Apostila Microe e Macro Nova

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CURSO BSICO DE ECONOMIA

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APRESENTAO Este trabalho resultado de uma srie de pesquisas realizadas numa gama de livros textos voltados para o estudo da economia. Tem como objetivo, servir de complemento disciplina Teoria Econmica para os cursos de Administrao, Economia, Cincias Contbeis, Marketing, Comrcio Exterior e cursos de especializao na rea gerencial. Sendo assim, este trabalho um valioso guia para aqueles estudantes e pesquisadores interessados em assimilar noes bsicas de economia. O trabalho subdividido em trs partes: A economia como uma cincia social, noes de microeconomia e noes de macroeconomia.

Prof. Leandro Maia Fernandes

PROIBIDA A DUPLICAO OU REPRODUO DESTE TRABALHO SOB QUALQUER FORMA OU MEIO SEM A PRVIA AUTORIZAO DO AUTOR

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A ECONOMIA COMO UMA CINCIA SOCIALDefinio de economia A definio de economia tem origem na palavra grega oikos, que significa casa, fortuna e riqueza, e na palavra nomos que quer dizer lei, regra ou administrar. Assim podemos dizer que a economia a cincia que preocupa-se em administrar a casa ou lugar onde vivemos que em outras palavras o mercado.Estudar economia o processo de tomada de deciso em um ambiente de escassez. O objetivo da economia Podemos afirmar que a economia tem por objetivo estudar alguns aspectos do comportamento humano. A economia tem como finalidade estudar os problemas que envolvem o homem e o mercado. Podemos afirmar que o objetivo da economia melhorar a qualidade de vida do ser humano utilizando da melhor maneira possvel os recursos, uma vez que os recursos presentes no mundo so de caractersticas escassa e as necessidades humanas ilimitadas ou infinitas. Como as necessidades so ilimitadas e os recursos ou fatores de produo so escassos o homem se defronta com uma situao conflitante, pois ele precisa satisfazer suas necessidades porm os recursos no so ilimitados, dessa situao h uma divergncia de conceitos e essa divergncia chamada de problema econmico ou paradoxo econmico.

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A escassez o grande problema econmico, a economia existe por causa da escassez, sem a escassez dos recursos no haveria necessidade de administramos da melhor maneira possvel nossos recursos. Os recursos ou fatores de produo Os recursos ou fatores de produo so os elementos fundamentais no processo produtivo, sem a presena dos fatores de produo impossvel a produo de bens ou servios. O produto resultado da utilizao dos fatores de produo. Os fatores de produo so:

TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO, CAPITAL

TERRA: Todo recurso ou insumo proveniente da natureza ( solo, gua, ar) TECNOLOGIA: Conjunto de conhecimentos tcnicos utilizados no processo de produo TRABALHO: Mo de obra CAPITAL: Montante financeiro necessrio para iniciar e manter o processo de produo. Tambm pode ser considerado como o conjunto de mquinas e equipamentos ou capital fixo.

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Texto para discussoFonte: http://veja.abril.com.br/051108/p_096.shtml

A explorao dos recursos naturais da Terra permite humanidade atingir patamares de conforto cada vez maiores. Diante da abundncia de riquezas proporcionada pela natureza, sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgotvel. Essa viso foi reformulada. Hoje se sabe que a maioria dos recursos naturais dos quais o homem depende para manter seu padro de vida pode desaparecer num prazo relativamente curto e que urgente evitar o desperdcio. Um relatrio publicado na semana passada pela ONG World Wildlife Fund d a dimenso de como a explorao dos recursos da Terra saiu do controle e das conseqncias que isso pode ter no futuro. O estudo mostra que o atual padro de consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a capacidade do planeta de recuper-los. Ou seja, a natureza no mais d conta de repor tudo o que o bicho-homem tira dela. A conta da ONG foi feita da seguinte forma. Primeiro, estimou-se a quantidade de terra, gua e ar necessria para produzir os bens e servios utilizados pelas populaes e para absorver o lixo que elas geram durante um ano. A seguir, esses valores foram transformados em hectares e o resultado dividido pelo nmero de habitantes do planeta. Chegou-se concluso de que cada habitante usa 2,7 hectares do planeta por ano. Nesta conta, o brasileiro utiliza 2,4 hectares. De acordo com a anlise, para usar os recursos sem provocar danos irreversveis natureza, seria preciso que cada habitante utilizasse, no mximo, 2,1 hectares. Se o homem continuar a explorar a natureza sem dar tempo para que ela se restabelea, em 2030 sero necessrios recursos equivalentes a dois planetas Terra para atender ao padro de consumo. Essa perspectiva, conclui o relatrio, uma ameaa prosperidade futura da humanidade, com impacto no preo dos alimentos e da energia. Nos ltimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta dobrou. Esse aumento se deve, principalmente, elevao do padro de vida das naes ricas e emergentes e ao crescimento demogrfico dos pases pobres. A populao africana triplicou nas ltimas quatro dcadas. O crescimento econmico dos pases em desenvolvimento, como a China e a ndia, vem aumentando em ritmo frentico a necessidade de matrias-primas para as indstrias. China e Estados Unidos, juntos, consomem quase metade das riquezas naturais da Terra. O impacto ambiental da China se explica pela demanda de sua imensa populao e,

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nos Estados Unidos, pelo elevado nvel de consumo. Nas contas da World Wildlife Fund, enquanto o chins usa 2,1 hectares do planeta, o americano chega a utilizar 9,4 hectares. Se todos os habitantes do planeta tivessem o mesmo padro de vida dos americanos, seriam necessrias quatro Terras e meia para suprir suas necessidades. A explorao abusiva do planeta j tem conseqncias visveis. A cada ano, uma rea de floresta equivalente a duas vezes o territrio da Holanda desaparece. Metade dos rios do mundo est contaminada por esgoto, agrotxicos e lixo industrial. A degradao e a pesca predatria ameaam reduzir em 90% a oferta de peixes utilizados para a alimentao. As emisses de CO2 cresceram em ritmo geomtrico nas ltimas dcadas, provocando o aumento da temperatura do globo. Evitar uma catstrofe planetria possvel. O grande desafio conciliar o desenvolvimento dos pases com a preservao dos recursos naturais. Para isso, segundo os especialistas, so necessrias solues tecnolgicas e polticas. "Os governos precisam criar medidas que assegurem a adoo de hbitos sustentveis, em vez de apenas esperar que as pessoas o faam voluntariamente", disse a VEJA o antroplogo americano Richard Walker, especialista em desenvolvimento sustentvel da Universidade Indiana, nos Estados Unidos. O engenheiro agrnomo uruguaio Juan Izquierdo, do Programa das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao, prope que se concedam incentivos e subsdios a agricultores que produzam de forma sustentvel. Diz ele: "Hoje, a produtividade de uma lavoura calculada com base nos quilos de alimento produzidos por hectare. No futuro, dever ser baseada na capacidade de economizar recursos escassos, como a gua". Como mostra o relatrio da World Wildlife Fund, preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do que a natureza capaz de repor.

gua doce Apenas 1% de toda a gua do planeta apropriada para beber ou ser usada na agricultura. O restante corresponde gua salgada dos mares e ao gelo dos plos e montanhas. Hoje, a humanidade utiliza metade das fontes de gua doce do planeta.

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Em quarenta anos, utilizar 80%. A situao fica mais grave quando se considera que 50% dos rios do mundo esto poludos

Terras cultivveis

O planeta formado por 15 bilhes de hectares de terras, mas s 12% delas servem para o cultivo. As demais correspondem a cidades, pastos, desertos, zonas montanhosas e geleiras. Nas ltimas trs dcadas, o total de terras atingidas por secas severas dobrou por causa do aquecimento global. Na China, todos os anos uma rea equivalente metade de Sergipe se transforma em deserto

Cardumes

Das 200 espcies de peixe com maior interesse comercial, 120 so exploradas alm do nvel sustentvel. Nesse ritmo, o volume de pescado disponvel ter diminudo em mais de 90% por volta de 2050

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Oceanos

Estima-se que 40% da rea dos oceanos esteja gravemente degradada pela ao do homem. Nas ltimas cinco dcadas, o nmero de zonas mortas nos oceanos cresceu de trs para 150. Das 1 400 espcies de coral conhecidas, treze estavam ameaadas de extino h dez anos. Hoje, so 231

Atmosfera Desde 1961, a quantidade de dixido de carbono (CO2) despejada pela humanidade na atmosfera com a queima de combustveis fsseis cresceu dez vezes. Essa descarga poluente provoca o aquecimento do planeta, o que causa secas, inundaes, acidificao dos oceanos e extino de espcies

Fotos AFP, Mark A. Johnson/Corbis/Latinstock, Fred Bavendam/Minden Pictures/Latinstock, Case/divulgao e divulgao

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O FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA As economias tem seu funcionamento feito por meio do relacionamento de elementos tambm chamados de agentes econmicos. Da interao dos agentes econmicos derivada a produo nacional dos pases, eles so responsveis pelo consumo, pelas exportaes e importaes, investimentos agregados e gastos governamentais. Os agentes econmicos so: a) Governo b) Famlias c) Firmas d) Setor Externo e)Setor financeiro

Fluxo Circular Bsico

Famlias

Pagamento dos bens e servios

Empresas

Remunerao dos Fatores de Produo

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OS SISTEMAS ECONMICOS

A forma mais comum de resolver os problemas econmicos neste sistema feita pelo governo e no pelo mercado. As propriedades produtivas, as mquinas, equipamentos e prdios pblicos pertencem ao governo, no existe iniciativa privada. Os sistemas econmicos podem ser caracterizados como sendo a forma que os pases organizam-se para resolver seus problemas econmicos: de como produzir, para quem produzir, quanto produzir e onde produzir. De acordo Passos e Nogami (2003), a sociedade pode se organizar sua economicamente de trs formas, a fim de resolver os problemas de o que, como e para quem produzir. As quais so: economia de mercado, economia planificada centralmente e economia mista. Economia de mercado Na economia de mercado ou economia livre, o Estado participa da vida econmica com aes reguladoras. Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, os agentes econmicos preocupam-se em resolver isoladamente seus prprios problemas, tentando sobreviver na concorrncia imposta pelos mercados. Os consumidores podem escolher o que compram, dentro de suas possibilidades de renda. Suponhamos que os consumidores procuram maximizar suas rendas de forma que lhes tragam maior satisfao pessoal. Pessoas podem comprar ou alugar os fatores de produo e,10

desta forma, converter-se em produtores, e oferecer bens e servios demandados pelo mercado.

