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Apropriação da Tecnologia pela Educação: desenvolvimento do pensamento crítico sobre as tecnologias no processo ensino- -aprendizagem A apropriação das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) na educação tem mudado a relação com a informação e o conhecimento e, ainda, as relações entre quem ensina e quem aprende. Essas mudanças trazem questões importantes que precisam ser pensadas e abordadas cri- ticamente. Assim, neste primeiro capítulo, é apresentada uma introdução ao tema da aplicação das novas tecnologias na área educacional, enfatizando-se a necessidade de estabelecer alguns conceitos relacionados com a inovação tecnológica e, ainda, desenvolver uma atitude ou um pensamento crítico diante das possibilidades, das limi- tações e dos desafios das tecnologias no processo ensino- aprendizagem Objetivos da sua aprendizagem Compreender o contexto da apropriação das tecnologias na educação e seus aspectos críticos; Conhecer abordagens e conceitos relacionados com a tecnologia e sua aplicação na educação; Identificar as implicações da apropriação das novas tecnologias no processo ensino-aprendizagem Você se lembra? Até bem pouco tempo, era muito comum pessoas distantes umas das outras se comunicarem enviando cartas pelos correios ou usando telefones fixos ou convencionais. Também era bastante corriqueiro o fato de as notícias chegarem somente pelo rádio, pela televisão ou pelo jornal impresso. Nas escolas, os textos escritos eram reproduzidos pelas máquinas de datilografar, pelos mimeógrafos ou mesmo por retroprojetores. Outros conteúdos eram veiculados pelas fitas cassetes de áudio e vídeo. Você se lembra disso?

Apostila Informatica Cap 1

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apostila de Informatica 1º capítulo

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Apropriação da Tecnologia pela Educação: desenvolvimento do pensamento crítico sobre as tecnologias no processo ensino- -aprendizagem A apropriação das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) na educação tem mudado a relação com a informação e o conhecimento e, ainda, as relações entre quem ensina e quem aprende. Essas mudanças trazem questões importantes que precisam ser pensadas e abordadas criticamente. Assim, neste primeiro capítulo, é apresentada uma introdução ao tema da aplicação das novas tecnologias na área educacional, enfatizando-se a necessidade de estabelecer alguns conceitos relacionados com a inovação tecnológica e, ainda, desenvolver uma atitude ou um pensamento crítico diante das possibilidades, das limitações e dos desafios das tecnologias no processo ensino-aprendizagem

Objetivos da sua aprendizagem • Compreender o contexto da apropriação das tecnologias na educação e seus

aspectos críticos; • Conhecer abordagens e conceitos relacionados com a tecnologia e sua

aplicação na educação; • Identificar as implicações da apropriação das novas tecnologias no processo

ensino-aprendizagem

Você se lembra? Até bem pouco tempo, era muito comum pessoas distantes umas das outras se comunicarem enviando cartas pelos correios ou usando telefones fixos ou convencionais. Também era bastante corriqueiro o fato de as notícias chegarem somente pelo rádio, pela televisão ou pelo jornal impresso. Nas escolas, os textos escritos eram reproduzidos pelas máquinas de datilografar, pelos mimeógrafos ou mesmo por retroprojetores. Outros conteúdos eram veiculados pelas fitas cassetes de áudio e vídeo. Você se lembra disso?

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Hoje, com as tecnologias digitais, assistimos a uma revolução na comunicação e a uma transformação nas práticas de escrita e de leitura, além de inovações no uso da linguagem nos meios digitais. Em face dessas mudanças, presenciamos novas formas de se relacionar com a informação e com o conhecimento, o que acaba apontando para novas formas de ensinar e aprender. Assim, é importante lembrar como as coisas eram antes e como elas se apresentam hoje, aprendendo com a história e com os desafios.

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Apropriação da Tecnologia pela Educação – Capítulo 1

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1.1 Context

ualização e crítica da tecnologia na educação

Antes de tratar, especificamente, da apropriação da tecnologia pela educação, é preciso entender o contexto e alguns conceitos relacionados com a tecnologia em nosso tempo, em nosso mundo.

Sabe-se que as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) revolucionaram nosso tempo, acelerando a globalização, impactando a economia e a sociedade, reconfigurando as relações sociais, democratizando o acesso à informação e alterando as formas de se lidar com o saber e com os conteúdos escolares.

A influência das TIC ou das novas tecnologias em quase tudo que fazemos tem sido tão grande e decisiva que muitos pensadores têm desenvolvido análises teóricas procurando entender esse momento, que muitas vezes é denominado como a “Idade Mídia” ou a “Era Digital”, já que há uma centralidade da tecnologia e das mídias digitais nos modos de tratar e disponibilizar a informação.

