21
Universidade Veiga de Almeida Pós-Graduação Lato-Sensu em Musculação ou Fisiologia do Exercício Disciplina: Nutrição Aplicada à Atividade Física II Prof(a): Letícia Azen Alves, Ms E-mail: [email protected] O QUE SÃO OS “SUPLEMENTOS” NUTRICIONAIS? De acordo com o Ministério da Saúde, em portaria de n o 32, publicada no Diário Oficial em 1998, suplementos são somente vitaminas e/ou minerais isolados ou combinados entre si, desde que não ultrapassem 100% da IDR (Ingestão Diária Recomendada). Acima destas dosagens são considerados como medicamentos, podendo ser de venda livre quando não ultrapassam em até 100% a IDR, e vendidos somente com prescrição médica quando apresentam valores acima destes limites. Os suplementos Vitamínicos e/ou de Minerais são definidos como alimentos que servem para complementar com estes nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde a sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requer suplementação. Já produtos como Albumina, Aminoácidos, Hipercalóricos, Bebidas Isotônicas e produtos à base de carboidratos são considerados, de acordo com a portaria de n o 222 publicada, pelo Ministério da Saúde, em 1998, Alimentos para Praticantes de Atividade Física, uma categoria de produtos com finalidade e público específicos - um subgrupo dos chamados Alimentos para Fins Especiais. Pelas normas brasileiras estes produtos são divididos somente em 5 categorias da seguinte forma: 1- Repositores Hidroeletrolíticos: São produtos com concentrações variadas de carboidratos e eletrólitos (cloreto e sódio), que podem ter a adição de vitaminas e/ou minerais, com o objetivo de repor o líquido e sais perdidos na transpiração, durante a prática de exercícios. 2) Repositores Energéticos: São produtos que apresentam no mínimo 90% de carboidratos em sua composição, podendo ser acrescidos de vitaminas e minerais, com a finalidade de manter os níveis adequados de energia para atletas. 3) Alimentos Protéicos: São produtos com a predominância de proteínas (no mínimo 51% do valor calórico), sendo que existe a obrigatoriedade de que pelo menos 65% da proteína seja de alto valor biológico, ou seja, proteína completa (origem animal). Estes produtos podem conter carboidratos e gordura, desde que o somatório energético de ambos não ultrapasse o das proteínas.

Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

Universidade Veiga de AlmeidaPós-Graduação Lato-Sensu em Musculação ou Fisiologia do ExercícioDisciplina: Nutrição Aplicada à Atividade Física IIProf(a): Letícia Azen Alves, MsE-mail: [email protected]

O QUE SÃO OS “SUPLEMENTOS” NUTRICIONAIS?

De acordo com o Ministério da Saúde, em portaria de no 32, publicada no Diário Oficial em 1998, suplementos são somente vitaminas e/ou minerais isolados ou combinados entre si, desde que não ultrapassem 100% da IDR (Ingestão Diária Recomendada). Acima destas dosagens são considerados como medicamentos, podendo ser de venda livre quando não ultrapassam em até 100% a IDR, e vendidos somente com prescrição médica quando apresentam valores acima destes limites.

Os suplementos Vitamínicos e/ou de Minerais são definidos como alimentos que servem para complementar com estes nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde a sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requer suplementação.

Já produtos como Albumina, Aminoácidos, Hipercalóricos, Bebidas Isotônicas e produtos à base de carboidratos são considerados, de acordo com a portaria de no 222 publicada, pelo Ministério da Saúde, em 1998, Alimentos para Praticantes de Atividade Física, uma categoria de produtos com finalidade e público específicos - um subgrupo dos chamados Alimentos para Fins Especiais.

Pelas normas brasileiras estes produtos são divididos somente em 5 categorias da seguinte forma:1- Repositores Hidroeletrolíticos:

São produtos com concentrações variadas de carboidratos e eletrólitos (cloreto e sódio), que podem ter a adição de vitaminas e/ou minerais, com o objetivo de repor o líquido e sais perdidos na transpiração, durante a prática de exercícios.

2) Repositores Energéticos:São produtos que apresentam no mínimo 90% de carboidratos em sua

composição, podendo ser acrescidos de vitaminas e minerais, com a finalidade de manter os níveis adequados de energia para atletas.

3) Alimentos Protéicos:São produtos com a predominância de proteínas (no mínimo 51% do valor

calórico), sendo que existe a obrigatoriedade de que pelo menos 65% da proteína seja de alto valor biológico, ou seja, proteína completa (origem animal). Estes produtos podem conter carboidratos e gordura, desde que o somatório energético de ambos não ultrapasse o das proteínas.

4) Alimentos Compensadores:São produtos que devem conter concentração variada de macronutrientes

(proteínas, carboidratos e gorduras), visando à adequação destes nutrientes na dieta de praticantes de atividade física.

Os Alimentos Compensadores devem obedecer os seguintes requisitos, no produto pronto para consumo: Carboidratos: abaixo de 90% Proteínas: do teor de proteínas presente no produto, no mínimo, 65% deve

corresponder à proteína de alto valor biológico; Gorduras: do teor de gorduras, a relação de 1/3 gordura saturada, 1/3

monoinsaturada e 1/3 gordura polinsaturada;

Page 2: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

Opcionalmente estes produtos podem conter vitaminas e/ou minerais desde que não ultrapassem as IDR’s de adultos.

5) Aminoácidos de Cadeia Ramificada:São produtos formulados a partir de concentrações variadas de aminoácidos de

cadeia ramificada, com o objetivo de fornecimento de energia para atletas.Nestes produtos os aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e

isoleucina), isolados ou combinados, devem constituir, no mínimo 70% dos nutrientes energéticos da formulação, fornecendo na ingestão diária recomendada até 100% das necessidades diárias de cada aminoácido.

Podemos citar neste grupo os Aminoácidos Ramificados, BCAA 1500, BCAA 2000 e BCAA.

RECURSOS ERGOGÊNICOS

Substâncias ou artifícios utilizados visando a melhora da performance*

Ergon (trabalho) + Gennan (produzir)

São classificados em 5 categorias de “ajuda”:a) Nutricionalb) Farmacológicac) Fisiológica d) Psicológicae) Mecânica ou biomecânica

*WILLIAMS, Melvin H. The Ergogenic Edge: Pushing the Limits of Sports Performance. Ed. Human Kinetics, 1998

RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS

AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA

Definição: os aminoácidos de cadeia ramificada compreendem três aminoácidos essenciais: Leucina, Isoleucina e Valina, popularmane conhecidos como BCAAs (Branched Chain Amino Acids).

