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Praça Marechal Floriano Peixoto, 271 – Centro CEP: 84130-000 Palmeira-PR 1 SUMÁRIO Módulo I Atendimento ao cliente Atendimento ao Cliente ..................................................................... ............................................. Pág. 03 O que é um bom Atendimento? ................................................................ ...................................... Pág. 03 Imagens dos Profissionais ............................................................... ............................................... Pág. 04 Função do Balconista .................................................................. .................................................... Pág. 05 21 ítens para um bom Atendimento ao cliente ..................................................................... ........... Pág. 06 Bom Atendimento ao Telefone .................................................................... .................................... Pág. 09 Alguns Incovenientes ............................................................... ....................................................... Pág. 12 Quinze competências fundamentais no Atendimento Externo ....................................................... Pág. 13 Modulo II - Noções de Farmacologia e Classificação de Medicamentos Definições Gerais ...................................................................... ...................................................... Pág. 14 Conceito em Farmácia .................................................................... ................................................ Pág. 15 Tipos de Medicamentos ................................................................ .................................................. Pág. 15 Medicamento Genérico .................................................................... ............................................... Pág. 16 Medicamento Similar ..................................................................... .................................................. Pág. 17 Receita Médica ...................................................................... .......................................................... Pág. 17 Vias de Administração de Medicamentos ................................................................ ....................... Pág. 19 Vias de Administração

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SUMÁRIO

Módulo I – Atendimento ao cliente

Atendimento ao Cliente .................................................................................................................. Pág. 03O que é um bom Atendimento? ...................................................................................................... Pág. 03Imagens dos Profissionais .............................................................................................................. Pág. 04Função do Balconista ...................................................................................................................... Pág. 0521 ítens para um bom Atendimento ao cliente ................................................................................ Pág. 06Bom Atendimento ao Telefone ........................................................................................................ Pág. 09Alguns Incovenientes ...................................................................................................................... Pág. 12Quinze competências fundamentais no Atendimento Externo ....................................................... Pág. 13

Modulo II - Noções de Farmacologia e Classificação de Medicamentos

Definições Gerais ............................................................................................................................ Pág. 14Conceito em Farmácia .................................................................................................................... Pág. 15Tipos de Medicamentos .................................................................................................................. Pág. 15Medicamento Genérico ................................................................................................................... Pág. 16Medicamento Similar ....................................................................................................................... Pág. 17Receita Médica ................................................................................................................................ Pág. 17Vias de Administração de Medicamentos ....................................................................................... Pág. 19Vias de Administração Enterais ...................................................................................................... Pág. 20Via Intradérmica ou Intracutânea .................................................................................................... Pág. 25Área de Aplicação ........................................................................................................................... Pág. 25Técnica de Aplicação ...................................................................................................................... Pág. 26Regras gerais para Administração de Medicamentos ..................................................................... Pág. 27Classificação das Formas Farmacêuticas ....................................................................................... Pág. 28

Módulo III – Sistema Circulatório e Hemapoético

Insuficiência Cardíaca Congestiva .................................................................................................. Pág. 36Arritmia ............................................................................................................................................ Pág. 38Angina ............................................................................................................................................. Pág. 38Hipertensão Arterial ........................................................................................................................ Pág. 40Procedimento para aferir a Pressão Arterial ................................................................................... Pág. 42Anti-Hipertensivos ........................................................................................................................... Pág. 42O que é Hematopoiése ................................................................................................................... Pág. 43Anemia ............................................................................................................................................ Pág. 43Classificação de Anemia ................................................................................................................. Pág. 45Antianêmicos ................................................................................................................................... Pág. 45Leucócitos/glóbulos Brancos ........................................................................................................... Pág. 47Coagulantes ou Hemostáticos ........................................................................................................ Pág. 48Anticoagulantes ............................................................................................................................... Pág. 49Antitrombóticos ................................................................................................................................ Pág. 50Fibrinóliticos .................................................................................................................................... Pág. 50

Módulo IV – Sistema Respiratório – Digestivo - Geniturário

Sistema Respiratório ....................................................................................................................... Pág. 52Tosse ............................................................................................................................................... Pág. 52Asma ............................................................................................................................................... Pág. 55Alergia ............................................................................................................................................. Pág. 56Sistema Digestivo............................................................................................................................ Pág. 58Laxativos Naturais ou Estimulantes Intestinais ............................................................................... Pág. 59Estimulantes do Peristaltismo ......................................................................................................... Pág. 60Sistema Urinário .............................................................................................................................. Pág. 63Os Rins ............................................................................................................................................ Pág. 63

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Módulo V – Nutrição

Nutrição ...........................................................................................................................................Pág. 65Sais Minerais ...................................................................................................................................Pág. 65Apetite .............................................................................................................................................Pág. 68Vitaminas .........................................................................................................................................Pág. 68Classificação das Vitaminas ........................................................................................................... Pág. 69

Módulo VI – Diabetes Diabetes Mellitus ............................................................................................................................. Pág. 71Causas e Fisiopatologia .................................................................................................................. Pág. 71Genética .......................................................................................................................................... Pág. 71Diabetes Mellitus Tipo 1 .................................................................................................................. Pág. 72Diabetes Mellitus Tipo 2 .................................................................................................................. Pág. 72Sinais e Sintomas ............................................................................................................................ Pág. 73Tratamento ...................................................................................................................................... Pág. 75Prevenção ....................................................................................................................................... Pág. 76Insulina ............................................................................................................................................ Pág. 76Tipos de Insulina ............................................................................................................................. Pág. 77Técnicas de Aplicação de Insulina .................................................................................................. Pág. 78Hipoglicemiantes ............................................................................................................................. Pág. 79

Módulo VII - Medicamentos Analgésicos, Antipiréticos , Antiflamatórios, Antibióticos e Antiparasitários

A dor ................................................................................................................................................ Pág. 82Os Analgésicos .............................................................................................................................. Pág. 82Os Antiflamatórios ........................................................................................................................... Pág. 82Anti-Inflamatórios não Esteroides ................................................................................................... Pág. 82Síndome .......................................................................................................................................... Pág. 83Antiinflamatórios Esteróidais ........................................................................................................... Pág. 87Enxaqueca ...................................................................................................................................... Pág. 88Gota ................................................................................................................................................. Pág. 89Antibióticos ...................................................................................................................................... Pág. 90Antiparasitários ................................................................................................................................ Pág. 91

Módulo VIII – Medicamentos que atuam Sistema Nervoso CentralHipnoanalgésicos ou Opióides ......................................................................................................Pág. 95Antidepressivos .............................................................................................................................Pág. 96Produtos Controlados na Farmácia ...............................................................................................Pág. 97Acessórios que podem ser vendidos na Farmácia ....................................................................... Pág. 102Dicionário de Especialidades Farmacêuticas – DEF .................................................................... Pág. 103

Módulo IX – Medicamentos Manipulado/Homeopático/Fitoterápico

Medicamento Manipulado ............................................................................................................. Pág. 104Medicamento Homeopático .......................................................................................................... Pág. 104Medicamento Fitoterápicos ........................................................................................................... Pág. 105Principios Ativos Vegetais ............................................................................................................. Pág. 105Conheça alguns fitoterápicos e suas funções ............................................................................. Pág. 106

Módulo X – Primeiros Socorros

Respiração Artificial ....................................................................................................................... Pág. 108Afogamento ................................................................................................................................... Pág. 108Asfixia ............................................................................................................................................ Pág. 109Convulsão ..................................................................................................................................... Pág. 110Ferimentos .................................................................................................................................... Pág. 110Perda de Consciência ................................................................................................................... Pág. 111Queimaduras ................................................................................................................................. Pág. 111Papel do Farmacêutico na Sociedade/Farmácia .......................................................................... Pág. 112

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MODULO I

Atendimento ao Cliente

A questão do bom atendimento ao cliente vem ganhando importância cada vez maior, desde os meios acadêmicos, até os meios empresariais onde se aplica. Entretanto, nem todos ainda estão conscientes dos benefícios que a sua prática pode trazer para as organizações. Alguns cobrem de maquiagem tentando mascarar o que não tem disfarce. O consumidor já conhece a sua força; as diversas manifestações, o alcance dos conselhos de proteção ao consumidor e sua reivindicações, as exigências frente à qualidade dos produtos e serviços.Cabe apresentar alguns pontos que podem contribuir para a melhoria cada vez maior do atendimento ao cliente, são eles:

não se deve consertar o erro e sim não errar.

não é só receber bem o cliente, mas também fazer com que ele saia bem.

é antes, durante, depois (e muito depois); é saber que não termina,

não é só tratar bem quem compra, mas também quem o cerca.

é aumentar o calor do produto/serviço adquirido.

é saber ouvir e reconhecer a importância de uma reclamação.

não é falar, e sim exemplificar, explicar.

é romper todas as barreiras que prejudicam o desempenho da organização. não é só qualidade, mas também inovação. Faça algo diferente dos outros, e o cliente irá

lembrar-se de você para sempre.

não é o que você define, mas o que o cliente espera,

parte de você; o primeiro passo - o exemplo - favorece a sua propagação.

Você pode melhorar seu atendimento a qualquer e a toda hora, Torne-se uma organização de pessoas obcecadas por isso. Faça por seus clientes o que eles querem que você faça por eles (e muito mais), e não aquilo que acha que eles vão querer.

O que é um bom Atendimento?

O cliente é a base do nosso trabalho dentro e fora da farmácia. Um cliente bem atendido voltará para fazer novas compras e contará aos seus amigos e parentes.

Um cliente mal atendido não voltará e também contará para amigos e parentes. A conscientização do grupo de trabalho em uma farmácia para o tipo de cliente que se utiliza dela é fundamental.

Um funcionário que não sabe trabalhar bem destrói a farmácia em pouco tempo. O nosso cliente não é igual ao de uma lanchonete ou sapataria. Ele está doente, ou tem um parente doente na família, está sempre com pressa e, na maioria das vezes, não sabe nada a respeito do produto que está levando.

Para que uma venda seja bem feita é necessário que o funcionário conheça aquilo que está vendendo. 

Deverá sempre: Fornecer informações corretas e, em caso de dúvidas, não inventar;

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Ter consciência de que o cliente da farmácia e diferente de outros ramos do comércio, que provavelmente está debilitado, sem paciência, sem condições físicas para esperar etc;

Conhecer os clientes costumeiros, se possível pelo nome, seus problemas básicos; Conhecer o Código de Defesa do Consumidor; Deverá, sempre, ter educação e respeito para com todos que se dirigem à

farmácia.

Para que este atendimento esteja de acordo, existem alguns itens que devem ser observados, como: 1 - Cumprimente o cliente com respeito e segurança. Seja firme e decidido. 2 - Cumprimente rapidamente o cliente. Não é necessário saber de toda a família, time de futebol, etc. 3 - Se não for possível usar palavras, ou seja, se você estiver atendendo outro cliente, use gestos ou um olhar, reduza a possibilidade do cliente se sentir ignorado e sair. 4 - Se possível, dê-lhe um aperto de mão. Não é necessário mais que isto. 5 - Diga "por favor" e "obrigado". 6 - Conheça seus clientes e sua personalidade. Os clientes que são constantes esperam ser reconhecidos quando entram na farmácia. Faça com que ele se sinta especial, um cliente "da casa". 7 - Prometa menos e faça mais. Não adianta prometer coisas que você já sabe que não conseguirá cumprir. Só garanta aquilo que você tem certeza que é possível fazer; promessas não cumpridas diminuem a credibilidade. 8 - Não se torne íntimo demais. "Amigos, amigos, negócios à parte". É fundamental o bom relacionamento, porém o excesso de amizade pode inviabilizar um negócio. 9 - Ouça mais e fale menos. 10- O cliente não tem culpa de seus problemas. Guarde os seus problemas para si, não deixando transparecer ao cliente. 11-O cliente tem seus próprios problemas, não precisamos aumentá-los. 12 - Cuide de sua aparência pessoal. Devemos estar com o avental sempre limpo, cabelos penteados e mãos e unhas limpas. 13 - Verifique a aparência do seu local de trabalho, ele também deverá estar limpo, arrumado, fazendo com que o cliente tenha a sensação de higiene e segurança. 14 - Ganhe seus clientes pelo telefone. Um atendimento telefônico mal feito faz com que o cliente não venha pessoalmente e a venda não se realizará. 15 - Deve-se antecipar às necessidades do cliente. Na medida do possível, devemos prever o que o cliente precisa. 16 - Deve-se, em resumo, satisfazer as suas necessidades, garantindo assim a fidelidade do cliente, ou seja, que o cliente retorne para novas compras e conte a todos como foi bem atendido.

IMAGENS DOS PROFISSIONAIS

A apresentação dos profissionais que trabalham na farmácia é muito importante para se criar uma imagem positiva.

O profissional deve sempre estar com o uniforme limpo, passado, e em boas condições de uso e padronizado.

Homens

Para os homens são importantes a barba bem feita, mãos e unhas aparadas e limpas, cabelos limpos e penteados.

Mulheres

As mulheres devem estar sempre com os cabelos limpos e penteados.Quem optar por cabelo preso, fazê-lo com presilha em bom estado. Usar maquiagem leve e perfume suave.

As unhas devem ser bem cuidadas, com esmalte em bom estado sem estar descascado, evitar adornos e bijuterias exageradas.

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Em geral, deve-se tomar cuidado com o mau hálito e cheiro de suor.O crachá deve ser usado diariamente, pois faz parte do uniforme.

FUNÇÕES DO BALCONISTA 

O balconista de uma farmácia ou drogaria é sempre a pessoa que mais contato tem com o consumidor, por isso pode e deve sugerir mudanças sobre a quantidade de produtos expostos nas prateleiras e estoque de produtos que são mais vendidos. Além de informar a falta de produtos que têm procura, mas não são comercializados.  

A colocação de preço nos produtos também é responsabilidade do balconista. É importante observar se os preços etiquetados estão corretos e legíveis e se não estão sendo colocados sobre o número de lote do produto, e principalmente sobre o prazo de validade da mercadoria. O balconista deve ainda observar sempre as necessidades do consumidor e verificar se elas estão sendo atendidas prontamente.  

Controlar a entrada e saída de produtos, conferir, repor, arrumar mercadorias, ter conhecimento dos medicamentos que estão sendo vendidos e os laboratórios que produzem estes remédios, saber ler uma receita e atualizar-se sobre novos lançamentos, são princípios básicos que fazem parte do dia-a-dia do balconista e ajudam, em muito, a organização de uma farmácia.  

Balconista: o elo entre a farmácia e o consumidor 

Todo trabalho por mais difícil que seja deve ser encarado com muito profissionalismo e seriedade. No caso do balconista de farmácia este aspecto é muito importante, já que este profissional tem que atuar como "relações públicas" da farmácia onde trabalha, representar a própria empresa e ser o elo entre a farmácia e o consumidor. Toda empresa comercial tem como objetivo o bom atendimento ao cliente. Na farmácia isso não é diferente, a gentileza no atendimento com certeza trará bons retornos para a farmácia e para o balconista.  

O balconista é a primeira pessoa que o cliente vê e ouve e, às vezes, é a única pessoa com quem ele entra em contato dentro de uma drogaria. Por isso é fundamental o bom aspecto do balconista, que deve usar sempre um avental ou jaleco limpo, de preferência de cor clara.  

Outro aspecto importante é que deve ser observado é das mãos e unhas, não só pela questão estética, mas principalmente pela higiene que se deve ter ao manusear os medicamentos. Note ainda que as mãos do balconista estão permanentemente no foco de atenção dos clientes.  

Paciência e dedicação

Existe um antigo ditado popular que diz que "o cliente sempre tem razão" e mesmo que isso não seja totalmente verdade é importante que o balconista não esqueça que este ditado resume uma regra básica na relação de compra e venda.  

Tem cliente que fica nervoso ou irritado pela demora no atendimento ou mesmo por qualquer outro motivo. Neste caso o balconista deve utilizar de bom senso e atendê-lo o mais prontamente possível, evitando até mesmo comentar o contratempo ocorrido. Desta forma o cliente ficará desarmado e até mesmo sem ação. Manter a calma e ser gentil nesta ou em qualquer outra situação deve ser um dos lemas do balconista até mesmo para se desvencilhar de um cliente que gosta de "esticar a conversa" no balcão. Como ele pode estar atrapalhando o andamento do trabalho, peça amavelmente para ele esperar um pouco até que outros clientes sejam atendidos.  

É fundamental nunca perder a paciência e sempre colocar o cliente em primeiro lugar, afinal todo o seu trabalho gira em torno dele e para ele.  

A arte de atender 

Sabemos que é uma arte atender um cliente, por isso o balconista deve ser amável no contato com o consumidor para que ele se sinta bem atendido e volte outras vezes.  

Para que isso ocorra é importante conquistar a simpatia do cliente e não só atender a sua necessidade imediata, mas estar sempre disponível quando solicitado para informá-lo e orientá-lo no que for possível.

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  O balconista de farmácia exerce uma função de dupla responsabilidade, já que os produtos à

disposição para venda são na verdade fórmulas complexas, e se não forem comercializados corretamente podem causar sérios danos à saúde do consumidor.  

RECURSOS PROMOCIONAIS 

Além da habilidade do balconista no atendimento ao consumidor, as farmácias ou drogarias se utilizam muito de recursos promocionais par a chamar a atenção do cliente.  

As vitrines do balcão, as prateleiras externas e as gôndolas, normalmente, são usadas para colocar produtos da linha de perfumaria e cosméticos, os produtos naturais (chás e outras ervas) e os produtos de higiene pessoal para destacar e promover as vendas. Em displays, sobre os balcões, ficam os produtos homeopáticos.  

Além destes recursos, as drogarias se utilizam também da promoção no preço de algumas mercadorias -comésticos, perfumes e produtos de higiene pessoal -para atrair os clientes e aumentar a comercialização de produtos em geral. Existem ainda drogarias que dão desconto promocional nos medicamentos.

Para um bom atendimento ao cliente

1. SAIA DE TRÁS DO BALCÃO

Quando o cliente entrar na loja, se possível, vá até ele. Não fique atrás do balcão esperando que ele se aproxime. Ofereça ajuda quando ele estiver olhando as gôndolas. Ofereça a cestinha para maior conforto nas compras de perfumaria.

2. CUMPRIMENTE TODO CLIENTE QUE ENTRA NA FARMÁCIA

Todo o cliente que entra na sua farmácia deve ser cumprinentado com um BOM DIA, BOA TARDE ou BOA NOITE, para estabelecer um clima amistoso. Demonstre alegria por tê-lo ali.

3. CHAME O CLIENTE PELO NOME

Quando o cliente é frequente e você Já sabe o nome dele chame-o pelo nome, isto fará com que ele se sinta importante.Quando não souber o nome do cliente, repare no cartão fidelidade ou de crédito, caso isso não seja possível, pergunte.

4. MANTENHA O BOM HUMOR E UM SORRISO NO ROSTO

Uma recepção alegre faz o cliente sentir-se melhor. O cliente espera que tanto a empresa como o Funcionário deve atendê-lo de forma especial. Seja empático. Aumente seu poder de persuasão mostrando alegria em sua expressão facial, seus gestos, na entonação, ritmo e volume de voz.Aprenda a sorrir, porém, sem falsidade, pois quando gosta do que faz, faz com alegria.

5. MANTENHA UMA POSTURA ADEQUADA

A postura deve ser ereta, não se encoste á parede ou porta, não debruce no balcão, não cruze os braços ou coloque as mãos no bolso. Não se envolva em bate-papo com outros atendentes e evite a

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conversa particular com algum cliente conhecido. Não é para isso que você está ali. Quando o cliente chama, responda com um "sim" e aposente o "pois não?".

6. NUNCA JULGUE O CLIENTE

Quantas vezes você abordou mal um cliente porque, simplesmente, não foi com a cara dele ou porque achou que ele não iria comprar nada.

Nunca julgue, atenda a todos com atenção e com igualdade.

7. INFORME AO CLIENTE QUANDO ELE ESTIVER QUE ESPERAR

Informe os motivos porque o cliente tem que esperar e o local adequado onde ele deverá ficar. O local de espera deve ser adequado, de modo que o cliente não fique constrangido por estar atrapalhando o fluxo de pessoas.

8. MANTENHA CERTA DISTÂNCIA

Para que o cliente se sinta à vontade, deve-se manter uma certa distância física e verbal.Antes de se tornar "intimo demais", você precisa conquistar a confiança dele.Para algumas pessoas, a distancia mínima de 1 metro é ideal.Somente estenda a mão para cumprimentar o cliente se ele o fizer primeiro, caso contrário,

mantenha as mãos para trás.Olhe no rosto do cliente, mas não o encare, ele pode sentir-se invadido,

9. USE PALAVRAS PARA INFORMAR, NÃO PARA IMPRESSIONAR.

Mantenha uma linguagem simples e clara, não use termos técnicos.Fale no nível do cliente, mas cuidado para não imitá-lo.Não grite e nem fale muito baixo; regule o seu tom de voz de acordo com o ambiente, fazendo

com que o cliente ouça claramente o que você está dizendo.

10. MANTENHA OS PROBLEMAS PESSOAIS FORA DA EMPRESA

Não é fácil manter o bom humor, principalmente quando se tem problemas de ordem pessoal ou financeiro ou até mesmo problemas com o seu gerente ou companheiros de trabalho. Você não pode esperar que os clientes entendam seus problemas pessoais,

A capacidade de desempenhar bem, independentemente de problemas pessoais, sempre foi uma característica do bom profissional.

11. O CLIENTE ADORA TER PODER

Existe um certo sentimento de poder quando um cliente entra na farmácia.

Eles "são" os clientes e, desta forma, sabem que são importantes, e realmente são.

Durante anos eles ouviram a velha frase:"O cliente tem sempre razão". Nós sabemos que, as vezes, eles não estão com toda a razão,

que existe um limite, mas nós precisamos dele mais do que eles precisam de nós.

ENCANTE O CLIENTE

Ofereça algo a mais do que o esperado.

O cliente certamente sempre lembrará positivamente desta atitude,

Seja empático, use palavras simpáticas.

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12. SEMPRE PAREÇA PROFISSIONAL

Os sentimentos do cliente podem ser influenciados, por muitos fatores além do seu controle, tais como seu estado de espírito e problemas pessoais.

Nunca tente enganar o cliente, pois as consequências negativas são enormes e, às vezes, irreparáveis. Não reclame da empresa nem dos colegas para o cliente, além de ser algo deselegante, desanima-o de querer voltar outras vezes.

13. MANTENHA A FARMÁCIA SEMPRE LIMPA E TUDO EM ORDEM

É bastante desagradável quando chega a vez do cliente e o profissional do caixa pede desculpas e diz: "Vai demorar um pouquinho, acabou o papel da impressora!" Se você executa o trabalho no caixa, mostre-se profissional, cuide da manutenção dos equipamentos que estão no caixa -máquinas de cartões de crédito, impressoras., fitas de impressão, documentos, etc. Troque os papéis das impressoras e as fitas nos horárias em que não há filas no caixa.Aproveite também para limpar e deixar o espaço de trabalho em ordem. Você pode pensar que os clientes não reparam, mas não é verdade.

14. SAIBA LIDAR COM AS RECLAMAÇÕES.

Não se esconda quando um problema aparecer, escute atentamente o relato da reclamação do cliente, não justifique de imediato, deixe-o falar. Use a empatia, coloque-se no lugar do cliente, assim poderá ver as coisas sob o ponto de vista dele. Examine o fato e tente resolver você mesmo o problema, se não conseguir indique quem poderá ajudá-lo. Apresente suas desculpas e repare o erro imediatamente, mostrando boa vontade em ajudá-lo, não leve para o lado pessoal a reclamação do cliente, não fique com raiva. Se o cliente estiver muito alterado, leve-o para um local mais reservado, para que possa conversar sem atrapalhar o outro. Retornar ao cliente, para informar-lhe qual a atitude foi tomada, para resolver o problema.

Vejamos a seguir algumas sugestões para atender reclamações de clientes:

- Deixe o cliente falar;

- Diga com sinceridade que sente pelo ocorrido;

- Ouça com atenção;

- Examine os fatos, sabendo fazer as perguntas;

- Mantenha a mente aberta, não faça suposições;

- Não discuta;

- Tente descobrir a solução desejada pelo cliente;- Concentre-se no que pode e explique o que não pode fazer;

- Faça um resumo e verifique se o cliente entendeu e concorda;

- Seja sempre verdadeiro em todo o atendimento.

Acredite: gentileza, respeito, simpatia e flexibilidade são capazes de "amansar qualquer fera". Não existem clientes difíceis quando são tratados da maneira certa. Aprenda a gostar das pessoas, por mais complicadas que elas sejam ou pareçam. Pessoas são confusas, complexas, imprevisíveis, complicadas... Exatamente por isso são maravilhosas' Quem não gosta de gente, não pode ser um bom

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profissional de atendimento

15. ABORDAGEM EM DIAS DE MUITO MOVIMENTO

Deixe claro aos seus clientes que você os viu e que, em breve, os atenderá: faça um aceno com a mão, cabeça ou um sorriso. Mantenha-se calmo, não chegue para atender o cliente com pressa, isso pode Íncomodá-lo.Chame alguém para ajudá-lo.

16. ABORDAGEM EM DIAS DE POUCO MOVIMENTO

Não fique parado ou sentado. Crie uma atividade produtiva.Não fique em grupinhos fazendo reclamações.

17. CONHEÇA OS PRODUTOS QUE VOCÊ VENDE

Esteja sempre muito bem informado sobre os produtos que você vende. Adquira informações através de leituras, participe dos treinamentos proporcionados pela rede.

18. VENDA TODO PRODUTO COM ENTUSIASMO

Vender o produto que gosta é certamente mais fácil do que vender algo que não gosta. O que importa sempre é o que o cliente quer não o que você gosta ou acha que é melhor. No momento em que você passa a vender o produto que não gosta com o mesmo entusiasmo com que vende o produto que adora, você pode começar a se considerar um profissional.

19. FAÇA A VENDA AGREGADA

Conheça as necessidades de seus clientes, conheça bem os produtos, agregue valor às compras dos clientes, Ex.: Ofereça termómetro para quem compra analgésicos, lenços umedecidos para quem compra fraldas infantis, condicionador para quem compra xampu cortador de unha para quem compra talco para os pés, acetona, algodão para quem compra esmalte, etc.Podemos oferecer produtos de necessidades básicas a todos os clientes.

20. DESPEÇA-SE DO CLENTE COM EDUCAÇÃO

Ao final do atendimento, pergunte para o cliente se ficou satisfeito, se tem alguma observação a fazer em relação ao atendimento prestado de uma maneira geral, Despeça-se do cliente com atenção e educação. Faça com que o cliente sinta vontade de voltar. Não adianta fazer um ótimo atendimento até aqui e, na hora de fechar, tratar o cliente com desprezo. Ex,: Obrigado, bom dia! Volte sempre!

21. FAÇA PÓS-VENDA

Mostre-se interessado pela recuperação do cliente. Ligue após alguns dias para saber como está de saúde, se está precisando de alguma coisa.

Pergunte ao cliente como ele está, quando retornar à farmácia.

BOM ATENDIMENTO AO TELEFONE

O telefone é muitas vezes o primeiro ponto de contato que os clientes têm com a nossa instituição, por isso saber usá-lo corretamente, para causar boa impressão.

Cuidados importantes:

Atenda ao telefone (no máximo) no terceiro toque. Ao atender, diga: Empresa + nome + cumprimento. Identifique o cliente, caso ele não tenha se identificado no

inicio ("Com quem estou falando, por favor?"). Escute atentamente o cliente para identificar o que ele deseja. Use tratamento formal. Trate sempre o cliente por Sr. ou Sra., independentemente da idade que

tenha. Se o cliente se identificou como Dr. ou Prof., mantenha esse tratamento.

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Dê sempre sinais de que está escutando o cliente (ex: "sim", "correto", "perfeitamente", "entendi¨ "claro", "sem dúvida"...).

Evite expressões do tipo: "meu bem", "meu amor", "minha filha". Nunca use gírias, Não use diminutivos: "um minutinho", "um segundinho", "uma perguntinha"... Fale sempre no presente, pronunciando as palavras de maneira clara e objetiva. Quando necessário anote as principais informações do cliente: nome, empresa, telefone,

assunto, etc). Evite interromper o cliente durante sua exposição. Caso esteja atendendo um telefonema e um segundo cliente tocar, peça ao primeiro para

aguardar e atenda ao outro. Em seguida, peça ao segundo que aguarde ou retorne a ligação logo após.

Caso seja solicitada transferência da ligação, informe antes o ramal e a pessoa para contato. Ao transferir a ligação para outro setor, repasse previamente as informações fornecidas pelo

cliente, evitando que ele repita o relato. Se o pedido do cliente não for atendido de imediato, necessitando consulta, ou a pessoa

solicitada não puder atender, verifique se ele pode aguardar, se deseja deixar recado ou se aguardará o retorno.

Encerre a ligação colocando-se à disposição, se possível usando a expressão: "Posso ajudá-lo em mais alguma coisa?" ou "O Senhor tem alguma dúvida?

Para finalizar: "Tenha um bom dia/tarde".

LEMBRE-SE:

Nunca diga: Não é comigo! Não é do meu departamento! Eu fiz a minha parte!Diga: "Senhor, não tenho a informação que necessita, mas posso transferir a ligação para o departamento responsável".

TR

OQUE:

Só um minutinho. POR: Vou chamá-lo ou vou transferi-lo.

Obs. Tenha sempre próximo ao telefone umbloco de anotaçõesPara garantir a qualidade no atendimento:

É importante que sejamos:

Educados;

Atenciosos;

Prestativos;

Disponíveis;

Bem informados; Conhecedores de todos os setores da empresa.

ATENÇÃO

Falhas técnicas podem ser superadas pela qualidade humana no atendimento. Não importa que você receba uma multidão de pessoas todos os dias. Aquele que está na sua

frente é importante. Não converse tocando nas pessoas. Evite comer no ambiente de trabalho. Não economize alegria, bom humor, sorriso. Atenda o cliente sempre da melhor maneira.

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Realmente para sempre em um bom atendimento, tem de ser um pouco de psicólogo, pois às vezes os pacientes chega com raiva da vida e a qualquer palavra nossa já é um grande motivo para arrumarem briga, mas no final tudo vale a pena é muito bom trabalhar na busca de sempre, pelo menos tentar, ajudar as pessoas.

Sendo profissionais preparados, nos primeiros 15 segundos conseguimos identificar o cliente. Se ele é jovem ou idoso; se está calmo ou nervoso; agitado ou tranquilo. Se ainda não treinou essa habilidade no trabalho, comece hoje. Isso facilita o atendimento e permite que você se adapte a todo tipo de cliente. Vamos analisar a seguir alguns casos especiais:

Clientes apressados: esse é o mundo onde parte dos clientes está inserida. O cliente quer tudo "para ontem". Quem não atender bem e rapidamente, terá problemas sérios. Profissionais rápidos tendem a ser mais valorizados. Como resolver: não deixe para fazer "em um minuto" aquilo que pode ser feito "já". Elimine definitivamente o hábito de adiar a resolução das coisas. "Daqui a pouco" não é "já". Resolva agora! O cliente apressado agradecerá'

Clientes irritados: os clientes acham que têm todo o direito de serem irritados, ansiosos, estressados, quem o atende, não! Muitas vezes eles não ficaram irritados conosco, já vieram assim de fora. Como resolver: quanto mais irritado for o cliente, mais competentes, confiantes e seguros devemos ser.

Clientes nervosos: às vezes, eies têm mesmo razão para estar assim. Chegam alterados, mas vão se acalmando aos poucos. As manifestações de um cliente nervoso podem ser evidentes (falar alto, gritar e gesticular) ou mais contidas (trêmulo, ofegante e com dificuldade de se expressar), mas ambos merecem a mesma atenção, como resolver: não interrompa a fala do cliente, deixe-o liberar o nervosismo. Acima de tudo, mantenha-se calmo e não entre na "onda" do cliente. Jamais peça que "fique calmo" - o pior que você pode fazer é lembrá-lo de que está nervoso, pois ficará mais nervoso ainda. Use um tom de voz normal e calmo. Há frases que ajudam acalmar as pessoas, tais como:

- "Farei tudo para resolver seu problema."

- "Conte comigo,"

-"O senhor tem razão!"

- "Imagino como está se sentindo,"- A melhor atitude para atender clientes nervosos é: - Escutar atenciosamente e com interesse;

- Pensar como se sentiria se estivesse no lugar dele:- Fazer perguntas de forma que exijam do cliente uma reflexão;- Repetir sua percepção a respeito do problema dele.

- Desculpar-se sem fazer censura à atitude dele;

- Solucionar o problema de forma rápida,

Clientes desconfiados: num mercado competitivo e com disputas acirradas, é natural que o cliente exija que credibilidade seja um fator importante no atendimento. Pensam: "Será que esse profissional é confiável? "Posso acreditar no que diz?" Como resolver: aja com sinceridade e transparência. Se tiver dados que possa demonstrar ao cliente, use-os. Ética é um atributo em falta atualmente, mas que faz diferença quando o cliente encontra. Faça o cliente ver que você é verdadeiro e confiável em suas ações.

Clientes aproveitadores; em nossa iista de tipos de clientes, aparece também aqueles que tentam ser aproveitadores ou que agem de má fé. Se estiver atento, vai identificá-lo imediatamente. São muitos os que tentam conseguir vantagens em preços (falando sobre a concorrência); outros tentam se prevalecer de alguma irregularidade cometida no atendimento para alardear que podem ir ao Procon. Como resolver: seja, antes de tudo, muito profissional. Não altere sua voz, nem sua postura. Fale pouco, pois seus argumentos podem ser uma arma contra você não esqueça que o cliente está treinado

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em fazer isso). Mantenha a calma e use argumentos objetivos.

Clientes mal-educados: há uma série deles espalhados por aí. "engraçadinhos" e outros desagradáveis e grosseiros

ALGUNS INCONVENIENTES

Como resolver: não seja mal-educado também! Nunca leve o assunto para o campo pessoal, Lembre-se de que o problema do cliente não é com você e sim com a empresa. Reaja com mais cortesia e suavidade. Se você reagir de forma positiva e sem retornar as agressões, transfere para o cliente uma pressão psicológica que o incita a também agir de forma positiva.

Clientes analfabetos: muitos clientes trazem receitas para serem lidas e interpretadas na farmácia. Uns porque não entendem a letra, outros porque são analfabetos e, por constrangimento, não nos dizem isso, Esteja atento para ver se esse é o caso.

Como resolver: dê-lhe toda atenção. Procure entender suas dúvidas e necessidades.. Certifique-se de que vai se lembrar das recomendações que está fazendo, ache formas de auxiliar quem precisa de sua ajuda.

Clientes idosos: no Brasil cresce o número de pessoas idosas a cada ano; e não se tem feito nada para orientar os profissionais que vão atendê-los. Há diversos tipos de idosos: os longevos com boa saúde física e mental e que se recusam serem tratados como tais (pois, na verdade, sua idade cronológica é uma, mas a mental é muito mais jovem); os tangemos cuja saúde fisica ou mental não são tão boas; e longevos com saúde física e mental debilitada e que, ainda por cima, estão sozinhos (ou se sentem assim). Nossas farmácias estão repletas de idosos de todos os tipos.

Como resolver: para os idosos com boa saúde, trate-os de forma positiva; estimule a jovialidade e o bom humor. Use-o como exemplo para si e para outros, que podem se espelhar em seu comportamento. Para aqueles cuja saúde mental e física não são tão boas, estimule-os com palavras e atitudes positivas; elogie sua aparência pessoal e ouça seus problemas. Para os idosos sozinhos, dê-lhes um pouco do seu tempo e amizade. Sem comprometer seu trabalho, converse sobre amenidades e estimule que ele faça novas amizades e alguma atividade física. Você vai prestar um excelente serviço à comunidade.

Ofereça, se possível, uma cadeira para sentar-se. Preste atenção ao que dizem, incluindo detalhes, Há algumas orientações que devem ser repetidas, tais como:

Seguir os horários e quantidades do medicamento Indicado pelo médico; Verificar as datas de vencimento das drogas e eliminar os remédios velhos; Não utilizar produtos prescritos para outras pessoas; Não interromper o tratamento sem a autorização do médico, nem tomar doses menores ou

maiores do que as prescritas; Evitar misturar medicamentos e álcool.

Lembre-se novamente: ética e carinho são atributos indispensáveis para o atendimento ao público, principalmente para com os idosos.

Clientes suspeitos de estarem furtando: estudos revelam que as perdas provocadas por furtos nas lojas representam até 2% do faturamento bruto dos varejistas. Para combater esse problema, as empresas vêm recorrendo a diversos tipos de equipamentos e soluções eletrônicas de segurança. Não há como controlar os furtos se não tivermos noção de como e quando eles ocorrem. Algumas empresas usam câmeras em pontos estratégicos ou circuito fechado de TV para inibir ou flagrar pessoas mal entensionadas na loja.

Como resolver: saber abordar é a forma mais correta de agir. Mesmo tendo certeza, nenhum cliente pode ser considerado ladrão enquanto não saiu da loja sem pagar. Portanto, cuidado com a abordagem. use a simpatia como fator inibidor de furtos: oferecer cestas para acomodar as compras; pode fazer com que

o cliente (flagrado pelas câmeras furtando) fique constrangido e desista da ação. Há situações em que o cliente não só desiste do furto como ainda compra alguma coisa para despistar. Caso ele Já tenha saido da

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loja, aborde-o com cortesia e de forma justificada, para não gerar constrangimentos ou prejudicar a imagem da loja. Discretamente, afaste o cliente do raio de açâo e exponha o problema de forma indireta. Atenção: ser discreto é sempre a melhor arma.

Clientes problemáticos: Não são necessariamente ex-clientes, em caso de atendimento inadequado, admita o erro imediatamente, corrija-o e aprenda com ele, faça perguntas para se esclarecer. Quando descobrir a causa do erro, explique-a ao cliente casualmente, oferecendo soluções adequadas.Se a sua empresa tiver o hábito de registrar esses acontecimentos, utilize os formulários próprios, que lhe permitirão não só acompanhar a solução final, a cada mês, como pesquisar quantas ocorrências aconteceram, quais os tipos de clientes mais atingidos e quais os assuntos mais frequentes que originam essas ocorrências. Dessa forma, poderá efetuar mudanças que diminuirão as ocorrências.

Uma Última palavra:

Recuperar relacionamentos com todos esses tipos de clientes é muito mais difícil que estabelecê-los. Por esse motivo, evite perdê-los.

QUINZE COMPETÊNCIAS FUNDAMENTAIS NO ATENDIMENTO EXTERNO

1 Desenvolver a confiança e fidelidade dos clientes.

2 Colocar-se no lugar do cliente = empatia.

3 Comunicar-se bem.

4 Ter equilíbrio emocional.

5 Prestar atenção,

6 Respeitar o cliente.

7 Trabalhar em equipe.

8 Demonstrar confiança e interesse em ajudar.

9 Demonstrar motivação pessoal.

10 Buscar soluções.

11 Manter o profissionalismo.

12 Ter entusiasmo.

13 Conhecer o órgão e os serviços por ele prestado.

14 Aplicar conhecimentos e habilidades técnicas,

15 Organizar as atividades de trabalho.

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MODULO II

NOÇÕES FARMACOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS

DEFINIÇÕES GERAIS

Farmacologia: É a ciência que estuda os medicamentos.

Matéria Prima: são materiais animais, vegetais ou minerais com alguma propriedade farmacológica, ou de interesse médico para prevenção/cura de doenças. Matéria prima é aquilo que da a origem para tudo que vem a partir dele(a)..

Droga: é toda substância simples da natureza (animal, vegetal ou mineral) que é utilizada na preparação de produtos de natureza medicinal ou química com finalidade medicamentosa ou sanitária.

Princípio Ativo: substância química que possui atividade farmacológica.

Fármaco: é uma substância com estrutura química bem definida, utilizadas para fins terapêuticos. É o componente principal do medicamento (princípio ativo), sendo responsável pelas açôes terapêuticas, como pelas reações adversas,

O fármaco deve possuir :

- eficácia: efeito terapêutico desejado.- segurança: isenção de efeitos adversos inesperados,- biodísponibilidade: capacidade de ser absorvido, ou seja, atingir a circulação geral em quantidade e com rapidez adequadas,

Sinônimo de fármaco: Principio Ativo = Droga = Base Medicamentosa.

Medicamento: Produto farmacêutico (contendo 1 ou mais fármacos), tecnicamente obtido ou elaborado com

finalidade, profilática, curativa, paliativa, ou para fins de diagnóstico de uma determinada moléstia.

Acão profilática: É a prevenção de doenças, se faz, por meio de vacinas.

Ação terapêutica : Cura ou alívia das enfermidades, se faz, por exemplo, com uso de antibióticos, analgésicos, etc.

