iniciado com ensaios onde avaliada a situao

    inicial do equipamento. Inicialmente o transformador deve passar por uma inspeo visual

    completa. Em seguida devem ser executados ensaios eltricos e ensaios no leo isolante, que

    permitam um perfeito diagnstico dos defeitos existentes. Estes resultados devem ser re-

    gistrados para posteriores comparaes com aqueles que sero obtidos aps os servios de

    manuteno. Os ensaios normalmente efetuados para efeito de diagnstico e controle de

    manuteno so os seguintes:

    Relao de transformao

    Resistncia de isolao

    Resistncia eltrica dos enrolamentos

    Anlise do lquido isolante

    Fator de potncia

    2. Retirada do leo e desmontagem

    O leo isolante retirado atravs do tubo de drenagem devidamente equipado com

    registro ou mesmo atravs da tampa de inspeo. Este deve ser armazenado em tambores de

    ao, prprios para este fim. Aps a retirada do leo isolante feita a desmontagem com a

    remoo da tampa e buchas. Retira-se ento a parte ativa do tanque. Para levantamento da

    parte ativa em transformadores com potncia menor ou igual a 300 kVA, usa-se o prprio

    suporte de fixao ao tanque. Para potncia igual ou superior a 500 kVA, usa-se alas de

    suspenso situadas nas vigas "U". Em casos especiais, onde a parte ativa fixada na tampa

    do tanque, devem ser usadas as alas de suspenso situadas na parte superior destas. Ento

    realizada uma inspeo interna detalhada.

    3. Reparos

    3.1 A reviso da parte ativa deve constar de:

    Limpeza da parte ativa atravs de jateamento com Iquido isolante limpo.

    Verificao do estado do enrolamento e seus isolamentos.

    Caso necessrio, devem ser refeitos

    Verificao das posies dos enrolamentos e ncleos.

    Reapertar os parafusos e porcas de aperto, devendo-se tomar cuidado para no

    danificar as isolaes.

    Verificaes do estado de todas as ligaes internas, dos contatos e das soldas.

    Reaperto dos contatos e refazer as soldas duvidosas.

    Remoo de todas as impurezas existentes.

    Verificaes de limpeza do comutador ou painel de derivaes.

    Secagem da parte ativa conforme processos de secagem a serem descritos no

    decorrer deste manual.

    3.2 A reviso do tanque deve constar de:

    Verificao do estado geral.

    Preparao para reviso, retirando todas as gaxetas e, caso necessrio, placa de

    identificao, bujo de drenagem, conectores de aterramento, etc.

    Retirada de possveis amassamentos, atravs de prticas adequadas de funilaria.

  • 31

    Reparo das soldas. Comprovar estanqueidade.

    Proceder a limpeza das chapas.

    Remoo das camadas atravs de lixa, escova de ao ou outro processo igualmente

    eficaz, nos casos em que a superfcie esteja parcialmente atacada. Alm disso, as

    superfcies no atacadas devem ser lixadas antes de receber nova pintura.

    Limpeza total atravs de jato de areia ou decapagem, nos casos em que o tanque

    tiver toda sua superfcie afetada.

    Pintura aplicando uma proteo anti-corrosiva nos pontos onde a ferrugem foi

    removida com aplicao de uma tinta de acabamento na superfcie total.

    Secagem em estufa, caso necessrio.

    3.3 A reviso das buchas deve contar de:

    Limpeza da porcelana, ou substituio, caso necessrio.

    Troca de todas as juntas das buchas.

    3.4 A reviso dos terminais de alta e baixa tenso deve constar de:

    Deve constar de limpeza e tratamento, removendo qualquer indcio de oxidao

    existente, principalmente nas superfcies de contato eltrico.

    Secagem

    Todo equipamento cuja isolao eltrica composta por papel impregnado e leo, deve

    sofrer uma secagem antes da montagem. A umidade que o equipamento absorve, tanto em

    operao quanto por ocasio de seu reparo, extremamente nociva, uma vez que entre

    outras coisas ela provoca:

    Diminuio da rigidez dieltrica do leo isolante.

    Diminuio do valor da tenso eltrica de ruptura do papel impregnado.

    Acelera o envelhecimento do papel.

    Processos de secagem existentes:

    Dos processos de secagem que se tem conhecimento, os que se utilizam da aplicao a

    vcuo so os mais eficientes. Para que sejam aplicveis, porm, necessrio saber se o

    tanque foi projetado para suportar nveis de vcuo de 0,1mm/Hg ou abaixo.

