APOSTILA ROTINAS DP

Embed Size (px)

Citation preview

CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DO PIAU UNIDADE DE ENSINO DESCENTRALIZADA DE PARNABA CURSO TCNICO EM ADMINSTRAO DISCIPLINA: ROTINAS DE DEPARTAMENTO PESSOAL PROF. JEFERSON LUS MARINHO DE CARVALHO

ROTINAS APLICADAS AO DEPARTAMENTO DE PESSOAL DAS EMPRESAS

Parnaba - 2008

1. FUNO DO DEPARTAMENTO PESSOAL Para desenvolver suas atividades, a empresa precisa de pessoas. Essas pessoas, que constituem os recursos, so muito importantes para que a empresa possa atingir seus objetivos. A empresa ser to mais eficiente quanto mais eficientes forem as pessoas que a compem. De nada adianta a empresa dispor de timos recursos materiais (mquinas, equipamentos, dinheiro, etc.) e de excelentes recursos tcnico-administrativos (formulrios, documentos, etc.), se no possuir recursos humanos capacitados e motivados para utiliz-los. Para conseguir bons recursos humanos, a empresa deve: recrutar e selecionar pessoas com aptides desejadas; desenvolver essas aptides individuais mediante programas de treinamento; motivar os empregados por meio de incentivos. O setor responsvel por essas atividades chama-se: Departamento de Pessoal; Departamento de Recursos Humanos; ou Seo de Pessoal. A opo pelos nomes acima apresentados fica a critrio da empresa, combinando com sua dimenso e sistema de diviso interna. 1.1 RECRUTAMENTO Recrutamento a busca de recursos humanos para suprir as necessidades da empresa. Antes de iniciar o recrutamento, a empresa precisa definir as caractersticas do empregado que deseja contratar. Entre essas caractersticas, destacam-se: idade, escolaridade, experincia na atividade, etc. Existem vrios meios de executar o recrutamento: anncios em jornais; indicaes dos prprios funcionrios da empresa; rdio, TV e Internet; cartazes na frente da empresa; utilizao de agncias de emprego; procura em escolas e faculdades. 1.1.1 Elaborao de Anncios Um anncio de jornal, para atingir seus objetivos, deve conter os seguintes itens: o ttulo do cargo ou funo auxiliar de departamento pessoal, gerente, auxiliar de contabilidade, etc.; os requisitos exigidos sexo, idade, escolaridade, experincia anterior, etc.; as caractersticas da empresa tipo de empresa, localizao, horrio de trabalho, etc.; o que oferece salrio, benefcios e outras vantagens; forma de contato aonde ir, a quem procurar, em qual horrio, etc. 1.2 SELEO O objetivo da seleo escolher a pessoa mais adequada para preencher a vaga. Em geral, as empresas utilizam os seguintes instrumentos para selecionar seus empregados: formulrios de solicitao de emprego; entrevistas; testes. 1.2.1 Formulrio de Solicitao de Emprego uma ficha que os candidatos vaga devero preencher. 1.2.2 Entrevista O objetivo da entrevista de seleo conhecer as caractersticas do candidato. Para isso, fazem-se perguntas abordando os seguintes aspectos: Vida profissional para verificar se o candidato j trabalhou; quantas vezes mudou de emprego e quais os motivos da mudana; sua experincia profissional. Vida escolar para verificar se o candidato estuda, se parou de estudar e, se for o caso, por que isso ocorreu; se pretende continuar estudando; de quais matrias mais gosta. Pretenses profissionais para verificar o que o candidato espera da empresa e o que pretende dar-lhe em troca. Vida familiar e social para verificar se o relacionamento do candidato com a famlia e os amigos bom; seus principais interesses: esporte, msica, leitura, cinema, teatro, etc.

1.2.3 Testes Mediante a entrevista, no possvel verificar quais so as aptides do candidato. Essa verificao feita por meio de testes. Os testes procuram verificar se os candidatos possuem aptides para exercer determinada funo. Para verificar, por exemplo, se os candidatos possuem aptides para atuar na rea de PESSOAL, podem ser utilizados os seguintes testes: redao de um texto: para verificar se o candidato redige de forma compreensvel e correta; exerccios aritmticos: para verificar se o candidato sabe solucionar questes e problemas com a utilizao das quatro operaes e de clculos de percentagem e juros; questes de conhecimentos gerais: para verificar o grau de conhecimento geral do candidato; conhecimentos bsicos de informtica e utilizao do equipamento; testes psicolgicos: esse tipo de teste exige a participao de um psiclogo no processo de seleo. Os testes psicolgicos so optativos: de acordo com os interesses da empresa em relao ao selecionado. Procura-se verificar, principalmente, as aptides mentais do candidato, isto , a inteligncia, a memria e a ateno. 1.3 TREINAMENTO O treinamento consiste em transmitir aos empregados os conhecimentos necessrios para o desempenho da sua funo. Os principais tipos de treinamento so: 1.3.1 Treinamento de Ambientao o treinamento dado ao empregado logo aps sua admisso. Seu objetivo informar o novo funcionrio sobre os diferentes aspectos da organizao da empresa. Um programa de treinamento de ambientao deve abranger os seguintes aspectos: apresentar o novo empregado aos colegas; dar-lhe a conhecer o histrico da empresa: fundao, desenvolvimento, estgio atual, sistema de organizao; apresentar-lhe as chefias superiores; inform-lo sobre os benefcios sociais e recreativos que a empresa oferece. 1.3.2 Treinamento Especfico o treinamento que procura preparar o empregado para exercer determinada funo. O treinamento especfico de um funcionrio do Departamento de Pessoal, por exemplo, deve transmitir o conhecimento de toda a atividade desempenhada pelo setor de pessoal de uma empresa. 2. ADMISSO DE EMPREGADOS 2.1 DOCUMENTOS OBRIGATRIOS Para que se faa possvel a admisso de empregado, torna-se indispensvel que ele possua e apresente, no Departamento de Pessoal, a seguinte documentao, que obrigatria, conforme normas do Ministrio do Trabalho: a) Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS, obrigatria para o exerccio de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, mesmo em carter temporrio; b) Atestado de Sade Ocupacional - ASO; c) ttulo de eleitor, para os maiores 18 de anos; d) certificado de reservista ou de alistamento militar, para os empregados brasileiros do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos; e) certido de nascimento, casamento ou Carteira de Identidade - RG, conforme o caso; f) Carto de Identificao do Contribuinte - CIC, que o comprovante de inscrio no Cadastro Pessoas Fsicas CPF, para empregados cujos rendimentos estejam sujeitos ao desconto do Imposto de Renda na fonte (art. 34, inciso II, RIR); g) Documento de Inscrio no PIS/PASEP - DIPIS, ou anotao correspondente na CTPS; h) cpia da certido de nascimento de filhos menores de 14 anos, para fins de recebimento de salrio-famlia; i) Carto da Criana, que, a partir de 01/07/91, substitui a carteira de vacinao. Deve ser apresentado o original do Carto dos filhos entre 1 e 7 anos de idade; j) Carteira Nacional de Habilitao (CNH), para os empregados que exercero o cargo de motorista ou qualquer outra funo que envolva a conduo de veculo de propriedade da empresa;

l) carteira de habilitao profissional, expedida pelos Conselhos Regionais, para os empregados que exercerem profisses regulamentadas; m) registro de habilitao na DRT, anotado na CTPS, para os que exercerem as profisses de: agenciadores de propaganda, publicitrios, jornalistas, aturios, arquivistas, tcnicos de arquivo, radialistas, socilogos, vigilantes bancrios, secretrias executivas (com curso superior), tcnico em secretariado (ensino mdio) e tcnico de segurana do trabalho; n) carteira de identidade de estrangeiro, em modelo nico, institudo pela Portaria MJ n 559, de 01/12/86, se for o caso. A empresa poder solicitar, ainda, outros documentos, tais como: solicitao de emprego; cartas de referncia; atestado de escolaridade ou outros; fotos; carteira de habilitao profissional expedida pelos rgos de classe, tais como: OAB - na admisso de empregado advogado; CREA - na admisso de empregado engenheiro. Ao contratar-se professor para exercer magistrio, que uma profisso regulamentada, este dever possuir habilitao legal, que o registro do professor expedido pelo Ministrio da Educao e o registro especial no Ministrio do Trabalho. Para os artistas, deve ser exigido atestado liberatrio. Trata- se de um documento em que o empregador anterior declare que o contrato de trabalho que mantinha com o artista foi extinto regularmente. Recomenda- se, ainda, na admisso, a solicitao da relao dos salrios-de-contribuio, que no documento indispensvel admisso de empregados, entretanto conveniente sua apresentao, pois no caso de afastamento por motivo de doena, o INSS exige esta relao para a sua concesso. Podero ser exigidos ainda os seguintes documentos, a critrio exclusivo do empregador: carta de fiana; atestado de antecedentes criminais. 2.2 Reteno dos Documentos - Proibio Observamos que no permitido a reteno de qualquer documento de identificao pessoal, mesmo que apresentado por xerocpia autenticada, inclusive de comprovante de quitao com o servio militar, ttulo de eleitor, CTPS, registro de nascimento, certido de casamento, comprovante de naturalizao e carteira de identidade de estrangeiro. Ao ser exigido pela empresa, o documento de identificao, cabe ao empregador extrair, no prazo de cinco dias, os dados que interessam, devolvendo em seguida o documento ao empregado . Portanto, recomendvel que a entrega, pelo empregado, dos documentos citados, bem como a respectiva devoluo, seja feita contra- recibo. 2.3 Preenchimento de Documentos Na contratao de empregados, so necessrios os procedimentos e preenchimento dos seguintes documentos: a)obter a Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS do empregado, entregando-lhe recibo desta obteno para efetuar as anotaes e devolv-la no prazo mximo de 48 horas; b)preencher o livro ou ficha de registro de empregados, com os dados necessrios do trabalhador; c)formalizar o contrato de trabalho e, caso haja clusulas especficas que rejam o vnculo empregatcio, registr-la na CTPS; d)preencher a ficha de salrio famlia, usada para lanar os dados extrados das certides de nascimento dos filhos menores de 14 anos; e)preencher o Termo de Responsabilidade, que dever ser atualizado sempre que acontecer uma das ocorrncias mencionadas no referido termo; f) preencher o acordo de prorrogao de horas, caso a jornada de trabalho seja prorrogada; g) celebrar acordo coletivo com o sindicato da categoria, para regime de compensao de horas de trabalho ( banco de horas), se for o caso; h) preencher a declarao de dependentes para fins de Imposto de Renda, quando os rendimentos do empregado estiverem sujeitos reteno na fonte; i) preencher o carto de ponto ou incluir o nome do empregado no livro de ponto, para sua assinalao, caso a empresa esteja obrigada a manter o registro do horrio de trabalho e o empregado esteja sujeito a horrio controlado pela empresa; j) preencher a ficha ou papeleta de ponto externo, alm do carto de ponto normal, para os empregados cuja jornada for executada integralmente fora do estabelecimento; k) preencher a ficha referente ao Programa Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO, cujas anotaes sero feitas por Mdico do Trabalho com o objetivo de promoo e preservao da sade do trabalhador. 3.Demais Procedimentos

