Apostila Hidro- amanco

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  • Solues Amanco

    Apostila de Apoio ao Instrutor Curso de Instalador Hidrulico

  • Mexichem no Brasil

    A Mexichem Brasil a subsidiria brasileira do Grupo Mexichem, com atuao nos setores de tubos e conexes e de geotxteis notecido. O Grupo Mexichem detentor das marcas comerciais Amanco, Plastubos, Bidim e Doutores da Construo.

    Em 2007, a Mexichem ingressou no maior mercado de tubos e conexes da Amrica Latina ao adquirir o Grupo Amanco. Neste mesmo ano, o grupo tambm adquiriu a Plastubos, tambm fabricante de tubos e conexes no Brasil, ampliando sua atuao neste setor. Em 2008, a Mexichem comprou a Bidim, lder no mercado nacional de geotxteis notecido.

    A criao da Mexichem Brasil faz parte da estratgia corporativa global da Mexichem de integrao vertical de sua cadeia produtiva, com o objetivo de responder s necessidades da indstria tanto no relacionamento com clientes corporativos como com o consumidor final, por meio de suas marcas comerciais.

    A empresa, que possui cerca de 2500 colaboradores, composta por nove unidades fabris localizadas em diferentes regies brasileiras, Joinville (SC), Sumar (SP), Suape (PE), Uberaba (MG), Ribeiro das Neves (MG), Anpolis (GO), Macei (AL), So Jos dos Campos (SP) e com sede administrativa em So Paulo.

    O nome Amanco ser mantido como marca comercial de todos os seus produtos, mantendo suas prprias estratgias de mercado e oferecendo a seus clientes e consumidores um excelente nvel de qualidade e atendimento.

    Mexichem no Mundo

    A Mexichem uma empresa lder na indstria qumica e petroqumica latino americana, com mais de cinquenta anos de trajetria na regio e trinta na Bolsa de Valores do Mxico. Sua produo comercializada em todo o mundo com vendas que superam os US$ 3 bilhes.

    Os produtos da Mexichem tm impacto decisivo na qualidade de vida das pessoas e respondem crescente demanda em setores de aplicao to dinmicos como construo civil e infraestrutura urbana, gerao e fornecimento de energia, alm de transportes, comunicaes, sade, entre muitos outros.

    Considerada uma das cinco produtoras mais eficientes do mundo no seu setor, a Mexichem tem como prioridade o desenvolvimento e a utilizao de tecnologias de vanguarda que garantam a competitividade internacional dos seus produtos e servios.

    Com exportaes para mais de 50 pases, a Mexichem possui certificao internacional ISO 14001 em todas as suas fbricas, alm de programas permanentes que buscam sempre os melhores ndices de eco-eficincia.

    Viso

    Ser respeitada e admirada mundialmente como companhia lder no setor qumico, focada na produo de resultados, na contribuio ao progresso e na melhoria de vida das pessoas.

    Misso

    Transformar qumicos em produtos, servios e solues inovadoras para os diversos setores industriais, por meio da excelncia operacional e do enfoque nas necessidades do mercado, a fim de gerar valor contnuo para nossos clientes, colaboradores, scios, acionistas e comunidade, contribuindo com a melhoria na qualidade de vida das pessoas.

    Cadeias ProdutivasA Misso da Mexichem criar valor s suas matrias primas bsicas, sal e fluorita, por meio de cadeias produtivas eficientes, capazes de gerar resultados de negcio superiores e que atuem dentro de um marco de responsabilidade empresarial. Com isso, apia o mbito social e ambiental, bem como o cumprimento das normas e responsabilidades que os regulamentam.

  • Canad

    Estados Unidos

    Venezuela

    Inglaterra

    ColmbiaEquador

    Argentina

    Brasil

    Chile

    Peru

    Costa RicaEl Salvador

    Panam

    HondurasNicargua

    Guatemala

    Mxico

    Japo

    Taiwan

    Atravs de diferentes processos de transformao se conquista, nesta cadeia, dar valor agregado ao sal.

    Da fl uorita extrada das minas produzido o cido fl uordrico, principal matria prima de todos os gases refrigerantes e dos fl uoropolmetros, como o tefl on.

    Graas a seus tubos e conexes, a Mexichem esta presente em toda a Amrica Latina, levando desenvolvimento e bem-estar a milhes de pessoas.

    MexichemPresente em 19 pases

    Presena Geogr caAs fbricas produtoras da Mexichem esto localizadas em pontos estratgicos, onde a atividade industrial importante, tornando-se centros de negcios. A proximidade dos portos martimos, das fronteiras internacionais e os fceis acessos terrestres, permitem que a Mexichem seja uma companhia estratgica e de referncia global.

  • PARCERIA AMANCO SENAIUmas das maiores iniciativas da

    Amanco no campo social, forma e capacita milhares de profi ssionais

    por ano na rea hidrulica.

    Para a Mexichem Brasil sustentabilidade uma gesto empresarial, sustentada pelo Triplo Resul-tado: social, ambiental e econmico. A susten-tabilidade integra a estratgia de negcios e est inserida no dia-a-dia da empresa. Toda e qualquer ao ou produto desenvolvido pela Mexichem Brasil deve apresentar vantagens econmicas, oferecer benefcios para a sociedade e primar pela preservao e sustentabilidade do meio ambiente.

    As operaes da empresa so consideradas pelos rgos ambientais e pelo IBAMA como de baixo impacto ambiental. Portanto, a empresa esta constantemente desenvolvendo aes no sentido da sustentabilidade.

    Sustentabilidade

    REUSO DE GUA nos processos de fabricao e coleta seletiva de resduos: iniciativa em todas as unidades da empresa. Nos ltimos nove anos, o programa de reuso de gua industrial permitiu empresa reduzir signifi cativamente seu consumo na produo de tubos.

  • A Mexichem Brasil, por meio da sua marca comer-cial Amanco, uma das principais empresas que atuam na conduo da gua no Brasil, com seus tubos e conexes, e entende que o tema hdrico de absoluta relevncia para o mercado e para o presente e futuro da sociedade.

    Como empresa privada, a Mexichem Brasil sabe da importncia de aes multisetoriais de compromis-so coletivo e individual no debate da problemtica da gua, bem como na busca por solues para os grandes desafi os que enfrentados em matria de gua e saneamento. Neste contexto, publica a Aqua Vitae, uma revista latino americana bilngue (portugus e espanhol) especializada no tema gua. Esta publicao tem uma periodicidade quadrimes-tral e busca ser uma tribuna para expor solues, analisar propostas e fomentar o dilogo intersetorial em torno deste importante recurso natural. A publi-cao dirigida a setores estratgicos envolvidos numa viso integral do tema gua, tais como: setor empresarial, governamental, acadmico, agrcola, organizaes sociais, organizaes internacionais, meios de comunicao e setores fi nanceiros.

    Conduzimos gua, Levamos Vida

    AQUA VITAERevista especializada na questo da gua com um enfoque latino americano.

    T e c n o l o g i a | I n o v a o | Q u a l i d a d e | L i d e r a n a

    inovao em tubos e conexes

  • As imagens contidas nesta apostila de apoio so meramente ilustrativas.

    Consulte sempre a disponibilidade do produto junto Equipe Comercial Amanco.

  • ndice

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    04

    05

    06

    FATORES SOCIAIS | pg. 09

    MATEMTICA BSICA | pg. 23

    HIDRULICA BSICA | pg. 35

    INSTALAES PREDIAIS | pg. 55

    NOES DE DIMENSIONAMENTO | pg. 131

    INFRAESTRUTURA | pg. 143

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    Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidrulico

    inovao em tubos e conexes

  • 91 - Qualidade 10

    2 - Educao ambiental 10

    3 - Riscos ambientais 10

    4 - Segurana e sade no trabalho 11

    5 - tica e cidadania 16

    6 - Relaes humanas 17

    7 - Gesto de recursos humanos na 18 construo civil

    8 - Empreendedorismo 19

    9 - Produtividade e desperdcio 20 na construo civil

    01Fatores Sociais

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    01 F A T O R E S S O C I A I S

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    1. Qualidade A Qualidade pode ser defi nida sob vrios aspectos, entre eles:

    Satisfao Quando as caractersticas do produto vo ao encontro das necessidades

    dos clientes, proporcionando satisfao em relao ao produto.

    Excelncia Do ponto de vista da excelncia, qualidade signifi ca o melhor que

    se pode fazer, ou seja, o padro mais elevado de desempenho em qualquer campo de atuao.

    Valor Como valor, qualidade signifi ca ter mais atributos; usar materiais ou

    servios raros, com custos maiores ou que assim o sejam percebi-dos, j que valor um conceito relativo, que depende do cliente e seu poder aquisitivo.

    Especi caes Qualidade planejada; projeto do produto ou servio; defi nio de

    como o produto ou servio deve ser.

    ConformidadeProduto ou servio de acordo com as especifi caes do projeto.

    RegularidadeUniformidade; produtos ou servios idnticos.

    Adequao ao uso Qualidade de projeto e ausncia de defi cincias: projeto excelente e

    produto/servio de acordo com o projeto.

    1.1. Normas de qualidade da ABNT

    So os documentos que formalizam o nvel de consenso a respeito dos processos referentes qualidade. Estas normas so estabelecidas como base para a realizao ou avaliao da gesto da qualidade nas empresas.

