Apostila Resumo Pc Pe Agente Processo Penal Público Externo

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  • 7/26/2019 Apostila Resumo Pc Pe Agente Processo Penal Pblico Externo

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    RESUMO GRATUITO (PC-PE) DIREITO

    PROCESSUAL PENAL (AGENTE E ESCRIVO)

    SUMRIO1. APLICAO DA LEI PROCESSUAL E PRINCPIOS DO PROCESSO PENAL 2

    2. INQURITO POLICIAL .......................................................................... 7

    3. AO PENAL ....................................................................................... 12

    4. SUJEITOS PROCESSUAIS .................................................................... 15

    5. JURISDIO E COMPETNCIA ............................................................ 20

    6. TEORIA GERAL DA PROVA .................................................................. 30

    7. PROVAS EM ESPCIE .......................................................................... 348. PRISO E LIBERDADE PROVISRIA ................................................... 46

    9. INTERCEPTAO DAS COMUNICAES TELEFNICAS ........................ 57

    10. PROCESSO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONRIOSPBLICOS ................................................................................................. 59

    11. HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO .................................................. 61

    Ol, meus amigos concurseiros!

    com muita satisfao que apresento a vocs este material

    totalmente GRATUITO. Trata-se de um resumo esquematizadosobre Direito Processual Penal, para o concurso da PC-PE(cargos de agente e escrivo),matria ministrada por mim aqui noEstratgia Concursos.

    Neste material vocs encontraro as informaes maisrelevantes para fins de prova, de forma objetiva e esquemtica, parafacilitar a compreenso. Fiquem vontade para baixar e compartilhareste arquivo !.

    claro que este material no substitui o curso completo,

    mas com certeza poder te ajudar a salvar alguns pontos na prova!Caso queira conhecer mais do meu trabalho, basta clicar no linkabaixo:

    https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/renan-araujo-3209/

    No mais, desejo a todos uma excelente maratona de estudos!

    Prof. Renan Araujo

    [email protected]

    PERISCOPE: @profrenanaraujo

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    1.

    APLICAO DA LEI PROCESSUAL E PRINCPIOS DOPROCESSO PENAL

    APLICAO DA LEI PROCESSUAL PENAL

    Lei processual penal no espaoPrincpio da territorialidade A Lei processual penal brasileira sproduzir seus efeitos dentro do territrio nacional.O CPP, emregra, aplicvel aos processos de natureza criminal que tramitem noterritrio nacional.

    EXCEES:

    " Tratados, convenes e regras de Direito Internacional

    " Jurisdio poltica Crimes de responsabilidade

    " Processos de competncia da Justia Eleitoral

    " Processos de competncia da Justia Militar

    " Legislao especial

    OBS.:Em relao a estes casos, a aplicao do CPP ser subsidiria.Com relao Justia Militar, h certa divergncia, mas prevalece oentendimento de que tambm aplicvel o CPP de forma subsidiria.

    OBS.: S aplicvel aos atos processuais praticados no territrionacional. Se, por algum motivo, o ato processual tiver de ser praticadono exterior, sero aplicadas as regras processuais do pas em que oato for praticado.

    Lei processual penal no tempo

    REGRA Adoo do princpio do tempus regit actum: o ato processualser realizado conforme as regras processuais estabelecidas pela Leique vigorar no momento de sua realizao (ainda que a Lei tenhaentrado em vigor durante o processo).

    Obs.:A lei nova no pode retroagir para alcanar atos processuais jpraticados (ainda que seja mais benfica), mas se aplica aos atosfuturos dos processos em curso.

    Obs.:Tal disposio s se aplica s normas puramente processuais." Normas materiais inseridas em Lei Processual

    (heterotopia) Devem ser observadas as regras de aplicaoda lei PENAL no tempo (retroatividade benfica, etc.).

    " Normas hbridas (ou mistas) H controvrsia, masprevalece que tambm devem ser observadas as regras deaplicao da lei PENAL no tempo.

    " Normas relativas execuo penal H controvrsia, masprevalece que so normas de direito material (logo, devem serobservadas as regras de aplicao da lei PENAL no tempo).

    PRINCPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

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    Princpio da inrcia

    O Juiz no pode dar incio ao processo penal, pois isto implicaria emviolao da sua imparcialidade. Este princpio fundamenta diversasdisposies do sistema processual penal brasileiro, como aquela queimpede que o Juiz julgue um fato no contido na denncia, quecaracteriza oprincpio da congruncia (ou correlao) entre a sentenae a inicial acusatria.

    OBS.:Isso no impede que o Juiz determine a realizao de dilignciasque entender necessrias (produo de provas, por exemplo) paraelucidar questo relevante para o deslinde do processo (em razo doprincpio da busca pela verdade real ou material, no da verdadeformal).

    Princpio do devido processo legal

    Ningum poder sofrer privao de sua liberdade ou de seus bens semque haja um processo prvio, em que lhe sejam asseguradosinstrumentos de defesa.

    " Sentido formal - A obedincia ao rito previsto na Lei Processual(seja o rito ordinrio ou outro), bem como s demais regrasestabelecidas para o processo.

    " Sentido material- O Devido Processo Legal s efetivamenterespeitado quando o Estado age de maneira razovel,proporcional e adequada na tutela dos interesses da sociedade edo acusado.

    Dos postulados do contraditrio e da ampla defesa

    Contraditrio As partes devem ter assegurado o direito decontradizer os argumentos trazidos pela parte contrria e as provaspor ela produzidas.

    Obs.: Pode ser limitado, quando a deciso a ser tomada pelo Juiz nopossa esperar a manifestao do acusado ou a cincia do acusado pode

    implicar a frustrao da deciso (Ex.: decretao de priso,interceptao telefnica).

    Ampla defesa- No basta dar ao acusado cincia das manifestaesda acusao e facultar-lhe se manifestar, se no lhe forem dadosinstrumentos para isso. Principais instrumentos:

    # Produo de provas# Recursos# Direito defesa tcnica# Direito autodefesa

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    Princpio da presuno de no culpabilidade (ou presuno deinocncia)

    Nenhuma pessoa pode ser considerada culpada (e sofrer asconsequncias disto) antes do trnsito em julgado se sentena penal

    condenatria. Decorrncias lgicas:# nus da prova (materialidade a autoria do fato)cabe ao

    acusador (MP ou ofendido, conforme o caso)# Princpio do in dubio pro reo ou favor rei, segundo o qual,

    durante o processo (inclusive na sentena), havendo dvidasacerca da culpa ou no do acusado, dever o Juiz decidir emfavor deste, pois sua culpa no foi cabalmente comprovada.

    OBS.:No violam o princpio da presuno de inocncia:

    # A existncia de prises provisrias (prises decretadas nocurso do processo) No so baseadas na culpa. Possuem

    fundamento cautelar.# A determinao de regresso de regime do cumprimento

    de pena (pena que est sendo cumprida em razo de outrodelito) em razo da prtica de novo delito, mesmo antes dotrnsito em jugado.

    Viola o princpio:

    # Utilizar inquritos policiais e aes penais ainda em curso comomaus antecedentes no momento de fixar a pena por outrodelito (smula 442 do STJ).

    OBS.:O STF decidiu, recentemente, que o cumprimento da pena podese iniciar com a mera condenao em segunda instncia por umrgo colegiado (TJ, TRF, etc.), relativizando o princpio dapresuno de inocncia (HC 126292/SP, rel. Min. Teori Zavascki,17.2.2016).

    Princpio da obrigatoriedade da fundamentao das decisesjudiciais

    Os rgos do Poder Judicirio devem fundamentar todas as suasdecises. Guarda relao com o princpio da Ampla Defesa.

    Pontos importantes:

    # A deciso de recebimento da denncia ou queixa no precisa defundamentao complexa (posio do STF e do STJ).

    # A fundamentao referida constitucional# As decises proferidas pelo Tribunal do Jri no so

    fundamentadas (no h violao ao princpio).

    Princpio da publicidade

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    Os atos processuais e as decises judiciais sero pblicas, ou seja, deacesso livre a qualquer do povo.

    Essa publicidade NO ABSOLUTA, podendo sofrer restrio, quandoa intimidade das partes ou interesse pblico exigir (publicidade

    restrita). Pode ser restringida apenas s partes e seus procuradores,ou somente a estes.

    Impossibilidade de restrio da publicidade aos procuradoresdas partes.

    Princpio da isonomia processual

    Deve a lei processual tratar ambas as partes de maneira igualitria,conferindo-lhes os mesmos direitos e deveres.

    EXCEO: possvel que a lei estabelea algumas situaes

    aparentemente anti-isonmicas, a fim de equilibrar as foras dentro doprocesso (ex.: prazo em dobro para a Defensoria Pblica).

    Princpio do duplo grau de jurisdio

    As decises judiciais devem estar sujeitas reviso por outro rgo doJudicirio. No est expresso na Constituio.

    EXCEO:Casos de competncia originria do STF, aes nas quaisno cabe recurso da deciso de mrito.

    Princpio do Juiz Natural

    Toda pessoa tem direito de ser julgada por um rgo do PoderJudicirio brasileiro, devidamente investido na funo jurisdicional,cuja competncia fora previamente definida. Vedada a formao deTribunal ou Juzo de exceo.

    OBS.: No confundir Juzo ou Tribunal de exceo com varasespecializadas. As varas especializadas so criadas para otimizar otrabalho do Judicirio, e sua competncia definida abstratamente, eno em razo de um fato isolado, de forma que no ofendem o

    princpio.Obs.: Princpio do Promotor natural- Toda pessoa tem direito deser acusada pela autoridade competente (admitido pela Doutrinamajoritria).

    Princpio da vedao s provas ilcitas

    No se admitem no processo as provas que tenham sido obtidas pormeios ilcitos, assim compreendidos aqueles que violem direitosfundamentais. A Doutrina divide as provas ilegais em provas ilcitas

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    (quando violam normas de direito material) e provas ilegtimas(quando violam normas de direito processual).