O empregador, ao admitir o empregado, deve verificar e adotar, por meio da documentao apresentada, os procedimentos seguintes. 3.1 Cadastramento no PIS A empresa dever verificar, na CTPS, na parte de "Anotaes Gerais", registro do cadastramento no PIS. Na falta dessa anotao e no tendo o empregado apresentado o documento que comprove o cadastramento, a empresa dever cadastr-lo. Esclarecemos, ainda, que por ocasio da emisso da 1a via da CTPS o cadastramento no sistema PIS/PASEP ser de competncia das Delegacias Regionais do Trabalho (art. 1o da Portaria SPES n 1/97). 3.2 Contribuio Sindical Na admisso de empregados durante ano, a empresa verificar se o empregado j contribuiu em emprego anterior. Caso positivo, a empresa no dever efetuar novo desconto, ficando, nessa hiptese, obrigada a anotar no livro ou ficha de registro de empregados a informao quanto ao desconto e recolhimento da referida contribuio pela empresa anterior. Caso negativo, a empresa efetuar o desconto de um dia do salrio, no ms subsequente ao da admisso. Por exemplo, o empregado admitido no ms de maio, sofrer o desconto da contribuio sindical no ms de junho e o recolhimento ao sindicato ser efetuado no ms de julho. Para os empregados admitidos nos meses de janeiro e fevereiro, o desconto deve ser realizado apenas no ms de maro, juntamente com os demais empregados da empresa. 3.3 CAGED Nas admisses, demisses ou transferncias de empregados para outro estabelecimento, ocorridos no ms, devero ser comunicados ao Ministrio do Trabalho e Emprego at o dia 07 do ms subseqente, por meio do formulrio Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). 3.4 Atleta Profissional O contrato de atleta profissional uma modalidade especial, assim possui alguns aspectos diferentes do contrato de trabalho comum. So requisitos obrigatrios para sua celebrao: a) comprovante de alfabetizao; b) comprovante de possuir Carteira de Trabalho e Previdncia Social de Atleta Profissional de Futebol, que ser impressa e expedida pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, podendo, entretanto, mediante convnio, ser fornecida pela Confederao respectiva; c) comprovante de estar com a situao militar regularizada; d) atestado de sanidade fsica e mental, inclusive abreugrafia. 3.5 Estrangeiro Os estrangeiros devem exibir ao empregador a carteira de estrangeiro, comprovando, dessa forma, que sua permanncia no Pas legal. Para sua admisso, necessrio que tenha efetuado o seu registro no Ministrio da Justia, dentro dos 30 dias seguintes entrada no Pas. Ressalte-se que, de acordo com a atual situao jurdica do estrangeiro no Brasil, estabelecida pela Lei n" 6.815, de 19.08.80 - DOU de 21.08.80, so passveis de admisso somente os que possurem visto temporrio ou permanente e o "fronteirio", nas seguintes condies: permanente: os estabelecidos definitivamente no Brasil gozam de todos os direitos reconhecidos a brasileiros, nos termos da Constituio Federal e de leis ordinrias. Todavia, no caso de visto permanente condicionado, por prazo no superior a 5 anos, ao exerccio de atividade certa e fixao em regio determinada do territrio brasileiro, no poder o estrangeiro, dentro do prazo que lhe for fixado na oportunidade da concesso do visto, mudar de domiclio nem de atividade profissional, ou exerc-la fora daquela regio, exceto em caso excepcional, mediante autorizao prvia do Ministrio da Justia, ouvido o Ministrio do Trabalho e Emprego, quando necessrio; temporrio: s podero ser admitidos os possuidores de visto temporrio que tenham adentrado no Pas na condio de: - artista ou desportista; ou - cientista, professor, tcnico ou profissional outra categoria, sob regime de contrato ou a servio do governo brasileiro. Em qualquer hiptese, s ser concedido o visto se o estrangeiro satisfizer as exigncias especiais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigrao e for parte em contrato de trabalho, visado pelo Ministrio do Trabalho, salvo o caso de comprovada prestao servio ao governo brasileiro.

O estrangeiro que estiver com visto temporrio sob regime de contrato, s poder exercer atividade junto entidade pela qual foi contratado, na oportunidade de concesso do visto, salvo autorizao expressa do Ministrio da Justia, ouvido o Ministrio do Trabalho. Ao temporrio e ao "fronteirio" vedado estabelecer-se com firma individual, ou exercer cargo ou funo de administrador, gerente ou diretor de sociedade comercial ou civil, bem como se inscrever em entidades fiscalizadoras do exerccio de profisso regulamentada. Ficam, de igual modo, proibidos de participar da administrao ou representao de sindicato ou associao profissional, bem como de entidade fiscalizadora do exerccio de profisso regulamentada. 4. Fiscalizao Devero permanecer no local de trabalho, disposio da fiscalizao do Ministrio do Trabalho, o livro de registro de empregados, o livro de inspeo do trabalho, bem como o registro de horrio de trabalho (carto, livro de ponto ou registro magntico). 4.1 Penalidades A empresa que mantiver empregados no registrados a seu servio estar sujeita autuao e ao pagamento de multa, aplicada pelo fiscal do Ministrio do Trabalho e Emprego, em valor equivalente a 378,2847 Ufirs, por empregado em situao irregular, dobrado na reincidncia. As demais infraes relativas a irregularidades no registro de empregados sujeitaro o empregador multa de valor equivalente a 189,1424 Ufirs, igualmente dobrada no caso de reincidncia. 5.Fundamentos Legais Arts. da CLT: 582, "e", 47, caput e pargrafo nico; Lei n" 6.815/80; Lei n 5.553/68; Lei n 6.354/76; mais os mencionados no texto. 5 CONTRATO DE TRABALHO Um contrato de trabalho elaborado da seguinte forma: 5.1 Contrato de Experincia um contrato de trabalho normal, porm com um perodo de vigncia preestabelecido, sendo 90 (noventa) dias o perodo mximo previsto em lei, podendo haver somente uma prorrogao. Exemplo 1: Contrato de experincia = ................................... 45 dias Prorrogao = ................................ 45 dias Total = ................................. 90 dias Exemplo 2: Contrato de experincia = ................................... 30 dias Prorrogao = ................................... 30 dias Total = .................................... 60 dias No primeiro exemplo, atingimos o mximo em vigncia de contrato de experincia 90 (noventa) dias, com uma prorrogao. No segundo exemplo, no atingimos o mximo de vigncia de contrato de experincia, mas, como permitida somente uma prorrogao, o prazo mximo, neste caso, de 60 (sessenta) dias. 5.2 Contrato por Prazo Indeterminado um contrato normal, em que no existe perodo de vigncia preestabelecido. Normalmente, quando acaba a vigncia do contrato de experincia, no havendo a dispensa por parte do empregador, nem o desejo de ser dispensado por parte do empregado, entra-se no perodo de contrato por tempo indeterminado. 6 LIVRO OU FICHA DE REGISTRO DE EMPREGADOS Tanto o livro como a ficha tem a finalidade de identificar o empregado, inclusive com foto, constando, ainda, data de admisso, funo, salrio, forma de pagamento, etc. Deve-se usar o livro quando houver nmero reduzido de empregados. 7. EXIGNCIAS LEGAIS 7.1 LIVRO DE INSPEO DO TRABALHO

As empresas sujeitas inspeo do trabalho so obrigadas a possuir livro denominado Inspeo do Trabalho, a fim de que nele seja registrada, pelo agente de inspeo, sua visita ao estabelecimento, declarando a data e a hora do incio e trmino desta, assim como o resultado da inspeo. No livro sero registradas, ainda, se for o caso, todas as irregularidades verificadas e as exigncias feitas, com os respectivos prazos para atendimento. Devem ser anotados, tambm, pelo agente da inspeo, de modo legvel, os elementos de sua identificao funcional. Havendo mais de um estabelecimento, filial ou sucursal, as empresas devero possuir tantos livros quantos forem esses estabelecimentos, devendo permanecer cada livro no estabelecimento respectivo, vedada sua centralizao. As empresas atualmente esto dispensadas do registro do livro nas Delegacias Regionais do Trabalho. As microempresas encontram-se desobrigados da manuteno do livro Inspeo do Trabalho. 7.2 QUADRO DE HORRIO DE TRABALHO O quadro de horrio de trabalho obrigatrio, podendo a empresa optar pelo modelo simplificado, devendo afix-lo em local bem visvel. Com relao aos empregados menores (de 14 a 18 anos), a empresa deve relacion-los em quadro de horrio especial, adquirido em papelarias especializadas (Quadro de Horrio de Trabalho de Menores). O Quadro de Horrio de Trabalho simplificado foi criado pela Portaria MTB n 3.088, de 28 de abril de 1980, podendo ser utilizado pelas empresas cujos empregados da mesma seo ou turma obedeam a horrio nico. As microempresas esto dispensadas de afixar o Quadro de Horrio de Trabalho. 7.3 LIVRO OU RELGIO-PONTO Para estabelecimento com mais de 10 (dez) empregados, obrigatria a marcao do Ponto, com a anotao da hora de entrada e sada, devendo ser assinalados os intervalos para repouso. A marcao do ponto pode ser feita em registros mecnicos ou eletrnicos, isto , mediante relgio de ponto, ou manuscrita em livro ou carto-ponto. Tratando-se de empregados que executam seu trabalho externamente, o horrio constar de ficha ou papeleta em seu poder. O carto-ponto individual, perfeitamente identificado em seu anverso, podendo substituir a obrigatoriedade do Quadro de Horrio de Trabalho. Para o registro eletrnico, utiliza-se o prprio crach (com sistema magnetizado) identificador do empregado. 7.4 CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS CAGED Cumprindo as determinaes da Lei 4.923-65, os estabelecimentos que registrarem movimento de empregados (admisso e desligamento) devero informar ao Ministrio do Trabalho, at o dia 07 (sete) do ms seguinte, os movimentos havidos. Para cumprir a exigncia, envia-se o arquivo com os movimentos, por meio da Internet, utilizando-se o ACI (Aplicativo do CAGED Informatizado), disponvel na pgina www.mte.gov.br. 7.4.1 CAGED - ENTREGA POR MEIO ELETRNICO A partir da competncia novembro de 2001, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) dever ser entregue por meio eletrnico (Internet e Disquete), com a utilizao do Aplicativo do Caged Informatizado - ACI ou outro aplicativo fornecido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE. O ACI deve ser utilizado para gerar e ou analisar o arquivo do Caged, pelas empresas nas quais tenha ocorrido movimentao de empregados regidos pela CLT. PRAZO DE ENTREGA O arquivo do Caged, devidamente gravado, dever ser encaminhado ao MTE, at o dia 7 do ms subseqente quele em que ocorreu movimentao de empregados. A entrega ou a postagem do arquivo referente ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados fora do prazo legal sujeitar a empresa ao pagamento de multa. LOCAL DE ENTREGA O arquivo gerado dever ser enviado ao MTE via Internet ou entregue em suas Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego, Subdelegacias ou Agncias de Atendimento. COMPROVANTE ARQUIVO O comprovante de entrega ser o protocolo emitido pela Internet, ou o protocolo carimbado por um rgo regional do MTE.

A cpia do arquivo, o recibo de entrega e o Extrato da Movimentao Processada, devero ser mantidos no estabelecimento a que se referem, pelo prazo de 36 meses a contar da data do envio, para fins de comprovao perante a fiscalizao trabalhista.