    So defi nidas pelo Comit Brasileiro da Qualidade - ABNT/CB-25, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas, que tm como objetivo pro-duzir e disseminar as normas de:

    Sistemas de Gesto da Qualidade Sistemas de Garantia da Qualidade Sistemas de Avaliao da Conformidade e suas tcnicas correlatas

    Os produtos da linha predial Amanco so fabricados de acordo com as seguintes normas:

    NBR 5648: Sistemas prediais de gua fria Tubos e conexes de PVC 6,3, PN 750 kPa, com junta soldvel Requisitos;

    NBR 5688: Sistemas prediais de gua pluvial, esgoto sanitrio e ven-tilao - Tubos e conexes de PVC, tipo DN Requisitos;

    NBR 5626: Instalao predial de gua fria; NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitrio - Projeto e execuo; NBR 7198: Projeto e execuo de instalaes prediais de gua quente.

    1.2 . Normas ISO de qualidade

    A ISO (International Organization for Standardization) uma organiza-o no-governamental que coordena a elaborao e a divulgao de normas tcnicas internacionais.

    As normas ISO constituem um padro internacional para a gesto de qualidade, sendo um dos requisitos bsicos implementao bem su-cedida de um processo de qualidade total. Elas so aplicveis a qual-quer organizao, de todos os setores e atividades econmicas.

    Normas ISO 9001: tratam do sistema de gesto da qualidade de uma empresa.

    Normas ISO 14001: tratam do sistema de gesto ambiental de uma organizao e o gerenciamento do desempenho ambiental.

    Normas OHSAS 18001(Occupational Health and Safety Assessment Series): estabelecem requisitos relacionados gesto da sade e se-gurana Ocupacional.

    2. Educao ambientalEducao ambiental um ramo da educao cujo objetivo a disse-minao do conhecimento sobre o meio ambiente, a fi m de contribuir para a sua preservao e a utilizao sustentvel dos seus recursos.

    A educao ambiental no Brasil segue os preceitos da Lei N 9.795 que, numa perspectiva bem abrangente, direciona para a:

    Proteo e uso sustentvel de recursos naturais; Proposta de construo de sociedades sustentveis.

    "A educao ambiental um componente essencial e permanente da educao nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em to-dos os nveis e modalidades do processo educativo, em carter formal e no-formal".( Artigo 2 da Lei N 9.795).

    3. Riscos ambientaisRiscos ambientais so aqueles causados por agentes fsicos, qumicos ou biolgicos que, presentes nos ambientes de trabalho, so capazes de causar danos sade do trabalhador em funo de sua natureza, concentrao, intensidade ou tempo de exposio.

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    A Norma Regulamentadora N. 9 NR-9 estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao, por parte de todos os empregadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do Pro-grama de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA, visando preserva-o da sade e da integridade dos trabalhadores, atravs da antecipa-o, reconhecimento, avaliao e consequente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais.

    Fatores que podem causar riscos ambientais so:

    Agentes fsicos: rudo, vibraes, presses anormais, temperaturas extremas, radiaes.

    Agentes qumicos: poeiras, fumos, nvoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via respiratria ou atravs da pele.

    Agentes biolgicos: bactrias, fungos, bacilos, parasitas, protozo-rios e vrus.

    4. Segurana e sade no trabalho 4.1. Segurana do trabalho

    A importncia da preveno dos acidentes do trabalho e, consequen-temente, do bem-estar do trabalhador ainda no foi amplamente reco-nhecida, quer por trabalhadores, quer por empregadores. H inmeras empresas que no instalam programas de segurana do trabalho, es-to se limitando a atender ao requisito legal, sem nenhuma motivao por parte da gerncia e com o total desinteresse dos empregados. Infe-lizmente, o esprito de empresa e o esprito perfeccionista ainda no fa-zem parte de muitas organizaes industriais, no havendo verdadeira compreenso de que a preveno de acidentes e o bem-estar social dos trabalhadores concorrem para uma maior produtividade por parte dos mesmos, ocasionando maior progresso da indstria.O resultado disso so os choques e as incompreenses, que geram ir-ritao, agressividade e insolncia, criadores de ambientes intolerveis nos locais de trabalho e de clima propcio a acidentes.A Organizao Internacional do Trabalho (OIT), em sua publicao Au-mento da Produtividade nas Indstrias Manufaturarias, afi rma que nos ltimos anos dedicou-se uma ateno crescente ao elemento humano como causa dos acidentes e comprovou-se que esse fator mais com-plexo e mais importante que qualquer outro.Uma coletividade, normalmente heterognea, na qual o sentimento de solidariedade humana nem sempre consegue sobrepor-se a insen-satez, a vaidade e a ambio, carece de um programa de segurana, em meio as suas atribuies, para que possa humaniz-la e torn-la to compreensiva quanto efi ciente.

    4.2. Conceitos

    No se sabe ao certo quando o homem comeou a se preocupar com os acidentes e doenas relacionadas com o trabalho. J no sc. V a.C., faziam-se referncias a existncia de molstias entre mineiros e meta-lrgicos.Mas foi com a Revoluo Industrial, ocorrida na Inglaterra no fi nal do sc. XVIII e com o aparecimento das mquinas de tecelagem movidas a vapor que a ocorrncia de acidentes aumentou.A produo, que antes era artesanal e domstica, passa a ser realizada em fbricas mal ventiladas, com rudos altssimos e em mquinas sem proteo. Mulheres, homens e principalmente crianas foram as gran-des vtimas.A primeira legislao no campo da proteo ao trabalhador, Lei das Fbricas, surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mnima e jornada de trabalho. No Brasil, onde a industrializao tomou impulso a partir da 2 Guerra Mundial, a situao dos trabalhadores no foi diferente: nossas condi-es de trabalho mataram e mutilaram mais pessoas que a maioria dos pases industrializados do mundo.Com o objetivo de melhorar as condies de sade e trabalho no Brasil, a partir da dcada de 30 vrias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a obrigatoriedade de formao da Comisso Interna de Pre-veno de Acidentes CIPA.Desde a divulgao das primeiras estatsticas de acidentes do trabalho pelo ento Instituto Nacional de Previdncia Social INPS, tem-se co-nhecido a gravidade da situao de Segurana do Trabalho no Brasil.Diante dos dados, uma srie de medidas foram tomadas pra tentar re-verter a situao. Essas medidas tm colaborado para a reduo do nmero de aciden-tes e doenas do trabalho ofi cialmente divulgados. Porm, a com-plexidade das questes relativas ao registro de acidentes e doenas profi ssionais, torna difcil precisar o ndice dessa reduo, pois uma quantidade muito grande de trabalhadores no registrada e, portan-to, seus acidentes e doenas no so comunicados ao INSS e a unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego.Diante da persistncia de elevados ndices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econmicas, surgem o Mapa de Riscos Ambientais, o PPRA (Programa de Preveno de Riscos Ambientais), o PCMSO (Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional).

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    4.3. Preveno de acidente do trabalho

    Conceito legal (Lei 6367/76)

    Art. 2 Acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exerccio do tra-balho a servio da empresa, provocando leso corporal ou pertubao funcional que cause a morte, ou perda, ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. 1 item II. - Equipara-se ao acidente do trabalho, o acidente sofrido pelo empregado no local e no horrio do trabalho, em consequncia de:

    a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho;

    b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;

    c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro in-clusive companheiro de trabalho;

    d) ato de pessoa privada do uso da razo;e) desabamento, inundao ou incndio;f ) outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior.

    De acordo com o item II. do 2, Nos perodos destinados a refeio ou descanso, ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fi sio-lgicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado ser consi-derado a servio da empresa.Segundo o 1, item V, tambm sero considerados acidentes do tra-balho o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horrio de trabalho:a) na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade

    da empresa;b) na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe

    evitar prejuzo ou proporcionar proveito;c) em viagem a servio da empresa, seja qual for o meio de locomoo

    utilizado, inclusive veculo de propriedade do empregado;d) no percurso da residncia para o trabalho ou deste para aquela.

    Equiparam-se ao acidente do trabalho, para os fi ns desta lei, de acordo com o pargrafo 1o. art. 2o:I - a doena profi ssional ou do trabalho, assim entendida a inerente

    ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante de rela-o organizada pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social (MPAS);

    II - o acidente que, ligado ao trabalho, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte, ou a perda, ou reduo da capacidade para o trabalho;

    V - a doena proveniente de contaminao acidental de pessoal de rea mdica, no exerccio de sua atividade;

    3 Em casos excepcionais, constatando que doena no includa na relao prevista no item I do 1 resultou de condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamen-te, o Ministrio da Previdncia e Assistncia Social dever conside-r-la como acidente do trabalho.

    4 No podero ser consideradas, para os fi ns do disposto no pargra-fo, a doena degenerativa, a inerente a grupo etrio e a que no acarreta incapacidade para o trabalho.

    5 Considera-se como dia do acidente, no caso de doena profi ssio-nal ou do trabalho, a data da comunicao deste empresa ou, na sua falta, a da entrada do pedido de benefcio do INSS, a partir de quando sero devidas as prestaes cabveis.

