Apostila Oficial Da Promotoria

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APOSTILA NOES DE DIREITO PROJETO OFICIAL DE PROMOTORIA

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Concurso 2006 Oficial de Promotoria

1 Fase Prova Objetiva

Nmero de questes

Valor de cada questo

Lngua Portuguesa Matemtica Noes de Direito Atualidades 2 Fase Prova Prtica

40 15 15

1,5 1,0 1,0

10

1,0

CONTEDO PROGRAMTICO Lngua Portuguesa: Interpretao de texto; ortografia oficial; acentuao; crase; pontuao; emprego de verbos e de pronomes; colocao pronominal; concordncia nominal e verbal; regncia nominal e verbal; emprego de preposio e de conjuno; sinonmia; linguagem figurada. Matemtica: Operaes com nmeros inteiros, fracionrios e decimais; sistema de medidas usuais; nmeros relativos, regra de trs simples e composta; porcentagem; juros simples; equao de 1 e 2 graus; resoluo de situaes-problema; raciocnio lgico. NOES DE DIREITO: DIREITO PENAL: CDIGO PENAL - COM AS ALTERAES VIGENTES - ARTIGOS 293 A 297, 299 E PARGRAFO NICO, 301 E 1 E 2, 305, 312 E 1, 2 E 3, 313 A 315, 316 E 1 E 2, 317 E 1 E 2, 319 A 322, 323 E 1 E 2, 324 A 327, 329 E 1 E 2, 330 A 333, 337, 342 E 1, 2 E 3, 347 E 357; DIREITO PROCESSUAL PENAL: CDIGO DE PROCESSO PENAL - COM AS ALTERAES VIGENTES ARTIGOS 24 E 1 E 2, 25, 27, 28, 40 A 42, 43 E PARGRAFO NICO, 46 E 1 E 2, 47, 62, 158, 159 E 1 E 2, 252 A 254, 257, 258, 301, 302, 311, 312, 351 A 372, 394 A 400, 401 E PARGRAFO NICO, 402 A 405; DIREITO PROCESSUAL CIVIL: CDIGO DE PROCESSO CIVIL, COM AS ALTERAES VIGENTES - ARTIGOS 81 A 85, 177 A 199 E 213 A 242; Direito Constitucional e Ministrio Pblico: Constituio Federal - Ttulo II, Captulo I, II, III e IV, Ttulo III, Captulo VII, Sees I e II e Ttulo IV, Captulo IV, Seo I - com as alteraes vigentes. Lei Orgnica do Ministrio Pblico do Estado de So Paulo - (Lei Complementar estadual n. 734, de 26/11/1993) - artigos 1 ao 9, 43 a 48 e de 59 a 75; Direito Administrativo: Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis do Estado - (Lei n. 10.261, de 28/10/1968) - artigos 241 a 263 - com as alteraes vigentes; ATO NORMATIVO N 664/2010-PGJ-CGMP-CSMP, DE 8 OUTUBRO DE 2010(novo) (Protocolado n 54.212/09) Atualidades: Notcias nacionais e internacionais veiculadas pelos meios de comunicao nos ltimos 12 meses anteriores a data da publicao do Edital.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL: CDIGO DE PROCESSO CIVIL, COM AS ALTERAES VIGENTES - ARTIGOS 81 A 85, 177 A 199 E 213 A 242;

DO MINISTRIO PBLICO Art. 81. O Ministrio Pblico exercer o direito de ao nos casos previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e nus que s partes. Art. 82. Compete ao Ministrio Pblico intervir: I - nas causas em que h interesses de incapazes; II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, ptrio poder, tutela, curatela, interdio, casamento, declarao de ausncia e disposies de ltima vontade; III - nas aes que envolvam litgios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que h interesse pblico evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. (Redao dada pela Lei n 9.415, de 23.12.1996) Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministrio Pblico: I - ter vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poder juntar documentos e certides, produzir prova em audincia e requerer medidas ou diligncias necessrias ao descobrimento da verdade. Art. 84. Quando a lei considerar obrigatria a interveno do Ministrio Pblico, a parte promover-lhe- a intimao sob pena de nulidade do processo. Art. 85. O rgo do Ministrio Pblico ser civilmente responsvel quando, no exerccio de suas funes, proceder com dolo ou fraude. DOS PRAZOS Seo I Das Disposies Gerais Art. 177. Os atos processuais realizar-se-o nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinar os prazos, tendo em conta a complexidade da causa. Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, contnuo, no se interrompendo nos feriados. Art. 179. A supervenincia de frias suspender o curso do prazo; o que lhe sobejar recomear a correr do primeiro dia til seguinte ao termo das frias. Art. 180. Suspende-se tambm o curso do prazo por obstculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipteses do art. 265, I e III; casos em que o prazo ser restitudo por tempo igual ao que faltava para a sua complementao. Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatrio; a conveno, porm, s tem eficcia se, requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legtimo. 1 O juiz fixar o dia do vencimento do prazo da prorrogao. 2 As custas acrescidas ficaro a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogao. Art. 182. defeso s partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptrios. O juiz poder, nas comarcas onde for difcil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias. Pargrafo nico. Em caso de calamidade pblica, poder ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogao de prazos. Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declarao judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porm, parte provar que o no realizou por justa causa. 1 Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatrio.

