Apostila Interpretação de Texto INSS 2014

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  • 8/20/2019 Apostila Interpretação de Texto INSS 2014

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    Interpretação de Texto

    Redação Oficial

    Profª Maria Tereza

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    Interpretação de Texto/Redação Oficial

    Professora: Maria Tereza

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    Último Edital

    Compreensão e Interpretação de textos.

    Tipologia textual.

    Significação das palavras.

    Redação Oficial.

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    Interpretação de Texto

    PROCEDIMENTOS

    1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;

    2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos,etc.);

    3. leitura do enunciado.

    EXEMPLIFICANDO

    NOSSA CAIXA – ADVOGADO – 2011 – FCC

    Pós-11/9

    Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo,

    ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudadoo mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culminando com o day before  [diaanterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a véspera maisvéspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetadaquanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os EstadosUnidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridadespara acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direitode cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalíssimareação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”.

    Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido,

    não como submissão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novocomeço, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisãoda política dos Estados Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certoque nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo.No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos ouatos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência também é um caminhopara a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditarmais na humanidade.

    A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, serádiferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez

    de setembro” na rua.(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

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    1. Trata-se de uma crônica (observar fonte bibliográfica); o autor – Luis Fernando Verissimo –é um dos maiores cronistas (senão o maior) brasileiros.

    2. O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes,

    identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas emdeterminadas alternativas. No texto em questão, o título – Pós-11/9 –, somado à repetiçãoda expressão na terceira linha do texto e ao uso de expressões coloquiais (“radicalíssima”,por exemplo), remete imediatamente o leitor ao gênero do texto que lerá: uma crônicabaseada em fato ainda presente – a queda das Torres Gêmeas, nos EUA, em 11/9/01, aqual mudou o mundo ocidental tal como era conhecido.

    3. Trata-se de uma CRÔNICA  (linguagem predominantemente coloquial): fotografiado cotidiano, realizada pelo cronista que se apropria de um fato do dia a dia, para,posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu pontode vista.

    4. No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “A  tragédia de 11 de setembro”(totalidade), o que norteia a estratégia de apreensão das ideias.

    5. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas everbais).

    6. Identificação das palavras-chave no texto.

    7. Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.

    1. Ao comentar a tragédia de 11 de setembro, o autor observa que ela

    a) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas.(preâmbulo / véspera da História).

    b) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito maisdrásticas que as então vigentes. (revisão da política dos EUA).

    c) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços desolidariedade. (cotidiano de Nova York).

    d) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilharum novo caminho. (seus cidadãos / permitem nações se repensarem no bom sentido /oportunidade do novo começo).

    e) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantadonacionalismo.

    Anotações:

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    8. Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodosdo texto (IDEIA CENTRAL).

    EXEMPLIFICANDO

    DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Oficial de Defensoria Pública – 2010 – FCC

    01.02.03.04.05.

    06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.

    17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.30.31.32.33.34.35.36.

      O heroísmo é um dos últimos enigmas do comportamento humano.Quando se trata de entendê-lo por meio de explicações racionais, é tãoincompreensível quanto sua gêmea maligna, a brutalidade.  Os psicopatas são mais transparentes do que os heróis. Pelo menos jádescobrimos o que os torna perigosos: sua incapacidade de sentir qualquer

    empatia pelos outros. Já o heroísmo extremo é de difícil explicação científica.Trata-se de um impulso ilógico que desafia a biologia, a psicologia e o bomsenso. Charles Darwin tinha dificuldades em explicar a ideia de se expor parasalvar a vida de um estranho. “Aquele disposto a sacrificar a sua vida, comomuitos selvagens o fazem, em vez de trair seus companheiros,frequentemente não deixa descendentes para herdar sua nobre natureza”,observou ele, que consequentemente não conseguia encaixar o heroísmo nateoria da sobrevivência do mais forte.  Morrer pelos próprios filhos? Perfeitamente lógico. De acordo comDarwin, nossa única razão de existir é passar nossos genes para a próximageração. Mas, e morrer pelos outros? Contraproducente. Afinal, não importa

    quantos heróis fossem gerados, bastaria uma besta egoísta atleticamentesexual para minar toda a linhagem heroica. Os filhos dos egoístas semultiplicariam, enquanto os filhos dos super-heróis que seguissem o exemplodo superpai se sacrificariam até à extinção. Não é difícil de entender por que ocomportamento heroico é raro.  Então, se todas as forças evolutivas e consequências desvantajosasconspiram contra o heroísmo, por que tal comportamento existe? Segundo obiólogo Lee Dugatkin, o heroísmo, uma forma de altruísmo, provavelmente datada época em que vivíamos em tribos nômades, onde as pessoas tinhamentre si alguma conexão familiar. Ao praticar um ato heroico, elas estariamsalvando uma parte de seu material genético.  Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo HannahArendt, teórica política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos depensar que a linha entre o bem e o mal é impermeável, que as pessoas quecometem atrocidades estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamaiscruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos construircircunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: umasociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e averdade. Quem sabe assim não precisaremos de super-heróis para garantirdireitos básicos de cidadania.

