Apostila Historia 9 Ano 1 Bimestre Professor

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Material pedagógico para professor da SEEDUC-RJ.

Citation preview

  • Histria

    Professor

    CCaaddeerrnnoo ddee AAttiivviiddaaddeess

    PPeeddaaggggiiccaass ddee

    AApprreennddiizzaaggeemm

    AAuuttoorrrreegguullaaddaa -- 0011 99 AAnnoo || 11 BBiimmeessttrree

    Disciplina Curso Bimestre Ano

    Histria Ensino Fundamental 1 9

    Habilidades Associadas

    1. Conhecer as relaes sociais e polticas na Repblica Velha.

    2. Compreender a dinmica das revoltas urbanas e rurais da Primeira Repblica brasileira.

    3. Entender o contexto histrico da Primeira Guerra e o impacto da guerra nas sociedades.

  • 2

    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

    a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/mailto:[email protected]
  • 3

    Caro Tutor,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 1 Bimestre do Currculo Mnimo de Histria da 9 ano

    do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o perodo

    de um ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da

    disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de

    nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    Neste Caderno de Atividades, trataremos de dois momentos da Histria

    conhecidos como Repblica Velha, no Brasil, e Primeira Guerra Mundial, na Europa.

    Vamos discutir as relaes polticas e sociais no Brasil da Primeira Repblica. Alm disso,

    conheceremos o momento histrico em que se desenrolou a Primeira Guerra Mundial e

    analisaremos os problemas causados numa sociedade atingida por uma guerra.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

    relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o

    Professor Tutor.

    Este documento apresenta 3 (trs) aulas. As aulas podem ser compostas por uma

    explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as

    Atividades propostas. As Atividades so referentes a dois tempos de aulas. Para reforar

    a aprendizagem, prope-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliao sobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

  • 4

    Introduo............................................................................................... 03

    Objetivos Gerais .....................................................................................

    Materiais de Apoio Pedaggico .............................................................

    Orientao Didtico-Pedaggica ...........................................................

    Aula 1: Repblica Velha ..........................................................................

    Aula 2: Revoltas Urbana e Rural..............................................................

    Aula 3: A Primeira Guerra Mundial: contexto histrico .........................

    Avaliao ................................................................................................

    Pesquisa ..................................................................................................

    Referncias ............................................................................................

    05

    05

    06

    07

    10

    13

    17

    20

    21

    Sumrio

  • 5

    Nesse caderno de atividades vamos abordar alguns contedos do primeiro

    bimestre do 9 ano do Ensino Fundamental. Aqui, trataremos de dois momentos

    histricos, o incio da Repblica no Brasil e Segunda Guerra Mundial. Discutiremos as

    relaes polticas e econmicas, motivando o aluno a analisar as manobras polticas

    exercidas pelas elites agrrias para garantir seus interesses. Apresentaremos, tambm,

    movimentos de revoltas urbanas e rurais, propondo ao aluno entender a participao

    da populao no processo histrico e poltico do pas. Por fim, analisaremos o contexto

    histrico da primeira Guerra Mundial e os acordos internacionais que levaram tantas

    Naes a se envolveram num conflito de propores mundiais.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais

    que podem auxili-los. Voc pode acessar os materiais listados abaixo atravs do link:

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_materia_periodo.asp?M=10&P=6A

    Orientaes

    Pedaggicas do CM

    Orientaes Pedaggicas 1 Bimestre

    Recursos Digitais 1 Bimestre

    Orientaes Metodolgicas - Autonomia 1 Bimestre

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_materia_periodo.asp?M=10&P=6Ahttp://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_download.asp?T=11&M=10&P=6A&B=1http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_download.asp?T=12&M=10&P=6A&B=1http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_download.asp?T=14&M=10&P=6A&B=1
  • 6

    Para que os alunos realizem as Atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreend-lo

    sem o auxlio de um professor.

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3.

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de forma individual

    ou em dupla.

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na seo

    Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o.

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base.

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas nas

    ATIVIDADES.

