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MÓDULO 02: AULA 07 CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA EXCELÊNCIA EM MANUTENÇÃO EM EDIFICAÇÕES TEMA DA AULA: MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PAULO SÉRGIO WALENIA DEZEMBRO / 2010

Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

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Page 1: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

MÓDULO 02: AULA 07

CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA – EXCELÊNCIA EM MANUTENÇÃO EM

EDIFICAÇÕES

TEMA DA AULA: MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PAULO SÉRGIO WALENIA

DEZEMBRO / 2010

Page 2: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

SUMÁRIO

SUMÁRIO .................................................................................................................................... 2

1. OBJETIVO ........................................................................................................................... 3

2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3

3. CONCEITOS IMPORTANTES A RESPEITO DE MANUTENÇÃO ............................ 3

4. A NBR5410 E A MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES .............................................. 5

5. AVALIAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................. 6

6. SITUAÇÃO ATUAL DA MANUTENÇÃO EM CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS .... 12

7. METODOLOGIA DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO ................................................... 16

7.1. Planos de Manutenção e Controle de Execução das Atividades ..................... 17

7.2. Recomendações da NBR 5410 a serem incorporadas ao Plano de

Manutenção ........................................................................................................................... 23

7.3. Inspeção Inicial nas instalações e manutenção corretiva .................................. 25

7.4. Segurança na Manutenção em Instalações Elétricas ......................................... 26

8. SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ......................... 27

9. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 29

10. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 30

11. CURRÍCULO DO AUTOR ........................................................................................... 31

Page 3: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

1. OBJETIVO

Informar aos interessados as principais não conformidades encontradas em

instalações elétricas prediais existentes.

Disponibilizar uma metodologia para implantação de um sistema de

manutenção em instalações elétricas prediais.

2. INTRODUÇÃO

A partir do momento em que começa a ocorrer o envelhecimento dos

equipamentos e instalações, surge a necessidade de uma racionalização das

técnicas e dos procedimentos de manutenção.

De uma forma geral, a manutenção constitui-se na conservação de todas

instalações, equipamentos e sistemas, de forma que todos estejam em

condições ótimas de operação quando solicitados ou, em caso de defeitos,

estes possam ser reparados no menor tempo possível e da maneira

tecnicamente mais correta.

3. CONCEITOS IMPORTANTES A RESPEITO DE MANUTENÇÃO

Em função do exposto dizer que a política de manutenção deve estabelecer

objetivos técnico-econômicos relativos ao domínio das instalações e

equipamentos, e deve ser estabelecida levando em conta três fatores:

• Fator técnico: disponibilidade e durabilidade dos equipamentos;

• Fator econômico: menores custos de manutenção;

• Fator humano: melhores condições de trabalho, segurança e qualidade

dos serviços prestados.

Para realizar esta atividade pode-se adotar um dos diversos tipos de

manutenção descritos a seguir:

Manutenção Corretiva Não Planejada - É a correção da falha do

equipamento de maneira aleatória, ou seja, caracteriza-se pela

Page 4: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

atuação da manutenção em fato que já ocorreu, seja este uma

falha ou desempenho menor que o esperado.

Manutenção Corretiva Planejada - “A Manutenção Corretiva

Planejada é a correção do desempenho menor que o esperado

ou da falha, por decisão gerencial, isto é, pela atuação em função

de acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até

quebrar”, (KARDEC e NASCIF, 2001, p. 38).

Manutenção Preventiva - Inversamente à política de manutenção

corretiva, a manutenção preventiva procura obstinadamente evitar

a ocorrência de quebra, ou seja, procura prevenir com ações

estruturadas no equipamento.

Manutenção Preditiva - “Manutenção que permite garantir uma

qualidade de serviço desejada”, com base na aplicação

sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de

supervisão centralizados, para reduzir ao mínimo a manutenção

preventiva e diminuir a manutenção corretiva”, (ABNT NBR 5462-

1994. In: FILHO, 2000, p. 82).

Manutenção Detectiva - É o processo de agir nos sistemas de

proteção buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao

pessoal de operação e manutenção.

Porém, o excesso de manutenção pode ter um custo elevado, E o

desafio de um bom sistema é buscar o equilíbrio entre as políticas adotadas.

Sendo assim é necessário agir de forma planejada e antecipada para buscar o

ponto ideal. As curvas abaixo representam esta busca.

Page 5: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

FIGURA 1 - O PONTO IDEAL DA MANUTENÇÃO

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004), adaptado de KARDEC e NASCIF, (2001, p.

61).

4. A NBR5410 E A MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES

A norma brasileira NBR5410, que estabelece os critérios para projeto,

execução e manutenção para instalações elétricas em baixa tensão determina

em seu item 4.2.8:

“Devem-se estimar a freqüência e a qualidade da manutenção com que a

instalação pode contar, ao longo de sua vida útil. Esse dado deve ser

levado em conta na aplicação das prescrições das seções 5, 6, 7 e 8, de

forma que:

- as verificações periódicas, os ensaios, a manutenção e os reparos

necessários possam ser realizados de forma fácil e segura;

- a efetividade das medidas de proteção fique garantida;

- a confiabilidade dos componentes, sob o ponto de vista do correto

funcionamento da instalação, seja compatível com a vida útil

prevista desta.”

E ainda, a mesma norma fala da periodicidade necessária para a

manutenção no seu item 8.1 conforme transcrito a seguir:

Page 6: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

“A periodicidade da manutenção deve ser adequada a cada tipo de

instalação. Por exemplo, essa periodicidade deve ser tanto menor quanto

maior a complexidade da instalação (quantidade e diversidade de

equipamentos), sua importância para as atividades desenvolvidas no local e

a severidade das influências externas a que está sujeita.”

Resumindo a norma prevê que as instalações elétricas sejam mantidas em

condições seguras de funcionamento, sendo que para isso cabe ao

responsável por esta manutenção realizar a inspeção e o controle desta

instalação obedecendo as regulamentações existentes e definições dos

projetos.

5. AVALIAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Para atender este objetivo deve ser feita uma avaliação periódica da

entrada de energia, dos quadros de distribuição, dos condutores e proteções e

do sistema de aterramento e proteção contra choques.

Também é importante destacar que para realizar esta inspeção (avaliação)

das instalações devem ser levadas em contas diversas normas, tais como:

- NBR 5410 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão

- NBR 5419 – Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

- NBR 14037 – Manual de operação, uso e manutenção das

edificações – conteúdo e recomendações para elaboração e

apresentação

- NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade

- NTC’s – Normas Técnicas da Copel

- Legislação municipal

Para os profissionais acostumados a trabalhar com instalações elétricas é

senso comum que tais instalações geralmente encontram-se em condições

deficientes de manutenção e que em geral o seu estado atual não atende as

recomendações da ABNT.

Mas até que ponto esta percepção oriunda do senso comum é

verdadeira?

Page 7: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

São raros os estudos elaborados de forma científica que procuraram

quantificar a situação que se encontram as instalações elétricas em

edificações. Mas apesar de serem poucos, os que existem comprovam esta

situação caótica oriunda do senso comum.

O gráfico a seguir retirado da pesquisa denominada “Levantamento da

Situação Atual das Instalações Elétricas na Cidade De Curitiba” (ZAMPIÉRI,

GAVLOVSKI e SCHIMITT, 2003), mostra um retrato de 42 condomínios

residenciais visitados durante o ano de 2003.

Por este estudo foi observado que as instalações elétricas não recebem a

atenção devida. Outros itens tais como elevadores, tubulações de gás,

instalações de telefone e TV são os que recebem maior atenção, afinal como

foi informado por um síndico, “a instalação elétrica está sempre escondida

atrás da parede e achamos que a mesma nunca apresentará problemas”

(ZAMPIÉRI, GAVLOVSKI e SCHIMITT, 2003).

Posteriormente outros trabalhos apenas confirmaram que a situação

permanece.

Page 8: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

FIGURA 2 - Não conformidades em Condomínios Residenciais

Fonte: Adaptado de ZAMPIÉRI, GAVLOVSKI e SCHIMITT (2003).

100100

8683

8171

696969

6060

5248

4642

4038

363636

3331

2621

1717

14

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Ausência de dispositivo de seccionamento/proteção geral no quadro

Falta de coerência entre seção dos condutores e dispositivos de proteção

Ausência de Barramento

Condições gerais do quadro são péssimas/regulares

Existe acesso a partes vivas

Não há identificação nos dispositivos de proteção

Existem materiais combustíveis (madeira, plástico, papel) no interior do quadro

Existe algum dispositivo no quadro estranho à instalação

O acesso à entrada de energia não é restrito

Os dispositivos de proteção instalados são inadequados

As cores da isolação dos condutores não obedecem a norma

Não existe fio terra em todas as tomadas

Não existe iluminação de emergência

Existem mangueiras ao invés de eletrodutos adequados

Existe acesso a partes vivas da instalação

Existem condutores com seção abaixo da mínima normalizada

Existe algum dispositivo ou condutor danificado ou inoperante

Não existe um conector adequado nos condutores de alimentação do chuveiro

É incoerente a seção do condutor de alimentação do chuveiro

Existe disjuntor ou fusível que desarma ou queima com a utilização normal da Instalação

Existe dificuldade no uso dos eletrodomésticos devido a falta de tomadas e uso …

Já houve faiscamento em algum aparelho, tomada ou lâmpada

É necessário desligar um aparelho para ligar outro

Percebe que as lâmpadas brilham menos a ponto de causar desconforto ou algum …

Existe algum interruptor que não funciona corretamente

Existe alguma tomada que não funciona corretamente

A manutenção da instalação não é realizada por profissionais qualificados

Page 9: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

Merece destaque uma informação mostrada na figura 2, aonde os

entrevistados informaram que em apenas 14% dos condomínios a

manutenção das instalações elétricas não é realizada por profissionais

qualificados.

Mas, levando-se em conta os outros dados levantados pode-se

perguntar:

Quem são estes profissionais?

São profissionais habilitados (técnicos, tecnólogos ou engenheiros)?

Esta manutenção é freqüente?

E quando observam-se fotos como as mostradas a seguir na figura 3

pode-se entender que realmente profissionais qualificados estão realizando

esta manutenção?

Nestas fotos podem-se verificar diversas situações que fazem que o

risco de incêndio seja bem visível, tais como:

- Cabos de pequena bitola emendados a partir de cabos de maior

bitola (figura 3a).

- Quadro com infiltração, com material inadequado interno a este

quadro e com curto-circuito com a carcaça já acontecendo (figura

3b).

- Falta de proteção geral no quadro, dificultando a manutenção (figura

3c).

- Condutor conectado de forma inadequado no disjuntor, gerando calor

excessivo e possibilidade de escapar gerando curto-circuito (figura

3d).

- Quadros com barramentos e/ou condutores danificados evidenciando

curto-circuitos anteriores ou futuros (figuras 3e, 3f e 3g).

- Identificação dos circuitos incompreensível e com material não

indelével, dificultando a manutenção e a operação em caso de

emergência (figura 3h).

Page 10: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

a- Fiações emendadas

b - Quadro com infiltração

c-Quadro sem proteção geral

d-Uso inadequado do parafuso

e – barramento danificado

f - fiação saindo antes da proteção

g – cabos danificados h – “identificação” dos circuitos

FIGURA 3 – Exemplo da situação encontrada em quadros elétricos de Condomínios

Residenciais

Fonte: ZAMPIÉRI, GAVLOVSKI e SCHIMITT (2003).

Page 11: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

Mesmo em quadros de medição e de entrada em edifícios, como

exemplificados na figura 4, podem ser encontrados em situações precárias ou

que gerem risco par os moradores e usuários.

Apesar dos moradores poderem pensar que tais quadros são de

responsabilidade da COPEL isto não é verdade, o que pode acontecer é a

Concessionária notificar ao consumidor para este realizar a manutenção que se

faz necessária de forma obrigatória, sob pena de desligamento.

