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Didatismo e Conhecimento

Índice

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

IFPBAuxiliar de Biblioteca

EDITAL Nº 63/2015, DE 04 DE MAIO DE 2015, RETIFICADO PELO EDITAL 64/2015, DE 06 DE MAIO DE 2015

ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS

LÍNGUA PORTUGUESA

1. Compreensão e interpretação de textos; ........................................................................................................................012. Gêneros textuais; ..............................................................................................................................................................053. Fatores de textualidade; ..................................................................................................................................................064. Ortografia oficial; .............................................................................................................................................................135. Acentuação gráfica; ..........................................................................................................................................................166. Emprego da crase; ............................................................................................................................................................197. Pontuação; ........................................................................................................................................................................208. Concordância nominal e verbal; .....................................................................................................................................329. Regência nominal e verbal; .............................................................................................................................................2910. Relações sintático-semântico-discursivas no processo argumentativo. .....................................................................32

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

1. Direito Constitucional: Direito e Garantias Fundamentais (art. 5º ao 17 da C.F.); ...................................................01Da Administração Pública (art. 37 ao 41 da C.F.); ............................................................................................................07 Da Ordem Social (art. 205 ao 216, 218, 219, 225 ao 232 da C.F.); ..................................................................................152. Dos Crimes contra a Administração Pública (art. 312 ao 327 do Código Penal); ......................................................203. Improbidade Administrativa: Lei nº 8.429/92; ..............................................................................................................224. Lei nº 8.112 e alterações posteriores: Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição (art. 5º ao

39 da Lei nº 8.112/90); Dos Direitos e Vantagens (art. 40 ao 115 da Lei 8.112/90); Do Regime Disciplinar (art. 116 ao 142 da Lei nº 8.112/90); ......................................................................................................................................................................26

5. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal: Decreto nº 1.171, deb 22 de junho de 1994, e suas atualizações. ............................................................................................................................................43

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Didatismo e Conhecimento

Índice

INFORMÁTICA

Fundamentos de microinformática: hardware e software; ..............................................................................................01Sistemas operacionais: conceito, interface de janelas, funções, acessórios e utilitários (Linux e MS Windows 7

e 8); ........................................................................................................................................................................ 16Criação e edição de textos, planilhas eletrônicas e apresentações: Ambientes Microsoft Office e LibreOffice; .........36Serviços de internet: conceitos, correio eletrônico, listas de e-mail; grupos de discussão, navegação, busca e

pesquisa. .....................................................................................................................................................................................119Noções de Redes: arquitetura cliente/servidor, equipamentos de rede (roteador, switch, access point) ....................125

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. Organização e funcionamento de bibliotecas ................................................................................................................01 Ética, organismos de classe e legislação; ...........................................................................................................................032. Acervo: organização e tratamento técnico, representação descritiva da informação (catalogação), representação

temática da informação (classificação e indexação), Classificação Decimal Universal (CDU); ...........................................113. Armazenagem e reposição do material no acervo, conservação e preservação do acervo; .......................................164. Catálogos;..........................................................................................................................................................................165. Serviços aos usuários: orientação e consulta, referência, pesquisas e levantamentos bibliográficos, circulação do

acervo, noções de normalização de documentos (ABNT) ........................................................................................................19

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Didatismo e Conhecimento

SAC

Atenção

SACDúvidas de Matéria

A NOVA APOSTILA oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato).O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital.O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida somente através do e-mail: professores@

novaapostila.com.br.Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da

matéria em questão.Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especificação da apostila (apostila/concurso/cargo/Estado/

matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos - Disciplina:. Português - paginas 82,86,90.

Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, podendo demorar em média 05 (cinco) dias para retornar. Não retornando nesse prazo, solicitamos o reenvio do mesmo.

Erros de ImpressãoAlguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabricação deste volume, caso

encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, [email protected] aos candidatos que para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a NOVA

APOSTILA auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos com a organizadora dos concursos, de forma que inscrições, data de provas, lista de aprovados entre outros independe de nossa equipe.

Havendo a retificação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, pois a apostila é elaborada com base no primeiro edital do concurso, teremos o COMPROMISSO de enviar gratuitamente a retificação APENAS por e-mail e também disponibilizaremos em nosso site, www.novaapostila.com.br, na opção ERRATAS.

Lembramos que nosso maior objetivo é auxiliá-los, portanto nossa equipe está igualmente à disposição para quaisquer dúvidas ou esclarecimentos.

CONTATO COM A EDITORA:2206-7700 / 0800-7722556

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Atenciosamente,NOVA CONCURSOS

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Didatismo e Conhecimento

Artigo

O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula de exclusividade, para uso do Grupo Nova.

O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.

A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO

Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.

Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.

Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da perda de prazer nas horas de descanso.

Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de quem quer vencer na vida são:

• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança), • falta de tempo e• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.

E então, você já teve estes problemas?Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas

como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos

públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!Outros problemas? Falta de dinheiro, dificuldade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e

estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito,

Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a volta por cima”.

É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia.

O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:

1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que

podem ser aprendidos.O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas). Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão

aumentar seu desempenho.Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta

um pouco de disciplina e organização.O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir

como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.

Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o seu rendimento final no estudo aumenta.

Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem seu tempo definido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.

Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em tudo que fazemos.

*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller “Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar

www.williamdouglas.com.brConteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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Didatismo e Conhecimento 1

LÍNGUA PORTUGUESA

1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS;

É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui al-guns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos.

Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas

entre si, formando um todo significativo capaz de produzir intera-ção comunicativa (capacidade de codificar e decodificar ).

Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em

cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estrutu-ração do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente da-quele inicial.

Intertexto - comumente, os textos apresentam referências di-

retas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpre-

tação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par-tir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: - Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de

uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.

- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.

- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.

- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.

Condições básicas para interpretar

Fazem-se necessários: - Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literá-

rios, estrutura do texto), leitura e prática;- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto)

e semântico;

Observação – na semântica (significado das palavras) in-cluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sino-nímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.

- Capacidade de observação e de síntese e - Capacidade de raciocínio.

Interpretar X compreender

Interpretar significa- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.- Através do texto, infere-se que...- É possível deduzir que...- O autor permite concluir que...- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está es-

crito.- o texto diz que...- é sugerido pelo autor que...- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...- o narrador afirma...

Erros de interpretação É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de er-

ros de interpretação. Os mais frequentes são:- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto,

acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas

a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias

às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-quentemente, errando a questão.

Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a

ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais.

Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacio-na palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia

e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sen-do, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.

- qual (neutro) idem ao anterior.- quem (pessoa)- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o ob-

jeto possuído.

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Didatismo e Conhecimento 2

LÍNGUA PORTUGUESA- como (modo)- onde (lugar)quando (tempo)quanto (montante)

Exemplo:Falou tudo QUANTO queria (correto)Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria apa-

recer o demonstrativo O ). Dicas para melhorar a interpretação de textos

- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a lei-

tura;- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo

menos duas vezes;- Inferir;- Voltar ao texto quantas vezes precisar;- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor com-

preensão;- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada ques-

tão;- O autor defende ideias e você deve percebê-las.

Fonte:http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/

como-interpretar-textos

QUESTÕES

1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ – ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo expresso no excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”.

a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.

Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”.

RESPOSTA: “A”.

(TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão de número 2, considere o texto abaixo.

A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cuba-no, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e proclamaram a independência do país em relação à metrópole espanhola. Mas a Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cuba-no e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhóis.

Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição ao comércio, o governo americano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial do Havana.

Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um livro nas mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que parece ser uma atenção enlevada.

O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a romances e coleções de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto; Dumas consentiu.

Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em silêncio concentrado e não eram permitidos comen-tários ou questões antes do final da sessão.

(Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136)

Depreende-se do texto que(A) a atividade de ler em voz alta, conduzida pelo “lector”,

permitia que os operários produzissem mais, pois trabalhavam com maior concentração.

(B) o hábito de ler em voz alta, levado originalmente de Cuba para os Estados Unidos, relaciona-se ao valor atribuído à leitura, que é determinado culturalmente.

(C) os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do escritor.

(D) ao contratar um leitor, os operários cubanos podiam su-perar, em parte, a condição de analfabetismo a que estavam sub-metidos.

(E) os charuteiros cubanos, organizados coletivamente, com-partilhavam a ideia de que a fruição de um texto deveria ser comu-nitária, não individual.

Interpretação textual. As alternativas estão relacionadas ao tema, mas a que foi abordada explicitamente no texto é: “os operá-rios cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do escritor”.

RESPOSTA: “C”.

3-) (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - ADAPTADO) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Foi por me sentir genuinamente desidentificado com qualquer espécie de regionalismo que escrevi coisas como: “Não sou brasi-leiro, não sou estrangeiro / Não sou de nenhum lugar, sou de lugar nenhum”/ “Riquezas são diferenças”.

Ao mesmo tempo, creio só terem sido possíveis tais formula-ções pessoais pelo fato de eu haver nascido e vivido em São Paulo. Por essa ser uma cidade que permite, ou mesmo propicia, esse de-sapego para com raízes geográficas, raciais, culturais. Por eu ver São Paulo como um gigante liquidificador onde as informações diversas se misturam, gerando novas interpretações, exceções.

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Didatismo e Conhecimento 3

LÍNGUA PORTUGUESAPor sua multiplicidade de referências étnicas, linguísticas,

culturais, religiosas, arquitetônicas, culinárias...São Paulo não tem símbolos que deem conta de sua diversi-

dade. Nada aqui é típico daqui. Não temos um corcovado, uma arara, um cartão postal. São Paulo são muitas cidades em uma.

Sempre me pareceram sem sentido as guerras, os fundamen-talismos, a intolerância ante a diversidade.

Assim, fui me sentindo cada vez mais um cidadão do planeta. Acabei atribuindo parte desse sentimento à formação miscigenada do Brasil.

Acontece que a miscigenação brasileira parece ter se multi-plicado em São Paulo, num ambiente urbano que foi crescendo para todos os lados, sem limites.

Até a instabilidade climática daqui parece haver contribuí-do para essa formação aberta ao acaso, à imprevisibilidade das misturas.

Ao mesmo tempo, temos preservados inúmeros nomes indíge-nas designando lugares, como Ibirapuera, Anhangabaú, Butantã etc. Primitivismo em contexto cosmopolita, como soube vislum-brar Oswald de Andrade.

Não é à toa que partiram daqui várias manifestações cultu-rais.

São Paulo fragmentária, com sua paisagem recortada entre praças e prédios; com o ruído dos carros entrando pelas janelas dos apartamentos como se fosse o ruído longínquo do mar; com seus crepúsculos intensificados pela poluição; seus problemas de trânsito, miséria e violência convivendo com suas múltiplas ofer-tas de lazer e cultura; com seu crescimento indiscriminado, sem nenhum planejamento urbano; com suas belas alamedas arboriza-das e avenidas de feiura infinita.

(Adaptado de: ANTUNES, Arnaldo. Alma paulista. Disponí-vel em http://www.arnaldoantunes.com.br).

No texto, o autor (A) descreve São Paulo como uma cidade marcada por con-

trastes de diversas ordens.(B) assinala a relevância da análise de Oswald de Andrade a

respeito do provincianismo da antiga São Paulo.(C) critica o fato de nomes indígenas, ininteligíveis, designa-

rem, ainda hoje, lugares comuns da cidade de São Paulo.(D) sugere que o trânsito, com seus ruídos longínquos, é o

principal problema da cidade de São Paulo.(E) utiliza-se da ironia ao elogiar a instabilidade climática e a

paisagem recortada da cidade de São Paulo.

Questão fácil! Ao ler o texto e analisar as alternativas, a única que está evidente no texto é: “descreve São Paulo como uma cida-de marcada por contrastes de diversas ordens”.

RESPOSTA: “A”.

(PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às questões de números 4 e 5.

Bolsa rosa, contas no vermelhoNão fosse por um detalhe crucial – de onde tirar o dinheiro –,

a criação de um regime de aposentadoria para milhões de donas de casa brasileiras de baixa renda até poderia fazer sentido. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara para reconhe-cer os direitos das mulheres dedicadas integralmente às tarefas

domésticas. Mas eles ignoram o impacto econômico que isso teria nas contas públicas. A deputada Alice Portugal (PT-SC), defen-sora da criação dessa espécie de bolsa-cor-de-rosa, afirma que “muitas vezes, após 35 anos de casamento, o marido vai embora, e ela (a mulher), que prestou serviços a vida inteira, não tem am-paro”.

Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano.

(Exame, edição 988, ano 45, n.º 5, 23.03.2011)

4-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) O tema desse texto é

(A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa brasileiras.(B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos maridos.(C) a falta de dinheiro para pagar salários a mulheres de baixa

renda no Brasil.(D) o alto custo das contas públicas brasileiras.(E) o impacto econômico da aposentadoria de donas de casa

nas contas públicas.

Pela leitura do texto, fica evidente que ele aponta o impacto econômico que o pagamento de aposentadoria às donas de casa causará às contas públicas.

RESPOSTA: “E”.

5-) (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) A frase do texto – “Caso a bon-dade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano.” – indica

(A) ironia.(B) respeito.(C) indignação.(D) frustração.(E) aprovação.

O termo que facilita a resposta à questão é: Caso a bondade seja aprovada = ironia.

RESPOSTA: “A”.

6-) (TRF – 4ª REGIÃO – TAQUIGRAFIA – FCC/2010) Con-sidere:

Chama-se “situação de discurso” o conjunto das circunstân-cias no meio das quais se desenrola um ato de enunciação (seja ele escrito ou oral). É preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente físico e social em que este ato se dá, a imagem que dele têm os interlocutores, a identidade desses, a ideia que cada um faz do outro (inclusive a representação que cada um possui daquilo que o outro pensa sobre ele), os acontecimentos que precederam o ato de enunciação (especialmente as relações que tiveram antes os interlocutores, e principalmente as trocas de palavras em que se insere a enunciação em questão).

(Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionário enciclopédico das ciên-cias da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 297-8)

Segundo o texto, é correto afirmar:a) A análise discursiva deve se ater ao estudo dos enunciados.b) Os enunciados produzem a enunciação.c) A descrição da enunciação é determinada pela identidade

dos interlocutores.d) Dados exteriores aos enunciados são apendiculares à com-

preensão.

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Didatismo e Conhecimento 4

LÍNGUA PORTUGUESAe) O conceito de situação de discurso engloba a enunciação e

seu entorno.Utilizemos trechos do texto para que consigamos responder à

questão (não se esqueça: você pode – deve – fazer isso em seu con-curso também!): ...conjunto das circunstâncias no meio das quais se desenrola um ato de enunciação (...) É preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente físico e social em que este ato se dá. = enunciação e seu contexto, ambiente no qual a situação de discurso ocorre.

RESPOSTA: “E”.

(MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013 - ADAPTADA) Atenção: Considere o poema abaixo para responder às questões de números 7 a 9.

O rioSer como o rio que defluiSilencioso dentro da noite.Não temer as trevas da noite.Se há estrelas nos céus, refleti-las.E se os céus se pejam de nuvens,Como o rio as nuvens são água,Refleti-las também sem mágoaNas profundidades tranquilas.(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro.

Nova Aguilar: 1993. p. 285)

7-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013) O poeta

(A) considera a participação dos seres humanos na natureza, por estarem submetidos a uma série ininterrupta de acontecimen-tos rotineiros.

(B) se volta para o necessário respeito aos elementos da natu-reza, como garantia de uma vida tranquila, sem sobressaltos ines-perados.

(C) demonstra desencanto em relação aos problemas cotidia-nos, por sua habitual ocorrência a exemplo da natureza, sem qual-quer solução possível.

(D) alude à fatalidade do destino humano sujeito a contínuas alterações, semelhantes às impostas pela natureza a um rio, que flui incessantemente.

(E) propõe adaptação às circunstâncias da vida, sejam elas fa-voráveis ou não, as quais devem ser analisadas e, principalmente, aceitas.

Com palavras do texto podemos responder à questão: Ser como o rio ... Não temer as trevas da noite ... Refleti-las também sem mágoa.

RESPOSTA: “E”.

8-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013) Considere as afirmativas abaixo:

I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, espe-cialmente em razão do emprego de formas verbais de infinitivo.

II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos que deflui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade mostrada em E se os céus se pejam de nuvens.

III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz compara-ção que corrobora a visão exposta no poema.

Está correto o que se afirma APENAS em(A) I e II.(B) I e III.(C) II.(D) II e III.(E) III.

I. O poema se desenvolve em forma de mandamentos, espe-cialmente em razão do emprego de formas verbais de infinitivo.

II. Percebe-se corretamente uma atmosfera onírica nos versos que deflui / Silencioso dentro da noite, em oposição à realidade mostrada em E se os céus se pejam de nuvens = não há descrição da realidade, são suposições

III. O verso Como o rio as nuvens são água introduz compara-ção que corrobora a visão exposta no poema. = correta

RESPOSTA: “B”.

9-) (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO COMUNICÓLOGO – FCC/2013) O emprego de ser no 1º verso indica

(A) aproximação do sentido do infinitivo histórico ou narra-tivo.

(B) suavização de uma ordem imprescindível.(C) substituição do imperativo, mantendo-se a noção de or-

dem.(D) intenção de evidenciar o sujeito oculto da ação verbal.(E) destaque do agente da ação verbal, para evitar ambigui-

dade.

O poeta não utiliza o verbo “seja” (imperativo), mas através do poema ele nos “aconselha” a que assumamos as posturas por ele descritas usando os verbos no infinitivo (ordem de uma manei-ra mais sutil).

RESPOSTA: “C”.

10-) (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) Conhecido comercial da tevê fala de uma “cerveja que desce re-dondo”. O sentido atribuído à palavra “redondo” refere-se

A) à mesa do bar que aparece no cenário dos comerciais de cerveja.

B) à própria cerveja que pode ser assim considerada em sen-tido denotativo.

C) ao ato de descer facilmente, que, nesse caso, significa es-correr pela garganta.

D) ao líquido da bebida, que toma o formato arredondado da garrafa que o contém.

E) ao pronome relativo empregado na frase, para substituir o termo cerveja.

Questão de interpretação da linguagem publicitária: “descer redondo” significa que a cerveja desce facilmente, de maneira agradável.

RESPOSTA: “C”.

11-) (INSS – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – FUNRIO/2013) O jornal O Globo de 25/10/2011 deu a seguinte notícia: “A vitória avassaladora da Presidente argentina pode abrir caminho para que Cristina Kirchner avance com projetos cada vez mais polê-micos, entre eles o de uma reforma constitucional que incluiria a possibilidade de reeleição indefinida, atitude negada por ela du-rante a campanha.” Considerando apenas os dados disponíveis no texto, pode-se fazer a seguinte interpretação da notícia:

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Didatismo e Conhecimento 5

LÍNGUA PORTUGUESAA) A maneira pela qual se deu a vitória de Cristina Kirchner

talvez sirva como argumento para uma possível reforma constitu-cional.

B) Cristina Kirchner pretende aprovar a possibilidade de ree-leição indefinida, embora essa atitude contrarie o que foi dito du-rante a sua campanha eleitoral.

C) Para dar sequência a projetos de reforma, impõe-se que Cristina Kirchner abra os caminhos criados por sua vitória nas ur-nas.

D) Depois de eleita, Cristina Kirchner ameaça a sociedade argentina com uma polêmica reforma constitucional que vai de encontro com a liberdade de imprensa.

E) Por conta do procedimento autoritário de Cristina Kirch-ner, a reeleição presidencial pode ser colocada em discussão após sua vitória.

Com base nos dados apresentados no enunciado, a alternativa que condiz com as informações presentes no texto é: “A maneira pela qual se deu a vitória de Cristina Kirchner talvez sirva como argumento para uma possível reforma constitucional”.

RESPOSTA: “A”.

12-) (METRÔ/SP – ENGENHEIRO JÚNIOR CIVIL – FCC/2012) Sobre a frase “As minhocas, que não conhecem civi-lização, queixam-se quando as arrancamos da terra” é correto afirmar que

(A) a supressão das vírgulas alteraria o sentido do que se diz, restringindo o alcance do termo minhocas.

(B) o pronome “as” deverá ser substituído por lhes, caso ve-nhamos a empregar desenterramos, em vez de arrancamos da terra.

(C) o segmento que não conhecem civilização expressa um efeito da ação indicada em quando as arrancamos da terra.

(D) a construção quando as arrancamos resultará, na transpo-sição para a voz passiva, em quando as temos arrancado.

(E) As minhocas (...) queixam-se é construção que exemplifi-ca um caso de voz passiva, equivalente a Vendem-se casas.

“As minhocas, que não conhecem civilização, queixam-se quando as arrancamos da terra

A oração destacada é adjetiva explicativa, ou seja, generaliza, explica que TODAS as minhocas não conhecem a civilização. Se retirarmos a vírgula, a oração passará a ser classificada como adje-tiva restritiva, alterando, também, seu sentido, já que restringirá o “quadro” de minhocas que se queixam quando arrancadas da terra: “somente as que não conhecem a civilização”.

RESPOSTA: “A”.

13-) (MPE/RO – ANALISTA – AUDITORIA – FUN-CAB/2012 - ADAPTADA)

(...) As pesquisas indicam, em essência, um caminho: graças à vontade política dos governantes locais, em nenhum outro lugar da Índia se investiu tanto na educação das mulheres. Uma ação que enfrentou a rotina da marginalização. Na Índia, por questões culturais, se propagou o infanticídio contra meninas, praticado pelos próprios pais.(...)

A que se refere a expressão UMA AÇÃO?A) vontade política.B) governantes locais.C) pesquisas feitas em Kerala.D) investimento na educação das mulheres.

E) o infanticídio contra meninas. Recorramos ao texto: em nenhum outro lugar da Índia se in-

vestiu tanto na educação das mulheres. Uma ação que... O termo retoma “investiu tanto na educação das mulheres”.

RESPOSTA: “D”.

14-) (MPE/RJ – ANALISTA PROCESSUAL – FUJB/2011)

TEXTO 1 “O dia 12 de junho é reservado ao combate ao Trabalho

Infantil. A data, designada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2002, e endossada pela legislação nacional, Lei n. 11.542, em 2007, visa chamar a atenção das diferentes so-ciedades para a existência do trabalho infantil, sensibilizando todos os povos para a necessidade do cumprimento das normas internacionais sobre o tema, em especial as Convenções da OIT 188, de 1973, e 182, de 1999, que tratam, respectivamente, da ida-de mínima para o trabalho e as piores formas de trabalho infantil.

(Trabalho infantil, Marcelo Uchôa)Depreende-se do texto 1 que o dia 12 de junho:

(A) é data marcada pela OIT para a comemoração da existên-cia do trabalho infantil;

(B) pretende ser identificado como o diam em que se come-çou a combater o Trabalho Infantil;

(C) assinala a preocupação brasileira com a existência do tra-balho infantil em suas piores formas;

(D) indica uma data simbólica para que os povos despertem para os problemas decorrentes do trabalho infantil;

(E) foi criado pela legislação brasileira, com o apoio da OIT, para que se combatam os males do trabalho infantil.

Resposta no texto: A data, designada (...) visa chamar a aten-ção das diferentes sociedades para a existência do trabalho infantil.

RESPOSTA: “D”.

2. GÊNEROS TEXTUAIS;

A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo trans-mitido entre os interlocutores. Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito, pois nunca es-crevemos para nós mesmos, nem mesmo falamos sozinhos.

É de fundamental importância sabermos classificar os textos com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais.

Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato pre-senciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre de-terminado assunto, ou descrevemos algum lugar que visitamos, ou fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhe-cer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classi-ficamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação.

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Didatismo e Conhecimento 6

LÍNGUA PORTUGUESAAs tipologias textuais caracterizam-se pelos aspectos de or-

dem linguística

- Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação demar-cados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre outros:

Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram...

- Textos descritivos – como o próprio nome indica, descre-vem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem de-marcados no presente ou no pretérito imperfeito:

“Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...”

- Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfati-zando acerca das razões de ela acontecer, como em:

O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o bene-fício.

- Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma moda-lidade na qual as ações são prescritas de forma sequencial, utili-zando-se de verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente.

Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa homogênea.

- Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-se pelo predomínio de operadores argumentativos, revelados por uma car-ga ideológica constituída de argumentos e contra-argumentos que justificam a posição assumida acerca de um determinado assunto.

A mulher do mundo contemporâneo luta cada vez mais para conquistar seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que os gêneros estão em complementação, não em disputa.

Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se conceituam como gêneros textuais as diversas situações sociocomunicativas que participam da nossa vida em sociedade. Como exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma re-portagem, uma monografia, um poema, um editorial, e assim por diante.

3. FATORES DE TEXTUALIDADE;

Tipologia Textual

1. NarraçãoModalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que

ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

2. DescriçãoUm texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma

pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.

3. DissertaçãoDissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto,

discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

3.1 Dissertação-ExposiçãoApresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber

teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia idéias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.

3.1 Dissertação-ArgumentaçãoUm texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou

um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

4. Injunção/InstrucionalIndica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva

e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).

OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre os gramáticos. Muitos consideram também que o tipo Predição possui características suficientes para ser definido como tipo textual, e alguns outros possuem o mesmo entendimento para o tipo Dialogal.

5. PrediçãoCaracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor

a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.

6. Dialogal / ConversacionalCaracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo

predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.

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Didatismo e Conhecimento 7

LÍNGUA PORTUGUESAGêneros textuais

Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:

Carta: quando se trata de “carta aberta” ou “carta ao leitor”, tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de “carta pessoal”, a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum.

Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.

Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.

Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.

Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.

Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentati-vo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.

Notícia: podemos perfeitamente identificar característi-cas narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.

Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dis-sertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem di-reta.

Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialo-gal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o en-trevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectosnarrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica.

História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conver-sação.

Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espé-cie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum aconteci-mento atual, em sua grande maioria.

Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específi-cas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.

Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser con-siderado como poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal.

Gêneros literários:

· Gênero Narrativo:Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos

eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:

Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero.

Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.

Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.

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Didatismo e Conhecimento 8

LÍNGUA PORTUGUESAConto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente

em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia tex-tual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto po-pular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.

Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida co-tidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV..

Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos.

Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.

· Gênero Dramático:Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse

tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “acon-tece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.

Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era «uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narran-do, inspirando dó e terror”. Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.

Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas.

Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares.

Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.

Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.

· Gênero Lírico:É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala

no poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem.

Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare.

Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.

Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical;

Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara);

Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.

Acalanto: ou canção de ninar;

Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase;

Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à dança;

Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical;

Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio;

Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;

Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d.

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Didatismo e Conhecimento 9

LÍNGUA PORTUGUESAVilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões

(cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto.

Exercícios

1. Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:a) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivob) A postura do autor é de argumentadorc) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.d) Não apresenta clímax em sua estruturae) O enredo é prioritário2. O predomínio de adjetivações é comumente encontrado

no texto:a) Narrativob) Informativoc) Descritivod) Dissertativoe) Epistolar

3. Duas características são representativas do modo de organização dissertativa, assinale-as:

a) Introdução e clímaxb) Argumentação e sensaçãoc) Sequência de fatos e de aspectosd) Verbos de ação e objetividadee) Convencimento e descrição

4. Leia o texto a seguir:Parceria Reeditada“Viviane Pasmanter estreou na TV em 91, na novela

“Felicidade”, de Manoel Calos, dirigida por Denise Saraceni. Ela deverá voltar a trabalhar com Denise em “Ciranda de pedra”, nova novela das 18h”.

O Globo 08/02/08A opção que melhor justifica o título do texto é:a) o fato de Viviane Pasmanter ter estreado na TV em 1991.b) de a atriz ter sido dirigida por Denise Saraceni.c) por ter trabalhado com Denise Saraceni na novela

“Felicidade”d) por ter trabalhado com Denise Saraceni em “Felicidade” e

trabalhar novamente com ela em “Ciranda de pedra”.e) Viviane Pasmanter trabalhar em uma novela de Manoel

Carlos.

5. O verbo estrear aparece conjugado no texto (estreou). Indique o modo e o tempo a que pertence este verbo.

a) indicativo / presenteb) subjuntivo / pretérito imperfeitoc) indicativo / pretérito imperfeitod) indicativo / pretérito perfeitoe) imperativo / afirmativo

6. O uso das aspas em alguns vocábulos do texto é justificado por/pela:

a) sempre se usa com os substantivos.b) participação de Viviane em novelas da TV Globo.c) não estar empregada em seu sentido originald) participar duas vezes de novelas dirigidas por Denise

Saraceni.e) ser o nome da novela, por isso o uso das aspas.

7. No segmento: “Ela deverá voltar a trabalhar...”. O elemento sublinhado é classificado morfologicamente por:

a) artigob) preposiçãoc) pronomed) advérbioe) substantivo

8. “Ela deverá voltar a trabalhar com Denise...” O segmento destacado é classificado sintaticamente como:

a) Adjunto adverbial de modob) Adjunto adverbial de companhiac) Adjunto adverbial de lugard) Adjunto adverbial de negaçãoe) Adjunto adverbial de pessoa

9. “Ela deverá voltar...”. A locução verbal pode ser substituída, sem alteração semântica, por um verbo simples, assinale-o:

a) voltab) voltariac) voltarád) poderá voltare) voltou

10. “Viviane Pasmanter estreou na TV...”. Nesse período o verbo “estreou” concorda com seu sujeito “ Viviane Pasmanter”, marque a alternativa em que tal concordância NÃO ocorre:

a) A atriz se atrasou para a peça.b) Roberto Carlos cantou no Canecão.c) Dá-se aulas de Língua portuguesa.d) Edson Celulari ainda é fiel a Claudia Raia.e) Suzana Vieira desfilou no carnaval.

11. Leia o texto a seguir: Para fazer uma boa compra no ramo imobiliário, não basta

ter dinheiro na mão. É imprescindível que o comprador seja frio, calculista e bem informado. Na hora de comprar um imóvel, a emoção é um dos maiores inimigos de um bom negócio. Assim, por mais que se goste de uma casa, convém manter sempre um certo ar de contrariedade. Se o vendedor perceber qualquer sinal de emoção, isso poderá custar dinheiro ao comprador. Não é por outra razão que quem compra para especular ou apenas para investir costuma conseguir um melhor negócio do que quem está à procura de um lugar para morar.

Segundo o texto:a) Os vendedores, via de regra, buscam ludibriar os

compradores, e vice-versa.b) O vendedor costuma aumentar o preço do imóvel quando

o comprador não está bem informado sobre o mercado de valores.c) O mercado imobiliário oferece bons investimentos apenas

para quem pretende especular.d) No ramo imobiliário, uma atitude que aparente indiferença

pode propiciar negócio mais vantajoso para o comprador.e) No mercado imobiliário, o comprador realiza melhor

negócio adquirindo uma propriedade de que não tenha gostado muito.

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Didatismo e Conhecimento 10

LÍNGUA PORTUGUESA12. Segundo o mesmo texto:a) Quanto maior a disponibilidade financeira do comprador,

maior a probabilidade de sucesso no negócio imobiliário.b) Disponibilidade econômica não é o único fator que

possibilita a realização de um bom negócio.c) O vendedor, por preferir negociar com investidores,

desfavorece o comprador da casa própria.d) Gostar de uma casa é psicologicamente importante

em qualquer tipo de compra, seja ela para residência ou para investimento.

e) O mercado imobiliário oferece oportunidades mais seguras para o investidor que para o especulador.

Respostas: 1. E 2. C 3. D 4. D 5. D 6. E 7. B 8. B 9. C 10. C 11. D12. B

Estruturação do texto e dos parágrafos. O parágrafo é organizado em torno de uma ideia núcleo,

que é desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apresentada na introdução.

Embora existam diferentes formas de organização de pará-grafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jor-nalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura con-siste em três partes: a ideia núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem a ideia núcleo) e a conclusão ( que reafirma a ideia básica). Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.

Conheça a estrutura-padrão a seguir, observando sua organi-zação interna.

(ideia núcleo) A poluição que se verifica principalmen-te nas capitais do país é um problema relevante, para cuja so-lução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade. (ideia secundária) O governo, por exemplo, deve rever sua le-gislação de proteção ao meio ambiente, ou fazer valer as leis em vigor; o empresário pode dar sua contribuição, instalando filtro de controle dos gases e líquidos expelidos, e a população, utilizando menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodí-zio de automóveis e caminhões, como já ocorre em São Paulo. (conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no combate à po-luição e apenas onerar as contas públicas.

Observe que a ideia núcleo apresentou palavras-chave ( po-luição / solução / ação conjunta / sociedade)que vão nortear o restante do parágrafo. O período subsequente – ideia secundária – vai desenvolver o que foi citado anteriormente: ação conjunta – do governo, do empresário e da população. O último período retoma as ideias anteriores, posicionando-se frente ao tema.

Em suma, note que todo o parágrafo se organiza em torno do primeiro período, que expõe o ponto de vista do autor sobre como combater a poluição. O segundo período desenvolve e fundamen-ta a ideia núcleo, apontando como cada um dos setores envolvidos pode contribuir. O último período conclui o parágrafo, reforçando a ideia núcleo.

Outro aspecto que merece especial atenção são os elemen-tos relacionadores, isto é, os conectores ou conetivos. Eles são responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais fluente; visam a estabelecer um encadeamento lógico entre as ideias e servem de “elo” entre o parágrafo, ou no interior do período, e o tópico que o antecede. Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também para a clareza do texto. Sem esses conectores – pronomes relativos, conjunções, advérbios, preposições , palavras denotativas – as ideias não fluem, muitas vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, sem coerência.

Os elementos relacionadores não são, todavia, obrigatórios; geralmente estão presentes a partir do segundo parágrafo. No exemplo a seguir, o parágrafo demonstrativo certamente não cons-titui o 1º parágrafo de uma redação.

Exemplo de um parágrafo e suas divisões“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. Pro-

vocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estru-tura suficiente para atender à demanda. Enfim, viveremos o caos.” (Alberto Corazza, Isto É, com adaptações)

Elemento relacionador : Nesse contexto.Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha.Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação

do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda.

Conclusão: Enfim, viveremos o caos.

ExercíciosLeia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo “Estará o Google nos tornando estúpidos?” O texto ganhou a capa da revista e, desde sua publicação, encontra--se entre os mais lidos de seu website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica.

Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos científicos sobre o funcio-namento do cérebro humano. Conclui que a internet está provo-cando danos em partes do cérebro que constituem a base do que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a sentimentos como compaixão e piedade.

O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e inces-santes estímulos, adestra nossa habilidade de tomar pequenas de-cisões. Saltamos textos e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar nossa memória de longa dura-ção e estabelecer raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de exposição à in-ternet, agora experimentam diante de textos mais longos e elabo-

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Didatismo e Conhecimento 11

LÍNGUA PORTUGUESArados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em estudos científicos sobre o impacto da internet no cérebro humano. Segundo o autor, quando navegamos na rede, “entramos em um ambiente que promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado superficial.”

A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, esti-mulados pela carga gigantesca de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se trata apenas de pequenas alterações, mas de mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão.

(Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações)

(MP/RS – 2010 – FCC) 1 - Em relação à estrutura textual, está correta a afirmativa:

(A) Os quatro parágrafos do texto são independentes, tendo em vista que cada um deles trata, isoladamente, de uma situação diferente sobre a internet.

(B) O 1o parágrafo, especialmente, está isolado dos demais, por conter uma informação, dispensável no contexto, a respeito das publicações de um especialista.

(C) Identifica-se uma incoerência no desenvolvimento do texto, comprometendo a afirmativa de que as novas tecnologias provocam incerteza e medo, embora os sites sejam os mais lidos.

(D) No 3o parágrafo há comprometimento da clareza quanto aos reais prejuízos causados ao funcionamento do cérebro pelo uso intensivo da internet.

(E) A sequência de parágrafos é feita com coerência, por haver progressão articulada do assunto que vem sendo desenvolvido.

Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizi-nhanças das regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência, congestionamentos, aci-dentes, poluição e altos custos de manutenção da malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas desses municípios.

Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm colaborado para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros desses municípios pas-saram a utilizar seus carros até para percorrer curtas distâncias, mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos aler-tas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo aumento da frota.

Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para mi-lhões de brasileiros de todas as regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em segundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo o país, um crescimento de 66% nos últimos nove anos. Não por acaso oito Estados já registram mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios.

(O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setem-bro de 2010, com adaptações)

(MP/RS – 2010 – FCC) 2 - Não por acaso oito Estados já registram mais mortes por acidentes no trânsito do que por homi-cídios. A afirmativa final do texto surge como

(A) constatação baseada no fato de que os brasileiros desejam possuir um carro, mas perdem muito tempo em congestionamen-tos.

(B) observação irônica quanto aos problemas decorrentes do aumento na utilização de carros, com danos provocados ao meio ambiente.

(C) comprovação de que a compra de um carro é sinônimo de status e, por isso, constitui o maior sonho de consumo do bra-sileiro.

(D) hipótese de que a vida nas cidades menores tem perdido qualidade, pois os brasileiros desses municípios passaram a utili-zar seus carros até para percorrercurtas distâncias.

(E) conclusão coerente com todo o desenvolvimento, a partir de um título que poderia ser: Carro, problema que se agrava.

Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.

CIDADE MARAVILHOSA?

Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, me-recem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira hippie. Artistas e artesãos expõem ali aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organi-zada demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto em que qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer ar-tista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças. Enfim, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, venden-do de tudo - roupas, louças, frutas, miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspi-rinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por 1000 vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aque-las coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos da natureza e de todas as servidões humanas.

Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Ago-ra há gente demais, a praia está excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede pi-colé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens.

Rubem Braga

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Didatismo e Conhecimento 12

LÍNGUA PORTUGUESA(UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) 3 - Em vários momentos do tex-

to, Rubem Braga utiliza longas enumerações cujos termos apare-cem ligados pela conjunção E. Esse recurso tem a seguinte finali-dade textual:

(A) trazer a ideia de riqueza da cidade, em sua ampla varie-dade;

(B) mostrar desagrado do autor diante da confusão reinante;(C) indicar o motivo de a cidade ser ainda considerada “ma-

ravilhosa”;(D) demonstrar simpatia pelo comércio popular;(E) procurar dar maior dinamismo e vivacidade ao texto.Leia o texto a seguir para responder às próximas 2 questões.A Carta de Pero Vaz de CaminhaDe ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formo-

sa. Pelo sertão, pareceu nos do mar muito grande, porque a esten-der a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo--nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tem-po de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.

(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)

(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 4 - A respeito do trecho da Carta de Caminha e de suas características textuais, é correto afir-mar que:

A) No texto, predominam características argumentativas e descritivas.

B) O principal objetivo do texto é ilustrar experiências vividas através de uma narrativa fictícia.

C) O relato das experiências vividas é feito com aspectos des-critivos.

D) A intenção principal do autor é fazer oposição aos fatos mencionados.

E) O texto procura despertar a atenção do leitor para a men-sagem através do uso predominante de uma linguagem figurada.

(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 5 - Em todos os trechos a seguir podemos comprovar a participação do narrador nos fatos mencionados, EXCETO:

A) “Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande,...”B) “... Porque a estender a vista não podíamos ver senão ter-

ra e arvoredos,...”C) “... Parecendo-nos terra muito longa.”D) “Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro...”E) “Mas, a terra em si é muito boa de ares,...”

Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.Painel do leitor (Carta do leitor)Resgate no ChileAssisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de sal-

vamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.

Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica

e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socor-ristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento.

(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel do leitor – 17/10/2010)

(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 6 - Considerando o tipo textual apresentado, algumas expressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas tex-tuais podem ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:

A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de

cobre e ouro no Chile.”C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desceram

na mina...”

Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.Os dicionários de meu paiPouco antes de morrer, meu pai me chamou ao escritório e me

entregou um livro de capa preta que eu nunca havia visto. Era o dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do di-cionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai mantinha ao alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te servir, foi mais ou menos o que ele então me disse, no seu falar meio grunhido. Era como se ele, cansado, me passasse um bastão que de alguma forma eu deveria levar adiante. E por um tempo aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar das horas em que eu o folheava à toa; o amor aos dicionários, para o sérvio Milorad Pavic, autor de romances--enciclopédias, é um traço infantil de caráter de um homem adulto.

Palavra puxa palavra, e escarafunchar o dicionário analógi-co foi virando para mim um passatempo. O resultado é que o livro, herdado já em estado precário, começou a se esfarelar nos meus dedos. Encostei-o na estante das relíquias ao descobrir, num sebo atrás da sala Cecília Meireles, o mesmo dicionário em encader-nação de percalina. Por dentro estava em boas condições, apesar de algumas manchas amareladas, e de trazer na folha de rosto a palavra anauê, escrita a caneta-tinteiro.

Com esse livro escrevi novas canções e romances, decifrei enigmas, fechei muitas palavras cruzadas. E ao vê-lo dar sinais de fadiga, saí de sebo em sebo pelo Rio de Janeiro para me ga-rantir um dicionário analógico de reserva. Encontrei dois, mas não me dei por satisfeito, fiquei viciado no negócio. Dei de vas-culhar livrarias país afora, só em São Paulo adquiri meia dúzia de exemplares, e ainda arrematei o último à venda a Amazom.com antes que algum aventureiro o fizesse. Eu já imaginava de-ter o monopólio (açambarcamento, exclusividade, hegemonia, se-nhorio, império) de dicionários analógicos da língua portuguesa, não fosse pelo senhor João Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta também tem um quiçá carcomido pelas traças (brocas, carunchos, gusanos, cupins, térmitas, cáries, lagartas-rosadas, gafanhotos, bichos-carpinteiros).

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Didatismo e Conhecimento 13

LÍNGUA PORTUGUESAA horas mortas eu corria os olhos pela minha prateleira re-

pleta de livros gêmeos, escolhia um a esmo e o abria a bel-prazer. Então anotava num Moleskine as palavras mais preciosas, a fim de esmerar o vocabulário com que embasbacaria as moças e es-magaria meus rivais.

Hoje sou surpreendido pelo anúncio desta nova edição do dicionário analógico de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Sinto como se invadissem minha propriedade, revirassem meus baús, espalhassem ao vento meu tesouro. Trata-se para mim de uma terrível (funesta, nefasta, macabra, atroz, abominável, dila-cerante, miseranda) notícia.

(Francisco Buarque de Hollanda, Revista Piauí, junho de 2010)

(FAETEC/RJ – 2010 – CEPERJ) 7 - O modo predominante de organização textual é:

A) descritivoB) narrativoC) argumentativoD) dissertativoE) injuntivo

Leia o texto a seguir para responder à próxima questão.Olhar o vizinho é o primeiro passoNão é preciso ser filósofo na atualidade, para perceber que o

“bom” e o “bem” não prevalecem tanto quanto desejamos. Sob a égide de uma moral individualista, o consumo e a concentração de renda despontam como metas pessoais e fazem muitos de nós nos esquecermos do outro, do irmão, do próximo. Passamos muito tempo olhando para nossos próprios umbigos ou mergulhados em nossas crises existenciais e não reparamos nos pedidos de aju-da de quem está ao nosso lado. É difícil tirar os óculos escuros da indiferença e estender a mão, não para dar uma esmola à criança que faz malabarismo no sinal, para ganhar um trocado simpático, mas para tentar mudar uma situação adversa, fazer a diferença. O que as pessoas que ajudam outras nos mostram é que basta querer, para mudar o mundo. Não é preciso ser milionário, para fazer uma doação. Se não há dinheiro, o trabalho também é bem-vindo. Doar um pouco de conhecimento ou expertise, para fazer o bem a outros que não têm acesso a esses serviços, é mais que carida-de: é senso de responsabilidade. Basta ter disposição e sentimento e fazer um trabalho de formiguinha, pois,como diz o ditado, é a união que faz a força! Graças a esses filósofos da prática, ainda podemos colocar fé na humanidade. Eles nos mostram que fazer o bem é bom e seguem esse caminho por puro amor, vocação e humanismo.

(Diário do Nordeste. 28 abr. 2008)

(AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO – 2009 – IEPRO/UECE) 8 – Com relação ao gênero, o texto

A) é uma dissertaçãoB) mistura descrição com narração, com predomínio da des-

crição.C) mistura descrição com narração, com predomínio da nar-

ração.D) mistura descrição, narração e dissertação, com predomínio

da narração e da dissertação.E) mistura descrição, narração e dissertação, com predomínio

da descrição e da dissertação.

Respostas: (1 E) (2 E) (3 B) (4 C) (5 E) (6 B) (7 B) (8 A)

4. ORTOGRAFIA OFICIAL;

A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.

As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).

Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se ob-servar as seguintes regras:

O fonema s:Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas

derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender -

ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual

Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter

agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admis-são / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compro-misso / submeter - submissão

*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”

Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir *no pretérito imperfeito simples do subjuntivoExemplos: ficasse, falasse

Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de origem árabe:

cetim, açucena, açúcar*os vocábulos de origem tupi, africana ou exóticacipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, espe-

rança, carapuça, dentuço*nomes derivados do verbo ter.abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter -

retenção*após ditongosfoice, coice, traição*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção

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Didatismo e Conhecimento 14

LÍNGUA PORTUGUESAO fonema z:Escreve-se com S e não com Z:*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substanti-

vo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.catequese, metamorfose.*as formas verbais pôr e querer.pôs, pus, quisera, quis, quiseste.*nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”.aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa /

difundir - difusão*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho*após ditongoscoisa, pausa, pouso*em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”.anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar Escreve-se com Z e não com S:*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivomacio - maciez / rico - riqueza*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem

não termine com s)final - finalizar / concreto - concretizar*como consoante de ligação se o radical não terminar com

s.pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - la-

pisinho

O fonema j: Escreve-se com G e não com J:*as palavras de origem grega ou árabetigela, girafa, gesso.*estrangeirismo, cuja letra G é originária.sargento, gim.*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas

exceções)imagem, vertigem, penugem, bege, foge. Observação: Exceção: pajem*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.sortilégio, litígio, relógio, refúgio.*os verbos terminados em ger e gir. eleger, mugir.*depois da letra “r” com poucas exceções.emergir, surgir.*depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado

com j.ágil, agente.

Escreve-se com J e não com G:*as palavras de origem latinasjeito, majestade, hoje.*as palavras de origem árabe, africana ou exótica.alforje, jibóia, manjerona.*as palavras terminada com aje.aje, ultraje

O fonema ch:Escreve-se com X e não com CH:*as palavras de origem tupi, africana ou exótica.abacaxi, muxoxo, xucro.*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).xampu, lagartixa.*depois de ditongo.frouxo, feixe.*depois de “en”.enxurrada, enxoval

Observação: Exceção: quando a palavra de origem não de-rive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

Escreve-se com CH e não com X:*as palavras de origem estrangeirachave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, san-

duíche, salsicha.As letras e e i:*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com

“i”, só o ditongo interno cãibra.*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escri-

tos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.

- atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-tografia

Questões

01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013) Assinale a alternati-va que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão.

Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da corrupção e das fraudes.

(A) a … concenso … acerca (B) há … consenso … acerca (C) a … concenso … a cerca (D) a … consenso … há cerca (E) há … consenço … a cerca

02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alterna-tiva cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma-padrão.

(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!

03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os usuários sobre o festival Sounderground.

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Didatismo e Conhecimento 15

LÍNGUA PORTUGUESAPrezado Usuário________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do

metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô.

Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se!

Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões

A) A fim ...a partir ... asB) A fim ...à partir ... àsC) A fim ...a partir ... àsD) Afim ...a partir ... àsE) Afim ...à partir ... as

04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de ortogra-fia:

A) Ela interrompeu a reunião derrepente.B) O governador poderá ter seu mandato caçado.C) Os espectadores aplaudiram o ministro.D) Saiu com descrição da sala.

05.Em qual das alternativas a frase está corretamente escrita?A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa.B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança.C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa.D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.

06. Qual das alternativas abaixo apresenta pelo menos uma palavra que deveria ser grafada com S no lugar do X?

A) Exumar – Exultar.B) Exteriorizar – Êxtase.C) Expectador – Excursão.D) Expontâneo – Extrepitar.

07. Está separada corretamente:A) Sus-sur-rar.B) Ra-dio-gra-far.C) Tin-ho-rão.D) So-bre-ssa-len-te.E) Li-gni-ta.

08. Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso de “a” e “há”:

A) Daqui a dois meses iremos à Europa.B) Isto foi há muito tempo.C) Há meses que não a vejo.D) A dois meses fomos na casa de sua mãe.E) Há tempos atrás éramos muito felizes.

09. Marque a alternativa em que a palavra NÃO está correta-mente empregada de acordo com sua ortografia.

A) Serei eu um ____________ colega? (mal)B) Sei ____________ você guardou meus presentes. (onde)C) Os alunos estão de ____________ com o diretor. (mal)D) ____________ vocês estão indo com tanta pressa? (aonde)E) Jonas ____________ sempre seus livros sempre encapa-

dos. (traz)

10. Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:A) Porque essa cara?B) Não vou porque não quero.C) Mas por quê?D) Você saiu por quê?

GABARITO

1-B 2-D 3-C 4-C 5-B 6-D 7-A 8-D 9-A 10-A

COMENTÁRIOS

1-) Além disso, há (existe) certamente consenso entre nós acerca (de + o) (sobre o ) do fenômeno da corrupção e das fraudes.

2-) (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. =

cidadãos(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. =

certidões(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus

3-) Prezado UsuárioA fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a

partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sounder-ground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em estações do metrô.

Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se!

Afim = afinidade; a partir: sempre separado; antes de horas: há crase

4-) A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de repenteB) O governador poderá ter seu mandato caçado. = cassadoD) Saiu com descrição da sala. = discrição

5-) A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. =

mendigo/caderneta/poupançaC) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. =

mendigo/caderneta/poupançaD) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.

=mendigo/depositou/caderneta/poupança

6-) Espontâneo – Estrepitar

7-) B) Ra-dio-gra-far = Ra - di - o - gra - farC) Tin-ho-rão. = ti - nho - rãoD) So-bre-ssa-len-te. = so - bres - sa - len - teE) Li-gni-ta. = lig - ni - ta

8-) Há dois meses fomos na casa de sua mãe. (= há no sentido de tempo passado)

9-) Serei eu um mau colega? (mal) - mau=adjetivo

10-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está longe do ponto de interrogação.

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Didatismo e Conhecimento 16

LÍNGUA PORTUGUESA

5. ACENTUAÇÃO GRÁFICA;

A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras es-tabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algu-mas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prática na linguagem escrita. À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, auto-maticamente aprimoramos essas competências, e tão logo nos adequamos à forma padrão.

Regras básicas – Acentuação tônica

A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de for-ma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denomina-das de átonas.

De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:

Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.

Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se eviden-cia na penúltima sílaba.

Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível

Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evi-dencia na antepenúltima sílaba.

Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus

Como podemos observar, mediante todos os exemplos men-cionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nos-sa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chama-dos monossílabos, que, quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.

Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar no exemplo a seguir:

“Sei que não vai dar em nada,Seus segredos sei de cor”.

Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos; os demais, como átonos (que, em, de).

Os acentos acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e

sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.

Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)

acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:

Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs

acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com arti-gos e pronomes.

Ex.: à – às – àquelas – àqueles

trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente aboli-do das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras deriva-das de nomes próprios estrangeiros.

Ex.: mülleriano (de Müller)

til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais na-sais.

Ex.: coração – melão – órgão – ímã Regras fundamentais:

Palavras oxítonas:Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,

“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s):Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, segui-

dos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há

Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, segui-das de lo, la, los, las.

respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo

Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: - i, is táxi – lápis – júri - us, um, uns vírus – álbuns – fórum - l, n, r, x, ps automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps - ã, ãs, ão, ãos ímã – ímãs – órfão – órgãos

-- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. As-sim ficará mais fácil a memorização!

-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. água – pônei – mágoa – jóquei

Regras especiais: Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos),

que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.

Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.:

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Didatismo e Conhecimento 17

LÍNGUA PORTUGUESAAntes Agoraassembléia assembleiaidéia ideiageléia geleiajibóia jiboiaapóia (verbo apoiar) apoiaparanóico paranoico

Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanha-dos ou não de “s”, haverá acento:

Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís

Observação importante:Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato

quando vierem depois de ditongo: Ex.:Antes Agorabocaiúva bocaiuvafeiúra feiuraSauípe Sauipe

O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi aboli-do. Ex.:

Antes Agoracrêem creemlêem leemvôo vooenjôo enjoo- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos

que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.

Repare:1-) O menino crê em você Os meninos creem em você.2-) Elza lê bem! Todas leem bem!3-) Espero que ele dê o recado à sala. Esperamos que os dados deem efeito!4-) Rubens vê tudo! Eles veem tudo!

- Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde!Eles vêm à tarde!

Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando se-guidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:

Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz

Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh:

ra-i-nha, ven-to-i-nha.

Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem pre-cedidas de vogal idêntica:

xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba

As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:

Antes Depoisapazigúe (apaziguar) apazigueaverigúe (averiguar) averigueargúi (arguir) argui

Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plu-ral de:

ele tem – eles têmele vem – eles vêm (verbo vir)

A regra prevalece também para os verbos conter, obter,reter, deter, abster. ele contém – eles contêmele obtém – eles obtêmele retém – eles retêmele convém – eles convêm

Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, como:

A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretéri-to perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acentua-da para diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo). Ex:

Ela pode fazer isso agora.Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da pre-

posição por. - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”,

então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:

Faço isso por você.Posso pôr (colocar) meus livros aqui?

Questões sobre Acentuação Gráfica

01. “Cadáver” é paroxítona, pois:A) Tem a última sílaba como tônica.B) Tem a penúltima sílaba como tônica.C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.D) Não tem sílaba tônica.

02. Assinale a alternativa correta.A palavra faliu contém um:A) hiatoB) dígrafoC) ditongo decrescenteD) ditongo crescente

03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, aterra-dor.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo mesmo moti-vo que:

A) túnelB) voluntárioC) atéD) insólitoE) rótulos

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Didatismo e Conhecimento 18

LÍNGUA PORTUGUESA04. Assinale a alternativa correta.A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem paroxí-

tonas terminadas em ditongo.B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente, en-

contro consonantal e hiato.C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras

grifadas são paroxítonas.D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes des-

tacadas são dígrafos.E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có-

-lo-ga” e “a-ci-o-na”.

05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:A) saúdeB) cooperarC) ruimD) creemE) pouco

06. “O episódio aconteceu em plena via pública de Assis. Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz mundial. A par-tir daquele momento outras pessoas que passavam por ali decidi-ram integrar ao grupo. Rapidamente, uma multidão aderiu à ideia. Assim começou a formação do maior coral popular de Assis”. O vocábulo sublinhado tem sua acentuação gráfica justificada pelo mesmo motivo das palavras:

A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sérioB) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvioC) chinês, varíola, rubéola, período, prêmioD) sábio, sábia, sabiá, curió, sério

07. Assinale a opção CORRETA em que todas as palavras es-tão acentuadas na mesma posição silábica.

A) Nazaré - além - até - está - também.B) Água - início - além - oásis - religião.C) Município - início - água - século - oásisD) Século - símbolo - água - histórias - missionárioE) Missionário - símbolo - histórias - século – município

08. Considerando as palavras: também / revólver / lâmpada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa de acentuação gráfica não se refere a uma delas:

A) palavra paroxítona terminada em - isB) palavra proparoxítona terminada em - emC) palavra paroxítona terminada em - rD) palavra proparoxítona - todas devem ser acentuadas

09. Assinale a alternativa incorreta:A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxítonos ter-

minadas em ditongos crescentes.B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxítono ter-

minado em em.C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos.D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono terminado

em u.

10. Em quilo, há:A) Ditongo aberto;B) Tritongo;

C) Hiato;D) Dígrafo;E) Ditongo fechado.

GABARITO

1-B 2-C 3-B 4-A 5-E 6-A 7-A 8-B 9-D 10-D

COMENTÁRIOS

1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúltima sílaba tônica = paroxítona

2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sílaba, portan-to: ditongo. É decrescente porque apresenta uma semivogal e uma vogal. Na classificação, ambas são semivogais, mas quando juntas, a que “aparecer” mais na pronúncia será considerada “vogal”.

3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em ditongo crescente (semivogal + vogal)

a-) Tú –nel: paroxítona terminada em Lb-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em ditongo cres-

cente c-) A - té – oxítona d-) in – só – li – to : proparoxítonae-) ró – tu los – proparoxítona4-) a-) corretab-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim DÍ-

GRAFOc-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítonad-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som do U,

portanto não é caso de dígrafoe-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga

5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im / crê - em / pou - co (ditongo)

6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em ditongo

a-) okb-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse itemc-) chi – nês : oxítona, idemd-) sa – bi – á : idem

7-) a-) oxítona – TODASb-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona – não acen-

tuadac-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paroxítonad-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – ideme-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparoxítona

– paroxítona

8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm – pa – da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona

a-) é a regra do LÁPISb-) todas as proparoxítonas são acentuadas, independente de

sua terminação

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Didatismo e Conhecimento 19

LÍNGUA PORTUGUESAc-) regra para REVÓLVERd-) ok

9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas. Na D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por terminar em di-tongo aberto.

10-) Qui – lo – Quanto ao fonema, não ouço o som do U : /kilo/. Duas letras, um fonema: dígrafo

6. EMPREGO DA CRASE;

Emprego da Crase:1) Na indicação de LUGAR: > Se vou “a” e volto “da”, crase no à. > Se vou “a” e volto

“de”, crase pra que ? (a). Ex: Cheguei a São Paulo. Fomos à Itália.

2) Na indicação de HORAS: > Se der para trocar as horas por “ao meio-dia” = À

> Se der para trocar as horas por “ o meio-dia” = A Ex: Voltamos às duas horas da madrugada. (Voltamos ao

meio-dia) Estou aqui desde as cinco da manhã. (Estou aqui desde o

meio-dia)

3) Antes das locuções verbais femininas: >Indicam tempo, modo, lugar, dúvida. Ex: Virei à esquerda da rua. Gosto de andar a pé. > (pronome masculino) Comprei à vista.

4)Nas expressões que indicam “A MODA DE”: Ex: Fez um gol à Ronaldinho.

Bife à cavalo. OBS.: Só se usa crase antes da palavra “Casa”, se estiver

especificando. Ex: Volto a casa desanimado. Fomos à casa de Pedro ontem.

CASOS EM QUE NÃO OCORRE A CRASE NA FRASE: 1) Antes de verbo: Ex: Comecei a chorar, quando cheguei.

Voltamos a caminhar, ontem à noite.

2) Entre palavras repetidas: Ex: Face a face. Boca a boca. Dia a dia.

3) Antes de palavras no plural, mantendo-se no singular. Ex: Adoro assistir a comédias.

(Se o “a” fosse colocado no plural, receberia crase. Ficando assim > “às”)

3) Resposta “D”___A_____ pouco mais de um mês -> Tempo futuro (a),Tempo

passado (há)Não____há____que estranhar a dificuldade -> Verbo haver

sentido existir exercer___à_____queima-roupa -> Expressão ad-verbial feminina

__A___preparar-se muito melhor-> Nunca haverá crase antes de verbo

4) Resposta “A”

A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”, “mistu-ra”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o pronome demonstrativo “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aqui-lo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É funda-mental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência si-multânea de uma preposição e um artigo ou pronome.

5) Resposta “D”Na alternativa D foi usada corretamente a crase por isso é a

alternativa correta.

6) Resposta “D”II incorreto, a frase certa é: sempre consigo o que quero. III

incorreto, a frase certa é: a espinhos (sem crase) V incorreto, a frase certa é: à cidadezinha (a com crase)

7) Resposta “C”À frente – acento grave obrigatório por se tratar de uma locu-

ção adverbial feminina. Há – idéia de passado. Têm – no plural, pois concorda com o sujeito (brasileiros),

que também está no plural.A – sem acento grave, pois antes de numerais não há o encon-

tro vocálico, salvo uma regra de exceção, que aqui não se encaixa. (o número tem de representar ou se referir a uma palavra feminina. Veja um exemplo em que há crase: “Eu li o texto da página 3 à 12”. No exemplo, o número 12 significa “a página 12”, portanto há crase.)

8) Resposta “D”Antes dos pronomes demonstrativos “este” e “esse” – e

suas variantes – nunca haverá crase. A crase é a fusão de duas letras “a”, logo só existe com a preposição “a” junto à partícula “a” – artigo ou pronome demonstrativo – ou junto ao demons-trativo “aquele”, ou suas variantes – as, aquela, aqueles, aquelas. Nas frases das opções “A”, “B” e “E”, a crase é obrigatória. Na frase da opção “C”, a crase é opcional, pois é opcional a presença do artigo antes de pronomes possessivos em função adjetiva.

9) Resposta: “B”A alternativa “B” é a correta, pois não é facultativo o uso da

crase nesta situação e sim obrigatório, pois há acento indicativo de crase em: a maneira semelhante à (vida) de seus “primos” mo-dernos.

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Didatismo e Conhecimento 20

LÍNGUA PORTUGUESA

7. PONTUAÇÃO;

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar es-pecificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa.

Ponto1- Indica o término do discurso ou de parte dele.- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que

se encontra.- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.

2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.

Ponto e Vírgula ( ; )

1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma impor-tância.

- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)

2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas.- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas,

frio e cobertor.

3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc.

- Ir ao supermercado;- Pegar as crianças na escola;- Caminhada na praia;- Reunião com amigos.

Dois pontos1- Antes de uma citação- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

2- Antes de um aposto- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde

e calor à noite.

3- Antes de uma explicação ou esclarecimento- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a

rotina de sempre.

4- Em frases de estilo direto Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão?

Ponto de Exclamação1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,

súplica, etc.- Sim! Claro que eu quero me casar com você!

2- Depois de interjeições ou vocativos- Ai! Que susto!- João! Há quanto tempo!

Ponto de InterrogaçãoUsa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)

Reticências1- Indica que palavras foram suprimidas.- Comprei lápis, canetas, cadernos...

2- Indica interrupção violenta da frase.“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”

3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida- Este mal... pega doutor?

4- Indica que o sentido vai além do que foi dito- Deixa, depois, o coração falar...Vírgula

Não se usa vírgula *separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se

diretamente entre si:

a) entre sujeito e predicado.Todos os alunos da sala foram advertidos. Sujeito predicado

b) entre o verbo e seus objetos.O trabalho custou sacrifício aos realizadores. V.T.D.I. O.D. O.I.

c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.

A surpreendente reação do governo contra os sonegadores despertou reações entre os empresários.

adj. adnominal nome adj. adn. complemento nomi-nal

Usa-se a vírgula:- Para marcar intercalação:a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundân-

cia, vem caindo de preço.b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produ-

zindo, todavia, altas quantidades de alimentos.c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não

querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

- Para marcar inversão:a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois

das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesqui-

sadores, não lhes destinaram verba alguma.c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio

de 1982.

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Didatismo e Conhecimento 21

LÍNGUA PORTUGUESA- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em

enumeração):Era um garoto de 15 anos, alto, magro.A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo:Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

- Para isolar: - o aposto:São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um

trânsito caótico. - o vocativo:Ora, Thiago, não diga bobagem.

Fontes: http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm

Questões

01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alternativa em que a pontuação está corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse aju-dar a revelar quem era a sua dona.

(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse aju-dar a revelar quem era a sua dona.

(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse aju-dar a revelar quem era a sua dona.

(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse aju-dar a revelar quem era a sua dona.

(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse aju-dar a revelar quem era a sua dona.

02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo: “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o traba-lho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.

A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgulaB) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.

03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os sinais de pontuação estão empregados corretamente em:

A) Duas explicações, do treinamento para consultores ini-ciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

B) Duas explicações do treinamento para consultores inician-tes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção de ta-belas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

C) Duas explicações do treinamento para consultores inician-tes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção de ta-belas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

D) Duas explicações do treinamento para consultores inician-tes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção de ta-belas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

E) Duas explicações, do treinamento para consultores inician-tes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção de ta-belas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de vendas associadas aos dois temas.

04.(Escrevente TJ SP – Vunesp 2012). Assinale a alternativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação.

(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros.

(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais no-tável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros.

(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais no-tável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros.

(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais no-tável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros.

(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.

05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). Assi-nale a alternativa em que a frase mantém-se correta após o acrésci-mo das vírgulas.

(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.

(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o có-digo foi acionado.

(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, re-cebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança foi encontrada.

(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro às, areias do Guarujá.

(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone de quem a encontrou e informar um ponto de referência

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Didatismo e Conhecimento 22

LÍNGUA PORTUGUESA06. Assinale a série de sinais cujo emprego corresponde, na

mesma ordem, aos parênteses indicados no texto: “Pergunta-se ( ) qual é a ideia principal desse parágrafo ( ) A chegada de re-forços ( ) a condecoração ( ) o escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente ( ) Se é a chegada de reforços ( ) que relação há ( ) ou mostrou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”.

A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interrogação, vírgula, vírgula, vírgula, ponto final

B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interrogação, vírgula, travessão, travessão, interrogação

C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto final, traves-são, travessão, ponto final, ponto final

D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto final, travessão, vírgula, vírgula, vírgula, interrogação

E) dois pontos, ponto final, vírgula, vírgula, interrogação, vír-gula, vírgula, travessão, interrogação.

07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está pon-tuada corretamente:

A) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso.

B) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso.

C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso.

D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concur-so, em fila.

E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso.

08. A frase em que deveria haver uma vírgula é:A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde.B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã usou um

vestido azul.C) Ela tem lábios e nariz vermelhos.D) Não limparam a sala nem a cozinha.

09. (Cefet-PR) Assinale o item em que o texto está correta-mente pontuado:

A) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive uma sensa-ção nova.

B) Não nego que ao avistar, a cidade natal, tive uma sensa-ção nova.

C) Não nego que, ao avistar, a cidade natal, tive uma sen-sação nova.

D) Não nego que ao avistar a cidade natal tive uma sensação nova.

E) Não nego que, ao avistar a cidade natal, tive uma sen-sação nova.

10. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). Assi-nale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a norma culta da língua.

A) Atualmente, não se pode, fabricar apenas um produto.B) Os índices de produção devem, acompanhar, o mercado.C) A responsabilidade, socioambiental, é de extrema importân-

cia.D) Acreditar, no consumo, consciente é necessário.E) O marketing, como se sabe, induz ao consumo desnecessário.

GABARITO

1-C 2-C 3-B 4-D 5-E 6-B 7-E 8-B 9-E 10-E

COMENTÁRIOS

1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,

(X) experimentasse, (X) a sensação de violar uma intimidade, procu-rou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.

(B) Diante, (X) da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora experimentasse a sensação, (X) de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.

(D) Diante da testemunha, o homem, (X) abriu a bolsa e, em-bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.

(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, (X) experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.

2-) Quando se trata de trabalho científico, duas coisas devem ser consideradas: uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece; a outra é o valor prático que possa ter vírgula, dois pon-tos, ponto e vírgula

3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequadasA) Duas explicações, (X) do treinamento para consultores ini-

ciantes receberam destaque, (X) o conceito de PPD e a construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de ven-das associadas aos dois temas.

C) Duas explicações do treinamento para consultores inician-tes receberam destaque; (X) o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, (X) mas por outro lado, faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

D) Duas explicações do treinamento para consultores inician-tes, (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a construção de tabelas Price, (X) mas, por outro lado, faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas.

E) Duas explicações, (X) do treinamento para consultores ini-ciantes, (X) receberam destaque; (X) o conceito de PPD e a cons-trução de tabelas Price, (X) mas por outro lado, faltou falar das metas , (X) de vendas associadas aos dois temas.

4-) (A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, (X) rapida-

mente, (X) seu espaço na carreira científica (, ) ainda que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros.

(B) Não há dúvida de que, (X) as mulheres, (X) ampliam rapi-damente seu espaço na carreira científica; (X) ainda que o avanço seja mais notável, (X) em alguns países, o Brasil é um exemplo! (X), do que em outros.

(C) Não há dúvida de que as mulheres, (X) ampliam rapida-mente seu espaço, (X) na carreira científica, (X) ainda que o avan-ço seja mais notável, em alguns países: (X) o Brasil é um exemplo, do que em outros.

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Didatismo e Conhecimento 23

LÍNGUA PORTUGUESA(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente,

(X) seu espaço na carreira científica, ainda que, (X) o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.

5-) (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, (X) verá na

pulseira instruções para que envie, (X) uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.

(B) Um geolocalizador também, (X) avisará, (X) os pais de onde o código foi acionado.

(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança foi encontrada.

(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, (X) chega pri-meiro às, (X) areias do Guarujá.

6-) Pergunta-se ( : ) qual é a ideia principal desse parágrafo ( ? ) A chegada de reforços ( , ) a condecoração ( , ) o escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente (? ) Se é a che-gada de reforços ( , ) que relação há ( - ) ou mostrou seu autor haver ( - ) entre esse fato e os restantes ( ? )

7-) Em fila, os candidatos, (X) aguardavam, ansiosos, o resul-tado do concurso.

8-) Eu usei um vestido vermelho na festa, e minha irmã usou um vestido azul. Há situações em que é possível usar a vírgula antes do “e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena orações de sujeitos diferentes nas quais a leitura fluente pode ser prejudicada pela ausência da pontuação.

9-) A) Não nego, (X) que ao avistar a cidade natal tive uma sen-

sação nova.B) Não nego que ao avistar, (X) a cidade natal, tive uma sen-

sação nova.C) Não nego que, ao avistar, (X) a cidade natal, tive uma

sensação nova.D) Não nego que ( , ) ao avistar a cidade natal ( , ) tive uma

sensação nova.

10-) A) Atualmente, não se pode, (X) fabricar apenas um produto.B) Os índices de produção devem, (X) acompanhar, (X) o

mercado.C) A responsabilidade, (X) socioambiental, (X) é de extrema

importância.D) Acreditar, (X) no consumo, (X) consciente é necessário.

8. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL;

CONCORDÂNCIA VERBAL

Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos re-ferindo à relação de dependência estabelecida entre um termo e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes principais desse processo são representados pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado.

Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno chegou

Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do sin-gular, pois faz referência a um sujeito, assim também expres-so (ele). Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram atrasados.

Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. Con-tudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito sim-ples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos:

Casos referentes a sujeito simples1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o nú-

cleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.

2) Nos casos referentes a sujeito representado por substan-tivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.

Observação:- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto ad-

nominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou pode-rá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.

3) Quando o sujeito é representado por expressões partiti-vas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar. A maioria dos alu-nos resolveram ficar.

4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de vin-te candidatos se inscreveram no concurso de piadas.

5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de um can-didato se inscreveu no concurso de piadas.

Observação:- No caso da referida expressão aparecer repetida ou asso-

ciada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, neces-sariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de doação de alimentos.

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Didatismo e Conhecimento 24

LÍNGUA PORTUGUESAMais de um formando se abraçaram durante as solenidades

de formatura.

6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos que atuaram na Copa América.

7) Em casos relativos à concordância com locuções prono-minais, representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos atermos a duas questões básicas:

- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o ver-bo poderá com ele concordar, como poderá também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de nós o re-ceberão.

- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no sin-gular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum de nós o re-ceberá.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou poderá concordar com o antecedente desse pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.

9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que de-cido tudo.

10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem: 50% dos funcioná-rios aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a de-cisão.

Observações:- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de porcentagem, esse

deverá concordar com o numeral: Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.

- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.

- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de determi-nantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 50% dos funcioná-rios apoiaram a decisão da diretoria.

11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira pessoa do sin-gular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.

12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os determi-nam:

- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo também esteja no sin-gular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.

- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também permane-ce no plural: Os Estados Unidos são uma potência mundial.

- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem apa-rece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos é uma potência mundial.

Casos referentes a sujeito composto1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramaticais

diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando relacionado a dois pressupostos básicos:

- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.

- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos.

Tu e ele são primos.2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao

verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois filhos comparece-ram ao evento.

3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no plural: Com-pareceram ao evento o pai e seus dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.

4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Meu esposo e gran-de companheiro merece toda a felicidade do mundo.

5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou or-denado por elementos em gradação, o verbo poderá permanecer no sin-gular ou ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, minha premia-ção são frutos de meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de meu esforço.

Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-ver-bal.htm

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o subs-tantivo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira.

Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome concor-dam em gênero e número com o substantivo.

- A pequena criança é uma gracinha.- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra geral mostrada acima.

a) Um adjetivo após vários substantivos1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou

concorda com o substantivo mais próximo.- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculi-

no ou concorda com o substantivo mais próximo.- Ela tem pai e mãe louros.- Ela tem pai e mãe loura.3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para

o plural.- O homem e o menino estavam perdidos.- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.

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Didatismo e Conhecimento 25

LÍNGUA PORTUGUESAb) Um adjetivo anteposto a vários substantivos1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais próximo.Comi delicioso almoço e sobremesa.Provei deliciosa fruta e suco.2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda

com o mais próximo ou vai para o plural.Estavam feridos o pai e os filhos.Estava ferido o pai e os filhos.c) Um substantivo e mais de um adjetivo1- antecede todos os adjetivos com um artigo.Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.2- coloca o substantivo no plural.Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.

d) Pronomes de tratamento1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.Vossa Santidade esteve no Brasil.

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado1 - Concordam com o substantivo a que se referem.As cartas estão anexas.A bebida está inclusa.Precisamos de nomes próprios.Obrigado, disse o rapaz.

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no singu-

lar e o adjetivo no plural.Renato advogou um e outro caso fáceis.Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

g) É bom, é necessário, é proibido1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido

de artigo ou outro determinante.Canja é bom. / A canja é boa.É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada

é proibida.

h) Muito, pouco, caro1- Como adjetivos: seguem a regra geral.Comi muitas frutas durante a viagem.Pouco arroz é suficiente para mim.Os sapatos estavam caros.2- Como advérbios: são invariáveis.Comi muito durante a viagem.Pouco lutei, por isso perdi a batalha.Comprei caro os sapatos.

i) Mesmo, bastante1- Como advérbios: invariáveisPreciso mesmo da sua ajuda.Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.2- Como pronomes: seguem a regra geral.Seus argumentos foram bastantes para me convencer.Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

j) Menos, alerta1- Em todas as ocasiões são invariáveis.Preciso de menos comida para perder peso.Estamos alerta para com suas chamadas.

k) Tal Qual1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o

consequente.As garotas são vaidosas tais qual a tia.Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.l) Possível1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “me-

lhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.A mais possível das alternativas é a que você expôs.Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da

cidade.

m) Meio1- Como advérbio: invariável.Estou meio (um pouco) insegura.2- Como numeral: segue a regra geral.Comi meia (metade) laranja pela manhã.

n) Só1- apenas, somente (advérbio): invariável.Só consegui comprar uma passagem.2- sozinho (adjetivo): variável.Estiveram sós durante horas.

Questões sobre Concordância Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013). Leia o texto a seguir.Os governos e os parlamentos devem achar que a astronomia

é uma das ciências que custam mais caro: o menor instrumen-to custa centenas de milhares de francos; o menor observatório custa milhões; cada eclipse acarreta depois de si despesas suple-mentares. E tudo isso para astros que ficam tão distantes, que são completamente estranhos às nossas lutas eleitorais, e provavel-mente jamais desempenharão qualquer papel nelas. É impossível que nossos homens políticos não tenham conservado um resto de idealismo, um vago instinto daquilo que é grande; realmen-te, creio que eles foram caluniados; convém encorajá-los, e lhes mostrar que esse instinto não os engana, e que não são logrados por esse idealismo.

Bem poderíamos lhes falar da navegação, cuja importância ninguém ignora, e que tem necessidade da astronomia. Mas isso seria abordar a questão por seu lado menos importante.

A astronomia é útil porque nos eleva acima de nós mesmos; é útil porque é grande; é útil porque é bela; é isso que se precisa dizer. É ela que nos mostra o quanto o homem é pequeno no corpo e o quanto é grande no espírito, já que essa imensidão resplande-cente, onde seu corpo não passa de um ponto obscuro, sua inte-ligência pode abarcar inteira, e dela fruíra silenciosa harmonia. Atingimos assim a consciência de nossa força, e isso é uma coisa pela qual jamais pagaríamos caro demais, porque essa consciên-cia nos torna mais fortes.

Mas o que eu gostaria de mostrar, antes de tudo, é a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências, mais di-retamente úteis, porque foi ela que nos proporcionou um espírito capaz de compreender a natureza.

[Adaptado de Henri Poincaré (1854-1912). O valor da ciência. Tradução Maria Helena Franco Martins. Rio de Janeiro:

Contraponto, 1995, p.101]

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Didatismo e Conhecimento 26

LÍNGUA PORTUGUESAMantém-se o respeito às normas de concordância verbal

caso a forma do verbo grifado seja substituída pela que está entre parênteses ao final da frase:

A) Os governos e os parlamentos devem achar que... (deve)B) ...porque essa consciência nos torna mais fortes.(tornam)C) ...a astronomia é uma das ciências que custam mais caro

... (custa)D) E tudo isso para astros que [...] jamais desempenharão

qualquer papel nelas. (desempenhará)E) ...é isso que se precisa dizer. (precisam)

02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concor-dância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em:

A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelec-tual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras, sua matéria-prima.

B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre de-lineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao ultra-passar os limites da época em que vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-prima.

C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que personagens se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa ver-dadeira interação com a realidade.

D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor so-mente se realiza plenamente caso haja afinidade de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.

E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.

03. (Escrevente Tj SP – Vunesp/2012) Leia o texto para res-ponder à questão.

_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si ___________di-ferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de re-pente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das polí-ticas de crescimento verde sempre ___________ a segunda opção.

(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la-cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

(A) Restam… faça… será(B) Resta… faz… será(C) Restam… faz... serão(D) Restam… façam… serão(E) Resta… fazem… será

04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alternativa em que o trecho – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. – está corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos.

(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser quantifi-cados.

(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quantificado.

(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos seja quantificado.

(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quantificarem os insumos bá-sicos.

05. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). As-sinale a alternativa em que a concordância da palavra destacada está de acordo com a norma culta da língua.

A) Ela mesmo reclamou com o gerente do mercado.B) A vendedora ficou meia atrapalhada com o excesso de

clientes na loja.C) É proibido a entrada de animais no estabelecimento.D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor.E) Anexo aos comprovantes de pagamento, vão duas amos-

tras grátis.

06. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas das frases, quan-to à concordância verbal e à colocação pronominal.

______muitos lares destroçados, mas______ pessoas boas prontas para ajudar.

Inteligente e informativa a reportagem que_____________ a transformar aborrecimentos em aprendizagem.

A) Havia ...existiam ... nos ensinaB) Haviam ... existia ... ensina-nosC) Havia ...existia ... nos ensinaD) Haviam ... existiam ... ensina-nosE) Havia ...existiam ... ensina-nos

07. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). Assinale a alternativa em que o verbo foi empregado corre-

tamente.A) Se a proprietária manter o valor do aluguel, poderemos

permanecer no apartamento.B) Se os operários fazerem o acordo, a greve terminará.C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele não

recusará.D) Se estas caixas caberem no armário, a sala ficará organi-

zada.E) Se o microempresário querer, poderá fazer futuros inves-

timentos.

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Didatismo e Conhecimento 27

LÍNGUA PORTUGUESA08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).

Assinale a frase correta quanto à concordância verbal e nominal.A) Com os shows da banda, os músicos propõem um momen-

to de descontração para os passageiros.B) Por causa da paralisação, as férias dos alunos terminou

mais cedo.C) Na cidade, já se esgotou as vagas nos hotéis para o período

de Carnaval.D) Ela próprio passou o uniforme de trabalho.E) Seguem anexadas ao e-mail o cronograma do curso e o

currículo dos inscritos.

09. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Assinale a al-ternativa correta quanto à concordância, de acordo com a norma--padrão da língua portuguesa.

A) Estudos recente demonstram a necessidade de se investir no ensino de matemática nos níveis fundamentais de aprendiza-gem.

B) Muito concorrida, carreiras como as de advogado e de jor-nalista também requerem conhecimento matemático.

C) A cultura científica, apesar de fundamental para muitas car-reiras, ainda é visto com certo desprezo entre alguns estudantes.

D) Conhecimentos básicos de estatística é de fundamental im-portância para a compreensão de algumas informações do nosso cotidiano.

E) A matemática pode ser considerada a base para algumas das mais intrigantes especulações científicas da atualidade.

10. (Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013). Leia o texto a seguir.

O chato é um chato, mas é essencial nos negócios

O chato é um chato. Não é o tipo de companhia que se quer para tomar um vinho ou ir ao cinema. O chato tem a insuportável mania de apontar o dedo para as coisas, enxergar os problemas que não queremos ver, fazer comentários desconcertantes.

Por isso, é pouco recomendável ter um deles por perto nos momentos nos quais tudo o que você não quer fazer é tomar deci-sões. Para todos os outros – e isso envolve o dia a dia dos negócios – é bom ter um desses cada vez mais raros e discriminados exem-plares da fauna empresarial por perto.

Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar di-nheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Ouça alguém que discorda de você”. No início de maio, Buffett convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de sua empresa, a Berkshire Hathaway.

Como executivo de um fundo de investimento, Kass havia apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros que ninguém havia enxergado.

Buffett conhece o valor desse tipo de pessoa. O chato é o su-jeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor ca-minho para chegar às melhores respostas, é alguém que não tem medo. Não se importa de ser tachado de inábil no trato com as pes-soas ou de ser politicamente incorreto. Questiona. Coloca o dedo na ferida. Insiste em ser um animal pensante, quando todo mundo sabe que dá menos trabalho deixar tudo como está.

Quase sempre, as coisas que o chato diz fazem um tremendo sentido. Nada pode ser mais devastador para seus críticos do que a constatação de que o chato, feitas as contas, tem razão.

Pobre do chefe que não reconhece, não escuta e não tolera os chatos que cruzam seu caminho. Ele acredita que está seguro num mundo de certezas próprias, de verdades absolutas. Ora, o controle total de um negócio é uma miragem. Coisas boas e ruins acontecem o tempo todo nas empresas sem que ele se dê conta. Pensar que é possível estar no comando de tudo, o tempo todo, só vai torná-lo mais vulnerável como líder. E vai, mais dia ou menos dia, afastar definitivamente os chatos, os questionadores, aqueles que fazem as perguntas incômodas e necessárias.

Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma pers-pectiva de futuro. Esse espécime de profissional só prolifera em ambientes onde a liberdade de pensamento e expressão é respei-tada, onde a dúvida não é um mal em si, onde existe disposição, coragem e humildade para mudar de trajetória quando essa parece ser a melhor opção.

(Cláudia Vassallo, http://exame.abril.com.br, 07.07.2013. Adaptado)

Considere as frases:- Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais er-

ros que ninguém havia enxergado.- Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma pers-

pectiva de futuro.As expressões destacadas podem ser substituídas, correta e

respectivamente, seguindo as regras de concordância da norma--padrão da língua portuguesa, por:

A) não havia sido enxergado ...pode haverB) não havia sido enxergados ...podem haverC) não haviam sido enxergado ...pode haverD) não havia sido enxergado ...podem haverE) não haviam sido enxergados ...pode haver

Respostas

1-C2-A3-A4-E5-D6-A7-C8-A9-E10-E

Comentários

1-) a astronomia é uma das ciências que custam mais caro.Nas gramáticas aborda-se sempre a expressão UM DOS QUE

como determinante de duas concordâncias. O verbo fica no singu-lar só nas poucas vezes em que a ação se refere a um só agente:

O Sol é um dos astros que dá luz e calor à Terra.

