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1 FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras -FFCL Métodos de Pesquisa Ituverava-SP 2011 Professora: Mariângela Martinez E-mail: [email protected]

Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras -FFCL

Métodos de Pesquisa

Ituverava-SP 2011

Professora:

Mariângela Martinez

E-mail:

[email protected]

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Apresentação:

Olá caros alunos,

Bem vindos a esta nova etapa da formação escolar: o ensino superior. Nesta etapa você deve se

conscientizar de que o processo da aprendizagem depende fundamentalmente de você.

Agora que você pertence ao curso de administração e deseja ser um ótimo profissional, é preciso saber

pensar para agir nos acontecimentos do dia-a-dia. O bom profissional não é constituído de “achismo” ou

de senso-comum, ele precisa ter um embasamento teórico para que seus argumentos tenham

credibilidade. Por isso, é importante assistir as aulas de todas as disciplinas, elas te ensinarão a ter

diferentes visões de um mesmo acontecimento e a criar a sua própria visão.

A disciplina Métodos de Pesquisa tem por objetivo ensinar o aluno a elaborar trabalhos científicos. Estes

conhecimentos serão de grande utilidade para o administrador uma vez que, em sua vida profissional, ele

precisa saber se expressar verbalmente e na escrita, apresentar projetos, entre outros.

Outro ponto muito importante é a postura que você deve adquirir na faculdade. Aqui você não pode ter

uma postura passiva diante do ensino, como era antigamente. Você precisa ser curioso, ir além das

informações dadas em sala de aula, questioná-las, relacioná-las com outras informações e nós temos

instrumentos para isso:

Instrumento de trabalho:

No meio universitário, você precisará dispor fundamentalmente de ferramentas bibliográficas. Por isso,

deve começar desde cedo a construir sua própria biblioteca. É claro que não estamos falando de longos

corredores cheio de livros, mas sim de uma prateleira no seu quarto que contenha:

# Textos clássicos (aqueles autores que continuam sendo referência mesmo com o passar dos anos);

# Textos básicos (para criar um contexto introdutório geral);

# Dicionário específico;

# Textos, livros ou revistas especializadas.

Já que não somos loucos e nem gostamos de desperdiçar dinheiro, vai uma dica: Arquive os xerox e

perguntem aos professores de cada disciplina, quais livros eles indicam comprar. Crie também o hábito de

usar, frequentemente, as bibliotecas da faculdade, da cidade e virtuais. Lembre-se que também dispomos

de recursos eletrônicos como, por exemplo, CD-RON e internet (crie um arquivo dos sites favoritos)

E então? Prontos para embarcar nesta aventura?

Mas antes, fica um pensamento de um autor desconhecido:

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“O estudante não deve aprender pensamentos, deve aprender a pensar”

1ª. Unidade: Tipos de Conhecimentos.

O homem é um animal que busca entender e dominar o mundo a sua volta. Para isto, ele busca o

conhecimento. Segundo Platão, o conhecimento é a crença verdadeira e justificada.

Assim, quando surge a dúvida de que nossas crenças não são suficientes para entendermos a realidade,

revemos e questionamos o nosso conhecimento e buscamos novas verdades. Podemos dizer que o

conhecimento é o caminho que nos leva a verdade a partir da dúvida. Porém, não há um caminho único,

ou seja há vários tipos de conhecimento. Veremos quatro destes tipos:

Conhecimento Religioso:

Conhecimento religioso ou conhecimento teológico é o conhecimento que parte do princípio que a

existência de Deus é inquestionável e, por isto, não precisa de comprovação. As explicações dos demais

fenômenos advém das explicações divinas. Este conhecimento não pode ser comprovado porque parte da

crença em experiências espirituais, místicas e sobrenaturais.

Conhecimento Filosófico:

A filosofia questiona o saber instituído, ela critica o saber

dogmático, entretanto, sem ser a detentora do poder, pelo

contrário, ela parte do princípio de que nada sabe e acredita que o

homem, é capaz de alcançar o conhecimento verdadeiro porque

ele é dado de razão. Seu conhecimento não se encontra apenas

nos livros, mas sim na experiência cotidiana.

Desta forma a reflexão é o ponto chave da filosofia. Refletir sobre

um tema significa voltar atrás, pensar no que já foi pensado com

um maior rigor lógico, questionar. Ao duvidar de tudo que lhe foi

dado como certo e não aceitar imediatamente o conhecimento,

Descartes precisou desenvolver um exame crítico que passasse

crença

conhecimentoverdade

RAZÂO X RETÓRICA: Razão: Capacidade que o homem tem de chegar a uma resposta partindo de uma premissa ou fenômeno observável, podendo assim conhecer, entender as relações de causa e efeito, resolver problemas e encontrar novas formas de fazer algo (diferente de desenvolver uma forma de fazer). Esta capacidade do homem o distingue dos demais animais. Para chegar as respostas, muitas vezes

utilizamos nossos conhecimentos.

Retórica: arte ou técnica de convencer ou

até persuadir alguém através da

comunicação. Geralmente a comunicação

é verbal, mas também pode ser visual

como a escrita e gestos. O discurso deve

ser eloqüente. Esta técnica era muito

usada pelos filósofos, mas hoje em dia o

terno ganhou uma conotação negativa.

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por comprovações racionais. Este exame ou instrumento intelectual foi chamado de dúvida metódica.

Não é qualquer reflexão que faz do homem um filósofo. São basicamente três os tipos de reflexão

filosófica.

1 Radical: Deriva do latin radix que significa raíz. Portanto, é a reflexão que busca entender a base, que

busca explicar os conceitos fundamentais.

2 Rigorosa: Deve ter um método claro para garantir a coerência de sua análise. A linguagem deve ser

rigorosa para evitar ambigüidade. É comum criarem ternos como forma de evitarem o duplo sentido.

3 De Conjunto: Este conhecumento não prima pela especialização, não olha fragmentos do real e sim o

contrário, busca a visão holística, o todo, a totalidade.

O conhecimento filosófico também não é passível de comprovação.

Conhecimento Popular ou senso comum:

O conhecimento popular ou senso comum é o conhecimento que herdamos, ou seja, é o conhecimento

que pasa de pai para filho sem grandes questionamentos. Por isto, afirmamos que é cultural, que é acrítica

(não questionamos) é superficial (não exige uma comprovação) e é transmitida de forma passiva (não há

uma reflexão).

Conhecimento Científico:

O conhecimento científico só aceita o conhecimento como verdadeiro se este for passível de

comprovação. A sua principal característica é a racionalidade, ou seja, as explicações devem ser racionais

e apresentar provas concretas e irrefutáveis. Estas provas são adquiridas pela obserrvação-

experimentação-repetição.

Podemos perceber assim que, ao desejar conhecer um fenômeno, podemos encontrar diferentes verdades

e isto ocorre porque temos a opção de adotar diferentes métodos ou caminhos (diferentes critérios de

verdade).