Metabolismo: São conhecidos pelos seus efeitos benéficos sobre o aumento da síntese protéica

no fígado e economia de nitrogênio. São utilizados para síntese de 1/3 da proteína muscular. Atuam como uma importante fonte de energia para o músculo esquelético durante

períodos de estresse metabólico, por meio da estimulação da síntese de Glutamina e Alanina (Gliconeogênese) (PDR, 2001).

Efeitos Ergogênicos propostos: poupam glicogênio (Blomstrand & Newsholme, 1996) promovem a hipertrofia muscular por alterações hormonais, como o aumento da

Testosterona (Carli et al., 1992), GH (Castell & Newsholme, 1997) e insulina (Hickson & Wolinsky, 1994).

ação anti-catabólica (Sehena et al., 1992; McLean et al., 1994) retardam a Fadiga Central (Blomstrans et al., 1991)

Doses estudadas: de 5,0 a 20g/dia

2

Page 3: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

Apresentação: cápsulas

Efeitos Colaterais: altas doses (acima de20g/dia) podem provocar: transtornos gastrointestinais (diarréia) excessos podem comprometer a absorção de outros aminoácidos (Williams, 1998)

CREATINA

Definição: é uma amina, normalmente encontrada em alimentos de origem animal, sintetisada

no fígado, rins e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina

Principais Fontes de Creatina:Alimento Quantidade de

Creatina g/kgBacalhau 3Arenque 6,5-10Linguado 2Salmão 4,5Carne de boi 4,5Carne de porco

5

Leite 0,1

Fonte: BALSON et al., 1994

Consumo alimentar, necessidades diárias e excreção: Quem ingere alimentos de origem animal consome, normalmente, 1 grama de

Cr/dia. Os requerimentos normais de Cr se aproximam de 2 gramas/dia, sendo esta

quantidade suprima através da síntese endógena ou através de fontes exógenas.

Aproximadamente 2 gramas de Creatina são excretados por dia na urina na forma de Creatinina

Distribuição corporal: um homem de 70 kg armazena em média 120 gramas de Cr 95% do conteúdo total se encontra armazenado no músculo esquelético,

estando 2/3 na forma fosforilada (PCr) e 1/3 na forma livre (Cr livre) 5% ficam distribuídos no músculo cardíaco, testículos, retina e cérebro o conteúdo normal de Cr no músculo é de 125 mmol/Kg de matéria seca e o

limite máximo de armazenamento é de 150-160 mmol/Kg. maiores concentrações de Cr se encontram nas fibras tipo IIb.

Doses recomendadas: carga:

20-30g/dia, divididas em 4-6 tomadas de 5g, durante 5 a 7 dias (Harris et al., 1992; Balsom et al., 1994; Hultman et al., 1996);

0,3g/Kg de MCT/dia, divididas em 4-6 tomadas de 5g, durante 5 a 7 dias (Hultman et al., 1996);

3g/dia, durante 28 dias (Hultman et al., 1996); 5g/dia, durante 10 semanas (Pearson et al., 1999); 0,1g/kg de MCM/dia em dose única, durante 21 dias (Burke et al., 2000).

manutenção: 2-5g/dia, durante 28 dias (?)

3

Page 4: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

0,03g/Kg de MCT/dia, durante 28 dias (?) (Hultman et al., 1996)OBS: Especula-se que os estoques se mantenham aumentados, pelo menos, durante

1 mês após a parada do período de carga (Maganaris & Maughan, 1998)

Influência do carboidrato: Estudos demonstram que combinando Cr com carboidratos simples, como a

glicose, pode haver um maior aumento no armazenamento de Cr no músculo em até 60% quando comparado ao uso de Cr apenas (GREEN et al., 1996)

As concentrações de Cr se aproximam dos limites máximos

POR ISSO A INDÚSTRIA DE SUPLEMENTOS COSTUMA ASSOCIAR PARA CADA 5 GRAMAS DE CR DE 35 A 90 GRAMAS DE CARBOIDRATO

Influência da cafeína: A Cafeína parece exercer um efeito contrário ao do carboidrato no que diz

respeito ao armazenamento de Cr no músculo (5mg de cafeína/kg x 0,5 g de Cr/kg) (Vandenberghe et al., 1996)

Prováveis efeitos da suplementação: aumento da força explosiva (potência) diminui o tempo de recuperação entre esforços repetitivos de alta intensidade e

curta duração (predominância do Sistema Energético ATP-CP) ganho de peso - devido à retenção hídrica ou à hipertrofia muscular? hipertrofia da massa muscular - devido a maior síntese de proteína miofibrilar

ou em conseqüência do aumento da força?

Retenção hídrica: mito ou fato? A Cr é uma substância osmoticamente ativa. Com isso, o aumento intracelular

de Cr pode induzir o fluxo de água para o interior das células (MUJIKA et al., 2000)

HULTMAN et al. (1996) demonstraram que a suplementação com Cr reduziu o volume urinária em, aproximadamente, 0,6 litros durante os dias iniciais de suplementação

Durante o período de carga os indivíduos costumam apresentar um ganho de 0,5 a 1 kg.

Cada grama de Cr leva a uma retenção de, aproximadamente, 15 mL ou g de água (WILLIAMS et al., 1998).

Aplicabilidade: atletas cujas modalidades esportivas requeiram esforços repetidos de alta intensidade e curta duração (ex.: futebol, basquetebol, voleibol, tênis, musculação)

Apresentação: pó (pura ou com carboidrato) comprimido (pura) líquida (com carboidrato) jujuba

Efeitos Adversos: aparentemente a suplementação de Cr não leva a efeitos colaterais, mas existem algumas especulações:

distensões musculares caimbras diminuição da produção endógena possível sobrecarga renal

4

Page 5: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

para alguns, o aumento do volume muscular (ganho de peso) pode representar um efeito indesejado

ALVES, Letícia Azen & DANTAS, Estélio Henrique Martin. Efeitos da dose de manutenção após o período de carga da suplementação de Creatina. Fitness

& Performance, v. 1, n. 5, p. 17-25, 2002

Amostra: 18 atletas de judô do sexo masculino, entre 18 e 22 anos, pesando entre 65 e 85 quilos.Suplementação: Grupo Creatina (n=9): 20g Cr/dia, durante 5 dias (dose de carga) e, posteriormente,

5g Cr/dia, durante 33 dias (dose de manutenção) Grupo Placebo (n=9): 20g Cr/dia, durante 5 dias (dose de carga) e, posteriormente,

5g placebo (maltodextrina) Cr/dia, durante 33 dias (dose de manutenção)

Resultados: A dose de carga de Creatina levou a alteração significativa da massa corporal total,

massa corporal magra e depuração de Creatinina, sem modificar significativamente a força isométrica, a força explosiva (membros superiores e inferiores) e a potência anaeróbica.