    (Andrea Kauffmann Zeh, O Estado de S. Paulo, Aliás, J7, 21 de junho de 2009, com adaptações)

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    2. O assunto do texto está sintetizado em

    a) o heroísmo é atitude sem explicação lógica quando analisado sob a ótica dos impulsos docomportamento humano.

    b) o heroísmo extremo é geralmente confundido com a brutalidade manifestada porpsicopatas.

    c) heróis e psicopatas apresentam habitualmente o mesmo tipo de comportamento nummundo incompreensível.

    d) Charles Darwin falhou em suas explicações para o comportamento heroico apresentadopor certas pessoas.

    e) a sobrevivência da espécie humana só é explicada pelo comportamento heroico de certosindivíduos.

    ERROS COMUNS

    EXTRAPOLAÇÃO

    Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.

    REDUÇÃO

    É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se deque o texto é um conjunto de ideias.

    EXEMPLIFICANDO

    SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014

    A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será umséculo urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo deformação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nascidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento.

    Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado,um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, algunsveem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídaspor enclaves fechados e espaços exclusivos.

    (Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad.

    Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009)

    3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas

    a) cujos habitantes se sentirão ameaçados.b) em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania.c) de transformação social.d) de grande aglomeração humana.e) constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso.

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    Comentário:

    a) EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades.b) EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania >  arenas de transformação social.

    c) REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social

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    23.24.25.26.27.28.29.

      Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientistaRoberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos commovimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividadesmotoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as defundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever amão?” – indaga. O tempo dirá.

    (Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)

    4. (12242) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em

    a)  As lamúrias têm um precedente ilustre (l.06) = os lamentos têm um nobre antecedenteb) o currículo que desobriga os estudantes (l.03) = a grade escolar que sanciona os alunos

    c)  pagarão um certo custo cognitivo (l.19) = demandarão prejuízo da percepçãod)  por meio da percussão de teclas (l.25) = na prática rítmica do tecladoe) implicações culturais da mudança (l.27) = inclusões da altercação cultural

    5. Caso desconhecesse o significado da palavra “anacronismo” (l. 04), a fim de apreendê-lo sem ouso do dicionário, o leitor poderia valer-se

    I – sua função sintática.

    II – paráfrase existente no 1º parágrafo.

    III – significado dos morfemas que a compõem.

    Quais afirmativas estão corretas?a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas II e III.

    Anotações:

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    SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014

      Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos nouniverso corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível

    aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hojedominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais.

    O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marcapejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada.Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa,fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravamentre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e oemprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.

    Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras

    línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A críticaa esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com aperda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia.

    Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têmclaras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve

     justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão eempregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, deimpressionar os neófitos.

    (Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. SãoPaulo, 24 de março de 2013. p. 7)

    6. No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, aspalavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentidomais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo

    a) da religião.b) do trabalho.c) da geografia.d) da medicina.e) do esporte.

    Anotações:

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    2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGÓRICO NAS ALTERNATIVAS:

     • advérbios; • tempos verbais; • expressões totalizantes; • expressões enfáticas; • expressões restritivas.

    EXEMPLIFICANDO

    BB – 2012Adeus, caligrafia

    01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.

    13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.

    24.25.26.27.28.29.

      O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhaspráticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma“boa letra” – já dada como anacronismo.

    O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não deprotestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “Aescrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degradaa palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se,há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizadatem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heideggerreclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas deescrever.

      Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudosrealizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cercade 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete essesnovos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria parameninos e a costura para as meninas.  As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letrade mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. Aescrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. Aprática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas aoprocessamento visual.  Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista

    Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos commovimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividadesmotoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as defundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever amão?” – indaga. O tempo dirá.

    (Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)

    7. (12228) Em relação ao progressivo abandono da escrita cursiva, as posições do filósofo MartinHeidegger e do neurocientista Roberto Lent

    a) são convergentes, pois ambos acreditam que o fim da prática de caligrafia implicará prejuízopara certas áreas neuronais.

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    b) são antagônicas, pois o neurologista não vê, com o fim da caligrafia, qualquer prejuízo paraas atividades culturais, como viu o filósofo.

    c) baseiam-se em ênfases distintas: um trata do reconhecimento autoral ameaçado, ao passoque o outro avalia as implicações biológicas.

    d) opõem-se diametralmente, já que o primeiro vê desvantagens exatamente onde o segundoreconhece tão somente efeitos positivos.

    e) aproximam-se bastante: há, em ambos, a suspeita de que a digitação trará sério retrocessopara as atividades culturais da humanidade.

    8. (12240) Atente para as seguintes afirmações.

    I – Para Martin Heidegger, a escrita mecanizada acaba por constituir um canal impessoal decomunicação, ocultando aspectos reveladores da identidade do sujeito.

    II – O autor lembra que reformas curriculares ocorrem eventualmente, não sendo novidade aexclusão de atividades que deixam de ter justificativa como práticas escolares.

    III – Há consenso entre especialistas de várias áreas quanto aos ônus que o abandono dacaligrafia trará para o desenvolvimento da nossa capacidade cognitiva.

    Em relação ao texto, está correto o que consta APENAS em

    a) I.b) II.c) III.d) II e III.e) I e II.