Ao adotarmos o critério de verdade baseado na fé, seguimos o caminho do dogmatismo.

Ao adotarmos o critério de verdade baseado na razão, seguimos o caminho da dialética.

Ao adotarmos o critério de verdade baseado no senso comum, seguimos o caminho da cultura e da

ideologia.

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Ao adotarmos o critério de verdade baseado na ciência, seguimos o caminho da experimentação-

observação-repetição.

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Exercício:

Faça uma pesquisa em livros e na internet (lembre-se de consultar apenas sites de credibilidade) e

responda:

1) O que é crença, conhecimento e verdade?

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2) O que é conhecimento popular ou senso comum?

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3) O que é conhecimento filosófico?

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4) O que é conhecimento religioso?

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5) O que é conhecimento científico?

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6) O que é razão

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7) O que é retórica?

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2ª. Unidade: Análise e Interpretação de Textos.

LIVRO BASE:

CHAUD, Vera Mariza de Paula. Manual para elaboração e apresentação de monografias 2. Ed. rev. E

atual. --Ituverava: F.E.Ituverava, 2010. Disponível em: http://www.feituverava.com.br/biblioteca/

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico São Paulo: Cortez, 2002.

Há dois tipos de textos:

Textos Literários: 2) Textos teóricos:

Fácil compreensão, segue um raciocínio e

enredo que, através da imaginação, pode

compreender o desenvolvimento, ação e

encadeamento da história.

Segue um raciocínio mais rigoroso após

apresentação de dados que fundamentam o texto

através do encadeamento lógico dos fatos. Utiliza-

se a RAZÃO REFLEXIVA.

RAZÃO REFLEXIVA: Estabelecer relações lógicas, conhecendo, compreendendo, raciocinando e

ponderando as idéias e fatos, isto é, refletindo cuidadosamente sobre o assunto.

Por isso, muitas vezes os textos teóricos, comuns no âmbito acadêmico, são difíceis de compreender

tornando necessário criar condições para a sua inteligibilidade. Os recursos metodológicos para análise e

interpretação dos textos são:

O que são textos teóricos e científicos?

A palavra teoria é de origem grega e significa ação de contemplar ou examinar.

Assim, a teoria é um conjunto de regras e leis que tem por objetivo descrever o

explicar um fenômeno observável. Esta explicação segue uma lógica, ou seja, um

raciocínio que é apresentado de forma vinculada. Porém, a teoria não precisa ser

necessariamente comprovada pela ciência e isto dá a ciência um caráter mais

rigoroso. No meio acadêmico usa o termo teoria como sinônimo de teoria

científica e, esta sim, segue um rigor metodológico e comprovação. Por este motivo

usaremos o termo textos teóricos e científicos como sinônimos.

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Quatro passos para tornar o texto inteligível.

1º. Passo: Delimitação da Unidade de Leitura.

A unidade de leitura do texto é um setor que, sua soma forma a totalidade do livro ou texto. Pode vir sob

forma de capítulo, seção...

Delimitar a unidade significa dividi-la em partes menores para facilitar a análise da unidade. A extensão da

delimitação da unidade é pessoal e deve ser proporcional ao conhecimento do leitor sobre o assunto. Em

alguns casos não há necessidade de delimitá-la.

Deve evitar longos intervalos entre a análise das unidades e ao final de cada, recomenda fazer uma

síntese. Terminada as unidades, o leitor terá total compreensão do livro ou texto.

2º. Passo: Análise Textual.

Objetivo: Preparar para a leitura.

Metodologia: # Realizar uma atenta, porém rápida leitura.

# Grifar os pontos passíveis de dúvidas.

# Pesquisar dados a respeito do autor para conhecer seu paradigma e metodologia.

# Levantar conceitos e termos técnicos desconhecido pelo leitor.

# Fazer referência a dados históricos.

Vantagens: # Diversifica o estudo.

# Texto fica mais claro.

# Retém maior informação.

# Facilita a leitura de outros textos.

Fazendo uma pesquisa breve para esclarecê-los e transcrevendo esses elementos em uma folha, o leitor

estará pronto para analisar o texto.

3º. Passo: Análise Temática.

Objetivo: Visa à compreensão global do texto.

Metodologia: Nesta fase o leitor precisa realizar a leitura tendo em mente algumas questões:

a)Sobre o que o texto trata?

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Muitos recorrem ao título para responder a esta questão, porém nem sempre o título

é fiel ao tema, deve ler toda a unidade de leitura para saber qual o assunto que o

autor está tratando.

b)Quais os argumentos do autor?

Nem sempre o problema está explícito no texto, cabendo ao leitor identificá-la.

c)Como o autor responde a este problema? Ou, qual a solução encontrada pelo autor?

A que conclusão o autor chegou.

Esta etapa é a base para fazer resumos, síntese e documentações.

LEMBRE-SE: Um bom resumo visa sintetizar as idéias principais do autor e não a simples redução dos

parágrafos.

4º. Passo: Análise Interpretativa.

Nesta etapa ocorre um diálogo entre autor e leitor. A interpretação está associada com a crítica, ou seja,

formulação de juízo.

FORMULAÇÃO DE JUÍZO. Formulação de conceito, através do ponderamento, da razão reflexiva.

Esta crítica pode ser feita através de três pontos:

1) Até que ponto o autor conseguiu alcançar seu objetivo.

2) Seus argumentos são sólidos e coerentes.

3) Até que ponto o autor é original, acrescentando informações e não apenas retomada de visões de

outros autores.

Vantagens: # O aluno desenvolve a razão reflexiva.

# Aborda o problema de modo original.

# Analisa o tema com profundidade.

Vamos ler juntos!

A importância do networking para a carreira profissional Reinaldo Passadori

A concorrência no mercado de trabalho em todas as áreas revela um cenário de que o profissional que sai da universidade não garante um bom emprego somente com o diploma. É necessário ter cursos de línguas - somente o inglês também não basta -, pós-graduação, saber trabalhar em equipe, mostrar aptidão para liderança de grupos e, é claro, fazer um bom networking.

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O “networking” começou há mais de duas décadas a tomar espaço nas preocupações dos homens de negócios brasileiros. Também conhecida como rede de relacionamentos e construída a partir da vontade e da disciplina de quem sabe que esta é uma fortíssima ferramenta de marketing pessoal. Baseada no auxílio mútuo e na indicação ou apresentação de produtos e/ou serviços, este mecanismo de interligação profissional se mantém entre as pessoas, seja no âmbito profissional, pessoal, político, ou com qualquer outro objetivo. Fala-se muito em empregabilidade que nada mais é do que a capacidade de se colocar rapidamente no mercado de trabalho. Em qualquer profissão, em especial nas que têm exigência de qualificação mais elevada, o networking é fundamental.