Como auxiliar de diagnóstico podemos citar: Contraste, que è uma substância empregada em exames radiológícos para facilitar o diagnóstico.

A OMS define medicamento como: Produto farmacêutico empregado para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados

patológicos em benefício da pessoa a que se administra.

Medicamento: É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com

adjuvantes farmacotécnicos. Alguns exemplos de adjuvantes: tampões, corantes, diluentes, aromatízantes, saponificantes. desintegrantes, lubrificantes, conservantes, agentes tensoativos, suspendentes.

Remédio: é tudo que intervém no processo de cura de determinada moléstia. Ex: operação de apêndice, tratamento psiquiátricos, uso de aspirina.

Placebo: substância ou formulações inativas administradas para satisfazer a necessidade psicológica do indivíduo em tomar medicamentos.

Tipos de Placebos:

Substâncias farmacologicamente inertes: Açúcar, Amido, Lactose, Talco.

Correlato: a substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado a defesa e proteção da saúde individual ou coletiva à

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higiene pessoal ou de ambiente, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes e, ainda, os produtos dietéticos, de acústica médica, odontológicos e veterinárias.

Órgão Sanitário Competente: órgão de fiscalização do Ministério da saúde, dos estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

Produto Farmacêutico: é aquele que contém um ou mais medicamentos convenientemente manufaturados, por exemplo: Lasix, Binotal, Agarol.

Forma Farmacêutica: é a maneira pela qual o produto farmacêutico se apresenta (comprimidos, suspensão, emulsão etc.).

Por exemplo: Lasix comprimido, Binotal suspensão, Agarol Emulsão.Fórmula Farmacêutica: é a descrição do produto farmacêutico, ou seja, quais os

medicamentos que compõem e em que quantidade. Por exemplo:

Lasix comprimidoFurosem ida.......................................................................40mgExcipiente q. s. p...............................................................200mg

Conceitos em Farmácia

Definições Específicas

Farmácia

Estabelecimento de prestação de serviços famacêuticos de interesse público/ou privado, destinado a prestas assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde se procede à manipulação e /ou dispensação de produtos e correlatos com a finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnósticos.

Drogaria (farmácia de dispensação): é o estabelecimento que apenas dispensa especialidades farmacêuticas.

Farmácia (CRF): é o estabelecimento que além de dispensar especialidades farmacêuticas manipula medicamentos.

Farmácia Hospitalar: Unidade clínica de assistência técnica e administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada com as atividades do hospital. Tem como objetivo promover, recurperar e manter a saúde do paciente, participando do controle da infecção hospitalar, auxiliando no combate aos uso indiscriminado de medicamentos e antibióticos, promovendo treinamento e a integração entre os vários setores hospitares.

Ervanária: é o estabelecimento que trabalha exclusivamente com produtos de natureza vegetal "in natura".

Diferença entre Drogaria, Farmácia e Ervanária.A farmácia pode ser drogaria e ervanária. A drogaria pode englobar a

ervanária desde que trabalhe com produtos industrializados.

Tipos de Medicamentos

Atualmente estamos recebendo e usufruindo os avanços impressionantes da ciência e da medicina, para tanto, dispomos dos mesmos medicamentos presentes no primeiro mundo. Muitas vezes, medicamentos inovadores têm o seu lançamento simultâneo aqui e no exterior. Hoje, o Brasil é o sétimo maior fabricante de produtos farmacêuticos do mundo. Em 2000, produziu mais de 2 bilhões de unidades. O mercado nacional é um dos oito maiores consumidores do planeta. Alem disso, exportamos medicamentos de qualidade para a América do Norte e Europa.

Medicamento inovador ou de Referência: produto inovador registrado no órgão federal pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovados cientificamente junto a esse órgão competente, por ocasião do registro. São medicamentos que possuem um nome comercial e cujo princípio ativo é patenteado pelo Governo Federal, bem como os laboratórios detentos da fórmula têm o direito de explorá-la comercialmente de 5 a 15anos sob sistema

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de exclusividade.

Medicamentos Magistrais: são os que não estão inscritos nas farmacopéias, e o farmacêutico prepara segundo as ordens expressas numa receita. Apresentam às vezes má conservação, pois o médico formula de acordo com as necessidades do momento, não se interessando pela conservação do produto por tempo mais prolongado.

Medicamentos Genéricos: são aqueles que contêm o mesmo fármaco (principio ativo) na mesma dose e mesma forma farmacêutica, além de ser administrado pela mesma via e com a mesma indignação terapêutica que o medicamento de referência no país. Geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteçào patentária ou de outros direitos de exclusividade, apresentado segurança idêntica à do medicamento de referência, uma vez que o Ministério da Saúde, por meio da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), avalia os testes de bioequivalênda e biodisponibilidade garantindo assim a sua intercambialidade.O médico poderá receitar um genérico do laboratório que bem escolher ou um produto de marca de sua confiança, e a farmácia terá que respeitar esta vontade e decisão.

MEDICAMENTO GENÉRICO

Um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original, de marca. E principalmente, são intercambiáveis em relação ao medicamento de referência, ou seja, a troca pelo genérico é possível.

É mais barato porque os fabricantes de genéricos, ao produzirem medicamentos após ter terminado o período de proteção de patente dos originais, não precisam investir em pesquisas e refazer os estudos clínicos que dão cobertura aos efeitos colaterais, que são os custos inerentes à investigação e descoberta de novos medicamentos, visto que estes estudos já foram realizados para a aprovação do medicamento pela indústria que primeiramente obtinha a patente. Assim, podem vender medicamentos genéricos com a mesma qualidade do original que detinha a patente a um preço mais baixo.

Medicamento genérico no Brasil

Os medicamentos genéricos brasileiros são identificados por sua característica tarja amarela com uma letra "G" impressa na embalagemOs medicamentos genéricos foram introduzidos no Brasil em 1999 no governo de Fernando Henrique Cardoso pelo então ministro da saúde José Serra e devem possuir em suas embalagens uma tarja amarela com um grande "G" de Genérico e os seguintes dizeres: Medicamento Genérico - Lei 9.787/99". extenso o nome do princípio ativo. Tem preços em média 35% menores que os originais.

Os genéricos: São mais baratos porque dispensam investimentos em pesquisas e propaganda. Trata-se de uma “cópia” de um produto de referência ou inovador. Sua eficiência e qualidade deve ser comprovada através de testes de bioequivalência e Biodisponibilidade.

Prescrição e dispensação:Quando o médico prescreve um medicamento de marca, o mesmo poderá ser substituído pelo farmacêutico por um genérico correspondente, desde que o médico não escreva na receita que não autoriza a substituição. O remédio de marca só pode ser substituído por um genérico e nunca por um similar. Muitos médicos já receitam usando o nome genérico. 

O medicamento Genérico é identificado pela frase "MEDICAMENTO GENÉRICO LEI N 9787/99".

Como tudo começou - Em 1999 foi criada a categoria de "medicamentos genéricos" pelo governo federal com o objetivo de Implantar uma política de preços mais condizentes com a realidade sócio-econômica do Brasil. Em 3 de fevereiro de 2000 foram registrados os seis primeiros medicamentos genéricos do país: Ampicilina Sódica (antibióticos); Cloridrato de Ranitidina (antiulceroso); Cetoconazol (antimicótico); Furosemida (diurético); Sulfato de Salbutamol (broncodilatador). Em dezembro de 2000, 189 medicamentos genéricos de 15 laboratórios já haviam

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sido registrados. Em relação aos preços, os genéricos custam, em media 40% menos que os medicamentos de marca. Em alguns casos, a diferença de preço pode chegar a 72%.

Dados do Mercado de Genéricos no Brasil - O mercado nacional de medicamentos atualmente é de 7,5 bilhões de dólares. Nos primeiros 9 meses de existência, os genéricos representavam 1.06% desse mercado em vaior, o que significa 7,9 milhões de dólares. No primeiro trimestre de 2000, este número aumentou para 1,47%. Até o fim de 2004 é esperado um crescimento de 30% alcançando um valor de 2 bilhões de dólares.

O profissional pode proibir a troca do remédio de marca pelo genérico?

Pode, mas nesse caso ele deve registrar por escrito, de forma legível e clara, o porquê da proibição

Os genéricos podem ser trocados pelos medicamentos de marca quando o médico são se opuser à substituição.

MEDICAMENTO SIMILAR

Aquele que contém o mesmo fármaco e apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência registrado no órgão federal, responsável pela vigilância sanitária. Pode diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, recipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca, mas não têm a obrigatoriedade de apresentação dos testes de bioequivalência e biodisponibilidade.

Contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, mas não são bioequivalentes.

Não pode substituir os remédios de marca na receita pois, apesar de terem qualidade assegurada pelo Ministério da Saúde, não passaram por testes de bioequivalência.

MEDICAMENTO DE MARCA OU REFERÊNCIA:

É o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por ocasião do registro. É geralmente o primeiro remédio que surgiu para curar determinada doença e sua marca é bem conhecida. Ex: Aspirina.

Bioequivalência e Biodisponibilidade

São testes feitos em laboratórios credenciados pela ANVS para aprovação de um genérico.  O custo desses testes para a indústria aprovar um produto está entre R$ 50,00 (cinqüenta mil) reais e R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta mil) reais, segundo a Abifarma.

BIOEQUIVALÊNCIA: Consiste na demonstração da equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de principio(s) ativo(s) e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental.

BIODISPONIBILIDADE: Indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em forma de dosagem na circulação sistémica ou sua excreção na urina.A biodisponibilidade pode ser afetada; um mesmo principio ativo pode ter variável biodisponibilidade em diferentes formulações farmacêuticas, provenientes de fabricantes diversos ou, ate entre lotes de um mesmo fabricante. Isso decorre dos ingredientes farmacotécnicos empregados, dos métodos de manufatura, do controle de qualidade dos procedimentos de embalagem e estocagem. Quando as concentrações plasmáticas, dos fármacos são críticas para a obtenção terapêutica, deve-se utilizar produto da mesma procedência.

RECEITA MÉDICA

O conhecimento da famacocinética e da farmacodinâmica são indispensáveis no momento da prescrição do medicamento. Segundo as informações obtidas na anamnese o médico poderá

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personalizar a dose e os intervalos de administração de cada dose, evitando inconvenientes com doses subterapêuticas, efeitos colaterais e intoxicação.

Farmacocinética:

Farmacodinâmica:

POSOLOGIADescrevem a dose de um medicamento, os intervalos entre as administrações e a duração do

tratamento.

DOSE SUBTERAPÊUTICAOcorre quando a dose administrada não atinge o efeito desejado.

HIPERSENSIBILIDADE ALÉRGICA

Para sua produção, é necessário à sensibilidade prévia do indivíduo e o desenvolvimento de anticorpos pelo organismo. As principais características incluem erupções, coceira, edema dos tecido moles, bronco constição e redução da pressão arterial.

PRESCRIÇÃO OU RECEITA MÉDICA

A receita médica serve para: Definir um problema do paciente. Especificar objetivo terapêutico. Verificar se é adequado para o paciente. Iniciar o tratamento. Fornecer informações, instruções e recomendações. Monitorar (interromper) o tratamento.

Para a escolha de um medicamento o médico tem que: Definir diagnóstico Especificar objetivo terapêutico Levantamento de grupos eficazes de medicamentos Escolha de um grupo eficaz, segurança, aplicabilidade, custo do tratamento Escolha de um medicamento Escolha de uma substância ativa Escolha de uma forma farmacêutica Escolha de uma posologia Escolha de duração-padrão tratamento

AS REAÇÕES ADVERSAS PODEM SER:

Leve: Não requerem tratamento específico ou antídotos e não é necessária a suspensão da droga.

Moderada: Exige modificação da terapêutica medicamentosa, apesar de não ser necessária a suspensão da droga agressora. Podem prolongar a hospitalização e exigir tratamento específico.

Graves: Potencialmente fatais, requerem a interrupção da administração do medicamento e tratamento específico da reação adversa, hospitalização ou prolongamento da estadia de pacientes já internados.

INCLUDEPICTURE "http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7a/Ritalin-SR-20mg-full.jpg/398px-Ritalin-SR-20mg-full.jpg" \* MERGEFORMATINET É o caminho que o medicamento faz no organismo. Não se trata do estudo do seu mecanismo de ação mais sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção, que são: absorção, distribuição, biotransformação e excreção.

É o campo da farmacologia que estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos, seus mecanismos de ação e a relação entre concentração do fármaco e efeito.De forma simplificada, podemos considerar farmacodinâmica como o estudo do efeito da droga nos tecidos

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Letais: Contribuem direta ou indiretamente para a morte do paciente.

MODELO DE UMA RECEITA PADRÃO

Nome e número do médico prescrito no Conselho Regional de Medicina.

Nome e endereço do paciente.

Uso

Fórmula com os nomes das substâncias ativas, segundo a D.C.B.

(Denominação Comum Brasileira).

Posologia: modo de usar o produto.

Carimbo e Assinatura do Médico.

Endereço e telfone do Consultório médico.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

É o local onde o medicamento é introduzido no organismo com a finalidade de ser absorvido, distribuído e ter sua ação farmacológica, A escolha da via de administração depende principalmente das propriedades físico-quimicas do medicamento e de sua finalidade terapêutica. As vias denominam-se enterais quando o fármaco entra em contato com qualquer segmento do trato digestivo (vias sublingual, bucal, oral e retal). As demais designadas parentais, já que não utilizam o tubo digestivo. Esse método não deve ser confundido com o método de administração que é o da injeção, como frequentemente se observa em prescrições médicas. Vias parentais compreendem as associadas por injeção (Intravenosa, intramuscular, subcutânea e outras) e as que' prescindem (cutânea, respiratória, conjuntival etc.) respectivamente chamadas de diretas e indiretas. Geralmente, cada via pode ser abordada por diversos métodos de administração (injeção, instilação -introduzir gota a gota, deglutição, fricção, etc.) nela se usa várias formas farmacêuticas (comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções, xarope, pomadas).

Dra Maria de L. C. SiqueiraCRM 00000CPF: 000.000.000-00

Sr. Edson Plovas BuenoRua Marechal Deodoro, 186984940-000 Centro – Siqueira Campos-PR

Uso InternoVia Oral

Ácido Ascórbico ........................................ 250 mgPiridoxina ................................................... 100 mgExcipiente qsq ............................................ 1 Cápsula

Mande 30 Cápsula

Tomar 01 Cápsula, duas vezes ao dia

R. Bugreiro, 24 – Curitiba – PR – CEP 84240 024 – Fone: (00) 2222 4444

Dra Maria de L. C. SiqueiraCRM 00000

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Principais vias de administração de fármacos:

Enterais Parenterais Direta Parenterais IndiretaOral Intravenosa CutâneaBucal

Sublingual

Retal

Intramuscular

Subcutânea

Intradérmica

Intra-arterial

Respiratória

Conjuntival

Rino/ orofaringea

GeniturináriaIntracárdiacaIntraperitomal

Intrapleural

Intratecal

Intra-articular

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ENTERAIS

VIA ORAL

É a mais utilizada para sólidos e líquidos, porém exige do paciente a ingestão e a deglutição. A absorção se da no trato digestivo, podendo iniciar na boca (comprimidos de uso sublingual e soluções) e ir até o intestino (drágeas de desintegração entérica).

Membrana de absorção: mucosa do trato gastrintestinal.

Vantagens: -Maiores segurança, comodidade e economia, -Estabelecimento de esquemas terapêuticos fáceis de serem cumpridos pelo paciente. -Absorção intestinal favorecida pela grande superfície de vilosidades intestinais.

Desvantagens: Aparecimento de efeitos adversos (náuseas, vómitos e diarreia) pela irritação. tipo de formulações farmacêuticas; pH Alteração da Absorção na presença de alimentos ou outros medicamentos (incompatibilidade) -Necessidade de cooperação do paciente.

A absorção oral é influenciada pela alimentação. A absorção de fármacos lipossolúveis aumenta em presença de alimentos ricos em gorduras. O aumento de pH do suco gástrico dificulta a absorção de ácidos fracos no estômago. Retardo ou aceleração do esvaziamento gástrico afeta a velocidade de absorção nos primeiros segmentos intestinais. Alguns fármacos quebram sais metálicos contidos nos alimentos, formando compostos insolúveis, excretados pelas fezes. Esses fatores determinam se um fármaco deve ser administrado junto ou afastado das refeições.

A mistura de certas drogas pode diminuir seus efeitos. O mesmo acontece com bebidas e comidas. O melhor é engolir todos os medicamentos com água.

Em vez de curar, medicamentos associados a outras drogas ou a determinados alimentos podem provocar efeito totalmente diferente do desejado. É o que se chama de interação medicamentosa, ou seja, a interferência de uma droga no destino de outra dentro do organismo.

Só para exemplificar, aquela velha alquimia de tomar leite com antibiótico (do tipo tetraciclina), que sempre se pensou fazer bem, é prejudicial. Isso porque os metais presentes no leite, como ferro, cálcio e zinco, entram em ação com o princípio ativo do remédio no trato digestivo, impedindo a correta absorção do remédio. Resultado: boa parte dele é eliminado pelas fezes, fazendo com que o paciente não se livre da infecção no tempo preestabelecido.

Não por acaso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que apenas um medicamento seja ingerido de cada vez, embora existam doenças que não permitam esse tipo de procedimento.

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Em jejum é melhor

"A absorção de um remédio é melhor quando a pessoa está em jejum. Depois das refeições, o contato das moléculas do medicamento com o estômago e o intestino cheios de alimentos é prejudicada. Dessa forma, a absorção também será menor", avisa o professor Seizi Oga, diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil. Se o remédio for inevitável depois das refeições, recomenda-se que isso seja feito com o intervalo de uma hora.

Mas no caso de alguns remédios, como os analgésicos e os anti-reumáticos (que combatem artrite, gota e reumatismo), o jejum pode irritar ainda mais a mucosa gástrica. Com esses, "é sempre bom comer algo antes, como um pedaço de pão, uma fatia de bolo ou um copo de leite, porque esses alimentos evitam parcialmente a irritação, sobretudo em quem já tem tendência a úlcera e gastrite", diz o professor Oga.

Tome remédio com água : Pessoas que têm por hábito tomar qualquer remédio com suco, refrigerante ou chá precisam mudar essa prática. "Medicamento se toma com água", ensina Oga. "O chá era usado antigamente como antídoto contra veneno, porque 'cortava' seu efeito. Essa bebida, inclusive, contém uma substância, chamada tanino, que bloqueia a absorção de sais minerais, como ferro, magnésio, cálcio e zinco." A pessoa que comer caqui, berinjela ou caju, também ricos em tanino, terá dificuldades de reter esses sais minerais, que, em decorrência de uma reação química, não conseguem atravessar o intestino.

As drogas incompatíveis: Há alguns remédios que não deveriam ser tomados simultaneamente porque diminuem a eficácia de ambos ou aumentam a sua toxicidade. Aqui, alguns desses casos, comentados pelo professor Seizi Oga.

Antiácido + anti-reumático: "Os antiácidos neutralizam a acidez, mas também alteram o pH do estômago. E essa alteração pode interferir na absorção de outros remédios e até de nutrientes", diz.

Anticoagulante + antiinflamatório: "Como ambos têm afinidades com as proteínas do sangue, vão competir entre si e acabar provocando uma potencialização de seus efeitos".

Cardiotônico (para insuficiência cardíaca congestiva) + diurético (para fortalecer as contrações do coração) : "Pacientes que tomam cardiotônico por algum tempo terão acúmulo desse fármaco no organismo. Normalmente, circulam no sangue poucas moléculas, porque elas se fixam em diferentes órgãos. Mas, quando se toma diurético, cuja função é eliminar água do organismo, uma grande quantidade de moléculas de cardiotônico pode voltar para o sangue e provocar intoxicação. Por ser essa associação de remédios muito freqüente é que se deve tomar mais cuidado".

Tranqüilizante + álcool: "Como ambos deprimem o sistema nervoso central, se tomados juntos podem potencializar o efeito. Dependendo da dose de álcool, o indivíduo entra em depressão, depois em coma e pode vir até a morrer".

Antibiótico (derivado de tetraciclina) + leite, queijo, suco de laranja ou de maracujá: "Os metais presentes no leite ou nos sucos, como ferro, cálcio e zinco, impedem a boa absorção do antibiótico".

Aspirina + colchicina (antigota) : "A Aspirina é um analgésico e anti-reumático que, sozinho, já pode causar irritação gástrica. Juntos, vão provocar irritação ainda maior e até micro-hemorragias imperceptíveis".

As formas farmacêuticas empregadas por essa via compreendem vários tipos de comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões, elixires, xaropes e soluções. Os métodos de administração incluem deglutição e sondagem gástrica.

Exemplos:-comprimidos de uso sublingual: nifedipína comprimido (Adalat);-comprimido de absorção pelo estômago: furosemida comprimido (Lasix)-drágeas de absorção no intestino: pancreatina + dimeticona (Pankreoflat)

Via SublingualAlguns medicamentos são colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente

pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados.Exemplos:

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-comprimidos de uso sublingual: nifedipina comprimidia (Adalat).

Membrana de absorção: mucosa oral.

Vantagens: -Absorção rápida de substâncias lipossolúveis. -Redução de biotransformação de princípio ativo pelo fígado, por atingir diretamente a

circulação sistémica.

Desvantagens: -Imprópria para substâncias irritantes ou de sabores desagradáveis.

Via Retal:Com frequência, a via retal é utilizada quando a ingestão não é possível por causa de vómitos

ou porque o paciente se encontra inconsciente.Utilizada para o uso de supositórios e clisteres, de ação local ou sistémica.Membrana de absorção: mucosa retal,

Vantagens: Administração de medicamentos a pacientes inconscientes ou com náusea e vómitos,

particularmente em lactentes. Redução de •biotransformação do principio ativo pelo fígado, por atingir diretamente a

circulação sistémica.

Desvantagens: Absorção irregular e incompleta. Irritação da mucosa retal.

Exemplo: supositório de glicerina.

ANTES DE COMERÇARMOS A FALAR DA VIA PARENTERAL DIRETA, A HIGIENE DAS MÃOS É MUITO IMPORTANTE PARA EVITAR GERMES PARA OS PACIENTES

ONDE SE ESCONDEM OS GERMES

Relógios, pulseiras, anéis e jóias, bem como embaixo das unhas (Principalmente nas unhas compridas) são locais onde os germes se escondem. Por isso é muito importante que os profissionais mantenham as unhas curtas e evitem usar jóias.

TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS

Sem tocar a pia, as mão são umedecidas e ensaboadas com cerca de 2 ml de sabão líquido, preferencialmente, por aproximadamente 15 segundos ou 5 vezes cada posição a seguir.

1 - Palma com Palma.2 - Palma direita sobre o dorso da mão esquerda e vice versa.3 - Palma com palma, entrelaçando-se os dedos.

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4 - Parte posterior dos dedos em palma da mão oposta; polpas digitais direitas em contato com as da mão esquerda.

5 - Fricção rotativa do polegar direito com a palma esquerda e vice-versa.6 - Fricção rotativa em sentido horário e anti-horário com os dedos da mão direita unidos sobre

a palma esquerda e vice-versa.

Os pulsos também podem receber fricção rotativa. As mão são secas com papel toalha descartável de boa qualidade (contra-indica-se o uso de toalhas coletivas de tecidos ou em rolo, assim como os secadores elétricos). Fechar a torneira usando papel toalha descartável.

PROTETOR AUTOMÁTICO DE AGULHA

 

• Antes de utilizar a agulha acople o protetor no canhão da agulha;• Realize a injeção normalmente;• Após a aplicação, pressione o protetor de encontro a uma superfície, reencapando-a;• Uma vez reencapada, pode ser desprezada sem perigo de ocorrer o desencape acidental e conseqüente risco de contaminação.

VIA PARENTERALRuptura da integradade da pele. Apresenta como princiapl vantagem à rápida velociade da

abosrção. Via de escolha em casos de emergências.

Vantagens:

administração de medicamentos sem a cooperação de paciente; reposição rápida de líquidos e eletrótitos; efeito mais rápido do medicamento.

A administração parental de medicamentos pode ser feita pelas seguintes vias: intramuscular, endovenosa, intra-arterial, intraperitonial, intradérmica e subcutânea ou hipodérmica.

PARENTERAL DIRETA

Intramuscular (IM)Aplicação direta no músculo, para soluções e suspensões. É considerada mais segura do que a

via intravenosa.

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A causa mais freqüente na transmissão de doenças infecto-contagiosas em profissionais da saúde dá-se através de acidentes envolvendo agulhas contaminadas. Estima-se que, por ano, dois bilhões de procedimentos utilizando agulhas sejam realizados e que dois milhões de acidentes ocorram. O PROTETOR AUTOMÁTICO DE AGULHA vem revolucionar o descarte de materiais perfurocortantes, aumentando a segurança do profissional e também evitando acidente com contaminações quando da remoção do lixo.

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Músculos mais aconselháveis para volumes específicos(para adultos): deltóide: volume de 1 a 2 ml; glúteo: volume de 1 a 4 ml.O fluxo é maior no músculo deltóide e menor na massa glútea.

Membranade absorcão: endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.

Vantagens:Absorção rápida Administração em pacientes mesmo inconscientes. Adequada para volumes moderados, veículos aquosos, não aquosos e suspensões.

Desvantagens: Dor, desconforto, dano celular, hematoma, abscessos e reaçôes alérgicas. Aparecimento de lesões musculares pela aplicação de substâncias irritantes ou substâncias de

pH distante da neutralidade,Aparecimento de processos inflamatórios pela injeção de substâncias irritantes ou mal

absorvidas. Exemplos: Benzilpenicilina benzatina injeção (Benzetacil)As injeções intramusculares são contra-indicadas em pacientes com mecanismo de coagulação

prejudicados, em pacientes com doença vascular periférica oclusiva, edema e choque, porque essas moléstias prejudicam a absorção periférica. Além de não serem administrados em locais inflamados, edemaciado ou irritado ou ainda em locais com manchas de nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões.

Endovenosa (EV) ou Intravenosa (IV)

Aplicação no interior da veia, indicada quando se quer obter concentrações sanguíneas elevadas e efeitos , imediatos, ou quando o medicamento é irritante por outra via.

A infusão endovenosa tem por finalidade manter constantes os níveis terapêuticos em pacientes hospitalizados. Entretanto, na medida do possível, não devem ser utilizados por essa via medicamentos oleosos ou que precipitem as células do sangue.

Membranas de absorção: (não há absorção)

Vantagens: Obtenção rápida de efeitos, Administração de grandes volumes em infusão lenta. Aplicação de substâncias irritantes, diluídas. Possibilidade de controle de doses, para prevenção de efeitos tóxicos.

Desvantagens: Superdosagem relativa em injeções rápidas. Riscos de embolia, irritação do endotélio vascular, açâo do pirogênio, infecções por

contaminastes bacterianos ou viróticos e reações anafiláticas. Imprópria para solventes oleosos e substâncias insolúveis.

A injeção intermitente deve ser executada lentamente, em geral com monitorização dos efeitos apresentados pelo paciente. Com injeções administradas muito rápidas há o perigo de alcançar imediatas e altas concentrações, indutoras de efeitos adversos não relacionados ao fármaco e sim a checada de soluções muito concentradas a alguns tecidos. As reações mais comuns são respirações irregulares, queda da pressão sanguínea e arritmias cardíacas. Outro perigo da injeção IV é a introdução acidental particulado ou de ar na veia, acarretando embolizaçâo, eventualmente fatal. Por tudo isso a via IV é considerada a menos segura, devendo ser reservada para situações em que está especificamente indicada. Exemplo: cefoxítina (Mefoxin), Ceftriaxona I.V. (Rocefim).

Intratecal (Raquidiana)

Consiste na injeção de substâncias diretamente no espaço subaracquinóide. A administração Intratecal consiste em injetar a preparação na camada Raquideano. O emprego desta via deve-se a difícil passagem dos medicamentos do sangue para o tecido nervoso especialmente para região do encéfalo.

Aplicação no sistema nervoso central (SNC):

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É usada para fins de anestesia local, a droga é injetada no espaço subaracnóide na coluna vertebral. Deve ser utilizada quando se deseja uma alta concentração da droga nas meninges ou no oixo cérebro-espinhal. O efeito é imediato. Exemplo: citarabina injetável (Aracytin)

Intra-Arterial

Aplicação no interior da artéria, indicada quando se deseja atingir determinados órgãos na administração de, por exemplo, antíneoplásícos ou contrastes. É utilizada para obter efeito em órgão específicos, como no tratamento de carcinomas.

Vantagens: Usada para gasometria para fins de diagnóstico. Não há perdas de primeira passagem.

Desvantagem: E extremamente perigosa, só deve ser feita por pessoas especializadas. Exemplo: bleomicina

injetável (Blenoxane).

VIA INTRADÉRMICA OU INTRACUTÂNEA (I.D.)

É a aplicação da droga na derme. Geralmente utilizada para realizar teste de hipersensibilidade, em processos de dessensilidade e imunização.  (BCG). Os fármacos se absorvem mais lentamente que por via subcutânea. Devido às pequenas quantidades administradas, são utilizadas somente para testes diagnósticos e vacinação.  

ÁREA DE APLICAÇÃO: Na face interna do antebraço. Locais onde oferece acesso fácil à leitura da reação aos alérgenos. A vacina BCG intradérmica é aplicada na área de inserção inferior do deltóide direito.É a camada mais profunda da pele  (entre a epiderme e a derme); Medicamentos: os aplicados por esta via são: algumas vacinas, teste de sensibilidade a alergenos;  Volume máximo: normalmente não ultrapassa 1,0  (quantidades maiores são aplicadas em duas partes);  Aplicação geralmente indolor; Tipo de seringa e agulha: seringas específicas de vacina (tuberculina) com agulhas curtas e finas; Locais de aplicação: parte interna do antebraço, pois não apresenta muitos pelos;Material: algodão com álcool, seringa de vacina e agulha específica; 

INJEÇÃO SUBCUTÂNEA (SC)

  A via subcutânea, também chamada hipodérmica, é indicada principalmente para drogas que não necessitam ser tão rapidamente absorvidas, quando se deseja eficiência da dosagem e também uma absorção contínua e segura do medicamento. Certas vacinas, como a anti-rábica, drogas como a insulina, a adrenalina e outros hormônios são indicados específicos para esta via.

ÁREAS DE APLICAÇÃO

Tecido subcutâneo, entre a pele e o músculo usado para medicamentos que devem ser absorvidos lentamente.   Os locais mais adequados para aplicação são aqueles afastados das articulações, nervos e grandes vasos sangüíneos:

partes externas e superiores dos braços; laterais externas e frontais das coxas;

nádegas; Seringa de vacina l ml c/ agulha 13x3,8. Usada principalmente na aplicação de insulina e vacinas. Fazer o constante rodízio dos locais de aplicação em diabéticos.

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Medicamentos: os aplicados por estas vias são: vacinas, insulinas, anticoagulantes e outros medicamentos que devam ser absorvidos lentamente;Volume máximo: 3,0 ml. Aplicação geralmente indolor.

TÉCNICA DE APLICAÇÃO:

lavar as mãos; verificar a concentração, prazo de validade e o aspecto do produto; remover o lacre e fazer a limpeza da rolha de borracha com algodão e álcool; ajustar a agulha ao corpo da seringa, se for o caso; introduzir a agulha no frasco e aspirar o líquido retirar o ar da seringa, ajustando a dose, (não é necessário retirar a agulha do frasco para ajustar a dose); desconectar a agulha e a seringa do frasco (não é necessário trocar a agulha para a aplicação); selecionar um local com poucos pelos, sem Cicatrizes ou lesões distante de veias calibrosas. segurar no paciente entre os dedos médios e indicador, distendendo a pele com o polegar; introduzir o bisel voltado para cima de forma visível ao aplicador, observando que a seringa

fique paralela à pele. Para maior firmeza, fixar o canhão da agulha com o Polegar, evitando que o bisel saia da sua posição; injetar lentamente observando que a pele não esteja mais distendida; retirar o polegar do canhão e puxar lentamente a seringa com agulha e desprezar a seringa e a

agulha na caixa coletora.Obs.: Na aplicação de injeções subcutâneas o paciente pode estar em pé, sentado ou deitado, com a área bem exposta.

Não se deve aplicar: nas proximidades do umbigo e da cintura; próximo das articulações; na região genital e virilia

Membrana de Absorção: endotélio dos capitares vasculares e linfáticos.

Vantagens: Absorção boa e constante para soluções. Absorção lenta para suspensões e pellets.

Desvantagens: Facilidade de sensibilização do paciente. Dor e necrose por substâncias irritantes.

PARENTERAL INDIRETA

Transmucosa ou Mucosa: Mucosas são tecidos que revestem algumas cavidades do organismo. Possuem elevada vascularização que permitem uma rápida absorção. O tratamento pode ser realizado diretamente na mucosa lesada (olhos, nariz, ouvido) ou ainda possibilitar uma ação

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sistêmica, ou seja, atividade geral ou em local diferente da aplicação (sublingual, retal, pulmonar).

Mucosa Ocular ou Conjuntiva:: administração nos olho(globo ocular). Mais utilizado para aplicação de medicamentos de ação local. Uso de pomadas, colírios e substância para limpeza (estéris).

Mucosa Auricular: administração nos ouvidos para medicamentos de ação local.

Mucosa Nasal: administração nas narinas para medicamentos de ação local.

Mucosa Pulmonar: administração por meio de inspiração (inalação) de partículas para absorção no trato respiratório. Ação local e sistêmica. Para substâncias voláteis como gases e aerossóis.

Vantagens: A superfície do epitélio pulmonar é grande e a absorção é boa. Aplicação de alguns anestésicos gerais.

Desvantagens: Irritação da mucosa, ocasionada por várias substâncias,

Exemplo: Fluir, Aerolim Spray, gás oxigénio.

Mucosa Vaginal: administração pelo canal vaginal. Geralmente medicamentos de ação local, pela utiização de óvulos e comprimidos vaginais.

Tópico ou Cutânea: são os medicamentos aplicados sobre a plele. Normalmente destinam-se a ação local (pomadas, loção, cremes emplastros e adesivos). Quando aplicados em regiões de alta vascularização podem apresentar ação sistêmica.

REGRAS GERAIS PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A administração dos medicamentos é feita por diferentes vias, com exatidaão e o máscimo de segurança para o cliente, sempre sob prescrição medica. Esta é uma das tarefas de maior responsabilidade que, em determinados casos, o atendente de farmácia assume.

Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico e preparado com esta prescrição em mãos. Ler o rótulo do medicamento pelo menos três vezes, comprando-so com a data prescrição. Nunca administrar medicamentos sem rótulo, preparados por outra pessoa, ou permitir que um

cliente administre medicamento a outro. Verificar a data de validade do medicamento. Surgindo dúvidas acerca do medicamento, não administrar até que haja o esclarecimento. Identificar o cliente antes de administrar o medicamento, verificando com todo o cuidado a

receita médica. Satisfazer o quanto possível aos pedidos do cliente, quanto ao gosto, dissolvendo o

medicamento ou acrescentando açúcar, se não houver contra indicação. Concentrar-se sempre em cinco aspectos básicos: no medicamento, na pessoa, na dose, no

horário, na via de administração.

AÇÃO DOS MEDICAMENTOS

A ação dos medicamentos pode ser local ou sistémica

Ação Local

O medicamento age no próprio local onde é aplicado (sem penetrar na circulação): na pele (pomadas, loções etc.); na mucosa (supositórios, óvulos vaginais, colírios, gotas de uso nasal, colutórios); contrastes radiológicos; sólidos e líquidos de açâo no aparelho digestivo (por exemplo: os antiácidos neutralizam a ação

do suco gástrico e são eliminados sem ser absorvidos).

Ação sistêmica

O medicamento terá de ser absorvido e entrar na corrente sanguínea para, então, chegar ao seu local de ação. Exemplos:

1. O paciente toma um comprimido de furosemida i;Lasix) - ao chegar ao estômago, esse comprimido será absorvido e entrará na corrente sanguínea, para então chegar ao rim e exercer sua

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açâo diurética.

2. O paciente recebe uma injeçâo de furosemida (Lasix) - a droga ao ser Ínjetada na veia do paciente, já entrará na corrente sanguínea, para então ir diretamente até o rim e exercer a sua açâo.

A ação, nestes dois exemplos, não é no local de aplicação: a droga tem de ser transportada até o local onde irá agir.

A maioria dos medicamentos tem ação sistémica.

Classificação dos medicamentosOs medicamentos agrupam-se de acordo com sua função no organismo, formando as classes

farmacológicas. Aqueles que têm mais de uma função apresentam-se em mais de uma classe farmacológica. Não existem medicamentos sem efeitos colaterais, mas sim com efeitos colaterais de maior ou menor intensidade.

CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS

Uso Interno:Via Oral:

Aglomeradas: pílulas, pastilhas, comprimidos, cápsulas, drágeas, granulados. Líquidos: soluções (simples, compostos, xarope, suspensão).

Uso Externo: Cutâneo (tópico): pomadas, cremes, pastas, loções. Retal: supositórios. Vaginal: óvulos, comprimidos vaginais, gel.

Uso Parental: grandes volumes (nutrição parenteral). pequenos volumes (ampolas, injetáveis IM, IV). contraste radiológico. intradérmico.

Formas Farmacêuticas

A escolha da forma farmacêutica deve assegurar ao medicamento o máximo de ação e o mínimo de inconvenientes. Por motivos de ordem, as drogas não são administradas no seu estado natural. Usam-se coadjuvantes, estes tem com finalidade solubilizar, estabilizar, espessar, diluir, emulsionar, preservar, melhorar o sabor, dar cor a mistura final com o objetivo de oferecer uma forma farmacêutica agradável e eficiente.

Vantagens das formas farmacêuticas:

Possibilidade de administrar doses exatas. Proteção à droga contra o suco gástrico. Proteção contra influência do oxigénio. Mascarar sabor ou odor desagradável da droga. Oferecer ação prolongada ou contínua da droga, através de uma forma de liberação prolongada. Proporcionar ação adequada da droga através da administração tópica (pom-adias, cremes, uso

nasal, otológico). Facilitar a colocação da droga nos orifícios do corpo. Facilitar a deposição das drogas internamente nos tecidos, A forma farmacêutica depende das características do paciente e da doença.

Os medicamentos podem ser sólidos, líquidos, pastosos e gasosos.

ADESIVOS: Aplicações externas podems apresentar ação local ou sistêmica.

Emplasto: adesivos normalmente empregados para alívio de dor local.Sistemas transdérmicos de liberação de fármacos: são sistemas de auto-adesivos que liberam quantidades uniformes de fármacos na superfície da pele, a qual atinge a corrente sanguínea. A principal vantagem é que evita efeitos gástricos, e a dose é liberada e forma gradativa e ininterrupta(sistema de reposição hormonal e nicotina).

SÓLIDO

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Os medicamentos sólidos compreendem os pós, os comprimidos, as cápsulas, as drágeas, os supositórios e os óvulos.

Pós e GranuladosOs Pós podem ser destinados ao uso interno ou externo. O pó mias comum nouso externo é o

talco, na maioria das vezes associada os fármacos com propriedades atimicorobianas. Os pós para uso interno normallmente são comercailizados em unidades individuaais e são utilizados para preparações de soluções somente no momento da administração. Ex.: os injetáveis (penicilina), os sais efervescentes e as suspensões de antibióticos para uso oral. Para serem ingeridos são habitualmente dissolvidos ou colocados em suspensão na água, para facilitar a posologia e conservação são apresentados em envelopes contendo doses unitárias.

Exemplos: Bicarbonato de sódio; Acetilcisteina (Fluimucil) acondicionado em saches.

Pastilhas: Comprimidos são obtidos com dissolução lenta na cavidade da boca. Geralmente possuem

ação localizada.

COMPRIMIDOS

Forma farmacêutica sólida, compactada (pó comprimido em formato próprio) VO.Na maioria dos casos devem ser ingeridos inteiros com um copo de água para se desintegrar no

trato Digestivo. Exemplo: Digoxína comprimido (Lanoxin); Fenitoína comprimido (Hidantal).

Temos também comprimidos com sistemas de liberação prolongada, onde os fármacos promovem uma liberação lenta e gradativa do princípio ativo, amentando o intervalo de administração. Ex,: Pílulas, Antibióticos, Antidepressivos, etc.

Comprimidos RevestidosSão tipos especiais de comprimidos que visam uma liberação controlada do P.A. reduzida o n° de ingestões do medicamento (formas de ação prolongada) ou proteger o princípio ativo da degradação no estômago (comprimidos gastro-resistentes e drágeas). Não devem ser jamais quebrados ou mastigados risco de perda do efeito terapêutico ou intoxicação.

Comprimidos SublinguaisDevem ser mantidos sob a língua onde liberam a substância ativa. A rica vascularização

propicia rápida absorção de pequenas doses.A substância ativa não sofre ação dos sucos digestivos.