Novamente vale uma pergunta: É necessário uma notificação da

concessionária para se realizar a manutenção em uma situação clara de risco?

FIGURA 4 – Exemplo da situação encontrada em quadros de entrada e medição de

Condomínios Residenciais

Fonte: Adaptado de ZAMPIÉRI, GAVLOVSKI e SCHIMITT (2003).

Finalmente pela figura 5, pode-se observar situações problemáticas

mesmo nos quadros que alimentam as cargas motrizes do condomínio

(bombas elevadores), o que pode acarretar em diversos inconvenientes aos

moradores, desde a falha nos elevadores até a falta da água para toda

edificação.

Ou seja, diversas situações retratadas podem causar falhas em sistemas

que atendem todos os moradores, além dos claros riscos de choque elétrico (e

morte), ou ainda de incêndio.

Page 12: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

(a)

(b)

(c)

(d)

FIGURA 5 – Exemplo da situação encontrada em quadros de bombas em Condomínios

Residenciais

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004) – (a,b,c).

Fonte: ZAMPIÉRI, GAVLOVSKI e SCHIMITT (2003) – (d).

6. SITUAÇÃO ATUAL DA MANUTENÇÃO EM CONDOMÍNIOS

RESIDENCIAIS

Antes de se planejar como se deve fazer a manutenção em edificações

residenciais, deve-se ter em vista como esta manutenção vem sendo realizada.

Pelo gráfico da figura 6 pode-se verificar que a grande maioria dos

edifícios tipo condomínio residencial não possuem um plano de manutenção

(88%), e que quando esta manutenção é realizada em 76% dos casos as

alterações realizadas na instalação não são documentadas. Isto até explicável

facilmente, pois 74% dos edifícios pesquisados já não tinham sequer disponível

o projeto elétrico inicial.

Page 13: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

FIGURA 6 – Documentação encontrada em Condomínios Residenciais

Fonte: ZAMPIÉRI, GAVLOVSKI e SCHIMITT (2003).

Com isso, a implantação de um sistema de manutenção em edificações

deste tipo deve levar em conta que será necessário um grande trabalho inicial,

visando corrigir os problemas existentes (conforme anteriormente identificado)

e visando documentar todas as instalações, exigência esta que inclusive faz

parte da NR-10 e da NBR5410.

Apenas posteriormente poderá se pensar em um sistema que preveja

manutenção preventiva.

Para compreender melhor como esta manutenção vem sendo realizada

em condomínios residenciais em 2004 Motter e Zanoni elaboraram um estudo

onde diversos aspectos interessantes foram levantados.

Pela análise da figura 7 percebe-se que a ocorrência de problemas nos

subsistemas é elevada.

FIGURA 7 – Condomínios que tiveram que problemas nos sistemas

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004)

60

70

80

9088

76 74

Falta plano de Manutenção

Falta documentação das alterações realizadas

Falta Projeto original

61%

39%

SIM NÃO

Page 14: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

Já na figura 8 pode-se verificar que as atividade de manutenção

realizadas nos condomínios estão sob responsabilidade, na sua maioria, de

pessoas ou empresas não especializadas.

FIGURA 8 – Percentagem da manutenção realizada por empresas especializadas

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004)

Já na figura 9 percebe-se que a maioria dos síndicos não estão

orientados adequadamente para realizar a manutenção preventiva nas

instalações.

FIGURA 9 – Existência de orientação técnica para realizar a manutenção

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004)

Com isso é fácil de compreender o porquê, conforme mostra a figura 10,

que a maioria das manutenções realizadas em condomínios residenciais é do

tipo corretiva, ou corretiva programada, seno apenas 38% consideradas

preventivas. Destaque-se que nestes números também estão incluídas as

manutenções no sistema de elevador. Se este tipo de manutenção for excluído

da análise para as instalações elétricas a quase totalidade das manutenções

será do tipo corretiva ou corretiva programada..

49%

51%

SIM NÃO

21%

79%

SIM NÃO

Page 15: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

FIGURA 10 – Tipo de manutenção realizada

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004)

E ainda,conforme mostra a figura 11, apesar do sistema de elevadores

possuir uma manutenção obrigatória devido a legislação municipal, em 100%

dos edifícios pesquisados foi necessário realizar manutenção corretiva.

Figura 11 - Subsistemas que mais apresentam problemas de manutenção corretiva

Fonte: adaptado de MOTTER e ZANONI (2004)

Portanto, em função do levantamento elaborado verifica-se que a gestão

da manutenção em condomínios residenciais é precária em vários aspectos,

basicamente em função da ausência de planos periódicos e de falta de mão-

de-obra qualificada para realizar esta atividade.

Para melhorar estes dados alarmantes sugere-se a aplicação de nova

gestão da manutenção, com utilização de ferramentas de análise, visando

segurança e bem-estar aos moradores do condomínio.

38%

50%

12%

Preventiva Corretiva Corretiva Programada

40%

60%

80%

100%

Conju

nto

Ele

vador

Sala

de M

áquin

as

Bom

bas d

e

Recalq

ue

Quadro

das

Bom

bas

Port

ão E

letr

ônic

o

Ilum

inação

/Tom

adas

Quadro

s d

e

Dis

trib

uiç

ão

Page 16: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

7. METODOLOGIA DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO

Sugere-se que a manutenção preventiva seja realizada utilizando os

serviços de uma empresa externa que fará a gestão da manutenção, cabendo

ao síndico apenas o controle das intervenções através de relatórios emitidos

pela empresa. Trata-se de uma boa alternativa, principalmente no caso dos

síndicos que não têm dedicação exclusiva ao condomínio, pois a falta do tempo

leva muitas vezes a um descaso quanto a conservação das instalações. A

figura 12 mostra como deve ser realizado este processo de gestão da

manutenção.