Economia planificada centralmente Esse tipo de organizao econmica caracterstico dos pases socialistas, em que prevalece a propriedade estatal dos meios de produo. Nesse tipo de sistema as questes de o que, como e para quem produzir no so resolvidas de maneira descentralizada, por meio de mercados e preos, mas pelo planejamento central, em que a maior parte das decises de natureza econmica tomada pelo Estado. Economia mista Nos sistemas de economia mista, uma parte dos meios de produo pertence ao Estado e outra parte pertence ao setor privado. Decises econmicas Considerando a questo da escassez dos recursos e o problema econmico a sociedade se depara com o dilema de tomar certas decises. Decises estas relativas produo e ao consumo de bens e servios. Estas escolhas referem-se a: a)O que produzir O produtor deve escolher o produto com base nas necessidade da sociedade e levando-se em conta a disponibilidade dos recursos. Uma vez que os recursos so escassos, nenhuma economia pode produzir todas as quantidades de todos os produtos desejados por todos os membros da sociedade. b)Como produzir Como produzir est relacionado com a escolha das tcnicas de produo, como utilizar o fator trabalho, o fator capital a tecnologia so escolhas fundamentais para a produo. c) Quanto produzir

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Esta deciso refere-se ao nvel produtivo que a firma deve adotar, esta deciso tambm envolve os nveis de preos dos produtos e a os custos de produo. O empresrio vai adotar o nvel de produo que maximize seu lucro. d)Para quem produzir A escolha do pblico consumidor uma questo que diz respeito ao perfil da populao e envolve gostos, preferncia e nvel de renda.

Exerccios

QUESTES PROPOSTAS1. O problema fundamental com o qual a Economia se preocupa : a) A pobreza. b) O controle dos bens produzidos. c) A escassez. d) A taxao daqueles que recebem toda e qualquer espcie de renda. e) A estrutura de mercado de uma economia.

2. Os trs problemas econmicos relativos a o qu, como, e para quem produzir existem: a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado. b) Apenas nas sociedades de livre empresa ou capitalistas, nas quais o problema da escolha mais agudo. c) Em todas as sociedades, no importando seu grau de desenvolvimento ou sua forma de organizao poltica. d) Apenas nas sociedades subdesenvolvidas, uma vez que desenvolvimento , em grande parte, enfrentar esses trs problemas. e) Todas as respostas anteriores esto corretas. 3. Em um sistema de livre iniciativa privada, o sistema de preos restabelece a posio de equilbrio: a) Por meio da concorrncia entre compradores, quando houver excesso de demanda. b) Por meio da concorrncia entre vendedores, quando houver excesso de demanda. c) Por presses para baixo e para cima nos preos, tais que acabem, respectivamente, com o excesso de demanda e com o excesso de oferta.

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d) Por meio de presses sobre os preos que aumentam a quantidade demandada e diminuem a quantidade ofertada e diminuem a demanda, quando h excesso de demanda. e) Todas as alternativas anteriores so falsas.

Em uma economia de mercado, os problemas do o qu, quanto, como e para quem deve ser produzido so resolvidos: a) Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto. b) Pelos preos dos servios econmicos. c) Pelo mecanismo de preos. d) Pelos preos dos recursos econmicos. e) Pela quantidade dos fatores produtivos. 3. Numa economia do tipo centralizado, os problemas econmicos fundamentais so resolvidos: a) Pela produo em grande escala de bens de consumo. b) Pelo sistema de preos. c) Pelo controle da curva de possibilidades de produo. d) Pelo planejamento da atividade econmica.

As Externalidades como Ao Econmica Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html A ao econmica de produtores e consumidores promovem efeitos sobre outros produtores e consumidores que escapam ao mecanismo de preos, ainda que estes sejam determinados em regime de mercados perfeitamente competitivos. Esses efeitos no refletidos nos preos so chamados externalidades. Uma externalidade tanto pode ser positiva como negativa. Filellini (1994) descreve o exemplo de duas propriedades agrcolas vizinhas, onde uma produz laranjas e a outra mel, as quais se beneficiam mutuamente de economias externas na medida em que as abelhas ao se abastecerem de plen nos laranjais, contribuem para o aumento da produo de laranjas, pelo processo de polinizao que proporcionam. Como no existe uma cobrana por esses servios, os custos de produo das duas unidades caem, trazendo reflexos sobre os nveis de preo e absoro de mercado.

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Se os benefcios sociais de um produto excedem os benefcios privados, ocorre uma externalidade positiva. Nesta situao, a firma produtora ir produzir menos que o necessrio, porque os benefcios que concede sociedade so maiores que aqueles a que far jus via mecanismos de mercado. A medida alocativa neste caso fazer a correo da oferta pela concesso de um subsdio firma para incentivar maior produo e consumo. Em situao oposta, quando os custos sociais excedem os custos privados, obtm-se uma deseconomia externa, quando haver a tendncia a uma superoferta, porquanto os custos de produo estaro sendo absorvidos por outros agentes que no o inicial. A melhor medida alocativa a imposio de um tributo sobre a produo, de modo a que seja inibida. Uma fbrica de cimento que esteja gerando poluio do ar pela emisso de partculas atravs de suas chamins, pode ser obrigada por atos regulatrios a instalar equipamentos de controle da poluio, de forma a evitar efeitos negativos (custos) para outros produtores e moradores prximos. Tambm se demonstra que este componente externo faz parte do ato de consumir. Por exemplo, quando um consumidor decide comprar um perfume, ele considera suas prprias preferncias, mas tambm leva em conta a opinio de terceiros (preferncias), porque sabe que a satisfao que deriva de seu consumo depende da apreciao deles. O perfume um bem tpico de mercado - divisvel, sujeito ao princpio da excluso e rival no consumo - mas gera externalidades positivas caso seja do agrado dos outros, como tambm pode trazer externalidades negativas, caso seja considerado desagradvel. Um fumante transfere custos sociedade porque causa problemas qualidade do ar e sade pblica e tambm porque ao descartar as pontas de cigarro obriga a coletividade ao esforo de sua coleta. Uma famlia que consome gua tratada estar obtendo mais qualidade de vida e conforto. Os benefcios para a sociedade se refletem na reduo de doenas nesta famlia com menor utilizao dos servios de sade, melhoria da produtividade no trabalho, melhor rendimento das crianas na escola, efeitos estes que afetam positivamente o bem-estar social, criando uma externalidade positiva. Ao avaliar estes exemplos, observa-se que os benefcios e custos privados so diferentes dos benefcios e custos sociais. Como o sistema de mercados no tem como ajustar essas contribuies de pagamento porque as externalidades no so captadas nos sistemas de preos, o Governo recebe a14

responsabilidade por praticar esses ajustes. A interferncia alocativa do Governo nesse processo no motivada pelas externalidades em si, mas pelo interesse pblico em sua correo. (FILELLINI, 1994).A ECONOMIA E O DIREITO

Sabe - se que a economia dedicada a satisfazer necessidades administrando recursos escassos, ou seja, a atividade econmica aquela aplicada na escolha de recursos para o atendimento destas necessidades humanas. Muitas vezes o fenmeno econmico dita o surgimento de uma instituio jurdica ou vice-versa. Se ao Direito est dada incumbncia de organizar a ordem social e se dentro da ordem social inclui-se tambm a economia, podemos relacionar as relaes entre Economia e o Direito, para que haja uma sociedade mais igualitria, harmoniosa e em desenvolvimento. A relao entre economia e direito existe desde que o homem passou a viver em sociedade. Porm essa relao passou a ser estudada de forma sistemtica, a partir do sculo XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e universidades se dedicam a estudar as relaes entre economia e direito. Uma boa regulamentao de mercado e uma legislao clara, objetiva e simples so fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de propriedade bem-definidos, muito difcil a realizao de trocas e, portanto, o desenvolvimento econmico. Pela to estreita ligao entre economia e direito e o fato de ao direito estar dada a incumbncia de organizar o ordem social e se dentro da ordem social inclui-se tambm, a economia. Sendo o trabalho um dos fatores de produo econmico, e que o principal fator de produo econmico, assim relaciona-se economia e direito implantando normas jurdicas que protegem este que de a fonte de produo de bens e servios indispensveis economia. Existem alguns temas que estabelecem pontos de contato entre Economia e o Direito, so eles: Remunerao e salrio, que, na economia, representam a Participao do trabalho nos resultados da empresa; contraprestao paga a quem exerce o trabalho;

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Interveno da justia do trabalho nos reajustes salariais; Garantia constitucional de boas condies de trabalho.

Algumas transaes do origem a benefcios ou custos sociais que no so computados no mecanismo de preos do mercado. Esses custos e benefcios so ditos serem externos ao mercado. Estas Externalidades ocorrem quando o consumo e / ou a produo de um determinado bem afetam os consumidores e / ou produtores, em outros mercados, e esses impactos no so considerados no preo de mercado do bem em questo. Importante destacar que essas externalidades podem ser positivas (benefcios externos) ou negativas (custos externos). O direito, as externalidades Econmicas, a informao imperfeita e o poder de monoplio, as externalidades econmicas so observadas quando a produo ou o consumo de bens por um agente econmico acarreta efeitos que oneram outros agentes. Assim a poluio produzida por empresas impe os custos da fumaa, de rios insalubres, de rudo, etc. a uma parcela expressiva da sociedade. Por isso, as externalidades do base criao de leis antipoluio, de restries quanto ao uso da terra, de proteo ambiental, etc. Assim, por exemplo, uma empresa de fundio de cobre, ao provocar chuvas cidas, prejudica a colheita dos agricultores da vizinhana. Esse tipo de poluio representa um custo externo porque a agricultura, e no a indstria poluidora, que sofre os danos causados pelas chuvas cidas. Estes danos no so considerados no clculo dos custos industriais, que inclui itens como matria-prima, salrios e juros. Portanto, os custos privados, nesse caso, so inferiores aos custos impostos coletividade e, por conseqncia, o nvel de produo da indstria maior do que aquele que seria socialmente desejvel. J a educao gera externalidades positivas porque os membros de uma sociedade e, no somente os estudantes, auferem os diversos benefcios gerados pela existncia de uma populao mais educada e que no so contabilizados pelo mercado. Assim, por exemplo, vrios estudos, baseados em diferentes metodologias mostram que a educao contribui para melhorar os nveis de sade de uma determinada populao. Em particular, nveis mais elevados de escolaridade materna reduzem as taxas de mortalidade infantil. Outros trabalhos mostram tambm que a educao concorre para reduzir a criminalidade. Todos esses benefcios indiretos da educao por no serem apreados no so computados nos benefcios

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privados. Portanto, os benefcios sociais so superiores aos benefcios privados, que incluem apenas as vantagens pessoais da educao, como por exemplo, os salrios obtidos em funo do nvel de escolaridade. Podemos destacar ainda, que os produtores podem causar externalidades sobre consumidores e vice-versa. Assim, por exemplo, a poluio provocada pela indstria de cobre aumenta a incidncia de tuberculose entre a populao. Tambm, os fumantes contribuem para a disseminao de doenas entre os no fumantes (fumantes passivos) e, nesse caso, temos a gerao de externalidades de consumidores para consumidores. Por fim, o uso de automveis privados congestiona o trfego e contribui para reduzir a velocidade do transporte de mercadorias e, portanto, representa um exemplo de custos externos para os produtores gerados pelos consumidores.