    Art. 3 No ser considerada agravante ou complicao de acidente

    do trabalho leso que, resultante de outro acidente, se associe ou se superponha s consequncias do anterior.

    Conceito perfeccionista

    Acidente de trabalho uma ocorrncia no programada, inesperada ou no, que interrompe ou interfere no processo normal de uma ativi-dade, ocasionando perdas de tempo til e/ou leses nos trabalhadores e/ou danos materiais.

    Benefcios previdenciais (Acidentrios)

    Segurados que tm direito:

    o trabalhador regido pela CLT; o trabalhador temporrio; o trabalhador avulso; o presidirio que exerce trabalho remunerado.

    Os benefcios concedidos so:

    a) Aposentadoria por invalidez acidentria

    Quando o acidentado est defi nitivamente incapacitado para o traba-lho. Valor mensal: igual ao salrio de contribuio do segurado no dia do acidente. Este valor aumentado em 25% se o acidentado necessi-tar da assistncia permanente de outra pessoa.O aposentado por invalidez receber tambm um peclio, que uma importncia equivalente a 15 salrios-referncia.

    b) Peclio por morte acidentria

    Aos dependentes do segurado que falecer em decorrncia do aciden-te do trabalho. Valor: importncia equivalente a 30 salrios-referncia.

    c) Auxlio-doena acidentria

    A partir do 16 dia de constatao do acidente, at o segurado fi car curado. Trabalhador avulso: a partir do dia seguinte ao do acidente.Valor mensal: 92% do salrio de contribuio do segurado, vigente no dia do acidente.

    d) Auxlio-acidente

    Quando o acidentado no tem mais condio de trabalhar no mesmo servio e precisa mudar de funo. Valor: o acidentado receber pelo resto de sua vida 40% do valor da aposentadoria por invalidez aciden-tria.

    e) Auxlio suplementar

    Quando o acidentado se recupera, mas passa a trabalhar com difi cul-dade, ou quando apresenta perda anatmica como seqela. Valor: 20% do salrio de contribuio vigente no dia do acidente.

    f) Penso

    Aos dependentes do segurado que faltar em decorrncia do acidente. Valor mensal: igual aposentadoria por invalidez, qualquer que seja o nmero de dependentes.

    g) Custeio

    atendido pelas contribuies previdencirias a cargo do segurado, da empresa e da Unio.O encargo das empresas (ou das entidades) varia em funo dos riscos, que so classifi cados em leves (0,4%), mdios (1,2%) e graves (2,5%), percentuais estes que incidem sobre o total da folha de pagamento.

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    inovao em tubos e conexes

    4.4. Acidentes do trabalho

    toda perturbao funcional, leso corporal ou doena produzida pelo trabalho ou em consequncia dele.

    Atos inseguros so defi nidos como causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto , aqueles que decorrem da execuo das tarefas de forma contrria as normas de segurana.

    falsa a ideia de que no se pode predizer nem controlar o comporta-mento humano. Na verdade, possvel analisar os fatores relacionados com a ocorrncia de atos inseguros e control-los. Seguem-se, para orientao, alguns fatores que podem levar os trabalhadores a pratica-rem atos inseguros:

    a) Inadaptao entre homem e funo por fatores constitucionais como:

    Sexo Idade Tempo de reao aos estmulos Coordenao motora Estabilidade x instabilidade emocional Extroverso / introverso Agressividade Impulsividade Problemas neurolgicos Nvel de inteligncia Grau de ateno Percepo Coordenao visual / motora

    b) Fatores circunstanciais (fatores que infl uenciam o desempenho do indivduo no momento):

    Problemas familiares Abalos emocionais Discusso com colegas Alcoolismo Grandes preocupaes Doena Estado de fadiga etc

    c) Desconhecimento dos riscos da funo e/ou da forma como evit-los, causado por:

    Seleo inefi caz Falhas de treinamento Falta de treinamento

    d) Desajustamento (relacionado com certas condies especfi cas do trabalho):

    Problemas com a chefi a Problemas com os colegas Poltica salarial imprpria Poltica promocional imprpria Clima de insegurana etc

    e) Fatores que fazem parte das caractersticas de personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos impr-prios:

    O desleixado O macho O exibicionista calado O exibicionista falador O desatento O brincalho

    Condies inseguras

    So aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade fsica e/ou mental do trabalhador, devido a possibilida-de do mesmo acidentar-se. Tais condies manifestam-se como falhas tcnicas, podendo apresentar-se:

    Na construo e instalaes em que se localiza a empresa reas in-sufi cientes, pisos fracos e irregulares, excesso de rudo e trepidaes, falta de ordem e de limpeza, instalaes eltricas imprprias ou com defeitos, falta de sinalizao;

    Na maquinaria localizao imprpria das mquinas, falta de prote-o em partes mveis e pontos de agarramento, mquinas apresen-tando defeitos;

    Na proteo do trabalhador proteo insufi ciente ou totalmente ausente, roupas e calados imprprios, equipamento de proteo com defeito. Essas causas so apontadas como responsveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, s vezes, os acidentes so provocados pela presena de condies in-seguras e atos inseguros ao mesmo tempo.

    Como se vestir no local de trabalho

    sabido que as partes mveis das mquinas formam pontos de agar-ramento que representam constante fonte de perigo para o operador.

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    inovao em tubos e conexes

    So exemplos de pontos de agarramento:

    Cilindros Polias Correias Correntes Partes sobressalentes Engrenagens

    Partes que podero ser agarradas:

    Cabelos compridos e soltos Roupas soltas Camisa desabotoada Camisa de mangas compridas Calas de boca larga Enfeites Colares Cordes Brincos Relgios Pulseiras Anis

    O calado inadequado tambm um grande problema no ambiente de trabalho porque, geralmente, os tipos usados pelo trabalhador so desaconselhveis e ningum est livre do perigo de que algo pesado caia sobre os ps ou que algo perfure ou ultrapasse a sola dos sapatos.

    Todos os sapatos citados precisam ser observados, estudados e trata-dos para se conseguir resultados duradouros ou defi nitivos, mas algu-mas providncias podem ser tomadas de imediato para minimizar os riscos de acidentes, como:

    Usar toca ou gorro para prender os cabelos compridos; Usar a camisa abotoada e dentro da cala; Usar mangas compridas com os punhos abotoados ou ento usar

    mangas curtas;

    Usar calas de boca estreita com as barras fi rmemente costuradas e sem vira;

    Usar calados de sola de couro, fechados e baixos; Usar sapatos de segurana com biqueira e palmilha de ao, onde se

    fi zerem necessrio;

    No usar quaisquer enfeites no pescoo, braos, mos ou dedos; Usar roupas ajustadas no corpo, sem serem apertadas ou largas demais.

    4.5. Segurana e sade no trabalho

    So questes relativas :

    Acidente no trabalho Preveno Sade e higiene

    Leso corporal todo ferimento e/ou contuso causado por qualquer acidente no ambiente de trabalho, seja pelas condies propcias ao acontecimen-to de acidentes, seja pelo no uso dos equipamentos de segurana por parte do trabalhador.

    Doena do trabalho

    toda perturbao de sade adquirida no ambiente de trabalho em virtude das condies em que se realiza o trabalho, seja pelos riscos profi ssionais relativos a execuo deste ou pela falta de preveno da segurana do trabalho.

    A preveno feita com campanhas de segurana

    Cartazes Filmes Palestras Divulgao dos acidentes Caixa de sugestes Comunicao Treinamento

    No caso de equipamentos deve-se ter cuidado com:

    Manuteno

    Limpar e guardar tudo que for usado!

    Critrios

    Devem possuir certifi cao. Usar o equipamento de proteo individual (EPI) certo para cada

    atividade.

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    inovao em tubos e conexes

    Sade e higieneSua sade afeta o seu trabalho!

    a) Higiene pessoal

    Tome banho todos os dias aps o trabalho Escovar os dentes aps as refeies Manter limpos e penteados os cabelos (aparncia) Conservar as unhas limpas e cortadas Manter a barba feita Manter roupas limpas

    b) Cuidados com o seu corpo

    Dobrar os joelhos quando levantar pesos Consulta mdica se estiver com problemas de sade Fazer uso do preservativo sempre Consultar periodicamente dentista

    c) Na hora das refeies

    Lavar as mos antes das refeies Usar talheres e copo individual Jogar resto de comida no lixo

    d) No banheiro

    Jogar papel higinico no lixo Dar descarga no sanitrio Lavar as mos aps usar o banheiro Zelar pela manuteno da limpeza

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    inovao em tubos e conexes

    e) No alojamento

    Guardar roupas e equipamento em local adequado No guardar nada molhado no armrio No perturbar o descanso do colega No fumar no alojamento, alm de causar danos a sade pode cau-

    sar incndio

    No fazer refeies no vestirio

    f) Convivendo com os colegas

    Respeite o seu colega de trabalho No faa algazarra No faa uso de lcool, drogas ou qualquer tipo de entorpecentes No traga nenhum tipo de arma para o trabalho Evite brincadeiras que distraiam ou irritem o colega durante o hor-

    rio de trabalho

    Segurana e sade no so necessrias somente no seu trabalho, mas na sua vida.