Para fazer uso correto do networking, é importante ter organização e disciplina para cumprir algumas tarefas indispensáveis, em que destaco para que você possa refletir mais sobre cada uma delas: Busque conhecer novas pessoas e fazer novas amizades. Seja proativo em seus contatos, multiplique-os demonstrando real interesse pelas pessoas. Telefonar às pessoas, mesmo sem motivos específicos. Parabenizar as pessoas por ocasião de datas importantes. Telefonemas ocupam mais tempo, mas podem ser mais eficientes caso já haja um contato prévio ou um grau de intimidade maior. O uso da rede de relacionamentos sempre traz resultados, mas quando demonstramos afeto em nossos contatos, os resultados tendem a ser ainda melhores. Ter uma agenda completa e atualizada das pessoas que você conhece. Guardar em um fichário ou arquivo apropriado os cartões de visitas que recebe, anotando no verso deles informações que tempos mais tarde lhe possibilite identificar a origem / ocasião da obtenção daquele cartão. Manter os cartões das pessoas que deixaram de ser seus colegas de trabalho. Manter as pessoas de sua rede de contatos a par de suas mudanças de endereços, telefones, empregos ou atividades. Manter atualizado o cadastro eletrônico de sua rede de contatos. Marque sua presença em eventos profissionais, sociais e congressos. Procure se aproximar de pessoas desconhecidas ou pouco conhecidas. Circule, não fique em um só grupo todo o tempo. Não recuse convites para participar de palestras, aulas, grupos de estudo. Não se constranja em pedir ajuda, porém, aja com naturalidade e objetividade. Não seja inconveniente quando precisar da ajuda de quem quer que seja. Networking ou marketing pessoal não é autopromoção, uma confusão comum quando se trata desse assunto. Diga sempre, por favor, por gentileza, e não se esqueça de agradecer. Não faça comentários desfavoráveis sobre colegas de trabalho e, principalmente, sobre ex-empregadores. Adotar uma postura de confiança e livre de preconceitos, superando defesas e tendo disciplina. Ter consciência de que em “rede” muitas vezes temos um duplo papel, muitas vezes indicamos, outras, somos indicados. Em seus contatos profissionais procure enfatizar seus pontos fortes, tente esquecer os fracos, eles não lhe ajudam. Faça isto de forma simpática para não parecer inconveniente. Lembrar-se de que a informação é a fonte de realização da rede de relacionamentos e o acesso constante, garante o sucesso de sua utilização. Manter a sua reputação intocável, visto que, todo relacionamento se baseia em confiança mútua. Ao sair de casa ou do escritório certifique-se que seu porta cartões está adequadamente abastecido. Tenha sempre cartões de visita em mãos. Ao dar seu contato, forneça dois cartões. Se a pessoa gostar do seu serviço e comentar com outra, terá também um cartão a mais para dar. Poderia indicar muitas outras dicas para um networking eficaz, mas prefiro continuar essa reflexão reportando-me a uma frase: “Nenhum homem é uma ilha” (atribuída ao filósofo Teilhard de Chardin). A meu ver, esta frase explica com muita clareza a importância do networking e mesmo sem saber, já o praticamos muitas vezes seja ajudando ou sendo ajudado por alguém da nossa rede de contatos. Acredito que a sedimentação é a chave para este instrumento de extremo valor profissional, porque é dele que surgem as boas alternativas para a recolocação no mercado, para a divulgação de produtos e serviços e para fortalecimento da visibilidade profissional.

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Vamos responder juntos!

1) Qual o nome do autor? _____________________________________________________________________________________

2) Qual o tema? _____________________________________________________________________________________

3) Quais os argumentos do autor? _____________________________________________________________________________________

4) Qual a conclusão do autor? _____________________________________________________________________________________

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5) Faça uma análise interpretativa do texto.

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6) Quais são as etapas para tornar o texto inteligível?

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Exercício:

Em casa, fazer uma análise temática e uma análise interpretativa de um texto escolhido pelo aluno e

relacionado ao curso de administração. Dica de site: www.administradores.com.br

Análise Temática:_______________________________________________________________________

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Análise Interpretativa:___________________________________________________________________

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Formas de arquivar.

Existem alguns tipos de trabalhos didáticos que também nos auxiliam para arquivar o texto analisado.

Apresentaremos aqui cinco deles. As vantagens de arquivar os textos são muitas: O leitor apreende

melhor as informações; treina sua escrita; economiza trabalho e tempo quando for solicitado novamente as

informações do texto.

Mas, antes precisamos saber:

O que é referência?

Referência é a indicação elementos da obra utilizada no trabalho para que o

leitor identifique a obra utilizada. Os elementos são: autor (es), título, edição,

local de publicação, editora, data de publicação e, se for de site, o site e a data de

acesso. Estes elementos são apresentados ao final do trabalho, em um tópico

específico denominado de REFERÊNCIA. Para fazê-lo, consulte o Manual para

elaboração e apresentação de monografias.

O que é citação?

Esta citação porque tem por objetivo fundamentar os argumentos apresentados pelo

autor. Assim, o autor utiliza outros trabalhos para fundamentar o seu trabalho,

sempre apresentando a autoria da obra utilizada para não ser acusado de plágio.

A citação é apresentada no “corpo” do trabalho de duas formas: A primeira forma

é denominada de citação indireta e o aluno apresenta, com suas palavras, a

idéia do autor.

Exemplo:

Segundo Dale (2004), há duas abordagens sobre o impacto da globalização.

ou

Há duas abordagens sobre o impacto da globalização. (DALE, 2004)

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A segunda forma é denominada de citação direta (transcrições) e o aluno copia

na íntegra o autor. Lembre-se, esta cópia não pode ser longa e deve ser entre aspas.

Exemplo:

Conforme Martínez (2004), “Pode-se perceber que a idéia vigente em muitos meios,

de que as mulheres estão mais expostas a LER/DORT, vem reforçando os critérios

discriminatórios utilizados para a contratação de trabalhadores”.

ou

“Pode-se perceber que a idéia vigente em muitos meios, de que as mulheres estão

mais expostas a LER/DORT, vem reforçando os critérios discriminatórios utilizados

para a contratação de trabalhadores”. (MARTÍNEZ, 2004)

LEMBRE-SE. Caso a publicação seja periódica, deve constar dia, mês e ano.

Resumo de Textos:

Este tipo de trabalho não segue um preparo aprimorado, visa apenas apreender as idéias principais da

obra estudada e seu valor didático está no aperfeiçoamento da leitura.

O resumo do texto pode ser usado como sinônimo de síntese das idéias, mas lembre-se: Síntese das

idéias não é síntese das palavras, o aluno não se deve resumir parágrafos e sim as idéias do autor com

suas próprias palavras.

Exemplo:

Em uma folha já inicia o resumo.

Tema

Argumentos

Conclusão

OBS: Somente são colocadas as informações do texto.

Não deve escrever as palavras tema, argumentos e

conclusão.

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Documentação:

Pode ser considerado um resumo mais elaborado por conter a referência da obra analisada.

Exemplo:

Referência

(pula uma linha)

Resumo

OBS: Não precisa escrever as palavras referência e

resumo.