A dose de manutenção de Creatina não promoveu alterações nas variáveis estudadas

A dose de manutenção de Placebo apenas alterou significativamente a força isométrica.

L-CARNITINA

Definição: No passado já foi considerada um aminoácido por ser sintetizada partir de 2

aminoácidos Atualmente é considerada uma substância “vitamin-like” por apresentar uma

estrutura química semelhante às vitaminas do complexo B, em particular a Colina

Síntese: é sintetizada nos rins, cérebro e, principalmente, no fígado a partir de 2

aminoácidos (lisina e metionina), Niacina (vit. B3), Piridoxina (vit. B6), Ácido Fólico, Ácido Ascórbico (vit. C) e ferro.

Consumo alimentar, necessidades diárias e excreção: Quem ingere alimentos de origem animal consome facilmente cerca de 50 mg

de Carnitina por dia Alguns autores dizem que devemos ingerir de 150 a 250 mg/dia para que as

demandas possam ser supridas (Neumann, 1996) e outros sugerem em torno de 250 a 500 mg/dia (Craython, 1998).

A Carnitina é excretada na forma de Carnitina ou Acilcarnitina

Principais Fontes de L-carnitina:Alimento

Quantidade de Carnitina mg/100g

5

Page 6: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

Carneiro 210

Cordeiro 80

Boi 60

Porco 30Coelho 20Frango 7,5

Adaptado: NEUMANN, G. Effect of L-carnitine on athletic performance. In: LOSTER, H. S. H. Carnitine – Pathobiochemical Basics and Clinical Applications. Ponte Press

Bochum, 1996

Armazenamento: é armazenada no músculo esquelético (90%), músculo cardíaco, rim, testículos e cérebro

Fórmulas Químicas: D-carnitina (tóxica) L-carnitina (única fórmula sintetizada no nosso organismo e presente nos

suplementos)

Qual a sua função no nosso organismo?A membrana interna da mitocôndria é impermeável aos acil-CoAs de cadeia

longa (ácidos graxos ativos de cadeia longa). Com isso, eles não conseguem atingir o sítio mitocondrial da -oxidação.

Carnitina + acil-CoA acilcarnitina + CoAAcilcarnitinas de cadeia longa atravessam a mitocôndria e regeneram as acil-

CoAs na matrix mitocondrial, onde estas estarão disponíveis para oxidação.

Mecanismos de ação propostos: aumenta a queima de gordura (por aumentar o transporte de ácidos graxos de

cadeia longa para o interior da mitocôndria); poupa glicogênio (pois o organismo passaria a dar prioridade aos ácidos graxos

como substrato energético); diminui a síntese de ácido lático (a suplementação de L-carnitina ativaria a

Piruvato Desidrogenase, enzima responsável pela conversão do Piruvato a Acetil-CoA, desviando-o da síntese de ácido lático) (Silipradi et al., 1990).

Podemos afirmar que a suplementação de L-carnitina funciona?“Estudos clínicos experimentais que procuraram investigar os efeitos da

suplementação de L-carnitina sobre a performance durante o exercício não nos permitem chegar a conclusões definitivas. A maior parte das investigações mostra que a administração de L-carnitina promoveu aumentos nas concentrações plasmáticas, mas sem aumento no conteúdo muscular” (Brass, 2000; Dyck, 2000).

Doses estudadas: 2 a 6g/dia

Doses recomendadas: 1 a 2 g/dia

Apresentação: líquida ou comprimido

Efeitos Adversos: ainda não foram relatados, porém alguns costumam relatar taquicardia e aumento da sudorese e rubor

GLUTAMINA

6

Page 7: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

Definição: Aminoácido não-essencial, sintetizado no tecido muscular, a partir de outros aminoácidos, tais como: ácido glutâmico, valina e isoleucina.

Em algumas condições como trauma, septicemia e câncer e, eventualmente, no esforço físico extremo, a concentração intracelular e plasmática de Glutamina pode diminuir em até 50%. Assim, quando a demanda é maior que a síntese estabelece-se um quadro de deficiência e, por esta razão, este aminoácido foi recentemente reclassificado como “condicionalmente essencial” (CURI, 2000).

A Glutamina, juntamente com os BCAAs, formam o conjunto de aminoácidos mais abundante no músculo e os mais importantes energeticamente.

Estudos recentes sugerem maior importância da Glutamina, em comparação à Alanina, no processo Gliconeogênico Hepático em humanos (VAN HALL et al., 1998).

Funções no organismo: importante para o crescimento e manutenção das células; é utilizada como substrato energético para células de divisão rápida (ex.

enterócitos); atua na síntese protéica como um importante doador de nitrogênio; nos rins, participa do controle do equilíbrio ácido-básico como o mais

importante substrato para síntese de amônia, além de atuar na síntese de íons Bicarbonato;

no fígado, pode servir como substrato gliconeogênico.

Síndrome do Over Training:“Exercícios prolongados ou treinamento exaustivo sem períodos de recuperação

suficientes alteram os processos de produção e liberação da Glutamina pelo músculo, diminuem a disponibilidade desse aminoácido para as células do sistema imune e podem provocar imunossupressão, tornando atletas susceptíveis a processo infecciosos” (NIEMAN, 1999). Efeitos Ergogênicos propostos: com base no que foi relatado anteriormente, existem algumas propostas em relação aos efeitos da suplementação de Glutamina:

ação anti-catabólica; representa uma fonte de energia em situações de demanda energética

aumentada; auxilia na remoção dos metabólitos da atividade física; fortalece o sistema imune.

Doses estudadas: 15 a 20g

Efeitos colaterais: não foram relatados

HMB

Definição: O Beta-hidroxi-beta-metilbutirato é um metabólito do aminoácido essencial leucina (BCAA)

OBS: Apenas 5% da Leucina é desviada para síntese de HMB no nosso organismo

Efeitos Ergogênicos propostos: O mecanismo de ação do HMB é desconhecido, mas existem algumas especulações: aumenta a força (Panton et al., 2000); aumenta a massa muscular (Nissen et al., 1996);

7

Page 8: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

diminuição o catabolismo protéico ( 3 metil-histidina) (Nissen et al., 1996); ação imunomoduladora (Peterson et al., 1999); diminui a ocorrência de lesões (Kinitter et al., 2000).