Há outros estudiosos que, em face da centralidade da informação e do conhecimento na atualidade, denominam a realidade ou o mundo em que vivemos como “sociedade da informação” ou “sociedade do conhecimento”. Os que usam a expressão “sociedade da informação” estão destacando a centralidade da informação na sociedade, além do seu acesso universal e o seu tratamento digital. Na expressão “sociedade do conhecimento”, sobressai a importância do conhecimento científico-tecnológico na economia e na sociedade.

Essa centralidade da informação e do conhecimento é facilmente verificada quando se observa como a economia funciona, as instituições e empresas se estruturam, as mídias se constituem e a sociedade se organiza nos dias atuais. Mas é preciso saber que informação e conhecimento não são exatamente a mesma coisa. O conhecimento comporta algum tipo de informação, o conhecimento pode ser construído por meio da interpretação e da reelaboração da informação, mas o conhecimento não se reduz O termo Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) é uma alusão ao fato de as tecnologias de

comunicação terem se aliado ao desenvolvimento da informática, ou seja, refere-se à “junção das funcionalidades das áreas de Informática e Telecomunicações” (MEDEIROS & SAUVÉ, 2003, p. 4).

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Informática Aplicada à Educação

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à informação. Por isso, é pr

eciso estar atento para não se “reduzir o conhecimento ao acesso à informação e tornar a sociedade do conhecimento em sociedade da informação” (ROAUNET, 2002).

É preciso, também, deixar bem claro que não se propõe com isso uma negação da informação, pois se sabe que a informação e o seu fluxo permitem as decisões políticas, o movimento da economia, a difusão do conhecimento etc. Como já foi dito, o problema é confundir informação e conhecimento de tal modo que as pessoas sejam apenas usuárias em vez de cidadãs, acessem apenas informação, mas não participem ativamente da produção e da crítica do conhecimento.

Na verdade, o acesso mais universal e, também, mais veloz à informação deve ter um caráter democrático e servir à produção do conhecimento, contribuindo para que todos os cidadãos estejam incluídos no mundo digital e na sociedade. Caso contrário, teremos barreiras para que a inclusão digital aconteça de forma plena.1.1.1 Inclusão digital e ambiguidade da tecnologia

O conceito de inclusão digital e o seu contrário, a exclusão digital, apontam para o fato de que a desigualdade econômica e os processos de exclusão social ganham nova configuração numa sociedade que é dependente da tecnologia, da informação e do conhecimento. A exclusão social, hoje, gera exclusão digital. Na era da informação e do conhecimento, torna-se imperiosa a necessidade de estar na rede, de fazer parte do mundo de relações e transações nos meios digitais e virtuais. O direito à informação não se diferencia dos direitos sociais.

Assim, são necessários o acesso universal à informação e a democratização dos recursos tecnológicos. Mas o acesso digital no Brasil não se constitui no maior problema, pois o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos pelas novas tecnologias, se dá por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais. Dessa

A informação se converte em conhecimento quando ligada a outras informações, num processo de entendimento e avaliação a partir de determinado contexto. Por isso, a informação precisa ser processa-da, interpretada, reelaborada, contextualizada, criticada e incorporada à experiência do professor e do estudante para gerar conhecimento.11 Apropriação da Tecnologia pela Educação – Capítulo 1 EAD-14– Informática Aplicada à

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forma, além de acesso à informação, à internet ou ao computador, é preciso mudar as condições sociais e econômicas da população.

Para muitos estudiosos, a tecnologia seria exatamente uma forma de mudar a realidade da população, da sociedade e até da própria educação. Com a tecnologia e o acesso universal à informação, seriam dadas as condições para melhoria dos índices sociais e econômicos. No entanto, há outros estudiosos que veem na tecnologia um poderoso instrumento de opressão, de controle e de padronização da sociedade.

Dessa forma, se alguns alertam para os riscos da exclusão digital, da sujeição a interesses mercadológicos, da fragmentação do conhecimento e da subjetividade no contexto digital; outros apontam para perspectivas relacionadas com democracia virtual, universalização do saber, novas formas de relações sociais e de comunidades alternativas de formação e possibilidades educacionais inéditas (SALDANHA, 2008).

Diante disso, manifesta-se a ambiguidade da tecnologia, ou seja, o fato de a tecnologia apresentar tanto um lado sombrio quanto uma face iluminada, revelando não apenas possibilidades de construção, formação, democratização e liberdade, mas também de opressão, de mercantilização e de limitação da subjetividade.1.1.2 A tecnologia na educação

Em relação à aplicação ou à introdução da tecnologia na educação, também é possível encontrar posições muito distintas, inclusive posturas que se limitam apenas ao otimismo ingênuo ou ao pessimismo cego diante das possibilidades dos recursos tecnológicos na educação.