2-) A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura,

que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelec-tual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras, sua matéria-prima. = correta

Page 34: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 28

LÍNGUA PORTUGUESAB) Obras que se considera clássicas na literatura sempre de-

lineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que vivem seus autores, gê-nios no domínio das palavras, sua matéria-prima.

C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que personagens se transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa ver-dadeira interação com a realidade.

D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor so-mente se realizam plenamente caso haja afinidade de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.

E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que consti-tuem leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.

3-) _Restam___dúvidas mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em

si __faça __diferença a maioria das políticas de crescimento verde sempre ____

será_____ a segunda opção.Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto no

plural quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as opções adequadas.

4-).(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou

até agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos bá-sicos.

(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de os insumos básicos serem quantificados.

(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos se-jam quantificados.

(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos se-jam quantificados.

(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quantificarem os insumos básicos. = correta

5-) A) Ela mesma reclamou com o gerente do mercado.B) A vendedora ficou meio atrapalhada com o excesso de

clientes na loja.C) É proibida a entrada de animais no estabelecimento.D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor. = corretaE) Anexas aos comprovantes de pagamento, vão duas amos-

tras grátis.

6-) __Havia _muitos lares destroçados, mas__existiam__ pes-

soas boas prontas para ajudar.Inteligente e informativa a reportagem que _nos ensina_ a

transformar aborrecimentos em aprendizagem.

Verbo haver usado no sentido de existir = impessoal, invariá-vel (não sofre flexão); já o verbo existir concorda com o sujeito.

Quanto à colocação pronominal: a presença do pronome re-lativo (que) “atrai” o pronome oblíquo, ocorrendo, então, próclise (pronome antes do verbo).

7-) A) Se a proprietária mantiver o valor do aluguel, poderemos

permanecer no apartamento.B) Se os operários fizerem o acordo, a greve terminará.C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele não recu-

sará. =corretaD) Se estas caixas couberem no armário, a sala ficará organi-

zada.E) Se o microempresário quiser, poderá fazer futuros investi-

mentos.

8-) A) Com os shows da banda, os músicos propõem um momento

de descontração para os passageiros. = corretaB) Por causa da paralisação, as férias dos alunos terminaram

mais cedo.C) Na cidade, já se esgotaram as vagas nos hotéis para o perío-

do de Carnaval.D) Ela própria passou o uniforme de trabalho.E) Seguem anexados ao e-mail o cronograma do curso e o cur-

rículo dos inscritos.9-) A) Estudos recentes demonstram a necessidade de se investir

no ensino de matemática nos níveis fundamentais de aprendizagem.B) Muito concorridas, carreiras como as de advogado e de jorna-

lista também requerem conhecimento matemático.C) A cultura científica, apesar de fundamental para muitas car-

reiras, ainda é vista com certo desprezo entre alguns estudantes.D) Conhecimentos básicos de estatística são de fundamental

importância para a compreensão de algumas informações do nosso cotidiano.

E) A matemática pode ser considerada a base para algumas das mais intrigantes especulações científicas da atualidade. = correta

10-) - Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros

que não haviam sido enxergados.- Por isso, só pode haver chatos em lugares onde há alguma

perspectiva de futuro.

No primeiro caso, havia empregado com sentido de ter: sofre flexão (vai para o plural concordando com o termo que o antecede (erros); já no caso do haver com sentido de existir: invariável - ele e seu auxiliar (poder).

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Didatismo e Conhecimento 29

LÍNGUA PORTUGUESA

9. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL;

Regência Nominal

Regência nominal é a relação de dependência que se estabele-ce entre o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e o termo por ele regido. Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência. Na regência nominal o principal papel é desempenhado pela preposição.

No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição “a”.

Obedecer a algo/ a alguém.Obediente a algo/ a alguém.

Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da pre-posição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

- acessível a: Este cargo não é acessível a todos.- acesso a, para: O acesso para a região ficou impossível.- acostumado a, com: Todos estavam acostumados a ouvílo.- adaptado a: Foi difícil adaptarme a esse clima.- afável com, para com: Tinha um jeito afável para com os

turistas.- aflito: com, por.- agradável a, de: Sua saída não foi agradável à equipe.- alheio: a, de.- aliado: a, com.- alusão a: O professor fez alusão à prova final.- amor a, por: Ele demonstrava grande amor à namorada.- análogo: a.- antipatia a, por: Sentia antipatia por ela.- apto a, para: Estava apto para ocupar o cargo.- atenção a, com, para com: Nunca deu atenção a ninguém.- aversão a, por: Sempre tive aversão à política.- benéfico a, para: A reforma foi benéfica a todos.- certeza de, em: A certeza de encontrálo novamente a animou.- coerente: com.- compatível: com.- contíguo: a. desprezo: a, de, por.- dúvida em, sobre: Anotou todas as dúvidas sobre a questão

dada. empenho: de, em, por. equivalente: a.- favorável a: Sou favorável à sua candidatura. fértil: de, em.- gosto de, em: Tenho muito gosto em participar desta brin-

cadeira.- grato a: Grata a todos que me ensinaram a ensinar.

- horror a, de: Tinha horror a quiabo refogado. hostil: a, para com.- impróprio para: O filme era impróprio para menores. inerente: a.- junto a, com, de: Junto com o material, encontrei este do-

cumento.- lento: em.- necessárío a, para: A medida foi necessária para acabar com

tanta dúvida. - passível de: As regras são passíveis de mudanças. - preferível a: Tudo era preferível à sua queixa.- próximo: a, de.- rente: a.- residente: em. - respeito a, com, de, entre, para com, por: É necessário o

respeito às leis.- satisfeito: com, de, em, por.- semelhante: a. sensível: a. - sito em: O apartamento sito em Brasília foi vendido. - situado em: Minha casa está situada na Avenida Internacio-

nal. suspeito: de. útil: a, para. vazio: de. versado: em. vizinho: a, de.

Questões

01. O projeto.....estão dando andamento é incompatível.....tra-dições da firma.

a) de que, com asb) a que, com asc) que, asd) à que, àse) que, com as

02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto......simpatia.

a) a, por, menosb) do que, por, menosc) a, para, menosd) do que, com, menose) do que, para, menos 03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser segui-

dos pela mesma preposição:a) ávido, bom, inconsequenteb) indigno, odioso, peritoc) leal, limpo, onerosod) orgulhoso, rico, sedentoe) oposto, pálido, sábio

04. “As mulheres da noite,......o poeta faz alusão a colorir Ara-caju,........coração bate de noite, no silêncio”. A opção que comple-ta corretamente as lacunas da frase acima é:

a) as quais, de cujob) a que, no qualc) de que, o quald) às quais, cujoe) que, em cujo

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Didatismo e Conhecimento 30

LÍNGUA PORTUGUESA05. Assinale a alternativa correta quanto à regência:a) A peça que assistimos foi muito boa.b) Estes são os livros que precisamos.c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram.d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.

06. Assinale a alternativa que contém as respostas corretas.I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involunta-

riamente, prejudicou toda uma família.II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a acei-

tar qualquer ajuda do sogro.III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque,

embora fosse tão humilde.IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeita-

vam a sala, desmaiou.

a) II, III, IVb) I, II, IIIe) I, III, IVd) I, IIIe) I, II

07. Assinale o item em que há erro quanto à regência:a) São essas as atitudes de que discordo.b) Há muito já lhe perdoei.c) Informo-lhe de que paguei o colégio.d) Costumo obedecer a preceitos éticos.e) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente.

08. Dentre as frases abaixo, uma apenas apresenta a regência nominal correta. Assinale-a:

a) Ele não é digno a ser seu amigo.b) Baseado laudos médicos, concedeu-lhe a licença.c) A atitude do Juiz é isenta de qualquer restrição.d) Ele se diz especialista para com computadores eletrônicos.e) O sol é indispensável da saúde.

09. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP)

Assinale a alternativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação.

A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros.

B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros.

C) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais no-tável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros.

D) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais no-tável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros.

E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamen-te seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros.

Respostas

01-B

02-A

03-D

04-D

05-D

06-A

07-C

08-C09- Resposta “E”Quem tem dúvida, tem dúvida “DE” alguma coisa (já elimina

a alternativa A e B) as mulheres ampliam. Não se separa o sujeito do verbo (elimina a alternativa C e D).Só sobra alternativa E.

Regência Verbal

A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e obje-tos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significa-ções que um verbo pode assumir com a simples mudança ou reti-rada de uma preposição.

A mãe agrada o filho. (agradar significa acariciar, contentar)A mãe agrada ao filho. (agradar significa “causar agrado ou

prazer”, satisfazer)Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agra-

dar a alguém”.

O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito.

Cheguei ao metrô.Cheguei no metrô.

No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.

Abdicar: renunciar ao poder, a um cargo, título desistir. Pode ser intransitivo (VI não exige complemento) / transitivo direto (TD) ou transitivo indireto (TI + preposição): D. Pedro abdi-cou em 1831. (VI); A vencedora abdicou o seu direto de rainha. (VTD); Nunca abdicarei de meus direitos. (VTI)

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Didatismo e Conhecimento 31

LÍNGUA PORTUGUESAAbraçar: empregase sem preposição no sentido de apertar nos

braços: A mãe abraçoua com ternura. (VTD); Abraçouse a mim, chorando. (VTI)

Agradar: empregase com preposição no sentido de conten-tar, satisfazer.(VTI): A banda Legião Urbana agrada aos jovens. (VTI); Empregase sem preposição no sentido de acariciar, mimar: Márcio agradou a esposa com um lindo presente. (VTD)

Ajudar: empregase sem preposição; objeto direto de pessoa: Eu ajudavaa no serviço de casa. (VTD)

Aludir: (=fazer alusão, referirse a alguém), empregase com preposição: Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto. (VTI)

Ansiar: empregase sem preposição no sentido de causar ma-lestar, angustiar: A emoção ansiavame. (VTD); Empregase com preposição no sentido de desejar ardentemente por: Ansiava por vêlo novamente. (VTI)

Aspirar: empregase sem preposição no sentido de respirar, cheirar: Aspiramos um ar excelente, no campo. (VTD) Emprega-se com preposição no sentido de querer muito, ter por objetivo: Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. (VTI)

Assistir: empregase com preposição no sentido de ver, pre-senciar: Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. (VTI) Nesse caso, o verbo não aceita o pronome lhe, mas apenas os pronomes pessoais retos + preposição: O filme é ótimo. Todos querem as-sistir a ele. (VTI). Empregase sem / com preposição no sentido de socorrer, ajudar: A professora sempre assiste os alunos com carinho. (VTD); A professora sempre assiste aos alunos com ca-rinho. (VTI). Empregase com preposição no sentido de caber, ter direito ou razão: O direito de se defender assiste a todos. (VTI). No sentido de morar, residir é intransitivo e exige a preposição em: Assiste em Manaus por muito tempo. (VI).

Atender: empregado sem preposição no sentido de receber alguém com atenção: O médico atendeu o cliente pacientemente. (VTD). No sentido de ouvir, conceder: Deus atendeu minhas pre-ces. (VTD); Atenderemos quaisquer pedido via internet. Emprega-se com preposição no sentido de dar atenção a alguém: Lamento não poder atender à solicitação de recursos. (VTI). Empregase com preposição no sentido de ouvir com atenção o que alguém diz: Atenda ao telefone, por favor; Atenda o telefone. (preferência brasileira).

Avisar: avisar alguém de alguma coisa: O chefe avisou os funcionários de que os documentos estavam prontos. (VTD); Avi-saremos os clientes da mudança de endereço. (VTD). Já tem tra-dição na língua o uso de avisar como OI de pessoa e OD de coisa; Avisamos aos clientes que vamos atendêlos em novo endereço.

Bater: empregase com preposição no sentido de dar pancadas em alguém: Os irmãos batiam nele (ou batiamlhe) à toa; Nervo-so, entrou em casa e bateu a porta; (fechou com força); Foi logo batendo à porta; (bater junto à porta, para alguém abrir); Para que ele pudesse ouvir, era preciso bater na porta de seu quarto; (dar pancadas).

Casar: Marina casou cedo e pobre. (VI não exige comple-mento). Você é realmente digno de casar com minha filha. (VTI com preposição). Ela casou antes dos vinte anos. (VTD sem pre-posição). O verbo casar pode vir acompanhado de pronome refle-xivo: Ela casou com o seu grande amor; ou Ela casouse com seu grande amor.

Chamar: empregase sem preposição no sentido de convocar; O juiz chamou o réu à sua presença. (VTD). Empregase com ou sem preposição no sentido de denominar, apelidar, construido com objeto + predicativo: Chamouo covarde. (VTD) / Chamouo de covarde. (VID); Chamoulhe covarde. (VTI) / Chamoulhe de covarde. (VTI); Chamava por Deus nos momentos dificeis. (VTI).

Chegar: o verbo chegar exige a preposição a quando indica lugar: Chegou ao aeroporto meio apressada. Como transitivo dire-to (VTD) e intransitivo (VI) no sentido de aproximar; Chegueime a ele.

Contentarse: empregase com as preposições com, de, em: Contentamse com migalhas. (VTI); Contentome em aplaudir da-qui.

Custar: é transitivo direto no sentido de ter valor de, ser caro. Este computador custa muito caro. (VTD). No sentido de ser difícil é TI. É conjugado como verbo reflexivo, na 3ª pessoa do singular, e seu sujeito é uma oração reduzida de infinitivo: Custou-me pegar um táxi; O carro custoume todas as economias. É transiti-vo direto e indireto (TDI) no sentido de acarretar: A imprudência custoulhe lágrimas amargas. (VTDI).

Ensinar: é intransitivo no sentido de doutrinar, pregar: Mi-nha mãe ensina na FAI. (VTI). É transitivo direto no sentido de educar: Nem todos ensinam as crianças. (VTD). É transitivo dire-to e indireto no sentido de dar ínstrução sobre: Ensino os exercí-cios mais dificeis aos meus alunos. (VTDI).

Entreter: empregado como divertirse exige as preposições: a, com, em: Entretínhamonos em recordar o passado.

Esquecer / Lembrar: estes verbos admitem as construções: Esqueci o endereço dele; Lembrei um caso interessante; Esque-cime do endereço dele; Lembreime de um caso interessante. Es-queceu me seu endereço; Lembrame um caso interessante. Você pode observar que no 1º exemplo tanto o verbo esquecer como lembrar, não são pronominais, isto é, não exigem os pronomes me, se, lhe, são transitivos diretos (TD). Nos outros exemplos, ambos os verbos, esquecer e lembrar, exigem o pronome e a preposição de; são transitivos indiretos e pronominais. No exemplo o verbo esquecer está empregado no sentido de apagar da memória e o verbo lembrar está empregado no sentido de vir à memória. Na língua culta, os verbos esquecer e lembrar quando usados com a preposição de, exigem os pronomes.

Implicar: empregase com preposição no sentido de ter im-plicância com alguém: Nunca implico com meus alunos. (VTI). Empregase sem preposição no sentido de acarretar, envolver: A queda do dólar implica corrida ao over. (VTD); O desestímulo ao álcool combustível implica uma volta ao passado. (VTD). Empre-gase sem preposição no sentido de embaraçar, comprometer: O vizinho implicouo naquele caso de estupro. (VTD). É inadequada a regência do verbo implicar em: Implicou em confusão.

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Didatismo e Conhecimento 32

LÍNGUA PORTUGUESAInformar: o verbo informar possui duas construções, VTD e

VTI: Informeio que sua aposentaria saiu. (VTD); Informeilhe que sua aposentaria saiu. (VTI); Informouse das mudanças logo cedo. (inteirarse, verbo pronominal)

Investir: empregase com preposição (com ou contra) no sen-tido de atacar, é TI: O touro Bandido investiu contra Tião. Em-pregado como verbo transitivo direto e índireto, no sentido de dar posse: O prefeito investiu Renata no cargo de assessora. (VTDI). Empregase sem preposição no sentido também de empregar di-nheiro, é TD: Nós investimos parte dos lucros em pesquisas cien-tíficas. (VTD).

Morar: antes de substantivo rua, avenida, usase morar com a preposição em: D. Marina Falcão mora na Rua Dorival de Bar-ros.

Namorar: a regência correta deste verbo é namorar alguém e NÃO namorar com alguém: Meu filho, Paulo César, namora Cris-tiane. Marcelo namora Raquel.

Necessitar: empregase com verbo transitivo direto ou indire-to, no sentido de precisar: Necessitávamos o seu apoio; Necessi-távamos de seu apoio. (VTDI).

Obedecer / Desobedecer: empregase com verbo transitivo di-reto e indireto no sentido de cumprir ordens: Obedecia às irmãs e irmãos; Não desobedecia às leis de trânsito.

Pagar: empregase sem preposição no sentido de saldar coi-sa, é VTI: Cida pagou o pão; Paguei a costura. Emprega-se com preposição no sentido de remunerar pessoa, é VTI: Cida pagou ao padeiro; Paguei à costureira. Empregase como verbo transiti-vo direto e indireto, pagar alguma coisa a alguém: Cida pagou a carne ao açougueiro. Por alguma coisa: Quanto pagou pelo carro? Sem complemento: Assistiu aos jogos sem pagar.

Pedir: somente se usa pedir para, quando, entre pedir e o para, puder colocar a palavra licença. Caso contrário, dízse pedir que; A secretária pediu para sair mais cedo. (pediu licença); A di-reção pediu que todos os funcionários comparecessem à reunião.

Perdoar: empregase sem preposição no sentido de perdoar coisa, é TD: Devemos perdoar as ofensas. (VTD). Empregase com preposição no sentido de conceder o perdão à pessoa, é TI: Perdoemos aos nossos inimigos. (VTI). Empregase como verbo transitivo direto e indireto no sentido de ter necessidade: A mãe perdoou ao filho a mentira. (VTDI). Admite voz passiva: Todos serão perdoados pelos pais.

Permitir: empregado com preposição, exige objeto indire-to de pessoa: O médico permitiu ao paciente que falasse. (VTI). Constróise com o pronome lhe e não o: O assistente permitiulhe que entrasse. Não se usa a preposição de antes de oração infinitiva: Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. (e não de ir sozinha).

Pisar: é verbo transitivo direto VTD: Tinha pisado o conti-nente brasileiro. (não exige a preposição no).

Precisar: empregase com preposição no sentido de ter neces-sidade, é VTI: As crianças carentes precisam de melhor atendi-mento médico. (VTI). Quando o verbo precisar vier acompanhado de infinítivo, podese usar a preposição de; a língua moderna tende a dispensála: Você é rico, não precisa trabalhar muito. Usase, às vezes na voz passiva, com sujeito indeterminado: Precisase de funcionários competentes. (sujeito indeterminado). Empregase sem preposição no sentido de indicar com exatidão: Perdeu muito dinheiro no jogo, mas não sabe precisar a quantia. (VTD).

Preferir: empregase sem preposição no sentido de ter prefe-rência. (sem escolha): Prefiro dias mais quentes. (VTD). Preferir VTDI, no sentido de ter preferência, exige a preposição a: Prefiro dançar a nadar; Prefiro chocolate a doce de leite. Na linguagem formal, culta, é inadequado usar este verbo reforçado pelas pala-vras ou expressões: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, do que.

Presidir: empregase com objeto direto ou objeto indireto, com a preposição a: O reitor presidiu à sessão; O reitor presidiu a sessão.

Prevenir: admite as construções: A paciência previne dissa-bores; Preveni minha turma; Quero prevenilos; Prevenimonos para o exame final.

Proceder: empregase como verbo intransitivo no sentido de ter fundamento: Sua tese não procede. (VI). Empregase com a preposição de no sentido de originarse, vir de: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo. Empregase como transitivo indireto com a preposição a, no sentido de dar início: Procederemos a uma investigação rigorosa. (VTI)

Querer: empregase sem preposição no sentido de desejar: Quero vêlo ainda hoje. (VTD). Empregase com preposição no sentido de gostar, ter afeto, amar: Quero muito bem às minhas cunhadas Vera e Ceiça.

Residir: como o verbo morar, o verbo responder, constróise com a preposição em: Residimos em Lucélia, na Avenida Interna-cional. Residente e residência têm a mesma regencia de residir em.

Responder: empregase no sentido de responder alguma coisa a alguém: O senador respondeu ao jornalista que o projeto do rio São Francisco estava no final. (VTDI). Empregase no sentido de responder a uma carta, a uma pergunta: Enrolou, enrolou e não respondeu à pergunta do professor.

Reverter: empregase no sentido de regressar, voltar ao esta-do primitivo: Depois de aposentarse reverteu à ativa. Empregase no sentido de voltar para a posse de alguém: As jóias reverterão ao seu verdadeiro dono. Empregase no sentido de destinarse: A renda da festa será revertida em beneficio da Casa da Sopa.

Simpatizar / Antipatizar: empregamse com a preposição com: Sempre simpatizei com pessoas negras; Antipatizei com ela desde o primeiro momento. Estes verbos não são pronominais, isto é, não exigem os pronomes me, se, nos, etc: Simpatizeime com você. (inadequado); Simpatizei com você. (adequado)

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Didatismo e Conhecimento 33

LÍNGUA PORTUGUESASubir: Subiu ao céu; Subir à cabeça; Subir ao trono; Subir ao

poder. Essas expressões exigem a preposição a.

Suceder: empregase com a preposição a no sentido de substi-tuir, vir depois: O descanso sucede ao trabalho.

Tocar: empregase no sentido de pôr a mão, tocar alguém, tocar em alguém: Não deixava tocar o / no gato doente. Empre-gase no sentido de comover, sensibilizar, usase com OD: O nas-cimento do filho tocouo profundamente. Empregase no sentido de caber por sorte, herança, é OI: Tocoulhe, por herança, uma linda fazenda. Empregase no sentido de ser da competência de, caber: Ao prefeito é que toca deferir ou indeferir o projeto.

Visar: empregase sem preposição, como VTD, no sentido de apontar ou pôr visto: O garoto visou o inocente passarinho; O ge-rente visou a correspondência. Empregase com preposição, como VTI, no sentido de desejar, pretender: Todos visam ao reconheci-mento de seus esforços.

Casos Especiais

Darse ao trabalho ou darse o trabalho? Ambas as construções são corretas. A primeira é mais aceita: Davase ao trabalho de res-ponder tudo em Inglês. O mesmo se dá com: darse ao / o incômo-do; poupar-se ao /o trabalho; darse ao /o luxo.

Proporse alguma coisa ou proporse a alguma coisa? Propor-se, no sentido de ter em vista, disporse a, pode vir com ou sem a preposição a: Ela se propôs leválo/ a leválo ao circo.

Passar revista a ou passar em revista? Ambas estão corretas, porém a segunda construção é mais frequente: O presidente passou a tropa em revista.

Em que pese a - expressão concessiva equivalendo a ainda que custe a, apesar de, não obstante: “Em que pese aos inimigos do paraense, sinceramente confesso que o admiro.” (Graciliano Ramos)

Observações Finais

Os verbos transitivos indiretos (exceção ao verbo obedecer), não admitem voz passiva. Os exemplos citados abaixo são consi-derados inadequados.

O filme foi assistido pelos estudantes; O cargo era visado por todos; Os estudantes assistiram ao filme; Todos visavam ao cargo.

Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de regências diferentes, como: Entrou e saiu de casa; Assisti e gostei da peça. Corrijase para: Entrou na casa e saiu dela; Assisti à peça e gostei dela.

As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como complemento de verbos transitivos diretos, enquanto as formas lhe, lhes funcio-nam como transitivos indiretos que exigem a preposição a. Convi-dei as amigas. Convideias; Obedeço ao mestre. Obedeço lhe.

Questões

01. (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC). Todas as alter-nativas estão corretas quanto ao emprego correto da regência do verbo, EXCETO:

A) Faço entrega em domicílio. B) Eles assistem o espetáculo. C) João gosta de frutas. D) Ana reside em São Paulo. E) Pedro aspira ao cargo de chefe.

02. Assinale a opção em que o verbo chamar é empregado com o mesmo sentido que apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”:

a) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria;b) bateram à porta, chamando Rodrigo;c) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo;d) o chefe chamou-os para um diálogo franco;e) mandou chamar o médico com urgência.

03. Assinale a opção em que o verbo assistir é empregado com o mesmo sentido que apresenta em “não direi que assisti às alvo-radas do romantismo”.

a) não assiste a você o direito de me julgar;b) é dever do médico assistir a todos os enfermos;c) em sua administração, sempre foi assistido por bons con-

selheiros;d) não se pode assistir indiferente a um ato de injustiça;e) o padre lhe assistiu nos derradeiros momentos.

04. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado com regência certa, exceto em:

a) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera.b) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz.c) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso;d) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do má-

gico;e) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos.

05. O verbo chamar está com a regência incorreta em:a) chamo-o de burguês, pois você legitima a submissão das

mulheres;b) como ninguém assumia, chamei-lhes de discriminadores;c) de repente, houve um nervosismo geral e chamaram-nas de

feministas;d) apesar de a hora ter chegado, o chefe não chamou às femi-

nistas a sua seção;e) as mulheres foram para o local do movimento, que elas

chamaram de maternidade.

06. Assinale o exemplo, em que está bem empregada a cons-trução com o verbo preferir:

a) preferia ir ao cinema do que ficar vendo televisão;b) preferia sair a ficar em casa;c) preferia antes sair a ficar em casa;d) preferia mais sair do que ficar em casa;e) antes preferia sair do que ficar em casa.

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Didatismo e Conhecimento 34

LÍNGUA PORTUGUESA07. Assinale a opção em que o verbo lembrar está empregado

de maneira inaceitável em relação à norma culta da língua:a) pediu-me que o lembrasse a meus familiares;b) é preciso lembrá-lo o compromisso que assumiu conosco;c) lembrou-se mais tarde que havia deixado as chaves em casa;d) não me lembrava de ter marcado médico para hoje;e) na hora das promoções, lembre-se de mim.

08. O verbo sublinhado foi empregado corretamente, exceto em:

a) aspiro à carreira militar desde criança;b) dado o sinal, procedemos à leitura do texto.c) a atitude tomada implicou descontentamento;d) prefiro estudar Português a estudar Matemática;e) àquela hora, custei a encontrar um táxi disponível.

09. Assinale o mau emprego do vocábulo “onde”:a) todas as ocasiões onde nos vimos às voltas com problemas

no trabalho, o superintendente nos ajudou;b) por toda parte, onde quer que fôssemos, encontrávamos

colegas;c) não sei bem onde foi publicado o edital;d) onde encontraremos quem nos forneça as informações de

que necessitamos;e) os processos onde podemos encontrar dados para o relató-

rio estão arquivados

Respostas

1- Resposta “B”A frase correta seria “Eles assistem ao espetáculo”O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo

direto ou indireto. No primeiro caso não admitirá preposição, já no segundo sim.

Portanto, quando a pergunta (a quê?) for feita ao verbo, este será transitivo indireto e quando o complemento do verbo vir de forma direta, será transitivo direto.Veja:

a) A enfermeira assistiu o paciente. (Assistiu quem? O pacien-te! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem intermediá-rios, sem preposição)

b) João assistiu ao programa do Jô! (Assistiu a quê? Ao pro-grama! Logo, preposição a + artigo o)

2-A

3-D

4-B

5-D

6-B

7-B

8-E

9-B

10. RELAÇÕES SINTÁTICO-SEMÂNTICO--DISCURSIVAS NO PROCESSO ARGUMEN-

TATIVO.

Argumentação

O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma infor-mação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja ad-mitido como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele propõe.

Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de vista defendidos.

As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu-tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recursos de linguagem.

Para compreender claramente o que é um argumento, é bom voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século lV a.C., numa obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de escolher entre duas ou mais coisas”.

Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.

O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o enunciador está propondo.

Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumenta-ção. O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-mento de premissas e conclusões.

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Didatismo e Conhecimento 35

LÍNGUA PORTUGUESAPor exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:

A é igual a B.A é igual a C.Então: C é igual a A.

Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamen-te, que C é igual a A.

Outro exemplo:

Todo ruminante é um mamífero.A vaca é um ruminante.Logo, a vaca é um mamífero.

Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão também será verdadeira.

No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, devese mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendose mais confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendonos que um banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, confiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argu-mentativo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável que se creia que um banco mais antigo seja mais confiá-vel do que outro fundado há dois ou três anos.

Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-der bem como eles funcionam.

Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o audi-tório, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto mais os argumentos estiverem de acordo com suas cren-ças, suas expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomina. Será mais fácil convencêlo valorizando coisas que ele considera positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos, essa associação certamente não surtiria efei-to, porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalorizado numa dada cultura.

Tipos de Argumento

Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um ar-gumento. Exemplo:

Argumento de Autoridade

É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse re-curso produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do pro-

dutor do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e verdadeira. Exemplo:

“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”

Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há co-nhecimento. Nunca o inverso.

Alex José Periscinoto. In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2

A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela, o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem acreditar que é verdade.

Argumento de Quantidade

É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú-mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz largo uso do argumento de quantidade.

Argumento do Consenso

É uma variante do argumento de quantidade. Fundamentase em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu-tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao confiar no consenso, porém, correse o risco de passar dos argu-mentos válidos para os lugarescomuns, os preconceitos e as frases carentes de qualquer base científica.

Argumento de Existência

É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o argumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.

Nesse tipo de argumento, incluemse as provas documentais (fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas con-cretas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Duran-te a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exér-cito americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela comparação do número de canhões, de carros de combate, de navios, etc., ganhava credibilidade.

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Didatismo e Conhecimento 36

LÍNGUA PORTUGUESAArgumento quase lógico

É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógicos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plau-síveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “então A é igual a C”, estabelecese uma relação de identidade lógica. Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável.

Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con-correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generaliza-ções indevidas.

Argumento do Atributo

É aquele que considera melhor o que tem proriedades típicas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o que é mais grosseiro, etc.

Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza, alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor tende a associar o produto anunciado com atributos da celebridade.

Uma variante do argumento de atributo é o argumento da competência linguística. A utilização da variante culta e formal da língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de dizer dá confiabilidade ao que se diz.

Imaginese que um médico deva falar sobre o estado de saúde de uma personalidade pública. Ele poderia fazêlo das duas manei-ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:

- Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve por bem determinar o internamento do governador pelo pe-ríodo de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.

- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque alguns deles são barras-pesadas, a gente botou o governador no hospital por três dias.

Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um texto tem sempre uma orientação argumentativa.

A orientação argumentativa é certa direção que o falante traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um homem público, pode ter a intenção de criticálo, de ridicularizálo ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.

O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não outra. Veja:

“O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras trocavam abraços afetuosos.”

O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até, que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.

Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:

- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão amplo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu con-trário. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente, injustiça, corrupção).

- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por um único contraexemplo. Quando se diz “Todos os políticos são ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir o argumento.

- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do contexto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizandoas e atribuindolhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite que outras crescam”, em que o termo imperialismo é des-cabido, uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visan-do a reduzir outros à sua dependência política e econômica”.

A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi-dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação, o assunto, etc).

Convém ainda alertar que não se convence ninguém com ma-nifestações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo mentir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas (como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evi-dente, afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas qualidades não se prometem, manifestam-se na ação.

A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.

Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar-gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che-gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo de convencimento, por meio da argumentação, no qual se procura convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu comportamento.

A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão válida, expõemse com clareza os fundamentos de uma ideia ou propo-sição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio empregado na argumentação. A persuasão não válida apoiase em argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen-tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mímica e até o choro.

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Didatismo e Conhecimento 37

LÍNGUA PORTUGUESAAlguns autores classificam a dissertação em duas modalida-

des, expositiva e argumentativa. Esta exige argumentação, razões a favor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresenta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a esco-lha dos dados levantados, a maneira de expôlos no texto já reve-lam uma “tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na dissertação, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discus-são, debate, questionamento, o que implica a liberdade de pensa-mento, a possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fundamentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista.

Podese dizer que o homem vive em permanente atitude argu-mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia.

Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, essa capacidade aprendese com a prática. Um bom exercício para aprender a argumentar e contraargumentar consiste em desenvol-ver as seguintes habilidades:

- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total-mente contrária;

- contraargumentação: imaginar um diálogodebate e quais os argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresen-taria contra a argumentação proposta;

- refutação: argumentos e razões contra a argumentação oposta.

A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões válidas, como se procede no método dialético. O método dialético não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. Tratase de um método de investigação da realidade pelo estudo de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.

Descartes (15961650), filósofo e pensador francês, criou o método de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes-ma coisa, e pelo raciocínio tornase possível chegar a conclusões verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, come-çandose pelas proposições mais simples até alcançar, por meio de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, é fundamental determinar o problema, dividilo em partes, ordenar os conceitos, simplificandoos, enumerar todos os seus elementos e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.

A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca da verdade:

- evidência;- divisão ou análise;- ordem ou dedução;- enumeração.

A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.

A forma de argumentação mais empregada na redação aca-dêmica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a conclusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premis-sa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não caracteriza a universalidade.

Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseiase em uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à conclusão. Segundo esse método, partindose de teorias gerais, de verdades universais, podese chegar à previsão ou determinação de fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para o efeito. Exemplo:

Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)Fulano é homem (premissa menor = particular)Logo, Fulano é mortal (conclusão)

A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nes-se caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, parte de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desco-nhecidos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:

O calor dilata o ferro (particular)O calor dilata o bronze (particular)O calor dilata o cobre (particular)O ferro, o bronze, o cobre são metaisLogo, o calor dilata metais (geral, universal)

Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser váli-do e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos, pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu-são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, inten-ção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo sim-ples de sofisma no seguinte diálogo:

Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?- Lógico, concordo. Você perdeu um brilhante de 40 quilates? Claro que não!- Então você possui um brilhante de 40 quilates...

Exemplos de sofismas:

DeduçãoTodo professor tem um diploma (geral, universal)Fulano tem um diploma (particular)Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)

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Didatismo e Conhecimento 38

LÍNGUA PORTUGUESAInduçãoO Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (par-

ticular)Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular)Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral

– conclusão falsa)

Notase que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são profes-sores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. Cometese erro quando se faz generalizações apressadas ou infunda-das. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise superfi-cial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, baseados nos sentimentos não ditados pela razão.

Existem, ainda, outros métodos, subsidiários ou não funda-mentais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da ver-dade: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, exis-tem outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os processos de dedução e indução à natureza de uma realidade particular. Podese afirmar que cada ciência tem seu método próprio demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por-que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a pesquisa.

Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de-pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabese, porém, que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combinadas, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, o relógio estaria reconstruído.

Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con-junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise, que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo-sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim relacionadas:

Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.

A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação de abordagens possíveis. A síntese também é importante na escolha dos elementos que farão parte do texto.

Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir” por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.

A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos: análise é decomposição e classificação é hierarquisação.

Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou menos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são empregados de modo mais ou menos convencional. A classi-ficação, no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas características comuns e diferenciadoras. A classificação dos va-riados itens integrantes de uma lista mais ou menos caótica é ar-tificial.

Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, cami-nhão, canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio, sabiá, torradeira.

Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.

Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimen-to de uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais importante para o menos importante, ou decrescente, primei-ro o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização. (Garcia, 1973, p. 302304.)

Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-sar um questionamento, devese, de antemão, expor clara e racio-nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam. É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos de vista sobre ele.

A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lin-guagem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen-cia dos outros elementos dessa mesma espécie.

Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa-lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a ló-gica tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:

- o termo a ser definido;- o gênero ou espécie;- a diferença específica.

O que distingue o termo definido de outros elementos da mes-ma espécie. Exemplo:

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Didatismo e Conhecimento 39

LÍNGUA PORTUGUESANa frase: O homem é um animal racional classificase:

Elemento espécie diferença a ser definido específica

É muito comum formular definições de maneira defeituosa, por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par-tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan-te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, p.306), para determinar os «requisitos da definição denotativa”. Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos:

- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta ou instalação”;

- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente res-tritos para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade;

- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;

- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);

- deve ser breve (contida num só período). Quando a defini-ção, ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de perío-dos ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expandida;

- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjun-tos (as diferenças).

As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a palavra e seus significados.

A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sempre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstra-da com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racio-nal do mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma fundamentação coerente e adequada.

Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reconhecerse facilmente seus elementos e suas relações; outras ve-zes, as premissas e as conclusões organizamse de modo livre, mis-turandose na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis-sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprendem os processos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindose que raciocinar é relacionar, concluise que o argumento é um tipo específico de relação entre as premissas e a conclusão.

Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimen-tos argumentativos mais empregados para comprovar uma afirma-ção: exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.

Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões co-muns nesse tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior relevância que. Empregamse também dados estatísti-cos, acompanhados de expressões: considerando os dados; con-forme os dados apresentados. Fazse a exemplificação, ainda, pela apresentação de causas e consequências, usandose comumente as expressões: porque, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em virtude de, em vista de, por motivo de.

Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Podese alcançar esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpretação. Na explicitação por definição, empregamse expressões como: quer dizer, denominase, chamase, na verdade, isto é, haja vista, ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme, segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece, assim, desse ponto de vista.

Enumeração: Fazse pela apresentação de uma sequência de elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, depois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de espaço, empregamse as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí, além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...

Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mes-ma forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para estabelecer contraste, empregamse as expressões: mais que, menos que, melhor que, pior que.

Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:

Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir-mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na linha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais caráter confirmatório que comprobatório.

Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam ex-plicação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse caso, incluem-se:

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Didatismo e Conhecimento 40

LÍNGUA PORTUGUESA- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,

mortal, aspira à imortalidade);- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postu-

lados e axiomas);- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de na-

tureza subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se discute); diz respeito à fé religiosa, aos dogmas (creio, ain-da que parece absurdo).

Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados concretos, estatísticos ou documentais.

Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: causa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.

Fatos não se discutem; discutemse opiniões. As declarações, julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opi-niões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprova-da, e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contraar-gumentação ou refutação. São vários os processos de contraargu-mentação:

Refutação pelo absurdo: refutase uma afirmação demonstran-do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu-mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”;

Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses para eliminá-las, apresentandose, então, aquela que se julga verdadeira;

Desqualificação do argumento: atribuise o argumento à opi-nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindose a universali-dade da afirmação;

Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: con-siste em refutar um argumento empregando os testemunhos de au-toridade que contrariam a afirmação apresentada;

Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de-sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseouse em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. Por exemplo, se na argumentação afirmouse, por meio de dados estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois se baseia em uma relação de causaefeito difícil de ser comprovada. Para con-traargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento é que gera o controle demográfico”.

Apresentamse aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao desenvolvimento de outros temas. Elegese um tema, e, em segui-da, sugeremse os procedimentos que devem ser adotados para a elaboração de um Plano de Redação.

Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evo-lução tecnológica

- Questionar o tema, transformálo em interrogação, responder a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da res-posta, justificar, criando um argumento básico;

- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la (rever tipos de argumentação);

- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e conse-quência);

- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o argumento básico;

- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do ar-gumento básico;

- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma sequência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou menos a seguinte:

Introdução

- função social da ciência e da tecnologia;- definições de ciência e tecnologia;- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.

Desenvolvimento

- apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-vimento tecnológico;

- como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as condições de vida no mundo atual;

- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-desenvolvidos;

- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do

passado; apontar semelhanças e diferenças;- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-

banos;- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar

mais a sociedade.

Conclusão- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse-

quências maléficas;- síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos

apresentados.

Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-ção: é um dos possíveis.

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LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

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Didatismo e Conhecimento 1

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

1 DIREITO CONSTITUCIONAL: DIREITO E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

(ART. 5º AO 17 DA C.F.);

A Constituição de 1988, em seu Título II, classifica o gênero “direito e garantias fundamentais” em cinco espécies:

1. Direitos individuais;2. Direitos coletivos;3. Direitos sociais;4. Direitos à nacionalidade;5. Direitos políticos.

EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Os direitos fundamentais foram sendo reconhecidos pelos textos constitucionais e pelo ordenamento jurídico dos países de forma gradativa e histórica, aos poucos, os autores começaram a reconhecer as gerações destes, podendo ser sintetizadas da seguin-te forma:

1) Direitos de primeira geração: Surgidos no século XVII, eles cuidam da proteção das liberda-

des públicas, ou seja, os direitos individuais, compreendidos como aqueles inerentes ao homem e que devem ser respeitados por todos os Estados, como o direito à liberdade, à vida, à propriedade, à ma-nifestação, à expressão, ao voto, entre outros. São limites impostos à atuação do Estado.

2) Direitos de segunda geração: Correspondem aos direitos de igualdade, significa um fazer

do Estado em prol dos menos favorecidos pela ordem social e eco-nômica. Passou-se a exigir do Estado sua intervenção para que a liberdade do homem fosse protegida totalmente (o direito à saú-de, ao trabalho, à educação, o direito de greve, entre outros). Veio atrelado ao Estado Social da primeira metade do século passado. A natureza do comportamento perante o Estado serviu de critério distintivo entre as gerações, eis que os de primeira geração exi-giam do Estado abstenções (prestações negativas), enquanto os de segunda exigem uma prestação positiva.

3) Direitos de terceira geração: Os chamados de solidariedade ou fraternidade, voltados para

a proteção da coletividade. As Constituições passam a tratar da preocupação com o meio ambiente, da conservação do patrimônio histórico e cultural, etc. A partir destas, vários outros autores pas-sam a identificar outras gerações, ainda que não reconhecidas pela unanimidade de todos os doutrinadores.

4) Direitos de quarta geração: Segundo orientação de Norberto Bobbio, a quarta geração de

direitos humanos está ligada à questão do biodireito. Referida ge-ração de direitos decorreria dos avanços no campo da engenharia genética, ao colocarem em risco a própria existência humana, por meio da manipulação genética.

Por outro lado, o Professor Paulo Bonavides, afirma que em razão do processo de globalização econômica, com consequente afrouxamento da soberania do Estado Nacional, existe uma ten-dência de globalização dos direitos fundamentais, de forma a universalizá-los institucionalmente, sendo a única que realmente interessaria aos povos da periferia, citando como exemplos: o di-reito à democracia, à informação e ao pluralismo.

5) Direitos da quinta geração: Em que pese doutrinadores enquadrarem os direitos humanos

de quinta geração como sendo os que envolvam a cibernética e a informática. Paulo Bonavides, vê na quinta geração o espaço para o direito à paz, chegando a afirmar que a paz é axioma da demo-cracia participativa, ou ainda, supremo direito da humanidade.

Vale observar que ainda que se fale em gerações, não existe qualquer relação de hierarquia entre estes direitos, mesmo porque todos interagem entre si, de nada servindo um sem a existência dos outros. Esta nomenclatura adveio apenas em decorrência do tempo de surgimento, na eterna e constante busca do homem por mais proteção e mais garantias, com o objetivo de alcançar uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

DIFERENÇA ENTRE DIREITOS E GARANTIAS

No ordenamento jurídico pode ser feita uma distinção en-tre normas declaratórias, que estabelecem direitos, e normas assecuratórias, as garantias, que asseguram o exercício desses direitos. Assim, os direitos são bens e vantagens prescritos na norma constitucional, enquanto as garantias são os instrumentos através dos quais se assegura o exercício dos aludidos direitos (preventivamente) ou prontamente os repara, caso violados.

Convém ressaltar que as garantias de direito fundamental não se confundem com os remédios constitucionais. As garantias cons-titucionais são de conteúdo mais abrangente, incluindo todas as disposições assecuratórias de direitos previstas na Constituição. Vejamos dois exemplos:

- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre-exercício dos cultos religiosos – art. 5º, VI (di-reito) -, garantindo-se na forma da lei a proteção aos locais de culto e suas liturgias (garantia).

- direito ao juízo natural (direito) – art. 5º, XXXVII, veda a instituição de juízo ou tribunal de exceção (garantia).

Os direitos e garantias previstos no art. 5.º da CF têm como destinatários as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estran-geiras, públicas ou privadas ou mesmo entes despersonalizados nacionais (massa falida, espólio, etc.), estrangeiros residentes ou estrangeiros de passagem pelo território nacional.

Rol Exemplificativo

Trata-se de um rol exemplificativo e não um rol taxativo na medida em que os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte (art. 5º, § 2º).

- Os direitos fundamentais formalmente constitucionais são aqueles expressamente previstos na Constituição, em qualquer dispositivo de seu texto.

- Os direitos fundamentais materialmente constitucionais são aqueles que não estão previstos no texto da Constituição Federal de 1988, mas sim em outras normas jurídicas. Esses direitos fundamentais materialmente constitucionais não possuem hierarquia constitucional, exceto se previstos em tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados na forma do art. 5º, § 32, da Constituição Federal.

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Didatismo e Conhecimento 2

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL- Os direitos fundamentais catalogados são aqueles

enumerados no catálogo próprio dos direitos fundamentais, no Título II da Constituição Federal (arts. 5º ao 17).

- Os direitos fundamentais fora do catálogo são todos os previstos fora do catálogo dos direitos fundamentais, em outros artigos da Constituição. O direito ao meio ambiente, por exemplo, é um direito fundamental de terceira geração, previsto no art. 225 do Texto Maior (não catalogado, portanto).

Aplicabilidade

Nos termos do art. 5º, § 1º dispõe que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

Esse comando constitucional, embora inserto no art. 5º da Cons-tituição, não tem sua aplicação restrita aos direitos e garantias fun-damentais individuais e coletivos arrolados nos incisos deste mesmo artigo.

Sua incidência alcança as diferentes classes de direitos e garan-tias fundamentais de nossa Carta Magna, ainda que indicados fora do catálogo próprio, a eles destinado (arts. 5º ao 17).

Essa regra de aplicação imediata, porém, não é absoluta. Embora a regra seja a eficácia e a aplicabilidade imediata dos

direitos fundamentais, o fato é que existem direitos fundamentais que consubstanciam normas de eficácia limitada, dependentes de regula-mentação por lei para a produção de seus efeitos essenciais.

Características

Segundo o Professor José Afonso da Silva; direitos e garantias fundamentais são aquelas prerrogativas e instituições que o Direito Positivo concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas as pessoas, são considerados indispensáveis.

Vejamos as seguintes características:- Historicidade: são produtos da evolução histórica.- Inalienabilidade: Não é possível a transferência de direitos

fundamentais, a qualquer título ou forma (ainda que gratuita);- Irrenunciabilidade: Não está sequer à disposição do seu titular,

abrir mão de sua existência. Pode até não usá-los adequadamente, mas não pode renunciar à possibilidade de exercê-los.

- Imprescritibilidade: Não se perdem com o decurso do tempo;- Relatividade ou Limitabilidade: Não há nenhuma hipótese

de direito humano absoluto, eis que todos podem ser ponderados com os demais. Como esclarece à perfeição André Ramos Tavares, ao afirmar: “não existe nenhum direito humano consagrado pelas cons-tituições que se possa considerar absoluto, no sentido de sempre valer como máxima a ser aplicada nos casos concretos, independentemen-te da consideração de outras circunstâncias ou valores constitucio-nais”. Nesse sentido, é correto afirmar que os direitos fundamentais não são absolutos.

- Universalidade: São reconhecidos em todo o mundo. Todos os seres humanos têm direitos fundamentais que devem ser devidamente respeitados.

Titularidade dos Direitos Individuais e Coletivos

- Brasileiros natos e naturalizados e as pessoas jurídicas que se-jam constituídas no Brasil de acordo com as leis brasileiras.

- Estrangeiros residentes e apátridas. A expressão “residentes no Brasil” deve ser interpretada no sentido de que a carta federal só pode

assegurar a validade e gozo dos direitos fundamentais dentro do ter-ritório brasileiro, não excluindo, pois, o estrangeiro em trânsito pelo território nacional, que possui igualmente acesso às ações.

Assim sendo, temos os direitos e garantias previstos no art. 5.º da CF têm como destinatários as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, públicas ou privadas ou mesmo entes despersonalizados nacionais (massa falida, espólio, etc.).

Vamos conferir na Constituição Federal a redação dos arti-gos que dispõe sobre o tema:

TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento de-sumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agra-vo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistên-cia religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela po-dendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunica-ções telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profis-são, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e res-guardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

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Didatismo e Conhecimento 3

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALXV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de

paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per-manecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, des-de que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, ve-dada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de coo-perativas independem de autorização, sendo vedada a interferên-cia estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dis-solvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a per-manecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente auto-rizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropria-

ção por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade com-petente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produ-tiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvi-mento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdei-ros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:a) a proteção às participações individuais em obras coletivas

e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos in-térpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País

será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus”;

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos in-formações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de respon-sabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pa-gamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para de-fesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurí-dico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organiza-

ção que lhe der a lei, assegurados:a) a plenitude de defesa;b) o sigilo das votações;c) a soberania dos veredictos;d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos con-

tra a vida;XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena

sem prévia cominação legal;XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos di-

reitos e liberdades fundamentais;XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e im-

prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis

de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entor-pecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, poden-do a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;b) perda de bens;c) multa;d) prestação social alternativa;e) suspensão ou interdição de direitos;XLVII - não haverá penas:a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos

do art. 84, XIX;b) de caráter perpétuo;c) de trabalhos forçados;d) de banimento;e) cruéis;XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,

de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física

e moral;

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Didatismo e Conhecimento 4

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALL - às presidiárias serão asseguradas condições para que

possam permanecer com seus filhos durante o período de ama-mentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela au-toridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em jul-gado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identifi-cação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos proces-suais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por or-dem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mili-tar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí-lia e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autori-dade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do respon-sável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “ha-beas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de po-der for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;b) organização sindical, entidade de classe ou associação legal-

mente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a fal-ta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos di-reitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á “habeas-data”:a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à

pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gra-tuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;b) a certidão de óbito;LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “ha-

beas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são as-segurados a razoável duração do processo e os meios que garan-tam a celeridade de sua tramitação.

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimenta-ção, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço;

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Didatismo e Conhecimento 5

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALIV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado,

capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, ves-tuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes pe-riódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em conven-ção ou acordo coletivo;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração inte-gral ou no valor da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime

sua retenção dolosa;XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da

remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da em-presa, conforme definido em lei;

XII - salário-família pago em razão do dependente do traba-lhador de baixa renda nos termos da lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em tur-nos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos do-mingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mí-nimo, em cinquenta por cento à do normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

XIX - licença-maternidade, nos termos fixados em lei;XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante

incentivos específicos, nos termos da lei;XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no

mínimo de trinta dias, nos termos da lei;XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de

normas de saúde, higiene e segurança;XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,

insalubres ou perigosas, na forma da lei;XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o

nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos

de trabalho;XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do

empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalha-dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;

a) (Revogado)b) (Revogado)

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de fun-ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a sa-lário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiên-cia;

XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalu-bre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de de-zesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com víncu-lo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalha-dores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tribu-tárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013).

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observa-do o seguinte:

I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fun-dação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na or-ganização sindical;

II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou eco-nômica, na mesma base territorial, que será definida pelos traba-lhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses cole-tivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tra-tando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical res-pectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negocia-ções coletivas de trabalho;

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a par-tir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à or-ganização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, aten-didas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos tra-balhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

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Didatismo e Conhecimento 6

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá

sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas

da lei.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e em-pregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus inte-resses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é asse-gurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclu-siva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE

Art. 12. São brasileiros:I - natos:a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de

pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasilei-

ra, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federa-tiva do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra-sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira com-petente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

II - naturalizados:a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,

exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas resi-dência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Re-pública Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade bra-sileira.

§ 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.

§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República;II - de Presidente da Câmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;V - da carreira diplomática;VI - de oficial das Forças Armadas.VII - de Ministro de Estado da Defesa§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em

virtude de atividade nociva ao interesse nacional;II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es-

trangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao

brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para per-manência em seu território ou para o exercício de direitos civis

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.

§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio uni-versal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular.§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;II - facultativos para:a) os analfabetos;b) os maiores de setenta anos;c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,

durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos políticos;III - o alistamento eleitoral;IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária;VI - a idade mínima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da

República e Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado

e do Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Esta-

dual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado

e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

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Didatismo e Conhecimento 7

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de

inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto

durarem seus efeitos;IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou presta-

ção alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

I - caráter nacional;II - proibição de recebimento de recursos financeiros de enti-

dade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir

sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.

§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART. 37 AO 41 DA C.F.);

Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da so-ciedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo dividi-da em administração direta e indireta.

A Administração Pública direta se constitui dos serviços pres-tados da estrutura administrativa da União, Estados, Distrito Fede-ral e Municípios. Já, a Administração Pública indireta compreende os serviços prestados pelas autarquias, fundações públicas, socie-dades de economia mista e empresas públicas. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes obedecerá aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência.

Podemos definir a Administração Pública como a atividade mediante a qual as autoridades públicas tomam providências para a satisfação das necessidades de interesse público, utilizando, quando necessário, as prerrogativas do Poder Público, para alcan-çar os fins que não sejam os próprios à legislação ou à distribuição da justiça.

Sobre Administração Pública, o professor José Afonso da Silva assim explica: “...É o conjunto de meios institucionais, ma-terial, financeiro e humano preordenado à execução das decisões políticas. Essa é uma noção simples de Administração Pública que destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao Poder político; em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo de que se serve para atingir fins definidos e, em terceiro lugar, denota os dois aspectos: um conjunto de órgãos a serviço do Poder político e as operações, as atividades administrativas” (in Curso de Direito Constitucional Positivo).

Por sua vez, a Lei nº 9.784/99, que regula o processo admi-nistrativo no âmbito federal, mas irradia sua força normativa para os demais entes da federação, traz uma série de princípios admi-nistrativos no seu art. 2º, senão vejamos: Art. 2º “A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, morali-dade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência”.

Princípio da Supremacia do Interesse Público

Este princípio consiste na sobreposição do interesse público em face do interesse particular. Havendo conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá.

Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o soma-tório dos interesses individuais desde que represente o interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade.

O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo, é o interesse da coletividade como um todo. Já o interesse público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como pessoa jurí-dica, titular de direitos e obrigações, em suma, é vontade do Es-tado. Assim, a vontade do povo (interesse público PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público SECUNDÁRIO) não se confundem.

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Didatismo e Conhecimento 8

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALO interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não

contrariar nenhum interesse público PRIMÁRIO. E, ao menos in-diretamente, possibilite a concretização da realização de interesse público PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que você com-preenda perfeitamente esta distinção.

Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando a existência das prerroga-tivas e dos poderes especiais conferidos à Administração Pública para que esta esteja apta a atingir os fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis.

O ordenamento jurídico determina que o Estado-Administra-ção atinja uma gama de objetivos e fins e lhe confere meios, ins-trumentos para alcançar tais metas. Aqui se encaixa o princípio da Supremacia do Interesse Público, fornecendo à Administração as prerrogativas e os poderes especiais para obtenção dos fins estabe-lecidos na lei.

O princípio comentado não está expresso em nosso ordena-mento jurídico. Nenhum artigo de lei fala, dele, porém tal princí-pio encontra-se em diversos institutos do Direito Administrativo. Vejamos alguns exemplos práticos:

- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art. 5º, XXII), mas com base no princípio da Supremacia do Interesse Pú-blico, a Administração pode, por exemplo, desapropriar uma pro-priedade, requisitá-la ou promover o seu tombamento, suprimindo ou restringindo o direito à propriedade.

- a Administração e o particular podem celebrar contratos ad-ministrativos, mas esses contratos preveem uma série de cláusulas exorbitantes que possibilitam a Administração, por exemplo, mo-dificar ou rescindir unilateralmente tal contrato.

- o poder de polícia administrativa que confere à Administra-ção Pública a possibilidade, por exemplo, de determinar a proibi-ção de venda de bebida alcoólica a partir de determinada hora da noite com o objetivo de diminuir a violência.

Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades co-metidas em nome do aludido princípio, já existem vozes na dou-trina proclamando a necessidade de se por fim a este, através da Teoria da Desconstrução do Princípio da Supremacia. Na ver-dade, esvaziar tal princípio não resolverá o problema da falta de probidade de nossos homens públicos. Como afirma a maioria da doutrina, o princípio da Supremacia do Interesse Público é essen-cial, sendo um dos pilares da Administração, devendo ser aplicado de forma correta e efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder Judiciário deve ser provocado para corrigi-lo.

Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público

Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-adminis-trativo, funcionando como contrapeso ao princípio da Supremacia do Interesse Público.

Ao mesmo tempo em que a Administração tem prerrogativas e poderes exorbitantes para atingir seus fins determinados em lei, ela sofre restrições, limitações que não existem para o particular. Essas limitações decorrem do fato de que a Administração Pública não é proprietária da coisa pública, não é proprietária do interesse público, mas sim, mera gestora de bens e interesses alheios que pertencem ao povo.

Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A

atuação da Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja interesse público. Assim, o princípio da Indisponibilidade do Interesse Público tem estreita relação com o princípio da Legalidade, sendo que alguns autores utilizam essas expressões como sinônimas.

Este princípio também se encontra implícito em nosso orde-namento, surgindo sempre que estiver em jogo o interesse público. Exemplos da utilização deste princípio na prática:

- os bens públicos não são alienados como os particulares, ha-vendo uma série de restrições a sua venda.

- em regra, a Administração não pode contratar sem prévia lici-tação, por estar em jogo o interesse público.

- necessidade de realização de concurso público para admissão de cargo permanente.

É importante frisar a Administração Pública deverá se pautar nos cinco princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Os princípios são os seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qual-quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalida-de, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

Princípio da legalidade

O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É im-portante demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao administrador. Como já explici-tado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 5º, II, da Constituição Federal de 1988.

Princípio da Impessoalidade

Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedeci-do o princípio da impessoalidade. Este princípio estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na exe-cução das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o interesse social e não o interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da impessoalidade estaria intimamente relacionado com a finalidade pública. De acordo com a autora “a Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determina-das, uma vez que é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005).

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Didatismo e Conhecimento 9

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALEm interessante constatação, se todos são iguais perante a lei

(art. 5º, caput) necessariamente o serão perante a Administração, que deverá atuar sem favoritismo ou perseguição, tratando a todos de modo igual, ou quando necessário, fazendo a discriminação ne-cessária para se chegar à igualdade real e material.

Nesse sentido podemos destacar como um exemplo decorrente deste princípio a regra do concurso público, onde a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em con-curso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego.

Princípio da Moralidade Administrativa

A Administração Pública, de acordo com o princípio da mo-ralidade administrativa, deve agir com boa-fé, sinceridade, pro-bidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao ad-ministrador público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obe-diência à lei).

Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Ad-ministração. Trata-se de probidade administrativa, que é a forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo 37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para favorecimento de outrem.

Princípio da Publicidade

O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de atos praticados pela Administração Pública, obedecendo, todavia, as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutri-nador Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...”. (MEIRE-LLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005).

Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XX-XIII, garante a todos o direito a receber dos órgãos públicos in-formações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabili-dade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à seguran-ça da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei nº 12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências).

Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de se-gurança cumprem importante papel enquanto garantias de concre-tização da transparência.

Princípio da Eficiência

Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é o da eficiência.

Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a efetividade, na administração outro não poderia ser o caminho, enaltecido pela EC n. 19/98, que fixou a eficiência também para a Administração Pública.

De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendi-mento das necessidades da comunidade e de seus membros”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005).

Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode ser considerado em rela-ção ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação ao modo de organi-zar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005).

Por sua atualidade merece especial referência a questão do ne-potismo, ou seja, a designação de cônjuge, companheiro e paren-tes para cargos públicos no órgão. A lei proíbe o nepotismo direto, aquele em que o beneficiado deve estar subordinado a seu cônjuge ou parente, limitado ao segundo grau civil, por consanguinidade (pai, mãe, avós, irmãos, filhos e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros, cunhados, enteados e filhos dos enteados).

O Supremo Tribunal Federal ampliou essa vedação, por meio da Súmula Vinculante nº 13, onde proíbe o nepotismo em todas as entidades da Administração direta e indireta de todos os entes federativos, enquanto que a Lei 8.112/90 veda apenas para a Ad-ministração direta, às autarquias e fundações da União; estende a proibição aos parentes de terceiro grau (tios e sobrinhos), que al-cançava apenas os parentes de segundo grau; e proibiu-se também o nepotismo cruzado, aquele em que o agente público utiliza sua influência para possibilitar a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em cargo em comissão ou de confiança ou função gra-tificada não subordinada diretamente a ele.

A vedação do nepotismo representa os princípios da impes-soalidade, moralidade, eficiência e isonomia, de acordo com o de-cidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC nº 12). A partir de agora, temos a palavra da Suprema Corte, dizendo que o nepotismo ofende os princípios republicanos, previstos nos arts. 5º e 37 da Constituição Federal.

(...)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as-sim como aos estrangeiros, na forma da lei;

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Didatismo e Conhecimento 10

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALII - a investidura em cargo ou emprego público depende de

aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de con-vocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con-cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condi-ções e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre as-sociação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públi-cos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os crité-rios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-terminado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem dis-tinção de índices;

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou-tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Minis-tros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Pro-curadores e aos Defensores Públicos;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Po-der Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor pú-blico não serão computados nem acumulados para fins de conces-são de acréscimos ulteriores;

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de

saúde, com profissões regulamentadas;

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun-ções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socie-dades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades contro-ladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, prece-dência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a

criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso an-terior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados median-te processo de licitação pública que assegure igualdade de con-dições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da pro-posta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compar-tilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

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Didatismo e Conhecimento 11

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços

e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na

administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos

em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da quali-dade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a in-formações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III - a disciplina da representação contra o exercício negli-gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.

Este parágrafo e seus incisos têm por escopo assegurar a aplicação do princípio da eficiência declarado no caput do artigo 37 da Constituição Federal, permitindo que os usuários da Admi-nistração Pública participem da mesma e efetuem sua fiscalização.

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, di-

reitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;III - a remuneração do pessoal.

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eleti-vos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autár-quica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distri-tal, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-ração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibili-dade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso ante-rior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exer-cício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afas-tamento, os valores serão determinados como se no exercício es-tivesse.

Artigos 37 a 41 da Constituição Federal:

CAPÍTULO VIIDA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Re-dação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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Didatismo e Conhecimento 12

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALI - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos

brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as-sim como aos estrangeiros, na forma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-ração;

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de con-vocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con-cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri-buições de direção, chefia e assessoramento;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre as-sociação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públi-cos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-terminado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou-tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub-sídio dos Desembarga-dores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito do Poder Ju-diciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor pú-blico não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e em-pregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de

saúde, com profissões regulamentadas; XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções

e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais te-rão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de econo-mia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de paga-mento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e eco-nômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcio-namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específi-cas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a infor-mações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;

III - a disciplina da representação contra o exercício negli-gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.

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Didatismo e Conhecimento 13

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão

a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direi-

tos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;III - a remuneração do pessoal.”§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas

e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de cus-teio em geral.

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eleti-vos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembarga-dores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Mi-nistros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárqui-ca e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distri-tal, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-ração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibili-dade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso ante-rior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exer-cício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afas-tamento, os valores serão determinados como se no exercício es-tivesse.

Seção IIDOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-pios instituirão conselho de política de administração e remunera-ção de pessoal, integrado por servidores designados pelos respec-tivos Poderes. (Vide ADIN nº 2.135-4)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão

escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

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Didatismo e Conhecimento 14

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de ca-ráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atua-rial e o disposto neste artigo.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcio-nais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proven-tos proporcionais ao tempo de contribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as se-guintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentado-ria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I portadores de deficiência; II que exerçam atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais

que prejudiquem a saúde ou a integridade física. § 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão

reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, «a», para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo.

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual:

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime ge-ral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de seten-ta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no car-go efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo esta-belecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social.

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

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Didatismo e Conhecimento 15

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado

as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os ser-vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada

ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempe-

nho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor

estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

DA ORDEM SOCIAL (ART. 205 AO 216, 218, 219, 225 AO 232 DA C.F.);

CAPÍTULO III DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção I DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da socieda-de, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes prin-cípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensa-

mento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexis-tência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;V - valorização dos profissionais da educação escolar, garan-

tidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusiva-mente por concurso público de provas e títulos, aos das redes pú-blicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII - garantia de padrão de qualidade.VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais

da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de traba-lhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático--científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pes-quisa e extensão.

§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 11, de 1996)

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emen-da Constitucional nº 59, de 2009)

II - progressiva universalização do ensino médio gratui-to; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 53, de 2006)

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da edu-cação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Re-dação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

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Didatismo e Conhecimento 16

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as

seguintes condições:I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fun-damental, de maneira a assegurar formação básica comum e res-peito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-nicípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência téc-nica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-pios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 14, de 1996)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.

§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no «caput» deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Cons-titucional nº 53, de 2006)

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas pú-blicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus exce-dentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na locali-dade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.

§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manuten-ção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

I - erradicação do analfabetismo;II - universalização do atendimento escolar;III - melhoria da qualidade do ensino;IV - formação para o trabalho;V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públi-

cos em educação como proporção do produto interno bruto. (In-cluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

Seção II DA CULTURA

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

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Didatismo e Conhecimento 17

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas

populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.

3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)

I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; (In-cluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)

II produção, promoção e difusão de bens culturais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)

III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; (Incluído pela Emenda Constitucio-nal nº 48, de 2005)

IV democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)

V valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005)

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memó-ria dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;II - os modos de criar, fazer e viver;III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espa-

ços destinados às manifestações artístico-culturais;V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagísti-

co, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade,

promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.

§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.

§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.

§ 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamen-te aos investimentos ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo promo-ver o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 71, de 2012)

§ 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios: Incluí-do pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

I - diversidade das expressões culturais; Incluído pela Emen-da Constitucional nº 71, de 2012

II - universalização do acesso aos bens e serviços cultu-rais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

III - fomento à produção, difusão e circulação de conheci-mento e bens culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públi-cos e privados atuantes na área cultural; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

V - integração e interação na execução das políticas, pro-gramas, projetos e ações desenvolvidas; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

VI - complementaridade nos papéis dos agentes cultu-rais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

VII - transversalidade das políticas culturais; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da sociedade civil; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

IX - transparência e compartilhamento das informações; In-cluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

X - democratização dos processos decisórios com partici-pação e controle social; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos recursos e das ações; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orça-mentos públicos para a cultura. Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 71, de 2012

§ 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas respectivas esferas da Federação: Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

I - órgãos gestores da cultura; Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 71, de 2012

II - conselhos de política cultural; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

III - conferências de cultura; Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 71, de 2012

IV - comissões intergestores; Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 71, de 2012

V - planos de cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

VI - sistemas de financiamento à cultura; Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

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Didatismo e Conhecimento 18

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALVII - sistemas de informações e indicadores culturais; In-

cluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012VIII - programas de formação na área da cultura; e Incluído

pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012IX - sistemas setoriais de cultura. Incluído pela Emenda Cons-

titucional nº 71, de 2012§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema

Nacional de Cultura, bem como de sua articulação com os demais sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de cultura em leis próprias. Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012

CAPÍTULO IV DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimen-to científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

§ 1º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso da ciência, tecnologia e inovação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

§ 2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.

§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e inovação, inclusive por meio do apoio às atividades de extensão tecnológica, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

§ 4º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.

§ 5º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

§ 6º O Estado, na execução das atividades previstas no caput , estimulará a articulação entre entes, tanto públicos quanto pri-vados, nas diversas esferas de governo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

§ 7º O Estado promoverá e incentivará a atuação no exterior das instituições públicas de ciência, tecnologia e inovação, com vistas à execução das atividades previstas no caput. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tec-nológica do País, nos termos de lei federal.

Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortale-cimento da inovação nas empresas, bem como nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e polos tecnológicos e de demais ambientes promotores da inova-ção, a atuação dos inventores independentes e a criação, absor-ção, difusão e transferência de tecnologia. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-nicípios poderão firmar instrumentos de cooperação com órgãos e entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o compartilhamento de recursos humanos especializados e capaci-dade instalada, para a execução de projetos de pesquisa, de de-senvolvimento científico e tecnológico e de inovação, mediante contrapartida financeira ou não financeira assumida pelo ente be-neficiário, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) será organizado em regime de colaboração en-tre entes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

§ 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI. (In-cluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios legislarão concorrentemente sobre suas peculiaridades. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

CAPÍTULO VI DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamen-te equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; (Regula-mento)

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio ge-nético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e ma-nipulação de material genético; (Regulamento) (Regulamento)

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços ter-ritoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento)

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou ati-vidade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento)

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)

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Didatismo e Conhecimento 19

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALVI - promover a educação ambiental em todos os níveis de

ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Re-gulamento)

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

CAPÍTULO VII Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união

estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Re-dação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)

§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegu-rar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;

II - criação de programas de prevenção e atendimento especia-lizado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coleti-vos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitu-cional nº 65, de 2010)

§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:

I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à

escola; (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de

ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;

V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalida-de e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;

VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurí-dica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhi-mento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;

VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.

§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visan-do à articulação das várias esferas do poder público para a execu-ção de políticas públicas. (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

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Didatismo e Conhecimento 20

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito

anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de am-parar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comuni-dade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.

§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.

CAPÍTULO VIII DOS ÍNDIOS

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demar-cá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua re-produção física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.

§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.

§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.

§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, «ad referendum» do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.

§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.

Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são par-tes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do pro-cesso

2. DOS CRIMES CONTRA AADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ART. 312 AO 327 DO CÓDIGO PENAL);

TÍTULO XI DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO I DOS CRIMES PRATICADOS

POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, va-lor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,

embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

Peculato culposo§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime

de outrem:Pena - detenção, de três meses a um ano.§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se

precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Peculato mediante erro de outremArt. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que,

no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Inserção de dados falsos em sistema de informações (In-cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Ad-ministração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluí-do pela Lei nº 9.983, de 2000)

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de in-formações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou so-licitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Didatismo e Conhecimento 21

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALPena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e mul-

ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até

a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Ad-ministração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documentoArt. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de

que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Emprego irregular de verbas ou rendas públicasArt. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa

da estabelecida em lei:Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

ConcussãoArt. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indireta-

mente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Excesso de exação§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que

sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Re-dação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda-ção dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de prati-car qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Facilitação de contrabando ou descaminhoArt. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática

de contrabando ou descaminho (art. 334):Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação

dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

PrevaricaçãoArt. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato

de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a apa-relho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Condescendência criminosaArt. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de res-

ponsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao co-nhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Advocacia administrativaArt. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse pri-

vado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

Violência arbitráriaArt. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a

pretexto de exercê-la:Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena

correspondente à violência.

Abandono de funçãoArt. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permi-

tidos em lei:Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de

fronteira:Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolon-gado

Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, re-movido, substituído ou suspenso:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Violação de sigilo funcionalArt. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo

e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o

fato não constitui crime mais grave.

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Didatismo e Conhecimento 22

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela

Lei nº 9.983, de 2000)I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e em-

préstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Adminis-tração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Violação do sigilo de proposta de concorrênciaArt. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública,

ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.

Funcionário públicoArt. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,

quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, em-prego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: LEI Nº 8.429/92;

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá ou-tras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congres-so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I Das Disposições Gerais

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fun-dacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patri-mônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades des-ta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cin-qüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem re-muneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qual-quer forma direta ou indireta.

Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimô-nio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministé-rio Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressar-cimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

CAPÍTULO II Dos Atos de Improbidade Administrativa

Seção I Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enri-

quecimento Ilícito

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importan-do enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patri-monial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

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Didatismo e Conhecimento 23

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALI - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou

imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indire-ta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para fa-cilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o for-necimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máqui-nas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de proprieda-de ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empre-gados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qual-quer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de manda-to, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à ren-da do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de con-sultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que te-nha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a libera-ção ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou decla-ração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valo-res integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

Seção II Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo

ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que cau-sa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamen-to ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorpora-ção ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acer-vo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicá-veis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente des-personalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidô-nea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a ob-servância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente; (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autori-zadas em lei ou regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio pú-blico;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das nor-mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enri-queça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natu-reza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão asso-ciada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as for-malidades previstas na lei.(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XVI a XXI - (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

Seção III Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra

os Princípios da Administração Pública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que aten-ta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, le-galidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

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Didatismo e Conhecimento 24

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALI - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou

diverso daquele previsto, na regra de competência;II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão

das atribuições e que deva permanecer em segredo;IV - negar publicidade aos atos oficiais;V - frustrar a licitude de concurso público;VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de ter-

ceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida polí-tica ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

VIII - XVI a XXI - (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

CAPÍTULO III Das Penas

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e ad-ministrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que po-dem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o va-lor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídi-ca da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, per-da dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou credi-tícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou cre-ditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pes-soa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o provei-to patrimonial obtido pelo agente.

CAPÍTULO IV Da Declaração de Bens

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condi-cionados à apresentação de declaração dos bens e valores que com-põem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. (Regulamento) (Regulamento)

§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o

caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo .

CAPÍTULO V Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade ad-ministrativa competente para que seja instaurada investigação des-tinada a apurar a prática de ato de improbidade.

§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.

§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.

§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Minis-tério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de im-probidade.

Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conse-lho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.

§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.

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Didatismo e Conhecimento 25

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será pro-

posta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.

§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público.

§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Minis-tério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)

§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mes-ma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida pro-visória nº 2.180-35, de 2001)

§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá--la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifes-tação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e jus-tificações, dentro do prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da ine-xistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apre-sentar contestação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal.(Incluído pela Medida Provi-sória nº 2.225-45, de 2001)

Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de repa-ração de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamen-te determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

CAPÍTULO VI Das Disposições Penais

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbida-de contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está

sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa com-petente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remune-ração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público;I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo

quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Mi-nistério Público, de ofício, a requerimento de autoridade admi-nistrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.

CAPÍTULO VII Da Prescrição

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções pre-vistas nesta lei podem ser propostas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

CAPÍTULO VIII Das Disposições Finais

Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da República.

FERNANDO COLLORCélio Borja

Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.6.1992

Page 73: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 26

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

4. LEI Nº 8.112 E ALTERAÇÕES POSTERIORES: DO PROVIMENTO,

VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

(ART. 5º AO 39 DA LEI Nº 8.112/90); DOS DIREITOS E VANTAGENS

(ART. 40 AO 115 DA LEI 8.112/90); DO REGIME DISCIPLINAR

(ART. 116 AO 142 DA LEI Nº 8.112/90);

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

Título IIDo Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e

SubstituiçãoCapítulo I

Do ProvimentoSeção I

Disposições Gerais

Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo pú-blico:

I - a nacionalidade brasileira;II - o gozo dos direitos políticos;III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;V - a idade mínima de dezoito anos;VI - aptidão física e mental.§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de

outros requisitos estabelecidos em lei.§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o di-

reito de se inscrever em concurso público para provimento de car-go cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)

Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:I - nomeação;II - promoção;III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de

1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - readaptação;

VI - reversão;VII - aproveitamento;VIII - reintegração;IX - recondução.

Seção IIDa Nomeação

Art. 9o A nomeação far-se-á:I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de

provimento efetivo ou de carreira;II - em comissão, inclusive na condição de interino, para

cargos de confiança vagos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, in-terinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atri-buições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinida-de. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o de-senvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção IIIDo Concurso Público

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Regulamento)

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.

§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expi-rado.

Seção IVDa Posse e do Exercício

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabi-lidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

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Didatismo e Conhecimento 27

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da pu-

blicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publi-cação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e “f”, IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por

nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de

bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspe-ção médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for jul-gado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. (Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercí-cio. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publica-ção. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servi-dor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresen-tará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assen-tamento individual.

Art. 17. A promoção ou a ascensão não interrompem o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data da publicação do ato que promover ou ascender o servidor.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse pra-zo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. (Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afas-tado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento. (Parágrafo renumerado e altera-do pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observa-dos os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 1° O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança é submetido ao regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. (Incluí-do pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de traba-lho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capaci-dade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, obser-vados os seguinte fatores: (Vide EMC nº 19)

I - assiduidade;II - disciplina;III - capacidade de iniciativa;IV - produtividade;V- responsabilidade.§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio

probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exo-nerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.

§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 28

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser

concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VDa Estabilidade

Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e em-possado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercí-cio. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)

Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo adminis-trativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Seção VIDa Transferência

Art. 23. Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Po-der. (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997)

§ 1° A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse do serviço, mediante o preenchimento de vaga.(Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997)

§ 2° Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em extinção para igual situação em quadro de outro órgão ou entidade.(Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VIIDa Readaptação

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como exceden-te, até a ocorrência de vaga.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VIIIDa Reversão

(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor apo-sentado: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insub-sistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisó-ria nº 2.225-45, de 4.9.2001)

b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Me-dida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provi-sória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resul-tante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela Me-dida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocor-rência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da ad-ministração perceberá, em substituição aos proventos da aposen-tadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os pro-ventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste ar-tigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 26. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo, o ser-vidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrên-cia de vaga. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver com-pletado 70 (setenta) anos de idade.

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Didatismo e Conhecimento 29

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALSeção IX

Da Reintegração

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor está-vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão ad-ministrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

Seção XDa Recondução

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;II - reintegração do anterior ocupante.Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem,

o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

Seção XIDa Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribui-ções e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determi-nará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Capítulo IIDa Vacância

Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:I - exoneração;II - demissão;III - promoção;IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - transferência (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)VI - readaptação;VII - aposentadoria;VIII - posse em outro cargo inacumulável;IX - falecimento.

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em

exercício no prazo estabelecido.

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - a juízo da autoridade competente;II - a pedido do próprio servidor.Parágrafo único. O afastamento do servidor de função de di-

reção, chefia e assessoramento dar-se-á:I - a pedido;II - mediante dispensa, nos casos de:a) promoção;b) cumprimento de prazo exigido para rotatividade na função;c) por falta de exação no exercício de suas atribuições, segun-

do o resultado do processo de avaliação, conforme estabelecido em lei e regulamento;

d) afastamento de que trata o art. 94. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Capítulo IIIDa Remoção e da Redistribuição

Seção IDa Remoção

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, enten-de-se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - de ofício, no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também ser-vidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslo-cado no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assenta-mento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 30

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALSeção II

Da Redistribuição

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de pro-vimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (Incluí-do pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e comple-xidade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as fina-lidades institucionais do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará me-diante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou en-tidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será co-locado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Capítulo IVDa Substituição

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de dire-ção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou enti-dade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um de-les durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, su-periores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.

Título IIIDos Direitos e Vantagens

Capítulo IDo Vencimento e da Remuneração

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário-mínimo. (Revogado pela Medida Provisória nº 431, de 2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008)

Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou car-go em comissão será paga na forma prevista no art. 62.

§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93.

§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salá-rio mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribu-nal Federal.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as van-tagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.

Art. 43. A menor remuneração atribuída aos cargos de carrei-ra não será inferior a 1/40 (um quarenta avos) do teto de remune-ração fixado no artigo anterior. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº 9.624, de 2.4.98)

Art. 44. O servidor perderá:I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo

justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atra-

sos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação

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Didatismo e Conhecimento 31

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALde horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabe-lecida pela chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercí-cio. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou proven-to. (Vide Decreto nº 1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamen-to) (Regulamento)

Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.

Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servi-dor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do inte-ressado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao cor-respondente a dez por cento da remuneração, provento ou pen-são. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita ime-diatamente, em uma única parcela. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cum-primento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cas-sada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medi-da Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de pres-tação de alimentos resultante de decisão judicial.

Capítulo IIDas Vantagens

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I - indenizações;II - gratificações;III - adicionais.

§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao venci-mento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acrésci-mos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico funda-mento.

Seção IDas Indenizações

Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:I - ajuda de custo;II - diárias;III - transporte.IV - (Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)

Subseção IDa Ajuda de Custo

Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em ca-ráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que dete-nha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o Correm por conta da administração as despesas de trans-porte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, ba-gagem e bens pessoais.

§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são asse-gurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.

§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 36. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)

Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.

Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sen-do servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando ca-bível.

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Didatismo e Conhecimento 32

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de cus-

to quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.

Subseção IIDas Diárias

Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em ca-ráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacio-nal ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regula-mento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as des-pesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.

§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmen-te, no prazo de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

Subseção IIIDa Indenização de Transporte

Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomo-ção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

Subseção IVDo Auxílio-Moradia

(Vide Medida Provisória nº 301 de 2006)

Subseção IVDo Auxílio-Moradia

(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empre-sa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se aten-didos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servi-dor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou pro-mitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de cons-trução, nos doze meses que antecederem a sua nomeação;(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocu-par cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou fun-ção de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo in-ferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007)

Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comis-são relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a cinco anos dentro de cada período de oito anos, ainda que o servidor mude de cargo ou de Município de exercício do car-go. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Parágrafo único. Transcorrido o prazo de cinco anos de con-cessão, o pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput, os requisitos do caput do art. 60-B, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-C. - Revogado

Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, fun-ção comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (Incluí-do pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vin-te e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado. (In-cluído pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oito-centos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

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Didatismo e Conhecimento 33

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de

imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Seção IIDas Gratificações e Adicionais

Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nes-ta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - gratificação natalina;III - adicional por tempo de serviço; (Revogado pela Medida

Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigo-

sas ou penosas;V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;VI - adicional noturno;VII - adicional de férias;VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído

pela Lei nº 11.314 de 2006)

Subseção IDa Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Che-

fia e Assessoramento (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o. (Reda-ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nomi-nalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e oart. 3o da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisó-ria nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos servidores públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Subseção IIDa Gratificação Natalina

Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezem-bro, por mês de exercício no respectivo ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remune-ração do mês da exoneração.

Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

Subseção IIIDo Adicional por Tempo de Serviço

Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001, respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999)

Subseção IVDos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades

Penosas

Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioa-tivas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimen-to do cargo efetivo.

Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em lo-cais insalubres, perigosos ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas, ou com risco de vida, fazem jus a um adicional, conforme os valores abaixo: (Redação dada pela Medida Provisória nº 568, de 2012)

I - grau de exposição mínimo de insalubridade: R$ 100,00; (In-cluído pela Medida Provisória nº 568, de 2012)

II - grau de exposição médio de insalubridade: R$ 180,00; (Incluí-do pela Medida Provisória nº 568, de 2012)

III - grau de exposição máximo de insalubridade: R$ 260,00; e (Incluído pela Medida Provisória nº 568, de 2012)

IV - periculosidade: R$ 180,00. (Incluído pela Medida Provisória nº 568, de 2012)

§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.

§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações esta-belecidas em legislação específica.

Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servido-res em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condi-ções de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.

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Didatismo e Conhecimento 34

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com

Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ul-trapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

Subseção VDo Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora nor-mal de trabalho.

Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o li-mite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

Subseção VIDo Adicional Noturno

Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreen-dido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois mi-nutos e trinta segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.

Subseção VIIDo Adicional de Férias

Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao ser-vidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Subseção VIIIDa Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso

(Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concur-so é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Regulamento)

I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvol-vimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julga-mento de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coor-denação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente apro-vada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tra-tando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste arti-go; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratan-do de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste arti-go. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso so-mente será paga se as atividades referidas nos incisos do ca-put deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compen-sação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efei-to e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

Capítulo IIIDas Férias

Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de neces-sidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) (Férias de Ministro - Vide)

§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigi-dos 12 (doze) meses de exercício.

§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde

que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)

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Didatismo e Conhecimento 35

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALArt. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado

até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando--se o disposto no § 1o deste artigo. (Férias de Ministro - Vide)

§ 1° É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário, desde que o requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência.