Comprimidos EfervescentesDeixar dissolver completamente em um copo de água antes de serem ingeridos.

Comprimidos Vaginais

São destinados à via vaginal aplicar o mais profundamente possivel na cavidade vaginal. Alguns acompanham aplicadores que facilita a administração.

CápsulasSão constituídas por um invólucro de gelatina dura ou mole contendo no seu interior o

medicamento em forma sólida, semi-sólida ou líquida (desde que este não dissolva a cápsula), Utiliza-se com os seguintes objetivos: Eliminar sabor e odor desagradável; Facilitar a deglutição; Facilitar a libertação do medicamento.Devem ser sempre conservadas ao abrigo da umidade e ingeridas inteiras com água.Exemplo: amoxicilina cápsula (Amoxil) e Omeprazol Cápsula.

DrágeasOs comprimidos podem apresentar revestimentos, que proporcionam proteção ao fármaco

contra fatores externo como ar, umidade. Além de mascarar o sabor e proporcionar características específicas de liberação. Contém um núcleo com o medicamento e um revestimento com açúcar e corante.

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São fabricados em drágeas os medicamentos que não devem ser utilizados na forma de comprimidos por apresentarem alguma destas características: Sabor ou odor desagradável (o revestimento da drágea elimina o sabor e o odor); Exigir absorção no intestino (os comprimidos se dissolvem no estômago, mas as drágeas

podem ser produzidas de maneira que sua liberação seja entérica); Facilitar a deglutição; Mascarar substâncias que atacam as mucosas.Exemplos: a fenilbutazona drágea (Butazolidina) e o diclofenaco potássio drágea (Cataflan) sãomedicamentos irritantes da mucosa gástrica. Tomados em drágeas não provocam o efeito.

SupositóriosSão formas farmacêuticas sólidas (de formato cónico ou ogival) que fundem ou dissolvem a

temperatura do corpo.São administrados pela via retal e permitem a passagem das substâncias ativas rapidamente

para o sangue, obtendo-se um efeito rápido.Esta via de administração evita o contato das substâncias ativas com os sucos digestivos e

passam pelo fígado, o que constitui uma vantagem quando estes a degradam.Podem ser administrados quando existe impossibilidade da administração por VO como: em

crianças ou em casos em que a substância ativa causa repugnância.Pode ser de ação local ou sistémica.Exemplos: Ação local: supositórios de glicerina são utilizados para estimular o trânsito intestinal com efeito laxante, Ação Sistémica: supositório de indometacina (indocid), de ação antiinflamatória sistémica.,

Apresentam diversos tamanhos: para bebés, crianças e adultos e correspondem a diferentes doses com substância ativa.

Devem ser conservadas em local fresco sendo que, em regiões quentes, devem ser conservados na geladeira (antes de sua utilização deixar atingir a temperatura ambiente).

No momento de sua administração, retirar o envelope, e introduzir a extremidade mais aguda primeiro deve ser mantido na cavidade retal, pelo menos, de 15 a 20 minutos para obter o efeito terapêutico. Modo de Usar:

Deitar ao lado na cama, voltando-se para o lado esquerdo, dobrando o joelho direito, mantendo a perna direita flexionada e a esquerda estirada.

Colocar o supositório no ânus, empurrando-os o mais profundamente possível.Permanecer deitado por mais alguns minutos, após a colocação do supositório, procurando retê-

lo no intestino por, pelo menos, uma hora.

Óvulos e Cápsulas GinecológicasApresentam a forma ovóide.São destinadas à administração pela via vaginal),Devem ser aplicados o mais profundamente possível para difundirem-se em toda a cavidade

vaginal. Exemplo: Tioconazol óvulo (Gino-Tralen); Metronidazol óvulo (Flagyl).

LÍQUIDOS

Os medicamentos líquidos compreendem soluções, xaropes, elixires, suspensões e emulsões.

1. Soluções

Mistura homogénea de líquidos ou de um líquido e um sólido.Podem ser administradas pela V.O, nasal, oftálmica (colírios), auricular (ouvido), ou parenteral

(injeções). Podem ser administrados sob a forma de gotas ou serem medidas em colheres ou dosadores especiais. Exemplo: Amoxicilina suspensão 250 ml/5ml(amoxil), Ibruprofeno gotas 50 mg/ml (alivium), albendazol 4% suspensão (zentel).

No balcão da farmácia freqüentemente chegam receitas médicas para as quais devemos realizar cálculos a fim de determinar as quantidades a serem administradas. Acontece  que a maioria de nós tem uma aversão natural à matemática. E agora? Chutamos um número? Pedimos ajuda aos colegas? Assumimos que não sabemos? Não. Decididamente, nenhum desses caminhos é o melhor. temos de saber fazer o cálculo. Veremos a seguir alguns cálculos que podem ser necessários:  

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Cálculo do volume a ser administrado ou aplicado

1 - A prescrição médica é: antibiótico X, 100mg. o frasco que dispomos na prateleira é de 500mg/5ml quantos ml o paciente deverá tomar? A primeira atitude é entender o que significa 500mg/5ml. Esta expressão quer dizer que, a cada 5ml, encontramos 500mg do antibiótico. A segunda atitude é fazer um cálculo simples, que se chama regra de 3. Com esse cálculo, procuramos achar a proporção entre os 3  valores conhecidos e qual queremos achar. No nosso caso sabemos que a prescrição é de 100mg e o frasco tem 500mg em 5ml, então; 500mg …....................5ml X = _______ = ____ ml100mg......................... Xml Podemos concluir, então, que a cada _____ml temos ____mg.

  2 - A prescrição médica é de 150mg e o frasco que dispomos é de 250mg/5ml.o cálculo fica assim: 250mg--------------------5ml X = ________ = _____ ml.150mg--------------------Xml Podemos concluir que a cada ___ml, temos ____mg. 

3 - A prescrição médica é de 250mg injetável de um determinado medicamento. Dispomos do medicamento em ampolas de 5ml com 500mg. Quantos ml deverá ser aplicado no paciente?

X = __________ = _____ ml.

Podemos concluir que a cada _____ml temos _____mg . 

Cálculo de porcentagem

Quando dizemos água boricada a 3% significa que a cada 100ml de solução, temos 3g de ácido bórico, ou seja, 3g em 100ml quando dizemos álcool iodado 0,5%, significa que a cada 100ml de solução temos 0,5g de iodo, ou seja, 0,5g em 100ml  

1 - Quantos gramos de princípio ativo temos na solução 5% 200ml? Se a solução está a 5%, temos 5g a cada 100ml 5g .........................100ml X = 5 x 200 = 10g

     ------ Xg ....................... 200ml       100

2 - Quantos ml de soro de glicose teremos que utilizar para administrar 30g de glicose? Se o soro é a 10%, temos 10g a cada 100ml, como precisamos de 30g, quantos ml precisaremos? 10g ..................... 100ml X = ______ = ______ ml30g………………. Xml

3 - A prescrição médica é de 20mg de levomepromazina. O frasco contém levomepromazina 4%. Sabemos que o frasco é 4%, ou seja, 4g em 100ml. Como a prescrição é de 20mg, inicialmente devemos transformar 4g em mg: 1g = 1000mg 4g = 4000mg Portanto, o frasco tem 4000mg em 100ml. Quantos ml correspondem a 20mg? 4000 mg …............... 100ml 20 mg ..................... Xml X = 20x100 = 0,5ml

      --------        4000 Se a apresentação do medicamento for em gotas, normalmente na levomepromazina cada ml corresponde a 40 gotas, então quantas gotas correspondem a 0,5ml? 1ml ......................... 40 gotas 0,5ml ...................... X gotas X = 0,5x40 = 20       --------

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         20 Podemos concluir, que a cada 0,5ml, temos 20mg  

Cálculo de dosagem a ser administrada, partindo da relação dose/peso do paciente

Algumas vezes deparamo-nos com receitas cuja prescrição não é clara. Outras vezes, o que não está claro é quanto o paciente vai tomar, ou seja, quantos ml o paciente tomará. Vejamos:

1 - A dose prescrita pelo médico é de 50mg/kg/dia e o paciente pesa 10kg; qual a dose diária do medicamento? Todas as  vezes em que nos deparamos  com valores e unidades de medida entre barras como 50mg/kg, podemos substituí-las pela palavra por. Ficaria assim: 50mg por kg por dia. Para sabermos a dose diária (24 horas), então, é só multiplicar a dosagem pelo peso, ou seja: dose diária = dose x peso = 50x10 = 500mg por dia Portanto o paciente deverá tomar 500mg por dia.

  2 - Considerando os dados anteriores, quanto se administraria ao paciente por horário,

sabendo que o paciente iria tomar o medicamento de 6/6 horas? Se o medicamento está prescrito de 6/6 horas, então o paciente irá tomar 4 vezes por dia. Para resolvermos o problema é só dividir a dose diária por 4.

dose por horário = dose diária = 125mg por horário                             ------------                                    4

Se o medicamento fosse dado de 8/8 horas, dividiríamos a dose diária por 3. Se o medicamento fosse dado de 12/12 horas, dividiríamos a dose diária por 2.     

  3 - Ainda com os mesmos dados, acrescentando que o frasco do medicamento que dispomos

contém 500mg/5ml, quantos ml seriam dados por horário? O cálculo a ser usado agora é igual ao visto acima, ou seja: 500mg -----------------5ml 125mg------------------Xml X = 125 x 5 = 1,25ml       ---------          500 O paciente deverá tomar 1,25ml por horário.  

4 - Se, no caso anterior o paciente perguntasse quantos vidros serão necessários para o tratamento todo? Antes de mais nada precisaríamos saber por quantos dias o paciente vai tomar o medicamento e qual o volume do frasco de medicamento que dispomos. Vamos supor que o paciente irá tomar o medicamento por 10 dias e o frasco tem 100 ml.

O nosso cálculo será o seguinte: sabemos que o paciente irá tomar 500mg por dia, então, em 10 dias tomará quantos mg? 500 mg ..................... 01 dia Xmg ........................ 10 dias   X = 500x10 = 5000mg para o tratamento todo       --------           1 Sabemos que o frasco tem 500mg/5ml então: 500mg ................... 5ml 5000mg .................. Xml

X = 5000x5 = 50ml       --------         500 Se o frasco tem 100ml e o paciente tomará 50ml para o tratamento todo, então um frasco é o suficiente.   5 - A dose prescrita pelo médico é de 50mg/kg/dia a ser dada de 12/12 horas. Sabendo que a criança pesa 20kg e o frasco é de 250mg/4ml, quantos ml serão dados por horário? 5.1. Cálculo da dose diária: multiplicamos a dose pelo peso: Dose diária = 50x20 = 1000mg por dia 5.2. Cálculo da dose por horário: divide-se a dose diária pelo número de doses ao dia:

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Dose por horário = 1000 = 500mg por horário                              -----                                 2 5.3. Cálculo de quantos ml por horário, fazendo regra de 3: 250 ml.......................... 5ml 500 mg ........................ Xml X = 500x5 = 10 ml por horário       -------        250 6 - A dose prescrita pelo médico é de 80mg/kg/dia a ser dada de 6/6 horas por 10 dias. Sabemos que a criança pesa 12kg e o frasco tem 160mg/5ml, volume de 100ml, quantos ml a criança tomará por horário, por dia e pelo tratamento todo? 6.1. Cálculo da dose diária: multiplicamos a dose pelo peso: Dose diária = _______ = _____ mg por dia 6.2. Cálculo da dose por horário: divide-se a dose diária pelo número de doses ao dia: Dose por horário = _____ = _____ mg por horário

                            6.3. Cálculo de quantos ml por horário: fazendo regra de 3: _____mg ......................... ___ ml

_____mg ......................... ___ml

6.4. Cálculo de quantos frascos: fazendo regra de 3: ____ mg ......................... ___ dia.

Xmg .............................. ___ dias.

X = ____x___ = ______mg para o tratamento todo

     

Considerando o frasco: ____ mg ........................... __ ml.

____ mg ........................... __ ml.

X = _____x ___ = ____ ml, sendo, portanto necessário ___ frascos.

1.1. Soluções destinadas à VO:

As gotas destinadas a VO são geralmente mais concentradas em substância ativas do que as outras soluções:

Exigindo uma maior precisão na medida das doses, sobretudo quando destinada às crianças.Por esta razão a administração de gotas exige a utilização de um conta-gotas padronizado.Alguns medicamentos apresentam conta-gotas do tipo pipeta marcada em mililitros. A medida

da dose deve ser feita com o conta-gotas na posição vertical. As gotas devem der diluídas em um copo de água antes de sua ingestão. No caso de crianças

pode ser necessário administração das gotas diluídas em água na mamadeira ou com conta-gotas do tipo pipeta para evitar perdas na administração com colheradas.

Na utilização de colheres para medida de doses deve-se observar o tipo ds colher recomendado na posologia:

Colher de café: 2,5 ml Colher de chá: 5 ml Colher de sobremesa: 7,5 ml Colher de sopa: 15 ml

Obs.: a utilização de colher não adequada significa ingestão de uma dose incorreta.Esta é a maneira correta de posicionar o frasco que contém as gotas

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1.2. ColíriosDestinados ao tratamento dos olhos e das pálpebras.Devem ser manipulados com higiene.

Exigem cuidados especiais na sua utilização; Lavar as mãos antes de sua utilização;

Evitar o contato do conta-gotas ou da extremidade do frasco aplicador com os olhos, pálpebras ou outro material:

Afastar a pálpebra inferior do olho, pingar as gotas no interior do saco conjuntivo pálpebra e fechar as pálpebras movimentando o olho para cima, para baixo, á direita e à esquerda;

Fechar o frasco em seguida, conservar ao abrigo da luz e em lugar fresco: Após a 1° abertura do frasco, a conservação é curta (+ ou - 15 dias): escrever na embalagem a

data de inicio do uso; após ele devera ser desprezado. Nunca deverá ser colocado na geladeira;

1.3. Soluções NasaisSão destinadas ao tratamento de doenças do nariz ou das vias respiratórias.Seu emprego deve limitar-se aos casos de absoluta necessidade -> o uso abusivo e prolongado

podem eliminar os benefícios de sua utilização.As posologias prescritas para "adulto" e para "criança" devem ser rigorosamente reispeitadas.As gotas nasais devem ser pingadas na cavidade nasal sem introdução do conta-gotas no nariz,

1.4. Bochechos e Gargarejos (Colutórios)São soluções de aplicações tópicas na cavidade bucal e na porção superior a laringe. Contêm

frequentemente substâncias anti-sépticas. Estas soluções não devem ser engolidas.

1.5. Soluções InjetáveisSão destinadas a ser administradas pela via parenteral (injeções).São utilizadas para uma resposta rápida, quando a substância ativa é inativa por outra via de

administração ou quando o medicamento causa repugnância ao paciente.Sua utilização requer cuidados de higiene e assepsia rigorosa para evitar problemas de

contaminação com o produto e infecções graves ao paciente, por esta razão devem ser administrados ao paciente por profissional habilitado (enfermeiro ou médico).

1.6. Spray para Garganta

1.6.1 Abrir bem a boca e apertar o spray, procurando atingir toda a parede da garganta.1.6.2 Fechar a boca e procurar não engolir a saliva durante um ou dois minutos.1.6.3 Só beber água, ou outro líquido, após um bom tempo. Quanto mais à medicação

permanecer em contato com a garganta, melhor será o seu efeito. Importante: Engolir saliva, com o medicamento, não causa nenhum problema ao paciente Caso a medicação cause enjoô ou algum problema de estômado, o paciente pode cuspir a

saliva impregnada pela medicação, ao invés de engoli-la.

2. XaropesSão preparações liquidas contendo grande quantidade de açucares (contém um terço de

açúcar) e substâncias aromáticas. Devem ser conservados em frascos bem fechados. São contra-indicados para diabéticos devido a elevada concentração de açúcar. Devem ser mantidos fora do alcance de crianças, as quais, frequentemente são atraídas por seu sabor agradável, podem ser vítimas de sérias intoxicações. Exemplo: Íodeto de potássio xarope frasco (lodepoi, lodetal).

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3. ElixirSoluções hidroalcoólicas transparentes de sabor agradável. Diferem-se do xarope por

apresentar álcool e aspecto mais líquido e menos quantidade de açúcar (20% de álcool e 20% açúcar).

4.SuspensõesMistura nâo-homogênea de uma substância sólida e um líquido, ficando uma parte sólida

suspensa na liquida, ou seja, são dispersões de partículas sólidas de substâncias ativas em um líquido aquoso. Quando o medicamento está em repouso, as partículas sólidas se depositam no fundo do frasco, antes de medir uma dose é indispensável agitar vigorosamente o frasco até a redispersão completa das partículas sólidas no líquido , isso assegura a ingestão da dose correia.Exemplo: hidróxido de alumínio frasco (Aldrox).

5. EmulsãoPode ser administrada vial oral tópica ou parenteral. Preparação feita com dois líquidos

imiscíveis, óleo e água. Exemplo: emulsão de vaselina liquida frasco (Agarol).

6. LoçãoLíquidos ou semilíquidos com medicamentos em solução ou suspensão, destinadas ao

uso externo, Exemplo: loção de caiamina (Loção de Calamina).

PASTOSOSConstituem as formas farmacêuticas de uso externo. Compreendem pomadas, cremes e pastas. 1. PomadasApresentam forma semi-sólida, de consistência macia e mais oleosa. São destinadas ao uso

externo sendo que em sua maioria possuem açâo local (antiinflamatórias, analgésica, antifúngica).Exemplo: betametasona pomada (Betnovate).

Pomadas PercutanêasSão pomadas que contêm substâncias ativas que atravessam a pele passando para o sangue. Aplicação - sobre a pele - deve ser feita por fricção, até o desaparecimento da pomada área a tratar. Pomadas VaginaisSão administradas com aplicadores especiais que acompanham o produto (devem ser lavados após cada aplicação). Aplicar mais profundamente possível Pomadas Oftálmicas:Para a sua aplicação devem ser tomados os mesmos cuidados de higiene descritos para os colírios.

2. CremesApresenta duas fases, oléo e água bem dispersa. Sua forma se diferencia da pomada pela

incorporação de elevada quantidade de água, admitindo a inclusão do fármaco como hidrosolúvel e facilitando a sua palicação e remoção. Exemplo: betametasona creme (Betnovate}.

3. PastasForma semi-sólida de consistência macia, contendo 2D% de pó, Exemplo: óxido de zinco pasta

(Pasta d' água). As pastas se diferenciam das pomadas por apresentar maior quantidade substância sólidas dispersas, geralmente pós.

GASOSOSSão usados principalmente para a administração de substâncias voláteis. Podem ser incluídos,

aqui os aerossóis, que são medicamentos sólidos ou líquidos acrescidos de gases para a nebulízação. Exemplo:

Gás : halotano frasco (Fluothane); Aerossol: beclometasona frasco (Beclosol).

Aerossóis PressurizadosSão soluções mantidas sob pressão em frascos bem fechados. Devem ser conservados em

lugares frescos. A aplicação é feita por pulverização das soluções na superfície da pele ou de mucosas, garantindo um bom espalhamento da mesma. Aplicação bucal manter o frasco na posição Vertical introduzir a extremidade do mesmo na cavidade bucal de modo a dirigir o jato para a região a tratar.

MÓDULO III

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Sistema Circulatório e Hematopoético

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)

O coração é um músculo formado por duas metades, a direita e a esquerda. Quando uma dessas cavidades falha como bomba, não sendo capaz de enviar adiante todo o sangue que recebe, falamos que há insuficiência cardíaca. É o estado fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores.

A Insuficiência Cardíaca Congestiva pode aparecer de modo agudo mas geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos. Sendo uma condição crônica, gera a possibilidade de adaptações do coração o que pode permitir uma vida prolongada, às vezes com alguma limitação aos seus portadores, se tratada corretamente.

Conceito da Insuficiencia Cardíaca CongestivaÉ uma doença muito comum. A função do coração é bombear o sangue, que contém oxigênio e

nutrientes, para todo o corpo. A ICC é simplesmente a falha do coração em desempenhar sua função corretamente.

Principais Causas Aterosclerose Doenças inflamatórias Degenerativas do miocárdio Hipertensão Sistêmica ou Pulmonar

Ela pode ser causada por alteração na capacidade do músculo cardíaco em se contrair ou por excesso de trabalho que seja imposto ao coração.

Sintomas e sinais: atribuíveis à falência esquerda são realizados com congestão pulmonar e inclui dispneia progressiva, tosse. Na falência ventricular direta verificam-se estase de jugulares, congestão hepática e edema de membros inferiores.

Vamos Entender: Quando o ventrículo esquerdo não consegue bombear sangue suficiente, o sangue reflui para os pulmões (atrás do ventrículo esquerdo), causando edema pulmonar, uma acumulação de fluidos nos pulmões. Entre outras coisas, o edema faz com que a pessoa fique sem fôlego, isto é, sinta falta de ar Insuficiência cardíaca ventricular direita: o ventrículo direito não pode bombear sangue suficiente para o pulmão. Sendo assim, os fluidos recuam para as veias e capilares.

Por causa desse acúmulo, o fluido vaza dos capilares e acumula-se nos tecidos. Essa condição é conhecida como edema sistêmico. O edema pode ser percebido principalmente nas pernas, por causa da força da gravidade.

Um infarto pode causar falha cardíaca aguda se grande parte do músculo cardíaco morrer.O coração tem dificuldade para contrair e bombear sangue suficiente. Essa condição causa

fraqueza, fadiga e diminui a capacidade de realizar exercícios físicos.

FATORES DE RISCOS Pressão Arterial elevada: aumenta o trabalho do coração Doença Coronariana: causa isquemia

É causa rara de IC chamada de alto débito; redução grave no número de células vermelhas do sangue (anemia) reduz o suprimento de oxigênio que circula no sangue doenças que afetam o músculo cardíaco.

Abandono de tratamento com medicação prescrita, ingestão excessiva de sal e líquidos,isquemia,arritmia cardíaca,anemia,embolia pulmonar são sérios fatores de risco.

À medida que o coração começa a falhar, o corpo procura se adaptar para manter o bombeamento cardíaco e o fluxo sangüíneo para os órgãos.

ICC é a passagem lenta de sangue para os tecidos e órgãos, tornando o oxigênio insuficiente, o

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que provoca manifestações amplas: dispnéia hipóxia; tontura; edema generalizado; confusão; ascite; fadiga esforços ao calor; veias do pescoço dilatadas; extremidades frias.

O diagnóstico da ICC é feito ao se avaliar as manifestações clínicas da congestão cardíaca, pulmonar e sistêmica. Os exames realizados são: Ecocardiografia; Eletrocardiografia; Radiografia do tórax e Monitoração da pressão arterial pulmonar.

Tratamento

O médico pode pedir que o paciente perca peso e pare de fumar. Essas medidas podem reduzir o trabalho do coração, diminuir o consumo de sal, exercícios leves, evitar álcool e fumo, oxigenoterapia, meias elásticas. A ICC é severa, uma das recomendações é o repouso.

A insuficiência cardíaca crónica é tipicamente dirigida através da redução da atividade física, baixa dieta de sódio (menos de 1500mg de sódio por dia) e tratamento com vasodilatadores, diuréticos e agentes inotrópicos.

Principais cardiotônicos (agentes inotrópicos= exercem efeito inotrópico positivo):

Cardiotônicos ou Glicosideos (digitálicos) cardíacosOs glicosideos cardíacos são frequentemente chamados de digitálicos ou glicosídeos digitálicos

porque a maioria desses fármacos provém da planta digitalis (Digitalis púrpura ou Digitalis lanata).Usados para aumentar a força contrátil do coração, geralmente na insuficiência cardíaca

congestiva. Exemplo: Digoxina: antiarrítmico e cardiotonico. Indicado para insuficiência cardíaca, taquicardia (Digoxina, Lanoxin).

Os cardiotônicos digitálicos podem levar á intoxicação dígitálica, que se caracteriza por náuseas, vómitos, confusão mental, bradicardia, entre outros sintomas.

Os fármacos que podem precipitar ou exacerbar a ICC: fármacos antiinflamatórios não esteroidais, álcool, bloqueadores de canais de cálcio e alguns antiarrítimicos, devem ser evitados se possível.

Medicamentos Diuréticos são medicamentos usados para aumentar a quantidade de sódio e água excretada pelos rins; reduzindo, conseqüentemente, o esforço do coração.

Medicamentos Vasodilatadores São grupos de medicamentos que aumentam ou dilatam os vasos sangüíneos aumentam a força da contração do músculo cardíaco e também controlam anormalidades nos ritmos cardíacos.

Cirurgias implante de válvula cardíaca -quando uma válvula cardíaca não funciona bem, pode ser substituída para reduzir os sintomas. Em alguns casos, esse procedimento pode salvar a vida do paciente; correção de defeito cardíaco congênito, ponte de safena, transplante de coração .

Complicações

Desequilíbrio Eletolítico; Hiponatremia(deficiência de sódio no sangue); hiperuricemia ( excesso de ácido úrico no sangue); e Diurese Excessiva.

Conduta e Cuidados

Monitorizar diariamente os sintomas e o peso; restringir a ingestação de sódio; não ingerir líquido em excesso; evitar álcool e fumo; praticar exercícios regulares leves, atentando para sinais de fadiga e dispnéia; repouso; evitar estresse emocional; usar os medicamentos prescritos diariamente e nos horários aprazados, evitar extremos de calor e frio, porque aumentam o trabalho cardíaco.Comunicar ao médico imediatamente: Ganho de peso; perda do apetite; falta de ar decorrente de atividade; inchaço ( edema ) nos tornozelos, pés ou abdome; tosse persistente.

Os cardiotônicos digitálicos podem levar á intoxicação dígitálica, que se caracteriza por náuseas, vómitos, confusão mental, bradicardia, entre outros sintomas.

Os fármacos que podem precipitar ou exacerbar a ICC: fármacos antiinflamatórios não esteroidais, álcool, bloqueadores de canais de cálcio e alguns antiarrítimicos, devem ser evitados se possível.

A arritmia significa uma alteração do ritmo normal do coração, produzindo freqüências cardíacas rápidas, lentas e/ou irregulares. Também é conhecida

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como disritmia ou ritmo cardíaco irregular. Podemos dizer que existe uma anormalidade na iniciação ou na propagação dos estímulos cardíacos resultando nestes batimentos lentos ou rápidos. Atenção: nem todas as freqüências rápidas ou lentas significam arritmias.

Quais as causas das arritmias?Há diversas causas como doenças das artérias coronárias, doenças do músculo cardíaco (miocardiopatias ou insuficiência cardíaca), doenças valvares, doenças infecciosas (doença de chagas), alterações nas concentrações de eletrólitos (sódio, potássio e cálcio) no corpo, pós-cirurgia cardíaca ou congênita (defeito presente desde o nascimento).

Quais são os tipos de arritmia?As arritmias dividem-se em dois tipos, de acordo com a freqüência:1) Taquicardias: A freqüência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto. Podem ser

decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. A freqüência cardíaca é considerada anormal quando ocorre um aumento súbito, desproporcional ao esforço realizado, e podem ocorrer em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades diárias ou exercício).

2) Bradicardias: A freqüência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, podendo ser normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas.

Sintomas da arritmia CardíacaMuitas arritmias não ocasionam nenhum sinal ou sintoma. Quando os sinais e sintomas estão

presentes, os mais comuns são: Palpitações cardíacas (sensação de que o coração pulou uma batida ou está batendo

muito forte). Batimento cardíaco lento. Batimento cardíaco irregular. Sensação de pausa entre os batimentos cardíacos.

AntiarritmicosSão fármacos empregados no tratamento de distúrbios no ritmo e velocidade dos batimentos

cardíacos (arritmias cardíacas).Quinidina: diminui a excitabilidade, a velocidade de condução e a contração do miocárdio

(Quinidine, Quinicardine).O efeito adverso: potencial da Quinidina (ou qualquer outro fármaco antiarritmico) é a

exacerbação da arritmia.São comumente observados náuseas, vómitos e diarreia. Elevadas doses podem produzir visão

turva, cefaléia, desorientação e psicoses.Interacão medicamentosa: Agentes que estimulam o metabolismo dá quinidina (diminuição da

ação) fenitoína, rifampicina, barbitúricos e os agentes que inibem o metabolismo (aumenta a ação) propanolol, verapamil, bicarbonatos, diuréticos, tiazídicos.

Procainamida: diminui a excitabilidade e a velocidade de condução (Procamide),

Verapamil: diminui a contratação cardíaca (dilacoron).

Angina

O que é angina?Angina é dor ou desconforto no peito quando os músculos cardíacos

não recebem sangue suficiente. Angina pode ser sentida como uma pressão ou aperto no peito. A dor também pode ocorrer nos ombros, braços, pescoço, mandíbula ou costas. Angina também pode ser sentida como uma indigestão. Angina é um sintoma de doença na artéria coronária, o tipo mais comum de doença cardíaca. A doença na artéria coronária acontece quando as placas acumulam-se nas artérias coronárias. Esse acumulo de placas é chamado arteriosclerose. À medida que as placas se acumulam, as artérias coronárias ficam estreitas e duras. O fluxo sanguíneo para o coração é diminuído, reduzindo o suprimento de oxigênio para o músculo cardíaco. Nem toda dor ou desconforto é angina, porém sempre deve sempre ser checada por um médico.

Mudanças de estilo de vida

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A primeira coisa que uma pessoa com angina deve fazer é realizar algumas alterações de estilo de vida, como:* Caso angina venha com esforço físico, diminuir o esforço ou fazer paradas de descanso.* Caso angina venha depois de refeição pesada, evitar refeições grandes que façam sentir-se cheio.* Caso angina apareça com o estresse, evitar situações estressantes ou perturbadoras e aprender técnicas para administrar o estresse que não pode ser evitado.

A pessoa também pode fazer outras mudanças no estilo de vida, como por exemplo:* Caso seja fumante, parar de fumar.* Praticar exercícios físicos sob orientação médica.* Emagrecer caso esteja acima do peso.

Amiodarona

Possui atividade antianginosa (Miodaron, Ancoron.Angiodarona). Seu efeito dominante é prolongamento da duração do potencial de ação e do período refratário. Os efeitos clínicos completos podem não ser alcançados até 6 semanas após o início do tratamento.

Efeitos adversos: uso do prolongado, mais da metade dos pacientes que recebem este fármaco mostram efeito adversos suficientemente severos para aconselhar sua descontinuidade. Os mais comuns incluem fibrose pulmonar, intolerância do trato gastrintestinal, tremores, ataxia, tontura, hiper ou hipotiroidismo, hepatoxidade, fotossensibilidade, neutopatia, fraqueza muscular e descoloração azulada da pele causada pelo acúmulo de iodo na mesma.

Medicamentos para tratamento de angina

Nitratos são os medicamentos mais usados para tratar angina. Preparações de ação rápida são tomadas quando angina ocorre ou espera-se que ocorra. Nitratos relaxam e alargam os vasos sanguíneos, permitindo que mais sangue flua até o coração reduzindo o seu trabalho.

Nitroglicerina é o nitrato mais comumente usado para tratar angina. A nitroglicerina que dissolve abaixo da língua, ou entre a bochecha e gengiva, é usada para aliviar um episódio de angina. Nitroglicerina, em forma de pílula e adesivo para a pele, é usada para prevenir ataques de angina e age muito devagar para aliviar a dor durante um ataque.

Outros medicamentos usados para o tratamento de angina incluem:Beta bloqueadores que diminuem a freqüência cardíaca e abaixam a pressão sanguínea. Eles podem postergar ou prevenir um ataque de angina.

Lidocaina

Possui ação direta nos tecidos cardíacos. Pode encurtar a duração do potencial de ação (Xylocaina com Epinefrina (vasoconstritor) 1% e 2%. É o fármaco de escolha para o tratamento de emergência das arritmias cardíacas, administrado por via IV. Efeitos adversos: efeitos sobre o SNC incluem sonolência, dificuldades na fala, agitação e convulsões, também podem ocorrer arritmias cardíacas.

Idosos, e pessoas com insuficiência renal ou hepática em infusões prolongadas (+ de 24 horas) aconselham-se determinar o nível plasmático da droga e vigiar mudanças no eletrocardiograma.

Interacões medicamentosas: o propranolol aumenta a sua ação, a fenitoina diminui a sua ação e a rifampicina encurta a sua meia-vida.

PROPRANOLOL: reduz a incidência de morte súbita por arritmia após o infarto do miocárdio (Inderal).

Efeitos adversos: broncoconstrição, efeito colateral grave principalmente quando administramos em pacientes asmáticos, a contratação súbita da musculatura lisa bronquiolar impede a entrada de ar nos pulmões. Portanto o propranolol não deve jamais ser usado no tratamento de qualquer indivíduo com doença pulmonar obstrutiva. Nas arritmias, o tratamento com propranolol não deve ser interrompido abruptamente em razão do risco de precipitar arritmias cardíacas que podem ser graves (devem ser retirados gradualmente). Dificuldades na atividade sexual são queixas de alguns homens. Distúrbios metabólicos podem ocorrer como a hipoglicemia em jejum.

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Interacôes medicamentosas: Os fármacos que Interferem com o metabolismo do propranolol, tais como a cimetidina ea furosemida, podem potendar seus efeitos anti-hipertensivos. Por outro lado, aqueles que estimulam seu metabolismo tais como os barbitúricos, a fenitoina e a rifampicina podem atenuar seus efeitos.

Diltiazem: diminui a contração cardíaca (Cardizem CD, Balcor Retard).Adenosina: diminui velocidade de contratação e prolonga o período refratário (Adenocard).

HIPERTENSÃO ARTERIAL

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo. Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos.

A pressão arterial (PA) é igual ao volume de sangue (VS) que sai do coração vezes a resistência periférica que ele encontra ao circular pelo nosso organismo (PA = VS x RP).

O volume de sangue que sai do coarção não sofre grandes influências, a não ser em casos especiais de falência do órgão ou execesso de volume sanguíneo circulante. Assim, a maioria dos casos de hipertensão ocorre por alteração da resistência periférica.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

O que é?

Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas. Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café. Alguns cuidados devem ser tomados, quando se verifica a pressão arterial:

repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30 minutos para medir o manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de

40% da circunferência do braço,sendo que este deve ser mantido na altura do coração não falar durante o procedimento esperar 1 a 2 minutos entre as medidas manguito especial para crianças e obesos devem ser usados a posição sentada ou deitada é a recomendada na rotina das medidas vale a medida de menor valor obtido

Níveis de pressão arterial

A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130 e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg. De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas sejam repetidas pelo menos em duas ou mais visitas clínicas. No quadro abaixo, vemos as variações da pressão arterial normal e hipertensão em adultos maiores de 18 anos em mmHg:

SISTÓLICA DIASTÓLICA Nível

< 130 < 85 Normal

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130-139 85- 89 Normal limítrofe

140 -159 90 - 99 Hipertensão leve

160-179 100-109 Hipertensão moderada

> 179 > 109 Hipertensão grave

> 140 < 90 Hipertensão sistólica ou máxima

No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão. O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%,

Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas. No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva. No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita. Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose. No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores. No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.

É muito importante entender que quem sofre de hipertensão arterial terá que fazer seu controle por toda a vida, visto que, na grande maioria das pessoas (95%), não se consegue descobrir sua causa. De todos esses casos, felizmente, a grande maioria (90%) apresentará hipertensão leve, ou seja, fácil de controlar e tratar

Entenda os riscos da hipertensão. Saiba quais são os sintomas da pressão alta e quais os remédios mais indicados.

Um dos grandes problemas da hipertensão (pressão alta) é o fato desta ser assintomática até fases avançadas. Achar que a pressão está alta ou normal baseado em sintomas como dor de cabeça, cansaço, dor no pescoço ou nos olhos, sensação de peso nas pernas ou palpitações, é um erro muito comum entre os hipertensos.

Outro erro é avaliar a pressão arterial com aferições isoladas. Um hipertenso pode ter momentos do dia em que a pressão esteja dentro ou próximo da faixa de normalidade, assim como uma pessoa sem hipertensão pode apresentar elevações pontuais de pressão arterial devido a fatores como estresse e esforço físico.

Portanto, não se faz diagnóstico nem se descarta hipertensão baseado em apenas um medida.Vários fatores podem alterar a pressão pontualmente, entre eles, estresse, esforço físico, uso de

bebidas alcoólicas ou cigarro etc... A maioria das pessoas só procura medir sua pressão após eventos de estresse emocional ou dor de cabeça, situações que por si só podem aumentar os níveis tensionais.

Para se dar o diagnóstico de hipertensão são necessárias de 3 a 6 aferições elevadas, realizadas em dias diferentes, com um intervalo maior que 1 mês entre a primeira e a última aferição. Deste modo, minimiza-se os fatores confusionais externos.

Em caso de dúvidas, o ideal é solicitar uma M.A.P.A (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial). O exame é basicamente um aparelho de pressão que fica no braço do paciente durante 24h, aferindo sua pressão diversas vezes por dia, em situações diárias comuns como dormir, comer, trabalhar etc...

Pessoas com mais de 50% das aferições elevadas são consideradas hipertensas. Entre 20% e 40% das medições elevadas, são pessoas com grande risco de desenvolver hipertensão, o que já indica

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mudanças nos hábitos de vida e de alimentação. Pessoas normais apresentam a pressão controlada por mais de 80% do dia.

A definição mais aceita hoje em dia sobre hipertensão é a seguinte:Normotensos: pressões menores ou igual a 120/80 mmHgPré-hipertensos: Pressões entre 121/81 - 139/89 mmHgHipertensos grau I : Pressões entre 140/90 - 159/99 mmHgHipertensos grau II: Pressões maiores ou iguais a 160/100 mmHg

Hipertensão do jaleco branco (bata branca)Dá-se esse nome quando encontramos pacientes que só apresentam níveis pressóricos

elevados durante as consultas médicas.São pessoas que ficam ansiosas na presença do médico e a pressão sobe pontualmente. Às

vezes é difícil diferenciá-los dos hipertensos verdadeiros. Em geral é preciso realizar o M.A.P.A para se ter certeza.

A hipertensão do jaleco branco não é hipertensão propriamente dita, mas acomete pessoas que apresentam maior tendência de desenvolvê-la. Portanto, a hipertensão do jaleco branco é fator de risco para hipertensão real e também indica mudanças nos hábitos de vida visando impedir a progressão para a doença estabelecida.

Procedimento para aferir a Pressão Arterial

O Estetoscópio é colocado sobre a artéria braquial (que passa na face interna medial do cotovelo). Estando o manguito bem insuflado, a artéria estará colabada pela pressão exercida e não passará sangue na artéria braquial. Não haverá ruído algum ao estetoscópio. Libera-se a saída do ar pela bomba; bem devagar e observa-se a queda da coluna de mercúrio no medidor. Quando a artéria deixa de estar totalmente colabada um pequeno fluxo de sangue inicia sua passgem pela artéria provocando um ruído de “esguicho”.

Neste momento anota-se a pressão máxima (sistólica). O ruído persistirá até que o sangue passe livremente pela artéria, sem nenhum tipo de garroteamento. Verifica-se no medidor este momento e teremos a pressão mínima (diastólica).

CURIOSIDADES

1. Hereditariedade/obesidade/sedentarismo/alcoolismo/estresse.2. Sua incidência aumenta com a idade.3. No brasil estima-se que a cada 5 habitante 01(um) tenha Hipertensão Arterial4. É 6 vezes mais frequente em indivíduos de meia-idade e idoso, porém jovens e crianças podem apresentar hipertensão caso tenha alguma cardiopatia ou algum problema de nascença.

Anti-Hipertensivos

Atuam regulando a pressão arterial (tratamento da hipertensão). São principalmente:Clonidina e Mebutamato: diminuem a resistência vascular renal, a pressão sistólica e

diastólica e a frequência cardíaca (Atensina).

Atenolol: (Atenol, Angipress), Metoprolol (Lopressor, Seloken), Propranolol (Inderal), Metildopa (Aldomet,). Agem diretamente sobre os vasos sanguíneos periféricos. Diminui a frequência cardíaca, pois bloqueiam os efeitos estimulantes dos neurotransmissores simpáticos.

Hidroclorotiazida (Clorana, Diurezin), CLortalidona ( Higroton), Hidralazina (Apresolinal);reduz o volume de líquidos e o débito cardíaco. São diuréticos.

VasodilatadoresAumentam o débito sanguíneo, melhorando a circulação do sangue nos tecidos (dilatam os

vasos).

Principais vasodilatadores: Bametano (Vasculat) e Papaverina (Cloridrato de papaverina): São indicadas para isquemia cerebral. Cinarizina (Antigeron, Stugeron): indicada para distúrbios da circulação cerebral e periférica- Diidroergocristina (Iskemil, Hydergine, Iskevert): indicado para desordem

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cerebrovascular (vertigem), declínio da capacidade mental, dor de cabeça.

O Que é Hematopoiese?