    1. Processos de Secagem presso atmosfrica

    So processos caracterizados pela baixa eficincia na extrao de umidade, porm, de

    simples aplicao e modestas instalaes. Entre outros, podemos citar: estufa com circulao

    de ar quente, sopro de ar quente e circulao de leo quente desgaseificado.

    1.1 Secagem em estufa com circulao de ar quente:

  • 32

    Utiliza a circulao de ar quente em estufas. Apresenta uma secagem pouco eficiente,

    mas de fcil aplicao.

    1.2 Sopro de ar quente:

    Utiliza apenas aerotermo associado a um filtro de ar que circula ar quente

    desumidificado em circuito semi-fechado. Sua qualidade tida como de fraca a aceitvel.

    Este processo no adequado para secagem de transformadores de fora. Sua

    aplicao est restrita secagem de pequenas unidades de baixa tenso e potncia,

    geralmente em oficinas de recuperao. Na existncia de estufas com circulao de ar quente,

    a parte ativa pode ento ser retirada do tanque para secagem.

    1.3 Circulao de leo quente desgaseificado:

    Utiliza apenas um equipamento de aquecimento e de desgaseificao que circula o leo

    do transformador em circuito fechado. Sua qualidade tida como fraca sob o ponto de vista

    de secagem da celulose.

    2. Processos de Secagem a vcuo

    So processos caracterizados pelo alto poder de extrao de umidade da isolao,

    quando comparados com outros processos. Os processos a vcuo que se tem conhecimento

    so os seguintes: ciclo de leo-vcuo, asperso de leo quente, criognica e vapor-phase'

    (asperso de querosene vaporizada).

    2.1 Ciclo de leo-vcuo:

    Colocar transformadores sob vcuo abaixo de 1mm Hg;

    Aquecer o leo a 80 C;

    Verificar a estanqueidade do transformador;

    Encher o transformador, sob vcuo, com leo quente;

    Circular o leo a 80 C at a temperatura dos enrolamentos atingir 75 C.

    Drenar rapidamente o leo at que toda a isolao esteja acima do nvel de leo.

    Colocar o transformador sob vcuo para extrao da umidade. O vcuo deve continuar

    at que a temperatura dos enrolamentos caia para 5O C.

    Repetir este ciclo at que o transformador atinja nvel de secagem requerido. A

    qualidade deste processo tida como boa, mas o processo moroso, alm de ter custo

    bastante elevado.

    2.2 Asperso a leo quente (Hot Spray):

    Este processo permite uma variao na aplicao, isto , pode ser realizado com

    volume total de leo do transformador (neste caso, a seqncia de operao a mesma do

    processo anterior).

  • 33

    2.3 Criognica ou condensador:

    Usado para transformadores mais novos, pois seca somente o isolante slido. Este

    processo de secagem consiste no emprego de uma bomba de vcuo de duplo estgio,

    associada a uma bomba criognica a gelo seco na aplicao de vcuo ao transformador.

    2.4 Vapor-phase (asperso de querosene vaporizado):

    Consiste na asperso de querosene no estado vapor, sobre a isolao do

    transformador. Para tanto, o querosene aquecido temperatura da ordem de 130C, sendo

    que no caso a temperatura da isolao pode chegar at ao mximo de 120 C. Devido

    complexidade de suas instalaes, a aplicao desse processo est restrita s fbricas de

    transformadores.

    Qualquer que seja o mtodo de secagem adotado, indica se aps o trmino do

    processo, completar o nvel com Iquido isolante em perfeitas condies e cuja temperatura

    no seja inferior a do contido no transformador.

    Montagem

    Concluda a etapa de secagem, incluindo as fases de impregnao de leo, eliminao

    do vcuo residual e resfriamento do sistema at as condies, a prxima etapa consiste na

    montagem do transformador.

    Os transformadores, nos regimes de isolao slida seca e impregnadas com leo

    tratado seco, tornam-se higroscpicas. Portanto, a rea destinada montagem dever ser

    uma rea fechada, climatizada, de preferncia, e extremamente limpa (isenta de impurezas).

    Os valores tpicos de temperatura e umidade relativa do ar so 25 C e 60%,

    respectivamente. Nestas condies possvel concluir a montagem dos equipamentos, sem

    o menor risco de contaminao que possa prejudicar a secagem. importante salientar

    que apesar de todos os cuidados tomados por ocasio da montagem, existe uma pequena ab-

    soro de umidade pela isolao.

    Mas, nestas condies, a umidade vai ficar retida na impregnao e facilmente

    extrada pela aplicao de um perodo curto de vcuo, antes do enchimento do

    transformador.