Doses estudadas: 0,3 a 6,0 gramas

Efeitos Adversos: não foram relatados

CAFEÍNA

Definição: grupo de componentes denominados trimetilxantinas

Doses estudadas: de 3,0 a 15mg/Kg de MCTOBS: Doses de 3,0 a 6,5mg/Kg de MCT tem mostrado efeitos ergogênicos sem serem consideradas doping.

Efeitos Ergogênicos propostos: aumenta a queima de gordura ( as taxas de ácidos graxos livres no sangue) poupa glicogênio ação estimulante do SNC (WILLIAMS, 1998; RYAN, 1999) exerce efeito sobre a contração muscular (facilita o transporte de Cálcio) (DODD

et al., 1993) aumenta o consumo de O2 (ENGELS et al., 1999)

acelera o metabolismo (ENGELS et al., 1999) efeito anorético (RACCOTA et al., 1994)

ATENÇÃO!!! Geralmente o efeito da Cafeína é acentuado com a abstinência desta substância

por 4 dias, seguida da ingestão feita de 3 a 4 horas antes do exercíci” (BURKE & DEAKIN, 1994; DRISKELL, 2000);

Uma dieta rica em carboidrato realizada tanto alguns dias antes do teste quanto na refeição pré-teste, pode servir para inibir o efeito da Cafeína sobre a maior liberação de ácidos graxos livres no sangue (WEIR et al., 1987)

Efeitos Adversos (tolerâncias individuais): a PA nervosismo tremor ansiedade taquicardia rubor facial temperatura corporal insônia distúrbios gastrointestinais efeito diurético desidratação

Aspectos legais e éticos: a detecção de 12mcg de cafeína/mL de urina era considerada doping. Esta quantidade seria detectada com o consumo de, aproximadamente, 800mg de cafeína (+ ou - 8 xícaras de café). Porém, de acordo com WAA (World Anti-Doping Agency), a partir de 01/01/2004, ela foi retirada da lista de estimulantes proibidos.

Principais fontes alimentares de CafeínaFontes Quantidade de Cafeína

(mg)

8

Page 9: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

1 xícara (150mL) de café infusão 1031 xícara (120mL) de café expresso 120

2g de pó de café instantâneo 60

2g de café descafeinado 31 xícara de chá infusão 1 min 9-33

1 xícara de chá infusão 3-5 min 20-50

1 xícara (180mL) de chá verde 301 colher de chá preto instantâneo 25-501 lata (350mL) de Pepsi 38

1 lata (350mL) de Coca-cola 33

1 lata (350mL) de Coca-cola Light 45

1 lata de Red Bull Energy Drink 80

1 barra (30g) de chocolate escuro ao leite

1-15

1 barra (30g) chocolate escuro meio amargo

5-35

1 xícara (150mL) de chocolate quente 12-15

1 copo (300mL) de Ice Tea 32

Fonte: CARDOSO & MARTINS. Interações Droga-Nutriente. 1998; Rótulo dos produtos industrializados()

CLA

Definição: O CLA (Conjugated Linoleic Acid) ou Ácido Linoléico Conjugado é um nutriente naturalmente encontrado na nossa alimentação.

Fontes Alimentares: carnes, aves, ovos, leite e derivados (ex. queijos e iogurtes)

Mecanismos de ação propostos: anti-aterogênico (reduz níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue) (Gavino

et al., 2000); aumento da massa muscular (Park et al., 1997); redução do percentual de gordura, provavelmente devido a alterações na

expressão gênica do tecido adiposo, levando à diminuição do mesmo e/ou aumento da lipólise (Lee, Pariza, Ntambi, 1998; Park et al., 1998; Blankson et al., 2000; Choi et al., 2000; PDR, 2001);

redução da atividade da enzima lipase lipoprotéica e das concentrações intracelulares de triglicerídeos (Deckere et al., 1999).

Doses estudadas: 2 a 6 gramas/dia

Apresentação: cápsulas

Efeitos Adversos: doses acima de 2g: náuseas (PDR, 2001)

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ALVES, Letícia Azen & DANTAS, Estélio Henrique Martin. Efeitos da dose de manutenção após o período de carga da suplementação de Creatina. Fitness & Performance, v. 1, n. 5, p. 17-25, 2002

9

Page 10: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

2. ANDERSON, M. E., BRUCE, C. R., FRASER, S. F. et al. Improved 2000-meter rowing performance in cpmpetitive oarswomen after caffeine ingestion. Int J Sports Nutr, v. 10, p. 464-475, 20003. ANDERSON, M. J., COTTER, J. D., GARNHAM, A. P. et al. Effect of glycerol-induced hyperhydration on thermoregulation metabolism during exercise in the heat. Int J Sports Nutr, v. 11, p. 315-333, 20014. ASTRAND, P. & RODAHL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 19875. BACURAU, Reury Frank. Nutrição e Suplementação Esportiva. São Paulo: Phorte Editora Ltda., 20006. BALSOM, P. D., EKBLOM B., SODERLUND K. et al. Creatine supplementation and dynamic high-intensity intermittent exercise. Scand J Med Sci Sports, v.3, p.143-149, 19937. BALSOM, P. D. HARRIDGE, S. D. R., SODERLUND K. et al. Creatine supplementation per se does not enhance endurance exercise performance. Acta Physiol Scand, v. 149, p. 521-523, 19938. BALSOM, P. D., SODERLUND K., EKBLOM B. Creatine in humans with special reference to creatine supplementation. Sports Med, v. 14, p. 268-280, 19949. BALSOM, P. D., SODERLUND K., SJODIN B. et al. Skeletal muscle metabolism during short duration high-intensity exercise: influence of creatine supplementation. Acta Physiol Scand, v. 154, p. 303-310, 199510. BANGSBO, J., JACOBSEN, K., NORDBERG, N. et al. Acute and habitual caffeine ingestion and metabolic responses to steady-state exercise. J Appl Physiol, v. 72, n. 4, p. 1297-1303, 199211. BASSIT, R. A., SAWADA, L. A., BACURAU, R. F. P. et al. The effect of BCAA supplementation upon the immune response of triathletes. Med Sci Sports Exerc, v. 32, n. 7, p. 1214-1219, 2000.12. BLANCHARD, M. A., JORDAN, G., DESBROW, B. Et al. The influence of diet and exercise on muscle and plasma glutamine concentrations. Med Sci Sports Exerc, v. 33, n. 1, p. 69-74, 200113. BECQUE, M. D., LOCHMANN, J. D., MELROSE, D. R. Effects of oral creatine suplementation on muscular strength and body composition. Med Science Sports Exerc, v. 32, n. 3, p. 654-658, 200014. BELL, D. G. et al. Reducing the dose of combined caffeine and ephedrine preserves the ergogenic effects. Aviat Space Env Med, v. 71, p. 415-419, 200015. BELL, D. G., JACOBS, I., ELLERINGTON, K. Effects of caffeine and ephedrine ingestion on anaerobic exercise performance. Med Sci Sports Exerc, v. 33, n. 8, p. 1399-1403, 2001.16. BLANKSON, H. et al. Conjugated linoleic acid reduces body fat mass in overweight and obese humans. Journal of Nutrition, v.130, n.2, p.2943-2948, 2000. 17. BLOMSTRAND, E., HASSEN, P.,EKBLOM. B. et al. Administration of branched-chain amino acids during on plasma concentration of some amino acids. Eur J Appl Physiol, v. 63, p. 63-88, 199118. BLOMSTRAND, E., ANDERSON, S., HASSMEN, P. et al. Effect of branched-chain amino acid and carbohydrate supplementation on the exercise-induced change in plasma and muscle concentration of amino acids in human subjects. Acta Physiol Scand, v. 153, p. 87-96, 199519. BLOMSTRAND, E., HASSMEN, P., EKBLOM, B. et al. Influence of ingestion a solution of branched-chain amino acids on perceived exertion during exercise. Acta Physiol Scand, v. 159, p. 41-49, 199720. BLOMSTRAND, E., SALTIN, B. BCAA intake affects protein metabolism in muscle after but not during exercise in humans. Am J Physiol Endocrinol Metab, v. 281, p. 365-374, 2001