Há muitos que estranham o uso das novas tecnologias na sala de aula ou na mediação pedagógica, alegando que a dimensão pessoal ou a importância do conteúdo ficam comprometidas diante da presença de tanta inovação tecnológica. Mas é bom lembrar que a presença da tecnologia na educação não é algo recente ou inédito.

Na verdade, ao se lembrar de salas de aula antes das TIC, você pode se dar conta de que o giz, o quadro-negro, a caneta, o videocassete, o gravador, o mimeógrafo, o livro impresso e outros objetos presentes no cenáConexão:O educador e pesquisador Pedro Demo oferece um panorama interessante dos posicionamentos teóricos diante

da tecnologia num artigo intitulado “Tecnofilia & Tecnofobia”, mostrando que a simples aceitação ou a pura negação da tecnologia são posturas acríticas: <http://www.senac.br/BTS/351/artigo-01.pdf>12 Informática Aplicada à Educação Proibida a

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rio escolar mais tradicional são artefatos ou recursos tecnológicos, mesmo que pertençam a uma tecnologia menos avançada do que aquelas que hoje conhecemos e usamos nas salas de aula virtuais ou digitais.

Técnica e tecnologia estão presentes no processo ensino-aprendizagem há muito tempo. Isso pode ficar mais evidente se considerarmos que a técnica e a tecnologia, que não possuem consenso em sua definição ou conceituação, correspondem a intervenções do ser humano em seu mundo ou realidade, por meio de conhecimentos específicos.A técnica pode ser entendida como um “saber-fazer”, ou seja, um procedimento que tem embutido um saber, constituindo-se num conjunto de conhecimentos desenvolvidos com a finalidade de equacionar soluções para problemas da ação, ou

seja, naquilo que comumente podemos associar ao saber-fazer (BERTELLI, 2014). A tecnologia pode ser compreendida como um conjunto de técnicas baseadas em pressupostos científicos, ou seja, a

junção da ciência moderna com a técnica.Se pensarmos em formas muito rudimentares de relação entre professores e

alunos, ou mestres e discípulos na antiguidade, será possível constatar que a técnica estava presente no registro e na veiculação de conteúdo, por meio de instrumentos e materiais que possibilitavam a escrita em pergaminhos, papiros ou outros suportes materiais para o texto.

É preciso reconhecer, no entanto, que se a técnica e a tecnologia estão presentes na relação com o conhecimento e na educação há muito tempo, há algo inovador nos recursos tecnológicos, em nossos dias, que muda a relação com o conhecimento e a comunicação entre quem aprende e quem ensina. Daí ser comum o uso da expressão “novas tecnologias na educação” ou “TIC na educação” para se referir a esses recursos inovadores.

As chamadas novas tecnologias apontam para novas formas de comunicação, novas mídias, novas linguagens. São os chamados recursos multimídia ou a comunicação digital. E se parte da educação tem a ver com a comunicação e com o trabalho de conteúdos em diversos formatos, então, a inovação tecnológica traz grande impacto à prática pedagógica.

Esse é um aspecto importante porque a comunicação digital e as novas formas de acessar, veicular, armazenar e trabalhar conteúdos operam mudanças no processo ensino-aprendizagem, na interação entre quem aprende e quem ensina e na relação com o conhecimento.

A comunicação digital faz parte de um contexto histórico de transformações dos meios e modos de se comunicar, ela é precedida por outras mídias, outros suportes materiais para o texto ou as mensagens. Essa his13 Apropriação da Tecnologia pela Educação – Capítulo 1 EAD-

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tória pode ajudar na compreensão das mudanças que presenciamos hoje. Vale a pena, então, considerar as novas tecnologias e suas linguagens no mundo atual a partir de uma retrospectiva, de um olhar que nos leve a uma breve retomada da evolução das formas de comunicação ao longo da história. Esse é um item que será tratado em seguida.

1.2 Educação, tecnologia e suas diferentes linguagens

Quando se estuda a história da civilização humana, percebe-se que há muito tempo a oralidade e a escrita (linguagem verbal) são meios utilizados nas interações humanas, ao lado de diversas linguagens não verbais. A linguagem pode ser entendida como forma de expressão, veículo ou meio de comunicação e como experiência de interação. Nesse sentido, a linguagem é fundamental na relação com o conhecimento, ou seja, na mediação que se faz para conhecer, ensinar e aprender.

É possível, inclusive, sintetizar a história da humanidade, na perspectiva dessa relação com o conhecimento, em três fases principais: “a da oralidade, a das sociedades da escrita, e o momento contemporâneo: a cibercultura” (RAMAL, 2003). 1.2.1 Oralidade, escrita e cibercultura

Na fase da oralidade, sobressaem as culturas orais. Na tradição oral, a narrativa era a forma básica para transmitir conhecimento. Os relatos ou as narrativas orais contribuíam para a construção da identidade das comunidades, da visão de mundo e das formas de se relacionar com o saber. Faziam parte dessa tradição oral os mitos e as lendas, que continham um modo imaginativo e fantástico de compreender a realidade e os seus fenômenos, além de evidenciar uma concepção cíclica do tempo e contribuir para a preservação do saber subjetivo, da memória e dos valores das culturas antigas.