Resenhas:

Para o dicionário Aurélio, resenha é uma relação minuciosa ou um pequeno sumário crítico de uma obra,

porém aqui nos referimos como um trabalho didático com características mais específicas.

Existem três tipos de resenha e elas têm por objetivo dar ao leitor um conhecimento prévio do tema

abordado. Por isso, a resenha é importante, baseado nela que o leitor decidirá qual o valor de seu

conteúdo e tomará a decisão de ler ou não a obra.

A resenha também permite realizar uma triagem bibliográfica para a elaboração de um trabalho

acadêmico.

Três tipos de resenha:

1) Resenha Informativa: Expõe o conteúdo da obra.

2) Resenha Crítica: Tece comentários sobre o valor da obra ou o seu alcance em relação ao tema

estudado.

3) Resenha Crítico-Informativa: Além de expor o conteúdo, faz observações sobre a obra analisada.

Estrutura da Resenha:

#Cabeçalho: Referência completa da obra.

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#Informação sobre o autor: O paradigma do autor, a corrente de pensamento que o oautor segue

(dispensável se o autor for conhecido)

#Exposição sintética sobre o conteúdo da obra (caso a resenha seja informativa): Uma análise temática

sintética que informe o assunto, objetivos, idéias principais e a linha de raciocínio do autor. Se a obra for

longa pode separa por capítulos ou subcapítulos.

#Comentário crítico (caso a resenha seja crítica): A análise do resenhista destacando pontos positivos ou

negativos da obra.

OBS: Deve dar um espaço entre os três itens descrito acima.

LEMBRE-SE: A crítica deve se dirigir às idéias e posição do autor diante do tema e nunca a sua pessoa!

Exemplo de resenha informativa:

Referência

(pula uma linha)

Paradigma

(pula uma linha)

Resumo

OBS: Não precisa escrever as palavras referência, paradigma e

resumo. As ordens das informações é sempre esta e “pular

linha” já indica quando termina uma informação e começa a

outra.

Exemplo de resenha crítica:

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Referência

(pula uma linha)

Paradigma

(pula uma linha)

Crítica ou síntese pessoal

OBS: Não precisa escrever as palavras referência, paradigma,

crítica ou síntese pessoal. As ordens das informações é sempre

esta e “pular linha” já indica quando termina uma informação e

começa a outra.

Exemplo de resenha crítico-informativa:

Referência

(pula uma linha)

Paradigma

(pula uma linha)

Resumo

(pula uma linha)

Crítica ou síntese pessoal

OBS: Não precisa escrever as palavras: referência; paradigma;

resumo; crítica ou síntese pessoal. As ordens das informações é

sempre esta e Pois o “pular linha” já indica quando termina uma

informação e começa a outra.

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Exercício:

Fazer uma resenha crítico-informativa de um texto científico selecionado pelo aluno.

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3ª. Unidade: Trabalho científico.

LIVRO BASE:

CHAUD, Vera Mariza de Paula. Manual para elaboração e apresentação de monografias 2. Ed. Ver. E

atual. --Ituverava: F.E.Ituverava, 2010. Disponível em: http://www.feituverava.com.br/biblioteca/

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa São Paulo: Atlas, 2008

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico São Paulo: Cortez, 2002.

A CONSTRUÇÃO LÓGICA DO TRABALHO:

“A construção lógica do trabalho é o arranjo encadeado dos raciocínios utilizados para a demonstração da

hipótese formulada no início” (SEVERINO, 2002 p. 82).

A construção de um trabalho científico exige um domínio do instrumental técnico a ser utilizado (que vai

deste o material de trabalho, ou seja, pesquisa bibliográfica e de campo, até técnicas de escritas), mas,

como em outros setores do saber que seguem uma metodologia, há muitas divergências no que se

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referem às orientações. Sendo assim, mostraremos diretrizes que visam facilitar esse processo de

construção de trabalhos científicos, mas ressaltando que não é o único caminho existente.

A pesquisa:

Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar

respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando ainda não se dispõe de

informação suficiente para responder ao problema. A pesquisa é desenvolvida mediante o uso dos

conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos

científicos. A pesquisa pode ser:

Pesquisa exploratória: A pesquisa exploratória é um método de pesquisa que permite ao pesquisador

conhecer melhor o objeto de pesquisa, dando a este uma visão global. Isto significa de que o pesquisador

terá que utilizar outro método e pesquisa para aprofundar seus estudos. A pesquisa exploratória é muito

utilizada para auxiliar o pesquisador a desenvolver a problemática, a hipótese e avaliar as dificuldades em

realizar tal pesquisa. Geralmente conta com o levantamento bibliográfico a respeito do tema e entrevistas

com pessoas relacionadas.

Pesquisa descritiva: A pesquisa descritiva é um método de pesquisa que tem por objetivo observar,

registrar o objeto de pesquisa e fazer relações entre duas ou mais variáveis sem, contudo, realizar uma

profunda análise. Para isso, o pesquisador utiliza técnicas padrões de coleta de dados tais como

questionários e observação sistemática. Desta forma, a pesquisa descritiva não permite ao pesquisador

chegar a uma conclusão, é necessário adotar outras metodologias para este fim. Um exemplo de pesquisa

descritiva são as pesquisas do IBGE.

Pesquisa explicativa: Tem por objetivo identificar as causas ou os fatores que levam a um fenômeno. Na

área de humanas ela é feita através da observação.

Para fazer uma pesquisa mais profunda é necessário adotar algumas técnicas:

Pesquisa bibliográfica

Pesquisa documental

Análise de conteúdo

TÉCNICAS UTILIZADAS:

ESCRITO:

PESSOAS:

Pesquisa experimental

Pesquisa ex-post facto

Estudo de coorte

Levantamento (survey)

Estudo de campo

Estudo de caso

Pesquisa-ação

Pesquisa participante

Page 21: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

21

Exercício

Procurem três textos relacionados ao seu tema e faça um fechamento. Ao final de cada fichamento

classifique o tipo de pesquisa (exploratória, descritiva ou explicativa) que você fez e explique o que é este

tipo de pesquisa. Não é necessário explicar as técnicas utilizadas. Faça isto em uma folha do seu caderno

e grampeie aqui.

Page 22: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

22

Vamos fazer um trabalho científico!!!

REGRAS:

Individual.

De 7 á 10 laudas sendo:

1lauda para capa

1lauda para índice

½ á 1lauda para introdução

2 a 5laudas para desenvolvimento

½ á 1lauda para a conclusão.

1lauda para referência (mínimo de 4 referências)

Formatação:

CONFIGURAÇÃO DAS PÁGINAS

Processador MSWord

Page 23: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

23

Tamanho do papel: A4 (29,7cm x 21 cm)

Margem superior: 3 cm

Margem inferior: 2 cm

Margem esquerda: 3 cm

Margem direita: 2 cm

CONFIGURAÇÃO DOS TEXTOS

Alinhamento: Justificado

Fonte: Arial, corpo 12.

