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Anotações Direção Preventiva Direção Preventiva caderno do aluno

Apostila Nova de Direção Defensiva

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    Direo Preventiva

    caderno do aluno

  • Direo preventiva : caderno do aluno. Braslia: SEST/SENAT, 2007. 72 p. : il. 1. Acidentes de trnsito - preveno. 2. Trnsito. 3. Veculos - manuteno. I. Servio Social do Transporte II. Servio Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Ttulo. CDU 656.1.08

    Diretoria Executiva Geral

    Coordenao de Promoo Social e Desenvolvimento Profissional - DEX

    Educao Profissional:Direo Preventiva

    Modalidade Presencial

    Apostila do Aluno

    Elaborao, contedo tcnico, diagramao e ilustraoEscola do Transporte

    Atualizao novembro/2007

    Fale com o SEST/SENAT0800.7282891

    www.sestsenat.org.br

  • SUMRIO

    Apresentao ....................................................................................................................................................... 05

    Unidade 1: Direo Preventiva ................................................................................................................................ 09Apresentao ................................................................................................................................................. 11Objetivos ......................................................................................................................................................... 11 Introduo ...................................................................................................................................................... 111.1- O que significa dirigir preventivamente ............................................................................................ 13 1.2- Os cinco elementos da direo preventiva ...................................................................................... 151.3- Concluso.................................................................................................................................................. 18Exerccios de Fixao ................................................................................................................................... 18

    Unidade 2: Circulao e conduta no trnsito ......................................................................................................... 21Apresentao ................................................................................................................................................. 23Objetivos ......................................................................................................................................................... 23Introduo ...................................................................................................................................................... 232.1- Caractersticas da Via ........................................................................................................................... 232.2- Conduta no trnsito ............................................................................................................................. 292.3- Concluso ............................................................................................................................................... 30Exerccios de Fixao ................................................................................................................................... 31

    Unidade 3: Preveno de acidentes ...................................................................................................................... 33Apresentao ................................................................................................................................................. 35Objetivos ......................................................................................................................................................... 35Introduo ...................................................................................................................................................... 353.1- O custo dos acidentes no Brasil ......................................................................................................... 353.2- Evitando acidentes com outros veculos ......................................................................................... 363.3- Evitando acidentes com pedestres e outros integrantes do trnsito ....................................... 403.4- Calculando distncias .......................................................................................................................... 423.5- Concluso ................................................................................................................................................ 46Exerccios de Fixao ................................................................................................................................... 46

    Unidade 4: Acidente evitvel ou no evitvel ....................................................................................................... 49Apresentao ................................................................................................................................................. 51Objetivos ......................................................................................................................................................... 51Introduo ...................................................................................................................................................... 514.1- Condies adversas para dirigir ........................................................................................................ 514.2- Fator humano e os acidentes de trnsito ....................................................................................... 574.3- Princpios gerais de higiene e segurana do trabalho ................................................................. 614.4- Concluso ................................................................................................................................................ 61Exerccios de Fixao ................................................................................................................................... 61

    Unidade 5: Manuteno peridica e preventiva .................................................................................................... 63Apresentao ................................................................................................................................................. 65Objetivos ......................................................................................................................................................... 65Introduo ...................................................................................................................................................... 655.1- Manuteno de veculos ....................................................................................................................... 655.2- Concluso ................................................................................................................................................ 70Exerccios de Fixao ................................................................................................................................... 71

    Bibliografia ............................................................................................................................................................ 72

  • APRESENTAO

    Bem-vindo ao Curso de Direo Preventiva!

    Este curso foi desenvolvido para fornecer a voc, motorista brasileiro, uma abordagem inovadora sobre uma forma de dirigir que vem ganhando adeptos no mundo inteiro: a Direo Preventiva. Mais do que uma exigncia da legislao, o que voc estudar a partir de agora representa uma profunda mudan-a de mentalidade. Uma mudana na direo de um trnsito seguro e consciente da nova realidade das estradas brasileiras. Uma mudana que pode salvar vidas.

    Esperamos que esta experincia represente uma porta aberta para uma outra maneira de enxer-gar o trnsito em sua cidade, em seu municpio, no Pas em que vivemos e transitamos. Mais do que isso, o que os idealizadores do curso esperam que, a partir de agora, voc comece a se tornar um tipo de motorista ainda pouco comum nas estradas brasileiras, mas que est destinado a mudar a realidade das duras estatsticas do trnsito.

    Mas que novo motorista esse? Ser que existe mesmo esse personagem? Afinal, muita gente acredita que, desde que os primeiros automveis comearam a circular pelas estradas, os condutores de veculos dividem-se em dois tipos: os bons e os maus motoristas. Por que razo as coisas haveriam de mudar a partir de agora?

    As respostas a essas perguntas sero dadas no decorrer de nosso estudo. So muitas, como muitos so os aspectos do trnsito abordados nos prximos captulos. E a razo para isso muito simples: o trnsito mudou. O volume de veculos nas pistas aumentou dramaticamente. Com esses veculos chega-ram novas demandas, novas necessidades. Novos padres de relacionamento entre pessoas que ocupam um mesmo espao de convivncia. Motoristas, motociclistas, pedestres, ciclistas, cidados dos mais va-riados perfis ocupam as ruas brasileiras e exigem, de quem est atrs de um volante, uma postura de ateno permanente em defesa da vida. Da prpria e da alheia.

    Um condutor mais resistente e no so poucos! certamente estaria pensando neste momento: Ora, conversa fiada! No fim das contas, tudo a mesma coisa. O importante saber dirigir bem e ponto final!

    Nosso amigo descrente e irnico tem seu modo de enxergar a questo. O problema que se trata de um tipo de viso ultrapassada, que no considera os novos cenrios do trnsito. Esperamos que ele no precise aprender da forma mais difcil que, hoje em dia, no to simples definir o que ser um bom motorista. Por exemplo: dirigir com habilidade o bastante para dirigir com segurana?

    E voc, como se sente em relao a essas questes?

    Que tal um pequeno teste antes de prosseguir na leitura? Leia as perguntas na pgina a seguir e assinale somente aquelas com as quais voc concorda. Ao final, leia as orientaes para correo e veja se voc est realmente pronto para o trnsito do sculo 21!

    Leia a avaliao ao final do teste somente depois de assinalar todas as alternativas com que concorda!

  • Voc se considera um motorista preparado para o trnsito de hoje em dia?

    ( ) Fico irritado quando encontro um motorista lento, dirigindo devagar demais.

    ( ) No preciso de placas. Sou capaz de avaliar a melhor velocidade para cada ocasio ou con-dio de trfego.

    ( ) Obedincia ao sinal luminoso tem limites. Se no houver ningum, at d para avanar.

    ( ) Uma maneira de pedir passagem colar na traseira do motorista da frente.

    ( ) Se no houver guardas ou radar, no haver tanta necessidade de obedecer aos limites de velocidade.

    ( ) Celular? Todo mundo usa. Claro que s em caso de necessidade.

    ( ) No cultivo estresse. No levo desaforo de outro motorista para casa.

    ( ) O sinal de PARE no inflexvel. Eu costumo verificar se h realmente necessidade de parar.

    ( ) Quando o sinal verde abrir, importante tentar arrancar antes dos outros.

    ( ) Cinto de segurana no to fundamental se voc um bom motorista. Sem acidentes, para qu cinto?

    ( ) Se o trnsito est lento, d para fazer pequenas tarefas, sem correr riscos, como ler um fo-lheto ou falar ao celular.

    Avaliao:

    Considere as opes abaixo e veja em qual delas voc se encaixa melhor:

    Se voc respondeu afirmativamente a mais de 5 afirmaes, ateno: voc tem o perfil de um motorista sujeito a se envolver em colises no trnsito;

    Se voc concordou com 5 ou menos afirmaes, ento pode ser considerado um motorista de baixo risco.

    Motorista de baixo risco? Ento este o novo perfil que se espera dos condutores?

    Voc est no caminho certo. Mas o motorista que o trnsito espera ver nas ruas brasileiras um pou-quinho mais do que um condutor de baixo risco. O condutor que desejamos formar o motorista preventivo.

    Motorista preventivo: uma nova postura, um novo perfil!

    Mas esta uma discusso para o prximo captulo. A Apresentao teve por objetivo fazer uma provocao saudvel para lan-lo no universo dos temas da direo preventiva, um conceito atual e cada vez mais consolidado entre os brasileiros.

  • Antes de avanar para o prximo tpico, alguns lembretes:

    Atente para os cones presentes em vrios momentos da apostila. Eles tm o objetivo de esta-belecer vnculos de memria e facilitar seu aprendizado, tornando a leitura familiar. Os cones so os seguintes:

    Observe a ordem de abordagem dos contedos. Eles tm uma razo interna de ser e procuram lan-lo na discusso dos temas de forma ordenada e seqencial. Portanto, evite saltar etapas e pginas de leitura. Embora muitos tpicos seduzam nossa ateno, o contedo integral importante e deve ser lido na ordem correta.

    Traga seu aprendizado para a vida. Muito do que voc vai ler aqui, certamente, poderia se es-pelhar em alguma experincia que voc j viveu. Nem todas, talvez, de lembrana agradvel. importante aprender com a experincia.

    Bom estudo!

  • DIREO PREVENTIVA

    UNIDADE 1

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    APRESENTAO

    Esta Unidade 1 aborda o conceito de Direo Preventiva e as vrias in-terpretaes a ele atribudas. Como foco central abordado as atitudes de um motorista preventivo em oposio aos maus hbitos do trnsito.

    Um segundo aspecto igualmente importante o conjunto de 5 elemen-tos que constituem a essncia da direo preventiva, a saber: conhecimento, ateno, previso, deciso e habilidade.

    OBjETIVOS

    Ao final desta Unidade, voc dever estar apto a:

    Definir o que significa direo preventiva;

    Identificar os cinco elementos que caracterizam a direo preventiva;

    Reconhecer as atitudes que caracterizam comportamento seguro e comportamento de risco.