Nas sociedades da escrita, manifestam-se novas formas de comunicação por meio da invenção da própria escrita e do alfabeto, atendendo às demandas de sociedades mais complexas e a necessidades específicas, como as de registrar e de armazenar dados e informações relacionados com a agricultura, o comércio, as decisões judiciais etc.

No contexto da escrita, a tradição oral e o tempo, concebido de forma circular, cedem espaço a documentos e textos que registram e guardam dados, fatos, eventos, ideias e outros elementos. Os acontecimentos 14 Informática Aplicada à Educação Proibida a reprodução – © UniSEB

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e o próprio tempo são encadeados num antes e depois, ou seja, surge a história linear, assim como a própria página ou o texto escrito. O narrador ou aquele que preserva a tradição oral não são mais os que detêm o saber, pois as histórias, as informações e o conhecimento são disponibilizados nos textos. Os próprios textos podem, inclusive, sobreviver no tempo e no espaço para além do autor que os produziu (RAMAL, 2003).

Assim, nas sociedades da escrita, a relação com o conhecimento é caracterizada pela linearidade, pela fragmentação e pela diversidade dos saberes, que muitas vezes são organizados em disciplinas ou visões parciais da realidade. Além disso, a escrita e a leitura constituem-se na forma privilegiada de produzir, acessar e transmitir o conhecimento (RAMAL, 2003).

Apesar de a cultura da escrita superar muitos aspectos e dimensões da cultura da oralidade, não se deve, apressadamente, concluir que a escrita tenha eliminado a oralidade. Escrita e oralidade conviveram, e ainda convivem, em muitas sociedades, ainda que, historicamente, o surgimento e o estabelecimento da escrita tenham sido fatores predominantes, a ponto de ser possível falar em sociedade da escrita como uma fase que vai além da tradição oral.

A cultura digital ou a cibercultura corresponde à terceira fase da história da relação com o conhecimento. Sem eliminar a oralidade ou a escrita, a fase da cibercultura aponta para um tratamento digital da linguagem verbal e das linguagens não verbais, evidenciando uma mudança na concepção de tempo, de espaço e de texto (RAMAL, 2003).

Na cibercultura, as pessoas estão conectadas, os conteúdos estão on-line e disponíveis todo o tempo e em todo lugar. Aliás, o tempo na cibercultura é marcado pela simultaneidade. O espaço, por sua vez, é redimensionado com o encurtamento das distâncias, pois os lugares estão cada vez mais interligados pelas tecnologias. Por outro lado, os espaços físicos podem ser expandidos virtualmente, como a sala de aula que se virtualiza e se estende para os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA).

A cibercultura corresponde à cultura do ciberespaço, ou seja, ela tem a ver com as práticas de leitura e de escrita, os comportamentos, os valores, as novas formas de se relacionar, as transações comerciais e outras

práticas que acontecem no mundo digital, no ciberespaço. 15 Apropriação da Tecnologia pela Educação – Capítulo 1 EAD-14–

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Nesta era digital ou da cibercultura, a escrita tem uma nova configuração, marcada pela não linearidade e pelo hibridismo de diversas linguagens, já que o texto digital pode conter tanto palavras escritas quanto imagens, áudio, vídeo, animações etc. Na verdade, tem-se o hipertexto, ou seja, um conjunto de textos não lineares, passíveis de ser modificados e interligados por nós e links. Assim, a fase da cibercultura é o coroamento do desenvolvimento de várias formas de comunicação na história da hu-manidade.1.2.2 Escrita e tecnologia: o hipertexto

O hipertexto nos meios digitais possibilita que o texto assuma “formas que, não sendo fixas, oportunizariam novas velocidades e estratégias no tratamento de seu material”, tornando suas fronteiras não tão visíveis e dando ao leitor a oportunidade “de embaralhar, entrecruzar e reunir textos no meio digital” (SALDANHA, 2006a; CHARTIER, 1998).

Tudo isso evidencia que, no ciberespaço ou nos meios digitais, acontece uma convergência midiática, uma interligação e articulação entre diversas mídias que promovem “uma nova imaginação inventiva, outras formas de se ‘escutar’ um texto e procedimentos de leitura que permitiriam ir além da linearidade, da sequencialidade e das limitações espaço-temporal do texto impresso” (SALDANHA, 2006b).