Os Subsdios na Economia Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html O instrumento da poltica econmica utilizado para ajustar as restries oramentrias dos consumidores o subsdio. Um subsdio o oposto do imposto. O governo d ao consumidor uma certa quantidade de dinheiro dependendo da quantia da compra do bem ou pode reduzir ou devolver o valor do bem que se quer subsidiar. (VARIAN, 1994). Como o imposto, o benefcio de um subsdio compartilhado por compradores e vendedores, dependendo das elasticidades relativas oferta e demanda. (PINDYCK, 1994). A utilizao de subsdios tambm encontrada nas empresas privadas. Porter (1980) assinala em sua obra "Estratgia Competitiva" que as empresas em seus processos de fixao de preos podem adotar os subsdios cruzados dentro de sua linha de produtos, visando atravs da fixao dos preos pelo custo mdio encobrir custos de produtos cujos mercados no conseguem suportar seus custos reais e ceder lucros em situaes em que os compradores so sensveis ao preo. A utilizao de subsdios no setor de "public utilities" tem sido relacionada com o financiamento da infra-estrutura como poltica de desenvolvimento, onde a proviso destes servios, dado seu carter de bem pblico, conduz externalidades positivas tanto em taxas de crescimento da produtividade como em melhorias na qualidade de vida e bem-estar social da populao.17

Em uma recente discusso sobre o financiamento infra-estrutura, Garcia (1995) em seu artigo defende que "mesmo com o setor privado assumindo a execuo de projetos em alguns setores de infra-estrutura - notadamente energia, telecomunicaes e transporte - o setor pblico no pode deixar de exercer algumas funes, como a regulao e o provimento de subsdios em alguns setores como em estradas vicinais, gua e esgoto, transporte urbano".Tambm, levando-se em conta os aspectos sociais do setor de saneamento, e tendo-se como princpio o fato de que toda a populao deve ter acesso aos servios de saneamento (universalizao dos servios) dado o carter de essencialidade destes servios, deve-se garantir o suprimento de uma demanda essencial aos que no podem pagar seus custos. Neste caso, os subsdios cruzados so uma maneira de se resolver o problema da demanda essencial pelos servios. (IPEA/PMSS, 1996).

A Crise de 1929 Fonte: revista veja Um alvoroo incomum nos arredores da Bolsa de Valores de Nova York chamou a ateno do comissrio de polcia da cidade, Grover Whalen, na ltima quinta-feira, dia 24. Por volta das 11 horas, um rugido cavernoso comeou a escapar do edifcio. Alguns minutos depois, j no era possvel identificar se o bramido vinha de dentro ou de fora da Bolsa; uma multido estrepitosa tomara as cercanias de Wall Street e Broad Street, como formigas rodeando um torro de acar esquecido na pia da cozinha. Alarmado, o comissrio logo enviou um destacamento especial para a regio. A turba, contudo, no representava uma ameaa ordem pblica, como o oficial perceberia mais tarde. Com olhares horrorizados e incrdulos, os nova-iorquinos, espremidos uns aos outros, estavam inertes. Eles apenas esperavam, no se sabe ao certo quem ou o qu. Era o pnico. Dentro do prdio, a consternao era semelhante, e estava ainda mais evidente na agitada face de corretores e operadores, protagonistas e testemunhas do acontecimento que pode mudar os rumos da economia mundial. Smbolo maior da pujana econmica dos Estados Unidos, o mercado de aes, que se tornou verdadeira mania nacional nesta dcada gloriosa para os americanos, via seu baluarte, a rica e poderosa Bolsa de Nova York, despedaar-se em poucos minutos naquela que j entrou para os anais como a "quinta-feira negra". Uma onda sbita e sem precedentes de vendas tomou de assalto o prego nova-

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iorquino. Aes outrora valorizadas simplesmente no encontravam novos compradores, nem mesmo por verdadeiras ninharias. Os preos dos papis, fossem eles da United States Steel ou da American Telephone and Telegraph, caam vertiginosamente, arrastando com eles as economias, esperanas e sonhos de milhares de americanos levados bancarrota instantnea. Desde ento, Wall Street presenciou outras duas jornadas calamitosas em 28 e 29 de outubro, "segunda-feira negra" e "tera-feira negra", este ltimo o dia mais nefasto de toda a histria do em Vendendo a qualquer preo: operadores tentam se livrar dos papis volume de vendas e por ninharias mercado mundial queda de preos , que fornecem a incmoda impresso de que a incerteza e o temor vieram para ficar. As palavras otimistas dos polticos, banqueiros e magnatas, que deram um alento aos investidores aps o crash do dia 24, j no surtem mais tanto efeito, ainda que insistam em anunciar uma suposta solidez da economia. Especialistas concordam que os ltimos dias de outubro criaro seqelas no s no mercado financeiro e na economia americana, mas tambm, por conseqncia direta, em todo o mundo. A real extenso do estrago, porm, s ser dimensionada quando a poeira baixar. Ningum, por enquanto, ousa dizer quando isso poder acontecer. Nos ltimos anos, o fenomenal desempenho das aes parecia desafiar o adgio de que tudo que sobe deve descer. H pouco mais de um ms, em 3 de setembro, o ndice de aes industriais publicados pelo dirio The New York Times atingia seu pice histrico, com 452 pontos. Em 1925, o mesmo indicador registrava 159 tentos. A facilidade da compra de aes seduziu milhares de investidores, que colocavam todo o dinheiro que tinham, e especialmente o que no tinham, em pedaos de papis certificados. Comprar aes "na margem" pagando uma pequenssima parcela do valor e tomando o restante emprestado do corretor ou do banco era, at dias atrs, prtica absolutamente comum e aparentemente

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segura. Afinal, como as aes no paravam de se valorizar, bastava vend-las, quitar o dbito com o credor e embolsar o lucro. A euforia era infinita. Por trs dela, entretanto, escondia-se uma realidade para a qual os otimistas faziam vista grossa. Enquanto os preos das aes subiam, disparavam tambm os emprstimos dos corretores no final do vero americano, o montante chegara a sete bilhes de dlares , tornando a especulao a grande alavanca desse crescimento. No havia, assim, segurana ou liquidez nessa enxurrada de capital que desembarcava em Nova York. Mas a aparncia firme do mercado fazia dissipar qualquer preocupao com os emprstimos, e a especulao encontrava campo aberto e convidativo para se alastrar e aumentar ainda mais o valor das aes. Algumas vozes j vinham predizendo, nos ltimos meses, um estouro da bolha especulativa que alimentava os estratosfricos ndices da Bolsa de Nova York. E no havia nesses orculos nenhum tom sobrenatural apenas o escrutnio dos fatos e as lies de quebras passadas. Contudo, alertar para essa situao significava ser tachado de destrutivista ou anti-patriota. O terico Roger Babson, que, no incio de setembro, cunhou seu agora clebre vaticnio "mais cedo ou mais tarde, o crash vir, e poder ser tremendo" , foi ironizado, desacreditado e assacado pelos guardies de Wall Street. Entretanto, uma anlise minuciosa mostra que, desde ento, no restante dos meses de setembro e outubro, o mercado j vinha se mostrando demasiado irregular, com ligeira curva decrescente, apesar de o entusiasmo com o bull market (o mercado altista) ainda caracterizar a Bolsa de Nova York. A situao ganhava contornos mais alarmantes e dramticos quando se notava que tambm outros indicadores econmicos nos Estados Unidos vinham apresentando declnio acentuado neste ano. Os ndices da produo industrial e fabril estavam em queda desde junho, bem como a produo de ao. A construo de casas seguia o ritmo decadente dos ltimos anos. Ainda assim, o banqueiro Charles E. Mitchell, presidente da diretoria do National City Bank, garantiu numa visita Alemanha, no ltimo dia 15, que nada seria capaz de deter o vigoroso movimento ascendente. "Os mercados em geral esto em uma condio salutar. Os valores tm uma base slida na prosperidade geral do pas", festejava. J o professor Irving Fisher, catedrtico da Universidade de Yale e respeitadssimo economista, foi mais direto. "O preo das aes alcanou o que parece ser um nvel permanentemente20

elevado. Espero ver, dentro de poucos meses, o mercado de valores bem mais alto do que est hoje." Como se constataria em poucos dias, no apenas o provrbio sobre subir e descer se fez valer, ainda que de forma tardia. Outro ditado tambm mostrou sua fora: quanto maior a altura, maior a queda.

O ENFOQUE MICROECONOMICOMicroeconomia o ramo da cincia econmica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo (indivduos e famlias); ao estudo das empresas e ao estudo da produo de preos dos diversos bens, servios e fatores produtivos. a parte da economia que considera as unidades econmicas especficas, ou seja, ela preocupa-se com a anlise de segmentos microscpicos do mercado. Na microeconomia analisa-se uma indstria individual. Na microeconomia estuda-se o comportamento do consumidor e o comportamento das firmas, por meio da demanda e da oferta, cabe ressaltar que o lado da demanda representa basicamente os consumidores e o lado da oferta representa o setor produtivo. O segundo tpico estudado abrange a microeconomia, refere-se demanda e posteriormente o lado da oferta. A Demanda Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um determinado bem ou servio que o consumidor estaria disposto a consumir em determinado perodo de tempo. importante notar, nesse ponto, que a demanda um desejo de consumir, e no sua realizao. Demanda o desejo de comprar. A Teoria da Demanda derivada da hiptese sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu oramento permite adquirir. Essa procura individual seria determinada pelo preo do bem; o preo de outros bens; a renda do consumidor e seu gosto ou preferncia. A Demanda uma relao que demonstra a quantidade de um bem ou servio que os compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preos de mercado. Assim, a Funo

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Procura representa a relao entre o preo de um bem e a quantidade procurada, mantendo-se todos os outros fatores constantes. Quantidade demandada igual quantidade de um bem ou servio consumido num determinado perodo de tempo. A quantidade demandada afetada pelos seguintes fatores: a) Preo do bem ( P ) A quantidade demandada possui uma relao contrria com o preo, ou seja, a quantidade demandada tende a cair quando o preo do bem aumenta, coeteris paribus. O termo em latim coeteris paribus quer dizer que a quantidade demandada explicada pelo preo mantendo-se as demais variveis constantes.Levando-se em conta apenas o preo do bem observa-se quando a demanda aumenta ocorreu uma diminuio no preo; quando ele diminui um resultado de um aumento do preo. b) Renda ( R) Relao entre a procura de um bem e a renda do consumidor: Bem Normal: So aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a renda; Bem de luxo: Ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior Proporo; Bem de primeira necessidade: Ao se aumentar a renda a quantidade demanda se Mantm inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade j fazia parte das antigas aquisies do indivduo; Bem inferior: So aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda aumenta. Geralmente so vens para os quais h alternativas de melhor qualidade. c) Preo dos bens relacionados ( Pr)

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Aumento no preo do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X: isso significa que os bens X e Y so substitutos ou concorrentes. Um exemplo a relao entre o ch e o caf; Aumento do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os bens em questo, nesse caso, so complementares. So bens consumidos conjuntamente, como o caf e o acar. d) Gostos e preferncias ( G) e) Juros ( J ) Juros e consumo posuem uma relao contrrio. medida que os juros sobem tem-se a tendncia de queda na demanda f) Incerteza com relao ao futuro ( F) Pode-se afirmar que a demanda funo de todos os fatores acima citados, isso quer dizer que a demanda depende de cada uma desses fatores e esse comportamento representado pela seguinte frmula:

Qd = f ( P, R, Pr, G, J,F) Quase todas as mercadorias obedecem lei da procura decrescente, segundo a qual a quantidade procurada diminui quando o preo aumenta. Isto se deve ao fato de os indivduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preos esto mais baixos.