    ATENO!A Doutrina dominante admite a utilizao de provas ilcitasquando esta for a nica forma de se obter a absolvio do ru.

    Princpio da vedao autoincriminao

    Tambm conhecido como nemo tenetur se detegere, tem por finalidadeimpedir que o Estado, de alguma forma, imponha ao ru algumaobrigao que possa colocar em risco o seu direito de no produzirprovas prejudiciais a si prprio. O nus da prova incumbe acusao,no ao ru. Pode ser extrado da conjugao de trs dispositivosconstitucionais:

    # Direito ao silncio

    # Direito ampla defesa# Presuno de inocncia

    CONCEITO E FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

    Conceito - Ramo do Direito que tem por finalidade a aplicao, nocaso concreto, da Lei Penal outrora violada.

    Fontes Origem do direito processual penal. Podem ser:" Fontes formais (ou de cognio) Meio pelo qual a norma

    lanada no mundo jurdico. Podem ser imediatas (tambmchamadas de diretas ou primrias) mediatas (tambm chamadasde indiretas, secundrias ou supletivas).

    # IMEDIATAS So as fontes principais, aquelas que devemser aplicadas primordialmente (Constituio, Leis,tratados e convenes internacionais). Basicamente,portanto, os diplomas normativos nacionais einternacionais1.

    # MEDIATAS So aplicveis quando h lacuna, ausncia deregulamentao pelas fontes formais imediatas

    (costumes, analogia e princpios gerais do Direito)." Fontes materiais (ou de produo) o rgo, ente,entidade ou Instituio responsvel pela produo da normaprocessual penal. No Brasil, em regra, a Unio, podendo osEstados legislarem sobre questes especficas.

    1H quem inclua tambm, dentre as fontes imediatas, as SMULAS VINCULANTES, pois soverdadeiras normas de aplicao vinculada. Lembrando que a jurisprudncia e a Doutrina no

    so consideradas, majoritariamente, como FONTES do Direito Processual Penal, poisrepresentam, apenas, formas de interpretao do Direito Processual Penal.

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    2.

    INQURITO POLICIAL

    INQURITO POLICIALConceito - Conjunto de diligncias realizadas pela Polcia Judiciria,

    cuja finalidade angariar elementos de prova (prova da materialidadee indcios de autoria), para que o legitimado (ofendido ou MP) possaajuizar a ao penal.

    Natureza Procedimento administrativo pr-processual. NO processo judicial.

    Caractersticas

    # Administrativo - O Inqurito Policial, por ser instaurado econduzido por uma autoridade policial, possui ntido carteradministrativo.

    #

    Inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade doInqurito decorre de sua natureza pr-processual. No Processotemos autor (MP ou vtima), acusado e Juiz. No Inqurito no hacusao, logo, no h nem autor, nem acusado. NoInqurito Policial, por ser inquisitivo, no h direito aocontraditrio pleno nem ampla defesa.

    # Oficioso (Oficiosidade) Possibilidade (poder-dever) deinstaurao de ofcio quando se tratar de crime de ao penalpblica incondicionada.

    # Escrito (formalidade)- Todos os atos produzidos no bojo do IP

    devero ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem orais.# Indisponibilidade A autoridade policial no pode dispor do IP,

    ou seja, no pode mandar arquiv-lo.

    # Dispensabilidade No indispensvel propositura da aopenal.

    # Discricionariedade na conduo - A autoridade policial podeconduzir a investigao da maneira que entender mais frutfera,sem necessidade de seguir um padro pr-estabelecido.

    INSTAURAO DO IPFORMAS DE INSTAURAO DO INQURITO POLICIAL

    FORMA CABIMENTO OBSERVAES

    DE OFCIO # Ao penal pblicaincondicionada

    # Ao penal pblica condicionada(depende de representao ourequisio do MJ)

    # Ao penal privada (depende de

    manifestao da vtima)

    OBS.:Requisio doMP ou do Juizdeve sercumprida pelaautoridade

    policial.

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    REQUISIO DOMP OU DO JUIZ

    # Ao penal pblicaincondicionada

    # Ao penal pblica condicionada(requisio deve estar instruda

    com a representao ou requisiodo MJ)# Ao penal privada (requisio

    deve estar instruda com amanifestao da vtima nessesentido)

    OBS.:Requerimentodo ofendido noobriga aautoridadepolicial. Casosejaindeferimento orequerimento,cabe recursoao chefe depolcia.REQUERIMENTO

    DO OFENDIDO# Ao penal pblica

    incondicionada# Ao penal pblica condicionada# Ao penal privada

    AUTO DE PRISOEM FLAGRANTE# Ao penal pblicaincondicionada# Ao penal pblica condicionada

    (depende de representao ourequisio do MJ)

    # Ao penal privada (depende demanifestao da vtima)

    OBS.: Denncia annima (delatio criminis inqualificada) -Delegado, quando tomar cincia de fato definido como crime, atravsde denncia annima, no dever instaurar o IP de imediato, mas

    determinar que seja verificada a procedncia da denncia e, casorealmente se tenha notcia do crime, instaurar o IP.

    TRAMITAO DO IP

    Diligncias

    Logo aps tomar conhecimento da prtica de infrao penal, aautoridade deve:

    # Dirigir-se ao local, providenciando para que no se alterem o

    estado e conservao das coisas, at a chegada dos peritoscriminais.# Apreender os objetos que tiverem relao com o fato, aps

    liberados pelos peritos criminais# Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do

    fato e suas circunstncias# Ouvir o ofendido# Ouvir o indiciado (interrogatrio em sede policial)# Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareaes# Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de

    delito e a quaisquer outras percias O exame de corpo dedelito indispensvel nos crimes que deixam vestgios.

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    # Ordenar a identificao do indiciado pelo processo datiloscpico,se possvel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes

    # Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vistaindividual, familiar e social, sua condio econmica, sua

    atitude e estado de nimo antes e depois do crime e duranteele, e quaisquer outros elementos que contriburem para aapreciao do seu temperamento e carter.

    # colher informaes sobre a existncia de filhos, respectivasidades e se possuem alguma deficincia e o nome e o contatode eventual responsvel pelos cuidados dos filhos, indicado pelapessoa presa.

    # Possibilidade de se proceder reproduo simuladados fatos(reconstituio) - Desde que esta no contrarie a moralidadeou a ordem pblica.

    OBS.: O procedimento de identificao criminal s admitido paraaquele que no for civilmente identificado. Exceo: mesmo ocivilmente identificado poder ser submetido identificaocriminal, nos seguintes casos:

    # Se o documento apresentado contiver rasuras ou indcios defalsificao.

    # O documento no puder comprovar cabalmente a identidade dapessoa.

    # A pessoa portar documentos de identidade distintos, com

    informaes conflitantes;# A identificao criminal for indispensvel s investigaes

    policiais (Necessrio despacho do Juiz determinando isso).# Constar nos registros policiais que a pessoa j se apresentou com

    outros nomes.# O estado de conservao, a data de expedio do documento ou

    o local de sua expedio impossibilitem a perfeita identificaoda pessoa.

    OBS.: permitida a colheita de material biolgico para determinaodo perfil gentico, exclusivamente quando isso for indispensvel sinvestigaes depende de autorizao judicial. Deve ser armazenadoem bando de dados sigiloso.

    Requerimento de diligncias pelo ofendido e pelo indiciado Ambos podem requerer a realizao de diligncias, mas ficar a critrioda Autoridade Policial deferi-las ou no.

    FORMA DE TRAMITAO DO IP

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    Sigiloso A autoridade policial deve assegurar o sigilo necessrio elucidao do fato ou o exigido pelo interesse da sociedade. Prevaleceo entendimento de que o IP sempre sigiloso em relao s pessoasdo povo em geral, por se tratar de mero procedimento investigatrio.

    Acesso do advogado aos autos do IP

    O advogado do indiciado deve ter franqueado o acesso amplo aoselementos de prova j documentados nos autos do IP, e que digamrespeito ao exerccio do direito de defesa. No se aplica sdiligncias em curso(Ex.:interceptao telefnica ainda em curso) SMULA VINCULANTE n 14.

    OBS.: A Lei 13.24/16 alterou o Estatuto da OAB para estender talpreviso a qualquer procedimento investigatrio criminal (inclusive

    aqueles instaurados internamente no mbito do MP).

    Interrogatrio em sede policial

    Necessidade de presena do advogado? Posio clssica daDoutrina e da Jurisprudncia: NO.

    Alterao legislativa (Lei 13.245/16) passou-se a exigir apresena do advogado no interrogatrio policial?Ainda no hposio do STF ou STJ. Duas correntes:

    # Alguns vo entender que o advogado, agora,

    indispensvel durante o IP.# Outros vo entender que a Lei no criou essa

    obrigatoriedade. O que a Lei criou foi, na verdade, umDEVER para o advogado que tenha sidodevidamente constitudo pelo indiciado (dever deassisti-lo, sob pena de nulidade). Caso o indiciado desejeno constituir advogado, no haveria obrigatoriedade.

    CONCLUSO DO IP

    Prazo

    PRAZO PARA A CONCLUSO DO IP

    NATUREZADA

    INFRAO

    PRAZO OBSERVAES

    REGRAGERAL

    # Indiciado preso: 10dias

    # Indiciado solto: 30 dias

    OBS.: Em se tratando deindiciado solto, o prazo processual. Em se tratandode indiciado preso o prazo

    CRIMES

    FEDERAIS

    # Indiciado preso: 15

    dias

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    # Indiciado solto: 30 dias material (conta-se o diado comeo).

    OBS.:No caso de indiciadopreso, o prazo se inicia da

    data da priso. Em setratando de indiciado solto,o prazo se inicia com aPortaria de instaurao.

    LEI DEDROGAS

    # Indiciado preso: 30dias

    # Indiciado solto: 90 dias

    # OBS.: Ambos podem

    ser duplicados.