    INTRODUO

    A expresso direo preventiva d margem a uma srie de interpre-taes, nem todas muito prximas da verdade. Pergunte aos seus amigos de estudo e trabalho e, certamente, vai ouvir as respostas mais surpreendentes:

    Direo Preventiva aquela mania de dirigir devagar demais!

    dirigir de vidros fechados, atento questo da segurana.

    dirigir tomando cuidado para no quebrar o carro.

    dirigir sempre abaixo da velocidade da faixa.

    Na verdade, a definio de Direo Preventiva passa bem longe dessas vises mais superficiais, e vai encontrar sua justificativa em um contexto sur-preendente: as estatsticas de acidentes de trnsito do Brasil.

    So ndices impressionantes, que ultrapassam a linha da estatstica fria e nos tocam profundamente. Todos ns tivemos, em algum momento das nossas vidas, alguma experincia relacionada a perdas no trnsito. No raramente, essas perdas eram de vidas humanas, entes queridos que j no convivem co-nosco por razes que, na grande maioria dos casos, poderiam ter sido evitadas com uma pequena mudana na postura em relao ao trnsito.

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    Direo Preventiva

    Quem conduz nosso veculo, ns ou o acaso?

    No h como negar. Cada um de ns, ao sentar-se ao volante de um automvel para transitar, est correndo algum risco. O que cabe perguntar, ento, de que forma estamos dispostos a lidar com esse risco. Vamos jogar com ele? Quando fazemos isso, estamos entregando o controle da situao e dos acontecimentos nas mos do acaso, de algum ou de alguma coisa sobre a qual no temos controle.

    Duas perguntas a fazer a si mesmo antes de entregar o controle a algum ou ao acaso:

    1. O que tenho para fazer to importante que vale a pena arriscar minha vida ou a vida das pessoas?

    2. O que tenho para fazer justifica receber uma multa e adicionar pontos na minha habilitao?

    Se voc responder SIM, por mais que a situao que voc est imaginan-do justifique essa atitude, ento voc dever assumir as responsabilidades. Porque, a partir desse momento, voc estar jogando com o risco.

    Se o trnsito automobilstico corresse em total harmonia, estaramos vi-vendo num mundo perfeito, onde os motoristas demonstrariam:

    Ateno constante;

    Respeito s leis e regra de trnsito;

    Cortesia com as demais pessoas.

    Mas a realidade do trnsito que voc ir encontrar bem diferente. Infe-lizmente, muitos motoristas decidem dirigir com atitudes que pioram as condi-es que j no so boas, infernizando a vida de quem cruza com eles.

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    a) Conhecimento

    Prudncia importante. Mas ela vale muito pouco se voc no sabe, por exemplo, quais os procedimentos corretos para realizar uma ultrapassagem se-gura. Em outras palavras, antes de se tornar um bom motorista prtico das ruas, voc deve estar de posse dos conhecimentos te-ricos que orientaro sua conduta no trnsito.

    Ateno para o conhecimento das leis e regulamentos de trnsito, os procedimentos para ultrapassagens seguras, o direito de preferncia nas vias e uma srie de outras informaes essenciais a qualquer pessoa que pretenda dirigir um veculo. Este o ponto de partida para uma conduo segura.

    b) Ateno

    Lembre-se da abordagem sobre transferir o controle da situao ao aca-so ou a outra pessoa? Pois a ateno tem muito a ver com isso. preciso estar sempre alerta para o que se passa sua volta, para as condies de trfego, para o limite de velocidade na via percorrida, etc. Dirigir um veculo significa prestar ateno constante no trnsito, pois alguns segundos de desateno podem gerar acidentes.

    A importncia da ateno para a direo preventiva pode ser resumida da seguinte forma: O motorista preventivo cuida, o tempo todo, de prevenir acidentes; os acidentes so provocados, na maioria das vezes, por descuidos. Ento, o motorista preventivo deve manter-se atento o tempo todo.

    Em contrapartida, a tcnica de Direo Preventiva ajuda voc a se prote-ger dos riscos e perigos que estaro presentes ao seu redor.

    Direo Preventiva :

    Conduzir um veculo evitando mortes, sofrimentos, perda de tempo e dinheiro, independentemente das condies ao nosso redor e das aes dos outros.

    Fonte: MSD Tecnologia Educacional, Curso de Formao de Condutores.

    1.1 Os cinco elementos da direo preventivaComo voc j observou, dirigir preventivamente uma questo de ati-

    tude. Essa atitude envolve, principalmente, estar apto a prevenir acidentes, antecipando possveis situaes de risco e preparando-se para contorn-las. Para isso, preciso estar dotado de algumas habilidades fundamentais:

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    Direo Preventiva

    As muitas faces da ateno

    Na verdade, a ateno no trnsito no concentrada, difu-sa. Ela permite ao condutor estar atento, ao mesmo tempo, a todos os elementos envolvidos no trnsito, como a via, a sinalizao, os veculos, o painel do seu prprio veculo, os

    pedestres, animais, etc.

    s vezes, o condutor tem a ateno concentrada. Isso ocorre por ocasio de um perigo, como um pedestre cruzando a rua inadvertidamente, um ciclista ou outro veculo em atitude inesperada, com risco de coliso.

    Esta ateno concentrada dura apenas alguns segundos. Depois o con-dutor volta para a ateno difusa.

    c) Previso

    Prever ser capaz de antecipar situaes de perigo, sejam elas mediatas ou imediatas.

    A previso mediata aquela que deve ser feita antes de se iniciar uma viagem. J a imediata acontece quando o motorista est dirigindo.

    Um fator de diferena

    Uma boa forma de caracterizar o motorista preventivo, dife-renciando-o do conceito comum do motorista habilidoso, a capacidade de previso.

    Prever significa lembrar-se, por exemplo, de verificar o esta-do dos amortecedores antes de uma viagem. Um motorista habilidoso e descuidado, que no se lembrasse desse detalhe, poderia enfrentar srios problemas, pois no h habilidade que contorne falha mecnica.

    d) Deciso

    fundamental decidir e agir prontamente em situaes de risco. Nesses momentos, a deciso auxiliada pelo conhecimento que o condutor possui, pela ateno que ele mantm e pela previso do perigo.

    A capacidade de deciso, como voc v, depende totalmente das outras habilidades e competncias do motorista. Para decidir, voc precisa ter elementos. Esses elementos sero teis se voc est atento para a necessidade de us-los.

    e) Habilidade

    Saber exatamente qual a melhor maneira de parar, dar marcha a r, fazer converses, enfim, de manejar o veculo. Este requisito fundamental, princi-palmente, em manobras de emergncia. A habilidade ao volante a capacida-de de manusear corretamente os instrumentos de comando e executar com percia e sucesso as manobras de trnsito.

    Prtica, prtica! O fato de voc estar se preparando para se tornar um moto-rista preventivo, bem melhor preparado do que o motorista simplesmente habili-doso, no significa que deva deixar de lado o conhecimento das habilidades bsi-cas de um bom condutor. Principalmente, procure conhecer bem o seu veculo.

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    Controle emoCionAl e responsAbilidAde

    Quando estiver atrs do volante, ningum pode controlar suas emo-es e atitudes alm de voc.

    Assuma o controle de suas decises. No entregue o controle do seu veculo a outro motorista, cedendo a presses e a emoes aleatrias.

    Mesmo existindo condies adversas que voc no pode controlar (luminosidade, climticas, rodovias, trnsito, outros motoristas), voc poder controlar a si mesmo para, assim, poder lidar com as condi-es adversas.

    Cada deciso tomada levar a, pelo menos, uma conseqncia. As con-seqncias decorrentes de dirigir com prudncia, preventivamente e com responsabilidade levaro voc at o seu destino com segurana.

    Por outro lado, as conseqncias decorrentes de decises erradas conduziro a uma variedade de problemas, como multas de trnsito, acidentes, leses graves e morte.

    1.2 Comportamento Seguro e Comportamento de Risco

    1.2.1 Mtodo Bsico de Preveno de Acidentes

    Existe uma srie de procedimentos que podem ajudar o motorista a manter um comportamento seguro no trnsito. A prtica do mtodo bsico de preveno de acidentes, que consiste em trs aes interligadas, pode ser um excelente comeo:

    preveja o perigo:

    A previso de possveis situaes de risco que contribuem para que os acidentes aconteam deve ser efetuada com antecedncia, podendo ser de horas, dias ou, at, semanas, caracterizando a previso mediata.

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    Direo Preventiva

    A previso do perigo es-tende-se por muitos momen-tos. Vai desde a checagem dos itens de segurana de seu veculo at o conhecimento prvio dos trajetos de viagem, das condies de trfego e do clima, por exemplo.

    descubra o que fazer:

    Em algumas vezes, os acidentes resultam de erros dos motoristas. A mesma falha que provoca um acidente leve pode causar um acidente fatal a gravidade determinada pela ocasio. Isso quer dizer que os acidentes, mesmo os pequenos, merecem ser revistos, anali-sando-se o tipo de erro cometido para afastar a possibilidade de repetio.

    O fato de um motorista ter contribudo para que houvesse um acidente indica que ele no agiu em tempo, no sabia como ser preventivo, ou ainda, que desconhecia o perigo.

    Lembre-se: para estar preparado para iniciar uma viagem preciso pre-ver mentalmente o que poder acontecer. Assim, mais fcil descobrir o que fazer ou como ser preventivo.

    Aja a tempo:

    Alm de estar consciente sobre os perigos e quais atitudes devem ser tomadas, preciso saber agir imediatamente, e jamais esperar para ver o que vai acontecer. Algumas vezes, os acidentes ocorrem justamente porque o mo-torista espera a atitude dos outros, ou que os demais conheam e respeitem as regras de trnsito.

    Importante: no conte com a sorte, no espere que tudo v dar certo, proceda como se o acidente estivesse para acontecer. Na verdade, ele pode mesmo estar prximo!