    5. tica e cidadaniaa) Autoestima

    Autoestima inclui a avaliao subjetiva que uma pessoa faz de si mes-ma como sendo positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gre-gg, 2003).

    b) tica

    Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um in-divduo, de um grupo social ou de uma sociedade.A palavra tica origina-se do grego "ethos" que apresenta dois signi-fi cados:

    Morada do homem, no sentido de abrigo protetor > estilo de vida > ao no espao do mundo > costume.

    Comportamento resultante da repetio dos mesmos atos > o ato do indivduo > manifestao do costume > hbito.

    c) Costume

    Modo de pensar e agir caracterstico de pessoa, grupo social, povo ou nao.

    d) Hbito Maneira usual de ser, fazer, sentir, comportar-se individual ou coletiva-mente, que leva a um conhecimento ou prtica.

    Tanto o costume quanto o hbito so construdos.

    e) Cidado

    indivduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e polticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha os deveres que, nesta condio, lhe so atribudos. Em resumo, a pessoa que goza de direitos constitucionais e respeita as liberdades democrticas.

    f) Cidadania

    um processo que se efetiva atravs do conhecimento e conquista dos direitos humanos, por meio daquilo que se constri.

    Ningum nasce cidado, mas torna-se cidado pela educao. Porque a educao atualiza a inclinao potencial e natural dos homens vida comunitria ou social. Luis Carlos Ludovikus Moreira de Carvalho

    5.1. Identidade

    Conjunto de caractersticas e circunstncias que distinguem uma pes-soa ou grupo, dando a estes uma forma nica. Pode ser:

    Individual

    A construo da identidade individual um processo que acontece durante toda, ou grande parte, da vida dos indivduos, no meio familiar e social e que estabelece o conjunto de valores e crenas que defi niro a sua pessoa.

    Coletiva

    A construo da Identidade coletiva um processo social de constitui-o de um conjunto de valores e aes a partir das relaes interativas em espao geogrfi co, entre indivduos e/ou grupos que organizam sua vida em torno de atividades semelhantes, tendo como base um conjunto de valores compartilhados.

    A identidade coletiva regula e regulada: 1) Pelos sentimentos de pertencimento; 2) Pela defi nio de prticas sociais grupais (cultura poltica); 3) Pelo partilhamento de valores, crenas e interesses; 4) Pelo estabelecimento de redes sociais; e 5) Pelas relaes intra e entre grupos.

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    F A T O R E S S O C I A I S

    inovao em tubos e conexes

    6. Relaes humanasVivemos, convivemos e trabalhamos com pessoas. Basta estar em con-tato com algum para que algum tipo de sentimento seja despertado (simpatia, antipatia, inveja, atrao...). As pessoas reagem s pessoas com que tm contato.

    Quando se conhece uma pessoa, formamos uma opinio inicial sobre ela, conhecida como primeira impresso. Os fatores envolvidos na for-mao das primeiras impresses so:

    Impacto que cada um causa no outro

    Distanciamento sem confl ito

    Relacionamento difcil e tenso

    6.1. Relaes interpessoais

    So as aes e relaes entre os membros de um grupo ou entre gru-pos de uma sociedade, ocorridas atravs das interaes.

    Os fatores que infl uenciam as relaes interpessoais so:

    Espontaneidade

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    01 F A T O R E S S O C I A I S

    inovao em tubos e conexes

    Difi culdade de fazer e receber crticas

    Difi culdade de lidar com confl itos

    Difi culdade de rever nossas primeiras impresses

    Saber lidar com as relaes interpessoais fundamental para o bom

    desenvolvimento de um profi ssional no local de trabalho.

    7. Gesto de recursos humanos naconstruo civilGesto de recursos humanos a atividade que tem por fi nalidade re-crutar, selecionar e qualifi car os recursos humanos com o objetivo de alcanar um desempenho que possa combinar as necessidades indivi-duais das pessoas com as da organizao.

    7.1. Recursos humanos

    So as pessoas com seus talentos, habilidades, conhecimentos e capa-cidades, que esto envolvidas nos processos organizacionais.A efi cincia das pessoas, das atividades e a efi ccia das organizaes so resultados da adoo de metodologias e procedimentos direcio-nados gesto das pessoas. Idalberto Chiavenato

    Os fatores relacionados so:

    Recrutamento, seleo e admisso Desenvolvimento de pessoal Treinamento, aperfeioamento e qualifi cao Anlise e descrio do trabalho e de cargos Competncias e habilidades Planos de remunerao Salrios, benefcios e gratifi caes Trabalho em equipe Liderana e formao de lderes Comunicao e informao Segurana, sade e higiene no trabalho Gesto pela qualidade total em RH

    Para a gesto de pessoas, existem 5 processos bsicos que devem ser

    considerados:

    Processo Objetivo Atividades envolvidas

    Proviso Quem ir trabalhar na organizao

    Pesquisa de mercado de RH

    Recrutamento de pessoas

    Seleo de pessoas

    Aplicao O que as pessoas faro na organi-zao

    Integrao de pessoas

    Desenho de cargos

    Descrio e anlise de cargos

    Avaliao de desempenho

    Manuteno Como manter as pessoas trabalhan-do na organizao

    Remunerao e compensao

    Benefcios e servios sociais

    Higiene e Segurana do Trabalho

    Relaes sindicais (trabalhistas)

    Desenvolvimento Como preparar e desenvolver as pessoas

    Treinamento

    Desenvolvimento organizacional

    Monitorao Como saber o que so e o que fazem as pessoas

    Banco de dados / sistemas de informao

    Auditoria de RH

    7.2. Funes da mo de obra de produo

    Execuo dos servios Distribuio de pessoal e suprimentos Defi nir e solicitar os suprimentos do dia a dia Trabalhos de medio Defi nio do layout do canteiro de obras Garantir o cumprimento das especifi caes, prazos, custos e qualidade Aplicao dos procedimentos de segurana Medicina do Trabalho

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    F A T O R E S S O C I A I S

    inovao em tubos e conexes

    7.3. Organograma funcional de uma obra

    Engenheiro Supervisor

    Engenheiro Residente

    Estagirios Almoxarife, Apontador

    Mestre de Obras Tcnicos

    Encarregados

    O ciais de produo

    Auxiliares

    8. EmpreendedorismoA palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 para defi nir uma pessoa com criatividade e ca-paz de fazer sucesso com inovaes.

    Empreendedorismo aprendizado pessoal que, impulsionado pela mo-tivao, criatividade e iniciativa, busca a descoberta vocacional, a per-cepo de oportunidades e a construo de um projeto de vida ideal." Robert Menezes

    O termo Empreendedorismo designa os estudos relativos ao em-preendedor, seu perfi l, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuao.

    O termo Empreendedor utilizado para designar principalmente as atividades de quem se dedica gerao de riquezas, seja na trans-formao de conhecimentos em produtos ou servios, na gerao do prprio conhecimento, ou na inovao em reas como marke-ting, produo e organizao.

    No Brasil, o empreendedorismo comeou a ganhar fora nos anos de 1990, durante a abertura da economia nacional, que surtiria os seguin-tes efeitos:

    A entrada de produtos importados > controle dos preos > cresci-mento econmico

    Problemas para alguns setores > perda de competitividade com os importados

    Modernizao das empresas para poder competir e voltar a crescer

    Razes do empreendedorismo

    Autorrealizao Estimular o desenvolvimento pessoal e local Apoiar a pequena empresa Ampliar a base tecnolgica Criar empregos Acompanhar a velocidade das mudanas e novas tendncias inter-

    nacionais

    Adaptar-se ao novo mercado, com tica e cidadania

    As habilidades requeridas de um empreendedor so:

    a) Pessoais

    Ser disciplinado Assumir riscos Ser inovador

    Ter ousadia Persistente Visionrio Ter iniciativa Coragem Humildade Ter paixo pelo que fazb) Tcnicas

    Saber escrever Saber ouvir as pessoas Captar informaes Ser organizado Saber liderar e trabalhar em equipec) Gerenciais

    Marketing Administrao Finanas Operacional Produo Tomada de deciso Planejamento e controle

    Caminhos do empreendedor

    Autoconhecimento: Espao de si estreito (Teoria X) versus Espao de si amplo (Teoria Y).

    Perfi l do empreendedor: Comparao das caractersticas do empreendedor e da pessoa.

    Aumento da criatividade: Dominar os processos internos para gerar inovao e criatividade.

    Processo visionrio: Desenvolver uma viso e aprender a identifi car oportunidades.

    Rede de relaes: Estabelecer relaes que possam servir de suporte ao desenvolvimen-to e aprimoramento da ideia do negcio e sua sustentao. Avaliao das condies para iniciar um plano: Reunir e avaliar todas as condies para elaborar um plano.

    Plano de negcio: Metas mensurveis, fl exibilidade no plano, indicadores de evoluo, compromisso coletivo, reviso de metas, aprender com a experincia. Capacidade de negociar e apresentar uma ideia: Cooperao entre pessoas, parceiros ou empresas para alcanar objeti-vos de tal forma que todos saiam ganhando.