10

Page 11: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

21. BOND, V., GRESHAM, K., MCRAE, I. et al. Caffeine ingestion and isokinetic strenght. British Journal of Sports Med, v. 20, p. 135-137, 1986. 22. BRASS, E. P. Supplemental carnitine and exercise. Am J Clinl Nutr, v. 72, p. 618-623, 200023. BROOKS, D. E., McINTOSH. Turnover of carnitine by rat tissues. Biochem J, v. 148, p. 439-445, 1975.24. BURKE, L. & DEAKIN. V. Clin Sports Nutr. McGraw-Hill, 1994.25. BURKE, D. G. et al. The effect of continuous low dose creatine supplementation on force, power, and total work. Int J Sport Nutr, v. 10, p. 235-244, 200026. CARDOSO, S. P. & MARTINS, C. Interações Droga-Nutriente. Curitiba: Nutroclínica, 199827. CARLI, G., BONIFAZI, L., LODI, L. et al. Changes in the exercise-induced hormone response to branched chain amino acid administration. Eur J of Appl Physiol, v. 64, p. 272-277, 199228. CASTELL, L. M. et al. Some aspects of the acute phase responses after a marathon race, and the effects of glutamine supplementation. Eur J Appl Physiol, v. 75, p. 47-53, 199729. CERRETELLI, P., & MARCONI, C. L-carnitine Suplementation in Humans. The effects on Physical Performence. Int J Sports Med, v. 11, p. 1- 14, 199030. COLOMBANI, P., WENK, C., KUNZ, I., et al. Effects of L-carnitine supplementation on physical performance and energy metabolism of endurance-trained athletes: a double-blind crossover field study. Eur J Appl Physiol, v. 73, n. 5, p. 434-439, 199631. COTTRELL, G. T., COAST, J. R., HERB, R. A. Effect of recovery interval on multiple-bout sprint cycling performance after acute creatine supplementation. J Strenght Cond Res, v. 16, n. 1, p. 109-116, 200232. CRAYTHON, R. The Carnitine Miracle. Evans, 199833. CURI, R Glutamina: metabolismo e aplicações clínicas e no esporte. Rio de Janeiro: Ed. Sprint, 200034. DANTAS, Estélio Henrique Martin. A Prática da Preparação Física. 5a ed. Rio de Janeiro: Shape, 200335. DAWSON, B., CUTLERM M., MOODY, A et al. Effects of oral creatine loading on single and repeated maximal short sprints. Austr J Sci Med Sport, v. 27, n. 3, p. 56-61, 199536. DECOMBAZ, J., DERIAZ, O, ACHESON, K., et al. Effect of L-carnine on submaximal exercise metabolism after depletion of muscle glycogen. Med Sci Sports Exerc, v. 25, n. 6, p. 733-740, 199337. DELANGHE, J., SLYPERE, J. P. de, BUYZERE, M. de et al. Normal references values for Creatine, Creatinine, and Carnitine are lower in vegetarians. Clinical Chemistry, v. 35, n. 8, p. 1802-1803, 198938. DELANY, J. P. & WEST, D. B. Changes in body composition with conjugated linoleic acid. Journal of the American College Nutrition, v.19, n.4, p.S487-S493, 2000.39. DODD, S. L., HERB, R. A, POWERS, S. K. Caffeine and Exercise Performance. Sports Med, v. 15, n. 1, p. 14-23, 199340. DRISKELL, Judy A Sports Nutrition. CRC, 200041. DULLOO, A. G., GEISSLER, C. A., HORTON, T. et al. Normal caffeine consumption: influence on thermogenesis and daily energy expenditure in lean and posobese human volunteers. Am J Clin Nutr, v. 49, p. 44-50, 1989.42. EARNEST, C. P., ALMADA, A L., MITCHELL T. L. The effect of creatine monohydrate ingestion on anaerobic power indices, muscular strenght and body composition. Acta Physiol Scand, v. 153, p. 207-209, 1995