Hematopoiese é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de um precurssor celular comum e indiferenciado conhecido como célula mãe hematopoiética pluripotente, ou célula tronco, unidade formadora de clones (UFC), hemocitoblasto ou stem cell. As células tronco que no adulto se encontram na medula óssea são as responsáveis por formar todas as células e derivados celulares que circulam no sangue.

Células Vermelhas/Hemácias/Eritrócitos

Transportam Oxigêncio dos pulmões para todas as partes do corpo.

Celulas Brancas/LeucócitosAs nossas células de defesa. Estas têm a

função de proteger o organismo contra infecções, atacando e destruindo os germes.

Plaquetas Responsáveis pela coagulação de sangue.

São elas que controlam os segmentos, formando os cógulos nas áreas lesadas.

Nas primeiras semanas de gestação (+ ou – 19ºdia), o saco vitelino é o principal local de hematopoiese. De seis semanas até seis a sete meses de vida fetal, o fígado e o baço são os principais órgãos envolvidos e continaum a produzir células sanguíneas até cerca de duas semanas após o nascimento.

CURIOSIDADESAs células-tronco presentes na medula óssea e no sangue do cordão umbilical exercem a

mesma função quando transplantadas: produzir células sangüíneas e novas células-tronco. Entretanto, existem algumas diferenças - por exemplo, as células do sangue do cordão umbilical se renovam com maior eficiência do que as da medula óssea, e esta tende a produzir mais, e com maior rapidez, células diferenciadas (células sangüíneas). Além disso, a chance de rejeição imunológica é menor quando se utilizam células do sangue do cordão umbilical (mesmo quando a compatibilidade não é muito grande) do que quando é usada a medula óssea.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SANGUE E NO SISTEMA HEMATOPOÉTICO

São medicamentos que atuam no sangue e no sistema hematopoético, Hematopoese designa complexo processo de proliferação e diferenciação de elementos figurados do sangue, necessário a continua substituição das células sanguíneas de curta duração. Esse processo oferece diariamente ao organismo cerca de 10 bilhões de hemácias e 1 bilhão de leucócitos, reagindo instantaneamente a situações de estresse (infecções, hemorragias).

ANEMIA

IntroduçãoAnemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o

conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. A hemoglobina é o pigmento dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos. Os valores normais para a concentração de hemoglobina sanguínea é de 13g∕dL para homens, 12 g ∕dL para mulheres e 11 g ∕dL para gestantes e crianças entre 6 meses e 6 anos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 30% da população mundial é anêmica, sendo que sua prevalência entre as crianças menores de 2 anos chega a quase 50%.

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Definição

A anemia é uma anomalia caracterizada pela diminuição da concentração da hemoglobina dentro das hemácias, intraeritrocitária, e pela redução na quantidade de hemácias no sangue. Isso resulta em uma redução da capacidade do sangue em transportar o oxigênio aos tecidos.

A hemoglobina, uma proteína presente nas hemácias, é responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os demais órgãos e tecidos e de dióxido de carbono destes para ser eliminado pelo pulmão. O quadro patológico caracterizado por sensação de abatimento, sonolência, palidez (da pele e das mucosas), cefaléias, zumbido nos ouvidos, tonturas e frio, corresponde, em elevada percentagem dos casos, a algum tipo de anemia.

Anemia é a condição em que o sangue apresenta carência de algum integrante de sua composição ou redução em sua quantidade global. Ocorre, por exemplo, quando há redução anormal do número de hemácias por milímetro cúbico ou da quantidade de hemoglobina e do volume de eritrócitos por cem mililitros de sangue (hematócrito). As causas das anemias podem ser reunidas em três grupos: perda de sangue (anemia aguda ou crônica);  destruição excessiva de hemácias (anemia esferocítica e falciforme); produção deficiente das células sangüíneas, devida à carência de substâncias essenciais à produção de hemácias (eritropoiese), como o ferro, a vitamina B12, o ácido fólico e as proteínas. O tratamento consiste em afastar a causa, se possível, e suprir a carência, quando necessário.

O consumo de alimentos ricos em ferro é essencial para a prevenção da anemia por deficiência de ferro. Importante diferenciar entre alimentos contendo ferro na forma heme (origem animal) e não-heme (origem vegetal), sendo que os primeiros têm maior aproveitamento (em torno de 30%) que os últimos (em torno de 10%). Há importante relação da absorção do ferro com a dieta, com fatores contribuintes para sua maior absorção (pH ácido do estômago, vitamina C, proteína da carne) e os que a prejudicam (cereais - efeito quelante, chás, café, refrigerantes, proteína do leite e do ovo).

Os principais tipos de anemia são:

Anemia da carência de ferro (anemia ferropriva); Anemia das carências de vitamina B12 (anemia perniciosa) e de ácido fólico; Anemia das doenças crônicas; Anemias devido sangramento; Anemias devido á eritropoese deficiente.

Anemias por defeitos genéticos:

Anemia falciforme (ou depranocitose) é o nome dado a uma doença hereditária que causa a má-formação das hemácias, que assumem forma semelhante a foices (de onde vem o nome da doença), com maior ou menor severidade de acordo com o caso, o que causa deficiência do transporte de gases nos indivíduos acometidos pela doença. É comum na África, na Europa mediterrânea, no Oriente Médio e regiões da Índia.

Talassemias: é um tipo de anemia hereditária causada pela redução ou ausência da síntese da cadeia de hemoglobina, uma proteína situada no interior dos glóbulo vermelho e que tem a função de transportar o oxigênio.

Esferocitose: um tipo de anemia de transmissão hereditária que se traduz pela presença de hemácias microcíticas (pequenas) e hipercrômicas, de forma esférica e sem palidez central. Clinicamente, os pacientes podem apresentar desde condições assintomáticas até quadros graves de anemia hemolítica. Nesta doença as hemácias, que normalmente sobrevivem até 120 dias, passam a ter vida média mais curta. Devido às alterações estruturais da membrana eritrocitária a destruição esplênica destas células é aumentada.

Anemias por destruição Periférica aos Eritrócitos:

Malária: é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.

Anemias hemolíticas auto-imunes: é uma anemia devido à hemólise, a quebra anormal de hemácias nos vasos sanguíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do corpo (extravascular). Ela possui diversas causas, podendo ser inofensiva ou até mesmo ameaçar a vida.

ANEMIAS DECORRENTES DE DOENÇAS DA MEDULA ÓSSEA:

Anemia plástica Ocorre quando a medula óssea produz em quantidade insuficiente os três diferentes tipos de células sanguíneas existentes: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. O

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termo Anemia pode ser reservado apenas para a deficiência de glóbulos vermelhos, enquanto que a diminuição de leucócitos seria chamada de leucopenia e a diminuição de plaquetas de trombocitopenia.

A diminuição das três linhagens celulares pode ser chamada de aplasia de medula.

Leucemias e tumores na medula É uma neoplasia maligna (cancro/câncer) que atinge o sangue mas que tem origem na medula óssea tendo causas desconhecidas mas que envolvem alterações gênicas como translocações e deleções. Ela tem como principal característica uma proliferação anormal de células da medula óssea, que originariam as células sanguíneas, e, a depender da linhagem dessas células terá-se o tipo de leucemia (mielóide ou linfóide).

AntianêmicosSão fármacos usados no tratamento de anemias carênciais.A anemia é causada principalmente pela carência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico ou

eritropoitina no organismo, todas são essenciais para a maturação normal das hemácias. Os antianêmicos repõem a falta desses componentes (terapia de reposição).

Eritrograma

É o estudo da série vermelha (eritrócitos ou hemácias). Ao microscópio, as hemácias tem coloração acidófila (afinidade pelos corantes ácidos que dão coloração rósea) e são desprovidos de núcleo. As hemácias apresentam coloração central mais pálida e coloração um pouco mais escura na periferia. Elas são bicôncovas. Em indivíduos normais, possuem tamanho mais ou menos uniforme. Quando uma hemácia tem tamanho normal ela é chamada de normocítica. Quando ela apresenta coloração normal é chamada de normocrômica.

A classificação de Anemia

Anemia Microcítica/Hipocrômica: causada pela deficiência de FE.Anemia Macrocítica ou Megaloblástica: causada pela deficiência de Vit B 12 ou Ac. Fólico.Anemia da Insuficiência Renal: resultante da produção diminuída de eritropoitina pelo rim.

Antes de prescrever o tratamento, deve-se estabelecer o diagnóstico etiológico da anemia. Os fármacos antianêmicos não são permutáveis. Assim, a deficiência de Vitamina B12 não deve ser tratada com ácido fólico e vice-versa, sob pena de acarretar danos teratogênicos irreversíveis ao paciente. O ferro é eficaz nas anemias ferroprivas; mas seu emprego em anemias normocíticas, não é associado à deficiência de ferro, é incorreto, podendo causar hemossiderose grave.Em anemias nutricionais resultantes de dietas muito pobres, pode-se considerar como terapia racional um suplemento polivitamínico.

Fármacos que repõe a falta de ferro

São bem absorvidos uma hora antes ou duas horas depois das refeições, com água ou suco de frutas.

Quando administrados junto com alimento, a quantidade de ferro absorvido pode ser reduzida à metade ou até um terço daquela absorvida com o estômago vazio. Exemplo:

ferromaltose (Noripurum); quelato de glicinato de ferro (Neutrofer); sulfato ferroso (Sulfato Ferroso).

É o fármaco de escolha. Tem sabor metálico. Quando administrados por via oral, às vezes escurecem os dentes. Por isso, o paciente deve escovar os dentes logo após ingerir o medicamento.

A associação de ferro com vitamina C(ácido acósbico) é benéfica, pois ajuda na absorção do ferro por via oral nos pacientes que apresentam dificuldade em absorver o ferro.

Não devem ser geralmente usadas associações de ferro com ácido fólíco, cianocobalamina e piridoxina para o tratamento de anemia; a associação de ácido fólico com ferro é, porém, suplemento profilático razoável no período da gravidez.Alimentos que contém FE: fígado, feijão, carne vermelha. Orientação ao paciente:

Doses excessivas podem levar à morte; A administração via intramuscular ou intravenosa deve ser lenta; Esses fármacos formam complexos com cálcio, café, cereais, chá e ovos, diminuindo

a absorção.

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Fármacos que repõem a falta de Vitamina B12 Exemplos:

cianocobalamina (Cianocobalamina, Vitamina B12); cobamamida (Ênzicoba, Coenzima B12);

hidroxocobalamina (Rubranova).Alimentos que contém a Vit B12: fígado, atum, carnes, leite.

Fármacos que repõem a falta de ácido fólico

Estão presentes em quase todos os vegetais, porém o cozimento prolongado leva à sua destruição.

Nos casos em que a anemia por carência de folato é de origem dietética, basta a inclusão de uma fruta fresca ou vegetal não cozido ou um copo de suco fresco na dieta diária para corrigi-la adequadamente. A necessidade de folato é muito alta durante a gravidez e a lactação; nestas condições, justifica-se a administração de folato como suplemento dietético.

Segundo alguns pesquisadores, a carência de folatos pode causar, sobretudo em idosos, distúrbios neurológicos e psiquiátricos, tais como: fadiga, irritabilidade, insônia, depressão, desmemoria e constipação crónica. Relata-se que o tratamento com ácido fólico alivia estes distúrbios, Exemplos:

1. ácido fólico (Endofolin, Noripurum Fólico);2. ácido folínico (Tecnovorin).

Alimentos que contém o Acido Fólico: fígado, feijão, suco de laranja, brócolís, alface, espinafre, repolho, banana, ovos.

O que é insuficiência renal?É um estado no qual seus rins não podem eliminar as substâncias tóxicas produzidas em seu

organismo diariamente. Isto leva, com o tempo, a importantes mudanças, em diferentes partes de seu organismo, que podem conduzir a complicações como pressão arterial elevada, anemia, problemas em seus ossos, estado de má nutrição, insuficiência cardíaca. Entre as causas mais frequentes de insuficiênicia renal crônica se encontram a diabete, a pressão arterial elevada e doenças renais como infecções, litíase, cistos, etc. A detecção prévia e o tratamento precoce da insuficiencia renal podem ajudar a um melhor controle da doença.

Anemia na insuficiência Renal

Se você tem insuficiência renal crônica, pode sofrer de anemia. Ainda com uma moderada redução da função reanl pode apresentar-se a anemia.

O correto tratamento da anemia na insuficiência renal crônica, melhorará a evolução de sua doença e sua qualidade de vida e protegerá a seus rins contra um maior dano.

Por que a insuficiência renal crônica causa anemia?A insuficiência renal crônica causa anemia por diferentes motivos:

Incapacidade do rim para produzir o hormônio eritropoetina (EPO), encarregado de estimular a produção de glóbulos vermelhos;

Perda de sangue (ferro) pelo tubo digestivo;Falta de nutrientes por dietas restritivas em carnes e outros alimentos com alto conteúdo em

ferro, vitamina B12 e ácido fólico.

A anemia pode ser tratada?Sim, a anemia pode ser tratada. Dependendo da causa que o origina, será indicado o

tratamento adequado que permita dessa maneira melhorar os sintomas.

De qual maneira se trata a anemia?O tratamento poderá incluir a administração de suplementos de ferro, vitamina B12 ou ácido

fólico. Nos pacientes com anemia como consequência da insuficiência renal crônica é necessária, também a administração de eritropoetina, frequentemente de ferro endovenoso.

Na insuficiência renal crônica o objetivo do tratamento da anemia é atingir e manter uma hemoglobina de pelo menos 11 a 12g/gl. Seu médico indicará qual é o esquema mais adequado para seu caso em particular.

Durante o tratamento da eritropoetina, é importante asseguarar-se que as reservas de ferro de seu corpo estejam totalmente cobertas. Isto permitirá uma maior eficácia no tratamento de sua anemia, já que se lhe faltar o ferro o medicamento não agirá plenamente.

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Antianêmicos RenaisA pessoa que tem doença renal crônica costuma apresentar anemia renal, devido à falência na

produção de glóbulos vermelhos. "A falta de vitamina D, que se concentra nos rins, afeta o metabolismo mineral dos ossos, assim

como a produção de glóbulos vermelhos, que são responsáveis pela distribuição de oxigênio no tecido"Esse conjunto, de acordo com ele, leva à anemia renal, ou seja, a incapacidade de produção de

um hormônio chamado eritropoietina, que estimula a produção de hemácias (responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo) na medula óssea.

Antianêmicos Renais

No rim é produzido um hormônio chamado eritropoetina, que induz à produção de hemácias. Uma doença renal (insuficiência ou doença renal crónica) pode levar a diminuição ou a não produção desse hormônio. Habitualmente normocítica e normocrômica, a anemia renal é resistente aos fármacos anteriormente descritos. Exemplo de antianêmico Renal e Epoetina:

A epoetina corrige a insuficiência renal crónica causada pela produção diminuída da eritropoietina pelo rim. As consequências da correção da anemia pela epoetina são: melhoria do bem estar; aumento do apetite, alívio da fadiga, fraqueza, cefaléla, taquicardia ou angina pectors; tolerância aumentada a exercício e atividade física; melhoria do sono, função sexual e função cognitiva.

Ocorre mais em pacientes imunodeprimidos (AIDS) ou sujeitos à diálise (insuficiência renal crônica).

Agora vamos ver a BULA de uma das epoetina comercializada:

EPREX bula do medicamento

O que é EPREX e para que é utilizado EPREX contém Epoetina Alfa – uma proteína que estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos do Sangue, que transportam a hemoglobina (uma substância que transporta o oxigénio). A Epoetina Alfa é uma cópia da proteína humana, eritropoietina e actua de forma idêntica.

EPREX é utilizado para tratar a anemia associada com as doenças renais:em crianças em hemodiálise;em adultos em hemodiálise ou diálise peritoneal;na anemia grave nos adultos ainda não submetidos a diálise.

Se tem doença renal, pode ter diminuição de glóbulos vermelhos caso o seu rim não produza eritropoietina suficiente (necessária para a produção de glóbulos vermelhos). EPREX é prescrito para estimular a sua medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos

LEUCÓCITOS/GLÓBULOS BRANCOS

Os leucócitos são a defesa do organismo contra agentes infecciosos e substâncias estranhas. Para defender o corpo adequadamente, uma quantidade suficiente de leucócitos deve estimular as respostas apropriadas, ir aonde são necessários e, em seguida, matar e digerir os organismos e as substâncias prejudiciais. Como todas as células sangüíneas, os leucócitos são produzidos na medula óssea. Eles originamse de células precursoras (células tronco) que amadurecem no decorrer do tempo como um dos cinco tipos principais de leucócitos: neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Normalmente, um indivíduo produz aproximadamente 100 bilhões de leucócitos por dia.

A neutropenia: É a quantidade anormalmente baixa de neutrófilos no sangue. Os neutrófilos representam o principal sistema de defesa celular do organismo contra bactérias e fungos. Eles também auxiliam na cicatrização de feridas e na ingestão de corpos estranhos, como fragmentos ósseos. Os

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neutrófilos amadurecem na medula óssea em aproximadamente 2 semanas. Após entrarem na corrente sangüínea, eles circulam por aproximadamente 6 horas, buscando agentes infecciosos e outros intrusos. Quando eles os encontram, eles migram para os tecidos, fixam-se aos intrusos e produzem substâncias tóxicas que os matam e os digerem. Essa reação pode lesar o tecido saudável da área da infecção. Todo o processo produz uma resposta inflamatória na área infectada, que manifesta-se na superfície corpórea sob a forma de hiperemia, edema e calor. Como os neutrófilos geralmente representam até mais de 70% dos leucócitos, uma diminuição do número de leucócitos normalmente significa uma redução da quantidade total de neutrófilos. Quando a contagem de neutrófilos cai abaixo de 1.000 células por microlitro, o risco de infecção aumenta relativamente; Sem a defesa fundamental dos neutrófilos, uma pessoa pode morrer por uma infecção.

Causas

A neutropenia possui várias causas. A quantidade de neutrófilos pode diminuir porque a produção da medula óssea não é adequada ou porque um grande número de células é destruído na circulação. A anemia aplástica causa neutropenia, assim como deficiências de outros tipos de células do sangue. Determinadas doenças hereditárias raras, como a agranulocitose hereditária infantil e a neutropenia familiar, também diminuem a quantidade de leucócitos.

Na neutropenia cíclica, um distúrbio raro, a quantidade de neutrófilos varia entre normal e baixa a cada 21 a 28 dias. A contagem de neutrófilos pode cair até quase zero e, em seguida, retorna espontaneamente ao normal após 3 a 4 dias.

As pessoas que apresentam neutropenia cíclica apresentam tendência à infecções quando a quantidade de neutrófilos é baixa. Alguns indivíduos com câncer, tuberculose, deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico apresentam neutropenia. Certas drogas, especialmente aquelas usadas no tratamento do câncer (quimioterapia), comprometem a capacidade de produção de neutrófilos da medula óssea. Em algumas infecções bacterianas, alguns distúrbios alérgicos, algumas doenças auto-imunes e alguns tratamentos medicamentosos, os neutrófilos são destruídos mais rapidamente do que são produzidos. As pessoas com esplenomegalia – por exemplo, aquelas com síndrome de Felty,ou malária– podem apresentar uma contagem baixa de neutrófilos porque o fígado aumentado de volume aprisiona e destrói os neutrófilos.

Drogas que podem causar Neutropenia

Antibióticos (penicilinas, sulfonamidas e cloranfenicol) Anticonvulsivantes Drogas antitireóide Quimioterápicos para o tratamento do câncer Fenotiazinas

Tratamento

O tratamento da neutropenia depende de sua causa e de sua gravidade. Sempre que possível, deve ser interrompida a utilização de drogas que podem causar neutropenia. Algumas vezes, a medula óssea se recupera espontaneamente, sem necessidade de tratamento. As pessoas com neutropenia leve (mais de 500 neutrófilos por microlitro de sangue) geralmente não apresentam sintomas e podem não necessitar de tratamento. Os indivíduos com neutropenia grave (menos de 500 células por microlitro) podem sucumbir rapidamente a uma infecção, porque o organismo não tem meios para se defender contra os microrganismos invasores. Quando esses indivíduos apresentam infecções, eles geralmente são hospitalizados e recebem antibióticos potentes, antes mesmo da causa e da localização exata da infecção serem identificadas. A febre, sintoma que normalmente indica a presença de infecção num indivíduo com neutropenia, é um sinal importante da necessidade imediata de cuidados médicos

Exemplos de estimulantes hematopoéticos: Filgrastim: obtida a partir de fungos (Granulokine), Molgramostim: obtida a partir de bactérias (Leucomax)

Estes dois medicamentos são usados para acelerar a recuperação em casos de transplantes. Redução da gravidade de neutropenia nos pacientes tratados com terapia mielossupressora, como quimioterápicos, tratamento de neutropenia induzida por fármacos, tratamento de aidéticos com neutropenia causada pela própria doença ou infecção de organismos oportunistas.

Coagulante ou Hemostáticos

A coagulação do sangue é um processo complexo no qual o sangue forma coágulos sólidos. É uma parte importante da hemostasia (o cessamento da perda de sangue de um vaso danificado) na qual

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a parede de vaso sanguíneo danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar a hemorragia e ajudar a reparar o vaso danificado. Desordens na coagulação podem levar a uma hemorragia aumentada e/ou trombose e embolismo.

Coagulação Sangüínea: substâncias ativadoras provenientes tanto da parede vascular traumatizada quanto das plaquetas (entre elas, a enzima tromboplastina) dão início a uma complexa rede de reações químicas em cascata (ou em cadeia) que, na presença de íons cálcio, culmina na conversão da proteína plasmática protrombina em enzima ativa trombina. A trombina, por sua vez, converte o fibrinogênio em fibrina, que forma uma rede de filamentos que retém plaquetas, células sangüíneas e plasma, formando o coágulo.

Anticoagulantes

Os anticoagulantes são os fármacos usados para prevenir a formação de trombos sanguíneo. São drogas usadas com a finalidade de evitar a formação de trombos em seu coração, artérias ou veias. Elas são usadas em algumas patologias cardíacas para evitar que os trombos se instalem no seu coração, pulmões ou cérebro, causando isquemia e podendo levar ao óbito. Assim, o uso destes medicamentos se torna indispensável em alguns pacientes.

Entretanto, o uso de anticoagulantes está associado a um risco maior de sangramentos. Portanto, seu médico irá orientar uma posologia adequada para seu caso e acompanhá-lo periodicamente com exame laboratorial. Quando o tempo de coagulação é longo significa que a medula do paciente está recebendo poucos nutrientes.Exemplo:Heparina: (Liquemine, Trombofob, Venalot, Hirudoid).

A heparina é antigoagulante injetável, de ação rápida. Frequentemente usada em situações agudas para interferir com a formação de trombos. É o principal fármaco antitrombótico para o tratamento da trombose venosa profunda e da embolia pulmonar.

A principal complicação da terapia é o sangramento, é necessário monitorar o tempo de sangramento. O sangramento para com a suspensão do fármaco ou administração de sulfato de protamina (para neutralização a heparina).

A heparina está contra indicada em hipertensos ou portadores de alterações da coagulação, em alcoólatras e em pacientes que sofreram cirurgia cerebral, oftálmica ou na medula espinhal.

Ação indireta dos anticoaguntes

Inibem a síntese da vitamina K usados para profilaxia e ação prolongada. Os anticoagulantes orais são usados para reduzir a capacidade de coagulação do sangue, de modo a evitar a trombose e ao mesmo tempo evitar a ocorrência de sangramento espontâneo. Eles atuam inibindo a síntese de fatores de coagulação dependentes da vitamina K.

A vitamina K é necessária principalmente para o mecanismo da coagulação sanguínea, que nos protege de sangrar até à morte a partir de cortes e feridas, bem como contra as hemorragias internas. A vitamina K é essencial para a síntese da protrombina, uma proteína que converte o fibrinogénio solúvel em circulação no sangue numa proteína bastante insolúvel chamada fibrina, o componente principal de um coágulo sanguíneo. Exemplos de medicamentos dos anticoagulantes:

Femprocumona (Marcoumar): bloqueam a coagulação sangüínea de forma específica, antagonizando a vitamina K nos sistemas enzimáticos, que atuam no fígado na formação de vários fatores de coagulação (fator II = protrombina, fatores VII, IX e X). O efeito anticoagulante de Marcoumar (Femprocumona) não é imediato como o da heparina, porque essa ação não é exercida sobre os fatores de coagulação já sintetizados.

Varfarina (Marevan): age inibindo os fatores da coagulção dependentes da vitamina K, fazendo com que o sangue fique mais "fino". Na verdade, o seu efeito é diminuir a capacidade do sangue em coagular, reduzindo a possibilidade de formação de coágulos e trombos.A principal reação adversa é a hemorragia. Assim é importante monitorar e ajustar frequentemente o efeito anticoagulante.

Coagulantes ou hemostáticos.

Usados para estancar hemorragias, restabelecendo a homeostase. A deficiência de um ou outro destes fatores de coagulação restringe a homeostase e causa determinadas moléstias passíveis de tratamento com homeostáticos sistêmicos. Hemorragias superficiais ou sangrias capilares são tratadas com hemostáticos tópicos.

Exemplos: complexo protombinico humano (Prothromplex),

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fator IX (nove) de coagulação (Bebulln); fibrina (Fibrinol); trombina (Tissucol).

Antitrombóticos

Previnem a formação de trombos, diminuindo a adesividade das plaquetas. Trombo X Êmbolo: Um coágulo que adere a parede do vaso é chamado de trombo, enquanto um coágulo que caminha no sangue é chamado de êmbolo; assim o trombo que se desloca da parede vascular torna-se êmbolo, tanto trombos como os êmbolos são perigosos porque podem obstruir vasos sanguíneos e privar os tecidos de oxigénio e nutrientes.

Julga-se que são de risco moderado os pacientes com os seguintes fatores predisponentes: Idade superior a 40 anos, obesidade, varizes dos membros inferiores, neoplasias à distância, doença pulmonar ou cardíaca crónica, estrogenioterapia, purpério, infecções sistémicas, entre outros. O ácido acetilsalicilico, clofibrato e dextrano, usados primordialmente para outros fins, apresentam também atividade antitrombótica, pois são antiagregantes plaquetários. Exemplos:

dipiridamol (Persantin): É empregado profilaticamente no tratamento da angina. Usualmente é administrado com a aspirina. O dipiridamol em combinação com o varfarin é efetivo na inibição da embolização de próteses de válvulas cardíacas.

ticlopidina (Ticlid, Plaketar): A ticlopidina diminui a incidência do acidente vascular trombótico. Este fármaco pode causar sangramento prolongado, sua mais importante reação adversa é a neutropênia. Assim, ela é reservada para pacientes que não toleram a aspirina.

ácido acetilsalicilico (Aspirina): A aspirina é usada correntemente no tratamento profilático da isquemia cerebral transitória; para reduzir a reincidência do infarto do miocárdio, e para diminuir a mortalidade dos pacientes no pós infarto do miocárdio. O tempo de sangramento é prolongado, causando complicações que incluem o aumento na incidência do acidente vascular hemorrágico e sangramento gastro intestinal, especialmente quando se faz uso de doses maiores deste fármaco.

Fibrinolíticos

Os fibrinolíticos ou trombolíticos são activadores do plasminogênio usados na terapêutica da trombose para dissolver rapidamente a rede de fibrina e assim dissolver os trombos. Estão indicados para qualquer doente com enfarte agudo do miocárdio para os quais o benefício é provavelmente superior ao risco. O objetivo da terapia fibrinolítica é lisar a malha de fibrina que aprisiona as hemácias dentro do coágulo. Esta terapêutica, disponível há mais de uma década, vem sendo aperfeiçoada com a síntese de novas drogas, proporcionando facilidade e rapidez na sua aplicação.

O ideal seria que o tempo decorrente entre a chegada do paciente e a infusão do fibrinolítico não ultrapassasse 30 minutos (tempo porta-agulha). “Quanto mais precoce a sua infusão, maior o número de vidas salvas”, adverte o médico.

Sua atividade se manifesta apenas sobre trombos recém-formados; não se consegue iise em trombos de mais de 72 horas. Estão contra indicados na presença de ferida não cicatrizada, gravidez, história de acidente cerovascular ou metástase neoplásica. A presença continua de estímulo trombogênico pode causar nova trombose após a Iise do coágulo inicial.

Tipos de trombolíticos

Estreptoquinase: Foi o primeiro a ser lançado. Este trombolítico é um pouco menos efetivo que os demais para dissolver o trombo ( coágulo ), no entanto , causa menos sangramentos. É a medicação de escolha para ser usada em idosos. Poderá causar alergias e hipotensão ( queda da pressão arterial ). A droga é infundida em 30 a 60 minutos.

É indicada para tratamento do infarto agudo do miocárdio, da embolia pulomonar aguda, trombose venosa profunda, trombose artificial, embolia intravenoso, desobstrução da oclusão da cânula arterio-venosa.

Alteplase ( Acetilyse):  É mais efetiva que a estreptoquinase na dissolução do trombo, porém causa mais sangramentos. É administrado em três etapas : um dose  de ataque (infusão imediata), outra dose em 30 minutos e uma dose menor em mais 60 minutos (totalizando cerca de 90 minutos de tratamento).

BenefíciosQuanto mais precoce é a administração do trombolítico , mais benefícios são observados. Com

o tratamento trombolítico na primeira hora do início dos sintomas , cerca de 65 vidas são salvas por mil pacientes tratados. Nos casos em que os pacientes são tratados entre 6 e 12h,  apenas 10 vidas são  salvas por mil pacientes tratados. Ocorre uma redução progressiva de aproximadamente 1,6 morte por

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hora de atraso por mil pacientes tratados com trombolíticos.

IndicaçõesDor sugestiva de infarto do miocárdio, com duração de mais de 20 minutos e menos que 12

horas.

Antifibrinoliticos

Auxiliam a controlar hemorragia grave, associada à fibronólise excessiva; Ácido aminocapróico (Ipsilon); Ácido tranexâmico (Transamin).

Hemostáticos

Agentes que agem interrompendo o fluxo sanguíneo. Os hemostáticos absorvíveis interrompem o sangramento formando um coágulo artificial ou provendo uma matriz mecânica que facilita a coagulação, quando aplicados diretamente à superfície da hemorragia.

Estes agentes funcionam mais em nível capilar, não sendo efetivos para estancar uma hemorragia arterial ou venosa (sob pressão intravascular significante). Exemplos de medicamentos:

Aminaftona (Capilarema) Escina (Reparil) Troxerrutina (Venoruton, Venalot).

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MÓDULO IV

Sistema Respiratório-Digestivo-Geniturinário

Sistema RespiratórioO sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que

conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.

A anatomia do sistema respiratório estuda os órgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar do organismo humano.

É o sistema respiratório que efetua o intercâmbio de gases entre o organismo e o meio ambiente, abastecendo o sangue com oxigênio e expulsando dióxido de carbono em um processo chamado de hematose pulmonar.

Este sistema é o responsável pela troca de substâncias entre o ar e a corrente sanguínea. O ar penetra pelo nariz e passa para a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, nos pulmões, nos quais ocorre a hematose, que é a troca de sangue venoso ou desoxigenado (rico em dióxido de carbono) por sangue arterial ou oxigenado.

O ar penetra os pulmões e sai deles por meio da contração do diafragma (músculo que separa a caixa torácica da cavidade abdominal) e dos músculos intercostais. Ao se contrair, o diafragma se abaixa, o que, com o movimento dos Mm. intercostais, aumenta o volume da caixa torácica, fazendo com que a pressão no interior do pulmão diminua e permita que o ar penetre. Na expiração, o diafragma e os Mm. intercostais relaxam-se, reduzindo o volume torácico e empurrando o ar utilizado para fora.

O ser humano controla, até certo ponto, os movimentos respiratórios. Esse controle é feito pelo córtex cerebral.

Todavia, não é possível prender a respiração indefinidamente, à medida que a concentração de dióxido de carbono aumenta no sangue, o centro respiratório localizado no bulbo (reveja postagens sobre o SNC) envia impulsos ao diafragma e aos Mm.

Intercostais, que aumentam a frequência e a intensidade dos movimentos respiratórios e, com isso, acelera-se a eliminação de dióxido de carbono e a entrada de oxigênio.

TOSSE

A tosse e seus significadosA tosse é um reflexo do organismo para eliminar resíduos ou

elementos dispersos no ar como poeira, bactérias, fungos e secreções, que são introduzidos juntamente com a respiração e que, caso cheguem aos pulmões, podem prejudicar o seu bom funcionamento.

Ela funciona como um mecanismo de autolimpeza do sistema respiratório, sendo uma resposta do nosso corpo contra algum fator irritante na

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garganta, cordas vocais, traquéia ou pulmões.Existem dois tipos básicos de tosse: a produtiva, que tem a presença de secreção, e a seca. Há

ainda a tosse dos fumantes, a tosse alérgica e a tosse causada por refluxo gastroesofágico.A tosse pode ainda ser aguda ou crônica. A tosse aguda geralmente se dá por conta de vírus

que causam os resfriados e as infecções nas vias respiratórias superiores. Ela dura em média duas semanas, variando de intensidade.

A tosse é considerada crônica quando dura mais do que oito semanas e apresenta as seguintes características ou sintomas associados:- Secreção amarelada, esverdeada ou amarronzada (quando contém sangue)- Chiado no peito- Febre persistente- Perda de peso- Cansaço

A tosse crônica pode ser conseqüência de doenças que, direta ou indiretamente, acometem os pulmões como a tuberculose, o câncer de pulmão, problemas no coração etc. Portanto, se a tosse persistir por mais de duas semanas, procure um médico imediatamente para avaliação e orientação. De um modo geral, as pessoas que têm tosse devem ficar atentas a alguns pontos que podem ajudar o médico a descobrir as suas possíveis causas: - Há quanto tempo está tossindo?- A tosse é constante ou é mais freqüente em algum período do dia?- A tosse é mais freqüente em alguma época do ano?- Nos casos de tosse com secreção, ela tem alguma cor?- Alguma atividade que você exerce costuma provocar tosse?

Características da TosseAo se efetuar interrogatório desse sintoma, deve-se investigar

sua duração, predominância de horário e se ocorrem mudanças com alteração de clima ou de posição. A tosse pode ser intensa com grandes movimentos inspiratórios ou expiatórios ou ser fraca. Em certas ocasiões a tosse é dolorosa e o paciente tenta evitá-la.

A tosse é o sinal que indica ao médico irritação por inflamação ou presença de um corpo estranho no aparelho respiratório (desde a faringe até o brônquios). No entanto, pode estar ausente em indivíduos com pneumonia, porque nos alvéolos, que é a parte respiratória afetada na pneumonia o reflexo tussígeno é fraco, em geral, quando é decorrente de inflamação da faringe, a tosse é persistente, curta, seca em acessos; se a doença afeta a laringe a tosse é rouca.

Um sinal característico de doença do coração (insuficiência cardíaca) é a tosse que tem início e aumenta em posição totalmente horizontal e obriga usar vários travesseiros para dormir.

Quando a tosse é acompanhada de expectoração com sangue é necessário buscar o médico imediatamente, uma vez que pode ser sinal de bronquite crónica, câncer, tuberculose, pneumonia aguda grave entre outras doenças.

Tosse é uma resposta de defesa frente a um estimulo irritativo e nocivo da faringe, laringe ou traquéia. No entanto, quando é exagerada e sem secreção mucosa, pode ser um incômodo ao paciente.

Os antitussígenos inibem o reflexo da tosse- São utilizados quando os acessos de tosse são frequentes, sem secreção mucosa, irritam a faringe e laringe e causam vómito, cansaço, debilitação e também irritação da mucosa, o que gera um círculo vicioso de irritação tosse-irritação.

O reflexo da tosse é um mecanismo do aparelho respiratório para evitar ser invadido por agentes agressores e patógenos (microorganismos, pó, substâncias nocivas, detritos celulares, entre outros) e para eliminá-los. No entanto, em muitos casos essa não é a origem da tosse, mas a angústia, o medo, os mecanismos subconscientes ou inconscientes ou os desejos de chamar a atenção. Os agentes irritantes que produzem a tosse podem ser mecânicos, como uma fumaça de cigarro, pó ou corpos estranhos; químicos, como os vapores de solventes; inflamatórios, como uma infecção ou térmicos, como o ar frio ou quente.

AntitussígenosAntitussígenos são agentes que auxiliam a diminuir a frequência e a intensidade do ato de

tossir. Os antitussígenos são geralmente classificados em agentes de açáo central e agente de ação

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periférica.Antitussígenos Centrais: Antissígenos de ação central atuam sobre o centro bulbar como a codeína, o dextrometorfano, a

noscapina e outros opióides. Atuam sobre o centro medular da tosse (são sedativos do SNC). Exemplos de medicamentos:

Opiáces/Codeína e dextrometorfano (Silencium): são formulações farmacêuticas que contêm grande quantidade de açucares, fazendo com que o líquido fique "viscoso", "meio grosso" ("xaroposo"). Neste líquido coloca-se então a substância medicamentosa que vai trazer o efeito benéfico desejado pelo médico que a receitou. Assim, existem xaropes para tosse onde o medicamento ativo é geralmente a codeína. Esta substância, codeína, estã entre os remédios mais ativos para combater a tosse: é por isto chamada de antitussígena. A codeína é uma substância que vem do ópio; trata-se, desta maneira, de um opiáceo natural.

Quais são seus efeitos? O cérebro humano possui uma certa área - chamada Centro da Tosse - que comanda os nossos acessos de tosse. Isto é, toda vez que ele é estimulado há a emissão de uma "ordem" para que a pessoa tussa. Existem drogas (codeína), que é capaz de inibir ou bloquear este centro da tosse; assim, mesmo que haja um estímulo para ativá-lo, o centro estando bloqueado pela droga não reage, isto é, não dá mais a "ordem" para a pessoa tossir; ou seja, a tosse que vinha ocorrendo deixa de existir. A codeína age em mais regiões no cérebro. Outros centros que comanda

Outros-Cloperastina (Seki), Clobutinol (Silomat), fedrilato (Sedatoss).

Antitussígenos Periféricos(Demulcentes)Os demulcentes formam uma película protetora sobre o revestimento irritado. Essas substâncias

são úteis contra a tosse provocada por uma irritação laríngea. Os demulcentes são apresentados sob a forma de pastilha e de xarope. Os anestésicos locais, como a benzocaína, inibem o reflexo da tosse. Esses medicamentos são aplicados diretamente na parte posterior da garganta com o auxílio de um pulverizador antes da realização de qualquer procedimento que seria impossível de ser realizado por causa da tosse (p.ex, uma broncoscopia, exame que permite a visualização dos brônquios através da introdução de um tubo de fibra óptica).

A inalação de vapor (p.ex, com o uso de um vaporizador), pode suprimir a tosse através da redução da irritação na faringe e das vias aéreas. A umidade do vapor também amolece as secreções, tornando mais fácil a sua expectoração. Um umidificador de vapor frio pode obter o mesmo resultado.Para entender melhor age no local da irritação (fora do SNC)Exemplos: Dropropizina (Tussifíex D, vibral).

A tosse seca (improdutiva, não produz expectoração) costuma anteceder a produtiva ao início das doenças Infecciosas do aparelho respiratório. Também se apresenta em casos de obstrução das vias aéreas por corpos estranhos ou aspiração de saliva e alimentos- Quando é constante e intensa pode irritar a garganta e provocar vómito; nestes casos, recomenda-se inibi-la com fármacos antitussígenos, como Cloridato de Ambroxol (Mucosolvan).

ExpectorantesFavorecem a tosse produtiva, ou seja, promovem a tosse para que as secreções sejam

eliminadas.A tosse produtiva é acompanhada pela secreção mucosa, indicando a existência de inflamação (que estimula a produção do muco). Este tipo de tosse, salvo algumas exceções, não deve ser suprimida por medicamentos antitussígenos, visto que eles bloqueiam o melhor mecanismo de limpezas das vias aéreas (a tosse) e induzem ao acúmulo de secreções e do desenvolvimento de microorganismos. Exemplos:

Guaifenesma (Bricany! Expectorante, Descon Expectarante).

MucolíticosDiminuem a aderência das secreções. Exemplos:

• Acestilcísteina (Fluimucil);• Carbocisteina (Mulcofan);

Saiba um pouco mais... Existe um número muito grande de produtos comerciais a base de codeína. Assim, Belacodid, Belpar, Codelasa, Gotas Binelli, Pambenyl, Setux, Tussaveto, etc., são remédios contra tosse que contêm esta substância como principal de suas fórmulas. Remédios antitussígenos feitos com zipeprol também existiam no Brasil até o ano de 1991 (quando foram tirados do comércio) como por exemplo, Eritós, Nantux, Silentós e Tussiflex. Os xaropes e gotas à base de codeína só podem ser vendidos nas farmácias brasileiras com a apresentação da receita médica, que fica retida nas farmácias para posterior controle.