§ 2° No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor do adicional de férias. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)

§ 4o A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório. (Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91)

§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o va-lor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição Federal quando da utilização do primeiro período. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)

Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecu-tivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Parágrafo único. O servidor referido neste artigo não fará jus ao abono pecuniário de que trata o artigo anterior. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço de-clarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Férias de Ministro - Vide)

Parágrafo único. O restante do período interrompido será go-zado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Capítulo IVDas Licenças

Seção IDisposições Gerais

Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:I - por motivo de doença em pessoa da família;II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;III - para o serviço militar;IV - para atividade política;V - prêmio por assiduidade;V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de

10.12.97)VI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem

como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo.

Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorro-gação.

Seção IIDa Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remu-neração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida. (Incluí-do pela Lei nº 12.269, de 2010)

§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não remu-neradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)

Seção IIIDa Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acom-panhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remu-neração.

§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção IVDa Licença para o Serviço Militar

Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será con-cedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica.

Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

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Didatismo e Conhecimento 36

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALSeção V

Da Licença para Atividade Política

Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, du-rante o período que mediar entre a sua escolha em convenção parti-dária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, as-sessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia se-guinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os ven-cimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. (Re-dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VIDa Licença-Prêmio por Assiduidade

Da Licença para Capacitação (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do car-go efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 88. Não se concederá licença-prê-mio ao servidor que, no período aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão;

II - afastar-se do cargo em virtude de:a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem re-

muneração;b) licença para tratar de interesses particulares;c) condenação a pena privativa de liberdade por sentença defi-

nitiva;d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.

Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 1 (um) mês para cada falta. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 89. O número de servidores em gozo simultâneo de licen-ça-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 90. (VETADO).

Seção VIIDa Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qual-quer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Re-dação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Seção VIIIDa Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem re-muneração para o desempenho de mandato em confederação, fe-deração, associação de classe de âmbito nacional, sindicato repre-sentativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar ser-viços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)

I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor; (In-ciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servi-dores; (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III - para entidades com mais de 30.000 associados, três servi-dores. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1° Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades até o máximo de 3 (três), por entidade.

§ 1o Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no Ministério da Administração Federal e Refor-ma do Estado. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2° A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.

I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

§ 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

§ 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

Capítulo VDos Afastamentos

Seção IDo Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Reda-ção dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento)

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Didatismo e Conhecimento 37

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALI - para exercício de cargo em comissão ou função de confian-

ça; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)II - em casos previstos em leis específicas.(Redação dada pela Lei

nº 8.270, de 17.12.91)§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entida-

des dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remu-neração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)

§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Ad-ministração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)

§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)

§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, independentemente da observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluí-do pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) (Vide Decreto nº 5.375, de 2005)

Seção IIDo Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afas-tado do cargo;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo--lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de vereador:a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de

seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,

sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a

seguridade social como se em exercício estivesse.§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não po-

derá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa da-quela onde exerce o mandato.

Seção IIIDo Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Pre-sidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a mis-são ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se--á com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de 2000)

Seção IV (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Do Afastamento para Participação em Programa de Pós--Graduação Stricto Sensu no País

Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar--se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em ins-tituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade defini-rá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós--graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da so-licitação de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

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Didatismo e Conhecimento 38

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos

nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justi-ficou seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

Capítulo VIDas Concessões

Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013)

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;II - pelo período comprovadamente necessário para alistamen-

to ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a dois dias; e (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013)

II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)

III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :a) casamento;b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou pa-

drasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exi-gida a compensação de horário na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.

§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compen-sação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o Também será concedido horário especial ao servidor por-tador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. (In-cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de defi-ciência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de ho-rário na forma do inciso II do art. 44. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga.

Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com auto-rização judicial.

Capítulo VIIDo Tempo de Serviço

Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezen-tos e sessenta e cinco dias.

Parágrafo único. Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois, não serão computados, arredondando-se para um ano quando excederem este número, para efeito de aposentado-ria. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão

ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Dis-trito Federal;

III - exercício de cargo ou função de governo ou administra-ção, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Pre-sidente da República;

IV - participação em programa de treinamento regularmen-te instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, munici-pal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afas-

tamento;VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afasta-

mento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VIII - licença:a) à gestante, à adotante e à paternidade;b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e

quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Reda-

ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)f) por convocação para o serviço militar;

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Didatismo e Conhecimento 39

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALIX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;X - participação em competição desportiva nacional ou convo-

cação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;

XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e dis-ponibilidade:

I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em perío-do de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)

III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eleti-

vo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Pre-vidência Social;

VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que

exceder o prazo a que se refere a alínea “b” do inciso VIII do art. 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.

§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço pres-tado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Mu-nicípio, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

Capítulo VIIIDo Direito de Petição

Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade compe-tente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que hou-ver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no pra-zo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010)I - do indeferimento do pedido de reconsideração;II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente supe-

rior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessiva-mente, em escala ascendente, às demais autoridades.

§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsidera-ção ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010)

Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsi-deração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação

de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimo-nial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabí-veis, interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser rele-vada pela administração.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a pro-curador por ele constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tem-po, quando eivados de ilegalidade.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

Título IVDo Regime Disciplinar

Capítulo IDos Deveres

Art. 116. São deveres do servidor:I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;II - ser leal às instituições a que servir;III - observar as normas legais e regulamentares;IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamen-

te ilegais;V - atender com presteza:a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, res-

salvadas as protegidas por sigilo;b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou

esclarecimento de situações de interesse pessoal;c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregulari-

dades de que tiver ciência em razão do cargo;VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do car-

go ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspei-ta de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade com-petente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)

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Didatismo e Conhecimento 40

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALVII - zelar pela economia do material e a conservação do pa-

trimônio público;VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;IX - manter conduta compatível com a moralidade adminis-

trativa;X - ser assíduo e pontual ao serviço;XI - tratar com urbanidade as pessoas;XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de

poder.Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII

será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao re-presentando ampla defesa.

Capítulo IIDas Proibições

Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

III - recusar fé a documentos públicos;IV - opor resistência injustificada ao andamento de documen-

to e processo ou execução de serviço;V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto

da repartição;VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos

previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua res-ponsabilidade ou de seu subordinado;

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de ou-trem, em detrimento da dignidade da função pública;

X - participar de gerência ou administração de sociedade pri-vada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, ex-ceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a reparti-ções públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estran-geiro;

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;XV - proceder de forma desidiosa;XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em

serviços ou atividades particulares;XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo

que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis

com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando so-

licitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do ca-put deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indireta-mente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Capítulo IIIDa Acumulação

Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicio-nada à comprovação da compatibilidade de horários.

§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de ven-cimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remu-nerações forem acumuláveis na atividade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remu-neração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha par-ticipação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acu-mular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de ho-rário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autorida-des máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Capítulo IVDas Responsabilidades

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativa-mente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

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Didatismo e Conhecimento 41

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário

somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucesso-res e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e con-travenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado ci-vil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade su-perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ain-da que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)

Capítulo VDas Penalidades

Art. 127. São penalidades disciplinares:I - advertência;II - suspensão;III - demissão;IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V - destituição de cargo em comissão;VI - destituição de função comissionada.

Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade men-cionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção discipli-nar. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamen-tação ou norma interna, que não justifique imposição de penalida-de mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proi-bições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demis-são, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a ins-peção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penali-dade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão te-rão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cin-co) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:I - crime contra a administração pública;II - abandono de cargo;III - inassiduidade habitual;IV - improbidade administrativa;V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;VI - insubordinação grave em serviço;VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, sal-

vo em legítima defesa própria ou de outrem;VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do

cargo;X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio na-

cional;XI - corrupção;XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções pú-

blicas;XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua che-fia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização ime-diata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a co-missão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultanea-mente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á

pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descri-ção dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acu-mulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promo-

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Didatismo e Conhecimento 42

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, obser-vado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório con-clusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamen-to. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do pro-cesso, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá auto-maticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de apo-sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (In-cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circuns-tâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este arti-go, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão.

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indis-ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público fede-ral o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.

Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser-viço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou su-perior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará re-latório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas

do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador--Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respec-tivo Poder, órgão, ou entidade;

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediata-mente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;

III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.

Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demis-

são, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o

fato se tornou conhecido.§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se

às infrações disciplinares capituladas também como crime.§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo

disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

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Didatismo e Conhecimento 43

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

5. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO

PODER EXECUTIVO FEDERAL: DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE

1994, E SUAS ATUALIZAÇÕES.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

A ética é composta por valores reais e presentes na socieda-de, a partir do momento em que, por mais que às vezes tais valo-res apareçam deturpados no contexto social, não é possível falar em convivência humana se esses forem desconsiderados. Entre tais valores, destacam-se os preceitos da Moral e o valor do justo (componente ético do Direito).

Se, por um lado, podemos constatar que as bruscas transfor-mações sofridas pela sociedade através dos tempos provocaram uma variação no conceito de ética, por outro, não é possível negar que as questões que envolvem o agir ético sempre estiveram pre-sentes no pensamento filosófico e social. Aliás, um marco da ética é a sua imutabilidade: a mesma ética de séculos atrás está vigente hoje, por exemplo, respeitar ao próximo nunca será considerada uma atitude antiética. Outra característica da ética é a sua validade universal, no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem no mundo. Não há uma ética conforme cada época, cultura ou civilização: a ética é uma só, válida para todos eternamente, de forma imutável e definitiva.

Quanto à etimologia da palavra ética: No grego existem duas vogais para pronunciar e grafar a vogal e, uma breve, chamada epsílon, e uma longa, denominada eta. Éthos, escrita com a vo-gal longa, significa costume; porém, se escrita com a vogal breve, éthos, significa caráter, índole natural, temperamento, conjunto das disposições físicas e psíquicas de uma pessoa.1

A ética passa por certa evolução natural através da história, mas uma breve observação do ideário de alguns pensadores do passado permite perceber que ela é composta por valores comuns desde sempre consagrados.

Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a Mo-ral e o Direito. Assim, a Moral não é a Ética, mas apenas parte dela. Neste sentido, Moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivíduo.

Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas pela Moral ser apenas uma parte da Ética; mas principalmente porque enquanto a Moral é entendida como a prática, como a realização efetiva e cotidiana dos valores; a Ética é entendida como uma “fi-losofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a moral. Moral é ação, Ética é reflexão.

A ética está presente em todas as esferas da vida de um indi-víduo e da sociedade que ele compõe e é fundamental para a ma-nutenção da paz social que todos os cidadãos (ou ao menos grande parte deles) obedeçam os ditames éticos consolidados. A obediên-cia à ética não deve se dar somente no âmbito da vida particular, mas também na atuação profissional, principalmente se tal atuação se der no âmbito estatal.

1 CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005.

O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, das individua-lidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finali-dades particulares.

O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não aos homens que o compõem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionário público é uma questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compõem a estrutura do Estado tomam uma atitude correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma consolidação do valor ético do Estado.

Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas den-tro da administração pública, passando a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta con-dição, mais ainda, será exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da sociedade, que espera dele uma conduta ilibada e transparente.

Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa a ser uma extensão daquilo que o Estado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados pre-ceitos éticos.

Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a exer-cem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria profissional. No caso das profissões na esfera pública, esta exigência se amplia.

Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação ética no setor público vai além e encontra-se disciplinada em de-talhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente no artigo 37) quanto na ordinária (em que se destacam o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n° 8.429/92 - Lei de Impro-bidade Administrativa - e a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos servidores públicos civis na esfera federal).

Em geral, as diretivas a respeito do comportamento profissio-nal ético podem ser bem resumidas em alguns princípios basilares.

Segundo Nalini2, o princípio fundamental seria o de agir de acordo com a ciência, se mantendo sempre atualizado, e de acordo com a consciência, sabendo de seu dever ético; tomando-se como princípios específicos:

- Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível na vida pública e na vida particular.

- Princípio da dignidade e do decoro profissional - agir da me-lhor maneira esperada em sua profissão e fora dela, com técnica, justiça e discrição.

- Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular fun-ções incompatíveis.

- Princípio da correção profissional - atuação com transparên-cia e em prol da justiça.

- Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos os demais operadores do Direito querem a mesma coisa, realizar a justiça.

- Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em todas funções.

- Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal para buscar o interesse da justiça.

2 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 8. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

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Didatismo e Conhecimento 44

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL- Princípio da confiança - cada profissional de Direito é dota-

do de atributos personalíssimos e intransferíveis, sendo escolhido por causa deles, de forma que a relação estabelecida entre aquele que busca o serviço e o profissional é de confiança.

- Princípio da fidelidade - Fidelidade à causa da justiça, aos valores constitucionais, à verdade, à transparência.

- Princípio da independência profissional - a maior autonomia no exercício da profissão do operador do Direito não deve impedir o caráter ético.

- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as in-formações que acessa no exercício da profissão.

- Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e de forma correta, com lealdade processual.

- Princípio da discricionariedade - geralmente, o profissional do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia sua profissão.

- Outros princípios éticos, como informação, solidariedade, cidadania, residência, localização, continuidade da profissão, li-berdade profissional, função social da profissão, severidade consi-go mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e tolerância.

Vale destacar que, se a Ética, num sentido amplo, é composta por ao menos dois elementos - a Moral e o Direito (justo); no caso da disciplina da Ética no Setor Público a expressão é adotada num sentido estrito - ética corresponde ao valor do justo, previsto no Direito vigente, o qual é estabelecido com um olhar atento às pres-crições da Moral para a vida social. Em outras palavras, quando se fala em ética no âmbito do Estado não se deve pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas que a regulamentam, o que permite a aplicação de sanções. Veja o organograma:

Logo, as regras éticas do setor público são mais do que regu-lamentos morais, são normas jurídicas e, como tais, passíveis de coação. A desobediência ao princípio da moralidade caracteriza ato de improbidade administrativa, sujeitando o servidor às penas previstas em lei. Da mesma forma, o seu comportamento em rela-ção ao Código de Ética pode gerar benefícios, como promoções, e prejuízos, como censura e outras penas administrativas. A discipli-na constitucional é expressa no sentido de prescrever a moralidade como um dos princípios fundadores da atuação da administração pública direta e indireta, bem como outros princípios correlatos. Assim, o Estado brasileiro deve se conduzir moralmente por von-tade expressa do constituinte, sendo que à imoralidade administra-tiva aplicam-se sanções.

Considerados os princípios administrativos basilares do art. 37 da CF, destaca-se a existência de um diploma específico que estabelece a ação ética esperada dos servidores públicos, qual seja o Decreto n° 1.171/94.

Vale lembrar que o Código de Ética foi expedido pelo Pre-sidente da República, considerada a atribuição da Constituição Federal para dispor sobre a organização e o funcionamento da ad-ministração pública federal, conforme art. 84, IV e VI da Consti-tuição Federal: “IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; [...] VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcio-namento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extin-ção de funções ou cargos públicos, quando vagos”. Exatamente por causa desta atribuição que o Código de Ética em estudo adota a forma de decreto e não de lei, já que as leis são elaboradas pelo Poder Legislativo (Congresso Nacional).

O Decreto n° 1.171/94 é um exemplo do chamado poder re-gulamentar inerente ao Executivo, que se perfaz em decretos regu-lamentares. Embora sejam factíveis decretos autônomos3, não é o caso do decreto em estudo, o qual encontra conexão com diplomas como as Leis n° 8.112/90 (regime jurídico dos servidores públicos federais) e Lei n° 8.429/92 (lei de improbidade administrativa), além da Constituição Federal.

Disto extrai-se que a adoção da forma de decreto não signifi-ca, de forma alguma, que suas diretrizes não sejam obrigatórias: o servidor público federal que desobedecê-las estará sujeito à apura-ção de sua conduta perante a respectiva Comissão de Ética, que en-viará informações ao processo administrativo disciplinar, podendo gerar até mesmo a perda do cargo, ou aplicará a pena de censura nos casos menos graves.

DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992,

DECRETA:

Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servi-dor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa.

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Fe-deral direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as provi-dências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integra-da por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será co-municada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes.

Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República.

ITAMAR FRANCORomildo Canhim

Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994.

3 LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

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Didatismo e Conhecimento 45

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALANEXO

Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal

CAPÍTULO ISeção I

Das Regras Deontológicas

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servi-dor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preserva-ção da honra e da tradição dos serviços públicos.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à dis-tinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a co-munidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem--estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações poli-ciais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão compro-metimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descui-do ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa von-tade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, per-mitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude con-tra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens le-gais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimen-to, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, co-labora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrande-cimento da Nação.

Seção IIDos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou

emprego público de que seja titular;b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimen-

to, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integri-dade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição es-sencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoan-do o processo de comunicação e contato com o público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços pú-blicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, res-peitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuá-rios do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de re-presentar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer fa-vores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências es-pecíficas da defesa da vida e da segurança coletiva;

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Didatismo e Conhecimento 46

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALl) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua

ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativa-mente em todo o sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qual-quer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as provi-dências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, se-guindo os métodos mais adequados à sua organização e distribui-ção;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de ser-viço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instru-ções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos ju-risdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe so-bre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Seção IIIDas Vedações ao Servidor Público

XV - E vedado ao servidor público;a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo,

posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servido-res ou de cidadãos que deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pes-soa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encami-nhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do aten-dimento em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse par-ticular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autoriza-do, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de ami-gos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitual-mente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

CAPÍTULO IIDAS COMISSÕES DE ÉTICA

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encar-regada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do ser-vidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio públi-co, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

XVII -- Cada Comissão de Ética, integrada por três servi-dores públicos e respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofí-cio, processo sobre ato, fato ou conduta que considerar passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formu-ladas contra o servidor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo ou função públi-ca, desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades associativas regularmente constituídas. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organis-mos encarregados da execução do quadro de carreira dos servido-res, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresen-te contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito sumário, ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se a apuração decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre recurso ao respectivo Ministro de Estado. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidência, poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se for o caso, à entidade em que, por exercício profissional, o servidor

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Didatismo e Conhecimento 47

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERALpúblico esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará com-prometimento ético da própria Comissão, cabendo à Comissão de Ética do órgão hierarquicamente superior o seu conhecimento e providências. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qual-quer fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos in-teressados, divulgadas no próprio órgão, bem como remetidas às demais Comissões de Ética, criadas com o fito de formação da consciência ética na prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo o expediente deverá ser remetida à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de funda-mentar o julgamento da falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos prin-cípios éticos e morais conhecidos em outras profissões;(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer ór-gão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão houver de tomar posse ou ser investido em fun-ção pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, um compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os princípios éticos e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

Questões

01. (TJ/SC- Téc. Judiciário – TJ/SC/2010) Nos moldes pre-conizados pela Constituição Federal, NÃO constitui um dos fun-damentos da República Federativa do Brasil:

(A) A soberania.(B) A dignidade da pessoa humana.(C) O pluralismo político.(D) A independência nacional.(E) A cidadania.

02. (TRT 23ª MT - Analista Judiciário – Exec. Mandatos – FCC/2011) Os direitos sociais previstos na Constituição Federal têm características de normas:

(A) funcionais e amplificativas.(B) passivas e restritivas.(C) imperativas e invioláveis.(D) análogas e restritivas.(E) centrífugas e amplificativas.

03. (TRT/AC e RO- Téc. Judiciário Adm. – FCC/2011) É direito do trabalhador urbano e rural, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, a remuneração do serviço ex-traordinário superior, no mínimo, em:

(A) trinta por cento à do normal.(B) quarenta por cento à do normal.(C) cinquenta por cento à do normal.(D) trinta por cento à do excepcional.(E) quarenta por cento à do excepcional.

04. (TRT 11ª AM/RR - Analista Judiciário – Área Judi-ciária – FCC/2012) O sindicato dos metalúrgicos de determinada cidade, preocupado com a saúde dos trabalhadores sindicalizados, resolveu impetrar mandado de segurança coletivo contra ilegalida-de da autoridade pública municipal, que determinou a continuida-de do trabalho em determinada indústria da região mesmo havendo sério risco de contaminação por gases tóxicos. O referido sindicato poderá impetrar o mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses de seus membros desde que esteja legalmente constituí-do e em funcionamento há, pelo menos,

(A) um ano.(B) dois anos.(C) três anos.(D) quatro anos.(E) cinco anos.

05. (TRE/CE - Téc. Judiciário Adm. – FCC/2012) Péricles, português residente há mais de um ano ininterrupto no Brasil e com idoneidade moral, Pompeu, grego naturalizado brasileiro, Cipriano, inglês residente no Brasil há quinze anos ininterruptos e sem condenação criminal, Alexandre, nascido no Brasil e filho de pais franceses a serviço da França, e Tibério, nascido na Bélgica e filho de pai brasileiro a serviço da República Federativa do Brasil, foram cogitados para ocupar cargo de Ministro de Estado da Defesa do Brasil. Nesse caso, segundo a Constituição Federal, o cargo só poderá ser ocupado por:

(A) Tibério.(B) Pompeu.(C) Cipriano.(D) Péricles.(E) Alexandre.

06. (TJ/RS - Analista Judiciário - FAURGS/2012) Sobre nacionalidade, considere as afirmações abaixo.

I - Somente os brasileiros naturalizados perdem a nacionalida-de brasileira em virtude de aquisição de outra nacionalidade.

II - Para o cancelamento de naturalização em razão de prática de ato nocivo ao interesse nacional, basta processo administrativo.

III - Oficial das Forças Armadas e Ministro de Estado da De-fesa são cargos privativos de brasileiro nato.

Quais estão corretas? (A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e III.(E) Apenas II e III.

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Didatismo e Conhecimento 48

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL07. (TJ/RS - Analista Judiciário - Área Administrativa -

FAURGS/2012) São brasileiros natos, segundo a Constituição Federal,

(A) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasilei-ra, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

(B) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes estejam a serviço de seu país.

(C) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterrup-tos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

(D) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe bra-sileira, desde que qualquer deles não esteja a serviço da República Federativa do Brasil.

(E) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra-sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira com-petente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

08. (OAB – Exame da Ordem Unificado – FGV/2012) A Constituição de 1988 proíbe qualquer discriminação, por lei, entre brasileiros natos e naturalizados, exceto os casos previstos pelo próprio texto constitucional. Nesse sentido, é correto afirmar que somente brasileiro nato pode exercer cargo de

(a) Ministro do STF ou do STJ(b) Diplomata.(c) Ministro da Justiça(d) Senador

09. (TRT 20ª SE - Analista Judiciário - Área Judiciária - FCC/2011) O modo de aquisição da nacionalidade secundária depende

(A) da origem sanguínea e territorial.(B) da vontade do indivíduo e do Estado.(C) do fato natural do nascimento.(D) da origem territorial, apenas.(E) da origem sanguínea, apenas.

10. (TRT 11ª AM/RR - Analista Judiciário – Exec. Man-datos – FCC/2012) Willian, inglês, maior de trinta e cinco anos de idade, no pleno exercício dos direitos políticos na Inglaterra, residente na Capital do Estado do Acre há cinco anos e filiado a de-terminado partido político, deseja concorrer às eleições no Brasil. Na forma da Constituição Federal, Willian:

(A) não tem condição de elegibilidade.(B) poderá concorrer aos cargos de Vereador e de Deputado

Estadual.(C) poderá concorrer aos cargos de Vereador, de Deputado Es-

tadual e de Governador.(D) poderá concorrer ao cargo de Senador e de Deputado Fe-

deral.(E) poderá concorrer ao cargo de Vereador, apenas.

11. (TRT 23ª MT - Analista Judiciário - Exec. Mandatos – FCC/2012) Benedito, militar alistável, com menos de dez anos de serviço, deseja concorrer ao cargo de vereador nas eleições Muni-cipais, porém, para ser considerado elegível,

(A) será colocado à disposição, com remuneração até as eleições, e, se eleito, assim permanecerá até o término do seu mandato, mas, se não for eleito, retornará a atividade.

(B) será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

(C) deverá continuar em atividade e, se eleito, será agregado pela autoridade superior, sendo colocado à disposição, até o término do seu mandato.

(D) deverá afastar-se da atividade.(E) será colocado à disposição, sem remuneração até as eleições,

e, se eleito, assim permanecerá até o término do seu mandato, mas, se não for eleito, retornará imediatamente à atividade.

12. (TRF 1ª - Analista Judiciário – Área Judiciária – FCC/2011) Com relação aos servidores públicos,

(A) o membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Minis-tros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remune-rados exclusivamente por subsídio fixado em doze parcelas.

(B) a fixação dos padrões de vencimento e dos demais compo-nentes do sistema remuneratório observará a natureza, o grau de res-ponsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada car-reira, os requisitos para a investidura e as peculiaridades dos cargos.

(C) Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fun-dação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, rea-parelhamento e racionalização do serviço público, exceto sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

(D) aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e subsidiário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.

(E) ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneração, bem como de ou-tro cargo temporário ou de emprego público, não se aplica o regime geral de previdência social.

13. (TRE/PE - Analista Judiciário – Área Judiciária – FCC/2011) Apolo, funcionário público, recebeu propina para convi-dar empresas fantasmas a fim de beneficiar a empresa UUUXXXAA Ltda. no processo de licitação de compra de material escolar pelo Po-der Público Estadual. As empresas fantasmas, convidadas, não apre-sentaram propostas, o que levou a empresa UUUXXXAA a vencer a licitação, mesmo tendo apresentado proposta de fornecimento de material acima dos valores praticados no mercado. Segundo a Cons-tituição Federal, o ato de improbidade administrativa cometido por Apolo, poderá importar:

(A) a perda da função pública, apenas, pois o ressarcimento ao erário competirá a empresa que venceu a licitação.

(B) a suspensão dos direitos políticos, apenas, pois o ressarci-mento ao erário competirá a empresa que venceu a licitação.

(C) a indisponibilidade de bens, apenas, pois é sua obrigação res-sarcir o erário, caso a empresa tenha fornecido o material escolar.

(D) a perda da função pública e o ressarcimento ao erário, apenas, sem prejuízo da ação penal cabível.

(E) a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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Didatismo e Conhecimento 49

LEGISLAÇÃO DO SERVIÇO/SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL14. (TRE/AP - Analista Judiciário – Área Judiciária –

FCC/2011) Eugênio, servidor público estável, perdeu o cargo por sentença judicial transitada em julgado, cuja vaga foi ocupada por Roberval que também é servidor público estável. Porém, Eugê-nio obteve novas provas e ingressou com ação apropriada que foi julgada procedente, sendo invalidadas a sentença judicial e a sua demissão. Segundo a Constituição Federal, Eugênio:

(A) será reintegrado e, por consequência, o Roberval será pro-movido ao cargo de chefia.

(B) não será reintegrado porque sua vaga já está ocupada por Roberval. Eugênio será obrigatoriamente posto em disponibilida-de com remuneração proporcional ao tempo de serviço, sem direi-to a indenização.

(C) não será reintegrado porque sua vaga já está ocupada por Roberval e, nesse caso, Eugênio será obrigatoriamente aproveita-do em outro cargo, sem direito a indenização.

(D) será reintegrado e o Roberval será mantido no mesmo car-go, sendo vedada sua recondução.

(E) será reintegrado e o Roberval, ocupante da vaga, por ser estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a inde-nização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

15. (TJ/SP- Escrevente Téc. Jud. – VUNESP/2011) Assina-le a alternativa que está, expressamente, de acordo com o texto da Constituição Federal.

(A) Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por or-dem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mi-litar, definidos em lei.

(B) Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimen-to de informações relativas à pessoa do impetrante ou de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governa-mentais ou de caráter privado.

(C) São gratuitas as ações de habeas corpus e mandado de segurança, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

(D) A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegura-dos a célere decisão do processo e os meios que garantam a igual-dade de sua tramitação.

(E) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos hu-manos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacio-nal, em dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

16. (TJ/SP- Escrevente Téc. Jud. – VUNESP/2011) Con-forme o que estabelece expressamente a Constituição Federal, to-dos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalva-das aquelas:

(A) cujo sigilo tenha sido decretado pela autoridade adminis-trativa competente.

(B) relativas a direitos individuais indisponíveis.(C) de interesse exclusivo da Administração Pública.(D) cujo interesse esteja relacionado à segurança ou à saúde

públicas.(E) cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade

e do Estado.

17. (TRT/AC e RO- Téc. Judiciário Adm. – FCC/2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:

(A) É assegurado, nos termos da lei, o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas repre-sentações sindicais e associativas.

(B) É assegurado, nos termos da lei, a proteção às participa-ções individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, exceto nas atividades desportivas ligadas ao futebol, tendo em vista ser este um esporte do povo.

(C) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País sem-pre será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ainda que lhes seja mais favorável a lei pes-soal do país de origem do “de cujus”.

(D) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, mesmo em caso de afronta à segurança da sociedade e do Estado, pois o direito individual deve prevalecer.

(E) A pena passará da pessoa do condenado, podendo a obri-gação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executa-das, independentemente do valor do patrimônio transferido.

18. (PC/CE - Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe - VU-NESP/2015) É vedada a acumulação remunerada de cargos públi-cos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, a de

(A) dois cargos científicos com outro de professor.(B) um cargo de professor com outro técnico ou científico.(C) dois cargos técnicos com outro de professor.(D) dois cargos de professor com outro técnico, em autarquias

ou fundações.(E) um cargo técnico com outro científico.

19. (TJ/RJ - Analista Judiciário - Especialidade Assistente Social - FGV/2014) O servidor público:

(A) somente será nomeado para o cargo público após prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos;

(B) ocupante de cargo de provimento efetivo está proibido de exercer funções de confiança;

(C) somente pode ser remunerado por subsídio, que não po-derá exceder o valor pago aos Ministros do Supremo Tribunal Fe-deral;

(D) deve ter os novos benefícios pecuniários calculados to-mando-se como base de cálculo os benefícios anteriormente con-cedidos;

(E) não pode ter a sua remuneração vinculada ou equiparada a quaisquer espécies remuneratórias.

20. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal - FCC/2014) O princípio que traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os adminis-trados sem discriminações, benéficas ou peculiares denomina-se princípio da

(A) responsabilidade.(B) moralidade.(C) publicidade.(D) supremacia do interesse público.(E) impessoalidade.

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INFORMÁTICA

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Didatismo e Conhecimento 1

INFORMÁTICA

FUNDAMENTOS DE MICROINFORMÁTICA: HARDWARE E SOFTWARE;

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem foram idealizados como máquinas para processar números (o que conhe-cemos hoje como calculadoras), porém, tudo era feito fisicamente.

Existia ainda um problema, porque as máquinas processavam os números, faziam operações aritméticas, mas depois não sabiam o que fazer com o resultado, ou seja, eram simplesmente máquinas de calcular, não recebiam instruções diferentes e nem possuíam uma memória.

Até então, os computadores eram utilizados para pouquíssi-mas funções, como calcular impostos e outras operações. Os com-putadores de uso mais abrangente apareceram logo depois da Se-gunda Guerra Mundial. Os EUA desenvolveram ― secretamente, durante o período ― o primeiro grande computador que calculava trajetórias balísticas. A partir daí, o computador começou a evoluir num ritmo cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje.

Código Binário, Bit e Byte

O sistema binário (ou código binário) é uma representação numérica na qual qualquer unidade pode ser demonstrada usando--se apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é a única linguagem que os computadores entendem.

Cada um dos dígitos utilizados no sistema binário é chamado de Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e representa a menor unidade de informação do computador.

Os computadores geralmente operam com grupos de bits. Um grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode ser usado na re-presentação de caracteres, como uma letra (A-Z), um número (0-9) ou outro símbolo qualquer (#, %, *,?, @), entre outros.

Assim como podemos medir distâncias, quilos, tamanhos etc., também podemos medir o tamanho das informações e a velocidade de processamento dos computadores. A medida padrão utilizada é o byte e seus múltiplos, conforme demonstramos na tabela abaixo:

MAINFRAMES

Os computadores podem ser classificados pelo porte. Basica-mente, existem os de grande porte ― mainframes ― e os de pe-queno porte ― microcomputadores ― sendo estes últimos dividi-dos em duas categorias: desktops ou torres e portáteis (notebooks, laptops, handhelds e smartphones).

Conceitualmente, todos eles realizam funções internas idênti-cas, mas em escalas diferentes.

Os mainframes se destacam por ter alto poder de processa-mento, muita capacidade de memória e por controlar atividades com grande volume de dados. Seu custo é bastante elevado. São encontrados, geralmente, em bancos, grandes empresas e centros de pesquisa.

CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES

A classificação de um computador pode ser feita de diversas maneiras. Podem ser avaliados:

• Capacidade de processamento; • Velocidade de processamento; • Capacidade de armazenamento das informações; • Sofisticação do software disponível e compatibilidade;• Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Processing

Uni), Unidade Central de Processamento. TIPOS DE MICROCOMPUTADORES

Os microcomputadores atendem a uma infinidade de aplica-ções. São divididos em duas plataformas: PC (computadores pes-soais) e Macintosh (Apple).

Os dois padrões têm diversos modelos, configurações e op-cionais. Além disso, podemos dividir os microcomputadores em desktops, que são os computadores de mesa, com uma torre, tecla-do, mouse e monitor e portáteis, que podem ser levados a qualquer lugar.

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Didatismo e Conhecimento 2

INFORMÁTICADESKTOPS

São os computadores mais comuns. Geralmente dispõem de teclado, mouse, monitor e gabinete separados fisicamente e não são movidos de lugar frequentemente, uma vez que têm todos os componentes ligados por cabos.

São compostos por: • Monitor (vídeo) • Teclado • Mouse• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memórias, dri-

ves, disco rígido (HD), modem, portas USB etc.

PORTÁTEIS

Os computadores portáteis possuem todas as partes integradas num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e gabinete em uma úni-ca peça. Os computadores portáteis começaram a aparecer no iní-cio dos anos 80, nos Estados Unidos e hoje podem ser encontrados nos mais diferentes formatos e tamanhos, destinados a diferentes tipos de operações.

LAPTOPS

Também chamados de notebooks, são computadores portáteis, leves e produzidos para serem transportados facilmente. Os lap-tops possuem tela, geralmente de Liquid Crystal Display (LCD), teclado, mouse (touchpad), disco rígido, drive de CD/DVD e por-tas de conexão. Seu nome vem da junção das palavras em inglês lap (colo) e top (em cima), significando “computador que cabe no colo de qualquer pessoa”.

NETBOOKS

São computadores portáteis muito parecidos com o notebook, porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais baratos e não pos-suem drives de CD/ DVD.

PDA

É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e também são conhecidos como palmtops. São computadores pequenos e, geralmente, não possuem teclado. Para a entrada de dados, sua tela é sensível ao toque. É um assistente pessoal com boa quantidade de memória e diversos programas para uso específico.

SMARTPHONES

São telefones celulares de última geração. Possuem alta ca-pacidade de processamento, grande potencial de armazenamento, acesso à Internet, reproduzem músicas, vídeos e têm outras fun-cionalidades.

Sistema de Processamento de Dados

Quando falamos em “Processamento de Dados” tratamos de uma grande variedade de atividades que ocorre tanto nas organi-zações industriais e comerciais, quanto na vida diária de cada um de nós.

Para tentarmos definir o que seja processamento de dados te-mos de ver o que existe em comum em todas estas atividades. Ao analisarmos, podemos perceber que em todas elas são dadas certas informações iniciais, as quais chamamos de dados.

E que estes dados foram sujeitos a certas transformações, com as quais foram obtidas as informações.

O processamento de dados sempre envolve três fases essen-ciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da Informação.

Para que um sistema de processamento de dados funcione ao contento, faz-se necessário que três elementos funcionem em per-feita harmonia, são eles:

Hardware

Hardware é toda a parte física que compõe o sistema de pro-cessamento de dados: equipamentos e suprimentos tais como: CPU, disquetes, formulários, impressoras.

Software

É toda a parte lógica do sistema de processamento de dados. Desde os dados que armazenamos no hardware, até os programas que os processam.

Peopleware

Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles que usam a informática como um meio para a sua atividade fim), progra-madores e analistas de sistemas (aqueles que usam a informática como uma atividade fim).

Embora não pareça, a parte mais complexa de um sistema de processamento de dados é, sem dúvida o Peopleware, pois por mais moderna que sejam os equipamentos, por mais fartos que se-jam os suprimentos, e por mais inteligente que se apresente o sof-tware, de nada adiantará se as pessoas (peopleware) não estiverem devidamente treinadas a fazer e usar a informática.

O alto e acelerado crescimento tecnológico vem aprimoran-do o hardware, seguido de perto pelo software. Equipamentos que cabem na palma da mão, softwares que transformam fantasia em realidade virtual não são mais novidades. Entretanto ainda temos em nossas empresas pessoas que sequer tocaram algum dia em um teclado de computador.

Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relacionamento entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente processamento da informação, sucateando e subutilizando equipamentos e softwa-res. Isto pode ser vislumbrado, sobretudo nas instituições públicas.

POR DENTRO DO GABINETE

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Didatismo e Conhecimento 3

INFORMÁTICAIdentificaremos as partes internas do computador, localizadas

no gabinete ou torre:

• Motherboard (placa-mãe) • Processador • Memórias • Fonte de Energia • Cabos • Drivers • Portas de Entrada/Saída

MOTHERBOARD (PLACA-MÃE)

É uma das partes mais importantes do computador. A mo-therboard é uma placa de circuitos integrados que serve de suporte para todas as partes do computador.

Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de alguma ma-neira, seja por cabos ou por meio de barramentos.

A placa mãe é desenvolvida para atender às características especificas de famílias de processadores, incluindo até a possibi-lidade de uso de processadores ainda não lançados, mas que apre-sentem as mesmas características previstas na placa.

A placa mãe é determinante quanto aos componentes que po-dem ser utilizados no micro e sobre as possibilidades de upgrade, influenciando diretamente na performance do micro.

Diversos componentes integram a placa-mãe, como: • ChipsetDenomina-se chipset os circuitos de apoio ao microcomputa-

dor que gerenciam praticamente todo o funcionamento da placa--mãe (controle de memória cache, DRAM, controle do buffer de dados, interface com a CPU, etc.).

O chipset é composto internamente de vários outros peque-nos chips, um para cada função que ele executa. Há um chip con-trolador das interfaces IDE, outro controlador das memórias, etc. Existem diversos modelos de chipsets, cada um com recursos bem diferentes.

Devido à complexidade das motherboards, da sofisticação dos sistemas operacionais e do crescente aumento do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integrados) mais importante do micro-computador. Fazendo uma analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o maestro, o chipset seria o resto!

• BIOSO BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de

entrada e saída, é a primeira camada de software do micro, um pe-queno programa que tem a função de “iniciar” o microcomputador. Durante o processo de inicialização, o BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componentes de hardware instalados, dar o boot, e prover informações básicas para o funcionamento do sis-tema.

O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a uti-lização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix, Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS que estão descritos os elementos necessários para operacionalizar o Hardwa-re, possibilitando aos diversos S.O. acesso aos recursos independe de suas características específicas.

O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo EPROM (Erased Programmable Read Only Memory). É um tipo de memó-ria “não volátil”, isto é, desligando o computador não há a perda das informações (programas) nela contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On Self Test) e SETUP para teste do sistema e configuração dos parâmetros de inicialização, respecti-vamente, e de funções básicas para manipulação do hardware uti-lizadas pelo Sistema Operacional.

Quando inicializamos o sistema, um programa chamado POST conta a memória disponível, identifica dispositivos plug--and-play e realiza uma checagem geral dos componentes instala-dos, verificando se existe algo de errado com algum componente. Após o término desses testes, é emitido um relatório com várias informações sobre o hardware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil e rápida de verificar a configuração de um computador. Para paralisar a imagem tempo suficiente para con-seguir ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break” do teclado.

Caso seja constatado algum problema durante o POST, serão emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro encontrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-falante conectado à placa mãe.

Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de me-mória com tecnologia flash. Memórias que podem ser atualizadas por software e também não perdem seus dados quando o compu-tador é desligado, sem necessidade de alimentação permanente.

As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix. 50% dos micros utilizam BIOS AMI.

• Memória CMOS

CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) é uma memória formada por circuitos integrados de baixíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as informações do sistema (setup), acessados no momento do BOOT. Estes dados são atri-buídos na montagem do microcomputador refletindo sua configu-ração (tipo de winchester, números e tipo de drives, data e hora, configurações gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo armazenados na CMOS enquanto houver alimentação da bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ou inclusão de novos componentes) podem implicar na alteração de alguns desses parâmetros.

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Didatismo e Conhecimento 4

INFORMÁTICAMuitos desses itens estão diretamente relacionados com o pro-

cessador e seu chipset e portanto é recomendável usar os valores default sugerido pelo fabricante da BIOS. Mudanças nesses pa-râmetros pode ocasionar o travamento da máquina, intermitência na operação, mau funcionamento dos drives e até perda de dados do HD.

• Slots para módulos de memóriaNa época dos micros XT e 286, os chips de memória eram

encaixados (ou até soldados) diretamente na placa mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em módulos (pentes), ini-cialmente de 30 vias, e depois com 72 e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos bancos de memória de acordo com as necessidades das aplicações e dos recursos financeiros dis-poníveis.

Durante o período de transição para uma nova tecnologia é comum encontrar placas mãe com slots para mais de um modelo. Atualmente as placas estão sendo produzidas apenas com módulos de 168 vias, mas algumas comportam memórias de mais de um tipo (não simultaneamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM.

• ClockRelógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera um

pulso elétrico. A função do clock é sincronizar todos os circuitos da placa mãe e também os circuitos internos do processador para que o sistema trabalhe harmonicamente.

Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são medidos pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz (Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Normalmente os proces-sadores são referenciados pelo clock ou frequência de operação: Pentium IV 2.8 MHz.

PROCESSADOR

O microprocessador, também conhecido como processador, consiste num circuito integrado construído para realizar cálculos e operações. Ele é a parte principal do computador, mas está longe de ser uma máquina completa por si só: para interagir com o usuá-rio é necessário memória, dispositivos de entrada e saída, conver-sores de sinais, entre outros.

É o processador quem determina a velocidade de processa-mento dos dados na máquina. Os primeiros modelos comerciais começaram a surgir no início dos anos 80.

• Clock Speed ou Clock Rate

É a velocidade pela qual um microprocessador executa instru-ções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções uma CPU pode executar por segundo.

Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do pro-cessador. Porém, alguns computadores têm uma “chave” que per-mite 2 ou mais diferentes velocidades de clock. Isto é útil porque programas desenvolvidos para trabalhar em uma máquina com alta velocidade de clock podem não trabalhar corretamente em uma máquina com velocidade de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, alguns componentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar a alta velocidade de clock.

Assim como a velocidade de clock, a arquitetura interna de um microprocessador tem influência na sua performance. Dessa forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de clock não necessa-riamente trabalham igualmente. Enquanto um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multiplicar 2 números, um Intel 80486 (ou superior) pode fazer o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes novos processadores poderiam ser 20 vezes mais rápido que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a mesma. Além disso, alguns microprocessadores são superescalar, o que significa que eles podem executar mais de uma instrução por ciclo.

Como as CPUs, os barramentos de expansão também têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocidades de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma para que um componente não deixe o outro mais lento. Na prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta que a velocidade da CPU.

• OverclockOverclock é o aumento da frequência do processador para que

ele trabalhe mais rapidamente. A frequência de operação dos computadores domésticos é de-

terminada por dois fatores:

• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também como velocidade de barramento, que nos computadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.

• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que permite ao processador trabalhar internamente a uma velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que os outros periféricos do computador (memória RAM, cache L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na velocidade de barramento.

Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com velocidade de barramento de 66 MHz e multiplicador de 2,5x. Fa-zendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica com os demais componentes do micro a 66 MHz.

Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo aci-ma), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simplesmente aumen-tando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais modernas suportam essa velocidade de bar-ramento). Neste caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium 166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz (2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador

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Didatismo e Conhecimento 5

INFORMÁTICApodem ser alteradas simplesmente através de jumpers de configu-ração da placa-mãe, o que torna indispensável o manual da mesma. O aumento da velocidade de barramento da placa-mãe pode criar problemas caso algum periférico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa velocidade.

Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida útil do processador de cerca de 20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já que os processadores rapidamente se tornam obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também fre-quentes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.

Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um coo-ler (ventilador que fica sobre o processador para reduzir seu aque-cimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica espe-cial que é passada diretamente sobre a superfície do processador.

Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou quad, essa denominação refere-se na verdade ao núcleo do processador, onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Lógica). Nos modelos DUAL ou DUO, esse núcleo é duplicado, o que proporciona uma execução de duas instruções efetivamente ao mesmo tempo, embora isto não aconteça o tempo todo. Basta uma instrução precisar de um dado gerado por sua “concorrente” que a execução paralela torna-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo término da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo quadruplicado.

Esses são os processadores fabricados pela INTEL, empresa que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos também alguns con-correntes famosos dessa marca, tais como NEC, Cyrix e AMD; sendo que atualmente apenas essa última marca mantém-se fazen-do frente aos lançamentos da INTEL no mercado. Por exemplo, um modelo muito popular de 386 foi o de 40 MHz, que nunca foi feito pela INTEL, cujo 386 mais veloz era de 33 MHz, esse processador foi obra da AMD. Desde o lançamento da linha Pen-tium, a AMD foi obrigada a criar também novas denominações para seus processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2, K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron) e os mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.

MEMÓRIAS

Vamos chamar de memória o que muitos autores denominam memória primária, que é a memória interna do computador, sem a qual ele não funciona.

A memória é formada, geralmente, por chips e é utilizada para guardar a informação para o processador num determinado mo-mento, por exemplo, quando um programa está sendo executado.

As memórias ROM (Read Only Memory - Memória Somen-te de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Memória de Acesso Randômico) ficam localizadas junto à placa-mãe. A ROM são chips soldados à placa-mãe, enquanto a RAM são “pentes” de memória.

FONTE DE ENERGIA

É um aparelho que transforma a corrente de eletricidade alter-nada (que vem da rua), em corrente contínua, para ser usada nos computadores. Sua função é alimentar todas as partes do com-putador com energia elétrica apropriada para seu funcionamento.

Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por meio de cabos coloridos com conectores nas pontas.

CABOS

Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro do gabi-nete: podem ser de energia ou de dados e conectam dispositivos, como discos rígidos, drives de CDs e DVDs, LEDs (luzes), botão liga/desliga, entre outros, à placa-mãe.

Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, SATA, SATA2, energia e som.

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Didatismo e Conhecimento 6

INFORMÁTICADRIVERS

São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou removíveis - de armazenamento de dados, nos quais a informação é gravada por meio digital, ótico, magnético ou mecânico.

Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, os dri-ves de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais antigos ainda apresentam drives de disquetes, que são bem pouco usados devido à baixa capacidade de armazenamento. Todos os drives são ligados ao computador por meio de cabos.

PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA

São as portas do computador nas quais se conectam todos os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de dados. Os com-putadores de hoje apresentam normalmente as portas USB, VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem.

Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao computador por meio dessas Portas: modem, monitor, pen drive, HD externo, scanner, impressora, microfone, Caixas de som, mouse, teclado etc.

Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante usadas, como as portas paralelas (impressoras e scanners) e as portas PS/2(mouses e teclados).

MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Memórias

Memória ROM

No microcomputador também se encontram as memórias de-finidas como dispositivos eletrônicos responsáveis pelo armaze-namento de informações e instruções utilizadas pelo computador.

Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em que os dados não se perdem quando o computador é desligado. Este tipo de memória é ideal para guardar dados da BIOS (Basic Input/Output System - Sistema Básico de Entrada/Saída) da placa-mãe e outros dispositivos.

Os tipos de ROM usados atualmente são: • Electrically-Erasable Programmable Read-Only Me-

mory (Eeprom) É um tipo de PROM que pode ser apagada simplesmente com

uma carga elétrica, podendo ser, posteriormente, gravada com no-vos dados. Depois da NVRAM é o tipo de memória ROM mais utilizado atualmente.

• Non-Volatile Random Access Memory (Nvram) Também conhecida como flash RAM ou memória flash, a

NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os dados quando desligada. Este tipo de memória é o mais usado atualmen-te para armazenar os dados da BIOS, não só da placa-mãe, mas de vários outros dispositivos, como modems, gravadores de CD--ROM etc.

É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado em memória flash que permite realizarmos upgrades de BIOS. Na verdade essa não é exatamente uma memória ROM, já que pode ser reescrita, mas a substitui com vantagens.

• Programmable Read-Only Memory (Prom) É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sendo pro-

gramada posteriormente. Uma vez gravados os dados, eles não podem ser alterados. Este tipo de memória é usado em vários dis-positivos, assim como em placas-mãe antigas.

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Didatismo e Conhecimento 7

INFORMÁTICAMemoria RAM

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso ale-atório onde são armazenados dados em tempo de processamen-to, isto é, enquanto o computador está ligado e, também, todas as informações que estiverem sendo executadas, pois essa memória é mantida por pulsos elétricos. Todo conteúdo dela é apagado ao desligar-se a máquina, por isso é chamada também de volátil.

O módulo de memória é um componente adicionado à placa--mãe. É composto de uma série de pequenos circuitos integrados, chamados chip de RAM. A memória pode ser aumentada, de acor-do com o tipo de equipamento ou das necessidades do usuário. O local onde os chips de memória são instalados chama-se SLOT de memória.

A memória ganhou melhor desempenho com versões mais po-derosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâmica), EDO (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), entre outras, que proporcionam um aumento no desempenho de 10% a 30% em comparação à RAM tradicional. Hoje, as memórias mais utilizadas são do tipo DDR2 e DDR3.

Memória Cache

A memória cache é um tipo de memória de acesso rápido uti-lizada, exclusivamente, para armazenamento de dados que prova-velmente serão usados novamente.

Quando executamos algum programa, por exemplo, parte das instruções fica guardada nesta memória para que, caso posterior-mente seja necessário abrir o programa novamente, sua execução seja mais rápida.

Atualmente, a memória cache já é estendida a outros dispo-sitivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos dados. Os pro-cessadores e os HDs, por exemplo, já utilizam este tipo de arma-zenamento.

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO

Disco Rígido (HD)

O disco rígido é popularmente conhecido como HD (Hard Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também, de memó-ria, mas ao contrário da memória RAM, quando o computador é desligado, não perde as informações.

O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para armaze-namento de informações indispensável ao funcionamento do com-putador. É nele que ficam guardados todos os dados e arquivos, incluindo o sistema operacional. Geralmente é ligado à placa-mãe por meio de um cabo, que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2.

HD Externo

Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta capa-cidade de armazenamento, chegando facilmente à casa dos Tera-bytes. Eles, normalmente, funcionam a partir de qualquer entrada USB do computador.

As grandes vantagens destes dispositivos são: • Alta capacidade de armazenamento; • Facilidade de instalação; • Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer lugar

sem necessidade de abrir o computador. CD, CD-R e CD-RW

O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digi-talmente.

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Didatismo e Conhecimento 8

INFORMÁTICASua composição é geralmente formada por quatro camadas: • Uma camada de policarbonato (espécie de plástico),

onde ficam armazenados os dados • Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de re-

fletir o laser • Uma camada de acrílico, para proteger os dados • Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos

Na camada de gravação existe uma grande espiral que tem um relevo de partes planas e partes baixas que representam os bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a informação. Temos hoje, no mercado, três tipos principais de CDs:

1. CD comercial (que já vem gravado com música ou dados)

2. CD-R (que vem vazio e pode ser gravado uma única vez)

3. CD-RW (que pode ter seus dados apagados e regravados) Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de 700

MB ou 80 minutos de música. DVD, DVD-R e DVD-RW

O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo digital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popularizou depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto por quatro camadas, com a diferença de que o feixe de laser que lê e grava as informa-ções é menor, possibilitando uma espiral maior no disco, o que proporciona maior capacidade de armazenamento.

Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo R de gravação única e RW que possibilita a regravação de dados. A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ou 4,7 GB de dados, existindo ainda um tipo de DVD chamado Dual Layer, que contém duas camadas de gravação, cuja capacidade de armazena-mento chega a 8,5 GB.

Blu-Ray

O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia entre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas camadas de gravação.

Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e DVD comuns, com a diferença de que o feixe de laser usado para leitu-ra é ainda menor que o do DVD, o que possibilita armazenagem maior de dados no disco.

O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor ótico que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma cor violeta azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado do nome por fins jurídicos, já que muitos países não permitem que se registre comercialmente uma palavra comum. O Blu-Ray foi introduzido no mercado no ano de 2006.

Pen Drive

É um dispositivo de armazenamento de dados em memória flash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Ele com-bina diversas tecnologias antigas com baixo custo, baixo consumo de energia e tamanho reduzido, graças aos avanços nos micro-processadores. Funciona, basicamente, como um HD externo e quando conectado ao computador pode ser visualizado como um drive. O pen drive também é conhecido como thumbdrive (por ter o tamanho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdrive (por usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível.

Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos CDs, ou seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma capacidade maior, chegando a 256 GB.

Cartão de Memória

Assim como o pen drive, o cartão de memória é um tipo de dispositivo de armazenamento de dados com memória flash, muito encontrado em máquinas fotográficas digitais e aparelhos celulares smartphones.

Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas e nos telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, ringtones, en-dereços, números de telefone etc.

O cartão de memória funciona, basicamente, como o pen dri-ve, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparente no dispositivo e é bem mais compacto.

Os formatos mais conhecidos são: • Memory Stick Duo • SD (Secure Digital Card) • Mini SD • Micro SDOS PERIFÉRICOS Os periféricos são partes extremamente importantes dos com-

putadores. São eles que, muitas vezes, definem sua aplicação.

Entrada São dispositivos que possuem a função de inserir dados ao

computador, por exemplo: teclado, scanner, caneta óptica, leitor de código de barras, mesa digitalizadora, mouse, microfone, joys-tick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera fotográfica digital, câmera de vídeo, webcam etc.

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Didatismo e Conhecimento 9

INFORMÁTICAMouse

É utilizado para selecionar operações dentro de uma tela apre-sentada. Seu movimento controla a posição do cursor na tela e apenas clicando (pressionando) um dos botões sobre o que você precisa, rapidamente a operação estará definida.

O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias Macin-tosh e Windows, tornando-se indispensável para a utilização do microcomputador.

Touchpad

Existem alguns modelos diferentes de mouse para notebooks, como o touchpad, que é um item de fábrica na maioria deles.

É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a mesma funcionalidade do mouse. Para movimentar o cursor na tela, pas-sa-se o dedo levemente sobre a área do touchpad.

Teclado

É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada de da-dos no computador.

Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi pouco alterado. Possui teclas representando letras, números e símbolos, bem como teclas com funções específicas (F1... F12, ESC etc.).

Câmera Digital

Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes foto-gráficos. As imagens são capturadas e gravadas numa memória interna ou, ainda, mais comumente, em cartões de memória.

O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos é o JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao computador por meio de um cabo ou, nos computadores mais modernos, colocando-se o cartão de memória diretamente no leitor.

Câmeras de Vídeo

As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são também aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras de vídeo digitais ligam-se ao microcomputador por meio de cabos de conexão e per-mitem levar a ele as imagens em movimento e alterá-las utilizando um programa de edição de imagens. Existe, ainda, a possibilidade de transmitir as imagens por meio de placas de captura de vídeo, que podem funcionar interna ou externamente no computador.

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Didatismo e Conhecimento 10

INFORMÁTICA

Scanner

É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à memória do computador uma imagem desenhada, pintada ou fotografada. Ele é formado por minúsculos sensores fotoelétricos, geralmente distribuídos de forma linear. Cada linha da imagem é percorrida por um feixe de luz. Ao mesmo tempo, os sensores varrem (per-correm) esse espaço e armazenam a quantidade de luz refletida por cada um dos pontos da linha.

A princípio, essas informações são convertidas em cargas elétricas que, depois, ainda no scanner, são transformadas em valores numéricos. O computador decodifica esses números, armazena-os e pode transfor-má-los novamente em imagem. Após a imagem ser convertida para a tela, pode ser gravada e impressa como qualquer outro arquivo.

Existem scanners que funcionam apenas em preto e branco e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, os sensores pas-sam apenas uma vez por cada ponto da imagem. Os aparelhos de fax possuem um scanner desse tipo para captar o documento. Para capturar as cores é preciso varrer a imagem três vezes: uma regis-tra o verde, outra o vermelho e outra o azul.

Há aparelhos que produzem imagens com maior ou menor definição. Isso é determinado pelo número de pontos por polega-da (ppp) que os sensores fotoelétricos podem ler. As capacidades variam de 300 a 4800 ppp. Alguns modelos contam, ainda, com softwares de reconhecimento de escrita, denominados OCR.

Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para os sca-ners, que podem ser encontrados até nos caixas de supermercados, para ler os códigos de barras dos produtos vendidos.

Webcam

É uma câmera de vídeo que capta imagens e as transfere ins-tantaneamente para o computador. A maioria delas não tem alta resolução, já que as imagens têm a finalidade de serem transmi-tidas a outro computador via Internet, ou seja, não podem gerar um arquivo muito grande, para que possam ser transmitidas mais rapidamente.

Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate-papo) com suporte para webcam. Os participantes podem conversar e visualizar a imagem um do outro enquanto conversam. Nos lap-tops e notebooks mais modernos, a câmera já vem integrada ao computador.

Saída

São dispositivos utilizados para saída de dados do computa-dor, por exemplo: monitor, impressora, projetor, caixa de som etc.

Monitor

É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão) que tem a função de exibir a saída de dados.

A qualidade do que é mostrado na tela depende da resolução do monitor, designada pelos pontos (pixels - Picture Elements), que podem ser representados na sua superfície.

Todas as imagens que você vê na tela são compostas de cen-tenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels). Quanto mais pixels, maior a resolução e mais detalhada será a imagem na tela. Uma resolução de 640 x 480 significa 640 pixels por linha e 480 linhas na tela, resultando em 307.200 pixels.

A placa gráfica permite que as informações saiam do compu-tador e sejam apresentadas no monitor. A placa determina quantas cores você verá e qual a qualidade dos gráficos e imagens apre-sentadas.

Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou seja, apre-sentavam apenas uma cor e suas tonalidades, mostrando os textos em branco ou verde sobre um fundo preto. Depois, surgiram os policromáticos, trabalhando com várias cores e suas tonalidades.

A tecnologia utilizada nos monitores também tem acompa-nhado o mercado de informática. Procurou-se reduzir o consumo de energia e a emissão de radiação eletromagnética. Outras ino-vações, como controles digitais, tela plana e recursos multimídia contribuíram nas mudanças.

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Didatismo e Conhecimento 11

INFORMÁTICANos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays Tube

(CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo princípio da TV), em que um canhão dispara por trás o feixe de luz e a imagem é mostrada no vídeo. Uma grande evolução foi o surgimento de uma tela especial, a Liquid Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal Líquido.

A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por minúsculos cristais líquidos na formação dos feixes de luz até a montagem dos pixels. Com este recurso, pode-se aumentar a área útil da tela.

Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade da imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:

• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo campo de visão

• Matriz passiva: menor tempo de resposta nos movimen-tos de vídeo

Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ganhando força no mercado, o LED. A principal diferença entre LED x LCD está diretamente ligado à tela. Em vez de células de cristal líquido, os LED possuem diodos emissores de luz (Light Emitting Diode) que fornecem o conjunto de luzes básicas (verde, vermelho e azul). Eles não aquecem para emitir luz e não precisam de uma luz bran-ca por trás, o que permite iluminar apenas os pontos necessários na tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia.

A definição de cores também é superior, principalmente do preto, que possui fidelidade não encontrada em nenhuma das de-mais tecnologias disponíveis no mercado.

Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED tam-bém pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma polegada de espessura. Isso resultado num monitor de design mais agradável e bem mais leve.

Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam o tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não deram continuidade à produção dos equipamentos com tubo de imagem.

Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geralmente, 13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando com imagens, cores, movimentos e animações multimídia, sentiu-se a necessida-de de produzir telas maiores.

Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes formatos e tamanhos. As televisões mais modernas apresentam uma entrada VGA ou HDMI, para que computadores sejam conectados a elas.

Impressora Jato de Tinta

Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet (como também são chamadas), são as mais populares do mercado. Silen-ciosas, elas oferecem qualidade de impressão e eficiência.

A impressora jato de tinta forma imagens lançando a tinta di-retamente sobre o papel, produzindo os caracteres como se fossem contínuos. Imprime sobre papéis especiais e transparências e são bastante versáteis. Possuem fontes (tipos de letras) internas e acei-tam fontes via software. Também preparam documentos em preto e branco e possuem cartuchos de tinta independentes, um preto e outro colorido.

Impressora Laser

As impressoras a laser apresentam elevada qualidade de im-pressão, aliada a uma velocidade muito superior. Utilizam folhas avulsas e são bastante silenciosas.

Possuem fontes internas e também aceitam fontes via software (dependendo da quantidade de memória). Algumas possuem um recurso que ajusta automaticamente as configurações de cor, elimi-nando a falta de precisão na impressão colorida, podendo atingir uma resolução de 1.200 dpi (dots per inch - pontos por polegada).

Impressora a Cera

Categoria de impressora criada para ter cor no impresso com qualidade de laser, porém o custo elevado de manutenção aliado ao surgimento da laser colorida fizeram essa tecnologia ser esquecida. A ideia aqui é usar uma sublimação de cera (aquela do lápis de cera) para fazer impressão.

Plotters

Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, que é uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimen-sões, com elevada qualidade e rigor, como plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, projetos de engenharia e grafismo, ou seja, a impressora plotter é destinada às artes gráficas, editoração eletrônica e áreas de CAD/CAM.

Vários modelos de impressora plotter têm resolução de 300 dpi, mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por polegada, per-mitindo imprimir, aproximadamente, 20 páginas por minuto (no padrão de papel utilizado em impressoras a laser).

Existe a plotter que imprime materiais coloridos com largura de até três metros (são usadas em empresas que imprimem grandes volumes e utilizam vários formatos de papel).

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Didatismo e Conhecimento 12

INFORMÁTICAProjetor

É um equipamento muito utilizado em apresentações multimídia.

Antigamente, as informações de uma apresentação eram im-pressas em transparências e ampliadas num retroprojetor, mas, com o avanço tecnológico, os projetores têm auxiliado muito nesta área.

Quando conectados ao computador, esses equipamentos re-produzem o que está na tela do computador em dimensões amplia-das, para que várias pessoas vejam ao mesmo tempo.

Entrada/Saída

São dispositivos que possuem tanto a função de inserir dados, quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen drive, modem, CD-RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, impressora multifun-cional, etc.

IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser clas-sificada como periférico de Entrada/Saída, pois sua principal ca-racterística é a de realizar os papeis de impressora (Saída) e scan-ner (Entrada) no mesmo dispositivo.

BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são con-

juntos de fios que normalmente estão presentes em todas as placas do computador.

Na verdade existe barramento em todas as placas de produtos eletrônicos, porém em outros aparelhos os técnicos referem-se aos barramentos simplesmente como o “impresso da placa”.

Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem a comu-nicação entre todos os dispositivos do computador: UCP, memó-ria, dispositivos de entrada e saída e outros. Os sinais típicos en-contrados no barramento são: dados, clock, endereços e controle.

Os dados trafegam por motivos claros de necessidade de se-rem levados às mais diversas porções do computador.

Os endereços estão presentes para indicar a localização para onde os dados vão ou vêm.

O clock trafega nos barramentos conhecidos como síncronos, pois os dispositivos são obrigados a seguir uma sincronia de tempo para se comunicarem.

O controle existe para informar aos dispositivos envolvidos na transmissão do barramento se a operação em curso é de escrita, leitura, reset ou outra qualquer. Alguns sinais de controle são bas-tante comuns:

• Memory Write - Causa a escrita de dados do barramento de dados no endereço especificado no barramento de endereços.

• Memory Read - Causa dados de um dado endereço especi-ficado pelo barramento de endereço a ser posto no barramento de dados.

• I/O Write - Causa dados no barramento de dados serem en-viados para uma porta de saída (dispositivo de I/O).

• I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo de I/O, os quais serão colocados no barramento de dados.

• Bus request - Indica que um módulo pede controle do barra-mento do sistema.

• Reset - Inicializa todos os módulos

Todo barramento é implementado seguindo um conjunto de regras de comunicação entre dispositivos conhecido como BUS STANDARD, ou simplesmente PROTOCOLO DE BARRAMEN-TO, que vem a ser um padrão que qualquer dispositivo que queira ser compatível com este barramento deva compreender e respeitar. Mas um ponto sempre é certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao barramento, porque os dados trafegam por toda a extensão da placa-mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de dados seria o caos para o funcionamento do computador.

Os barramentos têm como principais vantagens o fato de ser o mesmo conjunto de fios que é usado para todos os periféricos, o que barateia o projeto do computador. Outro ponto positivo é a versatilidade, tendo em vista que toda placa sempre tem alguns slots livres para a conexão de novas placas que expandem as pos-sibilidades do sistema.

A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de engarra-famentos pelo uso da mesma via por muitos periféricos, o que vem a prejudicar a vazão de dados (troughput).

Dispositivos conectados ao barramento • Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o acesso ao

barramento para leitura ou escrita de dados • Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente obe-

decem à requisição do mestre. Exemplo: - CPU ordena que o controlador de disco leia ou escreva um

bloco de dados. A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo. Barramentos Comerciais Serão listados aqui alguns barramentos que foram e alguns

que ainda são bastante usados comercialmente.

ISA – Industry Standard Architeture

Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo PC-AT. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC-compatíveis. Era um barramento único para todos os componentes do computador, operando com largura de 16 bits e com clock de 8 MHz.

PCI – Peripheral Components Interconnect

PCI é um barramento síncrono de alta performance, indicado como mecanismo entre controladores altamente integrados, plug--in placas, sistemas de processadores/memória.

Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plug-and--play.

Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o processador PENTIUM da Intel. Assim o novo processador realmente foi re-volucionário, pois chegou com uma série de inovações e um novo barramento. O PCI foi definido com o objetivo primário de estabe-lecer um padrão da indústria e uma arquitetura de barramento que ofereça baixo custo e permita diferenciações na implementação.

Componente PCI ou PCI master Funciona como uma ponte entre processador e barramento

PCI, no qual dispositivos add-in com interface PCI estão conec-tados.

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Didatismo e Conhecimento 13

INFORMÁTICA- Add-in cards interface Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São geren-

ciados pelo PCI master e são totalmente programáveis. AGP – Advanced Graphics Port

Esse barramento permite que uma placa controladora gráfica AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI. O Chip con-trolador AGP substitui o controlador de E/S do barramento PCI. O novo conjunto AGP continua com funções herdadas do PCI. O conjunto faz a transferência de

dados entre memória, o processador e o controlador ISA, tudo, simultaneamente.

Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela porta grá-fica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, eliminando a necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na própria placa para armazenar grandes arquivos de bits como mapas e textura.

O uso desse barramento iniciou-se através de placas-mãe que usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse chipset foi o primei-ro a ter suporte ao AGP. A principal vantagem desse barramento é o uso de uma maior quantidade de memória para armazenamento de texturas para objetos tridimensionais, além da alta velocidade no acesso a essas texturas para aplicação na tela.

O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que proporcio-na uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além disso, sua taxa de transferência chegava a 266 MB por segundo quando operando no esquema de velocidade X1, e a 532 MB quando no esquema de velocidade 2X. Existem também as versões 4X, 8X e 16X. Geral-mente, só se encontra um único slot nas placas-mãe, visto que o AGP só interessa às placas de vídeo.

PCI Express Na busca de uma solução para algumas limitações dos bar-

ramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha no barra-mento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um padrão que proporciona altas taxas de transferência de dados entre o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre a placa--mãe e uma placa de vídeo 3D.

A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais conexões seriais, também chamados de la-nes para transferência de dados. Se um determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se que esse utiliza o barramento PCI Express 1X; se utiliza 4 lanes , sua denominação é PCI Express 4X e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados. Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão PCI. Esse barramento traba-lha com até 16X, o equivalente a 4000 MB por segundo. A tabela abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão AGP:

É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado e,

devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express 2X de PCI Express 1X.

Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode representar tam-bém taxas de transferência de dados de 500 MB por segundo.

A Intel é uma das grandes precursoras de inovações tecnoló-gicas.

No início de 2001, em um evento próprio, a empresa mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Generation I/O – 3ª gera-ção de Entrada e Saída). Em agosto desse mesmo ano, um grupo de empresas chamado de

PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD e Mi-crosoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO.

Entre os quesitos levantados nessas especificações, estão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, possibilidade de uso de mais de uma lane, suporte a outros tipos de conexão de plata-formas, melhor gerenciamento de energia, melhor proteção contra erros, entre outros.

Esse barramento é fortemente voltado para uso em subsiste-mas de vídeo.

Interfaces – Barramentos Externos Os barramentos circulam dentro do computador, cobrem toda

a extensão da placa-mãe e servem para conectar as placas meno-res especializadas em determinadas tarefas do computador. Mas os dispositivos periféricos precisam comunicarem-se com a UCP, para isso, historicamente foram desenvolvidas algumas soluções de conexão tais como: serial, paralela, USB e Firewire. Passan-do ainda por algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente funcionavam com determinado periférico e de determinado fabri-cante.

Interface Serial Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta interface

no passado já conectou até impressoras. Sua característica fun-damental é que os bits trafegam em fila, um por vez, isso torna a comunicação mais lenta, porém o cabo do dispositivo pode ser mais longo, alguns chegam até a 10 metros de comprimento. Isso é útil para usar uma barulhenta impressora matricial em uma sala separada daquela onde o trabalho acontece.

As velocidades de comunicação dessa interface variam de 25 bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na parte externa do gabinete, essas interfaces são representadas por conectores DB-9 ou DB-25 machos, conforme a figura a seguir.

Interface Paralela

Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa inter-face transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits em paralelo existe um RISCo de interferência na corrente elétrica dos conduto-res que formam o cabo. Por esse motivo os cabos de comunicação desta interface são mais curtos, normalmente funcionam muito bem até a distância de 1,5 metro, embora exista no mercado cabos paralelos de até 3 metros de comprimento. A velocidade de trans-missão desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.

Nos gabinetes dos computadores essa porta é encontrada na forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impressoras, normalmen-te, os conectores paralelos são conhecidos como interface centro-nics. Veja as ilustrações.

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Didatismo e Conhecimento 14

INFORMÁTICA USB – Universal Serial Bus

O USB Implementers Forum (http://www.usb.org), que é o grupo de fabricantes que desenvolveu o barramento USB, já de-senvolveu a segunda versão do USB, chamada USB 2.0 ou High--speed USB. Essa nova versão do USB possui uma taxa máxima de transferência de 480 Mbps (aproximadamente 60 MB/s), ou seja, uma taxa maior que a do Firewire 1.0 e muito maior do que a versão anterior do USB, chamada 1.1, que permite a conexão de periféricos usando taxas de transferência de 12 Mbps (aproxima-damente 1,5 MB/s) ou 1,5 Mbps (aproximadamente 192 KB/s), dependendo do periférico.

A porta USB 2.0 continua 100% compatível com periféricos USB 1.1.

Ao iniciar a comunicação com um periférico, a porta tenta co-municar-se a 480 Mbps . Caso não tenha êxito, ela abaixa a sua ve-locidade para 12 Mbps. Caso a comunicação também não consiga ser efetuada, a velocidade é então abaixada para 1,5 Mbps. Com isso, os usuários não devem se preocupar com os periféricos USB que já possuem: eles continuarão compatíveis com o novo padrão.

Os computadores com interfaces USB aceitam até 127 dis-positivos conectados. Às vezes as placas têm de 2 a 6 conectores USB. Para resolver isso são vendidos os hubs USB.

Um detalhe importantíssimo é que hubs USB 1.1 não conse-guem estabelecer conexões a 480 Mbps para periféricos conec-tados a eles. Nesse caso, estes hubs atuam como gargalos de co-nexão. Sempre que puder escolher, dê preferência a dispositivos USB 2.0.

Outro fato interessante também é o padrão do cabo USB, mais precisamente de seus conectores. É fato que alguns fabricantes de câmeras e outros dispositivos podem tentar criar conectores pro-prietários

para suas interfaces USB, sempre respeitando a ponta que se liga no computador (conector A). Mas a grande maioria dos fabri-cantes de dispositivos eletrônicos em geral, se usa USB, respeita o padrão de conectores apresentado na figura abaixo.

Portanto, o cabo daquela câmera que foi esquecido em uma viagem pode facilmente ser substituído agora, basta respeitar o tipo de conector usado no produto.

Firewire O barramento firewire, também conhecido como IEEE 1394

ou como i.Link, é um barramento de grande volume de transfe-rência de dados entre computadores, periféricos e alguns produtos eletrônicos de consumo. Foi desenvolvido inicialmente pela Apple como um barramento serial de alta velocidade, mas eles estavam muito à frente da realidade, ainda mais com, na época, a alternati-va do barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, mesmo incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por algum tempo, a realidade “de fato”, era a não existência de utilidade para elas devido à falta de periféricos para seu uso. Porém o desenvolvi-mento continuou, sendo focado principalmente pela área de vídeo, que poderia tirar grandes proveitos da maior velocidade que ele oferecia.

Suas principais vantagens: • São similares ao padrão USB; • Conexões sem necessidade de desligamento/boot do micro

(hot-plugable);

• Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 por porta); • Permite até 1023 barramentos conectados entre si; • Transmite diferentes tipos de sinais digitais: vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de dispositivo, etc; • Totalmente Digital (sem a necessidade de conversores analó-

gico-digital, e portanto mais seguro e rápido); • Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexível,

barato e simples; • Como é um barramento serial, permite conexão bem facilita-

da, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessidade de conexão ao micro (somente uma ponta é conectada no micro).

A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de haver distorções no sinal, porém, restringindo a velocidade do barramen-to podem-se alcançar maiores distâncias de cabo (até 14 metros). Lembrando que esses valores são para distâncias “ENTRE PERI-FÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO DE TRANSCEIVERS (com transceivers a previsão é chegar a até 70 metros usando fibra ótica).

O barramento firewire permite a utilização de dispositivos de diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200 Mb/s) no mesmo barramento.

O suporte a esse barramento está nativamente em Macs, e em PCs através de placas de expansão específicas ou integradas com placas de captura de vídeo ou de som.

Os principais usos que estão sendo direcionados a essa inter-face, devido às características listadas, são na área de multimídia, especialmente na conexão de dispositivos de vídeo (placas de cap-tura, câmeras, TVs digitais, setup boxes, home theather, etc).

INSTALAÇÃO DE PERIFÉRICOSTodo equipamento que é conectado ao gabinete do PC (ou

torre, como alguns chamam) pode ser considerado um periférico. Teclado, mouse, fones de ouvido, impressoras, monitores, webca-ms, caixinhas de som e qualquer outro aparelho conectado exter-namente ao gabinete (ou seja, em sua periferia) é um periférico.

USBPara tranquilizar você, iniciaremos falando dos dispositivos

que utilizam a tecnologia USB para serem ligados ao PC. Equi-pamentos que possuem esse tipo de conector são os mais fáceis de conectar, pois basta inserir o plugue do dispositivo a qualquer entrada USB do computador para que ele seja automaticamente reconhecido e instalado. Alguns requerem que você insira o CD de instalação, como impressoras e webcams, mas geralmente basta-rá seguir corretamente as instruções mostradas na tela para que o equipamento funcione perfeitamente.

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Didatismo e Conhecimento 15

INFORMÁTICA

*Assim como todo conector de computador, só existe uma po-sição possível para plugar os dispositivos USB. Portanto, não se preocupe se você está fazendo certo, pois é possível encaixar sem fazer muita força. Se o plugue não estiver entrando com facilidade, provavelmente você está tentando conectá-lo na posição errada. Inverta a posição e o encaixe poderá ser feito facilmente.

ÁudioOs conectores de áudio costumam causar muita irritação aos

usuários que não decoraram ainda as “regras” para conectar mi-crofone, caixas de som, fones de ouvido e outros dispositivos de áudio. Basicamente, basta dar uma bela olhada no gabinete para entender na mesma hora em qual conector você deve ligar cada dispositivo. Fones de ouvido e caixas de som comuns costumam vir com o plugue pintado na cor verde. Na parte traseira ou frontal do gabinete, procure a entrada que também estiver pintada na cor verde limão e conecte o fone ou caixa de som.

*As máquinas mais recentes costumam vir com conectores na frente para facilitar a conexão de fones de ouvido; e na parte de trás do gabinete, para que você possa ligar caixas de som. Po-rém, a maioria dos computadores não suporta a utilização das duas entradas ao mesmo tempo, e dá prioridade para a entrada frontal. Ou seja, se você conectar um fone de ouvido à entrada do pai-nel frontal, as caixinhas de som que estiverem na entrada traseira provavelmente não funcionarão. Quando você retirar o plugue do painel frontal, o traseiro funcionará novamente.

Alguns computadores podem não ter conectores coloridos. Nesse caso, as entradas terão desenhos que representem os dispo-sitivos. A saída de áudio, quando não colorizada, costuma ter um símbolo que lembra um fone de ouvido.

Microfones possuem o conector muito parecido com caixas de som e fones de ouvido. Apesar de parecidos, eles não são iguais. Pegue um fone de ouvido e um microfone e compare os plugues de cada um. Você verá que eles possuem quantidades diferentes de cortes ao longo do conector. Os microfones sempre terão conec-tores pintados de cor-de-rosa, ou o desenho de um microfone, no caso de não serem coloridos.

Existe ainda outra classe de dispositivos de áudio, chamados de 5.1 ou 7.1. Algumas placas de som são compatíveis com áudio digital com mais de dois canais, para utilização com várias cai-xas de som, o que proporciona maior fidelidade e um som mais envolvente. Esse tipo de caixa de som costuma vir com mais de um conector. Se a sua placa de som suportar caixas de som 5.1, você poderá ver entradas adicionais na parte traseira do gabinete. Cada plugue das caixas de som deverá ser conectado à entrada que possui a mesma cor.

VídeoAtualmente, os padrões mais comuns de conectores de vídeo

são o VGA e o DVI. Os monitores e placas de vídeo mais recen-tes, que são totalmente digitais, já estão vindo com o padrão DVI. Mesmo assim, a maioria dos monitores ainda possui um conector VGA para conexão com placas de vídeo menos avançadas. Até mesmo algumas placas de vídeo mais potentes ainda vêm com co-nectores VGA, para que o usuário tenha possibilidade de escolha entre monitores VGA e DVI (principalmente por causa da diferen-ça de preço).

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Didatismo e Conhecimento 16

INFORMÁTICATanto no padrão VGA, quanto no padrão DVI, só é possível

conectar o monitor aos cabos e os cabos ao gabinete, em uma po-sição. E como não há outra entrada igual, não há como errar. Se seu gabinete tiver duas entradas VGA ou DVI, isso quer dizer que a placa de vídeo suporta a conexão de dois monitores ao mesmo tempo.

*Se você comprar uma placa de vídeo que só tenha saída DVI e o seu monitor só tiver o conector VGA (ou vice-versa), existem pequenos adaptadores que fazem a conversão do conector, para que você não possa utilizar ambos os equipamentos sem precisar comprar nada novo (e caro). Os adaptadores podem ser encontra-dos facilmente em qualquer loja de informática.

Outras conexões

Algumas placas de vídeo vêm com saídas para que você ligue--as em televisores, através de conectores RCA. Esse tipo de conec-tor terá sempre a cor amarela, assim como o cabo correspondente, e estará localizado ao lado das saídas VGA e/ou DVI.

Os cabos de rede podem gerar confusão na hora de conectar a computadores que possuam modems discados, devido à seme-lhança entre suas entradas. É fácil distinguir os dois tipos de cabo e conexão, pois eles são de tamanhos diferentes. Se você tentar conectar um cabo e ele não encaixar perfeitamente, você deve estar tentando ligar o cabo na entrada errada.

SISTEMAS OPERACIONAIS: CONCEITO, INTERFACE DE JANELAS, FUNÇÕES,

ACESSÓRIOS E UTILITÁRIOS (LINUX E MS WINDOWS 7 E 8);

LINUX

Um pouco de História

No início da década de 70, fruto de necessidade original dos Laboratórios Bell, surgiu um sistema operacional chamado UNIX. Em 1973, após o surgimento da linguagem de programação “C”, o UNIX foi reescrito nessa linguagem. Logo, embora sem tanta empolgação no campo acadêmico, ganhou força no mundo dos negócios.

Já o Linux foi escrito por Linus Torvalds, e muitas são as pessoas que vêm colaborando com o seu desenvolvimento desde então. Está sob a licença de uso da GNU General Public License (GPL). Esta é uma licença escrita pela Free Software Foundation (FSF). Falando em termos simples, você tem o direito de cobrar o quanto quiser por sua cópia, mas não pode impedir a outra pessoa de distribuir gratuitamente. A licença também diz que qualquer um que modificar o programa também deve lançar esta sua versão sob a mesma licença.

Graças à legião de colaboradores ao redor do mundo, os bugs que porventura surgem no Linux são rapidamente eliminados. Pessoas de todas as áreas colaboram, algumas com larga experiência em programação e hardware.

Saiba que há softwares comerciais para Linux. Em grande parte, são programas que já existem para o ambiente Windows migrando para o Linux.

Dando inícioLogo após ligar o computador e todo o início se der

normalmente, basta você digitar seu “Login” (sua identificação no sistema) e senha. Haverá um diretório com “seu nome”. Este diretório conterá seus arquivos pessoais, que fica em /home/usuário, onde “usuário” é o seu “Login”.

Na verdade este início será apenas um pouco diferente dependendo da distribuição que você estiver usando. Mas no geral, é como dito acima: Login + Senha, e pronto!

O terminalVamos falar sobre como usar algumas coisas no terminal. Ao

acessamos o sistema, veremos algo parecido com isso: /home/fulano$ Isto é o que chamamos de “prompt”. Em inglês, “prompt” é

a “deixa” para fazer algo, como em teatro quando um ator recebe uma “deixa”. É realmente assim aqui, pois você está recebendo a “deixa” para digitar um comando para o sistema realizar algo.

Todo comando no Linux é uma sequência de letras, números e caracteres. Alguns comandos válidos são “mail”, “cat”, “ls”. Além disso o Linux tem a característica conhecida como “case-sensitive”, i.e., ele difere letras minúsculas de maiúsculas. Portanto os comando Cat, CAT, cat e CaT são comandos diferentes. Na prática, é difícil encontrar comandos como estes, usando tal característica.

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Didatismo e Conhecimento 17

INFORMÁTICAVamos começar a usar os comandos? Digite “ct”. Você provavelmente verá algo parecido com a

seguinte mensagem: /home/fulano$ ctct: comando não encontrado/home/fulano$ Você foi informado que não há programa com o nome “ct”.

Agora digite “cat”. Surgirá uma linha em branco. Digite algo, e tecle enter. O que acontece? A linha é repetida logo abaixo. Simples, não? Você usou seu primeiro comando. Para finalizar o “cat”, tecle “Ctrl + D” e volte para o prompt.

Páginas de ManualQuer aprender melhor sobre o comando “cat” (ou qualquer

outro comando)? Digite “man cat”. Você verá algo que começa mais ou menos assim:

CAT(1) User Commands CAT(1)

NAME cat - concatenate files and print on the standard output

SYNOPSIS cat [OPTION] [FILE]...

DESCRIPTION Concatenate FILE(s), or standard input, to standard output.

(...)

Você entrou na página de manual do comando cat. É uma página completa sobre como usar este comando. É claro, não espere entender tudo. Esta página assume que você possui algum conhecimento sobre o Linux. Mas tudo bem! Quanto mais ler, mais você aprende.