    CRIMESCONTRA AECONOMIAPOPULAR

    # Indiciado preso ousolto: 10 dias

    OBS.:Em caso de indiciado solto o STJ entende tratar-se de prazoimprprio (descumprimento do prazo no gera repercusso prtica).

    Destinatrio do IP Prevalece que:# Destinatrio imediato titular da ao penal# Destinatrio mediato Juiz

    ARQUIVAMENTO DO IP

    Regra MP requer o arquivamento, mas quem determina o Juiz. Seo Juiz discordar, remete ao Chefe do MP (em regra, o PGJ). O Chefe doMP decide se concorda com o membro do MP ou com o Juiz. Seconcordar com o membro do MP, o Juiz deve arquivar. Se concordar

    com o Juiz, ele prprio ajuza a ao penal ou designa outro membropara ajuizar.

    Ao penal privada Os autos do IP sero remetidos ao Juzocompetente, onde aguardaro a iniciativa do ofendido ou de seurepresentante legal (ou sero entregues ao requerente, caso assimrequeira, mediante traslado).

    Arquivamento implcito Criao doutrinria. Duas hipteses:

    # Quando o membro do MP deixar requerer o arquivamento emrelao a alguns fatos investigados, silenciando quanto a

    outros.# Requerer o arquivamento em relao a alguns investigados,silenciando quanto a outros.

    STF e STJ no aceitam a tese de arquivamento implcito.

    Arquivamento indireto Quando o membro do MP deixa de oferecera denncia por entender que o Juzo (que est atuando durante a faseinvestigatria) incompetente para processar e julgar a ao penal.No unnime.

    Trancamento do IP - Consiste na cessao da atividadeinvestigatria por deciso judicial quando h ABUSO na instaurao do

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    IP ou na conduo das investigaes, geralmente quando no helementos mnimos de prova.

    Deciso de arquivamento de IP faz coisa julgada? Em regra,no, podendo ser reaberta a investigao se de outras provas (provasnovas) a autoridade policial tiver notcia. Excees:

    # Arquivamento por atipicidade do fato# Arquivamento em razo do reconhecimento de

    manifesta causa de excluso da ilicitude ou daculpabilidade Aceito pela Doutrina e jurisprudnciaMAJORITRIAS.

    # Arquivamento por extino da punibilidade# OBS.: Se o reconhecimento da extino da punibilidade se deu

    pela morte do agente, mediante apresentao de certido debito falsa (o agente no estava morto) possvel reabrir asinvestigaes.

    ATENO!A autoridade policial NO PODE mandar arquivar autos deinqurito policial.

    PODER DE INVESTIGAO DO MP

    Entendimento pacfico no sentido de que o MP pode investigar,

    mediante procedimentos prprios, mas no pode presidir neminstaurar inqurito policial.

    3. AO PENAL

    AO PENAL - CONCEITO E ESPCIES

    " A ao penal o instrumento que d incio ao processo

    penal, atravs do qual o Estado poder exercer seu ius puniendi.Pode ser de duas grandes espcies:

    # Pblica (1) incondicionada (2) condicionada

    # Privada (1) exclusiva (2) personalssima (3) subsidiriada pblica

    Assim:

    AO PENAL

    PBLICA INCONDICIONADA No depende de qualquer condio

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    (titularidadedo MP)

    CONDICIONADA Requisio do Ministro da Justia

    # No tem prazo (pode seroferecida enquanto no extintaa punibilidade)

    # No caberetratao.# MP no est vinculado

    requisio (oferecida arequisio, pode o MP deixarde denunciar)

    Representao do ofendido:

    # Deve ser oferecida dentro de06 meses, sob pena dedecadncia

    # retratvel, at o

    oferecimento da denncia peloMP# No exige forma especfica# No divisvel quanto aos

    autores do fato criminoso

    PRIVADA

    (titularidadedo

    ofendido)

    EXCLUSIVA O direito de queixa passa aossucessores

    PERSONALSSIMA O direito de queixa no passa aossucessores (nem pode serexercido pelo representante legal).

    SUBSIDIRIA DAPBLICA

    Quando h INRCIA do MP, oofendido passa a ter legitimidadepara ajuizar a queixa-crimesubsidiria. Essa legitimidade durapor seis meses, e neste perodo,tanto o MP quando o ofendidopodem ajudar ao penal(legitimidade concorrente).

    CARACTERSTICAS

    A ao penal pblica(tanto a incondicionada quanto condicionada) de titularidade exclusiva do MP e goza das seguintescaractersticas:

    # Obrigatoriedade# Oficialidade# Indisponibilidade# Divisibilidade

    A ao penal privada de titularidade do ofendido e goza dasseguintes caractersticas:

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    # Indivisibilidade# Oportunidade# Disponibilidade

    OBS.: Deve ser ajuizada dentro de seis meses(contados da data emque foi conhecida a autoria do delito), sob pena de decadncia dodireito de queixa.

    INSTITUTOS PRIVATIVOS DA AO PENAL EXCLUSIVAMENTEPRIVADA No cabem na ao penal privada subsidiria dapblica

    " RENNCIA# Antes do ajuizamento da ao# Expressa ou tcita (Com relao renncia tcita, decorrente da

    no incluso de algum dos infratores na ao penal, o STJ firmouentendimento no sentido de que a omisso do querelante deve tersido VOLUNTRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido noprocessar o infrator).

    # Oferecida a um dos infratores a todos se estende# No depende de aceitao pelos infratores (ato unilateral)

    "

    PERDO# Depois do ajuizamento da ao# Expresso ou tcito# Processual ou extraprocessual# Oferecido a um dos infratores a todos se estende# Depende de aceitao pelos infratores (ato BILATERAL)# Se um dos infratores no aceitar, isso no prejudica o direito dos

    demais

    RENNCIA X PERDO DO OFENDIDO

    INSTITUTO RENNCIA PERDO

    MOMENTO Antesde iniciado oprocesso

    Depoisde iniciado o processo

    ACEITAO No depende(atounilateral)

    Dependede aceitao peloinfrator (ato bilateral)

    FORMA Expressa ou tcita Expresso ou tcito (pode ser,ainda, processual ou

    extraprocessual)

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    EXTENSO Oferecida a um, atodos se estende

    Oferecido a um, a todos seestende

    " PEREMPO

    Penalidade ao querelante pela negligncia na conduo do processo

    Cabvel quando:

    # O querelante deixar de promover o andamento do processodurante 30 dias seguidos

    # Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, nocomparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro doprazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo

    # O querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, aqualquer ato do processo a que deva estar presente

    # O querelante deixar de formular o pedido de condenao nas

    alegaes finais# Sendo o querelante pessoa jurdica, esta se extinguir sem deixar

    sucessor.

    DISPOSIES IMPORTANTES

    # Quando se tratar de crime de ao penal pblica, e o MP nadafizer no prazo legal de oferecimento da denncia (inrcia doMP), o ofendido, ou quem lhe represente, poder ajuizarao penal privada subsidiria da pblica, tendo essalegitimidade um prazo de validade de seis meses, a contar do diaseguinte em que termina o prazo para manifestao do MP(consolidando sua inrcia). OBS.:No cabvel a ao penalprivada subsidiria se o MP requer o arquivamento ou requer arealizao de novas diligncias (neste caso no h inrcia).

    # Ajusta causa a existncia de elementos de prova mnimos,

    aptos a justificar a demanda penal (STJ).

    4. SUJEITOS PROCESSUAIS

    SUJEITOS PROCESSUAIS

    Conceito - Pessoas que atuam, de maneira obrigatria ou no, noprocesso criminal.

    Sujeitos essenciais Necessariamente devem fazer parte

    do processo criminal. So apenas trs: Juiz, acusador (MP

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    ou querelante) e acusado (ou querelado), bem como odefensor deste.

    Sujeitos acessrios (no essenciais) Nonecessariamente atuaro no processo. Exemplo: Assistente

    de acusao.

    JUIZ

    Conceito- O sujeito processual, na verdade, o Estado-Juiz, que atuano processo atravs de um rgo jurisdicional, que o Juiz criminal.

    Poderes: Poder de polcia administrativa Exercido no curso do

    processo, com a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e adisciplina.

    Poder Jurisdicional Relativo conduo do processo, no quetoca atividade-fim da Jurisdio (instruo, decises

    interlocutrias, prolao da sentena, execuo das decisestomadas, etc.). Dividem-se em: b.1) Poderes-meio(atos cujaprtica atingir uma outra finalidade a prestao da efetivatutela jurisdicional), que se dividem em atos ordinatrios einstrutrios; b.2) Poderes-fins (que so relacionados prestao da efetiva tutela jurisdicional e seu cumprimento),dividindo-se em atos decisrios (dizem o direito, condenando,absolvendo, etc.) e atos executrios (colocam em prtica o quefoi decidido).

    IMPEDIMENTO E SUSPEIO

    Situaes capazes de afetar a imparcialidade do Juiz.

    IMPEDIMENTO E SUSPEIO DO JUIZ

    ESPCIE HIPTESES OBSERVAES

    IMPEDIMENTO#

    Tiver funcionado seu cnjuge ouparente, consanguneo ou afim,em linha reta ou colateral at oterceiro grau, inclusive, comodefensor ou advogado, rgodo Ministrio Pblico,autoridade policial, auxiliarda justia ou perito.

    # O prprio Juiz houverdesempenhado qualquer dessasfunes (anteriores) ou servidocomo testemunha.

    OBS.: Presunoabsoluta deparcialidade. Roltaxativo.

    OBS.: Juiz tem odever de sedeclararimpedido, nopodendo atuar noprocesso. Se no ofizer, qualquer das

    partes poder

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    # O prprio Juiz tiver atuadocomo juiz de outra instncia,pronunciando-se, de fato ou dedireito, sobre a questo.

    # O prprio Juiz ou seu cnjuge ouparente, consanguneo ou afimem linha reta ou colateral at oterceiro grau, inclusive, forparte ou diretamenteinteressado no feito.

    arguir seuimpedimento.