    9. (12231) Afirma-se que o anúncio do fim da caligrafia, ocorrido em Indiana,

    a) gerou protestos veementes do filósofo Martin Heidegger, que levantou argumentos contraa escrita mecanizada. (não contemporâneo)

    b) teve como efeito a exclusão da letra cursiva em boa parte das escolas norte-americanas.c) provocou uma reação crítica, anacrônica e injustificável por parte de quem vê como

    indispensável ter “boa letra”.d) repercutiu desfavoravelmente entre nós, em uma reação menos crítico-analítica do que

    emocional.e) granjeou sérios adversários, que passaram a alertar contra os riscos de uma degradação

    neurológica.

    TJ-RJ – 2013Receita de casa

      Juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora alguns pobres arquitetosprofissionais achem que não.  Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa é que ela deve ter um porão,um bom porão com entrada pela frente e saída pelos fundos. Esse porão deve ser habitávelporém inabitado; e ter alguns quartos sem iluminação alguma, onde se devem amontoarmóveis antigos, quebrados, objetos desprezados e baús esquecidos. Deve ser o cemitério dascoisas. Ali, sob os pés da família, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazerão os leques,

    as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos queoutrora andaram em caminhos longe.(Adaptado de Rubem Braga, Casa dos Braga – Memórias de infância)

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    10. (12235) Depreende-se do texto que, para o autor, o porão é o espaço de uma casa

    a) destinado ao despejo de coisas inúteis, inexpressivas e sem vida, que nenhum membro dafamília vê sentido em preservar.

    b) caracterizado tanto pelo aspecto sombrio como pelos mais variados vestígios de um tempomorto, ali acumulados.

    c) reservado às vivas lembranças de uma época mais feliz, que a família faz absoluta questãode não esquecer.

    d) resguardado de qualquer vestígio do presente que possa macular a história solene dosantepassados, ali recolhida e administrada.

    e) esvaziado de sentido, tanto pelo fato de não ser funcional como por parecer um dessesmuseus que a ninguém mais interessa visitar.

    DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Oficial de Defensoria Pública – 2010 – FCC

    Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo HannahArendt, teórica política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos de30.pensar que a linha entre o bem e o mal é impermeável, que as pessoas quecometem atrocidades estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamaiscruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamosconstruir circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: umasociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a35.verdade. Quem sabe assim não precisaremos de super-heróis para garantirdireitos básicos de cidadania.

    11. ... uma sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a verdade.

    O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,

    a) possibilidade de realização de um fato.c) certeza imediata a respeito de uma ação real.c) dúvida plausível acerca da realização de um fato.d) ação prevista em um futuro imediato.e) fato realizado em um tempo indefinido.

    Anotações:

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    INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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    Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras ede expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”:

     provavelmente, é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo...

    EXEMPLIFICANDO

    TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

      Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no queestá acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numagaláxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado emprojeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempoe espaço.

      Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização,

    superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginaçãotudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna dogênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial aogênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dosnossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Comoparte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação deque estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras.

    (Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)

    12. Considere.

    I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço,questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a soluçãooferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.

    II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentadosao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algummodo, conectados à realidade.

    III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menosem teoria, acredita-se que seja possível.

    Está correto o que se afirma APENAS em

    a) I e II.b) I e III.c) II e III.d) II.e) III.

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    AS QUESTÕES PROPOSTAS

    Compreensão do texto: resposta correta = paráfrase textual.

    eInferência

    Observe a seguinte frase:

    A água voltou. Já podemos lavar a roupa.

    Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:

    a) que a água voltou;b) que a roupa pode ser lavada.

    Ao utilizar a forma verbal “voltou” e o advérbio “já”, comunica também, de modo implícito,que havia faltado água e que havia roupa suja.

    INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura dotexto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.

    Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.

    EXEMPLIFICANDO

    TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

      O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e daliteratura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numailha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistívelpoder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nosrecifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamenteos tripulantes.  Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literaturagrega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, oincomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou

    inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perdera cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navioatravessou incólume a zona de perigo.  A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi oreconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seusinescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza pararesistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha,mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassemao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os própriosouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo

    para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados,contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona deperigo.

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      Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar dassereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, deum lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca,reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foicontra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em suaprópria alma.

    (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

    13. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de

    a) dissimulação.b) lisura.c) observação.d) condescendência.

    e) intolerância.

    EXTRATEXTUALIDADE

    A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do alunoconhecimento mais amplo de mundo.

    EXEMPLIFICANDO

    TJ-RJ – 2012

    A Era do Automóvel

      E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, porentre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora,tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abrirampara as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso,eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Sópelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer.Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente deguarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se tivesse visto um bicho de Marteou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando

    voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua daPassagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tantafumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e aelegância, modelo do esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguémadivinhava essa era. Quem poderia pensar na futura influência do Automóvel diante damáquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na corriola dificultosaque o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos baloiços e aospôneis mansos? Ninguém! Absolutamente ninguém. [...]  Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. [...] Ruas arrasaram-se,avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou,arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamentenos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.