    A sndrome do empregado designa um empregado e no um empre-endedor quando ele:

    desajustado e infeliz, com viso limitada Tem difi culdade para identifi car oportunidades dependente no sentido de que necessita de algum para se tornar

    produtivo

    Sem criatividade

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    01 F A T O R E S S O C I A I S

    inovao em tubos e conexes

    Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descui-da de outros conhecimentos que no sejam voltados tecnologia do produto ou a sua especialidade

    Tem difi culdade de auto aprendizagem, no autossufi ciente, exige superviso e espera que algum lhe fornea o caminho

    Domina somente parte do processo, no busca conhecer o negcio como um todo: a cadeia produtiva, a dinmica dos mercados, a evo-luo do setor

    No se preocupa com o que no existe ou no feito: tenta enten-der, especializar-se e melhorar somente no que j existe

    Mais faz do que aprende No se preocupa em formar sua rede de relaes, estabelece baixo

    nvel de comunicaes

    Tem medo do erro, no o trata como uma aprendizagem No se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em

    produtos/servios

    No sabe ler o ambiente externo: ameaas No pr-ativo

    9. Produtividade e desperdcio naconstruo civilProdutividade a relao entre os recursos utilizados e os resultados alcanados. Ela mede a capacidade que o trabalhador tem de aumen-tar o valor do conjunto de materiais e servios que compem um de-terminado produto. A produtividade no Brasil menor que um quinto da produtividade dos pases industrializados:

    Apresenta baixos ndices de produtividade em relao a outros pases - Brasil - 45 hh/m2, - Dinamarca - 22 hh/m2

    A infl uncia dos processos - Processo artesanal primitivo- 80 hh/m2 - Processo industrializado - 10 hh/m2 * hh = horas homem

    Produtividade minimizar cientifi camente o uso de recursos materiais, mo de obra, mquinas, equipamentos etc., para reduzir custos de pro-duo, expandir mercados, aumentar o nmero de empregados, lutar por aumentos reais de salrios e pela melhoria do padro de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores. (Japan Productivity Center for Social Economics Development ).

    O aumento da produtividade consequncia da utilizao otimizada e integrada dos diversos fatores que contribuem na formao, movi-mentao e comercializao de um produto. Podem-se destacar os seguintes fatores que afetam a produtividade:

    Capacitao e treinamento da mo de obra Metodologia de trabalho utilizada Layout do canteiro de obras Prticas gerenciais de controle Processos de produo Utilizao de insumos Estrutura organizacional da empresa

    O grau de produtividade de um agente econmico (pessoa, empresa, pas) , via de regra, um dos melhores indicadores para a medio dos seus nveis de efi cincia e efi ccia.

    9.1 Tempo X Produtividade

    Tempo produtivo

    Tempo consumido para elaborar produtos ou servios que atendem as necessidades dos clientes.

    Tempo no produtivo

    Tempo consumido para elaborar produtos ou servios que no aten-dem as necessidades dos clientes.

    Tempo ocioso

    Tempo consumido pela no elaborao de produtos ou servios, mas ocorre o consumo de recursos disponibilizados.

    Trabalho produtivo

    Ser produtivo no trabalhar duramente, mas sim trabalhar com sa-bedoria, empregando seus talentos e competncias quilo que traz resultados impactantes, efetivos e duradouros.

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    F A T O R E S S O C I A I S

    inovao em tubos e conexes

    Intensifi cao do trabalho

    Executar o trabalho o mais rpido possvel, levando ao grande desgas-te fsico, riscos de acidente e desperdcio de material.

    Racionalizao do tempo

    Realizar suas tarefas da melhor maneira possvel sem perder tempo. Para tanto necessrio planejar, implementar e controlar a execuo dos servios.

    9.2. Desperdcio na construo civil

    Perdas

    As perdas so consideradas inevitveis (perdas naturais) e evitveis. Se-gundo sua natureza, podem acontecer por:

    Superproduo Substituio Espera Transporte No processamento em si Nos estoques Nos movimentos Elaborao de produtos defeituosos E outros fatores, como roubo, vandalismo, acidentes

    Conforme a origem, as perdas podem ocorrer no prprio processo pro-dutivo, como nos que o antecedem, como fabricao de materiais, pre-parao dos recursos humanos, projetos, planejamento e suprimentos. Em todos os casos a qualifi cao do trabalhador est presente.Qualquer utilizao de recursos alm do necessrio produo de determinado produto caracterizada como desperdcio classifi cado conforme seu controle, sua natureza e sua origem.

    Desperdcio

    O desperdcio no pode ser visto apenas como o material refugado no canteiro, mas sim como toda e qualquer perda durante o processo.

    Retrabalho

    O retrabalho a ao implementada sobre um produto no confor-me de modo que ele atenda aos requisitos especifi cados. O retrabalho consiste em fazer os reparos necessrios detectados durante processos de inspeo de produtos que no atendam aos padres previamente estabelecidos e pela mo de obra adicional gasta no reparo e nas re- inspees.

    Para a melhoria da produtividade necessrio evitar o retrabalho, o que se consegue otimizando as aes. Mas para isto necessrio:

    Planejamento: depois de planejada, a execuo fi ca muito mais fcil; Ter um processo de deciso gil; Disponibilizao de informaes de forma instantnea, clara e segura; Estabelecimento de melhoria contnua de processos; Identifi cao de pontos fracos e defeitos; Ao preventiva; Mudanas de tecnologia com base em anlises de custo/benefcio.

    O retrabalho leva ao desperdcio, pois ele geralmente envolve:

    Consumo de tempo Consumo de material Desgaste fsico e mental Desgaste profi ssional Descrdito da marca Reduo do lucro

    Desperdcios e perdas

    Com o desperdcio:

    Os custos aumentam Os ganhos diminuem A qualidade reduzida O esforo dobrado

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    01 F A T O R E S S O C I A I S

    inovao em tubos e conexes

    Anotaes

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  • 2302Matemtica Bsica

    Solues Amanco

    Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidrulico

    1 - Contabilidade bsica 24

    2 - Metrologia 25

    3 - Unidades geomtricas 27

    4 - Geometria 30

    inovao em tubos e conexes

  • 24

    02 M A T E M T I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    1. Contabilidade bsica"A contabilidade uma cincia que permite, atravs de suas tcnicas, manter um controle permanente do patrimnio da empresa". As fi nalidades fundamentais da contabilidade referem-se orientao da administrao das empresas no exerccio de suas funes. A contabilidade o controle e o planejamento de toda e qualquer en-tidade scio econmica.

    1.1. Princpios bsicos

    a) Princpio da competncia - As despesas e receitas devem ser con-tabilizadas como tais, no momento de sua ocorrncia, independente-mente de seu pagamento ou recebimento.

    b) Princpio da realizao da receita e confrontao da despesa - As receitas realizadas no perodo devem ser confrontadas, no mesmo perodo, com as despesas que a geraram.

    c) Custo como base de valor - As aquisies de ativos devero ser contabilizadas pelo seu valor histrico, pelo seu valor de compra ou aquisio.

    d) Princpio do denominador comum monetrio - Este princpio diz que a contabilidade deve ser feita numa nica moeda e que todos os itens devem ser avaliados por essa moeda.

    1.2. Funes da contabilidade

    As principais funes da contabilidade so: registrar, organizar, de-monstrar, analisar e acompanhar as modifi caes do patrimnio em virtude da atividade econmica ou social que a empresa exerce no contexto econmico.

    a) RegistrarTodos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor mo-netrio.

    b) OrganizarUm sistema de controle adequado empresa.

    c) DemonstrarCom base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, a situao econmica, patrimonial e fi nanceira da em-presa.

    d) AnalisarOs demonstrativos podem ser analisados com a fi nalidade de apurao dos resultados obtidos pela empresa.

    e) AcompanharA execuo dos planos econmicos da empresa, prevendo os paga-mentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando para eventuais problemas.

    1.3. Exerccio social o espao de tempo no qual as pessoas jurdicas apuram seus resulta-dos. Ele pode coincidir ou no com o ano-calendrio, de acordo com o que dispuser o estatuto da empresa ou o contrato social.

    1.4. Balano patrimonial um documento contbil que resume as atividades da empresa, num determinado perodo, nos seus aspectos patrimoniais e fi nanceiros, sendo atualmente obrigatrio o seu levantamento anual, coincidente com o ano civil.

    Balano Patrimonial

    Empresa: xoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxox

    Ano Exerccio

    Ativo Passivo

    Circulante 0,00 Elegvel a Longo Prazo

    0,00

    Clientes 0,00 0,00

    Estoques 0,00 Patrimnio Lquido 0,00

    Permanente 0,00 0,00

    Total do Ativo 0,00 Total do Ativo 0,00

    a) AtivoTodos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Contas do ativo tm saldos devedores, com exceo das contas retifi cadoras, como depreciao acumulada e provises para ajuste ao valor de mer-cado.

    b) PassivoObrigaes que devero ser pagas no decorrer do exerccio seguinte, como duplicatas a pagar, contas a pagar, ttulos a pagar, emprstimos bancrios, imposto de renda a pagar, salrios a pagar.

    c) Capital socialO valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participao (em dinheiro, bens ou direitos) dos scios ou acionistas na empresa.

    d) Patrimnio lquidoValor que os proprietrios tm aplicado. Contas do patrimnio lquido tm saldos credores, divide-se em: Capital social; Reservas de capital; Re-servas de reavaliao, Reservas de lucros; e Lucros/Prejuzos acumulados.

    e) DireitosValores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de nossa propriedade que se encontram em posse de terceiros.

    f) ObrigaesDvidas ou compromissos de qualquer espcie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa pos-se.