    1.2.2 - Cinto de Segurana

    Voc acredita que ainda existem pes-soas que insistem em no utilizar o cinto de segurana? Embora as estatsticas se multipliquem, destacando o enorme ganho em termos de segurana representado pelo uso do cinto, no raro encontrar aqueles que se recusam a us-lo. As razes? So as mais diversas:

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    Sensao de desconforto;

    Privao da sensao de liberdade;

    Incmodo com o amarrotamento da roupa;

    Reduo da mobilidade.

    Agora voc, como um futuro e excelente motorista preventivo, pode co-locar os prs e contras na balana e responder: os argumentos apresentados justificam o tremendo risco de vida que se corre sem o cinto de segurana?

    A verdade inatacvel dos nmeros

    O uso do cinto de segurana:

    Reduz em 45% os riscos de morte dos passageiros via-jando nos assentos dianteiros dos veculos

    Reduz em 50% os riscos gerais existentes

    No momento do acidente acontecem dois choques simultneos: o pri-meiro, do veculo contra o obstculo e o segundo, dos ocupantes contra as partes internas do veculo. O uso do cinto de segurana evita ou pelo menos ameniza o segundo choque, pois mantm o motorista e os demais ocupantes fixos no banco. Alm disso, o uso do cinto evita que as pessoas sejam arremes-sadas para fora do veculo, o que quase sempre muito grave.

    Vantagens do cinto de segurana:

    Protege contra os impactos no interior do veculo, principalmente a cabea e o rosto, que so as partes mais atingidas em uma coliso;

    Diminui a possibilidade da perda de conscincia num acidente;

    Em uma coliso a 20 Km/h, o corpo do motorista arremessado con-tra o volante, coluna de direo e pra-brisa, numa fora equivalente a seis vezes o seu peso; o cinto d firmeza, mantm o motorista na posio correta e pode at ajudar a amenizar o cansao do corpo, principalmente em viagens longas. O rosto pode chocar no pra-brisa e danificar os olhos, e pode ficar cego;

    No usar o cinto, alm de ser perigoso, infrao. O CTB, no artigo 65, diz: obrigatrio o uso do cinto de segurana para condutor e passageiros em todas as vias do territrio nacional, salvo em situa-es regulamentadas pelo CONTRAN.

    Air bags substituem o cinto?

    Os air bags so equipamentos suplementares de seguran-a e no substituem os benefcios do cinto. O uso simul-tneo dos dois sistemas aumenta o nvel de proteo dos ocupantes do veculo em caso de coliso.

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    Direo Preventiva

    1.3 - Concluso

    So hbitos saudveis para dirigir preventivamente:

    Avaliar as condies antes de dirigir e manter essa avaliao em to-dos os momentos da viagem;

    Manter sempre o controle, independentemente das aes dos outros;

    Aplicar o mtodo bsico de preveno de acidentes: prever o perigo, descobrir o que fazer e agir a tempo;

    Deixar claras suas intenes aos outros motoristas, demonstrando cortesia e respeito;

    Usar sempre o cinto de segurana;

    Aceitar o ritmo de conduo dos outros condutores e respeitar os limites de velocidade legais;

    Adequar sua conduo s condies atmosfricas e da via;

    No utilizar nada nem executar aes que possam lhe tirar a ateno durante a conduo.

    Os exerccios abaixo vo ajud-lo a memorizar o contedo estudado. Faa-os com ateno e disciplina.

    1. Assinale a alternativa que melhor caracteriza o que dirigir pre-ventivamente.

    ( ) a) Dirigir preventivamente conduzir um veculo evitando mortes, sofrimentos, perda de tempo e dinheiro, independentemente das condi-es ao nosso redor e das aes dos outros.

    ( ) b) Dirigir preventivamente dirigir de forma consciente e em baixa velocidade.

    ( ) c) Dirigir preventivamente uma prtica que permite a um condutor se prevenir contra o mau comportamento dos demais.

    ( ) d) Dirigir preventivamente dirigir tendo em mente os perigos cons-tantes do trnsito e tentando se antecipar aos problemas.

    2. Os cinco elementos da direo preventiva so:( ) a) Responsabilidade, Habilidade, Controle emocional, Ateno e Se-

    gurana.

    ( ) b) Segurana, Conhecimento, Ateno, Habilidade e Controle emo- cional.

    ( ) c) Conhecimento, Ateno, Previso, Deciso e Habilidade.

    ( ) d) Habilidade, Responsabilidade, Predisposio, Controle e Ateno.

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    3. So corretas as alternativas:

    ( ) I) Uma boa forma de caracterizar o motorista preventivo, diferen-ciando-o do conceito comum do motorista habilidoso, a capacidade de previso.

    ( ) II) Prever significa lembrar-se, por exemplo, de verificar o estado dos amortecedores antes de uma viagem.

    ( ) III) Um motorista habilidoso e descuidado, que no faa a manuten-o peridica do veculo, pode enfrentar srios problemas, pois no h habilidade que contorne falha mecnica.

    ( ) IV) A previso de possveis situaes de risco que contribuem para que os acidentes aconteam deve ser efetuada com antecedncia, po-dendo ser de horas, dias ou, at, semanas, caracterizando a previso me-diata.

    ( ) a) I, II e IV

    ( ) b) I, III e IV

    ( ) c) I, II e III

    ( ) d) Todas as alternativas so corretas.

    4. So vrias as vantagens da utilizao do cinto de segurana. Des-creva duas delas.

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    5. O air-bag pode ser um substitutivo do cinto de segurana? Por qu?

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    6. Cite dois hbitos saudveis para se dirigir preventivamente.

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  • CIRCULAO E CONDUTA NO TRNSITO

    UNIDADE 2

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    APRESENTAO

    A unidade 2 Circulao e conduta no trnsito aborda o importante papel que o comportamento do condutor tem para a segurana no trnsito, identifi-cando, primeiramente, os riscos que envolvem certas atitudes e, num segundo momento, as reaes diante de situaes inesperadas como, por exemplo, um estreitamento de pista.

    O conceito mais importante a ser explorado diz respeito postura dos motoristas em situaes tanto rotineiras como inesperadas, de forma a asse-gurar uma circulao no trnsito sem problemas.

    OBjETIVOS

    Ao final desta Unidade, voc dever estar apto a:

    Identificar os problemas mais comuns em uma via pblica;

    Reconhecer os procedimentos mais adequados para essas situaes;

    Identificar os procedimentos de rotina mais adequados a uma condu-ta preventiva no trnsito;

    Identificar as atitudes que asseguram uma boa presena no trnsito.

    INTRODUO

    Uma via pblica a superfcie por onde transitam os veculos, as pessoas e os animais. A via compreende a pista, a calada, o acostamento, a ilha e o canteiro central. As vias podem ser urbanas ou rurais (estradas ou rodo-vias). Diga-se que cada via tem suas caractersticas e preciso atentar para cada uma delas.

    2.1 Caractersticas da Via

    limite de VeloCidAde

    Voc deve respeitar os limi-tes de velocidade da via. H situa-es (trfego, condies do tempo, obstculos, aglomerao de pesso-as) que exigem que voc reduza a velocidade e redobre sua ateno, para dirigir com segurana. No se esquea de que, quanto maior a ve-locidade, maior tende a ser o risco e quase sempre mais grave so os acidentes, aumentando a probabili-dade de morte no trnsito.

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    Direo Preventiva

    Para cada 15 quilmetros adicionados velocidade de 80 quilmetros por hora, o motorista estar dobrando as chan-ces de morte se por acaso vier a sofrer alguma coliso.

    nas curvas:

    Saiba que ao fazermos uma curva, h foras que atuam no veculo em-purrando-o para fora da curva. Isto exige certo esforo para no deixar o ve-culo sair da trajetria. Obviamente, quanto maior a velocidade, mais sentimos tais foras. Muitas vezes, perde-se o controle do veculo, provocando um ca-potamento, uma coliso com outros veculos ou, pior ainda, atropelamento de pedestres e ciclistas.

    Velocidade nas curvas

    A velocidade mxima permitida numa curva leva em considerao aspectos geomtricos de construo da via. Esta uma tarefa da engenharia de transportes. Portanto,

    acredite na sinalizao e adote os seguintes procedimentos:

    Antes de entrar na curva, diminua a velocidade, usando o freio e reduza a marcha, se necessrio;

    Comece a fazer a curva com movimentos suaves e contnuos no volante, acelerando gradativamente e respeitando a velocidade mxima permitida;

    Evite movimentos bruscos e oscilaes na direo durante a reali-zao da curva.

    nas descidas:

    Antes de iniciar uma descida acentuada, voc deve testar os freios. Duran-te a descida mantenha o cmbio engatado numa marcha reduzida. Jamais des-a com o caminho ou nibus desengatado. Se o veculo estiver desengatado, certamente, em caso de perigo, voc no vai ter a fora do motor para ajudar a parar ou a reduzir a velocidade. E mais, os freios podem no ser suficientes!

    Nunca desligue o motor nas descidas. Com o motor desligado, os freios po-dem no funcionar adequadamente, e o veculo pode alcanar velocidades des-controladas. Acrescente-se, a direo poder travar se o motor estiver desligado.

    nas ultrapassagens:

    A ultrapassagem uma das manobras mais peri-gosas, pois o veculo trafega na contramo, correndo o risco de colidir frontalmente com outro. Em funo da freqncia com que realizada, muitas vezes o motoris-ta no utiliza procedimentos preventivos corretos para essa manobra.

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    Ao ser ultrapassado, o motorista deve colaborar com o que vai ultrapas-s-lo e, se necessrio, diminuir a velocidade. J para ultrapassar, a dificuldade do motorista saber o tempo e a distncia necessrios para realizar a mano-bra, somando-se ainda a velocidade do veculo que vem em sentido contrrio.

    importante lembrar que nunca se deve usar a sinalizao informal de setas para indicar ao motorista que vem atrs as condies de ultrapassagens, j que pode ser que alguns a desconheam ou a interpretem ao contrrio, pro-vocando acidentes.