Tente usar este comando, o “man”, com os outros que você aprenderá com o tempo. Certamente será muito útil no decorrer do seu aprendizado.

Antes de continuar, digite o comando “clear”. Este comando “limpará” o terminal. Estamos apenas limpando a bagunça :). Aproveite este comando e veja como o “man” pode ser útil. Digamos que você esteja aprendendo sobre um comando, o clear por exemplo. Se você digitar “man -k clear” você verá uma lista de todos os comandos onde a palavra “clear” aparece em sua descrição ou nome. Isto é muito útil, principalmente quando você está procurando por algo, mas não lembra exatamente seu nome. Você deve ter notado o “-k” na frente do comando man. É isto mesmo: alguns comandos permitem que você tenha opções de como ele trabalhará. Isto é, de fato, muito comum.

Organizando as coisasComo tudo em nossa vida, nossos arquivos no computador

devem ser organizados. E organizamos isso em diretórios. Como ver o que há neles? Com o comando “ls”.

O comando “ls” é um dos mais importantes. Ele lista os arquivos e diretórios. Digite “ls” no terminal e veja o que ocorre. Agora digite “ls -F”. A opção “-F” faz você ver quais itens são diretórios (terão uma barra invertida no final), quais são arquivos, quais são arquivos especiais, etc.

Do terminal você também pode criar diretórios. Basta usar o comando “mkdir”. Como exemplo, digite “ls -F” e veja o conteúdo do diretório atual. Agora digite:

$ mkdir diretorio-teste Digite novamente “ls -F”. O que aconteceu? Apareceu um

novo diretório chamado “diretorio-teste”. Simples assim. Para remover um diretório, use um comando similar ao mkdir:

o rmdir. Faça similar ao mkdir: “rmdir diretorio-teste” removerá o diretório anteriormente criado. Para usá-lo desta forma, só um lembrete: o diretório deve estar vazio.

Lidando com ArquivosVeja o caso de comandos básicos como cd, mv, e rm. Há

outros comandos que agem sobre os arquivos, mas não agem sobre os dados nesses arquivos. Aqui estão incluídos os comandos touch, chmod, du, e df. Todos esses comandos não alteram os arquivos, mas mudam coisas que o Linux ‘lembra’ sobre os arquivos. Algumas dessas são:

As datas relacionadas com os arquivos: cada arquivo possui três datas associadas a ele. São: a data de criação (quando o arquivo foi criado), a última modificação (quando o arquivo foi modificado pela última vez), e o último acesso (quando o arquivo foi lido pela última vez).

O proprietário: todo arquivo tem um ‘dono’, ou proprietário.O grupo: todo arquivo tem um grupo de usuários associado a

ele. O grupo mais comum é chamado ‘users’, que normalmente é compartilhado por todos os usuários do sistema.

As permissões: todo arquivo possui permissões (também chamadas ‘privilégios’) associadas a ele. Essas permissões dizem quem pode acessar o arquivo, modificá-lo ou, no caso de programas, executá-lo. Cada uma dessas permissões pode ser imposta separadamente ao dono, ao grupo, ou a todos os usuários.

Veja o exemplo abaixo: touch arquivo1 arquivo2 ... arquivoN O comando touch irá ‘atualizar’ as datas relacionadas com os

arquivos listados para a data atual. Se o arquivo não existir, ele será criado. Também é possível colocar uma data específica, basta usar a opção -t. Você pode alterar apenas a data de acesso (use a opção -a), ou apenas a data de modificação (use a opção -m). Para usar a opção -t, faça como segue:

[[CC]YY]MMDDhhmm[.SS] Na linha acima, se CC não for utilizado, o touch entenderá que

o ano CCYY está no intervalo 1969-2068. SE SS não for indicado, será considerado como 0.

O comando chmod altera as permissões de um arquivo. Segue a forma abaixo.

chmod [-Rv] mode arquivo1 arquivo2 ... arquivoN Antes de estudar como usá-lo, vejamos quais são as permissões

que existem no Linux. Cada arquivo tem um grupo de permissões associado a ele. Estas permissões dizem ao Linux se um arquivo pode ou não ser lido, modificado ou executado como um programa. Isso é bom, pois previne que indivíduos maliciosos façam o que não se deve, e indivíduos desavisados façam bobagens.

Portanto o Linux reconhece três tipos de pessoas: primeiro, o dono ou proprietário do arquivo. O segundo é o ‘grupo’, que na maioria dos casos será ‘users’, que são os usuários normais do sistema (para ver o grupo de um arquivo, use ‘ls -l arquivo’). E depois, há todos os outros além do proprietário e dos membros do grupo.

Um arquivo pode ter permissões de leitura ou modificação para o dono, leitura para o grupo, e nenhuma permissão para os outros. Ou, por alguma razão, um arquivo pode ter permissões de leitura/modificação para o grupo e para os outros, mas não ter permissões para o dono!

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Didatismo e Conhecimento 18

INFORMÁTICAVamos usar o chmod para aprender algo sobre permissões.

Crie um arquivo qualquer para teste. Por padrão, você tem permissão para ler e modificar este arquivo (as permissões dadas a outros dependem de como o sistema - e também sua conta - está configurada). Teste sua permissão, abrindo o arquivo usando cat. Agora, vamos tirar sua permissão de ler o arquivo! Digite:

chmod u-r arquivo O parâmetro u-r diz ‘usuário menos leitura’. Agora, se você

tentar ler o arquivo, receberá a mensagem ‘Permission denied error!’. Adicione a permissão de leitura, simplesmente fazendo

chmod u+r arquivo Permissões para diretórios seguem as mesmas idéias: ler,

escrever e executar, mas de forma um pouco diferente. A permissão de leitura permite ao usuário (ou o grupo ou todos) ler o diretório, ou seja, listar os arquivos, vendo seus nomes. A permissão de escrita permite adicionar ou remover arquivos. A permissão de execução permite acessar os arquivos no diretório ou subdiretórios.

Para usar o comando chmod, troque ‘mode’ pelo alvo da mudança: o usuário, o grupo, etc, e o que fazer com ele. Trocando em miúdos, faça similar ao lidar com arquivos: use o símbolo ‘+’ para adicionar um privilégio, e o símbolo ‘ - ‘ para tirá-lo.

A opção R mudará a permissão do diretório, e de todos os arquivos e diretórios dentro dele, e assim sucessivamente (o ‘R’ vem de recursivo). Usando ‘v’, você faz o chmod relatar o que está acontecendo.

Estatísticas do sistemaAgora, veremos comandos que mostram estatísticas sobre o

sistema operacional, ou sobre partes do sistema. du [-abs] [path1 path2 ...pathN] ‘du’ vem de ‘disk usage’, uso do disco. Determina quanto do

espaço em disco é usado por um diretório. Ele mostra o espaço usado por cada subdiretório e, no final, o total - a soma de todos eles.

O ‘a’ no início fará surgir os arquivos, além dos diretórios. A opção ‘b’ mostrará o espaço em bytes, em vez de kilobytes. Um byte é o equivalente a uma letra em um documento de texto. A opção ‘s’ mostrará apenas o diretórios, sem os subdiretórios.

uptime O comando uptime faz exatamente o que ele mesmo diz:

exibe o tempo decorrido desde que o sistema foi ‘ligado’, o tempo desde o último boot. Surpreendentemente, uptime é um dos poucos comandos que não possuem opções.

who O comando who exibe os usuários atuais do sistema, e quando

eles logaram. Se for dado o parâmetro ‘am i’, mostra o usuário atual.

w [username] Este comando mostra os usuários atuais e o que eles estão

fazendo. O ‘cabeçalho’ do comando w é exatamente o mesmo do comando uptime, e cada linha mostra um usuário, quando ele logou, e o que está fazendo.

Lembrando que não estou explicando todas as opções de cada comando. A listagem completa, com as outras opções, consulte as páginas de manual de cada comando (comando ‘man’).

O que há no arquivo?Vejamos mais dois comandos importantes. cat [-nA] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN] O comando ‘cat’ não é um comando muito amigável. Ele não

espera por você para ler o arquivo, e é normalmente usado em

conjunto com pipes (‘ | ‘). No entanto, cat tem algumas opções úteis. Por exemplo, ‘n’ contará todas as linhas de um arquivo, ‘A’ mostrará os caracteres de controle como caracteres normais - e isso meio que afastará coisas estranhas de sua tela. Claro, use ‘man cat’ para saber muito mais.

more [-l] [+numero_da_linha] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN] O comando more é muito útil, e é o comando que usamos

quando queremos ver arquivos de texto em em ASCII. A única opção interessante é ‘ l ‘.

Usando ‘+5’, por exemplo, ele começará da linha 5. Usando ‘+num’, ele começará da linha ‘num’.

Como more é um comando interativo, veja as situações mais frequentes:

Ctrl + L : move para a próxima tela (de texto)Barra de espaço: sai do ambiente de comando ‘more’/ : pesquisa pela próxima ocorrência de uma expressão.O próximo comando é ‘head’ head [-linhas] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN] ‘head’ mostra a primeira linha dos arquivos listados. Qualquer

opção numérica mostrará essa quantidade de linhas. Por exemplo: head -10 arquivo mostrará as 10 primeiras linhas de ‘arquivo’ Da mesma forma que head, ‘tail’ mostra uma parte do arquivo

- a parte final. Use similarmente a ‘head’: tail [-linhas] [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN] O comando ‘file’ tenta identificar o formato de um arquivo.

Já que nem todos os arquivos possuem extensões, ‘file’ faz uma checagem rudimentar para saber qual é o formato.

file [arquivo1 arquivo2 ...arquivoN]

Linux - e agora?A grande vantagem do Linux frente a outros sistemas está no

fato de poder usá-lo desde os desktops até o servidor em todo o ambiente de trabalho. E como isso é possível? Linux suporta qua-se todos os serviços que um usuário necessita. Por exemplo, um administrador pode instalar Linux em um PC e usar para processar textos, navegar na internet, trocar arquivos e jogar games off e on--line. Isto é possível por meio de pacotes incluídos na distribuição ou em pacotes baixados da net. Isto além do fato de estar disponí-vel em diversas arquiteturas.

Instalar o Linux para um usuário comum é agora (quase) tão fácil como qualquer outro sistema operacional. A maioria das dis-tros já oferecem conjuntos de softwares totalmente funcionais, como processadores de textos, e-mail, navegador da internet, transferência de arquivos, suporte à impressão, apresentações, e quase todos os tipos de programas oferecidos por sistemas concor-rentes. Linux e usuário comum: cada vez mais próximos.

Processador de texto e planilhasUm PC com um sistema da Microsoft pode usar o Microsoft

Word como processador de texto, enquanto um sistema Linux pode usar o LibreOffice - ou uma grande quantidade de outros pro-gramas equivalentes. Usando Linux em vez de Windows, alguns problemas podem surgir quando usar o processador de texto e pre-cisar transferir de uma máquina para outra com Windows, tendo em vista a incompatibilidade de tais softwares. Mas os incansáveis trabalhadores open source têm vencido essa barreira, gerando pro-gramas cada vez mais compatíveis, à revelia dos sistemas concor-rentes.

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Didatismo e Conhecimento 19

INFORMÁTICAEm algumas empresas, as planilhas têm papel central no am-

biente de trabalho. Com o Linux, os usuários podem criar planilhas profissionais de alta qualidade, com programas como LibreOffice Calc, Kspread, ou tantos outros disponíveis. Com tais programas, o Linux é capaz de prover a compatibilidade necessária com outros programas usados em outros sistemas. Mais uma vez, o Linux tem vantagens no uso empresarial.

Web e e-mailUsuários Linux podem navegar na net tão facilmente como

‘navegam’ por seus arquivos pessoais em suas próprias máquinas. Mas alguns problemas podem surgir, tendo em vista que alguns sites são projetados tirando proveito de características específicas de determinado navegador.

Se um determinado browser não compreende uma determina-da informação, ele provavelmente não exibirá a página de maneira correta, pelo menos em parte. Mas com a popularidade do Linux em crescimento, é esperado que os desenvolvedores para a web projetem os sites cada vez mais ‘universais’, afastando-se de espe-cificações para determinado navegador.

Muitos programas gerenciadores de e-mail estão disponíveis, como o Kmail. Embora eles funcionem bem para a maioria dos usuários, talvez ocorram os mesmos problemas relacionados com os navegadores web. No entanto, os programas disponíveis em Li-nux já são robustos o suficiente para lidarem com a grande maioria das operações, tornando relativamente suave as atividades na área.

Nos servidoresDNS e servidoresO Linux é tipicamente usado como servidor no ambiente em-

presarial, em vista de sua grande estabilidade e inteireza como sistema operacional. Como o Linux é um sistema ‘derivado’ do UNIX, pode realizar quase todas as atividades de um servidor UNIX. E como o MS Windows provê muitos serviços similares, pode-se usar o Linux para realizar tais tarefas em vez de sistemas Microsoft.

Além disso, como o Linux é bastante estável, é bastante útil para clusters de companhias maiores e de serviços críticos. É es-pecialmente usado para aplicações da net serviços tais como DNS, firewall, e-mail, proxy, FTP, servidor de impressão, dentre muitos outros.

Quando você instala um servidor Linux, o DNS (Domain Name System) é uma das muitas opções disponíveis. DNS ‘resolve’ nomes de sistemas para endereços IP. Isso é um serviço importante, porque permite que usuários conectem máquinas usando nomes em vez de um estranho código IP, que pode facilmente ser esquecido.

Este serviço consiste em dados DNS, servidores DNS, e protocolos de internet para retornar dados dos servidores. Arquivos fontes são disponibilizados para cada host pelo diretório DNS, usando arquivos-texto especiais, organizados em zonas. Zonas são mantidas em servidores autorizados que distribuem por toda a net, que respondem às solicitações de acordo com protocolos de rede DNS.

A maioria dos servidores possui autoridade para algumas zonas, e a maioria dos servidores apenas para algumas poucas zonas. Mas grandes servidores têm autoridade para dezenas de milhares de zonas. Por quebrar o DNS em zonas menores e então em domínios, o ‘peso’ sobre as máquinas é diminuído. Isto também facilita a organização da internet, pois não há necessidade de concentrar toda informação em um único servidor.

Tendo em vista a configuração hierárquica, uma organização pode estabelecer um servidor DNS para controlar o acesso à rede organizacional, o que pode ser feito com um servidor Linux.

Linux web serverEnquanto DNS resolve um nome para um endereço IP,

permitindo que usuários se conectem à net, um servidor web provê a página web. O software mais popular que usuários Linux para oferecer as páginas web é o Apache Web server. Apache existe para prover um software de nível comercial capaz de prover HTTP, um padrão para criação de documentos serem visto na net.

Linux servidor de e-mailE-mail é um dos serviços mais importantes para o usuário

final. Existem vários softwares para auxiliar nesta tarefa, como o Sendmail. O Linux também suporta produtos comerciais.

Servidor de arquivosO Linux é uma plataforma excelente para prover acesso a

sistemas de arquivos, podendo ser locais ou remotos. Servidores de arquivos são uma necessidade nos nossos dias para ambientes empresariais, tendo em vista a facilidade dos usuários comuns acessarem com segurança seus dados em um ambiente centralizado. Este servidor de arquivos podem ser solicitados por outro Linux, UNIX, Microsoft, Apples, etc.

A possibilidade de usar o Linux como um servidor de arquivos em rede é comparável ao UNIX. UNIX usa o Network File System (NFS) para montar um sistema de arquivos remoto e tratá-los como se tais arquivos ou diretórios fossem locais. O Linux usa um pacote de softwares NFS, que inclui comandos e daemons (programas auxiliares) para NFS, Network Information Service (NIS), e vários outros serviços.

Trabalhar com NFS normalmente exige que cada sistema seja configurado para acessar cada recurso com um arquivo de configuração. A inclusão de NIS no Linux permite que o servidor mantenha os arquivos de configuração para a rede inteira. Isto torna a administração dos recursos da rede mais fácil, porque apenas os arquivos NIS devem ser atualizados, e não todo o cliente. É natural esperar que o Linux ofereça serviços para outros clientes Linux ou UNIX, mas e o que dizer de clientes Windows?

A Microsoft criou o protocolo Server Message Block (SMB) , que oferece a condição de trocar arquivos e recursos. SMB foi criado para ser usado em uma pequena rede local (LAN), não oferecendo sustentação para grandes redes. Em vista disso, a Microsoft criou o Common Internet File System (CIFS), baseado em SMB e também em Network Basic Input Output System (NetBIOS).

Para que o Linux trabalhe junto a clientes Microsoft, é preciso ou que um software ‘tradutor’ esteja rodando em cada cliente ou que o software Linux para rede compreenda os protocolos Microsoft. Surge então o Samba, um programa criado por Andrew Tridgell, que permite a clientes Linux se comunicar com recursos Microsoft usando o protocolo SMB. Samba é open source, e pode ser encontrado em www.samba.org.

FirewallUm firewall protege os recursos de uma rede privada de um

acesso não-autorizado de uma rede externa. Um firewall típico é geralmente criado em um roteador, ou um computador colocado especialmente para isso, que age como uma porta de entrada-saída para separar a rede externa da rede interna.

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Didatismo e Conhecimento 20

INFORMÁTICAIsto cria um caminho seguro, onde apenas requisições

autorizadas são permitidas para a entrada na rede interna. Uma máquina barata usando Linux com uma conexão com uma rede externa e outra com a rede interna pode ser usada como um firewall.

O Linux oferece muitos recursos para criar firewall, com ipchains, Netfilter. Firewalls são muito importantes, e devem ser constantemente atualizados e testados. Claro, a qualidade do serviço de um firewall é tão boa quanto a habilidade de quem o administra.

Linux vs. OutrosComo já sabemos, o Linux é um sistema multiusuário real

e possui capacidade de multiprocessamento. Portanto, sai-se bem quando comparado com outros sistemas. A prova maior é seu uso crescente ao redor do mundo, como visto nos casos abaixo.

Uso na Web: O Google é um ótimo exemplo da habilidade do Linux de competir com outros sistemas. O Google é um sistema de busca que ‘domina’ a net, e roda sob um cluster Linux. Cerca de 60 por cento dos servidores Web rodam Apache, que é completamente suportado por Linux, oferecendo toda a eficiência e confiabilidade de um servidor UNIX. Suas habilidades são tantas, que é usado tanto como servidor como desktop.

Instalação: A instalação de um sistema Linux é comparável a outros sistemas Mac, Windows, etc. Todos esses sistemas oferecem uma interface amigável, que permite a instalação do sistema operacional com muito pouca intervenção do usuário. O fato da Microsoft incluir um número relativamente grande de drivers para suporte inicial já na instalação torna o Windows mais atrativo para usuários não-especialistas, dando uma certa vantagem nesta área. Porém a distância não é lá tão grande, e aqueles já iniciados podem inclusive realizar pela linha de comando, recebendo uma variedade de opções deveras interessante.

Estabilidade: Após a configuração, a estabilidade do sistema operacional é uma questão claramente relevante. Como o Linux é ‘tipo-UNIX’, recebe muitos benefícios advindos de tal sistema. O UNIX sempre foi considerado um dos mais estáveis sistemas operacionais, e o Linux é evidentemente do mesmo nível esperado. Os sistemas Microsoft são normalmente considerados menos estáveis; mas vem avançando em busca de conquistar confiabilidade. É evidente, porém, que UNIX e Linux são considerados a melhor escolha para serviços que exijam estabilidade.

Novas tecnologias: Como o Linux é suportado por uma gigantesca comunidade de voluntários, novos drivers e novas tecnologias têm sido rapidamente absorvidos, embora nem sempre esta regra seja seguida. Por exemplo, em alguns dispositivos ‘made for Windows’, problemas podem realmente surgir. No entanto, a comunidade sempre corre por fora, buscando o melhor suporte possível. E enquanto outros sistemas frequentemente abandonam o suporte para hardware antigo, o Linux continua a prover aplicações úteis para tais.

Custo: Finalmente, e talvez o caso mais importante, o custo de ‘todos’ os sistemas operacionais é um ponto vital. O Linux é livremente distribuído, e pode ser instalado em muitos desktops ou servidores da forma que o usuário desejar. A Microsoft de forma perene tem usado uma licença unitária para licenciar seus sistemas, cujos usuários são ‘forçados’ rotineiramente a re-licenciar para adquirir novas versões. Claramente, o Linux é o forte vencedor neste ponto, pois mesmo com distribuições suportadas por profissionais remunerados, o custo é absurdamente menor quando comparado com outros sistemas.

É claro que o custo da licença não é o único: há o suporte, treinamento, etc. Mas, a longo prazo, todos os sistemas são mais ou menos ‹dispendiosos›, enquanto o Linux leva a uma economia interessante. Quando somado ao seu desempenho, Linux é o primeiríssimo lugar.

Distribuições e pacotesNem todo serviço ou aplicação estão disponíveis em todas

as distribuições. Se o programa não está disponível em uma, é normalmente oferecido na internet. Os pacotes de softwares são necessários e úteis para todo usuário. Abaixo segue uma lista com alguns sites que oferecem tais pacotes.

http://www.apache.orghttp://www.abiword.orghttp://www.konqueror.orghttp://www.linux.orghttp://www.linuxdoc.orghttp://koffice.kde.orghttp://www.opera.comhttp://www.sourceforge.net

Preparação para InstalaçãoPreparação

Temos algumas coisas a fazer antes de começar a instalação. Uma das mais importantes é saber que tipo de instalação você deseja usar. O usuário deseja ter apenas uma máquina básica, tipo estação de trabalho? Ou um servidor uma escolha melhor? Isto é importantíssimo, pois os serviços podem ser radicalmente diferentes. Por exemplo, o usuário talvez pense em usar um desktop simples, mas deseja compartilhar documentos em uma intranet ou internet. Nesse caso, uma servidor web talvez seja uma boa opção. Ou seja, é necessário analisar cada caso, mesmo de maneira básica e simples.

VerificaçãoSe você verificar os serviços que o usuário deseja para sua

máquina antes da instalação, certamente existe a alta possibilidade de reconfigurar o sistema mais tarde. A maioria das opções usadas na instalação podem ser verificadas seguindo uma lista de verificação. A lista abaixo é apenas uma sugestão e foi adaptada do livro “Linux- Bible”.

Serviços de Desktop -> *Solução escolhidaProcessador de textoPlanilhaBanco de dadosTratamento de imagemCliente de e-mailNavegador webLinguagens de programaçãoFerramentas de desenvolvimentoPlayers de mídiaJogosEmuladoresAplicações comerciaisServiços de servidor -> *Solução escolhidaServidor webServidor de arquivosServidor de banco de dados

Page 118: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 21

INFORMÁTICAServidor de e-mailServidor de aplicaçõesServidor DNSServidor DHCPServidor de notíciasServidor FTPFirewallAplicações comerciaisEsta tabela, adaptada do livro Linux-Bible, pode ser considerada como uma lista parcial de opções disponíveis. Cada caso deve ser visto

individualmente, afim de tornar o processo de instalação o mais suave possível. Assim a lista ajudará você a determinar se o usuário precisa de uma instalação como servidor ou apenas como estação de trabalho.

No entanto, de maneira geral, os usuários nem sempre sabem quais os serviços que eles mesmos precisam. Nestes casos você deve questionar o uso da máquina por parte dos usuários, como por exemplo se eles desejam ofertar serviços e quais são. Algumas perguntas podem ser as seguintes:

Você irá compartilhar arquivos com outras pessoas por meio de intranet ou internet?O que você acha mais importante: compartilhar arquivos e recursos, evitar o acesso externo para a rede enquanto sua máquina está

‘ligada’, ou controlar o acesso à(às) máquina(s)?Você deseja usar programas do tipo utilitários (para o usuário final) ou usará serviços como a Web e FTP?Por meio dessas e de outras perguntas você poderá enquadrar a instalação do sistema em um dos seguintes quatro tipos:Instalação de estação de trabalho: geralmente usado apenas pelo ‘dono’ da máquina.Instalação de servidor: fornece serviços para usuários em qualquer lugar da intranet ou internet.Serviço direcionado: usado apenas para prover serviços de rede especiais, como roteamento, proxy, firewall. Frequentemente possuem

configuração mínima de hardware, fortemente direcionado para o serviço alvo.Servidor ‘singular’: uma máquina especialmente direcionada para fornecer um único serviço. Pode ser configurada facilmente e

normalmente é voltada para oferecer o melhor serviço possível em uma determinada tarefa.

Pacotes e hardwareSeleção de pacotes: Não importa qual o tipo de instalação você fará, ainda precisa configurá-la com os programas necessários para as tarefas desejadas.

Obviamente um dos seus objetivos ao realizar uma instalação é torná-la a mais fácil possível. É interessante, portanto, fazer outra lista com os pacotes necessários para a instalação. Abaixo, mais um exemplo.

Serviço ---> pacoteServidor web: ApacheServidor de arquivos: Samba, NFSServidor de banco de dados: MySQL, OracleServidor de e-mail: Sendmail, EximÉ claro que você deve aumentar, e bastante, a lista acima. Ela fica apenas como exemplo do que você mesmo deve fazer. Uma lista como

essa tem objetivo duplo: organiza seu trabalho e oferece alternativas ao seu cliente. Pense: talvez algum cliente use outro sistema para oferecer serviços de rede, e não sabem, portanto, que o Linux oferece o mesmo

serviço, possivelmente com maior qualidade e liberdade. Informá-los sobre isso pode ser uma ótima forma de convencê-los a mudar de seu sistema fraquinho :> para um Linux.

Verificação do hardwareMais um item na preparação para a instalação: verificar a compatibilidade do hardware disponível.

ParticionamentoPlanejando o particionamento: Um último item em nosso planejamento: planejar o particionamento da nossa instalação. Novamente, uma lista pode ser de ajuda. Nas

distros atuais é comum a opção de auto-particionamento ou você pode optar também por ter apenas duas partições: uma root e uma swap. Mas você certamente será muito beneficiado por fazer mais que o mínimo. Veja um exemplo:

Partição Tipos Motivo para tal partição/ ReiserFS, ext3, outro diretório raiz (root)/bin ReiserFS, ext3, outro executáveis/boot ReiserFS, ext3, outro arquivos para o boot do sistema/etc ReiserFS, ext3, outro arquivos de configuração do sistema/home ReiserFS, ext3, outro arquivos dos usuários/sbin ReiserFS, ext3, outro executáveis para superusuário (root)/usr ReiserFS, ext3, outro arquivos do sistemaSwap Área de troca espaço para memória swap

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Didatismo e Conhecimento 22

INFORMÁTICAA tabela acima é geral, com alguns tipos de partição que você

pode usar. Obviamente existem outras, mas você deve seguir certas regras gerais para o particionamento:

A partição swap deveria ter o mesmo tamanho da memória instalada para máquinas com pouca memória.

Alguns preferem aumentar bastante a partição swap, mas isso não é necessário, principalmente para máquinas mais atuais, com grande quantidade de memória.

A partição / (ou root) é a única partição absolutamente necessária para a inicialização do sistema.

As outras partições, como /home e /bin, são usadas para organizar os arquivos do sistema e criar pontos de montagem padrão que são pré-configurados quando o sistema é instalado. Lembre-se: quanto mais organizado o sistema, mais fácil será para administrá-lo, fazer atualizações e reparar eventuais danos. Por planejar bem o software, hardware e as partições, a instalação do sistema ocorrerá sem grandes surpresas e ocorrerá de forma bem organizada.

Linux - por que tão fantástico?!Seguindo a sequência de artigos introdutórios, já ‘instalamos’

o sistema em nosso computador, após uma preparação minuciosa, levando ao uso racional da máquina-sistema. Com o uso do Linux você notará alguns aspectos interessantes, que tornam o Linux um sistema fantástico. Veja alguns deles.

Sem rebootVale lembrar que o Linux, sendo um UNIX-like (expressão

que mais ou menos significa ‘baseado em UNIX’), é ‘idealmente’ um sistema para trabalhar como servidor. Assim, espera-se que permaneça funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano!! Após a instalação, você poderá instalar ou desinstalar programas sem ter que reiniciar o computador.

Começar/interromper serviçosVocê pode iniciar ou interromper serviços, como e-mail, sem

reiniciar o sistema ou até mesmo interromper a atividade de outros usuários e serviços da máquina. A péssima obrigação de reiniciar vindo ‘daquele’ sistema... você estará livre aqui. É, meu amigo: viva o linux!!

Portabilidade de softwareVocê pode mudar para outra distribuição Linux, como Debian,

SuSE, Fedora, etc, e continuar usando o mesmo software! Uma boa parte dos projetos de software open source são criados para rodar em qualquer sistema UNIX-like, e muitos também funcionam no Windows. E mesmo que não esteja disponível, é possível que você mesmo consiga portar o programa para rodar onde você quer, ou descobrir alguém que faça isso (afinal, o espírito cooperador na comunidade é intenso). Lembrando que ‘portar’ significa modificar uma aplicação, ou driver, para funcionar em um sistema ou arquitetura diferente.

Download disponívelSe o programa que você deseja não estiver disponível na

distribuição que está usando, não há problema: use ferramentas como apt, yum, e outros para realizar o download.

Sem ‘esconde-esconde’Acabou a ‘brincadeira’ de esconde-esconde: a partir do

momento que você começa a aprender a usar o Linux, verá que nada está proibido. Tudo que quiser personalizar para as suas necessidades está aberto. Até o código fonte está disponível. Não é incrível?!

Desktop maduroAs interfaces gráficas KDE e GNOME rivalizam

fortemente com os sistemas Windows. Além de serem altamente personalizáveis. Você certamente ficará impressionado com a beleza de tais interfaces.

Liberdade!É quase lugar comum. Você tem a liberdade de escolher a

distribuição Linux que mais lhe convier, instalar e remover os programas que você quiser. Linux roda praticamente em tudo, desde celulares até supercomputadores. Muitos países já descobriram as vantagens de usufruir a liberdade oferecida pelo Linux. Isto ocorre inclusive em alguns estados do Brasil.

Alguns aspectos podem tornar o Linux um pouco difícil para novos usuários. Geralmente ele é configurado com alguns pontos de segurança que os iniciantes não estão habituados, e é necessário fazer algumas mudanças se você desejar fazer alterações que afetem aspectos mais relevantes do sistema. Embora pareça incômodo no início, isto garante a segurança e a estabilidade do sistema. Você pode, inclusive, configurar logins para cada usuário de sua máquina, e cada um pode adaptar seu ambiente de trabalho da forma que desejar, sem afetar os outros usuários.

Importantes questõesVeja algumas questões que você deve lembrar durante o uso

do Linux. Posso esquecer os vírus?Você pode, e deve, sempre estar preocupado com a questão

da segurança enquanto estiver conectado à internet. Porém, muito provavelmente você está menos vulnerável de ter intrusos enquanto usa Linux do que quando usa Windows. Lembre como é comum os alertas sobre vulnerabilidades no MS Internet Explorer.

Você está por sua conta e risco se usar o Linux?Se você usa Linux apenas recentemente e está interessado em

suporte, muitas empresas oferecem tal suporte para versões do Linux. Por exemplo, Red Hat Enterprise Linux, Ubuntu Linux e várias outras distribuições menores. além do mais, a comunidade de usuários é gigantesca, e você sempre encontra ‘suporte’ entre seus membros.

Linux é só para os ‘iniciados’?Se você desejar explorar o máximo que o Linux oferece,

realmente é preciso estudar, ler e ir mais a fundo. No entanto, se você deseja apenas usá-lo como já vinha usando o Windows, como uma máquina para realizar seus trabalhos de escritório, assistir vídeos e ouvir músicas, não há a mínima necessidade de ser um expert. O fantástico aqui é justamente isso: você pode usar o Linux para suas atividades do dia-a-dia, sem a preocupação de aprofundamento; mas se você desejar, a oportunidade está aqui.

Quão diferentes são as distribuições entre si?Embora as distros acrescentem imagens diferentes, escolham

softwares específicos para incluir, e usem diferentes meios para instalação, não há grandes dificuldades para um usuário migrar de uma distro para outra.

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Didatismo e Conhecimento 23

INFORMÁTICAMuitas distros incluem os mesmos projetos open source (os

mesmos programas abertos). Assim, por exemplo, os comandos básicos, os arquivos de configuração, e outros, para um servidor Apache, Samba, etc, serão os mesmos se você usar Fedora, Debian, e uma boa parte das distros. E embora alterem as cores ou alguns elementos do desktop, a maioria usa o GNOME ou KDE da mesma forma.

Rodando comandosVocê não terá dificuldade com o uso básico do Linux. Usando

o GNOME ou KDE, terá as mesmas facilidades que encontra, por exemplo, no Windows. ‘Mexa’ nos programas, olhe os menus e use as ferramentas disponíveis. Não nos alongaremos sobre tal ponto, pois se você está migrando para Linux, provavelmente será fácil.

Vamos falar sobre algo mais importante. Antes de surgirem os ícones e as janelas nos monitores de nossos computadores, era preciso digitar comandos para fazer qualquer coisa. Em sistemas UNIX, de onde vem o Linux, os programas usados para interpretar e gerenciar os comandos eram conhecidos como a ‘shell’.

Não importa qual distro Linux você usa, sempre terá disponível a shell. A shell oferece uma forma de rodar programas, trabalhar com arquivos, compilar programas, operar o sistema e gerenciar a máquina. Embora a shell seja menos intuitiva que uma interface gráfica (GUI), a maioria dos usuários experientes em Linux considera a shell como mais poderosa que GUI. Existem diferentes tipos de shell. A que trabalharemos aqui é chamada bash shell, muito comum no mundo Linux.

Há muitas formas de usar a shell. As três mais comuns são o prompt, a janela do terminal e o terminal virtual.

Se o seu Linux não tiver interface gráfica ou se ela não estiver funcionando no momento, você verá o prompt após o login. Se você já usou o DOS, parece com isso. E teclar comandos no prompt é a forma de interagir com a máquina.

O prompt padrão para um usuário ‘normal’ é um símbolo de moeda:

$ O prompt padrão para um super-usuário (root, aquele com

permissão para ‘tudo’ no sistema) é uma cerquilha (jogo da velha): # Na maioria dos sistemas Linux os símbolos $ e # são

antecedidos pelo username do usuário, o nome da máquina e o diretório onde você se encontra. Pode-se mudar o prompt para mostrar o que você quiser.

Há uma infinidade de coisas a fazer no prompt, mas começaremos com apenas alguns comandos simples.

Usando uma janela de terminalA maioria das distros incluem um painel no botão que inicia

um terminal virtual, onde você pode usar a shell. Terminal virtual é uma forma de ter shells fora do ambiente gráfico. Você tem a ‘sensação’ que está usando uma outra máquina, sem ambiente gráfico. E a maioria das distros disponibiliza tais terminais virtuais.

Pressione Ctrl+Alt+F1 e você estará no primeiro terminal virtual. Pressione Ctrl+Alt+F2 e estará no segundo terminal virtual e assim por diante até Ctrl+Alt+F6. Para voltar para o ambiente gráfico, pressione Ctrl+Alt+F7.

Quando você ‘entrar’ no sistema, estará no seu diretório /home, ou seja, /home/usuário. Se pedir para abrir algum arquivo ou salvá-lo, a shell usará o diretório atual como referência. Qualquer opção diferente disto, deve ser explicitamente indicada.

Para ver em qual o diretório você está trabalhando atualmente, tecle o comando pwd:

$ pwd/etc Em nosso exemplo acima, o diretório atual é ‘/etc’. Para saber

o seu diretório home, tecle o comando echo, seguido da variável $HOME:

$ echo $HOME/home/bart A saída indica que o diretório home é /home/bart. Se você

quiser mudar do diretório atual para outro, use o comando cd. Para mudar do diretório atual para um subdiretório ‘outro’ (ou seja, um diretório dentro do diretório atual), digite

$ cd /outro Para mudar do diretório atual para o diretório home, basta

digitar o comando cd sem nenhuma outra opção: $ cd Pronto! Não interessa o diretório atual, você será levado ao

seu diretório home. E para saber o que há no diretório atual? Use o comando “ls”.

Ele lista os arquivos, e você ainda pode usar algumas opções úteis. A opção -l inclui um conjunto detalhado de informações de cada arquivo, a opção -s inclui o tamanho do arquivo - mas é melhor acrescentar a opção h para tornar o tamanho compreensível:

$ ls -sh No exemplo acima os arquivos serão listados e será dado o

tamanho de cada arquivo no formato normal: Kbytes e Mbytes. Algo importante a lembrar sobre Linux é que além de ser um

sistema multiusuário ele também é multitarefa. Quando falamos ‘multitarefa’ significa que vários programas podem estar rodando ao mesmo tempo. Cada exemplar de um programa que está rodando é chamado de ‘processo’. Você pode listar os processos que estão rodando, assim monitorando o sistema e parando processos, se necessário.

Para saber quais processos estão rodando, os recursos utilizados e qual o usuário ‘dono’ do processo, use o comando ps:

$ ps -ax Para sair da shell, simplesmente digite exit e tecle ENTER: $ exit Lembre também que a grande maioria dos comandos

possuem opções, as quais alteram o comportamento do comando (por exemplo, temos o caso visto acima do comando ‘ls’). Você encontrará muitos comandos no diretório ‘/bin’. Use o comando ls para ver uma lista de tais comandos:

$ ls /bin Depois disso, use o comando ‘man’ para ver o que cada

comando realiza. O comando man mostra a página de manual do comando desejado:

$ man comando No exemplo acima, você seria levado para a página manual do

comando ‘comando’. É claro que aqui falamos apenas de alguns comandos muito

simples que você pode usar. Existem centenas de comandos disponíveis, alguns mais úteis ou comuns, outros nem tão conhecidos. Aqui, apenas buscamos familiarizá-lo com o uso dos comandos.

Usando o shell no LinuxExistem algumas coisas que podem ser ‘acrescentadas’ aos

comandos para alterar sua funcionalidade. Na shell, além dos comandos você pode utilizar:

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Didatismo e Conhecimento 24

INFORMÁTICAOpçõesMuitos comandos possuem (geralmente várias) opções

disponíveis. Tais opções normalmente são indicadas por letras. Podemos inclusive combinar diversas opções ao usar um comando. Já vimos isso no artigo anterior desta série, quando usamos o comando ls:

$ ls -sh O comando acima exibirá o conteúdo do diretório

atual juntamente com o tamanho em forma ‘humanamente compreensível’ (daí a opção ‘h’, que indica ‘human’).

Quando a opção é indicada por uma palavra e não uma letra, é comum ser precedida por dois ‘traços’ em vez de um. Por exemplo, a opção “help” disponível em muitos comandos deve ser usada assim:

$ comando --help ArgumentosMuitos comandos também aceitam argumentos. Um

argumento é uma informação extra, como o nome de um arquivo a ser usado pelo comando, por exemplo, se você usar:

$ cat /home/fulano/agenda verá na tela o conteúdo arquivo ‘agenda’, que está no

diretório /home/fulano. Neste exemplo, ‘/home/fulano/agenda’ é o argumento.

Variáveis locaisA shell pode guardar informações a fim de serem usadas

pelo usuário naquela sessão. Chamamos a tais de ‘variáveis de ambiente’. Mais a frente falaremos com mais profundidade sobre este tema.

MetacarateresEstes são caracteres com significado especial para a shell. Eles

podem ser usados para direcionar a saída de um comando para um arquivo (>), enviar a saída de um comando para outro comando (|), e rodar um comando no background (&), entre outros.

Outra característica interessante da shell é a capacidade de guardar um ‘histórico’ dos últimos comandos listados. Isto facilita o nosso trabalho, pois comandos que usamos freqüentemente não precisam ser digitados.

Rodando comandosQuando você usa a shell pela primeira vez, talvez fique um

pouco intimidado se havia o hábito 100% com o ambiente gráfico do Windows. Afinal, tudo que vemos é o prompt. Como saber quais os comandos disponíveis e úteis? E como usá-los? Na verdade, a situação é melhor do que parece.

Há muita ajuda disponível e abaixo seguem alguns ‘locais’ onde procurar adicionais ao que veremos aqui.

Veja o PATH: Digite ‘echo $PATH’. Você verá uma lista dos diretórios

contendo comandos que estão acessíveis a você. Listando os comandos nesses diretórios (usando o comando ls, por exemplo), veremos os comandos mais comuns no Linux.

Use o comando ‘help’: Alguns comandos estão ‘dentro’ da Shell, assim você não o

verá nos diretórios quando fizer como acima. O comando “help” lista esses comando e mostra opções disponíveis para cada um deles. Digite ‘help | less’ para ver com mais calma.

Use --help: Muitos comandos incluem a opção ‘--help’ para disponibilizar

informação sobre o uso do comando. Por exemplo, digite ‘cp --help | less’, e verá informações sobre o comando ‘cp’.

Use o comando ‘man’: Para aprender sobre um comando específico, digite: $ man comando No acima, substitua ‘comando’ pelo comando que deseja

obter informações. Use o comando ‘info’: O comando ‘info’ é outra forma para obter informação sobre

comandos da shell. Este comando mode ‘mover-se’ entre uma hierarquia de nós para encontrar informação sobre comandos e outros itens. Só um lembrete: nem todos os comandos possuem informação sob o comando ‘info’.

Se você logar como usuário root, outros comandos estarão disponíveis. Portanto, se usar ‘echo $PATH’, mais alguns outros diretórios surgirão como resultado.

Para saber ‘onde’ se encontra um comando, faça: $ type comando O comando ‘type’ mostrará a localização do comando

‘comando’. Veja um exemplo simples, mas interessante, do uso daquilo

que já aprendemos até agora. Digite na shell conforme abaixo (e tecle ENTER no fim): $ ls /home/usuário/musicas | sort -f | less A linha de comando acima lista o conteúdo do diretório /

home/usuário/musicas (ls), ordena em ordem alfabética (sort -f), e envia tal saída para o comando ‘less’. O comando ‘less’ mostra a primeira página da saída, e depois você pode ver o restante linha por linha (pressionando ENTER) ou uma página por vez (pressionando a BARRA DE ESPAÇO).

Mas e se você agora quiser ver o conteúdo do diretório /home/usuário? Não é preciso digitar tudo novamente. A shell possui o recurso de histórico dos comandos usados. O que você precisa fazer é:

Usar as teclas de direção (para cima ou para baixo) para ver as linhas digitadas e que estão na lista de histórico da shell. Quando chegar na linha desejada, use novamente as teclas de direção (direita e esquerda) até alcançar a posição da terceira ‘/’. Então é só deletar a expressão ‘musicas’. Tecle ENTER, e verá uma nova saída, porém agora mostrando o conteúdo do diretório ‘/home/usuário’.

Edição e conexão de comandosPara acelerar o uso, a shell possui uma característica muito

útil: ela completa expressões parcialmente digitadas. Para usar tal recurso, digite as primeiras letras e então pressione Tab. Alguns termos que a shell completa para você são:

Variáveis de ambiente: Se um texto que você digitou começa com o símbolo $, a shell completa o texto com a variável de ambiente da shell atual.

Username: Se o texto digitado começa com um ~, a shell completa com um username (nome de usuário).

Comando ou função: Se o texto começa com com caracteres regulares, a shell tenta completar o texto com um nome de comando, alias ou função (falaremos sobre alias mais à frente).

Host name: Se o texto que você digitou inicia com @, a shell completa o texto com um host name vindo do arquivo /etc/host.

É claro que haverá ocasiões que várias opções estão disponíveis para completar o texto parcial. Se você quiser ver as opções antes de tentar expandí-lo, use a combinação ESC+? (ou seja, a tecla ESC e a tecla ? ao mesmo tempo). Tente o seguinte e veja o resultado:

Page 122: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 25

INFORMÁTICA$ echo $P (tecle ESC+? agora)

Usando o histórico da shellJá vimos o recurso de histórico da shell. Vamos aprender um

pouco mais sobre ele agora. Depois de digitar uma linha com comandos, toda essa linha é

salva no histórico de sua shell. A lista é guardada em um arquivo de histórico, de onde qualquer comando pode ser chamado novamente para o uso. Depois que é chamado novamente, a linha pode ser modificada à vontade.

Para ver a lista de histórico, use o comando ‘history’. Digite este comando sem opções, ou pode também ser seguido por um número - isto determina quantas linhas mais recentes serão listadas.

Existem várias formas de trabalhar com tal histórico. Uma delas é usar o comando ‘fc’. Digite fc seguido pela linha do histórico visto quando se efetua a ação descrita acima - 164 por exemplo. Então, a linha de comando é aberta em um editor de texto. Faça as mudanças que achar necessário, e quando fechar o editor de texto, o comando rodará.

Você também pode usar um intervalo de linhas com o comando ‘fc’. Por exemplo, ‘fc 251 260’. Fazendo isso, todas as linhas aparecerão no editor, e após as alterações, feche o editor e veja todas as linhas serão executadas uma a uma.

Conectando comandosUma característica poderosa da shell é a capacidade de redire-

cionar a saída e entrada de dados de um comando para outros co-mandos ou arquivos. Para permitir que comandos sejam ‘enviados’ para outros comandos, a shell usa os metacaracteres.

Falamos sobre eles no artigo anterior desta série. Qualquer coisa, dê uma olhada no Guia Introdutório V. Como dito anterior-mente, um metacaracter é um caracter digitado normalmente, mas que possui significado especial para a shell.

Conectando comandosO metacaracter pipe (|) conecta a saída de um comando para a

entrada de outro. Isto permite que você tenha um comando traba-lhando com dados e então tenha outro comando trabalhando com os resultados desta atividade. Veja um exemplo de uma linha de comando usando pipe:

$ cat /home/usuário/livros | sort | less Este comando lista o conteúdo do arquivo ‘/home/usuário/

livros’ e conecta/envia sua saída para o comando ‘sort’. O coman-do sort toma a lista de livros deste arquivo e analisa cada linha, passando a organizar alfabeticamente pelo início de cada linha. Então tal saída é conectada/enviada para o comando ‘less’ (como já vimos em artigos anteriores, permite lermos o resultado uma página por vez).

Comandos em sequênciaAlgumas vezes você vai desejar que uma seqüência de co-

mandos sejam executados, um por vez, numa determinada ordem. Pode-se fazer isso por digitar os diversos comandos na mesma li-nha e separando-os por ponto e vírgula (;). Veja um exemplo:

$ date ; ls -sh | less No exemplo acima, primeiro é impresso na tela a data (date),

depois é listado o conteúdo do diretório atual, juntamente com o tamanho de cada item (-sh), e a saída de tal listagem é enviada para o comando ‘less’, para ser vista uma página por vez.

Comandos no backgroundAlguns comandos podem demorar para realizar a tarefa que

você pediu. Nestes casos você possivelmente não vai querer ficar sentado em frente ao computador, esperando. Então podemos ter nossos comandos rodando no ‘background’, rodando ‘por trás’, sem vermos seus efeitos diretamente na tela. Fazemos isso por usar o símbolo ‘&’.

Comandos para formatar texto são exemplos comuns dos ca-sos onde você vai querer rodar em background. Também é possível criar scripts, algo como mini-programas para rodar em background e checar continuamente certos eventos, como se o HD está lotado, ou se um usuário em particular está logado.

Eis um exemplo de execução de uma linha de comando em background:

$ latex principal.tex & Explicando a linha acima: latex é uma linguagem poderosa

para editoração; ‘principal.tex’ é o arquivo usado no exemplo para gerar um longo livro de centenas e centenas de páginas, tomando certo tempo, dependendo da configuração da máquina. No fim da sentença, ‘&’ é usado para indicar que a linha de comando deve ser executada em background. Pronto! Após clicar ENTER, o prompt já estará disponível para você novamente, enquanto a linha de co-mando está sendo executado no background.

Usando expressões aritméticasPode acontecer de você desejar passar resultados de expressões

numéricas para um comando. Há duas formas para isso: $ [expressão] ou então: $(expressão) Como exemplo, veja: $ echo “O Brasil foi descoberto há $[2007-1500] anos.”O Brasil foi descoberto há 507 anos. Note que a shell inicialmente calcula a expressão e após passa

o resultado para o comando ‘echo’. Veja outro exemplo: $ echo “Nessa escola há (ls | wc -w) alunos” Nesse exemplo, o conteúdo do diretório é listado, conta-se

quantos termos surgem e o resultado é enviado para o comando ‘echo’.

Expandindo variáveis de ambienteVariáveis de ambiente que guardam informação na shell podem

ser expandidas usando o metacaracter ‘$’. Quando expandimos uma variável de ambiente em uma linha de comando, é usado o conteúdo da variável e não o nome da variável em si. Por exemplo:

$ ls -l $PATH Por usar $PATH como argumento, a saída do comando usa o

conteúdo da variável PATH.Alterando seu shellPodemos alterar a shell de modo que trabalhe para nós mais

eficientemente. O prompt, por exemplo, pode dar informações importantes cada vez que teclamos ENTER. Para as alterações funcionarem todas as vezes que iniciamos a shell, vamos adicionar as informações para os arquivos de configuração da shell.

Muitos arquivos se referem ao comportamento da shell. Alguns destes são executados por todos os usuários e por todas as shells, enquanto outros são criados especificamente para determinado usuário.

Page 123: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 26

INFORMÁTICAVeja a seguir alguns itens para adicionar aos seus arquivos

de configuração. Em vários casos iremos adicionar certos valores ao arquivo ‘.bashrc’ em nosso diretório home. No entanto, se você é o administrador do sistema, pode querer alterar certos comportamentos para todos os usuários Linux.

Alterando o promptO prompt é um conjunto de caracteres que aparece todas

as vezes que a shell está disponível para aceitar uma linha de comando. A variável de ambiente PS1 determina o que contém o prompt. Se a sua shell requerer entradas adicionais, usará os valores PS2, PS3 e PS4.

Podemos usar vários caracteres especiais para incluir diferentes informações no prompt. Veja alguns exemplos (se você estiver usando a shell bash, veja ‘man bash’).

\! Mostra o número do comando no histórico da shell\$ Mostra o prompt de usuário ($) ou o prompt de root(#),

dependendo do usuário atual\w Mostra o caminho completo do diretório de trabalho atual.\W Mostra APENAS o diretório de trabalho atual. Por

exemplo, se você estiver no diretório /home/pedro/musicas, mostrará apenas ‘musicas’

\d Mostra o dia da semana, o mês e o dia do mês. Por exemplo: Mon Fev 8.

\t Mostra a hora no formato ‘hora:minuto:segundo’.\u Mostra o username do usuário atual.Para tornar as mudanças permanentes devemos adicionar

o valor da variável PS1 ao arquivo ‘.bashrc’ no nosso diretório home. Note que haverá um valor já estabelecido para a variável PS1, e você deve alterá-lo. Muitas outras alterações podem ser feitas. Para aprender mais sobre isso, veja o HOWTO em:

http://www.tldp.org/HOWTO/Bash-Prompt-HOWTO (mudar cores, comandos e muitos outros itens).pt

Criar variáveisPodemos criar variáveis de ambiente para diminuir nosso

trabalho. Escolha qualquer nome que não seja usado ainda como variável. Por exemplo, se você usa muito os arquivos no diretório /graduacao/exatas/arquivos/info/bio, poderia fazer:

$ B=/graduacao/exatas/arquivos/info/bio ; export B Agora, para ir para o o diretório mencionado, basta digitar ‘cd

$B’. Para rodar um programa chamado ‘resumo’ neste diretório, basta digitar $B/resumo.

O que é o Ubuntu?Ubuntu é um sistema operacional baseado em Linux

desenvolvido pela comunidade e é perfeito para notebooks, desktops e servidores. Ele contém todos os aplicativos que você precisa - um navegador web, programas de apresentação, edição de texto, planilha eletrônica, comunicador instantâneo e muito mais.

Ubuntu é um sistema operacional desenvolvido pela comunidade, e é perfeito para laptops, desktops e servidores. Seja para uso em casa, escola ou no trabalho, o Ubuntu contém todas as ferramentas que você necessita, desde processador de texto e leitor de emails a servidores web e ferramentas de programação.

O Ubuntu é e sempre será gratuito. Você não paga por nenhum encargo de licença. Você pode baixar, usar e compartilhar com seus amigos e familiares, na escola ou no trabalho, sem pagar nada por isto.

Nós lançamos uma nova versão para desktops e servidores a cada seis meses. O que significa que você sempre terá as últimas versões dos maiores e melhores aplicativos de código aberto que o mundo tem a oferecer.

O Ubuntu é desenvolvido visando segurança. Você tem atualizações de segurança gratuitas por pelo menos 18 meses para desktops e servidores. Com a versão de Longo Tempo de Suporte (LTS) você tem três anos de suporte para desktops, e cinco anos para servidores. Não é cobrado nenhum valor pela versão LTS, bem como qualquer outra, nós disponibilizamos livremente o melhor que podemos oferecer para todos sob os mesmos termos. Atualizações para novas versões do Ubuntu são e sempre serão gratuitas.

Tudo o que você precisa em apenas um CD, que lhe proporciona um ambiente completo e funcional. Programas adicionais são disponibilizados através da Internet.

O instalador gráfico lhe permite ter um sistema funcional de forma rápida e fácil. Uma instalação padrão deve levar menos de 30 minutos.

Uma vez instalado, seu sistema está imediatamente pronto para o uso. Na versão desktop você tem um conjunto completo de aplicativos para produtividade, internet, imagens, jogos, entre outras ferramentas.

Na versão servidor você tem tudo o que precisa para ter seu servidor funcional sem coisas desnecessárias.

O que a palavra Ubuntu significa?Ubuntu é uma antiga palavra africana que significa algo como

“Humanidade para os outros” ou ainda “Sou o que sou pelo que nós somos”. A distribuição Ubuntu traz o espírito desta palavra para o mundo do software livre.

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Didatismo e Conhecimento 27

INFORMÁTICA

NautilusGerenciador de arquivos padrão do ambiente gráfico GNOME,

Nautilus é um software simples e de código aberto que permite acesso a diretórios e arquivos, sendo eles locais ou remotos.

Jeito GNOMESeguindo a linha dos softwares desenvolvidos pelo projeto

GNOME, este gerenciador possui uma interface limpa, com barras de ferramentas, de localização de arquivos, de status e uma barra lateral, para acesso às principais pastas do sistema.

A exibição de arquivos pode ser feita por meio de listas ou ícones. Nas opções do programa permite-se escolher quais informações serão exibidas na listagem de arquivos, com organização a partir de dados como nome, tamanho, tipo, data de modificação, etc.

Nautilus ainda possui visualização de prévia de arquivos como textos, imagens ou vídeos, opção de exibição de arquivos ocultos, controle de zoom, alteração de cor e imagem de fundo da janela, entre outras coisas.

Recursos e funcionalidadesCom o Nautilus é possível gravar CDs e DVDs de dados

muito rapidamente. Ao escolher a ferramenta “Criador de CD/DVD”, uma pasta temporária é criada onde devem ser colocados os arquivos a serem gravados. Quando todos os arquivos forem colocados na pasta, é só clicar em “Gravar no disco”, escolher a mídia, o nome e a velocidade e mandar ver.

Ao tratar arquivos e pastas, o gerenciador possui funcionalidades básicas, presentes em qualquer software da linha, como recortar, copiar, colar, criar atalhos e exibir propriedades de arquivos. Nautilus também apresenta aplicação de emblemas, como arquivo favorito, perigoso, novo, importante, compartilhado e muito mais.

Esta aplicação também suporta FTP, compartilhamento SMB Windows, transferência de arquivos via protocolo shell, servidores WebDAV e servidores SFTP via GNOME.

O Windows é um sistema operacional produzidos pela Mi-crosoft para uso em computadores. O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de 2009, e começou a ser vendido livremente para usuários comuns dia 22 de outubro de 2009.

Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas novidades, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e direcionada para a linha Windows, tem a intenção de torná-lo totalmente compatível com aplicações e hardwares com os quais o Windows Vista já era compatível.

Apresentações dadas pela companhia no começo de 2008 mostraram que o Windows 7 apresenta algumas variações como uma barra de tarefas diferente, um sistema de “network” chamada de “HomeGroup”, e aumento na performance.

· Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas e suporte para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch)

· Internet Explorer 8;· Novo menu Iniciar;· Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;· Comando de voz (inglês);· Gadgets sobre o desktop;· Novos papéis de parede, ícones, temas etc.;· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows

Media Player, integrado ao Windows Explorer;· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;· Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows

(Paint e WordPad, por exemplo), como no Office 2007;· Aceleradores no Internet Explorer 8;· Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM;· Home Groups;· Melhor desempenho;· Windows Media Player 12;

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Didatismo e Conhecimento 28

INFORMÁTICA· Nova versão do Windows Media Center;· Gerenciador de Credenciais;· Instalação do sistema em VHDs;· Nova Calculadora, com interface aprimorada e com mais

funções;· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Gamão

Internet e Internet Damas;· Windows XP Mode;· Aero Shake;

Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos o número de capacidades e certos programas que faziam parte do Windows Vista não estão mais presentes ou mudaram, resultando na remoção de certas funcionalidades. Mesmo assim, devido ao fato de ainda ser um sistema operacional em desenvolvimento, nem todos os recursos podem ser definitivamente considerados excluídos.

Fixar navegador de internet e cliente de e-mail padrão no menu Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser fixados manualmente).

Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windows Mail e Windows

Calendar foram substituídos pelas suas respectivas contrapartes do Windows Live, com a perda de algumas funcionalidades.

O Windows 7, assim como o Windows Vista, estará disponível em cinco diferentes edições, porém apenas o Home Premium, Professional e Ultimate serão vendidos na maioria dos países, restando outras duas edições que se concentram em outros mercados, como mercados de empresas ou só para países em desenvolvimento. Cada edição inclui recursos e limitações, sendo que só o Ultimate não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft, os recursos para todas as edições do Windows 7 são armazenadas no computador.

Um dos principais objetivos da Microsoft com este novo Windows é proporcionar uma melhor interação e integração do sistema com o usuário, tendo uma maior otimização dos recursos do Windows 7, como maior autonomia e menor consumo de energia, voltado a profissionais ou usuários de internet que precisam interagir com clientes e familiares com facilidade, sincronizando e compartilhando facilmente arquivos e diretórios.

Comparando as edições

O Windows 7 tem três edições diferentes de um mesmo sistema operacional, que se adéquam as necessidades diárias de cada usuário essas edições são o Home Premium, o Professional e Ultimate.

Essas edições apresentam variações de uma para outra, como o Home Premium, que é uma edição básica, mas de grande uso para usuários que não apresentam grandes necessidades.

Os seus recursos são a facilidade para suas atividades diárias com a nova navegação na área de trabalho, o usuário pode abrir os programas mais rápida e facilmente e encontrar os documentos que mais usa em instantes.

Tornar sua experiência na Web mais rápida, fácil e segura do que nunca com o Internet Explorer 8, assistir a muitos dos seus programas de TV favoritos de graça e onde quiser, com a TV na Internet e criar facilmente uma rede doméstica e conectar seus computadores a uma impressora com o Grupo Doméstico.

Já o Professional apresenta todos esses recursos adicionados de outros que o deixam mais completo como o usuário pode executar vários programas de produtividade do Windows XP no Modo Windows XP, conectar-se a redes corporativas facilmente e com mais segurança com o Ingresso no Domínio e além do Backup e Restauração de todo o sistema encontrado em todas as edições, é possível fazer backup em uma rede doméstica ou corporativa.

O Ultimate também apresenta todos esses recursos acrescidos de outros que tornam sua funcionalidade completa com todos os recursos disponíveis nessa versão do sistema operacional como ajuda para proteger os dados do seu computador e de dispositivos de armazenamento portáteis contra perda ou roubo com o BitLocker e poder trabalhar no idioma de sua escolha ou alternar entre 35 idiomas.

Recursos

Segundo o site da própria Microsoft, os recursos encontrados no Windows 7 são fruto das novas necessidades encontradas pelos usuários. Muitos vêm de seu antecessor, Windows Vista, mas existem novas funcionalidades exclusivas, feitas para facilitar a utilização e melhorar o desempenho do SO (Sistema Operacional) no computador.

Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras versões do Windows, não terá que jogar todo o conhecimento fora. Apenas vai se adaptar aos novos caminhos e aprender “novos truques” enquanto isso.

Tarefas Cotidianas

Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia se tornou comum. Não precisamos mais estar em alguma empresa enorme para precisar sempre de um computador perto de nós. O Windows 7 vem com ferramentas e funções para te ajudar em tarefas comuns do cotidiano.

Grupo Doméstico

Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais computadores em sua casa. Permitir a comunicação entre várias estações vai te poupar de ter que ir fisicamente aonde a outra máquina está para recuperar uma foto digital armazenada apenas nele.

Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica simplificada e segura. Você decide o que compartilhar e qual os privilégios que os outros terão ao acessar a informação, se é apenas de visualização, de edição e etc.

Tela sensível ao toque

O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensível ao toque com opção a multitoque, recurso difundido pelo iPhone.

O recurso multitoque percebe o toque em diversos pontos da tela ao mesmo tempo, assim tornando possível dimensionar uma imagem arrastando simultaneamente duas pontas da imagem na tela.

O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de aplicativos e jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Collage é um aplicativo para organizar e redimensionar fotos. Nele é possível montar slide show de fotos e criar papeis de parede personalizados. Essas funções não são novidades, mas por serem feitas para usar uma tela sensível a múltiplos toques as tornam novidades.

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Didatismo e Conhecimento 29

INFORMÁTICA

Microsoft Surface Collage, desenvolvido para usar tela sensível ao toque.

Lista de Atalhos

Novidade desta nova versão, agora você pode abrir direta-mente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir o programa que você utilizou. Digamos que você estava editando um relatório em seu editor de texto e precisou fechá-lo por algum motivo.

Quando quiser voltar a trabalhar nele, basta clicar com o botão direito sob o ícone do editor e o arquivo estará entre os recentes.

Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se preocu-par em procurar o arquivo, você pula uma etapa e vai diretamente para a informação, ganhando tempo.

Exemplo de arquivos recentes no Paint.

Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere importan-te. Se a edição de um determinado documento é constante, vale a pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que a lista de recentes se modifica conforme você abre e fecha novos documentos.

Snap

Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum ver vá-rias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recurso de Snap, você pode posicioná-las de um jeito prático e divertido. Basta apenas clicar e arrastá-las pelas bordas da tela para obter diferentes posi-cionamentos.

O Snap é útil tanto para a distribuição como para a compara-ção de janelas. Por exemplo, jogue uma para a esquerda e a outra na direita. Ambas ficaram abertas e dividindo igualmente o espaço pela tela, permitindo que você as veja ao mesmo tempo.

Windows Search

O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e estendido. Podemos fazer buscas mais simples e específicas diretamente do menu iniciar, mas foi mantida e melhorada a busca enquanto você navega pelas pastas.

Menu iniciar

As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do menu iniciar. É útil quando você necessita procurar, por exemplo, pelo atalho de inicialização de algum programa ou arquivo de modo rápido.

“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do Windo-ws Search, a pesquisa do menu início não olha apenas aos nomes de pastas e arquivos.

Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e propriedades tam-bém” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770).

Os resultados são mostrados enquanto você digita e são divi-didos em categorias, para facilitar sua visualização.

Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua busca pode ser dividido.

· Programas

· Painel de Controle

· Documentos

· Música

· Arquivos

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Didatismo e Conhecimento 30

INFORMÁTICA

Ao digitar “pai” temos os itens que contêm essas letras em seu nome.

Windows Explorer

O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena parte do total disponível.

Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acionado automaticamente quando você navega pelas pastas do seu compu-tador – você encontrará uma busca mais abrangente.

Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de se fa-zer uma busca é necessário abrir a ferramenta de busca.

No Seven, precisamos apenas digitar os termos na caixa de busca, que fica no canto superior direito.

Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; Win-dows 7 Bible, pg 774).

A busca não se limita a digitação de palavras. Você pode aplicar filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas, todas as canções do gênero Rock. Existem outros, como data, tamanho e tipo. Dependendo do arquivo que você procura, podem existir outras classificações disponíveis.

Imagine que todo arquivo de texto sem seu computador pos-sui um autor. Se você está buscando por arquivos de texto, pode ter a opção de filtrar por autores.

Controle dos pais

Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que visu-alizam por meio do computador. O Windows 7 ajuda a limitar o que pode ser visualizado ou não. Para que essa funcionalidade fique disponível, é importante que o computador tenha uma conta de administrador, protegida por senha, registrada. Além disso, o usuário que se deseja restringir deve ter sua própria conta.

As restrições básicas que o Seven disponibiliza:· Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do dia

que o PC pode ser utilizado.· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo horário

e também pela classificação do jogo. Vale notar que a classifica-ção já vem com o próprio game.

· Bloquear programas: É possível selecionar quais aplicati-vos estão autorizados a serem executados.

Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a quan-tidade de restrições, como controlar as páginas que são acessa-das, e até mesmo manter um histórico das atividades online do usuário.

Central de ações

A central de ações consolida todas as mensagens de segu-rança e manutenção do Windows. Elas são classificadas em ver-melho (importante – deve ser resolvido rapidamente) e amarelas (tarefas recomendadas).

O painel também é útil caso você sinta algo de estranho no computador. Basta checar o painel e ver se o Windows detectou algo de errado.

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Didatismo e Conhecimento 31

INFORMÁTICA

A central de ações e suas opções.

- Do seu jeitoO ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para nossa qua-

lidade de vida quanto para o desempenho no trabalho. O compu-tador é uma extensão desse ambiente. O Windows 7 permite uma alta personalização de ícones, cores e muitas outras opções, dei-xando um ambiente mais confortável, não importa se utilizado no ambiente profissional ou no doméstico.

Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão na página de Personalização1, que pode ser acessada por um clique com o botão direito na área de trabalho e em seguida um clique em Per-sonalizar.

É importante notar que algumas configurações podem deixarv seu computador mais lento, especialmente efeitos de transparên-cia. Abaixo estão algumas das opções de personalização mais in-teressantes.

Papéis de Parede

Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou prati-camente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos de ídolos, paisagens ou qualquer outra figura que as agrade. Uma das novi-dades fica por conta das fotos que você encontra no próprio SO. Variam de uma foto focando uma única folha numa floresta até uma montanha.

A outra é a possibilidade de criar um slide show com várias fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a impressão que sua área de trabalho está mais viva.

Gadgets

As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, mas eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar em qual-quer local do desktop.

Servem para deixar sua área de trabalho com elementos sor-tidos, desde coisas úteis – como uma pequena agenda – até as de gosto mais duvidosas – como uma que mostra o símbolo do Corin-thians. Fica a critério do usuário o que e como utilizar.

O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir necessi-dade, pode baixar ainda mais opções da internet.

Gadgets de calendário e relógio.

Temas

Como nem sempre há tempo de modificar e deixar todas as configurações exatamente do seu gosto, o Windows 7 disponibiliza temas, que mudam consideravelmente os aspectos gráficos, como em papéis de parede e cores.

ClearType

“Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes parecerem mais claras e suaves no monitor. É particularmente efetivo para monitores LCD, mas também tem algum efeito nos antigos mode-los CRT(monitores de tubo). O Windows 7 dá suporte a esta tec-nologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 163, tradução nossa).

Novas possibilidades

Os novos recursos do Windows Seven abrem, por si só, novas possibilidades de configuração, maior facilidade na navega, dentre outros pontos. Por enquanto, essas novidades foram diretamente aplicadas no computador em uso, mas no Seven podemos também interagir com outros dispositivos.

Reproduzir em

Permitindo acessando de outros equipamentos a um computa-dor com o Windows Seven, é possível que eles se comuniquem e seja possível tocar, por exemplo, num aparelho de som as músicas que você tem no HD de seu computador.

É apenas necessário que o aparelho seja compatível com o Windows Seven – geralmente indicado com um logotipo “Compa-tível com o Windows 7».

Streaming de mídia remoto

Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do compu-tador para outros lugares da casa. Se quiser levar para fora dela, uma opção é o Streaming de mídia remoto.

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Didatismo e Conhecimento 32

INFORMÁTICACom este novo recurso, dois computadores rodando Windows

7 podem compartilhar músicas através do Windows Media Player 12. É necessário que ambos estejam associados com um ID online, como a do Windows Live.

Personalização

Você pode adicionar recursos ao seu computador alterando o tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de trabalho, a pro-teção de tela, o tamanho da fonte e a imagem da conta de usuário. Você pode também selecionar “gadgets” específicos para sua área de trabalho.

Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na área de trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da janela sons e, às vezes, ícones e ponteiros de mouse.

Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é um vi-sual premium dessa versão do Windows, apresentando um design como o vidro transparente com animações de janela, um novo menu Iniciar, uma nova barra de tarefas e novas cores de borda de janela.

Use o tema inteiro ou crie seu próprio tema personalizado al-terando as imagens, cores e sons individualmente. Você também pode localizar mais temas online no site do Windows. Você tam-bém pode alterar os sons emitidos pelo computador quando, por exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou desliga o computador.

O plano de fundo da área de trabalho, chamado de papel de parede, é uma imagem, cor ou design na área de trabalho que cria um fundo para as janelas abertas. Você pode escolher uma imagem para ser seu plano de fundo de área de trabalho ou pode exibir uma apresentação de slides de imagens. Também pode ser usada uma proteção de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por determinado período de tempo. Você pode escolher uma variedade de proteções de tela do Windows.

Aumentando o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os ícones e outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para diminuir o tamanho do texto e outros itens na tela para que caibam mais informações na tela.

Outro recurso de personalização é colocar imagem de conta de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um computador. A imagem é exibida na tela de boas vindas e no menu Iniciar. Você pode alterar a imagem da sua conta de usuário para uma das ima-gens incluídas no Windows ou usar sua própria imagem.

E para finalizar você pode adicionar “gadgets” de área de tra-balho, que são miniprogramas personalizáveis que podem exibir continuamente informações atualizadas como a apresentação de slides de imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma nova janela.

Aplicativos novos

Uma das principais características do mundo Linux é suas versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário não precisa ficar baixando arquivos após instalar o sistema, o que não ocorre com as versões Windows.

O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora existe uma serie de aplicativos juntos com o Windows 7, para que o usuário não precisa baixar programas para atividades básicas.

Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desktop e também suportar entrada por caneta e toque.

No Math Input Center, utilizando recursos multitoque, equa-ções matemáticas escritas na tela são convertidas em texto, para poder adicioná-la em um processador de texto.

O print screen agora tem um aplicativo que permite capturar de formas diferentes a tela, como por exemplo, a tela inteira, partes ou áreas desenhadas da tela com o mouse.

Aplicativo de copiar tela (botão print screen).

O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferramentas e design melhorado, ganhou menus e ferramentas que parecem do Office 2007.

Paint com novos recursos.

O WordPad também foi reformulado, recebeu novo visual mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas ferramentas, assim se tornando um bom editor para quem não tem o Word 2007.

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Didatismo e Conhecimento 33

INFORMÁTICAA calculadora também sofreu mudanças, agora conta com 2

novos modos, programador e estatístico. No modo programador ela faz cálculos binários e tem opção

de álgebra booleana. A estatística tem funções de cálculos básicos.Também foi adicionado recurso de conversão de unidades

como de pés para metros.

Calculadora: 2 novos modos.

WordPad remodelado

Requisitos

Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve em relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de hardware (peças) relativamente boa, para que seja utilizado sem problemas de desempenho.

Esta é a configuração mínima:· Processador de 1 GHz (32-bit)· Memória (RAM) de 1 GB· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de

memória (sem Windows Aero)· Espaço requerido de 16GB· DVD-ROM· Saída de Áudio

Se for desejado rodar o sistema sem problemas de lentidão e ainda usufruir derecursos como o Aero, o recomendado é a seguin-te configuração.

Configuração Recomendada:· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits)· Memória (RAM) de 2 GB· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB· Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos DirectX 9

com 256 MB de memória (para habilitar o tema do Windows Aero)· Unidade de DVD-R/W· Conexão com a Internet (para obter atualizações)

Atualizar de um SO antigo

O melhor cenário possível para a instalação do Windows 7 é com uma máquina nova, com os requisitos apropriados. Entretan-to, é possível utilizá-lo num computador antigo, desde que atenda as especificações mínimas.

Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista instala-do, você terá a opção de atualizar o sistema operacional. Caso sua máquina utilize Windows XP, você deverá fazer a re-instalação do sistema operacional.

Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavelmen-te seu computador não atende aos requisitos mínimos. Entretanto, nada impede que você tente fazer a reinstalação.

Atualização

“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows 7 em seu computador, pois mantém os arquivos, as configurações e os programas do Windows Vista no lugar” (Site da Microsoft, http://windows.microsoft.com/pt-

BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-win-dows-7).

É o método mais adequado, se o usuário não possui conheci-mento ou tempo para fazer uma instalação do método tradicional. Optando por essa opção, ainda devesse tomar cuidado com a com-patibilidade dos programas, o que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7.

Instalação

Por qualquer motivo que a atualização não possa ser efetuada, a instalação completa se torna a opção mais viável.

Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se deseja utilizar, como drivers e documentos de texto, pois todas as infor-mações no computador serão perdidas. Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem os programas que você havia instalado e com as configurações padrão.

Desempenho

De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7 se ele mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida por seu anteces-sor. Testes indicam que a nova versão tem ganhou alguns pontos na velocidade.

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Didatismo e Conhecimento 34

INFORMÁTICAO Seven te ajuda automaticamente com o desempenho: “Seu

sistema operacional toma conta do gerenciamento do processador e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 1041, tradução nossa).

Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de não ajudar efetivamente no desempenho, o Windows 7 prioriza o que o usuário está interagindo (tarefas “foreground”).

Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois são naturalmente lentas e podem ser executadas “longe da visão” do usuário, dando a impressão que o computador não está lento.

Essa característica permite que o usuário não sinta uma lenti-dão desnecessária no computador.

Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada vez mais recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o sistema operacio-nal se torne um forte consumidor de memória e processamento. O Seven disponibiliza vários recursos de ponta e mantêm uma per-formance satisfatória.

Monitor de desempenho

Apesar de não ser uma exclusividade do Seven, é uma ferra-menta poderosa para verificar como o sistema está se portando. Podem-se adicionar contadores (além do que já existe) para colher ainda mais informações e gerar relatórios.

Monitor de recursos

Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra infor-mações sobre o uso do processador, da memória, disco e conexão à rede.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES

Windows 7 Starter

Como o próprio título acima sugere, esta versão do Windows é a mais simples e básica de todas. A Barra de Tarefas foi comple-tamente redesenhada e não possui suporte ao famoso Aero Glass. Uma limitação da versão é que o usuário não pode abrir mais do que três aplicativos ao mesmo tempo.

Esta versão será instalada em computadores novo apenas nos países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Brasil. Disponí-vel apenas na versão de 32 bits.

Windows 7 Home BasicEsta é uma versão intermediária entre as edições Starter e

Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá também a versão de 64 bits e permitirá a execução de mais de três aplicativos ao mesmo tempo.

Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero Glass nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, fugindo um pouco da principal novidade do Windows 7. Computadores novos pode-rão contar também com a instalação desta edição, mas sua venda será proibida nos Estados Unidos.

Windows 7 Home Premium

Edição que os usuários domésticos podem chamar de “com-pleta”, a Home Premium acumula todas as funcionalidades das edições citadas anteriormente e soma mais algumas ao pacote.

Dentre as funções adicionadas, as principais são o suporte à interface Aero Glass e também aos recursos Touch Windows (tela sensível ao toque) e Aero Background, que troca seu papel de pa-rede automaticamente no intervalo de tempo determinado. Haverá ainda um aplicativo nativo para auxiliar no gerenciamento de redes wireless, conhecido como Mobility Center.

Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e tam-bém poderá ser encontrada em computadores novos.

Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas

Mais voltada para as pequenas empresas, a versão Professio-nal do Windows 7 possuirá diversos recursos que visam facilitar a comunicação entre computadores e até mesmo impressoras de uma rede corporativa.

Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o Domain Join, que ajuda os computadores de uma rede a “se enxergarem” e conseguirem se comunicar. O Location Aware Printing, por sua vez, tem como objetivo tornar muito mais fácil o compartilhamen-to de impressoras.

Como empresas sempre estão procurando maneiras para se proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz o Encrypting File System, que dificulta a violação de dados. Esta versão também será encontrada em lojas de varejo ou computadores novos.

Windows 7 Enterprise, apenas para vários

Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma versão mais voltada para empresas de médio e grande porte, só poderá ser adquirida com licenciamento para diversas máquinas. Acumula todas as funcionalidades citadas na edição Professional e possui recursos mais sofisticados de segurança.

Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável pela criptografia de dados e o AppLocker, que impede a execução de programas não-autorizados. Além disso, há ainda o BrachCache, para turbinar transferência de arquivos grandes e também o Di-rectAccess, que dá uma super ajuda com a configuração de redes corporativas.

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Didatismo e Conhecimento 35

INFORMÁTICAWindows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro

Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas, pois contém todas as funcionalidades já citadas neste artigo e mais al-gumas. Apesar de sua venda não ser restrita às empresas, o Mi-crosoft disponibilizará uma quantidade limitada desta versão do sistema.

Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos presentes na Ultimate são dedicados às corporações, não interessando muito aos usuários comuns.

WINDOWS 8

O Windows 8 veio com uma nova característica para Desktops e Tablets, o Windows Style, que já é conhecido por muitos com o nome de Windows Metro, presente no Windows Phone 7. O que significa que uma aplicação feita com Windows Style vai poder ser executada no seu Desktop, Tablet ou smarthphone que utiliza o Windows 8 que traz um visual diferenciado possibilitando maior interação do usuário com os aplicativos.

Apesar de trazer esta grande novidade, o Windows 8 não perdeu a compatibilidade e nem a forma de trabalhar com aplicativos na versão x86, feitos em versões mais antigas deste Sistema Operacional. Isso porque o Windows 8 para Desktop usa duas interfaces, a interface Style também chamada de Windows RT e a Interface Win32. Isso significa que os aplicativos desenvolvidos para Windows Win32 não serão executados em tablets ou smarthphones.

Além das características citadas acima, outra novidade interessante do Windows 8 é a interface Win32 que foi modificada, além de trazer novas funções até então (até então porque até o lançamento oficial pode acontecer alguma mudança), ele não trás o botão iniciar (Figura 1).

Figura 1: Interface do Windows Win32

Ao invés disso temos um painel onde todos os programas são listados com seus ícones no modo paisagem e que pode ser movido com a barra de rolagem horizontal que se encontra no rodapé da página. Então qualquer programa instalado tanto para a interface Style quanto para a interface Win32 pode ser acessado (Figura 2).

Figura 2: Painel contendo todos os aplicativos do Windows 8Muitos que já tiveram contato com o Windows 8 acharam

estranho, porque se não tem o botão iniciar, como desligar o computador? Bom, aí está mais uma mudança, pensando no uso comum para todos os dispositivos foi criada uma Barra Lateral (lado direito), onde temos as opções de Pesquisa, Compartilhar, Iniciar, Dispositivos, Configurações (Figura 3).

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Didatismo e Conhecimento 36

INFORMÁTICAFigura 3: Barra Lateral

É nessa barra lateral, na opção configurações onde vamos encontrar a configuração das conexões com redes a cabo ou sem fio (wireless), configuração de volume, configuração de brilho, configuração do idioma teclado, configuração das notificações, a opção de desligar que inclui, desligar, reiniciar, hibernar ou suspender a máquina, além das outras configurações que são: Área de trabalho, Painel de controle, Personalização Informações do PC e ajuda (Figura 4).

Figura 4: Barra Lateral Configuração

A interface Style está muito voltada para o conteúdo, onde temos ícones dinâmicos também conhecidos como tiles que podem mostrar informações em tempo real, de acordo com a característica de cada aplicativo e obviamente quando houver uma conexão com a internet.(Figura 5)

Figura 5: Interface Windows Style

O uso da memória na interface Style foi otimizado para ob-ter o máximo de desempenho para o aplicativo construído para a essa interface, que está sendo executado naquele momento. E como o Windows faz isso? O Windows 8 automaticamente sus-pende o aplicativo anterior para então executar o aplicativo atual, liberando mais memória para ele. Isso significa que o usuário pode iniciar a quantidade de aplicativos que quiser, porque isso não vai comprometer a memória ou a bateria do dispositivo.

O Windows pode eventualmente encerrar um aplicativo que está em segundo plano para liberar memória para outro aplicativo que está sendo executado.

Essa característica requer que os desenvolvedores de apli-cativos Windows Style sejam muito cuidadosos ao construírem suas aplicações, para que o usuário não perceba o que está acon-tecendo “por trás” no sistema operacional. Então o desenvolve-dor deve gravar o estado em que a aplicação foi suspensa ou encerrada, para que o usuário não perceba a alteração ao alternar entre um aplicativo e outro.

É bom frisar que esta característica é apenas para o Windows 8 RT ou Style e estão direcionados para melhorar o desempenho de aplicativos móveis.

O Windows Win32 não tem essa característica e consequen-temente os aplicativos já existentes e construídos para Windows Win32 vão trabalhar da mesma forma, estarão sendo executados em segundo plano, consumindo memória e processamento, dei-xando a cargo do usuário encerrar o aplicativo que mais estiver consumindo recursos do computador.

Espero que com estas breves explanações, estejam prontos para instalar o Windows 8 e as ferramentas de desenvolvimento para esta plataforma, pois a intenção neste deste tópico é apenas dar uma ideia básica das novidades do Windows 8.

Então para desenvolver alguma aplicação para dispositivos móveis que utilizam Windows 8, devemos ter instalados o Win-dows 8 e também o Visual Studio 2012, que conta também com a versão Express que é gratuita. Apesar de não ter sido lançado oficialmente já podemos iniciar o desenvolvimento de aplicati-vos para Windows 8 baixando a versão de avaliação do Windows 8 Release Preview, que será válida até 15 de fevereiro de 2013, o que é suficiente para testar e desenvolver alguns aplicativos. Para baixar a versão de avaliação acesse o endereço http://windows.microsoft.com/pt-BR/windows-8/download. Após acessar este endereço escolha o idioma e a versão para máquinas 32 ou 64 bits, não se esqueça de anotar a chave do produto, depois baixe a imagem no formato ISO, grave em um DVD e pronto, agora é só instalar. Se você já tiver uma outra versão do Windows instalada na máquina, pode criar uma partição e instalar o Windows 8, assim será criado um Dual Boot, ou seja você poderá escolher qual siste-ma operacional vai utilizar.

CRIAÇÃO E EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS ELETRÔNICAS

E APRESENTAÇÕES: AMBIENTES MICROSOFT OFFICE E LIBREOFFICE;

Word 2013

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é con-siderado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suí-te que domina o mercado de suítes de escritório, mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como Google Docs e Open Office.

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Didatismo e Conhecimento 37

INFORMÁTICAFaça muito mais com seus documentos: abra um vídeo onli-

ne, abra um PDF e edite o conteúdo, alinhe imagens e diagramas com um mínimo de trabalho. O novo Modo de Leitura é limpo e sem distrações e funciona muito bem em tablets. Agrupar-se em equipes também está mais fácil, com conexões diretas com os es-paços online e recursos de revisão otimizados, como a Marcação Simples e os comentários.

Desfrute da leituraAgora você pode se concentrar nos documentos do Word di-

retamente na tela com um modo de leitura limpo e confortável.Novo modo de leituraAproveite sua leitura com um modo de exibição que mostra

seus documentos em colunas fáceis de ler na tela.

As ferramentas de edição são removidas para minimizar as distrações, mas você ainda tem acesso às ferramentas que estão sempre à mão para leitura como Definir, Traduzir e Pesquisar na Web.