Com o hipertexto, percebemos que o conhecimento ou os conteúdos não estão mais localizados no texto de um livro ou no conjunto de textos de uma biblioteca escolar. Com as mídias digitais, o hipertexto possibilita que o conhecimento e os conteúdos estejam em vários lugares e, até mesmo, cheguem a nós. Não é mais o aluno que somente vai ao livro ou à biblioteca. Agora, os livros e uma infinidade de textos chegam até o aluno por meio da Internet. Com um computador, um notebook, um tablet ou um smartphone, é possível ler um texto em qualquer lugar, a qualquer momento.

O hipertexto também nos mostra que as práticas de leitura mudam:Uma marca dessa leitura é não se limitar ao texto pontual que se começa a ler inicialmente. O hipertexto e o ciberespaço colocam para o leitor, [numa] perspectiva mais promissora, a possibilidade de se complementar ou enriquecer a leitura de um determinado texto com outros textos disponíveis na rede, criando assim um mover-se entre diversos textos. Além disso, ao navegar por outros textos, outras leituras e escritas interagem e participam da leitura que inicialmente 16 Informática Aplicada à Educação Proibida a reprodução – © UniSEB

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começou com um texto pontual. Tem-se uma pluralidade de textos, de leituras e de leitores nascida da leitura individual que teve como porta de entrada um determinado texto. (SALDANHA, 2006b)

Desse modo, no hipertexto digital, o leitor acaba se tornando um navegador. Ele também tem a possibilidade de navegar ou ler de modo coletivo, na companhia de outros leitores virtuais, construindo possibilidades e práticas de leitura por meio da colaboração de outros leitores que, mesmo distantes fisicamente, se tornam presentes no trabalho com o texto por meio das tecnologias ou mídias digitais.

A leitura, assim, não se limita às palavras ou aos textos impressos, pois ela implica a “multiplicidade e diversidade de vozes, próprias do hipertexto”, possibilitando uma interação com a língua, a partir da leitura e percepção de signos linguísticos e, também, de outros signos, como o imagético, e interação com outros leitores (PINHEIRO, 2005 apud VALADARES, 2012, p. 74).

Usando podcasts, vídeos, games, animações e as diversas funcionalidades de aplicativos desenvolvidos para aprendizagem de conteúdos e atitudes, o aluno teria nos recursos didáticos digitais atrelados ao hipertexto uma nova motivação para estudar mais intensamente e se dedicar por mais tempo às atividades de leitura e de produção textual, entre outras.

Desse modo, além da mudança na leitura, o hipertexto traz inovações nas práticas de escrita. Uma delas está relacionada com a possibilidade de construção coletiva de textos num ambiente virtual. Pessoas que vivem em lugares diferentes podem interagir na escrita ou reescrita de um texto graças à tecnologia presente no hipertexto. Também é possível modificar, atualizar ou anotar textos já elaborados, por exemplo, com ferramentas wiki. Se pensarmos nas enciclopédias colaborativas e virtuais, como a wikipedia, encontramos um exemplo de mudança nas práticas de escrita.

Essas transformações por que passam a leitura e a escrita no hipertexto e nas mídias digitais nos dão uma pequena dimensão das possibilidades e dos desafios educacionais diante das novas tecnologias.17 Apropriação da Tecnologia pela Educação – Capítulo 1 EAD-14–

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1.3 A escola diante das novas tecnologias e das mídias digitais

Como temos visto, ensinar e aprender no contexto das novas tecnologias ou das mídias digitais não é mais a mesma coisa, comparando-se com tempos passados ou com a escola tradicional.

A inovação tecnológica e os seu produtos trazem à escola a possibilidade de atualização a partir do uso de recursos tecnológicos que podem facilitar ou incrementar vários processos e atividades.

Ferramentas digitais e recursos didáticos inovadores são muitas vezes apresentados como “salvadores da pátria” ou como segredo para o sucesso na era do conhecimento e da informação.

É preciso reconhecer, porém, que a tecnologia por si mesma não muda a educação e, além disso, a questão vai além de usar ou não usar a tecnologia. Na verdade, as novas tecnologias estão aí, fazem parte do nosso mundo, não é possível desprezá-las. Entretanto, devemos ir além do uso da tecnologia e avançar para um processo de apropriação da tecnologia. Isso implica tornar a tecnologia não apenas um recurso ou uma ferramenta a ser utilizada, mas transformá-la em parte integrante da nossa vida, do nosso fazer, do nosso pensar.

A apropriação da tecnologia por parte da escola, dos educadores e dos educandos implica um processo crítico e criativo no qual a inovação tecnológica é reelaborada à luz dos fins ou objetivos educacionais. Nesse sentido, as tecnologias devem servir à educação, à escola, ao processo ensino-aprendizagem.

Entretanto, a escola também precisa mudar e rever alguns de seus conceitos e algumas de suas práticas:

Ao não alterar a estrutura da escola e do ensino para poder contemplar as especificidades de uso dessa nova tecnologia, a escola compromete seu ensino e qualifica o meio digital como um recurso caro, sofisticado e que, mais uma vez, não funciona. A repetição vista dessa situação em muitos espaços educacionais revela o despreparo generalizado com que essas novas tecnologias estão sendo encaminhadas à escola. (KENSKI, 2004, p. 73).