    Nunca uma ultrapassagem pode ser encarada como uma disputa, e os motoristas que foram ultrapassados no de-vem se sentir ofendidos!

    S efetue ultrapassagens onde for permitido. Noutras pa-lavras, onde houver sinalizao proibindo a ultrapassagem, no ultrapasse.

    No ultrapasse em curvas, tneis, pontes, viadutos, subidas, descidas, cruzamentos e onde a sinalizao for com linha contnua. Ao ultrapassar um veculo, em uma dessas situaes, voc poder ultrapassar a barreira da mor-te! Em caso de dvida, no arrisque, espere outra chance.

    Todo condutor dever, antes de efetuar uma ultrapassagem, certifi-car-se de que:

    Nenhum condutor que venha atrs haja comeado uma manobra para ultrapass-lo;

    Quem o precede na mesma faixa de trnsito no haja indicado o pro-psito de ultrapassar um terceiro;

    A faixa de trnsito que vai tomar esteja livre numa extenso suficien-te para que sua manobra no ponha em perigo ou obstrua a rodovia que venha em sentido contrrio.

    Todo condutor ao efetuar a ultrapassagem dever:

    Indicar com antecedncia a manobra que quer realizar, acionando a luz indicadora de direo do veculo ou fazendo gesto convencional de brao;

    Afastar-se do usurio ou usurios aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distncia lateral de segurana;

    Retomar, aps a efetivao da manobra, a faixa de trnsito de origem, acionando a luz indicadora de direo do veculo ou fazendo gesto convencional de brao, adotando os cuidados necessrios para no pr em perigo ou obstruir o trnsito dos veculos que ultrapassou.

    Faixas

    A sinalizao est fundamentada na teoria da engenharia de trfego. Voc deve respeit-la. O condutor no deve trafegar na faixa da esquerda. Esta faixa somente para ultrapassar!

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    Onde no houver qualquer tipo de sinalizao, ou onde houver sinaliza-o permitindo a ultrapassagem, s ultrapasse se a faixa do sentido contrrio de fluxo estiver livre e, mesmo assim, deve decidir em efetuar a ultrapassa-gem, considerando a potncia do seu veculo e a velocidade do veculo que vai frente.

    Cuidado, nas subidas deve-se ultrapassar quando estiver disponvel a terceira faixa, destinada a veculos lentos. No existindo esta faixa, siga as mesmas orientaes anteriores, mas lembre-se que a potncia exigida do seu veculo ser maior que na pista plana. Para efetuar a ultrapassagem, acione a seta para esquerda, mude de faixa a uma distncia segura do veculo sua frente e s retorne faixa normal de trfego quando puder enxergar o veculo ultrapassado pelo retrovisor.

    Nos declives, as velocidades de todos os veculos so muito maiores. Lembre-se de que voc no pode exceder a velocidade mxima permitida na-quele trecho da via.

    Facilite o trnsito

    Outros veculos podem querer ultrapass-lo. Exera a cida-dania! No dificulte a ultrapassagem, mantenha a veloci-dade do seu veculo ou at mesmo reduza-a ligeiramente, facilitando para o outro veculo.

    estreitAmento de pistA e treChos esCorregAdios

    Estreitamentos de pista tambm aumentam os riscos de acidentes. Fi-que atento, pois pontes estreitas ou sem acostamento, obras, desmorona-mento de barreiras e presena de objetos na pista podem provocar o estrei-tamento da pista.

    Ao perceber o estreitamento, redobre sua ateno, reduza a velocidade e a marcha. Em certas situaes, somente um veculo por vez pode passar. Neste caso, aguarde o momento oportuno, alternando a passagem com os ou-tros veculos que vm em sentido oposto.

    A presena de gua, leo, barro, areia ou outros lquidos ou materiais na pista diminuem o atrito do pneu com o solo. A perda de aderncia pode causar derrapagens e descontrole do veculo.

    Nunca deixe de observar o estado do pavimento da via e procure ade-quar sua velocidade a essa situao. Devem ser evitadas mudanas abruptas de velocidade e frenagens bruscas. Caso contrrio voc pode perder o contro-le do veculo.

    Evite perder o controle da direo em derrapagens.

    Dirigindo sob condies atmosfricas adversas, as chances de derrapagem aumentam. Nessas condies voc dever ava-liar onde e quando haver chances de derrapar e como voc poder evitar derrapagens adotando medidas que incluem:

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    Dirigir esquerda da pista

    Depsitos de entulhos beira da calada ou do acostamento esto entre as causas que le-vam o motorista a dirigir es-querda do centro da pista.

    Reduzir a velocidade;

    Manobrar com cuidado;

    No pisar nos freios bruscamente;

    No fazer manobras ou curvas bruscas.

    ACostAmento

    Acostamento uma parte da via, mas diferenciada da pista de rola-mento. O acostamento destina-se parada ou estacionamento de veculos em situao de emergncia, circulao de pedestres e de bicicletas, quando no houver local apropriado.

    No permitido trafegar com veculos automotores no acostamento, j que pode causar acidentes com outros veculos parados ou atropelamentos de pedestres ou ciclistas.

    No raro, em certos trechos da via pode haver um desnivelamento do acostamento em relao pista de rolamento. Redobre sua ateno, con-centre-se no alinhamento da via e permanea a uma distncia segura do seu limite, evitando que as rodas caiam no acostamento para no perder o controle do veculo.

    O acostamento um espao muito perigoso. O condutor somente deve parar no acostamento quando houver uma emergncia, como pneu furado ou falha na manuteno. No caso de parar para descansar, ou outro motivo, no deve parar no acostamento.

    Se precisar parar no acostamento, procure um local onde no haja des-nvel. Se for muito necessrio parar, reduza a velocidade, o mais suavemente possvel para no causar acidente com os veculos que venham atrs e, no se esquea, sinalize com a seta do veculo. Logo aps parar, sinalize com o trin-gulo de segurana e o pisca-alerta.

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    sinAlizAo

    Segundo o documento do Minist-rio das Cidades (2005) a sinalizao um sistema de comunicao para ajudar voc a dirigir com segurana. As vrias formas de sinalizao mostram o que permitido e o que proibido fazer, ad-vertem sobre perigos na via e tambm indicam direes a seguir e pontos de interesse.

    Em muitas cidades h rvores e ve-getao nos canteiros centrais de suas avenidas ou nas caladas que podem es-conder placas de sinalizao. Ao perce-

    ber rvores ou vegetao que possam estar encobrindo a sinalizao, redobre sua ateno, at mesmo reduzindo a velocidade, para poder identificar restri-es de circulao e com isso evitar acidentes.

    CruzAmentos

    O ltimo ponto desta unidade : cruzamentos entre vias. A probabilidade de ocorrncia de acidentes em um cruzamento relativamente maior, segundo as estatsticas de trnsito. Por isso, redobre sua ateno ao se aproximar de um cruzamento!

    Vale a pena relembrar algumas regras bsicas (Ministrio das Cidades, 2005):

    Se no houver sinalizao, a preferncia de passagem do veculo que se aproxima do cru-zamento pela direita;

    Se houver a placa PARE, no seu sentido de direo, voc deve parar, observar se possvel atravessar e s a movimentar o veculo;

    Numa rotatria, a preferncia de passagem do veculo que j estiver circulando na mesma;

    Havendo sinalizao por semforo, o condutor dever fazer a passa-gem com a luz verde. Sob a luz amarela voc dever reduzir a marcha e parar. Com a luz amarela, ainda, voc s dever fazer a travessia se j tiver entrado no cruzamento ou se esta condio for a mais segura para impedir que o veculo que vem atrs colida com o seu.

    Nos cruzamentos com semforos, voc deve observar apenas o foco de luz que controla o trfego da via em que voc est e, claro, aguardar o sinal verde antes de movimentar seu veculo.

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    Ao parar num cruzamento com sinal vermelho, ou voc ser o primeiro veculo ou existiro veculos na sua frente. Se voc estiver na frente, quando o sinal ficar verde:

    Olhe para a esquerda;

    Olhe para a direita;

    Olhe para frente;

    Verifique novamente esquerda.

    2.2 - Conduta no trnsito

    Vimos nesta unidade como o condutor deve colaborar para que a circula-o no constitua perigo ou obstculo para o trnsito de veculos, das pessoas ou de animais. Exemplos de boa conduta no trnsito:

    No atirar ou abandonar na via objetos ou substncias que coloquem em risco a segurana e o fluxo da rodovia;

    No causar danos a propriedades pblicas ou privadas;

    No colocar o veculo em circulao nas vias pblicas sem antes veri-ficar a existncia e as boas condies de funcionamento dos equipa-mentos de uso obrigatrio, bem como se assegurar da existncia de combustvel suficiente para chegar ao local de destino.

    O trnsito de veculos nas vias terrestres abertas circulao obedece s seguintes normas:

    A circulao far-se- pelo lado direito da via, admitindo-se as exce-es devidamente sinalizadas;

    O condutor dever guardar distncia de segurana lateral e frontal entre o seu e os demais veculos, bem como em relao ao bordo da pista, considerando-se, entre outras, a velocidade e as condies do local, da circulao, do veculo e as condies climticas.

    Fluxo em cruzamentos:

    No se esquea, quando houver veculos transitando por flu-xos que se cruzam e no houver sinalizao, ter prefern-cia de passagem:

    No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por ela;

    No caso de rotatria, aquele que estiver circulando por ela;

    Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;

    A prioridade de passagem na via e no cruzamento dever se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurana, obedecidas as demais normas.

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    2.3 - Concluso

    A chave para se evitar acidentes antecipar sua ocorrncia, prevenindo-se e sabendo como agir em cada situao. Isso envolve uma sria de pequenos e grandes cuidados.

    Ao regular a velocidade, observe constantemente as condies fsicas da via, do veculo e da carga (se for o caso), as condies meteorolgicas e a intensidade do trfego, obedecendo aos limites mximos de velocidade esta-belecidos para a via. E atente para os 13 itens:

    As 13 Atitudes dA boA presenA no trnsito

    1. Sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veculo, certifique-se de que pode faz-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a no ser que haja perigo iminente.