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• Bromexina (Bisolvon)

BroncodilatadoresDilatam os brônquios, facilitando a saída das secreções. Alguns medicamentos encontram-se

disponíveis em aerossol dosificador com adaptador e sua eficácia depende, em grande parte de seu uso adequado (Coordenar o disparo com uma inspiração profunda).

Em geral os expectorantes ajudam a desprender o muco, pois eles tornam as secreções brônquicas mais finas e mais fáceis de serem expectoradas. Os iodetos são expectorantes comumente utilizados e o hidrato de terpina e guaifenesina são ingredientes que fazem parte de muitas preparações de venda livre. Uma pequena dose de xarope de ipeca pode ajudar as crianças que apresentam tosse, especialmente aquelas que apresentam um quadro de crupe. Drogas que reduzem a viscosidade do muco, denominadas mucolíticos, são algumas vezes utilizadas quando o principal problema são as secreções brônquicas viscosas e pegajosas, como ocorre na fibrose cística.

Os anti-histamínicos, os quais promovem o ressecamento do trato respiratório, têm pouca ou nenhuma utilidade no tratamento da tosse, exceto nos casos em que o processo é causado por uma alergia ou nos estágios iniciais de um resfriado comum. Entretanto, quando a tosse é decorrente de outras causas, a ação ressecante dos anti-histamínicos pode ser prejudicial, espessando as secreções respiratórias e tornando a sua expectoração difícil.

Os descongestionantes, como a fenilefrina, os quais aliviam a congestão nasal, também não aliviam a tosse, a menos que ela seja devida a um gotejamento pós-nasal. Os broncodilatadores, como os agentes simpaticomiméticos inalados ou a teofilina oral, podem ser prescritos quando a tosse é decorrente de um estreitamento das vias aéreas, como na asma brônquica .

AsmaÉ a incapacidade de ventilar os pulmões devido ao fechamento e

obstrução dos brônquios e bronquíolos pela contraçâo do músculo liso de suas paredes, a inflamação e o excesso de secreção mucosa. Esta doença caracteriza-se por episódios intermitentes de dificuldade respiratória de intensidade variável; dura minutos ou horas e desaparece espontaneamente ou com o tratamento.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça

de cigarro, ar frio ou exercícios. Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas,

cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma).

Na definição a seguir, temos algumas pistas importantes sobre esta doença: Doença inflamatória : significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório. Doença crônica: a asma não tem cura, mas pode ser controlada. Indivíduos susceptíveis: nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição

genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença. Episódios recorrentes de sintomas: os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as

manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente.A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias

aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença. Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de

muco: existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise.

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Sintomas

O indivíduo tem dificuldades para respirar porque a inspiração e expiração portanto, a passagem de oxigénio ao sangue e a liberação de dióxido de carbono a partir dos tecidos são insuficientes. A consequência do ar parado é que o tórax move-se menos ao inspirar e ao expirar tem aparência de estar Inflado. Pelo fato da troca de oxigénio e dióxido de carbono nos pulmões ser deficiente, a pele torna-se cianótica (adquire uma coloração azul inicialmente nos lábios e nas unhas). A irritação da mucosa e a secreção de muco provocam tosse e corrimento mucoso. O paciente sente como se estivesse se afogando. Não há febre nem mal-estar ou outros sinais de doença.

Exemplos:• Fenoterol (Berotec);• Beclometasona (Beclosol Spray);• Fluticasona (Fiuxonase spray).

Doenças nas quais pode-se confundir com a asma

Alergia: trata-se de uma reação alérgica quando se apresenta alguns seguintes sinais ou todos: roncos, coceira na pele, inchaço na boca, manchas em todo corpo, diarréia, lacrimejamento, e congestão ocular.

Bronquite Crônica: Neste caso existe a prévia da tosse com corrimento mucoso de vários meses ou anos, em geral tabagismo; no entanto, em alguns casos de asma superpõe uma infecção que dá lugar a uma bronquite asmática.

Tratamento: Consiste em eliminar fatores que induzem a asma e administrar medicamento que previnem a broncoconstriçâo ou que dilatam os brônquios. A administração de oxigénio é inútil se não chega aos pulmões.

Os fármacos indicados para esses casos podem ser:

Medicamento que evitam a liberação de substâncias broncoconstritoras que previnem as crises de asma: Cromoglicato de sódio, cetotifeno e isoproterenol.

Medicamentos que induzem broncodilatação porque relaxam o músculo liso dos brônquios e bronquíolos: Salbutamol, Orciprenalina, Terbutalina, Teofilina, glicocorticóides (hidrocortisona, prednisona, betametasona, etc).

Os indivíduos com bronquite asmática devem ser atendidos com broncodilatadores, antiinflamatórios, nebulizações e antibióticos.

Alergia

Alergia é uma reação imunologicamente mediada pela IgE contra um antígeno estranho ( alérgeno), manifestada por inflamação tissular ou disfunção de um órgão. Hipersensibilidade alérgica por ser tanto local quanto sistêmica. Devido ao alérgeno ser ambiental (estranho ao corpo), a pele e o trato respiratório são os órgãos mais frequentemente afetados.

Medicamentos AntialérgicosSão medicamentos utilizados para combater os sintomas da alergia.

Rinite alérgica: é a inflamação aguda ou crónica (por mais de 6 semanas) das fossas nasais devido umareação exagerada do sistema imune contra substâncias chamadas alérgenos, contidas no pólen, ervas, árvores, pastos, fungos microscópicos dispersos no ar, pêlos, penas, pele descamada de animais, pó, medicamentos de administração nasal, contaminação, tabaco, solventes, ovos, pescado, trigo, bactérias, etc. Alem disso, esta doença tende a ser mais frequente entre familiares; pode estar relacionada às estações do ano ou ser perpétua e às vezes, não existe nenhuma causa aparente. Outros fatores que participam para desencadear um quadro de rinite alérgica são: infecções, alteração psicológicas ou emocionais, a menstruação e a gravidez.

Sintomas: edema, congestão nasal. Em muitos pacientes somente é possível controlar a reação alérgica com medicamentos antialérgicos, pelo fato de se desencadear o alérgeno.

O tratamento de eleição da alergia consiste na eliminação do agente alergênico do ambiente do paciente. Se isso não for possível, tenta-se a dessensibilização (aplicação de injeçôes subcutâneas repetidas, em doses crescentes e por período prolongado, de uma quantidade mínima da substância

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que causa alergia para que se torne a mesma). Outro recurso é o emprego com fármacos antialérgicos.

Tratamentos com medicamentos justificam-se em casos agudos, alergias sazonais ou como complemento do programa de dessensibilização. Os casos de rinite crónica ou que não respondem ao tratamento devem ser atendidos pelo médico especialista.

Os medicamentos antialérgicos têm objetivo de eliminar a produção de histamina produzida no organismo durante a alergia.

Quando ocorre uma exposição a um alérgeno, o sistema imunológico deve combatê-lo. Os mastócitos então liberam uma substância conhecida como histamina que provoca inúmeros sintomas de alergia. Os medicamentos anti-histamínicos bloqueiam os receptores de histamina (receptor do tipo H1) e limitam, e até suprimem os sintomas clássicos da alergia, como o nariz que escorre ou os olhos vermelhos e irritados. Destes, os anti-histaminicos isolados ou associados a um vasoconstritor (por exemplo, clorfeniramina+pseudofedrina), administrados por VO, são eficazes para controlar os sintomas de alergia.

Os fármacos vasoconstritores melhoram a passagem de ar pelo nariz. Os glicocorticóides são mais eficazes, porém seus efeitos secundários impedem seu emprego a

longo prazo, razão pela qual podem ser administrados isolados durante alguns dias no caso de exacerbação alérgica aguda,caso não existam contra-indicações e com esquema de dosagem apropriada (por exemplo a dose inicial de prednisona para adulto é de 20 a 30 mg diários e é reduzida para 5 a 10 mg por dia ao cabo de três dias). A nebulização nasais que contêm glicocorticóides costumam ser eficazes.Não devem ser administradas gotas nasais aos pacientes alérgicos, uma vez que o emprego a longo prazo provocará maior tumefaçâo da mucosa (efeito rebote aos glicocorticóides).

Histamina

A histamina, é uma das armas que nosso corpo produz para combater as substâncias estranhas. Quando o sistema de defesa do corpo detecta substâncias estranhas, uma de suas primeiras ações é liberar histamina. Ela aumenta a circulação de sangue no local, deixando a pele vermelha e inchada. Por outro lado, o sangue que aumentou sua circulação traz mais células de defesa. Isso faz com que as substâncias estranhas sejam eliminadas mais rapidamente. Logo, a histamina pode ser considerada uma aliada do corpo. Farmacologicamente, a histamina produz efeitos diversos sobre vários órgãos. Por exemplo, causa vasodilatação dos capilares e, em doses elevadas, pode torná-los permeáveis a fluidos e proteínas plasmáticas. Ela estimula a contração da musculatura lisa de diversos órgãos, tais como intestino e brônquios. Estimula, também, a secreção do suco gástrico pelo estômago, podendo causar úlceras, e acelera os batimentos cardíacos. Está implicada nos fenômenos alérgicos e no choque anafilático.

Anti-HistamínicosBloqueiam a ação da histamina. Os anti-histaminicos são fármacos que tem a capacidade de

inibir a secreção mucosa, como a difenidramina ou cetotifeno. O cetotifeno é útil no tratamento preventivo da asma, uma vez que, impede a liberação de substâncias inflamatórias e a vasoconstrição do músculo dos brônquios. Exemplo:

carnoxamina (Clistin); dexclorfeniramina (Polaramine); clemastina (Agesten).

CorticóideÉ o nome dado a um grupo de hormonios esteróides produzidas pelas glândulas supra-renais,

ou a derivados sintéticos destas.Os corticosteróides possuem diversas ações importantes no corpo humano, possuindo um papel de relevo no balanço electrolítico (equilíbrio de íons e água), e na regulação do metabolismo.

Os corticóides são medicações antiinflamatórias de origem hormonal, bastante utilizados em medicina. Porém, quando o seu uso é mais freqüente ou mais prolongado, podem provocar ganho de peso (principalmente na região da face e da nuca), espinhas, aparecimento de pêlos nas mulheres, manchas roxas na pele, osteoporose e aumento da glicose no sangue. Com propriedades

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antiinflamatórias, antialérgicas e anti-reumáticas potentes. Exemplo: prednisona (Meticorten); triancinolona (Oncilon); dexametasona (Celestone); metilprednisolona (Solumedrol).

Sistema Digestivo

O sistema digestivo ou digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delagado, intestino grosso e ânus.

Os órgãos do sistema digestório propiciam a ingestão e nutrição do que ingerimos, permitindo com que seja feita a absorção de nutrientes, além da eliminação de partículas não utilizadas pelo nosso organismo, como a celulose. Para que haja a digestão, o alimento deve passar por modificações físicas e químicas ao longo deste processo, iniciado na boca.

O início do processo digestivo se dá na boca, com a mastigação. A trituração e umidificação do alimento, (com o auxílio da saliva) o transforma em bolo alimentar. É nesta etapa do processo que se inicia a quebra do amido, um tipo de açúcar (carboidratos).

A faringe (pequeno tubo comum ao aparelho digestivo e respiratório_ está junta a ossos e cartilagens que auxiliam na deglutição(ato de engolir).Depois de passar pela faringe, o alimento se desloca por um tubo alongado e muscular chamado esôfago. O bolo alimentar é empurrado pelo esôfago por meio dos movimentos peristálticos, que nada mais são que contrações musculares.

Ao final do esôfago encontra-se o estômago, o órgão mais popular quando o assunto é digestão, que tem formato de bolsa. No estômago começa a quebra das proteínas e gorduras.

Logo depois do estômago, está a porção duodenal do intestino grosso. (Todo aparelho digestório pode ser tido como um grande tubo contínuo, porém alargado em algumas porções). No intestino delgado é continuada a quebra de proteínas e carboidratos, além da absorção dos mesmos pelo organismo.

Na sequência dos órgãos, o intestino delgado é seguido do intestino grosso. Nele é feita a boa parte da absorção da água que existe nos alimentos. É também no intestino grosso que o bolo alimentar vai se transformando em fezes, que é todo o material não abosrvido pelo organismo e que será eliminado.

Chegamos ao final do processo digestivo: depois do intestino grosso, as fezes passam pelo reto, um canal que se abre no ânus, orifício por onde as fezes serão eliminadas.

Anticiácidos

A Acidez estomacal é o excesso, de sucos digestivos, no estômago, entre os quais se encontra o ácido clorídico. Esses sucos podem refluir, subindo ao esôfago, ocasionando as chamadas azias que provocam a sensação de ardência no estômago.

Manifesta-se como sensação de acidez e dor de estômago. Em algumas ocasiões esse ácido sobe ao esôfago e pode produzir um forte mal-estar(azia).

Causas: mistura demasiada de alimentos que não combinam numa mesma refeição causando excessiva fermentação; mau funcionamento da vesícula e do fígado.

Os antiácidos neutralizam a acidez do estômago.

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São fármacos de escolha para gastrite aguda, sendo também úteis para o controle da úlcera péptica. São indicados igualmente no tratamento de sintomas funcionais, tais como azia. dispepsia e ingestão ácida.

Eles aliviam a dor, promovem cicatrização, e previnem a ocorrência de recedivas. Alguns também inativam a pepsina e exercem a ação absorvente. Seu uso principal é no tratamento da hiperacidez e de refluxo gastroesofágico.

Tomar um antiácido, que pode ser efervescente ou não. Qual a diferença?A diferença está na forma de ação. Geralmente os antiácidos não efervescentes agem

neutralizando uma parcela do ácido cloridico (HCl) presente no suco gástico, pois contém substâncias alcalinas. Lembre-se que substâncias alcalinas aneutralizam as ácidas, e vice-versa. Os efervescentes funcionam estabilizando a acidez na faixa de normalidade (ph entre 1.8 e 2.0).

“Os antiácidos neutralizam essa substância com uma base” funciona assim: ácidos e bases têm cargas elétricas opostas e tendem a se atrair. Por isso ambos se neutralizam. O estômago pára de reclamar. A pepsina é uma enzima que é produzida pelas paredes do estômago e tem como função desdobrar as proteínas em péptidos mais simples. Ela só reage em meio ácido. Por isso, o estômago também produz ácido clorídico (HCl). A pepsina atua sobre proteínas na digestão, ela é produzida no estômago e secretada no estômago.

AntieméticosÉ uma classe de medicamentos que possume como principal características o alívio dos

sintomas relacionados com o enjoo, as náuseas e os vômitos. Em geral, são prescritos para o tratamento dos efeitos colaterais de outras drogas. Agem nos centros de controle medular.

Considerações Gerais

Náusea e vômitos são sintomas frequentemente observados em doenças sistêmicas, distúrbios neurológicos, doenças gastroinstestinais primárias e com efeito adverso de vários fármacos. Em pacientes que estavam previamente sadios, a causa mais frequente de náusea e vômitos é um quadro infeccioso, geralmente viral. Em pacientes submetidos previamente a cirurgia abdominal, causas mecânicas de vômito(tal como obstrução intestinal), devem ser consideradas. cinetose, distúrbios emocionais, exposição em ambientes nao familiares e võmitos de gravidez. A reidratação parenteral é necessária nos pacientes com significantes depleção volêmica.

O tratamento do vômito consiste em, sempre que possível, eliminar a causa básica. Justifica-se recorrer a fármacos antieméticos apenas quando não há alternativas e os benefícios proporcionados são maiores que os riscos compreendidos. Via de regra, a profilaxia é mais eficaz do que o tratamento do vómito, sobretudo no caso de este ser causado por cinetose, radiação ou quimioterapia. Na prevenção, via oral é mais útil; para o tratamento, preferem-se as vias parenterais.

Exemplo: Bromoprida (Digecap, Digerex, Disgestina); Dimenidrinato (Dramin); Metroclopramida (Plasil, Vomix)

Efeitos adversos: sedação, cefaléia, hiperprolactinemia, cefaléia, causar efeitos arrítmicos importantes.

Laxativos Naturais ou Estimulantes Intestinais

A função intestinal variam bastante, não apenas de um indivíduo para outro, mas também no mesmo indivíduo em momentos diferentes. A função intestinal pode ser afetada pela dieta, pelo estresse, por drogas, por doenças e inclusive por padrões sociais e culturais. Na maioria das sociedades ocidentais, o número normal de evacuações varia de 2 a 3 por semana até 2 a 3 por dia. As alterações da frequência, da consistência ou do volume das evacuações ou a presença de sangue, muco, pus ou um excesso de matéria gordurosa (óleo, gordura) nas fezes podem indicar uma doença.

A constipação é um distúrbio no qual o indivíduo apresenta evacuações desconfortáveis ou pouco frequentes. O indivíduo com constipação produz fezes duras, cuja eliminação pode ser difícil. Ele também pode sentir como se o reto não tivesse sido totalmente esvaziado. A constipação aguda tem um início súbito e de modo perceptível.

Por outro lado, a constipação crônica pode começar de modo incidioso e pode persistir por

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meses ou anos.Frequentemente, a causa da constipação aguda é apenas uma alteração recente da dieta ou

uma diminuição da atividade física (p.ex., quando o indivíduo permanece no leito por um ou dois dias devido a uma doença). Muitos medicamentos podem causar constipação como, por exemplo, o hidróxido de alumínio (princípio ativo comum de antiácidos de venda livre), sais de bismuto, sais de ferro, anticolínérgicos, antihipertensivos, narcóticos e muitos tranquilizantes e sedativos.

Como a prisão de ventre acomete cerca de um terço da população, os laxantes são amplamente usados, em geral como automedicaçâo, quer para alterar o hábito de defecar, quer para torná-lo mais regular. Seu uso, porem, pode ser necessário em certos quadros clínicos.

Para reduzir esforço excessivo em doença cardiovascular, ou em paciente com hemorróidas, após o ato cirúrgico ou quando a constipação se deve por efeitos neurológicos, alterações hormonais, como na gravidez, ou tratamento com certos fármacos, como analgésicos, É possível prevenir a constipação sem recorrer aos laxantes.

O exercício físico regular, aumento em conteúdo de fibra vegetal na dieta (frutas, legumes, cereais fibrosos) e ingestão de grandes quantidades de líquidos é suficiente para resolver o problema.

Quando a constipação funcional não responder a essas medidas, deve-se recorrer aos laxantes, mas apenas temporariamente. Alguns são usados também para a limpeza de intestinos para procedimentos cirúrgicos. Quando se usam laxantes devem-se tomar de 6 a 8 copos de líquido por dia, afim de amolecer as fezes.

Efeitos adversos: dependência, com uso prolongado. O abuso pode impedir o redesenvolvimento de hábito normal, produz diarreia líquida com perda excessiva de água e eletrólitos e causa alterações na musculatura intestinal, semelhante â colite ulcerativa e ao megacolo.

TratamentoDrogas de ação suave sobre o intestino, facilitam a eliminação de fezes. Quando a causa da consitipação for uma doença, esta deve ser tratada. Caso, contrário, a constipação é melhor prevenida e tratada com uma combinação de exercícios adequados, uma dieta rica em fibras e o uso ocasional de medicamentos adequados. São excelentes fontes de fibras os vegetais, as frutas e o farelo de cereais. Muitas pessoas consideram útil salpicar duas ou três colheres de chá de farinha integral ou de um cereal rico em fibras sobre as frutas, duas ou tres vezes ao dia. Para serem eficazes, as fibras devem ser consumidas juntamente com um grande quantidade de líquido.

Alimentos Laxativos: Frutas: Ameixa, mamão, laranja, melão, morango, abacaxi. Cerais: Aveia, pão integral, bolachas integrais, arroz integrais, macarrão integral, Outros: vegetais folhosos, feijões e frutas oleaginosas. Exemplo de Estimulantes Intestinais:

Farelo (fibrocol); Fibra dietética (Magrisan, Redicres); Mucilóide hidrifílico de psyllium (Metamucil).

São produtos de origem vegetal, são os únicos laxantes que podem ser usados por tempo prolongado. Agem lenta e suavemente e são mais seguros para promover a evacuação. Devem ser tomados com quantidade substancial de líquidos para evitar impactação e obstrução intestinal, porque atuam absorvendo água e sofrendo expansão provocando assim um aumento do volume de fezes que, por sua vez estimula o peristaltismo. São indicados para a profilaxia e tratamento da constipação.

Estimulantes do Peristaltismo

Os laxantes funcionam estimulando artificialmente o intestino grosso para esvaziá-lo, porem isto só ocorre depois do alimento e as calorias terem sido absorvidos pelo organismo. Por isso, quem usa laxantes, só está estimulando seu organismo para perder água e mais nada. Uma perda de peso pode ser notada, mas é temporária, e, está relacionada com a perda de água; assim que essa água for reposta e o corpo é re-hidratado essa perda de peso não existe mais.

O intestino delgado aonde o alimento é digerido e aonde os nutrientes e calorias são absorvidos não pode ser estimulado pelos laxantes.

Cada vez que a perda de água se processa, ela pode ser entendida pelo organismo como uma necessidade para reter água, levando a pessoa a sentir-se cada vez mais “estufada”. Nestes casos, a tendência é tomar mais laxantes, acreditando que estes eliminaram o inchaço e levarão a uma perda de peso/ não é verdade. Porque quando e onde o laxante atua, as calorias já foram absorvidas. Além disso todos os laxantes reduzem os níveis de fluido corporal, causando desidratação.

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Existem muitos efeitos a curto e alongo prazo que os laxantes podem causar no seu corpo. A seguir estamos falando sobre alguns deles, embora existam muitos outros que variam de um organismo pra outro. Transtornos no Balanço Eletrolítico: Eletrólitos são minerais como potássio sódio que estão dissolvidos no sangue e outros fluidos.Eles devem estar presentes em uma quantidade muito especifica para proporcionar o funcionamento de nervos e músculos, incluindo o músculo cardíaco.Se laxantes e enemas modificam esse balanço, isso pode resultar em tremores, câimbras musculares e espasmos; em alguns casos parada cardíaca. O coração para e ao menos que a pessoa receba um tratamento médico de urgência, ela morre. Os vômitos também causam esse distúrbio no bálano eletrolítico.

Desidratação: Laxantes e enemas removem os fluidos do corpo resultando em média ou severa desidratação.  Desidratação pode levar a fraqueza, visão turva, desmaios, tremores, danos renais e, em alguns casos morte. Alguns casos de desidratação requerem tratamento médico porque somente a ingestão de líquidos não é suficiente para hidratar células e tecidos rapidamente. Por isso é importante obter atendimento médico imediato par prevenir danos aos órgãos e morte.

Distensão do Colón ou Infecção do Colón: Existe um muco protetor que reveste o colón. Laxantes e enemas retiram este muco protetor tornando o cólon vulnerável a infecções. Enemas causam uma distensão no cólon e após algum tempo ele pode perder o tônus muscular, resultando em um cólon incapaz de fornecer as contrações musculares necessárias para mover o bolo fecal fora do seu corpo.  

Constipação: O uso constante dos laxantes causa realmente constipação. Isto pode conduzir as pessoas à  aumentarem a dosagem e/ou quantidade dos laxantes, que por sua vez  somente piora o problema da constipação.

Edema: Como demonstrado anteriormente, os laxantes causam a perda de líquidos. As mudanças ou as flutuações dramáticas no contrapeso fluido confundem os mecanismos protetores de auto-regulação , o que faz com que o corpo reaja retendo o líquido. Em conseqüência, o abuso  prolongado dos laxantes conduz freqüentemente à retenção liquida ou ao edema.

Sangramento: Pessoas que abusam dos laxantes, especialmente os do  tipo estimulante, podem desenvolver  processos hemorrágicos internos. A perda crônica do sangue associada com o abuso dos laxantes pode conduzir a anemia.

Função Intestinal Danificada: Pessoas que utilizam de forma abusiva dos laxantes do tipo estimulante, podem desenvolver danos permanentes na função intestinal.

Hipocalemia: Hipocalemia pode resultar de redistribuição do potássio do compartimento extracelular para o intracelular, deficiência dietética, perdas renais e extra renais. Na avaliação do paciente hipocalêmico, história e exame físico cuidadosos podem diagnosticar causas como efeitos de medicamentos e perdas extra-renais.

Os Estimulantes do Peristaltismo produzem acúmulo de fluídos e eletrólitos intestinais no lúmen, aumentando assim o peristaltismo e provocando a eliminação de fezes em 6 a 8 horas. São indicados para a profilaxia e o tratamento de constipação intestinal e limpeza intestinal prévia nos exames radiológicos, nas intervenções cirúrgicas e no trabalho de parto.

Exemplos Cascara-Sagrada, Sene (são extraídas de plantas, não se recomenda o uso contíno. Podem

conferir nova cor à urina); Bisacodil (Dulcolax), Picossulfato de sódio (Guttalax).

O uso excessivo de laxantes é perigoso.

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Posso tomar Bisacodil ou Antiácidos com Leite?

Não. Antiácidos ou leite e derivados interferem na dissolução da drágea. Os componentes fazem com que a drágea se dissolva mais rápido do que deveria, antes de atingir o cólon.Assim, a ação da drágea começará no local do organismo não programado para receber a ação do medicamento, o que poderá causar cólicas e desconfortos.

Os estimulantes do peristaltismo atuam primeiramente no colo, produzindo efeito em cerca de 6 horas. São geralmente tomados ao deitar a fim de produzirem o efeito na manhã seguinte. Seu uso deve limitar-se a 10 dias consecutivos.

O bisacodil pode causar mal-estar abdominal. As drágeas se deglutidas inteiras, sem mastigá-las, com um copo de água, deve-se observar o intervalo de uma hora entre a ingestão de bisacodil e de antiácido ou leite. Picosulfato sódico, as gotas, devem ser administradas diluídas com um pouco de água. É contra-indicado em diarréias e estados de desidratação. Pode-se causar dor abdominal.

Exemplo: Docusato sódico (humectol), óleo de rícino (Laxol)

Antidiarréicos

São fármacos usados no tratamento da diarréia caracterizada pela perda excessiva de fluído e eletrólitos. Este distúrbio resulta de diversas causas: infecção, fármacos, envenenamentos, alergias, lesões gastrointestinais, má-absorção, e distribuição alterada dos ácidos biliares. A diarréia é mais perigosa em crianças e idosos.

Os antidiarréicos podem ser específicos e Inespecíficos.Os antidiarréicos específicos são aqueles que atuam sobre os microorganismos patogênicos

que causam diarréia. Os antidiarréicos inespecificos são usados somente para aliviar os sintomas da diarreia. Estes medicamentos podem prolongar a diarréia, mascarar a desidratação, perfurar o intestino, ou produzir intoxicação. As demais, podem causar graves efeitos nos paciente que tomam medicamentos cardiovasculares, tranquilizantes, antialérgicos ou que sofrem de hipertensão ocular, prostática ou de refluxo. Ressalte-se que a diarreia é enfermidade que se cura espontaneamente, caso se evite a desidratação e o paciente seja alimentado adequadamente. O tratamento recomendado para administração parenteral de fluídos e eletrólitos, sobre tudo em pacientes que não podem tomar fluídos, (soluções que contem eletrólitos, glicose e aminoácidos) por via oral. A abstenção de bebidas alcoólicas ou metilxantinas constituiem adjuvante útil no tratamento da diarréia.O uso de antidiarréicos não deve excluir a hidratação oral e parenteral. Exemplo de Medicamentos:

Elixir paregórico; Difenoxilato (Lomotil) Loperamida (Imosec)

Medicamentos Antifiséticos Intestinais

Classe de medicamentos, conhecidos que tornam os líquidos digestivos menos viscosos e menos propensos a formarem bolhas. Ao evitar a formação de bolhas, faz com que os gases ocupem menos volume. Esta ação pode aliviar a distensão abdominal.

Agentes antiespuma, os antifiséticos alteram a tensão superficial dos gases intestinais. São usados também para auxiliar de diagnóstico (Gastroscopia, radiologia de intestino). A fim de impedir a formação de gases intestinais, antes de usar a dimeticona é importante submeter o paciente a uma dieta e exercícios adequados.Exemplo:

Dimeticona (Luftal)

Bloqueadores da Secreção GástricaBloqueiam a formação de secreção gástrica, diminuindo a gastrite e úlcera. Aliviam os sintomas das ulceras duodenal e gástrica em uma semana; A cícatrizaçâo pode lavar de 4 a 8 semana e, .as vezes, mais. Exemplo:

Cimetidina, Ranitidina - Por ter potência maior, e incidência menor de efeitos adversos do que a cimedidina, a ramitidina são os fármacos de escolha no tratamento de estados hipersecretórios.

Pantoprazol (Pantozol) Omeprazol (Lozec)

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Sistema Uninário

O sistema urinário

O sistema urinário tem como principal funçaõ eliminar a urina. Os órgãos que compõe o sistema urinário são os rins e as vias urinárias.

As vias urinárias compreendem o ureter, a bexiga e a uretra. Os nossos tecidos, que recebem do sangue as substâncias nutritivas, ao sangue abandonam aqueles compostos químicos tóxicos que neles se formam como resultado do complexo fenômeno da nutrição. Tais substâncias são danosas e devem ser eliminadas para não intoxicar o organismo e pôr a vida em perigo. A maior parte desses produtos é eliminada por trabalho do aparelho urinário; somente uma parte mínima é eliminada pelas glândulas sudoríparas mediante o suor.

O aparelho urinário tem a tarefa de separar do sangue as substâncias nocivas e de eliminá-las sob a forma de urina. Compõe-se ele dos rins, que filtram o sangue e são os verdadeiros órgãos ativos no trabalho de seleção das substâncias de rejeição.

Juntamente com as substâncias de rejeição, o aparelho urinário filtra e elimina também água. A eliminação de água é necessária seja porque as substâncias de rejeição estão dissolvidas no plasma, que é constituído, na sua maior parte, de água, seja porque também a quantidade de água presente no sangue e nos tecidos deve ser mantida constante.

Os Rins

Os rins extraem os produtos residuais do sangue através de milhões de pequenos filtros, denominadas néfrons, que são a unidade funcional dos rins.A urina se forma nos néfrons basicamente em duas etapas: a filtração glomerular e a reabsorção renal. O líquido extravasado é chamado filtrado . Esse filtrado contém substâncias úteis ao organismo, como água, glicose, vitaminas, aminoácidos e sais minerais diversos. Mas contém também substâncias tóxicas ou inúteis ao organismo, como a uréia e o ácido úrico. Da cápsula glomerular, o filtrado passa para os túbulos renais. O processo em que há o retorno ao sangue das substâncias úteis ao organismo presentes no filtrado é chamado reabsorção renal e ocorre nos túbulos renais. Essas substâncias úteis que retornam ao sangue são retiradas do filtro pelas células dos túbulos renais. Daí passam para os vasos capilares sanguíneos que envolvem esses túbulos.  Dos néfrons, os resíduos recolhidos são enviados através dos ureteres para a bexiga. Na bexiga impedem o retrocesso da urina.

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Como funcionam os diuréticosDiuréticos são medicamentos que auxiliam na liberação do excesso de sódio (sal) e de água. Os

diuréticos funcionam fazendo os rins expelirem mais sódio pela urina. Em troca, o sódio carrega a água do sangue. Isso reduz a quantidade de líquido nos vasos sangüíneos, o que reduz a pressão nas paredes das artérias. Os diuréticos são utilizados para tratar a pressão alta e o acúmulo de líquido no corpo que ocorre em algumas doenças, como insuficiência cardíaca congestiva, doença hepática e doença renal. Eles devem ser prescritos em conjunto com dietas de baixo teor de sódio e com mudanças no estilo de vida. Exemplo:

Hidroclorotiazida (Clorana, Diurezin); Clortalidona (Higroton); Amilorida (Diupress, Moduretic); Furosemida (Lasíx).

Os diuréticos são utilizados para tratar várias doenças. Veja a seguir as mais comuns. Pressão alta - muitos pacientes com pressão alta (hipertensão) são

tratados com diuréticos. O tratamento é particularmente eficaz quando combinado com dietas de baixo teor de sódio. Os diuréticos agem para diminuir a pressão arterial, primeiramente reduzindo o volume do sangue; entretanto, alguns diuréticos podem diminuir a pressão arterial de outras maneiras e em doses menores do que as necessárias para causar um aumento da produção de urina.

Insuficiência cardíaca - reduzindo o excesso de líquido do corpo, os diuréticos podem aliviar os edemas (inchaços por excesso de líquidos) que comumente ocorrem na insuficiência cardíaca (em inglês). Muitos pacientes com insuficiência cardíaca são tratados com diuréticos e com uma dieta com baixo teor de sódio. É importante para os pacientes com insuficiência cardíaca que tomam diuréticos terem os níveis de sal (eletrólito) cuidadosamente monitorados. Pacientes com insuficiência cardíaca que utilizam diuréticos terão que utilizar medicamentos para o resto de suas vidas.

Insuficiência renal - os diuréticos são utilizados para tratar pacientes cujos rins não funcionam normalmente, embora, às vezes, eles também possam piorar o funcionamento dos rins.

Doença hepática - os diuréticos podem ajudar no tratamento das doenças hepáticas quando há acúmulo líquido no abdômen.

Hipercalcemia - os diuréticos podem tratar os níveis excessivos de cálcio no sangue.

Diabetes insipidus - essa doença é caracterizada por sede excessiva e eliminação de grandes quantidades de urina. Alguns tipos de diuréticos diminuem o volume da urina nesses pacientes.

Antisépticos Urinários

Anti-sépticos urinários são fármacos que se concentram na urina, mas que não produzem níveis adequados no sangue. Por isso, esses agentes são primariamente úteis na prevenção ou terapêutica de infecções do trato urinário inferior, e não para pielonefrite grave ou infecção sistêmica associada (isto é, urossepticemia).  Medicamentos cuja ação é inibir ou reduzir o crescimento microbiano somente nas vias urinarias. Exemplos:

Fenazopíridina (Pyridium); Ácido nalidixico (Wintomylon); Ácido pipemídíco (Pipurol).

OcitócicosProvocam a contraçâo uterina, sendo usados para induzir o

parto a termo e o aborto, inibir a hemorragia pós-parto e pós-aborto, e provocar a involução do útero, Os agentes acitódcos são potencialmente perigosos e podem causar danos e até a morte do

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feto ou da mãe. Por isso e outros afeitos adversos, devem se adminisirados sobre rigorosa observação médica. Exemplos:

Oxitocina (Syntocinon) Ergometrina (Ergotrate)

Módulo V

Nutrição

É a ciência responsável pelo estudo dos alimentos, seus nutrientes e o próprio ato de se alimentar.

Uma alimentação saudável é baseada no equilibrio nutrticional alimentar. Uma dieta equilibrada fornece ao organismo todos os nutrientes na quantidade necessária ao seu funcionamento normal. Combinado com o consumo de alimentos que previnem doenças

e que inibem a formação e a ação de substâncias agressivas ao organismo, atuando assim diretamente no controle do peso.

O equilíbrio do organismo baseia-se nas quatro leis da boa nutrição: Qualidade, Quantidade, Harmonia e Adequação, essenciais para o seu perfeito funcionamento, evitando assim distúrbios causados por uma alimentação deficiente.

Qualidade Ingestão de alimentos nutritivos: são necessários para uma vida saudável (proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais).

Quantidade Consumo quantitativo de alimentos: são capazes de suprir as necessidades diárias de acordo com o peso, altura, idade e sexo do indivíduo.

Harmonia: Leva em consideração o equilíbrio das características organolépticas dos nutrientes, como cor, sabor, aroma e textura.

Adequação: É a adaptação da alimentação de acordo com a necessidade nutricional e particularidades individuais. (esportistas e enfermos, por exemplo).

Sais Minerais

Os Sais Minerais, parceiros das Vitaminas e aliados do organismo. São tão importantes quanto aquelas. Fazem parte do crescimento, das defesas imunológicas e são os formadores das partes sólidas do corpo. Como ossos e dentes. Além de ajudarem na formação e manutenção dos nossos tecidos, músculos, orgãos, e das células do sangue. Também previnem doenças e alguns problemas relacionados ao ossos e mal funcionamento dos orgãos. Além de aumentar a expectativa de vida, contribuir para uma boa aparência, e melhoram o metabolismo, combatendo fadiga e stress.

O organismo não produz sais minerais, sendo preciso a sua ingestão diariamente. Os Sais Minerais não possuem classificação ou divisão, os principais são: Cálcio, Cromo, Cobre, Flúor, Iodo, Ferro, Magnésio, Manganês, Molibdênio, Fósforo, Selênio,

Zinco, Sódio, Potássio. Existem ainda outros minerais, como enxofre, silício, cloro, cobalto, Arsênico, Boro, Níquel.

Para ser saudável, o organismo necessita de certa quantidade de sais minerais, que são encontrados nos alimentos. A falta ou excesso desses componentes podem causar sérios danos à saúde. Agora veremos os principais sais minerai no organismo humano.

Cálcio : Tem um papel essencial a quase todas funções do organismo, como: Coagulação do sangue, oxigenação dos tecidos, transmissão dos impulsos nervosos, regularização dos batimentos cardíacos e equilíbrio de ferro no organismo. E principalmente na formação de ossos e dentes, indispensável na dieta de recém-nascidos, crianças e gestante. Previne a osteoporose. Fontes: Leite, queijo, iogurte, legumes verdes, cereais integrais, grãos, nozes (amendoin, castanha, etc), milho, soja, tofu (queijo soja), repolho chinês, couve, brócolis.Fontes: Leite, queijo, iogurte, legumes verdes, cereais integrais, grãos, nozes (amendoin, castanha, etc),

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milho, soja, tofu (queijo soja), repolho chinês, couve, brócolis, Carência: Causa deformação óssea; enfraquecimento dos dentes.Excesso: Pode causar pedras nos Rins, hipercalcemia, síndrome álcalina do leite, e Insuficiência renal.

Cromo: Ajuda manter níveis de glicose do sangue normais.Fontes: Alguns cereais, carnes vermelha, aves, peixe, cerveja. Carência causa raquitismos em crianças; osteomalácia (amolecimento dos ossos) em adultos; deformações na coluna e Osteoporose. Excesso: Causa falência renal crônica.

Cobre: Componente de enzimas em metabolismo férreo. Age na formação da hemoglobina (pigmento vermelho do sangue) e da mielina (substância do sistema nervoso) e do colágeno, auxilia na luta contra infecções.

Fontes: fígado, rim, coração (bovino), ostra, vegetais verdes, soja, frutas secas, pêra, caranguejo, lagosta, frutos do mar, nozes, sementes, cereais de trigo, produtos de grão integrais, produtos de cacau.Carência: dificulta a absorção de ferro pelo organismo.Excesso: Pode causar Distúrbio Gastrointestinal, e danificar o fígado.

Flúor: Ajuda a formar e proteger os dentes, previnindo as cáries dentárias, e o desgaste dos ossos, previnindo a osteoporose. Fontes: Água com Flúor, chás, peixe marinho, produtos dentais com Flúor, agrião, alho, aveia, brócolis, beterraba, cebola, couve-flor, maçã, trigo integral.Carência: Ajuda a desenvolver cáries dentárias.Excesso: Esmalte e Fluorose do esqueleto.

Iodo: É indispensável ao bom funcionamento da tiróide. Componente dos hormônios tiróides; e previne papo e cretinismo (doença relacionada a tiróide).Fontes: No Brasil com em outros países, o iodo é acrescentado ao sal de cozinha. Suprindo a maioria das necessidades. Sal iodado, produtos marinhos, alguns vegetais.Carência: Causa o Bócio, doença relacionada a problemas na tiróide. Com o crescimento do papo. Excesso: Elevada concentração de hormônio estimulante Tiróide (TSH). Nota: Indivíduos com auto-imune doença da tiróide, deficiência de iodo prévia, ou papo nodular são distintamente suscetíveis ao efeito adverso de ingestão de iodo em excesso. Então, indivíduos com estas condições podem não ser protegidos pelo limite máximo de ingestão de iodo para a população geral.

Ferro: É um componente da formação da hemoglobina e de numerosas enzimas, na oxigenação das células e no equilíbrio metabólico, no transporte de oxigênio dos pulmões para as células e na condução de gás carbônico das células para os pulmões; previne anemia de hipocromica microcítico ou anemia. Muito comum em mulheres. O ferro pode ser armazenado pelo organismo. Fontes: fígado, rim, coração, gema de ovo, aspargo, leguminosas, cereais integrais, verduras, nozes, frutas secas, vegetais, azeitonas, carne bovina.Carência: Causa Anemia. Excesso: Provoca distúrbio Gastrointestinal.

Magnésio: Cofator para o sistema de enzimas. Regulas as células nervosas, ajuda na formação de anticorpos e no alívio do stress. Atua na formação dos tecidos, ossos e dentes; ajuda a metabolizar os carboidratos; controla a excitabilidade neuromuscular.Fontes: Verduras folhas verdes escura (agrião, espinafre), grãos ásperos, nozes, carne, gomas, leite, frutas cítricas, leguminosas, gema de ovo, salsinha, cebola, tomate, mel.Carência: provoca extrema sensibilidade ao frio e ao calor.