Lei da Demanda: A quantidade demandada de bem ou servio possui uma relao inversa ao preo do bem ou servio, coeteris paribus

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Curva da DemandaP 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

1

2

3

4

5

6

7

8

Qd

9

Qd = f (p)

Qd = a - bP

Onde : Qd = quantidade demandada a e b constantes P = Preo do produto Os Deslocamentos da curva de demanda Caso haja um aumento na renda, nos gostos e preferncias e no preo do bem substituto a curva de demanda sofrer um deslocamento para a direita, o que refletir num aumento da demanda do mercado.

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Curva da DemandaP 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0

1

2

3

4

5

6

7

8

Qd

9

Caso haja uma queda na renda, nos gostos e preferncias e queda no preo do bem substituto a curva de demanda sofrer um deslocamento para a esquerda, o que refletir numa queda da demanda do mercado.

A oferta Enquanto a relao da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relao da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam dispostos a vender, a um determinado preo. Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preos altos. Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto quanto maior o preo maior a quantidade ofertada.

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Oferta quantidade produzida de um bem ou servio num determinado perodo de tempo

A Funo Oferta nos d a relao entre a quantidade de um bem que os produtores desejam vender e o preo desse bem, mantendo-se o restante constante, ou seja, coeteris paribus. A principal atividade das firmas ofertar, ou seja, produzir bens e servios. A oferta determinada pelos seguintes fatores: a) Preo do produto b) Preo dos fatores de produo ( TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO E CAPITAL) c) Condies da natureza ( CLIMA) d) Incerteza com relao ao futuro Tudo isso pode ser resumido numa nica equao:

Qo = f ( P, Pf, N,F)

Qo= quantidade ofertada P = Preo do produto Pf = Preo dos fatores de produo N = Natureza F = Incerteza quanto ao futuro

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Curva da OfertaP 10

8 6 4 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Qd

Qo = a + bP

A lei da oferta diz o seguinte: A quantidade ofertada de um bem ou servio varia diretamente com o preo desse bem ou servio, coeteris paribus.

Isso quer dizer que a oferta, ao contrrio da demanda, possui uma relao direta com o preo do bem ou servio e que a oferta explicada pelo preo do bem, mantendo-se os demais fatores fixos. Os Deslocamentos da curva de oferta

Caso haja uma queda no preo dos fatores de produo, o clima e a natureza sejam favorveis e a expectativa com relao ao futuro sejam boas, a curva de oferta sofrer um deslocamento para a direita.

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Curva da OfertaP 10

8 6 4 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Qd

2.3-O equilbrio de mercado Situao onde a quantidade ofertada se iguala quantidade demandada, ou seja, o ponto onde observa-se que o consumo esta igual oferta.

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EQUILIBRIO DE MERCADO P

Q

Qo = Qd a bP = c + dP

Exerccios1) Assinale a alternativa correta: a) A macroeconomia analisa mercados especficos, enquanto a microeconomia analisa os grandes agregados. b) A hiptese coeteris paribus fundamental para o entendimento da macroeconomia. c) No mercado de bens e servios, so determinados os preos dos fatores de produo. d) A questo de como produzir decidida no mercado de fatores de produo. e) Todas as alternativas esto erradas.

1) Conceitue

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Demanda Lei da demanda 2) Qual a relao existente entre a quantidade demanda e o preo do bem?Assinale a alternativa correta: a) A curva de procura mostra como variam as compras dos consumidores quando variam os preos. b) Quando varia o preo de um bem, coeteris paribus, varia a demanda. c) A demanda depende basicamente do preo de mercado. As outras variveis so menos importantes e supostas constantes. d) A quantidade demandada varia inversamente ao preo do bem, coeteris paribus. 3) e) N.r.a.Citar e explicar os fatores que determinam a demanda 5) O preo de equilbrio para uma mercadoria determinado: a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria. b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria. c) Pelo balanceamento das foras de demanda e oferta da mercadoria. d) Pelos custos de produo. e) N.r.a.

4) Mostre a equao da demanda 5) Mostre o grfico da demanda 6) O que significa o termo: Coeteris Paribus? 7) Citar e explicar os fatores que afetam o equilbrio de mercadoO equilbrio de mercado de um bem determinado: a) Pelos preos dos fatores utilizados na produo do bem. b) Pela demanda de mercado do produto. c) Pela oferta de mercado do produto. d) Pelas quantidades de fatores utilizados na produo do bem. e) Pelo ponto de interseco das curvas de demanda e da oferta 8) do produto.

9) Caso haja um aumento significativo nos preos do insumos e do salrio mnimo explique o que pode acontecer com a oferta de mercado, mostre graficamente. 10) Se os pases produtores de petrleo OPEP determinarem uma reduo da produo de petrleo, explique e mostre graficamente o que pode acontecer com o preo internacional do petrleo 11) Se a produo de veculos no Brasil for explicada pela seguinte equao:

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Qo = 100 + 1,5 P A) determinar a produo de veculos quando o preo for 15.000,00 reais B) A produo de veculos sempre ter uma funo com inclinao negativa? Explique 12) Caso o equilbrio de mercado da produo de soja no Brasil seja dado pelo seguinte comportamento Qo = 120 + 0,6 P e Qd = 180 P a) Determine o preo e a quantidade de equilbrio b) Mostre o grfico do equilbrioNum dado mercado, a oferta e a procura de um produto so dadas, respectivamente, pelas seguintes equaes: Qs = 48 + 10P Qd = 300 8P onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preo do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilbrio, ser: a) 2 unidades.ECONOMIA MICRO E MACRO

32 b) 188 unidades. c) 252 unidades. d) 14 unidades. e) 100 unidades.

As ElasticidadesElasticidade preo da Demanda Para se medir a variao na quantidade demandada devido variao no preo dos bens e servios, utiliza-se o conceito de elasticidade preo da demanda. Em linhas gerais elasticidade preo da demanda mostra a mudana percentual no consumo devido a uma mudana percentual no preo do produto.

Ep = Qd/ P . P/Qd 31

Onde Ep = Elasticidade preo da demanda Q d= Variao na quantidade demandada

P = Variao no preo do bem ou servio Classificao das elasticidade preo da demanda Quando:

Ep = 0 Elasticidade nula Ep = 1 Elasticidade unitria 0< Ep < 1 Demanda inelstica Ep > 1 Demanda elstica

2.4.1.1-A Elasticidade preo da demanda e a receita total A receita total das empresas pode ser considerada como despesa ou gasto dos consumidores e resulta da multiplicao da quantidade vendida (Q) pelo preo da venda (P). Portanto: RT = P . Q Tendo em vista que a receita uma funo do preo e da quantidade, e que a elasticidade-preo da procura mede a relao entre a variao relativa na quantidade e no preo, h consequentemente, uma ntida relao entre elasticidade e preo. Se a de demanda inelstica, uma queda relativamente grande no preo est associado a apenas um pequeno aumento na quantidade procurada. Em conseqncia, a

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receita total se reduz com um decrscimo no preo. Do mesmo modo, se a procura elstica, para uma pequena diminuio de preo, a porcentagem de aumento na quantidade vendida maior do que a porcentagem de reduo no preo, e, portanto, a receita aumenta. 2.4.2-Elasticidade-Renda A elasticidade-renda (Ey) da demanda expressa como a percentagem de mudana na quantidade demandada dividida pela variao percentual na renda. Exemplo: admita que ao nvel de renda mensal de R$ 1.000,00 o consumidor adquiria 2 quilos de carne por ms. Quando sua renda aumentar para R$ 1.500,00, ele passou a comprar 2,5 quilos por ms, ao mesmo preo anterior. Neste caso, a elasticidade-renda de 0,55.A interpretao do resultado a seguinte: Se houver um aumento de 1 % na renda haver aumento de 0,55 % na quantidade adquirida de carne.Se a elasticidade-renda menor que a unidade e maior que zero, diz-se que o bem normal. Se maior que a unidade, diz-se que superior, e se for menor que zero (relao inversa), diz-se que bem um produto inferior. O conhecimento das elasticidades-rendas da demanda para os produtos agrcolas importante para estimar o impacto de mudanas de renda sobre as compras de alimentos. A Tabela a seguir lista alguns produtos e seus coeficientes de elasticidade-renda para o Brasil e os Estados Unidos. A maioria dos produtos agrcolas apresentam um valor de elasticidaderenda relativamente baixo, variando entre 0,2 e 0,5, ou seja, so bens normais. Os produtos de origem animal tm elasticidade-renda, via de regra, mais elevada, significando que aumentos de renda tendem a estimular mais intensamente o consumo de produtos pecurios do que os de origem vegetal. No Brasil, os alimentos tm uma elasticidade-renda em torno de 0,4; enquanto nos EUA de 0,15.

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Tabela -1 Estimativas de Elasticidades-renda (Ey) para Alguns Produtos, Brasil e Estados Unidos. Ey ou Efeito da variao de 1 % de na renda dos consumidores sobre o consumo (variao em %) PRODUTO ------------------------------------------------------------------------BRASIL EUA Acar 0,13 0,01 Adoante n.d 0,42 Arroz 0,10 0,15 Banana 0,10 0,10 Batata-inglesa 0,61 0,10 Caf 0,25 0,30 Carne de boi 0,94 0,47 Carne de frango 1,10 0,50 Carne de porco 0,80 0,18 Farinha de mandioca - 0,03 n.d Farinha de milho - 0,14 n.d Farinha de trigo 0,32 0,35 Feijo - 0,11 - 0,49 Frutas e verduras n.d 0,44 Fumo 0,60 1,02 Laranja 0,56 0,26 Leite 0,60 0,16 Manteiga 0,65 0,53 Margarina 0,15 - 0,25 leos vegetais 0,42 0,49 Ovos 0,62 0,16 Peixe 0,40 0,30 Queijo 0,85 0,45 Restaurante (refeies fora de n.d 1,48 casa) Roupa n.d 2,01 Bens de consumo durvel 1,20 2,20 ALIMENTOS EM GERAL 0,40 0,15 NO-ALIMENTOS n.d 1,20 (*) Fonte: Vrias

Muitos produtos e servios no-agrcolas tm demanda sensvel ou elstica renda, ou seja, so bens superiores ou de luxo. Como exemplo, a demanda eletrodomsticos, roupa, consumo em restaurantes, jias.34

2.4.3-A Elasticidade preo da oferta A elasticidade da oferta mostra a variao em termos percentuais na quantidade ofertada de um bem ou servio em razo da variao percentual no preo desse bem ou servio. Em outras palavras pode-se afirmar que a elasticidade da oferta mostra a diviso entre as variaes percentuais na oferta e variaes percentuais nos preos. Tambm pode-se dizer que a ela mostra a sensibilidade da produo em funo do preo, ou seja, a resposta da produo s oscilaes do preo de mercado do produto.