EXTRATO DA MOVIMENTAO PROCESSADA O Extrato da Movimentao Processada estar disponvel para impresso, na Internet, aps o dia 20 de cada ms no endereo www.mte.gov.br, opo CAGED. EMPRESAS COM MAIS DE UM ESTABELECIMENTO As empresas que possuem mais de um estabelecimento devero remeter ao MTE arquivos especficos a cada estabelecimento. 7.5 CIPA COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES As empresas privadas epblicas e os rgos governamentais que possuam empregados regidos pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento, por estabelecimento, uma Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA. O objetivo da CIPA observar e relatar condies de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir, at eliminar, os riscos existentes. A CIPA ser composta de representantes do empregador e dos empregados, de forma paritria. Os representantes dos empregados sero eleitos por seus pares, para um mandato de um ano, juntamente com os suplentes. A composio da CIPA segue quadro especfico de acordo com o nmero de empregados da empresa e seu grau de risco de acidentes. 7.6 PCMSO PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE OCUPACIONAL De acordo com a NR-7 (Norma Regulamentadora nmero sete) do Ministrio do Trabalho, as empresas devero manter o PCMSO, que dever ser elaborado e coordenado por mdico do trabalho. Durante o seu desenvolvimento, o PCMSO tem por objetivo: A preveno e preservao da sade do conjunto dos trabalhadores da empresa. Visando a atingir seus objetivos, todos os empregados devero realizar, obrigatoriamente, os seguintes exames mdicos: admissional; revisional; demissional; de retorno ao trabalho; de mudana de funo. 7.7 PPP (PERFIL PROFISSIOGRFICO PREVIDENCIRIO) Foi institudo o Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP), para todas as empresas, independente do nmero de empregados, que contemplar, inclusive, informaes pertinentes concesso de aposentadoria especial e aos formulrios antigos SB-40, Dises 5235, DSS-8030, os quais deixaram de ter eficcia a partir de 1 de julho de 2003, ressalvado o disposto a seguir. Os formulrios antigos SB-40, Dises 5235, DSS-8030, emitidos poca em que o segurado exerceu atividade, devero ser aceitos, exceto no caso de dvida justificada quanto sua autenticidade. Portanto, a partir de 1 de novembro de 2003, o Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP) obrigatrio para todas as empresas. O Perfil Profissiogrfico Previdencirio o documento histrico-laboral do trabalhador que presta servio empresa, destinado a prestar ao INSS informaes relativas a efetiva exposio a agentes nocivos que, entre outros, registra dados administrativos, atividades desenvolvidas, registros ambientais com base no LTCAT e resultados de monitorizaro biolgica com base no PCMSO (NR-7) e PPRA (NR-9). O PPP respalda ocorrncias e movimentaes em GFIP, sendo elaborado pela empresa empregadora, pelo rgo Gestor de Mo-de-obra (OGMO), no caso do Trabalhador Porturio Avulso (TPA) ou pelo respectivo sindicato da categoria, no caso de trabalhado avulso no-porturio. O sindicato de categoria ou rgo Gestor de Mo-de-Obra esto autorizados a preencher o formulrio Dirben-8030 ou o PP somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados. O PPP deve ser elaborado pela empresa com base no LTCAT e assinado pelo representante legal da empresa ou seu preposto, indicando o nome do mdico do trabalho e do engenheiro de segurana do trabalho, em conformidade com o direcionamento do SESMT. O PPP deve ser mantido atualizado magneticamente ou por meio fsico com a seguinte periodicidade:

anualmente, na mesma poca em que se apresentar os resultados da anlise global do desenvolvimento do PPRA, do PGR, do PCMAT e do PCMSO; nos casos de alterao de layout da empresa com alteraes de exposies de agentes nocivos, mesmo que o cdigo da GFIP/Sefip no se altere. O PPP dever ser emitido obrigatoriamente por meio fsico nas seguintes situaes: por ocasio do encerramento de contrato de trabalho, em duas vias, com fornecimento de uma das vias para o empregado mediante recibo; para fins de requerimento de reconhecimento de perodos laborados em condies especiais; para fins de concesso de benefcios por incapacidade, a partir de 1-11-2003, quando solicitado pela Percia Mdica do INSS. A comprovao do exerccio de atividade especial ser feita pelo PPP emitido pela empresa, com base em laudo tcnico de condies ambientais de trabalho, expedido por mdico do trabalho ou engenheiro de segurana, conforme anexo XV, ou alternativamente, at 30 de junho de 2003. 7.8 VALE-TRANSPORTE De acordo com a Lei n 7.418, de 16 de dezembro de 1985, regulamentada pelo Decreto n 92.180, de 19 de dezembro de 1985, o trabalhador tem o direito do recebimento do vale-transporte para seu deslocamento at o local de trabalho. O vale-transporte ser entregue ao trabalhador, mediante recibo, no incio de cada ms, em sistema de fichas ou tquetes, fornecidos pelas empresas de transportes coletivos e adquiridos pela empresa empregadora. O valetransporte no poder ser pago direto ao empregado, sob a forma de numerrio. O valor dos vales entregues ao trabalhador podero ser descontados no fim do ms, na folha de pagamento at o limite de 6% (seis por cento) de seu salrio-base. 8. DISSDIO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO Os dissdios ou acordos ocorrem por ocasio das revises salariais da categoria a que pertencem os empregados. As revises partem da conveno entre empregador (sindicato patronal) e empregado (sindicato da classe). Havendo acordo entre as partes, este formalizado e enviado ao Tribunal Regional do Trabalho, para homologao. Caso haja dissidncia entre as partes (empregador e empregado), representadas pelos seus sindicatos, isso acarretar uma deciso judicial do Tribunal Regional do Trabalho, denominada dissdio. 9. SALRIO a remunerao devida pelo empregador ao empregado pela prestao de servios do ltimo, em decorrncia de um contrato de trabalho, sendo inadmissvel sua redutibilidade. permitido que o salrio seja pago em parte por utilidades, num percentual mximo de 70 % (setenta por cento). 9.1 SALRIO MNIMO institudo pelo Governo Federal. Nenhum empregado poder receber menos que o previsto pelo salrio mnimo por trabalho executado nas horas regulares da empresa. Um empregado receber menos que o salrio mnimo quando tambm trabalhar em horrio reduzido, ou seja, receber na proporo de sua carga horria. A Constituio Federal determina que nenhum trabalhador deva ganhar menos que um salrio mnimo, mas esse valor est relacionado com a carga horria de 8 hs por dia totalizando 220 hs por ms. Se o domstico trabalha menos que 220 hs por ms, correto pagar menos que o salrio mnimo, devendo aplicar uma proporo. O patro deve entregar um recibo do pagamento do salrio especfico, legvel e claro, no devendo existir rasuras, texto dbio ou de difcil interpretao, sendo prudente manter uma via em seu arquivo assinado pelo domstico. 9.2 FORMA DE PAGAMENTO DE SALRIOS Ao se concluir determinado perodo de trabalho, seja ele semanal, quinzenal ou mensal, ter o empregado o direito de receber seu salrio, sendo este fixado em seu contrato de trabalho e inscrito na CTPS. Note-se que o critrio a ser adotado para a fixao do salrio nada tem a ver com os intervalos que se pagam ao empregado. Exemplo: um empregado com sua base de clculo em horas pode receber por ms. Sua base de clculo a hora, mas a forma de pagamento mensal. 9.2.1 Salrio Mensal estabelecido com base no calendrio oficial, sendo apurado no fim de cada ms o valor a ser percebido pelo empregado, considerando ms, para todos os fins, o perodo de 30 (trinta) dias, no se levando em considerao se este ms tem 28, 29 ou 31 dias. Nessa forma de pagamento de salrios, dever o empregador pagar ao seu empregado at o quinto dia til do ms seguinte, sendo considerado o sbado como dia til.

9.2.2 Salrio Quinzenal estabelecido com base em quinze dias do ms, devendo o valor apurado ser pago at o 5 dia da quinzena vencida, ou seja, os pagamentos sero efetuados no dia 20 do ms correspondente e no dia 5 do ms subseqente. 9.2.3 Salrio Semanal Tem como base a semana, devendo o valor ser apurado at o 5 (quinto) dia da semana vencida. 9.2.4 Salrio-Comisso A comisso a forma de salrio pelo qual o empregado recebe um percentual do produto cuja venda intermedeia. sempre assegurada ao empregado a percepo de, no mnimo, um salrio-mnimo ou salrio normativo da categoria profissional. 9.3 SALRIO EXTRA A durao normal de trabalho de 7 (sete) horas e 33 (trinta e trs) minutos dirios e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, salvo casos especiais previstos em lei. Tal jornada pode ser acrescida de horas suplementares, em nmero no excedente a duas, dirias, mediante acordo por escrito entre o empregado e o empregador, ou contrato coletivo de trabalho, sendo que, nesse caso, as horas extras devero sofrer um acrscimo de, pelo menos, 50% (cinqenta por cento) sobre o valor da hora normal. No caso de haver horas extraordinrias em domingos e feriados, o acrscimo ser de 100% (cem por cento) sobre a hora normal. Ressalvamos que, em determinadas categorias profissionais, os empregados logram maiores percentuais sobre as horas, mediante acordos ou dissdios coletivos. 9.4 ADICIONAIS 9.4.1 Adicional Noturno Considera-se noturno o trabalho realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte; isso para o trabalhador urbano. J para o trabalhador rural que trabalha na lavoura, o trabalho noturno das 21 (vinte e uma) horas de um dia s 5 (cinco) horas do dia seguinte; e para o rural que trabalha na pecuria, das 20 (vinte) horas de um dia s 4 (quatro) horas do outro. Para o trabalhador urbano, a hora noturna tem a durao normal de 52 (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Para o trabalhador rural, a hora tem a mesma que a diurna, ou seja, 60 (sessenta) minutos. Para o trabalhador urbano, alm da reduo da hora normal, incide o adicional noturno de pelo menos 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora normal diurna. Para o trabalhador rural, no existe a vantagem da reduo da hora; em contrapartida, o adicional noturno de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da hora normal diurna. No caso de o empregado fazer horas extras noturnas, deve--se aplicar o adicional de horas extras sobre o valor da hora noturna. 9.4.2 Adicional de Periculosidade So consideradas atividades ou operaes perigosas aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamveis ou explosivos, em condies de risco acentuado. O empregado que trabalha em condies de periculosidade faz jus a um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salrio que percebe. Se o empregado j recebe o adicional de insalubridade, poder optar em receber este ou aquele. 9.4.3 Adicional de Insalubridade So consideradas insalubres as atividades que, por sua natureza, condies ou mtodos de trabalho, expem o empregado a agentes nocivos sade, acima dos limites e tolerncia fixados em razo da natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposio aos seus efeitos. A insalubridade ser caracterizada e classificada em consonncia com as normas baixadas pelo Ministrio do Trabalho. O exerccio de trabalho em condies insalubres assegura ao empregado um adicional equivalente a (conforme Smula 17 do TST): 40% (quarenta por cento) sobre o salrio mnimo, para a insalubridade de grau mximo; 20% (vinte por cento) sobre o salrio mnimo, para a insalubridade de grau mdio; 10% (dez por cento) sobre o salrio mnimo, para a insalubridade de grau mnimo. Nota: se a categoria profissional tiver piso normativo, a base de clculo do adicional de insalubridade ser este, de acordo com o enunciado da Smula 228 do TST. 9.5 SALRIO-FAMLIA

Tambm benefcio da Previdncia Social, mas com caractersticas especiais, porque, alm de devido a segurados em atividade, funciona em regime de compensao. O salrio-famlia devido ao segurado empregado (exceto o domstico) ou trabalhador avulso que recebe atualmente remunerao de at R$ 390,00 (trezentos e novente reais), sendo seu valor, neste caso, de R$ 20,00 (vinte reais); e, com remunerao de at R$ 586,19 (quinhentos e oitenta e seis reais e dezenove centavos), seu valor de R$ 14,09 (catorze reais e nove centavos), com relao a cada filho menor de 14 anos, ou invlido, sem limite do nmero de filhos; e tambm do direito a ele, nas mesmas condies, o enteado e o menor sem recursos, quando o segurado tutor dele. Quando o pai e a me so segurados, o salrio-famlia devido aos dois.