Apropriar-se da tecnologia é, também, torná-la não mais algo estranho e desconfortável em nossas práticas pedagógicas. É preciso conhecer os recursos tecnológicos, pensar sobre seus usos e suas aplicações:18 Informática Aplicada à Educação Proibida a reprodução

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Para que a escola realize um ensino de qualidade é necessário muito mais do que possuir avançados equipamentos disponíveis. É necessário, sobretudo, que os professores se sintam confortáveis para utilizar esses novos auxiliares didáticos. Estar confortável significa conhecê-los, dominar os principais procedimentos técnicos para sua utilização, avaliá-los criticamente e criar novas possibilidades pedagógicas, partindo da integração desses meios com o processo de ensino. (KENSKI, 2004, p. 77).

Mesmo no processo de apropriação das tecnologias por parte da escola, há riscos e desafios que precisam ser considerados. Muitas experiências com as novas tecnologias resultam em fracassos ou em falhas comprometedoras.

Entre as falhas no uso ou na apropriação da tecnologia no ambiente escolar, pode-se mencionar: a) pressupor que a tecnologias e as ferramentas digitais são uma categoria à parte que por si mesma produziria grandes mudanças; b) oferecer as ferramentas e os recursos aos alunos, sem que antes sejam levados aos professores; c) não oferecer orientação aos professores, que acabam não sendo envolvidos ou consultados, ficando de fora das decisões sobre a criação e utilização do material elaborado ou utilizado a partir dos recursos tecnológicos; d) precário investimento na capacitação e remuneração de professores; e) acreditar que os avanços e resultados significativos na aprendizagem são imediatos e não processuais (CRUZ, 2001).

Em contrapartida, há chances de a apropriação da tecnologia por parte da escola obter êxito quando são satisfeitas condições como: a) despertar um sentimento de posse, em relação às ferramentas, naqueles que serão afetados por esses recursos tecnológicos e que deles farão uso, favorecendo uma apropriação crítica e criativa da tecnologia; b) promover interação, a partir dos recursos interpessoais, e interatividade, a partir dos recursos tecnológicos, contribuindo para a relação integrada entre recursos materiais e humanos; c) desenvolver estilos de liderança, na gestão e na ação docente, que permitam o envolvimento dos alunos e a orientação deles no uso dos recursos tecnológicos na aprendizagem e na interação social (CRUZ, 2001).

Além desses aspectos, também devemos lembrar a importância de professores e alunos estarem atentos a novas funções que desempenham nesse cenário de apropriação das novas tecnologias. A tecnologia não 19 Apropriação da Tecnologia pela Educação – Capítulo 1 EAD-14– Informática

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elimina a figura do professor nem anula a afetividade e a participação dos alunos nos meios digitais. Professores e alunos assumem novos papéis e desenvolvem práticas pedagógicas que são reconfiguradas. O ensino não mais se limita à transmissão de informação ou conhecimento, a aprendizagem torna-se colaborativa, o aluno tem como exigência mais autonomia e iniciativa, o professor assume a função de orientador e motivador na relação com o conhecimento, a interatividade se faz indispensável diante das ferramentas digitais e os processos educacionais não se reduzem ao ambiente escolar.

Tudo isso aponta para uma verdadeira mudança de paradigmas, assunto que não desenvolveremos agora, pois vamos retornar a esse tema num dos itens do capítulo 3, depois de tratar de alguns recursos da informática no próximo capítulo.

ReflexãoSe a oralidade, a escrita e a cibercultura podem ser tomadas como fases da história

da relação com o conhecimento, como vimos nesse capítulo, é preciso pensar de que modo a escola lida com a realidade e os desafios do momento atual, em que predominam a cibercultura e diversas práticas e interações nos meios digitais.

Se por um lado as novas tecnologias não garantem por si mesmas uma revolução na educação, necessitando da intervenção criativa e crítica de educadores e educandos, por outro lado, a educação não pode ficar alheia à inovação tecnológica e às possibilidades que ela traz ao ensino-aprendizagem.