Zoom do objetoDê dois toques com o seu dedo ou dois cliques com o mouse

para ampliar e fazer com que as tabelas, gráficos e imagens de seu documento preencham a tela. Foque a imagem e obtenha as in-formações, depois toque ou clique novamente fora do objeto para reduzi-la e continuar lendo.

Retomar leituraReabra um documento e continue sua leitura exatamente

a partir do ponto em que parou. O Word se lembrará onde você estava mesmo quando reabrir um documento online de um outro computador.

Vídeo onlineInsira vídeos online para assistir diretamente no Word, sem

ter que sair do documento, assim você pode ficar concentrado no conteúdo.

Expandir e recolherRecolha ou expanda as partes de um documento com apenas

um toque ou um clique. Coloque resumos nos títulos e permita que os leitores abram a seção e leiam os detalhes se desejarem.

Trabalhe em conjunto

Trabalhar com outras pessoas com ferramentas otimizadas de colaboração.

Salve e compartilhe os arquivos na nuvem

A nuvem é como o armazenamento de arquivo no céu. Você pode acessá-lo a qualquer momento quando estiver online. Agora é fácil compartilhar um documento usando o SharePoint ou SkyDri-ve. A partir desse ponto, você pode acessar e compartilhar seus do-cumentos do Word, planilhas do Excel e outros arquivos do Office. Você pode até trabalhar juntamente com seus colegas no mesmo arquivo ao mesmo tempo.

Marcação simples

Um novo modo de exibição de revisão, Marcação Simples, oferece uma exibição limpa e sem complicações do seu documen-to, mas você ainda vê os indicadores onde as alterações controla-das foram feitas.

Page 135: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 38

INFORMÁTICA

Responder aos comentários e marcá-los como concluídosAgora, os comentários têm um botão de resposta. Você pode

discutir e controlar facilmente os comentários ao lado do texto re-levante. Quando um comentário for resolvido e não precisar mais de atenção, você poderá marcá-lo como concluído. Ele ficará es-maecido em cinza para não atrapalhar, mas a conversa ainda estará lá se você precisar consultá-la posteriormente.

Adicione sofisticação e estilo

Com o Word 2013, você pode criar documentos mais bonitos e envolventes e pode trabalhar com mais tipos de mídia (como vídeos online e imagens). Você pode até mesmo abrir PDFs.

Iniciar com um modelo

Ao abrir o Word 2013, você tem uma variedade de novos mo-delos ótimos disponíveis para ajudá-lo a começar em uma lista dos documentos visualizados recentemente para que você pode voltar para onde parou imediatamente.

Se você preferir não usar um modelo, apenas clique em Do-cumento em branco.

Abrir e editar PDFs

Abra PDFs e edite o conteúdo no Word. Edite parágrafos, lis-tas e tabelas, exatamente como os documentos do Word com os quais você já está familiarizado. Transforme o conteúdo para ter uma ótima aparência.

Inserir fotos e vídeos online

Adicione diretamente aos seus documentos vídeos online que os leitores poderão assistir no Word. Adicione as suas fotos de serviços de fotos online sem precisar salvá-los primeiro em seu computador.

Guias dinâmicas de layout e alinhamento

Obtenha uma visualização dinâmica à medida que você redi-mensionar e mover fotos e formas em seu documento. As novas guias de alinhamento facilitam o alinhamento de gráficos, fotos e diagramas com o texto.

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Didatismo e Conhecimento 39

INFORMÁTICAInterface

No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do documento , que como é um novo documento apresenta como título “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápido, que

permite acessar alguns comandos mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando no menu de contexto (flecha para baixo) à direita dela.

Mais a esquerda tem a ABA Arquivo. Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar o documento

(permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.). Vamos utilizar alguns destes recursos no andamento de nosso curso.

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os grupos de ferra-mentas, por exemplo, na guia Inicio, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para os usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos possuem pequenas marcações na sua direita inferior.

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Didatismo e Conhecimento 40

INFORMÁTICAO Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por exemplo, ao sele-

cionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemento selecionado.

Trabalhando com documentosAo iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto. Vamos digitar um pequeno texto conforme

abaixo:

Salvando ArquivosÉ importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo, salvar seu

trabalho. Salvar consiste em armazenar se documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou outro dispositivo de armaze-namento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma tela onde você poderá definir o nome, local e formato de seu arquivo.

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Didatismo e Conhecimento 41

INFORMÁTICA

Observe na janela de salvar que o Word procura salvar seus arquivos na pasta Documents do usuário, você pode mudar o local do arquivo a ser salvo, pela parte esquerda da janela. No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como o documento não possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável co-locar um nome menor e que se aproxime do conteúdo de seu texto. “Em Tipo a maior mudança, até versão 2003, os documentos eram salvos no formato”. DOC”, a partir da versão 2010, os documentos são salvos na versão”. DOCX”, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder salvar seu documento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para Documento do Word 97-2003.

Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra de títulos.

Abrindo um arquivo do Word

Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.

Na esquerda da janela, o botão abrir é o segundo abaixo de novo, observe também que ele mostra uma relação de documentos recentes, nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro lo-cal ou outro nome, clique no botão Office e escolha Salvar Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. Anterior a este controle de zoom temos os botões de forma de visualização de seu documento, que podem também ser acessados pela Aba Exibição.

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Didatismo e Conhecimento 42

INFORMÁTICAOs cinco primeiros botões são os mesmos que temos em mi-

niaturas no rodapé.• Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é

o formato de como seu documento ficará na folha impressa.• Leitura em Tela Inteira: Ele oculta as barras de seu do-

cumento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do documento à direita, ele possui uma flecha apontado para a próxi-ma página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar no topo à direita da tela.

• Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam tex-tos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.

• Estrutura de Tópicos: Permite visualizar seu documento em tópicos, o formato terá melhor compreensão quando trabalhar-mos com marcadores.

• Rascunho: É o formato bruto, permite aplicar diversos recursos de produção de texto, porém não visualiza como impres-são nem outro tipo de meio.

O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite tra-balhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom o Word apresenta a seguinte janela:

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou co-locarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar o documen-to em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de exibir os documentos aberto em uma mesma seção do Word.

Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus docu-mentos é em relação à configuração da página. A ABNT (Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas) possui um manual de regras para documentações, então é comum escutar “o documento tem que estar dentro das normas”, não vou me atentar a nenhuma das normas especificas, porém vou ensinar como e onde estão as op-ções de configuração de um documento.

No Word 2010 a ABA que permite configurar sua página é a ABA Layout da Página.

O grupo “Configurar Página”, permite definir as margens de seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-definidos, como também personalizá-las.

Ao personalizar as margens, é possível alterar as margens su-perior, esquerda, inferior e direita, definir a orientação da página, se retrato ou paisagem, configurar a fora de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa mesma janela temos a guia Papel.

Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de alimen-tação do papel.

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Didatismo e Conhecimento 43

INFORMÁTICA

A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primeira op-ção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como será uma nova seção do documento, vamos aprender mais frente como trabalhar com seções.

Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos utilizar cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares e ímpares, e se quero ocultar as informações de cabeçalho e rodapé da primeira página. Em Página, pode-se definir o alinhamento do conteúdo do texto na página. O padrão é o alinhamento superior, mesmo que fique um bom espaço em branco abaixo do que está editado. Ao es-colher a opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical. A opção números de linha permite adicionar numeração as linhas do documento.

Colunas

Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-definidas, mas você pode colocar em um número maior de colunas, adicionar li-nha entre as colunas, definir a largura e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você pretende utilizar larguras de colunas diferentes é preciso desmarcar a opção “Colunas de mesma largu-ra”. Atente também que se preciso adicionar colunas a somente uma parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.

Números de Linha

É bastante comum em documentos acrescentar numeração nas páginas dos documentos, o Word permite que você possa fazer facilmente, clicando no botão “Números de Linhas”.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”, abre-se a janela que vimos em Layout.

Plano de Fundo da Página

Podemos adicionar as páginas do documento, marcas d’água, cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página possui três bo-tões para modificar o documento.

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Didatismo e Conhecimento 44

INFORMÁTICAClique no botão Marca d’água.

O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos o item Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção.

Nesta janela podemos definir uma imagem como marca d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a imagem e depois de-finir a dimensão e se a imagem ficará mais fraca (desbotar) e cli-car em OK. Como também é possível definir um texto como marca d’água. O segundo botão permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um recurso interessante é que o Word verifica a cor aplicada e automaticamente ele muda a cor do texto.

O botão Bordas da Página, já estudamos seu funcionamento ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos

Embora seja um processo simples, a seleção de textos é indis-pensável para ganho de tempo na edição de seu texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor, tamanho e tipo de fonte, etc.

Selecionando pelo Mouse

Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o cursor aponta para a direita.

• Ao dar um clique ele seleciona toda a linha• Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.• Ao dar um triplo clique seleciona todo o textoCom o cursor no meio de uma palavra:• Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado• Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.• Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafoPodemos também clicar, manter o mouse pressionado e arras-

tar até onde se deseja selecionar. O problema é que se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar o processo, ou pressio-nar a tecla SHIFT no teclado e clicar ao final da seleção desejada. Podemos também clicar onde começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde termina a seleção. É possível selecionar pala-vras alternadas. Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá selecionando as partes do texto que deseja modificar.

Copiar e ColarO copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qual-

quer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro grupo na ABA Inicio.

Este é um processo comum, porém um cuidado importante é quando se copia texto de outro tipo de meio como, por exemplo, da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões de-ferentes dos editores de texto. Ao copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar em colar, é necessário clicar na setinha apontando para baixo no botão Colar, escolher Colar Especial.

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Didatismo e Conhecimento 45

INFORMÁTICA

Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML. Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo, mar-que a opção Texto não formatado e clique em OK.

Localizar e SubstituirAo final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela temos

a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção Substituir.

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite substituir em seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita uma a uma, clicando em substituir, ou pode ser todas de uma única vez clicando-se no botão Substituir Tudo.

Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela mesma, porém com outra cor, ou então somente quando escrita em maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:

• Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pes-quisa;

• Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.

• Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não par-te de uma palavra. Ex: Atenciosamente.

• Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou *ão o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.

• Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonorida-de, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras em inglês.

• Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa e semelhantes estiverem marcadas.

• Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especifi-cado como formatação.

• Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de textoUm dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibi-

lidade de se formatar o texto. No Office 2010 a ABA responsável pela formatação é a Inicio e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de FonteA formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho

de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para formatar uma palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é neces-sário selecionar o texto, se quiser formatar somente uma letra tam-bém é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível o tipo de letra, tamanho, botões de aumentar fonte e diminuir fon-te, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao lado de sublinhado temos uma seta apontando para baixo, ao clicar nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.

Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e sobrescrito e o botão Maiúsculas e Minúsculas.

Este botão permite alterar a colocação de letras maiúsculas e minúsculas em seu texto. Após esse botão temos o de realce – que permite colocar uma cor de fundo para realçar o texto e o botão de cor do texto.

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Didatismo e Conhecimento 46

INFORMÁTICA

Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte.

A janela fonte contém os principais comandos de formatação e permite que você possa observar as alterações antes de aplica. Ainda nessa janela temos a opção Avançado.

Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento entre os caracteres que pode ser condensado ou comprimido, a posição é referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo que se faça algo como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras, pois al-gumas vezes acontece de as letras ficaram com espaçamento entre elas de forma diferente. Uma ferramenta interessante do Word é a ferramenta pincel, pois com ela você pode copiar toda a formata-ção de um texto e aplicar em outro.

Formatação de parágrafos

A principal regra da formatação de parágrafos é que indepen-dente de onde estiver o cursor a formatação será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha ou mais. Quando se trata de dois ou mais parágrafos será necessárioselecionar os parágrafos a se-rem formatados. A formatação de parágrafos pode ser localizada na ABA Inicio, e os recuos também na ABA Layout da Página.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcadores (bul-lets e numeração e listas de vários níveis), diminuir e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na segunda linha temos os botões de alinhamentos: esquerda, centralizado, direita e justifi-cado, espaçamento entre linhas, observe que o espaçamento entre linhas possui uma seta para baixo, permitindo que se possa definir qual o espaçamento a ser utilizado.

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Didatismo e Conhecimento 47

INFORMÁTICACor do Preenchimento do Parágrafo.

Bordas no parágrafo.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos apenas os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao clicar na Faixa do grupo Parágrafos, será aberta a janela de Formatação de Pará-grafos.

As opções disponíveis são praticamente as mesmas disponí-veis pelo grupo.

Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas réguas superiores.

Marcadores e Numeração

Os marcadores e numeração fazem parte do grupo parágrafos, mas devido a sua importância, merecem um destaque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e Numeração.

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Didatismo e Conhecimento 48

INFORMÁTICAA opção vários níveis é utilizada quando nosso texto tenha

níveis de marcação como, por exemplo, contratos e petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já diz permite adicio-nar símbolos a frente de seus parágrafos.

Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressionar a tecla TAB no teclado.

Você pode observar que o Word automaticamente adicionou outros símbolos ao marcador, você pode alterar os símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado do botão Marcadores e esco-lhendo a opção Definir Novo Marcador.

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso aconselha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings, Webdings), e de-pois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão importar, poderá utilizar uma imagem externa.

Bordas e Sombreamento

Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso texto. Podem ser bordas simples aplicadas a textos e parágrafos. Bordas na página como vimos quando estudamos a ABA Layout da Página e sombreamentos. Selecione o texto ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma borda pré-definida ou então clicar na última opção Bordas e Sombreamento.

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Didatismo e Conhecimento 49

INFORMÁTICAPodemos começar escolhendo uma definição de borda (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada uma das bordas na di-

reita onde diz Visualização. Pode-se pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da borda. A Guia Sombreamento permite atribuir um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma cor base, e depois aplicar uma textura junto dessa cor.

Cabeçalho e RodapéO Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e rodapé, clique na ABA

Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e Número de Página.

Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar em Editar Ca-beçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeçalho.

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas páginas.

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Didatismo e Conhecimento 50

INFORMÁTICA

Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos também aplicar cabeçalhos e ro-dapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.

O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

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Didatismo e Conhecimento 51

INFORMÁTICAData e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo Texto, temos o botão Data e Hora.

Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque a opção Atualizar automaticamente.

Inserindo Elementos GráficosO Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções de inserção estão

disponíveis na ABA Inserir.

ImagensO primeiro elemento gráfico que temos é o elemento Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo nome no grupo

Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu computador.

A imagem será inserida no local onde estava seu cursor.O que será ensinado agora é praticamente igual para todo os elementos gráficos, que é a manipulação dos elementos gráficos. Ao inserir

a imagem é possível observar que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pontilhadas em sua volta, para mover a imagem de local, basta clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar redimensionar a imagem, basta clicar em um dos pequenos quadrados em suas extremidades, que são chamados por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da imagem, basta apenas clicar em qualquer outra parte do texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as configurações de manipulação da imagem.

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Didatismo e Conhecimento 52

INFORMÁTICA

O primeiro grupo é o Ajustar, dentre as opções temos Brilho e Contraste, que permite clarear ou escurecer a imagem e adicionar ou remover o contraste. Podemos recolorir a imagem.

Entre as opções de recolorir podemos colocar nossa imagem em tons de cinza, preto e branco, desbotar a imagem e remover uma cor da imagem. Este recurso permite definir uma imagem com fundo transparente. A opção Compactar Imagens permite deixar sua imagem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta opção o Word mostra a seguinte janela:

Pode-se aplicar a compactação a imagem selecionada, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a resolução da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alterações feitas. O próximo grupo chama-se Sombra, como o próprio nome diz, permite adicionar uma sombra a imagem que foi inserida.

No botão Efeitos de Sombra, você poderá escolher algumas posições de sombra (Projetada, Perspectiva) e cor da sombra. Ao lado deste botão é possível definir a posição da sombra e no meio a opção de ativar e desativar a sombra. No grupo Organizar é possível definir a posição da imagem em relação ao texto.

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Didatismo e Conhecimento 53

INFORMÁTICAO primeiro dos botões é a Posição, ela permite definir em qual

posição a imagem deverá ficar em relação ao texto.

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a jane-la Layout Avançado que permite trabalhar a disposição da ima-gem em relação ao bloco de texto no qual ela esta inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção Quebra Automática de Texto nesse mesmo grupo. Ao colocar a sua imagem em uma disposição com o texto, é habilitado alguns recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a sua ima-gem E no grupo Organizar ele habilita as opções de Trazer para Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para Frente e Avançar, são uti-lizadas quando houver duas ou mais imagens e você precisa mu-dar o empilhamento delas. A opção Trazer para Frente do Texto faz com que a imagem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você poderá alinhar as suas imagens.

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redimensionar a imagem definindo Largura e Altura.

Os comandos vistos até o momento estavam disponíveis da seguinte forma, pois nosso documento esta salvo em.DOC – ver-são compatível com Office XP e 2003. Ao salvar o documento em .DOCX compatível somente com a versão 2010, acontecem algu-mas alterações na barra de imagens.

No grupo Ajustar já temos algumas alterações, ao clicar no item Cor. Em estilos de imagem podemos definir bordas e som-breamentos para a imagem.

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Didatismo e Conhecimento 54

INFORMÁTICAPodemos aplicar também os Efeitos de Imagem

Clip Art

Clip-Art são imagens, porém são imagens que fazem parte do pacote Office. Para inserir um clipart, basta pela ABA Inserir, clicar na opção Clip-Art. Na direita da tela abre-se a opção de con-sulta aos clip-Art.

Clique sobre a imagem a ser adicionada ao seu texto com o botão direito e escolha Copiar (CTRL+C). Clique em seu texto onde o Clip-Art deve ser adicionado e clique em Colar (CTRL+V) As configurações de manipulação do clip-art são as mesmas das imagens.

Formas

Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir as suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as proprie-dade para modificar a forma.

O primeiro grupo chama-se Inserir Forma, ele possui a fer-ramenta de Inserir uma forma. Ao lado temos a ferramenta Editar Forma essa ferramenta permite trabalhar os nós da forma – Algu-mas formas bloqueiam a utilização dessa ferramenta. Abaixo dela temos a ferramenta de caixa de texto, que permite adicionar uma caixa de texto ao seu documento. Estando com uma forma fecha-da, podemos transformar essa forma em uma caixa de texto. Ao lado temos o Grupo Estilos de Forma.

Os primeiros botões permitem aplicar um estilo a sua forma.

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Didatismo e Conhecimento 55

INFORMÁTICA

Ainda nesse grupo temos a opção de trabalharmos as cores, contorno e alterar a forma.

A opção Imagem preenche sua forma com alguma imagem. A opção Gradação permite aplicar tons de gradiente em sua forma.

Ao clicar em Mais Gradações, será possível personalizar a forma como será o preenchimento do gradiente.

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Didatismo e Conhecimento 56

INFORMÁTICANa guia gradiente, temos as opções de Uma cor, Duas cores e

Pré-definidas.Ao escolher uma cor você pode escolher a cor a ser aplicada,

se quer ela mais para o claro ou escuro, pode definir a transparên-cia do gradiente e como será o sombreamento.

Ao clicar na opção Duas Cores, você pode definir a cor 1 e cor 2, o nível de transparência e o sombreamento.

Ao clicar em Pré-definidas, o Office possui algumas cores de preenchimento prontas.

A Guia Textura permite aplicar imagens como texturas ao preenchimento, a guia Padrão permite aplicar padrões de preenchi-mento e imagem permite aplicar uma imagem Após o grupo Esti-los de Forma temos o grupo sombra e após ele o grupo Efeitos 3D.

Podemos aplicar efeitos tridimensionais em nossas formas. Além de aplicar o efeitos podemos mudar a cor do 3D, alterar a profundidade, a direção, luminosidade e superfície. As demais op-ções da Forma são idênticas as das imagens.

SmartArt

O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu documento. Se você estiver usando o Office 2003 ou seu docu-mento estiver salvo em DOC, ao clicar nesse botão, ele habilita a seguinte janela:

Basta selecionar o tipo de organograma a ser trabalhado e cli-que em OK. Porém se o formato de seu documento for DOCX, a janela a ser mostrada será:

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Didatismo e Conhecimento 57

INFORMÁTICA

Em hierarquia, escolha o primeiro da segunda linha e clique em OK.

Altere os textos conforme a sua necessidade. Ao clicar no topo em Ferramentas SmartArt, serão mostradas as opções de alteração do objeto.

O primeiro botão é o de Adicionar uma forma. Basta clicar em um botão do mesmo nível do que será criado e clicar neste botão. Outra forma de se criar novas caixas dentro de um mesmo nível é ao terminar de digitar o texto pressionar ENTER. Ainda no grupo Criar Gráfico temos os botões de Elevar / Rebaixar que permite mudar o nível hierárquico de nosso organograma.

No grupo Layout podemos mudar a disposição de nosso or-ganograma.

O próximo grupo é o Estilos de SmartArt que permite mudar as cores e o estilo do organograma.

WordArt

Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele ainda mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt Selecione um for-mato de WordArt e clique sobre ele.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

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Didatismo e Conhecimento 58

INFORMÁTICA

O primeiro grupo é o Texto, nesse grupo podemos editar o texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No grupo Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar e Tamanho.

TabelasAs tabelas são com certeza um dos elementos mais importantes para colocar dados em seu documento. Use tabelas para organizar informações e criar formas de páginas interessantes e disponibilizar seus dados.

Para inserir uma tabela, na ABA Inserir clique no botão Tabela.

Ao clicar no botão de Tabela, você pode definir a quantidade de linhas e colunas, pode clicar no item Inserir Tabela ou Desenhar a Tabela, Inserir uma planilha do Excel ou usar uma Tabela Rápida que nada mais são do que tabelas prontas onde será somente necessário alterar o conteúdo.

Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um número variável de colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma tabela.

Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo

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Didatismo e Conhecimento 59

INFORMÁTICAFerramentas de Tabela.

Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível definir células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite aplicar uma formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite definir o estilo, espessura e cor da linha. O botão Desenhar Tabela transforma seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua tabela, e o botão Borracha apaga as linhas da tabela.

Você pode observar também que ao estar com alguma célula da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA ao final, chamada Layout, clique sobre essa ABA.

O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela, apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.

Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma janela com as propriedades da janela.

Nesta janela existem quatro Guias.

A primeira é relativa à tabela, pode-se definir a largura da tabela, o alinhamento e a quebra do texto na tabela. Ao clicar no botão Bordas e Sombreamento abre-se a janela de bordas e sombreamento estudada anteriormente. Ao clicar em Opções é possível definir as margens das células e o espaçamento entre as células.

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Didatismo e Conhecimento 60

INFORMÁTICA

O segundo grupo é o Linhas e Colunas permite adicionar e remover linhas e colunas de sua tabela.

Ao clicar na Faixa deste grupo ele abre uma janela onde é possível deslocar células, inserir linhas e colunas. O terceiro grupo é referente à divisão e mesclagem de células.

A opção Mesclar Células, somente estará disponível se você selecionar duas ou mais células. Esse comando permite fazer com que as células selecionadas tornem-se uma só.

A opção dividir células permite dividir uma célula. Ao clicar nessa opção será mostrada uma janela onde você deve definir em quantas linhas e colunas a célula será dividida.

A opção dividir tabela insere um parágrafo acima da célula que o cursor está, dividindo a tabela. O grupo Tamanho da Célula permite definir a largura e altura da célula. A opção AutoAjuste tem a função de ajustar sua célula de acordo com o conteúdo den-tro dela.

O grupo Alinhamento permite definir o alinhamento do con-teúdo da tabela. O botão Direção do Texto permite mudar a direção de seu texto. A opção Margens da Célula, permite alterar as mar-gens das células como vimos anteriormente.

O grupo Dados permite classificar, criar cálculos, etc., em sua tabela.

A opção classificar como o próprio nome diz permite classifi-car os dados de sua tabela.

Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como a linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas como crité-rios de classificação.

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Didatismo e Conhecimento 61

INFORMÁTICAO botão Converter em Texto permite transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite fazer cálculos na tabela.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros.

Os de ortografia ele marca em vermelho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para veri-ficação na impressão sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:

• Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.•• Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.•• Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela não será

grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte do Word.•• Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a corrigiu no

quadro superior.•• Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.

Impressão

Para imprimir seu documento o processo é muito simples. Clique no botão

Office e ao posicionar o mouse em Imprimir ele abre algumas opções.

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Didatismo e Conhecimento 62

INFORMÁTICA

Estilos

Os estilos podem ser considerados formatações prontas a se-rem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponibiliza uma grande quantidade de estilos através do grupo estilos.

Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um estilo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado somente ao que foi selecionado.

Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Título2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas definições de estilos através da opção Conjunto de Estilos.

Podemos também se necessário criarmos nossos próprios esti-los. Clique na Faixa do grupo Estilo.

Será mostrado todos os estilos presentes no documento em uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem três bo-tões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defini que ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação dele foi o estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo parágrafo o próximo será também corpo.

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Didatismo e Conhecimento 63

INFORMÁTICAAbaixo definir a formatação a ser aplicada no mesmo. Na par-

te de baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e que o mesmo está disponível somente a este documento. Ao finalizar clique em OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:

Índices

SumárioO Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normal-

mente aparece no inicio de documentos. A principal regra é que todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a um estilo. Clique no local onde você precisa que fique seu índice e clique no botão Sumário. Serão mostrados alguns modelos de sumário, clique em Inserir Sumário.

Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Cli-que no botão Opções.

Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos presentes no documento, então é nela que você define quais estilos farão parte de seu índice.

No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o nível 2 ao Título 2 e o nível 3 ao Título 3. Após definir quais serão suas entradas de índice clique em OK.

Retorna-se a janela anterior, onde você pode definir qual será o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo nú-mero de página e na parte mais abaixo, você pode definir o Forma-to de seu índice e quantos níveis farão parte do índice.

Ao clicar em Ok, seu índice será criado.

Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer parte do índice e esco-lher Atualizar Campo.

Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro.

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Didatismo e Conhecimento 64

INFORMÁTICABR Office Writer

O BR Office Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe permite criar documentos, como cartas, currículos, livros ou formulários online.

Este capítulo apresenta as etapas básicas para criar, editar e salvar um documento do Writer.

Abrindo um documento de exemplo do Writer

O BR Office inclui vários documentos de exemplo. Você pode usar esses documentos de exemplo para ver e saber o que o Writer faz.

- Para abrir um documento de exemplo do WriterEtapas1. Em qualquer programa do BR Office, escolha Arquivo -

Novo - Modelos e documentos2. No painel esquerdo, clique em Exemplos.3. No painel central, clique duas vezes na pasta Documentos

de texto.4. Selecione um documento de exemplo e clique em Abrir.Criando um novo documento do WriterO Writer oferece várias maneiras de criar um novo documento

de texto.

- Para criar um novo documento a partir de um modeloEtapas1. Em qualquer aplicativo do BR Office, escolha Arquivo -

Novo - Modelos e documentos2. No painel esquerdo da caixa de diálogo Modelos e docu-

mentos, clique no ícone Modelos.3. Clique duas vezes em uma categoria de modelo no painel

central.Observação – Para sair de uma categoria de modelo, clique

no ícone de seta para a esquerda, na parte superior da caixa de diálogo.

4. Selecione o modelo que deseja usar e clique em Abrir.5. Substitua o conteúdo das caixas de espaço reservado cinzas

por texto, imagens ou objetos.

- Para criar um novo documento de texto com um assistenteEtapas1. Em qualquer aplicativo do BR Office, selecione Arquivo -Assistentes e escolha Carta, Fax ou Agenda.2. Siga as instruções.

Um assistente cria um documento de modelo que você pode usar como base para novos documentos.

Adicionando e editando texto

Você pode adicionar texto ao documento das seguintes ma-neiras:

• Digitando texto com o teclado• Copiando e colando texto de outro documento• Importando texto de outro arquivo

Digitando texto

A maneira mais fácil de inserir texto no documento é digitar o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta Autocorreção corrige automa-ticamente possíveis erros de ortografia comuns, como “catra” em vez de “carta”.

Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta palavras longas enquanto você digita. Ao começar a digitar novamente a mesma palavra, o

BR Office completa automaticamente a palavra. Para aceitar a palavra, pressione Enter ou continue digitando.

Dica – Para desativar as ferramentas de completar e substituir automaticamente procure na ajuda on-line os seguintes termos:

• Função de AutoCorreção• Função de AutoEntrada• Completar palavras• Reconhecimento de números• Função de AutoFormatação

Selecionando texto

Você pode selecionar texto com o mouse ou com o teclado.

Selecionando texto com o mouse

• Para selecionar um trecho de texto, clique no início do tre-cho, mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e arraste o mouse até o fim do texto.

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Didatismo e Conhecimento 65

INFORMÁTICAPode também clicar na frente do trecho, mover o mouse até o

fim do texto, manter pressionada a tecla Shift e clicar novamente.• Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em qual-

quer lugar na frase.• Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes em

qualquer lugar na palavra.• Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção, selecione

o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e selecione outro tre-cho de texto.

Selecionando texto com o teclado

• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctrl+A.• Para selecionar uma única palavra em um dos lados do cur-

sor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e pressione a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita ->.

• Para selecionar um único caractere em um dos lados do cur-sor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a seta para a esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para selecionar mais de um caractere, mantenha pressionada a tecla Shift enquanto pressiona a tecla de direção.

• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda do cur-sor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla Home.

• Para selecionar o texto restante na linha à direita do cursor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla End.

Copiando, colando e excluindo texto

Você pode copiar texto de um lugar para outro no mesmo do-cumento ou de um documento para outro.

- Para copiar e colar textoEtapas1. Selecione o texto que deseja copiar e siga um destes procedi-

mentos:• Escolha Editar – Copiar.• Pressione Ctrl+C.• Clique no ícone Copiar na barra Padrão.• Clique com o botão direito do mouse no texto selecionado e

escolha Copiar.O texto continua na área de transferência até você copiar outra

seleção de texto ou item.

2. Clique ou mova o cursor para onde deseja colar o texto. Siga um destes procedimentos:

• Escolha Editar – Colar.• Pressione Ctrl+V.• Clique no ícone Colar na barra Padrão.• Clique com o botão direito do mouse onde deseja colar o texto

e escolha Colar.

- Para excluir textoEtapas1. Selecione o texto que deseja excluir.

2. Siga um destes procedimentos:• Escolha Editar - Recortar ou pressione Ctrl+X.O texto é excluído do documento e adicionado à área de transfe-

rência, para você colar o texto onde pretender.• Pressione a tecla Delete ou Backspace.Observação – Você pode usar essas teclas para também excluir

caracteres individuais.Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Desfazer ou

pressione Ctrl+Z.-Para inserir um documento de textoVocê pode inserir o conteúdo de qualquer documento de texto no

documento do Writer, desde que o formato do arquivo seja conhecido pelo BROffice.org.

Etapas1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir o texto.2. Escolha Inserir – Arquivo.3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em Inserir.Localizando e substituindo textoVocê pode usar o recurso Localizar e substituir no BROffice.org

Writer para procurar e substituir palavras em um documento de texto.

- Para localizar e substituir texto

Etapas1. Escolha Editar – Localizar e substituir.Abre-se a caixa de diálogo Localizar e substituir.2. Na caixa Procurar, digite o texto que você deseja localizar

no documento. Pode selecionar também a palavra ou a frase que deseja procurar no documento de texto e escolher Editar - Loca-lizar e substituir. O texto selecionado é inserido automaticamente na caixa Procurar.

3. Na caixa Substituir por, insira a palavra ou a frase de subs-tituição.

4. Clique em Localizar para iniciar a procura.5. Quando o Writer localizar a primeira ocorrência da palavra

ou frase, siga um destes procedimentos:• Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela que

você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir.• Para substituir todas as ocorrências do texto encontradas pela

que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir tudo.• Para ignorar o texto encontrado e continuar a procura, clique

em Localizar próxima.6. Clique em Fechar quando concluir a procura.

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Didatismo e Conhecimento 66

INFORMÁTICAVerificando ortografia

O Writer pode verificar possíveis erros ortográficos enquanto você digita ou em um documento inteiro.

- Para verificar ortografia enquanto digitaO Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortografia en-

quanto você digita.Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone AutoVe-

rificação ortográfica na barra Padrão. Quando esse recurso está ativado, uma linha vermelha ondulada marca possíveis erros or-tográficos.

1. Clique com o botão direito do mouse em uma palavra com um sublinhado ondulado em vermelho.

2. Siga um destes procedimentos:• Escolha uma das palavras de substituição sugeridas no alto

do menu de contexto.A palavra incorreta é substituída pela palavra que você esco-

lher.• Escolha uma das palavras de substituição no submenu Au-

toCorreção.A palavra incorreta é substituída pela palavra que você esco-

lher.As duas palavras são acrescentadas automaticamente à lista

de substituição da ferramenta AutoCorreção. Na próxima vez que cometer o mesmo erro ortográfico, o Writer fará a correção orto-gráfica automaticamente.

• Escolha Verificação ortográfica para abrir a caixa de diálogo Verificação ortográfica.

• Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha Adi-cionar e clique no nome do dicionário.

Observação – O número de entradas em um dicionário defini-do pelo usuário é limitado, mas você pode criar quantos dicioná-rios definidos pelo usuário forem necessários.

- Para verificar a ortografia em um documento inteiroSe não deseja verificar a ortografia enquanto digita, você pode

usar a ferramenta Verificação ortográfica para corrigir erros manu-almente. A ferramenta Verificação ortográfica começa a partir da posição atual do cursor ou a partir do início do texto selecionado.

Etapas1. Clique no documento ou selecione o texto que deseja cor-

rigir.2. Escolha Ferramentas - Verificação ortográfica.3. Quando um possível erro de ortografia é localizado, a caixa

de diálogo Verificação ortográfica sugere uma correção.

4. Siga um destes procedimentos:• Para aceitar uma correção, clique em Alterar.• Substitua a palavra incorreta na caixa no alto pela palavra

correta e clique em Alterar.• Para ignorar a palavra atual uma vez e continuar a verifica-

ção ortográfica, clique em Ignorar uma vez.• Para ignorar a palavra atual no documento inteiro e continu-

ar a verificação ortográfica, clique em Ignorar tudo.

Formatando texto

O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho, tipo de fon-te, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença é que a formatação manual aplica-se apenas ao texto selecionado, enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento.

Formatando texto manualmente

Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar, pode tam-bém usar os comandos de menu no menu Formato, assim como teclas de atalho.

Selecione o texto que deseja alterar e siga um destes proce-dimentos:

• Para alterar o tipo de fonte usado, selecione uma fonte dife-rente na caixa Nome da fonte.

• Para alterar o tamanho do texto, selecione um tamanho na caixa Tamanho da fonte.

• Para alterar o tipo de letra do texto, clique no ícone Negrito, Itálico ou Sublinhado.

Pode também usar as seguintes teclas de atalho: Ctrl+B para negrito, Ctrl+I para itálico ou Ctrl+U para sublinhado. Para restau-rar o tipo de letra padrão, selecione o texto novamente e clique no mesmo ícone, ou pressione as mesmas teclas de atalho.

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Didatismo e Conhecimento 67

INFORMÁTICA• Para alterar o alinhamento do texto, clique no ícone Alinhar

à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita ou Justificado.• Para adicionar ou remover marcadores ou números de uma

lista, clique no ícone Ativar/desativar numeração ou Ativar/desa-tivar marcadores.

• Para alterar um recuo do texto, use os ícones de recuo.• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da fonte.• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique no ícone

Cor do plano de fundo ou no ícone Realce.Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação sobre a

diferença desses dois ícones.

Formatando texto com estilos

No Writer, a formatação padrão de caracteres, parágrafos, pá-ginas, quadros e listas é feita com estilos. Um estilo é um conjunto de opções de formatação, como tipo e tamanho da fonte. Um estilo define o aspecto geral do texto, assim como o layout de um docu-mento.

Você pode selecionar alguns estilos comuns, e todos os esti-los aplicados, a partir da lista drop-down Aplicar estilo na barra Formatação.

Uma maneira fácil de aplicar um estilo de formatação é com a janela Estilos e formatação. Para abrir a janela Estilos e formata-ção, escolha Formato – Estilos e formatação.

• Para alterar a formatação de um parágrafo, clique no pará-grafo, clique no ícone Estilos de parágrafos na parte superior da ja-nela Estilos e formatação e clique duas vezes em um estilo na lista.

• Para alterar a formatação do texto em um parágrafo, selecio-ne o texto, clique no ícone Estilos de caracteres na parte superior da janela Estilos e formatação e clique duas vezes em um estilo na lista.

• Para alterar o layout de todas as páginas que usam o estilo de página atual, clique no ícone Estilos de páginas na parte superior da janela Estilos e formatação e clique duas vezes em um estilo na lista.

Usando o navegador

O Navegador exibe as seguintes categorias de objetos no do-cumento:

• Títulos• Folhas• Tabelas• Quadros de texto• Gráficos• Objetos OLE• Seções• Hyperlinks• Referências• Índices• Notas

• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique no sinal de mais na frente do nome da categoria.

• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Navegador, selecione a categoria e clique no ícone Exibição do conteúdo.

Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique novamente no ícone Exibição do conteúdo.

• Para saltar rapidamente para o local no documento, clique duas vezes em qualquer entrada na lista do Navegador.

• Para editar propriedades de um objeto, clique no objeto com o botão direito do mouse.

Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer janela do documento.

Para desanexar o Navegador da borda de uma janela, clique duas vezes na área cinza do Navegador encaixado. Para redimensio-nar o Navegador, arraste as bordas do Navegador.

Dica – Em um documento de texto, você pode usar o modo Exi-bição do conteúdo para títulos para arrastar e soltar capítulos inteiros em outras posições dentro do documento. Para obter mais informa-ções, consulte a ajuda on-line sobre o Navegador.

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Didatismo e Conhecimento 68

INFORMÁTICAUsando tabelas em documentos do Writer

Você pode usar tabelas para apresentar e organizar informações importantes em linhas e colunas, para as informações serem lidas com facilidade. A interseção de uma linha e uma coluna é chamada de célula.

- Para adicionar uma tabela a um documento do WriterEtapas1. Escolha Tabela - Inserir – Tabela.2. Na área Tamanho, digite o número de linhas e colunas para

a tabela.3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefinido, clique

em AutoFormatação, selecione o formato desejado e clique em OK.

4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especifique opções adicio-nais, como o nome da tabela, e clique em OK.

- Para adicionar uma linha ou coluna a uma tabelaEtapas1. Clique em qualquer linha ou coluna da tabela.2. Clique no ícone Inserir coluna ou Inserir linha na barra Ta-

bela.

- Para excluir uma linha ou coluna de uma tabelaEtapas1. Clique na linha ou coluna que deseja excluir.2. Clique no ícone Excluir coluna ou Excluir linha na barra

Tabela.

Excel 2013

O Excel é uma das melhores planilhas existentes no merca-do. As planilhas eletrônicas são programas que se assemelham a uma folha de trabalho, na qual podemos colocar dados ou valores em forma de tabela e aproveitar a grande capacidade de cálculo e

armazenamento do computador para conseguir efetuar trabalhos que, normalmente, seriam resolvidos com uma calculadora, lápis e papel. A tela do computador se transforma numa folha onde podemos observar uma série de linhas (números) e colunas (le-tras). A cada encontro de uma linha com uma coluna temos uma célula onde podemos armazenar um texto, um valor, funções ou fórmula para os cálculos. O Excel oferece, inicialmente, em uma única pasta de trabalho três planilhas, mas é claro que você poderá inserir mais planilhas conforma sua necessidade.

A primeira coisa que você verá quando abrir o Excel é uma nova aparência. Ela é mais organizada, mas também foi desenvol-vida para ajudar você a obter resultados com aparência profissional rapidamente. Você encontrará muitos recursos novos que permiti-rão que você se livre de paredes de números e desenhe imagens mais persuasivas de seus dados, levando-o a tomar decisões me-lhores e com base em mais informações.

Principais recursos a serem explorados

Iniciar rapidamente

Os modelos fazem a maior parte da configuração e o design do trabalho para você, assim você poderá se concentrar nos dados. Quando você abre o Excel 2013 são exibidos modelos para orça-mentos, calendários, formulários e relatórios, e muito mais.

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Didatismo e Conhecimento 69

INFORMÁTICAAnálise instantânea de dados

A nova ferramentaAnálise Rápida permitem que você conver-ta seus dados em um gráfico ou tabela em duas etapas ou menos. Visualize os dados com formatação condicional, minigráficos ou gráficos, e faça sua escolha ser aplicada com apenas um clique.

Preencher uma coluna inteira de dados em um instante

O Preenchimento Relâmpago é como um assistente de dados que termina o trabalho para você. Assim que ele percebe o que você deseja fazer, o Preenchimento Relâmpago insere o restante dos dados de uma só vez, seguindo o padrão reconhecido em seus dados.Criar o gráfico certo para seus dados

Encontre a melhor maneira de visualizar a aparência de seus dados em um gráfico usando Recomendações de gráfico. O Excel recomenda os gráficos mais adequados com base em seus dados. Dê uma rápida olhada para ver como seus dados aparecerão em diferentes gráficos e simplesmente selecione aquele que mostrar os insights que você deseja apresentar.

Filtrar dados da tabela usando segmentação de dados

Introduzido pela primeira vez no Excel 2010 como um modo interativo de filtrar dados da Tabela Dinâmica, as segmentações de dados agora também filtram os dados nas tabelas do Excel, tabelas de consulta e outras tabelas de dados. Mais simples de configurar e usar, as segmentações de dados mostram o filtro atual, assim você saberá exatamente quais dados está examinando.

Uma pasta de trabalho, uma janela

No Excel 2013 cada pasta de trabalho tem sua própria janela, facilitando o trabalho em duas pastas de trabalho ao mesmo tempo. Isso também facilita a vida quando você está trabalhando em dois monitores.

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Didatismo e Conhecimento 70

INFORMÁTICANovas funções do Excel

Você encontrará várias funções novas nas categorias de fun-ção de matemática, trigonometria, estatística, engenharia, dados e hora, pesquisa e referência, lógica e texto. Também novas são algumas funções do serviço Web para referenciar os serviços Web existentes em conformidade com o REST (Representational State Transfer).

Salvar e compartilhar arquivos online

O Excel simplifica o salvamento de suas pastas de trabalho em seu próprio local online, como seu SkyDrive gratuito ou o serviço do Office 365 de sua empresa. Também ficou mais fácil compartilhar suas planilhas com outras pessoas. Independente-mente de qual dispositivo elas estiverem usando ou onde estive-rem, todos trabalham com a versão mais recente de uma planilha; e você pode até trabalhar com outras pessoas em tempo real.

Inserir dados da planilha em uma página da WebPara compartilhar parte de sua planilha na Web, você pode

simplesmente inseri-la em sua página da Web. Outras pessoas poderão trabalhar com os dados no Excel Web App ou abrir os dados inseridos no Excel.

Compartilhar uma planilha do Excel em uma reunião onlineIndependentemente de onde você estiver e de qual dispositi-

vo estiver usando — seja um smartphone, tablet ou PC— desde que você tenha o Lync instalado, poderá se conectar e comparti-lhar uma pasta de trabalho em uma reunião online.

Salvar em um novo formato de arquivoAgora você pode salvar e abrir arquivos no novo formato

de arquivo Planilha Strict Open XML (*.xlsx). Esse formato de arquivo permite que você leia e grave datas ISO8601 para solu-cionar um problema do ano bissexto 1900.

Novos recursos de gráfico

Mudanças na faixa de opções para gráficos

O novo botão Gráficos Recomendados na guia Inserir permite que você escolha dentre uma série de gráficos que são adequados para seus dados. Tipos relacionados de gráficos como gráficos de dispersão e de bolhas estão sob um guarda-chuva. E existe um novo botão para gráficos combinados: um gráfico favorito que você soli-citou. Quando você clicar em um gráfico, você também verá uma faixa de opções mais simples de Ferramentas de Gráfico. Com ape-nas uma guia Design e Formatar, ficará mais fácil encontrar o que você precisa.

Fazer ajuste fino dos gráficos rapidamente

Três novos botões de gráfico permitem que você escolha e vi-sualize rapidamente a mudanças nos elementos do gráfico (como títulos ou rótulos), a aparência e o estilo de seu gráfico ou os dados que serão mostrados.

Rótulos de dados mais elaborados

Agora você pode incluir um texto rico e atualizável a partir dos pontos de dados ou qualquer outro texto em seus rótulos de dados, aprimorá-los com formatação e texto livre adicional, e exibi-los em praticamente qualquer formato. Os rótulos dos dados permanecem no lugar, mesmo quando você muda para um tipo diferente de grá-fico. Você também pode conectá-los para seus pontos de dados com linhas de preenchimento em todos os gráficos, não apenas em grá-ficos de pizza.

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Didatismo e Conhecimento 71

INFORMÁTICAVisualizar animação nos gráficos

Veja um gráfico ganhar vida quando você faz alterações em seus dados de origem. Não é apenas divertido observar, o movimento no gráfico também torna as mudanças em seus dados muito mais claras.

Análise poderosa de dados

Criar uma Tabela Dinâmica que seja adequada aos seus dados

Escolher os campos corretos para resumir seus dados em um relatório de Tabela Dinâmica pode ser uma tarefa desencorajadora. Agora você terá algum ajuda com isso. Ao criar uma Tabela Dinâ-mica, o Excel recomenda várias maneiras de resumir seus dados e mostra uma rápida visualização dos layouts de campo. Assim será possível escolher aquele que apresenta o que está você procurando.

Usar uma Lista de Campos para criar diferentes tipos de Tabelas Dinâmicas

Crie o layout de uma Tabela Dinâmica com uma ou várias tabelas usando a mesma Lista de Campos. Reformada para acomodar tanto uma como várias Tabelas Dinâmicas, a Lista de Campos facilita a lo-calização de campos que você deseja inserir no layout da Tabela Dinâ-mica, a mudança para o novo Modelo de Dados do Excel adicionan-do mais tabelas e a exploração e a navegação em todas as tabelas.

Usar várias tabelas em sua análise de dados

O novo Modelo de Dados do Excel permite que você aproveite os poderosos recursos de análise que estavam disponíveis anterior-mente somente com a instalação do suplemento Power Pivot. Além de criar as Tabelas Dinâmicas tracionais, você agora pode criar Ta-belas Dinâmicas com base em várias tabelas do Excel. Ao importar diferentes tabelas e criar relações entre elas, você poderá analisar seus dados com resultados que não pode obter de dados em uma Tabela Dinâmica tradicional.

Conectar a novas origens de dados

Para usar várias tabelas do Modelo de Dados do Excel, você pode agora conectar e importar dados de fontes de dados adicionais no Excel como tabelas ou Tabelas Dinâmicas. Por exemplo, conec-tar feeds de dados como os feeds de dados OData, Windows Azure DataMarket e SharePoint. Você também pode conectar as fontes de dados de fornecedores OLE DB adicionais.

Criar relações entre tabelas

Quando você tem dados de diferentes fontes de dados em vá-rias tabelas do Modelo de Dados do Excel, criar relações entre essas tabelas facilita a análise de dados sem a necessidade de consolidá--las em uma única tabela. Ao usar as consultas MDX, você pode aproveitar ainda mais as relações das tabelas para criar relatórios significativos de Tabela Dinâmica.

Usar uma linha do tempo para mostrar os dados para diferentes períodos

Uma linha do tempo simplifica a comparação de seus dados da Tabela Dinâmica ou Gráfico Dinâmico em diferentes períodos. Em vez de agrupar por datas, agora você pode simplesmente filtrar as datas interativamente ou mover-se pelos dados em períodos se-quenciais, como rolar pelo desempenho mês a mês, com apenas um clique.

Usar Drill Down, Drill Up e Cross Drill para obter diferentes níveis de detalhes

Fazer drill down em diferentes níveis de detalhes em um con-junto complexo de dados não é uma tarefa fácil. Personalizar os con-juntos é útil, mas localizá-los em uma grande quantidade de campos na Lista de Camposdemora. No novo Modelo de Dados do Excel, você poderá navegar em diferentes níveis com mais facilidade. Use o Drill Down em uma hierarquia de Tabela Dinâmica ou Gráfico Dinâmico para ver níveis granulares de detalhes e Drill Up para acessar um nível superior para obter insights de um “quadro geral”.

Usar membros e medidas calculados por OLAP

Aproveite o poder da BI (Business Intelligence, Inteligência Comercial) de autoatendimento e adicione seus próprios cálculos com base em MDX (Multidimensional Expression) nos dados da Tabela Dinâmica que está conectada a um cubo OLAP (Online Analytical Processing). Não é preciso acessar o Modelo de Objetos do Excel -- você pode criar e gerenciar membros e medidas calcu-lados diretamente no Excel.

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Didatismo e Conhecimento 72

INFORMÁTICACriar um Gráfico Dinâmico autônomo

Um Gráfico Dinâmico não precisa mais ser associado a uma Tabela Dinâmica. Um Gráfico Dinâmico autônomo ou separado permite que você experimente novas maneiras de navegar pelos de-talhes dos dados usando os novos recursos Fazer Drill Down e Fazer Drill Up.Também ficou muito mais fácil copiar ou mover um Gráfi-co Dinâmico separado.

Power View

Se você estiver usando o Office Professional Plus, poderá apro-veitar o Power View. Basta clicar no botão Power View na faixa de opções para descobrir os insights sobre seus dados com os recursos de exploração, visualização e apresentação de dados altamente inte-rativos e poderosos que são fáceis de aplicar. O Power View permite que você crie e interaja com gráficos, segmentações de dados e ou-tras visualizações de dados em uma única planilha.

Suplementos e conversores novos e aprimorados

Suplemento Power Pivot para Excel

Se você estiver usando o Office Professional Plus, o suplemen-to Power Pivot vem instalado com o Excel. O mecanismo de análise de dados do Power Pivot agora está integrado ao Excel: dessa forma você pode criar modelos de dados simples diretamente no Excel. O suplemento Power Pivot fornece um ambiente para criar modelos mais sofisticados. Use-o para filtrar os dados ao importá-los, defina suas próprias hierarquias, campos de cálculo e KPIs (indicadores principais de desempenho), e use a linguagem de expressões de aná-lise de dados (DAX) para criar fórmulas avançadas.

Suplemento Inquire

Se você estiver usando o Office Professional Plus, o suplemen-to Inquire vem instalado com o Excel. Ele ajuda você a analisar e revisar suas pastas de trabalho para compreender seu design, função e dependências de dados, e descobrir uma série de problemas in-cluindo erros de fórmula ou inconsistências, informações ocultas, links quebrados etc. Com o Inquire, você pode iniciar uma nova ferramenta do Microsoft Office, chamada Comparação de Planilhas, para comparar duas versões de uma pasta de trabalho, indicando cla-ramente onde ocorreram alterações. Durante uma auditoria, você terá total visibilidade das mudanças efetuadas em suas pastas de trabalho.

Interface

A interface do Excel segue o padrão dos aplicativos Office, com ABAS, Botão Office, controle de Zoom na direita. O que muda são alguns grupos e botões exclusivos do Excel e as guias de planilha no rodapé à esquerda:

Guias de Planilha

Um arquivo do Excel ao iniciar com três guias de planilha, estas guias permite que se possa em um único arquivo armazenar mais de uma planilha, inicialmente o Excel possui três planilhas, e ao final da Plan3 temos o ícone de inserir planilha que cria uma nova planilha. Você pode clicar com o botão direito do mouse em uma planilha existente para manipular as planilhas.

Na janela que é mostrada é possível inserir uma nova planilha, excluir uma planilha existente, renomear uma planilha, mover ou copiar essa planilha, etc...

Movimentação na planilha

Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta movimen-tar o retângulo (cursor) de seleção para a posição desejada. A mo-vimentação poderá ser feita através do mouse ou teclado.

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Didatismo e Conhecimento 73

INFORMÁTICACom o mouse para selecionar uma célula basta dar um clique

em cima dela e observe que a célula na qual você clicou é mostrada como referência na barra de fórmulas.

Se você precisar selecionar mais de uma célula, basta manter pressionado o mouse e arrastar selecionando as células em sequ-ência.

Se precisar selecionar células alternadamente, clique sobre a primeira célula a ser selecionada, pressione CTRL e vá clicando nas que você quer selecionar.

Podemos também nos movimentar com o teclado, neste caso usamos a combinação das setas do teclado com a tecla SHIFT.

Entrada de textos e números

Na área de trabalho do Excel podem ser digitados caracteres, números e fórmulas. Ao finalizar a digitação de seus dados, você pode pressionar a tecla ENTER, ou com as setas mudar de célula, esse recurso somente não será válido quando estiver efetuando um cálculo. Caso precise alterar o conteúdo de uma célula sem preci-sar redigitar tudo novamente, clique sobre ela e pressione F2, faça sua alteração e pressione ENTER em seu teclado.

Salvando e Abrindo Arquivos

Para salvar uma planilha o processo é igual ao feito no Word, clique no botão Office e clique me Salvar.

Dê um nome ao seu arquivo, defina o local onde ele deverá ser salvo e clique em Salvar, o formato padrão das planilhas do Excel 2010 é o xlsx, se precisar salvar em xls para manter compatibilida-de com as versões anteriores é preciso em tipo definir como Pasta de Trabalho do Excel 97 – 2003.

Para abrir um arquivo existente, clique no botão Office e de-pois no botão Abrir, localize seu arquivo e clique sobre ele e depois em abrir.

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Didatismo e Conhecimento 74

INFORMÁTICAOperadores e Funções

A função é um método utilizado para tornar mais fácil e rápido a montagem de fórmulas que envolvem cálculos mais complexos e vários valores.

Existem funções para os cálculos matemáticos, financeiros e estatísticos. Por exemplo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que com a função o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme o exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a referência de células (A1) e não somente valores.

A quantidade de argumentos empregados em uma função de-pende do tipo de função a ser utilizada. Os argumentos podem ser números, textos, valores lógicos, referências, etc...

Operadores

Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:

Vamos montar uma planilha simples.

Observe que o conteúdo de algumas células é maior que a sua largura, podemos acertar isso da seguinte forma.

Se precisar trabalhar a largura de uma coluna, posiciono o mouse entre as colunas, o mouse fica com o formato de uma flecha de duas pontas, posso arrastar para definir a nova largura, ou posso dar um duplo clique que fará com que a largura da coluna acerte--se com o conteúdo. Posso também clicar com o botão direito do mouse e escolher Largura da Coluna.

O objetivo desta planilha é calcularmos o valor total de cada produto (quantidade multiplicado por valor unitário) e depois o total de todos os produtos.

Para o total de cada produto precisamos utilizar o operador de multiplicação (*), no caso do Mouse temos que a quantidade está na célula A4 e o valor unitário está na célula C4, o nosso caçulo será feito na célula D4.

Poderíamos fazer o seguinte cálculo =1*20 que me traria o re-sultado, porém bastaria alterar o valor da quantidade ou o V. unitá-rio que eu precisaria fazer novamente o cálculo. O correto é então é fazer =A4*C4 com isso eu multiplico referenciando as células, independente do conteúdo dela, ele fará a multiplicação, desde que ali se tenha um número.

Observe que ao fazer o cálculo é colocado também na barra de fórmulas, e mesmo após pressionar ENTER, ao clicar sobre a célula onde está o resultado, você poderá ver como se chegou ao resultado pela barra de fórmulas.

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Didatismo e Conhecimento 75

INFORMÁTICA

Para o cálculo do teclado é necessário então fazer o cálculo da segunda linha A5*C5 e assim sucessivamente. Observamos então que a coluna representada pela letra não muda, muda-se somente o número que representa a linha, e se nossa planilha tivesse uma grande quantidade de produtos, repetir o cálculo seria cansativo e com certeza sujeita a erros. Quando temos uma sequência de cálculos como a nossa planilha o Excel permite que se faça um único cálculo e ao posicionar o cursor do mouse no canto inferior direito da célula o cursor se transforma em uma cruz (não confundir com a seta branca que permite mover o conteúdo da célula e ao pressionar o mouse e arrastar ele copia a fórmula poupando tempo).

Para calcular o total você poderia utilizar o seguinte cálculo D4+D5+D6+D7+D8, porém isso não seria nada pratico em planilhas maiores. Quando tenho sequências de cálculos o Excel permite a utilização de funções.

No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a sua estrutura é =SOMA(CelIni:Celfim), ou seja, inicia-se com o sinal de igual (=), escreve-se o nome da função, abrem-se parênteses, clica-se na célula inicial da soma e arrasta-se até a última célula a ser somada, este intervalo é representado pelo sinal de dois pontos (:), e fecham-se os parênteses.

Embora você possa fazer manualmente na célula o Excel possui um assistente de função que facilita e muito a utilização das mesmas em sua planilha. Na ABA Inicio do Excel dentro do grupo Edição existe o botão de função.

A primeira função é justamente Soma, então clique na célula e clique no botão de função.

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Didatismo e Conhecimento 76

INFORMÁTICAObserve conforme a imagem que o Excel acrescenta a soma e o intervalo de células pressione ENTER e você terá seu cálculo.

Formatação de células

A formatação de células é muito semelhante a que vimos para formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula onde será aplicada a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar mais de uma célula, basta selecioná-las.

As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.

Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas de grade, cor de preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.

A guia mostrada nesta janela é a Fonte nela temos o tipo da letra, estilo, tamanho, sublinhado e cor, observe que existem menos recursos de formatação do que no Word.

A guia Número permite que se formatem os números de suas células. Ele dividido em categorias e dentro de cada categoria ele possui exemplos de utilização e algumas personalizações como, por exemplo, na categoria Moeda em que é possível definir o símbolo a ser usado e o número de casas decimais.

Page 174: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 77

INFORMÁTICA

A guia Alinhamento permite definir o alinhamento do conteúdo da célula na horizontal e vertical, além do controle do texto.

A guia Bordas permite adicionar bordas a sua planilha, embora a planilha já possua as linhas de grade que facilitam a identificação de suas células, você pode adicionar bordas para dar mais destaque.

A guia Preenchimento permite adicionar cores de preenchi-mento às suas células.

Vamos então formatar nossa planilha, inicialmente selecione todas as células de valores em moeda. Você pode utilizar a janela de formatação como vimos antes, como pode também no grupo Número clicar sobre o botão moeda.

Vamos colocar também a linha onde estão Quant, Produto etc... em negrito e centralizado.

O título Relação de Produtos ficará melhor visualmente se es-tiver centralizado entra a largura da planilha, então selecione desde a célula A1 até a célula D1 depois clique no botão Mesclar e Cen-tralizar centralize e aumente um pouco o tamanho da fonte.

Para finalizar selecione toda a sua planilha e no botão de bor-das, selecione uma borda externa.

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Didatismo e Conhecimento 78

INFORMÁTICAEstilos

Esta opção é utilizada par aplicar, automaticamente um for-mato pré-definido a uma planilha selecionada.

O botão estilo de Célula permite que se utilize um estilo de cor para sua planilha.

A segunda opção Formatar como Tabela permite também apli-car uma formatação a sua planilha, porém ele já começa a trabalhar com Dados.

Ele acrescenta uma coluna superior com indicações de colu-nas e abre uma nova ABA chamada Design

No grupo Opções de Estilo de Tabela desmarque a opção Li-nhas de Cabeçalho.

Para poder manipular também os dados de sua planilha é ne-cessário selecionar as células que pretende manipular como pla-nilha e no grupo Ferramentas clique no botão Converter em In-tervalo.

Auto Preenchimento das Células

Vimos no exemplo anterior que é possível copiar uma fórmula que o Excel entende que ali temos uma fórmula e faz a cópia. Po-demos usar este recurso em outras situações, se eu tiver um texto comum ou um número único, e aplicar este recurso, ele copia sem alterar o que será copiado, mas posso utilizar este recurso para ganhar tempo.

Se eu criar uma sequência numérica, por exemplo, na célula A1 o número 1 e na célula A2 o número 2, ao selecionar ambos, o Excel entende que preciso copiar uma sequência.

Se eu colocar na célula A1 o número 1 e na célula A2 o núme-ro 3, ele entende que agora a sequência é de dois em dois.

Esta mesma sequência pode ser aplicada a dias da semana, horas, etc...

Inserção de linhas e colunas

Para adicionar ou remover linhas e colunas no Excel é sim-ples. Para adicionar, basta clicar com o botão direito do mouse em uma linha e depois clicar em Inserir, a linha será adicionada acima da selecionada, no caso a coluna será adicionada à esquerda. Para excluir uma linha ou uma coluna, basta clicar com o botão direito na linha ou coluna a ser excluída.

Page 176: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 79

INFORMÁTICAEste processo pode ser feito também pelo grupo Células que está na ABA inicio.

Através da opção Formatar podemos também definir a largura das linhas e colunas.

Congelar Painéis

Algumas planilhas quando muito longas necessitam que sejam mantidos seus cabeçalho e primeiras linhas, evitando-se assim a digita-ção de valores em locais errados. Esse recurso chama-se congelar painéis e está disponível na ABA exibição.

No grupo Janela temos o botão Congelar Painéis, clique na opção congelar primeira linha e mesmo que você role a tela a primeira linha ficará estática.

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Didatismo e Conhecimento 80

INFORMÁTICA

Ainda dentro desta ABA podemos criar uma nova janela da planilha Ativa clicando no botão Nova Janela, podemos organizar as janelas abertas clicando no botão Organizar Tudo,

Pelo grupo Mostrar / Ocultar podemos retirar as linhas de gra-de, as linhas de cabeçalho de coluna e linha e a barra de formulas.

Trabalhando com Referências

Percebemos que ao copiar uma fórmula, automaticamente são alteradas as referências, isso ocorre, pois trabalhamos até o mo-mento com valores relativos.

Porém, vamos adicionar em nossa planilha mais uma coluna onde pretendo calcular qual a porcentagem cada produto representa no valor total

O cálculo ficaria para o primeiro produto =D4/D9 e depois bastaria aplicar a formatação de porcentagem e acrescentar duas casas decimais.

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Didatismo e Conhecimento 81

INFORMÁTICAPorém se utilizarmos o conceito aprendido de copiar a célula

E4 para resolver os demais cálculos na célula E5 à fórmula fica-rá =D5/D10, porém se observarmos o correto seria ficar =D5/D9, pois a célula D9 é a célula com o valor total, ou seja, esta é a célula comum a todos os cálculos a serem feitos, com isso não posso copiar a fórmula, pelo menos não como está.

Uma solução seria fazer uma a uma, mas a ideia de uma pla-nilha é ganhar-se tempo.

A célula D9 então é um valor absoluto, ele não muda é tam-bém chamado de valor constante.

A solução é então travar a célula dentro da formula, para isso usamos o símbolo do cifrão ($), na célula que fizemos o cálculo E4 de clique sobre ela, depois clique na barra de fórmulas sobre a referência da célula D9.

Pressione em seu teclado a tecla F4. Será então adicionado o símbolo de cifrão antes da letra D e antes do número 9. $D$9.

Pressione ENTER e agora você poderá copiar a sua célula.

No exemplo acima foi possível travar toda a células, existem casos em que será necessário travar somente a linha e casos onde será necessário travar somente a coluna.

As combinações então ficariam (tomando como base a célula D9) D9 - Relativa, não fixa linha nem coluna $D9 - Mista, fixa apenas a coluna, permitindo a variação da

linha. D$9 - Mista, fixa apenas a linha, permitindo a variação da

coluna. $D$9 - Absoluta, fixa a linha e a coluna.

Algumas outras funções

Vamos inicialmente montar a seguinte planilha

Em nosso controle de atletas vamos através de algumas outras funções saber algumas outras informações de nossa planilha.

O Excel possui muitas funções, você pode conhecer mais so-bre elas através do assistente de função.

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Didatismo e Conhecimento 82

INFORMÁTICAAo clicar na opção Mais Funções abre-se a tela de Inserir

Função, você pode digitar uma descrição do que gostaria de saber calcular, pode buscar por categoria, como Financeira,m Data Hora etc..., ao escolher uma categoria, na caixa central serão mostradas todas as funções relativas a essa categoria.

Ao selecionar, por exemplo, a categoria Estatística e dentro do conjunto de funções desta categoria a função Máximo abaixo é apresentado uma breve explicação da utilização desta função. Se precisar de mais detalhes da utilização da função clique sobre o link Ajuda sobre esta função.

Máximo

Mostra o valor MAIOR de uma seleção de células. Em nossa planilha vamos utilizar essa função para saber é a

maior idade, maior peso e a maior altura. Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de ida-

de na linha de valores máximos E15 e monte a seguinte função =MAXIMO(E4:E13). Com essa função estamos buscando no in-tervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Vamos repetir o processo para os valores máximos do peso e da altura.

MIN

Mostra o valor mínimo de uma seleção de células. Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os

valores mínimos nas características de nossos atletas. Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de ida-

de na linha de valores máximos E16 e monte a seguinte função =MIN(E4:E13). Com essa função está buscando no intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Para calcular os valores mínimos para o peso e a altura o pro-cesso é o mesmo.

Média

Calcula a média aritmética de uma seleção de valores. Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os

valores médios nas características de nossos atletas. Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de ida-

de na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte função =MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no inter-valo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Para o peso e a altura basta apenas repetir o processo Vamos utilizar essa função em nossa planilha de controle de

atletas. Vamos utilizar a função nos valores médios da planilha, deixaremos com duas casas decimais.

Vamos aproveitar também o exemplo para utilizarmos um re-curso muito interessante do Excel que é o aninhamento de funções, ou seja, uma função fazendo parte de outra.

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Didatismo e Conhecimento 83

INFORMÁTICAA função para o cálculo da média da Idade é =MÉDIA(E4:E13)

clique na célula onde está o cálculo e depois clique na barra de fórmulas.

Altere a função para =ARRED(MÉDIA(E4:E13);1) com isso fizemos com que caso exista números após a vírgula o mesmo será arredonda a somente uma casa decimal. Caso você não queira casas decimais coloque após o ponto e vírgula o nú-mero zero.

Nesta situação deve-se ter uma atenção grande em relação aos parênteses, observe que foi aberto uma após a função AR-RED e um a pós a função MÉDIA então se deve ter o cuidado de fechá-los corretamente. O que auxilia no fechamento correto dos parênteses é que o Excel vai colorindo os mesmos enquanto você faz o cálculo.

Função SE

Esta é com certeza uma das funções mais importantes do Excel e provavelmente uma das mais complexas para quem está iniciando.

Esta função retorna um valor de teste_lógico que permite avaliar uma célula ou um cálculo e retornar um valor verdadeiro ou um valor falso.

Sua sintaxe é =SE (TESTELÓGICO;VALOR VERDADEIRO;VALOR FALSO). =SE - Atribuição de inicio da função;

TESTELÓGICO - Teste a ser feito par validar a célula; VALOR VERDADEIRO - Valor a ser apresentado na célula

quando o teste lógico for verdadeiro, pode ser outra célula, um caçulo, um número ou um texto, apenas lembrando que se for um texto deverá estar entre aspas.

VALOR FALSO - Valor a ser apresentado na célula quando o teste lógico for falso, pode ser outra célula, um caçulo, um nú-mero ou um texto, apenas lembrando que se for um texto deverá estar entre aspas.

Para exemplificar o funcionamento da função vamos acres-centar em nossa planilha de controle de atletas uma coluna cha-mada categoria.

Vamos atribuir inicialmente que atletas com idade menor que 18 anos serão da categoria Juvenil e acima disso categoria Profissional. Então a lógica da função será que quando a Idade do atleta for menor que 18 ele será Juvenil e quando ela for igual ou maior que 18 ele será Profissional.

Convertendo isso para a função e baseando-se que a idade do primeiro atleta está na célula E4 à função ficará:

=SE(E4<18;”Juvenil”;”Profissional”.)

Explicando a função. =SE(E4<18: inicio da função e teste lógico, aqui é verificado

se o conteúdo da célula E4 é menor que 18. “Juvenil”: Valor a ser apresentado como verdadeiro. “Profissional”: Valor a ser apresentado como falso. ) Vamos incrementar um pouco mais nossa planilha, vamos

criar uma tabela em separado com a seguinte definição. Até 18 anos será juvenil, de 18 anos até 30 anos será considerado profis-sional e acima dos 30 anos será considerado Master.

Nossa planilha ficará da seguinte forma.

Temos então agora na coluna J a referência de idade, e na coluna K a categoria.

Então agora preciso verificar a idade de acordo com o valor na coluna J e retornar com valores verdadeiros e falsos o conteúdo da coluna K. A função então ficará da seguinte forma:

=SE(E4<J4;K4;SE(E4<J5;K5;K6)) Temos então: =SE(E4<J4: Aqui temos nosso primeiro teste lógico, onde

verificamos se a idade que consta na célula E4 é menor que o valor que consta na célula J4.

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Didatismo e Conhecimento 84

INFORMÁTICAK4: Célula definida a ser retornada como verdadeiro deste tes-

te lógico, no caso o texto “Juvenil”. SE(E4<J5: segundo teste lógico, onde verificamos se valor

da célula E4 é menor que 30, se for real retorna o segundo valor verdadeiro, é importante ressaltar que este teste lógico somente será utilizado se o primeiro teste der como falso.

K5: Segundo valor verdadeiro, será retornado se o segundo teste lógico estiver correto.

K6: Valor falso, será retornado se todos os testes lógicos de-rem como falso.

Permite contar em um intervalo de valores quantas vezes se repete determinado item. Vamos aplicar a função em nossa plani-lha de controle de atletas

Adicione as seguintes linhas abaixo de sua planilha

Então vamos utilizar a função CONT.SE para buscar em nossa

planilha quantos atletas temos em cada categoria.

A função ficou da seguinte forma =CONT.SE(H4:H13;K4) onde se faz a contagem em um intervalo de H3:H13 que é o resultado calculado pela função

SE e retorna a célula K4 onde está a categoria juvenil de atle-tas. Para as demais categorias basta repetir o cálculo mudando-se somente a categoria que está sendo buscada.

Funções de Data e Hora

Podemos trabalhar com diversas funções que se baseiam na data e hora de seu computador. As principais funções de data e hora são:

=HOJE( ) Retorna a data atual. =MÊS(HOJE()) Retorna o mês atual =ANO(HOJE()) Retorna o ano atual =HORA(AGORA()) Retorna à hora atual =MINUTO(AGORA()) Retorna o minuto atual

=SEGUNDO(AGORA()) Retorna o segundo atual =AGORA( ) Retorna a data e à hora =DIA.DA.SEMANA(HOJE()) Retorna o dia da semana em

número =DIAS360( ) Calcula o número de dias que há entre uma

data inicial e uma data final.

Para exemplificar monte a seguinte planilha.

Em V.Diário, vamos calcular quantas horas foram trabalhadas durante cada dia.

=B3-B2+B5-B4, pegamos a data de saída e subtraímos pela data de entrada de manhã, com isso sabemos quantas horas foram trabalhadas pela manhã na mesma função faço a subtração da saída no período da tarde pela entrada do período da tarde e somo os dois períodos.

Repita o processo para todos os demais dias da semana, so-mente no sábado é preciso apenas calcular a parte da manhã, ou seja, não precisa ser feito o cálculo do período da tarde.

Para calcular o V. da hora que o funcionário recebe coloque um valor, no caso adicione 15 e coloquei no formato Moeda. Va-mos agora então calcular quanto ele ganhou por dia, pois temos quantas horas ele trabalhou durante o dia e sabemos o valor da hora. Como temos dois formatos de números precisamos durante o cálculo fazer a conversão.

Para a segunda-feira o cálculo fica da seguinte forma: =HORA(B6)*B7+MINUTO(B6)*B7/60.

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Didatismo e Conhecimento 85

INFORMÁTICAInicialmente utilizamos a função HORA e pegamos como re-

ferência de hora o valor da célula B6, multiplicamos pelo valor que está em B7, essa parte calcula somente à hora cheia então precisa-mos somar os minutos que pega a função MINUTO e multiplica a quantidade de horas pelo valor da hora, como o valor é para a hora o dividimos então por 60

Após isso coloque o valor em formato Moeda.

Para os demais cálculos o V.Hora será igual há todos os dias então ele precisa ser fixo para que o cálculo possa ser copiado, o número 60 por ser um número não é muda.

=HORA(B6)*$B$7+MINUTO(B6)*$B$7/60 Para sabermos quantas horas o funcionário trabalhou na sema-

na, faça a soma de todos os dias trabalhados.

Ao observar atentamente o valor calculado ele mostra 20:40, porém nessa semana o funcionário trabalhou mais de 40 horas, isso ocorre pois o cálculo de horas zera ao chegar em 23:59:59, então preciso fazer com que o Excel entenda que ele precisa con-tinuar a contagem. Clique na faixa do grupo número na ABA Inicio, na janela que se abre clique na categoria Hora e escolha o formato 37:30:55 esse formato faz com que a contagem continue.

Crie um novo campo abaixo da Tabela e coloque V. a receber e faça a soma dos valores totais.

Planilhas 3D

O conceito de planilha 3D foi implantado no Excel na versão 5 do programa, ele é chamado dessa forma pois permite que se façam referências de uma planilha em outra.

Posso por exemplo fazer uma soma de valores que estejam em outra planilha, ou seja quando na planilha matriz algum valor seja alterado na planilha que possui referência com ela também muda.

Vamos a um exemplo

Faremos uma planilha para conversão de valores, então na planilha 1 vamos ter um campo para que se coloque o valore em real e automaticamente ele fará a conversão para outras moedas, monte a seguinte planilha.

Vamos renomear a planilha para resultado.

Para isso dê um duplo clique no nome de sua planilha Plan1 e digite o novo nome.

Salve seu arquivo e clique na guia Plan2 e digite a seguinte planilha

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Didatismo e Conhecimento 86

INFORMÁTICA

Renomeie essa planilha para valores Retorne a planilha resultado e coloque um valor qualquer no

campo onde será digitado valor.

Clique agora no campo onde será colocado o valor de compra do dólar na célula B4 e clique na célula onde está o valor que aca-bou de digitar célula B2, adicione o sinal de divisão (/) e depois cli-que na planilha valores ele vai colocar o nome da planilha seguido de um ponto de exclamação (!) e clique onde está o valor de com-pra do dólar. A função ficará da seguinte forma =B2/valores!B2.

Com isso toda vez que eu alterar na planilha valores o valor do dólar, ele atualiza na planilha resultado.

Faça o cálculo para o valor do dólar para venda, a função fica-rá da seguinte forma: =B2/valores!C2.

Para poder copiar a fórmula para as demais células, bloqueie a célula B2 que é referente ao valor em real.

O ideal nesta planilha é que a única célula onde o usuário pos-sa manipular seja a célula onde será digitado valor em real para a conversão, então vamos bloquear a planilha deixando essa célula desprotegia.

Clique na célula onde será digitado o valor em real depois na ABA Inicio no grupo Fonte clique na faixa e na janela que se abre clique na guia Proteção.

Desmarque a opção Bloqueadas, isso é necessário, pois esta célula é a única que poderá receber dados.

Clique agora na ABA Revisão e no grupo Alterações clique no botão Proteger Planilha.

Será mostrada mais uma janela coloque uma senha (recomen-dável)

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Didatismo e Conhecimento 87

INFORMÁTICAAo tentar alterar uma célula protegida será mostrado o seguinte aviso

Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.

Inserção de Objetos A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos estão na ABA Inserir.

Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc. Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar vamos focar em Gráficos.

Gráficos A utilização de um gráfico em uma planilha além de deixá-la com uma aparência melhor também facilita na hora de mostrar resultados.

As opções de gráficos, esta no grupo Gráficos na ABA Inserir do Excel

Para criar um gráfico é importante decidir quais dados serão avaliados para o gráfico. Vamos utilizar a planilha Atletas para criarmos nosso gráfico, vamos criar um gráfico que mostre os atletas x peso.

Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e selecione os valores do peso.

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Didatismo e Conhecimento 88

INFORMÁTICAAo clicar em um dos modelos de gráfico no grupo Gráficos você poderá selecionar um tipo de gráfico disponível, no exemplo cliquei

no estilo de gráfico de colunas.

Escolha no subgrupo coluna 2D a primeira opção e seu gráfico será criado.

Para mover o gráfico para qualquer parte de sua planilha basta clicar em uma área em branco de o gráfico manter o mouse pressionado e arrastar para outra parte.

Na parte superior do Excel é mostrada a ABA Design (Acima dela Ferramentas de Gráfico).

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Didatismo e Conhecimento 89

INFORMÁTICASe você quiser mudar o estilo de seu gráfico, você pode clicar

no botão Alterar Tipo de Gráfico.

Para alterar a exibição entre linhas e colunas, basta clicar no botão Alterar Linha/Coluna.

Ainda em Layout do Gráfico podemos modificar a distribui-ção dos elementos do Gráfico.

Podemos também modificar o estilo de nosso gráfico através do grupo Estilos de Gráfico

Podemos também deixar nosso gráfico isolado em uma nova planilha, basta clicar no botão Mover Gráfico.

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Didatismo e Conhecimento 90

INFORMÁTICADados

O Excel possui uma ABA chamada Dados que permite importar dados de outras fontes, ou trabalhar os dados de uma planilha do Excel

Classificação

Vamos agora trabalhar com o gerenciamento de dados criados no Excel. Vamos utilizar para isso a planilha de Atletas. Classificar uma lista de dados é muito fácil, e este recurso pode ser obtido pelo botão Classificar e Filtrar na ABA Inicio, ou pelo grupo

Classificar e Filtrar na ABA Dados.

Vamos então selecionar os dados de nossa planilha que serão classificados.

Clique no botão Classificar.

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Didatismo e Conhecimento 91

INFORMÁTICAVocê precisa definir quais serão os critérios de sua classificação, onde diz

Classificar por clique e escolha nome, depois clique no botão Adicionar Nível e coloque Modalidade.

Antes de clicar em OK, verifique se está marcada a opção Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha de títulos em nossa planilha e clique em OK.

Você pode mudar a ordem de classificação sempre que for necessário, basta clicar no botão de Classificar.

Auto Filtro

Este é um recurso que permite listar somente os dados que você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com seus dados sele-cionados clique no botão Filtro e observe que será adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha uma seta.

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Didatismo e Conhecimento 92

INFORMÁTICAEstas setas permite visualizar somente os dados que te interessam na planilha, por exemplo caso eu precise da relação de atletas do sexo

feminino, basta eu clicar na seta do cabeçalho sexo e marcar somente Feminino, que os demais dados da planilha ficarão ocultos.

Posso ainda refinar mais a minha filtragem, caso precise saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na categoria Profissional, eu faço um novo filtro na coluna Categoria.

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Didatismo e Conhecimento 93

INFORMÁTICAObserve que as colunas que estão com filtro possuem um íco-

ne em forma de funil no lugar da seta. Para remover os filtros, basta clicar nos cabeçalhos com filtro

e escolher a opção selecionar tudo. Você também pode personalizar seus filtros através da opção

Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteúdo da célula for um número).

Subtotais Podemos agrupar nossos dados através de seus valores, vamos

inicialmente classificar nossa planilha pelo sexo dos atletas rela-cionado com a idade.

Depois clique no botão Subtotal. Em A cada alteração em: coloque sexo e em Adicionar subto-

tal a deixe marcado apenas Peso, depois clique em OK.

Observe na esquerda que são mostrados os níveis de visuali-zação dos subtotais e que ele faz um total a cada sequência do sexo dos atletas.

Para remover os subtotais, basta clicar no botão Subtotal e na janela que aparece clique em Remover Todos.

Impressão

O processo de impressão no Excel é muito parecido com o que fizemos no Word.

Clique no botão Office e depois em Imprimir e escolha Visu-alizar Impressão.

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Didatismo e Conhecimento 94

INFORMÁTICANo caso escolhi a planilha atletas, podemos observar que a

mesma não cabe em uma única página. Clique no botão Configurar Página.

Marque a opção Paisagem e clique em OK.

Teclas de atalho do Excel

CTRL + !: quando se está trabalhando com planilhas grandes, quando os dados precisam ser apresentados a um gerente, ou mes-mo só para facilitar sua vida, a melhor maneira de destacar certas informações é formatar a célula, de modo que a fonte, a cor do tex-to, as bordas e várias outras configurações de formatação. Mas ter que usar o mouse para encontrar as opções de formatação faz você perder muito tempo. Portanto, pressionando CTRL + !, você fará com que a janela de opções de formatação da célula seja exibida. Lembre-se que você pode selecionar várias células para aplicar a formatação de uma só vez.

CTRL + (: muitas vezes você precisa visualizar dados que não estão próximos uns dos outros. Para isso o Excel fornece a opção de ocultar células e colunas. Pressionando CTRL + (, você fará com que as linhas correspondentes à seleção sejam ocultadas. Se houver somente uma célula ativa, só será ocultada a linha corres-pondente. Por exemplo: se você selecionar células que estão nas linhas 1, 2, 3 e 4 e pressionar as teclas mencionadas, essas quatro linhas serão ocultadas.

Para reexibir aquilo que você ocultou, selecione uma célula da linha anterior e uma da próxima, depois utilize as teclas CTRL + SHIFT + (. Por exemplo: se você ocultou a linha 14 e precisa reexibi-la, selecione uma célula da linha 13, uma da linha 15 e pressione as teclas de atalho.

CTRL + ): esse atalho funciona exatamente como o anterior, porém, ele não oculta linhas, mas sim COLUNAS. Para reexibir as colunas que você ocultou, utilize as teclas CTRL + SHIFT + ). Por exemplo: você ocultou a coluna C e quer reexibi-la. Selecione uma célula da coluna B e uma da célula D, depois pressione as teclas mencionadas.

CTRL + SHIFT + $: quando estiver trabalhando com valores monetários, você pode aplicar o formato de moeda utilizando esse atalho. Ele coloca o símbolo R$ no número e duas casas decimais. Valores negativos são colocados entre parênteses.

CTRL + SHIFT + Asterisco (*): esse comando é extremamen-te útil quando você precisa selecionar os dados que estão envolta da célula atualmente ativa. Caso existam células vazias no meio dos dados, elas também serão selecionadas. Veja na imagem abai-xo um exemplo. A célula selecionada era a D6.

CTRL + Sinal de adição (+): quando você precisar inserir cé-lulas, linhas ou colunas no meio dos dados, ao invés de clicar com o mouse no número da linha ou na letra da coluna, basta pressionar esse comando.

*Utilize o sinal de adição do teclado numérico ou a combina-ção CTRL + SHIFT + Sinal de adição que fica à esquerda da tecla backspace, pois ela tem o mesmo efeito.

CTRL + Sinal de subtração (-): para excluir células, linhas ou colunas inteiras, pressione essas teclas. Esse comando funciona tanto no teclado normal quanto no teclado numérico.

CTRL + D: você pode precisar que todas as células de deter-minada coluna tenham o mesmo valor. Apertando CTRL + D, você fará com que a célula ativa seja preenchida com o mesmo valor da célula que está acima dela. Por exemplo: você digitou o número 5432 na célula A1 e quer que ele se repita até a linha 30. Selecione da célula A1 até a A30 e pressione o comando. Veja que todas as células serão preenchidas com o valor 5432.

CTRL + R: funciona da mesma forma que o comando acima, mas para preenchimento de colunas. Exemplo: selecione da célula A1 até a E1 e pressione CTRL + R. Todas as células selecionadas terão o mesmo valor da A1.