9.5.1 Quanto ao seu Pagamento A empresa paga o salrio-famlia dos seus empregados e desconta o total pago do valor das contribuies que tem a recolher. Quando a empresa no paga os salrios por ms, o salrio-famlia deve ser pago com o ltimo pagamento relativo ao ms. No caso de trabalhador avulso, o sindicato ou rgo Gestor de Mo-de-Obra que paga, mediante convnio com o INSS. O salrio-famlia no se incorpora ao salrio e, por isso, no incide sobre ele o desconto da contribuio para a previdncia social. 9.5.2 Quanto aos seus Demais Beneficiados O salrio-famlia devido tambm ao empregado ou trabalhador avulso que est recebendo auxlio-doena, aposentadoria por invalidez ou por idade e a qualquer outro aposentado de mais de sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos, se mulher; nesses casos, a previdncia social faz o pagamento diretamente junto com outro benefcio, mas o salrio-famlia no se incorpora a ele. 9.5.3 Calcule seu salrio lquido Na hora de determinar o salrio preciso ter bem claro que parcela do salrio chegar s mos do empregado depois de descontados todos os encargos e contribuies. INSS Desconto calculado conforme o salrio bruto: - at R$ 911,70, desconta 8%; - de R$ 911,71 a R$ 1.519,50, 9%; - de R$ 1.519,51 a R$ 3.038,99, 11%. Imposto de Renda desconto jeito sobre o valor bruto aps a deduo do INSS: - at R$ 1.372,81 isento; - de 1.372,82 at R$ 2.743,25, 15% menos R$ 205,92; - acima de R$ 2.743,25, 27,5% menos 525,19. Ou seja, quem ganha R$ 1.800,00 ser descontado em 11% de INSS e o restante sofrer desconto de 15% de Imposto de Renda, no valor que exceder a faixa isenta. A conta assim: R$ 1.800,00 (salrio bruto) R$ 198,00 (11% do INSS) = R$ 1.602,00 Desconto do IR = 15% de 1.602,00 = R$ 240,30 R$ 205, 92 = R$ 34,38 Salrio lquido = R$ 1.602,00 R4 34,38 = R$ 1.567,62 Vale transporte So descontados at 6% do salrio do trabalhador. Outros descontos preciso lembrar que, durante o ano, o salrio poder sofrer outros descontos, como imposto sindical (obrigatrio e equivalente a um dia de salrio) e outras contribuies sindicais (confederativas, para associados), planos de sade, plano dental, vale-refeio, entre outros benefcios previstos no FAT fundo de Amparo ao Trabalhador. Outros acrscimos Os benefcios (plano de previdncia privada, academia de ginstica, plano de sade, plano odontolgico, programa de participao nos lucros, creche, investimentos na educao dos funcionrios, etc.) podem ser considerados remunerao indireta, desde que no sejam descontados do salrio. 9.6 SALRIO-MATERNIDADE o benefcio a que tem direito a segurada da Previdncia Social por ocasio do parto. O INSS exige da segurada carncia de dez contribuies mensais para conceder o salrio-maternidade. 9.6.1 Quanto s suas Condies

devido segurada gestante, empregada (inclusive as domsticas), trabalhadora avulsa ou especial, nas mesmas condies da legislao trabalhista. 9.6.2 Quanto ao seu Valor A renda mensal do salrio-maternidade correspondente: para a empregada, ao seu salrio integral; para a empregada domstica, ao valor do seu ltimo salrio-de-contribuio; para a trabalhadora avulsa, ao valor da sua ltima remunerao correspondente a um ms de trabalho; para a segurada especial, a um salrio mnimo; para a contribuinte individual e a segurada facultativa, o valor do salrio-maternidade consiste em 1/12 avos da soma dos 12 ltimos salrios-de-contribuio, apurados em um perodo no superior a 15 meses. 9.6.3 Quanto ao Pagamento do Salrio-Maternidade O salrio-maternidade pago: a partir do 8 ms de gestao, comprovado mediante atestado mdico fornecido pelo Sistema nico de Sade SUS; a partir da data do parto, com apresentao da Certido de Nascimento e do atestado mdico. Quando o parto ocorrer sem acompanhamento mdico, a comprovao ficar a cargo da percia mdica do INSS. 9.6.4 Quanto ao Perodo de Recebimento do Salrio-Maternidade O salrio-maternidade pago: por 120 dias a partir do parto ou, se a segurada preferir, 28 dias antes e 91 dias aps o parto; em caso de aborto no-criminoso, comprovado mediante atestado mdico fornecido pelo Sistema nico de Sade, o benefcio ser pago durante duas semanas. 9.6.5 Quanto Localidade de Recebimento do Salrio-Maternidade O salrio-maternidade pago pela empresa, a qual se ressarce do valor despendido na guia de recolhimento (GPS). 9.6.6 Quanto sua Durao devido empregada gestante, independentemente de carncia, durante 28 dias antes e 91 dias depois do parto; esse perodo vale como tempo de contribuio. Em alguns casos excepcionais, os perodos de repouso antes e depois do parto podem ser aumentados de duas semanas cada um, mediante atestado mdico oficial; no caso de parto antecipado, a empregada gestante tem direito aos 120 dias de repouso; em caso de aborto no-criminoso, comprovado mediante atestado mdico oficial, ela tem direito a duas semanas de salrio-maternidade. 9.6.7 Quanto Demisso da Gestante O salrio-maternidade s devido enquanto existe a relao de emprego. A empresa que despede sem justa causa a empregada gestante tende a arcar com os nus trabalhistas da demisso. 9.7 13 SALRIO Institudo pela Lei n 4.090-62, complementada pela Lei n 4.749-65, refere-se ao pagamento anual de 1/12 avos da remunerao devida em dezembro por ms de servio do ano correspondente. A frao igual ou superior a quinze dias de trabalho dar direito 1/12 avos. O pagamento do 13 dever ser efetuado da seguinte forma: 50% (cinqenta por cento), quando houver solicitao do empregado por escrito, no ms de janeiro, para ser pago quando da concesso de suas frias; ou, quando no solicitado, at o dia 30 de novembro, a ttulo de adiantamento da gratificao natalina. Os outros 50% (cinqenta por cento) devero ser pagos at o dia 20 de dezembro, quando, ento, sofrer todos os descontos devidos, levando-se em considerao o total da gratificao. Quando de sua antecipao, dever ser recolhido apenas o FGTS. Os descontos de INSS e IRRF devero ser feitos em separado, quando do pagamento da segunda parcela. Quando o aviso-prvio for indenizado, sobre a parte do 13 salrio que se refere ao aviso-prvio no haver incidncia do INSS. O 13 salrio dever ser pago proporcionalmente em caso de resciso de contrato sem justa causa. Prof. Amauri Mascaro Nascimento define dcimo terceiro salrio como uma gratificao compulsria por fora de lei, tem natureza salarial e tambm denominado gratificao natalina Um dos aspectos principais do pagamento do dcimo terceiro salrio sua forma, pois o nico que pode ser pago em duas parcelas:

A primeira parcela pode ser paga entre os meses de fevereiro e novembro do ano corrente. Quando solicitado em janeiro de cada ano, a primeira parcela deve ser paga por ocasio do gozo das frias. Conta-se como ms integral para fins de pagamento a frao de 15 DIAS ou mais trabalhadas no ms. As faltas no justificadas e descontadas em folha podem ser deduzidas para fins de apurao dos dias trabalhados no ms. Exemplo: a. Empregado trabalha at o dia 16/03/03; b. Tem registrado 2 faltas; c. Por ocasio do clculo do terceiro; d. Tenho que: 16 dias menos 02 faltas corresponde a 14 dias trabalhados e. Logo, no se deve considerar o ms de maro/03 f. E por fim, far jus 02/12 avos Estando o contrato de trabalho suspenso, o perodo de suspenso no integra a contagem, por exemplo auxlio doena e acidente de trabalho. Acidente do trabalho - As faltas ou ausncias decorrentes de acidente de trabalho no so consideradas para os efeitos de durao de frias e clculo da gratificao natalina. (Enunciado 46 o TST) Exemplo 1 a. afastamento por auxlio doena em 16/01/02; b. a empresa paga os 15 (quinze) primeiro dias (at 30/01/02); c. fica afastado at o dia 30/04/02, ou seja 03 (trs) meses; d. em dezembro de 2002 receber (12 03 = 9) meses. Forma-se como base de clculo para o 13 salrio o valor constitudo de

sendo a parte varivel calculada com a mdia no prprio exerccio. Exemplo 2 Empregado comissionado: a. Salrio fixo: R$ 500,00; b. Salrio varivel: comisso; c. Admisso: 01/10/2001; d. Pagamento do adiantamento do 13 salrio em julho de 2002; Dever ser utilizada apenas a comisso do perodo de janeiro/02 a junho/02, constituir a mdia aritmtica e acrescentar o DSR (Descanso Semanal Remunerado). Salvo na dispensa por justa causa, todas as demais formas de extino do vnculo de trabalho geram o pagamento do 13 salrio, sendo seu pagamento por conta do vencimento da resciso. Gratificao - A gratificao instituda pela Lei n 4.090, de 1962, devida na resilio contratual de iniciativa do empregado. (Ex-prejulgado n 32). (Enunciado 157 do TST) Gratificao Natalina - devida a gratificao natalina proporcional (Lei n 4.090, de 1962) na cessao da relao de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. (Enunciado 03 do TST) O pagamento do 13 salrio, alm de quando solicitado por ocasio das frias, pode ser efetuado a um ou mais empregados separadamente, no sendo obrigatrio o pagamento a todos numa mesma data a) Adiantamento O FGTS sobre 13 salrio pago: b) 1 Parcela c) 2 Parcela O INSS s deduzido na segunda parcela ou na resciso contratual.

O IRRF recolhimento por ocasio do pagamento da segunda parcela do dcimo terceiro ou resciso contratual, repassando aos cofres pblicos no prazo legal.. 10. FALTAS JUSTIFICADAS O empregado poder deixar de comparecer ao servio, sem prejuzo do salrio nos seguintes casos: at dois dias consecutivos, em caso de falecimento de cnjuge, ascendente, descendente, irmo ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependncia econmica; at trs dias consecutivos em virtude de casamento; at cinco dias consecutivos, aps o nascimento do filho (licena-paternidade); por um dia em cada doze meses de trabalho, em caso de doao voluntria de sangue devidamente comprovada; at dois dias consecutivos, ou no, para fins de se alistar como eleitor; no perodo de tempo em que tiver que cumprir as exigncias do servio militar (alistamento, exames mdicos, etc.); por um dia anual, para carimbar o certificado de reservista; pelo tempo necessrio, quando servir como testemunha em processos judiciais, ou jurado, quando convocado. 11. FRIAS 11.1 DIREITO A FRIAS Todo empregado adquire o direito a frias aps doze meses de vigncia do contrato de trabalho (perodo aquisitivo), sem prejuzo da remunerao, na seguinte proporo: 30 (trinta) dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de 5 (cinco) dias; 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 11 (onze) faltas; 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido 15 (quinze) a 23 (vinte e trs) faltas; 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas (art. 130, incisos I a IV, da CLT). Observa-se que as faltas a serem consideradas so apenas as injustificadas, pois no acarretam a reduo das frias as ausncias consideradas legais. No so considerados, tambm, para esse efeito, os atrasos e as faltas de meio expediente, nem aquelas ausncias que, embora injustificadas, tenham sido abonadas pela empresa. 11.2 PERDA DO DIREITO A FRIAS No ter direito a frias o empregado que, no curso do perodo aquisitivo: permanecer em licena remunerada por mais de 30 (trinta) dias; deixar de trabalhar por mais de 30 (trinta) dias, com percepo de salrios, em decorrncia de paralisao total ou parcial dos servios da empresa; pedir demisso e no for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqentes sua sada; permanecer recebendo auxlio-doena da Previdncia Social, por mais de 180 (cento e oitenta) dias. 11.3 POCA DE FRIAS A concesso de frias dever ser comunicada ao empregado, por escrito, com antecedncia de, no mnimo, 30 (trinta) dias. Dessa comunicao, o empregado dever dar o recibo. Ressalta-se que, anteriormente a 10-12-85 (data de vigncia da Lei n 7.414-85), o referido prazo mnimo de antecedncia era fixado em 10 (dez) dias. O aviso de frias deve ser feito em duas vias, mencionando-se o perodo aquisitivo a que se referem as frias. O empregado d o ciente no documento. A concesso das frias dever ser anotada na CTPS do empregado em local prprio e na ficha ou folha do livro ou ficha de Registro de Empregados.

