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8/6/2019 Apostila Mecanica Tecnica Rev 01
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MINISTRIO DA EDUCAO
SECRETARIA DE EDUCAO PROFISIONAL E TECNOLOGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO CINCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS DE ARARANGU
MECNICA TCNICA
PRIMEIRO MDULO
CURSO TCNICO EM ELETROMECNICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO CINCIA E TECNOLOGIA CAMPUS ARARANGU
2010 2/reviso 2
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MINISTRIO DA EDUCAO
SECRETARIA DE EDUCAO PROFISIONAL E TECNOLOGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO CINCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS DE ARARANGUA
Apostila de Mecnica Tcnica elaborada para o primeiro mdulo do curso Tcnico em Eletromecnica, com baseem apostilas de outros cursos e bibliografia da rea de fsica e resistncia dos materiais.
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Reviso de Matemtica
Ser feita uma reviso de conceitos matemticos necessrios
compreenso da disciplina de Mecnica Tcnica.
Operaes com Nmeros Decimais
So chamados nmeros decimais aos nmeros onde utiliza-se uma vrgula
para separar a parte inteira da parte menor que a inteira, tais como nos exemplos:
0,1
0,005
8,5.
Quando realiza-se operaes com nmeros, dividindo ou multiplicando por
dez ou seus exponenciais basta deslocar a vrgula do nmero de casas quantas
forem os zeros do nmero divisor ou multiplicador.
Quando divide-se desloca-se a vrgula para a esquerda e quando multiplica-
se desloca-se a vrgula para a direita.
Exemplo:
Para dividir o nmero 8 por 10 verifica-se onde est a vrgula do nmero e
ento desloca-se essa vrgula uma casa para a esquerda.
A vrgula do numero 8 est assim colocada:
8,
ou ento,
8,0
Para dividir o 8 por 10 desloca-se esta vrgula uma casa para a esquerda,
ento:
8 10 = 0,8
ou 8 100 = 0,08
ou ainda 8,5 100 = 0,085
Para multiplicar o nmero 8 por 10:8 10 = 80
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ou 8 100 = 800
ou ainda 8,75 1000 = 8750
Unidades de medidas.
A unidade de medida de extenso o metro e seus mltiplos e submltiplos.
mm - 0,001 m - milmetro
cm - 0,01 m - centmetro
dm - 0,1 m - decmetro
m - 1 m - metro
dam - 10 m - decmetro
hm - 100 m - hectmetro
km - 1000 m - quilmetro
A unidade de medida de rea o metro quadrado e seus mltiplos e
submltiplos:
m2
= metro quadrado
A unidade de medida de volume o metro cbico e seus mltiplos e
submltiplos:
m3= metro cbico
A unidade de massa o quilograma e seus mltiplos e submltiplos:
mg - 0,001 g - miligrama - 0,000001 kg
cg - 0,01 g - centigrama - 0,00001 kg
dg - 0,1 g - decigrama - 0,0001 kg
g - 1 g - grama - 0,001 kg
kg - 1kg - quilograma - 1 kg
t - 1000 kg - tonelada - 1000kg
A unidade de fora do Sistema Internacional de Medidas (ISO) o newton:
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N newton
Porm ainda encontra-se muito utilizada a unidade de fora quilograma
fora:
kgf - quilograma-fora
1 kgf = 9,81 N
No passado foi muito utilizada e ainda pode-se encontrar em livros, a
unidade de fora libra-fora devido grande influncia do sistema ingls no mundo.
A unidade de presso (ou de tenso) da norma ISO o Pascal:
Pa = N / m2- newton por metro quadrado
Ainda muito utilizada a unidade de presso (e de tenso) a seguir:
kgf / mm2- quilograma-fora por milmetro quadrado
Prefixos
Quando uma quantidade numrica muito grande ou muito pequena, as
unidades usadas para definir seu tamanho devem ser acompanhadas de um
prefixo.
Forma Exponencial Prefixo Smbolo SI
Mltiplo
1 000 000 000 109 giga G1 000 000 106 mega M
1000 103 quilo kSubmltiplo
0,001 10
-3
mili m0,000 001 10-6 micro 0,000 000 001 10-9 nano n
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Regras para o uso de Prefixos:
1) Um smbolo NUNCA escrito no PLURAL.