11

Page 12: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

43. ENGELS, H., WIRTH, J. C., CELIK, S. et al. Influence of caffeine on metabolic and cardiovascular functions during sustained light intensity cycling and at rest. Int J Sports Nutr, v. 9, p. 361-370, 199944. ENGELHARDT, M., NEUMANN, G., BERBALK A et al. Creatine supplementation in endurance sports. Med Sci Sports Exerc, v. 30, n. 3, p. 1123-1129, 199845. FEBRAIO, M. A, FLANAGAN, T. R., SNOW R. J. et al. Effect of Creatine supplementation on intramuscular TCr, metabolism and performance during intermittent, supramaximal exercise in humans. Acta Physiol Scand, v. 155, p. 387-395, 199546. FRANCAUX, M. & POORTMANS, J. R. Effect of training and creatine supplementation on muscle strength and body mass. Eur J Appl Physiol, v. 80, p. 165-168, 199947. GALLAGHER, P. M. CARRITHERS, J. A., GODARD, M. P. et al. -hydroxy--methylbutyrate ingestion, Part I: effects on strength and fat free mass. Med Sci Sports Exerc, v. 32, n. 12, p. 2109-2115, 200048. GIAMBERARDINO, M. A, GRAGANI, L., VALENTE, R., et al. Effects of Prolonged Administration on Delay Muscle Pain and CK Release After Eccentric Effort. Intl J Sports Med, v. 17, p. 320-324, 199649. GREEN, A L., SIMPSON, E. J., LITTLEWOOD, J. J. et al. Carbohydrate ingestion augments creatine retention during creatine feeding in humans. Acta Physiol Scand, v. 158, p. 195-202, 199650. GREEN, A L., HULTMAN, E., MACDONALD I. A et al. Carbohydrate ingestion augments skeletal muscle creatine accumulation during creatine supplementation in humans. Am J Physiol, v. 271, p. 821-826, 199651. GREENHAFF, P. L., CASEY, A, SHORT, A H. et al. Influence of oral creatine supplementation on muscle torque during repeated bouts of maximal voluntary exercise in man. Clin Sci, v.84, p.565-571, 199352. GREENHAFF, P. L. BODIN, K., SODERLUND, K. et al. Effect of oral creatine supplementation on skeletal muscle phosphocreatine resynthesis. Am J Physiol, v. 266, p. 725-730, 199453. HAFF, G. G. & KIRKSEY, K. B. Creatine supplementation. Nat Strenght Cond Assoc, v. 21, n. 4, p. 13-23, 199954. HARRIS, R. C., SODERLUND, K., HULTMAN, E. Elevation of creatine in resting and exercised muscle of normal subjects by creatine supplementation. Clin Sci, v.83, p.376-374,199255. HISCOCK, N. & MACKINNON, L. T. A comparison of plasma glutamine concentration in athletes from different soports. Med Sci Sports Exerc, v. 30, n. 2, p. 1693-1696, 199856. HULTMAN, E., SODERLUND, K., TIMMONS, J. A et al. Muscle creatine loading in men. J Appl Physiol, v.81, p. 232-237, 199657. INDER, W. J., SWANNEY, M. P., DONALD, R. A et al. The effect of glycerol and desmopressin on exercise performance and hydration in triathletes. Med Sci Sports Exerc, v. 30, n. 8, p. 1263-1269, 199858. INGWALL, J. S. Creatine and the control of muscle-specific protein synthesis in cardiac and skeletal muscle. Circ Res, v. 38, n. 8, p. 115-123, 197659. IVY, J. L., CORTEZ, M. Y., CHANDLER, R. M. et al. Effects of pyruvate on the metabolism and insulin resistance of obese Zucker rats. Am J Clin Nutr, v. 59, n. 2, p. 331-337, 1994.60. IVY, J. L. Effects of pyruvate and dihydroxyacetone on metabolism and aerobic endurance capacity. Med Sci Sports Exerc, v. 30, n. 6, p. 837-843, 1998.61. JÓWKO, E., OSTASZEWSKI, P., JANK, M. et al. Creatina and -Hydroxy--Methylbutyrate (HMB) additively increase lean body mass and muscle strength during a weight-training program. Nutr, v. 17, p. 558-566, 2001

12

Page 13: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

62. JUHN, M., O´KANE, J. W., VINCI, D. M. Oral creatine supplementation in male collegiate athletes: a survey of dosing habits and side effects. J Am Dietetic Assoc, v. 99, n. 5, 199963. JÚNIOR, Antônio Herbert Lancha. Nutrição e Metabolismo Aplicados à Atividade Motora. Atheneu: São Paulo, 200264. KALMAN, D., COLKER, C. M., WILETS, I. et al. The effects of pyruvate supplementation on body composition in overweight individuals. Nutr, v. 15, n. 5, p. 337-340, 199965. KEAST, D. et al. Depression of plasma glutamine concentration after exercise stress and its possible influence on the immune system. Med J Aus, v. 162, p. 15-18, 199566. KILDUFF, L. P., VIDAKOVIC, P., COONEY, G. et al. Effects of creatina on isometric bench-press performance in resistance-trained humans. Med Sci Sports Exerc, v. 34, n. 7, p. 1176-1183, 20267. KIRKSEY, B., STONE, M. H., WARREN, B. J. et al. The effects of 6 weeks of creatine monohydrate supplementation on performance measures and body composition. J Strength Cond Res, v. 13, n. 2, p. 148-156, 199968. KNITTER, A. E., PANTON, L., RATHMACHER, J. A. et al. Effects of -hydroxy--methylbutyrate on muscle damage after a prolonged run. J Appl Physiol, v. 89, p. 1340-1344, 200069. KREIDER, R. B., FERREIRA, M., WISON, M. et al. Effects of creatine supplementation on body composition, sterngth and sprint performance. Med Sci Sports Exerc, v. 30, n. 1, p. 73 – 82, 199870. KREIDER, R. B. Creatine supplementation: analysis of ergogenic value, medical safety, and concerns. Journal of Exercise Physiology, v. 1, n. 1, [http://www.css.edu/users/tboone2/asep/jan3.htm], 199871. KREIDER, R. B. et al. Effects of conjugated linoleic acid supplementation during resistance training on body composition, bone density, strength, and selected hematological markers. Journal of Strength and Conditioning Research, v.16, n.3, p.325-334, 2002.72. KUIPERS, H. Training and Overtraining: na introduction. Med Sci Sports Exerc, v. 30, p. 1137-1139, 199873. LUBECK, Walter. L-Carnitine: The Supernutriente for Fitness. Lotus Press Sahsngri-la, 200074. MacLEAN D. A., GRAHAM, T. E., SALTIN, B. Branched-chain amino acids augment ammonia metabolism while attenuating protein breakdown during exercise. Am J Physiol, v. 26, p. 1010-1022, 199475. MADSEN, K., MACLEAN D. A, KIENS, B., et al. Effects of glucose plus branched-chain amino acids, or placebo on bike performance over 10Km. J Appl Physiol, v. 81, n. 6, p. 2644-2650, 1996.76. MAGAL, M., WEBSTER, M. J., SISTRUNK, L. E., et al. Comparison of glycerol and water hydratation regimens on tennis-related performance. Med Sci Sports Exerc, v. 35, n. 1, p. 150-156, 200377. MAGANARIS, C. N. & MAUGHAN, R. J. Creatine supplementation enhances maximum voluntary isometric force and endurance capacity in resistance trained men. Acta Phisiol Scand, v. 163, p. 279-287, 199878. MERO, A Leucine supplementation and intensive training. Sports Med, v. 27, p. 345-358, 199979. MIHIC, S., MACDONALD, J. R., MCKENZIE, S. et al. Acute creatine loading increases fat-free mass, but does not affect blood pressure, palsma creatinine, or CK activity in men and women. Med Sci Sports Exerc, v. 32, n. 2, p. 291-296, 200080. MINISTÉRIO DA SAÚDE – Secreataria de Vigilância Sanitária – Diário Oficial da União. Portaria no 33 jan/98