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com

    toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para

    que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

  • 7

    Caro aluno, voc j ouviu a expresso

    algum que tenha trocado seu voto por algum benefcio pessoal ou presente? Bem,

    durante a Repblica Velha, tema que estudaremos nesta aula, era comum esta prtica

    de voto/benefcio ou as pessoas eram foradas a votar nos canditatos escolhidos pelos

    secreto.

    A Repblica Velha teve seu incio em 15 de novembro de 1889, substituindo o

    governo monrquico. Aps o fim da monarquia, tornou-se necessrio criar novos

    mecanismos para governar o pas. Durante os primeiros anos da Repblica, o Exrcito

    assumiu o governo na Nao para garantir a transio do regime monrquico para o

    regime republicano, preparando o pas para eleies presidenciais e organizando uma

    Assembleia, que elaboraria a primeira Constituio republicana brasileira. Em 1894,

    chega ao fim o governo dos militares com a eleio de um presidente civil.

    A Constituio de 1891 instituiu que o Estado brasileiro teria em sua estrutura

    trs poderes: Executivo, exercido pelo presidente e seus ministros; Legislativo,

    formado pelo Senado e Cmara dos Deputados; e o Judicirio composto pelos juzes. O

    voto seria universal e aberto, ou seja, os homens, alfabetizados e maiores de 21 anos,

    poderiam votar e o voto no era secreto. Prezado aluno, perceba que a Constituio

    de 1891 exclua as mulheres e os analfabetos da participao poltica do pas, alm

    deles, os padres e os soldados tambm no tinham direito de votar.

    A principal atividade econmica do pas, desse perodo, era a agricultura de

    exportao, sendo o caf seu principal produto. Dessa forma, os cafeicultores

    (fazendeiros que produziam o caf para exportao) formavam uma elite agrria

    poderosa, chamada de Oligarquia, que influenciava diretamente nas esferas polticas e

    sociais brasileiras. A oligarquia chegou ao poder com o inicio do governo de

    presidentes civis, principalmente a partir de 1898.

    Aula 1: Repblica Velha

  • 8

    A influncia das elites na sociedade acontecia atravs de polticas de troca de

    favores entre as esferas municipal, com o auxlio de lideres locais, chamados

    presidentes e ministros. Esse arranjo administrativo possibilitava que o pas fosse

    governado de maneira a assegurar os interesses das oligarquias.

    No mbito municipal, os coronis garantiam que as pessoas da localidade

    votassem nos canditatos aliados aos governos estadual e federal atravs de oferta de

    favores pessoais ou por meio do , que seriam ameaas de violncia

    que os coronis e seus capangas infligiam s pessoas que se negavam a votar em seus

    canditados, essas aes recebem o nome de coronelismo. Alm disso, havia fraude nas

    eleies, para garantir o resultado desejado pelas elites. A rede de troca de favores,

    que envolviam os estados, os municipios e o governo federal, era chamada de Poltica

    dos Governadores.

    A elite oligrquica se beneficiou com essas polticas e durante vrios anos dois

    dos principais estados que representavam as elites agrrias, So Paulo e Minas Gerais,

    elegeram presidentes da Repblica que apoiavam seus interesses, a chamada

    Poltica do Caf com Leite, que recebe este nome porque So Paulo era o principal

    produtor de caf e Minas Gerais de gado leiteiro.

    Caro aluno, as atividades, desta unidade, nos ajudaro a aprofundar os

    assuntos discutidos ao longo do texto.

    A Constituio de 1891 regulamentava o governo do Brasil com a diviso dos

    poderes e definia como seria a participao da populao na vida poltica da pas.

    Releia o texto com ateno e explique os seguintes aspectos da constituio:

    1) Como era a diviso de poder?

    O poder estava divido em trs domnios: executivo, legislativo e judicirio.

    Atividades Comentadas 1

  • 9

    2) Explique como seria o exerccio do voto nas eleies.

    O voto era aberto (no secreto) e Universal (cidados maiores de 21 anos poderiam

    votar, exceto mulheres, analfabetos, padres e soldados).