CTRL + ALT + V: você já deve ter cometido o erro de copiar uma célula e colar em outro local, acabando com a formatação que tinha definido anteriormente, pois as células de origem eram azuis e as de destino eram verdes. Ou seja, você agora tem células azuis onde tudo deveria ser verde. Para que isso não aconteça, você pode utilizar o comando “colar valores”, que fará com que somente os valores das células copiadas apareçam, sem qualquer formatação. Para não precisar usar o mouse, copie as células desejadas e na hora de colar utilize as teclas CTRL + ALT + V.

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Didatismo e Conhecimento 95

INFORMÁTICACTRL + PAGE DOWN: não há como ser rápido utilizando

o mouse para alternar entre as planilhas de um mesmo arquivo. Utilize esse comando para mudar para a próxima planilha da sua pasta de trabalho.

CTRL + PAGE UP: similar ao comando anterior. Porém, exe-cutando-o você muda para a planilha anterior.

*É possível selecionar as planilhas que estão antes ou depois da atual, pressionando também o SHIFT nos dois comando acima.

Teclas de função

Poucas pessoas conhecem todo o potencial das teclas que fi-cam na mesma linha do “Esc”. Assim como o CTRL, as teclas de função podem ser utilizadas em combinação com outras, para pro-duzir comandos diferentes do padrão atribuído a elas. Veja alguns deles abaixo.

F2: se você cometer algum erro enquanto está inserindo fór-mulas em uma célula, pressione o F2 para poder mover o cursor do teclado dentro da célula, usando as setas para a direita e esquerda. Caso você pressione uma da setas sem usar o F2, o cursor será movido para outra célula.

ALT + SHIFT + F1: inserir novas planilhas dentro de um ar-quivo do Excel também exige vários cliques com o mouse, mas você pode usar o comando ALT + SHIFT + F1 para ganhar algum tempo. As teclas SHIFT + F11 produzem o mesmo efeito.

F8: use essa tecla para ligar ou desligar o modo de seleção estendida. Esse pode ser usado da mesma forma que o SHIFT. Po-rém, ele só será desativado quando for pressionado novamente, diferente do SHIFT, que precisa ser mantido pressionado para que você possa selecionar várias células da planilha.

Veja abaixo outros comandos úteis:

CTRL + Setas de direção: move o cursor para a última célula preenchida. Se houve alguma célula vazia no meio, o cursor será movido para a última célula preenchida que estiver antes da vazia.

END: pressione essa tecla uma vez para ativar ou desativar o “Modo de Término”. Sua função é parecida com o comando ante-rior. Pressiona uma vez para ativar e depois pressione uma tecla de direção para mover o cursor para a última célula preenchida.

*Se a tecla Scroll Lock estiver ativada, pressionar END fará com que o cursor seja movido para a célula que estiver visível no canto inferior direito da janela.

CTRL + BARRA DE ESPAÇO: utilize essa atalho se você quiser selecionar a coluna inteira onde está o cursor.

SHIFT + BARRA DE ESPAÇOS: semelhante ao comando acima, porém, seleciona a linha inteira onde está o cursor.

BrOffice.org Calc

O BrOffice.org Calc é um programa de planilha que você pode usar para organizar e manipular dados que contêm texto, números, valores de data e tempo, e mais, por exemplo para o orçamento doméstico.

- Para abrir um exemplo de planilha do CalcEtapas1. Em qualquer programa do BrOffice.org, escolha Arquivo -

Novo - Modelos e documentos2. No painel esquerdo, clique em Exemplos.3. No painel central, clique duas vezes na pasta Planilhas.4. Selecione uma planilha de exemplo e clique em Abrir.

Fundamentos da planilha

Por padrão, um documento de planilha consiste em três fo-lhas: Folha1 , Folha2 e Folha3. Cada folha divide-se em um má-ximo de 65536 linhas e 256 colunas. As linhas são rotuladas com números e as colunas, com letras. A interseção de uma linha e uma coluna é chamada de célula.

Uma célula é identificada por uma referência que consiste na letra da coluna a célula seguida do número da linha da célula. Por exemplo, a referência de uma célula na interseção da coluna A e da linha 2 é A2. Além disso, a referência do intervalo de células nas colunas de A a C e linhas 1 a 5 é A1:C5.

Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo e o nome da folha em uma referência a uma célula ou a um inter-valo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo de células, para usar o nome em vez de uma referência à coluna/número.

Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda on--line.

Criando uma planilha

Para criar uma nova planilha a partir de qualquer programa do penOffice.org, escolha Arquivo - Novo – Planilha.

Movendo-se em uma folhaVocê pode usar o mouse ou o teclado para mover-se em uma

folha do Calc ou ara selecionar itens na folha. Se selecionou um intervalo de células, o cursor permanece no intervalo ao mover o cursor.

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Didatismo e Conhecimento 96

INFORMÁTICA

- Para mover-se em uma folha com o mouseEtapaUse a barra de rolagem horizontal ou vertical para mover para

os lados ou para cima e para baixo em uma folha.• Clique na seta na barra de rolagem horizontal ou vertical.• Clique no espaço vazio na barra de rolagem.• Arraste a barra na barra de rolagem.Dica – Para mover o cursor para uma célula específica, clique

na célula.

- Para mover-se em uma folha com o tecladoEtapaUse as seguintes teclas e combinações de teclas para mover-se

em uma folha:• Para mover uma célula para baixo em uma coluna, pressione

a tecla de seta para baixo ou Enter.• Para mover uma célula para cima em uma coluna, pressione

a tecla de seta para cima.• Para mover uma célula para a direita, pressione a tecla de

seta para a direita ou Tab.• Para mover uma célula para a esquerda, pressione a tecla de

seta para a esquerda.

Dica – Para mover para a última célula que contém dados em uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla Ctrl enquanto pressiona uma tecla de direção.

Selecionando células em uma folha

Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar células em uma folha do Calc.

• Para selecionar um intervalo de células com o mouse, clique em uma célula e arraste o mouse para outra célula.

• Para selecionar um intervalo de células com o teclado, certi-fique-se de que o cursor esteja em uma célula, mantenha pressio-nada a tecla Shift e pressione uma tecla de direção.

Digitando ou colando dados

A maneira mais simples de adicionar dados a uma folha é di-gitar, ou copiar e colar dados de outra folha do Calc ou de outro programa.

- Para digitar ou colar dados em uma planilhaEtapas1. Clique na célula à qual deseja adicionar dados.2. Digite os dados.Se desejar colar dados da área de transferência na célula, es-

colha Editar - Colar.3. Pressione Enter.Você pode também pressionar uma tecla de direção para inse-

rir os dados e mover a próxima célula na direção da seta.Dica – Para digitar texto em mais de uma linha em uma célula,

pressione Ctrl+Return no fim de cada linha e, quando concluir, pressione Return.

- Para inserir rapidamente datas e números consecutivosO Calc oferece um recurso de preenchimento para você inse-

rir rapidamente uma série sucessiva de dados, como datas, dias, meses e números. O conteúdo de cada célula sucessiva na série é incrementado por um. 1 é incrementado para 2, segunda-feira é incrementada para terceira-feira, e assim por diante.

Etapas1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da série, por

exemplo, segunda-feira. Pressione Return.2. Clique na célula novamente para ver a alça de preenchi-

mento — a caixa preta pequena no canto direito inferior da célula.3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o intervalo de

células no qual deseja inserir a série.4. Solte o botão do mouse.Os itens consecutivos na série são adicionados automatica-

mente às células realçadas.

Dica – Para copiar sem alterar os valores em uma série, pres-sione a tecla Ctrl enquanto arrasta.

Editando e excluindo o conteúdo de células

Você pode editar o conteúdo de uma célula ou intervalo de células em uma folha.

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Didatismo e Conhecimento 97

INFORMÁTICA- Para editar o conteúdo de células em uma folhaEtapas1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de células.Dica – Para selecionar um intervalo de células, clique em uma

célula. Em seguida arraste o mouse até cobrir o intervalo que de-seja selecionar.

Para selecionar uma linha ou coluna inteira, clique no rótulo da linha ou coluna.

2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique duas vezes na célula, faça as alterações necessárias e pressione Return.

Observação – Pode também clicar na célula, digitar as alte-rações na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula e clicar no ícone verde da marca de seleção.

No entanto, não pode inserir quebras de linha na caixa de Li-nha de entrada.

3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de células, pressione a tecla Backspace ou Delete.

a. Na caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as opções que deseja.

b. Clique em OK.

Formatando planilhas

O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou ao usar estilos. A diferença principal é que a formatação manual aplica-se apenas às células selecionadas. A formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é usado no documento de planilha.

Usando AutoFormatação

A maneira mais fácil de formatar um intervalo de células é usar o recurso AutoFormatação do Calc.

- Para aplicar formatação automática a um intervalo de célulasEtapas1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar.Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3.2. Escolha Formatar - AutoFormatação.Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação.3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e

clique em OK.

Formatando células manualmente

Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula, como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra Formatar objeto.

- Para formatar células com a barra Formatar objetoA barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapida-

mente a células individuais ou intervalos de células.Etapas1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja for-

matar.2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde

à formatação que deseja aplicar.

Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas Nome da fonte ou Tamanho da fonte.

- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálogo For-matar células

Se precisar de mais opções de formatação do que a barra Ob-jeto de Cal fornece, use a caixa de diálogo Formatar células.

Etapas1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja for-

matar e escolha Formatar - Células.

Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.

2. Clique em uma das guias e escolha as opções de formata-ção.

Guia Números

Altera a formatação de números nas células, como a alteração do número de casas decimais exibidas

Guia Fonte

Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra usado na célula

Guia Efeitos de fonte

Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tachado ou alto-relevo do texto

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Didatismo e Conhecimento 98

INFORMÁTICAGuia Alinhamento

Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto no inte-rior das células

Guia Bordas

Altera as opções de bordas das células

Guia Plano de fundo

Altera o preenchimento do plano de fundo das células

Guia Proteção de célula

Protege o conteúdo das células no interior de folhas prote-gidas.

3. Clique em OK.

Formatando células e folhas com estilos

No Calc, a formatação padrão de células e folhas faz-se com estilos. Um estilo é um conjunto de opções de formatação que de-fine o aspecto do conteúdo da célula, assim como o layout de uma folha. Quando você altera a formatação de um estilo, as alterações são aplicadas toda vez que o estilo é usado na planilha.

- Para aplicar formatação com a janela Estilos e formataçãoEtapas1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.2. Para alterar a formatação de células, clique em uma célula

ou selecione um intervalo de células.a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior da janela

Estilos e formatação.b. Clique duas vezes em um estilo na lista.

3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qualquer lugar na folha.

a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior da janela Estilos e formatação.

b. Clique duas vezes em um estilo na lista.

Usando fórmulas e funções

Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efetuar cál-culos.

Se a fórmula contiver referências a células, o resultado será atualizado automaticamente toda vez que você alterar o conteúdo das células. Você pode também usar uma das várias fórmulas ou funções pré-definidas que o Calc oferece para efetuar cálculos.

Criando fórmulas

Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode conter valores, referências a células, operadores, funções e constantes.

- Para criar uma fórmulaEtapas1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da fórmula.2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula.Por exemplo, se desejar adicionar o conteúdo da célula A1 ao

conteúdo da célula A2, digite =A1+A2 em outra célula.3. Pressione Return.

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Didatismo e Conhecimento 99

INFORMÁTICAUsando operadores

Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:

Exemplo de Fórmulas do Calc

=A1+15Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1=A1*20%Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1=A1*A2Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células

A1 e A2

Usando parênteses

O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula. Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e subtração, independentemente de onde esses operadores aparecem na fór-mula. Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o Calc retorna o valor de 17 e não de 24.

Editando uma fórmula

Uma célula que contém uma fórmula exibe apenas o resulta-do da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada.

- Para editar uma fórmulaEtapas1. Clique em uma célula que contém uma fórmula.A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada da barra

Fórmula.

* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou dando um clique duplo na célula

2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou Ba-

ckspace.3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para

confirmar as alterações.Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no

ícone na barra Fórmula.

Usando funções

O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefini-das. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você pode digitar =SUM(A2:A5) .

- Para usar uma funçãoEtapas1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.2. Escolha Inserir – Função.Abre-se a caixa de diálogo Assistente de função.3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém o tipo

de função que você deseja usar.4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.5. Clique em Próximo.6. Insira os valores necessários ou clique nas células que con-

têm os valores que você deseja.7. Clique em OK.Dica – Consulte a ajuda on-line do Calc para obter mais infor-

mações sobre as funções do Calc, inclusive exemplos.Usando gráficosGráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos

dados numéricos.O BrOffice.org fornece vários estilos de gráfico que você pode

usar para representar os números.Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você

pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto - Grá-fico nos outros programas do BrOffice.org.

- Para criar um gráficoEtapas1. Selecione as células, inclusive os títulos, que contêm dados

para o gráfico.

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Didatismo e Conhecimento 100

INFORMÁTICA2. Escolha Inserir – Gráfico.Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação de gráfico. O in-

tervalo de célula selecionado é exibido na caixa Intervalo.Observação – Se desejar especificar um intervalo de célula

diferente para os dados, clique no botão Encolher ao lado da caixa de texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Encolher novamente quando concluir.

3. Clique em Próximo.4. Na caixa Escolher tipo de gráfico, clique no tipo de gráfico

que deseja criar.5. Clique em Próximo.6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que deseja

usar.7. Clique em Próximo.8. Na caixa Título do gráfico, digite o nome do gráfico.9. Clique em Criar.

Editando gráficos

Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, re-dimensionar ou excluir o gráfico.

- Para redimensionar, mover ou excluir um gráficoEtapaClique no gráfico e siga um destes procedimentos:• Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse so-

bre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste o mouse.O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfi-

co enquanto você arrasta.• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro

do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o mouse para um novo lugar.

• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.- Para alterar a aparência de um gráficoVocê pode usar os ícones na barra de ferramentas Padrão do

gráfico para alterar a aparência do gráfico.Etapas1. Clique duas vezes em um gráfico para exibir a barra de

ferramentas Padrão do gráfico.

A barra de ferramentas aparece ao lado da barra padrão do Calc ou Writer.

2. Use os ícones na barra de ferramentas para alterar as pro-priedades do gráfico.

3. Para modificar outras opções do gráfico você pode dar um clique duplo sobre o respectivo elemento ou acessar as opções através do menu Inserir e Formatar.

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Didatismo e Conhecimento 101

INFORMÁTICAMS POWERPOINT

O PowerPoint 2010 é um aplicativo visual e gráfico, usado principalmente para criar apresentações. Com ele, você pode criar, visualizar e mostrar apresentações de slides que combinam texto, formas, imagens, gráficos, animações, tabelas, vídeos e muito mais.

Familiarizar-se com o espaço de trabalho do PowerPointO espaço de trabalho, ou modo de exibição Normal, foi desen-

volvido para ajudá-lo a encontrar e usar facilmente os recursos do Microsoft PowerPoint 2010.

Este artigo contém instruções passo a passo para ajudá-lo a se preparar para criar apresentações com o PowerPoint 2010

Etapa 1: Abrir o PowerPointQuando você inicia o PowerPoint, ele é aberto no modo de

exibição chamado Normal, onde você cria e trabalha em slides.

Uma imagem do PowerPoint 2010 no modo Normal que pos-sui vários elementos rotulados.

1 No painel Slide, você pode trabalhar em slides individuais.2 As bordas pontilhadas identificam os espaços reservados,

onde você pode digitar texto ou inserir imagens, gráficos e outros objetos.

3 A guia Slides mostra uma versão em miniatura de cada slide inteiro mostrado no painel Slide. Depois de adicionar outros slides, você poderá clicar em uma miniatura na guia Slides para fazer com que o slide apareça no painel Slide ou poderá arrastar miniaturas para reorganizar os slides na apresentação. Também é possível adi-cionar ou excluir slides na guia Slides.

4 No painel Anotações, você pode digitar observações sobre o slide atual. Também pode distribuir suas anotações para a audiên-cia ou consultá-las no Modo de Exibição do Apresentador durante a apresentação.

Etapa 2: Começar com uma apresentação em brancoPor padrão, o PowerPoint 2010 aplica o modelo Apresentação

em Branco, mostrado na ilustração anterior, às novas apresenta-ções. Apresentação em Branco é o mais simples e o mais genérico dos modelos no PowerPoint 2010 e será um bom modelo a ser usado quando você começar a trabalhar com o PowerPoint.

Para criar uma nova apresentação baseada no modelo Apre-sentação em Branco, faça o seguinte:

1. Clique na guia Arquivo.2. Aponte para Novo e, em Modelos e Temas Disponíveis,

selecione Apresentação em Branco.3. Clique em Criar.

Etapa 3: Ajustar o tamanho do painel de anotaçõesDepois que você abre o modelo Apresentação em Branco, so-

mente uma pequena parte do painel Anotações fica visível. Para ver uma parte maior desse painel e ter mais espaço para digitar, faça o seguinte:

1. Aponte para a borda superior do painel Anotações.2. Quando o ponteiro se transformar em uma , arraste a

borda para cima a fim de criar mais espaço para as anotações do apresentador, como mostrado na ilustração a seguir.

Observe que o slide no painel Slide se redimensiona automa-ticamente para se ajustar ao espaço disponível.

Etapa 4: Criar a apresentaçãoAgora que preparou o espaço de trabalho para ser usado, você

está pronto para começar a adicionar texto, formas, imagens, ani-mações (e outros slides também) à apresentação. Próximo à parte superior da tela, há três botões que podem ser úteis quando você iniciar o trabalho:

• Desfazer , que desfaz sua última alteração (para ver uma dica de tela sobre qual ação será desfeita, coloque o pon-teiro sobre o botão. Para ver um menu de outras alterações recentes que também podem ser desfeitas, clique na seta à direita de Des-fazer ).

• Você também pode desfazer uma alteração pressionando CTRL+Z.

• Refazer ou Repetir , que repete ou refaz sua úl-tima alteração, dependendo da ação feita anteriormente (para ver uma dica de tela sobre qual ação será repetida ou refeita, coloque o ponteiro sobre o botão). Você também pode repetir ou refazer uma alteração pressionando CTRL+Y.

• A Ajuda do Microsoft Office PowerPoint , que abre o painel Ajuda do PowerPoint. Você também pode abrir a Ajuda pressionando F1.

Familiarizar-se com a Faixa de Opções do PowerPoint 2010

Ao iniciar o Microsoft PowerPoint 2010 pela primeira vez, você perceberá que os menus e as barras de ferramentas do PowerPoint 2003 e das versões anteriores foram substituídos pela Faixa de Opções.

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Didatismo e Conhecimento 102

INFORMÁTICAO que é a Faixa de Opções?A Faixa de Opções contém os comandos e os outros itens de menu presentes nos menus e barras de ferramentas do PowerPoint 2003

e de versões anteriores. A Faixa de Opções foi projetada para ajudá-lo a localizar rapidamente os comandos necessários para concluir uma tarefa.

Principais recursos da Faixa de Opções

A Faixa de Opções exibida no lado esquerdo da guia Página Inicial do PowerPoint 2010.1 Uma guia da Faixa de Opções, neste caso a guia Página Inicial. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade, como inserir mídia

ou aplicar animações a objetos.2 Um grupo na guia Página Inicial, neste caso o grupo Fonte. Os comandos são organizados em grupos lógicos e reunidos nas guias.3 Um botão ou comando individual no grupo Slides, neste caso o botão Novo Slide.

Outros recursos da Faixa de Opções

Outros elementos que podem ser exibidos na Faixa de Opções são as guias contextuais, as galerias e os iniciadores de caixa de diálogo.

1 Uma galeria, neste caso a galeria de formas no grupo Desenho. As galerias são janelas ou menus retangulares que apresentam uma gama de opções visuais relacionadas.

2 Uma guia contextual, neste caso a guia Ferramentas de Imagem. Para diminuir a poluição visual, algumas guias são mostradas so-mente quando necessárias. Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem será mostrada somente se você inserir uma imagem a um slide e a selecionar.

3 Um Iniciador da Caixa de Diálogo, neste caso, um que inicia a caixa de diálogo Formatar Forma.

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Didatismo e Conhecimento 103

INFORMÁTICALocalização dos comandos conhecidos na Faixa de OpçõesPara encontrar a localização de comandos específicos em guias e grupos, consulte os diagramas a seguir.

A guia Arquivo

A guia Arquivo é o local onde é possível criar um novo arquivo, abrir ou salvar um existente e imprimir sua apresentação.1 Salvar como2 Abrir3 Novo4 Imprimir

A guia Página Inicial

A guia Página Inicial é o local onde é possível inserir novos slides, agrupar objetos e formatar texto no slide.

1 Se você clicar na seta ao lado de Novo Slide, poderá escolher entre vários layouts de slide.2 O grupo Fonte inclui os botões Fonte, Negrito, Itálico e Tamanho da Fonte.3 O grupo Parágrafo inclui Alinhar Texto à Direita, Alinhar Texto à Esquerda, Justificar e Centralizar.4 Para localizar o comando Agrupar, clique em Organizar e, em Agrupar Objetos, selecione Agrupar.

Guia Inserir

A guia Inserir é o local onde é possível inserir tabelas, formas, gráficos, cabeçalhos ou rodapés em sua apresentação.

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Didatismo e Conhecimento 104

INFORMÁTICA1 Tabela2 Formas3 Gráfico4 Cabeçalho e RodapéGuia Design

A guia Design é o local onde é possível personalizar o plano de fundo, o design e as cores do tema ou a configuração de página na apresentação.

1 Clique em Configurar Página para iniciar a caixa de diálogo Configurar Página.2 No grupo Temas, clique em um tema para aplicá-lo à sua apresentação. 3 Clique em Estilos de Plano de Fundo para selecionar uma cor e design de plano de fundo para sua apresentação.

Guia Transições

A guia Transições é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover transições no slide atual.1 No grupo Transições para este Slide, clique em uma transição para aplicá-la ao slide atual.2 Na lista Som, você pode selecionar entre vários sons que serão executados durante a transição.3 Em Avançar Slide, você pode selecionar Ao Clicar com o Mouse para fazer com que a transição ocorra ao clicar.

Guia Animações

A guia Animações é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover animações em objetos do slide.1 Clique em Adicionar Animação e selecione uma animação que será aplicada ao objeto selecionado.2 Clique em Painel de Animação para iniciar o painel de tarefas Painel de Animação.3 O grupo Intervalo inclui áreas para definir o Página Inicial e a Duração.

Guia Apresentação de Slides

A guia Apresentação de Slides é o local onde é possível iniciar uma apresentação de slides, personalizar as configurações da apresenta-ção de slides e ocultar slides individuais.

1 O grupo Iniciar Apresentação de Slides, que inclui Do Começo e Do Slide Atual.2 Clique em Configurar Apresentação de Slides para iniciar a caixa de diálogo Configurar Apresentação.

Page 202: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 105

INFORMÁTICA3 Ocultar Slide

Guia Revisão

A guia Revisão é o local onde é possível verificar a ortografia, alterar o idioma da apresentação ou comparar alterações na apresentação atual com outra.

1 Ortografia, para iniciar o verificador ortográfico.2 O grupo Idioma, que inclui Editando Idiomas, onde é possível selecionar o idioma.3 Comparar, onde é possível comparar as alterações na apresentação atual com outra.

Guia Exibir

A guia Exibir é o local onde é possível exibir o slide mestre, as anotações mestras, a classificação de slides. Você também pode ativar ou desativar a régua, as linhas de grade e as guias de desenho.

1 Classificação de Slides2 Slide Mestre3 O grupo Mostrar, que inclui Régua e Linhas de Grade.

Eu não vejo o comando de que preciso! Alguns comandos, como Recortar ou Compactar, são guias contextuais. Para exibir uma guia contextual, primeiramente selecione o objeto que será trabalhado e verifique se uma guia contextual é exibida na

Faixa de Opções.

Localizar e aplicar um modeloO PowerPoint 2010 permite aplicar modelos internos ou os seus próprios modelos personalizados e pesquisar vários modelos dispo-

níveis no Office.com. O Office.com fornece uma ampla seleção de modelos do PowerPoint populares, incluindo apresentações e slides de design.

Para localizar um modelo no PowerPoint 2010, siga este procedimento:Na guia Arquivo, clique em Novo.Em Modelos e Temas Disponíveis, siga um destes procedimentos:• Para reutilizar um modelo usado recentemente, clique em Modelos Recentes, clique no modelo desejado e depois em Criar.• Para utilizar um modelo já instalado, clique em Meus Modelos, selecione o modelo desejado e clique em OK.• Para utilizar um dos modelos internos instalados com o PowerPoint, clique em Modelos de Exemplo, clique no modelo desejado

e depois em Criar.• Para localizar um modelo no Office.com, em Modelos do Office.com, clique em uma categoria de modelo, selecione o modelo

desejado e clique em Baixar para baixar o modelo do Office.com para o computador.

Page 203: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 106

INFORMÁTICA

Observação- Você também pode pesquisar modelos no Offi-ce.com de dentro do PowerPoint. Na caixa Pesquisar modelos no Office.com, digite um ou mais termos de pesquisa e clique no bo-tão de seta para pesquisar.

Criar uma apresentação1. Clique na guia Arquivo e clique em Novo.2. Siga um destes procedimentos:• Clique em Apresentação em Branco e em Criar.• Aplique um modelo ou tema, seja interno fornecido com

o PowerPoint 2010 ou baixado do Office.com.

Abrir uma apresentação

1. Clique na guia Arquivo e em Abrir.2. No painel esquerdo da caixa de diálogo Abrir, clique na

unidade ou pasta que contém a apresentação desejada.3. No painel direito da caixa de diálogo Abrir, abra a pasta

que contém a apresentação.4. Clique na apresentação e clique em Abrir. Observação Por padrão, o PowerPoint 2010 mostra somente

apresentações do PowerPoint na caixa de diálogo Abrir. Para exi-bir outros tipos de arquivos, clique em Todas as Apresentações do PowerPoint e selecione o tipo de arquivo que deseja exibir.

Salvar uma apresentação

Como com qualquer programa de software, é uma boa ideia nomear e salvar a apresentação imediatamente e salvar suas altera-ções com frequência enquanto você trabalha:

1. Clique na guia Arquivo.2. Clique em Salvar como e siga um destes procedimentos:• Para que uma apresentação só possa ser aberta no Po-

werPoint 2010 ou no PowerPoint 2007, na lista Salvar como tipo, selecione Apresentação do PowerPoint (*.pptx).

• Para uma apresentação que possa ser aberta no Power-Point 2010 ou em versões anteriores do PowerPoint, selecione Apresentação do PowerPoint 97-2003 (*.ppt).

3. No painel esquerdo da caixa de diálogo Salvar como, cli-que na pasta ou em outro local onde você queira salvar sua apre-sentação.

4. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome para a apre-sentação ou aceite o nome padrão e clique em Salvar.

De agora em diante, você pode pressionar CTRL+S ou pode clicar em Salvar, próximo à parte superior da tela, para salvar rapi-damente a apresentação, a qualquer momento.

Observação: Para salvar a apresentação em um formato di-ferente de .pptx, clique na lista Salvar como tipo e selecione o formato de arquivo desejado.

O Microsoft PowerPoint 2010 oferece uma série de tipos de arquivo que você pode usar para salvar; por exemplo, JPEGs (.jpg), arquivos Portable Document Format (.pdf), páginas da Web (.html), Apresentação OpenDocument (.odp), inclusive como ví-deo ou filme etc.

Também é possível abrir vários formatos de arquivo diferen-tes com o PowerPoint 2010, como Apresentações OpenDocument, páginas da Web e outros tipos de arquivos.

Adicionar, reorganizar e excluir slidesO único slide que é exibido automaticamente ao abrir o Po-

werPoint tem dois espaços reservados, sendo um formatado para um título e o outro formatado para um subtítulo. A organização dos espaços reservados em um slide é chamada layout. O Microsoft PowerPoint 2010 também oferece outros tipos de espaços reserva-dos, como aqueles de imagens e elementos gráficos de SmartArt.

Ao adicionar um slide à sua apresentação, siga este procedi-mento para escolher um layout para o novo slide ao mesmo tempo:

1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique abaixo do único slide exibido automaticamente ao abrir o PowerPoint.

Page 204: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 107

INFORMÁTICA2. Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique na seta

ao lado de Novo Slide. Ou então, para que o novo slide tenha o mesmo layout do slide anterior, basta clicar em Novo Slide em vez de clicar na seta ao lado dele.

Será exibida uma galeria que mostra as miniaturas dos vários layouts de slide disponíveis.

• O nome identifica o conteúdo para o qual cada slide foi criado.

• Os espaços reservados que exibem ícones coloridos po-dem conter texto, mas você também pode clicar nos ícones para inserir objetos automaticamente, incluindo elementos gráficos SmartArt e clip-art.

3. Clique no layout desejado para o novo slide.

O novo slide agora aparece na guia Slides, onde está realçado como o slide atual, e também como o grande slide à direita no painel Slide. Repita esse procedimento para cada novo slide que você deseja adicionar.

Determinar quantos slides são necessáriosPara calcular o número de slides necessários, faça um rascu-

nho do material que você planeja abordar e, em seguida, divida o material em slides individuais. Você provavelmente deseja pelo menos:

• Um slide de título principal• Um slide introdutório que lista os pontos principais ou

áreas da sua apresentação• Um slide para cada ponto ou área que esteja listada no

slide introdutório

• Um slide de resumo que repete a lista de pontos ou áreas principais da sua apresentação

Usando essa estrutura básica, se você possui três pontos ou áreas principais para apresentar, planeje ter um mínimo de seis: um slide de título, um slide introdutório, um slide para cada um dos três pontos ou áreas principais e um slide de resumo.

Se houver uma grande quantidade de material para apresen-tar sobre qualquer um dos pontos ou áreas principais, talvez você queira criar um subagrupamento de slides para esse material, usan-do a mesma estrutura de tópicos básica.

Dica: Pense em quanto tempo cada slide deve ficar visível na tela durante a sua apresentação. Uma boa estimativa padrão é de dois a cinco minutos por slide.

Aplicar um novo layout a um slidePara alterar o layout de um slide existente, faça o seguinte:• No modo de exibição Normal, no painel que contém as

guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique no slide ao qual deseja aplicar um novo layout.

• Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique em Layout e, em seguida, clique no novo layout desejado.

Observação Se você aplicar um layout que não possua tipos de espaços reservados suficientes para o conteúdo que já existe no slide, serão criados espaços reservados adicionais automaticamen-te para armazenar esse conteúdo.

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Didatismo e Conhecimento 108

INFORMÁTICACopiar um slideSe você deseja criar dois ou mais slides que tenham conteúdo e layout semelhantes, salve o seu trabalho criando um slide que tenha

toda a formatação e o conteúdo que será compartilhado por ambos os slides, fazendo uma cópia desse slide antes dos retoques finais em cada um deles.

1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão direito do mouse no slide que deseja copiar e clique em Copiar.

2. Na guia Slides, clique com o botão direito do mouse onde você deseja adicionar a nova cópia do slide e clique em Colar.Você também pode usar esse procedimento para inserir uma cópia de um slide de uma apresentação para outra.

Reorganizar a ordem dos slidesNo modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique no slide que deseja mover

e arraste-o para o local desejado.Para selecionar vários slides, clique em um slide que deseja mover, pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL enquanto clica em

cada um dos outros slides que deseja mover.

Excluir um slideNo modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão direito do

mouse no slide que deseja excluir e clique em Excluir Slide.

Adicionar formas ao slide1. Na guia Início, no grupo Desenho, clique em Formas.

2. Clique na forma desejada, clique em qualquer parte do slide e arraste para colocar a forma.Para criar um quadrado ou círculo perfeito (ou restringir as dimensões de outras formas), pressione e mantenha a tecla SHIFT pressio-

nada ao arrastar.

Exibir uma apresentação de slides

Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do primeiro slide, siga este procedimento:

Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo (ou pressione F5).

Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do slide atual, siga este procedimento(ou pressione Shift+F5):

Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Slide Atual.

Page 206: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 109

INFORMÁTICAImprimir uma apresentação1. Clique na guia Arquivo e clique em Imprimir.2. Em Imprimir, siga um destes procedimentos:• Para imprimir todos os slides, clique em Tudo.• Para imprimir somente o slide exibido no momento, clique em Slide Atual.• Para imprimir slides específicos por número, clique em Intervalo Personalizado de Slides e digite uma lista de slides individuais,

um intervalo, ou ambos. Observação Use vírgulas para separar os números, sem espaços. Por exemplo: 1,3,5-12.3. Em Outras Configurações, clique na lista Cor e selecione a configuração desejada.4. Ao concluir as seleções, clique em Imprimir.

• Criar e imprimir folhetos Você pode imprimir as apresentações na forma de folhetos, com até nove slides em uma página, que podem ser utilizados pelo público

para acompanhar a apresentação ou para referência futura.

O folheto com três slides por página possui espaços entre as linhas para anotações.Você pode selecionar um layout para os folhetos em visualização de impressão (um modo de exibição de um documento da maneira

como ele aparecerá ao ser impresso).

Organizar conteúdo em um folheto: Na visualização de impressão é possível organizar o conteúdo no folheto e visualizá-lo para saber como ele será impresso. Você pode

especificar a orientação da página como paisagem ou retrato e o número de slides que deseja exibir por página. Você pode adicionar visualizar e editar cabeçalhos e rodapés, como os números das páginas. No layout com um slide por página, você

só poderá aplicar cabeçalhos e rodapés ao folheto e não aos slides, se não desejar exibir texto, data ou numeração no cabeçalho ou no rodapé dos slides.

Aplicar conteúdo e formatação em todos os folhetos: Se desejar alterar a aparência, a posição e o tamanho da numeração, da data ou do texto do cabeçalho e do rodapé em todos os folhetos,

faça as alterações no folheto mestre. Para incluir um nome ou logotipo em todas as páginas do folheto, basta adicioná-lo ao mestre. As alterações feitas no folheto mestre também são exibidas na impressão da estrutura de tópicos.

Imprimir folhetos: 1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir os folhetos. 2. Clicar na aba Arquivo, clicar na seleção de layout de slides para impressão na seção ‘Configurações’ e escolher o modo de

impressão(aqui também podemos selecionar os modos ‘Anotações’ e ‘Estrutura de tópicos’)

Page 207: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 110

INFORMÁTICA

O formato Folhetos (3 Slides por Página) possui linhas para anotações do público.

Para especificar a orientação da página, clicar na seta em Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Retrato.

Clicar em Imprimir.

Inserir texto

Para inserir um texto no slide clicar com o botão esquerdo do mouse no retângulo (Clique para adicionar um título), após clicar o ponto de inserção (cursor será exibido).

Então basta começar a digitar.

Formatar texto Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para

selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o boto esquerdo sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo.

Page 208: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 111

INFORMÁTICA1 – Fonte Altera o tipo de fonte 2 – Tamanho da fonte Altera o tamanho da fonte 3 – Negrito Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acio-

nado através do comando Ctrl+N. 4 – Itálico Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser aciona-

do através do comando Ctrl+I. 5 – Sublinhado Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado

através do comando Ctrl+S. 6 – Tachado Desenha uma linha no meio do texto selecionado. 7 – Sombra de Texto Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para destacá-

-lo no slide. 8 – Espaçamento entre Caracteres Ajusta o espaçamento entre caracteres. 9 – Maiúsculas e Minúsculas Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minús-

culas, ou outros usos comuns de maiúsculas/minúsculas. 10 – Cor da Fonte Altera a cor da fonte. 11 – Alinhar Texto à Esquerda Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através

do comando Ctrl+Q. 12 – Centralizar Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do co-

mando Ctrl+E. 13 – Alinhar Texto à Direita Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através

do comando Ctrl+G. 14 – Justificar Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando es-

paço extra entre as palavras conforme o necessário, promovendo uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.

15 – Colunas Divide o texto em duas ou mais colunas.

Limpar formatação Para limpar toda a formatação de um texto basta selecioná-lo

e clicar no botão , localizado na guia Início.

Inserir símbolos especiais Além dos caracteres que aparecem no teclado, é possível inse-

rir no slide vários caracteres e símbolos especiais. 1. Posicionar o cursor no local que se deseja inserir o símbolo. 2. Acionar a guia Inserir.

3. Clicar no botão Símbolo.

4. Selecionar o símbolo.

5. Clicar em Inserir e em seguida Fechar.Marcadores e numeração Com a guia Início acionada, clicar no botão , para criar

parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de marcador cli-car na seta.

Com a guia Início acionada, clicar no botão , para iniciar uma lista numerada. Para escolher diferentes formatos de numeração clicar na seta.

Page 209: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 112

INFORMÁTICA

Inserir figuras

Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar em um desses botões:

• Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo. • Clip-art: é possível escolher entre várias figuras que acompa-

nham o Microsoft Office. • Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos,

setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos. • SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comu-

nicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam desde listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.

• Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados. • WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Alterar plano de fundo Para alterar o plano de fundo de um slide, basta clicar com o

botão direito do mouse sobre ele, e em seguida clicar em Formatar Plano de Fundo.

Depois escolher entre as opções clicar Aplicar a tudo para aplicar a mudança a todos os slides, se for alterar apenas o slide atual clicar em fechar.

Animar textos e objetos Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou objeto,

clicar na guia Animações, e depois em Animações Personalizadas, abrirá um painel à direita, clicar em Adicionar efeito. Nele se en-contram várias opções de animação de entrada, ênfase, saída e tra-jetórias de animação.

Inserir botão de ação Um botão de ação consiste em um botão já existente que pode

ser inserido na apresentação e para o qual pode definir hiperlinks. Os botões de ação contêm formas, como setas para direita e para esquerda e símbolos de fácil compreensão referentes às ações de ir para o próximo, anterior, primeiro e último slide, além de exe-cutarem filmes ou sons. Eles são mais comumente usados para apresentações autoexecutáveis — por exemplo, apresentações que são exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque (um compu-tador e monitor, geralmente localizados em uma área frequentada por muitas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som ou vídeo.

Os quiosques podem ser configurados para executar apresen-tações do PowerPoint de forma automática, contínua ou ambas).

Page 210: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 113

INFORMÁTICA1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta abaixo

de Formas e, em seguida, clique no botão Mais . 2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja adicio-

nar. 3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para desenhar a

forma para o botão. 4. Na caixa Configurar Ação, seguir um destes procedimentos: • Para escolher o comportamento do botão de ação quando

você clicar nele, clicar na guia Selecionar com o Mouse. • Para escolher o comportamento do botão de ação quando

você mover o ponteiro sobre ele, clicar na guia Selecionar sem o Mouse.

5. Para escolher o que acontece quando você clica ou move o ponteiro sobre o botão de ação, siga um destes procedimentos:

• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Nenhuma. • Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e selecionar

o destino para o hiperlink. • Para executar um programa, clicar em Executar programa

e, em seguida, clicar em Procurar e localizar o programa que você deseja executar.

• Para executar um macro (uma ação ou um conjunto de ações que você pode usar para automatizar tarefas. Os macros são grava-dos na linguagem de programação Visual Basic for Applications), clicar em Executar macro e selecionar a macro que você deseja executar.

As configurações de Executar macro estarão disponíveis so-mente se a sua apresentação contiver um macro.

• Se você deseja que a forma escolhida como um botão de ação execute uma ação, clicar em Ação do objeto e selecionar a ação que você deseja que ele execute.

As configurações de Ação do objeto estarão disponíveis so-mente se a sua apresentação contiver um objeto OLE (uma tecno-logia de integração de programa que pode ser usada para compar-tilhamento de informações entre programas. Todos os programas do Office oferecem suporte para OLE; por isso, você pode compar-tilhar informações por meio de objetos vinculados e incorporados).

• Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar som e selecionar o som desejado.

Criar apresentação personalizada Existem dois tipos de apresentações personalizadas: básica e

com hiperlinks.Uma apresentação personalizada básica é uma apresentação

separada ou uma apresentação que inclui alguns slides originais. Uma apresentação personalizada com hiperlinks é uma forma

rápida de navegar para uma ou mais apresentações separadas. 1 – Apresentação Personalizada Básica Utilizar uma apresentação personalizada básica para fornecer

apresentações separadas para diferentes grupos da sua organiza-ção. Por exemplo, se sua apresentação contém um total de cinco slides, é possível criar uma apresentação personalizada chamada “Site 1” que inclui apenas os slides 1, 3 e 5. É possível criar uma segunda apresentação personalizada chamada “Site 2” que inclui os slides 1, 2, 4 e 5. Quando você criar uma apresentação perso-nalizada a partir de outra apresentação, é possível executá-la, na íntegra, em sua sequência original.

1. Na guia Apresentações de Slides, no grupo Iniciar Apresenta-ção de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides Perso-nalizada e, em seguida, clicar em Apresentações Personalizadas.

2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar em Novo.

3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você de-seja incluir na apresentação personalizada e, em seguida, clicar em Adicionar.

Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver-sos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL en-quanto clica em cada slide que queira selecionar.

4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em Slides na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em seguida, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou para baixo na lista.

5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1 a 5.

Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona-lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.

2 – Apresentação Personalizada com Hiperlink Utilizar uma apresentação personalizada com hiperlinks para

organizar o conteúdo de uma apresentação. Por exemplo, se você cria uma apresentação personalizada principal sobre a nova orga-nização geral da sua empresa, é possível criar uma apresentação personalizada para cada departamento da sua organização e vincu-lá-los a essas exibições da apresentação principal.

1. Na guia Apresentações, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides Personali-zada e, em seguida, clicar em Apresentações Personalizadas.

2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar em Novo.

Page 211: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 114

INFORMÁTICA3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você de-

seja incluir na apresentação personalizada principal e, em seguida, clicar em Adicionar.

Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver-sos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL en-quanto clica em cada slide que queira selecionar.

4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em Slides na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em seguida, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou para baixo na lista.

5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1 a 5.

6. Para criar um hiperlink da apresentação principal para uma apresentação de suporte, selecionar o texto ou objeto que você de-seja para representar o hiperlink.

7. Na guia Inserir, no grupo Vínculos, clicar na seta abaixo de Hiperlink.

8. Em Vincular para, clicar em Colocar Neste Documento. 9. Seguir um destes procedimentos: • Para se vincular a uma apresentação personalizada, na lista

Selecionar um local neste documento, selecionar a apresentação personalizada para a qual deseja ir e marcar a caixa de seleção Mostrar e retornar.

• Para se vincular a um local na apresentação atual, na lista Selecione um local neste documento, selecionar o slide para o qual você deseja ir.

Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona-lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.

Transição de slides As transições de slide são os efeitos semelhantes à animação

que ocorrem no modo de exibição Apresentação de Slides quando você move de um slide para o próximo.

É possível controlar a velocidade de cada efeito de transição de slides e também adicionar som.

O Microsoft Office PowerPoint 2010 inclui vários tipos dife-rentes de transições de slides, incluindo (mas não se limitando) as seguintes:

1. Sem transição 2. Persiana Horizontal 3. Persiana Vertical 4. Quadro Fechar 5. Quadro Abrir 6. Quadriculado na Horizontal 7. Quadriculado na Vertical 8. Pente Horizontal 9. Pente Vertical

Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápi-dos, clicar no botão Mais, conforme mostrado no diagrama acima.

• Adicionar a mesma transição de slides a todos os slides em sua apresentação:

1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides.

2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,

clicar em um efeito de transição de slides. 4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos

Rápidos, clicar no botão Mais. 5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo

Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada.

6. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Aplicar a Tudo.

• Adicionar diferentes transições de slides aos slides em sua apresentação

1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na guia Slides.

2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,

clicar no efeito de transição de slides que você deseja para esse slide.

4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápidos, clicar no botão Mais.

5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada.

6. Para adicionar uma transição de slides diferente a outro slide em sua apresentação, repetir as etapas 2 a 4.

• Adicionar som a transições de slides 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na

guia Slides. 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,

clicar na seta ao lado de Som de Transição e, em seguida, seguir um destes procedimentos:

• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o som desejado.

• Para adicionar um som não encontrado na lista, selecionar Outro Som, localizar o arquivo de som que você deseja adicionar e, em seguida, clicar em OK.

4. Para adicionar som a uma transição de slides diferente, repetir as etapas 2 e 3.

Configurar apresentação de slides • Tipo de apresentação Usar as opções na seção Tipo de apresentação para especificar

como você deseja mostrar a apresentação para sua audiência. o Para fazer sua apresentação diante de uma audiência ao

vivo, clicar em Exibida por um orador (tela inteira). o Para permitir que a audiência exiba sua apresentação a partir

de um disco rígido ou CD em um computador ou na Internet, clicar em Apresentada por uma pessoa (janela).

o Para permitir que a audiência role por sua apresentação de auto execução a partir de um computador autônomo, marcar a cai-xa de seleção Mostrar barra de rolagem.

o Para entregar uma apresentação de auto execução execu-tada em um quiosque (um computador e monitor, geralmente lo-

Page 212: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 115

INFORMÁTICAcalizados em uma área frequentada por muitas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som ou vídeo. Os quiosques podem ser configurados para executar apresentações do PowerPoint de forma automática, contínua ou ambas), clicar em Apresentada em um quiosque (tela inteira).

• Mostrar slides Usar as opções na seção Mostrar slides para especificar quais

slides estão disponíveis em uma apresentação ou para criar uma apresentação personalizada (uma apresentação dentro de uma apresentação na qual você agrupa slides em uma apresentação existente para poder mostrar essa seção da apresentação para um público em particular).

o Para mostrar todos os slides em sua apresentação, clicar em Tudo.

o Para mostrar um grupo específico de slides de sua apresen-tação, digitar o número do primeiro slide que você deseja mostrar na caixa De e digitar o número do último slide que você deseja mostrar na caixa Até.

o Para iniciar uma apresentação de slides personalizada que seja derivada de outra apresentação do PowerPoint, clicar em Apresentação personalizada e, em seguida, clicar na apresenta-ção que você deseja exibir como uma apresentação personalizada (uma apresentação dentro de uma apresentação na qual você agru-pa slides em uma apresentação existente para poder mostrar essa seção da apresentação para um público em particular).

• Opções da apresentação Usar as opções na seção Opções da apresentação para especi-

ficar como você deseja que arquivos de som, narrações ou anima-ções sejam executados em sua apresentação.

o Para executar um arquivo de som ou animação continua-mente, marcar a caixa de opções Repetir até ‘Esc’ ser pressionada.

o Para mostrar uma apresentação sem executar uma narração incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem narra-ção.

o Para mostrar uma apresentação sem executar uma animação incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem anima-ção.

o Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência ao vivo, é possível escrever nos slides. Para especificar uma cor de tinta, na lista Cor da caneta, selecionar uma cor de tinta.

A lista Cor da caneta estará disponível apenas se Exibida por um orador (tela inteira) (na seção Tipo de apresentação) estiver selecionada.

• Avançar slides Usar as opções na seção Avançar slides para especificar como

mover de um slide para outro. o Para avançar para cada slide manualmente durante a apre-

sentação, clicar em Manualmente. o Para usar intervalos de slide para avançar para cada slide

automaticamente durante a apresentação, clicar em Usar interva-los, se houver.

• Vários Monitores

É possível executar sua apresentação do Microsoft Office Po-werPoint 2010 de um monitor (por exemplo, em um pódio) en-quanto o público a vê em um segundo monitor.

Usando dois monitores, é possível executar outros programas que não são vistos pelo público e acessar o modo de exibição Apre-sentador. Este modo de exibição oferece as seguintes ferramentas para facilitar a apresentação de informação:

o É possível utilizar miniaturas para selecionar os slides de uma sequência e criar uma apresentação personalizada para o seu público.

o A visualização de texto mostra aquilo que o seu próximo cli-que adicionará à tela, como um slide novo ou o próximo marcador de uma lista.

o As anotações do orador são mostradas em letras grandes e claras, para que você possa utilizá-las como um script para a sua apresentação.

o É possível escurecer a tela durante sua apresentação e, de-pois, prosseguir do ponto em que você parou. Por exemplo, talvez você não queira exibir o conteúdo do slide durante um intervalo ou uma seção de perguntas e respostas.

No modo de exibição do Apresentador, os ícones e botões são grandes o suficiente para uma fácil navegação, mesmo quando você está usando um teclado ou mouse desconhecido. A seguin-te ilustração mostra as várias ferramentas disponibilizadas pelo modo de exibição Apresentador.

1. Miniaturas dos slides que você pode clicar para pular um slide ou retornar para um slide já apresentado.

2. O slide que você está exibindo no momento para o pú-blico.

3. O botão Finalizar Apresentação, que você pode clicar a qualquer momento para finalizar a sua apresentação.

4. O botão Escurecer, que você pode clicar para escurecer a tela do público temporariamente e, em seguida, clicar de novo para exibir o slide atual.

Page 213: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 116

INFORMÁTICA5. Avançar para cima, que indica o slide que o seu público

verá em seguida. 6. Botões que você pode selecionar para mover para frente

ou para trás na sua apresentação. 7. O Número do slide (por exemplo, Slide 7 de 12) 8. O tempo decorrido, em horas e minutos, desde o início

da sua apresentação. 9. As anotações do orador, que você pode usar como um

script para a sua apresentação.Requisitos para o uso do modo de exibição Apresentador: Para utilizar o modo de exibição Apresentador, faça o seguin-

te: o Certifique-se que o computador usado para a apresentação

tem capacidade para vários monitores. o Ativar o suporte a vários monitores o Ativar o modo de exibição Apresentador. Ativar o suporte a vários monitores: Embora os computadores possam oferecer suporte a mais de

dois monitores, o PowerPoint oferece suporte para o uso de até dois monitores para uma apresentação. Para desativar o suporte a vários monitores, selecionar o segundo monitor e desmarcar a caixa de seleção Estender a área de trabalho do Windows a este monitor.

1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Monitores, clicar em Mostrar Modo de Exibição do Apresentador.

2. Na caixa de diálogo Propriedades de Vídeo, na guia Con-figurações, clicar no ícone do monitor para o monitor do apresen-tador e desmarcar a caixa de seleção Usar este dispositivo como monitor primário.

Se a caixa de seleção Usar este dispositivo como monitor pri-mário estiver marcada e não disponível, o monitor foi designado como o monitor primário. Somente é possível selecionar um mo-nitor primário por vez. Se você clicar em um ícone de monitor diferente, a caixa de seleção Usar este dispositivo como monitor primário é desmarcada e torna-se disponível novamente.

É possível mostrar o modo de exibição Apresentador e executar a apresentação de apenas um monitor — geralmente, o monitor 1.

3. Clicar no ícone do monitor para o monitor do público e marcar a caixa de seleção Estender a área de trabalho do Windows a este monitor.

Executar uma apresentação em dois monitores usando o modo de exibição do Apresentador:

Após configurar seus monitores, abrir a apresentação que de-seja executar e fazer o seguinte:

1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Configuração, clicar em Configurar a Apresentação de Slides.

2. Na caixa de diálogo Configurar Apresentação, escolher as opções desejadas e clicar em OK.

3. Para começar a entrega da apresentação, na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresentação, clicar em Apresenta-ção de Slides.

• Desempenho Usar as opções na seção Desempenho para especificar o nível

de clareza visual da apresentação. o Para acelerar o desenho de elementos gráficos na apresen-

tação, selecionar Usar aceleração de elementos gráficos do har-dware.

o Na lista Resolução da apresentação de slides, clicar na reso-lução, ou número de pixels por polegada, que você deseja. Quanto mais pixels, mais nítida será a imagem, contudo mais lento será o desempenho do computador. Por exemplo, uma tela de 640 x 480 pixels é capaz de exibir 640 pontos distintos em cada uma das 480 linhas, ou aproximadamente 300.000 pixels. Essa é a resolução com desempenho mais rápido, contudo fornece a menor qualidade. Em contraste, uma tela com 1280 x 1024 pixels fornece as imagens mais nítidas, mas com desempenho mais lento.

BROFFICE IMPRESS

O BrOffice.org Impress fornece várias ferramentas para ajudar você a criar apresentações e exibições de slides atraentes. Você pode usar Impress para mostrar apresentações no computador ou imprimir as apresentações. Esta seção apresenta as etapas básicas envolvidas na criação e edição de uma apresentação.

- Para abrir um exemplo de apresentação do ImpressEtapas1. Em qualquer programa do BrOffice.org, escolha Arquivo -

Novo - Modelos e documentos2. No painel esquerdo, clique em Exemplos.3. No painel central, clique duas vezes na pasta Apresentações.4. Selecione uma apresentação de exemplo e clique em Abrir.

Criando uma apresentação

Para criar uma nova apresentação a partir de qualquer programa do BrOffice.org, escolha Arquivo - Novo – Apresentação.

Usando o Assistente de apresentaçãoQuando você cria um novo documento do Impress, o Assistente

de apresentação abre-se automaticamente. O assistente guia você nas primeiras etapas da criação de uma apresentação. Você pode usar o assistente para criar uma apresentação a partir de uma apresentação vazia, um modelo ou uma apresentação existente.

Page 214: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 117

INFORMÁTICA

- Para criar uma apresentação a partir de um modeloEtapas1. Na área Tipo da primeira página do Assistente de apresentação,

clique em Do modelo.Observação – Talvez seja necessário esperar um pouco para os

modelos serem carregados.2. Selecione uma categoria de modelo, por exemplo

“Apresentações”, e clique no modelo que deseja usar.3. Clique em Próximo.4. (Opcional) Se desejar usar um plano de fundo diferente

para os slides na apresentação, clique em um estilo na lista.Observação – Esses estilos também alteram o formato da

fonte usada na apresentação.5. Clique em Próximo.6. Para apresentações que você pretende realizar na tela, siga

este procedimento:• Na caixa Efeito, selecione o efeito de transição que deseja

usar ao passar de um slide para outro.• Na caixa Velocidade, selecione a velocidade da transição.• Se desejar que os slides avancem automaticamente na

apresentação, clique na opção Automático na área Selecionar tipo de apresentação.

7. Clique em Próximo.8. Digite as informações descritivas para a apresentação.9. Clique em Próximo.10.(Opcional) Para excluir um slide da apresentação, clique

na caixa de seleção em frente do nome do slide na lista Escolher páginas.

11.Clique em Criar.Depois de criar a apresentação, substitua e insira o texto nos

slides.

- Para salvar uma apresentaçãoEtapas1. Escolha Arquivo - Salvar.Se não salvou a apresentação antes, abre-se a caixa de diálogo

Salvar como.2. Na caixa Nome do arquivo, digite o nome da apresentação.3. Clique em Salvar.

- Para exportar uma apresentação para um formato diferenteVocê pode exportar uma apresentação como uma série de

páginas HTML vinculadas, como um arquivo PDF ou um arquivo Flash.

Etapas1. Escolha Arquivo - Exportar.2. Na caixa Nome do arquivo, digite o nome da apresentação.3. Na caixa Tipo de arquivo, selecione o formato para o

arquivo exportado.4. Clique em Exportar.

Editando slides

Você pode alterar o layout dos slides e a formatação do texto, assim como adicionar gráficos e cor aos slides.

Usando diferentes exibições

Para ajudar a editar e organizar os slides no Impress, você pode usar diferentes exibições da área de trabalho. Por exemplo, pode usar a exibição Normal para adicionar imagens a um único slide. Use o Classificador de slides para reordenar os slides e atribuir transições. Ou use a exibição Estrutura de tópicos para organizar e editar títulos de slide.

Para alterar a exibição, clique na guia exibição no painel central.

Movendo-se entre slides na exibição normal

Para mover-se entre slides na exibição Normal, clique na visualização de slide no painel Slides esquerdo.

- Para alterar o layout de um slideLayouts de slide definem onde texto e objetos são posicionados

em um slide.No Impress, você pode alterar facilmente o layout do slide em

que está trabalhando ao usar o painel Tarefas direito.Etapas1. Na exibição Normal, selecione o slide ao qual deseja aplicar

um novo layout.2. No painel Tarefas, clique no layout que deseja usar.- Para adicionar um slideEtapas1. Clique na guia Normal para escolher uma exibição Normal.2. No painel Slides esquerdo, clique com o botão direito do

mouse onde deseja adicionar um slide. Em seguida escolha Inserir slide.

Abre-se a caixa de diálogo Inserir slide.3. Na caixa nome, digite o nome do slide.4. (Opcional) Se desejar alterar o layout do novo slide, clique

em outro estilo de layout na caixa AutoLayout box.5. Clique em OK.

Page 215: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 118

INFORMÁTICA

- Para copiar um slideEtapas1. Na exibição Normal, selecione o slide que deseja copiar.2. Escolha Inserir – Duplicar slide.- Para mover um slideEtapas1. No painel Slides esquerdo, clique no slide que deseja mover.2. Arraste o slide para outra posição no painel Slides.

- Para excluir um slideEtapas1. No painel Slides esquerdo, clique no slide que deseja

excluir.2. Escolha Editar – Excluir slide.

Formatando texto

A barra Formatação de texto permite-lhe aplicar rapidamente formatos ao texto nos slides. Para usar a barra, selecione o texto que deseja formatar e clique em um ícone. Pode também selecionar uma opção das caixas Nome da fonte ou Tamanho da fonte.

Adicionando figuras aos slides

Figuras ajudam a tornar os slides mais interessantes. No Impress, você pode adicionar gráficos, como fotos ou imagens, aos slides.

- Para adicionar uma figura de um arquivoEtapas1. Escolha Inserir - Figura - Do arquivo.Abre-se a caixa de diálogo Inserir figura.2. Localize o gráfico que deseja inserir e clique em Abrir.

- Para adicionar um gráfico da galeriaA Galeria do BrOffice.org contém gráficos predefinidos que

você pode adicionar aos slides.Etapas1. Escolha Ferramentas - Galeria.2. Selecione um tema da lista à esquerda.3. Selecione o gráfico que deseja inserir e arraste o gráfico

para o slide.Observação –Pode também criar gráficos com as ferramentas na barra de

ferramentas Desenho.

Adicionando transições de slide

Para uma apresentação na tela, você pode animar a transição de um slide para o seguinte com efeitos como persianas ou surgimento.

- Para adicionar uma transição a um slide

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Didatismo e Conhecimento 119

INFORMÁTICAEtapas1. Escolha a exibição Classificador de slide ou abra o painel

Slides esquerdo.2. Clique com o botão direito do mouse em um slide e escolha

Transição de slides.Abre-se a página Transição de slides no painel Tarefas.3. Clique em um efeito de transição.O efeito é visualizado automaticamente no slide.Observação – Todas as transições são aplicadas quando você

altera um slide. Se desejar uma transição entre slide 1 e slide 2, atribua a transição ao slide 2.

Adicionando efeitos de animação a texto e gráficos

Você pode usar efeitos de animação para que o texto ou os gráficos no slide apareçam depois de um clique do mouse.

- Para adicionar um efeito de animação a um texto ou gráficoEtapas1. Na exibição Normal, alterne para o slide que contém o texto

ou o gráfico que deseja animar.2. Clique na caixa de texto ou gráfico que deseja modificar.3. Escolha Apresentação de slides - Animação personalizada.Abre-se a página Animação personalizada do painel de

Tarefas.4. Clique em Adicionar.5. Na caixa de diálogo Animação personalizada – Adicionar,

clique no efeito que deseja aplicar e clique em OK.Observação – Você pode adicionar quantos efeitos desejar. Para

obter mais informações sobre a página Animação personalizada, consulte a ajuda on-line do Impress.

Executando uma apresentação

Depois de criar uma apresentação de slides, pode mostrá-la para um público.

- Para iniciar uma apresentação de slides

Etapas1. Abra a apresentação que terá uma exibição de slides.2. Escolha Apresentação de slides - Apresentação de slides.3. Faça avançar os slides.• Para ir de um slide para outro, pressione a Barra de espaços

ou clique com o mouse.• Para passar para o slide seguinte sem efeito de animação,

pressione a tecla de seta para a direita.

• Para ir para o slide anterior, pressione a tecla de seta para a esquerda ou clique com o botão direito do mouse.

- Para sair de uma apresentação de slidesEtapaPressione a tecla Escape.

SERVIÇOS DE INTERNET: CONCEITOS,CORREIO ELETRÔNICO, LISTAS DE E-MAIL; GRUPOS DE DISCUSSÃO, NAVEGAÇÃO, BUSCA E PESQUISA.

Correio Eletrônico

Um Pouco de História

Foi em 1971 que tudo começou (na realidade começou an-tes, com pesquisas), com um engenheiro de computação da BBN (Bolt Beranek e Newman), chamado Ray Tomlinson. Utilizando um programa chamado SNDMSG, abreviação do inglês “Send Message”, e o ReadMail, Ray conseguiu enviar mensagem de um computador para outro. Depois de alguns testes mandando men-sagens para ele mesmo, Ray tinha criado o maior e mais utilizado meio de comunicação da Internet, o correio eletrônico do inglês “eletronic mail” ou simplesmente como todos conhecem e-mail.

O símbolo @ foi utilizado por Tomlinson para separar o nome do computador do nome do usuário, esta convenção é utili-zada até hoje. Como não poderia deixar de ser, o primeiro ende-reço de e-mail foi criado por Tomlinson, tomlinson@bbn-tenexa. O símbolo @ (arroba) é lido no inglês com “at”, que significa em, algo como: o endereço tomlinson está no computador bbn--tenexa.

Durante um bom tempo, o e-mail foi usado, quase que exclu-sivamente, por pesquisadores da área de computação e militares. Foi com o desenvolvimento e o aumento de usuários da Internet, que o e-mail se popularizou e passou a ser a aplicação mais uti-lizada na internet. Hoje, até mesmo pessoas que usam a Internet muito pouco, tem um e-mail.

O correio eletrônico se parece muito com o correio tradicio-nal. Todo usuário tem um endereço próprio e uma caixa postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua mensagem, diz pra quem que mandar e a Internet cuida do resto. Mas por que o e-mail se popularizou tão depressa? A primeira coisa é pelo custo. Você não paga nada por uma comunicação via e-mail, apenas os custos de conexão com a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio tradicional levaria dias para entregar uma mensagem, o eletrônico faz isso quase que instantaneamente e não utiliza pa-pel. Por ultimo, a mensagem vai direto ao destinatário, não preci-sa passa de mão-em-mão (funcionário do correio, carteiro, etc.), fica na sua caixa postal onde somente o dono tem acesso e, apesar de cada pessoa ter seu endereço próprio, você pode acessar seu e-mail de qualquer computador conectado à Internet.

Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso do correio con-vencional com a velocidade do telefone, se tornando um dos me-lhores e mais utilizado meio de comunicação.

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Didatismo e Conhecimento 120

INFORMÁTICAEstrutura e Funcionalidade do e-mail Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos os

endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, nome do usuário + @ + host, onde:

» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuá-rio na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecastro.

» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa o nome do usuário do seu provedor.

» Host – é o nome do provedor onde foi criado o endereço eletrônico. Exemplo: click21.com.br .

» Provedor – é o host, um computador dedicado ao serviço 24 horas por dia.

Vejamos um exemplo real: [email protected]

A caixa postal é composta pelos seguintes itens:» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens

recebidas.» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não enviadas.» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails que

foram enviados.» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda não termi-

nou de redigir.» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas.

Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão presentes:» Para – é o campo onde será inserido o endereço do destina-

tário.» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da mesma

mensagem, ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os destinatários.

» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, no entan-to os endereços só aparecerão para os respectivos donos.

» Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.» Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens,

programas, música, arquivos de texto, etc.).» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a mensa-

gem.

Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, porém representando as mesmas funções. Além dos destes campos tem ain-da os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e EXCLUIR as men-sagens, este botões bem como suas funcionalidades veremos em detalhes, mais a frente.

Para receber seus e-mails você não precisa está conectado à In-ternet, pois o e-mail funciona com provedores. Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus e-mail são recebidos e ar-mazenados na sua caixa postal, localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa postal, pode ler seus e-mail on-line (direta-mente na Internet, pelo WebMail) ou baixar todos para seu com-putador através de programas de correio eletrônico. Um programa muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais a frente.

A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode enviar mensagens para você. Também é possível enviar mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto basta usar os campos “Cc” e “Cco” des-critos acima.

Atualmente, devido a grande facilidade de uso, a maioria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet através do nave-gador.

Este tipo de correio é chamado de WebMail. O WebMail é responsável pela grande popularização do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem computador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe quase que uma guerra por usuários. Os provedores, também, dispu-tam quem oferece maior espaço em suas caixas postais. Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de que o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A ultima campanha do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal constan-temente, a ultima vez que acessei estava em 2663 Mb.

WebMail

O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos os e-mails possuem aplica-ções para acesso direto na Internet. É grande o número de prove-dores que oferecem correio eletraônico gratuitamente, logo abaixo segue uma lista dos mais populares.

» Hotmail – http://www.hotmail.com» GMail – http://www.gmail.com» iBest Mail – http://www.ibestmail.com.br» iG Mail – http://www.ig.com.br» Yahoo – http://www.yahoo.com.br» Click21 – http://www.click21.com.br

Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este foi outro fator que au-mentou muito de tamanho, há pouco tempo a maioria dos prove-dores permitiam em torno de 2 Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 10 Mb. Porém tem alguns mais generosos que chegam a oferecer mais que isso, é o caso do Click21 que oferece 21 Mb, claro que essas limitações são preocupantes quando se tra-ta de e-mail grátis, pois a final de contas quando pagamos o bolso é quem manda. Além de caixa postal os provedores costumam ofe-recer serviços de agenda e contatos.

Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a critério de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu, por exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface com o menor propa-ganda possível.

» Criando seu e-mailFazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente sim-

ples, eu escolhi o iBestMail, pois a interface deste WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os entendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos endereços informados acima ou ainda qualquer outro que você conheça. O processo de cadastro é muito simples, basta preencher um formulário e depois você terá sua conta de e-mail pronta para ser usada. Alguns provedores exi-gem CPF para o cadastro, o iBest e o iG são exemplos, já outros você informa apenas dados pessoais, o Yahoo e o Gmail são exem-plos, este último é preciso ter um convite.

Vamos aos passos:1. Acesse a pagina do provedor (www.ibestmail.com.br) ou

qualquer outro de sua preferência.

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Didatismo e Conhecimento 121

INFORMÁTICA2. Clique no botão “CADASTRE-SE JÁ”, será aberto um for-

mulário, preencha-o observando todos os campos. Os campos do formulário têm suas particularidades de provedor para provedor, no entanto todos trazem a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer cadastro, no exemplo temos “@ibest.com.br”. A junção do nome de usuário com o nome do provedor é que será seu en-dereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: [email protected].

3. Após preencher todo o formulário clique no botão “Aceito”, pronto seu cadastro estará efetivado.

Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é comum que muitos nomes já tenham sido cadastrados por outros usuários, neste caso será exibida uma mensagem lhe informando do pro-blema. Isso acontece porque dentro de um mesmo provedor não pode ter dois nomes de usuários iguais. A solução é procurar outro nome que ainda esteja livre, alguns provedores mostram sugestões como: seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você (o que é bem provável que acontecerá) escolha uma das sugestões ou informe outro nome (não desista, você vai conseguir), finalize seu cadastro que seu e-mail vai está pronto para ser usado.

» Entendendo a Interface do WebMailA interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que nos

liga do mundo externo aos comandos do programa. Estes conheci-mentos vão lhe servir para qualquer WebMail que você tiver e tam-bém para o Outlook Express que é um programa de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa mais adiante.

1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no servidor.

2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição de e--mail será aberta. A janela de edição é o espaço no qual você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. Semelhante à função novo e-mail do Outlook.

3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus endere-ços de e-mail são previamente guardados para utilização futura, nesta seção também é possível criar grupos para facilitar o geren-ciamento dos seus contatos.

4. Configurações – Este botão abre (como o próprio nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem ser feitas di-versas configurações, tais como: mudar senha, definir número de e-mail por página, assinatura, resposta automática, etc.

5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma seção com vários tópicos de ajuda.

6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomendado quando o uso de seu e-mail ocorrer em computadores de terceiros.

7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu ende-reço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta; parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico.

8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você está, no exemplo a Caixa de Entrada.

9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de mensagens que estão na tela e também o total da seção selecionada.

10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão todos os comandos relacionados com as mensagens exibidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da mensagem, útil para bloquear e-mails in-desejados. Já o botão “Contas externas” abre uma seção para con-figurar outras contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa postal. Para o correto funcionamento desta opção é preciso que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.

11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão disponíveis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de sua caixa postal.

12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas; Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do nome, quando está normal significa que todas as mensagens foram abertas, porém quando estão em negrito, acusam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas, o número entre parêntese indica a quantidade. Este detalhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.

13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exibido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe também as mensagens das diversas pastas existentes na sua caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre negrito, também é válida para esta seção. Observe as caixas de seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensagem, é através delas que as mensagens são selecionadas. A seleção de todos os itens ao mesmo tempo, tam-bém pode ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de nomeá-las, também serve para classificar as mensagens que por padrão estão classificadas através da coluna “Data”, para usar outra coluna na classificação basta clicar sobre nome dela.

14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adicio-nar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são um modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas mensagens por temas. Quando seu e-mail é criado não existem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário de acordo com suas necessidades.

15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a seção onde pode ser feita uma configuração que permitirá você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O próximo link, como o nome já diz, abre a janela de configuração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração automática do Outlook Express. Estes dois pri-meiros links são os mesmos apresentados no item 10.

FERRAMENTAS DE BUSCA E PESQUISA

Um motor de busca é um sistema de software projetado para encontrar informações armazenadas em um sistema computacio-nal a partir de palavras-chave indicadas pelo utilizador, reduzindo o tempo necessário para encontrar informações.

Os motores de busca surgiram logo após o aparecimento da Internet, com a intenção de prestar um serviço extremamente im-portante: a busca de qualquer informação na rede, apresentando os resultados de uma forma organizada, e também com a proposta de fazer isto de uma maneira rápida e eficiente. A partir deste preceito básico, diversas empresas se desenvolveram, chegando algumas a valer milhões de dólares. Entre as maiores empresas encontram-se o Google, o Yahoo, o Lycos, o Cadê e, mais recentemente, a Ama-zon.com com o seu mecanismo de busca A9 porém inativo. Os buscadores se mostraram imprescindíveis para o fluxo de acesso e a conquista novos visitantes.

Antes do advento da Web, havia sistemas para outros proto-colos ou usos, como o Archie para sites FTP anônimos e o Vero-nica para o Gopher (protocolo de redes de computadores que foi desenhado para indexar repositórios de documentos na Internet, baseando-se em menus).

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Didatismo e Conhecimento 122

INFORMÁTICAConceito

Um motor de busca é feito para auxiliar a procura de informa-ções armazenadas na rede mundial (WWW), dentro de uma rede corporativa ou de um computador pessoal. Ele permite que uma pessoa solicite conteúdo de acordo com um critério específico (ti-picamente contendo uma dada palavra ou frase) e responde com uma lista de referências que combinam com tal critério, ou seja é uma espécie de catálogo mágico. Ao se realizar uma consulta, a lista de ocorrências de assuntos é criada previamente por meio de um conjunto de softwares de computadores, conhecidos como Web_crawler, que vasculham toda a Web em busca de ocorrências de um determinado assunto em uma página. Ao encontrar uma pá-gina com muitos links, os spiders embrenham-se por eles, conse-guindo, inclusive, vasculhar os diretórios internos - aqueles que tenham permissão de leitura para usuários - dos sites nos quais estão trabalhando.

Os motores de busca usam regularmente índices atualizados para funcionar de forma rápida e eficiente. Sem maior especifica-ção, ele normalmente refere-se ao serviço de busca Web, que pro-cura informações na rede pública da Internet. Outros tipos incluem motores de busca para empresas (Intranets), motores de busca pessoais e motores de busca móveis. De qualquer forma, enquan-to diferente seleção e relevância podem aplicar-se em diferentes ambientes, o utilizador provavelmente perceberá uma pequena di-ferença entre as operações neles. Alguns motores também extraem dados disponíveis em grupos de notícias, grandes bancos de dados ou diretórios abertos como a DMOZ.org. Ao contrário dos diretó-rios Web, que são mantidos por editores humanos, os serviços de busca funcionam algoritmicamente. A maioria dos sites que cha-mam os motores de busca são, na verdade, uma “interface” (front end) para os sistemas de busca de outras empresas .

História

Os primeiros motores de busca (como o Yahoo) baseavam-se na indexação de páginas através da sua categorização. Posteriormente surgiram as meta-buscas. A mais recente geração de motores de busca (como a do Google) utiliza tecnologias diversas, como a procura por palavras-chave diretamente nas páginas e o uso de referências exter-nas espalhadas pela web, permitindo até a tradução direta de páginas (embora de forma básica ou errada) para a língua do utilizador. O Google, além de fazer a busca pela Internet, oferece também o recur-so de se efetuar a busca somente dentro de um site específico. É essa a ferramenta usada na comunidade Wiki.

Os motores de busca são buscadores que baseiam sua coleta de páginas em um robô que varre a Internet à procura de páginas novas para introduzir em sua base de dados automaticamente. Motores de busca típicos são Google, Yahoo e Altavista.

A primeira ferramenta utilizada para busca na Internet foi o Ar-chie (da palavra em Inglês, “archive” sem a letra “v”). Foi criado em 1990 por Alan Emtage, um estudante da McGill University em Mon-treal. O programa baixava as listas de diretório de todos arquivos lo-calizados em sites públicos de FTP (File Transfer Protocol) anônimos, criando uma base de dados que permitia busca por nome de arquivos.

Enquanto o Archie indexava arquivos de computador, o Gopher indexava documentos de texto. Ele foi criado em 1991, por Mark Mc-Cahill da Universidade de Minessota, cujo nome veio do mascote da escola. Devido ao fato de serem arquivos de texto, a maior parte dos sites Gopher tornaram-se websites após a criação da World Wide Web.

Dois outros programas, Veronica e Jughead, buscavam os arqui-vos armazenados nos sistemas de índice do Gopher. Veronica (Very Easy Rodent-Oriented Net-wide Index to Computerized Archives) provia uma busca por palavras para a maioria dos títulos de menu em todas listas do Gopher. Jughead (Jonzy’s Universal Gopher Hierarchy Excavation And Display) era uma ferramenta para obter informações de menu de vários servidores Gopher.

O primeiro search engine Web foi o Wandex, um índice atual-mente extinto feito pela World Wide Web Wanderer, um web craw-ler (programa automatizado que acessa e percorre os sites seguindo os links presentes nas páginas.) desenvolvido por Matthew Gray no MIT, em 1993. Outro sistema antigo, Aliweb, também apareceu no mesmo ano e existe até hoje. O primeiro sistema “full text” baseado em crawler foi o WebCrawler, que saiu em 1994. Ao contrário de seus predecessores, ele permite aos usuários buscar por qualquer palavra em qualquer página, o que tornou-se padrão para todos serviços de busca desde então. Também foi o primeiro a ser conhecido pelo gran-de público. Ainda em 1994, o Lycos (que começou na Carnegie Me-llon University) foi lançado e tornou-se um grande sucesso comercial.

Logo depois, muitos sistemas apareceram, incluindo Excite, Infoseek, Inktomi, Northern Light, e AltaVista. De certa forma, eles competiram com diretórios populares como o Yahoo!. Posteriormen-te, os diretórios integraram ou adicionaram a tecnologia de search en-gine para maior funcionalidade.

Os sistemas de busca também eram conhecidos como a “mina de ouro” no frenesi de investimento na Internet que ocor-reu no fim dos anos 1990s. Várias empresas entraram no mercado de forma espetacular, com recorde em ganhos durante seus pri-meiros anos de existência. Algumas fecharam seu sistema público, e estão oferecendo versões corporativas somente, como a Northern Light.

Mais recentemente, os sistemas de busca também estão utili-zando XML ou RSS, permitindo indexar dados de sites com efi-cácia, sem a necessidade de um crawler complexo. Os sites sim-plesmente provêm um xml feed o qual é indexado pelo sistema de busca. Os XML feeds estão sendo cada vez mais fornecidos de forma automática por weblogs. Exemplos são o feedster, que inclui o LjFind Search que provê serviços para os blogs do site LiveJournal.

Tipos de buscador

Pesquisa mostrando os três maiores sites de busca no mundo

Existem variados tipos de buscadores:Buscadores globais são buscadores que pesquisam todos os

documentos na rede, e a apresentação do resultado é aleatória, de-pendendo do ranking de acessos aos sites. As informações podem referir-se a qualquer tema.

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Didatismo e Conhecimento 123

INFORMÁTICAO buscador global mais recente é o Wiglr, que utiliza dados

muito parecidos com o Google e Bing, é também o primeiro bus-cador criado nesta década (2010-2020). Google, Yahoo e Bing são os buscadores globais mais acessados.

Buscadores verticais são buscadores que realizam pesquisas “especializadas” em bases de dados próprias de acordo com suas propensões. Geralmente, a inclusão em um buscador vertical está relacionada ao pagamento de uma mensalidade ou de um valor por clique. Trovit, BizRate, AchaNoticias, Oodle, Catho, SAPO, BuscaPé, Zura e Become.com são alguns exemplos de buscadores verticais.

Guias locais são buscadores exclusivamente locais ou regio-nais. As informações se referem a endereços de empresas ou pres-tadores de serviços. O resultado é priorizados pelo destaque de quem contrata o serviço. Listão, GuiaMais, AcheCerto, EuAchei-Fácil, Zeen! entre outras. Geralmente são cadastros e publicações pagas. É indicado para profissionais e empresas que desejam ofe-recer seus produtos ou serviços em uma região, Estado ou Cidade.

Guias de busca local ou buscador local são buscadores de abrangência nacional que lista as empresas e prestadores de servi-ços próximas ao endereço do internauta a partir de um texto digi-tado. A proximidade é avaliada normalmente pelo cep, Donavera.com, ou por coordenadas de GPs. Os cadastros Básicos são gratui-tos para que as micros empresas ou profissionais liberais possam estar presente na WEB sem que invistam em um sites próprio. É indicado para profissionais e empresas que desejam oferecer seus produtos ou serviços em uma Localidade, rua, bairro, cidade ou Estado e possibilitando ainda a forma mais rápida de atualização dos registros de contatos por seus clientes ou fornecedores.

Diretórios de websites são índices de sites, usualmente orga-nizados por categorias e subcategorias. Tem como finalidade prin-cipal permitir ao usuário encontrar rapidamente sites que desejar, buscando por categorias, e não por palavras-chave. Os diretórios de sites geralmente possuem uma busca interna, para que usuários possam encontrar sites dentro de seu próprio índice. Diretórios po-dem ser a nível regional, nacional (como o Achei no Brasil) ou global, e até mesmo especializados em determinado assunto. Open Directory Project é exemplo de diretórios de sites.

A divulgação de sites de empresas com negócios regionais são acessados em sua grande maioria quando os profissionais da WEB cadastram seus sites nos Buscadores Locais para aumentarem as visitas de internautas, pois não há um sistema de atualização au-tomática dos dados que abranja todos os tipos de categorias e em rapidez necessária. Por esta razão, somente cerca de 20% a 25% de tudo que existe na WEB é publicada nos buscadores.

A novidade agora são os ontobuscadores, isto é, buscadores baseados em Ontologias, como o Ontoweb.

FuncionamentoUm search engine opera na seguinte ordem:Web crawling (percorrer por links)IndexaçãoBusca

Os sistemas de busca trabalham armazenando informações so-bre um grande número de páginas, as quais eles obtém da própria WWW. Estas páginas são recuperadas por um Web crawler (tam-bém conhecido como spider) — um Web browser automatizado que segue cada link que vê. As exclusões podem ser feitas pelo uso do robots.txt. O conteúdo de cada página então é analisado para determinar como deverá ser indexado (por exemplo, as palavras são extraídas de títulos, cabeçalhos ou campos especiais chamados meta tags).

Os dados sobre as páginas são armazenados em um banco de dados indexado para uso nas pesquisas futuras. Alguns sistemas, como o do Google, armazenam todo ou parte da página de origem (referido como um cache) assim como informações sobre as pági-nas, no qual alguns armazenam cada palavra de cada página en-contrada, como o AltaVista. Esta página em cache sempre guarda o próprio texto de busca pois, como ele mesmo foi indexado, pode ser útil quando o conteúdo da página atual foi atualizado e os ter-mos de pesquisa não mais estão contidos nela. Este problema pode ser considerado uma forma moderada de linkrot (perda de links em documentos da Internet, ou seja, quando os sites deixaram de existir ou mudaram de endereço), e a maneira como o Google lida com isso aumenta a usabilidade ao satisfazer as expectativas dos usuários pelo fato de o termo de busca estarão na página retornada. Isto satisfaz o princípio de “menos surpresa”, pois o usuário nor-malmente espera que os termos de pesquisa estejam nas páginas retornadas. A relevância crescente das buscas torna muito útil estas páginas em cache, mesmo com o fato de que podem manter dados que não mais estão disponíveis em outro lugar.

Quando um usuário faz uma busca, tipicamente digitando palavras-chave, o sistema procura o índice e fornece uma lista das páginas que melhor combinam ao critério, normalmente com um breve resumo contendo o título do documento e, às vezes, partes do seu texto. A maior parte dos sistemas suportam o uso de termos booleanos AND, OR e NOT para melhor especificar a busca. E uma funcionalidade avançada é a busca aproximada, que permite definir a distância entre as palavras-chave.

A utilidade de um sistema de busca depende da relevância do resultado que retorna. Enquanto pode haver milhões de páginas que incluam uma palavra ou frase em particular, alguns sites po-dem ser mais relevantes ou populares do que outros. A maioria dos sistemas de busca usam métodos para criar um ranking dos resultados para prover o “melhor” resultado primeiro. Como um sistema decide quais páginas são melhores combinações, e qual ordem os resultados aparecerão, varia muito de um sistema para outro. Os métodos também modificam-se ao longo do tempo, en-quanto o uso da Internet muda e novas técnicas evoluem. A maior parte dos sistemas de busca são iniciativas comerciais suportadas por rendimentos de propaganda e, como resultado, alguns usam a prática controversa de permitir aos anunciantes pagar para ter sua listagem mais alta no ranking nos resultados da busca.

A vasta maioria dos serviços de pesquisa são rodados por em-presas privadas usando algoritmos proprietários e bancos de da-dos fechados, sendo os mais populares o Google, Bing e Yahoo! Search. De qualquer forma, a tecnologia de código-aberto para sistemas de busca existe, tal como ht://Dig, Nutch, Senas, Egothor, OpenFTS, DataparkSearch e muitos outros.

Custos de armazenamento e tempo de crawling

Os custos de armazenamento não são o recurso limitador na implementação de um sistema de busca. Armazenar simplesmen-te 10 bilhões de páginas de 10 kbytes cada (comprimidas) requer 100TB e outros aproximados 100TB para índices, dando um cus-to de hardware total em menos de $200k: 400 drives de disco de 500GB em 100 PCs baratos.

De qualquer forma, um sistema público de busca considera-velmente requer mais recursos para calcular os resultados e prover alta disponibilidade. E os custos de operar uma grande server farm não são triviais.

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Didatismo e Conhecimento 124

INFORMÁTICAPassar por 10B páginas com 100 máquinas percorrendo links

a 100 páginas/segundo levaria 1M segundos, ou 11.6 dias em uma conexão de Internet de alta capacidade. A maior parte dos sistemas percorre uma pequena fatia da Web (10-20% das páginas) perto desta freqüência ou melhor, mas também percorre sites dinâmicos (por exemplo, sites de notícias e blogs) em uma freqüência muito mais alta.