    (João do Rio. “A era do automóvel”. Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 17-18)

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    14. (12237) A afirmativa correta é

    a) a crônica aborda transformações decorrentes da chegada do automóvel às ruas do Rio deJaneiro.

    b) João do Rio mostra uma cidade multifacetada, dividida entre poderosos e humildes.c) a elegância dos hábitos da sociedade carioca da época é destaque no desenvolvimento do

    texto.d) a cronista se desencanta com as ruas malcuidadas da cidade, que impedem a circulação de

    veículos.e) a crônica é uma reportagem sobre os perigos do tráfego de automóveis nas ruas do Rio.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em

    determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridadee posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.

    EXEMPLIFICANDO

    BB - 2012

    15. (12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em

    I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas

    de escrever.

    II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita.

    III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal.

    Atende ao enunciado APENAS o que consta em

    a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

    Anotações:

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    Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinadoobjeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.

    EXEMPLIFICANDO

    TRE-SP - 2012

      Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros favorecem,ou não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar),campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das aves mais comuns na região vivem e sereproduzem em fragmentos de mata naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordocom o estudo, a possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestalpode levar ao desaparecimento de diversas espécies.  O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul, próxima

    a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de pastos e campos deprodução de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se as espécies avaliadas poderiam usaras plantações de tangerina, que são culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitatnatural − ou até substituí-lo.  Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas plantações e nosfragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos,ou seja, 62 espécies não ocorrem nos pomares. “A mata nativa quase não existe mais e, porcausa disso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas”, lamenta o pesquisadorMarcelo Gonçalves Campolin.  A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê a reduçãode algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros −,

    para serem utilizadas para a agropecuária. “Ficamos receosos de que as mudanças nas áreasprotegidas possam ser terríveis para as aves e para outros animais, que vão perder ambientesnaturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ouaté mesmo a desaparecer”, prevê o professor.

    (José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011, com adaptações)

    16. (12229) Considerando-se o desenvolvimento textual, afirma-se corretamente que

    a) no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas no estudoproposto pelo pesquisador.

    b) o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não apresentarelação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.

    c) o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, comconclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.

    d) o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º parágrafo,que são retomadas nos seguintes.

    e) as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não ter sidodeterminado com precisão o objetivo do estudo.

    Obs.: observe os trechos predominantemente descritivos ao longo do texto.

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    Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas daapresentação de argumentos que as defendam e comprovem.

    EXEMPLIFICANDO

    TRE-SP – 2012

      Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; masnão é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correioe o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventaantes demais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidadetão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran é umpaulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas herançasnecessárias de fora.

      Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Damistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmentebrasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive peloterreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de portuguêsbrasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.

      São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossageração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira,entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vastaaglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou coma garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a

    deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como oquarto do poeta, também “intacta, boiando no ar.”

      A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas emparticular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar,para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brásgenérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porquequem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar noplano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra dapoesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.”

    Adaptado de Antônio Cândido. Texos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213

    17. (12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido

    a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, naépoca em que a cidade era conhecida como terra da garoa.

    b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opiniãocrítica sobre a cidade que a acolheu.

    c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativasda época em que o autor compunha.

    d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticasfavoráveis a respeito do compositor.

    e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheçaque o pseudônimo escolhido tem maior força poética.

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    Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Nãofaz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O textoexpositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre textoexpositivo e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.

    EXEMPLIFICANDO

    TRE-SP – 2012

      O teatro de mamulengos, como a maioria das artes de bonecos, chegou ao Brasil, com osportugueses, sob a forma de presépio. Esse tipo de apresentação já era realizado na Europadesde a Idade Média, com o objetivo de difusão religiosa, característica que faz com quereligião e teatro de bonecos se misturem desde a origem.

      Muita coisa mudou na arte do mamulengo, a começar pela duração dos espetáculos.

    Histórias e linguagem também variam bastante de um grupo para outro. Histórias são passadasde geração para geração, enquanto outras são criadas. Esse teatro tem como principalcaracterística o improviso, e os espectadores participam dele o tempo todo, por isso o roteiro eo enredo não são fixos.

      Com o tempo se desenvolveram dentro da modalidade dois tipos de mamulengos. Orural é o mais tradicional, que conserva figuras alegóricas bíblicas, como a alma e o diabo, ecujo universo social reproduz os hábitos cotidianos, os valores culturais, os conflitos entre oshumildes e as autoridades nas fazendas e povoados. Já o mamulengo urbano adota novaspersonagens e circunstâncias relacionadas à dinâmica das cidades e do tempo e mantém umenredo, embora não abra mão do improviso.

    (Conhecimento Prático Língua Portuguesa. São Paulo: escala educacional, no 21, p. 46-49, com adaptações)

    18. (12227) Fica evidente no texto que

    a) os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em razão danecessária participação do público em momentos específicos.

    b) o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmenteconsegue criar personagens e cenas citadinas.

    c) as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, quecaracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.

    d) o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de suasapresentações a um público participante.

    e) o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança de hábitose de gosto de seu público tradicional.

    Anotações:

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    Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentose comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,empregados no modo imperativo.

    EXEMPLIFICANDO

    19. Considere as afirmações.

    I – O texto verbal apresenta traços da tipologia injuntiva.

    II – A segunda oração do texto verbal faz referência contrária a conhecido ditado popular,exigindo do leitor conhecimento prévio.