Espaçamento entre linhas: 1,5

FORMATAÇÃO DE TEXTO

O parágrafo não deve ter deslocamento.

O aluno deve dar espaço de 0,12 entre os parágrafos.

No corpo do texto também serão aceitas notas “de rodapé” explicativas em tamanho 10 (dez), mas com

moderação.

A numeração da página deve ser no início da página à direita.

SUGESTÕES DE TEMA:

Transgênicos; Modelos de gestão da produção; Doenças sexualmente transmissíveis; Formas de plantio;

Responsabilidade social; Responsabilidade ambiental; Etanol; Aquecimento global; O cultivo da cana-de-

açúcar, Cultura organizacional, modelos de produção, comunicação organizacional, papel do

administrador,...

DICA DE SITE:

www.scielo.org www.administradores.com.br www.fcc.org.br www.scholar.google.com.br

www.rausp.usp.br

ENTREGA DO TRABALHO: ____/____/____

Iniciando o trabalho:

Um trabalho didático deve conter:

Capa Sumário Introdução Desenvol

vimento

Conclusão Referência Anexos

Page 24: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

24

Opcionais:

Embora essa seja a ordem do trabalho, as etapas de realizá-la são diferentes.

Como fazer a problemática.

Toda a pesquisa científica inicia com um problema, uma pergunta que será pesquisada estudada ao longo

do trabalho.

Porém nem toda pergunta se caracteriza como uma problemática passível de pesquisa científica. Segundo

Gil (2008 p 23) um problema científico é qualquer “questão não solvida e que é objeto de discussão, em

qualquer domínio do conhecimento”. Desta forma, questões acerca de como fazer algo não são

consideradas científicas no campo da área de humanas, pois ela não consegue da uma resposta e sim

sugestões de como fazer. Para ser considerada científica a problemática deve envolver variáveis que

podem ser testadas, ou seja, relacionar isso com aquilo (idade com programas de televisão, como evoluiu

o nível de emprego na gestão FHC...).

Cabe ressaltar que a forma mais fácil de escrever a problemática é em forma de pergunta e o problema

deve ser claro e preciso.

Índices Apêndices

Problemática Levantamento bibliográfico Desenvolvimento Conclusão

Introdução Referência Sumário Capa Anexo

Page 25: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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Como fazer o levantamento bibliográfico

Após escolher o tema do trabalho, formular a problematização e/ou a hipótese inicia-se a etapa da

pesquisa bibliográfica.

Esta etapa é marcada pela busca metodológica por qualquer base de conhecimento que se possa

consultar e esteja relacionada ao tema do trabalho. Devido o trabalho científico ser de caráter teórico,

essas bases de conhecimento são basicamente textos, livros, artigos... Desta forma, a pesquisa

bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia pertinente ao tema do trabalho. Este levantamento

pode e deve ser arquivado para facilitar sua consulta.

Fontes de levantamento bibliográfico: O levantamento bibliográfico pode ser feito utilizando-se livros,

dicionário especializado, monografia, tratados, textos didáticos, revistas especializadas, CD/RON, entre

outros.

Objetivo da bibliografia: Dar ao leitor informações a respeito das fontes que serviram de referência para o

trabalho.

Por isso a bibliografia é transcrita primeiramente em fichas de documentação (que pode ser

documentação, resenha informativa, resenha crítica ou resenha crítica informativa) e novamente escritas o

final do trabalho. Para transcrevê-la você deve fazer a citação, assim pode mostrará que a idéia não é sua

e sim do autor.

Como fazer o desenvolvimento.

Nesta fase o autor realiza a construção racional do trabalho. Desta forma o autor deve esclarecer e

desenvolver discutir e demonstrar todas as idéias obscuras ou complexas relacionadas ao tema. Em

seguida ira comparar as diversas posições existentes dentro de uma gama de estudos relacionados a este

tema e, por fim, aplicar argumentações coerentes à idéia do trabalho.

Para escrever as idéias de outros autores em seu trabalho, dever seguir as regras de citação. Quem não

faz as citações pode ser acusado de plágio, assim a citação deve seguir as normas da ABNT- NBR 10520,

autor-data. Reveja a página 11 e 12.

Como fazer a conclusão

Nesta etapa o autor faz uma análise sobre os resultados de sua pesquisa, defendendo sua posição que

está baseada em argumentos sólidos desenvolvidos ao longo do trabalho (no desenvolvimento). Desta

forma, autor não pode apresentar nenhuma informação nova. A conclusão tem três etapas:

Contextualização; Reapresentação da problemática; Resposta da problemática.

Como fazer a introdução.

Page 26: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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Nesta etapa autor mostra ao leitor quais assuntos ele irá abordar ao longo do trabalho. É como “vender o

peixe”, ou seja, é com base na introdução que o leitor decide se ia ler ou não o trabalho completo. A

introdução inicia com uma contextualização diferente da conclusão. Em seguida mostra, de forma

sintética, as principais teorias a respeito do tema. Esta etapa também mostra ao leitor a intenção e o

objetivo do autor em escrever este trabalho, a metodologia e os procedimentos para o desenvolvimento do

raciocínio respeito do tema (estrutura do trabalho).

Como fazer a referência.

Consulte:

CHAUD, Vera Mariza de Paula. Manual para elaboração e apresentação de monografias 2. Ed. rev. E

atual. --Ituverava: F.E.Ituverava, 2010. Disponível em: http://www.feituverava.com.br/biblioteca/

Como fazer o sumário

O sumário é uma lista que apresenta como a obra está dividida. Assim ela indica o nome e a página que

cada tópico, seção, ou outra forma que o trabalho se encontra. Para fazê-lo consulte:

CHAUD, Vera Mariza de Paula. Manual para elaboração e apresentação de monografias 2. Ed. rev. E

atual. --Ituverava: F.E.Ituverava, 2010. Disponível em: http://www.feituverava.com.br/biblioteca/

Como fazer o índice.

O índice é uma relação de termos, palavras, nomes ou qualquer outro critério de categoria que

complementa outras informações contidas no trabalho. Isto geralmente ocorre em livros.

Como fazer o anexo.

São textos, dados ou qualquer tipo de informação que NÃO foi desenvolvido pelo autor, mas que completa

ou fundamenta o seu trabalho. Para fazê-lo consulte:

CHAUD, Vera Mariza de Paula. Manual para elaboração e apresentação de monografias 2. Ed. rev. E

atual. --Ituverava: F.E.Ituverava, 2010. Disponível em: http://www.feituverava.com.br/biblioteca/

Como fazer o apêndice.