Manganês: Envolvido na formação de osso e tendões, como também em enzimas envolvidas em aminoácidos (proteínas), colesterol, e metabolismo de carboidrato.Fontes: grãos integrais, nozes, legumes, frutas, chá, folhas de beterraba. Carência: não determinada.Excesso: Elevada concentração no sangue neurotoxicidade.

Fósforo: Faz parte construção dos ossos e dentes, da estrutura das membranas celulares, permite a estocagem e a liberação rápida de energia, e participa de várias reações químicas em nosso corpo. O fósforo e o cálcio precisam estar equilibrados em suas quantidades, pois essa

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relação é que permite desempenharem suas funções. Mais a Vitamina D combate o raquitismo.Fontes: Leite, iogurte, sorvete, queijo, ervilhas, carne, ovos, alguns cereais e pães. Carência: Causa uma maior probabilidade de ocorrência de fraturas, músculos atrofiados; alterações nervosas; e o raquitismo.Excesso: pode interferir com absorção de cálcio, Calcificação Metastático, porosidade de esqueleto (dos ossos).Nota: Atletas e outros com despesa de energia alta freqüentemente consomem quantias de alimentos maior que o Limite Recomendado sem efeito aparente.

Selênio: Ajuda na defesa oxidação acentuada, auxiliando na luta contra os radicais livres; protege o coração; regula ação do hormônio da tiróide, e a redução e estado de oxidação (radicais livres) de vitamina C e outras moléculas.Fontes: Miúdos bovinos (fígado, rim, etc), frutos do mar, cereais integrais, germe de trigo, e algumas plantas (dependendo de conteúdo de selênio da terra).Carência: em estudo.Excesso: Causa ao cabelo e a unha, fragilidade e perda.

Zinco: Componente de múltiplas enzimas e proteínas; participa no metabolismo das proteínas e carboidratos; atua no controle cerebral dos músculos; ajuda na respiração dos tecidos; Combate a acne, ajuda na cicatrização de feridas, estimula as defesas imunitárias.Fontes: Carnes vermelhas, fígado, peixe, ostra, sardinha, ovo, leguminosas, nozes, aveia. Carência: Diminui a produção de hormônios masculinos, favorece o diabete e provoca alteração no paladar.Excesso: Reduz a quantidade o Cobre no organismo. Nota: Absorção de zinco é mais baixa para esses que consomem dietas vegetarianas, do que para essas dietas não-vegetarianas. Então, foi sugerido que a exigência de zinco para esses que consomem uma dieta vegetariana é aproximadamente o dobro a mais que para os que consomem uma dieta não-vegetariana.

Sódio: Regula os líquidos no organismo, a pressão sanguínea, influi nas contrações musculares e nos impulsos nervosos. impede o endurecimento do cálcio e do magnésio, o que pode formar cálculos biliares ou nefríticos; previne a coagulação sangüínea.Fontes: Principalmente Sal de cozinha, peixes e carnes defumadas, embutidos (salame, frios, salsicha), vegetais (salsão, cenoura, agrião e cebolinha verde), ovos, queijo, nozes, aveia.Carência: Pode causar cãinbras e retardamento na cicatrização das feridas.Excesso: Causa a pressão alta, com risco de ataque cardíaco. Pode aumentar a quantidade de cálcio excretada pela urina.

Potássio: Atua associado com o sódio no equilíbrio de água, transmissão de impulsos nervosos, regulariza as batidas do coração e o sistema muscular, contribui para a formação da célula.Fontes: frutas, leite, carnes, cereais, vegetais e legumes.Carência: Diminuição da atividade muscular, inclusive a do coração.

Fósforo: Faz parte construção dos ossos e dentes, da estrutura das membranas celulares, permite a estocagem e a liberação rápida de energia, e participa de várias reações químicas em nosso corpo. O fósforo e o cálcio precisam estar equilibrados em suas quantidades, pois essa relação é que permite desempenharem suas funções. Mais a Vitamina D combate o raquitismo.Fontes: Leite, iogurte, sorvete, queijo, ervilhas, carne, ovos, alguns cereais e pães. Carência: Causa uma maior probabilidade de ocorrência de fraturas, músculos atrofiados; alterações nervosas; e o raquitismo.Excesso: pode interferir com absorção de cálcio, Calcificação Metastático, porosidade de esqueleto (dos ossos).Nota: Atletas e outros com despesa de energia alta freqüentemente consomem quantias de alimentos maior que o Limite Recomendado sem efeito aparente.

Selênio: Ajuda na defesa oxidação acentuada, auxiliando na luta contra os radicais livres; protege o coração; regula ação do hormônio da tiróide, e a redução e estado de oxidação

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(radicais livres) de vitamina C e outras moléculas.

Fontes: Miúdos bovinos (fígado, rim, etc), frutos do mar, cereais integrais, germe de trigo, e algumas plantas (dependendo de conteúdo de selênio da terra).Carência: em estudo.Excesso: Causa ao cabelo e a unha, fragilidade e perda.

Zinco: Componente de múltiplas enzimas e proteínas; participa no metabolismo das proteínas e carboidratos; atua no controle cerebral dos músculos; ajuda na respiração dos tecidos; Combate a acne, ajuda na cicatrização de feridas, estimula as defesas imunitárias.Fontes: Carnes vermelhas, fígado, peixe, ostra, sardinha, ovo, leguminosas, nozes, aveia. carência: Diminui a produção de hormônios masculinos, favorece o diabete e provoca alteração no paladar.Excesso: Reduz a quantidade o Cobre no organismo. Nota: Absorção de zinco é mais baixa para esses que consomem dietas vegetarianas, do que para essas dietas não-vegetarianas. Então, foi sugerido que a exigência de zinco para esses que consomem uma dieta vegetariana é aproximadamente o dobro a mais que para os que consomem uma dieta não-vegetariana.

Sódio: Regula os líquidos no organismo, a pressão sanguínea, influi nas contrações musculares e nos impulsos nervosos. impede o endurecimento do cálcio e do magnésio, o que pode formar cálculos biliares ou nefríticos; previne a coagulação sangüínea. Fontes: Principalmente Sal de cozinha, peixes e carnes defumadas, embutidos (salame, frios, salsicha), vegetais (salsão, cenoura, agrião e cebolinha verde), ovos, queijo, nozes, aveia. Carência: Pode causar cãinbras e retardamento na cicatrização das feridas.Excesso: Causa a pressão alta, com risco de ataque cardíaco. Pode aumentar a quantidade de cálcio excretada pela urina.

Potássio: Atua associado com o sódio no equilíbrio de água, transmissão de impulsos nervosos, regulariza as batidas do coração e o sistema muscular, contribui para a formação da célula.Fontes: frutas, leite, carnes, cereais, vegetais e legumes.Carência: Diminuição da atividade muscular, inclusive a do coração. A carência de sais minerais pode ser suprida com alimentação adequada ou por meio de medicamentes, como:

Cloreto de cálcio (Solução coloidal de cálcio simples) Cloreto de potássio

Apetite

O apetite é o desejo de comer, alimentar-se, a fome sentida. O apetite existe em todas as formas de vida, e serve para regular uma ingestão adequada da energia necessária para manter o metabolismo. É regulado por uma interação próxima entre o aparelho digestivo, tecido adiposo e o cérebro. A diminuição patológica do desejo de comida é denominada anorexia, enquanto que polifagia é o aumento da vontade de comer. A má regulação do apetite contribui para a anorexia nervosa, bulimia nervosa, caquexia, comer compulsiva ou excessivamente. A falta de apetite (inapetência) também pode ser sintoma de algumas doenças.Estimulantes do apetite são medicamentos utilizados para aumentar o apetite, em casos de carência nutricional. Exemplo:

Ciproeptadina (Periantin).

Vitaminas

As vitaminas estão presentes nos alimentos, por isso, uma refeição balanceada que supre as necessidades diárias do organismo. Em algumas situações, porem é necessário complementar a alimentação com vitaminas, seja em forma de comprimidos, xaropes, ou injetáveis.

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As vitaminas são compostos orgânicos, presentes nos alimentos, essenciais para o funcionamento normal do metabolismo, e em caso de falta pode levar a doenças. Não podem ser digeridas pelo ser humano, exceto em quantidades não suficientes. A disfunção de vitaminas no corpo é chamada de hipovitaminose ou avitaminose. O excesso pode trazer problemas, no caso das vitaminas lipossolúveis, de mais difícil eliminação, é chamado de hipervitaminose. Atualmente é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes.

As vitaminas podem ser classificadas em dois grupos de acordo com sua solubilidade. Quando solúveis em gorduras, são agrupadas como vitaminas lipossolúveis e sua absorção é feita junto à da gordura, podendo acumular-se no organismo alcançando níveis tóxicos. São as vitaminas A, D, E e K. Já as vitaminas solúveis em água são chamadas de

hidrossolúveis e consistem nas vitaminas presentes no complexo B e a vitamina C. Essas não são acumuladas em altas doses no organismo, sendo eliminada pela urina. Por isso se necessita de uma ingestão quase diária para a reposição dessas vitaminas.

Algumas vitaminas do Complexo B podem ser encontradas como co-fatores de enzimas, desempenhando a função de coenzimas.Apesar de precisarem ser consumidas em pequenas quantidades, se houver deficiência de algumas vitaminas, estas podem provocar doenças específicas, como: ´

Beribéri : é uma doença provocada pela falta de vitamina B1 no organismo, o que provoca fraqueza muscular e dificuldades respiratórias;

Escorbuto : é uma doença que tem como primeiros sintomas hemorragias nas gengivas, tumefação purulenta das gengivas (inchaço com pus), dores nas articulações, feridas que não cicatrizam, além de desestabilização dos dentes. É provocada pela carência grave de vitamina C na dieta;

Raquitismo: é uma doença decorrente da mineralização inadequada do osso em crescimento, ou seja, da placa epifisária. A causa predominante é a deficiência de vitamina D, seja por exposição insuficiente à luz solar ou baixa ingestão através da dieta; mas a deficiência de cálcio na dieta também pode gerar um quadro de raquitismo;

Xeroftalmia : É uma doença caracterizada pela não-produção de lágrimas e por dificuldades de visão, principalmente durante a noite. É uma avitaminose causada pela falta da vitamina A

Classificação das VitaminasMuitas substâncias já foram consideradas essenciais aos seres humanos, mas com o tempo

descobriu-se que não eram, embora possam ter mantido o nome "vitamina". As vitaminas atualmente consideradas essenciais aos humanos são as seguintes: Hidrossolúveis: As vitaminas hidrossolúveis são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório para os tecidos em que serão utilizadas. Como o organismo não tem capacidade para as armazenar, o excesso desse tipo de vitaminas é secretado (principalmente na urina). Deste modo, as vitaminas hidrossolúveis necessitam de reposição diária. Alguma vitaminas hidrossolúveis:Tiamina (vitamina B1):Fonte Natural: fígado, ervilha, leite, legumes, gema de ovo e carne de porco.

Riboflavina (Vitamina B2):Fonte Natural: carne, ovos, fígado, ervilha e feijão.

Ácido pantotênico (vitamina B5) :Fonte Natural: brócolis, carne bovina magra, leite desnatado, batata doce e melaço

Piridoxina, piridoxamina e piridoxal (Vitamina B6):Fonte Natural: fígado, ervilhas, leite, gema de ovo, carnes e peixes

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Ácido fólico : Fonte Natural: carnes, verduras escuras, cereais, feijões e batatas.

Cobalamina (vitamina B12):Fonte Natural: fígado, carne vermelhas, peixes, ovos e leites. Exemplo: Rubranova

Ácido Ascórbico (vitamina C): Fonte Natural: Acerola, Mamão, Laranja, Limão, Melão Brócolis, Morangos, Manga, Kiwi,

Biotina (vitamina Bh): Ela age diretamente na formação da pele e indiretamente na utilização dos hidratos de carbono (açúcares e amido) e das proteínas. A carência de biotina causa furunculose, seborréia do couro cabeludo e eczema.Fonte Natural: pólen de flores, germen de trigo, levedo, nozes, alfafa germinada, laranja, melão e iogurte.

Niacina (vitamina PP): desempenham importante papel no metabolismo energético celular e auxiliam na produção de hormônios esteróides através das glândulas supra-renais, como os hormônios sexuais e os relacionados ao estresse.Fonte Natural: São encontradas principalmente na levedura, no fígado, nas aves, nas carnes magras, no leite e nos ovos, nas frutas secas, nos cereais integrais e em vários legumes, frutas e verduras (como o brócolis, o tomate, a cenoura, o aspargo, o abacate e a batata-doce).

Vitamina Lipossolúveis

Este tipo de vitaminas necessita do auxílio de gorduras para serem absorvidas. O organismo pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis do que de hidrossolúveis. As vitaminas lipossolúveis mais importantes são: A, D, E, K. As vitaminas A e D são armazenadas principalmente no fígado, a vitamina E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O organismo consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K. Ingeridas em excesso, algumas vitaminas lipossolúveis podem alcançar níveis tóxicos no interior do organismo. Vejamos algumas funções e suas fontes:

Vitamina A: exerce numerosas funções importantes no organismo, como ação protetora na pele e mucosas, defesa contra as infecções, desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial. Contribui para o desenvolvimento normal dos dentes e a conservação do esmalte e bom estado dos cabelos. Protege a área respiratória, é essencial na gravidez e lactação, importante para assimilação das gorduras, para a glândula tireóide, fígado e supra-renais, protege a vitamina C contra oxidações, favorecendo a sua assimilação pelo organismo. Fonte Natural: Abacate, Abóbora, Acelga, Brócolis, Broto de alfafa, Caju, Cenoura, Escarola, Espinafre, Mamão, Manga, Melão, Pêssego, Fígado de aves e outros animais, etc.

Vitmina D: é uma vitamina que promove a absorção de cálcio (após a exposição à luz solar), essencial para o desenvolvimento normal dos ossos e dentes, atua também, como recentemente descoberto, no sistema imune, no coração, no cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas.

Fonte Natural: os óleos de fígado de peixe e os peixes de água salgada, sardinhas, o arenque, o salmão e a sarda. Os ovos, a carne, o leite e a manteiga também contêm pequenas quantidades. As plantas são fontes fracas e a fruta e os frutos secos não têm qualquer vitamina D. A quantidade de vitamina D no leite humano é insuficiente para cobrir as necessidades infantis.

Vitamina E: Ela previne o dano celular ao inibir a peroxidação lipídica, a formação de radicais livres e doenças cardiovasculares. Melhora a circulação sanguínea, regenera tecidos e é útil no tratamento de seios fibrocísticos, tensão pré-menstrual e claudicação intermitente.

Fonte Natural: A vitamina E é obtida pelas plantas através da luz solar. Boas fontes de vitamina E são sementes de girassol, nozes, amendoim e germe de trigo.

Vitamina K: A vitamina K é necessária principalmente para o mecanismo da coagulação sanguínea, que nos protege de sangrar até à morte a partir de cortes e feridas, bem como contra as hemorragias internas. A vitamina K é essencial para a síntese da protrombina, uma proteína que converte o fibrinogénio solúvel em circulação no sangue numa proteína bastante insolúvel chamada fibrina, o componente principal de um coágulo sanguíneo.

Fonte Natural: A vitamina K é encontrada em vegetais (como espinafre, alface, repolho, soja e

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brócolis), óleos vegetais, farelo de trigo, carnes, cereais, frutas (com abacate, kiwi e banana), laticínios, e ovos.

As vitaminas são substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades como coenzimas ou enzimas, em processos metabólicos distintos que são fundamentais para o funcionamento normal do organismo. Em condições normais, o seu aporte ao organismo faz-se, basicamente, através da ingestão de alimentos. Porém, existem situações em que os requisitos vitamínicos não são supridos e, logo, justificam a sua utilização terapêutica.

A avitaminose é um processo que se desenvolve progressivamente, até ao esgotamento das reservas vitamínicas, acompanhado por alterações bioquímicas, funcionais e, por último, lesões anatómicas. As vitaminas podem ser indicadas para prevenir, curar e como terapêutica farmacológica. Não obstante, é essencial realizar uma história clínica exaustiva, exame físico, estudo da dieta alimentar, etc., para justificar ou provar a existência de uma deficiência vitamínica e, por conseguinte, assegurar a obtenção do efeito terapêutico esperado em cada situação clínica.Porém, a existência de uma avitaminose não é absolutamente necessária para comprovar a utilidade das vitaminas em doses

elevadas. Com efeito, encontra-se bem documentado o benefício da administração de doses terapêuticas de vitaminas no tratamento de: inflamações e dor, determinados tipos de anemia, algumas alopecias, hemorragias, consolidação de fracturas, algumas perturbações oculares e auditivas, ou como antioxidantes para a prevenção de perturbações crónicas degenerativas.

Módulo VI

DIABETES

Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose ou açúcar no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde.

O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado insulina. Este hormônio é responsável pela regulação da glicemia (glicemia: nível de glicose no sangue).

Quando não tratada adequadamente, causa doenças tais como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações. Embora ainda não haja uma cura definitiva para o Diabetes, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador. O Diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil (aproximadamente 22 milhões de pessoas)

Causas e Fisiopatologia

Existem dois mecanismos fundamentais:

Falta de insulina. Nestes casos, o pâncreas não produz insulina ou a produz em quantidades muito baixas. Com a falta de insulina, a glicose não entra nas células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades. Para esta situação, os médicos chamaram esse tipo de Diabetes de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM tipo 1).A diabetes mellitus do tipo I é também caracterizada pela produção de anticorpos à insulina (doença auto-imune). É muito recorrente em pessoas jovens, e apresenta sintomatologia definida, onde os enfermos perdem peso.

Mau funcionamento ou diminuição dos receptores das células beta responsáveis pelo transporte de glicose para dentro da célula . Nestes casos, a produção de insulina pode estar ou não normal. Mas

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como os receptores (portas) não estão funcionando direito ou estão em pequenas quantidades, a insulina não consegue promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando também as concentrações da glicose na corrente sanguínea. A esse fenômeno, os cientistas chamaram de "resistência à insulina". Para esse segundo tipo de Diabetes, o médicos deram o nome de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2).

Genética

Como a insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células musculares e de gordura, mas não células do sistema nervoso central), a sua deficiência ou a insensibilidade de seus receptores desempenham um papel importante em todas as formas da diabetes mellitus.

Ambos os tipos 1 e 2 podem ser herdáveis, portanto a DM1 (Diabetes Mellitus tipo 1) é a mais característica em quesito de herança genética, atingindo de 5-10% de todos os casos de DM (o que é uma boa notícia tendo em vista a sua menor complexidade de tratamento) sendo a disfunção do pâncreas na produção de insulina a sua causa superior. É desencadeada muito cedo, atingindo a faixa etária dos jovens, justamente pelo fator genético (apesar de isto não ser uma regra, por exemplo, existem genes que demoram anos para serem expressos, outros que nunca o serão; o estilo de vida está lado a lado com a expressão gênica).

A DM2 (Diabetes Mellitus tipo 2), entretanto, é desencadeada normalmente por hábitos não saudáveis, sendo a chance de adquiri-la maior com o avanço da idade (tendo como causa principal a auto-imunidade das células à insulina, tornando o tratamento difícil), não sendo característica da herdabilidade. Acomete principalmente os obesos, hipertensos e dislipidêmicos (que compreendem de 90-95% de todos os casos de DM).

DiagnósticoA diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente, e é diagnosticada

ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintes: Nível plasmático de glicose em jejum maior ou igual a 100 mg/dL em duas ocasiões. Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL duas horas após uma dose de 75g de

glicose oral como em um teste de tolerância à glicose em duas ocasiões. Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL associados a sinais e sintomas

típicos de diabetes.

O Diabetes Melito Gestacional possui critérios de diagnóstico diferentes

Diabetes Mellitus Tipo 1

O tipo de alimentação, o estilo de vida, etc. não têm qualquer influência no aparecimento deste tipo de diabetes. Normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes.

Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1 a qual se apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças. Este tipo de diabetes se conhecia como diabetes mellitus insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina. A quantidade de injeções diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de ação lenta ou rápida: a de ação lenta é ministrada ao acordar e ao dormir; a de ação rápida é indicada logo após grandes refeições.

Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, a alimentação e o exercício.

Sobre a alimentação é preciso ter vários fatores em conta. Apesar de ser necessário algum rigor na alimentação, há de lembrar que este tipo de diabetes atinge essencialmente jovens, e esses jovens estão muitas vezes em crescimento e têm vidas ativas. Assim, o plano alimentar deve ser concebido com isso em vista, uma vez que muitas vezes se faz uma dieta demasiado limitada para a idade e atividade do doente. Para o dia a dia, é desaconselhável a ingestão de carboidratos de ação rápida (sumos, bolos, cremes) e incentivado os de ação lenta (pão, bolachas, arroz, massa…) de modo a evitar picos de glicemia.

Muitas vezes se ouve que o diabético não pode praticar exercício. Esta afirmação é completamente falsa, já que o exercício contribui para um melhor controle da diabetes, queimando excesso de açúcar, gorduras e melhorando a qualidade de vida. Por vezes, torna-se necessário dobrar um pouco as regras: para praticar exercícios que requerem muita energia é preciso consumir muita energia, ou seja, consumir carboidratos lentos e rápidos.

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Diabetes Mellitus Tipo 2

Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão.

Desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade e idosos; anteriormente denominada diabetes do adulto, diabetes relacionada com a obesidade, diabetes não insulino-dependente. Vários fármacos e outras causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes. É muito frequente a diabetes tipo 2 associada ao uso prolongado de corticoides.

A diabetes gestacional Intolerância a carboidratos.

Algumas mulheres desenvolvem diabetes durante a gravidez (24-26 semanas de gravidez). Podem sentir edemas, tonturas, falta de ar. O diabetes gestacional pode desaparecer após o nascimento do bebê, ou após, alguma podem desenvolver diabetes tipo 2. Para o controle utilizam-se inicialmente uma dieta apropriada, se a glicemia não baixar aos valores pretendidos em aproximadamente 2 semanas de díeia, inicia-se com insulina.

O uso de antidiabéticos orais é contra indicado.também envolve uma combinação de secreção e responsividade de insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Ela se desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida.

A diabetes mellitus gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% a 5% de todas as gravidezes. Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia feta l (peso elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita. É tratada com insulina.

Outros tipos de diabetes 5% de todos os casos diagnosticados:

Defeito genético nas células beta.

Resistência à insulina determinada geneticamente.

Doenças no pâncreas.

Causada por defeitos hormonais.

Causada por compostos químicos ou fármacos.

Infecciosas (rubéola congênita, citamegalovírus e outros).

Outras síndromes genéticas algumas vezes associadas com diabetes (síndrome de Down;

síndrome de Klinefelter, Síndrome de Turner, síndrome de Wolfram, ataxia de Friedreich e

outras).

Sinais e Sintomas

A tríade clássica dos sintomas da diabetes:

poliúria (aumento do volume urinário), polidipsia (sede aumentada e aumento de

ingestão de líquidos), polifagia (apetite aumentado).

Pode ocorrer perda de peso. Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente no tipo 1, particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser sutil ou completamente ausente — assim como pode se desenvolver muito mais lentamente — no tipo 2. No tipo 1 pode haver também perda de peso (apesar da fome

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aumentada ou normal) e fadiga. Estes sintomas podem também se manifestar na diabetes tipo 2 em pacientes cuja diabetes é mal controlada. Outros sintomas:

Feridas que não se cicatrizam;

Infecções vaginas;

Mãos e pés adormecidos;

Visão turva;

Encontro casual de: Hiperglecemia/glicosúria;

Fraqueza, cansaço frequente.

PARA NAO ESQUECER: quando supeitar de DIABETES

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Patofisiologia da Glicosúria

Quando a concentração de glicose no sangue está alta (acima do limiar renal), a reabsorção de glicose no túbulo proximal do rim é incompleta, e parte da glicose é excretada na urina (glicosúria).

Complicações Agudas Hiperglicemia Coma diabético Amputação

Pessoas portadoras de diabetes são propensas a terem problemas nos pés devido às complicações dessa doença. O diabetes causa danos aos vasos sangüíneos e nervos. Essas alterações podem resultar numa diminuição da capacidade de sentir trauma ou pressão no pé. Uma lesão no pé pode passar desapercebida até que se desenvolva uma infecção grave. Além disso, o diabetes altera o sistema imune, diminuindo conseqüentemente sua capacidade de combater infecções. Pequenas infecções podem evoluir rapidamente até chegar à morte da pele e de outros tecidos (necrose), tornando-se necessária a amputação.

A diabetes pode apresentar complicações agudas ou crônicas. As agudas podem no ser fígado, pâncreas, rins: Hiperglicemia, glicosúria, desidratação, hipoglicemia , (perda de tonicidade das articulações).

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As crónicas: microangiopatia, retinopatias, cataratas, neuropatias, nefropatias, infecções.

Condições de Risco• Idade >40 anos• Histórico familiar• Obesidade (andróide)• DCV antes dos 50 anos ou fatores de riscos (hipertensão, stress, cigarro, sedentarismo),• Mães de RN > 4 kg• Drogas diabetogênicas.

TratamentoO tratamento é baseado em cinco conceitos:

Conscientização e educação do paciente, sem a qual não existe aderência. Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente. Vida ativa, mais do que simplesmente exercícios. Medicamentos: Hipoglicemiantes orais e Insulina Monitoração dos níveis de glicose e hemoglobina glicada.

Prevenção

Como pouco se sabe sobre o mecanismo exato pelo qual a diabetes tipo 1 se desenvolve, não existem medidas preventivas disponíveis para esta forma de diabetes. Alguns estudos atribuíram um efeito de prevenção da amamentação em relação ao desenvolvimento da diabetes tipo 1. Os riscos da diabetes tipo 2 podem ser reduzidos com mudanças na dieta e com o aumento da atividade física.

Prevenção das Complicações

De fato, quanto melhor o controle, menor será o risco de complicações. Desta maneira, a educação do paciente, entendimento e participação é vital. Os profissionais da saúde que tratam diabetes também tentam conscientizar o paciente a se livrar certos hábitos que sejam prejudiciais à diabetes. Estes incluem o tabagismo, colesterol elevado (controle ou redução da dieta, exercícios e medicações), obesidade (mesmo uma perda modesta de peso pode ser benéfica), pressão sanguínea alta (exercício e medicações, se necessário) e sedentarismo.

Antidiabéticos

São fármacos utilizados para regular a glicemia. Incluem insulina, hipoglicemiantes orais e hiperglicemiantes. Os hipergiiceminantes são usados no tratamento de hipoglicemia. A insulina e os hipoglicemiantes orais são empregados no controle de diabetes melito.

A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, que ajuda o organismo a utilizar a glicose (açúcar) para produzir a energia. O não funcionamento correio do hormônio faz com que a glicose se acumule no sangue e não seja bem aproveitado pelo organismo. A insulina permeabiliza a membrana celular permitindo a penetração da glicose pam dentro da célula.

Insulina

A Insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o ingresso de glicose nas células. Ela também é essencial no consumo de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras).

É produzida nas ilhotas de Langerhans, células do pâncreas endócrino.Quando a produção de insulina é deficiente, a glicose se acumula no sangue e na urinaPor mais que seja desagradável aplicar em si mesmo uma injeção, isso não se compara às

complicações devastadoras a longo prazo que a diabetes descontrolada pode causar. a insulina sempre foi vista como o final da linha, em que não há mais esperança. Isso definitivamente não é verdade.

Para compreender a necessidade de insulina, lembre-se da natureza progressiva e crônica da diabetes. Você precisa se lembrar de que o inimigo não é a insulina, mas os níveis descontrolados de glicose e precisa ficar de olho na principal meta: uma vida sem complicações de diabetes.

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As injeções de insulina, embora desagradáveis, tiveram um papel importante no controle da diabetes.

A insulina será sempre necessária no tratamento do Diabetes Tipo 1, e seu uso deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico.

As necessidades diárias de insulina variam de acordo com a idade, rotina diária, padrão alimentar.

O tipo 2 (não insulino-dependente), que atinge entre 80% e 90% dos diabéticos, ocorre na grande maioria dos casos entre os adultos. Neste tipo de diabetes a produção de insulina pelo pâncreas é normal, mas os tecidos do corpo se tornam resistentes à ação da insulina, impedindo a absorção da glicose pelo organismo, elevando, assim, a taxa de açúcar na corrente sanguínea.

Quando a quantidade de insulina se reduz muito, o paciente precisa tomar injeções de insulina (tanto do Tipo 1 como do Tipo 2 ), em geral duas ou mais vezes por dia, de modo a equilibrar a taxa de glicose no sangue. As causas do diabetes infelizmente ainda não são conhecidas. Estudos recentes revelam que há uma maior incidência de fatores hereditários no diabetes tipo 2.

As preparações de insulinas são extraidas do pâncreas bovino ou suíno, ou misturada de ambos ou obtida síntese. Escolhemos abordar neste texto os tipos de insulina: Regular, NPH, Ultra-rápida, e a Lenta, ambas de origem humana, por serem as utilizadas pela grande maioria das pessoas.

Tipos de Insulina

Regular: também chamada de insulina de ação rápida. Seu início de ação leva de 30 minutos a uma hora, o pico máximo de atividade ocorre de 2 a 3 horas depois e a duração da ação vai de 4 a 6 horas. É usada quando um ação rápida é necessária, como na cetoacidose diabética. Pode ser misturada com a insulina NPH.

A figura 1 demonstra a ação da insulina regular:

Se a insulina regular é administrada às 7 horas da manhã, sua ação máxima será por volta das 9 horas e a duração de atividade será até as 11 horas

NPH: é a insulina de ação intermediária. Inicia sua ação em 30 minutos a uma hora e meia, com pico máximo de ação em 4 a 7 horas, podendo a duração alcançar 14 a 18 horas após a aplicação.

A figura 2 demonstra a ação da insulina NPH:

 

Se a insulina NPH for aplicada às 7 horas da manhã, seu pico máximo de ação ocorrerá por volta das 13 horas, com duração máxima até as 19 horas.

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Uma grande vantagem dessas insulinas humanas, regular e NPH é que elas podem ser misturadas em uma única aplicação.

Insulinas ultra-rápidas - Início de ação: 10 a 15 minutos; pico de ação: 30 a 90 minutos; duração de ação: 3 a 6 horas. Cor: transparente. Exemplo: insulina lispro (Humalog ®) e insulina aspart (Novorapid ®), e, em breve: insulina glulisina. Equilibra a glicemia após as refeições.

Insulinas lentas - Início de ação: 2 horas; pico de ação: não faz pico (nível de ação constante, por isso causam menos hipoglicemia); duração de ação: 18 a 24 horas. Exemplo: insulina glargina (Lantus ®) e insulina detemir (Levemir ®).

A maior parte das insulinas disponíveis hoje no mercado brasileiro é do tipo “humana”, ou seja, são insulinas fabricadas em laboratório mas exatamente iguais à insulina produzida pelo próprio corpo humano. Em alguns lugares, ainda se pode encontrar insulinas animais (bovinas ou suínas), mas sua utilização é bastante restrita.

A forma, quantidade e periodicidade de aplicação das insulinas vai depender de cada caso, de cada pessoa, do modo como cada um responde ao tratamento e deve ser minuciosamente discutido e decidido em conjunto com o médico.

Reações adversas do uso de insulina: hipoglicemia.

Para aplicação alguns passos importantes: Homogeneizar a insulina (na mão). Antes de colocar agulha no frasco de insulina limpar, a tampa com álcool 70° GL. Colocar a agulha em ângulo de 90° Não aplicar a insulina gelada (fria), pois pode arder Guardar em temperatura de 2 a 8°C. Deve ser aplicada meia hora antes das refeições.

Após a aplicação de insulina não se aconselha: Fazer exercícios físicos; Massagens no local; Banho quente ou calor no local.

Técnicas de Aplicação da Insulina

Guardar a insulina dentro da geladeira, de preferência na porta ou na gaveta de verduras e legumes. Sempre longe do congelador.

Lavar as mãos. Juntar o material (algodão, álcool, seringa, agulha e insulina). Agitar suavemente ou rolar o frasco de insulina entre as mãos. Limpar a tampa de borracha do frasco com algodão embebido em álcool. Introduzir ar na seringa de acordo com a dosagem prescrita e injetar no frasco de insulina.

Cuidado para não contaminar a seringa e a agulha. Virar o frasco e aspirar a insulina desejada. Bater suavemente com os dedos na seringa para retirar as bolhas de ar e acertar a dosagem. Limpar o local onde será aplicada a insulina com algodão embebido em álcool. Fazer uma prega

na pele e introduzir a agulha em ângulo de 90º. Injetar a insulina, pressionar o local com algodão e retirar a agulha, fazendo uma suave pressão

no local sem fazer massagem.Locais de aplicação: É muito importante o rodízio do local de aplicação da insulina.

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A insulina pode ser usada por alguma outra via, que não seja injetável?

Atualmente, todas as insulinas disponíveis no mercado brasileiro são para uso injetável (subcutâneo). A Mulher diabética quando fica grávida pode tomar insulina?

Antes de responder a esta questão, vamos pensar um pouco nas opções de tratamento que um diabético tem. O paciente diabético tem como opção de tratamento, dependendo do tipo de diabetes que possui (tipo 1, tipo 2 ou gestacional) o que chamávamos de tripé e agora de “quadripé”, pois foi acrescentado o item INFORMAÇÃO:

É interessante observarmos que a algumas farmácias podem atingir o tratamento como um todo, pois vendem produtos diferenciados para alimentação do diabético (o que é permitido pela Lei 5991/73), vendem medicamentos (insulinas e hipoglicemiantes orais), prestam informações aos diabéticos e por tudo isso recebem muitos diabéticos que gostam de comprar seus medicamentos indo “a pé”, ou melhor, caminhando para a loja praticando exercício.

Hipoglicemiantes Orais

Vamos nos prender ao item medicamento, onde falaremos dos hipoglicemiantes orais.

Há três grupos de medicamentos chamados de hipoglicemiantes orais: sulfoniluréias, biguanidas e inibidores de alfa-glicosidase. Eles reduzem o nível de glicose no sangue, são usados pacientes diabéticos tipo 2. Podem ser utilizadas individualmente ou combinadas. Possuem mecanismos de ação diversos, atuando de maneira diferenciada no peso corpóreo, lipidemia, insulinemia e resistência à insulina.

Medicamento

Exercícios

Alimentação

Alimentação

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Abaixo vamos ressaltar a ação, benefícios e contra-indicação de cada grupo:

Sulfoniluréias Aumentam a secreção de insulina, estimulando a sensibilidade do tecidos alvo a ela, diminuindo

a glicemia. São relativamente baratas.

Podem ser usadas 1x dia e raramente causam hipoglicemia Efeitos da substância tende a diminuir após vários anos de tratamento.

Os principais efeitos colaterais são ganho de peso (3-5kg) e hiperinsulinemia. Hipoglicemia é mais freqüente com as drogas de ação prolongada: glibenclamida (24h) e

clorpropamida (48-72h). Contra-indicadas nos portadores de nefropatia, obesos e idosos. Existem opções de sulfoniluréias de curta ação (12-24h), tais como a glipizida e gliclazida. A

clorpropamida também é contra-indicada na insuficiência cardíaca - potencializa a ação do hormônio anti-diurético causando retenção hídrica. A ação hipoglicemiante das sulfoniluréias pode ser aumentada por salicilatos, sulfonamidas, fenilbutazona, dicumarol, antagonistas H2 da histamina, anti-depressivos tricíclicos.

Tem efeito reduzido por bloqueadores beta-adrenérgicos, barbitúricos, glicocorticóides e diuréticos não poupadores de potássio.

Contra-indicado no período gestacional. Exemplos de Medicamentos: Clorpropamida (Diabinese) Glibendamida (Daonil) Glicatizida (Diamicron) Glimipirida (Amaryl) Glipizida (Minidiab).

Principais efeitos indesejáveis: náusea e reação alérgica

Biguanidas (metformina, fenformina)

Podem ser utilizadas como medicamento único (monoterapia) ou associadas a sulfoniluréias. A diminuição média da taxa de glicemia com o uso da metformina é semelhante à observada

com as sulfoniluréias. Vantagens: não causam hipoglicemia ou ganho peso (até favorecem a sua perda), diminuem a

insulinemia , além de atuarem mais favoravelmente no perfil lipídico. São mais caras que as sulfoniluréias e seu efeito também tende a diminuir com o tempo. Efeitos colaterais gastro-intestinais, especialmente diarréia, cólica intestinal, anorexia, náusea,

podem ocorrer em 30% dos casos e tendem a desaparecer. Contra-indicado no período gestacional.

Exemplos de Medicamentos: fenformina (Debei) metiformina (Glifage, Glucoformin).

Inibidores da alfa-glicosidase (acarbose, miglitol)

São pseudo oligosacarídeos e inibidores competitivos potentes das alfa-glicosidases das vilosidades intestinais, enzima essencial na quebra de amido, dextrinas, maltose e sacarose em monosacarídeos absorvíveis.

Não age em jejum. Não causa hipoglicemia e tende a diminuir o peso. Efeitos colaterais: diarréia, flatulência, cólica, desconforto e distensão abdominal (que melhoram

com a redução de ingesta de carboidratos), aumento de transaminases (reversível com a suspensão da droga).

Têm efeito hipoglicemiante inferior aos da sulfoniluréias. Contra-indicada no período gestacional. Exemplos de Medicamentos: acarbose (Glucobay): reduz à absorção dos carboidratos e consequentemente a hiperglicemia. repaglinida (Gluconorm,Pradin); nateglinida (Starlix).

Cuidados na administração dos hipoglicemiantes orais:

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administrar antes ou junto com as refeições. beber muita água- não mastigar ou cortar os comprimidos. não deixar o medicamento exposto â umidade e ao calor. na gravidez os hipoglicemiantes orais estão contra-indicados, o fármaco de eleição é a insulina.

Hiperglicemiantes

São fármacos usados para neutralizar os efeitos produzidos por aumento de insulina em estadas patológiccs, As reações hipoglicêmicas resultam mais comumente após administração de Insulina ou de sulfoniluréias. Também pode ser consequência do uso de álcool e muitos fármacos, como, por exemplo, salicilatos, propranolol, e outros beta-bloqueadores. Em caso de hipoglicemia, deve-se administrar rapidamente um carboidrato, como açúcar ou suco de frutas. Para hipoglicemia grave em pacientes inconscientes, prefere-se dextrose 50% IV. Entretanto, pode se administrar glucágon pelas Via Venosa, subcutânea antes que chegue o socorro.Principais hiperglicemiantes:

diazóxido (Tensuril)Administrado por via tV, sob restrição médica de preferência em ambiente hospitalar, estando o paciente em decúbito.

glucágon (Glucágon)

Aproximadamente de 10-15% das pessoas diabéticas é tratada apenas com dieta e exercício e os medicamentos são introduzidos conforme a necessidade de reduzir a taxa de glicemia. Os grupos de medicamentos citados acima são encontrados nas farmácias com vários nomes comerciais. Como exercício, procure na prateleira de sua farmácia os medicamentos hipoglicemiantes orais que você conhece e com a ajuda de um livro da área (Bulário, DEF, Vade Mécum ......) identifique o grupo que ele pertence.

Após estudarmos as insulinas e os hipoglicemiantes orais, voltamos a questão inicial: A Mulher diabética quando fica grávida pode tomar insulina?A resposta é sim, a mulher diabética pode tomar insulina e em muitos casos é a única opção de

medicamento, pois os hipoglicemiantes orais são contra-indicados neste período. No balcão da farmácia a informação é o melhor remédio para o diabético. O tratamento do

diabético deve, obrigatoriamente ser orientado por um médico, mas você balconista/ farmacista, pode e deve se informar sobre o assunto.

Só uma boa explicação pode convencer um cliente mal informado a não trocar seu medicamento habitual para controle de glicemia por outro que a vizinha toma.

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MÓDULO VII

Medicamentos Analgésicos, Antipiréticos , Antiflamatórios, Antibióticos e Antiparasitários

A dor

A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesão aos tecidos orgânicos confirmada ou potencial. Como a dor é uma queixa subjetiva, não há uma maneira definitiva de se diferenciar a dor resultante da lesão da dor na ausência de lesão. Todas as pessoas vivenciam a dor em algum momento de duas vidas, seja uma dor de dente, dor de cabeça, infecções, lesão durante a prática de esporte ou após cirurgias. A dor é um mecanismo de defesa importante, porque indica à pessoa que algo está errado. A dor pode ser tratada de várias maneiras, sendo a mais comum o uso de analgésicos.