FIGURA 12 – FLUXOGRAMA DE GESTÃO DO PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004)

Todo o processo deve-se iniciar com uma verificação completa da

instalação e a execução de uma manutenção corretiva inicial, para se colocar o

edifício em condições adequadas de uso com segurança. Após estas correções

devem ser adotadas ações que mantenham as instalações em boas condições

Como estratégia para conseguir um plano que realmente funcione deve-

se evidenciar as responsabilidades legais cabíveis ao síndico na conservação e

Page 17: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

Manutenção das instalações, conforme constante do Código Civil (Lei 10.406

de 2002).

“Art. 1348 – Compete ao síndico: V – diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores;”

7.1. Planos de Manutenção e Controle de Execução das

Atividades

Os planos terão os seguintes itens:

- Nome do condomínio

- Área de trabalho

- Descrição do sistema e subsistemas

- Componentes de cada subsistema

- Ação a realizar em cada componente

- Tempo para realizar ação

- Periodicidade

- Estado da Máquina

- Valores limites

- Descrição dos instrumentos utilizados para trabalho

- Instrução de trabalho (procedimento) para atividades específicas

- Identificação do responsável pela execução do trabalho (especialidade)

Para facilitar a organização do plano de manutenção preventiva, foi

construída uma planilha que apresenta campos bem definidos, conforme

mostrado na figura 13 a seguir.

Page 18: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

FIGURA 13 – MODELO DO PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004)

Descrição dos campos do plano:

01) Condomínio: neste campo entra a identificação do condomínio como

nome e endereço.

02) Área: este campo serve para localizar o equipamento dentro do

condomínio, tais como topo do edifício, pavimentos comuns, subsolo e térreo.

03) Sistemas: descrevem os principais grupos e/ou instalações

encontradas em um condomínio tais como segurança, elétrico, telefônico.

04) Subsistemas: este campo mostra o conjunto de equipamentos que

pertence para cada sistema.

05) Componentes: neste campo são detalhados os subsistemas. São

listados todas os itens e as partes que precisam ser verificadas durante as

preventivas.

06) Ação a realizar: para cada componente devem ser listadas todas as

intervenções a serem realizadas explicando como fazer a manutenção. O

objetivo de se ter ações definidas item a item é impedir a ocorrência de falhas

verificando o equipamento por completo.

07) Tempo previsto: para cada ação a realizar será determinado tempo

padrão para execução do serviço.

08) Periodicidade: neste campo fica definida a programação das

intervenções. Para determinação da periodicidade das intervenções é

importante considerar: histórico de intervenções, conhecimento (know how) dos

mantenedores, recomendações dos fabricantes e normas.

Page 19: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

09) Estado da máquina: neste campo fica definido se a máquina deve

estar em funcionamento ou não para realizar atividade da manutenção

preventiva.

10) Valores limites: para verificação dos componentes serão

predeterminados critérios para medir e avaliar o estado de conservação e

funcionamento.

11) Instrumentos: neste campo serão especificados os instrumentos e

materiais necessários para realizar as verificações.

12) Instrução de Trabalho (Procedimentos): neste campo terá a

identificação da instrução de trabalho (gama) para execução de cada atividade.

13 e 14) Zelador ou técnico: neste campo é somente marcado com um

“X” para identificar quem ira desenvolver a atividade.

15) Especialidade: neste campo será identificada a pessoa responsável

pela execução da inspeção.

A figura 14 a seguir mostra o Plano macro de intervenções onde pode

ser verificado o cronograma de cada inspeção ou intervenção a ser realizada

nas instalações elétricas da edificação.

Este documento complementa o anterior focando-se basicamente na

responsabilidade da verificação e na sua periodicidade.

Page 20: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

FIGURA 14 – PLANO MACRO DE INTERVENÇÕES

Fonte: FERRARINI E PEREIRA (2009)

2011 2012 2013 2014

Atividade Subsistema Componente Especialidade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

EDIFÍCIOS ( A - D )

EDIFÍCIOS ( E - H )

EDIFÍCIOS ( I - M )

EDIFÍCIOS ( N - Q )

EDIFÍCIOS ( R - U )

EDIFÍCIOS ( V - Z )

ÁREA EXTERNA

SALÃO DE FESTAS

CHURRASQUEIRAS

ESCRITÓRIO

PORTARIA

EDIFÍCIOS ( A - D )

EDIFÍCIOS ( E - H )

EDIFÍCIOS ( I - M )

EDIFÍCIOS ( N - Q )

EDIFÍCIOS ( R - U )

EDIFÍCIOS ( V - Z )

ÁREA EXTERNA

SALÃO DE FESTAS

CHURRASQUEIRAS

ESCRITÓRIO

PORTARIA

INSPEÇÃO ÁREA EXTERNA EXTENSÕES ZELADOR

EDIFÍCIOS ( A - D )

EDIFÍCIOS ( E - H )

EDIFÍCIOS ( I - M )

EDIFÍCIOS ( N - Q )

EDIFÍCIOS ( R - U )

EDIFÍCIOS ( V - Z )

ÁREA EXTERNA

SALÃO DE FESTAS

CHURRASQUEIRAS

ESCRITÓRIO

PORTARIA

EDIFÍCIOS ( A - D )

EDIFÍCIOS ( E - H )

EDIFÍCIOS ( I - M )

EDIFÍCIOS ( N - Q )

EDIFÍCIOS ( R - U )

EDIFÍCIOS ( V - Z )

ÁREA EXTERNA

SALÃO DE FESTAS

CHURRASQUEIRAS

ESCRITÓRIO

PORTARIA

INSPEÇÃO ANUAL GERAL GERAL EMPRESA

TERMOGRAFIA GERAL CONEXÕES EMPRESA

INSPEÇÃO COMPONENTES GERAL COM PARTES MÓVEIS EMPRESA

INSPEÇÃO COMPONENTES GERAL SEM PARTES MÓVEIS EMPRESA

REAPERTO CONEXÕES GERAL CONEXÕES EMPRESA

CONTINUIDADE PROTEÇÃO GERAL CONDUTORES EMPRESA

RESISTÊNCIA ISOLAMENTO GERAL CONDUTORES EMPRESA

SISTEMAS PROTEÇÃO EDIFÍCIOS DISPOSITIVOS PROTEÇÃO EMPRESA

ENSAIO CONJUNTOS GERAL QUADROS / COMANDOS EMPRESA

ENSAIO GERAL GERAL GERAL EMPRESA

MANUTENÇÃO GERAL SUBESTAÇÕES GERAL EMPRESA

MANUTENÇÃO SPDA SPDA GERAL EMPRESA

INSPEÇÃO GERAL SPDA GERAL EMPRESA

EDIFÍCIOS ( A - D )