Eo = Variao % da oferta Variao % do preo

Eo = Elasticidade preo da oferta

A equao final da Eo a seguinte:

Eo= Qo / P . P/Qo Classificao da elasticidade preo da oferta Se

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Eo = 1 elasticidade da oferta unitria Eo > 1 oferta elstica 0 < Eo < 1 oferta inelstica Eo = 0 oferta perfeitamente inelstica Eo = oferta perfeitamente elstica

2.4.3.1-Casos especiais de elasticidades da oferta Quando a Eo for igual a zero a curva de oferta ser vertical pois no haver variao na oferta quando o preo aumentar ou diminuir, ou seja, a oferta insensvel ao preo. Quando a Eo for infinita, isto quer dizer que existe uma sensibilidade to grande da oferta em relao aos preos que mesmo sem variar o preo a oferta apresenta grandes variaes.

Mona Lisa, de da Vinci, um exemplo de produto com Demanda Perfeitamente Inelstica Uma demanda uma perfeitamente elstica quando mesmo sem qualquer variao no preo, h uma variao constante da quantidade demandada, ou seja, independentemente da quantidade de mercado o preo se mantm constante. No extremo oposto, uma demanda uma perfeitamente inelstica, ou perfeitamente rgida, quando uma variao qualquer no preo resulta numa variao zero da quantidade

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demandada, ou seja, independentemente do preo de mercado a quantidade se mantem constante. o caso, por exemplo, do mercado de obras raras. Os casos gerais de elasticidade so usados frequentemente em discusses que caracterizam circunstncias para as quais informao detalhada no est disponvel e/ou irrelevante. Existem ento cinco casos de elasticidade.

E = 0 Perfeitamente rgida. Este caso especial de elasticidade est representado na figura em cima direita. Qualquer variao de P no ter qualquer efeito em Q.

E < 1 Rgida. A variao proporcional em Q menor do que a variao proporcional em P.

E = 1 Elasticidade unitria. A variao proporcional de uma varivel igual variao proporcional de outra varivel.

E > 1 Elstica. A variao proporcional em Q maior do que a variao proporcional em P.

E = infinito. Perfeitamente elstica. Este caso especial de elasticidade est representado na figura em cima esquerda. A variao em P zero, portanto a elasticidade infinita.

Exerccios1. Se o produto A um bem normal e o produto B um bem inferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente: a) Aumentar a quantidade demandada de A, enquanto a de B

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permanecer constante. b) Aumentaro simultaneamente os preos de A e B. c) O consumo de B diminuir e o de A crescer. d) Os consumos dos dois bens aumentaro. 3. Assinale os fatores mais importantes, que afetam as quantidades procuradas: a) Preo e durabilidade do bem. b) Preo do bem, renda do consumidor, custos de produo. c) Preo do bem, preos dos bens substitutos e complementares, renda e preferncia do consumidor. d) Renda do consumidor, custos de produo. O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de ch. Leite e ch so bens: a) Complementares. b) Substitutos. c) Independentes. d) Inferiores. 6. Dada a funo demanda de x: Dx = 30 0,3 px + 0,7 py + 1,3R sendo px e py os preos dos bens x e y, e R a renda dos consumidores, assinale a alternativa correta: a) O bem x um bem inferior, e x e y so bens complementares. b) O bem y um bem normal, e x e y so bens substitutos. c) Os bens x e y so complementares, e x um bem normal. d) Os bens x e y so substitutos, e x um bem normal. e) Os bens x e y so substitutos, e x um bem inferior. Para fazer distino entre oferta e quantidade ofertada, sabemos que: a) A oferta refere-se a alteraes no preo do bem; e a quantidade ofertada, a alteraes nas demais variveis que afetam a oferta. b) A oferta refere-se a variaes a longo prazo; e a quantidade ofertada, a mudana de curto prazo. c) A quantidade ofertada s varia em funo de mudanas no preo do prprio bem, enquanto a oferta varia quando ocorrerem mudanas nas demais variveis que afetam a oferta do bem. d) No h diferena entre alteraes na oferta e na quantidade ofertada. e) N.r.a

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Assinale a alternativa correta, coeteris paribus: a) Um aumento da oferta diminui o preo e aumenta a quantidade demandada do bem. b) Uma diminuio da demanda aumenta o preo e diminui a quantidade ofertada e demandada do bem. c) Um aumento da demanda aumenta o preo e diminui a oferta do bem. d) Um aumento da demanda aumenta o preo, a quantidade demandada e a oferta do bem. e) Todas as respostas anteriores esto erradas.

Aponte a alternativa correta: a) Se o preo variar em $ 2, e a quantidade demandada em 10 unidades, conclumos que a demanda elstica. b) A elasticidade-preo cruzada entre dois bens sempre positiva. c) A elasticidade-preo da demanda de sal relativamente baixa. d) A elasticidade-preo da demanda de alimentos , em geral, bastante elevada. e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados relativamente baixa. A elasticidade-renda da demanda o quociente das variaes percentuais entre: a) Renda e preo. b) Renda e quantidade demandada. c) Quantidade e preo. d) Quantidade e renda. e) Quantidade e preo de um bem complementar.

Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demanda do produto elstica, ela deve: a) Aumentar o preo. b) Diminuir o preo. c) Deixar o preo inalterado. d) Depende do preo do bem complementar. e) Depende do preo do bem substituto.

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1) Conceitue elasticidade 2) Conceitue Elasticidade Preo da demanda 3) Conceitue: Demanda inelstica Demanda elstica Demanda perfeitamente inelstica 4) Comente a seguinte frase: Para os bens que possuem elasticidade preo da demanda maior que recomendvel o aumento de seus preos pois haver um aumento significativo na receita total. 5) Conceituar: a) Elasticidade preo da demanda b) bem de luxo c)Eficincia econmica 6) Interpretar a) Er = 5 b) Er = - 3 c) Ep = 1 7) Classificar os bens a) Er = 5 b) Er= -3 c) Er= 1 8) Dada a tabela abaixo P 10 20 a) Calcular a Ep b) Interpretar a Ep Qd 10 5

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9) D 3 exemplos de bens com as seguintes Er a) Er>1 b) Er CT RT < CT Quando a receita menor que os custo de produo temos o lucro negativo ou prejuzo.

Ponto de Equilbrio

CT

RT

CT

RT=CT

Q

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Estruturas de MercadoConcorrncia perfeita

O conceito de concorrncia perfeita o marco a partir do qual os mercados ou as estruturas de mercado que se afastam daquele ideal, como o monoplio e o oligoplio, so considerados como produzindo distores na alocao de recursos, sendo fonte, ento, de ineficincias e, por isso, sujeitas regulamentao estatal. O mercado dito de competio pura ou perfeita caracterizado pela existncia de um grande nmero de pequenos compradores e vendedores; o produto transacionado homogneo; no h barreiras entrada de empresas no mercado ; perfeita transparncia para os vendedores e para os compradores de tudo que ocorre no mercado; perfeita mobilidade dos insumos produtivos. O preo de mercado definido, em equilbrio concorrencial, pela interseco entre as curvas de oferta e da procura, sendo que a oferta de mercado constituda pelo conjunto de todas as ofertas individuais. Monoplio Em economia, monoplio (do grego monos, um + polein, vender) como se denomina uma situao de concorrncia imperfeita, em que uma empresa detm o mercado de um determinado produto ou servio, impondo preos aos que comercializam. Monoplios podem surgir devido a caractersticas particulares de mercado, ou devido a regulamentao governamental, o monoplio coercivo, e criam uma particularidade economica, em que a curva de demanda do bem fica negativamente inclinada, na medida em que a demanda da firma e a demanda do mercado so as mesmas. Monopolio a situao em que um setor do mercado com mltiplos compradores controlado por um nico vendedor de mercadoria ou servio, tendo capacidade de afetar o preo pelo domnio da oferta. Nesse cenrio, os preos tendem a se fixar no nvel mais alto para aumentar a margem de lucro. Alguns monoplios so institudos com apoio legal para estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para proteg-la da concorrncia estrangeira, supostamente desleal por usar mtodos de produo mais eficientes e que

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barateiam o preo ao consumidor. Outros monoplios so criados pelo Estado sob a justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu custo. A empresa estatal Petrobrs era a nica com permisso para prospeco, pesquisa e refino do petrleo at 1995, quando o Congresso autoriza a entrada de empresas privadas no setor.

Monoplio Natural O monoplio natural uma situao de mercado em que os investimentos necessrios so muitos elevados e os custos marginais so muito baixos. Caracterizados tambm por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade. Esses mercados so geralmente regulamentados pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam melhor quando bem protegidos. TV a cabo, distribuio de energia eltrica ou sistema de telefonia so exemplos caracteristicos de monoplios naturais.