    OBS.:Doutrina vcomo ato

    inexistente.Jurisprudncia vcomo nulidadeabsoluta.

    SUSPEIO # Se for amigo ntimo ouinimigo capital de qualquerdas partes.

    # Se o Juiz, seu cnjuge,ascendente ou descendente,

    estiver respondendo aprocesso por fato anlogo,sobre cujo carter criminosohaja controvrsia.

    # Se o Juiz, seu cnjuge, ouparente, consanguneo, ou afim,at o terceiro grau, inclusive,sustentar demanda ouresponder a processo quetenha de ser julgado porqualquer das partes.

    # Se o Juiz tiver aconselhadoqualquer das partes.# Se o Juiz for credor ou

    devedor, tutor ou curador, dequalquer das partes.

    # Se o Juiz for scio, acionistaou administrador desociedade interessada noprocesso.

    OBS.: Presunorelativa deimparcialidade doJuiz.

    OBS.: Juiz no

    est obrigado a sedeclarar suspeito.

    OBS.:A suspeiono pode serdeclarada, nemreconhecida,quando a partecriar o motivo paraalega-la(propositalmente).

    OBS.:Jurisprudncia vcomo nulidaderelativa(controvrsia naDoutrina).

    ATENO! A suspeio ou o impedimento em decorrncia deparentesco por afinidade (parentesco que no de sangue) cessa coma dissoluo do casamento que fez surgir o parentesco.EXCEES:

    # Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspeio no seextingue em hiptese nenhuma.

    # Havendo ou no filhos da relao, o impedimento ou suspeiopermanece em relao a sogros, genros, cunhados, padrasto eenteado.

    OBS.: Aplicam-se aos serventurios e funcionrios da Justia as

    prescries sobre suspeio dos Juzes.

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    MINISTRIO PBLICO

    Conceito rgo responsvel por desempenhar as funes doEstado-acusador no processo. Pode atuar de duas formas:

    # Como autor da ao (ao penal pblica)# Como fiscal da Lei

    Suspeio e impedimento

    Mesmas hipteses de suspeio e impedimento previstas para osJuzes, no que for cabvel. Alm disso, no podero atuar nos processosem que o juiz ou qualquer das partes for seu cnjuge, ou parente,consanguneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau,inclusive.

    OBS.:O fato de o membro do MP ter atuado na fase investigatria nogera suspeio ou impedimento (verbete n 234 da smula dejurisprudncia do STJ).

    ACUSADO# Aquele que figura no polo passivo da ao penal# A identificao do acusado deve ser feita da forma mais ampla possvel.

    A impossibilidade de identificao do acusado por seu nome civil,contudo, no impede o prosseguimento da ao, quando CERTA a

    identidade fsica.# Deve comparecer a todos os atos do processo para o qual for intimadoe, caso no comparea a algum ato que no possa ser realizado semele, o Juiz poder determinar sua conduo fora Divergnciadoutrinria quanto constitucionalidade desta previso.

    Direitos do acusado:# No produzir prova contra si mesmo# Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade competente# Direito ao contraditrio e ampla defesa# Direito entrevista prvia e reservada com seu defensor

    DEFENSOR DO ACUSADO

    A presena do defensor no processo criminal obrigatria, e decorredo princpio da ampla defesa (defesa tcnica). A defesa deve, ainda,ser eficiente.

    SMULA 523 DO STF

    NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUINULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICINCIA S OANULAR SE HOUVER PROVA DE PREJUZO PARA O RU.

    OBS.:Doutrina entende que o Judicirio pode reconhecer a deficinciada defesa tcnica, ex officio.

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    Acusado no nomeia defensor Juiz nomear umpara atuar emseu favor. Se no for pobre, ser obrigado a pagar os honorrios dodefensor dativo que lhe for nomeado.

    Acusado poder, posteriormente, desconstituir o advogado

    nomeado pelo Juiz e constituir outro, de sua confiana?Sim.Defensor nomeado pode recusar atuao?Somente em caso demotivo relevante.

    Defensor nomeado pode abandonar a causa? Sim, por motivoimperioso, mas deve comunicar previamente ao Juiz.

    Defensor constitudo precisa apresentar procurao?Em regra,sim, salvo quando o acusado o indicar em seu interrogatrio(procurao apud acta).

    Impossibilidade de atuao No podem atuar como defensor do

    acusado os parentes do Juiz (mesmas hipteses do art. 252, I do CPP).

    ASSISTENTE DE ACUSAO

    Conceito Trata-se da figura do ofendido (ou seu representante legal)ou seus sucessores, que podero atuar na ao penal pblica comoassistentes do MP (no sero autores da ao penal).

    Caractersticas:# Deve ocorrer durante o processo Entre o recebimento da

    denncia e o trnsito em julgado

    # Deve o requerente estar assistido por profissional habilitado(advogado ou defensor pblico)# MP deve ser previamente ouvido# Deciso de deferimento ou indeferimento do pedido IRRECORRVEL

    (Cabe MS, caso indeferido o requerimento).

    OBS.:O corru (aquele que tambm acusado) no pode atuar comoassistente da acusao (em relao aos outros rus). Contudo, poderecorrer da sentena que absolve os demais rus.

    Assistente pode:# Propor meios de prova# Requerer perguntas s testemunhas# Aditar os articulados (o libelo foi extinto)# Participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo

    Ministrio Pblico ou por ele prprio# Requerer a priso preventiva do acusado

    Assistente pode, ainda, apelar:# Da sentena de mrito(art. 593) mesmo com a nica finalidade

    de majorar a pena.# Da sentena de impronncia, nos processos do Tribunal do Jri

    # Da sentena que julga extinta a punibilidade

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    AUXILIARES DA JUSTIA

    Os peritos e intrpretes devem ser imparciais, pois no possueminteresse na causa.

    Estende-se aos peritos (e aos intrpretes) as mesmas regras desuspeio dos Juzes.

    Vedaes ao exerccio da funo de perito

    No podem exercer a funo:# Aqueles que estiverem sujeitos interdio de direito# Aqueles que tiverem prestado depoimento no processo ou

    opinado anteriormente sobre o objeto da percia# Os analfabetos e os menores de 21 anos Atualmente, com a

    maioridade civil aos 18 anos, esse dispositivo deve ser adaptado

    nova maioridade civil.Contudo, se a prova trouxer a literalidade dalei, deve ser marcado como correta a idade de 21 anos.

    Observaes:# Nomeao do perito ato privativo do Juiz# As partes no podem intervirna nomeao# Perito no pode recusar a nomeao, salvo se provar motivo

    relevante# Perito que faltar com suas obrigaes pode ser multado# Perito pode ser conduzido foracaso no comparea a algum ato

    para o qual foi intimado

    5. JURISDIO E COMPETNCIA

    JURISDIOConceito - A atuao do Estado consistente na aplicao do Direitovigente a um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujoobjetivo sanar uma crise jurdica e trazer a paz social.

    Finalidades

    # Social Trazer a paz social.# Jurdica - Resolver o imbrglio jurdico que perdura, dizer

    quem tem o direito no caso concreto, segundo o sistemajurdico vigente.

    # Poltica - fortalecer a imagem do Estado como entidadesoberana, que tem o poder de dizer quem est certo e fazervaler essa deciso.

    # Educacional (ou pedaggica) -Transmitir populaoa aplicao prtica do Direito, fazendo com que apopulao se torne cada vez mais consciente daquelas

    condutas que so penalmente tuteladas

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    Caractersticas

    # Inrcia - O Princpio da inrcia da jurisdio significa que oEstado-Juiz s se movimenta, s presta a tutela jurisdicional sefor provocado, se a parte que alega ter o direito lesado ouameaado acion-lo, requerendo que exera seu Poderjurisdicional. Proteo da imparcialidade do Juiz. H excees(Ex.: habeas corpus de ofcio).

    # Substitutividade- A vontade do Estado (vontade da lei) substituia vontade das partes.

    # Definitividade- Em um dado momento, a deciso prestada peloEstado-Juiz ser definitiva, imodificvel. EXCEO: Revisocriminal (se surgir prova nova), pois pode ser ajuizada a qualquertempo, de forma a alterar a sentena condenatria.

    Princpios# Investidura - Para se exercer a Jurisdio, deve-se estar

    investido do Poder jurisdicional. Como esse Poder pertence aoEstado, ele quem delega esse Poder aos seus agentes.

    # Indelegabilidade - Aqueles que foram investidos do Poderjurisdicional no podem deleg-lo a terceiros.

    # Inevitabilidade- Vinculao obrigatria ao processo, e o outro a vinculao obrigatria aos efeitos da jurisdio (ou estado desujeio).

    # Inafastabilidade Duas vertentes: (1) possibilidade que todocidado tem, de levar apreciao do Poder Judicirio umademanda (cumprindo os requisitos e pressupostos legais) e de tera prestao de uma tutela jurisdicional; (2) o processo devegarantir o acesso do cidado ordem jurdica justa.

    # Juiz natural Estabelecimento de regras prvias e abstratas dedefinio da competncia, a fim de se evitar a escolha do Juizda causa. Impossibilidade de criao de Juzos ou Tribunais deexceo.

    # Territorialidade Toda jurisdio possui um limite territorial, nocaso, o territrio brasileiro. TODO JUIZ tem jurisdio no territrionacional. Entretanto, por questo de organizao funcional, acompetncia de cada um delimitada de vrias formas.

    Espcies

    # Jurisdio superior e inferior A inferior exercida pelorgo que atua no processo desde o incio. J a superiorexercida em grau recursal.

    # Jurisdio comum e especial A jurisdio especial, noprocesso penal, formada pelas 02 Justias especiais:Justia Eleitoral (art. 118 a 121 da CF/88) e Militar(122 a 125).

    J a jurisdio comum exercida residualmente. Tudo queno for jurisdio especial ser jurisdio comum, que se divide

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    em estadual e federal. OBS: A Justia do trabalho nopossui competncia criminal.