    Fonte: www.adelsonmeira.com.br

    3) Caro aluno, aps a anlise da imagem e a leitura do texto, sobre a Repblica Velha,

    explique quais os meios que os coronis utilizavam para garantir a eleio dos

    candidatos indicados por seus aliados polticos.

    Os coronis convenciam os eleitores a votar em seus candidatos atravs da

    troca de favores ou do voto de cabresto, com perseguies e ameaas de violncia.

    http://www.adelsonmeira.com.br/v1/2012/09/21/o-voto-de-cabresto-ainda-existe-em-pocoes/
  • 10

    Caro aluno, voc tem acompanhado as notcias sobre a onda de protestos

    populares que esto acontecendo em nosso pas nos ltimos dois meses? Esses

    protestos e revoltas na sociedade no so novidade no Brasil. Conforme analisaremos

    nesta aula, durante as primeiras dcadas da Repblica houve vrios movimentos que

    demonstravam as insatisfaes da populao com as polticas econmicas e sociais do

    governo.

    Nesse perodo, havia vrias diferenas de interesses de diversos grupos da

    sociedade, gerando incertezas polticas e instabilidade econmica, que afetavam a

    populao, principalmente, os mais pobres.

    No interior do Brasil algumas pessoas procuravam refgio na religio como uma

    alternativa para melhorar suas vidas e, dessa forma, surgiram diversos movimentos

    sociais de carter religioso, chamados messinicos, um deles foi o de Canudos.

    O lder de Canudos, conhecido como Antnio Conselheiro, fundou um povoado,

    no interior da Bahia, chamado Arraial de Canudos. No arraial, a lavoura e o gado eram

    partilhados entre as pessoas da comunidade.

    As pregaes de Conselheiro atraram diversas pessoas da regio e o povoado

    cresceu rapidamente, gerando insatisfao na Igreja, que temia perder seus fiis, e os

    fazendeiros que temiam perder seus empregados. Alm disso, algumas medidas do

    governo, com relao Igreja, foram condenadas por Antonio Conselheiro, que foi

    visto como monarquistas e suas crticas consideradas como uma ameaa Repblica.

    O governo enviou vrias expedies militares a Canudos, promovendo violentos

    ataques ao povoado, que no resistiu quarta expedio. O arraial foi arrasado e os

    poucos sobreviventes foram feitos prisioneiros.

    Outro movimento social de destaque, foi a Revolta da Vacina, ocorrida no Rio

    de Janeiro, no incio do sculo XX. Nesse perodo, diversas regies do Brasil possuam

    Aula 2: Revoltas urbana e rural

  • 11

    problemas na rea de sade e vrias epidemias graves, como de febre amarela, varola

    e peste bubnica, faziam um grande nmero de vtimas. Alm disso, havia diversos

    problemas urbanos e sociais, como falta de gua encanada ou tratamento de esgoto,

    transporte pblico.

    O ento prefeito Pereira Passos, juntamente com o presidente da Repblica

    Rodrigues Alves, procurou resolver os problemas da cidade promovendo uma

    reurbanizao e para isso foi necessria demolio de diversas moradias em mau

    estado, chamadas cortios, no Centro, o que obrigou a populao, que ali morava, a se

    deslocar para os morros no entorno da cidade.

    O problema de sade foi entregue ao mdico sanitarista Oswaldo Cruz, que

    tomou medidas que foram mal recebidas pela populao, como a autorizao para que

    os encarregados de eliminar ratos e mosquitos, principais transmissores das doenas,

    invadissem as casas das pessoas mesmo sem autorizao. Alm disso, houve a

    vacinao obrigatria contra a varola. Essas medidas provocaram intensa reao da

    populao, com manifestaes, protestos, barricadas e atritos com a fora policial.

    Charge: Revolta da Vacina

    Fonte: www.estudopratico.com.br A populao no protestou somente por causa da vacina, havia vrias outras

    dificuldades presentes em seu cotidiano, como problemas econmicos, desemprego,

    falta de segurana na cidade transporte pblico ineficiente, que desencadearam as

    ondas de manifestaes.