    III – O texto não verbal é dispensável, visto que não acrescenta informação.

    Quais estão corretas?

    a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) I, II e III.

    GÊNEROS TEXTUAIS

    EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) nãoexpressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntosbastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se(explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.

    EXEMPLIFICANDO

    TST-2012

    Cursos

    Os cursos universitários a distância costumavam ser malvistos na academia brasileira. Lutava-secontra a sua regulamentação, que só se deu em 1996. A má fama dessa modalidade em que oaluno se forma praticamente sem ir à universidade − já tão disseminada em países de educação

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    de alto nível − persiste até hoje no Brasil. Em parte, pela resistência de uma turma aferrada àvelha ideia de que ensino bom, só na sala de aula. Mas também pelo desconhecimento queainda paira sobre esses cursos. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundação Victor Civita,retirou um conjunto deles dessa zona de sombra, produzindo um estudo que rastreou asfragilidades e o que dá certo e pode ser exemplar para os demais. Durante cinco meses, osespecialistas analisaram os cursos de oito faculdades (públicas e particulares) que oferecemgraduação a distância em pedagogia, a área que, de longe, atrai mais alunos. O retrato queemerge daí ajuda a desconstruir a visão de que esses cursos fornecem educação superior desegunda classe. Em alguns casos, eles já chegam a ombrear com tradicionais ilhas de excelência.Mas, no geral, resta muito que avançar.À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o nível. Os melhorescursos souberam implementar o mais básico. “Não dá para deixar o aluno por si só o tempointeiro. É preciso fazer uso constante da tecnologia para conectá-lo ao professor”, alertaa doutora em educação Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por

    exemplo, usar a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestreque, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade brasileira dizrespeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos desafios intelectuais. Muitosaqui não estão preparados para a função, como enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidosindicam ainda a relevância de o aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir aaulas esporádicas nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar àvontade a biblioteca e os laboratórios.No Brasil, até uma década atrás, os cursos de graduação a distância estavam em instituiçõespequenas e pouco conhecidas. Hoje, esparramaram-se pelas grandes e vão absorver quaseum terço dos universitários até 2015. São números que reforçam a premência da busca pelaexcelência.

    (Adaptado de VEJA. ano 45, n. 31, 1o de agosto de 2012. p. 114)

    20. (12202) Os cursos de graduação a distância bem-sucedidos

    a) priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades lúdicasmediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.

    b) incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob asupervisão do professor.

    c) procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes paraos estudos, além das telessalas.

    d) promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nosmomentos em que estiver verdadeiramente concentrado.

    e) contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecerao aluno um retorno imediato de seu progresso.

    Anotações:

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    ARTIGOS: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteiraresponsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.

    EXEMPLIFICANDO

    TRF-2ª REGIÃO – 2012

      O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição decalçar um par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e comalto poder aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corridae caminhada. Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitosesportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes,associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável.

      A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo

    e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre eFlorianópolis, locais de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais seexercita. Já Recife é a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexemmais do que habitantes de países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos doque europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seustimes, é a capital do futebol. Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre.

      A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No rankingda Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comunsde morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas dediabetes, tabagismo e hipertensão. “O corpo humano foi feito para se mexer”, diz o fisiologista

    Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. “Em movimento constante, nossoorganismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece.”

    (Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações)

    21. (12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são

    a) alimentação regrada e hábitos esportivos.b) sedentarismo e modalidades favoritas.c) praias e tradição dos times de futebol.d) poder aquisitivo e questões culturais.

    e) parques e existência de áreas planas.

    NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente ode informar, não o de convencer.

    EXEMPLIFICANDO

      Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectoseconômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimentosustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da AssembleiaGeral das Nações Unidas, e definido como aquele que “atende as necessidades do presentesem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas”.

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      Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrioentre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar eredefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimentoeconômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geraçãode valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.

    (Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665)

    22. (12211) O sentido do texto está corretamente exposto em

    a) sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas,não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes.

    b) tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a umreal desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas.

    c) só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico detodos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo.

    d) o conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômicoampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente.

    e) desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção epadrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservaçãoambiental.

    CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronistaapropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo,

    baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto épredominantemente coloquial.

    EXEMPLIFICANDO

    SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014

    “O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disseo que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vaziopreenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois.Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos dopresente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimentodessa impossibilidade.  Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de suaamizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Paraantigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, erao amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porémtrancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar.Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem émais o mesmo aquele rio.  Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaramnão puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste,

    mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode serrecuperado.(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)

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    23. No texto, o autor

    a) contrapõe o amor à amizade, em defesa desta.b) lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos.

    c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor.d) constata que o passado é irrecuperável.e) critica o caráter insondável das relações interpessoais.

    BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autorexpressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais.

    EXEMPLIFICANDO

    TRT 6ª REGIÃO PE – 2012

      Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovemé irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado,o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela;Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou PalasAtena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia quea mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: PalasAtena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros.

    A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todosos que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol.Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre

    trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora osorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessosdos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, eeste é seu suplício”.

    (Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-

    25)

    24. (12215) Atente para as afirmações abaixo.