EDIFÍCIOS ( E - H )

EDIFÍCIOS ( I - M )

EDIFÍCIOS ( N - Q )

EDIFÍCIOS ( R - U )

EDIFÍCIOS ( V - Z )

SALÃO DE FESTAS

PORTARIA

EDIFÍCIOS ( A - D )

EDIFÍCIOS ( E - H )

EDIFÍCIOS ( I - M )

EDIFÍCIOS ( N - Q )

EDIFÍCIOS ( R - U )

EDIFÍCIOS ( V - Z )

SALÃO DE FESTAS

PORTARIA

VERIFICAÇÃO GERAL ESCRITÓRIO DOCUMENTAÇÃO ZELADOR

Legenda: PROGRAMADO

REALIZADO

CANCELADOADIADO

VERIFICAÇÃO

COMPONENTES COM

PARTES MÓVEIS

(SINAIS DE AQUECIMENTO,

FIXAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO,

LIMPEZA)

COMPONENTES COM

PARTES MÓVEISZELADOR

TESTE DE FUNCIONAMENTO

DE 1h DAS LUMINÁRIAS DE

EMERGÊNCIA

LUMINÁRIAS DE

EMERGÊNCIAZELADOR

ZELADOR

PASSAGEM DAS

LUMINÁRIAS DE

EMERGÊNCIA PARA ESTADO

DE ILUMINAÇÃO

LUMINÁRIAS DE

EMERGÊNCIAZELADOR

VERIFICAÇÃO

COMPONENTES SEM

PARTES MÓVEIS

(SINAIS DE AQUECIMENTO,

FIXAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO,

LIMPEZA)

COMPONENTES SEM

PARTES MÓVEIS

2010PLANO MACRO DAS INTERVENÇÕES NOS SISTEMAS

QUADROS / PAINÉIS ZELADOR

VERIFICAÇÃO

QUADROS / PAINÉIS

(FIXAÇÃO, INTEGRIDADE

MECÂNICA, PINTURA,

CORROSÃO, FECHADURAS,

DOBRADIÇAS,

ATERRAMENTO)

INSPEÇÃO CONDUTORES

(ISOLAÇÃO, CONEXÕES,

FIXAÇÕES, SUPORTES)

CONDUTORES ZELADOR

Page 21: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

Após a montagem dos planos de manutenção preventiva geram-se as

Fichas de Preventiva que são solicitações de trabalho destinadas aos

responsáveis pela execução da tarefa conforme pré-determinado nos planos de

manutenção, um exemplo desta pode ser observado na figura 15.

FIGURA 15 – FICHA DE PREVENTIVA

Fonte: MOTTER e ZANONI (2004)

Tal ficha possui os seguintes capôs:

1) Neste campo será colocado o nome do edifício, seu endereço, rua

número, bairro, telefone.

2) Este campo identifica se a ficha é para o técnico ou para o zelador.

3) Este campo mostra a especialidade do executor da ficha de

preventiva como por exemplo: o zelador ou algum técnico da empresa.

4) Área: este campo serve para situar melhor o equipamento dentro do

condomínio.

5) Sistemas: descrevem os principais grupos e/ou instalações

encontradas.

6) Subsistemas: este campo mostra o conjunto de equipamentos que

pertence a cada sistema.

7) Neste campo é colocado o tempo total previsto para a execução desta

ficha de preventiva.

8) Neste item temos recomendações de segurança para realizar as

atividades.

9) São os itens que irão indicar o “status” da atividade de preventiva que

será preenchida no campo 19.

Page 22: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

10) Neste campo estará presente o componente e ação que será

realizada sobre esse para impedir o aparecimento da falha.

11) Neste item é indicado o tempo previsto para cada ação de

preventiva.

12) Deve indicar o estado em que o subsistema se encontra quando for

realizar a atividade da preventiva, ou seja, em funcionamento ou não.

13) Para este campo é mostrado o valor limite para as atividades que

necessitaram.

14) Neste item será identificado o número da instrução de trabalho,

quando existir.

15) Para este campo deve ser mostrado o dia e turno que foi realizada a

atividade e deve ser preenchida pela pessoa que realizar a atividade da ficha.

16) São os campos destinados para assinatura da pessoa que esta

executando ficha de preventiva.

17) Neste campo deve ser anotado algum fator relevante que tenha

acontecido na execução da atividade.

18) Onde será mostrado o número da ordem de serviço, caso o

funcionário do condomínio encontrou alguma anomalia e precise acionar a

manutenção.

19) Neste campo colocam-se os símbolos especificados no campo 09,

para identificar o “status” da atividade realizada.

20) Este item identifica o mês que esta sendo realizada a ficha de

preventiva.

21) Este campo Identifica a semana que esta sendo realizada a ficha de

preventiva.

22) É um campo para observações gerais da ficha de preventiva.

23) É um campo para assinatura do síndico serve para ele tomar

consciência das atividades de preventiva que estão sendo desenvolvidas no

condomínio.

24) Este item deve ser preenchido com a data que a empresa de

manutenção recolheu a ficha de preventiva do condomínio, para dar entrada no

banco de dados e arquivá-la.

25) Neste item vai a assinatura do técnico que recolheu a ficha.

Page 23: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

26) Neste campo, se for necessário, é colocada uma foto para ajudar

orientar o técnico ou o zelador.

Como observação importante, a metodologia proposta trabalha com o

apoio mútuo entre uma empresa externa, que realiza efetivamente as

intervenções, e um funcionário do condomínio, geralmente o zelador, que faz

verificações mais simples nas instalações, garantindo com isso o constante

acompanhamento nas instalações e viabilizando que as intervenções

corretivas, com paradas nos sistemas, seja reduzidas ao mínimo aceitável.