Motores de busca geoespaciais

Uma recente melhoria na tecnologia de busca é a adição de geocodificação e geoparsing para o processamento dos documen-tos ingeridos. O geoparsing tenta combinar qualquer referência encontrada a lugares para um quadro geoespacial de referência, como um endereço de rua, localizações de dicionário de termos geográficos, ou a uma área (como um limite poligonal para uma municipalidade). Através deste processo de geoparsing, as latitu-des e longitudes são atribuídas aos lugares encontrados e são inde-xadas para uma busca espacial posterior. Isto pode melhorar muito o processo de busca pois permite ao usuário procurar documentos para uma dada extensão do mapa, ou ao contrário, indicar a loca-lização de documentos combinando com uma dada palavra-chave para analisar incidência e agrupamento, ou qualquer combinação dos dois. Uma empresa que desenvolveu este tipo de tecnologia é a MetaCarta, que disponibiliza seu produto como um XML Web Service para permitir maior integração às aplicações existentes.

A MetaCarta também provê uma extensão para o programa GIS como a ArcGIS (ESRI) para permitir aos analistas fazerem buscas interativamente e obter documentos em um contexto avan-çado geoespacial e analítico.

Fórum de Discussão

Um Fórum de Discussão é, antes de qualquer coisa, um espa-ço de interatividade.

Essa regra básica vale, também, para os Fóruns construídos especificamente para a Internet.

Em um Fórum-web, você pode “depositar” suas dúvidas, críti-cas e indignações, dar dicas interessantes, deixar lembretes e, ain-da, trocar informações com outros internautas.

Trata-se, portanto, de um espaço democrático onde é possível expor ideias, estabelecer contatos e viabilizar ricos processos de aprendizado.

Um Fórum ou Grupo de Discussão é, basicamente, uma fer-ramenta que permite que um grupo de usuários, possam trocar informações sobre um determinado assunto ou tema. Por exem-plo, em um fórum de Saúde Pública, podem participar usuários interessados em aprender mais sobre Saúde Pública. Quando um participante tem uma dúvida ele coloca uma mensagem no fórum, descrevendo a dúvida. Os demais participantes acessam a mensa-gem e, se um ou mais deles souber a resposta, ele coloca a resposta no fórum, para que todos compartilhem a dica. Vejam que desta forma um fórum de discussão é uma ferramenta poderosa para que se possam compartilhar conhecimentos e dicas, e resolver dúvidas através da Internet.

Os fóruns disponibilizam uma série de ferramentas que faci-litam a sua utilização e a localização das informações desejadas. Todas as mensagens “postadas” no fórum são arquivadas. Se você se inscreve em um fórum hoje, você poderá acessar todas as men-sagens postadas anteriormente, desde que o fórum foi inaugurado.

Estão também disponíveis ferramentas para pesquisar nas mensagens arquivadas e para ordená-las por assunto, por data de postagem, por autor e assim por diante. Você também tem dife-rentes opções para ter acesso às mensagens. As mais comuns são: 1) receber cada mensagem individualmente via e-mail (eu não recomendo esta opção, pois em fóruns muito movimentados, são geradas centenas de mensagens, diariamente), 2) receber um único e-mail, com todas as mensagens do dia (eu recomendo esta opção), 3) consultar as mensagens diretamente via Internet. Existem tam-bém ferramentas para que os participantes possam compartilhar arquivos, existem fóruns que permitem que cada participante dis-ponibilize uma ou mais fotos, etc.

- http://br.groups.yahoo.com: Um dos maiores sites com gru-pos de discussão em Português. Existem fóruns sobre os mais variados assuntos, desde assuntos esotéricos, ecologia, história, geografia, informática, segurança na Internet, esportes de aventu-ra, religião, trabalhos escolares, empreendedorismo, etc. Existem milhares de grupos, divididos em categorias. São realmente muitas opções. Você também tem a opção de criar um ou mais fóruns, sobre assuntos de seu interesse.

- http://www.msn.com.br: Serviço muito semelhante ao do Yahoo. Disponibiliza milhares de fóruns de discussão e também permite que você crie seus próprios fóruns.

- http://www.babooforum.com.br/: Excelentes fóruns, com conteúdo realmente muito bom, relacionados aos mais diversos assuntos de informática, tais como: Windows XP, Windows 2000, Hardware, dicas de segurança na Internet, Word, Excel, Access, PowerPoint, Banco de dados, programação, Redes de computa-dores, etc.

Wikis

Por trás da badalada Wikipédia, enciclopédia livre que con-quistou milhões de leitores e ganhou o status de “tão confiável quanto a Britânica”, se esconde uma tecnologia que começa a ga-nhar adeptos no mundo corporativo: os softwares de wiki. Entre eles, destacam-se pesos-pesados como a IBM, que aposta na fer-ramenta para facilitar a colaboração a avançar em projetos de uma das suas áreas mais estratégicas: a de inovação.

Para definir o que fazem os wikis, ninguém melhor do que ela, a própria Wikipédia: “software colaborativo que permite a edição coletiva dos documentos usando um singelo sistema e sem que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publicação”.

O conceito é realmente simples - textos publicados na web que podem ser modificados por qualquer usuário via browser, sem a necessidade de autorização prévia, aliados a um sistema que re-gistra todas as alterações e as exibe, de forma transparente, tornan-do a construção do conhecimento muito mais fluída.

Uma das características definitivas da tecnologia wiki é a faci-lidade com que as páginas são criadas e alteradas - geralmente não existe qualquer revisão antes de as modificações serem aceitas, e a maioria dos wikis são abertos a todo o público ou pelo menos a todas as pessoas que têm acesso ao servidor wiki. Nem o registro de usuários é obrigatório em todos os wikis.

As aplicações são as mais diversas. Na web, é possível en-contrar desde guias de viagem e sites de notícias até verdadeiros manuais de tecnologia, abordando temas como Mac, Linux e Java, todos construídos colaborativamente. Dentro das empresas, as possibilidades também são infinitas. “É possível desenvolver pro-

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Didatismo e Conhecimento 125

INFORMÁTICAdutos, elaborar propostas comercias de forma cooperada, criar um wiki que ajude a definir as melhores formas de atender um cliente ou estabelecer políticas de recursos humanos, por exemplo”, ex-plora Sérgio Lozinsky, líder em estratégia corporativa para Améri-ca Latina da IBM Global Business Services.

Os wikis são um dos elementos da chamada Web 2.0, de for-ma bastante geral, baseia-se em um novo paradigma de produção de conteúdo, que parte dos usuários para os próprios usuários - sites de compartilhamento de vídeos (como o YouTube), de fotos (Flickr), bookmarks (Del.icio.us), blogs e redes sociais atestam a crescente popularidade do modelo.

No mundo corporativo, a aplicação deste modelo pressupõe não mais uma comunicação hierarquizada, que parte da cúpula para a base, mas uma construção difusa das ideias dentro da em-presa. Em outras palavras, sai de cena a intranet e entram os wikis.

No Brasil, este é um modelo ainda não muito difundido entre as empresas. “Sabemos de algumas experiências, mas ainda está muito restrito a empresas da área de Tecnologia da Informação. No futuro, esta tecnologia poderá ser usada por empresas da área farmacêutica, para criar um novo remédio, por exemplo. Pensando além, podem ser criados wikis que extrapolam o ambiente interno e se estendem à cadeia de parceiros das empresas”.

Protocolos da Internet

É um conjunto de regras e padrões que descrevem modos e operação para que os computadores possam trocar dados.

A Internet é uma Rede baseada no sistema Unix, sendo estru-turada de acordo com o modelo de camadas OSI - Open Systems Interconnect. Esse modelo revolucionou a interligação de compu-tadores, através da independência entre os fornecedores de softwa-re, pois prevê um padrão rígido para conexão de computadores em vários aspectos, desde a ligação física até a ligação de aplicações.

Fórum de Discussão

Um Fórum de Discussão é, antes de qualquer coisa, um espa-ço de interatividade.

Essa regra básica vale, também, para os Fóruns construídos especificamente para a Internet.

Em um Fórum-web, você pode “depositar” suas dúvidas, críti-cas e indignações, dar dicas interessantes, deixar lembretes e, ain-da, trocar informações com outros internautas.

Trata-se, portanto, de um espaço democrático onde é possível expor ideias, estabelecer contatos e viabilizar ricos processos de aprendizado.

Um Fórum ou Grupo de Discussão é, basicamente, uma fer-ramenta que permite que um grupo de usuários, possam trocar informações sobre um determinado assunto ou tema. Por exem-plo, em um fórum de Saúde Pública, podem participar usuários interessados em aprender mais sobre Saúde Pública. Quando um participante tem uma dúvida ele coloca uma mensagem no fórum, descrevendo a dúvida. Os demais participantes acessam a mensa-gem e, se um ou mais deles souber a resposta, ele coloca a resposta no fórum, para que todos compartilhem a dica. Vejam que desta forma um fórum de discussão é uma ferramenta poderosa para que se possam compartilhar conhecimentos e dicas, e resolver dúvidas através da Internet.

Os fóruns disponibilizam uma série de ferramentas que faci-litam a sua utilização e a localização das informações desejadas. Todas as mensagens “postadas” no fórum são arquivadas.

Se você se inscreve em um fórum hoje, você poderá acessar todas as mensagens postadas anteriormente, desde que o fórum foi inaugurado. Estão também disponíveis ferramentas para pesqui-sar nas mensagens arquivadas e para ordená-las por assunto, por data de postagem, por autor e assim por diante. Você também tem diferentes opções para ter acesso às mensagens. As mais comuns são: 1) receber cada mensagem individualmente via e-mail (eu não recomendo esta opção, pois em fóruns muito movimentados, são geradas centenas de mensagens, diariamente), 2) receber um único e-mail, com todas as mensagens do dia (eu recomendo esta opção), 3) consultar as mensagens diretamente via Internet. Existem tam-bém ferramentas para que os participantes possam compartilhar arquivos, existem fóruns que permitem que cada participante dis-ponibilize uma ou mais fotos, etc.

- http://br.groups.yahoo.com: Um dos maiores sites com gru-pos de discussão em Português. Existem fóruns sobre os mais variados assuntos, desde assuntos esotéricos, ecologia, história, geografia, informática, segurança na Internet, esportes de aventu-ra, religião, trabalhos escolares, empreendedorismo, etc. Existem milhares de grupos, divididos em categorias. São realmente muitas opções. Você também tem a opção de criar um ou mais fóruns, sobre assuntos de seu interesse.

- http://www.msn.com.br: Serviço muito semelhante ao do Ya-hoo. Disponibiliza milhares de fóruns de discussão e também permi-te que você crie seus próprios fóruns.

- http://www.babooforum.com.br/: Excelentes fóruns, com con-teúdo realmente muito bom, relacionados aos mais diversos assuntos de informática, tais como: Windows XP, Windows 2000, Hardware, dicas de segurança na Internet, Word, Excel, Access, PowerPoint, Banco de dados, programação, Redes de computadores, etc.

NOÇÕES DE REDES: ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR, EQUIPAMENTOS

DE REDE (ROTEADOR, SWITCH, ACCESS POINT).

REDES DE COMPUTADORES

As redes de computadores são interconexões de sistemas de comunicação de dados que podem compartilhar recursos de hard-ware e de software, assim, rede é um mecanismo através do qual computadores podem se comunicar e/ou compartilhar hardware e software;

A tecnologia hoje disponível permite que usuários se liguem a um computador central, a qualquer distância, através de sistemas de comunicação de dados.

Um sistema de comunicação de dados consiste em estações, canais, equipamentos de comunicação e programas específicos que unem os vários elementos do sistema, basicamente estações, a um computador central.

Estação é qualquer tipo de dispositivo capaz de se comunicar com outro, através de um meio de transmissão, incluindo computa-dores, terminais, dispositivos periféricos, telefones, transmissores e receptores de imagem, entre outros.

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Didatismo e Conhecimento 126

INFORMÁTICAOs elementos básicos de uma rede são:• Host: Equipamento conectado na rede;• Nó ou Processamento: Ponto de conexão e comunicação de

hosts;• Transporte ou Transmissão: Faz interligação dos nós através

da transmissão em longas distâncias;• Acesso: Elemento que faz a interligação do usuário ao nó;

Tipos de RedeQuanto ao alcance:• Rede Local (LAN – Local Area Network);Rede de abrangência local e que geralmente não ultrapassa o

prédio aonde a mesma se encontra, ou seja, rede formada por um grupo de computadores conectados entre si dentro de certa área;

• Rede Metropolitana (MAN – Metropolitan Area Network);Rede de abrangência maior e que geralmente não ultrapassa a

área de uma cidade;• Rede de Longa Distância (WAN – Wide Area Network);Rede de longa distância e que em sua maioria não ultrapassa

a área do país;• Rede Global (GAN – Global Area Network) Denominadas

de redes globais pois abrangem máquinas em conexão em qual-quer área do globo.

Quanto à conexão:• Internet: Rede internacional de computadores.• Intranet: Rede interna de uma empresa.• Extranet: Conexão de redes, que utilizam como meio a in-

ternet.

Topologia• Estrela: Um computador central controla a rede;• Anel: Computadores conectados em forma circular;• Barramento: Conecta todos os nós em uma linha e pode pre-

servar a rede se um computador falhar.

Meios de ConexãoAs estruturas formadas pelos meios de conexão entregam ao

usuário o serviço de comunicação que ele necessita. Esta estrutura pode ser formada por:

• Cabo Coaxial: Utiliza cabos rígidos de cobre e na atualidade é utilizada em parceria com a fibra óptica para distribuição de TV a cabo;

• Onda de Rádio: Também conhecida por Wireless, substitui o uso dos pares metálicos e das fibras, utilizando o ar como meio de propagação dos dados;

• Fibra Óptica: Baseada na introdução do uso da fibra óptica, substituindo o par metálico;

• Par Metálico: Constituída pela rede de telefonia, porém tra-fegando dados, voz e imagem;

• Satélite: O equipamento funciona como receptor, repetidor e regenerador do sinal que se encontra no espaço, de modo que reenvia à terra um sinal enviado de um ponto a outro que faz uso do satélite para conexão;

• Rede Elétrica: Faz uso dos cabos de cobre da rede de energia para a transmissão de voz, dados e imagens.

Dispositivos

• Modem

Converte um sinal analógico em digital e vice-versa;

• Hub

Equipamento de rede indicado para conexão de poucos ter-minais;

• Switch

Equipamento de rede que divide uma rede de computadores de modo a não torná-la lenta;

• Bridge

Dispositivo de rede que liga uma ou mais redes que se encon-tram com certa distância;

• Roteador

Equipamento que permite a comunicação entre computadores e redes que se encontram distantes;

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Didatismo e Conhecimento 127

INFORMÁTICAINTERNET

“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto que suas dimensões não tivessem fim. Imagine um mundo novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria capaz de esgo-tar; com tantas oportunidades que os empreendedores seriam pou-cos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de imóvel que se expandiria com o desenvolvimento.”

John P. BarlowOs Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficas-

sem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de

60, ficou em poder exclusivo do governo conectando bases milita-res, em quatro localidades.

Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte-ame-ricanas de pesquisa que desejassem aprimorar a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão de conversação entre as máquinas se tornou impróprio pela quantida-de de equipamentos.

Era necessário criar um modelo padrão e universal para que as máquinas continuassem trocando dados, surgiu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras máquinas fossem inseridas àquela rede.

Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede se torna internacional.

Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aquilo que co-nhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os tipos, até que em 1990 caísse no domínio público.

Com esta popularidade e o surgimento de softwares de nave-gação de interface amigável, no fim da década de 90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de informática começaram a utilizar a rede internacional.

Acesso à Internet

O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à Internet, adi-cionando serviços como e-mail, hospedagem de sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela relacionados, e em função do serviço classificam-se em:

• Provedores de Backbone: São instituições que constroem e administram backbones de longo alcance, ou seja, estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer acesso à Internet para re-des locais;

• Provedores de Acesso: São instituições que se conectam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponibilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;

• Provedores de Informação: São instituições que disponibili-zam informação através da Internet.

Endereço Eletrônico ou URL

Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se conhe-cer o seu endereço.

Este endereço, que é único, também é considerado sua URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recursos Univer-sal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.br

Onde:www = protocolo da World Wide Webxxx = domíniocom = comercialbr = brasil

WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial

É um serviço disponível na Internet que possui um conjunto de documentos espalhados por toda rede e disponibilizados a qualquer um.

Estes documentos são escritos em hipertexto, que utiliza uma linguagem especial, chamada HTML.

Domínio

Designa o dono do endereço eletrônico em questão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem:

.com = Instituição comercial ou provedor de serviço

.edu = Instituição acadêmica

.gov = Instituição governamental

.mil = Instituição militar norte-americana

.net = Provedor de serviços em redes

.org = Organização sem fins lucrativos

HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de Trans-ferência em Hipertexto

É um protocolo ou língua específica da internet, responsável pela comunicação entre computadores.

Um hipertexto é um texto em formato digital, e pode levar a outros, fazendo o uso de elementos especiais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, imagens ou sons.

Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou outro documento.

Home Page

Sendo assim, home Page designa a página inicial, principal do site ou web page.

É muito comum os usuários confundirem um Blog ou Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas distintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações de um usuário dentro de uma comunidade virtual.

HTML, Hyper Text Mark-up language ou Linguagem de Mar-cação de Hipertexto

É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.Suas principais características são:• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML devem ter

aparência semelhante nas diversas plataformas de trabalho);

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Didatismo e Conhecimento 128

INFORMÁTICA• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “customi-

zar” diversos elementos do documento, como o tamanho padrão da letra, as cores, etc);

• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na transmissão através da Internet, evitando longos períodos de espera e congestionamento na rede).

Browser ou Navegador

É o programa específico para visualizar as páginas da web.O Browser lê e interpreta os documentos escritos em HTML,

apresentando as páginas formatadas para os usuários.

ARQUITETURAS DE REDES As modernas redes de computadores são projetadas de forma

altamente estruturada. Nas seções seguintes examinaremos com algum detalhe a técnica de estruturação.

HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das redes é

organizada em camadas ou níveis, cada uma construída sobre sua predecessora. O número de camadas, o nome, o conteúdo e a fun-ção de cada camada diferem de uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o propósito de cada camada é oferecer certos serviços às camadas superiores, protegendo essas camadas dos de-talhes de como os serviços oferecidos são de fato implementados.

A camada n em uma máquina estabelece uma conversão com a camada n em outra máquina. As regras e convenções utilizadas nesta conversação são chamadas coletivamente de protocolo da camada n, conforme ilustrado na Figura abaixo para uma rede com sete camadas. As entidades que compõem as camadas cor-respondentes em máquinas diferentes são chamadas de processos parceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que se comunicam utilizando o protocolo.

Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente da cama-da n em uma máquina para a camada n em outra máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e informações de controle para a camada imediatamente abaixo, até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível 1 está o meio físico de comunicação, através do qual a comunicação ocorre. Na Figura abaixo, a comu-nicação virtual é mostrada através de linhas pontilhadas e a comu-nicação física através de linhas sólidas.

Entre cada par de camadas adjacentes há uma interface. A interface define quais operações primitivas e serviços a camada inferior oferece à camada superior. Quando os projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede e o que cada camada deve fazer, uma das considerações mais importantes é definir interfaces limpas entre as camadas. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempenhe um conjunto específico de funções bem compreendi-das. Além de minimizar a quantidade de informações que deve ser passada de camada em camada, interfaces bem definidas também tornam fácil a troca da implementação de uma camada por outra implementação completamente diferente (por exemplo, trocar to-das as linhas telefônicas por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova implementação é que ela ofereça à camada supe-rior exatamente os mesmos serviços que a implementação antiga oferecia.

O conjunto de camadas e protocolos é chamado de arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve conter informações suficientes para que um implementador possa escrever o programa ou construir o hardware de cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao protocolo apropriado. Nem os detalhes de imple-mentação nem a especificação das interfaces são parte da arquite-tura, pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e não são visíveis externamente. Não é nem mesmo necessário que as in-terfaces em todas as máquinas em uma rede sejam as mesmas, des-de que cada máquina possa usar corretamente todos os protocolos.

O endereço IPQuando você quer enviar uma carta a alguém, você... Ok,

você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo: quando você quer enviar um presente a alguém, você obtém o endereço da pes-soa e contrata os Correios ou uma transportadora para entregar. É graças ao endereço que é possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada. Também é graças ao seu endereço - único para cada residência ou estabelecimento - que você recebe suas contas de água, aquele produto que você comprou em uma loja on-line, enfim.

Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu computa-dor seja encontrado e possa fazer parte da rede mundial de com-putadores, necessita ter um endereço único. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor, que por sua vez precisa ter um endereço para ser localizado na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), recurso que também é utilizado para redes locais, como a existente na empresa que você trabalha, por exemplo.

O endereço IP é uma sequência de números composta de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por números que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso.

A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da rede, da mesma forma que a divisão do seu endereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível a organização das casas

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Didatismo e Conhecimento 129

INFORMÁTICAda região onde você mora. Neste sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP podem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos octetos são usados na identificação de computadores.

Classes de endereços IPNeste ponto, você já sabe que os endereços IP podem ser utili-

zados tanto para identificar o seu computador dentro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet.

Se na rede da empresa onde você trabalha o seu computador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma máquina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal, ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço único. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede.

Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes locais quanto para utilização na internet, contamos com um es-quema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Inter-net Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os endereços em três classes principais e mais duas complementares. São elas:

Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;

Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;

Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;

Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reserva-

do.As três primeiras classes são assim divididas para atender às

seguintes necessidades:- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são

necessárias poucas redes, mas uma grande quantidade de máqui-nas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identificador da rede e os demais servem como identificador dos dispositivos conectados (PCs, impressoras, etc);

- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do ende-reço IP para identificar a rede e os restantes para identificar os dispositivos;

- Os endereços IP da classe C são usados em locais que reque-rem grande quantidade de redes, mas com poucos dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identifi-car a rede e o último é utilizado para identificar as máquinas.

Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais: a primeira é usada para a propagação de pacotes especiais para a comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está reservada para aplicações futuras ou experimentais.

Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexistente, utilizada

para testes. No caso do endereço 127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utili-zado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de maneira simultânea.

Endereços IP privadosHá conjuntos de endereços das classes A, B e C que são pri-

vados. Isto significa que eles não podem ser utilizados na internet, sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, es-tes:

-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com

cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipamento de rede - como um roteador - que receba a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos conectados a ele. Com isso, somente este equipamento precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores.

Máscara de sub-redeAs classes IP ajudam na organização deste tipo de endereça-

mento, mas podem também representar desperdício. Uma solução bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte dos números que um octeto destina-do a identificar dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:

- A: N.H.H.H;- B: N.N.H.H;- C: N.N.N.H.N significa Network (rede) e H indica Host. Com o uso de

máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se “transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede per-mitem determinar quantos octetos e bits são destinados para a identificação da rede e quantos são utilizados para identificar os dispositivos.

Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um octeto é usado para identificação da rede, este receberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo desta relação:

Classe Endereço IP Identifica-dor da rede

Identificador do compu-

tador

Máscara de sub-rede

A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0 C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0

Você percebe então que podemos ter redes com máscara 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indicando uma classe. Mas, como já informado, ainda pode haver situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha que uma faculdade tenha

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Didatismo e Conhecimento 130

INFORMÁTICAque criar uma rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. A solução seria então criar cinco redes classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desperdício. Uma forma de contornar este problema é criar uma rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as más-caras novamente entram em ação.

Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária). 255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é:

11111111.11111111.11111111.00000000Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24

bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criarmos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as possibilidades. Em outras palavras, precisamos trocar alguns zeros do último octeto por 1.

Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita), resultando em:

11111111.11111111.11111111.11100000Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “tro-

cados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereçamento dos host. Fa-zemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em cada sub-rede (estamos fazendo estes cálculos sem considerar li-mitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).

11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é 255.255.255.224.

Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empre-gado também em endereços classes A e B, conforme a necessi-dade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.

IP estático e IP dinâmicoIP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente

a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto se tal ação for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assina-turas de acesso à internet via ADSL onde o provedor atribui um IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo IP.

O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um computador quando este se conecta à rede, mas que muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você conectou seu computador à internet hoje. Quando você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situa-ção: uma empresa tem 80 computadores ligados em rede. Usan-do IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador receberá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que não estiver sen-do utilizado. É mais ou menos assim que os provedores de internet trabalham.

O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol).

IP nos sitesVocê já sabe que os sites na Web também necessitam de um IP.

Mas, se você digitar em seu navegador www.infowester.com, por exemplo, como é que o seu computador sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá-lo?

Quando você digitar um endereço qualquer de um site, um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma árvore (ter-mo conhecido por programadores). Se, por exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o sistema envia a solicitação a um servidor responsável por terminações “.com”. Esse servidor loca-lizará qual o IP do endereço e responderá à solicitação. Se o site solicitado termina com “.br”, um servidor responsável por esta ter-minação é consultado e assim por diante.

IPv6O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado

não muito distante, você conectava apenas o PC da sua casa à in-ternet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por diante. Somando este aspecto ao fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no mundo inteiro, nos deparamos com um grande problema: o núme-ro de IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras) aplicações.

A solução para este grande problema (grande mesmo, afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar até - respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 de endereços, um número absurdamente alto!

O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no aumento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo pode ser, por exemplo:

FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

FinalizandoCom o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que a es-

pecificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do mapa. Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. Durante essa fase, que podemos considerar de transição, o que veremos é a “convivência” entre ambos os padrões. Não por menos, praticamente todos os sistemas operacionais atuais e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se você é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes ou simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se aprofundar nas duas especificações.

A esta altura, você também deve estar querendo descobrir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma forma de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por exemplo, pode fazê-lo digi-tando cmd em um campo do Menu Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all e apertar Enter. Em ambientes Linux, o co-mando é ifconfig.

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Didatismo e Conhecimento 131

INFORMÁTICA

Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a partir de uma rede local - tal como uma rede wireless - visualizará o IP que está disponibiliza à sua conexão. Para saber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede, você pode visitar sites como whatsmyip.org.

Provedor

O provedor é uma empresa prestadora de serviços que oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é necessário conectar-se com um computador que já esteja na Internet (no caso, o prove-dor) e esse computador deve permitir que seus usuários também tenham acesso à Internet.

No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Embra-tel, que por sua vez, está conectada com outros computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a conexão física que interliga o provedor de acesso com a Embratel. Neste caso, a Em-bratel é conhecida como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma avenida de três pistas e os links como se fossem as ruas que estão interligadas nesta avenida.

Tanto o link como o backbone possui uma velocidade de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso e um endereço eletrônico na Internet.

URL - Uniform Resource Locator

Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma identificação de onde está localizado o computador e quais recursos este com-putador oferece. Por exemplo, a URL:

http://www.novaconcursos.com.br Será mais bem explicado adiante.

Como descobrir um endereço na Internet?

Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar.Você estuda em uma universidade e precisa fazer algumas

pesquisas para um trabalho. Onde procurar as informações que preciso?

Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de procura, que são sites que possuem um enorme banco de dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pages), que permitem a procura por um determinado assunto. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação de páginas encontradas.

A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, referente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesquisar sobre amor-tecedores, caso não encontre nada como amortecedores, procure como autopeças, e assim sucessivamente.

Barra de endereços

A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar em pá-ginas da internet, bastando para isto digitar o endereço da página.

Alguns sites interessantes: • www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) • www.ufpel.tche.br (Ufpel) • www.cefetrs.tche.br (Cefet) • www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor público) • www.siapenet.gog.br (contracheque) • www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) • www.mec.gov.br (Ministério da Educação) Identificação de endereços de um site

Exemplo: http://www.pelotas.com.br http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de comu-

nicação WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial pelotas -> empresa ou organização que mantém o site .com -> tipo de organização ......br -> identifica o país

Tipos de Organizações:

.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.edu

.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.com

.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov

.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil

.net -> computadores com funções de administrar redes. Exemplo: embratel.net

.org -> organizações não governamentais. Exemplo: care.org

Home Page

Pela definição técnica temos que uma Home Page é um arqui-vo ASCII (no formato HTML) acessado de computadores rodando um Navegador (Browser), que permite o acesso às informações em um ambiente gráfico e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações dentro das Home Pages.

O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:http://www.endereço.com/página.htmlPor exemplo, a página principal da Pronag:http://www.pronag.com.br/index.html

PLUG-INS

Os plug-ins são programas que expandem a capacidade do Browser em recursos específicos - permitindo, por exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de software vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade impressionante. Maiores informações e endereços sobre plug-ins são encontradas na página:

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Didatismo e Conhecimento 132

INFORMÁTICAhttp://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Software/

Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo temos

uma relação de alguns deles:- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.).- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, PCX,

etc.).- Negócios e Utilitários- Apresentações

FTP - Transferência de Arquivos

Permite copiar arquivos de um computador da Internet para o seu computador.

Os programas disponíveis na Internet podem ser:• Freeware: Programa livre que pode ser distribuído e uti-

lizado livremente, não requer nenhuma taxa para sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste programa.

• Shareware: Programa demonstração que pode ser uti-lizado por um determinado prazo ou que contém alguns limites, para ser utilizado apenas como um teste do programa. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas exibem, de tempos em tem-pos, uma mensagem avisando que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.

Navegar nas páginas

Consiste percorrer as páginas na internet a partir de um docu-mento normal e de links das próprias páginas.

Como salvar documentos, arquivos e sites

Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.

Como copiar e colar para um editor de textos

Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.

Abra o editor de texto clique em colar

Navegadores

O navegador de WWW é a ferramenta mais importante para o usuário de Internet. É com ele que se podem visitar museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até participar de novelas inte-rativas. As informações na Web são organizadas na forma de pági-nas de hipertexto, cada um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços no campo chamado Endereço no navegador. O software estabelece a conexão e traz, para a tela, a página correspondente.

O navegador não precisa de nenhuma configuração especial para exibir uma página da Web, mas é necessário ajustar alguns pa-râmetros para que ele seja capaz de enviar e receber algumas men-sagens de correio eletrônico e acessar grupos de discussão (news).

O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la Recherche Nu-cleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre suas pesquisas através da exi-bição de páginas de texto. Ficou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não científicas.

O WWW não dispunha de gráficos em seus primórdios, ape-nas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto WWW ganhou força extra com a inserção de um visualizador (também conhecido como browser) de páginas capaz não apenas de formatar texto, mas também de exibir gráficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.

Depois disto, várias outras companhias passaram a produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao Mosaic. Mark An-dreesen partiu para a criação da Netscape Communications, cria-dora do browser Netscape.

Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic, o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos outros browsers.

Busca e pesquisa na web

Os sites de busca servem para procurar por um determinado assunto ou informação na internet.

Alguns sites interessantes: • www.google.com.br • http://br.altavista.com• http://cade.search.yahoo.com• http://br.bing.com/

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pesquisa. Por exemplo:

www.google.com.br

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Didatismo e Conhecimento 133

INFORMÁTICA

Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pesquisa.

Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na pesquisa

com letras maiúsculas e minúsculas e nem palavras com ou sem acento.

Opções de pesquisa

Web: pesquisa em todos os sites Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas. Exem-

plo do resultado se uma pesquisa.

Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. Exem-plo:

Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organizados por assunto em categorias. Exemplo:

Como escolher palavra-chave

• Busca com uma palavra: retorna páginas que incluam a palavra digitada.

• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a sequência de termos que foram digitadas.

• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna páginas que incluam todas as palavras aleatoriamente na página.

• Busca com sinal de menos (-): as palavras que ficam an-tes do sinal de menos são excluídas da pesquisa.

• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um cálculo em um site de pesquisa.

Por exemplo: 3+4 Irá retornar:

O resultado da pesquisa

O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma:

INTRANET

A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de comunicação internas baseadas na tecnologia usada na Internet. Como um jornal editado internamente, e que pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.

A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e departa-mentos, mesclando (com segurança) as suas informações particu-lares dentro da estrutura de comunicações da empresa.

O grande sucesso da Internet, é particularmente da World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na evolução da informática nos últimos anos.

Page 231: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 134

INFORMÁTICAEm primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos interliga-

dos através de vínculos, ou links) e a enorme facilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratizaram o acesso à informação através de redes de computadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantes-ca base de usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgiram muitas ferramentas de software de custo zero ou pequeno, que permitem a qualquer organização ou empresa, sem muito esfor-ço, “entrar na rede” e começar a acessar e colocar informação. O resultado inevitável foi a impressionante explosão na informação disponível na Internet, que segundo consta, está dobrando de ta-manho a cada mês.

Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, que tem interessado um número cada vez maior de empresas, hospitais, faculdades e outras organizações interessadas em integrar infor-mações e usuários: a intranet. Seu advento e disseminação prome-te operar uma revolução tão profunda para a vida organizacional quanto o aparecimento das primeiras redes locais de computado-res, no final da década de 80.

O que é Intranet?

O termo “intranet” começou a ser usado em meados de 1995 por fornecedores de produtos de rede para se referirem ao uso den-tro das empresas privadas de tecnologias projetadas para a comu-nicação por computador entre empresas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma rede privativa de computadores que se baseia nos padrões de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as razões para este sucesso, estão o custo de implantação relativa-mente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet

Organizações constroem uma intranet porque ela é uma ferra-menta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente para economizar tempo, diminuir as desvantagens da distância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-funcionários com conhecimentos das operações e produtos da empresa.

Aplicações da Intranet

Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comunicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:

• Marketing e Vendas - Informações sobre produtos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos;

• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Tra-balho), planejamentos, listas de responsabilidades de membros das equipes, situações de projetos;

• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sistemas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais de quali-dade;

• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades de trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, benefícios.

Para acessar as informações disponíveis na Web corporativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Afinal, o es-forço de operação desses programas se resume quase somente em clicar nos links que remetem às novas páginas. No entanto, a sim-plicidade de uma intranet termina aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de profissio-nais especializados. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, sua diversidade de funções e a quantidade de informações nela armazenadas.

A intranet é baseada em quatro conceitos:• Conectividade - A base de conexão dos computadores li-

gados através de uma rede, e que podem transferir qualquer tipo de informação digital entre si;

• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computadores e sistemas operacionais podem ser conectados de forma transparen-te;

• Navegação - É possível passar de um documento a outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que facilitam o acesso não linear aos documentos;

• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à execução de programas aplicativos, que podem estar no servidor, ou nos micro-computadores que acessam a rede (também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). A vantagem da intranet é que esses programas são ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande impor-tância no desenvolvimento de softwares aplicativos que obedeçam aos três conceitos anteriores.

Como montar uma Intranet

Basicamente a montagem de uma intranet consiste em usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das empresas, e em instalar um servidor Web.

Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repositório das informações contidas na intranet. É lá que os clientes vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail ou qualquer outro tipo de arquivo.

Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação utili-zados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O primeiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio de mensagens pelo e--mail, e o FTP usado na transferência de arquivos. Independen-temente das aplicações utilizadas na intranet, todas as máquinas nela ligadas devem falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo da Internet.

Identificação do Servidor e das Estações - Depois de definidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as informações e como requisitá-las. Falta apenas saber o nome de quem pede e de quem solicita. Para isso existem dois programas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP (Dinamic Host Configuration Protocol) que atribui nome às estações clientes.

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Didatismo e Conhecimento 135

INFORMÁTICAEstações da Rede - Nas estações da rede, os funcionários aces-

sam as informações colocadas à sua disposição no servidor. Para isso usam o Web browser, software que permite folhear os docu-mentos.

Comparando Intranet com Internet

Na verdade as diferenças entre uma intranet e a Internet, é uma questão de semântica e de escala. Ambas utilizam as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos protocolos de rede e os mesmos produtos servidores. O conteúdo na Internet, por definição, fica disponível em escala mundial e inclui tudo, desde uma home-page de alguém com seis anos de idade até as previsões do tempo. A maior parte dos dados de uma empresa não se destina ao consumo externo, na verdade, alguns dados, tais como as cifras das ven-das, clientes e correspondências legais, devem ser protegidos com cuidado. E, do ponto de vista da escala, a Internet é global, uma intranet está contida dentro de um pequeno grupo, departamento ou organização corporativa. No extremo, há uma intranet global, mas ela ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.

A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, por serem uma mistura caótica de informações úteis e irrelevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma medida da necessidade de uma abordagem organizada. Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web num ambiente controlado e seguro.

Vantagens e Desvantagens da Intranet

Alguns dos benefícios são:• Redução de custos de impressão, papel, distribuição de soft-

ware, e-mail e processamento de pedidos;• Redução de despesas com telefonemas e pessoal no suporte

telefônico;• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações técnicas

e de marketing;• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações remotas;• Incrementando o acesso a informações da concorrência;• Uma base de pesquisa mais compreensiva;• Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e parceiros

(revendas);• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso à infor-

mação;• Uma única interface amigável e consistente para aprender

e usar;• Informação e treinamento imediato (Just in Time);• As informações disponíveis são visualizadas com clareza;• Redução de tempo na pesquisa a informações;• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e informa-

ção;• Redução no tempo de configuração e atualização dos siste-

mas;• Simplificação e/ou redução das licenças de software e ou-

tros;• Redução de custos de documentação;• Redução de custos de suporte;• Redução de redundância na criação e manutenção de pági-

nas;• Redução de custos de arquivamento;• Compartilhamento de recursos e habilidade.

Alguns dos empecilhos são:• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de colaboração,

não são tão poderosos quanto os oferecidos pelos programas para grupos de trabalho tradicionais. É necessário configurar e manter aplicativos separados, como e-mail e servidores Web, em vez de usar um sistema unificado, como faria com um pacote de software para grupo de trabalho;

• Número Limitado de Ferramentas - Há um número limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intranets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras soluções de software para grupo de trabalho que funcionam com os protocolos de transmissão de redes local existentes;

• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não apresentam nenhuma replicação embutida para usuários remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desenvolver aplicativos cliente/servidor.

Como a Intranet é ligada à Internet

Segurança da Intranet

Três tecnologias fornecem segurança ao armazenamento e à troca de dados em uma rede: autenticação, controle de acesso e criptografia.

Autenticação - É o processo que consiste em verificar se um usuário é realmente quem alega ser. Os documentos e dados podem ser protegidos através da solicitação de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da verificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado a recursos específicos de uma intranet, com base em uma ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;

Criptografia - É a conversão dos dados para um formato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave secreta de descriptografia. Um método de criptografia amplamente utilizado para a segurança de transações Web é a tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS - um protocolo Web seguro;

Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação segura entre uma intranet e a Internet através de servidores proxy, que

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Didatismo e Conhecimento 136

INFORMÁTICAsão programas que residem no firewall e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos da empresa acessem servidores Web externos, mas não o contrário.

Dispositivos para realização de Cópias de Segurança

Os dispositivos para a realização de cópias de segurança do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis com grande capacidade de armazenamento, tapes...

Queremos ainda referir que para o funcionamento de uma rede existem outros conceitos como topologias/configurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de transmissão …

QUESTÕES

1- Com relação ao sistema operacional Windows, assinale a opção correta.

(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Controle, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos relacionados ao aplicati-vo, sem prejuízo ao sistema operacional.

(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e DE-LETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos diretó-rios de programas instalados na máquina em uso.

(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuários possivelmente cadastrados nessa máquina.

(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios disponí-veis por meio da instalação do pacote Office, entre eles, calculado-ra, bloco de notas, WordPad e Paint.

(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão Ini-ciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na máquina e, em seguida, desligar o computador.

Comentários: Para desinstalar um programa de forma segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou remover pro-gramas

Resposta – Letra A

2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as informações estão contidas em arquivos de vários formatos, que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de mídias removíveis do computador, organizados em:

(A) telas.(B) pastas.(C) janelas.(D) imagens.(E) programas.Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma bem

clara a organização por meio de PASTAS, que nada mais são do que compartimentos que ajudam a organizar os arquivos em endereços específicos, como se fosse um sistema de armário e gavetas.

Resposta: Letra B

3- Um item selecionado do Windows XP pode ser excluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionando-se simultaneamente as teclas

(A) Ctrl + Delete.(B) Shift + End.(C) Shift + Delete.(D) Ctrl + End.(E) Ctrl + X.

Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.

Resposta: C4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de arquivos,

sem que haja perda de informação? (A) Compactação (B) Deleção (C) Criptografia (D) Minimização(E) Encolhimento adaptativo

Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de programas compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc.

Resposta: A

5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel:

Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e colado (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será:

(A) 7 (B) 56 (C) 448 (D) 511 (E) uma mensagem de erro Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando

copiamos uma célula que contém uma fórmula e colamos em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova posição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser copiada de D1 para D3:

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Didatismo e Conhecimento 137

INFORMÁTICAAgora é só substituir os valores: A fórmula diz para somar

todas as células de A3 até C3(dois pontos significam ‘até’), sendo assim teremos que somar A3, , B3, C3 obtendo-se o resultado 448.

Resposta: C.

6- “O correio eletrônico é um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores de email, EXCETO:

A) Mozilla Thunderbird. B) Yahoo Messenger. C) Outlook Express.D) IncrediMail.E) Microsoft Office Outlook 2003.

Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrônico podem funcionar por meio de um software instalado em nosso computador local ou por meio de um programa que funciona dentro de um navegador, via acesso por Internet. Este programa da Internet, que não precisa ser instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o software local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.

Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando está des-

conectado da Internet;• Permite armazenar as mensagens localmente (no com-

putador local);• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo tempo;Maiores Desvantagens:• Ocupam espaço em disco;• Compatibilidade com os servidores de e-mail (nem sem-

pre são compatíveis).A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em negrito os

mais conhecidos e utilizados atualmente):

Microsoft Office Outlook Microsoft Outlook Express;Mozilla Thunderbird;IcrediMailEudoraPegasus MailApple Mail (Apple)Kmail (Linux)Windows MailA questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, ou

seja, não é instalado no computador local. Logo, é o gabarito da questão.

Resposta: B.7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e correio

eletrônico, analise:I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos

navegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Google Chrome) para localizar recursos e páginas da Internet (Exemplo: http://www.google.com.br).

II. Download significa descarregar ou baixar; é a transferência de dados de um servidor ou computador remoto para um computador local.

III. Upload é a transferência de dados de um computador local para um servidor ou computador remoto.

IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail significa movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a um destinatário, com endereço eletrônico.

Estão corretas apenas as afirmativas:A) I, II, III, IV B) I, II C) I, II, IIID) I, II, IVE) I, III, IV

Comentários: O URL é o endereço (único) de um recurso na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.

É comum confundir os itens II e III, por isso memorize: down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e III são verdadeiros.

No item IV encontramos o item falso da questão, o que nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail significa copiar e não mover!

Resposta: C.8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do

ambiente MS Office, assinale a opção correta.(A) Ao se clicar no nome de um documento gravado com a

extensão .xls a partir do Meu Computador, o Windows ativa o MS Access para a abertura do documento em tela.

(B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL + V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de todos os aplicativos da suíte MS Office.

(C) A opção Salvar Como, disponível no menu das aplicações do MS Office, permite que o usuário salve o documento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso, a versão antiga do documento é apagada e só a nova versão permanece armazenada no computador.

(D) O menu Exibir permite a visualização do documento aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS Word para ser aberto no MS PowerPoint.

(E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a elaboração de apresentações de slides que utilizem conteúdo e imagens de maneira estruturada e organizada.

Comentários: O menu editar geralmente contém os comandos universais dos programas da Microsoft como é o caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do localizar.

Em relação às outras letras:Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo Excel e

não o Access

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Didatismo e Conhecimento 138

INFORMÁTICALetra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma cópia do

arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de exibição

do documento dentro do contexto de cada programa e não de um programa para o outro como é o caso da afirmativa.

Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação de slides e sim o Ms Power Point.

Resposta: B

9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assinale a opção correta.

(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre na Internet.

(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da Internet que possuam uma conexão http, ao digitarem na barra de endereços do navegador: http://intranet.com.

(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma rede local, pois sua função é conectar um computador à rede de telefonia fixa.

(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina denominada cliente requisita serviços a outra, denominada servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.

(E) Um servidor de páginas web é a máquina que armazena os nomes dos usuários que possuem permissão de acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.

Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado em termos de internet pois não é tão robusto quanto redes P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda do servidor central impede o acesso aos usuários clientes, no segundo mesmo que um servidor “caia” outros servidores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo que o download continue. Ex: programas torrent, Emule, Limeware, etc.

Em relação às outras letras:letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve para

localizar e identificar conjuntos de computadores na Internet e corresponde ao endereço que digitamos no navegador.

letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede é restrito a uma rede local e não a internet como um todo.

letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o computador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim acessar redes locais.

letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de computação que fornece serviços a uma rede de computadores. E não necessariamente armazena nomes de usuários e/ou restringe acessos.

Resposta: D 10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Internet,

pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde está localizada tal máquina.

(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, como no caso de salas de bate-papo.

(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebimento de arquivos na Internet.

(D) Quando se digita o endereço de uma página web, o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em formato HTML, por exemplo.

(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para outro destinatário de correio eletrônico.

Comentários: Os itens apresentados nessa questão estão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os protocolos mais comuns:

- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de carregamento de páginas de Hipertexto – HTML

- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma máquina na rede

- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimento de emails direto no PC via gerenciador de emails

- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo padrão de envio de emails

- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhante ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensagens de email direto no servidor.

- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transferência de arquivos

Resposta: D

11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas

e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão Iniciar do Windows.

(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de Exibição.

(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para acesso direto a elas.

(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.

(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de máquinas ligadas à Internet.

Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos são mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e Detalhes.

Resposta: B Atenção: Para responder às questões de números 12 e 13,

considere integralmente o texto abaixo: Todos os textos produzidos no editor de textos padrão deverão

ser publicados em rede interna de uso exclusivo do órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial de computadores.

Antes da impressão e/ou da publicação os textos deverão ser verificados para que não contenham erros. Alguns artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, valores e totais.

Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados devem ser tomados para a recuperação em caso de perda e também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às informações guardadas.

Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas na internet visando o atendimento do nível de qualidade da informação prestada à sociedade, pelo órgão.

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Didatismo e Conhecimento 139

INFORMÁTICAO ambiente operacional de computação disponível para

realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio eletrônico, em português e em suas versões padrões mais utilizadas atualmente.

Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes, CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada em portas do tipo USB) e outras funcionalmente semelhantes.

12- As células que contêm cálculos feitos na planilha eletrônica, (A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão

resultados diferentes do original. (B) não podem ser “coladas” no editor de textos. (C) somente podem ser copiadas para o editor de textos dentro

de um limite máximo de dez linhas e cinco colunas. (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma a uma. (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “coladas”

no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela. Comentários: Sempre que se copia células de uma planilha

eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como uma tabela simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os números são colados.

Resposta: E

13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do correio eletrônico, deve considerar as operações de

(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.

(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.

(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.

(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.

(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.

Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo correio

eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sabendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que atende a segurança solicitada no enunciado.

Resposta: A14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo -

CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio de arquivos em lotes, também denominados scripts, o shell de comando é um programa que fornece comunicação entre o usuário e o sistema operacional de forma direta e independente. Nos sistemas operacionais Windows XP, esse programa pode ser acessado por meio de um comando da pasta Acessórios denominado

(A) Prompt de Comando(B) Comandos de Sistema(C) Agendador de Tarefas(D) Acesso Independente(E) Acesso Direto

Resposta: “A”Comentários

Prompt de Comando é um recurso do Windows que oferece um ponto de entrada para a digitação de comandos do MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros comandos do computador. O mais importante é o fato de que, ao digitar comandos, você pode executar tarefas no computador sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt de Comando é normalmente usado apenas por usuários avançados.

15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir digitado no apli-cativo Word. Aplicativos para edição de textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Tachado, o resultado obtido será

Resposta: “C”Comentários:Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d, e. En-

tretanto, temos que observar que na questão os itens d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa alta. O único que re-cebe apenas o taxada, sem alterar outras formatações foi o item c.

16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento de um arquivo de textos ou de imagens na internet, entre um servidor e um cliente, constituem, em relação ao cliente, respectivamente, um

(A) download e um upload(B) downgrade e um upgrade(C) downfile e um upfile(D) upgrade e um downgrade(E) upload e um downloadResposta: “E”.Comentários: Up – Cima / Down – baixo / Load – Carregar;Upload – Carregar para cima (enviar).Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)

17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Assinale a alternativa que contém os nomes dos menus do programa Microsoft Word XP, em sua configuração padrão, que, respec-tivamente, permitem aos usuários: (I) numerar as páginas do documento, (II) contar as palavras de um parágrafo e (III) adi-cionar um cabeçalho ao texto em edição.

a) Janela, Ferramentas e Inserir.b) Inserir, Ferramentas e Exibir.c) Formatar, Editar e Janela.d) Arquivo, Exibir e Formatar.e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.

Resposta: “B”Comentário: • Ação numerar - “INSERIR”• Ação contar páginas - “FERRAMENTAS”• Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”

Page 237: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 140

INFORMÁTICA18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011)

a) 3, 0 e 7.b) 5, 0 e 7.c) 5, 1 e 2.d) 7, 5 e 2.e) 8, 3 e 4.Resposta: “C”Comentário: Expressão =MÉDIA(A1:A3)São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é divi-

dido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5Expressão =MENOR(B1:B3;2)Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número, que

seria o número 1. Para facilitar coloque esses números em ordem crescente.

Expressão =MAIOR(C1:C3;3)Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, que

seria o número 2. Para facilitar coloque esses números em ordem decrescente.

19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)

a) 1b) 2c) 3d) 4e) 5

Resposta: “D”

Comentário:

Passo 1A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1

Passo 2Que foi propagada pela alça de preenchimento para A2 e A3

Click na imagem para melhor visualizarPasso 3Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a pro-

pagação, o resultado

20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No PowerPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode ser feita na guia

a) Geral.b) Inserir.c) Animações.d) Apresentação de slides.e) Revisão.

Resposta: “E”

Page 238: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 141

INFORMÁTICAComentário:

21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbito das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.zzz.br. O domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em inglês) utilizado para classificar o tipo de instituição, no exemplo dado acima, é o

a) protocolo.b) xxx.c) zzz.d) yyy.e) br.Resposta: “C”Comentários:a) protocolo. protocolo HTTP b) xxx. O nome do domínio c) zzz. O tipo de domíniod) yyy. Subdomínios e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio

22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Analise a régua horizontal do Microsoft Word, na sua configuração pa-drão, exibida na figura.

Assinale a alternativa que contém apenas os indicadores de tabulação.

(A) II, III, IV e V.(B) III e VI.(C) I, IV e V.(D) III, IV e V.(E) I, II e VI.

Resposta: D

Comentário:

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais no lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.

Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do documento não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir Régua no topo da barra de rolagem vertical.

É possível definir tabulações rapidamente clicando no seletor de tabulação na extremidade esquerda da régua até que ela exiba o tipo de tabulação que você deseja. Em seguida, clique na régua no local desejado.

Uma tabulação Direita define a extremidade do texto à direi-ta. Conforme você digita, o texto é movido para a esquerda.

Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de um pon-to decimal. Independentemente do número de dígitos, o ponto de-cimal ficará na mesma posição.

Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere uma barra vertical na posição de tabulação.

23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Uma planilha do Microsoft Excel, na sua configuração padrão, pos-sui os seguintes valores nas células: B1=4, B2=1 e B3=3. A fór-mula =ARRED (MÍNIMO (SOMA (B1:B3)/3;2,7);2) inserida na célula B5 apresentará o seguinte resultado:

(A) 2(B) 1,66(C) 2,667(D) 2,7(E) 2,67

Resposta: E

Comentário:

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Didatismo e Conhecimento 142

INFORMÁTICA

Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrincha-das no exemplo acima (arredondamento, mínimo e somatório) em uma única questão. A função ARRED é para arredondamento e pertence a mesma família de INT(parte inteira) e TRUNCAR (par-te do valor sem arredondamento). A resposta está no item 2 que in-dica a quantidade de casas decimais. Sendo duas casas decimais, não poderia ser letra A, C ou D. A função SOMA efetua a soma das três células (B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre o menor entre os dois valores informados (2,66666 - dízima pe-riódica - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas casas decimais.

Considere a figura que mostra o Windows Explorer do Mi-crosoft Windows XP, em sua configuração original, e responda às questões de números 24 e 25.

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O arqui-vo zaSetup_en se encontra

(A) no disquete.(B) no DVD.(C) em Meus documentos.(D) no Desktop.(E) na raiz do disco rígido.

Resposta: E

Comentário:

No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos.

Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis: O pai-nel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desk-top (também tratada como uma pasta); O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)

25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao se clicar em , localizado abaixo do menu Favoritos, será fe-chado

(A) o Meu computador.(B) o Disco Local (C:).(C) o painel Pastas.(D) Meus documentos.(E) o painel de arquivos.

Resposta: CComentário:

Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/ oculta o painel PASTAS.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Page 241: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 1

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Biblioteca

1. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE BIBLIOTECAS.

Fases da biblioteca1) primeiro período histórico: com as bibliotecas do tempo de

Aristóteles até começo da automação; depois: as modernas bibliote-cas com seus serviços plenamente automatizados; finalmente: a fase contemporânea da biblioteca eletrônica;

2) a biblioteca em papel, seguida pela biblioteca de processos automatizados, e a biblioteca digital, com artefatos armazenados eletronicamente.

Para muitos autores, a tipologia de cada biblioteca depende das funções desempenhadas por ela. De acordo com este entendimento, ela pode ser:

a) escolar – localiza-se em escolas e é organizada para integrar--se com a sala de aula e no desenvolvimento do currículo escolar. Funciona como um centro de recursos educativos, integrado ao pro-cesso de ensino-aprendizagem, tendo como objetivo primordial de-senvolver e fomentar a leitura e a informação. Poderá servir também como suporte para a comunidade em suas necessidades;

b) especializada – sua finalidade é promover toda informação especializada de determinada área, como, por exemplo, agricultura, direito, indústria etc.

c) infantil – tem como objetivo primordial o atendimento de crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer suas horas de lazer. Visa a despertar o encantamento pelos livros e pela leitura e a formação do leitor.

d) pública – está encarregada de administrar a leitura e a infor-mação para a comunidade em geral, sem distinção de sexo, idade, raça, religião e opinião política.

e) nacional – é a depositária do patrimônio cultural de uma na-ção. Encarrega-se de editar a bibliografia nacional e fazer cumprir o depósito legal. Em alguns casos, essa biblioteca, única, em cada país, necessita de uma política especial de recursos e, por falta de in-teresse na conservação do patrimônio nacional, torna-se um depósi-to de livros, sem meios suficientes para difundir sua valiosa coleção.

f) universitária – é parte integrante de uma instituição de ensino superior e sua finalidade é oferecer apoio ao desenvolvimento de programas de ensino e à realização de pesquisas.

É importante entender que a tipologia de cada biblioteca nos ajuda não só a perceber a função social de cada uma, como também requer um conhecimento mais apurado da comunidade na qual a biblioteca está inserida, evidenciando principalmente suas necessi-dades e seus anseios por informação e hábitos culturais. Ter conhe-cimento das necessidades da comunidade é que propiciará o estabe-lecimento de diretrizes e ações que permitirão alcançar os resultados almejados com o fazer cultural e educacional.

portal.mec.gov.br

Biblioteconomia é uma área interdisciplinar e também multi-disciplinar do conhecimento que estuda as práticas, perspectivas e as aplicações de métodos de representação e gestão da informação e do conhecimento em diferentes ambientes de informação tais como bibliotecas e centros de documentação, centros de pesquisa. Atual-mente, a área está entrelaçada com diversas outras áreas, principal-mente com a Ciência da Informação e a Documentação.

A primeira escola de Biblioteconomia do mundo foi criada por Melvil Dewey, que não só participou da criação da American Libra-ry Association (ALA), como criou também a Classificação Decimal de Dewey.

Outros grandes nomes como Johannes Gutenberg e Gabriel Naudé, além de períodos como o Renascimento e a Revolução Fran-cesa, também estão atrelados à história da área. Atualmente, existem cerca de 30.000 bibliotecários no Brasil, inscritos nos 15 Conselhos Regionais ao redor do país. A profissão de bibliotecário no Brasil é fiscalizada pelo Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB).

O bibliotecário é um profissional que trata a informação e a torna acessível ao usuário final, independente do suporte informa-cional. Ele trabalha em centros de documentação, bibliotecas, pode gerir redes e sistemas de informação além de gerir recursos informa-cionais trabalhando com tecnologia de ponta.

O bibliotecário é o profissional que classifica, conserva, organi-za, divulga e gerencia acervos de bibliotecas, centros de documenta-ção e os mais diversos tipos de unidades de informação.

O Conselho Federal de Biblioteconomia é a autarquia federal de fiscalização. No Brasil, a profissão do bibliotecário é regulamen-tada pelas leis n° 9.674, de 26 de junho de 1998 e pela lei nº 4.084, de 30 de junho de 1962 e na legislação correlata. Suas atribuições são registrar os profissionais em biblioteconomia, fiscalizar o cum-primento do código de ética profissional e o funcionamento de bi-bliotecas, dentre outras.

Luisa Orera Orera (2006) define a Biblioteconomia como uma ciência documental que tem por objeto de estudo as bibliotecas, entendidas como sistemas de transmissão de informação para seus usuários. Tal transferência ocorre por meio das coleções, que são formadas por um conjunto organizado de documentos. Assim o do-cumento é compreendido a partir da ótica da coleção que integra o acervo de uma biblioteca. Segundo esta autora, a coleção pode ser vista como composta fundamentalmente por livros, pois estes foram durante anos o principal suporte de informação. Entretanto, essa perspectiva alterou-se, dando espaço para outros tipos de do-cumentos, como as publicações periódicas, folhetos, manuscritos, músicas impressas. Acrescenta-se ainda que, devido às mudanças no mundo da informação e na editoração eletrônica, as coleções de do-cumentos convencionais passaram a conviver com os documentos eletrônicos, configurando a biblioteca como uma intermediária entre os usuários e os documentos de qualquer tipo, que trazem consigo as informações.

Retomando Bellotto (2006), cuja ideia integra o tópico dedi-cado à Arquivologia, destaca-se que as distinções dos documentos de arquivos e dos documentos de bibliotecas residem em seu nasce-douro. Os documentos de biblioteca são resultados de uma criação artística ou de uma pesquisa, que objetivam a divulgação técnica, científica, humanística, filosófica, ao passo que o documento de ar-quivo é produzido no transcurso das atividades e funções jurídicas ou administrativas, apresentando essencialmente relações orgânicas entre si (característica central dos documentos arquivistísticos).

Contudo, eleger uma definição de documento que seja própria da Biblioteconomia, nestes termos, se torna uma tarefa hercúlea, posto que a maioria dos autores faz questão de ressaltar as diferen-ças na acepção dos termos: “dado”, “informação”, “conhecimento” e “documento” (McGARRY, 1984). Destarte, a interpretação mais comum no campo da Biblioteconomia, e, por extensão, da Docu-mentação, é de que o conceito de documento também é amplo, proporcionando uma miríade de possibilidades. Além disso, para ambos, o documento é produzido dentro de um contexto técnico--científico.

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Didatismo e Conhecimento 2

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Biblioteca O bibliotecário indiano Ranganathan, na enunciação das cinco

leis da Biblioteconomia (1. Os livros são usar; 2. A cada leitor seu livro; 3. A cada livro seu leitor; 4. Poupe o tempo do leitor; 5. A biblioteca é um organismo em crescimento), recomendou que hou-vesse uma extrapolação do termo livro para o termo documento. Nota-se que nessa acepção, o autor indica para um contexto mui-to próximo da ideia de Biblioteconomia especializada dirigida à emergência técnica-científica: “O serviço eficiente, rápido, preciso e exaustivo de fornecimento de micro ideias em nascimento aos es-pecialistas, exigido pela pressão social de hoje, denomina-se serviço de Documentação” (RANGANATHAN, 2006, p. 280).

Em consequência desta visão, surgiram estudos que tentavam responder a propalada explosão informacional no contexto científi-co, como descrito por Braga (1995, p.2): “A informação, na biblio-teca, está ligada à documentação. A explosão e o caos documentário, tão bem configurados por Bradford, enfocavam e enfocam informa-ção como sinônimo de documento [...]”.

Neste contexto, interessava mapear a produção científica, men-surá-la de alguma forma, com o intuito de viabilizar o próprio fazer científico diante de tamanho caos, e assim a Bibliometria. No Brasil os estudos nessa área emergiram na década de 1970, com a criação do mestrado em Ciência da Informação, pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), atual Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), que oferecia a disci-plina “Processamento de Dados na Documentação”, ministrada pelo professor Tefko Saracevic. Assim, a partir desse momento, inicia-se no país uma grande procura pela Bibliometria, sendo esta aplicada aos mais diversos campos (ALVARADO, 1984).

Na sequência deste acontecimento, coube à Biblioteconomia, em seus cursos de graduação e, posteriormente, de pós-graduação, dar continuidade aos estudos iniciados no mestrado do IBBD. As-sim, diversos estudos, dentro das “leis” estabelecidas no contexto da Bibliometria, mas com distintas abordagens, foram realizados enfocando diferentes áreas do conhecimento. Enfim, o sentido de documento na Biblioteconomia foi sendo, cada vez mais, permeado por seu contexto científico.

Ademais, dentre os empenhos dos profissionais em relação ao tema documento, pode-se citar a criação dos tesauros e dos vocabu-lários controlados, que, de modo geral, representam mais um esforço no sentido de racionalizar (categorizar) a produção científica, e, com isso, melhorar e tornar mais rápida a recuperação do documento.

Retoricamente e no sentido de reforçar os argumentos, retoma--se a Ranganathan para mostrar a intrínseca relação entre a Bibliote-conomia e a Bibliometria:

Porém, foi somente em 1969, no seminário anual do Documen-tation Research and Training Centre (DRTC), que ele apresentou um trabalho com alguns exemplos de aplicação da estatística na bi-blioteconomia. Foi com base neste trabalho de Ranganathan e em pesquisas realizadas no DRTC que Neelameghan (1969) esboçou a aplicabilidade da biblioteconometria, ou bibliometria, como se tor-nou conhecida (VANTI, 2002, p. 153).

Nesta direção, pode-se dizer que a Biblioteconomia, além de se ocupar do problema da explosão documental científica, produziu boas tentativas de respostas para as questões de armazenamento e organização de documentos. Além dos estudos bibliométricos hou-ve um grande avanço na criação de serviços, tais como a Dissemi-nação Seletiva da Informação, os serviços de alerta e tantos outros. Estes serviços eram considerados as formas pelas quais as bibliote-cas filtravam a informação científica para os seus usuários.

Conceitualmente pode-se discutir, em outra direção, que essa relação intrínseca da Biblioteconomia com a Documentação e das noções de livro e documento trazem reflexões interessantes para a atualidade, uma vez que a Biblioteconomia consegue elaborar res-postas para as questões da Documentação e para a Ciência da Infor-mação. Por outro lado, comparativamente, ressalta-se o forte caráter técnico-científico do termo documento para a Biblioteconomia em relação à Arquivologia e à Museologia. Pode-se ainda dizer que a simbiose entre a Documentação e a Biblioteconomia enriqueceu o campo de estudos desta última. Essa observação sob determinadas circunstâncias, pode ser feita também para a relação daquela com a Arquivologia e Museologia, sendo que estas últimas não sofreram tanta influência da Documentação proposta por Otlet, como a Bi-blioteconomia, que reteve, desta, amiúde, o problema da explosão documentária no âmbito técnico-científico em escala global e com auspícios de universalidade.

Por Gabrielle Francinne de S.C Tanus; Leonardo Vasconcelos Renau e Carlos Alberto Ávila Araújo

A biblioteca é divida em setores para atender ao usuário e para atender ao acervo. As principais seções (setores) da biblioteca são:

Administração – é responsável pela administração geral. Ou seja, recursos humanos, segurança, finanças, planejamento, contro-le, correspondências, etc.

Desenvolvimento de coleções – é o setor responsável pelo acer-vo da biblioteca, ou melhor, pelo desenvolvimento da coleção de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral):

1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e do-cumentos que a biblioteca precisa e deseja para melhorar sua cole-ção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente.

A seleção que busca incorporar acervo à biblioteca chama-se seleção positiva. A seleção que busca retirar acervo da biblioteca, ou descartar, é chamada seleção negativa.

2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir os documentos selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra, que será por assinatura para periódicos e por licitação no caso de órgãos públicos. Permuta, ou seja, troca de materiais entre instituições. E doação, ou seja, quando a biblioteca recebe os documentos gratui-tamente. Neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros doados realmente servem para o uso da biblioteca.

- Registro – é o setor responsável por tornar os livros e docu-mentos patrimônio da biblioteca. Cada livro/documento ira receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a proprie-dade do exemplar.

PT (Processos técnicos) - é o setor que irá tratar o documen-to, aplicando técnicas da biblioteconomia para classificar, indexar e catalogar.

- Preservação, conservação e restauração – é o setor respon-sável por periodicamente avaliar o estado físico das obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou encaderná-los.

- Referência – é o setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas da biblioteca. É o primeiro contato do usuário com o a biblioteca.

- Circulação – Como o próprio nome indica, é o setor responsá-vel pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos livros. Normalmente, está ligado ao setor de referência pois faz parte

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Didatismo e Conhecimento 3

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecado atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a retirada do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em atraso (por carta, telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do emprésti-mo, ou seja, um novo prazo para ficar com o livro.

ÉTICA, ORGANISMOSDE CLASSE E LEGISLAÇÃO

A ética segundo o Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss (2004, p. 319) “1) conjunto de preceitos sobre o que é moralmente certo ou errado; 2) parte da filosofia dedicada aos princípios que orientam o comportamento humano”.

Segundo Motta, A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano, por isso, “o agir” da pessoa humana está condicionado a duas premissas con-sideradas básicas pela Ética: “o que é” o homem e “para que vive”, logo toda capacitação científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética. (MOTTA, 1984, p. 69)

A ética é um valor fundamental de nossas atitudes. Deveria ser um valor habitual, porém a sociedade carece desse valor. Cornelutti (apud LIMA, 1987, p. 889) fala que “o direito é necessário porque os homens não são como deveriam ser.”

Muitas atitudes encontradas são exemplos da falta de ética exis-tente nas relações humanas, que englobam desde a família, a polí-tica e o trabalho. O enfoque desse trabalho será voltado a conduta profissional, especificamente serão analisados os códigos de ética do bibliotecário e do arquivista, este sob a ótica internacional, por não haver regulamentação nacional. O debate ético é necessário, visto que o ser humano com consciência necessitada conduta ética e assim contribui para a melhoria das atitudes e trazem o bem estar social. Uma profissão pautada em fundamentos éticos colabora para a construção deum mundo menos corrupto.

Entrelaçamento da ética, moral e valoresEstas três concepções fazem ou farão parte em algum momento

da vida de todo o ser humano, estão interligadas e convergem em alguns aspectos e se diferenciam em outros, dependendo do con-texto sob os quais são analisadas. O ser humano só poderá fazer uso destas três abordagens enquanto fizer parte de um ecossistema social uma vez que vivendo isoladamente do âmbito social prescindirá de tais pressupostos. A seguir constam abordagens teóricas de alguns autores sobre os termos ética, moral e valores, descortinando o véu existente sobre os seus significados mais intrínsecos.

Para Frei Betto (2003) são termos indissolúveis “Toda atitude ética está intimamente ligada aos valores morais que predominam em nosso grupo social. São esses valores que inspiram nossas ações e servem de referência para avaliar se elas são ou não eticamente aceitáveis.” (FREI BETTO, 2003, p. 17)

Enquanto que Guimarães et al agrega aos valores uma concep-ção normativa

[...] os valores, pressuposto da vida em sociedade, são construí-dos ao longo da historia de cada individuo, em suas diferentes etapas de desenvolvimento e partem das raízes culturais de cada sociedade, que os julgam moralmente(reflexão ética) e então são admitidos e respeitados por estes cidadãos. Desse modo, a Ética enquanto re-

flexão sobre a moral, propicia que se confira aos valores a condição de: normas, princípios ou padrões sociais, de natureza econômica, moral, religiosa, artística, cientifica, política, profissional e legal.(GUIMARAES et al , 2009, p. 98)

Quanto à relação da ética com os valores é perceptível um rela-cionamento indissociável, uma vez que para que o individuo possa realizar uma reflexão ética sobre suas ações, os valores morais já de-vem estar incutidos através de sua bagagem existencial e sedimenta-dos no seu interior. No que diz respeito à ética e moral estes termos muitas vezes aparecem lado alado e não raro são confundidos em seus significados, tornando-se sinônimos uma da outra.

Por dentro da ética e da postura profissionalSegundo Guimarães et al (2009) a dimensão profissional da éti-

ca teria surgido a partir do desenvolvimento da sociedade capitalista, averiguando as profissões no que dizia respeito questões e técnicas operacionais (como fazer) e ainda onde estas profissões estavam in-seridas socialmente, bem como seus objetivos (para que e porque fa-zer), surgindo assim a ética profissional que “reflete uma dimensão cotidiana da ética no ambiente do desenvolvimento das relações de trabalho” (GUIMARÃES, et al, 2009,p.99)

Os autores acima (p.99) ainda acrescentam que a ética profis-sional pautada nos valores e ações que visam o agir profissional correto e adequado podem gerar conflitos com os valores de certos indivíduos. Isto quer dizer que em certo momento de sua atuação profissional o individuo, passível de erro como é todo o ser huma-no, pode sentir-se inclinado a não agir corretamente ou por motivos alheios a sua vontade ou ainda porque os valores morais instalados dentro de si não estão devidamente trabalhados e sedimentados, tur-vando a visão neste momento do certo ou errado, dobem ou do mal.

A prática profissional constitui o resultado de uma relação humano-social, sustentada na expectativa de um usuário quanto à disposição e domínio de saber que possui um prestador de serviço. Desse prestador de serviço, o usuário espera não apenas que ele sai-ba o que fará, como o fará e conheça as condutas técnicas e delibe-rações sobre como aplicar esse saber, mas que respeite a si próprio como executor de sua tarefa para minimamente ser humanamente conveniente com o resultado que proporcionará ao usuário no final de seu trabalho. (SOUZA, 2007a).

O mesmo autor ainda acrescenta que “ [...] todos os profissio-nais, como coletivo que se identifica por sua atividade laborativa, são levados a estabelecer [...] um conjunto de princípios que orien-tem as suas condutas pessoais e as suas práticas ou ações profissio-nais.” (SOUZA, 2007a).

O autor (2007a) ainda comenta sobre as atitudes que consti-tuem um profissional. Elas são decorrentes da preparação profissio-nal e da conduta moral, resultado da socialização, valores, justiça, porém o autor reflete sobre os gostos e preferências individuais, que intervirão na prática profissional.

[...] a moral profissional poderá ter nuances em sua expressão, conforme as características do objeto específico com que trabalha e da finalidade social a que atende a respectiva profissão, isto é, da especificidade da missão profissional de cada profissão socialmente estabelecida. (SOUZA, 2007a).

Para dar continuidade ao nosso estudo, traçamos aqui a simi-laridade entre os profissionais arquivistas e bibliotecários. Ambos são responsáveis pela organização da informação para posterior uso da sociedade. Muito mais que atividades mecânicas, temos uma responsabilidade social: proporcionar o alcance da informação aos usuários de uma forma simples e facilitada. Para que possamos

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Didatismo e Conhecimento 4

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecaexercer nossas atividades, um código de ética é necessário, para propor alguns direitos, deveres, proibições e até sanções. A atuação dos profissionais da informação que atuam na área de organização e tratamento da informação e representação temática é permeada pela constante vigília e reflexão sobre os aspectos éticos do exercí-cio profissional, portanto a ética é a base que sustenta a atuação do profissional da informação.

Isto se deve ao fato de que “o profissional desta área medeia, por meio de linguagens documentárias, os conteúdos informacionais de documentos de diferentes naturezas e isso requer uma atitude éti-ca constante.” (VALENTIM, 2004, p. 55).

A autora defende ainda que: o fazer do profissional da área está muito ligado a atitudes e comportamentos éticos, tanto em relação ao usuário, quanto em relação ao próprio fazer informacional. Na mesma linha de pensamento Fernades-Molina (2009, p. 66) parte do princípio de que as bibliotecas e os demais centros de informação tem missões e objetivos de caráter social atuando com uma série de valores e a consecução de seus objetivos se obtém através de uma conduta ética. Pressupondo assim que “os profissionais da in-formação são agentes morais, responsáveis ante si mesmos, ante os demais e ante a sociedade em seu conjunto.”

Código de Ética do Profissional BibliotecárioO Código de Ética do Profissional Bibliotecário foi retirado do

site do Conselho Federal de Biblioteconomia. Esta informação é im-portante que seja de fácil e livre acesso a todos, principalmente os profissionais.

Uma das preocupações foi regulamentar o código, dando le-galidade ao mesmo, com a publicação no Diário Oficial da União. Mostrando o comprometimento profissional com a questão ética. Está dividido em seções e artigos.

Souza explica sobre o Código do Bibliotecário[...] Código Brasileiro, cujo teor é inteiramente prescritivo, ou

seja, determina uma forma de atuação do bibliotecário. Além disso, o Código de Ética do bibliotecário brasileiro está redigido segundo um modelo de redação legislativa e institui penalidades, por eventu-al má conduta profissional. (SOUZA, 2007b).

E continua:Os bibliotecários brasileiros, nos termos de seu Código de Éti-

ca, mais que autores de sua atuação, são as sujeitados ao cumpri-mento de um modo de atuar. Talvez, por essa razão, pelo vício de origem brasileira de legislar sobretudo ou de regular qualquer coisa em sua existência humana, a prescrição da postura ou conduta de Código de Ética do bibliotecário brasileiro sirva para obscurecer a verdadeira intenção de quem criou originalmente tal Código nos idos da ditadura militar iniciada em 1964. (SOUZA, 2007b).

O código preocupa-se com os aspectos que dignificam a pro-fissão do bibliotecário, além disso tem como direitos a preservação profissional e o atendimento ao usuário, permeando a profissão com questões de compaixão e gratificação. Determina ainda, o sigilo pro-fissional que deveria ser intrínseco a todos, no entanto não é o que notamos. As proibições são mencionadas visto que num mercado competitivo e qualificado muitos se valem de comportamentos anti-éticos para obter vantagens individuais. Julgando que estamos numa sociedade, onde a ética não é respeitada por todos, quem infringir, deve arcar com penalidades, assim o código postula sanções para essas atitudes.

Cabe ressaltar que existe na redação do código especificações quanto aos honorários profissionais, sendo regulamentada uma re-muneração justa.

Por Luciene Michel; Karin Lorien Menoncin; Natália Gastaud de Oliveira e Nara Rodrigues.

Relação interpessoal não existe sem trabalho em equipeTer uma boa relação interpessoal é fundamental para quem quer

se destacar na carreira. Conflitos são comuns e a convivência diária é difícil - principalmente com aqueles colegas que não conhecemos bem, mas um bom clima organizacional pode trazer muitos resulta-dos benéficos, tanto para a empresa quanto ao funcionário.

Tendo em vista a importância do bom relacionamento nos re-sultados da empresa e na qualidade de vida de seus funcionários, empresas têm adotado atividades com esse direcionamento. É o caso da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no qual a área de recursos humanos desenvolve um trabalho direcionado para estimular as relações interpessoais entre os seus colaboradores - são realizadas dinâmicas e atividades destinadas à melhoria do relacionamento in-terpessoal, que variam de acordo com as questões apresentadas pela equipe.

“Hoje não se faz mais nada sem trabalho em equipe, as com-petências e informações não são centralizadas em uma só pessoa. A ajuda mútua faz parte do desenvolvimento de projetos”, afirma Fátima Motta, professora doutora do núcleo de estudos e negócios em desenvolvimento de pessoas da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e sócia-diretora da FM Consultores.

De acordo com Fátima, o trabalho em equipe faz com que o desempenho individual se potencialize. “Para crescer precisamos do outro, nada acontece de forma isolada. Não identificar a importância é uma cegueira que as pessoas acabam desenvolvendo”, destaca.

Como o trabalho em equipe deve ser estimuladoUm trabalho harmonioso torna tudo mais fácil e as metas cada

vez mais próximas de serem cumpridas. Fátima explica que o ges-tor assume um papel importante para a equipe, e deve estabelecer objetivos claros, que dependam da construção de todos. “O gestor deve entender que ele constrói junto com os outros. Atitudes como elogiar, vivenciar e reconhecer a equipe, realizar trabalhos de desen-volvimento, assim como workshops de times são importantes para aprimorar ainda mais o relacionamento”, explica. E quando em um trabalho em equipe existirem comandantes e comandados, qual a relação interpessoal ideal? Segundo Fátima, deve haver o mesmo vínculo, quem coordena a equipe deve entender que a liderança é compartilhada e deve reconhecer o valor que o outro tem para con-tribuir com a equipe. “Saber dar e receber feedback, estimular a equipe e comunicação aberta, são comportamentos ideais”, afirma.

Dificuldades no relacionamento interpessoalDe acordo com Fátima, as maiores dificuldades estão na su-

perficialidade das relações. Hoje em dia existem diversas formas de nos comunicarmos, como e-mails e redes sociais, não precisando de contato físico. “A qualidade do contato e o vínculo com o outro é fundamental naquilo que ele precisa desenvolver da melhor forma”, afirma. Entender que relacionamento interpessoal não significa ami-zade também é importante. “Não precisa ser amigo íntimo, apenas confiar na pessoa dentro do que está proposta e ter respeito mútuo. Saber se comunicar e entender que o outro é diferente de você, são fatores importantes para um trabalho em equipe”, complementa.

Por Fátima Motta

Cinco pilares do relacionamento interpessoal no trabalhoEntre os relacionamentos que temos na vida, os de trabalho são

diferenciados por dois motivos: um é que não escolhemos nossos

Page 245: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 5

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecacolegas, chefes, clientes ou parceiros; o outro é que, independente-mente do grau de afinidade que temos com as pessoas do ambiente corporativo, precisamos funcionar bem com elas para realizar algo juntos.

Esses ingredientes da convivência no trabalho nos obrigam a lidar com diferenças de opinião, de visão, de formação, de cultura, de comportamento… Fazer isso pode não ser fácil, mas é possível se basearmos nossos relacionamentos interpessoais em cinco pilares: autoconhecimento, empatia, assertividade, cordialidade e ética.

Autoconhecimento – Fundamental para administrar bem os re-lacionamentos, autoconhecimento implica reconhecer nossos traços de comportamento, o impacto que causamos nos outros e que com-portamentos dos outros nos incomodam. Por exemplo: uma pessoa objetiva e dinâmica, que gosta de agir com independência e rapidez para atingir seus objetivos, pode ter conflitos na interação com um colega de perfil mais cauteloso e metódico, que segue regras à risca e tem um ritmo mais lento por se preocupar com detalhes. Porém, se pelo menos um dos dois tiver autoconhecimento, pode utilizar estratégias que minimizam o conflito com o outro.

Empatia – Trata-se de considerar os outros, suas opiniões, sen-timentos e motivações. Sem isso, não há como chegar a uma ne-gociação ganha-ganha, fruto de um relacionamento equilibrado. A empatia também nos torna capazes de enxergar além do próprio um-bigo e ampliar nossa percepção da realidade com os pontos de vista dos outros. Entre as várias coisas que se pode fazer para praticá-la, a mais básica é saber ouvir.

Assertividade – Para ter relacionamentos saudáveis, não basta ouvir: é preciso também falar, expressar nossas opiniões, vontades, dificuldades. É aí que entra a assertividade, a habilidade para nos expressar de forma franca, direta, clara, serena e respeitosa.

Cordialidade – Tratar as pessoas com cordialidade é ser gentil, solícito e simpático, é demonstrar consideração pelo o outro de vá-rias formas. Pode ser com o “bom dia” com que saudamos o desti-natário de nossa mensagem de e-mail, com o ato de segurar a porta do elevador para alguém entrar ou apanhar do chão um objeto que o colega deixou cair. Dizer “obrigado” olhando a pessoa nos olhos, oferecer-se para prestar uma ajuda, cumprimentar aquele com quem cruzamos no corredor, mesmo saber seu nome… A cordialidade de-sinteressada, que oferecemos por iniciativa própria, sem esperar nada em troca, é um facilitador do bom relacionamento no ambiente de trabalho.

Ética – Ser ético é ter atitudes que não prejudiquem os outros, não quebrem acordos e não contrariem o que se considera certo e justo. Podemos ter muito autoconhecimento, ser altamente empáti-cos e assertivos, mas, se não nos conduzirmos pela ética, não conse-guiremos manter relacionamentos equilibrados.

Fortalecer esses pilares traz melhorias não só para nossas in-terações no trabalho, mas também para as de outras áreas da vida – familiar, afetiva, social, de amizade. Vale a pena investir nisso – afinal, os relacionamentos são a melhor escola para o nosso desen-volvimento pessoal.

Por Regina Giannetti D. Pereira

Entidades de Classe do Bibliotecario

Conselho Regional de Biblioteconomia, Associação e Sindi-cato

Conselho Regional de Biblioteconomia:

É o órgão representativo da classe profissional atuante no Estado, ou região, e tem por finalidade fiscalizar o exercício da profissão.

Autarquia Federal (pessoa jurídica de direito público) criada pela Lei nº. 4.084/52 (que regulamentou a profissão), responsável pelo registro obrigatório dos bibliotecários e entrega das respecti-vas carteiras profissionais, fiscalização do exercício da atividade e defesa da sociedade sob a ótica do exercício da profissão apenas por profissionais devidamente habilitados. Pode multar bibliotecas e bibliotecários. Pode abrir processo criminal por exercício ilegal de profissão por parte de trabalhadores não registrados no CRB.

Associação:

Pessoa jurídica de direito privado, responsável por congregar os profissionais de determinada área, visando atualização e apri-moramento profissional, através da promoção de eventos, cursos, vendas de publicações da área, criação de grupos de trabalho por áreas, etc.

Também atua na Divulgação da Profissão, visando abrir vagas no mercado de trabalho, podendo disponibilizar bancos de currí-culos e divulgar vagas.

Os profissionais se associam livremente. É a mais antiga das 3 entidades de bibliotecários e tem por finalidade principal a realiza-ção de cursos de interesse dos bibliotecários.

Sindicato:

Pessoa jurídica de direito privado, que têm sua ação voltada para as questões referentes à relação de trabalho, tais como salá-rio, horas extras, insalubridade, acordos e dissídios coletivos, etc. (Freitas, 2002). Entidade constituída para fins de proteção, estudo e defesa de interesses comuns.

Os profissionais podem se associar livremente. Tem as prer-rogativas de representante legal da categoria perante os 3 níveis de governo e junto ao Poder Judiciário. Faz todo ano negociações salariais com os sindicatos e federações patronais. Ingressa anual-mente na Justiça do Trabalho com o dissídio coletivo da categoria, que fixa o percentual de reajuste dos salários, piso salarial e demais benefícios dos BIBLIOTECÁRIOS. Mantém a BOLSA DE PRO-FISSIONAIS (banco de dados/currículos) visando à recolocação no mercado dos profissionais demitidos. Faz a conferência e ho-mologação das rescisões de contratos de trabalho. Ministra cursos de atualização e reciclagem profissional.