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    M A T E M T I C A B S I C A02

    inovao em tubos e conexes

    1.5. Demonstrao do resultado do exerccio (DRE)

    Destina-se a evidenciar a formao de resultado lquido do exerccio, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competncia.

    Demonstrao de Resultado do Exerccio

    Empresa : xoxoxoxoxoxoxoxoxox

    Ano Exerccio

    Conta Valor

    Receita de Vendas 100.000,00

    (-)Custo Prod. Vendido - CPV 30.000,00

    (=)Lucro Bruto 70.000,00

    (-)Despesas OperacionaiS 27.000,00

    De Vendas 20.000,00

    Administrativas 5.000,00

    Financeiras Lquidas 2.000,00

    (=)Lucro Operacional 43.000,00

    (+/-)Resultado no Operacional 2.000,00

    (=) Lucro Lquido antes do IR 45.000,00

    (-) Proviso para o IR 10.000,00

    (=)Lucro Lquido aps o IR 35.000,00

    (-) Participao dos Empregados 10.000,00

    (=) Lucro Lquido do Perodo 25.000,00

    a) ReceitasEntradas de elementos para o ativo da empresa, na forma de bens ou direitos que sempre provocam um aumento da situao lquida.

    b) Despesas Gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As des-pesas podem diminuir o ativo e/ou aumentar o passivo exigvel, mas sempre provocam diminuies na situao lquida.

    c) Prejuzos acumuladosConta que registra as perdas acumuladas da entidade, j absorvidas pelas demais reservas ou lucros acumulados.

    d) Lucros acumuladosResultado positivo acumulado da entidade, legalmente fi cam em des-taque, mas tecnicamente, enquanto no distribudos ou capitalizados, podem ser considerados como reservas de lucros.

    1.6. Resultado operacional (lucro ou prejuzo opera-cional):

    Aquele que representa o resultado das atividades, principais ou acess-rias, que constituem objeto da pessoa jurdica

    Balano Patrimonial

    Empresa : xoxoxoxoxoxoxoxoxox

    Ano Exerccio

    Ativo Passivo

    Circulante 40.000,00 Circulante 38.000,00

    Disponvel 20.000,00 Fornecedores 15.000,00

    Caixa 15.000,00 Contas a Pagar 10.000,00

    Aplicao 5.000,00 Imposto de Renda a Pagar

    3.000,00

    Clientes 8.000,00 Participaes a Pagar 5.000,00

    Clientes 8.000,00 Dividendos a Pagar 2.000,00

    Estoques 12.000,00 Emprstimo Curto Prazo 3.000,00

    Estoque Produto Aca-bado

    10.000,00 Exigvel a Longo Prazo 30.000,00

    Estoque Matria Prima A 2.000,00 Emprstimo Longo Prazo 30.000,00

    Permanente 60.000,00 Patrimnio Lquido 32.000,00

    Mquinas 30.000,00 Capital Social 28.000,00

    Prdios e Instalaes 40.000,00 Lucros Acumulados no Ano

    4.000,00

    (-) Depreciao Acumu-lada

    10.000,00

    Total do Ativo 100.000,00 Total do Passivo 100.000,00

    2. MetrologiaA defi nio formal de metrologia, palavra de origem grega, :

    Metron = medida Logos = cincia

    Portanto, metrologia a cincia da medio. Trata dos conceitos b-sicos, dos mtodos, dos erros e sua propagao, das unidades e dos padres envolvidos na quantifi cao de grandezas fsicas.

  • 26

    02 M A T E M T I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    Metrologia tambm diz respeito ao conhecimento dos pesos e medi-das e dos sistemas de unidades de todos os povos, antigos e modernos.

    2.1. reas da metrologiaA metrologia est dividida em trs grandes reas:

    a) Metrologia cientfi ca Utiliza instrumentos laboratoriais, pesquisas e metodologias cientfi cas que tm por base padres de medio nacionais e internacionais para o alcance de altos nveis de qualidade metrolgica.

    b) Metrologia industrial Sistemas de medio que controlam processos produtivos industriais e so responsveis pela garantia da qualidade dos produtos acabados.

    c) Metrologia legalRelacionada a sistemas de medio usados nas reas de sade, segu-rana e meio ambiente.

    2.2. InstrumentaoInstrumentao o conjunto de tcnicas e instrumentos usados para observar, medir e registrar fenmenos fsicos. A instrumentao preo-cupa-se com o estudo, o desenvolvimento, a aplicao e a operao dos instrumentos.

    MedioConjunto de operaes que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza.

    Medida o valor correspondente ao valor momentneo da grandeza a medir no instante da leitura. A leitura obtida pela aplicao dos parmetros do sistema de medio leitura e expressa por um nmero acompa-nhado da unidade da grandeza a medir.

    Grandezas Atributo de um fenmeno, corpo ou substncia que pode ser quali-tativamente distinguido e quantitativamente determinado. O termo grandeza pode referir-se a:

    a) Grandezas em um sentido geral:

    Comprimento Tempo Temperatura b) Grandezas especfi cas:

    Comprimento de uma barra Resistncia eltrica de um fi o Concentrao de etanol em uma amostra de vinhoc) Grandeza de mesma natureza:

    Podem ser classifi cadas, uma em relao outra, em ordem crescen-te ou decrescente, so denominadas grandezas de mesma natureza.

    Podem ser agrupadas em conjuntos de categorias de grandezas: Trabalho, calor, energia Espessura, circunferncia, comprimento de onda

    Os smbolos das grandezas so dados na norma ISO 31.

    Unidades de medidaGrandeza especfi ca, defi nida e adotada por conveno, com a qual outras grandezas de mesma natureza so comparadas para expressar suas magnitudes em relao quela grandeza. Unidades de medida tm nomes e smbolos aceitos por conveno, assim, o smbolo de uma unidade de medida (sinal convencional) de-signa esta unidade de medida.

    Exemplos:a) m o smbolo do metrob) A o smbolo do ampre.

    O Sistema de Unidades de medida um conjunto das unidades de base e unidades derivadas, defi nido de acordo com regras especfi cas, para um dado sistema de grandezas.

    Exemplos:a) Sistema Internacional de Unidades SI;b) Sistema de Unidades CGS.

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    M A T E M T I C A B S I C A02

    inovao em tubos e conexes

    Sistema internacional de unidades (SI) um conjunto de defi nies utilizado em quase todo o mundo mo-derno, que visa uniformizar e facilitar as medies.

    3. Unidades geomtricas3.1. Metro

    As unidades de medio primitivas estavam baseadas em partes do corpo humano, que eram referncias universais, pois fi cava fcil che-gar-se a uma medida que podia ser verifi cada por qualquer pessoa. Foi assim que surgiram medidas padro como a polegada, o palmo, o p, a jarda, a braa e o passo.

    Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei.

    O Antigo Testamento da Bblia um dos registros mais antigos da his-tria da humanidade. E l, no Gnesis, l-se que o Criador mandou No construir uma arca com dimenses muito especfi cas, medidas em c-vados. O cvado era uma medida-padro da regio onde morava No, e equivalente a trs palmos, aproximadamente, 66 cm.

    H cerca de 4.000 anos, os egpcios usavam, como padro de medi-da de comprimento, o cbito: distncia do cotovelo ponta do dedo mdio. Como as pessoas tm tamanhos diferentes, o cbito variava de uma pessoa para outra, ocasionando as maiores confuses nos resul-tados nas medidas.

    Nos sculos XV e XVI, os padres mais usados na Inglaterra para medir comprimentos eram a polegada, o p, a jarda e a milha. Na Frana, no sculo XVII, ocorreu um avano importante na questo de medidas. A Toesa, que era ento utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada em uma barra de ferro com dois pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Uma toesa equivalente a seis ps, aproxima-damente, 182,9 cm.

    Inicia-se um movimento no sentido de estabelecer uma unidade na-tural que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmen-te copiada, constituindo um padro de medida. Havia tambm outra exigncia para essa unidade: ela deveria ter seus submltiplos estabe-lecidos segundo o sistema decimal. Estabelecia-se, ento, que a nova unidade deveria ser igual dcima milionsima parte de um quarto do meridiano terrestre.

    O sistema decimal j havia sido inventado na ndia, quatro sculos antes de Cristo.

    Prottipo Internacional do Metro de 1889 (1 CGPM) a 1960, quando a defi nio da unidade metro foi alterada, e desde ento pode ser repro-duzido em laboratrio; desde 1983 o metro obtido por meio de um equipamento que utiliza um laser estabilizado.

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    02 M A T E M T I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    Sendo assim o metro a distncia entre os eixos de dois traos princi-pais marcados na superfcie neutra do padro internacional deposita-do no B.I.P.M. (Bureau Internacional ds Poids et Msures), na tempera-tura de zero grau Celsius e sob uma presso atmosfrica de 760 mmHg e apoiado sobre seus pontos de mnima fl exo.

    Metro o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vcuo, du-rante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo.

    No sculo XIX, vrios pases j haviam adotado o sistema mtrico. No Brasil, o sistema mtrico foi implantado pela Lei Imperial n 1157, de 26 de junho de 1862.