    Caro aluno, iremos, agora, s atividades para compreendermos um pouco mais

    sobre os movimentos ocorridos na Repblica Velha.

    http://www.estudopratico.com.br/revolta-da-vacina-conheca-as-causas-e-consequencias-desta-historia/http://www.estudopratico.com.br/revolta-da-vacina-conheca-as-causas-e-consequencias-desta-historia/
  • 12

    Antonio Conselheiro, Canudos.

    Fonte www.coladaweb.com

    1) Aluno, aps a leitura do texto, observe a figura e explique o que motivou a

    formao do Arraial de Canudos, no interior do pas, durante o incio da Repblica

    Velha.

    A busca pelo refgio religioso e melhores condies de vida, em funo das

    dificuldades econmicas.

    2) Caro aluno, vimos, com a leitura do texto, que h anos os brasileiros vm

    enfrentando problemas sociais e econmicos. Releia o texto, com ateno, e escreva as

    dificuldades encontradas naquele perodo, que voc percebe ainda em nosso dia a dia.

    Os alunos podem citar os problemas na sade pblica, o desemprego, a

    ineficincia no transporte pblico, problemas com gua e esgoto, a falta de segurana

    pblica.

    Atividades Comentadas 2

    http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/canudos-a-luta-pela-utopia-real-parte-1http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/canudos-a-luta-pela-utopia-real-parte-1
  • 13

    Caro aluno, nesta unidade, estudaremos a Primeira Guerra Mundial, um

    conflito ocorrido na Europa, no incio do sculo XX, que envolveu diversos pases e

    trouxe mudanas ao cenrio poltico internacional.

    As ltimas dcadas do sculo XIX e as iniciais do sculo XX correspondem a um

    perodo histrico, que alguns estudiosos chamam de Belle poque (Bela poca). Essa

    expresso utilizada porque havia, naquele momento, principalmente na Europa, uma

    euforia em relao ao progresso da humanidade. A euforia foi gerada em funo dos

    avanos industriais e tecnolgicos, que eram apresentados ao pblico em grandes

    exposies. Havia tambm a elegncia transmitida pela moda e pelas artes, que

    tinham Paris, Frana, como centro irradiador de tendncias

    No entanto, esse cenrio otimista, tambm comportava muita inquietude

    poltica, com a disputa entre algumas Naes europeias, como Frana, Inglaterra e

    Alemanha, pela hegemonia internacional, gerando a chamada corrida armamenista,

    pois os pases investiam na produo de armas e mecanismos de guerra cada vez mais

    poderosos e letais como, por exemplo, as metralhadoras e os submarinos de guerra.

    As relaes internacionais estavam num frgil equilbrio, pois as potncias

    europeias, que no desejavam perder suas posies, iniciaram uma rede de alianas,

    formando dois grandes blocos rivais: a Trplice Aliana, composta pela Alemanha,

    ustria-Hungria e Itlia; e a Trplice Entente, formada pela Inglaterra, Frana e Rssia.

    As disputas entre as potncias estavam principalmente ligadas ao domnio

    europeu na sia e na frica, continentes que despertavam interesses econmicos nos

    pases europeus.

    A aparente estabilidade foi quebrada quando, em 1914, o herdeiro do trono

    austro-hngaro foi assassinado. Ento, toda a tenso aflorou e as potncias

    comearam rapidamente a declarar guerra aos pases pertencentes aos blocos rivais.

    Os acordos militares, entre as Naes europeias, fizeram com que um grande nmero

    Aula 3: Primeira Guerra Mundial: contexto histrico

  • 14

    de pases se envolvesse nesse conflito, que ficou conhecido como Primeira Guerra

    Mundial.

    Os Estados Unidos mantiveram-se afastados das batalhas at 1917, quando

    seus navios foram atacados por submarinos alemes. Os norte americanos entraram

    na guerra ao lado da Entente e sua participao definiu o lado vencedor da guerra.