As atribuições regimentais dos conselhos incluem a defesa da regulamentação da profissão, o respeito à classe e à ética profissio-nal. As questões relativas à remuneração cabem aos sindicatos. A promoção de eventos, cursos, etc. são de responsabilidade das as-sociações. Os conselhos regionais e o federal apóiam essas ativida-des promovidas por entidades co-irmãs na qualidade de parceiros.

Extraído de: http://nelsonoliveiradasilva.com.br/entidades.html

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Didatismo e Conhecimento 6

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaDispõe sobre Código do Ética do Conselho Federal de Biblio-

teconomia.

O Conselho Federa1 de Biblioteconomia, no uso das atribui-ções que lhe são conferidas pela Lei no 4.084, de 30 de junho de 1962 e o Decreto no 56.725 de 16 de agosto de 1965, resolve:

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO

SEÇÃO I – DOS OBJETIVOS

Art.1º - O Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar normas de conduta para as pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades profissionais em Biblioteconomia

SEÇÃO II – DOS DEVERES E OBRIGAÇÕES

Art.2º - Os deveres do profissional de Biblioteconomia com-preendem, além do exercício de suas atividades:

a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a elevação moral, ética e profissional da classe; b) observar os dita-mes da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à iniciativa privada e à sociedade em geral; c) respeitar leis e normas estabe-lecidas para o exercício da profissão; d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais; e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o incessante desenvolvimento da socie-dade e dos princípios legais que regem o país.

Art. 3º - Cumpre ao profissional de Biblioteconomia:a) preservar o cunho liberal e humanista de sua profissão, fun-

damentado na liberdade da investigação científica e na dignidade da pessoa humana;

b) exercer a profissão aplicando todo zelo, capacidade e ho-nestidade no seu exercício;

c) cooperar intelectual e materialmente para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de informações com associa-ções de classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e científica;

d) guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando o assunto assim exigir;

e) realizar de maneira digna a publicidade de sua instituição ou atividade profissional, evitando toda e qualquer manifestação que possa comprometer o conceito de sua profissão ou de colega;

f) considerar que o comportamento profissional irá repercutir nos juízos que se fizerem sobre a classe;

g) conhecer a legislação que rege o exercício profissional da Biblioteconomia, assim como as suas alterações, quando ocorre-rem, cumprindo-a corretamente e colaborando para o seu aperfei-çoamento;

h) combater o exercício ilegal da profissão;i) citar seu número de registro no respectivo Conselho Regio-

nal, após sua assinatura em documentos referentes ao exercício profissional;

j) estimular a utilização de técnicas modernas objetivando o controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços ao usuário;

l) prestar serviços assumindo responsabilidades pelas infor-mações fornecidas, de acordo com os preceitos do Código Civil e do Código do Consumidor vigentes.

Art.4º - A conduta do Bibliotecário em relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, apreço e solida-riedade.

Art.5º - O Bibliotecário deve, em relação aos colegas, obser-var as seguintes normas de conduta:

a) ser leal e solidário, sem conivência com erros que venham a infringir a ética e as disposições legais que regem o exercício da profissão;

b) evitar críticas e/ou denúncias contra outro profissional, sem dispor de elementos comprobatórios;

c) respeitar as idéias de seus colegas, os trabalhos e as solu-ções, jamais usando-os como de sua própria autoria;

d) evitar comentários desabonadores sobre a atuação profis-sional;

e) evitar a aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram referido procedimento;

f) colaborar com os cursos de formação profissional, orientan-do e instruindo os futuros profissionais;

g) tratar com urbanidade e respeito os colegas representantes dos órgãos de classe quando no exercício de suas funções, forne-cendo informações e facilitando o seu desempenho;

h) evitar, no exercício de posição hierárquica, denegrir a ima-gem de profissionais subordinados e outros colegas de profissão.

Art. 6º - O Bibliotecário deve, com relação à classe, observar as seguintes normas:

a) prestigiar as entidades de Classe, contribuindo, sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da cole-tividade, admitindo-se a justa recusa;

b) zelar pelo prestígio da Classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições;

c) facilitar o desempenho dos representantes do órgão fiscali-zador, quando no exercício de suas respectivas funções;

d) acatar a legislação profissional vigente;e) apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa

dos interesses da classe, participando efetivamente de seus órgãos representativos, quando solicitado ou eleito;

f) representar, quando indicado, as entidades de Classe;g) auxiliar a fiscalização do exercício profissional e zelar pelo

cumprimento deste Código de Ética comunicando, com discrição, aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência.

Art.7º - O Bibliotecário deve, em relação aos usuários e clien-tes,

observar as seguintes condutas:a) aplicar todo zelo e recursos ao seu alcance no atendimento

ao público, não se recusando a prestar assistência profissional, sal-vo por relevante motivo;

b) tratar os usuários e clientes com respeito e urbanidade;c) orientar a técnica da pesquisa e a normalização do trabalho

intelectual de acordo com suas competências.

Art.8º - O Bibliotecário deve interessar-se pelo bem público e, com tal finalidade, contribuir com seus conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir a coletividade.

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Didatismo e Conhecimento 7

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaArt.9º - No desempenho de cargo, função ou emprego, cumpre

ao Bibliotecário dignificá-lo moral e profissionalmente.

Art.10 - Quando consultor, é responsabilidade do Bibliote-cário apresentar métodos e técnicas compatíveis com o trabalho oferecido, objetivando o controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços, durante e após a execução dos trabalhos.

SEÇÃO IIIDOS DIREITOS

Art. 11 - São direitos do profissional Bibliotecário:a) exercer a profissão independentemente de questões referen-

tes a religião, raça, sexo, cor e idade;b) apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições

em que trabalha, quando as julgar indignas do exercício profissio-nal, devendo, neste caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em particular, ao Conselho Regional;

c) votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos ou entidades de classe, nos termos da legislação vigente;

d) defender e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido em sua dignidade profissional;

e) auferir benefícios da ciência e das técnicas modernas, obje-tivando melhor servir ao seu usuário, à classe e ao país;

f) usufruir de todos os demais direitos específicos, nos termos da legislação que cria e regulamenta a profissão de bibliotecário;

g) preservar seu direito ao sigilo profissional, quando portador de informações confidenciais;

h) formular, junto às autoridades competentes, críticas e/ou propostas aos serviços públicos ou privados, com o fim de preser-var o bom atendimento e desempenho profissional.

SEÇÃO IVDAS PROIBIÇÕES

Art. 12 - Não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no desempenho de suas funções:

a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e o renome da profissão;

b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas sem habilitação profissional para cargos privativos de Bibliotecário, ou indicar nomes de pessoas sem registro nos CRB;

c) expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou atestados de capacitação profissional a pessoas que não preencham os requisitos indispensáveis ao exercício da profissão;

d) assinar documentos que comprometam a dignidade da Classe;

e) violar o sigilo profissional;f) utilizar a influência política em benefício próprio;g) deixar de comunicar aos órgãos competentes as infrações

legais e éticas que forem de seu conhecimento;h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo

explícito ou implícito em documentos, obras doutrinárias, leis, acórdãos e outros instrumentos de apoio técnico do exercício da profissão, com intuito de iludir a boa fé de outrem;

i) fazer comentários desabonadores sobre a profissão de Bi-bliotecário e de entidades afins à profissão;

j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qual-quer instituição pública ou privada onde não exerça, pessoal ou efetivamente, função inerente à profissão;

l) assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos, alheios a sua orientação, super-visão e fiscalização;

m) exercer a profissão quando impedido por decisão adminis-trativa transitada em julgado;

n) recusar a prestar contas de bens e numerário que lhes sejam confiados em razão de cargo, emprego ou função;

o) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselho Federal e Regionais, bem como deixar de atender a suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado;

p) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou cometer atos discriminatórios e abuso de poder;

r) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e crité-rios de admissão por sexo, idade, cor, credo, e estado civil.

SEÇÃO VDAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES E PENALIDADES

Art.13 - A transgressão de preceito deste Código, constitui in-fração ética, sujeita às seguintes penalidades:

a) advertência reservada;b) censura pública;c) suspensão do registro profissional pelo prazo de até três

anos;d) cassação do exercício profissional com apreensão de car-

teira profissional;e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da

anuidade.§ 1º - A pena de multa, de um a cinqüenta vezes o valor

atualizado da anuidade, poderá ser combinada com qualquer das penalidades enumeradas nas alíneas “a a d” deste artigo, podendo ser aplicada em dobro no caso de reincidência.

§ 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado, determinará a suspensão do exercício profissional, sem prejuízo da cobrança por via executiva.

§ 3º - A suspensão por falta de pagamento de anuidade, taxas e multas somente cessará com o recolhimento da dívida, podendo estender-se por até três anos, decorridos os quais o profissional terá, automaticamente, cancelado o seu registro, se não resgatar o débito, sem prejuízo da cobrança executiva.

§ 4º - A pena de cassação do registro profissional acarretará ao infrator a perda do direito de exercer a profissão em todo Terri-tório Nacional, e conseqüente apreensão da carteira de identidade profissional.

§ 5º - Ao infrator suspenso por débito será admitida a reabilitação profissional, mediante novo registro, satisfeitos, além das anuidades em débito, as multas e demais emolumentos e taxas cabíveis.

§ 6º - As penalidades serão anotadas na carteira profissional e no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais Conse-lhos Regionais e ao empregador.

Art.14 - Compete originalmente aos CRB o julgamento das questões relacionadas a transgressão de preceito do Código de Ética, facultado o recurso de efeito suspensivo, dirigido ao CFB, competindo a este, ainda, originalmente, o julgamento de ques-

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Didatismo e Conhecimento 8

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecatões relacionadas à transgressões de preceitos do Código de Ética praticadas por Conselheiros Regionais e Conselheiros Federais, bem como transgressões de bibliotecários que atinjam diretamente o Conselho Federal.

Parágrafo Único - O recurso deverá ser interposto dentro doprazo 30 (trinta) dias a contar da data do recebimento danotificação da decisão de primeira instância.

SEÇÃO VIDA APLICAÇÃO DE SANÇÕES

Art.15 - O CFB, deve baixar resolução estabelecendo normas para apuração das faltas e aplicação das sanções previstas neste Código, pautando-se pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, garantidos pela Constituição Federal.

Art.16 - Na aplicação de sanções éticas serão consideradas como atenuantes:

a) falta cometida em defesa de prerrogativa profissional;b) ausência de punição anterior;c) prestação de relevantes serviços à Biblioteconomia.

SEÇÃO VIIDOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

Art.17 - O Bibliotecário deve exigir justa remuneração por seu trabalho, levando em conta as responsabilidades assumidas, o grau de dificuldade no desenvolvimento e efetivação do trabalho, bem como o tempo de serviço dedicado, sendo-lhe livre firmar acordos sobre honorários e salário.

Art.18 - O Bibliotecário deve fixar previamente o valor dos serviços, de preferência por contrato escrito, considerados os ele-mentos seguintes:

a) a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar;

b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho; c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros servi-ços;

d) as vantagens que advirão para o contratante com o serviço prestado;

e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente;

f) o local em que o serviço será prestado.

SEÇÃO VIIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.19 - Qualquer modificação deste Código somente poderá ser

efetuada pelo CFB, nos termos das disposições legais, ouvi-dos os CRB.

Art.20 - O presente Código entra em vigor em todo o Territó-rio Nacional a partir de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

José Fernando Modesto da SilvaPresidente do Conselho Federal de BiblioteconomiaPublicado no Diário Oficial da União de 14.01.02, seção I.

p. 64

CONSELHO FEDERAL DE BIBLIOTECONOMIA

RESOLUÇÃO CFB N.º 42 DE 11 DE JANEIRO DE 2002.

Dispõe sobre Código do Ética do Conselho Federal de Biblio-teconomia. O Conselho Federa1 de Biblioteconomia, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei no 4.084, de 30 de ju-nho de 1962 e o

Decreto no 56.725 de 16 de agosto de 1965, resolve:

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO BIBLIOTE-CÁRIO

SEÇÃO IDOS OBJETIVOS

Art.1º - O Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar normas de conduta para as pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades profissionais em Biblioteconomia.

SEÇÃO IiDOS DEVERES E OBRIGAÇÕES

Art.2º - Os deveres do profissional de Biblioteconomia com-preendem, além do exercício de suas atividades:

a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a elevação moral, ética e profissional da classe; b) observar os dita-mes da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à iniciativa privada e à sociedade em geral; c) respeitar leis e normas estabe-lecidas para o exercício da profissão; d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais; e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o incessante desenvolvimento da socie-dade e dos princípios legais que regem o país.

Art. 3º:- Cumpre ao profissional de Biblioteconomia:a) preservar o cunho liberal e humanista de sua profissão, fun-

damentado na liberdade da investigação científica e na dignidade da pessoa humana;

b) exercer a profissão aplicando todo zelo, capacidade e ho-nestidade no seu exercício;

c) cooperar intelectual e materialmente para o progresso da profissão, mediante o intercâmbio de informações com associa-ções de classe, escolas e órgãos de divulgação técnica e científica;

d) guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando o assunto assim exigir;

e) realizar de maneira digna a publicidade de sua instituição ou atividade profissional, evitando toda e qualquer manifestação que possa comprometer o conceito de sua profissão ou de colega;

f) considerar que o comportamento profissional irá repercutir nos juízos que se fizerem sobre a classe;

g) conhecer a legislação que rege o exercício profissional da Biblioteconomia, assim como as suas alterações quando ocorre-rem, cumprindo-a corretamente e colaborando para o seu aperfei-çoamento; h) combater o exercício ilegal da profissão;

i) citar seu número de registro no respectivo Conselho Regio-nal, após sua assinatura em documentos referentes ao exercício profissional; j) estimular a utilização de técnicas modernas objeti-

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Didatismo e Conhecimento 9

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecavando o controle da qualidade e a excelência da prestação de ser-viços ao usuário; l) prestar serviços assumindo responsabilidades pelas informações fornecidas, de acordo com os preceitos do Có-digo Civil e do Código do Consumidor vigentes.

Art.4º - A conduta do Bibliotecário em relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, apreço e solida-riedade.

Art.5º - O Bibliotecário deve, em relação aos colegas, obser-var as seguintes normas de conduta:

a) ser leal e solidário, sem conivência com erros que venham a infringir a ética e as disposições legais que regem o exercício da profissão;

b) evitar críticas e/ou denúncias contra outro profissional, sem dispor de elementos comprobatórios;

c) respeitar as idéias de seus colegas, os trabalhos e as solu-ções, jamais usando-os como de sua própria autoria;

d) evitar comentários desabonadores sobre a atuação profis-sional;

e) evitar a aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram referido procedimento;

f) colaborar com os cursos de formação profissional, orientan-do e instruindo os futuros profissionais; g) tratar com urbanidade e respeito os colegas representantes dos órgãos de classe quando no exercício de suas funções, fornecendo informações e facilitando o seu desempenho; h) evitar, no exercício de posição hierárquica, denegrir a imagem de profissionais subordinados e outros colegas de profissão.

Art. 6º - O Bibliotecário deve, com relação à classe, observar as

seguintes normas:a) prestigiar as entidades de Classe, contribuindo, sempre que

solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da cole-tividade, admitindo-se a justa recusa;

b) zelar pelo prestígio da Classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições;

c) facilitar o desempenho dos representantes do órgão fiscali-zador, quando no exercício de suas respectivas funções;

d) acatar a legislação profissional vigente; e) apoiar as iniciativas e os movimentos legítimos de defesa

dos interesses da classe, participando efetivamente de seus órgãos representativos, quando solicitado ou eleito;

f) representar, quando indicado, as entidades de Classe; g) auxiliar a fiscalização do exercício profissional e zelar pelo

cumprimento deste Código de Ética comunicando, com discrição, aos órgãos competentes, as infrações de que tiver ciência.

Art.7º - O Bibliotecário deve, em relação aos usuários e clien-tes, observar as seguintes condutas:

a) aplicar todo zelo e recursos ao seu alcance no atendimento ao público, não se recusando a prestar assistência profissional, sal-vo por relevante motivo;

b) tratar os usuários e clientes com respeito e urbanidade; c) orientar a técnica da pesquisa e a normalização do trabalho

intelectual de acordo com suas competências.

Art.8º - O Bibliotecário deve interessar-se pelo bem público e, com tal finalidade, contribuir com seus conhecimentos, capacidade e experiência para melhor servir a coletividade.

Art.9º - No desempenho de cargo, função ou emprego, cumpre ao Bibliotecário dignificá-lo moral e profissionalmente.

Art.10 - Quando consultor, é responsabilidade do Bibliote-cário apresentar métodos e técnicas compatíveis com o trabalho oferecido, objetivando o controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços, durante e após a execução dos trabalhos.

SEÇÃO IIIDOS DIREITOS

Art. 11 - São direitos do profissional Bibliotecário:a) exercer a profissão independentemente de questões referen-

tes a religião, raça, sexo, cor e idade; b) apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições

em que trabalha, quando as julgar indignas do exercício profissio-nal, devendo, neste caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em particular, ao Conselho Regional;

c) votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos ou entidades de classe, nos termos da legislação vigente;

d) defender e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido em sua dignidade profissional;

e) auferir benefícios da ciência e das técnicas modernas, obje-tivando melhor servir ao seu usuário, à classe e ao país;

f) usufruir de todos os demais direitos específicos, nos termos da legislação que cria e regulamenta a profissão de bibliotecário;

g) preservar seu direito ao sigilo profissional, quando portador de informações confidenciais;

h) formular, junto às autoridades competentes, críticas e/ou propostas aos serviços públicos ou privados, com o fim de preser-var o bom atendimento e desempenho profissional.

SEÇÃO IVDAS PROIBIÇÕES

Art. 12 - Não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no desempenho de suas funções:

a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e o renome da profissão;

b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas sem habilitação profissional para cargos privativos de Bibliotecário, ou indicar nomes de pessoas sem registro nos CRB;

c) expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou atestados de capacitação profissional a pessoas que não preencham os requisitos indispensáveis ao exercício da profissão;

d) assinar documentos que comprometam a dignidade da Classe;

e) violar o sigilo profissional; f) utilizar a influência política em benefício próprio; g) deixar de comunicar aos órgãos compe-tentes as infrações legais e éticas que forem de seu conhecimento;

h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo ex-plícito ou implícito

em documentos, obras doutrinárias, leis, acórdãos e outros instrumentos de apoio técnico do exercício da profissão, com intui-to de iludir a boa fé de outrem; i) fazer comentários desabonadores sobre a profissão de Bibliotecário e de entidades afins à profissão;

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Didatismo e Conhecimento 10

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecaj) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qual-

quer instituição pública ou privada onde não exerça, pessoal ou efetivamente, função inerente à profissão;

l) assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos, alheios a sua orientação, super-visão e fiscalização; m) exercer a profissão quando impedido por decisão administrativa transitada em julgado;

n) recusar a prestar contas de bens e numerário que lhes sejam confiados em razão de cargo, emprego ou função;

o) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselho Federal e Regionais, bem como deixar de atender a suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado;

p) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou cometer atos discriminatórios e abuso de poder; r) aceitar qual-quer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão por sexo, idade, cor, credo, e estado civil.

SEÇÃO VDAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES E PENALIDADES

Art.13 - A transgressão de preceito deste Código, constitui in-fração ética, sujeita às seguintes penalidades:

a) advertência reservada; b) censura pública; c) suspensão do registro profissional pelo prazo de até três

anos; d) cassação do exercício profissional com apreensão de car-

teira profissional;e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da

anuidade.§ 1º - A pena de multa, de um a cinqüenta vezes o valor

atualizado da anuidade, poderá ser combinada com qualquer das penalidades enumeradas nas alíneas “a a d” deste artigo, podendo ser aplicada em dobro no caso de reincidência.

§ 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado, determinará a suspensão do exercício profissional, sem prejuízo da cobrança por via executiva.

§ 3º - A suspensão por falta de pagamento de anuidade, taxas e multas somente cessará com o recolhimento da dívida, podendo estender-se por até três anos, decorridos os quais o profissional terá, automaticamente, cancelado o seu registro, se não resgatar o débito, sem prejuízo da cobrança executiva.

§ 4º - A pena de cassação do registro profissional acarretará ao infrator a perda do direito de exercer a profissão em todo Terri-tório Nacional, e consequente apreensão da carteira de identidade profissional.

§ 5º - Ao infrator suspenso por débito será admitida a reabilitação profissional, mediante novo registro, satisfeitos, além das anuidades em débito, as multas e demais emolumentos e taxas cabíveis.

§ 6º - As penalidades serão anotadas na carteira profissional e no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais Conse-lhos Regionais e ao empregador.

Art.14 - Compete originalmente aos CRB o julgamento das questões relacionadas a transgressão de preceito do Código de Ética, facultado o recurso de efeito suspensivo, dirigido ao CFB, competindo a este, ainda, originalmente, o julgamento de questões relacionadas à transgressões de preceitos do Código de Ética pra-

ticadas por Conselheiros Regionais e Conselheiros Federais, bem como transgressões de bibliotecários que atinjam diretamente o Conselho Federal.

Parágrafo Único - O recurso deverá ser interposto dentro do prazo 30

(trinta) dias a contar da data do recebimento da notificação da decisão

de primeira instância.

SEÇÃO VIDA APLICAÇÃO DE SANÇÕES

Art.15 - O CFB, deve baixar resolução estabelecendo normas para apuração das faltas e aplicação das sanções previstas neste Código, pautando-se pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, garantidos pela Constituição Federal.

Art.16 - Na aplicação de sanções éticas serão consideradas como atenuantes:

a) falta cometida em defesa de prerrogativa profissional; b) ausência de punição anterior; c) prestação de relevantes serviços à Biblioteconomia.

SEÇÃO VII DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS

Art.17 - O Bibliotecário deve exigir justa remuneração por seu trabalho, levando em conta as responsabilidades assumidas, o grau de dificuldade no desenvolvimento e efetivação do trabalho, bem como o tempo de serviço dedicado, sendo-lhe livre firmar acordos sobre honorários e salário.

Art.18 - O Bibliotecário deve fixar previamente o valor dos serviços, de preferência por contrato escrito, considerados os ele-mentos seguintes:

a) a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar;

b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho;c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros

serviços;d) as vantagens que advirão para o contratante com o serviço

prestado;e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou

permanente;f) o local em que o serviço será prestado.

SEÇÃO VIIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.19 - Qualquer modificação deste Código somente poderá ser efetuada pelo CFB, nos termos das disposições legais, ouvidos os CRB.

Art.20 - O presente Código entra em vigor em todo o Territó-rio Nacional a partir de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

José Fernando Modesto da SilvaCRB-8/3191Presidente do Conselho Federal de BiblioteconomiaPublicado no Diário Oficial da União de 14.01.02, seção I.

p. 64

Page 251: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 11

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Biblioteca

2. ACERVO: ORGANIZAÇÃO E TRATAMEN-TO TÉCNICO, REPRESENTAÇÃO DESCRI-TIVA DA INFORMAÇÃO (CATALOGAÇÃO), REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA DA INFOR-

MAÇÃO (CLASSIFICAÇÃO EINDEXAÇÃO), CLASSIFICAÇÃO DECIMAL

UNIVERSAL (CDU);

Segundo o Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 2008): Acervo é um “conjunto de documentos conservados para o atendimento das fina-lidades de uma biblioteca: informação, pesquisa, educação e recrea-ção”. Também é sinônimo de coleção.

Em suma, acervo é tudo que é documento dentro da biblioteca (essa definição é minha mesmo).

Seleção/aquisição: Como vimos mais acima, o acervo é forma-do através de um processo de Formação e desenvolvimento de co-leção. Esse processo é formado pela etapa de seleção, que irá dizer quais documentos devem ser adquiridos de acordo com os desejos e necessidades da biblioteca, e que é de bom senso estar de acordo com a Política de Formação e Desenvolvimento e com a Política de Seleção da Biblioteca. E a etapa de aquisição será responsável por efetivar as escolhas da seleção, ou seja, adquirir, seja por com-pra, permuta (troca, que normalmente se dá entre duplicatas que as bibliotecas possuem) ou doação (que pode ser solicitada, ou seja, a Biblioteca envia um pedido de doação a uma instituição, editora, ou mesmo ao próprio autor).

Tratamento técnico:

Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as técnicas da biblioteconomia para repre-sentação do documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e indexação).

Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do docu-mento para a criação de um catálogo. Cada documento será catalo-gado a partir de um código de catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras de Cataloga-ção Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e é publicado aqui no Brasil pela FEBAB.

As informações são voltadas para descrever o documento. En-tão você sabe autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata, entre outras informações.

O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, p.ex.:

Silva, João dos Santos.Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo

penúltimo nome seguido do parentesco (sobrinho, neto, junior, filho, etc.). Exemplo: João dos Santos Silva Sobrinho terá entrada por:

Silva Sobrinho, João dos Santos.A catalogação se divide em duas partes: acesso (entrada) e des-

crição física. O acesso irá dizer quais os pontos de acesso para o do-cumento. Existem dois tipos de entrada: principal e secundárias. O autor lá no alto da ficha é a entrada principal. E as demais entradas, embaixo da ficha, são as entradas secundárias.

Antes do nome do autor deverá ir na ficha o número de Cutter correspondente, que deverá ser retirado da Tabela de Cutter-San-born. A tabela é usada da seguinte forma. A entrada será por Silva, João da. Devemos então encontrar na tabela o número correspon-dente a SIL, que é 581. Logo, o número será S581. Após esse núme-ro, irá entrar a primeira letra da primeira palavra do título, exclui-se artigo, em minúscula. Se o título começar com A Arte de Estudar, o cutter será S581a.

Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto, ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classifica-ção Decimal Universal. As duas tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística.

As principais classes da CDU podem ser acessadas clicando nos nomes.

Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em 869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso.

O número da classificação, ou número da notação ou somente notação, irá aparecer junto ao Cutter e possíveis informações so-bre edição, exemplar ou coleção, no número de chamada. Logo, o número de chamada, utilizando CDU, para um livro de literatura brasileira, vamos usar no exemplo Gabriela, cravo e Canela de Jorge Amado, será: 869(81) A481g

O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do livro, e é o que permite a identificação do livro na es-tante.

Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é ” Lista dos elementos identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em determinada ordem para possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros) e podem ser também” Produto da indexação, como instrumento de pesquisa autônomo ou complemento de outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui vale dizer a diferença entre indexação e ca-talogação. A indexação representa o conteúdo, o tema, a catalogação representa a parte física, ela descreve.

Em termos práticos, indexar é representar o documento por meio de palavras. Peguemos como exemplo o livro Português para Concursos, de Renato Aquino (livro aliás que recomendo toda vida).

Page 252: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 12

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaQuais palavras nós usaríamos para representar seu conteúdo? Por-tuguês e Concursos são duas prováveis. Mas poderíamos utilizar também Língua Portuguesa, Gramática, Testes, Provas, enfim. O indexador irá decidir quais palavras serão usadas com base na polí-tica de indexação da biblioteca, no público-alvo da indexação, e nos instrumentos que tiver em mãos (vocabulários controlados).

Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número de chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a propriedade do livro em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de segurança, cada livro receberá um alarme.

A maioria das bibliotecas costuma colocar o número do tombo no exemplar, em alguns casos, ainda se coloca data de aquisição.

Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não lembro como chama) uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve ser entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns em sistemas não automatizados.

Armazenagem da documentação, preservação do acervo:

Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classifi-cação, no que se chama de ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a correta ordem de arquivamento do sistema decimal utilizado pela biblioteca.

Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de lo-calização fixa. Se diz fixa pois cada livro tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o livro é retirado do seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar. Esse objeto é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as bibliotecas que a utilizam traba-lham com os acervos fechados ao público. Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um usuário inte-ressado em um assunto específico é muito mais difícil achar livros daquele assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto.

Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham longa vida. Evitar comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro ponto importante é manusear os livros com cui-dado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o indicador e não puxando pela lombada. Entre outros.

Por Gustavo Henn

A evolução da tecnologia da informação tem atingido a área da Ciência da Informação. Consequentemente as bibliotecas vêm evo-luindo tecnologicamente para atender a demanda de usuários que é cada vez mais exigente, ou seja, eles esperam que os serviços pres-tados pelas bibliotecas sejam refinados e com grande valor agregado à informação.

Os profissionais da informação são fundamentais para fazer o elo entre os usuários e novo paradigma informacional .

No Brasil as bibliotecas começaram a ser efetivamente auto-matizadas na década de 90, já em outros lugares do mundo a in-formatização se iniciou muito antes. Muitas bibliotecas começaram a pensar sobre automatização por volta de 1970. (EKPENYONG, 1997).

Para Burin, Lucas e Hoffmann (2004) “A finalidade da infor-matização é agilizar e aumentar a eficiência e a precisão na recu-peração da informação”.

As unidades de informação têm investido em softwares para automatizar os serviços/produtos prestados aos clientes/usuários. Entretanto, o processo de implantação de um sistema automati-zado em uma biblioteca deve seguir uma metodologia para que realmente agregue valor aos serviços/produtos prestados pela Ins-tituição. Conforme Silva e Favaretto (2005, p. 107):

Qualquer processo de migração entre sistemas e a biblioteca deve ser o mais suave possível para todos os envolvidos – equipe responsável, staff da biblioteca e usuários. Para que isso ocorra, deve haver um planejamento com toda a equipe, ou seja, fornece-dor do novo software e os responsáveis por essa tarefa dentro da biblioteca. (...) migrações de sucesso mantêm os dados (bibliográ-ficos e administrativos), as funcionalidades e o fluxo de trabalho (a biblioteca não pode deixar de disponibilizar seus serviços durante a conversão) do sistema anterior, até que sejam incorporadas as características e capacidades do novo sistema ao servidor de pro-dução que atende à biblioteca.

Segundo Silva e Favaretto (2005, p. 107) a obtenção de suces-so na escolha do software apropriado depende, em grande parte, da instituição. É fundamental a compreensão do conceito moderno de gestão da informação e fazer uma leitura real da instituição como um todo, para apresentar um sistema que atenda aos itens obriga-tórios, imprescindíveis e desejáveis aos gestores.

Na pesquisa de Campregher; Oliveira; Thiry (2001, p. 30) o processo de avaliação de softwares deve ser composto por uma comissão de bibliotecários e analistas, levando-se em considera-ção um conjunto de requisitos baseados nas necessidades da ins-tituição.

Outro fator importante a ser levado em consideração na im-plantação de um sistema informatizado de biblioteca é a capacita-ção da equipe. É necessário ajustar um programa de treinamento em aplicações de computador para a equipe de funcionários en-volvida com o trabalho da automatização. Cabe ressaltar que não adianta somente contar com um programa inicial de capacitação, a instituição deve realizar capacitações regularmente para aprimorar a qualidade dos seus serviços/produtos. O treinamento contínuo é necessário se manter lado a lado com as tecnologias. (CHAN-DRAKAR, 2003).

Neste âmbito, percebe-se que o processo de implantação de um sistema informatizado de bibliotecas não é simples, mas pode trazer inúmeros benefícios tanto para os profissionais da informa-ção, quanto para os usuários da biblioteca, desde que seja bem planejado.

http://www.pergamum.pucpr.br/

Do Sistema de Bibliotecas a) Elaborar e propor a institucionalização da Política de For-

mação e Desenvolvimento do Acervo do Sistema de Bibliotecas; b) Constituir e operacionalizar as ações da Comissão de De-

senvolvimento do Acervo, formada por docentes e bibliotecários; c) Cumprir e fazer cumprir a Política; d) Manter a Política atualizada, procedendo a sua revisão

sempre que o contexto acadêmico, editorial e tecnológico assim requerer;

e) Divulgar a Política aos diferentes segmentos da comunida-de universitária.

Page 253: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 13

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaO processamento técnico envolve um conjunto de trabalhos

voltados para análise dos livros que compõem o acervo. Esses traba-lhos vão permitir que se faça a descrição única de cada livro, tanto do ponto de vista físico (autor, título, edição, páginas etc.), quanto do ponto de vista de seu conteúdo.

Tais descrições geram condições para que as informações sejam recuperadas. Fazem parte desse conjunto: seleção, registro, classifi-cação, catalogação, alfabetação, colocação de etiquetas, ordenação dos livros nas estantes e preparo técnico do livro.

Embora a importância desse processamento não seja percebida pela maioria dos usuários, ele é o ponto de partida para a organiza-ção de cada biblioteca.

Nesta unidade, vamos orientar somente o processo manual, pois o processo automatizado depende de recursos financeiros e da escolha do recurso técnico de cada biblioteca.

Antes de descrever as etapas do processamento técnico precisa-mos estudar as partes do livro.

Processo manual: feito pelas mãos do catalogador (manufatu-rado).

Processo automatizado: feito com o auxilio de máquinas de computador, resultando geralmente em uma base de dados.

- Conjunto de partes de um livroUm livro é dividido em partes para facilitar a leitura técnica.

Externamente, suas partes dizem respeito à sua condição física e, internamente, mais ao conteúdo, sendo dividido em pré-textual, tex-tual e pós-textual.

- Partes externasSobrecapa: proteção para a capa. Inclui as mesmas informações

contidas na capa. É uma capa solta, colocada nas edições especiais, nem todos os livros vêm com a sobrecapa, pois é um acessório que encarece a edição. Geralmente ao preparar o livro para ser colocado na estante, retiramos a sobrecapa.

Capa: protege o livro externamente, podendo ser encadernada ou em brochura. O anverso (frente) da capa deve conter na parte central nome de autor, título e subtítulo. A capa pode ser de diversos materiais, como papel, cartolina, couro ou plástico. A elaboração da capa fica a critério do editor.

Orelhas: geralmente, a capa apresenta orelhas, ou abas, ou asas, que contêm dados biográficos do autor ou comentários da obra. As orelhas excedem-se da capa e dobram-se sobre si mesmas para den-tro. Muitas vezes usamos as orelhas como marcador de página.

Lombada ou dorso: é a parte que liga as folhas do livro, onde se encontra a costura. Fica no lado externo do livro, oposta ao corte de páginas.

Errata: lista apresentando os erros corrigidos, com indicação de páginas, parágrafo e linhas. É inserida, como encarte, antes da folha de rosto. Nem sempre os livros vêm com errata, é claro, ela só é inserida caso a edição tenha saído com erros.

- Partes internas (ligadas ao conteúdo)

- Pré-textualFolha de guarda: páginas em branco, encontradas no início e

no final da obra.Falsa folha-de-rosto: é opcional; precede a página de rosto e

contém apenas o título e subtítulo da publicação.Folha-de-rosto: contém, normalmente, os elementos essenciais

que identificam um livro: autor; título; número da edição; o local (cidade) da publicação do livro; editor ou editora; ano da publicação. Observação: nem todos os livros possuem esses itens.

O verso da folha-de-rosto: contém os dados complementares de uma obra, tais como: títulos da série e número do volume; tí-tulo original da obra; copyright; relação de colaboradores; relação de edições e reimpressões anteriores, com os respectivos editores e datas; nome e endereço da editora.

Dedicatória: folha opcional em que o autor presta homenagem ou dedica o livro a alguém.

Agradecimentos: folha opcional em que o autor indica o even-tual apoio recebido na elaboração do livro.

Epígrafe: folha opcional em que o autor apresenta uma citação, seguida de indicação da autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do livro.

Sumário: enumeração das principais divisões, seções e outras partes do livro, na ordem em que nele se sucedem.

Lista de abreviaturas: relação em ordem alfabética das abrevia-turas, siglas e símbolos utilizados no texto, escrita por extenso.

Prefácio: texto de esclarecimento, justificação, comentário ou apresentação, escrito pelo autor ou por outra pessoa.

Copyright: registro dos direitos autorais ou editoriais.- Miolo do livroTextual: conjunto de folhas, reunidas em cadernos que formam

o corpo do livro em que é exposto o conteúdo.-Pós-textualPosfácio: matéria informativa ou explicativa posterior à elabo-

ração do texto.Apêndice: desenvolvimento autônomo elaborado pelo autor; a

fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.

Page 254: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 14

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaAnexo: documento, nem sempre do próprio autor, que serve de

fundamentação, comprovação ou ilustração.Glossário: lista em ordem alfabética de palavras ou expressões

técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, acompanhadas das respectivas definições.

Índice: lista alfabética de autores e/ou assuntos e/ou nomes geo-gráficos, por exemplo, contidos na obra, com indicação das páginas em que são encontrados. O índice pode ser também cronológico.

Colofão: informações do impressor, endereço, local e data de impressão, localizada de preferência na página ímpar da última fo-lha do miolo.

Suplemento: documento que se adiciona a outro para ampliá-lo ou aperfeiçoá-lo, sendo sua relação com aquele apenas editorial e não física, podendo ser editado com periodicidade e/ou numeração própria.

-Descrição do itemPara se descrever um item é preciso conhecer o tipo de material

que se tem em mãos (livro, CD, fita VHS, outros), pois é reconhe-cendo-o que se saberá onde se encontra sua fonte principal de infor-mação e os elementos que deverão ser descritos.

- Elementos para descriçãoPágina de rosto: é considerado o elemento mais precioso para

o catalogador. Quando ela aparecer deve ser tomada como fonte principal de informação, pois é nela que deverá aparecer o nome do autor ou autores, o título, a edição, o local de publicação, a casa publicadora (editora) e a data de publicação.

Deve-se observar a frente e o verso da folha de rosto para a retirada de informações.

Veja detalhadamente quais são essas informações:- autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do

conteúdo intelectual ou artístico de um documento; -autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões),empresa(s),

comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros,responsável(eis) por pu-blicações em que não se distingueautoria pessoal;

- edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra, todas as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., produzidas diretamente ou por outros métodos, sem modificações, independentemente do perí-odo decorrido desde a primeira publicação;

- editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões) responsável(eis) pela produção editorial. Conforme o suporte do-cumental, outras denominações são utilizadas: produtores (para imagens em movimento), gravadora (para registros sonoros), entre outras.

- título: palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um documento;

- subtítulo: informações apresentadas em seguida ao título, vi-sando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento.

O livro precisa, primeiramente, de uma identificação, ou seja, de um carimbo com o nome da biblioteca. O livro da biblioteca tam-bém precisa ser identificado para não ser confundido com outros livros de outras pessoas ou de outras bibliotecas. Como uma biblio-teca em geral possui muitos livros, a forma mais prática de se iden-tificar cada livro é por meio de um carimbo que contenha seu nome.

O livro deve ser carimbado no lado contrário da lombada, ou seja, no corte do livro e na folha de rosto do livro. Algumas bibliote-cas usam, também, carimbar uma página padrão em todos os livros, carimbando sempre a página que contém determinada numeração. Por exemplo: carimbar qualquer livro da biblioteca sempre a página 23.

RegistroDepois de identificado, o livro precisa ser registrado. Ele vai

receber um número de registro único.Para você entender melhor, vamos comparar os livros a pes-

soas. Cada um de nós tem um registro geral de identidade ou de certidão de nascimento. Mesmo as pessoas gêmeas têm números de registros de identidades diferentes. Então, cada livro, mesmo que seja igual a outros dez livros na biblioteca, vai receber sempre um número diferente.

ClassificaçãoClassificar é na realidade uma tarefa muito importante, pois é

ela que vai definir o local em que o livro vai ficar na estante.A ideia é sempre partir do geral para o particular, ou seja, deve-

-se ter um assunto principal e esse é subdividido sucessivamente até se chegar a um termo que não admite mais ser dividido. A classifi-cação cria condições para que os livros possam ser dispostos nas estantes de maneira sistemática, proporcionando assim seu uso. Para isso é primordial que a classificação possibilite:

- localizar um livro em uma coleção;- retirar um livro para consulta com rapidez;- devolver um livro à coleção com rapidez;- inserir novo livro aos já existentes na coleção, sem que esses

percam a sua ordem lógica.A classificação por assuntos é a única a preencher as finalidades

acima. É frequente um leitor chegar a uma biblioteca sem definir o assunto que procura. Ao chegar às estantes, ele muitas vezes se admira de encontrar outros livros de assuntos bem mais específicos dos quais nem tinha conhecimento.

A classificação por assuntos oferece essa possibilidade.O livro, por sua forma física, só pode ocupar um lugar na cole-

ção, por isso, quando ele tratar de diferentes assuntos, deve-se esco-lher somente um, de acordo com o objetivo da biblioteca, ficando a cargo do catálogo relacionar os diferentes assuntos.

O processo de classificar implica agrupar livros pelos assuntos que tratam, trocando o nome ou o termo desses por sinais ou símbo-los correspondentes, chamados de notação da classificação.

É comum que diferentes livros tenham uma mesma notação, para diferençá-los deve-se usar a notação de autor.

O conjunto dessas duas notações recebe o nome de número de chamada. Esse número é quem individualiza o livro dentro de uma coleção, assim, numa biblioteca não pode haver dois livros com o mesmo número de chamada. A notação de uma classificação precisa ser simples e permitir a expansão de novos assuntos.

Quando for classificar pense sempre nas regras básicas citadas a seguir:

- classificar o livro onde ele é mais procurado;- classificar primeiro pelo assunto;- quando um assunto influenciar o outro, classificar pelo assunto

influenciado. Exemplo: a informática na biblioteconomia, classificar em biblioteconomia;

- quando dois assuntos são subdivisões de um assunto maior, classificar pelo maior;

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Didatismo e Conhecimento 15

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Biblioteca- quando um livro tratar da história de um assunto, classificar

pelo assunto;- quando um item tratar de método investigativo, classificar

pelo assunto investigado.Ministério da Educação

Classificação Decimal de Dewey Sendo muito utilizada em todo o mundo e especialmente em bi-

bliotecas públicas, CLASSIFICAÇÃO DECIMAL DE DEWEY foi criada pelo bibliotecário Melvil Dewey e teve sua primeira edição publicada em 1876.

Idealizando um sistema de classificação baseado no uso de nú-meros em ordem decimal e influenciado pelo sistema de W. T. Har-ris, Dewey criou o seu próprio sistema.

Em 1976, anonimamente, foi publicada a 1. Edição de Dew-ey, sob o título A classificação and subject índex for cataloging and arranging the books and pamphlets of a library. Só depois da 16. Edição é que o nome de Dewey passou a fazer parte integrante do título (BARBOSA, 1969, p. 199).

A expansão de seu sistema se deu pela facilidade de memoriza-ção e da fácil localização dos livros.

O Instituto Internacional de Bibliografia, atualmente conhecido por Federação Internacional de Documentação, tomou por base a CDD para criar seu sistema de organização conhecido hoje como Classificação Decimal Universal ou CDU.

De acordo com Barbosa “a responsabilidade editorial do sis-tema de Dewey está hoje a cargo de um comitê misto”. Este Co-mitê tem a responsabilidade de dar continuidade e ser íntegro a numeração estabelecida pelo idealizador do sistema.

Com as Ciências e as Tecnologias em constante mudança e com o surgimento de novas ciências, o Comitê responsável pela CDD entra num dilema: continuar com a integridade ao sistema ou acom-panhar a evolução das ciências a cada edição reformulada.

O dilema está, conforme citado por Barbosa, em: ...se um sistema não evolui em terminologia e expansão de as-

suntos, torna-se, com o passar do tempo, obsoleto e é logo abando-nado; se, por outro lado, quer seguir à risca essa mesma evolução, motiva uma eterna reclassificação das coleções, implicando em des-perdício de tempo, pessoal e material, o que acaba, também, por levá-lo ao abandono.

Portanto, para serem íntegros com a ideia de Dewey, e não es-tagnarem na corrente do tempo, os editores da CDD tentam se ade-quar a essas duas questões, dando primazia a integridade.

Quem também se utilizou da CDD para suas fichas impressas foi a Library of Congress.

A CDD tem por base a seguinte estrutura: As classes principais correspondem a grosso modo, às discipli-

nas fundamentais do conhecimento, a saber: 100 Filosofia, 200 Re-ligião, 300 Ciências Sociais, 500 Ciência, 600 Tecnologia, 700/800 Artes, 900 História (400 Filologia não representa uma disciplina fundamental). A ordem parece não apresentar qualquer princípio (LANGRIDGE, 1977, p. 84).

Para representar uma classe principal são necessários três al-garismos.

Quando os grandes campos do conhecimento não são subdivi-didos, a notação é preenchida com um ou dois zeros.

Exceto por obras gerais e ficção, as obras são classificadas prin-cipalmente por assunto, com extensões para relações entre assuntos, local, época ou tipo de material, produzindo números de classifica-ção de no mínimo três dígitos e de tamanho máximo indeterminado, com um ponto decimal antes do quarto dígito.

Como qualquer sistema de classificação, a CDD tem seus pontos negativos e positivos. Para tanto, aqui, vale salientar ape-nas os pontos positivos, como sua grande flexibilidade, o sistema de Dewey é altamente memorizável e sempre atualizado por novas edições ou por suplementos.

- Classificação Decimal Universal (CDU). Esquema internacional de classificação de documentos (qual-

quer que seja o suporte do documento: ex.: CD, fita K-7, fita VHS etc.), baseado no conceito de que todo o conhecimento pode ser di-vidido em dez classes principais e estas, individualmente, podem ainda ser divididas em outras classes sucessivamente.

Isso ocorre em virtude da hierarquia decimal, que pode ser exemplificada da seguinte forma: suponha que o número 3 represen-te todo o assunto relacionado às ciências sociais. Suponha, ainda, que dentro dessa classe você quer fazer menção ao assunto referente ao direito, representado pelo número 34.

Portanto, embora a classificação seja escrita sem a casa deci-mal, sua disposição deve ser entendida como se ela fosse um núme-ro decimal. Desse modo, o número 3 (0,3) deverá vir sempre primei-ro que o número 34 (0,34) quando da organização dos documentos (livros, CDs etc.) nas estantes. Deve-se ressaltar que a classe 4 da CDU está vaga, ou seja, não é utilizada no momento para represen-tar qualquer tipo de assunto.

Logo, na sua biblioteca, o número 4 e seus derivados não deve-rão ser utilizados para representar assuntos.

Uma das vantagens em se utilizar esse tipo de classificação é que ela permite que outros documentos sejam incorporados ao acer-vo sem que se tenha que refazer toda a classificação já existente.

Abaixo segue uma Tabela de CDU adaptada e simplificada.0 Generalidades. Informação. Organização.1 Filosofia. Psicologia.2 Religião. Teologia.3 Ciências sociais. Economia. Direito. Política. Assistência so-

cial. Educação.4 Classe vaga.5 Matemática e ciências naturais.6 Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia.7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos.8 Linguagem. Linguística. Literatura.9 Geografia. Biografia. História.0 Generalidades. Informação. Organização.01 Bibliografias. Catálogos.02 Bibliotecas. Biblioteconomia.030 Livros de referência: enciclopédias, dicionários.040 Ensaios, panfletos, e brochuras.050 Publicações periódicas. Periódicos.06 Instituições. Academias. Congressos. Sociedades. Organis-

mos científicos. Exposições. Museus.070 Jornais. Jornalismo. Imprensa.08 Poligrafias. Poligrafias coletivas.09 Manuscritos. Obras notáveis e obras raras.

1 Filosofia. Psicologia.11 Metafísica.133 Metafísica da vida espiritual. Ocultismo.14 Sistemas e pontos de vista filosóficos.159.1 Psicologia.16 Lógica. Teoria do conhecimento. Metodologia da lógica.17 Filosofia moral. Ética. Filosofia prática.

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Didatismo e Conhecimento 16

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Biblioteca2 Religião. Teologia.21 Teologia natural. Teologia racional. Filosofia religiosa.22 A Bíblia. Sagradas escrituras.23 Teologia dogmática.24 Teologia prática.25 Teologia pastoral.26 Igreja cristã em geral.27 História geral da igreja cristã.28 Igrejas cristãs. Seitas. Denominações (confissões).29 Religiões não cristãs.

3 Ciências sociais. Economia. Direito. Política. Assistência so-cial. Educação.

31 Demografia. Sociologia. Estatística.32 Política.33 Economia. Ciência econômica.34 Direito. Jurisprudência.35 Administração pública. Governo. Assuntos militares.36 Assistência social. Previdência social. Segurança social.37 Educação.38 Metrologia. Pesos e medidas.

5 Matemática e ciências naturais.50 Generalidades sobre as ciências puras.51 Matemática.52 Astronomia. Astrofísica. Pesquisa espacial. Geodesia.53 Física.54 Química. Mineralogia.55 Ciências da Terra. Geologia. Meteorologia.56 Paleontologia.57 Biologia. Antropologia.58 Botânica.59 Zoologia.

6 Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia.61 Ciências médicas.62 Engenharia. Tecnologia em geral.63 Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia.64 Ciência doméstica. Economia doméstica.65 Organização e administração da indústria, do comércio e dos

transportes.66 Indústria química. Tecnologia química.67 Indústrias e ofícios diversos.68 Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados.69 Engenharia civil e estruturas em geral. Infra-estruturas. Fun-

dações. Construção de túneis e de pontes. Superestruturas.

7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos70 Generalidades.71 Planejamento regional e urbano. Paisagens, jardins etc.72 Arquitetura.73 Artes plásticas. Escultura. Numismática.74 Desenho. Artes industriais.75 Pintura.76 Artes gráficas.77 Fotografia e cinema.78 Música.79 Entretenimento. Lazer. Jogos. Desportos.

8 Linguagem. Linguística. Literatura.80 Linguística. Filologia. Línguas.81 Vaga.82 Literatura em língua inglesa.83 Literatura alemã/escandinava/holandesa.84 Literatura francesa.85 Literatura italiana.86 Literatura espanhola/portuguesa.87 Literatura clássica (latim e grego).88 Literatura eslava.89 Literatura em outras línguas.

9 Geografia. Biografia. História.90 Arqueologia. Antiguidades.91 Geografia, exploração da Terra e viagens.929 Biografias.93 História.94 História medieval e moderna em geral. História da Europa.95 História da Ásia.96 História da África.97 História da América do Norte e Central.98 História da América do Sul.99 História da Oceania, dos territórios Árticos e da Antártida.

http://repositorio.ufrn.br:8080/; Ministério da Educação

3. ARMAZENAGEM E REPOSIÇÃO DOMATERIAL NO ACERVO, CONSERVAÇÃO E

PRESERVAÇÃO DO ACERVO;

Este tópico já foi abordado no tópico anterior.

CATÁLAGOS;

Catálogo é o local onde estão ordenadas as fichas catalográfi-cas. Se for automatizado, então existirá apenas um. Se for manual, existirá vários, cada um com um tipo de entrada diferente.

Existem dois tipos de catálogo manual: os do público, ou exter-nos, e os auxiliares, ou internos. Os primeiros, como o nome indica, servem para o uso dos usuários da bibliotecas. Os segundos, para fins de uso interno pelo pessoal da biblioteca.

Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de catálogo externo. De nome de autor, de título e de assun-to. O catálogo de autor também pode ser chamado de catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de assunto, catálogo ideográfico.

Esses catálogos podem ser organizados:- Alfabeticamente- Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assun-

to) em um único catálogo, chamado de catálogo dicionário.

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Didatismo e Conhecimento 17

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Biblioteca- Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas

organizadas pelo número de classificação.

Já os catálogos internos podem ser:- De identidade, organizado pelos nomes dos autores e enti-

dades.- De assuntos, organizado pelos assuntos dos livros.- Catálogo de número de classificação- Catálogo de séries e títulos uniformes- Catálogo decisório, que organiza as decisões tomadas pela

biblioteca concernentes à catalogação.- Catálogo topográfico, que é o catálogo utilizado para fins de

inventário da biblioteca, pois é organizado pela número de chama-da dos livros.

- Catálogo oficial, que é uma réplica dos catálogos externos, mas inclui apenas o ponto de acesso principal.

- Catálogo de registro, para fins de controle do patrimônio da biblioteca. Atualmente, a maioria das bibliotecas utiliza o livro de tombo para isso.

A catalogação é um dos processos técnicos utilizados para se recuperar informações. É importante se ter em mente que catalogar é muito mais que registrar itens, ele controla o acervo com vistas a sua disponibilização, o que faz do catálogo um canal de comunica-ção entre a biblioteca e os usuários.

Então para que serve um catálogo?- Para encontrar um livro do qual se conheça o autor, o título

ou o assunto.- Para mostrar o que uma coleção contém com relação a um

determinado autor.- Para mostrar o que uma coleção contém com relação a uma

determinada edição.- Para mostrar o que uma coleção contém com relação a um

assunto.Os catálogos podem vir dispostos em diferentes formas, tais

como: livros, folhas soltas ou fichas catalográficas, guardadas em um móvel específico para elas. Aqui, vamos explorar mais o fichá-rio por entendermos ser o método mais simples.

A escolha do melhor tipo de catálogo depende dos recursos disponíveis em cada biblioteca, do tamanho do seu acervo e das características dos usuários que deverão utilizá-lo. Nesse proces-so, o catalogador deve ter sempre em mente que a conveniência do público deve ser colocada à frente da facilidade dos trabalhos.

Os principais tipos de catálogos, de acordo com a função de cada um, podem ser: Catálogo de autor.

Reúne todas as fichas, por exemplo, sob as entradas principais e secundárias de autor (pessoal ou entidade coletiva) e as remissi-vas numa única ordem alfabética. Lembre-se que remissiva quer dizer que você deverá remeter, ou melhor, relacionar, aqui no caso, o autor ao assunto tratado. Por exemplo, se o autor Alexandre de Moraes estiver tratando do assunto direito constitucional, deve-se fazer uma entrada para Moraes, Alexandre, escrever logo abaixo, ver direito constitucional.

Catálogo de títuloReúne todas as entradas principais (das obras que tem entrada

pelo título) e secundárias (desdobramentos de título) e as remissivas, em uma única ordem alfabética (alfabetação).

Catálogo de assuntoRefere-se ao conteúdo de cada uma das obras. Facilita para o

leitor a procura de livros sobre determinado assunto e temas corre-latos.

Catálogo dicionárioApresenta, em uma única ordem alfabética, as entradas de au-

tor, título e assunto. A alfabetação pode ser feita palavra por palavra ou letra por letra.

- Regras para descrição bibliográficaMas como se prepara a ficha catalográfica?A descrição bibliográfica é a representação das características

de um livro, para torná-lo único entre os demais. A catalogação des-critiva baseia-se no estudo do livro, na preparação e na organização das representações de mensagens (fichas catalográficas).

Para atingir seus objetivos, a catalogação descritiva deve ser:a) clara – criando um código de fácil compreensão;b) precisa – a representação deve referir-se apenas e a um único

livro;c) padronizada – no sentido de ser sempre usada da mesma for-

ma para informações semelhantes.

- Regras gerais para descriçãoA descrição do livro é feita por partes. Primeiramente se des-

creve o título, o subtítulo e a indicação de responsabilidade; depois a edição e assim por diante. A soma dessas partes pode chegar até oito, e a adoção de quais partes serão utilizadas, ou não, dependerá de cada biblioteca e de seus responsáveis.

Uma biblioteca sempre tende a ser diferente da outra, levando em consideração não só os usuários, como também o meio no qual está inserida. Daí ser importante propor um catálogo adaptado à re-alidade de cada biblioteca, ou seja, a descrição bibliográfica deve estar voltada aos desejos dos seus usuários.

Sendo assim, cada ficha catalográfica deve ser descrita de acor-do com as políticas adotadas por cada biblioteca. Abaixo segue uma descrição simples, porém eficiente, contendo elementos mínimos.

a) Primeiramente, descreva o nome do autor ou da entidade res-ponsável pela autoria, seguido de ponto final.

b) Segundo, descreva na linha logo abaixo do nome do autor, abaixo da 3ª ou 4ª letra do sobrenome, o título do item seguido de barra inclinada e do nome do autor novamente, agora na ordem nor-mal, seguido de ponto final.

c) Terceiro, descreva a edição da obra, seguida de ponto final.d) Quarto, descreva o local de publicação, seguido de dois pon-

tos sem espaço, depois o nome da editora, seguido de vírgula e, por fim, a data de publicação, seguida de ponto final.

Um acervo pode ser composto por diferentes coleções, forma-das por diferentes itens. Portanto, o catalogador deve reconhecer o tipo de material que tem em mãos para que a descrição seja direcio-nada à coleção correta. Além disso, deve-se estar atento ao fato de que cada item possui uma fonte principal de informação, aquela com prioridade sobre as demais fontes e que fornece os elementos para o preparo de uma descrição.

Como montar um catálogoA descrição catalográfica é uma tarefa necessária para recolher

elementos para a elaboração de um catálogo, instrumento essencial no processo de comunicação entre a biblioteca e os seus usuários. Deve ser feita em uma ficha, reunindo todos os elementos de um único item, julgados necessários pelo catalogador de acordo com a realidade de cada biblioteca.

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Didatismo e Conhecimento 18

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaPara os catálogos que ficam à disposição dos usuários, as bi-

bliotecas geralmente utilizam fichas de cor clara, tamanho de 7,5 X 12,5cm, acondicionadas geralmente em fichários. Além disso, costuma-se furá-las e atravessá-las com um tipo de vareta, com o objetivo de que as fichas não sejam retiradas do lugar.

As fichas não podem ser reunidas e colocadas de qualquer ma-neira dentro do fichário. É preciso adotar certos critérios para facili-tar sua organização, tais como a ordem alfabética de autor, do título e do assunto. Essa organização não só facilita para o catalogador, como também facilitará a busca de informações dos usuários.

Nesse processo, vamos usar outra técnica que será de extrema importância: a alfabetação.

Alfabetar é colocar em ordem alfabética. O alfabeto usado ba-seia-se em 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.

Continuando, o arranjo básico das entradas das fichas deve ser alfabético, considerando palavra por palavra, letra por letra.

Todas as palavras devem ser consideradas com exceção dos ar-tigos definidos e indefinidos. Veja alguns exemplos de como proce-der na alfabetação nos casos de:

- Nomes compostosA ordem de colocação de fichas no fichário de duas fichas com

os nomes Santo André e Santo Amaro ficaria na seguinte ordem:Santo Amaro; Santo André

- SiglasAs siglas devem ser consideradas como palavras, desconside-

rando os pontos que vêm entre as letras. Por exemplo:U.R.F.F.A = URFFA

- AbreviaturasAs abreviaturas devem ser alfabetadas como se essas tivessem

sido escritas por extenso. Por exemplo:Dr. = Doutor; Sr. = Senhor

- CedilhaA cedilha deve vir sempre após o C.Ex.: Caca; Caça

- NúmerosOs números devem ser considerados como se estivessem escri-

tos por extenso. Por exemplo: 1001= Mil e um.- Sobrenomes com Mc’, M’, St.Alfabetam-se como se estivessem escrito por extenso:Mac, Saint.McHenry, James = MacHenry, JamesMc’Laren = MacLarenSt. Simon = Saint SimonMcdonalds = Macdonalds

- Entrada homógrafaReúne-se segundo seu sentido ou função, na seguinte ordem:Autor (nome próprio) Exemplo: Brasil, VitorAutor (entidade coletiva) Exemplo: Brasil. Ministério da Edu-

caçãoAssunto Exemplo: Brasil–História

- Cabeçalho de assuntoPara ordenação dos cabeçalhos de assunto cujas partes princi-

pais sejam idênticas, adota-se a seguinte ordem:a) cabeçalho simples;Exemplo:Caçab) cabeçalho com subdivisões:– subdivisão de forma (bibliografia, periódica etc.) e de assunto;– subdivisão de épocas, arranjadas cronologicamente;– subdivisão geográfica;Exemplo:Caça – BibliografiaCaça – História – Séc. XXCaça – Brasilc) cabeçalhos seguidos de parênteses;Exemplo:Caça (animal)d) cabeçalhos invertidos;Exemplo:Caça, material dee) cabeçalhos compostos, constituídos por um conjunto depalavras em ordem direta, com um substantivo e um adjetivo.Exemplo:Caça submarina

- Nomes própriosOs nomes próprios em português, inglês devem ter sua entrada

pelo último sobrenome. Por exemplo:Machado de Assis = Assis, Machado.João Guimarães Rosa = Rosa, João Guimarães.

- Nomes espanhóisOs nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobreno-

me, que corresponde ao nome da família do pai. Por exemplo:José Oviedo y Banõs = Oviedo y Banõs, JoséFrancisco Pina Mello = Pina Mello, FranciscoAngel Arco y Molinero = Arco y Molinero, Angel

- Nomes orientaisNomes orientais (japonês, chineses, árabes etc.) são registrados

ou arquivados tal como se apresentam, separando-se o primeiro ele-mento por vírgula. Por exemplo:

Al Ben Hur = Al, Ben HurLi Yutang = Li, YuntangMao Tse Tung = Mao, Tse Tung- ParentescoOs nomes que exprimem grau de parentesco, como Filho, Jú-

nior, Sobrinho e Neto são considerados parte integrante do último sobrenome. Por exemplo:

Antônio Almeida Filho = Almeida Filho, AntônioPaulo Ribeiro Sobrinho = Ribeiro Sobrinho, PauloHenrique Viana Neto = Viana Neto, HenriqueWashington Rocha Júnior = Rocha Júnior, Washington

- CongressosOs congressos, as conferências, as reuniões etc. arquivam-se

pelos nomes oficiais dos eventos, seguidos do número, data e local de realização, entre parênteses. Por exemplo:

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Didatismo e Conhecimento 19

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecaa) II Congresso de Pintura Moderna, em 1940, no Rio de Ja-

neiroRegistra-se:Congresso de Pintura Moderna (2.: 1940: Rio de Janeiro)b) 2ª Conferência de Ensino Profissional 1970, São PauloRegistre-se:Conferência de Ensino Profissional (2.: 1970: São Paulo)c) Primeira Reunião de Assessores do Governo, em 1972, emBelo HorizonteRegistre-se:Reunião de Assessores do Governo (1.:1972: Belo Horizonte)

- FirmasAs firmas devem ser consideradas tais como se apresentam.Por exemplo:Álvaro Ramos & Cia. = Álvaro Ramos & Cia.Barbosa e Santos Ltda. = Barbosa e Santos Ltda.Pereira Vieira & Irmãos = Pereira Vieira & IrmãosServiços auxiliares:

- separar as fichas pelo tipo, isto é, fichas principais (autor) e fichas secundárias (título, assunto, remissiva etc.).

Observação: essa rotina só se aplica nas bibliotecas que ainda mantêm catálogos convencionais em fichas.

Nas bibliotecas automatizadas, o catálogo em fichas foi subs-tituído por listagens (catálogos impressos) que já são alfabetadas automaticamente pelo sistema automatizado.

Neste caso, você só terá o trabalho de separar e colocar no lugar devido as listagens específicas de autor, título e assunto, além de substituí-las quando estiverem desatualizadas.

Ministério da Educação

5. SERVIÇOS AOS USUÁRIOS: ORIENTAÇÃO E CONSULTA, REFERÊNCIA, PESQUISAS E

LEVANTAMENTOS BIBLIOGRÁFICOS,CIRCULAÇÃO DO ACERVO, NOÇÕES DE

NORMALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS (ABNT).

Serviços aos usuários são os serviços prestados pelas bibliote-cas às pessoas que usam a biblioteca, os usuários. Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que efetivamente usam a biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar a bibliote-ca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais quanto dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a saber.

- Treinamento, orientação e consulta: Quando o usuário che-ga à biblioteca, principalmente aqui no Brasil, é um alumbramento, um espanto. Ainda tem muita gente, mesmo em cidades grandes, que nunca foi em uma biblioteca. Por isso, a maior parte da aten-ção de treinamento, orientação e consulta é voltada para ensinar es-sas pessoas a utilizar os recursos e serviços da biblioteca da forma mais completa possível. Isso vai desde de ensinar como encontrar um dicionário na organização das estantes da biblioteca até ensinar como fazer uma busca por ordem alfabética de uma palavra em um dicionário.

Bibliotecas universitárias se deparam com a necessidade cons-tante de treinar e orientar os usuários, especialmente os calouros (muitos dos quais estão indo pela primeira vez em uma biblioteca na universidade), no uso do sistema de gerenciamento de livros (como fazer uma busca por título, por autor, por assunto, como identificar a data, como saber se o livro está disponível, etc.) e depois de encon-trar o livro no sistema, como encontrá-lo nas estantes.

É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com os novos alunos.

Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento para o uso do catálogo é essencial.

- Referência (ou serviço de referência): é o intermediário entre o acervo e o usuário. O usuário quando se depara com a biblioteca precisa de referência, por isso esse nome. (Para alguns autores, e eu concordo com essa linha de pensamento, todos os serviços voltados para os usuários estão dentro do serviço de referência. Mas isso é apenas a minha visão.) Afinal de contas, como encontrar a informa-ção que você quer diante de um mundo de documentos? É preciso de ajuda.

O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e aproveito para colocar todas aqui:

1 – Os livros são para usar2 – A cada leitor o seu livro3 – A cada livro o seu leitor4 – Poupe o tempo do leitor5 – A biblioteca é um organismo em crescimentoPor poupar o tempo do leitor, entende-se se esforçar para que

o tempo entre a solicitação do usuário ao sistema e a sua resposta seja mínimo. Para tanto, as bibliotecas cada vez mais investem em sistemas automatizados, por um lado, e em treinamento de pessoal, por outro.

O serviço de referência também pode ser feito à distância. O que dá mais comodidade ao usuário. Em geral, as bibliotecas ofe-recem telefone, para receber críticas e sugestões e tirar dúvidas, e e-mail ou formulários web para solicitações mais detalhadas. Neste caso, pode ser chamado de serviço de referência virtual ou digital.

Serviço de referência é o serviço responsável pelo atendimento do usuário na biblioteca. É, de forma simples, a ponte entre o acervo informacional da biblioteca e o usuário que pretende encontrar algu-ma informação ali. O primeiro trabalho sobre serviço de referência data de 1876, nos EUA. A origem do Serviço de Referência está diretamente ligada à urbanização e à industrialização, que fez com que as grandes cidades recebessem pessoas sem o mesmo grau de cultura e letramento daquelas que frequentavam bibliotecas até en-tão. Isso fez com que os bibliotecários passassem a se preocupar em como atender melhor pessoas que muitas vezes sequer sabiam ler.

Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca 8 etapas para o processo de referência, a saber:

O problema: o processo é iniciado com um problema que atrai a atenção de um usuário;

A necessidade de informação: explicitação do problema pelo usuário, seja por necessidade de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo;

A questão inicial: o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário; inicia-se o processo de referencia, que compreende duas fases: a análise do problema e a localização das respostas às questões;

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Didatismo e Conhecimento 20

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaA questão negociada: o bibliotecário solicita esclarecimentos

sobre a questão inicial para atender satisfatoriamente a necessidade do usuário;

A estratégia de busca: o bibliotecário analisa minuciosamente a questão, identificando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca apropriado à linguagem de acesso ao acervo de informações; a seguir, são escolhidos os vários caminhos possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a ques-tão apresentada.

O processo de busca: estabelecimento de estratégias flexíveis que comportem mudança de curso para otimizar a busca;

A resposta: para a maioria dos casos será encontrada uma res-posta, porém isso não constitui o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada;

A solução: o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resul-tado obtido é suficiente para finalizar o processo de busca.

- Clipping (ou clipagem): É uma atividade que consiste em fa-zer leituras de jornais, revistas e periódicos em geral a fim de sele-cionar matérias de interesse para a instituição ou para os usuários individualmente.

- Pesquisas e levantamentos bibliográficos: É uma das atribui-ções mais importantes da biblioteca e, mais nas bibliotecas especia-lizadas, constitui boa parte das solicitações. Consiste em executar pesquisas para os usuários sobre temas específicos nas fontes de informação disponíveis às bibliotecas. Levantamento bibliográfico é um sinônimo para “o que tem sobre determinado assunto” ou “o que tem de determinado autor” na biblioteca. Isso é muito comum. O que tem sobre história do Brasil? Então será feito um levanta-mento bibliográfico a fim de identificar a bibliografia disponível na biblioteca sobre o tema, incluindo não apenas livros, mas artigos de periódicos e demais documentos.

- DSI (disseminação seletiva da informação): É o serviço que leva a informação ao usuário, ou seja, dissemina a informação sele-cionada para a pessoa que precisa/deseja receber a informação.

Em geral, o usuário tem um cadastro na biblioteca em que in-dica seus interesses, e a biblioteca envia informações selecionadas para ele.

- Empréstimo (Circulação): É o serviço de circulação dos exemplares (documentos) do acervo. Em geral, toda biblioteca tem um balcão de empréstimo/devolução, com sistema automatizado ou não, em que o usuário leva o livro que quer levar, preenche as in-formações necessárias, e leva o livro para casa durante o período permitido de empréstimo. Caso o usuário deseja ficar mais tempo com o livro, poderá renová-lo caso não esteja reservado, no caso de sistemas automatizados é possível fazer isso sem ir presencialmente na biblioteca. E caso o usuário queira pegar um livro que está em-prestado, poderá fazer a reserva do livro. Também aqui, em caso de sistema automatizado, a reserva pode ser feita pelo próprio sistema.

Por Gustavo Henn

Noções de Normalização de Documentos (ABNT).

Para a área de informação e documentação, a normalização tem a finalidade de estruturar e apresentar graficamente documentos como: livros, relatórios, teses, dissertações, periódicos, etc., e parte deles como: referências, resumos, índices, sumários e outros. Seu objetivo é facilitar a pesquisa e o acesso aos documentos.

Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto.

É do conhecimento de toda comunidade acadêmica que a pro-dução científica é tida como um dos indicadores de competência dos departamentos no ambiente universitário, e que todo trabalhador in-telectual precisa estabelecer padrões formais para garantir a efetiva qualidade das fases do processo cientifico, isto é, desde a primeira comunicação das ideias até a apresentação final do trabalho.

Ressaltamos que a normalização documentária é um fator não só de qualidade, mas um facilitador da transferência da informação científica – pois a inexistência desta dificulta a recuperação das fon-tes utilizadas para elaboração da pesquisa acadêmica – por meio de regras, métodos e normas que proporcionam:

- Identificar melhor um documento;- Facilitar a comunicação no universo acadêmico;- Melhorar a qualidade formal da produção científica.a) Artigo Científico (NBR 6022); b) Referência (NBR6023); c) Numeração Progressiva (NBR 6024); d) Sumário (NBR 6027); e) Resumo (NBR 6028); f) Citação (NBR 10520); g) Relatórios Técnico Científicos (NBR 10719); h) Trabalho Acadêmico (NBR 14724); i) Projeto de pesquisa (NBR 15287).

Artigo em publicação periódica (NBR 6022/2003) Estabelece sistema para a apresentação dos elementos que

constituem o artigo em publicação periódica científica, que se apre-senta sob a forma de revista, boletim, anuário etc., com periodicida-de e ISSN.

a) artigo científico: publicação com métodos, técnicas, proces-sos e resultados nas diversas áreas do conhecimento;

b) artigo de revisão: publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas;

c) artigo original: publicação que apresenta temas ou aborda-gens originais (relatos de experiência de pesquisa, estudo de caso etc.).

Elementos pré-textuaisa) título e subtítulo: página de abertura do artigo, diferenciados

tipograficamente; b) autor(es): nome(s) do(s) autor(es) e breve currículo, endere-

ços postal e eletrônico, em rodapé indicado por. c) resumo na língua do texto: elemento obrigatório, constituído

de uma sequência de frases concisas e objetivas (até 250 palavras); d) palavras-chave e/ou descritores: após resumo e separadas por

ponto.

Elementos textuais a) introdução: parte inicial do artigo, onde devem constar a

delimitação do assunto tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do artigo;

b) desenvolvimento: parte principal do artigo, que contém a ex-posição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em seções e subseções, conforme a NBR 6024, que variam em função da abordagem do tema e do método;

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Didatismo e Conhecimento 21

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de Bibliotecac) conclusão: parte final do artigo, na qual se apresentam as

conclusões correspondentes aos objetivos e hipóteses. Elementos pós-textuais a) título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira; b) resumo e palavras-chave em língua estrangeira; c) nota(s) explicativa(s); d) referências; e) glossário; f) apêndice(s); g) anexo(s).

Referências (NBR 6023/2002) NBR 6023/2002 - Estabelece os elementos a serem incluídos

nas referências; ordem de apresentação e transcrição da informação originada do documento.

Definição - Conjunto padronizado de elementos descritivos, re-tirados de um documento, que permite sua identificação individual.

Elementos essenciais e formatoa) autor; b) título e subtítulo; c) edição (número); d) imprenta (local: editora e data). SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Local: Editora,

Ano.

Tipos de documentosa) Monografias consideradas no todo - livros; - dicionários e enciclopédias; - atlas; - bibliografias ; - biografias; - bíblias; - normas técnicas; - patentes; - dissertações e teses; - publicações de congressos, conferências, simpósios,

workshops, jornadas, etc. b) Partes de monografias - capítulos de livros; - verbetes de dicionários e enciclopédias; - trabalhos apresentados; etc. c) Documento jurídico - legislação (constituições; leis e decretos; - jurisprudência (súmulas, sentenças, etc.); - doutrina (monografia jurídica); d) Publicações periódicas - periódico; - revistas; - coleções; - fascículos; - jornais; e) Parte de publicações periódicas - artigo de revista - artigo de jornal, etc. - boletim.

Tipos de autoriaa) Autor pessoal - um autor ; - dois autores; - três autores; - mais de três autores. b) Autor entidade - associações; - empresas; - instituições; - eventos, etc. c) Órgãos governamentais d) Autoria desconhecida e) Organizadores, compiladores, editores, adaptadores etc. f) Outros tipos de responsabilidade - tradutor; - prefaciador; - ilustrador, etc.

TítuloTítulo de Monografias (livros, teses, artigos etc.) - reproduzido tal como aparece no documento; - diferenciado tipograficamente (negrito, itálico, sublinhado),

apenas a primeira palavra, inicial em maiúscula (exceção dos nomes próprios);

- subtítulo (sem destaque, precedido por dois pontos) e indicado após o título.

O título do periódico pode ser abreviado (NBR 6032) ou não, e segue o título do artigo escrito com a primeira letra de cada palavra em maiúscula destaque.

Ediçãoa) Indica-se a edição, em algarismo(s) arábico(s) seguido(s) de

ponto e abreviatura da palavra edição, no idioma da publicação: 2. ed. 5. th. b) Quando necessário indicam-se emendas e acréscimos a edi-

ção: 3. ed. rev. e aum.

Local Quando houver homônimos, indique a localização. Viçosa, MG Viçosa, RN Quando o local não aparece na publicação, deve-se indicar, en-

tre colchetes, a expressão sine loco (Sem local) [S. l.] Quando não aparece, mas pode ser identificada, coloca-se entre

colchetes.[Florianópolis]

Editora a) Suprimir natureza jurídica/comercial (Gráfica, Impressora,

Editora, Livraria, etc). CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e

Terra, 1999. Na publicação: Paz e Terra Editora. b) Quando o editor é o mesmo autor, ele não deve ser mencio-

nado novamente.

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Didatismo e Conhecimento 22

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaUNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de Gra-

duação, 1994-1995. Viçosa, MG, 1994. c) Quando houver mais de uma editora, indica-se a que aparecer

com maior destaque, as demais podem ser também registradas com os respectivos lugares.

Rio de Janeiro: MAST; São Paulo: UNESP.Quando a editora não puder ser identificada, usa-se a expres-

são sine nomine [s. n.] Quando o local e o editor não puderem ser identificados usa-se

as duas expressões, entre colchetes. GONÇALVES, F. B. A história do Mirador. [S.l.: s.n.], 1993.

DataA data de publicação (ano) deve ser indicada em algarismos

arábicos.2000 e não 2.000 uando houver dúvida quanto à data, indica-se, sempre entre

colchetes [1997?] para data provável [ca. 1995] para data aproximada [199-] para década certa [19--] para século certo [19--?] para século provável [entre 2005 e 2007] intervalo Em publicações virtuais, insere-se também, a data de acesso

ao documento.Em publicações periódicas, é necessário acrescentar os meses,

e devem ser indicados de forma abreviada (exceto maio) e no idio-ma original da publicação.

ALCARDE, J. C.; RODELLA, A. A. O equivalente em carbo-nato de cálcio de corretivos da acidez dos solos. Scientia Agrícola, Piracicaba, v. 53, n. 203, p. 204-210, maio/dez. 1996.

Séries e coleçõesSéries ou Coleções são indicadas no final da referência, entre

parênteses, e suprimindo as expressões: coleção/série. MIGLIORI, R. Paradigmas e Educação. São Paulo: Itú, 1993.

(Visão do Futuro, v. 1).

Notas Sempre que necessário à identificação da obra, devem ser in-

cluídas notas com informações complementares, ao final da refe-rência, sem destaque tipográfico.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Bi-blioteca Universitária. Biblioteca virtual universitária 2.0. Catá-logo de livros, enciclopédias e documentos virtuais. Acesso me-diante matrícula e senha da Biblioteca/UFSC. Florianópolis, 2010. Disponível em:

<http://150.162.4.10/pergamum/biblioteca_s/php/login_pear-son.php>. Acesso em: 24 set. 2010.

Paginação irregularQuando o documento não possuir numeração de página ou

possuir paginação irregular, insira as expressões ao final da refe-rência.

MARQUES, M. P.; LANZELOTTE, R. G. Banco de dados e hipermídia: construindo um metamodelo para o projeto Portinari. Rio de Janeiro: PUC, 1993. Paginação irregular.

SISTEMA de ensino Tamandaré: sargentos do Exército e da Aeronáutica. [Rio de Janeiro]: Colégio Curso Tamandaré, 1993. Não paginado.

Ordenação das referênciasAs referências podem ser ordenadas por duas maneiras: siste-

ma alfabético e numérico. Em casos de referências de autoria igual ou título de várias

edições de um documento referenciado sucessivamente, na mesma página, pode ser substituído por seis espaços.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do pa-triarcado rural no Brasil. São Paulo: Nacional, 1936. 405 p.

Numeração progressiva das seções de um documento escrito (NBR 6024/2012)

“Estabelece um sistema de numeração progressiva das seções de documentos, de modo a expor em uma sequência lógica o inter--relacionamento da matéria e permitir sua localização.”

Definição a) seção: parte em que se divide o texto de um documento; b) seção primária: principal divisão do texto de um documento; c) seção secundária, terciária, quaternária, quinária (limite): di-

visão do texto de uma seção primária, secundária, terciária, quater-nária, respectivamente;

d) alínea: cada uma das subdivisões de um documento, indicada por uma letra minúscula e seguida de parênteses;

e) subalínea: subdivisão de uma alínea; deve começar por tra-vessão seguido de espaço, com recuo em relação à alínea;

f) indicativo de seção: número ou grupo numérico que antecede cada seção do documento.

Sumário (NBR 6027/2012)Enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publi-

cação, na mesma ordem e grafia do documento. Último elemento pré-textual.

a) a palavra sumário deve ser centralizada e com a mesma tipo-logia da fonte utilizada para as seções primárias;

b) os elementos PRÉ-TEXTUAIS não devem constar no su-mário;

c) os indicativos das seções que compõem o sumário, são ali-nhados à esquerda.

Resumo (NBR 6028/2003) Estabelece os requisitos para redação e Apresentação de resu-

mos. Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. a) crítico (resenha): redigido por especialistas com análise crí-

tica de um documento; b) indicativo: pontos principais do documento, não apresentan-

do dados; não dispensa consulta documento; c) informativo: informa ao leitor finalidades, metodologia, re-

sultados e conclusões do documento, dispensa consulta documento.- 150 a 500 palavras - trabalhos acadêmicos e relatórios técnico-

-cientifícos; - 100 a 250 palavras - artigos de periódicos; - 50 a 100 palavras - a indicações breves; - não aplicável para resenha.

Page 263: Apostila Nova Cocursos Aux. Biblioteca

Didatismo e Conhecimento 23

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Auxiliar de BibliotecaCitação (NBR 10520/2002) Especifica as características exigíveis para citação em docu-

mentos. Definição: Menção, no texto, de uma informação extraída de

outra fonte. Por quê utilizar citação? a) dar credibilidade/fundamentação ao trabalho científico; b) fornecer informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos

na área de pesquisa; c) fornecer exemplos de pontos de vista semelhantes ou não

sobre o assunto de sua pesquisa.Formas de citaçãoa) Citação direta b) Citação indireta c) Citação de citação

Relatórios técnico-científicos (NBR 10719/2011) Especifica os princípios gerais para a elaboração e a apresen-

tação de relatórios técnico-científicos. Quando oportuna, pode ser aplicada em outros tipos de relatório.

Definição: O relatório técnico - cientifico é um documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investi-gação de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação de uma questão técnica ou científica.

http://www.bu.ufsc.br/

Questionário:

01. (IFRO 2013) O espaço físico da biblioteca deve consistir em um ambiente agradável, amplo, bem iluminado, com mobi-liário adequado e que tenha, dentre outros fatores, as condições necessárias para a conservação dos livros. Essa forma de distri-buir melhor o espaço físico da biblioteca recebe o nome de:

a) Layout. b) Acervo. c) Handout. d) Estrutura. e) Retrato ou paisagem.

02. (IFRO 2013) Otimizar cada espaço da biblioteca é essen-cial, tanto no que diz respeito à organização, quanto ao visual. Dessa forma, os livros devem ser dispostos de maneira correta, de modo que para saber a quantidade de livros a ser colocada em determinado espaço, pode-se usar um cálculo padrão, segun-do o qual:

a) 1m2 pode comportar até 15 volumes. b) 1m2 pode comportar até 20 volumes. c) 1m2 pode comportar até 50 volumes. d) 1m2 pode comportar até 100 volumes. e) 1m2 pode comportar até 150 volumes. 03. (IFRO 2013) Analise as afirmativas a seguir e assinale

(D) para o que for pertinente à Classificação Decimal de Dewey e (U) para o que for pertinente à Classificação Decimal Univer-sal, classificações utilizadas para a organização de documentos em bibliotecas.

(__) Apresenta notação pura. (__) Possui sete tabelas auxiliares. (__) Possui dezenove tabelas auxiliares. (__) Possui quatro volumes e um guia prático. (__) Possui dez classes, sendo a quarta classe vaga.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRE-TA de respostas, de cima para baixo.

a) D, D, U, D, D. b) D, U, D, U, U. c) D, D, U, D, U. d) U, D, U, D, U. e) U, U, D, U, D.

04. (IFRO 2013) De acordo com o Ministério da Cultura, Direitos Autorais são as denominações utilizadas para definir posse sobre obras intelectuais que podem ser

a) Políticas, literárias ou científicas. b) Artísticas, literárias ou científicas. c) Literárias, bibliográficas ou políticas. d) Artísticas, ideológicas ou científicas. e) Políticas, ideológicas ou bibliográficas.

05. (IFRO 2013) Leia o trecho a seguir: ‘‘A ______________ define-se como um conjunto de medi-

das específicas e preventivas necessárias para a manutenção da existência física do documento.”

Preenche corretamente a lacuna acima o exposto em: a) restauração b) conservação c) recuperação d) reconstrução e) documentação

06. (IFRO 2013) O Sistema de Classificação de Melvil Dewey abrange todos os campos do conhecimento humano, dividindo-os em dez classes que, por sua vez, são subdivididas minuciosamente, possibilitando às bibliotecas classificarem os seus livros da maneira mais detalhada possível. São classes do Sistema de Dewey as explicitadas a seguir, EXCETO:

a) Filosofia. b) Literatura. c) Ciências Puras. d) Ciências Exatas. e) Ciências Aplicadas.

Gabarito:

01 A

02 C

03 C

04 B

05 B

06 D