Oligoplio a prtica de mercado em que a oferta de um produto ou servio, que tem vrios compradores, controlada por pequeno grupo de vendedores. Neste caso, as empresas tornam-se interdependentes e guiam suas polticas de produo de acordo com a poltica das demais empresas por saberem que, em setores de pouca concorrncia, a alterao de preo ou qualidade de um afeta diretamente os demais. O oligoplio fora uma batalha diplomtica ou uma competio em estratgia. O objetivo antecipar-se ao movimento do adversrio para combat-lo de forma mais eficaz. O preo tende a variar no nvel mais alto. Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no Brasil o automobilstico e o de fumo. Cartel Associao entre empresas do mesmo ramo de produo com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrncia. As partes entram em acordo sobre o preo, que uniformizado geralmente em nvel alto, e quotas de produo so fixadas para as empresas

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membro. Os cartis comearam na Alemanha no sculo XIX e tiveram seu apogeu no perodo entre as guerras mundiais. Os cartis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor livre-concorrncia e beneficiar empresas no-rentveis. O objetivo do cartel , por meio da ao coordenada entre concorrentes, eliminar a concorrncia, com conseqente aumento de preos, aumento do lucro de seus membros e reduo de bem-estar para o consumidor. Cartis so considerados a mais grave leso concorrncia e prejudicam consumidores ao aumentar preos e restringir oferta, tornando os bens e servios mais caros ou indisponveis. Ao artificialmente limitar a concorrncia, os membros de um cartel tambm prejudicam a inovao, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam no mercado. Cartis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda de competitividade da economia com o um todo. A formao de cartis considerada crime em quase todos os pases desenvolvidos por suas leis antitruste. Esse o caso do Brasil. A poltica brasileira de defesa da concorrncia disciplinada pela Lei n 8.884, de 11 de junho de 1994[2]. O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrncia (SBDC) composto por trs rgos: a Secretaria de Acompanhamento Econmico (SEAE) do Ministrio da Fazenda, a Secretaria de Direito Econmico (SDE) do Ministrio da Justia e o Conselho Administrativo de Defesa Econmica (CADE), autarquia federal vinculada ao Ministrio da Justia. De acordo com a legislao brasileira, no mbito administrativo, uma empresa condenada por prtica de cartel poder pagar multa de 1 a 30% de seu faturamento bruto no ano anterior ao incio do processo administrativo que apurou a prtica. Por sua vez, os administradores da empresa direta ou indiretamente envolvidos com o ilcito podem ser condenados a pagar uma multa de 10 a 50% daquela aplicada empresa. Outras penas acessrias podem ser impostas como, por exemplo, a proibio de contratar com instituies financeiras oficiais e de parcelar dbitos fiscais, bem como de participar de licitaes promovidas pela Administrao Pblica Federal, Estadual e Municipal por prazo no inferior a cinco anos.59

Alm de infrao administrativa, a prtica de cartel tambm configura crime no Brasil, punvel com multa ou priso de 2 a 5 anos em regime de recluso. De acordo com a Lei de Crimes Contra a Ordem Econmica (Lei n 8.137, de 27 de dezembro de 1990[3]), essa sano pode ser aumentada em at 50% se o crime causar grave dano coletividade, for cometido por um servidor pblico ou se relacionar a bens ou servios essenciais para a vida ou para a sade. O dia 8 de outubro foi institudo por Decreto Presidencial como sendo o Dia Nacional do Combate a Cartis.

TEXTOS PARA DISCUSSO

CADE julga operaes que geram fuso entre Sky e DirectTVFonte: CADE Na sesso ordinria de julgamento do CADE n 373, que iniciou em 24/05/2006 e finalizou no dia seguinte, o CADE concluiu o julgamento dos Atos de Concentrao ns. 53500.002423/2003 e 53500.029160/2004, que une as operadoras de televiso por assinatura Sky e DirecTV. O CADE aprovou as operaes, impondo restries necessrias para mitigar os provveis impactos causados na concorrncia. Com relao a primeira operao, que envolvia as empresas News Corporation Limited e Hughes Electronics Corporation, o plenrio proibiu, pelo prazo de 5 anos, a atuao das empresas de forma discriminatria com relao aos concorrentes e a exclusividade, pelas empresas do Grupo News, no fornecimento de contedo audiovisual, bem como a exclusividade na transmisso dos principais campeonatos de futebol Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores das Amricas e Campeonatos Estaduais de So Paulo e Rio de Janeiro. O CADE, na anlise da segunda operao, realizada entre News Corporation Limited, DirecTV Group, Inc. e Globo Comunicaes e Participaes S/A., determinou, pelo perodo de 5 anos, que a Sky pratique preos iguais em todo pas para os pacotes de canais, permitindo promoes locais pelo prazo mximo de 90 dias; que os referidos pacotes sejam

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oferecidos em todo territrio nacional e que tal determinao se torne pblica por meio de jornais de grande circulao nacional. O CADE obrigou, tambm, que a Sky, pelo prazo de 3 anos, continue transmitindo canais de contedo brasileiro hoje disponveis na DirecTV para os atuais assinantes que venham a migrar para a Sky; que garanta s programadoras de contedo nacional, a mesma receita hoje auferida com a comercializao deste contedo, decorrentes de contratos que tenha com a DirecTV; e ainda, que a Sky, no prazo de 180 dias, aumente em 20% a base de assinantes que recebam canais de contedo brasileiro, mantendoa pelos 30 meses subsequentes. Por fim, o Conselho obrigou o Grupo Globo de se abster de vetar ou determinar unilateralmente as condies de transmisso de programas ou contedo audiovisual nacional de empresa brasileira, nas operaes da Sky e determinou que sejam alterados contratos de forma que a Sky possa contratar programa ou contedo audiovisual nacional de empresa brasileira, novo ou j existente, por maioria simples de seus scios ou acionistas.

Cade autoriza aquisio da Reebok pela AdidasFonte: Valor Online

BRASLIA - O Conselho Administrativo de Defesa Econmica (Cade) aprovou nesta tarde a compra da marca esportiva Reebok pela concorrente Adidas. A aquisio foi feita em agosto do ano passado. A anlise do Cade considerou os efeitos do negcio no mercado brasileiro. Segundo a assessoria de imprensa do Cade, a aprovao ocorreu sem restries e por unanimidade. Resta agora aguardar a publicao da deciso no Dirio Oficial, nos prximos dias. A companhia alem comprou a Reebok por US$ 3,8 bilhes e obteve autorizao dos rgos reguladores da Unio Europia em janeiro deste ano. Quando anunciou a transao, a Adidas informou que tinha expectativa de elevar o lucro lquido em 10% no mdio prazo. No dia 9 de maio a Adidas reportou aumento de 37% de seu lucro lquido no primeiro trimestre deste ano em relao ao mesmo perodo do ano passado. Em conjunto com a Reebok, o lucro atingiu 144 milhes de euros, contra os 105 milhes registrados em 2005. Mesmo assim, a companhia registrou uma queda de 10% no comrcio das marcas da Reebok em comparao com o primeiro trimestre do ano passado.

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SDE v cartel na distribuio de veculosFonte: Valor Online

A Justia Federal gacha condenou, em primeira instncia, no fim de junho, trs pessoas por consider-las responsveis por prticas de cartel no transporte de veculos novos. Essa deciso d incio a nova etapa de uma disputa que se arrasta h anos e que levou o Ministrio Pblico Federal (MPF) do Rio Grande do Sul a apresentar denncia Justia federal. A Polcia Federal tambm investiga o caso e, durante meses, quebrou o sigilo telefnico de vrios envolvidos. Foram condenados o presidente do Sindican (Sindicato Nacional dos Cegonheiros ), Aliberto Alves; o ex-presidente da Associao Nacional dos Transportadores de Veculos (ANTV), Paulo Guedes; e o diretor de assuntos institucionais da General Motors, Luiz Moan Yabiku Jnior. Eles so acusados pelo MPF de impedir que empresas no associadas ANTV e cegonheiros no filiados ao Sindican participem do mercado de transporte de automveis novos das fbricas para as concessionrias e portos. Testemunhas disseram, nos dois processos que correm na Justia Federal gacha, ter recebido ameaas de pessoas ligadas s entidades caso no seguissem as regras que regem esse mercado. Por meio da assessoria de imprensa, a General Motors do Brasil informa que, como o caso est na Justia, se reserva o direito de no fazer comentrios. Paulo Guedes no foi encontrado. A ANTV representa uma dezena de transportadoras de veculos novos. Elas so remanescentes da chegada da indstria automobilstica em So Paulo, h cinco dcadas. Com a construo de novas fbricas de carros no pas, parte da produo de veculos se deslocou do Sudeste no final da dcada de 90. Mas o transporte continua quase todo sob comando do mesmo grupo. H quatro anos, o MPF do Rio Grande do Sul encaminhou uma denncia Secretaria de Direito Econmico (SDE). Segundo o Ministrio Pblico, a ANTV concentra todo o transporte de automveis no pas e o preo do frete cobrado pelas transportadoras seria maior do que o praticado por transportadoras independentes. Em janeiro deste ano, a SDE recomendou ao Conselho Administrativo de Defesa Econmica (Cade) multar a ANTV e o Sindican por infrao ordem econmica, mas no62

viu "qualquer evidncia" de que a General Motors tivesse praticado alguma infrao ordem econmica. A SDE instaurou um processo administrativo incluindo outras montadoras. O processo foi enviado ao Cade em janeiro, mas ainda no chegou s mos do relator designado, Luis Fernando Schuartz. No h prazo definido para o julgamento. O parecer da SDE atesta a existncia do cartel: "Trata-se de um mercado em que certos atores privados apresentam-se, notoriamente, como verdadeiros agentes reguladores de mercado, como se tivessem prerrogativas de controlar preos, oferta, entrada e sada do mercado. Porm, a ausncia de qualquer autorizao legal ou constitucional para tanto no deixa dvidas de que os representados (ANTV e Sindican) prejudicam a coletividade ao violar a lei e os princpios constitucionais da livre iniciativa, livre concorrncia, funo social da propriedade, defesa dos consumidores e represso ao abuso do poder econmico." Uma das denncias a existncia de um esquema de venda de vagas para novos caminhoneiros. Quem quiser participar do negcio tem que pagar um tipo de pedgio que varia de R$ 300 mil a R$ 1 milho. Antnio Luiz Neto, ex-consultor tcnico da Catlog, que prestava servios de logstica para a Renault, disse SDE que o Sindicam e ANTV cobravam "pedgio" dos caminhoneiros. Segundo a SDE, "a forte atuao dos cartis que dominam h anos esses elos da cadeia vertical, liderados pelos representados (ANTV e Sindicam), que atuam gerando prejuzos s montadoras sempre que estas tentam escolher empresas que no participam desses cartis, tem desestimulado uma atuao mais incisiva para a abertura do mercado de transportes por iniciativa das montadoras." No centro da disputa est o empresrio e deputado federal Vittorio Medioli (PV-MG). Segundo fontes citadas nos processos e ouvidas pelo Valor, Medioli, proprietrio da transportadora Sada, foi aos poucos ampliando seu grupo ao comprar boa parte das demais empresas que formam a ANTV. Ele teve o cuidado de manter a identidade jurdica de cada empresa para no chamar ateno. O diretor jurdico do grupo Sada, Luis Tito, negou a informao e disse que o grupo composto por duas empresas, Sada e DaCunha. Nas montadoras, fontes informam que a centralizao de comando um "assunto engasgado", mas ningum quer falar. Os concessionrios sentem certo alvio por no serem mais os responsveis pela contratao do servio de transporte. Um executivo que no quer ser identificado relata a vez em que recebeu telefonema annimo ameaador. A pessoa que

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ligou aconselhou-o a tomar cuidado nas suas atitudes para preservar a integridade da esposa e filhos. HISTRIA DO PENSAMENTO ECONOMICO As questes econmicas tm preocupado muitos intelectuais ao longo dos sculos. Na antiga Grcia, Aristteles e Plato dissertaram sobre os problemas relativos riqueza, propriedade e ao comrcio. Durante a Idade Mdia, predominaram as idias da Igreja Catlica Apostlica Romana e foi imposto o direito cannico, que condenava a usura (contrato de emprstimo com pagamento de juros) e considerava o comrcio uma atividade inferior agricultura. De modo geral a historia do pensamento econmico pode ser dividida em: Mercantilismo Fisiocracia Economia Clssica Teoria Marxista Teoria Keynesiana