São textos, dados ou qualquer tipo de informação desenvolvido pelo autor e que completa ou fundamenta

o seu trabalho. Por exemplo: questionários desenvolvendo pelo autor e aplicado em sua pesquisa. Para

fazê-lo consulte:

CHAUD, Vera Mariza de Paula. Manual para elaboração e apresentação de monografias 2. Ed. rev. E

atual. --Ituverava: F.E.Ituverava, 2010. Disponível em: http://www.feituverava.com.br/biblioteca/

Page 27: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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COMO MONTAR O TRABALHO:

Capa:

conforme o

ensinado pelo

professor de

informática

Sumário:

conforme

ensinado pelo

professor de

informática

INTRODUÇÃO:

Contextualizar

Apresentar problemática/objetivo

Metodologia

Estrutura do

trabalho

pX

TÏTULO

Contextualizar

Apresentar, de forma detalhada, todas as informações, teorias...relacionadas ao tema.

pXX

CONCLUSÃO Contextualizar

Reapresentar a problemática/ objetivo

Responder a

problemática com

base nas

informações

pXXX

pXXXapresentada

s no

desenvolvimento.

ANEXO

Grampear todos os

artigos que vocês

leram, exceto os livros.

REFERÊNCIA

Com base no manual

de TCC

pXXX

Page 28: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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EXEMPLO DE COMO ESCREVER:

INTRODUÇÃO

A década de 90 foi principalmente, um período de grandes mudanças para a

indústria de eletrodomésticos de linha branca mundial. A nova dinâmica

econômica engendrada pelo processo de globalização alterou a configuração

desse setor. A crise dos mercados de origem levou as grandes empresas a

procurarem novos mercados. A América Latina, o Leste Europeu e o Sudeste

Asiático foram os principais alvos de investimento das multinacionais. Os

avanços tecnológicos possibilitaram às empresas transporem barreiras

geográficas e gozarem das vantagens de cada parte do globo (CASTELLS, 1999). Novas estratégias

competitivas foram postas em prática, surgindo assim grandes desafios concorrenciais, principalmente nos

países em desenvolvimento. Estas mudanças acarretaram em um novo perfil de trabalhador, mais

qualificado e polivalente.

Neste estudo buscou analisar o impacto dessas mudanças sobre a mão-de-obra

empregada e a percepção dos trabalhadores sobre as conseqüências para seu

trabalho.

Para melhor entender as transformações na mão-de-obra, foi realizado uma

análise bibliográfica a respeito de reestruturação produtiva, qualificação e como

esta tem se alterado com a mudança de modelo de produção taylorista/fordista

e produção flexível. As principais fontes para obter estas informações foram

revistas da área de economia, sites de atualidades e livros específicos da área

de administração.

Este trabalho iniciou com uma revisão da literatura no intuito de apresentar

as principais discussões em torno do tema "qualificação" e as diversas

abordagens teórico-metodológicas que nelas se encontram

Em seguida foi apresentada a mudança de modelo de produção e suas

implicações para a questão da qualificação

Por fim, foi discutido brevemente seu histórico recente no Brasil e as mudanças no perfil e no volume de

emprego.

-------------------------------------quebra de página--------------------------------------------------

Escrever a estrutura do

trabalho, ou seja, como o

trabalho foi organizado e a

ordem das informações.

Apresentar a

metodologia. Esta é

uma forma bem

simples de

metodologia.

Contextualização:

informações que

permite o leitor situar

o objeto de estudo

Apresentação da

problemática

Page 29: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

29

O PERFIL DO TRABALHADOR NO SETOR DE LINHA BRANCA NO

BRASIL

A década de 80 foi um período de grandes transformações para as indústrias

brasileiras. A abertura comercial iniciada pelo governo Collor permitiu as

empresas estrangeiras a penetrarem no mercado brasileiro. As formas

encontradas pelas multinacionais de penetrarem neste mercado foi firmar joint-

venture ou simplesmente adquirirem empresas nacionais (CASTELLS, 1999). As empresas brasileiras, por

sua vez se viram obrigadas a se reestruturarem para permanecer no mercado.

Na indústria de eletrodoméstico de linha branca, foco de análise do presente trabalho, foi alvo dessas

mudanças. A nova dinâmica econômica engendrada pelo processo de globalização alterou a configuração

deste setor. A crise do mercado de origem levou as grandes empresas a procurarem novos mercados. A

América Latina, o Leste Europeu e o Sudeste Asiático foram os principais

alvos de investimento das multinacionais. No Brasil, a indústria de linha

branca foi marcada por esse processo de internacionalização e

concentração, sendo que as empresas de capital nacional existentes

foram sendo gradativamente incorporadas por empresas de capital

estrangeiro, o que levou a uma maior concentração do capital.

Isso intensificou o processo de reestruturação produtiva nas fábricas

instaladas, com a implantação de novos equipamentos e conceitos

organizacionais, à adoção de ferramentas ligadas à qualidade, ao

planejamento e controle da produção e à organização do trabalho, entre outras áreas de gestão. Essas

mudanças tiveram um forte impacto sobre a força de trabalho, alterando as condições de emprego, com a

redução do volume de trabalhadores e novas exigências de qualificação, em relação à qual houve um

aumento da exigência do nível de escolaridade, entre outras.

Diante dessas mudanças, ressurgem debates referentes à avaliação da composição da mão-de-obra. A

polêmica remete às divergências em torno da construção de uma definição

para o conceito de qualificação. Laranjeira (1996) questiona quais os

critérios a serem considerados em tal definição, se devem ser as

habilidades do trabalhador ou os requisitos do posto de trabalho. Tal

discussão é de suma importância para a análise da composição da mão-

de-obra, pois as mudanças no termo nos levam a refletir se a composição

do trabalho mudou a ponto de tornar necessário adotar novos conceitos de

qualificação. Devido ao reconhecimento da ausência de consenso na sua

definição, apresentaremos uma breve discussão em torno do conceito de

Desenvolvimento: Reparem

que não escreve a palavra

desenvolvimento e sim o título

do capítulo. Como este

trabalho em um único

capítulo, pode-se escrever o

título do trabalho.

Contextualização:

informações que

permite o leitor situar

o objeto de estudo

Este trabalho foi feito em

apenas citação indireta,

mas você pode fazer a

citação direta quando for

pertinente. Todas as

informações têm a fonte,

ou seja, a citação.

Page 30: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

30

qualificação.

Manfered (1998) e Iinvernizzi (2000) propõem uma classificação em torno do conceito de qualificação que

engloba diversos enfoques apresentados a seguir. O enfoque macrossocial surgiu entre a década de 50 e

60, a partir da Economia da Educação, no qual o papel do Estado está em planejar e racionalizar seus

investimentos em prol de suprir as demandas dos sistemas ocupacionais através de investimentos no

sistema educacional. Desta forma, o Estado estaria investindo na formação do capital humano.

Segundo Manfredi (1999), os recursos destinados à formação do capital humano visam fornecer ao

indivíduo habilidades chaves para que possam atuar dentro do processo produtivo moderno. Esses

investimentos em treinamento por parte dos empresários e em educação por parte do Estado trariam um

retorno social ou individual...