13

Page 14: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

81. MINISTÉRIO DA SAÚDE – Secreataria de Vigilância Sanitária – Diário Oficial da União. Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade. Alimentos para Praticantes de Atividade Física. Portaria no 222 março/9882. MITTLEMAN, K. D., RICCI, M. R., BAILEY, S. P. Branched-chain amino acids prolong exercise during heat stress in men and women. Med Sci Sports Exerc, v. 30, n. 01, p. 83-91, 199883. MONTNER, P., STARK, D. M., MURATA, G. et al. Pre-exercise glycerol hydration improves cycling endurance time. Int J Sports Med, v.17, n. 1, p. 27-33, 199684. MUJIKA, I., CHATARD, J., LACOSTE, L. et al. Creatine supplementation does not improve sprint performance in competitive swimmers. Med Sci Sports Exerc, v. 28, p. 1438-1435, 199685. MUJIKA, I. & PADILLA, S. Creatine supplementation as an ergogenic aid for sports performance in highly trained athletes: A critical review. Int J Sports Med, v.18, p.491-196, 199786. MUJIKA, I., PADILLA, S., IBANEZ, J. et al. Creatine supplementation and sprint performance in soccer player. Med Sci Spors Exerc, v. 32, n. 2, p. 518-525, 2000 87. NEUMANN, G. Effect of L-carnitine on athletic performance. In: LOSTER, H. S. H. Carnitine – Pathobiochemical Basics and Clinical Applications. Ponte Press Bochum, 199688. NIEMAN, D. C. Immune responses to heavy exertion. J Appl Physiol, v. 82, p. 1385-1394, 199789. NIEMAN, D. C. Exercise and resistence to infection. Can J Physiol Pharmacol, v. 76, p. 573-580, 199890. NIEMAN, D. C. Exercise and immune function: recent developments. Sports Med, v. 27, p. 73-80, 199991. NISSEN, S., SHARP, R, RAY, M. et al. Effect of leucine metabolite B-hydroxy-B-methylbutylbutyrate on muscle metabolism during resistance-exercise training. J Appl Physiol, v. 25, n. 5, p. 2095-2104, 199692. NISSEN, S. & ABUMRAD, N. Nutritional role of the leucine metabolite -hydroxi--methylbutyrate (HMB). Nut. Bioch, v. 8, p. 300-311, 199793. PANTON, L. RATHMACHER, J. BAIER, S. et al. Nutritional supplementation of the Leucine metabolite -hydroxi--methylbutyrate (HMB) during resistance training. Nutr, v. 16, n. 9, p. 734-739, 200094. PANTON, C. D., HOPKINS, W. G., VOLLEBREGT, L. Little effect of caffeine ingestion on repeated sprints in team-sport athletes. Med Sci Sports Exerc, v. 33, n. 5, p. 822-825, 200195. PARIZA, M. W., PARK, Y., COOK, M. E. Mechanisms of action of conjugated linoleic acid: evidence and speculation. Proc Soc Exp Biol Med, v.223, n.1, p.8-13, 2000.96. PARK, Y. et al. Effect of conjugated linoleic acid on body composition in mice. Lipids, v.32, n.8, p.853-858, 1997.97. PDR for Nutritional Supplements. Mecical Economics, 200198. PEARSON, D. R., HAMBY, D. G., RUSSEL, W. et al. Long-term effects of creatine monohydrate on strength and power. J of Strenght Cond Res, v. 13, n. 3, p. 187-192, 199999. PEETERS, B. M., LANTZ, C. D., MAYHEW, J. L. Effect of oral creatine monohydrate and creatine phosphate supplementation on maximal strenght indices, body composition, and blood pressure. Jl of Strenght Cond Res, v. 13, n. 1, p. 3-9, 1999100. PETERSON, A L., QURESHI, M. A, FERKET, P. R., et al. In vitro exposure with -hydroxy--methylbutyrate enhances chicken macrophage growth and function. Veterinary Immunology and Immunopathology, v. 67, p. 67-78, 1999

14

Page 15: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

101. PETERSON, A L., QURESHI, M. A, FERKET, P. R., et al. Enhancement of cellular and humoral immunity young broilers by the dietary supplementation of -hydroxy--methylbutyrate. Immunopharmacology and Immunotoxicology, v. 21, n. 2, p. 307-330, 1999102. PLISK, S. S. & KREIDER, R. B. Creatine Controversy? Nat Strength Cond Assoc, v. 21, n. 1, p. 14-23, 1999103. POORTMANS, J. R. & FRANCAUX M. Long-term oral creatine supplementation does not impair renal function in health athletes. Med Sci Sport Exerc, v. 31, n. 8, p. 1108-1110, 1999104. PREEN, D., DAWSON, B., GOODMAN, C. et al. Pre-exercise oral creatina ingestion does not improve prolonged intermittent sprint exercise in humans. J Sports Med Phys Fitness, v. 42, n. 3, p. 320-329, 2002105. RANSONE, J. W. & LEFAVI, R. G. The Effects of Dietary L-carnitine on aerobic Exercise Lactate in Elite Male Athletes. J Strength Cond Res, v. 11, n. 1, p. 4-7, 1997106. ROBERGS R. A & GRIFFIN S. E. Glycerol: Biochemistry, pharmacokinetics and clinical and pratical applications. Sports Med, v. 26, n. 3, p. 145-167, 1998107. ROHDE, T., MACLEAN, D., PEDERSEN, B. K. Effect of Glutamine supplementation on changes in the immune system induced by repeated exercise. Med Sci Sports Exerc, v. 30, n. 6, p. 856-862, 1998108. ROWBOTTOM, D. G., KEAST, D., MORTON, A R. The emerging role of glutamine as an indicator of exercise stress and overtraining. Sports Med, v. 21, p. 80-97, 1996109. RYAN, Monique. Complete Guide to Sports Nutrition. Ed. Velo Press, 1999 110. SAHELIAN, R. & TUTTLE, D. Creatine Nature´s Muscle Builder. Ed. Avery Publishing Group, 1997111. SASAKI, H., TAKAOKA, I., ISHIKO, T. Effects of sucrose or caffeine ingestion on running performance and biochemical responses to endurance running. Int J Sports Med, v. 8, p. 203-207, 1987112. SCHEETT, T. P., WEBSTER, M. J., WAGONER, K. D. Effectiveness of glycerol as a rehydrating agent. Int J Sports Nutr, v. 11, p. 63-71, 2001113. SILIPRADI, N., DI LISA, F., PIERALISI, G., et al. Mebabolic changes by maximal exercise in human subjects following l-carnitine administration. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1034, p. 17-21, 1990114. SIWICKI, A. K., JÚNIOR, J. C. F., NISSEN, S. et al. In vitro effects of -hydroxy--methylbutyrate (HMB) on cell-mediated immunity in fish. Veterinary Immunology and Immunopathology, v. 76, p. 191-197, 2000.115. SLATER, G., JENKINS, D., LOGAN, P. et al. -Hydroxy--Methylbutyrate (HMB) supplementation does not affect changes in strength or body composition during resistance training in trained men. Int J Sports Nutr, v. 11, p. 384-396, 2001116. STANKO, R. T., REYNOLDS, H. R., LONCHAR, K. D. et al. Plasma lipid concentrations in hiperlipidemic patients consuming a high-fat diet supplemented with pyruvate for 6 wk. Americam J Clin Nutr, v. 56, n. 5, p. 950-954, 1992.117. STANKO, R. T., REYNOLDS, H. R., HOYSON, R. et al. Pyruvate supplementation of a low-cholesterol, low-fat diet: effects on plasma lipid concentations and body composition in hyperlipidemic patients. Am J Clin Nutr, v. 59, n. 2, p. 423-427, 1994.118. STEENGE, G. R., LAMBOURNE, J., CASEY, A et al. Stimlulatory effect os insulin on creatine accumulation in human skeletal muscle. Am J Physiol, v. 275. E974-979, 1998119. STOUT, J. R., ECKERSON, J. M., HOUSH T. J. et al. The effects of creatine supplementation on anaerobic capacity. J Strenght Cond Res, v. 13, n. 2, p. 135-138, 1999

15

Page 16: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

120. TARNOPOLSKY, M. A Protein, Caffeine, and Sports. Phys Sports Med, v. 21, n. 3, p. 137-147, 1993121. TESCH, P. A, THORSSON A., FUJITSUKA N. Creatine phosphate in fiber types of skeletal muscle before and after exhaustive exercise. J Appl Physiol, v. 66, n. 4, p. 1756-1759, 1989122. THOMPSON, C. H., KEMP, G. J., SANDERSON, A L. et al. Effect of creatine on aerobic and anaerobic metabolism in skeletal muscle in swimmers. Brit J Sports Med, v. 30, p. 222-225, 1996123. VAN BAAK, M. A., SARIS, W. H. M. The effects of caffeine on endurance performance after nonselective -adrenergic blockade. Med Sci Sports Exerc, v. 32, n. 2, p. 499-503, 2000124. VAN HALL, G, SARIS, W. H. M., WAGENMAKERS, A J. M. Effect of carbohydrate supplementation on plasma glutamine during prolonged exercise and recovery. Int J Sports Med, v. 19, p. 82-86, 1998125. VAN KOEVERING, M. & NISSEN, S. Oxidation of leucine and -ketoisocaproate to -hydroxy--metylbutyrate in vivo. Am J Physiol, v. 262, E:27-31, 1992126. VAN SOEREN, M. H., SATHASIVAM, P., SPRIET, L. et al. Caffeine metabolism and epinephrine responses during exercise in users and nonusers. J Appl Physiol, v. 75, n. 2, p. 805-812, 1993127. VOLEK, J. S., KRAEMER, W. J., BUSH, J. A et al. Creatine supplementation enhances muscular performance during high-intensity resistance exercise. J Am Diet Assoc, v. 97, p. 756-770, 1997128. VOLEK, J. S., DUNCAN, N. D., MAZZETTI, S. A. et al. Performance and muscle fiber adaptations to creatine supplementation and heavy resistance training. Med Sci Sport Exerc, v. 31, n. 8, p. 1147-1156, 1999 129. VUKOVICH, M.; COSTILL, D; FINK, W. Carnitine supplementation: effect on muscle carnitine and glycogen content during exercise. Med Sci Sports Exerc, v. 126, n.9, p. 1122-1129, 1994130. VUKOVICH, M., STUBBS, N. B., BOHLKEN, R. M. body Composition in 70-year-old adults responds to dietary -hydroxy--methylbutyrate similarly to that of young adults. J Nutr, v. 131, p. 2049-2052, 2001131. WAGNER, D. R. Hyperhydrating with glycerol: implications for athletic performance. J Am Dietetic Assoc, v. 99, n. 2, p. 207-212, 1999132. WALKER, J. B. Creatine: Biosynthesis, Regulation and Fuction. Adv Enzymol, v. 50, p. 177-242, 1979.133. WALSH, N. P. et al. The effects of high-intensity intermittent exercise on the plasma concentrations of glutamine and organic acids, Eur J Appl Physiol, v. 77, p´. 434-438, 1998134. WEIR, J., NOAKES, T. D., MYBURGH, K. et al. A high carbohydrate diet negates the metabolic effects of caffeine during exercise. Med Sci Sports Exerc, v. 19, p. 100-105, 1987135. WEST, D. B. et al. Effects of conjugated linoleic acid on body fat and energy metabolism in the mouse. American Journal of Physiology, v.275, n.3, p.R667-R672, 1998.136. WILLIAMS, J. H. Caffeine, neuromuscular function and high-intensity exercise performance. J Sports Med Physical Fitness, v. 31, n. 3, p. 481-489, 1991137. WILLIAMS, M. H. & BRANCH, D. Creatine Supplementation and Exercise Performance: An Update. J Am Col Nutri, v.17, n.3, p.216-234, 1998138. WILLIAMS, Melvin H. The Ergogenic Edge: Pushing the Limits of Sports Performance. Human Kinetics, 1998139. WILLIAMS, Melvin H. Nutrition for Health, Fitness and Sport. Ed. Ms Graw Hill. 5a ed., 1999

16

Page 17: Apostila Nutrição Esportiva - Suplementos

140. WILLIAMS, Melvin H., KREIDER, Richard B., BRANCH, J. David. Creatine: The Power Supplement. Ed. Human Kinetics, 1999141. ZAMBELL, K. L. et al. Conjugated linoleic acid supplementation in humans: effects on body composition and energy expenditure. Lipids, v.35, n.7, p.777-782, 2000.142. ZIEGENFUSS, T. N., LOWERY, L. M., LEMON, P. W. R. Acute fluid volume changes in men during three days of creatine supplementation. J Exerc Physiol, v. 1, n. 3, p. 1-10, 1998

17