7.2. Recomendações da NBR 5410 a serem incorporadas ao Plano

de Manutenção

A própria NBR 5410 traz no seu corpo uma série de recomendações

sobre a necessidade de inspeções para viabilizar as manutenções em

instalações elétricas, as quais transcrevemos a seguir:

“8.3.1 Condutores Deve ser inspecionado o estado da isolação dos condutores e de seus elementos de conexão, fixação e suporte, com vista a detectar sinais de aquecimento excessivo, rachaduras e ressecamentos, verificando-se também se a fixação, identificação e limpeza se encontram em boas condições. 8.3.2 Quadros de distribuição e painéis 8.3.2.1 Estrutura Deve ser verificada a estrutura dos quadros e painéis, observando-se seu estado geral quanto a fixação, integridade mecânica, pintura, corrosão, fechaduras e dobradiças. Deve ser verificado o estado geral dos condutores e cordoalhas de aterramento. 8.3.2.2 Componentes No caso de componentes com partes móveis, como contatores, relés, chaves seccionadoras, disjuntores etc., devem ser inspecionados, quando o componente permitir, o estado dos contatos e das câmaras de arco, sinais de aquecimento, limpeza, fixação, ajustes e calibrações. Se possível, o componente deve ser acionado umas tantas vezes, para se verificar suas condições de funcionamento. No caso de componentes sem partes móveis, como fusíveis, condutores, barramentos, calhas, canaletas, conectores, terminais, transformadores, etc., deve ser inspecionado o estado geral, verificando-se a existência de sinais de aquecimento e de ressecamentos, além da fixação, identificação e limpeza. No caso de sinalizadores, deve ser verificada a integridade das bases, fixação e limpeza interna e externa. NOTA O reaperto das conexões deve ser feito no máximo 90 dias após a entrada em operação da instalação elétrica e repetido em intervalos regulares.

Page 24: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

8.3.3 Equipamentos móveis As linhas flexíveis que alimentam equipamentos móveis devem ser verificadas conforme 8.3.1, bem como a sua adequada articulação. 8.4 Manutenção corretiva Toda instalação ou parte que, como resultado das verificações indicadas em 8.3, for considerada insegura deve ser imediatamente desenergizada, no todo ou na parte afetada, e somente deve ser recolocada em serviço após correção dos problemas detectados. Toda falha ou anormalidade constatada no funcionamento da instalação ou em qualquer de seus componentes, sobretudo os casos de atuação dos dispositivos de proteção sem causa conhecida, deve ser comunicada a uma pessoa advertida (BA4) ou qualificada (BA5), providenciando-se a correção do problema.”

Em função destas recomendações da norma brasileira o Plano de

Manutenção Preventiva corretiva para as instalações elétricas pode ser

construído conforme a figura 16 a seguir.

FIGURA 16 – PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Fonte: FERRARINI E PEREIRA (2009)

Page 25: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

7.3. Inspeção Inicial nas instalações e manutenção corretiva

Como já comentado anteriormente o Plano de Manutenção pode ser

dividido em duas partes, uma inicial onde é feita uma inspeção detalhada da

instalação e são feitas intervenções de modo a tornar a instalação segura para

os usuários e em condições de ser mantida posteriormente. Já na segunda

fase são feitas as verificações periódicas e as devidas manutenções

preventivas e corretivas programadas.

As figuras 17 e 18 ilustram duas situações encontradas durante esta

inspeção inicial e as medidas necessárias para sua correção.

FIGURA 17 – INSPEÇÃO INICIAL E SOLUÇÕES – QUADRO DO CONDOMÍNIO

Fonte: FERRARINI E PEREIRA (2009)

Page 26: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

FIGURA 18 – INSPEÇÃO INICIAL E SOLUÇÕES – EMNEDAS DE CONDUTORES E

CONEXÕES

Fonte: FERRARINI E PEREIRA (2009)

7.4. Segurança na Manutenção em Instalações Elétricas

Basicamente os serviços de manutenção devem obedecer as

recomendações constantes na, as quais destacamos a seguir:

“10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR. 10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 – Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas.”

Resumidamente:

a. A equipe de manutenção deve ser composta por pessoal Capacitado

e devidamente autorizado a realizar os trabalhos, com a Supervisão

através de pessoal habilitado

b. Também deverá possuir procedimentos operacionais e de segurança

claros e organizados (ordens de serviço e Instruções de Trabalho).

c. Utilizar os adequados equipamentos de proteção (individual e

coletiva), tais como:

• Botas

• Luvas

• Óculos de segurança

Page 27: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

• Protetor auricular (quando aplicável)

• Roupas anti-fogo com classificação adequada ao nível de tensão

e de curto-circuito aonde for executado o trabalho

Também devem ser seguidas as prescrições da NBR5410 no que tange

a manutenção, entre as quais, dentre outras, destacamos o seguinte:

“8.2 Qualificação do pessoal Verificações e intervenções nas instalações elétricas devem ser executadas somente por pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5), conforme tabela 18. 8.3 Verificações de rotina - Manutenção preventiva Sempre que possível, as verificações devem ser realizadas com a instalação desenergizada. Invólucros, tampas e outros meios destinados a garantir proteção contra contatos com partes vivas podem ser removidos para fins de verificação ou manutenção, mas devem ser completa e prontamente restabelecidos ao término destes procedimentos.”

E lembrando que ao final dos trabalhos todos os projetos e o Prontuário

das instalações elétricas deverão ser atualizados conforme construído (“as-

built”).