-------------------------------------quebra de página--------------------------------------------------

CONCLUSÃO

A reconfiguração patrimonial da indústria de linha branca no Brasil nos anos 90 e a aceleração da

difusão de inovações tecnológicas e organizacionais acarretaram profundas transformações na

estrutura interna das empresas, envolvendo a organização da produção e o conteúdo e a divisão do

trabalho, modificando a forma de qualificação da mão-de-obra empregada

e levando a significativas mudanças no perfil do trabalhador. Diante de tais

acontecimentos, tornou-se pertinente retomar as discussões sobre o

alcance desse processo de requalificação.

O objetivo deste trabalho foi entender as transformações no perfil da mão-

de-obra no setor de linha branca no Brasil pós reestruturação produtiva.

A análise bibliográfica a respeito da qualificação permitiu observar a

existência de diferentes conceitos, entre os quais merecem: destaque o

enfoque macrossocial de qualificação, no qual o Estado fornece recursos

para a formação do capital humano através do sistema educacional; o

enfoque microssocial, que transfere ao trabalhador a responsabilidade

da sua formação profissional, fazendo com que a qualificação esteja

relacionada à idéia de autodesenvolvimento; a abordagem analítica, desenvolvida no âmbito

acadêmico e a abordagem pragmática desenvolvida pelas empresas, que relaciona a qualificação com

as exigências dos postos de trabalho.

O tema da qualificação aparece freqüentemente associado à mudança de modelos de produção. No

modelo taylorista/fordista, o trabalhador é desqualificado, sem

conhecimento específico, cumpridor de tarefas repetitivas. A

ascensão do modelo japonês trouxe grandes discussões no âmbito

acadêmico sobre o quanto tais técnicas romperiam com as

Contextualização.

Reparem que NÃO é

cópia das outras

contextualizações.

Reapresentação do

objetivo/problemática

Resposta da problemática

com base nas informações

apresentadas no

desenvolvimento

Page 31: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

31

características do trabalhador taylorista/fordista. Há uma corrente de pensadores que afirmam que a

nova forma de organização da produção levaria a um trabalhador polivalente, mais qualificado, com

iniciativa e autonomia. Em contrapartida, há aqueles que acreditam que o trabalhador apenas se

adequou às novas circunstâncias, porém sem incidir em mudanças significativas de suas

características. Rompendo ou não com o modelo taylorista-fordista, o modelo japonês recolocou o

tema da qualificação.

Cabe ressaltar que a construção social da qualificação relacionada ao gênero parece resistir à

mudança de modelos. As mulheres continuam a ocupar espaços menos qualificados e com menor

investimento em cursos e treinamentos. Os valores sociais atribuídos aos sexos dificultam o acesso da

mão-de-obra feminina. Em nosso estudo de caso, isso aparece claramente na discussão da LER.

Também foram levantados dados secundários sobre a mudança do perfil dos trabalhadores dessa

indústria. Em relação à faixa etária, não foram observadas mudanças significativas, permanecendo

concentrada na faixa de 30 a 39 anos. O mesmo não acontece com a renda salarial, que apresentou uma

queda. Em 1994, os trabalhadores estavam concentrados na faixa de 7,1 a 10 salários mínimos e em

2000, a maior parte se encontrava na faixa de 3,1 a 5 salários mínimos...

Page 32: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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4ª Unidade: Seminário.

LIVRO BASE:

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico São Paulo: Cortez, 2002.

O seminário tem por objetivo levar a todos os participantes a uma reflexão aprofundada de um tema ou

problema.

Aos seminaristas cabem a função de promover a compreensão e interpretação dos textos e levantar

problemas para a discussão geral. Aos demais, cabe participarem dos debates. O SEMINÁRIO NÃO É

UMA AULA EXPOSITIVA, MUITO MENOS UM RECITAL.

Porém, para realizar o seminário temos que seguir algumas etapas:

1) A PREPARAÇÃO: Nesta fase, o seminarista é capaz de responder:

Qual é o tema?

Qual a finalidade da apresentação?

Quem é o público?

Quais recursos eu disponho?

2) A ESTRUTURA: Nesta etapa o seminarista é capaz de apresentar a introdução (equivale a abertura); o

desenvolvimento (equivale ao conteúdo); a conclusão (equivale ao desfecho do assunto)

Na introdução o seminarista se apresenta; apresenta o tema, o objetivo e os principais pontos do trabalho.

No desenvolvimento Para que a platéia entenda a informação passada pelo seminarista, este deve falar

em uma linguagem simples, porém elegante, além de organizar os argumentos de forma coerentes e

sustentá-los em dados ou exemplos. Neste momento, o seminarista apresenta a idéia principal. Pode

também levantar problemas interessantes ou aprofundar nas questões.

Na conclusão Com base nas leis da memória, o ouvinte se lembra melhor do início e do fim de um

discurso (primacía e de recência). Por isso, o melhor é organizar a conclusão reafirmando a sua posição

diante do tema e finalizar o seminário destacando a frase principal do trabalho.

Esclarecer dúvidas.

DICAS:

Antes da primeira reunião, todos os participantes devem estar com o material. Caso necessite de uma

pesquisa prolongada para a obtenção deste material. Isto deve ser feito em conjunto.

A pesquisa fica mais rica quando retirada de várias fontes.

Page 33: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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Na reunião o grupo deve discutir os problemas propriamente ditos; levantar questões relevantes implícitas

ou explícitas relacionadas ao tema para discutir com a sala durante o seminário; encontrar exemplos...

O grupo pode fazer um esquema geral do seminário que pode ser redigido em tópicos, em texto corrido ou

em forma de perguntas. Este esquema auxilia na preparação da apresentação do seminário. Ele não pode

ser lido no seminário e, no máximo, pode ficar em cima da mesa. Nunca o seminarista deve segurá-lo.

Lembre-se: O saber é a capacidade de reflexão em uma determinada área do conhecimento e, para isso, faz-se necessário deter uma série de informações de uma área específica e razoável conhecimento das áreas afins, bem como um certo grau de cultura geral! A reflexão é analisar o conteúdo por meio do entendimento e da razão. Pode se

referir aos principais problemas ou pontos do assunto retirado de textos básicos e complementares.

Page 34: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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5ª Unidade: Como apresentar o seminário: Arguição.

LIVRO BASE:

POLITO, Reinaldo. Fale muito melhor – São Paulo : Saraiva, 2003.

Linguagem corporal e verbal:

A postura que adotamos é fundamental para envolver os ouvintes.

Devemos ficar em pé e em constante movimento. Os movimentos devem ser suaves. Isso demonstra certa

tranqüilidade.

O contato visual com o público tem uma importância crucial no estabelecimento da relação com o ouvinte,

por isso, é importante manter o olhar dirigido para ela e não para o teto ou o chão.

A expressão facial deve ajustar-se ao assunto. Por exemplo, se pretende fazer rir o público, a expressão

deve conter o sentido jocoso do que estamos a referir.

Evita o excesso de gestos, se forem exagerados podem distrair o ouvinte. Mas utiliza-os para enfatizar um

ponto importante.