    2. Indique, de forma clara, com a antecedncia necessria e a sinalizao devida, a manobra de reduo de velocidade.

    3. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, demonstre prudn-cia, trafegando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu vecu-lo com segurana para dar passagem a pedestres e a veculos que tenham o direito de preferncia.

    4. Saiba que mesmo que a indicao luminosa do semforo lhe seja favo-rvel, no entre em uma interseo se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veculo na rea do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passa-gem do trnsito transversal.

    5. Nas paradas para descer ou subir passageiros, nas operaes de carga ou descarga e nos estacionamentos, seu veculo dever ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto guia da calada (meio-fio), admitidas as excees devidamente sinalizadas.

    6. Em vez de trafegar lentamente pela esquerda, dificultando as ultrapassa-gens, mude de faixa andando pela direita; voc tambm chegar ao seu destino.

    7. Ao invs de acelerar quando um condutor pede passagem, diminua a velocidade e deixe-o passar. Voc no est disputando um lugar no Pdio.

    8. Em vez de invadir a via preferencial de outro condutor, aguarde um pouco mais. Freadas bruscas no so muito agradveis e podem, inclusive, machucar passageiros.

    9. No buzine desnecessariamente, mantenha a calma, principalmente, se estiver prximo a hospitais, escolas etc.

    10. Nunca mude bruscamente de pista, confira antes no retrovisor. E no se esquea de usar as setas nas ruas, voc no anda sozinho.

    11. Evite aumentar a velocidade na chuva, ignorando o risco da pista molha-da. Diminua sempre a velocidade. O aumento dos acidentes com o tempo chuvoso no mera coincidncia as estatsticas esto a para no nos deixar mentir.

    12. Jamais esquea seu veculo em fila dupla, atrapalhando o trnsito e os outros. Ande um pouco mais, acredite ou no, tem sempre uma vaga livre adiante!

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    13. Nunca fique atrs de um veculo que est indicando que vai virar esquerda. Ultrapasse pela direita. Esta a nica exceo regra de ultrapas-sagem, que deve sempre acontecer pela esquerda.

    1. Quanto aos procedimentos de entrada em uma curva, todas as alterna-tivas esto corretas, exceto:

    ( ) a) Antes de entrar na curva, diminua a velocidade usando o freio e reduza a marcha, se necessrio.

    ( ) b) Comece a fazer a curva com movimentos suaves e contnuos no volante, acelerando gradativamente e respeitando a velocidade mxi-ma permitida.

    ( ) c) Evite movimentos bruscos e oscilaes na direo durante a rea-lizao da curva.

    ( ) d) Numa curva, a sinalizao o menos importante, o instinto do motorista deve falar mais alto.

    2. Podemos considerar como estreitamento de pista:

    ( ) a) Pontes estreitas ou sem acostamento, obras, desmoronamento de barreiras.

    ( ) b) Trnsito lento com engarrafamento de veculos.

    ( ) c) Qualquer pista sem acostamento.

    ( ) d) Vias urbanas quando em manuteno.

    3. Marque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas.

    ( ) Acostamento uma parte da via, mas diferenciada da pista de rolamento. O acostamento destina-se parada ou estacionamento de veculos em situao de emergncia, circulao de pedestres e de bicicletas, quando no houver local apropriado.

    ( ) No permitido trafegar com veculos automotores no acostamen-to, j que pode causar acidentes com outros veculos parados ou atropelamen-tos de pedestres ou ciclistas.

    ( ) Em certos trechos da via pode haver um desnivelamento do acosta-mento em relao pista de rolamento. O motorista deve evitar que as rodas caiam no acostamento para no perder o controle do veculo.

    ( ) O acostamento um espao de utilizao. O condutor pode parar no acostamento sempre que necessrio, inclusive para descansar.

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    4. Em um fluxo de cruzamento, quem tem a prioridade da passagem?

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    5. Cite trs atitudes de boa presena no trnsito.

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  • PREVENO DE ACIDENTES

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    APRESENTAO

    Esta unidade se prope a discutir como se podem evitar acidentes no trnsito, seja com outros veculos, pedestres ou ciclistas. Estamos falando, por-tanto, da principal razo para o surgimento da filosofia da Direo Preventiva.

    OBjETIVOS

    Ao final desta Unidade 3 Preveno de acidentes, voc dever es-tar apto a:

    Reconhecer, por meio das estatsticas, o impacto que os acidentes de trnsito representam para a vida das pessoas e para a economia do Pas;

    Identificar os principais tempos do trnsito, entre os quais o tempo de reao;

    Reconhecer como evitar colises;

    Identificar as atitudes que evitam acidentes com pedestres e outros integrantes do trnsito;

    Calcular as principais distncias no trnsito.

    INTRODUO

    Voc j parou para pensar no quanto custam ao Pas os acidentes de trn-sito? Esta uma pergunta importantssima que raramente feita. As razes so at compreensveis. Afinal, um acidente de trnsito envolve circunstncias emocionais pesadas, que nos levam a ignorar o aspecto do custo financeiro do acidente. Mas a verdade que esse componente precisa ser levado em conta, conforme veremos a partir de agora.

    3.1 O custo dos acidentes no Brasil

    De acordo com dados da World Health Organization, os aci-dentes de trnsito respondem por 23% de todas as mortes decorrentes de ferimentos em todo o mundo.

    O Brasil gasta bilhes de reais por ano com acidentes de trnsito. Se-gundo pesquisa feita pelo IPEA (2006), em parceria com o Departamento Na-cional de Trnsito (DENATRAN), os gastos com acidentes atingiram o nmero assustador de aproximadamente R$ 28 bilhes por ano (1,45 do PIB brasileiro), assim distribudos: acidentes em rodovias federais alcanaram R$ 6,5 bilhes; em estradas estaduais, R$ 14 bilhes; em estradas municipais, R$ 1,4 bilho, e R$ 6 bilhes nas cidades.

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    Os custos gerados so relativos a:

    a) Pessoas: incluem custos de perda de produo, cuidados com a sade (pr-hospitalar, hospitalar, ps-hospitalar), remoo e translado;

    b) Veculos: referem-se a danos materiais ao veculo, perda de carga e remoo/ptio;

    c) Outros custos: referem-se a atendimento da polcia rodoviria e danos propriedade pblica e privada.

    Comparando I

    O Brasil perde, a cada dois anos, em vtimas de acidentes no trnsito, a mesma quantidade de pessoas que os ameri-canos perderam em quase 12 anos de guerra no Vietn.

    Segundo pesquisa feita pelo IPEA (2006), nas rodovias federais, os atro-pelamentos ocupam o segundo lugar no ranking de mortalidade por acidente. A cada 34 atropelamentos ocorrem 10 mortes. Ocorrem cerca de 4 mil atrope-lamentos/ano, aproximadamente um a cada duas horas. Minas Gerais, Rio de Janeiro, So Paulo, Santa Catarina e Paran lideram com 54% das mortes de pedestres e doze rodovias federais detm 75,3% das ocorrncias envolvendo pedestres, das quais, as trs primeiras (BR-116, BR-101 e BR-040) respondem por 50% das mortes.

    importante que voc saiba que uma vtima classificada como ferida apresenta um custo mdio de R$ 36.305,00 e uma vtima fatal, por sua vez, representa um custo mdio de R$ 270.165,00.

    Comparando - II

    A frota americana de veculos 6,5% maior do que a bra-sileira. J o nmero de vtimas fatais para cada 100 mil ve-culos registrados de 51,5% no Brasil e 17,9% nos Estados Unidos, uma diferena de mais de 30%.

    3.2 - Evitando Acidentes com Outros Veculos

    Um veculo, quando em movimento, necessita de tempo e distncia para poder parar, por menor que seja sua velocidade. Por isso, importante conhe-cer o que tempo de reao, de frenagem, de parada e, entre outros concei-tos, o de distncia de seguimento.

    Tempo de reao aquele que o motorista gasta para reagir frente a um perigo.

    Tempo de frenagem o tempo que gasto desde o acionamento do mecanismo de freio at a parada total do veculo.

    Tempo de parada o gasto desde que o perigo visto at a parada total do veculo.

    Distncia de reao aquela percorrida pelo veculo desde que o motorista v o perigo at tomar uma atitude.

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    Distncia de frenagem a distncia que o veculo percorre depois que o mecanismo do freio acionado at a parada total do veculo.

    Distncia de parada a percorrida pelo veculo desde que o perigo visto at sua parada total.

    Distncia de seguimento a distncia entre o veculo que est diri-gindo e o que segue frente.

    Um conceito importante!

    Um dos principais cuidados para evitar colises e acidentes consiste em manter a distncia adequada em relao ao carro que segue frente. Esta distncia, chamada de distncia de

    seguimento, pode ser calculada segundo uma frmula bastante compli-cada que envolve a velocidade do veculo em funo de seu comprimen-to. Mas ningum quer sair por a fazendo clculos e contas matemticas enquanto dirige. Por isso, bom mesmo usar o bom senso. Mantenha um espao razovel entre si e o carro que vai sua frente. medida que a velocidade aumenta, v aumentando tambm a distncia, pois precisar de mais espao para frear caso surja algum imprevisto. Atente para a dis-tncia a que vem o veculo de trs. Se sentir que o motorista est muito colado, mude de pista ou diminua sua velocidade para dar-lhe passagem. Lembre-se: no aceite provocaes. Muito cuidado com os veculos de transporte coletivo, escolares e veculos lentos, que podem parar inespe-radamente. Quando estiver atrs de um desses veculos, aumenta ainda mais a distncia que o separa dele.