O Mercantilismo Conseqncia da ampliao de horizontes econmicos propiciada pelos

descobrimentos martimos do sculo XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar variantes de pas para pas, esteve sempre associado ao projeto de um estado monrquico poderoso, capaz de se impor entre as naes europias. Mercantilismo a teoria e prtica econmica que defendiam, do sculo XVI a meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do controle governamental da economia e da expanso comercial. Os principais promotores do mercantilismo, como Thomas Mun na Gr-Bretanha, Jean-Baptiste Colbert na Frana e Antonio Serra na Itlia, nunca empregaram esse termo. Sua divulgao coube ao maior crtico do sistema, o escocs Adam Smith, em The Wealth of Nations (1776; A riqueza das naes).64

Para a consecuo dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser relegados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional. A teoria foi exposta de maneira dispersa em numerosos folhetos, meio de comunicao ento preferido pelos preconizadores de uma doutrina. Programa da poltica mercantilista. Alcanar a abundncia de moeda era, efetivamente, um dos objetivos bsicos dos mercantilistas, j que, segundo estes, a fora do estado dependia de suas reservas monetrias. Se uma nao no dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessrio em suas colnias ou, caso no as tivesse, adquiri-lo por meio do comrcio, o que exigia um saldo favorvel da balana comercial -- ou seja, que o valor das exportaes fosse superior ao das importaes. Para obter uma produo suficiente, deviam ser utilizados hbil e eficazmente todos os recursos produtivos do pas, em especial o fator trabalho. Toda nao forte precisava possuir uma grande populao que fornecesse trabalhadores e soldados, e ao mesmo tempo o mercado correspondente. As possesses coloniais deveriam fornecer metais preciosos e matrias-primas para alimentar a manufatura nacional, ao mesmo tempo em que constitussem mercados consumidores dos produtos manufaturados da metrpole. Proibiamse as atividades manufatureiras nas colnias, e o comrcio, em regime de monoplio, era reservado metrpole. Em territrio nacional, o mercantilismo preconizou o desaparecimento das alfndegas interiores, a supresso ou reduo dos entraves produo forados pelas corporaes de ofcio, o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das contas de receitas e despesas do estado, a troca de funcionrios corruptos ou negligentes por outros honestos e competentes, a criao de uma fiscalizao centralizada e a adoo de leis que desestimulassem a importao de bens improdutivos e de grande valor. Avaliao do mercantilismo. A crtica mais abrangente do mercantilismo foi movida por Adam Smith, que denunciou a falsa identificao, feita por muitos tericos dessa corrente econmica, entre dinheiro e riqueza. Com efeito, o forte protecionismo alfandegrio e comercial, e a subordinao da economia das colnias da metrpole, no tinham como fim

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ltimo o desenvolvimento da manufatura nacional mas, como foi assinalado, a maior acumulao possvel de metais nobres. A economia clssica posterior, cujo principal representante foi Smith, preconizou, ao contrrio, a livre atividade comercial e manufatureira em qualquer territrio -- colnia ou metrpole --, j que, segundo seus princpios, a riqueza no se identificava com o simples acmulo de reservas monetrias, mas com a prpria produo de bens. No sculo XX, porm, o economista britnico John Maynard Keynes retomou formulaes do mercantilismo e afirmou a existncia de similitudes entre sua prpria teoria do processo econmico e a teoria mercantilista. Independentemente das diversas anlises econmicas a que foi submetido, o mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condies econmicas e financeiras necessrias a garantir a expanso dos estados absolutistas europeus. Entre os representantes do mercantilismo distinguiu-se o francs Jean-Baptiste Colbert, ministro da Fazenda de Lus XIV, de tal importncia que seu nome serviu para se cunhar o termo por que conhecida a variante francesa do mercantilismo, o colbertismo. Na Gr-Bretanha, alm de Thomas Mun, sustentaram a mesma orientao James Steuart e Josiah Child, assim como na Frana Jean Bodin e Antoine de Montchrestien. Em Portugal, as primeiras reformas do marqus de Pombal revelam sua filiao teoria mercantilista. Fonte: http://www.economiabr.net/economia/1_hpe2.html

Fisiocratas

A escola fisiocrtica surgiu no sculo XVIII e considerada a primeira escola de economia cientfica. Surgiu como uma reao iluminista ao mercantilismo, um subproduto do absolutismo que dava nfase indstria e ao comrcio voltados para a exportao. Ao contrrio, os fisiocratas consideravam a agricultura como fonte original de toda riqueza, porque somente ela permitia larga margem de lucros sobre um investimento pequeno. A terra era a nica verdadeira fonte das riquezas. As outras formas de produo estavam meramente66

transformando produtos da terra, com menor margem de lucro. Os produtos da agricultura deveriam ser valorizados e vendidos a alto preo e os proprietrios de terras reconhecidos com os verdadeiros promotores da riqueza do pas e respeitados como tal. A palavra "fisiocracia" indica a idia fundamental de governo da natureza e liberdade de ao (de onde a famosa frase laissez faire, laissez passer) em oposio s complexas regulamentaes governamentais que regiam o mercantilismo. O promotor dessa revoluo contra o mercantilismo foi Franois Quesnay, mdico da corte de Lus XV. Sua teoria apareceu em seu livro Tableau Economique ("Quadro Econmico"), de 1758, que mostrava esquematicamente as relaes entre as diferentes classes econmicas e setores da sociedade, e o "fluxo de pagamentos" entre elas. Com o Tableau, Quesnay criou o conceito de equilbrio econmico, uma concepo tomada como ponto de partida nas anlises econmicas desde ento. A poupana era potencialmente prejudicial porque, no aplicadas, podia perturbar o equilbrio do fluxo de pagamentos. Segundo Quesnay, existe uma ordem natural e essencial das sociedades humanas, que intil contrariar com leis, regulamentos ou sistemas. Seu primeiro discpulo importante foi Victor Riqueti, Marqus de Mirabeau, que escreveu Explication du "Tableau conomique" ("Explicao do 'Quadro Econmico' ") de 1759, Thorie de l'impt ("Teoria do Imposto"), de 1760; e Philosophie rurale ("Filosofia rural"), de 1763, todos girando em torno ao pensamento do mestre. Em 1763 outro jovem discpulo juntou-se corrente, Pierre Samuel du Pont de Nemours, que em 1767 publicou uma coleo dos escritos de Quesnay sob o ttulo La Physiocratie; ou, constitution naturelle du gouvernement le plus avantageux au genre humain ("A Fisiocracia ou, a constituio natural do governo a mais vantajosa para o gnero humano") do qual a escola tirou o seu nome.Fonte: http://www.cobra.pages.nom.br/ft-fisiocracia.html

O liberalismo econmico de Adam Smith Adam Smith era filho de um controlador alfandegrio em Kirkcaldy, na Esccia. A data exata do seu nascimento desconhecida, mas ele foi batizado em Kirkcaldy em 5 de junho de 1723.67

Adam Smith foi um economista e filsofo escocs. Teve como cenrio para a sua vida o atribulado sculo das Luzes, o sculo XVIII. pai da economia moderna e considerado o mais importante terico do liberalismo econmico. "Ao buscar seu prprio interesse, o indivduo freqentemente promove o interesse da sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a inteno de promovlo." Defendendo o valor do interesse individual para garantir o interesse pblico, Adam Smith criou, neste trecho de sua "A Riqueza das Naes", o conceito de "mo invisvel do mercado", fundamental para a doutrina do liberalismo.

Filho de um fiscal da alfndega, Adam Smith fez seus primeiros estudos em Kirkcaldy, sua cidade natal. Aos 14 anos, ingressou na Universidade de Glasgow, onde se graduou em 1740 e conseguiu uma bolsa de estudos para a Universidade de Oxford, onde estudou filosofia. Seis anos depois, retornou Esccia e tornou-se conferencista pblico em Edimburgo. Adquiriu reconhecimento como filsofo, o que lhe proporcionou ser professor de lgica na Universidade de Glasgow, em 1751. No ano seguinte, passou a lecionar filosofia moral, cadeira pleiteada alguns anos antes, sem sucesso, pelo filsofo David Hume. Nessa poca, travou relaes com nobres e altos funcionrios, freqentando a sociedade de Glasgow e, em 1758, foi eleito reitor da Universidade. Seu primeiro trabalho, "A Teoria dos Sentimentos Morais", foi publicado no ano seguinte. Por intermdio do poltico Charles Townshend, foi convidado para o cargo de tutor do duque de Buccleuch. Em 1763, Adam Smith renunciou ao seu posto na Universidade de Glasgow e mudou-se para a Frana. Passou quase um ano na cidade de Toulouse e depois foi para Genebra, onde se encontrou com o filsofo Voltaire. J em Paris, Adam Smith pode freqentar os sales literrios e travou contato com os filsofos iluministas. Um incidente com um irmo de seu pupilo, no entanto, obrigou Adam68

Smith

a

ir

para

Londres,

onde

passou

a

residir.

Em 1767, Smith retornou a Kirkcaldy, onde iniciou a elaborao e reviso de sua clebre teoria econmica. Passou mais trs anos em Londres, onde seu livro foi concludo. "Uma Investigao sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Naes" foi publicado em 1776, tornando-se um dos mais influentes livros de teoria moral e econmica do mundo. As teorias formuladas em "A Riqueza das Naes" lanaram as bases do liberalismo, como a teoria da livre concorrncia e o conceito de livre mercado. Depois da publicao do livro, tornou-se comissrio da alfndega na Esccia, o que lhe garantiu bons proventos. Reconhecido e considerado por seus contemporneos, Adam Smith morreu em 1790, aos 67 anos.Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u337.jhtm

Karl Marx Karl Heinrich Marx (Trveris, 5 de maio de 1818 Londres, 14 de maro de 1883) foi fundador da concepo materialista da Histria, que influenciou todos os sculos posteriores, intelectual alemo, economista, filsofo, historiador, cientista e jornalista, sendo considerado um dos fundadores da Sociologia e fundador da Primeira e militante da Segunda Internacional.