11.4 FRIAS COLETIVAS As frias coletivas podero ser concedidas a todos os empregados da empresa ou de determinado estabelecimento ou setores. Podero ser concedidas em dois perodos, sendo que nenhum deles poder ser inferior a 10 (dez) dias. Para tanto, a empresa dever: comunicar DRT as datas de incio e fim das frias, com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias, indicando quais os setores ou estabelecimentos atingidos; enviar ao sindicato representante da categoria profissional cpia da comunicao feita DRT, no mesmo prazo; afixar, nos locais de trabalho, aviso da medida tomada. A microempresa encontra-se dispensada do cumprimento das obrigaes anteriormente elencadas. Os empregados contratados h menos de 12 (doze) meses gozaro, na oportunidade, frias proporcionais, iniciando-se novo perodo aquisitivo a partir do primeiro dia de gozo. Se, eventualmente, as frias coletivas forem superiores ao direito do empregado, a empresa dever pagar-lhe os dias excedentes, como complemento de pagamento de frias, evitando-se, assim, o prejuzo salarial. 11.5 ABONO PECUNIRIO O empregado tem direito de converter um tero de suas frias em abono pecunirio. Assim, por exemplo, aquele que tiver direito a 30 (trinta) dias de frias poder optar em descansar todo o perodo, ou apenas durante 20 (vinte) dias, recebendo os dias restantes (1/3 de trinta dias) em dinheiro. Observa-se que, no ms em que o empregado sai de frias, tendo optado pelo abono, a remunerao equivaler a 40 dias: 20 (vinte) dias - frias em descanso; 10 (dez) dias - frias pecunirias; 10 (dez) dias - salrio pelos dias trabalhados no ms.

O abono dever ser requerido pelo empregado, por escrito, at 15 (quinze) dias antes do trmino do perodo aquisitivo. Aps esse prazo, a concesso do abono ficar a critrio do empregador. 11.6 ABONO DE 1/3 (UM TERO) CONSTITUCIONAL Em seu artigo 7, inciso XVII, a Constituio de 1988 d ao trabalhador um adicional de 1/3 (um tero) sobre a remunerao de frias, por ocasio do gozo dessas. Aplica-se o pagamento deste dispositivo tambm sobre as frias indenizadas, nas rescises de contrato de trabalho. 11.7 ACUMULAO DE PERODOS FRIAS EM DOBRO Sempre que as frias forem concedidas aps o prazo legal (perodo concessivo), sero remuneradas em dobro. Nota-se que a dobra ocorre apenas em relao remunerao, isto , o empregado tem direito remunerao correspondente a 60 (sessenta) dias, descansando apenas 30 (trinta). 12. INSS O Instituto Nacional do Seguro Social passa a englobar os antigos INPS e IAPAS. O domstico possui todos os direitos comuns junto ao INSS se estiver registrado e com o seu recolhimento em dia. Tais como, salrio maternidade, auxlio doena, aposentadoria, penso, etc. A lei que fundamenta o trabalhado assim define: Art. 4 Aos empregados domsticos so assegurados os benefcios e servios da Lei Orgnica da Previdncia Social na qualidade de segurados obrigatrios. Para que os benefcios assegurados pelo INSS possam ser usufrudos pelo domstico, imprescindvel o pagamento mensal pelo patro. Destarte, vejamos algumas etapas: 1 O domstico deve ser inscrito junto ao INSS, o qual fornecer um NIT (nmero de identificao do trabalhador); 2 De posse desse NIT o patro dever efetuar o clculo, com base na seguinte regra: a) Ver a tabela de encargos sociais, a qual servir para efetuar o clculo de desconto do salrio do empregado; b) O patro tambm tem sua parcela de contribuio, a qual corresponde a 12% sobre o salrio base, frias ou dcimo terceiro anual; c) Para emisso da guia estrar na pgina do INSS que auxiliar na emisso da guia. Esteja de posse do recibo de pagamento preenchido com os dados e o NIT. 3 Com a guia em mos o pagamento poder ser feito em qualquer agncia bancria at o dia 15 (quinze) de cada ms. 12.1 RECOLHIMENTO PREVIDENCIRIO

O recolhimento previdencirio parte dos contribuintes obrigatrios (empregados, empresrios, autnomos, avulsos, equiparados a autnomos facultativos e contribuintes em dobro) e empresas ou equiparadas. 12.2 RECOLHIMENTO EM GPS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL Os contribuintes individuais utilizam-se da GPS (Guia da Previdncia Social) para efetuarem seus recolhimentos. O cadastramento do contribuinte individual ser feito nas agncias do INSS ou pela Internet na pgina www.mpas.gov.br ou com o numero de inscrio no PIS. 12.3 OBRIGAES DAS EMPRESAS PARA COM O INSS Manter a contabilidade em dia, no podendo exceder a 06 (seis) meses o atraso, quando da fiscalizao da previdncia. Manter toda a documentao referente ao pessoal em dia e disponvel para a verificao, bem como as folhas de pagamento dos empregados, folha de pagamento dos pr-labores, dos scios e dos pagamentos a terceiros. 13. FGTS A criao do FGTS ocorreu com o objetivo de substituir a indenizao e eliminar a estabilidade do empregado, que poder ser demitido a qualquer tempo, pois j tem sua indenizao depositada no FGTS. A partir da Constituio de 1988, todo empregado admitido j tem assegurado o direito aos depsitos do FGTS, no havendo mais a necessidade de opo pelo Fundo. A lei em 2001 visando dar estrutura aos domsticos de possurem um fundo de reserva diante da sua resciso, permitiu a participao do domstico no FGTS, porm esse direito no OBRIGATRIO por parte do patro, uma opo dele pagar ou no. Observa-se que ao optar pelo recolhimento ele passa a ter a obrigao a partir do primeiro recolhimento, mas no poder suspender enquanto durar o registro na CTPS, como segue abaixo: Art. 3o-A. facultada a incluso do empregado domstico no Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS, de que trata a Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, mediante requerimento do empregador, na forma do regulamento." (Includo pela Lei n 10.208, de 23.3.2001) Diante da escolha de opo o patro dever se dirigir a uma Caixa Econmica Federal e obter as instrues necessrias para efetuar o recolhimento. A percentagem de recolhimento a mesma de um empregado comum: 8% (oito por centro) e quando houver a resciso 40% (quarenta por cento). 13.1 DEPSITO Recolhimento mensal, obrigatrio, que o empregador deve fazer a favor do empregado, nas agncias da Caixa Econmica Federal (CEF) ou em banco de sua livre escolha. Os depsitos so efetuados em conta vinculada individual, sendo a Caixa Econmica Federal gestor do FGTS. Os recolhimentos do FGTS so efetuados por meio da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informaes Previdncia Social). A GFIP e GPS so emitidas pelo SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informaes Previdncia Social). A transmisso dos dados da GFIP sero feitos por meio do Sistema CONECTIVIDADE SOCIAL da CEF. Os Programas SEFIP e Conectividade Social encontram-se disposio nas agncias da Caixa Econmica Federal ou por download nos sites: www.mpas.gov.br; www.caixa.gov.br. 13.1.1 Outras Obrigaes de Depsito do FGTS: prestao de servio militar; licena para tratamento de sade at 15 (quinze) dias; licena por acidente de trabalho; licena gestante.

13.1.2 Base de clculo e alquota aplicvel A base de clculo do FGTS o salrio bruto do empregado, sendo a alquota aplicvel de 8%. As empresas que no so optantes pelo Simples tm de contribuir com mais 0,5%, a ttulo de contribuio social. 13.1.3 FGTS de Diretor No-Empregado e Domsticos Levando-se em considerao que o diretor a pessoa que exerce cargo de administrao previsto em lei, estatuto ou contrato social, independentemente da denominao ou cargo, podem as empresas equiparar seus administradores no-empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS.

Os empregadores de trabalhadores domsticos podero depositar, de forma facultativa, mensalmente, o FGTS de seus empregados, seguindo as mesmas regras dos demais trabalhadores. 14. PIS/PASEP 14.1 CADASTRAMENTO Para participar dos PIS, necessrio que o empregado esteja devidamente cadastrado. Em caso negativo, a empresa, por ocasio da admisso, deve proceder ao respectivo cadastramento, que dever ser efetuado mediante o preenchimento do DCT Documento de Cadastramento do Trabalhador. 14.2 RELAO ANUAL DE INFORMAES SOCIAIS RAIS A RAIS constitui uma das obrigaes relativas ao PIS/PASEP. Deve ser apresentada, anualmente, por meio de formulrios impressos, fitas magnticas ou disquetes de processamento de dados, a critrio do empregador. A entrega da RAIS acontece anualmente, nos meses de fevereiro e maro, at os dias-limites fixados pela CEF. Por intermdio da RAIS, acontece a participao do empregado no Fundo PIS/PASEP. A omisso de dados na RAIS, por parte do empregador, prejudicar o empregado nesse pagamento. 15 DEMISSO DE EMPREGADO 15.1 CAUSAS DA DEMISSO A demisso significa resciso de contrato de trabalho entre o empregador e o empregado. A resciso de contrato de trabalho pode ocorrer nos seguintes casos: por pedido de dispensa; por acordo (para empregados no-optantes pelo FGTS, anteriores a CF-88); por dispensa sem justa causa; por dispensa por justa causa; por trmino de contrato. 15.2 AVISO-PRVIO AP De acordo com a CLT e a Constituio de 1988, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho dever avisar a outra de sua resoluo, com antecedncia mnima de 30 (trinta) dias. A falta de aviso-prvio d ao empregado o direito do salrio relativo a esse perodo, bem como a integrao deste a seu tempo de servio. J a falta de aviso-prvio por parte do empregado, d ao empregador o direito de descontar-lhe o referido perodo. Durante o prazo do aviso prvio, se a resciso tiver sido promovida pelo empregador, o empregado rural ter direito a 1 (um) dia por semana, sem prejuzo do salrio integral, para procurar outro emprego. 15.3 RESCISO DE CONTRATO DE TRABALHO A resciso de contrato de trabalho deve ser efetivada mediante o Termo de Resciso do Contrato de Trabalho (TRCT), documento padronizado e obrigatrio, de acordo com a legislao em vigor. 15.4 HOMOLOGAO A homologao obrigatria no caso de empregados com mais de 12 (doze) meses de servios prestados quando de sua resciso de contrato de trabalho. A homologao compreende a assistncia, por parte do sindicato de classe do empregado ou rgo do Ministrio do Trabalho, no ato rescisrio. 15.5 SEGURO-DESEMPREGO O empregado demitido sem justa causa que permanecer desempregado aps o saque do FGTS encaminhar a sua CD (Comunicao de Dispensa) ao rgo do SINE ou ao Ministrio do Trabalho. O seguro-desemprego poder ser recebido em at 5 (cinco) parcelas mensais, caso o trabalhador permanea desempregado por todo esse perodo, podendo ser estendido em at 6 (seis) parcelas em casos especiais. No ter direito ao seguro-desemprego o trabalhador que estiver aposentado ou que no tiver vnculo empregatcio, no mnimo por seis meses, com a contratante, bem como tiver sido demitido por justa causa. Quando o patro resolve recolher o FGTS para o seu domstico, ele tambm d a oportunidade deste receber o seguro desemprego quando da dispensa sem justa causa, isso diante de algumas exigncias mnimas: Art. 6o-A. O empregado domstico que for dispensado sem justa causa far jus ao benefcio do segurodesemprego, de que trata a Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, no valor de um salrio mnimo, por um perodo mximo de trs meses, de forma contnua ou alternada.(Includo pela Lei n 10.208, de 23.3.2001)

1o O benefcio ser concedido ao empregado inscrito no FGTS que tiver trabalhado como domstico por um perodo mnimo de quinze meses nos ltimos vinte e quatro meses contados da dispensa sem justa causa. (Includo pela Lei n 10.208, de 23.3.2001) 2o Considera-se justa causa para os efeitos desta Lei as hipteses previstas no art. 482, com exceo das alneas "c" e "g" e do seu pargrafo nico, da Consolidao das Leis do Trabalho.(Includo pela Lei n 10.208, de 23.3.2001)" (NR) Ser necessrio o preenchimento do formulrio Comunicado de Dispensa vendido em papelaria.