    I – O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato

    de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento demaneira inteligível.

    II – A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneiracoerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana.

    III – Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos econdenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem.

    a) I e II.b) I e III.c) II e III.d) I.e) III.

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    PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobreproduto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiênciaem relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, depublicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresentainformações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente,apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajardeterminadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocionale não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas eem ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.

    CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atualcom uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga,ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de serconfundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que teceuma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais doque um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressagraficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.

    CHARGE

    CARTUM

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    QUADRINHOS:  hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suaspeculiaridades.

    TEXTO LITERÁRIO

    EXEMPLIFICANDO

    SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014

    A marca da solidão

      Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia.Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de

    penumbra na tarde quente.  Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminutocaminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas,ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.

      Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.

    (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

    25. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém suaatenção é

    a) fresta.b) marca.c) alma.d) solidão.e) penumbra.

    SEMÂNTICA

    SINONÍMIA E ANTONÍMIASinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

    Porém os sinônimos podem ser

    • perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente.

    Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião

     • imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.

    Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio

    Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se doacréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.

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    Exemplos:

    mal X bem

    fraco X forte

    subir X descerpossível X impossível

    simpático X antipático

    EXEMPLIFICANDO

    TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

      O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e daliteratura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.  As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas

    numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças aoirresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os naviosbatiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravamimpiedosamente os tripulantes.  Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literaturagrega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, oincomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrouinadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perdera cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navioatravessou incólume a zona de perigo.  A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o

    reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seusinescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza pararesistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha,mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassemao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os própriosouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudopara convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados,contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona deperigo.  Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar dassereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, deum lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca,reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foicontra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em suaprópria alma.

    (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

    26. O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4º parágrafo). Mantém-se o sentido original dotexto substituindo-se o elemento grifado por

    a) inatingível.b) intacto.

    c) inativo.d) impalpável.e) insolente.

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    DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

    Denotação: significação objetiva da palavra - valor referencial; é a palavra em “estado dedicionário“.

    Conotação: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidadesdevido às associações que ela provoca.

    EXEMPLIFICANDO

    SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014

    A marca da solidão

      Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia.Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda depenumbra na tarde quente.

    Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminutocaminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas,ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.

    Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.

    (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

    27. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado éa) menino.b) chão.c) testa.d) penumbra.e) tenda.

    TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

      O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e daliteratura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.  As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhasnuma ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças aoirresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os naviosbatiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravamimpiedosamente os tripulantes.  Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literaturagrega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, oincomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou

    inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perdera cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navioatravessou incólume a zona de perigo.

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      A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi oreconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seusinescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza pararesistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha,mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassemao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os própriosouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudopara convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados,contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona deperigo.  Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar dassereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, deum lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca,reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi

    contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em suaprópria alma.

    (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

    28. Doce o caminho, amargo o fim. (3º parágrafo)

    A frase acima

    a) contrapõe a natureza singela das sereias à violência do mar.b) assinala a vitória de Ulisses sobre o poder mágico das sereias.c) descreve a principal consequência do confronto entre Ulisses e as sereias.

    d) introduz a razão pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias.e) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias.

    Anotações:

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    PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS

    Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam

    significados diferentes.

     • Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra) • Ao invés de (oposto) / Em vez de (no lugar de)

    ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

    absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)

    apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)

    aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)

    arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)

    ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)

    bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)

    cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)

    comprimento (extensão) cumprimento (saudação)

    deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)

    delatar (denunciar) dilatar (alargar)

    descrição (ato de descrever)discrição (reserva, prudência)

    descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)

    despensa (local onde se guardammantimentos)

    dispensa (ato de dispensar)

    docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)

    emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)

    eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)

    eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)

    esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)

    estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)

    flagrante (evidente) fragrante (perfumado)

    fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)

    fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)

    imergir (afundar) emergir (vir à tona)

    inflação (alta dos preços) infração (violação)

    infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)mandado (ordem judicial) mandato (procuração)

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    peão (aquele que anda a pé, domador decavalos)

    pião (tipo de brinquedo)

    precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)

    ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

    recrear (divertir) recriar (criar novamente)

    soar (produzir som) suar (transpirar)

    sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)

    sustar (suspender) suster (sustentar)

    tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)

    vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

    Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significadosdiferentes.

    Homônimos perfeitos  são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e napronúncia.

    São Jorge / São várias as causas / Homem são 

    Homônimos homógrafos  têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura davogal tônica “o” / “e”.

    O molho / Eu molhoA colher / Vou colher

    Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente.

    Apreçar = combinar o preço de / Apressar = tornar mais rápido

    Acender = pôr fogo / Ascender = subir

    ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

    Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se

    assenta

    Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante

    Caçar Perseguir a caça Cassar Anular

    Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção

    Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura

    Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas

    Censo Recenseamento Senso Juízo claro

    Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrarCerrar Fechar Serrar Cortar

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    Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico

    Círio Vela grande de cera Sírio da Síria

    Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; repararEmpoçar Formar poça Empossar Dar posse a

    Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído

    Incipiente Principiante Insipiente Ignorante

    Intenção ou tenção Propósito Intensão ou tensão Intensidade

    Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duaslinhas se cortam

    Laço Laçada Lasso Cansado

    Maça Clava Massa Pasta

    Paço Palácio Passo Passada

    Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia

    Cesta Recipiente de vime, palhaou outro material trançado

    Sexta Dia da semana; numeralordinal (fem.)

    Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor, departamento Sessão = reunião

    EXEMPLIFICANDO

    29. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há uma expressãosinônima.

    a) emergir = vir à tona; imergir = mergulharb) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)c) delatar = expandir; dilatar = denunciar

    d) deferir = diferenciar; diferir = concedere) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação

    30. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaços das frases abaixo.

    Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje são muitosos governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor dopresídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.

    a) discriminar – tráfico – infligiub) discriminar – tráfico – infringiuc) descriminar – tráfego – infringiu

    d) descriminar – tráfego – infligiue) descriminar – tráfico – infringiu

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    31. Leia as frases abaixo.

    1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi.2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.

    3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.4 – ___________ dias que não falo com Zambeli.

    Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes.

    a) concerto – há – a – cessões – Há.b) conserto – a – há – sessões – Há.c) concerto – a – há – seções – A.d) concerto – a – há – sessões – Há.e) conserto – há – a – sessões – A.

    32. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau).

    “Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmãcaçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com osprimos e a tia.

    a) mau – mal – mais – masb) mal – mal – mais – maisc) mal – mau – mas – maisd) mal – mau – mas – mase) mau – mau – mas – mais

    33. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento dos parênteses.

    a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas).b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos. (imergiu-emergiu).c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou).d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava).e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).

    34. Verifique quais dos homônimos homófonos entre parênteses completam, correta erespectivamente, os espaços nas orações abaixo.

    I – Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso)II – Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da peça de teatro. (espectadores/expectadores)III – Não gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato)

    Assinale a alternativa que traz a sequência correta.

    a) senso – expectadores – extratob) senso – espectadores – estratoc) censo – expectadores – estratod) senso – espectadores – extratoe) censo – espectadores – extrato

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    35. Assinale a alternativa em que a palavra tem um homônimo homógrafo.

    a) Pleno.b) Escolha.

    c) Desprezo.d) Ruim.e) Utopia.

    Acesse o link a seguir ou baixe um leitor QR Code em seu celular e fotografe o códigopara ter acesso gratuito aos simulados online. E ainda, se for assinante da Casa dasQuestões, poderá assistir ao video da explicação do professor.

    http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H1091042

    Gabarito: 1. D 2. A 3. D 4. (12242) A 5. E 6. B 7. (12228) C 8. (12240) E 9. (12231) D 10. (12235) B 11. A

    12. C 13. A 14. (12237) A 15. (12252) A 16. (12229) C 17. (12256) D 18. (12227) D 19. D 20. (12202) C21. (12212) D 22. (12211) E 23. D 24. (12215) E 25. A 26. B 27. E 28. E 29. A 30. A 31. D 32. C 33. D34. D 35. C

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    GABARITO COMENTADO (TEMA)

    16.

    a) errada: no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutasno estudo proposto pelo pesquisador.

    No 2º parágrafo, apenas são mencionados os tipos de culturas da zona da pesquisa.

    b) errada:  o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas nãoapresenta relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.

    No 3º parágrafo, é feita a relação entre o número de espécies estudadas e as áreas nativas ecultivadas.

    c) certa: o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais,com conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.

    O 1º parágrafo – típico de uma notícia – apresenta o tema, descrevendo, brevemente, aspectosque serão abordados em sua continuidade.

    d) errada: o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1ºparágrafo, que são retomadas nos seguintes.

    O texto não é repetitivo, pois vai agregando dados e acrescentando informações até o final.

    e) errada: as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por nãoter sido determinado com precisão o objetivo do estudo.

    O objetivo da pesquisa é claramente especificado no 1º parágrafo, e as conclusões sãopertinentes.

    17.

    a) errada: destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de SãoPaulo, na época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.

    Não há referência no 1º §. O artista “exprimiu a realidade tão paulista do italiano”. Não se falaem terra da garoa. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexãoacerca de um fato, tecendo-se sobre ele opiniões.

    b) errada: analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindoopinião crítica sobre a cidade que a acolheu.

    Não há análise do contexto histórico 1º §, tampouco opinião rítica sobre São Paulo.

    c) errada: contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas enegativas da época em que o autor compunha.

    Não há exposição no 1º § de características positivas e negativas da época em que compunhaAdoniran. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexão acerca de umfato, tecendo-se sobre ele opiniões.

    d) certa: fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticasfavoráveis a respeito do compositor.

    Além de informar sobre o verdadeiro nome do compositor e sobre seu nome artístico, afirmater sido “A ideia excelente”. Aqui, observa-se marca de artigo: exposição de um fato, seguida deopinião e argumento.

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    e) errada: critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, emborareconheça que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.

    O autor só tece elogios.

    18.

    a) errada: os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, emrazão da necessária participação do público em momentos específicos.

    O texto diz que muita coisa mudou na arte do mamulengo, como a história e a linguagem.Observe a expressão “fechada” “bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos”.

    b) errada: o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmenteconsegue criar personagens e cenas citadinas.