O pensamento de Marx tem influncia em vrias reas, tais como: Filosofia, Histria, Psicologia, Economia Poltica, Comunicao, Arquitetura, entre outras disciplinas. Teve participao como elaborador terico e como militante revolucionrio no movimento

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operrio, escrevendo junto com Friedrich Engels, a pedido da Liga dos Comunistas, em 1848, o Manifesto Comunista. Atualmente bastante difcil analisar a sociedade humana sem se referenciar, em maior ou menor grau, produo de Karl Marx, apesar da polmica causada por suas afirmaes.Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Teoria Keynesiana At a publicao, em 1936, de The General Theory of Employment, Interest and Money (1936; Teoria geral do emprego, do juro e da moeda), de John Maynard Keynes, a explicao clssica das causas do desemprego dizia que elas eram determinadas pelas estruturas rgidas do mercado de trabalho, que impediam que os salrios baixassem at o nvel do equilbrio.Keynes afirmou que o desemprego pode estar relacionado a uma insuficiente demanda agregada ao mercado de bens, e no a um desequilbrio no mercado de trabalho. Essa insuficincia tem relao com o investimento planejado menor que a reserva disponvel. Tambm ressalta a importncia das variaes do nvel de produo e emprego, como movimentos equilibradores que permitiriam igualar o investimento e a reserva, determinando-se assim o nvel de equilbrio da renda nacional total e da produo nacional.

As teorias de Keynes influenciaram o capitalismo do sculo 20

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Considerado um dos mais importantes economistas de toda a histria, John Maynard Keynes nasceu numa famlia de intelectuais. Estudou no famoso Colgio Eton, da aristocracia inglesa, onde obteve medalhas por mrito em matemtica. Em 1902 Keynes recebeu uma bolsa de estudos para estudar no King's College, da Universidade de Cambridge. Conta-se que, ao entrar na universidade, j possua 329 livros antigos, frutos de uma bibliofilia despertada ainda na adolescncia. Em Cambridge, Keynes foi aluno do famoso economista Alfred Marshall. Em 1906 John M. Keynes tornou-se funcionrio do Ministrio dos Negcios das ndias e passou dois anos na sia. Em 1908 passou a ocupar o cargo de professor de economia em Cambridge, onde lecionou at 1915. Keynes ingressou no Tesouro Britnico em 1916, exercendo diversos cargos importantes. Aps a Primeira Guerra Mundial, Keynes foi conselheiro da delegao britnica nas negociaes de paz, mas em 1919 renunciou ao cargo, sob o argumento de que as compensaes econmicas impostas Alemanha pelo Tratado de Versalhes no eram factveis. Em 1919 publicou seu ponto de vista no livro "As Conseqncias Econmicas da Paz". Seu trabalho teve grande impacto poltico em praticamente todas as naes capitalistas. Durante os anos 1920, as suas teorias econmicas analisaram a necessidade da interferncia do Estado nos mercados instveis do ps-guerra. Em 1932 Keynes redigiu seu "Tratado Sobre a Reforma Econmica". Sua ltima obra, talvez a mais importante, foi publicada em 1936, a "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda". Durante a Segunda Guerra Mundial, John Keynes se reincorporou ao Tesouro Britnico. Em 1944 chefiou a delegao britnica na Conferncia de Bretton Woods, que deu origem ao Banco Mundial e ao Fundo Monetrio Internacional. John M. Keynes teve tambm uma vida social muito ativa. Pertenceu ao famoso grupo de Bloomsburry, formado por intelectuais e aristocratas. Em 1942 recebeu o ttulo de baro de Tilton. Keynes teve vrios relacionamentos homossexuais, o mais importante com o artista plstico Duncan Grant, a quem assistiu financeiramente at o fim da vida. Apesar da homossexualidade, Keynes casou-se com Lydia Lopokova, bailarina da famosa companhia Diaghilev.Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u337.jhtm

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Keynes e poltica econmica J. M. Keynes discordou da lei de Say (que Keynes resumiu como : "a oferta cria sua prpria demanda"). Assim como Thomas Malthus, no acreditava que a produo de mercadorias gerariam, sempre e obrigatoriamente, demanda suficiente para outras mercadorias. Poderiam ocorrer crises de super-produo, como ocorreu na dcada de 1930. Para ele o livre mercado pode, durante os perodos recessivos, no gerar demanda bastante para garantir o pleno emprego dos fatores de produo devido ao "entesouramento" das poupanas. Nessa ocasio seria aconselhvel que o Estado criasse dficits fiscais para aumentar a demanda efetiva e instituir uma situao de pleno emprego. A teoria dos ciclos comerciais, seja ela monetria ou no em sua maneira de apreciar a questo, interessa-se primordialmente pelos problemas das rendas e empregos flutuantes; esses problemas preocuparam os economistas por muitos anos. Os estudos primitivos sobre os ciclos comerciais raramente empregaram muita evidncia emprica, mas pelo menos nos Estados Unidos da Amrica a macroanlise existiu durante meio sculo. Keynes fez a nfase recair inteiramente sobre os nveis de renda, que segundo ele, afetavam os nveis de emprego, o que constitui, naturalmente, uma nfase diferente da encontrada nos estudos anteriores. provavelmente verdico que toda a economia keynesiana tenha-se destinado a encontrar as causas e curas para o desemprego peridico. Keynes no encontrou soluo alguma para o problema em quaisquer trabalhos sobre Economia Poltica ento existentes, sendo os seus esforos, portanto, grandemente exploratrios. Desviou-se claramente da maioria das teorias econmicas anteriores, at mesmo da de seu professor, Alfred Marshall, a qual era considerada pela maior parte dos eruditos quase sacrossanta. verdade que muitas de suas idias combinaram com as dos economistas anteriores, como Lauderdale, Malthus, Rae, Sismondi, Say, Quesnay e outros. Keynes combinou suas prprias teorias e os desenvolvimentos anteriores em uma anlise que ocasionou transformaes na Economia aceita em grau que raiou pela revoluo. O objetivo de Keynes, ao defender a interveno do Estado na economia no , de modo algum, destruir o sistema capitalista de produo. Muito pelo contrrio, segundo o autor, o capitalismo o sistema mais eficiente que a humanidade j conheceu (incluindo a o socialismo). O objetivo o aperfeioamento do sistema, de modo que se una o altrusmo

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social (atravs do Estado) com os instintos do ganho individual (atravs da livre iniciativa privada). Segundo o autor, a interveno estatal na economia necessria porque essa unio no ocorre por vias naturais, graas a problemas do livre mercado (desproporcionalidade entre a poupana e o investimento e o "Estado de nimo" ou, como se diz no Brasil, o "Esprito Animal", dos empresrios). Investimento e expectativas Para Keynes, o investimento depende da interao entre a eficincia marginal do capital e da taxa de juros, deve-se analisar alguns pontos fundamentais de sua teoria. Keynes no considera, como muitos dos autores neoclssicos, a taxa de juros como um custo de emprstimo ou de financiamento, nem mesmo um custo de oportunidade correspondente ao retorno proporcionado pelos ativos aplicados no mercado financeiro, em relao ao investimento em bens de capital produtivo e nem a diferena de preo entre bens de capital e bens de consumo. A taxa de juros, segundo o prprio autor, uma medida da relutncia daqueles que possuem dinheiro em desfazer-se do seu controle lquido sobre ele. Ou seja, o prmio que um agente econmico recebe ao privar-se de sua liquidez. Essa preferncia pela liquidez de seus ativos por parte dos agentes econmicos se justifica por causa de incerteza quanto ao futuro dos eventos econmicos e do resultado futuro dos investimentos passados e presentes. Por essa razo, os indivduos preferem manter sua riqueza na forma de dinheiro. Por isso, segundo Keynes, a taxa de juros representa um limite ao investimento produtivo, apenas por ser um trade-off do investidor, quando aplica seu capital em uma ampla carteira de ativos, entre o investimento (capital produtivo) e a liquidez (capital monetrio). bastante discutvel as razes pelas quais a eficincia marginal do capital deve ser necessariamente decrescente conforme o volume de investimento. O que ocorre, segundo Keynes, so expectativas de retornos declinantes com o nvel de investimento para, de um lado, um dado tamanho (ou crescimento) do mercado, e do outro um crescente risco financeiro associado ao endividamento e perda de liquidez.

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O declnio da eficincia marginal do capital decorre de sua escassez decrescente com o volume demandado, como ocorre com qualquer ativo de capital. Para ativos de capital produtivo, o limite para o investimento dado pelo mercado dos bens produzidos com esse capital. O declnio do seu rendimento marginal se d devido aos crescentes custos financeiros decorrentes de amortizaes e dvidas contradas pela empresa investidora, ou ainda o fluxo de desembolsos para o pagamento desses mesmos bens de capital, o que reduz a condio de liquidez da empresa. Esses fatores aumentam os riscos financeiros assumidos pelos investidores, o que faz com que as suas expectativas de retorno sejam cada vez menores. Em resumo, Keynes percebe o investimento produtivo como um fenmeno monetrio, ao invs de autores clssicos que desvinculavam poupana de investimento.A conotao monetria do investimento para Keynes envolve tambm em reconhecer que as prprias definies do investimento produtivo e de preferncia pela liquidez encontram-se interligados pela mtua dependncia de expectativas referentes incerteza frente a acontecimentos futuros. A peculiaridade das expectativas de longo prazo associadas ao investimento produtivo est principalmente na maior durao do perodo de comprometimento do investidor com ativos produtivos durveis, isto , de baixa liquidez, o que acarreta a dificuldade ou impossibilidade dos erros de correo, por baixos custos, dos erros de previso quanto aos futuros da economia e dos mercados. Torna-se, portanto, essencial para que os agentes econmicos tomem decises seguras, buscando minimizar a incerteza. Porm, como Keynes considera a incerteza uma fora endgena ao sistema capitalista, a soluo adotada pelos agentes econmicos que possuem ativos , ao invs de eliminar, contornar as incertezas de suas expectativas pelo recurso da adoo de normas de comportamento convencionais. Essas normas de comportamento convencionais, segundo Keynes, consistem em supor que o presente estado de coisas continuar indefinidamente a menos que haja razes especficas para esperar mudanas. As expectativas de longo prazo no esto sujeitas reviso repentina, e por isso no podem ser afetadas pelos resultados futuros, e nem eliminadas. No podem haver, portanto, comportamentos cautelosos, na forma de expectativas adaptativas (e muito menos

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expectativas racionais), que amenizem as incertezas e estabilizem os investimentos. Pois, a incerteza uma caracterstica intrnseca do sistema capitalista. Ou seja, em suma, a reao natural dos indivduos s incertezas quanto aos acontecimentos econmicos futuros se guiar por um comportamento convencional, que aplaina o caminho do investimento por intermdio de um no desprezvel componente inercial das expectativas.

MonetarismoOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Monetarismo uma teoria econmica que defende que possvel manter a estabilidade de uma economia capitalista atravs de instrumentos monetrios, pelo controle do volume de moeda disponvel e de outros meios de pagamento. Foi a principal teoria de oposio ao keynesianismo. At o sculo XX, foi respaldado pela "teoria quantitativa do dinheiro" de Irwin Fisher, formalizando-se na equao onde o nvel geral de preos equivalia quantidade de dinheiro multiplicada por sua "velocidade de circulao" dividida pelo volume de transaes. Os principais defensores do monetarismo, em pocas recentes, foram os economistas da Escola de Chicago, liderados por George Stigl