    Os principais pases vencedores, Inglaterra, Frana Rssia e Estados Unidos,

    aps o fim dos conflitos, em 1918, reuniram-se em Versalhes, Frana, e elaboram um

    tratado de paz, com a inteno de definir os rumos da poltica internacional e

    reestruturar a Europa, que foi arrasada economica e territorialmente pela guerra. A

    devastao foi imensa, apresentando ao mundo a calamidade e runa do novo tipo de

    guerra, que envolvia poderosas armas de destruio em massa. A capacidade de

    destruio dos mecanismos blicos provaram sua eficincia com um saldo de milhares

    de mortes.

    A Primeira Guerra Mundial trouxe mudanas no cenrio poltico internacional.

    A Europa, que antes da guerra, possua o predominio das relaes polticas e

    comerciais no mundo, ficou enfraquecida aps o confronto e os Estados Unidos

    passaram a ocupar uma posio hegemnica no contexto poltico e econmico

    internacional.

    Caro aluno, aps a discusso sobre as dcadas iniciais do sculo XX, passaremos

    s atividades, que nos auxiliaro a analisar os assuntos discutidos no texto.

  • 15

    Aluno, fique atento s informaes transmitidas pela imagem e analise a

    questo.

    Exposio Universal, Paris 1900

    Fonte: www.grandpalais.fr

    1) Com relao ao perodo histrico anterior a Primeira Guerra mundial, qual

    a ideia que transmite a expresso Belle poque?

    Expressa a euforia pela crena no progresso da humanidade, em funo dos

    avanos industriais e tecnolgicos, que eram apresentados em grandes exposies.

    Alm disso, havia as exposies de arte e da moda, ditada pela elegncia francesa do

    momento.

    2) Aluno, aps a leitura do texto, descreva a situao da Europa depois da

    Primeira Guerra Mundial.

    A Europa foi devastada pela guerra tanto em seu territrio, como em sua

    economia. Essa situao fez com que os Estados Unidos, que apesar de ter

    participado do final da guerra, no teve tantos problemas econmicos ou batalhas

    em seu territrio, assumisse a hegemonia poltica e econmica internacional, que

    antes pertencia Europa.

    Atividades Comentadas 3

    http://www.grandpalais.fr/en/The-building/History/The-events-staged-in-the-Grand-Palais/Arts/p-592-lg1-The-first-exhibitions-in-1900.htmhttp://www.grandpalais.fr/en/Footer-general/Media-library/m-619-100-IMAGE-The-1900-Universal-Exhibition-in-Paris.-Sculptures.htm
  • 16

    Caro, Professor Aplicador, sugerimos algumas diferentes formas de avaliar as turmas

    que esto utilizando este material:

    1 Possibilidade:

    As disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliao do Saerjinho, pode-se utilizar

    a seguinte pontuao:

    Saerjinho: 2 pontos

    Avaliao: 5 pontos

    Pesquisa: 3 pontos

    As disciplinas que no participam da Avaliao do Saerjinho, podem utilizar a

    participao dos alunos durante a leitura e execuo das atividades do caderno como

    uma das trs notas. Neste caso teramos:

    Participao: 2 pontos

    Avaliao: 5 pontos

    Pesquisa: 3 pontos

    Questo 1

    O cenrio poltico no perodo da Repblica Velha no Brasil foi definido pelas

    relaes de grupos da sociedade que possuam o controle dos aspectos econmicos do

    pas. De acordo com essa informao, responda as questes escrevendo V (verdadeiro)

    ou F (falso) nas opes a seguir.

    ( F ) A principal atividade econmica no perodo da Repblica Velha era a industrial.

    As indstrias brasileiras produziam para vender no mercado internacional.

    ( V ) A grande importncia que a produo de caf possua na economia da Primeira

    Repblica brasileira gerou uma elite dominante conhecida por oligarquia cafeeira.

    Avaliao

  • 17

    ( V ) O processo eleitoral brasileiro no momento em que o ocorria a Poltica dos

    Governadores era fraudulento e atendia aos interesses das elites agrrias.