É possível que muitas escolas ainda estejam preparando seus alunos para um mundo em que somente prevalecem a escrita e a oralidade, limitado a tecnologias antigas e talvez superadas, um mundo que parece não mais existir. Sobre essa questão, considere o que é dito na citação a seguir:

A escola que se formou nas sociedades da escrita [...] é absolutamente linear, organizando os conhecimentos como se fossem degraus a serem superados: primeiro isto, e só depois aquilo. Fragmenta os saberes numa estranha prisão (à qual, justamente, deu-se o nome de grade curricular) que divide a realidade em disciplinas e fragmenta a abordagem disciplinar em minutos (de 8h as 8h50, Matemática; de 8h50 as 9h40, História; de 9h40 as 10h30, Ciências... e assim por 20 Informática Aplicada à Educação Proibida a reprodução – © UniSEB

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diante). A mesma realidade – o mundo, a vida, a sociedade – é vista por prismas diferentes, apresentada por professores diversos que raramente têm tempo para se reunir e trocar ideias. Cada um apresenta seu saber como se aquele fosse o modo privilegiado de entender uma informação e nada tivesse a dialogar com os outros. Cada um é avaliado separadamente. Ao aluno cabe fazer a síntese de tudo, descobrir as relações jamais explicadas... E, por ser assim, a escola acaba ensinando que o próprio mundo é dessa forma, que o conhecimento e a ciência devem ser assim: fragmentados, isolados, monológicos, buscando verdades únicas, absolutas e definitivas sobre uma realidade pouco conhecida.Essa escola prepara para um mundo do trabalho que já não existe mais: no qual os saberes aprendidos no início da formação valiam para a vida inteira, no qual as pessoas não precisavam trabalhar cooperativamente nem desenvolver novas competências. (RAMAL, 2003).

Atividades01. As pessoas que se formam nas sociedades da escrita [...] pode-se dizer que são pessoas que entendem o mundo de um modo mais linear, que tendem a fragmentar os saberes em visões parciais da realidade (por exemplo, em disciplinas ou matérias), que buscam textos que possam valer por si mesmos, sendo “verdades” sobre o real, que valham para qualquer contexto. A escola que se formou nas sociedades da escrita [...] é absolutamente linear, organizando os conhecimentos como se fossem degraus a serem superados: primeiro isto, e só depois aquilo. Fragmenta os saberes numa estranha prisão (à qual, justamente, deu-se o nome de grade curricular) que divide a realidade em disciplinas e fragmenta a abordagem disciplinar em minutos (de 8h as 8h50, Matemática; de 8h50 as 9h40, História; de 9h40 as 10h30, Ciências... e assim por diante). (RAMAL, Andrea. A hipertextualidade como ambiente de construção de novas identidades docentes”, Educação & Tecnologia: trabalhando caminhos, p. 252, s/d).

Conforme o texto acima, deve-se concluir que a escola da sociedade da escrita:a) desfaz a visão de que o conhecimento e a ciência devem ser fragmentados, isolados, monológicos, buscando verdades únicas, absolutas e definitivas sobre uma realidade pouco conhecida.b) é adequada às demandas do mundo digital e do hipertexto eletrônico.21 Apropriação da

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c) prepara para um mundo do trabalho que já não existe mais: no qual os saberes aprendidos no início da formação valiam para a vida inteira, no qual as pessoas não precisavam trabalhar cooperativamente nem desenvolver novas competências, e no qual o conhecimento é estável e imutável.d) leva os alunos a um saber plural e em constante mudança, apresentando o conhecimento sem escalas ou degraus de privilégio e contribuindo para o diálogo interdisciplinar entre saberes e alunos que constantemente se atualizam. e) forma pessoas que entendem o mundo de um modo mais complexo e não linear, promovendo o diálogo entre os saberes, em visões integrais da realidade.02. As novas práticas de leitura e de escrita no hipertexto eletrônico, as mudanças de comportamento nas redes sociais, as novas formas de se relacionar nos ambientes virtuais, as transações comerciais eletrônicas e a economia no mundo digital são algumas das manifestações que ocorrem no ciberespaço e podem ser associadas, corretamente, com:a) a inclusão digital, pois fazem parte da realidade de todos os cidadãos e se constituem em experiências vivenciadas integralmente por todas as pessoas no mundo.b) a cibercultura, pois fazem parte dos aspectos culturais das novas tecnologias e das mídias digitais.c) a sociedade do espetáculo, porque são práticas relacionadas apenas com a exibição e o entretenimento.d) as ferramentas e comunicações convencionais, já que são práticas tradicionais.e) a robotização, uma vez que são práticas nas quais a dimensão humana e afetiva, necessariamente, é suprimida.03. (Adaptado do ENADE) Antes de compreender o que significam as inovações tecnológicas, temos de refletir sobre o que são velhas e novas tecnologias. O atributo do velho ou do novo não está no produto, no artefato em si mesmo, ou na cronologia das invenções, mas depende da significação do humano, do uso que fazemos dele. (Juliane Corrêa. Novas tecnologias da informação e da comunicação; novas estratégias de ensino/aprendizagem. In: Carla Viana Coscarelli (Org.). Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, p. 44 (com adaptações).22 Informática Aplicada à Educação Proibida a reprodução – © UniSEB