Como falar bem:

1- Use seu dom natural para falar bem

Muitos usam a desculpa que falar bem é um dom, ou a pessoa tem ou não tem e nunca terá. Isso não

passa de uma desculpa esfarrapada para não enfrentar o problema de frente (vergonha, preguiça...).

Aproveitar situações ainda na faculdade é outra forma bem interessante. Quando é estudante, o erro de

oratória não tem conseqüências, então se exponha.

Ao falar em publico não aja de forma diferente, seja você.

Evite:

Fala mecânica.

Olhar distanciado, postura enrijecida.

Vocabulário prolixo (carregado, enfadonho, lento...).

Pois isso significa insegurança.

DICAS:

Aja como se estivesse diante de um grupo de amigos com algumas adaptações.

Aumente um pouco o tom de voz, isso demonstra envolvimento e interesse.

Page 35: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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Torne seus gestos e fisionomia mais expressiva para combinar com o tom de voz.

Deixe as pausas um pouco mais acentuadas quando quiser que a platéia reflita sobre a informação.

Se entregue fé corpo e alma: Deixe aparecer seu bom humor, seu estilo pessoal. Se souber faça

imitações, comte piadas, histórias.... Mas são em caso de seminário não acadêmico.

2- Não se leve tão a sério, assim as pessoas o achará mais simpático

Nunca resmungue ou reaja emocionalmente a ofensas pessoais.

Ria dos próprios erros e gafes.

Não fique se defendendo ou justificando seus erros, pois isso os reforça.

Use sempre o recurso da autocrítica.

Qualquer ofensa de menor importância deve ser ignorada com bom humor. Agora, se alguém agredir sua

moral dizendo que você é corrupto ou algo semelhante, parta para cima sem dó. Não use a emoção, mas

seja rígido.

3- Recorram ao bom humor para envolver a platéia

Use além das palavras a expressão corporal, o tom de voz e a pausa.

Cuidado com a vulgaridade, pois as pessoas até põem rir, mas a sua imagem será associado a algo

negativo. Piadas sobre raça, religião e opção sexual.

Conte uma piada só e ela for boa e inédita, o que é muito difícil.

Use o humor só se ele estiver relacionado com o tema ou se você quiser retomar a atenção dos ouvintes.

Faça com que pareça que o humor esteja surgindo naquele momento.

O humor deve ser breve. Evite histórias longas.

Ria como se estivesse surpreso coma própria graça

O humor é uma ferramenta e não o propósito do seminário. Lembre-se “graça por graça uma vez só basta”

Esteja pronto para a desgraça total. Nem sempre o humor funciona. Neste caso faça uma autogozação.

4- Como se proteger de ouvintes agressivos

Por algum motivo há na platéia um ouvinte agressivo. Seja por ele ter um dia ruim ou por ser obrigado a

estar lá o fato é que ele, sem perceber está esperando um momento para atacar o palestrante e convencer

ele e aos demais que aquilo é uma perda de tempo como ele já presumia.

Page 36: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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Todos são livres para discordar da mensagem do palestrante, mas a forma que isso é feito faz toda a

diferença. Há ainda os que não discordam da mensagem de sim de coisas que o palestrante não tem

culpa, como, por exemplo, a luminosidade.

Nesta hora há duas coisas que você pode fazer:

Concordar com o ouvinte.

Não responder aos ataques.

Pois se tentar mostrar que ele está errado só irá aumentar a discussão e a tensão.

Outra forma de instigar o ouvinte agressivo é mexer com os sentimentos dele. Cuidado ao falar de política,

pois esta entrando no campo da ideologia e o ouvinte defenderá com unhas e dentes sua convicção.

5- O segredo da persuasão

Persuadir é levar alguém a aceitar ou acreditar em uma idéia. Para isso precisamos desenvolver algumas

técnicas:

Organizar as informações que encontramos ao longo do tempo.

Mais que boas argumentações devemos aprender a interagir com as pessoas para envolvê-las de forma

honesta.

Não basta que o ouvinte esteja convencido da veracidade da informação, muitas vezes ele precisa saber

sobre os benefícios e malefícios que terão.

O argumento por si só não tem força, ele precisa de reforço. Exemplos (quanto mais simples e verdadeira

for, melhor será o seu poder de persuasão); Comparações; Estatísticas e pesquisas; Testemunhos

(cuidado para não usar uma pessoa polemica e gerar resistência); Teses; Estudos científicos.

Qual a ordem de apresentação dos argumentos?

Depende do tipo de argumento que você tem em mãos.

Se forem todos sólidos apresentem-os separadamente e com pausa para que o ouvinte tenha tempo de

fixá-lo em sua mente.

Se todos forem frágeis apresente-os ao mesmo tempo para que a quantidade supra a fragilidade do

argumento.Se alguns forem fortes e outros frágeis, apresente primeiro um intermediário pra causar um

bom impacto, em seguida um frágil, mas que não comprometa os demais argumentos e por fim um forte

para fechar com “chave de ouro”.

Devemos te cuidado com a quantidade de argumentos usados o excesso deles tira a concentração dos

ouvintes e o foco da palestra

Nunca use argumentos sarcásticos, relacionados a raça ou preferência sexual, religião política e futebol.

Page 37: Apostila Metodos de Pesquisa 2011 FFCL

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Não defenda um argumento polêmico usando outro polêmico, pois assim terá que persuadir a platéia

duplamente. Ex; pena de morte e aborto.

6- Detalhes que fazem a diferença

Envolver o ouvinte incluindo-o no seu grupo. Para isso basta usar a palavra nós ao invés de vocês. Desta

forma o ouvinte vai se sentir no mesmo patamar do palestrante. Mas cuidado para o nós não soar como

uma falsa modéstia. Ex o palestrante dizer nós nos sentimos honrados por estar aqui. Ora, que está

honrado é o palestrante e não o ouvinte.

Cumprimentar com simpatia.

Existem regras para os cumprimentos. Primeiro as mulheres e em seguida os homens. Caso seja uma

mesa de autoridades aí devemos respeitar a hierarquia partido da mais alta para a mais baixa. Caso a

mesa seja grande não devemos gastar muito tempo cumprimentando um por um, neste caso basta dizer

“autoridades que compõe a mesa de honra”. Caso tenha uma figura ilustre, cite o nome dele dando-lhe um

aperto de mão e aperte a mão dos demais sem mencionar o nome

Inicie de forma inédita. Todos começam da mesma forma “é um enorme prazer estar presente...”. Isso não

chama a atenção do ouvinte embora seja uma forma gentil de iniciar a palestra. Se você sair da mesmice

surpreenderá os ouvintes que prestarão mais atenção em você.

Para encerrar evite expressões como “era isso o que eu tinha para dizer” Esta forma de conclusão é frágil

e sem conteúdo. Aproveite o momento para deixar uma mensagem que faça os ouvintes refletirem. Mexa

com as emoções. Use expressões como “assim sendo, eu espero, desta forma...” e encaixe a sua

mensagem.