    Como eVitAr Coliso Com o VeCulo dA frente

    A coliso com o veculo que vai frente normalmente acontece quando o motorista no mantm a distncia de seguimento ou est desatento em relao ao carro da frente. Para que este tipo de coliso no ocorra, o motorista deve:

    Concentrar sua ateno no que est ocorrendo no trnsito;

    Observar os sinais do motorista da frente;

    Olhar alm do veculo sua frente, a fim de perceber possveis situa-es que possam for-lo a agir;

    Manter os vidros do veculo limpos e desimpedidos de ob-jetos que diminuam o campo de viso;

    Manter a distncia de segu-rana;

    Evitar as frenagens bruscas: o mais correto pisar no freio aos poucos, de modo que o veculo no derrape ou pare bruscamente.

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    Como eVitAr Coliso Com o VeCulo de trs

    Este tipo de acidente pode provocar ferimentos graves, como fratura no pescoo ou deslocamento de coluna, dentre outros. Para que esses acidentes no ocorram, siga alguns princpios de direo preventiva:

    Saiba exatamente o que fazer no trnsito (aja com deciso);

    Sinalize suas intenes;

    Pare de forma suave e gradativa;

    Mantenha-se livre dos veculos que esto colados na traseira de seu veculo, facilitando a ultrapassagem;

    Ajuste o encosto de cabea.

    Como eVitAr Coliso frontAl

    A coliso frontal um dos mais graves acidentes de trnsito e, muitas vezes, leva morte. Duas situaes nas quais podem ocorrer coliso frontal, e algumas atitudes para evit-las, so:

    Nas retas:

    No ultrapasse a velocidade mxima permitida;

    Mantenha-se sempre na sua mo de direo;

    S ultrapasse outro veculo se houver visibilidade suficiente;

    Fique atento aos pedestres e aos ciclistas que podero entrar repen-tinamente na pista.

    Nas curvas:

    Perceba a curva sempre com antecedncia;

    Ateno ao tipo de curva: quanto mais fechada, menor dever ser a velocidade;

    Freie antes de entrar na curva e no apenas quando j estiver nela.

    Em curvas, a reunio de vrios fatores como velocidade, tipo de pavi-mento, ngulo da curva, condies dos pneus e outros, podem provocar a sada de um veculo da sua mo de direo, levando-o para a contramo ou para o acostamento. A fora responsvel por este perigoso deslocamento chama-se fora centrfuga. Em curvas para a direita, a fora centrfuga empurra o veculo para a esquerda, no sentido da faixa de contramo. Ao fazer uma cur-va para a esquerda, a fora centrfuga o empurra para a direita, no sentido do acostamento.

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    No lugar certo

    Mantenha sempre seu veculo posicionado ligeiramente di-reita do centro da sua pista, principalmente quando estiver dirigindo em pistas de mo dupla. Assim, voc estar ganhan-do um espao extra, aumentado a distncia entre seu veculo

    e os veculos vindo no sentido contrrio que, algumas vezes, invadem sua pista, principalmente ao finalizar uma curva mal desenhada.

    Como eVitAr Coliso nos CruzAmentos

    Este tipo de acidente acontece, normalmente, nas mudanas de direo, para a direita ou para a esquerda, devido disputa pela preferncia, excesso de velocidade ou por falta de ateno e cuidado. O respeito pela preferncia, a velocidade compatvel e a ateno so as melhores atitudes para se evitar tais acidentes.

    Cuidados para se evitar coliso nos cruzamentos:

    Saiba exatamente para onde seguir;

    Reduza a velocidade;

    Respeite a preferncia de quem transita por via superior, ou que j esteja transitando nas rotatrias;

    Sinalize suas intenes;

    Siga sempre com ateno.

    As colises nos cruzamentos de reas rurais so mais graves do que nas cidades. Isso acontece porque, nas vias rurais, os motoristas dirigem em velocidades bem maiores e, quanto maior a velocidade, mais grave ser o resultado da coliso.

    Nos centros urbanos, os cruzamentos geralmente so locais de pouca visibilidade. O motorista que pratica a direo preventiva muitas vezes abre mo da sua preferncia em benefcio da segurana, porque sabe exatamente o que est fazendo no trnsito e quais os riscos que corre.

    Tempo de reao:

    Um procedimento preventivo entrar no cruzamento com o p direito descansando sobre o pedal do freio. Assim, a reao do motorista imediata em uma situao de emergncia.

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    3.3 - Evitando Acidentes com Pedestres e Outros Integrantes do Trnsito

    Os condutores precisam estar especialmente atentos para evitar os se-guintes casos:

    Colises na marcha a r;

    Atropelamentos;

    Choques com objetos fixos;

    Colises com bicicletas;

    Colises com motocicletas;

    Atropelamentos de animais.

    Colises nA mArChA A r

    Como numa manobra em marcha a r a viso do motorista limitada, deve-se prestar muita ateno para evitar acidentes. Observe esses procedimentos:

    Certifique-se de que no h nada atrs do veculo antes de iniciar a manobra;

    No d marcha a r em esquinas.

    AtropelAmentos

    Como o comportamento de alguns pedestres difcil de se prever, a me-lhor forma de evitar atropelamentos ser cuidadoso ao volante e dar sempre o direito de preferncia a quem est a p.

    Determinadas pessoas tm comportamentos imprevisveis, no conhe-cem os perigos do trnsito, no esto em condies de super-los ou de ava-li-los. o caso, por exemplo, de crianas, de pessoas idosas ou de pessoas com deficincias, dentre outros.

    Alm disso, h locais que exigem ateno redobrada dos motoristas, como os pontos de parada de nibus ou escolas. Ao passar por esses locais, os motoristas precisam manter um cuidado maior ainda.

    Estatsticas brasileiras indicam que cerca de 30% dos aci-dentes de trnsito so atropelamentos. Calcula-se que mor-rem, ao todo, 33 mil pessoas por ano em decorrncia de aci-dentes de trnsito, sendo que 51% dos bitos so causados por atropelamentos.

    As travessias urbanas das ro-dovias federais esto sendo a principal arena da violncia contra a vida dos pedestres.

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    Choques Com objetos fixos

    Esse tipo de acidente pode ocorrer nas ruas (coliso com rvores, pos-tes, veculos estacionados, etc.) ou mesmo nas garagens.

    Nas ruas, principalmente, esses acidentes podem ter conseqncias gra-ves aos ocupantes dos veculos e sempre trazem danos materiais. Para evitar esse tipo de acidente, vale a recomendao bsica: dirija cuidadosamente, no ultra-passando os limites de velocidade e mantendo as prticas de direo preventiva.

    Se no houver como evitar a batida contra um objeto fixo, oferea a lateral do veculo para bater. O impacto de frente ser bem maior. Cada centmetro que virado para a lateral do veculo aumentar suas chances de sobreviver coliso.

    Colises Com biCiCletAs

    A bicicleta, apesar de ser um veculo de propulso humana, tem direito de trnsito como qualquer outro veculo. Porm, alguns motoristas parecem ignorar os ciclistas, atrapalhando a circulao das bicicletas ou mesmo colo-cando-as em situaes de risco de acidente.

    Alguns cuidados devem ser mantidos no trnsito em relao aos ciclis-tas, j que a maioria deles menor de idade e por isso nem sempre tem conhe-cimento das regras de trnsito:

    Mantenha uma distncia lateral mnima de 1,5 metro da bicicleta;

    Olhe antes de abrir as portas do veculo, quando estiver estacionado ou parado;

    Ateno especial noite, pois muitos ciclistas no usam os dispositi-vos refletivos previstos em lei, dificultando visualiz-los;

    Este um veculo silencioso. Ao fazer uma curva, principalmente direita, assegure-se de que no venha alguma bicicleta.

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    Colises Com motoCiCletAs

    Principalmente nas cidades, as motos dividem o trnsito com os demais veculos. Ao mesmo tempo em que devem ter seu espao respeitado, esses ve-culos, pelas suas caractersticas, exigem muita ateno dos demais condutores.

    Muitas vezes, os motociclistas se utilizam de manobras arriscadas, tra-fegando em meio aos carros, nibus e caminhes, sem maiores cuidados com a segurana. Assim, sempre que vir uma moto, em sentido contrrio ou no mesmo sentido, redobre a ateno:

    Mantenha uma distncia segura;

    Cuidado nas converses esquerda e direita, pois h motociclistas que costumam transitar nos pontos cegos;

    Cheque constantemente os retrovisores: ao estacionar ou parar o ve-culo, cuidado ao abrir as portas;

    Para ultrapassar uma motocicleta, utilize todos os cuidados das de-mais ultrapassagens.

    AtropelAmentos de AnimAis

    Animais nas ruas e estradas so srios fatores de risco de acidentes, seja pela reao imprevisvel de seus movi-mentos ou pela atitude dos motoristas de desviar, bruscamente, para tentar evitar a coliso. Mais uma vez, vale a recomenda-o: muita ateno e cuidado!

    3.4 - Calculando distncias

    Como voc viu, existem vrios tipos de coliso que podem acontecer com o seu veculo, e os comportamentos perigosos dos condutores nas vias tambm so bem variados, mas o fator mais comum nos acidentes no ter conseguido desviar ou parar a tempo o seu veculo, evitando a coliso.

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    Como parar: Voc, condutor preventivo, deve conhecer os tipos de paradas do veculo, tempo e distncia necessrios para cada uma delas.

    Distncia de seguimento: aquela que voc deve manter entre o seu veculo e o que vai frente, de forma que voc possa parar, mesmo numa emergncia, sem colidir com a traseira do outro.

    Distncia de reao: aquela que seu veculo percorre, desde o mo-mento que voc v a situao de perigo, at o momento em que pisa no freio. Ou seja, desde o momento em que o condutor tira o p do acelerador at coloc-lo no freio.

    Distncia de frenagem: aquela que o veculo percorre depois de voc pisar no freio at o momento total da parada. Voc sabe que o seu veculo no pra imediatamente, no mesmo?

    Distncia de parada: aquela que o seu veculo percorre desde o momento em que voc v o perigo e decide parar at a parada total do seu veculo, ficando a uma distncia segura do outro veculo, pedestre ou qualquer objeto na via.