2) Os smbolos DEVEM ser escritos com letras minsculas, com as seguintes
excees: G, M e smbolos referentes a nome de pessoas, newton (N),
devem ser escritos com letra maiscula.
3) Quantidade definidas por diferentes unidades que so mltiplas umas das
outras devem ser separadas por um PONTO para evitar confuso com a
notao do prefixo. [N] = [kg.m/s2]; m.s = metro-segundo; ms = mili segundo.
4) Potncia representada por uma unidade refere-se a ambas as unidades eseu prefixo; p.ex.: N2 = (N)2 = N. N; mm2 = (mm)2 = mm.mm.
5) Ao realizar clculos, represente os nmeros em termos de unidades bsicas
ou derivadas, convertendo todos os prefixos a potncias de 10. Recomenda-
se manter os valores numricos entre 0,1 e 1000, caso contrrio, deve ser
escolhido um prefixo adequado; p.ex.: 50 kN.60 nm = 3 mN.m
6) Prefixos compostos no devem ser usados.
7) Com exceo da unidade bsica quilograma, evite, em geral, o uso deprefixo no denominador de unidades compostas.
8) Apesar de no serem expressas em mltiplos de 10, o minuto a hora so
mantidos por razes prticas como mltiplo do segundo.
Operaes com Fraes Ordinrias
Multiplicao
Para multiplicar duas fraes ordinrias multiplica-se os numeradores
resultando um nmero que ser o numerador da frao resultado e ento multiplica-
se os dois denominadores que gerar um outro nmero que ser o denominador da
frao resultado.
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Exemplo:
a / b . c / d = a . c / b . d ou
1 / 2 . 3 / 4 = 1 . 3 / 2 . 4 = 3 / 8
Diviso
Para efetuar uma diviso de fraes, mantem-se a primeira frao sem
modificaes e multiplica-se pelo inverso da segunda frao.
Exemplo:
a / b c/d
a/b x d/c = a.d/b.c ou
1/2 3/4 = 1/2 x 4/3 = 1.4/2.3 = 4/6 = 2/3
Regra de Trs Simples
Chama-se regra de trs a uma operao matemtica onde temos trs dados
que esto relacionados entre si e um deles desconhecido.
Exemplo:
X = A / B sendo A e B valores conhecidos basta efetuar a diviso e teremos o valor
de X:
X = 20 / 5 teremos X = 4
sendo A e X os valores conhecidos pode-se aplicar a propriedade das fraes:
se A / B = C / D ento A . D = B . C :
Exemplo:
1 / 2 = 4 / 8 ento 1 . 8 = 2 . 4 que resulta em 8 = 8
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Pode-se ento afirmar:
X / 1 = A / B e X . B = 1 . A que se torna X . B = A e resulta,
B = A / X como A e X so valores conhecidos basta efetuar a diviso para obter o
resultado.
Exemplo:
10 = A / 5 faze-se 10 / 1 = A / 5 e tem-se 10 . 5 = 1 . A
ento 10 . 5 = A onde A = 50
Noes de Trigonometria
Estuda as relaes trigonomtricas no tringulo retngulo. Assim, caso
tenha-se a dimenso da hipotenusa de um tringulo retngulo e um dos ngulos
agudos, pode-se calcular a dimenso de qualquer lado. Os senos e cosenos de
quaisquer ngulos so conhecidos. Basta que tenha-se uma tabela de senos e
cosenos. Na tabela a seguir os valores de senos e cosenos de alguns ngulos mais
usuais:
ngulo seno Coseno
0 0 1
30 0,5 0,87
45 0,74 0,74
60 0,87 0,5
90 1 0
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0,5 x 12 = dim. do cateto oposto
dimenso do cateto oposto = 6 cm
Lei dos Senos e Lei dos Cossenos
A partir de um tringulo qualquer pode-se deduzir as seguintes leis:
ouLei dos Senos
sen a sen b sen c
A B C
Lei dos Senos
A B C
sen a sen b sen c
2 2
2 2
2 2
Lei dos Cossenos
2. . .cos
2. . .cos
2. . .cos
A B C B C a
B A C A C b
C A B A B c
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VETORES
Grandezas fsicas
Tudo aquilo que pode ser medido, associando-se a um valor numrico e a
uma unidade, d-se o nome de grandeza fsica. As grandezas fsicas so
classificadas em:
Grandeza Escalar: fica perfeitamente definida (caracterizada) pelo valor
numrico acompanhado de uma unidade de medida.