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2 Verificada a justa causa o juiz permitir parte a prtica do ato no prazo que Lhe assinar. Art. 184. Salvo disposio em contrrio, computar-se-o os prazos, excluindo o dia do comeo e incluindo o do vencimento. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) 1 Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) I - for determinado o fechamento do frum; II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal. 2 Os prazos somente comeam a correr do primeiro dia til aps a intimao (art. 240 e pargrafo nico). (Redao dada pela Lei n 8.079, de 13.9.1990) Art. 185. No havendo preceito legal nem assinao pelo juiz, ser de 5 (cinco) dias o prazo para a prtica de ato processual a cargo da parte. Art. 186. A parte poder renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor. Art. 187. Em qualquer grau de jurisdio, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos que este Cdigo lhe assina. Art. 188. Computar-se- em qudruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pblica ou o Ministrio Pblico. Art. 189. O juiz proferir: I - os despachos de expediente, no prazo de 2 (dois) dias; II - as decises, no prazo de 10 (dez) dias. Art. 190. Incumbir ao serventurio remeter os autos conclusos no prazo de 24 (vinte e quatro) horas e executar os atos processuais no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados: I - da data em que houver concludo o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei; II - da data em que tiver cincia da ordem, quando determinada pelo juiz. Pargrafo nico. Ao receber os autos, certificar o serventurio o dia e a hora em que ficou ciente da ordem, referida no n II. Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. Art. 192. Quando a lei no marcar outro prazo, as intimaes somente obrigaro a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas. Seo II Da Verificao dos Prazos e das Penalidades Art. 193. Compete ao juiz verificar se o serventurio excedeu, sem motivo legtimo, os prazos que este Cdigo estabelece. Art. 194. Apurada a falta, o juiz mandar instaurar procedimento administrativo, na forma da Lei de Organizao Judiciria. Art. 195. O advogado deve restituir os autos no prazo legal. No o fazendo, mandar o juiz, de ofcio, riscar o que neles houver escrito e desentranhar as alegaes e documentos que apresentar. Art. 196. lcito a qualquer interessado cobrar os autos ao advogado que exceder o prazo legal. Se, intimado, no os devolver dentro em 24 (vinte e quatro) horas, perder o direito vista fora de cartrio e incorrer em multa, correspondente metade do salrio mnimo vigente na sede do juzo. Pargrafo nico. Apurada a falta, o juiz comunicar o fato seo local da Ordem dos Advogados do Brasil, para o procedimento disciplinar e imposio da multa. Art. 197. Aplicam-se ao rgo do Ministrio Pblico e ao representante da Fazenda Pblica as disposies constantes dos arts. 195 e 196. Art. 198. Qualquer das partes ou o rgo do Ministrio Pblico poder representar ao presidente do Tribunal de Justia contra o juiz que excedeu os prazos previstos em lei. Distribuda a representao ao rgo competente, instaurar-se- procedimento para apurao da responsabilidade. O relator, conforme as circunstncias, poder avocar os autos em que ocorreu excesso de prazo, designando outro juiz para decidir a causa. Art. 199. A disposio do artigo anterior aplicar-se- aos tribunais superiores na forma que dispuser o seu regimento interno.

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DAS COMUNICAES DOS ATOS Seo I Das Disposies Gerais Art. 200. Os atos processuais sero cumpridos por ordem judicial ou requisitados por carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca. Art. 201. Expedir-se- carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta rogatria, quando dirigida autoridade judiciria estrangeira; e carta precatria nos demais casos.

Das Citaes Art. 213. Citao o ato pelo qual se chama a juzo o ru ou o interessado a fim de se defender. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) Art. 214. Para a validade do processo indispensvel a citao inicial do ru. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) 1 O comparecimento espontneo do ru supre, entretanto, a falta de citao. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) 2 Comparecendo o ru apenas para argir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-se- feita a citao na data em que ele ou seu advogado for intimado da deciso. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) Art. 215 Far-se- a citao pessoalmente ao ru, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado. 1 Estando o ru ausente, a citao far-se- na pessoa de seu mandatrio, administrador, feitor ou gerente, quando a ao se originar de atos por eles praticados. 2 O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatrio de que deixou na localidade, onde estiver situado o imvel, procurador com poderes para receber citao, ser citado na pessoa do administrador do imvel encarregado do recebimento dos aluguis. Art. 216 A citao efetuar-se- em qualquer lugar em que se encontre o ru. Pargrafo nico. O militar, em servio ativo, ser citado na unidade em que estiver servindo se no for conhecida a sua residncia ou nela no for encontrado. Art. 217. No se far, porm, a citao, salvo para evitar o perecimento do direito: I - (Revogado pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; (Inciso II renumerado pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) II - ao cnjuge ou a qualquer parente do morto, consangneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; (Inciso III renumerado pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) III - aos noivos, nos 3 (trs) primeiros dias de bodas; (Inciso IV renumerado pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. (Inciso V renumerado pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) Art. 218. Tambm no se far citao, quando se verificar que o ru demente ou est impossibilitado de receb-la. 1 O oficial de justia passar certido, descrevendo minuciosamente a ocorrncia. O juiz nomear um mdico, a fim de examinar o citando. O laudo ser apresentado em 5 (cinco) dias. 2 Reconhecida a impossibilidade, o juiz dar ao citando um curador, observando, quanto sua escolha, a preferncia estabelecida na lei civil. A nomeao restrita causa. 3 A citao ser feita na pessoa do curador, a quem incumbir a defesa do ru. Art. 219. A citao vlida torna prevento o juzo, induz litispendncia e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrio. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

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1 A interrupo da prescrio retroagir data da propositura da ao.(Redao dada pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) 2 Incumbe parte promover a citao do ru nos 10 (dez) dias subseqentes ao despacho que a ordenar, no ficando prejudicada pela demora imputvel exclusivamente ao servio judicirio. (Redao dada pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) 3 No sendo citado o ru, o juiz prorrogar o prazo at o mximo de 90 (noventa) dias. (Redao dada pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) 4 No se efetuando a citao nos prazos mencionados nos pargrafos antecedentes, haver-se- por no interrompida a prescrio. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) 5 O juiz pronunciar, de ofcio, a prescrio. (Redao dada pela Lei n 11.280 de 16 de fevereiro de 2006.) 6 Passada em julgado a sentena, a que se refere o pargrafo anterior, o escrivo comunicar ao ru o resultado do julgamento. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei. Art. 221. A citao far-se-: I - pelo correio; II - por oficial de justia; III - por edital. IV - por meio eletrnico, conforme regulado em lei prpria. (Acrescentado pela Lei n 11.419, de 19.12.2006) Art. 222. A citao ser feita pelo correio, para qualquer comarca do Pas, exceto: (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) a) nas aes de estado; (Includo pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) b) quando for r pessoa incapaz; (Includo pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) c) quando for r pessoa de direito pblico; (Includo pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) d) nos processos de execuo; (Includo pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) e) quando o ru residir em local no atendido pela entrega domiciliar de correspondncia; (Includo pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) f) quando o autor a requerer de outra forma. (Includo pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Art. 223. Deferida a citao pelo correio, o escrivo ou chefe da secretaria remeter ao citando cpias da petio inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a advertncia a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando, ainda, o prazo para a resposta e o juzo e cartrio, com o respectivo endereo. (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Pargrafo nico. A carta ser registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o ru pessoa jurdica, ser vlida a entrega a pessoa com poderes de gerncia geral ou de administrao. (Includo pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Art. 224. Far-se- a citao por meio de oficial de justia nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citao pelo correio. (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Art. 225. O mandado, que o oficial de justia tiver de cumprir, dever conter: (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) I - os nomes do autor e do ru, bem como os respectivos domiclios ou residncias; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) II - o fim da citao, com todas as especificaes constantes da petio inicial, bem como a advertncia a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litgio versar sobre direitos disponveis; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) III - a cominao, se houver; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) IV - o dia, hora e lugar do comparecimento; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) V - a cpia do despacho; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) VI - o prazo para defesa; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) VII - a assinatura do escrivo e a declarao de que o subscreve por ordem do juiz. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

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Pargrafo nico. O mandado poder ser em breve relatrio, quando o autor entregar em cartrio, com a petio inicial, tantas cpias desta quantos forem os rus; caso em que as cpias, depois de conferidas com o original, faro parte integrante do mandado. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) Art. 226. Incumbe ao oficial de justia procurar o ru e, onde o encontrar, cit-lo: I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contraf; II - portando por f se recebeu ou recusou a contraf; III - obtendo a nota de ciente, ou certificando que o ru no a aps no mandado. Art. 227. Quando, por trs vezes, o oficial de justia houver procurado o ru em seu domiclio ou residncia, sem o encontrar, dever, havendo suspeita de ocultao, intimar a qualquer pessoa da famlia, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltar, a fim de efetuar a citao, na hora que designar. Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justia, independentemente de novo despacho, comparecer ao domiclio ou residncia do citando, a fim de realizar a diligncia. 1 Se o citando no estiver presente, o oficial de justia procurar informar-se das razes da ausncia, dando por feita a citao, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. 2 Da certido da ocorrncia, o oficial de justia deixar contraf com pessoa da famlia ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. Art. 229. Feita a citao com hora certa, o escrivo enviar ao ru carta, telegrama ou radiograma, dandolhe de tudo cincia. Art. 230. Nas comarcas contguas, de fcil comunicao, e nas que se situem na mesma regio metropolitana, o oficial de justia poder efetuar citaes ou intimaes em qualquer delas. (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Art. 231. Far-se- a citao por edital: I - quando desconhecido ou incerto o ru; II - quando ignorado, incerto ou inacessvel o lugar em que se encontrar; III - nos casos expressos em lei. 1 Considera-se inacessvel, para efeito de citao por edital, o pas que recusar o cumprimento de carta rogatria. 2 No caso de ser inacessvel o lugar em que se encontrar o ru, a notcia de sua citao ser divulgada tambm pelo rdio, se na comarca houver emissora de radiodifuso. Art. 232. So requisitos da citao por edital: (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) I - a afirmao do autor, ou a certido do oficial, quanto s circunstncias previstas nos ns. I e II do artigo antecedente; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) II - a afixao do edital, na sede do juzo, certificada pelo escrivo; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) III - a publicao do edital no prazo mximo de 15 (quinze) dias, uma vez no rgo oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) IV - a determinao, pelo juiz, do prazo, que variar entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, correndo da data da primeira publicao; (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) V - a advertncia a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litgio versar sobre direitos disponveis. (Includo pela Lei n 5.925, de 1.10.1973) 1 Juntar-se- aos autos um exemplar de cada publicao, bem como do anncio, de que trata o n II deste artigo. (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973 e pargrafo nico renumerado pela Lei n 7.359, de 10.9.1985) 2 A publicao do edital ser feita apenas no rgo oficial quando a parte for beneficiria da Assistncia Judiciria. (Includo pela Lei n 7.359, de 10.9.1985) Art. 233. A parte que requerer a citao por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231, I e II, incorrer em multa de 5 (cinco) vezes o salrio mnimo vigente na sede do juzo. Pargrafo nico. A multa reverter em benefcio do citando. Seo IV Das Intimaes Art. 234. Intimao o ato pelo qual se d cincia a algum dos atos e termos do processo, para que faa ou deixe de fazer alguma coisa. Art. 235. As intimaes efetuam-se de ofcio, em processos pendentes, salvo disposio em contrrio.

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Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territrios, consideram-se feitas as intimaes pela s publicao dos atos no rgo oficial. 1 indispensvel, sob pena de nulidade, que da publicao constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificao. 2 A intimao do Ministrio Pblico, em qualquer caso ser feita pessoalmente. Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se- o disposto no artigo antecedente, se houver rgo de publicao dos atos oficiais; no o havendo, competir ao escrivo intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes: I - pessoalmente, tendo domiclio na sede do juzo; II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juzo. Pargrafo nico - As intimaes podem ser feitas de forma eletrnica, conforme regulado em lei prpria. (Acrescentado pela Lei n 11.419, de 19.12.2006) Art. 238. No dispondo a lei de outro modo, as intimaes sero feitas s partes, aos seus representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartrio, diretamente pelo escrivo ou chefe de secretaria. (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Pargrafo nico. Presumem-se vlidas as comunicaes e intimaes dirigidas ao endereo residencial ou profissional declinado na inicial, contestao ou embargos, cumprindo s partes atualizar o respectivo endereo sempre que houver modificao temporria ou definitiva. (Acrescentado pela Lei n 11.382, de 06.12.2006) Art. 239. Far-se- a intimao por meio de oficial de justia quando frustrada a realizao pelo correio. (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Pargrafo nico. A certido de intimao deve conter: (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) I - a indicao do lugar e a descrio da pessoa intimada, mencionando, quando possvel, o nmero de sua carteira de identidade e o rgo que a expediu; II - a declarao de entrega da contraf; III - a nota de ciente ou certido de que o interessado no a aps no mandado. (Redao dada pela Lei n 8.952, de 13.12.1994) Art. 240. Salvo disposio em contrrio, os prazos para as partes, para a Fazenda Pblica e para o Ministrio Pblico contar-se-o da intimao. Pargrafo nico. As intimaes consideram-se realizadas no primeiro dia til seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que no tenha havido expediente forense. (Includo pela Lei n 8.079, de 13.9.1990) Art. 241. Comea a correr o prazo: (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) I - quando a citao ou intimao for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento; (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) II - quando a citao ou intimao for por oficial de justia, da data de juntada aos autos do mandado cumprido; (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) III - quando houver vrios rus, da data de juntada aos autos do ltimo aviso de recebimento ou mandado citatrio cumprido; (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatria ou rogatria, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida; (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) V - quando a citao for por edital, finda a dilao assinada pelo juiz. (Redao dada pela Lei n 8.710, de 24.9.1993) Art. 242. O prazo para a interposio de recurso conta-se da data, em que os advogados so intimados da deciso, da sentena ou do acrdo. 1 Reputam-se intimados na audincia, quando nesta publicada a deciso ou a sentena. 2 Havendo antecipao da audincia, o juiz, de ofcio ou a requerimento da parte, mandar intimar pessoalmente os advogados para cincia da nova designao. ( 3 renumerado pela Lei n 8.952, de 13.12.1994)

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Direito Constitucional e Ministrio Pblico: Constituio Federal - Ttulo II, Captulo I, II, III e IV, Ttulo III, Captulo VII, Sees I e II e Ttulo IV, Captulo IV, Seo I - com as alteraes vigentes. Lei Orgnica do Ministrio Pblico do Estado de So Paulo - (Lei Complementar estadual n. 734, de 26/11/1993) - artigos 1 ao 9, 43 a 48 e de 59 a 75;

CONSTITUIO FEDERAL

TTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPITULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio; II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei; III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem; VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias; VII - assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internao coletiva; VIII - ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei; IX - livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura ou licena; X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao; XI - a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial; XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ou instruo processual penal; * Inciso XII regulamentado pela Lei n 9.296, de 24 de julho de 1996. XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a lei estabelecer; XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional; XV - livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

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XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente; XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar; XVIII - a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interferncia estatal em seu funcionamento; XIX - as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado; XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atender a sua funo social; XXIV - a lei estabelecer o procedimento para desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social, mediante justa e prvia indenizao em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituio; XXV - no caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela famlia, no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo de suas obras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - so assegurados, nos termos da lei: a) a proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduo da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalizao do aproveitamento econmico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intrpretes e s respectivas representaes sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurar aos autores de inventos industriais privilgio temporrio para sua utilizao, bem como proteo s criaes industriais, propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnolgico e econmico do Pas; XXX - garantido o direito de herana; XXXI - a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei brasileira em benefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que no lhes seja mais favorvel a lei pessoal do de cujus; XXXII - o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado; * Inciso regulamentado pela Lei n 11.111, de 05 de maio de 2005 XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petio aos poderes pblicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal; XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito; XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - no haver juzo ou tribunal de exceo; XXXVIII - reconhecida a instituio do jri, com a organizao que lhe der a lei, assegurados:

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a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votaes; c) a soberania dos veredictos; d) a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal; XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru; XLI - a lei punir qualquer discriminao atentatria dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena de recluso, nos termos da lei; XLIII - a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafianvel e imprescritvel a ao de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico; XLV - nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, at o limite do valor do patrimnio transferido; XLVI - a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes: a) privao ou restrio da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestao social alternativa; e) suspenso ou interdio de direitos; XLVII - no haver penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de carter perptuo; c) de trabalhos forados; d) de banimento; e) cruis; XLVIII - a pena ser cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral; L - s presidirias sero asseguradas condies para que possam permanecer com seus filhos durante o perodo de amamentao; LI - nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - no ser concedida extradio de estrangeiro por crime poltico ou de opinio; LIII - ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente; LIV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so assegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - so inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos; LVII - ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria; LVIII - o civilmente identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nas hipteses previstas em lei; LIX - ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no prazo legal;

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LX - a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicados imediatamente ao juiz competente e famlia do preso ou pessoa por ele indicada; LXIII - o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistncia da famlia e de advogado; LXIV - o preso tem direito identificao dos responsveis por sua priso ou por seu interrogatrio policial; LXV - a priso ilegal ser imediatamente relaxada pela autoridade judiciria; LXVI - ningum ser levado priso ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisria, com ou sem fiana; LXVII - no haver priso civil por dvida, salvo a do responsvel pelo inadimplemento voluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel; LXVIII - conceder-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do poder pblico; LXX - o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por: a) partido poltico com representao no Congresso Nacional; b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e em funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de norma regulamentadora torne invivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania; LXXII - conceder-se- habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carter pblico; b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; * Inciso LXXII regulamentado pela Lei n 9.507, de 12 de novembro de 1997. LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia; LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem insuficincia de recursos; LXXV - o Estado indenizar o condenado por erro judicirio, assim como o que ficar preso alm do tempo fixado na sentena; LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certido de bito; LXXVII - so gratuitas as aes de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessrios ao exerccio da cidadania. LXXVIII - a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao. * Inciso acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004. 1 - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata.

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2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte. 3- Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro 2004. 4 -O Brasil se submete jurisdio de Tribunal Penal Internacional a cuja criao tenha manifestado adeso. (NR) * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro 2004.

CAPTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6 - So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio. * Redao dada pela Emenda Constitucional n 64, de 04 de fevereiro de 2010 Art. 7 - So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: I - relao de emprego protegida contra despedida arbitrria ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que prever indenizao compensatria, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntrio; III - fundo de garantia do tempo de servio; IV - salrio mnimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender s suas necessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e previdncia social, com reajustes peridicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao para qualquer fim; V - piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo; VII - garantia de salrio, nunca inferior ao mnimo, para os que percebem remunerao varivel; VIII - dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria; IX - remunerao do trabalho noturno superior do diurno; X - proteo do salrio na forma da lei, constituindo crime sua reteno dolosa; XI - participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao, e, excepcionalmente, participao na gesto da empresa, conforme definido em lei; XII - salrio-famlia pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; * Inciso XII alterado pela Emenda Constitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998. *Ver Matria Complementar Emenda Constitucional n 20 - art. 13, pgina.180. XIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou conveno coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociao coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinqenta por cento do normal; XVII - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrio normal;

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XVIII - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com a durao de cento e vinte dias; XIX - licena-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nos termos da lei; XXI - aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e segurana; XXIII - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 (cinco) anos de idade em creches e pr-escolas; * Redao dada pela Emenda Constitucional n 53, de 19 de dezembro de 2006 XXVI - reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteo em face da automao, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ao, quanto aos crditos resultantes das relaes de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino do contrato de trabalho; a) (Revogada); b) (Revogada). * Inciso XIX alterado pela Emenda Constitucional n 28, de 25 de maio de 2000. XXX - proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibio de qualquer discriminao no tocante a salrio e critrios de admisso do trabalhador portador de deficincia; XXXII - proibio de distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorze anos; * Inciso XXXIII alterado pela Emenda Constitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998. XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso. Pargrafo nico - So assegurados categoria dos trabalhadores domsticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integrao previdncia social. Art. 8 - livre a associao profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei no poder exigir autorizao do Estado para a fundao de sindicato, ressalvado o registro no rgo competente, vedadas ao poder pblico a interferncia e a interveno na organizao sindical; II - vedada a criao de mais de uma organizao sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econmica, na mesma base territorial, que ser definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, no podendo ser inferior rea de um Municpio; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questes judiciais ou administrativas; IV - a assemblia geral fixar a contribuio que, em se tratando de categoria profissional, ser descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representao sindical respectiva, independentemente da contribuio prevista em lei;

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V - ningum ser obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - obrigatria a participao dos sindicatos nas negociaes coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizaes sindicais; VIII - vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Pargrafo nico - As disposies deste artigo aplicam-se organizao de sindicatos rurais e de colnias de pescadores, atendidas as condies que a lei estabelecer. Art. 9 - assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exerc-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 1 - A lei definir os servios ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento das necessidades inadiveis da comunidade. 2 - Os abusos cometidos sujeitam os responsveis s penas da lei. Art. 10 - assegurada a participao dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos rgos pblicos em que seus interesses profissionais ou previdencirios sejam objeto de discusso e deliberao. Art. 11 - Nas empresas de mais de duzentos empregados, assegurada a eleio de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CAPTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12 - So brasileiros: I - natos: a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes no estejam a servio de seu pas; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que qualquer deles esteja a servio da Repblica Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam registrados em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; * Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 20 de setembro de 2007 II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de pases de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na Repblica Federativa do Brasil h mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 1 - Aos portugueses com residncia permanente no Pas, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, sero atribudos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituio. 2 - A lei no poder estabelecer distino entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituio. 3 - So privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da Repblica; II - de Presidente da Cmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomtica; VI - de oficial das Foras Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa.

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* Inciso VII acrescentado pela Emenda Constitucional n 23, de 02 de setembro de 1999. 4 - Ser declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira; b) de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio de direitos civis. Art. 13 - A lngua portuguesa o idioma oficial da Repblica Federativa do Brasil. 1 - So smbolos da Repblica Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 2 - Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero ter smbolos prprios.

CAPTULO IV DOS DIREITOS POLTICOS Art. 14 - A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. * Incisos I ao III regulamentados pela Lei n 9.709, de 18 de novembro de 1998. 1 - O alistamento eleitoral e o voto so: I - obrigatrios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 2 - No podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perodo do servio militar obrigatrio, os conscritos. 3 - So condies de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exerccio dos direitos polticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domiclio eleitoral na circunscrio; V - a filiao partidria; VI - a idade mnima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. 4 - So inelegveis os inalistveis e os analfabetos. 5 - O Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substitudo no curso dos mandatos podero ser reeleitos para um nico perodo subseqente. * Alterado pela Emenda Constitucional n 16, de 04 de junho de 1997. 6 - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos at seis meses antes do pleito.

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7 - So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentes consangneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, do Presidente da Repblica, de Governador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitudo dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato eletivo e candidato reeleio. 8 - O militar alistvel elegvel, atendidas as seguintes condies: I - se contar menos de dez anos de servio, dever afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de servio, ser agregado pela autoridade superior e, se eleito, passar automaticamente, no ato da diplomao, para a inatividade. 9 - Lei complementar estabelecer outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessao, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exerccio do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleies contra a influncia do poder econmico ou o abuso do exerccio de funo, cargo ou emprego na administrao direta ou indireta. 10 - O mandato eletivo poder ser impugnado ante a Justia Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomao, instruda a ao com provas de abuso do poder econmico, corrupo ou fraude. 11 - A ao de impugnao de mandato tramitar em segredo de justia, respondendo o autor, na forma da lei, se temerria ou de manifesta m-f. Art. 15 - vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se dar nos casos de: I - cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do art. 5, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4. Art. 16 - A lei que alterar o processo eleitoral entrar em vigor na data de sua publicao, no se aplicando eleio que ocorra at 1 (um) ano da data de sua vigncia. TITULO III CAPTULO VII DA ADMINISTRAO PBLICA SEO I DISPOSIES GERAIS Art. 37 - A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: * Caput alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo; IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

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V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 VI - garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical; VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso; IX a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico; X a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o subsdio dos Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos Defensores Pblicos; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judicirio no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so irredutveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, I; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro, tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas; (NR). * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 * Alnea c alterada pela Emenda Constitucional n 34, de 13 de dezembro de 2001

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XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 XVIII - a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes; XXII - as administraes tributrias da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras especficas, tero recursos prioritrios para a realizao de suas atividades e atuaro de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informaes fiscais, na forma da lei ou convnio. * Inciso acrescentado pela Emenda Constitucional n 42, de 19 de dezembro de 2003 1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos. 2 - A no-observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei. 3 - A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas a manuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna, da qualidade dos servios; II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII; III - a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou funo na administrao pblica. * 3 alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel. 5 - A lei estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de ressarcimento. 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. 7 - A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego da administrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas.

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* 7 acrescentado pela Emenda Constitucional n 19, de 4 de junho de 1998 8 - A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo lei dispor sobre: I - o prazo de durao do contrato; II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e responsabilidade dos dirigentes; III - a remunerao do pessoal. * 8 acrescentado pela Emenda Constitucional n 19, de 4 de junho de 1998 9 - O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. * 9 acrescentado pela Emenda Constitucional n 19, de 4 de junho de 1998 10. vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta Constituio, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao. * 10 acrescentado pela Emenda Constitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998 * Ver Matria Complementar Emenda Constitucional n 20 - art. 11, pgina 181 11. No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei. * Pargrafo includo pela Emenda Constitucional n 47, de 05 de julho de 2005 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu mbito, mediante emenda s respectivas Constituies e Lei Orgnica, como limite nico, o subsdio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no se aplicando o disposto neste pargrafo aos subsdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. * Pargrafo includo pela Emenda Constitucional n 47, de 05 de julho de 2005 Art. 38 - Ao servidor pblico da administrao direta, autrquica e fundacional, no exerccio de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposies: I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar afastado de seu cargo, emprego ou funo; II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento; V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse. SEO II DOS SERVIDORES PBLICOS Art. 39 - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro conselho de poltica de administrao e remunerao de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Vide ADIN n 2135-4) 1 - A fixao dos padres de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratrio observar: I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

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II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. 2 - A Unio, os Estados e o Distrito Federal mantero escolas de governo para a formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-se a participao nos cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, facultada, para isso, a celebrao de convnios ou contratos entre os entes federados. * Art 39 caput e 1 e 2 alterados pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 3 - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admisso quando a natureza do cargo o exigir. 4 - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretrios Estaduais e Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 5 - Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios poder estabelecer a relao entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. 6 - Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio publicaro anualmente os valores do subsdio e da remunerao dos cargos e empregos pblicos. 7 - Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios disciplinar a aplicao de recursos oramentrios provenientes da economia com despesas correntes em cada rgo, autarquia e fundao, para aplicao no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernizao, reaparelhamento e racionalizao do servio pblico, inclusive sob a forma de adicional ou prmio de produtividade. 8 - A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreira poder ser fixada nos termos do 4. * 3 ao 8 acrescentados pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, includas suas autarquias e fundaes, assegurado regime de previdncia de carter contributivo e solidrio, mediante contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. * Caput alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 1 Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de que trata este artigo sero aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3 e 17: * 1 alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 I por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei; * Inciso alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 II compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio; III voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio.

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2 Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no podero exceder remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso. 3 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero consideradas as remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor aos regimes de previdncia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. * 3 alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: * 4 com redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de 05 de julho de 2005 I portadores de deficincia; II que exeram atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica. * Incisos includos pela Emenda Constitucional n 47, de 05 de julho de 2005 5 Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos, em relao ao disposto no 1, III, a, para o professor que comprove exclusivam ente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. 6 Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na forma desta Constituio, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia previsto neste artigo. 7 Lei dispor sobre a concesso do benefcio de penso por morte, que ser igual: * 7 alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado data do bito; ou * Inciso I acrescentado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 II - ao valor da totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do bito. * Inciso II acrescentado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 8 assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, conforme critrios estabelecidos em lei. * 8 alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 9 O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade. 10 A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuio fictcio. 11 Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como de outras atividades sujeitas contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao montante resultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo acumulvel na forma desta Constituio, cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, e de cargo eletivo. 12 Alm no disposto neste artigo, o regime de previdncia dos servidores pblicos titulares de cargo efetivo observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o regime geral de previdncia social.

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13 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se o regime geral de previdncia social. 14 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, desde que instituam regime de previdncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, podero fixar, para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201. 15 O regime de previdncia complementar de que trata o 14 ser institudo por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus pargrafos, no que couber, por intermdio de entidades fechadas de previdncia complementar, de natureza pblica, que oferecero aos respectivos participantes planos de benefcios somente na modalidade de contribuio definida. * 15 alterado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 16 Somente mediante sua prvia e expressa opo, o disposto nos 14 e 15 poder ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato de instituio do correspondente regime de previdncia complementar. * Art 40 alterado pela Emenda Constitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998 Todos os valores de remunerao considerados para o clculo do benefcio previsto no 3 sero devidamente atualizados, na forma da lei. * 17 acrescentado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 18. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. * 18 acrescentado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigncias para aposentadoria voluntria estabelecidas no 1, III, a, e que opte por permanecer em atividade far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria at completar as exigncias para aposentadoria compulsria contidas no 1, II. * 19 acrescentado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 20. Fica vedada a existncia de mais de um regime prprio de previdncia social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3, X. * 20 acrescentado pela Emenda Constitucional n 41, de 19 de dezembro de 2003 21. A contribuio prevista no 18 deste artigo incidir apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201 desta Constituio, quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante. * Pargrafo includo pela Emenda Constitucional n 47, de 05 de julho de 2005 Art. 41 - So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 1 - O servidor pblico estvel s perder o cargo: I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 2 - Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a

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indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio. 3 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. * Art 41, caput e 1 ao 3 alterados pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998. 4 - Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade. * 4 acrescentado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998. TTULO IV DAS FUNES ESSENCIAIS JUSTIA SEO I DO MINISTRIO PBLICO Art. 127 - O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis. 1 - So princpios institucionais do Ministrio Pblico a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional. 2 - Ao Ministrio Pblico assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criao e extino de seus cargos e servios auxiliares, provendo-os por concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, a poltica remuneratria e os planos de carreira; a lei dispor sobre sua organizao e funcionamento. * 2 alterado pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 3 - O Ministrio Pblico elaborar sua proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias. 4 Se o Ministrio Pblico no encaminhar a respectiva proposta oramentria dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes oramentrias, o Poder Executivo considerar, para fins de consolidao da proposta oramentria anual, os valores aprovados na lei oramentria vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 3. * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 5 Se a proposta oramentria de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do 3, o Poder Executivo proceder aos ajustes necessrios para fins de consolidao da proposta oramentria anual. * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 6 Durante a execuo oramentria do exerccio, no poder haver a realizao de despesas ou a assuno de obrigaes que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de crditos suplementares ou especiais." * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 Art. 128 - O Ministrio Pblico abrange: I - o Ministrio Pblico da Unio, que compreende: a) o Ministrio Pblico Federal; b) o Ministrio Pblico do Trabalho; c) o Ministrio Pblico Militar; d) o Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios; II - os Ministrios Pblicos dos Estados. 1 - O Ministrio Pblico da Unio tem por chefe o Procurador-Geral da Repblica, nomeado pelo Presidente da Repblica dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, aps

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a aprovao de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a reconduo. 2 - A destituio do Procurador-Geral da Repblica, por iniciativa do Presidente da Repblica, dever ser precedida de autorizao da maioria absoluta do Senado Federal. 3 - Os Ministrios Pblicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territrios formaro lista trplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu ProcuradorGeral, que ser nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma reconduo. 4 - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territrios podero ser destitudos por deliberao da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. 5 - Leis complementares da Unio e dos Estados, cuja iniciativa facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecero a organizao, as atribuies e o estatuto de cada Ministrio Pblico, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, aps dois anos de exerccio, no podendo perder o cargo seno por sentena judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, mediante deciso do rgo colegiado competente do Ministrio Pblico, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; * Alnea b alterada pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 c) irredutibilidade de subsdio, fixado na forma do art. 39, 4, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, 2, I; * Alnea c alterada pela Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998 II - as seguintes vedaes: a) receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, honorrios, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funo pblica, salvo uma de magistrio; e) exercer atividade poltico-partidria; * Alnea alterada pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 f) receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei. * Alnea acrescentada pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 6 - Aplica-se aos membros do Ministrio Pblico o disposto no art. 95, pargrafo nico, V.(NR) * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional n 45 de 08 de dezembro de 2004 Art. 129 - So funes institucionais do Ministrio Pblico: I - promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos poderes pblicos e dos servios de relevncia pblica aos direitos assegurados nesta Constituio, promovendo as medidas necessrias a sua garantia; III - promover o inqurito civil e a ao civil pblica, para a proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ao de inconstitucionalidade ou representao para fins de interveno da Unio e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituio; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populaes indgenas; VI - expedir notificaes nos procedimentos administrativos de sua competncia, requisitando informaes e documentos para instru-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

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VIII - requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial, indicados os fundamentos jurdicos de suas manifestaes processuais; IX - exercer outras funes que lhe forem conferidas, desde que compatveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representao judicial e a consultoria jurdica de entidades pblicas. 1 - A legitimao do Ministrio Pblico para as aes civis previstas neste artigo no impede a de terceiros, nas mesmas hipteses, segundo o disposto nesta Constituio e na lei. 2 - As funes do Ministrio Pblico s podem ser exercidas por integrantes da carreira, que devero residir na comarca da respectiva lotao, salvo autorizao do chefe da instituio. * Pargrafo alterado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 3 - O ingresso na carreira do Ministrio Pblico far-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos, assegurada a participao da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realizao, exigindo-se do bacharel em direito, no mnimo, trs anos de atividade jurdica e observando-se, nas nomeaes, a ordem de classificao. * Pargrafo alterado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 4 - Aplica-se ao Ministrio Pblico, no que couber, o disposto no art. 93. * Pargrafo alterado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 5 - A distribuio de processos no Ministrio Pblico ser imediata. * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 Art. 130 - Aos membros do Ministrio Pblico junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposies desta seo pertinentes a direitos, vedaes e forma de investidura. Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministrio Pblico compe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma reconduo, sendo: * Caput acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 I - o Procurador-Geral da Repblica, que o preside; II - quatro membros do Ministrio Pblico da Unio, assegurada a representao de cada uma de suas carreiras; III - trs membros do Ministrio Pblico dos Estados; IV - dois juzes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justia; V - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VI - dois cidados de notvel saber jurdico e reputao ilibada, indicados um pela Cmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. * Incisos I a VI acrescentados pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 1 - Os membros do Conselho oriundos do Ministrio Pblico sero indicados pelos respectivos Ministrios Pblicos, na forma da lei. * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 2 - Compete ao Conselho Nacional do Ministrio Pblico o controle da atuao administrativa e financeira do Ministrio Pblico e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe: * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministrio Pblico, podendo expedir atos regulamentares, no mbito de sua competncia, ou recomendar providncias; II - zelar pela observncia do art. 37 e apreciar, de ofcio ou mediante provocao, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou rgos do Ministrio Pblico da Unio e dos Estados, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da competncia dos Tribunais de Contas; III - receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do Ministrio Pblico da Unio ou dos Estados, inclusive contra seus servios auxiliares, sem prejuzo da competncia disciplinar e correicional da instituio, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos proporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanes administrativas, assegurada ampla defesa;

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IV - rever, de ofcio ou mediante provocao, os processos disciplinares de membros do Ministrio Pblico da Unio ou dos Estados julgados h menos de um ano; V - elaborar relatrio anual, propondo as providncias que julgar necessrias sobre a situao do Ministrio Pblico no Pas e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. * Incisos I a V acrescentados pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 3 - O Conselho escolher, em votao secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministrio Pblico que o integram, vedada a reconduo, competindo-lhe, alm das atribuies que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 I - receber reclamaes e denncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministrio Pblico e dos seus servios auxiliares; II - exercer funes executivas do Conselho, de inspeo e correio geral; III - requisitar e designar membros do Ministrio Pblico, delegando-lhes atribuies, e requisitar servidores de rgos do Ministrio Pblico. * Incisos I a III acrescentados pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 4 - O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiar junto ao Conselho. * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004 5 - Leis da Unio e dos Estados criaro ouvidorias do Ministrio Pblico, competentes para receber reclamaes e denncias de qualquer interessado contra membros ou rgos do Ministrio Pblico, inclusive contra seus servios auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministrio Pblico. * Pargrafo acrescentado pela Emenda Constitucional 45, de 08 de dezembro de 2004

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Lei Orgnica do Ministrio Pblico do Estado de So Paulo - (Lei Complementar estadual n. 734, de 26/11/1993) - artigos 1 ao 9, 43 a 48 e de 59 a 75;

Institui a Lei Orgnica do Ministrio Pblico e d outras providncias. O Governador do Estado de So Paulo: Fao saber que a Assemblia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar: LIVRO I Da Autonomia, Da Organizao e Das Atribuies do Ministrio Pblico TTULO I Das Disposies Gerais e da Autonomia do Ministrio Pblico Captulo I Das Disposies Gerais Artigo 1 - O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis. 1 - A organizao, as atribuies e o estatuto do Ministrio Pblico so estabelecidos por esta lei complementar. 2 - So princpios institucionais do Ministrio Pblico a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional. 3 - A Chefia do Ministrio Pblico cabe ao Procurador-Geral de Justia. Captulo II Da Autonomia do Ministrio Pblico Artigo 2 - Ao Ministrio Pblico assegurada autonomia funcional e administrativa, cabendo-lhe, especialmente: I - praticar atos prprios de gesto; II - praticar atos e decidir sobre a situao funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos servios auxiliares, organizados em quadros prprios; III - elaborar suas folhas de pagamentos e expedir os competentes demonstrativos; IV - adquirir bens e contratar servios, efetuando a respectiva contabilizao; V - propor ao Poder Legislativo a criao e a extino de seus cargos, bem como a fixao e o reajuste dos vencimentos de seus membros;

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VI - propor ao Poder Legislativo a criao e a extino dos cargos de seus servios auxiliares, bem como a fixao e o reajuste dos vencimentos de seus servidores; VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos servios auxiliares, bem como nos casos de remoo, promoo e demais formas de provimento derivado; VIII - editar atos de aposentadoria, exonerao e outros que importem em vacncia de cargos de carreira e dos servios auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministrio Pblico e de seus servidores; IX - instituir e organizar seus rgos de apoio administrativo, suas secretarias e os servios auxiliares das Procuradorias e Promotorias de Justia; X - compor os seus rgos de Administrao; XI - elaborar seus regimentos internos; XII - exercer outras competncias decorrentes de sua autonomia. 1 - O Ministrio Pblico instalar seus rgos de administrao, de execuo e de servios auxiliares em prdios sob sua administrao, alm de poder contar com as dependncias a ele destinadas nos prdios do Poder Judicirio. 2 - Na construo dos edifcios dos fruns, sero reservadas instalaes adequadas para o Ministrio Pblico em prdio ou ala prpria, independentes e sob sua administrao. 3 - As decises do Ministrio Pblico fundadas em sua autonomia funcional, administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, tm auto-executoriedade e eficcia plena, ressalvada a competncia constitucional do Poder Judicirio e do Tribunal de Contas. 4 - Os atos de gesto administrativa do Ministrio Pblico, inclusive no tocante a convnios, contrataes e aquisies de bens e servios, no podem ser condicionados apreciao prvia de quaisquer rgos do Poder Executivo. Artigo 3 - O Ministrio Pblico elaborar sua proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias, encaminhando-a, por intermdio do Procurador-Geral de Justia, diretamente ao Governador do Estado para incluso no projeto de lei oramentria a ser submetido ao Poder Legislativo. 1 - Os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias prprias e globais, compreendidos os crditos suplementares e especiais, ser-lhe-o postos disposio em