    COMPETNCIACONCEITO Conjunto de regras que estabelecem, previamente, oslimites em que cada Juiz pode exercer, de maneira vlida, o seu PoderJurisdicional.2

    COMPETNCIA EM RAZO DA MATRIA

    Esta espcie leva em considerao a natureza do fato criminoso paradefinir qual a Justia competente (Justia Eleitoral, Comum, Militar,etc.).

    Assim:

    COMPETNCIA EM RAZO DA MATRIAJUSTIA COMUM JUSTIA ESPECIAL

    FEDERAL ESTADUAL ELEITORAL MILITAR

    OBS.: Justia do Trabalho no possui competncia criminal.

    OBS.:Eventual existncia de foro por prerrogativa de funo pode, adepender do caso, afastar estas regras (Ex.: Juiz Estadual comete

    crime federal ser julgado pela Justia Estadual, pelo TJ).OBS.:Competncia do tribunal do Jri crimes dolosos contra avida.

    Competncia criminal da Justia Federal Vrias hipteses

    # Crimes que afetam bens, servios ou interesses daUnio, suas autarquias e empresas pblicas No

    *

    NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execuo penal. 12.edio. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 205

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    abrange as sociedades de economia mista.Ressalva-se a competncia da justia eleitoral e justia militar.

    # Crimes previstos em tratado ou convenointernacional, quando, iniciada a execuo no Pas, o

    resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, oureciprocamente.# Crimes em que haja grave violao de direitos

    humanos S se o PGR suscitar ao STJ odeslocamento de competncia.

    # Crimes contra a organizao do trabalhoe, nos casosdeterminados por lei, contra o sistema financeiro e aordem econmico-financeira.

    # HABEAS CORPUS e MANDADO DE SEGURANA em matriacriminal de sua competncia ou quando o constrangimento

    provier de autoridade cujos atos no estejam diretamentesujeitos a outra jurisdio.# Crimes polticos# Crimes relacionados disputa sobre direitos indgenas# Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves

    Ressalva-se apenas a competncia da Justia Militar.# Crimes de ingresso ou permanncia irregular de

    estrangeiro# Execuo de carta rogatria (aps o "exequatur" pelo STJ)# Execuo de sentena estrangeira (aps a homologao

    pelo STJ)

    OBS.:Justia Federal no tem competncia para julgar contravenespenais!

    COMPETNCIA EM RAZO DA PESSOA

    Em regra, os processos criminais so julgados pelos rgosjurisdicionais mais baixos, inferiores, quais sejam, os Juzes deprimeiro grau. No entanto, pode ocorrer de, em determinados casos,considerando a presena de determinadas autoridades no polo passivo(acusados), que essa competncia pertena originariamente aosTribunais. Essa a chamada prerrogativa de funo (vulgarmente

    conhecida como foro privilegiado).PRINCIPAIS HIPTESES DE FORO PRIVILEGIADO

    PRESIDENTE DAREPBLICA E VICE-PRESIDENTE

    Crime comum STF

    Crime de responsabilidade - SENADO

    MEMBROS DOCONGRESSO(DEPUTADOS E

    SENADORES)

    Crime comum STF

    Crime de responsabilidade No hpreviso

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    MEMBROS DOSTRIBUNAIS SUPERIORESE DO TCU

    Crimes comuns e de responsabilidade -STF

    GOVERNADORES Crime comum STJCrime de responsabilidade PoderLegislativo Estadual (ou distrital)

    DESEBARGADORES DOS:

    TJs, TRFs, TREs e TRTs

    Crimes comuns e de responsabilidade -STJ

    Membros do (s):

    TCEs

    TCMs

    MPU que oficiem peranteTribunais

    Crimes comuns e de responsabilidade -STJ

    PREFEEITOS Crime comum TJ

    Crime comum federal TRF

    Crime eleitoral TRE

    Crime de responsabilidade prprio Cmara de vereadores.

    JUZES FEDERAIS

    JUZES DO TRABALHOJUZES DA JUSTIAMILITAR FEDERALIZADA

    Crimes comuns e

    deresponsabilidade TRF de suarea dejurisdio.

    EXCEO: Crimes

    eleitorais. Neste casocabe ao TRE da reade jurisdio daautoridade.

    Membros do MPU Crimes comuns ederesponsabilidade TRF de sua

    rea dejurisdio.

    EXCEO: Crimeseleitorais. Neste casocabe ao TRE da reade jurisdio da

    autoridade.

    Juzes estaduais e do DF

    Membros do MP estaduale do DF

    Crimes comuns ederesponsabilidade TJde sua reade jurisdio.

    EXCEO: Crimeseleitorais. Neste casocabe ao TRE da reade jurisdio daautoridade.

    Posse no cargo com processo j em curso - A competncia,

    nesse caso, se desloca para o rgo jurisdicional competente em

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    razo do foro por prerrogativa de funo, ainda que o processo jesteja em fase recursal (STF).

    OBS.: Se j foi iniciado o julgamento da apelao, eventualsupervenincia do foro por prerrogativa de funo no desloca a

    competncia.

    Perda do cargo (reflexos processuais):

    " REGRA- A competncia tambm se desloca.

    " Exceo Se o julgamento j se iniciou, o Tribunal continuacompetente.

    " Exceo MASTER Se, embora no tendo se iniciado ojulgamento (mas aps a instruo processual), o acusadoRENUNCIA ao cargo para fugir do julgamento pelo Tribunal, o

    Tribunal continua competente (evitar fraude processual).

    Conflito entre competncia de foro por prerrogativa de funoe competncia do Tribunal do Jri

    # Prerrogativa de funo prevista na CF/88 xCompetncia do Jri Prevalece a competncia de foropor prerrogativa de funo

    # Prerrogativa de funo NO prevista na CF/88 xCompetncia do Jri Prevalece a competncia do

    Tribunal do Jri (smula vinculante n 45).OBS.: Caso dos deputados estaduais: pelo princpio da simetria,entende-se que a competncia de foro destas autoridades est previstana CF/88.

    COMPETNCIA TERRITORIAL

    REGRA Teoria do resultado (competente o foro do lugar em que seconsumar a infrao). No caso de tentativa, o foro do lugar em foipraticado o ltimo ato de execuo.

    Principais regramentos:COMPETNCIA TERRITORIAL

    Crimes plurilocais comuns Teoria do resultado

    Crimes plurilocais dolosos contra a vida Teoria da atividade

    Juizados Especiais Teoria da atividade

    Crimes falimentares Local onde foi decretada afalncia

    Atos infracionais Teoria da atividade

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    " Crime praticado no exterior e consumado no exterior - Nacapital do estado em que o ru (acusado), no Brasil, tenha fixadoseu ltimo domiclio, ou, caso nunca tenha sido domiciliado noBrasil, na capital federal.

    " Crime praticado a bordo de aeronaves ou embarcaes,

    mas, por determinao da Lei Penal, estejam sujeitos LeiBrasileira - No local em que primeiro aportar ou pousar aembarcao ou aeronave, ou, ainda, no ltimo local em quetenha aportado ou pousado.

    Fixao da competncia territorial com base no domiclio do ru

    No sendo conhecido o lugar da infrao Ser regulada pelolugar do domiclio ou residncia do ru.

    Se o ru tiver mais de uma residncia Preveno.Se o ru no tiver residncia ou for ignorado seu paradeiro-juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.

    Se for hiptese de crime de ao exclusivamente privadaPoder o querelante escolher ajuizar a queixa no lugar do domiclioou residncia do ru, ainda que conhecido o lugar da infrao.

    Conexo

    # Intersubjetiva por simultaneidade ocasional pessoas

    diversas cometem infraes diversas no mesmo local, na mesmapoca, mas desde que no estejam ligadas por nenhum vnculosubjetivo.

    # Intersubjetiva por concurso Na hiptese de concurso depessoas.

    # Intersubjetiva por reciprocidade Infraes praticadas nomesmo tempo e no mesmo lugar, mas os agentes praticaram asinfraes uns contra os outros.

    # Conexo objetiva teleolgica Uma infrao deve ter sido

    praticada para facilitar a outra.

    # Conexo objetiva consequencial Nesta hiptese umainfrao cometida para ocultar a outra, ou, ainda para garantira impunidade do infrator ou garantir a vantagem da outrainfrao.

    # Conexo instrumental A prova da ocorrncia de uma infraoe de sua autoria influencie na caracterizao da outra infrao.

    Continncia

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    # Continncia por cumulao subjetiva o caso no qual duasou mais pessoas so acusadas pela mesma infrao (concursode pessoas).

    # Continncia por concurso formal Mediante uma s conduta

    o agente pratica dois ou mais crimes.

    Regras aplicveis nos casos de determinao da competnciapela conexo ou continncia

    Um crime de competncia do Tribunal do Jri e outro crime,de competncia do Juzo comum Competncia do Jri paraambos.Crimes de competncia de Juzos de mesma categoria -Primeiro se utiliza o critrio de fixao da competncia territorialcom base na local em que ocorreu o crime que possuir pena maisgrave.Se as penas forem idnticas, utiliza-se o critrio do lugaronde ocorreu o maior nmero de infraes penais. Caso aspenas sejam idnticas e tenha sido cometido o mesmo nmero deinfraes penais, ou, ainda, em qualquer outro caso, aplica-se afixao da competncia pela preveno.Crimes de competncia de Juzos de graus diferentes - Acompetncia ser fixada no rgo de Jurisdio superior (Ex.: UmTribunal Superior e um Juiz singular).Um crime de competncia da Justia Comum e outro daJustia Especial Competncia ser fixada na Justia Especial

    (Ex.: crime eleitoral conexo com crime comum).OBS.: NO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLADEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAO PORCONTINNCIA OU CONEXO DO PROCESSO DO CO-RU AO FORO PORPRERROGATIVA DE FUNO DE UM DOS DENUNCIADOS. SMULA704 do STF

    Separao dos processos nos casos de conexo ou continncia

    A reunio dos processos, nestes casos, a regra. Contudo, existem

    excees, hipteses nas quais haver o desmembramento dosprocessos:

    # Concurso entre a Jurisdio comum e militar

    # Concurso entre crime e infrao de competncia do Juizadoda Infncia e da Juventude

    # Insanidade mental de um dos corrus Os processos devemser separados, pois o processo, em relao ao correu declaradomentalmente insano, ser suspenso. S se aplica no caso deinsanidade posterior ao fato criminoso.