Exemplos: comprimento, rea, volume, massa, tempo, temperatura, etc.
Grandeza Vetorial: necessita, para ser perfeitamente definida
(caracterizada), de um valor numrico, denominado mdulo ou intensidade,
acompanhado de uma unidade de medida, de uma direo e de um sentido. Toda a
grandeza Fsica Vetorial representada por um vetor.
Exemplos: Fora, velocidade, acelerao, campo eltrico, etc.
Conceito de vetor
Vetor: um smbolo matemtico utilizado para representar o mdulo, a
direo e o sentido de uma grandeza fsica vetorial. O vetor representado por um
segmento de reta orientado.
Mdulo: a medida do comprimento do segmento de reta orientado que orepresenta.
Direo: ngulo que o vetor forma com um eixo de referncia.
Determinada pela reta suporte do segmento orientado.
Sentido: orientao do vetor.
Vetor Resultante: o vetor que, sozinho, produz o mesmo efeito que todos
os vetores reunidos.
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Fora
Fora toda causa capaz de produzir em um corpo uma modificao de
movimento ou uma deformao.
F = m.a sendo:F foram massaa acelerao
As foras mais conhecidas so os pesos, que tem sempre sentido vertical
para baixo, como por exemplo, o peso prprio de uma viga, ou o peso de uma lajesobre esta mesma viga.
As foras podem ser classificadas em concentradas e distribudas. Na
realidade todas as foras encontradas so distribudas, ou seja, foras que atuam
ao longo de um trecho, como exemplos barragens, comportas, tanques, hlices,
etc. Quando um carregamento distribudo atua numa regio de rea desprezvel,
chamado de fora concentrada. A fora concentrada, tratada como um vetor uma
idealizao, que em inmeros casos nos traz resultados com preciso satisfatria.No sistema internacional (SI) as foras concentradas so expressas em
Newton1 [N]. As foras distribudas ao longo de um comprimento so expressas
com as unidades de fora pelo comprimento [N/m], [N/cm], N/mm], etc.
A fora uma grandeza vetorial que necessita para sua definio, alm da
intensidade, da direo, do sentido e tambm da indicao do ponto de aplicao.
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Duas ou mais foras constituem um sistema de foras, sendo que cada uma
delas chamada de componente. Todo sistema de foras pode ser substitudo por
uma nica fora chamada resultante, que produz o mesmo efeito das componentes.
Quando as foras agem numa mesma linha de ao so chamadas de
coincidentes. A resultante destas foras ter a mesma linha de ao das
componentes, com intensidade e sentido igual a soma algbrica das componentes.
Composio de Foras
Para fazer a composio de foras tem-se que levar em conta, sempre, os
trs parmetros que as formam.
Duas foras com mesma direo e sentido se somam.
Duas foras com mesma direo, mas com sentidos contrrios se diminuem
e ter resultante na direo da maior.
Duas foras em direes e sentidos diversos podem ser compostas pelaregra do paralelogramo.
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Desenha-se os dois vetores com suas origens coincidentes. A partir da
extremidade do vetor F1, traa-se um segmento de reta paralelo ao vetor F2. Em
seguida, a partir da extremidade do vetor F2, traa-se um outro segmento paralelo
ao vetor F1. O vetor soma obtido pela ligao do ponto de origem comum dos
vetores ao ponto de interseco dos segmentos de reta traados.
O mdulo do vetor resultante dado por:
Decomposio de Foras
Da mesma forma que pode-se fazer a composio de foras, pode-se, a
partir de uma fora, obter duas ou mais componentes dessa fora. Ex.
Obtem-se ento duas componentes F1y e F1x que se forem compostassegundo a regra anteriormente apresentada torna-se a prpria fora F1
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Decomposio de Foras segundo os eixos ortogonais x e y
Utiliza-se dois eixos ortogonais (dois eixos que formam 90 entre si. Estes
eixos so assim escolhidos para facilitar os clculos).