    Aps todas as revises, deve-se proceder a montagem do transformador, com o

    seguinte procedimento:

    a) Imediatamente aps a secagem da parte ativa e de um reaperto geral, esta deve ser

    colocada e fixada dentro do tanque sem leo.

    b) As buchas de baixa tenso devem ser colocadas, cuidando-se para que as gaxetas de

    vedao propiciem uma vedao eficaz.

  • 34

    c) Proceder s ligaes dos terminais de baixa tenso aos cabos de sada das bobinas de

    baixa tenso.

    d) Proceder ligao dos terminais de alta tenso aos cabos das bobinas.

    e) Proceder montagem da tampa, de preferncia com as buchas de alta tenso j

    instaladas.

    f) Os mesmos cuidados citados no item b devem ser observados tanto para as buchas de

    alta tenso como para a tampa.

    g) Montar todos os acessrios antes removidos para reviso.

    h) Os parafusos da tampa devem ser apertados uniformemente, para a perfeita vedao

    do tanque.

    i) Devem-se pintar as marcaes dos terminais de alta e baixa tenso existentes no

    tanque.

    Tratamento, enchimento e repouso do lquido isolante

    O lquido isolante, no qual imersa a parte ativa do transformador, tem dupla

    finalidade: a isolao e a refrigerao.

    Para que possa atender a sua funo de isolao, este deve estar perfeitamente livre de

    impurezas e umidade para garantir o seu alto poder dieltrico.

    Alm destas caractersticas, os dieltricos lquidos para uso em transformadores devem

    possuir baixo fator de dissipao dieltrica, baixa viscosidade (para permitir uma fcil

    circulao), baixo ponto de solidificao, elevado ponto de inflamao (ou mesmo no

    inflamvel), pequena constante dieltrica, pequena atividade qumica, baixo custo, etc.

    A qualidade de um isolante eltrico lquido definida em funo dos valores de suas

    caractersticas fsico-qumicas e funcionais. Entre estas, existe uma certa correlao, mas, de

    modo genrico, as caractersticas fsico-qumicas est relacionadas com a composio do

    dieltrico. As funcionais mostram a capacidade do dieltrico de exercer adequadamente suas

    funes de isolar, evitando a formao de arco entre dois condutores que apresentam uma

    diferena de potencial, e resfriar, dissipando o calor originado da operao do transformador.

    A anlise das condies, isto , dos valores que apresentam as caractersticas dos

    isolantes eltricos lquidos, importante tanto para fazer uma previso da capacidade de

    exercer suas funes, como tambm para definir o tipo de tratamento, o que deve ser feito no

    dieltrico, para fazer com que suas caractersticas atinjam as condies de Iquidos novos ou

    se aproximem ao mximo possvel dos valores ideais padronizados para um isolante eltrico

    lquido de boa qualidade.

    Processos de tratamento:

    Processo de filtragem e desgaseificao (recondicionamento):

  • 35

    Processos de purificao so aqueles que promovem a remoo mecnica das

    impurezas. Os processos de purificao mais conhecidos, utilizam filtro-prensa ou sistema de

    tratamento a vcuo (desidratadores a vcuo).

    Impurezas so definidas como sendo partculas e/ou produtos estranhos composio

    do isolante eltrico lquido, que afetam as propriedades que o qualificam. O grau de

    influncia nos valores destas propriedades tanto maior quanto maior for a sua

    concentrao.

    Os processos de tratamento tm por objetivo remover as impurezas que prejudicam os

    isolantes eltricos lquidos no desempenho de suas funes.

    A seleo do processo de tratamento adequado para regenerao ou

    recondicionamento, depende do tipo e grau de contaminao presente no dieltrico lquido.

    1. Filtro-prensa:

    Este processo baseia-se no princpio de forar o leo a passar sob presso atravs de

    uma srie de papis-filtro, colocados entre as placas do equipamento. empregado para

    retirar impurezas solidas, materiais coloidais, borra e gua. Porm, a remoo da gua no

    suficiente para alcanar a qualidade de leo requerida em transformadores, especialmente

    para os de alta tenso.

    Esta filtrao no remove com eficincia os contaminantes que estiverem dissolvidos. E

    tambm no remove o ar; pelo contrrio, ele tende a aerar o leo. Por isso, este processo

    indicado somente para tratamento de leo de transformadores de classes inferiores a 36,2kV.

    2. Processo termo-vcuo:

    O princpio do funcionamento do processo termo-vcuo baseia-se na exposio do leo

    em elevado vcuo e calor, durante curto espao de tempo.