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    # Impossibilidade de formao do conselho de sentena noTribunal do Jri Se houver, no Tribunal do Jri, dois ou maisrus, e sendo diferentes os advogados, as recusas aos Jurados(Direito de recusar algum jurado) impossibilitarem a formao do

    conselho de sentena, o processo dever ser desmembrado.# Separao facultativa quando os fatos criminosos tenham sido

    praticados em circunstncias de tempo e lugar diferentes, ou oJuiz entender que a reunio de processos pode serprejudicial ao Julgamento da causa ou puder implicar emretardamento do processo

    # Crime doloso contra a vida praticado em concurso deagentes quando um dos acusados possui foro porprerrogativa de funo fixado na CF/88 A competncia dojri para julgar o corru que NO tem foro privilegiado no pode

    ser afastada por regras infraconstitucionais (de conexo econtinncia).

    COMPETNCIA CRIMINAL DO STF

    Originria

    Nas infraes penais comuns, o Presidente da Repblica, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus prpriosMinistros e o Procurador-Geral da Repblica.

    Nas infraes penais comuns e nos crimes deresponsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes daMarinha, do Exrcito e da Aeronutica, ressalvado o disposto no art.52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal deContas da Unio e os chefes de misso diplomtica de carterpermanente.

    A reviso criminalde seus prprios julgados.

    A execuo de sentena nas causas de sua competnciaoriginria, facultada a delegao de atribuies para a prtica deatos processuais.

    Originria em HCHABEAS CORPUS NO STF - ORIGINRIA

    PACIENTE COATOR COATOR OU PACIENTE

    #Presidente#Vice-presidente#Membros do Congresso#Ministros do TCU#Ministros dos Tribunais

    Superiores

    #Ministros de Estado#PGR

    TribunalSuperior

    #Autoridade ou funcionriocujos atos estejamsujeitos diretamente

    jurisdio do SupremoTribunal Federal

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    #Comandantes das ForasArmadas

    #Chefes de Missodiplomtica de carterpermanente

    #Crime sujeito mesmajurisdio em uma nicainstncia

    Recursal

    # Crime poltico# Habeas Corpus, quando o decidido em NICA INSTNCIA

    pelos TRIBUNAIS SUPERIORES

    COMPETNCIA CRIMINAL DO STJ

    Originria

    # Crimes comuns- Praticados por Governadores de estados ou do

    DF# Crimes comuns e de responsabilidade - Praticados por (1)

    Desembargadores dos TJs, TRFs, TRTs e TREs; (2) Membros dosTribunais de Contas dos Estados e dos Tribunais e Conselhos deContas dos Municpios; (3) Membros do MPU que oficiem peranteTribunais.

    # Reviso Criminal dos seus prprios julgados Se o STJproferir condenao definitiva em processo de sua competnciaoriginria (Ex.: crime comum praticado por Governador), eventual

    reviso criminal (caso surja prova nova) dever ser ajuizadaperante o prprio STJ.

    Originria em Habeas Corpus

    HABEAS CORPUS NO STJ - ORIGINRIA

    COATOR COATOR OU PACIENTE

    # Tribunal sujeito jurisdio doSTJ (TJ e TRFs)

    # Ministro de Estado ou

    Comandante das Foras ArmadasOBS.:Ressalvada a competnciada Justia Eleitoral

    # Qualquer das autoridades que oSTJ julga originariamente:

    # Nos crimes comuns (Ex.:Governador)# Nos crimes comuns e nos de

    responsabilidade (Ex.:Desembargador de TJ)

    Competncia criminal recursal do STJ - Recurso Ordinrio emHabeas Corpus - Deciso for proferida em NICA OU LTIMAINSTNCIA por Tribunal de Justia ou TRF (quando for denegatria adeciso).

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    COMPETNCIA CRIMINAL DOS TRFs

    Originria

    # Crimes comuns e de responsabilidade (1) Juzes federais,Juzes do Trabalho e da Justia Militar Federalizada (2) e membrosdo Ministrio Pblico da Unio. OBS.:ressalvada a competnciada Justia Eleitoral.

    # Reviso Criminal O TRF ser competente para apreciar asrevises criminais interpostas contra os seus prprios julgados econtra os julgados dos Juzes Federais que a ele estiveremvinculados.

    # Habeas Corpus- quando a autoridade coatora for JUIZ FEDERALa ele vinculado ou TURMA RECURSAL a ele vinculada.

    Recursal

    Julgamento dos recursos interpostos contra as decises proferidas porJuzes Federais de primeira instncia.

    COMPETNCIA CRIMINAL DOS JUIZADOS ESPECIAISCRIMINAIS FEDERAIS

    Infraes de menor potencial ofensivo Crimes FEDERAIS cujapena mxima no seja superior a dois anos. OBS.: Ascontravenes penais so infraes penais de menor potencialofensivo, mas a Justia Federal no tem competncia para julgarcontravenes penais.

    6.

    TEORIA GERAL DA PROVA

    Conceito de prova - Elemento produzido pelas partes ou mesmo peloJuiz, visando formao do convencimento deste (Juiz) acerca dedeterminado fato.

    Objeto de prova- O fato que precisa ser provado para que a causaseja decidida, pois sobre ele existe incerteza. Em regra, s os fatos soobjeto de prova (Exceo: direito municipal, estadual ou estrangeiro,pois a parte que alega deve provar-lhes o teor e a vigncia).

    Fatos que independem de prova:

    Fatos evidentes Fatos notrios Presunes legais Fatos inteis

    Classificao das provas

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    # Provas diretas Aquelas que provam o prprio fato, demaneira direta.

    # Provas indiretas Aquelas que no provam diretamente o fato,mas por uma deduo lgica, acabam por prov-lo.

    # Provas plenas Aquelas que trazem a possibilidade de um juzode certeza quanto ao fato que buscam provar, possibilitando ao

    Juiz fundamentar sua deciso de mrito em apenas uma delas,se for o caso.

    # Provas no-plenas Apenas ajudam a reforar a convico doJuiz, contribuindo na formao de sua certeza, mas no possuemo poder de formar a convico do Juiz, que no podefundamentar sua deciso de mrito apenas numa prova no-plena.

    # Provas reais Aquelas que se baseiam em algum objeto, e no

    derivam de uma pessoa.# Provas pessoais So aquelas que derivam de uma pessoa.# Prova tpica Seu procedimento est previsto na Lei.# Prova atpica Duas correntes: a.1) somente aquela que no

    est prevista na Legislao (este conceito se confunde com o deprova inominada); a.2) tanto aquela que est prevista na Lei,mas seu procedimento no, quanto aquela em que nem ela nemseu procedimento esto previstos na Legislao.

    # Prova anmala a prova tpica, s que utilizada para fimdiverso daquele para o qual foi originalmente prevista.

    # Prova irritual aquela em que h procedimento previsto naLei, s que este procedimento no respeitado quando dacolheita da prova.

    # Prova fora da terra aquela realizada perante juzodistinto daquele perante o qual tramita o processo.

    # Prova crtica utilizada como sinnimo de prova pericial.

    OBS.: PROVA EMPRESTADA- aquela que, tendo sido produzidaem outro processo, vem a ser apresentada no processo corrente, deforma a tambm neste produzir os seus efeitos. A Doutrina e aJurisprudncia, entretanto, exigem que a prova emprestada tenha sidoproduzida em processo que envolveu as mesmas partes (identidadede partes) e tenha sido submetida ao contraditrio.

    Sistema adotado quanto apreciao da prova

    REGRA- Sistema do livre convencimento motivado da prova (ou livreconvencimento regrado, ou livre convencimento baseado em provasou persuaso racional). O Juiz deve valorar a prova produzida damaneira que entender mais conveniente, de acordo com sua anlisedos fatos comprovados nos autos.

    EXCEO Adota-se, excepcionalmente:

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    # Prova tarifada Adotada em alguns casos (ex.: necessidadede que a prova da morte do acusado, para fins de extino dapunibilidade se d por meio da certido de bito).

    # ntima convico Adotada no caso dos julgamentos pelo

    Tribunal do Jri.

    Princpios que regem a produo probatria

    # Princpio do contraditrio Todas as provas produzidas poruma das partes podem ser contraditadas (contraprova) pelaoutra parte;

    # Princpio da comunho da prova (ou da aquisio daprova) A prova produzida por uma das partes oudeterminada pelo Juiz, mas uma vez integrada aos autos, deixade pertencer quele que a produziu, passando a ser parteintegrante do processo, podendo ser utilizada em benefcio dequalquer das partes.

    # Princpio da oralidade Sempre que for possvel, as provasdevem ser produzidas oralmente na presena do Juiz.Subprincpio da concentrao Sempre que possvel as provasdevem ser concentradas na audincia.Subprincpio da publicidade Os atos processuais no devem serpraticados de maneira secreta, sendo vedado ao Juiz apresentarobstculos publicidade dos atos processuais.Subprincpio da imediao o Juiz, sempre que possvel, deve

    ter contato fsico com a prova, no ato de sua produo, a fim deque melhor possa formar sua convico.

    # Princpio da autorresponsabilidade das partes As partesrespondem pelo nus da produo da prova acerca do fato quetenham de provar.

    # Princpio da no auto-incriminao (ou Nemo tenetur sedetegere) Por este princpio entende-se a no obrigatoriedadeque a parte tem de produzir prova contra si mesma.