    Estabeleceu-se, ento, um prazo de dez anos para que padres anti-gos fossem inteiramente substitudos.

    Plural do nome: metros Smbolo: mGrandeza: comprimento (a extenso de um objeto considerado na sua maior dimenso).

    Metro cbicoDefi nio - Volume de um cubo cuja aresta tem 1 metro de compri-mento.Plural do nome: metros cbicosSmbolo: mGrandeza: volume (a quantidade de espao ocupada por um corpo. Volume tem unidades de tamanho cbicas como, por exemplo, cm, m, in).

    Metro quadradoDefi nio - rea de um quadrado cujo lado tem 1 metro de compri-mento.Plural do nome: metros quadradosSmbolo: mGrandeza: rea (medida da superfcie de uma fi gura geomtrica).

    Metro por segundoDefi nio - Velocidade de um mvel que, em movimento uniforme percorre a distncia de 1 metro em 1 segundo. Plural do nome: metros por segundoSmbolo: m/sGrandeza: velocidade (a relao entre espao percorrido e tempo de percurso, no movimento uniforme).

    Segundo Defi nio - Durao de 9.192.631.770 perodos da radiao correspon-dente transio entre os dois nveis hiperfi nos do estado fundamen-tal do tomo de csio 133. Plural do nome: segundosSmbolo: sGrandeza: tempo (um determinado perodo considerado em relao aos acontecimentos nele ocorridos).

    Metro cbico por segundoDefi nio - Vazo de um fl udo que, em regime permanente atravs de uma superfcie determinada, escoa o volume de 1 metro cbico do fl udo em 1 segundo.Plural do nome: Metros cbicos por segundoSmbolo: m/sGrandeza: vazo (o volume de um fl uido que escoa atravs da seo transversal de um conduto por unidade de tempo).

    3.2. Instrumentos de medioDispositivos destinados a reproduzir ou fornecer, de maneira perma-nente durante seu uso, um ou mais valores conhecidos de uma dada grandeza.

    Metro articuladoO metro articulado um instrumento de medio linear, fabricado em madeira, alumnio ou fi bra, que contm graduao conforme o sistema mtrico universal.

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    M A T E M T I C A B S I C A02

    inovao em tubos e conexes

    Rgua metlica A rgua apresenta-se normalmente em forma de lmina de ao-carbo-no ou de ao inoxidvel. Nessa lmina esto gravadas as medidas em centmetro (cm) e milmetro (mm), conforme o sistema mtrico, ou em polegada e fraes, conforme o sistema ingls.

    TrenaInstrumento de medio constitudo por uma fi ta de ao, fi bra ou te-cido, graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema mtrico e/ou no sistema ingls, ao longo de seu comprimento, com traos trans-versais.

    Paqumetro O paqumetro um instrumento usado para medir as dimenseslineares internas, externas e de profundidade de uma pea. Consiste em uma rgua graduada, com encosto fi xo, sobre a qual desliza um cursor.

    Paqumetro universal: utilizado em medies internas, externas, de profundidade e de ressaltos.

    Paqumetro universal com relgio: o relgio acoplado ao cursor faci-lita a leitura, agilizando a medio.

    Paqumetro com bico mvel: empregado para medir peas cnicas ou peas com rebaixos de dimetros diferentes.

    Paqumetro de profundidade: serve para medir a profundidade de furos no vazados, rasgos, rebaixos.

    Paqumetro duplo: serve para medir dentes de engrenagens. Paqumetro digital: utilizado para leitura rpida, livre de erro de para-

    laxe, e ideal para controle estatstico.

    Micrmetro um instrumento de medio linear, que possibilita a realizao de medies de centsimos e milsimos de mm. O micrmetro mede com exatido a espessura de revestimentos na construo civil e tem grande uso na indstria mecnica, medindo toda a espcie de objetos, como peas de mquinas.

    Tipos de micrmetros

    Profundidade Arco profundo Com disco nas hastes Para medio de roscas Interno

  • 30

    02 M A T E M T I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    Leitura no micrmetro1 passo - leitura dos milmetros inteiros na escala da bainha.2 passo - leitura dos meios milmetros, tambm na escala da bainha.3 passo - leitura dos centsimos de milmetro na escala do tambor.

    4. Geometria a matemtica que estuda as formas, planas e espaciais, com as suas propriedades.

    Tringulo

    Clculo da rearea= b x h/2 Se, b = 8m e h = 6 m

    A = 86/2A = 24,00m

    Clculo da Hipotenusad = b + hd = 8 + 6d = 64 + 36

    d = 100

    d = 10m

    Calculo do Permetro P = b + h + dP = b + h + b + hP = 8 + 6 + 8 + 6P = 8 + 6 + 64 +36

    P = 8 + 6 + 100P = 8 + 6 + 10

    P = 24 m

    Quadrado

    Clculo do PermetroPermetro = 4 x L Se, L = 5m

    P = 4 x 5A = 20m

    Clculo da DiagonalD = 2 x LD = 2 x 5D = 2 x 25

    D = 50

    D = 7,07m

    Calculo da rea rea = L x L ou L

    Se, L = 5m

    A = 5A = 5 x 5P = 25 m

    Retngulo

    Clculo do PermetroPermetro = 2 x (b + h) Se, b = 8m e h = 6m

    P = 2 x (8 + 6)P = 28m

    Clculo da DiagonalD = b + hD = 8 x 6D = 64 + 36

    D = 100

    D = 10m

    Calculo da rea rea = b x hSe, b = 8m e h = 6m

    A = 8 x 6rea = 48 m

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    M A T E M T I C A B S I C A02

    inovao em tubos e conexes

    Crculo

    Clculo da rearea = x rSendo: = 3,1415Se, D = 4m, ento r = 2mrea = 3,1415 x 2

    rea = 3,1415 x 2 x 2rea = 3,1415 x 4

    rea = 12,56m

    Clculo do PermetroPermetro da circunferncia = 2 x x rSendo: = 3,1415Se, D = 4m, ento r = 2m

    P = 2 x 3,1415 x 2

    D = 12,56m

    Cubo

    Clculo da rea da SuperfcieA = 6 x aSe, a = 2mA = 6 x (2)A = 6 x 4A = 24m

    Clculo do VolumeD = a3

    Se a = 2mV = 23

    V = 8m3

    Clculo da Aresta Quantidade = 12Comprimento = 12 x aCa = 12 x 2Ca = 24m

    Paraleleppedo

    Clculo da rea da SuperfcieA = 2 [(a x b) + (a x c) + (b x c)]Se a = 2m, b = 3m e c = 4mA = 2 x [(2 x 3) + (2 x 4) + (3 x 4)]A = 2 x [(6 + 8 + 12)]A = 52m

    Clculo do VolumeV = a x b x cSe a = 2m, b = 3m e c = 4mV = 2 x 3 x 4V = 24m3

    Clculo da Aresta Quantidade = 12Comprimento = (4 x a) + (4 x b) + (4 x c)Ca = (4 x 2) + (4x3) + (4 x 4)Ca = 8 + 12 + 16Ca = 36m

    Cilindro

    Clculo da rea Lateralrea = 2 x x r x hSe, r = 2m e h = 4mrea = 2 x 3,1415 x 2 x 4A = 50,26m

    Clculo da rea da Baserea = x r2

    Sendo = 3,1415Se, D = 4m, ento r = 2mrea = 3,1415 x 22

    rea = 3,1415 x 2 x 2rea = 3,1415 x 4A = 12,56m

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    02 M A T E M T I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    Clculo da rea Totalrea = 2 x x r x (h + r)Sendo = 3,1415 e h = 4mSe, D = 4m, ento r = 2mrea = 2 x 3,1415 x 2 x (4+2)A = 75,40m

    Clculo do VolumeV = x r2 x hV = 3,1415 x 22 x 4V = 50,26m3

    Cilindro oco

    Clculo do Volume (pelo raio menor) = 3,1415R = 4mr = 3mh = 6mV = x h x (R2 - r2)

    V = 3,1415 x 6 x (42 - 32)V = 3,1415 x 6 x (16 - 9)V = 3,1415 x 6 x 7 A = 131,94m3

    Clculo da rea Lateral = 3,1415R = 4mr = 3mh = 6m

    A = 2 x x h x (R + r) A = 2 x 3,1415 x 6 x (4 + 3) A = 2 x 3,1415 x 6 x 7 V = 263,89m2

    Tronco de cone

    Clculo da rea Lateral (comprimento do lado) = 3,1415R = 4mr = 3mL = 6m

    A = x L x (R + r) A = 3,1415 x 6 x (4 + 3) A = 3,1415 x 6 x 7A = 131,94m2

    Clculo da rea Lateral (pela altura) = 3,1415R = 4mr = 3mh = 6m A = x (R + r) x h2 + (R - r)2

    A = 3,1415 x (4 + 3) x 62 + (4 - 3)2 A = 3,1415 x 7 x 36 + 1A = 21,99 x 6,082

    V = 133,74m2

    Clculo do Volume = 3,1415R = 4mr = 3mL = 6mV = [( x L)/3] x [R2 + r2 + (R x r)]

    V = [(3,1415 x 6)/3] x [42 + 32 + (4 x 3)] A = (18,84/3) x (16 + 9 + 12) A = 6,28 x 37

    A = 232,36m3

  • 33

    M A T E M T I C A B S I C A02

    inovao em tubos e conexes

    Anotaes

    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  • 34

    02 M A T E M T I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    Anotaes

    ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

  • COBERTURA

    4 PAV.

    3 PAV.

    2 PAV.

    1 PAV.

    PAV.