16. O TRABALHO DO ESTAGIRIO 16.1 CONTRATO DE ESTAGIRIO Estgio o perodo de tempo em que o estudante exerce sua profisso mediante a prtica e o aperfeioamento de ensinamentos tericos ministrados na escola. A lei que regula os estgios remunerados de estudantes de 2 (segundo) e 3 (terceiro) graus a Lei n 6.494, de 07 de dezembro de 1977. A realizao do estgio remunerado no acarretar vnculo empregatcio de qualquer natureza. O comprovante da inexistncia de vnculo empregatcio a celebrao do Termo de Responsabilidade, entre o concedente (empresa), interveniente (instituio de ensino) e o estagirio (estudante). Sobre a remunerao paga ao estagirio no incidem encargos previdencirios, sendo, no entanto, obrigatrio ao concedente contratar aplice de seguro para garantias ao estagirio durante o perodo de estgio.vnculo de trabalho empregado estagirio terceirizado cooperativa temporrio rural avulso autnomo aprendiz domstico horas aviso licena 13 adicional adicional noturno sim no no no sim sim(b) sim no no no adicional fgts sim no no no sim sim sim no sim no multa fgts sim no no no sim sim sim no sim sim(d)

inss

vnculo pagamento extras prvio gestante frias salrio a b c d e f g h i j salrio bolsa honorrios cotas salrio salrio salrio honorrios salrio salrio sim no no no sim sim sim no no no sim no no no no sim(a) no no no sim sim no no no no sim no no sim sim sim no no no sim sim sim no sim sim sim no no no sim sim sim no sim sim

insalubre periculoso sim no no no sim sim sim no no no sim no no no sim sim sim no no no

sim no no sim sim sim sim no sim sim

vnculo de trabalho empregado estagirio terceirizado cooperativa temporrio rural vnculo a b c d e f

contribuio vt sindical sim no no no no sim sim no no no sim sim sim no no no no sim sim no no no sim sim sim no no no no sim estabilidade salrio famlia seguro desemprego

avulso autnomo aprendiz domstico

g h i j

no no sim no

no no sim sim

no no sim sim

no no sim no

no no sim sim(c)

A - CLT - artigo 424 a 441 ; Decreto 31.546/52 B - Lei 6.494/77 ; Decreto n. 87.497/82 C - Cdigo Civil D - Lei 5.764/71; Constituio Federal art. 5, XVIII; art. 442 nico da CLT E - Lei n. 6.019/74 ; Decreto n. 73.841/74 ; Constituio Federal art. 7 F - Lei n. 5.889/73 ; Decreto n. 73.626/74 ; Constituio Federal - art. 7 G - Constituio Federal - art. 7 inciso XXXIV H - Cdigo Civil - artigo 593 e seguintes I - CLT - arigo 403 e 428. ; Lei n 8.069/90 artigo 60 e seguintes ; Decreto 31.546/52 J - Constituio Federal - art. 7 inciso XXXIV nico ; Lei n. 5.859/72 ; Decreto n. 71.885/73 1 - O recolhimento do FGTS de 2% (dois) por cento - Lei 8.036/90 art. 15 7. 2 - Pode o patro optar pelo recolhimento, mas no h obrigatoriedade. 3 - Lei 11.324/2006 a - O empregado rural tem direito a se ausentar 1 dia por semana sem prejuzo de sua remunerao. b - Adicional de 25% sobre salrio. c - Depende do recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Servio d - Tendo o patro optado pelo recolhimento mensal, a multa na resciso devida. 17. FOLHA DE PAGAMENTO 17.1. Introduo A folha de pagamento um documento de emisso obrigatria para efeito de fiscalizao trabalhista e previdenciria. A empresa obrigada a preparar a folha de pagamento da remunerao paga, devida ou creditada a todos os empregados a seu servio. um documento que relaciona os nomes dos empregados da empresa, o valor bruto dos salrios, os descontos ou abatimentos e o valor lquido a receber. Exemplo simplificado Preliminarmente, vamos estudar uma Folha de Pagamento com o mnimo de elementos necessrios, para que voc fixe bem o mecanismo, logo em seguida, apresentaremos um Folha de Pagamento com mais dados. Uma Folha de Pagamento, por mais simples que seja, apresenta pelo menos os seguintes elementos: - valor bruto dos salrios; - valor da contribuio de Previdncia descontado dos salrios; - valor lquido que os empregados recebero. Alm da despesa total com os salrios, a empresa ter ainda os encargos com a contribuio de Previdncia, referente parte patronal, e com o FGTS Fundo de Garantis por Tempo de Servio. Tomemos com exemplo uma empresa que efetue pagamentos na base mensal. Neste caso, os empregados trabalham durante o ms, recebendo seus salrios somente no ms seguinte. No final de cada ms, a empresa elabora a Folha de Pagamento e efetua os registros de apropriao da referida folha. No ms seguinte, a empresa efetuar o pagamento dos empregados e proceder aos recolhimentos necessrios. Da folha de pagamento origina-se o recibo de pagamento, que indica os dados que constaram da folha relativamente a cada um dos empregados e a estes entregue. 17.2. Clculo de Folha de pagamento 17.2.1 Valor bruto dos salrios o valor, considerado, para a empresa como despesa total de salrios, alm dos salrios tambm despesa para a empresa a contribuio de Previdncia parte empresa e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Servio) 17.2.2 Previdncia Social - INSS

Como usar a Tabela de Contribuio? A Tabela de Contribuio do INSS possui 4 faixas de contribuio, cada faixa possui um valor que ao ser atingido pela base de clculo - os salrios que somados devem pagar o INSS - passa pagar a alquota correspondente. Devemos saber que um empregado pode ter em seu recibo de pagamento mais de um tipo de rendimento. Exemplo 1: salrio, hora extra, adicional noturno, etc. esse rendimento so somados e posteriormente se aplica a tabela. Outra questo quando h faltas e atrasos. Esses eventos devem ser deduzidas da somatria dos rendimentos, e depois se aplica a tabela. Exemplo 2: Rendimentos somados R$ 1.630,00 (-) R$ 65,00 faltas (=) R$ 1.565,00 (x) 11% (=) R$ 172,15 Exemplo 3: Se um empregado recebe um salrio de R$ 800,00, ele est na faixa 1 e sua alquota 8%. Ento o clculo da contribuio R$ 800,00 x 8% = R$ 64,00. Exemplo 4: Se um empregado recebe um salrio de R$ 2.030,00, ele est na faixa 2 e sua alquota 11%. Ento o clculo da contribuio R$ 2.030,00 x 11% = R$ 223,30. Exemplo 5: Se um empregado recebe um salrio de R$ 4.000,00, ele est na faixa 4 e NO possui alquota e sim um valor teto de R$ 334,29. Se fossemos aplicar a alquota de 11%, ele pagaria R$ 440,00, porm a legislao limitou o desconto ao teto indicado. Contribuinte Individual: autnomo ou empresrio => 20% sobre o valor recebido pela prestao de servios at o limite do teto. Contribuinte Facultativo: optante pelo regime de INSS => 20% sobre a contribuio que deseja participar at o limite do teto. Nota: Nenhuma base de clculo (contribuinte individual ou empregado) deve ser menor que R$ 415,00 e nem maior que R$ 3.038,99, assim o valor a recolher fica entre R$ 83,00 e R$ 334,29. Para o contribuinte facultativo o limite do teto de 20% de R$ 3.038,99 (R$ 607,80). De acordo com a legislao atual, todo empregado assalariado, regido pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), est obrigado a contribuir com a Previdncia Social. Essa contribuio descontada do empregado em folha de pagamento, ela varia de acordo com a faixa salarial de cada empregado e, calculada mediante aplicao de um percentual sobre o salrio de contribuio. Atualmente, o calculo feito com base na seguinte tabela: at R$ 911,70, de R$ 911,71 a R$ 1.519,50, de R$ 1.519,51 a R$ 3.038,99, Acima de R$ 3.038,99 desconta 8%; 9%; 11%. R$ 334,29

O valor limite para contribuio de R$ 334,29 (teto de contribuio). A Contribuio de Previdncia parte referente empresa, corresponde a 26,8% sobre o valor bruto da folha de pagamento . O valor de 26,8% tem o seguinte destino: Previdncia Social.....................................................................20,0 % Seguro Acidente do Trabalho................................................... 1,0 % Terceiros: Salrio-educao......................................2,5% INCRA.......................................................0,2% SENAI/SENAC/SENAT.............................1,0% SESI/SESC/SEST.....................................1,5% SEBRAE....................................................0,6% ........ 5,8% TOTAL......................................................................... 26,8% A porcentagem destinada ao Seguro Acidente do Trabalho SAT poder ser de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco de acidente do trabalho da atividade preponderante da empresa seja considerado leve, mdio ou grave. Estas porcentagens esto sujeitas a alteraes constantes pela Previdncia Social. Adiantamentos muito comum o fato das empresas procederem a um adiantamento mensal de salrio. Uma empresa que paga os salrios no dia 5 de cada ms far adiantamentos aproximadamente no dia 20. Sobre o adiantamento no incide nenhum desconto. Porm, na elaborao da Folha de Pagamento, o valor do adiantamento integra o rendimento bruto do empregado, para efetuarem todos os clculos (INSS, IR etc.). Na prpria Folha de Pagamento, o valor do adiantamento tambm deduzido do salrio bruto, para se chegar ao lquido. 17.2.3 FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Servio) Corresponde a 8% sobre o valor bruto da folha de pagamento, o qual ser recolhido na Caixa Econmica Federal, em nome dos empregados. Constitui uma despesa paga pela empresa aos empregados. 17.2.4 IRF (Imposto de Renda na Fonte)

Como se calcula o Imposto de Renda? O clculo de imposto de renda baseado na somatria dos rendimentos salariais do empregado. Esses rendimentos salariais so o salrio, as horas extras, adicional noturno, adicional insalubridade, entre outros. Aps a somatrio, para dar continuidade ao clculo, deve-se deduzir os descontos ou abatimentos que a legislao autoriza, e dentre eles temos: INSS, Dependentes, entre outros. Quando se conclui essa conta, o resultado uma valor que passa a se chamar Base de Clculo Mensal, aps a apurao aplica-se a alquota na qual o resultado se encontra e deduz a parcela de desconto permitida. Exemplo 1: Salrio R$ 1.000,00 (-) INSS R$ 110,00 (=) Base de clculo R$ 890,00 ==> Alquota 0% IRRF (=) R$ 0,00 Exemplo 2: Salrio R$ 2.000,00 (-) INSS R$ 220,00 (=) Base de clculo R$ 1.780,00 ==> Alquota 15% (=) R$ 267,00 (-) Deduo R$ 205,92(=) IRRF R$ 61,08. Exemplo 3: Salrio R$ 5.000,00 (-) INSS R$ 334,29 (-) 1 Dependente R$ 137,99 (=) Base de clculo R$ 4.527,72 ==> Alquota 27,5% (=) R$ 1.245,12 (-) Deduo R$ 548,82 (=) IRRF R$ 696,30. A PARTIR DE 01 DE JANEIRO DE 2008 Base de clculo mensal em R$ Alquota % Parcela a deduzir do imposto em R$ At 1.372,81 De 1.372,82 at 2.743,25 15,0 205,92