Os Analgésicos

São medicamentos com função de aliviar a dor. O alívio causado por esses medicamentos pode ocorrer por meio do bloqueio dos estímulos dolorosos antes de chegarem ao cérebro ou pela interferência na forma como o cérebro interpreta esses estímulos, sem levar a anestesia ou perda da consciência (desmaio). Os analgésicos compreendem diversos medicamentos diferentes.

Os Anti-Inflamatórios

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São medicamentos cuja função é reduzir o grau de inflamação dos tecidos, como o próprio nome diz. Eles são classificados basicamente em dois grupos: esteroidais e não-esteroidais. Os antiinflamatórios esteroidais incluem os corticóides e seus derivados. Os não-esteroidais são representados pela maioria dos medicamentos usados com intuito de reduzir a inflamação, incluindo: aspirina, diclofenaco, naproxeno, ibuprofeno, nimesulida, cetoprofeno, piroxican, tenoxican.

Os antiinflamatórios não são analgésicos propriamente ditos, porém atuam reduzindo a inflamação e, conseqüentemente, a lesão dos tecidos. Assim, eles diminuem a causa da dor, levando a alívio importante da mesma.

Os medicamentos com propriedades analgésicas são bastante eficazes no alívio da dor e do desconforto de diversas causas, como a enxaqueca, resfriados e gripe, outras dores de cabeça, dores nas costas, cólicas menstruais, dores musculares e dores associadas ao câncer.

Interações dos analgésicos com outras drogas

A combinação dos analgésicos com outras drogas pode ser perigosa. O uso concomitante desses medicamentos e de álcool pode causar tonteira, perda da coordenação e redução dos reflexos. Assim, o indivíduo fica incapaz de dirigir ou comandar máquinas.

O Paracetamol e a Dipirona são os analgésicos não-narcóticos mais comumente empregados sem prescrição médica.

Tanto a Dipirona quanto o Paracetamol são encontrados associados a outros medicamentos em diversas preparações para tratamento da dor, devendo-se levar essa questão em conta para não exceder a dose diária recomendada.

Anti-inflamatórios Não-Esteroidais

A maioria das pessoas tolera bem o uso dos antiinflamatórios não-esteroidais, porém podem ocorrer efeitos colaterais. Eles incluem:

Sistema Digestivo: o uso por curto período pode causar dos no estômago (dispepsia). O uso mais prolongado, principalmente em doses altas, pode causar úlcera gástrica e sangramento no estômago.

Fígado: o uso prolongado desses antiinflamatórios pode causar lesão no fígado. Rins: o uso, mesmo que por período curto, pode prejudicar os rins, principalmente em pessoas que já apresentam problema renal.

Ouvidos: indivíduos que usam aspirina em doses altas podem apresentar zumbido nos ouvidos (tinido), embora esse sintoma possa ocorrer com outros antiinflamatórios. Costuma melhorar após redução da dose do medicamento.

Ácido Acetilsalicílico (Aspirina)

O que é?É um analgésico, antipirético e anti-inflamatório. Actua,

portanto, na dor, febre e inflamação. É também um antiagregante plaquetar em baixas doses pelo que é usado para prevenir Tromboembolias.

Para que serve?É usado no tratamento da dor, febre, inflamações, artrite

reumatoide, prevenção de tromboembolias, etc.

Como tomar?Deve-se tomar depois das refeições com bastante água ou leite para minimizar os efeitos

gástricos.

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As formulações efervescentes são as mais eficazes, mas as mais utilizadas são em comprimidos. Os supositórios são os menos eficazes.

A dose para adultos e crianças com mais de 11 anos, para combater a dor e febre, varia desde 325mg até 650mg de 4/4horas. Como anti-inflamatório a dose é o dobro.

Não deve tomarNão deve tomar se tiver problemas gastrointestinais (Gastrite, Úlcera) porque pode agravar.

Doentes renais ou hepáticos devem tomar com precaução, pois, o medicamento é mais lentamente eliminado. Doentes hemofílicos, com deficiência em vitamina K ou a tomar anticoagulantes não devem tomar devido ao risco de hemorragia. Pode desencadear uma crise em doentes asmáticos. Em baixas doses pode agravar uma crise de gota. Está contra-indicado em crianças, principalmente se estiverem com varicela ou gripe, por poderem desencadear o síndroma de Reye.

Síndrome de Reye é uma doença muito rara e séria, que normalmente afeta crianças com idades entre 4 e 12 anos, e pode ser mais comum durante epidemias de inverno, onde o número de doenças virais aumenta. A doença é potencialmente fatal causando danos irreversíveis ao cérebro e ao fígado. Como resultado do fígado danificado, que não trabalha corretamente, amônia e outras substâncias químicas prejudiciais se acumulam no sangue e afetam o cérebro, causando mudanças no estado mental (delírio, estupor e coma). Pesquisas epidemiológicas mostraram uma associação entre o desenvolvimento da Síndrome de Reye e o uso de aspirina (ou outros medicamentos que contenham salicilatos), por este medicamento tratar os sintomas

de enfermidades como, catapora, resfriados, etc". Estudos mostram que o uso de aspirina ou medicamentos contendo salicilatos, normalmente usados para tratar de enfermidades virais, aumentam o risco de desenvolvimento da doença.

É importante salientar que é possível desenvolver a Síndrome de Reye sem tomar aspirina. Porém, as chances de desenvolvimento da doença podem ser reduzidas em muito não dando aspirina as pessoas para alívio de desconforto ou febre sem consultar um médico primeiro para cada uso específico.

Tratamento da Síndrome de ReyeO tratamento da Síndrome de Reye varia. Como não existe nenhum medicamento para curar a

doença, o tratamento se baseia em controlar o coração, pulmão, e funções do cérebro da criança e ao mesmo tempo manter os níveis de substâncias químicas do sangue equilibradas até desaparecerem os sintomas da síndrome.

Efeitos indesejáveis do A.A.S.Zumbidos, náuseas, dores de estômago, vómitos, diarreia.

Interações com outros medicamentosCom álcool e anticoagulantes aumenta o risco de hemorragias. Pode aumentar a toxicidade de penicilinas, antidiabéticos (sulfunilureias).

Ibuprofeno

O que é?É um analgésico, antipirético e anti-inflamatório.

Para que serve?É usado no tratamento da febre, dor moderada (dismenorreia - dor menstrual, cefaleia - dor de cabeça, dor pós-operatória), doenças reumáticas, mialgias - dores musculares, entorses e traumatismos. É particularmente eficaz no alívio da dor de dentes, principalmente após uma extracção dentária em que há risco de hemorragia.

Como tomar?Como analgésico e antipirético, em adultos, deve ser usado em doses de 200mg de 4/4 horas

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ou 6/6 horas depois das refeições. Como anti-inflamatório a dose é de 400mg - 600mg de 6/6 horas. Em crianças a dose é dependente do peso, sendo 5mg-10mg/kg por dia em dose repartidas, para o tratamento da febre e de 20mg/kg por dia, como anti-inflamatório.

Não deve tomar?Está contra-indicado em doentes asmáticos, urticária ou com hipersensibilidade à aspirina.

Também os doentes com problemas gástricos (Úlcera péptica, ou hemorragia gástrica) não devem tomar, embora os efeitos gástricos sejam inferiores à aspirina. Doentes renais devem tomar com cuidado devido ao risco de toxicidade.

Efeitos indesejáveis?Em doses elevadas poderão surgir suores, sonolência, dor abdominal, náuseas, vómitos,

zumbidos. Por vezes verifica-se alteração da cor da urina. Em doentes hipertensos poderá aumentar a tensão.

Parecetamol

O que é?É um analgésico antipirético sem qualquer acção anti-

inflamatória. Tem a vantagem de não afectar a coagulação sanguínea e não apresenta efeitos gastrointestinais.

Para que serve?Está indicado no tratamento da dor moderada e ligeira

como dor de cabeça, sintomas da gripe, constipações e sinusite. Assim como no tratamento da febre. No tratamento da dismenorreia (dor menstrual) tem a vantagem de não afectar o fluxo menstrual.

Como tomar?  Crianças com mais de 11 anos e adultos devem tomar uma dose que varia desde 325mg a 1g de 4/4 horas ou 6/6horas. Em pediatria a dose varia desde 40mg a 480mg de 4/4 horas ou 6/6 horas consoante a idade.

Não deve tomar?Se tiver problemas hepáticos o paracetamol deve ser tomado com cuidado. Assim como no caso de haver deficiência renal a dose deverá ser reduzida para evitar risco de toxicidade.

Efeitos indesejáveis?São pouco comuns. No entanto em doses muito elevadas poderá verificar-se hepatotoxicidade,

sendo este efeito agravado pelo álcool. Os sintomas são vómitos, náuseas, dores de estômago e icterícia (cor amarelada da pele).

A dose máxima diária de paracetamol, para adultos, é de 4g, e para crianças é de 90mg/Kg. No entanto, em alguns casos a dose necessária para causar efeitos colaterais no fígado pode ser bem menor, devido a alterações decorrentes de outras causas, como alcoolismo, desnutrição e doenças virais. Quando o paciente utiliza a dose recomendada, de maneira correta, o risco de lesão no fígado é bem pequeno.

As alterações no fígado começam a ocorrer após 24-48 horas de ingestão. No início, o paciente não tem sintomas, mas com o passar do tempo evolui com perda de apetite, mal-estar, náuseas/vômitos, dor abdominal, icterícia (“amarelão”), piora da função dos rins e sangramentos.

Interações com outros medicamentos?O álcool poderá aumentar a toxicidade. Barbitúricos (sedativos), contraceptivos orais poderão

aumentar a toxicidade. O efeito farmacológico poderá ser reduzido com colestiramina (usada do tratamento do colesterol) e carvão activado (antiflatulento).

Naproxeno

O que é?É o mais recente analgésico, antipirético e anti-inflamatório de venda livre.

Para que serve

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É usado no tratamento de dores musculares, reumáticas, cefaleias, dores de dentes e dores menstruais. Também pode ser usado para o tratamento da febre, embora não seja a principal indicação.

Como tomar?Está indicado apenas para adultos ou crianças a partir dos 12 anos. Para estes a dose é de 200mg de 12 em 12 horas depois das refeições. Em certos casos e só para adultos a dose poderá ser de 400mg nas primeiras tomas.

Não deve tomar?Está contra-indicado em doentes com doenças alérgicas(asma, urticária, etc.) ou com

hipersensibilidade à aspirina, por poder haver sensibilidade cruzada. Também os doentes com problemas gástricos (Úlcera péptica, ou hemorragia gástrica) não devem tomar. Insuficientes cardíacos, renais, hepáticos ou com hipertensão deverão tomar com precaução. É contra-indicado na gravidez e em crianças com menos de 12 anos.

Efeitos indesejáveisPoderão surgir náuseas, indigestão, vómitos, azia e dores de estômago em pessoas sensíveis.

Em casos raros poderão originar sonolência e tonturas. Os efeitos secundários de excitação, perturbações do sono, perturbações visuais, diarreia ou prisão de ventre, zumbidos e alergia são muito raros.

InteraçõesA associação do álcool poderá originar  hemorragias gástricas. Pode

potenciar o efeito dos anticoagulantes.

Metamizol Sódico ou Dipirona Sódica é um medicamento antiinflamatório não-esteroidal, que é utilizada principalmente como analgésico e antitérmico. Sua utilização, no entanto, se encontra restrita a alguns paises, sendo extremamente popular no Brasil onde efetivamente é um dos analgésicos mais populares, ao lado do ácido acetil salicílico.

Efeitos Indesejáveis da Dipirona: agranulocitose

A agranulocitose é uma condição aguda, que envolve leucopenia grave e perigosa. Leucopenia é a diminuição no número de células brancas sanguíneas.

Como a principal função das células brancas é combater infecções, a diminuição no seu número pode aumentar o risco de paciente contrair infecção.

O uso de Dipirona deve ser evitado nos três primeiros meses e nas últimas 6 semanas da gestação e, mesmo fora destes períodos, somente administrar em gestantes em casos de extrema necessidade.

Precauções: Recomenda-se executar frequentemente contagem de leucócitos e diferenciais devido aos graves efeitos adversos da agranulocitose.

Em pacientes com asma e infecções respiratórias crônicas, bem como em pacientes com hipersensibilidade de qualquer tipo de substâncias não- medicamentosas, deve-se fazer um teste no início da aplicação, para prevenir a ocorrência de choque.

O ácido mefenâmico

É um fármaco do grupo dos anti-inflamatórios não esteróides usado para tratar a dor, inclusive a dor menstrual. Também é prescrito como uma droga antipirética. Geralmente é prescrito para administração oral. O ácido mefenâmico diminui a inflamação (inchaço) e contrações uterinas.

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PiroxicamÉ um medicamento antiinflamatório não-esteróide usado para aliviar os sintomas da artrite reumatóide e osteoartrite, dismenorréia primária, dor pós-operatória; e atua como um analgésico especialmente quando há um componente inflamatório, e serve para aliviar cólicas mestruais.Antiinflamatórios e Anti-reumáticos.Como diminuem os níveis de hemoglobina e Hematócrito, estes devem ser determinados periodicamente.Indicações : Tratamento sintomático a médio e longo prazo de doenças reumáticas crônicas, como artrite reumatóide, osteoartrite, espondilite

anquilosante e doenças correlatas do tecido conectivo. Gota aguda. Tratamento de lesão musculoesquelética. Dor e inflamação de pós-operatório. Dismenorréia primária e anexite. Síndromes dolorosas diversas (nevralgia, cérvico-braquial, cervicalgia, lombalgia, ciática, etc.). Adjuvante no tratamento da dor e inflamação na faringo-amigdalite, sinusites e otites.

Cloridrato de benzidamina

É um antiinflamatório indicado para região de orofaringe, doenças periodontais, combatem a infecções. Estudos mostram que a ingestão de 500 mg de Benflogin, leva ao desenvolvimento de alucinações e se associado ao álcool essas são mais intensas.

Nimesulida

É um fármaco antiinflamatório não esteróide pertencente à classe das sulfonanilidas, com efeito antiinflamatório, antipirético e analgésico.

IndicaçõesA nimesulida apresenta propriedades analgésicas, antiinflamatórias e antipiréticas.

A nimesulida é indicada como analgésico no tratamento da dor aguda.

Tratamento sintomática da osteoartrose em fase álgica. A nimesulida tem indicação em processos osteoarticulares, como mialgia, miostite, lombociatalgia, e dores pós-operatórias.

Em ginecologia é utilizada na dismenorreia primária. Nimesulida pode ser usada em adultos para reduzir a febre ou aliviar os sintomas relacionados

a gripes e resfriados.Os antiinflamatórios não esteroidais são uma das classes de medicamentos mais usadas no

mundo. Existem mais de 20 drogas diferentes, dentre muitas acabamos de ver as mais famosas. São drogas que apresentam mecanismos de ação semelhantes, mas com particularidades entre

elas. Todos os antiinflamatórios apresentam 3 efeitos básicos: Antipirético (abaixa a febre), analgésico (reduz a dor) e antiinflamatório. As diferenças costumam ser na potência de cada uma das 3 ações e nos efeitos colaterais, alguns indesejáveis, outros úteis em algumas patologias não inflamatórias.

Antiinflamatórios Esteroidais ou Glicocorticóides

Atuam provocando o alivio da dor e no combate as inflamações na artrite reumatóide, aplicação tópica em especial no tratamento de eczema e psoriase. Exemplos:

cortisona, hidrocortisona, dexametasona.

Definição

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São hormônios esteróides secretados pelo córtex suprarenal; Não são armazenados na forma de hormônios préformados; Principal estímulo fisiológico: Corticotropina.

Funções Fisiológicas dos Glicocorticóides

Metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico Exibem atividade antiinflamatória e imunossupressora.

Indicações Clínicas Asma; Inflamação da pele, olhos, ouvido, nariz; Estados de hipersensibilidade, Artrite reumática; Prevenir a doença de enxerto-versus-hospedeiro (transplante de órgão, médula).

InteraçõesReduz o efeito: Barbitúricos, fenitoína, rifampina e aminoglutetimidaPerda de potássio: amfotericina B, furosemida, tacrina, clortalidona, diuréticos tiazídicos.

Enxaqueca

A enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominadas peptídeos. Esse desequilíbrio resulta de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e hábitos do portador da doença enxaqueca, e também de uma predisposição genética. O resultado é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça.

A dor de cabeça da enxaqueca pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de "pressão para fora", como se a cabeça fosse explodir.A dor de cabeça da enxaqueca pode ser muito forte, a ponto de impedir o indivíduo de exercer qualque atividade, obrigando-o a ficar deitado, num quarto escuro, em silêncio, durante horas ou dias. O paciente torna-se muito irritável, preferindo ser deixado sozinho.

Tratamento medicamentoso da enxaquecaAs drogas que você pode tomar somente quando tem um ataque de enxaqueca são chamadas

de tratamento agudo. Incluem-se aí os analgésicos comprados na farmácia

Mediacmentos vendidos sem receitaOs medicamentos que não precisam de receita médica incluem os analgésicos como: aspirina,

dipirona e paracetamol. Algumas vezes, estes são associados a outras drogas para que fiquem mais potentes ou para que ajudem a reduzir a náusea. Alguns remédios são especificamente feitos para enxaqueca.

Medicações com receitaSe os analgésicos por si só não forem efetivos, seu médico pode prescrever drogas contra

enjôo que também ajudam seus analgésicos comuns a serem absorvidos mais eficientemente pela corrente sangüinea. Vários analgésicos que precisam de receita médica são usados na enxaqueca, especialmente quando há dor nos músculos da nuca e dos ombros durante os ataques

Ergotamina ("CAFERGOT, MIGRAINE")

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Normalmente prescrita para pacientes nos quais os analgésicos comuns são ineficazes. Ela é um vasocontritor; isto e, contrai os vasos sanguíneos. Está disponível em comprimidos (alguns deles dissolvem-se debaixo da língua) e supositórios.

A ergotamina pode piorar a náusea e vômitos, particularmente se a dose é muito alta. Isso pode ser contornado tomando-se medicamentos contra enjôo ao mesmo tempo em que você toma a ergotamina.

TriptanosExistem quatro triptanos disponíveis no momento: naratriptano (Naramig), rizatriptano (Maxalt),

sumatriptana (Imigran) e zolmitriptano (Zomig). Essas drogas se ligam a partes específicas do cérebro que respondem à serotonina. Acredita-se que elas tratam a enxaqueca pela contração seletiva dos vasos sangüíneos que incham durante um ataque ao invés da ergotamina, que contrai os vasos sangüíneos do corpo todo.

Medicamento preventivos usados no tratamento dos ataques de enxaquecaExistem vários medicamentos diferentes que podem ser usados para prevenir a enxaqueca.

Todos eles têm efeitos colaterais potenciais, alguns são leves e outros mais graves, que seu médico discutirá com você.

AmitriptilinaUm antidepressivo pode ser útil se a depressão está presente. Efeitos colaterais possíveis: boca

seca e sedação, particularmente nas primeiras 2 semanas.

Bloqueadores betaMetoprolol, nadolol, propanolol e timolol podem ajufar, especialmente se os pacientes estão ansiosos ou sob stress. Efeitos colaterais possíveis: fadiga, alterações do sono e extremidades frias.

Gota

gota acontece quando há um acúmulo de ácido úrico no sangue. Isso pode acontecer tanto pela produção excessiva quando pela eliminação deficiente da

substância. Com o aumento da concentração de ácido úrico no sangue, ocorre a deposição de cristais nos tecidos, principalmente nas articulações, causando inflamação. Se não tratada a tempo, a gota pode debilitar órgãos como os rins. Os cristais de ácido úrico se depositam nos rins produzindo alterações funcionais desse órgão. Pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais. Também podem ocorrer depósitos de cristais debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos e orelhas. São os chamados tofos.

A

Acima de que nível de concentração no sangue podemos dizer que o ácido úrico está elevado, em indivíduos do sexo masculino e feminino?

O aumento da concentração de ácido úrico no sangue (HIPERURICEMIA), é definido como um nível de ácido maior que 7,0 mg/dl em homens e maior que 6,0 mg/dl em mulheres.

A gota é uma doença reumatológica, inflamatória e metabólica, que cursa com hiperuricemia (elevação dos níveis de ácido úrico no sangue) e é resultante da deposição de cristais do ácido nos tecidos e articulações

Tratamento

A gota não é uma doença que se possa prever. Só se trata do problema quando ele é identificado. O tratamento é feito com remédios capazes de reduzir a

Depósito Ácido ÚricoInchaço e junta Inflamada

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produção do ácido ou de aumentar sua eliminação pela urina. Para a hora da crise, os medicamentos mais usados são os antiinflamatórios. Evitar alimentos com muito ácido úrico, como fígado ou animais pequenos e bebidas como vinho tinto e cerveja, também faz parte do tratamento. Para tratar a gota, destacamos o tratamento da crise de gota e o tratamento preventivo da gota:

1. Tratamento da crise de gota – medicamentos para a crise de gota Para acalmar a dolorosa crise de gota, o médico dispõe principalmente de medicamentos anti-dor ou antiinflamatórios com:

antiinflamatórios não-esteróidais (AINES) como aqueles à base de diclofenaco, a serem tomados, por exemplo, em forma de comprimidos. Evite a tomada de aspirinas no tratamento da gota, pois ela pode exercer influência sobre o ácido úrico e agravar os sintomas da gota.

a colchicina : (um antigotoso), que age contra a inflamação causada pelos cristais de ácido úrico. a cortisona : que pode ser utilizada devido à sua ação antiinflamatória.

3. Tratamento preventivo da crise de gota

De início é aconselhado seguir determinados conselhos como uma mudança no estilo de vida (diminuição do álcool,...), para tratar a gota e limitar as futuras crises.

Se a mudança do estilo de vida não surtir efeito, existe a possibilidade de o médico prescrever um medicamento muito eficaz para evitar e limitar novas crises de gota, o allopurinol. Em geral, o médico irá instaurar um tratamento medicamentoso preventivo à base de allopurinol somente se o paciente já tiver passado por diversas crises de gota. É importante saber também que este medicamento diminui a concentração de ácido úrico no sangue, o que reduz a probabilidade de ter uma crise de gota, mas será necessário tomá-lo regularmente, pois uma vez a interrompida a terapia, a probabilidade de uma crise pode aumentar. Trata-se então de um tratamento a ser tomado em um longo prazo.

A gota é um distúrbio caracterizado por crises repentinas e recorrentes de uma artrite muito dolorosa causada por depósitos de cristais de urato monossódico, os quais acumulam-se nas articulações devido a um um nível anormalmente elevado de ácido úrico no sangue (hiperuricemia). Após crises repetidas, a inflamação articular pode tornar-se crônica e deformante, Aproximadamente 20% dos indivíduos com gota apresentam cálculos renais (pedras nos rins). Normalmente, existe uma determinada quantidade de ácido úrico, um subproduto da degradação celular, no sangue, pois o organismo continuamente destrói e forma novas células e os alimentos mais comuns contêm precursores do ácido úrico.

SintomasA dor apresenta uma piora progresssiva e, comumente, é excruciante. A articulação aumenta de

volume e a a pele sobre a articulação torna- se vermelha ou arroxeada, tensa, brilhante e quente. A palpação da pele sobre a articulação pode ser extremamente dolorosa. Esse distúrbio mais freqüentemente afeta a articulação da base do primeiro pododáctilo (dedão do pé), produzindo um quadro denominado podagra. No entanto, ele também afeta o dorso dos pés, os tornozelos, os joelhos, os punhos e os cotovelos.

Antibióticos

Antibiótico é uma substância que tem capacidade de interagir com microorganismos unicelulares ou pluricelulares que causam infecções no organismo. Os antibióticos interferem com estes microorganismos, matando-os ou inibindo seu metabolismo e/ou sua reprodução, permitindo ao sistema imunológico combatê-los com maior eficácia.

O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar substâncias que atingem bactérias, embora possa ser utilizado em sentido mais amplo (contra fungos, por exemplo). Ele pode ser bactericida, quando tem efeito letal sobre a bactéria ou bacteriostático, se interrompe a sua reprodução.

Chama-se Antibioticoterapia o tratamento realizado com antibióticos. O antibiótico é um veneno seletivo, que foi escolhido porque irá matar a bactéria desejada sem afetar as células do nosso corpo. Cada tipo diferente de antibiótico afeta bactérias diferentes

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de maneiras diferentes. Por exemplo, um antibiótico pode inibir a capacidade de uma bactéria específica de transformar glicose em energia ou de construir sua parede celular. E quando isso acontece, a bactéria morre em vez de se reproduzir. Ao mesmo tempo, felizmente, o antibiótico age apenas sobre o mecanismo de construção da parede celular da bactéria, deixando as células humanas intactas.

Já no caso dos vírus, os antibióticos não têm uso nenhum, já que não conseguem matar os vírus. Uma bactéria é uma forma de vida viva e que se reproduz. O vírus, para se reproduzir, injeta seu DNA ou RNA dentro de uma célula viva e faz com que essa célula reproduza mais unidades do DNA viral.

Alguns aspectos a ter em consideração quando é prescrito por um médico um antibiótico:

1. Mesmo que se sinta melhor, precisa de continuar a tomar o antibiótico exactamente como o seu médico receitou. Se não terminar o antibiótico, algumas das bactérias perigosas podem não morrer, pelo que pode voltar a ficar doente. As bactérias que estão ainda vivas poderão também tornar-se resistentes e fazer com que a infecção que tem se torne mais difícil de tratar.

2. Os antibióticos não são tão eficazes se não forem tomados na hora exta. Como os medicamentos permanecem no organismo durante um certo período de tempo, deve tomar cada dose de acordo com as instruções do seu médico. Tomar antibióticos de forma irregular, permite que as bactérias se adaptem e se multipliquem, aumentando o problema da resistência aos antibióticos.

3. Tome o antibiótico ao mesmo tempo que uma outra atividade diária regular, como as refeições, para o ajudar a manter o horário certo.

4. Nunca deve tomar o resto de antibióticos guardados, quer sejam de outra pessoa ou seus. Antibióticos específicos são eficazes no combate a bactérias específicas e é errado supor que o antibiótico de outra pessoa (ou algum dos seus antibióticos que guardou de outras doenças) irá funcionar. Os antibióticos devem ser sempre tomados até ao fim, exceto quando o médico der instruções para parar. Qualquer resto de medicamento, deve ser devolvido à sua farmácia. 5. Constipações e gripes - e os sintomas que as acompanham, tais como a dor de garganta, dores, arrepios, nariz congestionado, olhos inflamados, e tosse seca - são causados por vírus. Infecções causadas por vírus não respondem a antibióticos. Os antibióticos só ajudam se a doença for causada por uma infecção bacteriana. Tomar antibióticos para a constipação ou gripe pode aumentar o problema da resistência aos antibióticos.

Antibióticos Classificação Alguns nomes comerciais

Penicilina Bactericida Benzetacil, Wintomylon

Cefalosporina Bactericida Keflex, Rocefin

Eritromicina Bacteriostático Eritrex, Ilosone

Rifampicina Bacteriostático Rifocina

Lincomicina e clindamicina Bacteriostático Frademicina, Dalacin-C

Vancomicina Bactericida Vancocina

Amicacina Bactericida Novamin

Cloranfenicol Bacteriostático Sintomicetina

Sulfas Bacteriostático Bactrin, Sulffa

Antiparasitários

Antiparasitários é um grupo de medicamentos que combatem ou controlam as doenças parasitárias também chamadas de verminosesAs Parasitoses Intestinais constituem-se num grave problema de saúde pública, sobretudo nos países do terceiro mundo, sendo um dos principais fatores debilitantes da população, associando-se freqüentemente a quadros de diarréia crônica e desnutrição, comprometendo, como conseqüência, o desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens da população.

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São drogas que atuam sobre parasitas, provocando sua expulsão ou sua morte, sem lesar de forma grave o hospedeiro. Medidas mais eficazes são: combate ao inseto vetor (quando existe), eliminação do reservatório da infecção e melhoria das condições sanitárias e de vida das populações afetadas.

Os parasitas intestinais estão entre os patógenos mais freqüentemente encontrados em seres humanos. Dentre os helmintos, os mais freqüentes são os nematelmintos Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura e os ancilostomídeos Necator americanus e Ancylostoma duodenale. Dentre os protozoários, destacam-se Entamoeba histolytica e Giardia duodenalis.

As principais infestações causadas por parasitas e seus respectivos medicamentos são:

Teníase

Usualmente, consideramos duas espécies de tênias: a Taenia solium, que parasita suínos e a Taenia saginata, parasitando bovinos.A profilaxia consiste na educação sanitária do homem para que não contamine o meio ambiente com fezes, faça uso de instalações sanitárias adequadas, lave as mãos após usar o sanitário e antes de manipular alimentos, em cozinhar bem as carnes e não consumir carnes mal cozidas e mal assadas, na fiscalização da carne e seus derivados (lingüiça, salame, chouriço,etc.) Na prevenção individual deve haver cuidados alimentares como congelar (-15 °C por 3 dias)e cozinhar bem a carne. Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol ou albendazol.

AscaridíaseAscaridíase, ascaridose, ascariose e ascaríase é uma parasitose geralmente benigna causada pelo verme nemátode Ascaris lumbricoides, também conhecido popularmente como lombriga ou bicha.O ser humano infectado libera, junto às fezes, ovos do parasita. Assim a larva se desenvolve em ambientes quentes e úmidos (por exemplo, o solo nos países tropicais) no qual permanece dentro do ovo. A infecção ocorre por meio da ingestão dos ovos infectantes em água ou alimentos,

principalmente verduras.Prevenção

Educação sanitária; Saneamento básico, com ênfase para o destino adequado das fezes humanas; Tratamento da água usada para consumo humano; Cuidados higiênicos no preparo dos alimentos (particularmente de verduras); Higiene pessoal; Combate aos insetos domésticos, pois moscas e baratas podem veicular os ovos; Tratamento das pessoas parasitadas;

Fármacos utilizados no tratamento de ascaridíase são os azólicos como o mebendazol e o albendazol, em casos de obstrução intestinal, o indicado é que antes da administração desses medicamentos seja utilizado piperazina e óleo mineral.

AncilostomíaseA Ancilostomíase (também designada Ancilostomose) e a Necatoríase são duas doenças semelhantes causadas pelos parasitas nemátodes relacionados Ancylostoma duodenale (Velho Mundo) e Necator americanus (Novo Mundo). É conhecida popularmente como amarelão.No tratamento dos doentes, o remédio clássico é o befênio; também são eficazes o pirantel, mebendazol e tiabendazol.

Ciclo Evolutivo ********* VAMOS ENTENDER ******

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Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem. Depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes (a fêmea do Ancylostoma duodenale põe até 30 mil ovos por dia, enquanto que a do Necator americanus põe 9 mil). Encontrando condições favoráveis no calor (calor e umidade), tornam-se embrionados 24 horas depois da expulsão.

A larva assim originada denomina-se rabditóide. Abandona a casca do ovo, pasando a ter vida livre no solo. Depois de uma semana, em média, transforma-se numa larva que pode penetrar através da pele do homem, denominada larva filarióide infestante.

Quando os indivíduos andam descalços nestas áreas, as larvas filarióides penetram na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e, em seguida, passam para os capilares sangüíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões.Depois, perfuram os capilares pulmonares e a parede dos alvéolos, migram pelos bronquíolos e chegam à faringe. Em seguida, descem pelo esôfago e alcançam o intestino delgado, onde se tornam adultas.

Enterrobíase/Oxiuríase

Enterobíase/Enterobiose ou Oxiurose ou Oxiuríase é o nome da infecção por oxiúros (Enterobius vermicularis), que são vermes nematôdeos com menos de 15 mm de comprimento e que parasitam o intestino dos mamíferos, principalmente primatas, incluindo o homem. É a única parasitose que ainda é hoje comum nos países desenvolvidos, atingindo particularmente as crianças.

Após deglutição dos ovos, as formas adultas formam-se no intestino. Aí macho e fêmea acasalam,

guardando a fêmea os ovos fecundados. O macho morre após a cópula e é expulso junto com as fezes. A fêmea então migra para o cólon distal e para o recto. De noite a fêmea sai do recto passando pelo esfincter e deposita os ovos na mucosa anal e pele perianal, do lado externo do corpo, voltando depois para dentro. Este processo é extremamente irritante porque o contrário da mucosa do intestino, mucosa anal e a pele são muito sensíveis, de forma consciente, e os movimentos da fêmea são percebidos pelo hospede como prurido.

O tratamento de escolha é o pamoato de pirantel na dose de 10 mg/kg em dose única, não ultrapassando 1g, por via oral, preferencialmente em jejum. Apresenta uma eficácia em torno de 80 a 100% de cura, com poucos efeitos adversos, tais como: cefaléia, tonturas e distúrbios gastrointestinais leves. Sugere-se na maioria dos casos a repetição do tratamento, aumentando assim a taxa de cura deste nematódeo intestinal.

Como terapia alternativa à participação dos benzi-midazólicos de uso em humanos, mebendazol e albendazol em dose única e repetição em 2 semanas. O mebendazol é administrado por via oral, 100 mg, independente da idade do paciente, apresentando eficácia de 90 a 100% de cura, com raros efeitos colaterais. O albendazol é receitado na dose de 400 mg, também independente da idade, e proporcionando taxa de cura também perto dos 100%.

Estrongiloidíase

A Estrongiloidíase ou Estrongiloidose é uma afecção intestinal causada pelo parasita nemátode Strongyloides stercoralis. Ao contrário de outros parasitas, estes nemátodes podem viver indefinidamente no solo como formas livres.

O tratamento tradicional é com mebendazol ou tiabendazol, porém ultimamente a ivermectina oral tem se mostrado mais eficáz e mais comoda.

TricocefaliaseO Trichuris trichiura é o nematelminto causador da tricocefalíase.

Essa doença não possui hospedeiros intermediários, se dá pela ingestão dos ovos deste animal, que se encontram, geralmente, no solo, na água e nos alimentos, são oriundos de fezes contaminadas.

No intestino, os ovos se desenvolvem e, em aproximadamente 90 dias, os vermes, já adultos, acasalam-se e dão origem a novos parasitas, diariamente. Estes se concentram, principalmente, no ceco, cólon e reto.Essa doença é causada pelos ipedloucura8Trichocephalus trichuris ou Trichuris trichiura, o principal alvo deles, são as crianças. Sua

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contaminação é através da ingestão de alimentos contaminados por seus ovos.Normalmente eles se alojam em lugares cecos e próximos ao intestino grosso. E podem causar:

anemia ;  diarréia ;  reações tóxico-alérgicas;  cólicas;  enjôo;  vômito ; emagrecimento; graus variáveis de desnutrição.

O tratamento é feito através de medicamentos via oral como mebendazol ,albendazol, praziquantel , e com hidratação e correção dos distúrbios da desnutrição. Para que a tricocefalíase seja evitada, é importante sempre manter os sanitários com as matérias fecais, higienizado; higiene pessoal, dos alimentos e também da água.

Doenças de ChagasA doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também

chamada tripanossomíase americana, é uma infecção causada pelo protozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi[1], e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão, procotó.

Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso da infecção. No início dos anos, na fase aguda, os sintomas são geralmente ligeiros, não mais do que inchaço nos locais de infecção.

À medida que a doença progride, durante até vinte anos, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como doença cardíaca e de intestino.

Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.

A fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado.

O uso do insecticida extremamente eficaz mas tóxico DDT está indicado em zonas endémicas, já que o perigo dos insectos transmissores é muito maior.

Leishmaniose

A leishmaniose ou leishmaníase ou calazar ou úlcera de Bauru é a doença provocada pelos protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos.No Brasil existem atualmente 6 espécies de Leishmania responsáveis pela doença humana

Sinais e sintomas da leishmaniose cutânea.Pessoas com leishmaniose cutânea têm uma ou mais feridas

na pele. Essas feridas podem mudar de tamanho e aparência com o tempo. Elas podem terminar parecendo com um vulcão com uma cratera central (úlcera). Algumas feridas são cobertas por uma crosta.

As feridas da leishmaniose cutânea podem ser doloridas ou não. Algumas pessoas têm glândulas inchadas perto das feridas.Sinais e sintomas da leishmaniose visceral

Pessoas com leishmaniose visceral geralmente têm febre, perda de peso, inchaço no baço e fígado, e alguns testes de sangue anormais. Por exemplo, pacientes geralmente tem baixa contagem de sangue, incluindo diminuição das células vermelhas (anemia), das células brancas e das plaquetas.

O tratamento é por administração de compostos antimóniais, pentamidina, anfotericina ou miltefosina. A prevenção é por redes ou repelentes de insectos, construção de moradias humanas a distância superior a 500 metros da mata silvestre e pela erradicação dos Phlebotomus/Lutzomyia.

GiardíaseÉ um protozoário microscópico que parasita o intestino dos

mamíferos, inclusive de seres humanos.

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TratamentoMetronidazol é o medicamento mais freqüentemente utilizado no tratamento com giardíase,

sendo relativamente seguro e efetivo, mas não deve ser utilizado em gestantes. Nenhum medicamento é 100% eficaz.

MODULO VIII

Medicamentos que atuam no Sistema Nervoso Central

Hipnoanalgésicos ou OpióidesAtuam nas dores profundas (cólicas renais, biliares, uretral, pós-operatório e nas dores

provocadas pelo câncer). Mesmo em doses terapêuticas, podem causar depressão respiratória (sobretudo em pacientes idosos e debilitados), constipação, vômito, náusea, distúrbios cardiovasculares, tonturas, alterações de humor. A administração por tempo prolongado destes fármacos pode provocar tolerância e dependência física e psíquica.

A suspensão abrupta da administração a viciados ou a pacientes sujeitos a tratamentos prolongados podem causar síndrome de abstinência.

Precauções: devem ser usados sob vigilância, as doses recomendadas não devem ser ultrapassadas, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e medicamentos calmantes, evitar dirigir veículos e operar máquinas.

Exemplos: Morfina (Dimorf);

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Alcalóide extraído da papoula; Buprenorfina (Subutex}.Seu potencial de causar dependência física é baixo, mas pode precipitar síndrome de abstinência

nos viciados em narcóticos.Contra-indicações: dependência física a narcóticos, intoxicação alcoólica e delirium tremens.Efeitos adversos: sonolência, secura na boca, miose, bradicardia e hipotensão.

Petidina (Dolantina); Tramadol (Tramal, Sylador).Seu potencial de produzir hábito e dependência física e psíquica é baixo.

PsicotrópicosSão substâncias capazes de atuar seletivamente sobre as células nervosas que regulam os

processos psíquicos do homem.Interfere nos processos mentais, por exemplo, sedando, estimulando ou alterando o humor, o

pensamento(razão) e o comportamento,

Neurolépticos (antipsicóticos)Os neurolépticos ou tranquilizantes maiores exercem açâo sobre a excitação e a agressividade,

bem como sobre as atividades delirantes e alucinatórias. Sãc usados no tratamento de pacientes que sofrem de desorganizações psicóticas de pensamento e de comportamento, e no alívio de grave tensão emocional. Em outras palavras, sua maior aplicação é na terapia de psicoses funcionais, especialmente na esquizofrenia.

Contra-indicações: estado comatoso, intoxicação aguda por depressões do SNC (álcool, hipnóticos), úlcera péptidica e outras doenças gastrointestinais, agranulocitose, doença de Parkinson e doenças hepáticas ou renais.

Durante o tratamento deve-se evitar exercer atividades que requerem vivacidade mental, critério e coordenação física (por exemplo, dirigir veículo e operar máquina). Efeitos adversos: sedação, distonia, discinesia tardia, fotossensibilidade.

Exemplos: Clorpromazina (Amplictil- Antipsicótico de potência relativamente baixa); Levomepromazina (Neozine); Haloperidol (Haldol).

Hipnóticos e Sedativos

Atuam na ansiedade e na tensão em pacientes com problemas neurológicos (neuroses), e induzem o sono. Procura-se sedação nas seguintes situações: tensão emocional, ansiedade crônica, hipertensão, potencialização dos analgésicos, controle das convulsões, adjunto à anestesia.

Estados de ansiedade:Podem ser distúrbios de ansiedade generalizado, distúrbio obsessivo-compulsivo, distúrbio de

tensão pôs traumático e ansiedade atípica.

Distúrbios Fóbicos: São agorafobia: fobia social e fobia simples. O controle da ansiedade não requer a necessidade

do emprego de fármacos. Muitos pacientes podem se auxiliados quer por aconselhamento médico no consultório, quer por terapias de comportamento. Mais aqueles que recusam tais tratamentos ou não respondem a eles podem precisar de Farmacoterapia.

Efeitos adversos: sonolência, ataxia, vertigem, cefaléia, secura da boca, fadiga, fraqueza muscular, Icterícia.

Um efeito adverso curioso é o estimulo do apetite.O uso prolongado de doses elevadas pode causar deficiencia física a psíquica.Doses maciças podem resultar em coma e morte.Exemplos:

Bromazepam (Lexotan. Somalium).Não parece produzir dependência, mas produz, na maioria dos pacientes, uma síndrome de abstinência (os pacientes não conseguem conciliar o sono a suspensão do fármaco, só conseguindo alguns dias após a suspensão).