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Relacionando as ideias do fragmento de texto anterior à formação e à ação do professor em sala de aula, conclui-se que:a) a chegada das inovações tecnológicas à escola torna obsoletos e ultrapassados os saberes acumulados pelo professor.b) a inclusão digital é assegurada quando simplesmente as escolas são equipadas com computadores e acesso à internet.c) as inovações tecnológicas no processo ensino-aprendizagem e os computadores na sala de aula não garantem por si mesmos inovações pedagógicas.d) os novos modos de ler e escrever no computador ou no hipertexto são a garantia da solução dos problemas de aprendizado no espaço escolar.e) todo acervo impresso das bibliotecas escolares deve ser substituído por acervos digitais, de maior circulação e funcionalidade, pois o livro impresso já está ultrapassado e a escrita não subsiste na era digital.04. (ENADE 2011) Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea. Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econômicos, políticos ou culturais.

Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmações a seguir:I. Um mapeamento da exclusão digital no Brasil permite aos gestores de políticas públicas escolherem o público-alvo de possíveis ações de inclusão digital.II. O uso das TIC pode cumprir um papel social, ao prover informações àqueles que tiveram esse direito negado ou negligenciado e, portanto, permitir maiores graus de mobilidade social e econômica.23 Apropriação da Tecnologia pela Educação – Capítulo 1 EAD-14– Informática Aplicada à Educação

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III. O direito à informação diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estão focados nas relações entre os indivíduos e, aqueles, na relação entre o indivíduo e o conhecimento.IV. O maior problema de acesso digital no Brasil está na deficitária tecnologia existente em território nacional, muito aquém da disponível na maior parte dos países do primeiro mundo.

É correto apenas o que se afirma em:a) I e II.b) II e IV.c) III e IV.d) I, II e III.e) I, III e IV.

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05. A partir de sua experiência passada como estudante na educação básica e diante das transformações que hoje as novas tecnologias possibilitam na sociedade e na escola, procure imaginar e avaliar os desafios que você deve enfrentar como educador numa instituição educacional. Elabore um pequeno texto no qual suas impressões serão registradas.

Leituras recomendadasAlém das leituras e consultas que você pode fazer a partir das referências

bibliográficas deste capítulo, procure ler o artigo “Letramento digital e ensino”, de Antônio Carlos dos Santos Xavier, no qual são apresentados vários aspectos da relação entre linguagem e tecnologia no ensino-aprendizagem. O texto está disponível em:

<http://www.ufpe.br/nehte/artigos/Letramento%20digital%20e%20ensino.pdf>Assista, também, ao vídeo “As novas tecnologias em sala de aula”, produzido pela

TV Escola e pela UNIVESP, que traz depoimentos e participações de gestores e professores tratando da introdução das novas tecnologias na educação, abordando as implicações das TIC nas práticas pedagógicas. Link para o vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=2s861rPUAEY>.

ReferênciasBERTELLI, L. G. Formação de especialistas para o mercado globalizado. CIEE. Disponível em: <http://www.estudantes.ciee.org.br/portal/estudantes/pdf/BERTELLI.PDF>. Acesso em: 10 jun. 2014.24 Informática Aplicada à Educação Proibida a reprodução – © UniSEB

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CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998.CRUZ, Márcia. Educação a distância por videoconferência: como facilitar a inovação tecnológica e preparar os professores? INTERCOM – XXIV Congresso Brasileiro da Comunicação, Campo Grande, set. 2001. KENSKI, Vani M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 2. ed. Campinas: Papirus, 2004.MEDEIROS, E. M. ; SAUVÉ, J. P. Avaliação do impacto de tecnologias da informação emergentes nas empresas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.ROUANET, S. P. Fato, ideologia, utopia. Folha de S. Paulo, São Paulo, 24 mar. 2002. Mais!, p. 14-15.RAMAL, Andrea C. A Hipertextualidade como Ambiente de Construção de Novas Identidades Docentes. in: ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educação e tecnologia: trilhando caminhos. Salvador: Editora da UNEB, 2003.SALDANHA, Luís C. D. Literatura e semiformação no ciberespaço. Texto Digital, UFSC, v. 2, 2006a. Disponível em: <http://www.texto-digital.ufsc.br/num03/luisclaudio.htm>. Acesso em: 10 jun. 2014.______. A informação como semiformação nas práticas de leitura no ciberespaço. Tempo da Ciência, UNIOESTE, v. 13, p. 129-143, 2006b.______. Subjetividade no ciberespaço ou a aprendizagem nos labirintos do hipertexto. Revista @mbienteeducação, v. 1, n 1, jan./jul. 2008. Disponível em: <http://www.miniweb.com.br/educadores/Artigos/PDF/art2luis.pdf>. Acesso em: 28 maio. 2014.VALADARES, Flávio B. Ensino de língua portuguesa, hipertexto e uso de novas tecnologias. Sinergia, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 71-76, jan./abr. 2012.