E ainda, temos as seguintes prescrições da NBR5410 que deverão ser

observadas durante a manutenção no que tange a segurança dos funcionários

e usuários:

“5.6.4.2 Devem ser previstas medidas apropriadas para impedir qualquer religamento inadvertido do equipamento durante sua manutenção mecânica, a menos que o dispositivo de seccionamento esteja permanentemente sob controle do pessoal encarregado dessa manutenção. (...) 8.2 Qualificação do pessoal Verificações e intervenções nas instalações elétricas devem ser executadas somente por pessoas advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5), conforme tabela 18. 8.3 Verificações de rotina - Manutenção preventiva Sempre que possível, as verificações devem ser realizadas com a instalação desenergizada. Invólucros, tampas e outros meios destinados a garantir proteção contra contatos com partes vivas podem ser removidos para fins de verificação ou manutenção, mas devem ser completa e prontamente restabelecidos ao término destes procedimentos.”

8. SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Basicamente os serviços de manutenção devem obedecer as

recomendações constantes na NBR5410, as quais destacamos a seguir:

Page 28: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

“6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê equipe permanente de operação, supervisão e/ou manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, tabela 18), devem ser entregues acompanhadas de um manual do usuário, redigido em linguagem acessível a leigos, que contenha, no mínimo, os seguintes elementos: esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos circuitos e respectivas finalidades, incluindo relação dos pontos alimentados, no caso de circuitos terminais; b) potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal efetivamente disponível; c) potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados como reserva, quando for o caso; d) recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes, os dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s). NOTA São exemplos de tais instalações as de unidades residenciais, de pequenos estabelecimentos comerciais, etc. “

Page 29: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

9. CONCLUSÕES

Pode-se perceber que a conservação das instalações elétricas apesar

de relevante para administração do condomínio é feita, como regra geral, sem

planos de manutenção preventiva de qualquer natureza.

Este fato torna a gestão da manutenção do condomínio ineficiente, pois

age somente baseado em correções de problemas já existentes. Além disso,

as soluções efetuadas pelas intervenções corretivas são por diversas vezes

precárias, não eliminando as causas raízes dos problemas.

A aplicação de um plano de , juntamente com as ferramentas de análise, são

uma alternativa para mudar o quadro atual. O plano busca através de uma

metodologia padronizar as atividades de manutenção no condomínio, com

periodicidade para realizar as intervenções e responsável por cada execução.

Esta nova gestão traria não somente a garantia de um serviço de

qualidade, como também a redução no número de defeitos das instalações.

Como resultado busca-se, além da conservação do patrimônio, questões como

segurança, conforto e qualidade de vida.

As alternativas propostas visam segurança e bem estar dos moradores,

garantindo uma maior confiabilidade dos sistemas elétricos prediais.

Também devem ficar claras as responsabilidades legais cabíveis ao

síndico, aos projetistas e aos construtores na conservação e manutenção das

instalações.

Page 30: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

10. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Carlos de Souza. Gestão da Manutenção Predial. Rio de Janeiro:

GESTALENT, 2001

ABNT. NBR 5410:2004: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de

Janeiro, 2004.

ABNT. NBR 5419:2005: Proteção de estruturas contra descargas

atmosféricas. Rio de Janeiro, 2005a.

ABNT. NBR 5674:1999: Manutenção de Edificações. Rio de Janeiro, 1999.

ABNT. NBR 14037:1998: Manual de operação, uso e manutenção das

edificações. Rio de Janeiro, 1998.

BRASIL, Lei Federal nº 10406, Art. 1.348, de 10 de janeiro de 2002.

COPEL, Norma Técnica NTC 901100: Fornecimento em Tensão

Secundária de Distribuição. Curitiba, 2009a.

COPEL, Norma Técnica NTC 901110: Atendimento a Edificações de Uso

Coletivo. Curitiba, 2007.

MTE, Norma Regulamentadora Nº 10, de 9 de novembro de 2005.

FERRARINI Everton, PEREIRA, Vinicius Soletti. Aplicação de Ferramenta

Para Levantamento da Situação Atual e Planejamento das Correções

Necessárias nas Instalações Elétricas de Um Condomínio Residencial.

MOTTER, Sidnei Danetti; ZANONI, Dorli. Proposta de metodologia para

implementação de manutenção preventiva em condomínios residenciais.

Projeto final de graduação – Universidade Tecnológica Federal do Paraná

(UTFPR), Curitiba, 2009.

Projeto final de graduação – Centro Federal de Educação Tecnológica do

Paraná (CEFET-PR), Curitiba, 2004.

ZAMPIERI, Juliano; GAVLOVSKI, Márcio, SCHIMITT, Marcus Aurélio.

Levantamento da situação atual das instalações elétricas da cidade de

Curitiba. Projeto final de graduação – Centro Federal de Educação

Tecnológica do Paraná (CEFET PR), Curitiba, 2003.

Page 31: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

11. CURRÍCULO DO AUTOR

FORMAÇÃO:

Ensino Médio:

Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná– CEFET-PR – Curso

Técnico em Eletrotécnica – no período de 1984 a 1987.

Graduação:

Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET-PR –

Engenharia Industrial Elétrica ênfase Eletrotécnica – no período de 1989 a

1993.

Curso de Aperfeiçoamento:

Curso de formação de Coordenadores e Auditores Internos da Qualidade –

projeto CEFET-PR e GTZ, no total de 186h, no período de março a junho de

1999. Obtendo o Certificado de Encarregado da Qualidade e Auditor Interno

DGQ, conferido pela DGQ – Deutsche Gesellshaft Für Qualität e.V.

Pós-graduação “Lato Sensu”:

Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET-PR – Curso

de Especialização em Gerenciamento de Obras – em 2001.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

1. Engenheiro projetista desde 1993, atuando na área de projetos elétricos,

telefônicos, rede local, CFTV, alarme e SPDA para ambientes bancários,

residenciais, comerciais e industriais.