    Etapas da produo da prova# Proposio A produo da prova requerida ao Juiz, podendo

    ocorrer em momento ordinrio ou extraordinrio.# Admisso o ato mediante o qual o Juiz defere ou no a

    produo de uma prova.# Produo o momento em que a prova trazida para dentro

    do processo.# Valorao o momento no qual o Juiz aprecia cada prova

    produzida e lhe atribui o valor que julgar pertinente.

    nus da prova

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    Encargo conferido a uma das partes referente produo probatriarelativa ao fato por ela alegado.

    Produo probatria pelo Juiz

    possvel:

    Na produo antecipada de provas Provas consideradas urgentese relevantes, observando-se a necessidade, adequao eproporcionalidade da medida ( constitucional STF e STJ). OBS.:necessrio que exista um procedimento investigatrio em andamento(IP em curso, por exemplo), e algum requerimento posto suaapreciao (ainda que no seja o requerimento de prova).

    Na produo de provas aps iniciada a fase de instruo do

    processo Para dirimir dvida sobre ponto relevante (busca daverdade real). No se exige a cautelaridade da medida.

    Provas ilegais

    Provas ilcitas- So consideradas provas ilcitas aquelas produzidasmediante violao de normas de direito material (normasconstitucionais ou legais). Ex.:Prova obtida mediante tortura.

    Provas ilcitas por derivao - So aquelas provas que, emborasejam lcitas em sua essncia, derivam de uma prova ilcita, da o nome

    provas ilcitas por derivao. Ex.:Prova obtida mediante depoimentovlido. Contudo, s se descobriu a testemunha em razo de umainterceptao telefnica ilegal. Poder ser utilizadano processo seficar comprovado que:

    # No havia nexo de causalidade entre a prova ilcita e a provaderivada

    # Embora havendo nexo de causalidade, a derivada poderia tersido obtida por fonte independente ou seria, inevitavelmente,descoberta pela autoridade.

    Provas ilegtimas- So provas obtidas mediante violao a normasde carter eminentemente processual, sem que haja nenhum reflexode violao a normas constitucionais.

    Consequncias processuais do reconhecimento da ilegalidadeda prova

    Provas ilcitas - Declarada sua ilicitude, elas devero serdesentranhadas do processo e, aps estar preclusa a deciso quedeterminou o desentranhamento, sero inutilizadas pelo Juiz.

    OBS.:H forte entendimento no sentido de que a prova, ainda queseja ilcita, dever ser utilizada no processo, desde que seja a nica

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    prova capaz de conduzir absolvio do ru ou comprovar fatoimportante para sua defesa, em razo do princpio daproporcionalidade.

    Prova obtida mediante excludente de ilicitude? Prova vlida

    (Doutrina, STF e STJ).Recurso cabvel contra a deciso referente ilicitude da prova?

    # Deciso que RECONHECE A ILICITUDE da prova CabeRESE, nos termos do art. 581, XIII do CPP.

    # Deciso que RECONHECE A ILICITUDE da prova apenas nasentena Cabe APELAO.

    # Deciso que NO RECONHECE a ilicitude da prova Nocabe recurso (seria possvel o manejo de HC ou MS).

    Consequncias processuais do reconhecimento da ilegitimidadeda prova

    # Prova decorrente de violao norma processual decarter absoluto (nulidade absoluta) - jamais poder serutilizada no processo, pois as nulidades absolutas, so questesde ordem pblica e so insanveis (STF e STJ esto relativizandoisso, ao fundamento de que no pode ser declarada qualquernulidade sem comprovao da ocorrncia de prejuzo).

    # Prova decorrente de violao norma processual decarter relativo (nulidade relativa) - poder ser utilizada,

    desde que no haja impugnao sua ilegalidade ou tenha sidosanada a irregularidade em tempo oportuno.

    7.

    PROVAS EM ESPCIE

    PROVAS EM ESPCIEEXAME DE CORPO DE DELITO E PERCIAS EM GERAL

    Conceito- O exame de corpo de delito a percia cuja finalidade comprovar a materialidade (existncia) das infraes que deixamvestgios.

    Espcies:

    # Direto - Quando realizado pelo perito diretamente sobre ovestgio deixado.

    # Indireto - Quando o perito realizar o exame com base eminformaes verossmeis fornecidas a ele.

    Momento- Pode ocorrer tanto na fase investigatria quanto na fasede instruo do processo criminal.

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    Obrigatoriedade - O exame de corpo de delito , em regra,obrigatrio nos crimes que deixam vestgios. Caso tenhamdesaparecido os vestgios, a prova testemunhal pode suprir a falta(para a jurisprudncia, qualquer prova pode!).

    OBS.:O exame de corpo de delito est dispensado no casodeinfraes de menor potencial ofensivo, desde que a inicialacusatria esteja acompanhada de boletim mdico, ou provaequivalente, atestando o fato.

    Formalidades:

    # Deve ser realizado por 01 perito oficial - No sendo possvel,por 02 peritos no oficiais. Se a percia for complexa, que abranjamais de uma rea de conhecimento, poder o Juiz designar MAISde um perito oficial (nesse caso, a parte tambm poder indicarmais de um assistente tcnico).

    # Indicao de assistente de tcnico e formulao de

    quesitos - As partes, o ofendido e o assistente de acusaopodem formular quesitos, indicar assistentes tcnicos e requereresclarecimentos aos peritos (restrito fase judicial jurisprudncia).

    # Divergncia entre os peritos- Cada um elaborar seu laudoseparadamente, e a autoridade dever nomear um terceiroperito. Caso o terceiro perito discorde de ambos, a autoridadepoder mandar proceder realizao de um novo exame pericial.

    O Juiz pode discordar do laudo? Sim. A isso se d o nome desistema liberatrio de apreciao da prova pericial.

    INTERROGATRIO DO RU

    Conceito- O ato mediante o qual o Juiz procede oitiva do acusadoacerca do fato que lhe imputado. Modernamente, considerado comoUM DIREITO SUBJETIVO DO ACUSADO, pois se entende que fazparte do seu direito defesa pessoal.

    Natureza- Atualmente, se entende que o interrogatrio meio deprova e meio de defesa do ru.

    Momento- Existe variao quanto ao momento em que ocorrer, adepender do procedimento que seja adotado:

    # Procedimento comum ordinrio e sumrio, rito da Lei9.099/95 e procedimento relativo aos crimes decompetncia do Tribunal do Jri Ser realizado aps aproduo da prova oral na audincia.

    # Procedimento previsto para os crimes da Lei de Drogas eabuso de autoridade Ser realizado antes da instruo

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    criminal (Trata-se de previso que no inconstitucional,segundo STJ).

    Caractersticas

    1)Obrigatoriedade Basta a intimao do ru. Se ele no quisercomparecer, no est obrigado. Parte da Doutrina sustenta que eleestaria obrigado a comparecer para, pelo menos, responder sperguntas sobre sua qualificao.

    2) Ato personalssimo do ru - Somente o ru pode prestar seudepoimento, no podendo ser tomado seu interrogatrio medianteprocurao.

    3) Oralidade - Em regra, o interrogatrio deve se dar medianteformulao de perguntas e apresentao de respostais orais. Noentanto, isso sofre mitigao no caso de surdos, mudos, surdos-mudos

    e estrangeiros.4) Publicidade - Emdeterminados casos, pode o Juiz determinara limitao da publicidade do ato.

    5) Individualidade - Se existirem dois ou mais rus, o CPP determinaque cada um seja ouvido individualmente (art. 191 do CPP), nopodendo, inclusive, que um presencie o interrogatrio do outro.

    6) Faculdade de formulao de perguntas pela acusao e peladefesa - O Juiz deve permitir que, aps a realizao de suasperguntas, cada parte (primeiro a acusao, depois a defesa),formulem perguntas ao interrogando, caso queiram. Permanece osistema presidencialista: as perguntas so formuladas ao Juiz, queas direciona ao interrogando, podendo, inclusive, indeferir asperguntas que forem irrelevantes ou impertinentes, ou, ainda, aquelasque j tenham eventualmente sido respondidas. OBS.: No julgamentodos processos do Jri, as perguntas sero realizadas diretamente pelaacusao e pela defesa ao interrogando (art. 474, 1 do CPP). J asperguntas feitas eventualmente pelos jurados seguem o sistemapresidencialista (art. 474, 2 do CPP).

    ProcedimentoPresena do defensor - O interrogatrio do ru ser realizadoobrigatoriamente na presena de seu advogado, sendo-lhe asseguradoo direito de entrevista prvia e reservada com este.

    Direito ao silncio- No interrogatrio o ru ter direito, ainda, a ficarem silncio (no se aplica etapa de qualificao do acusado). Osilncio no importa confisso e no pode ser interpretado emprejuzo da defesa. Essa garantia deve ser informada ao acusadoantes do seu interrogatrio. A ausncia dessa advertncia geranulidade RELATIVA (STJ).

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    Etapas - Possui duas fases. Na primeira o ru responde sperguntas sobre sua pessoa(art. 187, 1 do CPP). Na segundaparte, responde s perguntas acerca do fato(art. 187, 2 do CPP).Antes disso, porm, existe a etapa de QUALIFICAO do acusado.

    Segundo interrogatrio? possvel, a qualquer tempo, de ofcioou a requerimento das partes, no importando se se trata do mesmoJuiz que anteriormente interrogou o ru.

    Interrogatrio por meio de Videoconferncia

    Cabimento - Essa possibilidade s existe no caso de se tratar de rupresoe somente poder ser realizada EXCEPCIONALMENTE.

    Procedimento - A realizao de interrogatrio por videoconfernciadeve assegurar, no que for compatvel, todas as garantias do

    interrogatrio presencial, s podendo ser realizada quando o Juiz nopuder comparecer ao local onde o preso se encontra, e para atenders seguintes finalidades:

    # Prevenir risco segurana pblica, quando exista fundadasuspeita de que o preso integre organizao criminosa ou de que,por outra razo, possa fugir durante o deslocamento

    # Viabilizar a participao do ru no referido ato processual,quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento emjuzo, por enfermidade ou outra circunstncia pessoal

    # Impedir a influncia do ru no nimo de testemunha ou da

    vtima, desde que no seja possvel colher o depoimento destaspor videoconferncia

    # Responder gravssima questo de ordem pblica

    Presena do defensor - No interrogatrio por videoconferncia, paraque seja assegurado o direito do acusado de ter o advogado presente,deve haver um advogado junto ao preso e outro junto ao Juiz.