Acima de 2.743,25 27,5 548,82 Para efeito de determinao da base de clculo sujeita incidncia do imposto na fonte, podero ser deduzidas do rendimento bruto: a) Dependente: R$ 137,99; b) Desconto do INSS da folha c) Faltas e atrasos; d) Penso Alimentcia; Nota: Essas dedues so as mais comuns, mas h previso legal de outras. PRAZO DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO DE RENDA Rendimentos do Trabalho: At o ltimo dia do 1 (primeiro) decndio do ms subseqente ao ms de ocorrncia aos fatos geradores. RESPONSABILIDADE/RECOLHIMENTO Compete fonte pagadora. 18. FRIAS Histrico As frias no Brasil foram ao longo do tempo uma conquista do trabalhador. O primeiro registro histrico do Ministrio da Agricultura, Comrcio e Obras Pblicas em 1889 e posteriormente em 1890 os operrios da Estrada de Ferro Central do Brasil. Somente em 1925 as frias foram ampliadas aos demais empregados de outras empresas e demais atividades, quando foram consagradas por lei, mas ainda assim no mantinham a forma como as conhecemos, pois eram de 15 dias e no existia o adicional de 1/3 das frias. Constitucionalmente as frias anuais so registradas a partir de 1934. Foi em 1943 com a Consolidao das Leis Trabalhistas que as frias foram dimensionadas com mais propriedade e unificada as diversas leis at ento vigentes. A evoluo principal veio em 1977 com as principais atualizaes sobre as frias, mais prximas das que vigoram atualmente. Em 1988 a Constituio Federal determinou que as frias fossem pagas com um adicional especial, devendo ser acrescidas de 1/3 de adicional sobre a base de clculo das frias. Estudo As frias foram prestigiadas pela Consolidao das Leis Trabalhistas visando desenvolver meios necessrios ao empregado para que ele pudesse recuperar as condies fsicas e mentais despendidas no trabalho. As frias representavam, inicialmente, um descanso remunerado s com o valor do salrio mensal, e, mais modernamente, vm sida acrescida de um adicional correspondente a 1/3 do valor base do clculo das frias, permitindo assim que o empregado goze seu perodo com condies financeiras e atinja o mago das frias. Podemos dimensionar as frias com alguns princpios que as fundamentam:

Do exposto temos: Anualidade: o gozo das frias passa a ser direito do empregado aps 12 (doze) meses de relao contratual sem prejuzo. Continuidade: as frias sofrem limitaes de fracionamento, devendo ela ser de 30 (trinta) dias consecutivos. Remunerabilidade: Goza o empregado de ter seu perodo de descanso remunerado integralmente, considerando salrio fixo e salrio varivel. Irrenunciabilidade: No pode o empregado renunciar as frias e desejar vend-las, deve-as gozar. Proporcionalidade: Em razo das frias sofrer com a reduo, por conta de excesso de faltas, a mesma pode ser proporcional. Vocabulrio Algumas terminologias prprias so utilizadas nas frias para diferenciar as situaes das quais se tratam: Perodo aquisitivo (P.A.): compreendido entre a admisso ou ltimo vencimento das frias e os prximos 12 (doze) meses de relao contratual. Exemplo: 20/09/01 19/09/02. Perodo de gozo (P.G.): o perodo de descanso. Exemplo: 01/08/02 30/08/02. Perodo de concesso (P.C.): o perodo que a empresa tem como fluncia para conceder o gozo s frias. Exemplo: P.A - 20/09/01 19/09/02 P.C. perodo de concesso de 20/10/02 19/10/03. AS FRIAS NA DURAO DO CONTRATO DE TRABALHO Reduo do Perodo de Gozo Na constncia da relao de trabalho, se o empregado comete excesso de faltas injustificadas, o empregador pode reduzir o perodo de descanso do empregado. Nesse sentido a CLT em art. 130 determinou um sistema de escalonamento: At injustificadas 5 faltas De 6 a 14 faltas De 15 a 23 faltas De 24 a 32 faltas Acima de 32 faltas Direito a Frias 30 24 18 12 00

Frias - Perda do Direito - No faz jus s frias o empregado que, no curso do perodo aquisitivo, houver faltado ao servio mais de 32 vezes (inteligncia do art. 130, inciso IV, da CLT) (TRT 12 R. - RO-V 6.931/97 - Ac. 2 T. 2.384/98 - Rel Juza Maria Aparecida Caitano - DJSC 31.03.1998) No se deve confundir as faltas que so descontadas em folha de pagamento, com a conseqncia que estas faltas produzem nas frias. Isto porque, se as faltas no forem descontadas em folha de pagamento, elas no produzem conseqncia nas frias e tambm no permitido usar o escalonamento. O empregado trabalha 12 (doze) meses para merecer o descanso, se nesse perodo ele comete excesso de falta, podemos concluir que ele trabalhou menos; logo, deve descansar menos. No permitido abonar as faltas em folha de pagamento e compens-las com as frias , nico do art. 130 CLT. Importante: As faltas devem ser apuradas dentro do perodo aquisitivo das frias.

Exemplo: O empregado faltou no dia 04 de setembro, no houve desconto na folha de pagamento e compensa a falta deduzindo das frias, onde ele passou a gozar 29 dias. Isto proibido. Porm se ele faltou e foi descontado em folha de pagamento, deve-se seguir a tabela de escalonamento. As frias podem ser prejudicadas por fatores que ocorreram durante a vigncia do contrato de trabalho, os mais comuns so Alterao nas Frias Faltas no justificadas afetam o gozo das frias. Como j anteriormente discutido, podem ser utilizadas no escalonamento das frias, CLT art. 130; Suspenso do Contrato de Trabalho: O contrato sofre o fenmeno da suspenso quando o empregado encontra-se impossibilitado de cumprir sua jornada contratual, dessa forma cada situao deve ser avaliada luz do caso especfico. Podemos relacionar algumas situaes abaixo: Auxlio doena: aps o 16 dia passa o contrato a estar suspenso, por fora de lei os dias de ausncia por este motivo so abonados e no prejudicam as frias, salvo quando recebe por 6 (seis) meses o benefcio, mesmo que de forma descontnua, perde o direito as frias daquele perodo aquisitivo em que se registra a ausncia, art. 133, IV da CLT; Acidente de trabalho: aps o 16 dia passa o contrato a estar suspenso, por fora de lei os dias de ausncia por este motivo so abonados e no prejudicam as frias, salvo quando recebe por 6 (seis) meses o benefcio, mesmo que de forma descontnua, perde o direito as frias daquele perodo aquisitivo em que se registra a ausncia, art. 133, IV da CLT; Frias - Licena Mdica - Suspenso do Contrato - O perodo da licena mdica de suspenso do contrato de trabalho, lapso temporal este em que no se produzem os efeitos do contrato de trabalho, exceo dos casos previstos em lei. Nos termos do art. 133, incisos II e IV, da CLT, no tem direito a frias o empregado que gozar de licena, por mais de 30 (trinta) dias, percebendo salrio, bem como o que perceber da Previdncia Social prestaes a ttulo de acidente de trabalho ou de auxlio-doena por mais de seis meses. Dessa feita, suspenso o contrato de trabalho, por enquadrado o reclamante na previso do dispositivo acima mencionado, no adquiriu o obreiro o direito as frias. (TRT 10 R. - RO 2.131/97 - 3 T. - Rel. Juiz Bertholdo Satyro - DJU 10.10.1997) Licena sem remunerao: suspende o contrato de trabalho; Prestao de servio militar: suspende o contrato de trabalho e o perodo anterior ao engajamento somado aps o retorno ao trabalho. Porm se o empregado comparecer empresa aps 90 (noventa) dias da baixa da prestao de servio militar obrigatria perde perodo de trabalho anterior ao engajamento; Frias - Prazo para a Concesso - Suspenso do Contrato - Durante o perodo em que o empregado encontra-se licenciado, por motivo de doena, no corre o prazo para a concesso das frias cujo direito j foi adquirido, em razo da suspenso do contrato de trabalho. (TRT 9 R. - RO 8.832/96 - Ac. 1 T. 2.703/97 - Rel. Juiz Tobias de Macedo Filho - DJPR 31.01.1997) Licena remunerada por mais de 30 (trinta) dias: perde as frias; Frias - Contrato Suspenso, Interrompido ou Extinto - De acordo com o art. 133, II, da CLT, o empregado no tem direito ao recebimento das frias relativas ao perodo estabilitrio quando perceber em gozo de licena, com percepo de salrios, por perodo superior a trinta dias. (TRT 2 R. - Proc. 0295058388 - Ac. 7 T. 02970335721 Rel. Juiz Gualdo Amaury Formica - DOESP 17.07.1997) No caso de afastamento de licena-maternidade, mesmo sendo est paga pelo INSS, no sofrer a empregada suspenso do seu contrato, assim no ter alterao para as frias . BENEFCIOS NAS FRIAS Ocorrem tambm fatores que concedem aos empregados benefcios junto s frias: Licena remunerada at 30 (trinta) dias: no prejudicam as frias; Transformar em pecnia 1/3 de suas frias: vender 10 (dez) dias; No parcelar as frias se menor de 18 anos e maior que 50 anos; Receber entre os meses de fevereiro e novembro a 1 parcela 13; Menor de 18 anos gozar as frias junto com a do perodo escolar; No sofrer prejuzos com as faltas legais ou abonadas; Ter perodo anterior prestao de servio militar obrigatrio contado, apresentando-se at 90 (noventa) dias aps a baixa. OBRIGAES DO EMPREGADOR Ao Empregador so lhe atribudas algumas obrigaes: Dar aviso de frias ao empregado com no mnimo 30 dias de antecedncia ao gozo; Pagar o abono pecunirio, se solicitado 15 dias antes do trmino do perodo aquisitivo; Pagar a 1 parcela de 13 salrio, se solicitado em janeiro do exerccio ao gozo das frias; Pagar as frias com dois dias de antecedncia ao incio do gozo; Acrescentar aos clculos das frias o adicional de 1/3 constitucional; Considerar a integrao das horas extras, demais adicionais e salrio varivel como parte do clculo

das frias ; Familiares no mesmo emprego podem gozar frias no mesmo perodo, desde que no acarrete prejuzos empresa; Em regra geral as frias no podem ser dividas em dois perodos, somente em casos excepcionais, definidas pelo empregador; Frias - Cancelamento ou adiantamento (positivo) - Comunicado ao empregado o perodo do gozo de frias individuais ou coletivas, o empregador somente poder cancelar ou modificar o incio previsto se ocorrer necessidade imperiosa e, ainda assim, mediante o ressarcimento, ao empregado, dos prejuzos financeiros por este comprovados. (Precedente Normativo da SDC do TST) Direito Adquirido no Gozo das Frias O perodo de gozo das frias no prejudica o empregado quanto s alteraes ocorridas nele. Mesmo o contrato sendo considerado interrompido, o empregado mantm o seu direito, dessa forma, havendo alterao de salrio naquele perodo de gozo, os dias de gozo que representam o novo salrio deve ser recalculado e pago a diferena. Ao empregado afastado do emprego so asseguradas, por ocasio de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausncia, tenham sido atribudas categoria a que pertencia na empresa. Art. 471 da CLT Frias na Resciso As frias passam a ter forma diferenciada frente ao desligamento do empregado da empresa. Isto porque o desligamento pode ocorrer por diversos motivos e aps certo perodo de relao contratual, razo pela qual devem ser avaliadas em cada caso. As frias so indenizadas na resciso, diferente posio quando gozadas.