    Segundo o texto, existe a modalidade mais recente, denominada mamulengo urbano. Observea expressão “fechada” “dificilmente”.

    c) errada: as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos,que caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.

    O mamulengo rural, que tratava de aspectos religiosos, mantêm-se ainda hoje, com as mesmascaracterísticas.

    d) certa: o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca desuas apresentações a um público participante.

    Essa alternativa confirma o que diz o texto no final do 2º parágrafo. Trata-se de um texto,predominantemente, expositivo; nessa afirmativa, observam-se as marcas principais dessatipologia – exposição de ideias.

    e) errada: o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudançade hábitos e de gosto de seu público tradicional.O texto não diz nem sugere que o teatro de mamulengos esteja em declínio.

    19.

    I – certa: observe o uso do imperativo “Brinque” – marca da injunção.

    II – certa: o ditado popular que é contrariado é “Não brinque com fogo”. O leitor – a fim deapreender a totalidade da injunção – necessita conhecê-lo.

    III – errada: o texto não verbal é indispensável; caso contrário, não seria possível saber qual era

    o produto vendido. Poder-se-ia imaginar que se tratava da venda de Coca Cola, e a coerênciaestaria perdida.

    20. Observe que se trata de um editorial, texto que tem como características principais – além dofato de não ser assinado – a presença da opinião e o objetivo da persuasão.

    a) errada: priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividadeslúdicas mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.

    Não há, no texto, referência a relacionamento entre colegas.

    b) errada: incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob

    a supervisão do professor.

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    INSS – Interpretação de Texto/Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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    O aluno ainda não é suficientemente estimulado em relação ao uso da internet. Observe “Épreciso fazer uso constante da tecnologia” [...] “usar a internet para envolver estudantes”.

    c) certa: procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes

    para os estudos, além das telessalas.No final do 3º parágrafo é destacada a afirmação feita nessa alternativa. Observe a persuasão:“procuram despertar”.

     d) errada: promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessalaapenas nos momentos em que estiver verdadeiramente concentrado.

    Não há referência ao uso da telessala apenas nos momentos de concentração do aluno.Observe, além da palavra “fechada”, a afirmação “Não dá para deixar o aluno por si só”.

    e) errada: contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor podefornecer ao aluno um retorno imediato de seu progresso.

    O texto não menciona a existência de avaliações virtuais frequentes. Releia os dois últimos

    períodos do 2º parágrafo.

    21. Observe que se trata de um artigo (assinatura + opinião + persuasão).

    a) errada: alimentação regrada e hábitos esportivos.Esses itens são mencionados no 3º parágrafo.

    b) errada: sedentarismo e modalidades favoritas.O sedentarismo é predominante no Recife, e as modalidades favoritas são mencionadas no 1ºparágrafo.

    c) errada: praias e tradição dos times de futebol.

    Praias e tradição dos times de futebol são típicas do Rio de Janeiro.

    d) certa: poder aquisitivo e questões culturais.Poder aquisitivo e questões culturais são enfatizadas no início do 2º parágrafo e retomados notrecho “Pelos mesmos motivos”... (4ª linha).

    e) errada: parques e existência de áreas planas.Essas características restringem-se a Brasília.

    22.

    a) errada: o sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das NaçõesUnidas, não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes. 

    OBSERVE 1º PERÍODO DO 2º PARÁGRAFO.

    b) errada: tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para sechegar a um real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das NaçõesUnidas.

    “necessidade de revisar e redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes” (últimoperíodo);  NÃO SE FALA EM DIMINUIR. Além disso, observe a expressão “fechada” “realdesenvolvimento”.

    c) errada:  só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento

    econômico de todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões deconsumo.OBSERVE AS EXPRESSÕES DE CUNHO CATEGÓRICO “SÓ” E “TODOS OS”.

  • 8/20/2019 Apostila Interpretação de Texto INSS 2014

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    d) errada:  o conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimentoeconômico ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meioambiente.

    NÃO HÁ TAL AFIRMAÇÃO NO TEXTO; FALA-SE EM “ATUAÇÃO HUMANA”, NÃO EM AUMENTO.

    e) certa: desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produçãoe padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservaçãoambiental.

    OBSERVE 1º PERÍODO DO 2º PARÁGRAFO.

    23. Observe que se trata de uma crônica (“olhar particular do cronista”).

    a) errada: o cronista conceitua amor e amizade, mas não valoriza esta em detrimento daquele, julgando-o inferior.

    b) errada: o cronista reproduz a fala de um filme a que assistiu; não se trata de sua opinião.

    c) errada: releia a última oração do texto.d) certa: releia a última oração do texto.e) errada: não há critica, e sim a “esperança de entender essa estranha melancolia, esse vazio

    preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois”.

    24. Observe que se trata de um breve ensaio.

    I – errada: O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base nofato de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimentode maneira inteligível.

    O texto não menciona outro autor de magnitude de Ovídio, apenas declara que a descrição dainveja feita por Ovídio serviu de modelo a todos os que abandonaram esse tema. Observe apalavra “fechada” “nenhum”.

    II – errada: A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica demaneira coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana.