Apostila Pre Historia e Antiguidade

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Pre Historia

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    ARTE NA PR-HISTRIA

    Paleoltico

    Idade da Pedra Lascada

    Do surgimento de ser humano at cerca de 12

    mil anos atrs

    O Perodo Paleoltico, tambm conhecido

    como Idade da Pedra Lascada, pois as armas e

    instrumentos de pedras produzidos pelo ser

    humano eram lascados a fim de adquirir

    bordas cortantes.

    Foram neste perodo as primeiras

    manifestaes artsticas das quais se tem

    registro.

    No incio, o homem produzia apenas traos nas

    paredes das cavernas, ou a tcnica da mo em

    negativo, na qual o artista obtinha um p

    colorido a partir da triturao de rochas e

    soprava este p sobre sua mo encostada na

    parede, sendo assim, a rea em volta da mo

    ficava colorida, e a parte coberta no. Desta

    forma, se obtinha a silhueta da mo, como um

    negativo de fotografia.

    Porm, somente aps dominar a tcnica da

    mo em negativo, que o homem pr-histrico

    passou a desenhar e pintar imagens de

    animais.

    A principal caracterstica dos desenhos da

    Idade da Pedra Lascada o naturalismo, ou

    seja, o artista representava a natureza tal qual

    sua viso captava.

    Atualmente, a explicao mais aceita que as

    pinturas rupestres, realizadas em rochedos e

    paredes de cavernas, eram feitas por

    caadores, e que faziam parte do processo de

    magia por meio do qual se procurava interferir

    na captura de animais. O pintor-caador do

    Paleoltico acreditava que se pintasse o animal,

    aprisionaria sua alma na parede da caverna e

    teria sucesso na caada, assim, acreditava que

    poderia matar o animal verdadeiro desde que o

    representasse ferido mortalmente num

    desenho.

    Este contedo parte integrante do curso VestEnem do Aulalivre.net e no pode ser vendido separadamente.

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    Os artistas do Paleoltico realizaram tambm

    trabalhos em escultura. No entanto, tanto na

    pintura quanto na escultura, nota-se a ausncia

    de figuras masculinas. Predominam assim,

    figuras femininas, com a cabea surgindo

    como prolongamento do pescoo, seios

    volumosos, ventre saltado e grandes ndegas.

    Destaca-se: Vnus de Willendorf.

    Neoltico

    Idade da Pedra Polida

    De 12 mil anos atrs at 6 mil anos atrs

    Um grande conjunto de mudanas marca o

    perodo Neoltico, tambm chamado como

    Idade da Pedra Polida. Neste perodo se

    desenvolveu a tcnica de produo de armas e

    instrumentos com pedras que eram polidas por

    atrito, tornando-as assim, mais afiadas.

    Alm do aprimoramento da tcnica de

    polimento, outro acontecimento muito

    significativo do perodo foi o cultivo da terra e a

    manuteno de manadas. Isso ocasionou um

    aumento rpido da populao e o

    desenvolvimento das primeiras instituies,

    como famlia e a diviso do trabalho. Assim, no

    Neoltico se desenvolveu a tcnica de tecer

    panos, de fabricar cermicas e a construo

    das primeiras moradias.

    O homem do Neoltico conseguiu produzir o

    fogo atravs do atrito dando incio ao trabalho

    com metais.

    Desta maneira, todas essas conquistas tiveram

    grande influncia na arte. O poder de

    observao e o aguado sentido do caador-

    coletor do Paleoltico cederam espao para

    atividade reflexiva do campons Neoltico.

    Sendo assim, o estilo naturalista foi substitudo

    por um estilo mais simples e geometrizado,

    com figuras que mais sugerem do que

    reproduzem os seres. Ao invs de

    representaes que imitam a natureza, surgem

    imagens com formas que so apenas

    sugeridas.

    Os temas da arte primitiva neste perodo,

    tambm sofreram modificaes, o ser humano

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    passou a ser representado em suas atividades

    coletivas e cotidianas. O movimento era

    sugerido a partir de imagens fixas.

    No Neoltico surgiu a primeira forma de escrita,

    a escrita pictogrfica, na qual seres e ideias

    so representadas por meio de desenhos.

    Alm de desenhos e pinturas, o artista do

    Neoltico produziu uma cermica que revela

    sua preocupao com a beleza e no apenas

    com a utilidade do objeto.

    Na arquitetura deste perodo podemos

    destacar as construes denominadas

    dolmens, as quais consistem em duas ou mais

    pedras grandes fincadas verticalmente no

    cho, como se fossem paredes, e uma grande

    pedra colocada horizontalmente sobre elas,

    parecendo um teto.

    Havia tambm o menir, que era um

    monumento megaltico que consiste num nico

    bloco de pedra fincado no solo em sentido

    vertical.

    O Santurio de Stonehenge, no sul da

    Inglaterra, pode ser considerado uma das

    primeiras obras da arquitetura que a Histria

    registrou. Ele apresenta um enorme crculo de

    pedras erguidas a intervalos regulares, que

    sustentam traves horizontais rodeando outros

    dois crculos interiores. No centro do ltimo

    est um bloco semelhante a um altar. O

    conjunto est orientado para o ponto do

    horizonte onde nasce o Sol no dia do solstcio

    de vero, indcio de que se destinava s

    prticas rituais de um culto solar. Lembrando

    que as pedras eram colocadas umas sobre as

    outras sem a unio de nenhuma argamassa.

    Idade dos Metais

    6 mil anos atrs at o surgimento da escrita

    Na Idade dos Metais o ser humano j havia

    dominado a produo do fogo, desta forma, o

    artista primitivo pode comear a trabalhar o

    metal a partir da tcnica com forma de barro

    ou da tcnica de cera perdida.

    As esculturas deste perodo representavam

    guerreiros e mulheres, ricos em detalhes,

    sendo um precioso documento sobre os

    costumes.

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    Na arquitetura, destaca-se a construo de

    nuragues, edificaes em pedra sem nenhuma

    argamassa e em forma de cone truncado.

    Arte Egpcia

    A civilizao egpcia foi uma das mais

    importantes da Antiguidade. Era uma

    civilizao complexa em sua organizao social

    e riqussima em suas realizaes culturais.

    Produziu uma escrita bem estruturada, atravs

    da qual hoje podemos conhecer diversos

    aspectos dessa civilizao.

    Em todos os aspectos do desenvolvimento da

    civilizao egpcia, a religio tomou papel de

    destaque. A partir deste enfoque, o homem do

    antigo Egito interpretava o universo,

    justificando sua organizao social e poltica,

    determinando o papel de cada classe social e,

    consequentemente, orientando toda a produo

    artstica do perodo.

    Alm de crer em deuses que poderiam

    interferir na histria humana, os egpcios

    acreditavam tambm numa vida aps a morte

    e achavam que essa vida era mais importante

    que a existncia terrena.

    A arte egpcia se materializou nos tmulos e

    nos objetos deixados junto aos mortos, como

    estatuetas e vasos.

    Arquitetura

    A arquitetura egpcia se imortalizou, sobretudo,

    nas tumbas e construes morturias. As

    tumbas dos primeiros faras eram rplicas das

    casas em que moravam. No entanto, as

    pessoas sem importncia social, aps a morte

    eram sepultadas em mastabas, construes

    retangulares, muito simples, que mais tarde

    deram origem s grandes pirmides.

    A arquitetura egpcia tem como caractersticas

    principais, a solidez, a durabilidade, o

    sentimento de eternidade e um aspecto

    misterioso e impenetrvel.

    As pirmides do deserto de Giz so as obras

    arquitetnicas mais famosas deste perodo, e

    foram construdas por importantes reis do

    Antigo Imprio, como Quops, Qufren e

    Miquerinos.

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    Junto a essas trs pirmides est a esfinge

    mais conhecida do Egito, que representa o

    fara Qufren. As aes erosivas do vento e

    das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos

    sculos, um aspecto enigmtico e misterioso.

    Escultura

    A escultura egpcia era realizada por artistas

    annimos, e representava imagens de faras e

    deuses em posio serena, quase sempre de

    frente, sem demonstrar nenhuma emoo. A

    pretenso era a traduo de uma iluso de

    imortalidade. Com esse objetivo ainda,

    exageravam frequentemente as propores do

    corpo humano, dando s figuras representadas

    uma impresso de fora e de majestade.

    Os baixos-relevos egpcios, que eram quase

    sempre pintados, recobriam colunas e paredes.

    Os hierglifos, escrita egpcia, eram

    transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.

    Pintura

    A decorao colorida era um poderoso

    elemento de complementao das atitudes

    religiosas.

    Na pintura, percebe-se claramente a ausncia

    de trs dimenses, e a falta do plano em

    profundidade, o colorido sem variao de

    claro-escuro e sem indicao do relevo, e Lei

    da Frontalidade que determinava que o tronco

    da pessoa fosse representado sempre de

    frente, enquanto sua cabea, suas pernas e

    seus ps eram vistos de perfil.

    Nas imagens pintadas, eram representadas

    maiores as pessoas com maior importncia no

    reino, ou seja, o rei, a mulher do rei, o

    sacerdote, os soldados e o povo. As figuras

    femininas eram pintadas em ocre, enquanto

    que as masculinas pintadas de vermelho.

    Os egpcios escreviam usando desenhos, sendo

    assim desenvolveram trs formas de escrita:

    os Hierglifos que eram considerados a escrita

    sagrada, a Hiertica que era uma escrita mais

    simples, utilizada pela nobreza e pelos

    sacerdotes e a Demtica uma escrita popular.

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    Arte na civilizao Egeia

    So poucos os registros dos povos que

    habitavam as ilhas prximas ao mar Egeu, h

    aproximadamente 4 mil anos atrs. O que hoje

    se sabe desta civilizao chamada minoica

    provm do estudo e da observao de suas

    manifestaes artsticas, e tambm de alguns

    indcios registrados nos poemas homricos

    Ilada e Odisseia.

    A arte cretense

    A partir de descobertas arqueolgicas

    realizadas no sculo XIX, tornou-se evidente

    que a cultura egeia teve origem na Ilha de

    Creta.

    As runas do Palcio de Cnossos revela que a

    edificao datada de dois mil anos antes de

    Cristo, no entanto, sua planta bastante

    evoluda em termos arquitetnicos. Em volta de

    um ptio central esto dispostas diversas

    salas, algumas inclusive agrupadas de maneira

    que uma leva outra, seguindo uma ordem

    bem planejada. A construo tinha ao menos

    dois andares, e possivelmente trs ou quatro,

    pois h vestgios de escadas e colunas,

    revelando uma arquitetura avanada para a

    poca.

    O esprito dinmico do povo cretense

    comprovado na pintura. um trabalho menos

    rgido que a pintura egpcia, e a preocupao

    do artista cretense era o efeito causado pela

    combinao de cores vivas e contrastantes.

    A ourivesaria tambm revelou o grande

    domnio tcnico do artista cretense com

    representaes em baixo relevo de touros e

    elementos da natureza.

    Na escultura, apenas pequenas peas foram

    encontradas. Utilizavam marfim e ouro para a

    decorao dos objetos.

    A arte micnica

    Alm da arte encontrada em Creta, deste

    perodo destacamos tambm a arte

    desenvolvida na cidade de Micenas, dando

    destaque para a arquitetura e apresentando

    traos singulares. Com exemplo podemos citar

    a Tumba dos tridas.

    Esta construo est ligada a mais nobre

    famlia entre os aqueus. feita no interior de

    uma colina e exibe grande imponncia. Um

    corredor leva a uma sala circular, coberta por

    uma grande cpula, e comunica-se com um

    compartimento retangular onde ficavam os

    restos mortais dos prncipes micnicos. Para a

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    sustentao da cpula no foram usados

    arcos, e as pedras foram dispostas

    horizontalmente, estando cada bloco um pouco

    desalinhado em relao ao anterior,

    provocando um afunilamento at o encontro

    total das pedras.

    A escultura micnica, em termos gerais, traduz

    os valores principais desta civilizao, como a

    fora e a agressividade.

    Alguns estudiosos afirmam terem sido os

    micnicos os protagonistas da Guerra de Tria,

    tal conhecimento encontrado nos poemas

    picos Ilada e Odisseia.

    A ourivesaria micnica, descrita tambm nos

    poemas homricos, composta por

    caractersticas muito expressivas, como se

    percebe na mscara funerria de Agamenon.

    Arte na Grcia

    A arte grega est voltada para a inteligncia e o

    conhecimento expresso pela razo, estando

    assim, acima de qualquer divindade, diferente

    da arte egpcia.

    Na sua constante busca da perfeio, o artista

    grego cria uma arte de elaborao intelectual

    em que predominam o ritmo, o equilbrio e a

    harmonia ideal. Desta forma, a arte grega tem

    como caractersticas o racionalismo, o amor

    pela beleza, interesse pelo homem e a

    democracia.

    Arquitetura

    As edificaes que despertaram maior

    interesse na arquitetura grega so os templos.

    A caracterstica mais evidente dos templos

    gregos a simetria entre o prtico de entrada e

    o dos fundos. O templo era construdo sobre

    uma base de trs degraus. O degrau mais

    elevado chamava-se estilbata e sobre ele

    eram erguidas as colunas. As colunas

    sustentavam um entablamento horizontal

    formado por trs partes: a arquitrave, o friso e

    a cornija. As colunas e entablamento eram

    construdos segundo os modelos da ordem

    drica, jnica e corntia.

    Ordem Drica: era simples e macia. O fuste da

    coluna era monoltico e grosso. O capitel era

    uma almofada de pedra. Nascida do sentir do

    povo grego, nela se expressa o pensamento.

    Sendo a mais antiga das ordens arquitetnicas

    gregas, a ordem drica, por sua simplicidade e

    severidade, empresta uma ideia de solidez e

    imponncia.

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    Ordem Jnica: representava a graa e o

    feminino. A coluna apresentava fuste mais

    delgado e no se firmava diretamente sobre o

    estilbata, mas sobre uma base decorada. O

    capitel era formado por duas espirais unidas

    por duas curvas. A ordem drica traduz a

    forma do Inciom e a ordem jnica traduz a

    forma da mulher.

    Ordem Corntia: o capitel era formado com

    folhas de acanto e quatro espirais simtricas,

    muito usados no lugar do capitel jnico, de um

    modo a variar e enriquecer aquela ordem.

    Sugere luxo e ostentao.

    Podemos citar alguns cones da arquitetura

    grega, tais como o Partenon de Atenas e

    tambm as Caritides Incionageavam,

    mulheres de Cria, que se encontram na

    Acrpole.

    Os teatros, muito importantes para a cultura

    grega, eram construdos em lugares abertos,

    normalmente em encostas. Eram compostos

    por trs partes, a skene ou cena, para os

    atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o

    koilon ou arquibancada, para os espectadores.

    Na arquitetura destaca-se tambm a

    construo dos Ginsios, edifcios destinados

    cultura fsica, e as praas, tambm conhecidas

    como gora, onde os gregos se reuniam para

    discutir os mais variados assuntos, entre eles,

    a filosofia.

    Pintura

    A pintura grega aparece como elemento de

    decorao na arquitetura e na cermica.

    Os vasos gregos so conhecidos no s pelo

    equilbrio de sua forma, mas tambm pela

    harmonia entre o desenho, as cores e o espao

    utilizado para a ornamentao.

    As pinturas dos vasos representavam pessoas

    em suas atividades dirias e cenas da

    mitologia grega. Inicialmente o artista pintava

    em negro a silhueta das figuras, gravando o

    contorno e as marcas interiores dos corpos

    com um instrumento pontiagudo, retirando a

    tinta preta e deixando as linhas ntidas. Porm,

    mais tarde este estilo foi substitudo pela

    inverso do esquema de cores, deixando as

    figuras em cor natural do barro e pintando o

    fundo de negro.

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    Escultura

    A estaturia grega representa os mais altos

    padres j atingidos pelo homem. Na escultura,

    o antropomorfismo - esculturas de formas

    humanas - foi insupervel. As esttuas

    adquiriram, alm do equilbrio e perfeio das

    formas, o movimento.

    No Perodo Arcaico os gregos comearam a

    esculpir em mrmore, grandes figuras

    humanas. Primeiramente aparecem esculturas

    simtricas, em rigorosa posio frontal, com o

    peso do corpo igualmente distribudo sobre as

    duas pernas. Esse tipo de esttua chamado

    Kouros, palavra grega que significa homem

    jovem.

    No Perodo Clssico o bronze passou a ser

    utilizado, pois era mais resistente do que o

    mrmore, podendo fixar o movimento sem se

    quebrar.

    Surge neste perodo o nu feminino, pois no

    perodo arcaico, as figuras de mulher eram

    esculpidas sempre vestidas.

    No Perodo Helenstico podemos observar o

    crescente naturalismo, ou seja, os seres

    humanos no eram representados apenas de

    acordo com a idade e a personalidade, mas

    tambm segundo as emoes e o estado de

    esprito de um momento.

    O grande desafio e a grande conquista da

    escultura do perodo helenstico foram a

    representao no de uma figura apenas, mas

    de grupos de figuras que mantivessem a

    sugesto de mobilidade e fossem bonitos de

    todos os ngulos que pudessem ser

    observados.

    Arte em Roma

    A arte romana sofreu duas fortes influncias,

    da arte etrusca popular, voltada para a

    expresso da realidade vivida, e da Greco

    helenstica, orientada para a expresso de um

    ideal de beleza.

    Arquitetura

    Um dos legados culturais mais importantes

    que os etruscos deixaram aos romanos foi o

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    uso do arco e da abbada nas construes, o

    que permitiu que os romanos criassem amplos

    espaos internos, livres do excesso de colunas.

    No final do sculo I, Roma j havia superado a

    influncia grega e etrusca, e estava pronta para

    desenvolver criaes artsticas independentes

    e originais.

    A arquitetura romana foi realizada para

    diferentes finalidades, cada uma com sua

    singularidade.

    Para a religio os romanos erigiram templos,

    que costumavam ser construdos em um plano

    mais elevado, de modo que a entrada fosse

    alcanada por uma escadaria, construda

    diante da fachada principal.

    A Baslica, a princpio era destinada a

    operaes comerciais e atos judicirios,

    servindo para reunies da bolsa, para tribunal

    e leitura de editos. Mais tarde, com o

    Cristianismo, passou a designar uma igreja

    com certos privilgios. No entanto, esta

    construo apresenta uma caracterstica

    inconfundvel, a planta retangular dividida em

    vrias colunatas.

    As termas constitudas de ginsio, piscina,

    prticos e jardins, eram o centro social de

    Roma, alm de casas de banho que eram

    centro de reunies sociais e esportes.

    Os teatros e anfiteatros eram construdos a

    partir de ordens de arcos sobrepostos, o que

    ajudou os romanos conseguirem erigir estas

    construes sem precisar do apoio de

    encostas.

    O povo romano apreciava muito as lutas dos

    gladiadores. Essas lutas compunham um

    espetculo que podia ser apreciado de

    qualquer ngulo. Pois a palavra anfiteatro

    significa teatro de um e de outro lado. Assim

    era o Coliseu, certamente o mais belo dos

    anfiteatros romanos. Externamente o edifcio

    era ornamentado por esculturas, que ficavam

    dentro dos arcos, e por trs andares com as

    ordens de colunas gregas, de baixo para cima,

    ordem drica, ordem jnica e ordem corntia.

    Essas colunas, na verdade eram meias

    colunas, pois ficavam presas estrutura das

    arcadas. Portanto, no tinham a funo de

    sustentar a construo, mas apenas de

    ornament-la. Esse anfiteatro de enormes

    propores chegava a acomodar 40.000

    pessoas sentadas e mais de 5.000 em p.

    As moradias eram construdas a partir de um

    retngulo bsico. A porta de entrada ficava de

    um dos lados menores do retngulo, e

    conduzia ao trio. O ptio central com uma

    abertura retangular no telhado permitia a

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    circulao de ar e a entrada de luz e gua da

    chuva.

    Essa gua era coletada pelo implvio, um

    tanque colocado sob o vo do teto. Em uma

    linha reta em relao porta de entrada estava

    o tablino, aposento principal da casa. Os outros

    cmodos davam para o trio, porm suas

    posies no eram to rigorosas.

    Pintura e Mosaico

    A maior parte das pinturas romanas que

    conhecemos hoje provm das cidades de

    Pompeia e Herculano, que foram soterradas

    pela erupo do Vesvio em 79 d.C.

    Essas pinturas faziam parte da decorao

    interna dos edifcios e podiam ser apreciadas

    em painis que recobriam as paredes das

    casas. Era comum neste perodo, recobrir as

    paredes com uma camada de gesso pintado,

    dando a impresso de placas de mrmore.

    Mais tarde, porm, os pintores deixaram de

    lado o gesso e passaram a dar a impresso de

    mrmore apenas com a pintura.

    Nos painis eram pintadas paisagens com

    animais, aves e pessoas, formando grandes

    pinturas, murais e conjuntos que valorizavam a

    delicadeza dos pequenos detalhes.

    O Mosaico foi muito utilizado na decorao dos

    muros e pisos da arquitetura em geral. Sendo

    assim, os romanos so considerados

    verdadeiros mestres na arte do mosaico,

    utilizando esta tcnica diferenciada para a

    ornamentao das obras arquitetnicas,

    complementando ricamente as construes.

    As cores vivas e a possibilidade de colocao

    sobre qualquer superfcie e a durao dos

    materiais fizeram com que os mosaicos

    viessem a prevalecer sobre a pintura.

    Arte Crist Primitiva

    Enquanto os romanos desenvolviam uma arte

    colossal e espalhavam seu estilo por toda a

    Europa e parte da sia, os cristos comearam

    a criar uma arte simples e simblica executada

    por pessoas que no eram grandes artistas.

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    Os romanos testemunharam o nascimento de

    Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e

    uma nova filosofia. Com o surgimento de um

    "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se

    extremamente abalado e teve incio um perodo

    de perseguio no s a Jesus, mas tambm a

    todos aqueles que aceitaram sua condio de

    profeta e acreditaram nos seus princpios.

    Esta perseguio marcou a primeira fase da

    arte paleocrist, conhecida como fase

    catacumbria, que recebe este nome devido s

    catacumbas, cemitrios subterrneos em

    Roma, onde os primeiros cristos

    secretamente celebravam seus cultos. Nesses

    locais, a pintura simblica.

    Esta simbologia tem diversos significados.

    Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um

    crculo ou por um peixe, pois a palavra peixe,

    em grego ichtus, forma as iniciais da frase:

    "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador".

    Outra forma de simboliza-lo o desenho do

    pastor com ovelhas "Jesus Cristo o Bom

    Pastor" e tambm, o cordeiro "Jesus Cristo o

    Cordeiro de Deus".

    Passagens da Bblia tambm eram ali

    simbolizadas, por exemplo, Arca de No; Jonas

    engolido pelo peixe e Daniel na cova dos lees.

    Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de

    Santa Priscila e Santa Domitila, nos arredores

    de Roma.

    importante perceber que essas pinturas

    primitivas no foram executadas por grandes

    artistas, mas por homens do povo convertidos

    nova religio. Da sua forma rstica e,

    sobretudo muito simples.

    Os cristos foram perseguidos por trs

    sculos, at que em 313 d.C. o imperador

    Constantino legaliza o cristianismo, dando

    incio 2 fase da arte paleocrist, a fase

    basilical.

    Tanto os gregos como os romanos, adotavam

    um modelo de edifcio denominado Baslica,

    lugar civil destinado ao comrcio e assuntos

    judiciais.

    Com o fim da perseguio aos cristos, os

    romanos cederam algumas baslicas para que

    eles pudessem usar como local para as suas

    celebraes.

    O mosaico foi o material escolhido para o

    revestimento interno das baslicas, utilizando

    imagens do Antigo e do Novo Testamento. Esse

    tratamento artstico tambm foi dado aos

    mausolus e os sarcfagos feitos para os fiis

    mais ricos. Eles eram decorados com relevos

    usando imagens de passagens bblicas.

    Este contedo parte integrante do curso VestEnem do Aulalivre.net e no pode ser vendido separadamente.

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  • ARTES|vestenem

    Na cidade de Ravena pode-se apreciar o

    Mausolu de Gala Placdia e a igreja de Santo

    Apolinrio, o Novo e a de So Vital com

    riqussimos mosaicos.

    Escultura

    Grandes admiradores da arte grega, porm

    com temperamento muito diferente dos

    gregos, pois eram realistas e prticos, sendo

    assim, sua escultura uma representao fiel

    das pessoas e no a de um ideal de beleza

    humana.

    Retratavam os imperadores e os homens da

    sociedade. A estaturia romana teve seu maior

    xito nos retratos.

    Com a invaso dos brbaros as preocupaes

    com as artes diminuram e poucos

    monumentos foram realizados pelo Estado. Era

    o comeo da decadncia do Imprio Romano

    que, no sc. V, perde o domnio do seu vasto

    territrio do Ocidente para os invasores

    germnicos.

    Este contedo parte integrante do curso VestEnem do Aulalivre.net e no pode ser vendido separadamente.

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