    Voc deve ter percebido que a distncia de parada a soma da distncia da reao mais a distncia de frenagem e, portanto, deve ser maior que as duas juntas para evitar a coliso e que esta deve ser a distncia de seguimento.

    Distncia segura: Para voc saber se est a uma distncia segura dos outros veculos, vai depender do tempo (sol ou chuva), da velocidade, das condies da via, dos pneus e do freio do carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente.

    Existem tabelas e frmulas para voc calcular esta distncia, prin-cipalmente nas rodovias, mas como elas variam muito, e dependem alm do tipo e peso do veculo, de outros fatores que tambm variam muito, o melhor manter-se o mais longe possvel (dentro do bom senso), para ga-rantir a sua segurana.

    Porm, para manter uma distncia segura entre os veculos nas rodo-vias, sem a utilizao de clculos, frmulas ou tabelas, vamos lhe ensinar a usar o ponto de referncia fixo:

    Os passos para clculo da distncia segura

    1. Observe a estrada sua frente e escolha um ponto fixo de refern-cia ( margem) como uma rvore, placa, poste, casa, etc.

    Na velocidade de 80 Km/h, at voc reconhecer um perigo e chegar o p at o pedal de freio, seu veculo cobrir 20 metros de distncia .

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    2. Quando o veculo que est sua frente passar por este ponto, co-mece a contar pausadamente: cinqenta e um, cinqenta e dois;

    3. Se o seu veculo passar pelo ponto de referncia antes de contar (cinqenta e um e cinqenta e dois), deve aumentar a distncia, diminuindo a velocidade, para ficar em segurana.

    4. Se o seu veculo passar pelo ponto de referncia aps voc ter fa-lado as seis palavras, significa que a sua distncia segura.

    Enfim, estes procedimentos ajudam voc a manter-se longe o sufi-ciente dos outros veculos em trnsito, possibilitando fazer manobras de emergncia ou paradas bruscas necessrias, sem o perigo de uma coliso.

    Condies para contagem:

    Esta contagem s vlida para veculos pequenos at 6 metros e na velocidade de 80 e 90 km e em condies normais de veculo, tempo e estrada.

    Um aperfeioamento dos passos:

    Para veculos leves:

    a) em pista seca = 3 segundos (51, 52, 53).

    b) em pista molhada = 4 segundos (51, 52, 53, 54).

    Para veculos pesados:

    a) em pista seca = 4 segundos (51, 52, 53, 54).

    b) em pista molhada = 5 segundos (51, 52, 53, 54, 55).

    Conforme j foi observado, voc no precisa ficar fazendo clculos para medir as distncias adequadas s diversas situaes de trnsito. O bom senso continua sendo seu principal aliado nesses momentos. Mas interessante conhecer os mecanismos que levaram a essas estimativas. Ve-jamos as mais importantes a seguir:

    Clculo da distncia de reao de 3/4 de segundo a velocidade de 40 km/h:

    Sabemos que: 1 hora = 60 minutos = 3.600 segundos

    1 km = 1.000 metros

    3/4 de segundo = 0,75 segundo

    Logo: 40.000 -------------- 3.600

    X ----------------- 0,75

    X = 40.000 X 0,75

    3.600

    X = 8,33 metros.

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    Distncia em metros que um veculo percorre por segundo na velocidade (km/h) em que estiver:

    Para se conseguir, basta dividir a velocidade por 3.600 segundos.

    Exemplos:

    a) v= 60 km/h d = 60 = 16,66

    3.600

    b) v = 80 km/h d = 80 = 22,22

    3.600

    Distncia de Parada de veculos em pista seca e pista molhada:

    Veculo leve em pista seca: d = 0,7 v

    Veculo leve em pista molhada: d = 0 ,9 v

    Veculo pesado em pista seca: d =1,0 v

    Veculo pesado em pista molhada: d =1,3 v

    d = a distncia percorrida em metros.

    v = a velocidade.

    Aplicando as equaes: veculos leves

    Distncia de parada de um veculo leve a 80 km/h em pista seca d = 0,7 x 80 = 56 m.

    Distncia de parada de um veculo leve a 80 km/h em pista molhada d = 0,9 x 80 = 72 m.

    Aplicando as equaes: veculos leves pesados

    Distncia de parada de veculo pesado a 80 km/h em pista seca d = 1,0 x 80 = 80 m.

    Distncia de parada de um veculo pesado a 80 km/h em pista molhada d =1,3 x 80 = 104m.

    Distncias de reao e de frenagem para veculos em pistas seca e molhada: veculos leves

    80 km/h distncia de reao = 22 m (pista seca)

    80 km/h distncia de frenagem = 34 m (pista seca)

    80 km/h distncia de reao = 22 m (pista molhada)

    80 km/h distncia de frenagem = 50 m (pista molhada)

    Distncias de reao e de frenagem para veculos em pistas seca e molhada: veculos leves e pesados

    80 km/h distncia de reao = 22 m (pista seca)

    80 km/h distncia de frenagem = 58 m (pista seca)

    80 km/h - distncia de reao= 22 m (pista molhada)

    80 km/h distncia de frenagem = 82 m (pista molhada).

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    3.5 - Concluso

    Conforme voc estudou, os acidentes de trnsito representam dor, so-frimento e prejuzos financeiros, tanto para o cidado quanto para o pas. Em vrios momentos, o simples estado de alerta permite a reao adequada e evita uma situao incontrolvel.

    O motorista preventivo deve saber como evitar colises. E cada uma de-las exige suas prprias respostas. Da mesma forma, para evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trnsito, importante que o motorista saiba identificar as atitudes que o ajudam nessa tarefa. Calcular as distncias corre-tas o melhor comeo para esse tipo de postura.

    1. Assinale com V as alternativas que possuem conceitos corretos e com F as incorretas.

    ( ) Distncia de frenagem a distncia que o veculo percorre depois que o mecanismo do freio acionado at a parada total do veculo.

    ( ) Tempo de reao aquele que o motorista gasta para reagir frente a um perigo.

    ( ) Tempo de frenagem o tempo que gasto para a parada total do veculo.

    ( ) Distncia de reao aquela percorrida pelo veculo desde que o motorista v o perigo at tomar uma atitude.

    2. Um dos principais cuidados para evitar colises e acidentes consiste em manter a distncia adequada em relao ao carro que segue frente. Esta distncia recebe o nome de:

    ( ) a) Distncia de segmento

    ( ) b) Distncia de parada

    ( ) c) Distncia segura

    ( ) d) Distncia de frenagem

    3. So incorretas as alternativas:

    ( ) 1. Nas curvas no se deve ultrapassar a velocidade mxima permitida.

    ( ) 2. Em curvas s se deve ultrapassar outro veculo se houver visibili-dade suficiente.

    ( ) 3. Pedestres e ciclistas nunca entraro repentinamente na pista.

    ( ) 4. No h necessidade de se perceber uma curva com antecedncia se houver sinalizao indicadora.

    ( ) 5. Quanto mais fechada a curva, maior dever ser a velocidade.

    ( ) 6. Os freios devem ser acionados antes de se entrar na curva e no apenas quando j estiver nela.

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    ( ) a) 1, 3 e 6

    ( ) b) 2, 3 e 4

    ( ) c) 3, 4 e 5

    ( ) d) 4, 5 e 6

    4. Cite dois cuidados bsicos que o motorista deve manter no trnsito em relao aos ciclistas.

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    5. Como voc, motorista, faz para calcular a distncia segura do veculo da frente?

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  • ACIDENTE EVITVEL OU NO EVITVEL

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    APRESENTAO

    Esta Unidade 4 Acidente evitvel ou no evitvel apresenta o funda-mental conceito de condio adversa, no qual se estudam as principais situa-es imprevisveis, as quais dificultam a ao do condutor.

    A ao adequada em condies adversas pode ser fundamental para re-duzir as probabilidades de um acidente. Mas fundamental considerar, tam-bm, que o prprio motorista pode caracterizar uma condio dessa natureza, seja por fatores alheios sua vontade, seja por atitudes que so de sua res-ponsabilidade direta.

    OBjETIVOS

    Ao final desta Unidade, voc dever estar apto a:

    Identificar as principais condies adversas presentes no trnsito;

    Saber como reagir diante de cada uma dessas condies;

    Reconhecer as situaes em que o prprio motorista pode ser consi-derado uma condio adversa;

    Identificar as relaes entre o fator humano e os acidentes de trnsito.

    INTRODUO

    Sempre bom lembrar: a chave para a direo preventiva o controle. Bem preparado, alerta e consciente das condies em que est dirigindo, o motorista tem condies de manter-se no domnio das situaes do trnsito cotidiano, antecipando e prevenindo imprevistos.

    Mas como proceder quando as condies escapam de nossa capacidade de prever e controlar?

    4.1 - Condies adversas para dirigir

    O que fazer quando, noite, um carro vem em sentido con-trrio e mantm a luz alta?

    Essas situaes so imprevisveis. Todo motorista sabe que deve manter luz baixa ao cruzar veculos. As placas de sinalizao repetem o alerta nas rodovias exaustivamente. Mas o motorista preventivo sabe que, mais cedo ou mais tarde, um motorista descuidado ir esquecer esse procedimento.

    O esquecimento pode acontecer quando ele estiver cruzando a mesma rodovia que voc, em sentido contrrio. O que fazer nessa situao?

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    Este exemplo uma das muitas situaes que denominamos condies adversas:

    Condies adversas

    So aquelas que esto alm da capacidade de controle do motorista, exigindo tcnicas de direo preventiva que per-mitam antecip-las.

    Essas situaes incontrolveis esto prestes a ocorrer a qualquer momen-to. Para evitar que eles ocorram, o motorista precisa estar preparado para reco-nhec-las, identificar os perigos que esto associados a elas e aplicar as tcnicas preventivas adequadas. As situaes envolvem os seguintes contextos:

    Luminosidade;

    Condies climticas;

    Via;

    Trnsito;

    Veculo;

    Motorista;

    Passageiro.

    luminosidAde

    Este , infelizmente, um dos fatores adversos mais presentes nas estra-das brasileiras. As condies de iluminao, tanto natural como artificial, po-dem afetar a viso. Sem que o motorista tenha condies de ver ou de ser visto perfeitamente, h um risco muito grande de ocorrer acidente.