Esses dois eixos so ferramentas de trabalho que facilitar na decomposio
de foras. No ponto zero dos eixos coloca-se a fora que se quer decompor.
Suponha-se agora que a fora F1 do esquema acima tenha um mdulo de
100 N, que o ngulo tenha 30 e que se queira decompor F1 em duascomponentes ortogonais segundo os eixos x e y. Quais devem ser os valores de
F1x e de F1y? Soluo: Para que F1y e F1x representem a decomposio de F1, a
linha F1y Z e o eixo x devem ser paralelas o mesmo acontecendo com as linhas
F1x Z e o eixo y. Portanto as linhas F1y igual linha F1x Z e pode-se afirmar que
a dimenso da linha F1y representa mdulo da componente F1y.
Ento:
sen 30 = F1y / F10,5 = F1y / 100 N
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0,5 X 100 = F1yF1y = 50 Ncos 30 = F1x / 100 N0,86 = F1x / 100 N
0,86 x 100 = F1xF1x = 86 N
LEIS DE NEWTON
PRIMEIRA LEI DE NEWTON OU PRINCPIO DA INRCIA
Todo o corpo continua no seu estado de repouso ou de movimento
retilneo uniforme, a menos que seja obrigado a mudar esse estado por foras
imprimidas sobre ele.
Pode-se concluir, que um corpo livre de ao de foras, ou com fora
resultante nula, conservar , por inrcia, sua velocidade constante. Todo o corpo
em equilbrio mantm, por inrcia, sua velocidade constante.
Exemplo: Quando um nibus arranca, o passageiro por inrcia tende a
permanecer em repouso em relao ao solo terrestre. Como o nibus movimenta-
se para frente o passageiro cai para trs.
Referencial Inercial
As noes de repouso, movimento, velocidade, acelerao, fora, etc.
dependem do sistema de referncia. Referencial Inercial todo aquele que torna
vlida a lei da inrcia, ou seja, um sistema de referncia que no possui acelerao
em relao aos pontos fixos.
Para a maioria dos problemas de Dinmica, envolvendo movimentos de curta
durao na superfcie terrestre, pode-se considerar um sistema de referncia
fixo na superfcie da Terra como inercial, embora sabe-se que a Terra no seja umperfeito referencial inercial devido a seu movimento de rotao.
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Quando o movimento em estudo muito prolongado, deve-se considerar
inercial um sistema de referncia ligado s estrelas fixas, que so estrelas que
aparentam manter fixas suas posies no cu aps muitos sculos de observaes
astronmicas.
SEGUNDA LEI DE NEWTON OU PRINCPIO FUNDAMENTAL
Quando uma fora resultante atua num ponto material, este adquire uma
acelerao na mesma direo e sentido da fora, segundo um referencial inercial.
A resultante das foras que agem num ponto material igualao produto de sua massa pela acelerao adquirida.
TERCEIRA LEI DE NEWTON - PRINCPIO DA AO E REAO
Se um corpo A aplicar uma fora FA sobre um corpo B, este aplica em
A uma fora FBde mesma intensidade, mesma direo e sentido oposto.
Condies de equilbrio esttico
Para que um corpo esteja em equilbrio necessrio que o somatrio das
foras atuantes e o somatrio dos momentos em relao a um ponto qualquer
sejam nulos.
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Momento de uma Fora em Relao a um Ponto
Momento de uma fora em relao a um ponto a tendncia que tem essa
fora em fazer um corpo girar, tendo esse ponto como centro de giro.
Define-se:
Momento de uma Fora em Relao a um Ponto uma grandeza vetorial
cuja intensidade igual ao produto da intensidade da fora pela distncia do ponto
ao suporte da fora.
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BIBLIOGRAFIA
GUIMARES, J. E. Apostila de Resistncia dos Materiais. Extrado da internet.
Acessado em julho de 2009.
BENTO, Daniela guida. Apostila de Elementos de Mquinas. Extrado da internet.
Acessado em julho de 2009.
DIAS, Halley. Notas de Aula. 2009.
MARTINS, Dilmar Cordenonsi. Apostila de Mecnica Tcnica. Extrado da internet.
Acessado em fevereiro de 2010.
MELCONIAN, Sarkis. Mecnica tcnica e resistncia dos materiais. 18. ed. So
Paulo: rica, 2008.