    ( F ) O

    liberdade para escolher seus candidatos de acordo com suas necessidades e

    interesses.

    Questo 2

    Aluno, analise a figura abaixo e explique por que a poltica que existia no Brasil,

    durante a Repblica Velha, que consistia no revezamento na eleio de presidentes da

    Repblica escolhidos entre os estados de So Paulo e Minas Gerais era chamada de

    Poltica do Caf com Leite.

    novahistorianet.blogspot.com

    A expresso indicava dois dos maiores estados produtores do Brasil: So

    Paulo representava o caf e Minas Gerais o leite.

    Questo 3

    Qual eram os motivos que levaram as pessoas que viviam no interior da Bahia,

    durante as primeiras dcadas da Repblica, a buscarem refgio no Arraial de Canudos.

    http://novahistorianet.blogspot.com/2009/01/republica-velha.htmlhttp://novahistorianet.blogspot.com/2009/01/republica-velha.html
  • 18

    A busca pelo refgio religioso e melhores condies de vida, em funo das

    dificuldades econmicas.

    Questo 4

    A populao do Rio de Janeiro, no incio do sculo XX, promoveu uma srie de

    protestos e manifestaes, quando o governo implantou a vacinao obrigatria da

    varola, desencadeando o episdio chamado de Revolta da Vacina. No entanto, o povo

    no criticava apenas a vacinao. Quais eram os outros problemas enfrentados pela

    populao que geraram as insatisfaes manifestadas no movimento?

    Os alunos podem citar os problemas na sade pblica, o desemprego, a

    ineficincia no transporte pblico, problemas com gua e esgoto, a falta de

    segurana pblica.

    Questo 5

    O perodo anterior ao incio da Primeira Guerra Mundial, na Europa,

    conhecido como Belle poque, expresso que demonstrava a euforia vivida na

    sociedade por causa dos avanos do progresso, da industrializao e da criao de

    novos recursos tecnolgicos. Mas, a realidade no era apenas formada pela crena no

    progresso da humanidade. O que havia mais na sociedade europeia daquele perodo,

    alm das exposies de artes, moda e invenes tecnolgicas?

    Havia tambm disputa entre as grandes potncias europias pela hegemonia

    poltica e econmica internacional, gerando uma sensvel instabilidade e uma corrida

    armamentista.

  • 19

    Caro aluno, agora que j estudamos os assuntos relativos ao 1 bimestre e

    conhecemos um pouco mais sobre a Primeira Guerra Mundial e seus desdobramentos

    internacionais, chegou a hora de entendermos o envolvimento do Brasil nesse conflito.

    Ento, o tema da sua pesquisa ser o Brasil na Primeira Guerra Mundial.

    A posio do Brasil na Primeira guerra, inicialmente, foi de neutralidade. Mas

    a partir de alguns episdios relativos exportao do caf, como o ataque feito por

    alemes a embarcaes brasileiras, em Macau, nosso pas entrou na guerra ao lado

    da Trplice Entente, em 1917. O Brasil teve uma pequena participao enviando

    pilotos de avio, oferecendo navios militares e servios mdicos.

    Fonte: www.brasilescola.com/historiab/brasil-primeira-guerra

    Pesquisa

  • 20

    [1] CARDOSO, Oldimar. Tudo Histria: Histria Contempornea e Histria do Brasil

    (sculos XIX e XX). So Paulo: tica 2009.

    [2] FAUSTO, Bris. Histria do Brasil. So Paulo: Edusp, 2004. 12.ed.

    [3] VICENTINO, Cludio. Viver a Histria: Ensino Fundamental. So Paulo: Scipione,

    2002. Volume 4.

    Referncias

  • 21

    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento

    Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva

    Ivete Silva de Oliveira Marlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Daniel de Oliveira Gomes

    Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira Erika Bastos Arantes

    Renata Figueiredo Moraes Sabrina Machado Campos

    Equipe de Elaborao