Importante! Empregador se beneficia do direito de escolher o perodo de gozo das frias. Deve o empregado apresentar a CTPS antes de sair de frias. empregado dar quitao do pagamento, com indicao do incio e do trmino das frias. No podem ser descontado ou abatido as faltas nas frias. Penalidades O no pagamento das frias no prazo, apenas define multa administrativa ao Estado e no ao empregado. Ultrapassado o perodo de concesso, o empregador estar sujeito ao pagamento das frias em dobro ao empregado. Exemplo P.A 20/09/00 a 19/09/01 P.C. 20/09/01 a 19/09/02, se as frias no forem concedidas (com incio e trmino) dentro desse ltimo perodo, elas devero ser pagas em dobro. No perodo de gozo das frias, o empregado no pode prestar servios a outro empregador, salvo por obrigao contratual de trabalho. Compra das Frias - No pode a Justia do Trabalho admitir a prtica da "compra" das frias integrais do empregado pelo empregador; trata-se de fraude ao que previsto nos artigos 129 e 142 da CLT, devendo ser considerado, sempre, nulo o ato - sendo, pois, inexistente -, nos termos do artigo 9 consolidado. (TRT 10 R. - RO 1.979/96 - 2 T. - Rel. Juiz Lauro da Silva de Aquino - DJU 28.02.1997) O salrio das frias do empregado horista corresponde mdia do perodo aquisitivo, no podendo ser inferior ao mnimo. (Smula 199 do STF) Clculo de Frias Para se calcular as frias devemos adotar alguns critrios e ter conhecimento do funcionamento da tabela de INSS e IRRF. Sem esse conhecimento fica bem difcil ter certeza se o clculo esta correto. A base de clculo das frias deve ser composta do salrio fixo e do varivel, quando houver, dessa forma compor uma remunerao. O salrio fixo aquele devido no ms do gozo das frias art. 142 da CLT. Em caso de horas extras, as mesmas so apuradas no perodo aquisitivo com mdia aritmtica, devendo considerar a quantidade de horas em cada ms e no o valor pago. Art. 142 1 Quando o salrio for pago por hora, com jornadas variveis, apurar-se- a mdia do perodo aquisitivo, aplicando-se o valor do salrio na data da concesso das frias. Sendo o valor comisso, deve-se apurar os ltimos 12 (doze) meses com mdia aritmtica (h sindicados que determinam perodos menores) anteriores ao perodo de gozo. Art. 142 3 da CLT. Outros adicionais: insalubridade, periculosidade ou adicional noturno, sendo pagos mensalmente ao empregado so utilizados com o valor mensal, no se calculando mdia. Porm, se o pagamento foi em determinado perodo, calcula-se a mdia aritmtica com base no perodo aquisitivo. A todos os valores variveis o DSR acrescido, dessa forma o mesmo deve ser utilizado como parte da composio da remunerao. O DSR um acessrio que segue o valor principal, mesmo no havendo regra prtica na CLT, e podemos nos valer de legislao adjacente; logo, o Cdigo Civil Art. 233. A obrigao de dar coisa certa abrange os acessrios dela embora no mencionados, salvo se o contrrio resultar do ttulo ou das circunstncias do caso. Art. 58 - Principal a coisa que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessria, aquela cuja existncia supe a da principal.

O pagamento do adicional de 1/3 previsto na Constituio Federal no solicitado pelo empregado, ele subentendido quando do pedido de frias, sendo um direito indisponvel do empregado Acrdo: 20000424042 Turma: 08 Data Julg.: 14/08/2000 Data Pub.: 12/09/2000 Processo : 02990154927 Relator: WILMA NOGUEIRA DE ARAUJO VAZ DA SILVA FRIAS. TERO CONSTITUCIONAL. PEDIDO IMPLCITO. O tero constitucionalmente acrescido s frias uniu-se de forma indissolvel ao instituto, por inexistir hiptese de sua excluso, ao ponto de resultar inconcebvel o cumprimento da lei sem o pagamento conjunto. Para a configurao de pedido pleno basta o autor enunciar a pretenso de frias, a que automaticamente se computa o valor de 1/3 agregado pela Constituio Federal de 1988. Vejamos alguns modelos: Admisso: 01/06/01 Perodo Aquisitivo: 01/06/01 a 31/05/02 Perodo de Gozo: 01/04/03 a 30/04/03 Salrio Base: R$ 700,00 Gozo 30 dias...............................: R$ 700,00 Adicional 1/3 ..............................: R$ 233,33 Soma ...........................................: R$ 933,33 INSS 11%....................................: R$ 102,67 (tabela de junho/2002) Lquido .......................................: R$ 830,66 Data Aviso Prvio: 01/03/03 Data Recibo Pagamento: 29/03/03 Admisso: 01/03/02 Perodo Aquisitivo: 01/03/02 a 28/02/03 Perodo de Gozo: 10/03/03 a 29/03/03 Salrio Base: R$ 2.000,00 Gozo 20 dias...............................: R$ 1.333,33 Adicional 1/3 ..............................: R$ 444,44 Gozo 10 dias...............................: R$ 666,66 Adicional 1/3 ..............................: R$ 222,22 Soma ...........................................: R$ 2.666,65 INSS 11%....................................: R$ 171,77 (tabela de junho/2002) IRRF 27,5% ...............................: R$ 263,01 (tabela de junho/2002) Lquido .......................................: R$ 2.231,87 Data Aviso Prvio: 08/02/03 Data Recibo Pagamento: 08/03/03 FRIAS COLETIVAS As frias coletivas foram criadas para atender perodos sazonais pelos quais a empresa esteja passando, podendo ser de ordem poltica, econmica ou social. Dessa forma a empresa pode adotar as frias coletivas art. 139 da CLT, podendo aplicar: a. A todos os empregados da empresa; b. A determinado estabelecimento da empresa; c. A setores ou departamentos da empresa. Critrios Concesso a. Dois perodos anuais; b. Vedado perodo inferior a 10 (dez) dias; c. Avisar a DRT e Sindicato com 15 (quinze) dias antes do perodo de gozo; d. Informar a DRT e Sindicato o incio e fim das frias; e. Comunicar a DRT e Sindicato qual a opo (empresa, estabelecimento ou setor) das frias coletivas; e f. Fixao no quadro de aviso da empresa. Importante! O adicional de 1/3 das frias regulamentares, tambm acrescido nas frias coletivas. Havendo salrio varivel, com exceo comisso e percentual, ser apurado dentro do perodo aquisitivo. No caso da comisso e percentual, sero utilizados os 12 (doze) meses anteriores ao gozo das frias. Sendo horas extras, j definiu a jurisprudncia que ser apurada a quantidade de horas no perodo aquisitivo. O abono pecunirio nas frias coletivas deve ser objeto de previso em acordo ou conveno coletiva. Os membros da mesma famlia e os estudantes menores de 18 (dezoito) anos, gozam dos mesmos direitos das frias regulamentares. Mesmo nas frias coletivas, a empresa no pode firmar perodo inferior a 10 dias. A empresa deve observar que o fracionamento anual no pode ultrapassar dois perodos, se concedeu 10 (dez) dias, as prximas devero ser de 20 (vinte) dias. Caracterizado a necessidade ou inteno da empresa dar as frias coletivas, deve a mesma comunicar a Delegacia Regional do Trabalho e o Sindicato da Categoria, com 15 (quinze) dias de antecedncia ao gozo.

Dever o empregador afixar em local visvel, tambm com 15 (quinze) dias de antecedncia comunicado aos empregados. O menor de 18 (dezoito) e o maior de 50 (cinqenta) anos no podem ser parcelar as frias; ou seja, as frias coletivas no alteram essa prerrogativa. Nos contratos de trabalho com tempo inferior a 12 (doze) meses, se utilizado todo perodo aquisitivo, comear a vigorar novo perodo. Exemplo: Admisso: 15/10/2002 Direito: 03/12 avos = 7,5 dias Perodo Aquisitivo: 15/10/2002 a 19/12/2002 Frias Coletivas: 20/12/2002 a 01/01/2003 13 dias Novo perodo aquisitivo: 20/12/2002 a 19/12/2003 Nota: o perodo excedente a 7,5 dias pode ser interpretado como licena remunerada. TRT 2 - Acrdo: 02900041990 Turma: 07 Data Julg.: 05/03/1990 Data Pub.: 21/03/1990 Processo : 02880098313 Relator: VANTUIL ABDALA FERIAS COLETIVAS. EMPREGADOS CONTRATADOS A MENOS DE DOZE MESES. NO CASO DE FERIAS COLETIVAS, MESMO QUE O EMPREGADO CONTRATADO A MENOS DE DOZE MESES GOZE FERIAS DE DURACAO SUPERIOR A QUE, PROPORCIONALMENTE AO TEMPO DE SERVICO, TERIA DIREITO, INICIA-SE NOVO PERIODO AQUISITIVO QUANDO DE SEU RETORNO. A CONCESSAO DAS FERIAS ASSIM ATENDE A INTERESSES DO EMPREGADOR, E NAO LHE FAZ NASCER DIREITO A COMPENSACAO, EM QUALQUER HIPTESE. A CLT no clara quanto ao incio do novo perodo aquisitivo art. 140, porm considerando que qualquer perodo remunerado no interrompe o contrato de trabalho e ainda que para apurao de direito contado at o dia anterior ao incio das frias, no haveria motivo para iniciar aps o retorno, assim possvel interpretar a favor do empregado que o novo incio pode comear a partir da data da concesso. Admisso: 01/10/01 Perodo Aquisitivo: 01/10/01 a 30/09/02 Direito: 09 (nove) meses = 22,5 dias Frias Coletivas: 01/07/02 a 15/07/02 (15dias): No muda perodo aquisitivo; Manter o perodo em 30/09/02, devendo o saldo de 15 (quinze) ser dado no perodo de concesso. 19. ESTUDO AVANADO DE FALTAS E ATRASOS DO EMPREGADO Folha de Pagamento A folha de pagamento tem funo fiscal, contbil e legal numa empresa, e nela teremos os registros analticos de todas das faltas e atrasos do empregado durante todo o perodo de existncia do seu contrato de trabalho. importante manter os registros de forma clara, simples e de fcil interpretao, pois a dvida no seu apontamento traz problemas para a empresa, seja para o auditor do trabalho, o contador ou a justia trabalhista. Destarte, as faltas devem ser lanadas de forma separadas dos atrasos, e no num mesmo evento. Por exemplo: Errado: Evento 101 Faltas/Atrasos R$ 60,00. Correto: Evento 101 Falta 2 dias R$ 50,00; Evento 102 Atrasos 5hs - R$ 10,00. Esse procedimento ir tambm auxiliar na apurao das faltas que ficaro armazenadas no computador para levantamento posterior; pois, como veremos, tambm ir influenciar nas frias. INSS e Imposto de Renda As faltas e atrasos influenciam no pagamento dos impostos, os quais so calculados sob o valor da remunerao. A lgica simples, o empregado deve pagar os impostos sob o valor do seu trabalho no ms, quando falta ou atrasa deixa de trabalhar e no receber o valor integral; assim, a sua base de clculo proporcionalmente menor. Vejamos: Salrio mensal de R$ 2.500,00 Falta: R$ 50,00 Atraso: R$ 10,00 Base de clculo para os impostos: R$ 2.440,00 (R$