    CONFISSO

    Conceito - Meio de prova atravs do qual o acusado reconhece aprtica do fato que lhe imputado.

    Requisitos:

    Requisitos intrnsecos:

    # Verossimilhana das alegaes do ru aos fatos,# A clareza do ru na exposio dos motivos,# Coincidncia com o que apontam os demais meios de prova

    Requisitos extrnsecos (ou formais):

    # Pessoalidade - No se pode ser feita por procurador

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    # Carter expresso- No se admite confisso tcita no ProcessoPenal, devendo ser manifestada e reduzida a termo

    # Oferecimento perante o Juiz COMPETENTE# Espontaneidade - No pode ser realizada sob coao

    # Capacidade do acusado para confessar- Deve estar no plenogozo das faculdades mentais

    OBS.:No possui valor absoluto, devendo ser valorada pelo Juiz damaneira que reputar pertinente.

    Retratao e divisibilidade - A confisso retratvel e divisvel:

    # Retratvel- Porque o ru pode, a qualquer momento, voltaratrs e retirar a confisso.

    # Divisvel- Porque o Juiz pode considerar vlida a confisso emrelao a apenas algumas de suas partes, e falsa em relao aoutras.

    OBS.:O STF entende que se o ru se retrata em Juzo da confissofeita em sede policial, no ser aplicada a atenuante genrica daconfisso, salvo se, mesmo diante da retratao, a confisso emsede policial foi levada em considerao para a sua condenao.

    OBS.: A confisso qualificada tambm gera aplicao da atenuantegenrica.

    OITIVA DO OFENDIDO

    Conceito- Permite ao magistrado ter contato efetivo com a pessoaque mais sofreu as consequncias do delito, de forma a possibilitar omais preciso alcance de sua extenso.

    Natureza O ofendido NO TESTEMUNHA, pois testemunha umterceiro que no participa do fato. O ofendido participa do fato, naqualidade de sujeito passivo.

    OBS.: Pode ser conduzido coercitivamente para prestar suasdeclaraes.

    OBS.: Caso preste depoimento falso, NO responde por falsotestemunho, pois no testemunha (STJ - AgRg no REsp 1125145/RJ)

    A vtima tem direito ao silncio? Prevalece que sim, mas controvertido.

    PROVA TESTEMUNHAL

    Espcies

    Testemunha referida aquela que, embora no tenha sidoarrolada por nenhuma das partes, foi citada por outra testemunhaem seu depoimento.

    Testemunha judicial aquela que inquirida pelo Juiz sem tersido arrolada por qualquer das partes.

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    Testemunha prpria aquela que presta depoimento sobre ofato objeto da ao penal, podendo ser direta (quando presenciouo fato) ou indireta (quando apenas ouviu dizer sobre os fatos).

    Testemunha imprpria (ou instrumental) aquela que no

    depe sobre o fato objeto da ao penal, mas sobre outros fatosque nela possuem influncia.

    Testemunha compromissada aquela que est sobcompromisso, nos termos do art. 203 do CPP.

    Testemunha no compromissada (ou informante) Previstano art. 208 do CPP, aquela que est dispensada do compromissode dizer a verdade, em razo da presuno de que suas declaraesso suspeitas.

    Nmero mximo de testemunhas# Regra geral (do procedimento comum ordinrio) 08

    testemunhas# Rito sumrio 05 testemunhas

    O nmero de testemunhas ser definido para cada fato. Almdisso, esse o nmero para cada ru.

    Quem pode ser testemunha?

    Regra Qualquer pessoaOs menores de 14 anos, por exemplo, no so apenasinformantes? Como podem ser testemunhas? A Doutrinadiferencia testemunhas e informantes, de acordo com o fato deestarem ou no compromissadas. No entanto, o CPP trata ambos comotestemunhas, chamando as primeiras de testemunhascompromissadas, e as segundas testemunhas no compromissadas.

    A testemunha no compromissada pode faltar com a verdade?Mesmo a testemunha no compromissada no pode faltar com

    a verdade, sob pena de falso testemunho (STJ - HC 192659/ES).

    Pessoas dispensadas de prestar compromisso

    # Doentes e deficientes mentais# Menores de 14 anos# Ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cnjuge,

    ainda que desquitado, o irmo e o pai, a me, ou o filho adotivodo acusado

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    Contradita - A contradita uma impugnao testemunha. Acontradita, portanto, pode ocorrer em duas hipteses:

    Pessoas que no devam prestar compromisso Arroladapor qualquer das partes, qualquer uma delas pode contraditar a

    testemunha, sendo a consequncia a tomada do seu depoimentosem compromisso legal (so as pessoas do art. 208 do CPP).

    Pessoas que NO PODEM DEPOR So aquelas que nopodem depor em razo de terem tomado cincia do fato emrazo do ofcio ou profisso (salvo se desobrigadas pela parteinteressada). Contraditadas, devem ser EXCLUDAS, nopodendo ser tomado seu depoimento.

    Arguio de defeito - A arguio de defeito a indicao de

    suspeio (parcialidade) de uma testemunha. Juiz obrigado aexcluir a testemunha?NO!Apenas ficar atento para no dar valordemais ao depoimento desta testemunha suspeita.

    Caractersticas da prova testemunhal

    1) Oralidade A prova testemunhal , em regra, oral. Entretanto, possvel testemunha a consulta a breves apontamentos escritos (art.204 do CPP). Algumas pessoas, no entanto, podem optar por oferecerdepoimento oral ou escrito (Presidente, Vice-Presidente, etc.). OBS.:Os mudos, surdos e surdos-mudos podem depor de formaescrita.2) Objetividade A testemunha deve depor objetivamente sobre ofato, no lhe sendo permitido tecer consideraes pessoais sobre osfatos.

    3) Individualidade(incomunicabilidade) As testemunhas seroouvidas individualmente, no podendo uma ouvir o depoimentoda outra.

    4) Obrigatoriedade de comparecimento A testemunha,devidamente intimada, deve comparecer, sob pena de poder ser

    conduzida fora. EXCEES: Pessoas que no estejam em condies fsicas de se dirigir

    at o Juzo

    Pessoas que, por prerrogativa de FUNO, podem optar porserem ouvidas em outros locais Esto previstas no art. 221do CPP.

    5) Obrigatoriedade da PRESTAO DO DEPOIMENTO Alm decomparecer, deve a testemunha efetivamente responder s perguntas,depondo sobre os fatos que tenha conhecimento. No h, portanto,

    direito ao silncio.

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    Falso testemunho

    E se o Juiz verificar que uma das testemunhas praticou falsotestemunho?Dever encaminhar cpia do depoimento ao MP ou autoridade policial.

    Ru x testemunha

    O Juiz pode determinar que o ru seja retirado da sala onde atestemunha ir depor, se verificar que a sua presena podeconstranger a testemunha, sempre fundamentando sua deciso.OBS.:O ru pode at ser retirado da sala onde testemunha prestadepoimento, mas O ATO NUNCA PODER SER REALIZADO SEM APRESENA DO SEU DEFENSOR.

    Procedimento

    # Primeiro as testemunhas de acusao, facultando s partes(primeiro a acusao e depois a defesa) formular perguntas.

    # Aps, ouvir as testemunhas de defesa, adotando igualprocedimento.

    E se no for respeitada esta ordem?NULIDADE RELATIVA.

    Embora esta ordem seja a regra, existem excees:

    # Testemunhas ouvidas mediante carta precatria ourogatria

    # Testemunhas que estejam doentes, ou precisem seausentar, e haja necessidade de serem ouvidas desdelogo, sob pena de perecimento da prova.

    Formulao de perguntas

    Aqui o CPP determina que as partes formulem perguntasdiretamente s testemunhas (sistema do cross examination),podendo Juiz no as admitir quando a pergunta for irrelevante,

    impertinente, repetida ou puder induzir resposta.

    Regras especiais

    O militar dever ser ouvido mediante requisio suaautoridade superior

    O funcionrio pblico ser intimado (notificado)pessoalmente, como as demais testemunhas, mas deve serrequisitado, tambm, ao chefe da repartio

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    O presoser intimado (notificado) tambm pessoalmente,mas ser expedida, tambm, requisio ao diretor doestabelecimento prisional.

    RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISASProcedimento

    # A pessoa que tiver de fazer o reconhecimento dever descrevera pessoa que deva ser reconhecida

    # A pessoa ser colocada, se possvel, ao lado de outras que comela tiverem qualquer semelhana

    # A pessoa que tiver de fazer o reconhecimento ser chamada parareconhecer

    Preservao da identidade do reconhecedor- Se houver motivospara crer que o reconhecedor (por efeito de intimidao ou outrainfluncia) no v dizer a verdade em face da pessoa que deve serreconhecida, a autoridade deve providenciar para que esta (oreconhecido) no veja aquela (o reconhecedor).

    OBS.: O CPP determina que essa preservao da identidade doreconhecedor no se aplica durante a instruo criminal ou em plenriode julgamento. Jurisprudncia entende que se aplica sempre.

    Reconhecimento de coisas- Aplicam-se as mesmas regras, no quefor cabvel.

    Pluralidade de reconhecedores- Se houver mais de uma pessoapara fazer o reconhecimento, cada uma delas realizar o ato emseparado, de forma a que uma no influencie a outra.

    ACAREAO

    Conceito o ato pelo qual duas pessoas, que prestaram informaes

    divergentes, so colocadas frente a frente. Fundamenta-se noconstrangimento. Pode ser realizada tanto na fase de investigaoquanto na fase processual.

    Mas quem pode ser acareado?Podem ser acareados testemunhas,acusados e ofendidos, entre si (ex.: acusado x acusado) ou uns comos outro