    Mas possvel contornar a alterao sbita de luminosidade? Sim, se o motorista aplica tcnicas de direo preventiva. Vejamos como proceder em alguns casos:

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    O que o motorista deve fazer quando se deparar com...

    Condies ClimtiCAs

    So fenmenos atmosfricos como chuva, vento, neblina, cerrao, neve e granizo. Alm de dificultar a viso do motorista, esses fenmenos tambm tornam a pista perigosa e tiram a estabilidade do veculo.

    Os problemas com as condies atmosfricas incluem:

    Reduo de visibilidade;

    Reduo do controle da direo;

    Reduo de aderncia/atrito do veculo sobre o pavimento.

    Qual a primeira providncia a tomar diante de condies atmosfricas severas?

    Antes de mais nada, o motorista preventivo deve avaliar se ele realmente pre-cisa continuar dirigindo e se as condies oferecem segu-rana para isso. Se for seguro continuar dirigindo, ento hora de ligar os limpadores de pra-brisa e acender os faris baixos.

    Muita luminosidade Pouca luminosidade

    Utilizar o quebra-sol

    Utilizar os culos escuros

    Manter limpos os vidros

    Aumentar a distncia de segurana em relao ao veculo da frente

    Acender os faris baixos

    Aumentar a distncia de segurana em re-lao ao veculo da frente

    Faris altos em sua direo Faris altos vindos por trs

    Desviar o olhar para a direita, procuran-do a faixa branca.

    Desviar a cabea

    Ajustar os retrovisores

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    A aquaplanagem um dos muitos problemas decorrentes de chuvas intensas, quando as pistas podem acumular espessas camadas de gua em determinados pontos. Se os pneus no conseguem romper essas camadas de gua, perdem a aderncia e o veculo comea a aquaplanar (ou hidroplanar). A aquaplanagem se forma pela combinao de quatro fatores: velocidade alta; muita gua no cho; pneus lisos, sem sulcos para afastar a gua entre os pneus e a via; e leos e resduos no asfalto.

    Cuidados a serem tomados em condies climticas adversas:

    Mantenha os vidros limpos por dentro e por fora, sempre;

    Ateno para a velocidade. Dependendo das condies, at mesmo o limite legal pode ser rpido demais;

    De preferncia, mantenha os faris baixos acesos. Voc ser visto mais facilmente;

    Sob neblina, use luz baixa. Faris altos ofuscam sua viso nessas condies;

    Para evitar derrapagens, manobre com cuidado, no freie brusca-mente nem faa manobras ou curvas bruscas.

    E lembre-se:

    A melhor defesa numa dessas condies adversas ser reduzir a veloci-dade e aumentar a distncia de segurana do veculo a sua frente.

    ViA

    Esta condio adversa est relacionada com a construo e conservao das vias. Condies adversas de rodovias incluem rodovias estreitas, obras em ro-dovias, buracos no pavimento, rodovias com lombadas, sem acostamento, sinuosas, com incli-nao errada, mal pavimentadas, subidas e descidas acentuadas.

    Encontrando-se em rodo-vias com condies adversas, atente para:

    Reduzir a velocidade;

    Aumentar a distncia de segurana;

    Manter sempre a velo-cidade adequada para as circunstncias;

    Manter o controle;

    Em caso de derrapagem, vire o volante sempre para a direo onde voc quer que a frente do veculo siga!

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    Seguir as instrues da sinalizao prxima s reas em obras;

    Olhar para todas as direes e manter-se alerta.

    trnsito

    Condies de trnsito so situaes que levam aos congestionamentos ou trfego lento, sendo provocadas, normalmente, pelo excesso de veculos circulando em determinadas vias. Por outro lado, o trnsito rpido perigoso, pois muitos motoristas ignoram a distncia de segurana. Ocorrendo alguma adversidade, no conseguem parar o veculo a tempo, provocando colises ou mesmo engavetamentos.

    Outros problemas relacionados quantidade de veculos em reas urbanas:

    Hora do rush;

    Veculos estacionados.

    J nas reas rurais, o problema est relacionado aos limites de velocidade.

    Uma ateno especial deve ser mantida em regies de grande safra agrcola, pois h a presena de veculos len-tos, como treminhes, mquinas agrcolas e tratores, circu-lando nas estradas.

    VeCulo

    O que mais importante, saber dirigir em condies adversas ou fazer a manuteno adequada do veculo? Na verdade, ambos os procedimentos so fundamentais para uma direo segura. Direo Preventiva no apenas prevenir acidentes, mortes e perda de tempo; , tambm, evitar prejuzos fi-nanceiros, como aqueles causados por danos ao veculo.

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    Ser motorista preventivo uma questo de conscincia e de atitude, e esses atributos s so atingidos quando h, alm da vontade, uma motiva-o intensa.

    Pneus gastos ou mal calibrados, freios desregulados, suspenso desa-linhada, direo com folga, sinaleiras e faris com defeitos, espelhos mal re-gulados ou sujos, vazamentos de fluidos e falta de reviso so algumas das situaes que tornam o prprio veculo adverso e, portanto, uma causa de aci-dentes. Observe os equipamentos obrigatrios como tringulo, extintor etc.

    Cuidando do veculo:

    Esta apostila contm um tpico especial sobre manuteno peridica do veculo. So recomendaes importantes para o motorista preventivo

    , pois podem influir diretamente em uma situao de risco!

    motoristA

    Como o motorista se encontra, fsica e mentalmente, um fator impor-tante para que ele prprio no seja a adversidade. O sono, o cansao, o consu-mo de bebida alcolica e os estados emocional e psquico alterados tm levado a muitos acidentes. Estudos comprovam que a grande maioria dos acidentes causada por falhas humanas.

    O motorista considerado uma condio adversa que pode ser modifi-cada, mas esse um trabalho difcil. Afinal, ningum admite que possa estar favorecendo ocorrncias de acidentes.

    Fator humano no trnsito:

    O prximo tpico, relacionado ao fator humano no trnsi-to, aborda importantes aspectos ligados sade fsica e mental do motorista.

    pAssAgeiro

    O passageiro pode se tornar uma condio adversa j que, indiretamen-te, pode ser responsvel pela causa de um acidente.

    No transporte de passageiros, o motorista deve tomar as seguintes pre-caues: conversar o mnimo necessrio, responder a perguntas de passagei-ros sem desviar a ateno do trnsito, ter cuidado especial no embarque e desembarque e orientar quanto ao uso obrigatrio do cinto de segurana.

    Quando voc entrar no veculo:

    Verifique se todas as portas esto fechadas;

    Afivele o cinto de segurana;

    Confira se todos os passageiros esto seguros;

    Regule assento e retrovisores;

    Assegure-se de que voc tem viso ampla em todas as direes ao redor do veculo.

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    4.2 - Fator humano e os acidentes de trnsito

    O fator humano preponderante na ocorrncia de acidentes de trnsi-to. E isso ultrapassa a questo da embriaguez ou do efeito das drogas. Sem dvida, lcool e drogas esto entre os principais causadores de acidentes, mas, como voc ver, outros elementos tm, tambm, participao decisiva nas ocorrncias de trnsito.

    De maneira geral, os aspectos psquicos/emocionais e os fsicos podem influenciar na ocorrncia de acidentes. Os mais comuns so:

    AlCool e drogAs

    Para dirigir com segurana, o motorista precisa contar com boas condies fsicas e mentais, e o lcool, ao contrrio do que se imagina, uma droga depressora do sistema nervoso. Aps beber, o motorista pode se envolver em acidentes, pois o lcool afeta o c-rebro, diminuindo o senso de cui-dado, tornando lentos os reflexos, prejudicando a viso, a audio, enfim, comprometendo toda a ca-pacidade para dirigir.

    Uma estatstica preocupante: dentre cada cinco brasileiros, dois sero vtimas de acidente de trnsito provocado por um motorista dirigindo sob efeito de drogas ou lcool.

    Na prtica, isso significa que 40% das pessoas que voc ama, podero se tornar vtimas de acidentes de trnsito provocados por motoristas altera-dos por uso de drogas ou embriaguez.

    A estatstica assusta, mas parece no comover a grande maioria da po-pulao. Afinal, o lcool est associado aos prazeres e hbitos sociais, sendo aceito em qualquer classe social.

    A automedicao uma prtica prejudicial sade, pois pode acar-retar srias conseqncias ao organismo. Alguns remdios tambm podem atrapalhar o ato de dirigir. Por isso, no se deve tomar medicamentos sem prescrio mdica.

    J as drogas, especialmente as ilcitas, so substncias de origem na-tural ou sinttica que alteram o comportamento das pessoas quando so consumidas. Consumir drogas e dirigir um veculo so coisas totalmente incompatveis.

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    Algumas verdades sobre lcool e drogas:

    O primeiro aspecto da conscincia a ser comprometido pela ingesto de drogas ou lcool o senso de julgamento. Isso significa que, no trnsito, voc pode avaliar incorretamente uma situao de risco e tomar a deciso errada;

    Por que mais pessoas utilizam l-cool ao invs de drogas? Porque o lcool socialmente e legal-mente aceito;

    Teor alcolico nada tem a ver com calorias. Cerveja light pos-sui o mesmo teor alcolico que as outras, embora seja menos cal-rica;

    Caf no cura bebedeira. A ni-ca cura para os efeitos do lcool a eliminao da substncia do organismo;

    No existem medicamentos incuos. A menos que esteja indicado no rtulo, qualquer remdio pode interferir na habilidade de dirigir.

    AspeCtos emoCionAis

    Os aspectos psquicos/emocionais influenciam bastante na maneira de ser das pessoas. Algum que passou por uma emoo muito forte como, por exemplo, o