    Atualmente so conhecidos dois mtodos bsicos, que diferenciam-se entre

  • 36

    si apenas no modo de exposio do leo na cmara de vcuo. Num processo, o leo

    atomizado e, no outro, o leo escorre sobre uma srie de placas defletoras, dentro da cmara,

    formando, neste ltimo caso, finas pelculas que possibilitam a exposio ao vcuo de uma

    grande superfcie. Este processo visa remover a gua e gases dissolvidos e, em parte, os

    cidos mais volteis (no caso do leo usado). Os outros cidos no so removidos por este

    processo. O mtodo mais indicado o de exposio por camada fina (ou coluna de

    enchimento). A sua vantagem em relao ao bico atomizador a maior capacidade de

    remoo de gases e gua, devido, principalmente, ao leo atomizado. Este tender a formar

    gotculas que, alm de reduzirem a rea da superfcie em exposio ao vcuo, retardam a

    ao desidratante / desgaseificante do processo.

    Processo de regenerao do leo isolante por contato

    A remoo dos contaminantes por este mtodo feita simplesmente pela mistura de

    uma quantidade definida de argila (terra fuller) com leo pr-aquecido sob agitao

    constante. O grau de recuperao conseguido por este mtodo depende da quantidade de

    argila usada e depende do grau de oxidao do leo. Pode-se usar de 50 a 200g de argila por

    litro de leo.

    Os inconvenientes deste processo so a ocorrncia de quebras de partculas de argila

    durante a agitao e a possibilidade de permanncia de partculas de argila em suspenso no

    leo recuperado.

    Processo de regenerao por percolao

    O Processo de regenerao por percolao segue o princpio de remoo dos

    contaminantes por absoro, durante a passagem do leo por uma coluna de argila.

    A circulao do leo pode ser por gravidade ou por presso, dependendo da velocidade

    desejada no tratamento do tipo e tamanho da argila utilizada e do grau de contaminao do

    leo.

    Antes do leo ser transferido dos tanques de armazenamento ou tambores para o

    transformador, necessrio conhecer suas condies, bem como as do equipamento a ser

    utilizado no enchimento e de sua tabulao.

    O enchimento do transformador com leo deve ser feito sob vcuo, sempre que o

    tanque suportar e preferivelmente, com leo a uma temperatura entre 40 e 60C,

    completamente desgaseificado.

    Antes de iniciar o enchimento do transformador, deve-se aterrar o tanque e os

    terminais, evitando-se cargas estticas. O equipamento de enchimento tambm deve

    ser aterrado. recomendado que o enchimento seja feito pela parte inferior do

    transformador.

    Para o sistema de vcuo, deve ser utilizado um flange especial, equipado com um

    vacumetro e um visor que permitir controlar o nvel do leo no transformador du-

    rante o enchimento.

    Certificar-se que o leo encontra-se limpo, seco e desarreado.

    Enchimento deve ser realizado at que toda a parte ativa esteja encoberta. A vazo de

    entrada de leo deve ser controlada, indicando-se uma vazo mdia de 5m3/h a

    6m3/h.

  • 37

    1. Bucha de alta tenso

    1.1 terminal de

    alta tenso

    2. Tampa

    3. Abertura para

    inspeo

    4. Guarnio

    5. Comutador

    6. Armadura

    7. Ncleo

    Transformador deve ser enchido at aproximadamente 0,10m abaixo da tampa.

    Quando atingir esse nvel, o registro de vcuo deve ser fechado e a bomba desligada.

    Continuar o enchimento at o leo atingir o indicador de nvel abaixo do registro de

    vcuo.

    Interromper o vcuo, injetando ar ou nitrognio seco no interior do conservador, com o

    registro deste aberto. Fechar o registro do conservador e ench-lo at o nvel normal. Se

    nessa ocasio, ainda houver partes a serem montadas, como flanges, bombas,

    ventiladores, tubos, etc., completar a montagem.

    Abrir o registro do conservador, completando o nvel de leo atravs deste.

    Aps o enchimento, deve ser regulado o nvel de leo do transformador e quebrado o

    vcuo residual na cabea do equipamento do gs seco ( preferencialmente nitrognio).

    Em seguida o equipamento dever repousar por um perodo mnimo de 24 horas antes

    de se iniciar os ensaios para a avaliao e controle de manuteno.

    Embalagem e expedio

    Concluda a manuteno, o equipamento deve ser deslocado para uma rea especfica

    de embalagem, para expedio.

    Para transformadores pequenos, a embalagem deve ser em engradado, com dimenses

    que protejam todas as partes do transformador.

    Para transformadores maiores, a embalagem deve ser feita em estrado (base) para

    proporcionar uma boa segurana no transporte.

    Como a grande parte dos equipamentos eletromecnicos possui vrios isoladores de

    porcelana, necessrio embal-los convenientemente, para efeito de transporte, bem como os

    acessrios, que por ventura possam seguir em separado do transformador.

    .