    Sistema de recalquepara guas pluviais

    Grelha em rampade estacionamento

    Condutor horizontal

    Ralo da reaexterna Destino

    FinalTRREO

    Ralo de balco

    Sacada

    Sacada

    Grelha decobertura

    2 PAV.

    1 PAV.

    PAV.

    Sistema de recalque

    Grelha em rampade estacionamento

    Condutor horizontal

    Ralo da reaexterna

    1

    2 4

    56

    67

    8

    9

    3

    35

    03Hidrulica Bsica

    Solues Amanco

    Apostila de Apoio ao InstrutorCurso de Instalador Hidrulico

    1 - Uso racional de gua 36

    2 - Equipamentos economizadores 38 de gua

    3 - Conceitos utilizados em 38 instalaes hidrulicas prediais

    4 - Tipos de instalao 44

    5 - Leitura e interpretao de 44 projetos hidrulicos

    6 - Normas tcnicas 53

    inovao em tubos e conexes

  • 36

    03 H I D R U L I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    1. Uso racional da guaA Terra possui 1,4 milhes de quilmetros cbicos de gua, mas apro-ximadamente 2,5% deste total doce. Os rios, lagos e reservatrios de onde a humanidade retira o que consome s correspondem a 0,36% desse percentual. Da a necessidade de preservao dos recursos h-dricos. Em todo mundo, 10% da utilizao da gua vai para o abasteci-mento pblico, 23% para a indstria e 67% para a agricultura.gua fonte da vida. No importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos. Ns dependemos dela para viver.

    1.1. Disponibilidade de gua e seus usos

    a) Uso domstico

    A gua utilizada para beber, preparar alimentos, cuidar da higiene pessoal, da habitao e das roupas, alm de irrigar hortas e criar ani-mais. Ela deve ser de primeira qualidade e preencher os requisitos de potabilidade.

    b) Uso pblico

    A gua utilizada para a limpeza de ruas, avenidas e praas pblicas, irrigao de parques e jardins, preveno de incndios, recreao, en-tre outros.

    c) Uso industrial

    A gua utilizada para gerar energia, mover mquinas, resfriar peas, fabricar bebidas e alimentos.

    d) Uso rural

    A gua utilizada para a irrigao de plantaes e a criao de animais de um modo geral.

    1.2. gua no Brasil

    O Brasil tem a maior reserva hidrolgica do planeta:

    11, 6 % da gua doce disponvel no planeta; 53% dos recursos hdricos da Amrica do Sul; 80% concentram-se na Amaznia, onde vivem apenas 5 % dos habi-

    tantes do pas;

    Os 20% restantes abastecem 95% dos brasileiros; O consumo per capita no pas dobrou em 20 anos; A disponibilidade de gua fi cou trs vezes menor; Cada brasileiro possui, em tese, 34 milhes de litros ao ano; Conforme as estimativas da ONU possvel se levar uma vida con-

    fortvel com 2 milhes de litros ao ano.

    E por ter tanta gua, o desperdcio tambm grande.

    Pelas contas do Ministrio do Planejamento, perdem-se at 40% dos 10,4 milhes de litros distribudos anualmente pelo pas.

    Cerca de 30% da gua tratada perdida em vazamentos pelas ruas; A grande So Paulo desperdia 10 m de gua por segundo; Vrias cidades de SP, RJ, BA, PE, GO e MG convivem com oferta anual

    inferior a 2 milhes de litros por habitante.

    Terra25%

    gua75%

    Oceanos97,3%

    Geleirase guas

    subterrneas2,34%

    Disponvelpara consumo

    humano0,36%

  • 03

    37

    H I D R U L I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    E os principais fatores de infl uncia no desperdcio de gua so:

    Comportamentais: torneira da pia aberta, tomar banhos intermin-veis ou lavar caladas com jatos de gua;

    Sociais: concentrao da populao nas cidades, crescimento da populao maior que a capacidade de fornecimento;

    Polticos e legais: legislao pouco abrangente, baixa implementa-o de programa de uso.

    Usando a gua racionalmente

    O uso racional da gua defi nido como as prticas, as tcnicas e as tecnologias que aperfeioam a efi cincia no uso da gua e reduzem o seu consumo, atendendo as mesmas necessidades.

    O uso racional e responsvel da gua fundamental para o futuro da humanidade, uma vez que os mananciais existentes vm sofrendo maiores presses em razo de fatores como o crescimento demogrfi -co e o desenvolvimento das atividades humanas.

    Um bom exemplo para a racionalizao de gua a individualizao da gua em edifcios, que ajuda na reduo do consumo. Alm disso, tem outros objetivos como:

    Proporcionar justia social, onde cada morador paga somente a gua que consome;

    Detectar vazamentos, analisando a regularidade de consumos; Minimizar o desperdcio de gua no condomnio.

    1.3. Gerenciamento de consumo da gua

    a atividade de estudo, planejamento e implementao de programas de uso racional da gua, que prev medidas como:

    a) Tcnica

    Projetos, instalaes, equipamentos, medio e manutenes espe-cifi cos

    Explorao, reuso, reciclagem, tratamento Racionalizar explorao e consumo

    b) Comportamental

    Educao, conscientizao Campanhas, ensino, consumo Reduzir consumo

    1.4. Reuso da gua

    O reaproveitamento ou reuso da gua o processo pelo qual a gua, tratada ou no, reutilizada para o mesmo ou outro fi m. Essa reutiliza-o pode ser direta ou indireta, decorrente de aes planejadas ou no.

    Reuso indireto no planejado

    Acontece quando a gua, utilizada em alguma atividade humana, descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a jusante, em sua forma diluda, de maneira no intencional e no controlada.

    Reuso indireto planejado

    Quando os efl uentes, depois de tratados, so descarregados de forma planejada em corpos de guas superfi ciais ou subterrneos, para ser utilizados a jusante, de maneira controlada, no atendimento de algum uso benfi co.

    Reuso planejado ou reuso intencional

    Quando o reuso da gua resultado de uma ao humana consciente, a partir de uma descarga de efl uentes, podendo ser de forma direta ou indireta. Neste caso, pressupe-se a existncia de um sistema de trata-mento de efl uentes que atenda aos padres de qualidade requeridos pelo uso objetivado.

    Reciclagem de gua

    o reuso interno da gua em um determinado processo, antes de sua descarga em um sistema geral de tratamento ou outro local de dispo-sio.

  • 38

    03 H I D R U L I C A B S I C A

    inovao em tubos e conexes

    2. Equipamentos economizadores de guaSo equipamentos dotados de dispositivos que tm por fi nalidade re-duzir o consumo de gua no sistema hidrulico predial. A utilizao destes equipamentos proporciona uma economia que varia de 32% a 72%.

    A instalao de produtos que gastam menos gua e mantm o nvel de conforto de seus usurios contribui para preservao dos recursos naturais. So importantes tambm porque quando utilizamos menos gua, reduzimos a quantidade de esgotos gerados, proporcionando melhores condies de sade para toda a comunidade.

    Comparando alguns produtos hidrulicos prediais convencionais com produtos economizadores de gua, percebemos a reduo no consu-mo de gua.

    Tabela comparativa de consumo de gua

    Produto Tempo(Min.)

    Baixa Presso 2 a 10 m.c.a. Casa/

    Sobrado

    Alta Presso 10 a 40 m.c.a.

    Apart./Indstria

    Dispositivos Economizado-

    res de guaChuveiro 5

    1075 l

    150 l100 l120 l

    70 l140 l

    Torneira deLavatrio

    15

    10 l50 l

    20 l100 l

    8 l40 l

    Misturador de Cozinha

    15

    60 l120 l

    100 l200 l

    30 l60 l

    Torneira de jardim/tanque

    510

    60 l120 l

    100 l200 l

    40 l80 l

    Mictrio c/ Registro

    0,250,50

    2,5 l5,0 l

    3,75 l7,5 l

    2 l4 l

    Em geral, esses produtos so utilizados em locais pblicos e reas co-muns de prdios comerciais e residenciais, como academias, aeropor-tos, ambulatrios, clnicas, colgios e faculdades, cozinhas industriais, ginsios e estdios, hotis, indstrias, restaurantes, shoppings, termi-nais rodovirios, ferrovirios e metr, entre outros.

    Eles tm como principal caracterstica, um temporizador de sada de gua ou at mesmo acionamento de diferentes quantidades de gua para a limpeza dos aparelhos sanitrios.

    3. Conceitos utilizados em instalaeshidrulicas prediais3.1. Fora

    A fora (F) pode ser entendida como um esforo exercido sobre um objeto. Por exemplo, para que possamos empurrar um carro, temos que realizar um esforo. A este esforo aplicado denomina-se Fora.

    Ela pode ser grande ou pequena dependendo do tamanho do esfor-o que temos que fazer como no exemplo, preciso muito mais fora para empurrar um carro (1) do que uma moto (2).

    A unidade de medida da fora o quilograma-fora (kg