2. Professor substituto no CEFET-PR – Centro Federal de Educação

tecnológica do Paraná (atual UTFPR – Universidade Tecnológica Federal

do Paraná), lecionando no 2° Grau, Curso Técnico em Eletrotécnica, no

período de 1993 à 1994

3. Professor concursado no CEFET-PR (atual UTFPR), à partir de 1994.

a. Disciplinas lecionadas no Ensino Superior, Curso de Engenharia

Industrial Elétrica ênfase Eletrotécnica, à partir de 1995 até a data atual:

Conversão Eletromecânica de Energia 1, Conversão Eletromecânica de

Energia 2, Desenho Elétrico, Equipamentos Elétricos, Instalações

Page 32: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

Prediais, Instalações Industriais, Ética, Profissão e Cidadania e Projetos

e Administração de Obras Elétricas.

b. Disciplinas lecionadas no Ensino Superior, Curso Superior de

Tecnologia em Eletrotécnica: Instalações em Baixa Tensão.

c. Disciplinas lecionadas no 2° Grau, Curso Técnico em Eletrotécnica:

Desenho Básico, Desenho Técnico 1, Desenho Técnico 2, Desenho

Técnico 3, Projetos Prediais, Projetos Industriais 1, Projetos industriais

2, Materiais e Equipamentos.

d. Professor da disciplina de Projetos Elétricos no Curso de Formação de

Professores – esquema 2 – convênio CEFET-PR – COPEL, de junho a

setembro de 1999.

e. Professor da disciplina de Projetos Elétricos no Curso pós-médio

Técnico em Eletrotécnica – convênio CEFET-PR – COPEL, em 1999.

4. Professor responsável pelo Projeto Final de Curso (Trabalho de Conclusão

de Curso) no Curso de Engenharia Industrial Elétrica ênfase Eletrotécnica

no CEFET-PR (atual UTFPR), no período de maio de 2002 a maio de 2004.

5. Coordenador do Curso de Engenharia Industrial Elétrica ênfase

Eletrotécnica da UTFPR no período de 11 de maio de 2004 a 12 de abril de

2010.

6. Coordenador do Curso de Engenharia Industrial Elétrica ênfase Automação

da UTFPR no período de 1° de dezembro de 2006 a 7 de outubro de 2009.

PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA:

Livros publicados

1. Walenia, Paulo Sérgio. Curso Técnico em Eletrotécnica, Módulo 1, Livro 7:

Projetos Elétricos Prediais. Curitiba. Base Livros Didáticos, 2008. 1ª.

Edição. ISBN 978-85-60228-68-3.

2. Walenia, Paulo Sérgio. Curso Técnico em Eletrotécnica, Módulo 1, Livro 7:

Projetos Elétricos Prediais: Manual do professor. Curitiba. Base Livros

Didáticos, 2008. 1ª. Edição. ISBN 978-85-60228-69-0.

3. Walenia, Paulo Sérgio. Curso Técnico em Eletrotécnica, Módulo 2, Livro 11:

Projetos Elétricos Industriais. Curitiba. Base Livros Didáticos, 2008. 1ª.

Edição. ISBN 978-85-7905-011-1.

Page 33: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

4. Walenia, Paulo Sérgio. Curso Técnico em Eletrotécnica, Módulo 2, Livro 11:

Projetos Elétricos Industriais: Manual do professor. Curitiba. Base Livros

Didáticos, 2008. 1ª. Edição. ISBN 978-85-7905-012-1.

PARTICIPAÇÃO EM COMISSÕES, CONSELHOS e BANCAS:

Comissões e Conselhos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná

1. Participação no Colegiado do Curso de Engenharia Industrial Elétrica

ênfase Eletrotécnica do Campus Curitiba da UTFPR a partir de abril de

2001 até a presente data.

2. Participação no Colegiado do Curso de Engenharia Industrial Elétrica

ênfase Automação do Campus Curitiba da UTFPR a partir de dezembro de

2006 até a presente data.

3. Participação no Conselho Departamental do DAELT – departamento

Acadêmico de Eletrotécnica do Campus Curitiba da UTFPR a partir de

janeiro de 2002 até a presente data.

4. Participação no COEPP - Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação –

no período de 09 de junho de 2005 a 8 de junho de 2007.

Comissões e Grupos de Trabalho no MEC – Ministério da Educação

1. Participação no Grupo de Trabalho do MEC/SETEC que construiu o

Catálogo Nacional dos Cursos de Tecnologia no ano de 2007.

2. Participação no Grupo de Trabalho do MEC/SETEC que construiu o

Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos no ano de 2007.

3. Participação na 1ª. Oficina para Elaboração dos Referenciais de Cursos de

Engenharia do MEC/SESU no ano de 2009.

Comissões, grupos de trabalho e funções no Sistema CONFEA/CREA

1. Conselheiro Titular do CREA-PR no período de 1° de janeiro de 2002 a 31

de dezembro de 2004.

2. Conselheiro Suplente do CREA-PR no período de 1° de janeiro de 2005 a

31 de dezembro de 2006.

3. Conselheiro Titular do CREA-Pr no período de 1° de janeiro de 2007 a 31

de dezembro de 2009.

Page 34: Apostila - Manutencao Em Instalacoes Eletricas

4. Coordenador-adjunto (Secretário) da CEEE – Câmara Especializada de

Engenharia Elétrica do CREA-PR no ano de 2004.

5. Coordenador da CEEE – Câmara Especializada de Engenharia Elétrica do

CREA-PR no ano de 2007.

6. Coordenador Nacional da CCEEE – Coordenadoria de Câmaras

Especializadas de Engenharia Elétrica do CONFEA no período de 15 de

março de 2007 a 28 de fevereiro de 2008.

7. Especialista indicado pela Coordenadoria de Câmaras Especializadas de

Engenharia Elétrica do CONFEA no processo de reformulação da

Resolução 218 que resultou na resolução 1010 de 2005, conforme PL

0168/2005.

8. Especialista indicado pela Coordenadoria de Câmaras Especializadas de

Engenharia Elétrica do CONFEA no Grupo de Trabalho que trata da

atualização dos Campos de Atuação profissional da resolução 1010 de

2005, conforme PL 2106/2006.

9. Especialista indicado pela Coordenadoria de Câmaras Especializadas de

Engenharia Elétrica do CONFEA no Grupo de Trabalho que trata da

elaboração da Matriz de Conhecimento para implantação da Resolução

1010 de 2005, conforme PL 0234/2008.