Lorazepam (Lorax). Buspirona (Ansitec, Buspanil, Buspar); Clordiazepóxido (Psicosedin); Levomepromazina (Neozine);

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Produz alívio de ansiedade, apreensão, inquietação e sedação antes da cirurgia.Quando for administrada por mais de 30 dias, deve realizar periodicamente hemograma e

estudos da função hepática.Efeitos adversos: sedação excessiva, sonolência, agranulocitose com tratamento prolongado e

dose elevada calafrios da boca, congestão nasal. Pimetixeno (Muricalm);

É útil nos distúrbios do sono, excitação e nervosismo. Deve-se evitar dirigir veículos ou operar máquinas.

Fenobarbital (Gardenal): melhor uso como anticonvulsivante. Para sedação ou indução do sono durante o dia, ansiedade leve.

Flurazepam (Dalmadorm).Usado para tratamento de insónia. Ele pode acumular-se e causar sonolência ou diminuição da

capacidade diurna. Nitrazepam (Sonebon, Sonotrat), Usado para insônia. Midazotan (Dormonid).

Para tratamento de distúrbio do sono e insônia. Devem ser tomados antes de deitar com um copo de água.

Antidepressivos

Os antidepressivos diminuem a depressão, porém, para ter efeitos positivos, devem ser usados por tres semanas no mínimo. São úteis em depressão e sintomas depressivos e, até certo ponto no tratamento de fases depressivas de determinados tipos de esquizofrenia. Diminuem a intensidade dos sintomas, reduzem a tendência ao suicídio e aceleram a velocidade de normalização.

A depressão acompanha muitos distúrbios físicos, mentais e emocionais. Os distúrbios afetivos acompanham muitos distúrbios como: distúrbios bipolares (como os tipos maníaco, deprimido ou misto), depressão maior (ou depressão unipolar, com seu subtipo "depressão maior com melancolia").

Exemplos: Amitriptilina (Tryptanol, tryptil).

É usada no tratamento da depressão, distúrbio do pânico, dor neurogênica. O tratamento inicial é de 4 a 8 semanas, período necessário para o paciente tornar-se livre de sintomas.

Para evitar a síndrome de abstinência, a interrupção do tratamento deve ser gradual. Devem ser empregados com atenção especial em paciente que manifestam tendências suicidas quando começarem a responder ao tratamento, pois o risco de suicídio poderá aumentar quando se inicia a recuperação e os pacientes se tornam mais ativos.

Efeitos adversos: rubor, visão embaçada, bloqueio da fala, ansiedade e insónia, reação alérgica, sindrome parkinsoniana.

Clomipramina (Anafranil); Imipramina (Tofranil); Nortriptilina (pamelor); Tranilcipromina (Parnate); Carbonato de lítio (Carbolitium)

Deve ser administrado sob cuidadosa vigilância médica. As doses terapêuticas estão muito próximas das doses tóxicas.

Fluoxetina (daforin, Fluxene, Prozac, Verotina);Deve-se exercer vigilância cuidadosa de pacientes deprimidos com tendência suicidas, não

permitindo que tenham acesso a grandes quantidades do fármaco. sertralina(Zoloft).

Deve ser usada com cautela por aqueles que operam máquinas ou dirigem veículos..

Saiba como lidar com Medicamentos Controlados

Algumas normas devem ser observadas em farmácia para evitar aborrecimento e complicações com as autoridades sanitárias e com a polícia quanto às drogas sujeitas ao controle.

Não deixe as receitas em qualquer lugar de sua farmácia. Escolha um lugar certo e seguro.Os medicamentos controlados ficam na farmácia em armários chaveados e separados dos

demais. Receitas a lápis ou sem a observância completa das disposições legais quanto a endereço, data de validade (máximo um mês), devem ser rejeitadas.

Tire as suas dúvidas com o farmacêutico responsável. Não deixe nenhum estranho transitar pelas áreas perigosas de sua farmácia sem acompanhantes de confiança. Muitas vezes o viciado apresenta-se como propagandista ou cobrador em conseguir de casos de urgência. Muitas vezes a emergência cria confusão.

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Não aceite ordens telefônicas para entrega por mensageiros de produtos controlados. Um doutor "araque" em combinação com viciados faz você de bobo e tapeia facilmente o seu entregador. Quantidades exageradas de produtos controlados devem ser primeiro confirmados pelo médico.

Qualquer suspeita com a receita deve ser esclarecida diretamente com o médico ou simplesmente rejeitada se ele não puder ser encontrado. Lembre -se de que é sua a responsabilidade.

Produtos Controlados na Farmácia

A dispensação de medicamentos controlados está sujeita a uma série de exigências do Serviço Nacional de Vigilância Sanitária (S.N.V.S,), através de Portarias expedidas periodicamente. Muitas vezes, essas Portarias trazem dificuldades quanto de sua execução não só para a classe médico-odontológica como também para a farmácia.

Este problema costuma manifestar-se das mais variadas maneiras, a saber: A receita não está de acordo com a exigências das normas baixadas pela S.N.V.S; Recomenda quantidade maior que a permitida para a venda; A assinatura do médico sugere suspeitas; Não há registro no CRM do Médico; Receita em talonário não oficial, etc.

Em qualquer desses casos, a farmácia enfrenta dificuldades. Ou contrariar a legislação para satisfazer a necessidade do paciente que adquiriu o medicamento se arriscando às penalidades do órgão sanitário estadual, ou se sujeita às disposições legais, referidas na Portaria 344/98, perdendo o cliente e às vezes até, sofrendo penalidades do órgão competente.

A Portaria que regula a comercialização de tais medicamentos se destinam a reprimir o uso indiscriminado de produtos controlados, mas acabaram criando uma complicada série de exigências e detalhes que na maioria das vezes, impedem o fornecimento de um medicamento absolutamente indispensável ao cliente.

Acontece também o fato de uma pessoa apresentar uma receita prescrevendo diversos produtos, e entre eles apenas um catalogado nas disposições restritivas da S.N.V.S., assim, pela ausência de uma pequena formalidade, a farmácia deixa de fornecer os demais medicamentos.

A obrigatoriedade de registrar a receita é outro problema. O paciente nem sempre aceita a retenção da receita, insingindo-se contra o fato, dizendo que ninguém tem nada a ver com sua enfermidade.

Em qualquer caso em que não seja possível fornecer o medicamento prescrito, por deficiência contrária as normas fixadas, a farmácia sofre um duplo constrangimento; deixa de atender o cliente, que por sua vez pensa que o balconista está criando caso, está com má vontade, etc.

A atual legislação, que restringe a venda de psicotrópicos tem dois aspectos: um positivo e outro negativo, ela está correta quando pretende coibir o uso indiscriminado e abusivo dos medicamentos controlados, mas por ser mal orientado provoca muita injustiça.

É o caso dos medicamentos para epilepsia ou convulsões, se o paciente não tem a receita à farmácia não pode atender. Acontece que ele necessita realmente do produto, porém nada se pode fazer. Muitas vezes esses pacientes não têm recursos para ir ao médico arranjar uma receita ou simplesmente não sabe que precisa dela. É profundamente injusto que ele fique sem o medicamento.

Diante de tais ocorrências, é necessário que as autoridades sanitárias reconheçam o excesso de determinadas exigências.

Notificações de Receituário

1- Notificação de receita ACor de receita: AmarelaListas: A1 - entorpecentes; A2 - entorpecentes; A3 - psicotrópicosTafonário: Fornecido pela Autoridade Sanitária competente dos Estados, Municípios e DF.Validade: 30 dias válida em todo Território NacionalQuantidade permitida por receita: Cinco ampolas e demais formas farmacêuticas quantidade

para 30 dias de tratamento.

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2- Notificação de receita BCor de receita: AzulListas: B1 - psicotrópicos; B2 - psicotrópicos anorexígenosTalonário: Numeração fornecida pela Autoridade Sanitária, confecção a encargo do

profissional.Validade: 30 dias válida somente dentro da Unidade FederativaQuantidade permitida por receita: Cinco ampolas e demais formas farmacêuticas quantidade

para 60 dias de tratamento.

3- Notificação de Receita EspecialCor de receita: BrancaListas: C2 - retinóides sistêmicos; C3 - imunodepressores (talidomida)Talonário: Numeração fornecida pela Autoridade Sanitária, confecção a encargo do profissional.Vatidade: C2: 30 dias C3: 15 diasQuantidade permitida por receitaC2: 5 ampolas ou quantidade para 30 dias de tratamentoC3: quantidade para 30 dias de tratamento

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4-Receita de controle especialCor de receita: Branca 2 viasListas: C1 - outras substâncias; C4 - antiretrovirais; C5 - anabolizantesTalonário: Sem numeração, confecção a encargo do profissional.Validade: 30 dias válida em todo território NacionalQuantidade permitida por receitaC1 e C5: 5 ampolas e demais formas farmacêuticas quantidade para 60 dias de tratamento.

O que deve constar nas Receitas Amarela, Azul e Branca: sigla da Unidade da Federação;

identidade numérica

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identificação de eminente;

identificação do usuário;

nome do medicamento, dosagem, forma farmacêutica, quantidade e posologia, algarismos;

arábicos e por extenso;

data de emissão;

assinatura do prescritor;

identificação do comprador;

identificação do fornecedor;

identificação do registro;

identificação da gráfica;

data de emissão.

Outras informações pertinentes

C2: notificação deverá ser acompanhada de termos de consentimento pós-informação fornecido pelo profissional habilitado.

C3: o paciente deverá receber termo de esclarecimento e termo de responsabilidade pelo médico, em duas vias. Sendo a 1º via encaminhada à Coordenação Estadual do Programa e outra no prontuário do paciente. À exceção de outras listas (2 anos), os documentos da lista C3 deverão ser guardados por prazo de 5 anos. C1 - para antiparkisonianos e anticonvulsivantes a quantidade fica limitada em até 6 meses de tratamento. C4 - formulário especial estabelecido pelo programa DST/AIDS 5 substâncias ou medicamentos por receita.

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Notificação de Receita:

Deve estar acompanhada de documentos pessoais para que se dê a dispensa. Deverá ser preenchida de forma legível, sendo a quantidade em algarismos arábicos e

por extenso, sem emenda ou rasura. A receita só será aviada quando todos os itens da receita estiverem preenchidos. Não será exigida notificação de receita em ambiente hospitalar. As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só poderão ser feitos

quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente.

Acessórios que podem ser Vendidos na Farmácia

Os proprietários de farmácias poderão também aumentar mais sua rentabilidade com a venda de acessórios e equipamentos, instrumentos cirúrgicos e um grande número de outros artigos.

Além das vantagens do preço não tabelado e maior margem de lucro, a farmácia poderá proporcionar ao , cliente a oportunidade de comprar um acessório, sem ferir a legislação específica.

Seringas, agulhas hipodérmicas, meias para varizes, bolsas de água quente, de gelo, termômetros são os mais procurados.

Ainda podem ser vendidos na farmácia outros artigos, usados sob orientação médica, tais como: aparelhos portáteis para massagem, os suportes de hérnia e uma infinidade de outros artigos bastante usados atualmente, quando a medicina começa a adotar, em muitos casos, o tratamento individual em casa pelo próprio paciente, há, portanto, um grande número de produtos que podem ser comercializados pela FARMÁCIA.

Ainda temos a considerar a venda de Livros, Revistas e Jornais permitida a Farmácia, pela Lei 377 de 23 de dezembro de 1968.

Principais itens para a boa apresentação de sua farmácia

Dispor produtos pela ordem alfabética; Colocá-los nas prateleiras de acordo com as diversas

apresentações (gotas, comprimidos, líquidos, xaropes, suspensões, injetáveis, supositórios, pomadas, cremes e etc);

Colocar os produtos recém-adquiridos por trás dos que já se encontram nas prateleira;

Se possível, colocar junto os produtos com as mesmas indicações, obedecendo a sua apresentação e ordem;

Colocar os produtos pesados nas prateleiras mais baixas; Os produtos cirúrgicos, desinfectantes, inseticidas, leite dietético, adoçantes, geriátricos,

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acessórios, etc. devem ser colocados onde sejam vistos com facilidada pelos clientes; Os produtos devem ser arrumados, não permitindo, espaços vazios nas prateleiras;

Se possível, os produtos devem ser dispostos por tamanhos, colocando-se os menores a começar pelas prateleiras de cima, continuando com os de tamanho médio e terminada com os de tamanho grande, porem sem sair da ordem alfabética e da apresentação. Organização e limpeza são aspectos imprescindíveis para uma boa apresentação da farmácia.

Dicionário de Especialidades Farmacéuticas-DEF

O DEF - é um dicionário informativo aos médicos e profissionais da saúde, de que medicamentos o Brasil dispõem, mas também sob seus efeitos colaterais, forma farmacêutica, composição, informações técnicas, indicações, contra-indicações, precauções, interações medicamentosas, reações adversas e advertências sobre sua utilização. Ajuda o médico em sua atividade profissional nas quais as terapêuticas prescritas ocupam um papel tão importante.

O mercado farmacêutico vem sofrendo profundas transformações. O financiamento dos medicamentos genéricos, as ações operacionais, tanto no setor público quanto do setor privado, para reduzirem o crescente custo da saúde, médico da família, campanhas de vacinação, distribuição gratuita de medicamentos e crescente municipalização do SUS indicam um novo rumo na ministração da saúde,

Esse processo de mudanças na área da saúde cria dúvidas, expectativas, esperanças, mas também apreensões. E dentro dessa linha é preciso cada vez mais tomar clara as ações dos diversos elos que compõem a cadeia da saúde.

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MÓDULO IX

Medicamento Manipulado/Homeopatia/Fitoterápico

Medicamento Manipulado

Medicamentos fabricados em farmácia de manipulação, de acordo com uma receita, onde o médico prescreve o nome do princípio ativo, sua concentração e a quantidade de produto que ele deseja que seja manipulado, São medicamentos de grande aceitação, por possibilitarem a manipulação de diversas substâncias e dosagens exatas em uma mesma apresentação, diminuir assim as tomadas diárias, pelos pacientes, em função das substâncias estarem agrupadas e estimular o médico à liberdade nas precisões, visando um melhor resultado ao seu paciente, nas fórmulas magistrais é importante considerar a procedência dos sais, a qualidade dos produtos adquiridos e a qualidade da empresa que manipula os medicamentos.

Então:

A farmácia de manipulação ou magistral, é aquela que manipula fórmulas atendendo a diversas especialidades médicas.

A fundamental importância da farmácia de manipulação é o fracionamento das substâncias para cada caso clínico.

Quais os objetivos da farmácia de manipulação

São os seguintes:

        Facilitar a prestação da receita médica e o uso aos pacientes;

        Possibilitar a manipulação de diversas substâncias e dosagens exatas em um mesmo recipiente;

        Diminuir as tomadas diárias, pelos pacientes, em função das substâncias estarem agrupadas;

        Estimular o médico à liberdade nas prescrições, visando um melhor resultado ao seu paciente.

O que é importante considerar em formulações magistrais

As procedências dos sais; As qualidade dos produtos adquiridos; As qualidade da empresa que manipula.

Medicamento Homeopático

Por definição, medicamento homeopático é toda substância vegetal, mineral ou animal que sofre um processo de diluição e agitação mecânica.

A homeopatia surgiu há pouco mais de 200 anos quando o médico alemão Samuel Hahneman usou um princípio de Hipócrates, o pai da medicina, que dizia que uma das formas de curar é através dos semelhantes.

Então, o princípio seria: semelhante cura semelhante, ou seja, uma substância é capaz de curar o que ela provoca no organismo,então, Hahemann percebeu este feito quando lia uma matéria médica sobre quina. Experimentou-a em si mesmo, observando manifestações bastante semelhantes às apresentadas por pacientes com malária. Concluiu então que a quina era utilizada no tratamento da malária porque produzia sintomas semelhantes em pessoas saudáveis.

Como algumas plantas e substância eram tóxicas, algumas vezes ocorriam efeitos adversos

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importantes. Hahemann decidiu então, diluir os medicamentos ao máximo, de maneira que sua toxicidade fosse diminuída. Esta terapia é aplicada aos doentes escutando-se tudo o que o paciente diz, suas queixas, seu temperamento, seu modo de ser e viver quando são e quando doentes, sua patologia. Anota-se e escolhem-se os sintomas mais significativos, os que chamam mais atenção para a individualidade do doente e prescreve-se o medicamento adequado.

A Homeopatia e a Ciência

Considerada efetiva por uns e ineficaz por outros, essa antiga terapêutica ganha adeptos a cada dia, mas causa polémica. No Brasil, o sucesso foi impulsionado há 20 anos pelo reconhecimento da terapêutica como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina. Os conselhos de farmácia e Medicina Veterinária fizeram o mesmo e os homeopatas aguardam vitória junto ao de Odontologia.

Embora pacientes e médicos afirmem que funciona, nem mesmo os homeopatas são capazes de explicar como o remédio age, uma vez que através do processo de fabricação pelo qual este tipo de medicamento passa seria impossível restar uma única molécula de principio ativo, seja de origem vegetal, animal ou mineral.

Nem por isso a Homeopatia deixa de ser a opção de uma vasta multidão que valoriza o tratamento diferenciado que recebe no consultório médico, já que o homeopata está interessado em tratar não só a doença, mas em restabelecer a saúde como um todo.

Medicamentos Fitoterápicos

Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.

O descobrimento das propriedades curativas das plantas foi, no início, meramente intuitivo ou, observando os animais que, quando doentes, buscavam nas ervas, curas para suas infecções.

Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebens encontrou um rolo de papiro. Depois de decifrada a introdução, foi surpreendido pela frase "Aqui começa o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano". Provou-se, mais tarde que este manuscrito era o primeiro tratado Egípcio conhecido.

Dentre as plantas mais utilizadas pelos Egípcios é indispensável citar o zimbio, a semente de linho, o funcho, o alho, a folha de sene e o lírio.

Os conhecimentos médicos iniciados no Antigo Egito divulgam-se mais tarde para a Mesopotâmia, mas foram sobre tudo os gregos, e mais tarde os romanos, que herdaram e aperfeiçoaram egípcios, sendo a palavra fitoterapia formada por dois radicais gregos FITO, que significa planta e thererapeía, que significa tratamento ou prevenção de doenças utilizando plantas medicinais.

O reino vegetal, além de uma grande reserva de substâncias ativas, funciona como um grande laboratório de síntese de outros ativos. A partir do uso popular de plantas, foram descobertos diversos medicamentos usados até hoje.

Durante muito tempo, os medicamentos fitoterápicos caíram em descrédito pela classe médica, pois suas preparações não eram padronizadas para que se conseguisse o efeito desejado no organismo. Foi na década de 80, que uma nova linha de pesquisas com medicamentos padronizados demonstrou ser possível à obtenção do efeito controlado no organismo humano. Em fevereiro do ano 2000, a diretoria da ANVISA criou uma legislação específica para regulamentar e supervisionar os medicamentos de origem vegetal. Segundo técnicos do órgão, isso ocorreu em virtude da necessidade de uma política que coordenasse os produtos de origem natural que, até então, estavam à venda no mercado em categorias indefinidas. De acordo com as resoluções dessa classe, é necessário que todas as empresas que solicitam o registro de uma planta apresentem literatura científica sobre aspectos relacionados à segurança e eficácia de sua utilização.

Princípios Ativos Vegetais

Os princípios ativos das plantas medicinais são substâncias que a planta sintetiza e armazena durante todo o seu crescimento. No entanto, nem todos os produtos metabólicos sintetizados possuem valor medicinal. Em todas as espécies estão ao mesmo tempo presentes princípios ativos e substâncias inertes. Geralmente em uma mesma planta encontram-se vários componentes ativos da qual um ou um grupo deles determinam a ação principal.

Os princípios ativos não se distribuem de maneira uniforme no vegetal, concentrando-se preferencialmente nas flores, folhas e raízes, mas, às vezes nas sementes, nos frutos e na casca.

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Outra característica dos vegetais é que não apresentam uma concentração uniforme de princípios ativos durante o seu ciclo de vida, variando com o habitat, a colheita e a preparação.

Fitoterápicos podem ser encontrados em várias formas farmacêuticas como as seguintes: cápsulas, comprimidos, tinturas, pós.

A ação dos medicamentos fitoterápicos são as mais diversas possíveis. Podendo atuar nas dores de cabeça, constipações, estados depressivos, perda de memória, estafa física e mental apresentando o mínimo de efeitos colaterais, tolerância ao fârmaco e dependência.

Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da f armacologia .

Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.

Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e interação com outras medicações, levando a danos à saúde e até predisposição para o câncer.

À medida em que os princípios ativos, são descobertos, os mesmos são isolados, refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais.

No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de riscos. A fitoterapia acompanha a humanidade desde os povos primitivos, que já utilizavam plantas

medicinais para curar doenças, e hoje em dia vem ganhando cada vez mais popularidade no mundo todo.  Porém, é preciso ter cautela ao utilizar a fitoterapia, uma vez que um produto natural não significa necessariamente que seja livre de efeitos colaterais. Todos os medicamentos, inclusive os fitoterápicos, devem ser usados com orientação médica.

No Brasil, desde março de 2004, a Anvisa estabeleceu regulamentação para garantia da qualidade do medicamentos fitoterápicos para o consumidor. Para isso, exige a reprodutibilidade dos fitoterápicos fabricados com os lotes desses medicamentos produzidos com a mesma quantidade de um conjunto de moléculas denominado marcador. Outro critério obrigatório é a comprovação da eficácia e segurança dos medicamentos fitoterápicos.

Conheça alguns Fitoterápicos e suas funções:

Alcachofra (Cynara Scolymus): Estimulante das funções hepáticas e digestivas. Ação diurética e depurativa, auxilia no controle do colesterol.

Amora (Morus Alba L.): Possui ação antioxidante. É indicada na prevenção de aftas e gengivites. Também usado para reposição hormonal, diminuindo assim os sintomas da menopausa.

Berinjela (Solanum Melongena L.): Possui suave ação diurética, auxilia na redução do colesterol, no combate a arteriosclerose e problemas cardiovasculares.

Cálcio de Ostras (Oyster Calcium): Complemento nutricional recalcificante, na prevenção do raquitismo, no tratamento da osteoporose e outras condições de necessidades maiores de cálcio.

Cáscara Sagrada (Ramnus Purshiana): Acelera o trabalho digestivo em suas diversas fases. Usado no tratamento de prisão de ventre (laxante), estimulante das funções gástricas e intestinais.

Castanha da Índia (Aesculus Hippocastanum): Vasoconstritor periférico que aumenta a resistência dos vasos capilares. Usada no tratamento de varizes, hemorróidas e doenças circulatórias dos membros inferiores, diminuindo o desconforto e a dor.

Centela (Centella Asiática): Eficaz na prevenção da celulite e de gorduras localizadas. Possui suave ação diurética e estimulante de circulação.

Chá Verde (Camelia Sinensis): Ação diurética, estimulante, hipolipemiante e preventiva de doenças cardiovasculares. Auxilia na prevenção dos efeitos de envelhecimento precoce devido à ação antioxidante. Ajuda no processo de emagrecimento (acelera o metabolismo).

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Cogumelo do Sol (Agaricus Blazei): Possui ação antioxidante e tonificante. Ativa o sistema imunológico, auxiliando assim na prevenção do envelhecimento precoce e de algumas doenças.

Colágeno (Proteína Hidrolisada): Produto com alto teor de proteína e aminoácidos. Usado como coadjuvante no regime de emagrecimento por combater a flacidez. Usado também no tratamento de unhas quebradiças e cabelos enfraquecidos.

Garcínia (Garcínia Cambogia): Auxiliar em regimes de emagrecimento, é supressora do apetite por massas e doces.

Gelatina (Gado Vacum): Possui ação auxiliar na formação do colágeno, ajudando assim no tratamento da flacidez e estrias. Fortalece unhas, cabelos e previne o envelhecimento precoce.

Ginkgo (Ginkgo Biloba): Estimulante da circulação sangüinea, atividade antioxidante e anti-agregante plaquetário.

Ginseng (Pfaffia Paniculata): Aumenta a resistência física e estimula o organismo pois possui vitaminas, sais minerais e proteínas, favorece sensivelmente a memória. É auxiliar nos casos de esgotamento físico, mental e indisposição.

Guaraná (Paullinia Cupana): Para combater a sonolência, fadiga e indisposição física. Potente tônico e estimulante orgânico geral.

Hipérico (Hipericum Perforatum): Indicado para aliviar sintomas de depressão. Possui ação calmante do sistema nervoso.

Porangaba (Cordia Salicifolia): Estimulante da circulação, é um auxiliar em regimes de emagrecimento, diurético (elimina inchaços) e previne o depósito de gordura nas veias.

Quitosana (Fibra de Crustáceos): Indicado no tratamento de obesidade, absorvendo parte da gordura do alimento impedindo que o corpo à absorva. Regula as funções intestinais ajudando ainda mais no emagrecimento.

Sene (Cassia Angustifolia): Possui ação laxante e purgativa. Tomar diariamente para regular o intestino.

Spirulina (Macrocystis Pyrifera): Complemento dietético, protéico e vitamínico com notáveis propriedades farmacológicas. Usada em regimes de emagrecimento, pois atua como supressor do apetite.

Unha de Gato (Uncaria Dioica): Imunomodulador, anti-inflamatório e antiviral. Auxilia nos tratamentos de processos inflamatórios (artrites, renites e sinusites).

Lecitina de Soja: É utilizada pelo organismo para construir grande parte dos tecidos nervosos e cerebrais. Auxilia no controle dos níveis de colesterol sangüíneo (reduz o colesterol ruim, o LDL, sem alterar o bom, o HDL).

Óleo de Alho: Apresenta ação expectorante, analgésica, anti-bacteriana. Auxilia no aumento da resistência orgânica, no tratamento de hipertensão arterial e na redução dos níveis de colesterol.

Óleo de Linhaça: Poderosa fonte de Ômega 3, 6 e 9, fundamentais à saúde. Auxilia na proteção contra doenças cardíacas, controle dos triglicérides e do colesterol. Auxilia no controle dos radicais livres (controle do envelhecimento), na diminuição da retenção de líquidos, inclusive durante o período pré menstrual minimizando a TPM nas mulheres.

Óleo de Prímula: Rico em Ômega 6 que não é produzido naturalmente pelo organismo e precisa ser obtido na dieta. A carência de ácidos graxos essenciais pode acarretar, além de síndrome pré-menstrual (TPM), distúrbios como eczema, esclerose múltipla e envelhecimento precoce. Possui ação hepatoprotetora.

Óleo de Peixe: Rico em Ômega 3, que ajuda a regularizar a fluidez do sangue e níveis de triglicérides em nosso organismo. O Ômega 3 é composto pelos ácidos graxos EPA e DHA que auxiliam na proteção contra doenças cardíacas, redução do colesterol e hipertensão arterial.

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Vitamina E: Potente antioxidante que atua no combate aos radicais livres.

MÓDULO X

Primeiros Socorros

1. Respiração Artificial Em muitos casos de primeiros socorros é de vital importância a

respiração artificial. Como fazê-la:

a) Para adultos: Deite imediatamente a vítima de costas, com os braças

estendidos ao longo do corpo; Afrouxe as suas roupas, deixando livres pescoço, tórax e

abdómen; Desobstrua as vias aéreas superiores (boca e garganta),

retirando corpos estranhos e secreções e puxando a língua; incline a cabeça da vítima para trás, suspendendo-a com uma

das mãos na nuca e a outra na testa (muitas vezes esta manobra é suficiente para restabelecer a respiração, pois deixa livre a passagem do ar para os pulmões).

Aperte as narinas com os dedos indicadores e o polegar da mão que estiver na tessta para evitar a fuga de ar pelo nariz, quando da respiração artificial;

Cubra a boca da vítima com sua própria boca, de forma a não deixar escapar o ar; Faça uma inspiração profunda e sopre na boca até o peito da vítima se expandir. A seguir, solte

o nariz e afaste sua boca da boca da vítima para permitir que o ar saia de seus pulmões; Repita o movimento 15 vezes por minuto; Comprima o estômago da vítima entre uma e outra insuflação, para eliminar o w que penetrou

dentro do estômago; Se necessário, troque de socorrista, sem interromper o ritmo respiratório; Procure socorro médico, mesmo com a vítima recuperada.

b) Para Crianças: Desobstrua a garganta da mucosidade, comida, etc, virando a criança de cabeça para baixo,

segurando-a pêlos tornozelos e aplicando palmadas vigorosas na planta dos pés (não gaste mais do que alguns segundos);

Deite a criança de costas, incline a cabeça da vítima para trás, suspendendo-as com uma das mãos, pela nuca, para afastar a língua da entrada das vias respiratórias;

Coloque sua boca firmemente sobre a boca e o nariz da criança, para evitar a fuga de ar quando da respiração artificial;

Sopre cuidadosamente, com pressão suave, até o peito de a criança elevar-se; Aplique a pressão suave e contínua sobre o abdómen, para evitar que o estômago se encha de

ar; Procure socorro médico, mesmo com a criança recuperada.

2. Afogamento

O que fazer?

a) Retire a água dos pulmões da pessoa acidentada da seguinte forma:

Deite-a de bruços, com a cabeça virada para um dos lados, com os braços dobrados, de maneira que as mãos fiquem uma sobre a outra, sob o rosto;

Levante e abaixe seus braços por várias vezes; Faça pressão com as mãos sobre as costas, na altura dos

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pulmões; Repita esses movimentos até que saia toda a água dos pulmões.

b) Após a retirada da água dos pulmões, se a pessoa não estiver respirando, comece a respiração boca a boca.

3. Asfixia

O que fazer?a) Por gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigénio, Coloque a pessoa num local bem arejado; Aplique a respiração artificial boca a boca.

b) Por soterramento Descubra a cabeça da vítima e limpe bem, desobstruindo seu

nariz e sua boca: Inicie, imediatamente, a respiração boca a boca.

c) Por envenenamento por medicamentos, sedativos ou produtos químicos.

Aplique, imediatamente, a respiração boca a boca.

d) Por estrangulamento Liberte a vítima da causa do estrangulamento; Aplique, imediatamente, a respiração boca a boca.

e) Por choque elétrico Não toque na pessoa até que ela esteja separada da corrente elétrica. Desligue a chave geral, se houver ou desligue o fio da tomada; Retire a pessoa usando corda seca ou pano de algodão seco para afastá-la do fio; Inicie a respiração artificial boca a boca, logo que ela estiver livre da corrente eilétrica.

OBS.: Em qualquer desses casos de asfixia, após a reanimação da vitima, encaminhe-a imediatamente para atendimento médico ou as hospital mais próximo.

Asfixia: passo-a-passo dos primeiros socorrosSe o objeto está preso no nariz1. Peça para que a pessoa respire pela boca.2. Observe a localização do objeto. Se ele não tiver sido introduzido até o fundo, tente

pressionar a base do nariz (no alto, próximo aos olhos) e empurrar o objeto para baixo.

3. Se isso não funcionar ou o objeto estiver alojado no fundo, procure socorro médico. Não tente forçar: Você pode machucar a pessoa ou pior, pressionar o objeto ainda mais pra dentro.

Se a pessoa engasgou e respira sem dificuldades

1. Espere a pessoa tossir. A própria pressão do ar pode expulsar a comida para fora.2. Você pode ajudar a expelir o objeto dando tapas nas costas cta pessoa: coloque-se atrás

desta e faça a pessoa se curvar para frente. Dê os tapas no alto das costas. Cuidado com a força aplicada.

3. Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte suas mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida e seguidamente.

4. Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo, especialmente se ocorrer vómito.

Se a pessoa engasgou e não consegue respirar

1. Observe se a vitima começa a sentir falta de ar. Ela ficará desesperada e começará a ficar roxa. Se isso acontecer, o caso é grave, pois o objeto está obstruindo a passagem de ar.

2. Se o objeto for pontiagudo, não se deve fazer nada, apenas procurar socorro medico imediato.3. Em outro caso, a solução é provocar o vómito, forçando com isso a saída do objeto. Isto é

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conseguido colocando seu dedo na garganta da vitima.4. Se isso não funcionar, procure socorro médico imediato.5. A dificuldade em respirar pode causar parada respiratória e desmaio. Tente fazer a respiração

boca-boca, que pode forçar a movimentação do objeto e permitir que o ar volte a circular.

4.Convulsão

É uma contratura involuntária da musculatura, provocando movimentos desordenados, em geral, acompanhada de perda de consciência.

O que fazer:a)Convulsões em adultos ou crianças - sem febre;

Desaperte toda a roupa da vitima; Deixe-a longe de objetos que possam feri-la; Proteja sua língua colocando algo entre os dentes como

pedaços de pano ou de borracha; Deixe-a debater-se, não a segure forte, cuidando para que

a cabeça não sofra nenhum; traumatismo, pois dentro de alguns minutos, tudo cessará;

Procure socorro médico.

b) Convulsões em crianças - com febre Retire as roupas das crianças e mergulhe-a em água fria; Deixe-a dentro da água até a temperatura baixe, ficando próxima do normal, molhando também

a cabeça; Envolva-a em uma toalha e procure socorro médico.

c) Convulsões em epiléticos O que deve ser feito Tentar reanima-la durante o ataque Dar-lhe algo para beber

Conselhos Não tome banho de mar sozinho; Não dirija veículos; Não ande na beira de precipícios ou locais muito aitos que oferecem risco de queda Evite ter, em seus quartos, Jarras, objetos quebráveis ou móveis pontiagudos; Durma em cama bem baixa

5. Ferimentos

O que fazera) Lave bem mãos com água e sabão, se possível esfregue-as com

escava. Se o ferimento sangrar em demasia, deve-se estancar a hemorragia,

antes mesmo de lavar as mãos, evitando perigo de vida da vitima por sangramento.

Limpe o ferimento com água previamente fervida e sabão, tantas vezes for necessário para uma boa limpeza da lesão.

Aplique uma solução anti-séptica como mercurocromo, iodo. merthiolate ou álcool iodado.

Cubra o ferimento com gaze ou com um pano limpo, Procure um médico,

b)Externo e profundos Estes tipos de ferimentos requerem pronta atenção médica: Ferimentos com bordas que não se juntam corretamente; Ferimentos em que há presença de corpos estranhos.; Quando a pele, músculos, nervos ou tendões estão dilacerados; Quando há suspeita de penetração profunda de objeto como, faca, prego, etc.; Quando a região próxima ao ferimento não tem aparência ou funcionamentos nomais.

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c) Quando houver evisceração, isto é, saída de vísceras pela ferida: O que fazer? Manter no lugar, com o maior cuidado, os órgãos expostos; Cubra com pano ou compressa úmida e aquecida; Prenda o pano ou compressa no lugar, com uma atadura; Leve a vitima, o mais rápido possível, para o pronto socorro.

6. Perda de consciência (Desmaio. Vertigem)

A perda de consciência pode ser provocada por desmaio, afogamento, asfixia por estrangulamento, envenenamento por medicamentos sedativos ou por produtos químicos, aspiração de gases venenosos e vapores quimicos e por choques elétricos.Desmaio é a perda repentina da consciência, em consequência de varias situações, inclusive de orige-n nervosa.

Sinais e sintomas de desmaioSuor intenso e frio. náuseas, vómitos, escurecimento da vista, palidez intensa, mãos e pés

amolecimento di:is pernas. O que fazer: Afrouxe toda roupa da vitima, cintos e colarinhos e retire os sapatas; Deite a pessoa de barriga para cima, com a cabeça baixa, sem travesseiro, em lugar ventilado. Não podendo deitá-la, sente a pessoa e baixe a sua cabeça até a altura dos joelhos, que

deverão ficar afastados. A seguir faça pressão para baixo sobre a nuca e peça à pessoa que forro para levantar a cabeça.

7. Queimaduras

a) Causas mais comuns de queimaduras; Líquidos ferventes como água, melado ou leite; Agentes químicos como soda cáustica, cal, ácidos e

creolina; Fogo, em chama ou em brasa; Eletricidade; Excesso de raios solares.

Saiba como socorrer uma vitima de queimaduraPessoas com queimaduras profundas podem correr

sério risco de vida. Quanto maior a extensão, maiores os perigos para vitima. Existem diferentes graus de lesão. Leve em conta que uma pessoa pode apresentar, ao mesmo tempo, queimaduras de terceiro, segundo e primeiro graus - e cada tipo de lesão pede um socorro específico.

É proibido...Passar gelo, manteiga ou qualquer coisa que não seja água fria no local, em qualquer caso.

Também não se deve estourar bolhas ou tentar retirar a roupa colada a pele queimada.

O que não se deve fazer: Passar pasta de dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo de cozinha. Apenas água fria é permitida.

Gelo também não pode. Furaras bolhas Retirar a pele morta Arrancar a roupa grudada na área queimada Apertar o ferimento

Primeiro GrauAs queimaduras deste tipo atingem apenas a epiderme, que é a camada mais superficial da

pele. O local fica vermelho, um pouco inchado, e é possível que haja um pouco de dor. É considerada queimadura leve e pede socorro médico apenas quando atinge grande extensão do corpo.

Como socorrer vítimas de queimadura de primeiro grau:1. Use água, muita água, É preciso resfriar o local. Faça isso com água corrente, um recipiente

com água fria ou compressas úmidas. Não use gelo.2. Depois de cinco minutos, quando a vitima estiver sentindo menos dor, seque o local, sem

esfregar.3. Com cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa.

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4. Em casas de queimaduras de primeiro grau - e apenas nesse caso - é permitido e recomendável beber bastante água e tomar um remédio que combata a dor.

Segundo GrauJá não é superficial: epiderme e derme são atingidas. O local fica vermelho, inchado e com

bolhas. Há liberação de líquidos e a dor é intensa. Se for um ferimento pequeno, é considerada leve. Nos outros casos, já é de gravidade moderada. É grave quando a queimadura de segundo grau atinge rosto, pescoço, tórax, mãos, pés, virilha e articulações, ou uma área muito extensa do corpo.

Terceiro grauQualquer caso de queimadura de terceiro grau é grave: elas atingem todas as camadas da pele

podendo chegar aos músculos e ossos. Como os nervos são destruídos, não há dor - mas a vitima pode reclamar de dor devido a outras queimaduras, de primeiro e segundo grau, que tiver. A aparência deste tipo de ferimento é escura (carbonizada) ou esbranquiçada.

Como socorrer vítimas de queimadura de terceiro grau Retire acessórios e roupas, porque a área afetada vai inchar. Atenção: se a roupa estiver colada á área queimada, não mexa. É preciso resfriar o local. Faça isso com compressas úmidas. Não use gelo. Nas queimaduras de terceiro grau pequenas (mencs de cinco centimetros de diâmetro) - só nas pequenas! - você pode usar água corrente ou um recipiente com água fria. Cuidado com o jato de água - ele não deve causar dor nem arrebentar as bolhas.

Atenção: a pessoa com queimadura de terceiro grau pode não reclamar de dor e, por isso, se machucar ainda mais - como dizer que o jato de água não está doendo, por exemplo- Se a queimadura tiver atingido grande parte do corpo, tenha o cuidado de manter a vítima aquecida. Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa. Em feridas em mãos e pés, evite fazer o curativo você mesmo, porque os dedos podem grudar um nos outros. Espere a chegada ao hospital. Não ofereça medicamentos, alimentos ou água, pois a vítima pode precisar tomar anestesia e, para isso, estar em jejum. Não perca tempo em remover a vítima ao hospital. Ela pode estar tendo dificuldades para respirar.

Papel do farmacêutico na sociedade/Atendente de Farmácia

No ano de 1997, a Organização Mundial da Saúde, divulgou uma documentação sobre qualidades gerais que o farmacêutico deve possuir (The role of the pharmacist in the health care system). O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde) Estas qualidades, em número total de 7, deu o nome ao profissional 7 estrelas, são elas:

Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde (junto com um atendente qualificado);

Capaz de tomar decisões; Comunicador; Líder; Gerente; Atualizado permanentemente; Educador.

O papel do farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. O farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal de armas com que o médico dá combate às doenças. É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. O lema do farmacêutico é o mesmo do soldado: servir.

Um serve à pátria; outro serve à humanidade, sem nenhuma discriminação de cor ou raça. O farmacêutico é um verdadeiro cidadão do mundo. Porque por maiores que sejam a vaidade e o orgulho dos homens, a doença os abate - e é então que o Farmacêutico os vê. O orgulho humano

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pode enganar todas as criaturas: não engana ao farmacêutico. O farmacêutico sorri filosoficamente no fundo do seu laboratório, ao aviar uma receita, porque diante das drogas que manipula não há distinção para quem irá o medicamento, (classes sociais, raças,etc). Não Importando quem vem comprar e o que vem comprar, se custa 50 cincoenta centavos um maná ou um sene.